Refutação da TFP a uma investida frustra, vol. II

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refuta(;ao da tfp a uma

Investida Frustra

Volume II



Editacio para drculagao restdta

SodficJade Brasileira de Defesa da Tradiq^o, Familia e Prcpdedade Rua Dr. Martinioo Prado, no 246 01224 - S3o Paulo - SP Td: 221-6755

Julho de 1984

Serviqo datOografioo da TFP

Serviqos grafioas da ARTPRESS Papeis e Artes Graficas Ltda Rua Garibalcli^ n« 404 - sao Paulo - SP


REFUTAQAO DA TFP VOLUME I

Tres Cartas RefutaQdo por Atila Sinke GuimarAes Parecer do

Pe. Victorino Rodriguez, O.P. Professor de Teologia e

Prior do Convento de Santo Domingo el Real (Madrid)

Um comentario anti-TFP Estudo de Gustavo Antonio Solimeo acerca de um Parecer concernente a uma Ladainha

Andlise de

Pe. Victorino Rodriguez, O.P.

Um exemplo concrete Como se analisam na Santa Se OS escritos dos candidates d honra dos altares Posfdcio

Quae cum ita sint... VOLUME II

Reflexoes e exemplos de Santos, oportunos para nossos dias 470 fichas hagiograficas em defesa da TFP Orientagao da pesquisa JoAO S. ClA Dias

Ordenagdo e revisdo Gustavo Antonio Soumeo

Colaboragdo, reuisao e posfdcio Antonio Augusto Borelli Machado



Indice Volume II

BeflfiXQgS ® exegElQS de Santo|,

Qgortuooi D§ra~QQi§Qi 3Ia|~ 470 fIchas hagloRraflcas em defesa da TPP

IntroduQao — 0 example dos Santos conflrma as conclusSes do presents estudo

Secqao

1_

— "Vox popull, vox Del": o

consenso

fieis pode dlscernir santos verdadeiros muito do pponunciamento oficial da Igre.la

3

dos

antes 5

I. Muitos Servos de Deus que morreram em odor de santidade sao desde logo proclamados "santos"

pelo povo fiel II. No

memento mesmo

7 da morte de muitos Servos de

Deus comega a dlsputa per rellqulas suas, dlretas e Indlretas

27

III. 0 entuslasmo pelas pessoas emlnentes em vlrtude se manlfesta frequentemente per ocaslao dos fu

nerals, dando orlgem a enterros festlvos ou ate apoteotlcos

41

IV. As multldoes acorrem ao tumulo e aos lugares onde vlveram ou morreram pessoas multo excepclonalmente vlrtuosas

49

V. Os flels veneram come rellqulas os objetos mals simples usados ou tocados pelos Servos de Deus.

Curas sao obtldas pelo contato com suas rellqulas VI. Os

flels querem ter conslgo fotograflas e

tampas dos Servos de Deus VII. Em

suas necessldades, os flels recorrem a

63

es71 In-

tercessao vallosa dos Servos de Deus

77

VIII. 0 recurso aos Servos de Deus se exprlme Intercalando o seu nome na recltagao prlvada de la-

dalnhas e compondo oragoes em sua honra IX. Para obter gragas, os flels fazem promessas e novenas aos Servos de Deus

89 93


VI.

Indlce

X. "Bonum est diffuslvum sul": a devoQao nascente ao Servo de Deus leva a dlvulgar sua vlda e sua obra

99

XI. 0 que

caracterlza

nao 0 milagre,

a santldade

ou 03

e

a vlrtude e

fates extraopdlnfirios da

vlda esp}.ritual

105

Seccao II — Ja ^ vlda, pela sua eminente OS

santos

atraetn

as manlfestaqoes

vlrtude.

de veneracao

e

respelto dos flels, mas frequentemente as repelem ...

I. A pessoa eminente

em vlrtude

113

desperta nas al

mas boas a exclamagao: "E um santo!"

115

II. A aqao de presenga dos santos atral as pessoas. que

buscaro

acercar-se

eles, permanecer Junto onde

estlveram,

deles,

a eles,

ou

conversar

com

ocupar o lugar

slmplesmente

contemplfi-

-los

129

III. As mult'ldoes acorrem para ver os santos, na Unsla, de conhece-los, pedlr-lhes favores, trlbutar-lhes honras

157

IV. 0 entuslasmo pela pessoa dos santos' explode

em

aclamagoes e aplausos e facllmente se transforma em Jovial alvoroqo, com corre-corres e dlsputas de lugar Junto a eles

V. A flm

de partlclpar,

graqas

que os

de

alguma manelra,

santos dlfundem, as

l6l

das

multldoes

querera tocar neles, possulr objetos tocados ou benzldos por eles, rellqulas dlretas ou Indlretas, e Imagens suas

VI. Copos e pratos,

179

e ate restos de comlda e bebl-

ba dos santos, ou da Sgua na qual se lavaram, sao venerados como portadores de benqaos

203

VII. A benqao dos santos - mesmo nao sendo estes sacerdotes - e partlcularmente preclosa aos olhos

dos

flels, que

ajoelham

dlante

em

slnal

deles

e

de

veneraqao

se

Ihes beljam as maos

e OS pes

207

VlII. A conflanqa na oraqao e nos merltos dos santos leva

OS flels a recorrerem

S sua Intercessao

perante Deus, mesmo a dlstfincla IX. Alguns santos se

213

sallentaram pelo dlscernlmen-

to dos esplrltos e pelo acerto de suas declsoes X. A mlssao provldenclal,

profecla

o dom ou o

carlsma

231

da

sao apontados pelos blografos em vk-

rlas vldas de Santos

2^(1

XI. As pessoas constltuldas em dlgnldade ou que se dlstlnguem pela sua vlrtude tem dlrelto S. nossa honra e ao nosso louvor

255


Indice Secqao

VII. III — Quando e para a malor gloria de

Deus,

OS santos aceltam, permltem ou ate estlmulam as manl-

Testaqoes de veneraqap e ^espelto de que sao objeto; quando essas manlfestaqoes nao sao para a malor kIo-

ria de Deus, eles as recusam

26l

I. A exemplo do Divino Mestre, os santos acolhem com benignidade e simplicidade as multidoes que

OS buscam sequiosas e entusiasmadas

263

II. Um problema espiritual delicado para os santos: como passar incolumes, em meio as honras e louvores de que sao alvo, e sem se delxarem afetar

pela vaidade?

279

III. Se necesslLrio para o bem das almas, e sobretudo para a gl6ria de Deus, os santos manifestam OS dons que dEle receberam, fazem a apologia de sua vida e ate elogiam a si mesmos. E nisto imitam o Divino Mestre

289

IV. Manifestando-se como imitadores de Cristo, OS santos recomendam aos fieis que, por sua

vez, OS imitem

313

V. Santos e pessoas eminentes em virtude, freqiientemente apontam seus pais, e especialmente suas maes, como modelo de sua santidade VI. Para que os seus

fieis tenham

sempre

319

presentes os

ensinamentos, santos consentem, as

vezes

com relutHncia, que sejam distribuldas fotografias suas. Mas, para o bem das almas, por vezes as distribuem eles mesmos VII. Para fazer

bem

distribuir

as almas,

327

os santos

chegam a

rellquias de si mesmos, encarecendo

o valor delas e recomendandb que as guardem ...

331

VIII. A rogo dos que Ihes discerniam a santidade, pessoas virtuosas dao a benqao, mesmo sem serem

sacerdotes.

E ate

dao ordens a seus

fi-

Ihos espirituais, em norae da santa obediencia . IX. Nem sempre,

3*^1

porera, os santos sao compreendidos

ou reconhecidos. Multas vezes sofrem detraqoes e perseguiqoes, ate mesmo de pessoas boas, e inclusive de membros da Hierarquia ;.

353

Secqao IV — A formaqao cat6lica tradicional. proporcionada pelos santos, e uma formaqao viva "em que. a par da doutrinaqao, a personalidade do mestre ou do

superior, seus

exemplos e seu convl^o

desempenham

papel relevante

I. Para

uma boa formaqao catblica, e capital

375

nao

so ministrar a ciencia, como tambem Inculcar a virtude e o amor de Deus

377


VIII.

Indice

II. Para Inculcar nas almas o amor a verdade e ao bem, e altamente util usar recursos sensi-

veis, como sejam fates hlstoricos, simbolos e metaforas. So asslm se terS um ensino ricamente vivo, que ilumina a inteligencia e move a von-

tade

385

III. 0 example de uma vlda santa", per parte do supe rior cia

ou

do mestre,

e meio

para tocar os coraqoes

de grande efica-

e induzir as almas

a pratica do bem

IV. 0 metodo

399

dos santos:

ganhar

os coraQoes para

ganhar as almas

V. Com a

ajuda de

ill3

recreaqoes sadias e atraentes,

pode-se preservar a inocencia dos jovens e suscitar neles o entusiasmo pela virtude

il21

VI. Os disc£pulos verdadeiramente fieis consideram cada dia com enlevo e veneraqao crescentes ate

OS

mlnlmos feltos e dltos

dos santos, e

se

empenham

em anota-los para proveito espiritual

proprlo,

dos seus oondisclpulos e das geraQoes

futuras VII. Na formagao

I127

catolica, o papel relevante das biografias dos santos: sua leitura desperta o desejo de os imitar e de os seguir no caminho da perfeigao

I133

Apendice

Uma

contradicao

aceitam, ora prestadas?

aparente:

For que os

repelem as homenagens

Santos

que

SANTO AGOSTINHO, Sobre a pureza de intengac

Ihes

ora sao iliiy

^49



Reflexoes e exemplos de Santos oportunos para nossos dias 470

Fichas hagiograficas em defesa da TFP Orientagdo da pesquisa Joao S. Cla Dias Ordenaqdo e revisdo

Gustavo Antonio Solimeo



Q exemElQ dgs iaotQi cQSginoi

§1 QQQQiusifis d9 ecgsente eatudg

Como contra

jS fol dlto no Volume I, nas

acusagoes

a TFP e contra o Dr. Pllnlo Correa de 011-

velra all anallsadas, cabe uma importante distingao no tocante as manlfestagoes de respelto, e ate

de veneragao, que socios e cooperadores da entidade prestam a pessoa do Presidente de seu Conselho Nacional e a alma de sua veneranda Mae.

Em tese poder-se-iam alegar contra tais manl festagoes:

1-)

que

sao

heterodoxas,

e/ou

contrSrlas

ao Dlrelto Canonlco; %

2-) conformes

que

embora

tals

manlfestagoes

sejam

a sa Doutrlna Catollca e ao Dlrelto Ca

nonlco, as pessoas do Dr. Pllnlo Correa de Ollvelra e de sua Mae nao as merecem.

0 objetlvo do presents estudo consists em provar que essas manlfestagoes sao conformes a sa Doutrlna Catollca, e ao Dlrelto Canonlco. Nem o Dr. Pllnlo, nem a TPP tem qualquer empenho em pro var que ele, ou sua Mae, merecem as referldas ma

nlfestagoes. Mais especlflcamente quanto ao que Ihe dlz respelto, Jamals o Dr. Pllnlo darS o menor passo para provar que ele merece tals manlfesta

goes. Esta e materla emlnentemente oplnSvel, acerca da qual ele respelta, no mals alto grau, a 11berdade de cada urn, de formar sua convlcgao pessoal, e de a externar. 0

unlco ponto em que a TFP e o Dr. Pllnlo se

empenhara consists em rebater, com argumentos Irre-


IntrodUQao

torqulvels, a acusaqao de heterodoxla e de llegalldade

canonlca feita a tals testemunhos de

res-

pelto e veneragao.

Aaslm se explica porque razao, a toda a argu-

mentaQao doutrlnSrla, baseada na Teologla e no Direlto Canonlco, qua fol desenvolvlda no Volume I, para demonstrar a ortodoxla e a legalldade dessas homenagens, se segue aqui uma copiosa relaqao de fatos, extraidos da vida de Santos qua receberam, multas vezes sem oposlQao, e por vezes ate estlmularam, tals testemunhos de veneragao, no qua diz respelto a si proprios.

Sem diavida, dentre tals atitudes, algumas, em clrcunstSncias correntes, nao sao para serem iml—

tadas. 0 qua nao exclui, aliSs, qua eventualmente possam servir de exemplo em clrcunstS.ncias excepcionais.

Talvez nao seja de todo superfluo recalcar^o qua de si e obvlo. Isto e, publicando esta relaqao de fatos, nao e feita qualquer comparagao entre o Dr. Plinlo Correa de Ollvelra e sua veneranda Mae, de um lado, e, de outro lado, todos esses Santos. Esta coletanea de fatos hagiogrSficos serS

especialmente interessante para o leltor brasilelro, nao raras vezes mals propenso a consideragao dos fatos historlcos do qua ao estudo doutrlnarlo.


Seccao I

"Vox populi, vox Dei": o consenso dos fieis

pode discernir santos verdadeiros muito antes

do pronunclamento oficial da Igreja


Nota:

Todos os subllnhados simples, no texto

das fichas, sac nossos, bem como os subtltulos Intercalados nos textos.


I

SenxQa de Deua

gue oQccecag §5 Qdon de santldade §|q ^esde logo "saotQa" EfilQ BQYQ Ciel

1. "Os Santos foram canonlzados pelos

flels, antes de o serem pela Igreja"

DeclaraQao prevla de Mons. Garon MS, Pro-Prefelto

Apostollco de Mopondava, Madagascar, em sou

livro sobre Nossa Senhora de la Salette; "Os santos foram canonlzados pelos fieis, an tes de~o serem pela Igreja.

"As

multidoes acorreram a Salette ou a Lour-

des, antes que Dom Pelisberto Bruillard e Dom Lau rence

pronunciassem sua sentenqa sobre estas apa-

riqoes.

"Os

fieis gozam, pois, de certa liberdade na

lKre.1a. E desta liberdade que faqo uso nestas p5^ ginas. Se proclamo santa esta ou aquela pessoa; se, uma que outra vez, externo minha crenqa no mi-

lagre, antecipo a voz da Igre.la, mas seu

nao empenho

.luizo, nao me intrometo no campo de sua auto-

ridade; somente comprometo a minha".(E. GARON MS, A

Virgem

dos Alpes — Nossa Senhora da

Salette,

7ozes, Petropolis, 1956, p. llT^ 2. 0^ fieis, animados por um instinto peculiar, e antecipando-se~as honras

que a Igre.1a""tributar&, reconhecem muitas vezes os verdadeiros santos

Da

vida

''1207-1231),

de

Santa

Isabel

escrita pelo Conde de

da

Hungria

Montalembert:


8.

Secgao I

"Anlmados por aquele tantaa vezes e precursor da teclpando a honra que logo seus preclosos despo.loa, oa

obter^

rellqulaa

Instlnto popular que verdadelra fama, e ana Igreja decretarla a mala ardentea tentavam

da Santa (Santa Isabel

da

Hungrla). Langavam-se aobre o feretro; alguna rasgavam

pedagoa de aeu manto;

outroa cortavam auas

unhas e aeua cabelos; algumas mulherea chegaram ao

ponto de cortar aa'pontaa de auas orelhaa". (Count de MONTALEMBERT, The Life of Saint Elisabeth, P.J. Kenedy & Sons, New York, p. 3^2). 3. "Vox popull, vox Del"

Sobre as manlfestagoea de devogao a recem-faleclda Joana, ex-Ralnha de Pranga e Duqueaa de

Berry

(IMSM-ISOS),

escreve o Poatulador

de

sua

Causa de canonlzagao: "Joana (Santa Joana de Valola) morre en4:ao no

Moatelro da Anunclagao, de Bourges, do qual havla aldo a fundadora e a mae, em 4 de feverelro de 1505. Ela al morre detal modo em odor de santldade que os favorea mlraculosos se multlpllcam em torno de aeu t(5mulo, e sua fama sanctltatls se

propaga por todo o relno, e mala alem, onde seus mostelros conhecem maravllhosa germlnagao. Vox popull, multo

vox Del. A voz do povo crlstao nao espera tempo para a canonlzar, anteclpando-ae, por

um Incoerclvel movlmento do Esplrlto Santo, ao Julgamento da Igre.ja. Dao-lhe comumente o titulo

de Bem-aventurada. £ ate de S^anta. As autorldades ecleslastlcas

delxam meamo organlzar-se em

torno

de sua memorla um certo culto, que nao farS senao crescer com os anos, ao mesmo tempo que a protegao, da qual a aanta Duquesa dS a seus pledosos

devotos slnals sempre mala tanglvels. Nada deter£ esta devogao popular". (Mgr. R. FONTENELLE, L'Hlstolre d'un Proces, In "Perveur", Paris, n. 7, aout

Tm: 'I. 0 povo tem um sexto sentldo pelo qual reconhece a pessoa aanta

Epllogo do Pe. Alfred Rush CSSR a autoblografla

de Sao Joao Neumann (+ i860), Blspo de

delfla (EUA):

Plla-


Secgao I

"Tao logo faleceu Neumann (Sao Joao Neumann), fez-se ouvlp a vox popull, a voz do povo, atravea de toda FlladeTiTa. 0 povo tem um sexto sentido para a santldade; ele reconhece a pessoa santa, o artlgo verdadelro. Ele o proclama sempre.de v&rias maneiras; ele o proclama com Inslstencla e perslstencia ate~que, flnalmente, as autorldades ecleslastlcas

Introduzam o Processo de Canonlzacao» A

voz do povo fol, ouvlda no profundo pesar, na aturdlda descrenga e nos reiterados pedldos para que se conflrmasse a veracidade da notlcia de sua morte. Ela se evldenclou nas miiltidoes, dentro e fora

das Igrejas de Sao Joao e de Sao Pedro, nas mllhares de pessoas que ocupavam cada polegada de espa-

QO ao longo das ruas, nos telhados e nas Janelas, enquanto a proclssao percorrla seu trajeto rumo a Igreja de Sao Joao. Ela se manlfestou nos milhares que bloquearam o caminho para a Igreja de Sao Pe dro, para tentar ver mais uma vez o seu blspo, quando o piano do funeral fol modlflcado e eles souberam que haverla uma outra^exposlgao do corpo e o sepultamento na Igreja de Sao Pedro. "Estas

apenas de um

multidoes

nao podem

ser

expllcadas

pela curlosldade popular de ver o funeral blspo importante. Uma descrlQao^ da epoca

diz: 'Se necessitSssemos de alguma evidencia sobre

o aprego com que o distinto prelado era considerado pelo clero e pelo laicato, bem como por todos que o conheciam, certamente a terlamos testemunhado na maneira como eles se reuniram por ocasiao das exequias, para honrar sua memoria e atestar o amor que Ihe dedicaram'. "A 'voz do povo' manifestou-se na reverencla

com a qual eles se aproximavam do corpo, osculavam as maos ou os pes, e tocavam nele algum objeto pa

ra

conservar

como lembranga ou rellquia. Ela

se

patenteou no oferecimento de fibres que constantemente ornamentavam sua sepultura. Outra manifesta-

gao da 'voz do povo' se verl,ficou na conversao que sua morte provocou; para alguns foi a conversao do

pecado para a vlrtude; para outros foi a conversao para uma prStlca mais fervorosa da vida crista". (Pe. ALFRED C. RUSH CSSR, Epilogue, in The Autobiography

tions,

of

John Neumann CSSR, St. Paul Edi-

Boston, 1977, pp. b9-70 / Imprimatur; Wil

liam Cardinal 16-12-1976).

Baum,

Archbishop

of

Washington,


10.

SecQao I

5- A oplniao publlca, tern frequentemente, quando se trata de dlscernlr as almas que Deus favoreceu

com OS seus dons, uma IntuTcao segura

Da

vida

da

Beata

Marla-Eugenla

(I817-I898), fundadora e primelra

Milleret

Superlora-geral

das religlosas da Assumpgao: "Ate

o

dla do enterro houve

uma

constante

afluencla de vlsltantes na capela onde o corpo estava exposto; vlnha-se rezar pela defunta (Beata Maria Eugenia Milleret) sem duvida, mas vinha-se ainda mais para rezar a ela e para venerar seus despojos. 0 sentimento geral se traduziu entao por um

gesto

sentido

bem simples, sempre o mesmo,

mas

cujo

nao se presta a enganos. A fe crista sem

pre Julgou que o corpo, separado momentaneamente da alma da qual ele foi o instrumento, retem uma 'virtude*, quando esta alma viveu da graga de Deus. Dai o culto das reliquias dos santos e as honras com as quais a Igreja cerca os restos mor tals de seus fieis.

"A

-se,

opiniao publica, tao facil de

extraviar-

tem de ordinirio, quando se trata do discer-

nimento

dons,

das

almas

que Deus favoreceu

com

seus

uma seguranga de intuigao que quase nunca e

desmentida

posteriormente pela autoridade

compe-

tente. A nao ser nesta especie de sufragio, nao existe quase mais nada onde a voz do povo seja habitualmente

Eugenia dia de

um eco da voz de Deus. A Madre Maria

foi assim espontaneamente honrada desde o sua raorte com uma especie de culto que

proclamava a eminencia de suas virtudes (*). Tocavam-se imagens e tergos no corpo, beijavam-se suas vestes, suas maos e seus pes, que contlnuavam fle-

xiveis, apesar da morte". (*)

A Madre Maria Eugenia de Jesus foi

bea-

tificada.

Le

(Mere Henaff

Marie-Eugenie de Jesus, Imprimerie J. & Cie. — Saint-Etienne, 1922, pp.

il78-'179 / Imprimatur: Hyacinthus, Ep. V. g. Sancti-Stephani, 5-7-1922).

Modrensls,


Se'^gao I 6. Sao

11. Joao Nepomuceno, canonlzado

em 1729

era venerado como

santo desde sua morte, no seculo XIV

De uma blografla de Sao Joao Nepomuceno (13^0-1383), mSrtlr do slgilo de conflssao: "No tumulo de nosso Santo (Sao Joao Nepomuce

no) deram-se multos milagres. Tentatlvas de pilhfi-lo

foram feltas pelos hussitas e novamente pelos

calvlnlstas em l6l8.

"0

santo

nao fol canonlzado senao em

1729»

mas desde a sua morte, no seculo XIV, ele fol ve nerado como santo pelo povo da Boemla. For ocaslao

da canonlzagao, o tumulo fol aberto e milagres fo ram testemunhados. Verlflcou-se que a lingua tlnha permanecldo

Incorrupta e perfelta como no caso de

Santo

Antonio

Saint

of the Week. Catechetical Guild Educational

de Pkdua". (DESMOND MURRAY

OP,

A

Society, Saint Paul, Minnesota, p. l6l).

7. Pra Angellco plntaya Santa Catarlna de Siena, com a aureola de santldade, mesmo antes de ter sldo canonlzada ou beatlfIcada

Da famosa Hlstorla dos Papas, de L. Pastor:

"Os papas sempre celebraram com grande magnlflcencla as qanonlzagoes dos Santos, das quals Plo II

pode solenlzar apenas uma: a de Santa Catarlna

de Siena.

"Tendo

falecldo

aos trlnta e tres

anos

de

Idade, esta vlrgem consagrada a Deus tlnha-se tor nado

em pouco tempo, como Sao Francisco de Assls,

objeto da veneragao popular. "Suas cartas, prlnclpalmente, eram multo 11das, e foram quallflcadas ate por certo hlstorlador raclonallsta de 'grandloso llvro de. edlflca-

gao, o

onde hS colsas que mals parecem escrltas com

estllo de um apostolo, que com o de uma donzela

sem particular Instrugao'. "Suas XV

Imagens, que Ja no prlnclplo do seculo

havlam-se

mllhares

de

multlpllcado em Veneza, andavam

maos, e (o Beato) Fra Angellco,

em

que


12.

Secgao I

representou teve

Santa Catarlna em vdrlos quadros, nao

dlfIculdade em rodear a cabega de suas

Ima-

Kcns com a aureola~3'e santTdade; pels ela era conslderada como santa pelos domlnlcanos reformados. "Em

seus

conventos celebrava-se

anualmente

uma festa no dla em que morreu Catarlna, pregava-se a respeito de suas vlrtudes, e as donzelas rodeavam suas imagens de coroas e ramalhetes de flores.

Pela*tarde executavam-se cenas dramfiticas no

atrio

externo do convento, representando os

notfiveis

OS coros que se costumava

•0

cidade

gloria

mais

episodios de sua vida; foram conservados cantar nessas ocasioes:

da virgem, 6 doce pStria de

Siena!

A

desta donzela sobrepuja todos os teus bra-

soes!•".

Nota:

0

Beato Pra Angelico morreu em

1^55*

Santa Catarlna de Siena (IS'^T-ISSO) foi canonizada apenas em sem ter sido beatificada mente, o que era entao usual.

previa-

(LUDOVICO PASTOR, Historia de los Papas, Edi-

ciones

G. Gill, Buenos Aires, 1^8, Volumen

III,

pp. 277-278 / Imprimase: Antonio Rocca, Obispo de Augusta y Vicario del Arzobispado de Buenos Aires, 20-5-19'<8). 8. A Igre.la tolerou o culto a Santo Alexandre Sauli, antes mesmo da beatificagao, tal o entusiasmo de seus devotos

De uma biografia de Santo Alexandre Sauli, o Apostolo da Corsega (153'1-1592), depois Bispo de Pavia (Itdlla):

"Alexandre Sauli pedira para ser enterrado embaixo dos degraus do coro, na Catedral de Pavia,

mas

como escreveu M. de Falloux; 'Notou-se sempre

uma

especie

de contestagao entre Deus e os

seus

santos. Quanto mais estes afetam sepultar os seus nomes, por humildade, com a lembranga de suas vlr tudes, mais Deus tem a peito retirS-los das trevas

para como

tornS-los celebres a posteridade e propo-los objeto de veneragao' (Vida de S. Pio V, T.

II, p. 319).

fora

"Depois da morte do santo Bispo, cuja vida um holocausto remodelado pelo d£^ Cruz, e a


Secgao I

^3*

morte uma transfIguragao semelhante a do Tabor, os

flels de Pavj^ prestaram um culto espont&neo ao seu tumulo« Nas proclssoes nao ousavam pisar a pe-

dra sepulcral que o cobrla. 0 blspo, o clero, os flels, compenetrados de profundo respelto, afastavam-se a dlrelta ou a esquerda, ao sublr e descer 03 degraus da escada do coro. "Quantos enslnamentos grandlosos e quantas

vlrtudes egreglas nao Insplrou e grangeou o beneraerlto taumaturgo mllanes! Ease santo recebeu ho-

menagens profundas, exerceu InfluencTas vlvlsslmas na multldao que se prosternava orando com fervor e

bel.lando mister

respeltosamente rodeH-la

a pedra do tumulo.

de uma balaustrada que os

Pol

flels

cobrlam de ex-votos de cera ou de prata, de quadros comemoratlvos; lampadas ardlam dla e nolte; clrlos constantemente renovados testemunhavam a gratldao popular.

A

Autorldade

eclesldstlca tenta refrear o

culto

nao autorlzado pela Igre.ja

"0 clero procurava, entretanto, refrear os ardores" de uma devoqao nao autorlzada pela Igre.ja.

0 blspo ^ Pavla, Joao Batista Blllla, compenetrado

de veneraqao pela memorla de Alexandre, temeu,

todavla, Incorrer na censura da Santa Se j mandou retlrar as l&mpadas, ex-votos, as oferendas que ornavam o tumulo de Alexandre e expllcou ao povo o

que em

detennlnava o seu modo de proceder. Pol

tudo

vao. Quando retlravam uma lampada ou um ex-vo-

outros, em duplicate, os substltulam e o povo aflula cada vez raals. 0 blspo perslstla na sua re-

solugao e, como melo preventIvo, mandou fechar as portas da Igre.ja, convencldo de que os flels esouecerlam a devoqao. Este alvltre, porem, nao deu resultado satlsfatorlo. Os flels a.joelharam-se dlante

das portas fechadas da Igre.ja,

penduraram

ex-votos e acenderam velas, correndo o rlsco de Incendlarem a Igreja. A catedral conservou-se fechada por espaqo de trlnta e dols dlas, desde do-

[jjj_ngo de Quasimodo ate a Ascensao. "Os

conegos, Inquletos; convenceram o

Blspo

de que nao era convenlente Interromper, por tao longo tempo, o servlqo dlvlno e Impedlr as homena-

gens trlbutadas ao servo de Deus, por melos Inu-


I'l.

Secgao I

tels

e

dos quals se poderlam origlnar

desordens

graves.

"Abrlram-se, pols, as portas da Igreja. 0 Blspo decide nao mais embaracar as manifestaQSes da devogao popular

"No

dia

imediato apareceu urn

grande

clrlo

aceso sobre o tumulo do santo. 0 Blspo desconflado

que fosse motejo, ordenou serlas pesqulsas, para saber quern poderla ter sldo o autor da mlstlflca-

gao. Soube-se que o clrlo havla sldo colocado por Jorge Plazzola, reltor da Igreja de S. Nlcolau. Mandou prende-lo. Este, porem, Justlflcou-se, alegando que procurara, dessa manelra, manlfestar o seu reconheclmento pela graga que obtlvera de Deus por Intermedlo do seu flel servldor.

"Ante tao slgnlfIcatlvos testemunhos» o Blspo

resolyeu

nao

mals embaracar as demonstracoes

da

devocao~popular* "A sobre

corporagao dos Mercadores mandou colocar, o tumulo, uin baldaqulm de seda; as assocla-

goes da Doutrlna Crlsta ofereceram um magnlflco estandarte com tapetes preclosos; l&npadas ardlam sem cessar; espalharam Imagens em que o representavam com a aureola dos santos e o deslgnavam pelo

tltulo

de

Bem-aventurado que

o povo

Ihe

havla

conferldo.

Sao

Roberto Belarmlno e o proprlo Papa Paulo V

o

conslderam santo

"Quando os procuradores do Blspo levaram estes fatos ao conheclraento do Cardeal Belarmlno, entao prefelto da Sagrada Congregagao dos Rltos,

este examlnou longamente e com a malor atengao uma dessas Imagens. "E ele mesmo", dlsse, conhecl-o, foraos amlgos; era realmente um santo.

"0 Papa Paulo V ^ ouvlr a relagao do Cardeal

Belarmlno^

declarou que nao tenclonava Impedlr

a

contlnuacao desse culto, mas desejava que fossem reglstradas, com exatldao, as maravllhas-operadas por Deus pela Intercessao do seu servo. 'E-nos

agradSvel', acrescentou o Soberano Pontlflce, 'ten notlcla das gragas admlrfivels concedldas por Deus, a

Intercessao do Bem-aventurado Blspo; nos tambem


Secgao I

15.

o conhecemos o conslderamoa deade aanto'» Em vlata deata clrcunatancla o Blapo de Pavla autorl-

zou

a devoQao doa flela ao aeu Pastor

venerando.

Eata devoQao espalhou-se per toda a Lombardla, pela Sabola, a Pranga, a Alemanha e a Corsega Teologoa

e

canonlataa aflrtnam a legltlmldade

do

culto

"Em 1625, em vlrtude do decreto de Urbano VIII prolblndo que se preataasem as honraa do cul to

aos mortos alnda nao beatlflcados ou canonlza-

dos, surglram duvldas sobre a legltlmldade do cul to consagrado ao servo de Deus. Fabrlclo Landrlnl, blspo de Pavla, consultou, a esse respelto, teologos e canonlstas.

"Com eloqiiente unanlmldade, declararam todos que o culto trlbutado a Alexandre Saull, Jatolerado pela Santa Se e pelos blspos locals, nao po dia ser atlngldo pela prolblgao.

"Em iB'iS, Joao Baptlsta Sfondratl mandou para

Roma

as peqas do processo apostollco do

prelado,

aflrmando que a devocao a esse santo estava tao enralgada no esplrlto dos povos que qualquer tentatlva para colbl-la serla a orlgem de perturba-

goes e esc&ndalos.

"No flce

dla de Natal de 1732,

o Soberano Pontl-

Clemente XI, promulgou o decreto enaltecendo

as vlrtudes herolcas do servo de Deus". Nota:

Santo Alexandre Saull fol

beatlflcado

em 1742 e canonlzado em 1904.

(B. Saull,

prensa, Hons.

DE

MAGDALENA, Vlda de

Santo

Alexandre

Offlclnas Graph, da Assoclagao da Boa

Im-

Recife, 1928, pp. 105 a 109 / Imprimatur; Rosalvo Costa Rego, Vlgdrlo Geral

28-11-1925).

9. "A devogao do povo ji. o havla canonlzado em sua veneracao e aprego..."

De

uma

(I542-I59I),

blografla

de

Sao

Joao

da

Cruz

colaborador de Santa Teresa de Jesus

na reforma do Carmelo:


l6.

Secgao I

"A populagao ubedenha (da cldade de Ubeda) que ouvlra o tanger dos slnos a flnados, se preclpltou no Carmo a notlcia de que all havia morrldo

urn santo, Svida de ver o rosto do bom frade que quase nlnguem conhecia, mas que todos admlravam. Parecla

uma romaria ou um dia de visitaa a igreja

dos Carmelitas para ganhar indulgenclas. Os ubedenhos empregaram toda especie de argucias para se apropriar de alguraa rellquia do finado, e os menos afortunados nos

tocavam

os rosSrios e outros objetos

seus restos mortals. Houve ate devotos que se

atreveram a cortar o seu hSblto ou a sua capa. For

multos lados voaram as suas rellqulas, prodlgallzando a manchelas gramas surpreendentes "A na

devoqao do povo que Jd o havla canonlzado

sua devoqao e apreqo, e a abundancla e

brllho

de seus multos mllagres, Junto com a fama, por certo

que

mereclda» de virtuoso £ santo, fIzeram

com

o Papa Clemente X o beatlflcasse em 25 d'e Ja

neiro de lb75 e ^e Bento XIII o Inscrevesse no catalogo dos Santos, em 27 de dezembro de 1726". (R. F. JOSE ANTONTO DS LR" MADRE DE DIUS

CD, San Juan de ^ Cruz, Editorial Sanchez Rodrlgo, Plasencla,'Ta. ed., pp. 84, 85 e 89 / Imprlml potest; R. P. Otlllo del Nino Jesus, Provincial).

10. Antes mesmo da beatlfIcaqao de Sao Vicente de Paulo OS flels o honram e Invocam

De

uma

blografla

de Sao Vicente

de

Paulo

(1581-1660):

"Q cultQ de Si Ylcente de EaulQ. —

Os flels

nao esperar^ a data da beatlflcacao, 13 de agosto

de 1729i paFa honrar e Invocar o Pal 5E ^fldade. Si" membros de suas duas Congregaqoes foram exemplares em cultlvar a sua memorla e propagar as suas vlrtudes. Antes mesmo da palavra da Igreja, o povo de Pranga pronunclava com amor e respelto o nome do fundador de tantas empresas de carldade". (Pe. JERONIMO PEDREIRA DE CASTRO, S.

Vicente

de Paulo, Vozes, Petropolls, 1942, p. 448

/ Com aprovagao eclesl^stlca).


SecQao I

17.

11. Ruas, colegloa, Reglmentoa colocadoa aob a protegao da Irma Tereainha do Menlno Jeaua, antea meamo de aua beatlficacao

Trechoa de cartaa da Madre Inea de Jeaus, IrmS de Santa Tereainha:

(Ac P. Prei Rodrigo de Sao Pranciaco de Pau la OCD, Poatulador da Cauaa de BeatiflcaQSo e Ca-

nonizaQao de Santa Tereainha em Roma): de

"Um patronato de Parla foi fundado com o nome Irma Tereaa; em outro lugar, o prefeito permi-

tiu

que

se de a uma via publica o nome

de

Santa'^TeresinKa'^. Eapero que este entusiasmo

nao

prejudique noasa amada cauaa (29-7-1913)". (A Mons. De Teil): "Que

guerra tao triate! E como ae

prolonga!

(I Guerra Mundial, de 191^* a 1918). "Ontem

recebi carta de um coronel que conaa-

grou aeu regimento a Irma Tereaa. Nela diz: 'Aqui, neate boaque do qual tanto ae fala e que ae encontra todo encharcado de aangue francea, temoa o projeto de levantar uma capelinha ao Sagrado Cora-

cao. Minha intengao e de que ^ um ^ aeua vitraia figure

a imagem de noaaa admirdvel aantinha (Irma

Tereainha). Eata capela ae levantarS com o dinheiro

de meua aoldadoa e a contribuiqao de meua ofi-

ciaia, Meu regimento colocarfi na erecgao deata ca pela todo o aeu cora^ao e todo o aeu agradecimento' (30-4-1915)". (Ao Gardeal Vico, Prefeito da Sagrada CongregaQao doa Ritoa e Relator da Cauaa de Santa Tere ainha):

naa

"Voaaa Eminencia verS noaaa Capela, nao apecoberta de ex-votoa de mfirmore, maa tambem

adornada

com

aa bandeiraa de quaae todaa aa

na-

Qoea. Temoa JS vinte e cinco, todaa de aeda, bordadaa

e dedicadaa a Irma Tereaa. De todoa oa pai-

sea noa chega eata homenagem com indeacritivel entuaiaamo. Aaaim o Braail. nao podendo empregar to do o dlnheiro coletado na compra de aua bandeira,

teve a ideia de no-la enviar em um magnlfico eato-


18.

Secgao I

Jo de madeira das Ilhas, maravilhosamente esculpido e que representa, por si so, um valor de milhares de francos (31-1-1921)".

Nota:

Santa

Teresinha

do

Menino

Jesus

(1873-1897) foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de malo de 1925.

(La

hermana ^ "Madrecita" de una Santa —

R. Ma?re Teresita,

Ines de Jesus (Paulina Martin) y Santa El Anp;el del Carmelq, Buenos Aires,

1953, pp. llFT 12o7 122^3). 12. A mae de Sao Domlngos de Gusmao, beatificada por Leao XIiem 1828, era honrada como Santa desde o seculo XIII

De uma biografia de Sao Domingos de Gusmao: "Parece

entretanto provado que, seja do Is^do

dos GusmSn, seJa do lado dos Aza, nosso santo (Sao Domingos) descendia de nobres cavaleiros que, durante vfirios seculos, combateram pela pStria espanhola e a fe crista. Seus pais eram pledosos; hon rada

como uma santa desde o seculo XIII, sua

mae

Joana foi beatificada por Leao XII em l"8'28". (JEAN

GUIRAUD, Saint Dominique, Librairie Victor Lecoffre, Paris, la. ed., 1901, p. 't).

13. "Ela vai nos a.ludar l£ no Geu. Era uma santa"!

De uma biografia da Mae de Sao Joao Bosco:

"4 hoca dfi DeUS. — 'Dom Bosco se retirou, obedecendo a vontade"expressa da mae que, poucos Instantes depols, entrava em agonla'. "Eram 3 horas da madrugada do dia 25 de vembro de 1856.

no-

"'Dom Bosco, que nao se tinha deitado, ouviu OS passos de Jose que vinha ter com ele. A piedosa mulher

tinha voado ao ceu. Os dois Irmaos entreo-

Iharam-se pranto*.

sem

nada dizer e romperam

em

copioso


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^iBltlB!

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>^■■1 'HI 'llli iWI II

Vitral (^t direita) dedicado ^ mae de Sao Joao Bosco, na Igreja de Nossa Senhora do Sufragio, em Medellin (Coldmbia). Nao esta representada com aureola ou resplendor, pois nao foi canonizada ou beatificada.


20.

Sec^ao I "B

oa

menlDQa? — 'Nao se pode descrever

a

dor, 08 solugos, o choro desconsolado, quando receberam

a

Infausta notlcla de que a mae

Bosco — a mae deles todos —

de

Dom

nao exlstla.

"'— Perdemos nossa mae, mas estou certo de que ela val nos ajudar Id do ceu» Era uma santa!' "Pol o que disse'Dom Bosco aos meninos reuni— dos, querendo consold-los. "* Era

santidade,

uma santa!' E o que dizia um mestre de

era a voz de um dos maiores santos

da

declaragao encontra eco no coragao

de

Ip:re.1a.

"Essa

todos nos, de quantos amam Dom Bosco". (FAUSTO CURTO, A ^ Dom Bosco, Editorial Dom Bosco, Sao Paulo, 1979, p. 131)•

1^1. As^ religiosas de Santa Clara consideravam a santidade de sua fundadora

apenas inferior a de Nossa Senhora

ras

Relato do depoimento da Abadessa e das freido Convento de Sao Damiao, no processo de Ca-

nonizagao de Santa Clara de Assis (1193-1253)i "No dia 2k de novembro, Mons. Barthelemy, se-

guido de seu tribunal, se apresenta em Sao Damiao. Faz Jurar as treze Irmas de dizerem a verdade sobre o que elas sabem de Clara, sua Mae, e recebe no

claustro seus depoimentos. A estas treze Irmas

acrescenta-se uma decima quarta e depois uma deci-

ma quinta, doente na enfermaria. "No

dia

28 do mesmo mes, as

depoentes

sao

reunidas de novo no claustro, e a uma so voz, uni-

das

a sua Abadesa, Soror Benedita, atestam sob

a

fe do Juramento a santidade de Clara, que elas nao

creem

inferior

Maria""

CJ'ai

connu

madame Sainte Claire — Le proces de

cano-

nisation

senao a da Virgem

de Sainte Claire du Cedre, Paris, 1961, p.

d • Assis, lies editions / Imprimatur: J. Gas-

ton, Vic. gen., de Toulouse, 12-7-1980).


SecQao I

21.

15. "Tudo o que se pode dlzer da .santldade de utna tnulher, depols da VIrgem

Harla, podla-se dlzer de~5'anta Clara" Do

depoimento

Christiano

da Irma Cristiana de

Messire

de Parisse, no processo de Canonizaqao

de Santa Clara de Assis;

"A depoente continuou dizendo que a perfeiqao e a honestidade de vida da dita Senhora Madre Cla

ra

foram tais que ela nao as conseguiria

ver.

deacre-

Porque, assim como ela o cria firmemente,

Bem-aventurada

Madre era, em todos os seus

a

atos,

chela de vlrtudes e chela do Esplrlto Santo. Do mesmo modo, ela pensava que tudo o que se pode dl zer da santldade de uma mulher, 9'epols"?a VTrgem Maria,

podia ser dlto, em toda verdade, de

Clara". (J'al

connu Madame Salnte Claire

proces de

canonisation

se,

Editions du Cedre, Paris, 19bl, p. 5 7

Les

Imprimatur: 12-7-1^60).

J.

Gaston,

de Salnte Claire

Santa

-- te

Vic. Gen.

de

d'Assl-

Toulouse,

16. "Caetano £ grande dlante de Deus £

seu lugar no coro dos Seraflns"

Conta um blografo de Sao Caetano de (IMBO-IS'^T), fundador dos Teatlnos: "No momento mesmo da morte de

Thlene

Sao Caetano de

Thlene, parece que dela teve conheclmento a dlstSncla Sao Pedro de Alcantara. Enquanto Caetano de

Thlene

explrava

com a mesma

em NSpoles, terla ele

Intulgao de vldente

exclamado

com a qual Santo

Afonso de Llgorlo, mals tarde, anunclard aos famlllares a morte

do papa Ganganelll: — *Ahl, em um

ponto da terra delxou de haver uma forte para a santa Igreja!'. "Santo

NSpoles em

coluna

Andre Avelllno, precloso recoletor em

das memorlas do Santo, alnda

esvoagantes

Sao Paulo Malor, Interpelado a respelto, com a

sua exuberSncla dlsse: 'Caetano e grande dlante de Deus e tem seu lugar no Coro dos Seraflns*. E o

expllcava asslm: 'Quem, depols dos Santos Apostolos, demonstrou mals fe do que Caetano? Quern, com-

parado a ele, pode dlzer-se mals humllde? Quern, em


22.

Secgao I

confronto

com

ele, mals despldo e desapegado

da

terra?' ....

"Sao

Caetano .... fol proclamado

santo pela

voz do povo, com uma veneragao Intelramente espon-

tinea.

Quando

o PontlfIce Clemente X, em

12

de

abrll de 1671, o canonlzou, pode-se dlzer que ele legltlmou, nos coragSes, um culto que estava dlfuso por toda parte". (PIERO CHIMINELLI, San

Gaetano Thiene, Soc. An. Tlpograflca Pra Cattollci

Vlcentlnl 9^11

/

Editrlce, Vlcenza, 19'l8, pp. 938, 939 e

Imprimatur; Pranclscus

Snichelotto,

Vic.

Gen.).

17. "Parece-me que nosso bem-aventurado Padre era uma imagem viva em que estava pintado

o Filho~de Deus, Senhor Nosso" Santa

Joana de Chantal escrevia em carta,

a

respeito de Sao Francisco de Sales (1567-1622): "'Oh, Deus meu! atrever-me-ei a dize-lo? Sim, eu o direi: parece-me que o nosso bem-aventurado Padre era uma imagem viva em que estava pintado o

Filho de Deus, Senhor Nosso. Porque, verdadeiramente, a ordem e a economia desta santa alma era toda

sobrenatural e divina. Muitas pessoas disse-

ram-me que quando olhayam este bem-aventurado, parecia-lhes

ver Nosso SeHhor na terra^ (E. M. BOU-

GAUD, Historia de Santa Joana""?. F. de Chantal, t. 1, p. 167)". (Pe. RAMON J. DE MUNANA SJ, Verdad 2. Vida, Editorial El Mensajero del Corazon de Jesus, Bilbao, 19''7, Tomo I, p. M37). 18. "Foi quern melhor reproduziu na terra OS exemplos vivos do Filho de Deus"

Ainda sobre Sao Francisco de Sales, depoimento

de Sao Vicente de Paulo no Processo de Canoni-

zagao:

"0

fervor do Servo de Deus, disse ele,

Ihava em seus coloquios intimos

que

o

bios.

ouviam ficavam como que presos a seus Tinha

bri-

e familiares.

a ciencia de acomodar-se a cada

Os

llium.


SecQao I

23.

mostpando-se

assuntos

acesslvel a todos. Consultado

Importantes,

sobre

sobre escrupulos de

cons-

clencla, ou sobre qualquer outra materla, nao delxava seu Interlocutor

antes de te-lo satisfelto e

consolado. Repassando em meu esplrlto as palavras do Servo de Deus, slnto tal admlracao, que me Incllno a pensar que fol ele quem melhor reproduzlu

na terra os exempTos vlvos do Fllho de Deus". TTTT "Eu

mesmo

ful testemunha de como

moderou

e

apazlguou ele as palxoes da alma e os gozos do es plrlto..., pois de tal sorte submetera ao imperlo da razao as palxoes e movlmentos da alma, que nao so conservou sempre o mesmo teor de vlda, como nem

sequer se refletlam na sua flslonomla os aconteclmentos prosperos ou adversos". (FERNANDO FURQUIM DE ALMEIDA, A graqa proprla dos Fundadores, Secgao "Callcem

Domini

blberunt" In

"Catollclsmo",

n.

IIM, Junho de I960). 19. "Estou tao certo de sua gloria no ceu, como se a vlsse com meus olhos corporals"

De uma blografla de Sao Joao (I599-I62I), da Companhla de Jesus: "Os

alunos

Berchmans

do Coleglo Romano, entravam

nas

aulas quando as badaladas do slno anunclaram que a alma de Berchmans havla delxado a terra.

"Os

cursos foram Imedlatamente suspenses. Os

gemldos e as l&grlmas de mestres e alunos mlsturaram-se, e todos celebraram a porfla os louvores de Berchmans.

0 padre Diego Slcco, professor de teo-

logla, fez sem demora, e com os olhos nadando em iSgrlmas, o paneglrlco do santo estudante. Ao termlnar, dlsse o que mals tarde escreveu. 'Orar pela alma de Berchmans, serla fazer Injurla as promessas dTvlnas. Devemos dar graqas d. Bem-aventurada

Vlrgem por haver sldo chamado para o ceu, urn fllho tao

dlgno dEla. Nunca vl na sua pessoa, colsa que

nao

fosse

conforme as lels de Deus, e as

nossas

Regras; e eu estou tao certo da sua gloria no ceu, como

se

(pe. ITT

a

J.

vlsse

com

meus

olhos

M. CROS SJ, Vlda ^

corporals *".

S.

Joao

Ber-

chmans, Duprat i Comp., Sao Paulo, T912, p. 3b5 / Com llcenga da autorldade ecleslSstlca).


Secgao I

20. "Se ela nao est& no paralso. entgo ngo hg nlnguem T5l"

•Mons. Salottl (depols Cardeal) recolhe o tes-

temunho de vgrlos Santos, sobre a santidade de Ana Maria Taigi (1769-1837), beatificada em 1920: "0 VenerAvel Bernardo Clausl. que muitas vezea tinha experimentado a eficAcia das oraqoes, das luzes e dos conselhos da Bem-aventurada, quan~ do

soube

de sua morte bradou enfaticamente:

'Se

ela "So estg no paralso. entgo nlo hg ninguem Ifil'

0 Beato Uaspar del BOfalo (canonizado em 12-0-195^), consternado por ter Roma perdido tao grande senhora, assim exprlmiu sua profunda dor: 'Quando

o

Senhor chama a si certas almas

a

Ele

nulto caras, e sinal de que nos quer castigar. Preparemo-nos para ser aqoltados*. 0 Venerfivel Vi-

cente Pallottl. cuja causa de beatlTlcaqao estg~~em Pleno curso no momento (beatificado em 22-1-1950), teve provas da particular proteggo da Serva de Deus depois de falecida, tanto que afirmou dese.iar constitui-la secretlria plenipotenci&ria Junto ao trono da Santissima ifrindade. para suasobras. A

Venergyel irmg Mafia Eufrgila Pelletier (beatificada em 30-^1-1933 — canonizada em 3-5-19^0), fundadora das Irmgs do Bom Pastor, tendo ouvido o pledoslssimo Cardeal Odescalchi falar muito bem venerou-a grandemente e confiou g sua inter-

ceasgo todos os assuntos que tinha necessidade de tratar era Rona. B todo ura coral de louvores e de elogioB sinceros que atestain a reputaggo comuin de santidade. a qual se revigorou apbs a moFte de Ana

"Poi verdadeiraraente surpreendente que a vida de

Una pobre mulherzinha fosse tgo universalmente

procurada e preferida gs vidas de tantos santos, antigos Igre.1a.

e novos. que tanta grandeza trouxeran g Be onde o dese.lo vivissimo de possulr o

retrato ^ Ana MarTaTaigi. e o pedido continue de

SUM

reliquias

que vinha de todas as

mundo". (Mons. CARLO SALOTTI,

partes

do

Beats Anna Maria

— Madre di Faraiglia. Qrottaferrata- —9Mio-

la Tipografica Italo^rientale "S. Mile", 1923, PP* 377-378 / Iropriraatur: Pr. Albertus Lepidi OP, S.P. Ap. Magister. Xmpriraatur: Can. Sylvius de Angelis Vic. Qen. Dioec. Tusculanae).


SecgSo I

25.

21. "Nunca vl copia mala verdadeira do Divino Mestre"

Mons.

de

v&rios

Francis Trochu apresenta o

Sacerdotes

sobre Sao

depoiraento

JoSo

Baptista

Vianney, o Cura d'Ara (1786-1859): "Ougamoa agora aquele que foi seu prelado du-

rante 29 anos. Em I838 o P. Tailhades, de Montpellier, depois de uma estada de 2 mesea com o Cura d'Ara, encontrou-se com Mons. Devie. OP. Tailhades com

tomara alguns apont£unentoa sobre o Cura d'Ara o intuito de imprimir urn opuaculo. Para isso

precisava da aquieacencia do biapo de Belley. Entao, conta o referido sacerdote, 'S. Excia., aproveltando a oportunldade para conhecer minha niao sobre o P. Vianney, perguntou-me: — pensa

urn

opi'Que

V.Revma. sobre o Cura d'Ara? — Creio que e

santo'. respondi. 5 Sr. Bispo acreacentou; '^u

tambein

^penso como V. Revma"' (Processo OrdinArio,

p. 1525) "0 P. Toccanier, seu coadjutor durante anos, assim fala do nosso Santo:

seis

"— Aproximavam-se dele como de uma reliquia. Jamais vi tanta energia e tanta for^a de vontade. Nada o abatia; nem as contradiqoes, nem as enfermidades, nem as tentagoes. Mostrou constantemente

a mesma coragem na prAtica da virtude e no devotamento ao proximo. Era tao surpreendente a sua vir tude que causava admiragao a quantos o viam. Era

uma

forga tranqiiila como vinda de Deus; uma forga

invenclvel. sos,

Os peregrines, ate mesmo os

religio-

pertencentes as ordens mais austeras, diziam

nSo haver necessidade de outros milagres que aquela forga, para se convencerem de sua santidade

(Processo

apostolico genere. p. 178; Processo Ordin&rio, p. I60) "0 P. Joao Luis Borjon, antigo cura de Amberieux-en-Dombes, que muito fez sofrer ao Santo e a

quem este perdoou de todo o coragio, diz: "—

grandes

Encontrei nele as virtudes que fazem

os

santos.

"De outros sacerdotes que tambem tiveram oca-

siSo de o conhecer, sao as palavras seguintes: "— 0 P. Vianney

era

a imagem

viva da vida


26.

Sec^ao I

sobrenatural... (Conego Joao Gardette, capelao das carmelltas de ChSlons, Processo apostollco ne pe-

reant, p. 921). A perfeiQao que pregava^aos outpos era a regra austera de sua conduta. 0 movel de todas as suas aqoes, de toda a sua vlda fol a fe.

.... (Pe. Raymond, Processo OrdlnSrlo, pp. 306

e

290). Sempre notel nele a perfelcSo das virtudes .... (Pe. J. B. Descotes, mlsslonarlo dlocesano de

Belley, Processo Ordindrlo, p. IB'JB)- Nunca vl 06pla mals verdadelra do Dlvlno Mestre .... TPe. Estevao Dubouls, cura de Parelns, Id., p. 12^6). A fellcldade

que

tlve de conhece-lo fol uma

graqa

especial de Deus (P. Paivre, Processo Ordinfirio, p. II193)". (Conego PRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolis, 2a. ed., I960, pp. 3^9-370 / Imprimatur: Luis Pilipe de Nadal, Bispo de guaiana, 29-6-1959).

Uru-

22. "A ciencia materialista deplora a perda

de Perrini como s&bio, ma3~a ciencia crista venera-o como a \m santo"

de

Conferencia realizada em Milao a 25 de margo 1905, pelo Dr. Luigi Olivi, grande promoter da

Causa

do Beato Contardo Perrini (1859-1902), bea-

tificado em 19'<7:

"Poi grande nele a ciencia, porem maior ainda a Pe, e a sua ciencia foi profunda, porque mais profunda foi a sua convicqao religiosa. A Pe e a ciencia sempre andaram nele par a par, iluminando-se e completando-se reciprocamente. Que exemplo para a mocidade! A ciencia materialista, que nao quer saber nem de ideal nem de vida futura, deplo

ra

a

perda de Perrini como sSbio, mas a

ciencia

crista venera-o como a santo. Mltiga-se a nossa dor por pensamentos consoladores e sobre 0 seu tu-

mulo eleva-se tranqiiila e majestosa a imortalidade dos santos". (Padre H. W. SPYKER SJ, Beato Contar

do

Perrini. Vozes, Petr6polis, 19'*5, p. 163 / Com

aprova^ao eclesiistica, 30-12-19'l'l).


ii Nq msiSDlQ sgamQ da mQgtg

dfi raullQS iiE¥Qi de ggus gggega a ^iseuta qqc

cellQU|§§ 3U|s> dlcelaa § Indicelas

23« Cardeals e Blspos colocavam seus anels sobre as maos de Santa Clara,

para aH^ulrlrem a vlrtude que delas se desprendla Da Legenda de TomSs de Celano Clara de Assls (1193-1253):

era

sobre

Santa

"A devogao dos flels em torno de seu corpo tao grande que Cardeals e outros Prelados fl-

zeram colocar sobre as maos""da vlrgem seus preciosos anels para que eles pudessem adqulrlr um pouco

da vlrtude que se despr^dla dos dedos~muTFo santos" (J'al connu Madame Salnte Claire, Le Proces de

Canonisation

Editions

de Salnte Claire

d'Asslse"

Les

du Cedre, Paris, 19bl, p. 13 / Imprima

tur: J. Gaston, 1^7-1960).

Vic.,

gen.,

de

Toulouse,

2^. Devotos "saquelam" a cela de Santa Gertrudes sem delxar colsa que tlvesse usado ou tocado com suas maos

De

uma blografla da prodlglosa vlrgem

Santa

Gertrudes a Grande (1256-1301):

"A prlmelra que flzeram depols dlsto (da morte

de

Santa Gertrudes), fol saquear a sua

cela.

tomando a porfla suas pobres vestes por rellqulas.


28*

Secgao I

seni

delxar coisa que tlvesse usado, ou tocado com

suas maos, crendo que de seu contato tinham flcado

tao santlflcadas, que podeplam dar saude a multos: e

nao

se enganaram, porque operou Deus pop

elas

multos milagpes, como vepemos adiante, pelo que fopam pedldas, e estimadas de toda a cpistandade, como de Santa, e tao valida do Senhop". (Pp. JUAN DE CASTANIZA, Vida de la ppodiglosa Vipgen Santa Qeptpudis

la Magna. Administpacion del Real Apbi-

tpio de Beneflcencia, Madpid, 180^1, p. 313). 25. Devogao fepvoposa em topno do cadSvep' de Santa Catapina de Genova

De

uma

vida

de Santa

Catapina

de

Genova

(11'I7-1510), canonizada pop Clemente XII em 1737: "A afluencia em topno do santo coppo foi tao gpande, que foi necess&pio deix&-lo exposto dop oito dias, a fira de satisfazep ^ devogao publica. Dupante todo esse tempo, a igpeja nab se esvazia-

va, da manha ate a noite, e urn clamop de admipagao peppassava tao

a multidao, a vista de uma consepvagao

mipaculosa.

Os tecidos que cobpiam

o

santo

coppo topnapam-se logo insuficlentes papa satisfa zep o fepvop da devogao. Alguem appancou fuptivamente tepia

uma de suas unhas, e este ato com cepteza sido imitado, se nao se houvesse tornado a

ppecaugao de colocap em segupanga o ppecioso deposito. Poi ele colocado em uma capela defendida pop uma gpade que o deixava vep aos que o vinham visitap; e Deus continuou a raanifestap o podep das ppeces de sua sepva, raultiplicando os ppodlgios em favop dos que pecoppiam a sua Intepcessao". (Abbe POSTED, Vie de Sainte Cathepine de Genes. Libpaipie Catholique et Glassique de Fepisse Ppepes, Papis, 1881, p. 1^3).

26. Funepal de SSo Pio V: todos quepiam tep um pedaco de seus opnamentos

pontificals ^ disputavam seus cabelos e sua bapba De uma histopia dos Papas:

"A dop dos pomanos foi igual a venepagao que ppofessavam pelo santo Pontlfice (Sao Pio V). Hou-


Secgao I ve

urn

guarda

29.

concurso

Imenso de povo nos

funerals.

A

sulga foi obrigada a se interpor para pro-

teger o corpo do Santo contra os excessos da veneragao. Todos queriam ter urn pedago de seus ornamentos pontiflcios; disputavam-se sua barba e seus cabelos; os menos favorecidos queriam ao menos fazer

tocar em seu caixao tercos ou outros

de

ob.jetos

devogao". (J. CHANTREL, Histoire Populaire des

Papes, Saint Pie V et Sixfe-Quint, C. billet, Pa?Tt7"l862, VolTTlX,"pp. lb7-lbB). 27. Dificuldades em enterrar o Padre Salmeron; cada um queria uma rellquia

0

famoso Jesulta Padre Pedro de

narra em sua Vida meron (1515-15^5):

"Quando toda

a

e

Morte

do

Ribadaneyra

Pe.

Afonso Sal

se soube da morte do Padre Salmeron,

cidade acorreu a nossa casa para ve-lo

beijar-lhe

a mao. 0 Arcebispo de Nipoles veio

e

ao

enterro com o Cabido e o Clero, em trajes pontifi

cals. Acabado o oflcio, foi tanta a gente que acorreu, tanto Senhores, Cavaleiros £ Mlnistros reals, como pessoas do povo, que nao se pode fazer

o enterro, porque uns Ihe cortavam os cabelos £ a Farba, outros as unhas dos pes; outros pedagos de

suas

vestes, atF que, com um estratagema, se con-

seguiu das

despedir as pessoas e,

de noite, fecha-

as portas da igreja, e presentes apenas os da

casa, o enterraram". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vida ^ muerte

de

del

P. Alfonso de Salmeron. in

Historias

la Contrarreforma, BAG, Madrid, 19^*5, p. 595 /

Imprimatur:

Casimiro,

Obispo Aux. y

Vic.

Gen.,

31-3-1915).

28. De Sao Luis Gonzaga, cortaram-lhe as

vestes, os cabelos,

unhas, e ate duas articuTagoes do dedo minimo da mao direita

Funeral e manifestagoes de devogao em relagao

a Sao Luis de Gonzaga (1568-1591), num livro sobre sua vida:

**0s dois Padres que assistiam Luis (Sao Luis de Gonzaga) na sua morte julgaram ter recebido do


30,

Secgao I

Senhor uma grande graga; com efelto, eles tinham sldo preferldoa em relaQao a tantos outros qua de~ sejavam eatar preaentea na ocaalao da morte deaae aanto Jovem. Pouco antea de aua morte, ele Ihea aaaegurou qua oa racomandarla a Deua durante todo o tempo de auaa vldaa. Elea aentlram em breve oa fellzea

efeltoa dlaao. 0 Padre mlnlatro encontrou

uma paz de eaplrlto perfelta e uma aenalvel conaolagao,

e o P. Guelfuccl aentlu neaae momento

uma

devo^ao particular, uma grande dor de ter ofendido a Deua, e um ardente deaejo de melhor 0 aervlr aegundo oa conaelhoa de Lula. Eata viva impreaaao nao durou nele aomente alguna meaea, maa anoa, nem

aempre sioea

com Igual vivacldade, maa conforme aa oca— mala ou menoa importantea.

Por devogao, todoa deae.lavam uma rellquia aua "Eate

meamo

Padre deae.1ava,

por devogao

a

Lula, ter qualquer colaa que tiveaae eatado no aeu uao, e nao ouaando

entretanto tocar no aeu corpo,

pegou ^ conaervou oa cordoea de aeua aapatoa, aa penaa de que coiaaa

ele ^ aervia para eacrever ^ outraa

aemelhantea.

Oa enfermeiroa, tendo

vindo

para lavar o corpo e prepar5-lo antea de o veatir, aperceberam-ae, ao tirS-lo do leito na preaenqa

doa doia Padrea, que ele tlnha aobre o aeu peito^o cruclflxo de bronze, de que falamoa, e do qual nao

ae

aeparava hS tres diaa. Ao deapl-lo, elea viram

tambem que ele tinha noa Joelhoa

doia groaaoa ca— loa, cauaadoa pelo hSbito que tinha deade a infan— cia de fazer todaa aa auaa oragoea de Joelhoa. Al

guna, por devogao, cortaram parcelaa deaaea caloa, e conaervaram-noa como outraa tantaa reliquiaa. um

3^oa

enfermeiroa,

Ihe

faziam,

atendendo ao pedido que

quia cortar.carne, maa errou

alguna e

nao

cortou aenao pele, que, aplicada a um doente o curou.

Haia do que rezar "por" ele, rezavam "a" ele "Mai

havia

Lula expirado, muitoa

doa

aeua

mala Intimos amigoa, aviaadoa por um doa Padrea de

que

o noaao anJo tinha voado para o ceu, levanta-

r«im-ae imediatamente cheioa de fervor, e acorreram

para ae recomendarem i aua protegao, certoa de que ele

tinha chegado a bom porto. Muitoa fizeram en-

tao

por ele aa oragoea que Ihea tinha pedido

por


Secgao I amlzade

31. antes da sua morte. Na manha seguinte, 21

de Junho, mal fol dado o slnal para o despertar, que a enfermarla onde estava o corpo nao podia mais conter o grande numero de pessoas que acorreu al. Rezavam por ele, mas se recomendavam alnda mais a ele; muitos se lanqaram sobre os seus sapatos, sobre uma camlsola e outras vestimentas de seu uso. Enfim, levaram o corpo a capela domestica.

Nao se cansavam de o proclamar santo

"Muitos

dos seus Irmaos, dominando o

horror

que se tern normalmente de tocar num morto, aproximavam-se

to, e

do caixaOj beijavam por devogao o defun-

nao se cansavam de chamfi-lo santo. Todas as

missas

que se disseram nesse dia no colegio e nas

outras casas da Companhia em Roma foram celebradas

na

intengao dele, se bem que muitos nao Ihe apli-

cassem o fruto senao para se conformarem ao costu

me, certos que estavam de que ele nao tinha necessidade disso.

Embora fosse

simples seminarists,

ate os

Padres

vieram oscular suas maos

"Para

todo

o

estado

bem compreender que sensagao causou em

colegio a morte de Luis, era precis© ai presents. Nao se falava senao

virtudes

e

ter

das suas

da sua santidade; cada um lerabrava

o

qui i^inha vistoTTTas o cora^ao dizia mais do que as palavras, ao recordar a perola preciosa que tinham perdido.

"A tarde, pelas seis horas, antes de rezar o oficio, transportarara o corpo da capela domestica

para a grande sala onde os Padres e os Irmaos es tavam reunidos. 0 h&bito era de beijar a mSo somente aos Padres; mas, se bem que Luis nao tivesse senao as ordens menpres, a ideia que fazl)^ ^ sua santid^e levou todo mundo, mesmo os Sacerdotes, a Ihe bei.jar a mao.

Seu corpo e levado em procissao

"Depois

desse piedoso testemunho de

levaram processionalmente o seu Annunziata,

do colegio, onde, segundo o

salmodiaram o oficio dos mortos.

estima,

corpo a Igreja da costume,


32.

Secgao I

Altos personagens dlsputam suas rellquias

"Depois do oflclo, houve uma tal concorrencia

de estudantes mavam

e ^ outras pessoaa que se aproxl-

do corpo para o homenagear e dele pegar re

llquias,

que OS Padres, nao podendo domlnar esta massa de gente, foram obrlgados a fechar as portas da Igreja. Pol nesta ocaslao que Ihe cortarani ^ vestes, OS cabelos, as unhas, e ^ duas artlculagoes

dedo tnlnlmo da mao dlrelta. Entre os

dlvldlram

que

entre si estas rellquias encontravam-ae

Pom Francisco Dletrlcht, mala tarde Cardeal ^ Santa Igreja, Bento e Pllipe Gaetanl, Julio Oral-

nl. Pom Maxlmlllano Femesteln, lluatre Senhor da Boemla, que morreu camarelro secrete do Papa Clemente

VIII, ao qual tomou urn grande pedago da ba-

tlna, que eu vl nas suas maos.

Seu corpo e tratado ele todo como uma rellqula na

"Quando chegou o moment© de colocar o^ corpo sepultura, os principals Padres do coleglo, e

entre eles o Padre Bellarralno (Sao Roberto Bellar-

mlno), foram da oplnlao que nao convlnha^confundl-lo com OS outros, mas deposltS-lo num tumulo par

ticular;

porque, em conslderagao de

santldade,

tao

grande

Peus nao delxarla de o glorlflcar

aos

olhos do mundo tanto quanto ele se tlnha apllcado em ser pouoo conhecldo. Entretanto, como o costume da Companhla era de enterrar os mortos sem calxao, o Reltor envlou o Padre mlnistro receber as ordens

do Padre Geral, o qual declarou que o devlam colo car

num calxao, e que ele dlspensava do uso comum

com tanto raals boa vontade quanto estava persuadldo da santldade slnpgilar desse Jovem JFmao. Pode-se Julgar por al que Idela tlnham de Luis, uma

vez

que fazlam para ele colsa tao extraordlndrla,

tratando

Ji o seu corpo como uma rellqula* 0

precloso

cadaver fol entaocolocado

num

seu

calxao

felto sob encomenda, e enterrado na capela do Cru-

clflxo, no lado esquerdo da Igreja do coleglo. Multos vlsltavam seu tumulo

"Purante vfirlos dlas, nao se tratava de outra colsa senao do santo Jovem; veneravam-no morto, nao tendo nials a fellcldade de o homenagear vivo. Tod^os OS dlas, varlos lam ao seu tumulo para se


SecQao I

33«

recomendar

a

aua protegao. Eles Ihe

deram

esta

prova de conflanga e de veneragao durante todo tempo que permaneceram em Roma.

o

Um Padre cobrla o tumulo de flores, todos os dlas

"0

que tal

Padre Antonio Valtrino, vindo da Slcilia,

nunca tinha visto Luis, concebeu por ele uma devogao ao ler o meu livro, que nao contente

de Ir

todos

os dlas rezar ao seu tumulo,

colhia

no "Jardim flores que semeava sobre a sua sepultu-

ra. Ninguem, dizia ele, merece mais esta^homenagem 3o

que aquele que cultivou no seu coragao as flo

res de La vie

tantas virtudes". (Pe. CHARLES GLAIR SJ, de Saint Louis de Gonzagi^, Librairie de

Firmin-Didot et Cie., Paris, lti91, pp. 26? a 270). 29. Durante as exequias de Sao Vicente de Paulo, o entusiasmo extraordin&rio do povo leva alguns a arrancar fios de seu cabelo

para conservar como reliquias

Exequias de Sao Vicente de Paulo (158I-I66O), patrono das obras de Caridade:

tais

"0 e

Durante

corpo foi revestido dos hSbitos sacerdocolocado na ega, na igreja de S. L^zaro. o dia e a noite, seis padres,

revestidos

de sobrepelizes, rezavam. Junto ao corpo, o oflcio dos

mortos. A multidao dos pobres enchia,

inces-

santemente, a igreja. Na capela-mor, viam-se muitos bispos, principes, magistrados, religiosos. Todas

as

nobres Damas de Caridade e as Irmas

de

Caridade revezavam-se, banhadas em iSgrimas, tocando os objetos de piedade nas maos do Santo,

beijando-lhe os pes e essas maos, santificadas pela prfitica de tantas virtudes, Algumas pessoas chegavam a arrancar-lhe alguns fios de cabelo da cabega. Os padres da Missao precisaram ser energi-

cos, impedindo este entusiasmo extraordinSrio

do

povo". (Pe. JERONIMO PEDREIRA DE CASTRO, S. Vicen-

te ^ Paulo, Vozes, Petropolis, 19'^2, p. TTO? / Com

aprovagao eclesiastica).


S'l.

Secgao I

30. 0^ mala afortunadoa cortaram OS cabelos de Santa Rosa e

houve quem Ihe amputaaae um dedo

Relato

da devogao popular quando das cerlmo-

nlas funebres de Santa Rosa de Lima (1586-1617), a primeira Santa canonizada do Novo Mundo:

"Chegado

o momento de conduzir o cadfiver (de

Santa Rosa de Lima) ao convento de Sao Domingos, foi tal a aglomeragao de gente, que encheram as ruas desde a casa onde falecera ate o dito conven

to, sem que fosse posslvel ao proprlo Arcebispo penetrar por entre aquele apertado concurso de fieis. Assistiram ao cortejo o cabido metropolitano, a cSmara municipal, todas as comunidades e confrarias da cidade, sem nenhum convite. "Suas

vestimentas

(de Santa Rosa

de

Lima)

eram despedagadas e arrebatadas com tal avldez, que foi necessArlo renova-las por seis vezes. Os

mais

afortunados cortaram os seus cabelos £ alnda

houve quem com os dentes Ihe amputasse um dedo.

"0 povo nao queria permitir que fosse enterrada, pois' nao havia sinal de corrupgao, e para nao se ver privado de sua vista, de tal maneira se

agrupou

ao redor do feretro, que nao sendo possl

vel move-la do lugar, houve necessidade de persuadir aquela gente de que o enterro seria apenas no dia seguinte. Retirou-se por fim, e levaram a San ta ao capltulo (e all a enterraram); mas quando a tarde abrlram a igreja e o povo deu pela falta de seu corpo, rompeu os ferrolhos do claustro, e qual

onda impetuosa langou-se ao capltulo para rezar Junto a seu tilmulo e levar consigo a terra como preciosa rellquia. "Durante um mes nao cessaram as peregrinagoes

da multidao a casa onde morreu e ^ convento aonde

^i enterrada, venerando os lugares por ela~8antificados, OS instrumentos de suas penitencias e tudo quanto mais de perto recordava a sua querida

Sa^nta".

. Fr. VTCTORIl^O OSbiNDE, mislonero doml-

nicano, Santa Rosa de Lima, Lima, ^a. ed., pp. 154 -I55 / Con las debidas llcencias).


Secgao I

31. "Arrebataram-lhe o cruclfIxo, o terQO» o barrete,

OS sapatos ^ multos ate os cabelos"

De

uma blografia de Sao Joao Berchmans

(1599-1621), da Companhla de Jesus: "A notlcla da morte de Berchmans, espalhou-se

depressa em Roma, pelos dols mil estudantes do coleglo Romano.

"Logo uma multldao de rellglosos e de secula— res, correu pressurosa a rodear o corpo do Bem-

-aventurado exposto na Igreja, apesar de haverem fechado a porta principal que comunlca com a rua. "Num mlnuto desapareceram as floras qua adornavam o esqulfe; dapols, nao obstanta a raslstencla

dos Padras encarregados de proteger o

arrebataram-lhe

corpo,

o cruclfIxo, £ tergo, £ barrete,

OS sapatos e multos ate os"cabelos. A custo conse-

gulram afastar os Indlscretos, e a Igreja fol

aberta. Uma onda de povo preclpltou-se para dentro. 0 respelto que a prlmelra vista Imprlmlu o

corpo de Berchmans, Impedlu a desordem, porem dai a pouco, alguns dos asslstentes tendo conseguldo a consolagao de beljar pledosamente as maos do defunto, OS guardas foram empurrados por^uma multl dao fivlda de satlsfazer a proprla devogao.

"Comegaram entao a falar de multas curas mllagrosas que acabavam de operar-se; dlsso resultou urn rumor IntermlnSvel, que abafava o canto dos sacerdotes. As vestes do santo foram despedagadas, cortaram-lhe as unhas, e ate urn dedo d£ £e. Somen-

^e depols ffe um trabalHo Inaudlto puderam colocar sobre o corpo quase todo despojado, os pedagos de um pane mortufirlo e transportar o esqulfe para a capela de Nossa Senhora, onde flcou protegldo por

uma grade de ferro. Al mesmo, nao flcou resguardado contra a pledade dos flels, e foram obrlgados a levfi—lo para a sacrlstla". (Pe. L. J. M. CROS SJ, Vlda

de

S. Jofio Berchmans, Duprat !t

Comp.,

Sao

Hulo, 1912, pp. 385-3db / Com llcenga da Autorldade eclesl&stlca).

32. "Una pedlam algo de seus vestldos, outros alguns escrltos de sua mao" Do Compgndlo da vlda de Santa Margarlda Maria


36.

Sec^ao I

Alacoque

(iS'lT-lSSO),

a vldente de

Paray-le-Mo-

nlal, escplto por um seu contemporSneo:

"A morte desta santa moqa (Santa Margarlda Maria Alacoque) causou no espirito de todo o mundo aquelas Impressoes de admiragao e de piedade, que causa de ordinArio a morte dos Justos cuja memoria estfi na estima universal. Ouvia-se por toda a Casa e por toda a Cidade ressoarem estas palavras; Mor-

reu

a Santa. E em vez de sentirem aquele

horror

que se tem naturalmente a vista de um corpo morto,

as pessoas presentes nao se podiam cansar de olh&-la e de permanecer Junto a seu corpo. Diversas pessoas declararam que parecia um nao sei que no seu rosto que inspirava aquela veneragao, e aque-

les

sentimentos de devogao que se tem para com as

reliquias

dos Santos. A afluencia do povo as suas

exequias foi tao grande que os Padres que faziam o servico. foram freqiientemente interrom^dos pelo ruido daqueles que pediam fizessem tocar seus tergos

no

corpo: uns pediam algo de seus

vestidos.

outros alguns escritos de sua mao, todos queriam ter algo de suas Reliquias, e a veneragao que se tem

para com esta santa defunta aumenta todos

os

dias". (Te. JOAO CROISET SJ, Coiiipendio da vida da Irma

Margarida Maria Alacoque, religiosa da Vlsi-

tagao de Santa Maria, Livraria Agir. Riode Janei-

ro, 1950, pp. 104-105). 33. Numa .santa porfia, pessoas de respelto reclamavam reliquias de Sao Paulo da Cruz

De uma biografia de Sao Paulo (1694-1775), fundador dos Passionistas:

da

Cruz

"Apenas a sua bela alma se separara do corpo, todos diziam a uma voz: *Acaba de nwrrer um santo; temos visto morrer um santo1 • ....

Todos santo!*

falavam de suas virtudes e repetiam: 'E .

um

~

"Entretanto o corpo do Servo de Deus estava cercado pelo povo, que se aglomerava e nao se fartava de contemplar aquele rosto, que parecia iluminado e quase resplandecente, como sabemos pelos processes; todos falavam nas suas virtudes, £ an-


SecQao I

37.

davam repetlndo; E urn santo. Perante tal espetficulo a

e tais eloglos, devla por forga sublr de ponto fama de santldade do Servo de Deus; e nao havla

quern nao flcasse comovldo ao ver uns, que choravam

de

emoqao; outros que rezavam fervorosamente; ga

tes que se recotnendavam a sua Intercessao; aqueles que pedlam graqas e favores; e todos que Ihe belJavam o hfiblto, ou as maos ou os pes, e Ihe tributavam

as homenagens da sua mals profunda

venera-

gao.

Dese.losos de rellqulas, cortavam-lhe o h&blto e os cabelos

"Nem

parou nlsso a sua devogao. Desejosos de

terem alpaima rellqula do homem de Deus,

comegaram

Indlscretamente a cortar-lhe o h£blto, ou o£ c.abelos, e a Ihe tlrar seja p que fo^ que The tlvesse

pertencldo, de manelra que dai a pouco

aquele

venerSveT cadiver flcou quase melo despldo. Para por

um llmlte a sua Indlscrlgao, formaram com

os

bancos como um reclnto, o qual depols do melo-dla fol preclso reforgar. Dentro deste reclnto havla

alguns senhores, que dlstrlbulam pequenas rellqulas, e fazlsSn tocar ao veneravel corpo do Servo de Deus os tergos, as medalhas e outros objetos,

que eram apresentados pela pledade popular. 0 concurso do povo fol Indo ate de tarde Para satlsfazer a devogao, enxugavam com os lengos o suor que Ihe sala do rosto

"Chegando fazer

a nolte, fol uma dlflculdade

para

salr da Igreja a grande massa do povo;

mas

nao fol posslvel mandar salr dlversas pessoas de respelto, que desejaram flcar. Tratou-se entretanto

de colocar o cadaver no calxao, e por Isso

em

presenga do Monsenhor Vlce-gerente, tendo sldo redlglda a ata do reconheclmento, fol despldo aque le

resto

de h&blto

que Ihe flcara no

corpo,

e

dlstrlbuldo as pessoas presentes, que numa santa norfla o reclamavam. 0 cad§.ver estava perfeltamen-

te

flexlvel em todas as suas partes, e fol obser-

vado

com admlragao que ^ rosto sala um suor

tao

abundante que servlu para satlsfazer a devogao dos o ^nxugaram com os seus lengos; e no pelto

acharam-lhe gravado com ferro em brasa o nome santlsslmo de Jesus


38.

Secgao I

Ate

da

porta do quarto onde Jazla flzeram

rell-

qulas

"Multlsslmo vez

as

sentldas flcaram depols por

sua

pessoas, mesmo dlstlntas, que no dla

se-

gulnte foram em grande numero a Igreja para ver o Servo de Deus, quelxando-se de que o tlvessem ti rade tao depressa a veneragao dos fieis. Para satisfazer -de um modo qualquer a sua piedade flcaram rezando diante da porta do quarto, onde estava sepultado, mentos

e houve pessoas que tiraram alguns frag-

da mesma porta, conservando-as como

rell-

quias". TP. PIO DO NOME DE MARIA, Vida de Sao Paulo

da Cruz, Imprensa Pontlflcla do Institute

TX, "Roma,

ISl'*, pp. 2^7 a 250 / Imprimatur:

Pio

Pr.

Albertus Lepidi OP, S.P.A. Magister). 3^1. "Fui obrigado a cortar em pedacos uma batina de Pom Vital

para satisfazer a devocao do povo"

Carta

de Prei Vicente, Religiose que

serviu

de enfermeiro em Paris a Pom Vital, Bispo de Olin-

da (18'1'4-1878), cujo Processo de BoatificaQao esti em

curso:

"V. Revma. nao tem mais Bispo! Monsenhor Vi tal morreu como um santo e como um martir na quin-

ta-feira, 1 de Julho, as onze horas e quinze minu tes da noite

"Mas seus exemplos me restam e minha fe me diz que temos um protetor no ceu. Ore, Revmo. Senhor, a ele por mim como eu fago todas as noites por V. Revma...

"Pesde voce, 'e

com

que ele morreu, todos exclamam, una santo'. Todos os Jornais falaram dele

elogio, exaltando bem alto sua coragem e

firmeza... ^ exequias pareceram mais um do

que uma cerimonia funebre. Dizer-lhe o

sua

triunfo numero

de ramalhetes, de flores, de palmas, de cruzes que foram langadas em sua sepultura seria coisa impossivel. Todos querem reliquias suas e eu fui obrigado

a cortar em pedacos uma sua batina para

tisfazer a devote do povo

sa


Secgao I

39.

"Envio-lhe, caro Sr., uma Imagem mortufirla e pouco de seus cabelos. Ouso crer que V.

dele

Revma. flcarS. satlsfelto e que dlgnarS de acusar a

recep^ao de mlnha carta, asslm como terfi a bondade de

comunlcar-nos por mludo o efelto produzldo

no

Brasll pela morte de S. Excla." (Bel. ANTONIO MA NUEL rla, 55

DOS REIS, 0 Biapo de Olinda Perante a HlatoImprensa Industrial, Recife, 1910, pp. 53 e

/ Imprimatur: Miguel, Arc. de Olinda e Recife,

12-3-19^0).

35. Santa Teresinha: "Ousei tomar por rellquia a ultima lAgrima de uma Santa..." Sobre a morte de Madre Genoveva Santa de Lisieux: "No

instante

eacreve

mesmo do nascimento

de

a

nossa

Santa Madre Genoveva para o Ceu, minha disposigao interior mudou-se; senti-me, num abrir e fechar de

olhos,

inundada por uma alegria e fervor

indizi-

veis; era como se Madre Genoveva me desse uma parte da felicidade de que gozava, pois estou persuadida de que foi direito para o Ceu Cada

Irma apreaaou-se em reclamar uma rellquia; aabeis, minha Mae querida, a que tenho a felicidade de possuir... Durante a agonia de Madre Genoveva, no-

tara uma iSgrima cintilando em^sua pSlpebra, como um

diamante;

que

eata iSgrima, a ultima de todas

as

ela derramou nao caiu; no Coro, eu a vi, ain-

da, brilhar sem que ninguem pensasae em recolhe-la. Entao, tomando um paninho fino, aproximei-me,

a noite, sem ser vista, e ousei tomar por rellquia

a ultima lagrima de uma S'anta... Desde entao, trago-a

sempre

na bolsinha onde estao guardados

os

meus votos". (Santa TERESA DO MENINO JESUS, Manuscritos Autobiogrdficos, Carmelo do I. 0. de Maria

e

Santa Teresinha, Cotia, 2a. ed., pp. 213-21^

Reimprimatur.

Antonius

Maria,

Arc.

/

Coad.1.,

17-5-1960).

36. £ Z®* Regatillo oscula o cristal da urna do Marques de Comillas "como se

bei.lam as rellquias dos Santos" Carta

do Pe. Gutierrez del Olmo,

Provincial


*^0* da

Secgao I Companhla de Jesus, a vluva do Marques de

Co-

millas (1853-1927):

"Tlve

a

Ventura de descer ao panteao com

o

cortejo funebre e ver os restos venerSvels do Mar

ques. A emogao que experlmentel ao ver aquele San

to vestldo de Jesulta (o Marques havia pedldo para ser enterrado com o hSblto dos Jesultas, o que Ihe fol concedldo) fol profundlsslma. Despertava devoqSo ^

o ve-lo. 0 Padre Repiatlllo osculou o crlstal que nao era posslvel beljar o cadaver), como se be 1.1 am as rellquias dos Santos".

(Pe. EDUARDOP. REGATILLOSJ, Un Marques

Modelo,

Sal Terrae, Santander, p. 23^ / Imprimatur: sephus, Episcopus Santanderiensls, 1-5-1950).

Jo-


Ill

Q

gelaa

emloeotes eg v4n|u^||| s|Qi£iil§

CcegueotegeQli gon QcaslaQ doa Cunenaia, daodg gclgei a goteccga

filliyQi gu ate aggtegfclgga 37. Os funerals de Virginia Bracelll foram como que a celebracao de sua festa

Da vida da VenerSvel Virginia Centurlone Bra celll (1587-1651): "0 cadaver de Virginia, por disposigao do Cardeal, foi exposto na capela do Instituto, e uma

multidao enorme acorre para ve-la £ vener^-la» Parece

estar

dormindo; os raembros estao

flexlvels

como se ainda fossem vivos, plScida a fronte e aquele rosto parece mais roseo e sorrldente que em

vida. 0 povo, esquecido de que contempla uma

de—

funta,

uma

precede

como quern se acha dlante

de

santa; a.loelha-se reverente, muitas pessoas tocam-Ihe tergos e medalhas, bel.jam-lhe as maos ^ os

pes ^ cortam-lhe as vestes. Como recordaqao, mui tas

se assenhoreiam de livros, de papeis, de

critos

es-

pertencentes a ela; e Infelizmente, e tao

complete

o despojamento que se perdem

preciosas

lembrangas

e documentos, do que se lamentam depois

a farallia e a historia.

"No dia seguinte foram realizadas as ex6quias, na capela do Asilo. A fungao se revestiu de carSter privado; e cerimonia familiar; e a illtlma reunlao

entre

raae e filhas, o

adeus

confirmado

diante do altar, por entre as preces e Ifigrimas dos coragoes; e a promessa de se reencontrarem na FStria, onde ela as precedera, e de se reconstl-

tuir 15 a doce famllia. Por ordem do Cardeal, urn Sacerdote proferiu um eloglo a extlnta: eloglo.

q^Q peio argumento proferido, toma o aspecto de um


^2.

SecQao I

paneglrlco.

A verdade e que Virginia tem a

de ser louvada e aupllcada, e

honra

e ^^nslderada ca-

paz de dlspensar favores e nao como uma necessltada de sufraglos; quando se celebrasse a sua festa, OS coracoes se sentlrlam com dlsposlpoes dlversas

das de hoje?" (Mons. LUIGI TRAVERSO, Vlda e Apo^ tolado da Serva

de

Deus Virginia CenturloneBra-

celll, Ave Maria, Sao Paulo, la. ed. em portugues, 1961, pp. 298-299 / Imprlma-se: Mons. Jose

Augusto

Blcalho,

Vlgdrlo Geral, Belo

Horlzonte,

16-8-1960). 38. "Toda a cldade de Quebec asslstlu a seus funerals como se

parecesse cometer sacrlleglo aquele que nao rendesse uma suprema homenagem a uma mulher de tal valor" Decreto de Sao Flo X proclamando a herolcldade vlrtudes de Madre Maria da Encarnaqao

de

(1599-1672):

"Ela (Madre Maria da Encarnagao)

tamente 72

morreu san-

no dla 30 de abrll de 1672 com a Idade de

anos. Toda a cldade de Quebec asslstlu a

seus

funerals como se parecesse cometer sacrlleglo quem

nao renlTesse uma suprema homenagem a uma mulher de tal valor.

"A sua reputagao de santldade, ao mesmo tempo que o rumor de seus mllagres cresceu tanto com o passar do tempo que, depols de tudo felto segundo OS procedlmentos de costume, por tres vezes fol Instltulda dlante da Sagrada Congregagao dos Rltos a

dlscussao sobre as vlrtudes da Venerfivel

Serva

de Deus". (Apud Chanolne J. L. BEAUMIER, Marie Guyart de L'Incarnation, Editions du Blen Public, Trols "Rivieres, 1959» pp.23^-235 / Imprimatur: Georglus

Leo

Pelletler, Episcopus

Trlfluvlanen,

30-1-1959). 39. 0 corpo de Sao Jose Orlol fol transportado no andor no qual se costumava conduzlr a Imagem de Nossa Senhora na festa da Assungao

Sao

Jose

Plo

X,

na Bula de Canonizaqao

de

Sao

Orlol, Sacerdote de Barcelona (1650-1702):


SecQao I

^3.

"A partlp do memento em que os slnos de Santa Maria

dos Reis anunciam a morte do bem-aventurado

Jose

Oriel e que a noticia se propaga per toda

a cidade, a emoQao e tal, que pareceria tratar-se de urn grande Principe ou de um Rei: uma multidao compacta se comprime Junto ao cadaver, e arranca tudo o que pode» a tal ponto que se faz necessAria a Tntervengao dos guardiaes e dos vigias para que nao seja tudo levado

"0 corpo e colocado sobre o andor monumental, no qual se costuma conduzir solenemente atraves das ruas da cidade, no mes de agesto, na festa ^

Assunqao, a imagem da Santlssima Virgem. "Disposto em boa ordem no meio de uma grande afluencia de expectadores que o cerca de todos os lados, o clero acompanha os santos restos mortais ate

Santa Maria dos Reis. L5, em meio a uma pompa

e uma afluencia grandiosas, celebraram-se os funerais solenes. Nesse memento, mais uma vez e neces-

sSria

a autoridade de uns, a^intervengao ativa de

outros, para afastar a multidao do caixao funebre, de tal maneira ^ preciplta e se acotovela para tocar OS membros inanimados do Santo, para_beiJar seus pes suas maos, para pegar alguma rellquia,

pedir uma graga, implorar uma cura~ de fate, um grande numero de curas se produziu; uma mulher, entre outras, abre caminho atraves da multidao, coloca sobre o corpo do bem-aventurado seu fllho, fraco e paralltico, a ponto de nao poder mais nem andar nem ficar sentado; e com este contato ele recobra imediatamente saude e vigor. Numerosos sao

OS

que sentera um suave perfume emanar dos

restos

santos

mortais; estes sao sepultados, sem o

povo

saber, pois teria colocado obstSculos, na noite de 2^ de marqo, pessa mesma igreja Santa Maria dos Reis". (Sao

PIO X, Bula de canonizacao do

Beato

Jose Oriol, 20 de maio de T^09. in Actes de Pie X, Maison de la Bonne Presse, Paris, pp. 175-176). 140. Grandes honras funebres

orestadas a Sao Clemente Hofbauer, em reconhecimento de suas vlrtudes

Bula

de

Canonizagao de Sao

Clemente

Maria

Hofbauer (1751-1822), publicada por Sao Pio X:


Secgao I

"Um grande numero de pessoas velo ajoelhar-se Junto a seu cadSver (de Sao Clemente Hofbauer). E se pedlam ao Ceu o repouso de sua alma, nao delxavam de Invocar sua Intercessao Junto a Deus, Bel-

Javam respeltosamente seu corpo, e procurayam algmna colsa sua para venerar como rellqula. E quandOi no mesmo dla, o corpo fol levado, pessoas em

i^niero

quase Inverosslmll encontravam-se 16

como

qua Por encanto, para acompanh&-lo ate a catedral.

como

terla

sldo se se tratasse de

alp^m

grande

dlgnltirlo publlco* Os balrros estavam representados por uma multldao de pobres, de vluvas, de crian^as, de artesaos, desejosos de dar uma supre me prova de.gratldao pelos beneflclos recebldos; por professores e alunos do glnSslo superior que vieram prestar as ultimas honras a seu mestre; acrescentai a isto escrivaes publicos, tribunes, oficiais, literates, cientistas, artistas, padres, religiosos,

patrlclos e damas da alta

socledade.

Quanto ao caixao mortuSrio, doze Jovens de famllia nobre ou de qualidade carregaram-no sobre os om bres. Assim, no meio de uma imensa assistencia, chegou-se a igreja de Santo Estevao, de onde, na outra manha, o cadaver foi transportado ao ceraiterio de Santa Maria d'Enzersdorf. Foi IS que, apos a celebracao de uma raissa de Requiem, o enterra-

ram". (Sao PIO X, Bula de canonizaqao do Beato Clemente Maria Hofbauer, 20 de maio de T5^09'i Tn Actes de Pie X, Maison de la Bonne Presse, Paris, p. 215T ^1. 0 enterro de Santa Catarina Laboure foi uma procissao festiva, improvisada pela multidao, certa de que JS estava no ceu

Descriqao do enterro de Santa Catarina Labou

rs (1806-1876), a quern Nossa Senhora revelou a Medalha Milagrosa:

"E na quarta-feira 3 de Janeiro, festa de Santa Genoveva — querida ao Padre Vincent (Sao Vicente de Paulo) — que se dao os funerals (de Santa Catarina).

"A ceriraonia coraeQa as 10 horas. E o Pe. Chinchon quem canta a missa na capela de Enghien, muito

pequena,

transbordando de gente.

tinha dito as Irmas: — 'Ele voltarS*.

Catarina


SecQao I

i|5.

"Ele

topnapfi

a ocupap, no ano seguinte,

as

suas fungoes de confessop em Reullly. "Os pobpes ofepecepam uma copoa de flopes. Os

velhos,

uma out pa. El-es quepem estap a cabega

coptejo

papa

acompanhap a sua deppadelpa

do

mopada

aquela que culdou deles tao bem. Sim, 'nenhuma Ipma epa tao quepida quanto elaM Mas esse dom, essa ppesenga, papeclam tao natupais que eles so agopa se depam conta disso.

o

"Depois deles, 'o estandapte dos Jovens abpe copteJo'. Eles sao seguldos pelas Pllhas de Ma-

pla, Igualmente com o estandapte a fpente. Vem de

pois

OS 'extepnos' que 'deixapam o seu

tpabalho'

papa estapera Ifi, e as opfas com seus veus bpancos. Enfim, o coppo, cappegado pop homens (e nao levado na cappeta como epa costume). Assim se peallzava a ppevisao de Catapina: "—

Nao

sepS necessHplo cappeta. Eu ipei

a

Reullly! "A Ipma Mapla Thomas, a enfepmelpa negllgente, comppeende subltamente esta fpase, que a havla desconceptado

"ICQClaaiQ. — Vem depois as Fllhas da Capldade, eiii numepo de 250, e o clepo, com multos Lazaplstas;

enflm, uma Imensa massa popular,

vlnda

de todo o balppo. Jovens opepSplos do balppo Santo Antonio, vlepam com a Medalha na lapela, ppesa pop uma

flta

azul, bem como a esposa do Mapechal

de

Mac-Mahon (ppesldente da pepubllca), dlscpeta amlga da casa. Pepto do calxao, levam a magnlflca copoa que ela ofereceu com estas palavpas de seu punho:

'Homenagem

pespeltosa a mlnha Ipma

Catapi

na'

"0 copteJo camlnha lentamente. Isso devldo ao

numero, a estrelteza da pua, mas tambem ao fervor.

"As Invocagoes ^ o^ c&ntlcos brotam como numa festa. Nada de cantos funebres, mas o^ Benedlctus, o Magnificat, as ladalnhas da Santlsslma Vlrgem. e

sobretudo, a Invocagao Ini^crlta sobre a Medalha; — '0 Maria conceblda sem pecado...'

"Cantam-na com um fervor crescente. Ao chegar a Reullly, as prlmelras fllas se afastara e se apl-

nham tomado

para delxar o calxao passar. 0 cSntlco e recom novo fervor, no momento em que os qua-


Secgao I

tro que carregam o caixao descetn-no pela estrelta abertura, felta na vespera, aobre o solo recem clmentado do Jazlgo.

"Algumas pessoas sublram aos telhados das casas vlzlnhas. Nao, nao e ^ cortejo funebre, e uma proclssao alegre que a multldao Improvlsou.

"Algumas iSgrimas entretanto: os velhos, que sabem o que perdem; e depois, Leonla Laboure: — 'Eu chorava', reconhece ela.

"Espantam-se com Isso, consolam-na. — »Eu sou sua sobrlnha! '

— 'Mas

vlu

nao deves chorar!

E uma Santa,

ela

a Santlsslma Vlrgem!'"* (R« LAURENTIN, Vie ^

Catherine

Laboure,

Desclee

de

Brouwer,

Paris,

1980, pp. 306 a 310 / Imprimatur; P. Faynel, VIcalre episcopal, 20-9-1980). ll2. Era como se o mundo Intelro qulsesse ver o funeral de uma

Santa: a multldao reconhecla

as vlrtudes extraordlnArlas de Bernadette

Relato sobre os funerals de Santa Bernadette Soublrous (I8HM-I879), a quern Nossa Senhora apareceu era Lourdes:

"Normalmente, um enterro nao era adlado por tanto tempo. Mas as clrcunstSnclas tlnham sldo extraordlnfirlas. A notlcla de que ela (Santa Berna dette) tlnha exalado seu ultimo susplro nem bem tlnha acabado de ser dlvulgado a comunldade, e jS toda a cldade parecla saber. Logo que seu corpo fol

exposto, as multldoes comeqaram a mover-se em

ondas rumo a capela. Era como se todo mundo qul sesse ver a frelra que tlnha desejado nao sen vis

ta

pelo

Impellu frelras

mundo. Mas nao fol a 2^ curlosldade

que

as multldoes. Fol veneragao. As quatro que se mantlnhjun em vlgllla ao lado ^

ataude eram constantemente sollcltadas a tocar pe-

quenos

ob.jetos em alguma parte daquele corpo

tao tranqullamente repousava

que

entre suas guardlas.

Alguns, eram objetos de pledade, mas nem todos. 0^

trabalhadores

turelras

trouxeram suas ferramentas, ^ uos-

as suas tesouras, para serem abengoadas;


Secgao I

depols haverla sempre algo de sagrado no uao destas, ou asslm acredltavam seus proprietaries, e como poderlam as frelras abalar a fe daquela gen— te?

As ferramentas e tesouras eram tratadas

com

tanta rever§ncla quanto as medalhas ou cruzes.

"A emogao fora do reclnto da Casa Mae era quase tao Intensa quanto dentro. E havla uma nova palavra nos iSblos das pessoas, quando falavam. Uma mulher pobre, que nao tlnha conseguldo chegar ate

a capela por causa da multldao, encontrou uma

das frelras no parque. ....

'A que horas o cortejo passarS por aqul a camlnho do cemlterlo?' — perguntou tlmldamente. 'Eu gostarla de pelo menos ver Isto'. 'Nos nao vamos levar Irma Maria Bernard (Ber-

nadette) para o cemlterlo. Ela flcarS conosco'. Respondeu a Irma atenclosamente, mas com ufanla. 'Oh, eu flco multo contente. Bem, Irma, nao e por

falar, mas eu nao acho que ela era apenas uma

boa crlsta. Eu acho que ela era uma Santa'. "Na movlmentada estagao de estrada de ferro ecoava a mesma palavra que tlnha sldo ouvlda no

tranqiillo

parque. Cada trem que

chegava

trazla

passagelros sem conta. Todos chegavam a Nevers pelo mesmo raotlvo: tlnham vlndo para asslstlr os fu nerals de uma Santa.

"Essa nova palavra nem sempre era pronunclada com reverencla, pelo menos no comego. Dols Jovens

que perambulavara pelas ruas de manelra alegre e despreocupada, proprla aos da sua Idade, dlsseram um

ao outro: 'Venha,

vamos dar uma olhada

nesta

Santa, corao todos estao fazendo'• Eles foram ate a

capela com petulfincla. Mas flcaram IS longo tempo, e

nlnguem a volta do calxao estava mals chelo

de

respelto do que eles. Quando foram embora, salram

da capela com um ar grave, sem se falarem, e cada um segulu um caralnho dlferente. "As Irmas que estavam fazendo

vlgllla

nao

pronunclaram a nova palavra com os Ifiblos. Mas

elas sentlram era seus coragoes o seu slgniflcado e a sua forga. Nao foram soraente os pobres e os Ignorantes que vleram acotovelar-se em torno delas. 0 Comandante do Reglraento entrou e, ajoelhando rezou como nunca flzera antes. 0 clero apareceu vln-


48.

do

Secgao I

de

longe e de dlversas regloes. Estava Ifi

o

Padre Pomlan, o mesmo que dlsse a pastorlnha de Bartrea que, se ela vlesse a Lourdes, ele a prepa-

rarla para a Prltnelra Comunhao. Ele ae adlantou com altanerla entre 24 preladoa e, embora houveaae auperlorea a ele, nao houve quern tlveaae lugar tao aimbollco — nem meamo o Blapo de Nevera, Mgr. Be

long, de

que pregou aegundo o texto tirado do

Llvro

Tobiaa: 'E bom guardar o aegredo do Rei. Maa e

honroao

revelar

e

dar teatemunho daa

obraa

de

Deua'.

"0

terrago e todoa oa grandea pStloa eatavam

cheloa quando o corpo fol levado da capela da Con-

gregagao, atravea do Jardlm, para a capela votiva de S. Joae que all ae ergue". (FRANCIS PARKINSON KEYES, Bernadette of Lourdea, ahepherdeaa aiater and aaint, Julian Meaaner, Inc. New York, 1953, pp. 127 a 129 / Imprimatur: Francla Cardinal Spel-

Iman,

Archblahop

of New York).

43. Num ao dla, mala de 25«OOP peaaoaa deafllaram perante

oa deapoJoa de Frel Leopoldo, cobrlndo-o de florea £ oaculoa De uraa blografla de Frel Leopoldo de Caatelnovo (1866-1942), Rellgloao Capuchlnho recentemente canonlzado:

"Eapaihou-ae logo a trlate notlcla pela cldade e camplnaa. Uma ao fol a voz de todoa: 'Faleceu um Santo! Faleceu um Santo!'.

"Logo comeqou o aflulr do povo para ver o ca-

dfiver,

de modo que fol neceaaarlo armar a cSmara-

ardente numa aala perto da Igreja.

"Durante o dla 31 de julho mala do que 2^.000 peaaoaa deafllaram perante qa venerandoa deapo.joa,

e

cobrlram de florea, de~o8culo8, de lAgrlmaa aquele corpo abengoado. Todoa querlam toc£-lo, e aproxlmar objetoa para guarda-loa como rellqul'aa". (Fr. PEDRO DE VALtoORRO OFM, 0 Servo de Deua 'P. Pr.

Leopoldo de Caatelnovo, Convento doa Capuchl-

nhoa, PAdua, 2a. ed., p. 65 / Imprlma-ae: Jeronlmo, Blapo, Verona, 25-6-19'l8).


IX

Ai mullidoea acgnnei ag tugulg e aga lugacea

gndfi Yiyecam gu mgccecam iiilQIi

YiCtuosas

E uma lei da hagiografla quo o culto aos santos comeqa ao redor de seus tumulos

Comenta

um

monge beneditlno a proposito

do

culto a Sao Bento ClBO-SlT):

"E santos

uma

lei da hagiografia que o

comega

especialmente

culto

em torno do seu tumulo. Isso

aos vale

para a antlguidade. Loglcamente,

o

culto a sao Bento devia comegar ao redor de Montecassino, e nas dioceses da Campania". (Dom ANSCA-

RIO

M.

MUNDO OSB, ^ culto y las fiestas de

San

Benito, in San Benito su vida y su Regla. BKG, Ratr drid, t Apendice I, p. 698 T^Imprimatur: Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral., 25-3-195^). I15. VSrias almas sofrendo o Jugo do

pecado

aprender^ a livrar-se

dele junto De

ao tumuro~de Santa Isabel

uma biografia de Santa Isabel da

Hungria

(1207-1231):

"No

segundo

dia depois ^e seu

funeral

Santa "Tsabel), ^ monge da Ordem de Cister a.loelhar-se

(de

veio

.junto a seu tumulo e pedir-lhe socor-


50.

SecQao I e fol llvre do mal que o atormentou

du-

rante tanto tempo

"Pouco

tempo depols, veto a sua sepultura urn

prelado da mals llustre estlrpe e ^ alta dlgnidade

ecleil&iHca: a Hlstorla nao reglstrou seu no-

me, mas acusou-o de estar entregue a todos os excessos do pecado, o que o carfiter sagrado d"e seu oflclo

tornava

alnda mals odioso. Multas

vezes,

vltlma do remorso e da vergonha, em vao recorria ao tribunal da penitencia; a primelra tentagao cedia de novo e suas relncindenclas tornavam—se mals e mals escandalosas e deplorfiveis. Lutava alnda contra sua debilidade e, manchado pelo pecado como

estava, fol procurar forgas no santufirio da pura e santa

Isabel. Rezou e invocou sua protegao e

in-

tercessao, enquanto vertia uma torrente de lagrlmas, e permanece'u ajoelhado por vfirias horas, ab— sorto em fervorosa e profunda^contrlqao. Nao ces— sou suas ardehtes suplicas, ate ficar Inteiramente

convencldo

de que elas tlnham atlngldo o trono da

Misericordia,

e

que o Senhor ouvira

sua

prece,

apresentada por sua bem amada Isabel, em nome des— ta pobre vltlma do pecado. Sentiu—se entao dotado de uma forga espiritual muito maior do que os im-

pulsos do vlcioj a partir de entao, conforjne declarou

em confissao ao Mestre Conrado, domlnou

de tal modo o agullhao da carne que dali em diante nao teve que lutar senao contra tentagoes triviais, as quais era capaz de veneer facilmente. "Diversas

outras almas, sofrendo sob o

Jugo

dos grilhoes do pecado, aprenderam a livrar-se d£^ le .lunto a sepultura des^ santa mulher". (Count re MONTALEHBERT. Th'e~Life o'f Saint Elizabeth, P.J. Kenedy & Sons, NeTTork, pp. ^6. Sao Roberto Belarmlno vlsltava nao so o tumulo de Sao Luis Gonzaga, mas o quarto de onde voara ao Ceu

Da Vlda de Sao Luis Gonzaga (1568-1591)» pelo Padre Glair:

"Acrescentemos a todos estes testemunhos o do Cardeal Belarmlno. Era simplesmente inexprimlvel a

estima deste grande homera por Luis. Era tao grande que, quando ele residia no Colegio Romano, disse


Secgao I vSrlas

51. vezea; 'Uma vez que Luis estS aqul, a casa

nada tem a temer'

"Pelto

Cardeal, vlsltava a cada anlvers^rlo,

nao somente o tuniulo ds Lu^3» mas o quarto do ondo ele tlnha voado para o Ceu« A alegrla fazla-lhe entao derramar doces iJgrlmas ao se recordar das ultimas demonstraqoes de ternura de seu caro mho

e

dos supremos col6quios que tivera com ele.

Nao

Ihe pareceu conveniente que esse quarto fosse ocu-

pijdo que

por

outros doentes e obteve dos

superiores

o mesmo ficasse vazio, ate que Deus

houvesse

glorlTlcado seu servidor. Ele teve logo a ocasiao

de se alegrar e o proprio ceu intervelo para aprovar seu zelo. Por dlversas vezes, nesse lugar bendito, ressoaram suaves melodias, ouvidas por urn

grande

numero de pessoas, sem que se pudesse des-

cobrir de onde elas provinham. Acreditou-se que os

Anjos queriam consagrar pelos seus cantos este lu gar da terra onde seu irmao bem-amado havia abandonado o corpo mortal.

dos

"Quando a Igre^a deu a Luis Gonzaga as honras Beatos, o Cardeal transformou esse quarto ^

capela, embelezou-o com diversos ornamentos e quls que se pintasse em suas paredes as principals

aqoes daquela vlda admirSvel". (Pe. CHARLES CLAIR SJ

La vie de Saint Louis de Gonzague,

de

Firmin-Didot

Librairie

et CTe., Paris, l891»

PP«

280-281).

il7. A campa de Mad re Virginia era considerada urn pequeno Santuirio

Da vida da Veneravel Virginia Centurione Bracelli (I587-I65I), fundadora das Filhas de Nossa Senhora do Monte CalvSrio;

".... as Monjas de Santa Clara Sim, tambem estas temiara perder o seu precioso tesouro,

princlpalmente porque novos favores haviara sido alcangados pela intercessao de Virginia. Para elas a

tumba ^ nobre senhora

era como urn

pequeno

Fantuario e cada vez que lH passavam tinham o cuidado de~reverenci5-la« como se all repousassem ^ pgXiquias de uma santa. .... "A sua memoria era uma bengao e £e conservava

como

preciosldade e rellquia, urn pequeno santinho


52.

Secgao I

encontrado no brevl^rlo; e, as vezes, aquele santlnho era envlado aos enfermos como portador de

prodlglosas vlrtudes. Alp^ns corrlam a sua tumba para Impetr^ gragas, outros 16 voltavam para fazer seus agradeclmentos

"Entre aquelas Irmas se formou a persuasao de sob o seu teto repousavam os despojos de uma

que

santa.

Santa

Nao

se hesltava em p6-la em paralelo

Catarlna". (Mons. LUIGI TRAVERSO,

com

Vida

e Apostolado da Serva de Deus Virginia Centurlone Bracelli, Ave Maria, Sao Paulo, la. ed. em portu-

gues, 1961, pp. 306, 310 e 311 / Imprima-se; Mons. Jose Augusto Bicaiho, VigSrio Geral, 16-8-19o0> Belo Horizonte). 48. Sentiam a influencia da santidade

de Berchmans £ rezavam no seu tumulo

Da

JS

referida biografia de Sao

Joao

Ber

chmans (1599-1621):

"Os padres idosos sentiram a mesma influencia da

santidade de Berchmans e foram a.loelhar-se

lado

dos

.1 ovens irmaos, para rezar com eles,

no

tumulo do santo escol^stico (estudante)". (Pe. l7 J. M. CROS SJ, Vida de S. Joao Berchmans, Duprat i

Comp., Sao Paulo, 1912, p. 387 / Com licenga da autoridade

eclesiistlca).

49. No dese.lo de levar consigo qualquer obJeto abengoado pela presenga de Frei Galvao, o^ devotos tiravam fFagmentos da pedra de seu tumulo

De um

livro sobre Prei Antonio de

Sant*Anna

Galvao, Religioso franciscano morto em Sao com fama de santidade (1739-1822):

Paulo

"A Igre.la do Mosteir^ ^ Luz, incessantemente continuaram a peregrinar os devotos em visita ao seu tumulo, e a portaria do convento acorreram os doentes e necessitados a procurar os famosos pape—

linhos, para obter a cura de molestias corporals e espirituais.

"No abengoado

pequenas

desejo de levar consigo qualquer objeto pela presenga do Servo de Deus, tiravam lascas ^ fragmentos da pedra de sua se-


SecQao I

pultura, que

chegou

ao estado

de -^ser

substltul-la por outra, o que fez o Conde de Pra tes no ano de 1906, quando slndlco do convento. Na nova l^lplde de m^Lrmore foram gravados os mesmos dizeres da prlmelra. Desta, o Mostelro dlstrlbulndo pedaclnhos, as 'pedrinhas ^ ££®1 Galvao'. multo procuradas pelos devotos "0 dia 23 de cada mes foi por eles

esponta-

neamente consagrado a homenagear o Servo de Deus; a hora da Mlssa flea a igreja literalmente reple-

ta, e durante o resto do dia ^ e

continuo entrar

sair de visitantes que vem rezar Junto ^

Qoado tumulo, quer para agradecer favores, guer

para pedir novos. e dele nao ^ despedem sem dev^

tamente ETeiJar a l&pide sepuTcral". (MAHlSTELA, Ppei ffalvao, Ban^eirante de CrisTo, Vozes, Petro-

p^s, 195^1, pp. 192 e 197 / Imprimatur: Paulo, blspo Auxlllar de Sao Paulo, 20-7-1953)•

50. Petalas de rosas do tumulo de Frel Galvao obtem cura mlraculosa

De outro llvro sobre o Servo de Deus Prel An tonio de Sant'Anna Galvao:

"Uma senhora acoraetlda de meningite, foi de-

senganada pelo medico. Sua fllha^multo afllta, rlglu-se ao tumulo de Frel Galvao, para pedlr-lne a graca da cura de sua querlda Mae. Em sua ardente fe. dra

toma de umas petalas de rosas esparsas n^ ps~ da sepultura, e leva-as para casa, poe-nas em

uma vasllha com dgua e com esta l3.va a cabeqa^ de sua mae. Qual nao foi a sua alegrla quando o medi

co, voltando para ver a doente, declara que estava

mliagrosamente curada, pols no estado era que a delxara, so a potencla dlvlna podia curS-la". (Sor MIRYAM, Vlda do venerSvel servo de Deus Frel Antonio de Sant'Anna Galvao, Sao Paulo, 2a. ed., 1936,

p7~ TTO / Imprllhatur: Mons. Ernesto de Paula, Vlg.

Geral).

51, Os devotos levavam como rellqulas punhados de teFra, flores e ate mato crescldo "Junto"!"sepultura de Sao Clemente Hofbauer Conta Sao Plo X na Bula de CanonlzaQao de Sao

Clemente Maria Hofbauer (1751-1820):


5ll.

Secgao I "Os

dos

restos mortals de Clemente foram

honra-

no cemiterio de Santa Maria d'Enzersdorf, com

um

grande culto. Com efeito, a seu tumulo aflulam

pessoas

de todas as classes e condigoes

socials,

tanto de Enzersdorf como das localidades vlzinhas,

e

ate

elas

mesmo de Viena, venerando este tumulo

ornavam com coroas de flores e ^ onde

levavam mesmo

o

punhados de terra, flores £ relva.

que

elas

Houve

quem, para testemunhar sua devogao para com

Santo, pedisse para ser enterrado ao lado dele.

Entretanto, os discipulos de Sao Clemente, que, trilhando as vias que ele Ihes tlnha tao atlvamen-

te

aberto, entraram na Congregagao do

Santissimo

Redentor,

nao se consolavam com o fato de que

rellquias

de seu bem-amado Pal repousassem e fos-

as

sem veneradas tao longe deles. For esse motlvo, em

. de novembro de 1862, ao replcar dos slnos, e no melo

de uma enorme multldao de flels, eles as re-

conduziram

a Vlena, na sua Igreja

de Santa Maria

da

Escada, e multo pledosamente as deposltaram em

um

magnlflco tumulo. Naquele momento, uma mulher,

que tlnha uma doenga no pelto e estava diesenganada pelos

medicos, recobrou subltamente a saude.

As-

slm, a devogao a Sao Hofbauer fol crescendo, e de dla para dla as manlTestagoes de culto Junto ao seu novo tumulo se fizeram mais grandlosas

"De todos OS lados ganhava fama a Idela de que se podla ter conflanga no seu poder e na sua intercessao". (SAO PIG X, Bula de canonlzagao do Beato Clemente Maria Hofbauer, 20 de male de 1909> In Actes de Fie X, Malson de la Bonne Presse, Pa ris, pp. 215 a 217).

52. Cardeal rezava .junto ao tumulo de Ana Maria Talgi

Da biografla (1769-1837):

da

Beata

Ana

Maria

Taigl,

"0 Cardeal Pedlclni, devldo a sua longa famlllarldade com ela (Beata Ana Maria Taigl), havia conhecido intimamente seu esplrito de santidade. Ele

nao se limitava a

no yerao, rezar no

seu

tumulo; preparava-se taimbem para escrever aquelas memorlas de onde nos extraimos tantas notlclas".

(Mons. CARLO SALOTTI, Beata Anna Maria Taigl, Madre dl Famiglia, Scuola Tipografica Italo-Orien-


SecQao I

55-

tale "S. Nllo", Grottaferrata, 1922, p. 376 / Imprlmatur: Pp* Albertus Lepldl OP, S.P. Ap. Magla—

ter. Imp'rlmatur; Can. Sylvius de Angelis Vic. Gen.

Dioec. Tusculanae).

53. Gostaria de beijar a terra no lugar que a Xrma Marie-Bernard ocupava

Depolmentos no Processo de BeatlflcaQao e Canonlzagao de Santa Bernadette Soublrous (1814H-1879):

"0 meu afeto pela Irma Marie-Bernard, aflrma-

rS. a Irma Joseph Caldalrou, era uma veneragao'. •Tlnha uma tal estlma pela Irma Marie-Bernard, acrescentarS a Irma Paul Pubrler, que, se me atre-

vesse, quando venho a Gomunldade, Irla beljar a terra no lugar que ela costumava "ocupar. (Estes tres uTtlmos depolmentos, escrltos pelos Interes-

sados, sao cltados pela madre Henrl^ Fabre, Pr. Ord. Nevers, f. 293) •Nunca

a

A Irma Helene Chautard:

vl fazer nada, nunca a ouvl dlzer

nada

que nao fosse por bem. Por Isso amo—a, rezo—Ihe e consldero-a uma santa' (Pr. Ord. Nevers, f. 293)"*

(PftANGIS TR^5MU, Bernadette Soublrous, ^Editorial Aster, Llvrarla Flamboyant, Llsboa, Sao Paulo, 1958, p. 387 / Imprimatur; Ernesto, Arceblspo-Blspo de Colmbra). 5^1. Em grande numer^, devotos

vlndos" de varlos Estados do Brasll

afluem ao tumulo de Mad r'e~VoIron

De uma blografla da Madre Maria Teodora Voi ron (1835-1925), fundadora da Provlncla Brasllelra das Irmas de Sao Jose:

"Multlsslmas sao as gragas alcangadas por In-

tercessao da Veneranda Madre Maria Teodora.^ For Isso, em grande numero, anlmados pela gratldao ou —cumprlmento de promessas afluem vlsltantes ao tumulo. vlndos ate mesmo de outros Estados do

PaTs, vencendo enormes dlstanclas. "Alguns pedem a fotografla ou lembrancas ple-

^josas'da Ve'neranda Madre, outros oferecem donatl-


56.

Secgao I

vos

para a publlcagao de gragas ou proasegulmento

dos trabalhoa da Cauaa de aua Beatlflcagao. "Contam-ae entre oa favorea: curaa, conaecugao de empnegos, bom exito em negocloa, aocorro em moraentoa

TIANA

anguatloaoa, etc., etc." (OLIVIA

SEBAS-

SILVA, ^adre Maria Teodora Voiron, "Ave Ma

ria"., Sao Paulo, 19IB, pp. 4lb-m9 / Nihil obatat:

Pe. Criatiano Pilzecker, MSG, Itu, 11-11-19^)": 55. Petala do tumulo de Madre

Theodora Voiron cura grave doenga Garta

Superiora

da

Irma Joaefina do Sagrado

Provincial

Goragao,

daa Irmaa de Sao Joae,

noa

Eatados Unidoa:

"Mui prezada Madre, "Minha curada

ria

Irma Ida (religioaa de Sao Joae)

Theodora Voiron, 1835-1925> fundadora e

meira

foi

pela aua querida Madre Theodora (Madre Ma

pri-

auperiora da Provlncia Braaileira daa Irmaa

de Sao Joae, cujo Proceaao de Beatificagao eatS em curao, em Roma). Eacrevo-lhe, para cumprir uma promeasa

feita

por ocaaiao da grave moleatia

de

que fora ela acometida, em fevereiro deate ano.

"Tranaportada

para o Hoapital, no meamo dia,

3a. feira,^foi operada da vealcula biliar. Gonatatando oa medicos que JS eatava gangrenada, nao lha tiraram, Inaerindo apenaa um dreno, na abertura praticada. A doente piorava cada vez maia, e,

declarando

o medico — nao haver maia

eaperanga,

recebeu oa ultimoa sacramentoa, a^bado, S tarde.

"Piquel no Hoapital, receando um deaenlace fatal. Entao na Gapela, dlrigl-me a Madre Theodo ra, supllcando-lhe a cura da doente, a quern havia dado uma ^a petalaa de roaa colhlda na aepultura da Veneranda Madre.

"Durante a noite, operou-se uma grande mudanga que causou pasmo aos medicos e enfermelraa.

IJGompreendi que minha irma eatava salva, gragas

a interceasao de Madre Theodora. Meu

transbordava transformagSo

coragao de gratidao. Eata maravllhosa continuou e as melhoraa se acentua-

rara de dia para dia.


Secgao I

57.

"Naturalmente,

ela estfi alnda fraca, mas, em

breve, esperamos ve—la retomar seu posto de traba— Iho.

"Em outras clrcunstfinclas tambem tenho Invocado Madre Theodora, com resultados, as vezes surpreendentes.

"(a) Irma Josephlna do Sagrado Cora^ao". (Madre

Maria Theodora Voiron, Escolas

Profissionais

Salesianas, Sao Paulo, 1937, p* S'*)* 56. Conservam a sua cela (quarto pequeno) com amor £ respeito De

livro JS citado sobre Madre Maria Teodora

Voiron (1835-1925):

"Sua

cela (da'Madre Maria Teodora

Voiron),

que no Patrocinio se conserva com amor e respeito, e um conjunto de documentos a nos atestarem seu fervoroso

culto

a virtude franciscana".

(OLIVIA

SEBASTIANA SILVA, Madre Maria Teodora Voiron, "Ave Maria", Sao Paulo, p. 379 / Nihil obstat: Pe. Cristiano Pilzecker MSG, Itu, 11-11-19'ib). 57. "Os habitantes de Suna faziam romarias ao tumulo de Perrini..."

De

um livro sobre o Beato Contardo

Perrini,

(1859-1902!), leigo, professor universitfirio, beatificado era 1947:

"Paleceu

raeia

a 17 de outubro de 1902, Ss onze

horas da raanha. Tarab^ra depois da morte

servou

e

con-

o seu rosto aquele sorriso que Ihe era tao

familiar,

e rauitos dos que o conhecerara disseram:

•Morreu um santo'. Toda a populaqao de Suna chorou a morte 3aquele que Ihe mostrara o modelo tao perfeito de vida crista.

"No

mesmo

enterro do dr. Contardo Perrini, a 20 do

mes,

autoridades

as dez e meia horas, compareceram

as

civis

do

e grande ndmero de pessoas

mundo cientifico. Tinha Perrini determinado que nao haveria flores, e nao se fariam discursos. Este desejo foi respeitado. Mas dentro em breve ou-


58.

Secgao I

vlram-se vozea do povo e vozes de homens de clencia que o proclamavam santo. E a fama da sua santldade ecoou per toda a It&lla. "Os habltantes de Suna fazlam romarlas ao tumule de Ferrlnl

"Com

o tempo, la sempre crescendo a fama

de

aantidade.

"Nao I cii

rar

a

tardou que os fieis comeQassem a implo—

intercessao de Perrini Junto de Deus e

se

falasse em gragas especlais obtidas pelo seu intermedio". (Pe. H. W. SPYKER SJ, Beato Contardo Ferrlnl, Vozes, Petropolls, 19^5, pp. 157 e IbO /

Com aprovagao eclesldstlca, 30-12-19^'*)• 58. "0 sepulcro do Justq serd glorloso, dlz a Sagrada Escrltura. Asslm o tumulo de Frel Leopold'o tornou-se logo centro de uma contlnua romarla"

Da

JS referlda blografla de Sao

Leopoldo de

Castelnuovo (1866-19^2):

"0 sepulcro do Justo serS glorloso, dlz a Sagrada Escrltura.

"Asslm

nou-se de

e do tumulq ^

Leopoldo. Ele tor-

logo centro duma contTnua romarla de

toda

a classe social, que expoe alnda ao

povo Pal

querldo suas proprlas ansledades, e Ihe pede enca recldamente de Interpor-se perante Deus, e de conforta-lo asslm como quando estava nesta vlda. "Aquele tumulo estd sempre coberto de flores". (Fr. PEDRO DE VALDIPORRO OFM Cap., 0 Ser vo de Deus P. Fr. Leopoldo de Castelnuovo, Conven-

to dos CapucHTnhos, PAdua, 2a. ed., pp. 66-6? / Imprlma-se; Jeronlmo, Blspo, Verona, 25-6-19''8). 59. i<00 mil romelros vlsltam anualmente o tumulo do Padre Reus

Conta um blografo do Pe. Joao Baptlsta Reus, (1868-1947), Sacerdote Jesulta que vlveu no Rio Grande do Sul, falecldo em odor de santldade:


Sec^ao I

59«

"0 corpo do Servo de Deus fol exposto na Ca-

pela

do

Colegio Crlsto Rel, para onde

acorreram

numerosos

fleis da cldade, que o havlam tide como

confessor

e o conslderavam como santo« Tocando no

seu

guns

corpo tergos, medalhas, santlnhos, etc.,

al-

Ja comegaram a Invoci-lo como Intercessor

.iunto de Deus

"0

movlmento tomou tamanho vulto que Impres-

slonava a todos, e pensou-se serlamente em Inlclar

logo o process© de Beatiflcagao. .... "0 apostolado externo, bastante llmitado durante a vlda terrena, se tornou Intenso depols da

sua santa morte, transformando o seu tumulo em citedra permanente e poderosa de carldade e de soli-

i

joecccoecccccooao:

Tiimulo do Pe.Jofio Batista Reus S.J.,em Sao Leopold©, RS (foto tirada por volta de 1970).


60.

Secgao I

da

pledade crlstS. 0 P. Reu3 eat^ atralndo

fleis

nao 80 do Rio Grande do Sul, mas de todos os Estados do Brasll e ate do EstranRelro Atualmen-

te, quando ea^"amos preparando a la. edl^ao

deata

breve Blografla (Julho de 1972), a media mensal de peaaoaa, que viaitam o tumulo do Servo de Deus, sobe a mala de trinta~e cinco mlTT Peloa TFutoa ae conhece a Srvore. Eoa frutoa em torno do tumulo

do P. Reus aao extraordinfirloa. LS ae reapira urn ar de profunda pledade, de fe genulna e Inabalfi.vel, de sacrlflclo, por vezea herolco, de gratldao Impreaslonante. Al eatfi evldentemente, o 'dedo de Deua•

"Em Julho de 65 .... o reaponafivel pelo movlmento em torno do tumulo do £. Reus, que estava tranaformado num verdadelro centro de peregrlnagao permanente, calculando-se, em perto de quatrocentoa mil OS romelroa que, anualmente, deaflla-

yam

dlante do tumulo do S'ervo de Deua". (Pe. CAN-

DIDO

SANTINI SJ, 0 Servo de Deua P. Joao Baptlata

Reus, SJ, Edltora MetropoTe, Porto Alegre, ed., 19Br, pp. 36, 37, 39, ^0 e 120).

ba.

60. "As peregrlnaqoea ao tumulo eatao neate ano mala numerosas do que nunca..." Trechos

de

cartaa

da Madre Inea

de

Jesus

(Paulina) a personalldades que Intervleram dlretaraente no Proceaso de Beatlflcagao e Ganonlzaqao de sua Irma"Santa Tereslnha (1873-1897):

(A Mona. De Tell, Vlce-Postulador da Causa na Pranqa);

"(A Madre Maria Angela do Menlno Jesus, Prlora

do Carmelo de Llaleux) deaeja que o Sr.

aalba

que ^ peregrlnacoea ao tumulo (da Irma Tereslnha do Menl^ Jesus) "sao este ano mals numerosas do que

nunca. Ontem o sacrlatao fol ate la, a flm de

trabalhar no Jardlm, e voltou chelo de admlraqao. 'E uma verdadelra proclasao — nos dlsae — que nao cessou durante todo o dla. E, alem do mala, maravllhoaol

VI um semlnarlsta ajoelhado all

du

rante clnco boras seguldasl' E ate parece que chamam o tumulo de 'agenda de correlo*, pelas mul-

tlsslmas

cartas

(18-8-1909).

que —

all

hA

deposltadas"


Secgao I

61.

(Ao R. P. Rodrlgo de Sao Francisco de Paula, Postulador da Causa era Roma):

"Agrada-me

rauito saber que na ItSlia se

vai

conhecendo mais e mals nossa querida Santinha.

"Aqui

as ^eregrinacoes

de

soldados

e

de

pobres feridos nao cessam nunca. Urn soldadinho de dezoito anos, da Prisao Central de Lisieux, escrevia-me ontera: 'Como estou contente por achar-me em Lisieux! Que felicidade poder a.1oelhar-me Junto ao

tumulo

da Irma Teresa, onde sempre veJo um numero

considerSvelT'H^ soldados"! 5ente-se uma emogao muito viva a vista da multidao que se comprime ao re-

dor dos restos da Santa. Um cabo, que se distingue por sua grosseria, por sua Incredulidade e por sua

dureza, confessou-me que nao pode reprimir as Ifigrimas a vista de tal espetficulo'. 'Agora, no quartel, fala-se em termos elogiosos, da Irma Teresa e um numero grande de rapazes, mesmo

dos mais grosseiros, desejam conhecer a sua

vida'.

"Pedem-nos, quias

intermedio da Sulga,

rell-

para os aleroaes. Nos as enviamos com

por

muito

gosto" (6-5-1915). Nota: Estes fatos deram-se durante a I Guerra

Mundial (1914-1918) era que a Pranga estava em luta com a Alemanha, e passaram-se vSrios anos antes da beatificagao de Santa Tereslnha, ocorrlda apenas

era

1923. (La

hermana ^ "Madrecita" de una

Santa

— ^ R. Madre Ines de Jesus (Paulina Martin) ^ Santa "Teresita, El Angel del Carmelo, Buenos Ai res, 1953, pp. 118-119). 61. 0^ sepulcros dos Santos e servos de Deus costumam ser meta de contlnuas e freqiientes visitas

De um llvreto sobre Da. Silvia Cardoso (18821950), piedosa senhora portuguesa: "Os

meta

de

tumulos dos grandes herois costumam

continuas e frequentes visitas. 0

ser

mesmo

verifica-se, dura modo particular, nos sepulcros santos e servos de Deus, que sao verdadelra-


62.

Secgao I

mente

os

malores herols

dentre os homens

e

os

aeus mals generosos benfeltores.

"Junto

do

Jazigo e do monumento

de

Silvia

Cardoso na sua terra natal, Pagos de Perreira, vemos todos OS dias pessoas devotas, algumas vindas de longe, a pedir ou a agradecer favores e a dei-

xar esinolas ou a cumprir promessas". (Pe. FERNANDES LEITE, Gragas de Silvia Cardoso, Gr£fica S. Vicente, Braga, p. iT"/ Com aprovagao da autoridade eclesiistica).

62. Seu tumulo estava setnpre coberto de flores e velas acesas

De van

uma pequena biografia do Padre

EustSquio

Lieshout, Sacerdote falecido em Belo Horizon-

te, em odor de santidade (1890-19^3): "Pode-se dizer, que a cidade inteira se diri-

gira a cortejo

Vila Progresso para, de Ifi, acompanhar o funebre do seu benfeitor, ao cemiterio do

Bonfim,

a fim de tributar-lhe as suas

homenagens

de gratidao e era reconhecimento dos seus meritos. "Durante quio

foi

cinco anos o tumulo do Padre Eustll-

visitado, diariamente, por multas

pes

soas, vindas de todo o territorio brasileTro. Rezavam

por

agradeciam Junto

sua alma, imploravam a sua protegao

gragas alcangadas por sua

e

intercessao

a Deus. Seu tumulo estava sempre coberto de

flores frescas e velas acesas. ....

"0 perto

tumulo

atual de padre EustSquio

acha-se

da entrada principal da igreja, chamada

'igreja

de

de padre EustSquio', numa capela bem ade-

quada.

"Al

ajoelham-se, diariamente, os fiels

para

rezar, implorar e agradecer a padre Eust^quio fa vores,

Servo

curas

e gragas alcangadas".

(Novena

de Deus Fad re EustAquio, Promogao da

ao

PamT^

lia-Editora, Belo Horizonte, pp. 1^1-15 / Com apro vagao eclesiSstica).


Y

Qi Siiii Yeoeca® cq®q neXigulaa §1

Silsi

uaadQa qu Iqci^qs galQa i^cyoa de §eu§ Qucaa sag Qb&idaa

gfilQ Q95^§^9 99^ iUi§ celigulaa 63. Imagens e rellquias de entes

queridos, vlvos ou falecldos,

^

avlvam nosso amor e nossa devoQao

De

uma pequena biografla de Padre EustSqulo,

(1890-19^3): "E

costume entre todos os povos conservar

e

venerar

com saudosa pledade as recordaqoes e lem-

brangas

de pessoas querldas vivas ou falecidas...

retratos,

bustos,

escritos ou objeto de seu

uso

pessoal.

"As imagens e reliquias dos Santos, assim como de outros entes queridos, nos fazera lembrar es—

sas pessoas. No-las tornam como 'presentes',^'mais perto*, avivam o nosso amor e a nossa devogao fazendo—nos

recordar suas virtudes e boas

qualida—

des". (Novena ao Servo de Deus Padre Eust^quio, Promogao da FamTTia-Editora, Belo Horizonte, pp.

M 11-^15 / Com aprovagao eclesiistica). 6^4. Sao Bernardo usava como rellquia valiosissima a tunica de Sao Malaquias

De uma biografia de Sao Bernardo (1090-1153): "Antes de dar sepultura aos restos de Sao Ma-


64.

Secgao I

laqulas

(arceblspo de Armagh, prlmaz da

Irlanda,

que morreu em Claraval em 1148) o Abade de Claraval (Sao Bernardo) tirou-lhe culdadosamente a tu

nica e desde entao a uaou, como reliquia valioslssima". (Pr. Ma. GONZALO MARTINEZ SUAREZ, Bernardo de Claraval. Editorial El Perpetuo Socorro, Madrid, 19b4, p. 555 / Imprimase; Segundo, Arzobispo de Burgos, 20-7-1964).

65. Pragmentos dos sapatos de Prei Domingos de Valencia distribuidos c'omo

bengao aos doentes, logo apos sua morte

De

uma

vida dos Prades Pregadores,

escrita

por urn contemporaneo de Sao Domingos:

"Prei Domingos de Valencia, pertencente ao convento de Orthez, tendo sido enviado a pregar em Bazas, aldeia da Vasconia, depois das multas fadlgas que teve que sofrer nas pregaqoes, nas confissoes e nas observSncias regulares, faleceu ali mesmo, no hospital dos pobres; e ele, pobre, foi sepultado entre os pobres. Em seu sepulcro muitos foram curados de diversas enfermidades.

"Certa

desse

irma do hospital conservou os sapatos

frade e os entregou a um peregrino, segundo

creio, sem licen^a do superior da casa. Mas naquela raesma noite apareceu-lhe em sonhos o frade, procurando seus sapatos. E na mesma noite apareceu

tambem ao peregrino, mandando-lhe que devolvesse logo OS sapatos ao hospital; e ele assim o fez. E OS frades da casa os dividiram em fragmentos pequenos

que entregaram como bengao aos enfermos. E

muitos ficaram curados". (GERARDO DE PRACHET, Vida de

los Prailes predlcadores, in Santo Domingo

5u2m&n drid,

visto

por sus

de

contemporAneos, BAG, Ma

1947, p. 787 / Imprimatur: Casimiro, Obispo

Aux. y Vic. gen., 30-5-1^7). 66. Padre CSmara: "Espero ir a Roma pera recolher alguns

despo.los de nosso Padre InAcio"

De uma introdugao as Obras Completas de Santo InAcio de Loyola (1491-1556);


Secgao I

^5.

"(0

Padre Luis Gongalves da Cfimara) escrevla

a Diego Lalnez, VigSrio Geral, que, apesar de sua pouca saude, esperava ir a Roma para intervir na Congregagao Geral e 'recolher alguns despojos de nosso

Padre,

que nao mereci estar presente

a

sua morte'. E ainda a 22 de Julho do mesmo ano tornava a raanifestar os aeus desejos em carta ao Padre Crlstovao de Madri: 'Digo a V. R. que desejo tanto ir a Roma, nem que seja so para visltar as

rellquias de nosso beatlssimo Padre, que nao vejo a hora em que tenha essa felicidade'". (VIGTORIANO LARRAfJAGA SJ, Introduccion a la Autoblografla de San iKnacio de Loyola in Obras Gompletas de San I^acio de Loyola, BAG, Madrid, Tomo I, p.

30 / Imprimatur: Gasimiro, Obispo aux. y V. g.). 67. Padres dos mais vener^vels pela Idade recebem, de .joelhos, fragmentos de escritos de Sao Joao Berchmans

Relato

do Padre de Greeff, professor de

Sao

Joao Berchmans (1599-1621) no Goleglo dos Jesultas de Mallnas (Belgica): "Habituado a nao guardar os escritos dos meus

disclpulos

nao

tenho nenhuma das composigoes

de

Berchmans, mas considero como urn singular bfeneflcio da Providencia ter achado um autografo do santo Jovem.

"Ao publlcar algumas Indulgencias, Paulo V proibiu que fosse impressa a tradugao. Pedl a Ber chmans que traduzlsse o breve, em linguagem vul

gar, a flm de que se pCldesse espalhar copias nuscrltas.

E esse trabalho autografo que

ma-

possuo.

Alguns dos nossos padres dos mais venerSveis^pela idade, pediram-me fragmentos e quiseram recebe-los de Joelhos". (Pe. L. J. M. GROS SJ, Vida de S. Joao Berchmans, Duprat & Comp., Sao Paulo, 1912,

pp. 7b-79 / Com licenga da autoridade eclesiSstica).

68. Um mes depois da morte de Santa

Veronica, urn Padre recorre a¥ reliquia^s dela para obter sua cura

Relato de um milagre operado por uma rellquia

de Santa Veronica Giuliani (1660-1727):


66.

Secgao I "Entre

os mllagres Inumepfivels que se produ-

zlram apos sua morte, um dos mals celebres fol a cupa do Apclppeate de Pleve dl Saddl, Don Giovanni

Ppancesco Leonazzi, ocoppido um mea appoximadcmiente

apos

a

mopte de Veponica. Don

Leonazzi

foi

atingido no dia 27 de agosto de 1727 pop um ataque de apoplexia. Toda a papte dipeita de aeu coppo ficbu

papaliaada; ele quaae nao enxepgava mais

e

sua lingua endupecida o impedla de falap. Cheio de fe no podep de Veponica, o Padpe pediu que aplicaasem alguma daa peliquiaa dela, o que feito.

Ele

foi cupado imediatamente e tpes

Ihe foi dias

depoia podia petomap a celebpaqao dos Oficios, pa pa

gpande eapanto de aeu pebanho". (Cteaae. M. DE

VILLERMONT,

Sainte Veponique Giuliani, Libpaipie Genepale Catholique — Malaon Saint-Roch, Papia-Couvin, Belgique, 1910, pp. ^186-487 / Imppimatup; J. M. Mieat, Vic. Gen., Namupei, 1-3-1910). 69. Uma "ppeciosa peliquia" do Cupa d'Apa; um pap de aapatos velhoa

Declapagao Ppoceaao

de

de Sopop Mapia Ana Gallamand,

Beatificacao e Canonizacao

do

no

Cupa

d'Ars (1786-1859): "Este topia. Em

'pap de aapatos velhoa tem a sua hismapqo de 1862, pefepe Sopop Mapia Ana

Gallamand,^ das Irmas de Capidade, uma mocinha da noasa papoquia de Sao Joao, que acabava de pepdep sua mae, nos diaae que aquela pecebera de sua amiga um pap de sapatos do Cupa d'Aps, e que ela os tinha dado a uma pobpe. Sem duvida, sepapou-se de les, com pena, mas pensava que o bora Cupa nao desappovaria o seu ato. A pobpe, que vivia numa

figua-fuptada do sexto andap da caaa daquela aenhopa, deixou-os atipados a um canto porque Ihe pareciam muito velhoa papa o seu uso. Ao saip daquele quapto deixou os sapatos e a Spta. Lavic (este e o

seu nome)^n6-lo ofepeceu cpendo que nos fazia um gpande obsequio. Recebemo-los contentissimas, como uma

ppeciosa peliquia. Ao ve—los nos admipamos da

pobpeza do Santo Cura. Sopop Mapgapida lembpou—se de pedip-me a tipa de coupo de um dos sapatos. 'Com isto, diaae ela, estou cepta de que o P. Vianney

cupapS a nossa Adelaide. Papemoa fepvopo—

aamente

uma novena e a aenhopa vepli'. Eu Ihe pea-


SecQao I

pondl: 'Pols fagam-na', e Ihes entreguel a correla. Achava-se presente urn padre lazarista, o P. Melller, superior da casa de Angers. Sein_^me pedir

llcenga, ae apoderou do outro cordao e nao quis, por nenhum prego, devolve-lo. 'Tambem, disse-me, poderei servir-me dele' (Declaragao de 10 de outubro de I86M, Processo Ordinfirio, p. 1581)". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropo-

lis, 2a. ed., 196O, p. ^77 / Imprimatur; Luis Pilipe de Nadal, Blspo de Uruguaiana, 29-b-1959). 70. 0 Santo Cura d'Ars conservava urn espelho, porque nele se havia refletldo o rosto do Padre Bailey, que ele tinha por Santo Da vida (1786-1859):

de

Sao Joao

Vianney,

Cura

d'Ars

"0 P. Vianney chorou-o (ao Padre Bailey) como

a

urn

pai. Devia-lhe tudo! Conservou

lembranga muito

impereclvel

daquele santo varao. 'Tenho visto almas

belas,

afirmava

ele, nenhuma

porem

como

aquela'. Os exemplos do antigo mestre ficaram gravados tao profundamente no seu esplrito, que dizia ainda

nos ultimos anos da vida: 'Se eu fosse pin-

tor poderia tragar o seu perfil'. Sempre que falava nele enchiam-se-lhe os olhos de Ifigrimas (Irmao Jeronimo, Processo OrdinSrio, p. 55d)« Todos os dias pela manha nomeava-o no memento da missa. Ate a

morte o Cura d'Ars, que era tao desprendido

de

tudo, conservou sobre a estufa um pequeno espelho 'porque nele se havia refletido o rosto do P. Bai

ley' (P. Beau, Processo OrdinSrio, p. 120^4)". (C6nego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolis, 2a. ed., I960, p. 9^ / Imprimatur: Luis Filipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-b-1959). 71. Petala de rosa tocada por Irma Teresinha do Menino Jesus opera cura milagrosa

Do Processo de Beatificagao e Canonizagao de Santa Teresinha (1873-1897):

"Em fins de junho de 1908, a Irma Catarina Clarke, entao postulante no noviciado da Congrega-


68.

SecQao I

qSo

do Bom Pastor, em Plnchley, Londres, escorre-

gou

dols degraus de uma escada e sofreu uma grave

contusao no pe

"For ocaslao do acldente, colocou-se sobre o pe afetado uma medalha do Sagrado Coragao, empregou-se tambem £gua de Lourdes nos curatives. Poram

feltas novenas ao Sagrado Cora^ao, a Santissima Virgem, a Sao Geraldo Majella, a VenerSvel Madre Pelletler,

fundadora do Institute do Bom

Pastor.

Outros santos foram ainda invocados, mas o ceu parecia surdo a todos os pedidos.

"No

rurgiao sua

dia 30 de outubro, apos a decisao do ci-

(de

operar urgentemente), a conselho

de

Superlora, Irma Catarina comegou uma novena a

Irma Teresa do Menino Jesus, e colocou entre as ataduras uma petala de rosa com a qual a Irma Te resa tinha outrora perfumado e acariciado seu cru-

cifixo,

em

convento

seu leito de morte. Havia, ali^s,

uma grande devogao per esta Jovem

no

reli-

giosa.

"Sexta-feira a noite, 30 de outubro — escreve a Irma Catarina — comecei uma novena a 'Peque-

na Plor' (nome dado a Serva de Deus na Inglaterra) com grande confianga. Eu nao a perdia de vista nem urn

mim

so instante, sempre Ihe pedia para ter pena de

e me curar, para salvar minha vocagao. No dia

3 de noverabro, vespera de minha partida, deitel-me por volta de 9 horas sentindo uma dor multo forte no pe. Eu supliquei entao a 'Pequena Plor' que ob-

tivesse

enfim, de Deus todo Poderoso, a minha pu-

ra. Cada vez que acordava, fazia os mesmos pedi dos. Por volta de 3 horas acordei novamente, mas desta

vez

minha cela estava inundada de luz.

Eu

nao sabia o que pensar desta luminosidade extraordinaria e exclamei: 'Oh meu Deus, o que e isto?' Fermanecl nesta luz durante 3 quartos de hora e

nao ve,

conseguia dormir apesar de meus esforgos. Tientao, a sensagao de que alguem tirava as co-

bertas

de minha cama e me incitava a levantar. Eu

movimentei meu pe e qual nao foi a minha surpresa ao encontrar os 7 metros de faixas que tinham sido fortemente atadas e das quais eu nao teria podido prescindir, completamente retiradas. Olhei para o

meu pe e ele estava completamente curado. Levantei-me, andei e, nao sentindo mais nenhuma dor,

cai

de Joelhos exclamando: '0 Plorzinha de Jesus,


Secgao I o

69.

que e que flzestes por ralm nesta madrugada?

estou

curada!" (Procea

nisation

de Salnte

Therei'e de 1'Enfant-Jeius

de la Salnte-Face —

Eu

de Beatification et Cano

et

Proces Tnformatlf Ordinaire,

Tereslanum, Roma, 1973, vol. I,

Articles — Trol-

sleme partle; GrSces et Miracles, pp. 72-73). 72. Tres mil rellqulas da Irma Teresa para os soldados na frente de batalha Trecho

de

carta

da Madre Ines de

Jesus

a

Hons. De Tell, Vlce-Postulador na Franca da Causa de Beatlflcagao e Canonlzagao de sua Irma, Santa Tereslnha do Menlno Jesus (1873-1897):

"Entrementes, envlel ao sr. Coronel (que consagrara o Reglmento a Irma Teresa) as tres mil re

llqulas (da Serva de Deus) que me pedla e

Juntel

um folhetlnho para cada soldado. Se Isso contlnuar

asslm, a tlpografla de Sao Paulo nao consegulri dar vazao a tantos pedldos (30-^1-1915)". (La hermana ^ "Madreclta" de una Santa — La R. Madre

Ines

de Jesus (PauTlna Martin) Y

Santa Tereslta.

El Angel del Carmelo, Buenos Aires, 1953, p. 120).



VI

Qi Cmi augcen tec cgDilgQ e egtiieii doe Secyoa de Peua

73' Ha pouco tempo nos delxou e foram dlvulgadas mals de trlnta mil gravuras suas

Da citada (1599-1621):

biografia de Sao

Joao

Berchmans

"Urn hSbil artista procurou reproduzir os tra-

50s de Berchmans. Sexta-feira a noite, fizeram^um modelo em gesso. Realizou-se em seguida a autopsia.

faz

"0 padre Bauters escrevia: 'Tao pouco tempo que ele nos delxou, e JS doze dos nossos me-

Ihores gravadores publlcaram-lhe o retrato; JS fo ram vendldas mals de trlnta mil destas belas gravuras; sem falar da quantldade de estampas baratas

que

se acham nas maos do povo. Eu proprlo, acres-

centava o venerando rellgloso, trago comlgo por toda a parte uraa Imagem de JoSo, a qual venero como a de um santo'

•Esses

fatos

maravllhosos

multlpllcaram-se

tanto que poderlamos escrever um volume deles. Entre OS prodlglos submetldos ao seu Julzo, a Igreja reconheceu Intelramente Irrecus&vels, tres curas completas e subltas operadas pela Intercessao do V.

Joao Berchmans: — 'Em 1729, vlvla em Roma, no

convento da Vlsltaqao de Santa Maria, Maria Crucl-

flxa Ancajanl. Uma febre contlnua a devorava desde multo tempo, depols Juntaram-se-lhe tbsse pertlnaz


72. e

SecQao I

vivas

dopes no coragao, com palpitagoes

•Passei a noite de 6 para 7 de abril na mals extrema afligao. Pelas 5 horas da manha, voltando urn pouco a calma, lembrei-me da imagem qua na vespera,

(era

haviam colocado debalxo de meu

travesseiro

urn retrato do V. Joao Berchmans) senti entao

nascer na minha alma, uma grande conflanQa nos meritos e na intercessao do servo de Deus.

'Com

Imagem,

a mao direlta qua estava livre, tomei a

e a coloquel primeiro sobre minha cabega,

depois sobre o peito. Imediatamente senti-me cura-

da, sal da cama e ajoelhei-me para agradecer a Deus aquele imenso favor. Em seguida fui ao coro'". (Pe. L. J. M. CROS SJ, Vlda de S. Joao Berchmans. Duprat & Comp., Sao Paulo, 1917, pp. 3^6, 387, 389 e ^115 / Com llcenga ecleslastica). 7'I. Distribuem 60 mil estampas de Santo Afonso de Ligorio so no dia de seu funeral

De uma biografia de Santo Afonso Maria de Llgorlo (1696-1787):

[[Ap6s a morte, vlvla Afonso mals que nunca no coragao

era

do povo que tanto amara. Por toda a parte

aclamado santo. Se nos templos nao Ihe

render

podia

um culto, que a Igreja alnda nao autorlza-

ra, na Intlmldade dos lares Invocavam-no como a um

poderoso protetor.

"Sua Imagem, Impressa em NSpoles, entrou era todas as famlllas, calculando-se que so no dla dos funerals foram dlstrlbuldas cerca de 6O.OOO.

"Mas a veneragao publlca avultou sobretudo na

pequena Igreja do convento de Paganl. Ao seu tumulo chegavam dlarlamente os romelros, multos dos

quals

trazendo

os seus

doentes

a

procura

de

saude

"Serla operados

demaslado longo enumerar os prodlglos

sobre aquela pedra sepulcral. Por toda a

parte multlpllcavam-se os mllagres". (Pe. JOSE MONTES CSSR, Afonso de M.g6rlo o Cavalelro de Deus, Edltora Vozes, Petropolls, 1962, p. 167 ~7 Imprimatur: Pe. Jose Rlbolla CSSR, Superior Pro vincial, Sao Paulo).


Secgao I

73.

75. 0 proprlo Prefelto da

Sagrada ConKreKagao dos Rltos tlnha uma Imagem e recorrla a Interceasao da

recetn-faleclda Ana Maria TaigT

Relata tarde

Hons. Carlo Salottl (l870-19'<7), mals

Cardeal e Prefelto da

Sagrada

Congregagao

dos Rltos:

"Entre as personalldades Junto as quals a fama de santldade da Serva de Deus era Indlscutlvel-

mente acelta, Inclul-se o Cardeal Ludovlco Mlcara, Capuchlnho, Decano do Sacro Coleglo, o qual tlnha tanta estlma e conflanga naquela faleclda, que conservava conslgo uma Imagem dela e recorrla fervorosamente

a sua Intercessao nas suas angustlas.

A oplnlao do llustre Purpurado reveste-se de malor valor, se se consldera o Importante cargo de Pre felto da Sagrado Congregagao dos Rltos, por ele ocupado, e se se tem era raente a sua habitual prudencla e sua crltlca severa ao eraltlr ura Julzo era materla Beata

tao

dellcada". (Mons. CARLO SALOTTI,

La

Anna Maria Talgl, Madre dl Faralglla, Scuola

Tlpograflca

Italo-Orlentale "S. Nllo", Grottafer-

rata,

1922, p. 376 / Imprimatur: Pr. Albertus Le-

pldl

OP,

S.P.

Ap. Maglster,

Imprimatur:

Can.

Sylvius De Angells Vic. Gen. Dloce. Tusculanae). 76. Curas e conversSes operadas por estampas de Soror Benlgna

Relates de curas e conversoes, numa Vlda da Serva de Deus Irma Benlgna Consolata Perrero

(1855-1916),

Rellglosa

da Vlsltagao de

C6mo

na

Italia:

"No dla 12 de agosto do raesmo ano, a senhora

Magdalena sofrendo

relto,

Varlnl, resldente em C6mo, referlu que, de otlte catarral cronlca no ouvldo

dl-

havla sldo Inutllmente submetlda a uma se-

rle de tratamentos sobremodo dolorosos. Recorrendo

entao com a malor conflanga a protegao de Irma Be nlgna Consolata, poe uma sua Imagem sobre o ouvldo doente, comegando logo a perceber os sons, ate que por flm desapareceu de todo a surdez. "Em fins de agosto de 1917, a senhora Glacomlna Salvade, de Como, trazla ao mostelro da Vlsl-


74.

Secgao I

tagao da dlta cldade aua fllhlnha Magdalena, de tres anoa de Idade, qua tlnha por completo perdldo

a

vlata, nao obatante oa eaforqoa de hSbela

ocu-

liataa e doa Patebene Pratelll de Mllao. Aflltlaalma, como ae pode facllmente Imaglnap, a pobre

mae recorreu chela de confian^a a interceaaao S6ror Benigna Conaolata e colocou uma imagem Benigna

aobre

memento

a menlna foi melhorando e, dentro em bre

ve,

oa olhoa da crianQa. Deade

de de

aquele

recuperou a vlata. Narrando eate fato, a ven-

turoaa mae nao podia dlafarqar a aua alegrla, e a aua fllhlnha Magdalena, eaperta, de olhoa aaoa e bem abertoa, fazla fe do grande favor alcanqado• ....

'Obtlve duas curaa: a prlmelra de uma excelente Jovem daqul atacada de pneumonia. Mandel-lhe uma parcela de um veatldo uaado pela Irma Benigna Conaolata, que Va. Revma. teve a gentlleza de me envlar, e ao cabo de poucoa dlaa deaapareceu o mal, de manelra que hoje a Jovem goza otlma aaude. ....

'Jublloaa

rendo Inflnltaa gra^aa ao

mlaerl-

cordloao Coragao de Jeaus que, por Interceaaao de Soror Benigna Conaolata, me concedeu a cura de uma fllhlnha gravemente doente. Peqo-lhe que me mande um exemplar do Vademecum e algumaa estampas de Be

nigna que, por devoQao, quero espalhar'. •Ha deade

toda

meaea,

uma aenhora afastada

multos anoa e que chegava ate a

da

Igreja

eacarnecer

prStlca de rellglao, fol aalteada de um

In-

sulto apopletlco. Obatlnava-se em recusar os aacramentoa. Peaaoas pledoaaa e amlgaa correram logo ao noaao moatelro para pedlr oragoea. Levaram

daqul

uma Iraagem da Irma Benigna. Caao maravllho-

aol... Pouco depola, a menclonada aenhora cumprla todoa oa aeua deverea religloaoa e morreu aaaiatl-

da

por

algumaa Irmaa. A Abadeaaa daa

rellglosas

Capuchlnhaa'. "Da

meama

Revma. Abadeaaa recebemoa aa

ae-

gulntea Informagoea:

•H5 poucaa aemanaa vleram ao noaao moatelro recomendar um pobre Incredulo gravemente enfermo,

que guem

de contlnuo blaafemava como um poaaeaao. Nlnouaava falar-lhe de conflaaao, aabendo todoa

que em tala clrcunatSnclaa era uma verdadelra furla. Recorremoa entao com Inatantea aupllcaa a Ir-


SecQao I

75-

ma Benigna e entregamos uma Imagem da mesma as pessoaa que tlnham vlndo pedlp as nossas oraqoes para Implorar a conversao do Infellz Incredulo. Mai

o enfermo rebelde deu com os olhos na

santl-

nha, tao longe esteve de se enfurecer como era seu costume, que antes se comoveu, pedlu que Ihe dessem a Imagem que ele mesmo guardou debalxo do tra-

vesselro;

dal a dols dias mandou chamar urn sacer-

dote e recebeu todos-os sacramentos'". (Vlda da Serva de Deus Irma Benigna Consolata Ferrero, Tra-

dugao de Pe. Amando Adriano Lochu SJ, Livraria Saleslana Editora, Sao Paulo, 1926, pp. l6o a 1614 / Imprima-se:

Hons. Pereira Barros, Vigfirio

Geral,

8-10-1926).

77. A maioria dos devotos do Pe. Eust^qulo adquiriu fotos suas, munldas de rellqulas

Da mesma biografia do Padre (1890-19'<3), anteriormente citada:

EustSqulo

"Existem tambem reprodugoes fotogrSflcas, bustos de gesso e rellqulas do saudoso padre EustUqulo.

"Algumas pessoas prlvllegladas possuem algum osso do seu corpo, conseguldo na ocaslao da exuma-

gao dos restos mortals do Servo de Deus, reallzada no

cemlterlo do Bonflm, em 19'<9- Outras estao

posse em

de certos objetos que padre Eust^qulo

vlda. A malorla dos devotos, porera

de

usou

adqulrlram

reprodugoes fotogr£flcas do Servo de Deus, munldas de

urn

pedago

de roupa por ele usada, ou

de

um

fragmento dos panos com que os ossos de padre Eust^qulo foram llmpos mals tarde. "Todos

mos,

esses objetos materials, por si

mes-

nao tem poder extraordlnfirlo ou sobrenatural

algum. A contemplagao do retrato do Servo de Deus e o uso de suas rellqulas devem avlvar em nos a

consclencla da presenga de padre EustHqulo. A fe e a conflanga em seu poder. Junto ao trono de Deus, sao capazes de nos assegurar os favores pedldos e a protegao Implorada. "Procureraos merece-los por uma vlda verdadel-

ramente

crlsta".

(Novena ao Servo de Deus

Padre

Eustfiqulo, Promogao da Famllla-Edltora, Belo Horl-

zonte, p. ^5 / Com aprovagao ecleslfistlca).



VII s;x2s

ggcQCCfii a iQtecceaaaQ vallQaa doa SenxQa de Deua

78. "0 VlrKem bendlta» Clara,

rezal por nos" — clamava o povo de Assls ao morrer Santa Clara

Da

vida de Santa Clara de Assls (1193-1253),

por Tomas de Celano, seu contemporaneo: "A

nao sls

notlcia

da raorte da Senhora Santa

Clara

tardou em se propagar, e quando o povo de As fol Informado dlsso, uma tal multldao de ho-

mens e. mulheres acorreu ao Mostelro de Sao Damlao,

que a cldade parecla Intelramente vazla.

"Todos

vertlam pledosas e devotas

iSgrlmas,

exclaraando dolorosamente:

t— 0 vlrgem bendlta, 6 amlga de Deus! Querldlsslma Clara, adeus! rezal por n6s!' .... "Desde que a Senhora Santa Clara fol colocada nesse lugar, uma grande afluencla de povo reglstrava-se todos dlas .junto a seu tumulo. Essas

pessoas louvavam a Deus dlzendo: • — Esta

neste

vlrgem, que Deus

fez tanto

honrar

mundo pelo^ homens, e verdadelramente santa

e~TiTna glorlosamente no ceu com os anjos. Rogal a Deus por nos, tu, a prlmelra das Damas Pobres que


78.

SecQao I

atrals

todas as outras a penltehcla! Tu, que con-

duzes a Deus IncontSvels almas!'". (TOMAS DE CELA-

NO,

Salnte

Claire

Libraires-Editeurs,

D*Assise,

Perrin

et

Cie.,

Paris, "^a. ed., 1917, pp.178,

180 e l8l).

79* A bondade divina nada nep;ava pelos meritos e intercessao de

Sao Francisco de PauTa, Invocado antes mesmo de seu sepultamento

Relato do que ocorreu a morte de Sao Francis

co de Paula (l4l6-1507), fundador da ordem dos Mlnlmos:

"Uma testemunha ocular asslm depos no proces-

so

de

beatlflcaqao: 'E Imposslvel dlzer

quantos

mllhares de pessoas, de um e de outro sexo e de todas as Idades, fez acorrer de suas casas o anunclo de sua morte. Aflulram de todos os cantos para

ver o corpo alnda nao sepultado. Veneravam aquele corpo noblllsslmo, que tlnha hospedado uma alma

tao Inslgne: beljavam-lhe as maos, Instrumentos de tantas

obras santas. Aqueles que na terra

tlnham

experlmentado sua pledade e seus beneflclos implo-

ravam sua Intercessao Junto de Deus. E sua"? preces nao

eram vas; a bondade dlvlna nada negava

pelos

meritos e a Intercessao de seu servo'.

"Nao obstante o servlgo de guardas, dlsposto expressamente pelo rel Luis XII, vlnte nobres con-

segulram diyldlr entre si uma parte de

sua tunica

para guarda-la como preclosa rellquia; outros le va ram o cillclo, a dlscipllna e clnto de couro

que Ihe clnglam as carnes. Todos querlam tocar e beljar aquele corpo que conservava alnda Intactas a flexlbllldade e a maclez.

"Ao

contato daquele corpo glorloso floresce-

ram alnda os mllagres". (ANTONIO CASTIGLIONE, S. Francisco de Paula, vlda llustrada, Delegagao Geral da Ordem dos Mlnlmos, Sao Paulo, 1980, p. 18^

/ Com aprovagao ecleslSstlca).


Santa Clara de Assis. Afresco de Simone Martini(sec. XIV), na igreja inferior da Basilica de Sao Francisco,em Assis(Itdlia),


80.

Secgao I

80. Pela opinlao que tlnham da santldade

de Anchleta, nmltos, ^ lugar 3e rezar por ele, rezavam a ele De uma vlda do Pe. Jose de Anchieta, mlsslonSrlo Jesulta no Brasll (153'1-1591)» recentemente beatlficado:

"Sablda a morte do bom padre Jose, .houve mul-

tas Ifigrimas e geral sentlmento nos padres, nos Portugueses e Indlos de toda a Capltania, porque todos o tlnham por pal

e multas pessoas houve que pela opinlao que tlnham da santldade do padre, em lugar de o encomendarem a Deus, se encomendavam a ele, que os

favorecesse chleta,

1955,

com este Senhor". (Pe. PEIRO ROIZ, An-

Llvrarla

Progresso

Edltora,

Salvador,

pp. 85 a 87).

81. Abadessa curada por Invocar

como santo a Luis Gonzaga~recem-falecldo

Da

JS referlda blografla de Sao Luis Gonzaga

(1568-1591):

"Tom£s Manclnl, secretSrlo do Cardeal della Rovere, numa carta escrlta a Marquesa (mae de Sao Luis Gonzaga), asslnala algumas partlcularldades que

marcaram as exequlas do Bem-aventurado

'Sexta-felra i tarde, 21 de Junho, ele fol enterrado na capela da Annunzlata, no Gesu. Eu me encontrava

IS. Nao somente os Padres guardam o

seu

cadSver como um tesouro, mas o poyo apressou-se em cortar as suas vestes para ter rellqulas suas. Ho-

Je, sSbado 22~ dlzem-me que multos Senhores fazem grandes InstSnclas para ter qualquer colsa dele. '....

"A

prlnclpe

reverenda Madre Maura Lucenla, Irma desse

(Ranuzlo Parnese), Rellglosa professa

e

Abadessa de Santo Alexandre em Parma, declarou que se tlnha vlsto llvre de vlolentas dores de cabeqa,

por

ter

Invocado Lul^ como santo". (Pe.

GLAIR SJ, Llbralrle de

CHARLES

de Saint Louis de Gonzague, Flrmln-Dldot et Gle., FarlT^ ltt91,

pp. 276 e 279).


Secgao I

•V...

■^;v

AJ


82.

Secgao I

82. "Nao hesltel Jamals em recomendar-me aa suas oracoes"

Carta de Sao Roberto Bellarmlno ao Pe. Vlrgl-

llo

Ceparl,

a

respelto

de

Sao

Luis

Qonzaga

(1568-1591) escrlta antps da beatlflcaQao do Jovem novlQo Jesuita, ocorrlda em iSO^I: "Reverendlsslmo Padre,

"E com agrado que satlsfago a tudo o que Vossa Reverencla pede de mlm; porque e, parece-me, da gloria de Deus Nosso Senhor, que se conhegaim os dons concedidos por sua Divina Majestade aos seus servidores. Confessel durante muito tempo o nosso

caro

e

muito santo Luis Qonzaga; ouvi mesmo

uma

confissao geral de toda sua vida. Ele ajudava minha missa e gostava de conversar freqiientemente comigo* sobre as coisas de Deus. De acordo com suas confissSes e com essas conversas, creio poder afirmar em toda verdade o que segue:

cado

"Em primeiro lugar, ele Jamais cometeu urn pemortal. Tenho por certo que isto foi assim

desde a idade de seis anos ate sua morte. Quanto aos anos anteriores durante os quais ele nao tinha

esse conhecimento de Deus que teve mais tarde, devo

conjeturar com tanto mais fundamento que nao e

verosslmil que ele tenha pecado mortalmente em sua

infSncia, sobretudo ele, que Deus predestinava uma

tSo

setimo

grande pureza. Em segundo lugar, ap6s

ano

de sua vida, epoca na qual, assim

a o me

dizia, ele se converteu do mundo a Deus, levou uma vida perfeita. Em terceiro lugar, ele nunca sentiu

o aguilhao da carne. Quarto, em sua oragao, duran te a qual se mantinha o mais freqiientemente ajoeIhado no solo e sem apoio, ele nao sofreu, de or-

din£rio, distragoes. Quinto, ele foi um espelho de obediencia, de humildade, de mortificagao, de abstinencia, de prudencia, de devogao e de pureza. Nos ultimos tempos de sua vida, ele experimentou uma vez, durante a noite, uma tao extrema consola-

gSo ao meditar sobre a gl6ria dos bem-aventurados, que toda essa noite Ihe pareceu ter passado num quarto de hora. Nessa mesma ocasiao, tendo morrido

o P. Luis Corbinneli, eu o interroguei

sobre

a

sorte dessa alma. Ele respondeu com grande seguranga: 'Ela apenas passou pelo purgatorio'. Entao,


Secgao I

83.

conslderando

seu

clrcunspecto

no falar e reservado na aflrmaqao de

carfiter, sabendo o

quanto

era

colsas duvldosas, tlve por certo que ele tivera sobre Isso uma revelaqao dlvlna. Entretanto eu nao quis ir mals longe, para nao Ihe dar ocaslao de

vangl6rla. sobre

Eu poderla dlzer

multas outras colsas

as quais me calo, nao estando certo de lem-

brar-me bem diretamente sempre

delas. Em suma, creio que ele entrou na gloria dos bem-aventurados, e tlve escrUpulo de rezar por essa alma, temendo

fazer

In.lurla a Ueiis, cuja graqa tao bem eu vlra

aglr nele.

Pelo contrdrlo, eu Jamals hesltel

recomendar-m¥ ^ suas oraqoes. nas grande

quals

em

tenho

conflanca. Que Vossa Reverencla reze

por

mlm.

"Do Palficlo Apostollco, 17 de outubro de I601 "De Vossa Reverencla, o Irmao multo afelQoado em Jesiis Crlsto "Roberto, Cardeal Bellarmlno".

(Pe.

CHARLES GLAIR SJ,

vie de Saint Louis

de Gonzague, Llbralrle de Plrmln-Dldot et Gle, Pa ris, 1«91, pp. 282-283).

83. "Venero e Invoco o Irmao Joao, como Invoco os Santos canonlzados"

Da blografla (1599-1621):

de

Sao

Joao

Berchmans

"0 padre Bauters escrevla: — Em Roma, como em Plandres, os mals consplcuos personagens honra— vam a raemorla de Berchmans. 'Venero e invoco o Ir-

mSo Joao, ^mo Invoco os santos canonlzados. Honro sua Imagem. recomendo-me a sua Intercessao. como honro as Imagens e como Imploro a Intercessao dos outros santos'.

"Asslm falavara, nos depolmentos Jurfdlcos, os padres

Geccottl

e Massuccl". (Pe. J. L. M.

GROS

SJ, Vlda de S^^ Joao Berchmans. Duprat & Gomp., Sao

Paulo, 1^2, p. 389 / Com llcenqa da ecleslSstlca).

autorldade


glj^

Secgao I

84. Loro apoa a morte de Santo Afonso de LlRorlo, "todos se recomendavam a Intercessao e poder do novo santo"

De uma blografla de Santo Afonso Maria de Ligorio (1696-1787), Doutor da Igreja:

"Ao divulgar-se a noticia de que Monsenhor Ligorlo estava desenganado, a consternaqao de^todos fol grande. As igrejas encheram-se de ^fieis, que com extraordinSrio fervor pediam a saude do querido enfermo. Blspos, sacerdotes, religiosos, nobres e plebeus acorriam de toda a parte a pedir-Ihe a ultima bengao. ^ famllias ^ Pagani, g^ie o consideravam como propriedade de sua cidade, aproximavam-se com intenqao de apoderar-se de qualquer

coisa

que Ihes servisse de lembranga e^

reltquia.

Como por encanto desapareciam roupas, faixas e tu-

do quanto fosse de uso do servo de Deus. Tud^o isto elFa repartido e disputado ansiosamente. Os que nada encontravam para levar, consolavam-se tocando no corpo do Santo rosarios e medalhas

ber

"0 governador da cidade, temendo que, ao sa do passamento do Santo, todo aquele povo to-

masse

de assalto o convento, a procura de

alguma

rellquia, ordenou que um batalhao de soldados montasse guarda da casa* A noticia do falecimento so foi publicada algumas horas depois• Os Padres trasladaram o cadaver a uma pequena capela interna

e no dia seguinte levaram-no a igreja, onde ficou exposto. Uma avalanche humana precipitou-se para venerar e contemplar pela ultima vez o rosto da— quele a quem todos proclamavam santo

"Ninguem

pensava em encomendar a Deus a alma

do defunto, mas todos se recomendavam a interces sao e poder do novo santo. Todos, na verdade, o

proclamavam santo e o pr6prio ceu, com um milagre, quis por seu selo aquela glorificagao popular"•

(Pe. JOSE MONTHS CSSR, Afonso de Li^6rio o Cavaleiro

de

Deus, Editors Vozes^ Petropolis,

1962,

pF^ 15T"e TF3~/ Imprimatur; P. Jose Ribolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo).


Secgao I

85.

85. Faleclda Bernadette, seu confessor a Invocava cotno Santa canonizada

Escreve

o conhecldo haglografo Mons. Francis

Trochu:

"Urn de seus antigos confessores, o padre Dou

ce,

declarava a urn colega 'que a irma

Marie-Ber

nard foi uma boa religiosa sem nada de extraordinilrlo'. Mas, raesrao no tempo em que ele falava da

sua penitente com esta reserva, sem duvida para ir ao nas

encontro

de perguntas indiscretas,

'escrevia

suas notas Intlmas 0 que pensava realmente de

Bernadette'...

All 'se encontram as invocaqoes

a

irma Marie-Bernard ou as agoes de gragas pelos favores recebidos por sua intercessao'. Mas, explica

a testemunha, 'eu sei que o padre Douce nao utiliza

esta linguagem no seu Piario senao a

respeito

dos santos. da bem-aventurada Margarida-Maria e do

venerivel

Cura

pertencem

ao

de Ars' (Estas

ultimas

citagoes

R.~F. Le Cerf, Pr. Ord. Nevers,

f.

897).

"Urn

outro religioso marista, o R. P. Charles

Payrard, declara que

observagoes do P. Douce

sao invocagSes a Bernadette ou agoes de gragas pe-

la so

sua intercessao. Verifiquei que no seu Diario trata assim os santos canonizados' (Pr. Ord.

ITevers, f. 10b9). "Eis alguns extratos:

•16 de Abril de l882. — Iniciei piedosamente uma novena em honra da Imaculada Conceigao, por ocasiao do aniversSrio da morte de Bernadette... •8 de Maio. — Hoje, as tres da tarde, estava

prostrado

Junto do tumulo de Bernadette e rogava-

-Ihe para terminar a obra. '15

de

Agosto. — Hoje, festa

da

(agao de gragas a irma Marie-Bernard), Virgem que inspirasse...

Assungao

pedia

a

'22 de Agosto. — Hoje, oitava da Assungao, agradego-vos e agradego a irma Marie-Bernard. '9 de Dezembro. — Obrigado, 6 minha boa Mae,

obrigado p^ra a irma Marie-Bernard... '20 de Agosto de I883. — Agradego-vos, 6 Ma

ria, por Sao Bernardo e por Bernadette'". TpRANCIS


86.

Secgao I

TROCHU, Bernadette Soublrous, Editorial Aster, Llvrarla Plamboyant, Llsboa, Sao Paulo, 1958, pp.

3814-385 / Imprimatur; Ernesto, Arceblspo-Blspo de Coimbra).

86. ^ Prancesla. Saleslano. nao heslta em Invocar seu aluno recem-falecldo

Da vlda de Miguel Magone (18445-1859), escrlta por Sao JoSo Bosco:

"0 sentlmento de seus condlsclpulos (de Mi guel Magone, aluno saleslano recem-falecldo) e de seu professor, o Sacerdote Don Prancesla, fol expresso por este nas segulntes palavras: 'No dia

segulnte a morte de Magone ful a mlnha classe. Era

um s&bado e deverla reallzar-se uma prova. 0 lugar vago de Magone Indlcava-me que eu tlnha perdldo um aluno e o ceu ganho um cldadao. Eu estava profundaraente comovldo; os Jovens, sob a Influencla de Imenso pesar e em sllenclo geral; nao me fol pos-

slvel pronunclar outras palavras senao estas: 'Morreu!' Todos choravam. E como nao chorar, se todos araavam um menlno tao virtuoso? Depols de sua morte constatou-se a grande reputagao de pledade que conqulstara entre os companheiros.

"As uma

p^glnas de seus escrltos eram dlsputadas

a uma, e um dlgnlsslmo colega meu conslderou-

-se muito feliz porque pode recolher um cadernlnho do .jovem Miguel.

"Eu raesmo, movldo pelas vlrtudes que pratlcou era vlda com tanta perfelqSo, nao duvldel era InvoC&-I0 depols com plena conflanca nas mlnhas necessldades; e, a bem da verdade, devo confessar que nao foram baldadas as mlnhas esperanqas". (Sao JORO BOSCO, Vlda de Miguel Magone, In Blografla

Escrltos de San Juan Bosco, BAG, Madrid, 1955, pp. 897-898 / Imprimatur: Jose Maria. Ob. aux. y vie. gral., 13-5-1955).

87. "Bem podels em vossas necessldades e perlgos, em vossos afas

e dores, dlrlglr-vos a essa alma"

Da JR menclonada blografla do Marques de Comlllas (1853-1925): "0 conde de Dona Marina, em


Secgao I

S7»

sessSo necpol6glca publlca, tennlnou seu^dlscurso com esta InvocagSo: 'Bem-aventurado Marques de Comlllas, rogal per n68I' "0

Exmo. Sr. D. Luis Javier Mufloz SJ,

Arce-

bispo da Guatemala, na oraQSo funebre pronunciada na Catedral de Havana, nao vacilou em assim se expressar:

'E

tao

luminosa a esteira de santidade

que

deixou ap6s si o grande cavaleiro cristao, que nao me parece aventuroso dizer-vos que bem podeis^ era vossas necessidades e perigos, e ^ vossos afas e dores. dirigir-vos a essa alma cu.1o poder ante Deus tem que corresponder a perfeigao crista que regulou todos os atos ^ sua vida. Prudentissimas

leis da Igreja nao permitem tributar a alguem homenagens de culto, antes que Ela, ap6s severo exame

e

provas

irrecusAveis, o autorize;

mas

nao

prolbe a piedade priyada que invoque a intercessao ^aqueles cuja vida nos oferece uma setmranga moral de que gozam da eterna recompensa'". (Pe.

EDUARD<5~

REgXtilloTJ, Un Marques Modelo. Sal

Terrae, Santander, pp. 23^-235 / Imprimaturt sephus, Episcopus Santanderiensis, l-5-l9bo;.

Jo-

88. Rezavam A falecida como se faz Junto aos tumulos dos Santos

De

uma biografia de AmAlia ErrAzuriz de Su-

bercaseaux (1860-1930),

piedosa senhora

chilena

morta em odor de santidade:

"Apenas ele

depuseram o caixSo na catedral, foi

imediatamente cercado por todos os que amavam

AmAlia. E, segundo a afirmagao dos

privilegiados

de sua amizade, sentirara. Junto aos seus despojos, uma paz tao sobrenatural, que, em vez de rezar por

ela, recomendavam-se

A sua in^rcessao, como se

costuma fazer Junto aos tumulos dos Santos. Beija— vam o seu caixao, e tocavam nele tergos e outros

objetos AmAlia

de piedade". (B. SUBERCASEAUX DE VALDES, ErrAzuriz de Subercaseaux. Editora

Vozes,

Fefropolis, 3a. ed., 195», p. 222 / Imprimatur: Por

noel Prei

Comissao Especial do Exmo. Revmo. Sr. Dora Ma-

Pedro da Cunha Cintra, Bispo de Desiderio Kalverkamp, OFM,

30-9-57).

Petr6polis, Petropolis,


88.

Secgao 1

89. Podemos recorrer a oracao dos que estao Junto de Deus, asalm como pedlr que nossos irmaos em Crlsto rezem per nos

Da J& cltada blografla do Padre EustSqulo (1890-19'13), da Congregagao doa Sagradoa Coraqoea, que morreu em odor de aantldade:

"Aaalm, a Congregaqao doa SS. Coraqoea, reconhecendo aa grandea vlrtudea de aeu rellgloao Pa dre EuatAqulo van Lleahout, e clente de que oa fiela, JA agora, reconhecem que a Interceaaao do Servo de Deua e valloaa Junto de Deua, aguardam o

dla

^em

que o proceaao aeja simpllflcado e

poaaa

aer conduzldo pelo proprio eplacopado braailelro.

"Maa aaber

para oa devotoa do Pe. Euatdqulo, e bom

que,

alem do teatemunho humano

durante

o

curao doa Proceaaoa dioceaanos, ^ preclao o TESTEMUNHO DE DEUS, a flm de que aeJa conflrmada por mllagrea do ceu a fama de aantldade de Padre Eua-

tSquio. E aabemoa: quem faz mllagrea e ao Deua. "A oraqao de aiSpllca e recoroendada por Crlsto no Evangelho. E ate meamo recomenda-se o pedldo de saude e de colsas temporals. E e verdade tambem

que podemos recorrer a oraqao das pessoas que jT estao

Junto de Deus7 da mesma manelra que podemos

pedlr

que

rezem

por

n6s. Por laso, podemos pedlr fayores de Deus

por

Intermedlo

Deus

os nossos Irmaos em Crlsto de Pe. EustAqulo". (Novena

Padre

ao

EustAqulo. Promoqaoda

Servo

Famllla-

^dltora, Belo Horlzonte, pp. 36-37 / Com aprovaqao ecleal&atlca).


Ull

9 EecunsQ §Qi iicyga

geyg

§i giBSlli i5li£gli§9=§ § i§B B25S

cegitaslQ pclvada dg ladalnbag e ggtgpQQdg gcaggga em gua bgngg

90. Sao Francisco Xavier inseriu o nome do Padre Pabro na ladalnha dos Santos e Sao Francisco de Sales o

Invocava como se tlvesse sldo canonlzado

Do llvro Tudo por Jesus, do grande convertldo

Ingles do seculo passado. Padre Faber: "Escutal o que Orlandlnl conta do Padre Fabro, cu.jo nome Sao Francisco Xavier Inserla nas

Ladalnhas dos Santos, e ^ue Sao Francisco ^ Sales

Invocava como se tlvesse sIdo canonlzado**• \R* Pe• FREDERIC-WILLIAM FABER, Tout Pour Jesus, Ambrolse

Bray, Llbralrle-Edlteur, Paris, 3a. ed., 1862, p. 120).

91. Sao Jogo Berchmans Invoca. na ladalnha dos Santos,

alpoins da Companhla nao

canonlzados, e outros nem beatlflcados Oltlmos

momentos

de

Sao

Joao

Berchmans

(1599-1621), numa blografla sua: "As 10 horas, o enfermelro ofereceu ao doente

um pouco de caldo. — Berchmans tendo tornado algu-


90.

Secgao I

mas gotas dlsse: 'Basta, Irmao, e chegada a hora, nao de comer, nem de beber, mas de rezar*. — Pouco depols: 'Desejo qua recitals as oragoas da ra-

comandagao da alma, dlssa ao padre Van Doorne, o tempo podarS nos faltar. Comagaram Imadlatamante. Quando mas

nas ladalnhas dos Santos, chagaram aos no-

dos confassores, Joao padlu ao padre qua

pa-

rassa. a Invocassa com ale os Bam-avanturados Ignaclo da Loyola, Francisco Xavler, Lulz da Gonzaga, Estanlslau Kostka: os Vanaravals Padres Fran

cisco mao

da Borja,

coad.jutor

Jose Anchlata, ^ o. Vanar^val Ir

Affonso Rodrlguas". (Pa. L. J.

M.

GROS SJ, Vlda da S. Joao Barchmans, Duprat & Comp., Sao Paulo, 1912, p. 375 / Com llcenga da autorldada aclaslSstlca).

92. "SaJam tambem maus Intarcassoras, a mlnha Maa Isabel,

Irmaos parantas £ amlgos" Do ato da consagragao a Nossa Sanhora como escravo, de Prel Antonio de Sant'Anna Galvao, franclscano brasllelro, morto em odor de santldade (1739-1822): "Sejam tambem maus Intarcassoras o Arcanjo Sao Gabriel a o Anjo da mlnha guarda a todos os mals anJos da todos os coros angellcos; os Santos a bam-avanturados, prlnclpalmanta mau pal Sao Francisco, dlgo prlmelramanta os glorlosos Santos vossos pals a asposo, mau pal Sao Francisco, Santa

Aguada, o Santo do mau nome, Sao Pedro da Alcanta ra,

Santa. Gertrudes, mau pal Sao

Domlngos,

SSo

Tlago Apostolo, Sao Banadlto, o.s Hals Magos, Sao Jeronlmo, Santa Teresa, Sao Francisco de BorJa, & mlnha Maa Isabel. a IrmAos parantas a amlgos. se a

qua

todos

gozam da vossa vista (como o asparo

a

plamanta suponho), a a todos os mals qua a vossa vontada qua au paga am particular. Rogo a todos astes refarldos Santos qua oram a vds por mlm a me"

slrvam filial

da tastamunhas IrrafragAvals dasta mlnha antraga a ascravldao". (Frel ANTONIO DE

SANT'ANNA GALVAO. Escrltos Esplrltuals, SSo Paulo,

1980, p. 6).


i^utcSo j*4t^4'A^^yyt*i^

. ... .

.. . .

Fac-simile da C6dula de consagragfto do Servo de Deus Frei Antonio de Sant'Ana Galvdo a Nossa Senhora.


92.

Secgao I

93. Frelra de Llsleux compoe oracao a Irma Teresa, logo apos sua

morte, para Invoca-la cada dla

Depolmento (Cellna)

da Irma Genoveva de Santa

no Processo de Beatlflcagao e

Teresa

Canonlza-

gao de sua Irma, Santa Tereslnha do Menlno Jesus: "Apos a morte da Serva de Deus, a atltude das Irmas que Ihe tlnham sldo hostls se transformou em

veneragao. Nlnguem tlnha malor sofreguldao em guardar lembrangas e retratos dela do que a Irma Sao

Vicente de Paulo, essa frelra conversa que

tlnha felto sofrer

oraqao

a

Uma outra Irma compos uma

para InvocS-la todos os dlas". (Proces

de

Beatification e^ Canonisation de Salnte Therese de

1'Enfant-Jesus et de la Salnte-Face -- I^ Proc^ Apostollque, Tereslanum, Roma, 1976, temoln

Ge-

nevleve de Salnte-Therese OGD, pp. 323-324). 94. "Lembral-Vos, 6 poderosa Ralnhazlnha..

Oragao

c'omposta pela Nadre Isabel do Sagrado

Coragao (1883-191M, frelra do Carmelo de Llsleux, para

Invocar

Menlno

Jesus,

a entao Serva de Deus Tereslnha

virlos anos antes da

do

beatlflcagao

desta, ocorrlda em 1923:

"Lembral-vos, 6 espelho

-vos

da

poderosa Ralnhazlnha,

da mlserlcordlosa Vlrgem Maria,

doce

lembral-

revelagao que v6s mesma nos flzestes

de

que nlnguem Jamals vos supllca em vao e que nenhum daqueles que vos Invocam nao e Jamals abandonado por vos.

"Anlmada eu da malor conflanga, venho lembrar-vos de vossa promessa de passar vosso Ceu fazendo o bem sobre a terra, venho supllcar-vos de espalhar sobre mlm, e sobre todos aqueles para os quals eu Imploro a vossa protegao, uma abundante chuva de rosas, uma torrente de gragas celestes. "Apressal-vos em responder ao meu apelo, dlgnal-voa descer para Junto de mlm, abrasar-me com o dlvlno amor e ouvlr a mlnha humllde supllca. Asslm

seja". (Noylsslma Verba, Dernlers entretlens de Ste.

Therese de L'Enfant-Jesus, Office Central de

rrileux, 1926, pp. 222-223).


§§

£§261 ecQisssia g

DQVfiQii §Qi ifinyoa dg Dgya

95. Antes de sua beatlfIcagao, novenas a Toana de Franga, alcanqam v^rlas "curas Relates

de testemunhos da epoca, sobre o co-

mego do culto a Santa Joana de Franga (1161-1505), beatlflcada em 1712 e canonlzada em 1950: "No

ano

de 1507, um homem nobre, Pierre

de

Vaux, escudeiro, senhor na Corte, da par6qula de Saint-Aubin, a quatro leguas de Bourges, aqui veio e contou-nos colsas dignas de memoria: e que ele tinha uma filha corn cerca de doze anos, a qual

muitas

vezes cala repentinamente para trSs e, dez

vezes ao dia, os membros se Ihe tornavam enrijecidos e ficava privada dos sentldos; sem saber o que acontecia consigo, como aqueles que tern epilepsia;

a

doenga perdurou pelo espago de cinco anos... E,

nao sabendo mais o que fazer, o pal e a mSe fizeram um voto e promessa a Deus, a Virgem bem-aventurada Joana. de que ^ filha faria uma novena .lunto a seu tumulo; assim que o voto foi feito, a

filha e

nao

ficou sa caiu

e~curada

mais

e nao

e comegou ficou

a comer ....

doente

daquele

modo. ....

"Anne, filha de Jean Bartelot, (era) atormen-

tada

pela

doenga das escr6fulas

Ela

vai.


9^1.

Secgao I

pols, .junto ao tumulo de Joana de Franga, em Bourges, e, tendo comegado sua novena> veriflcou nao sentlp mals nenhuma dor, 'e nao aparecla mals ne-

nhum

tumor, nem Inflamagao na parte afetada, pelo

que ela deu gragas a Deus e a bem-aventurada Joana de Pranga'". (MARGUERITE D'ESCOLA, Jeanne de France, in "Ferveur", Paris, n. 7, 8-19^9, PP* ^2 a M). 96. Fazem uma novena ao Cura d'Ars, antes de beatlficado

£ obtem uma cura milagrosa

Declaragao de Leonldas Joly, no Process© OrdinSrlo de Beatificagao e Ganonlzagao de Sao Joao Vianney (1786-1859):

"— Nasci era 1848.

Adelaide

Saint-Claude, a ^8 de malo de tem quatro anos merios do que

eu.

Paz cinco anos que ambos estamos no orfanato dlrigldo pelas Irmas de Carldade, na paroquia de Sao JoSo de Liao.

"Todas as manhas era eu quem vestla a minha irmazinha. Um dia comegou a se queixar de dores no

brago

esquerdo. Em setembro de I86I a

professora

que visitava o nosso trabalho reparou que Adelaide

tinha que

o

brago esquerdo apolado sobre o Joelho

nao podia trabalhar. Charaou-a de menina

e

pre-

guigosa e nos nos pusemos a chorar. Entao levarara a menina ao Dr. Berne, primelro clrurgiao da Carl dade. Disse que Adelaide tinha um tumor branco, que estava aleijada para toda a vida, e que teria de usar um aparelho. Este nao fol necessSrlo; nos-

sas professoras quiseram experlmentar outra coiaa:* fizeram

uma novena ao Cura d'Ars £, como estives-

3em

seu poder uns sapatos velhos

em

que

tinham

pertencldo ao Santo, tiraram deles uma correia e_a puseram no braco de minha irmazinha.

"Passados sete dias, Adelaide me disse: 'Leo

nldas, meu brago ^S. nao me d6l'. E descobrindo-o vi

que

subi

podia move-lo com facilidade. Em

ao quarto de nossa professora para

seguida anunciar

tSo agradSvel nova. Repreendeu-me por have-lo felto sem licenga. No ultimo dia da novena, a IrmS tlrou a atadura do brago e o achou perfeitamente curado.

Mexia-o

em todos os sentidos e

tinha

o


Secgao I

mesmo

95.

aspecto que o outro, sem vestlgio de raqul-

tlsmo. 0 tumor tlnha desaparecldo completamente. 0 Dr. Berne flcou estupefato. Nao teve dlflculdade em exarar um certiflcado que fol remetldo ao blspo de Belley. Flzemos todos, multo alegres, uma nove-

na de agao de gragas e desde entao Invocamos mals freqiientemente o Cura d'Ars, que curou mlnha Irma-

zlnha".

zes,

(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vo-

Petropolls, 2a. ed., I960, p. Hlb / Imprima

tur; Luis Fllipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-6-1959).

97. "Concedei-nos (Senhor) ver logo nos altares a Vosso Servo Claudlo..."

Novena

para obter a Beatificajao do Servo de

Deus Don Cldudio Lopez Bru, Marques de (1853-1925):

Comlllas

"Pelo Sinai...

"Senhor meu Jesus Crlsto...

"Senhor

e

Deus meu, que entre

as

riquezas

guardastes a vosso servo GlSudio desapegado ao ponto de nao as conservar senao para o socorro dos pobres; e entre os neg6cios do mundo, fizestes de seu coragao o foco de Intensa carldade para conVosco, de ardente amor a Santa Igreja e de filial

reverencia

ao

Vosso VlgSrlo, o

Sumo

Pontlfice!

Concedei-nos, por seus meritos e intercessao, a graga de seguir suas pegadas e virtudes; e o favor que Vos pedimos para a Vossa gloria, honra de Vos so servo e proveito de nossas almas. Amem. "Peca-se a graca especial que se dese.ja conseguir por intercessao do Servo de Deus.

"Pai-Nosso, Ave-maria, Gloria.

"Onipotente e benignlssimo Senhor, que Vos alegrais que Vossos servldores sejam glorlficados ainda nesta terra, concedei-nos ver logo nos alta res o Vosso servo Cl&udio, para que, como em vida mereceu ser chamado o Marques humilde da caridade,

assim possamos invoc&-lo no c6u como generoso protetor

nhor

de seus devotos. Pelos meritos de Nosso Se

Jesus

Imaculada.

Cristo, e pela intercessao da

Virgem

Amem. — A.M.D.G." (Pe. EDUARDO F. RE-

GATILLO SJ, Un Marques Modelo. Sal Terrae, Santan-


96.

Secgao I

der, p. 210 / Imprimatur: Josephus, Episcopus Santanderiensls, 1-5-1950).

98. "Meu grande protetor, Padre EustHquio, por vossa poderosa

intercessao Junto a Deus, alcancai-me a graqa qua tanto almaJo..."

Novana ao Padra EustSquio (1890-1913)> morto am odor da santidada am Balo Horizontal

"Novana ao Padra EustSquio "Oragao preparatoria - para cada dia -

"Mau bora Jasus> au vos adoro a vos agradago o banaflcio racabldo da Pa crista.

"Eu vos supllco qua, maditando as-virtudas da vida crista a contamplando o axamplo do vosso Ser

vo fial Padra Eustaquio, au sinta am mim o dasajo da santificar-ma cada vaz mais. Quaro tornar-rae, como ala, um testamunho vivo do vosso Evangalho, am mau banaflcio proprio, para o bam do pr6ximo a para vossa maior gloria. Assim seja.

"Oragao para alcangar uma graga especial por intercessao da Padra EustAquio

"Bondoso Padra EustSquio. granda araigo a banfaitor das almas sofradoras, alcancai-ma por vossa

intercessao

Junto

a

Daus

a

graga

qua

tanto

almaJo...

"Eu promato, sa for atandido nasta suplica, vivar como bom cristao, razar a colaborar para qua, am brave, sajais baatificado a alavado ^ hon-

ra dos altaras, para a maior gloria da Santa IgraJa, no Brasil. Amem. "1- dia da novana

"Oragao

do dia. -- Alcancai-ma. padra EustA-

quiOt a graga da uma fa viva a ganarosa nos Misterios

da Daus, nas Vardadas ravaladas a na Bondada

a Providencia divina. Qua minha fa saja, como foi a vossa, inabalSval, principalmanta nas dificuldades a sofrimantos da vida.


Secgao I

97.

"2- dla da novena

"Oragao do dla. — Alcancal-me. bondoso padre Eustaquio, a graga de abandonar-me em tudo a Vontade divina, conflando na Sua infinita bondade. Pazei-me compreender melhor a necessldade da oragao confiante. "3- dla da novena

"Oragao do dla. — Meu grande protetor, padre EustSqulo. ajudal-me a por em prStlca o mandsimento do

amor, para que a mlnha alma flque sempre unlda

a Deus pela graga santlfIcante, e o amor de Deus Inspire todas as agoes da mlnha vlda cotldlana. "4^ dla da novena

"OragSo do dla. — Alcangal-me. bondoso padre EustSqulo. a grande graga de contemplar em meu proximo a Imagem de Jesus, para que, Insplrado pelo seu edlfIcante exemplo, eu pratlquq as obras de

carldade cristS em beneflclo daqueles que a dlvlna Provldencla puser em meu camlnho. "5* dla da novena

"Oragao

cessao.

do dla. —.Por vossa poderosa Inter-

padre Eustfiqulo. alcangal-me a vlrtude da

prudencla crlsta, pela qual eu procure fazer sem pre o que e reto aos olhos de Deus e o que e pro-

veltoso iqueles que vlvem em contato comlgo. "6- dla da novena

"Oragao

do dla. — Bom padre Eustfiqulo.

al-

cancal-me. por vosso exemplo e Intercessao. a gra ga de ser Justo e de vlver como bom crlstao. Que o meu amor proprlo nunca me faga cometer Injustlga a quem quer que seja. "7- dla da novena

"OragSo do dla. — Alcancal-me. generoso pa dre Eustfiqulo, por vossa Intercessao .junto a Deus, a fortaleza de alma, a coragero sobrenatural para enfrentar as dlflculdades da vlda e para carregar as cruzes com submlssSo & vontade de Deus e generosldade.

•A

com

"Quero sempre lembrar-me de vossas palavras: coroa que deve clnglr nossa fronte no Ceu, e

nas oflclnas da terra que ela e fabrlcada'.


g8.

Secgao I "8- dla da novena

"Ora^ao do dla. — Alcancal-me, padre EustaquiOj por V0330 example ^ Interceesao, a convicgao da nece33idade da pratica da temperanga.

"Ajudal-me di3ta.

em tudo a nao 3er egolata e como-

Qua eu aaiba compreender o valor da morti-

ficagao

e praticS-la com generoaidade a fim da me

sentlr

mala forte e corajoao na luta cotidiana da

vida.

"9- dla da novena

"Oragao do dla. — Meu grande benfeltor, pa dre Euatliqulo. Insplral-rae o voaao amor a Sagrada Eucarlstla, a qual voa allmentou todo o dla e voa

deu tanta forga e generoaldade em voaao apoatolado de carldade.

"Supllco-voa conceder-me um grande deaejo do PSo Eucarlatlco, que noa e oferecldo dlarlamente por Noaao Senhor durante o S. Sacrlflclo da Nlaaa.

Aaalm aeja". (Novena ao Servo de Deua Padre Euat^quloj PromogSo da PamTTla-Edltora, Belo Horlzonte, pp. 17 a 32 / Com aprovagao eclealSatlca).


X

"gggum fiSt dircualyum sul":

a dfiYQSIs niscente ao lecYQ de Beu§ lava a dlYulgag

1^1 vlda s sua gbca

99. Antes da beatlflcagao de seu Fundador, .lesultas pedem que se publlquem as cartas, feltos e dltos

de "nosso Santo Pa?re Inaclo" para console e edlflcacao dos Rellglosos

Da

introdugao a uma edlgao das Obras Comple-

tas de Santo Iniclo de Loyola (1191-1556): "Plnalmente, a CongregaQao Provincial de Cas-

tela

enviava, em

1581, esta petigao

ao

Geral,

ClSudio Aquaviva: "Teunbera deseja esta congregagao que se procu-

rem em todos os lugares as cartas, feltos e dltos

de

nosso

Padre In&clo, tanto os que se acham

Itfilla como na Espanha, e que escolhendo

na

o melhor

de tudo, se publlque para edlflcaqao e consolo dos Nossos.

"Louvamos

a devoqao da Congregagao para

com

nosso Padre InSclo — respondeu Aquaviva — mas no

que

dlz respelto ao que pede, estd

todos

a sua vlda com quanto havla de

em maos de comunlc&vel

sobre ele.

"Pega-se a Nosso Padre General — acrescenta-

va-se no

Memorial da Provlncla — um llvro do Pa

dre Luis Gonzalez, composto parte em espanhol e


100.

SecQao I

parte

em portugues, sobre os ditos, feltos e res-

postas

de Nosso Santo Padre InSclo, e quantos es-

crltos

possam achar-se semelhantes a este". (VIC-

TORIAND LARRARAGA SJ, grafla

de

Introducclon

a la Autoblo-

San Ignaclo de Loyola In Obras Gomple-

tas

de~?an""^nac1o de Loyola, BkTT^ TladFTdT^Iy^TT

Tomo

I, p. 36 / Imprimatur: Casimiro, Oblspo aux.

y vie. gen.). 100. 0 Papa Bento XV recomenda que se dlvulgue a vlda de uma Veneravel para que OS flels recorrsmi a ela com conflanga e com isso se apresse a sua canonlzagao

Da Introdugao a blografla da Madre Maria da Encarnagao (1599-1672), fundadora das Ursulinas de Quebec, recentemente beatificada:

"Dezoito

anos

mais

tarde (19 de

Julho

de

1911), o Santo Papa Pio X reconhecia'ofIcialmente a heroicidade das virtudes da grande e imortal Ursulina, Maria da Encarnagao.

"Alguns Ursulinas

anos depois, Bento XV fazia saber as

de Roma, por intermedio do Cardeal Gas-

parri, que 'seria vanta.loso propagar ^ vida da VenerSvel

Maria da Encarnagao sob uma forn^ popular

a fim de que os fieis recorram ^ ela com confianga, e assim obtenhara favores assinalados que

apressem sua Beatificagao'". (Chanolne J. L. BEAUMIER,

Bien

Marie Guyart de L'Incarnation, Editions

du

Public, Trois-HTvieres, 1959» P» 11 / Impri

matur;

Georgius Leo Pelletier, Episcopus

Triflu-

vianen, 30-^1-1959)• 101. Divulgar a vida de Maria da Encarnaqao para suscitar a estima, amor e confianga em relagao a esta alma muito santa e poderosa no Ceu Do nagao:

mesmo livro sobre a Beata Maria da Encar-

"Como

muitos,

sem duvida, eu 'descobri*^

um

dia a VenerSvel Maria da Encarnagao "Essa

grande figura, essa incomparfivel

mis-


Secgao I

101,

slonarla e apostola, que e Maria da Encarnaqao, para muitos de nos se assemelha aquele belo quadro esquecido, perdido sob a poeira do tempo .... Entretanto ela e uma obra-prima do Artista divino, o

Esplrito Santo!

"E preciso, portanto, descobri-la! .... "Nestes capltulos quisemos expor, de maneira muito simples, mas com amor, certos aspectos de uma vida esplendida, a qual nao falta atualidade. As

verdadeiras vidas de santos tem sempre atuali

dade. Quisemos por em evidencia o aspecto virtuoso desta

vida ardente, de maneira a suscitar estima,

amor e confianga em relagao a esta alma muito san-

ta

e poderosa no ceu". (Chanoine J. L.

Marie

Guyart

BEAUMIER,

de L'Incarnation, Editions du

Bien

Public, Trols-Rivieres, 1959, p. 12 / Imprimatur: Georglus Leo Pelletier, Episcopus Trifluvianen, 30-11-1959).

102. ^ devotos de Virginia Bracelli procuravam tornar sua vida mais conhecida,

apesar de nao est'ar beatificada De uma blografia da VenerSvel Virginia Genturione

Bracelli, fundadora das Pilhas de Nossa Se-

nhora do Monte Calvfirlo (1587-1651):

"Entretanto,

fama ^^ veneracao por Virgi

nia se difundiam; a ressuscitada (*) ganhava nome, e muitos admiradores e devotos se acolhlam em tor-

no dela. Havia intensa porfia para que reyivesse a 8ua

memorla, para que fosse eia mais conhecida

e_

mais bem seguidos os seus exemplos.

"Jfi

o Provincial dos Agostinianos havia des-

coberto

a Vida da Fundadora, escrita por Antero e

que

cento

hA

e vinte anos

Jazia

esquecida

na

Blblioteca de Sao Nicolau. Depois, a senhora Prancisca Boggloni, chela de zelo pela honra de Virgi nia, percorrendo a cidade H procura de descendentes dela, consegulu encontrar o ultimo herdelro de SciplSo Alberto, que era nada menos que um pedrei-

ro. Mas, este possula um tesouro que Ihe fora dado pelos seus antepassados: um maqo volumoso de papels, que guardava com todo o cuidado, e que agora cedia Aquela senhora. 0 referido volume era Justa-


102.

SecQao I

mente o 'Embrlao*. Do precloso manuscrlto se apro-

veltou de bom grado o .jesulta Padre Cesar Manzl, para compor uma modesta blografla de Virginia, Im

pressa~~einT8GTT "Melhor

alnda se ocupavam dela os

coragoes.

Admltla-se que o seu provldenclal reapareclmento servlsse a sua gloria, mas, Justamente se pretendla que tambem os outros fossem por ele beneflcla-

dos. Os devotos vlsltavam o_ sepulcro de Virginia, Invocavam _e, ela atendla ^ dlspensava favores: e logo as Fllhas, que entao conservavara culdadosamente tudo quanto era concernente a honra da Mae, afluiaro os documentos que relatavam os beneficlos extraordlnSrlos obtldos pela sua Intercessao.

"As

Intellgencias e os coragoes se

sucedlara

asslm em se ocupar de Virginia. "Monsenhor Caoio Cordlviola ^ o_ Industrloso D.

Joao

Batista FItzio empregaram anos em

reunir

passagens da vlda da serva de Deus e_ era narrd-las. Teclam-lhe eloglos: Antonio Baratta, Joao Semerla, Caetano Morronl. Gonsagravara-lhe a horaenagera de sua arte: D. Luis Grlllo, o Padre Sportono, o Cardeal Morlchlnl".

(•) A Serva de Deus fol chamada de "ressuscltada" porque o seu corpo, desaparecldo, fol encontrado

Incorrupto

um seculo e melo depols de

sua

raorte, quando sua flgura JS havla sldo esqueclda pelas proprlas frelras da Congregagao que fundara. (Mons. LUIGI TRAVERSO, Vlda e Apostolado ^ Serva de

Sao

Deus VIrglnla Centurlone Bracelll, Ave

Paulo,

331-332

la.

edlgao era portugues,

Maria,

1961,

pp.

/ Imprlma-se; Mons. Jose Augusto Blcalho,

VlgSrlo Geral, Belo Horlzonte, I6-8-I96O). 103. Para que o Marques de Comlllas se.ja elevado aos altares, preclso que OS flels conhegam as suas Inslgnes

vlrtudes e o Invoquem com a mals viva fe"

Do prologo do famoso canonlsta espanhol Regatlllo, ao llvro Urn, Marques modelo;

Pe.

"Nao duvldamos que o Papa hS de ter multo em-

penho

em subllmar H gloria dos altares tao exlmlo


Secgao I

103.

modelo do mundo moderno, corao personagem da Nobre-

za, do mundo dos ne^ocios, da famllla, da Agao So cial, da Agao Catolica, em uma palavra, como o exemplar acabado do cavalelro, do patrlota e do Crlstao.

"Mas

o Papa nao o porS nos altares, enquanto

o Servo de Deus nao operar verdadeiros milagres, reconhecidos como tais pela Santa Se; e para isso

e preciso que os fleis conhecam suas inslgnes virtudes e o invoquem com ^ mals viva fe, a fira de conseguir do ceu, por sua intercessao, toda especle de gragas e milagres verdadeiros, que sao o selo com que Deus referenda a santidade de seus Servos.

"E com esta flnalidade que se encamlnha este compendio da vida do Marques de Comillas". (Pe.

EDUARDO P. REG^LlO SJ, Un Marques M^lo, Sal

Terrae, Santander, pp. 5-6 T^mprimatur: Josephus, Episcopus Santanderiensis, 1-5-1950).



XI ss

Q 9US

§ g35l(ld§9§ i

§ XlS^udg s qIs q mUaggg,

99 93 C3I93 SZ|S§9S3l9i£^23 3§ Xl>33 eae^s^l93l

lOU. "Se o teatemunho dos mllagres fosse

necess^lo para llustrar a gloria dosLSantos, nao seriam

honrados na IgreTa de Deus muitos deles"

Dlz o famoso Jesulta do seculo XVI, Pe. Riba-

daneyra, disclpulo de Santo Inficio de Loyola: "Ate aqui contamos a vlda de nosso B. Padre InAcio; dela poderA tomar cada um a parte que raais Ihe convenha, para ImltA-la.

Por

que Deus nSo patenteou a santidade de

InAcio

com milagres?

"Mas quern duvida que haJa alguns que se admirem e espantero, e perguntero porque e que sendo estas coisas verdadeiras (como sem dAvida o s3o)i

ngo

fez milagres o, nosso

Padre. nem Deus

ouis

patentear a santidade deste seu servo com sinais e testereunho sobrenaturais. como o fez com muitos outros santos?

"A estes respondo eu com o Ap6stolo: quern conhece os segredos de DeUs? Ou a quern Deus fez do seu Conselho? Porque A sA Ele que faz as grandes

roaravilhas, virtude

ultrapassam

Ele

A

como

dlz David, pois A s6 com a

sua

Infinita que se podem fazer as coisas que

a forqa e a ordem da natureza; e como

que pode fazer isto, so Ele A que sabe

em


106.

Secgao I

que lugar e Intercessao

em que epoca, por que melo e por cuja se hao de fazer o3 milagres.

A santldade nao se mede pelos mllagre3» mas pela carldade

"Se bem que nem todos os santoa foram esclarecldos com milagres, nem os que fizeram mais mi

lagres

e_ malores que outros, sao por

Isso

mais

santos, porque ^ santldade de cada urn nao se ha de medir assim, nem tem por regra de avaliacao os mi

lagres. turado

mas ^ carldade;

como

diz

o

bem-aven-

Sao Gregorio por estas palavras: 'A verda-

deira prova da santldade nao e_ fazer milagres. mas e amar aos outros como ^ mesmos, ter verdadelro conheclmento de Deus, e melhor conceit© do proximo do que de si mesmo. Porque o Redentor nos enslnou com clareza, que a verdadeira ylrtude nao conslste

em

fazer

milagres.

mas em amar, quando

"TTlsto conhecerao todos se

dlsse:

que sols meus dlsclpulos,

vos amardes uns aos outros*. Pols que nao dls

se:

nlsto conhecerao que sols meus dlsclpulos, se

flzerdes milagres, mas

tros,

dS

slnal

de que alguem

nos

se vos amardes uns aos ou

claramente a entender que o

verdadelro

servo d^ Deus nao

conslste

milagres, mas so na carldade. E asslm o malor

argument©

e

o slnal mais certo de que

alguem

e

dlsclpulo do Senhor, e o dom do amor fraterno*. Ate aqul sao palavras de Sao Gregorio. Outro nao houve malor que Joao Batista, mas ele nao fez milagres

"E por Isso, pouco antes dlsse o mesmo santo, que

nos homens dever-se-la reverenclar a

humllde

carldade, e nSo as ©bras maravllhosas que se fazem nos milagres, e que ^ o testemunho dos milagres

fosse tos,

necesslrlo para llustrar ^ gloria dos

san-

nao serlam honrados. ho.je em dla. multos de

les, na Igreja de Deus. Pols vemoa que tendo dlto a

mesma

verdade (Nosso Senhor~Je^u8^rlsto)

que

entre os nascldos de mulher nao se havla levantado

outro malor que S5o Joao Batista, entretanto dlsse

dele

o Evangelists da mesma Verdade. que ele (Sao

Joao Batista) nao fez nenhum mllagre. Se fosse pelos milagres. grandes lumlnares da Igreja estarlam hoje esquecldos "E

outros

multos varoes santlsslmos que fo-


SecQao I

107.

ram luzelros e ornamento da Igreja catollca, e cu-

Ja vlda e doutrlna dS luz a todo o mundo, estarlam, hoje em dla, sepultados nas trevas do esquecimento, se nao tlvessem outre testemunho e res-

plendor para mostrar o que eram, senao o de seus mllagres. E pelo contrarlo, sabemos que no dla do Julzo muitos dirao: 'Senhor, Senhor, porventura nao profetizamos em Vosso nome, e em Vosso nome nao expulsamos os deroonlos, e flzemos multos^mila—

gres?' E entao o Senhor Ihes responderS; 'Nao sei quem

sols'. E

para que, porventura, nao pensemos

que Isso nao e asslm, apesar de eles o dlzerem, porque, como maus que sao, mentem e nao dlzero a verdade, o raesmo Senhor (como nota Santo Agostlnho) dlz por Sao Mateus: 'Levantar-se-ao falsos Crlstos, e falsos profetas, e farao tao grandes slnals e prodigies, que enganarlam com eles, se fosse posslvel, aos proprlos escolhldos'. Houve Implos que profetlzaram. e ate Judas fez mllagres

"E dlz Sao Jeronlmo sobre as palavras de

SSo

Mateus que alegamos:- '0 profetlzar e fazer mlla gres, e expulsar os deraonlos, algumas vezes nao se faz por merlto do que o opera, mas pela Invocagao do Nome de Jesus Crlsto, em nome de cuja vlrtude

se obra, concedendo-o o Senhor, ou para a^condena-

Qao dos que Invocam o seu santo Nome e nao vlvem gres; OS quals, alnda que tenhara em pouca conslbeih ou para provelto dos que vera ou ouvem os mlla

deragao os homens que fazem os mllagres, honram neles

a Deus Nosso Senhor, em cujo santo nome

se

fazem. E asslm vemos que Saul, Balaao e CalfSs, profetlzaram, nao sabendo o que dlzlam; e Farao e Nabucodonosor

foram

llumlnados, e entenderam

as

colsas que havlam de suceder no futuro; e nos Atos dos Apostolos OS fllhos de Sceva parece que expulsaram os demonlos dos corpos, e Judas, sendo Apos-

tolo, tendo finlmo de traldor, fez muitos mllagres como 03 demals apostolos'. Estas sao as palavras deste glorloso Doutor.

Nao se deve exlglr mllagres como prova de santldade

"E e doutrlna de Sao Paulo, que alguein pode ter o dom da profecla e de toda a clencla e conheclmento,

sem

carldade;

e

alnda

forqa

para


108.

SecQao I

transportar

manelra gres,

montanhas de um lugar para outro.

De

que nao ae deve exlglr a^ nlnguem os mlla-

como se deles dependesse necessarlamente

a

santldade. mas devemos, Isso sim, nlvelar e raedlr todo este assunto com a verdadelra regra da carldade.

^e mllagres flzeram em vlda Santo Ajgostlnho, Sao

Joao Crlso3tomo» S^to AtanSslo, Sao Gregorio Na~

zlanzeno e Sao Gregorlo de Nlc^a? "Forque>

alnda

que multas vezes Deus

Nosso

Senhor manlfeste com mllagres e sinais a santldade de

seus servos, Isto, como dlssemos, nao o e sem-

pre, nem necessirlo. Quals sao os mllagres que le-

mos ter felto Santo""ffgo3tlnho em sua ylda? Sao Crlsostomo? Santo AtanAslo? Os dols Gregorlos, Nazlanzeno

poucos.

e de Nlcela? Certamente nenhum ou

E

multo

nao e por Isso que nos atreverTamos

a

dlzer que fol malor santo que eles o outro Gi*eg6rlo, a quem, pelas maravllhas que fez, os gregos chamam taumaturgo, que quer dlzer o que faz mlla gres.

Nem todos os Santos fazem mllagres em vlda. porque

o Esplrlto"?anto concede esse dom a quem quer

"De onde Santo Agostlnho ao escrever ao clero, aos anclSos, e a todo o povo de Hlpona, enslnando-os que nlnguem pode esquadrlnhar a razSo pe ls qual Deus ordena que nuns lugares se faqaro ml lagres e noutro nSo, conclul com estas palavras: *Asslm como, segundo dlz o Apostolo, nem todos os santos tem o dom de curar doenqas, nem a graqa de dlscernlr os esplrltos, asslro tambem nao quls o Espirlto Santo, que dlstrlbul os seus dons a cada urn como quer, conceder mllagres a todas as mem6rlas dos Santos*. Isto e dlto nao para tlrar a

forqa aos mllagres, mas para que o prudente leltor entenda

que todo este assunto deve ser remetldo a

Deus, o qual dlstrlbul os seus dons a cada um como Ihe apraz**. (PEDRO DE RIBADENEYRA SI, "Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola. In

Hlstorlas de la Contrarreforma, BACT~Madrld, pp.

387 a 389 / Imprimatur; Caslmlro, Oblspo Aux.

.y Vic. Gen.).


Secgao I

109.

105. Sem fazer nenhum mllagre, Sao Joao Batista atrala as multidSes

Dom Chautard, o Abade de Sept-Pons, '^Joannes

verdade Sem

nao

escreve:

quldem siRnum fecit nullum (Joao na

fez milagre

algum — Jo., 10,

Al).

fazer nenhum milagre, Joao Batista atrala

as

multidoes. Bern fraca era a voz de sao Vianney para se fazer ouvida da multidSo que em volta dele se apinhava e, sem embargo, se o nao ouviam, viam-no,

viam uma custodia de Deus, e so essa vista subjugava e convertia os assistentes. Voltara de Ars tun advogado. Como Ihe perguntassem o que mais o tinha impressionado, respondeu: 'Vi Deus num homem'". (Dom J. B. CHAUTARD, A Alma de todo Apostolado, Editora ColegSo P.T.D., Sao Paulo, p. lib / Reimprimatur:

Vicente

Zioni.

B. Aux. —

V.

Geral.

52-8-1962). l-06. A santidade nao estS em fazer milagres, mas em levar a sua cruz

Comenta um biografo de Santa Rosa de Lima:

"Quantas mals

vezes ouvimos dizer: 'agora nSo

hH

santosl' Nao obstante, talvez os tenhamos ao

nosso lado. Essa mSe, essa irmS, essa filha, que carregam todo o peso de luna famllia, que sao o anJo da casa, que suportam em silencio penas e amarguras sem conta, levando sua abnegagao ate o he-

rolsmo Deus,

sem esperar nada de ninguem, a nao ser cujo amor as impele a tSo sublime

de

sacrifl-

cio; essas sao verdadeiraroente santas. Porque santidade nSp estA em fazer ndlagres, como ere

& o

comum dai pessoas, senSo em renunciar-se a s^ mesmo

e levar a Cruz, seguindo a Nosso Senhor

Jesus

gristo". (P. Pr. VIGTORINO OSENDE, Santa Rosa ^ Lima, Pluma Puente, Lima, 4a. ed., p. 31 / Con las debidas licencias). 107» Berchmans nao teve extases. tribulacoes extraordinArias, nem deu mostras de virtudes

excelsas, acusou o "Advogado do Diabo"

Da vida de Sao Joao Berchmans (1599-1621) pelo Pe. Ores, SJ:


110.

Secgao I

Ob.legao do "AdvoKado do Diabo" "— Pelo menos serd necessSrlo concordar,

prossegue que

o Promotor da fe ("advogado do diabo"),

a vida de J. Berchmans na religiao, nada teve

de herolco

Berchmans serS entao heroi; mas um heroi

nunca visto, isto e, um soldado que triunfou sem ter tido inimigos a combater: nenhuma tentagao,

nenhuma

perturbagao anuviou-lhe a serena existen-

cia. Joao Berchmans viveu ao lado do c^po da batalha, no qual entretanto Jamais pos pe. Sua afabilidade, sua meiguice, a propria beleza do seu rosto, grangearam-lhe o afeto de todos; ninguem o contradlsse, todos o amareun. — Assim fala o adversSrio.

Resposta do Defensor da Causa de Beatificagao e Canonizapao:

"— Se

o promotor da

fe falasse a serio,

a

Escritura Sagrada, todos os Doutores, os concllios da Igreja teriam ensinado o erro. Interrogo S. Joao Grisostomo: ;— Quanta energia, quantos esfor-

qos, diz ele, nSo emprega a alma inocente, para conservar—se

Bento

XIV

isento

de

numa put^eza semelhante a dos

escreve;

todo

— Um homem, passar

o pecado mortal, e de

Anjos..

a

vida tddbs os

atos, o mals heroTco; por isso e muifo Justo que admiremos os Santos, que guardaram a alma intacta no roeio das numerosas armadilhas de Satanfis e na enfermidade

da carne; e o numero desses homens

e

pequeno. — 0 venerfivel J. Berchmans, nao serS entSo heroi, ele que conservou ate ^ morte, sua alma isenta de todo o pecado venial?

a

"E de fe, o concllio de Trento o definiu, que concupiscencia permanece nos filhos de Adao de—

pois do batismo, e os incline para o pecado, que Deus a deixa em nos, a fim de que a ocasiao combate-la seja tambem ocasiao de triunfar. E fe, S. Pedro no-lo ensina, que o demonio gira roda

e de de i

de nSs como um leSo rugidor e procura inces-

santemente devorar-nos.

n5o

"JoSo viveu submetido lls mesmas leis. Se ele sentiu vivamente o aguilhao dos maus desejos,

o

raovimento das paixSes, e a gloria da sua fiel correspondencia d graqa, da sua escrupulosa vi-

giliincia que prevenia os ataques do inimigo. Ora,


Secgao I

111.

de todas as lutas, esta e a mals dlflcil, de todas as vltorlas a mals rara. Nao e exato que Berchmans

so

tlvesse amlgos; desde a Infancla amou os

Inlmlgos;

e

sabemos que sua carldade muito

seus

mals

que a formosura do seu semblante, atralu-lhe grande numero deles; e outro trlunfo da sua heroica virtude. Joao Berchmans foi portanto um herol mi-

litante: gragas a sua magnanlmldade, o mal, durante 20 anos, nao consegulu aproximar-se da sua al ma. E quando na hora da morte, permitlu Deus que o

inimigo dado

se chegasse a Berchmans, o intrepido sol-

teve

ainda forgas suficientes para

repelir

seus mals terrlveis assaltos

Prossegue o "Advogado do Diabo" "— Mas fol o venerAvel Berchmans. alguma vez

supreendido

era extase? Quera o_ vlu era arrebataraen-

to?

os dons maravllhosos

Dentre

qual

de

Estanislau.

se notou nele? Ora. ^ perfeita carldade' dos

santoB. obtem serapre essas recompenses.

Resposta do Defensor da Causa

Bento XIV, responderA por mlra: '0^ extase. nSo e prova de santldade. ^ por si nao santlflca; nao T mals que um dom gratulto; por Isso nas causas

de Beatlflcacao. ele nSo tem valor senao

de^-

pols de provada 8^ herolcldade das vlrtudes "0

adversfirlo estarA satlsfelto? — A beatl-

flcagao de JoSo Berchmans, acrescento, canonlzarA, nSo o Institute de S. InAclo JS multas vezes cano-

nlzado

pelos

S. Pontlflces, e pelo

conclllo

de

Trento, mas slm a vlda comum da Companhla de Je sus. Os_ .1oven3 rellglosos saberao que podem. sera procurer sacrlflclos exbraordlnArlos, IgualSr-se aos Santos mals Inocentes. e_ aos mals penltentes. pels que J. Berchmans Ihes aparecerA coroado, na

vereda

comum da Regra, com as glorias de Luis

de

Oonzaga e de Estanislau Kostka". (Pe. L.J.M. CROS SJ, Vlda de S. JoSo Berchmanns, Duprat & Comp.,

sso ran:o,"r9T2,"^ m, 395, 396, 397, 399, *»oi e 402 / Com llcenga da autorldade ecleslAstlca). 108. SSo Plo X: "Crelo na santldade que results unlcamefnte da prfitlca da virtude e da obaervfincla da regra"

Argumentando

a

favor

da

santldade

da


]^22,

SecQEO I

Mad re Maria da EncarnaQao, dlz seu biografo: "A 7 de novembro de 195^, Sua Santidade Pio XII beatificava Maria Assunta Palotta, Pranciscana

MissionSrla

de

Maria, faleclda era 1905, aos

27

anos de Idade.

"Em 1913, o Santo Papa^Plo X, dlzla a Superlora

Geral desta CongregagSo: *Quanto a inlra,

eu

crelo na santidade que reaulta unlcainente da pra— tlca da vlrtude e da observ&ncla da Regra. A san

tidade e uma via esplnhosa, raas simples* E precise Introduzlr a Causa e o raals cede posslvel**

"0 Papa Santo, que entendla de santidade, nao se enganava.

"Urn outro exemplo. Para fazer andar a Causa de beatlflcagao da pequena Bernadette Soublrous, o blspo de Nevers escrevla d Superiors Geral das IrmSs

da Carldade de Nevers: 'NSo e necessSrlo

que

ha.ja fatos extraordlnSrlos: e,^ prStlca ^ vlrtude que

e preclso p5r a luz*» E a Igreja honra

santa

Bernadette Soublrous.

"Els

tos.

vo

como devemos conslderar a vlda dos san-

santidade que ^ Igre.ja reconhece era urn Ser

ou ^ uma Serva de Deus. conslste na

herdlca

das

bfiAUMIER.

prAtlca

vlrtudes crlstas". (Chanolne_ J. L.

Marie Guyart de tTTTncarnation. Editions

du Blen Public, Trols-Rlvleres, 1959, p. 13 / prlraatur: Georglus Leo Pelletler, Eplscopus Trlfluvlanen, 30-^-1959)* 109* Nao perceberaos nele colsas extraordln&rlas, raas o conslderAvaraos Santo

Do Pe. Joao Batista Reus (1868-I9't7), Jesulta falecldo era odor de santidade, comenta uma blografla:

"Estou certo de que, se tlvesseraos ocasl3o de

Inqulrlr multos dos antlgos alunos do Pe. Reus, numero ponderSvel nos haverla de dlzer: *ConslderSrao-lo corao santo e, todos o dlzlara: raas colsas extraordlnArlas

nSo perceberaos *". (Pe. LEO KOHLER

SJ, Blografla complete P. Joao Baptists Reus, SJ, Llvrarla Selback & Cla.,~rorto Alegre, 1950, volu me II, p. 18^1 / Imprimatur: Mons. Andre Pedro Prank, Vlg. Ger., 25-M-1950).


Secgao II

Ja em vida, pela sua eminente virtude, OS santos atraem

as manifestagoes de veneragao e respeito dos fieis, mas freqiientemente as repelem



I

A Eeaaoa emlnents em xlntude deacfcta nag almaa bgaa

I ixel|i|s|Q5 "i ug ilSl§i"

110. Todos o proclamavam "Santo"

£ procuravam tocar-lhe como a um segundo Crlsto

Conta uma blografla de Santo Ant3o do Deserto (250-355), o fundador doa prlmelros conventoa e Pal do monaqulsmo:

"Ora,

de urn dla para o outro, ve-se

(Antao)

atlrado para a vlda publlca, ve-ae aaudado como meatre por uma multldao de todaa aa Idadea que procura -Ihe

gredo de

dar—Ihe £ receber £ oaculo da paz» tocar-

como a um aegundo Crlato. cortar-lhe em

ae-

um pe^aqo ^ tunica, que Ihe pede conaelhoa

ordem aacetlca, que o interroga aobre a Inter-

pretaqao de um texto de Paulo, que Ihe apreaenta doentea para conaolar ou curar. Mela diizia de pedraa que rolam, uma entrada que ae franquela, uma aolelra em que ae penetra, e e o triunfo. Todaa aa vozea o proclamam aanto. 'Bem-aventuradoa oa aeioa

que te amamentaram, feliz o_ homem que te gerou, feliz a. caaa em que aoltaate o teu primelro vagldol'

dlzem a aua volta. 'Meatre, aqul eatA o

filho,

pela...

meu

toca-o com aa tuaa mSoa, porque tem eriai-

Qual e para ti, Meatre, a vlrtude por ex-

celencia?... Parte comigo eate pao, Meatre, apeaar

de

eu

aer indigno... Meatre, olha-me...

Meatre,

MeatreI...' Chegaro conatantemente peaaoaa do vale. E a multldSo ruldoaamente alegre reconhece em An-

tao o aeu chefe e guia...". (HENRI QUEPPELEC, San-

to Antao do Deaerto, Editorial Aater, Liabo'a. pp. 9Ty-9rn


116.

SecQao II

111. "...e evldente que o tlnham Ja em vlda por Santo"

Da

Introdugao a vlda de Sao Bento (MSO-S'J?),

Patriarca do monaqulsmo Ocldental, escrita por Sao Gregorio Magno:

"Se no3 restringirmos aos Dialogos, a Vlda de

Sao Bento e uma cadela de milagres desde o princlpio ate o fim. Que fe temos que dar ao hlstoriador de

tantas maravllhas? Tomemos em ponsideraQao que

todos

esses

episodios emanam, no

essenclal,

do

clrculo

dos primelros disclpulos do Santo.

estavam

flrmemente persuadidos de que seu venerS-

vel

Pal,

poderoso

consclenclas,

em

obras,

tlnha

Estes

lido

tlnha profetlzado o future e

nas

tlnha

exercldo, por melo da ora^ao e do slnal da Cruz, um poder dlvlno sobre os elementos, sobre o demo— nlo

e ate sobre a morte. E evldente que o

tlnham

por Santo JS em vlda. E naturalmente esta convlcgao .resultava de fatos prodlglosos". (Rev. Pe. BRUNC) AVILA OSB, Introducclon a S^ GREGORIO MAGNO, Vlda de San Benlto, Editorial San Benlto, Bue

nos Aires, 3a. ed., 1956, p. 15 / Imprimatur; Ra mon Novoa, Pro-Vlcarlo General, 1^1-5-1956). 112. Como nao Ihe podlam dar alnda

o nome de Santo, chamaram-lhe o "VenerSvel" Do

Dom

conhecldo Missal Quotldlano e Vesperal de

Caspar Lefebvre na festa de Sao Beda, o Vene-

rSvel (27 de malo):

"Nascldo fol

em Yarrow na Inglaterra, (Sao Beda)

conflado desde a InfSncla a S. Bento Blscopo,

Abade

benedltlno de Wearmouth, ylndo mals tarde a

vestlr

mala

o

hUblto e a ser 'o mals observante

e

o

fellz dos monges*. Como se Ihe nao podia dar

alnda

nome de Santo, chamaram-lhe ^ 'Vener5vel',

titulo

que

nao

perdeu depols da

morte.

Delxou

grandes comentSrlos H Sagrada Escrltura, de que a S. Igreja se serve com freqiiencla para llgoes do Brevl5,rlo.

Emulo de Casslodoro e de S. Isldoro de

Sevllha, fol dos sAblos mala emlnentes do seu tem po. Leao XIII declarou-o Doutor da Igreja. Morreu a 25 de malo de 735". (Dom CASPAR LEFEBVRE, Missal Quotldlano

e Vesperal, Desclee de Brouwer & Cle.,

Bruges, I960, pp. 1329-1330 / Imprimatur: M. Keyzer, vie. gen., 15-2-1960).

De


Secgao II

117.

113. Sao Francisco de Assis considerava Prei Rufino "canonizado" e'm vida por Crlsto

Da vida de Sao Francisco (1181-1226), escrlta por TomSs de Celano, contemporaneo do Santo de As sis:

"Felo Ruflno

que,

fora da presenga dele, ele nao duvldarla

dlzer

na

que, ^ Francisco dlzla dele: que Frel

estava nesta vida canonizado por Crlsto; e

em

Sao Ruflno, embora ele alnda estlvesse vivo

terra". (JOHANNES JOERGENSEN, Sao Francisco de

Assls, Vozes, Petropolls, 1957, p. 359 / Com apro-

vaqao ecleslastlca). llM. Sao Caetano de Thlene, "verdadeiro servo de Deus, canonizado em vida pelo povo"

De

Sao Caetano de Thlene (lil80-15'J7), funda-

dor dos Teatlnos, conta uma blografla:

"0 altlsslmo grau de elevagao alcangado como se vlu ate agora por Sao Caetano de Thlene, reflete-se

exterlorraente no unSnlme consenso de

vozes

de quantos ^ conheceram ^^ conslderaram« alnda era sua vida. um santo.

"Els

alguns

traqos desta sua canonlzacao —

dlgaraos asslra — pela voz do povo. a qual deve ter comeqado h£ multo tempo, pols seu Processo recorda que, desde o seu perlodo unlversltSrlo (1501-1501) 'fol exemplar ao ponto de. .15 entao. ser chamado 'santo' por todos'. Neo-sacerdote, em Roma, Bartolomeo

Stella — que nao o havla encontrado

pessoalmente, de de

alnda

mas se basela no Julzo do confessor

Caetano, o agostlnlano Frel Gabriel — em data 2 de mar^o de 1517, chama-o 'verdadeiro Servo

de Deus'

"Para o perlodo napolltano (da vida de Sao Caetano), tem grande slgnlflcado a terna veneraqSo que

teve por Thlene um seu" convertldo, o

dense

ex-val-

Messer Ranlero Gualano. Santo Andre Avelll-

no, na sua carta ao Padre Santomango, nos refere o testemunho deste glorlflcador de Sao Caetano de Thlene: 'Mas o Senhor Ralnlero Gualandl, familiar

do

referldo

colsas

Padre (Sao Caetano),

dlzla

grandes

da sua prudencla, devogao e santa vida, de


118.

Secgao II

tal modo que o_ dlto Senhor tlnha ^ referldo Padre por 'santo' ^ fazla a oracao de Santo Confessor'". (FIERO

CHIMINELLI,

Tlpograflca

cenza,

San Gaetano Thlene, Soc.

An.

Pra Cattolici Vicentlni Edltrlce, VI-

IS'lS,

pp.

936, 937 e 938 / Imprimatur:

Pranciscus Snichelatto, Vic. gen.). 115. Sao Prancisco Xavier: "0 Padre Inaclo e um grande santo"

Conta

o conhecido historiador Jesulta

Padre

Ribadeneyra, contemporSneo e disclpulo de Santo InScio de Loyola (1^91-1556), numa vlda do Santo: "....

o Padre Prancisco Xavier, varao verda-

delramente apostollco e envlado por Deus ao mundo para lluralnar as trevas de tantos Inflels cegos, com a luz esclareclda do Evangelho, e tao conheci do e estlmado pelas obras maravllhosas e pelos ral-

lagres que Nosso Senhor operou por melo dele. Dizla pols aquele Japones charaado Bernardo, ao qual nos referlmos, que o_ Padre Prancisco falando de nosso Pal. costumava dlzer: 'Irmao Bernardo, o Pa

dre Inaclo e um grande santo'; e como tal ele mesmo o reverenciava". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola, In

Hlstorlas de la Contrarrefoma, BAG, Hadrld, 19^5>

p"!

313 / Imprimatur: Caslmlro, Oblspo Aux. y Vic.

Gen., 31-3-19'l5).

116. "Os ossos daquele corplnho hao de fazer mllagres" Conta

uma

vlda

de

Sao

Joao

da

Cruz

(15^12-1591):

"Alguns meses mals tarde, em 1580, Indo (San ta Teresa de Jesus) para a fundaQ3o de Vlllanueva de la Jara, se detem com suas frelras no convento dos Descalgos de La Roda. Recal a conversa sobre Prel Joao da Cruz. Os Rellglosos ponderam sua vlr-

tude e mostram 3 Madre Pundadora alguns papels escrltos por ele sobre colsas esplrltuals. t"adre Teresa comenta regozl.jada ^^ torn profetlco: 'Os ossod daquele corplnho hao ^ fazer mllagres'".

(CRISOGONO

DE

JESUS 0CD7~Vlda de San Juan de

la

Cruz, In Vlda ^ Obras de San Juan de la Cruz, BA(T7


Secgao II

119»

Madrid, 1964, p. l87 / Imprimatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964). 117. "Se soubessem o tesouro que tern em Catarina, andariam osculando o chao onde poe os pes" Da extraordlnSria vlrtude de Catarina de San

to

Alberto, disseum dia Sao Joao da Cruz as Car-

melitas de Beas:

"Se soubesseis, filhas, o_ tesouro que tern em Catarina de Santo Alberto, andariam osculando ^ terra onde poe os pes. Nao poderia crer, se nao tivesse tratado com ela, que em tempos tao calamitosos como OS presented, houvesse uma alma que tao verdadelramente servlsse a Deus, e vivesse tao unida a Ele". (CRISOGONO DE JESUS CCD, Vida' de

San

Juan de la Cruz, in Vida ^ Obras de San

Juan

de 2^ Cruz, Tlotas de Ma"tla3 del Nino JFsus CCD, HXC,

Madrid, 5a. eHT, 1964, p. IbO / "Imprimatur:

Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964).

118. SSo Roberto Belarmlno: deve-se crer que a Providencia mantem na Igre.la Santos confirmados em graca

Da vida de Sao Luis Gonzaga (1568-1591)»

es-

crita pelo Padre Cepari, da Companhia de Jesus contemporSneo do Santo: Cardeal

Bellarmino. discorrendo

urn

e

dia

sobre

as insl^es virtudes de S_. Luis. sendo este

ainda quais

vivo, e, era presenqa de multos, entre os estava eu, dizendo com razoes bero fundadas,

que se deve provavelmente crer que ^ Divina Provi dencia sempre mantem na Igreja militante alp^uns santos que sao em vida confirmados na graga, acrescentou estas formais palavras: por mim tenho

como

graga

e^ o^ nosso Luis de Gonzaga, porque sei o que

ae

certo. que um desses

confirmados

na

passa naquela alma'". (Pe. VIRGILIO CEPARI SJ,

Vida de S. Luis Gonzaga. da Companhia de Jesus. Officina P^igrafica Editrice, Roma, 191^ p. 37 / Com aprovagSo eclesiSstica).


120.

Secgao II

119. Papa Nlcolau V: "Nao e menos dlRno de canonlzacao Antonlno vivo, que Bernardino morto"

Le-se na mesma vida de Sao Luis Gonzaga, pelo Padre Cepari:

"lam por devoqao dlversos Padres ve-lo e^ ser-

vl-lo

(_a^ Sao Luis Gonzaga).' entre os quais

foram

OS mais asslduos o Padre Marcio Puccloli, Procura-

dor geral, e o Padre Jeronymp Platti, que morreu dois meses depois dele. Este, ao sair uma vez da cSmara de S. Luis, prorrompeu nestas palavras, endereqadas ao Padre Martlnho Martini, que o acompa-

nhava: 'Eu vos digo que Luis e_ urn Santo, Santo com toda certeza, tao santo, que se poderia canonizar ainda vivo*. Aludia as palavras do Papa Nicolau V, que na canonizaqao de S. Bernardino de Sena (1380-lM^t'l) disse de Santo Antonino. Arcebispo de

Plorenqa (1390-115977 que estava 'Creio

nino

vivo, que Bernardino mor^'

CEPARI de

viyo e presenter

que nao e menos digno de canonizaqao Anto

(Pe.

SJ, Vida de S. Lui'z Gonzaga, da

Jesus,

Officina Poligrafica

VlHGlbiO

Companhia

Editrice,

Roma,

T9^10, p. 3^2 / Com aprovaqao eclesiSstica). 120. Ele

era olhado

como urn "santo vivo"...

Da historia de Sao Josafi Kuncevicz, Arcebis po de Polotsk, roartirizado pelos cism&ticos por sua fidelidade a Roma (1580-1623): "Como monge da Ordem de SSo Basllio, o IrmSo Joao ou JosafS. como passou a chamar-se, tornou-

-se, ^ exemplo de Santo Afonso Rodrigues. uma especie

de orSculo de instrucao sagrada ^ de sAbios

conselhos. 0 povo aflula para consult&-lo, embora ainda nao fosse padre, e seu conselho trazia inva-

riavelmente

culdade.

No

a solucao correta da ddvida ou

seminario Jesulta da cidade

difi-

fundado

pelo Principe Jorge Radziwill, Cardeal-bispo de Crac6via, havia entSo urn erudito clerigo. Padre

Fabrlcio,

com quem o ii*mSo JosafS estudou para

8b.cerd6cio,

tendo

sido ordenado em

I609.

o

Entre

aquele perlodo e 1617, o bom padre exerceu a funqfio de Superior em vfirias casas da Ordem. Ele era

olhado como um 'santo vivo* e narram-se mila-


Secgao II

121.

gres para testemunhar sua santldade, como o referido exemplo da aparlgao do Menlno Jesus a ele durante

tas

a santa Mlssa. Durante esta epoca, os unla-

(catollcos

de rlto oriental unidos

a

Roma)

conslderavam o .1^ entao Abade Josafd como urn pllar

da verdade para reslstir aos ataques dos clsm^ticos ^ protestantes nesse genero de guerra espiritual".

(Rev.

ALBAN

BUTLER,

and

The

other

Lives

of

the

Fathers,

Martyrs

principal Saints,

Christian

classics, Westminster, vol. I, p. ^425).

121. Vinham pedir uma oragao a Veronica com tanta fe como teriam para com

um dos Santos mais ilustres da Igre.ja

De uma biografia de Santa Veronica (1660-1727): "Ao

Giuliani

roesmo tempo que se estabeleciam as bases

do processo de canonizagao, ^ devocao ^ Santa Veronica crescia todos os dias com a f'ama de sua santidade^ Dissemos que essa nomeada tinha. .15 era sua

vida,

atravessado as grades do mosteiro

das

Gapuchinhas. H5 muito~que se yinha pedir uma ora-

Qao de Veronica com & mesma fe que se teria para com um dos santos mais ilustres da Igre.la. 0 Grao-

^nUuque

da

Toscana, Cosme III,

recomendava-se

a

Santa, cada vez que tinha qiie realizar uma coisa importante, e Ihe enviava freqiientemente esmolas. A

nora de Cosme III, Violante da Baviera,

mesmo

do

Papa a permissao de entrar no

obteve

convento

para poder contemplar, com seus proprios olhos, os gloriosos estigmas de Veronica. Quantos grandes personagens teriam que.rido obter o mesmo favor que Ihes foi sempre negado. 0 renome da Santa tinha

penetrado ate na Alemanha, e o Imperador Carlos II fez-se recomendar a ela, com toda a famllia". (Ctesse. M. DE VILLERMONT, Sainte Veronique Giu liani, Librairie Generals Catholique — Maison

Saint-Roch, Paris-Couvin, Belgique, 1910, p. 186 / Imprimatur:

J.

M.

Miest.

vie.

gen..

Namurci,

1-3-1910). 122. Nos poucos meses que viveu em Roma,

chamaram-na comumente ^ "Santa" Da

famosa

Enciclopedia

Universal

ESPASA:


122.

Secgao II "PILIPPINI (Santa Lucia). Pundadora do Insti

tute

de Mestras Pias (Pllipinas). Nascida em Mon-

tefiascone

(Italia) no dia 13 de Janeiro de 1672.

.... Lucia foi chamada a Cidade Eterna por Clemen-

te

XI, e^ foi tanta ^ fama de santidade que deixou.

nos

poucos meses que viveu na capital dos

Papas,

que era chamada comumente Santa'". (Enciclopedia Universal Ilustrada Espasa-Calpe, Suplemento

anual~193^i Seccion Hagiografla — Filippini, San ta Lucia, p. 739).

123. "Eis al um santo, urn homem de quem se escrever^ a vidal"

De

de

uma biografia de Sao Luis Maria

Grignion

Montfort (1673-1716), o grande Apostolo da es-

cravidao marial:

"Entre

os

mais sollcitos Junto ao homera

de

Deus (Sao Luis Maria Grignion de Montfort) distinguia-se o curador da Regra da comunidade, Jacques le Vallois. Ele estava literalmente conquistado. 'Eis

um santo — dizia, falando do Padre Montfort

eis um homem do qual se escreverA a vida, como

a do padre Le Nobletz, que nos lemos presenteroente no refeitorlo'. A este entusiasmo, ele Juntava uma rara

pledade. 0 Padre Montfort dava-se conta dis-

so". (LOUIS LE CROM Monf., Saint Louis-Marie Grig nion de Montfort, Librairie Mariale, Pont-Chateau,

19'*2,

p"!

307 / Imprimatur:

Eduardus, Episcopus

Pictaviensis, 29-9-19''2).

124. Papa Glemente XIII: "Apos a morte de Mons. Ligorio teremos na Igreja mais um Santo"

Sobre

Santo

Afonso de Ligorio

(1696-1787),

conta uma biografia sua:

"Glemente XIII nao pode dissimular a admiragao

novo

que

Ihe causaram a ciencia e as virtudes

bispo e, depois que este se.despediu,

do

disse

aos cardeais que o rodeavam:

"— Haveis de ver que, apos ^ morte de Monsenhor

Ligorio,

(Pe.

JOSE MONTES GSSR, Afonso de Ligorio o

teremos na Igreja mais um

santo".

Gava-


Secgao II

123.

lelro de Deus, Edltora Vozes, Petropolls, 1962, p.

^ 7 Imprimatur: P. Jose Ribolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo).

125. Pessoas notdvels por suas poslgSes e por suas vlrtudes dlzlam que ela era uma santa

Da

blografla

(I769-I837),

-promotor

da

Beata

Anna

Maria

Talgl

por Mons. Carlo Salottl, entao

sub-

geral da fe, mals tarde Cardeal e

Pre-

felto da S. Congregagao dos Rltos: "Ela

qual

(Beata

era

Anna Maria Talgl) nao

Ignorava

^ reputaqao de santldade de que

gozava

Junto a homens notavels tanto por suas poslgoes como por suas vlrtudes. Os Cardeals Pedlclnl, Bar-

berlnl, Rlgnati, Cesarl, Crlstaldl, Pesch, apreclavam altamente suas vlrtudes; blspos e_ prelados, como Mons. Plervlsanl, Mons. Ercolanl, Mons. Baslllcl, Mons. Guerrlerl, Mons. Paolo Mastal, que havlam experlmentado suas luzes, a veneravam una-

nlmemente.

Beatos,

Vener^vels e^ Servos de

Deus.

que

morrerara em odor de santldade como (Sao) Gas-

par

da

BufiTlo; o Vener^lvel Strambl (Sao

Vicente

Marla"?trambl); o_ Vener5vel Bartolomeu Menochlo; o VenerSvel

lotl

Bernardo Maria Clausl; o Vener£vel Pal-

(Sao Vicente""Pallotl); a Venerdvel Elizabeth

Canorl-Mora; Prel Pellx de Monteflascone; Prel Petronlo de Bolonha, dlzlam ser ela santa, pols asslm a conslderavam; as damas de corte da Duquesa de

Lucca e tantos personagens da nobreza. como os

Patrlzl,

OS

Bandlnl,

os Caetanl, e

uma

grande

qu'antldade de sacerdotes ^ lelgos. admlrados de sua santldade, a enalteclam e^ dlvulgavam em todas as ocasloes. Pols bem, a nossa Santa dlante de tanta exaltagao, permaneceu sempre humllde e confusa; Jamals aconteceu que a estlma, da qual era cercada, excltasse seu amor proprlo e Ihe fosse

estlmulo

de vanglorla ou de ostentagao.

Cresclda

aos pes da Cruz, quanto mals era estlmada e exaltada, tanto mals repella as manlfestagoes de estl

ma

publics

e se humllhava no seu

nada". (Mons.

CARLO SALOTTI, ^ Beata Anna Maria Talgl, Madre dl Pamlglla,

Nllo",

Scuola Tlpograflca Italo-Orlentale

"S.

Grottaferrata, 1922, p. 358 / Imprimatur:

Pr. Albertus Lepldl OP, S.P.Ap. Maglster, Imprima tur: Can. Sylvius de Angells Vic. Gen. Dloec. Tusculanae).


Seccao II

Bem-aventurada Anna Maria Taigi


SecQao II

125.

126. Servldo a mesa por Blspos;

aclamado como "Santo" pelo clero e pelo povo

De

uma blografla de Sao Jose Benedlto Cotto-

lengo (1786-18^2): "Santo

o reputav^

tolengo) muitas

Sao Jose Benedlto Cot-

famlli'as de todas as classes so-

ciais, as quais Ihe pediam dignar-se abengoar-lhes oi

enfennos

e o Interrogavam sobre o

futuro

de

seus caros, centos de que Deus o lluminava freqiienteniente com o conheclmento do futuro. "E o primeiro a estiman Cottolengo era o ancebispo, mon^. Pransonl, que Ihe demonstrava a mais

subida

confianga e dele falava como

de

urn

santo. ....

"Semelhante

estima professsava para com Cot

tolengo Mons. Massi, bispo de Gubbio e nuncio apostolico na Casa Real de Sardenha, o qual, Indo uma

vez a Pequena Casa, o tratou com os sinais da

mais alta e profunda reverencla. "Todo

o clero fazia coro ao mesmo sentimento

de admiragao e veneraqao para com pessoa de Cot tolengo, J§. indo conferenciar com ele na Pequena

Casa,

de

acolhendo-o, quando os procurava na cida-

e provincia, JS tambem nos atestados as Irmas

enviadas as diversas casas, a servigo dos pobres.

"E

OS primeiros entre esses eram os

bispos,

alguns dos quais, como mons. D*Angennes, arcebispo de Vercelli, ^ mons. Bruno de Tournefort, bispo ^ Possano, faziam

o

serviam quase como copeiros d mesa

questao

de o terem como hospede nos

e

seus

paldcios.

"Os das

conegos

dioceses

intemerato,

cente

e os pdrocos de Turim e

do Piemonte o declaravam

muitos

sacerdote

chamando-lhe freqiientemente urn S_. Vi-

de Paulo redivivoT ou o novo S. ^ilipe Neri

de furim". (Mons. AQUILES GORRINO, Sao Jose BenedTto Cottolengo, Vozes, Petr6polis, 2a. ed., 1952,

pp. 352-353 /Com aprovagao eclesidstica). 127. Cardeal Lugon; "Se houve homem canonizado pela voz do povo, este e o nosso Cura"

Escreve

o conhecido hagiSgrafo C6nego Trochu

na sua vida de Sao Joao Vianney (1786-1859):


126.

Secgao II

voz,

"_A multldao anonlma. ^ grande testemunha cu.ja cotno se dlz» e a voz de Deus» nao se enganou

no seu Julzo sobre o Cura d^ra. 'Onde esta

San

to?' perguntavam os recetn-chegados.

0

nas

Santo!

Els o Santo que passa!•

bradavam

fTleiras de forasteiros quando aparecia o hu-

milde

sacerdote. E, dirigindo-se aos

depois

de

paroquianos

verem como o aclamavam desta

manelra,

alguns dlziam: 'Nao temos necessidade de outra ma-

ravilha para crer que o vosso Cura e urn santo' (P.

Toccanier,

Procesao

apostolico

ne

pereant,

p.

325). Na verdade, segundo palavraa de Mona. Lucon, antlgo blapo de Belley, depoia cardeal-arceblspo de Relma: 'se Jamais houve urn homem canonizado pe-

la voz do povo. este e o nosso Cura. A sentenca oa

Igreja nada mala far5 que conflrmar o^ Julzo do povo'

TCarta pastoral de 23 de outubro de

190^)'".

(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ara, Vozea, • Petropolls, 2a. ed., I960, p. 371 / Imprimatur: Lula Pllipe de Nadal, Blapo de Urugualana, 29-6-19590• 128, Plo IX: "0 Arceblspo Claret e De

ria

santo!"

urn llvro de escrltoa de Santo Antonio Ma

Claret (1807-1870), fundador doa MlaalonArloa

do CoraQao Imaculado de Maria: "Quando

estava

pr6xlma a data de Inlclar

o

Conclllo Vatlcano, Plo IX, converaando com o decano da Rota, Mona. Marclal Avlla, dlsae-lhe confldenclalmente: 'Agora vlrao oa Blspoa de tua nagao.

Que Blapoa, aobretudo Claret!... ^ um^ Santo! Nao o poderemoa

canonlzar, maa haverA quern o faga

mala

tarde'J

"0 Arceblspo Claret paaaou para a Hlstorla como o Santo do Conclllo Vatlcano". (San ANTONIO MARIA CLARET, Eacrltoa autoblogrAfIcoa y eaplrl-

tuales, BAC, Madrid, r959» pp. tur:

Blaalua

Budelaccl,

Ep.

/ Imprima Nlsaen.

Tuscull,

9-2-1959).

129. SSo Joao Boaco fol "canonizado" alnda em vlda pela oplnlao publlca

De

uma

blografla

de

Sao

Joao

Boaco


Secgao II

127.

(1815-1888): parecia

"'Sao

estar

as mesmas cenas de Ars, ^ me

alnda 15*. Como Sao

Joao

Batista

Vianney, Sao Joao Bosco foi canonizado ainda em vida pela oplnlao publlca. Em um seculo tao cheio de

vaos rebuscamentos e de odiosas revoltas,

duas

vezes, em favor de dols padres

por

encarregados

de missoes tao diferentes, mas Iguais em carldade,

Deus

permitiu o espetSculo de multidoes orantes e

pacientes,

mares de povo centralizando seu

fluxo

insistente sobre um so ponto, onde Crlsto parecia mostrar-se

a eles novamente, na transparencla

de

um Santo anlqullado nEle. A Idade Media nao guardou tudo para si". (PIERRE CRAS, La Fidele Hlstoire de Saint Jean Bosco, Editions Spes, Paris,

?99-300 / Imprimatur: Vic. gen., 17-6-1936).

Lud.

Audibert,

130. "Quantas vezes ia a capela agradecer por ser aluno de um santo..." Escreve

um

(1868-19^7),

seminarista

aluno do

Jesuita que morreu

Pe.

Reus

no Rio Grande do

Sul, em odor de santidade:

"0 que nos penetrava o cora^ao nas instruQoes religiosas eram as suas palavras cheias de ungao,

palavras coisas

que

tralam intima familiaridade com

ia ^ capela, para agradecer ^ graga de ser aiTm

as

de Deus. Quantas vezes, depois da aula, eu

aluno

santo... A Mae oe Deus e o Sagra3o Coracao de

Jesus

eram

seus temas favoritos".

(Pe.

CANDIDO

SANTINI SJ, 0 servo de Deus P. Joao Baptista Reus,

SJ, Editora MetropoTe, Porto Alegre, ba. ed., "1781, p. 28 / Com apt'ovagao eclesiAstica e dos superiores).

131. "Assim recolhido e mortificado so podia rezar um santo"

Depoimento

de D. Prei Henrique Golland Trin-

dade, falecido Arcebispo de Botucatu (SP), sobre o Padre Reus:

"Do

padre

inapagAvel,

Reus guardAvamos

desde

uma

recordagao

o nosso tempo de ginasiano

do

'Anchieta', quando o vimos a rezar o seu breviArio


128. na

SecQSO II

capellnha de Nossa Senhora; pensavamos que as-

slm,

recolhldo ^ tnortlflcado, so poderla rezar um

santo. Conhecemo-lo depols, e nossa opinlao nunca se alterou". (Pe. LEO KOHLER SJ, Blografla comple-

ta ^ Joao Baptlsta Reus, SJ, Llvrarla Selback & CTa., t'orto Alegre, 1950, Volume II, p. 368 / Imprimatur:

Mons.

Andre

Pedro Prank,

Vlg.

Ger.,

26-1-1950).

132. Santa Tereslnha a seu Pal;

"Imposslvel

ver algu¥m mais santo

que tu sobre a terra"

De uma carta de Santa Tereslnha do Menlno Je

sus (1873-1897) a seu Pal, o Sr. Martin: "Quando

naturalmente vel

ver

eu penso em tl, meu Palzlnho,

penso

no bom Deus, pols me parece Impossl

alguem mals santo que tu sobre a_ terra.

Sim, es cer^amente tao santo quanto o proprlo Sao Luis, e eu tenho a necessldade de te repetlr que te

£Lmo

como se tu nao soubesses dlsso alnda. Ohl

quanto sou ufana de ser a tua Ralnha... E eu espero bem roerecer sempre esse tltulo. Jesus, o Rel do Ceu, tomando-rae para SI, nao me arrebatou a meu santo Rel da terra.

"Oh, naol sempre, se meu Palzlnho querldo o qulser, e nao me conslderar Indlgna dlsso, eu serel 'a Ralnha do Papal' I Sim, eu permanecerel sem

pre tua 'ralnhazlnha', e eu procurarel te dar gl5rla tornando-me uma grande santa". HTRev. Pe. STEPHANE-JOSEPH Office

?TM OFM, Hlstolre d'une Pamllle,

Central de Llsleux, la. ed., pp. 301-305 /

Imprimatur: 30-7-19^5)

Prancols-Marle,

Eveque

de

Bayeux,


ii

h 3Si9

fiEgaensi ^9i §§5l9§

§^£§1 §9 &gaag§3> ggg gyacii gcecgas^ag ggleg*

S99XfiS9§5 999 Sl§3>

e§£i§9§S§S 4^919 3 §191> 9Sye3S 9 llig3£ 999s S3^1^g£3i>

99 3l96lS§9S9SS S99S§96li=l99&£:i

133. "QuSo eflcazea sSo a vlalta. a aaudacao.

as converaaa £ aa oracSea doa aantoa"

De uma compllaQSo da obra de Corn^llo a LSplde, fanoao exegeta Jeaulta do aeculo XVII: "Vantagena

de

tratar frequentemente com

Santoa ^ ^ eatar na companhla delea^ aanto com

com

oa

-- SerSi

oa Santoa, diz o Salmlata, e

Inocente

oa Inocentea: Cum aancto aanctua erla« et cum

vlru Innocente Innocena erla (XXVII, 26).

"A Bem-aventurada e Imaculada Vlrgem Maria, MSe de Deua, por obra do Eaplrito Santo, foi vialtar

aua

Batlata rlaa,

prlma Santa laabel, que trazla SSo

em aeu aelo, e entrando em caaa de

Joao

Zaca-

aaudou a laabel. Quando laabel ouvlu a aau-

dagSo de Maria, aucedeu, dlz o Evangelho, que aeu fllho aaltou de alegrla em aeu ventre, e . laabel flcou

chela

audlvlt

do Eaplrito Santo:

ractum eat

ut

aalutatlonem P^rlae Ellaabeth. exultavlt In utero elua. et repleta eat Splrltu

Sancto Ellaabeth (Lc• I, ^1). Aprendel com eate fato quao eflcazea aao a vlalta, a aaudacao, aa converaaa e aa oragoea doa Santoa.


130.

Secgao II "Estando as almas justas chelas de carldade e

abrasadas de amor. ao falar com elas ^ ve-las com freqiiencla. nosso coracao se abrasa ^^ Incllna Imedlatamente

socledade

ao amor de Deus. Sao Seraflns. e

dos

Seraflns nos•transforma

em

(Lib. XXI Moral., c. XV). "0 autor da Imltagao de Jesus Cristo, todas

a

Anjos

dlz:

as vezes que estive entre os homens do mun-

do, voltei menos homem: Quoties Inter homines•fui, minor homo redii. 0 contr4rio pode e deve dizer-se do

convlvio

e trato com os Santos". (Abate

BAR-

BIER, Tesoros de Cornelio A Lapide, Libreria Catolica de Gregorio Del Amo, Madrid, 3a. Ed., 1909, Torao Cuarto, pp. 42^-^25).

13^. Deus manifesta-se por meio de seus santos

so

das almas fervorosas

Diz D. Chautard (1858-1935), o douto e piedoAbade trapista, em seu celebre livro elogiado

pelos Papas Sao Pio X e Bento XV;

"0

fate de Deus ser oculto, Deus absconditus

(Is. ^15, 15), e urn dos obstficulos mais graves para a conversao das almas.

"Deus, porem, por efeito de sua bondade, de alguma sorte se manifests por meio de seus santos, ^ stte por meio de almas fervorosas. Assim e que o

sobrenaturaT

transpira aos olhos dos fieis vislumbram alguma coisa ^ misterio de Deus. "Que

e, pois, esta difusao do

que

sobrenatural?

Nao serS o brilho da santidade, o esplendor do in flux© divino chamado correntemente pela teologia graga

santificante? Ou melhor, nao ser5 talvez

o

resultado da presenga inefSvel das pessoas divinas naqueles que elas santificam?

"Outra nao era a expllcagao de S. Basilio: quando o Esplrlto Sarvto, diz ele, se une Ss almas que a sua graga purificou, e para espiritualizA-las ainda mais. Como o sol torna mais rutilante o

cristal que toca e penetra com o seu raio, assim o santificador torna mais luminosas as almad onde habita e estas, devido a tal presenga, tornam—se, por sua vez, outros tantos focos que difundem em torno delas a graga santificante (De Esplrito

Sp. Sancto, c. IX, n. 23).


SecQao II

131.

"Esta

todos

manlfestaqao do divine que se trala em

OS

gestos ^ ate no repouso do

Homem-Deus,

nos ^ vlslumbramos em certas almas dotadas de vlda Interior

mals Intensa. As conversoes maravllhosas

que operavam certos santos so com a fama de suas vlrtudes, as plelades de asplrantes a vlda perfel-

ta que lam pedlr-lhes a graga de segul-los, al estao clamando bem alto qual o segredo do seu sllencloso apostolado. Cora santo Antao, asslm se povoa-

vara

OS

essa

desertos do Orlente. S. Bento fez

surglr

InumerSvel falange de santos rellglosos

clvlllzarara

que

a Europa. S. Bernardo exerce Influen-

cla sem par, asslm na Igreja como sobre os rels e sobre os povos. S. Vicente Ferrer exclta, a sua

passagem, Iraensas

las.

entusiasmo

Indescrltlvel era

raultldoes

e, o que e mals, provoca a conversao

No

encalgo de santo Inaclo,

exerclto

ergue-se

de-

esse

de braves, urn dos quals, Xavler, per

si

so basta para regenerar uma quantldade- Incrlvel de pagaos. Soraente a Irradlagao do poder do proprlo Deusj atraves destes Instruraentos huraanos, pode

expllcar a razao desses prodigies.

"Que ramente

desgraga, quando nao hS. almas verdadel-

Interlores

entre as pessoas que estao

a

frente de obras Importantes! 0 sobrenatural parece

ecllpsado, o poder de Deus flea como encadeado. E entao, como os santos nos enslnam, que ura pals decline

e que a Provldencla parece abandonar

aos

maus todo o poder de fazer estragos. "As

de,

almas, compenetremo-nos bem desta verda-

as almas, como que Instlntlvamente, ^ sem lo-

grarem

claramente deflnlr o que sentem,

percebem

essa Irradlacao do sobrenatural". (Pom J. B. CHAU-

TARD, ^ Alma de todo Apostolado, Edltora

Colegao

P.T.D., Sao Paulo, pp. llb-117 / Relmprlmatur: Vi cente Zlonl, B. Aux. - V. Geral, 22-»-l9b2).

135* ^ presence de Deus no apostolo patentela-se as pessoas que o ouvem

Dom Chautard, Abade traplsta de Sept-Pons (Pranga), que vlveu alguns anos no Brasll: "Joannes

quldem slgnum fecit nullum (JoSo na

verdade nao fez mllagre algum — Jo., 10, 4l). Sem fazer

nenhum mllagre, Joao Batista atrala as mul-


132.

Secgao II

tldSes. Bern fraca era a voz de Sao Vlanney para se

-Tazer ouvlda da multldao qua em volta dele se apl-

nhava

e,

vlam

sem embargo, se o_ nao ouvlam,

vlam-no,

uma custodla de Deus, e so essa vista subJu-

gava ^ convertia os asslstenFes. Voltara de Ars um advogado. Como Ihe perguntassem o que mals o tlnha Impressionado, respondeu: 'Vi Deus num homem*. "Llcito nos seja resumir tudo por melo de uma

comparaQao

um tanto vulgar. E bem conheclda a se-

guinte experiencla de eletricidade: colocada^sobre um isolador, uma pessoa e posta em comunicagao com uma mfiquina eletrica. Seu corpo carrega-se de fluldo e mal alguem dela se aproxlma, logo se deflagra a falsca que faz estremecer aquele que se poe em contacto com tal pessoa. Assim acontece pa

ra o homem interior. Uma vez desapegado das criaturas, entre Jesus e ele logo se estabelece uma

comoQao nue.

incessante, uma

como que corrente conti

Tornando-se o apostolo um acumulador de vida

sobrenatural, condensa em si o fluldo divino que se diversifica e adapta as circunstfincias e a todas as exigencies do meio em que opera. Virtus de illo exibat et sanabat omnes (Sala dele uma virtu-

de que os curava a todos - Lc. XI,•19)« ^ suas palavras ^ atos tornam-se entao os efluvios dessa forge, Tatente sim, mas sumamente eficaz para"?er-

ribar

os obstdculos, alcangar conversoes ^ aumen-

tar o fervor.

"Quanto

mais as virtudes teologais existirem

num coragao, tanto mais esses efluvios hao de ajudar

a fazer nascer esses mesmas virtudes nas

al

mas.

"Por meio da vida interior o apostolo irradia

fe.

— ^ pres'enga de Deus

pessoas

Fe

todo AposFolado,

Paulo,

nele

patentela-se

as

que o ouvem". (Dom J. B. CHAUTARD, A Alma pT

Editora Colegao P.T.D.,

IIB / Reimprimatur: Vicente Zioni,

Sao B.

Aux. - Vig. Geral, 22-&-19b2).

136. Mesmo sem compreender suas palavras, a multidao se entusiasmava com Sao Bernardo

De uma biografia de Sao Bernardo (1090-1153): "0

Brisgau,

bispo de Constanga dirigia seu apelo.

Em

na Sulga alema, podia-se, parece, encon-


Secgao II trar

quo

133-

cruzados. Bernardo, no auge

do Inverno com

termlnava o ano de ll^lS, para IS acorreu. Ele

se

encontrou

dlante de multldSes que nao

sablam

nem ^ lingua romana, nem a llnp^ua latlna; ele falou, apesar de tudo,. e quando o Interprete comeca-

va a traduzfr, as murtldoes jS" havlam ^tendloo, domlnadas simultaneamente pelo gesto de Bernardo e

por seus rallagres, pela agao oratorla do monge e pela agao sobrenatural de Deus". (GEORGES GOYAU, Saint Bernard, E. Plammarion, Editeur, 19^8, p. 155).

137. "Entrel no quarto de Bernardo, como se me aproximasse do altar"

De uma biografia de Sao Bernardo: "Gullherme vlslta

de Saint-Thierry velo retrlbulr a

de Bernardo durante este retlro, e

passar

alguna dlas com ele, a flm de observar aeu modo de vlver prlvado e costumelro. Anotou em aeu dlSrlo tudo quanto vlra em Claraval; o quadro por ele deacrlto

e

tao almplea, comovedor e

edlflcante,

que dele faremoa aqul uma tradugao flel, abrevlan-

do-a

porera um tanto por recelo de dlmlnulr-lhe

o

intereaae:

*Fol por eaaa Spoca que comecei a freqiientar Claraval e a vlsltar o aanto

quando coloquel

OS pea neste real aposento, ^ conslderel £ aeu sTgnlflcado e quern nele a^ hoapedava, dou fe dlan

te de Deua. que ful tomato de tanta reverencla co-

mo

8£ rne aproximasse do aanto altar

pedlrla

Eu nada

de tao aerlamente quanto vlver aempre com

eate homem de Deua para aervl-lo Deua

d3o;

*Tal fol o eatado em que encontrel o servo de e tal era o aeu eatllo de vlda e a aua aoll-

entretanto,

nSo eatava ao: Deua eatava

com

ele. E ele gozava da companhla e da conaolagao dos aantoa anjos, como flcou evldente atravSa de al-

i)ala manifestos'". (M. L'Abbe RATISBONNE, The Life and Times of St. Bernard, P.J. Kenedy, Excelsior Catholic Publishing House, New York, 1895, pp.

79-80 e 81).


13^.

Secgao II

138. Levantavam-se a mela-nolte para

tomar

urn lugar na praqa

onde la prewar Sao Vicente F^rer Da vlda de Sao Vicente Ferrer (1350-1M19):

"Nos

dlaa em que (Sao Vicente Ferrer) pregou

em Tolosa, nao houve pregador que qulsesse pregar, a nao ser um, do qual adlante falaremos, porque todo mundo la atrSs de Sao Vicente; os proprlos

pregadores e Mestres davam-se por satlsfeltos de terem um lugar para ouvl-lo. E dlzlam que, depola dos

Apostolos.

Deua

havla

Mas

aquele era o malor

pregador

envlado a sua Igre.ja, segundo

que

crlam.

sendo tao grande o afluxo de pessoas que

nao

se podlam acomodar bera no claustro do convento, o Arceblspo pedlu ao Santo que fosse morar com ele

em

seu pallclo e pregasse na praga de Santo Este-

v2o, onde podia caber mals gente. Condescendeu o Santo com o Arceblspo, por ser de sua Ordem, e fol para o pal2clo; pregou quase todos os demals dlas e cantou Mlssa na referlda praga, 2 qual acudlam as pessoas com tao grande devocao, que se levanta-

vam ^ mela nolte com archotes. para conseptulr lu gar; e cada um trazla em que sentar-se. Porque, embora se dlga comumente que se Ihe ouvla de longe

como

de perto, e asslra o era de ordlnSrlo, todos

entretanto querlam estar perto dele, para ve-lo Sein e olhar a seu gosto como oflclava as cerlmo-

nlas da Mlssa, e como curava os doentes que vlnham ao palanque; e, flnalmente, para poder beljar-lhe as maos, logo que acabava o sermSo e voltar para casa tendo-lhe tomado a bengao"• (Fray VICENTE JUSTINIANO Blografla

ANTIST, Vlda de San Vicente Ferrer, In y Escrltos de San Vicente Ferrer,

BAG,

Madrid, 1956. P. 209 /"Tmprlmatur; Hyaclnthus, Ep. aux. y Vic. gen., Valentlae, 9-&-1956). 139. Mesmo quando se calava, o semblante de Santo"^n2clo Inflamava os presentes Comenta o Padre Rlbadeneyra, na vlda de Santo InAclo de Lpyola (1^91-1556); "Recordo-me de ter ouvldo pregar entao o nos-

30

Bem-aventurado Pal com tanta forga e com tanto


SecQao II

fervor

135.

de esplrlto, que parecla estar de tal

ma-

nelra abrasado pelo fogo da carldade, que langava umas como que chamas Incandescentes nos coragoes dos ouvlntes; a tal ponto que, mesmo quando se calava, parecla que seu seinblante Inflamava os pre-

sentea,

e

que

o brllho de todo o seu

rosTo

os

abrandava e derretla com o divino amor". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vida del Blenaventurado Padre San

Ignacio - de Loyola, in Hlstorlas de ^ Contrarre-

forma,"BAU7 Madrid, 19^5> P« Ibb 7~Imprimatur; Casimiro, Obispo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19^^5)• 1^10. Durante sua vida, quarto de

Sao Francisco Xavier £ venerado De Sao Francisco Xavier, Apostolo das Indias,

(1506-I552),

conta a conheclda historiadora

Dau-

rignac: "Ate

entao cedera a febre que minava a saude

de Xavier, e uma carta do seu querido mestre InScio, chamando-o a Roma pelos fins da Quaresma', o fez partlr de Bolonha quase furtivamente para evltar a explosao de dor que ele esperava se declarasse em toda a cidade com a noticia da sua partida•

»— Jamais,

disse

o cura

de

Santa

Lucia,

quando o Santo deixou o presbiterio, Jamais serl ocupado por outra pessoa £ quarto que foi habitado pelo sa'nto Padre Francisco xavier *. '— Enquanto nos vivermos,

ajuntava a sobri-

nha, ninpniem mais habitarfi esta c&mara abencoada!

£ n63. meu tio, iremos sempre orar all_'""I (J.M.S. DAURIGNAC, Sj^ Francisco Xavier, Apostolo das In dias,

Llvraria Apostolado da Imprensa, Porto, 5a.

ed., 1959, p. 80 / Pode imprim'ir-ee; Mons. Pereira Lopes,

Vig. ger., 20-5-1958).

1^1. Estando Santo InScio vivo_j^ SSo Francisco de Borja oscula o chSo

da casa onde "nasceu

Na sua vida de Sao Francisco de (I5IO-I572), escreve o Padre Ribadeneyra:

"Chegando

foi

BorJa

S Espanha, (S. Francisco de BorJa)

diretamente

Squela provlncia, e £ primeira


136.

Secgao II

colsa

que fez fol entrar na casa ^ Loyola e per-

funtar pelo lugar no gual havla nascldo o Padre

naclo; e bel.lando o chao, comecou a louvar ao Se-

nhor com grande afeto pela gra^a dada ao mundo naquele local, onde velo a luz tao flel servldor seu; e a supllcar-lhe que, posto que ele o havla feito filho de tal pal e disclpulo e soldado de tSo bom mestre e capitSo, o transforraasse num verdadeiro

imitador de suas virtudea". (PEDRO DE RI-

BADENEYRAf

Vida

del P. Franciaco de

Bor.la, in

Hiatoriaa de la Contrarreforma, BAG, Madrid, 19'>5» 6ti7 / Imprimatur: Caaimiro, Obiapo Aux. y Vic. Qen., 31-3-19^5).

1M2. S6 ^ vS-lo. voltavam com o espTrito abrasado e brando para com Deua

Conta

o

Padre

Ribadeneyra na vida

de

SSo

Franciaco de Borja (1510-1572): "Era tal a compostura de aeu roato (de Sao Francisco de Borja), a devogSo e o comedimento que resplandeciam nele, que alguns Padres graves da Companhia, quando se encontravam tibios e sem de-

vogSo,

lam onde estava esse Padre e, sem Ihe

fa-

lar, mas apenas vendo-o, voltavam compungidos e com o esplrito abrasado e brando para com Deua"T

rPlDRO DE RIBADENEYRA. Vida del Padre Francisco ^ Borja, in Historias de la Contrarreforma. BAG, Ma

drid, 19^5> p* d2b T^Imprimatur: Casimiro. Obispo Aux. y vie. gen. 31-3-19^5)• 143. Enchia-se de fervor so de ver e ouvir SSoToao da Cruz

Em uroa vida de SSo JoSo da Cruz (1542-1591)* iS-se a seguinte declaraqSo de uma freira carmelita:

"Somente com ^ fato de olhS-lo (a_ SSo JoSo ^ Cruz). esta

ou

ouvi-lo falar de Nosso Senhor.

embora

testemunha fosse rauito tibia e descuidada em

servir

adiante

a

Deus, dava-lhe fervor

para

prosseguir

no estado de religiosa que no tempo, dele

recebeu" (DeclaragSo da IrmS Agostinha de SSo Jo-


JSficgao II

137.

se). (CRISOGONO DE JESUS OGD, Vlda de San Juan de la

Cruz. In Vlda y Obras ^ San Juan de la

Cruz,

N^tai—de MatlaiTdel Nino Jesui~OCD, BAG, Madrid, art-.

iQfili. D. 234 / Imprimatur: Jose

Maria,

Ob. Aux. y Vic. Gen., ll-S^T^ElTy: 144. MultOS salam mals abrasados destas conversas, que da proprla oragao"

De um llvro do Padre Geparl SJ, contemporfineo de

Sao Luis Gonzaga (1568-1591)» sobre a vlda

do

Santo:

"E prlmelro fol (Sao Luis) mandado a Tlvoll, onde poucos dlas se deteve, mas foram o bastante para delxar^ na cldade geral concelto de santo; porque segundo o depolmento de v&rlas testemunhas, revelava

de

tal manelra no exterior a beleza

de

sua alma, que sS ^ por nele os olhos movla ^ devo— ^a^. ....

"Antes do slnal para entrar na escqla, costu-

mava (Sao Luis Gonzaga) Ir k Igreja vlsltar o Santlsslmo Sacramento, e o mesmo fazla ao tornar para

casa, tanto de manhS, como H tarde. No camlnho.reluzla

nele

singular modestla e

recolhlmento; a

ponto que multos estudantes de fora se punham no p^tlo do Coleglo para o ver passar, e flcavam multo

edlficados. Era particular, urn Padre estrangel-

ro", que no coleglo tlnha completado o curso de Teologla, atraldo por sua mod6stla, asslstlr 85 aulas so para ve-lo, e, durante as llcoes nao tlrava OS olhos dele. NSo deve Isto parecer maravllha,

^rque, como testemunhou o Padre Provincial de Veneza no processo felto pelo Patrlarca da mesma cl dade, em S. Luis verlflcavara-se as palavras de

Santo Ambrdslq sobre o verso do salmo: Qul tlment te, videbunt me, et laetabuntur: os que te temem,

o~ meu Deus, ver-me-ao camlnhar pelos teus mandamentos, e enpher-se-So de alegria. Dlz o Santo: *Colsa

preclo'sa 6 ver o homem .justo: porque o seu

aspecto a roalor parte ^as pessoas serve de aviso de emenda, e aos mals perfeltos causa alegria*. Tals eram Justamente os efeltos produzldos pela vista do bendlto Jovem nas pessoas que o olhavam, de modo que tarobem se verlflcava nele o que o mes

mo Santo acrescenta: '0^ aspecto do homem Justo cu-

ra, e os mesmos lampejos de seus olhos parecem In-


138.

Secgao II

fundlr

uma certa vlrtude naqueles que com fIdell-

dade desejam ver'. Isto acontecla porque seu ex terior era tao bem composto, que movia a devogao e compungao quantos o viam. Ainda mais; fazia ficarem suspenses os que com ele tratavam; nao so se-

culares^ e mas

ate

pareclam

Jovens Religlosos, seus

companhelros,

Padres gravlsslmos. que em sua

presenga

recolher-se. e_ nao eram capazes de fazer

ou dizer a menor leviandade a sua vista. ....

"Nao e pols de admirar que a porfia o procurassem na recreagao, a flm de ouv£-lo dlscorrer altamente de Deus, das coisas do Ceu e da perfelgao; e sei por ditos de outros e por experiencla proprla, que muitos salam mals abrasados destas conversas. que da pr5pria oracao". (Pe. VIRGILIO

CEPARI SJ, Vlda de S. Lulz Gonzaga, da Companhla de Jesus. Offlcina Poligrafica Edltrice, Roma,

T5^10,

pp. 215, 226, 227 e 312 / Com

aprovagao

eclesldstica).

1^5. ^^ ver Sao Luis Gonzaga uma alma se abrasava de fervor

De outra (1568-1591):

biografia

de

Sao

Luis

Gonzaga

"De resto, ela (a Princesa Maura Lucenia Parnese, Abadessa de Santo Alexandre, em Parma) sem-

pre o havla venerado (a Sao Luis Gonzaga), desde 0 dla em que, em Mantua, ainda crianga, ela ouvira a

Condessa

de Martinenga, Laura Gonzaga, dlzer-lhe,

mostrando-lhe

o Jovem Luis, entao com treze anos:

'Este menlno, apesar de sua pouca idade, leva entretanto uma vida multo santa'. E a Jovem Princesa cessava de ter os olhos postos nele, sentindo•-3e» ^ sua vista, abrasada de fervor

"Enfim, a Infanta Margarida da Austria, irma do proprlo Imperador, freira Clarissa no Real Mos-

teiro de Madrid, repetia ainda o que JA havia dito ao Principe Francisco de Gonzaga, irmSo do Bem-aventurado, que quando sua.mae, a Imperatriz,

veio A Espanha, nao somente Sua Majestade, mas to^ sua Corte olhava Luis como um pequeno santo". Tre* CHARLES CLAIR ST^ vie de oaint Louis ^de Gonzague. Librairie de Pirmin-Didot et Cie., Parls, 1891, pp. 279-280).


Secgao II

139.

1116. Passar utna recreaQao com Sao

Luis Gonzaga Insplrava mals ardor para o bem do que a medltagao da manha

de

Sobre Sao Luis Gonzaga, le-se numa blografia Sao Joao Berchmans, de quern o primeiro fol mo-

delo na virtude:

"Exlste

alnda, no colegio Romano, e na

casa

Professa grande numero de Padres, que conheceram o Bem-aventurado

Luis

e que viveram

famlliarmente

com ele; entre outros, o Revmo. P. Muzio Vitteleschi, e o P. Cepari, que escreveu sua vlda e apressou sua beatificagao. Urn ^ outro confirm am que uma

recreaqao

passada

com

o^ Bem-aventurado

Luis,

inspirava-lhes malor ardor para o Bem do que ^ me-

dltaqao S.

da manha". (Pe. L.J.M. CllOSS SJ, Vlda de

Joao

T912,

Berchmans,

pp.

220-221

Duprat & Comp.,

/ Com licenga

da

Sao

Paulo,

autoridade

ecleslSstica).

1117. A grande atraqao dos exerclclos piedosos era a propria pessoa de Sao Vicente de Paulo Da

pop

vlda de Sao Vicente de Paulo (I58I-I66O),

Mons. Louis Bougaud, VlgSrlo geral de Orleans

e depols Blspo de Laval: "0 grande atratlvo desses exerclclos era

a

proprl^ pessoa de Sao Vicente de Paulo. Desconhecldo

ate entao, ele aparecla com um esplendor

pledade,

de humlldade, de amor de Deus, de

eloqiiencla,

que

de

santa

entuslasmava. As pessoas nao

se

cansavam de ve-lo dlzer dlarlcunente a Santa Nlssa.

Que

fe ardente! que recolhlmento! que unlao terna

e profunda com a vltlma adorSvel! que transflguragao de seu rosto e de todo o seu ser depols da

santa

comunhao!

Isso

JS valla por

um

sermao".

(Monselgneur BOUGAUD, Hlstolre de Saint Vincent de Paul, Llbralrle Vve. Ch. PoussTelgue, Paris, ^Ja. ed., tome premier, p. 157). II8. "Se alguem fala, que suas palavras sejam como de Deus" Da mesma vlda de Sao Vicente de Paulo, por Monsenhor Bougaud:


1^0.

SecQao II

"Nos nos assoclamos, escrevia Bossuet, a esta Companhla de pledosos ecleslasticos que se reunlam semanalmente para tratar era conjunto das colsas de Deus. Vicente (Sao Vicente de Paulo) era seu autor

e

sua alma. Quando> avldos, escutSvamos sua pala-

vra,

nao

havla seqiier urn que nao sentlsse

reallzaqao

al

a

da palavra do Apostolo: 'Se alguera fa-

la, que sua palavra seja corao de Deus'". (Monselgneur BOUGAUD, Hlsfolre de Saint Vincent de Llbralrle Vve. Ch. Pousslelgue, Paris,

Paul. ed.,

Torae Premier, p. 167). IM9. A simples vista de Sao Joao Berchmans excltava dese.los efIcazes de santlflcaqao

Da vlda de Sao Joao Berchmans (1599-1621), da autorla de um Sacerdote da Companhla.^e Jesus, qual pertenceu o Santo:

"Dele

Frlzno,

(Sao Joao Berchmans) escreveu o

a

padre

que liao era desses devotos selvagens, -que

Imaglnam que para o homero ser virtuoso, deve mostrar-se trlstonho, fazendo asslra, em vez de bene-

flclo,

grande

mal a vlrtude, pelo modo fispero

e

desagradlvel por que a pratlcam. No nosso santo novlqo,

a devogao mostrava-se tao af£vel,

aroena,

fficll e graclosa, que ^ ^ olhar para ele JA

se

adorava a pledade ^ s£ flcava Incllnado ^ pratlcS^ ••••

Todos o querlam como companhelro, quando devlam salr

"Quando

(a

eu sollcltava a permlssSo de levA-lo

Sao JoSo Berchmans) comlgo A cldade dlzla-me o

Reltor: Ide com ease anJo de Deus. Nas ruas os transeuntes voltavam-se, ou paravara para admlrar a sua modestla. Aqueles dos nossos padres que melhor

o conheclam tlnham-no na conta de grande. servo de Deus; outros nSo podlaro delxar de estlmA-lo como a um rellgloso completo; todos o desejavaro e o pedlam para companhelro, quando devlam salr, e alegravam-se vlvamente de o ter obtldo "Para multos s6

vista de Berchmans excltava

desejos eflcazes de santlflca^o, como eles mesmos o confessaram


Secgao II

1^11.

&

Sao Joao Berchmans.Pintura que se conserva no Convento das Beneditinas de Via di Tor de Specchi, em Roma.


1^2. Se

Secgao II

Deus tlvesse envlado urn an.jo,

esse an.lo serla Berchmans

"Desse modo, Joao Berchmans realizou perfeltamente, na sua pessoa, o tlpo do Jovem companhelro de Jesus Crlsto tal como S. InSclo o concebera; e de boamente concordaremos com a segulnte conclusao dum condlsclpulo de Berchmans, Jeronymo Albergottl: 'Se Deus tlvesse mandado do ceu ao colegio Romano, urn anjo para mostrar-lhe o verdadeiro modelo do escolAstico da Companhia de Jesus, esse anjo

ao meu parecer, nao poderia ser outro

senao

Joao Berchmans'

Muitos vlnham ao Colegio so para ve-lo

"Depols

de ter por largo tempo gozado do, es-

pet^culo da modestla do Jovem rellgloso, o gentll-homem dlrlglndo-se ao P. Octavlo Falconl: 'Meu padre, dlsse mostrando Berchmans, aquele e evldentemente um anJo'. Nas ruas, os transeuntes paravam para

contemplar Berchmans, multos vlnham ao cole

gio

unlcamente

para ve^o quando passava para

"Francisco

Surdlo

a

aula

Berchmans

que velo a ser colega

de

conta suas Impressoes do segulnte modo:

'Antes de Ir para as aulas, os fllosofos, e os teologos do colegio Romano reunem-se e param numa galerla perto da porta da casa. Fol 15 que eu vl pela prlmelra vez o Irmao Berchmans. Flquel tao maravllhado com a sua modesta clrcunspecgao que

desde entao, nas freqiientes vlsltas que fazla ao P. Reltor, aguardava a hora da reunlao, para ter o prazer

de

conslderar aquele cuja vista tanto

me

havla encantado' So a vista do seu semblante Insplrava amor a castldade

"A

modestla de Joao teve como recompensa v5—

rlos prlvlleglos: o prlmelro fol que so a vista do seu

semblante,

resto rezava

Insplrava o amor a castldade:

pedla essa graga a S^. Vlrgem, e para cada

dla, em honra da sua vlrglndade

de

Isso sem

nScula, uma coroa de doze Ave Marias (A resolugao 3e Berchmans est5 formulada num dos seus cadernos, 3o segulnte modo: Beata Virgo Impuras allorum co— Sltatlones suo aspectu pellebat; pete et tu, ut


Secgao II

I'lS*

tua conversatlone castitatls amorem Ingeneres allls)*

In

"Eu tlnha vergonha de mlm mesmo, quando o avlstava"

"Multas pessoas de fora, depols de ve-lo uma vez, pedlsun para serem recoraendadas as suas oraQoes. For toda a parte, encontrain-se nos testemunhos dos seus Irmaos, palavras como estas:

nha seu

tl-

vergonha de mlm mesmo, quando £ avlstava; o aspecto acendla no meu coragao o desejo da

perfelgao; Imedlatamente vla-me obrlgado a ordenar o meu exterior*.

"Anclaos e padres atestam o Imperlo que exercla

sobre eles a modestla de Berchmans. 'Sua pre-

senga, dlz o P. Blsdomlnl, tornava como que Impos-

slvel ^ menor Imperfelgao aos que se achavam

na

sua companhla

"Experlment^vamos a Impressao do respelto que terla produzldo a vista de urn an.lo,

ou a presenga de um tabernlLculo..

"0 venerSvel rellgloso (Pe. Blsdomlnl) prossegue: '0 Pe. Diego Slcco, entao revlsor de 11vros, depols blspo, dlzla de Berchmans uma colsa

que

eu tambem posso aflrmar. Nao podlamos chegar-

-nos a ele sem sermos constrangldos a regularlzar o nosso exterior e elevar nossos coragoes para

Deus. Ao mesmo tempo experlment^lvamos ^ Impressao do respelto que terla produzldo ylsta de um anJo, ou a^ presenga de um tabern^curo^ resldehcTa ^ual e preferIda" 3e Deus. Enflm, ao respelto, Juntava-se na alma um vivo sentlmento de alegrla sobrenatural, que dlsslpava toda a trlsteza'

Na companhla de JoSo, adqulrla malores auxlllos para atlnglr a vlrtude do que pela medltagao

'*Escreve Edlslas Berca: 'Cada vez que Deus fez-me a graga de achar-me rm companhla de Joao, adqulrl

auxlllos

mals poderosos para

atlnglr

&


lljll,

SecQEO II

vlrtude, do que os alcancados pela medltacao

por

outros exerclclos esplrltuals.

'Nem

Una

so vez me entretlve com

ele,

sem

sentlr grande confusao da mlnha negllgencla, sem conceber um verdadelro desejo de servlr a Deus.

Sua agao alnda estendla-se a outros; multas vezes ouvl conversagoes Indlferentes mesmo de padres graves, transformarem-se em entretenlmentos sobre a Bem-aventurada Vlrgem ou sobre os santos. A unl— ca razao dessa mudanga maravllhosa era a chegada de Berchmans. Infellz de mlm pecador que nao abrl OS olhos aquele esplendor de santldade, e o coragao Hquela chama ardente' Todos sentlaro que o proprlo Deus falava por sua boca

"Alguns conslgnaram nos aeus testemunhos es-

crltos, aqueles

derradelros avisos^de Sao Joao,

fazendo observar que o santo urn

raorlbuhdo falava com

tom de Irreslstlvel autorldade. Todos

estupefatos

estavara

da majestade sobre-humana da sua voz;

todos sentlam que o proprlo De\^ falava pela sua boca". (Fe, L. J7~MT CHOS SJ. Vlda de S. Joao Ber-

chmans, Diiprat & Comp., Sao Paulo,~T9T7, p. 106,

121, ll»l, 179, 2ll9. 250, 252, 253, 254, 314, e 363 / Com licenga da autorldade ecleslSstlca). 150. Passavam a nolte em vlgllla, no

desejo

de cumprlmentar e acompanhar

Sao Luis Grlgnlon de Montfort

De Sao Luis Maria Grlgnlon (1673-1716), conta uma blografla sua:

"Os camponeses abandonavam suas ocupagoes, os cavalhelros desclam de suas montarlas, prostrando-

-se a seus pes (de Sao Luis Maria Grlgnlon de Montfort) e pedlndo-lhe a bengSo; outros, enflm, vlglando

onde

grande parte da nolte na solelra da casa

repousava

o_ santo. esperavam saud5^1o

pela

manha, acompanhando-o apos por um grande trecho da

estrada". (J. M. TEXIER, Sao Luis Maria Grlgnlon de Montfort, Vozes, Petropolls, 194b, p. 193 / Com aprovagao ecleslAstlca).


Secgao II

1^5«

151. Convertlam-se so de ver pregar Sao Vicente Maria Strambl

Conta um llvro sobre Sao Vicente Maria Stram

bl (17'15-1824), Bispo de Macerata e Tolentino:

"As

igrejas sao pequenas demais para

conter

seus ouvintes (de Sao Vicente Strambl). Ele prega nas praqas publicas. Aqueles que nao o ouvem por estarem muito longe de seu pulpito improvisado, convertem—se somente por ve—lo1" (MARIA WINOWSKA, C'Est

I'Heure des Saints, Imprimerie Maison de la

Bonne

Presse, Paris, 1952, p. 9 / Imprimatur; Pe-

trus Brot, V.G., Paris).

152. Sao Clemente Hofbauer atrala todos a sj^, especialmente os .1 ovens, que nao o queriam deixar nunca De

uma

vlda de Sao Clemente Maria

Hofbauer

(1751-1820): "Com

toda a razao comparavara Sao Clemente ao

magnate (ImS), pols que conhecia o_ segredo de atrair ^ si todos os coracoes. Realmente nao havia

era Viena classe alguraa de pessoas que nao o procurasse

era conselhos

sua pobre resldencla para receber

ou para procurar consolo era alguraa

seua

dor

ou sofriraento flslco ou raoral; entre essas pessoas

encontravara-se ticos

e

tarabera protestantes, gregos clsmfi-

ate indivlduos que, em geral, se

sentem

raal na corapanhla de algum padre cat5llco. Um atrativo

especial

riam,

(s

sentiam os rapazes que a ele

a ele se apegavara nao o^ querendo

cor-

deixar

nunca,

corao

se pertencessera ^ famllia do

Santo.

Quando

o Servo de Deus descia do pulpito,

aT-

guns

estudantes

o esperavam na sacristia para

o

curaprlraentar, beijar-lhe a raSo ou travar amizade com ele; dese.lavam achar-se ao seu lado e ein sua companhia nas reunloes que se efetuavara, todas as tardes, era sua resldencla. Ura estudante servla de chamarlz para o outro; aos poucos aumentou-se conslderavelraente

o

nuraero dos alunos de

Clemente,

entre os quals se achavain estudantes de medlclna, teologla, Jurlsprudencla etc. Grande parte desses estudantes havlara Jfi perdldo a fe, outros havlam

sldo

pantelstas, atelstas, raclonallstas etc. S.


1146.

Secgao II

Clemente converteu-os radlcalmente em grandes aml-

gos

da

Igreja"• (Pe. OSCAR CHAGAS AZEREDO

CSSR,

Sao Clemente Maria Hofbauer> Livraria Nossa Senho-

ra Apareclda, 192d, p. 171 / Imprimatur; Hons. Pereira Barros, Vig. Geral). 153. Somente per ve-lo, sentiam-se atraldos

para Deus e as coisas celestes

Da Bula de CanonizaQao de Sao Clemente Maria Hofbauer (1751-1820), publicada por Sao Pio X: a

"Pol entao que ele Julgou que se apresentavam ocasiao e a possibilidade de ousar fazer algo a

mais

pelo bem das almas: coisa tao dlflcil quanto

necesslria; mais dlflcil ainda, talvez, do que necessdria, dias

poder-se-ia dizer* Com efeito, naqueles

em que a audllcia dos maus estava no seu auge

e que a moleza e o torpor dos fieis ultrapassava todo llmlte, Inteiramente so, Clemente nao hesitou em confessar pela perseveranga, pela palavra e pelos

atos a fe crlstS e disso fazer a sua

ele

fol o primeiro a empreender a obra Srdua

excelencla

gloria;

por

de restaurar a piedade de outrora e de

ressuscitar do tumulo, por assim dizer, a rellgiSo dos

fieis. Seus exemplos faziara um bem extraordl-

nSrio; pols, quando celebrava a Missa na igreja das Ursullnas, dlstrlbula aos fieis a Santa ComunhSo ou presidla as oragoes publicas, a dignidade desse homera, seu fervor e as iSgrimas que vertia tinham de tal modo o dom de comover os assistentes

que, somente por ve-lo, sentiam-se atraldos, por uma forca inelutivel, para Deus e^ ^ coisas celes-

5^. Ele encontrou sua igreja descuidada, miserfivel;

fez reinar a limpeza nela, embelezou-a, con-

seguiu moveis, vases sagrados, ornamentos, em suma, tudo o que requerem o decoro e o respeito ao culto

dlvlno. Uma vez restaurada e mobiliada como

convinha

a Casa de Deus, ele al presidla assidua-

mente, piedosamente e com grande distingao as cei*im6nias catolicas e, nos dias de festa, perante numerosos e atentos fieis, pregava a palavra de

Deus". (Sao

Clemente

PIO X, Bula de canonizagSo do

Maria

Beato

Hofbauer,~?0 de maio de T^09»

in

Actes de Pie X, Maison de la Bonne Presse, Paris, pp. 202-20TrT


Secgao II

1^7.

1511. Blspos e Cardeala sentlam-se elevados esplrltualmente no contato com aquela senhora Conta

o

blografo da Beata Ana

Maria

Taigi

(1769-1837), Mae de famllia: "Todos aqueles qua dela (Beata Ana Maria Tal-

gl) se aproxlmaram sentlram-se melhores.

Simples

eFleslastlcos, Prelados, Blspos e Cardeals, gostavam de freqiientar sua casa, porque no trato com aquela senhora sentlam-se elevados esplrltualmen te". (Mons. CARLO SALOTTI, La Beata Anna Maria

Talgl, Madre ^1 Pamlglla, Scuola tlpograflca Italo-Orlentale Nllo", Grottaferrata, 1922, p. 258 / Imprimatur: Pr. Albertus Lepldl, OP, S.P.

Ap. Maglster. Imprimatur: Can. Sylvius de Angells Vic. Gen. Dloec. Tusculanae).

155. "Ve-lo nos basta; sua presenqa nos consola. Uma palavra sua,

um olhar, urn encora.lamento dlsslpa todo temor e flrma as vontades vacllantes..."

De

uma vlda de Sao Jose Benedlto

Cottolengo

(1786-1812): "Costumavara dlzer os asllados que de todos os

sacerdotes rellglosos ou lelgos, que lam a Pequena Casa, nao havla um que pudesse comparar-se com o servo de Deus; que a alegrla e satlsfagao que contlnuamente

raostrava era (inlca e excluslvamente de

Cottolengo; se se delxassem levar pelo permanecerlam sempre com ele: 'Ve-lo nos

coragao basta*,

dlzlam eles, 'a sua presenga nos consola, e se a Isto se acrescentam suas convergoes conosco, entao e uma alegrla que se nao expressa'. E noutras ocasloes: 'Para mostrar-se de continue tSo contente e

tranqiillo

suadldos

e necessfirlo ser santo; e estamos

per-

de que o_ nosso bom padre "£ rm verdade um

santo'

"Esta fortaleza ele nSo 86 a possula para si, mas

comunlcava-a com a m&xlma facllldade aos

ou-

tros. Bastava uma so palavra. um so olhar. um encora.lamento para dlsslpar todo temor e flrmar as

vontades

Incertas

GORRINO,

Sao Jose Benedlto Cottolengo, Vozes, Pe-

e vacllantes". (Mons

AQUILlS


li|8.

Secgao II

tropolis,

2a. ed., 1952, pp. 177, 313 e 31^1 / Com

aprovaQao eclesl^stlca). 156. lam a Igre.ja especlalmente

para contempla-lo £ ^ edlfIcarem Depolmentos sobre Sao Joao Maria Vlanney, Cura d'Ars (1786-1859):

o

"A dar-se credit© a uma carta do Sr. Sionnet,

de

Nantes, dirigida ao P. Toccanier, em ^ de maio

de 1861, formou-se com a aprovagao do Cura d'Ars uma associagao de pessoas piedosas, que todas as manhas, as 7 horas, se uniam em esplrito a sua missa. ••••

'Vi

missa,

o

servo de Deus enquanto

refere

celebrava

o P. Luis de Beau, seu

a

confessor;

cada vez parecia-me ver um anJo no altar (Process© Ordinfirio, p. IO86). Muitos iam ^ igre.la espedialmente

para contemplA-lo e se edificarem. Os raora-

dores do castelo de Ars, aifiHa que tivessem intenqSo de assistir S missa paroouial, iam contudo 'para terem ocasiao de admira-lo' (Maria 3e Garets. Process© apostolic© in genere, p. 311)• 'Uma pessoa da paroquia, conta a baronesa de Belvey, disse-me cert© dia: 'Se quer aprender a ouvir bem a missa coloque-se de raaneira que possa ver 0 nosso Cura no altar*. Pus-me num canto donde podia

observS-lo sSo

sem dificuldade. Notei-lhe, na expres-

do rosto, algo de celestial* (P. Monnin, Pro

cess© Ordinfirio, p. 203)". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars. Vozes, Petropolis, 2a. ed», 1960, pp. 27^-275 / Imprimatur: Luis Pilipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-6-I959)• 157. Com© no tempo de Nosso Senhor,

o povo rodeaya o Cura d'Ars e £6 comprimia em torn© d"eTe Da vida do Cura d'Ars, Sao JoSo Vianney, pel©

Cdnego Trochu: "0 moment© em que o Cura d'Ars sala da igreja

para

ir

tomar alguma refeigao era talvez o

mais

extraordinfirio, o mais patetico do dia. Ao meio-dia rezava o Angelus de Joelhos diante do altar.


SecQao II Depols

dlrlgla-se

bastava

Nele

IM9. a casa paroqulal, para

atravessar o espago de apenas 10

o

que

metres.

empregava cada dla, no minlmo, um quarto

de

hora. Os peregrinos formavam alas no vestlbulo^debalxo

do campanSrlo e na estrelta passagein ate

porta

do presblterlo. As pessoas que tlnhara Ido a

a

Ars nao para se confessar, mas para dlzer-lhe alguraa palavra, ou fazer-lhe um pedldo, aplnbavam-se all para serem as primeiras ^ ve-lo "Os

tidos,

dois Irmaos Leman, Jovens Judeus conver-

OS

quais, como

vimos, foram

acolhidos

pelo P. Vianney tao ternamente, lam partlr de Ars. •— Ao salrmos da vlla,

contara eles

mesmos,

vlmos uma multldao que camlnhava era sentIdo Inverso: era o Sr. Cura que voltava da vlslta a um enferrao

e como no tempo de Nosso Senhor, a gente

o

rodeava e se comprlmla em torno dele'. ....

'Todos ^ esforcavam, dlz Marta de

Carets,

para ve-lo mals de perto e Ihe poder falar. Era um espetaculo dellcloso e sera Igual quando, ao passar

para a sacrlstla, se voltava para aquela multldao a flra de dlzer algumas palavras pledosas* (Marta

de Carets, Processo apostollco In genere, p. 327). A .1 ovem Maria de Carets, bem como seus IrmSos ^ Irmas, gostavam ^ ve-lo passar". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolls, 2a. ed.,

i960, pp. 2b0, 2tt2, 350 e 351 / Imprimatur: Luis Felipe Nadal, Blspo de Urugualana, 29-6-1959). 158. Nao tlnham necessldade de outros mllagres para se convencerem de sua santldade

Alnda sobre o Cura d'Ars, depolmento do Toccanler, seu coadjutor durante sels anos:

Pe.

II— Aproxlmavam-se dele como de uma rellqula. Jamals

Nada

vl tanta energla e tanta forga de vontade.

o abatla; nem as contradlgoes, nem as enfer-

mldades, nem as tentagSes. Mostrou constantemente a mesma coragem na prStlca da vlrtude.e no devota-

mento ao pr6xlmo. Era tao surpreendente a sua vlrtude que causava admlragao a quantos o vlara. Era uma forga tranqiilla como vlnda de Deus; uma forga Invenclvel. Os peregrinos, at6 mesmo os rellglo-

sos, pertencentes as ordens mals austeras, dlzlam


150.

SecQao II

nao haver necessldade de outroa mllagres que aque-

la

forga,

para se convencerem de

TProcesso

sua

apostolic© in genere, p. 17^;

santldade

Processoi

OrdinSrio, p. 160). (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolis, 2a. ed., I960, p. 369 / Imprimatur;

Luis

Pilipe de Nadal, Bispo de

Uru-

guaiana, 29-6-1959)159- Enfrentavam a fome, a sede,

£ sono, o frlo, o cansago, para ouvir algumas palavras ?o Santo De outra biografia do Cura d'Ars: "Pert©

esqueciam-se Mai

do Cura d'Ars. escrevia urn peregrine,

das coisas mala necessSrlas ^ vlda.

Instala'dos, mal alimentados, levantando antes

da aurora, apertados, acotovelados. repelidos, de-

saflAvamos

frlo. ^ fome. _a sede. ^ fadiga, ^ in-

sonla, ^do enflm para ouvir algumas palavras

do

bom Santo. ....

"Logo que o peregrine entrava, em Villefranche eu em Treveux, na viatura que e devia cenduzir ae term© de sua viagem, ele nao ouvia falar senao

de Sante. Ae chegar a praqa da aldeia, ele nae via

nas

lejas senae gravuras dele. Mal ^desembarcava,

cerria

A igreja para e avlstar; e nae e via, e que via, cemegava a cempreender

mas

per

tude

ceme

era

grande e demlnie que esse humilde Padre exer-

cia sobre as almas

"Todos

OS dias, entre as onze e meia e raeio-

-dia,

enquanto o Padre Vianney descia do seu pul-

pite,

toda ^ assistencia se precipitava para fora

da

igreja e ^ amontoaya no espage que ele

devia

atravessar para chegar ^residencia paroquial ou a Providence. A mesma multidae e esperava a sua volta".

"0

Cura d'Ars nao gostava nada desses sinais

publices

de veneragao e tentou, de inlcie, esqui-

var-se. Mas depressa se resignou a sujeitar-se a eles, compreendendo que durante esse curto trajeto

teria

muitas

tempo

para distribuir muites

consolagoes". (JOSEPH VIANEY,

censelhos

e

Bienheu-

reux Cur§ d'Ars Patron des Curgs Francais. Librairie Victor Lecoffre, 31a. ed., Paris, 1920, pp. 99, 100 e 113).


Secgao II

151.

160. 2^ ausencla da Irma Catarlna Laboure, uma frelra ocupava-lhe o lugar na

capela £ all rezava "como se estivesse sobre o tumulo de uma santa"

Irma

Maurel,

no Processo de BeatlficaQao

e

CanonlzaQao de Santa Catarlna Laboure (I806-I876); "Eu Rostava multo de me colocar no seu lugar na capela, quando ela nao estava la. Uma de nossas Irmas crltlcou-me por Isso, dlzendo que eu era bem

orgulhosa para ocupar esse lugar. ^ querla esse lugar porque, para mlm, era uma santa que all re-

zava,

e

eu rezava nesseHTgar como se

estivesse

sobre tumulo de uma santa". (R. liAURENTIN, Vie de Catherine Laboure, Desclee de Brouwer, Paris,

1980,

p. 255 / Imprimatur: P. Paynel, Vlcalre

episcopal, 20-8-19^0). 161. "Era Maria que eles procuravam em Bernadette"

De uma blografla de Santa Bernadette rous (18^1^1-1879), a vldente de.Lourdes:

Soubl-

"Pode-se Imaglnar, entao, o desapontaraento, a decepQao dolorosa que se exprlmla na flslonomla dos peregrlnos, quando Ihes respondlara: 'Bernadet te estfi doente; ela nao vos pode receber; e-lhe prolbldo levantar-se, falar'. "Eles supllcavam:

I— Ve-la somente, contempl^-la urn Instantel'

"Entao, parece, era sugerldo a pequena doente

que se envolvesse nura chale e fosse mostrar-se a Janela. os vlsltantes. a cabeca levantada, enchlam seus olhares com essa doce flslonomla sorrl-

dente

sob^ ^ qual eles

flexo de ve

uma

procuravam alnda o

outra Flslonomla...

sempre, dlzera-nos, o rosto

Fols

do tempo

ela

^-

te-

das apa-

rlqoes• ....

"N§o se pode delxar de flcar coroovldo, apesar

de tudo, do que Isto custava d querlda pequena Santa, -com a palxSo que atrala a ela este desflle Inlnterrupto. Estas pessoas estavam fivldas sobretudo

dos

olhos que tlnham vlsto ^ Mae

de

Deus.


152.

SecQao II

Era. em suma, Maria qua ales procuravam am Barnadatta, a Barnadatta tinha um sanso multo Justo pa ra nao atribuir a si o merito disso". (COLETTE

YVER, L*Humble Salnte Barnadatta, Editions Spas, Paris, 19^9, p. 143-1^'! / Imprimatur: V. Dupln, V. G., 22-1-1934).

162. "Jamais me aproximai dala sam me santir mais parto da Nosso Sanhor"

Da roasma biografia da Santa Barnadatta: "0

aspacto popular da paquana postulanta nao

indlspunha tambem inconsciantamenta as Madras, habituadas a ver acorrar para ci Jovans do mundo, qua

delxavam

a melhor sociedade para

servir

os

pobres?

"Em

uma

todo caso, as tastamunhas raconhacam qua

invenclvel dasconfianQa sampre as impedla

raconhacer

passo

de

a santldade profunda da Barnadatta, ao

qua ^ Jovans noviqas, simplasmanta ao

ve-

-la. axperimantavam uma amocao~lndizlvel: *5ua sionomia sobranatural, sau olhar celeste deixaram no mau coraqao uma imprassao profunda • — Ja mais me aproximel dela sem me sentlr mala perto oe

Nosso

Senhor' — 'Eu a~oTho como uma Santa',

crevaram YVER,

alas, uraas dapols das outras"^

L*Humble Salnta Barnadatta, Editions

Paris,

es-

TCOLETTE Spas,

1949» p. IbO / Imprimatur: V. Dupin, v.g.,

22-1-1934). 163. "Da8aJava ficar o mais proximo posslval de sua passoa; parto dala santia-ma malhor"

Sobre Santa Barnadatta, aflrmou nique Larretchard: "Conslderel

uma

paquana

proximo

a IrmS Domi

sampra a Irml Maria-Barnard como

santa. Dasajava ancontrar-me o_ mala

posslval da sua passoa; parto dala,

tla-me "melhor".

san-

TTRANCIS TROCHU, Barnadatta Sou-

blrous. Editorial Aster, Llvrarla Flamboyant, Lls-

boa, Sao Paulo, 1958, p. 386 / Imprimatur: Ernes to, Arcebiso-Bispo da Coimbra).


SecQao II

153.

164. "Que fellcldade fazer oraqao

Junto a ^ santo!" De

uma blografla de Santo Antonio Maria Cla

ret (1807-1870): "E se e verdade que o aeu exterior refletla a humlldade, tambem Irradlavam pelo mundo os dons de

Deus para gloria do Santo.

"OuQamos, a este proposlto, o Pe. Agullana: *Pul ura dla pregar mlssoes com o Pe. Claret.

0 povo era frlo e Indlferente era materla rellglosa. Corao pr^tlca de mlssoes fazlamos os dols uma bora de medltagao pela manha, antes de comeQar o prlmelro ato do culto. 'Sua

presenqa me Infundla recolhlmento.

fellcldade fazer ora^o Junto

^ unr santo 1

Que

Pa-

rece que de seu corpo brotava o calor duma grande devoqao Interior, que contaglava suavemente .

(Pe. JOAO ECHEVERRIA CMP, Santo Antonio Maria Cla-

ret,

Arceblspo e Pundador, Edltora Ave Maria,"Sao

Paulo, 1952, p. 216 / Imprimatur: Paulo. B. Aux., 21-3-195iy: 165.

Estava tao chelo de amor de Deus

que o comunlcava aos outros nas conversas

Nota

a uma edlgao da autoblografla de

Santo

Antonio Maria Claret:

"Pelo

testemunho

de Da. Jacoba de

Balzola,

que o hospedou (a Santo Antonio Maria Claret) em San Sebastian, antes de partlr para o desterro, sabemos qual era o teor de vlda que levou naqueles dlas: 'Nao conhecl pessoa de santldade tao emlnente como o Revmo. Pe. Claret .... Estfi tao chelo

do

amor de Deus, que nd-lo comunlcava atray6s

conversa.

da

Nele resplandeclam todas as vlrtudes em

grau emlnente'". (San ANTONIO MARIA CLARET, Escrltos autoblograflcos ^ esplrltuales. BAG, Madrid, T959, p. 5bl / Imprimatur: Blaslus Budelaccl, Ep. Nlssen, Tuscull, 9-2-1959)• 166. "Parece Nosso Senhorl"

De

uma Introducao A blografla e aos escrltos

de Sao Joao Bosco (I0I5-I888):


15^.

Secgao II "No3

ultlmos

delflcado.

e

ano3 (Sao Joao Bo3co)

parecla

A sua presenga nao 36 Impunha re3pelto

3impatla, como tambein Infundla devogao. 'Parece

No33o Senhor!', dlzlam a3 pe33oa3 ao ve-lo. .... "Um sacerdote turlne3 que o tratava testemunhou nos proce3303, em nome de multaa outras pes3oas, que 'na 3ua flelonomla tranaparecla tao evldente o penearaento da presenga de Deu3 que, olhando-o, pen3ava-3e Inatlntlvamente nae palavrae do

Apoetolo: 'Noatra converaatlo In caella est' (Noasa Intlroldade est§ no ceu)". T^ODOLFO PIERRO SDB, Blografla y Eacrltoa de San Juan Bosco, Introducclon general, BAG, Madrid, 1955, p. 50 / Imprima tur; Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral.,

15^5-1955). 167. Com a aua simples presenga,

o Marques de Gomilias modificava o ambiente da Corte

Conta o eminente canonista espanhol Pe. Eduardo Regatillo no seu livro sobre a vida de Don Claudio Lopez Bru, Marques de Gomilias

(1853-1925):

"Seu

carfiter era dos que atraem e

subjugam,

por aquela majestade provenlente, em parte, de sua

presenga

digna, sem arrogSncia; e mais ainda, por

sua santidade, que Ihe cativava a veneragao

'Era gozava vallo

tal

o prestlgio, bem merecido, de

que

— escreve o inslgne arqueologo Padre Gar— que inclusive na Gorte se impunha apenas

pela sua presenga. QuanHo, convidado pelo rei, ia a alguma celebragao no PalScio do Oriente, sua presenga

bastava p^a que os cortesaos se portas-

sem com maior c^rregao: os senhores evitando Pra ses ou palavras que ami<ide se permltiam enTre~5T; as senhoras apresentavam maior modestia, reduzindo seus decotes'". (Pe. EDUARDO P. REGATILLO SJ, Un

Marques Modelo. Sal Terrae, Santander, pp. lll-lT? / Imprimatur: Josephus, Episcopus Santanderiensis,

1-5-1956). 168. "Parecia-me ser Nosso Senhor que me houvesse falado"

Depoimento de urn Sacerdote Jesulta a respeito


Secgao II

155.

do Padre Joao Baptlsta Reus (1868-19'^7),

falecido

em odor de santldade:

"Ao tla-me

passar Junto dele (do Padre Reus),

sen-

tornado de respelto; parecla-me que da

sua

pessoa dlmanavam efluvlos ^ santldade "Das

conversas

que com ele tive no

quarto,

Jamais me poderei esquecer. .... Batl a porta. 'Entre!' dlsse de dentro.

"Abri, entrel, e deparo com ele sentado a me

sa,

virado

para a porta, rezando o tergo,

olhar

plicido e estStico, era diregao da porta. Sentl um subito

respeitoi

tlve a impressao de que

estava

vendo qualguer coisa. Mas os Santos sabem disfagar como nlnguem. Logo mostrou-se amSvel e quase JocoSO*

••••

"Ainda na mesma palestra, de repente, quase mudando de assunto, diz-me estas palavras: 'E preciso flcar santo. Pega a graga de sen santo!' Parecia-me ser Nosso Senhor que me houvesse falado, tao profunda foi a impressao que estas palavras em

mlra causaram|;. (Pe. LEO KOHLER, SJ, Biografia completa

P. Joao Baptlsta Reus, SJ, Llvrarla Selbach

& Cla.,~Forto Alegre, 1950, volume II, pp. 370-371 / Imprimatur: Mons. Andre Pedro Prank, Vlg, Oer., 26-4-1950). 169. "Eu olhava mals vezes papal que o pregador"

Dos Manuscrltos AutoblogrSflcos de Santa Tereslnha do Menlno Jesus (1873-1897): va

"Eu nao me Inquletava por ser olhada, escutaatentamente os sermoes, dos quals, entretanto,

nao

compreendla grande colsa; o prlmelro que com-

preendl e que me tocou profundamente fol um sermSo sobre

a PalxSo

Eu escutava, com efelto, mas

olhava mals vezes papal do que ^ pregador. sua be-

la flslonomla dlzla-me tantas colsasl..." (Santa TERESA DO MENINO JESUS, Manuscrltos Autoblogr^fl-

C08,

Carmelo do I.C. de Maria e Santa Tereslnha,

Co^la, 2a. ed., pp. 67-68 / Relmprlmatur: Antonlus Maria, Arc. CoadJ., 17—5—1960).


156.

Secgao II

170. "Quanto mals a amava, mals eu amava a Deus"

Depolmento

Processo

da

Irma Marie de la

Trlnite

no

de CanonlzaQao de Santa Teresinha do Me-

nlno Jesus:

"Reclprocamente, a afeigao que eu tinha por ela (Santa Teresinha) era tambem toda sobrenatural. Eu constatava com espanto que quanto mals &

amava, tanto mals eu amava tambem ^ Deus, e_ quando meu cer deu

amor por ela esfrlava, era forcada ^ reconheque estava em mas dlsposlcoes. Umdla ela me uma estampa no verso da qual escrevera esta

frase

de

Nosso Pal Sao Joao da Cruz:

'Quando

o

amor que se tem i crlatura e uma afeigao toda esplrltual e fundada em Deus, a medlda que ela cresce, cresce tambem o amor de Deus em nossa alma'". (Proces de Beatification et Canonisation de Salnte Therese de 1'Enfant-Jesus et de la Salnte~?ace —

II

Pr'o^s Apostollque, ^reslanum, Roma, 1976,

Temoln

-mr.

21:

Marie

de la Trlnite CCD, pp.

il75

e


Ill QUllliggi acQccsQ

S§S§

93 §§9^9§> 53 i5§i3 93

gQnh§sl3lQ§» B39iEsl^3i £§¥9ES3> SSi&u£3E;l^g§ tlgSEgi 171. "Queremos ver o homem de Deus"

Conta uraa vlda de Santo Antao (250-355):

"Santo Antao sempre se conslderava o iSltlmo e mals desterrado dos hoxnens. Ele prestava ouvldos ao conselho de qualquer um e declarava tirar pro-

velto

dos

que eram dados pelas

mals

mlserSveis

pessoas. .•••

"Todo ^ povo acorria para vg-lo e se rejubilava era ouvl-lo; ate os i^gaos. irapressionados com a dignidade de seu carAter, acorriara a^ ele dlzendo: 'Quereraos ver o^ horaem de Deus'. Ele converteu muitos e operou vArios railagres"• (Rev. ALBAN BU TLER,

The Lifes of the Fathers, Martyrs and other

principal Saints,HShrlstian Classics, Westminster, vol. I, p. bl).

172. ^ Roma e ^ outros lugares dlstantes. vlnham llustres personagens para ver Sao~Bento

De urn livro sobre a vlda dos Padres, MArtlres e outros Santos principals da Igreja: "A fama de santldade de SSo Bento atrala para ve-lo os mals llustres" personagens de Romae deoutros Tugares dlstantes. Muitos dos que vlnham, vestldos de pur-


158.

Secgao II

pura,

clntllantes de ouro e pedras preciosas, en-

cantados

pela

adinlrSvel

santidade do

Servo

de

DeuSjj prosternavara-se a aeus pes para Implorar-lhe a

bengao e oragoes; e alguns, imltando o sacrlfl-

clo de Abraao, colocavam sob sua orlentagao os flIhos na mals tenra Idade, a flm de que fossem formados para a perfelta vlrtude desde a Infancla". (Rev. ALBAN BUTLER, The Lives of the Fathers, Martyrs

and

other

principal

Saints,

Christian

classics, Westminster, vol. I, p. 299).

173. ^ para conhecer Sao Benedlto, urn homem fol de Portugal a Itall^ De uma vlda de Sao Benedlto (1526-1589): "Pllnlp o Jovem escreveu que um espanhol, mo-

vldo

pela fama do celebre hlstorlador Tito Llvlo,

velo desde Cadiz ate Roma para ve-lo. Tendo-o vls-

to,

retornou

mals

nada,

ser

preocupar

de

embora houvesse tanta colsa dlgna

a sua pStrla, sem se

de

vista em Roma. Do nosso Benedlto lemos Igual-

mente

que

trar-se

urn portugues, para conhece-lo ^ pros-

a seus pes, abandonou o Tejo e depols re

tornou orgulhoso de ter visto o Servo de Deus £ ^ ter-se entretlBo longa e famULlarmente com ele: tao grande se tornara a fama de santidade do Reli giose mouro, mesmo naquela parte mals ocldental da

Europa;

e tal era o dlvlno empenho era

exalt^i-lo

alnda durante a sua peregrlnagao terrena. Mas o eterno Crlador daquela alma conhecla o quao solldamente ela estava fundada no desprezo das honras terrenas, para temer algum sentlmento vSo. E via produzlr-se nela o fruto contrSrlo, da sempre mals vll conslderagao de si mesmo dlante de Deus e dos

homens".

(GIUSEPPE

CARLETTI ROMANO, Vita dl

S^

Benedetto. Presso Antonio Pulgonl, Roma, lb057 PP* 36-37 T~ Imprimatur: Pr. Thomas Vlncentlus Panl Ord.

Praed.

Sacrl Palatll

Apostollcl

Maglster,

3-8-1805). 17i|, Aglomeravam-se em frente a casa onde se hospedava

De

uma

blografla

(1^12-1^31) "Em Poitiers

de

Santa

Joana

como em outros

d'Arc

lugares


Secgao II

159.

as casas onde se hospedava eram procuradas por vlsltantes da mals alta poslcao; a rua em frente f1-

cava

repleta de homens ^ mulheres devotos ^ zelo-

303.

Multos

querlam que ela tocasse seu3

anels",

abengoaaae 3eu3 lengoa e todos eram movldoa por indubltSvel fe". (ALBERT BIGELOW PAINE, Joan of Arc,

Maid of Prance, The Macmlllan

Company,

New

York, 1925* vol. I, p. 110). 175". Paziam romariaa para venerar uma rellquia viva: o Cura d'Are

Mais uma vez o famoso hagiografo Trochu, sua vlda de Sao Joao Vlanney, o Cura de Ars: "Que

na

urn homem em vida ae.ja vieitado em pere-

grinacao, que as multidoes acudam a venerd-lo como

a uma rellguia, e um fa^ muito raras vezes presenciado. e uma reprodugao do ocorrido com os Pa dres do^deserto, na distante Tebaida. Durante 30 anos, a uma tal

humllde aldeia de Ars foi testemunha maravilha: multidoes, que sem cessar

renovavain.

de se

calam de .loelhos aos pes dum santo. De

1827 a lb59 a igreja nao esteve um momento vazia". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d*Ars. Vozes, Petropolls, 2a. ed., I960, p. 225 / Imprimatur: Luis Pilipe de Nadal, Blspo de Uruguaiana, 29-b-1959).



Q iDtualasmg gsla &s§sq§ dga sgn^ga exclgdg sm aglamaggsa § §6liy§Q§ i CisilifiQSi ii ScinaCgrai §3

il¥§£§S9>

cgm cgnce-cgcgea §

^i§cutag

lugis juQtg a slea

176. A multldao acorrla para escutar Sao Joao Crlsostomo, aclamava-o

£ aplaudla louca de entuslasmo Relata a Enclclopedla Unlversal-ESPASA: "Sao

de

Joao Crlsostomo .... trata os

assuntoa

raanelra Inesperada, e se dlrlge ao flm por

modo que

nlnguem podia suspeltar, mas o faz

um

com

llberdade e destreza, como se fosse o iSnlco camlnho para chegar ao termo que se propoe. Nao e de estranhar que a multld3o acorresse para recolher suas palavras como as abelhas num campo semeado de flores; nem que o santo tlvesse muitas vezes que se

esforqar para conter os aplausos dos ouvlntes.

Aquele que qulser saber quantos eloglos se flzeram da arrebatadora eloqiiencla de Crlsostomo, leia os testemunhos dos Padres, dos Concllios e dos Doutores estampados nas edigoes de suas obras

"Durante

doze anos, entre 386 e 398, exerceu

o^presbltero JoSo (Sao Jo3o Crls6stomo) seu minlsterio de pregagao em Antioqula. Em 27 de setembro de 397 morreu NectArio, patriarca de Constantinopla, e, por proposta do Imperador ArcSdlo, do Clero 'e. do povo, fol elelto Crlsostomo como sucessor.

Mas para tlrA-lo de Antioqula sem produzlr alvorogo no povo, fol preclso recorrer a um estratagema.


162.

SecQao II

Longo e complicado fol o trabalho de Sao Joao Crlsostomo

em Constantlnopla, pregando contra os ex—

cessos dos grandes e em geral, contra todas as desordens tao freqiientes naquela corte mole e efemlnada. Para este flm, pregava Incessantemente, e o numero de ouvlntes era tao grande, que segundo testemunho de Sozomeno, viu—se obrlgado a faze—lo

no melo da Igreja, na trlbuna destlnada aos lelto— res, para que o ouvisse melhor aquela multldao que acorrla a escuta—lo, ^ aclamava, e o_ aplaudla lou— ca de entuslasmo"• (Enclclopedla iJnlversal Ilus-

trada Espasa—Calpe, tomo 2o, 2a. parte, verbete Juan Crlsostomo, San).

177. A multldao se precipita

sobre o orador:

era precise uma guarda

de .1ovens robustos para protege-lo

De

uma

biografia de Santo Antonio de

PSdua

(1195-1231):

"A planta ressecada pelos ardores do sol espera, para erguer-se sobre sua haste, o orvalho da

manhi. Mais viva e a impacieifcia com a qual os paduenses

desejam

o retorno da aurora e a bora

da

conferencia anunciada. Desde & meia-noite, pSem-se a caminho. Os cavaleiros e as grandes damas sao

precedldos de tochas, e se comprimem em torno . do pillpito improvisado; multidoes de povo cobrem ^ planlcie; o Bispo, a frente de seu clero, preside todos OS exerclcios. Contam-se ate trinta mil pes-

soas

no auditdrio. Santo Antonio aparece, o olhar

modesto, o coragSo transbordante de amor. Antes que tenha aberto a boca, todos os olhares estSo fixos nele. Enquanto fala, 6 audit6rio permanece suspense a seus lAbios, em meio a um silencio e a

um recolhimento que se acreditaria imposslveis. Terminado ^ sermSo. o entuslasmo explode; e_ uma ebriedade

que nao~sabe se conter; sao solucos

ou

brados de alegria. segundo os sentimentos que animam

os coragoes. A inultidSo se precipita sobre

orador. Querem contemplA-lo de perto, beljar a fran.la de sua ttSnica ou seu cruclfixo; chegam B.te

&

cortar sua roupa. para dela levar um pedago,

tltulo torno

a

de reliquia e de lembranga. jE precise, em dele.

uma guarda de .1 ovens robustos,

para


Secgao II

I63.

protege-lo e Impedi-lo de ser esmagado pela multidao". (Rev. Pe. LEOPOLDE DE CHERANCE, Saint Antoi-

ne ^ Padoue, Librairie Ch. Poussielgue, 1^95, Chapitre XVI, pp. 109-110).

Paris,

178. Para nao ser esmagado, andava no meio de pranchoes sustentados per homens possantes

Conta sobre Sao Vicente Ferrer (1350-1^19), urn livro da vida de Sao Bernardino de Sena, seu contemporSneo:

"Ao

chegar (Sao Vicente Ferrer) perto de uma

cidade, seus penitentes formavam proclssao, ^ populagao vinha ^ seu encontro. ^ todos porfiavam em se

Ihe

aproximar, em toc^lo; seus

breve se que dele

vestidos

estracalhavam as maos de todos queriam levar alguma rellquia;

necessario

em

aqueles era-lhe

manter as maos cruz-adas na cabega para

subtral-las as pessoas que as queriam beijar; e gomente eyitava de ser esmagado. atfdando no meio de

pranchoes sustentados por homens possantes. Em

^rlas cldades, enquanto durava sua pregagao, os negocios paravam, as lojas fechavam, as audiencias

dos proprlos tribunals eram suspensas". (PAULO THUREAU-DANQIN, Sao Bernardino- de Sena, Vozes, Pe-

tropolls, 1937> p. 3^ / Com aprovagao eclesiistica, 23-6-1937). 179. Receberam Santa Joana d'Arc com tanta alegria como se estivessem

vendo~Deus descer entre eTFs

De uma (li|12-lil31):

biografia

de

Santa

Joana

d'Arc

"Em outro lugar ela (Santa Joana d'Arc) fol receblda por outros soldados, cidadaos e autorida-

des chas

de Orleans que portavam grande numero de e

sentiam tal ^egria como se estivessem

ver Deus descendo entre eles. ....

toa ""

"Sentlram-se, porem, intelramente reconfortados

e como que llvres do cerco pe-la virtude divl—

na, a qual Ihes tinha sido dito estar na donzela,

simples

a quem homens, mulheres e criangas olha-


iB*!.

Secgao II

vam multo afetuosamente. E houve entao utna maravl-

Ihosa premencl^ para tocar nela ou no cavalo em que vlnha"« (TfLBtRT BIGELOW PAINE, Joan of Arc, Maid

of Prance, The Macmillan Company, New

York,

1925, vol. I, p. 1^192).

180. Por todos 03 lugares onde la, o povo se comprlmla em torno dele para o ver, o tocar e receber a sua benqao

De uma vlda de Sao Lourengo de Brindlsl, nascldo na ItSlla (1559-1629)» Mlnlstro Geral dos Ca-

puchlnhos, Doutor da Igreja: "Como

para o consolar de tantos aborreclmen-

tos, as populagoes da Llgurla nao cessaram de cer-

car

nosso santo (Sao Lourengo de Brlndlsl) de uma

estlma

e de uma devogao lllmltadas. Por todos

lugares

torno

onde

ele la,

o povo se

comprlmla

os em

dele para o_ ver, o^ tocar ^ receber sua ben••••

"Se a presenga de Lourengo em Mllao era extremamente agradSvel a dora Pedro, e utll aos fins

da paz, ela nao fol igualmente agradSvel para seus confrades, a queraela tlrou toda tranqullldade._0 tropel e o fervllhar da multldao em torno do convento foram tals, que se tornaram absolutamente Insuportfivels. Nao havla nenhum canto onde fosse posslvel p6r-se ao abrlgo e estar urn pouco tranqiillo. Claustro, Jardlm, Igreja, praga e ruas vlzlnhas. tudo regurgltava de gente; os nobres rlva-

llzayam

nlsso com as pessoas do povo. Era urn ver-

dadelro desastre.

"Em certo momento, os rellglosos nao encontraram melhor expedients para se salvar do que afastar o Santo de Mllao, e o envlar para o con-

vento de Melzo. Mas, como depols de poucos dlas o governador o fez chamar novamente a Mllao, eles termlnaram

que

o

por Inslstlr Junto ao governador

delxasse Ir para Veneza". (Pe.

CARMIGNANO

OFM

Postulatlon

Rome,

1959,

Cap., Saint Laurent

de

ARTHUR

para

DE

Brlndes,

Generals des Preres Mlneurs Gapuclns,

pp. 109, 113 e 11^ / Imprimatur:

Gottafdl, p. Vic. Gen. l-'l-1959)*

A.


Secgao II

I65.

181. "Era um espet^culo de

edlflcaqao £ devocao ver todos correrem para Ir ver o Santo"

Da vlda de Sao Paulo da Cruz (l69'J-1775): "Nao foram somente os seus rellgiosos que derain provaa de estlma e veneraqao ao Servo de Deus;

senao

tambem ^ cldadea e_

passava,

povoacoes por

onde

se levantaram para trlbutar-lhe honras e

obsequloa

extraordln^rloa. Deua, Noaao Senhor.7

qula que Ifi Juatamente onde o aeu Servo fora, como contamos, tratado de Impoator, hlpocrlta, e perturbador doa povoa, foaae peloa povoa e por to-

da claaae de pessoas aclamado ^ venerado como santo. N5o podemos descrever tudo minucloaamente; dlremoa apenaa que ^ eatradaa publlcaa daa cldadea e aldelaa ^ ate doa campoa ae vlam ^ todo o per^ curao repletaa de gente deaejoaa de ver £ venerar ao Servo de Deua. Em Ceprano ^ Froalnone fol preclao mandar vlr aoldadoa para conter ^ multldao, que nao fazendo caao de colaa"alguma, la era aeu aegulmento ate no interior daa caaaa doa benfeito-

rea. do

deae.joao cada um de levar conaigo urn

pedac^o

aeu manto; e Iho coFitavam de tal modo, que nao

podis^ raais uaar dele; pelo que o Santo era obrlgado a tomar o do seu corapanheiro, erabora tarabera eate outro manto tiveaae parte a raeama aorte do primeiro* ••••

"A

indiacriqSo

de alguna foi tao longe

que

chegaram ^ cortar-lhe ate oa cabeloa. "Um aaaalto ainda maia forte teve de agiientar a aua humildade, quando de volta do Monte Argenta-

ro,

donde aalra no dia 5 de maio, chegando a Mon-

talto aobre um carro, que Ihe procurara a caridade

doa aeua diaclpuloa, Ihe aaiu ao encontro quaae todo o povo daquela localidade; ^ era ura eapetAcu-

lo^ de edificacao e devocSo ver todoa correrem ^ convI?arem-ae reciprocamente para irem ver ^ San to. Nao queremoa repetir aqui que enorrae era a multidSo, e que. todoa ae empurravara una aoa outroa

^ fim de ae chegarem ao SeWo de Deua. de Ihe tomarem

benqSoV e de Ihe tirarera por raeio de ura

piedoao

maia

furto

comovla,

largando

alguin pedaqo do aeu hAbito. 0

era ver como oa

pr6prioa

que

doentea

a cama ou a caaa, e arraatando-ae de per

ai, ou aendo levadoa peloa outroa, ae apreaentavara


166.

Secgao II

ao Santo para receber a sua benQao, com a esperanQa de ficarem curados e como as maes no melo da multldao suspendlam os seus fllhlnhos nos bragos,

pedindo

em

voz alta abengoasse aquelas

crlangas

Inocentes. Todo absorto era si mesmo, e hurailhado era presenga de Sua Divina Majestade, o Servo de Deus sentia muito aquilo, e dizla ao cochelro que fosse adiante; raas era Inutll, porque atestou quera

estava prqsente; 'fol tanta a importuna devogao do povo, que _a forca chegarara ^ deter o_ carro os

cavalos, ^^ raaes desprezando todo o perigo seu e das crianqas. colocavara-se entre as rodas £ os ca valos, para fazer com que seus fllhlnhos tocassein de ura raodo qualquer ao Servo de Deus; fol ura ver-

dadelro

mllagre que nao acontecesse colsa alguma.

Depols

de atravessar aquela reglao, conforrae

fol

posslvel, Paulo desabafou o seu bera afllto coragao, desfazendo-se era pranto e repetlndo serapre

estas

palavras: A1 pobre de mlm! pobre de mlml

preclso

que eu me feche debalxo de chave,

E

porque

estou enganando ao mundo. Eu nao tenh6» e verda'de,

tal se

pesslraa Intengao de enganfi-lo; mas ele e engana,

Julgandp que eu seja aquele

que

que nao

sou". (Pe. PIO DO NOME DE MARIA, Vlda de Sao Paulo

da

Cruz, Imprensa Pontlflcla do Instltuto Plo IX,

Roraa7^'91^, PP. 122, 126 e 127 / Imprimatur: Pr. Albertus Lepldl OP, S.P.A. Maglster). 182. Rodeado pela raultldSo, nao podia avangar senao protegldo por tres senhores de boa vontade

Da vlda de Sao Joao Vlanney (1786-1859), pelo Conego Trochu:

"As doze e mela, quando o P. Vlanney sala da casa paroqulal era novaraente rodeado pela raultldSo que o_ esperava. Nao podia descer & escadarla da Igreja, nera atravessar & praga ^ nera andar pelas ruas senao raulto devagar e protegldo por dols ou_ tres senhores de boa vontade, os seus 'guarda-cor-

pos'. 'Iain adlante com os bragos estendldos para evltar que o Santo fosse vltlraa de veneragao Indlscreta' (Carta de Mons. Jasper a Mons. Convert,

A

de Janeiro de I9IA). Apesar dlsso, enquanto Ihe

beljavara ^ roupa, cortavara-lhe pedaclnhos da batlna ou ^ sobrepellz, e floa de cabelo (P. Beau, "Frocesso OrdlnSrlo, p. 1220), chegando a audScla ^


SecgSo II ponto

167.

de Ihe arrebatarem o brevl&rio. se bem

que

para devol^-lo logo depols de terem tlrado algum 'santlnho• (Madalena Handy Sclplot, Proceaso apos-

t611co Tn genere, p. 273). Uma ou outra vez, porem, nSo o devolveram Intacto. 0 P_. Vianney auportava eaaea latroclnloa da multldap aem a^ quelxar.

JT^eatava habltuado a tala Indlacrf^ea. Nao raro aconteciam engraqadoa equlvocoa. « 0 empenho doa flela para ae

apoderarem

doa objetoa pertencentea ao aervo de Deua — conta o P. Dufour, encarregado v&rlaa vezea de raanter a ordem — deu lugar duaa vezea a que, Julgando tratarem

com o Sr. Cura, me deapojaaaem a mlm raeamo.

Certo dla arrebataram-me o brevlfirlo, o qual me envlaram depola pelo correlo de Saint—Etienne• Queixei-me diaao ao P. Vianney. Reapondeu-me aorrindo: '0 meamo me aucedeu muitaa vezea*. Outra

vez

cortaram

noite

e

(Proceaao FRANCIS

um pedago de rainha batina. Era

a eacuridSo" favoreceu o honroao

de

engano'

apoat6lico in genere, p. 362)". (Conego

TROCHU, 0 Cura d'Ara. Vozea,

Petropolia,

2a. ed., I960, p. 2a1 / Imprimatur: Luia Pilipe de Nadal, Biapo de Uruguaiana, 29-b-1959). 183. Naa Can^riaa todoa queriam eatar

perto do Padre Claret e foi neceaa&rio proteg^lo por um quadro de madeira De

uma

vida de Santo Antonio

Maria

Claret

(1807-1870), por Dom Geraldo Pernandea CMP, falecido Arcebiapo de Londrina:

"Quem a

percorre ainda hoje, um aeculo depoia,

Ilha da 'Gran CanSria', ouve narrar os diveraoa

epiaodioa daquelea dois anoa de miasoes, guardando cada povoagao a lembranga de algum railagre operado pelo 'Padrezinho', como o chamavam. "Era tanta a gente que em torno dele se comprimia que foi necessario fazer-se um quadro de

madeira seKurado por quatro homens "para defender o^ •Padrezinho', que corria risco ^ ser sufocado pe-

lo povo, pois todos queriam estar perto dele". rObm GERALDO PERNANDES CMP, Vida de Santo Antonio Maria Claret, Ave Maria, Sao PauTo" pp.


168.

SecQao II

Jv^v" ■. ''■

*4.'"

y

^

Nas Canarias, as multiddes cercam Santo Antonio Maria Claret, sendo necessario conduzi-lo dentro de um quadrado de madeira. (HustroQao e legenda da Vida de Santo Antonio Maria Claret, v.ficha 183)


Secgao II

I69.

184. Querem toc^-lo como a Crlsto ou ao menos ter alp^o que

tenha recebldo £ seu contato De

uma

blografia

de

Sao

Joao

Bosco

(1815-1888): ga,

"As vlagens de Dom Bosco na ItSlla, na Pranna Espanha, sao bem conhecldas: sSo triunfos;

alguns solldos agentes pollclals devem cercar con-

tlnuamente Pom Bosco quando ele camlnha. para que possa avangar; centenas de crlaturas humanas, recolhidas e ardentes, esperam paclentemente por bo ras e boras, deslocam seu grande corpo de multldao

sem

que baja necessidade de pollclals ou de guar-

das a cavalo... Elas sao tao bem comportadas como em Lourdes, como sabe ser uma multldao quando nao

eatSi em colera, e quando espera, sob qualquer tem po, no melo de todos os Incomodos, a dlstrlbulgao de uma colsa de prlmelra necessidade que n3o se d& senao

por um unlco gulcbe. Querem toc5-lo, como a

Crlsto: ao menos, que ele toque este tergo, este escapul^rlol e por clma do rude clrculo dos ombros dos agentes pollclals, ele e flagelado por tergos e escapulSrlos dos necessltaHbs de gragas que, pe-

lo menos, querem possulr uma mat^la que tenha recebldo £ seu contato". (PIERRE GRASj La TTdele Hlstolre de Saint JeTn Bosco, Editions Spes, Parls, 19^6, P« 300 / Imprimatur: Lud. Audlbert, vie. gen., 17-6-1936). 185. Entuslasmo fervoroso dos franceses em torno de Dom Bosco

Sobre a mesma vlagem de Sao Joao Franga, conta outro blografo:

Bosco

k

"Desde a partlda, podla-se prever o sucesso. 0 pobre vagSo de tercelra classe suscltava uma atengao extrema; n6s dlrlamos roals exatamente: um tocante fervor. ^ ferrovlSrlos Itallanos acorrlam

em

multldSq

para ve-lo passar. Nas estagbes, as

^ataformas se encblam de especta^res e de'devo^ tos. Seus ac^ltos puderam sentir entao~"qual era agora a atragSo unfinlme do povo, "Dom Bosco passou o mes de feverelro em Nice.

Depols

comegou a sublda, sempre por etapas, e

no


j^yo.

Secgao II

melo de uma afluencla que la num crescendo, ^ uma exaltacao que se ampllfIcava, que se revelava sempre mais.

Triunfo em Lyon; entusiasmo dellrante em Paris "Em Avinhao, foi preciso organizar um servlQO

para manter ^ ordem onde

Triunfo tambera em Llao,

Dom Boscq foi obrigado a dar sua bencao para

fora, como os Reis que aparecem no balcao ante

a

expectativa das multidoes, as suas ovaqoes. •t••

"Dom Bosco acabou por chegar a Paris no dia

19 de abril Ate esse moraento pouco connecido na Pranqa, onde a excelencia de suas virtudes parecia nao existlr senao para uma elite restrlta, Dom Bosco conheceu ^ H!!l 5^ Sl Y^£§:> SL transbordamento do povo ^ suscitou entusiasmo delirante — este e o tenno exato» As cartas Ja hftyiam invadldo o Hotel; o Conde de Gombaud as ar— mazenava em seu escritorio pessoal, onde formavam

um

raonte. Depois das cartas veio a multldao. Os

assaltos das estaqoes estavam ultrapassados• "Nunca se viu tanta gente em torno ^ um Padre, desde a viriga do Papa Fio VTl""

"No segundo domlclllo do Santo, na Rua de la Ville I'Eveque, na casa das Senhorltas de

lhac, irmSs muito em voga na Sociedade, o assalto foi mais vivo ainda.

"Era o capricho parisiense, esta vez Justlficado, bem exatamente essa especle de frenesi que torna

todas essas pessoas tao delicadas, como que

fascinadas, como tendo perdido todo senso critico. A excitagao geral foi ainda espicaqada pelos noticiSrios da imprensa, pelos repetidos artlgos, se freneticos; por uma nomeada de prodlgios, de

milagres quase incessantes; pelo contraste entre

esse velho alquebrado e a atividade que Ihe era atribulda, que Ihe era reconheclda, e da qual falavam os parisienses de todas as classes. Uma veIha

senhora

dizia: 'Nunca houve tanta

gente

em

torno ^ um Padre, desde a vinda de Fio VII, no tempo de Napoleao I'• Seis secretfirios nao davam conta da correspondencia

"0 Santo utilizava ^ princlpio dois secret^-


Secgao II rlos;

de

171.

em segulda, sels nao consegulram dar

verlflcar

cartas.

conta

_a correspondencla ^ classlflcar

as

Foram levados sacos Intelros delas para a

Itilla. "Dom

Bosco comegava suas recepgoes a

das

sels

horas da manha, e nos nao estamos

nos

tempos

duas

partir mais

heroicos das visitas na alvorada.

As

horas da tarde, quando ele retomava suas au-

diencias,

recebla as vezes pessoas que o aguarda-

V2im desde a manha.

"Senhoras

era

da alta Sociedade transformavam-se

portelras para canallsar o flu^

ininterrupto

HHs recem-chegados, os quais, na maioria, nao puderam senao entrever o Santo e receber sua benQSIO• ••••

"For

tSltlmo. nao se admitia mais do que

uma

fiia em marcha. sera se deter^ ou quase. Nao se autorizava

mente,

dizer ao Santo senao uma frase, uma

so—

e todos a meditavaro e a elaboravam, de tal

forma, que a raaloria apenas balbuclava Gente sentada no coro.e ate nos

degraus do altar para ouvlr Dom Bosco

"0 sermao pregado na igreja de la Madeleine ordera do Cardeal Guibert, teve um sucesso sem

por

precedentes nos anais da igreja afluencia era tal que se havia duplicado o_ numero das confortAveis

rios

cadeiras francesas; todos os genuflexo-

tinham sido virados, para duplicar as filei-

ras. Havia gente sentada no coro e ate mesmo sob^ OS degraus go altar. A igreja de Ta Madeleine, tao protocolar, — dir-se-ia tao pharisienne (sem intengao perfida) — tinha perdido toda sua altivez. Para chegar ao pulpito foi preciso apelar para uma guarda vigorosa

"Para sou

apelar

beijavam

chegar ate o^ pulpito, Dom Bosco precipara uma guarda vigorosa.

as maos,

Todos

Ihe

o que nao o admirava, uma

vez

que na ItAlia e urn gesto familiar de devogao; mas, em Paris! Mesmo os homensi ....

le

"As viaturas de luxo atravancavam a Rua Royae a parte baixa da aleuneda Malesherbes, mas na

igreja encontrava-se a mais heteroclita mistura de


172,

Secgao II

pobreza e opulencla, de nobreza e de plebe. Uin nii-

mero

singular de trajes de operSTlo. Os agouguel-

ros de La Vlllette formavam um grupo; era presenga da mare final, a Marquesa de Caulalncourt, chegou a pensar em recorrer aos grossos bragos deles para Ilvrar

5anto

Mela hora para chegar a sacrlstla...

e a yelha batlna flcou pelo caralnho, retalhada era rellqulas

"AllSs, alguns dlas mals tarde, Dora Bosco quase inorreu na Igreja de Sao Sulplclo. Levou qraa hora para retornar a Sacrlstla. passo ^ passo. sob o

em

assedlo. Madame de Caulalncourt terla felto bem

trazer

portelros,

seus capangasi Tudo fol erapurrado;

os

os VlgSrlos, os Coriegos, os guardas...

A querida batlna velha pereceu. rasgada. esquarteJada, arrancada era rellqulas sera nuraerol Havlam

sldo levados a Domn^osco doentes, que grltavam. "Ouvl

vfirlos relatos de testemunhas oculares

concernentes

ao entuslasroo desencadeado em Paris.

Depols de melo seculo, eles estavam alnda espantados, como que Inquletos... lamentando-se, talvez, de nao terero sldo bastante loucos.

Um santo que desconcertava e depols entuslasmava

"0^ entuslasmo geral de todas as classes era o que surpreendla raals. Alem do que, dlr-se-la que o

Santo se prodlgallzava e procurava satlsfazer a todos, como que senslblllzado por uma acolhlda que o emoclonou tao fortemente, que ele teve que reconhecer nao ter Jamals encontrado algo de seraelhan-

te, mesmo na Itllla, onde as pessoas entretanto se agltara. Ele conqulstou o coracao e a Iraa^lnacao dbs parlslenses por uma mlstura extraordlnarla ^ grandeza e ^ slmpllcldade, de gravldade ^ ^ alegrla• Ele desconcertava; depols ele entuslasmava".

(LA VAREJNI5E^ Don Bosco, Artheme 1961, pp. 176 sTYEl).

Payard,

Paris.

186. Saltavam por clma das cadelras

ou ^ derrubavam para ve-lo e para chegar-lhe bem pertlnho Alnda sobre a entuslAstlca acolhlda dos fran-

ceses

a

Dom

Bosco, e tambem

sobre

sua

vlagera


Secgao II

173.

trlunfal a Espanha, le-se num llvro traduzldo pelo Arceblspo de Belo Horlzonte, D. Joao Rezende Cos ta:

todo

"Partlu de Turim no dla 31 de Janeiro. Passou o mes de fevereiro era Nice para recuperar

forgas era vista das grandes fadigas que o aguardavam. Prosseguiu depois por Toulon, Marselha e Avinhao,

atraindo em toda a parte

does

que

uma

enorraes

benqao. Doentes do corpo ou da alraa,

vara-se

seus

raulti-

Ihe iara pedir uraa oragao, ura' conselho, apinha-

ao redor do hurailde anciao, aguardando

de

iSbios a palavra que renova e de suas maos o

gesto que cura. *Sao as raesraas cenas que se viara era Ars: parecia-rae ate~estar IS', dizia ao ver o entusiasrao

grafo

do

abril,

popular o Padre Monnin, priraeiro

Santo

Cura. Em Avinhao, no

bio-

dia

2 de

na hora da partida do trem, o povo se api-

nhava

de tal raaneira que os viajantes nao

conse-

guiara

entrar nos seus corapartiraentos. 'Ura

verda-

deiro diluviol EstS vendo, Dora BoscoJ' observou o secretSrio Padre Baruel. 'Mais ura motivo para fugirmos logo*, retrucou alegre e espirituoso o san-

to horaera! E prosseguirara a viagem ate Liao

"E a Missa dos pecadores ^ vai ser celebrada por ura santo"

"Bern poucas vezes uraa bengSo chegou a ter tanta eficScia corao essa. No dia 28 de abril, sS-

bado, antes de visitar qualquer outro santuSrio de Paris, Dora Bosco fez questao de ir rezar a Virgera tao querida do coraqao da grande cidade, no seu templo preferido, Nossa Senhora das Vitorias. Ce— lebrou a missa no altar da conversao dos pecadores.

"E muito turba

raas

essa

Arquiconfraria

missa de sSbado,

JS

pela

habitualmente

concorrida, atraiu nessa raanha uraa imensa de povo. Estava marcada para as nove horas,

as"T,30 JS a igreja estava cheia. Alguera

es-

tranhou ao ver tanta gente e perguntou o motivo disso. '0 senhor corapreende — explicou uma boa

raulher

do

povo — e a raissa dos pecadores e_ vai

ser celebrada por ura Santo'. ....

•*As raesraas cenas ^ entusiasrao, de devocao ^

dT"generosidade... era ura delirio" "Tres

dias depois, a 2 de maio, renovarara-se


17M.

Secgao II

as mesmas cenas de entu3lasino» de devogao e_ ^ generosldade, em ~5ao Sulplclo, onde Dom Bosco fol celebrar a mlssa das nove. Desde as 8 hs., a nave

central

gente, por

e as laterals estavam

repletas

de

de modo que nao era mals posslvel circular

elas. Dom Bosco chegou com atraso de uma hora

e um quarto, porque, havendo saldo da Alameda Mes sina as 7,30, teve, entretanto, de se delxar levar a cabecelra de v£rlos doentes. Depols do evangelho

da mlssa, voltou-se para aquele Imenso audltorlo, e Ihes dlsse multo slmplesmente que obras erara essas para as quals pedla o obulo da carldade. A comunhao dlstrlbulda por ele mesmo, durou mals de mela hora. A volta para a sacrlstla fol algo de

Inconceblvel. 0 clero tlnha prevlsto o aperto ^e

quatro se

eclesl^stlcos alem do sulgo ^^ sacrlstao

encarregaram

de acompanh£-lo e ^ protege-lo

contra o pledoso assalto do publlco. Pols bem, fo-

ram

Bomlnados,rodeadoa ^ envolvldos pelas

vagas

humanas que se vlnham quebrar Inlnterruptamente Junto ao hurallde anclSo. Pazlam questao que ele

tocasse

tercos e_ Imagens, pedlam-lhe e Ihe torna-

vara a pedlr a bengao, cortavam-lhe pedagos da sur-

rada batlna para conseryarero como reliqulA, saltapor

clma das cadelras ou as derrubavam

para

ve-lo e para chegar-lhe bem pertlnho. Era um dell-

rlo.

Plnalmente,

consegulu

perto das onze e um

quarto,

chegar i porta da sacrlstla, que se fe-

chou logo depols de ele ter passado. Mas o povo, ansloso por Ihe apresentar seus doentes, assedlou Iriexoravelmente os pesados portals, ate que se soube que Dom Bosco tlnha Ido para a casa paro-

qulal.

Entao a onda humana se preclpltou para

li

volumosamente.

"Em cada dla, em cada Igreja, o mesmo entuslasmo

"Foderlamos segulr Dom Bosco por v&rlos dlas alnda e nas vSrlas Igrejas de Paris, e asslstlrlamos

a

Igreja.

cenas

semelhantes em cada dla e

em

cada

Coleglos, conventos, obras rellglosas

de

varlas categories, dlsputaram a prlmazla das vlsltas de Dom Bosco e ele procurou satlsfazer a todos, despertando por toda a parte o mesmo santo

entuslasmo

e a mesma generosa manlfestagao de ca

rldade para com suas obras


Secgao II

175-

"Acesslvel a todas as maos que o querlam tocar"

"Quando pelas sete horas Dom Bosco quls retlrar-se para Ir a um encontro marcado no ponto

oposto da cldade, nao se sabla corao fazer para le-

vi-lo ate a carruagera que b esperava. Pols homens robustos, ^ puseram a^ seu lado e_ inn tercelrb^ ^ adlante rompendq a multldao. Sempre sorrlndo, sem-

pre abenQoando, acesslvel a todas ag inSos que queriam toc5-lo ou entregar'^he uma esmola, chegou finalmente

Mas

a carruagera aberta que o devia

levar.

para consegulr por o animal era raovimento

foi

outro probleraa: £ pbvo agarrava-se ao veiculo, ^ £ pobre

cavalo

Afinal

nos,

pateava incapaz de sair

do

lugar.

rauito lentaraente, a poder de bragos

huraa-

conseguirara fazer rolar as rodas £ £ carrua

gera partiu« ....

"Munlara-se de tesouras £ cortavara-lhe a batina para fazer rellquias ■^Tarabem em Lille, e talvez ra ais que em outras

partes, £ raultidSo dos catolicos alvorocava-se pa ra

aproxiraar-se dele. Nas igrejas sublam nas

deiras, Q

ca-

e nao se ouvia senao este grito: 0 Santo I

Santo! Os mals entusiastas, rauniara-se de tesou-

raa. e quanBo ele passava, cortavara-lhepeBacos da

batina para fazer t^liquias. Sera perder a calraa, Dora Bosqo suspirava e dizia em tora resignado: ♦Afinal, estou mesrao vendo que nem todos os loucos estao em Cherenton* (lugar perto de Paris havia ura celebre asilo de alienados). ••••

onde

Era Barcelona, recepcSo digna de um Rei

ris.

"A

distAncia de tres anos de triunfo de

Pa

fez-lhe a Capital da Catalunha (JEspanha) uma

recepcao realraente triunFal. Ura rei nao teria sido recebido com malor aolenldade. Na eatagao princi-

pal estavara a sua espera as primeiras autoridades religiosas, civis e rallitares. Na praga da estagSo havia -lo

quarenta landos ^ sua disposicao para levASl Casa Salesiana de SarriA. A raultidgo que se

apinhava para ve-lo. aclaraA-lo e receber sua bencao. era tao grande que do trera ^ carruagera o cortejo durou uma hora! "E

durante

Barcelona,

toda a perraanencia do

Santo

era

as deraonstragSes de entusiasrao nao ar-


176.

Secgao II

refeceram. 0 numero de vlsltantes que todos os dlas se dlrlglam da cldade para o coleglo saleslano, sltuado num dos arrabaldes mals proxlmos, la crescendo de dla para dla. Todas as classes se confundlam na multldao de admlradores

"Nessa

fundldas

multldao de admlradores estavam

todas as classes da socledade;

con-

senhoras

da

mals alta nobreza ^ membros emlnentes de um ^

de

outro clero, operlirlos e grandes

Industrials,

Jornallstas ^ gente humllde do povo. Na casa saleslana de Sarrla, Ja nao havla mals lugar para acoIhe-los; e as pessoas tlnham que esperar paclentemente, sentadas a belra do camlnho, aguardando o

pr6prlo Pom ou

turno.

A afluencla chegou a sen tal

Bosco teve que receber em grupos de

que

quarenta

clnquenta pessoas por vez. Dava a cada um

uma

medalhlnha de Nossa Senhora Auxllladora, e no flm dava a bengao a todos. "Nos

ultlmos dlas teve que recorrer a

melos

mals expedites alnda: assomava de quando em quando a sacada e abengoava a multldao que se la renovando sucesslvamente.

Para ver passar Pom Bosco, aplnhavam-se nas Janelas, nos telhados, nas Arvores, nos lamploes de gAs... "Quando

entre uma e outra dessas

IntermlnA-

vels audlenclas Pom Bosco descla A cldade para vlsltar

08 principals benfeltores de suas obras,

a

populagao de Barcelona para Ve-lo passar aplnhava-se nao so nas Janelas, mas ate nos telhados, nos

muros, nas firvores, nos lamploes de gAs. A pequena estrada de ferro Barcelona-SarrlA teve que du-

pllcar o nlSmero de trens e fol necessArlo por duas locomotlvas a puxar os carros superlotados

rar

"Nao nos e posslvel dlfundlr-nos multo a naras multlplas cenas de devogao popular de que

fol

testemunha a cldade de Barcelona durante toda

a perraanencla de Pom Bosco dentro de seus niuros. Era a repetlgao dos trlunfos de Paris, com algo 'de

mals vlbrante alnda: o ardorTnflamado da Espanha e todo o fervor catollco dessa nobre nagao fundlam-se

numa aclamagSo IntermlnAvel". (A. AUPPRAY


Secgao II

177.

SS,

Dom Bosco, Escolas ProfIssionals

Sao

Paulo, 19^7, pp. 433, 442 a 446, 452 e 453

Saleslanas.

/

Imprimatur: Mons. M. Melreles Prelre, Vlg. G.).

187. Num abrir e fechar de olhos o convento e "assaltado":

querem ver Bernadette

Sobre Santa Bernadette Soubirous (1844-1879), escreve o Conego Trochu: "Era Pau, envergando o gracioso traje plrenalco, foi reconhecida por um tranaeunte no momento era que com a raadre Alexandrine entrava no conven

to. Num abrir ^ fechar de olhoa. convento 'foi assaltado por uma multidao de pessoas... Teve que

se m3es

recorrer

a policia. 0 pStlo estava

cheio

de

que queriara que Bernadette tocasse nos 'seus

filhos. Com o auxilio de agentes, conseguiu-se por um pouco de ordera neste ajuntaraento, e Bernadette passou por elas, tocando nas criangas... Para sa-

tisfazer as Irmas de Oloron, Bernadette teve partir de Pau e dirigir-se para al' (segundo

de as

notas da irmS Vlctorlne)

Que linda santal

"Os

passar.

Jeanne

habitantes

No

seu

de Lourdes

apontavam-na

traje de filha de

Maria,

Vedere que viera de Momeres 3 festa,

'era

tao

bela

veu

e aquele vestido branco que faziam lembrar

estAtua

como um anjo'. Adrairavara-na sob

ao

conta aquele

a

da gruta. *Ohl Que linda santal Que linda

virgemi... Como ela estS feliz1', exclaraavam vozes

na multldSol (Bernadette et Jeanne Vedere, p. 75)* Mas Bernadette nao as ouvia. Por vSrlas vezes, os assistentes, deixando os seus lugares, a rodearara.

'Quase

que

freiras

ja sufocaram, cortaram-lhe o_ veu.

As

conseguirara defende-la, sera o que as suas

vestes seriam arrebatadas. Escondeu-se no meio das

companheiras' e — n3o tendo outras palavras para exprimir em francos a sua estupefag3o ao ver-se

apontada

em publico de um modo t3o indiscrete, —

dizia: 'Como a3o tolosl' (Madre Bordenave, Pr. Ap.

Nevers, f. 380)


IjQ^

Secgao II

Escalam os muros para ver Bernardette

"A

tardlnha,

*a multldao dlrlglu-se para

o

hosplclo* Como o portao do .p^tlo estava fechado, escalaram os murps para ver Bernadette'. Pol preciso organizar um simulacro de defesa: alguns soldados hospitalizados vestiram o seu unifonne. Para contentar toda a gente, a madre Ursula Court fe-la andar para trSs e para dlante na galeria. Simultaneamente aborrecida e divertida, Bernadette dlzia a superiora de Bagneres: 'Mas assim expoe-me como se eu fosse um bicho raro!' (Madre Ursula Court, Pr. Ord. Nevers, fol. 380)". (FRANCIS TROCHU, Ber-

nadette Spublrpus, Editorial Aster, Livraria Pl^-

boyant, Lisboa, Sao Paulo, 1958, pp. 297, 298, 302

e

303 / Imprimatur; Ernesto, Arcebispo-Bispo de

Coirobra).


Y

^

SiSliiiDan,

dg §lSUl§ iioglca, daa gcasaa gug ga aag^§§ dltuodgm,

ii SllSyiii ayeneg tgeag gelgg, &9i§yiS S^JglS§ £gS§d93

gg ^ggaldgg ggg gleg, Sfil^sg^gi

ilS§S§3

l9ilS§l§l> g ISiSgSI iU§§

r88. ^ rellquiaa de SSo Paulo. estando este alnda vivo. operavam muitos milagrea

Contain oa Atoa doa Apoatoloa:

"Deus

operava milagrea extraordin^rioa

pela

m3o de Paulo, de manelra que, apllcando aoa enfer-

moa

ate pa lenqoa £ aventaia que tinham tocado em

aeu corpo, nao ao aalam delea aa doencaa. maa tambem oa eaplri^a mallgnoa ae retlravam" TSt. 19.

TT^lpyr (Dr. PREDERICO TILLMTINN, Luz e Vida. Vozea, Petropolla, R.J., 1936, vol. IlT, p. 130 / Pode

Imprlmlr-ae; Cgo. Franciaco de A. Caruao, p.

c. do Sr. Card. Arcebiapo, 18-6-1936). 189. Sendo ainda vivo SSo SimeSo Eatilita. certo

mercador colocou a imagera dele no

veatlbulo de a'ua caaa; e o meamo

fizeram oa arteaoea de ffoma em auaa oficinaa Narra o Papa Bento XIV a reapeito de SSo Si meSo Eatilita (390-1159): "Conta-ae

a reapeito de SSo SimeSo

Eatilita

que foi ele procurado por um certo mercador antio-

quenho,

o qual era atormentado pelo demonio, e

o


180.

SecQao II

curou.

vo,

Entao o mercador, estando Slmeao alnda vl-

colocou

a Imagem ^ santo na entrada de

sua

c^sa. Alguns "^omens Impios e InTieis do lugar a derrubaram, mas foram severamente punldos. Do mesmo Slmeao, igualmente alnda em vlda, conta Teodoreto

que

Imagens clnas,

os artesaos de- Homa colocavam

pequenas

deTe na entrada e_ no portico de suas ol'lpara por esse melo obter defesa ^

proteQao"T^BENTO XIV, De Servorum Del Beatlflcatlone et Beatorum CanonIzatlone, Typographia Aldl-

nal

Pratl, lb39, liber II, caput XI, n. 15, tomus

II, p. 72).

190. Tudo o que ele havla tocado parecla conservar algo de santo Conta

conhecldo hlstorlador das Cruzadas,

a

respelto de Sao Bernardo (1090-1153): "A casa na qual o abade de Claraval (Sao Ber nardo) se dlgnava entrar era conslderada ditosa;

tudo g_ que ele havla tocado parecla conservar algo de santo; os que devlam Ij* a Asla.~se glorlavam de ter uma cruz benta por suas maos ou felta de tecl-

do que ele tlvesse usado, ^ maIs de uma vez a mul— tldao que o rodeava rasgou as vestes do santo, an^

slosa o

por consegulr algum pedaqo delas para fazer

iTnaT~venerado de sua peregrlnagao. A

multldao

que se aglomerava ao seu redor era tao grande, que um dla esteve em perlgo de ser asflxlado e deveu a salvaqSo ao Imperador da Alemanha, que o ergueu em seus braqos e o levou para uma Igreja, depondo-o dlante de uma Imagem mllagrosa da Virgem". (J. P. MICHAUD,

Hlstorla de las Cruzadas, Union Tlpogra-

flca Editorial Hlspano Americana, Mexico, Relmpre-

slon de 1965, Tomo prlmero, p. 2^5). 191* Pendurou ao pescoqo uma carta

de Sao Bernardo e £e vlu curado De uma vlda de Sao Bernardo (1090-1153):

"Quando Hugo recebeu esta carta (de Sao Ber nardo) encontrava-se doente, com febre. Por veneragao para com seu autor. ele pendurou o pergaml-

nho

ao pescoqo com devoqao, como um remedlo salu-


Secgao II tar,

l8l.

e obteve Imedlatamente sua cura". (R. P. AN-

SELME DIMIER OCR, Saint Bernard "Pecheur de Dieu", Letouzey & Ane, Paris, 1953, Tome Premier, p. 108 /

Imprimatur:

Michel

Potevin,

Vic.

Gen..

23-^-1953).

192. Be i.1 a yarn a sua tunica

e ^ mais ousados cortavam e ras^avam pedagos de sua capa

Da

introdugao geral a um livro sobre Sao Do-

mlngos (1170-1221): "0 Santo chega nesta epoca a sua m&xima popularidade. 'Ao termlno de seus sermoes, nos quais arrancava l5grimas de arrependimento e de admiragao em seu auditorio, ao sair das basilicas o povo

se

precipitava era tropel para receber sua bTngao,

beijar raais

suas

raaos e a firabria de suas vestes.

ousados

capa,

cortavam e rasgavara pedagos de

de modo que esta Die chegava apenas ate

Os sua

os

Joelhos... Domlngos de GuzmSo, a quern viroos tratar de igual para Igual, para dize-lo assiro, com Simao de Montfort, com os Bispos de Toulouse, de Carcassone e de Narbonne, nao era admirado soroente pela nobreza e pelo clero, era tambem amado e venerado

pelo povo'". (JOSE MARIA DE GARGANTA OP, Santo Doraingo de GuzraAn

vlsto por sus conteraporAneos, In-

troduccion General, BAG, Madrid, 19'17, p. 92 / Im primatur: Casirairo, Oblspo Aux. y Vic. gen., 30-5-19^7).

193. Devota de Sao Domingos guarda sua tunica como rellquia

De uma vida de Sao Domlngos (1170-1221): "Estando entao em Segovia na casa desta pobre mulher, ele tirou a tunica de IS com a qual estava Interlormente

vestldo para colocar uma de

tecido

mala duro. ^ sua hospedeira percebeu o fato e^, por um sentimento de veneraqao, oscondeu era um cofre a

tiTnlca

que o_ santo tinha tirado. Algum tempo mais

tarde,

estando ela ausente, seu quarto pegou fogo

e

todos OS seus ro6veis foram queimados, exceto

cofre

que,

Juntamente com a

rellquia,

o

continha


182.

Secgao II

seus objetos mals preclosos". (Rev. Pe. HENRI-DO MINIQUE LACORDAIRE, Vie de Saint Dominique, Ancienne Librairie Poussielque, Paris, 1922, p. 230 / Com aprovagao eclesilLstica). 19il. Levados por sua grande fe, cortavam pedaqos da tunica do Santo

Relata

TomSs de Celano, contemporSneo de Sao

Francisco de Assis (1181-1226):

"As pessoas ofereciam—Ihe (a Sao Francisco de Assis) pao para que ele abengoasse, e quando, em case de doenga, comiam do pao, flcavam inteiraraen-

te curadas• Por esse mesmo motivo, leyados por^sua grande fe, cortavam pedagos de sua tunica, ate o ponto de que certa vez deixaram quase desnudo; e o mals admirfivel era que se o santo Pal tocava al—

gum

objeto

com a mSo," o uso desse objeto tambem

restitula a sadde a n5o poucos". (TOMAS CELANO, Vlda de San Francisco, in San Francisco de Asls. Sua escritos. Las Florecillas. Biograflas del San—

to" por Celano, San Buenaventura ^ loa Tres

gompaferos. MC, Madrid, oompcxnc i VO • Esjae.lo 4I^ de perfeccibn, w

a.

^

ed., 195b, P» 325 / Com aprovagao ecleslAstica). 195. Consideravam-se ditosoa em poder tocar ao menoa a ffinbria de seu habito Narra

Francisco

TomAs de Celano, contemporSneo de

de Assis (1181-1226), em sua

SSo

biografia

do Santo:

"Era

tao grande a fe daquelas pessoas, tanto

dos homens como das mulheres, com respeito ao ser

vo

de Deus, que ^ reputavam ditosos por chegar a

tocar ao menos ^ flmbria de seu hAbito. Ao entrar em alguma cidade, alegrava-se o clero, tocavam-se todos OS sinos, celebravam-no os homens, regozija-

vam-se as mulheres, aplaudiam os meninos e muitlssimas

vezes salam ao seu encontro em triunfo. com

salmos £ ramos. Ficava confundida

maldade

dos

hereges, os quais se escondiam destas inocentes manifestagoes dos flAis, e exaltava-se a^ fe ^

Igreja. Vislumbravam-se em Sao Francisco tantos resplendores de santidade insigne, que ninguem se


Secgao II

I83.

atrevla a repllcar a suaa palavras, porque somente

a

ele

sobre

aflulam a3 multldoes. Acredltava

ele^ que

todas as colsas devla conservar-se a fe

na

Santa Romana Igreja, pols somente nEla pode esperar-se a salvagao dos predestlnados. Venerava os sacerdotes

a

e reverenclava com submlsso afeto toda

ordem ecleslSstlca". (TOMAS CELANO, Vlda de San

Francisco, in

tos. Las Celano.

San Francisco

de Asia. Sus

Florecillas_5_ BioKrafTas San Buenaventura

escri-

del Santo

y los Tres

por

Companeros..

Espeio de perfeccion, BA^C, Madrid, 3a. ed., 1956,' p. 325 / Com aprovagao eclesidstica). 196. Armavam-se de tesouras para cortar ao Santo algum p^acinho 5o ha^bito. que guardassem como rellquia De uma (1195-1231):

biografia

de

Santo

Antonio

"Os raercadores, vendeiros e vendeiras, fecha-

vam

as lojas, e, so findo o sermSo, tornavam

aos

seus negocios. ^ mulheres, inflamadas em devoqao, armavam-se

de

tesouras

para cortarem

ao

Santo

(Santo Antonio) algum pedacito do h§bito que guardassem

como

rellquia. E tinha-se por

arortunado

quem chegasse a tocar-lhe ao menos a orla dos vestidos". (Pe. FERNANDO FELIX LOPES, S. Antonio Lisboa

de

Doutor Evangelico, EdicSo do "Boletim Men-

sal^, Braga, 2a. ed., iy5^, p. 211 / Imprimatur: A., Arch. Primas., Brach., 26-11-1953)197. Recolhiam os seus cabelos como rellquias Le-se num livro sobre Branca de Castela, Rai-

nha da Franqa e MSe de Sao Luis Rei: "Branca

tinha que dirigir novamente a educa-

gao de urn Rei (SSo Luis IX de Franga). "Ela

tinha

Junto de si, ajudando-a em

suas

diversas tarefas, sua filha Isabel (a Beata Isa bel) 'a mais nobre Dama que existia sobre a terra: ela

era muito graciosa e de grande beleza*.

Isa

bel,

aos vinte e tres anos e uma figura excepcio-

nal.

Fisicamente,

ela se parece com Luis; ela

6


l8i|.

Secgao II

loira, tao loira que suas acompanhantes comparain a fios de ouro os cabelos que fleam no pente quando

elas a penteiara — esses cabelos que elas recolhem como rellquias. pois Isabel inspira uma verdadelra

veneracao a todos que a cercam"« (REGINE PERNOUD, La Reine Blanche, Editions Albln Michel, p. 307). 198. "...e as Sp^uas daquele rlo fIcaram tldas em veneragao"

De uma vlda de Santa Isabel, Ralnha de Portu gal (1271-1336):

"A

pretexto de recrear-se, (a Ralnha Santa

Isabel) descia ate a borda da vela e all, por suas raSos, levada da sua humlldade, lavava os panos as-

querosos do hospital e outras roupas de pobres. Nao faltou quem a vlsse em tao herolco exerclclo de vlrtude, e desde al flcaram as ^Piuas daquele rlo

tldaa em veneracao. Multos enfennos, valendo-

—se delas, sararam de repente". (J. LE BRUN, Santa Isabel Ralnha de Portugal, Apostolado da Imprensa,

Porto, ~2a^

eTT, 19^6, p. 68 / Pode Imprlmlr-se:

Hons. Perelra Lopes, Vlg. Geral, 29-12-19'^4). 199, Tocavam e bei.lavam o palanque de onde havia pregado

Sao Vicente Ferrer, como colsa de Deus De

uma

vlda

de

Sao

Vicente

Ferrer

(1350-1^19):

"Com estas e outras colsas, delxou Mestre Vi

cente (Sao Vicente Ferrer) multo reformada a cldade de Tolosa. De tal modo que, costuraando seus habltantes ir cada ano a certas festas com multos

Jogos, cantadores e mSscaras, foram Ifi com uma cruz, disciplinando-se cruamente; porque temlam que, se n3o se emendassem de suas valdades pelas pregaqoes do Mestre Vicente, nao podlam escapar de algum terrlvel castlgo. Dlzlam comumente: este honiem

velo a esta terra para nossa salvagSo ou para

nossa perdlgSo. Para que nos salvemos, se flzermos o que ele nos dlz; para que nos condenemos, se nos desculdarmos de obedecer-lhe. Porque ate aqul podlamos dizer que nao tinhamos quem nos enslnasse


Secgao II

>'i-

tev'^Vv:.!vs-

Sao Vicente Ferrer. Detalhe de quadro do s6culo XV, atribuido a Juan Reixach, na Catedral.de Valencia.


186.

Secgao II

tao bem o que somos obrigados a fazer; e agora JS nao podemos dize-lo. Asslm, fol tanta _a_ devocao que ^ ele tomaram, que depola de sua partlda os tolosanos flcaram com rellqulas suas, e nao qulse-

ram desfazer o palanque ^ qual havla pregado; an tes o beljavam e tocavam como colsa^ de Deus".

^ay VICENTE JUSTINIANO ANTIST, Vlda ^ Saji Vi cente

Ferrer, in Biografla y Escritos de San

Vi

cente Ferrer, BAG, Madrid, 1956, P» 220~7 Imprima tur;

Hyaclnthus, Ep. aux, y Vic. gen., Valentlae,

^-1956). 200. Frade expulsa o demonlo com cabelos de Sao Vicente Ferrer, que guardava como rellqula

Da vlda de Sao Vicente Ferrer (1350-1^119):

"Uma

vez em que o Santo raspou ^ barba e fez

^ tonsura, certo Frel Guillen recolheu parte dos cabelos e os pgiardou como relTqulas. E multo tempo depols, havendo em Mallorca uma mulher endemonlada

que descobrla segredos e dava pena a multos, tomou

o frade os cabelos e, envolvendo-os com um pano, com prazer ou pesar dela, atou-lhos no pescogo. Enfureceu-se o demonlo mals do que nunca, e atormentou a mulher duramente; e se Ihe perguntavam porque a maltratava tanto, respondla que tambem a ele

atormentavam

os cabelos de Sao Vicente.

For

fIm teve que salr da mulher ^ 3elxA-la llvre. Taunbem all, tlraram do Santo uma caplnha, a qual, co mo dlz Ranzano, servlu para llvrar multas pessoas de suas enfermldades". (Fray VICENTE JUSTINIANO ANTIST, Vlda de San Vicente Ferrer. In Blografla y

Escritos de San Vicente Ferrer. BAG. Madrid, 1956,

pp. • 1B2-Tg3 / Imprimatur: Hyaclnthus. Ep. aux. y Vic. gen., Valentlae, 9-6-1956).

201. Seu braco se parallzou ao Jogar fora uma "rellqula" de Sao Francisco de Paula alnda vivo

De uma vlda llustrada de Sao Paula (1^116-1507):

"Em homem,

Ostla,

Francisco

velo ter com Francisco um

consternado,

para pedlr socorro para

de

pobre seu


Secgao II

187.

patrao. Acontecera que o ssu patrao tInha cagoado da

esposa porque guardava zelosamente um'pouco ^

^Iha do lelto em que p_ Santo tlnha dormldo na casa

doTmbalxador franees. Quando Jogava fora essa

palha, seu brago flcara parallzado. "Francisco disse:

»-

Pique

tranqiiilo, irmao, volte para

casa

que nao e nada'. (ANTONIO CASTIGLIONE.^S. Prancisco

de

Paula, vida ilustrada, Delegagao Geral

da

Ordem dos RTnimos, Sao Paulo, 1980, p. 131 / Com aprovagao eclesiSstica).

202. Dividiam os cabelos que cortava, OS restos dos papeis nos

quais tinha escrito uma ordem

Da

vida

de

Santo

InScio

de

Loyola

(1191-1556):

"Compreende-se a veneragao que o santo fundador (Santo Inficio de Loyola) inspirava a todos os seus religiosos, quando se ve que Deus parecia comprazer-se em JustificS-la. Os bons Padres reco:; Ihiam tudo o qi^ podiam apanhar ao aju santo Ge^ raTT Diviaiam OS cabelos gue cortava, qs restos papeis

nos quais tinha escrito uma ordem

ja

ITStil por'ter sido executada, tudo o gue Ihe qer^

tencia e Ihe dizia respeito. ifH^o tinha conservado—o ■iraco~que usava em Manresa; mas nao q^ qode

p-nardar varam

intacto, porque Wig descobriraro e nag t^

escrupulo de tirar-lhe alguns bocados;

lizmente rou—OS

fe-

para os piedosos culpados, o Santo igno-

sempre.

"0

Padre Nadal foi roenos feliz. Santo Inficio

sofria muito dum dente e resolveu-se a mandfi-lo

arrancar.

Nadal, presente q operagao, apoderou-se

fiirtivamente do dente g oueria conserva-lo como iTina reliquia; mas o nosso Santo, que tinha exce-

lente ouvido, escutou algumas palavras, suficientes para trairem o segredo; censura severamente o seu querido Padre Nadal, a quem amava com terna

nfpicao. obriga-o a apresentar o corpo de delito e

f^-lo desapareceh para sempre". (DAURIQNAC, ^ TnSrlo de Loyola, Livraria Apostolado da Imprensa, ^^Ft^ Til. ed., p. 322, 1958, p. 322).


188.

Secgao II

203. Levava numa calxlnha ao pelto a asalnatura do

Fadre IrTacio alnda vivo. Junto com um osso de Sao Tome

Da conhecida autora Daurignac, em seu sobre Sao Francisco Xavier (1506-1552):

livro

"A nova da morte do santo Padre (Sao Francis

co Xavier) tao amado, todos os Portugueses da Santa-Cruz romperam em solugos. "Os marlnheiros desembarcaram com todo o pessoal do navio; todos queriam ver e venerar 0 corpo

do

grande

pea

apostolo, todos queriam beijar-lhe

os

e as maos, recomendarem-se as suas oragoes, e

testemunhar-lhe

o amor e o reconhecimento que ele

havia grangeado de todos os coragoes! "0 santo corpo foi conservado ate ao terceiro

dia, domingo, estendido sobre a esteira que cobria o solo da cabana.

"Jorge Alvares, Francisco de Aguiar, Cristov3o e Antonio de Sartta-Fe, tlrarara-lhe a sua pobre batina da qual repartlrara entre si os preciosos pedagos, caixa nomes

acharam

sobre o seu pelto

uma

pequena

contendo & assinatura de santo InAcio, os dos Padres com os quals 0 nosso Santo tinha

ylvido em

Roma,

formula dos seus votos, ^ uma

barcela de osso ^ apostolo

Tome. sob cuja pro-

tegao ele pusera o seu apostolado das Indias". (J.

M. S. DAURIGNAC, ^ Francisco Xavier, Apostolo das Indlas. Apostolado da Imprensa, Porto, 5a. ed., l959» p. ^59 / Pode imprimir-se: Mons. Pereira Lo pes, Vig. ger. 20-5-195b). 20^. Sao Francisco Xavier levava consigo assinaturas de Jesuitas,por

amor das consolagoes que delas recebia

Conta

agora

o proprio Sao Francisco

Xavier

numa de suas cartas:

"Pela

muita

necessidade que tenbo da

vossa

continuada ajuda espiritual, fui conhecendo, em muitas ocasioes, como Deus Nosso Senhor me auxilia e favorece, em muitos trabalhos corporals e espirituais, por causa das vossas suplicas. E para


Secgao II nunca

189.

ine esquecer de v6a e ter—vo8 na

contlnuamente

e

lembranQa,

dum modo eapeclal, a flm

de

rae

consolar, fago-vos saber, carlsslmos IrmSos, que das

cartas que escrevestes tlrel os vossos nomes,

esFritos com

por

vossas proprlas maos e, .luntamente

o veto da minha proflasao. levo--o8 sempre co-

mlKO, por amor das consolagoes que deles recebo . (S. FRANCISCO XAVIER, Cartas e escrltos selectos,

Apostolado da Imprensa, Porto, 1952, p. 35).

205. Recolhlam os cabelos cortados, para guardar como reltqulas do seu senhor

Da vlda de Sao Francisco (1510-1572), npio Padre Ribadeneyra:

"Depols

de

Borja

que com estas e outras palavras afe-

tuosas se ofereceu a seu Criador, saiu (Sao Fran cisco de Borja) de seu oratorio, e com escrltura

publlca e solene ato renunclou em favor do Marques Dom

Carlos, seu fllho prlmogenlto que estava

au-

sente, a seus estados, tltulos, rendas e vassalos, sem

reservar

para si colsa alguma.

Felto

Isto,

despojou-se das vestes seculares e vestlu-se com o hiblto da Companhla. Raspou a barba e fez a tonsu-

ra para receber as Sagradas Ordens. A vista dlsso, seus crlados choravam como se dlante de seus olhos o vlssem morrer; e as escondldas, recolhlam os cabelos cortados para pruardi-los como rellqulas de seu senhor, ao qual Ja tlnham como morto e estlmavam como a um santo". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Padre

Francisco de Borja, In Histories de la

Contrarreforma, BAC, Madrid, 19^5, PP» 688-6^ / Imprimatur: 31-3-1945).

Caslmlro,

Oblspo Aux. y

Vic.

gen.,

206. ^ cadelras onde se sentava • eram pgiardadas como relTq^ulas De

uma vlda de Santo Afonso (Alonso) Rodri

guez (1553-1617): "•Quando o Irmao (Santo Afonso Rodriguez) acompanhava algum Padre em casas de flels, havla alguns que prestavam bem atengao na cadelra


190.

SecQSLO II

onde ele se sentava, ^ depola Kuardavam como rellqula'. PICPU multo famosa uma dessas cadelras, na qual costumava sentar-se Afonso quando acompa— nhava

o Padre Melchlor Mlralles em casa de Mateus

Mas,

curtldor, morador em Monteslon, cujo pal es-

teve

multo tempo doente de cama. Jamals

Mateus esposa

permltlu

que alp^em se sentasse nela. Estando sua proxlma do parto, e padecendo Indlzlvels

dores, chela de fe nos merltos de Afonso, creu que sentando-se

naquela venerada cadelra terla

fellz

exlto naquele transe. E, com efelto, asslm se passou, com nao pouca admlraqao e alegrla da paclente

e de todos da casa. Jd desde entao, alnda em vlda do Santo, aquela cadelra fol o refuglo de todas as mulheres que costumavam ten partos Infellzes perlgosos. 'Se se tlvesse que escrever todos

ou os

partos fellzes que se deram per devo^ao aquela ca delra, dlz o P. Marlmon, ocuparlam uma grande parte de sua hlstSrla: deste roodo se delxa apenas dl— to que e comum levar esta cadelra nos lugares dos partos, por devoQao a ela'. Atualmente. desapareceu esta vener^vel rellqula. sem se saber onde terA Ido parar, ou se fol destrulda". (Fe. JAIME NO-

NELL, yida de San Alonso Rodrlpcuez, Imprenta y Llbrerla Vda.TT. H. de Sublrana, idbo, pp. 589-590 / Con llcencla. Barcelona).

207. Recolhlam-se cabelos seus, penas com que escrevla, pedacos de papel que tlvesse tocado...

Da vlda de Santo Afonso (Alonso) Rodriguez (1533-1617): "Grande

era a fama de santldade que desde hS

multo tempo gozava dentro e fora da casa o IrmSo Afonso e conservava-se como rellqula qualquer obJeto seu. 'Tal era o concelto que todos da casa tlnharoos de sua santldade, escreve o IrroSo Onofre

Serra, que hfi catorze anos que o conhecl.

multos

do Coleglo recolhlam colsas suas para guardS-las como reliquiae: ^ quando Ihe cortavaro o cabelo. recolhlara-no para o_ mesmo efelto; ate iTs penas com

F escrevla, pedacos de papel que tlvesse tocado. consegulam sua asslnatura. dlzendo que era para colocar

NELL,

no reglstro da portarla'".(Fe. JAIME

Vlda

NO-

de San Alonso Rodriguez, Imprenta

y


Secgao II

*

Llbrerla Vda. E. H. de Subirana, Barcelona, 1888, p. 589 / Con llcencla).

208. Alnda em vlda de Santo Afonso Rodriguez, a mulher do Vlce-Rel de Mallorca ^ ^olocou um retrato dele em seu oratorio

Le-se na vida de Santo Afonso (Alonso) Rodri guez (1533-1617): "Tal era a estlma que

desde o prlnclpio, e

aj[n(3a em vlda do Santo (Santo Afonso Rodriguez), se

tlnha ILs suas colsas* 0 mesmo se dava com os retratos do Servo ^ Deus que, sem ele saber, flzeram alnda em sua vlda. 'Vlvendo alnda o_ santo

Irmao, contlnua Onofre Serra, ha pouco cltado, flzeram-se pusesse

inultos retratos seus. E nao faltou guera deles em plena rua, devendo passar £or

ela uma procIssag.Tconteceu de o Irmao passar por all e, vendo sua flgura, dlsse ao companhelro: •Valha-rae Deus, que felo plntaram o nosso Beato Padre!' — parecendo-lhe sem ddvlda que aquele nao era retrato seu, mas de Santo InSclo. "E nao somente gozava Afonso dessa fama de santldade entre o povo de Mallorca, mas tambem en-

tre as pessoas mals autorlzadas, como eram os VIce-Rels, Blspos e Inqulsldores, que o conheceram ou tlveram notlcla de sua santldade por Intermedlo

de pessoas fldedlgnas. Escrevlam-lhe, pedlndo o mesmo

que o Santo Patrlarca. Mas voltemos aos re

tratos•

"Dona Juana Pardo, espos^ ^ Vlce-Rel de Mal-

lorca,

Juan Vllaragut. tlnha. alnda em vlda ^

Irmio, um retrato deste em seu oratorio, e dlsse a seu confessor que nao podia passar dlante dele sem

fazer uma reverencia; e que tlnha escri^pulo oe nao sentlr tanta devocSo quando passava dlante das Imagens de outros santos. .1& canonlzados". (Pe.

jAImE—^NORELL; vna de San Albnso Rodriguez. Im-

prenta y Llbrerla Vda. ETTI. de Subirana, Barcelona, 1888, pp. 591 e 59^ / Con llcencla). 209. As pessoas recorrlam &s rellqulas

de su^ vestes para afastar Os maus pensamentos De

uma antlga blografla do Beato Jose de An-

chleta (153^-1591)» o grande Mlsslonfirlo Jesulta e


192.

Secgao II

Apostolo do Brasll: "Da peppetua pureza com que Deus o conservou, alguma colsa se dlsse no llvro prlmelro, capltulos setlmo e oltavo, quando esteve

entre rlosa

os gentlos so amparado com o fervor da gloVlrgem Mae de Deus, ajudando-se da oragao e

penltencla corporal; neste passo bastarH acrescentar

o que um padre nosso certlflcou em seu teste-

munho, que ainda sendo ele ylvo, algumas

pessoas

que podlam haver algumas rellquias do seu vestido, confessavam serem muito a.ludadas de"Peus contra os maus

pensamentos

"Pela

firmada

de

fama da santldade do padre Jose,

con-

com tao notSvels exemplos quotidlanos,

e

sua rara virtude e obras milagrosas, que Deus,

por

este vaso escolhido fazia, muitas pessoas to-

marem devoqao de ae a.ludarem das relfquias do ves tido do padre, para suas enfermidades, em especial para em

dor de cabeqa, como algumas pessoas o

seus

outras, PERO

Juram

testemunhos, terera-no ouvldo e vlsto

em

e alnda experlmentado em si mesmos". (Pe.

ROIZ, Anchleta. Llvrarla Progresso

Salvador,

Editors,

1955, pp. 98 e l8l|).

210. Furtavam santamente alguns de seus obJetos e eram curados Alnda

sobre

o Beato Jose de Anchleta

conta

outra blografla antlga: "7. Estava outra mulher de parto, havla qulnze dlas, apertada de dores e com grave perlgo; fol chamado Jose, apllcou-lhe a mSo, e de repente lanQou a crlanqa e flcou llvre do perlgo. E era tal a fe

nestes

casoa que, quando nao podlam

haver

a

presenqa ^ mSos de Jose, bastava so o togue de qualquer

colsa sua para grandes efeltos. Sao

v5^

rlos OS sucessos em seus processes, em os quals se

mostra

tlveram

que so com uma carta escrlta de sua letra,

partos fellclsslmos mulheres

dlferentes,

que estavam em perlgo: Juliana de Sousa, Maria Nachado e Vltorla Pinto, na vlla de Santos, e outras muitas, nas demals vllas. "8. Era colsa tamb^m mul ordln&rla fazerem-se

furtos cavam

seu,

santo8~de colsa de suas alfalas. que apllcom

efeltos maravllhosos. Com

um

barrete

deste modo havldo, foram llvres de dores

de


Secgao II

193.

cabe^a multas pessoas que as padeclam, sd com o per com fe". (SIMflO DE VASCONCELOS, Vlda do venerSvel Padre Jose de Anchleta, Imprensa NaclonalT" Rio de Janeiro, 19^> vol. 1, p. 216). 211. Medico p:uarda como rellqula as ataduras que cobriam as chagas de Sao Joao da Cruz

Conta-se sobre Sao Joao da Cruz (15'*2-1591), num livro de sua vlda:

"Alnda que Prel Jo5o (Sao JoSo da Cruz) tenha escolhido Ubeda porque ninguem o conhecla, logo

corre

a notlcla de que no convento dos

Descalgos

uin enfermo que e santo, e sao mui^os os que se Interessam por sua saude "Uma

vez

preparada a comlda, uma menlna

de

catorze anos, empregada de Dona Clara, chamada Ma ria de Ortega, leva-a ao Convento. Um dla .... asslste a um curatlvo que o Doutor Robres faz no Santo. A menlna observa que no transcurso do cura tlvo, o medico guarda dlsslmuladamente na sacola OS panos e ataduras que retlra das chagas, apesar de estarem empapadas de pus» Quando voltapara ca-

sa. Dona Clara Ihe pergunta como estfi o enfermo. A menlna dlz que se espanta de como ele nSo se quelxa dos curatlvos e, recordando o que vlu o m6dlco

fazer, e*clama: 'Senhora, que grande porco 6 o Dr. RobresI

chelas Joao

Coloca

na

sacola os

panos

e

ataduras

de pus que retlra das chagas do Padre Frel

da Cruz, e os leva*. 'Cale-se, bobal — res-

ponde

Da. Clara — pols sao rellqulas que chelram

multo

bem, porque o_ Padre Prel Joao da Cruz e ^

santo, e e por Isso que ele os leva * **. (CRISOGONO DE JESUS OCD, Vlda de' San Juan de la Cruz In Vlda V obras de San Juan de la Cruz. BAC, Madrid, 196^, nnTT?? a 32M / Imprlma^r: Jose Maria. Ob. Aux. y

Vic. Gen., ll-5-l$6i|). 212. Tocaram nele medalhas

e ter^os, como num santo De

uma

blografla de SSo Roberto

Blspo, Cardeal

Belarmlno,

e Doutor da Igreja (15^2-1621):


igij.

Secgao II "Arcebispo de Capua. — Fol o proprlo Clemen-

te VIII que sagrou arcebispo ao santo cardeal (Sao Roberto Belarmino).

"Este segulndo as prescrlQoes do Conclllo Tridentino e com grande edlficaQao de toda a Cu ria Romana, partlu para a diocese poucos dlas depols da sagragao.

"Reallzou-se

a 1 de inalo a entrada solene do

novo Pastor. As portas da/cldade raontou a cavalo, escoltado por toda a nobreza de CSpua, e sob um baldaqulno que sustentavam sels maglstrados. fama ^ santldade do novo arcebispo trouxera receb¥-lo

3ua

ura

enorme concurso de gente, que levava

veneracao a tocar nele> como em santo,

a

meda-

Ihas je terqos. Para poder entrar na catedral,' tlveram

que tomd—lo nos bragos alguns homens robus—

tos e levfi-lo por outro carolnho. "Parecla—noa ver nele um blspo doa tempoa an—

tlgoa, dlz

uma relagato contemporSnea, e aa ^auas

palavraa flzeram-noa compreender que vlnha ate noa levado daquele eaplrlto de forga e dogura a que

nlnguem

reslate". (JOSO RODRIGUES MENDES SJ, 0

Santo Cardlal Roberto Belarmino,. Apostolado da Im-

prensa"^

Porto"^

1930* P* ^2 / Imprimatur:

A.A.,

Blspo do Porto, 30-A-1930).

213* Blapoa £ Cardeala colocam aeua aolldeua na cabega yeneranda do anclao, para aantlflc&-Ioa naquele contacto aagrado

Alnda da meama plografla de Sao Roberto larmino (15A2-1621):

Be

"E aaalm peaaoaa de todaa as condlgoes paasa-

vam peTb quarto de Belarmino (Sao Roberto Belarmi

no), tocando neTe* cruclfl^oa, Imagens. e tercos, procurando como InapreclAvel dlta beljar-lhe as mSos; alguns calara de Joelhoa a chorar; a devogao

leyava

outroa a furtar alp^m ob.leto do aanto; nem

faltaram

blapoa

e cardeal^ que colocaaaem ^ aeu

aolldeu"" na cabe'qa veneranda do anclao para o^ aantlfIcarem naquele contacto aagrado. Belarmino, Julgando que Ihe tocavaro aquelea objetoa, ao com o

flm de 0 anlmar e conaolar, agradecla Ingenuamente tamanha carldade". (JOAO RODRIGUES MENDES SJ, 0


Secgao II

195.

Santo Cardlal Roberto Belarmlno, Apostolado da Im-

prensa, Porto, 1930, p. 65 / Bispo do Porto, 30-4-1930),

Imprimatur;

A.A.,

214. Paroquianoa diaputam entre ai para guardar algum ob.leto que pertencera ao aeu Cura

Da

hiatdrla

de

Sao

Vicente

de

Paulo

(1581-1660), por Monaenhor Bougaud: "Nada

dlremoa da profunda afligao doa

habl-

tantea de Chatlllon, quando elea ae deram conta de

que

lam

perder

o

seu pSroco

(Sao

Vicente

de

Paulo). Viara-se repetir as cenas de Clichy. A pri-

meira palavra que^ele disse do pulpito, oa soIuqos desataram-se. •Nos perdemos tudo, nos perdemoa o nosao pal*. Ele distribuiu naquela meama tarde aos seua querldos pobres, que ele estava particular-

mente paa,

desolado de deixar, seua rooveia, auaa

rou-

seua parcoa mantimentos. Oa rlcoa tornavam a

comprar

deles

aa

menorea lembrancaa; ^ urn

dos

pobres, Julien Caron. teve que suatentar uma eapecie de aaaedio para guardar urn velho chapeu.

"No dia da partida, toda a paroquia estava no camlnho. Logo que o aanto apareceu, todos calram de Joelhoa clamando: 'A aua benQloI' — que o aan to Ihea deu chorando. Perto de clnqiienta anos depols, as pesaoas idosaa que testemunharam esta ce-

na,

ou oa seua filhoa e netoa, declarareun sob Ju-

ramento, era vlata de uraa prov^Lvel canonlzagao, que aeria

impoaslvel aaainalar tudo o que tinha

aido

feito era tao pouco tempo (clnco raeaea!) pelo Padre Vincent tldo

(Sao Vicente de Paulo), e que elea terlam

dlflculdade em crer, ae nao tlveasem vlsto e

ouvldo.

Elea Ihe tlnham uraa tao alta eatlraa,

que

nSo falavara a aeu reapelto aenSo como de urn aanto.

Acredltam que aua atuagao era ChAtlllon aerla auflclente para o fazer canonlzar, e nao duvldain abao-

lutaraente

que

o serfi urn dla". (Monaelgneur

BOU-

QAUD, Hlatolre de Saint Vincent de Paul. Llbralrle

Vve. T5h"I Pouaalelgue, Paris, 4a. ed.. Tome mier, pp. 80-81).

Pre


SecQao II 215. Ousadia de uma postulante

para obter relTquia do3 cabelOS de Sao Luis GrlKnlon de Montfort

De uma vida do grande Apostolo mariano, Sao

Luis Grignion de Montfort (1673-1716): de

"Um dla em Que ele (Sao Luis Maria Grignion Montfort) se demorou em formular bem certas

prescriQoes (da Regra), uma postulante, entrando por acaso no aposento onde ele escrevia, foi toma— da de respeito em sua presenga, de tal forma ele parecia como que perdido era Deus; com uma ousadia bem desculpSvel, ela teve mesmo ^ ideia ^ IJie cortar alguraas raechas de cabelos, para fazer delas reliquias para si"• (LOUlSLE CROM Monf•, Saint Louis-Marie Grignion de Montfort, Librairie Maria-

TT,—Pont-Chateau, 1^2"; pi ?20 / Imprimatur: Eduardus, Episcopus Pictaviensis, 29-9-1^^2). 216. 0 simples contato com o corpo de Santo Afonso agonizante ou com

ob.jetos nele tocados opera milagres

De uma biografla de Santo Afonso Maria de Lig6rio (I696-I787):

"Um conego, que havia tres anos s6 podia andar de muletas, veio pedir—Ihe (a Santo Afonso de

Ligorio) uma ultima bengao. Os facultativos haviam capitulado ante a enfermidade e o bom padre se tinha -se

conformado com a vontade divina. Encontrandoao lado do Servo de Deus e lembrando-se de

tantos milagres, que, segundo Ihe diziam, havia operado, quis experimentar tambem a fortuna. Sobre a

cama

estava o escapulSrio de Afonso. Tomou-o,

£tp]_j.eovi—o a perna doente e imediatamente desapare—

ceram todas as 9ores e_ fTcou sao, pelo que, cHo— rando de como^o, disse aos presentes: n Cheguei aqui aleijado e volto sao e bom. "No dia seguinte entrou no quarto do doente o Provincial dos Capuchinhos. Afonso estava em esta-

do letArgico. 0 Provincial pediu-lhe, quase a gritar, uma bengao para sieus religiosos, mas nao logrou fazer-se entender. Entao tomou-lhe a mj^ persignou-se com ela, tocando com ja mesma prlmeiro


Secgao II

^97.

urn ouvldo, depois o outro. pols sofrla de 3urdez quase completa» No mesmo Instante ^ surdez desapa—

receu ^ nunca mala voltou» "Urn dos rellglosos da comunldade sofrla de um

tumor

na garganta. Os medicos, a princlpio, opta-

ram pela operagao, mas depois verificaram que era demasiado tarde. 0 Padre estava h& dias i espera da

tar

morte. Abandonado da ciencia, fez-se transpor-

i cela onde agonizava o santo Pundador. Tomou

uma das vendas reclm-usadas pelo doente e aplicou-a a si

cheio de confianca. Levaram-no de volta a

enfermaria

e, no dia seguinte, qual nao foi a es-

tupefaqSo dos medicos que nSo descobriram o minimo de tumor, onde antes havia um muito grande, como tinham constatado". (Pe. JOSE MONTHS GSSR, Afonso de Lig6rio o Cavaleiro de Deus, Editora Vozes, Pe-

tropolis, T962, p. 160 / Imprimatur; Pe. Jose Ribolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo). 217. Toda a sua vida Vicente trar$ sobre seu coraqSo, como

reliquia, uma carta de Sao Paulo da Cruz Narra

um

llvro

sobre Sao

Vicente

Strambl

(17^15-1824):

"Em lugar de entrar novamente em Civita-Vecchia, ele (Sao Vicente Strambi) foi-ter a Casa dos Passionistas

de

Capranica, onde o aguardava

uma

carta de SSo Paulo da Cruz "Durante

toda.a sua vida Vicente Strambi le-

varia este bilhete, como uma reliquia, sobre seu coragSo, e nao e proibido supor que nos momentos

3e

extreme

fadiga, ele o tocasse com

as

mSos".

(MARIA WINOWSKA, C'Est I'Heure des Saints, Imprimerie Maison de la Bonne Presse, Paris, 1952, pp.

70-71 / Imprimatur: Petrus Brot, V. Q., Parish 218. Distribuiam o sangue do Cura d'Ars como preciosa reliquia

Contam algumas testemunhas do processo de CanonizagSo e BeatificagSo do Cura d'Ars

(1786-1859):


198.

Secgao II "0

Sao

Interesse da multidao pela sua pessoa (de

Joao

Vlanney) sempre Ihe

fol

desagradavel.

'Sentla verdadeira trlsteza, diz a condessa de Ca rets, ao ver que buscavam os objetos de seu use

para converte-los em rellqulas' (Processo Ordlnarlo, p. 917). Urn dla, ao notar que Ihe cortavam um pedago da batlna, dlsse entre gemldos; 'Que devogao

reals mal-entendlda'. Cada vez que cortava

cabelos

tinha o cuidado de os recolher e

os

queiraar

na estufa do seu quarto. ^ barbelros, poretn, nao erare lIL reulto escrupulosos ^ facilmente se delxavare

subornar.

arelgos

Joao Pertinand

conquistou

reuitos

gragas ao piedoso latroclnlo que se permi-

tia coreeter serepre que achava ocaslao proplcia (Catarina Lassagne, Processo apostollco pereant, p. 410). dos

"0 Cura d'Ars, que era o reenos desconfiado horeens, nao acertava adivinhar a causa desses

furtos,

de que freqiientereente era vltima. Ao ter-

minar urea reissao desapareceu-lhe o candieiro. 'E curioso, disse ele, eu Julgava que todos se houvessere convertldo... e els que ree roubam!* (Joao

Pertinand, Processo OrdlnSrlo, p. 391). "Quando

nos ultlreos anos o Dr. Saunler

san-

grava-o urea ou outra vez para Ihe descongestlonar a cabega, o P. Vlanney reandava enterrar o sangue no cerelterlo, 'porque era sangue de crlstao' (Con

dessa

de Carets, Processo OrdlnSrlo, p. 917), mas

exlgla que so o enterrassere na sua presenga (Marta-

Mllard, Processo apostollco contlnuatlvo, p. 858; Conego Morel, Processo apostollco ^ genere, p. 456). Mesreo asslre. Isso nao Irepedlu aos bons IrreSos de Ars 'de subtralrere um pouco e dlstrlbul-lo coreo preclosa rellqula. garrafInhas

(Alnda se guardare alpqtmas

de crlstal core sangue que

permaneceu

llquldo. H£ urea no tesouro de Ars, outra no Carme-

lo

de ChSlons-sur-Saone e outra ere Nantes, na Ca-

pela dos PP. Capuchlnhos. Esta ultima, sere duvlda, pertenceu ao Sr. Slonnet, grande amlgo do Cura d'Ars)". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vo-

zes, Petropolls, 2a. ed., I960, p. 379 / Imprima tur:

Luis

Plllpe de Nadal, Blspo de

Urugualana,

^6-1959)'. 219. "Alppjmas reulheres, por trAs, cortavare-lhe g sobrepellz ^ reechas de cabelos..."

Sobre Sao Joao Vlanney (1786-1859) le-se;


Secgao II

199.

"Apenas o Cura d'Ars aparecia fora da Igreja, a multldao comegava a murmurar: El-lo! Corrlam ate

ele, assediando-o,

comprlmlndo-o; ele nao

^dla

avangar uin passo sem levantar seu brago para abengoar. Geralmente» urn homem catnlnhava adlante dele, para conter a multldao. 0 Santo Bem-aventurado im

pure as mabs na fronte das criangas, tocava os enfennos, dlavam. fImbria

respondia as perguntas com que o

asse-

Alpcumas mulheres. por tras, cortavam a de sua sobrepeliz, mechas de sens cabelos

abundantes.

Sem se Irrltar, ele Ihes dizia: 'Dei-

xem-me tranqiiilo*. Humilde, curvado, nao agiientando mals, porem amSvel com todos, ele continuava 15, como no altar, o intercessor e a vltima. "Que

allvio sentia, entretanto, quando atin-

gla o presbiterio e fechava a porta atr5s de sil" (EMILE

BAUMANN,

Trols Vllles

Salntes.

Editions

Publiros, Marseille, pp. 3^-35). 220. Edesi^sticos franceses desfiaram « a murga de Pio IX guardando

com veneracao essa's rellquTas

De uma

blografia de Plo IX (1792-1878),

publlcada em sua vlda:

"No dla seguinte, celebrou-se o vlgeslmo prlmeiro anivers5rio da coroagSo de Pio IX. No dia 23

fol sagrada a Igreja de Santa Maria dos Anjos, admirfivel

monumento edificado pelo piano de

Miguel

Angelo nas Termas de Diocleciano e retificado por Plo IX. A 2^1, 5 saida da basilica de S. Joao de LatrSo, fizeram ao Papa uma ovagao como talvez nunca

tinha recebido. AJoelhada na ampla praga, e

quase

enchendo-a,

basilica Pio

se

a multidSo que n3o coubera

IX estendeu a m3o para abengoar, todo o

levantou, e por um unico movimento era

brado

na

esperava a bengao pontifical. Depois que

ura

povo

s8

respondent Viva Plo IX, Viva o Papa-Reil Os

bragos e os lengos agitavam-se, as flores choviam, e a carruagera papal ficou por rauito tempo aprislo-

nada. 0 Santo Padre, apesar de estar acostumado is demonstragoes

cheios

apaixonadas do povo, tinha os olhos

de ligrimas. ^ sua murga foi por ftssim di-

zer desfeita fio

fio pelos e^esiasticos france

ses que se achavara por tris dele, os quais deposi-


200.

Secgao II

tavam com veneracao essas rellqulas, em seus bre viaries. 0 ajuntamento de povo e as exclamaQoes duraram ate chegar ao Vatlcano, Isto e o .espago de uma grande legua. E todos os dlas repetla-se o

mesmo

entuslasmo". (VILLEPRANCHE, Flo IX. Sua VI-

da. Sua Hlstorla e Seu Seculo. Cla. Edltora Pano rama, Sao Paulo, p. 251).

221. Pledoso estratagema para obter ob.leto tocado por uma Santa

Da hlstorla de Santa Bernadette (1844-1879): "Em

Nevers, numa altura em que a Irma Marle-

-Bernard

se entregava ainda as suas ocupagoes ha-

bituais, uma mulher da cldade velo a Saint-Gildard. Dese.lava encontrar para o fllho multo doen-

te, algo que ^ yldente~ge Lou'rHes tivesse t'ocado, e por Isso Imaglnou um estratagema: pedlu que 'entregassem. a Bernadette uma cobertura de bergo 'felta de- renda, mas emaranhada e Inacabada*. para que ela a desenredasse e acabasse. A IrmS Vlctolre

Cassou fol entregar o recado. Entrando na sala onde

a

IrmS Marie-Bernard trabalhava com

eompanheiras,

enredou isto

as

suas

expllcou: ^Mlnhas IrmSs, uma mulher

esta cobertura. Podem repar&-la?* Dlzendo

colocou a IS emaranhada sob os olhos de Ber

nadette, pondeu

que de nada desconfiava. *EstS bem

res-

esta, estas senhoras estragam o trabalho e

nds somos obrlgadas a reparS-lo... Varoos IS, de-me essa cobertura*. Bernadette arranjou-a; levarara-na Imediatamente S mulher que a colocou sobre a crianga, e esta curou-se (segundo o conego Aug.

Perreau, Pr. Ap. Nevers, f. 154. — Madre Bordenave. Id., f. 394). "A

casa-mSe fol alnda testemunha de um outro

prodlgio. *Uffla mulher, conta a IrmS Claire Borde's, trouxe-nos um garoto que nSo podia andar. Querla que Bernadette Ihe tocasse, esperando que se desse

um

mllagre*. A superlora geral — madre Josephine

Irabert — chamou a IrmS Marie-Bernard e dlsse-lhe:

*Tome

conta da crianga enquanto falo com esta se-

nhora*.

Bernadette,

continue a IrmS Bernard

llas,

*gostava multo de crlangas. Toroou nos

gos,

mas depols achando-o multo pesado, po-lo

Da

brano

chSo*. 0 garoto *correu alegremente para a roSe'**.


Secgao 11 (FRANCIS

Aster,

201, TROCHU, Bernadette Soublrous,

Livrarla

1958,

Plsunboyant, Lisboa,

Editorial

Sao

Paulo,

pp. 4^9-^50 / Imprimatur: Ernesto, Arcebls-

po-Blspo de Colmbra).

222. Inventam mil astuclas

para Ruardar os cabelos de Bernadette, quando ela os corta De

um llvro sobre Santa Bernadette Soublrous

(18^4-1879) e Lourdes: "As

postulantes.

Bernadette) muito as

goza

Junto as quals ela

de Imenso prestlglo

(Santa

'Gosto

das pequenas toucasi* dlz ela com agrado —

postulantes. inventam roll astuclas para ter uma

lembranga

de

Bernadette,

guardar

seus

cabelos

quando ela os corta, fazer-lhe tocar objetos - ou, raals slraplesmente, devorA-la com os olhos. "Blspos,

Cardeals,

vem ver Bernadette, e

a

Interrogam com vlslvel emoqao... "Alguns vlsltantes pretendem pedlr-lhe conseIho na conduta de sua vlda esplrltual. De todos os

lados as

as pessoas Ihe pedem oragoes. As

postulantes*

crianqas,

as novlqas que a vlsltam

quando

estA doente, manlfestam freqiientemente uma admira-

qao

fortlssima e saem da enfermaria

(MICHEL

DE

recuando..."

SAINT-PIERRE, Bernadette et

Lourdes.

Editions "La Table Ronde", Paris, 1958, p. Ibb). 223. Estratagema de um Bispo para

6bter"irma rellqlila de Santa Bernadette De um llvro sobre Santos dos nossos tempos: "Algumas vezes, ela (Santa Bernadette) flcava bem zangada com as Jovens frelras que tentavam to

car seu hAbito ou seu rosArlo. E um Blspo que vlera

ve-la, numa ocasiSo em que estava doente,

cllnou-se

calu• vesse,

tanto sobre sua cama que o solld^u

Ele esperou que ela o_ peRasse £ Ihe

InIhe

devol-

mas a Santa, sabendo que ele o Irla consl-

derar como uma rellquia, deixou-o flcar onde esta va.

Era vez de apanhA-lo, o Bispo de tal modo

sistiu

in-

para que ela o_ entregasse, que ate- a Madre


202.

SecQao II

Superiora rlu-se do eatrataRema. Pol 86 fi. ordem desta que Bernadette apanhou o 80lid6u e o devolveu ao Blspo". (THEODORE MAYNARD, Saints for our Times, Appleton-Century-Crofts, Inc.^ New York, p. 261 / Imprimatur: Francis Cardinal Spellman). 22^. "Estes cabelos serao para mim rellquias"

De duas cartas de Santa Teresinha (1873-1897) ao Padre Roulland, missionfirio na China: "Ides de certo achar-me crianqa

demais,

mas

nao importa, confesso—vos que cometi um pecado.de inveja, lendo que vossos cabelos lam ser cortados e substituldos por uma tranqa chinesa. Nao foi desta que tive inveja, mas simplesmente de uma pequena mecha dos cabelos deitados fora. Perguntais-me de certo rindo que e que eu faria deles? Pols bera, e muito simples, estes cabelos serao para mim reliquias, quando estiverdes no Ceu com ^ palma do martirio

com

na mao. Achais sem duvida que me previno

muita antecedencia, mas sei que e a unica ma-

neira de conseguir o meu intento, porque a vossa irmazinha (que nao e tida como tal senao por Je sus) flcarA certamente esqueclda na distrlbuiqao

de

vossas reliquias. Estou certa que vos rides de

mim,

mas nao faz mal. Se consentirdes em pagar

pequena

recreaqao que vos dou com 'os cabelos

urn futuro mirtir', fico bem recompensada

a

de

(Carta

de 1-11-1896)". "Recebi com alegria, ou antes com emoqao, as reliquias (trata-se da mecha de cabelos pedida pe-

la Santa ^ Roulland - Ver Carta CLXXVIII de 1 de Novembro de 1896) que vos dignastes enviar-me (Carta de 1-5-1897)". (Cartas de Santa Teresa do Menino Jesus, Obra das Vocaqoes Sacerdotais,

Salvador,

pp.

361, 362, 402 e 406 / Imprimatur:

Antonio. Bigpo Auxiliar, 30-9-1952).


u Qqcqi s

s

ceatga

ds gQiyi §• ^sblda dga aan^gi^

gu da igua □§ gua], ae layacam^ sag yenecadga cgmg

S9n|idgcii d§ ^ingigi

225. Cardeal ve-se curado depols de beber por urn copo que Sao Bernardo utlllzara

De uraa blografla de Sao Bernardo (1090-1153): "(Sao Bernardo) curou dlversas pessoas enfermas

tocando-as com as maos ou dando-lhes a

beber

agua benta. ^ proprlo cardeal Mateus se restabeleceu de urn vlolento ataque de febre depols de beber

por

urn

copo

que o santo utlllzara".

TaHIDE

77

LuddY> Bernardo de Ularavalj Editorial Aster, Llsboa, po 269).

226. Blspo recupera a saude ao

utlllzar-se de ^ prato do qual se

servlra Sao Bernard

v

De outra blografla do mesmo Sao Bernardo: "Qualquer colsa que (Sao Bernardo) tlvesse trazldo sobre si, era tlda por preclosa rellqula; ate um prato de barro, do qual se utlllzou uma vez

o_

Santo, bastou para restltulr a saude a um Blspo

aue comeu uns pedagos de pao e tomou um pouco de agua que havla mandado colocar nele". (P. PEDRO DE RIBADENEIRA SJ, Vlda de San Bernardo In Obras Com-


204.

Secgao II

pletas de San Bernardo I, BAG, Madrid, 1953, p. 38 7 Imprimatur: Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral. Madrid, 23-12-1953).

227. Um homem guardou como rellqula

2, copo usado por Sao""Joao da Cruz De uma vlda de Sao Joao da Cruz (1542-1591), colabprador de Santa Teresa na reforma do Carmelo: "Antao

so,

de la Bermeja e um homem bom e pledo-

Irmao tercelro do Carmo. Nao sabe como

qular

obse-

ao padre Prior (Sao Joao da Cruz), com cuja

presenga se consldera tao honrado, e Ihe oferece um copo de vlnho. Frel Joao o recusa, mas ante a inslstencla de Antao, bebe um pouco. 0 pledoso ho

mem

guarda £ copo como uma rellqula.~Klnguem tor-

nar£ a beber nele por cerca de trlnta anos, duran-

te

OS quals consegue conserv&-lo. 0 padre

da

Madre de Deus (o Asturlano) chega a ver o bopo

Alonso

e constata a estlroa com que o guarda Antao de la Bermeja. Ao morrer delxa-o a um parente seu, que o conserva com a mesma veneragao, ate que um dla se

quebra". (CRISOQONO DE JESUS CCD, Vlda ^ S^ Juan la Cruz, In Vlda ^ Obras de San Juan de la Cnaz, BAG, Madrid, 19t)4, p. 2tt7~7 Imprimatur: Jose de

Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., ll-5-19o4). 228. Por devocao, frelras chegam a tomar os restos de seus allmentos

Da mesma blografla de Sao JoSo da Cruz: "Tudo

Isto

faz com que a veneracao por

seu

Mestre esplrltual (Sao' Jo'So dia Cruz) seja a que se tem ^ um santo canonlzado. Quando entra na clausu-

ra, h5~Irmas que se p5em de Joelhos dlante dele e beijam-lhe as mgos e qs pes, como faz Isabel ^da Encarnagao. Outras vezes dlsputam as sobras da sua comlda. Atentas ao momento em que Frel. Joao EermT^

nou sua refeigSo, quando as IrmSs portelras recebem de volta os prajtos de barro, chegam as Frelras

como ^ porfia, comem o_ pao que sobra e^ bebem, como se fosse benta, a Agua que delxou no copo e, reparbem

Pelo

entre si as sobras do prato como colsa santa.

contrSrlo, nlnguem toca nas sobras do compa-


Secgao II

205*

riheiro

de Prel Joao, alnda que haja delxado as melhores colsas". (CRISOGONO DE JESUS OCD, Vlda de

San

Juan de la

Cruz, In Vlda ^ Obras de ^ Juan

^ li—Cruz,"5AC7nR[adrid,~T^l|, p. 238V Tiprlinatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964). 229. Uma paralltica fica curada ao comer das sobras do prato de Frei Isnardo

Do santo varao Frei Isnardo (sec. XIII), con— ta uma antiga vida dos Padres Dominicanos: "No convento de Pavia viveu um piedoso e fer-

voroso varao, pregador muito eloqiiente, charaado Prel Isnardo (Beato Isnardo), por raeio do qual Deus fez multos milagres, confirmados por testemunhas fiels

numa havla

paralltica que comeu das sobras que ele

delxado sobre a mesa, curou-se completamen-

te". (GERARDO DE FRACHET, Vida de los Frailes predicadores, in Santo Domingo de GuzmAn visto por

sus

contemporSneos, BAG, MadridT~19W, p. HI /

Imprimatur:

Casimiro, Obispo Aux. y

Vic. gen.,

30-5-1947).

230. Um conego sara ^ comer pedago ^ £|o subtr^do do prato de Sao Paulo ^ Cruz De

uma

historia

de

Sao

Paulo

da

Cruz

(I694-I775), que fundou a Congregagao dos Passionistas:

"0

conego Vespasiano de Sanctis, de Sonnino,

na diocese de Terracino, que JS sofria grande e perigosa hernia, foi atingido da 'miserere'. Nao havia mais esperangas; o fez com que Ihe fossem admlnlstrados os

de^ uma colica ^medico dltlmos

sacramentos. Na propria noite em que se contava ve-lo expirar, ele se lembrou ^ que tinha ^ penueno pedaco de p^, subtraldo ao Servo ^ Deus fsto Paulo da Cruz) durante seu .lantar na casa ^ iiiiPbenfeltor; fe-lo^ trazer, tomou algumas migalhas TTom—um pouco de agua e imediatamente entrou em um

profundo sono, que durou a noite toda. Quando acordou, de manha, encontrava-se completamente cu-


206.

Secgao II

rado; ate a hernia havia desaparecido. *Desde entao, acrescenta o venerlLvel Strambi (Sao Vicente Maria Strambi), contemporaneo do conego, ele goza de perfeita saude'". (LOUIS-TH. DE JESUS AGONISANT, Hiatoire de Saint Paul de la Croix, Librai-

rie H. Oudin, Editeur, Paris, ^la. ed., 1888, 613 / Cora aprovagao eclesilistica).

p.

231. "Bebo esta $p;ua porque nela ura santo lavou as raaos"

De

\iraa biografia de Sao Jose Benedito Cotto-

lengo (1786-18^12); "Corao deraonstragao do conceito que os asilados fazlam do seu padre (Sao Jose Benedito Cottolengo), basta este episodio. A IrraS Fernanda viu urn

dia uraa Ursulina, .••.

com alegrta e respeito

beber da $gua na qual o^ servo de Deus' Tavara as raSos. Interrogada pela superiora por que fazia^isto, ^ respondeu que bebia aquela $gua, porque ura

nela

santo lavara as raaos". (Mons. AQUILES GORRINO,

^o Jose Benedito Cottolengo, Vozes, Petropolis, 2a.

ed., 1952, p. 35^ / Com aprovaqao eclesillsti-

ca).

232. ApSs lavar os pes de Santa Clara, uraa freira bebeu aquela Agua, achando-a doce e saborosa

Depoimento cesso

de

da IrraS Ines de Oportulo, no Pro-

Canonizacao

de Santa

Clara

de

Assis

(1193-1253): "A

dep>oente contou finalmente que tendo

uraa

vez .conseguido ^ grandes instSncias, lavar os pes da Bein-aventurada Madre bebeu era sepgtida a Agua desse banho, a qual Ihe pareceu doce e tao saboro-

sa

que ela nTo saberia explicar. — Pbi-lhe

per-

guntado se alguraa outra IrraS havia tarabAra bebido dessa Agua; ela respondeu que nao, porque a referida

Madre

a Jogou fora iraediataraente, a fira

de

que ninguAra mala a deguatasse". (J*ai connu Madame

Sainte Claire — le procea de canoniaation

de

^inte Claire d'Aaaiae -- Lea E^fitiona du Cedre, Paria, 1961. p. 87 / Jinpriraatur: J. Qaston, Vic. gen. de Toulouae, 12-7-1960).


Ill A ^sDSlS dQi §§5^91

— njfisnig QSg

§ilii i§igniQ|§§ —

i E§c|lcu3s§rmeQts gnislQii

§81 QlbQi dQ| flil3, gug gi ii.Q§i dg SgQ§g§sl§ 3S §lSgl^i9

^gl8§

S 1^§3 ^Sy§g §§ Sl§§ S Si Sii 233- 03 6sculos eram tantoa que as mSos de Sao Bernardo Inchavam

De Sao Bernardo (1050-1153) nos conta o Padre

Teodoro Ratlsbonne, fundador daa Fllhas e dos MlsalonSrios de Nossa Senhora de Slon:

"Em

efeltoa

Toulouse

nao foram menos abundantea

oa

de suas palavraa (de Sao Bernardo); mas o

entualaamo

e as demonatraQoes de respelto que Ihe

manifeatavaro os habltantes da cldade, logo trouxe—

ram

serlas

Indlaposlqoes a Sao Bernardo.

Dlz-se

que

tantoa

Saculoa cobrlam suaa mgoa que

vdrlaa

vezea elaa Inchavam conslderavelmente como aconte-

ceu

tambem com os seus magroa e dellcadoa braqoa,

a ponto de nao poder mala dar a bengao". (M. 1'Ab be

RATISBONNE, The Life and Times of St. Bernard,

P. J. Kenedy, Excelsior Catholic Punishing House, New York, 1895> PP» M08-1|09). 23M. Aquelea que ae encontravam perto

dele bel.1avam-lhe os pea.~ Alnda de Sao Bernardo, narra outra

blografla

sua: "Ele (Sao Bernardo) fol recebldo pela popula-

gao com um entualaamo Indeacrltlvel: Jamala urn mo-


208.

Secgao II

narca

se vlu de tal manelra acl2imado. Esperado no

camlnho por uma enorme multldao, nao pode esqulvar-se aoa slnals de veneragao que Ihe prodlgallzavam.

O3 que se achavam perto dele, beljavam-lhe

OS pes; outros. mals ousados, cortavam ou rasgavam OS panos da sua vestlmenta para os conservar como

rellqulas. e ele entrou na cldade no meio de alas de doentes que foram colocados era seu camlnho para que OS curasse tocando-os. Pols se sabla que Deus

gostaya

de operar pelas m5os do abade de Claraval

rollagres que atestavara a sua vlrtude. Nos dlas segulntes, Invadlu-se o presblterlo onde ele se hos-

pedara, e se espreltavara os seus raovlmentos para o aclamar: ele flcava Impasslvel no raelo desta explosao de popularldade". (RENE DUMESNIL, Saint Bernard Horarae d'Action, Desclee de Brouwer et Cle, Edlteurs, Paris, 193^, pp. 87-88 / Iraprlraatur: V. Dupln, V. g., 2-3-193^).

235. Beljav.ara os pes do

Bera-aventurado~Zrordao da Saxonla, a sua partlda 'de Jerusalem Da

vlda do Bem-aventurado Jordao da

Saxonla

(II85-I237), dlsclpulo e sucessor de Sao Domlngos como Mestre Geral da Ordera dos Pregadores: "E tendo asslm comegado, contlnuou o bem-aventurado (JordSo da Saxonla) o seu dlscurso; e quando chegou o momento da separagao, os cavalel-

ros

vertlara lAgrlmas, beljavam seus p?3 e suas

vestes,

recomendando-se

Pe. ?r.

JOSEPH-PIE

Jourdaln

de

as suas oragoes".

MOTHON, Vie

du

(Kev,

Blenheureux

Saxe, Soclete Generale de

Llbralrle

Cathollque, Paris, I885, p. 306 / Imprl- matur: Pr. Thomas Pauclllon, Prior Provlnclalls, 10-9-18811).

236. SSo Francisco Xayler escrevla de .loelhos a Santo Inaclo.

pela grande devogao que Ihe tlnha...

Da

vlda

(II19I-I556),

de

pelo

Santo

InAclo

Padre Rlbadeneyra:

de

Loyola

"0 Padre


Secgao il

209.

Francisco Xavier, varao verdadeiramente^apostollco para mostrar a devocao e veneracao que Ihe tinha (a Santo Inacio). muitas vezes, quando_ Ihe escrevia cartas. escrevl-as de .joelhos". (PEDRO DE RIBADENEYRA SJ, Vida del bienaventurado Padre lenaclo de Loyola, In Historlas de la Contrarre-

forma, BA?J7 Madrid, 19^5» p. 3l5 /Imprimatur: Caslmlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen.). 237. ...como ele mesmo conta numa carta

Pecho

de uma carta de Sao Francisco Xavier a

Santo InSclo de Loyola:

"Asslra termlno, meu Pal zeloslsslmo de mlnha alma, com os .joelhos em terra enquanto esta escrevo

como se vos tlvesse presente. pedlndo a

vossa

siTnta Carldade que me recomendela raulto a Deus Nosso Senhor em vossos santos e devot.os sacrlflclos e oragoes, para que Ele me faga sentlr a sua santlsslma

gragas

vontade

nesta vlda presente e

me

de

para a cumprlr perfeltamente. Amem. E o

mesmo pego a todos os da Companhla / De Cochlm, em 12 de Janeiro de 15^9 / Vosso mlnlmo e mals Inutll fllho / Francisco". (San FRANCISCO JAVIER, Cartas V Escrltos de San Francisco Javier, BAC, Madrid,

1953»

P* 28^/ Imprimatur: Jose Maria, Ob. aux. y

Vic. gen., Madrid, 1-5-1953).

238. "Renunclarla a yer Sao Joao Batista para me lancar aos pes da

Madre^eresa e pedlr-lhe a bengao!" Le-se

em

uma

blografla

de

Santa

Teresa

(1515-1582), com aprovagao ecleslSstlca: "Francisco

de

de Salcedo, Caspar Daza,

Aranda, oP. Pedro IbfiKez,

nao

Gonzalo

todos estavam

JS

so convencldos, mas conqulstados: se qulsesse

podia faze-los passar pelo fundo de uma agulha, e nao

era ela que se prlvarla de o fazer. A venera-

gao que o santo fldalgo Ihe dedlcava nao tardarla a

tornar—se tao espetacular como o tlnham sldo as

suas ddvidas:


210.

Secgao II - Se

estava

me viessem dlzer que S. Joao

Batista

as portas de Avila e a Madre Teresa noutro

ponto da cldade, renunciaria a ver S. Joao Batista para me lanqar aos pes da Madre Teresa ^ pedir-lhe

a~berVgo;'. (MARCELLE AUCLAIR. Santa Teresa de Avlla^ a Dama Errante de Deus, Livraria Apostolado da Tiiiprensa, Porto, 1^9, P« 121 / Imprimatur; Plorentinus, ep. Aux., ^-9-1958). 239- Frades a.joelhados pedem a benqao a Santa Teresa

Conta

o

famoso historiador

William

Thomas

Walsh, sobre Santa Teresa de Jesus (1515-1582): "A medida que a carroQa que a levava (a Santa Teresa) la atravessando os povoados do campo frio,

o

povo

sala ao seu encontro para ve-la, pois

JA

entao se havla estendido largamente o seu pre^tlgio, e corrla rapidamente a notlcla de sua passagem por all. "Em uma casa de Villarrobledo, .onde se deteve

para

comer, as pessoas se alvorogaram de tal

nelra

ma-

que quebraram a porta e as Janelas para ve-

-la, e as autoridades tiveram que deter alguns. Em

outro povoado, ela preclsou sair horas antes amanhecer, para escapar a nervosa curiosidade publico. Pedlam-lhe que abencoasse ^ multidgo em

do do e^

alguns lugares. Inclusive que abengoasse o ga-

do. ^ mostelro Descalgo de Nossa Senhora do Socorro, o^ frades salram para recebe-la em procissao' ^ depois de se terem a.loelhado diante dela,

pedindo

sua

benqao, escoltaram-na aFe

a" igreja

cantando ~o~5^~D|u^. (WILLIAM THOMAS WALSH. Santa Teresa

de Avila, Espasa-Calpe, Madrid, 1951,

pp»

572-573).

2^10. ^ chegarem Junto ao leito de morte de Berchmans, muitos Religiosos se ajoelharam

De

uma

biografia

de

Sao

Joao

Berchmans

(1599-1621): "Os outros irmaos, menos felizes, cercavam as

portas

da enfermaria. Mas o Reitor, J^lgo^ melhor


Secgao II

211.

Interdlzer-lhes a entrada, receando

que o enfenno

se extenuasse de fatlga com novos entretenlmentos.

Berchmans velo a saber dlsso, e prevendo que nao verla mals seus Irmaos, se nao os vlsse naquele dla,

supllcou

ao Superior que levantasse

a

sua

prolblgao. 0 Reltor nao ousou reslstir a um desejo que Julgava Inspirado por Deus; e todos os religlosos vieram cada um por sua vez visitar o santo

irmao. ^ chegarem Junto ao leito, multos ajoelharam-se,

e Joao nao o conseguiu impedir

Al-

guns conslgnaram nos seiis testemunhos escritos, aqueles derradeiros avisos de Sao Joao, fazendo observar

de

que o

santo morlbundo falava com um torn

irresistlvel autorldade. Todos estavara estupe-

fatos

da

sentlam

majestade sobrehumana da sua voz; todos

que o proprlo Deus falava pela sua boca".

(Ps• !»• J• CROS SJ, Vlda de S. Joao B^r-* chmans, Duprat & Comp., Sao Paulo, 1912, p. 3ET~7 Com licenga da. autorldade ecleslSstlca). 2^11. Multos se prostravam dlantfe dele para Ihe beljar os pea

De

uma

vlda de Sao Paulo da Cruz, fundador

dos Passlonlstas (169^1-1775):

"Tendo chegado a Orbetello ao anoltecer, (Sao Paulo

da Cruz) fol obrlgado a flcar Ifi todo o dla

segulnte por causa da raulta chuva. Bastou este dla 80 para que a cldade era peso, lerabrando-se das

ralssoes, prodlglos, trabalhos, beraquerenga e carldade do Servo de Deus, se pusesse em movlmento, e todas

as classes Ihe dessem provas dos raals

dials

sentlmentos

Julgando—se

todos

de afeto, veneragSo e

cor

estlraa,

fellzes de tornar a ver o

seu

santo mlsslonSrlo. Quando ele sala de casa para Ir a Igreja ou para fazer alguma vlslta IndlspensSvel, o cercavam uns para Ihe tomar a b^ncao. outros para proslrar-se dlanEe dele e1)eljar-lhe os Pe3, outros enflra para Ihe cortar algum pedaclnho 02 h<lblto e levA-lo conslgo. guardando como rellqula; e tao grande era a raassa do povo que o cercava, que nSo consegula llvrar-se daquela santa Importunldade". (Pe. PIO DO NOME DE MARIA, Vlda de Sao Paulo da Cruz, Imprensa Pontlflcla do Instltu^

to

BTo

^177 Roma, 191^, p. 125 / Imprimatur: Pr.

Albertus Lepldl OP, SPA Maglster).


212.

SecQao II

2li2. Entravam por um lado ^ salatn pop outro, apos terem osculado a mac de Bernadette Da

vlda

de

Santa

Bernadette

Soublrous

(181i4-1879) pelo Conego Trochu: "Como expllcar entao, senao per Impulse espontaneo, este entuslasmo Que levava 'todo um povo' ^ segulr ^ SOS—aa Tovem vldente, ate 'encher per complete a rua" de Petits-Fosses•? 'Dlr-se-la, declara no mesmo memento o comlssSrlo da pollcla, que nlnguem

quls delxar ^ cldade sem ^ ^ perto*. •Os que estavam mals proximo da casa tinham

conseguido entrar', conta o cabouquelro Martin Tarbes, e os out.ros qulseram fazer o mesmo. Eu tlnha entrado com Bernadette. Plzemo-la sublr para o prlmelro andar, na casa de SaJou3,-e as pessoas coraecaram a entrar em flla Indiana- como quem val as

oferendas. AJudel a fazer desfllar o povo; eiv:

travam per urn lado e_ salam por outro depols de^ t^ rem apertado a map a_ Bernadette ou ^ a terem bel-

Jado. Isto durou bem duas boras'. 'Segul-a ate a casa', exclama Jeanne—Marie Adrian, o^pra— zer de a bel.lar com tp^ o ardor ^ meu coraQao'".

TPHANCIS trochu, Bernadette Soublrous, ^Editorial Aster, Llvrarla Flamboyant'^ Llsboa-Sao Paulo,

1958, p. 181 / Imprimatur: Ernesto, Arceblspo-Blspo de Colmbra). 2M3. Prelado do Vatlcano obstlna-se em

receber a ben^o da Madre Ines de Jesus

Da clrciilar do Carmelo de Llsleux sobre a Ma dre Ines de Jesus, Irma de Santa Tereslnha; "Como n3o recordar esta cena emoclonante

de

um Prelado ^ Vatlcano, futuro Cardeal, admltldo a fazer tima peregrlna^ao ao Interior do Mostelro? No memento de partir, no umbral da porta da clausura, como a Prlora (Madre Ines) se ajoelhasse para re ceber sua bengao, vlram-no colocar-se ele mesmo de

loelhos de ter

dlante dela, recusando leyantar-se antes aido abencoado~pela 'MSezlnha' Ha Santa

7H"anta"Tereslnha). Nas grades do locutorlo, o raes-

mo fate se renovarS vArlas re" de Salnte Therese de Jesus— Carmel'de Llsleux, i—giTr-le-Duc, 1953, p. 99

vezes". "Petite MeLlsleux. Mere Agnes de L'lmprlmerle Saint-Paul

/ Imprimatur: Prangols-Marle Plcaud, Eveque de Bayeux e Llsleux).


Ull

A CQDtlaQSi na Qr§siQ fi DQS njeritgi gQ| s|ntQ|

lfi¥i 93 Clfila a cfiCQEcecei

I aua IntecceaalQ BfiE§Dt§ ggyg^

ffleaog 4 distingig

24l|. Santo Afonso enslna: "E llclto

£ proveltoso Invocar em nosso auxlllo os aantoa alnda vlvos"

Do

conhecldo llvro de Santo Afonso Maria

de

Ligorio, Doutor da Igreja (1696-1787), sobre o va lor da ora^ao:

tos?

"A

® bom recorrer ^ IntercessSo dos san-

— Vem aqui a duvida se ser£ necessfirlo

re

correr a intercessao dos santos para obter a divi-

na

graga.

como

Que e llclto e utll Invocar os

Intercessores,

merltos

rltos

para eles Impetrarem,

santos pelos

de Jesus Crlsto, o que nos por nossos me-

nao somos dlgnos de receber, e doutrlna

Igreja,

da

como declarou o Conclllo de Trento (Sess.

25, dec. de Inv. Sanct.): 'E bom e^utll Invocar humlldemente

os santos, e recorrer a sua protegao

e Intercessao para Impetrar beneflclos de Deus pelo seu dlvlno Pllho Jesus Crlsto'. Essa Invocagao dos santos fora reprovada pelo Implo Calvlno, mas

contra Invocar

toda

a razSo; pols ^ llclto e

proveltoso

em nosso auxlllo os santosaThda Vlvos

pedlr-lhes

e

nos ajudem com suas oracoes; asslm fa-

zla o profeta Baruc (1, 13), dlzendo: 'E por nos mesmos rogal ao Senhor nosso Deus'; e asslm S.

Paulo, dlzendo: 'Irmao, rogal por n6s' (1 Tes 5, 25). Deus mesmo quls que os amlgos de Job ^ reco-


214.

Secgao II

mendassem as oracoes dele. para aue. pelos merltos

de

Job.

Job...

Ihes fosse proplclo. 'Ide ao

mltlrel pols,

nao

meu

servo

o meu servo Job, porem, orarS por v6s; ad-

proplclo

e

se"rS

a sua prece' (Job 42, 8). Se,

llcito recomendar-se aos vlvos, por

que

permitido invocar os santos que no

ceu

mais de perto gozam de Deus? Isso nao e derrogar a

honra que se deve a Deus, mas e duplic^-la, como o e honrar o rel nao so na sua pessoa como na pessoa

de

seus

util

servos. E por Isso que S. TomSs diz

ser

recorrer a muitos santos, porque 'pelas ora-

goes de muitos as vezes se alcanqa o que pela ora-

gao

de

45).

aos

urn so nao se obteria* (In 4 sent.

dist.

PoderS alguem objetar: de que serve recorrer

santos, para que orem por nos, quando eles ji

intercedero por todos quantos sao dignos disso? Responde o mesmo santo doutor que 'alguns nao seriam dignos de que os santos r'ogassem por eles; mas eles se tornara dignos por recorrerem com devogao aos santos' (Ibid, ad 5)". (S. AFONSO MARIA DE LIGORIO, A Oragao, o Grande Meio da Salvacao, Vozes, Petropolls, 3a. ed., lybb, pp. 27-20 / Com

aprovaqSo eclesiistica). 245. "E porque nao honrarmos os santos que estao no ceu, se honramos os que se acham na terra?"

Diz

o antigo e venerando Goffine - Manual do

CristSo:

"Os

santos sSo todas as criaturas racionais,

anjos ou homens, que Deus admitiu S. partlcipaqSo de sua gl6ria eterna, nomeadamente os cristaos canonizados pelos Soberanos Pontlfices. "Honramos os santos como os amigos e servido-

res de Deus, a quem Ele encheu dos seus mais ricos dons e das suas gragas mais preciosas. 0 culto

pois

que

Ihes rendemos S um culto

religioso,

e

fundado na sobrenatural excelencia dos santos que dele sao objeto; a esse culto chama-se culto de dulia.

"Nada tern este culto de contrArio ao primeiro mandamento, que nos manda adorar a Deus, a Deus so; porquanto, digam, rointam e caluniero os hereges

quanto

quiserem, nSo adoraroos os santos, nao Ihes


Secgao II

215-

rendemos

o

culto de latrla, que so

a

divlndade

pertence.

Adoramos a Deus per sua Inflnlta

lencla

santldade soberana. Honramos os

pelos

excesantos

reflexes da santldade que Deus neles estam-

pou. mos

e

Muito diverse pels e e culte que Ihes rende de que rendemos a Deus, fente suprema de

excelencia

sua

e de sua santldade; e essa mesma henra

que rendemos aos santos, per causa de sua santlda de

refletlda, remonta para Deus, que e dela prin

ciple. A Deus e que proprlamente honramos nos san

tos, de

pels tal honra nos merecem so pela santldade

Deus neles refletlda. Nessa qualldade de

per-

felqao tennlna toda a gloria que rendemos aos san tos. E porque nao honrarlamos os santos que estao no ceu, se honramos os que se acham na terra? Se

^o respelt^vels nos torna os homens que ^ possuem a

santldade

nao

Inlclada neste exlllo, que

respelto

merece ^ santldade consumada dos cldadaos

do

Ceu'. tao estreltamente unldos ^ Deus na comparticipaqao de sua gl6rla?~l*or Isso e da mals alta antlguldade na Igreja o culto dos santos, come atest£un estas palavras de S. Clprlano: Wartyrum passlones

et

dies annlversarla

commemoratlone

ce-

lebramusTLlb. V, eplst. 50"- (GOFFINE. Manual do Crlstao,

Rio

de

Janeiro,

9a.

ed.,

1915>

pp.

6b3-bb4 / Imprimatur: Pe. Dehaene). 216. "Nos invocamos os Santos que

estao sobre a terra ^ nos aproveltamos de seu credlto Junto a Deus" Enslna

o

Padre

Gaussens em

seu

Curso

de

Instrugao Rellglosa:

nos

"Nos Invocamos os santos que estao na terra ^ aproveltamos de seu credlto Junto ^ Deus para

noi obter favores ou afastar desgraqas."Noises obteve

seu Deus

mals

de uma vez do Altlsslmo o perdSo

povo. J6 rezou por seus amlgos, a flm de Ihes perdoasse

a Inconslderagao da

para

que

lingua-

gem. Sao Paulo se recomendava dlarlamente Us oraQoes dos fleis e ele mesmo nSo cessava de rezar por eles.

"Se OS santos tem poder Junto a_ Deus enquanto estao aqul na terra, e s^ sua Intervencao entao nos pode ser proveltosa, quando eles estao no ceu,


216.

Secgao II

serlam menos poderosoa, ou menos bona para noa, ou menoa tocadoa pelaa noaaaa mlaerlas? ....

"Rezemoa

pola aoa aantoa, meua Irmaoa, e nao

temamoa, ao rezar a elea, de aubatltul-loa aoa m6-

rltoa e a gl6rla da medlaQao de Jeaua Crlato.^Nao, o que n6a obtlvermoa por melo doa aantoa, noa o obtererooa era vlrtude deasa raedlaQao dlvlna. Jeaua

Crlato e serapre o Intermedlfirlo neceaafirlo entre Deua e n6a, quer noa dlrljaraoa a Deua dlretaraente,

quer recorraraoa a Interceaaao doa aantoa. E aem— pre, notal bera, 'por Noaao Senhor Jeaua Crlato' que noa rezaraoa, per doralnura noatrura Jeaura Chria— tura. E vede pola a diferenqa da forraula que erapre-

garaoa com rela^ao aoa aantoa e com rela^ao a Jeaua Crlato. Aoa aantoa dlzemoa; Rogal por noa! a Jeaua Crlato: Tende pledade de noa! Tudo o que pedlmoa

aoa aantoa, e que elea rezera por n6a. Noa Ihea reconheceraoa

ura poder, e verdade, raaa ura poder

au-

pllcante, e por conaeqiiencla urn poder dependente, e que nao tern efelto aenao peloa raerltoa dAquele por quern auaa oragoea chegara ate Deua, por Jeaua Crlato Noaao Senhor, per doralnura noatrura Jeaura Chrlatura.

"Honreraoa

pa aantoa, raeua Irmaoa, rezemoa

a

elea. Elea Intercederao por noa. E neata perrauta tocante de teatemunhoa reclprocoa, de reapelto, de

conflanga £ de carldade que conalate a coraunha^ doa aantoa da terra com oa aantoa do ceu. Poaaamoa

noa

recolher dlaao oa precloaoa frutoa! Aaalm ae-

Ja". (M. I'Abbe GAUSSENS, Coura Coraplet d'Inatructlona,

190b,

Llbralrle Victor Lecoffre, Parla, 3a. ed.,

pp.

Eminence deaux).

le

25^ a 256 / Ouvrage approuve Cardinal Donnet archeveque

par de

aon Bor

217. Deveraoa pedlr a Interceaaao dos Santoa, quer daquelea que JA eatao no Ceu, quer daquelea que alnda vlvera neata terra

Enalna o Jeaulta Padre Reralglo Vllarlno Ugarte:

"Deveraoa rezar aoa An.joa ^ aoa Santoa? — Nao

hA

duvlda,

deveraoa

na Igreja Catollc^,

que podemoa

rezar tambem aoa Anjoa e aoa Santoa.

e Al-


Secgao II guns", aos

hereges ou equlvocados, dlsserara que

rezar

Santos e fazer Injurla a Crlsto, como se

bastasse

que

217.

a

nao

intercessao dEle e seus merltos. E

aflrmam os protestantes. Eles, que alegam

o

as

Escrlturas, podem ler nelas que os Apostolos rogavam aos flels que rezassem por eles e por todos. Sao Paulo pede que rezem por ele e orem uns pelos outros. E Sao Tiago recomenda que quando haja al-

gum por

enfermo, levem-no ao Presbltero e este reze ele. ^ fosse uma In.jurla contra Jesus Crlsto

invocar aos Santos, seria tambem uma In.jurla pedir

aos

vivos que se.jam nossos Intercessores. Mas nao

e assim. Porque nao e por necessidade que devemos rezar aos Santos, mas porque Nosso Senhor assim

dispos: que os irmaos na Igreja noa ajudemos uns aos outros para estarmos mais unidos. Aderaais, Deus quer honrar os seus servos concedendo por meio deles o que as vezes nao concede quando invocamos a Ele so. Dizem alguns que os Santos nao conhecem nossas suplicas; isso porem e falso: eles

as

podem conhecer, e Deus Ihes dS a conhecer

por

um dos tantos meios de que dispoe para isso.

"A que Santos podemos rezar. — Convem esclarecer b que se entende ou se pode entender por Santos. Santo e, no sentido mais amplo, todo aque-

le que

tern a graqa~iantificante. bu~ seja, todo

JustoT"esteja ele vivo, ou no Ceu.

para que pos-

samos. rezar a alguem, basta saber que e \m

bom

e

devemos

homero

que ^ encontra em estado de graga, o

que

crer de todos enquanto nao conste o

con~

tririo. E de muitos podemos crer que estao no Ceu, porque viveram e morreram bem; ou porque morreram sera perder a inocencia, como, por exemplo, as

criangas batizadas que morreram antes de chegar ao uso

da razao e de se tornarem capazes de pecar. ^

^ todos estes - em oragSes particulares - podemos dirigir nossas suplicas e pedir-lbes "^e roguem a Deus por nos. Mas na oragao publics e no culto oficial so podemos rezar aos Santos canonizados, ou ao menos beatificados.

que e_ um Santo. — Como dissemos, Santo £ aquele""qu'e~tenr a~graQa santificante, isto £, aquele que nao tem pecado mortal. E assim Sao Paulo, ^ando~ dirigia suas cartas e saudagoes aos cristaos, chamava-os Santos, porque, supondo que erara bons

cristaos,

Julgava que estavam na

graga

de

Deus. Quando escrevia aos cristaos de Roma, dizia:


218.

Secgao II

•A todos OS amlgos de Deus chamados Santos que estao

em

Roma*. E do mesmo modo fala das

esmolas

que se recolhem entre os Santos; e a si mesmo se chama o ultimo dos Santos e aconselha que para di-

rimir querelas nao se acuda aos gentios, mas a urn Santo. E que, no seu estilo, dizer santo era o mesmo que dizer cristao. Entretanto, na linp;uap;em

ho.le JS corrente, entendemos propriamente por San to alguem que teve especial merito e^ excelencla de virtudes. E, em rigor, para dar a alguem o titulo de Santo, e preciso que a Igreja o tenha canonizado". (REMIGIO VILARinO UGARTE SJ, Puntos de Cateclsmo. Editorial "El Mensajero del Gorazon de Je

sus", Bilbao, 12a. ed., 1962, pp. Sl'l-SlS / Imprimatur:

Paulus,

Episcopus

Plaviobrigensis,

IT:T^1962). 218. "Eu pensarei em ti diante de Deus" De uma (1170-1221):

"Pedro

vida

de

Sao

Domingos

de

Gusm3o

Cellani alega sua ignorSncia, a falta

de livros em que se encontra. Domingos Ihe responde com uma confianga intrepida em Deus: 'Vai, meu filho, vai 3em medo; duas vezes por dia eu pensa

rei ^em

diante de Deus; nao tenhas duvlda. Ga-

nharis muitas almas, produzirSs frutos, crescerSs e te multiplicarfis, e o Senhor estard contigo*. Pedro Cellani contava mais tarde, na intlmidade, que todas as vezes que se sentira perturbado inte

rior ou exteriormente, lembrara-se desta promessa, invocando Deus e Domingos, e tudo IBe correra bem". (Rev. Pe. HEWRI-DOMINIQUg Cj^ORDmE. Vie de Saint Dominique, Ancienne Librairie Poussielgue,

Parts, 1922, p. 212 / Com aprovagao eclesifistica). 219* Hilagrosamente curada

depois de invocar "a Santrssima Virgem e Prei ^dro, seu pregador"

Conta uma antiga Vida dos Prades Pregadores: "Na Provlncia da Espanha, existiu um fervoroslssimo pregador, venerfivel e virtuoso, de origem cataia, chamado Prei Pedro Sendra, em cuja vida


SecQao II

219'

Deus operou multos milagres• Entre os quals con tain—se estes, que foram garantldos per Juramento de testemunhas: treze cego3> quatro surdos, sete

coxos, cinco entrevados e vlnte e quatro enfermos

em

perlgo de morte, os quals apenas pelo toque de

sua mao e a InvocaQao do norae de Jesus Crlsto, ficaram perfeltamente curados. "Certa mulher, encurvada e entrevada de corpo inteiro, fez com que a levassem a ouvir urn de seus sermoes; e como pela afluencia de pessoas nao pudesse chegar ate ele, quando os fieis se afasta-

ram, tomou as cascas de urn salgueiro, no qual se havla sentado frade> e^, depois de invocar Santlssima Virg^ ^ Frei Pedro, seu ^pregador, tocou com elas as artlculagoes de seus membrosj no mesmo

momento, como se fossem de cera, elas comegaram^a esticar-se, rangendo: e a mulher se pos de pe, louvando as magnificencias de,Deus". (GERARDO DE PRACHET, Vida de los Frailes Pre'dicadores, In Santo Domingo de GuzmAn visto por sus contemporAHeos, bag, Madrid, 19^7, p. THT THTmprlmaturi Casimlro, Oblspo Aux. y Vic. gen., 30-5-19'*7). 250. 0 Papa Gregorio IX se via atendido quando

recorria as oraqoes de Santa Clara De

um livro de escritos e documentos contem—

porAneos de Santa Clara (1193-1253)1 "Nao

sem razao, o Senhor Papa Gregdrio (Gre

gorio IX) tinha uma fe extraordinAria nas oragSes de

Santa Clara, cuja protegao havia experimentado

ser eficaz. Muitas vezes, quando -surgia, como cos-

tuma

acontecer,

quando

era

elevado

crito

alguma nova- dificuldade,

Bispo de Ostia, como depois

que

tanto

foi

ao cume do Apostolado, suplicando por es-

a mencionada virgem, logo apos ter feito

o

pedido, experimentava a ajuda. Uma coisa A inquestionAvel:

que

a atitude do Papa, ao mesmo

tempo

que e notAvel pela humildade, ^ digna de ser imitada com todo empenho, uma vez que o_ vigArio de Cristo

comenda

pede a aJuda da escrava de Cristo

re-

as suas virtudes. Sabia Judiciosamente

o

que *pode o amor e que facil acesso e franqueado As virgens puras ante o coneistdrio da Hajestade. Se certamente

o Rei dos Ceus, a si mesmo se

entrega


220.

Secgao II

aqueles

que

conceder,

o amam com fervor, o qua nao

ha

caso seja convenlente, aqueles que

de

Ihe

pedem com devogao?" (SANTA CLARA, Escrltos de San-

ta Clara y Documentos Contemporaneos, BAC, Hadrld, T^yTTTp^ TSW251. Invocado alnda em vlda, Sao Nlcolau de Barl

salva urn navlo do naufr^Rlo De uma vlda de Sao Nlcolau de Barl, Arceblspo de Mlra - Asia Menor (sec. IV):

"Creem alguns autores que em certa ocaslao urn anjo tomou a flgura de Sao Nlcolau de Barl para levar a cabo urn favor rallagroso e contam como fol Isso.

Um navlo fez-se ao mar, salndo do porto

Clllcla,

de

quando no golfo do mesroo noroe desatou-se

uma borrasca que fazla temer um naufrAglo. Os marlnhelros JA se tlnham abandonado ao Impulso das ondas, e tudo o que fazlam era esperar o temldo momento. Mas um dos trlpulantes do navlo tlnha no-

tlcla

do grande poder e dos mllagres de Sao Nlco

lau,

e

comegou a lnvocA-lo;~unlram-se os

demals

marlnhelros as suas oragoes, embora nada soubessem ate entao do nosso Santo. Logo apareceu entre eles Sao Nlcolau, anlmando-os e dando-lhea a seguranga

de serem salvos; o Santo mesmo tomou o tlmAo e governou o navlo; em pouco tempo, aplacados os ventos, renasceu no mar a serenldade e a calma. Mas a tempestade havla causado grandes destrogos na na ve, rompendo os cordames e as velas; Sao Nlcolau sublu no mals alto do mastro para ajudar a recolocA-las.

Todos estavam assombrados olhando Sao Nl

colau e vendo que tudo se consertava com tal facllldade. 0 que nao terlam felto bons marlnhelros em

multas comegou

horas,

fazla-se agora num Instante.

Logo

o navlo a navegar com vento prospero para

as costas de Llcla e o Santo desapareceu. "Logo que avlstaram os montes de Llcla, marlnhelros

os

decldlram desembarcar no porto de An-

dronlca, o mals proximo de Mlra, com a flnalldade de agradecer a Sao Nlcolau pelo seu mllagroso f%-

yor. OfIclo

EnconTraram dlvlno

reconheceram

o Santo~na Igreja, cantando o_

com seus clFrlgos

que

Imedlatamente

tlnha sldo ele mesmo que

havla


Secgao II

221.

estado no navlo. Atiraram-se aos seus pes, dandofervorosas gragas per ter-lhes salvo a vlda.

Mas o Santo, fazendo-se de desentendldo, Ihes dlsse: 'Irmaos, dal gragas a Deus de te-los livrado

dos perlgos, pols em Suas maos estao a vlda e a morte, porque e o Senhor dos mares e dos ventos, e nao a mlm, que sou um pecador miser^vel". (Dr. D. LORENZO ALONSO RUEDA, Vlda de San Nicolas de Bari,

Arzobispp

de'Mira y Taumaturgo, Apostolado de

Prensa, 5.A., MadriH", 1953, pp. 62 a 65).

la

252. "Mai havlamos pronunclado o nome de Catarlna, sentimo-nos Guriosamente reconfortados"

Do

livro de Johannes Joergensen sobre

Santa

Catarlna de Siena (13^7-1380): gula

"Quando vlajavam seus dlsclpulos, ela os seera esplrlto e, multas vezes, ^ melo de uma

conversa delxava a reuniap das Mantellate para Ir rezar, dlzendp: 'Ouco o chamado dos meus fllhos

Querldos'. Habltualmente, vlnham elas a_ saber depols que algum dentre eles havla corrldo algum pe-

rlgo e_ que dele fora afastado pela oragao de Catarlna.

Prel Tommaso della Ponte e Prel Qlorglo

dl

Nadda escaparam asslra das raSos de salteadores entre Sena e Montepulclano. Mais tarde, em perlgo

anSlogo, Stefano Maconl recorreu ao mesmo melo ^ defesa, pronunclando o^ nome de sua Mamma. Prel Bartolommeo

dl

Domlnlcl, estando era

oragao,

na

Igreja de Santa Maria Novella, era Plorenga, fol acometldo

por vlolento combate esplrltual. Repen-

tlnamente, a consolagao e a luz aflulram a sua al ma. gragas ^s preces de Catarlna dlante do de Sao Pedro Mdrtlr, em Sena.

altar

"Nas palavras que se seguero, Prancesco Malavoltl dfi, talvez, o mals belo testemunho da prote-

gao que ela dlspensava aos que Ihe eram querldos: •No

tempo em que eu alnda trazla

roupas

de

secular (fol no Inlclo da mlnha conversao), comblnamos um dla, meu amlgo Nerl e eu, Irmos Juntos ao Monasterlo de Monte Ollveto, sltuado a quarenta mllhas de Sena. Pol durante a quaresma. Projetamos

fazer uma llgelra refelgao nuraa cldade chaunada Asclano, a dols tergos do cEunlnho, aproxlmadamente.


Santa

Catarinn de Siena 8 umadevota.

Afresco de Andrea

Vanni, seu irmao emreli-

^ao 6 discipulo (s6c. XIV), na Igreja de Sao Do-

mingos, de Siena.


SecQSo II

223.

Como, por^m, nao sentlsaemoB fome alguma ao chegar a Aaclano, resolvemos contlnuar o camlnho e tomar nossa refelgao no convento, com os padres, pols

parecla-nos fficll suportar ate Ifi o nosso JeJum. No entanto, apenas havlamos atlngldo a dlstfincla de

uma

mllha, sentlmo-nos de tal modo

esgotados

que tivemos que nos sentar. Est&vamos tao cansados e fracos que nos parecla Imposslvel prossegulr. Nenhuma habltaqao exlstla pelas redondezas. Enquanto comentfi.vamos tao trlste situagao, aconte— ceu-nos falar em Catarlna, ^ vlrgem bendltal Mai havlamos

pronunclado seu nome, sentlmo—nos curio—

samente reconfortados. Levantamo-nos entao e, ape-

sar lha

da subida penosa, percorreraos ainda outra ml falando sempre da serva de Deus. Bern, longe de

Iraaglnar

donde nos vlnha aquela provlsao de

for-

gas, delxamos, apos certo tempo, ^ falar da esposa

de Crlsto, passando a outro assunto. De novo a

fraqueza nos entorpeceu, obrlgando-nos a repousar.

Mas

o'5'enhor, que querla abrlr nossos olhos,

fez

voltar aos nossos l&blos o_ nome da nossa mae. ^ as forgas, como por mllagre, nos voltaram. Percorremos, entao, com facllldade, o resto do camlnho,

compreendendo aflnal o que, a principle, nos escapara e sorrlndo de nao termos logo percebldo donde

nos

vlnha

meta,

o auxlllo. ^ asslm alcangamos ^ nossa

repetlndo, numerosas vezes, o nome

bendlto

de Catarlna' (TTs. Gasanat. fi!\ )". (JOHANNES JOERGENSEN, Santa Catarlna de Sena, Edltora

Vozes, PetroDolls. 19^^. PP. 1'<6-Tr7 / Imprimatur: Por comlssao especial do Exmo. Revmo. Blspo de Nl-

terol, D. Jose Perelra Alves, Prel Atlco Eyng 0PM, Petropolls).

253. "Depols de Deus e ^ Bem-aventurada Vlrgem Maria, a nenhuma outra crlatura me slnto mals

reconhecldo que a esta doce vlrgem Catarlna" Do

llvro

(1347-1380),

sobre

Santa

Catarlna

de

Siena

do conhecldo escrltor Johannes Joer-

gensen:

"Entre

slao,

os disclpulos presentes naquela

Caffarlnl

menclona Stefano

Maconl

oca-

(Beato

Estevao) Quer a lenda que, enquanto ele rezava em Sena, na capela da Irmandade da Scala, te-


224.

Secgao II

nha ouvldo uma voz que asslm exortava: 'Parte para Roma, nao hesltes mals, a morte de tua Mamma esta

proxlma!' E atendendo ao chamado, ele partlu e alnda chegou a tempo. 'Catarina vlvla seus ultlraos momentos, conta ele, e revelou a cada um de nos,

em

particular, o que devlamos fazer depois de sua

morte. Voltando-ae para mim, deslgnou-me com o dedo e disse: 'Eu te recomendo, em nome de Deus e da

santa

obediencia, que entres na ordem do3 Cartu— xos, pois e essa a ordem para a qual Deus te esco-

Iheu

e te chama!... quando asslm me falou Catari

na, contlnua Stefano mals adlante, (nesta epoca, outubro

de

IMII, ele JS hS. multo usava o

hablto

branco e estava Instalado na Gertosa dl Pavla, co—

mo

superior geral de sua ordem), — devo confes-

sar, para confusao ralnha, tao pouco eu pensava em entrar para os Cartuxos como qualquer outra or dem Mas nao posso delxar de dlzer que, de-

pols

de Deus T^a^enPaventuradiT^rrgem Maria, _a

nenhuma

outra crlatura slnto-me mals

reconhecldo

que ^esta dqce vlrgem Catarina ^ reconheco que, se houve Jamals em mim algura bera, a ela o atrlbuo'

—D5mnl StephanFT

(J^lANNES

JOERGENSEN,

Santa Catarina de Sena, Edltora Vozes, Petropolls,

1944, pp. 332-3"^ / Imprimatur: Por comlssao espe cial do Exmo. Revmo. Blspo de Nlterol, D. Jose Pe-

reira Alves, Prel Atlco Eyng OFM, Petropolls). 254. Recomendava-se a InAclo, propondo a Deus sua santldade

De

uma

blografla de Santo InAclo de

Loyola

(1491-1556): "Alem do amor, Francisco Xavler consagrava ao

seu santo pal (Santo InAclo) verdadelra venera^ao; e asslm, quando se via engolfado em perlgos e qua-

se a ponto de sogobrar, recomendava-se ^ ele, propondo a Deus a sua santldade, para que, roedlante ela, o llvrasse. como de fato llvrava" (Santo InAclo alnda estava vivo, pols Sao Francisco Xavler faleceu quatro anos antes dele). (Pe. ALVINO BERTHOLDO BRAUN SJ, Santo InAclo de Loyola, Vozes,

Petr6polls, 3a. ed., 1956, P* 25^ / Com aprovagao ecleslAstlca)•


Secgao II

225.

255« Padre supllca a Deus pelos merltos do Padre Inaclo,

alnda vivo, e ^ ve atendldo

Mais uma vez a Vlda de Santo InSclo de Loyola pelo conhecldo hlstorladoi* Jesulta, Padre Pedro de Rlbadeneyra:

"0

Padre Claudlo Jayo, vlvendo alnda o Padre

Inaclo, estando multo Incomodado por uma gravlsalma dor de estomago, estando em vlagem e achando-se

sera

nenhura

remedlo huraano, voltou-se para

Nosso

Senhor, supllcando-lhe pelos raereclraentos de nosso

Pal Inlclo, que o llvrasse daquele Incomodo e dor, e logo fol llvre deles". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola.

In

Histories de la Contrarreforina, BXC.

drld, 19^5, p. 312 / Imprimatur; po

Aux.

y

RiP

Caslmlro, Obls-

Vic. Gen., 31-3-19'l5).

256» Armava-se, como de um escudo, da memorla, do nome £ da Intercessao do Padre Ingclo

Conta

o Pe. Rlbadeneyra sobre Sao

Francisco

Xavier (1506-1532) o Apostolo das Indlas:

"(Sao

Francisco Xavier) pedla-lhe Instrugoes

(a Santo Inficio) e conselhos Id da India sobre co mo havla de converter os Infleis. E dlzla que os pedla, para que Nosso Senhor nao o castlgasse por nao ter sabldo aproveltar-se da luz e esplrlto de

seu

Pal e Mestre. E^ contra todas as tempestades e

perlgos

armava-se," como de um escudo e arnes,

memorla, nome ^ Intercessao 5o Padre InAclo. zendo

da

tra-

ao pescogo sua asslnatura e nome da mSo

do

mesmo Pal, e os votos de sua proflssao". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ig

naclo de Loyola, In Hlstorlas de ^ Contrarreforma, BACT Madrid, IS'ib, p. 313 /^Imprimatur: Caslmlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19^5). 257• "Comecel tomando por Intercessores

na terra a todos os da bendlta Companhla*de Te^sus, com todos os seus amlgos I"

De uma carta de Sao Francisco Xavier, escrlta

de Cochlm para os Jesultas de Roma, acerca das Molucas e do Japao (20-l-15'^8): "No auge da tempes-


226.

SecgSo II

tade,

encomendel-me a Deua Nosso Senhor. Comecel,

prlmelro,

tomando por Intercessores. na terra, _a

todos ^ ^ bendlta Companhla de Jeaua. com todos OB

aeus

amlgoel E com tao grande favor e

ajuda,

abandonel-me, intelraraente, naa devotlsslraas ora5003 da esposa de Jesus Crlsto, que e a Santa Madre Igreja. Estando ela na terra, Jesus Crlsto, seu esposo, ouve—a continuamente no ceu. "Nao me esqueci de tomar corao medianeiros

todos

a

OS santos da gl6ria do paralso, prlnclpian-

do, antes de mals nada, por aqueles que, nesta vida, pertencerara a santa Companhla de Jesus. ^ to^ mel, logo, para Interceder por mlm, ^ bem-aventurada

alma de Pedro Fabro, com todas as que, neste

mundo, foram da Companhla.

"Nunca poderel acabar de escrever as consols-

goes que recebo, quando me encomendo a Deus Nosso oenhor, por melo dos dflfCompanhla, Eanto dos vlvos como dos que relnam no ceu. ....

"Multas vezes, me tern dado a sentlr Deus Nos Senhor, no Interior da mlnha alma, os multos

so

perlgos corporals e trabalhos esplrltuals de que me tem llvrado, pelos devotos e continues sacrlfl— clos e oraQoes de todos os que rallltam na bendlta Companhla de Jesus e, tambem, dos que agora estao, com multo trlunfo, na gloria — os quals, em vlda, mllltaram e pertenceram a Companhla de Jesus". (S. FRANCISCO

XAVIER,

Cartas e

escrltos

selectos,

Apostolado da Imprensa, Porto, 1952, pp. 65 a h7). 258. Santa Teresa, por Insplragao dlvlna, tomou o hablto de recomendar-se

a

Sao Pedro de Alc&ntara, e de o^ chamar de santo,

e^stando ele aTnda vivo

Da Llqao de Matlnas do Oflcio de Sao Pedro de Alcantara (19 de outubro):

"(Sao Pedro de Alcantara) ajudou Santa Teresa — cujo esplrlto havla provado -- a promover a re-

forma das Carmelltas. Quanto a esta, Instrulda por

Deus

de que nada do que se pedlsse em nome ^ Pe

dro

delxarla de ser Imedlatamente atendldo, tomou

^ hablto de se recomendar as oracoes dele, ^ ^ 2 chamar santo, estando ele alnda vivo". (Brevlarlum — Pars autumnalls. Marlettl, Turlm-Roma, 1957, p. 6i<0T: Romanum


SecQao II

221.

259. Salvo3 do3 corslLrlo3 por duas veze3, ao Invocaretn o nome do Fadre Jo3e de Anchleta

De

uma

vida

do Beato Jo3e de

Anchleta,

o

Apoetolo do Braail (153^-1591): "Vieram si portaria Manuel Pranciaco e Antonio

Nunes, homens conhecidoa, a deapedir-se do padre Jose, que lam para Portugal, pedindo ajuda sua

porque temiam oa corsSrioa, que entao erain mui or dinaries

em todo o mar. Perguntou-lhe em que

nau

lam, das duas que estavam de verga dalto para partlr Juntas. Responderara que na mals pequena; levou-os a uma Janela donde se vlsun, lan^ou uma ben-

qSo

a pequena e dlsse: Ide erobora, que havels

de

ir a salvamento; porem da grande nao dlsse nada, flcando logo os dels com suspelta de seu mau sucesso. Partlrsun e, tanto avante como altura dos Ilheus, tlveram vista de tres naus Inlmlgas, que, pondo-os em cerco, os acometeram ^ quando se da-

vam

por

grande

rendldoa, Invocando o nome ^ 7ose~ com

conflanqa, sem saber como, se vlrstm llvres

e prossegulram sua viagem, ficando a nau grande a suas aventuras; chegando avlstar depols de tempo as Ilhas de Balona, aqul foram acometldos de Inl-

mlgos

por quatro vezes, e outras tantas Ihe acal-

mou

o vento Junto a elas, de repente, no ponto em

que

Inyocavam

por

mllagre; e flnalmente forsun entrar o porto de

nome de Jose, que todos houveram

Vlana, para onde era sua descarga, a salvamento e com espanto dos vlaneses, que havia tempos nao tlnharo vlsto tal fortuna, de que entrasse navio sua barra; e afirmavam que dentro em quatro meses fo

ram tornados dos corsdrlos quarenta navios, e o que mals e de notar, que a nSu grande, que com esta partlra em companhla, fol tomada dos mesmos Inlmlgos, cumprlndo-se a rlsca, nao so o que Jose dlssera claramente, mas o que quls Inslnuar langando

a bengao a pequena embarcaqSo e delxando de a lan-

gar

a grande". (SIMflO DE VASCONCELOS, Vlda ^ ye::

nerfivel Padre Jose d^ Anchleta, Imprensa Naclonal,

Rio de Janeiro, 19^X7 vol. II, pp. 29-30).

260. Vendo-se em perlgo, inyocou-a como a uma "santa" e fol salvo

Conta Monsenhor Bougaud, o famoso haglSgrafo,


228.

SecQao II

em sua vlda de Sao Vicente de Paulo: "'Madame Aca-

rle (Beata Maria da Encarnagao, falecida em I68O e beatificada em 1791)

— dizia a marquesa de Meig-

nelais — era santa; mas Madre Margarida (Margarlda do Santlssimo Sacramento), sua filha, o e ainda mals*. 0 Padre Blnet pensava o mesmo

"No

mar, nas gales do Estado, eie (o General

de Gondi) mantlnha correspondencia com esta (Madre Margarida),

pensasse uma

que

Ihe

recomendava

sem cessar qlie

na salvagao de sua alma; e tinha por ela

tal veneragao que, numa tempestade,

vendo-se

em perigo, invocovT-a como ^ uma santa e^ tendo sido salvo, proclamoupor toda a parte que a ela devia este milagre". (Monseigneur BOUGAUD, Histoire de Saint Vincent de Paul, Librairie Vve. Ch. Pous-

sielgue,

Paris, "^ia. ed.. Tome Premier, pp. 127

a

129). 261. "Pensa em raira e recomenda-te a Deus"

Da vida do Cura d'Ars (1786-1859): "Quando entramos na igreja, o P. Vianney estava dando a aula de catecismo, e explicava o sinal da cruz. Avistando-me, deixou de falar por um

moroento

e

disse: — *LA em baixo... aquela

mais

alta, que venha ter coraigo na sacristia; tenho algo a Ihe dizer*.

"Acabado o catecismo, fui-lhe ao encontro. *Vais partir para Liao, assim me falou, sem que eu tivesse dito coisa alguma. Sabe. filha. grande perigo lA te espera. Quando 15 te

que um achares

empregada pensa em mim e_ recoroenda-te aUeus^ "Chegamos a Liao,- onde durante tres dias nao encontrei emprego. Entao entrei numa agenda de colocaqoes. Atendiam all dois homens. Expus-lhes

minha situaQSo, e um deles me disse: 'Busca uma colocag3o? Pols bem, eu necessito de uma criada. Chegados a acordo, acrescentou: *Tambem e roister que

a minha esposa a veja; venha encontrar-me

tal

parte, 5s tres horas da tarde*. Aquele

em

homem

morava em Mulatiere.

"Fui

5 hora marcada. Meu Deus! qu3o longo me

parecia o caminho! Cheguei enfim na confluencia do Saona

com o R6dano. All estavam muitos bateleiros

e trabalhadores. Ao voltar-me achei-me num deserto


SecQao II onde

^

229.

so havla uma casa, em cuja porta avlstel

um

homem que fazla slnals para que me aproxlmasse. Repentlnamente ful presa de um medo terrlvel. Lem-

brel-me

das

palavras do Cura d'Ars;

darnel

por

Deus e* pus-me a corner em disparada. Por sua vez, aquele infeliz langou-se no meu encalgo e procurava atirar-me um lago ao pescoQO... Nao o pode conseguir, e por flm estacou porque me aproximava dos marlnhelros.

"Soube

depols

que eu fora calr nas maos

do

famoso Dumollard, apelidado o assasslno de crladas. Quando o prenderaro, depus contra ele perante o

tribunal...

Mas

vela

se

nao

fosse

o

Cura

d*Ars»..' (extralmos esta notlcla de uma relagao dada pela senbora E... a 8 de agosto de 1903 ao senhor Desjardins, medlco-major da primeira classe aposentada. — Dumollard, natural de Tramoyes, pequena vlla do cantao de Trevous, fol condenado a

morte e executado em Montluel (Ain) a 8 de marjo de 1862". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes,

Petropolls,

Imprimatur:

Luis

2a. ed., I960, pp. 41^1-413

Flllpe de Nadal, Blspo de

/

Uru-

gualana, 29-6-1959)262. Estando Kallnowakl alnda vivo, seus companhelros Invocavam-no na Ladalnha dos Santos

Do texto llturglco da cerlmonla de Beatlflca-

gao de Joseph Kallnowskl (Frel Rafael), nobre polones deportado para a Siberia por razoes polltlcas,

e mals tarde frade Carmellta Descalgo, fale-

cldo era 1907:

"(Kallnowskl) fez o longo e terrlvel caralnho

anos

de Vllna S Siberia, onde executou por

trabalhos

forgados, tendo sldo

tres

conslderado

como modelo de perfelta paclencla pelos companhel

ros

de desterro, os^ quals n3o duyldavam em acres-

centar

ladalnha dos Santos: 'Pela Intercessao de

Jose Kallnowskl, llvral-nos, Senhor'"M (Textua~Llturgl^

proprll in sollenml BeatlfIcatlone

rablllum Servorum"3eT~Raphaells Kallnowskl dotls

rum,

Professl ordlnls

Vene-

Sacer-

Carmelltarum Discalceato-

ac Albertl Chmlelowskl Fundat"^ls

congrega-

FTonum ^ratrum et Sororum Pauperlbus Inservlentlum Sacrum Feragendum a loanne Paulo PP. II,

?n^6vla, 22-6-1983).

""


230.

Secgao II

263. "Senhopa bendlta. manda-me o vosso Servo Fr. Leopoldo; fazei-me esta Kraca"

De

uma blografla de Sao Leopoldo de

Castel-

nuovo (1866-I9't2): "Pedla-Lhe

(Sao

Leopoldo)

gragas

para

si

raesrao, e para seus penltentes, com tamanha P6 e conTlanga que freqiientemente Ela (NossaSenhora) o consolava com verdadeiroa milagres. yezes mandava OB pobres doentes, ou os que em qualquer modo

BOfriam,

a BaBilica de

Tustina, para que ajoe-

IhadoB diante da mllagrosa imagem de Nossa Senhora

Ta

Constantinopolitana)

bendita,

Ihe alB'seBsem;

•Senhora

manda-me o voaao servo Pr. Leopoldo: fa-

zei-me eata graca'. E Noaaa Senhora, chela de bon-

dade, movlda por tao viva Pe fazla as gragaa". .(Pr. PEDRO DE VALDIPORRO 0PM Cap., 0 servo de Deua

P. Pr. Leopoldo de Caatelnoyo, Gonvento doa capuchlnEoa,~P5dua7~2a. ed., p. 27 / Imprlma-se: Jero-

nlmo, Blapo, Verona, 25-6-19^8). 264. Pedla gracaa a Noaso Senhor Sacramentado por amor deaae aeu "aanto"

Gonta

uma

blografla

do Pe.

Joao

Baptlsta

Reus (1868-1947), falecldo em Sao Leopoldo (RS), em odor de santldade:

"A fellcldade que levav.a na alma sabla IrradlA-la aos qtie entravam em contacto mala Intlmo

com ele. Els o que nos narra um testemunho expres-

slvo. ao

*Tlve a ventura^de vlver mala um ano e melo

lado do P. Reus ate a aua bem-aventurada

te' de

Ao passar Junto dele, sentla-me

mor-

tornado

reapelto; parecla-me que da aua pessoa dlmana-

vam efluvloa de santldade.

"la

multaa vezes a capela adorar o Santlssl-

mo. Freqiientemente, estando eu na capela, abrla-se a

porta do coro e entrava o P. Reus. Sua profunda

reverencla,

diante do Santlsalrao, era

Impresslo-

nante. Quantaa yezea. estando ele ajoelhado a mlnha

frente,

pedla eu gragas a Noaso Senhor

'por

amor deaae yosao Santo*". (Pe. LEO KOHLER SJ, Blo-

frafla completa P'. Joao Baptlsta Reua SJ, Llvrarla

elbach h Gla., Torto Alegre, 1950, vol.II, p. 370 / Imprimatur: Mona. Andre Pedro Prank, Vlg. Ger., 26-4-1950).


IX S3

adQiga ae aall|D|an§Q

C§1:9

^99 §9Bi9l!^9§

i BiiS §99£S§ d§ 1^11 iiSliiii

265. Pelo 8eu discernlmento dos esplrltoa, Sao Bento desmascara o Impostor

Conta Sao Gregorlo Magno na sua Vlda de Bento (ii80-5l7):

Sao

"No tempo dos Godos, tendo o Rel Totlla ouvl-

do dlzer que

santo VaraoTSao Bento) tlnha espl-

rlto

de profecla, encamlnhou-se rumo ao mosteiro,

mas,

detendo-se a alguma distSncla, envlou-lhe urn

recado

anunclando sua vislta. Como

Imedlatamente

responderaun do mosteiro que podia ir, era

de

Totlla, que

alma desleal. tratou de verlflcar se

era

certo que o Varao de~Deus possuTa esplrlto de pro fecla.

"Com esse flm,

espada,

deslgnou a seu gentllhomero de

chamado Rlgo, emprestou-lhe seu calgado e

o fez vestlr-se com os trajes reals, e o raandou Ir

apresentar-se ao Homem de Deus como se fosse o Rel em pessoa. Envlou com ele, para seu acompanhamen-

to, tres de seus legltlmos cavalelros, Vulterlco, Rodrlgo

e

Bllndlno, para que flzessem cortejo

a

seu lado, e asslm flnglssem, ante os olhos do Ser vo de Deus, que era ele o Rel Totlla; deu-lhe tambem outras honrarlas e gente de armas para que a


232.

Secgao II

vista

de tanto luxo e trajes de purpura,

pudesse

ser tido por Rei.

"Quando

Rlgo, assim revestido e

acompanhado

de

numerosa comltiva, entrou no mosteiro, o. Varao

de

Deus estava sentado ^ conslderlivel

distancla.

Viu-o chegar ^ guando se pode fazer ouvir, gritou dlzendo: 'Delxa. filho,"~cfeixa tudo Isto que levas, pois

nao e_ teu'. No mesmo instante, Rigo calu por

terra

e estremeceu de pavor por se ter atrevldo a

rir de tao grande Varao; e todos os que o acompanhava na vlslta ao Homem de Deus tambem calram, consternados, por terra.

"Quando se levantaram, nao ousaram aproximarse, raas voltarain a seu Rei e, tremendo, Ihe contaram

com

que presteza haviam

sido

descobertos".

(SAO GREGORIO NAGNO, Vida de San Benito, Editorial San Benito, Buenos Aires, 3a. ed., 1956, pp. 56-57 / Imprimatur; Ramon Novoa, Pro-Vlcarlo General, lt-5-1956).

266. Sao Bernardo dlscernla os pensamentos £ ^ preocupagoes dos seus monges Escreveu

o

secretArlo

de

Sao

Bernardo

(IO9O-II53), Godofredo, sobre o santo Abade; "E

que

InacredltAvel a solicitude que tlnha para

nenhum (dos seus monges) fosse domlnado

pela

trlsteza, nem Inquletado por alguma Idela obsessi ve; com quanta facllldade penetrava os pensamentos

e preocupagoes dos outros; dade dlspunha dlscretamente sobrecarregado de trabalho guem deprlmlsse o descanso

com quanto amor e plepara que nlnguepi fosse excessive, que a nlnexagerado; caberla dl-

zer que media paternalmente a quantldade de sono necessArla a cada um. Sacudla a pregulga dos robustos e aos de esplrlto excltado obrlgava-os a descansar. Tenho para mlra que ele conhecla, como por

um Instlnto dlvlno, as forgas de todos,

seus

esplrltos, e ate o estomago de cada qual; numa palavra, 'fazla-se servldor de todos por amor de Je sus

Crlsto'".

(Pr. Ma. GONZALO MARTINEZ

SUAREZ,

Bernardo de Claraval. Editorial El Perpetuo Socorro,

Madrid, 19b'^, pp. 38^1-385 / Imprlmase: Segun-

do, Arzoblspo de Burgos, Burgos, 20-7-1961).


SecgSo II

233,

267. ^ deciaSea de Sgo PomlnKoa eram tao acertadaa que pareclani reveladaa pelo Eaplrito Santo

Conta

o Beato JordSo da Saxdnia, dlaclpulo e

auceasor de Sao Domlngoa (1170-1221), no aeu llvro aobre a orlgem da Ordeni Domlnlcana:

"Entao (Sao Domlngoa) tranaferlu para Paria o Meatre Reginaldo, nao aem grande deaolagao doa fiIhoa que com aua palavra evangellca havla engendrado para Crlato e choravam ao ver-ae tao privadoa de aeua cuidadoa paternaia.

"Maa

eataa colaaa ae realizavam por

cedo

vontade

divina. Era algo maravilhoao que o aervo de Deua Sao Domlngoa. ao envlar aeua fradea para eata ou

aquela parte da Igre.ja de Deua, aegundo relatamoa, agla em tudo com tal conTlanca. tao longe da vacllagao, multaa vezea contra ^ oplnlao doa demala, que

parecla ter conheclmento certo de tudo aqullo

que havla d'e acontecer, como ae q Eaplrito Santo Ihe houveaae revelado. E quern ae atreverS. a p6-lo em duvlda?" (Beato JORDAN DE SAJONIA, Orlgenea de la Ordem de loa Predlcadorea. In Santo Domingo de Guzm^uT vlato por aua contemporaneosV BAG, MadrlTT 13^1, p. 187 / Imprimatur; Caalmlro. Oblapo Aux. y

Vic. gen., 30-5-i§M7). 268. Sua aprovacao. um alnal InTallvel da aprovagao dlvlna

Do

llvro

(II8I-I226),

do

aobre

Sao

Pranclaco

conhecldo autor

de

Asala

escandlnavo

J.

Joergenaen:

de

"Quem quer que, na mocldade, teve a fortuna poder vlver ao lado de uma peaaoa moralmente

multo

elevada,

eatarla

dlapoato a

penaar

como

aquele Jovem frade chamado Rlcerlo, o qual chegara a

conalderar a aprovacao de Francisco (Sao

Fran

cisco de AssIsT como um alnal Infallvel da aprovaCao dlvlna". (JOHANNES JOERGENSEN, Sao "Francisco de Assla. Vozes, Petropolls, 1957, p. 158 / aprovagao ecleslAstlca).

Com


23'!.

Secgao II

269. Santa Catarlna de Siena discernla, por urn dom de Deua, at6 a sombra de uma falta era aeus filhos eaplrltuais

De

ura

estudo sobre Santa Catarlna de

Siena

"Ela (Santa Catarlna de Siena) lia o que se pasaava neaaaa alraaa que Deus Ihe havia confiado, onde quer que eativeaaera. Seu priraeiro confesaor,

o

Padre della Ponte, intrigado muitaa vezes

conhecimento

extraordinario que ela

pelo

teatemunhava

de todoa oa aeua atoa e de todoa oa aeua penaamen-

toa, acabou por perguntar-lhe ura dia, forraalmente; *— Minha Mae,

v68 aabeia

portanto

tudo

o

que ae paaaa conoaco?' •—

Noaao

Meu filho — reapondeu ela — aabei

que

Senhor rae deu uma faroilia eapiritual, e que

Ele nao rae deixa ignorar nada do que concerne a aeua raerabroa. Eu vejo tudo o oue fazeia, e se tivesseis oa olhos saoa, rae verieia como eu vos veJo'. ni

"0 raais querido de seua filhos, Estevao Maco(o Beato Estevao, futuro Prior Geral da Ordem

dos Cartuxoa), dizia-lhe gracejando: •— Na verdade, rainha Mae, e perigoso estar perto de vos, porque descobria todos os nossos segredos'. '—

Meu filho — reapondeu ela — sabei

que

Deus me revela tudo, das alraas que Ele rae confiou, ate raesmo a sorabra de uraa falta'.

"Ura dia, Francisco Malavolti voltou para Jun to de Catarlna, com a consciencia pesada de ura pe-

cado

-se

era que tinha recaido. Convidando-o a sentar-

perto

dela, faz salrem todos os outros, e

o

interroga:

• — Quando te confessaste?'

tual

• — Sabado*. (Era costume da familia espiride Santa Catarlna confessar todo sSbado para

comungar no doraingo). '—

VS raesmo assira confessar sera deraora!' —


Secgao II

235-

retoma Catarlna gravemente. Francisco resiste, finglndo inocencla: t Maezlnha dulclsslma, amanha e sabado e eu irei confessar-me*.

"Entao a Santa Ihe diz indignada:

»

Come, meu fllho, tu cres verdadelramente

que eu desconhego a tua falta? Tu fizeste tal coisa, em tal lugar, a tal hora. Vai portanto purificar-te imediatamente de uma tao grande raiseria!' "Catarlna nao se limita a ler nas almas de

seus

filhos:

(Ghanolne

ela

os assiste per toda

a

parte"

JACQUES LECLERQ, La mistyque de I'Apos-

tolat — Salnte Catherine de Sienne, catholique romalne, Casterman"^ Paris, 2a. ed., 19^7, pp. 198-19$). 270. "A voz do Padre InAcio deve ser considerada

come a~a'o prdprlo ueus"

sua

Escreve Daurignac, conhecida historiadora, na historia de Santo InAclo de Loyola

(1491-1556): "D.

Joao

III venerava

profundamente

Santo

In^cio, olhava-o como um inspirado do alto, e considerava urn dever agir em todas as coisas em conformidade com a sua maneira de ver. Ele tinha o.

costume

de dizer que & voz do Padre InAcio

devia

ser considerada como a do proprio Deus". (J. M. S.

DSDRIQNAC, Hlitoire

Bray et Retaux^

de Saint Ignace

de

Loyola.

Paris, IBTtt, 3a. ed., toio IT,

p. 119).

271. Sgo Francisco Xavier: Nosso bendito Padre~lnaclo conhece a todos melhor do que cada um a s^ mesmo

De uma vida de Santo InAcio de Loyola: "E

este amor ao 'Pai da sua alma*, 'ao nosso

bendito Padre InAcio*, *ao bem-aventurado Padre InAcio*, *ao santo Padre InAcio', Francisco Xa

vier, Provincial das Indias, procurava inoculA-lo


236.

iJecgao II

nos

coragoes de todos os novels Jesultas do

glnquo

lon-

Oriente. A todos e a cada um em particular

costumava dizer: 'Irmaos, se agora estlvessemos na

presenga de nosso bendito~Padre Inaclo com toda~i certeza ele reconheceria & cada ummelhor do que

cada

um se conhece a ^ mesmo". (Pe. ALVINO

THOLDO

BRAUN

SJ, Santo Inacio de Loyola,

BER-

Vozes,

Petropolls, 3a. ed., 195^^ p^ 2^^ / Com aprovagao ecleslSstlca).

272. Como outros Santos. tinha Santa Teresa o dom de dlscernlr os esplritos

Da vlda de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), pelo hlstorlador Thomas Walsh:

"Como

outros santos, tinha (Santa Teresa) _o

dom

de saber distlngulr os esp£rltos. Diz

que

uma novlga que contava com os votos de toda a

Ribera

comunidade e parecia muito apropriada para a vlda carmellta, disse a Madre: 'Amanha farel mlnha profissao. Esperarei mlnha mSe, se vossa reverencia mandar*. A que contestou a Santa: 'Pols eu Ihe digo que nao professe na Ordem'. Nao houve meio de

fazer

com que as suplicas da novlga e a Interces-

sao das outras frelras a flzessem mudar de parecer. A candldata voltou para a sua casa, calu enferma de tuberculose galopante e morreu em poucos dlas. ....

"Uma vez a Santa se deteve de repente enquanto. falava e dlsse a uma frelra que parecia escutS-la

com

sentes

a

todo recolhlmento e humlldade:

Isao Interlormente'.

'Tu

nao

Igualmente descobrlu

tentaglo de que era vltlma uma frelra, sem

que

esta Ihe tlvesse dlto nada sobre Isso, e escreveu— -Ihe um bllhete em que Ihe dava um conselho sobre o caso. Seu dlscernlmento nSo se llmltava as col-

sas que se referlam ao convento e as que~ estavam sob sua vlgllfincla. Pala Ribera de certo 'homem rustlco', a quem o publlco em geral, e Inclusive OS homens Instruldos, conslderavam santo. Aconse-

Ihado por alguem, fol ele vlsltar a Madre para dar-lhe conta das colsas de seu esplrlto e daquelas

que Deus Ihe havla comunlcado. Teresa discer

ns Imedlatamente que seu esplrlto nao era bom. El o dlsse ao seu confessor, embora, para nao faltar


Secgao II

237.

com a carldade, nao o dlssesse a mals nlnguem. Pelo contrarlo, envlou o 'beato' a alguns dlretores esplrituals experlmentados, para que o exercltaasem no trabalho corporal e na obedlencla. 0 santo varao negou-se a admltlr tal colsa; e nao tardou multo em ver-se, como dlz Rlbera, que 'ele era to-

do

valdade

e loucura'". (WILLIAM

THOMAS

WALSH,

Santa Teresa de Avlla, Espasa-Calpe, Madrid, 1951. pp 299-300). 273. "Nunca abandonou uma obra comeqada, nem foi obrlgado a voltar

atr^s e a dlzer: eu me enganei" De

uma

vida

de

Sao

Vicente

de

Paulo

(1581-1660):

"A santidade de S. Vicente de Paulo engrandece as qualidades naturals de sua inteligencia, car^ter e de todas as potencias de sua alma

^"Quando Ihe propunham ura projeto, a sua penetragao

era complete, nada Ihe escapava: via

logo

todas as vantagens ou inconvenientes, todas as facilidades ou obstficulos. Quando tomava uma resolu-

qSo, podia-se estar certo de ser realizada, porque tinha previsto todos os melos para consegui-la. Nunca abandonou uma obra comecada. nem foi obrigado a, voltar atr^s e dizer: 'Eu me enganel•; o que teria dito, impelido pela sua extreme humildade; mas

nSo

teve ocasiSo de dize-lo, porque

via

as

coisas ate nas profundas circunstfincias.

"Esta viva

Paulo

S. Vicente

de

uma ousadia singular, como conseqiiencia

penetraqSo dava a

da

grandeza do seu esplrito. "Mas a ousadia so e bela e Juste, quando di-

rigida, governada e continuada pelo bom senso. Sem estas tres qualidades Juntas, a audScia e urn perigo e um erro. A uniSo do bom senso com os dons da penetraqSo e da decisSo torna uma alma capaz de tudo. Ore, S. Vicente de Paulo possuia este raro bom senso, do qual ele era mestre, dizia Bossuet

(Ploquet,

Hist,

nualidade

confers S alma uma sorte de infalibili-

de Bossuet, t. Ill, p. 6).

Esta

Jade". (i*e. JERONlMn" PEDHEIIW DE CASTHO, S. Vlcente

de Paulo, Vozes, Petropolis, 19^2, pp. I111-1112

7"Com aprovagao eclesifistica).


Seccao II

\

Sao Vicente de Paulo. Retratado por Simon Francois em

1660;0 quadro se encontra na casa-mae dos lazaristas,em Paris.


Secgao II

239-

274. Tlnha o dlscernlmento dos esplrltos, como o das doutrlnas £ o dos neKOclos Alnda

sobre Sao Vicente de Paulo, escpeve um

comentador:

"Seus

racloclnios (de Sao Vicente de

Paulo)

eram preclsos, Justos e concludentes, expressos em termos claros e definidos, anlmados de um doce calor, e levavara a persuasao aos coragoes ao mesroo

tempo que a convlcqao aos esplritos. Se ele falava em primeiro lugar, desenredava e expunha uraa questao

e

com tanta ordem e clareza, tanta profundidade

extensao, que cada um, mesmo o mais hibil, se

dizia:

'E istol' homenagem a seu ^enso infallvel.

Alem do que, o bora sense ain^a llie fazia tomar todos 03 tons e todas as linguagens, conforme d natureza

dos esplritos, de maneira que o homem

me

diocre

se acreditava no mesmo nlvel que ele,

en-

quanto

os mais altos genios nao o achavam

Jamais

abaixo.deles.

"

quo ele tinha o discerniroento dos esplri

tos, como

o_ das doutrinas £ o dos negocios. Via

imediatamente

o

alcance de cada coisa e

a

elas

proporcionava sua conduta e sua linguagem. Penetrava o ponto forte e o ponto fraco, as qualidades boas e mSs de todos, e sabia regular a partir dis-

to o lugar e a ele distinguia mau, o melhor do enganosas e mais

atividade de cada um. Resumindo, o verdadeiro do false, o bom do menos bom, sob^as aparencias mais habilmente hipocritas*

"Eis (0 que tornava sua direcao tao segura, decisao tao infallvel, sua acao tao firme e tao resoluta, depois que ele tinha tornado seu par-

sua

tide. Quando o consultavam, era as vezes lento no responder, pois ele mesmo pedia para consultar an tes

a Deus e aos sSbios; mas a resposta que

dava

enfim era sempre marcada com o selo da sabedoria e

da

experiencia". (Abbe MAYNARD, Maximes et Prati

ques

de

St.

Vincent de Paul,

Bray

et

Retaux,

I^ibraires-Editeurs, Paris, 186^, pp. 156-157).



X

h

CCQYldgDcla^,

9 ^93 9U 9 SiCiSil dl 9£9£§9l§

§19 §699^§dQa egl9§ blggca^Qg 93 ¥i£lii xy§i dg §§n|gi

275. "E ^ fato que exlste na Igreja o dom de profecla, como o demonatra a sua Hlatorla"

Escreve urn Sacerdote Jesulta espanhol, na apresentagao de um opusculo sobre prof«*cla8 particulares:

"E um fato que exlste na Igreja o doro de pro fecla,

como o demonatra toda a aua Hlatorla.

carlamfitlco, dom rlo

Dom

e que, por laso meamo — tal como

o

de fazer mllagrea, por exeroplo —, ao contrfidoa dona de Infallbllldade e de autorldade,

nSo realde na Hlerarqula ou em aeua mlnlatroa, enquanto tals. J& no Antlgo Teatamento, Am6a (III, 7) advertla que Deua nSo faz nada aero revelar aeua planoa a aeua aervoa, oa profetaa. Quanto mala nao

o farA e o faz d. aua Eapoaa, a aeu pr6prlo Corpo Nlatlco, em aeua aantoa, em peaaoaa humlldea que Ele eacolhe! (aob a aupervlaao da autorldade ecle-

alAstlca, cfr. LO 12). Jeaua Crlato o aaaegurou expreaaamente: '0 Eaplrlto Santo

voa anunclarfi aa

colaaa que IrSo acontecer' (Jo. XVI, 13)". (JOSE LUIS DE URRUTIA, El tlempo que ae aproxlma / Segdn laa

prlnclpalea

XIT, 19B0, p. 1).

profeciaaT^eoarata

de

"EGDi".


2H2,

Secgao II

276. Santo Tomas; ao3 .justos e familiar e habitual aglrem Rulados

pelo esplrlto de profecla Enslna Sao Tomds de Aquino na Suma Teologlca: "E

bem sabldo quo aos .lustos Ihes e_ familiar

e habitual o serem

rlor

Instruldos pelo Instlnto Inte-

do Esplrlto Santo, Isto ^ pelo esplrlto

profecla,

sem

a

Intervengao de slnals

de

sensl^

vels

"Os Justos nao necessltavam da aparlgao vlslvel

dos anjos, porque, sendo perfeltos,

-Ihes

o

Instlnto

Interior do

bastava-

Esplrlto

Santo".

(Santo TOMAS DE AQUINO, Suma Teologlca — Tratado de la Vlda de Crlsto, BAG, Madrid, 1955, Tomo 'XII, pp. 207 e 209 / Imprimatur: Pr. Pranclscus OP, Eplscopus Salmant., 17-10-195^)• 277. "Em quase todos os seculos, Deus envla ao mundo varoes perfeltlsslmos"

Escreve o famoso Jesulta Pe. Pedro de Rlbade—

neyra, dlsclpulo de Santo Inficlo, na sua vlda do Santo:

"Este

ternal

e o Senhor que, com maravllhosa e

pa

provldencla, em quase todos os seculos ^

epocas. envlou ao mundo varoes perfeltTsslmos corao lumlnares

e tochas celestials, para ^que, abrasa—

dos por seu amor e desejosoa de IroltA-lo e de al— cangar a perfelgao da vlda crlstS que o Evangelho nos apresenta, atlgassem e despertassera o fogo que o mesmo Senhor velo atear nos coragoes dos homensj

e com seus exemplos vlvos e palavras abrasadas conservassem esse fogo e nao o delxassera extlngulr-se ou acabar". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola, In

Hlstorlas de la ConTrarreTorma, BAG, Madrid, 1945» 3b / Imprimatur: Gas1mlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19^5).

278. Gornello a L&plde: neste nosso seculo consta terem sldo favorecldos com

b esplrlto de profecla vfirloT Santos Gomenta o famoso exegeta Jesulta do seculo XVII: "No Novo Tostamento foram profetas Grlsto e


Secgao II OS

2^13.

Apostolos

e os que os segulram. E

testemunha

Sao Justlno, mSrtlr (Contra Tryphonem"y"» que ate os seus tempos exlstlram profetas na Igreja de Ueus em

uma sucessao quase contlnua."Tgualmente

Agostlnho

V7

Santo

falando a respelto de seu secuio

(Lib.

De Glv. Dei, Cap. XXVI), fala entre outros dos

oraculos de Sao Joao Anacoreta

n'es'no se deu nos outros seculos, como de-

monstra

signo

Tomas

Bdzius (lib. De

TJotls

Ecclesiae,

XIX). hieste nosso secuio consta terem

favorecidos

Borrome^ trand,

sido

com o esplrito de profecla Sao Carlos

Sao

Francisco de Paula, Sao Luis

Ber-

Santo In§cio, Sao Francisco Xavier, Caspar

Belga, Sao Luis Gonzaga, Santa Teresa, e muitos outros. como se ve em suas vidas, dignas He ife" (CORNELIO

A

LAPIDE

SJ,

Commentarla

in

Sacram

Scripturam — In Prophetam, Proeraium). 279. "... suscitai homens de vossa destra, tais quais mostrastes a alguns de vossos

maiores servos, a quem dester luzes profeticas"

Da

prece

Montfort

de

Sao

Luis

Maria

Grignion

pedindo missionArios para sua

de

Companhia

de Maria, a famosa Oracac abrasada:

"Atendei aos designios de vossa misericordia, suscitai homens da vossa destra, tais quais mos trastes a alguns de vossos maiores servos, a quem

destes

luzes

profeticas, ^

Sao

Paula, ^ ^ Sao Vicente Ferrer, rina

Francisco

de

uma Santa Cata-

de Sena, e ^ tantas outras grandes almas, no

secuio

passado e ate neste, em que vivemos". (Sao

CUYsnifARiA GRlGNlOiT^ MONTFOW.'Watado ^ Verdadeira Devocao a Santlssima Virgem. Vozes, Petropo-

lis,

7a. ed., 1971, p. 301 / Com aprovagSo

ecle-

siAstica). 280. Ele era urn homem de poder extraordinArio, um profeta, um homem de Deus

Comentam D. EstevAo Hilpisch e D. Pedro Alon-

so,

monges, respectivamente, das faroosas

abadias

beneditinas de Maria-Laach (Alemanha) e Silos C^ls-

panha),

no

seu livro sobre a obra de

Sao

Bento

(ij80-547): "Quando no ano de 590, foi chamado A Se

de

Sao Pedro, (Sao Qreg6rio Magno) primeiro monge


2ij4,

a

Secgao II

quern coube tal honra, deu a conhecer que conti-

nuaria sendo verdadelro amlgo da vlda monastica. 0

trono pontlflclo nao o farla esquecer nera a leltura das Sagradas Escrlturas, nem a oraQao sllenclo— sa, nem o culto liturglco. Mais alnda, durante seu pontlflcado tomarla multas medldas relativas aos mostelros e os protegerla em todas as suas neces— sldades. Mas sua obra mals Importante a esse res-

pelto serla a de escrever a vida de Sao Bento. Estlmava—o per clma de tudo e falava sempre dele com

grande venera^ao. Para ele» Sao Bento sra um homem poder extraordln^rlo. um profeta,^ bomem de Deus. um pal vener^vel, um mestre". (Dom ESTEBAFI miPlSCiry Dom~PEDRO ALONSO, San Benito Su Obra,

de

Desclee de Brouwer, Bilbao, 1962, p. 151 / Impri matur; Isaac Maria Torlblos Ramos, Abad de Silos).

281. ^

homem, pelo seu renome de profeta,

serla capaz de sacudlr a oplnlao

publlca Indlferente: Bernardo de Claravall Comenta Georges Goyau, secretSrlo perpetuo da Academla Prancesa:

"E naquelas mesmas semanas em que Bernardo (Sao Bernardo) supllcava ao Papa Eugenlo III que afastasse dele qualquer novo fardo, um Blspo^ vlndo Ss pressas da Palestine, chamava a atengao do Papa sobre a urgencla de uma Cruzada. Eugenlo contemplava o horlzonte da Europe, auscultava ao longe as dlsposlQoes dos poderosos. Um soberano acabava

de declarer aos seus baroes que querla

par-

tlr: era Luis VII; mas, de um extreme ao outro da Crlstandade, a oplnlao publlca parecla Indeclsa, frla. Havla em Glaraval um homem da Igreja que a

podia as

sacudlr: seu renome de profeta submetla-lhe

massas. Unlcamente ele, dos torreoes e dos ca-

sebres, podia fazer salr cruzados. Luis pedla-lhe Isso, mas Bernardo aguardava a oplnlSo do papa. A partlr do momento em que Eugenlo, decretando a Cruzada, o deslgnou como pregador oflclal, o abade de

Glaraval fol dlzer A Europa, durante

quatorze

meses, o que o Papa desejava". (GEORGES GOYAU, Saint Bernard, E. Plammarlon, Edlteur, 19'*8» T5nT

P*


Secgao II

2M5.

282. Conclllo e fora do Conclllo, ele se tornou o ^rbltro universal

De uma (1090-1153): OS

vida

de Sao

Bernardo

de

Claraval

"Dentro do Concllio e fora do Concllio, todos olhares estavam cravados em Bernardo. Dla e

noite,

OS

dlante

de sua porta, impaclentes por entrar,

visitantes o

assediavam,

deitando-se por

Ihe fazer perguntas. Ele tornou-se o^ $rbltro unlversal, com o qual se contava, de crlse emcrise,

para tirar a~lgreja dos embaraqos"I (GEOR^S 00YAU, Saint Bernard, E. Plammarion, Edlteur, 19^18, p. W.

283. 0 Papa parecla nao poder flcar sem o aanto monge, a quem

conslderava como o suporte do Papado

Alnda

de Sao Bernardo comenta o Padre Ratis-

bonne:

"A veneraQao pdbllca, da qual Incessantemente (Sao

Bernardo) recebla testemunhos tao

numerosos

quanto veementes, oprlrala sua humildade; por longo tempo sollcltou a permissSo do Sumo Pontlfice para retornar a Claraval e repousar, uma vez mais, a sombra de seu claustro. Mas seus dias de descanso nSo haviam chegado ainda e o Papa parecla nao £o^ der flcar

va

como

sem o

santo monge,

o_ suporte

do Papado

a quem

consldera-

alma

de

toda

Igreja. ....

"Eugenlo III encontrava-se imposslbllltado de

presidlr pessoalmente d assemblela de Vezelay. Pa ra cumprlr esta missao apostolica, ele envlou como delegado seu, o homem cuja autorldade ultrapassava. de certo modo. a ^ proprlo Pontlfice. .... "Ele (Sao Bernardo) dlrlgia a consclencla de

rels

e

pontlflces e atrav6s deles foi o gula

de

sua epoca". (M. L'AbbS RATISB0NNE.'7Fhe~Llfe anH Hmes of S^ Bernard, P. J. Kenedy, Excelsior ftatholic PublishTrig House, New York, 1895, pp. 225, 3^7 e 353).


246.

Secgao II

284. Bento XIV: Sao Bernardo nao 36 enslnou na Ipire.la, mas enslnou a Igreja

De uma biografia de Sao Bernardo: "As obras escritas por Sao Bernardo de Claraval foram recomendadas por Papas e prlnclpes da Igreja, por grandes teologos e emlnentes filosofos,

atraves de todos os tempos. E asslin, segundo

Bento XIV, 'Sao Bernardo £ nao s6 um dos que ensl nou

na

Igre.ja., mas dos que enslnou

_a

Igre.la'".

TPt. Ma. GONZALO MARTINEZ SUAREZ, Bernardo de Cla-

raval, 1954,

Editorial El Perpetuo Socorro, Hadrid, 558 / Imprlmase: Segundo, Arzoblspo de

p.

Burgos, Burgos, 20-7-1964). 285. "Destlnado pelo Ceu para fazer grandes colsas"

Conta

cisco

Sao Boaventura a respelto de Sao Fran

de Assis (II8I-I226)

no prlmelro

capltulo

da Legenda Malor:

"Um homem de Assls, multo simples, estenderdo

aos seus pes & capa ^ a tunica, proclamava-o digno de

veneragao. Dlzla que era destlnado pelo Ceu

grandes

&

colsas. e a ser honrado por todos no mun-

do". (TROMEO GIANCHETTA, Asslsl," Arte e Storla nelSecoll, Plurlgraf, Narnl-Ternl, p. 44). 286. Orlentadora de Pontlflces.

Prlnclpes £ Cardeals Do

Prologo as obras de Santa Catarlna de Se

na (1347-1380), por D. Prel Francisco Barbado Vle-

Jo

OP, Blspo de Salamanca e Grao-Chanceler da fa-

mosa Unlversldade espanhola:

"Esta agao dos dons do Esplrlto Santo em San ta

Catarlna

consclente,

serS alguma vezes sllenclosa outras

Imperante

e

e

In-

avassaladora,

gulando-a sempre na proprla santlflcagao, e no apostolado Individual santlflcador de seus dlsclpulos, e no piano social, paclfleader de povos e orlentador

(Fr.

de pontlflces. prlnclpes e

FRANCISCO

cardeals'^

BARBADO VIEJO OP, Obr^s de

Santa


u.r*g .11—!»>>%

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I 3

SSo Francisco, jovem, 6 honrado por um homem simples. Afresco do "Mestre de Santa Cecilia" (s6culo XIII), na igreja superior da Basilica de S§o Francisco, em Assis, Itilia.


248.

SecQao II

Catallna de Siena, Prologo, BAG, Madrid, 1955» PXXV / Imprimatur; Pr. Francisco, OP, Oblspo de Sa lamanca, 1-12-1955).

287. "Urn dos tlpos mals extraordlnSrlos e mals puros desta sorte de

profetlsmo que apraz a Frovldencla fazer surglr ao lado da Hlerarqula" Comenta o autor de uma vlda de Sao Bernardino

de Sena a respelto da grande Vlrgem senense:

"Enflm,

cercada

de urn esplendor alnda

mals

fulgurante, brlihava a flgura de Santa Catarlna de Sena: fllha de operlLrlos, humllde tercelra domlnlcana, torturada pelos sofrlmentos; enquanto vlvla num estado contemplatlvo cujos mlsterlos espantam

nossa Intell^encla, demonstrava, nas mundo,

urn

genlo admlravelroente

colsas

pr£tlco;

do

achava

acentos convlncentes para pregar a paz, a unlao, a Justlga, nuroa epoca em que tudo era dlssensao,

dlscdrdla e vlolencla, nao so na cl<3ade, mas tambem na Igreja universal. "Somente por sua autorldade santa, tornou-se,

mocinha

alnda, a conselhelra atendlda do papa ^

dos governoa. o^ 1[rbltro ^ crlstandade. ^ apareceu

como urn dos tlpoa mals extraordlnfirlos e mals

puros desta sorte de profetlsmo que em certas bo ras de crlse excepclonal. apraz d Providencla fa zer surglr ao lado da hlerarqula eclesl&stlca".

(PAULO THUREAU-DANOIN, Sao Bernardino de Sena, Vozes, Petropolls, 1937, p. lb / Com aprovacao ecleslSstlca, 23-6-1937). 288. "Vfirlos papas se ocuparam

ativamente em promoyer a canonlzacao da profetlca donzela"

Da Hlst6rla dos Papas, de L. Pastor:

'*Na Corte pontlflcla nSo se esquecla o quanto

a

Santa S6 devla dquela humllde rellglosa (Santa

Catarlna de Sena); vfirlos Papas, prlnclpalmente

Qreg6rlo XII, ocupar^-se ativamente em promover a canonizaqSo da profetlca donzela de Sena; somente as calamidades dos tempos, e tambem a susceptlbl—


SecgSo II

2^9*

lidade dos franclscanos, Impedirani que este assun-

to fOBse levado a terroo. Nos tempos de Callxto III

tinha-se ativado de novo este processo por Instfincias dos envlados senenses, e Pio II o tomou desde logo efIcazmente em sua m&o .... sendo-lhe dado elevar

is honras dos altares a mals nobre

mulher

que tlnha saldo de Sena". (LUDOVICO PASTOR, Historia de los Papas, Ediciones 0. Gill, Buenos Aires,

T9^8,

vol. Ill, p. 278 / Imprlmase: Antonio Roc-

ca, Oblspo de Augusta y Vlcarlo del Arzoblspado de

Buenos Aires, 20-5-19'i8). 289. Qraca excepclonalmente poderosa; "a graca de chefe"

De uma vlda da Beata Maria da Encarnaqao (1599-1672), que depols de vlGva abragou a vlda rellglosa

na' Ordem das Ursullnas e se

tornou

a

prlmelra frelra mlsslonArla da Hlstorla da Igreja, trabalhando '13 anos entre os Indlgenas do CanadA. Pol grande mlstlca:

sus.

"Mas els urn segundo favor do Coraqao de Je Desta vez se trata de uma graqa verdadelra-

roente especial, emlnente, que Dom Jamet, segulndo Dom ClAudlo Martin, chama de a 'graqa de chefe*. "Esta 'graca de chefe' ultrapassa ^ pessoa, ja alma

que

poderosa.

Joao

a recebe. E uma graca

que

excepclonalmente

o SenHbr concede, como

enslna

57

da Cruz. 'sobretudo as almas'cul'a vlrtude ^

esplrlto

devem

propagar-se na sucessao de

seus

fllhos esplrltuals'.

"Dom ClAudlo nao delxa de ter urn filial e santo entuslasmo com relagao a sua admlrAvel mae

(a Beata

Maria

da

Encarnaqao).

'Deus, escreve,

que a havla escolhldo para ser a pedra fundamental

de um edlflclo que devla durar ate o flm do mundo, Ihe concedeu uma graqa de chefe, quer dlzer, uma graqa emlnente, que nao devla servlr somente a sua santlflcagao,

pessoas vlam Esta

mas

que devla alnda aproveltar

as

que vlvlam com ela e Aquelas que Ihes de-

suceder ate a consumagao dos seculos' graqa de chefe e de fonte, acrescenta Dom Martin, .... conslste nas luzes da clencla .... e no exemplo de uma vlda santa e sublime .... A Madre da Encarnagao, prossegue, delxou tantos escrl-


250. tos

SecQao II ....

que todas as fllhas que vlverem no

seu

Mostelro, ate o flm dos seculos, al encontrarao abundantemente de que se Instrulrem elas proprlas,

e de que enslnar aos outros segundo o esplrlto de sua vocaQao; e sua vlda fol tao santa e tao chela de

virtudes heroicas, que ela Ihes ser5 para sem-

pre, um MIER,

raodelo a imitar". (Chanolne J. L. BEAU-

Marie Guyart de L*Incarnation, Editions

du

Blen Public, Trols-Rlvleres, 19b9, PP. 85-86 /Im primatur:

Georglus Leo Felletler, Eplscopus Trl-

fluvlanen,

30-4-1959)•

290. Pela ousadla de sua palavra Insplrada, fol conslderado como um profeta

Sobre Sao Luis Maria Qrlgnlon (1673-1716), dlz um seu blografo: "Ao

(Sao

termlno

de

Montfort

do.prlmelro sermao, o

pregador

Luis Maria Grlgnlon de Montfort), pela ousa

dla de sua palavra Insplrada, fol conslderado como

um envlado do ceu, como urn profeta. Sua voz clara,

^netrante,'^ue se ouvlalEem em todos os recantos, seus gestos expresslvos, a subllmldade dos pensamentos,

o

encanto e a orlglnalldade de suas

ex-

pressoes, a ungSo e a forga que acompanhavara todas as suas palavras, todo seu conjunto enflm catlvava

OS esplrltos e submetla as vontades". (J.M. TEXIER.

Sao Luis Maria Grlgnlon de Montfort, Vozes,

Petropolls, 1948, p. 185 / Com aprovagao ecleslSstlca).

291. "Um Intrepldo reallzador de um Ideal, um precursor, um profeta"

Sobre Sao Luis Maria Grlgnlon

de

Montfort,

comenta outro autor: "Luis

Grlgnlon fol um desses homens

estra-

nhos ^ admlravels: um Intrepldo reallzador ^ um Ideal, a

um precursor, um profeta. Deus o destlnava

tarefas

sobre-humanas. Ele Ihe

deslgnava

uma

mlssao que ultrapassarla de multo a duragao de sua exlstencla terrestre; um papel na ressurrelgao da

Pranga

catollca; no desenvolvlmento* da teologla


SecgSo II tnarial;

251*

na

descoberta das mais profundas e

mals

abundantes fontes da vida sobrenatural.

"Qrignlon

seria

colocado como

uma

estitua

sobre a montanha: de manelra a ser vlsto pelas ge-

ragoes futuras. Um certo recuo seria necessiirio para o julgar bem. Vlsto de muito perto, 6 uma forga abrupta, um gigante cujas proporcoes e cujas linhas n6s nao captamos pelo olhar, e cuja harmo-

nia nos escapa. Seus mestres, seus condiscipulos, seus confrades, seus superiores eclesi&sticos tiveram muita dificuldade para compreende-lo; multos

dentre eles teriam desejado ocultfi-lo sob a terra, esconde-lo sob o alqueire, porque ele chocava seu senso de medida, porque ele nao estava de acordo com seu 'cfinon' estetico e moral, porque ele nao se alinhava nas categorias classificadas. Sendo genio excepcional, declaravam-no genio bizarro". (QEORQES RIGAULT, Saint Louis-Marie Grignion de Montfort. Les Traditions Prangaises, Tourcoing, 19^*7, p. 10 / Imprimatur, Joannes Baptista Megnin,

Episcopus Engolismensls, 28-l|-19'l7). 292. Deus elegeu Beata Ana Maria Taigi, como "vttima pela Igre.la e por Roma"

De

uma

vida

da

Beata

Ana

Maria

Taigi

(1769-1837): "'Sem efusao de sangue nao

bem,

Deus

remissao*. Pois

elegeu esta mulher humllde (Beata

Ana

Maria Taigi), para obter a remissao do mundo. Nunca, desde o Grande Cisma do Ocldente, houve uma raiserla espiritual semelhante, no relno de Cristo.Deus e escarnecido, expulso de milhares de

templos,

o clero e dizimado, os Papas

arrastados

de prisao em prisao, a Cristandade se afunda em um

rio

de sangue. Nao hS um so sacerdote nos exerci-

tos

da Revolugao e do Imperio, para absolver

os

moribundos.

"Era

necessSrla

Substituigao

uma

Inlnteligivel

vitima

expiatoria.

para

raclonalis-

o

mo. ....

"A

nhor

Santa, atestam Monsenhor Pedicini, Monse-

Fatali

e

o Pe.

IgreJa e por Roma'....

Felipe, foi

'vitima

pela


232.

Sec^ao II "Seu papel essenclal (da Beata Ana Maria Tai-

gi) £ o ^ auatentar o papado mediante auaa coea alguma

ora-

Oa principea da Igreja vao S, aua caaa, vezea, aolicitar aeua conaelhoa, maa auaa

arroas

preferldaa

(ALBERT

aao o ailencio e

a

imolagao".

BESSIERES SJ, ^ Beata Ana Maria Talgi,

Deacl^e de Brouwer,

Buenoa Airea, 1942, pp. 139 e

151 / Puede imprimir-ae; Mona. Dr. Antonio Rocca, Obiapo de Auguata y Vicario general, Buenoa Airea, 28-3-19^2).

293. Bento XV: Santa Tereainha foi agraciada com o doro de profecia

De

uraa vida de Santa Tereainha do Menino Je-

aua (1873-1897):

"Numa

confidencia com a Madre Inea de Jeaus,

Tereainha declarou: 'Para a minha miaaao. como pa ra a de Joana d'Arc, a vontade de Deua cumprir-ae-

^ apesal' H'a inveja doa homen^^.^E Noaao

^ajuntou

que

Senhor havia de aervir-ae da 'Hiatdria duma

Alma' para fazer bem aa almaa "Refere ainda a Madre Inea de Jeaua ter ouvi-

do

de Tereainha,

palavraa

confirmagao: lado

da

quase sem vida, as

profeticaa. que tiverara a maia

'Depois

seguintes completa

da minha morte, Ird para

caixa do correio. All encontrarS

o

muitas

consolaqoes'. "Que

e que Madre Inea encontrou na caixa

do

correio? Inuraeraveia cartaa pedindo retratos e reliquiaa da Santa, e outraa tantas narrando milagres de primeira ordem "Tao inteiro cumprimento em coiaaa tao de antemao prognoaticadaa, deixa bem fora de duvida que a Irma Tereainha claramente previu a aua miaaao poatuma. Ate aqui aao convergentea oa autorea. Parece divergirem na interpretaqao. A confidencia em

que

a

Santa falou de voltar ao mundo para

fazer

amar o amor e passar o aeu ceu a fazer bem sobre a

terra, Mona.

diz o Pe. Martin que foi uma 'profecia'; e Laveille. que foi uma 'confidencia profeti-

ca'. Admitem, ao que parece, a hipotese, rejeitada

pelo Pe. Eymleux, de uma 'revelaqao precisa' 0 Pe. Petitot opina que 'em tais previsoes, o genio entra com largo quinhao', maa afirma tambem


Secgao II

253*

aue Tereslnha fol 'favoreclda de luzea sobrenatural3 sobre a sua mlssao futura' ajunta que, 'a nao nos revoltarmos contra a evldencia, precisamos

reconhecer que a Irma Teresa do Menlno Jesus, nos ultlmos dlas de sua vlda, obteve uma revelagao sobrenatural da sua santidade e da sua mlssao providencial'. Lembra nesta altura as palavras com

que

Bento XV declarou que Tereslnha fol agraclada

com o dom de profecla.

"De

qualquer

forma, fosse por Intulgao

ge

nial, fosse por dom de profecla, o que nao sofre duvlda e que a nossa Tereslnha claramente predlsse o esplendor de prodlglos de que hoje o mundo Intelro

e testemunha". (Pe. ANTONIO PEITOSA,

Tereslnha,

a Vloleta de Llsleux, Vozes,

Santa

Petropo-

11s, 2a. ed. refundlda, 1955> PP» 27^-275 / Imprlmatur: D. ^0^1955).

Manuel

Pedro

da

Cunha

Clntra,

294. Tal era o dlscernlmento dos

espirTtos de' Wadre Teodora VoTron, que as alunas se confessavam antes de se apresentarem dlante dela

De uma blografla de Madre Teodora Voiron (1835-1925), fundadora da Provlncla Brasllelra das Irmas de Sao Jose:

"— falo

com

Uma de suas alunas costumava dlzer: 'Nao Madre Teodora sera me confessar,

porque

ela adlvlnha ate os pensamentos da gente'. — dlsse ao meu raano, com dez anos de anteclpagao, que ele serla Mlnlstro depols Deputado, e tudo se

reallzou". (OLIVIA SEBASTIANA SILVA, Madre Maria Teodora Voiron, Edltora "Ave Maria", Sao Paulo,

194tl, p. 391 / Com aprovagao ecleslfistlca).



u Aa gSilQii

tl

SU 9Ui It ^iiSIOSUii Siii IBi ¥iC|ua§ Il9 dl,£§lSS § 52§§i ^90£§ § §9 999§9 l9U^9S

295* 03^ superlores foram constltuldos por Deus para o noaso bem: devemos—lhes temor~e honra Da Epistola de Sao Paulo aos Romanos: "Toda

alma esteja sujelta aos poderes

supe

rlores, porque nao h& poder que nSb venha de Deus; e OS que existem foram instituldos por Deus. Aquele, pois, que resiste a autoridade, reslste a ordenagao de Deus. E os que resistem, atraera sobre si proprios a condenagao. Porque oa principes nao sao para temer pelas agoes boas que praticamos, mas pelas mSs. Queres, pois, nao temer a autorida de?

Paze

que bem

tern a autoridade e ministro de Deus para teu E, pois, necessArio que Ihe estejais su-

jeitos,

o bem, e terSs o louvor dela; porque

o

nSo somente pelo teraor da ira, mas tambem

por motivo de consciencia

Pagai, pois, a to-

dos o que Ihe e devido: a quern o tribute, o tribu te; a quern o imposto, o imposto; a quem o temor, o

temor; ^ quem a honra. a honra" (Rom. XIII, 1

a

7).

296. 0 culto aos superlores humanos deve ser manifestado por sinais externos

Do

Prei

conhecido

teologo e

moralista

espanhol

Antonio Royo Marln OP: "A honra ou culto que


256.

SecQao II

se deve a Deus (latrla) pode ser meramente inte rior, pois ele conhece perfeitamente os movimentos

de

nosso coragao. Mas o. culto devido aos superio-

res

humanos

tem qua se manifestar de alRum

modo

per algum sinal exterior (palavra, gesto, etc.), porque se deve honrcL-los nao sotnente perante Deus. mas

tambem

diante dos homens (Sao Toraas,

Summa,

II, 103, D". (Pr. ANTONIO ROYO MARIN OP, Teologla de

la Perfeccion Cristiana, BAG, Madrid, 2a. ed.,

T5^55, P» 337 / Imprimatur: "Pr. Pranciscus, Episcopus Salmant, 7-10-1955).

297. A dupla natureza do homem impele-o a manifestar exteriormente

as disposTcoes da alma De

um curso superior de Religiao, por

cate-

drfiticos da Universidade de Bonn:

"0 culto externo e indispensSvel aos'homens: "a) 0 homem deve servir a Deus, com todas as

forgas

do corpo e da alma, porque e coisa e

priedade

pro-

de Deus (Lc 10, 27; 1 Jo 4, 16-19). Alem

disso, a dupla natureza do homem impele-o a manifestar, exteriormente, as disposlgSes da alma, como

se.lam sentlmentos de eimor, de estima. de aver-

sTo. etc. - Fela psicologia, sabemos perfeitamente que tais expansoes exteriores intensificam os sentimentos

alma

da alma. Nao havendo nenhuma expansSo, a

perde facilmente o_ surto de suas boas dispo-

sig5es.

"b) 0 cristao e membro de ama perfeita socie-

dade religiosa. Como tal, deve assistir aos atos com que essa sociedade reconhece a absolute soberania de Deus, os seus direitos de supremo Legislador da humanidade. Por isso e que a Igreja regula o culto externo por leis positives, e convoca todos OS fieis, aos domingos e dies santos de

guarda,

para o santo Sacriflcio da Missa, que 6 a

oragSo liturgica por excelencia. e

"c) Pela nossa assistencia, devemos edificar estimular o pr6ximo. Ver e ouvir alguem rezar

com fervor aumenta

nossa pr^pria devocao.

"d) Jesus Cristo recomenda a oragao publics e coletlva:

'Onde dois ou tres se acharera

reunidos


Secgao II em

meu

20)".

257.

nome, eu estarel no meio deles'

(Mt

18,

(Dp. PREDERICO TILLMANN, Luz e Vlda, Vozes,

Petropolls,

1936, III volume, pp. 131-132 / Pode

Imprlmlr-se; Cgo. Francisco de A. Caruso, p. c. do

Sr. Card. Arcebispo, 18-6-1936). 298. Todo indlvlduo tem dlreito a que suas boas qualldades sejam honradas

De um curso superior de rellglao por CatedrSticos da Universidade de Bonn;

"Todo Indlvlduo tem o dlreito a que as suas boas qualldades, mormente as vlrtudes socials, se.1am

reconhecldas

Ihantes.

e respeltadas pelos seus

seme-

Nesse dlreito e que se basela a nogao da

honra, Isto e, a estlma que o homem goza por causa de seus dotes pessoals, verdadelros ou presuntlvos

"A honra e um patrlmonlo moral que o Indlvl duo deve conservar rellglosamente, por conslderagao a si raesrao e por amor a coletlvldade. Isto va le prlnclpalmente da fama de alguraa entldade moral

(p. ex., famllla, classe social ou profIsslonal, corporagao, etc.K Por sunor do bera comum, o Indl

vlduo nao pode renunclar ao prestlglo de um cargo, alnda que pessoalmente nao tenha nenhum aprego a honrarlas (p. ex., as autorldadea clvls e ecle-

sldstlcas, OS pals com relagao aos filhos, etc.). "A Igreja reconhece o valor moral da honra, e defende-a em sua leglslagao. Em alguns delltos, o Dlreito Canonlco apllca a pena da Infamla. Por melo de atos slmbollcos, a Igreja presta as devldas homenagens aos dlversos estados e vocagoes

(hlerarqula social e eclesl^stlca). Multas homena gens

nao se referem a pessoa como tal, mas S dlg-

nldade que represents (cfr. a pragmfitlca ecleslSstlca). Essas praxes sSo de multo valor pslcologlco, porque todo coragao e acesslvel ao estlmu1o. ....

"Em multos casos, o crlstao deve defender-se,

para

que a contum6lla nSo recala sobre a causa de

Deus e da Igreja (cfr. o processo de S. Paulo: At.

21, 27-28, 30) "Se gozar de boa fama entre os semelhantes. o^


258.

Secgao II

Indlvlduo

pode cumprlr seus deveres com malor fa-

cllldade.

Dal

propria

segue gue conservar

defender _a

honra nao e ^^ dlrelto, mas ^ ate

uma

grave obrigagao. "A

coletlvidade deve dar as necessarias

rantias veres

ga-

para quern cumpre, fielmente, todos os de individuals e socials. Deve, antes de tudo,

conceder-lhe a defesa legal do bom nome. Em alguns casos, a leglslagao e deficlente, em particular

quando se trata de Imputagoes alelvosas (imprensa), e de certas contumellas que atingem pessoas morals e Institul^oes, etc "Injurla ou contumelia. Conslste, negatlvamente, em nao prestar as hqnr^ devidas ao proxi mo; posltivamente, em maltratar o proximo por atos e palavras "As faltas contra a honra e reputagao do pro ximo acarretam a grave obrlgagao de reparar, quan-

to ■ posslvel, OS prejulzos causados a pessoa ofen— dlda.

A manelra de reparar difere, conforme a na-

tureza da falta.

pode

"a) Como exprlme a verdade, a detra^ao nao ser sanada pela retratagao. 0 maldlzente de

ve,

contudo,

dos

que

pode

reabilitar a sua vltima na

opiniao

Ihe ouviram as palavras. Para esse

flm,

enaltecer as boas qualldades da pessoa, ale

gar a sua reta intengao e outros fatores que desfaqam, no proximo, a funesta Impressao da maledlcencla. Se nlnguem fala da materla, nao convem re-

novar

de

a lembranga; extlngue-se por si a obrlgagao

reparar, porque tarabem

cessaram as mSs con-

sequencias.

"b) A reparagao da calunia e mais dlflcultosa. Exlge retratagao dlante das pessoas que a ou viram. Multas vezes, serfi necessSrio retratar publlcamente.

"c) A reparagao da contumelia requer, proprlamente, que se pega perdao ao ofendldo. Nao

sendo

posslvel

pedlr perdao, deve o culpado

dar

provas de especial benevolencla para com a pessoa ofendlda". (Dr. PREDERICO TILLMANN, Luz e Vida.

Vozes, Fetropolls, 1936, III volume, pp. 2T5 a 218 e

273

/ Pode Imprlmlr-se:

Cgo. Fr-ncisco de

A.

Caruso, p. c. do Sr. Card. Arcebispo, 18-6-1936).


Secgao II

259*

299* Nao louvar alguem que mereqa, ou entao louva-lo com fpleza Imereclda, pode ser pecado

Escreve

D.

Salvador Rial, VlgSrlo de

Bruch

(Espanha), no seu Cateclstno Ilustrado; "Oltavo

Mandamento:

'Nao

levantarSs

falso

testemunho'

"1. Amparado o dlrelto de proprledade ou a Justa posse dos bens temporals pela proteqao do mandamento divino, Deus ampara com o oltavo manda

mento o dlrelto aqullo que ^ melhor e_ mals nobjre do que os bens temporals, Isto e. o_ dlrelto que

tern £ proiTlmo a honra ^ a boa fama. Estas sao as palavras

do

Leglslador ^upremol ''Nao

levantarSs

contra o teu proximo falso testemunho'.

"2. Chama-se boa fama a oplnlao das pessoas sobre a excelencla, as boas qualldades e as vlrtudes de alguem. Chama-se honra o testemunho que daroos a alguem do nosso reconheclmento de sua exce lencla e de su'a vlrtude

"18. 0 pecado de murmuragao pode ser cometldo de multas manelras.

"Murmura-se de modo positive nao so denunclando as faltas ocultas, mas tambero exagerando-as

e desflgurando os feltos pecamlnosos que Jd sao de conheclmento publlco; exagerando uma falta aumenta-se a dlfamaqao. "19.

ou

Hurmura-se de modo negative

escondendo

negando as vlrtudes de alguem; atrlbulndo

Intengoes

rnSs

a um ato bom; dlmlnulndo ^ ImportSncla

dos eloglos que se trlbutam a outra pessoa; louvando com notorla frleza quando outros louvam com entuslasmo; calando quando outros louvam; fazendo

retlcenclas, per exemplo; slro, e multo bora, mas...

"Murmura-se de modo positive ou negative nao so per palavras, mas tambem per escrltos, carlcaturas, slnals, etc.". (D. SALVADOR RIAL, El Cateclsmo Mayor eji Im^genes. Jose Vllamala, Barcelona,

1913, pp. 20^7 207, 210).


2go.

Secgao II

300. Urn eloglo frlo> a quern

merece mals do que Isto,

constltulr

pecado de detraqao

De uni Curse de Religlao:

"A maledlcencla e a calunia chamam-se detracao. Esta comete-se de dlferentes modes, a saber: atrlbulndo ao proximo uma culpa em que ele nao

Incorreu, ou um defelto que nao tem; exagerando suas faltas, dando come certas as que sao incer-

tas, fazendo conhecer as que sao ocultas, Inslnuando-as, fazendo-as suspeitar per formulas tals

come estas: Diz-se, conta-se...; Interpretando desfavoravelmente as boas inten^oes do proximo, negando 'suas boas qualldades» dlmlnulndo 3€U merl—

to; fazendo—Ihe por vezes um elogio multo frlo, ou guardando um silenclo que e uma aprovaqao do que oubros contam, ou um desmenfcldo do bera que dl— zem dele". (Pe. P. X. SCHOUPPE SJ, Curse abreviado de Religlao, Livraria internacional de E^sto

CEarHFon, Porto, 2a. edigao, 189^, PP. 270-271 / Imprimatur:

J.B.Lauwers, Vic. Gen.

Mechliniae,

2-7-1875).

301. Sao Joao Crisostomo: o homem, quando e mau, nao aplaude

o .justo; antes, pelo contr^rio, o inveja

Sao Tomds de Aquino na Catena Aurea (comentArios sobre os quatro Evangelhos) inclui a seguinte observaqao de Sao JoSo Crisostomo: "Assim

como uma coluna inclinada, se receber

mais peso, se inclinarA ainda mais para aquele lado, assim tambAm o coracSo do homem, quando e mau; se ou ouve falar de aco^s de um homem Justo, ifi^o aF aplaude; antes, pelo contrArio, sje excita & inveja. Os sacerdotes se excitaram deste modo contra Jesus Cristo, dizendo: 'Ouves o que dizem estes?'". (Santo TOMAS DE AQUINO, Catena Aurea, Cursos de Culture Catolica, Buenos Aires, 19^6, vol.

II, p. 178 / Imprimatur: Antonio Rocca, Ob. tit.

de Augusta y Vic. Gen., Buenos Aires, 6-^-19'»6).


Secgao III

Quando e para a maior gloria de Deus, OS santos aceitam, permitem ou ate estimulam

as manifestagoes de veneragao e respeito de que sao objeto; quando essas manifestagoes nao sao para a maior gloria de Deus, eles as recusam



I

4 esemglQ do BixlOQ Mestce, Qs siQ^Qs acglbim

CQ0 benlgDldade e sigBllcldade

§i nultldgss gue qs buscag liSUiQiii fi 2Q£ysi§§gadai

302. A multldao que se reunla em torno de Nosso Senhor era tanta, e de tal modo se arro.javam sobre Ele, que mals de uma

vez fol preclso entrar numa barca, para nao ser comprlmldo

Do Evangelho de Sao Mateus:

"Naquele dla, salndo Jesus de casa, sentou~se a

belra

do

mar. E Juntou-se em volta

dele

uma

grande multldao de gente, de tal sorte que fol preclso entrar numa barca e sentar-se nela"r~e to3a a multldao estava em pe sobre a prala. E falou-

-Ihes

multas colsas por parabolas" (Mt. XIII, 1 a

Do Evangelho de Sao Marcos:

"E

Jesus

retlrou-se com os seus

dlsclpulos

para a banda do mar; e segulu-o uma grande multl dao de povo da Galllela e da Judela, e de Jerusa lem, e da Idumela, e da TransJordanla; e os das vlzlnhangas de Tiro e de Sldonla, tendo ouvldo as colsas que fazla, foram tambem em grande multldao ter com ele. E mandou ^qs seus STsclpulos oue Ihe aprontassem uma barca, para que a multldao o nao

oprlmlsse. Porque, como curava multos, todos ~os que padeclam algum mal arrojavam-se sobre ele para o tocarem" (Mr. Ill, 7 a 10).


254.

.Secgao III

303. As multidoes ariulam de lugjares dlstantes para

Nosso Senhor, sep:ulam-no

pop varlos dlas, e ate ^ esqueclam de providenclar o Qus comer

Assim

narra Sao Marcos a segunda multlplioa-

gao dos paes:

"Naqueles dlas, havendo novamente grande mul-

tidao, e, nao tendo que comer, chamados os dlsclpulos, disse-lhes: Tenho compaixao deste povo. porque ha jS tres dlas que nao se afastam ^ mim, e nao tern o que comer; e, se os despedir em JeJum

para suas~casas, desfalecerao no caminho, porque alguns deles vieram de longe. E os disclpulos fss-

p5Hieram-lhe: Como podera alguem sacia-los de pao aqui no deserto? E (Jesus) perguntou-lhes: Quantos

paes tendes? Responderam; Sete. "E ordenou ao povo que se recostasse sobre a terra; e tomando os sete paes, dando gragas, partiu-os e deu a seus disclpulos, para que os dis-

tribulssem; e eles os distribulram pelo povo. Tlnham

tambem

uns

poucos de peixinhos; e

ele

os

abengoou, e mandou que fossem distribuidos. Comeram e ficaram saciados, e, dos pedagos que sobejaram, levantaram sete cestos. Ora o^

eram cerca ^ quatro mil. Em seguida (Jesusl despediu-os" TMp. VIII, 1 a 9)«

soil. 0£ que transportavam o paralltlco tiveram que destelhar a casa

para

diante do Oivino Mestre Do Evangelho de Sao Marcos:

"E, alguns dlas depols, entrou Jesus outra vez em Cafarnaum. ^ soube-se que ele estava ^ casa, e .luntou-se multa gente, de modo que nao cabia nem

mesmo

diante da porta; e ele pregava—Ihes

a

palavra. E foram ter com ele, conduzlndo um paralltlco, que era transportado por quatro. E, como nao pudessem apresentar-*lho por causa da multIdao, H^cobrlram o teto pela parte debalxo ^ qual ^ tava (JesusT; e, tendo felto uma abertura, arrlaPam o lelto, em que Jazla o paralltlco. E, quando

J^us~ vlu

a sua fe, dlsse ao paralltlco: Pllho,

sao-te perdoados os teus pecados.


Secgao III

265•

"E estavam all sentados alguns^escribas, os quais lam discorrendo nos seus coragoea: Cotno fala assim

este homem? Ele blasfema. Quern pode perdoar'

OS pecados, senao s6 Deus? E Jesus, conhecendo lo go no seu esplrito que eles discorriam desta maneira dentro de si, dlsse-lhes:^Porque pensals Isso

nos voasos coragoes? 0 que e mals facll, dlzer

ao

paralltlco: Os teus pecados te sao

ou

dlzer:

perdoados;

Levanta-te, toma o teu lelto, e

anda?

Ora,

para que salbals que o Pllho do homem tem na

Terra

poder de perdoar pecados, (dlsse ao parall

tlco): Eu te dlgo: Levanta-te, toma o teu grabato,

e val para tua casa. E Imedlatamente ele se levan-

tou, e, tomando o seu lelto, retirou-se a vista de todos, de manelra que todos se admlraram e louvavam a Deus, dlzendo: Nunca tal vlmos" (Mr. II, la 12).

305. ^ multldSes apertavam e comprlmlam o Dlvlno Mestre, e Ele entretanto pergunta: "Quern me tocou?"

Do Evangelho de Sao Lucas:

"E aconteceu que, tendo voltado Jesus, fol recebido pela multldao; pols todos o estavam espe-

rando. E els que velo um homem, chamado Jairo, que era prlnclpe da slnagoga; e langou-se aos pes de Jesus, Implorando-lhe que fosse a sua casa, porque tlnha

uma fllha unlca com cerca de doze anos, que

estava a morrer. E sucedeu que, enquanto Jesus la camlnhando, era apertado pelo povo. E uma mulher,

que padecla fluxo de sangue ha doze anos, e tlnha dlspendldo com medicos todos os seus bens, sem po der ser curada por nenhum deles, aproxlmou-se por detras e tocou a orla do seu vestldo; e, Imedlata

mente, parou o fluxo do seu sangue. E Jesus dlsse; Quern

me tocou? E, negando todos, dlsse Pedro e os

que com ele estavam: Mestre, as multldoes apert^-te ^ oprlmem-te. e ^ perguntas: Quem me tocou? E Jesus dlsse: Algu^ me tocou, porque conhecl que salu de mlra uma vlrtude. E a mulher, vendo-se descoberta, fol tremendo, e prostrou-se a seus pes, e declarou dlante de todo o povo a causa porque o tlnha tocado, e como flcara logo sa. E ele dlsse-Ihe: Fllha, a tua fe te salvou; val em paz.


266.

Secgao III "Alnda ele nao tinha acabado de falar, quando

velo

um dlzer ao prlnclpe da sinagoga: Tua

morreu,

nao o incomodes. Mas Jesus, tendo

filha ouvldo

estas palavras, dlsse ao pal da menina: Nao temas,

ere

somente e ela serS salva. E, tendo chegado

a

casa, nao deixou entrar ninguem com ele, senao Pe dro e Tlago e Joao, e o pal e a mae da menina. En-

tretanto

todos

choravam, e a lamentavam.

Porem,

ele dlsse-lhes: Nao chorels, a menina nao esta morta, mas dorme. E zombavam dele, sabendo que estava morta. Entao Jesus, tomando-a pela mao, levantou a voz e dlsse: Menina, levanta-te. E o seu

esplrlto

voltou (para o seu corpo), e levantou-se

Imedlatamente.

mer.

E

E Ele mandou que Ihe dessem de co

seus pals flcaram chelos de

assombro, e (Jesus) ordenou-lhes que nao dlssessem a ninguem o que tlnha acontecldo" (Lc. VIII, i|0 a 56).

306. ^ qualquer lugar onde Nosso Senhor chegasse. os enfermos aflulam e Ihe Imploravam que os delxasse tocar ao menos a orla do seu vestldo

Do Evangelho de Sao Marcos:

"E,

tendo

passado a outra banda,

foram

ao

pals de Genesaret, e l£ aportaram. E, tendo desembarcado,

logo o^ conheceram; e, correndo por

todo

aquele

pals, comecar^ ^ trazer-lhe de todas as

partes

os doentes em leltos. onde sablam que

estava.

ele

E, ^ qualquer lugar a que chegava. (fos

se) nas aldeias ou nas vllas ou nas cidades, punham que

os enfermos no meio das pracas. e pedlam-lhe OS delxasse tocar ao menos a orla do seu ves

tldo;

e todos OS que o tocavam flcavam saos" (Mr.

VI, 53 a 56).

307. "Da boca dos menlnos e das crlangas de lelte tlraste o perfelto louvor"

Descrlgao da entrada trlunfal de Nosso Senhor em Jerusalem por Sao Mateus:

"Aproxlmando-se de Jerusalem, e, chegando a Betfage, Junto do monte Ollvete, envlou Jesus dols

dos

seus dlsclpulos, dlzendo-lhes: Ide a

aldela.


SecQao III

que eatfi defronte de vos, e logo encontrarels presa uma Jumenta e o seu Jumentlnho com ela; desprendel-a, e trazel-ma. E, se alguem vos disser

alguma colsa, dizel que o Senhor preclsa deles; e logo OS delxarS trazer. Ora tudo Isto aconteceu, oara que se cumprlsse o que tlnha sido anunclado

pelo profeta, que dlsse: Dlzel S fllha de Slao:

Els que o teu rei vem a tl manso, montado sobre uma Jumenta, e sobre um Jumentlnho, fllho da que leva o Jugo. E, Indo os dlsclpulos, flzeram como Jesus Ihes ordenara. E trouxeram a Jumenta e o Ju mentlnho, e puseram sobre eles os seus vestldos, e flzeram-no montar em clma (do Jumentlnho). E o^ po^ vo, em grande numero, estendla no camlnho os seus

vestldos; e outros cortavam ramos de ^rvores, _e Juncavam com eles a estrada. E as multldoes q^ o

precedlajn,~ a3~que lam atras, grltavam, dlzendo; J I w ^ W Vii

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losana ao Fllho ^ David 1 Bendlto o_ gue vem em noiiie do Senhor! Hosana no mals alto dos ceus! ^

^ando entrou em Jerusalem, alvoroqou-se toda _a cldade, dlzendo: Quem e este? E os povos dlzlam: Este e Jesus, o profeta de

Nazare da

Gall-

lela"• «•••

"E, quando os princlpes dos sacerdotes o^ escrlbas vlrara as~maravlihas opera3as~"por~Ele, e OS menlnos grltando no templo, e dlzendo: Hosana ao Fllho de David! Indlgnaram-se, e dlsseram-lhe. Ouves o que estes dlzemv E Jesus dlsse-lhes: blm. Nunca lestes: Da boca dos menlnos e.^ crlangas de lelte tlraste o perfelto louvor? E, tendo-os d¥lxado, retlrou-se Jesus para fora da cldade, pa ra Betanla; e IS flcou" (Mt. XXI, 1 a 11 e 15 a 17).

308. eles se calarem, as proprlas pedras clamarao"

Descrlqao da entrada trlunfal de Nosso Senhor em Jerusalem por Sao Lucas:

"E

dlto Isto, la Jesus adlante sublndo para

Jerusallm. E aconteceu que, quando chegou perto de Betfage e de Betanla, no monte que se chama das Ollvelras, envlou dols dos seus dlsclpulos, dlzen do* Ide a essa aldela, que esta frontel^a; entrando nela, encontrarels um Jumentlnho atado, em que


268.

SecQao III

nunca montou pessoa alguma: desprendel-o e trazel-

-o. E, se alguem vos perguntar porque o

soltals,

dlp-lhe-els: Porque o Senhor tern necessldade dele.

"Partlram, pels, os que tinham side envlados, e

encontraram

o Jumentlnho, como o

Senhor

Ihes

dissera. E, quando desprendlam o Jumentlnho, disseram-lhes

Jumentlnho? tem

os seus donos: Porque soltals vos esse

E

eles responderam: Porque o

necessldade

langando zeram-no

dele.

E levaram-no a

Senhor

Jesus.

E

sobre o Jumentlnho os seus vestldos, flmontar em clma. E, ^ sua passagem, (as

multldoes) estendlam os seus mantos no camlnho.

quando

Jd la chegando a desclda do Monte das 011-

velras, toda ^ multldao dos seus ^sclpulos Gome s' alegremente a louvar a Deus em altas vozes pop todas ^ maravllhas que tinham

Bendlto o ceu

vlsto.

dlzendo:

rel que vem em nome do Senhor, paz

no

e gloria nas alturas.

"Entao entre

alguns dos farlseus (que se

achavam)

o povo, dlsseram-lhe: Mestre. repreende

dlsclpulos. Mas ele se

os

respondeu-lhes; Dlgo-vos

eles se calarem, clamarao as mesmas

dras" TCc. XIX, 28 a ^40).

na-

309. Despelto dos farlseus; todo o mundo segue a Nosso Senhor!

Entrada trlunfal de Nosso Senhor em Jerusalem segundo Sao Joao:

"E,

no dla segulnte, uma grande multldao

de

PovOf que tlnha Ido a festa, ouvlndo dlzer que Je^ sus la a Jerusalem, tomaram ramos de palmas. e salram ao seu encontro. e clamavam: Hosana! Bendf^ ^ o que vem em nome do Senhor. o rel de Israel! E Jesus encontrou um Jumentlnho, e montou em clma


SecQao III

269.

dele, segundo estfi escrlto: Nao teraas, fllha de Slao; els que o teu Rei vem montado sobre urn Jumentinho. A princlpio os aeus disclpulos nao com-

preenderam estaa coiaaa, mas, quando Jesus foi glorificado, entao lembraram-se de que estas coi-

sas tinham side escritas dele, e que elea mesmos tinham contrlbuldo para o seu cumprimento. A mul-

tidao, pels, que estava com ele, quando chamou Lazaro

do sepulcro e o ressuscltou dos mortos, dava

testemunho dele. E, por isso, Ihe salu ao encontro

a multidao; porque ouviram dizer que tinha feito este milagre. Portanto 0£ fariseus dlsseram entre si; Vedes que nada aproveitamos? Els que todo mundo vai ap6s ele" (Jo. XII, 12 a 19). 310. Sao Francisco de Assis recebia as honras que Ihe prestavam, como as

recebem os quadros e estatuas nas igrejas

Conta Joergensen em seu conhecido livro sobre Sao Francisco de Assis (1181-1226); "Este

pareceu se

ultimo

trecho da viagem de

Francisco

quase uraa raarcha triunfal. Quando o Santo

aproximava de uma cidade, todos os sinos toca-

vam: o povo ^ em multidao encontrar-se cora^ ele, com palmas na mao, ^ conduzia-o, em procissao solene, ate a casa do pSroco, Junto ao qual Francisco costumava alojar-se^ All eram levados paes, pa

ra que ele os benzesse, e, depois eram conservados como rellquias. E a miudo ouvia-se repetir pela multidao o grito, que tao fdcilmente ressoa na It&lia: 'Eis o Santo!'

vas

"Os seus pr6prios disclpulos achavam excessie'ssas honras. Muitas vezes. tal como os apos-

raTos 3I~o haviam feito ao Divino Mestre, perguntavam-lhe: 'Nao ouves o que diz esta gente?' Mas Francisco costumava responder que considerava ftouelas homenagens como as que ^ prestam aos qua-

dros e as estatuas nas igrejas; figuras estas que,

para os~cristaos, nao passam de imagens de Deus; e dizia que a sua carne, o^ seu sangue, _a sua propria

pftssoa

tinham tanta parte. naquelas honrarias que

recebia, quanto ^ madeira ou gens veneradas.

pedra nas ima


270.

Secgao III

"Mas, com o correr do tempo, Francisco Julgou esta resposta insuficiente, e sentiu-se sempre mals constrangido ante aquelas aclamagoes da multidao: de modo que procurava, ao menos, humllhar-se

a si mesmo o mais que

demasiadamente, posso

ter

dizia

podia; 'Nao me louveis

ele ao povo, porque

filhos e filhas!' Ou entao

ainda

exclamava:

'Se Deus tivesse concedido a um ladrao tantas graqas

quantas

tem concedido a mim, ele

Ihe

seria

bastante mais reconhecido!'" (JOHANNES JOERGENSEN, Sao Francisco de Assis. Vozes, Petropolis, 1957, pp. 201-205 / Com aprovagao eclesiSstica). 311. "Deixal-os fazer. ^ QUfi saciem o seu fervor"

A Beata Cecilia Romana (1203-1290), na sua relagao dos milagres que realizou Sao Domingos em Roma, refere o seguinte:

"Certa mulher, residente em Roma, que perten-

cla

a Paroquia de Sao Salvador ^ Perfilis de Bu-

valischis. unia

chamada

Dona Tuta, ^ qual

professava

terna devoqao ao bem-aventurado Domingos. ti-

nha um f.llho unico, crianQa ainda, gravemente enfermo. Um dia era que Sao Domingos pregava na igreJa

de Sao Marcos, daquela cidade, a referida

se-

nhora, premida pelo desejo de ouvir de seus iSbios

a palavra de Deus, foi para a igreja, deixando seu filho doente era casa. Ao regressar, depois de con—

cluido o sermao, encontrou-o morto. Abatida uraa

por

extraordinfiria afliqao, mas afogando seu des—

gosto com o silencio, confiada no poder de Deus e nos raeritos do bem-aventurado Domingos, tomou con-

sigo

o cad&ver de seu filho e foi, acompanhada de

suas criadas, ate a igreja de Sao Sixto, onde vivia entao o bem-aventurado Domingos, com os fra-

des da porta

Entrando, encontrou o Santo de pe Junto do Capitulo, como se esperasse algo. E ela, olhando para ele, pos o filho aos seus pes e prostrada comegou a suplicar-lhe, com iSgrimas, que

o ressuscitasse. Entao, o bem-aventurado

mingos,

Do

compadecido de dor tao veemente, afastou-

-se um pouco dela e fez uma breve oragao, depois da qual levantou-se e, aproximando-se do menino, tragou sobre ele o sinal da cruz. Tomando-o depois pela

raao, levantou-o vivo e incolume e o devolveu


SecQao III

271.

completamente nao

sao a sua mae, mandando a esta

que

dlssesse Isto a nlnguem. Mas ela, voltando

a

sua casa com grande alvoro(;o, em companhla de seu fllho, contou tudo o que havla acontecldo, de tal

raanelpa que chegou acs ouvidos do Sumo Pontlflce. Este

quls que este mllagre fosse contado a todos na prega^ao publlca; porem, o bem-aventurado Domlngos, verdadelro amante e custodlo da humlldade, nao consentlu que asslra se flzesse, declarando que

se

Isto se reallzasse, partirla para o^outro lado

do

mar,

as terras dos sarracenos, e nao plsarla nestas regloes. Temeroso o Pontlfice de que

mals

asslm o flzesse, desistiu do empenho de dar publicidade ao fato.

"Mas 0 Senhor, que disse no Evangelho: '0 que se humilha 3er§ exaltado', e costuma honrar e gloriflcar os seus fieis contra a vontade ^ os dese-

Jos

destes, excitou desde entab de tal moffo a dedo povo e dos poderosos em favor do bem-

vogao

-aventurado

Doraingos,

consideravam que

como

que em todas as

partes

urn anjo de Deus, ^

o

pessoas

podlam tocar—Ihe, ou as que pudessem ter como

rellqula algum fragmei^q ^ suas vestes, sentlam-se afortunadas^ pelo que sua capa foi retalhada de tal maneira, que apenas Ihe chegava aos Joe-

Ihos. ^ aos frades que se opunham & que se despedaqassem assim suas vestes, dizla bem-aventurado padre, celebrando & devogao daqueles: "'Delxai-os fazer, e que saciera seu fervor'". (BEATA CECILIA ROMANA, Relacion de los milagros obrados

go

de / imp

Madrid

Obispo Aux.

Vic. Gen.

-S-TP 1947).

312. "...e nao so permitia que Ihe prestassem aquela homenagem, mas antes os louvava por Isso"

De uraa (1350-11119): "Tudo

antiga

Vida de Sao

Vicente

Ferrer

isto nascia de uma profunda humildade,

a qual fazia que a ninguem tivesse em menor conta do que se tinha a si mesmo, mas antes tivesse a todos em muita conta.


272.

SecQao III

Quanto tnals se humllhava Sao Vicente Ferrer, mala o exaltavam

poia, ele ae humllhava dlante de todoa, e todoa o honravam. 0 Papa Bento, com aeua Cardeala, o Imperador Slglamundo, oa Rela de Caatela, Aragao

e Inglaterra, oa Blapoa e Abadea, e oa Fr^adoa de todaa aa Ordena parece que nao"~8"e deavelavam aenao em penaar como o^ honrarlam. Nao que ele, como ae dlz, . Ihea allaaaae o pelo, nem oa adulaaae, pola laao ele nao fazla, antea repreendla multo aa claraa oa aeua defeltoa; maa procedla naa repreenaoea

tao

manaamente

achou

e com tanta educaqao, que mal

alguem que ae aborreceaae de auaa

ae

repreen

aoea. Dlzlam que era um anjo envlado por Deua para dlzer-lhes aa verdades; e quanto mala oa repreen dla e avlsava de auaa culpaa, mala o querlam. Salam-lhe ao encontro, como farlam para receber Sao Paulo

"Em

procla^o

veatldoa

multaa cldadea, saleun para recebe-lo

com

de

pendoea e bandelraa,

oa

em

clerlgoa

roupaa aagradaa, com ^ Cruz £ rell-

qulaa e outraa colaaa aagradaa, do modo que aalrlam ao encontro de Sao Paulo, ae vleaae pregar-

-Ihea. E porque todoa o querlam tocar e beljar-lhe a mab, ou toraar-lhe algum pedaqo da roupa, inumeraa

vezea foi neceaa^rlo fazer una quadroa de ma-

.delra vezea

e colocS-lo no melo, aa~vezea

£e, .outraa

montado em aeu burrlco, conforme vlnha. Maa

Ja que nao pcidlam tocar nele, atlravam auaa roupaa ^ra que alcangaaaem pelo menoa o_ burrlco. No comego ele repreendla quern o^ honrava era demaala

"Dlz

Plamlnlo,

que quando comegaram a_ uaar

eates modoa de reverencla. Sao Vicente oa repreen

dla

pola

por

laao, e dlzla-lhea que

eram

Idolatraa,

nao aendo ele aanto, tomavam pedagos de

aua

roupa ou peloa de aeu burrlco como rellqulaa.

"Tambem

fugla daa entradaa aolenea naa clda

dea.

Maa vendo o provelto daa almaa, nao ao permltla. como louvava a quem o honraaae

que

"Maa depola, vendo que com aquela reverencla Ihe preatavam aa peaaoaa Importantea. ^ povo

dava mala valor ^ aeua aermSea e_ tlrava malor pro-


Secgao III

273.

velto, pouco a pouco disslmulou com elaa; ^ nao so

permltla as

que~lhe flzessem aquela honra, mas antes

louvava por Isso, dizendo-lhes que fazlam

bem

em honrar ^ Deus em seus mlnlstros ^ pregadores. Referla tudo a Deus e ^ humllhava dlante~do SenHor "Todas aquelas honras, ele as referla a Deus,

e

dizia com o coraqao e com os TXbios: Non nobis»

Domine,

non

nobis. sed nomini tuo da gloriam

Nao a nos, Senhor, nao a nos. mas ao teu nome dS. gloria (Salmo 113 B, 1). Para evitar a vangloria que de semelhantes honras se Ihe podia oferecer, antes de entrar nos lugares., seguindo o conselho de Nosso Senhor que diz; Orate ut ne intretis in tentationem — Oral para que nao entreis em tenta-

gao (Mt. 26, 41; Mc. 14, 38), ajoelhava-se com os que

vinham em sua companhia e, as maos postas

em

oraqao, erguia os olhos com iSgrimas ao ceu. Devia entao o Santo rogar a Deus que o guardasse da soberba e da vangloria, a qual (como diz Santo Agos-

tlnho) estA sempre espreitando nossas boas obras, para que se percam diante do conspecto divino. E para que se veja o quao longe estava de alegrar-se da honra que Ihe fazlam, e da autoridade que Ihe davam, basta saber que, algumas vezes, pedindo-lhe OS enfermos a benqao para alcanqar de Deus a sau-

de, bem

nao queria dS-la, para fugir da vangloria; se que, depois, movido de misericSrdia, fazla o

que

Ihe rogavam, e os despedia muito

contentes'*.

(Pray

VICENTE JUSTINIANO ANTIST, Vida ^^ Vi-

cente

Ferrer, in Biografla y Escritos de San

Vi

cente Ferrer. BAG, Madrid, l?5b« PP» 131^134 / TnP primatur: Hyacinthus, Ep. aux. y Vic. gen., Valen-

tiae, 9-6-1956). 313. "HA trinta e seis anos que estou em Ars e ainda nao me zanp;uei'^

Da

vida

de Sao Joao Maria Vianney,

o

Cura

d'Ars (1786-1859):

"Um

dia, foi em 1854, ao sair do

catecismo,

enquanto passava da Igreja a casa paroquial, teve de suportar tais importunaqoes, uns queriam cor-


2714,

Secgao III

tar-lhe urn pedago da aobrepellz. outros^o cabelo que

algumas pessoas chelaa d^ IndlRnagao Ihe dla-

aeram: 'Senh^ Cura. V.Revtna. deve gente

mandar

eata

erabora... Se eu eatlveaae no aeu lugar, fl-

carla doido...

I— jyi! trlnta

meu Deua,

reapondeu o

Santo, faz

e ael^ anoa que eatou em Ara, ^ alnda

me zan^el; agora, eatou multo velho para

nao

come-

Poram viatoa aacerdotea maravllharem-ae com

o

eapetSculo deata paclencla. 0 P. Gerln, cura da

catedral de Grenoble, a quem o Pe. Vlanney chamava

'aeu

prlmo', flcou horaa Inteiraa a contempl&-lo,

todo bondade e paclencla, comprlmldo pela multldao

que

o

cercava" (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura

d'Ara, Vozea, Petropolla, 2a. ed., 19611,

pp.

392-393 / Imprimatur: Lula Plllpe de Nadal, Blapo de Urugualana, 29-6-1959)• 311. "Permltlu-lhea tudo, eaae bondoao homem, aempre pronto a aervlr"

De

uraa

blografla popular de Sao Joao

Boaco

"Sua grande vlagera atravea da Franga vlrado a cabega de qualquer um, que nao a Porque ae Jamala uraa teve um auceaao, fol

terla dele. esaa!

(1815-1888):

....

0 povo preclpltava-ae, llteralmente, no

aeu

camlnho, ^ multldao premla-o de todoa oa ladoa, procuravam auaa ma^ para beljS^laa ou pelo menoa toca-laa! Reduzla-o quaae, na verdade, a pedagoal que ouaadla: cortavam com uma teaoura pedagoa de aua aotalna, na frente, atr&a. a dlrelta, ^ ea-

querda. de tal forma, que auaa pobrea roupaa de balxo apareclam de todoa oa ladoa: um aapecto lamentSvel! Alguna mala ouaadoa levaram aa colaaa ao

extremo ^ cortaram ate meamo cachoa ^ seua cabeloa! Tao longe ae delxou o povo levarl "E

ele? Permltlu-lhea tudo, eaae bondoao ho-

mem, ^mpre

pronto a aervlrl Dlzla ao com o

aeu

HaFltual aorrlao: 'bata bem, eatfi bem! Eatou vendo

que alnda hS doldoa, que podem andar aoltoal' Impaclencla de um cochelro

"Houve atravea

aquele cochelro, que devla conduzl-lo

de Lion e que nao era partlcularmente pa-


SecQao III

275.

ciente! Uma grande raultldao impedla o carro de avangar: cercavam-no, para pedlr-lhe uma bengao, uma palavra, a promessa duma prece, ate que o cochelpo grltou: 'Com a brecal Eu preferla levar o dlabo do que um santo no meu carroI *

Esperteza de um alfalate para obter rellqula Quando

Dom

Bosco um dla eatava a

mesa

dum

amlgo em Lille, apresentou-se um alfalate ^ pedlu llcenga para mudar uma manga eatragada de aua aotalna*

Ves o matrelrol Poderla aaalm guardar toda

uma manga como rellqula! E o padre paaaou a veatlr uma aotalna velha com uma manga Intelramente nova! Agradecamos a Deua por tao boa comlda

Todos OS seus amlgos querlam te-lo A aua me e o Santo dlaae a Dom Rua (o Beato Miguel

sa,

Rua): 'E singular o programa que meus amlgos organlzaram

para mlnha estadla em Lille* Eu

esperava

romarlas, predlcas, vlsltas a Igrejas! E em que se transformou? Banquetes, sempre banquetes! Mas

agradec^oa

a Deua ter dado ao seu Dom Bosco

boa comlda1 *

....

tao

Rellqula "sul generis": um reclbo! "Com o mesmo humor logrou umasenhora da alta

socledade

que o vlnha constantemente Importunando

por algumas llnhas de seu proprlo punho, como lem-

brangaT Sabes o que ele escreveu?... 'Recebl, multo grato, de Mme. X. a quantla de 2.000 llras para OS meus pobres. — Dora Bosco'" (M. PELLISSIER, Dom

Bosco, Edlgoes, Melhoramentos, Sao Paulo, pp. lOB a 110}.

315. "Conduzem sobre os ombros, com festlvas aclamacoes o sacerdote Joao Bosco"

Conta

o proprlo Sao Joao Bosco nas

Memorlas

do Oratorio:

"Ao fazer-se nolte, um toque de slno reunla a

todos

na Igreja, onde se fazla um pouco de oragao

ou se rezava o tergo com o Angelus. e se termlnava

tudo com o canto de 'Louvado seja sempre o Santlsslmo Sacramento! '


>

r

'

'0'mi: "Ao

OS

salr da Igreja, punha-rae no meio deles e

acompanhava enquanto cantavara ou se ^alvoro^a-

vam. Quando cheg5.vamos na sublda do Rondon, cantava-se

uma estrofe de uma cangao rellgiosa, despe-

diam-se

ate o Domingo seguinte e, dando-se mutua-

mente boa-noite, cada urn caminhava para sua casa.

"A

despedida do Oratorio era uma cena singu

lar. Quando estavam fora da Igreja, todos davara mil vezes boas-noltes sem separar-se do grupo dos companhelros» Eu Ihes dlzla: "—

vos

Ide

para casa;

e nolte; vossos

aguardara. Inutllmente. Era preclso

fazer;

sels

bracos

uma especle de cadelra sobre ^ qual,

dos mals robustos formavam com

num trono, eu tlnha navam-se entao em

pals

delxfi-los seus

como sentar-me por forga. Ordevarlas flias, com Pom Bosco


m

fe:

S&o Joao Rosco carregado em triunfo pelos seus meninos. Esta cena figurou no grande eetandarte que ornava o 6trio

* .. -.-1

da Basilica de Sao Pedro, no dia de sua beatificagao, a 2 de junho de 1929. sobre

aquele camarote de bragos, que passava

por

clraa dos mals altos de estatura, e camlnhavam can-

tando, rlndo e aplaudlndo ate o largo chamado Rondon. Cantavam-se ainda all algumas cangoea, que terminavam

com

o canto solene em honra de

Jesus

Sacramentado e de Maria Santlsslraa.

"Pazia-se depols urn grande silencio e eu, entao, podia dar a todos as boas-noites, com os conselhos para toda a semana. Todos respondiara a pia nos pulraoes: It— Boa noite!

"Naquele moraento eu era baixado do trono, iam

todos

para

suas

TamTTlas, enquanto

alguns

dos

maiores me acompanhavara ate minha casa, meio morto

de

cansago". (Nota do editor do livro: "Esta cena


278,

SecgSo III

encantadora

a vimos representac^a ^ Roma no

dla

^ beatlficapab (2 de Junho de 19297, em ^ enorme estandarte quapendia aobre a entrada principal do 6trio da basilica de Sao Pedro: Pom Bosco levaSo era trlunfo por um grupo de alegres alunos seus,

Ele, eentado em uma poltrona, e atr^s, no fundo, a camplna piemontesa, Um dlstico latino dlzla: 'Sus— tollunt humerls festp clamore loannem — laetantea luvenea quem allt unua amor';" com featlvaa aclama-

poes

OS

amor

conduzem .aobre oa ombroa o

Boaco"

Jovena alegres e anlmadoa por

um (inlco

aacerdote

Joao

(Sao JOXO BOSCO> Memorlaa del Oratorio

Biografla

in

jr Eacrltoa de San Juan~Boaco, BAG, Ma

drid, 1955, pp« 183-IBT"/ Imprimatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. gral., 13-5-1955)..


II cs

yg QCQblema eaQlglgua^ del|.cadQ 5I£I S3 g§D|Qa: ggiQ gasaac iDsgluiea* gg gglQ aa boocaa

§ ISU^SCSi ys sue a|Q alyQ* § aeg ae delxargg argtac gela yaldadg?

316. Quando e utll para a gloria de Deus e a salvacao das almas, pode-se aceltar as honras e querer a estlma dos homens

pelo

Do celebre tratado ascetlco publicado em I606 VenerSvel Padre Alonso Rodriguez, da Compa-

nhla de Jesus:

"Como se pode conclllar ^ humlldade com o dese.lo de ser conslderado ^ estlmado pelos homens«

^ doutrina comum: deve-se preferir £ desprezo as honras "Cora relagao a humlldade apresenta-se rauitas vezes uma duvida, cuja solugao nos importa multo conhecer, para saber como nos havemos de comportar na materia. Dlzemos, e e doutrina comum dos San tos, que devemos desejar ser desprezados, abatidos e tidos em pouca bonta, e que nao faqam caso de nos.

Uma objeqao: como fazer bem ao proximo se somos

por ele desprezados e tidos em pouca conta? "Mas aqui

surge

uma

objeqao:

como faremos

frutificar as almas se nos desprezam e tem em pou-


280.

ca

Secgao III

conta,

dade

aobre

que para Isso £ preclso ter autorlproximo, ^ que ele tenha boa opiniao

^ noaso respeito ^ nos estim^ E assim parece que nao seri mau, mas pelo contrdrio bora, desejar sermos estimados e considerados pelos homens. A solucao dos santos: para uma finalidade boa e para a gloria de Deus podemos aceitar as honras e a estima dos homens

"Desta duvida tratara os gloriosos Sao Basllio, Sao Qregorio e Sao Bernardo. E respondem muito bera a ela: ainda que seja verdade que devemos fugir da honra e estima do mundo, pelo grande

perigo

que hll nisso; e que, pelo que nos dlz res devemos sempre desejar ser desprezados e

peito, tidos

em pouca conta, entretanto, para alguma fi-

nalidade

boa,

desejar,

Itcita e_ santamente, ^ honra e ^ estima

do maior servico de Deus,

podemos

dos homens.

Sao Bernardo: as vezes podemos querer santamente

que nao conlTecam nossas faltas "E

assim diz Sao Bernardo que e verdade que,

no que nos toca, devemos querer que os outros

co-

nhegam e sintam de nos o que nos mesmos conhecemos e sentimos, para nos ter na conta era que nos raesmos nos teraos. Mas muitas vezes, dlz ele, nao convem que os outros saibara essas coisas; e asslra po demos algumas vezes licita e santamente querer que

nao

conhecam as nossas faltas, para que nao~ece-

bam dat proveito

algum dano, e se impeca com isso algura espiritual. Mas e preclso que o entendamos bem, e o tomemos com prudencia e com muito es-

plrito, porque semelhantes verdades, sob o colorido de verdades, costumam causar grande dano em al-

guns por nao saberem utilizar-se bera delas. Sao Gregorio: gozar de boa reputacao e da estiraa dos homens pode ser necessario para a gloria de

Deus £ bem das almas "Os

mesmos Santos nos explicam bera esta dou-

trina, para que nao tiremos delas ocaslao^para errar. Diz Sao Gregorio: Algumas vezes tambera os va-

roes santos se alegram de gozar de boa reputa^o e de estima Junto dos homens; mas isso e quando veem


Secgao III

281.

que tal urn melo necess&rio para provelto das almas. E isto, dlz Sao Qregorlo, nao e alegrar-se com a proprla estlma e bom concelto, mas slm com o

provelto

do pr6ximo, o que e coisa muito diferen-

te. Uma coisa e alguem amar a honra e a estlma humana era si raesma, detendp-se nela pela proprla

satlsfagao que Ihe vem de ser grande e conslderado na oplnlao dos homens; e Isto e mau. Outra coisa e

quando se tem amor a Isto pelo provelto^do proximo e para o bera de sua alma; e Isto nao e mau« mas bora. E desta manelra bem podemos dese.jar ^ honra e a

estlma do mundo» e que se tenha boa

oplnlao

_a

nosso respelto pela malor ^orla de Deus e^por Isto

ser necessfirlo para ^ edlfIca^o do proximo

^ra e

e

fazer frutlflcar suas almas; porque Isto nao

deleltar-se

com sua honra e estlma, mas com

provelto e o bem do proximo, e com

o

a malor gloria

de Deus. Como aquele que por razao de saude quer o remedlo que naturalmente rejelta, o querer o reraedlo e amar a saude: asslm aquele que, desprezando a honra humana, a quer e adralte por ser no caso ura melo necessSrlo ou proveltoso para o servlgo de Deus e bem das almas, dlz-se verdadelraraente que

ele nao quer nem deseja senao a gloria de Deus.

Crlterlo para conhecer quando e bom e quando e mau dese.jar as honras e a estlma dos homens

"Mas vejamos como se conhecerS se alguem se compraz com a honra e estlma puramente pela gloria de Deus e provelto do proximo, ou por seu provelto e pela sua proprla honra e estlma; porque esta e uma

coisa multo dellcada e toda a dlflculdade

assunto

grarmo-nos

mente para nao

do

estIL nlsso. Responds Sao Qregorlo: o ale-

com a honra e a estlma deve ser

por Deus, pols quando nao for

pura

necessSrlo

a sua malor gloria e bem do proximo, nao so rejubllar com ela, mas an nos ser£ penoso. De manelra que nosso^coragao haveremos de nos

tes e nosso desejo, na medlda que esteja em n5s, sempre se hS de Incllnar a humllhagao e^ao desprezo; e asslm, quando se nos oferecer ocaslao para Isto, devemos abragS-la de coragao e alegrarmo-nos com

ela, como quem encontrou o que desejava. E so de vemos querer a honra e a estlma e rejubllarmo-nos com ela quando for necess^rla para a edlflcagao do proximo, para faze-lo frutlflcar, e para malor honra e gloria de Deus.


282.

Secgao III

0 exemplo de Santo Inliclo de Loyola "De

nosso bem-aventurado Padre InScio

lemos

que, se se deixasse levar pelo seu fervor e deseJo, andaria pelas ruas desnudo e coberto de penas

e

chelo

de lodo, para ser tldo por louco. Maa ^

carldade

^^ desejo que tlnha de ajudar o^ proximo

reprimia nele eate tao grande Impeto de humildade. e fazia que foaae tratado com a autorldade ^^ de-

cencia

que convinha ao aeu ofrcio e i aua peaaoa.

Maa a aua Inclinaqao e deaejo era aer deaprezado e abatido, e aempre que ae Ihe oferecla a ocaaiao de ae humilhar, ele a abraqava e ate a buacava deve-

raa. Poia nlato ae reconhecerfi ae voa alegrala com a autorldade e eatima pelo bem das almaa e pela gloria de Deua, ou por voa mearaoa e por voaaa proprla honra e eatima: ae quando ae voa oferecer uma ocaaiao de humildade e deaprezo, a abraqala deveraa ede coraqao e vpa regozljala com ela; entao e alnal de que, quando voa aal bem o aermao, ou o negoclo, e por laao aola conalderado e eatlmado, nao voa regozljala por voaaa honra e eatima, maa puramente pela gloria de Deua e provelto do

proximo que dal vem. Maa ae quando ae voa apreaenta

a ocaaiao de aerdea humllhadoa e de aerdea tl-

doa

em pouco, a recuaals e nao a levals bem; e ae

quando

nao e neceaa&rlo para o provelto do pr5xl-

mo, contudo voa regozljala com a eatima e louvorea doa homena, e o procurals, lato e alnal de que tambem no demala voa regozljala pelo que voa toca e por voaaa honra e eatima, e nao puramente pela

gloria

de

ALONSO

RODRIGUEZ

Vlrtudea

drid, J.

Deua e provelto do proximo". (V.

SJ, Ejerclclo de

Grlatlanas. Apoatolado

Pe.

Perfecclon

jr

la Prenaa, Ma

1930, tomo II, pp. 383-387 / Imprlmaae: Dr.

Franclaco

MorAn,

Vlcarlo

General;

Madrid,

IO-6-I93O). 317. Repella com humildade aa honraa peaaoala. aceltava voluntarlamente aa que

Ihe trlbutavam como envlado do Senhor Da

Ferrer

Introducao Geral aa obraa de Sao

Vicente

(1350-1119), pelo Pe. Fr. Joae M. de

Gar-

ganta OP: "A todoa

pregaqao de Sao Vicente Ferrer, como a de oa chamadoa pregadorea de penltencla de aua


SecgSo III epoca,

era

apresentava

Deus, sua multldoes.

283. uma pregagao planlflcada. 0 Santo

se

em

de

cada

aldeia como urn

envlado

entrada era solene, congregavam-se as Organlzava-se uma proclssao, cantavam-

-se cfinticos pledosos e penitenciais. 0 Santo. que sempre

repellu

com humildade her6lca

as

honras

pessoals. aceltava voluntarlamente as que Ihe trl-

butavan como envlado do Senhor. Aparecla pobremen-

te

vestido com seu hlbito de Dominicano,

sobre

urn jumentinho, o qual andava entre

montava caibros

de madeira para evltar que os devotos Impedlssem a marcha regular" (Blografla escrltos de San Vi

cente Ferrer. Blblloteca de Autores Crlstlanos, Madrid, 1956, pp. '13-14 / Imprimatur: + Hyacinthus, Ep. aux. y Vic. gen., Valentlae, 9-6-1956). 318. "A valdade esvoaca em redor de mlm. mas. pela graca de Deus. nao entra"

Le-se numa (1350-1119):

vlda

de

Sao

Vicente

Ferrer

"Sua humildade delxou estupefato a Pierre d*Allly. Os contemporfineos flcavam admlrados dian-

te

de sua pledade, tanto quanto da virllidade, da

energia, e do bom senso, aos quais essa humildade e essa piedade Jamais causaram prejulzo. Bem ao

contr&rio, elas Ihe davam uma visao justa das coisas, porque eram sinceras, vivas, e nSo hip6critas ou

deformadas. Essa humildade de Sao Vicente Fer

rer

tern p seu merito. Era de temer, com

que

diante

(Sao

de seus exitos brilhantes,

efeito,

o

mestre

Vicente Ferrer) perdesse a cabeqa e se

dei-

xasse levar por todas as formas de orgulho. Mas al

estava bispo

a sua humildade. Um dia, ao que parece, um franciscano amigo encontrava-se ao seu lado

durante

uma dessas procissoes triunfais em que se

manifestava a veneraqao do povo pelo grande santo civilizador. Diante das aclamaqoes, diante mesmo das manifestacoes Insolitas de adoracao (*). disse-lhe o bispo:

* — Frei Vicente, a vaidade o que faz?•

•— Ela vai e vem. mas,

pela

esvoaca ao redor de

graga de Deus. nao entra'. Tal

resposta" (MATTHIEU-MAXIME GORGE,

Saint

mim.

foi

a

Vincent


284.

Secgao III

Perrler, Llbralrle Plon, Paris, 1924, pp. 285—286). (*) A palavra "adoragao" e empregada aqui no sentido de "veneragao", usual na Sagrada Escritura e nos te6logos. 319. "Qracas a Deus. .jamais o orgulho se aproxima de mim"

Um

biografo

de Sao Paulo da Cruz,

dos Passionistas (1694-1775), narra episodio da vida do Santo: "Nao

o

Pundador seguinte

podemos nos impedir de mencionar um pe-

queno episodio, ao qual nao falta certo encanto. Um dia, o Pe. Paulo se dirigia, com um de seus companheiros, da praia de Orbetello para o Monte Argentaro. Um pescador, que o conhecia apenas pela reputaqao, saudou-o e disse: 'Sols bem felizes de ir para 15, para o convento onde mora ease Santo, o

Pe. Paulo I' — Tais palavras foraun como uma ma-

cetada para o humilde Padre; ele ficou desconcertado. Mas logo replicou com vlvacldade: 'Mas quem

e esse Santo, de quem falals? 0 Pe. Paulo?' 'Sim, respondeu o bravo homem; £ um Santo!' — En-

tao, o Servo de DeUs, como para ^rA-lo do erro, responde com tom seguro: ^Pois eu posso Ihe garantlr que ele certamente nao se considers um San to!* Apos essas palavras, o Pe. Paulo retoma prontamente o caminho. 0 pescador, sempre mals afirma—

tivo e^ quase ofendido: 'Pois b^em — exclama ele — quer

ele se considere, quer nao se considere,

vo-lo

eu

digo: ^ \m Santo, um verdadeiro Santo, um

grande Santo!'

"Parece-nos diflcil que ^ meio a tantas honras

e prodlgios nao se levantasse algum sopro

vaidade.

Por um prlvilegio extraordlnirlo,

de

nunca

pensamento algum alterou a humildade do Santo. Ele

pode

dizer ao diretor espiritual com Candida sim-

plicidade: aproxima

se

'Gracas

de mim.

a Deus. .jamais o

orgulho

se

Eu me consideraria um condenado

me viesse um pensaunento de orgulho* . Ele

nem

sequer podia conceber como possivel o orgulho. Els o

retrato que traqava de sua pessoa: comparava-se

a

um pobre andrajoso e coberto de ulceras dos pes


Seccao III

S&o Paulo da Cruz. Quadro pintado ao vivo por Domenico Porta em 1733 (Capela do Santissimo Sacramento do Retire dos Santos Joao e Paulo, em Roma).


286. a

SecgSo III

cabega. 'Tal homem —

orgulhar

dizia ele — poderia

se

se se visse Introduzldo numa reuniSo

de

grandes senhores? Dm tao grandc pecador como eu orgulhap-sel Deus me faz «ler num grande llvro; ea se

llvro

6 o conheclmento de meus pecados *.

Dal

vem que ele nao tivesse nunca materia para se acu-

sar

de orgulho" (R. P. LOUIS-TH. DE JESUS

SANT,

AQONI-

Hlstolre de Saint Paul de la Croix. Librai-

rie H. Oudin, EHTteur, Paris-PoitTers, I088, ila. ed., pp. 575-576 / Com a aprovagao dos Arcebispos de Bordeaux, Albi, Tours, Reims, Bourges e Rennes, e dos Bispos de Lugon, Poitiers, Mende, Bayonne, Carcassone, Aire, Rodez e Mans).

320. Santo Cura d'Ars: 0 elogio nada acrescenta. a in.luria nada retira

Da

biografia

de

Sao Joao

Batista

Vianney

(I786-I859), do Conego Trochu: "0 muladas

Cura d'Ars nao ignorava as denuncias forcontra ele diante de seu prelado. Mais de

uma vez, alguns colegas amigos pediram-lhe que se defendesse. Ele, porem, sempre preferia calar-se e para explicar o seu silenclo contava uma historieta extralda de seu llvro predlleto: a Vida dos Santos.

«—

Um santo disse urn dia a um de seus reli-

gisos: *Vai ao cemiterio e injuria os mortos'. 0 religioso obedeceu e, ao voltar, perguntou-lhe o santo: 'Que responderam? — Nada. Pols bem, volta, e

faz-lhes grandes elogios'. 0 religioso obedeceu

novamente: Que disseram desta vez? — Nada tambem.

Eis,

replicou

o santo, ^^ injuriam ou

se

te

louvam, faz como os mortos'.

'Hoje recebi duas cartas, contava numa expllcagao de catecismo: Numa me dizem que sou um san to, na outra que sou um charlatao; & primeira nada me

acrescentou. a. segunda nada me tirou'. Era de-

pois

da leitura duma raissiva deste genero que ele

dizia 'todo contente': 'Eis aqui um que me conhece bem! Se fosse tentado de orgulho, teria com que me

curar'"

(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars. Vo-

zes, Petropolis, I960, 2a. ed., p. 239 / Impriraa-se: + Luis Felipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-6-1959).


SecQao III

287*

321, "Digam 16. o que qulserem, 80U apenas o que sou perante Deus" De uma vlda de Sao Joao Bosco:

"Esta nolte, achando-nos em bom numero no quarto de Dom Bosco enquanto ceava, depots de ha ver confessado das 3 as 9»30 hs da nolte, mandou ler uma carta do Bispo de Spoleto. Tecia-lhe nela o Prelado grandes elogios, dizendo, entre outras colsas, que embora nao tivesse a honra de conhece-lo pessoalmente, a fama do seu nome chegara ate seus ouvidos, e que nele reconhecia um grande zelo

pela gloria de Deus e um esplrlto de verdadelro eclesiastlco. 0 Padre Prancesla, que Ihe flcava quase

sempre ao lado, a sorrlr Ihe perguntou:

Nao se ensoberbece com tamanhos encomlos?

"Respondeu:

a

— Ora essal Escuta: habltuel-me

ouvlr de tudo. Tanto ae me ^ ler uma carta re-

pleta

de

Quando

gostlnho

louvores

recebo

como uma chela

de

uma destas laudatorlas,

Insultos.

vem-me

o

de confront&-la com certas outras, de um

carregador e quejandos, repassadas de Insultos; e replto comlgo mesmo: Como sao desencontrados os julzos dos homensl Dlgam IS o que qulserem: sou apenas o que sou perante Deus" (Marques FELIPE

GRISPOLTI, Dom Bosco, Llvrarla Saleslana Edltora, Sao Paulo, ^la. ed., 19^5» p. 2^12).

Sn-•.



Ill

ssgiiiisis eici 9

^§1

S 3Qbcg^UdQ escg 3 g^§£la ^g Sgus, 83 335^93 Q3Qi£gSS8!5 93 ^853

9Ug ^iiS E§Sg^8E§i. £3339 3 38Ql8gl3 ^3 383 ylda

i 3^3 glggili 3 §1 933983•

1 QiatQ i9iSi9 2 Sixino Me|£ci

322. "Brllhe a vossa luz dlante dos homena. para que glorlfIquem a vosso Pal que est^ nos Ceus"

^Instrugao

de Nosso Senhor aos Apostolos,

no

Sermao da Montanha:

"Vos se

uraa

sols a luz do mundo. Nao pode esconder-

cidade

sltuada sobre urn monte; nem acen-

dem uraa lucerna, e a poem debalxo do alquelre, raas sobre o candeelro, a fin de que ela de luz a todos OS

que

estao era casa. Assira brllhe a

vossa

luz

dlante dos horaens, para que eles vejara as vossas boas obras, e glorlflquem a vosso Pal, que estfi nos ceus" (Mt. V, 1^1 a 16). 323. "Els aqul quern e raals do que Saloraao"; "Els aqul quera e raals do que Jonas"

Nosso Senhor Jesus Crlsto proclaraa a grandeza de sua proprla Pessoa:

"E, concorrendo as multldoes, coraeqou a dlEsta geraqao e uraa geraqao perversa; pede ura slnal, raas nao Ihe serfi dado outro slnal, senao o slhal do profeta Jonas. Porque, assira corao Jonas zer:

fol

ura slnal para os nlnlvltas, assira o Pllho

do


290.

Secgao III

homem serfi um slnal para esta geragao. A ralnha do

melo-dia levantar-se-fi no (dla de) Julzo contra os

homens desta geragao, e condenfi-loa-fi; porque velo da extremldade da terra ouvlr a sabedorla de Salo-

mSo;

entretanto, els aqui est^i quern e mals do que

Salomao.

Os

ninivitas levantar-se-ao no (dla

do

Julzo contra esta geragao, e condenfi-la-ao; porque fizeram penltencia com a pregagao de Jonas; entre tanto els aqui quera ^ mals do que Jonas" (Lc. XI, 29 a 32).

32'!. "0 Pal. que me enviou, d£ testemunho de mim"

Nosso

Senhor

reivindica

a

proprla

missao

diante dos homens;

"Se

eu

testemunho

dou testemunho de mim mesmo,

o

meu

nao e verdadeiro. Outro e o que dS te-

temunho de mim; e eu sei que e verdadeiro o teste

munho que ele dS de mim. Vos enviastes (mensageiros) a Joao; e ele deu testemunho da verdade. Eu, porem, nao recebo o testemunho do homem, mas digo-vos estas coisas, a fim de que sejals salvos. Ele era uma lampada ardente e luminosa. E vos poucos momentos quisestes gozar da sua luz. "Mas eu tenho um testemunho maior que o de Joao. Porque as obras que meu Pai me deu que cumprisse, estas mesmas obras que eu fago, dao teste munho de mim, de que o Pai me enviou; e o Pai que me

enviou, esse mesmo deu testemunho de mim;

vos

nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua face. E nao tendes permanente em vos a sua palavra, porque nao credes no que ele enviou.

"Examinais nelas

as escrituras, porque Julgais ter

a vida eterna; e elas sao as que dao teste

munho de mim; e nao quereis vir a mim, para terdes vida. Eu nao recebo a gloria dos homens. Mas co-

nhego-vos, (sei) que nao tendes em vos o amor

de

Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vos nao me recebeis; se vier outro em seu proprio nome, recebe-lo-eis. Como podeis crer, vos que recebeis a

gloria uns dos outros, e nao buscais a gloria so de Deus vem? Nao Julgueis que sou eu que hei de acusar diante de meu Pai; Moises, em vos confiais, e que vos acusa. Porque, se cresseis

que vos que vos

em Moises, certamente crerleis tambem em


Secgao III

291.

ralm; porque ele escreveu de mlm. Porem, se vos nao dais credito aos seus escrltos, como haveis de dar credito as ninhas palavpas?" (Jo. V, 31 a 'IT).

325. "Nao podeis ouvlr mlnha palavra, porque tendes por paf~o demonlo, e querels satisfazer os desejos de vosso pal"

Jesus increpa os Judeus por recusarem a aceitar a sua mlssao divina:

"Jesus

dlsse-lhes: Se sols filhos de Abraao,

fazei as obras de Abraao. Mas agora procurais inatar-me, a mlm, que sou urn hotnem que vos disse a verdade que ouvi de Deus; Abraao nunca fez Isto.

Vos fazeis as obras de vosso pal. E eles disseram-Ihe: Nos nao somos filhos da fornicagao, temos um pal

(que

e) Deus. Mas Jesus dlsse-lhes: Se

Deus

fosse vosso pal, certamente rae amarlels, porque eu

sal

de

mas

ele me envlou. Porque nao conhecels vos a ml

Deus e vlra; porque nao vim de mlm

mesmo,

nha llnguagem? Porque nao podeis ouvlr a mlnha pa lavra. Vos tendes por pal o demonlo, e querels sa tisfazer OS desejos do vosso pal; ele fol homlclda

desde

o

principle, e nao permaneceu na

verdade;

porque a verdade nao^estfi nele; quando ele dlz a mentlra, fala do que e proprlo, porque e mentlroso e pal da mentlra. Mas, alnda que eu vos dlgo a verdade, vos nao me credes. Qual de vos me argiilrfi de pecado? Se eu vos dlgo a verdade, porque rae nao credes? 0 que e de Deus, ouve as palavras de Deus. Por

Isso

vos

nao as ouvls, porque nao

sols

de

Deus" (Jo. VIII, 39 a 17).

326. "Sou o menor dos Ap5stol03, mas pela graga de Deus tenho trabalhado mals do que todos"

Dlz Sao Paulo na la. Eplstola aos Corlntlos: "Porque

eu

sou o mlnlmo dos Apostolos,

que

nao sou dlgno de ser chamado Apostolo, porque persegul a Igreja de Deus. Mas, pela graga de Deus, sou o que sou, e a sua graga, que estIL em mlm, nao fol

va,

antes

tenho trabalhado mals

que

todos

eles; nao eu, porem, mas a graga de Deus, que estfi

comlgo" (I Cor. XV, 9-10).


292.

SecQao III

327. Sao Paulo faz a apologia do

pr6prio apostolado

Da 2a. Eplstola aos Corlntios: "Outra cio,

bein

vez o digo (ninguem-roe tenha por nes-

ou ao menos sofrei-me corao tal para que tain-

eu me glorie ainda por um pouco), o que dlgo,

relativEunente a eata materia de gloria, (aparentemente) nao o digo segundo Deua, mas como por insipiencia.

Visto

que muitos se gloriam

segundo

a

carne, tambem eu me gloriarei. Porque v6s, sendo sensatos, sofreis de bom grado os insensatos. Por que

sofreis quem vos poe em escravidao, quem

devora,

di na

vos

quem vos rouba, quem se exalta, quem

vos

cara. Digo-o para minha vergonha, como

se

tivessemos sido fracos neste ponto. Mas naquilo em

que qualquer tem ousadia (falo como louco), tambem eu tenho: Sao Hebreus, tambem eu; sao Israelitas, tambem eu; sao descendentes de Abraao, tambem eu; sao ministros de Cristo (falo como menos s&bio), mais (do que eles) o sou eu; mais nos trabalhos,

mais nos cfirceres, em aqoites sem medida, freqvien-

teraente em

perigos de morte. Dos Judeus^ recebi

cinco quarentenas de aqoites, menos um. Tres vezes

ful

aqoltado

com varas, uma vez fui

apedrejado,

tres vezes naufraguei, uma noite e um dia estlve no ablsmo do mar; muitas vezes em vlagens, entre

perigos

de rlos, perigos de ladroes, perigos

dos

da minha nagao, perigos dos Gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, peri gos dos falsos irmSos; no trabalho e na fadiga, em muitas vigllias, na fome e na sede, em muitos JeJuns,

no frio e na nudez. Mem destas coisas, que

sao exteriores, (tenho tambem) a minha preocupaqao cotidiana, o cuidado de todas as igrejas. Quem estfi enfermo, que eu nao esteja enfermo? Quem e escandallzado, que eu me nao abrase?

"Se riarei Deus

e

importa que alguem se glorie, eu me glo

das

coisas que sao da minha

fraqueza.

Pal de Nosso Senhor Jesus Cristo,

que

0 e

bendito por todos os seculos, sabe que nao minto".

(II Cor. XI, 16 a 31).


Secgao III

293.

328. Sao Paulo: "Era por vos que eu devia ser louvado..

Da 2a. Eplstola aos Corlntlos: "Tornel-me insensato (falando de mini mesrao), mas fostes vos que me obrigastes (a isso). Porque era por vos que eu devia ser louvado, pois que em nada fui inferior aos maiores ApSstolos, ainda que (por mim) nada sou; entre vos contudo foram realizados OS sinais do meu apostolado em toda a paclencia, nos milagres, e nos prodigios, e nas virtudes" (II Cop. XII, 11-12).

329. Sao Paulo: "Deus e testemunha de quao santa, Justa e irrepreensivelmente procedemos para convosco"

Da la. Epistola aos Tessalonicenses: "Porque vos mesmos sabeis, irmaos, que a nossa Ida a vos nao fol sem fruto; mas, tendo primeiro sofrido e tolerado afrontas (corao sabeis) em

Filipos,

tivemos confianca em nosso Deus para vos

pregar ,o Evangelho de Deus no meio de muitos obstAculos. Porque a nossa exortagao nao procedeu de erro, nem de mallcia, nem de fraude, mas, como fomos

aprovados por Deus, para que nos fosse cod-

fiado o Evangelho, assim falamos, nao como para agradar aos homens, mas a Deus, que sonda os nossos coragoes. Porque a nossa linguagem nunca foi de adulagao, como sabeis, nem urn pretexto de ava-

reza;

Deus e testemunha; nem buscamos gloria

homens, quer de vos, quer de outros

dos

Pois vos

lembrais, irmaos, do nosso trabalho e fadiga; tabalhando de noite e de dia para nao sermos pesados

a nenhum de v6s, pregamos entre vos o Evangelho de Deus. V6s e Deus sois testemunhas de quao santa e Justa que

e irrepreensivelmente

crestes;

procedemos convosco,

assim como sabeis de que maneira

a

cada um de vos (como um pai a seus filhos) vos andfivsunos exortando, e confortando, e suplicando que andSsseis duma maneira digna de Deus, que vos cha-

mou ao seu reino e a sua gloria" (I Thess. II, 1 a 6 e 9 & 12).


29'!.

Secgao III

330. Sao Paulo ppoclama o

perfelto cumprlmento de sua mlasao e sua eaperanQa no

receblmento da coroa da gloria

Da 2a. Eplstola a Tirooteo: "Quanto a mini, estou

libagao (derramando

para ser oferecido era

o meu aangue), e o tempo

da

rainha diaaolugao avizinha-ae. Combati o bora coraba-

te, acabei a rainha carreira, guardei a fe. De reato

eatfi-me reaervada a coroa da Juatiga que o Se-

nhor, Juato Juiz, me darfi naquele dia; e nao ao a mim, maa tarabem aquelea que deaejam a aua vinda" (II Tim. IV, 6 a 8). 331« Louvar-ae a ai meamo pode aer bom e aanto, como~rez Sao Paulo Do Exercicio de Perfeicao e Virtudea Criataa,

do

Vener&vel Padre Alonao RodrTguez, da Corapanhia

de Jeaus:

na

"De maneira que a honra eatima doa horaena verdade nao e mS, aenao boa, se uaainos bera de-

la, ^ sendo aaaim, pode ser llcita ^ aantamente desejada. Como quando o Padre Francisco compareceu diante do rel de Bungo com uma

Xavier grande

embaixada e um grande brilho. ^ ate alguera louvar-se a ai mearao pode aer bom e aanto, ae ae faz co-

mo ae~Beve, como veraos Sao Faulo, que ao escrever aos "TorlntioaT comega a louvar-ae e^ a contar aa propriaa grandezas, narrando os granHes favores que Noaao Senhor Ihe havla felto, ^ dizendo que havia trabalhado mala do que os outroa Apdatoloa; conta aa revelagbes que recebeu e o aeu arrebatamento ao tercelro cSu. Maa lato ele o fazia porque convinha e era neceaaSrio para a honra de Deus e

para o provelto do proximo, a quern escrevla,^para que aaaim o conaiderassem e estiraasaem por Apostolo de Cristo, recebeaaem a aua doutrina e se aproveitaasem dela. E dizia eataa coisas de si com ura

coragao nao so deaprezador da honra, maa ate amante do deaprezo e da humilhagao por Jesus Cristo.

Porque, quando

nao era necessSrio para o bera

do

proximo, muito bera aabia ele apoucar-se e abater-se, dizendo de ai que nao era digno de chamar-se


SecQffo III

295.

Apoatolo, porque persegulu a Igreja de Deus, chamando-se blasfemo, repugnante e o malor doa pecadorea; e quando ae Ihe apreaentaram humilhaqoes e

menosprezoa, fazla deles aeu contentamento e regozljo. Deatea coracoea nao nada ^ temer quando recebem

guma

qualquer honra ou meamo

quando dlzem al-

coiaaa favor&vel de al meamoa; porque

nunca

farao eaaaa coiaaa aenao quando for neceaairio pa

ra ^ malor "gloria de Deus; e entao o_ fazem apegar-ae ^ nada dlaao, como ae nao o aorque

)eua

aeih

fizeaaem,

nao amam aua propria. honra, maa a honra de

e o bem daa almaa". T^. Pe. ALONSO RODRIGUEZ

SJ. E.lerclcio de Perfeccion y Vlrtudea Criatianas,

Apoatolado

3^e

la Prenaa, Madrid, 1930, tomo

pp. 387-388 / Imprimaae; Dr. J. Francisco

IT,

Morfin,

Vicario General; Madrid, 10-6-1930;). 332. "Vai em paz; Aquele que te criou

te predestlnou a aantidade"— aaaim falava Santa Clara dirigindo-ae a £l mesma... Depoimento

da Irma Benvenuta di Diambra, Re-

ligiosa do Moateiro de Sao Damiao, no Procesao de Canonizagao de Santa Clara de Assia (1193-1253): "Ela

(Irma Benvenuta) contlnuou dizendo

aa

aim: na noite da sexta-felra vespera do a&bado que foi o tercelro dia (8 de agosto) antes da raorte da Senhora

poente

traa

Clara,

de aanta memoria, a referida

de-

estava aentada perto de aeu leito, com ou-

Irmaa,

chorando a morte prSxima de uraa

tao

admir^vel .e aanta Mae. Ora, enquanto ninguem Ihe falava, a dlta Mae comeqou a recomendar aua alma a

Deua,

dizendo: *Vai em paz, pois tu ser&a bem aa-

siatida. Aquele que te criou te predestlnou a aan

tidade, olhou

Uma

quem

logo

sempre

pos

em ti o Eaplrito Santo, ^ te

como uma Mae olha a aeu

filhinho'.

Irma charaada Anaatficia, perguntou-lhe entao a

ela falava aaaim. Ela reapondeu: *Eu falo

a

minha alma bendita'" (J'al connu Madame Sainte Claire, le procea de canonisation de Sainte Claire

d'Aasise,

Lea EdiTTons du Cedre, Paris, I9bi, pp.

b9-90 7 Imprimatur: J. Qaaton, Vic. gen., de Tou louse, 12-7-1980).


296.

Secgao III

333. "Era mala meritorlo para ele falar de si do

que calar oa aeua louvorea"

Comenta

o

Beato

Jficome

de

Varezze

(I23O-I298), na sua conheclda Legenda Aurea; "Eacutaia (Sao Paulo) falar de ai com alguma aatiafagao? Voa o podeia admirar, do meamo modo que quando o vedea deaprezar-ae a ai meamo. Aqui

ae ve grandeza de alma, 1& humildade. Era maia me ritorlo para ele falar de a^, ^ que calar aeua louvorea teria

porque, se ele nao oa tiveaae proferido,

aido maia culpado do que aquelea que se ga-

bam ao menor proposito. Cora efeito, se ele nao ti

veaae aido gloriflcado, teria arraatado a rulna oa que Ihe foram confiadoa, enquanto que, humilhando-

-ae,

ele oa elevava. Paulo, glorificando-ae ^ ai

meamo, obteve maia meritoa do que urn outro que houveaae eacondido aquilo que o distingue; este, pela humildade, que Ihe faz eaconder aeua meritoa,

§anha menoa do que aquele, manifeatando-oa""I (JACUES DE VORffCtlNE, La Legende Doree, QarTTTer-Plamraarion, Paris, 1967, vol. I, p. 'I'll). 33^' "Eu meamo aerei, depola de mlnha morte, ob.leto de tua particular veneracao"

Sao

Vicente

Ferrer (1350-1'119) profetiza

a

eleiqao do Papa Calixto III;

"(Calixto III) logo ae recordou de uma profecia de Sao Vicente Ferrer com reapeito a aua eleiqao. Eate aanto dominicano eapanhol — aegundo ae conta — durante auaa pregagoea em Valencia, entre a multidao doa que ae aproximavam para recomendar-ae as auaa oragoes, fixou-se tambem num aacerdote

que

pedia igualmente a caridade de uma oragao, ao

qual te

(o Santo) dirigiu as aeguintea palavraa: *Eu

felicito,

meu filho; tem preaente

que

eataa

chamado a aer urn dia a gloria de tua pitria e de tua familia, poia aerAa reveatido da maia alta dignidade a qual pode chegar um horaem mortal; e eu meamo

aerei, depoia de minha morte, objeto de tua

particular veneragao. Eaforga-te poia por perseverar

em

PASTOR,

tua virtuoaa maneira de

Hiatoria

viver".

de loa Papas, Ed. Gill,

Aires, 19W7~voT7 II, pp. 329-330).

(LUDWIG

Buenos


Secgao III

297.

335. "Slca, eu serel santo

quando vos Tordes Papa" Conta uraa blografla de Sao Francisco de Paula

(IA16-I507), fundador da Ordem dos Mlnimos: "A permanencia de Francisco (Sao Francisco de Paula)

OS

em Roma durou cerca de sete dlas,

durante

quals ele vlsltava as Igrejas da Urbe, como J&

o flzera outrora com seus pals, como peregrlno. Fol tarabem vlsltado por grande numero de pessoas.

"Um dos vlsltantes, narra Belarmlno (Sao Ro berto Belarmlno), fol Lourengo de Medici, o qual, encontrando-se

em Roma com o fllhlnho Joao, apre-

sentando-o a Francisco, dlsse: 'Joaozlnho, bel.le a mao do Santo'. E o Santo dlsse ao menlno cofiPbonomla; '-Sim, eu serel santo quando vos fordes Papa'. E

a profecla se cumprlu — Joaozlnho tomou o nome

3e ~Tieao X

como Papa e canonlzou Francisco era 1-

de malo de 1519 (Sao Roberto Belarmlno, Conclo VI; De Gloria mlraculorum)" (P. ALFREDO BELLANTONIO, 57 Francesco dl Paola, Postulazlqne Generale Del Minimi, Roma, 3a. ed., 1973, p. 150 / Imprimatur;

Aloyslus Card. Traglla, 17-5-1962).

336. Era comum contar-lhes alguma colsa semelhante. que se

havla passado com ele, ou que ele havla experlmentado

Da vlda de Santo InSclo (1^91-1556), pelo Pa dre Pedro de Rlbadeneyra:

"Comunlcou-lhe (a Santo InSclo) Deus nosso Senhor singular graga e prudencla em paclflcar e

sossegar consclenclas perturbadas, era tal grau, que multos que o procuravara para receber remedlo e nao sablam expllcar sua enfermldade, e era preclso

que

ele

mesmo expllcasse o que estavara

sentlndo

dentro de suas almas e nao sablam dlzer (e o fazla

como

se vlsse o mals Intlrao e secreto de seus co-

ragoes), e Ihes desse o remedlo que pedlam. E esse remedlo, comumente, era contar-lhes alguma colsa semelhante das que ^ tlnham passado com ele, ou

que ele "Havla experlmentado; e com Isso os delxava llvres de toda trlsteza, e os despedla consolados.


298.

Secgao III

Parecla-noa

que Noaso Senhop o havia exercltado e

provado nas colsas eaplrltuala, para que ele vlesae a aer Pal eapirltual de tantoa filhoa e general de tantoa e de taia aoldadoa". (PEDRO DE RIBADE-

NEYRA,

Vida del Bienaventurado Padre San

Ignaclo

de Loyola, in Hiatoriaa de la Contrarreforma, BAG,

Radrid, 19^5, p. 3bb / Imprpnatur; Caaimiro. Obiapo Aux. y Vic. Gen., 31-3-1945). 337. "Aa mercea e dAdivaa que Deua

faz a aeua aervoa, nao eis faz para elea

apenaa, maa para o bem He" muitoa" Comenta o Padre Ribadeneyra:

"Tambem direi o que o meamo Padre (Santo ln£cio) contou de ai, & rogoa de toda a Companhia. Porque depoia que ela ae eatabeleceu e ae fundou, Deua Noaao Senhor foi revelando oa reaplendorea doa dona e virtudea com que havia enriquecido e

aformoaeado todoa tender

o

a

alma de aeu aervo In&cio,

tivemoa

oa aeua filhoa um grandiaaimo deaejo de enmuito particularmente oa caminhoa por onde

Senhor o havia guiado e o"! meioa que havia

pregado

em-

para o modelar e aperfeicoar, e faze-lo

digno miniatro de uma obra tao aaainalada como ea-

ta. Porque noa parecia que tlnhamoa ^ obrigacao de procurar

conhecer

oa fundamentoa que Deua

havia

poato em edificio tao alto e tao admirAvel. para iouva-Lo

por iaao. e ter-noa feito, por aua miae-

rlcordla,

pedraa

eapirituaia do meamo

edificio;

tlnhamoa tambem a obrigagao de imitar, como filhoa. aquele que o meamo Senhor noa havia

por

pai,

bem

aquilo cuja raiz ^ princlpio nao ae

modelo e^ meatre; ^ nao ae podia

bona dado

imitar

conhecia

bem.

"Para

iaao, tendo-lhe pedido e rogado multaa

vezea e em diveraaa ocaaioea, com grande e extraordinSria inaiatencia, que para noaao exemplo e

progreaao eapirltual, noa participaaae o que havia paaaado com ele noa aeua princlpioa, e aeua

ae era

trabalhoa e peraeguigoea (que foram muitaa),

e aa gragaa e favorea que havia recebido daa maoa de Deua, nunca o conaeguimoa obter dele, ate o ano anterior

a aua morte. Neaae ano, depoia de

muita

oragao aobre iaao, determinou-ae a faze-lo e aaaim procedia, acabada aua oragao e conaideragao, con-


SecQao III

299»

tando

ao Padre Luis Qongalves da C&roara com muita gravldade e com semblante celestial, o que se Ihe

cferecia.

Este Padre, acabando de ouvir, escrevia

tudo quase com as mesmas palavras que tinha ouvido. Porque os favores e gragas que Deus Nosso Senhor

faz a seus servos, nao os faz para eles ape-

nas, e sim para o bem de muitos»

Assim, embora

eles o^ que1ram encobrir, dando-nos com seu segre— do e silenclo exemplo de humildade, o mesmo Senhor

OS move para que os publlquem, a fIm de frutlflcar nos outros o que ETe pretende* "Saoo Boaventura conta que, quando o glorioso

patriarca

e serfifico Pal Sao Francisco recebeu os

estigmas sagrados, desejou muito encobrl-los. Mas depois duvidou se nao estaria obrigado a manifestfi-los; e perguntando em geral a alguns de seus santos companheiros se deveria revelar algumas graqas de Deus, respondeu-lhe urn dos Trades: 'Pal, sabeis que Deus algumas vezes descobre seus segre-

dos, nao

somente para vosso bem, mas

igualmente

para o bem de ou€ro3; e assfm tendes razao de te— mer que Kle vos castigue e_ repreenda como a_ uni servo

que' escondeu

seus talentos, se

nao

des-

cobrirdes o que para proveito ^ muitos Ele yos comunicou*. ^ por esta.razao"Houvelhuitos Santos que

contaram ^ ate escreveram sobre

secretissimas

as

gragas

de seu esplrito« as doguras de auas

almas .e os favores admirliveis e, divinos com que o Senhor os alentava, sustentava ^ transTormava. Nao

poderlamos

conhecer tais favores, se eles

nao

OS tivessera tornado publicos, e se o

que

era

mesmos Senhor,

liberal para com eles, comunicando-Se

a

eles com tanto segredo e suavidade, nao o tivessem

sido

para

conosco, movendo-os a publicarem

eles

mesmos o que a sua poderosa mao, para o bem deles e nosso, Ihes havia concedido. E por isso moveu

tambem Deus ao nosso In^cio ^ dTzer de si o_ que disse" (PEDRO BE RIBADENEYHA, Tida del Bienaventurado

Padre San Ignacio de Loyola, in Histories de

Ta Cohtrarreforma, BAc;,"lTadrid, 19^3, pp« 3b-39^ Imprimatur: 31-3-1945).

Casimiro,

Obispo Aux. y

Vic.

Gen.,


300.

Secgao III

338. Dona Catarina de Cardona gostava de falar daa merces que Deus Ihe fazla, para que o santo Nome

do Senhor fosse Touvado e Kloriflcado

Escreve Santa Teresa no llvro das Pundagoes: "Da grande aspereza de sua vlda (de Dona Ca tarina de Cardona) tenho ouvido muitas coisas, e deve ser a menor parte o que se sabe, porque em tantos anos que esteve naquela soledade, com tao veementes desejos de fazer penitencia, e nao tendo quem Ihe fosse a mao, devla tratar seu corpo ter-

rivelmente.

Vou contar o^ que de sua propria

boca

ouvlram algumas pessoas, entre as quais as monjas do mosteiro de Sao Jose de Toledo, onde ela entrou a

ve-las. Palava-lhes com simplicidade como a Ir-

mSs

suas; e o mesmo fazia com outros, porque

era

extrema sua singeleza e_^ penso, tambem sua humildade. Tinha entendido que nada Ihe per'tencla; estava muito longe de ter vangloria, ^ asaim gostava

3^ dizer por

as merces que Deus Ihe fazia, para

este meio fosse louvado e glorificado

que

santo

Nome do Senhor. Coisa perigosa esta para quem nao chegou a tal estado: o menos que pode acontecer e tomarem tudo por louvor era boca propria; ainda que a lhaneza e simplicidade desta santa a deve ter

llvrado

dlsto, porque Jamals ouvl acusfi-la

desta

falta" (Santa TERESA DE JESUS, Obras (As Pundacoes), Vozes, Petropolls, 1939» PP« 220-221 / Com aprovagao ecleslfistlca, 27-6-1939)• 339. Sao Roberto Belarmino fala comprazldo de seu proprlo llvro

De

uma

biografia de Sao

Roberto

Belarmino

(15'J2-1621): "0 primeiro (dos escritos asceticos do santo)

saiu

em iSl^l, com o tltulo de 'Elevaqao da alma a

Deus pela escada das criaturas*. Entre tantas obras notAveis, foi esta a que levou as predile-

Qoes do

do sAbio teologo. 'Ignore qual serA o publico

sobre este opuscule; para mim

Julzo foi

_a

mais proveitosa de minhas obras. Todos os meus ou tros trabalhos, so por necessldade os relelo; este

porem ^A o y. tres ou quatro vezes. e^ tenho resol-


SecgSo III vldo tornap

301. le-lo freqiientemente'"

(JOffO RODRI-

QUES MENDES SJ, 0 Santo Cardlal Robepto Belapmlno, Apoatolado da Imppensa, Popto, 1930, pp. 51-62 Impplmatup: A.A., Bispo do Popto, 30-1-1930).

/

310. Os eloglos que os Santos fazem

de b1 mesmos. deyem sep Julgados em funcao de sua vlda santa

Da mesraa blogpafla de Sao Robepto Belapmlno:

"A esta papa candupa, se devera atpibuip algumas

fpases

ouvidos

papte

da sua autoblogpafla, que fepipam

os

a pessoas de cpitepio acanhado. Pondo

de

a cipcunstfincia de que a dita autobiogpafia

foi escpita a instfincias sobpetudo do P. Mucio VItelleschi e nao pop impulso de valdade, o cpitepio

^ seguip ^ pespeito das autobiogpafias "Jos san^os e, como notou Bento XIV, a sua mesma santidade. E quem quisep examinap as exppessoes em que Belapml no fala de suas qualldades, e que tanto hoppoplza-

pam a Passlonel, achapA qTTe nao sao mals appojadas que algumas de Paulo ^ ^ outpos santos. "Naol

Belapmlno nao fol valdoso". (JOAO

RO^

DRIGUES MENDES SJ, 0 Capdlal Robepto Belapmlno, Apostolado da Imppensa, Popto, 1930, pp. 70-71 / Impplmatup: A.A., Blspo do Popto, 30-1-1930).

3ll« Revelap boas obpas com peta Intencao pode sep colsa .mepltopla

Dlscussao entpe o Ppomotop da Pe ("Advogado do Dlabo") e o Postuladop da Causa de Beatlflcaqao e Canonlzaqao de Sao Joao Bepchmans (1599-1621):

Ob.lecao do Ppomotop da Fe, o "Advogado do Dlabo"

"Dupante a ultima doenqa, Bepchmans ppomete com segupanqa obtep de Deus multas gpaqas papa seus Ipmaos; declapa Jamals tep cometldo pecado

venialj d& com autopldade conselhos a anclaosj nao Ihes pecusa a sua benqaoj papece dlzep que a ppo— vlncla de Flandpes pepde multo com a sua mopte. Julgapam

aceptado os sacepdotes Incutlp-lhe salu-


302. tar

Sec^ao III recelo das tentagoes, raas ele afeta tal segu-

ranga, que nada o pode perturbar. - Se Isso nao e jact&ncla, nao e vaidade, com certeza humlldade tambem

nao e; as suas palavras, os seus atos, nao

manlfestam

a humlldade tao admirada e exigida num

santo. Parece que Deus, para puni-lo de tantos sentlmentos de vanglorla, permitiu aquelas tenta-

goes

terrlveis

que agitaram a alma do

Servo

de

Deus, quase no momento de dar o ultimo suspiro. Resposta do "Postulador da Causa"

"Antes de responder dlretamente e de explicar

por miudo os fatos, assento dols princlplos; "1. - Segundo a doutrina dos santos e o ensi-

no por

teologlco, revelar as boas obras si

virtudes, e

mesmo, uma colsa Indlferente. que_a

Intengao

pode tornar multo^erltorla. Com

reta

grande

merlto, S. Paulo proclamou os proprlos louvores. "2. - Quando slnals manifestos nao demonstram

Que um ato do proximo e vlclado por mAs Intengoes,

^ ^ Justlga conslderA-lo bom. Sao as proprlas palavras do angellco doutor (2. 2., quest. 80,

a.4). "Esses mente

dols princlplos Justlflcarlara

plena-

o servo de Deus, Joao Berchfiirans, alnda

que

se pudesse duvldar das suas Intengoes. Mas ser£ posslvel a duvlda, em presence dos louvores unSnlmes, prestados a sua profundisslma humlldade? "Passando aos pormenores das palavras e dos atos crlmlnados, encontro sempre clrcuntanclas que

revelara

vlrtude, Justamente onde o nosso adversfi-

rlo entende encontrar defelto.

"Joao entrega ao seu professor uma nota das boas obras oferecldas era sua Intengao. 0 professor

sempre

conslderou

Isso como prova

de

gratldao.

Alnda que o flzesse publlcamente, nao serla valda-

de, entretanto o modestlsslmo Jovem dava os bllhetes secretamente.

"Joao revelava aos superlores os mals Intlmos segredos do seu coragao, porque a Regra o ordenava

expressamente. — Contou ^

Irmao coadjutor

que

Jamals tlvera pensamentos contraries a castldadeT Passa, porem, o promoter sem observar que Berchmans acrescentava: Gragas a Bem-aventurada Vlrgem. — 0 servo de Deus nao revelou esse dom a


Secgao III

303.

roultos» mas a um so; fol uma confldencla de Eunigos; e lei de amizade, o nao reservarem-se os segredos

"Nos seus ultimos momentoa, Joao promete aos 1rmaos obter-lhes no ceu, as gragas de Deus. As aim

fez

Euiz de Oonzaga, o modelo de Berchmans. - Diz

o autor da sua viaa, que aceltava'^rontamente as comissdes

que

Ihe fazlam para o ceu, e

prometia

com seguranga pedir a Deus as gragas soricitadas. "Joao

nial.

declara

que .lamais cometeu pecado ve

0 texto do padre Ceparl, destroi a objegao:

perguntando-lhe

o Reitor se desejava outra coiaa,

respondeu-lhe, ao ouvido: ^ V. Rev. julgar a proposito, poderfi dizer aos meus 1rmaos que minha maior de

consolagao nesta hora, e que nao me recordo

haver

cometldo pecado venial deliberado,

nem

violado nenhuma Regra desde a minha entrada em religiao, etc. dre

"Bern se compreende que nestas palavras, o pa Cepari so enxergou 'grande huraildade e um

imenso

desejo

de proraover a observSncia das

Re-

gras'. "Joao

a

dava conselhos e avisos com autoridade

anciaos: deu-os somente aqueles que Ihos

ram.

pedi-

Seus avisos foram muito proveitosos para

os

que receberam-nos, e Deus, manifestando a seu ser vo as disposigoes Intimas dos que o interrogavam, revelou

doutra maneira ainda, que tais

conselhos

vinham do seu Esplrito e que ele proprio ditava-os a Joao.

"Refere

uma testemunha que cada um, ao ouvir

a voz de Berchmans, Julgava ouvir a voz do proprio Deus

"A seguranga de Berchmans contra as tentagoes

nao

e presungosa; atribui a Deus a gloria: - gra

gas

a Deus. diz Berchmans, sinto-me assaz

contra

armado

as tentagoes que atacam a fe. - Joao

Ber-

chmans nao teve presungao na sua confianga, pois diversas vezes pediu a seus Irmaos que viessem em seu auxllio, na hora da tentagao. Permitiu Deus

que

Berchmans fosse tentado, nao para

castigfi-lo

como insinua sem razao o nosso adversSrio, mas pa ra glorific5-lo, mostrando ao mesmo tempo que o demonio nao tinha poder algum sobre sua alma" inocente. A tentagao mostrou com efeito, que as vio-


30H.

Secgao III

lenclas

do Inferno nao podlam Incllnar a alma

de

Joao para o pecado: urn mllhao de mortes, pareclam-Ihe preferivels; demonstrou alnda que na vlda do santo mancebo, Satanfis nao descobrlu nenhum ato

que pudesse ser apresentado como falta voluntfiria. Para Berchmans, a tentaqao fol urn favor, uma ^recompensa, e por Isso Deua o prevenlu da sua proxl-

ma chegada" (Pe» L. J. M. CROS SJ, Vlda de* S. Joao Berchmans,

Duprat

& Comp., Sao Paulo, 1912,

pp.

1104-409 / Com licenga da autoridade eclesifistica). 3^2. Escrevia coisaa elogiosas de si mesma por nao querer faltar com a sinceridade

Conta uma biografia de Santa Veronica Giulia ni (1660-1727), que foi freira Clarissa:

"Poi

entao

que o P. Bastianelli Ihe deu

(a

Santa Veronica Giuliani) ordem de escrever dia por

dia,

com o maior detalhe, tudo o que Ihe

aconte-

cia. ....

"A alguns pode mesmo espantar que a humildade da Santa tenha podido ceder a ponto de contar tan-

tas coisas gloriosas para ela "Ao escrever o seu dlfirio, ela praticou a obediencia heroicaraente e, se ela conta coisas li-

sonjeiras a seu respeito, e porque ela nao queria por nenhum preqo faltar a sinceridade". (Ctesse. M. DE VILLERMONT, Sainte Veronique Giuliani, Librairie Generale Catholique — Maison Saint-Ro-

ch,

Paris-Couvin,

Imprimatur:

J.

M.

Belgique, 1910, pp. 111-112 / Miest,

vie.

gen.,

Namurci,

1-3-1910).

3^3. Para combater os efeitos da

calunia, Sao Lut3'"Grignion de Montfort fez a sua pr6pria apologia

Conta

uma

biografia do grande

Apostolo

da

verdadeira devogao a Santissima Virgem:

de

"InfatigAvel, iniciou o horaem de Deus em 15 agosto de 1715 a missao em Pontanay-le-Comte.

As calunias espalhadas contra o santo eram, no en-

tanto, tao numerosas, que no inlcio desse curso de


Secgao III

305.

exerclclos

Julgou convenlente, contra seua costu

mes, fazer sua pr6prla apologia. Consegulu o efeito

desejado: em breve ganhou as simpatias de

to-

dos" (J.

M. TEXIER, Sao Luis Maria

Orlgnlon

Montfort,

Vozes, Petropolls, T^W7 p. 206-207 ^

de

Com aprovagao ecleslfistlca). Mais uma vez Sao Luis

GrlgnTon enfr'enta a calunla

De outra blografla de Sao Luis Maria Orlgnlon de Montfort (1673-1726):

"0 Bem-Aventurado (Sao Luis Maria Orlgnlon de Montfort) sentla tao bera as dlflculdades da tarefa, que seu prlmelro dlscurso na Igreja de Sao Joao fol consagrado a defender sua pessoa contra a

calunla.

'Judlca

me,

Deus* (Julgal-me,

Vos, 6

Deus). Ele falou sobre esse texto com tanta humlldade e seguranqa que, mesmo entre os protestantes,

calram multas das prevengoes. "Da

parte dos catollcos, fol, como sempre, o

entuslasmo.

De

todos os balrros da

cldade

eles

acorrlam tao numerosos, que fol precise renunclar a reunl-los na Igreja, e resolveu pregar sucesslvamente duas mlssoes, uma para as mulheres e outra

para

os homens e rapazes" (Mgr. LAVEILLE, Le Ble-

nheureux

L.-M.

Orlgnlon de Montfort. Desclee

de

Brouwer et Gle., Lille, 19T^» p. 502 / Imprimatur: Prangols, Cardinal Richard, Archeveque de Paris, 10-11-1906).

3^15. Frel Oalvao: "Meu coragao estA puro" De uma vlda de Prel Antonio de Sant'Anna Qal-

vSo, Pranclscano falecldo em Sao Paulo

em odor de

santldade (1739-1822):

"Urn da

Luz,

dlsserara

dla em que Prel Oalvao sala do dels mogos que vlnhaun da entre si

Ponte

Convento Orande,

colsas pouco respeltosas sobre

.a vlrtude de Prel Oalvao. "0 Servo de Deus, penetrando os seus pensamentos, esperou-os, e, quando eles se aproxlraavam, salu-lhes

ao encontro e Ihes pedlu que verlflcas-


306. sem

Secgao III se

moQos

nao tlnha ele

urn arguelro nos olhos.

Os

multo corteses, eaforQavam-se para sosseg^-

-lo, aflrmando-lhe que seus olhos estavam llmpoa e puroa. 'Pola, aaalm tambem ea puro o meu cora— qSo', retorqulu o Servo de Deus; delxando-oa bem desapontados e ao mesmo tempo convictoa da aua vlrtude". (Sor MIRYAM, Vlda do vener^vel servo de Deua

Frel Antonio de Sant'Anna Oalvao, Sao Paulo,

2a. ed., 193b. P. / Imprimatur; Mons. Ernesto de Paula, Vig. Geral). B'tS. "Nao tenho conaclencla de ter era minha vlda rompido com Deua" De um llvro aobre Sao Jose Benedlto Cottolen-

go (1786-1842):

"Pelos auperlorea ^ companheiroa de semln&rio era

chamado

anjo' ^ com o^ meamo nome de 'noaao

an Jo, o propSroco' era indicado pela gente de Cornellano.

"J| ele meamo. um dia, Inadvertidamente, delxou

eacapar eataa palavraa falando ao conego

naldi,

depois

conaclencla

com

biapo

de

Plnerolo:

*Nao

de ter era mlnha vlda rompido

Re-

tenho

amlzade

Deua'. raaa, depois, confundido, pela involun-

tirla conflsaao, todo pfilido e tremulo acreacentou: 'Ohl eata e apenaa ralserlc6rdla e graqa do Senhor, porque eu sou o mala miserlivel e ultimo doa pecadorea'

"E, falando com oa da Caaa, acreacentava: 'Eu vejo

que

multoa

todos me respeltam, todos me

saudara

e

ae alegram comlgo; serfi talvez porque com-

pletel oa eatudoa de teologla ou aei alguma coisa mala do que anoa atrfia? Nao, nao e por isso; a fe

que eataa boas peasoaa tem, f£-las ver em mim um minlstro de Jesus Crlsto" Sao

(Mona. AQUILES GORRINO,

Jose Benedlto Cottolengo. Vozes,

Petropolia,

?a7 ed., 1952, pp. 2bti e 27o / Cora aprovagao ecleslAatica).

347. Sao Joao Boaco a.judou a propagar a aua blografla como melo de dlfundlr o bem

Sobre Sao Joao Boaco (I815-I888), conta um blografo: "Plntaram-lhe tambem a alma, a vlda e aa


Secgao III

307.

obras. Pola ainda enquanto vlvla, salram v&rias bloKPaflas dele, prlnclpalmente em francea, blo-

graflaa que no-lo deacrevem era largoa tragoa. Esaea llvroa erara vendldoa e acreditamoa ate que ele

proprlo tenha ajudadq a propaganda para a^ venda, pels uma vez em Maraelha declarou que tudo Isao fornecla

melos com que fazer vlver-auas casaa au-

perpopuladaa de menlnoa. Sabemoa que laao ae apresentou

como ob.legSo em Roma, quando ae tratou

d^

iua causa de beatificagao; mas o^ advogado de suas vlrtudes servlu-se ate disao meamo para demonatrar a aimpllcldade evaiigellca ^ a^ coragao, que nao

via neaae fato uma homenagera a aua peaaoa maa alm-

pleamente urn melo doa mala modernoa para dlfundlr o

bem

e faze-lo amar. Segulndo o_ preceito ^

Senhor Jesus Criato, ele permltla eaaa propaganda nao para ae "moatrar dlante doa homena, maa aim pa

ra que oa~hbmen3 conhecendo auaa obraa glorificaa-

3em ^ Pal que eatS noa ceual ET"eata diatingao tao propria soube-a ele exfirimi^ aasim: 'Hoje era dia o mundo vive imerao na materla; portanto e preclso que noa Ihe fagamoa conhecer o bem que vamoa reallzando. Se um homem com as auaa oragoea multlpli-

ca OS milagrea, maa dentro do proprlo quarto, nin— guem bem

darfi por isao. E no entanto o mundo, para

o

de aua alma, precisa de ver e tocar esaas ma-

ravilhaa" (A. AUPFRAY SS, Pom Boaco, Eacolas Profiaaionaia Salealanaa, Sao Paulo, 19^7, pp.

U09-'I10 / Imprimatur: Mona. M. Melrelles Preire, VlgArlo-Geral). 548. Durante 24 anos Pom Boaco fez ao~Padre Pastarin, "au .lour le Jour", o relato circunstaciado de sua vida

Pe uma Introdugao geral a blografia e eacritos de Sao Joao Boaco:

"E quanto noa alegramos agora de ler, nura escrlto de Ceria ao diretor do SeminArio Teologico de Bollengo, Padre Luiz Manzoni — homem aereno, crltico de Historia, moderno noa procedimentos — o testemunho de um deaaes aaalduos frequentadores das recreagoea post prandium (apos o almogo) e Mst coenam (apos o Jantar), Padre Pedro Paatarln: 'Por 24 anoa, quaae todaa as noitea eu me entreti-


308.

SecQao III

nha

com Pom Bosco. Sent^vamos, urn ao lado do

ou-

tro, ^ ^ Ihe fazla contar, e Pom Bos^ ^contava, ponto por ponto, tudo o que ihe tlnha acontecldo naa ultimas horas ^ em epocas anteriores; pois, quando nos separfivamos, eu entrava na minha cela, vlzinha a sua, e escrevla logo tudo o que ele me havla contado" (ROPOLFO FIERRO SPB, Blograf£a y Eacritos de San Juan Bosco, Introduccion ge

neral, BAG, MaHFid, 1955, p^ 5~/ Imprimatur; ^Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral., 13-5-l9bb).

3'19- Pom Bosco: "Podemos falar de Pom Bosco, pois e preciso

que as obras de Peus se manifestem" Pe uma introduqao as MemSrias do Oratorio, de Sao Joao Bosco:

"No dia 2 de fevereiro de I876 o Santo conversava com os diretores de suas casas, reunidos

no Oratorio de Sao Francisco de Sales, e, ao recordar os primeiros tempos da Sociedade Salesiana, apontou a necessidade de se copiar quantos dados servissem para escrever a historia completa. Em

seguida acrescentou: 'E necess£rio que, para gloria de Deus, para salvagao das almas

raaior

a e

para 0 incremento da Congregagao, se conhegam muitas coisas*. E, explicando-se melhor, continuou:

'Pode-se dizer que nao nela nada que nao tenha sido visto com antecipagao. A Congregagao nao deu urn

passo

sem que um fato sobrenatural o

Ihasse; nao houve uma mudanga, urn ou

uma

aconse-

aperfeigoamento

engradecimento que nao tenha sido precedido de

ordera do Senhor. Nos terlamos podido escrever

com antecipagao e com todos os detalhes e soes as coisas que se sucederara'.

preci-

"Mas aqui previu uma observacao ou ob.leqao, conforme se queira chamar: como falar de tais coT-

sas sem mencionar Pom Bosco? E isto, que impressao produzirla em -uma pessoa seria? 'Sobre este ponto —

com

acrescentou

Pom

— nao se deve ter atengoes

para

Bosco nem para com ninguem. Vemos que ^

yida de Pom Bosco esti de todo confundida com a da Congregagao; por conseguinte, podemos falar dele. Creio que se deve deixar de lado o homera. Com

efeito, que importa

que se fale

bem ou mal dele?


Secgao III

309.

Que Importa que os homens Julguem de ura modo ou de

outro? ^Dlgara o que diaaerem, pouco Importa noa. que

Nao

aerel nem mala nem menoa do que

para

aquilo

aou diante de Deua. ^ que ae neceaaita e

aa

que

obraa ^ Deua ae manifeatem^ (EUGENIO "CERTS

SDB, Memorlaa del Oratorio / Introduccion, in Bio-

graffa 1955,

y Escritoa de San Juan Boaco, baC, Madrid, p. 7b / Imprimatur; Joae Maria, Ob. aux.

y

Vic. gral., 13-5-1955). 350. Oh! meu Jeaua nao poaao conceber maior imenaidade de amor do

que aquele com que V6a me cumulaates I

Doa

manuacritoa

autobiogrSficos

de

Santa

Tereainha do Menino-Jeaua (1873-1897): "Voaao amor antecipou-ae a mim deade a infan-

cla, creaceu comigo e agora e um abiamo do qual eu nao

poaao

amor mas

aondar a profundidade. 0 amor atrai

.... Oh! meu Jeaua, talvez aeja uraa

o

iluaao,

parece-me que Voa nao podeis cumular uma alma

de maior amor do que cumulaatea ^ minha; e por isto que eu ouao pedir-Voa que ameia aqueles que me deatea, como Voa me amaatea a mim (Joao, XVII, 23). Um dia, no Ceu, ae eu deacobrlr que Voa as amais maia do que a .mim, eu me rejubilarei, reconhecendo deade agora que esaas almas merecem vosso amor bem mais do que a minha; mas aqui na terra, ^

que

posao conceber maior imensidade de amor do

aquele

com queToa aprouve

me

pro^igalizar

fratuitamente, aem merito algum de minha nartp". Sainte

THEHESE DE L'ENFANT JESUS, Manuscrits Au-

tobiographiquea. Office Central de Lisieux, 19"CT7 pp. 309-310 / Imprimatur: Andreas Jacquerain, Episcopus Bajocenais et Lexoviensis, 25-5-1957).

351. Santa Teresinha: "Voa aabeia bem que cuidaia de uma pequena aanta"

Depoimento no

da Irma Maria do Sagrado Coraqao,

Proceaao de Beatificagao e Canonizaqao de

sua

irma Teresinha do Menino Jesus:

"For

volta do mes de agosto de I897, aproxl-


310.

Secgao III

madamente

aels semanas antes de sua morte, eu es-

tava Junto a seu lelto com a Madre Ines de Jesus e a Irma Qenoveva (Paulina e Celina, IrmSs de Teresinha). De repente, sem que nenhuma conversa conduzisse a esta afirmaqao, ela nos olhou com um ar celeste e disse: *V6s sabeis bem que cuidais de uma pequena santa*.

"(Pergunta:

a Serva de Deus explicou ou cor-

rigiu esta.exppessao? Resposta:) "Eu fiquei muito emoclonada com estas palavras, como se tivesse ouvido um santo predizer o que aconteceria depols de sua morte« Tomada por

esta emogao, afastei-me um pouco ate a enfermaria, e nao me lembro de ter ouvido outra coisa". (Proces de Therese

Beatification et Canonisation de Sainte de L'Enfant—Jesus et de la Sainte—Face ——

Proces

Apostolique Temoin TT Marie du Sacre-Coeur

O.C.D., Teresianum, Roma, 1976, t. 11 p. 245). 352. "Estas pAginas farao muito bem!"

A

proposito

dos

raanuscritos de

sua

vida,

observa Santa Teresinha:

nao

"•Minha Mae, apos a ralnha morte, e precise falar a ninguem de meu manuscrito antes que

ele

seja publicado, de acordo com nossa Madre. Se

fizerdes

de outro modo,

demonio vos armara mals

de uma cilada para impedir £ estragar a obra ^ bom Deus... uma obra bem importante! '

"Alguns dias mais tarde, tendo-lhe pedido que relesse uma passagem de seu manuscrito que me pa-

recia

incompleta, encontrei-a com os olhos cheios

de iSgrimas. Como Ihe perguntasse^porque, ela me respondeu com uma simplicidade angelica: '0 que eu releio neste caderno e bem a minha alma!... Minha Mae, estas p^ginas farao muito bem.

Conhecerao melhor depois a dogura do bom Deus...' "Ela acrescentou num tom inspirado:

'Ah! eu o sei bem: todos me amarao..." (Sain te THERESE DE L'ENFANT-JESUS, Novissima Verba. Im-

primerie Saint Paul, Bar-le-Duc (Meuse), 1926, pp. 107-108 / Permis d'Imprimer: Thomas, Eveque de Bayeux et Lisieux).


Seccao III

I

Santa Teresinha do Menino Jesus, com suas irmas e Madre Maria de Gonzaga (fotografia de 1894).


312.

• Secgao III

353. Santa Tereainha via na publicagao de seus escritos urn meio de fazer amar a Deus

Depoimento

da Ipma Maria do Sagrado CoraQao,

irma mais velha de Santa Teresinha, no Processo de

Beatificagao e Canonizagao da Santa de Lisieux: ."(Quando redigia seu manuscrito, a Serva de Deus previa a sua publicagao? Resposta:) 'Nera ela nem nos pens&vamos que estas recordagoes fossem urn dia publicadas: eram notas de familia.

So nos ultimos raeses da vida da Irma Tere

sa, e que a Madre Ines de Jesus achou que a publi

cagao dessas recordagoes poderia ser util a gloria de Deus. Ela disse isto ^ Irma Teresa do Menino Jesus.

e

que aceitou a ideia com a sua simolicidade

a sua retidao habituais. Ela desejava que o^ ma-

nuscrito

de

fosse publicado porque via nlsto urn meTo

fazer

missao.

amar a Deu3.~o que considerava ser

sua

Ela acrescentou tambem: 'Se a nossa Madre

Priora queimasse todos estes cadernos, isto nao me

perturbaria de modo algum; o bom Deus, nao tendo mais este meio, empregaria um outro*". (Proces de Beatification et Canonisation de Sainte Therese He

1'Enfant-J^sus et ^ 3^ Sainte-Pace — II Proces Apostolique. 'Teresianura, Roma, 1976, temoin 7 ^ Marie du Sacre-Coeur OCD, p. 2Md).


lY comg Imltadocea

Qclsto, ga aantga

gecggeDdam aga

9U§>

ggc aua vez, ga Imitem

35^. Sao Paulo: "Sede meus Imltadores, como eu o sou de Crlsto"

Sao Paulo se inculca repetldas vezes como modelo para os flels: Na la. Eplstola aos Corlntlos "Admoesto-vos

como a meus fllhos carlsslmos.

Porque, ainda que tenhais dez mil preceptores

em

Crlsto, nao tendes todavia muitos pals. Pols fui eu que vos gerei em Jesus Crlsto por meio do Evangelho. Rogo-vos, pois, que ^eJals meus imltadores.

como eu o sou ^ Crlsto" (I Cor. IV, 1^1 a lb).

"Logo, ou comals, ou bebals, ou fagals qualquer

outra colsa, fazel tudo para a gloria de Deus. Nao sejals motlvo de esclLndalo, nem para os Judeus, nem para os Gentlos, nem para a Igreja de Deus; como tambem eu em tudo procure agradar a todos, nao buscando o meu provelto, mas o de muitos, para

que sejara salvos. Sede meus Imltadores. como

eu tambem o sou ^ Crlsto. Eu vos louvo, pols, irmaos, porque em tudo vos lembrals de mlm, e guardals OS meus preceltos, como eu vo-los enslnel" (I Cor. X, 31 a.33; XI, 1-2).


3m.

Secgao III

Na Eplatola aos Fillpensea

"Ora eu queroj^ Irmaoa, que aalbals que todaa aa

colaaa que ae tem paaaado comigo, tem

contrlbuldo mala para provelto do Evangelho; de mode que

aa mlnhaa cadeiaa per amor de Criato tornaram-ae conhecidaa de todo a (guarda do) pretorio e de todoa oa outroa, e multoa doa Irmaoa, animadoa no Senhor pelaa mlnhaa cadel^, tem tldo malor ouaa-

dla em anunclar laem temor ^ palavra rPhll. I, 12 a 14).

de

Deua"

"Cumpre aomente que voa portela dura modo digno do Evangelho de Criato, a flm de que, quer eu vS, ver-voa, quer eateja auaente, ouqa dlzer de voa

que permanecels conatantea nura meamo eaplrlto, lutando unfinlmea pela fe do Evangelho; e em nada te-

nhala

medo doa advera^irloa, o que para^elea e al-

nal de perdlgao, e para voa de aalvaqao, e lato vem de Deua (que voa dS. coragera). Porque a v68 voa e dado por amor de Criato, nao aomente que crelala nele, maa tambem que aofrala por ele, auatentando o

meamo

combate que vlatea era mlra, e

que

alnda

agora ouvlatea de ralm" (Phil. I, 27 a 30). "Sede

olhoa

raeua

naquelea

Imltadorea, Irmaoa, e

que andam conforme

ponde

o modelo

oa

que

tendea em voa. Porgue multoa, de quem multaa vezea voa falel e tambem agora voa falo com Ifigrlmaa, procedera (com a aua vlda aenaual) como Inlralgos da cruz de Criato; o flm delea e a perdlqao; o deua delea e o ventre; e fazera conalatlr a aua gloria

na aua proprla confuaao, goatando aomente daa col aaa terrenaa. Noa, porem, aomoa cldadaoa doa ceua,

donde tambem eaperamoa o Salvador noaao Senhor Je3U3 Criato, o qual tranaformarfi o noaao corpo de mlaerla, fazendo-o aemelhante ao aeu corpo glorlo80, com aquele poder com que pode tambem aujeltar a al todaa aa colaaa" (Phil. Ill, 17 a 21). "Quanto

delro,

ao mala, Irmaoa, tudo o que e verda-

tudo o que e honeato, tudo o que e

juato,

tudo o que e aanto, tudo o que e am&vel, tudo o que e de bom nome, qualquer vlrtude, qualquer (colaa dlgna de) louvor da dlaclpllna, aeja Isto o objeto doa voaaoa pensamentoa. 0 que aprendeatea, e

recebeatea,

pratlcal;

IVT 8-^).

e

e ouvlatea, e vlatea em mlm,

laao

o Deua da paz aer& convoaco" (Phil.


SecQao III

315.

Na la. Eplatola aos Tesaalonlcensea noaao -Evangelho nao voa foi pregado agtnen-

te

com palavraa, maa tambem com vlrtude, e_ no Ea-

^rlto

quala

Santo, e em grande plenitude, como

aabeia

noa fomoa entre voa por amor de voa. ¥ voa

voa flzeatea Imitadorea noaaoa ^ 6o_ Senhor, recebendo a palavra no meio de multa trlbulaQao, com a

alegria do Eaplrlto Santo; de modo que voa tornaatea modelo para todoa oa crentea na Macedonia na Acaia" (I Theaa. I, 5 a 7).

e

Na 2a. Eplatola aoa Teaaalonicenaea

"Nos voa ordenamos, irmaoa, em nome de nosso Senhor Jeaua Criato, que voa aparteia de todo o irmao que viver deaordenadamente, e nao aegundo a doutrina que receberam de noa. Porque voa meamoa aabeia

moa pao

Ihando

a

como deveia imitar-noa; poia que nao vive-

dearegradoa entre voa, nem comemoa de graqa o de ninguem, maa com trabalho e fadiga, trabade nolte e de dia, para nao aermoa peaadoa

nenhum de voa. Nao porque nao tiveaaemoa

poder

para iaao, maa para voa dar em noa meamoa um exemplo a imitar" (II Theaa. Ill, 6 a 9TI

Na 2a. Eplatola ^ Tim5teo "Tu,

porem, tena aeguido a minha doutrina, ^

minha maneira de viver. aa intencoea. a fe. a"longanimidade, ^ caridade, ^ paciencia, aa (minhaa) peraeguicbea,

aofrimentoa, que me aconteceram

em

Antioquia, Iconio e em Liatra; peraeguiqoea que aofri, e de todaa me livrou o Senhor. E todoa oa

que querera viver piaraente em Jeaua Criato, padecerao

peraeguiqao.

Maa oa homena maua e

aedutorea

irao de raal a pior, errando e induzindo outroa a erro. "Maa tu peraevera no que aprendeate, e que

te

foi confiado, sabendo de quern aprendeate" (II

Tim. Ill, 10 a lA). 355. Sao Franciaco: "0 Senhor me manifeatou aeu deae.lo de que eu foaae nova forma de vida negte mundo"

De uma daa maia antigaa vidaa de Sao Francia

co de Aaaia, o Eapelho de perfeicao;


316.

Secgao III "Achava-se o bem-aventurado Pranclaco no Ca-

pltulo cula,

geral realizado em Santa Maria da Popciunque se chamou das Esteiras, porque all

nao

havia outras habitagoes se nao as construldas com esteiras, do qual particlpapajn cinco mil rellgiosos. Aconteceu que alguns dentre eles, homens de letpas e de ciencias, apresentaram-se ao senhop

Cardeal

Ostiense, que se encontpava tambem all, e

Ihe dissepam: '.Senhop, desejamos que ppocureis pepsuadip Ppancisco de que siga os conselhos dos

peligiosos

roais instpuldos e sAbios, e que uma ou

outpa vez se deixe governap pop eles'. E para coprobopap sua pretensao, alegavam as Regras de Sao Bento, de Santo Agostlnho e de Sao Bernapdo, nas quais ae dlspoe que se viva segundo uma norma estabelecida.

"Tpansmitiu o senhop Cardeal todas essas coisas ao bem-aventupado Ppancisco em torn de familiar

admoestagao. Ppancisco, sem responder nada, o tomou respeitosamente pela mSo e o conduziu ao lugar

do Capitulo, onde estavam reunidos os Trades, aos quais, com grande fervor e ungao de espirito, falou deste modo: 'Meus irmaos, meus irmaos, o Se nhop dignou-se chamar-me para que andasse pelos caminhos da humildade e da pobreza, e quer que nao me apapte deste camlnho, nem eu nem aqueles que

dese.lam

segulr-me e_ Imltap-me.~Por isto nao quero

que me citeis nenhuma ReKPa,~nem de Sao Bento, nem de Santo Agostlnho, nem de Sao Bernardo, nem de nenhum outpo, pop maior respeito que me inspirem,

nem tampouco outra forma ou modo de viver, que nao seja aquela que o Senhop pop sua inflnita misericopdia se dignou dap-me e ensinar-me. Mais alnda:

o

Senhor me manifestou seu deseJo de que eu fosse

essa nova forma de vida neste mundo e nao quis levar-nos pop outro camlnho a nao ser pop esta cien-

cia.

Mas, pelo contrArio, Deus vos confundiri pop

essa

vossa va ciencia e inflada sabedoria;

confio

em

servindo-se

que Deus Nosso Senhor

vos

e

eu

castlgarfi,

dos que sao ministros de sua Justiga,

ate que vos, queirais ou nao queirais, volteis novamente a vosso primeiro estado, com vergonha para vos'.

"Ao

ver esta atitude, o Cardeal ficou

muito

admirado, sem atrever-se a responder nada, e todos 03 peligiosos sentiram urn salutar temor". (San Francisco

de Assis. Sus escrltos. Las

Plorecll-


Secgao III laa.

317.

BloKraflas del Santo per Celano, San , Buena

ventura ^ lo3 clon, Edlclon Leglalma OFM y 4a. ed., 1965,

trea cotnpaneroa. Eape.jo dg perfecpreparada per lea Padrea~Juan R. de Lino Qomez Canedo OFM, BAG, Madrid, p. 652).

356. Sao Lula Orignion moatra como rezar o tergo a "aua manelra"

Conta uma biografla de Sao Lula Maria nion de Montfort (1673-1716): "0

Grig-

retire terminou com ura aermao sobre Nosaa

Senhora. Como o pregador tinha falado sobre o ros5rio com tanto amor e entusiasmo, pediram-lhe que desae uma 'legon dea choaea' recitando-o ele meamo

'a aua maneira'. Ele o fez, 'mas com urn ^ tao de

vote e^ tao terno per Maria', que ina^rou a todoa uma profunda piedade. Nao ae perdeu a lerabranga de aeu roairio, que ele trazia oatenaivamente do lado e que era compoato de quinze dezenaa; aasim, cha-

mavam-no CROM

o

Padre do grande rosSrio". (LOUIS

Monf.,

Montfort,

Saint

Louis-Marie

Grignion

Librairie Mariale, Font-Chateau,

p. 333 / Imprimatur: Eduardua, Epiacopus Vienais, 29-9-1942).

LE de

19477 Picta-

357. Sao Joao Boaco:

"Fagam como viram iJ. Boaco fazer" De

uma das mais conhecidaa biografias de Sao

Joao Boaco (I815-I888):

"Em 1886, portanto dois anos antes de morrer, Dom Boaco recebeu do Reitor do SerainlLrio Maior de Montpellier uma carta na qual pedia insiatentemente que Ihe comunicaaae o aegredo de aua pedagogia. «... '0

meu

aiatemal 0

meu siatemal

repetia

o

Santo enquanto ia dobrando de novo a carta. Mas ae nem eu o conhegol 0 que eu tenho feito e apenaa ir

aeguindo o que Deua me inapira e aa circunatancias augerem'.

"E

era iaso meamo. Ease homem que teve o ge-


318. nlo

SecQao III da educagao nao cogltou em arqultetar um sis-

teraa.

Ao decllnar de seus dlas recolheu, e verda-

de, em prlnclplos breves e de transparencla merldlana, os resultados de sua experlencla; mas fol s6

Isso. Um tratado dldfitlco sobre a materla

nao

quls Jamals fazer. Seu livro fol sua propria vida, pois que ele viveu sua pedagogia depols de ter-se

apropriado dela por meio da experlencla. Allfis era essa

Justamente

a cfitedra a qual

ele

convldava

seus dlsclpulos. Quando, antes de partlrem para as caeas as quals tlnham sldo destlnados, os clerlgos

Ihe lam pedlralguma norma para ae^ilr, respondia;

'Facam como vlram Pom Bosco fazer*". (J!* AUPFRAY, Pom Bosco, Escolas ProfIsslonals Salesla-

nas, Sao

Faulo, 19^7, pp. 298-299 / Imprimatur:

Mons. M. Melrelles Prelre, Vlgllrlo-Geral).


Y

iiolsi S e§§§9§§ SQ

CEgSUSQlSign^S

aQQDtam geus Qala* g §§B@cigl;l§Qte guaa m|ga« coma sQdglQ

de gug gantldadg

358. "Quase todoa os santos

apresentaram como orl^em de sua santldade a proprla mae" Do famoso escritor catolico Monsenhor Delas-

SU3 (I836-I92I): "

meu Deus! devo tudo a. mlnha mSe I •, dlzla

Santo Agostlnho.

"No seu reconheclmento por have-lo Irapregnado tao . profundamente da doutrlna de Crlsto, Sao Gregorlo Hagno mandou plntar sua mae, Silvia, ao lado

dele,

tra.lando um vestldo branco, com a rolTFa dos

Doutores, erguenSTo dels Qedos da mao dlrelta como para abe'ncoar, e aegurando na mao esquerda o llvro dos Santos Evangelhos. sob os olhos do fllho

"Mais tavam o

prSxlmo de nos, a alguns que o fellcl-

por ter tldo tao cedo o gosto pela pledade,

Santo

Cura d'Ars dlz; 'Depols de Deus, Isto

e

obra de mlnha mae'.

"Quase

orlgens

todos

os Santos flzeram remontar

as

de sua santlHade a suas maes". (HENRI DE^

LASSUS, EF Probleme deT'Heure Presente. Desclee, de Brouwer, Lille, 1905,

Tomo II, pp. 575-576).


320.

SecQao III

359• Sao Orepcorlo. Nazlanzeno

aponta

aua Mae e seu Pal como interceaaorea

Le-ae

em

conhecldo Dicionfirio

de

Teologia

Catolica:

"Sao Gregorio Nazlanzeno (329-390) moatra aua mae

Nonna reapondendo aa oracoea de aeua

fllhoa;

ele exprlme tambem conflanca na InterceaaSo de aeu

pal (Carm. II, 78, P.O. t. XXXTlII col. 52)" SEJOURNE,

verbete Salnta. Quite dea, In

nalre

Theologle Gathollque, Letouzey et

de

rFT

DlctlonAne,

PifFTi", 19-39, tomo XIV, p. 894). 360. Santo Agoatlnho amava com dellrlo a aua mae, e falava dela aem ceaaar

Conta Monsenhor Bougaud em aua vlda de Santa Monica (332-387), Mae de Santo Agoatlnho: "Agoatlnho

amava com

dellrlo & aua mSe, fa-

lava dela aem ceaaar e embalaaraou, com a^ aua lembranca. quaae todoa o3~e3crlto8. Vlnte anos depols da raorte de Santa Monica, envelhecldo, mala pelo trabalho do que peloa anoa, encanecido na penlten-

cla, quando chegou a eaae eatado em que o amor^de Deua, rompendo oa dlquea e inundando o coraQao, havla deatruldo nele todoa oa demala araorea, Agoa tlnho nao podia recordar-ae da mae, alnda meamo no

pulplto.

aem que oa olhoa ae Ihe encheaaem de 1^

grlmaa. Abandonava-ae entao aoa encantoa deata recordacao;

falava dela ao povo de Hlpona, noa aer-

moea, com encantadora beleza, manlfeatando, Junta-

mente,

o^ grande amor e^ a reconheclda pledade

fllho ^ a

aasombrosa

elevaqao de

aablo

e

de de

aanto" (ffon-a"^ BOUGAUD. Santa ffonlca, Edlcao da Typ. de S. Pranclaco, Bahla, 1928, pp. 20-21 / Im primatur: Mona. Caatro, Vic. Gen., 19-12-1927). 361. Para Sao Bernardo, aeu verdadelro

"meatre ^ novlQoa" tlnha aldo aua Mae uma

De Sao Bernardo de C.laraval (1090-1153) conta blografla eacrlta por um monge claterclenae:

"Como

poderla

Bernardo eaquecer aua Mae,

aquela


Secgao III

321.

alma tao extraordlnfirla Que, com dogura e perseve— ranga, tlnha Ido formando a sua consclencla?

"Quantas

nheceram novlgos ce

que

vezes Bernardo e seus Irmaos

reco-

para eles, ^ verdadelro 'mestre

de

tln^ sldo sua Mae, a Bem-aventurada AlT^

de Montbarl Desde os prlmeiros anos Tol

ensi-

nando a todos a ter fe, essa fe cega nas doutrlnas

da Igreja, Inculcando o respelto e a veneragao pe— lo Vlgarlo de Crlsto, fazendo-os corapreender que era

raeio as flores do raundo se encontravam

esplnhos pes

que

multos

plcavara as maos, fazlam sangrar

os

ao tentar colhe-las... AJustava-se a sua raen-

talldade de crlangas, prlmelro, de adolescentes, depols, de Jovens que havlam de decldlr o seu porvlr mals tarde... Pe-los obedlentes, raortlflcados, pledosos, e, alnda antes de terem o uso da razao, enslnou-os tarabera a rezar, a voltar-se para o ceu quando a alegrla relnava a sua volta ou quando as

Ifigrlmas cassera

turvavam os seus olhos, para que nao flera

tolas lamentagoes, mesmo nos

pequenos

sofrlmentos, nas contrarledades Inslgnlflcantes ou nos desejos nao satlsfeitos

"Jaraals retrocederain naquele ruraar para o al to no qual os colocou sua boa Mae, se bera que, certamente, por caralnhos diferentes" (Pr. Ma. GONZALO MARTINEZ SUAREZ, Bernardo de Glaraval, Edito rial El Perpetuo Socorro, Madrid, r9"61, pp.

31^-316 / Imprlmase; Segundo, Arceblspo de Burgos, Burgos, 20-7-196^).

362. "Seu fllho relatou nura belo llvro a vlda~de sua piedosa mSe" Do

de

Decreto sobre a herolcldade das

vlrtudes

Madre Maria da Encarnagao (1599-1672),

publl-

cado por ordem de Sao Flo X:

"Maria nasceu

(28

Guyart, tarabera charaada da Encarnagao,

em Tours no V dla das Calendas de noverabro

de outubro) do ano de 1599

Eia teve

urn

fllho que logo consagrou a Deus tanto quanto estava era seu poder faze-lo. .... Apos a morte de seu

marldo .... e depols de suportar, naquela epoca de sua vlda, raultas provagoes, ela pode, flnalmente, fazer o voto de castldade como desejava hi longo tempo.

Pouco

depols,

tendo conflado

seu

fllho


222,

SecQao III

Clfiudlo, de multo

fez

doze anos, .aos culdados de uma

Irraa

dedlcada, e apesar da oposlgao deste, ela

proflssao

Ease

ato

teve

rellglosa da Ordem das ura feliz resultado:

Ursullnas.

com

efeito,

Cl&udlo, apos ter recebldo uma excelente educagao

dos padres Jesultas, abragou a vlda monistlca ^ Ordem de Sao Bento e. depois" Te ter sldo ordena^ Padre, relatou em ura belo livro a vlda de sua piedoslssima roae". X^hanoine J. L. BEAUMTER, Marie Quyart 3e L'Incarnation, Editions du Bien Public, Trois-Ri^eres, 1959, PP. 233-23'! / Imprimatur; Georgius Leo Pelletier, Episcopus Trifluvianen, 30-1-1959).

363. "Honrar a sua mae e a.juntar um tesouro" (EclesiAstico, 3,5)

da

Do prefScio de um livro sobre a Madre Encarnagao, fundadora das Ursulinas era

Maria Que

bec, escrito por uma freira dessa Ordem: "Antes de escrever a Vida de sua santa mae (a VenerSvel Maria da Encarnagao), Dom Gl&udio Martin nos abre seu coragao de monge tiraorato, ^ grande voz de Maria da Encarnagao acaba de extinguir-se; mas ela canta ainda na alma de seu filho benediti-

n^ .♦«« S^o~Gregorio Nazianzeno falava bem de seu

pai, de sua mae, de sua irma e de seu amigo Basi lic, nai suas Oragoe^s e suas Poesias... "Oh! grande irmao Glfiudio, nao esquegais do

que nossa Mae vos escrevia ura dia para vos encorajar a glorificar Sao Bento: •Um bom filho louva seu pal & isto Ihe flea bem'.

co:

"E eu, de minha parte, dlgo com o Eclesifisti'Honrar a sua mSe e ajuntar um tesouro' (3, (Soeur MAITLE^MMAHuEL OSU, Marie de L'jincar-

5)" natlon, Les Editions de L'Universi^, Ottawa, I9I6, p. 9 / Imprimatur: Jean-Marie-Rodrigue ^Gardinal

Villeneuve

OMI,

Archeveque

de

Quebec,

1-2-1916). 361. Sao Joao Bosco falava com encantadora simplicidade sobre sua mae

De

uma

biografia

de

Sao

Joao

Bosco


Secgao III

323.

(1815-1888): **No380 amado Fundador (Sao Joao Bosco) relatava, corn encantadora slraprTcldade. os grandes ^rabalhos que sua mae se Impunha para all^ mentara famllfaT ....

"E

Margarlda, mulher santa, fez de aeu fllho

urn santo. Pom Bosco era uma copTa flel de sua mae.

E~que as l&grlmas e oragoes de uma mae podem multo dlante

do ceu e Influem grandemente no pqrvlr

de

um fllho. Os filhos sao, geralinente, tais como os quis fomar a atenta solicitude de uma mae

crista"

(ELADIO EGANA SOB,

Vida de San Juan Bos-

cd^ Uibrerla Editorial de Maria Auxiliadora, Sevilla, 8a. ed., 1970, pp. 15-16 / Com aprovagao eclesidstica).

365. "Minha mSe e uma santa"

Santo quem o dizl Cpnta uma biografia da Mae de Sao Joao Bosco:

"— Ou o senhor volta para Turim, ou nos transportaremos o Oratorio para os Becchi. Foi este-o dilema proposto a Pom Bosco pelos meninos que

•em pequenos grupos, vinham a pe de Turim aos Bec chi, para ve-lo*.

"Voltar para Turim, ir morar em Valdocco? So-

zinho? Agora nao estfi mais no Institute da Barolo, de quem recebia alimento e assistencia. For em ca-

sa uma mulher? Que mulher? Se a poucos passos de sua casa fica a famosa estalagem da Jardineira e certos vizinhos?...

"Voce vai ter um an.lo a seu lado "— Mas voce tem sua maeI — disse o sdbio P.

Cinzano, 0 amigo de todas as horas — Faga com que ela venha com voce para Turim: va-i ter um an Jo a seu lado! %

"Joao fica confuso: obrigar a mae, sua rainha

e

rainha de Jose, a um tao grande desapego, a

um

sacrificio tao duro?

"— Minha mae e un^ santa

(e um santo que

o

diz); posso fazer-lhe a proposta"."TPAUSTO CURTO'7" A

mae de Pom Bosco, Editorial Pom Bosco, Sao Pau

lo,"197^ pp.


32^1.

Secgao III

366. Pom Boaco reza a Nossa Senhora pedlndo-Lhe que ocupe

o lugar vazlo de sua mSe

De

outra

blografla aobre a MSe de Sao

Joao

Boaco:

"Duaa horaa mala tarde. Pom Boaco aala do patronato

acompanhado de um doa aeua alunoa vetera-

noa: ele la a ^ Conaolata, igreja preferida de aua mSe, pezar uraa miaaa pelo repouao da alma da humilde criata, cujo obacuro devotamento o havia livrado de tantaa preocupagoea. *E agora, diaae

ele ^ Virgem Conaoladora antea de deixar aeu aan-

tuSrio, ^ ppeciao que^voa tomeia o^ lugar vazio^ ^

indiapenaSvel Quem

uma

mae na minha

grande

famllia.

aerS, aenao V6a? Eu voa confio todoa oa meua

filhoa. Velai aobre auaa vidaa e aobre auaa almaa,

agora e aemprel*

"Jamaia, pode-ae dizer, ato de abandono foi tao plenamente ratiflcado pelo ceu. Purante trinta e doia anoa, ate o fim doa diaa do Servo de Peua, a Rainha doa ceua pareceu deacer do ceu para colaborar com ele na aalvacao da .juventude. no lugar e

poato de Margarida Occhiena, chamada 'Mamae Margarida*. emigrada ao Paraiao". (A. AUPFRAY, Un Mode-

le ^ Mere, Libralrie Catholique Emmanuel Vitte, Cyon, 1931, p* 9^ / Imprimatur: E. Bechetollle, v. g., 16-2-1931). 367. Sua terna devocao a Noaaa Senhora era fruto doa conaelhoa

£ exemploa de aua virtuoaa mSe Sobre

Pom Prei Vital Maria Gorigalvea de Oli-

veira (1844-1878), Biapo de Olinda, cuJo

de

Proceaao Beatificaqao eatS em curao, comenta um piedoao

frade Capuchinho:

"Poa iSbioa maternoa aprendeu Antonio (o futuro P. Prei Vital) oa princlpioa da noaaa fe e aa primeiraa ora^oea. "Maia

tarde

comprazia-ae em dizer

que

aua

terna devocao a Noaaa Senhora. ^ Virgem Imaculada. era fruto doa conaelhoa e exemploa de aua virtuoaa

mae". (Pr."WLIX PE OLiVOLa, Um 5rande"5raaileiro.


Secgao III Imprensa /

325.

Industrial, Recife, 3a. ed., 1937, p. 21

Imprimatur:

Miguel,

Arc.

de

01.

e

Recife,

a5-2-l935). 368. Mais tarde. quando Abade, citarA o exemplo da propria Mae, como modelo da formacao das criancas

Comenta D. Qeraldo Fernandes CMF, falecido Arcebispo de Londrina, a respeito do celebre Abade de Sept-Fons, D. Joao Batista Chautard

(1858-1935):

"0

pai, Augusto Chautard, e um livreiro

que

raras vezes pisa na igreja e que, sem ser antireligioso ou anticlerical, alimenta amizade com voltaireanos e le tudo o que Ihe cai sob os olhos.

SerA D. Joao Batista que exercerfi, mais tarde, influencia

sobre o pai e nao o pai sobre o filho. A

educaqao materna de Clarice Sales, cheia de do^ura, piedade e fortaleza crista, supre as deficiencias do pai. "Mme.

aplica

a

Chautard, com paciencia e firmeza,

se

corrigir os defeitos do menino, que

se

revela terrivel. Mais tarde, quando abade, ele ci-

tarA * o metodo da mae como modelo na formaqao

das

crianqas, contando um dos incidentes e uroa das 11-

goes

recebidas

na

infAncia. Um

dia,

saboreara

ocultamente um doce de pessegos feito pela mae. Esta, ao descobrir a falta do filho, assim o repreendeu: 'Jamais esconderei nada, nero fecharei nada com chave; mas, se eu nao te enxergo, o bom

Deus te estA vendo, e se me desobedeces, ofendes a Deus'.

E acrescentava Dom Chautard: *Eis como

forma a vontade das criangas*".

TARD,

(Dom J.

A Alma de todo apostolado, Edltora

F.T.D., Sao Paulo, 1962, p. 13). ,

se

B. CHAU

Colegao


Secgao III

325.

Imprensa Industrial, Recife, 3a. ed., 1937, p. 21 / Imprimatur; Miguel, Arc. de 01. e Recife, a5-2-1935).

368. Mais tarde. quando Abade, cltar& o exemplo da proprla Mae, como modelo da formacao das crlancas

Comenta

D.

Qeraldo Pernandes CMP, falecldo

Arceblspo de Londrlna, a respelto do celebre Abade de Sept-Pons, D. Joao Batista Chautard (1858-1935):

"0

pal, Augusto Chautard, e urn livrelro

que

raras vezes plsa na Igreja e que, sem ser antlrellgloso ou anticlerical, allmenta amlzade com vol-

talreanos ^e le tudo 0 que Ihe cal sob os olhos. SerA D. Joao Batista que exercerfi, raals tarde, Influencla educaqao

sobre o pal e nao o pal sobre o fllho. A materna de Clarice Sales, chela de docu-

ra, pledade e fortaleza crlsta, supre as deflclenclas do pal.

"Mme. Chautard, com paclencla e flrmeza, se apllca a corrlglr os defeltos do menlno, que se revela terrlvel. Mais tarde, quando abade, ele cl-

tarli • o metodo da mae como modelo na formaqao

das

crlangas, contando um dos Incldentes e uma das 11-

goes

recebldas

na

Infancla. Um

dla,

saboreara

ocultamente um doce de pessegos felto pela mae. Esta, ao descobrlr a falta do fllho, asslm o repreendeu: 'Jamals esconderel nada, nem fecharel nada com chave; mas, se eu nao te enxergo, o bom

Deus te estS vendo, e se me desobedeces, ofendes a Deus'. E acrescentava Dom Chautard: 'Els como se forma a vontade das crlangas'". (Dom J. B. CHAU

TARD,

A Alma de todo apostolado. Editors

P.T.D., Sao Paulo, 1962, p. 13). ,

Colecao


Sao Francisco de Paula. Detalhe de antiga pintura de J. Hourdichon, em Muntalto Uffugu (Coaenza).


VI ss

£&£§ fiyg QS £^6^3 ggiecg eggsgQlgi ga 3gua gQi^ggiSQlgi,

gaotga ggnasg^gi, |a ^ggea ggn; Eglu^lncla,

gug ggJgo dia^gl^uldaa £gtggsa£laa guaa. ^aa, gaca g gem daa almaa, ggg xg^ga i§ dlatglbugm gXga Qgliggx^^

369. Pedem utna lembranca sua, e ele desenha seu perf11 nuina parede

Le-se

na

vida

de Sao

Francisco

de

Paula

(1416-1507), fundador da Ordem dos Mlniraos: em que

"Pelo Polla,

anoltecer os nossoa vlajantes estavam hospedes de piedoso e abastado casal,

no dla seguinte pediu a Francisco (Sao

cisco

de

Fran

Paula) uma lembranqa sua. Ele tomou

um

carvaq da lareira e desenhou sobre a parede da co-

zinha

o_ proprio perfil: 'Eis tudo o que eu

deixar',

posso

disse. E agradecendo a generosa hospital

lidade, partiu". (P. ALFREDO BELLANTONIO, S. Fran cesco ^ Paola, Postulazione Generale Dei Minimi,

Roma,

3a.

ed., 1973, p. 136

/

Imprimatur:

Aloysius Card. Traglia, 17-5-1962). 370. "Enfim. se este pobre carnaval

serve para lembrar os conselhos que tenho dado. nao sera de todo inutil"

Conta uma conhecida biografia do Cura d'Ars:

"Uma

humilde viu

das grandes provagoes por que passou

sacerdote (Sao Joao Vianney) foi

o

quando

que o seu retrato estava exposto por todos os


328.

Secgao III

recanto3 da aldela. Era 1845 coraegarara a ser reproduzldas as Iraagens de Eplnal, representando v&rlos epl36dloa de sua vlda. 'Multo afllto' com essas

exlblgSes, ^ prlnclplo quls faze-laa desaparecer. •Os

vendedorea supllcarara-lhe que nao o

poTa

era

urn melq de ganharera a vlda.

fIzesae.

bom

Cura

deixou-ae convencer. 'Quanto cuata eata eatampa? perguntou-lhea. — Doia aoldoa. Sr. Cura. — Doia aoldoa, ah I e rauito per ease mlaerSvel carnaval*. 'Vendara pola' (Guillerrae Villier, Procesao Ordindrio, p. 651). "Ura

dia, ao paaaar era frente de uraa

vitrlna.

era que ae achava o aeu retrato, perguntou o prego? 'Cinco francos, Ihe reaponderam. — Cinco francos 1

Ohl o. aenhor nao o^ vender^ nuncal 0 Cura d'Ara nao vale tanto" (Ir. Ataniaio, Procesao apostolico ne pereant, p. 1048). 'Enfira,

dlzia

alguraaa vezea, ae eate

pobre

carnaval serve para lerabrar oa conaelhoa que tenho

dado, nao aer^ de todo inutil'. Para deraonatrar o deaprezo que aentia por aquilo, aerapre ae escuaou a gravar nelea o aeu norae ou a benze-loa. Se entre

as eatampaa que Ihe apreaentavain encontrava algum, separava-o com ura geato bruaco. Fazia comentSrios como

este:

•laao so tera valor trea

dias

no

ano', referindo-ae aos trea dias consagrados aos mascaradoa (Ir. Jeronimo, Procesao Ordinfirio, p.

565)"

(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ara.

Vo-

zea, Petropolia, 2a. ed., I960, pp.379-3^0 / Im primatur; Luis Filipe de Nadal, Biapo de Uruguaiaina, 29-6-1959).

371. Sao Joao Boaco jieixava-ae fotografar, reproduzir era telaa, deacrever era livroa...

Conta conhecidoa

traduzido

o Salesiano Padre Auffray, ura doa raaia biografoa de Sao Joao Boaco, em livro

por D. Joao Rezende Coata, Arcebiapo de

Belo Horizonte:

"Dora Boaco durante a vida perraitlu com toda a

aimplicidade

que Ihe retra.taaaera ^ fiaionoraia fi-

aica e moral. Fotografaram-no a confesaar aeua me^ ninos, aentado no meio do primeiro grupo de mia-

sionSrioa, circundado por uma turma de garotinhoa, na atitude de dar a bengao aoa filhos do Conde Vi-


Secgao III

329.

mercati em Roma. Potografaram-no na Pranga, na Es-

panha,

em vfirlos outros lugares, no centro de

urn

grupo de amlgos ou de benfeltorea. Plzeram-no pousar diante de uroa tela, sentado, de pe, de joeIhos, durante horas a fio

"0_

Santo

se deixava fotografar.

reproduzlr

naa telas ^ descrever nos llvros. Deus seja bendlto pols essa llcenga que ele deu a arte nos vai facllltar o trabalho; o testemunho das pessoas que viveram com ele nos traz tambem suas luzes; a leitura

de seus escritos nos fornece preclosa

docu-

mentagao. Vamos pols, a luz convergente desses tres focos, contemplar sua fisionoraia flsica e mo ral que se nos mostra com toda a nitidez" (A. AUPPRAY 33, Pom Bosco, Escolas Profisslonais Sale-

slanas, 3ao Paulo"]

pp. lOS-'llO / Imprimatur;

Hons. M. Meirelles Preire, VigSrio-Geral). 372. 3ao Joao Bosco distribui estampas de si mesmo

Relata um biografo ingles de Sao Joao Bosco: "(Sao Joao Bosco) distribuiu inumeros rosfirios, medalhas e o que parece mais estranho, pequenas

estampas de si mesmo, pois nunca desTprezou

03 metodos modernos~3e pubTicidade. advertindo em certa ocasiao que o demonio os utiliza com algum resultado para toda especie de empresas duvidosas,

e

que isso autorizava os adversSrios dele,

demo

nio, a empregar as armas modernas na luta por uma causa boa". (LANCELOT 0. SHEPPARD, Don Bosco. Her

der, Barcelona, 1959, p. 19^ / Imprima-se: Gregorio, Arcebispo-Bispo de Barcelona, 9-9-1957).



Ul

£§£§ £§^§5

aa almaa,

gi gagtQs gbsgag a dls^cl&u^r

£§]:^9y|;aa de al meamoa, gQcaceceDdo g valgc dglaa e fgfigosQdaDdg gue aa guacdem

373• Sao Francisco dava

rellquias

de si mesmo para proporcionar

bem espiritual a seus disclpuloa

Conta TomUs de Celano, dlsclpulo e do Foverello de Assis (1181-1226):

blografo

"'12. Estava o Santo no mesmo lugar, quando um religioso fervoroso, da Custodia Marsicana, que estava

atormentado pop vSrias tentagoes, disse em

seu coragao: »0h se ^ pudesse ter algum objeto. ainda que fossem somente restos das unhas de Sao Franciscol Estou certo de que toda esta tenta"cao se afastaria de mim e com o favor de Deus eu flea—

ria perfeitamente tranquilo'. Obtida a licenga devlda,

dirigiu-se ao lugar onde morava o varao

de

Deus (Sao Francisco de Assis) e manifestou a urn dos corapanheiros do Santo o motivo da viagem. Res ponded o frade: 'Creio que me serfi totalmente imposslvel entregar-te parte do que pedes, pois se bem

seja verdade que muitas vezes Ihe cortamos as

unhas, ele, entretanto, nos ordena que as Joguemos fora, proibindo-nos era absolute de guardli-las'.

Apos uns instantes, o frade foi chamado e Ihe foi ordenado apresentar-se ao Santo, que o mandava vir. Este Ihe disse: 'VA buscar. meu filho.. a te3oura para que possas cortar-me as unhas•. TomoiTo

instrumento, que para isso JA tinha pronto, e. re~


332.

Secgao III

colhendo

os

pedacinhoa cortadoa» entreKOU-os ^

rellgioso ""que OS pedla. Eate os ^recebeu com multa reverencia e no mesmo Instante se vlu llvpe de toda tribulagao

"Estando

o Santo alnda encerrado na sua cela

do Monte Alverne, um d^ seus companhelros deseJava

grandemente ter aT^m escrlto com as palavras ^ eus anotadas brevemente da proprla mao de Sao. Francisco. Pols Julgava que a grande tentagao que

Bofria, que nao era entretanto da came mas do espirito, com Isso desapareceria, ou pelo raenos Beria mais fficil de suportar. Ansloso com tal

preocupaqao, temia no entanto revelA—la ao santo Pal; mas o que o homem nao manifestou foi revelado pelo esplrito. Urn dia, o. bem-aventurado Francisco chamou £ religioso ^ Ihe disse: 'Traga-me papel e pena

porque desejo escrever as palavras de Deus e

seus

louvores. que meditei em meu coracao'. Apre-

sentados os objetos pedidos, escreveu com sua pro-

pria mSo os louvores de Deus ^ palstvras que quis, e em"^ltimo lugar sua benc^ so religiosoj oizendo-lHe:

gentemente instante

'Tome este escrito e o potarde

ate

o

dia de tua

morte *•

No

dili-

mesmo

desapareceu a tentaqao; conservou o

es

crito, e mais adiante realizou maravilhas "No mesmo religioso resplandeceu outro mila-

gre do santo Pai. Na ocasiao em que este jazia enfermo

no palficio do Bispo de Assis, aquele

reli

gioso pensou em seu intimo: '0^ Santo est& a ponto de

entregar seu espirito ao Senhor, e quao""grande

seria

a felicidade de minHa alma se depois de sua

morte eu pudesse herdar a tunica de meu Pai'. Como se o desejo, nascido do mais recondito do coraqao, tivesse sido um pedido formal, nao transcorreu

muito

tempo sem que o bem-aventurado Francisco

o

chamasse e dissesse: 'Entrego-te esta minha tunica

e seja daqui em diante tua. Ainda que ^ utilize enquanto viva, quandp eu morrer ela ^ serli devolvida'.

Maravilhado com tao profunda e interna pe-

netraqao do espirito, tomoU com grande consolaqao aquela tunica, que depois a santa devogao transladou para a Franqa". (TOMAS CELANO, Vida de San Francisco, in Sa^ Francisco de Asis. Sus escritos. Las Florecillas. Biografias del Santo por Celano. Buenaventura y los Tres Companeros.

perfeccion,

5i8):

Espejo de

BSC, Madrid, 3a. ed., 1956, pp. 412 e


SecQao III

333.

374. Santa Clara cura utna freira apllcando-lhe urn pano

que levava sobre a cabeca

Da

vlda de Santa Clara de Assls (1193-1253),

por ToraAs de Celano, contemporfineo da Santa: "A

Inna

Bablna, do Mostelro de Sao

Damlao,

estava graveraente doente, com febre e com abscesso no pelto. Todaa as monjas pensavam que ela la mor-

rer

logo,

mas

a

bera-aventurada

Madre

(Santa

Clara), fez sobre ela o Sinai da Cruz e ela ficou completamente curada.

"Algum tempo depois, esta mesma Irma foi afligida por uma grande dor no lado. Uraa noite em que sofria muito, ela come^ou a se queixar e a se lamentar; ouvindo isso, a Senhora Santa Clara perguntou-lhe o que tinha. A Irma Ihe confiou seu

mal, a^ Mae bendita se aproximou, pediu para indicar o_ lugar doloroso ^ pos em clma um pano que levava

a

cabecS'i & dor desapareceu

Incontlnentl"•

(THOMA'S' DE CbLANO, Sainte Claire d'Assise. Perrin et Cie. Libraires-Editeurs, Paris, 3a. ed., 1917,

p. 8). 375. Frei Oalvao dA seu cordao a sua sobrinha. predizen?o que por ele serao obtidas gracas De Antonio

uma vida do Venerfivel Servo de Deus Prei de Sant'Anna Galvao, Capelao do Convento

da Luz, em Sao Paulo (1739-1822): "Entre

Servo

de

os . rauitos dons que exornavaun

Deus,

nao

era menos

conhecido

o

o

bom

de

perscrutar os coraQoes, conforme foi referido, e o fato seguinte revelarfi alnda que Nosso Senhor JA em vida Ihe dera a conhecer sua futura missao de socorrer as senhoras por ocasiao de serem maes. "A

senhora D. Anna Leonisia do Amaral Caraar-

go, senhora distinta e de esclarecida piedade, referiu-nos que uma parente do Servo de Deus Ihe mostrara um dia um cordao, que fora do uso de Prei

Galvao ainda houve

e

que o guarda nao so como

reliquia

mas

como lembranqa da singular coincidencia que na sua aquisiqao. Uma sobrinha de Prei Gal-


SS'l.'

SecQao III

vSo

flzera-lhe urn cordao, com o Intulto de pedlr-

-Ihe o que ele usava, a flm de guardfi-lo como lembranqa. Chegando ao Convento encontrou-se com Frel Galvao que sem mala prefimbuloa, foi-lhe dizendo:

D&-me c5 o que me trouxeate £ guarda eaae que mala

tarde aervlri para aalyar muitaa maea naa aperturaa do parto".(oor MIRYAM, Vida do vener&vel aer^ de Deua Frel Antonio de Sant'Anna Galvao, Sao Pau

lo, 2a. ed., 1936, pp. 217-218 / Imprimatur; Mona. Erneato de Paula, Vig. Geral). 376. 0 Cura d'Ara vende aeua pertencea aoa peregrinoa deaejoaoa de

rellquiaa. incluaive aeu ultimo dente Da

vida

de

Sao

Joao

Baptiata

Vianney

(1786-1859): "Muito quiaa

cedo oa peregrinoa quiaeram ter rel£-

do taumaturgo de Ara. tao perauadidoa eata-

vam de aua aantidadel Comegaram por retalhar aa auaa aobrepelizea e oa aeua chapeua e paaaaram de-

poia a cortar a barra de aua batina e oa cachoa de aua

cabeleira,

depoia,

enquanto ele dava aeu

cateciamo;

aempre Inaaclfiveia e cada vez mala indla-

cretoa, pilharam a palha de sua cama e daa auaa pobrea cadeiraa, fizeram brechaa na aua meaa, di-

laceraram

aeua

livroa, incluaive aeu

brevlfirio,

que ele teve que eaconder e, Inteiramente deacontroladoa, acabaram.por revirar auaa gavetaa. Tudo era bom para eaaea devotoa temlveia: alguna Ihe roubavam

aa canetaa, outroa diaputavam oa cabeloa

que flcavam no aeu pente. Oa menoa favorecldoa ea-

timavam-ae

felizea por apanharem no p£tio da caaa

paroquial uma florzinha ou urn ramo -de aabuguelro.

"Maia tarde. o. bom Padre teve ^ id6ia — bem — ^ tirar partldo deaaa febre aingular

lioneaa era

proveito de aeua pobrea. aoa quaia ele nao ti-

nha

mala

nem uma camiaa para dar

Ele

fez,

poia, vender aoa peregrinoa que procuravam lembrangaa, aeua movela velhoa, aeua ^apatoa eatraga-

doa,

auaa batinaa rotaa. auaa 8obrepelize3~eafar-

rapadaa,

neate

e meamo aeu ultimo dente. Sua huraildade,

caao, cedia lugar a aua caridade".(ALPHONSE

GERMAIN, Le Bienheur'eux J. B. Vianney — ^ Cure d*Ara, Vve. Ch. Pouasielque - Maiaon Salnt-Roch, Paria-Couvin, Belgique, 1905, pp.172-173).


t

Sfio Joa© Batista Vianney cercado pela muJtidao, que tenta arrebatar-lhe alpuma reliquia (uma mulher — embaixo, a eequerda — corta a batina do Santo com tesoura). Ilustragao do

livro El Cura de Ars, de Mons. Fourrey, Bispo de Belley.


336.

SecQao III

377« ^ uma senhora que pedla algo que fora de aeu uso, Santo Antonio Maria Claret delxa

03 seua clllcloa £ dlaclpllnaa

Nota de uma edlgao doa eacrltoa autoblogrfi.flcoa

e

eaplrltuala de Santo Antonio Maria

Claret

(1807-1870):

"Com efelto, eacreve dona Jacoba de Balzola: 'Sabendo (Santo Antonio Maria Claret) por aeu capelao o deaejo tao grande que eu tlnha de algum objeto

de aeu uao, ao deapedlr-ae dlaae-me:

corao

noa expulaam e nao ael o que noa farao, ae noa re-

vlatarem, delxo-lhe eatea clllcloa e dlaclpllnaa de meu uso'""! (San ANTONlO MARIA CLAKETj Eacrltoa autoblogrfifIcoa

y

eaplrltualea,

BAG,

Madrid,

1959, p. 5bO nota 157 / Imprimatur: Blaalua Budelaccl, Ep. Nlaaen, Tuacull, 9-2-19b9)• 378. Para agradar aa peaaoaa, Santa~Bernadette dava cabeloa aeua

De uma blografla de Santa Bernadette roua (l8il'l-l879):

"Dez, era

caaa.

vlnte vlaltaa por dla — no Se

Bernadette paaaela, aa

Soubl-

hoapltal,

peaaoaa

aproxlmam, a aeguem. Quer ela Ir rezar na Oa

coraentfirloa

•Olhem

a

ae

eapalham:

'Vejam

noaaa Santal * De Pau, de

a

ae

Gruta? Santal'

Bagnerea,

de

Tarbea, d'Argelea, de Cautereta e de outroa lugarea, aa peaaoaa ae preclpltam a Lourdea para ver Bernadette.

A menlna tornou-ae objeto de

venera-

qao, aem nenhuma dfivlda; e nao^ae^pode ter

rigor

com 08 horaena e mulherea cuja fe aollda honra nela

oa

traqoa do ceu: como ae aaudarlam oa paaaoa

Jeaua ou da Vlrgem aobre a arela.

de

••••

^Maa aa peaaoaa Inalatem em Ihe pedlr para tocar objetoa, por aua aaalnatura naa Imagena, acarlclar aa crlancaa. Peralatem em Ihe cortar pe~

dacoa daa veatea» Redobram-ae oa eaforqoa para Ihe arrancar aeua famoaoa 'aegredoa* "A

notado

Irma Vltor.lna ae adralra de nao ter Jamala

neaaa

Jovem o menor alnal de valdade,

de

amor-proprlo ou de orgulho a propoalto doa favorea


Secgao III

337*

extraordlnfirlos que recebeu. Pedem-lhe que toque OS tergos: ela o faz, tomando—os numa das maos ^

tocando-o3 com a outra, mas 'sem dar Import&ncTa ^ Isso,

a^nas

Depois

para se desembaragar das

pessoas *.

o Pe. Pomlan Ihe prolblu esses gestos. Ela

nao OS faz mais — e quando Ihe apresentam, desde entao, urn tergo, ela se contenta de responder com urn sorrlso affivel: 'Isso me fol prolbldo*. Para

agradar as pessoas, acohteceu de ela dar alguns de seus

caBelos. Um belo dla, o F5"roco Peyramale

se

opos a Isto. E Bernadette escreverfi, slmplesmente,

a uma sollcltante, algumas palavras apreclaroos:

permltido

*Quanto

envlfi-los'"

Bernadette

cujo^ sabor

aos cabelos, nao me

(MICHEL DE

e

mals

SAINT—PIERRE,

et Lourdes, Editions "La Table Ronde",

Paris, 19b8,"pp.

132 e 133).

379. 0 Padre Reus dA uma batina velha que um Irmao Ihe pedira por veneragao

Conta um Irmao coadjutor Jesuita sobre o Pa dre Reus (1868-19^7):

"Cheguei a conhecer o bom P. Reus, quando fazia

OS

por

santo, por uma alma pura e possulda de

seus estudos em Valkenburgo

Tive-o

Deus.

Senti-me fortemente impelido a rezar por ele e recomendei-me intimamente as suas oragoes Por veneragao pedi uma de suas batinas velhas, que

usei ^"com interior"

P.

Joao

CTa."^

muita

consolagao

^

conforto

(Pe. LEO KOHLER SJ. Biografia

Baptists

Reus, SJ, Livraria

completa

Selbach

T

Forto Alegre, 1950,"Volume II, pp. 97-98 /

Imprimatur:

Hons. Andre Pedro Prank, Vig.

Ger.,

26-4-1950).

380. "Nao percam nenhuma dessas petalas; alegrareis a outros com elas..."

Depoimento Priora

da Madre Ines de Jesus (Paulina),

do Carmelo de Lisieux, no Processo de Bea-

tificagao e Canonizagao de sua Santa irmS: "No

fim da vida, ela (Santa Teresinha) pres-

sentia bem o que faria depois de sua morte. Parece


338.

Secgao III

mesmo que ela prevlu aua glorlficaqao pela Igreja. Vou relatar alngelamente e aem coment&rlo aa auaa

palavraa e oa aeua atoa. A Igpeja Julgarfi* "Quando ela derramava lAgrlmaa de amor, ela me delxava recolhe-laa num lenqo flno, aabendo bem que nao era para enxugar-lhe o roato, raaa para conaervA—laa como uma lembranqa venerada.

"Quando eu Ihe cortava aa unhaa, ela recolhla

oa fragraentoa e ela meama oa dava a mlm> convldan— do-me a guardA-loa.

"Quando

Ihe

trazlamoa roaaa para

deafolhar

aobre o aeu cruclflxo, ae alguraaa petalaa calam no chao, depola que ela aa havia tocado, noa dizla:

'Nao percara iaao, mlnhaa Innazlnhaa; alegrarela (a outroa) mala tarde, com eaaaa roaaa*" (Procea

de

Beatification et Canonlaatlon ^ Salnte Thereae ^ I'Enfant-Jeaua et de la Salnte-Pace ~Pfocea Apoatollque, Tereaianum^nffoma, l9Yb» t. II, p« 199 -- Temoln b: Agnea de Jeaua OCD). 381. Santa Terealnha recomendava que guardaaaem Dedacoa de unhaa, pedaclnhoa de pele, e ate clTToa que calam em aeulenco

Testemunho

da Irma Genoveva de Santa

Tereaa

(Cellna, irma de Santa Terealnha), no Proceaao de Beatlflcagao e Canonlzaqao da Santa de Llsleux (1873-1897):

"Parece, e

crelo nlaao, que no flm de

aua

vlda, ela (Santa Terealnha do Menlno Jeaua) preaaentlu aua glorlflcaqao. Com uma slmpllcldade encantadora, ela me dava para guardar oa pedacos ^ unhaa cortadaa, oa pedaclnhoa de pele que Gea-> tacavam de aeua ISbioa e ate cITloa que calam no aeu lenco. Ela noa ajudava tambem a recolher aa petalaa de roaM com que tlnha acarlclado aeu cru clflxo. ...•

eao

"A propoalto deataa aluaoea ^ aua glorlflcapToxlma, notel, lendo a vlda doa Santoa. dola

f^oaah&logoa ^ deve haver multoa outroa ^ Kenero:

■fl. Le-ae na vlda de Sao Benedlto Labre 'que ele prevlu uma aglomeracao de gente para venerar o^ aeu corpo'.


Secgao III "2.

Le-se Igualmente na vlda de Sao Felix de

Cantallclo

Buaa

que ele diase as peasoaa que

roupaa:

voaaa

aeri

*Iato, minhas filhaa,

beljavam

contentai ^

devocao; logo vlr& o dla em que eate tiabito

tido

como precioao, ^ todoa acorrerao

para

obter urn pedaco dele*.

"(Vie du bienheureux Benolt Labre par Deanoyers miaalonnaire apostollque, Lille 1862, Tome I, pp. 416-117). "(Vie verend

dea aainta de toute I'annee par le re

pere Ribadeneira, traduction Darraa, Paris

1862, 18 mai, p. 278)" (Procea de Beatification et Canonisation

de Salnte I'herese de

et de la Sainte-Face —

1 *Enfant-Jeaus

Prqces Apostolique, Te

reaianum, Roma, 1976, Temoln 8: Genevieve de Sain te-Thereae CCD, p. 313).

ffllfff



VIII BBSS

4 CQSQ (293 sue IhQS (24B9SCQ2:39 3 Sdntldade, 6S33933 XlS^uggaa {Jag a ^gngag, Qgamg ggm gegeo aaceg^gtga.

§ 3^i dlQ QSdgga I §sua £llbga ggclcitualg, go ggog ^a gagta gbgdlggcla

382. Sendo apenas Innao lelgo, Sao Benedlto benzia

OS campos e as plantacoes

De uma vlda de Sao Benedlto (1526-1589), popularlssimo Irmao leigo franciscano preto: "Para nio

o

aumentar a comura confianga no patrocl-

do nosso Santo (Sao Benedlto) em uma merce de

tanta

Importfincla, qual seja a da fellcldade

dos

campos, queremos autentlcar com as testemunhas dos

Processos,

entre as quals escolhemos uma ^ vlsu

de um Rellgloso lelgo de nome, tambem ele, Benedl

to. Depos o Irmao: 'Eu sel que multos proprletllrlos das ch&caras que sao vlzlnhas do menclonado Convento de Santa Maria de Jesus, costumavam, conforme a estagao, sofrer multos danos nas frutas e hortallgas, por causa dos vermes. Por Isso vlnham ao

Convento, pedlndo aos Superlores (1) que

man-

dassem Prel Benedlto benze-las; e tendo eu Ido va

ries

vezes em sua companhla, vl como era recebldo

multo carlnhosamente e com slnal de grande afelgao

por como

parte daqueles sltlantes e camponeses.

Vendo

Frel Benedlto andava por todo lugar benzendo

com figua benta, ouvla que imltos deles Ihe agrade-

clam e dlzlam que, gragas 3 sua bengao, nao somen-


3i|2.

Secgao III

te OS vermes que destrulam as plantaa morrlam, mas

aTndir creaclam aeus bens ^ tlnham colhelta fertillsalma ^ coploaa*". "(1) Temos neate testeraunho a resposta a ob-

Jeqao contra aquelaa benqaoa dadaa pelo noaao San to, aa quala, caao foaaera lllcltaa, erain mandadaa peloa Superlorea, a quem devla obedecer o Servo de Deua

em caao de duvlda, como enslna Santo Agoatl-

nho. Maa tala benqaoa nao foram, certamente, lll cltaa, nao tendo aldo acompanhadaa doa rltoa, cerlmonlaa

e exorclamoa da Santa Igreja: aendo pola

llclto a qualquer um benzer com fit^a benta^ D efelto, pola, Juatlflca a causa" ("QIuSEPPE CARLETTI ROMANO, Vita dl S^ Benedetto, Preaao Antonio Fulgonl, Roma, lM5, pp. 100-101/ Imprimatur: Fr. Thomas

Vlncentlua Panl Ord. Praed. Sacrl

Palattl

Apoatollcl Maglater, 3-8-1805). 383. Santa Teresa de Jeaua dA a bencao ao Arceblapo de Sevllha, a.joelhado

dlante dela a vlata de toda a muTtldao

Le-se

em conheclda blografla da Santa Douto-

ra:

"Como nada se opunha a abertura da nova caaa,

aa Irmaa tomaram

posse dela no dla 1-. de malo de

1576. Havla aldo aeu desejo faze-lo no allenclo, as escondldas, mas o Padre Qarcla Alvarez Inslstlu em que se devla fazer uraa celebraqao publlca, a qual se reallzou, com grande pompa e regozljo, no dla 3 de Junho. Nela o venerAvel Arceblspo levou o Santlsslmo Sacramento pelas ruas antlgas, desde

uma das Igrejas paroqulals, seguldo da malorla do clero da cldade e de grande numero de confrarlas, formando asslm uraa brllhante proclssao; enquanto

acorrlara as raultldoes para aplaudlr e admlrar, davam-se

salvas de artllharla. Fol uma grande festa

de Justlflcagao e desagravo para a madre Teresa de Jesus (a Santa havla sldo duramente calunlada an— terlormente). Para que tudo al-canqasse seu ponto culmlnante, quando ela pedlu a benqao ao Arcebls po, este, ajoelhando-se dlante da frelra, pedlu que ela Ihe desse a sua benqao, o que ela dlante de toda a multldao" (WILLIAM THOMAS WALSH, Santa Teresa de Avlla, Espasa-Calpe, Madrid, 1951* p. 186-187).


Secgao III

3^3.

38'!. A pr6prla Santa Teresa relata como deu a bencao ao Arceblspo

de Sevilha ajoelhado a seus pes

De uma carta, datada de 1577, de Santa Teresa de Avlla, a VenerAvel Ana de Jesus: ••1577 (1). Toledo

••A Ana de Jesus, em Veas

**Jul^e mlnha emocao quando vl um tao grande Pralado (57 Cristobal de Ro.las Sandoval. Arce blspo

de Sevilha) de Joelhos aos pes de uma pobre

mulnerzTriha como eu; ele nao quls se I¥vantar enquanto eu nao Ihe desse & mlnha ben^o, na presenca de todos os Rellglosos e de todas as ^nfrarlai

oT Sevilha que 1& se encontravaih". ••(1) Inform, de Madrl — Ana de Jesus: A Santa, estando em Toledo, Ihe escreveu com fre-

qiiencla.... e Ihe contou em particular que, ^ fIm da cerlmonla de Inaugura^ao do Mostelro de SevlIFa, o Arceblspo D. Crlstobal~^e Rolas y SiTndoval, reves7lc[o alnda Hbs paramentos pontificals, ajoea seus pes ^ pedlu sua bencao" (Salnte THERESE DE JESUS, Letres, Les Editions du Cerf, Ihou-se

Paris, Tome II, pp. 15'<-155 / Imprimatur: M. Backes, v.g.). 385. Santa Teresa de Jesus conta como Dona Catarlna era levantada aclma da multldao

para que Ihe^lancasse a bencao Conta Santa Teresa de Jesus a respelto de Dona Catarlna de Cardona, dama da alta nobreza espanhola, que levava uma vlda de penltencla e oragoa, sem entretanto fazer-se frelra:

"Depols desses anos de complete solldao, quls o Senhor dA-la (Dona Catarlna de Cardona) a conhecer;

e comecou o^ povo ^ ter-lhe devogao tao gran-

de, que ela nao se podia valer. A todos falava com

multa carldade e amor. A medlda que passava o tem po, acudla raalor concurso de gente, e quem Ihe po dia

falar nao se Julgava pouco afortunado. Ela se

sentla

exausta com Isto e dlzla que a.estavam ma-

tando.

Houve dla de flcar todo o campo coberto de

carros.

Depols de se estabelecerem all os frades.


Secgao III

n5o tlnham outro remedlo senao levant&-la acima ^ multldao ^para que Ihes lancaase ^ bencao, e com Isto se retlravam satlsfeltos" (Santa TERESA DE JESUS. Obraa (Aa FundagSea), Vozea, Petropolla,

1939»

p. 222 ~1 Com aprovagao

eclealAatlca,

27-6-1939).

386. Santa Roaa de Lima d& a bencao a peaaoaa preaentea £ auaentea

Conta

uma

vida

de

Santa

Roaa

de

Lima

(1586-1617), primeira Santa canonizada do Novo Mundo, Padroeira da Gidade de Lima, do Peru e da America:

"E depoia, pedindo-lhe Dona Maria de

UzAte-

gui, a rogo de algumas peaaoaa que eatavaro preaen

tea, que Ihea deaae aua bencao» reparou um Inatan te e levantou-ae; por fim virou-ae ^ diaae erguen-

do o^ brago;

bengao do Padre, do Filho e_ do Ea—

^rito Santo, com todoa oa aeua dona e gragaa dea— ca Bobre eataa aenhoraa ^ aobre todaa aa demaia amigaa

e conhecidaa que eatao preaentea ^ auaen-

EeaT ^ aa cumule"l[e aeua bens', para que oa gozem gtern^me^te *; depoia pediu que cnamasaem aa filhas do Contador e fez para elaa uma prfitica eapiri-

tual, exortando-aa a virtude .... deu-lhea tambem aua bencao" (Fray PEDRO DE LOAYZA OP. Vida de Santa Roaa de Lima, Iberia, Lima, 1965, p. 100 / Puede reimprimirae: Mario Cornejo, Obiapo Auxiliar y VTcario General). 387. Preaenciei aacerdotea a.loelharem-ae Junto do aeu leito

para implorarem aua bencao Conta

a vida de Sao Joao Berchmana que

mor-

reu aimplea novigo da Companhia de Jeaua, aos anoa de idade, em 1621:

23

"Dizei-me, acreacentei ainda, dizei-me ainceramente, e certo que nao morrereia aenao amanha? Joao ficou ailencioao e olhando para mim, diase-me: 'Sim, meu caro Nicolau, morrerei amanha cer-

tamonte, durante a manha. — Eu deaejava eatar aqui, poderei? — Procurai eatar; e abragando-me


Sec^ao III

3'45.

de novo, dlsse—ine adeus* — AJoelhel—me entao Jun to

do

aeu lelto e roguel-lhe que me dease ^ sua

bencao. Berchmana (almplea novlQo) recuaou energlcamente. Inalatl com forga, pecopdando-lhe a noaaa

araizade tao antlga e noaaa mutua conflanga. Afinal cedeu. e aopplndo levantou a mEo papa abencoap-me duaavezea. ...•

"Pouco depola,

entpou o padpe Reltop, condu-

zldo pop aeraelhante ppeocupagao: *Eu tlnha ppeaen-

clado, dlz ele, nao aomente eacol'Sa'ticoa, maa aacepdotes a.1oelhapem-ae Junto do aeu lelto papa im-

flopapem aua bengao; tive medo que o demdnio o entaaae com a va glopia. Piz que todoa aalaaem e diaae ao

doente: — Meu ipmao, neata hopa

deveia

voa ppepapap papa duaa tentaqoea: o demdnio atacapfi ppimeipo a voaaa fe, depola a humildade. E ppeclao

que voa apmela contpa eaaea dola aaaaltoa do

Inlralgo.

— Meu Padpe, exclaraou Berchmana,^gpaqaa

a Deua, alnto-me aaaaz fopte do lado da fe, e o padpe Eaplpltual acautelou-me multo bem, a um Inatante, contra a va gloria, ae me vler eaaa ten-

taqao" (Pe. L. J. M. CROS SJ, Vlda de S. Joao Ber chmana,

Duprat

8c

Corap., Sao

Paulo,

1912,

pp.

369-371 / Com llcenqa da autopldade eclealEatlca). 388. Sao Lula Gonzaga almplea aemlnarTata abengoa um aacerdote

No chmana,

Ppoceaao de Canonlzaqao de Sao Joao Ber o Poatuladop da Gauaa apreaentou como ar-

gumento: "Lula de Gonzaga. morlbundo. abencoou em pre-

aenca

do

enfermelro. um anclao, um aacerdote.

o

padre LuTa Corblnelll, que aollcltara do aanto ea aa conaolaqao e nlnguem censurou_a_ Lulz de Gonzaga

como ato de o7gulho, eaae ato de carldage^T

TFeT

L. Jr. M. Cfi^S, Vlda de S. Joao Berchmana, Duprat 8c Gomp., Sao Paulo, ITlTr P- ^0^ / Com llcenqa da autorldade eclealAatlca). 389. A bencao doa Sacerdotea e "conatltutiva"; a doa lelgoa e meramente "Invocatlva"

Gonaulta

felta pela TFP ao Pe. Antonio

Royo

Marln OP, e reapoata do lluatre teSlogo e autor de numeroaoa llvroa:


3^6.

SecQao III Consulta.

— "Na Hlstorla da Igreja

leem-ae

muitos exemplos de Santos e pessoas vlrtuosas que,

nao

sendo nem Sacerdotea nera Superlorea

808,

Rellglo-

e 8endo inclU8lve inulhere8, davam a bengao a

outraa

peaaoaa,

ro8aem embora Sacerdotea

e

ate

Biapoa: Santa Catarina de Siena dava benqao a Tra des domlnlcanoa; Santa Teresa de Jesus deu, certa ocasiao, a benqao ao Arcebispo de Sevilha, Don

CristSbal de Rojas y Sandoval, por exigencia daquele

Prelado (1577); Sao Luis Qonzaga e Sao Joao

Barchmans,

sendo

simples seminaristas,

deram

a

bengao a Sacerdotea antigos da Companhia, segundo se le no Processo de Beatificagao deste ultimo Santo; Dona Catarina de Cardona, uma simples leiga, dava a benqao as multidoes que acorriam a ela na

gruta

em que vivia retirada,

conforme

narra

Santa Teresa no livro das Pundagoes etc. "la. pergunta. — Como explicar o procedimento destes Santos e pessoas virtuosas?

"Resposta. — Trata-se de simples bengaos invocativas — a modo de oragao — mas nao constitu-

tivas. como a dos Sacerdotes. A diferenga consiste em que as bengaos meramente invocativas nao deixam benta a coisa mesma, mas se limitam a invocar

sobre

ela o favor ou a bengao de Deus ou da

San-

tlssima Virgem. Pelo contrSrio, a bengao constitutiva,

dada

pelo .Sacerdote, deixa benta

a

coisa

mesma (por exemplo, urn crucifixo, um tergo, uma medalha, a comida etc.). 0 leigo pede a Deus ou a Nossa Senhora que abengoe o que ele abengoa; o Sacerdote abengoa por si mesmo, em virtude de seus poderes sacerdotais. A bengao do Sacerdote e um sacramental; a do leigo ou do simples religioso nao

deem

o e.

"2a. pergunta. — E licito que simples leigos a bengao a outras pessoas, invocando o norae

de Deus ou de sua Santissima Mae?

"Resposta. — Sim, no sentido que acabamos de explicar.

"3a. sao

pergunta. — Em caso afirmativo, quais

as condigoes para que o leigo possa dar

essa

bengao?

"Resposta. —-Faga—o com humildade e devogao, sem se dar nenhuma importHncia.


TKVCr. sat 9* 04

SOBRE US BEHDICIONES IMPARTIDAS K>R LOS KO SACERDOTES

En la Kistorla da la Iglesia oe loan muchoa ejemploa da Santoa y peraonaa virtuoaaa qua, no alfindo ni Saeardotea nl Supariorea Rellgioaoa a Inclusive siendo mujaraa, daban bandieidn a otraa perao

nas„ aunque fuesan Sacerdotss y haata Oblapoa: Santa Catalina da Si£ na bandecia a ^ailea domLnicoa; Santa Zaraaa da Jeeda did, en ciarta ocasidn, la bendicidn al Srzobiapo da Savilla, Don Cristdbal da Rojas y Sandoval, par exlfancia da aquel alto Prelado

(1577)r San Luis da

Conzaca y San Juan Berchjnans, aiebdo simple seminariataa, daban la bendicidn a Saeardotea ancianoa da la CompaRla, eagdn se lea an al p proceao da baatificacidn da aste dlVimo Santo; Dofla Catalina da Cardona, Una aimpla aeglar, bendacia a laa niultitudaa qua acudfan a alia en la gruta donde alia aataba ratirada, confome cuenta Santa Tareoa en al libra "Laa Fundaciones", etc.

FRIMERA CONSULTA: ^Cdreo axplicar al procodimianto da estoa Santos y paraonaa virtuoaaa? RESnJBSTA: Sa trata da aimplaa bandicionea Invocativaa - a mff \do da oracidn - paro no conatltutivaa oomo laa da loa Saeardotea. La Taraneia consista an qua las neramente invocativaa no dejan bandita >aa Disna, aino qua aa limitan a invoear aobrs alia el favor o la

Lcidn da Dioa - o da la Santiaima Virgen. En cambio la bendicidn ititutiva, raalizada por al Sacerdote, daja bandita la eoaa miama

(vg.: un crucifijo,. un roaario, una madalla, la oomida, etc.). El )glar pide a Dios o a la Virgan qua bendiga lo qua dl bandice; el Sacardoto bandice por af mismo an virtud da aua podarea sacardotaLa bendicidn del Sacerdote as un aacramental; la del aaglar o la aioLpla Raligioao , no lo as. SECUNDA CONSULTA: ^Ea Ifcito qua simples aaglarea dan la ben dicidn a otraa paraonaa, invocando el nombre da Dioa o da Su Santfsima Uadra?

RESFUESTA:

Si, en al aantido qua

da axpli<

TERCERA CONSULTA: En caso afirmativo I cudlea eon laa condi-

cionea para qua al saglar puada dar esa bendicidn? RESHJBSTA: Hdgalo con huoildod y devocidn ain darsa ninguna importancia.

CUARTA CONSULTA: ^En qud oonsiata propiamenta eaa bendicidn daade al punto da viata teoldglco y candnico? RESFOESTA:

Ea una aimpla daprecacidn, no u

la del Sacardoto.

QUINTA CONSULTA: ^En qud sa difarancia eata bendicidn do la LS./..

fm


JULIAN OAVARUK, I TCLCF. tSI

04

MAONIO*?

litiirglca, dada por el Sacerdote o per un Superior Aellgioeo en nom» bre do la Igleaia?

RESHJESTAt Ya eatd dicho. Tdngase en ouenta que el Superior Rellgiooo, si no es Sacerdote, no bendice en forma de sacramental. Solo los Sacerdotes y Didconos gozan de esa potestad sagrada.

SEX.Hk CONSULTAt Y, por otro lado £cudl es la diferencia entre la bendicidn dada por seglares y la que acoatuobran a dar en ciertos

lugares los padres a sus bijos, los padrinos a bus ahijados,. los tlos a SUB Bubrinos e incluso personas mayores a niflos o jdvenes? R2SHJSSTA:

Ninguna diferencia. lodos'ellos son seglares. "N

Cni^OTS. Uadrid, 14 de febrero de I964

LSGITIMACIOe: JUAX 7ALLBT DE GOYTISOLO, Botnrio da Madrid. — LEGITIMO 2a /Iran y rubric a qua antaeada da — DOH AETOmO ROYO XaRIE por corroapondar a at -

Juicio a la quo aparaea eoao auya an al D.S.I. n8: 7,609.012, expadido on Uadrid, ol dia 23 do Uarxo da 1,968,

Uadrid, a 26 da Rabraro da 1,984 •• X


Secgao III

319.

"ila. pergunta. — Em que conslste proprlamente

essa ben^ao, do ponto de vlata teol6glco e ca-

nSnlco?

"Respoata. — E uma simples deprecaQao, ura sacramental, como a do Sacerdote. "5a.

nao

pergunta. — Em que se diferencia

essa

bengao, da bengao liturgica dada pelo Sacerdote ou' por um Superior Religioso, em nome da Igreja? "Respdsta. —

estfi dito. Tome-se era consi-

deragao que o Superior Religioso, se nao e Sacer dote, nao abengoa era forma de sacramental. Somente OS

Sacerdotes e Di£conos gozam deste poder sagra-

do.

"6a. pergunta. — E, por outro lado, qual e a

diferenga costumam

entre a bengao dada por leigos e a dar,

filhos,

que

em certos lugares, os pais a

seus

OS padrinhos a seus afilhados, os tios

a

seus sobrinhos, e ate pessoas mais idosas a criangas ou Jovens?

"Resposta.

Nenhuma diferenga. Todos

sao

leigos. a) Antonio Royo Marin OP

Madrid, 11 de fevereiro de 1981". 390. Catarina, simples leiga, ordena a seus discipulos, alguns deles

padres, em nome da santa obediencia, o estado que devem abracar

Conta Joergensen,

o conhecido haglografo, na

sua vida de Santa Catarina de Siena:

"Calou-se Catarina, enquanto Tommaso di Fetra anotava suas ultimas palavras. No silencio do

quarto

choravam os discipulos, as eimigas

solUQa-

vam. ....

'Ao

terminar

estas exortagoes

que a

todos

eram dirigidas', narra Caffarini (o Beato TomSs Caffarini, frade dominicano), 'chamou seus disclpulos

ura apos outro afim de dizer a cada um o que

para eles ]lulgava ser mais proveitoso apos a morte.

A

uns demonstrou que a vontade divina a

respeito

era que se submetessem a disciplina

seu

mo-


Secgao III

n&stica e revestlssem o hfiblto de uraa ordem reli-

glosa. Pol aaaim que ordenou Stefano (o Beato Estevao Maconi)t em nome da"8anta^bediencia. qu^ enbraaac na ordcm doa Cartuxoa> Franceaco Mala— voltl que ae recolheaae ao Monte Oliveto e conaaffraaae a vlda monacal. A outroa, aconselhou que ae fizeaaem eremitaa e a outroa alnda» que abraqasaem a vida eclealAatica. Indicou a IrmS Aleaaia para

auperiora daa

Mantellate e encaminhou oa

homena

para Prei Raimundo (o Beato Rairaundo de Capua, do-

minicano) a fim de que ele oa dirigiaae e conduziaae'.

"Entre oa destinadoa por Catarina para a vida aolltAria encontrava-se Neri di Landocclo. Aconae-

Ihou tambem ao not^rlo Ser^Criatofano di Qano Qul—

dini que ae tornasae irmao leigo do hoapital de Sena, aob a regra de Santo Agoatinho. 'E cada ^ de noa'. diz a velha croni^, 'recebeu, com acata-

men^ auai'o'FdenrirEm aegulda, com verda^ira humildade, pediu a todoa que Ihe perdoaaaem^ae nao fora para nda um modelo durante a vida e nao reza-

ra por nda tanto quanto podia e devia ter feito, e

ae baatante nao ae preocupara com aa noaaaa necea-

aidadea

como

o dever Ihe impunha. Por

todoa

oa

deagoatoa, diaaaborea e triatezaa que noa tiveaae

podido cauaar, implorou tambem noaao perdao. E dlzia: 'Pi-lo por ignorfincia, poia confeaao diante de Deua que aempre tive e tenho ainda o deaejo ar— dente de voaaa perfeigao e de voaaa aalvaqao*. Por fim

todoa nSa chor&vamoa e, como era aeucoatume,

afu

a cadaUm de noa em~particular auabencao

em

Criato*(•).

"Entre

oa diaclpuloa preaentea naquela

oca-

aiao, Caffarini menciona Stefano Maconi (o Beato Eatevao Maconi). Libertara-ae ele daa impoalgoea de aua famllia como tantaa vezea Ihe aconaelhara

Catarina, coropreendendo afinal o que ela Ihe que— ria dizer quando Ihe eacrevia que *o8 paia de urn homem podera aer aeua piorea inimigoa*. Quer a lenda que, enquanto ele rezava em Siena, na capela da Irniandade da Scala, tenha ouvido uma voz que aaaim exortava: 'Parte para Roma, nao heaitea maia, a morte de tua Mamma eatA proximal* E atendendo ao

charaado, ele partiu e ainda chegou a tempo. *Cataseus ultiinos inonicntos# conta

6 rc—

velou a cada urn de noa, em particular, o que devlamoa fazer depoia de aua morte. Voltando-ae para


Secgao III

mini,

-

351.

deslgnou-me com o dedo e dlsse: 'Eu ^ reco-

mendo, em nome de Deua £ ^ aanta obedTencla, que entrea

na ordem doa Cartuxoa. pola e eaaa a ordera

para a qual Deua te eacolheu e te chamal...' Quando

aaslm me falou Catarina, contlnua Stefano mala

adiante muito

(neata

epoca, outubro de I'm, ele

uaava o h£blto branco e eatava Inatalado na

Certoaa

dl Pavla, corao auperlor geral de aua

or

dem), — devo confeaaar, para confuaao mlnha, tao pouco eu penaava em entrar para oa Cartuxoa como .qualquer outra ordem. Maa, apenaa ela explrou, um deaejo tao grande de realizar aua vontade naaceu em meu coragao que, ae a ele ae tiveaae opoato o mundo todo, tudo terla eu vencldo..."

(•)

Nota; Entre oa preaentea

encontravara-ae

vdrloa Sacerdotea, como Frel Tommaao dl Petra (aeu antigo confeaaor) e Frel Tommaao Caffarini. (JO HANNES JOERGENSEN, Santa Gatarlna de Sena. Edltora

Vozea, Petropolia, 19M4, pp. 391-3^ / Cora aprovagao ecleai^atica).

391. 0 famoao "io yoglio" de Santa Catarina de Siena

De uma introduqao aa obraa de Santa Catarina de Siena (1317-1380): "A peraonalidade da Santa de Siena .... ae manifeata .... deade aa primeiraa linhaa da primeira carta que ae escolha, aeja qual for: *Eu. Catarina*... Segue-se, e certo, uma formula, que e expressao de humildade: *aerva e escrava doa aerV08 de Jesus Cristo*. Porem, no espirito fica, em

primeiro

piano,

o ^ inicial, e as palavraa

guintes ji soam Junto com aquele

se-

como... iato

precisamente: como uma formula ••AOS Papas, suplica-os em nome de Cristo crucificado. Ao Rei da Franga: *Fazei a vontade de

Deua ^ a mlnha*. Ao indomito Bernarbo" Viaconti,~a Rainha de Napoles, aos Cardeais, aos homens de letras e de armas: *Eu quero^..* & Deua Nosso Senhor — segundo testemunho

do

prior da cartuxa de Pavia, em um caso

— sabia dizer-Lhe tarabem: 'Eu quero*.

pessoal


252.

Secgao III "Em aeu lelto de agonia, aaalm fala ao dlacl-

pulo Prel Bartolomeu Domlnlcl: 'J& que, como aabelSf val celebrar-ae em Bolonha o capltulo geral de

voaaa Ordem para eleger o Meatre Qeral,

quero

que via e elejala para este cargo o meu pal Frel Raimundo, ao qual quero que

permaneqaia

aempre

unldo e eatejaia aubmiaao a aua vontade. ^ tanto quanto poaao, ^ voa mando * "0 io voKlio de Santa Catarina nao pode

» aer

conaidera^ fora do conjunto paicol6gico e aobrenatural que conatituem toda a aua peraonalidade. Sua

'maternidade•, de um lado, como veremoa, e

o

mover—ae exclualvamente no piano aobrenaturalj au^ Identlficacao com _a vontade ^ Deua; ^ £le^ conaciencla de aua miaaao na Igreia, irape<iera qual-

quer outra interpretagao" (ANGEL'MORTA, Obra£ ^ Santa

Catalina

de Siena, Introducclon, BkO,

Ma-

1955, pp. ^-"BFyimprlmatu^: Pr. Pranciaco

OP, Oblapo de Salammanca, 1-lii-iybb).


Ne^ gfiie£S> 68£is* S§ SiOlSg SIQ CQQQSeSQdidQa QU C§68Qtie6idQa* }(§gg§ sqCESS ^g^sa&Qgg 6 CSSgSSU^&QSa*

ate oeamg gg BgggQgg 88g3> 6 iSfiiuaiXS 3s SSnbCQa ga BiseaEguia

392. Monges desobedlentes e

que odlavam a doutrlna de ?ao Bento tentaram envenengi-lo

Comenta o Abade do antlgo Mosteiro benedltlno de Maria-Laach, na Alemanha: "Nao

anunclel

ocultel

tua

tua

verdade e

11), mas elea me (Xa. 1, 2). ....

Justlga em

tua

meu

salvagao

deaprezaram

e

coragao,

(S.

39,

deadenharam

"A treraenda realldade contlda neataa palavraa

do profeta, S. Bento aentiu-a em Vlcovaro, onde oa raongea

Indoceia

e

deaobedientea

deaprezaram

e

odlaram de tal mo?o aua doutrlna, que procuraram envenenA-Io. Pode-ae compreender entao que S. Ben to, em vlrtude da atitude de recuaa doa mongea e da

abaoluta

Criato,

repulaa diante do

tire

repreaentante

de

a ultima conaeqiiencia, a aaber,

aa

ovelhaa que nao querem obedecer a aua diregao vem

aer

Qspirltual"

aubmetidaa

ao

caatigo

da

de-

morte

(Dom ILDEFONSO HERWGGEN OSB, Sentido

e Eapfrito da Regra de Sao Bento, Edigoea "Lumen

JThriatl", l^To

de J^eiro, 1953, pp. 71-72 / Com

aprovagao ecleaiAatica).


35H.

SecgSo III

393. Sao Bernardino de Sena foi acusado de herege. idolatra e anti-Cristo

Sobre Sao Bernardino de Sena (1380-1'!'I*4), lo se em conhecida Historia dos Papas:

"Em 1*127 voltou Bernardino (Sao Bernardino de

Sena) a Roma para se Justificar em presenca do Pa

pa, ante quem tinha sido acusado de here8la.~D assunto

de

quo se tratava tinha-se passado da

se-

guinte maneira: quando Bernardino entrava numa cidade, fazia levar diante de si urn estandarte, no qual estava representado o monograma do doce nome de Jesus (IHS) rodeado de doze rales de sol e coroado per uma cruz, e quando pre^ava um sermao, fixava aquela bandeira Junto ao pulplto. Algumas vezes, quando devia pregar sobre o doce nome de Jesus, levava tambem era uma mao uma t&bua na qual estava representado o mesrao monograma com grandes letras vislvels para todos os asslstentes. Com fervorosa

persuasao moveu tambem nuraerosos sacer—

dotes a que expusessem o nome de Jesus nos altares, a faze-lo pintar nas paredes interlores e exteriores

das igrejas, e a dlstrlbulr entre o povo

pequenas

pinturas dele; e, ademals disso, per In-

fluencia

de Sao Bernardino, em multas cldades

Itfilla

da

o raencionado monograma foi escrito com le

tras

gigantescas, nas Casas do Conselho, do

como

ainda hoje se pode ver em Sena. Esta venera-

mode

gao

do Santo Nome pareceu entretanto a muitos uma e illclta inovaqao; e nao somente os hu-

atrevlda

manlstas de sentimentos pagaos, como Poggio, levantaram a voz contra aqueles 'Jesultas*, mas tam

bem OS inimigos dos (franclscanos) observantes que havia entre os domlnicanos e os agostinlanos, atacaram Bernardino. Ele foi acusado diante de Martl—

nho V, desnaturando-se as colsas, ^ representando-o como herege, Idolatra, e ate como antl-Crlsto.

6~~ Papa mandou entao ao Santo apresentar-se em Roma, e Bernardino, que se encontrava nessa ocaslao em

Vlterbo, Interrompeu Imedlataraente suas prega-

qoes para atender ao chamado do Chefe supremo da Igreja. Submeteu-se Incondlclonalmente alnda ao grave precelto de permanecer em Roma e abster-se de pregar ate que se examlnassem as acusaqoes dl— rlgldas contra ele; sentlmento facllmente mut^vel

do

povo afastou-se dele, que chegou a

ser


SecQao III apontado

355.

com

dedo pelas ruas como herege.

Ate

multos ^ aeus roals flela partlddrlos o abandonaram, mas Bernardino sofrla tudo com a maior paclencia, sem que nenhuroa queixa aflorasse a seua

l&bios; util

dizendo

p§ra

antes, que a

perseguiqao

a salvaqao de sua alma e

serla

exortando

a

seus amigos: 'Deixai fazer a Deus*.

"Da

inquislQSo que mandou fazer o Papa, saiu

o Santo esplendidamente Justificado, e Martinho V Ihe concedeu entao permissao para pregar em todos OS lugares e para espalhar a veneragao do Nome de Jesus, como antes fazia, e tambem para tornar a

portar o mencionado estandarte; £ para que, particulannente

em Roma, onde fora calunlado.

ficasse

bem manifesta a inocencia de BernardinoT £ proprio com procissao,

todo o seu clero, celebrouuma solene na qual se glorificou o Nome de Jesus.

para Jubllo~cro3 bons^ (LUDOVICO Fastqr,^Istoria de los Papas. Ediciones G. Gill, Buenos Aires,

19^8,

vol.

I, pp. 369-370 / Imprlmase;

Antonio

Rocca, Obispo de Augusta y Vicario del Arzobispado de Buenos Aires, 20-5-19''8). 39^. Santa Joana d'Arc foi acusada de tolerar que

Ihe pre'sTassem honras quase divinas

Dlz

um livro sobre o Processo de Santa Joana

d'Arc (1412-1431): "Ela

(Santa

Joana d*Arc) foi acusada de

ter deixado prestar honras quase~5n!vinas: 'Sableis

se

,

se as pessoas de vosso partido roan-

daram fazer cerimonias, missas, oraqoes por v6s? '-

Eu nao sei de nada; se eles flzeram, nao

foi por mlnha ordem. Mas se eles rezaram por mim, parece-me que nao fizeram mal. '—

Os de vosso partido creem firmemente que

VPS vindes de~Deus? *—

Eu nao sei de nada, e roe recomendo a seu

coraqao; mas creiam eles ou nao, eu venho da parte de Deus.


356.

Secgao III •— Se eles o creem, a oplnlao deles 6 boa? '— Sltn, e eles nao estao enganados. »—

Sablels qual era a Intengao dos de vosso

partldo, quando beljavam vossos pes, vossas mSos, vossas vestes?

*— ^ delxava beljar mlnhas macs £ mipobres vTnham de "5bm grado ate mlm, porque eu nao

nhas vestes senao o inenos~po3stvel; mas as pessoas Ihes

fazla

dia*"

Leon

mal, sustentando-as tanto quanto

po

(MARIUS SEPET, avec une introduction par M.

Gautier, Jeanne D'Arc, Alfred Name et

Fils,

Editeurs, Tours, 2a. ed., lo73, PP* 2^2-213). 395* Sao Joao da Cruz, difamado

£ perse^ido por seus confrades, com a conivencia dos Superiores

Da vida de Sao Joao da Cruz (15^2-1591

tra

"Alguem inicia urn processo de difamagao con ele (Sao Joao da Cruz). E o padre Diego Evan-

gelista, o definidor de trinta e urn anos, interaperante e rancoroso. Comlssionado pelo deflnltorlo para completar algumas Informagoes do processo contra o padre Gracllin, quer envolver na mesma sorte o santico de Fray Juan, como o chamava Madre Teresa (Santa Teresa de Jesus)

"0 padre Diego Evangelista, a quem os contemchamam de 'mogo de pouca prudencia e co-

porSneos

lerico', nao busca informagoes; exige declaragoes de culpablTIdade. que necessita para desonrar seu Pai — tao aureolado .14 de virtudes £ ^ milagres — e expulsgl-lo da Ordem. Por isso, sera duvida, 8£

dirXge aos conventos de~freiras. Espera atemorlza-las e aturdi-las. Para isso emprega alternativajjj0rite oferecimentos e ameacas. E quando nao Ibe vale nem uraa coisa nem a outra — porque nao Ihe valem — falsificar^ as declaragSes. escrevendo o

que nao disseram, dandp um sentido mau as l^cervtes acbes. ~ As freiras de Granada, as terrlvel

e infamemente acossadas pelo

mais mais

definidor,

pelo fato de terem sido tao queridas pelo perseguido, assustam-se e, em vista da perversa inter-

pretagao que ^^ ao que existe ^ mais santo.


Secq&o III

357.

quelmam uma gaveta chela de eacritos. cartaa e_ retratoa de aeu pal Frei Joao

"0 que faz, enquanto isao, o Padre Doria, Vi-

gSrio

Qeral (da Ordem)? Estfi ignorante, em

aeu

convento de Madri, ao que acontece na Andaluzla, quando todoa eatao eacandalizadoa com o alvorogo

levantado pelo Padre Diego Evangeliata, aeu comiasSrio? .... Tao benevolaraente olham o Vigfirio Qe ral e OS definidores a atuaqao do Padre Diego que,

em vez de penitencifi-lo, o roimam, levando-o a Ita lia,

onde

Joao

(Sao Joao da~T?ruz). aeu infame trabalho difa-

continua, meamo depoia de

morto

Frei

matorio. ....

"Eatando ele (Frei Diego) em Sanlucar, chegou a notlcia da morte de Frei Joao da Cruz e enquanto

aa freiraa, Maria de Sao Paulo eapecialmente, cho-

ram e Isiroentam o desaparecimento do Santo, o padre Diego

exclama:

nao morresse, ^ Ihe tiraria o

hlLbito ^ nao morreria na Ordem*" (CRISOGONO DE JESUS GOD, Vida de San Juan de la Cruz, in Vlda 2. Obraa

pp.

de San Juan de la~Cru'zT~lB)nT, Madrid,

19b4,

310, 311, 312 e 313 / Imprimatur: Joae Maria,

Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1954).

396. Santa Roaa de Lima foi peraeguida por aquelea meamoa que ae

conaideravamTatolicoa ainceroa, e ate por miniatroa do Santuario

Comenta

um

biografo de Santa Roaa

de

Lima

(1586-1617):

**Chama

realmente

aten^ao como Rosa, aendo

tao aanta e favorecida pelo Ceu, pode aer tao peraep;uida e maltratada por peaaoaa que eram ainceramente criataa e que eatavam muj-t^ longe de aer

inimigaa, como aua propria m2e. A explicaqaF e

a

que la indicacioa. Roaa nao eatava entao canonizada, nem havia aido proclamada Patrona do Novo Mundo. Era uma pobre e humilde donzela, que se eafor-

qava por aeguir aa pegadaa do Divino Cordeiro, fugindo da vaidade e do mundo, e levando uma vida oculta e escondida com Deua, em Jesua Criato. Sua mae nada compreendia deasas coiaaa, e eatava muito

longe a

de vialurabrar o futuro que eatava reaervado

sua filha. Por isto, tudo o que via de estranho


Santa Rosa de Lima, retratada em seu leito de morte por

.Ajigelino Medoro (Santu^irio de Santa Rosa, em Lima, Peru).


Secgao III e

359.

singular em sua vida, o atribula a manias, ilu—

sSo

ou

fanatismo devoto; e ae porventura

alguma

vez, diante da realidade e da evidencia dos fatos, cala

em si e reconhecla aeu procedimento injuato,

rapidamente a paixao e o raau humor que a dominavam voltavam a cegar-lhe, e fazlam ruir aeua bons propoaitos

"Rixaa,

choviara

a

deaprezoa,

pancadaa e

cada paaao aobre a timida

maua

e

tratoa

Inocente

virgera, a quern nem aua delicadeza nem auas Ifigrimaa

podiam

iracunda

defender doa furlosoa ataquea de

aua

mSe. Quern ouvlaae Maria de Oliva durante

easea aceasoa, a conaideraria a mulher mala infeliz do mundo por ter uma filha como Roaa. Eata

era, aegundo ^ mae, uma hipocrita, farsante, que procurava enganar todo mundo com embuatea e_ encan— tamentos, uma beata perveraa e diaaimulada, que

queria fazer-ae passar por sanFa, quando "nao

era.

mala do que urn monstro de orgulho que ae obatlnava'

em

proaseguir

com aeua caprichos, mofando-ae

de

aua mae e de bodo mundo. «...

"Nem faltaram diretores desaviaadoa ^ imprudentea, pouco veraadoa noa caminhos interlores da

perfeigao, que a em experlencia doa prlnclpioa ^^ aollda virtude de Roaa, cenauravam aem maior exame sua conduta, atribuindo-a a causaa multo diatantea 3ir~verdade e da .luatica. Levando adiante -suaa opl-

nioea, virgem

arrojadamente tentavam perauadir a Santa que aeu modo de viver eatava fora daa re-

gras, que caminhava aem seguranga, aeguindo unicamente o aeu arbltrio e aeua caprichoa, naacidoa do

desterapero de aeua huraores e da debilidade de aeu cerebro, em virtude de raultoa jejuna e auaterldadea. Eataa e outraa opinioea expoataa em publlco fomentavam aem duvida oa caprichos de Maria de

Oliva, tornando aeu natural mala Inauportivel, e seriam suflcientea para deaanimar a quern nao tiveaae o eaplrito de Rosa. .... "Santa Roaa aofreu ^ opoaicao a peraeguigao mala

do

rancorosa durante oito ou dez anoa. da parte

mundo, de aua familia, ^ _o_ que e pior, de al-

^ns maua miniatroa do santullrio, que e o^ ultimo e maia

poderoso recurao ^ que o demonio langa

mao

gara fazer vacilar aa almas ^ torn&-laa infieia ^ ^us" a aua vocagao" (P. Pr. VICTORINO OSENDE,


360.

Secgao III

Santa Roaa de Lima, Pluma Fuente, Lima, Ma. ed., pp. 30, 31, 3^1, 38, 39 e 52 / Con las debidas 11cenclas).

397. "Que grande graqa se pudeaaemoa morrer

decapitadaa por amor deUeua"

Da vida da Venerfivel Virginia Centurione Bracelli,

Pundadora

daa IrmSa de Noaaa

Senhora

do

Monte Calv&rio (1587-1651):

"Apeaar

rigiveia haverem

do zelo, nao faltam aa filhaa incor-

e inconatantea, e aquelaa que depoia tornado parte na aua meaa a abandonam

de aem

piedade, e aquelaa que regreaaam ao raundo, lanqando-ae novamente noa perigos. E poia natural que contra Virginia ae levantem certba progenitores a cujoa olhoa a obra dela tranatorna aeus deaejoa infamea e tamb^m muitoa outroa tipoa que vem sub-

traldo, pelo zelo de Virginia, o alimento das suaa paixoes. Entao; rebelioea, zombarias, vilipendlos, perseguigoes. Poia bem, ela opoe a tudo lato uma calma inalter^vel e tambem entre oa obatAculoa de todoa oa generoa, ae revela tal modelo de manaidSo

que cauaa admiragao a familia inteira e Ihe quiata a veneragao univeraal.

"Um

con-

dia, durante a recreagao coraum, fazia-ae

animado coment^rio aobre certoa fatoa ocorridoa na cldade, e eapecialmente aobre o fim de um famoao

criminoao que havia aldo degolado. Virginia, entre aa filhaa, comentava o ocorrido, maa fazendo aalutarea reflexoea. Eis quando uma menina inaolente,

uma 'colainha', jA acolhlda de graga, no aailo, e que agora morria de 6dio contra aquela que a recebera

e a mantinha, ae volta com deapeito para

aa

outraa e apontando para Virginia, reamunga: 'OhI porque nao cortam tambem a cabega deata mulher?' Virginia eacuta aa delicadaa palavraa, aorri um pouco,

e virando-ae tranqiiila para uma aua confi

dante Ihe diz: 'Irrna, que grande graga ae pudeaaemoa morrer decapitadaa por amor de Deua!'" (Mona. LUIGI TRAVERSO, Vida e Apoatolado da Serva de Deua

Virginia Centurione Hracelll, EdiTora Ave "Harla,


Secgao III

Sao

36l.

Paulo,

1961, la. ed. em portugues, p. 122

Imprimatur, Imprimatur '<-4-1939).

Stephanus

Pulle

P.

V..

/

Qenue.

398. Santa Margarida Maria Alacoque fol acusada ate de posaessa

Do

conhecldo hagl6grafo Mons. Bougaud em sua

hlatSrla

de

Santa

Margarlda

Maria

Alacoque

(1647-1690), a quern Nosao Senhor revelou a devogao a seu Sagrado Coragao:

"A roda de Margarlda tudo eram duvldaa, auapeltaa e contradlgoea. Imaglnemoa o que aerla em

1675 aoa olhoa de auaa Irmaa, aa rellgloaaa de Paray,

a

noaaa humllde Margarlda. Deua acabava

de

conflar-lhe uma admlrA,vel mlaaao e honra Ineatlmfi-

vel,

fazendo-a confldente daa anguatlaa e

mentoa

de

rellgloaaa

re

(o

nem

aofrl-

aeu Sagrado Coragao; maa tudo lato

aa

Ignoravam. Nem o padre de la Colomble-

Beato Cl&udlo de la Colomblere,

Jeaulta),

a auperlora e multo menoa a Beata Ihea haviam

revelado o aegredo; aablara aoraente o que vlara; lato e, eatar era oraqao tempo Imenao; levantar-ae aa

dez horaa, o que aem ddvlda Ihe era permltldo pela auperlora, maa deauaado na Vlaltagao; atoa que pareclam alngularea, como trabalhar de .loelhoa e ou-

troa que aa paamavam aem aclararem o aeu eaplrlto, como

03 aeua deamaloa que obrlgav8un aa rellgloaaa

a levarem-na em bragoa; e, o que alnda mala atrala

a

atengao, freqiientea conferenclaa com a auperlo

ra, com o padre de la Colomblere e outroa confeaaorea extraordln^rloa, conferenclaa nao multo do

agrado de Margarlda e cujo motlvo elaa Ignoravam; flnalmente tudo quanto traz facllmente aoa l&bloa

palavraa

como

eataa: •Por que nao farlL

&

noaaa

?uerlda Irma como todaalioa? Que deaejo de alnguarlzar-ael'

e

"A lato acreacla um eatado de extaae alngular de que aclma falamoa, que aumentava de dla em

dla, tornando-a Incapaz de qualquer oflclo. Ocuparam-na na enfermarla, maa aem multo provelto, apesar da aua bondade, zelo e dedlcaqao a toda a prova

e de aua carldade, que multaa vezea a levava a

pratlcar

atoa

de herolamo tal que ao o

ouvl-loa


362.

SecgSo III

repugnarla aos nossos leltores. Tambem a empregado na cozlnha, mas fol por pouco

porque

havlam tempo,

tudo Ihe cala das macs, e a admlrfivel

hu-

com que reparava estes seus desazos,

nao

ralldade

Irapedla que prejudlcasse a ordem e regulaptdade que devem relnar em uraa comunldade. Tinham-lhe conflado a educacao das menlnas, que muito a amavam e Ihe cortavam pedaqos do h&blto como a uma

santa, mas

o seu estado de ^tase Impedla-a ^ de

vlglar quanto era necessdrlo. Pobre Irmal era 1675» muito roais que em 1672, a sua vida JS n§LO era na terra, era necessSrio deixfi-la no seu ceul "Acresciam ainda as doen^as, curas subitas, recaldas repentinas, um estado que os medicos nao compreendiam e muito menos as religiosas. Como nao se admirariam? Como nao diriam: Mas era tudo isto nao ter5 grande parte a imaginaqao, um temperamen-

to mal riggulado, e taTvez alguma "ilusao? Interrogavam-na^ mas debalde, ^rque nao respondia coisa pelo menos satisfatoria ou que desse a comunidade alguma luz. ^ maneira que alfnJmas chegavam a dizer que Soror Margarida Maria era uma vision^ria. Acusavam-na de se ter apoderado do espirito da su-

periora e ^ padre de la Colombiere ^ 6^ Ihes fazer acreditar as suas alucinagSes. Alguma8~ate foram mais possessa,

benta"

longe; imaginando que Margarida estava quando a encontravam, Xhe lancavara 6gua (Pe. BOUGAUD, Vigirio geral de Orleans,

Hi8t5ria

da Beata Margarida Maria ou da Origera da

devoQao" ao Coragao de Jesus. Livraria~Tnternacio-

nal, Porto-Braga, l87^, pp. 228-229). 399- Acusam Santa Veronica Giuliani

de querer fazer-se notar, e ^ estar possessa do demonio

Da

vida

(I66O-I727),

de

Santa

Veronica

Giuliani

grande mistica italiana que

recebeu

OS estigmas da Paixao: "Obstinada como estava era sua injusta suspei-

ta,

ela (a Superiora) escutava mais do que

as" Irmas

malevolentes ^ caluniadoras.

aproveitaram violenta

disso para desenvolver uma contra

Veronica

(Santa

nunca

Estas

se

carapanha Veronica


SecQao III

363.

Giuliani). ^ plor delas ousou dlzer que aquela Irma 63tava poasessa do demonlo. ....

"Outras, menoa furloaaa, Inalnuavatn que eaaea eatadoa anormala de Veronica vlnhcun de aeu deaejo de ae fazer notar. Multaa ae delxarain levar de ino-

mento por eaaaa crltlcaa acerbaa, eaquecendo a doQura, a humlldade, a bondade, todaa aa vlrtudea deaaa pobre IrraS acabrunhada, e nao conalderando aenao

aa

compllcacoea trazldaa para o

convento,

peloa fenomenoa miatlcoa que ae davam com ela" (Cteaae. M. DE VILLERMONT, Salnte Veronlque Glullanl, Llbralrle Generale Gathollque, Malaon Salnt-Roch, Parla-Couvln, Belglque, 1910, pp.

271-272 / Imprimatur: J. M. Mlest, vie. gen., Namurcl, I-3-I91O).

400. Oa^ Imploa o chamavam de malfeltor £ ^ antl-Crlato De uma blografla de Sao Lula Grlgnlon de Montfort (1673-1716), o grande Apoatolo da devoqao marlana:

"A

conduta

de Grlgnlon de Montfort

de

tal

forma pareceu extraordlnSrla aoa seua contemporfineoa que oa Imploa ^ tomavam como dlabollca, chamando-o de malfeltor, de antlcrlato, de obaeaao; oa mundanoa conalderavam-no extravagante, ^ 9s SFna peio menoa tlnbam-no como eaqulalto e fora do

comum" (J. M. TEXIER. Sao Lula Maria (Jrlgnlon de Montfort, Vozea, Petropolla, 1948, pp. 44-45 / Com aprovaqao eclealSatlca). 401. Que Santo nao fol acuaado de alngularldade?

Da meama blografla de Sao Lula Maria Grlgnlon de Montfort:

"Acuaara-o

de alngularldade, maa... de Igual

reprlmenda Tora porventura excetuado algum aanto? Enflm, um aanto e alngular aomente porque se eleva aobre o comum doa homena. Certamente que Montfort

era

alngular, pola fazla uma guerra contlnua ao

mundo e aa auaa mAxlmaa falaaa, porque calcava aoa


364.

Secgao III

pea todo respelto huraano, porque colocava o servl-

qo de Deus acima de qualquer conslderaqao humana.

"Nao

conduta

fora eata, com efeito, ^ meama llnha de

que sublevara

mundo contra Jeaus ^ aeua

Apoatoloa? 0 aanto mlaalondrlo podia, poia, reputar-ae Teliz por eatar em tao boa companhia" (J. M. TEXIER, Sao Lula Maria Grienion de Montfort. Vozea, Petr6polia, 194b, p. 188 / Com aprovaqao ecleai&atica).

402. 0 Santo deaconcerta e aa vezea eacandaliza o homem comum

ComentSrio de outro bi6grafo do Luia Maria Grignion de Montfort: "Por

meamo

Sao

definigao, urn aanto nao pode aer um ho

mem era tudo aemelhante aoa outroa nomena. ETF nao fica no piano da natureza, maa tende a perfeigao do

Pai celeate. Seu inceaaante progreaao em dire-

gao ^ Deua existente

aumenta, dia apoa dia, ^ diatSncia

entre ele e aa almas tornadas

pesadaa,

imobilizjidaa peTa carne. 0^ aanto eapanta a humanrdade media. Ele a eacandaliza, enquanto nao a eleva acima dos baixos horizontes.

"0 quanto

santo e um original; e ele o e tanto mais em

aua epoca, seu ambiente, seus

audito-

rios, estejam mais longe do ceu. Ele o e porque tem mais futuro no espfrito, porque negligencia os h&bitos, OS preconceitos, as contingencies para preceder seu seculo no tempo, para levar seus irmaos a esse fim misterioso que seu olhar de profeta descobriu. Mesmo quando se encontra entre ver-

dadeiros cristaoa, ele os surpreende ainda; ele .se

apoia,

por assim dizer, sobre eles para ae projetar para o alto com mais audHcia. Tendo partido de

muito alto, ele avista logo os cumes; sem orgulho, mas sem medo, ele se interroga diante de Deua: Quo non ascendam? (Ate onde nao me elevarei?). E ele

provoca

vertigens era seus contemporSneos". (GEOR

GES RIGAULT, Montfort. Les

Saint Louis-Marie Grignion de Traditions Prangaises, Tourcoing,

1947, pp. 9-10 / Imprimatur: Joannes Baptista Megnin, Episcopus Engolismenais, 28-4-1947).


SecQao III 103.

365.

08 Apoatolos tlveaaem temldo

passar per originals,

Jamals terlam felto apostolado

Alnda sobre 0 grande Apostolo marlal: "Certas Influenclas, para se exercerem plena-

mente,

necessltam

do tempo e da

repetl^So.

Sao

liuls Maria de Montfort delxou transformadas por urn seculo paroqulas onde ele havla pregado durante

qulnze

atris

dlas. Ele passava, e nao voltava mals: dele, seus Inlralgos reconstrulani as pressas

as barrelraa, aa portas e aa pontes levadlgas, pa ra que sua conqulata foase efemera, para que seu

roato fosae eaquecldo. Inutels precauqoesl Sua voz contlnuava

ralhas.

a reaaoar Incessantemente entre as mu-

Seu

olhar

permanecla

no

fundo

das

consclenclas

"(0 Padre) Blaln nao ousava, dlante de uma santldade evldente, Invocar a distlnqao entre

•precelto' e 'conaelho'. Ele julgou encontrar uma boa poslqao de recuo crltlcando as 'slngularldadea' do homem. — 'Se eu tenho 'slngularidades',

reapondeu Montfort, e contra mlnha Intenqao. Eu nao procuro te-las. E se mlnhas slngularidades me proplclam algumas humllhaqoes, vamosl tanto raeIhor! Deus deseja que euseja assim para confundir

meu orgulho'. E acreacentou, nao sem esplrito, que se

OS apostolos tlvessem temldo passar por origi-

nals, .i^ais terrain saldo do Cenaculo"

CGEORGES

RIGAULT, Saint Louls-Marie~5'rignion de

Montfort.

Les Traditions Prangaises, Tourcoing, 19^7, pp. 92 e I'll / Imprimatur; Joannes Baptista Megnln, Epis-

copus Engolismenaia, 28-'l-19''7). ilO'l. Persepgiicoea sofridas

por Santo Afonao de Lig5rio Conta

uma biografia de Santo Afonso Maria de

Ligorio (1696-1787), a quem Pio IX conferiu o titulo de Doutor da Igreja:

Deus

"Afonso (Santo Afonso de Ligorio) ofereceu a sua vida, resolvido a empreender a fundagao

(da Congregagao do Santissimo Redentor), ainda que Ihe

fosse mister aofrer toda sorte de

contratem-


366.

Secgao III

pos. Com efelto, apenas dera oa prlraelros pa6soa> deaencadeou-ae contra ele a mala furioaa tempeatade. 0 menoa que Ihe dlziam aem rebugoa, era quo ae

langava numa extravaKancla .... que ae deixava le

va r pelaa alucinacoea de uma viaioniTrla .... que oa louvorea Ihe tlnham feito perder o_ Julzo ^ ^ orgulho e a vangloria o cegavam.

"0 tio, dom Mateua Oizzio, reitor do aeminSrlo, repetia-lhe era todoa oa tone; "— Sola uraa cabega aem miolo;

deixai-voa

arraatar pela fantaaia de uma freira; nao ouvis nenhum conaelho; aols a burla e o escfirnio da cidade.

"A malor campanha movia-lhe o Col6gio da Sagrada Parallia de Jeaua, onde Afonao fora penaio-

niata e onde tanto trabalhara.^Para o Padre Ripa e aeu

eatabelecimento,

perda

a deciaao de Afonao

e

aua

repreaentava uma catfistrofe. 0 antigo raia-

alonfirio doa chlneaea eaforgou-ae em vao per diaauadi-lo; raoatrou-lhe per todoa oa modoa que aua

reaolugao era ridlcula, um verdadeiro pecado seguir oa conaelhos de uma freira e abandonar o bem que vlnha fazendo no coleglo. Nao tendo conaeguldo vlrar a cabega de aeu penslonlata, dlrlglu-se Ripa a

Monsenhor

atrevlraento

Palcola numa carta que

ralava

pelo

e Injurla. Ao raesmo tempo rompeu

com

oa padrea Pagano e Plorllll e de tal modo amotlnou a oplnlao publlca contra eaaea dola aacerdotea que

amboa

rogarara ^ Afonao tomaaae por diretor _a Mon-

aenhor Palcola ^ oa delxaaae em paz» "Ripa, eaperto em manejar aa annas e acostumado

a

ver-ae sabe Deua em que questoea

com

oa

chlneaea, ^ t^ maneIra aublevou ^ oplnlao ^ raoj veu guerra a Afonao, que este, todo perplexo, per-

guntava a a^ meamo, ae em verdade seua dlretorea

nao o havlam Induzldo a uraa aventura. Abandonado doa raelhorea amlgoa, dlrlglu-ae a Scala a manlfeatar aa healtagoea a Soror Maria Celeate (Veneravel Maria Celeate Croataroaa).

"—

Dom Afonao, eata obra e de Deua.

Havela

de ver oa reaultadoa.

"Havla naquele raoatelro uraa rellgloaa. ancla, que aofrla de deraencla. Soror Maria Celeate,^ e auaa co-lrmaa, aupllcarara a Deua que, ae aa vlaoea


SecQEO III fossem

367.

verdadelras, e nao puro engano, flzesse urn

mllagre, restltulndo a razao a pobre frelra. Afonso achava-se em NApolea, quando pecebeu este recado; — Soror Maria Madalena (a enferma) acaba de recobrar a razao

"Em

Nfipoles, no entanto, as mSs llnguas con-

tinuaram a denegrlr-lhe a-reputagao. Ripa e alguns amigos nao descansavam. 0 menos que propalaram

era;

Afonso £ im iludido, vaidoso, orgulhoso, T

vergonha e a desonra do clero napolltano. .... "Mas tinham-lhe revelado que a Congregaqao se

fundaria,

embora tivesse de passar pela prova

de

fogo, isto e, arrostar dlficuldades nSo so externas, mas, principalmente internas. Estas dlficul dades internas sao caracteristicas da obra Afonsi-

na.

Todas as fundaqoes tem esbarrado com inimigos

externos.

Tiveram

suas desarmonias

internas,

e

certo; mas estas, na vida de fundador, tem sido quase sempre dlficuldades que sobrevem a toda sociedade

de homens. Na obra de Afonso, nos o vere-

mos, nao.faltarara as tramas exteriores, e cem vezes esteve a Congregaqao a ponto de soqobrar. Mas,

se grandes forara essas tormentas, Incomparavelmente maiores foram as internas e ao Pundador, na ho-

ra de sua agonia, nao faltou urn Judas

"Os raais

inimigos

tlnham espalhado as

notlcias

ridlculas. Diziam que o Papa, Informado

das

pretensoes de Afonso, prolbira a Monsenhor Palcoia de ocupar-se dele e da PundagSo. Alpcuns pregadores apresentavara-no do alto da cfitedra, como um exem-

plo

de erros e de queda^ & que estao expostas as

almas presumi^as e orgulnosas« Os parentes e aml^ gos recebiam-no envergonhados. 0 tio, reitor do

seminirio, evitou encontrar-se com ele. 0 padre Ripa

cerrou-lhe

apontavam-no

as portas do coleglo.

com o dedo como se fosse um

Nas

ruas

louco".

(Fe. JOSE MONTES CSSR, Afonso de Ligorio o Cayaleiro

pF^

de

Deus. Editora Vozes,~Fetropolls,

1962,

35, 36, 40, m e 43 / Imprimatur: P. Jose Ri-

bolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo).


368.

Secgao III

I105. Acusado de cplar uroa... "selta das costeletas"

Da

mesma blografla de Santo Afonso Maria

de

Ligorlo;

"Entretanto, aquele admlrfivel apbstolado la tenninar de um mode tragicomico. A multldSo que ae

aglomerava

em

torno do zeloso

aacerdote (Santo

Afonso Maria~Te Ligori^, creacia, sem cessar. Numerosos eram, tambem« oa clerigos e secularea inatnildoa, que o ajudavam. A gente da cidade co-

meqava ae

a desconfiar daqueles aJuntaraentoa. Alguns

aproximavam,

mala por curiosidade,

ouviam

a

Afonso e retiravam-se edlficados. Outroa, talvez com propositoa inveatigadorea, andavam auapeitan-

d^.. politica... hereaia... Introduzipam-ae aatutamente

naa

filaa e descobriram uma

confirmaqao

formidfivel de auas suapeitas... E que Afonso repreendia um operSrio por ae entregar a mortlflca—

goes exageradas. E um cavalheiro, dom Porpora, aecundava o aacerdote, acrescentando:

'— Se

Olha, filho, e preciao comer para viver.

tua mulher te oferece umaa costeletas, come-as

e bom provelto! *

"Nao auapeitava o bom Porpora, quanto iriam caminhar as auas coateletinhas.

"Aquelaa palavraa, ouvidaa de md tenqao ^ interpretadaa

de

maneira pior airi?a. correram

por

toda a cidade: "Selta das Costeletas". E comeqou a

correr

o^ boato de que tudo aqullo, com aparenclaa

pledoaas,

denuncla

termlnava em escandalosas bacanals. Uma

apoa

outra fol chegando ao prefelto

da

cidade. A pollcla prendeu logo alguns dos faraosos aectfirloa, entre os quals Barbarese e Nardone. Interrogados, responderam que se reunlam para ouvlr

o senhor de Ligorlo. Ao ouvlr o nome do pode-

roso

patrlclo (Santo Afonso, da nobre e

poderosa

famllla dos Llguorl, de NUpoles), a autorldade deu Imedlatamene llberdade aos presos; mas, dlrlglndo-ae ao Arceblapo, a mesma autorldade consegulu que as reunloes fossem auspensas" (Pe. JOSE MONTES,

CSSR,

tors

Afonso de Ligorlo o Cavalelro de Deus, Edi

Vozes, Petropolls, T9b2, p. 30 7~Imprlmatur:

P. Jose Paulo).

Rlbolla

CSSR, Superior Provincial,

Sao


Secgao III

369.

^106. E pr6prlo doa medtocrea ae eacandallzarem com

oa Santoa e grandea homena

0

celebre bl6grafo de Santoa, Mona.

comenta

Trochu,

a prop6alto daa Incompreenaoea de que fol

vitlma o Cura d'Ara (1786-1859)t "No grande movlraento que arraatava aa multldoea para Ara, bem pouco fez o clero. Aoa aacerdotea,

alnda meamo aoa mala zeloaoa, parecla

eatranha

coiaa

que ae foaae conaultar o_ cura de uma pa-

roquia "Se 200 aTmaal ""Nao e homem como oa outroa', repetia

a voz popular. Ahl aabiam elea. Seu porte

externo

bem revelava o que na realidade ele

Joao

(Sao

Vianney) era: Urn excentrico que aeria melhor

portar-ae convenientemente como oa outroa.

0 aanto Cura d'Ara era acuaado de hip6crlta

£ valdoao, por outroa padrea "Sera duvida, noa primeiroa tempoa, oa_ colegaa

Julgaram certaa

com aeveridade aua conduta ^ nao viam em maneiraa de agir mala do que _o fruto

originalidade Tfetada ^ auatentada por Qualificavam

tendo

em

de extravagante o que na

duma

valdade.

realidade,

conta ^ intencao. nao era mala

do

que

que um exterior

tao

perfeiQaF ^ aantidade "Entende-ae

facilraente

dealelxado, cuja cauaa verdadelra alnda nao era conheclda, deaagradaaae a todos oa membroa do cle ro.

Oa aacerdotea de Llao ae tem dlstlnguldo sem-

pre pela dlgnldade do porte. Oa contemporfineoa do Cura d'Ara Julgaram repreenalvel o deaculdo que qualificavam de Inconvenlente. Alguns o tachavara de avaro. Porventura nao poderla, alnda que foaaem

poucos

seus

rendimentos, procurar um traje

mala

decente? Outroa acredltaram deacobrlr nele falta de aenao comum. Outroa alnda acusaram-no de hl-

p6crlta

poaauldo

dum aecreto deaejo de chamar ^

atenqao.

"Dal

o menoaprezo e aa antlpatlaa contra ele

que se manlfeataram em mala de uma ocaalao por palavraa e ate por atoa

"0

P.

Vianney pareceu serapre Inaenalvel

aa

recrlmlnaqoea que nao atlnglam mala do que a parte


370.

Secgao III

exterior:

Desposara a pobreza e como S. Pranciaco

de

e S. Bento Labre, trazia

Assis

deasa

ele

as

inslgnias

virtude. Mas outroa ataquea, que foram para

peaada cruz, teve de aofrer da parte dos

maoa

no

ir-

aacerdocio.

Quiaeram prolbir aa ^ereKrinacoea que ae faziam para ve-lo

"Nao

noa

pasaara

horaa amargaa quando em Ara

e

povoadoa vlzlnhoa a maledlcencla ae enfurecla

contra a aua reputaqao de rainiatro do Senhor, miniatro austero e casto? Agora tentavam impedir as almaa que ae dirigiam para ele.

"Serla desculpado na aua negllgencia (no vestir) ae foase urn aacerdote sfibio, desterrado por amor ao estudo, naquele rincao desconhecido do mundo. Mas seua colegaa tinham boa memoria: 0 Cura d'Ars era homera excelente, aervi^al, zeloao, porem

curaara teologla? Clnco meaes, a multo custo> em Santo Irineu de Liao: um conhecimento quaae nulo da lingua latlna; uma deapedida na raetade do cur-

so; umas ligoea sem importSncla na casa paroquial de Ecully e como fecho, a ultima paroquia da dio cese. Pobre Cura d'Ars! E iam conaultfi-lo tantos

ingenuos! Que haveria de extraordin^rio na sua dl^ recSo? Os mesmos conaelhos — ^ inspirados por uma experiencia mais longa no governo das almas — nao OS tinhsim ao aeu alcance nas reapectivas paroqiiias? 'Nao e mais perfeito do que nos , assim^se

permitia dizer um dia na. presenqa da senhora Gibeins

um

eclesiSstico, falando do P. Vianney.^ 0

contlnuo movimento para Ara, que JS. tomava aparencia de uma' ininterrupta peregrinagao, convertia-se

verdadeiramente em pedra de escS.ndalo. Jfi era tem

po de esclarecer aqueles simples de eaplrito. Era mister pels recorrer a autoridade superior. "Assim aconteceu. Muitos aacerdotes proibiram

a seua paroquianos, sob pena de ser—Ihes negada ^ absolvicaOj de irem ^ Ars. Outros fulminaram esta

proiblcao do alto do puTpito. Alguns tomarara da pena para Pazer ver ao prelado, o novo perigo que ameaqava tantas almas. ....


SecQao III

371*

Os grandes honiens e

santoa escandalizam

aguelea que vlvem na mediocridade

"So

Ihar

ura leltor Ineaperto poder-ae-ia

deata

maravl-

guerra aorrateira, dlrlglda contra

o

Cura d'Ara por alguna de aeua cole^as. Ela 5 um dos

prcQoa da aantldade. 'Qual

dor

de

apoatolo, funda-

uma ordem, o revelador ou ^ Indlcador

de

uma devocao, deatinaJa ^ aer unlveraal. o reformaque nao tenha tlHo que aofrer, nao dlgo de ieua Inlmlgoa, maa de aeua amlgoa. de aeua Irmaoa na fe? E que todo o grande, quer aeja pelo genlo,

quer

pela aantldade, coraega por espantar, por es-

candalizar

a todoa oa que vlvem na mediocridade e

na rotlna' (HENRI JOLI, Palcologla dos Santoa, op.

clt., p. 36)"

(Conego FRANcls tkuuHU;

^Cura

d'Ara, Vozea, Petropolla, 2a. ed., I960, pp. 230, 231, 232 e 236 / Imprimatur: Luis Plllpe de Nadal, Blapo de Urugualana, 29-b-l959)• 407. A atuacao de Sao Joao Boaco auacltou

oposl^oea obatlnada^ meamo naa fllelraa do CleroT e ate na proprTa Hlerarqula da Igreja

De uma vlda de Sao Joao Boaco (1815-1888), vertlda para o portuguea por D. Joao Rezende Cos ta, atual' Arceblspo de Belo Horlzonte:

"Nao podemoa omltlr neata vlda_^aa pSglnaa doloroaaa

que

em que ae narram as opoalgoes

obstlnadas

o eaplrlto precuraor do Santo auacltou, meamo

naa fllelraa do clero, e ate na pr6prla^Jerarqula catollca.

Os hlatorladorea da vlda de Sao

Felipe

Nerl, de Santo Afonao de Llgorlo, de Sao Joao Ba tista de la Salle, de Santa Antlta Thouret, nos aervem de exemplo neate ponto. Todavla Julgamoa

ter

conaeguldo allar o reapelto a fldelldade hls-

torlca

eram

com o reapelto as peaaoas, cujaa Intengoes

provavelmente retaa e cujoa dealgnloa

eram

honeatoa, embora, na expreaaao de Sao Paulo, ae tlvesaem convencldo erronearaente de que davam gl6rla a Deus obataculando o apoatolo" (A. AUPFRAY SDB, Dom Boaco, Llvrarla Edltora Salealana, Sao

Paulo, 1955, PrefSclo a 3a. ed. franceaa, p. 8 / Imprimatur: Hons. M. Melrellea Prelre, Vlgfirlo-Ge-

ral, Sao Paulo, 9-10-19'<6).


372.

Secgao III

408. Sao Joao Boaco. para evltar m&8 interpretagSea e

acuaac5ea, eacondeu certoa

papela que nada colTtinhani de particular Relata

Sao

Joao Boaco em auas

Memorlaa

do

Oratorio:

"Corria

llticoa Itdlia.

o ano de i860. Da aconteclmentoa po-

agitavara toda a Europa e aeu centro era a Um partido, ou por dizer melhor, uma fac-

gao, aob o nome de llberaia democrfitlcoa, promoverara o eaplrito revoluclonfirio, comegando do palficio doa aoberanoa ate o tugurio do rude campones e

do pobre operfirio. "Suprimiram as corporagoes religlosas de um e de outro aexo, deaprezaram todaa as leia da Igreja e a propria autoridade do Sumo Pontlfice; fbi abolldo

o foro eclesl&stico, foram confiscadoa todoa

08 bena doa cabidoa, doa aeminfirioa e daa dioceaes; foram invadidoa, em sua malor parte, os Eatados da Santa Se. Os dirigentea da Pollcla, para infundir terror e aparentar que nao temiam a nin-

guem, comegaram a varejar domicllios privados e a encarcerar paclficos cidadaos "Onze

vezes a nossa casa foi honrada por es-

taa visitas domicillares ou batldas policlais. Ex-

"porei

uma delas, e por esta ae saberfi o teor

das

demaia.

"Devo advertir que tres dlas antes da primeira viaita, na nolte de 23 para 2^ de malo, -tinha tldo um *aonho' que, expllque—se como se quiser, foi-me muito proveitoso. Pareceu-me que uma turba de esbirros entrava nos meus aposentos, apoderava-

-se da minha pessoa, revlstava os papels, os armfirioB, as gavetas, revirando tudo. Um deles, de as— pecto mals benevolo, disse-rae ao ouvido: "— Por que o senhor nao retirou daqui este e aquele escrlto? Com isso teria evitado um dissabor.

"Ao amanhecer, contei o sonho como uma brincadeira da fantasia, o_ que nao me impediu. entre_tanto, de minhas coisas em ordem e de retirar

alp^ins podiam

papeis que, sem conter nada de particular, ser mal interpretados. Erara cartas confi-'


Secgao III denclals,

colsas

completamente

alhelas a polltlca e

as

do governo. Quando comegaram, pels, as In-

quirlgoes,

quanto

373-

eu havla levado para outro lugar

pudesse

tudo

dar o mals llgelro pretexto

para

suspeltar de relagoes ou alusoes polltlcas em nossas casas"

In

(Sao JORO BOSCO, Memorlas del Oratorio

Blografla

Madrid,

^ Escrltos de San Juan Bosc^ BAG,

1955, pp. 253-254 / Imprimatur; Jose

Ma

ria, Ob. aux. y Vic. gral., 13-5-1955)•

409» Santa Tereslnha; mlnha mlssao 38 cumprlra apesar da Inve.la dos homens Sobre

Santa

Tereslnha

do

Menlno

Jesus

(1873-1897), escreve o Padre Peltosa: "Numa

confldencla com a Madre Ines de Jesus,

Tereslnha declarou: 'Para & mlnha mlssao, como pa-

ra ^ ^ Joana d'Arc, ^ vontade de beus cumprlr-se^ apesar

da InveJa dos home^ns^"

(Te"^

ANTONIfD

FEITOSA, Santa Tereslnha. a Vloleta de Llsleux, Vozes. Petropolls, R.J., 2a. ed. refundlda, 1955,

p. 274 / Imprimatur: D, Manuel Pedro da Cunha Clntra, 20-1-1955).



Sec?ao IV

A formagao catolica tradicional,

proporcionada pelos santos, e uma

formagao viva em que, a par da doutrinagao, a personalldade do mestre ou do superior, seus exemplos e seu convivio

desempenham papel relevante



I

gini uma bga CgcQasig cagQllca,

i

qIq §9

OiOistrar a Qlencla, cQmo tambem inculcac a vlctude

e Q aoQi: de Deus

^10. A educacao do coraqao, do carater

e ^ consclencla, deve Ir a ^ar com a ^ educacao da Intellgencla Do Novo Manual do Catequlsta do teologo Giu seppe Perardi: "Ensinar o catecismo quer dlzer, em primelro lugar, fazer conhecer, fazer aprender a doutrina que ele contem. Dissemos em primelro lugar, porque o ensino do catecismo difere inteiramente da outra

instruqao. Todo o ensino profano se dirige principalmente a razao, isto e, a mente do homem, para o levar a saber coisas que antes desconhecia, ou fa-

ze-las

conhecer melhor. E perfeito todo o

que fornece a inteligencia

urn

ensino

conhecimento de um

modo perfeito. Fim do ensino religioso;

nao so fazer conhecer as

verdades, mas levar a pr^tica do Bem "Porem assim nao sucede com o ensino do cate

cismo, que nao tem em vista somente a inteligen cia, mas igualmente a vontade e o coragao; porque o fim do ensino religioso (ou ^ catecismo) nao e so fazer conhecer•as verdades religiosas, dogmati-

cas Deus

^ morals. mas encaminhar a vontade a amar e

a.

praticar por amor dEle o bera

quer, e a^evitar toda a sorte de mal

que

a Ele


378.

Sec^ao IV "Em

suma

instruQao ....

o enslno do cateclsmo nao e

so

a

rellglosa , e tambom a educa^ao crlsta.

Reduzir o cateclsmo a pura e simples Instru-

QaOj e uma compreensao falha, pols e culdap de um dos elementos (e elemento fundamental) da obra ca-

tequlstlca e descurar um outro; vlsto ser o cate clsmo, como o entenderam desde a mals remota an-

tlgiildade crlsta, ao mesmo tempo Instrugao e educagao, ou seja a forma^ao do crente. Inslste ele sobre

as dlferengas, concordemente apontadas

todos

OS pedagoglstas, entre a InstruQao e a edu-

por

cagao. — 'A educagao e o flm que se deve alcanQar, a lnstru(jao e apenas um dos melos'.

A Instrugao enrlquece a Intellgencla; a educacao cultlva a alma

Instrucao enrlQuece ^ Intellgencla ^ co-

nheclmentos; ^ educacao cultlva^toda ^ alma. Instruqao trabalha

visa somente a Intellgencla; ^ educagao slmultaneamente por formar ^ Intellgen-

cld* o corEC^o» o cETEctGr ^ ^ consclenclE• Por ^to "que nao pode exlstlr educacao rellglosa sem

Instrucao rellglosa; e porem essencial atender a que uma nao e a outra. Dar a Intellgencla a Instrugao rellglosa e nao culdar de cultlvar ao mesmo tempo a educagao do coragao, do carater e da consciencla, serla flcar multo desvlado do flm que se quer atlnglr, multo abalxo do que e em ver-

dade a obra catequlstlca". (GIUSEPPE PERARDI, Manual do Gatequlsta ou Expllcacao Literal ^ teclsmo da Doutrlna Crlsta", publlcado por ordem

de ^Plo~X, Tradugao de D. Manuel Mendes da Concelcao Santos, Arceblspo de Evora, Uniao Graflea,

Llsboa, 3a. ed., 1939, PP. 15, l^V Imprimatur; Em. Card. Patrlarcha, Ollslpone, 3-2-l9dy;. 411. "So o saber nao basta para

garantlr a formacao moral do Indlvlduo

De um curso corapleto de rellgiao por CatedrStlcos da Unlversldade de Bonn:

"So o saber nao basta ^sapn|^ a fo^ cao moral do Indlvlduo (moral posltlvlsta). A

tnrn— vontade) e mals Importante ^ if fyii^fda HtinHnlla. 5^6 °


Secgao IV

379.

clencla mas e a cotagao da consciencla que determlna o valor moral da pessoa. Sem formaqao de ca-

rfiter, nao se pode adqulrlr clencla sollda e verdadelra". (Dr. PREDERICO TILLMANN, e Vlda, Vo-

zes,

Petropolls, R.J., 1936, 3- volume,

pp. 200,

201 / Pode Imprlmlr-se: Cgo. Francisco de A. Caru

so, p.c. do Sr. Card. Arceblspo, 18-6-1936). 412. Grave erro: concentrar todo o esforgo era formar a Intellgencla e descurar a vontade

Do Idelirlo Pedagoglco de Sao Joao Bosco (com-

pllagao

de doutrlnas e dlretrlzes do Santo, organlzada por seus dlsclpulos, mantendo quanto posslvel as proprlas palavras do autor): "Todos ou quase todos os educadores olham como principal prlvlleglo da crlanga o desenvolvlmento de sua Intellgencla. Mas esta e uma falta de prudencla, porque desconhecem ou facllmente perdem

de

vista ^ natureza humana e ^ dependencla

recl-

proca

de nossas faculdades. Goncentram todo o es

forgo

em desenvolver a faculdade cognoscltlva e o

sentlmento,

que erronea e dolorosamente confundem

com

a faculdade de amar, e em compensagao descul-

dam

completamente da faculdade soberana, a vonta

de. unlca fonte do verdadelro e puro amor, da qual a senslbllldade nao e mals que uma especle de aparencla. E se se ocupam algumas vezes desta pobre

vontade, nao e tanto para regulS-la e fortlflcS-la com

o repetldo exerclclo de pequenos atos de vlr-

tude, facllmente obtenlvels pelas boas dlsposlgoes do coragao, mas, sob o pretexto de domar uma natu reza rebelde, se obstlnam em subjugar a vontade

com melos vlolentos, e asslm, em vez de endlreltS-

-la,

a

Juan

Bosco, Blblloteca de Autores Crlstlanos, Ma-

destroem". (Blografia ^ Escrltos

de

San

drld, 1955, p. ^'<3 / Imprimatur: + Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. gral., Madrid, 13-5-1955). 413. 0 fIm supremo da educacao e tornar bons os .1 ovens; tudo o mals sao melos para Isso

Do

Idearlo

Pedagoglco

de Sao

Joao

Bosco:

"Dols sao OS slstemas usados em todos os tempos na


380.

Secgao IV

educagao "0

da Juventude:

preventivo

e represslvo.

slstema represslvo consiste em fazer

co-

nhecer as leis aos sudltos, depois viglar para detectar os transgressores e aplicar^onde seja - necessario o merecido castigo. Neste slstema, a palavra e o aspecto do superior devem ser severos e,

melhor, ameagadores, e deve evltar toda famlllarldade com seus subordlnados. 0 dlretor, para dar mals valor a sua autorldade, deve encontrar-se raras vezes no melo de seus sudltos, e em geral so

quando

for preclso castlgar ou ameaqar. Este sls

tema e facll, menos fatlgante, e pode servlr especlalmente nas forqas armadas e, em geral, para

pessoas

Qoes

de

adultas e Judlclosas, que estao em condi-

saber e se lembrar por si mesmas do

que

esta conforme com as lels e demals prescrlqoes.

"Dlverso, e eu dlrla oposto, e o slstema pre ventive.

Este consiste em fazer conhecer as pres-

crlqoes

e regulamentos de um Institute, e

viglar,

de manelra que o aluno tenha sempre sobre

depois

si o olho paternal do dlretor ou dos subalternos, que come pals amorosos falem, slrvam de gula em tudo, aconselhem e com carlnho corrljam; serla como p5r OS alunos na Imposslbllldade moral de cometer

uraa falta. Este slstema se

basela todo sobre

a razao, a rellglao e o amor; por Isso exclul todo castigo vlolento, e procura afastar ate os mals leves...

"A pratlca deste slstema se basela nas palavras de Sao Paulo que dlzem: 'A carldade e benigna e paclente; tudo sofre, tudo espera, tudo suporta*. Por Isto, so o catollco pode apllcar com exl-

to

0 slstema preventivo. Razao e rellglao sao

os

Instrumentos de que deve fazer uso constante o educador, expllca-los e pratlca-los ele proprlo se

quer

ser obedecldo e atlnglr o seu flm. Este

fIm

supremo consiste em tornar bons os Jovens e salva-los eternamente: tudo o mals. letras. clehclas.

artes, oflclos~ se deve conslderar como

melos".

(Blografia y Escrltos de San Juan Bosco, Blblloteca de Autores Crlstlanos, Madrid, 195^>, p. 45^ /

Imprimatur: + Jose Maria, Ob. aux. y Vic. Madrid, r?-5-1955)•

gral.,


Secgao IV

381.

Ilil. Para preservar os bona, olho noa maua

0 celebre principle de vlgllSncla de Sao Joao Bosco;

"Quanto

aoa maua, dlrel apenaa uma colaa que

talvez parega Invercaalmll, maa ae paaaa coraprovadamente

500 da.

tal qual a deacrevo: auponhamoa que entre

alunoa de um coleglo haja um de vlda depravaEm determlnado memento chega um alune neve,

tambem ele vlclade. Sae de regloea e prevlnclaa dlatlntaa, ate de naclenalldade dlveraa; eatae em curae e local dlferente, nunca ae vlram antea, nem 36 conheceram. Pols bem: tudo nao obstante, no se-

gundo

dla

poucaa Parece

de estada no coleglo, qulgd dentro

de

horaa, oa verels Juntoa durante o recrelo. que um eaplrlto malefIco oa faz advlnhar

?uem eata manchado pelo meamo plche, come ae um ma

demonlaco oa atralaae para travar uma amlzade

Intlma.

0 'dlze-me com quern andaa, dlr-te-ei quem

ea' e melo faclllmo de detectar aa ovelhas sarnen-

tas antea que ae tornem loboa rapacea". (Blografla y

Eacrltoa de San Juan Bosco, Blblloteca de Auto-

rea Crlstlanos, Madrid, T955T PP« / Imprlmatur: + Joae Maria, Ob. Aux. y Vic. gral., Ma

drid; 13-5-1955).

i|15. "Apliquem-se ao estudo das

virtudea solldaa e perfeltaa £ facam mala case dlsso do que da clencla"

Das

Constltulcoea da Companhla de Jesus, es-

crltas per Santo Inaclo de Loyola (1'I91-1556): "Que

se

todoa os que ae allstaram na

Companhla

apllquem ao eatudo das virtudea solldaa ^ per-

feltaa e das colsas esplrituaia; ^ que facam mala caso dlsao do que d^ clencla, ou outros dons natu-

pals e humanoa. Fols aquelas sao interlores e e delas que deve vlr a eflcScla dos dona exterlores

para

o fIm a que noa propomoa". (Saint IGNACE

DE

LOYOLA, L'Honneur et Service de Dieu, L'Orante, Paris, 19m, pp. 99-100 / Imprimatur: Carolus Delouvrier, v.g., 31-7-19'<3).


382.

Secgao IV

416. "Tlago, meno3 clencla e mats pledade"

Conta

Daurlgnac em sua vlda de Santo

Indclo

de Loyola:

"Tiago TIpIo, Jovem escoces, entrara chelo de zelo e de fervor na Companhla de Jesus, em 156^, e depols

das prlmelras provas do novlclado,

passou

ao Coleglo Romano. 0 gosto do estudo fez-'lhe em breve perder o_ d|^ pledade. sua vontade conservava-se

inteira,

so

o

seu gosto la de dia

para

dia enfraquecendo, e Tiago nao dava por Isso. Destinava ao estudo o^ tempo que devia consagrar a exerclcios de pledade, persuadldo de que, sendo o seu trabalho destlnado a torn£-lo mals apto para

exercer o_ santo mlnlsterlo. devla ser tao agradavel ^ Deus como a oraqao, as lelturas pledosas e o exame da consclencla. Vendo o demonlo o novlqo de-

sarmado,

atacou-o com vlolentas tentagoes;

Tiago

quer defender-se e reslstlr-lhe... Somente entao conhece que nao pode, porque perdeu os melos, e, multo

admlrado da sua fraqueza, chama Deus em seu

auxlllo

com tanta forqa e conflanga, que Deus tem pldade dele. Num momento em que Tiago nao ousava quase esperar o auxlllo que havla pedldo, Santo In^clo aparece dlante dele, olha-o com ^ mals comovente expressao de bondade, ^ dlz-lhe: "»— Tiago, porque procurou aperfelqoar-se mals nas letras do que na vlrtude? Quando Nosso Senhor

o retlrou do mundo e o chamou a Companhla,

era para que desse este

resultado? Tiago, menos clencla e mals pledade!'". (J.M.S. DAURIGNAC, San~ to

Inacio de Lolola, Apostolado da Imprensa, Por

to, ^la. ed., 195», pp. 350-351 / Pode Imprlmlr-se: Mons.

Perelra

Lopes,

Vlg£rlo

Geral,

Porto,

20-5-1958).

Ml?. De que vale a clencla

a quem nao tem amor de Deus?

Dlz

o grande Doutor da Igreja, Santo

Afonso

Maria de Llgorlo (1696-1787): "TomSs de Kempls escrevla: 'No dia ^ Julzo nao nos serIL pedlda conta do que lemos, mas do que fTzemos•. Ha siblos que sabem multas colsas e que,

apesar

dlsso, nada sabem suportar por Deus; e, o


SecQao IV

383.

que e alnda plor, nem sabem reconhecer o grande defelto de sua Impaclencla: Tern olhoa e nao ve,

ouvldos ^ nao ouve. De que vale a clencla a

quem

nao

tern carldade? Se conhecer toda a

mas

nao tlver carldade, nada sou". (Obras ascetl-

cas

clencla...,

de San Alfonso Maria de Llgorlo, BAG, Madrid, , vol. 1-, p. 31**).

*118. Sao Domlngos: o llvro do amor de Deus enslna tudo

De

uma

vlda

de

Sao

Domlngos

de

Gusmao

(1170-1221):

"Urn Jovem, extaslado pela sua eloqiiencla, perguntou-lhe (a Sao Domlngos) em que llvros ha-

vla

estudado: 'Meu fllho, respondeu ele, ^ n^ ll

vro da carldade, mals do que em qualquer outro, pols esse llvro enslna tudo'". (R. P. HENRI-DOMI

NIQUE LACORDAIRE, Vie de Saint Dominique, Anclenne

Llbralrle Fousslelque, Paris, 1922, pp. 247-218 / Com aprovagao ecleslastlca). 419. "Uma velhlnha que nao sabe nada, pode amar mals a Deus do que Sao Boaventura" Conta

0

famoso

haglografo

Joergensen:

"E, quando, um dla, Ja sendo velhlsslmo Prel Egldlo (o Beato Egldlo de Assls) fol vlsltado por Boaventura, Geral da Ordem, a prlmelra pergunta que ele fez a este doutlsslmo homem fol a segulnte: 'Pal, poderemos ser salvos tanto Ignorantes como

doutos? — Mas slm, certamente! — respondeu

S. Boaventura.— E pode amar a Deus tanto o Idlota

quanto

0

letrado?

— perguntou depols

0

velho

franclscano. — Uma velhlnha pode amar ^ Deus bastante

melhor

respondeu correu

que

ao

tlnha,

velhlnha

do que um mestre de

Teologla!'

Boaventura. Entao Egldlo

levantou-se,

balcao do Jardlm, e, com toda a

forga

p5s-se a grltar: 'Escutal todos!

Uma

que nao salba nada, que nem sequer salba

ler, poJe amar a Deus melhor do que Frel Boaventu-

ra!

t^OHANNES^ JOERGENSEN, Sao Francisco de

As-

sTs, Vozes, Petropolls, 1957, p. 301 / Com aprova-

gao ecleslistica).


38H,

Secgao IV

M20. Oh! Como aentlrla peaar

ae tlveaae lido todoa eaaea livroa

Doa

conaelhoa e lembrangaa de Santa

Tereai-

nha (1873-1897), recolhidoa pela Irma Genoveva da

Sagrada Pace (Celina, irma da Santa): "Urn dia em que noa encontrSvamoa diante da biblioteca, diaae-me com aua habitual jovialidade: »— Oh, como aentlrla peaar ae tlveaae lido todoa eaaea livroa1

'— ter

lido

Maa por que? — repllquel. Depola de tratar-ae-la de um bem

adqulrldo;

compreenderla que tlvesses peaar por

ter

que

oa eu

oa

ler, mas nao por oa ter lido.

^ OS tlveaae lido, terla quebrado a c^-

beca. terla perdldo um tempo precloao que empref^uel almpleamente em amar ^ Deua *". (ConaeJoa ^ Recuerdoa / Recogldoa por Sor Genoveva de la Sa.nta hiFmana y novlcla de~ganta Teresa ^1 Nino

Teius, In Santa Terealta del Nino Jeaua, Obras Completaa, Edit. "El Monte Carmelo", Burgos, 1964,

p7~ l7inr / Imprlmaae: Segundo, Arzoblapo Burgos).

de


XI

^Qculcac naa almas

o §mQ£ I ye^didi § |q i

.u£ll ysan cecucaga aegalvela,

cgmo aejam £a£Qa blatQClcga, slmbglga g ietaCgnaa.

Sq iiilm |e £gci ug eniigg ciciiegte yiyg. 9Ue lluQioa § igleUglgcii e move a vontade

121, 0 enslno per meio de exemplos e Imagens e mals eflclente: fol o emprcKado per Nosso Senhor

Do

Novo Manual do Catequlsta do teologo Giu

seppe Perardi: "Para

se

que o enslno do cateclsmo possa dizer-

deveras proflcuo, instrutivo ou antes educati

ve, deve ser conforme a natureza, isto e, como oportunamente adverte D'Isengard, 'deve adaptar-se

ao

natural caminhar do esplrito humano, a capaci-

dade e disposigao da crianga'. "1.

A crianga, pelo seu estado natural e fi-

siologico, nao e capaz de longos e dificeis racioclnlos. Tern por Isso necessidade de que o ensino

Ihe

seja subministrado de modo fScil e claro,

(para

ou

nos servirmos do termo dos pedagogistas) de

modo intuitivo.

Revestir de forma sensivel as verdades sublimes;

o metodo de Jesus Oristo no'TTvangelho "Diz-se

intuitivo o meio que torna

sensivel

de qualquer modo as coisas que se ensinam" Senhor, que faz tudo bem, serviu-se sempre

Nosso deste


386.

Secgao IV

melo

para

doutrlnar

os homena. Por

Isso

Jesus

Cristo, no Evangelho, nao se deteve em longos racloclnlos. mas revestlu sempre de forma senslvel as verdades mals sublimes.

"Pala

da Providencia? Torna-a manifesta

nas

obras da natureza, quando nutre as avezinhas e re

vests OS llrlos. Enslna quem e o proximo? Conta a parSbola do bom Samaritan© que toma a sua conta um desconhecido, o qual Ihe e eqtrangeiro pela pStria e religiao, e ate inimigo porque e Judeu. "Torna-se

intuitivo, quer dizer, senslvel, o

ensino do catecismo principalmente por meio de se-

melhangas.

de

parabolas. de imagens e dos

exem-

plos. ....

Ensinar as verdades pela narracao de fatos

"Para" que a narragao dum fato se torne eficaz e

precise que seja breve, nao refira particulari-

dades

inuteis,

seja viva,

colorida,

dramStica:

quer dizer, e necessario que os personagens falem corao se estivessem presentes. Narrar bem um fato e

uma em em um

das coisas mais diflceis; e do efeito depends grande parte o ter presa a atengao dos alunos toda a ligao, ou vir a enfastia-los. Ao contar fato tenha sempre o Catequista presents o fim

prStico nunca

e

que quer obter, pois que nao se deve

ter

por escopo satisfazer apenas a curiosidade;

tenha-se presents nao um fim prdtico geral, mas

particular, bem determinado, que esteja em evidente relagao com a verdade de que se trata, ou que se ensina.

ser

"As imagens (especialmente em quadros) devem suficientemente grandes para que todos possam

ve-las e seguir a explicagao. Muitas verdades de fe, Ja de moral sao mais facilmente apreendidas em clnco minutos de ilustracao com uma imagem, do

que

com

longos raciocinios". (GIUSEPPE

PERARDT7

Novo Manpal do Catequista ou Explicaqao Literal do

"Catecismo da Doutrina Crlsta", publicado por ordem

de S. Pio X, Uniao Grafica, Lisboa, Ja.

1939,

pp. 19-20 / Imprimatur: Em. Card.

chs, Olisipone, 3-2-1939).

ed.,

Patriar


Secgao IV

387.

122. 0 enalno rellKloso deve ser

ameno, e lluatrado por exemplos atraentes

Do Cateclsmo de Francisco Spirago: "Este cateclsmo e impresso em caracteres de tres tamanhos. Os grandes formara como que a ossatura, OS medianos como que os musculos, os pequenos

como

que o sangue do cateclsmo.

Llvros rellglosos que se dlrlgem a Intellgencla. mas nao comovem os coragoes e

nao acendem neles o amor de ITeus "Esta

ultima

parte poderla ter-se

omltldo.

que o cateclsmo nao delxarla de conter as verdades da rellglao catollca; mas assemelhar-se-la a um homem completamente anemlco. Ora. cateclsmos des-

ses.

que

e manuals de Instrucao rellglosa^ anemlcos _e

se dlrlgem urilcamente ^ Intellgencla, h& mul-

tos; ^ asslm como um homem sem sanp^e nao"!" bom

para o^ trabalho, assltn a malor parte dessea Tlvros

foram Incapazes de comover o^ coragao dos crlstaos, e_ ^ acender neles o_ fogo do amor de Deus e do proximo,

efeito

rellgloso, nos

do

que devla produzlr todo o

llvro

todo o sermao e todo o cateclsmo, dlg-

desses nomes. Esses llvros careclam sobretudo

calor da expressao que convence e val ao cora

gao, da forga Juvenll e vlvlflcante que e proprla da palavra do Esplrlto Santo. Llnguagem simples e sem artlflclos,

como a ^ Salvador e dos Apostolos "Este cateclsmo tem por flm formar Igual e slmultaneamente as tres faculdades da alma, a In-

telgencla, o coragao e a vontade; nao glra, portanto, em torno de simples deflnlgoes. 0 flm prlnclpal deste llvro na^ e fazer do homem uma especle

de fllosofo rellgloso, seriao fazer dele um bom ^Istao, que pratlca alegremente ^ sua rellglao. .... Tlido que se escreve para crlangas ou para o

comum

dos

simples vador

fleli". deve ser escrlto

em ^Inguagem

e sem artlficlo, como a que usavam o Sale

os apostolos; estes escrltos sao

feltos

para seF compreendldos, para comover os coragoes e dar acao as vontades, ^ nao para formar sSblos. e alnda menos para martlrlzar o esplrlto com ter-


388.

Secgao IV

mos

Inintellglvels

e

tornar a

rellglao

fastl-

dlosa

For tnelo de mixlmaa, fIguras e exemplos, dar amenldade e goato aoa enalnamentos

"Deaejo

tarabem fazer obaervar que ^ doutrlna

da IgreJa nao £ apreaentada nutn modo aeco, antea ^ tornamoa. atraente — tranaformando-a, por aaalm dlzer, em llcoea de colaaa — por melo das riguraa, doa exemplos, das m^xlmaa, das cltacoes de

homens

lluatres.

o^ que d$ a

estes

enalnamentos

amenldade e goato". (FRANCISCO SPIRAGO, Cateclsmo Catollco Popular, Unlao Graflca, Llaboa, 5a. ed., I Parte, pp.. 10-11 / Imprimatur: E.M., Car. Pa-

trlarcha, 26-10-1950). 423. Sao Bernardino de Sena.para expor

£ comprovar seus enalnamentos morals, prefere aa comparacoes tlradas da vlda de cada dla

Le-ae em uma blografla de Sao Bernardino Sena (1380-1444):

de

"E, portanto e aeguramente, o mesmo homem que escreveu

lingua

os

de

vulgar; o que nao quer dlzer que sejam

os

sermoes latinos e pronunclou

os

mesmos sermoes, nem o meamo genero de sermoes. Ao contrSrlo, sao multo dlferentes. Sem duvlda, quan-

do prega na praga de Sena, Bernardino nao se llvra daquelaa

dlvlsoes, e subdlvlsoea e classlflcagoes

eacolfistlcas que comblnava tao subtllmente, de pena na mao, em sua cela; ate ve nelas urn ponto de apolo, a que, no melo doa arroubos da Improvlsagao, sujelta-se e nao se afasta; seu exordlo conslate

multas vezes em Indlcar e numerar as

soes,

sua peroraqao em lembrd-las (o escrlba dls-

dlvl

pensava-se as vezes de apanhar esta especle de re-

memoragao e llmltava-se a Indlcfi-la — of. p. ex.,

Le Predlche volgarl. t. I, p. 238, 306; t. II, p. TET?), e, em cada transl^ao, torna a elas flelmente. Porem, nos pontos asslm pre-estabelecldos, estende-se, anlma-se e se acalora. Em vez da arf^umentacao metodlca, a palavra llvre e viva "Em

vez da argumentacao metodlca e nao

urn tanto aspera doa dlscursos escrltos.

raro

e a llvre


Sec^ao IV e

389.

viva palavra, com sua facilidade, sua

de

cadencia,

familiar ou veemente,

melga, alegre

vapiagao

satlrlca

ou

ou patetlca, tralndo, as vez^, o

sorrlso sobre o^ Ifiblos do orador, outras o_ tremor comovldo

da

voz, mlsturada de

InterJelgoes,

de

apostrofes. de perguntas e ^ respostas, as vezes,

alnda, quase dramazlnhos vlvamente encenados, chelos de verve, alia gagllardeza, como ele mesmo o declara, Ele val, vem, repete, Inslste sobre as Idelas que sente Imperfeltamente compreendldas,

segue OS rastos que surgem, obedece as Insplragoes que Ihe vem das clrcunstanclas, Interrompe-se para dar

urn aviso; e, quando depols verlflca seu afas-

tamento

do

assunto, ele mesmo chama a ordem:

casa. diz, torniamo a casa'. Aglr segundo as necessldades do audltorlo

"Nlsso fantasia,

publlcoT

tudo,

age

tals

Bernardino nao obedece ^ sua

segundo

como

as

necessldades

as compreendeu

de

do

seu

antemao,

tals, tambem. como as verlflca no momento. Sente-se que, era nenhum Instante, ele delxa de ter os ouvlntes

sob

atltude,

se estao dlstraldos ou emoclonados, con-

seus olhares. advlnhando,

por

sua

vencldos ou reslstentes e que modiflca seu cflscur-

50, ^ acordo com a oportunldade. 'Vejo bem

por

certos slnals — dlzla-lhes — quando nao ouvls de boa

vontade:

uns se mexem, outros levam a mao

a

cabeqa, outros se vlram' Era lugar das conslderaqSes abstratas, as fIguras, as Imagens, os exemplos da vlda

quotldlana e ^ natureza "Doralnado

sua

riicllmente

grado aos

por

esta mesma preocupaqao, da

a

palavra ura .leito que a torne apreclada e se.la

entendlda ^ multldao. Recorre de

as~locugoes populares,

bom

aos lugares comuns,

proverblos. Para expor e comprovar seus ^nsl-

morals, pFefere^ ^s conFideragoes" abstratas, as~Imagens, as comparacoes tlradas de assuntos famlllares a seu audltorlo, da vlda de cada dla, do

Tap, da cozlnEa. dos brlnqueFos Infantls, das proflssoes, das colsas da natureza, das plantas, das pedras, dos animals. sobretudo. Acham-se essas

Imagens, essas dos

comparagoes,

quase em cada paglna

sermoes, as vezes em poucas palavras,

desenvolvldas

outras

ao ponto de formar pequenos quadros


390.

Secgao IV

de cores vlva^ e frescaa. curtas cenas atraentes e Dltorescas

(estas Iroagens, eatas coraparaQoea

aao

tao frequentea quo cuata eacolher algumaa. Notamos, ao acaao, 86raente no prlraelro volume, o acoIhlmento

felto ao eSo eatrangelro peloa caea que v5o beber — p. 151 —, a moaca que cal na aopa do-

marldo guloao — p. 199 —, a crlanga calda no lodo

e a quern a m5e vem levantar — p. 335 — etc.,

etc; ver^ tarabem no t. Ill, p. 296, o aemeador que pretende afugentar oa corvoa com um manequlm empunhando

um

arcabuz). Era, all&a, um

costume

dos

Dpeaadorea da Idade Mldla; uaavam, para ease fim, uma hlatorla natural, aa vezea, multo fantaalata,

de que oa manuals do tempo, Beatldrioa, Volucrfirioa, Lapidllrios ou outroa forneciam oa elementoa. 'Tantaa orooriedadea — dizia no decimo aegundo aeculo Hugo de Saint Vlc^ — exiatem noa ob.letoa viaiveia e corporaia. tantaa aplicacoea se podem achar para a vlda Interloi^da alma'« No decimo sexto aeculo Sao Francisco de Sales empregarla alnda eate metodo. e sabemoa com que aeua llvroa de eaplrltualldade.

graga,

era

Exemploa e hlatorletaa recreatlvoa ^ edlflcantea; um metoJo que e de todaa aa epocaa

"Serapre era Intengap de aeu audltorlo popular, BernarTlno Introduz. de~vez era quando, no corpo de aeua dlscursos, curtaa novelas ou -apologoa contentdo uma llcao~de moral (o Sr. Zarabrlnl publlcou, era

TBTB, uraa colegao de trlnta e olto Novellette, Easempl raorall e Apologhl. extraldoa doa dlacuraos de Sena). 0 lago que llga ao aaaunto tratado e, aa

vezea, um pouco frouxo e artificial, torna vlalvel que a Intenpao do orador fol sobretudo deacanaar e recrear

aeua

ouvlntea, o que nao era Inutll

com

serraoes de v&rlaa horaa. ...i

"Bernardino

raulto

erapregado

nSo

fazla aenao uaar um

era sua epoca e que, na

metodo

verdade,

era de todos^i tempos. Contain que, J^^era Atenas, DemSatenes e Deraados reanlraavara o esplrlto de aeua ouvlntea, contando-lhea a brlga aobre a aorabra do burro ou a vlagera de Ceres com a engula e a andorlnha. Maa, £, prlnclpalraente. na Idade Media, que OS

'exerapios' eai^xygrenn cm nimjo. \ ^

aflado

3a arsuraentacao. dlzla ura serraonArlo faraoao daque-

le tempo, Jacques de Vltry, nao

tera Influencla


SecQEO IV

391•

aobre oa lelgoa; e neceaa^rlo Juntar a clencla daa Eacrituras, sem a qual nao ae adlanta um paaao, exemploa anlmadorea, recreatlvoa ^ tneamo tem

po, edTflclantes. ^ que cenauram eate mode 3"e pregacao nao auspeltam doa frutoa que podem produ-

zlr). Oa aeua exemploa provlnham dos autorea antl-

gos, daa lendaa doa aantoa, daa cronicaa, doa contoa popularea, doa apologoa em clpculagao. Pelo cardter

de

.formavam

unlveraalldade proprlo a eaaa

uma

eapecle

epoca,

de fundo comum a todoa

oa

palaea da crlatandade. V£plaa colegoea tlnham aido feltaa papa uso doa pregadopea Llnguagem appopplada aa clpcunatanclaa

e ^ publlco a que ae deatlna "Eate

cpitlcado

que

modo de ppegacao populap fol aa

vezea

POP ceptoa cponiataa que ae admlpam

mongea^ ^ Idade Media nao falaaaem em

de

plena

ppaga publica, a uma multidao ainda ingenua e pu-de, com o modo doa biapoa ppegando na copte de Luia XIV. Eate Julzo ppova eatpelteza de eaplpito.

A eloquencia deve aep appopplada aa "cipcunatanclaa e ^ melhop e a que mala age aobpe o audltoplo a que ae deatlna. Opa, nunca teve a palavpa pellgloaa tanta Influencla aobre 0 povo como no tempo em

que ae emppegavara oa meloa de que flngem ae escandallzap" (PAULO THUREAU-DANQIN, Sao Bepnapdlno de

Sena, Vozea, Petpopolla, 1937, PP» 161, 165, l6F7 167,

168, 170 e 171 / Com appova^ao eclealaatlca,

23-6-1937). 124. Santa Tepeaa d'Avlla tlnha a qualldade dlatlntlva doa genloa: o uso de metaforaa e compapacoea

appoppladaa ao fltn vlaado Eacreve William Thomas Walsh:

"A admlpSvel exposlgao (de Santa Tepeaa) aobre a oragao mental e a oragao de quietude, na sua

Vlda, que conatltul a parte mala atraente

do

llvro, e tao-aomente uma dlgressao de vSrlos capltuloa. Alem de tudo laaoj (Santa Teresa) poaaul eaaa

oualldade

que_ Arlatoteles conalderava

como

claramente dlatlntlva do genlo: auaa comparagoea e

metaforaa,

tomadaa ao acaao da vlda comum de cada


392.

SecQEO IV

dia, e 1^- vezes de fatos caselros ^ dolorosos, sao verdadelramente unlcaa, Inevltfivela, dirlgldaa dl-

retamente

a

Tereaa

3e

267).

""

riieta"

(WILLIAM THOMAS WALSH,

Santa

Avlla, Eapaaa-Calpe, Madrid, 1951,

p.

425. Santo Antonio Maria Claret econtrava aempre exemploa, aemelhancas, comparacoea na natureza, que tornavam

compreenalveia oa miatTrioa da reliRiao Sobre

o eatilo do Pundador doa

MiaaionSrioa

Pilhoa do Iraaculado Coragao (Claretianoa):

aeu

"Diz uma teatemunha: 'Seu fervor evangelico, zelo sollcito pela cauaa da Religiao, conver-

tera-se nura inapirado de Deua, num improviaador admiravel que nunca eagota ^ materia, antea pelo contrArio,

aempre encontra exemploa, aemelhanqaa,

compara^es na natureza, que tornam compreenalveia ao povo 08 mla'terioa da Religiao'. "0 Claret)

proprio

P. Claret (Santo

Antonio

Maria

anota: '0 que eu obaervei e aei per expe-

riencia e que quando faco urn aermao em termoa eorrentes e simplea, acompanhando-o de algumaa compa-

racdea e exemploa e descendo ate aos detalhea, to-

do

o auditorio fica muito atento e_ aem ae canaar,

ainda que o aermao dure aate quartoa de hora, como

JA me aconteceu; mas ae alp;uma vez me sai urn perlodo longo, ae uso termoa pouco comuna ou tomo um eatilo algo elevado, vejo que oa ouvintea perdem o fio do discurso. toaaem, nao me entendem; em_ tal caso

faco-os

voltar a ai contando-lhea um

exem-

plo'" (San ANTONIO MARTa CLARET, Eacritos autobio-

graficos ^ espirituales, BAC, Madrid, 1959,

PP»

10-11 / Imprimatur: Blaaiua Budelacci, Ep. Nisaen, 9-2-1959).

^26. £ diferenca que vai entre um penaamento expreaso secamente £ outro com uma imagem... Eacreve

o conhecido filoaofo espanhol do se-

culo passado Padre Jaime Balmes (I8l0-l8il8): tro

"Entre um penaamento expreaso secamente e ou revestido de uma imagem feliz, existe a mesma

diferenga que aquela que hA entre uma bala atirada


SecQao IV

11 Ii

if

Santa Teresa d'Avila. Quadro de pintor anCniino do s^ulo XVIL Real Academia da Lingua, em Madrid.


391.

Secgao IV

com a mSo e outra dlsparada com fusil" (Apud Lecturas Graduadas — Literatura Espanola. Editorial

PTD, Barcelona, 1925, livro IV, p. 203). 127. Porque e necessArio o emprego de imagens, slmbolos e metaforas De

um

livro sobre a Filosofia

da

Educacao

de Sao Tom&s de Aquino:

"A razao pela qual e necessSrio que haja experiencia senslvel, a fim de haver ato de conhecimento perfelto, e que sem essa experiencia do mundo exterior, o eaplrito so conhece, vagamente, um

objeto, sem deterralnar-lhe as proprledades. Para que o esp£rito conhega perfeltamente alguma colsa e preclso que saiba, nao somente 'o que essa coisa e*, mas, ainda, o que faz A imaginaqao construtora

"Coisas imateriais. das quais nao possulmos imageni"^ sao-nos conhecidas, por meio da compara-

qao com os corpos^sensiveis, de que existem imagens. AssTm, concebemos a vercTade, considerando uma coisa cuja verdade contemplamos Donde, para compreendermos qualquer coisa dos seres imaterlals, devemos recorrer as imagens dos corpos, embora estas nao sejam apropriadas aos objetos imateriais.

"Compreende-se,

tancia

de

imagens,

facilmente, a grande

possuirmos imaginagao bem

impor-

provlda ^de

ou seja, bom armazenamento de

experien-

cias sensiveis

Os simbolos £ a aprendizagem "A razao pela qual o mestre 'pode levar a clencla, mals fficll e rapldamente do que qualquer

outra pessoa o poderia fazer por si mesma' e a seguinte: o mestre, tendo completado o ato de conhe-

cimento, apresenta seu conceito. por meio do sim_bolo, 'tendo palavras do mestre relagao mais dire-

ta, no despertar o conhecimento, do que os simples objetos perceptiveis, extra-mentals'. As palavras do mestre representam seus conceitos e estes sao a sabedoria distilada de um espirito que reflete• ...»


SecgSo IV

395.

Regras para a formagao de h^bltos "Prlmelramente,

quando urn homem deseja

lem-

brar-se de alguma colaa, deve langar mao de repre-

sentagoes Incomuns, pols que o Incomutn nos cHama a atengao e, portanto, produz uma Impressao malor e mals forte no esplrlto. Els al a razao de nos lembrarraos mals do que vimos quando crlangas. 0 motlvo pelo qual o emprego de tals representagoes ou

imagens

e

necessirlo e que Impressoes simples

e

esplrituais, com facllidade nos fogem da memoria, a nao ser que estejam, por assim dizer, llgadas a

alguma humano

imagem material, visto como o^ conhecimento se prende mals a obJetos senslveis. Asslm

sendo, a memoria e atrTbulda a parte senslvel

da

alma" (MARY HELEN MAYER — EDW. A. PITZPATRICK, Filosofofia da Educagao de Santo Tomds de Aquino.

Adaptagao

do

ingles por M. I. de Moraes Card.

Texto latino, traduzido e anot. por Van Acker, Li-

vraria

Editora

Odeon, Sao Paulo, 1936, pp.

l83,

198, 199, 207 e 208). ^28. Oostava de ilustrar seu

pensamento por meio de exemplos vivos e reminiscencias pessoais

De

Fons

um

livro sobre o ilustre Abade de

(Franga),

D. Jean-Baptiste

Ghautard

Sept-

(1858

1935): "Quanta vida em suas palavras! As menores ex-

pressoes tomalh na sua pronuncia um relevo, sublinhado, em caso de necessidade, por uma mimica ex-

presslva.

Dom Joao Batista nasceu orador, no sen-

tido de que ele possui o dom de conquistar seu auditorio. Tem ele para isso a preocupagao da roupa-

gem

literfiria? Modela seu pensamento em

harmoniosamente

perlodos

balanceados? Nao, por certo.

Ja-

mais Dom Ghautard parou para burilar uma frase. Teria sido mesmo uma impossibilidade para ele, em virtude da riqueza de seu pensamento, que escapa a

todos

OS esquemas. 0^ que faz sua forca. £ o movi-

mento mesmq ^ seu pensamento. Somente ^ ide^ia interessa. Ele a meditou

Ipngamente

s^ p olhar de

Deus. tile esta" penetrado deia ate o fundo da alma.

Todas suas faculdades estao conc^entradas nesse unico pensamento. Entao ele fala. E antes de tudo


396.

Secgao IV

uma exposlgao sobrla, clara, preclsa. Depols as palavras Jorram, se atropelam, repetlndo a Idela, enrlquecendo-a pouco a pouco. Ele revela sua visao Interior

em

frases bem acentuadas, diretas,

que

ele deixa freqiientemente inacabadas, para as condensar em f6rtniila8 concisas, bem cunhadas, com imagens sempre precisas. Ele gosta de ilustrar seu

pensamento, de o apresentar vivo, por assim dTzer, encarnado; £ entao urn exemplo vivido, uma lembranca pessoal, uma narragao pitoresca, uma descrlgao em alguns traqos vigorosos seguros" (ABBAYE DE SEPT-PONS,

Un Moine, Dom Jean-Baptiste

Chautard,

Abbe de Sept^on3TTl85B^1935) > Dompierre-sur-Besbre, pp.66-67 / Imprimatur: Georgius, Episc. Molinensis, 27-12-191'*). 129. A narracao de fatos e excelente recurso apologe^ico Escreve

em

suas

Memorias

o

Gardeal

Mindszenty, heroico lutador contra o comunismo:

"Ao

longo

convicgao

de meus anos de Padre, adquiri ^

de que se deve sempre apresentar os"fa

tos como argumentos por ocasiao de discussoes apo-

logeticas ou filosoficas. E por esse motivo que Juntei, durante meus momentos de descanso e nao sem dlficuldade, documentos e obras hlstoricas. Este trabalho me agradava. Ele se revelou multo util, e OS conhecimentos que adquiri me prestaram

grandes

servigos no cumprimento de minhas tarefas

e de meus deveres. Esses estudos historicos, por outro lado, ensinaram-me que, na luta das ideias,

o

racioctnlo abstrato e^ a^ teorias puras

s5o

de grande ajuda

"Fosse

na cidade ou no campo, em minhas alo-

cugoes eu fazia sempre alusao aos fatos historicos locals que me haviam contado. E uma caracterlstica bem humana que cada qual seja orgulhoso da histo-

ria

ou do passado de sua familia, de sua

cidade,

de sua aldeia natal ou de sua na^ao. 0 hlstoriador sabe que existe uma ligagao organica entre o presente e o passado das comunidades. Pode-se, pois, utilizar

a historia para despertar a

religiosa e

aprofundar a vida da fe"

consciencia

(Cardinal

MINDSZENTY, Memoires, La Table Ronde, Paris, 197**, pp. 130, 131 e 136).


SecgSo IV

397.

'JBO. ^ conversa. a grande arte de enalnar de urn ?anto;

s¥o Luis, Rel De

uma

de

Franga

hlstorla

do

grande

Sao

Lufs

IX

(121H-1270);

"A

conversa era, de modo anfilogo, sua grande

arte de enslnar^a seus fllhos. Ele (Sao Luis) os recebia de manha ou de tarde e os levava passear. Longe de proceder por melo de sermoes ou por essas

exposlgoes doutrlnSrlas que sao sempre mal corapreendldas e tacltamente mal recebldas pelas geraqoes que sucederam i nossa, ele contava-lhes historlas: eram relatos tlrados dos feltos e gestas dos Rels e Imperadores e de qutros grandes personagens aue

navlam

desempenha3"o urn papel util e benfazejo, e

que podlam, asslm, servlr de exemplo; qu de feitos dos maus condutores de povos, ou dos raaus Rels que, por seus vlcios. rapinas. avareza ou necedade, haviam perdido seu reino.

res

"Ele proprio escolhla os mestres e professode seus fllhos e acompanhava 'suas llqoes'.

Antes de se deltar —^conta Jolnvllle — fazla vlr OS seus fllhos, e entao e que desempenhava seu papel de educador paternal" (HENRY BORDEAUX,

Erecursor: Vlda, Muerte ^ Supervlvencla de San uls, Hey de Francla. Espasa-Caloe Argentina. Bue

nos Aires, pp. 30^-305).



in

Q exemQlo dg uma gida aag&a, EQC e§ctg dg auggclQC gu dg mgatcg>

i ®§iQ dg gnande gCicScla B§c§ tgcac ga cgcaggga g

aa | almas gcatlca dg bgm

''31. Conselho de Nosso Senhor: Para ser perfelto, o dlsclpulo deve Imltar o mestre

Do Evangelho de Sao Lucas:

do

"0 dlsclpulo nao e mais qua o mestre; mas to(o dlsclpulo) serS perfelto, se for como seu

mestre" (Lc. VI, MO).

'132. 0 Crlstlanlsmo se espalhou mals pelo espetaculo dos costumes crlstaos do qua pela dlscussao

Escreve

Dom

Chautard,

o

famoso

Abade

de

Sept-Pons (1858-1935): quentes dos

crlstlanlsmo propaRou-se, menos por fre^ longas dlscussoes. qua pelo espetaculo

costumes crlstaos, tao opostos ao esolsmo,

In.justlca ^ a corrupcao dos pagaos" (Dora J. bT CHAUTARD, ^ Alma de todo Apostolado, Edltora Colecao

tur:

F.T.D. Ltda., Sao Paulo, p. 114 /

Vicente

22-8-1962).

Zlonl,

B.

Aux.

-

Relmprlma-

VT

Geral,


HQQ^

Secgao IV

133. Ura gesto expreaaivo> a maneIra de fazer o alnal da Cruz, de dlzer uma oracao,

podem ter mala eflc6cla ^ Afd-rma

em

um sermSo

aeu famoao llvro A Alma

de

todo

Apoatolado, D. Chautard:

"0 ppofeaaor aem vida Interior Julga ter cum-

prido o dever, conaervando-ae excluaivamente dentro

daa balizaa de um prograjna de exame. Se

fora

interior, uma fraae que Ihe eacapaaae dos libioa e do cora^ao, uma comogao que se Ihe espelhasse no rosto, um gesto expressivo, que digo? s^ a maneira de

tes

fazer o sin^ ^ cruz, ^ dizer uma oragao

ou

depois de uma aula, embora fosse aula ^

matemStica, poderiam exercer maior eficdcia nos alunos que um aermao" (Dom J.B. ^ de

todo

Apoatolado, Edltora Colegao P.T.D., Sao

pfulo, p. im / Reimprimatur; Vicente Zioni, B. Aux. - V. Geral, 22-ti-19b2)<

113^. A pregacao pelo exemplo

hd 1^ aer aempre a principal alavanca do apoatolado Escreve D. Chautard:

"Per meio da vida interior o_ apoatolo irradia fe.

--

X preaenca de Deua nele

patenteia—se

as

peasoas que o_ ouvem«

E Deua quem fala peloa l&bios do apoatolo de vida interior

"A exemplo de S. Bernardo, do qual se disse: Solitudinem cordis circumferens ubique solus erat,

o apoatolo isola-se

das outras peasoas e destarte

logra ficar interiormente solitSrio; mas logo se gfjtreve que ele nao est^ so, que tern no coraqao um hospede misterioso e intimo, com^o qual volta a conversar a cada momento, e que nao fala senao de acordo com a direqao, conselhos e ordens dele. Sente-se que e sustentado e guiado por ease hospe

de e que as palavras saldas da sua boca apenas sao o eco fiel daa palavras desse Verbo interior. Qua-

si sermones Dei (I Fed.,

11)«

logica ^ ^ 7oF—


Secgao IV ca

401.

do8 argumentoa manlfestam-se entSo menoa que o

Verbo

Interior, o Verbum docena, falando per meio

da aua criatura. Verba quae ep;o loquor vobis. a meipao non loquor. Pater autem in me manena, Ipae

facit digo

6pera (Aa palavraa que eu voa digo, nao

{la

de mim meamo, maa o Pal que eat& em mim, ele

meamo

faz

aa obraa — Jo., 14,

10).

0 ap5atolo aero vida interior pode.intereaaar

paaaageiramente, maa "Influencia

nao d6 vida aa almaaT

profunda e duradoura, muitlaaimo

maia profunda que a admiracao auperficial ou a de-

vocao rior

paaaagelra, que g_ homem"Tem eapifTto

inte

pode excitar. Eaae pode levar o auditorio

a

dizer: laao parece verdadeiro e intereaaante. Ora, eaaa impreaaao nao paaaa de um aentimento totalmente iropotente de ai meamo para dar aa almaa uma fe aobrenatural e faze-laa viver deaaa fe.

Uma linpgiagem que fale menoa ao eapirito ®. "tsLia ao coragao "Irmao

funcoea

Gabriel, leigo trapiata,exercendo

aa

de ae^ndo hoapedeiro. reavivava a fe

de

numeroaoa viaitan^ea muito melhor do que vingarila faze-lo~irin aacerdote douto, maa cu.la linguagem fa-

laaae

maia"^ eapirito que ao coracao. 0 general

Miribel la" aa vezea converaar com o humilde frade e comprazia-ae em dizer: Venho retemperar-me na fe.

0 ato de fe nao e mero ato da inteligencia

"Amiudadaa vezea, aquelea que tem ^ miaaao de

enainar a6 veelii no ato de fe um ato de inteligencia, quando ele depende tamb^ da vontade. Eaqu^ cem-se de que o crer e dora aobrenatural e que hS um abiarao entre a percepqao doa motivoa de credibilidade e o ato definitivo de fe. So Deus e a boa

vontade daquele que e enainado logram preencher eaae abiamo; ah! maa como ajuda a preenche-lo a reflexao da luz divina produzida pela santidade daquele que enaina!


ll02.

Secgao IV

Dlscursos retorlcos nao bastam;

so a palavra do homem verdadelramente unido a Deua toca os coracoea

"Como e viva a palavra de consolaQao do homein

que» sera mentlr,

pode apllcar a si mesmo o Nostra

conversatio in coelia eat (A noaaa converaagao ea-

TS. nS ^ua, Filip. 3, 20)! Outro qualquer, com

maia fraaea e retorica, pode falar daa ^le^riaa da pfitria

celeste; aeua diacuraoa aerao, porera,

frutuoaoa:

in-

ao paaao que uma so palavra do primei-

ro, palavra convincente e reveladora do eatado de alraa daquele que a pronuncia, baatarS para acalmar esaa perturbagao, aliviar easa triateza, fazer aceitar com reaignagao uma dor pungente. E que a virtude da eaperanga, do homem interior, paaaou irresiativelmente para uma alma que Jamaia talvez fosse acalentada por eaaa virtude e que ae iria abiamar na deaeaperanqa

"Tranafigurado pelo amor divino, o apoatolo atrairS aem eaforqo a aimpatia daa almaa: In bonitate et alacritate animae auae placuit T^gradqu

por causa da sua re e da aua manaidao, Kcli. ^5, 5,

4). As auaa palavraa e oa aeua atoa aerao repaaaadoa de bondade, dessa bondade desinteresaada, que nao ae assemelha aquela que e inapirada pelo desejo da popularidade ou pelo egoiamo sutil

aea

"Numa palavra, a bondade torna-noa como deuuna para oa outroa. E a manifestaqao deate

sentimento noa'homena apoatolicoa que Ihea atrai oa pecadorea e que deata aorte concorre para a sua converaao

Oa exemploa arrastam

"A

pregacao pelo exemplo h£ ^ aer aempre

a

alavanTa principal. poia ao exempla trahunt (os exemploa arrastarn). Conferenciaa» bona livroa, im-

prenaa

criata

¥ oa proprioa aerrooea

excelentea,

tudo deve gravitar em redor deate programa funda mental: Organizar o apoatolado entre ^ povo pelo

exemplo de criataoa fervoroaoa, que fazem reviver a Jesus Criato, exalando o perfume de auaa virtudea*

••••


Secgao IV

403.

Nao basta enslnar a evltar o mal;

e preclao mostrar a pritlca do bem

"'Qual e esta rellglao capaz de nar, fortlflcar e Inflamar o coraQao clamaVam oa pagSoa extaaiados diante Ihoaoa efeltoa que conaegulu produzlr

aaalm llumihumane?' exdoa maravla llga t&ci-

ta da a^ac pelo bom exemplo.

"A forga deata llga que exiatia entre oa primeiros

criataoa nao provinha certamente da

prStica do doa

unica

decllna a malo (Salm. 36). A abatengao

atoa condenadoa pelo Dec^logo nao teria

capaz

de

aido

gerar, .juntamente com ^ admiracao,

energico e poderoao

deae.lo

tudo,

ao

hunt.

Era "~3e miater todo o brilho

fac bonum que ae prende o exempla

eyangelicaa, tala

o

de imitar. E antea de

daa

tra-

virtudea

quaia o Sermaona montanha

aa

tinha propoato ao mundo" (Dom J.B, CHAUTARD, A al ma de todo Apoatolado. Editora Colegao P.T.D., 5ao Paulo, pp. 118 a 120, 122-123, 149-150 / Reimprimatur:

Vicente

Zioni,

B.

Aux.

V.

Geral.

22-0-1962).

435. Uma teoria que nao foaae confirmada pela vida do meatre tornar-ae-ia inutll

Afinna

Dora Ildefonao Herwegen OSB, Abade

de

Maria-Laach (Alemanha):

"Maa toa

oa coracSea duroa e^ oa eapiritoa incul-

devem aer convencidoa do valor eterno da

lei

divina por meio do exemplo do pai. 0 que e contrario a palavra e ao mandamento de Deua, reconhece-

-se

de

meamo

antemao, porque o abade o condena^ e

ele

nunca o faz. 0 reaultado da doutrina minia-

trada pelo abade deve aer, pois, antea de tudo, aua propria vida. ^ pedagogia antiga, aegundo a qual

a acao deve ae manifeatar pelo exemplo. con-

aerva

era S. Bento toda a aua for^a. O exemplo

do

abade tem de refletir a verdade plena e total. Uma teoria

tre da

ique nao foaae confirmada pela vida do mea

tornar-ae-ia in'util e levaria ao

aolapamento

vida monaatica. A boa doutrina do abade

entao deamentida peloa atoa de aua vida"

aeria

(Dom IL-

DEPONSO HERWEGEN OSB, Sentido e Eapirito da Regra de Sao Bento, Edigoea "Lumen Christi", Rio de Ja-

neiro, 1953, p. 73 / Com aprovagao ecleaidatica).



Secgao IV

1105.

136. Toda a pedaRORla dos antlRoa baaeava-se no exemplo e na Imltagao

Uma gra

de

vez mala o llvro sobre o Eaplrlto da ReSao Bento, pelo Abade de Marla-Laach,

Alemanha:

"A obaerv&ncia da Regra, que tern

na

Igual

valor para todoa ('communla') e a lei bfialca da existencia doa moatelroa. 0 exemplo doa mala ve-

Ihoa,

ao contrfirlo, parece antea aer um

eatlmulo

aubjetlvo, aem obrlgatorledade. E contudo, toda a pedagogia doa antlgoa — flzemoa mengao dlato — baaeava-ae no exemplo e na Imltagao. Tambem pa

ra

o Crlatianiamo, ja imlta^o de Crlato tornou-ae

princlpio educacional. Com a_ exortagao 'Imltatorea mei eatote^ alcut et ego Chriati' (1, 1^1 TY

que

PsLUlo repete por duaa vezea

Eplatola

na

primelra

aoa Corlntioa. o que ele quer e

educar.

como meatre, oa aeua diacrpuloa, aegundo o^ proprio modelo,

de tal modo que ae conformem ao

exemplar

do meatre. Ser imitador de Crlato fol tambem, dea-

de

o

Inlclo, o aentldo do eatado raonSstlco.

Por

Isao oa antlgoa mongea aao oa modeloa doa mala no-

voa. Aa relagoea de meatre e dlaclpulo conalstem neata reclprocldade" (Dora ILDEPONSO HERWEGEN OSB,

Sentldo e Eaplrlto da Regra de Sao Bento, Edlgoea "Lumen Chrlatl", Rio de Janeiro, 1953, p. 137 / Com aprovagao ecleal^atlca). 137. 0 dever eaaenclal do Geral da Companhla

e ^ govern&-la pelo exemplo de sua vlda Enalna Santo InSclo de Loyola: "0 dever eaaenclal do Geral nao e pregar, nem confeaaar, nem fazer qualquer outra colaa aemeIhante... maa governar todo o corpo da Companhla

Ele cumprlr6 eaae dever aobretudo pelo peao e

o_ exemplo de aua vlda, por aua carldade, aeu amor pela

Companhla

em Crlato Noaao Senhor,

por

aua

oragao continue e chela de deaejos, e por auaa mlaaaa, que Ihe obterao a graga deata conaervagao e

deate creaclmento. Porque eataa colsaa que

pode

fazer por al mesrao, aao aa que deyem aer

ele

aa

mala precloaaa aeua olhoa, e naa quala el^deve ter mala conflanga no Senhor, por elaa aao aa mala

eflcazea que

para

obter gragaa da Majeatade

HTvina.

Ela ao pode noa dar tudo que pedlmoa"

LOYOLA, L'honneur et service de

(Saint

IGNACE

DE

Textea

et temolgnagea recuelllla par le Pere Paul

Dleu,


H06.

Secgao IV

Doncoeur, A L'Orante, Paris, matur: Parlsiis, Tr^l9l3).

Carolus

P» l68 / ImpriDelouvrier,

v.

g.,

H38. Nosso alatema de educagao repouaa

primordialmente aobre a efic^cia da virtude De um livro aobre a pedagogia doa Jeaultaa: "'0

a

forma

educador — eacreve Sacchlni — deve aer

exemplar de todaa aa virtudea. Mas

porS

todo o empenho em sobreaaair naquelas virtudea que

as criangaa tern maior neceasidade de imitar; a sa ber, uma castidade angelica, a modestia, a reser-

va,

a mansidao, uma suave gravidade, a pureza

de

costumes, a urbanidade nas relagoes familiares, sem rudeza nem afetagao. A palavra e o gesto, sua atitude e seu rosto, toda a sua conduta devem se conformar com aa regras da modestia e do decoro.

Deve poder aervir de modelo, de modo que a simples vista do mestre enaine ao diaclpulo a doutrina das virtudea•.

"Bates documentos de Sacchini foram repetidoa

freqiientemente pelos autores que o seguiram. Diz o Pe.

Judde;

'Tudo o que possaia dizer aos

alunos

nao causar^ neles impressao alguma, se^analisando vossa conduta, corao nao deixarao de faze-lo, vem o contrfirio do que Ihes ensinais. ^ criangaa aprendem maia pelos olhoa que peloa ouvidoa. Que elaa voa vejam muito recolhidos na Igreja e que vosso aapecto nunca permita que eles duvidem de que rezais, que, em claaae, voaaa aplicagao em inatrui-los inspire nelea diligencia pelo estudo. Fazei-os

reapeitar aS coisaa de Deua pela maneira aem-

pre

respeitoaa

de falar delas; inspirai nelea

a

mansidao por meio de vossa paciencia e equanimida-

de; dade tos; cha.

a modestia, com voaao comedimento; a afabilie bom comportamento com vossos modos honeso horror ao pecado por uma conduta sem manNao o conseguireis nunca ae nao sois de ver-

dade tal como quereis parecer. Nao e posalvel fingir por muito tempo; um momento que se entregue a aeu

natural,

tornaria manifesto o que por

muito

tempo terleis procurado disaimular. Deveia aer o anjo de vossos alunos; horrenda coisa se fordes demonio

para

eles. Antes ser langado ao mar

com

uma roda de moinho ao pescogo, do que escandalizar

a

um destea pequenos, prediletos de Deus!

Quanto


SecQao IV bem nao pode fazer urn Inspetor cujos alunos possam dlzer: 'Nosao inspetor e um aantol' (Instruccion

para loa profeaorea J[6venes). "Os Qeraia da Companhia nao tern cessado de reeordar, era todaa aa epocaa da hiatoria, que noa30 aistema de educagao repouaa, primordialmente,

aobre a eficdcia da virtude" (P. CHARMOT SJ, La pedaKOgia de loa Jeauitaa, aua principioa, au actualidad, Sapientla S.A. de Edicionea, MacTrid,

1952, pp. 285-286 / Irapriraatur; Joae Maria, Obisp. aux. y Vic. General, Madrid, 1-5-1952).

A39* 0 raaia belo enainamento brota da contemplacao da aantidade

Da carta de aprovagao ao livro de Johannes Joergenaen, aobre Sao Francisco de Aasis, escrita em norae de Sao Pio X, por aeu SecretSrio de Estado, o Cardeal Merry del Val: "Depoia, Sua Santidade apreciou particularmente o intento que V. S. colimou com ease aeu

trabalho, trabalho rico de predicadoa artlsticoa e de

variada erudi^ao, isto e, o intento de visar a

ura

resultado prfitico, a um enainamento moral, en-

quanto arte.

belo

com grande cuidado atendia a fazer obra de Certo

que nao pode haver enainamento

e_ eficaz do que o, que brota da

do genio e da santidade sublime"

maia

contemplacao

(Card. MERRY DEL

VIL, in 5ao~Pranci3co de Asais de Johannes Joer genaen, Vozes, Petropolia, 1957, p. 6 / Com aprovaQao eclesiAatica). ^1^0. Nao viam Cristo, a Igreja e a doutrina aenao atravea de aua mae, Catarina De

uma

vida

de

Santa

Catarina

de

Siena

(13^7-1380); "Neatas diaclpuloa

condicoes, nao e ^ espantar que

os

faacinadoa nao viaaem Cristo, a IgrejSL

e_ ^ doutrina 3enao~atraves de sua maeT Catarina (Santa Catarina de Siena) e para elea o prisma onde a Revelacao ae concentra, a mulher prodigiosa

cujo contacto torna~claro o que a fe ensina obacuramente.

Perto dela, a alma se aquece e sente, no


108.

Secgao IV

aconchego,

coisaa

como

a doQura de Deus. A sua voz,

penoaas tornara-ae f&ceia, as paixoes

as

per-

turbadoraa parecem urn aonho do qual ae acorda, a mortlfIcaqao, a pobreza, as mala austeraa virtudes coruacaro.

"Depoia, quando Catarina oa deixa, elea fleam deaamparadoa: procuram unlr-ae mala para relembrar aa

llcoea

de aua mae. maa, apeaar de

tudo,

aeu

fervor balxa. Entao tomam a pena e Ihe eacrevem.

"'Paga

aaber a noaaa raSe que n6a noa relaxa-

moa

um pouco; eu gqstarla multo que ela noa deaae

uma

regra

quaTquer a qual noa obedeceaaemoa

por

causa dela. Noa poderlamoa, ern aeu nome, noa reunlr em certos momentoa determlnadoa. Pega-lhe tambem para noa eacrever algumaa vezes e nao esquecer

suas

ovelhas deagarradaa' (Carta de Crlstofano dl

Gano a Nerl dl Landocclo, em Roma)" (Chanolne JACQUES LEGLERGQ, Salnte Gaterlne de Slene. Cathollque Romalne. Gasterman, Parla, 2a. ed., 1917).

111. Na India, naa Molucaa. no Japao

agla a peraonalldadT^e Sao Francisco Xavler Gomenta

ura

livro sobre o Apoatolado de

Sao

Francisco Xavler na Asia:

"Ignoramos o que Francisco Xavler respondla a essas

questoes

que

alnda nos preocupam

a

nos.

homena do seculo XX, como preocupavam os Japoneaea Intelectuals do seculo XVI. Sabemos, porem, o que expllcava aos seus Interrogadores: que a terra e

um

globo,

neve,

expllcagoes mos dos

vla,

que o relAmpago, o trovao, a chuva,

a

nao sao colsas sobrenaturals; que hA multaa

fislcas para esses fendmenos. E pode-

presumlr que tambem Ihes falaase da Europa, europeus e das suas condlgoes de vlda. Toda-

a_ semelhanga do que ocorreu na India e

nas

Molucas, no Japao agla Igualmente. imo a doutrlna. mas -se

a personalldade de Francisco Xavler. Passaraquase um quarto de seculo, antes que ele pu-

desse Impor-se; mas depols aflulram-lhe proselltos em magotes: gente da nobreza, Intelectuals, sim ples burgueses, vagabundos, tanto que o numero de les sublu em breve a uns qulnhentos" (PAUL HER

RMANN, A Gonqulsta da Asia. Boa Leltura S.A., Sao Paulo, p. 2137)

Edltora


Sec^So IV

1409.

'4'I2. Sao Pedro Crlaologo: A doutrlna enalnada

com a voz e crencia; aquela enalnada com oa fatoa e virtude

De uma vida de Sao Benedito (1526-1589): "Terminado o trienio de Guardlao, foi o Santo

(Sao

Benedito) elelto Vigfirlo e depoia Meatre doa

Clerigoa e doa Novigoa. Nao noa deteremoa aqui em repetir auaa virtudea exercitadaa em outra fungao.

Elaa aao, em ultima an&liae, aa meamaa que o acompanharam no oflcio de Guardiao. Todoa o conaidera-

vam e

como vigilantlaaimo nos aeua novos cargos, particularmente em guiar aquelea Jovena, Cleri

goa ou Novigoa, pela eatreita e dapera via trilhada outrora pelo SerSfico Patriarca. Para que eatea correaaem

vigoroaamente pelaa pegadaa da mortifi-

cagao e da penitencia, nao era neceaaSrio o emprego de eatimuloa vivazea, baatando apenaa o exemplo do Santo Meatre; poia, como diz S. Pedro Criaologo, o enainar com oa fatoa e a unica norma da dou trlna;

porque

a

doutrlna enalnada com a

voz

e

ciencia; porem, aquela enalnada com oa fatoa ? virtude.

Regra,

Nelese via a obaervancla Incorrupta

da

a

exata obedlencla a qualquer vontade

do

Superior"

(GIUSEPPE CARLETTI ROMANO, Vita dl

S^^

Benedetto, Preaao Antonio Pulgonl, Roma, lb05T PP* 39-'*0

Ord.

7~ Imprimatur: Pr. Thomaa

PraeTT Sacrl Palattl

Vlncentlua

Apoatollcl

Panl

Maglater,

3-8-1805). il'13. Sao Luia Gonzaga aprendeu mala em poucoa dlaa de convlvencla com o Padre Peacatore, do que em multoa meaea de novlclado

Gonta

o

Padre Vlrglllo Geparl (1563-1631),

Jeaulta, blografo e promoter da Gauaa de Ganonlza-

gao de Sao Lula Gonzaga: "No camlnho rezou (Sao Lula Gonzaga) aempre o oflclo com o Padre, e teve com ele largaa prStlcaa

eaplrltuala, propoa-lhe vSrlaa duvldaa, e procurou enrlquecer-ae com oa avlsoa e documentoa que recoIhla de aua boca.

"0 Padre, aabendo que aeroeava em boa terra, abrla-ae com prazer, e comunlcava-lhe oa aegredos

da vlda eaplrltual e a prStlca adqulrlda em tantoa anoa de Reltor e de Meatre de novlgoa


^110.

Secgao IV

"No flm da viagem dlsse aos companhelros, que aprendera mals naquelea poucoa dlaa de continua

convlvencla ^ largaa pritlcaa com o Padre, obaervando-lhe m agoea e o mode de tratar com oa aecu-

Jlarea.

que

em multoa meaea de

novlclado"

(Fe.

VIRGILIO CEPAHI SJ, V^^^ de S. Luiz Qonzaga, da Companhia de Jeaua. Offlclna Pollgrafica Editrlce, Roma, pp. 217-218 / Com aprovagao eclealfiatlca).

'I'I'I. "Infundla em noa a eaperanga e a coragem de o Imitarmoa"

Diz

Dom Cagllero, dlaclpulo de Dom Boaco que

chegou a aer Cardeal: "Eu

e todoa oa meua companheiroa nutrimoa

convlcgao

Intlma

de

que o noaao caro

Pal

a

(Sao

Joao Boaco), embora cioaamente ocultaaae no exte rior aa auaa mortificagoea, abatinenciaa e penitenciaa, a ponto de noa parecer a aua uma virtude

ordinirla

aem

e comum a qualquer aacerdote

atemorizar a ninguem, muito pelo

Infundindo tarmoa,

exemplar,

contr^rio,

em noa £ eaperanga ^ coragem de o imi

contudo,

tendo-ae em viata a

sua

saude

abalada, oa deagoatoa Intimoa, o deaapego doa bena terreatrea, a pobreza rigoroaa, eapecialmente noa primeiroa vinte e cinco anoa do Oratorio, a eacaa-

aez

da

alimentagao, a privagao de

confortoa

e

diveraoea

e,

paaaeioa',

de

aobretudo," ;"*03 ,.aeua

conatantes trabalhoa fiaicoa e moraia, 'podemoa afirmar, com plena convlcgao, que Dom Boaco viveu a vida conatantemente mortificada, apanHgio"daa almas que atingiram a mala alta perfeigao e santidade. Todas esaas mortificagoea eram nele tao f£ceia e naturals que nos levaun a persuasao de que o

servo de Deus possuia a virtude da temperanga, em grau heroico" (Marques FELIPE GRISPOLTI, Dom Bosco, Livraria Salesiana Editora, Sao Paulo, la. ed., 1915, p. 243). 445. "Seus companheiros viam nele a regra viva"

De

um livro sobre a vida de Sao Charbel

Ma-

kluf, monge llbanes da Ordem Maronlta (I828-I898):


M m.

j"k»' j

*

Sao Charbcl Makluf "Durante clnco anoa ele

val

(Sao Charbel Makluf)

aprender como esta santidade se forma e

como

ela se exprltne. Basta ver como vlve o_ Padre Nehmatallah 1-Hardinl, religio^o_ reputado por sua vlrtude e qua seus contemporaneos chamavam J§. de 'o santo de Kfifan'.


412.

Sec^ao IV "0 Padre Hardlnl era um desses monges que lam

ate

a verdade com toda aua alma. Esta verdade es-

tava contida na Regra monfistica e e porque ele Ihe era

fiel ao ponto que seus companheiroa viam nele

'a Regra viva*" (P. PAUL DAHER, Charbel, un homme ivre de Dieu, Monaatere S. Maron D'Annaya, Jbail, Liban, pp. 75-76 / Imprimatur; imprima N. Stfeir, Vic. Pat. Maronite, Bkerke, l7-b-65). A Igre.la aparecia-me como qiie concretizada neaae digno miniatro em comunicacao com aeu Deua Conta D. Chautard um fato de aua vida:

"Sendo eatudante numa eacola univeraitSria, e aubtraldo a toda e qualquer influencia clerical, por acaao tivemoa enaejo de ver, aem que ele o no-

taaae, um aacerdote rezar o aeu breviirio. Poi uma revelaqSo para noa a aua atitude cheia de 'reapeito e de religiao e imenaamente aentimoa deade entao manifeatar-ae em noa a neceaaidade de orar, e de orar procurando imitar eaae aacerdote. Igreja aparecia-noa como que concretizada neaae digno mi

niatro ^ comunicaqao com aeu iJeua^ [Dom J. "B". CHAUTARD, k Alma de todo Apoatolado, Editora Cole-

5ao P.T.D., Sao Paulo, p. 223 / Reimprlmatur: Vi cente Zioni, B. Aux. — V. Geral, 22-o-19b2). 'I'll. Outro teria falado com maia brllho, maa o que penetrava oa coracoea eram auaa palavraa cheiaa de ungao

Narra

um

(1868-19'17),

antigo

Jeauita

aluno

do

Pe.

falecido no Rio

Sul, em odor de aantidade:

Reua

Grande

do

'

"Nas aulaa de religiao, o Pe. Reua nao falava com retorica nem com auperlativoa. Qualquer outro teologo teria, talvez, falado com maia brUho ex terior

do

que ele. Porem, o que noa penetrava

o

coragao, er^ suaa palavraa quentea, cheiaa de ungao,

traindo a intima familiaridade que

mantinha

com o ceu** (Pe. LEO KOHLER SJ, Biografia completa P. Joao Baptiata Reua, SJ, Livraria Selbach &

Cia.,

Porto Alegre, 1950, volume II, p. 178 / Im-

primatur: 26-1-1950).

Mona.

A.

Pedro

Prank,

Vig.

Ger.,


^112.

Secgao IV "0 Padre Hardlnl era urn desses monges que iam

ate

a verdade com toda sua alma. Esta verdade es-

tava contlda na Regra mondstlca e e porque ele Ihe era

flel ao ponto que seus companhelros vlam nele

*a Regra viva'" (P. PAUL DAHER, Charbel, un homme Ivre de Dieu, Monastere S. Maron D'Annaya, Jbail, Liban, pp. 75-76 / Imprimatur: imprima N. Stfeir, Vic. Pat. Maronite, Bkerke, 17-0-65).

^16. A Igreja aparecia-me como qiie concretizada nesse digno

ministro em comunicacao com seu Deus Conta D. Chautard um fate de sua vida:

"Sendo eatudante numa escola universitAria, e

subtraldo

a toda e qualquer influencia

clerical,

por acaso tivemos ensejo de ver, sem que ele o no-

tasse, um sacerdote rezar o seu breviArio. Poi uma revelaqSo para nos a sua atitude cheia de 'respeito e de religiao e imensamente sentimos desde entao manifestar-se em nos a necessidade de orar, e de orar procurando imitar esse sacerdote. Igreja aparecia-nos como que concretizada nesse digno mi

nistro

e^ comunicagao com seu Pe^ui^ (Dom J. B.

CHAUTARD, A Alma de todo Apostolado, Editora Cole-

gao F.T.D., Sao Faulo, p. 225 / Reimprimatur: Vi cente Zioni, B. Aux. — V. Geral, 22-o-19b2). 4^7. Outro teria falado com mais brilho, mas o que penetrava os coracoes eram suas palavras cheias de uncao

Narra

um

(1868-1947),

antigo

Jesuita

aluno

do

Pe.

falecido no Rio

Sul, em odor de santidade:

Reus

Grande

do

'

"Nas aulas de religiao, o Pe. Reus nao falava com

ret6rica nem com superlativos. Qualquer outro

te6logo terior

teria. talvez. falado com mais brTTho ex do

que ele. Porem, o que nos penetrava

o

coraqao, eryn suas palavras quentes, cheias de unoao, traindo a intima familiaridade que raantinha com o ceu" (Pe. LEO KOHLER SJ, Biografia completa P.

Joao

Cia.,

Baptista

Reus, SJ, Livraria

Selbach

&

Porto Alegre, 1950, volume II, p. 178 / Im-

primatur: Mons. 26-4-1950).

A.

Pedro

Frank,

Vig.

Ger.,


IV

Q metgdo dos aantga: gaobac ga Qocaggea Ei^a gagbac aa almaa

'4^8. 0 coragao a Deua pertence Maxima de Sao Joao Bosco no seu Idedrio Pedagogico:

"A

educagao e uma empresa de coragoes,

e do

coragao so Deus e dono" (Biografia Escritos de San Juan Bosco, Biblioteca de Autores Cristianos,

Madrid, 1955> p. ^68 / Imprimatur; Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral., Madrid, 13-5-1955). '♦^49. Santo In^cio, para 'implantar nas almas

de seus fi'lhos a perfeigao, ganhava-lhes o coracao Refere o conhecido historiador dos primeiros Jesuitas, Padre Pedro de Ribadeneyra:

nosso

"Muitos e variados eram os modos que tinham bera-aventurado Pai para implantar nas almas

de seus filhos a perfeigao e tudo o que desejava. Mas o principal era ganhar-lhes o_ coracao com urn amor suavissimo e dulcissimo de pai. Porque verdadeiramente

ele

o era para com todos os seus

fi

lhos; e como cabega desse corpo, tinha particular cuidado de cada um de seus membros; e como raiz dessa planta, comunicava seiva e vida ao tronco e

a

todos OS ramos, folhas, flores e frutos que ha~


Mil. via

Secgao IV nela, segundo aua neceaaidade e capacidade: e

iato por modoa adrnirfiveia, doa quaia referirel alguna aqui. "Primeiramente, recebla com grande afabilida-

de

e tratava com maravilhoaa benignidade ^ todoa

oa aeua auditoa quando o procuravam. E para conhe-

^-loa

e dar-lhea prazer, fazia com que todoa co-

meaaem com ele algumaa vezea, ate oa irmSoa coadJutorea, o cozinheiro, o porteiro e oa que ae ocu-

pavam doa oflcioa mala baixoa da caaa. "Segundo,

concedia-lhea q que pediam

quando

nao havia Inconveniente, ou por parte da coiaa, ou por parte delea.

"Terceiro, para que eatimaaaem mala o que Ihea concedla (ae a peaaoa era de alguma qualldade), propunha-lhe aa razSea que tlnha para o poder negar; maa acreacentava que todaa elaa nao peaavam

tanto como o deaeJo que tlnha~9^dar-lhe contentamento.

"Quarto,

quando

oa Inconvenlentea eram

tao

grandea que em Juatlga nao ae podia conceder o que era pedldo, negava-o, maa com tanta eacuaa, que o mearao que o havla pedldo, fIcava perauadldo da boa

vontade do Padre, e da Impoaalbllldade ou Inconvenlencla da colaa.

"Qulnto, Jamala dlaae alguma palavra InJurloaa nem azeda a uma peaaoa que repreendeaae, chamando-lhe de aoberbo, deaobedlente, ou de outro nome aemelhante" (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola. In Hlatorlaa de la Contrarreforma, BAG. Madrid, 19M5,

MO7 / Imprimatur; Caalmlro, Oblapo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19M5).

M50. Como fazlam oa Jeaultaa para veneer a Inapetencla

de

certaa crlangaa para a

atlvldade

Intelectual? Entre outraa colaaa, buacavam adqulrlr a eatlma £ fazer-ae amar peloa alunoa De um llvro aobre A pedagogla doa Jeaultaa:

"A dorea

queatao que preocupava oa Jeaultaa educaae

punha

neatea termoa:

como

dlapor

aa

crlangas para que gostem da vlda Intelectual? como veneer a Inapetencla de tantoa?


SecQao IV me

'415.

"A soluQao que adotaram abarca uma serle los, dos quais so vamos enumerar algune

de

"I. AdgulnlE a gfitlma. — A Companhla pede aos profesiores que se faqam estlmar lealmente pelos alunos. Nao se trata apenas de ser respeltado,

temldo,

obedecldo,

nera alnda de ser

vlsto

corao

mestre competente, mas tambem de seduzlr os finlmos com

a aureola

nence «

de' um

valor

profissional

emi

•..»

'A

autoridade a que o professor tem

dlrelto

em virtude de seu tltulo nao basta — diz Juvencio

—; e

preciso acrescentar a que se adquire

personalidade

pela

'

Eazen-ae amaE. — o segundo meio e

ga-

nhar o coracao dos alunos. .... 'Para aer utll aos

hereges de nosso tempo — escreve o Pe. Pabro ao Pe. Laynez — e mister que eles nos fiquem afeicoados e que se ganhe sua conflanQa e seu afeto' (Pe. A. MAUREL, Vie du P. Pierre Lefevre, Briday, 1873, p. 126). SarTFoTnlCcio, Sao Francisco Xavier e todos OS demais repetisun o mesmo conselho. Com as

criancas, este metodo e certamente mais eficaz

que com os hereges. Nao so obedecem cegamente ao mestre a quem amam, mas tomam in conscientemente tudo o que Ihes agrada nele, inclusive seus peque-

nos gestos" TTraor pares aut invenit aut facit. O mestre amado> sempre terA .razao; o mestre detesta— do. serl criticado sempre. '0 amor — escreve o Pe\ Le Gaudier a proposito da autoridade dos educadores

amado

causa a uniao das vontades; o

que

possui d.e-certa maneira ao que o ama;

e

pode

inclinar-se a qualquer lado segundo seu gosto; por

este raotivo, quando queremos governar com efic&cia e

suavidade as vontades humanas, divemos

comecar

por ser ama?os^ (be uaudier, c. VIIT^ "Este poder do amor sobre os

Julzos das crianqas estd fora de discussao. Os_ alunos que tem uma como que veneracao afetiva para com seu pro fessor. adotam suas maneiras de ver e, sobretudo,

as que Ihe sao mais pessoais

Com razao pode-

mos concluir com toda a certeza que o mestre pode comunicar infalivelmente aos alunos-seus criterios

Q

de

seus gostos, com a c^ndicao de que Ihes inspire antemao

uma

verdadeira adesao a

sua

pessoa

^ACCHINI, Paraenesis, c. VI)" (P. P. CHARMOT, La


Ul6.

Secgao IV

pedaKORla de loa Jeaultaa, aua prlnclploa — 3U actualldad, Saplentla S.A. de Edlclones, Madrid,

1952, 25^ a 256 / Imprimatur; Joae Maria, Obispo Aux. y Vic. General, Madrid, 1-5-1952).

1151. "Deua ordena que me queiram bem"

De uma vida de Sao Jo5o de Cruz (15'*2-1591): "As

freiras

acabam aeKUindo cegamente

auas

indica^es^ nao sabem o que tern as palavras ^ o acento da voz de frei Joao (S. Joao da Cruz), mas nao ha quem Ihe resista. Em certa ocasiao pergunta-lhe admirada, uma delas: '0 que fazes a estas

freiras,

que logo fazem o que queres?' .

Deus

quem faz tudo — responde — ^ para isso ordena que me queiram bem'" (CRISOGONO DE JESUS CCD, Vida

de ^n Juan de la Cruz, in Vida ^ obras de San Juan de la Cruz, BAC, Madrid, 5a. ed., 196II, p. 99 7 Tmprimatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964).

452. Amar os .jovens e fazer-se amar por eles: a maneira propria de educar dos Santos

Da

biografia de Sao Joao Bosco (I815-I888),

fundador

dos Salesianos, traduzida pelo Arcebispo

de Belo Horizonte:

"Nos primeiros tempos do Oratorio, todas as tardes, depois da ceia podia-se observar urn quadro realmente comovedor, na sala era que Dom Bosco em

companhia

de

refeigao.

Como chegava geralmente era atraso,

Bosco

tinha

seus auxiliares toroava sua que ficar para sair tambem um

modesta

Dom

pouco

depois dos outros. Os meninos sabiam disto: e comprimindo-se em dois grupos de um lado e do outro

da porta, aguardavam & minima interrupgao na salda dos Superiores para se introduzirem impetuosamente no refeitorio. Os diabretes ocupavam todos os can

tos

da sala, e uma vez tomado o lugar, se coloca-

vam nas posturas mais variadas e all ficavam ^ gozar da presenqa do Pal.


SecgSo IV

^117.

Sentados. de pe, de Joelhos, sobre os bancos. em clma ou embalxo daa mesas.*.

Os prlmelros a entrar, — como e evldente — aglomeravam-se ao redor dele, ficavam-'lhe bem pertlnho.

vam

tao perto que se podia dizer que Ihe toca-

OS ombros com as cabecas; outros ficavam logo

atrfis, apoiando-se com os cotovelos ao espaldar da cadeira.

Bom numero deles, com um deserabara^o es-

pantoso, tomavam de assalto todaa a^ mesas e nelas se

instalavam como numa posicao conquiatada;

sentados

com

as pernas cruzadas, outros de

uns

joe-

Ihos, um pouco mala atrfis, outros enfim de pe. Enquanto

isso, alguns tomavam os bancos, dispunham-

-nos ao longo das paredes ^ subiam em cima. Os ultimos a chegar se apinhavam nos espaqos que sobravam entre as mesas e os bancos. E ninguera mais, dir-se-ia,

podia entao aproximar-se do

carinhoso

mestre... Nao e verdadel ^ mais pequeninos enfiavam-se

por debaixo da mesa. ^ de improviso

emer-

giam ^ escuro suas cabecinhas travessas bem pertinho de Pom Bosco, o qual nao podia Seixar de sorrir

a essa aparigao atrevida. Que quadro mara-

vilhoso essa penca de coraqoes bem Juntinhos ao redor do pai! Nao e isso ao pe da letra o que estfi imortalizado no verseto do salmo: 'Filll tui sicut surculi olivarum circa mensam tuam'l *Teus filhos

rodeiam-te a mesa como tenras plantazinhas de oliveira?'.

0 bom pai narra um lindo conto. relembra uma curiosidade historica.

propoe "um problema...

Sem duvida nao sao observadas todas as regras de

urbanidade

nesse assalto impetuoso dos

cora-

qoes; ma^ nenhum de^ses meninos falta ao respeito afetuoso para com Pom'~Bo3co. Quando ele faz slnal que vai falar, cessa iraediatamente todo o barulho e, no meio do silencio geral, g ^m pai narra um lindo conto, relembra uma curiosidade histbricaT

propoe

OS

um problema, faz perguntas. e sua

palavra

conserva encantados ate a hora em que o

cfando

sino,

o sinal para as oraqoes da noite, obriga-os

a separar-se com pesar. Essa e a maneira de educar propria dos santos


Hl8.

Secgao IV

Todos querem fazer-se ver, recolher alp!:uma de suas palavraa ou utn de aeua aorrlaoa

Quando aal da aacrlatla aao quaae nove horaa.

0

recrelo eatfi no auge. Apenaa pa menlnoa o_ dlvi-

sam,

correm em tropel ao encontro dele,

o_

pri-

melpo contato famlllap doa fllhoa com o^ pal. E uma cena aubllme. Todoa a'popfla quepem eatap peptinho dele. Oa pplmelpoa que chegam Ihe beljam a mao e fleam apeptadinhoa Junto dele, auapenaoa ^ aeua

bpagoa, famlliapmente como eatfi peppeaentado tao bem no motivo ppincipal da eatfitua que ae epgue na fpente da.igpeja de Noaaa Senhopa Auxiliadopa. Oa que chegam depoia, ae eafopqam papa vapap o cacho

humano que ae avolumou papidamente e quepem fazepvep, quepem pecolhep alguma de auaa palavpaa,

-ae

uriT" aeu soppiao, quepem aentlp ^ Ho^cupa de aua mao e~ pouaap-lhea na fponte ou noa ombpoa. Oa ultimoa ^nfim ae apinHain ao pedop deaaa maaaa ondulante

que de imppoviao deixou de gpitap e cantap^ E, caminhando

lentamente, poia que a aglomepagao e tao

ceppada que Ihe embapga o paaao, Dom Boaco vai fa-

lando. ^ eate diz uma palavpa afetuoaa, aquele faz uma

pepgunta,

a um tepceipo lanqa um

olhap

que

algnlflea um~[nun?o"^e colaaa, ^ um quapto auaaurra ao ouvido um conaelho ppecloso Uma imenaa o.vagao o acolhia

"E, pecippocamente, quanto o^ amava ^ Juventude! 0 domlnio de Dom Boaco aobpe oa Jovena epa doa

mala podepoaoa que ae tenham conhecido. Quando em qualquep momenfo da pecpeaqao, apapecia Dom Boaco na vapanda ou no~Timlap da popta de" entpada, & ppinclpio acolhiam-no com uma imenaa ovaqao, de poia todoa ae ppecipitavam papa ele. Confianqa cega em Dom Boaco

"Aquelea aetecentoa ou oitocentoa gapotoa Dom Boaco tepia podido conduzi-loa papa onde quiaeaae,

popque tinham nele uma confianga cegal 'Que extpanho podep que ele tinha aobpe noa! confiava-me

ainda

hd pouco tempo um pobuato velho de 82 anoa,

ex-aluno daquelea tempoa. Se um dia ele noa diaaeaae: Meninoa, aigam-me: vamoa deacep ate o pio

que ae

aa aguaa ae ipao abpip na noaaa ppeaenga corao abpipam um dia aa aguaa do Jopdao papa

deixap


SecQao IV

^119.

passar os Hebreus!, n63 o terlamoa acompanhado sem hesltar, certos de que segulndo seus passos

atra-

vessarlamoa a pe enxuto o lelto do rlo'. E ex-aluno da meatna geragao completava ease

outre Julzo

com eataa palavraa: '-Nele tudo era ordlnfirlo. E no entanto poderla conduzir-noa aonde qulaeaae. Portanto era Deua que falava per aua boca e que noa

prendla a aua peaaoa'" (A. AUPPRAY'iSS, Dbm Boaco. Eacolaa "Froflaalonala Salealanaa, Sao Paulo, 1917 pp. 307-308, 395-396, MlT-'llB / Imprimatur; Mona. M. Meirellea, VlgSrlo-Qeral). 453. Fazer-ae amar pelo menino

para faze-lo~amar mala a Deua: 0 metodo de Sao Joao Boaco Da meama vida de Dom Boaco:

"Sem nao

afeto nao hS confianqa e aem

confianga

ha educagao, repetia continuamente Dom Boaco.

De multo boa mente teria compendiado todo o aeu aiatema neata fraae: fazer-ae amar pelo menino pa ra

faze-lo

confianga

amar mala a Deua I Eaae afeto

ele

pedla a aeua fllhoa e

e

eaaa

enalnava

a

aeua dlaclpuloa" (A. AUPFRAY SS, Dom Boaco, Eaco-

laa

Froflaalonala Salealanaa, SaonPauTot~T9'<7, p.

311

/ Imprimatur. Mona. M. Meirellea, VlgSrlo-Ge-

ral).


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Y Qqq a aju^a de EgccgaQoea S a^caentea* BQd@5§S

BceaecYae § leoQlngia doa Jovena e auacltan nelea o

Bil§ vintude

Recreagoes aadlas sao melos

eflcacl33lmo3""d^e obter a dlaclplina e favorecer a

moralldade ^ a aanldade doa Jovena

A Boaco

pedagogla de Sao Pillpe Nerl e de Sao Joao (I815-I888), aegundo urn artlgo do Pe. Euge-

nlo Valentlnl SDB, (llretor do Instltuto clonal Dom Bosco de Turlm, Itfilia:

"E

Interna-

questao de modo, e nao de aubstancla;

de

oportunldade, mala do que de valor Intrlnseco. "For

todos e conhecldo que a eapirltualldade

de Sao Pranclaco de Salea era nada e Inferlor^a ea pirltualldade de Sao Joao da Cruz, erabora, a prlmelra

vista,

possa parecer menoa austera e

raals

humana.

"Nao

se

trata de deacurar alguraa colaa

que

seja requerlda para atlnglr a santldade, ou de preflxar-se uma santldade de aegundo grau, raas trata-se soraente de saber escolher o raodo e o tem

po oportunos para tal resultado. "Sao

Pillpe de Nerl dlzla aos .1 ovens; 'Plcal

parados, puderdea. se nao puderdes, grltal, pulal, contanto que nao fagala pecados *.


1i22.

Secgao IV "Pom Bosco, nas poucas pfiglnas sobre o slste-

ma

preventive, escreve: 'De-se ampla liberdade ^

pular, de

correr, de faz^ barulho a vontade.

A

gin&stlcaT a maslca, a declamagao, o teatrinho, os passeios sao meios eficactasimos para obter a discipllna, favorecer a moralldade e a aanidade'. E alhurea:

tambem sende

'Nao basta amar oa Jovena, mas e precise que eles percebam ser amades; de raede que,

amades

nas ceisas que Ihes agradam, cem

a

participagae nas suas InclinaQoes Infantis, eles aprendam a ver e amer nas ceisas que naturalmente Ihes agradam peuce, ceme sejam a dlsclpllna, e estude, a mertlflcagae de si mesmes; e aprendam a fazer estas ceisas cem dlspeslgae e amer' (Memerle

Blograflche, XVII, 116)" (Pe. EUGENIO VALENTINI SDB, A Vecacae e a Dlregae des Seminaries, In "Revlsta EcleslAstlca Brasllelra", vel. 12, fasc. 2, Junhe de 1952, p.31'^)«

1455« E precise entreter, dlstralr e^

Interessar e Jevem]^ urn peuce de bullcle e melher de que um sllencle suspelte

Alnda

de Idedrle Pedagogice de Sao Jeao Bos-

ce, e toplce complete

de ende e decumente

ante

rior extralu um treche:

"6. Alegcla. — E axlema educative que o vem deve estar~centente; per censeguinte, e mister entrete-le, dlstral-le e lnteress4-le. De-se-lhes

ampla liberdade de saltar, cerrer, grltar e divertlr-se a ventade: a glnfi.stlca, a muslca, a decla-

maqae, e teatre, es passeles sae meles eflcaclsslmes

para ebter dlsclpllna e

ajudar a meraldade e

a saude. Culde-se, Isse slm, de que e ebjete de entretenlmente, as pesseas que nele Intervenham e as cenversas nae seJam cendendvels. Pazel e que

qulserdes, dlzla e grande amlge da Juventude Sae Flllpe Nerl; a mlm me basta que nae cemetals pecades. E melher alge de bullcle de que um sllencle ralvese eu suspelte" (Blegrafla y Escrltes ^ San 3uan Besce, Blblleteca de Auteres Crlstlanes, Ma

drid, I9t>5, P« ^63 / Imprimatur: Jese Maria, Ob. aux. y Vic. gral., Madrid, 13-5-1955)•


Secgao IV

423.

456. Mapchaa e contra-marchas, batldas

de calcanhares,~c&ntlco3, palmaa aonoras: o mefodo de Pom Boaco

para abrlr a¥ aTmas, afup;entar o tedlo, levar 03 coragoea a conflanga £ ^ abandono De uma blografla de Sao Joao Boaco, traduzlda pelo Arceblapo de Belo Horlzonte, D. Joao Rezende Costa, SDB:

"Durante

a primelra guerra da

ele

preatimoa

de um bora beraagllere reformado que tl

nha

toraado

tlnha

Independencla

Itallana,

conseguldo a amizade

parte na campanha de 1848

e

....

os

Esae

bravo aspirante a oficlal colocou-ae a diapoalqao de Dora Boaco para qualquer trabalho de ordem mill-

tar. 0 Apoatolo aceltou Iraedlatamente a_ oferta ^ pedlu

logo

ao aralgo que enalnaaae aoa rapazea

£i

t&tlca doa corabatea alrauladoa. SeFTa um eaplendldo

raelo

de

negoclo colheu

atrat-loa £ conaervd-loa no Oratorio. 0 flcou logo comblnado. 0 noaao monitor es-

dentre os rapazea os mala espertos e

mala

prStlcoa e coraegou a dar-lhea Inatrugao mllltar. 0 Governo conaentlu em dar-lhea empreatadaa duzentaa

carablnas

de pau. Inofenalvaa, arranjaram-ae

ou-

tros tantoa baatoes para completar o equlpamento e o beraagllere deu sua corneta de preaente aoa Jovena recrutas.

"Em poucaa seraanaa eatavam tao bem preparadoa

que

dlante

podlara

exlblr-se em

combates

almuladoa

do raundo Infantll do Oratorio e de toda

a

multldao de curloaos que ae aglomeravam naqueles carapos para ver esses aoldadlnhoa em botao A alegrla, atraosfera da caaa de educagao

"Para

redor Dom

que a llberdade Juvenll encontraase ao

^§10. calor e_ a luz de que

neceaaltava.

Bosco tudo fazla para raante-la numa atmoafera

perraanente

alegrla

de alegrla. 0 fIm que ele vlaava com a

era

abrlr as almaa, afugentar ^ tedlo.

provocar

um freralto de vlda atravea do prganlsmo,

auxlllar

o_ trabalho da Intellgencla. aaaoclar

na

alma da crlanga ^ Idela do prazer ^^ dever. ^ prlnclpalmente levar eases coragoezlnhoa a conflanga aq abandono. A que expedlentea nao era ele capaz de recorrer para manter viva a alegrla no melo de seu raundo Infantll! Alnda ae conserva


Il2q,

SecgSo IV

no Orat6rlo a lembranQa de certas marchaa endlabra

das que ele organlzava e dlrlgia naqueles pfitlos! Alegrla per urn dlvertldo

quarto de hora com Pom Bosco "Allnhava

em duas fllas suas centenas de me-

nlnos, punha-se a testa deles e entoava uma cancao popular

em

piemontes.

Todos acertavam

o_

passo

unindo

suas vozes com ^ dele e lam cadenclando os

versos

com o vlolento bater dos calcanhares acom-

panhado

Iho

de palmas sonoras, Isso produzla um baruInfernal, e sob os porticos as grandes lages

de granlto ressoavam com um rumor surdo sob os_ pes desse exerclto em marcha. A enorme serpente desen-

rolava

seus aneTs per todos os cantos; ora

saiam

para os p£tlos, ora reentravam sob as arcadas; num dado

memento subla—se por uma escada,

enflava-se

por um corredor e sala-se po-r outra escada; depols descrevlam ao redor de uma firvore motives os mals blzarros. Pinalmente« roucos de tanto cantar, e

com

OS rousculos das pernas extenuados, fazlam al

to, todos alegres por se terem dlvertldo um quarto ^ hora com Pom Bosco" (A. AUPFRAY SS^ Ppt"

Escolas proflsslonals saleslanas, Sao Paulo, 19'»7, pp. 108-109, 308-309 / Imprimatur; Hons. M. Melrelles Prelre, Vlgfirlo-Geral). M57« Fazer recuperar uma alma de crlanga, atraves dos .logos e^ da oracao

Pom Chautard, mestre da vlda esplrltual, descreve a vlslta que flzera a uma Instltulqao para.a educaqao de rapazes:

"Um

dla

(eramos n6s sacerdote apenas

havla

dels anos), esse venerSvel padre (o conego Tlmon-Pavld) vlra-se obrlgado no flm de uma^conversaqao a dlzer-nos mul fraternalfiiente, mas nao sem certa compalxao:

Plvertlmentos simples que dlstraem a alma "*Non

potestls

portare niodo;

somente

mals

tarde, "^ando tlver ja avanqado na vlda Interior, me lograrfi comprender melhor. que, aflnal de contas, nao pode atualmente presclndlr desses

melos, empregue-os, pols, sem hesltar, a falta de outros. Quanto a mlm, facllmente retenho os

meus

Jovens operfirlos e burocratas e atralo novos


SecQao IV

^125.

pecrutas, esses

conquanto nao haja na nossa sede

divertimentos

senao

antlgos e sempre novos

que,

sem nada custarem, dlstraem ^ alma pela mesma slmpllcldade

flnura, canto.

deles.

que

Lembre-se, acrescentou ele

com

Ihe mostrel, all arrumados para um

OS Instrumentos musicals que eu tambem, ao

principle,

Julgara

Indlspensdvels: a

proposlto,

els que se dlrlge para aqul a nossa atual fllarmonlca; val ter ensejo de apreclfi-la'. "Com

efelto, ap6s alguns mlnutos,

desfllava

dlante. de nos um grupo de llO a 50 Jovens de 12 a 17 anos. Que algazarra! Quem vlngarla reprlmlr uma

gargalhada em presenga desse curloso batalhao, que o

olhar

rlsonho do velho conego contemplava

com

tanta satlsfagao? Manter sempre vivo o entuslasmo da verde .luventude

"'Olhe, me dlsse ele, observe aquele que camlnha aos recuos a frente do grupo e vem agltando

a sua grossa bengala a gulsa de batuta como mestre de

muslca

e depols a leva comlcamente a

boca

a

gulsa de clarlnete; e oflclal subalterno em licen ce, um dos nossos mals atlvos zeladores. Sempre que pode corounga todos os dlas, e sobretudo nunca delxa

Esse

de fazer a sua. mela hora de ora^ao

divertimentos, todos

mental.

anjo de pledade, alma lncans£vel de todos os OS

esforga-se

por tlrar provelto

seus talentos a flm de que os

de

recrelos

dos medlos nao esmoreqam. Como dlspoe de Inesgotfivels recursos para esse efelto, sempre mantem vivo o entuslasmo dessa. verde .luventude. Nada, porera,

escapa aos seus olhares de subvlgllante nem ao seu coraqao de apostolo'. Brlncadelra Inocente que a^ todos encantava

"Sim, gargalhada Irreprlmlvel perante esse grupo de muslcos que executavam modlnhas trlvlals conhecldlsslmas. 0 estrlbllho logo mudava, mal o mestre da muslca dava o slnal do exemplo. Cada executants slmulava um Instrumento: uns tlnham

Junto da boca as maos em forma de pavllhao, outros fazlam vlbrar entre os l&blos uma folha de papel, raras flautas de cana, etc. - Esquecla-nos de dlzer

que, a frente dos executantes., vlnha um

tocando

trombone e outro grande calxa de rufo: dols paus, a um dos quals a mao Imprlmla movlmento regular de


426.

Secgao IV

valvem, eram o Inatrumento do prlmelro; utna velha lata de petroleo, o Instrumento do segundo. Os postos Irradlantes de todos esses .jovens tnostpavam

que

i brincadeira realmente os encatava. 'Slgamoa

a fllarmonlca', dlsse-me o conego. Verdadelros dlabretes transformados

era an.los de Fra Ang^lco "Ao fundo da alameda erguia-se uma estfitua de Noasa Senhora. 'De Joelhos, raeus amlgos, dlz ^o raestre

da rauslca. Ura Ave Marls stella a nossa Mae

do ceu, depois uraa dezena de tergo'. Toda aquela rapaziada flea era silencio durante alguns momentos, depois responds lentamente, com tanta pledade como na capela, as Ave-Marlas. Aqueles Jovens me ridionals, a malor parte de olhod balxos, alguns ralnutos

antes verdadelros dlabretes, transformam-

-3e a subltas era an.los de Fra Angellco. Reter raedlante recreacoes simples,

raesrao os raalores de 20 anos» E lev$—los a rezar •Nao se esquega, dlz-me o gula, de que o termometro da obra e: Reter medlante recreaQdes sim

ples ^ entuslastas os nossos .lovens mesmo os de raals ^ vlnte anos. consegulr que eles asplrem a recobrar aqul durante as suas horas de oracao e ^ recrelo

colsas

uma alma de crlanga e que se dlvlrtam com

de

nada; cFegar sobretudo ^ fazer

rezar,

raas verdadelraraente rezar, mesmo no melo das brln-

cadelras;

todos os nossos zeladores vlsam a

este

riran—

Cora alegrla delxara a brincadeira para vlsltar o Dlvlno Prlslonelro...

"A banda ergue-se para novas proezas artlstlcas cujos ecos reboam pelo pStlo fora. Uns ralnutos depois era o .logo da barra que estava no seu aug^.

Entrementes

nos havlamos notado que o oflclal, ao

erguer-se depois do Ave Marls stella, tlnha murmurado alguraas palavras aos ouvldos de dols ou tres

Jovens, OS quals Imedlata e alegremente, como obedecendo a um uso pratlcado por todos, foram delxar

as

blusas do recrelo e ^ alparcatas ^ se dlrlgl-

rara a capela ^ flra de la passarem um qusurto de ho-

ra aos pes ^ ^vlno PFlslonelro""i^om TSRD, a Alma de todo Apostolado, Edltora

Golegao

F.T.D., Sao Paulo, pp. Iil2 a / Relmprlmatur: Vicente Zlonl, B. Aux. — V. Geral, 22-b-19bi^)•


n

Qi

yec^gdeicagegte fleia QQD§l^ecam gada ^la

6Q® §QleKQ e xeeeEacaQ cneacentea

III oa glolmgs feltos e dltga dgs aaQ^ga. e ag emBgnham em anotlrloa B§£a DCQyelto eaBlnltua], B£QBBiQ»

doa aeua condiaclBulDa e daa gecagoea Cutunaa

458. "Nao tne afaatava de seu lado, anotando aeua geatos. dltoa e feltoa"

Na

aua vlda de Santo Inllclo de Loyola, dlz o

Padre Rlbadeneyra: "Nao

me apartava de seu lado (de Santo

InS-

clo) dentro e fora de casa, na cldade e fora dela, acompanhando-o,

eacrevendo e servlndo-lhe em tudo

o que se oferecla; anotando todos os seus atos, feltoa e dltoa. com aproveltamento para mlnha alma

e

particular admlracao. Eata creacla a_ medlda que

ele la revelando mala do multo que tlnha encerrado

em

seu

pelto; e^ eu, com & Idade, la

abrlndo

os

olhos para ver o que antes por falta dela nao via.

For

esta

que

mente

famlllarldade

aa colaaa exterlores e patentea que eatavam

expoataa colaaa

tao Tntlma conversagao e

tlve com nosso Pal, pude ver e notar nao ao-

aos olhoa de multoa, maa tambem aecretas que poucos perceblam"

algumas

(PEDRO

DE

RIBADENEYRA, Vlda del blenaventurado Padre San Ignaclo

de Loyola, In Hiatorlaa de la Contrarrefor-

ma, BAG, Madrid, 19'^5> p. 38 / Imprimatur; Caalmlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen., 31-d-19Mb).


1128.

Secgao IV

il59« Deua noa deu noaao bem-aventurado

Padre~Inficio por guia e meatre» caudllho e capltao deata aagrada mlllcla

Do JS. vfirlaa vezes menclonado Padre Pedro de Ribadeneyra, em aua vlda de Santo In&clo de Loyo la:

"Porque, que horaem criatao e aenaato^hfi, que vendo nestea mlaer&vela tempoa uma obra tao aaalnalada como eata, (salda) da raao de Deua, e uma

Ordem Rellgloaa noaaoa

dlas,

nova plantada^em aua Igreja

era

e espalhada era tao pouco tempo

por

quase

todas as provlnclaa e terraa que o aol llu-

raina,

nao

deaeje saber como ae fez Isto, quera

a

fundou, que prlnc£ploa teve; aeu penaaraento, aeua progreaaoa e extenaao, e o fruto que ae aegulu dela?

"Mas

eata razao, Irmaoa, nao noa toca a

aoraente, maa tambem aoa demala. e

noa

outra razao que

mala doraeatlca e mala proprla a noa, que e

aegulr e Iraltar aquele que teraoa como capltao. Porque, aaaim como oa que'procedem de iluatre 11nhagem e de urn aangue generoao e eaclarecldo, procurain conhecer aa faganhaa e glorloaoa exemploa de aeua antepaaaadoa e doa que fundaram e enobrecerara auaa famlllaa e caaaa, para te-loa como raodelo e fazer o que eles flzerain; aaalm tambera noa, tendo recebldo da raao de Deua Noaao Senhor a noaao~bera-

aventurado caudllho

Padre In&clo por yila £ meatre, ^ por

e capltao deata mllicla aagrada, deveraoa

tora5.-lo por eapelho de noaaa vlda ^ procurar aegul-lo com todaa aa noaaaa forqaa. De raanelra que, ae por noaaa IniperfelQao nao pudermoa traqar tao ao vivo e tao aeraelhante ao original, o retrato de auaa multaa e excelentea vlrtudea, ao menoa Imltemoa a sorabra e o raato delaa" (PEDRO DE RIBADENE-

YRA,

Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de

Loyola,

In

Hlatorlaa de la Contrarreforraa,

Madrid, 19'^5'i

pp. Bb-IT / Imprimatur:

BAG,

Caalmlro,

Oblapo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19'<5)« 460. A Companhla de Jeaua teve por

fundamento nao o texto daa ConatltulcSea,

maa a peraonall?ade do Fundador Da

Introduqao a uma edlqao francesa da Auto-

blografla

de Santo In^Lclo "Era um moraento da hla-


SecQao IV torla

429.

de Deus aglndo neate mundo que seus

fllhos

esplrltuala Ihe pedlam para contar: elea querlam que o Pundador Ihea delxaaae por eacrlto a relagao de

aeua

trabalhoa e de aeua dlaa,

e

flzeaae

o

enunciado daa gragaa concedldaa por Deua a aeu aervldor no tempo em que ele crlava a Companhla de Jeaua. mento

Ora, eaae Inatltuto tlnha tldo por verdadelro

nao o texto daa

funda-

Constltuicoea.

por mala genial que elaa foaFem. maa ^ peraonalldiBe

do

rundador — melhor, o aer que

ae

tlnha

tornado o Pundador, aob a mSo modeladora de Deua" (ALAIN GUILLERMOU, Introdugao a Saint Ignace de

Loyola,

Autobiographie, Editiona du Seuil, Paria,

1962, pp. 10-11). 461. "lato e fundar verdadeiramente a Companhla"

Conta ta,

o Pe. Lula Gongalvez de C§.mara, Jeaul-

confesaor do Rel de Portugal D. Joao III,

no

aeu prologo a Autoblografla de Santo InSclo de Lo yola:

"Dal a uma hora ou duaa fomoa comer; e eatan-

do a meaa com ele (Santo Iniclo), Meatre Polanco e

eu,

nosao Padre dlsse que multas vezea Mestre Na.-

dal

e outroa da Companhla Ihe tlnhara pedldo,

que

ele nunca ae tlnha deterralnado a laao (eacre-

maa

ver a aua autoblografla); e que depola de ter falado comlgo, recolhendo-ae em aeu quarto, havla aentldo tanta devogao e tanta Incllnagao para o fazer, e falando de tal manelra que moatrava que Deus Ihe havla dado grande luz de que o devla fa zer. que ae havla decldldo Intelramente; e a colaa era contar tudo quanto em aua alma, ate agora ae

havla paaaado; e que tlnha tambem decldldo que aerla eu a quern ele manlfeatarla eataa colaaa

"Maa chegado o Padre Nadal, alegrando-ae multo com o que eatava comegado, mandou-me Importunar o Padre, dlzendo-me multaa vezea que em nenhuma colsa podia ele fazer mala bem a^ Companhla do que fazendo lato; e q\^ lato era fundar verdadelramenJ

te~~a~Companhla" (Pe. LUIS GONZALEZ Prologo

DE

CAMARA,

de la Autoblografla de San Ignaclo

Lo

yola, In Obraa Completaa de San Ignaclo de Loyola.

BAC, Madrid, 1947, Tomo T7 pp. 102-103 7~Imprlmatur: Caalmiro, Oblapo aux. y Vic. gen.).


lj30.

SecgSo IV

U62. "Nobso Padre In&cio a quem

Nosso Senhqp noa deu por exemplo e cabeca deate corpo mlatlco"

Eacreve o cltado Padre Lula da contempor&neo de Santo In&clo de Loyolat

C4inara,

"Deade que entrel para a Companhla (de Jeaua), na Pfiacoa de 15^5, aempre deaejel multo ver Noaao Padre Inficlo ^ tratar com ele, a quem Ff^ao

Senhor noa deu como exemplo e_ cabeqa

deate

corpo mlatlco de que todoa aomoa membroa^ Aumentavam—me estea desejoa, alem de outraa razoea parti-

cularea, duaa que mala me movlami uma das quals era deaejar ter obedlencla de entendlmento, do qual tanto ouvla falar na Companhla. Parecla-me que, para poder alcanc&r eata vlrtude, aerla multo bom melo ouvlr doutrlna doa l6bloa daquele cuJoa conceltoa aobre as colaaa da Companhla devlam aer tldoa como aendo oa prlmelroa prlnctploa de qual-

quer clencla. queliao coatumam ^ nem podem aer nejla

demonatradoa. A outra era a altlaalma

oplnlao

^e tlnha da santldade da peaaoa do mesmo Padre, a qual concebla nao so pelaa multas colaaa que dele noa contavam todqq que tlnham tratado com ele, mas

tainbem pela grande perfelqao que

J5 entao reco-

nhecla na Companhla e no aeu modo de proceder. Aaalm me lembro que, penaando multaa vezes aobre la-

to, fazla comlgo eate racloclnlo: *Se o fruto e & obra aao tala. como aerd ^ 6rvore ^ o artifice?'" (VICTORIaNO LARRARAGA SJ, Introducclon — Autoblografla

de San Ignaclo de Loyola In Obraa

Com-

pletaa de "^an Ignaclo de Loyola, BAc^ Madrid, 19117, Tomo I, p. 23 / Imprimatur I Caslmlro, Oblapo aux. y Vic. gen.). I163. Frelraa ae dedlcam a coplar oa enalnamentoa orala de Frel Joao da Cruz Conta

um Carmellta Deacalqo, na aua vlda

de

Sao Joao da Cruz:

"Alfnnnaa

frelraa

ae dedlcam ^ coplar em ^

papel o enalno oral ^ Frel Joao da Cruz. Asaim o faz

nfltarina de Crlato. que chega ^ formar um 11-

vro

que ter? dola dedoa de altura.

Madalena

do

Eaplrl^ "SantolnPelo que eata ultima noa tranaml-


Secgao IV

^31.

tlu (da IrmS Catarlna nao chegou nada ate n68) veraos que coplavam com multa fldelldade" (CRISOQONO DE JESUS OCD, Vlda de San Juan de la Cruz, In Vida

^ Obras de San Juan de la Cruz, BlOJ, Madrid, 5a. ed., 196^" p. 159 / Tmprimatur; Jose Maria-, Ob. Aux. y Vic. Qen., ll-5-19(>'»). i|61. Recolhieun cuidadoaamente quanto de notAvel observavam em seu amadb pai

Da introduQao geral a biografia e escritos de Sao Joao Bosco, por um salesiano:

"Apressemo-nos destes

estudos

a dizer que a fonte principal

sao as Memorie Biografiche,

obra

monumental de 19 tomos, alguns dos quais ultrapas-

sam

as mil pfiginas, de cuja autenticidade e fide-

lidade

nao

cabe

a raenor duvida.

Compilou-as

o

secretfirio do Santo (Dom Bosco), D. Joao B. Lemoyne, grande tempera de historiador "Quando v&rios

JS

Leraoyne chegou ao Oratorio, viu

dos mais inteligentes filhos de Pom

que

Bosco

recolhiam cuidadosamente quanto de notAvel ob

servavam no amado pai e anotavam taquigraficamente

OS seus dlscursos, conferencias e_ o que mais Ihes linpressionava nas palavras que salam de seus lAbios, ate mesmo nas conversas familiares. Lemoyne recolhia

amorosamente

todos estes

apontamentos,

compulsava diligenteraente um por um, e, quando tinha duvidas, conferia-os com outras testemunhas; as vezes dava um.Jeito para consultar o proprio Dom Bosco. Assim se formou um arquivo verdadeira^ mente monumental

"Como Bosco)?

chegaram ate nos estes sonhos (de

Alguns, ele mesmo os escreveu; de

Dom

outros

reviu

a redaqao. A maior parte, porem, ^fruto do

afeto

e da estima de seus filhos. Entre estes ha-

via

aqueles perspicazes que, amando-o entranhada-

mente e nao querem^ perder nada do"^ maravilhodb que viam era seu FaiT desde o inicio" montaram ^ serviQO de estenografia; anotavam qs sonhos e logo se reuniam para confrontar e conseguir o texto

mais exato possivel. Com alguma freqiiencia pediam a Dom Bosco que os revisse" (RODOLFO FIERRO, SDB,

Blo^afla cion

y Escritos de "^an Juan Bosco, Introduc-

general, BAC, Madrid, 1955, p. 5, 6, 62 e 63


U32. /

Secgao IV

Imprimatur: Joae Maria, Ob. Aux. y Vic.

Oral.,

13-5-1955).

M65. AutobioRrafia de Santo Antonio

Maria~5laret7 fonte que tranamite o maia rico do eapirito do fundador

Da introduqao aoa eacritoa autoblogr&ficoa e eapirituaia de Santo Antonio Maria Claret: "HA

ademaia

outraa duaa ocaaioea em

que

o

Santo ae poe, de propoaito, a narrar casos que sji-

cederam com ele, com o fIm expresso de prevenir aoa sacerdotes que o lerem. Tinha razSo, pois *

quem definia ^a_ Autobiografia como

Hanual ^

MiaaionArio Apoatolico'. lato noa expressa, se nao

aeu maior valor — com aer notabillsaimo — ao me—

noa o objetivo que aeu autor teve mala preaente ao eacreve-la.

"Pot eate motivo, a Gongregacao doa MiaaionArioa do Imaculado Corao^b de Maria recebeu ^ Autobiografia

como

dom precioaisaimo de aeu

proprio

funaador e a conaiderou aempre como algo aeu. Entrava em aeu patrimonio eapiritual,

muito tendo

aido compoata com o penaamento do autor tao diretamente e de tantaa maneiraa poato nela. Durante 03 quaae cem anos que medeiam deade a aua compoai-

^o, ^ Autobiografia foi coriaiderada na Congregagao — Junto com as Conatituigoea — como fonte primAria de noaaa eapiritualidade, que tranamitia o

que

TSAN

hA de~maia rico-no eapirito do

fundador".

ANTgHIQ" lTOTA"CrRHEr. Eacritoa autobiogr&fi-

coa ^ eapiritualea, BAG, Madrid, 1959* p. lo3 7 Imprimatur: Blaaius Budelacci, Ep. Niaaen. Tuacu11, 9-2-1959).


m

8 e§883. £S;iS);iQ^S

dSi l34QS£9£l33 §63 8301(83:

883 i8l£8£3 838eg£l3 8 833348

8S 88 4q4I3£ 3 8S 83 g3fi84S 08 83345^8 83 8S££3l8i8

466. A Irrealativel Influencla doa exeinploa doa Santoa

De conhecldo teologo de comegoa deate aeculo: "Sendo

a eaplrltualldade uma clencla vlvlda,

Iroporta moatrar hlatorlcamente como fol poata em prAtlca; e para lato e mlater ler blograflaa de aantoa antlgoa e modernoa, de dlveraaa condlgoea e pa£aea• ....

"E, efetlvamente, em contato com elea (oa autorea

canonlzadoa, ou daqueles que, aem oa aerem,

vlveram

como aantoa) que o coraqao ae Inflama,

a

Intellgencla, lluralnada pela Pe, percebe mala claramente

e aaboreia melhor que nura livro

didHtico

08 grandea princlpioa da vida eapiritual, e a vontade,

auatentada pela graga, ae aente arraatada a prfitica daa virtudea, tao vivamente deacritaa por aquelea que nelaa tao heroicamente ae exercitaram. Se

a eaaaa obraa ae Juntar a leitura da vlda

doa

Santoa, melhor ae corapreenderA alnda por que moti ve e de que modo ae devem imitar, e a irrealativel influencla de aeua exemploa acreacentarfi nova forQa a aeu.a enainamentoa: 'Verba movent, exerapla trahunt' arraata)

(Aa

palavraa

movera,

o

exemplo


SecgSo IV

"Noasa devogSo se dlrlglrfi sobretudo aos San

tos paiti que dlo

que vlveram na mesraa condlgSo que 063, ocupaempregos semelhantes, e pratlcaram a vlrtude nos 5 mals necessfirla" (Ad TANQUEREY, Compende Teologla asc^tica e mtstica, Apostolado da

Iraprensa" Porto, 19bl, ba. ed., pp.

^

Imprimatur: A. Arch. Bracarensis, II-2-190IJ.

I167. S|o Qreg6rio Magno: os exemplos, male

do que as dlssertacoes,

acendem noa coracoes £ dese.lo ^ Ceu

Da

introdugao a uraa vida de Sao Bento

(il80-5'»7):

"Em primeiro lugar, e preciso ter presente que Sao Qregorio se propos prlncipalmente escrever uma vlda popular, eminentemente popular, sem preo—

cupacoes crlticas. Ele mesmo o afirraa: 'Mais ^

oue

as dlssertacoes, sao os exemplos que

acendem

noi" coracSes o amor da'pStFIa^^celestial'T Em suas blograflas,

busca a edlflcagao dos

quela epoca fivldos de maravllhoso" (R. P* BRUNO AVILA OSB, Introducclon In San Qregorio Magno, da de San Benlto, Editorial San Benlto_, Buenos Al-

res7"3aT"ed., 1956, p.8 / Imprimatur: Ramon Novoa,

Pro-Vlcarlo General, ll|-5-^95fe)• i|68. Entre as coisas que enslnam o homem a servlr a Deus ^ evltar ^

o pecado', uma das mals importantes ^ ^ ^xemplo da vlda dos santos

De

uma blografla de Sao Vicente Ferrer

(I350-IM19):

"Entre

as multas colsa^ que enslnam aos

ho-

ntens a servl'r"a Deus e evltar toda especle ^ pe^ados e coisas m^s hA uma que nao e d^ menos

portantes: ^"Tlc'ao' gue nos ^

^

Santos. ....

Os Santos sao Imagens de Jesus Crlsto

"E

aquele que nao qulser errar no camlnho do

ceu (que e tao pouco usado, por ser estrelto e As-


SecQfio IV

"^35.

pero e que pop causa de nossa grande Ignorfincla se tornou tao obscure), deve, per alguns mementos olhar a vlda dos Santos, porque eles tem todas es-

.tas qualldades de mode acabado* Os santos sao, sem

duvlda, espelhos niulto limpos, p'eTo menos de peca-

dos mortals; sap ima^^ens de Jesus Cristo razoavelmente

bem feitas; sao maravilhosas co^as da vlda

evangelica; sao textos escritos pelas maos do Esplrito sFnto; sSo piuias que nos mostram os camlnhos estreitos do ceu ^ sao tochas que nos alumiam para que nSo caiamos em algum despenhadeiro. Nao basta a especulagao; e preciso conhecer

a vlda dos Santos para se entusiasmar pel'a~virtude

"E por late que Sao Tonafia, apeaar de aer muito inatruldo em tudo, nao desprezava a leltura doa feitos

e das palavraa dosnsantos padres ermitaos,

aempre

que para isto tinha tempo; e_ apesar de ter

escrito

muito

sobre

as vlrtudes ^ ^ perfeicao

evangelica, interrompia seus af^erea aempre que podia, ^ra entender melhor eata li^o. Porque os eatudoa eapeculativoa, ainda que tratem daa vlrtu des e aejam aantoa, e muito neceas&rioa a Igreja, tem tantaa finuraa e autilezaa que para^que nao tornem o homem orgulhoso e o deavaneaqa, e_ preciso por- vezea afaatar—ae delea e_ ocupar—se a meditar aobre a vlda, a obediencia, & caatidade, a devopao

e a humildade, ± auateridade e a penitehcia Juntamente com m outraa perfeicoea doa aantoa para que nos venHamoa a entuaiaamar pelaa virtudea que ae ensinam naa escolaa.

Oa exemplos doa Santos aSo carvoes ardentes que abrasam as almas

"Com

iato ae deacobre outra utilidade

desta

ligao, porque nao aomente elas existem (tendo a razao como eapelho, como diaaemoa) para que a pesaoa conhega aa auas faltaa, servindo-lhe de origi

nal e deaenho para o qual poaaa olhar, de guia ^e luz que Ihe moatre o caminho do c6u; mas tambem conquiatam a vontade langando com ela centelhas de' amor de Deuia e menoaprezo do mundo; aa quaia, se encontram a peasoa, urn pouco que seja, diapoata a receber eate fogo celestial, a abrasam inteiramente. Nao h& esporas que fagam correr tanto urn cava-

lo

que se recuaa a galopar, quanto eata ligao faz

caminhar

nossa

vontade em diregao ao ceu.

Assira


--C

y

Santo Indcio de Loyola. Retratado por Giacomo del Conte

(s§c. XVI);encontra-senacasageneraliciadog jesultas,em Roma.


SecgSo IV escreve

H37.

Santo Agoatlnho em auaa "ConflaaSea"; que

08 exemploa doa aervoa de~beua eram para ele como carvoea ardentea que aBFaaavara o mala Intlmo de

aua alma" (Pray VICENTE JUSTINIAN5" CTTTsTTTlda de San

Vicente Ferrer (Pr6logo), In Blografla

Ea-

crltoJ de SarT^lcente Ferrer. BAG, Madrid, 195b, pp. 9^-9F~/ Imprimatur; Hyaclnthua Ep. aux. y Vic. gen. Valentlae, 9-6-1956).

i|69. ^ vldaa doa aantoa aao normaa de bem vlver mala

do que oa llvroa £ ^ palavraa

Da vlda de Sao Luis Oonzaga (1568-1591), pelo Padre Vlrglllo Ceparl, Jeaulta, conterapor&neo do Santo, e para cuja beatlflca<;ao multo trabalhou: "Toda

peaaoa que le aa hlatorlaa e vldaa doa

Santoa que em vArloa tempoa floreaceram na Igreja Catollca, ve que, de ordlnfirlo, a Dlvlna Provldencla nunca manda ao mundo Santo de vlda multo exera-

plar, aem que ao mearoo tempo auacltealgum conhecldo aeu que, Inaplrado por Deua, eacreva aua vlda

e

ag5ea; para que com a morte do Santo nao expire

aua fama, antea ae eatenda por toda a Igreja, e ae conaerve noa tempoa aegulntea para beneflclo comum

e aproveltamento doa vlndouroa. Com efelto, ^ vl daa

doa Santoa aao'normaa de bem vlver, ^ moatram

o caralnho dlrelto do Paralao, com multo mala efl^ ^$cla, do que oa llvroa eacrltoa _e ^ palavraa".

(VIRGlLIlT' CEPART, Vlda de S. Lulz de Qonzaga, Qfflclna Pollgraflca Editrice, Koma,"T9lO, p. 15 / Imprimatur: Fr. Albertua LSpldl OP, S.P.A. Maglater. Imprimatur: Joaeph Ceppetelll Patr. Conat., Vlceag.).

470. "SI latl ed latae, cur non ego"^— "Se eatea £ eataa puderam, por que nao eu?" 0 mala celebre caao de converaao pela leltura

da

vlda de Santoa: Inficlo de Loyola. A

hlatorladora

conheclda

Daurlgnac aaalm deacreve a convalea-

cenga do cavalelro D. Inficlo, no Gaatelo de Loyo la, ap6a auceaalvaa operagoea na perna dlrelta, quebrada por uma bala de canhao, durante o cerco de Pamplona:


1j38.

SecgSo IV "0

tempo corrla e o aborreclmento apoderava-

-se dele apeaar doa aonhoa da aua Imaglnagao. Oa romancea de cavalarla, entSo raulto em voga era Ea-

panha, parecerara-ihe dever preencher o v&cuo que ae fazla aentlr naa auaa longaa horaa de laolamen-

to e

de

recluaSo. Divertlam-no aa

aventuraa

Imaglnfirlaa

de cavalelroa andantea e aa auaa Impoa-

aivela proezaa. Eata idela agrada-lhe; ordena que Ihe tragam um deaaea romancea. Depola de Inatantea, o aeu crlado de quarto volta: n

Senhor,

alguna

aqul eatfi tudo o que pude encon-

trar.

II Comol Pego-te um romance e trazea-me 11vroa de devogao? Estfis doido? "— Senhor, nao h& outroa. n Val do meu mando pedir a D. Garcia (irraSo

mala velho e chefe da caaa doa Loyola) romancea de cavalarla.

n

jg ful, Senhor; D. Garcia nao tem roman

cea; S. Exa. nao tem outroa llvroa aenao eatea. "Eatea

llvroa

eram: a Vlda de Noaao

Senhor

Jeaua Crlato, pelo frade Ludolfo, e a Plor doa Santoa, amboa em lingua catelhana. n poia bem, — dlaae o Jovem • mundane — delxa-me eaaea llvroa.

"Sobrevem—Ihe o tedlo e o eaplrlto de Xnficlo tem neceaaldade de allraento; a falta de melhor, acelta a leltura que, por certo, nao terla eacoIhldo. ....

.

Frlmelroa efeltoa

"D. Garcia nao entrava no quarto do aeu Jovem

Irmao que o nao encontraaae ocupado a ler ou a escrever.

n— Achala Interease na vlda doa Santoa, caro

Inlgo (norae de batlamo de Santo Inficlo)? dlaae o Irmao.

"— Sim, aenhor,

acho nela

colaaa aurpreen-

dentea, que ultrapaaaam tudo o que oa . cavalelroa Imaglnirloa tern empreendldo para conqulatar um nome glorloso. No prlmelro momento, ou foaae por aer

prlvado doa romancea que eu deaejava, ou

por


SecgSo IV

^*39.

outra razSo, este llvro pareceu-me Inalpldo.

Maa

forgando-me o aborreclmento a iS-lo, terminal por achar-lhe multo Intereaae.

•»

Tanto

melhor; caro Ifllgo,

porque

eata

longa recluaSo 6 doloroaa para uma natureza tSo viva como a voaaa.

" Sofro menoa, meu caro IrmSo, deade qua lelo aata llvro. Contudo, veda: condeno-ma a aata

aupllclo para n5o pardar a mlnha Influancla Junto

daa damaa da corta, ao paaao qua todoa eataa Santoa tarlam aofrldo tudo lato> a mala alnda^ ao pa-^

ra agradarem a Deua. Elea ganharam uma atarnldada da ou

fellcldade am recorapenaa da aua vlda penltanta do martlrlo qua acaltaram; a eu apanaa taral

aorrlaoa da mulherea ou louvores corteaaoa como unlca racompanaa! Pergunto a mlm meamo o qua me flcarfi da tudo laao, quando alaa a eu tanhamoa envelhecldo? ....

0 deaeJo da Imltar oa Santoa

"In&clo

nao

acreacentou, — ao o

confeaaou

mala tarde — qua tlnha parguntado raultaa vezea^a al meamo» ao ler a vlda doa Santoa, porque nao

procurarla Imlti-loa; por qua nao podia fazer o qua oa Santoa pudaram; porque nSo procurarla, como elea, glorlflcar a Deua na terra, com a eaperanga

de aar um dla partlclpanta da aua gl6rla no ceu. E vardada qua asaaa bona aantlmentoa eram Imadlatamanta abafadoa paloa aonhoa de amblgao e de valda-

de, a qua, Indo-aa-lha pouco a pouco dlatandando a

parna, a aaparanga da n&6 flcar coxo quando aalaae

do aau quarto o praocupava mala qua tudo. Entretanto, 11a a ralla aa grandea agoaa doa Santoa, a,

querando conaarvar a racordagao delaa, eacrevla aquelaa qua mala o Impraaalonavam. Paaaado pouco tempo, aentlu-ae multo comovldo ao entregar-ae a aata ocupagao

Luta Interior

"Todaa aataa raflaxoaa aurglara no aapfrlto da D. Inficlo, aaaaltavam-no da dla a da nolte e o fa-

tlgavam

tanto mala quantp mala anarglcaraente aram

combatldaa

doa

palo

reapalto humano a pelo

atratlvo

prazarea antra oa quala tlnha vlvldo ate en—

tao... ....


SecgSo IV

"Prolongando-se esta luta na alma do nosso her6i, perguntou um dia a si mesmo se nSo seria

tempo

de

por termo a ela, tomando uraa

resolugao

deflnitiva.

"— 'Hfi evidentemente em mim, — dizia ele —

duas

vontades opostas; uma, que me impele para

o

bem, e por ele a felicidade eterna; a outra, que me impele para o mal, e por ele a eterna infelicidade. Quando reflito largamente sobre as vantagens

duma vida penitente, como a dos Santos, experimento uma tranquilidade, uraa paz de espirito, uma do-

qura interior, que sSo desconhecidas e que o mundo nSo pode dar-me. Quando, ao contrfirio, me deixo arrastar

pelo pesar e pelo desejo dos prazeres^ e

da gl6ria desta vida, fico com uraa perturbaqao, uma inquietaqSo, uma agitaqao que se assemelham ao remorso, e me tornam desgraqado. E, pois, loucura hesitar ho partido que devo tomar... Farei o que fizeram os Santos I*

A resolucSo tomada

"Esta

com ser

importante resoluqao estava tomada

e,

natureza como a de Inlcio de Loiola, devia executada.

Aproxima-se o momento em que

ele

podia tirar o aparelho da perna e experimentar as

suas forqas; mas a estaqao era pouco favorfivel, o inverno

comeqava a fazer-se sentir e a

prudencia

recomendava que esta resoluqao fosse adiada. por alguns. meses. Entretanto o nosso recluso ocupava—se

em ler e reler a vida de Nosso Senhor e a dos

Santos, e escrevia sempre, mas com rauito mais cui— dado, OS traqos que mais o impressionavam. Fez deste modo um livro de trezentas pAginas, escritas

no gosto da ^poca, em diversas cores. Empregava a cor de ouro para Nosso Senhor, a vermelha para a Santlssima Virgem e as outras cores para os Santos (Ribadeneira). "Entretanto, In&cio tornara-se um homem novo. Ocupado de Deus e do desejo de Ihe agradar, dividia

o seu tempo entre as santas leituras, a

ora->

qSo, a meditaqSo e a escrita. Frocurava trazer a memoria

todas as faltas da sua vida passada, sus-

pirando

pelo

momento em que Ihe fosse

permitido

expi&'las pelos JeJuns, vigllias, maceraqoes e solidSo.

A

sua famllia estranhava-o: a

linguagem.


Secgfio IV

MMl.

naneiras, assuntos de converaagSo, tudo mudara ne-

le, e

D. Qarcla

preocupava-se

serlamente

com

l880• ••••

A consagracfio como cavaleiro de Noesa Senhora. Terror do demonlo

"Uma nolte, aofrendo mala ainda que de ordinArio pela necessidade imperiosa de abandonar tudo

por Deua, e eatando a sua perna aasaz fortlficada para Ihe permitir a execugSo dos seua projetos,

prostrou-se diante duma Imagem da Santlssima Virpediu-Ihe que aceitasse o compromlsso, que ele tomava a seus pes, de 86 viver para a gl6ria

gem,

do aeu dlvino Pllho, e Jurou-lhe, na sua linguagem

de guerreiro, ser eempre fiel a sua bandeira, nSo aervir aenSo na sua millcia e sob suas ordens, e ser do Pllho e da MSe, na vlda e na morte. No mesmo Instante, um estrondo, semelhante a uma forte

detona^ao, faz-se ouvlr no Interior do castelo e o abala

ate

aos allcerces. 0 abalo fol sentldo

em

todos OS cantos da casa, mas nao delxou slnals se~ nao no quarto de D. InAclo, mals vlolentamente

atlngldo, e cujos muros, de alguns p6s de espessura,

sofreram um abalo tao forte que produzlu

uma

larga fenda, que alnda exlste.

"Hao fol um tremor de terra, porque s6 o cas telo sofreu o abalo; as dependenclas nada sofre ram. Qual a causa deste fenomeno? Procurou-se, mas nSo se encontrou. Preverla o demonlo os temivels e Incessantes golpes que Ihe vlrla a dar a santa

Companhla de Jesus, e*'quererla manlfestar a sua ralva Impotente contra aquele que Deus tlnha escoIhldo para ser o fundador da mesma? Os hlstorladores do Santo sao dessa oplnlao. A estranheza da famllla "D.

a

Oarcla

contlnuava

a

preocupar-se

com

transformagao de InAclo e procurava ocaslao

comunlcar-lhe

os

recelos

que o

agltavsun;

de

esta

apresentou-se breve. InAclo, sentlndo-se mals for te,

deu um passelo a cavalo sem prevenlr o IrmSo,

e, quando regressou, encontrou D. Oarcla. .... "A

nolte OS dols conv6rsavam sem testemunhas

no quarto de InAclo.


jjll2.

SecgSo IV

"— Confeeso, — dlzla D. Qarcia — que a vossa salda a cavalo me Inquletou bastante, em

consequencla do ollenclo, que guardals sobre voasos projetoa. Per que me nSo prevenlatea? •»_—

E verdade que v6—lo podia ter dito,

os maa

que receaia?

"— Meu caro digo porque coraqao. A voaaa voaaa imaginaqao

-lo

vida

If[igo, com toda a franqueza v6tenho neceaaidade de expandir o mudanqa 6 tal que receio tudo. A eat& exaltada com a leitura da

de Jeaua Criato e doa Santoa; renunciaatea a

corte, a guerra, aa honraa, a gl6pla, a tudo o que amfiveia. S6

vlveia para Deua, nao

comunicaia

a

ninguem os vossoa projetoa, e, na voaaa Idade, deveia

te-loa

deixando-voa

certaraente. E, poia, de

teraer

que,

levar por Indlacreto fervor, faqala

mala do que devela.

"—

Espero, caro irmao, nao ir mala longe do

que devo, — reapondeu In£cioj — peqo—voa que fi— queia tranqullo a eaae reapeito. "D. Qarcia prolongou a converaa mais

alguna

momentoa, e, vendo que nao podia eaperar confiden— cia alguma aobre oa projetoa do irmao, deixou-o, recomendando-lhe que refletisae# A reatauraqao da inocencia

"Na noite

aeguinte, quando Inicio

eatava

era oraqao, a Santlaaima Virgem apareceu-lhe rodeada

de

brilhante luz, trazendo Jeaua

Menino

noa

braqoa. Nao Ihe falou; mas a aua celestial presen-

qa inundou-lhe a alma de ineffivel consolaqao, e pareceu-lhe que a graqa o purificava inteiramente, que tudo nele fora renovado. A partir daquele momento, ficou livre de toda a tentaqao, de todo o pensamento contrArio a virtude da pureza. Tentativaa de diaauaaao da f.amilia "0 nosao Santo tinha experimentado as forqas:

ppolongando a aua estada aob o teto da faroilia, expunha-ae a novaa observaqoes, a novas tentativaa da parte do irmao para o afastar de seguir a voz que o charaava. Era, pois, urgente apressar a partida. Doia diaa depoia deu aa neceaaariaa ordena.


SecgSo IV

4^3.

e, entrando

nos aposentos de D, Qarcia,

disse—

-Ihe:

"— Meu querldo Irmfio, o tempo 6 favorfivel e vou aproveltfi-lo para Ir ver meu tie Manrlque; eatarel auaente alguns dlaa...

"— Ifilgo, — exclaraou D. Qarcla — enganals-me!

"—

NSo,

aenhop, dlgo-voa a verdade, vou

a

Navarrete.

"

Sim, maa de 14 aonde ireia? Conheqo-voa,

Inigo, e estou certo que h4 muito tempo taia

allmen-

urn projeto de futuro, que nao pode aer agra-

dSvel a voaaa famllia. Nao poaao afaatar-vos dele,

porque aei como aoia firme naa reaoluqoea tomadaa. Maa, por Deual nao me direla nada? Afaatala-vos dura irmao que voa ama aem Ihe dizer aonde idea e o que fareia? Receio que a imaginaqao voa tenha iludido. Quereia viver longe do mundo, bera o aei. Maa nao podeia estar aqui so e tao retirado como um

aolit4rio, ficando conosco? Deua nao estarfi em toda

a parte? Nao conaultaatea ninguera; cedeis a um impulso de fervor inspirado pelo exemplo dos Santoa; bem eat4. Todavia devela ter era conaideraqao tambem

a

pobreza

honra da voaaa famllia. Ides abragar

'a

evangelica e estender a maos aos viandan-

tes?

"Inficio nao respondeu.

"— Se me engano, — acrescentou D. Garcia —

por que me nao desenganais e tranquilizais? "0 mesmo silencio da parte de InScio. Seu irmSo continuou:

»

Nada poaao para voa fazer raudar de reso-

lugao, maa ao menoa, meu irmao, meu caro irmao, ae nao

voltardes de Navarrete, se vos afastardes

nos, como receio, prometei-me, a raim vosso

de

irmao

mais velho, que nunca desonrareis o nobre nome que usaisi Prometei-me que em qualquer lugar em que vos acheis, nao esquecereis o sangue que corre nas

vossas veias, e que nunca adotareis um modo de vi

ver nunca

que

nos faga corarl Enfim, prometei-me

vos tornareis indigno dos nossoa

antepassados•

que

gloriosos


i4ll4.

Secgao IV

«— Prometo-vo-lo, raeu IrmSo; nSo tenho e ea-

pero

nunca ter a Inten^ao de faltar

honra. Dla-

ae-voe a verdade: vou a Navarrebe Pazer uma vlalta

de alguna dlaa a meu tlo Duque de Nfijera, que velo ver-me durante a doenga, e a quem devo este teatemunho de reconheclmento e de afelgao Cavalelro da VlrKem para sempre

"No dia aegulnte, oa doia IrmSoa partlram a cavalo, aeguldoa doa aeua eacudelroe e crladoa, e 86 ae aepararam era Onate, como fora comblnado. Aa

deapedldaa

flzeram-ae a nolte porque InSclo devla

partlr de madrugada. Mas quando todoa eatavara deltadoa o nosso herol, que tlnha tornado todaa aa

precaugoea,

dlrlglu-ae a Igreja de Noaaa

Senhora

de Arancuza e all paaaou a noite. Ao romper do dia montou a cavalo, e, aegutdo de doia criadoa, dirlgiu-ae para Navarrebe. "Abandonando para aempre a opulenta caaa doa paia, nao levara mala nada que oa aeua manuacri-

toa;

nao tomara sequer a bolaa. Chegado a caaa de

aeu tio, recorda-ae que tern algumaa dividaa e quer solve-las;

em caaa de aeu

uma

quantia, que ele reclaraa, encarrega

certa

tio Manrique devem-lhe

aeu eacudeiro de pagar aa dividaa, e, rico

da

com o que Ihe resta, raanda fazer uma

Santiaalma

o

Julgando-ae

Virgem, que brarA aempre

imagem

conaigo;

porque ela aerfi agora a aua unica Senhora" (J.M.S. DAURIQNAC, Santo InAcio de Loiola, Livraria Apoatolado da Imprenaa, Porto, 195^, PP« 20 a 30 / Im~ prlmabur; Mona. Pereira Lopea, VigArio Geral, Por-

to, 20-5-1958).


Uma contradigao aparente

Por que os Santos era aceitam,era repelem as homenagens que Ihes sac prestadas?


J •

J

.

1

'


Oa

doa

multlploa

fatoa

que

deafllaram

dlante

olhoa do leltop neata coletfinea poem inevlta-

velmente a pergunta: o que move oa aantoa, era a dceltar, ora a rejeltar aa caloroaaa manlfeataqoea de venera^ao e de reapelto de que aSo cercadoa? A aolu^ao deaaa queatao, de evldente interea-

ae Intrlnaeco — poato que noa revela a verdadelra fialonomla da aantldade que brllha na Igreja Cato-

llca — nSo e aem alcance prdtlco. Pole aerve para orlentar noaao comgoptamento peaaoal em face da projeqao daa boaa agoea' alhelaa ou prdprlaa.

Nao e de admlrar que tal probleroa tenha ocupado, deade oa prlmordloa da Igreja, a atenqao doa grandea genloa do Crlatlanlamo. Aaslm, Santo Agoatlnho empregou todo o vigor retorico de que era dotado para elucldar a aparente contradiqao doa enainamentoa do proprio Pilho de Deua, que ora recomendava

que ocultAaaemoa noaaaa boaa obraa

aoa

olhoa doa homena, ora noa incitava a que aa fiz6a— aemoa brllhar dlante deleal...

0 aermSo aobre a pureza de IntencSo. a aegulr tranacrlto, traz a marca do admlrAvel~l)outor da Igreja que fol Santo Agoatlnho, e eluclda cabalmente a questao.


*

f! srJrifK M m

w>

^ V

■« •• ■ ••••

rriTiTvr


Ss&cs a Bucgaa ds Iq^&qsIs SANTO AQOSTINHO

SermSo

a respelto do que ae acha escrlto

em

SSo Mateua: "Brllhe a vcssa luz diante doa ho

mena,

para que vejam aa voaaaa boaa obraa

glorifiquem em

a voaao PaT celeate" (V. lb).

aentldo contr&rlo: "Quardai-voa de

voaaaa

boaa

e

E

fazer

obraa diante doa homena, com

o

fim de aerdea viatoa por elea" (Mt, VI, 1).

.

Ssis esissiSsi BeiEssSsasQ^g ssoSEBSiSscisi

Coatuma, cariaalmoa, deaconcertar a muitoa que, tendo dlto no Evangelho Noaao Senhor Jeaua Criato: "Brllhe a voaaa luz diante doa homena, pa ra

que vejam aa voaaaa boaa obraa e glorlflquem a

voaao

I'al celeate". dlaaeaae depola: "Guardal-voa

de fazer voaaaa boaa obraa diante doa homena, .com' o flm de aerdea viatoa por elea". Inquleta-ae. dl-

go,

o eaplrltd de poucaa luzea, e deaejando real-

mente obedecer a urn e a outro precelto, flutua entre penaamentoa dlveraoa e adveraoa. Forque ae

torna

tao Impoaalvel obedecer a um aenhor, ae or-

dena colaaa opoataa, como a dole aenhorea, aegundo moatrou o Senhor no meamo aermSo (Nt. VI, 2^).

Que

aalda,

pola, h£ para o Anlmo

Indeclao,

quando penaa, com temor, que nSo pode obedecer nem delxar de obedecer? Se, com efelto, moatra aa auaa boaa obraa, de modo a que oa homena aa vejam, em cumprlmento do precelto: "Brllhe a voaaa luz dian

te doa homena. para que yejaun aa voaaaa boaa obraa £ glorlflquem

a voaao Pal celeate",

ae

Julgar^

culpado de ter Ido contra o outro, que dlz: "Quardal-voa

mena,

de fazer voaaaa boaa obraa diante doa ho

com o flm de aerdea viatoa por elea". E ae.

Consagracdo de Santo Agostinho. Quadro de Jaime Huguet(s6c. XV), Museu de Arte da Catalunha, Barcelona.


il50.

Apendlce

pelo contrfiplo, por temop e cautela, esconde o bom, JulgapA nSo bcpvIp a quem Impepatlvamente Ihe dlz: "Bpllhe a voaaa luz diante doa homena, que veJam aa voaaaa boaa obpaa".

papa

2- Sess sttsesU 83 dais scsseilas 8 ftesslals 838 Essla Haa

quem

o entende de mode coppeto,

cumppe

aunbaa aa coiaas no aepvlq-o do Senhop de tudo quanto exlate, o qual nSo tepla condenado o aepvo ne-

gllgente se Ihe tlvesse opdenado algo de Impoaalvel.

Vede, pop exemplo, SSo Paulo, "eacpavo d^ BU8 Cplato, chamado a aep ap63tolo, eacolhido papa o

Evangelho

de Deua", cumpplp, e enainap a

cum—

^pIp, um e outpo mandamento# Olhal como bpllha aua

a

luz diante doa homena, papa que vejam aa auaa

boaa

obpaa: "Recomendamo-noa — dlz ele —

meamoa

n63

a conaciencla de todoa oa homena diante de

Deua" (iT Cop. IV, 2). E em outpo lugap: "Ppocupamoa

fazep o bem, nap a6 diante de Deua, maa

bem

diante

taun-

doa homena" (II CopT~VIII, 21). E

outPO lugap aindal "Comppazei

em todoa em tudo, aa—

aim como eu fago tudo papa comppazep todoa"T^ 6op. X, 33). Vede-o agopa guapdando-ae de fazep a aua Juatiga ou boaa obpaa diante doa homena, com o fim de aep viato pop elea* "Examine — diz ele — cada qual aa auaa obpaa, e entao tep& gl6pla somente em

ai mearao, e^ nao em outpo" (Qal« Vl]^ M). E em outPO lugap: "Popque ^ noaaa glopia ^ o teatemunho

da

noaaa conaciencia" (II Cop. I, 12y« Maa nada tao— di&fano quanto iato: "Se ainda agradaaae aoa ho

mena, nSo aepia aepvo de Cpiato" {Qal> I, 10). NSo

havepfi, poia, agora, quem, vendo contra-

digSo entre oa ppeceitoa do meamo Senhop, ae ponha, e muito maia, contra o aeu Ap6atolo, dizendo: Como noa dizea tu: "Comprazei ^ todoa em tudo, aa-

aim

como eu faco tudo para comprazer a todoa",Ilo

dizerea tu meamo: "Se ainda agradaaae aoa homena, nao aeria aervo de Criato"?

Venha

aeu

em noaaa aJUda o Senhor, que falava em

eacravo

e apoatolo; revele-noa a aua

divina

vontade e de-noa a poaaibilidade de curapri-la.


Apendlce

I15I.

3* SfiQSllUsiS dS

88 BCSfifiltSa

Essas palavras do Evangelho, na verdade, trasem em si mesmaa a explicagSo; contudo, nSo fecham a boca dos famintos, porque sempre tern elas

um

manjar

novo para os coraQoes doe

homens

que

clamam (*).

iSS

B|E§ 8Q^8 &| fiO^fiCSSd

6 .8lQ8 a ^5^88888 1^8 SS£i888 68V898 guem

se

deseja que os homens vejam suas boas

5e

al-

obras«

propoe a pr6prla gl6ria e o pr6prio interesse,

e busca isso para ser viato por eles, nao cumpre em nada o ordenadp pelo Senhor neate particular; porque, com certeza, ae propoe fazer as suas boas obras diante dos homens, mas a sua luz nSo brilha

diante dos homens para que, vendo as suas boas obras, glorifiquem ao Pal celeste. 0 que pretends sem duvida e glorlficar-se a si mesmo, nao a Deus, e, buacando a sua propria vantagera, nao ama a vontade divina. Dessea diz o Apostolo; "Todos buscam aeua

pr6prioa intereaaes. e nao os de Jesus Cris-

^o^(Phil. II. 21).

T

A passagem nao tennina onde diz; "Brilhe a voaaa luz diante dos homens, para que veJam as

yosaas^ boas^obras", pois acrescenta em seguida a intengao

com que se hao-de fazer: "E

glorifiquem

— diz — ^ voaao Pai celeste", de maneira que, ao fazer alguem o bem em presenqa dos homens, nao se proponha

interiormente

outro fim senao

fazer

bem; mas o fim da publicidade hA-de ser a

o

gl6ria

que reyerte para Deus,;para proveito dos que vem a conhece-lo;

porque

para estes A vantajoso

saber

que Deus se compraz "com as boas obras. cujo autor

e Ele mesmo"; e aaaim nao percam a confianqa de tambem elea poderem agradar-Lhe, ae quiserem, pela graqa do Senhor.

(•) Nota do tradutor eapanhol: Quer dizer orador,

que

se

ocultoa

o

aegundo nos parece: alem do sentido 6bvio

deduz dos meamos textos, hA

e

outros

ricoa para os famintos da verdade

batem as portas do Senhor.

(••) Os aublinhadoa duplos aao nossos.

mais

que


1152 •

ApSndlce

E a outra paasagem, onde dl«: "Ouardai-voa ^ fazer a voaaa Juatlga diante doa homena , a tennl-

nou onde—STz? o flm de aerdea vlatos por elea". Aqul n5o acreacenta: gloriflquem ^ vos^9 Pal celeate". aenSo qua: "De outro modo^nao terels recompenaa em voaao Pal celeste"> dando-nos a entender qua buacam, oa que fazem isto, a sua recom penaa em aerem vlatoa peloa homena, e nlaao poem o aeu bem, e al ae recreia a vaidade do aeu coraqao,

que OS eavazia de Deua para enche-loa de vento, e oa torna preaunqoaoa e oa conaome. NSo quer, pola, aaalm, o Ap6atolo, a aeua fi6ia.

Mas por que 6 que nao baatou dizer: "Quardai— -voa

de fazer a voaaa .luatlca diante dos homena",

e~pelo~contr6rio acreacentou: "com o flm de aerdea vlato por elea", ae nSo por haver alguna que^azem

aa~"5uas~ Boas obraa diante doa homena, nao com o fim de. aerem viatoa por elea, maa para que aejam viataa -obraa e glorificado o Fai celeate, que

Se dighbu dar aoa pecadores Juatificadoa a poaaibilidade de faze-laa?

4.

as

QSS^S

0 Ap6atolo diz: "Para ganhar a Criato _e aer

encontrado nEle, nao teHab

,1uatiqa grogg^,

que vem da lei, maa aquela que vem pela f^ Crhll. fir, E~im outro lugar: "Para gue noa torn^aemoa Juatiqa^ de Deua nEle" (11 Cor. V' Criato. Pelo que repreende aasim. oa Judeua:

Na^

conhecendo a .luatica de Deua, e procurando estabelecer a au^ propria, nao ae auieitaram ^ juatlqa de Deua" (Rom. X, 3).

Portanto, eases, oa que fazem as auas boas obraa para a gl6ria de Deua, nSo ae arrogam a qua— lidade de agir bem, maa antes a atribuem a Deua,

de Quem Ihea vem a fe, e que Ihea dd a vida. Fa zer, portanto, com que oa homena vejam eataa boas obraa, para ^ue gloriflquem a quem Ihea d& a poasibilidade

com

de faze-laa, e incentivi-loa a

imitar

piedoaa fe o bem de que sao teatemunhoa, e

realmente fazer brilhar a luz diante doa homena; e fazer aair de ai luz de caridade e n5o fumo de vaidade. E tambem e evitar o fazer a aua Juatiqa diante doa homena com o fim de aer viato por elea; porque nao atribuem a ai esta Juatiqa, nem poem


ApSndlce

^53.

como IntengSo do seu agir o serem vistos, mas em que aeja visto por Deus, em louvor do qual redunda a juatificagSo do homem, e faqa o Senhor, no que

presta

louvor, o que ve naquele que 6 louvado; em

outras palavras, digno de louvor.

que faqa do que louva urn

homem

E observai tambSm como o Ap68tolo, ao dizer: "Comprazei _a todos em tudo, asaim como eu fapo tu-

do para comprazer ^ todos", nao pAraaFT como se Isso, "comprazer aos horo'ens", f6ra a meta da sua intenqSo"^ "Se

Porque, a ser aasim, se tornaria falso:

agradasse ainda aos homens, nao seria escravo

de Cristo"; mas acrescentou incontinenti o fim que

tinha

em

comprazer aos homens: "Nao buscando

diz — o_ meu interesse, senao o dos demaia, que se.jam salvos" (I Cor. X. 33T*

para

Deste modo, nao comprazia aos homens em bene-

flcio pr6prio — nSo teria sldo servo de Cristo —

mas comprazia aos homens com vistas ^ salvaqao de les, para ser um idoneo dispensador de Cristo. Porque diante de Deus bastava-lhe a sua consciencia; mas diante dos homens era precise que briIhasse a luz do bom exemplo.

(Sermao LIV, Obras de San Agustin — Homilias, BAC, Madrid, 2a. ed., 1965, tomo X, pp. 39 a

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