i"V".v.
Ww •vj
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refuta(;ao da tfp a uma
Investida Frustra
Volume II
Editacio para drculagao restdta
SodficJade Brasileira de Defesa da Tradiq^o, Familia e Prcpdedade Rua Dr. Martinioo Prado, no 246 01224 - S3o Paulo - SP Td: 221-6755
Julho de 1984
Serviqo datOografioo da TFP
Serviqos grafioas da ARTPRESS Papeis e Artes Graficas Ltda Rua Garibalcli^ n« 404 - sao Paulo - SP
REFUTAQAO DA TFP VOLUME I
Tres Cartas RefutaQdo por Atila Sinke GuimarAes Parecer do
Pe. Victorino Rodriguez, O.P. Professor de Teologia e
Prior do Convento de Santo Domingo el Real (Madrid)
Um comentario anti-TFP Estudo de Gustavo Antonio Solimeo acerca de um Parecer concernente a uma Ladainha
Andlise de
Pe. Victorino Rodriguez, O.P.
Um exemplo concrete Como se analisam na Santa Se OS escritos dos candidates d honra dos altares Posfdcio
Quae cum ita sint... VOLUME II
Reflexoes e exemplos de Santos, oportunos para nossos dias 470 fichas hagiograficas em defesa da TFP Orientagao da pesquisa JoAO S. ClA Dias
Ordenagdo e revisdo Gustavo Antonio Soumeo
Colaboragdo, reuisao e posfdcio Antonio Augusto Borelli Machado
Indice Volume II
BeflfiXQgS ® exegElQS de Santo|,
Qgortuooi D§ra~QQi§Qi 3Ia|~ 470 fIchas hagloRraflcas em defesa da TPP
IntroduQao — 0 example dos Santos conflrma as conclusSes do presents estudo
Secqao
1_
— "Vox popull, vox Del": o
consenso
fieis pode dlscernir santos verdadeiros muito do pponunciamento oficial da Igre.la
3
dos
antes 5
I. Muitos Servos de Deus que morreram em odor de santidade sao desde logo proclamados "santos"
pelo povo fiel II. No
memento mesmo
7 da morte de muitos Servos de
Deus comega a dlsputa per rellqulas suas, dlretas e Indlretas
27
III. 0 entuslasmo pelas pessoas emlnentes em vlrtude se manlfesta frequentemente per ocaslao dos fu
nerals, dando orlgem a enterros festlvos ou ate apoteotlcos
41
IV. As multldoes acorrem ao tumulo e aos lugares onde vlveram ou morreram pessoas multo excepclonalmente vlrtuosas
49
V. Os flels veneram come rellqulas os objetos mals simples usados ou tocados pelos Servos de Deus.
Curas sao obtldas pelo contato com suas rellqulas VI. Os
flels querem ter conslgo fotograflas e
tampas dos Servos de Deus VII. Em
suas necessldades, os flels recorrem a
63
es71 In-
tercessao vallosa dos Servos de Deus
77
VIII. 0 recurso aos Servos de Deus se exprlme Intercalando o seu nome na recltagao prlvada de la-
dalnhas e compondo oragoes em sua honra IX. Para obter gragas, os flels fazem promessas e novenas aos Servos de Deus
89 93
VI.
Indlce
X. "Bonum est diffuslvum sul": a devoQao nascente ao Servo de Deus leva a dlvulgar sua vlda e sua obra
99
XI. 0 que
caracterlza
nao 0 milagre,
a santldade
ou 03
e
a vlrtude e
fates extraopdlnfirios da
vlda esp}.ritual
105
Seccao II — Ja ^ vlda, pela sua eminente OS
santos
atraetn
as manlfestaqoes
vlrtude.
de veneracao
e
respelto dos flels, mas frequentemente as repelem ...
I. A pessoa eminente
em vlrtude
113
desperta nas al
mas boas a exclamagao: "E um santo!"
115
II. A aqao de presenga dos santos atral as pessoas. que
buscaro
acercar-se
eles, permanecer Junto onde
estlveram,
deles,
a eles,
ou
conversar
com
ocupar o lugar
slmplesmente
contemplfi-
-los
129
III. As mult'ldoes acorrem para ver os santos, na Unsla, de conhece-los, pedlr-lhes favores, trlbutar-lhes honras
157
IV. 0 entuslasmo pela pessoa dos santos' explode
em
aclamagoes e aplausos e facllmente se transforma em Jovial alvoroqo, com corre-corres e dlsputas de lugar Junto a eles
V. A flm
de partlclpar,
graqas
que os
de
alguma manelra,
santos dlfundem, as
l6l
das
multldoes
querera tocar neles, possulr objetos tocados ou benzldos por eles, rellqulas dlretas ou Indlretas, e Imagens suas
VI. Copos e pratos,
179
e ate restos de comlda e bebl-
ba dos santos, ou da Sgua na qual se lavaram, sao venerados como portadores de benqaos
203
VII. A benqao dos santos - mesmo nao sendo estes sacerdotes - e partlcularmente preclosa aos olhos
dos
flels, que
ajoelham
dlante
em
slnal
deles
e
de
veneraqao
se
Ihes beljam as maos
e OS pes
207
VlII. A conflanqa na oraqao e nos merltos dos santos leva
OS flels a recorrerem
S sua Intercessao
perante Deus, mesmo a dlstfincla IX. Alguns santos se
213
sallentaram pelo dlscernlmen-
to dos esplrltos e pelo acerto de suas declsoes X. A mlssao provldenclal,
profecla
o dom ou o
carlsma
231
da
sao apontados pelos blografos em vk-
rlas vldas de Santos
2^(1
XI. As pessoas constltuldas em dlgnldade ou que se dlstlnguem pela sua vlrtude tem dlrelto S. nossa honra e ao nosso louvor
255
Indice Secqao
VII. III — Quando e para a malor gloria de
Deus,
OS santos aceltam, permltem ou ate estlmulam as manl-
Testaqoes de veneraqap e ^espelto de que sao objeto; quando essas manlfestaqoes nao sao para a malor kIo-
ria de Deus, eles as recusam
26l
I. A exemplo do Divino Mestre, os santos acolhem com benignidade e simplicidade as multidoes que
OS buscam sequiosas e entusiasmadas
263
II. Um problema espiritual delicado para os santos: como passar incolumes, em meio as honras e louvores de que sao alvo, e sem se delxarem afetar
pela vaidade?
279
III. Se necesslLrio para o bem das almas, e sobretudo para a gl6ria de Deus, os santos manifestam OS dons que dEle receberam, fazem a apologia de sua vida e ate elogiam a si mesmos. E nisto imitam o Divino Mestre
289
IV. Manifestando-se como imitadores de Cristo, OS santos recomendam aos fieis que, por sua
vez, OS imitem
313
V. Santos e pessoas eminentes em virtude, freqiientemente apontam seus pais, e especialmente suas maes, como modelo de sua santidade VI. Para que os seus
fieis tenham
sempre
319
presentes os
ensinamentos, santos consentem, as
vezes
com relutHncia, que sejam distribuldas fotografias suas. Mas, para o bem das almas, por vezes as distribuem eles mesmos VII. Para fazer
bem
distribuir
as almas,
327
os santos
chegam a
rellquias de si mesmos, encarecendo
o valor delas e recomendandb que as guardem ...
331
VIII. A rogo dos que Ihes discerniam a santidade, pessoas virtuosas dao a benqao, mesmo sem serem
sacerdotes.
E ate
dao ordens a seus
fi-
Ihos espirituais, em norae da santa obediencia . IX. Nem sempre,
3*^1
porera, os santos sao compreendidos
ou reconhecidos. Multas vezes sofrem detraqoes e perseguiqoes, ate mesmo de pessoas boas, e inclusive de membros da Hierarquia ;.
353
Secqao IV — A formaqao cat6lica tradicional. proporcionada pelos santos, e uma formaqao viva "em que. a par da doutrinaqao, a personalidade do mestre ou do
superior, seus
exemplos e seu convl^o
desempenham
papel relevante
I. Para
uma boa formaqao catblica, e capital
375
nao
so ministrar a ciencia, como tambem Inculcar a virtude e o amor de Deus
377
VIII.
Indice
II. Para Inculcar nas almas o amor a verdade e ao bem, e altamente util usar recursos sensi-
veis, como sejam fates hlstoricos, simbolos e metaforas. So asslm se terS um ensino ricamente vivo, que ilumina a inteligencia e move a von-
tade
385
III. 0 example de uma vlda santa", per parte do supe rior cia
ou
do mestre,
e meio
para tocar os coraqoes
de grande efica-
e induzir as almas
a pratica do bem
IV. 0 metodo
399
dos santos:
ganhar
os coraQoes para
ganhar as almas
V. Com a
ajuda de
ill3
recreaqoes sadias e atraentes,
pode-se preservar a inocencia dos jovens e suscitar neles o entusiasmo pela virtude
il21
VI. Os disc£pulos verdadeiramente fieis consideram cada dia com enlevo e veneraqao crescentes ate
OS
mlnlmos feltos e dltos
dos santos, e
se
empenham
em anota-los para proveito espiritual
proprlo,
dos seus oondisclpulos e das geraQoes
futuras VII. Na formagao
I127
catolica, o papel relevante das biografias dos santos: sua leitura desperta o desejo de os imitar e de os seguir no caminho da perfeigao
I133
Apendice
Uma
contradicao
aceitam, ora prestadas?
aparente:
For que os
repelem as homenagens
Santos
que
SANTO AGOSTINHO, Sobre a pureza de intengac
Ihes
ora sao iliiy
^49
Reflexoes e exemplos de Santos oportunos para nossos dias 470
Fichas hagiograficas em defesa da TFP Orientagdo da pesquisa Joao S. Cla Dias Ordenaqdo e revisdo
Gustavo Antonio Solimeo
Q exemElQ dgs iaotQi cQSginoi
§1 QQQQiusifis d9 ecgsente eatudg
Como contra
jS fol dlto no Volume I, nas
acusagoes
a TFP e contra o Dr. Pllnlo Correa de 011-
velra all anallsadas, cabe uma importante distingao no tocante as manlfestagoes de respelto, e ate
de veneragao, que socios e cooperadores da entidade prestam a pessoa do Presidente de seu Conselho Nacional e a alma de sua veneranda Mae.
Em tese poder-se-iam alegar contra tais manl festagoes:
1-)
que
sao
heterodoxas,
e/ou
contrSrlas
ao Dlrelto Canonlco; %
2-) conformes
que
embora
tals
manlfestagoes
sejam
a sa Doutrlna Catollca e ao Dlrelto Ca
nonlco, as pessoas do Dr. Pllnlo Correa de Ollvelra e de sua Mae nao as merecem.
0 objetlvo do presents estudo consists em provar que essas manlfestagoes sao conformes a sa Doutrlna Catollca, e ao Dlrelto Canonlco. Nem o Dr. Pllnlo, nem a TPP tem qualquer empenho em pro var que ele, ou sua Mae, merecem as referldas ma
nlfestagoes. Mais especlflcamente quanto ao que Ihe dlz respelto, Jamals o Dr. Pllnlo darS o menor passo para provar que ele merece tals manlfesta
goes. Esta e materla emlnentemente oplnSvel, acerca da qual ele respelta, no mals alto grau, a 11berdade de cada urn, de formar sua convlcgao pessoal, e de a externar. 0
unlco ponto em que a TFP e o Dr. Pllnlo se
empenhara consists em rebater, com argumentos Irre-
IntrodUQao
torqulvels, a acusaqao de heterodoxla e de llegalldade
canonlca feita a tals testemunhos de
res-
pelto e veneragao.
Aaslm se explica porque razao, a toda a argu-
mentaQao doutrlnSrla, baseada na Teologla e no Direlto Canonlco, qua fol desenvolvlda no Volume I, para demonstrar a ortodoxla e a legalldade dessas homenagens, se segue aqui uma copiosa relaqao de fatos, extraidos da vida de Santos qua receberam, multas vezes sem oposlQao, e por vezes ate estlmularam, tals testemunhos de veneragao, no qua diz respelto a si proprios.
Sem diavida, dentre tals atitudes, algumas, em clrcunstSncias correntes, nao sao para serem iml—
tadas. 0 qua nao exclui, aliSs, qua eventualmente possam servir de exemplo em clrcunstS.ncias excepcionais.
Talvez nao seja de todo superfluo recalcar^o qua de si e obvlo. Isto e, publicando esta relaqao de fatos, nao e feita qualquer comparagao entre o Dr. Plinlo Correa de Ollvelra e sua veneranda Mae, de um lado, e, de outro lado, todos esses Santos. Esta coletanea de fatos hagiogrSficos serS
especialmente interessante para o leltor brasilelro, nao raras vezes mals propenso a consideragao dos fatos historlcos do qua ao estudo doutrlnarlo.
Seccao I
"Vox populi, vox Dei": o consenso dos fieis
pode discernir santos verdadeiros muito antes
do pronunclamento oficial da Igreja
Nota:
Todos os subllnhados simples, no texto
das fichas, sac nossos, bem como os subtltulos Intercalados nos textos.
I
SenxQa de Deua
gue oQccecag §5 Qdon de santldade §|q ^esde logo "saotQa" EfilQ BQYQ Ciel
1. "Os Santos foram canonlzados pelos
flels, antes de o serem pela Igreja"
DeclaraQao prevla de Mons. Garon MS, Pro-Prefelto
Apostollco de Mopondava, Madagascar, em sou
livro sobre Nossa Senhora de la Salette; "Os santos foram canonlzados pelos fieis, an tes de~o serem pela Igreja.
"As
multidoes acorreram a Salette ou a Lour-
des, antes que Dom Pelisberto Bruillard e Dom Lau rence
pronunciassem sua sentenqa sobre estas apa-
riqoes.
"Os
fieis gozam, pois, de certa liberdade na
lKre.1a. E desta liberdade que faqo uso nestas p5^ ginas. Se proclamo santa esta ou aquela pessoa; se, uma que outra vez, externo minha crenqa no mi-
lagre, antecipo a voz da Igre.la, mas seu
nao empenho
.luizo, nao me intrometo no campo de sua auto-
ridade; somente comprometo a minha".(E. GARON MS, A
Virgem
dos Alpes — Nossa Senhora da
Salette,
7ozes, Petropolis, 1956, p. llT^ 2. 0^ fieis, animados por um instinto peculiar, e antecipando-se~as honras
que a Igre.1a""tributar&, reconhecem muitas vezes os verdadeiros santos
Da
vida
''1207-1231),
de
Santa
Isabel
escrita pelo Conde de
da
Hungria
Montalembert:
8.
Secgao I
"Anlmados por aquele tantaa vezes e precursor da teclpando a honra que logo seus preclosos despo.loa, oa
obter^
rellqulaa
Instlnto popular que verdadelra fama, e ana Igreja decretarla a mala ardentea tentavam
da Santa (Santa Isabel
da
Hungrla). Langavam-se aobre o feretro; alguna rasgavam
pedagoa de aeu manto;
outroa cortavam auas
unhas e aeua cabelos; algumas mulherea chegaram ao
ponto de cortar aa'pontaa de auas orelhaa". (Count de MONTALEMBERT, The Life of Saint Elisabeth, P.J. Kenedy & Sons, New York, p. 3^2). 3. "Vox popull, vox Del"
Sobre as manlfestagoea de devogao a recem-faleclda Joana, ex-Ralnha de Pranga e Duqueaa de
Berry
(IMSM-ISOS),
escreve o Poatulador
de
sua
Causa de canonlzagao: "Joana (Santa Joana de Valola) morre en4:ao no
Moatelro da Anunclagao, de Bourges, do qual havla aldo a fundadora e a mae, em 4 de feverelro de 1505. Ela al morre detal modo em odor de santldade que os favorea mlraculosos se multlpllcam em torno de aeu t(5mulo, e sua fama sanctltatls se
propaga por todo o relno, e mala alem, onde seus mostelros conhecem maravllhosa germlnagao. Vox popull, multo
vox Del. A voz do povo crlstao nao espera tempo para a canonlzar, anteclpando-ae, por
um Incoerclvel movlmento do Esplrlto Santo, ao Julgamento da Igre.ja. Dao-lhe comumente o titulo
de Bem-aventurada. £ ate de S^anta. As autorldades ecleslastlcas
delxam meamo organlzar-se em
torno
de sua memorla um certo culto, que nao farS senao crescer com os anos, ao mesmo tempo que a protegao, da qual a aanta Duquesa dS a seus pledosos
devotos slnals sempre mala tanglvels. Nada deter£ esta devogao popular". (Mgr. R. FONTENELLE, L'Hlstolre d'un Proces, In "Perveur", Paris, n. 7, aout
Tm: 'I. 0 povo tem um sexto sentldo pelo qual reconhece a pessoa aanta
Epllogo do Pe. Alfred Rush CSSR a autoblografla
de Sao Joao Neumann (+ i860), Blspo de
delfla (EUA):
Plla-
Secgao I
"Tao logo faleceu Neumann (Sao Joao Neumann), fez-se ouvlp a vox popull, a voz do povo, atravea de toda FlladeTiTa. 0 povo tem um sexto sentido para a santldade; ele reconhece a pessoa santa, o artlgo verdadelro. Ele o proclama sempre.de v&rias maneiras; ele o proclama com Inslstencla e perslstencia ate~que, flnalmente, as autorldades ecleslastlcas
Introduzam o Processo de Canonlzacao» A
voz do povo fol, ouvlda no profundo pesar, na aturdlda descrenga e nos reiterados pedldos para que se conflrmasse a veracidade da notlcia de sua morte. Ela se evldenclou nas miiltidoes, dentro e fora
das Igrejas de Sao Joao e de Sao Pedro, nas mllhares de pessoas que ocupavam cada polegada de espa-
QO ao longo das ruas, nos telhados e nas Janelas, enquanto a proclssao percorrla seu trajeto rumo a Igreja de Sao Joao. Ela se manlfestou nos milhares que bloquearam o caminho para a Igreja de Sao Pe dro, para tentar ver mais uma vez o seu blspo, quando o piano do funeral fol modlflcado e eles souberam que haverla uma outra^exposlgao do corpo e o sepultamento na Igreja de Sao Pedro. "Estas
apenas de um
multidoes
nao podem
ser
expllcadas
pela curlosldade popular de ver o funeral blspo importante. Uma descrlQao^ da epoca
diz: 'Se necessitSssemos de alguma evidencia sobre
o aprego com que o distinto prelado era considerado pelo clero e pelo laicato, bem como por todos que o conheciam, certamente a terlamos testemunhado na maneira como eles se reuniram por ocasiao das exequias, para honrar sua memoria e atestar o amor que Ihe dedicaram'. "A 'voz do povo' manifestou-se na reverencla
com a qual eles se aproximavam do corpo, osculavam as maos ou os pes, e tocavam nele algum objeto pa
ra
conservar
como lembranga ou rellquia. Ela
se
patenteou no oferecimento de fibres que constantemente ornamentavam sua sepultura. Outra manifesta-
gao da 'voz do povo' se verl,ficou na conversao que sua morte provocou; para alguns foi a conversao do
pecado para a vlrtude; para outros foi a conversao para uma prStlca mais fervorosa da vida crista". (Pe. ALFRED C. RUSH CSSR, Epilogue, in The Autobiography
tions,
of
John Neumann CSSR, St. Paul Edi-
Boston, 1977, pp. b9-70 / Imprimatur; Wil
liam Cardinal 16-12-1976).
Baum,
Archbishop
of
Washington,
10.
SecQao I
5- A oplniao publlca, tern frequentemente, quando se trata de dlscernlr as almas que Deus favoreceu
com OS seus dons, uma IntuTcao segura
Da
vida
da
Beata
Marla-Eugenla
(I817-I898), fundadora e primelra
Milleret
Superlora-geral
das religlosas da Assumpgao: "Ate
o
dla do enterro houve
uma
constante
afluencla de vlsltantes na capela onde o corpo estava exposto; vlnha-se rezar pela defunta (Beata Maria Eugenia Milleret) sem duvida, mas vinha-se ainda mais para rezar a ela e para venerar seus despojos. 0 sentimento geral se traduziu entao por um
gesto
sentido
bem simples, sempre o mesmo,
mas
cujo
nao se presta a enganos. A fe crista sem
pre Julgou que o corpo, separado momentaneamente da alma da qual ele foi o instrumento, retem uma 'virtude*, quando esta alma viveu da graga de Deus. Dai o culto das reliquias dos santos e as honras com as quais a Igreja cerca os restos mor tals de seus fieis.
"A
-se,
opiniao publica, tao facil de
extraviar-
tem de ordinirio, quando se trata do discer-
nimento
dons,
das
almas
que Deus favoreceu
com
seus
uma seguranga de intuigao que quase nunca e
desmentida
posteriormente pela autoridade
compe-
tente. A nao ser nesta especie de sufragio, nao existe quase mais nada onde a voz do povo seja habitualmente
Eugenia dia de
um eco da voz de Deus. A Madre Maria
foi assim espontaneamente honrada desde o sua raorte com uma especie de culto que
proclamava a eminencia de suas virtudes (*). Tocavam-se imagens e tergos no corpo, beijavam-se suas vestes, suas maos e seus pes, que contlnuavam fle-
xiveis, apesar da morte". (*)
A Madre Maria Eugenia de Jesus foi
bea-
tificada.
Le
(Mere Henaff
Marie-Eugenie de Jesus, Imprimerie J. & Cie. — Saint-Etienne, 1922, pp.
il78-'179 / Imprimatur: Hyacinthus, Ep. V. g. Sancti-Stephani, 5-7-1922).
Modrensls,
Se'^gao I 6. Sao
11. Joao Nepomuceno, canonlzado
em 1729
era venerado como
santo desde sua morte, no seculo XIV
De uma blografla de Sao Joao Nepomuceno (13^0-1383), mSrtlr do slgilo de conflssao: "No tumulo de nosso Santo (Sao Joao Nepomuce
no) deram-se multos milagres. Tentatlvas de pilhfi-lo
foram feltas pelos hussitas e novamente pelos
calvlnlstas em l6l8.
"0
santo
nao fol canonlzado senao em
1729»
mas desde a sua morte, no seculo XIV, ele fol ve nerado como santo pelo povo da Boemla. For ocaslao
da canonlzagao, o tumulo fol aberto e milagres fo ram testemunhados. Verlflcou-se que a lingua tlnha permanecldo
Incorrupta e perfelta como no caso de
Santo
Antonio
Saint
of the Week. Catechetical Guild Educational
de Pkdua". (DESMOND MURRAY
OP,
A
Society, Saint Paul, Minnesota, p. l6l).
7. Pra Angellco plntaya Santa Catarlna de Siena, com a aureola de santldade, mesmo antes de ter sldo canonlzada ou beatlfIcada
Da famosa Hlstorla dos Papas, de L. Pastor:
"Os papas sempre celebraram com grande magnlflcencla as qanonlzagoes dos Santos, das quals Plo II
pode solenlzar apenas uma: a de Santa Catarlna
de Siena.
"Tendo
falecldo
aos trlnta e tres
anos
de
Idade, esta vlrgem consagrada a Deus tlnha-se tor nado
em pouco tempo, como Sao Francisco de Assls,
objeto da veneragao popular. "Suas cartas, prlnclpalmente, eram multo 11das, e foram quallflcadas ate por certo hlstorlador raclonallsta de 'grandloso llvro de. edlflca-
gao, o
onde hS colsas que mals parecem escrltas com
estllo de um apostolo, que com o de uma donzela
sem particular Instrugao'. "Suas XV
Imagens, que Ja no prlnclplo do seculo
havlam-se
mllhares
de
multlpllcado em Veneza, andavam
maos, e (o Beato) Fra Angellco,
em
que
12.
Secgao I
representou teve
Santa Catarlna em vdrlos quadros, nao
dlfIculdade em rodear a cabega de suas
Ima-
Kcns com a aureola~3'e santTdade; pels ela era conslderada como santa pelos domlnlcanos reformados. "Em
seus
conventos celebrava-se
anualmente
uma festa no dla em que morreu Catarlna, pregava-se a respeito de suas vlrtudes, e as donzelas rodeavam suas imagens de coroas e ramalhetes de flores.
Pela*tarde executavam-se cenas dramfiticas no
atrio
externo do convento, representando os
notfiveis
OS coros que se costumava
•0
cidade
gloria
mais
episodios de sua vida; foram conservados cantar nessas ocasioes:
da virgem, 6 doce pStria de
Siena!
A
desta donzela sobrepuja todos os teus bra-
soes!•".
Nota:
0
Beato Pra Angelico morreu em
1^55*
Santa Catarlna de Siena (IS'^T-ISSO) foi canonizada apenas em sem ter sido beatificada mente, o que era entao usual.
previa-
(LUDOVICO PASTOR, Historia de los Papas, Edi-
ciones
G. Gill, Buenos Aires, 1^8, Volumen
III,
pp. 277-278 / Imprimase: Antonio Rocca, Obispo de Augusta y Vicario del Arzobispado de Buenos Aires, 20-5-19'<8). 8. A Igre.la tolerou o culto a Santo Alexandre Sauli, antes mesmo da beatificagao, tal o entusiasmo de seus devotos
De uma biografia de Santo Alexandre Sauli, o Apostolo da Corsega (153'1-1592), depois Bispo de Pavia (Itdlla):
"Alexandre Sauli pedira para ser enterrado embaixo dos degraus do coro, na Catedral de Pavia,
mas
como escreveu M. de Falloux; 'Notou-se sempre
uma
especie
de contestagao entre Deus e os
seus
santos. Quanto mais estes afetam sepultar os seus nomes, por humildade, com a lembranga de suas vlr tudes, mais Deus tem a peito retirS-los das trevas
para como
tornS-los celebres a posteridade e propo-los objeto de veneragao' (Vida de S. Pio V, T.
II, p. 319).
fora
"Depois da morte do santo Bispo, cuja vida um holocausto remodelado pelo d£^ Cruz, e a
Secgao I
^3*
morte uma transfIguragao semelhante a do Tabor, os
flels de Pavj^ prestaram um culto espont&neo ao seu tumulo« Nas proclssoes nao ousavam pisar a pe-
dra sepulcral que o cobrla. 0 blspo, o clero, os flels, compenetrados de profundo respelto, afastavam-se a dlrelta ou a esquerda, ao sublr e descer 03 degraus da escada do coro. "Quantos enslnamentos grandlosos e quantas
vlrtudes egreglas nao Insplrou e grangeou o beneraerlto taumaturgo mllanes! Ease santo recebeu ho-
menagens profundas, exerceu InfluencTas vlvlsslmas na multldao que se prosternava orando com fervor e
bel.lando mister
respeltosamente rodeH-la
a pedra do tumulo.
de uma balaustrada que os
Pol
flels
cobrlam de ex-votos de cera ou de prata, de quadros comemoratlvos; lampadas ardlam dla e nolte; clrlos constantemente renovados testemunhavam a gratldao popular.
A
Autorldade
eclesldstlca tenta refrear o
culto
nao autorlzado pela Igre.ja
"0 clero procurava, entretanto, refrear os ardores" de uma devoqao nao autorlzada pela Igre.ja.
0 blspo ^ Pavla, Joao Batista Blllla, compenetrado
de veneraqao pela memorla de Alexandre, temeu,
todavla, Incorrer na censura da Santa Se j mandou retlrar as l&mpadas, ex-votos, as oferendas que ornavam o tumulo de Alexandre e expllcou ao povo o
que em
detennlnava o seu modo de proceder. Pol
tudo
vao. Quando retlravam uma lampada ou um ex-vo-
outros, em duplicate, os substltulam e o povo aflula cada vez raals. 0 blspo perslstla na sua re-
solugao e, como melo preventIvo, mandou fechar as portas da Igre.ja, convencldo de que os flels esouecerlam a devoqao. Este alvltre, porem, nao deu resultado satlsfatorlo. Os flels a.joelharam-se dlante
das portas fechadas da Igre.ja,
penduraram
ex-votos e acenderam velas, correndo o rlsco de Incendlarem a Igreja. A catedral conservou-se fechada por espaqo de trlnta e dols dlas, desde do-
[jjj_ngo de Quasimodo ate a Ascensao. "Os
conegos, Inquletos; convenceram o
Blspo
de que nao era convenlente Interromper, por tao longo tempo, o servlqo dlvlno e Impedlr as homena-
gens trlbutadas ao servo de Deus, por melos Inu-
I'l.
Secgao I
tels
e
dos quals se poderlam origlnar
desordens
graves.
"Abrlram-se, pols, as portas da Igreja. 0 Blspo decide nao mais embaracar as manifestaQSes da devogao popular
"No
dia
imediato apareceu urn
grande
clrlo
aceso sobre o tumulo do santo. 0 Blspo desconflado
que fosse motejo, ordenou serlas pesqulsas, para saber quern poderla ter sldo o autor da mlstlflca-
gao. Soube-se que o clrlo havla sldo colocado por Jorge Plazzola, reltor da Igreja de S. Nlcolau. Mandou prende-lo. Este, porem, Justlflcou-se, alegando que procurara, dessa manelra, manlfestar o seu reconheclmento pela graga que obtlvera de Deus por Intermedlo do seu flel servldor.
"Ante tao slgnlfIcatlvos testemunhos» o Blspo
resolyeu
nao
mals embaracar as demonstracoes
da
devocao~popular* "A sobre
corporagao dos Mercadores mandou colocar, o tumulo, uin baldaqulm de seda; as assocla-
goes da Doutrlna Crlsta ofereceram um magnlflco estandarte com tapetes preclosos; l&npadas ardlam sem cessar; espalharam Imagens em que o representavam com a aureola dos santos e o deslgnavam pelo
tltulo
de
Bem-aventurado que
o povo
Ihe
havla
conferldo.
Sao
Roberto Belarmlno e o proprlo Papa Paulo V
o
conslderam santo
"Quando os procuradores do Blspo levaram estes fatos ao conheclraento do Cardeal Belarmlno, entao prefelto da Sagrada Congregagao dos Rltos,
este examlnou longamente e com a malor atengao uma dessas Imagens. "E ele mesmo", dlsse, conhecl-o, foraos amlgos; era realmente um santo.
"0 Papa Paulo V ^ ouvlr a relagao do Cardeal
Belarmlno^
declarou que nao tenclonava Impedlr
a
contlnuacao desse culto, mas desejava que fossem reglstradas, com exatldao, as maravllhas-operadas por Deus pela Intercessao do seu servo. 'E-nos
agradSvel', acrescentou o Soberano Pontlflce, 'ten notlcla das gragas admlrfivels concedldas por Deus, a
Intercessao do Bem-aventurado Blspo; nos tambem
Secgao I
15.
o conhecemos o conslderamoa deade aanto'» Em vlata deata clrcunatancla o Blapo de Pavla autorl-
zou
a devoQao doa flela ao aeu Pastor
venerando.
Eata devoQao espalhou-se per toda a Lombardla, pela Sabola, a Pranga, a Alemanha e a Corsega Teologoa
e
canonlataa aflrtnam a legltlmldade
do
culto
"Em 1625, em vlrtude do decreto de Urbano VIII prolblndo que se preataasem as honraa do cul to
aos mortos alnda nao beatlflcados ou canonlza-
dos, surglram duvldas sobre a legltlmldade do cul to consagrado ao servo de Deus. Fabrlclo Landrlnl, blspo de Pavla, consultou, a esse respelto, teologos e canonlstas.
"Com eloqiiente unanlmldade, declararam todos que o culto trlbutado a Alexandre Saull, Jatolerado pela Santa Se e pelos blspos locals, nao po dia ser atlngldo pela prolblgao.
"Em iB'iS, Joao Baptlsta Sfondratl mandou para
Roma
as peqas do processo apostollco do
prelado,
aflrmando que a devocao a esse santo estava tao enralgada no esplrlto dos povos que qualquer tentatlva para colbl-la serla a orlgem de perturba-
goes e esc&ndalos.
"No flce
dla de Natal de 1732,
o Soberano Pontl-
Clemente XI, promulgou o decreto enaltecendo
as vlrtudes herolcas do servo de Deus". Nota:
Santo Alexandre Saull fol
beatlflcado
em 1742 e canonlzado em 1904.
(B. Saull,
prensa, Hons.
DE
MAGDALENA, Vlda de
Santo
Alexandre
Offlclnas Graph, da Assoclagao da Boa
Im-
Recife, 1928, pp. 105 a 109 / Imprimatur; Rosalvo Costa Rego, Vlgdrlo Geral
28-11-1925).
9. "A devogao do povo ji. o havla canonlzado em sua veneracao e aprego..."
De
uma
(I542-I59I),
blografla
de
Sao
Joao
da
Cruz
colaborador de Santa Teresa de Jesus
na reforma do Carmelo:
l6.
Secgao I
"A populagao ubedenha (da cldade de Ubeda) que ouvlra o tanger dos slnos a flnados, se preclpltou no Carmo a notlcia de que all havia morrldo
urn santo, Svida de ver o rosto do bom frade que quase nlnguem conhecia, mas que todos admlravam. Parecla
uma romaria ou um dia de visitaa a igreja
dos Carmelitas para ganhar indulgenclas. Os ubedenhos empregaram toda especie de argucias para se apropriar de alguraa rellquia do finado, e os menos afortunados nos
tocavam
os rosSrios e outros objetos
seus restos mortals. Houve ate devotos que se
atreveram a cortar o seu hSblto ou a sua capa. For
multos lados voaram as suas rellqulas, prodlgallzando a manchelas gramas surpreendentes "A na
devoqao do povo que Jd o havla canonlzado
sua devoqao e apreqo, e a abundancla e
brllho
de seus multos mllagres, Junto com a fama, por certo
que
mereclda» de virtuoso £ santo, fIzeram
com
o Papa Clemente X o beatlflcasse em 25 d'e Ja
neiro de lb75 e ^e Bento XIII o Inscrevesse no catalogo dos Santos, em 27 de dezembro de 1726". (R. F. JOSE ANTONTO DS LR" MADRE DE DIUS
CD, San Juan de ^ Cruz, Editorial Sanchez Rodrlgo, Plasencla,'Ta. ed., pp. 84, 85 e 89 / Imprlml potest; R. P. Otlllo del Nino Jesus, Provincial).
10. Antes mesmo da beatlfIcaqao de Sao Vicente de Paulo OS flels o honram e Invocam
De
uma
blografla
de Sao Vicente
de
Paulo
(1581-1660):
"Q cultQ de Si Ylcente de EaulQ. —
Os flels
nao esperar^ a data da beatlflcacao, 13 de agosto
de 1729i paFa honrar e Invocar o Pal 5E ^fldade. Si" membros de suas duas Congregaqoes foram exemplares em cultlvar a sua memorla e propagar as suas vlrtudes. Antes mesmo da palavra da Igreja, o povo de Pranga pronunclava com amor e respelto o nome do fundador de tantas empresas de carldade". (Pe. JERONIMO PEDREIRA DE CASTRO, S.
Vicente
de Paulo, Vozes, Petropolls, 1942, p. 448
/ Com aprovagao eclesl^stlca).
SecQao I
17.
11. Ruas, colegloa, Reglmentoa colocadoa aob a protegao da Irma Tereainha do Menlno Jeaua, antea meamo de aua beatlficacao
Trechoa de cartaa da Madre Inea de Jeaus, IrmS de Santa Tereainha:
(Ac P. Prei Rodrigo de Sao Pranciaco de Pau la OCD, Poatulador da Cauaa de BeatiflcaQSo e Ca-
nonizaQao de Santa Tereainha em Roma): de
"Um patronato de Parla foi fundado com o nome Irma Tereaa; em outro lugar, o prefeito permi-
tiu
que
se de a uma via publica o nome
de
Santa'^TeresinKa'^. Eapero que este entusiasmo
nao
prejudique noasa amada cauaa (29-7-1913)". (A Mons. De Teil): "Que
guerra tao triate! E como ae
prolonga!
(I Guerra Mundial, de 191^* a 1918). "Ontem
recebi carta de um coronel que conaa-
grou aeu regimento a Irma Tereaa. Nela diz: 'Aqui, neate boaque do qual tanto ae fala e que ae encontra todo encharcado de aangue francea, temoa o projeto de levantar uma capelinha ao Sagrado Cora-
cao. Minha intengao e de que ^ um ^ aeua vitraia figure
a imagem de noaaa admirdvel aantinha (Irma
Tereainha). Eata capela ae levantarS com o dinheiro
de meua aoldadoa e a contribuiqao de meua ofi-
ciaia, Meu regimento colocarfi na erecgao deata ca pela todo o aeu cora^ao e todo o aeu agradecimento' (30-4-1915)". (Ao Gardeal Vico, Prefeito da Sagrada CongregaQao doa Ritoa e Relator da Cauaa de Santa Tere ainha):
naa
"Voaaa Eminencia verS noaaa Capela, nao apecoberta de ex-votoa de mfirmore, maa tambem
adornada
com
aa bandeiraa de quaae todaa aa
na-
Qoea. Temoa JS vinte e cinco, todaa de aeda, bordadaa
e dedicadaa a Irma Tereaa. De todoa oa pai-
sea noa chega eata homenagem com indeacritivel entuaiaamo. Aaaim o Braail. nao podendo empregar to do o dlnheiro coletado na compra de aua bandeira,
teve a ideia de no-la enviar em um magnlfico eato-
18.
Secgao I
Jo de madeira das Ilhas, maravilhosamente esculpido e que representa, por si so, um valor de milhares de francos (31-1-1921)".
Nota:
Santa
Teresinha
do
Menino
Jesus
(1873-1897) foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de malo de 1925.
(La
hermana ^ "Madrecita" de una Santa —
R. Ma?re Teresita,
Ines de Jesus (Paulina Martin) y Santa El Anp;el del Carmelq, Buenos Aires,
1953, pp. llFT 12o7 122^3). 12. A mae de Sao Domlngos de Gusmao, beatificada por Leao XIiem 1828, era honrada como Santa desde o seculo XIII
De uma biografia de Sao Domingos de Gusmao: "Parece
entretanto provado que, seja do Is^do
dos GusmSn, seJa do lado dos Aza, nosso santo (Sao Domingos) descendia de nobres cavaleiros que, durante vfirios seculos, combateram pela pStria espanhola e a fe crista. Seus pais eram pledosos; hon rada
como uma santa desde o seculo XIII, sua
mae
Joana foi beatificada por Leao XII em l"8'28". (JEAN
GUIRAUD, Saint Dominique, Librairie Victor Lecoffre, Paris, la. ed., 1901, p. 't).
13. "Ela vai nos a.ludar l£ no Geu. Era uma santa"!
De uma biografia da Mae de Sao Joao Bosco:
"4 hoca dfi DeUS. — 'Dom Bosco se retirou, obedecendo a vontade"expressa da mae que, poucos Instantes depols, entrava em agonla'. "Eram 3 horas da madrugada do dia 25 de vembro de 1856.
no-
"'Dom Bosco, que nao se tinha deitado, ouviu OS passos de Jose que vinha ter com ele. A piedosa mulher
tinha voado ao ceu. Os dois Irmaos entreo-
Iharam-se pranto*.
sem
nada dizer e romperam
em
copioso
r i -'
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as,,iM.; I
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^iBltlB!
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nan'liinB*
I
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I
I
I
>^■■1 'HI 'llli iWI II
Vitral (^t direita) dedicado ^ mae de Sao Joao Bosco, na Igreja de Nossa Senhora do Sufragio, em Medellin (Coldmbia). Nao esta representada com aureola ou resplendor, pois nao foi canonizada ou beatificada.
20.
Sec^ao I "B
oa
menlDQa? — 'Nao se pode descrever
a
dor, 08 solugos, o choro desconsolado, quando receberam
a
Infausta notlcla de que a mae
Bosco — a mae deles todos —
de
Dom
nao exlstla.
"'— Perdemos nossa mae, mas estou certo de que ela val nos ajudar Id do ceu» Era uma santa!' "Pol o que disse'Dom Bosco aos meninos reuni— dos, querendo consold-los. "* Era
santidade,
uma santa!' E o que dizia um mestre de
era a voz de um dos maiores santos
da
declaragao encontra eco no coragao
de
Ip:re.1a.
"Essa
todos nos, de quantos amam Dom Bosco". (FAUSTO CURTO, A ^ Dom Bosco, Editorial Dom Bosco, Sao Paulo, 1979, p. 131)•
1^1. As^ religiosas de Santa Clara consideravam a santidade de sua fundadora
apenas inferior a de Nossa Senhora
ras
Relato do depoimento da Abadessa e das freido Convento de Sao Damiao, no processo de Ca-
nonizagao de Santa Clara de Assis (1193-1253)i "No dia 2k de novembro, Mons. Barthelemy, se-
guido de seu tribunal, se apresenta em Sao Damiao. Faz Jurar as treze Irmas de dizerem a verdade sobre o que elas sabem de Clara, sua Mae, e recebe no
claustro seus depoimentos. A estas treze Irmas
acrescenta-se uma decima quarta e depois uma deci-
ma quinta, doente na enfermaria. "No
dia
28 do mesmo mes, as
depoentes
sao
reunidas de novo no claustro, e a uma so voz, uni-
das
a sua Abadesa, Soror Benedita, atestam sob
a
fe do Juramento a santidade de Clara, que elas nao
creem
inferior
Maria""
CJ'ai
connu
madame Sainte Claire — Le proces de
cano-
nisation
senao a da Virgem
de Sainte Claire du Cedre, Paris, 1961, p.
d • Assis, lies editions / Imprimatur: J. Gas-
ton, Vic. gen., de Toulouse, 12-7-1980).
SecQao I
21.
15. "Tudo o que se pode dlzer da .santldade de utna tnulher, depols da VIrgem
Harla, podla-se dlzer de~5'anta Clara" Do
depoimento
Christiano
da Irma Cristiana de
Messire
de Parisse, no processo de Canonizaqao
de Santa Clara de Assis;
"A depoente continuou dizendo que a perfeiqao e a honestidade de vida da dita Senhora Madre Cla
ra
foram tais que ela nao as conseguiria
ver.
deacre-
Porque, assim como ela o cria firmemente,
Bem-aventurada
Madre era, em todos os seus
a
atos,
chela de vlrtudes e chela do Esplrlto Santo. Do mesmo modo, ela pensava que tudo o que se pode dl zer da santldade de uma mulher, 9'epols"?a VTrgem Maria,
podia ser dlto, em toda verdade, de
Clara". (J'al
connu Madame Salnte Claire
proces de
canonisation
se,
Editions du Cedre, Paris, 19bl, p. 5 7
Les
Imprimatur: 12-7-1^60).
J.
Gaston,
de Salnte Claire
Santa
-- te
Vic. Gen.
de
d'Assl-
Toulouse,
16. "Caetano £ grande dlante de Deus £
seu lugar no coro dos Seraflns"
Conta um blografo de Sao Caetano de (IMBO-IS'^T), fundador dos Teatlnos: "No momento mesmo da morte de
Thlene
Sao Caetano de
Thlene, parece que dela teve conheclmento a dlstSncla Sao Pedro de Alcantara. Enquanto Caetano de
Thlene
explrava
com a mesma
em NSpoles, terla ele
Intulgao de vldente
exclamado
com a qual Santo
Afonso de Llgorlo, mals tarde, anunclard aos famlllares a morte
do papa Ganganelll: — *Ahl, em um
ponto da terra delxou de haver uma forte para a santa Igreja!'. "Santo
NSpoles em
coluna
Andre Avelllno, precloso recoletor em
das memorlas do Santo, alnda
esvoagantes
Sao Paulo Malor, Interpelado a respelto, com a
sua exuberSncla dlsse: 'Caetano e grande dlante de Deus e tem seu lugar no Coro dos Seraflns*. E o
expllcava asslm: 'Quem, depols dos Santos Apostolos, demonstrou mals fe do que Caetano? Quern, com-
parado a ele, pode dlzer-se mals humllde? Quern, em
22.
Secgao I
confronto
com
ele, mals despldo e desapegado
da
terra?' ....
"Sao
Caetano .... fol proclamado
santo pela
voz do povo, com uma veneragao Intelramente espon-
tinea.
Quando
o PontlfIce Clemente X, em
12
de
abrll de 1671, o canonlzou, pode-se dlzer que ele legltlmou, nos coragSes, um culto que estava dlfuso por toda parte". (PIERO CHIMINELLI, San
Gaetano Thiene, Soc. An. Tlpograflca Pra Cattollci
Vlcentlnl 9^11
/
Editrlce, Vlcenza, 19'l8, pp. 938, 939 e
Imprimatur; Pranclscus
Snichelotto,
Vic.
Gen.).
17. "Parece-me que nosso bem-aventurado Padre era uma imagem viva em que estava pintado
o Filho~de Deus, Senhor Nosso" Santa
Joana de Chantal escrevia em carta,
a
respeito de Sao Francisco de Sales (1567-1622): "'Oh, Deus meu! atrever-me-ei a dize-lo? Sim, eu o direi: parece-me que o nosso bem-aventurado Padre era uma imagem viva em que estava pintado o
Filho de Deus, Senhor Nosso. Porque, verdadeiramente, a ordem e a economia desta santa alma era toda
sobrenatural e divina. Muitas pessoas disse-
ram-me que quando olhayam este bem-aventurado, parecia-lhes
ver Nosso SeHhor na terra^ (E. M. BOU-
GAUD, Historia de Santa Joana""?. F. de Chantal, t. 1, p. 167)". (Pe. RAMON J. DE MUNANA SJ, Verdad 2. Vida, Editorial El Mensajero del Corazon de Jesus, Bilbao, 19''7, Tomo I, p. M37). 18. "Foi quern melhor reproduziu na terra OS exemplos vivos do Filho de Deus"
Ainda sobre Sao Francisco de Sales, depoimento
de Sao Vicente de Paulo no Processo de Canoni-
zagao:
"0
fervor do Servo de Deus, disse ele,
Ihava em seus coloquios intimos
que
o
bios.
ouviam ficavam como que presos a seus Tinha
bri-
e familiares.
a ciencia de acomodar-se a cada
Os
llium.
SecQao I
23.
mostpando-se
assuntos
acesslvel a todos. Consultado
Importantes,
sobre
sobre escrupulos de
cons-
clencla, ou sobre qualquer outra materla, nao delxava seu Interlocutor
antes de te-lo satisfelto e
consolado. Repassando em meu esplrlto as palavras do Servo de Deus, slnto tal admlracao, que me Incllno a pensar que fol ele quem melhor reproduzlu
na terra os exempTos vlvos do Fllho de Deus". TTTT "Eu
mesmo
ful testemunha de como
moderou
e
apazlguou ele as palxoes da alma e os gozos do es plrlto..., pois de tal sorte submetera ao imperlo da razao as palxoes e movlmentos da alma, que nao so conservou sempre o mesmo teor de vlda, como nem
sequer se refletlam na sua flslonomla os aconteclmentos prosperos ou adversos". (FERNANDO FURQUIM DE ALMEIDA, A graqa proprla dos Fundadores, Secgao "Callcem
Domini
blberunt" In
"Catollclsmo",
n.
IIM, Junho de I960). 19. "Estou tao certo de sua gloria no ceu, como se a vlsse com meus olhos corporals"
De uma blografla de Sao Joao (I599-I62I), da Companhla de Jesus: "Os
alunos
Berchmans
do Coleglo Romano, entravam
nas
aulas quando as badaladas do slno anunclaram que a alma de Berchmans havla delxado a terra.
"Os
cursos foram Imedlatamente suspenses. Os
gemldos e as l&grlmas de mestres e alunos mlsturaram-se, e todos celebraram a porfla os louvores de Berchmans.
0 padre Diego Slcco, professor de teo-
logla, fez sem demora, e com os olhos nadando em iSgrlmas, o paneglrlco do santo estudante. Ao termlnar, dlsse o que mals tarde escreveu. 'Orar pela alma de Berchmans, serla fazer Injurla as promessas dTvlnas. Devemos dar graqas d. Bem-aventurada
Vlrgem por haver sldo chamado para o ceu, urn fllho tao
dlgno dEla. Nunca vl na sua pessoa, colsa que
nao
fosse
conforme as lels de Deus, e as
nossas
Regras; e eu estou tao certo da sua gloria no ceu, como
se
(pe. ITT
a
J.
vlsse
com
meus
olhos
M. CROS SJ, Vlda ^
corporals *".
S.
Joao
Ber-
chmans, Duprat i Comp., Sao Paulo, T912, p. 3b5 / Com llcenga da autorldade ecleslSstlca).
Secgao I
20. "Se ela nao est& no paralso. entgo ngo hg nlnguem T5l"
•Mons. Salottl (depols Cardeal) recolhe o tes-
temunho de vgrlos Santos, sobre a santidade de Ana Maria Taigi (1769-1837), beatificada em 1920: "0 VenerAvel Bernardo Clausl. que muitas vezea tinha experimentado a eficAcia das oraqoes, das luzes e dos conselhos da Bem-aventurada, quan~ do
soube
de sua morte bradou enfaticamente:
'Se
ela "So estg no paralso. entgo nlo hg ninguem Ifil'
0 Beato Uaspar del BOfalo (canonizado em 12-0-195^), consternado por ter Roma perdido tao grande senhora, assim exprlmiu sua profunda dor: 'Quando
o
Senhor chama a si certas almas
a
Ele
nulto caras, e sinal de que nos quer castigar. Preparemo-nos para ser aqoltados*. 0 Venerfivel Vi-
cente Pallottl. cuja causa de beatlTlcaqao estg~~em Pleno curso no momento (beatificado em 22-1-1950), teve provas da particular proteggo da Serva de Deus depois de falecida, tanto que afirmou dese.iar constitui-la secretlria plenipotenci&ria Junto ao trono da Santissima ifrindade. para suasobras. A
Venergyel irmg Mafia Eufrgila Pelletier (beatificada em 30-^1-1933 — canonizada em 3-5-19^0), fundadora das Irmgs do Bom Pastor, tendo ouvido o pledoslssimo Cardeal Odescalchi falar muito bem venerou-a grandemente e confiou g sua inter-
ceasgo todos os assuntos que tinha necessidade de tratar era Rona. B todo ura coral de louvores e de elogioB sinceros que atestain a reputaggo comuin de santidade. a qual se revigorou apbs a moFte de Ana
"Poi verdadeiraraente surpreendente que a vida de
Una pobre mulherzinha fosse tgo universalmente
procurada e preferida gs vidas de tantos santos, antigos Igre.1a.
e novos. que tanta grandeza trouxeran g Be onde o dese.lo vivissimo de possulr o
retrato ^ Ana MarTaTaigi. e o pedido continue de
SUM
reliquias
que vinha de todas as
mundo". (Mons. CARLO SALOTTI,
partes
do
Beats Anna Maria
— Madre di Faraiglia. Qrottaferrata- —9Mio-
la Tipografica Italo^rientale "S. Mile", 1923, PP* 377-378 / Iropriraatur: Pr. Albertus Lepidi OP, S.P. Ap. Magister. Xmpriraatur: Can. Sylvius de Angelis Vic. Qen. Dioec. Tusculanae).
SecgSo I
25.
21. "Nunca vl copia mala verdadeira do Divino Mestre"
Mons.
de
v&rios
Francis Trochu apresenta o
Sacerdotes
sobre Sao
depoiraento
JoSo
Baptista
Vianney, o Cura d'Ara (1786-1859): "Ougamoa agora aquele que foi seu prelado du-
rante 29 anos. Em I838 o P. Tailhades, de Montpellier, depois de uma estada de 2 mesea com o Cura d'Ara, encontrou-se com Mons. Devie. OP. Tailhades com
tomara alguns apont£unentoa sobre o Cura d'Ara o intuito de imprimir urn opuaculo. Para isso
precisava da aquieacencia do biapo de Belley. Entao, conta o referido sacerdote, 'S. Excia., aproveltando a oportunldade para conhecer minha niao sobre o P. Vianney, perguntou-me: — pensa
urn
opi'Que
V.Revma. sobre o Cura d'Ara? — Creio que e
santo'. respondi. 5 Sr. Bispo acreacentou; '^u
tambein
^penso como V. Revma"' (Processo OrdinArio,
p. 1525) "0 P. Toccanier, seu coadjutor durante anos, assim fala do nosso Santo:
seis
"— Aproximavam-se dele como de uma reliquia. Jamais vi tanta energia e tanta for^a de vontade. Nada o abatia; nem as contradiqoes, nem as enfermidades, nem as tentagoes. Mostrou constantemente
a mesma coragem na prAtica da virtude e no devotamento ao proximo. Era tao surpreendente a sua vir tude que causava admiragao a quantos o viam. Era
uma
forga tranqiiila como vinda de Deus; uma forga
invenclvel. sos,
Os peregrines, ate mesmo os
religio-
pertencentes as ordens mais austeras, diziam
nSo haver necessidade de outros milagres que aquela forga, para se convencerem de sua santidade
(Processo
apostolico genere. p. 178; Processo Ordin&rio, p. I60) "0 P. Joao Luis Borjon, antigo cura de Amberieux-en-Dombes, que muito fez sofrer ao Santo e a
quem este perdoou de todo o coragio, diz: "—
grandes
Encontrei nele as virtudes que fazem
os
santos.
"De outros sacerdotes que tambem tiveram oca-
siSo de o conhecer, sao as palavras seguintes: "— 0 P. Vianney
era
a imagem
viva da vida
26.
Sec^ao I
sobrenatural... (Conego Joao Gardette, capelao das carmelltas de ChSlons, Processo apostollco ne pe-
reant, p. 921). A perfeiQao que pregava^aos outpos era a regra austera de sua conduta. 0 movel de todas as suas aqoes, de toda a sua vlda fol a fe.
.... (Pe. Raymond, Processo OrdlnSrlo, pp. 306
e
290). Sempre notel nele a perfelcSo das virtudes .... (Pe. J. B. Descotes, mlsslonarlo dlocesano de
Belley, Processo Ordindrlo, p. IB'JB)- Nunca vl 06pla mals verdadelra do Dlvlno Mestre .... TPe. Estevao Dubouls, cura de Parelns, Id., p. 12^6). A fellcldade
que
tlve de conhece-lo fol uma
graqa
especial de Deus (P. Paivre, Processo Ordinfirio, p. II193)". (Conego PRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolis, 2a. ed., I960, pp. 3^9-370 / Imprimatur: Luis Pilipe de Nadal, Bispo de guaiana, 29-6-1959).
Uru-
22. "A ciencia materialista deplora a perda
de Perrini como s&bio, ma3~a ciencia crista venera-o como a \m santo"
de
Conferencia realizada em Milao a 25 de margo 1905, pelo Dr. Luigi Olivi, grande promoter da
Causa
do Beato Contardo Perrini (1859-1902), bea-
tificado em 19'<7:
"Poi grande nele a ciencia, porem maior ainda a Pe, e a sua ciencia foi profunda, porque mais profunda foi a sua convicqao religiosa. A Pe e a ciencia sempre andaram nele par a par, iluminando-se e completando-se reciprocamente. Que exemplo para a mocidade! A ciencia materialista, que nao quer saber nem de ideal nem de vida futura, deplo
ra
a
perda de Perrini como sSbio, mas a
ciencia
crista venera-o como a santo. Mltiga-se a nossa dor por pensamentos consoladores e sobre 0 seu tu-
mulo eleva-se tranqiiila e majestosa a imortalidade dos santos". (Padre H. W. SPYKER SJ, Beato Contar
do
Perrini. Vozes, Petr6polis, 19'*5, p. 163 / Com
aprova^ao eclesiistica, 30-12-19'l'l).
ii Nq msiSDlQ sgamQ da mQgtg
dfi raullQS iiE¥Qi de ggus gggega a ^iseuta qqc
cellQU|§§ 3U|s> dlcelaa § Indicelas
23« Cardeals e Blspos colocavam seus anels sobre as maos de Santa Clara,
para aH^ulrlrem a vlrtude que delas se desprendla Da Legenda de TomSs de Celano Clara de Assls (1193-1253):
era
sobre
Santa
"A devogao dos flels em torno de seu corpo tao grande que Cardeals e outros Prelados fl-
zeram colocar sobre as maos""da vlrgem seus preciosos anels para que eles pudessem adqulrlr um pouco
da vlrtude que se despr^dla dos dedos~muTFo santos" (J'al connu Madame Salnte Claire, Le Proces de
Canonisation
Editions
de Salnte Claire
d'Asslse"
Les
du Cedre, Paris, 19bl, p. 13 / Imprima
tur: J. Gaston, 1^7-1960).
Vic.,
gen.,
de
Toulouse,
2^. Devotos "saquelam" a cela de Santa Gertrudes sem delxar colsa que tlvesse usado ou tocado com suas maos
De
uma blografla da prodlglosa vlrgem
Santa
Gertrudes a Grande (1256-1301):
"A prlmelra que flzeram depols dlsto (da morte
de
Santa Gertrudes), fol saquear a sua
cela.
tomando a porfla suas pobres vestes por rellqulas.
28*
Secgao I
seni
delxar coisa que tlvesse usado, ou tocado com
suas maos, crendo que de seu contato tinham flcado
tao santlflcadas, que podeplam dar saude a multos: e
nao
se enganaram, porque operou Deus pop
elas
multos milagpes, como vepemos adiante, pelo que fopam pedldas, e estimadas de toda a cpistandade, como de Santa, e tao valida do Senhop". (Pp. JUAN DE CASTANIZA, Vida de la ppodiglosa Vipgen Santa Qeptpudis
la Magna. Administpacion del Real Apbi-
tpio de Beneflcencia, Madpid, 180^1, p. 313). 25. Devogao fepvoposa em topno do cadSvep' de Santa Catapina de Genova
De
uma
vida
de Santa
Catapina
de
Genova
(11'I7-1510), canonizada pop Clemente XII em 1737: "A afluencia em topno do santo coppo foi tao gpande, que foi necess&pio deix&-lo exposto dop oito dias, a fira de satisfazep ^ devogao publica. Dupante todo esse tempo, a igpeja nab se esvazia-
va, da manha ate a noite, e urn clamop de admipagao peppassava tao
a multidao, a vista de uma consepvagao
mipaculosa.
Os tecidos que cobpiam
o
santo
coppo topnapam-se logo insuficlentes papa satisfa zep o fepvop da devogao. Alguem appancou fuptivamente tepia
uma de suas unhas, e este ato com cepteza sido imitado, se nao se houvesse tornado a
ppecaugao de colocap em segupanga o ppecioso deposito. Poi ele colocado em uma capela defendida pop uma gpade que o deixava vep aos que o vinham visitap; e Deus continuou a raanifestap o podep das ppeces de sua sepva, raultiplicando os ppodlgios em favop dos que pecoppiam a sua Intepcessao". (Abbe POSTED, Vie de Sainte Cathepine de Genes. Libpaipie Catholique et Glassique de Fepisse Ppepes, Papis, 1881, p. 1^3).
26. Funepal de SSo Pio V: todos quepiam tep um pedaco de seus opnamentos
pontificals ^ disputavam seus cabelos e sua bapba De uma histopia dos Papas:
"A dop dos pomanos foi igual a venepagao que ppofessavam pelo santo Pontlfice (Sao Pio V). Hou-
Secgao I ve
urn
guarda
29.
concurso
Imenso de povo nos
funerals.
A
sulga foi obrigada a se interpor para pro-
teger o corpo do Santo contra os excessos da veneragao. Todos queriam ter urn pedago de seus ornamentos pontiflcios; disputavam-se sua barba e seus cabelos; os menos favorecidos queriam ao menos fazer
tocar em seu caixao tercos ou outros
de
ob.jetos
devogao". (J. CHANTREL, Histoire Populaire des
Papes, Saint Pie V et Sixfe-Quint, C. billet, Pa?Tt7"l862, VolTTlX,"pp. lb7-lbB). 27. Dificuldades em enterrar o Padre Salmeron; cada um queria uma rellquia
0
famoso Jesulta Padre Pedro de
narra em sua Vida meron (1515-15^5):
"Quando toda
a
e
Morte
do
Ribadaneyra
Pe.
Afonso Sal
se soube da morte do Padre Salmeron,
cidade acorreu a nossa casa para ve-lo
beijar-lhe
a mao. 0 Arcebispo de Nipoles veio
e
ao
enterro com o Cabido e o Clero, em trajes pontifi
cals. Acabado o oflcio, foi tanta a gente que acorreu, tanto Senhores, Cavaleiros £ Mlnistros reals, como pessoas do povo, que nao se pode fazer
o enterro, porque uns Ihe cortavam os cabelos £ a Farba, outros as unhas dos pes; outros pedagos de
suas
vestes, atF que, com um estratagema, se con-
seguiu das
despedir as pessoas e,
de noite, fecha-
as portas da igreja, e presentes apenas os da
casa, o enterraram". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vida ^ muerte
de
del
P. Alfonso de Salmeron. in
Historias
la Contrarreforma, BAG, Madrid, 19^*5, p. 595 /
Imprimatur:
Casimiro,
Obispo Aux. y
Vic.
Gen.,
31-3-1915).
28. De Sao Luis Gonzaga, cortaram-lhe as
vestes, os cabelos,
unhas, e ate duas articuTagoes do dedo minimo da mao direita
Funeral e manifestagoes de devogao em relagao
a Sao Luis de Gonzaga (1568-1591), num livro sobre sua vida:
**0s dois Padres que assistiam Luis (Sao Luis de Gonzaga) na sua morte julgaram ter recebido do
30,
Secgao I
Senhor uma grande graga; com efelto, eles tinham sldo preferldoa em relaQao a tantos outros qua de~ sejavam eatar preaentea na ocaalao da morte deaae aanto Jovem. Pouco antea de aua morte, ele Ihea aaaegurou qua oa racomandarla a Deua durante todo o tempo de auaa vldaa. Elea aentlram em breve oa fellzea
efeltoa dlaao. 0 Padre mlnlatro encontrou
uma paz de eaplrlto perfelta e uma aenalvel conaolagao,
e o P. Guelfuccl aentlu neaae momento
uma
devo^ao particular, uma grande dor de ter ofendido a Deua, e um ardente deaejo de melhor 0 aervlr aegundo oa conaelhoa de Lula. Eata viva impreaaao nao durou nele aomente alguna meaea, maa anoa, nem
aempre sioea
com Igual vivacldade, maa conforme aa oca— mala ou menoa importantea.
Por devogao, todoa deae.lavam uma rellquia aua "Eate
meamo
Padre deae.1ava,
por devogao
a
Lula, ter qualquer colaa que tiveaae eatado no aeu uao, e nao ouaando
entretanto tocar no aeu corpo,
pegou ^ conaervou oa cordoea de aeua aapatoa, aa penaa de que coiaaa
ele ^ aervia para eacrever ^ outraa
aemelhantea.
Oa enfermeiroa, tendo
vindo
para lavar o corpo e prepar5-lo antea de o veatir, aperceberam-ae, ao tirS-lo do leito na preaenqa
doa doia Padrea, que ele tlnha aobre o aeu peito^o cruclflxo de bronze, de que falamoa, e do qual nao
ae
aeparava hS tres diaa. Ao deapl-lo, elea viram
tambem que ele tinha noa Joelhoa
doia groaaoa ca— loa, cauaadoa pelo hSbito que tinha deade a infan— cia de fazer todaa aa auaa oragoea de Joelhoa. Al
guna, por devogao, cortaram parcelaa deaaea caloa, e conaervaram-noa como outraa tantaa reliquiaa. um
3^oa
enfermeiroa,
Ihe
faziam,
atendendo ao pedido que
quia cortar.carne, maa errou
alguna e
nao
cortou aenao pele, que, aplicada a um doente o curou.
Haia do que rezar "por" ele, rezavam "a" ele "Mai
havia
Lula expirado, muitoa
doa
aeua
mala Intimos amigoa, aviaadoa por um doa Padrea de
que
o noaao anJo tinha voado para o ceu, levanta-
r«im-ae imediatamente cheioa de fervor, e acorreram
para ae recomendarem i aua protegao, certoa de que ele
tinha chegado a bom porto. Muitoa fizeram en-
tao
por ele aa oragoea que Ihea tinha pedido
por
Secgao I amlzade
31. antes da sua morte. Na manha seguinte, 21
de Junho, mal fol dado o slnal para o despertar, que a enfermarla onde estava o corpo nao podia mais conter o grande numero de pessoas que acorreu al. Rezavam por ele, mas se recomendavam alnda mais a ele; muitos se lanqaram sobre os seus sapatos, sobre uma camlsola e outras vestimentas de seu uso. Enfim, levaram o corpo a capela domestica.
Nao se cansavam de o proclamar santo
"Muitos
dos seus Irmaos, dominando o
horror
que se tern normalmente de tocar num morto, aproximavam-se
to, e
do caixaOj beijavam por devogao o defun-
nao se cansavam de chamfi-lo santo. Todas as
missas
que se disseram nesse dia no colegio e nas
outras casas da Companhia em Roma foram celebradas
na
intengao dele, se bem que muitos nao Ihe apli-
cassem o fruto senao para se conformarem ao costu
me, certos que estavam de que ele nao tinha necessidade disso.
Embora fosse
simples seminarists,
ate os
Padres
vieram oscular suas maos
"Para
todo
o
estado
bem compreender que sensagao causou em
colegio a morte de Luis, era precis© ai presents. Nao se falava senao
virtudes
e
ter
das suas
da sua santidade; cada um lerabrava
o
qui i^inha vistoTTTas o cora^ao dizia mais do que as palavras, ao recordar a perola preciosa que tinham perdido.
"A tarde, pelas seis horas, antes de rezar o oficio, transportarara o corpo da capela domestica
para a grande sala onde os Padres e os Irmaos es tavam reunidos. 0 h&bito era de beijar a mSo somente aos Padres; mas, se bem que Luis nao tivesse senao as ordens menpres, a ideia que fazl)^ ^ sua santid^e levou todo mundo, mesmo os Sacerdotes, a Ihe bei.jar a mao.
Seu corpo e levado em procissao
"Depois
desse piedoso testemunho de
levaram processionalmente o seu Annunziata,
do colegio, onde, segundo o
salmodiaram o oficio dos mortos.
estima,
corpo a Igreja da costume,
32.
Secgao I
Altos personagens dlsputam suas rellquias
"Depois do oflclo, houve uma tal concorrencia
de estudantes mavam
e ^ outras pessoaa que se aproxl-
do corpo para o homenagear e dele pegar re
llquias,
que OS Padres, nao podendo domlnar esta massa de gente, foram obrlgados a fechar as portas da Igreja. Pol nesta ocaslao que Ihe cortarani ^ vestes, OS cabelos, as unhas, e ^ duas artlculagoes
dedo tnlnlmo da mao dlrelta. Entre os
dlvldlram
que
entre si estas rellquias encontravam-ae
Pom Francisco Dletrlcht, mala tarde Cardeal ^ Santa Igreja, Bento e Pllipe Gaetanl, Julio Oral-
nl. Pom Maxlmlllano Femesteln, lluatre Senhor da Boemla, que morreu camarelro secrete do Papa Clemente
VIII, ao qual tomou urn grande pedago da ba-
tlna, que eu vl nas suas maos.
Seu corpo e tratado ele todo como uma rellqula na
"Quando chegou o moment© de colocar o^ corpo sepultura, os principals Padres do coleglo, e
entre eles o Padre Bellarralno (Sao Roberto Bellar-
mlno), foram da oplnlao que nao convlnha^confundl-lo com OS outros, mas deposltS-lo num tumulo par
ticular;
porque, em conslderagao de
santldade,
tao
grande
Peus nao delxarla de o glorlflcar
aos
olhos do mundo tanto quanto ele se tlnha apllcado em ser pouoo conhecldo. Entretanto, como o costume da Companhla era de enterrar os mortos sem calxao, o Reltor envlou o Padre mlnistro receber as ordens
do Padre Geral, o qual declarou que o devlam colo car
num calxao, e que ele dlspensava do uso comum
com tanto raals boa vontade quanto estava persuadldo da santldade slnpgilar desse Jovem JFmao. Pode-se Julgar por al que Idela tlnham de Luis, uma
vez
que fazlam para ele colsa tao extraordlndrla,
tratando
Ji o seu corpo como uma rellqula* 0
precloso
cadaver fol entaocolocado
num
seu
calxao
felto sob encomenda, e enterrado na capela do Cru-
clflxo, no lado esquerdo da Igreja do coleglo. Multos vlsltavam seu tumulo
"Purante vfirlos dlas, nao se tratava de outra colsa senao do santo Jovem; veneravam-no morto, nao tendo nials a fellcldade de o homenagear vivo. Tod^os OS dlas, varlos lam ao seu tumulo para se
SecQao I
33«
recomendar
a
aua protegao. Eles Ihe
deram
esta
prova de conflanga e de veneragao durante todo tempo que permaneceram em Roma.
o
Um Padre cobrla o tumulo de flores, todos os dlas
"0
que tal
Padre Antonio Valtrino, vindo da Slcilia,
nunca tinha visto Luis, concebeu por ele uma devogao ao ler o meu livro, que nao contente
de Ir
todos
os dlas rezar ao seu tumulo,
colhia
no "Jardim flores que semeava sobre a sua sepultu-
ra. Ninguem, dizia ele, merece mais esta^homenagem 3o
que aquele que cultivou no seu coragao as flo
res de La vie
tantas virtudes". (Pe. CHARLES GLAIR SJ, de Saint Louis de Gonzagi^, Librairie de
Firmin-Didot et Cie., Paris, lti91, pp. 26? a 270). 29. Durante as exequias de Sao Vicente de Paulo, o entusiasmo extraordin&rio do povo leva alguns a arrancar fios de seu cabelo
para conservar como reliquias
Exequias de Sao Vicente de Paulo (158I-I66O), patrono das obras de Caridade:
tais
"0 e
Durante
corpo foi revestido dos hSbitos sacerdocolocado na ega, na igreja de S. L^zaro. o dia e a noite, seis padres,
revestidos
de sobrepelizes, rezavam. Junto ao corpo, o oflcio dos
mortos. A multidao dos pobres enchia,
inces-
santemente, a igreja. Na capela-mor, viam-se muitos bispos, principes, magistrados, religiosos. Todas
as
nobres Damas de Caridade e as Irmas
de
Caridade revezavam-se, banhadas em iSgrimas, tocando os objetos de piedade nas maos do Santo,
beijando-lhe os pes e essas maos, santificadas pela prfitica de tantas virtudes, Algumas pessoas chegavam a arrancar-lhe alguns fios de cabelo da cabega. Os padres da Missao precisaram ser energi-
cos, impedindo este entusiasmo extraordinSrio
do
povo". (Pe. JERONIMO PEDREIRA DE CASTRO, S. Vicen-
te ^ Paulo, Vozes, Petropolis, 19'^2, p. TTO? / Com
aprovagao eclesiastica).
S'l.
Secgao I
30. 0^ mala afortunadoa cortaram OS cabelos de Santa Rosa e
houve quem Ihe amputaaae um dedo
Relato
da devogao popular quando das cerlmo-
nlas funebres de Santa Rosa de Lima (1586-1617), a primeira Santa canonizada do Novo Mundo:
"Chegado
o momento de conduzir o cadfiver (de
Santa Rosa de Lima) ao convento de Sao Domingos, foi tal a aglomeragao de gente, que encheram as ruas desde a casa onde falecera ate o dito conven
to, sem que fosse posslvel ao proprlo Arcebispo penetrar por entre aquele apertado concurso de fieis. Assistiram ao cortejo o cabido metropolitano, a cSmara municipal, todas as comunidades e confrarias da cidade, sem nenhum convite. "Suas
vestimentas
(de Santa Rosa
de
Lima)
eram despedagadas e arrebatadas com tal avldez, que foi necessArlo renova-las por seis vezes. Os
mais
afortunados cortaram os seus cabelos £ alnda
houve quem com os dentes Ihe amputasse um dedo.
"0 povo nao queria permitir que fosse enterrada, pois' nao havia sinal de corrupgao, e para nao se ver privado de sua vista, de tal maneira se
agrupou
ao redor do feretro, que nao sendo possl
vel move-la do lugar, houve necessidade de persuadir aquela gente de que o enterro seria apenas no dia seguinte. Retirou-se por fim, e levaram a San ta ao capltulo (e all a enterraram); mas quando a tarde abrlram a igreja e o povo deu pela falta de seu corpo, rompeu os ferrolhos do claustro, e qual
onda impetuosa langou-se ao capltulo para rezar Junto a seu tilmulo e levar consigo a terra como preciosa rellquia. "Durante um mes nao cessaram as peregrinagoes
da multidao a casa onde morreu e ^ convento aonde
^i enterrada, venerando os lugares por ela~8antificados, OS instrumentos de suas penitencias e tudo quanto mais de perto recordava a sua querida
Sa^nta".
. Fr. VTCTORIl^O OSbiNDE, mislonero doml-
nicano, Santa Rosa de Lima, Lima, ^a. ed., pp. 154 -I55 / Con las debidas llcencias).
Secgao I
31. "Arrebataram-lhe o cruclfIxo, o terQO» o barrete,
OS sapatos ^ multos ate os cabelos"
De
uma blografia de Sao Joao Berchmans
(1599-1621), da Companhla de Jesus: "A notlcla da morte de Berchmans, espalhou-se
depressa em Roma, pelos dols mil estudantes do coleglo Romano.
"Logo uma multldao de rellglosos e de secula— res, correu pressurosa a rodear o corpo do Bem-
-aventurado exposto na Igreja, apesar de haverem fechado a porta principal que comunlca com a rua. "Num mlnuto desapareceram as floras qua adornavam o esqulfe; dapols, nao obstanta a raslstencla
dos Padras encarregados de proteger o
arrebataram-lhe
corpo,
o cruclfIxo, £ tergo, £ barrete,
OS sapatos e multos ate os"cabelos. A custo conse-
gulram afastar os Indlscretos, e a Igreja fol
aberta. Uma onda de povo preclpltou-se para dentro. 0 respelto que a prlmelra vista Imprlmlu o
corpo de Berchmans, Impedlu a desordem, porem dai a pouco, alguns dos asslstentes tendo conseguldo a consolagao de beljar pledosamente as maos do defunto, OS guardas foram empurrados por^uma multl dao fivlda de satlsfazer a proprla devogao.
"Comegaram entao a falar de multas curas mllagrosas que acabavam de operar-se; dlsso resultou urn rumor IntermlnSvel, que abafava o canto dos sacerdotes. As vestes do santo foram despedagadas, cortaram-lhe as unhas, e ate urn dedo d£ £e. Somen-
^e depols ffe um trabalHo Inaudlto puderam colocar sobre o corpo quase todo despojado, os pedagos de um pane mortufirlo e transportar o esqulfe para a capela de Nossa Senhora, onde flcou protegldo por
uma grade de ferro. Al mesmo, nao flcou resguardado contra a pledade dos flels, e foram obrlgados a levfi—lo para a sacrlstla". (Pe. L. J. M. CROS SJ, Vlda
de
S. Jofio Berchmans, Duprat !t
Comp.,
Sao
Hulo, 1912, pp. 385-3db / Com llcenga da Autorldade eclesl&stlca).
32. "Una pedlam algo de seus vestldos, outros alguns escrltos de sua mao" Do Compgndlo da vlda de Santa Margarlda Maria
36.
Sec^ao I
Alacoque
(iS'lT-lSSO),
a vldente de
Paray-le-Mo-
nlal, escplto por um seu contemporSneo:
"A morte desta santa moqa (Santa Margarlda Maria Alacoque) causou no espirito de todo o mundo aquelas Impressoes de admiragao e de piedade, que causa de ordinArio a morte dos Justos cuja memoria estfi na estima universal. Ouvia-se por toda a Casa e por toda a Cidade ressoarem estas palavras; Mor-
reu
a Santa. E em vez de sentirem aquele
horror
que se tem naturalmente a vista de um corpo morto,
as pessoas presentes nao se podiam cansar de olh&-la e de permanecer Junto a seu corpo. Diversas pessoas declararam que parecia um nao sei que no seu rosto que inspirava aquela veneragao, e aque-
les
sentimentos de devogao que se tem para com as
reliquias
dos Santos. A afluencia do povo as suas
exequias foi tao grande que os Padres que faziam o servico. foram freqiientemente interrom^dos pelo ruido daqueles que pediam fizessem tocar seus tergos
no
corpo: uns pediam algo de seus
vestidos.
outros alguns escritos de sua mao, todos queriam ter algo de suas Reliquias, e a veneragao que se tem
para com esta santa defunta aumenta todos
os
dias". (Te. JOAO CROISET SJ, Coiiipendio da vida da Irma
Margarida Maria Alacoque, religiosa da Vlsi-
tagao de Santa Maria, Livraria Agir. Riode Janei-
ro, 1950, pp. 104-105). 33. Numa .santa porfia, pessoas de respelto reclamavam reliquias de Sao Paulo da Cruz
De uma biografia de Sao Paulo (1694-1775), fundador dos Passionistas:
da
Cruz
"Apenas a sua bela alma se separara do corpo, todos diziam a uma voz: *Acaba de nwrrer um santo; temos visto morrer um santo1 • ....
Todos santo!*
falavam de suas virtudes e repetiam: 'E .
um
~
"Entretanto o corpo do Servo de Deus estava cercado pelo povo, que se aglomerava e nao se fartava de contemplar aquele rosto, que parecia iluminado e quase resplandecente, como sabemos pelos processes; todos falavam nas suas virtudes, £ an-
SecQao I
37.
davam repetlndo; E urn santo. Perante tal espetficulo a
e tais eloglos, devla por forga sublr de ponto fama de santldade do Servo de Deus; e nao havla
quern nao flcasse comovldo ao ver uns, que choravam
de
emoqao; outros que rezavam fervorosamente; ga
tes que se recotnendavam a sua Intercessao; aqueles que pedlam graqas e favores; e todos que Ihe belJavam o hfiblto, ou as maos ou os pes, e Ihe tributavam
as homenagens da sua mals profunda
venera-
gao.
Dese.losos de rellqulas, cortavam-lhe o h&blto e os cabelos
"Nem
parou nlsso a sua devogao. Desejosos de
terem alpaima rellqula do homem de Deus,
comegaram
Indlscretamente a cortar-lhe o h£blto, ou o£ c.abelos, e a Ihe tlrar seja p que fo^ que The tlvesse
pertencldo, de manelra que dai a pouco
aquele
venerSveT cadiver flcou quase melo despldo. Para por
um llmlte a sua Indlscrlgao, formaram com
os
bancos como um reclnto, o qual depols do melo-dla fol preclso reforgar. Dentro deste reclnto havla
alguns senhores, que dlstrlbulam pequenas rellqulas, e fazlsSn tocar ao veneravel corpo do Servo de Deus os tergos, as medalhas e outros objetos,
que eram apresentados pela pledade popular. 0 concurso do povo fol Indo ate de tarde Para satlsfazer a devogao, enxugavam com os lengos o suor que Ihe sala do rosto
"Chegando fazer
a nolte, fol uma dlflculdade
para
salr da Igreja a grande massa do povo;
mas
nao fol posslvel mandar salr dlversas pessoas de respelto, que desejaram flcar. Tratou-se entretanto
de colocar o cadaver no calxao, e por Isso
em
presenga do Monsenhor Vlce-gerente, tendo sldo redlglda a ata do reconheclmento, fol despldo aque le
resto
de h&blto
que Ihe flcara no
corpo,
e
dlstrlbuldo as pessoas presentes, que numa santa norfla o reclamavam. 0 cad§.ver estava perfeltamen-
te
flexlvel em todas as suas partes, e fol obser-
vado
com admlragao que ^ rosto sala um suor
tao
abundante que servlu para satlsfazer a devogao dos o ^nxugaram com os seus lengos; e no pelto
acharam-lhe gravado com ferro em brasa o nome santlsslmo de Jesus
38.
Secgao I
Ate
da
porta do quarto onde Jazla flzeram
rell-
qulas
"Multlsslmo vez
as
sentldas flcaram depols por
sua
pessoas, mesmo dlstlntas, que no dla
se-
gulnte foram em grande numero a Igreja para ver o Servo de Deus, quelxando-se de que o tlvessem ti rade tao depressa a veneragao dos fieis. Para satisfazer -de um modo qualquer a sua piedade flcaram rezando diante da porta do quarto, onde estava sepultado, mentos
e houve pessoas que tiraram alguns frag-
da mesma porta, conservando-as como
rell-
quias". TP. PIO DO NOME DE MARIA, Vida de Sao Paulo
da Cruz, Imprensa Pontlflcla do Institute
TX, "Roma,
ISl'*, pp. 2^7 a 250 / Imprimatur:
Pio
Pr.
Albertus Lepidi OP, S.P.A. Magister). 3^1. "Fui obrigado a cortar em pedacos uma batina de Pom Vital
para satisfazer a devocao do povo"
Carta
de Prei Vicente, Religiose que
serviu
de enfermeiro em Paris a Pom Vital, Bispo de Olin-
da (18'1'4-1878), cujo Processo de BoatificaQao esti em
curso:
"V. Revma. nao tem mais Bispo! Monsenhor Vi tal morreu como um santo e como um martir na quin-
ta-feira, 1 de Julho, as onze horas e quinze minu tes da noite
"Mas seus exemplos me restam e minha fe me diz que temos um protetor no ceu. Ore, Revmo. Senhor, a ele por mim como eu fago todas as noites por V. Revma...
"Pesde voce, 'e
com
que ele morreu, todos exclamam, una santo'. Todos os Jornais falaram dele
elogio, exaltando bem alto sua coragem e
firmeza... ^ exequias pareceram mais um do
que uma cerimonia funebre. Dizer-lhe o
sua
triunfo numero
de ramalhetes, de flores, de palmas, de cruzes que foram langadas em sua sepultura seria coisa impossivel. Todos querem reliquias suas e eu fui obrigado
a cortar em pedacos uma sua batina para
tisfazer a devote do povo
sa
Secgao I
39.
"Envio-lhe, caro Sr., uma Imagem mortufirla e pouco de seus cabelos. Ouso crer que V.
dele
Revma. flcarS. satlsfelto e que dlgnarS de acusar a
recep^ao de mlnha carta, asslm como terfi a bondade de
comunlcar-nos por mludo o efelto produzldo
no
Brasll pela morte de S. Excla." (Bel. ANTONIO MA NUEL rla, 55
DOS REIS, 0 Biapo de Olinda Perante a HlatoImprensa Industrial, Recife, 1910, pp. 53 e
/ Imprimatur: Miguel, Arc. de Olinda e Recife,
12-3-19^0).
35. Santa Teresinha: "Ousei tomar por rellquia a ultima lAgrima de uma Santa..." Sobre a morte de Madre Genoveva Santa de Lisieux: "No
instante
eacreve
mesmo do nascimento
de
a
nossa
Santa Madre Genoveva para o Ceu, minha disposigao interior mudou-se; senti-me, num abrir e fechar de
olhos,
inundada por uma alegria e fervor
indizi-
veis; era como se Madre Genoveva me desse uma parte da felicidade de que gozava, pois estou persuadida de que foi direito para o Ceu Cada
Irma apreaaou-se em reclamar uma rellquia; aabeis, minha Mae querida, a que tenho a felicidade de possuir... Durante a agonia de Madre Genoveva, no-
tara uma iSgrima cintilando em^sua pSlpebra, como um
diamante;
que
eata iSgrima, a ultima de todas
as
ela derramou nao caiu; no Coro, eu a vi, ain-
da, brilhar sem que ninguem pensasae em recolhe-la. Entao, tomando um paninho fino, aproximei-me,
a noite, sem ser vista, e ousei tomar por rellquia
a ultima lagrima de uma S'anta... Desde entao, trago-a
sempre
na bolsinha onde estao guardados
os
meus votos". (Santa TERESA DO MENINO JESUS, Manuscritos Autobiogrdficos, Carmelo do I. 0. de Maria
e
Santa Teresinha, Cotia, 2a. ed., pp. 213-21^
Reimprimatur.
Antonius
Maria,
Arc.
/
Coad.1.,
17-5-1960).
36. £ Z®* Regatillo oscula o cristal da urna do Marques de Comillas "como se
bei.lam as rellquias dos Santos" Carta
do Pe. Gutierrez del Olmo,
Provincial
*^0* da
Secgao I Companhla de Jesus, a vluva do Marques de
Co-
millas (1853-1927):
"Tlve
a
Ventura de descer ao panteao com
o
cortejo funebre e ver os restos venerSvels do Mar
ques. A emogao que experlmentel ao ver aquele San
to vestldo de Jesulta (o Marques havia pedldo para ser enterrado com o hSblto dos Jesultas, o que Ihe fol concedldo) fol profundlsslma. Despertava devoqSo ^
o ve-lo. 0 Padre Repiatlllo osculou o crlstal que nao era posslvel beljar o cadaver), como se be 1.1 am as rellquias dos Santos".
(Pe. EDUARDOP. REGATILLOSJ, Un Marques
Modelo,
Sal Terrae, Santander, p. 23^ / Imprimatur: sephus, Episcopus Santanderiensls, 1-5-1950).
Jo-
Ill
Q
gelaa
emloeotes eg v4n|u^||| s|Qi£iil§
CcegueotegeQli gon QcaslaQ doa Cunenaia, daodg gclgei a goteccga
filliyQi gu ate aggtegfclgga 37. Os funerals de Virginia Bracelll foram como que a celebracao de sua festa
Da vida da VenerSvel Virginia Centurlone Bra celll (1587-1651): "0 cadaver de Virginia, por disposigao do Cardeal, foi exposto na capela do Instituto, e uma
multidao enorme acorre para ve-la £ vener^-la» Parece
estar
dormindo; os raembros estao
flexlvels
como se ainda fossem vivos, plScida a fronte e aquele rosto parece mais roseo e sorrldente que em
vida. 0 povo, esquecido de que contempla uma
de—
funta,
uma
precede
como quern se acha dlante
de
santa; a.loelha-se reverente, muitas pessoas tocam-Ihe tergos e medalhas, bel.jam-lhe as maos ^ os
pes ^ cortam-lhe as vestes. Como recordaqao, mui tas
se assenhoreiam de livros, de papeis, de
critos
es-
pertencentes a ela; e Infelizmente, e tao
complete
o despojamento que se perdem
preciosas
lembrangas
e documentos, do que se lamentam depois
a farallia e a historia.
"No dia seguinte foram realizadas as ex6quias, na capela do Asilo. A fungao se revestiu de carSter privado; e cerimonia familiar; e a illtlma reunlao
entre
raae e filhas, o
adeus
confirmado
diante do altar, por entre as preces e Ifigrimas dos coragoes; e a promessa de se reencontrarem na FStria, onde ela as precedera, e de se reconstl-
tuir 15 a doce famllia. Por ordem do Cardeal, urn Sacerdote proferiu um eloglo a extlnta: eloglo.
q^Q peio argumento proferido, toma o aspecto de um
^2.
SecQao I
paneglrlco.
A verdade e que Virginia tem a
de ser louvada e aupllcada, e
honra
e ^^nslderada ca-
paz de dlspensar favores e nao como uma necessltada de sufraglos; quando se celebrasse a sua festa, OS coracoes se sentlrlam com dlsposlpoes dlversas
das de hoje?" (Mons. LUIGI TRAVERSO, Vlda e Apo^ tolado da Serva
de
Deus Virginia CenturloneBra-
celll, Ave Maria, Sao Paulo, la. ed. em portugues, 1961, pp. 298-299 / Imprlma-se: Mons. Jose
Augusto
Blcalho,
Vlgdrlo Geral, Belo
Horlzonte,
16-8-1960). 38. "Toda a cldade de Quebec asslstlu a seus funerals como se
parecesse cometer sacrlleglo aquele que nao rendesse uma suprema homenagem a uma mulher de tal valor" Decreto de Sao Flo X proclamando a herolcldade vlrtudes de Madre Maria da Encarnaqao
de
(1599-1672):
"Ela (Madre Maria da Encarnagao)
tamente 72
morreu san-
no dla 30 de abrll de 1672 com a Idade de
anos. Toda a cldade de Quebec asslstlu a
seus
funerals como se parecesse cometer sacrlleglo quem
nao renlTesse uma suprema homenagem a uma mulher de tal valor.
"A sua reputagao de santldade, ao mesmo tempo que o rumor de seus mllagres cresceu tanto com o passar do tempo que, depols de tudo felto segundo OS procedlmentos de costume, por tres vezes fol Instltulda dlante da Sagrada Congregagao dos Rltos a
dlscussao sobre as vlrtudes da Venerfivel
Serva
de Deus". (Apud Chanolne J. L. BEAUMIER, Marie Guyart de L'Incarnation, Editions du Blen Public, Trols "Rivieres, 1959» pp.23^-235 / Imprimatur: Georglus
Leo
Pelletler, Episcopus
Trlfluvlanen,
30-1-1959). 39. 0 corpo de Sao Jose Orlol fol transportado no andor no qual se costumava conduzlr a Imagem de Nossa Senhora na festa da Assungao
Sao
Jose
Plo
X,
na Bula de Canonizaqao
de
Sao
Orlol, Sacerdote de Barcelona (1650-1702):
SecQao I
^3.
"A partlp do memento em que os slnos de Santa Maria
dos Reis anunciam a morte do bem-aventurado
Jose
Oriel e que a noticia se propaga per toda
a cidade, a emoQao e tal, que pareceria tratar-se de urn grande Principe ou de um Rei: uma multidao compacta se comprime Junto ao cadaver, e arranca tudo o que pode» a tal ponto que se faz necessAria a Tntervengao dos guardiaes e dos vigias para que nao seja tudo levado
"0 corpo e colocado sobre o andor monumental, no qual se costuma conduzir solenemente atraves das ruas da cidade, no mes de agesto, na festa ^
Assunqao, a imagem da Santlssima Virgem. "Disposto em boa ordem no meio de uma grande afluencia de expectadores que o cerca de todos os lados, o clero acompanha os santos restos mortais ate
Santa Maria dos Reis. L5, em meio a uma pompa
e uma afluencia grandiosas, celebraram-se os funerais solenes. Nesse memento, mais uma vez e neces-
sSria
a autoridade de uns, a^intervengao ativa de
outros, para afastar a multidao do caixao funebre, de tal maneira ^ preciplta e se acotovela para tocar OS membros inanimados do Santo, para_beiJar seus pes suas maos, para pegar alguma rellquia,
pedir uma graga, implorar uma cura~ de fate, um grande numero de curas se produziu; uma mulher, entre outras, abre caminho atraves da multidao, coloca sobre o corpo do bem-aventurado seu fllho, fraco e paralltico, a ponto de nao poder mais nem andar nem ficar sentado; e com este contato ele recobra imediatamente saude e vigor. Numerosos sao
OS
que sentera um suave perfume emanar dos
restos
santos
mortais; estes sao sepultados, sem o
povo
saber, pois teria colocado obstSculos, na noite de 2^ de marqo, pessa mesma igreja Santa Maria dos Reis". (Sao
PIO X, Bula de canonizacao do
Beato
Jose Oriol, 20 de maio de T^09. in Actes de Pie X, Maison de la Bonne Presse, Paris, pp. 175-176). 140. Grandes honras funebres
orestadas a Sao Clemente Hofbauer, em reconhecimento de suas vlrtudes
Bula
de
Canonizagao de Sao
Clemente
Maria
Hofbauer (1751-1822), publicada por Sao Pio X:
Secgao I
"Um grande numero de pessoas velo ajoelhar-se Junto a seu cadSver (de Sao Clemente Hofbauer). E se pedlam ao Ceu o repouso de sua alma, nao delxavam de Invocar sua Intercessao Junto a Deus, Bel-
Javam respeltosamente seu corpo, e procurayam algmna colsa sua para venerar como rellqula. E quandOi no mesmo dla, o corpo fol levado, pessoas em
i^niero
quase Inverosslmll encontravam-se 16
como
qua Por encanto, para acompanh&-lo ate a catedral.
como
terla
sldo se se tratasse de
alp^m
grande
dlgnltirlo publlco* Os balrros estavam representados por uma multldao de pobres, de vluvas, de crian^as, de artesaos, desejosos de dar uma supre me prova de.gratldao pelos beneflclos recebldos; por professores e alunos do glnSslo superior que vieram prestar as ultimas honras a seu mestre; acrescentai a isto escrivaes publicos, tribunes, oficiais, literates, cientistas, artistas, padres, religiosos,
patrlclos e damas da alta
socledade.
Quanto ao caixao mortuSrio, doze Jovens de famllia nobre ou de qualidade carregaram-no sobre os om bres. Assim, no meio de uma imensa assistencia, chegou-se a igreja de Santo Estevao, de onde, na outra manha, o cadaver foi transportado ao ceraiterio de Santa Maria d'Enzersdorf. Foi IS que, apos a celebracao de uma raissa de Requiem, o enterra-
ram". (Sao PIO X, Bula de canonizaqao do Beato Clemente Maria Hofbauer, 20 de maio de T5^09'i Tn Actes de Pie X, Maison de la Bonne Presse, Paris, p. 215T ^1. 0 enterro de Santa Catarina Laboure foi uma procissao festiva, improvisada pela multidao, certa de que JS estava no ceu
Descriqao do enterro de Santa Catarina Labou
rs (1806-1876), a quern Nossa Senhora revelou a Medalha Milagrosa:
"E na quarta-feira 3 de Janeiro, festa de Santa Genoveva — querida ao Padre Vincent (Sao Vicente de Paulo) — que se dao os funerals (de Santa Catarina).
"A ceriraonia coraeQa as 10 horas. E o Pe. Chinchon quem canta a missa na capela de Enghien, muito
pequena,
transbordando de gente.
tinha dito as Irmas: — 'Ele voltarS*.
Catarina
SecQao I
i|5.
"Ele
topnapfi
a ocupap, no ano seguinte,
as
suas fungoes de confessop em Reullly. "Os pobpes ofepecepam uma copoa de flopes. Os
velhos,
uma out pa. El-es quepem estap a cabega
coptejo
papa
acompanhap a sua deppadelpa
do
mopada
aquela que culdou deles tao bem. Sim, 'nenhuma Ipma epa tao quepida quanto elaM Mas esse dom, essa ppesenga, papeclam tao natupais que eles so agopa se depam conta disso.
o
"Depois deles, 'o estandapte dos Jovens abpe copteJo'. Eles sao seguldos pelas Pllhas de Ma-
pla, Igualmente com o estandapte a fpente. Vem de
pois
OS 'extepnos' que 'deixapam o seu
tpabalho'
papa estapera Ifi, e as opfas com seus veus bpancos. Enfim, o coppo, cappegado pop homens (e nao levado na cappeta como epa costume). Assim se peallzava a ppevisao de Catapina: "—
Nao
sepS necessHplo cappeta. Eu ipei
a
Reullly! "A Ipma Mapla Thomas, a enfepmelpa negllgente, comppeende subltamente esta fpase, que a havla desconceptado
•
"ICQClaaiQ. — Vem depois as Fllhas da Capldade, eiii numepo de 250, e o clepo, com multos Lazaplstas;
enflm, uma Imensa massa popular,
vlnda
de todo o balppo. Jovens opepSplos do balppo Santo Antonio, vlepam com a Medalha na lapela, ppesa pop uma
flta
azul, bem como a esposa do Mapechal
de
Mac-Mahon (ppesldente da pepubllca), dlscpeta amlga da casa. Pepto do calxao, levam a magnlflca copoa que ela ofereceu com estas palavpas de seu punho:
'Homenagem
pespeltosa a mlnha Ipma
Catapi
na'
"0 copteJo camlnha lentamente. Isso devldo ao
numero, a estrelteza da pua, mas tambem ao fervor.
"As Invocagoes ^ o^ c&ntlcos brotam como numa festa. Nada de cantos funebres, mas o^ Benedlctus, o Magnificat, as ladalnhas da Santlsslma Vlrgem. e
sobretudo, a Invocagao Ini^crlta sobre a Medalha; — '0 Maria conceblda sem pecado...'
"Cantam-na com um fervor crescente. Ao chegar a Reullly, as prlmelras fllas se afastara e se apl-
nham tomado
para delxar o calxao passar. 0 cSntlco e recom novo fervor, no momento em que os qua-
Secgao I
tro que carregam o caixao descetn-no pela estrelta abertura, felta na vespera, aobre o solo recem clmentado do Jazlgo.
"Algumas pessoas sublram aos telhados das casas vlzlnhas. Nao, nao e ^ cortejo funebre, e uma proclssao alegre que a multldao Improvlsou.
"Algumas iSgrimas entretanto: os velhos, que sabem o que perdem; e depois, Leonla Laboure: — 'Eu chorava', reconhece ela.
"Espantam-se com Isso, consolam-na. — »Eu sou sua sobrlnha! '
— 'Mas
vlu
nao deves chorar!
E uma Santa,
ela
a Santlsslma Vlrgem!'"* (R« LAURENTIN, Vie ^
Catherine
Laboure,
Desclee
de
Brouwer,
Paris,
1980, pp. 306 a 310 / Imprimatur; P. Faynel, VIcalre episcopal, 20-9-1980). ll2. Era como se o mundo Intelro qulsesse ver o funeral de uma
Santa: a multldao reconhecla
as vlrtudes extraordlnArlas de Bernadette
Relato sobre os funerals de Santa Bernadette Soublrous (I8HM-I879), a quern Nossa Senhora apareceu era Lourdes:
"Normalmente, um enterro nao era adlado por tanto tempo. Mas as clrcunstSnclas tlnham sldo extraordlnfirlas. A notlcla de que ela (Santa Berna dette) tlnha exalado seu ultimo susplro nem bem tlnha acabado de ser dlvulgado a comunldade, e jS toda a cldade parecla saber. Logo que seu corpo fol
exposto, as multldoes comeqaram a mover-se em
ondas rumo a capela. Era como se todo mundo qul sesse ver a frelra que tlnha desejado nao sen vis
ta
pelo
Impellu frelras
mundo. Mas nao fol a 2^ curlosldade
que
as multldoes. Fol veneragao. As quatro que se mantlnhjun em vlgllla ao lado ^
ataude eram constantemente sollcltadas a tocar pe-
quenos
ob.jetos em alguma parte daquele corpo
tao tranqullamente repousava
que
entre suas guardlas.
Alguns, eram objetos de pledade, mas nem todos. 0^
trabalhadores
turelras
trouxeram suas ferramentas, ^ uos-
as suas tesouras, para serem abengoadas;
Secgao I
depols haverla sempre algo de sagrado no uao destas, ou asslm acredltavam seus proprietaries, e como poderlam as frelras abalar a fe daquela gen— te?
As ferramentas e tesouras eram tratadas
com
tanta rever§ncla quanto as medalhas ou cruzes.
"A emogao fora do reclnto da Casa Mae era quase tao Intensa quanto dentro. E havla uma nova palavra nos iSblos das pessoas, quando falavam. Uma mulher pobre, que nao tlnha conseguldo chegar ate
a capela por causa da multldao, encontrou uma
das frelras no parque. ....
'A que horas o cortejo passarS por aqul a camlnho do cemlterlo?' — perguntou tlmldamente. 'Eu gostarla de pelo menos ver Isto'. 'Nos nao vamos levar Irma Maria Bernard (Ber-
nadette) para o cemlterlo. Ela flcarS conosco'. Respondeu a Irma atenclosamente, mas com ufanla. 'Oh, eu flco multo contente. Bem, Irma, nao e por
falar, mas eu nao acho que ela era apenas uma
boa crlsta. Eu acho que ela era uma Santa'. "Na movlmentada estagao de estrada de ferro ecoava a mesma palavra que tlnha sldo ouvlda no
tranqiillo
parque. Cada trem que
chegava
trazla
passagelros sem conta. Todos chegavam a Nevers pelo mesmo raotlvo: tlnham vlndo para asslstlr os fu nerals de uma Santa.
"Essa nova palavra nem sempre era pronunclada com reverencla, pelo menos no comego. Dols Jovens
que perambulavara pelas ruas de manelra alegre e despreocupada, proprla aos da sua Idade, dlsseram um
ao outro: 'Venha,
vamos dar uma olhada
nesta
Santa, corao todos estao fazendo'• Eles foram ate a
capela com petulfincla. Mas flcaram IS longo tempo, e
nlnguem a volta do calxao estava mals chelo
de
respelto do que eles. Quando foram embora, salram
da capela com um ar grave, sem se falarem, e cada um segulu um caralnho dlferente. "As Irmas que estavam fazendo
vlgllla
nao
pronunclaram a nova palavra com os Ifiblos. Mas
elas sentlram era seus coragoes o seu slgniflcado e a sua forga. Nao foram soraente os pobres e os Ignorantes que vleram acotovelar-se em torno delas. 0 Comandante do Reglraento entrou e, ajoelhando rezou como nunca flzera antes. 0 clero apareceu vln-
48.
do
Secgao I
de
longe e de dlversas regloes. Estava Ifi
o
Padre Pomlan, o mesmo que dlsse a pastorlnha de Bartrea que, se ela vlesse a Lourdes, ele a prepa-
rarla para a Prltnelra Comunhao. Ele ae adlantou com altanerla entre 24 preladoa e, embora houveaae auperlorea a ele, nao houve quern tlveaae lugar tao aimbollco — nem meamo o Blapo de Nevera, Mgr. Be
long, de
que pregou aegundo o texto tirado do
Llvro
Tobiaa: 'E bom guardar o aegredo do Rei. Maa e
honroao
revelar
e
dar teatemunho daa
obraa
de
Deua'.
"0
terrago e todoa oa grandea pStloa eatavam
cheloa quando o corpo fol levado da capela da Con-
gregagao, atravea do Jardlm, para a capela votiva de S. Joae que all ae ergue". (FRANCIS PARKINSON KEYES, Bernadette of Lourdea, ahepherdeaa aiater and aaint, Julian Meaaner, Inc. New York, 1953, pp. 127 a 129 / Imprimatur: Francla Cardinal Spel-
Iman,
Archblahop
of New York).
43. Num ao dla, mala de 25«OOP peaaoaa deafllaram perante
oa deapoJoa de Frel Leopoldo, cobrlndo-o de florea £ oaculoa De uraa blografla de Frel Leopoldo de Caatelnovo (1866-1942), Rellgloao Capuchlnho recentemente canonlzado:
"Eapaihou-ae logo a trlate notlcla pela cldade e camplnaa. Uma ao fol a voz de todoa: 'Faleceu um Santo! Faleceu um Santo!'.
"Logo comeqou o aflulr do povo para ver o ca-
dfiver,
de modo que fol neceaaarlo armar a cSmara-
ardente numa aala perto da Igreja.
"Durante o dla 31 de julho mala do que 2^.000 peaaoaa deafllaram perante qa venerandoa deapo.joa,
e
cobrlram de florea, de~o8culo8, de lAgrlmaa aquele corpo abengoado. Todoa querlam toc£-lo, e aproxlmar objetoa para guarda-loa como rellqul'aa". (Fr. PEDRO DE VALtoORRO OFM, 0 Servo de Deua 'P. Pr.
Leopoldo de Caatelnovo, Convento doa Capuchl-
nhoa, PAdua, 2a. ed., p. 65 / Imprlma-ae: Jeronlmo, Blapo, Verona, 25-6-19'l8).
IX
Ai mullidoea acgnnei ag tugulg e aga lugacea
gndfi Yiyecam gu mgccecam iiilQIi
YiCtuosas
E uma lei da hagiografla quo o culto aos santos comeqa ao redor de seus tumulos
Comenta
um
monge beneditlno a proposito
do
culto a Sao Bento ClBO-SlT):
"E santos
uma
lei da hagiografia que o
comega
especialmente
culto
em torno do seu tumulo. Isso
aos vale
para a antlguidade. Loglcamente,
o
culto a sao Bento devia comegar ao redor de Montecassino, e nas dioceses da Campania". (Dom ANSCA-
RIO
M.
MUNDO OSB, ^ culto y las fiestas de
San
Benito, in San Benito su vida y su Regla. BKG, Ratr drid, t Apendice I, p. 698 T^Imprimatur: Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral., 25-3-195^). I15. VSrias almas sofrendo o Jugo do
pecado
aprender^ a livrar-se
dele junto De
ao tumuro~de Santa Isabel
uma biografia de Santa Isabel da
Hungria
(1207-1231):
"No
segundo
dia depois ^e seu
funeral
Santa "Tsabel), ^ monge da Ordem de Cister a.loelhar-se
(de
veio
.junto a seu tumulo e pedir-lhe socor-
50.
SecQao I e fol llvre do mal que o atormentou
du-
rante tanto tempo
"Pouco
tempo depols, veto a sua sepultura urn
prelado da mals llustre estlrpe e ^ alta dlgnidade
ecleil&iHca: a Hlstorla nao reglstrou seu no-
me, mas acusou-o de estar entregue a todos os excessos do pecado, o que o carfiter sagrado d"e seu oflclo
tornava
alnda mals odioso. Multas
vezes,
vltlma do remorso e da vergonha, em vao recorria ao tribunal da penitencia; a primelra tentagao cedia de novo e suas relncindenclas tornavam—se mals e mals escandalosas e deplorfiveis. Lutava alnda contra sua debilidade e, manchado pelo pecado como
estava, fol procurar forgas no santufirio da pura e santa
Isabel. Rezou e invocou sua protegao e
in-
tercessao, enquanto vertia uma torrente de lagrlmas, e permanece'u ajoelhado por vfirias horas, ab— sorto em fervorosa e profunda^contrlqao. Nao ces— sou suas ardehtes suplicas, ate ficar Inteiramente
convencldo
de que elas tlnham atlngldo o trono da
Misericordia,
e
que o Senhor ouvira
sua
prece,
apresentada por sua bem amada Isabel, em nome des— ta pobre vltlma do pecado. Sentiu—se entao dotado de uma forga espiritual muito maior do que os im-
pulsos do vlcioj a partir de entao, conforjne declarou
em confissao ao Mestre Conrado, domlnou
de tal modo o agullhao da carne que dali em diante nao teve que lutar senao contra tentagoes triviais, as quais era capaz de veneer facilmente. "Diversas
outras almas, sofrendo sob o
Jugo
dos grilhoes do pecado, aprenderam a livrar-se d£^ le .lunto a sepultura des^ santa mulher". (Count re MONTALEHBERT. Th'e~Life o'f Saint Elizabeth, P.J. Kenedy & Sons, NeTTork, pp. ^6. Sao Roberto Belarmlno vlsltava nao so o tumulo de Sao Luis Gonzaga, mas o quarto de onde voara ao Ceu
Da Vlda de Sao Luis Gonzaga (1568-1591)» pelo Padre Glair:
"Acrescentemos a todos estes testemunhos o do Cardeal Belarmlno. Era simplesmente inexprimlvel a
estima deste grande homera por Luis. Era tao grande que, quando ele residia no Colegio Romano, disse
Secgao I vSrlas
51. vezea; 'Uma vez que Luis estS aqul, a casa
nada tem a temer'
"Pelto
Cardeal, vlsltava a cada anlvers^rlo,
nao somente o tuniulo ds Lu^3» mas o quarto do ondo ele tlnha voado para o Ceu« A alegrla fazla-lhe entao derramar doces iJgrlmas ao se recordar das ultimas demonstraqoes de ternura de seu caro mho
e
dos supremos col6quios que tivera com ele.
Nao
Ihe pareceu conveniente que esse quarto fosse ocu-
pijdo que
por
outros doentes e obteve dos
superiores
o mesmo ficasse vazio, ate que Deus
houvesse
glorlTlcado seu servidor. Ele teve logo a ocasiao
de se alegrar e o proprio ceu intervelo para aprovar seu zelo. Por dlversas vezes, nesse lugar bendito, ressoaram suaves melodias, ouvidas por urn
grande
numero de pessoas, sem que se pudesse des-
cobrir de onde elas provinham. Acreditou-se que os
Anjos queriam consagrar pelos seus cantos este lu gar da terra onde seu irmao bem-amado havia abandonado o corpo mortal.
dos
"Quando a Igre^a deu a Luis Gonzaga as honras Beatos, o Cardeal transformou esse quarto ^
capela, embelezou-o com diversos ornamentos e quls que se pintasse em suas paredes as principals
aqoes daquela vlda admirSvel". (Pe. CHARLES CLAIR SJ
La vie de Saint Louis de Gonzague,
de
Firmin-Didot
Librairie
et CTe., Paris, l891»
PP«
280-281).
il7. A campa de Mad re Virginia era considerada urn pequeno Santuirio
Da vida da Veneravel Virginia Centurione Bracelli (I587-I65I), fundadora das Filhas de Nossa Senhora do Monte CalvSrio;
".... as Monjas de Santa Clara Sim, tambem estas temiara perder o seu precioso tesouro,
princlpalmente porque novos favores haviara sido alcangados pela intercessao de Virginia. Para elas a
tumba ^ nobre senhora
era como urn
pequeno
Fantuario e cada vez que lH passavam tinham o cuidado de~reverenci5-la« como se all repousassem ^ pgXiquias de uma santa. .... "A sua memoria era uma bengao e £e conservava
como
preciosldade e rellquia, urn pequeno santinho
52.
Secgao I
encontrado no brevl^rlo; e, as vezes, aquele santlnho era envlado aos enfermos como portador de
prodlglosas vlrtudes. Alp^ns corrlam a sua tumba para Impetr^ gragas, outros 16 voltavam para fazer seus agradeclmentos
"Entre aquelas Irmas se formou a persuasao de sob o seu teto repousavam os despojos de uma
que
santa.
Santa
Nao
se hesltava em p6-la em paralelo
Catarlna". (Mons. LUIGI TRAVERSO,
com
Vida
e Apostolado da Serva de Deus Virginia Centurlone Bracelli, Ave Maria, Sao Paulo, la. ed. em portu-
gues, 1961, pp. 306, 310 e 311 / Imprima-se; Mons. Jose Augusto Bicaiho, VigSrio Geral, 16-8-19o0> Belo Horizonte). 48. Sentiam a influencia da santidade
de Berchmans £ rezavam no seu tumulo
Da
JS
referida biografia de Sao
Joao
Ber
chmans (1599-1621):
"Os padres idosos sentiram a mesma influencia da
santidade de Berchmans e foram a.loelhar-se
lado
dos
.1 ovens irmaos, para rezar com eles,
no
tumulo do santo escol^stico (estudante)". (Pe. l7 J. M. CROS SJ, Vida de S. Joao Berchmans, Duprat i
Comp., Sao Paulo, 1912, p. 387 / Com licenga da autoridade
eclesiistlca).
49. No dese.lo de levar consigo qualquer obJeto abengoado pela presenga de Frei Galvao, o^ devotos tiravam fFagmentos da pedra de seu tumulo
De um
livro sobre Prei Antonio de
Sant*Anna
Galvao, Religioso franciscano morto em Sao com fama de santidade (1739-1822):
Paulo
"A Igre.la do Mosteir^ ^ Luz, incessantemente continuaram a peregrinar os devotos em visita ao seu tumulo, e a portaria do convento acorreram os doentes e necessitados a procurar os famosos pape—
linhos, para obter a cura de molestias corporals e espirituais.
"No abengoado
pequenas
desejo de levar consigo qualquer objeto pela presenga do Servo de Deus, tiravam lascas ^ fragmentos da pedra de sua se-
SecQao I
pultura, que
chegou
ao estado
de -^ser
substltul-la por outra, o que fez o Conde de Pra tes no ano de 1906, quando slndlco do convento. Na nova l^lplde de m^Lrmore foram gravados os mesmos dizeres da prlmelra. Desta, o Mostelro dlstrlbulndo pedaclnhos, as 'pedrinhas ^ ££®1 Galvao'. multo procuradas pelos devotos "0 dia 23 de cada mes foi por eles
esponta-
neamente consagrado a homenagear o Servo de Deus; a hora da Mlssa flea a igreja literalmente reple-
ta, e durante o resto do dia ^ e
continuo entrar
sair de visitantes que vem rezar Junto ^
Qoado tumulo, quer para agradecer favores, guer
para pedir novos. e dele nao ^ despedem sem dev^
tamente ETeiJar a l&pide sepuTcral". (MAHlSTELA, Ppei ffalvao, Ban^eirante de CrisTo, Vozes, Petro-
p^s, 195^1, pp. 192 e 197 / Imprimatur: Paulo, blspo Auxlllar de Sao Paulo, 20-7-1953)•
50. Petalas de rosas do tumulo de Frel Galvao obtem cura mlraculosa
De outro llvro sobre o Servo de Deus Prel An tonio de Sant'Anna Galvao:
"Uma senhora acoraetlda de meningite, foi de-
senganada pelo medico. Sua fllha^multo afllta, rlglu-se ao tumulo de Frel Galvao, para pedlr-lne a graca da cura de sua querlda Mae. Em sua ardente fe. dra
toma de umas petalas de rosas esparsas n^ ps~ da sepultura, e leva-as para casa, poe-nas em
uma vasllha com dgua e com esta l3.va a cabeqa^ de sua mae. Qual nao foi a sua alegrla quando o medi
co, voltando para ver a doente, declara que estava
mliagrosamente curada, pols no estado era que a delxara, so a potencla dlvlna podia curS-la". (Sor MIRYAM, Vlda do venerSvel servo de Deus Frel Antonio de Sant'Anna Galvao, Sao Paulo, 2a. ed., 1936,
p7~ TTO / Imprllhatur: Mons. Ernesto de Paula, Vlg.
Geral).
51, Os devotos levavam como rellqulas punhados de teFra, flores e ate mato crescldo "Junto"!"sepultura de Sao Clemente Hofbauer Conta Sao Plo X na Bula de CanonlzaQao de Sao
Clemente Maria Hofbauer (1751-1820):
5ll.
Secgao I "Os
dos
restos mortals de Clemente foram
honra-
no cemiterio de Santa Maria d'Enzersdorf, com
um
grande culto. Com efeito, a seu tumulo aflulam
pessoas
de todas as classes e condigoes
socials,
tanto de Enzersdorf como das localidades vlzinhas,
e
ate
elas
mesmo de Viena, venerando este tumulo
ornavam com coroas de flores e ^ onde
levavam mesmo
o
punhados de terra, flores £ relva.
que
elas
Houve
quem, para testemunhar sua devogao para com
Santo, pedisse para ser enterrado ao lado dele.
Entretanto, os discipulos de Sao Clemente, que, trilhando as vias que ele Ihes tlnha tao atlvamen-
te
aberto, entraram na Congregagao do
Santissimo
Redentor,
nao se consolavam com o fato de que
rellquias
de seu bem-amado Pal repousassem e fos-
as
sem veneradas tao longe deles. For esse motlvo, em
. de novembro de 1862, ao replcar dos slnos, e no melo
de uma enorme multldao de flels, eles as re-
conduziram
a Vlena, na sua Igreja
de Santa Maria
da
Escada, e multo pledosamente as deposltaram em
um
magnlflco tumulo. Naquele momento, uma mulher,
que tlnha uma doenga no pelto e estava diesenganada pelos
medicos, recobrou subltamente a saude.
As-
slm, a devogao a Sao Hofbauer fol crescendo, e de dla para dla as manlTestagoes de culto Junto ao seu novo tumulo se fizeram mais grandlosas
"De todos OS lados ganhava fama a Idela de que se podla ter conflanga no seu poder e na sua intercessao". (SAO PIG X, Bula de canonlzagao do Beato Clemente Maria Hofbauer, 20 de male de 1909> In Actes de Fie X, Malson de la Bonne Presse, Pa ris, pp. 215 a 217).
52. Cardeal rezava .junto ao tumulo de Ana Maria Talgi
Da biografla (1769-1837):
da
Beata
Ana
Maria
Taigl,
"0 Cardeal Pedlclni, devldo a sua longa famlllarldade com ela (Beata Ana Maria Taigl), havia conhecido intimamente seu esplrito de santidade. Ele
nao se limitava a
no yerao, rezar no
seu
tumulo; preparava-se taimbem para escrever aquelas memorlas de onde nos extraimos tantas notlclas".
(Mons. CARLO SALOTTI, Beata Anna Maria Taigl, Madre dl Famiglia, Scuola Tipografica Italo-Orien-
SecQao I
55-
tale "S. Nllo", Grottaferrata, 1922, p. 376 / Imprlmatur: Pp* Albertus Lepldl OP, S.P. Ap. Magla—
ter. Imp'rlmatur; Can. Sylvius de Angelis Vic. Gen.
Dioec. Tusculanae).
53. Gostaria de beijar a terra no lugar que a Xrma Marie-Bernard ocupava
Depolmentos no Processo de BeatlflcaQao e Canonlzagao de Santa Bernadette Soublrous (1814H-1879):
"0 meu afeto pela Irma Marie-Bernard, aflrma-
rS. a Irma Joseph Caldalrou, era uma veneragao'. •Tlnha uma tal estlma pela Irma Marie-Bernard, acrescentarS a Irma Paul Pubrler, que, se me atre-
vesse, quando venho a Gomunldade, Irla beljar a terra no lugar que ela costumava "ocupar. (Estes tres uTtlmos depolmentos, escrltos pelos Interes-
sados, sao cltados pela madre Henrl^ Fabre, Pr. Ord. Nevers, f. 293) •Nunca
a
A Irma Helene Chautard:
vl fazer nada, nunca a ouvl dlzer
nada
que nao fosse por bem. Por Isso amo—a, rezo—Ihe e consldero-a uma santa' (Pr. Ord. Nevers, f. 293)"*
(PftANGIS TR^5MU, Bernadette Soublrous, ^Editorial Aster, Llvrarla Flamboyant, Llsboa, Sao Paulo, 1958, p. 387 / Imprimatur; Ernesto, Arceblspo-Blspo de Colmbra). 5^1. Em grande numer^, devotos
vlndos" de varlos Estados do Brasll
afluem ao tumulo de Mad r'e~VoIron
De uma blografla da Madre Maria Teodora Voi ron (1835-1925), fundadora da Provlncla Brasllelra das Irmas de Sao Jose:
"Multlsslmas sao as gragas alcangadas por In-
tercessao da Veneranda Madre Maria Teodora.^ For Isso, em grande numero, anlmados pela gratldao ou —cumprlmento de promessas afluem vlsltantes ao tumulo. vlndos ate mesmo de outros Estados do
PaTs, vencendo enormes dlstanclas. "Alguns pedem a fotografla ou lembrancas ple-
^josas'da Ve'neranda Madre, outros oferecem donatl-
56.
Secgao I
vos
para a publlcagao de gragas ou proasegulmento
dos trabalhoa da Cauaa de aua Beatlflcagao. "Contam-ae entre oa favorea: curaa, conaecugao de empnegos, bom exito em negocloa, aocorro em moraentoa
TIANA
anguatloaoa, etc., etc." (OLIVIA
SEBAS-
SILVA, ^adre Maria Teodora Voiron, "Ave Ma
ria"., Sao Paulo, 19IB, pp. 4lb-m9 / Nihil obatat:
Pe. Criatiano Pilzecker, MSG, Itu, 11-11-19^)": 55. Petala do tumulo de Madre
Theodora Voiron cura grave doenga Garta
Superiora
da
Irma Joaefina do Sagrado
Provincial
Goragao,
daa Irmaa de Sao Joae,
noa
Eatados Unidoa:
"Mui prezada Madre, "Minha curada
ria
Irma Ida (religioaa de Sao Joae)
Theodora Voiron, 1835-1925> fundadora e
meira
foi
pela aua querida Madre Theodora (Madre Ma
pri-
auperiora da Provlncia Braaileira daa Irmaa
de Sao Joae, cujo Proceaao de Beatificagao eatS em curao, em Roma). Eacrevo-lhe, para cumprir uma promeasa
feita
por ocaaiao da grave moleatia
de
que fora ela acometida, em fevereiro deate ano.
"Tranaportada
para o Hoapital, no meamo dia,
3a. feira,^foi operada da vealcula biliar. Gonatatando oa medicos que JS eatava gangrenada, nao lha tiraram, Inaerindo apenaa um dreno, na abertura praticada. A doente piorava cada vez maia, e,
declarando
o medico — nao haver maia
eaperanga,
recebeu oa ultimoa sacramentoa, a^bado, S tarde.
"Piquel no Hoapital, receando um deaenlace fatal. Entao na Gapela, dlrigl-me a Madre Theodo ra, supllcando-lhe a cura da doente, a quern havia dado uma ^a petalaa de roaa colhlda na aepultura da Veneranda Madre.
"Durante a noite, operou-se uma grande mudanga que causou pasmo aos medicos e enfermelraa.
IJGompreendi que minha irma eatava salva, gragas
a interceasao de Madre Theodora. Meu
transbordava transformagSo
coragao de gratidao. Eata maravllhosa continuou e as melhoraa se acentua-
rara de dia para dia.
Secgao I
57.
"Naturalmente,
ela estfi alnda fraca, mas, em
breve, esperamos ve—la retomar seu posto de traba— Iho.
"Em outras clrcunstfinclas tambem tenho Invocado Madre Theodora, com resultados, as vezes surpreendentes.
"(a) Irma Josephlna do Sagrado Cora^ao". (Madre
Maria Theodora Voiron, Escolas
Profissionais
Salesianas, Sao Paulo, 1937, p* S'*)* 56. Conservam a sua cela (quarto pequeno) com amor £ respeito De
livro JS citado sobre Madre Maria Teodora
Voiron (1835-1925):
"Sua
cela (da'Madre Maria Teodora
Voiron),
que no Patrocinio se conserva com amor e respeito, e um conjunto de documentos a nos atestarem seu fervoroso
culto
a virtude franciscana".
(OLIVIA
SEBASTIANA SILVA, Madre Maria Teodora Voiron, "Ave Maria", Sao Paulo, p. 379 / Nihil obstat: Pe. Cristiano Pilzecker MSG, Itu, 11-11-19'ib). 57. "Os habitantes de Suna faziam romarias ao tumulo de Perrini..."
De
um livro sobre o Beato Contardo
Perrini,
(1859-1902!), leigo, professor universitfirio, beatificado era 1947:
"Paleceu
raeia
a 17 de outubro de 1902, Ss onze
horas da raanha. Tarab^ra depois da morte
servou
e
con-
o seu rosto aquele sorriso que Ihe era tao
familiar,
e rauitos dos que o conhecerara disseram:
•Morreu um santo'. Toda a populaqao de Suna chorou a morte 3aquele que Ihe mostrara o modelo tao perfeito de vida crista.
"No
mesmo
enterro do dr. Contardo Perrini, a 20 do
mes,
autoridades
as dez e meia horas, compareceram
as
civis
do
e grande ndmero de pessoas
mundo cientifico. Tinha Perrini determinado que nao haveria flores, e nao se fariam discursos. Este desejo foi respeitado. Mas dentro em breve ou-
58.
Secgao I
vlram-se vozea do povo e vozes de homens de clencia que o proclamavam santo. E a fama da sua santldade ecoou per toda a It&lla. "Os habltantes de Suna fazlam romarlas ao tumule de Ferrlnl
"Com
o tempo, la sempre crescendo a fama
de
aantidade.
"Nao I cii
rar
a
tardou que os fieis comeQassem a implo—
intercessao de Perrini Junto de Deus e
se
falasse em gragas especlais obtidas pelo seu intermedio". (Pe. H. W. SPYKER SJ, Beato Contardo Ferrlnl, Vozes, Petropolls, 19^5, pp. 157 e IbO /
Com aprovagao eclesldstlca, 30-12-19^'*)• 58. "0 sepulcro do Justq serd glorloso, dlz a Sagrada Escrltura. Asslm o tumulo de Frel Leopold'o tornou-se logo centro de uma contlnua romarla"
Da
JS referlda blografla de Sao
Leopoldo de
Castelnuovo (1866-19^2):
"0 sepulcro do Justo serS glorloso, dlz a Sagrada Escrltura.
"Asslm
nou-se de
e do tumulq ^
Leopoldo. Ele tor-
logo centro duma contTnua romarla de
toda
a classe social, que expoe alnda ao
povo Pal
querldo suas proprlas ansledades, e Ihe pede enca recldamente de Interpor-se perante Deus, e de conforta-lo asslm como quando estava nesta vlda. "Aquele tumulo estd sempre coberto de flores". (Fr. PEDRO DE VALDIPORRO OFM Cap., 0 Ser vo de Deus P. Fr. Leopoldo de Castelnuovo, Conven-
to dos CapucHTnhos, PAdua, 2a. ed., pp. 66-6? / Imprlma-se; Jeronlmo, Blspo, Verona, 25-6-19''8). 59. i<00 mil romelros vlsltam anualmente o tumulo do Padre Reus
Conta um blografo do Pe. Joao Baptlsta Reus, (1868-1947), Sacerdote Jesulta que vlveu no Rio Grande do Sul, falecldo em odor de santldade:
Sec^ao I
59«
"0 corpo do Servo de Deus fol exposto na Ca-
pela
do
Colegio Crlsto Rel, para onde
acorreram
numerosos
fleis da cldade, que o havlam tide como
confessor
e o conslderavam como santo« Tocando no
seu
guns
corpo tergos, medalhas, santlnhos, etc.,
al-
Ja comegaram a Invoci-lo como Intercessor
.iunto de Deus
"0
movlmento tomou tamanho vulto que Impres-
slonava a todos, e pensou-se serlamente em Inlclar
logo o process© de Beatiflcagao. .... "0 apostolado externo, bastante llmitado durante a vlda terrena, se tornou Intenso depols da
sua santa morte, transformando o seu tumulo em citedra permanente e poderosa de carldade e de soli-
i
joecccoecccccooao:
Tiimulo do Pe.Jofio Batista Reus S.J.,em Sao Leopold©, RS (foto tirada por volta de 1970).
60.
Secgao I
da
pledade crlstS. 0 P. Reu3 eat^ atralndo
fleis
nao 80 do Rio Grande do Sul, mas de todos os Estados do Brasll e ate do EstranRelro Atualmen-
te, quando ea^"amos preparando a la. edl^ao
deata
breve Blografla (Julho de 1972), a media mensal de peaaoaa, que viaitam o tumulo do Servo de Deus, sobe a mala de trinta~e cinco mlTT Peloa TFutoa ae conhece a Srvore. Eoa frutoa em torno do tumulo
do P. Reus aao extraordinfirloa. LS ae reapira urn ar de profunda pledade, de fe genulna e Inabalfi.vel, de sacrlflclo, por vezea herolco, de gratldao Impreaslonante. Al eatfi evldentemente, o 'dedo de Deua•
"Em Julho de 65 .... o reaponafivel pelo movlmento em torno do tumulo do £. Reus, que estava tranaformado num verdadelro centro de peregrlnagao permanente, calculando-se, em perto de quatrocentoa mil OS romelroa que, anualmente, deaflla-
yam
dlante do tumulo do S'ervo de Deua". (Pe. CAN-
DIDO
SANTINI SJ, 0 Servo de Deua P. Joao Baptlata
Reus, SJ, Edltora MetropoTe, Porto Alegre, ed., 19Br, pp. 36, 37, 39, ^0 e 120).
ba.
60. "As peregrlnaqoea ao tumulo eatao neate ano mala numerosas do que nunca..." Trechos
de
cartaa
da Madre Inea
de
Jesus
(Paulina) a personalldades que Intervleram dlretaraente no Proceaso de Beatlflcagao e Ganonlzaqao de sua Irma"Santa Tereslnha (1873-1897):
(A Mona. De Tell, Vlce-Postulador da Causa na Pranqa);
"(A Madre Maria Angela do Menlno Jesus, Prlora
do Carmelo de Llaleux) deaeja que o Sr.
aalba
que ^ peregrlnacoea ao tumulo (da Irma Tereslnha do Menl^ Jesus) "sao este ano mals numerosas do que
nunca. Ontem o sacrlatao fol ate la, a flm de
trabalhar no Jardlm, e voltou chelo de admlraqao. 'E uma verdadelra proclasao — nos dlsae — que nao cessou durante todo o dla. E, alem do mala, maravllhoaol
VI um semlnarlsta ajoelhado all
du
rante clnco boras seguldasl' E ate parece que chamam o tumulo de 'agenda de correlo*, pelas mul-
tlsslmas
cartas
(18-8-1909).
que —
all
hA
deposltadas"
—
—
Secgao I
61.
(Ao R. P. Rodrlgo de Sao Francisco de Paula, Postulador da Causa era Roma):
"Agrada-me
rauito saber que na ItSlia se
vai
conhecendo mais e mals nossa querida Santinha.
"Aqui
as ^eregrinacoes
de
soldados
e
de
pobres feridos nao cessam nunca. Urn soldadinho de dezoito anos, da Prisao Central de Lisieux, escrevia-me ontera: 'Como estou contente por achar-me em Lisieux! Que felicidade poder a.1oelhar-me Junto ao
tumulo
da Irma Teresa, onde sempre veJo um numero
considerSvelT'H^ soldados"! 5ente-se uma emogao muito viva a vista da multidao que se comprime ao re-
dor dos restos da Santa. Um cabo, que se distingue por sua grosseria, por sua Incredulidade e por sua
dureza, confessou-me que nao pode reprimir as Ifigrimas a vista de tal espetficulo'. 'Agora, no quartel, fala-se em termos elogiosos, da Irma Teresa e um numero grande de rapazes, mesmo
dos mais grosseiros, desejam conhecer a sua
vida'.
"Pedem-nos, quias
intermedio da Sulga,
rell-
para os aleroaes. Nos as enviamos com
por
muito
gosto" (6-5-1915). Nota: Estes fatos deram-se durante a I Guerra
Mundial (1914-1918) era que a Pranga estava em luta com a Alemanha, e passaram-se vSrios anos antes da beatificagao de Santa Tereslnha, ocorrlda apenas
era
1923. (La
hermana ^ "Madrecita" de una
Santa
— ^ R. Madre Ines de Jesus (Paulina Martin) ^ Santa "Teresita, El Angel del Carmelo, Buenos Ai res, 1953, pp. 118-119). 61. 0^ sepulcros dos Santos e servos de Deus costumam ser meta de contlnuas e freqiientes visitas
De um llvreto sobre Da. Silvia Cardoso (18821950), piedosa senhora portuguesa: "Os
meta
de
tumulos dos grandes herois costumam
continuas e frequentes visitas. 0
ser
mesmo
verifica-se, dura modo particular, nos sepulcros santos e servos de Deus, que sao verdadelra-
62.
Secgao I
mente
os
malores herols
dentre os homens
e
os
aeus mals generosos benfeltores.
"Junto
do
Jazigo e do monumento
de
Silvia
Cardoso na sua terra natal, Pagos de Perreira, vemos todos OS dias pessoas devotas, algumas vindas de longe, a pedir ou a agradecer favores e a dei-
xar esinolas ou a cumprir promessas". (Pe. FERNANDES LEITE, Gragas de Silvia Cardoso, Gr£fica S. Vicente, Braga, p. iT"/ Com aprovagao da autoridade eclesiistica).
62. Seu tumulo estava setnpre coberto de flores e velas acesas
De van
uma pequena biografia do Padre
EustSquio
Lieshout, Sacerdote falecido em Belo Horizon-
te, em odor de santidade (1890-19^3): "Pode-se dizer, que a cidade inteira se diri-
gira a cortejo
Vila Progresso para, de Ifi, acompanhar o funebre do seu benfeitor, ao cemiterio do
Bonfim,
a fim de tributar-lhe as suas
homenagens
de gratidao e era reconhecimento dos seus meritos. "Durante quio
foi
cinco anos o tumulo do Padre Eustll-
visitado, diariamente, por multas
pes
soas, vindas de todo o territorio brasileTro. Rezavam
por
agradeciam Junto
sua alma, imploravam a sua protegao
gragas alcangadas por sua
e
intercessao
a Deus. Seu tumulo estava sempre coberto de
flores frescas e velas acesas. ....
"0 perto
tumulo
atual de padre EustSquio
acha-se
da entrada principal da igreja, chamada
'igreja
de
de padre EustSquio', numa capela bem ade-
quada.
"Al
ajoelham-se, diariamente, os fiels
para
rezar, implorar e agradecer a padre Eust^quio fa vores,
Servo
curas
e gragas alcangadas".
(Novena
de Deus Fad re EustAquio, Promogao da
ao
PamT^
lia-Editora, Belo Horizonte, pp. 1^1-15 / Com apro vagao eclesiSstica).
Y
Qi Siiii Yeoeca® cq®q neXigulaa §1
Silsi
uaadQa qu Iqci^qs galQa i^cyoa de §eu§ Qucaa sag Qb&idaa
gfilQ Q95^§^9 99^ iUi§ celigulaa 63. Imagens e rellquias de entes
queridos, vlvos ou falecldos,
^
avlvam nosso amor e nossa devoQao
De
uma pequena biografla de Padre EustSqulo,
(1890-19^3): "E
costume entre todos os povos conservar
e
venerar
com saudosa pledade as recordaqoes e lem-
brangas
de pessoas querldas vivas ou falecidas...
retratos,
bustos,
escritos ou objeto de seu
uso
pessoal.
"As imagens e reliquias dos Santos, assim como de outros entes queridos, nos fazera lembrar es—
sas pessoas. No-las tornam como 'presentes',^'mais perto*, avivam o nosso amor e a nossa devogao fazendo—nos
recordar suas virtudes e boas
qualida—
des". (Novena ao Servo de Deus Padre Eust^quio, Promogao da FamTTia-Editora, Belo Horizonte, pp.
M 11-^15 / Com aprovagao eclesiistica). 6^4. Sao Bernardo usava como rellquia valiosissima a tunica de Sao Malaquias
De uma biografia de Sao Bernardo (1090-1153): "Antes de dar sepultura aos restos de Sao Ma-
64.
Secgao I
laqulas
(arceblspo de Armagh, prlmaz da
Irlanda,
que morreu em Claraval em 1148) o Abade de Claraval (Sao Bernardo) tirou-lhe culdadosamente a tu
nica e desde entao a uaou, como reliquia valioslssima". (Pr. Ma. GONZALO MARTINEZ SUAREZ, Bernardo de Claraval. Editorial El Perpetuo Socorro, Madrid, 19b4, p. 555 / Imprimase; Segundo, Arzobispo de Burgos, 20-7-1964).
65. Pragmentos dos sapatos de Prei Domingos de Valencia distribuidos c'omo
bengao aos doentes, logo apos sua morte
De
uma
vida dos Prades Pregadores,
escrita
por urn contemporaneo de Sao Domingos:
"Prei Domingos de Valencia, pertencente ao convento de Orthez, tendo sido enviado a pregar em Bazas, aldeia da Vasconia, depois das multas fadlgas que teve que sofrer nas pregaqoes, nas confissoes e nas observSncias regulares, faleceu ali mesmo, no hospital dos pobres; e ele, pobre, foi sepultado entre os pobres. Em seu sepulcro muitos foram curados de diversas enfermidades.
"Certa
desse
irma do hospital conservou os sapatos
frade e os entregou a um peregrino, segundo
creio, sem licen^a do superior da casa. Mas naquela raesma noite apareceu-lhe em sonhos o frade, procurando seus sapatos. E na mesma noite apareceu
tambem ao peregrino, mandando-lhe que devolvesse logo OS sapatos ao hospital; e ele assim o fez. E OS frades da casa os dividiram em fragmentos pequenos
que entregaram como bengao aos enfermos. E
muitos ficaram curados". (GERARDO DE PRACHET, Vida de
los Prailes predlcadores, in Santo Domingo
5u2m&n drid,
visto
por sus
de
contemporAneos, BAG, Ma
1947, p. 787 / Imprimatur: Casimiro, Obispo
Aux. y Vic. gen., 30-5-1^7). 66. Padre CSmara: "Espero ir a Roma pera recolher alguns
despo.los de nosso Padre InAcio"
De uma introdugao as Obras Completas de Santo InAcio de Loyola (1491-1556);
Secgao I
^5.
"(0
Padre Luis Gongalves da Cfimara) escrevla
a Diego Lalnez, VigSrio Geral, que, apesar de sua pouca saude, esperava ir a Roma para intervir na Congregagao Geral e 'recolher alguns despojos de nosso
Padre,
que nao mereci estar presente
a
sua morte'. E ainda a 22 de Julho do mesmo ano tornava a raanifestar os aeus desejos em carta ao Padre Crlstovao de Madri: 'Digo a V. R. que desejo tanto ir a Roma, nem que seja so para visltar as
rellquias de nosso beatlssimo Padre, que nao vejo a hora em que tenha essa felicidade'". (VIGTORIANO LARRAfJAGA SJ, Introduccion a la Autoblografla de San iKnacio de Loyola in Obras Gompletas de San I^acio de Loyola, BAG, Madrid, Tomo I, p.
30 / Imprimatur: Gasimiro, Obispo aux. y V. g.). 67. Padres dos mais vener^vels pela Idade recebem, de .joelhos, fragmentos de escritos de Sao Joao Berchmans
Relato
do Padre de Greeff, professor de
Sao
Joao Berchmans (1599-1621) no Goleglo dos Jesultas de Mallnas (Belgica): "Habituado a nao guardar os escritos dos meus
disclpulos
nao
tenho nenhuma das composigoes
de
Berchmans, mas considero como urn singular bfeneflcio da Providencia ter achado um autografo do santo Jovem.
"Ao publlcar algumas Indulgencias, Paulo V proibiu que fosse impressa a tradugao. Pedl a Ber chmans que traduzlsse o breve, em linguagem vul
gar, a flm de que se pCldesse espalhar copias nuscrltas.
E esse trabalho autografo que
ma-
possuo.
Alguns dos nossos padres dos mais venerSveis^pela idade, pediram-me fragmentos e quiseram recebe-los de Joelhos". (Pe. L. J. M. GROS SJ, Vida de S. Joao Berchmans, Duprat & Comp., Sao Paulo, 1912,
pp. 7b-79 / Com licenga da autoridade eclesiSstica).
68. Um mes depois da morte de Santa
Veronica, urn Padre recorre a¥ reliquia^s dela para obter sua cura
Relato de um milagre operado por uma rellquia
de Santa Veronica Giuliani (1660-1727):
66.
Secgao I "Entre
os mllagres Inumepfivels que se produ-
zlram apos sua morte, um dos mals celebres fol a cupa do Apclppeate de Pleve dl Saddl, Don Giovanni
Ppancesco Leonazzi, ocoppido um mea appoximadcmiente
apos
a
mopte de Veponica. Don
Leonazzi
foi
atingido no dia 27 de agosto de 1727 pop um ataque de apoplexia. Toda a papte dipeita de aeu coppo ficbu
papaliaada; ele quaae nao enxepgava mais
e
sua lingua endupecida o impedla de falap. Cheio de fe no podep de Veponica, o Padpe pediu que aplicaasem alguma daa peliquiaa dela, o que feito.
Ele
foi cupado imediatamente e tpes
Ihe foi dias
depoia podia petomap a celebpaqao dos Oficios, pa pa
gpande eapanto de aeu pebanho". (Cteaae. M. DE
VILLERMONT,
Sainte Veponique Giuliani, Libpaipie Genepale Catholique — Malaon Saint-Roch, Papia-Couvin, Belgique, 1910, pp. ^186-487 / Imppimatup; J. M. Mieat, Vic. Gen., Namupei, 1-3-1910). 69. Uma "ppeciosa peliquia" do Cupa d'Apa; um pap de aapatos velhoa
Declapagao Ppoceaao
de
de Sopop Mapia Ana Gallamand,
Beatificacao e Canonizacao
do
no
Cupa
d'Ars (1786-1859): "Este topia. Em
'pap de aapatos velhoa tem a sua hismapqo de 1862, pefepe Sopop Mapia Ana
Gallamand,^ das Irmas de Capidade, uma mocinha da noasa papoquia de Sao Joao, que acabava de pepdep sua mae, nos diaae que aquela pecebera de sua amiga um pap de sapatos do Cupa d'Aps, e que ela os tinha dado a uma pobpe. Sem duvida, sepapou-se de les, com pena, mas pensava que o bora Cupa nao desappovaria o seu ato. A pobpe, que vivia numa
figua-fuptada do sexto andap da caaa daquela aenhopa, deixou-os atipados a um canto porque Ihe pareciam muito velhoa papa o seu uso. Ao saip daquele quapto deixou os sapatos e a Spta. Lavic (este e o
seu nome)^n6-lo ofepeceu cpendo que nos fazia um gpande obsequio. Recebemo-los contentissimas, como uma
ppeciosa peliquia. Ao ve—los nos admipamos da
pobpeza do Santo Cura. Sopop Mapgapida lembpou—se de pedip-me a tipa de coupo de um dos sapatos. 'Com isto, diaae ela, estou cepta de que o P. Vianney
cupapS a nossa Adelaide. Papemoa fepvopo—
aamente
uma novena e a aenhopa vepli'. Eu Ihe pea-
SecQao I
pondl: 'Pols fagam-na', e Ihes entreguel a correla. Achava-se presente urn padre lazarista, o P. Melller, superior da casa de Angers. Sein_^me pedir
llcenga, ae apoderou do outro cordao e nao quis, por nenhum prego, devolve-lo. 'Tambem, disse-me, poderei servir-me dele' (Declaragao de 10 de outubro de I86M, Processo Ordinfirio, p. 1581)". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropo-
lis, 2a. ed., 196O, p. ^77 / Imprimatur; Luis Pilipe de Nadal, Blspo de Uruguaiana, 29-b-1959). 70. 0 Santo Cura d'Ars conservava urn espelho, porque nele se havia refletldo o rosto do Padre Bailey, que ele tinha por Santo Da vida (1786-1859):
de
Sao Joao
Vianney,
Cura
d'Ars
"0 P. Vianney chorou-o (ao Padre Bailey) como
a
urn
pai. Devia-lhe tudo! Conservou
lembranga muito
impereclvel
daquele santo varao. 'Tenho visto almas
belas,
afirmava
ele, nenhuma
porem
como
aquela'. Os exemplos do antigo mestre ficaram gravados tao profundamente no seu esplrito, que dizia ainda
nos ultimos anos da vida: 'Se eu fosse pin-
tor poderia tragar o seu perfil'. Sempre que falava nele enchiam-se-lhe os olhos de Ifigrimas (Irmao Jeronimo, Processo OrdinSrio, p. 55d)« Todos os dias pela manha nomeava-o no memento da missa. Ate a
morte o Cura d'Ars, que era tao desprendido
de
tudo, conservou sobre a estufa um pequeno espelho 'porque nele se havia refletido o rosto do P. Bai
ley' (P. Beau, Processo OrdinSrio, p. 120^4)". (C6nego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolis, 2a. ed., I960, p. 9^ / Imprimatur: Luis Filipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-b-1959). 71. Petala de rosa tocada por Irma Teresinha do Menino Jesus opera cura milagrosa
Do Processo de Beatificagao e Canonizagao de Santa Teresinha (1873-1897):
"Em fins de junho de 1908, a Irma Catarina Clarke, entao postulante no noviciado da Congrega-
68.
SecQao I
qSo
do Bom Pastor, em Plnchley, Londres, escorre-
gou
dols degraus de uma escada e sofreu uma grave
contusao no pe
"For ocaslao do acldente, colocou-se sobre o pe afetado uma medalha do Sagrado Coragao, empregou-se tambem £gua de Lourdes nos curatives. Poram
feltas novenas ao Sagrado Cora^ao, a Santissima Virgem, a Sao Geraldo Majella, a VenerSvel Madre Pelletler,
fundadora do Institute do Bom
Pastor.
Outros santos foram ainda invocados, mas o ceu parecia surdo a todos os pedidos.
"No
rurgiao sua
dia 30 de outubro, apos a decisao do ci-
(de
operar urgentemente), a conselho
de
Superlora, Irma Catarina comegou uma novena a
Irma Teresa do Menino Jesus, e colocou entre as ataduras uma petala de rosa com a qual a Irma Te resa tinha outrora perfumado e acariciado seu cru-
cifixo,
em
convento
seu leito de morte. Havia, ali^s,
uma grande devogao per esta Jovem
no
reli-
giosa.
"Sexta-feira a noite, 30 de outubro — escreve a Irma Catarina — comecei uma novena a 'Peque-
na Plor' (nome dado a Serva de Deus na Inglaterra) com grande confianga. Eu nao a perdia de vista nem urn
mim
so instante, sempre Ihe pedia para ter pena de
e me curar, para salvar minha vocagao. No dia
3 de noverabro, vespera de minha partida, deitel-me por volta de 9 horas sentindo uma dor multo forte no pe. Eu supliquei entao a 'Pequena Plor' que ob-
tivesse
enfim, de Deus todo Poderoso, a minha pu-
ra. Cada vez que acordava, fazia os mesmos pedi dos. Por volta de 3 horas acordei novamente, mas desta
vez
minha cela estava inundada de luz.
Eu
nao sabia o que pensar desta luminosidade extraordinaria e exclamei: 'Oh meu Deus, o que e isto?' Fermanecl nesta luz durante 3 quartos de hora e
nao ve,
conseguia dormir apesar de meus esforgos. Tientao, a sensagao de que alguem tirava as co-
bertas
de minha cama e me incitava a levantar. Eu
movimentei meu pe e qual nao foi a minha surpresa ao encontrar os 7 metros de faixas que tinham sido fortemente atadas e das quais eu nao teria podido prescindir, completamente retiradas. Olhei para o
meu pe e ele estava completamente curado. Levantei-me, andei e, nao sentindo mais nenhuma dor,
cai
de Joelhos exclamando: '0 Plorzinha de Jesus,
Secgao I o
69.
que e que flzestes por ralm nesta madrugada?
estou
curada!" (Procea
nisation
de Salnte
Therei'e de 1'Enfant-Jeius
de la Salnte-Face —
Eu
de Beatification et Cano
et
Proces Tnformatlf Ordinaire,
Tereslanum, Roma, 1973, vol. I,
Articles — Trol-
sleme partle; GrSces et Miracles, pp. 72-73). 72. Tres mil rellqulas da Irma Teresa para os soldados na frente de batalha Trecho
de
carta
da Madre Ines de
Jesus
a
Hons. De Tell, Vlce-Postulador na Franca da Causa de Beatlflcagao e Canonlzagao de sua Irma, Santa Tereslnha do Menlno Jesus (1873-1897):
"Entrementes, envlel ao sr. Coronel (que consagrara o Reglmento a Irma Teresa) as tres mil re
llqulas (da Serva de Deus) que me pedla e
Juntel
um folhetlnho para cada soldado. Se Isso contlnuar
asslm, a tlpografla de Sao Paulo nao consegulri dar vazao a tantos pedldos (30-^1-1915)". (La hermana ^ "Madreclta" de una Santa — La R. Madre
Ines
de Jesus (PauTlna Martin) Y
Santa Tereslta.
El Angel del Carmelo, Buenos Aires, 1953, p. 120).
VI
Qi Cmi augcen tec cgDilgQ e egtiieii doe Secyoa de Peua
73' Ha pouco tempo nos delxou e foram dlvulgadas mals de trlnta mil gravuras suas
Da citada (1599-1621):
biografia de Sao
Joao
Berchmans
"Urn hSbil artista procurou reproduzir os tra-
50s de Berchmans. Sexta-feira a noite, fizeram^um modelo em gesso. Realizou-se em seguida a autopsia.
faz
"0 padre Bauters escrevia: 'Tao pouco tempo que ele nos delxou, e JS doze dos nossos me-
Ihores gravadores publlcaram-lhe o retrato; JS fo ram vendldas mals de trlnta mil destas belas gravuras; sem falar da quantldade de estampas baratas
que
se acham nas maos do povo. Eu proprlo, acres-
centava o venerando rellgloso, trago comlgo por toda a parte uraa Imagem de JoSo, a qual venero como a de um santo'
•Esses
fatos
maravllhosos
multlpllcaram-se
tanto que poderlamos escrever um volume deles. Entre OS prodlglos submetldos ao seu Julzo, a Igreja reconheceu Intelramente Irrecus&vels, tres curas completas e subltas operadas pela Intercessao do V.
Joao Berchmans: — 'Em 1729, vlvla em Roma, no
convento da Vlsltaqao de Santa Maria, Maria Crucl-
flxa Ancajanl. Uma febre contlnua a devorava desde multo tempo, depols Juntaram-se-lhe tbsse pertlnaz
72. e
SecQao I
vivas
dopes no coragao, com palpitagoes
•Passei a noite de 6 para 7 de abril na mals extrema afligao. Pelas 5 horas da manha, voltando urn pouco a calma, lembrei-me da imagem qua na vespera,
(era
haviam colocado debalxo de meu
travesseiro
urn retrato do V. Joao Berchmans) senti entao
nascer na minha alma, uma grande conflanQa nos meritos e na intercessao do servo de Deus.
'Com
Imagem,
a mao direlta qua estava livre, tomei a
e a coloquel primeiro sobre minha cabega,
depois sobre o peito. Imediatamente senti-me cura-
da, sal da cama e ajoelhei-me para agradecer a Deus aquele imenso favor. Em seguida fui ao coro'". (Pe. L. J. M. CROS SJ, Vlda de S. Joao Berchmans. Duprat & Comp., Sao Paulo, 1917, pp. 3^6, 387, 389 e ^115 / Com llcenga ecleslastica). 7'I. Distribuem 60 mil estampas de Santo Afonso de Ligorio so no dia de seu funeral
De uma biografia de Santo Afonso Maria de Llgorlo (1696-1787):
[[Ap6s a morte, vlvla Afonso mals que nunca no coragao
era
do povo que tanto amara. Por toda a parte
aclamado santo. Se nos templos nao Ihe
render
podia
um culto, que a Igreja alnda nao autorlza-
ra, na Intlmldade dos lares Invocavam-no como a um
poderoso protetor.
"Sua Imagem, Impressa em NSpoles, entrou era todas as famlllas, calculando-se que so no dla dos funerals foram dlstrlbuldas cerca de 6O.OOO.
"Mas a veneragao publlca avultou sobretudo na
pequena Igreja do convento de Paganl. Ao seu tumulo chegavam dlarlamente os romelros, multos dos
quals
trazendo
os seus
doentes
a
procura
de
saude
"Serla operados
demaslado longo enumerar os prodlglos
sobre aquela pedra sepulcral. Por toda a
parte multlpllcavam-se os mllagres". (Pe. JOSE MONTES CSSR, Afonso de M.g6rlo o Cavalelro de Deus, Edltora Vozes, Petropolls, 1962, p. 167 ~7 Imprimatur: Pe. Jose Rlbolla CSSR, Superior Pro vincial, Sao Paulo).
Secgao I
73.
75. 0 proprlo Prefelto da
Sagrada ConKreKagao dos Rltos tlnha uma Imagem e recorrla a Interceasao da
recetn-faleclda Ana Maria TaigT
Relata tarde
Hons. Carlo Salottl (l870-19'<7), mals
Cardeal e Prefelto da
Sagrada
Congregagao
dos Rltos:
"Entre as personalldades Junto as quals a fama de santldade da Serva de Deus era Indlscutlvel-
mente acelta, Inclul-se o Cardeal Ludovlco Mlcara, Capuchlnho, Decano do Sacro Coleglo, o qual tlnha tanta estlma e conflanga naquela faleclda, que conservava conslgo uma Imagem dela e recorrla fervorosamente
a sua Intercessao nas suas angustlas.
A oplnlao do llustre Purpurado reveste-se de malor valor, se se consldera o Importante cargo de Pre felto da Sagrado Congregagao dos Rltos, por ele ocupado, e se se tem era raente a sua habitual prudencla e sua crltlca severa ao eraltlr ura Julzo era materla Beata
tao
dellcada". (Mons. CARLO SALOTTI,
La
Anna Maria Talgl, Madre dl Faralglla, Scuola
Tlpograflca
Italo-Orlentale "S. Nllo", Grottafer-
rata,
1922, p. 376 / Imprimatur: Pr. Albertus Le-
pldl
OP,
S.P.
Ap. Maglster,
Imprimatur:
Can.
Sylvius De Angells Vic. Gen. Dloce. Tusculanae). 76. Curas e conversSes operadas por estampas de Soror Benlgna
Relates de curas e conversoes, numa Vlda da Serva de Deus Irma Benlgna Consolata Perrero
(1855-1916),
Rellglosa
da Vlsltagao de
C6mo
na
Italia:
"No dla 12 de agosto do raesmo ano, a senhora
Magdalena sofrendo
relto,
Varlnl, resldente em C6mo, referlu que, de otlte catarral cronlca no ouvldo
dl-
havla sldo Inutllmente submetlda a uma se-
rle de tratamentos sobremodo dolorosos. Recorrendo
entao com a malor conflanga a protegao de Irma Be nlgna Consolata, poe uma sua Imagem sobre o ouvldo doente, comegando logo a perceber os sons, ate que por flm desapareceu de todo a surdez. "Em fins de agosto de 1917, a senhora Glacomlna Salvade, de Como, trazla ao mostelro da Vlsl-
74.
Secgao I
tagao da dlta cldade aua fllhlnha Magdalena, de tres anoa de Idade, qua tlnha por completo perdldo
a
vlata, nao obatante oa eaforqoa de hSbela
ocu-
liataa e doa Patebene Pratelll de Mllao. Aflltlaalma, como ae pode facllmente Imaglnap, a pobre
mae recorreu chela de confian^a a interceaaao S6ror Benigna Conaolata e colocou uma imagem Benigna
aobre
memento
a menlna foi melhorando e, dentro em bre
ve,
oa olhoa da crianQa. Deade
de de
aquele
recuperou a vlata. Narrando eate fato, a ven-
turoaa mae nao podia dlafarqar a aua alegrla, e a aua fllhlnha Magdalena, eaperta, de olhoa aaoa e bem abertoa, fazla fe do grande favor alcanqado• ....
'Obtlve duas curaa: a prlmelra de uma excelente Jovem daqul atacada de pneumonia. Mandel-lhe uma parcela de um veatldo uaado pela Irma Benigna Conaolata, que Va. Revma. teve a gentlleza de me envlar, e ao cabo de poucoa dlaa deaapareceu o mal, de manelra que hoje a Jovem goza otlma aaude. ....
'Jublloaa
rendo Inflnltaa gra^aa ao
mlaerl-
cordloao Coragao de Jeaus que, por Interceaaao de Soror Benigna Conaolata, me concedeu a cura de uma fllhlnha gravemente doente. Peqo-lhe que me mande um exemplar do Vademecum e algumaa estampas de Be
nigna que, por devoQao, quero espalhar'. •Ha deade
toda
meaea,
uma aenhora afastada
multos anoa e que chegava ate a
da
Igreja
eacarnecer
prStlca de rellglao, fol aalteada de um
In-
sulto apopletlco. Obatlnava-se em recusar os aacramentoa. Peaaoas pledoaaa e amlgaa correram logo ao noaao moatelro para pedlr oragoea. Levaram
daqul
uma Iraagem da Irma Benigna. Caao maravllho-
aol... Pouco depola, a menclonada aenhora cumprla todoa oa aeua deverea religloaoa e morreu aaaiatl-
da
por
algumaa Irmaa. A Abadeaaa daa
rellglosas
Capuchlnhaa'. "Da
meama
Revma. Abadeaaa recebemoa aa
ae-
gulntea Informagoea:
•H5 poucaa aemanaa vleram ao noaao moatelro recomendar um pobre Incredulo gravemente enfermo,
que guem
de contlnuo blaafemava como um poaaeaao. Nlnouaava falar-lhe de conflaaao, aabendo todoa
que em tala clrcunatSnclaa era uma verdadelra furla. Recorremoa entao com Inatantea aupllcaa a Ir-
SecQao I
75-
ma Benigna e entregamos uma Imagem da mesma as pessoaa que tlnham vlndo pedlp as nossas oraqoes para Implorar a conversao do Infellz Incredulo. Mai
o enfermo rebelde deu com os olhos na
santl-
nha, tao longe esteve de se enfurecer como era seu costume, que antes se comoveu, pedlu que Ihe dessem a Imagem que ele mesmo guardou debalxo do tra-
vesselro;
dal a dols dias mandou chamar urn sacer-
dote e recebeu todos-os sacramentos'". (Vlda da Serva de Deus Irma Benigna Consolata Ferrero, Tra-
dugao de Pe. Amando Adriano Lochu SJ, Livraria Saleslana Editora, Sao Paulo, 1926, pp. l6o a 1614 / Imprima-se:
Hons. Pereira Barros, Vigfirio
Geral,
8-10-1926).
77. A maioria dos devotos do Pe. Eust^qulo adquiriu fotos suas, munldas de rellqulas
Da mesma biografia do Padre (1890-19'<3), anteriormente citada:
EustSqulo
"Existem tambem reprodugoes fotogrSflcas, bustos de gesso e rellqulas do saudoso padre EustUqulo.
"Algumas pessoas prlvllegladas possuem algum osso do seu corpo, conseguldo na ocaslao da exuma-
gao dos restos mortals do Servo de Deus, reallzada no
cemlterlo do Bonflm, em 19'<9- Outras estao
posse em
de certos objetos que padre Eust^qulo
vlda. A malorla dos devotos, porera
de
usou
adqulrlram
reprodugoes fotogr£flcas do Servo de Deus, munldas de
urn
pedago
de roupa por ele usada, ou
de
um
fragmento dos panos com que os ossos de padre Eust^qulo foram llmpos mals tarde. "Todos
mos,
esses objetos materials, por si
mes-
nao tem poder extraordlnfirlo ou sobrenatural
algum. A contemplagao do retrato do Servo de Deus e o uso de suas rellqulas devem avlvar em nos a
consclencla da presenga de padre EustHqulo. A fe e a conflanga em seu poder. Junto ao trono de Deus, sao capazes de nos assegurar os favores pedldos e a protegao Implorada. "Procureraos merece-los por uma vlda verdadel-
ramente
crlsta".
(Novena ao Servo de Deus
Padre
Eustfiqulo, Promogao da Famllla-Edltora, Belo Horl-
zonte, p. ^5 / Com aprovagao ecleslfistlca).
VII s;x2s
ggcQCCfii a iQtecceaaaQ vallQaa doa SenxQa de Deua
78. "0 VlrKem bendlta» Clara,
rezal por nos" — clamava o povo de Assls ao morrer Santa Clara
Da
vida de Santa Clara de Assls (1193-1253),
por Tomas de Celano, seu contemporaneo: "A
nao sls
notlcia
da raorte da Senhora Santa
Clara
tardou em se propagar, e quando o povo de As fol Informado dlsso, uma tal multldao de ho-
mens e. mulheres acorreu ao Mostelro de Sao Damlao,
que a cldade parecla Intelramente vazla.
"Todos
vertlam pledosas e devotas
iSgrlmas,
exclaraando dolorosamente:
t— 0 vlrgem bendlta, 6 amlga de Deus! Querldlsslma Clara, adeus! rezal por n6s!' .... "Desde que a Senhora Santa Clara fol colocada nesse lugar, uma grande afluencla de povo reglstrava-se todos dlas .junto a seu tumulo. Essas
pessoas louvavam a Deus dlzendo: • — Esta
neste
vlrgem, que Deus
fez tanto
honrar
mundo pelo^ homens, e verdadelramente santa
e~TiTna glorlosamente no ceu com os anjos. Rogal a Deus por nos, tu, a prlmelra das Damas Pobres que
78.
SecQao I
atrals
todas as outras a penltehcla! Tu, que con-
duzes a Deus IncontSvels almas!'". (TOMAS DE CELA-
NO,
Salnte
Claire
Libraires-Editeurs,
D*Assise,
Perrin
et
Cie.,
Paris, "^a. ed., 1917, pp.178,
180 e l8l).
79* A bondade divina nada nep;ava pelos meritos e intercessao de
Sao Francisco de PauTa, Invocado antes mesmo de seu sepultamento
Relato do que ocorreu a morte de Sao Francis
co de Paula (l4l6-1507), fundador da ordem dos Mlnlmos:
"Uma testemunha ocular asslm depos no proces-
so
de
beatlflcaqao: 'E Imposslvel dlzer
quantos
mllhares de pessoas, de um e de outro sexo e de todas as Idades, fez acorrer de suas casas o anunclo de sua morte. Aflulram de todos os cantos para
ver o corpo alnda nao sepultado. Veneravam aquele corpo noblllsslmo, que tlnha hospedado uma alma
tao Inslgne: beljavam-lhe as maos, Instrumentos de tantas
obras santas. Aqueles que na terra
tlnham
experlmentado sua pledade e seus beneflclos implo-
ravam sua Intercessao Junto de Deus. E sua"? preces nao
eram vas; a bondade dlvlna nada negava
pelos
meritos e a Intercessao de seu servo'.
"Nao obstante o servlgo de guardas, dlsposto expressamente pelo rel Luis XII, vlnte nobres con-
segulram diyldlr entre si uma parte de
sua tunica
para guarda-la como preclosa rellquia; outros le va ram o cillclo, a dlscipllna e clnto de couro
que Ihe clnglam as carnes. Todos querlam tocar e beljar aquele corpo que conservava alnda Intactas a flexlbllldade e a maclez.
"Ao
contato daquele corpo glorloso floresce-
ram alnda os mllagres". (ANTONIO CASTIGLIONE, S. Francisco de Paula, vlda llustrada, Delegagao Geral da Ordem dos Mlnlmos, Sao Paulo, 1980, p. 18^
/ Com aprovagao ecleslSstlca).
Santa Clara de Assis. Afresco de Simone Martini(sec. XIV), na igreja inferior da Basilica de Sao Francisco,em Assis(Itdlia),
80.
Secgao I
80. Pela opinlao que tlnham da santldade
de Anchleta, nmltos, ^ lugar 3e rezar por ele, rezavam a ele De uma vlda do Pe. Jose de Anchieta, mlsslonSrlo Jesulta no Brasll (153'1-1591)» recentemente beatlficado:
"Sablda a morte do bom padre Jose, .houve mul-
tas Ifigrimas e geral sentlmento nos padres, nos Portugueses e Indlos de toda a Capltania, porque todos o tlnham por pal
e multas pessoas houve que pela opinlao que tlnham da santldade do padre, em lugar de o encomendarem a Deus, se encomendavam a ele, que os
favorecesse chleta,
1955,
com este Senhor". (Pe. PEIRO ROIZ, An-
Llvrarla
Progresso
Edltora,
Salvador,
pp. 85 a 87).
81. Abadessa curada por Invocar
como santo a Luis Gonzaga~recem-falecldo
Da
JS referlda blografla de Sao Luis Gonzaga
(1568-1591):
"Tom£s Manclnl, secretSrlo do Cardeal della Rovere, numa carta escrlta a Marquesa (mae de Sao Luis Gonzaga), asslnala algumas partlcularldades que
marcaram as exequlas do Bem-aventurado
'Sexta-felra i tarde, 21 de Junho, ele fol enterrado na capela da Annunzlata, no Gesu. Eu me encontrava
IS. Nao somente os Padres guardam o
seu
cadSver como um tesouro, mas o poyo apressou-se em cortar as suas vestes para ter rellqulas suas. Ho-
Je, sSbado 22~ dlzem-me que multos Senhores fazem grandes InstSnclas para ter qualquer colsa dele. '....
"A
prlnclpe
reverenda Madre Maura Lucenla, Irma desse
(Ranuzlo Parnese), Rellglosa professa
e
Abadessa de Santo Alexandre em Parma, declarou que se tlnha vlsto llvre de vlolentas dores de cabeqa,
por
ter
Invocado Lul^ como santo". (Pe.
GLAIR SJ, Llbralrle de
CHARLES
de Saint Louis de Gonzague, Flrmln-Dldot et Gle., FarlT^ ltt91,
pp. 276 e 279).
Secgao I
•V...
■^;v
AJ
82.
Secgao I
82. "Nao hesltel Jamals em recomendar-me aa suas oracoes"
Carta de Sao Roberto Bellarmlno ao Pe. Vlrgl-
llo
Ceparl,
a
respelto
de
Sao
Luis
Qonzaga
(1568-1591) escrlta antps da beatlflcaQao do Jovem novlQo Jesuita, ocorrlda em iSO^I: "Reverendlsslmo Padre,
"E com agrado que satlsfago a tudo o que Vossa Reverencla pede de mlm; porque e, parece-me, da gloria de Deus Nosso Senhor, que se conhegaim os dons concedidos por sua Divina Majestade aos seus servidores. Confessel durante muito tempo o nosso
caro
e
muito santo Luis Qonzaga; ouvi mesmo
uma
confissao geral de toda sua vida. Ele ajudava minha missa e gostava de conversar freqiientemente comigo* sobre as coisas de Deus. De acordo com suas confissSes e com essas conversas, creio poder afirmar em toda verdade o que segue:
cado
"Em primeiro lugar, ele Jamais cometeu urn pemortal. Tenho por certo que isto foi assim
desde a idade de seis anos ate sua morte. Quanto aos anos anteriores durante os quais ele nao tinha
esse conhecimento de Deus que teve mais tarde, devo
conjeturar com tanto mais fundamento que nao e
verosslmil que ele tenha pecado mortalmente em sua
infSncia, sobretudo ele, que Deus predestinava uma
tSo
setimo
grande pureza. Em segundo lugar, ap6s
ano
de sua vida, epoca na qual, assim
a o me
dizia, ele se converteu do mundo a Deus, levou uma vida perfeita. Em terceiro lugar, ele nunca sentiu
o aguilhao da carne. Quarto, em sua oragao, duran te a qual se mantinha o mais freqiientemente ajoeIhado no solo e sem apoio, ele nao sofreu, de or-
din£rio, distragoes. Quinto, ele foi um espelho de obediencia, de humildade, de mortificagao, de abstinencia, de prudencia, de devogao e de pureza. Nos ultimos tempos de sua vida, ele experimentou uma vez, durante a noite, uma tao extrema consola-
gSo ao meditar sobre a gl6ria dos bem-aventurados, que toda essa noite Ihe pareceu ter passado num quarto de hora. Nessa mesma ocasiao, tendo morrido
o P. Luis Corbinneli, eu o interroguei
sobre
a
sorte dessa alma. Ele respondeu com grande seguranga: 'Ela apenas passou pelo purgatorio'. Entao,
Secgao I
83.
conslderando
seu
clrcunspecto
no falar e reservado na aflrmaqao de
carfiter, sabendo o
quanto
era
colsas duvldosas, tlve por certo que ele tivera sobre Isso uma revelaqao dlvlna. Entretanto eu nao quis ir mals longe, para nao Ihe dar ocaslao de
vangl6rla. sobre
Eu poderla dlzer
multas outras colsas
as quais me calo, nao estando certo de lem-
brar-me bem diretamente sempre
delas. Em suma, creio que ele entrou na gloria dos bem-aventurados, e tlve escrUpulo de rezar por essa alma, temendo
fazer
In.lurla a Ueiis, cuja graqa tao bem eu vlra
aglr nele.
Pelo contrdrlo, eu Jamals hesltel
recomendar-m¥ ^ suas oraqoes. nas grande
quals
em
tenho
conflanca. Que Vossa Reverencla reze
por
mlm.
"Do Palficlo Apostollco, 17 de outubro de I601 "De Vossa Reverencla, o Irmao multo afelQoado em Jesiis Crlsto "Roberto, Cardeal Bellarmlno".
(Pe.
CHARLES GLAIR SJ,
vie de Saint Louis
de Gonzague, Llbralrle de Plrmln-Dldot et Gle, Pa ris, 1«91, pp. 282-283).
83. "Venero e Invoco o Irmao Joao, como Invoco os Santos canonlzados"
Da blografla (1599-1621):
de
Sao
Joao
Berchmans
"0 padre Bauters escrevla: — Em Roma, como em Plandres, os mals consplcuos personagens honra— vam a raemorla de Berchmans. 'Venero e invoco o Ir-
mSo Joao, ^mo Invoco os santos canonlzados. Honro sua Imagem. recomendo-me a sua Intercessao. como honro as Imagens e como Imploro a Intercessao dos outros santos'.
"Asslm falavara, nos depolmentos Jurfdlcos, os padres
Geccottl
e Massuccl". (Pe. J. L. M.
GROS
SJ, Vlda de S^^ Joao Berchmans. Duprat & Gomp., Sao
Paulo, 1^2, p. 389 / Com llcenqa da ecleslSstlca).
autorldade
glj^
Secgao I
84. Loro apoa a morte de Santo Afonso de LlRorlo, "todos se recomendavam a Intercessao e poder do novo santo"
De uma blografla de Santo Afonso Maria de Ligorio (1696-1787), Doutor da Igreja:
"Ao divulgar-se a noticia de que Monsenhor Ligorlo estava desenganado, a consternaqao de^todos fol grande. As igrejas encheram-se de ^fieis, que com extraordinSrio fervor pediam a saude do querido enfermo. Blspos, sacerdotes, religiosos, nobres e plebeus acorriam de toda a parte a pedir-Ihe a ultima bengao. ^ famllias ^ Pagani, g^ie o consideravam como propriedade de sua cidade, aproximavam-se com intenqao de apoderar-se de qualquer
coisa
que Ihes servisse de lembranga e^
reltquia.
Como por encanto desapareciam roupas, faixas e tu-
do quanto fosse de uso do servo de Deus. Tud^o isto elFa repartido e disputado ansiosamente. Os que nada encontravam para levar, consolavam-se tocando no corpo do Santo rosarios e medalhas
ber
"0 governador da cidade, temendo que, ao sa do passamento do Santo, todo aquele povo to-
masse
de assalto o convento, a procura de
alguma
rellquia, ordenou que um batalhao de soldados montasse guarda da casa* A noticia do falecimento so foi publicada algumas horas depois• Os Padres trasladaram o cadaver a uma pequena capela interna
e no dia seguinte levaram-no a igreja, onde ficou exposto. Uma avalanche humana precipitou-se para venerar e contemplar pela ultima vez o rosto da— quele a quem todos proclamavam santo
"Ninguem
pensava em encomendar a Deus a alma
do defunto, mas todos se recomendavam a interces sao e poder do novo santo. Todos, na verdade, o
proclamavam santo e o pr6prio ceu, com um milagre, quis por seu selo aquela glorificagao popular"•
(Pe. JOSE MONTHS CSSR, Afonso de Li^6rio o Cavaleiro
de
Deus, Editors Vozes^ Petropolis,
1962,
pF^ 15T"e TF3~/ Imprimatur; P. Jose Ribolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo).
Secgao I
85.
85. Faleclda Bernadette, seu confessor a Invocava cotno Santa canonizada
Escreve
o conhecldo haglografo Mons. Francis
Trochu:
"Urn de seus antigos confessores, o padre Dou
ce,
declarava a urn colega 'que a irma
Marie-Ber
nard foi uma boa religiosa sem nada de extraordinilrlo'. Mas, raesrao no tempo em que ele falava da
sua penitente com esta reserva, sem duvida para ir ao nas
encontro
de perguntas indiscretas,
'escrevia
suas notas Intlmas 0 que pensava realmente de
Bernadette'...
All 'se encontram as invocaqoes
a
irma Marie-Bernard ou as agoes de gragas pelos favores recebidos por sua intercessao'. Mas, explica
a testemunha, 'eu sei que o padre Douce nao utiliza
esta linguagem no seu Piario senao a
respeito
dos santos. da bem-aventurada Margarida-Maria e do
venerivel
Cura
pertencem
ao
de Ars' (Estas
ultimas
citagoes
R.~F. Le Cerf, Pr. Ord. Nevers,
f.
897).
"Urn
outro religioso marista, o R. P. Charles
Payrard, declara que
observagoes do P. Douce
sao invocagSes a Bernadette ou agoes de gragas pe-
la so
sua intercessao. Verifiquei que no seu Diario trata assim os santos canonizados' (Pr. Ord.
ITevers, f. 10b9). "Eis alguns extratos:
•16 de Abril de l882. — Iniciei piedosamente uma novena em honra da Imaculada Conceigao, por ocasiao do aniversSrio da morte de Bernadette... •8 de Maio. — Hoje, as tres da tarde, estava
prostrado
Junto do tumulo de Bernadette e rogava-
-Ihe para terminar a obra. '15
de
Agosto. — Hoje, festa
da
(agao de gragas a irma Marie-Bernard), Virgem que inspirasse...
Assungao
pedia
a
'22 de Agosto. — Hoje, oitava da Assungao, agradego-vos e agradego a irma Marie-Bernard. '9 de Dezembro. — Obrigado, 6 minha boa Mae,
obrigado p^ra a irma Marie-Bernard... '20 de Agosto de I883. — Agradego-vos, 6 Ma
ria, por Sao Bernardo e por Bernadette'". TpRANCIS
86.
Secgao I
TROCHU, Bernadette Soublrous, Editorial Aster, Llvrarla Plamboyant, Llsboa, Sao Paulo, 1958, pp.
3814-385 / Imprimatur; Ernesto, Arceblspo-Blspo de Coimbra).
86. ^ Prancesla. Saleslano. nao heslta em Invocar seu aluno recem-falecldo
Da vlda de Miguel Magone (18445-1859), escrlta por Sao JoSo Bosco:
"0 sentlmento de seus condlsclpulos (de Mi guel Magone, aluno saleslano recem-falecldo) e de seu professor, o Sacerdote Don Prancesla, fol expresso por este nas segulntes palavras: 'No dia
segulnte a morte de Magone ful a mlnha classe. Era
um s&bado e deverla reallzar-se uma prova. 0 lugar vago de Magone Indlcava-me que eu tlnha perdldo um aluno e o ceu ganho um cldadao. Eu estava profundaraente comovldo; os Jovens, sob a Influencla de Imenso pesar e em sllenclo geral; nao me fol pos-
slvel pronunclar outras palavras senao estas: 'Morreu!' Todos choravam. E como nao chorar, se todos araavam um menlno tao virtuoso? Depols de sua morte constatou-se a grande reputagao de pledade que conqulstara entre os companheiros.
"As uma
p^glnas de seus escrltos eram dlsputadas
a uma, e um dlgnlsslmo colega meu conslderou-
-se muito feliz porque pode recolher um cadernlnho do .jovem Miguel.
"Eu raesmo, movldo pelas vlrtudes que pratlcou era vlda com tanta perfelqSo, nao duvldel era InvoC&-I0 depols com plena conflanca nas mlnhas necessldades; e, a bem da verdade, devo confessar que nao foram baldadas as mlnhas esperanqas". (Sao JORO BOSCO, Vlda de Miguel Magone, In Blografla
Escrltos de San Juan Bosco, BAG, Madrid, 1955, pp. 897-898 / Imprimatur: Jose Maria. Ob. aux. y vie. gral., 13-5-1955).
87. "Bem podels em vossas necessldades e perlgos, em vossos afas
e dores, dlrlglr-vos a essa alma"
Da JR menclonada blografla do Marques de Comlllas (1853-1925): "0 conde de Dona Marina, em
Secgao I
S7»
sessSo necpol6glca publlca, tennlnou seu^dlscurso com esta InvocagSo: 'Bem-aventurado Marques de Comlllas, rogal per n68I' "0
Exmo. Sr. D. Luis Javier Mufloz SJ,
Arce-
bispo da Guatemala, na oraQSo funebre pronunciada na Catedral de Havana, nao vacilou em assim se expressar:
'E
tao
luminosa a esteira de santidade
que
deixou ap6s si o grande cavaleiro cristao, que nao me parece aventuroso dizer-vos que bem podeis^ era vossas necessidades e perigos, e ^ vossos afas e dores. dirigir-vos a essa alma cu.1o poder ante Deus tem que corresponder a perfeigao crista que regulou todos os atos ^ sua vida. Prudentissimas
leis da Igreja nao permitem tributar a alguem homenagens de culto, antes que Ela, ap6s severo exame
e
provas
irrecusAveis, o autorize;
mas
nao
prolbe a piedade priyada que invoque a intercessao ^aqueles cuja vida nos oferece uma setmranga moral de que gozam da eterna recompensa'". (Pe.
EDUARD<5~
REgXtilloTJ, Un Marques Modelo. Sal
Terrae, Santander, pp. 23^-235 / Imprimaturt sephus, Episcopus Santanderiensis, l-5-l9bo;.
Jo-
88. Rezavam A falecida como se faz Junto aos tumulos dos Santos
De
uma biografia de AmAlia ErrAzuriz de Su-
bercaseaux (1860-1930),
piedosa senhora
chilena
morta em odor de santidade:
"Apenas ele
depuseram o caixSo na catedral, foi
imediatamente cercado por todos os que amavam
AmAlia. E, segundo a afirmagao dos
privilegiados
de sua amizade, sentirara. Junto aos seus despojos, uma paz tao sobrenatural, que, em vez de rezar por
ela, recomendavam-se
A sua in^rcessao, como se
costuma fazer Junto aos tumulos dos Santos. Beija— vam o seu caixao, e tocavam nele tergos e outros
objetos AmAlia
de piedade". (B. SUBERCASEAUX DE VALDES, ErrAzuriz de Subercaseaux. Editora
Vozes,
Fefropolis, 3a. ed., 195», p. 222 / Imprimatur: Por
noel Prei
Comissao Especial do Exmo. Revmo. Sr. Dora Ma-
Pedro da Cunha Cintra, Bispo de Desiderio Kalverkamp, OFM,
30-9-57).
Petr6polis, Petropolis,
88.
Secgao 1
89. Podemos recorrer a oracao dos que estao Junto de Deus, asalm como pedlr que nossos irmaos em Crlsto rezem per nos
Da J& cltada blografla do Padre EustSqulo (1890-19'13), da Congregagao doa Sagradoa Coraqoea, que morreu em odor de aantldade:
"Aaalm, a Congregaqao doa SS. Coraqoea, reconhecendo aa grandea vlrtudea de aeu rellgloao Pa dre EuatAqulo van Lleahout, e clente de que oa fiela, JA agora, reconhecem que a Interceaaao do Servo de Deua e valloaa Junto de Deua, aguardam o
dla
^em
que o proceaao aeja simpllflcado e
poaaa
aer conduzldo pelo proprio eplacopado braailelro.
"Maa aaber
para oa devotoa do Pe. Euatdqulo, e bom
que,
alem do teatemunho humano
durante
o
curao doa Proceaaoa dioceaanos, ^ preclao o TESTEMUNHO DE DEUS, a flm de que aeJa conflrmada por mllagrea do ceu a fama de aantldade de Padre Eua-
tSquio. E aabemoa: quem faz mllagrea e ao Deua. "A oraqao de aiSpllca e recoroendada por Crlsto no Evangelho. E ate meamo recomenda-se o pedldo de saude e de colsas temporals. E e verdade tambem
que podemos recorrer a oraqao das pessoas que jT estao
Junto de Deus7 da mesma manelra que podemos
pedlr
que
rezem
por
n6s. Por laso, podemos pedlr fayores de Deus
por
Intermedlo
Deus
os nossos Irmaos em Crlsto de Pe. EustAqulo". (Novena
Padre
ao
EustAqulo. Promoqaoda
Servo
Famllla-
^dltora, Belo Horlzonte, pp. 36-37 / Com aprovaqao ecleal&atlca).
Ull
9 EecunsQ §Qi iicyga
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cegitaslQ pclvada dg ladalnbag e ggtgpQQdg gcaggga em gua bgngg
90. Sao Francisco Xavier inseriu o nome do Padre Pabro na ladalnha dos Santos e Sao Francisco de Sales o
Invocava como se tlvesse sldo canonlzado
Do llvro Tudo por Jesus, do grande convertldo
Ingles do seculo passado. Padre Faber: "Escutal o que Orlandlnl conta do Padre Fabro, cu.jo nome Sao Francisco Xavier Inserla nas
Ladalnhas dos Santos, e ^ue Sao Francisco ^ Sales
Invocava como se tlvesse sIdo canonlzado**• \R* Pe• FREDERIC-WILLIAM FABER, Tout Pour Jesus, Ambrolse
Bray, Llbralrle-Edlteur, Paris, 3a. ed., 1862, p. 120).
91. Sao Jogo Berchmans Invoca. na ladalnha dos Santos,
alpoins da Companhla nao
canonlzados, e outros nem beatlflcados Oltlmos
momentos
de
Sao
Joao
Berchmans
(1599-1621), numa blografla sua: "As 10 horas, o enfermelro ofereceu ao doente
um pouco de caldo. — Berchmans tendo tornado algu-
90.
Secgao I
mas gotas dlsse: 'Basta, Irmao, e chegada a hora, nao de comer, nem de beber, mas de rezar*. — Pouco depols: 'Desejo qua recitals as oragoas da ra-
comandagao da alma, dlssa ao padre Van Doorne, o tempo podarS nos faltar. Comagaram Imadlatamante. Quando mas
nas ladalnhas dos Santos, chagaram aos no-
dos confassores, Joao padlu ao padre qua
pa-
rassa. a Invocassa com ale os Bam-avanturados Ignaclo da Loyola, Francisco Xavler, Lulz da Gonzaga, Estanlslau Kostka: os Vanaravals Padres Fran
cisco mao
da Borja,
coad.jutor
Jose Anchlata, ^ o. Vanar^val Ir
Affonso Rodrlguas". (Pa. L. J.
M.
GROS SJ, Vlda da S. Joao Barchmans, Duprat & Comp., Sao Paulo, 1912, p. 375 / Com llcenga da autorldada aclaslSstlca).
92. "SaJam tambem maus Intarcassoras, a mlnha Maa Isabel,
Irmaos parantas £ amlgos" Do ato da consagragao a Nossa Sanhora como escravo, de Prel Antonio de Sant'Anna Galvao, franclscano brasllelro, morto em odor de santldade (1739-1822): "Sejam tambem maus Intarcassoras o Arcanjo Sao Gabriel a o Anjo da mlnha guarda a todos os mals anJos da todos os coros angellcos; os Santos a bam-avanturados, prlnclpalmanta mau pal Sao Francisco, dlgo prlmelramanta os glorlosos Santos vossos pals a asposo, mau pal Sao Francisco, Santa
Aguada, o Santo do mau nome, Sao Pedro da Alcanta ra,
Santa. Gertrudes, mau pal Sao
Domlngos,
SSo
Tlago Apostolo, Sao Banadlto, o.s Hals Magos, Sao Jeronlmo, Santa Teresa, Sao Francisco de BorJa, & mlnha Maa Isabel. a IrmAos parantas a amlgos. se a
qua
todos
gozam da vossa vista (como o asparo
a
plamanta suponho), a a todos os mals qua a vossa vontada qua au paga am particular. Rogo a todos astes refarldos Santos qua oram a vds por mlm a me"
slrvam filial
da tastamunhas IrrafragAvals dasta mlnha antraga a ascravldao". (Frel ANTONIO DE
SANT'ANNA GALVAO. Escrltos Esplrltuals, SSo Paulo,
1980, p. 6).
i^utcSo j*4t^4'A^^yyt*i^
. ... .
.. . .
Fac-simile da C6dula de consagragfto do Servo de Deus Frei Antonio de Sant'Ana Galvdo a Nossa Senhora.
92.
Secgao I
93. Frelra de Llsleux compoe oracao a Irma Teresa, logo apos sua
morte, para Invoca-la cada dla
Depolmento (Cellna)
da Irma Genoveva de Santa
no Processo de Beatlflcagao e
Teresa
Canonlza-
gao de sua Irma, Santa Tereslnha do Menlno Jesus: "Apos a morte da Serva de Deus, a atltude das Irmas que Ihe tlnham sldo hostls se transformou em
veneragao. Nlnguem tlnha malor sofreguldao em guardar lembrangas e retratos dela do que a Irma Sao
Vicente de Paulo, essa frelra conversa que
tlnha felto sofrer
oraqao
a
Uma outra Irma compos uma
para InvocS-la todos os dlas". (Proces
de
Beatification e^ Canonisation de Salnte Therese de
1'Enfant-Jesus et de la Salnte-Face -- I^ Proc^ Apostollque, Tereslanum, Roma, 1976, temoln
Ge-
nevleve de Salnte-Therese OGD, pp. 323-324). 94. "Lembral-Vos, 6 poderosa Ralnhazlnha..
Oragao
c'omposta pela Nadre Isabel do Sagrado
Coragao (1883-191M, frelra do Carmelo de Llsleux, para
Invocar
Menlno
Jesus,
a entao Serva de Deus Tereslnha
virlos anos antes da
do
beatlflcagao
desta, ocorrlda em 1923:
"Lembral-vos, 6 espelho
-vos
da
poderosa Ralnhazlnha,
da mlserlcordlosa Vlrgem Maria,
doce
lembral-
revelagao que v6s mesma nos flzestes
de
que nlnguem Jamals vos supllca em vao e que nenhum daqueles que vos Invocam nao e Jamals abandonado por vos.
"Anlmada eu da malor conflanga, venho lembrar-vos de vossa promessa de passar vosso Ceu fazendo o bem sobre a terra, venho supllcar-vos de espalhar sobre mlm, e sobre todos aqueles para os quals eu Imploro a vossa protegao, uma abundante chuva de rosas, uma torrente de gragas celestes. "Apressal-vos em responder ao meu apelo, dlgnal-voa descer para Junto de mlm, abrasar-me com o dlvlno amor e ouvlr a mlnha humllde supllca. Asslm
seja". (Noylsslma Verba, Dernlers entretlens de Ste.
Therese de L'Enfant-Jesus, Office Central de
rrileux, 1926, pp. 222-223).
§§
£§261 ecQisssia g
DQVfiQii §Qi ifinyoa dg Dgya
95. Antes de sua beatlfIcagao, novenas a Toana de Franga, alcanqam v^rlas "curas Relates
de testemunhos da epoca, sobre o co-
mego do culto a Santa Joana de Franga (1161-1505), beatlflcada em 1712 e canonlzada em 1950: "No
ano
de 1507, um homem nobre, Pierre
de
Vaux, escudeiro, senhor na Corte, da par6qula de Saint-Aubin, a quatro leguas de Bourges, aqui veio e contou-nos colsas dignas de memoria: e que ele tinha uma filha corn cerca de doze anos, a qual
muitas
vezes cala repentinamente para trSs e, dez
vezes ao dia, os membros se Ihe tornavam enrijecidos e ficava privada dos sentldos; sem saber o que acontecia consigo, como aqueles que tern epilepsia;
a
doenga perdurou pelo espago de cinco anos... E,
nao sabendo mais o que fazer, o pal e a mSe fizeram um voto e promessa a Deus, a Virgem bem-aventurada Joana. de que ^ filha faria uma novena .lunto a seu tumulo; assim que o voto foi feito, a
filha e
nao
ficou sa caiu
e~curada
mais
e nao
e comegou ficou
a comer ....
doente
daquele
modo. ....
"Anne, filha de Jean Bartelot, (era) atormen-
tada
pela
doenga das escr6fulas
Ela
vai.
9^1.
Secgao I
pols, .junto ao tumulo de Joana de Franga, em Bourges, e, tendo comegado sua novena> veriflcou nao sentlp mals nenhuma dor, 'e nao aparecla mals ne-
nhum
tumor, nem Inflamagao na parte afetada, pelo
que ela deu gragas a Deus e a bem-aventurada Joana de Pranga'". (MARGUERITE D'ESCOLA, Jeanne de France, in "Ferveur", Paris, n. 7, 8-19^9, PP* ^2 a M). 96. Fazem uma novena ao Cura d'Ars, antes de beatlficado
£ obtem uma cura milagrosa
Declaragao de Leonldas Joly, no Process© OrdinSrlo de Beatificagao e Ganonlzagao de Sao Joao Vianney (1786-1859):
"— Nasci era 1848.
Adelaide
Saint-Claude, a ^8 de malo de tem quatro anos merios do que
eu.
Paz cinco anos que ambos estamos no orfanato dlrigldo pelas Irmas de Carldade, na paroquia de Sao JoSo de Liao.
"Todas as manhas era eu quem vestla a minha irmazinha. Um dia comegou a se queixar de dores no
brago
esquerdo. Em setembro de I86I a
professora
que visitava o nosso trabalho reparou que Adelaide
tinha que
o
brago esquerdo apolado sobre o Joelho
nao podia trabalhar. Charaou-a de menina
e
pre-
guigosa e nos nos pusemos a chorar. Entao levarara a menina ao Dr. Berne, primelro clrurgiao da Carl dade. Disse que Adelaide tinha um tumor branco, que estava aleijada para toda a vida, e que teria de usar um aparelho. Este nao fol necessSrlo; nos-
sas professoras quiseram experlmentar outra coiaa:* fizeram
uma novena ao Cura d'Ars £, como estives-
3em
seu poder uns sapatos velhos
em
que
tinham
pertencldo ao Santo, tiraram deles uma correia e_a puseram no braco de minha irmazinha.
"Passados sete dias, Adelaide me disse: 'Leo
nldas, meu brago ^S. nao me d6l'. E descobrindo-o vi
que
subi
podia move-lo com facilidade. Em
ao quarto de nossa professora para
seguida anunciar
tSo agradSvel nova. Repreendeu-me por have-lo felto sem licenga. No ultimo dia da novena, a IrmS tlrou a atadura do brago e o achou perfeitamente curado.
Mexia-o
em todos os sentidos e
tinha
o
Secgao I
mesmo
95.
aspecto que o outro, sem vestlgio de raqul-
tlsmo. 0 tumor tlnha desaparecldo completamente. 0 Dr. Berne flcou estupefato. Nao teve dlflculdade em exarar um certiflcado que fol remetldo ao blspo de Belley. Flzemos todos, multo alegres, uma nove-
na de agao de gragas e desde entao Invocamos mals freqiientemente o Cura d'Ars, que curou mlnha Irma-
zlnha".
zes,
(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vo-
Petropolls, 2a. ed., I960, p. Hlb / Imprima
tur; Luis Fllipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-6-1959).
97. "Concedei-nos (Senhor) ver logo nos altares a Vosso Servo Claudlo..."
Novena
para obter a Beatificajao do Servo de
Deus Don Cldudio Lopez Bru, Marques de (1853-1925):
Comlllas
"Pelo Sinai...
"Senhor meu Jesus Crlsto...
"Senhor
e
Deus meu, que entre
as
riquezas
guardastes a vosso servo GlSudio desapegado ao ponto de nao as conservar senao para o socorro dos pobres; e entre os neg6cios do mundo, fizestes de seu coragao o foco de Intensa carldade para conVosco, de ardente amor a Santa Igreja e de filial
reverencia
ao
Vosso VlgSrlo, o
Sumo
Pontlfice!
Concedei-nos, por seus meritos e intercessao, a graga de seguir suas pegadas e virtudes; e o favor que Vos pedimos para a Vossa gloria, honra de Vos so servo e proveito de nossas almas. Amem. "Peca-se a graca especial que se dese.ja conseguir por intercessao do Servo de Deus.
"Pai-Nosso, Ave-maria, Gloria.
"Onipotente e benignlssimo Senhor, que Vos alegrais que Vossos servldores sejam glorlficados ainda nesta terra, concedei-nos ver logo nos alta res o Vosso servo Cl&udio, para que, como em vida mereceu ser chamado o Marques humilde da caridade,
assim possamos invoc&-lo no c6u como generoso protetor
nhor
de seus devotos. Pelos meritos de Nosso Se
Jesus
Imaculada.
Cristo, e pela intercessao da
Virgem
Amem. — A.M.D.G." (Pe. EDUARDO F. RE-
GATILLO SJ, Un Marques Modelo. Sal Terrae, Santan-
96.
Secgao I
der, p. 210 / Imprimatur: Josephus, Episcopus Santanderiensls, 1-5-1950).
98. "Meu grande protetor, Padre EustHquio, por vossa poderosa
intercessao Junto a Deus, alcancai-me a graqa qua tanto almaJo..."
Novana ao Padra EustSquio (1890-1913)> morto am odor da santidada am Balo Horizontal
"Novana ao Padra EustSquio "Oragao preparatoria - para cada dia -
"Mau bora Jasus> au vos adoro a vos agradago o banaflcio racabldo da Pa crista.
"Eu vos supllco qua, maditando as-virtudas da vida crista a contamplando o axamplo do vosso Ser
vo fial Padra Eustaquio, au sinta am mim o dasajo da santificar-ma cada vaz mais. Quaro tornar-rae, como ala, um testamunho vivo do vosso Evangalho, am mau banaflcio proprio, para o bam do pr6ximo a para vossa maior gloria. Assim seja.
"Oragao para alcangar uma graga especial por intercessao da Padra EustAquio
"Bondoso Padra EustSquio. granda araigo a banfaitor das almas sofradoras, alcancai-ma por vossa
intercessao
Junto
a
Daus
a
graga
qua
tanto
almaJo...
"Eu promato, sa for atandido nasta suplica, vivar como bom cristao, razar a colaborar para qua, am brave, sajais baatificado a alavado ^ hon-
ra dos altaras, para a maior gloria da Santa IgraJa, no Brasil. Amem. "1- dia da novana
"Oragao
do dia. -- Alcancai-ma. padra EustA-
quiOt a graga da uma fa viva a ganarosa nos Misterios
da Daus, nas Vardadas ravaladas a na Bondada
a Providencia divina. Qua minha fa saja, como foi a vossa, inabalSval, principalmanta nas dificuldades a sofrimantos da vida.
Secgao I
97.
"2- dla da novena
"Oragao do dla. — Alcancal-me. bondoso padre Eustaquio, a graga de abandonar-me em tudo a Vontade divina, conflando na Sua infinita bondade. Pazei-me compreender melhor a necessldade da oragao confiante. "3- dla da novena
"Oragao do dla. — Meu grande protetor, padre EustSqulo. ajudal-me a por em prStlca o mandsimento do
amor, para que a mlnha alma flque sempre unlda
a Deus pela graga santlfIcante, e o amor de Deus Inspire todas as agoes da mlnha vlda cotldlana. "4^ dla da novena
"OragSo do dla. — Alcangal-me. bondoso padre EustSqulo. a grande graga de contemplar em meu proximo a Imagem de Jesus, para que, Insplrado pelo seu edlfIcante exemplo, eu pratlquq as obras de
carldade cristS em beneflclo daqueles que a dlvlna Provldencla puser em meu camlnho. "5* dla da novena
"Oragao
cessao.
do dla. —.Por vossa poderosa Inter-
padre Eustfiqulo. alcangal-me a vlrtude da
prudencla crlsta, pela qual eu procure fazer sem pre o que e reto aos olhos de Deus e o que e pro-
veltoso iqueles que vlvem em contato comlgo. "6- dla da novena
"Oragao
do dla. — Bom padre Eustfiqulo.
al-
cancal-me. por vosso exemplo e Intercessao. a gra ga de ser Justo e de vlver como bom crlstao. Que o meu amor proprlo nunca me faga cometer Injustlga a quem quer que seja. "7- dla da novena
"OragSo do dla. — Alcancal-me. generoso pa dre Eustfiqulo, por vossa Intercessao .junto a Deus, a fortaleza de alma, a coragero sobrenatural para enfrentar as dlflculdades da vlda e para carregar as cruzes com submlssSo & vontade de Deus e generosldade.
•A
com
"Quero sempre lembrar-me de vossas palavras: coroa que deve clnglr nossa fronte no Ceu, e
nas oflclnas da terra que ela e fabrlcada'.
g8.
Secgao I "8- dla da novena
"Ora^ao do dla. — Alcancal-me, padre EustaquiOj por V0330 example ^ Interceesao, a convicgao da nece33idade da pratica da temperanga.
"Ajudal-me di3ta.
em tudo a nao 3er egolata e como-
Qua eu aaiba compreender o valor da morti-
ficagao
e praticS-la com generoaidade a fim da me
sentlr
mala forte e corajoao na luta cotidiana da
vida.
"9- dla da novena
"Oragao do dla. — Meu grande benfeltor, pa dre Euatliqulo. Insplral-rae o voaao amor a Sagrada Eucarlstla, a qual voa allmentou todo o dla e voa
deu tanta forga e generoaldade em voaao apoatolado de carldade.
"Supllco-voa conceder-me um grande deaejo do PSo Eucarlatlco, que noa e oferecldo dlarlamente por Noaao Senhor durante o S. Sacrlflclo da Nlaaa.
Aaalm aeja". (Novena ao Servo de Deua Padre Euat^quloj PromogSo da PamTTla-Edltora, Belo Horlzonte, pp. 17 a 32 / Com aprovagao eclealSatlca).
X
"gggum fiSt dircualyum sul":
a dfiYQSIs niscente ao lecYQ de Beu§ lava a dlYulgag
1^1 vlda s sua gbca
99. Antes da beatlflcagao de seu Fundador, .lesultas pedem que se publlquem as cartas, feltos e dltos
de "nosso Santo Pa?re Inaclo" para console e edlflcacao dos Rellglosos
Da
introdugao a uma edlgao das Obras Comple-
tas de Santo Iniclo de Loyola (1191-1556): "Plnalmente, a CongregaQao Provincial de Cas-
tela
enviava, em
1581, esta petigao
ao
Geral,
ClSudio Aquaviva: "Teunbera deseja esta congregagao que se procu-
rem em todos os lugares as cartas, feltos e dltos
de
nosso
Padre In&clo, tanto os que se acham
Itfilla como na Espanha, e que escolhendo
na
o melhor
de tudo, se publlque para edlflcaqao e consolo dos Nossos.
"Louvamos
a devoqao da Congregagao para
com
nosso Padre InSclo — respondeu Aquaviva — mas no
que
dlz respelto ao que pede, estd
todos
a sua vlda com quanto havla de
em maos de comunlc&vel
sobre ele.
"Pega-se a Nosso Padre General — acrescenta-
va-se no
Memorial da Provlncla — um llvro do Pa
dre Luis Gonzalez, composto parte em espanhol e
100.
SecQao I
parte
em portugues, sobre os ditos, feltos e res-
postas
de Nosso Santo Padre InSclo, e quantos es-
crltos
possam achar-se semelhantes a este". (VIC-
TORIAND LARRARAGA SJ, grafla
de
Introducclon
a la Autoblo-
San Ignaclo de Loyola In Obras Gomple-
tas
de~?an""^nac1o de Loyola, BkTT^ TladFTdT^Iy^TT
Tomo
I, p. 36 / Imprimatur: Casimiro, Oblspo aux.
y vie. gen.). 100. 0 Papa Bento XV recomenda que se dlvulgue a vlda de uma Veneravel para que OS flels recorrsmi a ela com conflanga e com isso se apresse a sua canonlzagao
Da Introdugao a blografla da Madre Maria da Encarnagao (1599-1672), fundadora das Ursulinas de Quebec, recentemente beatificada:
"Dezoito
anos
mais
tarde (19 de
Julho
de
1911), o Santo Papa Pio X reconhecia'ofIcialmente a heroicidade das virtudes da grande e imortal Ursulina, Maria da Encarnagao.
"Alguns Ursulinas
anos depois, Bento XV fazia saber as
de Roma, por intermedio do Cardeal Gas-
parri, que 'seria vanta.loso propagar ^ vida da VenerSvel
Maria da Encarnagao sob uma forn^ popular
a fim de que os fieis recorram ^ ela com confianga, e assim obtenhara favores assinalados que
apressem sua Beatificagao'". (Chanolne J. L. BEAUMIER,
Bien
Marie Guyart de L'Incarnation, Editions
du
Public, Trois-HTvieres, 1959» P» 11 / Impri
matur;
Georgius Leo Pelletier, Episcopus
Triflu-
vianen, 30-^1-1959)• 101. Divulgar a vida de Maria da Encarnaqao para suscitar a estima, amor e confianga em relagao a esta alma muito santa e poderosa no Ceu Do nagao:
mesmo livro sobre a Beata Maria da Encar-
"Como
muitos,
sem duvida, eu 'descobri*^
um
dia a VenerSvel Maria da Encarnagao "Essa
grande figura, essa incomparfivel
mis-
Secgao I
101,
slonarla e apostola, que e Maria da Encarnaqao, para muitos de nos se assemelha aquele belo quadro esquecido, perdido sob a poeira do tempo .... Entretanto ela e uma obra-prima do Artista divino, o
Esplrito Santo!
"E preciso, portanto, descobri-la! .... "Nestes capltulos quisemos expor, de maneira muito simples, mas com amor, certos aspectos de uma vida esplendida, a qual nao falta atualidade. As
verdadeiras vidas de santos tem sempre atuali
dade. Quisemos por em evidencia o aspecto virtuoso desta
vida ardente, de maneira a suscitar estima,
amor e confianga em relagao a esta alma muito san-
ta
e poderosa no ceu". (Chanoine J. L.
Marie
Guyart
BEAUMIER,
de L'Incarnation, Editions du
Bien
Public, Trols-Rivieres, 1959, p. 12 / Imprimatur: Georglus Leo Pelletier, Episcopus Trifluvianen, 30-11-1959).
102. ^ devotos de Virginia Bracelli procuravam tornar sua vida mais conhecida,
apesar de nao est'ar beatificada De uma blografia da VenerSvel Virginia Genturione
Bracelli, fundadora das Pilhas de Nossa Se-
nhora do Monte Calvfirlo (1587-1651):
"Entretanto,
fama ^^ veneracao por Virgi
nia se difundiam; a ressuscitada (*) ganhava nome, e muitos admiradores e devotos se acolhlam em tor-
no dela. Havia intensa porfia para que reyivesse a 8ua
memorla, para que fosse eia mais conhecida
e_
mais bem seguidos os seus exemplos.
"Jfi
o Provincial dos Agostinianos havia des-
coberto
a Vida da Fundadora, escrita por Antero e
que
cento
hA
e vinte anos
Jazia
esquecida
na
Blblioteca de Sao Nicolau. Depois, a senhora Prancisca Boggloni, chela de zelo pela honra de Virgi nia, percorrendo a cidade H procura de descendentes dela, consegulu encontrar o ultimo herdelro de SciplSo Alberto, que era nada menos que um pedrei-
ro. Mas, este possula um tesouro que Ihe fora dado pelos seus antepassados: um maqo volumoso de papels, que guardava com todo o cuidado, e que agora cedia Aquela senhora. 0 referido volume era Justa-
102.
SecQao I
mente o 'Embrlao*. Do precloso manuscrlto se apro-
veltou de bom grado o .jesulta Padre Cesar Manzl, para compor uma modesta blografla de Virginia, Im
pressa~~einT8GTT "Melhor
alnda se ocupavam dela os
coragoes.
Admltla-se que o seu provldenclal reapareclmento servlsse a sua gloria, mas, Justamente se pretendla que tambem os outros fossem por ele beneflcla-
dos. Os devotos vlsltavam o_ sepulcro de Virginia, Invocavam _e, ela atendla ^ dlspensava favores: e logo as Fllhas, que entao conservavara culdadosamente tudo quanto era concernente a honra da Mae, afluiaro os documentos que relatavam os beneficlos extraordlnSrlos obtldos pela sua Intercessao.
"As
Intellgencias e os coragoes se
sucedlara
asslm em se ocupar de Virginia. "Monsenhor Caoio Cordlviola ^ o_ Industrloso D.
Joao
Batista FItzio empregaram anos em
reunir
passagens da vlda da serva de Deus e_ era narrd-las. Teclam-lhe eloglos: Antonio Baratta, Joao Semerla, Caetano Morronl. Gonsagravara-lhe a horaenagera de sua arte: D. Luis Grlllo, o Padre Sportono, o Cardeal Morlchlnl".
(•) A Serva de Deus fol chamada de "ressuscltada" porque o seu corpo, desaparecldo, fol encontrado
Incorrupto
um seculo e melo depols de
sua
raorte, quando sua flgura JS havla sldo esqueclda pelas proprlas frelras da Congregagao que fundara. (Mons. LUIGI TRAVERSO, Vlda e Apostolado ^ Serva de
Sao
Deus VIrglnla Centurlone Bracelll, Ave
Paulo,
331-332
la.
edlgao era portugues,
Maria,
1961,
pp.
/ Imprlma-se; Mons. Jose Augusto Blcalho,
VlgSrlo Geral, Belo Horlzonte, I6-8-I96O). 103. Para que o Marques de Comlllas se.ja elevado aos altares, preclso que OS flels conhegam as suas Inslgnes
vlrtudes e o Invoquem com a mals viva fe"
Do prologo do famoso canonlsta espanhol Regatlllo, ao llvro Urn, Marques modelo;
Pe.
"Nao duvldamos que o Papa hS de ter multo em-
penho
em subllmar H gloria dos altares tao exlmlo
Secgao I
103.
modelo do mundo moderno, corao personagem da Nobre-
za, do mundo dos ne^ocios, da famllla, da Agao So cial, da Agao Catolica, em uma palavra, como o exemplar acabado do cavalelro, do patrlota e do Crlstao.
"Mas
o Papa nao o porS nos altares, enquanto
o Servo de Deus nao operar verdadeiros milagres, reconhecidos como tais pela Santa Se; e para isso
e preciso que os fleis conhecam suas inslgnes virtudes e o invoquem com ^ mals viva fe, a fira de conseguir do ceu, por sua intercessao, toda especle de gragas e milagres verdadeiros, que sao o selo com que Deus referenda a santidade de seus Servos.
"E com esta flnalidade que se encamlnha este compendio da vida do Marques de Comillas". (Pe.
EDUARDO P. REG^LlO SJ, Un Marques M^lo, Sal
Terrae, Santander, pp. 5-6 T^mprimatur: Josephus, Episcopus Santanderiensis, 1-5-1950).
XI ss
Q 9US
§ g35l(ld§9§ i
§ XlS^udg s qIs q mUaggg,
99 93 C3I93 SZ|S§9S3l9i£^23 3§ Xl>33 eae^s^l93l
lOU. "Se o teatemunho dos mllagres fosse
necess^lo para llustrar a gloria dosLSantos, nao seriam
honrados na IgreTa de Deus muitos deles"
Dlz o famoso Jesulta do seculo XVI, Pe. Riba-
daneyra, disclpulo de Santo Inficio de Loyola: "Ate aqui contamos a vlda de nosso B. Padre InAcio; dela poderA tomar cada um a parte que raais Ihe convenha, para ImltA-la.
Por
que Deus nSo patenteou a santidade de
InAcio
com milagres?
"Mas quern duvida que haJa alguns que se admirem e espantero, e perguntero porque e que sendo estas coisas verdadeiras (como sem dAvida o s3o)i
ngo
fez milagres o, nosso
Padre. nem Deus
ouis
patentear a santidade deste seu servo com sinais e testereunho sobrenaturais. como o fez com muitos outros santos?
"A estes respondo eu com o Ap6stolo: quern conhece os segredos de DeUs? Ou a quern Deus fez do seu Conselho? Porque A sA Ele que faz as grandes
roaravilhas, virtude
ultrapassam
Ele
A
como
dlz David, pois A s6 com a
sua
Infinita que se podem fazer as coisas que
a forqa e a ordem da natureza; e como
que pode fazer isto, so Ele A que sabe
em
106.
Secgao I
que lugar e Intercessao
em que epoca, por que melo e por cuja se hao de fazer o3 milagres.
A santldade nao se mede pelos mllagre3» mas pela carldade
"Se bem que nem todos os santoa foram esclarecldos com milagres, nem os que fizeram mais mi
lagres
e_ malores que outros, sao por
Isso
mais
santos, porque ^ santldade de cada urn nao se ha de medir assim, nem tem por regra de avaliacao os mi
lagres. turado
mas ^ carldade;
como
diz
o
bem-aven-
Sao Gregorio por estas palavras: 'A verda-
deira prova da santldade nao e_ fazer milagres. mas e amar aos outros como ^ mesmos, ter verdadelro conheclmento de Deus, e melhor conceit© do proximo do que de si mesmo. Porque o Redentor nos enslnou com clareza, que a verdadeira ylrtude nao conslste
em
fazer
milagres.
mas em amar, quando
"TTlsto conhecerao todos se
dlsse:
que sols meus dlsclpulos,
vos amardes uns aos outros*. Pols que nao dls
se:
nlsto conhecerao que sols meus dlsclpulos, se
flzerdes milagres, mas
tros,
dS
slnal
de que alguem
nos
se vos amardes uns aos ou
claramente a entender que o
verdadelro
servo d^ Deus nao
conslste
milagres, mas so na carldade. E asslm o malor
argument©
e
o slnal mais certo de que
alguem
e
dlsclpulo do Senhor, e o dom do amor fraterno*. Ate aqul sao palavras de Sao Gregorio. Outro nao houve malor que Joao Batista, mas ele nao fez milagres
"E por Isso, pouco antes dlsse o mesmo santo, que
nos homens dever-se-la reverenclar a
humllde
carldade, e nSo as ©bras maravllhosas que se fazem nos milagres, e que ^ o testemunho dos milagres
fosse tos,
necesslrlo para llustrar ^ gloria dos
san-
nao serlam honrados. ho.je em dla. multos de
les, na Igreja de Deus. Pols vemoa que tendo dlto a
mesma
verdade (Nosso Senhor~Je^u8^rlsto)
que
entre os nascldos de mulher nao se havla levantado
outro malor que S5o Joao Batista, entretanto dlsse
dele
o Evangelists da mesma Verdade. que ele (Sao
Joao Batista) nao fez nenhum mllagre. Se fosse pelos milagres. grandes lumlnares da Igreja estarlam hoje esquecldos "E
outros
multos varoes santlsslmos que fo-
SecQao I
107.
ram luzelros e ornamento da Igreja catollca, e cu-
Ja vlda e doutrlna dS luz a todo o mundo, estarlam, hoje em dla, sepultados nas trevas do esquecimento, se nao tlvessem outre testemunho e res-
plendor para mostrar o que eram, senao o de seus mllagres. E pelo contrarlo, sabemos que no dla do Julzo muitos dirao: 'Senhor, Senhor, porventura nao profetizamos em Vosso nome, e em Vosso nome nao expulsamos os deroonlos, e flzemos multos^mila—
gres?' E entao o Senhor Ihes responderS; 'Nao sei quem
sols'. E
para que, porventura, nao pensemos
que Isso nao e asslm, apesar de eles o dlzerem, porque, como maus que sao, mentem e nao dlzero a verdade, o raesmo Senhor (como nota Santo Agostlnho) dlz por Sao Mateus: 'Levantar-se-ao falsos Crlstos, e falsos profetas, e farao tao grandes slnals e prodigies, que enganarlam com eles, se fosse posslvel, aos proprlos escolhldos'. Houve Implos que profetlzaram. e ate Judas fez mllagres
"E dlz Sao Jeronlmo sobre as palavras de
SSo
Mateus que alegamos:- '0 profetlzar e fazer mlla gres, e expulsar os deraonlos, algumas vezes nao se faz por merlto do que o opera, mas pela Invocagao do Nome de Jesus Crlsto, em nome de cuja vlrtude
se obra, concedendo-o o Senhor, ou para a^condena-
Qao dos que Invocam o seu santo Nome e nao vlvem gres; OS quals, alnda que tenhara em pouca conslbeih ou para provelto dos que vera ou ouvem os mlla
deragao os homens que fazem os mllagres, honram neles
a Deus Nosso Senhor, em cujo santo nome
se
fazem. E asslm vemos que Saul, Balaao e CalfSs, profetlzaram, nao sabendo o que dlzlam; e Farao e Nabucodonosor
foram
llumlnados, e entenderam
as
colsas que havlam de suceder no futuro; e nos Atos dos Apostolos OS fllhos de Sceva parece que expulsaram os demonlos dos corpos, e Judas, sendo Apos-
tolo, tendo finlmo de traldor, fez muitos mllagres como 03 demals apostolos'. Estas sao as palavras deste glorloso Doutor.
Nao se deve exlglr mllagres como prova de santldade
"E e doutrlna de Sao Paulo, que alguein pode ter o dom da profecla e de toda a clencla e conheclmento,
sem
carldade;
e
alnda
forqa
para
108.
SecQao I
transportar
manelra gres,
montanhas de um lugar para outro.
De
que nao ae deve exlglr a^ nlnguem os mlla-
como se deles dependesse necessarlamente
a
santldade. mas devemos, Isso sim, nlvelar e raedlr todo este assunto com a verdadelra regra da carldade.
^e mllagres flzeram em vlda Santo Ajgostlnho, Sao
Joao Crlso3tomo» S^to AtanSslo, Sao Gregorio Na~
zlanzeno e Sao Gregorlo de Nlc^a? "Forque>
alnda
que multas vezes Deus
Nosso
Senhor manlfeste com mllagres e sinais a santldade de
seus servos, Isto, como dlssemos, nao o e sem-
pre, nem necessirlo. Quals sao os mllagres que le-
mos ter felto Santo""ffgo3tlnho em sua ylda? Sao Crlsostomo? Santo AtanAslo? Os dols Gregorlos, Nazlanzeno
poucos.
e de Nlcela? Certamente nenhum ou
E
multo
nao e por Isso que nos atreverTamos
a
dlzer que fol malor santo que eles o outro Gi*eg6rlo, a quem, pelas maravllhas que fez, os gregos chamam taumaturgo, que quer dlzer o que faz mlla gres.
Nem todos os Santos fazem mllagres em vlda. porque
o Esplrlto"?anto concede esse dom a quem quer
"De onde Santo Agostlnho ao escrever ao clero, aos anclSos, e a todo o povo de Hlpona, enslnando-os que nlnguem pode esquadrlnhar a razSo pe ls qual Deus ordena que nuns lugares se faqaro ml lagres e noutro nSo, conclul com estas palavras: *Asslm como, segundo dlz o Apostolo, nem todos os santos tem o dom de curar doenqas, nem a graqa de dlscernlr os esplrltos, asslro tambem nao quls o Espirlto Santo, que dlstrlbul os seus dons a cada urn como quer, conceder mllagres a todas as mem6rlas dos Santos*. Isto e dlto nao para tlrar a
forqa aos mllagres, mas para que o prudente leltor entenda
que todo este assunto deve ser remetldo a
Deus, o qual dlstrlbul os seus dons a cada um como Ihe apraz**. (PEDRO DE RIBADENEYRA SI, "Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola. In
Hlstorlas de la Contrarreforma, BACT~Madrld, pp.
387 a 389 / Imprimatur; Caslmlro, Oblspo Aux.
.y Vic. Gen.).
Secgao I
109.
105. Sem fazer nenhum mllagre, Sao Joao Batista atrala as multidSes
Dom Chautard, o Abade de Sept-Pons, '^Joannes
verdade Sem
nao
escreve:
quldem siRnum fecit nullum (Joao na
fez milagre
algum — Jo., 10,
Al).
fazer nenhum milagre, Joao Batista atrala
as
multidoes. Bern fraca era a voz de sao Vianney para se fazer ouvida da multidSo que em volta dele se apinhava e, sem embargo, se o nao ouviam, viam-no,
viam uma custodia de Deus, e so essa vista subjugava e convertia os assistentes. Voltara de Ars tun advogado. Como Ihe perguntassem o que mais o tinha impressionado, respondeu: 'Vi Deus num homem'". (Dom J. B. CHAUTARD, A Alma de todo Apostolado, Editora ColegSo P.T.D., Sao Paulo, p. lib / Reimprimatur:
Vicente
Zioni.
B. Aux. —
V.
Geral.
52-8-1962). l-06. A santidade nao estS em fazer milagres, mas em levar a sua cruz
Comenta um biografo de Santa Rosa de Lima:
"Quantas mals
vezes ouvimos dizer: 'agora nSo
hH
santosl' Nao obstante, talvez os tenhamos ao
nosso lado. Essa mSe, essa irmS, essa filha, que carregam todo o peso de luna famllia, que sao o anJo da casa, que suportam em silencio penas e amarguras sem conta, levando sua abnegagao ate o he-
rolsmo Deus,
sem esperar nada de ninguem, a nao ser cujo amor as impele a tSo sublime
de
sacrifl-
cio; essas sao verdadeiraroente santas. Porque santidade nSp estA em fazer ndlagres, como ere
& o
comum dai pessoas, senSo em renunciar-se a s^ mesmo
e levar a Cruz, seguindo a Nosso Senhor
Jesus
gristo". (P. Pr. VIGTORINO OSENDE, Santa Rosa ^ Lima, Pluma Puente, Lima, 4a. ed., p. 31 / Con las debidas licencias). 107» Berchmans nao teve extases. tribulacoes extraordinArias, nem deu mostras de virtudes
excelsas, acusou o "Advogado do Diabo"
Da vida de Sao Joao Berchmans (1599-1621) pelo Pe. Ores, SJ:
110.
Secgao I
Ob.legao do "AdvoKado do Diabo" "— Pelo menos serd necessSrlo concordar,
prossegue que
o Promotor da fe ("advogado do diabo"),
a vida de J. Berchmans na religiao, nada teve
de herolco
Berchmans serS entao heroi; mas um heroi
nunca visto, isto e, um soldado que triunfou sem ter tido inimigos a combater: nenhuma tentagao,
nenhuma
perturbagao anuviou-lhe a serena existen-
cia. Joao Berchmans viveu ao lado do c^po da batalha, no qual entretanto Jamais pos pe. Sua afabilidade, sua meiguice, a propria beleza do seu rosto, grangearam-lhe o afeto de todos; ninguem o contradlsse, todos o amareun. — Assim fala o adversSrio.
Resposta do Defensor da Causa de Beatificagao e Canonizapao:
"— Se
o promotor da
fe falasse a serio,
a
Escritura Sagrada, todos os Doutores, os concllios da Igreja teriam ensinado o erro. Interrogo S. Joao Grisostomo: ;— Quanta energia, quantos esfor-
qos, diz ele, nSo emprega a alma inocente, para conservar—se
Bento
XIV
isento
de
numa put^eza semelhante a dos
escreve;
todo
— Um homem, passar
o pecado mortal, e de
Anjos..
a
vida tddbs os
atos, o mals heroTco; por isso e muifo Justo que admiremos os Santos, que guardaram a alma intacta no roeio das numerosas armadilhas de Satanfis e na enfermidade
da carne; e o numero desses homens
e
pequeno. — 0 venerfivel J. Berchmans, nao serS entSo heroi, ele que conservou ate ^ morte, sua alma isenta de todo o pecado venial?
a
"E de fe, o concllio de Trento o definiu, que concupiscencia permanece nos filhos de Adao de—
pois do batismo, e os incline para o pecado, que Deus a deixa em nos, a fim de que a ocasiao combate-la seja tambem ocasiao de triunfar. E fe, S. Pedro no-lo ensina, que o demonio gira roda
e de de i
de nSs como um leSo rugidor e procura inces-
santemente devorar-nos.
n5o
"JoSo viveu submetido lls mesmas leis. Se ele sentiu vivamente o aguilhao dos maus desejos,
o
raovimento das paixSes, e a gloria da sua fiel correspondencia d graqa, da sua escrupulosa vi-
giliincia que prevenia os ataques do inimigo. Ora,
Secgao I
111.
de todas as lutas, esta e a mals dlflcil, de todas as vltorlas a mals rara. Nao e exato que Berchmans
so
tlvesse amlgos; desde a Infancla amou os
Inlmlgos;
e
sabemos que sua carldade muito
seus
mals
que a formosura do seu semblante, atralu-lhe grande numero deles; e outro trlunfo da sua heroica virtude. Joao Berchmans foi portanto um herol mi-
litante: gragas a sua magnanlmldade, o mal, durante 20 anos, nao consegulu aproximar-se da sua al ma. E quando na hora da morte, permitlu Deus que o
inimigo dado
se chegasse a Berchmans, o intrepido sol-
teve
ainda forgas suficientes para
repelir
seus mals terrlveis assaltos
Prossegue o "Advogado do Diabo" "— Mas fol o venerAvel Berchmans. alguma vez
supreendido
era extase? Quera o_ vlu era arrebataraen-
to?
os dons maravllhosos
Dentre
qual
de
Estanislau.
se notou nele? Ora. ^ perfeita carldade' dos
santoB. obtem serapre essas recompenses.
Resposta do Defensor da Causa
Bento XIV, responderA por mlra: '0^ extase. nSo e prova de santldade. ^ por si nao santlflca; nao T mals que um dom gratulto; por Isso nas causas
de Beatlflcacao. ele nSo tem valor senao
de^-
pols de provada 8^ herolcldade das vlrtudes "0
adversfirlo estarA satlsfelto? — A beatl-
flcagao de JoSo Berchmans, acrescento, canonlzarA, nSo o Institute de S. InAclo JS multas vezes cano-
nlzado
pelos
S. Pontlflces, e pelo
conclllo
de
Trento, mas slm a vlda comum da Companhla de Je sus. Os_ .1oven3 rellglosos saberao que podem. sera procurer sacrlflclos exbraordlnArlos, IgualSr-se aos Santos mals Inocentes. e_ aos mals penltentes. pels que J. Berchmans Ihes aparecerA coroado, na
vereda
comum da Regra, com as glorias de Luis
de
Oonzaga e de Estanislau Kostka". (Pe. L.J.M. CROS SJ, Vlda de S. JoSo Berchmanns, Duprat & Comp.,
sso ran:o,"r9T2,"^ m, 395, 396, 397, 399, *»oi e 402 / Com llcenga da autorldade ecleslAstlca). 108. SSo Plo X: "Crelo na santldade que results unlcamefnte da prfitlca da virtude e da obaervfincla da regra"
Argumentando
a
favor
da
santldade
da
]^22,
SecQEO I
Mad re Maria da EncarnaQao, dlz seu biografo: "A 7 de novembro de 195^, Sua Santidade Pio XII beatificava Maria Assunta Palotta, Pranciscana
MissionSrla
de
Maria, faleclda era 1905, aos
27
anos de Idade.
"Em 1913, o Santo Papa^Plo X, dlzla a Superlora
Geral desta CongregagSo: *Quanto a inlra,
eu
crelo na santidade que reaulta unlcainente da pra— tlca da vlrtude e da observ&ncla da Regra. A san
tidade e uma via esplnhosa, raas simples* E precise Introduzlr a Causa e o raals cede posslvel**
"0 Papa Santo, que entendla de santidade, nao se enganava.
"Urn outro exemplo. Para fazer andar a Causa de beatlflcagao da pequena Bernadette Soublrous, o blspo de Nevers escrevla d Superiors Geral das IrmSs
da Carldade de Nevers: 'NSo e necessSrlo
que
ha.ja fatos extraordlnSrlos: e,^ prStlca ^ vlrtude que
e preclso p5r a luz*» E a Igreja honra
santa
Bernadette Soublrous.
"Els
tos.
vo
como devemos conslderar a vlda dos san-
santidade que ^ Igre.ja reconhece era urn Ser
ou ^ uma Serva de Deus. conslste na
herdlca
das
bfiAUMIER.
prAtlca
vlrtudes crlstas". (Chanolne_ J. L.
Marie Guyart de tTTTncarnation. Editions
du Blen Public, Trols-Rlvleres, 1959, p. 13 / prlraatur: Georglus Leo Pelletler, Eplscopus Trlfluvlanen, 30-^-1959)* 109* Nao perceberaos nele colsas extraordln&rlas, raas o conslderAvaraos Santo
Do Pe. Joao Batista Reus (1868-I9't7), Jesulta falecldo era odor de santidade, comenta uma blografla:
"Estou certo de que, se tlvesseraos ocasl3o de
Inqulrlr multos dos antlgos alunos do Pe. Reus, numero ponderSvel nos haverla de dlzer: *ConslderSrao-lo corao santo e, todos o dlzlara: raas colsas extraordlnArlas
nSo perceberaos *". (Pe. LEO KOHLER
SJ, Blografla complete P. Joao Baptists Reus, SJ, Llvrarla Selback & Cla.,~rorto Alegre, 1950, volu me II, p. 18^1 / Imprimatur: Mons. Andre Pedro Prank, Vlg. Ger., 25-M-1950).
Secgao II
Ja em vida, pela sua eminente virtude, OS santos atraem
as manifestagoes de veneragao e respeito dos fieis, mas freqiientemente as repelem
I
A Eeaaoa emlnents em xlntude deacfcta nag almaa bgaa
I ixel|i|s|Q5 "i ug ilSl§i"
110. Todos o proclamavam "Santo"
£ procuravam tocar-lhe como a um segundo Crlsto
Conta uma blografla de Santo Ant3o do Deserto (250-355), o fundador doa prlmelros conventoa e Pal do monaqulsmo:
"Ora,
de urn dla para o outro, ve-se
(Antao)
atlrado para a vlda publlca, ve-ae aaudado como meatre por uma multldao de todaa aa Idadea que procura -Ihe
gredo de
dar—Ihe £ receber £ oaculo da paz» tocar-
como a um aegundo Crlato. cortar-lhe em
ae-
um pe^aqo ^ tunica, que Ihe pede conaelhoa
ordem aacetlca, que o interroga aobre a Inter-
pretaqao de um texto de Paulo, que Ihe apreaenta doentea para conaolar ou curar. Mela diizia de pedraa que rolam, uma entrada que ae franquela, uma aolelra em que ae penetra, e e o triunfo. Todaa aa vozea o proclamam aanto. 'Bem-aventuradoa oa aeioa
que te amamentaram, feliz o_ homem que te gerou, feliz a. caaa em que aoltaate o teu primelro vagldol'
dlzem a aua volta. 'Meatre, aqul eatA o
filho,
pela...
meu
toca-o com aa tuaa mSoa, porque tem eriai-
Qual e para ti, Meatre, a vlrtude por ex-
celencia?... Parte comigo eate pao, Meatre, apeaar
de
eu
aer indigno... Meatre, olha-me...
Meatre,
MeatreI...' Chegaro conatantemente peaaoaa do vale. E a multldSo ruldoaamente alegre reconhece em An-
tao o aeu chefe e guia...". (HENRI QUEPPELEC, San-
to Antao do Deaerto, Editorial Aater, Liabo'a. pp. 9Ty-9rn
116.
SecQao II
111. "...e evldente que o tlnham Ja em vlda por Santo"
Da
Introdugao a vlda de Sao Bento (MSO-S'J?),
Patriarca do monaqulsmo Ocldental, escrita por Sao Gregorio Magno:
"Se no3 restringirmos aos Dialogos, a Vlda de
Sao Bento e uma cadela de milagres desde o princlpio ate o fim. Que fe temos que dar ao hlstoriador de
tantas maravllhas? Tomemos em ponsideraQao que
todos
esses
episodios emanam, no
essenclal,
do
clrculo
dos primelros disclpulos do Santo.
estavam
flrmemente persuadidos de que seu venerS-
vel
Pal,
poderoso
consclenclas,
em
obras,
tlnha
Estes
lido
tlnha profetlzado o future e
nas
tlnha
exercldo, por melo da ora^ao e do slnal da Cruz, um poder dlvlno sobre os elementos, sobre o demo— nlo
e ate sobre a morte. E evldente que o
tlnham
por Santo JS em vlda. E naturalmente esta convlcgao .resultava de fatos prodlglosos". (Rev. Pe. BRUNC) AVILA OSB, Introducclon a S^ GREGORIO MAGNO, Vlda de San Benlto, Editorial San Benlto, Bue
nos Aires, 3a. ed., 1956, p. 15 / Imprimatur; Ra mon Novoa, Pro-Vlcarlo General, 1^1-5-1956). 112. Como nao Ihe podlam dar alnda
o nome de Santo, chamaram-lhe o "VenerSvel" Do
Dom
conhecldo Missal Quotldlano e Vesperal de
Caspar Lefebvre na festa de Sao Beda, o Vene-
rSvel (27 de malo):
"Nascldo fol
em Yarrow na Inglaterra, (Sao Beda)
conflado desde a InfSncla a S. Bento Blscopo,
Abade
benedltlno de Wearmouth, ylndo mals tarde a
vestlr
mala
o
hUblto e a ser 'o mals observante
e
o
fellz dos monges*. Como se Ihe nao podia dar
alnda
nome de Santo, chamaram-lhe ^ 'Vener5vel',
titulo
que
nao
perdeu depols da
morte.
Delxou
grandes comentSrlos H Sagrada Escrltura, de que a S. Igreja se serve com freqiiencla para llgoes do Brevl5,rlo.
Emulo de Casslodoro e de S. Isldoro de
Sevllha, fol dos sAblos mala emlnentes do seu tem po. Leao XIII declarou-o Doutor da Igreja. Morreu a 25 de malo de 735". (Dom CASPAR LEFEBVRE, Missal Quotldlano
e Vesperal, Desclee de Brouwer & Cle.,
Bruges, I960, pp. 1329-1330 / Imprimatur: M. Keyzer, vie. gen., 15-2-1960).
De
Secgao II
117.
113. Sao Francisco de Assis considerava Prei Rufino "canonizado" e'm vida por Crlsto
Da vida de Sao Francisco (1181-1226), escrlta por TomSs de Celano, contemporaneo do Santo de As sis:
"Felo Ruflno
que,
fora da presenga dele, ele nao duvldarla
dlzer
na
que, ^ Francisco dlzla dele: que Frel
estava nesta vida canonizado por Crlsto; e
em
Sao Ruflno, embora ele alnda estlvesse vivo
terra". (JOHANNES JOERGENSEN, Sao Francisco de
Assls, Vozes, Petropolls, 1957, p. 359 / Com apro-
vaqao ecleslastlca). llM. Sao Caetano de Thlene, "verdadeiro servo de Deus, canonizado em vida pelo povo"
De
Sao Caetano de Thlene (lil80-15'J7), funda-
dor dos Teatlnos, conta uma blografla:
"0 altlsslmo grau de elevagao alcangado como se vlu ate agora por Sao Caetano de Thlene, reflete-se
exterlorraente no unSnlme consenso de
vozes
de quantos ^ conheceram ^^ conslderaram« alnda era sua vida. um santo.
"Els
alguns
traqos desta sua canonlzacao —
dlgaraos asslra — pela voz do povo. a qual deve ter comeqado h£ multo tempo, pols seu Processo recorda que, desde o seu perlodo unlversltSrlo (1501-1501) 'fol exemplar ao ponto de. .15 entao. ser chamado 'santo' por todos'. Neo-sacerdote, em Roma, Bartolomeo
Stella — que nao o havla encontrado
pessoalmente, de de
alnda
mas se basela no Julzo do confessor
Caetano, o agostlnlano Frel Gabriel — em data 2 de mar^o de 1517, chama-o 'verdadeiro Servo
de Deus'
"Para o perlodo napolltano (da vida de Sao Caetano), tem grande slgnlflcado a terna veneraqSo que
teve por Thlene um seu" convertldo, o
dense
ex-val-
Messer Ranlero Gualano. Santo Andre Avelll-
no, na sua carta ao Padre Santomango, nos refere o testemunho deste glorlflcador de Sao Caetano de Thlene: 'Mas o Senhor Ralnlero Gualandl, familiar
do
referldo
colsas
Padre (Sao Caetano),
dlzla
grandes
da sua prudencla, devogao e santa vida, de
118.
Secgao II
tal modo que o_ dlto Senhor tlnha ^ referldo Padre por 'santo' ^ fazla a oracao de Santo Confessor'". (FIERO
CHIMINELLI,
Tlpograflca
cenza,
San Gaetano Thlene, Soc.
An.
Pra Cattolici Vicentlni Edltrlce, VI-
IS'lS,
pp.
936, 937 e 938 / Imprimatur:
Pranciscus Snichelatto, Vic. gen.). 115. Sao Prancisco Xavier: "0 Padre Inaclo e um grande santo"
Conta
o conhecido historiador Jesulta
Padre
Ribadeneyra, contemporSneo e disclpulo de Santo InScio de Loyola (1^91-1556), numa vlda do Santo: "....
o Padre Prancisco Xavier, varao verda-
delramente apostollco e envlado por Deus ao mundo para lluralnar as trevas de tantos Inflels cegos, com a luz esclareclda do Evangelho, e tao conheci do e estlmado pelas obras maravllhosas e pelos ral-
lagres que Nosso Senhor operou por melo dele. Dizla pols aquele Japones charaado Bernardo, ao qual nos referlmos, que o_ Padre Prancisco falando de nosso Pal. costumava dlzer: 'Irmao Bernardo, o Pa
dre Inaclo e um grande santo'; e como tal ele mesmo o reverenciava". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola, In
Hlstorlas de la Contrarrefoma, BAG, Hadrld, 19^5>
p"!
313 / Imprimatur: Caslmlro, Oblspo Aux. y Vic.
Gen., 31-3-19'l5).
116. "Os ossos daquele corplnho hao de fazer mllagres" Conta
uma
vlda
de
Sao
Joao
da
Cruz
(15^12-1591):
"Alguns meses mals tarde, em 1580, Indo (San ta Teresa de Jesus) para a fundaQ3o de Vlllanueva de la Jara, se detem com suas frelras no convento dos Descalgos de La Roda. Recal a conversa sobre Prel Joao da Cruz. Os Rellglosos ponderam sua vlr-
tude e mostram 3 Madre Pundadora alguns papels escrltos por ele sobre colsas esplrltuals. t"adre Teresa comenta regozl.jada ^^ torn profetlco: 'Os ossod daquele corplnho hao ^ fazer mllagres'".
(CRISOGONO
DE
JESUS 0CD7~Vlda de San Juan de
la
Cruz, In Vlda ^ Obras de San Juan de la Cruz, BA(T7
Secgao II
119»
Madrid, 1964, p. l87 / Imprimatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964). 117. "Se soubessem o tesouro que tern em Catarina, andariam osculando o chao onde poe os pes" Da extraordlnSria vlrtude de Catarina de San
to
Alberto, disseum dia Sao Joao da Cruz as Car-
melitas de Beas:
"Se soubesseis, filhas, o_ tesouro que tern em Catarina de Santo Alberto, andariam osculando ^ terra onde poe os pes. Nao poderia crer, se nao tivesse tratado com ela, que em tempos tao calamitosos como OS presented, houvesse uma alma que tao verdadelramente servlsse a Deus, e vivesse tao unida a Ele". (CRISOGONO DE JESUS CCD, Vida' de
San
Juan de la Cruz, in Vida ^ Obras de San
Juan
de 2^ Cruz, Tlotas de Ma"tla3 del Nino JFsus CCD, HXC,
Madrid, 5a. eHT, 1964, p. IbO / "Imprimatur:
Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964).
118. SSo Roberto Belarmlno: deve-se crer que a Providencia mantem na Igre.la Santos confirmados em graca
Da vida de Sao Luis Gonzaga (1568-1591)»
es-
crita pelo Padre Cepari, da Companhia de Jesus contemporSneo do Santo: Cardeal
Bellarmino. discorrendo
urn
e
dia
sobre
as insl^es virtudes de S_. Luis. sendo este
ainda quais
vivo, e, era presenqa de multos, entre os estava eu, dizendo com razoes bero fundadas,
que se deve provavelmente crer que ^ Divina Provi dencia sempre mantem na Igreja militante alp^uns santos que sao em vida confirmados na graga, acrescentou estas formais palavras: por mim tenho
como
graga
e^ o^ nosso Luis de Gonzaga, porque sei o que
ae
certo. que um desses
confirmados
na
passa naquela alma'". (Pe. VIRGILIO CEPARI SJ,
Vida de S. Luis Gonzaga. da Companhia de Jesus. Officina P^igrafica Editrice, Roma, 191^ p. 37 / Com aprovagSo eclesiSstica).
120.
Secgao II
119. Papa Nlcolau V: "Nao e menos dlRno de canonlzacao Antonlno vivo, que Bernardino morto"
Le-se na mesma vida de Sao Luis Gonzaga, pelo Padre Cepari:
"lam por devoqao dlversos Padres ve-lo e^ ser-
vl-lo
(_a^ Sao Luis Gonzaga).' entre os quais
foram
OS mais asslduos o Padre Marcio Puccloli, Procura-
dor geral, e o Padre Jeronymp Platti, que morreu dois meses depois dele. Este, ao sair uma vez da cSmara de S. Luis, prorrompeu nestas palavras, endereqadas ao Padre Martlnho Martini, que o acompa-
nhava: 'Eu vos digo que Luis e_ urn Santo, Santo com toda certeza, tao santo, que se poderia canonizar ainda vivo*. Aludia as palavras do Papa Nicolau V, que na canonizaqao de S. Bernardino de Sena (1380-lM^t'l) disse de Santo Antonino. Arcebispo de
Plorenqa (1390-115977 que estava 'Creio
nino
vivo, que Bernardino mor^'
CEPARI de
viyo e presenter
que nao e menos digno de canonizaqao Anto
(Pe.
SJ, Vida de S. Lui'z Gonzaga, da
Jesus,
Officina Poligrafica
VlHGlbiO
Companhia
Editrice,
Roma,
T9^10, p. 3^2 / Com aprovaqao eclesiSstica). 120. Ele
era olhado
como urn "santo vivo"...
Da historia de Sao Josafi Kuncevicz, Arcebis po de Polotsk, roartirizado pelos cism&ticos por sua fidelidade a Roma (1580-1623): "Como monge da Ordem de SSo Basllio, o IrmSo Joao ou JosafS. como passou a chamar-se, tornou-
-se, ^ exemplo de Santo Afonso Rodrigues. uma especie
de orSculo de instrucao sagrada ^ de sAbios
conselhos. 0 povo aflula para consult&-lo, embora ainda nao fosse padre, e seu conselho trazia inva-
riavelmente
culdade.
No
a solucao correta da ddvida ou
seminario Jesulta da cidade
difi-
fundado
pelo Principe Jorge Radziwill, Cardeal-bispo de Crac6via, havia entSo urn erudito clerigo. Padre
Fabrlcio,
com quem o ii*mSo JosafS estudou para
8b.cerd6cio,
tendo
sido ordenado em
I609.
o
Entre
aquele perlodo e 1617, o bom padre exerceu a funqfio de Superior em vfirias casas da Ordem. Ele era
olhado como um 'santo vivo* e narram-se mila-
Secgao II
121.
gres para testemunhar sua santldade, como o referido exemplo da aparlgao do Menlno Jesus a ele durante
tas
a santa Mlssa. Durante esta epoca, os unla-
(catollcos
de rlto oriental unidos
a
Roma)
conslderavam o .1^ entao Abade Josafd como urn pllar
da verdade para reslstir aos ataques dos clsm^ticos ^ protestantes nesse genero de guerra espiritual".
(Rev.
ALBAN
BUTLER,
and
The
other
Lives
of
the
Fathers,
Martyrs
principal Saints,
Christian
classics, Westminster, vol. I, p. ^425).
121. Vinham pedir uma oragao a Veronica com tanta fe como teriam para com
um dos Santos mais ilustres da Igre.ja
De uma biografia de Santa Veronica (1660-1727): "Ao
Giuliani
roesmo tempo que se estabeleciam as bases
do processo de canonizagao, ^ devocao ^ Santa Veronica crescia todos os dias com a f'ama de sua santidade^ Dissemos que essa nomeada tinha. .15 era sua
vida,
atravessado as grades do mosteiro
das
Gapuchinhas. H5 muito~que se yinha pedir uma ora-
Qao de Veronica com & mesma fe que se teria para com um dos santos mais ilustres da Igre.la. 0 Grao-
^nUuque
da
Toscana, Cosme III,
recomendava-se
a
Santa, cada vez que tinha qiie realizar uma coisa importante, e Ihe enviava freqiientemente esmolas. A
nora de Cosme III, Violante da Baviera,
mesmo
do
Papa a permissao de entrar no
obteve
convento
para poder contemplar, com seus proprios olhos, os gloriosos estigmas de Veronica. Quantos grandes personagens teriam que.rido obter o mesmo favor que Ihes foi sempre negado. 0 renome da Santa tinha
penetrado ate na Alemanha, e o Imperador Carlos II fez-se recomendar a ela, com toda a famllia". (Ctesse. M. DE VILLERMONT, Sainte Veronique Giu liani, Librairie Generals Catholique — Maison
Saint-Roch, Paris-Couvin, Belgique, 1910, p. 186 / Imprimatur:
J.
M.
Miest.
vie.
gen..
Namurci,
1-3-1910). 122. Nos poucos meses que viveu em Roma,
chamaram-na comumente ^ "Santa" Da
famosa
Enciclopedia
Universal
ESPASA:
122.
Secgao II "PILIPPINI (Santa Lucia). Pundadora do Insti
tute
de Mestras Pias (Pllipinas). Nascida em Mon-
tefiascone
(Italia) no dia 13 de Janeiro de 1672.
.... Lucia foi chamada a Cidade Eterna por Clemen-
te
XI, e^ foi tanta ^ fama de santidade que deixou.
nos
poucos meses que viveu na capital dos
Papas,
que era chamada comumente Santa'". (Enciclopedia Universal Ilustrada Espasa-Calpe, Suplemento
anual~193^i Seccion Hagiografla — Filippini, San ta Lucia, p. 739).
123. "Eis al um santo, urn homem de quem se escrever^ a vidal"
De
de
uma biografia de Sao Luis Maria
Grignion
Montfort (1673-1716), o grande Apostolo da es-
cravidao marial:
"Entre
os
mais sollcitos Junto ao homera
de
Deus (Sao Luis Maria Grignion de Montfort) distinguia-se o curador da Regra da comunidade, Jacques le Vallois. Ele estava literalmente conquistado. 'Eis
—
um santo — dizia, falando do Padre Montfort
eis um homem do qual se escreverA a vida, como
a do padre Le Nobletz, que nos lemos presenteroente no refeitorlo'. A este entusiasmo, ele Juntava uma rara
pledade. 0 Padre Montfort dava-se conta dis-
so". (LOUIS LE CROM Monf., Saint Louis-Marie Grig nion de Montfort, Librairie Mariale, Pont-Chateau,
19'*2,
p"!
307 / Imprimatur:
Eduardus, Episcopus
Pictaviensis, 29-9-19''2).
124. Papa Glemente XIII: "Apos a morte de Mons. Ligorio teremos na Igreja mais um Santo"
Sobre
Santo
Afonso de Ligorio
(1696-1787),
conta uma biografia sua:
"Glemente XIII nao pode dissimular a admiragao
novo
que
Ihe causaram a ciencia e as virtudes
bispo e, depois que este se.despediu,
do
disse
aos cardeais que o rodeavam:
"— Haveis de ver que, apos ^ morte de Monsenhor
Ligorio,
(Pe.
JOSE MONTES GSSR, Afonso de Ligorio o
teremos na Igreja mais um
santo".
Gava-
Secgao II
123.
lelro de Deus, Edltora Vozes, Petropolls, 1962, p.
^ 7 Imprimatur: P. Jose Ribolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo).
125. Pessoas notdvels por suas poslgSes e por suas vlrtudes dlzlam que ela era uma santa
Da
blografla
(I769-I837),
-promotor
da
Beata
Anna
Maria
Talgl
por Mons. Carlo Salottl, entao
sub-
geral da fe, mals tarde Cardeal e
Pre-
felto da S. Congregagao dos Rltos: "Ela
qual
(Beata
era
Anna Maria Talgl) nao
Ignorava
^ reputaqao de santldade de que
gozava
Junto a homens notavels tanto por suas poslgoes como por suas vlrtudes. Os Cardeals Pedlclnl, Bar-
berlnl, Rlgnati, Cesarl, Crlstaldl, Pesch, apreclavam altamente suas vlrtudes; blspos e_ prelados, como Mons. Plervlsanl, Mons. Ercolanl, Mons. Baslllcl, Mons. Guerrlerl, Mons. Paolo Mastal, que havlam experlmentado suas luzes, a veneravam una-
nlmemente.
Beatos,
Vener^vels e^ Servos de
Deus.
que
morrerara em odor de santldade como (Sao) Gas-
par
da
BufiTlo; o Vener^lvel Strambl (Sao
Vicente
Marla"?trambl); o_ Vener5vel Bartolomeu Menochlo; o VenerSvel
lotl
Bernardo Maria Clausl; o Vener£vel Pal-
(Sao Vicente""Pallotl); a Venerdvel Elizabeth
Canorl-Mora; Prel Pellx de Monteflascone; Prel Petronlo de Bolonha, dlzlam ser ela santa, pols asslm a conslderavam; as damas de corte da Duquesa de
Lucca e tantos personagens da nobreza. como os
Patrlzl,
OS
Bandlnl,
os Caetanl, e
uma
grande
qu'antldade de sacerdotes ^ lelgos. admlrados de sua santldade, a enalteclam e^ dlvulgavam em todas as ocasloes. Pols bem, a nossa Santa dlante de tanta exaltagao, permaneceu sempre humllde e confusa; Jamals aconteceu que a estlma, da qual era cercada, excltasse seu amor proprlo e Ihe fosse
estlmulo
de vanglorla ou de ostentagao.
Cresclda
aos pes da Cruz, quanto mals era estlmada e exaltada, tanto mals repella as manlfestagoes de estl
ma
publics
e se humllhava no seu
nada". (Mons.
CARLO SALOTTI, ^ Beata Anna Maria Talgl, Madre dl Pamlglla,
Nllo",
Scuola Tlpograflca Italo-Orlentale
"S.
Grottaferrata, 1922, p. 358 / Imprimatur:
Pr. Albertus Lepldl OP, S.P.Ap. Maglster, Imprima tur: Can. Sylvius de Angells Vic. Gen. Dloec. Tusculanae).
Seccao II
Bem-aventurada Anna Maria Taigi
SecQao II
125.
126. Servldo a mesa por Blspos;
aclamado como "Santo" pelo clero e pelo povo
De
uma blografla de Sao Jose Benedlto Cotto-
lengo (1786-18^2): "Santo
o reputav^
tolengo) muitas
Sao Jose Benedlto Cot-
famlli'as de todas as classes so-
ciais, as quais Ihe pediam dignar-se abengoar-lhes oi
enfennos
e o Interrogavam sobre o
futuro
de
seus caros, centos de que Deus o lluminava freqiienteniente com o conheclmento do futuro. "E o primeiro a estiman Cottolengo era o ancebispo, mon^. Pransonl, que Ihe demonstrava a mais
subida
confianga e dele falava como
de
urn
santo. ....
"Semelhante
estima professsava para com Cot
tolengo Mons. Massi, bispo de Gubbio e nuncio apostolico na Casa Real de Sardenha, o qual, Indo uma
vez a Pequena Casa, o tratou com os sinais da
mais alta e profunda reverencla. "Todo
o clero fazia coro ao mesmo sentimento
de admiragao e veneraqao para com pessoa de Cot tolengo, J§. indo conferenciar com ele na Pequena
Casa,
de
acolhendo-o, quando os procurava na cida-
e provincia, JS tambem nos atestados as Irmas
enviadas as diversas casas, a servigo dos pobres.
"E
OS primeiros entre esses eram os
bispos,
alguns dos quais, como mons. D*Angennes, arcebispo de Vercelli, ^ mons. Bruno de Tournefort, bispo ^ Possano, faziam
o
serviam quase como copeiros d mesa
questao
de o terem como hospede nos
e
seus
paldcios.
"Os das
conegos
dioceses
intemerato,
cente
e os pdrocos de Turim e
do Piemonte o declaravam
muitos
sacerdote
chamando-lhe freqiientemente urn S_. Vi-
de Paulo redivivoT ou o novo S. ^ilipe Neri
de furim". (Mons. AQUILES GORRINO, Sao Jose BenedTto Cottolengo, Vozes, Petr6polis, 2a. ed., 1952,
pp. 352-353 /Com aprovagao eclesidstica). 127. Cardeal Lugon; "Se houve homem canonizado pela voz do povo, este e o nosso Cura"
Escreve
o conhecido hagiSgrafo C6nego Trochu
na sua vida de Sao Joao Vianney (1786-1859):
126.
Secgao II
voz,
"_A multldao anonlma. ^ grande testemunha cu.ja cotno se dlz» e a voz de Deus» nao se enganou
no seu Julzo sobre o Cura d^ra. 'Onde esta
San
to?' perguntavam os recetn-chegados.
0
nas
Santo!
Els o Santo que passa!•
bradavam
fTleiras de forasteiros quando aparecia o hu-
milde
sacerdote. E, dirigindo-se aos
depois
de
paroquianos
verem como o aclamavam desta
manelra,
alguns dlziam: 'Nao temos necessidade de outra ma-
ravilha para crer que o vosso Cura e urn santo' (P.
Toccanier,
Procesao
apostolico
ne
pereant,
p.
325). Na verdade, segundo palavraa de Mona. Lucon, antlgo blapo de Belley, depoia cardeal-arceblspo de Relma: 'se Jamais houve urn homem canonizado pe-
la voz do povo. este e o nosso Cura. A sentenca oa
Igreja nada mala far5 que conflrmar o^ Julzo do povo'
TCarta pastoral de 23 de outubro de
190^)'".
(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ara, Vozea, • Petropolls, 2a. ed., I960, p. 371 / Imprimatur: Lula Pllipe de Nadal, Blapo de Urugualana, 29-6-19590• 128, Plo IX: "0 Arceblspo Claret e De
ria
santo!"
urn llvro de escrltoa de Santo Antonio Ma
Claret (1807-1870), fundador doa MlaalonArloa
do CoraQao Imaculado de Maria: "Quando
estava
pr6xlma a data de Inlclar
o
Conclllo Vatlcano, Plo IX, converaando com o decano da Rota, Mona. Marclal Avlla, dlsae-lhe confldenclalmente: 'Agora vlrao oa Blspoa de tua nagao.
Que Blapoa, aobretudo Claret!... ^ um^ Santo! Nao o poderemoa
canonlzar, maa haverA quern o faga
mala
tarde'J
"0 Arceblspo Claret paaaou para a Hlstorla como o Santo do Conclllo Vatlcano". (San ANTONIO MARIA CLARET, Eacrltoa autoblogrAfIcoa y eaplrl-
tuales, BAC, Madrid, r959» pp. tur:
Blaalua
Budelaccl,
Ep.
/ Imprima Nlsaen.
Tuscull,
9-2-1959).
129. SSo Joao Boaco fol "canonizado" alnda em vlda pela oplnlao publlca
De
uma
blografla
de
Sao
Joao
Boaco
Secgao II
127.
(1815-1888): parecia
"'Sao
estar
as mesmas cenas de Ars, ^ me
alnda 15*. Como Sao
Joao
Batista
Vianney, Sao Joao Bosco foi canonizado ainda em vida pela oplnlao publlca. Em um seculo tao cheio de
vaos rebuscamentos e de odiosas revoltas,
duas
vezes, em favor de dols padres
por
encarregados
de missoes tao diferentes, mas Iguais em carldade,
Deus
permitiu o espetSculo de multidoes orantes e
pacientes,
mares de povo centralizando seu
fluxo
insistente sobre um so ponto, onde Crlsto parecia mostrar-se
a eles novamente, na transparencla
de
um Santo anlqullado nEle. A Idade Media nao guardou tudo para si". (PIERRE CRAS, La Fidele Hlstoire de Saint Jean Bosco, Editions Spes, Paris,
?99-300 / Imprimatur: Vic. gen., 17-6-1936).
Lud.
Audibert,
130. "Quantas vezes ia a capela agradecer por ser aluno de um santo..." Escreve
um
(1868-19^7),
seminarista
aluno do
Jesuita que morreu
Pe.
Reus
no Rio Grande do
Sul, em odor de santidade:
"0 que nos penetrava o cora^ao nas instruQoes religiosas eram as suas palavras cheias de ungao,
palavras coisas
que
tralam intima familiaridade com
ia ^ capela, para agradecer ^ graga de ser aiTm
as
de Deus. Quantas vezes, depois da aula, eu
aluno
santo... A Mae oe Deus e o Sagra3o Coracao de
Jesus
eram
seus temas favoritos".
(Pe.
CANDIDO
SANTINI SJ, 0 servo de Deus P. Joao Baptista Reus,
SJ, Editora MetropoTe, Porto Alegre, ba. ed., "1781, p. 28 / Com apt'ovagao eclesiAstica e dos superiores).
131. "Assim recolhido e mortificado so podia rezar um santo"
Depoimento
de D. Prei Henrique Golland Trin-
dade, falecido Arcebispo de Botucatu (SP), sobre o Padre Reus:
"Do
padre
inapagAvel,
Reus guardAvamos
desde
uma
recordagao
o nosso tempo de ginasiano
do
'Anchieta', quando o vimos a rezar o seu breviArio
128. na
SecQSO II
capellnha de Nossa Senhora; pensavamos que as-
slm,
recolhldo ^ tnortlflcado, so poderla rezar um
santo. Conhecemo-lo depols, e nossa opinlao nunca se alterou". (Pe. LEO KOHLER SJ, Blografla comple-
ta ^ Joao Baptlsta Reus, SJ, Llvrarla Selback & CTa., t'orto Alegre, 1950, Volume II, p. 368 / Imprimatur:
Mons.
Andre
Pedro Prank,
Vlg.
Ger.,
26-1-1950).
132. Santa Tereslnha a seu Pal;
"Imposslvel
ver algu¥m mais santo
que tu sobre a terra"
De uma carta de Santa Tereslnha do Menlno Je
sus (1873-1897) a seu Pal, o Sr. Martin: "Quando
naturalmente vel
ver
eu penso em tl, meu Palzlnho,
penso
no bom Deus, pols me parece Impossl
alguem mals santo que tu sobre a_ terra.
Sim, es cer^amente tao santo quanto o proprlo Sao Luis, e eu tenho a necessldade de te repetlr que te
£Lmo
como se tu nao soubesses dlsso alnda. Ohl
quanto sou ufana de ser a tua Ralnha... E eu espero bem roerecer sempre esse tltulo. Jesus, o Rel do Ceu, tomando-rae para SI, nao me arrebatou a meu santo Rel da terra.
"Oh, naol sempre, se meu Palzlnho querldo o qulser, e nao me conslderar Indlgna dlsso, eu serel 'a Ralnha do Papal' I Sim, eu permanecerel sem
pre tua 'ralnhazlnha', e eu procurarel te dar gl5rla tornando-me uma grande santa". HTRev. Pe. STEPHANE-JOSEPH Office
?TM OFM, Hlstolre d'une Pamllle,
Central de Llsleux, la. ed., pp. 301-305 /
Imprimatur: 30-7-19^5)
Prancols-Marle,
Eveque
de
Bayeux,
ii
h 3Si9
fiEgaensi ^9i §§5l9§
§^£§1 §9 &gaag§3> ggg gyacii gcecgas^ag ggleg*
S99XfiS9§5 999 Sl§3>
e§£i§9§S§S 4^919 3 §191> 9Sye3S 9 llig3£ 999s S3^1^g£3i>
99 3l96lS§9S9SS S99S§96li=l99&£:i
133. "QuSo eflcazea sSo a vlalta. a aaudacao.
as converaaa £ aa oracSea doa aantoa"
De uma compllaQSo da obra de Corn^llo a LSplde, fanoao exegeta Jeaulta do aeculo XVII: "Vantagena
de
tratar frequentemente com
Santoa ^ ^ eatar na companhla delea^ aanto com
com
oa
-- SerSi
oa Santoa, diz o Salmlata, e
Inocente
oa Inocentea: Cum aancto aanctua erla« et cum
vlru Innocente Innocena erla (XXVII, 26).
"A Bem-aventurada e Imaculada Vlrgem Maria, MSe de Deua, por obra do Eaplrito Santo, foi vialtar
aua
Batlata rlaa,
prlma Santa laabel, que trazla SSo
em aeu aelo, e entrando em caaa de
Joao
Zaca-
aaudou a laabel. Quando laabel ouvlu a aau-
dagSo de Maria, aucedeu, dlz o Evangelho, que aeu fllho aaltou de alegrla em aeu ventre, e . laabel flcou
chela
audlvlt
do Eaplrito Santo:
ractum eat
ut
aalutatlonem P^rlae Ellaabeth. exultavlt In utero elua. et repleta eat Splrltu
Sancto Ellaabeth (Lc• I, ^1). Aprendel com eate fato quao eflcazea aao a vlalta, a aaudacao, aa converaaa e aa oragoea doa Santoa.
130.
Secgao II "Estando as almas justas chelas de carldade e
abrasadas de amor. ao falar com elas ^ ve-las com freqiiencla. nosso coracao se abrasa ^^ Incllna Imedlatamente
socledade
ao amor de Deus. Sao Seraflns. e
dos
Seraflns nos•transforma
em
(Lib. XXI Moral., c. XV). "0 autor da Imltagao de Jesus Cristo, todas
a
Anjos
dlz:
as vezes que estive entre os homens do mun-
do, voltei menos homem: Quoties Inter homines•fui, minor homo redii. 0 contr4rio pode e deve dizer-se do
convlvio
e trato com os Santos". (Abate
BAR-
BIER, Tesoros de Cornelio A Lapide, Libreria Catolica de Gregorio Del Amo, Madrid, 3a. Ed., 1909, Torao Cuarto, pp. 42^-^25).
13^. Deus manifesta-se por meio de seus santos
so
das almas fervorosas
Diz D. Chautard (1858-1935), o douto e piedoAbade trapista, em seu celebre livro elogiado
pelos Papas Sao Pio X e Bento XV;
"0
fate de Deus ser oculto, Deus absconditus
(Is. ^15, 15), e urn dos obstficulos mais graves para a conversao das almas.
"Deus, porem, por efeito de sua bondade, de alguma sorte se manifests por meio de seus santos, ^ stte por meio de almas fervorosas. Assim e que o
sobrenaturaT
transpira aos olhos dos fieis vislumbram alguma coisa ^ misterio de Deus. "Que
e, pois, esta difusao do
que
sobrenatural?
Nao serS o brilho da santidade, o esplendor do in flux© divino chamado correntemente pela teologia graga
santificante? Ou melhor, nao ser5 talvez
o
resultado da presenga inefSvel das pessoas divinas naqueles que elas santificam?
"Outra nao era a expllcagao de S. Basilio: quando o Esplrlto Sarvto, diz ele, se une Ss almas que a sua graga purificou, e para espiritualizA-las ainda mais. Como o sol torna mais rutilante o
cristal que toca e penetra com o seu raio, assim o santificador torna mais luminosas as almad onde habita e estas, devido a tal presenga, tornam—se, por sua vez, outros tantos focos que difundem em torno delas a graga santificante (De Esplrito
Sp. Sancto, c. IX, n. 23).
SecQao II
131.
"Esta
todos
manlfestaqao do divine que se trala em
OS
gestos ^ ate no repouso do
Homem-Deus,
nos ^ vlslumbramos em certas almas dotadas de vlda Interior
mals Intensa. As conversoes maravllhosas
que operavam certos santos so com a fama de suas vlrtudes, as plelades de asplrantes a vlda perfel-
ta que lam pedlr-lhes a graga de segul-los, al estao clamando bem alto qual o segredo do seu sllencloso apostolado. Cora santo Antao, asslm se povoa-
vara
OS
essa
desertos do Orlente. S. Bento fez
surglr
InumerSvel falange de santos rellglosos
clvlllzarara
que
a Europa. S. Bernardo exerce Influen-
cla sem par, asslm na Igreja como sobre os rels e sobre os povos. S. Vicente Ferrer exclta, a sua
passagem, Iraensas
las.
entusiasmo
Indescrltlvel era
raultldoes
e, o que e mals, provoca a conversao
No
encalgo de santo Inaclo,
exerclto
ergue-se
de-
esse
de braves, urn dos quals, Xavler, per
si
so basta para regenerar uma quantldade- Incrlvel de pagaos. Soraente a Irradlagao do poder do proprlo Deusj atraves destes Instruraentos huraanos, pode
expllcar a razao desses prodigies.
"Que ramente
desgraga, quando nao hS. almas verdadel-
Interlores
entre as pessoas que estao
a
frente de obras Importantes! 0 sobrenatural parece
ecllpsado, o poder de Deus flea como encadeado. E entao, como os santos nos enslnam, que ura pals decline
e que a Provldencla parece abandonar
aos
maus todo o poder de fazer estragos. "As
de,
almas, compenetremo-nos bem desta verda-
as almas, como que Instlntlvamente, ^ sem lo-
grarem
claramente deflnlr o que sentem,
percebem
essa Irradlacao do sobrenatural". (Pom J. B. CHAU-
TARD, ^ Alma de todo Apostolado, Edltora
Colegao
P.T.D., Sao Paulo, pp. llb-117 / Relmprlmatur: Vi cente Zlonl, B. Aux. - V. Geral, 22-»-l9b2).
135* ^ presence de Deus no apostolo patentela-se as pessoas que o ouvem
Dom Chautard, Abade traplsta de Sept-Pons (Pranga), que vlveu alguns anos no Brasll: "Joannes
quldem slgnum fecit nullum (JoSo na
verdade nao fez mllagre algum — Jo., 10, 4l). Sem fazer
nenhum mllagre, Joao Batista atrala as mul-
132.
Secgao II
tldSes. Bern fraca era a voz de Sao Vlanney para se
-Tazer ouvlda da multldao qua em volta dele se apl-
nhava
e,
vlam
sem embargo, se o_ nao ouvlam,
vlam-no,
uma custodla de Deus, e so essa vista subJu-
gava ^ convertia os asslstenFes. Voltara de Ars um advogado. Como Ihe perguntassem o que mals o tlnha Impressionado, respondeu: 'Vi Deus num homem*. "Llcito nos seja resumir tudo por melo de uma
comparaQao
um tanto vulgar. E bem conheclda a se-
guinte experiencla de eletricidade: colocada^sobre um isolador, uma pessoa e posta em comunicagao com uma mfiquina eletrica. Seu corpo carrega-se de fluldo e mal alguem dela se aproxlma, logo se deflagra a falsca que faz estremecer aquele que se poe em contacto com tal pessoa. Assim acontece pa
ra o homem interior. Uma vez desapegado das criaturas, entre Jesus e ele logo se estabelece uma
comoQao nue.
incessante, uma
como que corrente conti
Tornando-se o apostolo um acumulador de vida
sobrenatural, condensa em si o fluldo divino que se diversifica e adapta as circunstfincias e a todas as exigencies do meio em que opera. Virtus de illo exibat et sanabat omnes (Sala dele uma virtu-
de que os curava a todos - Lc. XI,•19)« ^ suas palavras ^ atos tornam-se entao os efluvios dessa forge, Tatente sim, mas sumamente eficaz para"?er-
ribar
os obstdculos, alcangar conversoes ^ aumen-
tar o fervor.
"Quanto
mais as virtudes teologais existirem
num coragao, tanto mais esses efluvios hao de ajudar
a fazer nascer esses mesmas virtudes nas
al
mas.
"Por meio da vida interior o apostolo irradia
fe.
— ^ pres'enga de Deus
pessoas
Fe
todo AposFolado,
Paulo,
nele
patentela-se
as
que o ouvem". (Dom J. B. CHAUTARD, A Alma pT
Editora Colegao P.T.D.,
IIB / Reimprimatur: Vicente Zioni,
Sao B.
Aux. - Vig. Geral, 22-&-19b2).
136. Mesmo sem compreender suas palavras, a multidao se entusiasmava com Sao Bernardo
De uma biografia de Sao Bernardo (1090-1153): "0
Brisgau,
bispo de Constanga dirigia seu apelo.
Em
na Sulga alema, podia-se, parece, encon-
Secgao II trar
quo
133-
cruzados. Bernardo, no auge
do Inverno com
termlnava o ano de ll^lS, para IS acorreu. Ele
se
encontrou
dlante de multldSes que nao
sablam
nem ^ lingua romana, nem a llnp^ua latlna; ele falou, apesar de tudo,. e quando o Interprete comeca-
va a traduzfr, as murtldoes jS" havlam ^tendloo, domlnadas simultaneamente pelo gesto de Bernardo e
por seus rallagres, pela agao oratorla do monge e pela agao sobrenatural de Deus". (GEORGES GOYAU, Saint Bernard, E. Plammarion, Editeur, 19^8, p. 155).
137. "Entrel no quarto de Bernardo, como se me aproximasse do altar"
De uma biografia de Sao Bernardo: "Gullherme vlslta
de Saint-Thierry velo retrlbulr a
de Bernardo durante este retlro, e
passar
alguna dlas com ele, a flm de observar aeu modo de vlver prlvado e costumelro. Anotou em aeu dlSrlo tudo quanto vlra em Claraval; o quadro por ele deacrlto
e
tao almplea, comovedor e
edlflcante,
que dele faremoa aqul uma tradugao flel, abrevlan-
do-a
porera um tanto por recelo de dlmlnulr-lhe
o
intereaae:
*Fol por eaaa Spoca que comecei a freqiientar Claraval e a vlsltar o aanto
quando coloquel
OS pea neste real aposento, ^ conslderel £ aeu sTgnlflcado e quern nele a^ hoapedava, dou fe dlan
te de Deua. que ful tomato de tanta reverencla co-
mo
8£ rne aproximasse do aanto altar
pedlrla
Eu nada
de tao aerlamente quanto vlver aempre com
eate homem de Deua para aervl-lo Deua
d3o;
*Tal fol o eatado em que encontrel o servo de e tal era o aeu eatllo de vlda e a aua aoll-
entretanto,
nSo eatava ao: Deua eatava
com
ele. E ele gozava da companhla e da conaolagao dos aantoa anjos, como flcou evldente atravSa de al-
i)ala manifestos'". (M. L'Abbe RATISBONNE, The Life and Times of St. Bernard, P.J. Kenedy, Excelsior Catholic Publishing House, New York, 1895, pp.
79-80 e 81).
13^.
Secgao II
138. Levantavam-se a mela-nolte para
tomar
urn lugar na praqa
onde la prewar Sao Vicente F^rer Da vlda de Sao Vicente Ferrer (1350-1M19):
"Nos
dlaa em que (Sao Vicente Ferrer) pregou
em Tolosa, nao houve pregador que qulsesse pregar, a nao ser um, do qual adlante falaremos, porque todo mundo la atrSs de Sao Vicente; os proprlos
pregadores e Mestres davam-se por satlsfeltos de terem um lugar para ouvl-lo. E dlzlam que, depola dos
Apostolos.
Deua
havla
Mas
aquele era o malor
pregador
envlado a sua Igre.ja, segundo
que
crlam.
sendo tao grande o afluxo de pessoas que
nao
se podlam acomodar bera no claustro do convento, o Arceblspo pedlu ao Santo que fosse morar com ele
em
seu pallclo e pregasse na praga de Santo Este-
v2o, onde podia caber mals gente. Condescendeu o Santo com o Arceblspo, por ser de sua Ordem, e fol para o pal2clo; pregou quase todos os demals dlas e cantou Mlssa na referlda praga, 2 qual acudlam as pessoas com tao grande devocao, que se levanta-
vam ^ mela nolte com archotes. para conseptulr lu gar; e cada um trazla em que sentar-se. Porque, embora se dlga comumente que se Ihe ouvla de longe
como
de perto, e asslra o era de ordlnSrlo, todos
entretanto querlam estar perto dele, para ve-lo Sein e olhar a seu gosto como oflclava as cerlmo-
nlas da Mlssa, e como curava os doentes que vlnham ao palanque; e, flnalmente, para poder beljar-lhe as maos, logo que acabava o sermSo e voltar para casa tendo-lhe tomado a bengao"• (Fray VICENTE JUSTINIANO Blografla
ANTIST, Vlda de San Vicente Ferrer, In y Escrltos de San Vicente Ferrer,
BAG,
Madrid, 1956. P. 209 /"Tmprlmatur; Hyaclnthus, Ep. aux. y Vic. gen., Valentlae, 9-&-1956). 139. Mesmo quando se calava, o semblante de Santo"^n2clo Inflamava os presentes Comenta o Padre Rlbadeneyra, na vlda de Santo InAclo de Lpyola (1^91-1556); "Recordo-me de ter ouvldo pregar entao o nos-
30
Bem-aventurado Pal com tanta forga e com tanto
SecQao II
fervor
135.
de esplrlto, que parecla estar de tal
ma-
nelra abrasado pelo fogo da carldade, que langava umas como que chamas Incandescentes nos coragoes dos ouvlntes; a tal ponto que, mesmo quando se calava, parecla que seu seinblante Inflamava os pre-
sentea,
e
que
o brllho de todo o seu
rosTo
os
abrandava e derretla com o divino amor". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vida del Blenaventurado Padre San
Ignacio - de Loyola, in Hlstorlas de ^ Contrarre-
forma,"BAU7 Madrid, 19^5> P« Ibb 7~Imprimatur; Casimiro, Obispo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19^^5)• 1^10. Durante sua vida, quarto de
Sao Francisco Xavier £ venerado De Sao Francisco Xavier, Apostolo das Indias,
(1506-I552),
conta a conheclda historiadora
Dau-
rignac: "Ate
entao cedera a febre que minava a saude
de Xavier, e uma carta do seu querido mestre InScio, chamando-o a Roma pelos fins da Quaresma', o fez partlr de Bolonha quase furtivamente para evltar a explosao de dor que ele esperava se declarasse em toda a cidade com a noticia da sua partida•
»— Jamais,
disse
o cura
de
Santa
Lucia,
quando o Santo deixou o presbiterio, Jamais serl ocupado por outra pessoa £ quarto que foi habitado pelo sa'nto Padre Francisco xavier *. '— Enquanto nos vivermos,
ajuntava a sobri-
nha, ninpniem mais habitarfi esta c&mara abencoada!
£ n63. meu tio, iremos sempre orar all_'""I (J.M.S. DAURIGNAC, Sj^ Francisco Xavier, Apostolo das In dias,
Llvraria Apostolado da Imprensa, Porto, 5a.
ed., 1959, p. 80 / Pode imprim'ir-ee; Mons. Pereira Lopes,
Vig. ger., 20-5-1958).
1^1. Estando Santo InScio vivo_j^ SSo Francisco de Borja oscula o chSo
da casa onde "nasceu
Na sua vida de Sao Francisco de (I5IO-I572), escreve o Padre Ribadeneyra:
"Chegando
foi
BorJa
S Espanha, (S. Francisco de BorJa)
diretamente
Squela provlncia, e £ primeira
136.
Secgao II
colsa
que fez fol entrar na casa ^ Loyola e per-
funtar pelo lugar no gual havla nascldo o Padre
naclo; e bel.lando o chao, comecou a louvar ao Se-
nhor com grande afeto pela gra^a dada ao mundo naquele local, onde velo a luz tao flel servldor seu; e a supllcar-lhe que, posto que ele o havla feito filho de tal pal e disclpulo e soldado de tSo bom mestre e capitSo, o transforraasse num verdadeiro
imitador de suas virtudea". (PEDRO DE RI-
BADENEYRAf
Vida
del P. Franciaco de
Bor.la, in
Hiatoriaa de la Contrarreforma, BAG, Madrid, 19'>5» 6ti7 / Imprimatur: Caaimiro, Obiapo Aux. y Vic. Qen., 31-3-19^5).
1M2. S6 ^ vS-lo. voltavam com o espTrito abrasado e brando para com Deua
Conta
o
Padre
Ribadeneyra na vida
de
SSo
Franciaco de Borja (1510-1572): "Era tal a compostura de aeu roato (de Sao Francisco de Borja), a devogSo e o comedimento que resplandeciam nele, que alguns Padres graves da Companhia, quando se encontravam tibios e sem de-
vogSo,
lam onde estava esse Padre e, sem Ihe
fa-
lar, mas apenas vendo-o, voltavam compungidos e com o esplrito abrasado e brando para com Deua"T
rPlDRO DE RIBADENEYRA. Vida del Padre Francisco ^ Borja, in Historias de la Contrarreforma. BAG, Ma
drid, 19^5> p* d2b T^Imprimatur: Casimiro. Obispo Aux. y vie. gen. 31-3-19^5)• 143. Enchia-se de fervor so de ver e ouvir SSoToao da Cruz
Em uroa vida de SSo JoSo da Cruz (1542-1591)* iS-se a seguinte declaraqSo de uma freira carmelita:
"Somente com ^ fato de olhS-lo (a_ SSo JoSo ^ Cruz). esta
ou
ouvi-lo falar de Nosso Senhor.
embora
testemunha fosse rauito tibia e descuidada em
servir
adiante
a
Deus, dava-lhe fervor
para
prosseguir
no estado de religiosa que no tempo, dele
recebeu" (DeclaragSo da IrmS Agostinha de SSo Jo-
JSficgao II
137.
se). (CRISOGONO DE JESUS OGD, Vlda de San Juan de la
Cruz. In Vlda y Obras ^ San Juan de la
Cruz,
N^tai—de MatlaiTdel Nino Jesui~OCD, BAG, Madrid, art-.
iQfili. D. 234 / Imprimatur: Jose
Maria,
Ob. Aux. y Vic. Gen., ll-S^T^ElTy: 144. MultOS salam mals abrasados destas conversas, que da proprla oragao"
De um llvro do Padre Geparl SJ, contemporfineo de
Sao Luis Gonzaga (1568-1591)» sobre a vlda
do
Santo:
"E prlmelro fol (Sao Luis) mandado a Tlvoll, onde poucos dlas se deteve, mas foram o bastante para delxar^ na cldade geral concelto de santo; porque segundo o depolmento de v&rlas testemunhas, revelava
de
tal manelra no exterior a beleza
de
sua alma, que sS ^ por nele os olhos movla ^ devo— ^a^. ....
"Antes do slnal para entrar na escqla, costu-
mava (Sao Luis Gonzaga) Ir k Igreja vlsltar o Santlsslmo Sacramento, e o mesmo fazla ao tornar para
casa, tanto de manhS, como H tarde. No camlnho.reluzla
nele
singular modestla e
recolhlmento; a
ponto que multos estudantes de fora se punham no p^tlo do Coleglo para o ver passar, e flcavam multo
edlficados. Era particular, urn Padre estrangel-
ro", que no coleglo tlnha completado o curso de Teologla, atraldo por sua mod6stla, asslstlr 85 aulas so para ve-lo, e, durante as llcoes nao tlrava OS olhos dele. NSo deve Isto parecer maravllha,
^rque, como testemunhou o Padre Provincial de Veneza no processo felto pelo Patrlarca da mesma cl dade, em S. Luis verlflcavara-se as palavras de
Santo Ambrdslq sobre o verso do salmo: Qul tlment te, videbunt me, et laetabuntur: os que te temem,
o~ meu Deus, ver-me-ao camlnhar pelos teus mandamentos, e enpher-se-So de alegria. Dlz o Santo: *Colsa
preclo'sa 6 ver o homem .justo: porque o seu
aspecto a roalor parte ^as pessoas serve de aviso de emenda, e aos mals perfeltos causa alegria*. Tals eram Justamente os efeltos produzldos pela vista do bendlto Jovem nas pessoas que o olhavam, de modo que tarobem se verlflcava nele o que o mes
mo Santo acrescenta: '0^ aspecto do homem Justo cu-
ra, e os mesmos lampejos de seus olhos parecem In-
138.
Secgao II
fundlr
uma certa vlrtude naqueles que com fIdell-
dade desejam ver'. Isto acontecla porque seu ex terior era tao bem composto, que movia a devogao e compungao quantos o viam. Ainda mais; fazia ficarem suspenses os que com ele tratavam; nao so se-
culares^ e mas
ate
pareclam
Jovens Religlosos, seus
companhelros,
Padres gravlsslmos. que em sua
presenga
recolher-se. e_ nao eram capazes de fazer
ou dizer a menor leviandade a sua vista. ....
"Nao e pols de admirar que a porfia o procurassem na recreagao, a flm de ouv£-lo dlscorrer altamente de Deus, das coisas do Ceu e da perfelgao; e sei por ditos de outros e por experiencla proprla, que muitos salam mals abrasados destas conversas. que da pr5pria oracao". (Pe. VIRGILIO
CEPARI SJ, Vlda de S. Lulz Gonzaga, da Companhla de Jesus. Offlcina Poligrafica Edltrice, Roma,
T5^10,
pp. 215, 226, 227 e 312 / Com
aprovagao
eclesldstica).
1^5. ^^ ver Sao Luis Gonzaga uma alma se abrasava de fervor
De outra (1568-1591):
biografia
de
Sao
Luis
Gonzaga
"De resto, ela (a Princesa Maura Lucenia Parnese, Abadessa de Santo Alexandre, em Parma) sem-
pre o havla venerado (a Sao Luis Gonzaga), desde 0 dla em que, em Mantua, ainda crianga, ela ouvira a
Condessa
de Martinenga, Laura Gonzaga, dlzer-lhe,
mostrando-lhe
o Jovem Luis, entao com treze anos:
'Este menlno, apesar de sua pouca idade, leva entretanto uma vida multo santa'. E a Jovem Princesa cessava de ter os olhos postos nele, sentindo•-3e» ^ sua vista, abrasada de fervor
"Enfim, a Infanta Margarida da Austria, irma do proprlo Imperador, freira Clarissa no Real Mos-
teiro de Madrid, repetia ainda o que JA havia dito ao Principe Francisco de Gonzaga, irmSo do Bem-aventurado, que quando sua.mae, a Imperatriz,
veio A Espanha, nao somente Sua Majestade, mas to^ sua Corte olhava Luis como um pequeno santo". Tre* CHARLES CLAIR ST^ vie de oaint Louis ^de Gonzague. Librairie de Pirmin-Didot et Cie., Parls, 1891, pp. 279-280).
Secgao II
139.
1116. Passar utna recreaQao com Sao
Luis Gonzaga Insplrava mals ardor para o bem do que a medltagao da manha
de
Sobre Sao Luis Gonzaga, le-se numa blografia Sao Joao Berchmans, de quern o primeiro fol mo-
delo na virtude:
"Exlste
alnda, no colegio Romano, e na
casa
Professa grande numero de Padres, que conheceram o Bem-aventurado
Luis
e que viveram
famlliarmente
com ele; entre outros, o Revmo. P. Muzio Vitteleschi, e o P. Cepari, que escreveu sua vlda e apressou sua beatificagao. Urn ^ outro confirm am que uma
recreaqao
passada
com
o^ Bem-aventurado
Luis,
inspirava-lhes malor ardor para o Bem do que ^ me-
dltaqao S.
da manha". (Pe. L.J.M. CllOSS SJ, Vlda de
Joao
T912,
Berchmans,
pp.
220-221
Duprat & Comp.,
/ Com licenga
da
Sao
Paulo,
autoridade
ecleslSstica).
1117. A grande atraqao dos exerclclos piedosos era a propria pessoa de Sao Vicente de Paulo Da
pop
vlda de Sao Vicente de Paulo (I58I-I66O),
Mons. Louis Bougaud, VlgSrlo geral de Orleans
e depols Blspo de Laval: "0 grande atratlvo desses exerclclos era
a
proprl^ pessoa de Sao Vicente de Paulo. Desconhecldo
ate entao, ele aparecla com um esplendor
pledade,
de humlldade, de amor de Deus, de
eloqiiencla,
que
de
santa
entuslasmava. As pessoas nao
se
cansavam de ve-lo dlzer dlarlcunente a Santa Nlssa.
Que
fe ardente! que recolhlmento! que unlao terna
e profunda com a vltlma adorSvel! que transflguragao de seu rosto e de todo o seu ser depols da
santa
comunhao!
Isso
JS valla por
um
sermao".
(Monselgneur BOUGAUD, Hlstolre de Saint Vincent de Paul, Llbralrle Vve. Ch. PoussTelgue, Paris, ^Ja. ed., tome premier, p. 157). II8. "Se alguem fala, que suas palavras sejam como de Deus" Da mesma vlda de Sao Vicente de Paulo, por Monsenhor Bougaud:
1^0.
SecQao II
"Nos nos assoclamos, escrevia Bossuet, a esta Companhla de pledosos ecleslasticos que se reunlam semanalmente para tratar era conjunto das colsas de Deus. Vicente (Sao Vicente de Paulo) era seu autor
e
sua alma. Quando> avldos, escutSvamos sua pala-
vra,
nao
havla seqiier urn que nao sentlsse
reallzaqao
al
a
da palavra do Apostolo: 'Se alguera fa-
la, que sua palavra seja corao de Deus'". (Monselgneur BOUGAUD, Hlsfolre de Saint Vincent de Llbralrle Vve. Ch. Pousslelgue, Paris,
Paul. ed.,
Torae Premier, p. 167). IM9. A simples vista de Sao Joao Berchmans excltava dese.los efIcazes de santlflcaqao
Da vlda de Sao Joao Berchmans (1599-1621), da autorla de um Sacerdote da Companhla.^e Jesus, qual pertenceu o Santo:
"Dele
Frlzno,
(Sao Joao Berchmans) escreveu o
a
padre
que liao era desses devotos selvagens, -que
Imaglnam que para o homero ser virtuoso, deve mostrar-se trlstonho, fazendo asslra, em vez de bene-
flclo,
grande
mal a vlrtude, pelo modo fispero
e
desagradlvel por que a pratlcam. No nosso santo novlqo,
a devogao mostrava-se tao af£vel,
aroena,
fficll e graclosa, que ^ ^ olhar para ele JA
se
adorava a pledade ^ s£ flcava Incllnado ^ pratlcS^ ••••
Todos o querlam como companhelro, quando devlam salr
"Quando
(a
eu sollcltava a permlssSo de levA-lo
Sao JoSo Berchmans) comlgo A cldade dlzla-me o
Reltor: Ide com ease anJo de Deus. Nas ruas os transeuntes voltavam-se, ou paravara para admlrar a sua modestla. Aqueles dos nossos padres que melhor
o conheclam tlnham-no na conta de grande. servo de Deus; outros nSo podlaro delxar de estlmA-lo como a um rellgloso completo; todos o desejavaro e o pedlam para companhelro, quando devlam salr, e alegravam-se vlvamente de o ter obtldo "Para multos s6
vista de Berchmans excltava
desejos eflcazes de santlflca^o, como eles mesmos o confessaram
Secgao II
1^11.
&
Sao Joao Berchmans.Pintura que se conserva no Convento das Beneditinas de Via di Tor de Specchi, em Roma.
1^2. Se
Secgao II
Deus tlvesse envlado urn an.jo,
esse an.lo serla Berchmans
"Desse modo, Joao Berchmans realizou perfeltamente, na sua pessoa, o tlpo do Jovem companhelro de Jesus Crlsto tal como S. InSclo o concebera; e de boamente concordaremos com a segulnte conclusao dum condlsclpulo de Berchmans, Jeronymo Albergottl: 'Se Deus tlvesse mandado do ceu ao colegio Romano, urn anjo para mostrar-lhe o verdadeiro modelo do escolAstico da Companhia de Jesus, esse anjo
ao meu parecer, nao poderia ser outro
senao
Joao Berchmans'
Muitos vlnham ao Colegio so para ve-lo
"Depols
de ter por largo tempo gozado do, es-
pet^culo da modestla do Jovem rellgloso, o gentll-homem dlrlglndo-se ao P. Octavlo Falconl: 'Meu padre, dlsse mostrando Berchmans, aquele e evldentemente um anJo'. Nas ruas, os transeuntes paravam para
contemplar Berchmans, multos vlnham ao cole
gio
unlcamente
para ve^o quando passava para
"Francisco
Surdlo
a
aula
Berchmans
que velo a ser colega
de
conta suas Impressoes do segulnte modo:
'Antes de Ir para as aulas, os fllosofos, e os teologos do colegio Romano reunem-se e param numa galerla perto da porta da casa. Fol 15 que eu vl pela prlmelra vez o Irmao Berchmans. Flquel tao maravllhado com a sua modesta clrcunspecgao que
desde entao, nas freqiientes vlsltas que fazla ao P. Reltor, aguardava a hora da reunlao, para ter o prazer
de
conslderar aquele cuja vista tanto
me
havla encantado' So a vista do seu semblante Insplrava amor a castldade
"A
modestla de Joao teve como recompensa v5—
rlos prlvlleglos: o prlmelro fol que so a vista do seu
semblante,
resto rezava
Insplrava o amor a castldade:
pedla essa graga a S^. Vlrgem, e para cada
dla, em honra da sua vlrglndade
de
Isso sem
nScula, uma coroa de doze Ave Marias (A resolugao 3e Berchmans est5 formulada num dos seus cadernos, 3o segulnte modo: Beata Virgo Impuras allorum co— Sltatlones suo aspectu pellebat; pete et tu, ut
Secgao II
I'lS*
tua conversatlone castitatls amorem Ingeneres allls)*
In
"Eu tlnha vergonha de mlm mesmo, quando o avlstava"
"Multas pessoas de fora, depols de ve-lo uma vez, pedlsun para serem recoraendadas as suas oraQoes. For toda a parte, encontrain-se nos testemunhos dos seus Irmaos, palavras como estas:
nha seu
tl-
vergonha de mlm mesmo, quando £ avlstava; o aspecto acendla no meu coragao o desejo da
perfelgao; Imedlatamente vla-me obrlgado a ordenar o meu exterior*.
"Anclaos e padres atestam o Imperlo que exercla
sobre eles a modestla de Berchmans. 'Sua pre-
senga, dlz o P. Blsdomlnl, tornava como que Impos-
slvel ^ menor Imperfelgao aos que se achavam
na
sua companhla
"Experlment^vamos a Impressao do respelto que terla produzldo a vista de urn an.lo,
ou a presenga de um tabernlLculo..
"0 venerSvel rellgloso (Pe. Blsdomlnl) prossegue: '0 Pe. Diego Slcco, entao revlsor de 11vros, depols blspo, dlzla de Berchmans uma colsa
que
eu tambem posso aflrmar. Nao podlamos chegar-
-nos a ele sem sermos constrangldos a regularlzar o nosso exterior e elevar nossos coragoes para
Deus. Ao mesmo tempo experlment^lvamos ^ Impressao do respelto que terla produzldo ylsta de um anJo, ou a^ presenga de um tabern^curo^ resldehcTa ^ual e preferIda" 3e Deus. Enflm, ao respelto, Juntava-se na alma um vivo sentlmento de alegrla sobrenatural, que dlsslpava toda a trlsteza'
Na companhla de JoSo, adqulrla malores auxlllos para atlnglr a vlrtude do que pela medltagao
'*Escreve Edlslas Berca: 'Cada vez que Deus fez-me a graga de achar-me rm companhla de Joao, adqulrl
auxlllos
mals poderosos para
atlnglr
&
lljll,
SecQEO II
vlrtude, do que os alcancados pela medltacao
por
outros exerclclos esplrltuals.
'Nem
Una
so vez me entretlve com
ele,
sem
sentlr grande confusao da mlnha negllgencla, sem conceber um verdadelro desejo de servlr a Deus.
Sua agao alnda estendla-se a outros; multas vezes ouvl conversagoes Indlferentes mesmo de padres graves, transformarem-se em entretenlmentos sobre a Bem-aventurada Vlrgem ou sobre os santos. A unl— ca razao dessa mudanga maravllhosa era a chegada de Berchmans. Infellz de mlm pecador que nao abrl OS olhos aquele esplendor de santldade, e o coragao Hquela chama ardente' Todos sentlaro que o proprlo Deus falava por sua boca
"Alguns conslgnaram nos aeus testemunhos es-
crltos, aqueles
derradelros avisos^de Sao Joao,
fazendo observar que o santo urn
raorlbuhdo falava com
tom de Irreslstlvel autorldade. Todos
estupefatos
estavara
da majestade sobre-humana da sua voz;
todos sentlam que o proprlo De\^ falava pela sua boca". (Fe, L. J7~MT CHOS SJ. Vlda de S. Joao Ber-
chmans, Diiprat & Comp., Sao Paulo,~T9T7, p. 106,
121, ll»l, 179, 2ll9. 250, 252, 253, 254, 314, e 363 / Com licenga da autorldade ecleslSstlca). 150. Passavam a nolte em vlgllla, no
desejo
de cumprlmentar e acompanhar
Sao Luis Grlgnlon de Montfort
De Sao Luis Maria Grlgnlon (1673-1716), conta uma blografla sua:
"Os camponeses abandonavam suas ocupagoes, os cavalhelros desclam de suas montarlas, prostrando-
-se a seus pes (de Sao Luis Maria Grlgnlon de Montfort) e pedlndo-lhe a bengSo; outros, enflm, vlglando
onde
grande parte da nolte na solelra da casa
repousava
o_ santo. esperavam saud5^1o
pela
manha, acompanhando-o apos por um grande trecho da
estrada". (J. M. TEXIER, Sao Luis Maria Grlgnlon de Montfort, Vozes, Petropolls, 194b, p. 193 / Com aprovagao ecleslAstlca).
Secgao II
1^5«
151. Convertlam-se so de ver pregar Sao Vicente Maria Strambl
Conta um llvro sobre Sao Vicente Maria Stram
bl (17'15-1824), Bispo de Macerata e Tolentino:
"As
igrejas sao pequenas demais para
conter
seus ouvintes (de Sao Vicente Strambl). Ele prega nas praqas publicas. Aqueles que nao o ouvem por estarem muito longe de seu pulpito improvisado, convertem—se somente por ve—lo1" (MARIA WINOWSKA, C'Est
I'Heure des Saints, Imprimerie Maison de la
Bonne
Presse, Paris, 1952, p. 9 / Imprimatur; Pe-
trus Brot, V.G., Paris).
152. Sao Clemente Hofbauer atrala todos a sj^, especialmente os .1 ovens, que nao o queriam deixar nunca De
uma
vlda de Sao Clemente Maria
Hofbauer
(1751-1820): "Com
toda a razao comparavara Sao Clemente ao
magnate (ImS), pols que conhecia o_ segredo de atrair ^ si todos os coracoes. Realmente nao havia
era Viena classe alguraa de pessoas que nao o procurasse
era conselhos
sua pobre resldencla para receber
ou para procurar consolo era alguraa
seua
dor
ou sofriraento flslco ou raoral; entre essas pessoas
encontravara-se ticos
e
tarabera protestantes, gregos clsmfi-
ate indivlduos que, em geral, se
sentem
raal na corapanhla de algum padre cat5llco. Um atrativo
especial
riam,
(s
sentiam os rapazes que a ele
a ele se apegavara nao o^ querendo
cor-
deixar
nunca,
corao
se pertencessera ^ famllia do
Santo.
Quando
o Servo de Deus descia do pulpito,
aT-
guns
estudantes
o esperavam na sacristia para
o
curaprlraentar, beijar-lhe a raSo ou travar amizade com ele; dese.lavam achar-se ao seu lado e ein sua companhia nas reunloes que se efetuavara, todas as tardes, era sua resldencla. Ura estudante servla de chamarlz para o outro; aos poucos aumentou-se conslderavelraente
o
nuraero dos alunos de
Clemente,
entre os quals se achavain estudantes de medlclna, teologla, Jurlsprudencla etc. Grande parte desses estudantes havlara Jfi perdldo a fe, outros havlam
sldo
pantelstas, atelstas, raclonallstas etc. S.
1146.
Secgao II
Clemente converteu-os radlcalmente em grandes aml-
gos
da
Igreja"• (Pe. OSCAR CHAGAS AZEREDO
CSSR,
Sao Clemente Maria Hofbauer> Livraria Nossa Senho-
ra Apareclda, 192d, p. 171 / Imprimatur; Hons. Pereira Barros, Vig. Geral). 153. Somente per ve-lo, sentiam-se atraldos
para Deus e as coisas celestes
Da Bula de CanonizaQao de Sao Clemente Maria Hofbauer (1751-1820), publicada por Sao Pio X: a
"Pol entao que ele Julgou que se apresentavam ocasiao e a possibilidade de ousar fazer algo a
mais
pelo bem das almas: coisa tao dlflcil quanto
necesslria; mais dlflcil ainda, talvez, do que necessdria, dias
poder-se-ia dizer* Com efeito, naqueles
em que a audllcia dos maus estava no seu auge
e que a moleza e o torpor dos fieis ultrapassava todo llmlte, Inteiramente so, Clemente nao hesitou em confessar pela perseveranga, pela palavra e pelos
atos a fe crlstS e disso fazer a sua
ele
fol o primeiro a empreender a obra Srdua
excelencla
gloria;
por
de restaurar a piedade de outrora e de
ressuscitar do tumulo, por assim dizer, a rellgiSo dos
fieis. Seus exemplos faziara um bem extraordl-
nSrio; pols, quando celebrava a Missa na igreja das Ursullnas, dlstrlbula aos fieis a Santa ComunhSo ou presidla as oragoes publicas, a dignidade desse homera, seu fervor e as iSgrimas que vertia tinham de tal modo o dom de comover os assistentes
que, somente por ve-lo, sentiam-se atraldos, por uma forca inelutivel, para Deus e^ ^ coisas celes-
5^. Ele encontrou sua igreja descuidada, miserfivel;
fez reinar a limpeza nela, embelezou-a, con-
seguiu moveis, vases sagrados, ornamentos, em suma, tudo o que requerem o decoro e o respeito ao culto
dlvlno. Uma vez restaurada e mobiliada como
convinha
a Casa de Deus, ele al presidla assidua-
mente, piedosamente e com grande distingao as cei*im6nias catolicas e, nos dias de festa, perante numerosos e atentos fieis, pregava a palavra de
Deus". (Sao
Clemente
PIO X, Bula de canonizagSo do
Maria
Beato
Hofbauer,~?0 de maio de T^09»
in
Actes de Pie X, Maison de la Bonne Presse, Paris, pp. 202-20TrT
Secgao II
1^7.
1511. Blspos e Cardeala sentlam-se elevados esplrltualmente no contato com aquela senhora Conta
o
blografo da Beata Ana
Maria
Taigi
(1769-1837), Mae de famllia: "Todos aqueles qua dela (Beata Ana Maria Tal-
gl) se aproxlmaram sentlram-se melhores.
Simples
eFleslastlcos, Prelados, Blspos e Cardeals, gostavam de freqiientar sua casa, porque no trato com aquela senhora sentlam-se elevados esplrltualmen te". (Mons. CARLO SALOTTI, La Beata Anna Maria
Talgl, Madre ^1 Pamlglla, Scuola tlpograflca Italo-Orlentale Nllo", Grottaferrata, 1922, p. 258 / Imprimatur: Pr. Albertus Lepldl, OP, S.P.
Ap. Maglster. Imprimatur: Can. Sylvius de Angells Vic. Gen. Dloec. Tusculanae).
155. "Ve-lo nos basta; sua presenqa nos consola. Uma palavra sua,
um olhar, urn encora.lamento dlsslpa todo temor e flrma as vontades vacllantes..."
De
uma vlda de Sao Jose Benedlto
Cottolengo
(1786-1812): "Costumavara dlzer os asllados que de todos os
sacerdotes rellglosos ou lelgos, que lam a Pequena Casa, nao havla um que pudesse comparar-se com o servo de Deus; que a alegrla e satlsfagao que contlnuamente
raostrava era (inlca e excluslvamente de
Cottolengo; se se delxassem levar pelo permanecerlam sempre com ele: 'Ve-lo nos
coragao basta*,
dlzlam eles, 'a sua presenga nos consola, e se a Isto se acrescentam suas convergoes conosco, entao e uma alegrla que se nao expressa'. E noutras ocasloes: 'Para mostrar-se de continue tSo contente e
tranqiillo
suadldos
e necessfirlo ser santo; e estamos
per-
de que o_ nosso bom padre "£ rm verdade um
santo'
"Esta fortaleza ele nSo 86 a possula para si, mas
comunlcava-a com a m&xlma facllldade aos
ou-
tros. Bastava uma so palavra. um so olhar. um encora.lamento para dlsslpar todo temor e flrmar as
vontades
Incertas
GORRINO,
Sao Jose Benedlto Cottolengo, Vozes, Pe-
e vacllantes". (Mons
AQUILlS
li|8.
Secgao II
tropolis,
2a. ed., 1952, pp. 177, 313 e 31^1 / Com
aprovaQao eclesl^stlca). 156. lam a Igre.ja especlalmente
para contempla-lo £ ^ edlfIcarem Depolmentos sobre Sao Joao Maria Vlanney, Cura d'Ars (1786-1859):
o
"A dar-se credit© a uma carta do Sr. Sionnet,
de
Nantes, dirigida ao P. Toccanier, em ^ de maio
de 1861, formou-se com a aprovagao do Cura d'Ars uma associagao de pessoas piedosas, que todas as manhas, as 7 horas, se uniam em esplrito a sua missa. ••••
'Vi
missa,
o
servo de Deus enquanto
refere
celebrava
o P. Luis de Beau, seu
a
confessor;
cada vez parecia-me ver um anJo no altar (Process© Ordinfirio, p. IO86). Muitos iam ^ igre.la espedialmente
para contemplA-lo e se edificarem. Os raora-
dores do castelo de Ars, aifiHa que tivessem intenqSo de assistir S missa paroouial, iam contudo 'para terem ocasiao de admira-lo' (Maria 3e Garets. Process© apostolic© in genere, p. 311)• 'Uma pessoa da paroquia, conta a baronesa de Belvey, disse-me cert© dia: 'Se quer aprender a ouvir bem a missa coloque-se de raaneira que possa ver 0 nosso Cura no altar*. Pus-me num canto donde podia
observS-lo sSo
sem dificuldade. Notei-lhe, na expres-
do rosto, algo de celestial* (P. Monnin, Pro
cess© Ordinfirio, p. 203)". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars. Vozes, Petropolis, 2a. ed», 1960, pp. 27^-275 / Imprimatur: Luis Pilipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-6-I959)• 157. Com© no tempo de Nosso Senhor,
o povo rodeaya o Cura d'Ars e £6 comprimia em torn© d"eTe Da vida do Cura d'Ars, Sao JoSo Vianney, pel©
Cdnego Trochu: "0 moment© em que o Cura d'Ars sala da igreja
para
ir
tomar alguma refeigao era talvez o
mais
extraordinfirio, o mais patetico do dia. Ao meio-dia rezava o Angelus de Joelhos diante do altar.
SecQao II Depols
dlrlgla-se
bastava
Nele
IM9. a casa paroqulal, para
atravessar o espago de apenas 10
o
que
metres.
empregava cada dla, no minlmo, um quarto
de
hora. Os peregrinos formavam alas no vestlbulo^debalxo
do campanSrlo e na estrelta passagein ate
porta
do presblterlo. As pessoas que tlnhara Ido a
a
Ars nao para se confessar, mas para dlzer-lhe alguraa palavra, ou fazer-lhe um pedldo, aplnbavam-se all para serem as primeiras ^ ve-lo "Os
tidos,
dois Irmaos Leman, Jovens Judeus conver-
OS
quais, como
vimos, foram
acolhidos
pelo P. Vianney tao ternamente, lam partlr de Ars. •— Ao salrmos da vlla,
contara eles
mesmos,
vlmos uma multldao que camlnhava era sentIdo Inverso: era o Sr. Cura que voltava da vlslta a um enferrao
e como no tempo de Nosso Senhor, a gente
o
rodeava e se comprlmla em torno dele'. ....
'Todos ^ esforcavam, dlz Marta de
Carets,
para ve-lo mals de perto e Ihe poder falar. Era um espetaculo dellcloso e sera Igual quando, ao passar
para a sacrlstla, se voltava para aquela multldao a flra de dlzer algumas palavras pledosas* (Marta
de Carets, Processo apostollco In genere, p. 327). A .1 ovem Maria de Carets, bem como seus IrmSos ^ Irmas, gostavam ^ ve-lo passar". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolls, 2a. ed.,
i960, pp. 2b0, 2tt2, 350 e 351 / Imprimatur: Luis Felipe Nadal, Blspo de Urugualana, 29-6-1959). 158. Nao tlnham necessldade de outros mllagres para se convencerem de sua santldade
Alnda sobre o Cura d'Ars, depolmento do Toccanler, seu coadjutor durante sels anos:
Pe.
II— Aproxlmavam-se dele como de uma rellqula. Jamals
Nada
vl tanta energla e tanta forga de vontade.
o abatla; nem as contradlgoes, nem as enfer-
mldades, nem as tentagSes. Mostrou constantemente a mesma coragem na prStlca da vlrtude.e no devota-
mento ao pr6xlmo. Era tao surpreendente a sua vlrtude que causava admlragao a quantos o vlara. Era uma forga tranqiilla como vlnda de Deus; uma forga Invenclvel. Os peregrinos, at6 mesmo os rellglo-
sos, pertencentes as ordens mals austeras, dlzlam
150.
SecQao II
nao haver necessldade de outroa mllagres que aque-
la
forga,
para se convencerem de
TProcesso
sua
apostolic© in genere, p. 17^;
santldade
Processoi
OrdinSrio, p. 160). (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes, Petropolis, 2a. ed., I960, p. 369 / Imprimatur;
Luis
Pilipe de Nadal, Bispo de
Uru-
guaiana, 29-6-1959)159- Enfrentavam a fome, a sede,
£ sono, o frlo, o cansago, para ouvir algumas palavras ?o Santo De outra biografia do Cura d'Ars: "Pert©
esqueciam-se Mai
do Cura d'Ars. escrevia urn peregrine,
das coisas mala necessSrlas ^ vlda.
Instala'dos, mal alimentados, levantando antes
da aurora, apertados, acotovelados. repelidos, de-
saflAvamos
frlo. ^ fome. _a sede. ^ fadiga, ^ in-
sonla, ^do enflm para ouvir algumas palavras
do
bom Santo. ....
"Logo que o peregrine entrava, em Villefranche eu em Treveux, na viatura que e devia cenduzir ae term© de sua viagem, ele nao ouvia falar senao
de Sante. Ae chegar a praqa da aldeia, ele nae via
nas
lejas senae gravuras dele. Mal ^desembarcava,
cerria
A igreja para e avlstar; e nae e via, e que via, cemegava a cempreender
mas
per
tude
ceme
era
grande e demlnie que esse humilde Padre exer-
cia sobre as almas
"Todos
OS dias, entre as onze e meia e raeio-
-dia,
enquanto o Padre Vianney descia do seu pul-
pite,
toda ^ assistencia se precipitava para fora
da
igreja e ^ amontoaya no espage que ele
devia
atravessar para chegar ^residencia paroquial ou a Providence. A mesma multidae e esperava a sua volta".
"0
Cura d'Ars nao gostava nada desses sinais
publices
de veneragao e tentou, de inlcie, esqui-
var-se. Mas depressa se resignou a sujeitar-se a eles, compreendendo que durante esse curto trajeto
teria
muitas
tempo
para distribuir muites
consolagoes". (JOSEPH VIANEY,
censelhos
e
Bienheu-
reux Cur§ d'Ars Patron des Curgs Francais. Librairie Victor Lecoffre, 31a. ed., Paris, 1920, pp. 99, 100 e 113).
Secgao II
151.
160. 2^ ausencla da Irma Catarlna Laboure, uma frelra ocupava-lhe o lugar na
capela £ all rezava "como se estivesse sobre o tumulo de uma santa"
Irma
Maurel,
no Processo de BeatlficaQao
e
CanonlzaQao de Santa Catarlna Laboure (I806-I876); "Eu Rostava multo de me colocar no seu lugar na capela, quando ela nao estava la. Uma de nossas Irmas crltlcou-me por Isso, dlzendo que eu era bem
orgulhosa para ocupar esse lugar. ^ querla esse lugar porque, para mlm, era uma santa que all re-
zava,
e
eu rezava nesseHTgar como se
estivesse
sobre tumulo de uma santa". (R. liAURENTIN, Vie de Catherine Laboure, Desclee de Brouwer, Paris,
1980,
p. 255 / Imprimatur: P. Paynel, Vlcalre
episcopal, 20-8-19^0). 161. "Era Maria que eles procuravam em Bernadette"
De uma blografla de Santa Bernadette rous (18^1^1-1879), a vldente de.Lourdes:
Soubl-
"Pode-se Imaglnar, entao, o desapontaraento, a decepQao dolorosa que se exprlmla na flslonomla dos peregrlnos, quando Ihes respondlara: 'Bernadet te estfi doente; ela nao vos pode receber; e-lhe prolbldo levantar-se, falar'. "Eles supllcavam:
I— Ve-la somente, contempl^-la urn Instantel'
"Entao, parece, era sugerldo a pequena doente
que se envolvesse nura chale e fosse mostrar-se a Janela. os vlsltantes. a cabeca levantada, enchlam seus olhares com essa doce flslonomla sorrl-
dente
sob^ ^ qual eles
flexo de ve
uma
procuravam alnda o
outra Flslonomla...
sempre, dlzera-nos, o rosto
Fols
do tempo
ela
^-
te-
das apa-
rlqoes• ....
"N§o se pode delxar de flcar coroovldo, apesar
de tudo, do que Isto custava d querlda pequena Santa, -com a palxSo que atrala a ela este desflle Inlnterrupto. Estas pessoas estavam fivldas sobretudo
dos
olhos que tlnham vlsto ^ Mae
de
Deus.
152.
SecQao II
Era. em suma, Maria qua ales procuravam am Barnadatta, a Barnadatta tinha um sanso multo Justo pa ra nao atribuir a si o merito disso". (COLETTE
YVER, L*Humble Salnte Barnadatta, Editions Spas, Paris, 19^9, p. 143-1^'! / Imprimatur: V. Dupln, V. G., 22-1-1934).
162. "Jamais me aproximai dala sam me santir mais parto da Nosso Sanhor"
Da roasma biografia da Santa Barnadatta: "0
aspacto popular da paquana postulanta nao
indlspunha tambem inconsciantamenta as Madras, habituadas a ver acorrar para ci Jovans do mundo, qua
delxavam
a melhor sociedade para
servir
os
pobres?
"Em
uma
todo caso, as tastamunhas raconhacam qua
invenclvel dasconfianQa sampre as impedla
raconhacer
passo
de
a santldade profunda da Barnadatta, ao
qua ^ Jovans noviqas, simplasmanta ao
ve-
-la. axperimantavam uma amocao~lndizlvel: *5ua sionomia sobranatural, sau olhar celeste deixaram no mau coraqao uma imprassao profunda • — Ja mais me aproximel dela sem me sentlr mala perto oe
Nosso
Senhor' — 'Eu a~oTho como uma Santa',
crevaram YVER,
alas, uraas dapols das outras"^
L*Humble Salnta Barnadatta, Editions
Paris,
es-
TCOLETTE Spas,
1949» p. IbO / Imprimatur: V. Dupin, v.g.,
22-1-1934). 163. "Da8aJava ficar o mais proximo posslval de sua passoa; parto dala santia-ma malhor"
Sobre Santa Barnadatta, aflrmou nique Larretchard: "Conslderel
uma
paquana
proximo
a IrmS Domi
sampra a Irml Maria-Barnard como
santa. Dasajava ancontrar-me o_ mala
posslval da sua passoa; parto dala,
tla-me "melhor".
san-
TTRANCIS TROCHU, Barnadatta Sou-
blrous. Editorial Aster, Llvrarla Flamboyant, Lls-
boa, Sao Paulo, 1958, p. 386 / Imprimatur: Ernes to, Arcebiso-Bispo da Coimbra).
SecQao II
153.
164. "Que fellcldade fazer oraqao
Junto a ^ santo!" De
uma blografla de Santo Antonio Maria Cla
ret (1807-1870): "E se e verdade que o aeu exterior refletla a humlldade, tambem Irradlavam pelo mundo os dons de
Deus para gloria do Santo.
"OuQamos, a este proposlto, o Pe. Agullana: *Pul ura dla pregar mlssoes com o Pe. Claret.
0 povo era frlo e Indlferente era materla rellglosa. Corao pr^tlca de mlssoes fazlamos os dols uma bora de medltagao pela manha, antes de comeQar o prlmelro ato do culto. 'Sua
presenqa me Infundla recolhlmento.
fellcldade fazer ora^o Junto
^ unr santo 1
Que
Pa-
rece que de seu corpo brotava o calor duma grande devoqao Interior, que contaglava suavemente .
(Pe. JOAO ECHEVERRIA CMP, Santo Antonio Maria Cla-
ret,
Arceblspo e Pundador, Edltora Ave Maria,"Sao
Paulo, 1952, p. 216 / Imprimatur: Paulo. B. Aux., 21-3-195iy: 165.
Estava tao chelo de amor de Deus
que o comunlcava aos outros nas conversas
Nota
a uma edlgao da autoblografla de
Santo
Antonio Maria Claret:
"Pelo
testemunho
de Da. Jacoba de
Balzola,
que o hospedou (a Santo Antonio Maria Claret) em San Sebastian, antes de partlr para o desterro, sabemos qual era o teor de vlda que levou naqueles dlas: 'Nao conhecl pessoa de santldade tao emlnente como o Revmo. Pe. Claret .... Estfi tao chelo
do
amor de Deus, que nd-lo comunlcava atray6s
conversa.
da
Nele resplandeclam todas as vlrtudes em
grau emlnente'". (San ANTONIO MARIA CLARET, Escrltos autoblograflcos ^ esplrltuales. BAG, Madrid, T959, p. 5bl / Imprimatur: Blaslus Budelaccl, Ep. Nlssen, Tuscull, 9-2-1959)• 166. "Parece Nosso Senhorl"
De
uma Introducao A blografla e aos escrltos
de Sao Joao Bosco (I0I5-I888):
15^.
Secgao II "No3
ultlmos
delflcado.
e
ano3 (Sao Joao Bo3co)
parecla
A sua presenga nao 36 Impunha re3pelto
3impatla, como tambein Infundla devogao. 'Parece
No33o Senhor!', dlzlam a3 pe33oa3 ao ve-lo. .... "Um sacerdote turlne3 que o tratava testemunhou nos proce3303, em nome de multaa outras pes3oas, que 'na 3ua flelonomla tranaparecla tao evldente o penearaento da presenga de Deu3 que, olhando-o, pen3ava-3e Inatlntlvamente nae palavrae do
Apoetolo: 'Noatra converaatlo In caella est' (Noasa Intlroldade est§ no ceu)". T^ODOLFO PIERRO SDB, Blografla y Eacrltoa de San Juan Bosco, Introducclon general, BAG, Madrid, 1955, p. 50 / Imprima tur; Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral.,
15^5-1955). 167. Com a aua simples presenga,
o Marques de Gomilias modificava o ambiente da Corte
Conta o eminente canonista espanhol Pe. Eduardo Regatillo no seu livro sobre a vida de Don Claudio Lopez Bru, Marques de Gomilias
(1853-1925):
"Seu
carfiter era dos que atraem e
subjugam,
por aquela majestade provenlente, em parte, de sua
presenga
digna, sem arrogSncia; e mais ainda, por
sua santidade, que Ihe cativava a veneragao
'Era gozava vallo
tal
o prestlgio, bem merecido, de
que
— escreve o inslgne arqueologo Padre Gar— que inclusive na Gorte se impunha apenas
pela sua presenga. QuanHo, convidado pelo rei, ia a alguma celebragao no PalScio do Oriente, sua presenga
bastava p^a que os cortesaos se portas-
sem com maior c^rregao: os senhores evitando Pra ses ou palavras que ami<ide se permltiam enTre~5T; as senhoras apresentavam maior modestia, reduzindo seus decotes'". (Pe. EDUARDO P. REGATILLO SJ, Un
Marques Modelo. Sal Terrae, Santander, pp. lll-lT? / Imprimatur: Josephus, Episcopus Santanderiensis,
1-5-1956). 168. "Parecia-me ser Nosso Senhor que me houvesse falado"
Depoimento de urn Sacerdote Jesulta a respeito
Secgao II
155.
do Padre Joao Baptlsta Reus (1868-19'^7),
falecido
em odor de santldade:
"Ao tla-me
passar Junto dele (do Padre Reus),
sen-
tornado de respelto; parecla-me que da
sua
pessoa dlmanavam efluvlos ^ santldade "Das
conversas
que com ele tive no
quarto,
Jamais me poderei esquecer. .... Batl a porta. 'Entre!' dlsse de dentro.
"Abri, entrel, e deparo com ele sentado a me
sa,
virado
para a porta, rezando o tergo,
olhar
plicido e estStico, era diregao da porta. Sentl um subito
respeitoi
tlve a impressao de que
estava
vendo qualguer coisa. Mas os Santos sabem disfagar como nlnguem. Logo mostrou-se amSvel e quase JocoSO*
••••
"Ainda na mesma palestra, de repente, quase mudando de assunto, diz-me estas palavras: 'E preciso flcar santo. Pega a graga de sen santo!' Parecia-me ser Nosso Senhor que me houvesse falado, tao profunda foi a impressao que estas palavras em
mlra causaram|;. (Pe. LEO KOHLER, SJ, Biografia completa
P. Joao Baptlsta Reus, SJ, Llvrarla Selbach
& Cla.,~Forto Alegre, 1950, volume II, pp. 370-371 / Imprimatur: Mons. Andre Pedro Prank, Vlg, Oer., 26-4-1950). 169. "Eu olhava mals vezes papal que o pregador"
Dos Manuscrltos AutoblogrSflcos de Santa Tereslnha do Menlno Jesus (1873-1897): va
"Eu nao me Inquletava por ser olhada, escutaatentamente os sermoes, dos quals, entretanto,
nao
compreendla grande colsa; o prlmelro que com-
preendl e que me tocou profundamente fol um sermSo sobre
a PalxSo
Eu escutava, com efelto, mas
olhava mals vezes papal do que ^ pregador. sua be-
la flslonomla dlzla-me tantas colsasl..." (Santa TERESA DO MENINO JESUS, Manuscrltos Autoblogr^fl-
C08,
Carmelo do I.C. de Maria e Santa Tereslnha,
Co^la, 2a. ed., pp. 67-68 / Relmprlmatur: Antonlus Maria, Arc. CoadJ., 17—5—1960).
156.
Secgao II
170. "Quanto mals a amava, mals eu amava a Deus"
Depolmento
Processo
da
Irma Marie de la
Trlnite
no
de CanonlzaQao de Santa Teresinha do Me-
nlno Jesus:
"Reclprocamente, a afeigao que eu tinha por ela (Santa Teresinha) era tambem toda sobrenatural. Eu constatava com espanto que quanto mals &
amava, tanto mals eu amava tambem ^ Deus, e_ quando meu cer deu
amor por ela esfrlava, era forcada ^ reconheque estava em mas dlsposlcoes. Umdla ela me uma estampa no verso da qual escrevera esta
frase
de
Nosso Pal Sao Joao da Cruz:
'Quando
o
amor que se tem i crlatura e uma afeigao toda esplrltual e fundada em Deus, a medlda que ela cresce, cresce tambem o amor de Deus em nossa alma'". (Proces de Beatification et Canonisation de Salnte Therese de 1'Enfant-Jesus et de la Salnte~?ace —
II
Pr'o^s Apostollque, ^reslanum, Roma, 1976,
Temoln
-mr.
21:
Marie
de la Trlnite CCD, pp.
il75
e
Ill QUllliggi acQccsQ
S§S§
93 §§9^9§> 53 i5§i3 93
gQnh§sl3lQ§» B39iEsl^3i £§¥9ES3> SSi&u£3E;l^g§ tlgSEgi 171. "Queremos ver o homem de Deus"
Conta uraa vlda de Santo Antao (250-355):
"Santo Antao sempre se conslderava o iSltlmo e mals desterrado dos hoxnens. Ele prestava ouvldos ao conselho de qualquer um e declarava tirar pro-
velto
dos
que eram dados pelas
mals
mlserSveis
pessoas. .•••
"Todo ^ povo acorria para vg-lo e se rejubilava era ouvl-lo; ate os i^gaos. irapressionados com a dignidade de seu carAter, acorriara a^ ele dlzendo: 'Quereraos ver o^ horaem de Deus'. Ele converteu muitos e operou vArios railagres"• (Rev. ALBAN BU TLER,
The Lifes of the Fathers, Martyrs and other
principal Saints,HShrlstian Classics, Westminster, vol. I, p. bl).
172. ^ Roma e ^ outros lugares dlstantes. vlnham llustres personagens para ver Sao~Bento
De urn livro sobre a vlda dos Padres, MArtlres e outros Santos principals da Igreja: "A fama de santldade de SSo Bento atrala para ve-lo os mals llustres" personagens de Romae deoutros Tugares dlstantes. Muitos dos que vlnham, vestldos de pur-
158.
Secgao II
pura,
clntllantes de ouro e pedras preciosas, en-
cantados
pela
adinlrSvel
santidade do
Servo
de
DeuSjj prosternavara-se a aeus pes para Implorar-lhe a
bengao e oragoes; e alguns, imltando o sacrlfl-
clo de Abraao, colocavam sob sua orlentagao os flIhos na mals tenra Idade, a flm de que fossem formados para a perfelta vlrtude desde a Infancla". (Rev. ALBAN BUTLER, The Lives of the Fathers, Martyrs
and
other
principal
Saints,
Christian
classics, Westminster, vol. I, p. 299).
173. ^ para conhecer Sao Benedlto, urn homem fol de Portugal a Itall^ De uma vlda de Sao Benedlto (1526-1589): "Pllnlp o Jovem escreveu que um espanhol, mo-
vldo
pela fama do celebre hlstorlador Tito Llvlo,
velo desde Cadiz ate Roma para ve-lo. Tendo-o vls-
to,
retornou
mals
nada,
ser
preocupar
de
embora houvesse tanta colsa dlgna
a sua pStrla, sem se
de
vista em Roma. Do nosso Benedlto lemos Igual-
mente
que
trar-se
urn portugues, para conhece-lo ^ pros-
a seus pes, abandonou o Tejo e depols re
tornou orgulhoso de ter visto o Servo de Deus £ ^ ter-se entretlBo longa e famULlarmente com ele: tao grande se tornara a fama de santidade do Reli giose mouro, mesmo naquela parte mals ocldental da
Europa;
e tal era o dlvlno empenho era
exalt^i-lo
alnda durante a sua peregrlnagao terrena. Mas o eterno Crlador daquela alma conhecla o quao solldamente ela estava fundada no desprezo das honras terrenas, para temer algum sentlmento vSo. E via produzlr-se nela o fruto contrSrlo, da sempre mals vll conslderagao de si mesmo dlante de Deus e dos
homens".
(GIUSEPPE
CARLETTI ROMANO, Vita dl
S^
Benedetto. Presso Antonio Pulgonl, Roma, lb057 PP* 36-37 T~ Imprimatur: Pr. Thomas Vlncentlus Panl Ord.
Praed.
Sacrl Palatll
Apostollcl
Maglster,
3-8-1805). 17i|, Aglomeravam-se em frente a casa onde se hospedava
De
uma
blografla
(1^12-1^31) "Em Poitiers
de
Santa
Joana
como em outros
d'Arc
lugares
Secgao II
159.
as casas onde se hospedava eram procuradas por vlsltantes da mals alta poslcao; a rua em frente f1-
cava
repleta de homens ^ mulheres devotos ^ zelo-
303.
Multos
querlam que ela tocasse seu3
anels",
abengoaaae 3eu3 lengoa e todos eram movldoa por indubltSvel fe". (ALBERT BIGELOW PAINE, Joan of Arc,
Maid of Prance, The Macmlllan
Company,
New
York, 1925* vol. I, p. 110). 175". Paziam romariaa para venerar uma rellquia viva: o Cura d'Are
Mais uma vez o famoso hagiografo Trochu, sua vlda de Sao Joao Vlanney, o Cura de Ars: "Que
na
urn homem em vida ae.ja vieitado em pere-
grinacao, que as multidoes acudam a venerd-lo como
a uma rellguia, e um fa^ muito raras vezes presenciado. e uma reprodugao do ocorrido com os Pa dres do^deserto, na distante Tebaida. Durante 30 anos, a uma tal
humllde aldeia de Ars foi testemunha maravilha: multidoes, que sem cessar
renovavain.
de se
calam de .loelhos aos pes dum santo. De
1827 a lb59 a igreja nao esteve um momento vazia". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d*Ars. Vozes, Petropolls, 2a. ed., I960, p. 225 / Imprimatur: Luis Pilipe de Nadal, Blspo de Uruguaiana, 29-b-1959).
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Q iDtualasmg gsla &s§sq§ dga sgn^ga exclgdg sm aglamaggsa § §6liy§Q§ i CisilifiQSi ii ScinaCgrai §3
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lugis juQtg a slea
176. A multldao acorrla para escutar Sao Joao Crlsostomo, aclamava-o
£ aplaudla louca de entuslasmo Relata a Enclclopedla Unlversal-ESPASA: "Sao
de
Joao Crlsostomo .... trata os
assuntoa
raanelra Inesperada, e se dlrlge ao flm por
modo que
nlnguem podia suspeltar, mas o faz
um
com
llberdade e destreza, como se fosse o iSnlco camlnho para chegar ao termo que se propoe. Nao e de estranhar que a multld3o acorresse para recolher suas palavras como as abelhas num campo semeado de flores; nem que o santo tlvesse muitas vezes que se
esforqar para conter os aplausos dos ouvlntes.
Aquele que qulser saber quantos eloglos se flzeram da arrebatadora eloqiiencla de Crlsostomo, leia os testemunhos dos Padres, dos Concllios e dos Doutores estampados nas edigoes de suas obras
"Durante
doze anos, entre 386 e 398, exerceu
o^presbltero JoSo (Sao Jo3o Crls6stomo) seu minlsterio de pregagao em Antioqula. Em 27 de setembro de 397 morreu NectArio, patriarca de Constantinopla, e, por proposta do Imperador ArcSdlo, do Clero 'e. do povo, fol elelto Crlsostomo como sucessor.
Mas para tlrA-lo de Antioqula sem produzlr alvorogo no povo, fol preclso recorrer a um estratagema.
162.
SecQao II
Longo e complicado fol o trabalho de Sao Joao Crlsostomo
em Constantlnopla, pregando contra os ex—
cessos dos grandes e em geral, contra todas as desordens tao freqiientes naquela corte mole e efemlnada. Para este flm, pregava Incessantemente, e o numero de ouvlntes era tao grande, que segundo testemunho de Sozomeno, viu—se obrlgado a faze—lo
no melo da Igreja, na trlbuna destlnada aos lelto— res, para que o ouvisse melhor aquela multldao que acorrla a escuta—lo, ^ aclamava, e o_ aplaudla lou— ca de entuslasmo"• (Enclclopedla iJnlversal Ilus-
trada Espasa—Calpe, tomo 2o, 2a. parte, verbete Juan Crlsostomo, San).
177. A multldao se precipita
sobre o orador:
era precise uma guarda
de .1ovens robustos para protege-lo
De
uma
biografia de Santo Antonio de
PSdua
(1195-1231):
"A planta ressecada pelos ardores do sol espera, para erguer-se sobre sua haste, o orvalho da
manhi. Mais viva e a impacieifcia com a qual os paduenses
desejam
o retorno da aurora e a bora
da
conferencia anunciada. Desde & meia-noite, pSem-se a caminho. Os cavaleiros e as grandes damas sao
precedldos de tochas, e se comprimem em torno . do pillpito improvisado; multidoes de povo cobrem ^ planlcie; o Bispo, a frente de seu clero, preside todos OS exerclcios. Contam-se ate trinta mil pes-
soas
no auditdrio. Santo Antonio aparece, o olhar
modesto, o coragSo transbordante de amor. Antes que tenha aberto a boca, todos os olhares estSo fixos nele. Enquanto fala, 6 audit6rio permanece suspense a seus lAbios, em meio a um silencio e a
um recolhimento que se acreditaria imposslveis. Terminado ^ sermSo. o entuslasmo explode; e_ uma ebriedade
que nao~sabe se conter; sao solucos
ou
brados de alegria. segundo os sentimentos que animam
os coragoes. A inultidSo se precipita sobre
orador. Querem contemplA-lo de perto, beljar a fran.la de sua ttSnica ou seu cruclfixo; chegam B.te
&
cortar sua roupa. para dela levar um pedago,
tltulo torno
a
de reliquia e de lembranga. jE precise, em dele.
uma guarda de .1 ovens robustos,
para
Secgao II
I63.
protege-lo e Impedi-lo de ser esmagado pela multidao". (Rev. Pe. LEOPOLDE DE CHERANCE, Saint Antoi-
ne ^ Padoue, Librairie Ch. Poussielgue, 1^95, Chapitre XVI, pp. 109-110).
Paris,
178. Para nao ser esmagado, andava no meio de pranchoes sustentados per homens possantes
Conta sobre Sao Vicente Ferrer (1350-1^19), urn livro da vida de Sao Bernardino de Sena, seu contemporSneo:
"Ao
chegar (Sao Vicente Ferrer) perto de uma
cidade, seus penitentes formavam proclssao, ^ populagao vinha ^ seu encontro. ^ todos porfiavam em se
Ihe
aproximar, em toc^lo; seus
breve se que dele
vestidos
estracalhavam as maos de todos queriam levar alguma rellquia;
necessario
em
aqueles era-lhe
manter as maos cruz-adas na cabega para
subtral-las as pessoas que as queriam beijar; e gomente eyitava de ser esmagado. atfdando no meio de
pranchoes sustentados por homens possantes. Em
^rlas cldades, enquanto durava sua pregagao, os negocios paravam, as lojas fechavam, as audiencias
dos proprlos tribunals eram suspensas". (PAULO THUREAU-DANQIN, Sao Bernardino- de Sena, Vozes, Pe-
tropolls, 1937> p. 3^ / Com aprovagao eclesiistica, 23-6-1937). 179. Receberam Santa Joana d'Arc com tanta alegria como se estivessem
vendo~Deus descer entre eTFs
De uma (li|12-lil31):
biografia
de
Santa
Joana
d'Arc
"Em outro lugar ela (Santa Joana d'Arc) fol receblda por outros soldados, cidadaos e autorida-
des chas
de Orleans que portavam grande numero de e
sentiam tal ^egria como se estivessem
ver Deus descendo entre eles. ....
toa ""
"Sentlram-se, porem, intelramente reconfortados
e como que llvres do cerco pe-la virtude divl—
na, a qual Ihes tinha sido dito estar na donzela,
simples
a quem homens, mulheres e criangas olha-
iB*!.
Secgao II
vam multo afetuosamente. E houve entao utna maravl-
Ihosa premencl^ para tocar nela ou no cavalo em que vlnha"« (TfLBtRT BIGELOW PAINE, Joan of Arc, Maid
of Prance, The Macmillan Company, New
York,
1925, vol. I, p. 1^192).
180. Por todos 03 lugares onde la, o povo se comprlmla em torno dele para o ver, o tocar e receber a sua benqao
De uma vlda de Sao Lourengo de Brindlsl, nascldo na ItSlla (1559-1629)» Mlnlstro Geral dos Ca-
puchlnhos, Doutor da Igreja: "Como
para o consolar de tantos aborreclmen-
tos, as populagoes da Llgurla nao cessaram de cer-
car
nosso santo (Sao Lourengo de Brlndlsl) de uma
estlma
e de uma devogao lllmltadas. Por todos
lugares
torno
onde
ele la,
o povo se
comprlmla
os em
dele para o_ ver, o^ tocar ^ receber sua ben••••
"Se a presenga de Lourengo em Mllao era extremamente agradSvel a dora Pedro, e utll aos fins
da paz, ela nao fol igualmente agradSvel para seus confrades, a queraela tlrou toda tranqullldade._0 tropel e o fervllhar da multldao em torno do convento foram tals, que se tornaram absolutamente Insuportfivels. Nao havla nenhum canto onde fosse posslvel p6r-se ao abrlgo e estar urn pouco tranqiillo. Claustro, Jardlm, Igreja, praga e ruas vlzlnhas. tudo regurgltava de gente; os nobres rlva-
llzayam
nlsso com as pessoas do povo. Era urn ver-
dadelro desastre.
"Em certo momento, os rellglosos nao encontraram melhor expedients para se salvar do que afastar o Santo de Mllao, e o envlar para o con-
vento de Melzo. Mas, como depols de poucos dlas o governador o fez chamar novamente a Mllao, eles termlnaram
que
o
por Inslstlr Junto ao governador
delxasse Ir para Veneza". (Pe.
CARMIGNANO
OFM
Postulatlon
Rome,
1959,
Cap., Saint Laurent
de
ARTHUR
para
DE
Brlndes,
Generals des Preres Mlneurs Gapuclns,
pp. 109, 113 e 11^ / Imprimatur:
Gottafdl, p. Vic. Gen. l-'l-1959)*
A.
Secgao II
I65.
181. "Era um espet^culo de
edlflcaqao £ devocao ver todos correrem para Ir ver o Santo"
Da vlda de Sao Paulo da Cruz (l69'J-1775): "Nao foram somente os seus rellgiosos que derain provaa de estlma e veneraqao ao Servo de Deus;
senao
tambem ^ cldadea e_
passava,
povoacoes por
onde
se levantaram para trlbutar-lhe honras e
obsequloa
extraordln^rloa. Deua, Noaao Senhor.7
qula que Ifi Juatamente onde o aeu Servo fora, como contamos, tratado de Impoator, hlpocrlta, e perturbador doa povoa, foaae peloa povoa e por to-
da claaae de pessoas aclamado ^ venerado como santo. N5o podemos descrever tudo minucloaamente; dlremoa apenaa que ^ eatradaa publlcaa daa cldadea e aldelaa ^ ate doa campoa ae vlam ^ todo o per^ curao repletaa de gente deaejoaa de ver £ venerar ao Servo de Deua. Em Ceprano ^ Froalnone fol preclao mandar vlr aoldadoa para conter ^ multldao, que nao fazendo caao de colaa"alguma, la era aeu aegulmento ate no interior daa caaaa doa benfeito-
rea. do
deae.joao cada um de levar conaigo urn
pedac^o
aeu manto; e Iho coFitavam de tal modo, que nao
podis^ raais uaar dele; pelo que o Santo era obrlgado a tomar o do seu corapanheiro, erabora tarabera eate outro manto tiveaae parte a raeama aorte do primeiro* ••••
"A
indiacriqSo
de alguna foi tao longe
que
chegaram ^ cortar-lhe ate oa cabeloa. "Um aaaalto ainda maia forte teve de agiientar a aua humildade, quando de volta do Monte Argenta-
ro,
donde aalra no dia 5 de maio, chegando a Mon-
talto aobre um carro, que Ihe procurara a caridade
doa aeua diaclpuloa, Ihe aaiu ao encontro quaae todo o povo daquela localidade; ^ era ura eapetAcu-
lo^ de edificacao e devocSo ver todoa correrem ^ convI?arem-ae reciprocamente para irem ver ^ San to. Nao queremoa repetir aqui que enorrae era a multidSo, e que. todoa ae empurravara una aoa outroa
^ fim de ae chegarem ao SeWo de Deua. de Ihe tomarem
benqSoV e de Ihe tirarera por raeio de ura
piedoao
maia
furto
comovla,
largando
alguin pedaqo do aeu hAbito. 0
era ver como oa
pr6prioa
que
doentea
a cama ou a caaa, e arraatando-ae de per
ai, ou aendo levadoa peloa outroa, ae apreaentavara
166.
Secgao II
ao Santo para receber a sua benQao, com a esperanQa de ficarem curados e como as maes no melo da multldao suspendlam os seus fllhlnhos nos bragos,
pedindo
em
voz alta abengoasse aquelas
crlangas
Inocentes. Todo absorto era si mesmo, e hurailhado era presenga de Sua Divina Majestade, o Servo de Deus sentia muito aquilo, e dizla ao cochelro que fosse adiante; raas era Inutll, porque atestou quera
estava prqsente; 'fol tanta a importuna devogao do povo, que _a forca chegarara ^ deter o_ carro os
cavalos, ^^ raaes desprezando todo o perigo seu e das crianqas. colocavara-se entre as rodas £ os ca valos, para fazer com que seus fllhlnhos tocassein de ura raodo qualquer ao Servo de Deus; fol ura ver-
dadelro
mllagre que nao acontecesse colsa alguma.
Depols
de atravessar aquela reglao, conforrae
fol
posslvel, Paulo desabafou o seu bera afllto coragao, desfazendo-se era pranto e repetlndo serapre
estas
palavras: A1 pobre de mlm! pobre de mlml
preclso
que eu me feche debalxo de chave,
E
porque
estou enganando ao mundo. Eu nao tenh6» e verda'de,
tal se
pesslraa Intengao de enganfi-lo; mas ele e engana,
Julgandp que eu seja aquele
que
que nao
sou". (Pe. PIO DO NOME DE MARIA, Vlda de Sao Paulo
da
Cruz, Imprensa Pontlflcla do Instltuto Plo IX,
Roraa7^'91^, PP. 122, 126 e 127 / Imprimatur: Pr. Albertus Lepldl OP, S.P.A. Maglster). 182. Rodeado pela raultldSo, nao podia avangar senao protegldo por tres senhores de boa vontade
Da vlda de Sao Joao Vlanney (1786-1859), pelo Conego Trochu:
"As doze e mela, quando o P. Vlanney sala da casa paroqulal era novaraente rodeado pela raultldSo que o_ esperava. Nao podia descer & escadarla da Igreja, nera atravessar & praga ^ nera andar pelas ruas senao raulto devagar e protegldo por dols ou_ tres senhores de boa vontade, os seus 'guarda-cor-
pos'. 'Iain adlante com os bragos estendldos para evltar que o Santo fosse vltlraa de veneragao Indlscreta' (Carta de Mons. Jasper a Mons. Convert,
A
de Janeiro de I9IA). Apesar dlsso, enquanto Ihe
beljavara ^ roupa, cortavara-lhe pedaclnhos da batlna ou ^ sobrepellz, e floa de cabelo (P. Beau, "Frocesso OrdlnSrlo, p. 1220), chegando a audScla ^
SecgSo II ponto
167.
de Ihe arrebatarem o brevl&rio. se bem
que
para devol^-lo logo depols de terem tlrado algum 'santlnho• (Madalena Handy Sclplot, Proceaso apos-
t611co Tn genere, p. 273). Uma ou outra vez, porem, nSo o devolveram Intacto. 0 P_. Vianney auportava eaaea latroclnloa da multldap aem a^ quelxar.
JT^eatava habltuado a tala Indlacrf^ea. Nao raro aconteciam engraqadoa equlvocoa. « 0 empenho doa flela para ae
apoderarem
doa objetoa pertencentea ao aervo de Deua — conta o P. Dufour, encarregado v&rlaa vezea de raanter a ordem — deu lugar duaa vezea a que, Julgando tratarem
com o Sr. Cura, me deapojaaaem a mlm raeamo.
Certo dla arrebataram-me o brevlfirlo, o qual me envlaram depola pelo correlo de Saint—Etienne• Queixei-me diaao ao P. Vianney. Reapondeu-me aorrindo: '0 meamo me aucedeu muitaa vezea*. Outra
vez
cortaram
noite
e
(Proceaao FRANCIS
um pedago de rainha batina. Era
a eacuridSo" favoreceu o honroao
de
engano'
apoat6lico in genere, p. 362)". (Conego
TROCHU, 0 Cura d'Ara. Vozea,
Petropolia,
2a. ed., I960, p. 2a1 / Imprimatur: Luia Pilipe de Nadal, Biapo de Uruguaiana, 29-b-1959). 183. Naa Can^riaa todoa queriam eatar
perto do Padre Claret e foi neceaa&rio proteg^lo por um quadro de madeira De
uma
vida de Santo Antonio
Maria
Claret
(1807-1870), por Dom Geraldo Pernandea CMP, falecido Arcebiapo de Londrina:
"Quem a
percorre ainda hoje, um aeculo depoia,
Ilha da 'Gran CanSria', ouve narrar os diveraoa
epiaodioa daquelea dois anoa de miasoes, guardando cada povoagao a lembranga de algum railagre operado pelo 'Padrezinho', como o chamavam. "Era tanta a gente que em torno dele se comprimia que foi necessario fazer-se um quadro de
madeira seKurado por quatro homens "para defender o^ •Padrezinho', que corria risco ^ ser sufocado pe-
lo povo, pois todos queriam estar perto dele". rObm GERALDO PERNANDES CMP, Vida de Santo Antonio Maria Claret, Ave Maria, Sao PauTo" pp.
168.
SecQao II
Jv^v" ■. ''■
*4.'"
y
^
Nas Canarias, as multiddes cercam Santo Antonio Maria Claret, sendo necessario conduzi-lo dentro de um quadrado de madeira. (HustroQao e legenda da Vida de Santo Antonio Maria Claret, v.ficha 183)
Secgao II
I69.
184. Querem toc^-lo como a Crlsto ou ao menos ter alp^o que
tenha recebldo £ seu contato De
uma
blografia
de
Sao
Joao
Bosco
(1815-1888): ga,
"As vlagens de Dom Bosco na ItSlla, na Pranna Espanha, sao bem conhecldas: sSo triunfos;
alguns solldos agentes pollclals devem cercar con-
tlnuamente Pom Bosco quando ele camlnha. para que possa avangar; centenas de crlaturas humanas, recolhidas e ardentes, esperam paclentemente por bo ras e boras, deslocam seu grande corpo de multldao
sem
que baja necessidade de pollclals ou de guar-
das a cavalo... Elas sao tao bem comportadas como em Lourdes, como sabe ser uma multldao quando nao
eatSi em colera, e quando espera, sob qualquer tem po, no melo de todos os Incomodos, a dlstrlbulgao de uma colsa de prlmelra necessidade que n3o se d& senao
por um unlco gulcbe. Querem toc5-lo, como a
Crlsto: ao menos, que ele toque este tergo, este escapul^rlol e por clma do rude clrculo dos ombros dos agentes pollclals, ele e flagelado por tergos e escapulSrlos dos necessltaHbs de gragas que, pe-
lo menos, querem possulr uma mat^la que tenha recebldo £ seu contato". (PIERRE GRASj La TTdele Hlstolre de Saint JeTn Bosco, Editions Spes, Parls, 19^6, P« 300 / Imprimatur: Lud. Audlbert, vie. gen., 17-6-1936). 185. Entuslasmo fervoroso dos franceses em torno de Dom Bosco
Sobre a mesma vlagem de Sao Joao Franga, conta outro blografo:
Bosco
k
"Desde a partlda, podla-se prever o sucesso. 0 pobre vagSo de tercelra classe suscltava uma atengao extrema; n6s dlrlamos roals exatamente: um tocante fervor. ^ ferrovlSrlos Itallanos acorrlam
em
multldSq
para ve-lo passar. Nas estagbes, as
^ataformas se encblam de especta^res e de'devo^ tos. Seus ac^ltos puderam sentir entao~"qual era agora a atragSo unfinlme do povo, "Dom Bosco passou o mes de feverelro em Nice.
Depols
comegou a sublda, sempre por etapas, e
no
j^yo.
Secgao II
melo de uma afluencla que la num crescendo, ^ uma exaltacao que se ampllfIcava, que se revelava sempre mais.
Triunfo em Lyon; entusiasmo dellrante em Paris "Em Avinhao, foi preciso organizar um servlQO
para manter ^ ordem onde
Triunfo tambera em Llao,
Dom Boscq foi obrigado a dar sua bencao para
fora, como os Reis que aparecem no balcao ante
a
expectativa das multidoes, as suas ovaqoes. •t••
"Dom Bosco acabou por chegar a Paris no dia
19 de abril Ate esse moraento pouco connecido na Pranqa, onde a excelencia de suas virtudes parecia nao existlr senao para uma elite restrlta, Dom Bosco conheceu ^ H!!l 5^ Sl Y^£§:> SL transbordamento do povo ^ suscitou entusiasmo delirante — este e o tenno exato» As cartas Ja hftyiam invadldo o Hotel; o Conde de Gombaud as ar— mazenava em seu escritorio pessoal, onde formavam
um
raonte. Depois das cartas veio a multldao. Os
assaltos das estaqoes estavam ultrapassados• "Nunca se viu tanta gente em torno ^ um Padre, desde a viriga do Papa Fio VTl""
"No segundo domlclllo do Santo, na Rua de la Ville I'Eveque, na casa das Senhorltas de
lhac, irmSs muito em voga na Sociedade, o assalto foi mais vivo ainda.
"Era o capricho parisiense, esta vez Justlficado, bem exatamente essa especle de frenesi que torna
todas essas pessoas tao delicadas, como que
fascinadas, como tendo perdido todo senso critico. A excitagao geral foi ainda espicaqada pelos noticiSrios da imprensa, pelos repetidos artlgos, se freneticos; por uma nomeada de prodlgios, de
milagres quase incessantes; pelo contraste entre
esse velho alquebrado e a atividade que Ihe era atribulda, que Ihe era reconheclda, e da qual falavam os parisienses de todas as classes. Uma veIha
senhora
dizia: 'Nunca houve tanta
gente
em
torno ^ um Padre, desde a vinda de Fio VII, no tempo de Napoleao I'• Seis secretfirios nao davam conta da correspondencia
"0 Santo utilizava ^ princlpio dois secret^-
Secgao II rlos;
de
171.
em segulda, sels nao consegulram dar
verlflcar
cartas.
conta
_a correspondencla ^ classlflcar
as
Foram levados sacos Intelros delas para a
Itilla. "Dom
Bosco comegava suas recepgoes a
das
sels
horas da manha, e nos nao estamos
nos
tempos
duas
partir mais
heroicos das visitas na alvorada.
As
horas da tarde, quando ele retomava suas au-
diencias,
recebla as vezes pessoas que o aguarda-
V2im desde a manha.
"Senhoras
era
da alta Sociedade transformavam-se
portelras para canallsar o flu^
ininterrupto
HHs recem-chegados, os quais, na maioria, nao puderam senao entrever o Santo e receber sua benQSIO• ••••
"For
tSltlmo. nao se admitia mais do que
uma
fiia em marcha. sera se deter^ ou quase. Nao se autorizava
mente,
dizer ao Santo senao uma frase, uma
so—
e todos a meditavaro e a elaboravam, de tal
forma, que a raaloria apenas balbuclava Gente sentada no coro.e ate nos
degraus do altar para ouvlr Dom Bosco
"0 sermao pregado na igreja de la Madeleine ordera do Cardeal Guibert, teve um sucesso sem
por
precedentes nos anais da igreja afluencia era tal que se havia duplicado o_ numero das confortAveis
rios
cadeiras francesas; todos os genuflexo-
tinham sido virados, para duplicar as filei-
ras. Havia gente sentada no coro e ate mesmo sob^ OS degraus go altar. A igreja de Ta Madeleine, tao protocolar, — dir-se-ia tao pharisienne (sem intengao perfida) — tinha perdido toda sua altivez. Para chegar ao pulpito foi preciso apelar para uma guarda vigorosa
"Para sou
apelar
beijavam
chegar ate o^ pulpito, Dom Bosco precipara uma guarda vigorosa.
as maos,
Todos
Ihe
o que nao o admirava, uma
vez
que na ItAlia e urn gesto familiar de devogao; mas, em Paris! Mesmo os homensi ....
le
"As viaturas de luxo atravancavam a Rua Royae a parte baixa da aleuneda Malesherbes, mas na
igreja encontrava-se a mais heteroclita mistura de
172,
Secgao II
pobreza e opulencla, de nobreza e de plebe. Uin nii-
mero
singular de trajes de operSTlo. Os agouguel-
ros de La Vlllette formavam um grupo; era presenga da mare final, a Marquesa de Caulalncourt, chegou a pensar em recorrer aos grossos bragos deles para Ilvrar
5anto
Mela hora para chegar a sacrlstla...
e a yelha batlna flcou pelo caralnho, retalhada era rellqulas
"AllSs, alguns dlas mals tarde, Dora Bosco quase inorreu na Igreja de Sao Sulplclo. Levou qraa hora para retornar a Sacrlstla. passo ^ passo. sob o
em
assedlo. Madame de Caulalncourt terla felto bem
trazer
portelros,
seus capangasi Tudo fol erapurrado;
os
os VlgSrlos, os Coriegos, os guardas...
A querida batlna velha pereceu. rasgada. esquarteJada, arrancada era rellqulas sera nuraerol Havlam
sldo levados a Domn^osco doentes, que grltavam. "Ouvl
vfirlos relatos de testemunhas oculares
concernentes
ao entuslasroo desencadeado em Paris.
Depols de melo seculo, eles estavam alnda espantados, como que Inquletos... lamentando-se, talvez, de nao terero sldo bastante loucos.
Um santo que desconcertava e depols entuslasmava
"0^ entuslasmo geral de todas as classes era o que surpreendla raals. Alem do que, dlr-se-la que o
Santo se prodlgallzava e procurava satlsfazer a todos, como que senslblllzado por uma acolhlda que o emoclonou tao fortemente, que ele teve que reconhecer nao ter Jamals encontrado algo de seraelhan-
te, mesmo na Itllla, onde as pessoas entretanto se agltara. Ele conqulstou o coracao e a Iraa^lnacao dbs parlslenses por uma mlstura extraordlnarla ^ grandeza e ^ slmpllcldade, de gravldade ^ ^ alegrla• Ele desconcertava; depols ele entuslasmava".
(LA VAREJNI5E^ Don Bosco, Artheme 1961, pp. 176 sTYEl).
Payard,
Paris.
186. Saltavam por clma das cadelras
ou ^ derrubavam para ve-lo e para chegar-lhe bem pertlnho Alnda sobre a entuslAstlca acolhlda dos fran-
ceses
a
Dom
Bosco, e tambem
sobre
sua
vlagera
Secgao II
173.
trlunfal a Espanha, le-se num llvro traduzldo pelo Arceblspo de Belo Horlzonte, D. Joao Rezende Cos ta:
todo
"Partlu de Turim no dla 31 de Janeiro. Passou o mes de fevereiro era Nice para recuperar
forgas era vista das grandes fadigas que o aguardavam. Prosseguiu depois por Toulon, Marselha e Avinhao,
atraindo em toda a parte
does
que
uma
enorraes
benqao. Doentes do corpo ou da alraa,
vara-se
seus
raulti-
Ihe iara pedir uraa oragao, ura' conselho, apinha-
ao redor do hurailde anciao, aguardando
de
iSbios a palavra que renova e de suas maos o
gesto que cura. *Sao as raesraas cenas que se viara era Ars: parecia-rae ate~estar IS', dizia ao ver o entusiasrao
grafo
do
abril,
popular o Padre Monnin, priraeiro
Santo
Cura. Em Avinhao, no
bio-
dia
2 de
na hora da partida do trem, o povo se api-
nhava
de tal raaneira que os viajantes nao
conse-
guiara
entrar nos seus corapartiraentos. 'Ura
verda-
deiro diluviol EstS vendo, Dora BoscoJ' observou o secretSrio Padre Baruel. 'Mais ura motivo para fugirmos logo*, retrucou alegre e espirituoso o san-
to horaera! E prosseguirara a viagem ate Liao
"E a Missa dos pecadores ^ vai ser celebrada por ura santo"
"Bern poucas vezes uraa bengSo chegou a ter tanta eficScia corao essa. No dia 28 de abril, sS-
bado, antes de visitar qualquer outro santuSrio de Paris, Dora Bosco fez questao de ir rezar a Virgera tao querida do coraqao da grande cidade, no seu templo preferido, Nossa Senhora das Vitorias. Ce— lebrou a missa no altar da conversao dos pecadores.
"E muito turba
raas
essa
Arquiconfraria
missa de sSbado,
JS
pela
habitualmente
concorrida, atraiu nessa raanha uraa imensa de povo. Estava marcada para as nove horas,
as"T,30 JS a igreja estava cheia. Alguera
es-
tranhou ao ver tanta gente e perguntou o motivo disso. '0 senhor corapreende — explicou uma boa
raulher
do
povo — e a raissa dos pecadores e_ vai
ser celebrada por ura Santo'. ....
•*As raesraas cenas ^ entusiasrao, de devocao ^
dT"generosidade... era ura delirio" "Tres
dias depois, a 2 de maio, renovarara-se
17M.
Secgao II
as mesmas cenas de entu3lasino» de devogao e_ ^ generosldade, em ~5ao Sulplclo, onde Dom Bosco fol celebrar a mlssa das nove. Desde as 8 hs., a nave
central
gente, por
e as laterals estavam
repletas
de
de modo que nao era mals posslvel circular
elas. Dom Bosco chegou com atraso de uma hora
e um quarto, porque, havendo saldo da Alameda Mes sina as 7,30, teve, entretanto, de se delxar levar a cabecelra de v£rlos doentes. Depols do evangelho
da mlssa, voltou-se para aquele Imenso audltorlo, e Ihes dlsse multo slmplesmente que obras erara essas para as quals pedla o obulo da carldade. A comunhao dlstrlbulda por ele mesmo, durou mals de mela hora. A volta para a sacrlstla fol algo de
Inconceblvel. 0 clero tlnha prevlsto o aperto ^e
quatro se
eclesl^stlcos alem do sulgo ^^ sacrlstao
encarregaram
de acompanh£-lo e ^ protege-lo
contra o pledoso assalto do publlco. Pols bem, fo-
ram
Bomlnados,rodeadoa ^ envolvldos pelas
vagas
humanas que se vlnham quebrar Inlnterruptamente Junto ao hurallde anclSo. Pazlam questao que ele
tocasse
tercos e_ Imagens, pedlam-lhe e Ihe torna-
vara a pedlr a bengao, cortavam-lhe pedagos da sur-
rada batlna para conseryarero como reliqulA, saltapor
clma das cadelras ou as derrubavam
para
ve-lo e para chegar-lhe bem pertlnho. Era um dell-
rlo.
Plnalmente,
consegulu
perto das onze e um
quarto,
chegar i porta da sacrlstla, que se fe-
chou logo depols de ele ter passado. Mas o povo, ansloso por Ihe apresentar seus doentes, assedlou Iriexoravelmente os pesados portals, ate que se soube que Dom Bosco tlnha Ido para a casa paro-
qulal.
Entao a onda humana se preclpltou para
li
volumosamente.
"Em cada dla, em cada Igreja, o mesmo entuslasmo
"Foderlamos segulr Dom Bosco por v&rlos dlas alnda e nas vSrlas Igrejas de Paris, e asslstlrlamos
a
Igreja.
cenas
semelhantes em cada dla e
em
cada
Coleglos, conventos, obras rellglosas
de
varlas categories, dlsputaram a prlmazla das vlsltas de Dom Bosco e ele procurou satlsfazer a todos, despertando por toda a parte o mesmo santo
entuslasmo
e a mesma generosa manlfestagao de ca
rldade para com suas obras
Secgao II
175-
"Acesslvel a todas as maos que o querlam tocar"
"Quando pelas sete horas Dom Bosco quls retlrar-se para Ir a um encontro marcado no ponto
oposto da cldade, nao se sabla corao fazer para le-
vi-lo ate a carruagera que b esperava. Pols homens robustos, ^ puseram a^ seu lado e_ inn tercelrb^ ^ adlante rompendq a multldao. Sempre sorrlndo, sem-
pre abenQoando, acesslvel a todas ag inSos que queriam toc5-lo ou entregar'^he uma esmola, chegou finalmente
Mas
a carruagera aberta que o devia
levar.
para consegulr por o animal era raovimento
foi
outro probleraa: £ pbvo agarrava-se ao veiculo, ^ £ pobre
cavalo
Afinal
nos,
pateava incapaz de sair
do
lugar.
rauito lentaraente, a poder de bragos
huraa-
conseguirara fazer rolar as rodas £ £ carrua
gera partiu« ....
"Munlara-se de tesouras £ cortavara-lhe a batina para fazer rellquias ■^Tarabem em Lille, e talvez ra ais que em outras
partes, £ raultidSo dos catolicos alvorocava-se pa ra
aproxiraar-se dele. Nas igrejas sublam nas
deiras, Q
ca-
e nao se ouvia senao este grito: 0 Santo I
Santo! Os mals entusiastas, rauniara-se de tesou-
raa. e quanBo ele passava, cortavara-lhepeBacos da
batina para fazer t^liquias. Sera perder a calraa, Dora Bosqo suspirava e dizia em tora resignado: ♦Afinal, estou mesrao vendo que nem todos os loucos estao em Cherenton* (lugar perto de Paris havia ura celebre asilo de alienados). ••••
onde
Era Barcelona, recepcSo digna de um Rei
ris.
"A
distAncia de tres anos de triunfo de
Pa
fez-lhe a Capital da Catalunha (JEspanha) uma
recepcao realraente triunFal. Ura rei nao teria sido recebido com malor aolenldade. Na eatagao princi-
pal estavara a sua espera as primeiras autoridades religiosas, civis e rallitares. Na praga da estagSo havia -lo
quarenta landos ^ sua disposicao para levASl Casa Salesiana de SarriA. A raultidgo que se
apinhava para ve-lo. aclaraA-lo e receber sua bencao. era tao grande que do trera ^ carruagera o cortejo durou uma hora! "E
durante
Barcelona,
toda a perraanencia do
Santo
era
as deraonstragSes de entusiasrao nao ar-
176.
Secgao II
refeceram. 0 numero de vlsltantes que todos os dlas se dlrlglam da cldade para o coleglo saleslano, sltuado num dos arrabaldes mals proxlmos, la crescendo de dla para dla. Todas as classes se confundlam na multldao de admlradores
"Nessa
fundldas
multldao de admlradores estavam
todas as classes da socledade;
con-
senhoras
da
mals alta nobreza ^ membros emlnentes de um ^
de
outro clero, operlirlos e grandes
Industrials,
Jornallstas ^ gente humllde do povo. Na casa saleslana de Sarrla, Ja nao havla mals lugar para acoIhe-los; e as pessoas tlnham que esperar paclentemente, sentadas a belra do camlnho, aguardando o
pr6prlo Pom ou
turno.
A afluencla chegou a sen tal
Bosco teve que receber em grupos de
que
quarenta
clnquenta pessoas por vez. Dava a cada um
uma
medalhlnha de Nossa Senhora Auxllladora, e no flm dava a bengao a todos. "Nos
ultlmos dlas teve que recorrer a
melos
mals expedites alnda: assomava de quando em quando a sacada e abengoava a multldao que se la renovando sucesslvamente.
Para ver passar Pom Bosco, aplnhavam-se nas Janelas, nos telhados, nas Arvores, nos lamploes de gAs... "Quando
entre uma e outra dessas
IntermlnA-
vels audlenclas Pom Bosco descla A cldade para vlsltar
08 principals benfeltores de suas obras,
a
populagao de Barcelona para Ve-lo passar aplnhava-se nao so nas Janelas, mas ate nos telhados, nos
muros, nas firvores, nos lamploes de gAs. A pequena estrada de ferro Barcelona-SarrlA teve que du-
pllcar o nlSmero de trens e fol necessArlo por duas locomotlvas a puxar os carros superlotados
rar
"Nao nos e posslvel dlfundlr-nos multo a naras multlplas cenas de devogao popular de que
fol
testemunha a cldade de Barcelona durante toda
a perraanencla de Pom Bosco dentro de seus niuros. Era a repetlgao dos trlunfos de Paris, com algo 'de
mals vlbrante alnda: o ardorTnflamado da Espanha e todo o fervor catollco dessa nobre nagao fundlam-se
numa aclamagSo IntermlnAvel". (A. AUPPRAY
Secgao II
177.
SS,
Dom Bosco, Escolas ProfIssionals
Sao
Paulo, 19^7, pp. 433, 442 a 446, 452 e 453
Saleslanas.
/
Imprimatur: Mons. M. Melreles Prelre, Vlg. G.).
187. Num abrir e fechar de olhos o convento e "assaltado":
querem ver Bernadette
Sobre Santa Bernadette Soubirous (1844-1879), escreve o Conego Trochu: "Era Pau, envergando o gracioso traje plrenalco, foi reconhecida por um tranaeunte no momento era que com a raadre Alexandrine entrava no conven
to. Num abrir ^ fechar de olhoa. convento 'foi assaltado por uma multidao de pessoas... Teve que
se m3es
recorrer
a policia. 0 pStlo estava
cheio
de
que queriara que Bernadette tocasse nos 'seus
filhos. Com o auxilio de agentes, conseguiu-se por um pouco de ordera neste ajuntaraento, e Bernadette passou por elas, tocando nas criangas... Para sa-
tisfazer as Irmas de Oloron, Bernadette teve partir de Pau e dirigir-se para al' (segundo
de as
notas da irmS Vlctorlne)
Que linda santal
"Os
passar.
Jeanne
habitantes
No
seu
de Lourdes
apontavam-na
traje de filha de
Maria,
Vedere que viera de Momeres 3 festa,
'era
tao
bela
veu
e aquele vestido branco que faziam lembrar
estAtua
como um anjo'. Adrairavara-na sob
ao
conta aquele
a
da gruta. *Ohl Que linda santal Que linda
virgemi... Como ela estS feliz1', exclaraavam vozes
na multldSol (Bernadette et Jeanne Vedere, p. 75)* Mas Bernadette nao as ouvia. Por vSrlas vezes, os assistentes, deixando os seus lugares, a rodearara.
'Quase
que
freiras
ja sufocaram, cortaram-lhe o_ veu.
As
conseguirara defende-la, sera o que as suas
vestes seriam arrebatadas. Escondeu-se no meio das
companheiras' e — n3o tendo outras palavras para exprimir em francos a sua estupefag3o ao ver-se
apontada
em publico de um modo t3o indiscrete, —
dizia: 'Como a3o tolosl' (Madre Bordenave, Pr. Ap.
Nevers, f. 380)
IjQ^
Secgao II
Escalam os muros para ver Bernardette
"A
tardlnha,
*a multldao dlrlglu-se para
o
hosplclo* Como o portao do .p^tlo estava fechado, escalaram os murps para ver Bernadette'. Pol preciso organizar um simulacro de defesa: alguns soldados hospitalizados vestiram o seu unifonne. Para contentar toda a gente, a madre Ursula Court fe-la andar para trSs e para dlante na galeria. Simultaneamente aborrecida e divertida, Bernadette dlzia a superiora de Bagneres: 'Mas assim expoe-me como se eu fosse um bicho raro!' (Madre Ursula Court, Pr. Ord. Nevers, fol. 380)". (FRANCIS TROCHU, Ber-
nadette Spublrpus, Editorial Aster, Livraria Pl^-
boyant, Lisboa, Sao Paulo, 1958, pp. 297, 298, 302
e
303 / Imprimatur; Ernesto, Arcebispo-Bispo de
Coirobra).
Y
^
SiSliiiDan,
dg §lSUl§ iioglca, daa gcasaa gug ga aag^§§ dltuodgm,
ii SllSyiii ayeneg tgeag gelgg, &9i§yiS S^JglS§ £gS§d93
gg ^ggaldgg ggg gleg, Sfil^sg^gi
ilS§S§3
l9ilS§l§l> g ISiSgSI iU§§
r88. ^ rellquiaa de SSo Paulo. estando este alnda vivo. operavam muitos milagrea
Contain oa Atoa doa Apoatoloa:
"Deus
operava milagrea extraordin^rioa
pela
m3o de Paulo, de manelra que, apllcando aoa enfer-
moa
ate pa lenqoa £ aventaia que tinham tocado em
aeu corpo, nao ao aalam delea aa doencaa. maa tambem oa eaplri^a mallgnoa ae retlravam" TSt. 19.
TT^lpyr (Dr. PREDERICO TILLMTINN, Luz e Vida. Vozea, Petropolla, R.J., 1936, vol. IlT, p. 130 / Pode
Imprlmlr-ae; Cgo. Franciaco de A. Caruao, p.
c. do Sr. Card. Arcebiapo, 18-6-1936). 189. Sendo ainda vivo SSo SimeSo Eatilita. certo
mercador colocou a imagera dele no
veatlbulo de a'ua caaa; e o meamo
fizeram oa arteaoea de ffoma em auaa oficinaa Narra o Papa Bento XIV a reapeito de SSo Si meSo Eatilita (390-1159): "Conta-ae
a reapeito de SSo SimeSo
Eatilita
que foi ele procurado por um certo mercador antio-
quenho,
o qual era atormentado pelo demonio, e
o
180.
SecQao II
curou.
vo,
Entao o mercador, estando Slmeao alnda vl-
colocou
a Imagem ^ santo na entrada de
sua
c^sa. Alguns "^omens Impios e InTieis do lugar a derrubaram, mas foram severamente punldos. Do mesmo Slmeao, igualmente alnda em vlda, conta Teodoreto
que
Imagens clnas,
os artesaos de- Homa colocavam
pequenas
deTe na entrada e_ no portico de suas ol'lpara por esse melo obter defesa ^
proteQao"T^BENTO XIV, De Servorum Del Beatlflcatlone et Beatorum CanonIzatlone, Typographia Aldl-
nal
Pratl, lb39, liber II, caput XI, n. 15, tomus
II, p. 72).
190. Tudo o que ele havla tocado parecla conservar algo de santo Conta
conhecldo hlstorlador das Cruzadas,
a
respelto de Sao Bernardo (1090-1153): "A casa na qual o abade de Claraval (Sao Ber nardo) se dlgnava entrar era conslderada ditosa;
tudo g_ que ele havla tocado parecla conservar algo de santo; os que devlam Ij* a Asla.~se glorlavam de ter uma cruz benta por suas maos ou felta de tecl-
do que ele tlvesse usado, ^ maIs de uma vez a mul— tldao que o rodeava rasgou as vestes do santo, an^
slosa o
por consegulr algum pedaqo delas para fazer
iTnaT~venerado de sua peregrlnagao. A
multldao
que se aglomerava ao seu redor era tao grande, que um dla esteve em perlgo de ser asflxlado e deveu a salvaqSo ao Imperador da Alemanha, que o ergueu em seus braqos e o levou para uma Igreja, depondo-o dlante de uma Imagem mllagrosa da Virgem". (J. P. MICHAUD,
Hlstorla de las Cruzadas, Union Tlpogra-
flca Editorial Hlspano Americana, Mexico, Relmpre-
slon de 1965, Tomo prlmero, p. 2^5). 191* Pendurou ao pescoqo uma carta
de Sao Bernardo e £e vlu curado De uma vlda de Sao Bernardo (1090-1153):
"Quando Hugo recebeu esta carta (de Sao Ber nardo) encontrava-se doente, com febre. Por veneragao para com seu autor. ele pendurou o pergaml-
nho
ao pescoqo com devoqao, como um remedlo salu-
Secgao II tar,
l8l.
e obteve Imedlatamente sua cura". (R. P. AN-
SELME DIMIER OCR, Saint Bernard "Pecheur de Dieu", Letouzey & Ane, Paris, 1953, Tome Premier, p. 108 /
Imprimatur:
Michel
Potevin,
Vic.
Gen..
23-^-1953).
192. Be i.1 a yarn a sua tunica
e ^ mais ousados cortavam e ras^avam pedagos de sua capa
Da
introdugao geral a um livro sobre Sao Do-
mlngos (1170-1221): "0 Santo chega nesta epoca a sua m&xima popularidade. 'Ao termlno de seus sermoes, nos quais arrancava l5grimas de arrependimento e de admiragao em seu auditorio, ao sair das basilicas o povo
se
precipitava era tropel para receber sua bTngao,
beijar raais
suas
raaos e a firabria de suas vestes.
ousados
capa,
cortavam e rasgavara pedagos de
de modo que esta Die chegava apenas ate
Os sua
os
Joelhos... Domlngos de GuzmSo, a quern viroos tratar de igual para Igual, para dize-lo assiro, com Simao de Montfort, com os Bispos de Toulouse, de Carcassone e de Narbonne, nao era admirado soroente pela nobreza e pelo clero, era tambem amado e venerado
pelo povo'". (JOSE MARIA DE GARGANTA OP, Santo Doraingo de GuzraAn
vlsto por sus conteraporAneos, In-
troduccion General, BAG, Madrid, 19'17, p. 92 / Im primatur: Casirairo, Oblspo Aux. y Vic. gen., 30-5-19^7).
193. Devota de Sao Domingos guarda sua tunica como rellquia
De uma vida de Sao Domlngos (1170-1221): "Estando entao em Segovia na casa desta pobre mulher, ele tirou a tunica de IS com a qual estava Interlormente
vestldo para colocar uma de
tecido
mala duro. ^ sua hospedeira percebeu o fato e^, por um sentimento de veneraqao, oscondeu era um cofre a
tiTnlca
que o_ santo tinha tirado. Algum tempo mais
tarde,
estando ela ausente, seu quarto pegou fogo
e
todos OS seus ro6veis foram queimados, exceto
cofre
que,
Juntamente com a
rellquia,
o
continha
182.
Secgao II
seus objetos mals preclosos". (Rev. Pe. HENRI-DO MINIQUE LACORDAIRE, Vie de Saint Dominique, Ancienne Librairie Poussielque, Paris, 1922, p. 230 / Com aprovagao eclesilLstica). 19il. Levados por sua grande fe, cortavam pedaqos da tunica do Santo
Relata
TomSs de Celano, contemporSneo de Sao
Francisco de Assis (1181-1226):
"As pessoas ofereciam—Ihe (a Sao Francisco de Assis) pao para que ele abengoasse, e quando, em case de doenga, comiam do pao, flcavam inteiraraen-
te curadas• Por esse mesmo motivo, leyados por^sua grande fe, cortavam pedagos de sua tunica, ate o ponto de que certa vez deixaram quase desnudo; e o mals admirfivel era que se o santo Pal tocava al—
gum
objeto
com a mSo," o uso desse objeto tambem
restitula a sadde a n5o poucos". (TOMAS CELANO, Vlda de San Francisco, in San Francisco de Asls. Sua escritos. Las Florecillas. Biograflas del San—
to" por Celano, San Buenaventura ^ loa Tres
gompaferos. MC, Madrid, oompcxnc i VO • Esjae.lo 4I^ de perfeccibn, w
a.
^
ed., 195b, P» 325 / Com aprovagao ecleslAstica). 195. Consideravam-se ditosoa em poder tocar ao menoa a ffinbria de seu habito Narra
Francisco
TomAs de Celano, contemporSneo de
de Assis (1181-1226), em sua
SSo
biografia
do Santo:
"Era
tao grande a fe daquelas pessoas, tanto
dos homens como das mulheres, com respeito ao ser
vo
de Deus, que ^ reputavam ditosos por chegar a
tocar ao menos ^ flmbria de seu hAbito. Ao entrar em alguma cidade, alegrava-se o clero, tocavam-se todos OS sinos, celebravam-no os homens, regozija-
vam-se as mulheres, aplaudiam os meninos e muitlssimas
vezes salam ao seu encontro em triunfo. com
salmos £ ramos. Ficava confundida
maldade
dos
hereges, os quais se escondiam destas inocentes manifestagoes dos flAis, e exaltava-se a^ fe ^
Igreja. Vislumbravam-se em Sao Francisco tantos resplendores de santidade insigne, que ninguem se
Secgao II
I83.
atrevla a repllcar a suaa palavras, porque somente
a
ele
sobre
aflulam a3 multldoes. Acredltava
ele^ que
todas as colsas devla conservar-se a fe
na
Santa Romana Igreja, pols somente nEla pode esperar-se a salvagao dos predestlnados. Venerava os sacerdotes
a
e reverenclava com submlsso afeto toda
ordem ecleslSstlca". (TOMAS CELANO, Vlda de San
Francisco, in
tos. Las Celano.
San Francisco
de Asia. Sus
Florecillas_5_ BioKrafTas San Buenaventura
escri-
del Santo
y los Tres
por
Companeros..
Espeio de perfeccion, BA^C, Madrid, 3a. ed., 1956,' p. 325 / Com aprovagao eclesidstica). 196. Armavam-se de tesouras para cortar ao Santo algum p^acinho 5o ha^bito. que guardassem como rellquia De uma (1195-1231):
biografia
de
Santo
Antonio
"Os raercadores, vendeiros e vendeiras, fecha-
vam
as lojas, e, so findo o sermSo, tornavam
aos
seus negocios. ^ mulheres, inflamadas em devoqao, armavam-se
de
tesouras
para cortarem
ao
Santo
(Santo Antonio) algum pedacito do h§bito que guardassem
como
rellquia. E tinha-se por
arortunado
quem chegasse a tocar-lhe ao menos a orla dos vestidos". (Pe. FERNANDO FELIX LOPES, S. Antonio Lisboa
de
Doutor Evangelico, EdicSo do "Boletim Men-
sal^, Braga, 2a. ed., iy5^, p. 211 / Imprimatur: A., Arch. Primas., Brach., 26-11-1953)197. Recolhiam os seus cabelos como rellquias Le-se num livro sobre Branca de Castela, Rai-
nha da Franqa e MSe de Sao Luis Rei: "Branca
tinha que dirigir novamente a educa-
gao de urn Rei (SSo Luis IX de Franga). "Ela
tinha
Junto de si, ajudando-a em
suas
diversas tarefas, sua filha Isabel (a Beata Isa bel) 'a mais nobre Dama que existia sobre a terra: ela
era muito graciosa e de grande beleza*.
Isa
bel,
aos vinte e tres anos e uma figura excepcio-
nal.
Fisicamente,
ela se parece com Luis; ela
6
l8i|.
Secgao II
loira, tao loira que suas acompanhantes comparain a fios de ouro os cabelos que fleam no pente quando
elas a penteiara — esses cabelos que elas recolhem como rellquias. pois Isabel inspira uma verdadelra
veneracao a todos que a cercam"« (REGINE PERNOUD, La Reine Blanche, Editions Albln Michel, p. 307). 198. "...e as Sp^uas daquele rlo fIcaram tldas em veneragao"
De uma vlda de Santa Isabel, Ralnha de Portu gal (1271-1336):
"A
pretexto de recrear-se, (a Ralnha Santa
Isabel) descia ate a borda da vela e all, por suas raSos, levada da sua humlldade, lavava os panos as-
querosos do hospital e outras roupas de pobres. Nao faltou quem a vlsse em tao herolco exerclclo de vlrtude, e desde al flcaram as ^Piuas daquele rlo
tldaa em veneracao. Multos enfennos, valendo-
—se delas, sararam de repente". (J. LE BRUN, Santa Isabel Ralnha de Portugal, Apostolado da Imprensa,
Porto, ~2a^
eTT, 19^6, p. 68 / Pode Imprlmlr-se:
Hons. Perelra Lopes, Vlg. Geral, 29-12-19'^4). 199, Tocavam e bei.lavam o palanque de onde havia pregado
Sao Vicente Ferrer, como colsa de Deus De
uma
vlda
de
Sao
Vicente
Ferrer
(1350-1^19):
"Com estas e outras colsas, delxou Mestre Vi
cente (Sao Vicente Ferrer) multo reformada a cldade de Tolosa. De tal modo que, costuraando seus habltantes ir cada ano a certas festas com multos
Jogos, cantadores e mSscaras, foram Ifi com uma cruz, disciplinando-se cruamente; porque temlam que, se n3o se emendassem de suas valdades pelas pregaqoes do Mestre Vicente, nao podlam escapar de algum terrlvel castlgo. Dlzlam comumente: este honiem
velo a esta terra para nossa salvagSo ou para
nossa perdlgSo. Para que nos salvemos, se flzermos o que ele nos dlz; para que nos condenemos, se nos desculdarmos de obedecer-lhe. Porque ate aqul podlamos dizer que nao tinhamos quem nos enslnasse
Secgao II
>'i-
tev'^Vv:.!vs-
Sao Vicente Ferrer. Detalhe de quadro do s6culo XV, atribuido a Juan Reixach, na Catedral.de Valencia.
186.
Secgao II
tao bem o que somos obrigados a fazer; e agora JS nao podemos dize-lo. Asslm, fol tanta _a_ devocao que ^ ele tomaram, que depola de sua partlda os tolosanos flcaram com rellqulas suas, e nao qulse-
ram desfazer o palanque ^ qual havla pregado; an tes o beljavam e tocavam como colsa^ de Deus".
^ay VICENTE JUSTINIANO ANTIST, Vlda ^ Saji Vi cente
Ferrer, in Biografla y Escritos de San
Vi
cente Ferrer, BAG, Madrid, 1956, P» 220~7 Imprima tur;
Hyaclnthus, Ep. aux, y Vic. gen., Valentlae,
^-1956). 200. Frade expulsa o demonlo com cabelos de Sao Vicente Ferrer, que guardava como rellqula
Da vlda de Sao Vicente Ferrer (1350-1^119):
"Uma
vez em que o Santo raspou ^ barba e fez
^ tonsura, certo Frel Guillen recolheu parte dos cabelos e os pgiardou como relTqulas. E multo tempo depols, havendo em Mallorca uma mulher endemonlada
que descobrla segredos e dava pena a multos, tomou
o frade os cabelos e, envolvendo-os com um pano, com prazer ou pesar dela, atou-lhos no pescogo. Enfureceu-se o demonlo mals do que nunca, e atormentou a mulher duramente; e se Ihe perguntavam porque a maltratava tanto, respondla que tambem a ele
atormentavam
os cabelos de Sao Vicente.
For
fIm teve que salr da mulher ^ 3elxA-la llvre. Taunbem all, tlraram do Santo uma caplnha, a qual, co mo dlz Ranzano, servlu para llvrar multas pessoas de suas enfermldades". (Fray VICENTE JUSTINIANO ANTIST, Vlda de San Vicente Ferrer. In Blografla y
Escritos de San Vicente Ferrer. BAG. Madrid, 1956,
pp. • 1B2-Tg3 / Imprimatur: Hyaclnthus. Ep. aux. y Vic. gen., Valentlae, 9-6-1956).
201. Seu braco se parallzou ao Jogar fora uma "rellqula" de Sao Francisco de Paula alnda vivo
De uma vlda llustrada de Sao Paula (1^116-1507):
"Em homem,
Ostla,
Francisco
velo ter com Francisco um
consternado,
para pedlr socorro para
de
pobre seu
Secgao II
187.
patrao. Acontecera que o ssu patrao tInha cagoado da
esposa porque guardava zelosamente um'pouco ^
^Iha do lelto em que p_ Santo tlnha dormldo na casa
doTmbalxador franees. Quando Jogava fora essa
palha, seu brago flcara parallzado. "Francisco disse:
»-
Pique
tranqiiilo, irmao, volte para
casa
que nao e nada'. (ANTONIO CASTIGLIONE.^S. Prancisco
de
Paula, vida ilustrada, Delegagao Geral
da
Ordem dos RTnimos, Sao Paulo, 1980, p. 131 / Com aprovagao eclesiSstica).
202. Dividiam os cabelos que cortava, OS restos dos papeis nos
quais tinha escrito uma ordem
Da
vida
de
Santo
InScio
de
Loyola
(1191-1556):
"Compreende-se a veneragao que o santo fundador (Santo Inficio de Loyola) inspirava a todos os seus religiosos, quando se ve que Deus parecia comprazer-se em JustificS-la. Os bons Padres reco:; Ihiam tudo o qi^ podiam apanhar ao aju santo Ge^ raTT Diviaiam OS cabelos gue cortava, qs restos papeis
nos quais tinha escrito uma ordem
ja
ITStil por'ter sido executada, tudo o gue Ihe qer^
tencia e Ihe dizia respeito. ifH^o tinha conservado—o ■iraco~que usava em Manresa; mas nao q^ qode
p-nardar varam
intacto, porque Wig descobriraro e nag t^
escrupulo de tirar-lhe alguns bocados;
lizmente rou—OS
fe-
para os piedosos culpados, o Santo igno-
sempre.
"0
Padre Nadal foi roenos feliz. Santo Inficio
sofria muito dum dente e resolveu-se a mandfi-lo
arrancar.
Nadal, presente q operagao, apoderou-se
fiirtivamente do dente g oueria conserva-lo como iTina reliquia; mas o nosso Santo, que tinha exce-
lente ouvido, escutou algumas palavras, suficientes para trairem o segredo; censura severamente o seu querido Padre Nadal, a quem amava com terna
nfpicao. obriga-o a apresentar o corpo de delito e
f^-lo desapareceh para sempre". (DAURIQNAC, ^ TnSrlo de Loyola, Livraria Apostolado da Imprensa, ^^Ft^ Til. ed., p. 322, 1958, p. 322).
188.
Secgao II
203. Levava numa calxlnha ao pelto a asalnatura do
Fadre IrTacio alnda vivo. Junto com um osso de Sao Tome
Da conhecida autora Daurignac, em seu sobre Sao Francisco Xavier (1506-1552):
livro
"A nova da morte do santo Padre (Sao Francis
co Xavier) tao amado, todos os Portugueses da Santa-Cruz romperam em solugos. "Os marlnheiros desembarcaram com todo o pessoal do navio; todos queriam ver e venerar 0 corpo
do
grande
pea
apostolo, todos queriam beijar-lhe
os
e as maos, recomendarem-se as suas oragoes, e
testemunhar-lhe
o amor e o reconhecimento que ele
havia grangeado de todos os coragoes! "0 santo corpo foi conservado ate ao terceiro
dia, domingo, estendido sobre a esteira que cobria o solo da cabana.
"Jorge Alvares, Francisco de Aguiar, Cristov3o e Antonio de Sartta-Fe, tlrarara-lhe a sua pobre batina da qual repartlrara entre si os preciosos pedagos, caixa nomes
acharam
sobre o seu pelto
uma
pequena
contendo & assinatura de santo InAcio, os dos Padres com os quals 0 nosso Santo tinha
ylvido em
Roma,
formula dos seus votos, ^ uma
barcela de osso ^ apostolo
Tome. sob cuja pro-
tegao ele pusera o seu apostolado das Indias". (J.
M. S. DAURIGNAC, ^ Francisco Xavier, Apostolo das Indlas. Apostolado da Imprensa, Porto, 5a. ed., l959» p. ^59 / Pode imprimir-se: Mons. Pereira Lo pes, Vig. ger. 20-5-195b). 20^. Sao Francisco Xavier levava consigo assinaturas de Jesuitas,por
amor das consolagoes que delas recebia
Conta
agora
o proprio Sao Francisco
Xavier
numa de suas cartas:
"Pela
muita
necessidade que tenbo da
vossa
continuada ajuda espiritual, fui conhecendo, em muitas ocasioes, como Deus Nosso Senhor me auxilia e favorece, em muitos trabalhos corporals e espirituais, por causa das vossas suplicas. E para
Secgao II nunca
189.
ine esquecer de v6a e ter—vo8 na
contlnuamente
e
lembranQa,
dum modo eapeclal, a flm
de
rae
consolar, fago-vos saber, carlsslmos IrmSos, que das
cartas que escrevestes tlrel os vossos nomes,
esFritos com
por
vossas proprlas maos e, .luntamente
o veto da minha proflasao. levo--o8 sempre co-
mlKO, por amor das consolagoes que deles recebo . (S. FRANCISCO XAVIER, Cartas e escrltos selectos,
Apostolado da Imprensa, Porto, 1952, p. 35).
205. Recolhlam os cabelos cortados, para guardar como reltqulas do seu senhor
Da vlda de Sao Francisco (1510-1572), npio Padre Ribadeneyra:
"Depols
de
Borja
que com estas e outras palavras afe-
tuosas se ofereceu a seu Criador, saiu (Sao Fran cisco de Borja) de seu oratorio, e com escrltura
publlca e solene ato renunclou em favor do Marques Dom
Carlos, seu fllho prlmogenlto que estava
au-
sente, a seus estados, tltulos, rendas e vassalos, sem
reservar
para si colsa alguma.
Felto
Isto,
despojou-se das vestes seculares e vestlu-se com o hiblto da Companhla. Raspou a barba e fez a tonsu-
ra para receber as Sagradas Ordens. A vista dlsso, seus crlados choravam como se dlante de seus olhos o vlssem morrer; e as escondldas, recolhlam os cabelos cortados para pruardi-los como rellqulas de seu senhor, ao qual Ja tlnham como morto e estlmavam como a um santo". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Padre
Francisco de Borja, In Histories de la
Contrarreforma, BAC, Madrid, 19^5, PP» 688-6^ / Imprimatur: 31-3-1945).
Caslmlro,
Oblspo Aux. y
Vic.
gen.,
206. ^ cadelras onde se sentava • eram pgiardadas como relTq^ulas De
uma vlda de Santo Afonso (Alonso) Rodri
guez (1553-1617): "•Quando o Irmao (Santo Afonso Rodriguez) acompanhava algum Padre em casas de flels, havla alguns que prestavam bem atengao na cadelra
190.
SecQSLO II
onde ele se sentava, ^ depola Kuardavam como rellqula'. PICPU multo famosa uma dessas cadelras, na qual costumava sentar-se Afonso quando acompa— nhava
o Padre Melchlor Mlralles em casa de Mateus
Mas,
curtldor, morador em Monteslon, cujo pal es-
teve
multo tempo doente de cama. Jamals
Mateus esposa
permltlu
que alp^em se sentasse nela. Estando sua proxlma do parto, e padecendo Indlzlvels
dores, chela de fe nos merltos de Afonso, creu que sentando-se
naquela venerada cadelra terla
fellz
exlto naquele transe. E, com efelto, asslm se passou, com nao pouca admlraqao e alegrla da paclente
e de todos da casa. Jd desde entao, alnda em vlda do Santo, aquela cadelra fol o refuglo de todas as mulheres que costumavam ten partos Infellzes perlgosos. 'Se se tlvesse que escrever todos
ou os
partos fellzes que se deram per devo^ao aquela ca delra, dlz o P. Marlmon, ocuparlam uma grande parte de sua hlstSrla: deste roodo se delxa apenas dl— to que e comum levar esta cadelra nos lugares dos partos, por devoQao a ela'. Atualmente. desapareceu esta vener^vel rellqula. sem se saber onde terA Ido parar, ou se fol destrulda". (Fe. JAIME NO-
NELL, yida de San Alonso Rodrlpcuez, Imprenta y Llbrerla Vda.TT. H. de Sublrana, idbo, pp. 589-590 / Con llcencla. Barcelona).
207. Recolhlam-se cabelos seus, penas com que escrevla, pedacos de papel que tlvesse tocado...
Da vlda de Santo Afonso (Alonso) Rodriguez (1533-1617): "Grande
era a fama de santldade que desde hS
multo tempo gozava dentro e fora da casa o IrmSo Afonso e conservava-se como rellqula qualquer obJeto seu. 'Tal era o concelto que todos da casa tlnharoos de sua santldade, escreve o IrroSo Onofre
Serra, que hfi catorze anos que o conhecl.
multos
do Coleglo recolhlam colsas suas para guardS-las como reliquiae: ^ quando Ihe cortavaro o cabelo. recolhlara-no para o_ mesmo efelto; ate iTs penas com
F escrevla, pedacos de papel que tlvesse tocado. consegulam sua asslnatura. dlzendo que era para colocar
NELL,
no reglstro da portarla'".(Fe. JAIME
Vlda
NO-
de San Alonso Rodriguez, Imprenta
y
Secgao II
*
Llbrerla Vda. E. H. de Subirana, Barcelona, 1888, p. 589 / Con llcencla).
208. Alnda em vlda de Santo Afonso Rodriguez, a mulher do Vlce-Rel de Mallorca ^ ^olocou um retrato dele em seu oratorio
Le-se na vida de Santo Afonso (Alonso) Rodri guez (1533-1617): "Tal era a estlma que
desde o prlnclpio, e
aj[n(3a em vlda do Santo (Santo Afonso Rodriguez), se
tlnha ILs suas colsas* 0 mesmo se dava com os retratos do Servo ^ Deus que, sem ele saber, flzeram alnda em sua vlda. 'Vlvendo alnda o_ santo
Irmao, contlnua Onofre Serra, ha pouco cltado, flzeram-se pusesse
inultos retratos seus. E nao faltou guera deles em plena rua, devendo passar £or
ela uma procIssag.Tconteceu de o Irmao passar por all e, vendo sua flgura, dlsse ao companhelro: •Valha-rae Deus, que felo plntaram o nosso Beato Padre!' — parecendo-lhe sem ddvlda que aquele nao era retrato seu, mas de Santo InSclo. "E nao somente gozava Afonso dessa fama de santldade entre o povo de Mallorca, mas tambem en-
tre as pessoas mals autorlzadas, como eram os VIce-Rels, Blspos e Inqulsldores, que o conheceram ou tlveram notlcla de sua santldade por Intermedlo
de pessoas fldedlgnas. Escrevlam-lhe, pedlndo o mesmo
que o Santo Patrlarca. Mas voltemos aos re
tratos•
"Dona Juana Pardo, espos^ ^ Vlce-Rel de Mal-
lorca,
Juan Vllaragut. tlnha. alnda em vlda ^
Irmio, um retrato deste em seu oratorio, e dlsse a seu confessor que nao podia passar dlante dele sem
fazer uma reverencia; e que tlnha escri^pulo oe nao sentlr tanta devocSo quando passava dlante das Imagens de outros santos. .1& canonlzados". (Pe.
jAImE—^NORELL; vna de San Albnso Rodriguez. Im-
prenta y Llbrerla Vda. ETTI. de Subirana, Barcelona, 1888, pp. 591 e 59^ / Con llcencla). 209. As pessoas recorrlam &s rellqulas
de su^ vestes para afastar Os maus pensamentos De
uma antlga blografla do Beato Jose de An-
chleta (153^-1591)» o grande Mlsslonfirlo Jesulta e
192.
Secgao II
Apostolo do Brasll: "Da peppetua pureza com que Deus o conservou, alguma colsa se dlsse no llvro prlmelro, capltulos setlmo e oltavo, quando esteve
entre rlosa
os gentlos so amparado com o fervor da gloVlrgem Mae de Deus, ajudando-se da oragao e
penltencla corporal; neste passo bastarH acrescentar
o que um padre nosso certlflcou em seu teste-
munho, que ainda sendo ele ylvo, algumas
pessoas
que podlam haver algumas rellquias do seu vestido, confessavam serem muito a.ludadas de"Peus contra os maus
pensamentos
"Pela
firmada
de
fama da santldade do padre Jose,
con-
com tao notSvels exemplos quotidlanos,
e
sua rara virtude e obras milagrosas, que Deus,
por
este vaso escolhido fazia, muitas pessoas to-
marem devoqao de ae a.ludarem das relfquias do ves tido do padre, para suas enfermidades, em especial para em
dor de cabeqa, como algumas pessoas o
seus
outras, PERO
Juram
testemunhos, terera-no ouvldo e vlsto
em
e alnda experlmentado em si mesmos". (Pe.
ROIZ, Anchleta. Llvrarla Progresso
Salvador,
Editors,
1955, pp. 98 e l8l|).
210. Furtavam santamente alguns de seus obJetos e eram curados Alnda
sobre
o Beato Jose de Anchleta
conta
outra blografla antlga: "7. Estava outra mulher de parto, havla qulnze dlas, apertada de dores e com grave perlgo; fol chamado Jose, apllcou-lhe a mSo, e de repente lanQou a crlanqa e flcou llvre do perlgo. E era tal a fe
nestes
casoa que, quando nao podlam
haver
a
presenqa ^ mSos de Jose, bastava so o togue de qualquer
colsa sua para grandes efeltos. Sao
v5^
rlos OS sucessos em seus processes, em os quals se
mostra
tlveram
que so com uma carta escrlta de sua letra,
partos fellclsslmos mulheres
dlferentes,
que estavam em perlgo: Juliana de Sousa, Maria Nachado e Vltorla Pinto, na vlla de Santos, e outras muitas, nas demals vllas. "8. Era colsa tamb^m mul ordln&rla fazerem-se
furtos cavam
seu,
santo8~de colsa de suas alfalas. que apllcom
efeltos maravllhosos. Com
um
barrete
deste modo havldo, foram llvres de dores
de
Secgao II
193.
cabe^a multas pessoas que as padeclam, sd com o per com fe". (SIMflO DE VASCONCELOS, Vlda do venerSvel Padre Jose de Anchleta, Imprensa NaclonalT" Rio de Janeiro, 19^> vol. 1, p. 216). 211. Medico p:uarda como rellqula as ataduras que cobriam as chagas de Sao Joao da Cruz
Conta-se sobre Sao Joao da Cruz (15'*2-1591), num livro de sua vlda:
"Alnda que Prel Jo5o (Sao JoSo da Cruz) tenha escolhido Ubeda porque ninguem o conhecla, logo
corre
a notlcla de que no convento dos
Descalgos
uin enfermo que e santo, e sao mui^os os que se Interessam por sua saude "Uma
vez
preparada a comlda, uma menlna
de
catorze anos, empregada de Dona Clara, chamada Ma ria de Ortega, leva-a ao Convento. Um dla .... asslste a um curatlvo que o Doutor Robres faz no Santo. A menlna observa que no transcurso do cura tlvo, o medico guarda dlsslmuladamente na sacola OS panos e ataduras que retlra das chagas, apesar de estarem empapadas de pus» Quando voltapara ca-
sa. Dona Clara Ihe pergunta como estfi o enfermo. A menlna dlz que se espanta de como ele nSo se quelxa dos curatlvos e, recordando o que vlu o m6dlco
fazer, e*clama: 'Senhora, que grande porco 6 o Dr. RobresI
chelas Joao
Coloca
na
sacola os
panos
e
ataduras
de pus que retlra das chagas do Padre Frel
da Cruz, e os leva*. 'Cale-se, bobal — res-
ponde
Da. Clara — pols sao rellqulas que chelram
multo
bem, porque o_ Padre Prel Joao da Cruz e ^
santo, e e por Isso que ele os leva * **. (CRISOGONO DE JESUS OCD, Vlda de' San Juan de la Cruz In Vlda V obras de San Juan de la Cruz. BAC, Madrid, 196^, nnTT?? a 32M / Imprlma^r: Jose Maria. Ob. Aux. y
Vic. Gen., ll-5-l$6i|). 212. Tocaram nele medalhas
e ter^os, como num santo De
uma
blografla de SSo Roberto
Blspo, Cardeal
Belarmlno,
e Doutor da Igreja (15^2-1621):
igij.
Secgao II "Arcebispo de Capua. — Fol o proprlo Clemen-
te VIII que sagrou arcebispo ao santo cardeal (Sao Roberto Belarmino).
"Este segulndo as prescrlQoes do Conclllo Tridentino e com grande edlficaQao de toda a Cu ria Romana, partlu para a diocese poucos dlas depols da sagragao.
"Reallzou-se
a 1 de inalo a entrada solene do
novo Pastor. As portas da/cldade raontou a cavalo, escoltado por toda a nobreza de CSpua, e sob um baldaqulno que sustentavam sels maglstrados. fama ^ santldade do novo arcebispo trouxera receb¥-lo
3ua
ura
enorme concurso de gente, que levava
veneracao a tocar nele> como em santo,
a
meda-
Ihas je terqos. Para poder entrar na catedral,' tlveram
que tomd—lo nos bragos alguns homens robus—
tos e levfi-lo por outro carolnho. "Parecla—noa ver nele um blspo doa tempoa an—
tlgoa, dlz
uma relagato contemporSnea, e aa ^auas
palavraa flzeram-noa compreender que vlnha ate noa levado daquele eaplrlto de forga e dogura a que
nlnguem
reslate". (JOSO RODRIGUES MENDES SJ, 0
Santo Cardlal Roberto Belarmino,. Apostolado da Im-
prensa"^
Porto"^
1930* P* ^2 / Imprimatur:
A.A.,
Blspo do Porto, 30-A-1930).
213* Blapoa £ Cardeala colocam aeua aolldeua na cabega yeneranda do anclao, para aantlflc&-Ioa naquele contacto aagrado
Alnda da meama plografla de Sao Roberto larmino (15A2-1621):
Be
"E aaalm peaaoaa de todaa as condlgoes paasa-
vam peTb quarto de Belarmino (Sao Roberto Belarmi
no), tocando neTe* cruclfl^oa, Imagens. e tercos, procurando como InapreclAvel dlta beljar-lhe as mSos; alguns calara de Joelhoa a chorar; a devogao
leyava
outroa a furtar alp^m ob.leto do aanto; nem
faltaram
blapoa
e cardeal^ que colocaaaem ^ aeu
aolldeu"" na cabe'qa veneranda do anclao para o^ aantlfIcarem naquele contacto aagrado. Belarmino, Julgando que Ihe tocavaro aquelea objetoa, ao com o
flm de 0 anlmar e conaolar, agradecla Ingenuamente tamanha carldade". (JOAO RODRIGUES MENDES SJ, 0
Secgao II
195.
Santo Cardlal Roberto Belarmlno, Apostolado da Im-
prensa, Porto, 1930, p. 65 / Bispo do Porto, 30-4-1930),
Imprimatur;
A.A.,
214. Paroquianoa diaputam entre ai para guardar algum ob.leto que pertencera ao aeu Cura
Da
hiatdrla
de
Sao
Vicente
de
Paulo
(1581-1660), por Monaenhor Bougaud: "Nada
dlremoa da profunda afligao doa
habl-
tantea de Chatlllon, quando elea ae deram conta de
que
lam
perder
o
seu pSroco
(Sao
Vicente
de
Paulo). Viara-se repetir as cenas de Clichy. A pri-
meira palavra que^ele disse do pulpito, oa soIuqos desataram-se. •Nos perdemos tudo, nos perdemoa o nosao pal*. Ele distribuiu naquela meama tarde aos seua querldos pobres, que ele estava particular-
mente paa,
desolado de deixar, seua rooveia, auaa
rou-
seua parcoa mantimentos. Oa rlcoa tornavam a
comprar
deles
aa
menorea lembrancaa; ^ urn
dos
pobres, Julien Caron. teve que suatentar uma eapecie de aaaedio para guardar urn velho chapeu.
"No dia da partida, toda a paroquia estava no camlnho. Logo que o aanto apareceu, todos calram de Joelhoa clamando: 'A aua benQloI' — que o aan to Ihea deu chorando. Perto de clnqiienta anos depols, as pesaoas idosaa que testemunharam esta ce-
na,
ou oa seua filhoa e netoa, declarareun sob Ju-
ramento, era vlata de uraa prov^Lvel canonlzagao, que aeria
impoaslvel aaainalar tudo o que tinha
aido
feito era tao pouco tempo (clnco raeaea!) pelo Padre Vincent tldo
(Sao Vicente de Paulo), e que elea terlam
dlflculdade em crer, ae nao tlveasem vlsto e
ouvldo.
Elea Ihe tlnham uraa tao alta eatlraa,
que
nSo falavara a aeu reapelto aenSo como de urn aanto.
Acredltam que aua atuagao era ChAtlllon aerla auflclente para o fazer canonlzar, e nao duvldain abao-
lutaraente
que
o serfi urn dla". (Monaelgneur
BOU-
QAUD, Hlatolre de Saint Vincent de Paul. Llbralrle
Vve. T5h"I Pouaalelgue, Paris, 4a. ed.. Tome mier, pp. 80-81).
Pre
SecQao II 215. Ousadia de uma postulante
para obter relTquia do3 cabelOS de Sao Luis GrlKnlon de Montfort
De uma vida do grande Apostolo mariano, Sao
Luis Grignion de Montfort (1673-1716): de
"Um dla em Que ele (Sao Luis Maria Grignion Montfort) se demorou em formular bem certas
prescriQoes (da Regra), uma postulante, entrando por acaso no aposento onde ele escrevia, foi toma— da de respeito em sua presenga, de tal forma ele parecia como que perdido era Deus; com uma ousadia bem desculpSvel, ela teve mesmo ^ ideia ^ IJie cortar alguraas raechas de cabelos, para fazer delas reliquias para si"• (LOUlSLE CROM Monf•, Saint Louis-Marie Grignion de Montfort, Librairie Maria-
TT,—Pont-Chateau, 1^2"; pi ?20 / Imprimatur: Eduardus, Episcopus Pictaviensis, 29-9-1^^2). 216. 0 simples contato com o corpo de Santo Afonso agonizante ou com
ob.jetos nele tocados opera milagres
De uma biografla de Santo Afonso Maria de Lig6rio (I696-I787):
"Um conego, que havia tres anos s6 podia andar de muletas, veio pedir—Ihe (a Santo Afonso de
Ligorio) uma ultima bengao. Os facultativos haviam capitulado ante a enfermidade e o bom padre se tinha -se
conformado com a vontade divina. Encontrandoao lado do Servo de Deus e lembrando-se de
tantos milagres, que, segundo Ihe diziam, havia operado, quis experimentar tambem a fortuna. Sobre a
cama
estava o escapulSrio de Afonso. Tomou-o,
£tp]_j.eovi—o a perna doente e imediatamente desapare—
ceram todas as 9ores e_ fTcou sao, pelo que, cHo— rando de como^o, disse aos presentes: n Cheguei aqui aleijado e volto sao e bom. "No dia seguinte entrou no quarto do doente o Provincial dos Capuchinhos. Afonso estava em esta-
do letArgico. 0 Provincial pediu-lhe, quase a gritar, uma bengao para sieus religiosos, mas nao logrou fazer-se entender. Entao tomou-lhe a mj^ persignou-se com ela, tocando com ja mesma prlmeiro
Secgao II
^97.
urn ouvldo, depois o outro. pols sofrla de 3urdez quase completa» No mesmo Instante ^ surdez desapa—
receu ^ nunca mala voltou» "Urn dos rellglosos da comunldade sofrla de um
tumor
na garganta. Os medicos, a princlpio, opta-
ram pela operagao, mas depois verificaram que era demasiado tarde. 0 Padre estava h& dias i espera da
tar
morte. Abandonado da ciencia, fez-se transpor-
i cela onde agonizava o santo Pundador. Tomou
uma das vendas reclm-usadas pelo doente e aplicou-a a si
cheio de confianca. Levaram-no de volta a
enfermaria
e, no dia seguinte, qual nao foi a es-
tupefaqSo dos medicos que nSo descobriram o minimo de tumor, onde antes havia um muito grande, como tinham constatado". (Pe. JOSE MONTHS GSSR, Afonso de Lig6rio o Cavaleiro de Deus, Editora Vozes, Pe-
tropolis, T962, p. 160 / Imprimatur; Pe. Jose Ribolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo). 217. Toda a sua vida Vicente trar$ sobre seu coraqSo, como
reliquia, uma carta de Sao Paulo da Cruz Narra
um
llvro
sobre Sao
Vicente
Strambl
(17^15-1824):
"Em lugar de entrar novamente em Civita-Vecchia, ele (Sao Vicente Strambi) foi-ter a Casa dos Passionistas
de
Capranica, onde o aguardava
uma
carta de SSo Paulo da Cruz "Durante
toda.a sua vida Vicente Strambi le-
varia este bilhete, como uma reliquia, sobre seu coragSo, e nao e proibido supor que nos momentos
3e
extreme
fadiga, ele o tocasse com
as
mSos".
(MARIA WINOWSKA, C'Est I'Heure des Saints, Imprimerie Maison de la Bonne Presse, Paris, 1952, pp.
70-71 / Imprimatur: Petrus Brot, V. Q., Parish 218. Distribuiam o sangue do Cura d'Ars como preciosa reliquia
Contam algumas testemunhas do processo de CanonizagSo e BeatificagSo do Cura d'Ars
(1786-1859):
198.
Secgao II "0
Sao
Interesse da multidao pela sua pessoa (de
Joao
Vlanney) sempre Ihe
fol
desagradavel.
'Sentla verdadeira trlsteza, diz a condessa de Ca rets, ao ver que buscavam os objetos de seu use
para converte-los em rellqulas' (Processo Ordlnarlo, p. 917). Urn dla, ao notar que Ihe cortavam um pedago da batlna, dlsse entre gemldos; 'Que devogao
reals mal-entendlda'. Cada vez que cortava
cabelos
tinha o cuidado de os recolher e
os
queiraar
na estufa do seu quarto. ^ barbelros, poretn, nao erare lIL reulto escrupulosos ^ facilmente se delxavare
subornar.
arelgos
Joao Pertinand
conquistou
reuitos
gragas ao piedoso latroclnlo que se permi-
tia coreeter serepre que achava ocaslao proplcia (Catarina Lassagne, Processo apostollco pereant, p. 410). dos
"0 Cura d'Ars, que era o reenos desconfiado horeens, nao acertava adivinhar a causa desses
furtos,
de que freqiientereente era vltima. Ao ter-
minar urea reissao desapareceu-lhe o candieiro. 'E curioso, disse ele, eu Julgava que todos se houvessere convertldo... e els que ree roubam!* (Joao
Pertinand, Processo OrdlnSrlo, p. 391). "Quando
nos ultlreos anos o Dr. Saunler
san-
grava-o urea ou outra vez para Ihe descongestlonar a cabega, o P. Vlanney reandava enterrar o sangue no cerelterlo, 'porque era sangue de crlstao' (Con
dessa
de Carets, Processo OrdlnSrlo, p. 917), mas
exlgla que so o enterrassere na sua presenga (Marta-
Mllard, Processo apostollco contlnuatlvo, p. 858; Conego Morel, Processo apostollco ^ genere, p. 456). Mesreo asslre. Isso nao Irepedlu aos bons IrreSos de Ars 'de subtralrere um pouco e dlstrlbul-lo coreo preclosa rellqula. garrafInhas
(Alnda se guardare alpqtmas
de crlstal core sangue que
permaneceu
llquldo. H£ urea no tesouro de Ars, outra no Carme-
lo
de ChSlons-sur-Saone e outra ere Nantes, na Ca-
pela dos PP. Capuchlnhos. Esta ultima, sere duvlda, pertenceu ao Sr. Slonnet, grande amlgo do Cura d'Ars)". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vo-
zes, Petropolls, 2a. ed., I960, p. 379 / Imprima tur:
Luis
Plllpe de Nadal, Blspo de
Urugualana,
^6-1959)'. 219. "Alppjmas reulheres, por trAs, cortavare-lhe g sobrepellz ^ reechas de cabelos..."
Sobre Sao Joao Vlanney (1786-1859) le-se;
Secgao II
199.
"Apenas o Cura d'Ars aparecia fora da Igreja, a multldao comegava a murmurar: El-lo! Corrlam ate
ele, assediando-o,
comprlmlndo-o; ele nao
^dla
avangar uin passo sem levantar seu brago para abengoar. Geralmente» urn homem catnlnhava adlante dele, para conter a multldao. 0 Santo Bem-aventurado im
pure as mabs na fronte das criangas, tocava os enfennos, dlavam. fImbria
respondia as perguntas com que o
asse-
Alpcumas mulheres. por tras, cortavam a de sua sobrepeliz, mechas de sens cabelos
abundantes.
Sem se Irrltar, ele Ihes dizia: 'Dei-
xem-me tranqiiilo*. Humilde, curvado, nao agiientando mals, porem amSvel com todos, ele continuava 15, como no altar, o intercessor e a vltima. "Que
allvio sentia, entretanto, quando atin-
gla o presbiterio e fechava a porta atr5s de sil" (EMILE
BAUMANN,
Trols Vllles
Salntes.
Editions
Publiros, Marseille, pp. 3^-35). 220. Edesi^sticos franceses desfiaram « a murga de Pio IX guardando
com veneracao essa's rellquTas
De uma
blografia de Plo IX (1792-1878),
publlcada em sua vlda:
"No dla seguinte, celebrou-se o vlgeslmo prlmeiro anivers5rio da coroagSo de Pio IX. No dia 23
fol sagrada a Igreja de Santa Maria dos Anjos, admirfivel
monumento edificado pelo piano de
Miguel
Angelo nas Termas de Diocleciano e retificado por Plo IX. A 2^1, 5 saida da basilica de S. Joao de LatrSo, fizeram ao Papa uma ovagao como talvez nunca
tinha recebido. AJoelhada na ampla praga, e
quase
enchendo-a,
basilica Pio
se
a multidSo que n3o coubera
IX estendeu a m3o para abengoar, todo o
levantou, e por um unico movimento era
brado
na
esperava a bengao pontifical. Depois que
ura
povo
s8
respondent Viva Plo IX, Viva o Papa-Reil Os
bragos e os lengos agitavam-se, as flores choviam, e a carruagera papal ficou por rauito tempo aprislo-
nada. 0 Santo Padre, apesar de estar acostumado is demonstragoes
cheios
apaixonadas do povo, tinha os olhos
de ligrimas. ^ sua murga foi por ftssim di-
zer desfeita fio
fio pelos e^esiasticos france
ses que se achavara por tris dele, os quais deposi-
200.
Secgao II
tavam com veneracao essas rellqulas, em seus bre viaries. 0 ajuntamento de povo e as exclamaQoes duraram ate chegar ao Vatlcano, Isto e o .espago de uma grande legua. E todos os dlas repetla-se o
mesmo
entuslasmo". (VILLEPRANCHE, Flo IX. Sua VI-
da. Sua Hlstorla e Seu Seculo. Cla. Edltora Pano rama, Sao Paulo, p. 251).
221. Pledoso estratagema para obter ob.leto tocado por uma Santa
Da hlstorla de Santa Bernadette (1844-1879): "Em
Nevers, numa altura em que a Irma Marle-
-Bernard
se entregava ainda as suas ocupagoes ha-
bituais, uma mulher da cldade velo a Saint-Gildard. Dese.lava encontrar para o fllho multo doen-
te, algo que ^ yldente~ge Lou'rHes tivesse t'ocado, e por Isso Imaglnou um estratagema: pedlu que 'entregassem. a Bernadette uma cobertura de bergo 'felta de- renda, mas emaranhada e Inacabada*. para que ela a desenredasse e acabasse. A IrmS Vlctolre
Cassou fol entregar o recado. Entrando na sala onde
a
IrmS Marie-Bernard trabalhava com
eompanheiras,
enredou isto
as
suas
expllcou: ^Mlnhas IrmSs, uma mulher
esta cobertura. Podem repar&-la?* Dlzendo
colocou a IS emaranhada sob os olhos de Ber
nadette, pondeu
que de nada desconfiava. *EstS bem
res-
esta, estas senhoras estragam o trabalho e
nds somos obrlgadas a reparS-lo... Varoos IS, de-me essa cobertura*. Bernadette arranjou-a; levarara-na Imediatamente S mulher que a colocou sobre a crianga, e esta curou-se (segundo o conego Aug.
Perreau, Pr. Ap. Nevers, f. 154. — Madre Bordenave. Id., f. 394). "A
casa-mSe fol alnda testemunha de um outro
prodlgio. *Uffla mulher, conta a IrmS Claire Borde's, trouxe-nos um garoto que nSo podia andar. Querla que Bernadette Ihe tocasse, esperando que se desse
um
mllagre*. A superlora geral — madre Josephine
Irabert — chamou a IrmS Marie-Bernard e dlsse-lhe:
*Tome
conta da crianga enquanto falo com esta se-
nhora*.
Bernadette,
continue a IrmS Bernard
llas,
*gostava multo de crlangas. Toroou nos
gos,
mas depols achando-o multo pesado, po-lo
Da
brano
chSo*. 0 garoto *correu alegremente para a roSe'**.
Secgao 11 (FRANCIS
Aster,
201, TROCHU, Bernadette Soublrous,
Livrarla
1958,
Plsunboyant, Lisboa,
Editorial
Sao
Paulo,
pp. 4^9-^50 / Imprimatur: Ernesto, Arcebls-
po-Blspo de Colmbra).
222. Inventam mil astuclas
para Ruardar os cabelos de Bernadette, quando ela os corta De
um llvro sobre Santa Bernadette Soublrous
(18^4-1879) e Lourdes: "As
postulantes.
Bernadette) muito as
goza
Junto as quals ela
de Imenso prestlglo
—
(Santa
'Gosto
das pequenas toucasi* dlz ela com agrado —
postulantes. inventam roll astuclas para ter uma
lembranga
de
Bernadette,
guardar
seus
cabelos
quando ela os corta, fazer-lhe tocar objetos - ou, raals slraplesmente, devorA-la com os olhos. "Blspos,
Cardeals,
vem ver Bernadette, e
a
Interrogam com vlslvel emoqao... "Alguns vlsltantes pretendem pedlr-lhe conseIho na conduta de sua vlda esplrltual. De todos os
lados as
as pessoas Ihe pedem oragoes. As
postulantes*
crianqas,
as novlqas que a vlsltam
quando
estA doente, manlfestam freqiientemente uma admira-
qao
fortlssima e saem da enfermaria
(MICHEL
DE
recuando..."
SAINT-PIERRE, Bernadette et
Lourdes.
Editions "La Table Ronde", Paris, 1958, p. Ibb). 223. Estratagema de um Bispo para
6bter"irma rellqlila de Santa Bernadette De um llvro sobre Santos dos nossos tempos: "Algumas vezes, ela (Santa Bernadette) flcava bem zangada com as Jovens frelras que tentavam to
car seu hAbito ou seu rosArlo. E um Blspo que vlera
ve-la, numa ocasiSo em que estava doente,
cllnou-se
calu• vesse,
tanto sobre sua cama que o solld^u
Ele esperou que ela o_ peRasse £ Ihe
InIhe
devol-
mas a Santa, sabendo que ele o Irla consl-
derar como uma rellquia, deixou-o flcar onde esta va.
Era vez de apanhA-lo, o Bispo de tal modo
sistiu
in-
para que ela o_ entregasse, que ate- a Madre
202.
SecQao II
Superiora rlu-se do eatrataRema. Pol 86 fi. ordem desta que Bernadette apanhou o 80lid6u e o devolveu ao Blspo". (THEODORE MAYNARD, Saints for our Times, Appleton-Century-Crofts, Inc.^ New York, p. 261 / Imprimatur: Francis Cardinal Spellman). 22^. "Estes cabelos serao para mim rellquias"
De duas cartas de Santa Teresinha (1873-1897) ao Padre Roulland, missionfirio na China: "Ides de certo achar-me crianqa
demais,
mas
nao importa, confesso—vos que cometi um pecado.de inveja, lendo que vossos cabelos lam ser cortados e substituldos por uma tranqa chinesa. Nao foi desta que tive inveja, mas simplesmente de uma pequena mecha dos cabelos deitados fora. Perguntais-me de certo rindo que e que eu faria deles? Pols bera, e muito simples, estes cabelos serao para mim reliquias, quando estiverdes no Ceu com ^ palma do martirio
com
na mao. Achais sem duvida que me previno
muita antecedencia, mas sei que e a unica ma-
neira de conseguir o meu intento, porque a vossa irmazinha (que nao e tida como tal senao por Je sus) flcarA certamente esqueclda na distrlbuiqao
de
vossas reliquias. Estou certa que vos rides de
mim,
mas nao faz mal. Se consentirdes em pagar
pequena
recreaqao que vos dou com 'os cabelos
urn futuro mirtir', fico bem recompensada
a
de
(Carta
de 1-11-1896)". "Recebi com alegria, ou antes com emoqao, as reliquias (trata-se da mecha de cabelos pedida pe-
la Santa ^ Roulland - Ver Carta CLXXVIII de 1 de Novembro de 1896) que vos dignastes enviar-me (Carta de 1-5-1897)". (Cartas de Santa Teresa do Menino Jesus, Obra das Vocaqoes Sacerdotais,
Salvador,
pp.
361, 362, 402 e 406 / Imprimatur:
Antonio. Bigpo Auxiliar, 30-9-1952).
u Qqcqi s
s
ceatga
ds gQiyi §• ^sblda dga aan^gi^
gu da igua □§ gua], ae layacam^ sag yenecadga cgmg
S9n|idgcii d§ ^ingigi
225. Cardeal ve-se curado depols de beber por urn copo que Sao Bernardo utlllzara
De uraa blografla de Sao Bernardo (1090-1153): "(Sao Bernardo) curou dlversas pessoas enfermas
tocando-as com as maos ou dando-lhes a
beber
agua benta. ^ proprlo cardeal Mateus se restabeleceu de urn vlolento ataque de febre depols de beber
por
urn
copo
que o santo utlllzara".
TaHIDE
77
LuddY> Bernardo de Ularavalj Editorial Aster, Llsboa, po 269).
226. Blspo recupera a saude ao
utlllzar-se de ^ prato do qual se
servlra Sao Bernard
v
De outra blografla do mesmo Sao Bernardo: "Qualquer colsa que (Sao Bernardo) tlvesse trazldo sobre si, era tlda por preclosa rellqula; ate um prato de barro, do qual se utlllzou uma vez
o_
Santo, bastou para restltulr a saude a um Blspo
aue comeu uns pedagos de pao e tomou um pouco de agua que havla mandado colocar nele". (P. PEDRO DE RIBADENEIRA SJ, Vlda de San Bernardo In Obras Com-
204.
Secgao II
pletas de San Bernardo I, BAG, Madrid, 1953, p. 38 7 Imprimatur: Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral. Madrid, 23-12-1953).
227. Um homem guardou como rellqula
2, copo usado por Sao""Joao da Cruz De uma vlda de Sao Joao da Cruz (1542-1591), colabprador de Santa Teresa na reforma do Carmelo: "Antao
so,
de la Bermeja e um homem bom e pledo-
Irmao tercelro do Carmo. Nao sabe como
qular
obse-
ao padre Prior (Sao Joao da Cruz), com cuja
presenga se consldera tao honrado, e Ihe oferece um copo de vlnho. Frel Joao o recusa, mas ante a inslstencla de Antao, bebe um pouco. 0 pledoso ho
mem
guarda £ copo como uma rellqula.~Klnguem tor-
nar£ a beber nele por cerca de trlnta anos, duran-
te
OS quals consegue conserv&-lo. 0 padre
da
Madre de Deus (o Asturlano) chega a ver o bopo
Alonso
e constata a estlroa com que o guarda Antao de la Bermeja. Ao morrer delxa-o a um parente seu, que o conserva com a mesma veneragao, ate que um dla se
quebra". (CRISOQONO DE JESUS CCD, Vlda ^ S^ Juan la Cruz, In Vlda ^ Obras de San Juan de la Cnaz, BAG, Madrid, 19t)4, p. 2tt7~7 Imprimatur: Jose de
Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., ll-5-19o4). 228. Por devocao, frelras chegam a tomar os restos de seus allmentos
Da mesma blografla de Sao JoSo da Cruz: "Tudo
Isto
faz com que a veneracao por
seu
Mestre esplrltual (Sao' Jo'So dia Cruz) seja a que se tem ^ um santo canonlzado. Quando entra na clausu-
ra, h5~Irmas que se p5em de Joelhos dlante dele e beijam-lhe as mgos e qs pes, como faz Isabel ^da Encarnagao. Outras vezes dlsputam as sobras da sua comlda. Atentas ao momento em que Frel. Joao EermT^
nou sua refeigSo, quando as IrmSs portelras recebem de volta os prajtos de barro, chegam as Frelras
como ^ porfia, comem o_ pao que sobra e^ bebem, como se fosse benta, a Agua que delxou no copo e, reparbem
Pelo
entre si as sobras do prato como colsa santa.
contrSrlo, nlnguem toca nas sobras do compa-
Secgao II
205*
riheiro
de Prel Joao, alnda que haja delxado as melhores colsas". (CRISOGONO DE JESUS OCD, Vlda de
San
Juan de la
Cruz, In Vlda ^ Obras de ^ Juan
^ li—Cruz,"5AC7nR[adrid,~T^l|, p. 238V Tiprlinatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964). 229. Uma paralltica fica curada ao comer das sobras do prato de Frei Isnardo
Do santo varao Frei Isnardo (sec. XIII), con— ta uma antiga vida dos Padres Dominicanos: "No convento de Pavia viveu um piedoso e fer-
voroso varao, pregador muito eloqiiente, charaado Prel Isnardo (Beato Isnardo), por raeio do qual Deus fez multos milagres, confirmados por testemunhas fiels
numa havla
paralltica que comeu das sobras que ele
delxado sobre a mesa, curou-se completamen-
te". (GERARDO DE FRACHET, Vida de los Frailes predicadores, in Santo Domingo de GuzmAn visto por
sus
contemporSneos, BAG, MadridT~19W, p. HI /
Imprimatur:
Casimiro, Obispo Aux. y
Vic. gen.,
30-5-1947).
230. Um conego sara ^ comer pedago ^ £|o subtr^do do prato de Sao Paulo ^ Cruz De
uma
historia
de
Sao
Paulo
da
Cruz
(I694-I775), que fundou a Congregagao dos Passionistas:
"0
conego Vespasiano de Sanctis, de Sonnino,
na diocese de Terracino, que JS sofria grande e perigosa hernia, foi atingido da 'miserere'. Nao havia mais esperangas; o fez com que Ihe fossem admlnlstrados os
de^ uma colica ^medico dltlmos
sacramentos. Na propria noite em que se contava ve-lo expirar, ele se lembrou ^ que tinha ^ penueno pedaco de p^, subtraldo ao Servo ^ Deus fsto Paulo da Cruz) durante seu .lantar na casa ^ iiiiPbenfeltor; fe-lo^ trazer, tomou algumas migalhas TTom—um pouco de agua e imediatamente entrou em um
profundo sono, que durou a noite toda. Quando acordou, de manha, encontrava-se completamente cu-
206.
Secgao II
rado; ate a hernia havia desaparecido. *Desde entao, acrescenta o venerlLvel Strambi (Sao Vicente Maria Strambi), contemporaneo do conego, ele goza de perfeita saude'". (LOUIS-TH. DE JESUS AGONISANT, Hiatoire de Saint Paul de la Croix, Librai-
rie H. Oudin, Editeur, Paris, ^la. ed., 1888, 613 / Cora aprovagao eclesilistica).
p.
231. "Bebo esta $p;ua porque nela ura santo lavou as raaos"
De
\iraa biografia de Sao Jose Benedito Cotto-
lengo (1786-18^12); "Corao deraonstragao do conceito que os asilados fazlam do seu padre (Sao Jose Benedito Cottolengo), basta este episodio. A IrraS Fernanda viu urn
dia uraa Ursulina, .••.
com alegrta e respeito
beber da $gua na qual o^ servo de Deus' Tavara as raSos. Interrogada pela superiora por que fazia^isto, ^ respondeu que bebia aquela $gua, porque ura
nela
santo lavara as raaos". (Mons. AQUILES GORRINO,
^o Jose Benedito Cottolengo, Vozes, Petropolis, 2a.
ed., 1952, p. 35^ / Com aprovaqao eclesillsti-
ca).
232. ApSs lavar os pes de Santa Clara, uraa freira bebeu aquela Agua, achando-a doce e saborosa
Depoimento cesso
de
da IrraS Ines de Oportulo, no Pro-
Canonizacao
de Santa
Clara
de
Assis
(1193-1253): "A
dep>oente contou finalmente que tendo
uraa
vez .conseguido ^ grandes instSncias, lavar os pes da Bein-aventurada Madre bebeu era sepgtida a Agua desse banho, a qual Ihe pareceu doce e tao saboro-
sa
que ela nTo saberia explicar. — Pbi-lhe
per-
guntado se alguraa outra IrraS havia tarabAra bebido dessa Agua; ela respondeu que nao, porque a referida
Madre
a Jogou fora iraediataraente, a fira
de
que ninguAra mala a deguatasse". (J*ai connu Madame
Sainte Claire — le procea de canoniaation
de
^inte Claire d'Aaaiae -- Lea E^fitiona du Cedre, Paria, 1961. p. 87 / Jinpriraatur: J. Qaston, Vic. gen. de Toulouae, 12-7-1960).
Ill A ^sDSlS dQi §§5^91
— njfisnig QSg
§ilii i§igniQ|§§ —
i E§c|lcu3s§rmeQts gnislQii
§81 QlbQi dQ| flil3, gug gi ii.Q§i dg SgQ§g§sl§ 3S §lSgl^i9
^gl8§
S 1^§3 ^Sy§g §§ Sl§§ S Si Sii 233- 03 6sculos eram tantoa que as mSos de Sao Bernardo Inchavam
De Sao Bernardo (1050-1153) nos conta o Padre
Teodoro Ratlsbonne, fundador daa Fllhas e dos MlsalonSrios de Nossa Senhora de Slon:
"Em
efeltoa
Toulouse
nao foram menos abundantea
oa
de suas palavraa (de Sao Bernardo); mas o
entualaamo
e as demonatraQoes de respelto que Ihe
manifeatavaro os habltantes da cldade, logo trouxe—
ram
serlas
Indlaposlqoes a Sao Bernardo.
Dlz-se
que
tantoa
Saculoa cobrlam suaa mgoa que
vdrlaa
vezea elaa Inchavam conslderavelmente como aconte-
ceu
tambem com os seus magroa e dellcadoa braqoa,
a ponto de nao poder mala dar a bengao". (M. 1'Ab be
RATISBONNE, The Life and Times of St. Bernard,
P. J. Kenedy, Excelsior Catholic Punishing House, New York, 1895> PP» M08-1|09). 23M. Aquelea que ae encontravam perto
dele bel.1avam-lhe os pea.~ Alnda de Sao Bernardo, narra outra
blografla
sua: "Ele (Sao Bernardo) fol recebldo pela popula-
gao com um entualaamo Indeacrltlvel: Jamala urn mo-
208.
Secgao II
narca
se vlu de tal manelra acl2imado. Esperado no
camlnho por uma enorme multldao, nao pode esqulvar-se aoa slnals de veneragao que Ihe prodlgallzavam.
O3 que se achavam perto dele, beljavam-lhe
OS pes; outros. mals ousados, cortavam ou rasgavam OS panos da sua vestlmenta para os conservar como
rellqulas. e ele entrou na cldade no meio de alas de doentes que foram colocados era seu camlnho para que OS curasse tocando-os. Pols se sabla que Deus
gostaya
de operar pelas m5os do abade de Claraval
rollagres que atestavara a sua vlrtude. Nos dlas segulntes, Invadlu-se o presblterlo onde ele se hos-
pedara, e se espreltavara os seus raovlmentos para o aclamar: ele flcava Impasslvel no raelo desta explosao de popularldade". (RENE DUMESNIL, Saint Bernard Horarae d'Action, Desclee de Brouwer et Cle, Edlteurs, Paris, 193^, pp. 87-88 / Iraprlraatur: V. Dupln, V. g., 2-3-193^).
235. Beljav.ara os pes do
Bera-aventurado~Zrordao da Saxonla, a sua partlda 'de Jerusalem Da
vlda do Bem-aventurado Jordao da
Saxonla
(II85-I237), dlsclpulo e sucessor de Sao Domlngos como Mestre Geral da Ordera dos Pregadores: "E tendo asslm comegado, contlnuou o bem-aventurado (JordSo da Saxonla) o seu dlscurso; e quando chegou o momento da separagao, os cavalel-
ros
vertlara lAgrlmas, beljavam seus p?3 e suas
vestes,
recomendando-se
Pe. ?r.
JOSEPH-PIE
Jourdaln
de
as suas oragoes".
MOTHON, Vie
du
(Kev,
Blenheureux
Saxe, Soclete Generale de
Llbralrle
Cathollque, Paris, I885, p. 306 / Imprl- matur: Pr. Thomas Pauclllon, Prior Provlnclalls, 10-9-18811).
236. SSo Francisco Xayler escrevla de .loelhos a Santo Inaclo.
pela grande devogao que Ihe tlnha...
Da
vlda
(II19I-I556),
de
pelo
Santo
InAclo
Padre Rlbadeneyra:
de
Loyola
"0 Padre
Secgao il
209.
Francisco Xavier, varao verdadeiramente^apostollco para mostrar a devocao e veneracao que Ihe tinha (a Santo Inacio). muitas vezes, quando_ Ihe escrevia cartas. escrevl-as de .joelhos". (PEDRO DE RIBADENEYRA SJ, Vida del bienaventurado Padre lenaclo de Loyola, In Historlas de la Contrarre-
forma, BA?J7 Madrid, 19^5» p. 3l5 /Imprimatur: Caslmlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen.). 237. ...como ele mesmo conta numa carta
Pecho
de uma carta de Sao Francisco Xavier a
Santo InSclo de Loyola:
"Asslra termlno, meu Pal zeloslsslmo de mlnha alma, com os .joelhos em terra enquanto esta escrevo
como se vos tlvesse presente. pedlndo a
vossa
siTnta Carldade que me recomendela raulto a Deus Nosso Senhor em vossos santos e devot.os sacrlflclos e oragoes, para que Ele me faga sentlr a sua santlsslma
gragas
vontade
nesta vlda presente e
me
de
para a cumprlr perfeltamente. Amem. E o
mesmo pego a todos os da Companhla / De Cochlm, em 12 de Janeiro de 15^9 / Vosso mlnlmo e mals Inutll fllho / Francisco". (San FRANCISCO JAVIER, Cartas V Escrltos de San Francisco Javier, BAC, Madrid,
1953»
P* 28^/ Imprimatur: Jose Maria, Ob. aux. y
Vic. gen., Madrid, 1-5-1953).
238. "Renunclarla a yer Sao Joao Batista para me lancar aos pes da
Madre^eresa e pedlr-lhe a bengao!" Le-se
em
uma
blografla
de
Santa
Teresa
(1515-1582), com aprovagao ecleslSstlca: "Francisco
de
de Salcedo, Caspar Daza,
Aranda, oP. Pedro IbfiKez,
nao
Gonzalo
todos estavam
JS
so convencldos, mas conqulstados: se qulsesse
podia faze-los passar pelo fundo de uma agulha, e nao
era ela que se prlvarla de o fazer. A venera-
gao que o santo fldalgo Ihe dedlcava nao tardarla a
tornar—se tao espetacular como o tlnham sldo as
suas ddvidas:
210.
Secgao II - Se
estava
me viessem dlzer que S. Joao
Batista
as portas de Avila e a Madre Teresa noutro
ponto da cldade, renunciaria a ver S. Joao Batista para me lanqar aos pes da Madre Teresa ^ pedir-lhe
a~berVgo;'. (MARCELLE AUCLAIR. Santa Teresa de Avlla^ a Dama Errante de Deus, Livraria Apostolado da Tiiiprensa, Porto, 1^9, P« 121 / Imprimatur; Plorentinus, ep. Aux., ^-9-1958). 239- Frades a.joelhados pedem a benqao a Santa Teresa
Conta
o
famoso historiador
William
Thomas
Walsh, sobre Santa Teresa de Jesus (1515-1582): "A medida que a carroQa que a levava (a Santa Teresa) la atravessando os povoados do campo frio,
o
povo
sala ao seu encontro para ve-la, pois
JA
entao se havla estendido largamente o seu pre^tlgio, e corrla rapidamente a notlcla de sua passagem por all. "Em uma casa de Villarrobledo, .onde se deteve
para
comer, as pessoas se alvorogaram de tal
nelra
ma-
que quebraram a porta e as Janelas para ve-
-la, e as autoridades tiveram que deter alguns. Em
outro povoado, ela preclsou sair horas antes amanhecer, para escapar a nervosa curiosidade publico. Pedlam-lhe que abencoasse ^ multidgo em
do do e^
alguns lugares. Inclusive que abengoasse o ga-
do. ^ mostelro Descalgo de Nossa Senhora do Socorro, o^ frades salram para recebe-la em procissao' ^ depois de se terem a.loelhado diante dela,
pedindo
sua
benqao, escoltaram-na aFe
a" igreja
cantando ~o~5^~D|u^. (WILLIAM THOMAS WALSH. Santa Teresa
de Avila, Espasa-Calpe, Madrid, 1951,
pp»
572-573).
2^10. ^ chegarem Junto ao leito de morte de Berchmans, muitos Religiosos se ajoelharam
De
uma
biografia
de
Sao
Joao
Berchmans
(1599-1621): "Os outros irmaos, menos felizes, cercavam as
portas
da enfermaria. Mas o Reitor, J^lgo^ melhor
Secgao II
211.
Interdlzer-lhes a entrada, receando
que o enfenno
se extenuasse de fatlga com novos entretenlmentos.
Berchmans velo a saber dlsso, e prevendo que nao verla mals seus Irmaos, se nao os vlsse naquele dla,
supllcou
ao Superior que levantasse
a
sua
prolblgao. 0 Reltor nao ousou reslstir a um desejo que Julgava Inspirado por Deus; e todos os religlosos vieram cada um por sua vez visitar o santo
irmao. ^ chegarem Junto ao leito, multos ajoelharam-se,
e Joao nao o conseguiu impedir
Al-
guns conslgnaram nos seiis testemunhos escritos, aqueles derradeiros avisos de Sao Joao, fazendo observar
de
que o
santo morlbundo falava com um torn
irresistlvel autorldade. Todos estavara estupe-
fatos
da
sentlam
majestade sobrehumana da sua voz; todos
que o proprlo Deus falava pela sua boca".
(Ps• !»• J• CROS SJ, Vlda de S. Joao B^r-* chmans, Duprat & Comp., Sao Paulo, 1912, p. 3ET~7 Com licenga da. autorldade ecleslSstlca). 2^11. Multos se prostravam dlantfe dele para Ihe beljar os pea
De
uma
vlda de Sao Paulo da Cruz, fundador
dos Passlonlstas (169^1-1775):
"Tendo chegado a Orbetello ao anoltecer, (Sao Paulo
da Cruz) fol obrlgado a flcar Ifi todo o dla
segulnte por causa da raulta chuva. Bastou este dla 80 para que a cldade era peso, lerabrando-se das
ralssoes, prodlglos, trabalhos, beraquerenga e carldade do Servo de Deus, se pusesse em movlmento, e todas
as classes Ihe dessem provas dos raals
dials
sentlmentos
Julgando—se
todos
de afeto, veneragSo e
cor
estlraa,
fellzes de tornar a ver o
seu
santo mlsslonSrlo. Quando ele sala de casa para Ir a Igreja ou para fazer alguma vlslta IndlspensSvel, o cercavam uns para Ihe tomar a b^ncao. outros para proslrar-se dlanEe dele e1)eljar-lhe os Pe3, outros enflra para Ihe cortar algum pedaclnho 02 h<lblto e levA-lo conslgo. guardando como rellqula; e tao grande era a raassa do povo que o cercava, que nSo consegula llvrar-se daquela santa Importunldade". (Pe. PIO DO NOME DE MARIA, Vlda de Sao Paulo da Cruz, Imprensa Pontlflcla do Instltu^
to
BTo
^177 Roma, 191^, p. 125 / Imprimatur: Pr.
Albertus Lepldl OP, SPA Maglster).
212.
SecQao II
2li2. Entravam por um lado ^ salatn pop outro, apos terem osculado a mac de Bernadette Da
vlda
de
Santa
Bernadette
Soublrous
(181i4-1879) pelo Conego Trochu: "Como expllcar entao, senao per Impulse espontaneo, este entuslasmo Que levava 'todo um povo' ^ segulr ^ SOS—aa Tovem vldente, ate 'encher per complete a rua" de Petits-Fosses•? 'Dlr-se-la, declara no mesmo memento o comlssSrlo da pollcla, que nlnguem
quls delxar ^ cldade sem ^ ^ perto*. •Os que estavam mals proximo da casa tinham
conseguido entrar', conta o cabouquelro Martin Tarbes, e os out.ros qulseram fazer o mesmo. Eu tlnha entrado com Bernadette. Plzemo-la sublr para o prlmelro andar, na casa de SaJou3,-e as pessoas coraecaram a entrar em flla Indiana- como quem val as
oferendas. AJudel a fazer desfllar o povo; eiv:
travam per urn lado e_ salam por outro depols de^ t^ rem apertado a map a_ Bernadette ou ^ a terem bel-
Jado. Isto durou bem duas boras'. 'Segul-a ate a casa', exclama Jeanne—Marie Adrian, o^pra— zer de a bel.lar com tp^ o ardor ^ meu coraQao'".
TPHANCIS trochu, Bernadette Soublrous, ^Editorial Aster, Llvrarla Flamboyant'^ Llsboa-Sao Paulo,
1958, p. 181 / Imprimatur: Ernesto, Arceblspo-Blspo de Colmbra). 2M3. Prelado do Vatlcano obstlna-se em
receber a ben^o da Madre Ines de Jesus
Da clrciilar do Carmelo de Llsleux sobre a Ma dre Ines de Jesus, Irma de Santa Tereslnha; "Como n3o recordar esta cena emoclonante
de
um Prelado ^ Vatlcano, futuro Cardeal, admltldo a fazer tima peregrlna^ao ao Interior do Mostelro? No memento de partir, no umbral da porta da clausura, como a Prlora (Madre Ines) se ajoelhasse para re ceber sua bengao, vlram-no colocar-se ele mesmo de
loelhos de ter
dlante dela, recusando leyantar-se antes aido abencoado~pela 'MSezlnha' Ha Santa
7H"anta"Tereslnha). Nas grades do locutorlo, o raes-
mo fate se renovarS vArlas re" de Salnte Therese de Jesus— Carmel'de Llsleux, i—giTr-le-Duc, 1953, p. 99
vezes". "Petite MeLlsleux. Mere Agnes de L'lmprlmerle Saint-Paul
/ Imprimatur: Prangols-Marle Plcaud, Eveque de Bayeux e Llsleux).
Ull
A CQDtlaQSi na Qr§siQ fi DQS njeritgi gQ| s|ntQ|
lfi¥i 93 Clfila a cfiCQEcecei
I aua IntecceaalQ BfiE§Dt§ ggyg^
ffleaog 4 distingig
24l|. Santo Afonso enslna: "E llclto
£ proveltoso Invocar em nosso auxlllo os aantoa alnda vlvos"
Do
conhecldo llvro de Santo Afonso Maria
de
Ligorio, Doutor da Igreja (1696-1787), sobre o va lor da ora^ao:
tos?
"A
® bom recorrer ^ IntercessSo dos san-
— Vem aqui a duvida se ser£ necessfirlo
re
correr a intercessao dos santos para obter a divi-
na
graga.
como
Que e llclto e utll Invocar os
Intercessores,
merltos
rltos
para eles Impetrarem,
santos pelos
de Jesus Crlsto, o que nos por nossos me-
nao somos dlgnos de receber, e doutrlna
Igreja,
da
como declarou o Conclllo de Trento (Sess.
25, dec. de Inv. Sanct.): 'E bom e^utll Invocar humlldemente
os santos, e recorrer a sua protegao
e Intercessao para Impetrar beneflclos de Deus pelo seu dlvlno Pllho Jesus Crlsto'. Essa Invocagao dos santos fora reprovada pelo Implo Calvlno, mas
contra Invocar
toda
a razSo; pols ^ llclto e
proveltoso
em nosso auxlllo os santosaThda Vlvos
pedlr-lhes
e
nos ajudem com suas oracoes; asslm fa-
zla o profeta Baruc (1, 13), dlzendo: 'E por nos mesmos rogal ao Senhor nosso Deus'; e asslm S.
Paulo, dlzendo: 'Irmao, rogal por n6s' (1 Tes 5, 25). Deus mesmo quls que os amlgos de Job ^ reco-
214.
Secgao II
mendassem as oracoes dele. para aue. pelos merltos
de
Job.
Job...
Ihes fosse proplclo. 'Ide ao
mltlrel pols,
nao
meu
servo
o meu servo Job, porem, orarS por v6s; ad-
proplclo
e
se"rS
a sua prece' (Job 42, 8). Se,
llcito recomendar-se aos vlvos, por
que
permitido invocar os santos que no
ceu
mais de perto gozam de Deus? Isso nao e derrogar a
honra que se deve a Deus, mas e duplic^-la, como o e honrar o rel nao so na sua pessoa como na pessoa
de
seus
util
servos. E por Isso que S. TomSs diz
ser
recorrer a muitos santos, porque 'pelas ora-
goes de muitos as vezes se alcanqa o que pela ora-
gao
de
45).
aos
urn so nao se obteria* (In 4 sent.
dist.
PoderS alguem objetar: de que serve recorrer
santos, para que orem por nos, quando eles ji
intercedero por todos quantos sao dignos disso? Responde o mesmo santo doutor que 'alguns nao seriam dignos de que os santos r'ogassem por eles; mas eles se tornara dignos por recorrerem com devogao aos santos' (Ibid, ad 5)". (S. AFONSO MARIA DE LIGORIO, A Oragao, o Grande Meio da Salvacao, Vozes, Petropolls, 3a. ed., lybb, pp. 27-20 / Com
aprovaqSo eclesiistica). 245. "E porque nao honrarmos os santos que estao no ceu, se honramos os que se acham na terra?"
Diz
o antigo e venerando Goffine - Manual do
CristSo:
"Os
santos sSo todas as criaturas racionais,
anjos ou homens, que Deus admitiu S. partlcipaqSo de sua gl6ria eterna, nomeadamente os cristaos canonizados pelos Soberanos Pontlfices. "Honramos os santos como os amigos e servido-
res de Deus, a quem Ele encheu dos seus mais ricos dons e das suas gragas mais preciosas. 0 culto
pois
que
Ihes rendemos S um culto
religioso,
e
fundado na sobrenatural excelencia dos santos que dele sao objeto; a esse culto chama-se culto de dulia.
"Nada tern este culto de contrArio ao primeiro mandamento, que nos manda adorar a Deus, a Deus so; porquanto, digam, rointam e caluniero os hereges
quanto
quiserem, nSo adoraroos os santos, nao Ihes
Secgao II
215-
rendemos
o
culto de latrla, que so
a
divlndade
pertence.
Adoramos a Deus per sua Inflnlta
lencla
santldade soberana. Honramos os
pelos
excesantos
reflexes da santldade que Deus neles estam-
pou. mos
e
Muito diverse pels e e culte que Ihes rende de que rendemos a Deus, fente suprema de
excelencia
sua
e de sua santldade; e essa mesma henra
que rendemos aos santos, per causa de sua santlda de
refletlda, remonta para Deus, que e dela prin
ciple. A Deus e que proprlamente honramos nos san
tos, de
pels tal honra nos merecem so pela santldade
Deus neles refletlda. Nessa qualldade de
per-
felqao tennlna toda a gloria que rendemos aos san tos. E porque nao honrarlamos os santos que estao no ceu, se honramos os que se acham na terra? Se
^o respelt^vels nos torna os homens que ^ possuem a
santldade
nao
Inlclada neste exlllo, que
respelto
merece ^ santldade consumada dos cldadaos
do
Ceu'. tao estreltamente unldos ^ Deus na comparticipaqao de sua gl6rla?~l*or Isso e da mals alta antlguldade na Igreja o culto dos santos, come atest£un estas palavras de S. Clprlano: Wartyrum passlones
et
dies annlversarla
commemoratlone
ce-
lebramusTLlb. V, eplst. 50"- (GOFFINE. Manual do Crlstao,
Rio
de
Janeiro,
9a.
ed.,
1915>
pp.
6b3-bb4 / Imprimatur: Pe. Dehaene). 216. "Nos invocamos os Santos que
estao sobre a terra ^ nos aproveltamos de seu credlto Junto a Deus" Enslna
o
Padre
Gaussens em
seu
Curso
de
Instrugao Rellglosa:
nos
"Nos Invocamos os santos que estao na terra ^ aproveltamos de seu credlto Junto ^ Deus para
noi obter favores ou afastar desgraqas."Noises obteve
seu Deus
mals
de uma vez do Altlsslmo o perdSo
povo. J6 rezou por seus amlgos, a flm de Ihes perdoasse
a Inconslderagao da
para
que
lingua-
gem. Sao Paulo se recomendava dlarlamente Us oraQoes dos fleis e ele mesmo nSo cessava de rezar por eles.
"Se OS santos tem poder Junto a_ Deus enquanto estao aqul na terra, e s^ sua Intervencao entao nos pode ser proveltosa, quando eles estao no ceu,
216.
Secgao II
serlam menos poderosoa, ou menos bona para noa, ou menoa tocadoa pelaa noaaaa mlaerlas? ....
"Rezemoa
pola aoa aantoa, meua Irmaoa, e nao
temamoa, ao rezar a elea, de aubatltul-loa aoa m6-
rltoa e a gl6rla da medlaQao de Jeaua Crlato.^Nao, o que n6a obtlvermoa por melo doa aantoa, noa o obtererooa era vlrtude deasa raedlaQao dlvlna. Jeaua
Crlato e serapre o Intermedlfirlo neceaafirlo entre Deua e n6a, quer noa dlrljaraoa a Deua dlretaraente,
quer recorraraoa a Interceaaao doa aantoa. E aem— pre, notal bera, 'por Noaao Senhor Jeaua Crlato' que noa rezaraoa, per doralnura noatrura Jeaura Chria— tura. E vede pola a diferenqa da forraula que erapre-
garaoa com rela^ao aoa aantoa e com rela^ao a Jeaua Crlato. Aoa aantoa dlzemoa; Rogal por noa! a Jeaua Crlato: Tende pledade de noa! Tudo o que pedlmoa
aoa aantoa, e que elea rezera por n6a. Noa Ihea reconheceraoa
ura poder, e verdade, raaa ura poder
au-
pllcante, e por conaeqiiencla urn poder dependente, e que nao tern efelto aenao peloa raerltoa dAquele por quern auaa oragoea chegara ate Deua, por Jeaua Crlato Noaao Senhor, per doralnura noatrura Jeaura Chrlatura.
"Honreraoa
pa aantoa, raeua Irmaoa, rezemoa
a
elea. Elea Intercederao por noa. E neata perrauta tocante de teatemunhoa reclprocoa, de reapelto, de
conflanga £ de carldade que conalate a coraunha^ doa aantoa da terra com oa aantoa do ceu. Poaaamoa
noa
recolher dlaao oa precloaoa frutoa! Aaalm ae-
Ja". (M. I'Abbe GAUSSENS, Coura Coraplet d'Inatructlona,
190b,
Llbralrle Victor Lecoffre, Parla, 3a. ed.,
pp.
Eminence deaux).
le
25^ a 256 / Ouvrage approuve Cardinal Donnet archeveque
par de
aon Bor
217. Deveraoa pedlr a Interceaaao dos Santoa, quer daquelea que JA eatao no Ceu, quer daquelea que alnda vlvera neata terra
Enalna o Jeaulta Padre Reralglo Vllarlno Ugarte:
"Deveraoa rezar aoa An.joa ^ aoa Santoa? — Nao
hA
duvlda,
deveraoa
na Igreja Catollc^,
que podemoa
rezar tambem aoa Anjoa e aoa Santoa.
e Al-
Secgao II guns", aos
hereges ou equlvocados, dlsserara que
rezar
Santos e fazer Injurla a Crlsto, como se
bastasse
que
217.
a
nao
intercessao dEle e seus merltos. E
aflrmam os protestantes. Eles, que alegam
o
as
Escrlturas, podem ler nelas que os Apostolos rogavam aos flels que rezassem por eles e por todos. Sao Paulo pede que rezem por ele e orem uns pelos outros. E Sao Tiago recomenda que quando haja al-
gum por
enfermo, levem-no ao Presbltero e este reze ele. ^ fosse uma In.jurla contra Jesus Crlsto
invocar aos Santos, seria tambem uma In.jurla pedir
aos
vivos que se.jam nossos Intercessores. Mas nao
e assim. Porque nao e por necessidade que devemos rezar aos Santos, mas porque Nosso Senhor assim
dispos: que os irmaos na Igreja noa ajudemos uns aos outros para estarmos mais unidos. Aderaais, Deus quer honrar os seus servos concedendo por meio deles o que as vezes nao concede quando invocamos a Ele so. Dizem alguns que os Santos nao conhecem nossas suplicas; isso porem e falso: eles
as
podem conhecer, e Deus Ihes dS a conhecer
por
um dos tantos meios de que dispoe para isso.
"A que Santos podemos rezar. — Convem esclarecer b que se entende ou se pode entender por Santos. Santo e, no sentido mais amplo, todo aque-
le que
tern a graqa~iantificante. bu~ seja, todo
JustoT"esteja ele vivo, ou no Ceu.
para que pos-
samos. rezar a alguem, basta saber que e \m
bom
e
devemos
homero
que ^ encontra em estado de graga, o
que
crer de todos enquanto nao conste o
con~
tririo. E de muitos podemos crer que estao no Ceu, porque viveram e morreram bem; ou porque morreram sera perder a inocencia, como, por exemplo, as
criangas batizadas que morreram antes de chegar ao uso
da razao e de se tornarem capazes de pecar. ^
^ todos estes - em oragSes particulares - podemos dirigir nossas suplicas e pedir-lbes "^e roguem a Deus por nos. Mas na oragao publics e no culto oficial so podemos rezar aos Santos canonizados, ou ao menos beatificados.
que e_ um Santo. — Como dissemos, Santo £ aquele""qu'e~tenr a~graQa santificante, isto £, aquele que nao tem pecado mortal. E assim Sao Paulo, ^ando~ dirigia suas cartas e saudagoes aos cristaos, chamava-os Santos, porque, supondo que erara bons
cristaos,
Julgava que estavam na
graga
de
Deus. Quando escrevia aos cristaos de Roma, dizia:
218.
Secgao II
•A todos OS amlgos de Deus chamados Santos que estao
em
Roma*. E do mesmo modo fala das
esmolas
que se recolhem entre os Santos; e a si mesmo se chama o ultimo dos Santos e aconselha que para di-
rimir querelas nao se acuda aos gentios, mas a urn Santo. E que, no seu estilo, dizer santo era o mesmo que dizer cristao. Entretanto, na linp;uap;em
ho.le JS corrente, entendemos propriamente por San to alguem que teve especial merito e^ excelencla de virtudes. E, em rigor, para dar a alguem o titulo de Santo, e preciso que a Igreja o tenha canonizado". (REMIGIO VILARinO UGARTE SJ, Puntos de Cateclsmo. Editorial "El Mensajero del Gorazon de Je
sus", Bilbao, 12a. ed., 1962, pp. Sl'l-SlS / Imprimatur:
Paulus,
Episcopus
Plaviobrigensis,
IT:T^1962). 218. "Eu pensarei em ti diante de Deus" De uma (1170-1221):
"Pedro
vida
de
Sao
Domingos
de
Gusm3o
Cellani alega sua ignorSncia, a falta
de livros em que se encontra. Domingos Ihe responde com uma confianga intrepida em Deus: 'Vai, meu filho, vai 3em medo; duas vezes por dia eu pensa
rei ^em
diante de Deus; nao tenhas duvlda. Ga-
nharis muitas almas, produzirSs frutos, crescerSs e te multiplicarfis, e o Senhor estard contigo*. Pedro Cellani contava mais tarde, na intlmidade, que todas as vezes que se sentira perturbado inte
rior ou exteriormente, lembrara-se desta promessa, invocando Deus e Domingos, e tudo IBe correra bem". (Rev. Pe. HEWRI-DOMINIQUg Cj^ORDmE. Vie de Saint Dominique, Ancienne Librairie Poussielgue,
Parts, 1922, p. 212 / Com aprovagao eclesifistica). 219* Hilagrosamente curada
depois de invocar "a Santrssima Virgem e Prei ^dro, seu pregador"
Conta uma antiga Vida dos Prades Pregadores: "Na Provlncia da Espanha, existiu um fervoroslssimo pregador, venerfivel e virtuoso, de origem cataia, chamado Prei Pedro Sendra, em cuja vida
SecQao II
219'
Deus operou multos milagres• Entre os quals con tain—se estes, que foram garantldos per Juramento de testemunhas: treze cego3> quatro surdos, sete
coxos, cinco entrevados e vlnte e quatro enfermos
em
perlgo de morte, os quals apenas pelo toque de
sua mao e a InvocaQao do norae de Jesus Crlsto, ficaram perfeltamente curados. "Certa mulher, encurvada e entrevada de corpo inteiro, fez com que a levassem a ouvir urn de seus sermoes; e como pela afluencia de pessoas nao pudesse chegar ate ele, quando os fieis se afasta-
ram, tomou as cascas de urn salgueiro, no qual se havla sentado frade> e^, depois de invocar Santlssima Virg^ ^ Frei Pedro, seu ^pregador, tocou com elas as artlculagoes de seus membrosj no mesmo
momento, como se fossem de cera, elas comegaram^a esticar-se, rangendo: e a mulher se pos de pe, louvando as magnificencias de,Deus". (GERARDO DE PRACHET, Vida de los Frailes Pre'dicadores, In Santo Domingo de GuzmAn visto por sus contemporAHeos, bag, Madrid, 19^7, p. THT THTmprlmaturi Casimlro, Oblspo Aux. y Vic. gen., 30-5-19'*7). 250. 0 Papa Gregorio IX se via atendido quando
recorria as oraqoes de Santa Clara De
um livro de escritos e documentos contem—
porAneos de Santa Clara (1193-1253)1 "Nao
sem razao, o Senhor Papa Gregdrio (Gre
gorio IX) tinha uma fe extraordinAria nas oragSes de
Santa Clara, cuja protegao havia experimentado
ser eficaz. Muitas vezes, quando -surgia, como cos-
tuma
acontecer,
quando
era
elevado
crito
alguma nova- dificuldade,
Bispo de Ostia, como depois
que
tanto
foi
ao cume do Apostolado, suplicando por es-
a mencionada virgem, logo apos ter feito
o
pedido, experimentava a ajuda. Uma coisa A inquestionAvel:
que
a atitude do Papa, ao mesmo
tempo
que e notAvel pela humildade, ^ digna de ser imitada com todo empenho, uma vez que o_ vigArio de Cristo
comenda
pede a aJuda da escrava de Cristo
re-
as suas virtudes. Sabia Judiciosamente
o
que *pode o amor e que facil acesso e franqueado As virgens puras ante o coneistdrio da Hajestade. Se certamente
o Rei dos Ceus, a si mesmo se
entrega
220.
Secgao II
aqueles
que
conceder,
o amam com fervor, o qua nao
ha
caso seja convenlente, aqueles que
de
Ihe
pedem com devogao?" (SANTA CLARA, Escrltos de San-
ta Clara y Documentos Contemporaneos, BAC, Hadrld, T^yTTTp^ TSW251. Invocado alnda em vlda, Sao Nlcolau de Barl
salva urn navlo do naufr^Rlo De uma vlda de Sao Nlcolau de Barl, Arceblspo de Mlra - Asia Menor (sec. IV):
"Creem alguns autores que em certa ocaslao urn anjo tomou a flgura de Sao Nlcolau de Barl para levar a cabo urn favor rallagroso e contam como fol Isso.
Um navlo fez-se ao mar, salndo do porto
Clllcla,
de
quando no golfo do mesroo noroe desatou-se
uma borrasca que fazla temer um naufrAglo. Os marlnhelros JA se tlnham abandonado ao Impulso das ondas, e tudo o que fazlam era esperar o temldo momento. Mas um dos trlpulantes do navlo tlnha no-
tlcla
do grande poder e dos mllagres de Sao Nlco
lau,
e
comegou a lnvocA-lo;~unlram-se os
demals
marlnhelros as suas oragoes, embora nada soubessem ate entao do nosso Santo. Logo apareceu entre eles Sao Nlcolau, anlmando-os e dando-lhea a seguranga
de serem salvos; o Santo mesmo tomou o tlmAo e governou o navlo; em pouco tempo, aplacados os ventos, renasceu no mar a serenldade e a calma. Mas a tempestade havla causado grandes destrogos na na ve, rompendo os cordames e as velas; Sao Nlcolau sublu no mals alto do mastro para ajudar a recolocA-las.
Todos estavam assombrados olhando Sao Nl
colau e vendo que tudo se consertava com tal facllldade. 0 que nao terlam felto bons marlnhelros em
multas comegou
horas,
fazla-se agora num Instante.
Logo
o navlo a navegar com vento prospero para
as costas de Llcla e o Santo desapareceu. "Logo que avlstaram os montes de Llcla, marlnhelros
os
decldlram desembarcar no porto de An-
dronlca, o mals proximo de Mlra, com a flnalldade de agradecer a Sao Nlcolau pelo seu mllagroso f%-
yor. OfIclo
EnconTraram dlvlno
reconheceram
o Santo~na Igreja, cantando o_
com seus clFrlgos
que
Imedlatamente
tlnha sldo ele mesmo que
havla
Secgao II
221.
estado no navlo. Atiraram-se aos seus pes, dandofervorosas gragas per ter-lhes salvo a vlda.
Mas o Santo, fazendo-se de desentendldo, Ihes dlsse: 'Irmaos, dal gragas a Deus de te-los livrado
dos perlgos, pols em Suas maos estao a vlda e a morte, porque e o Senhor dos mares e dos ventos, e nao a mlm, que sou um pecador miser^vel". (Dr. D. LORENZO ALONSO RUEDA, Vlda de San Nicolas de Bari,
Arzobispp
de'Mira y Taumaturgo, Apostolado de
Prensa, 5.A., MadriH", 1953, pp. 62 a 65).
la
252. "Mai havlamos pronunclado o nome de Catarlna, sentimo-nos Guriosamente reconfortados"
Do
livro de Johannes Joergensen sobre
Santa
Catarlna de Siena (13^7-1380): gula
"Quando vlajavam seus dlsclpulos, ela os seera esplrlto e, multas vezes, ^ melo de uma
conversa delxava a reuniap das Mantellate para Ir rezar, dlzendp: 'Ouco o chamado dos meus fllhos
Querldos'. Habltualmente, vlnham elas a_ saber depols que algum dentre eles havla corrldo algum pe-
rlgo e_ que dele fora afastado pela oragao de Catarlna.
Prel Tommaso della Ponte e Prel Qlorglo
dl
Nadda escaparam asslra das raSos de salteadores entre Sena e Montepulclano. Mais tarde, em perlgo
anSlogo, Stefano Maconl recorreu ao mesmo melo ^ defesa, pronunclando o^ nome de sua Mamma. Prel Bartolommeo
dl
Domlnlcl, estando era
oragao,
na
Igreja de Santa Maria Novella, era Plorenga, fol acometldo
por vlolento combate esplrltual. Repen-
tlnamente, a consolagao e a luz aflulram a sua al ma. gragas ^s preces de Catarlna dlante do de Sao Pedro Mdrtlr, em Sena.
altar
"Nas palavras que se seguero, Prancesco Malavoltl dfi, talvez, o mals belo testemunho da prote-
gao que ela dlspensava aos que Ihe eram querldos: •No
tempo em que eu alnda trazla
roupas
de
secular (fol no Inlclo da mlnha conversao), comblnamos um dla, meu amlgo Nerl e eu, Irmos Juntos ao Monasterlo de Monte Ollveto, sltuado a quarenta mllhas de Sena. Pol durante a quaresma. Projetamos
fazer uma llgelra refelgao nuraa cldade chaunada Asclano, a dols tergos do cEunlnho, aproxlmadamente.
Santa
Catarinn de Siena 8 umadevota.
Afresco de Andrea
Vanni, seu irmao emreli-
^ao 6 discipulo (s6c. XIV), na Igreja de Sao Do-
mingos, de Siena.
SecQSo II
223.
Como, por^m, nao sentlsaemoB fome alguma ao chegar a Aaclano, resolvemos contlnuar o camlnho e tomar nossa refelgao no convento, com os padres, pols
parecla-nos fficll suportar ate Ifi o nosso JeJum. No entanto, apenas havlamos atlngldo a dlstfincla de
uma
mllha, sentlmo-nos de tal modo
esgotados
que tivemos que nos sentar. Est&vamos tao cansados e fracos que nos parecla Imposslvel prossegulr. Nenhuma habltaqao exlstla pelas redondezas. Enquanto comentfi.vamos tao trlste situagao, aconte— ceu-nos falar em Catarlna, ^ vlrgem bendltal Mai havlamos
pronunclado seu nome, sentlmo—nos curio—
samente reconfortados. Levantamo-nos entao e, ape-
sar lha
da subida penosa, percorreraos ainda outra ml falando sempre da serva de Deus. Bern, longe de
Iraaglnar
donde nos vlnha aquela provlsao de
for-
gas, delxamos, apos certo tempo, ^ falar da esposa
de Crlsto, passando a outro assunto. De novo a
fraqueza nos entorpeceu, obrlgando-nos a repousar.
Mas
o'5'enhor, que querla abrlr nossos olhos,
fez
voltar aos nossos l&blos o_ nome da nossa mae. ^ as forgas, como por mllagre, nos voltaram. Percorremos, entao, com facllldade, o resto do camlnho,
compreendendo aflnal o que, a principle, nos escapara e sorrlndo de nao termos logo percebldo donde
nos
vlnha
meta,
o auxlllo. ^ asslm alcangamos ^ nossa
repetlndo, numerosas vezes, o nome
bendlto
de Catarlna' (TTs. Gasanat. fi!\ )". (JOHANNES JOERGENSEN, Santa Catarlna de Sena, Edltora
Vozes, PetroDolls. 19^^. PP. 1'<6-Tr7 / Imprimatur: Por comlssao especial do Exmo. Revmo. Blspo de Nl-
terol, D. Jose Perelra Alves, Prel Atlco Eyng 0PM, Petropolls).
253. "Depols de Deus e ^ Bem-aventurada Vlrgem Maria, a nenhuma outra crlatura me slnto mals
reconhecldo que a esta doce vlrgem Catarlna" Do
llvro
(1347-1380),
sobre
Santa
Catarlna
de
Siena
do conhecldo escrltor Johannes Joer-
gensen:
"Entre
slao,
os disclpulos presentes naquela
Caffarlnl
menclona Stefano
Maconl
oca-
(Beato
Estevao) Quer a lenda que, enquanto ele rezava em Sena, na capela da Irmandade da Scala, te-
224.
Secgao II
nha ouvldo uma voz que asslm exortava: 'Parte para Roma, nao hesltes mals, a morte de tua Mamma esta
proxlma!' E atendendo ao chamado, ele partlu e alnda chegou a tempo. 'Catarina vlvla seus ultlraos momentos, conta ele, e revelou a cada um de nos,
em
particular, o que devlamos fazer depois de sua
morte. Voltando-ae para mim, deslgnou-me com o dedo e disse: 'Eu te recomendo, em nome de Deus e da
santa
obediencia, que entres na ordem do3 Cartu— xos, pois e essa a ordem para a qual Deus te esco-
Iheu
e te chama!... quando asslm me falou Catari
na, contlnua Stefano mals adlante, (nesta epoca, outubro
de
IMII, ele JS hS. multo usava o
hablto
branco e estava Instalado na Gertosa dl Pavla, co—
mo
superior geral de sua ordem), — devo confes-
sar, para confusao ralnha, tao pouco eu pensava em entrar para os Cartuxos como qualquer outra or dem Mas nao posso delxar de dlzer que, de-
pols
de Deus T^a^enPaventuradiT^rrgem Maria, _a
nenhuma
outra crlatura slnto-me mals
reconhecldo
que ^esta dqce vlrgem Catarina ^ reconheco que, se houve Jamals em mim algura bera, a ela o atrlbuo'
—D5mnl StephanFT
(J^lANNES
JOERGENSEN,
Santa Catarina de Sena, Edltora Vozes, Petropolls,
1944, pp. 332-3"^ / Imprimatur: Por comlssao espe cial do Exmo. Revmo. Blspo de Nlterol, D. Jose Pe-
reira Alves, Prel Atlco Eyng OFM, Petropolls). 254. Recomendava-se a InAclo, propondo a Deus sua santldade
De
uma
blografla de Santo InAclo de
Loyola
(1491-1556): "Alem do amor, Francisco Xavler consagrava ao
seu santo pal (Santo InAclo) verdadelra venera^ao; e asslm, quando se via engolfado em perlgos e qua-
se a ponto de sogobrar, recomendava-se ^ ele, propondo a Deus a sua santldade, para que, roedlante ela, o llvrasse. como de fato llvrava" (Santo InAclo alnda estava vivo, pols Sao Francisco Xavler faleceu quatro anos antes dele). (Pe. ALVINO BERTHOLDO BRAUN SJ, Santo InAclo de Loyola, Vozes,
Petr6polls, 3a. ed., 1956, P* 25^ / Com aprovagao ecleslAstlca)•
Secgao II
225.
255« Padre supllca a Deus pelos merltos do Padre Inaclo,
alnda vivo, e ^ ve atendldo
Mais uma vez a Vlda de Santo InSclo de Loyola pelo conhecldo hlstorladoi* Jesulta, Padre Pedro de Rlbadeneyra:
"0
Padre Claudlo Jayo, vlvendo alnda o Padre
Inaclo, estando multo Incomodado por uma gravlsalma dor de estomago, estando em vlagem e achando-se
sera
nenhura
remedlo huraano, voltou-se para
Nosso
Senhor, supllcando-lhe pelos raereclraentos de nosso
Pal Inlclo, que o llvrasse daquele Incomodo e dor, e logo fol llvre deles". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola.
In
Histories de la Contrarreforina, BXC.
drld, 19^5, p. 312 / Imprimatur; po
Aux.
y
RiP
Caslmlro, Obls-
Vic. Gen., 31-3-19'l5).
256» Armava-se, como de um escudo, da memorla, do nome £ da Intercessao do Padre Ingclo
Conta
o Pe. Rlbadeneyra sobre Sao
Francisco
Xavier (1506-1532) o Apostolo das Indlas:
"(Sao
Francisco Xavier) pedla-lhe Instrugoes
(a Santo Inficio) e conselhos Id da India sobre co mo havla de converter os Infleis. E dlzla que os pedla, para que Nosso Senhor nao o castlgasse por nao ter sabldo aproveltar-se da luz e esplrlto de
seu
Pal e Mestre. E^ contra todas as tempestades e
perlgos
armava-se," como de um escudo e arnes,
memorla, nome ^ Intercessao 5o Padre InAclo. zendo
da
tra-
ao pescogo sua asslnatura e nome da mSo
do
mesmo Pal, e os votos de sua proflssao". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ig
naclo de Loyola, In Hlstorlas de ^ Contrarreforma, BACT Madrid, IS'ib, p. 313 /^Imprimatur: Caslmlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19^5). 257• "Comecel tomando por Intercessores
na terra a todos os da bendlta Companhla*de Te^sus, com todos os seus amlgos I"
De uma carta de Sao Francisco Xavier, escrlta
de Cochlm para os Jesultas de Roma, acerca das Molucas e do Japao (20-l-15'^8): "No auge da tempes-
226.
SecgSo II
tade,
encomendel-me a Deua Nosso Senhor. Comecel,
prlmelro,
tomando por Intercessores. na terra, _a
todos ^ ^ bendlta Companhla de Jeaua. com todos OB
aeus
amlgoel E com tao grande favor e
ajuda,
abandonel-me, intelraraente, naa devotlsslraas ora5003 da esposa de Jesus Crlsto, que e a Santa Madre Igreja. Estando ela na terra, Jesus Crlsto, seu esposo, ouve—a continuamente no ceu. "Nao me esqueci de tomar corao medianeiros
todos
a
OS santos da gl6ria do paralso, prlnclpian-
do, antes de mals nada, por aqueles que, nesta vida, pertencerara a santa Companhla de Jesus. ^ to^ mel, logo, para Interceder por mlm, ^ bem-aventurada
alma de Pedro Fabro, com todas as que, neste
mundo, foram da Companhla.
"Nunca poderel acabar de escrever as consols-
goes que recebo, quando me encomendo a Deus Nosso oenhor, por melo dos dflfCompanhla, Eanto dos vlvos como dos que relnam no ceu. ....
"Multas vezes, me tern dado a sentlr Deus Nos Senhor, no Interior da mlnha alma, os multos
so
perlgos corporals e trabalhos esplrltuals de que me tem llvrado, pelos devotos e continues sacrlfl— clos e oraQoes de todos os que rallltam na bendlta Companhla de Jesus e, tambem, dos que agora estao, com multo trlunfo, na gloria — os quals, em vlda, mllltaram e pertenceram a Companhla de Jesus". (S. FRANCISCO
XAVIER,
Cartas e
escrltos
selectos,
Apostolado da Imprensa, Porto, 1952, pp. 65 a h7). 258. Santa Teresa, por Insplragao dlvlna, tomou o hablto de recomendar-se
a
Sao Pedro de Alc&ntara, e de o^ chamar de santo,
e^stando ele aTnda vivo
Da Llqao de Matlnas do Oflcio de Sao Pedro de Alcantara (19 de outubro):
"(Sao Pedro de Alcantara) ajudou Santa Teresa — cujo esplrlto havla provado -- a promover a re-
forma das Carmelltas. Quanto a esta, Instrulda por
Deus
de que nada do que se pedlsse em nome ^ Pe
dro
delxarla de ser Imedlatamente atendldo, tomou
^ hablto de se recomendar as oracoes dele, ^ ^ 2 chamar santo, estando ele alnda vivo". (Brevlarlum — Pars autumnalls. Marlettl, Turlm-Roma, 1957, p. 6i<0T: Romanum
SecQao II
221.
259. Salvo3 do3 corslLrlo3 por duas veze3, ao Invocaretn o nome do Fadre Jo3e de Anchleta
De
uma
vida
do Beato Jo3e de
Anchleta,
o
Apoetolo do Braail (153^-1591): "Vieram si portaria Manuel Pranciaco e Antonio
Nunes, homens conhecidoa, a deapedir-se do padre Jose, que lam para Portugal, pedindo ajuda sua
porque temiam oa corsSrioa, que entao erain mui or dinaries
em todo o mar. Perguntou-lhe em que
nau
lam, das duas que estavam de verga dalto para partlr Juntas. Responderara que na mals pequena; levou-os a uma Janela donde se vlsun, lan^ou uma ben-
qSo
a pequena e dlsse: Ide erobora, que havels
de
ir a salvamento; porem da grande nao dlsse nada, flcando logo os dels com suspelta de seu mau sucesso. Partlrsun e, tanto avante como altura dos Ilheus, tlveram vista de tres naus Inlmlgas, que, pondo-os em cerco, os acometeram ^ quando se da-
vam
por
grande
rendldoa, Invocando o nome ^ 7ose~ com
conflanqa, sem saber como, se vlrstm llvres
e prossegulram sua viagem, ficando a nau grande a suas aventuras; chegando avlstar depols de tempo as Ilhas de Balona, aqul foram acometldos de Inl-
mlgos
por quatro vezes, e outras tantas Ihe acal-
mou
o vento Junto a elas, de repente, no ponto em
que
Inyocavam
por
mllagre; e flnalmente forsun entrar o porto de
nome de Jose, que todos houveram
Vlana, para onde era sua descarga, a salvamento e com espanto dos vlaneses, que havia tempos nao tlnharo vlsto tal fortuna, de que entrasse navio sua barra; e afirmavam que dentro em quatro meses fo
ram tornados dos corsdrlos quarenta navios, e o que mals e de notar, que a nSu grande, que com esta partlra em companhla, fol tomada dos mesmos Inlmlgos, cumprlndo-se a rlsca, nao so o que Jose dlssera claramente, mas o que quls Inslnuar langando
a bengao a pequena embarcaqSo e delxando de a lan-
gar
a grande". (SIMflO DE VASCONCELOS, Vlda ^ ye::
nerfivel Padre Jose d^ Anchleta, Imprensa Naclonal,
Rio de Janeiro, 19^X7 vol. II, pp. 29-30).
260. Vendo-se em perlgo, inyocou-a como a uma "santa" e fol salvo
Conta Monsenhor Bougaud, o famoso haglSgrafo,
228.
SecQao II
em sua vlda de Sao Vicente de Paulo: "'Madame Aca-
rle (Beata Maria da Encarnagao, falecida em I68O e beatificada em 1791)
— dizia a marquesa de Meig-
nelais — era santa; mas Madre Margarida (Margarlda do Santlssimo Sacramento), sua filha, o e ainda mals*. 0 Padre Blnet pensava o mesmo
"No
mar, nas gales do Estado, eie (o General
de Gondi) mantlnha correspondencia com esta (Madre Margarida),
pensasse uma
que
Ihe
recomendava
sem cessar qlie
na salvagao de sua alma; e tinha por ela
tal veneragao que, numa tempestade,
vendo-se
em perigo, invocovT-a como ^ uma santa e^ tendo sido salvo, proclamoupor toda a parte que a ela devia este milagre". (Monseigneur BOUGAUD, Histoire de Saint Vincent de Paul, Librairie Vve. Ch. Pous-
sielgue,
Paris, "^ia. ed.. Tome Premier, pp. 127
a
129). 261. "Pensa em raira e recomenda-te a Deus"
Da vida do Cura d'Ars (1786-1859): "Quando entramos na igreja, o P. Vianney estava dando a aula de catecismo, e explicava o sinal da cruz. Avistando-me, deixou de falar por um
moroento
e
disse: — *LA em baixo... aquela
mais
alta, que venha ter coraigo na sacristia; tenho algo a Ihe dizer*.
"Acabado o catecismo, fui-lhe ao encontro. *Vais partir para Liao, assim me falou, sem que eu tivesse dito coisa alguma. Sabe. filha. grande perigo lA te espera. Quando 15 te
que um achares
empregada pensa em mim e_ recoroenda-te aUeus^ "Chegamos a Liao,- onde durante tres dias nao encontrei emprego. Entao entrei numa agenda de colocaqoes. Atendiam all dois homens. Expus-lhes
minha situaQSo, e um deles me disse: 'Busca uma colocag3o? Pols bem, eu necessito de uma criada. Chegados a acordo, acrescentou: *Tambem e roister que
a minha esposa a veja; venha encontrar-me
tal
parte, 5s tres horas da tarde*. Aquele
em
homem
morava em Mulatiere.
"Fui
5 hora marcada. Meu Deus! qu3o longo me
parecia o caminho! Cheguei enfim na confluencia do Saona
com o R6dano. All estavam muitos bateleiros
e trabalhadores. Ao voltar-me achei-me num deserto
SecQao II onde
^
229.
so havla uma casa, em cuja porta avlstel
um
homem que fazla slnals para que me aproxlmasse. Repentlnamente ful presa de um medo terrlvel. Lem-
brel-me
das
palavras do Cura d'Ars;
darnel
por
Deus e* pus-me a corner em disparada. Por sua vez, aquele infeliz langou-se no meu encalgo e procurava atirar-me um lago ao pescoQO... Nao o pode conseguir, e por flm estacou porque me aproximava dos marlnhelros.
"Soube
depols
que eu fora calr nas maos
do
famoso Dumollard, apelidado o assasslno de crladas. Quando o prenderaro, depus contra ele perante o
tribunal...
Mas
vela
se
nao
fosse
o
Cura
d*Ars»..' (extralmos esta notlcla de uma relagao dada pela senbora E... a 8 de agosto de 1903 ao senhor Desjardins, medlco-major da primeira classe aposentada. — Dumollard, natural de Tramoyes, pequena vlla do cantao de Trevous, fol condenado a
morte e executado em Montluel (Ain) a 8 de marjo de 1862". (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars, Vozes,
Petropolls,
Imprimatur:
Luis
2a. ed., I960, pp. 41^1-413
Flllpe de Nadal, Blspo de
/
Uru-
gualana, 29-6-1959)262. Estando Kallnowakl alnda vivo, seus companhelros Invocavam-no na Ladalnha dos Santos
Do texto llturglco da cerlmonla de Beatlflca-
gao de Joseph Kallnowskl (Frel Rafael), nobre polones deportado para a Siberia por razoes polltlcas,
e mals tarde frade Carmellta Descalgo, fale-
cldo era 1907:
"(Kallnowskl) fez o longo e terrlvel caralnho
anos
de Vllna S Siberia, onde executou por
trabalhos
forgados, tendo sldo
tres
conslderado
como modelo de perfelta paclencla pelos companhel
ros
de desterro, os^ quals n3o duyldavam em acres-
centar
ladalnha dos Santos: 'Pela Intercessao de
Jose Kallnowskl, llvral-nos, Senhor'"M (Textua~Llturgl^
proprll in sollenml BeatlfIcatlone
rablllum Servorum"3eT~Raphaells Kallnowskl dotls
rum,
Professl ordlnls
Vene-
Sacer-
Carmelltarum Discalceato-
ac Albertl Chmlelowskl Fundat"^ls
congrega-
FTonum ^ratrum et Sororum Pauperlbus Inservlentlum Sacrum Feragendum a loanne Paulo PP. II,
?n^6vla, 22-6-1983).
""
230.
Secgao II
263. "Senhopa bendlta. manda-me o vosso Servo Fr. Leopoldo; fazei-me esta Kraca"
De
uma blografla de Sao Leopoldo de
Castel-
nuovo (1866-I9't2): "Pedla-Lhe
(Sao
Leopoldo)
gragas
para
si
raesrao, e para seus penltentes, com tamanha P6 e conTlanga que freqiientemente Ela (NossaSenhora) o consolava com verdadeiroa milagres. yezes mandava OB pobres doentes, ou os que em qualquer modo
BOfriam,
a BaBilica de
Tustina, para que ajoe-
IhadoB diante da mllagrosa imagem de Nossa Senhora
Ta
Constantinopolitana)
bendita,
Ihe alB'seBsem;
•Senhora
manda-me o voaao servo Pr. Leopoldo: fa-
zei-me eata graca'. E Noaaa Senhora, chela de bon-
dade, movlda por tao viva Pe fazla as gragaa". .(Pr. PEDRO DE VALDIPORRO 0PM Cap., 0 servo de Deua
P. Pr. Leopoldo de Caatelnoyo, Gonvento doa capuchlnEoa,~P5dua7~2a. ed., p. 27 / Imprlma-se: Jero-
nlmo, Blapo, Verona, 25-6-19^8). 264. Pedla gracaa a Noaso Senhor Sacramentado por amor deaae aeu "aanto"
Gonta
uma
blografla
do Pe.
Joao
Baptlsta
Reus (1868-1947), falecldo em Sao Leopoldo (RS), em odor de santldade:
"A fellcldade que levav.a na alma sabla IrradlA-la aos qtie entravam em contacto mala Intlmo
com ele. Els o que nos narra um testemunho expres-
slvo. ao
*Tlve a ventura^de vlver mala um ano e melo
lado do P. Reus ate a aua bem-aventurada
te' de
Ao passar Junto dele, sentla-me
mor-
tornado
reapelto; parecla-me que da aua pessoa dlmana-
vam efluvloa de santldade.
"la
multaa vezes a capela adorar o Santlssl-
mo. Freqiientemente, estando eu na capela, abrla-se a
porta do coro e entrava o P. Reus. Sua profunda
reverencla,
diante do Santlsalrao, era
Impresslo-
nante. Quantaa yezea. estando ele ajoelhado a mlnha
frente,
pedla eu gragas a Noaso Senhor
'por
amor deaae yosao Santo*". (Pe. LEO KOHLER SJ, Blo-
frafla completa P'. Joao Baptlsta Reua SJ, Llvrarla
elbach h Gla., Torto Alegre, 1950, vol.II, p. 370 / Imprimatur: Mona. Andre Pedro Prank, Vlg. Ger., 26-4-1950).
IX S3
adQiga ae aall|D|an§Q
C§1:9
^99 §9Bi9l!^9§
i BiiS §99£S§ d§ 1^11 iiSliiii
265. Pelo 8eu discernlmento dos esplrltoa, Sao Bento desmascara o Impostor
Conta Sao Gregorlo Magno na sua Vlda de Bento (ii80-5l7):
Sao
"No tempo dos Godos, tendo o Rel Totlla ouvl-
do dlzer que
santo VaraoTSao Bento) tlnha espl-
rlto
de profecla, encamlnhou-se rumo ao mosteiro,
mas,
detendo-se a alguma distSncla, envlou-lhe urn
recado
anunclando sua vislta. Como
Imedlatamente
responderaun do mosteiro que podia ir, era
de
Totlla, que
alma desleal. tratou de verlflcar se
era
certo que o Varao de~Deus possuTa esplrlto de pro fecla.
"Com esse flm,
espada,
deslgnou a seu gentllhomero de
chamado Rlgo, emprestou-lhe seu calgado e
o fez vestlr-se com os trajes reals, e o raandou Ir
apresentar-se ao Homem de Deus como se fosse o Rel em pessoa. Envlou com ele, para seu acompanhamen-
to, tres de seus legltlmos cavalelros, Vulterlco, Rodrlgo
e
Bllndlno, para que flzessem cortejo
a
seu lado, e asslm flnglssem, ante os olhos do Ser vo de Deus, que era ele o Rel Totlla; deu-lhe tambem outras honrarlas e gente de armas para que a
232.
Secgao II
vista
de tanto luxo e trajes de purpura,
pudesse
ser tido por Rei.
"Quando
Rlgo, assim revestido e
acompanhado
de
numerosa comltiva, entrou no mosteiro, o. Varao
de
Deus estava sentado ^ conslderlivel
distancla.
Viu-o chegar ^ guando se pode fazer ouvir, gritou dlzendo: 'Delxa. filho,"~cfeixa tudo Isto que levas, pois
nao e_ teu'. No mesmo instante, Rigo calu por
terra
e estremeceu de pavor por se ter atrevldo a
rir de tao grande Varao; e todos os que o acompanhava na vlslta ao Homem de Deus tambem calram, consternados, por terra.
"Quando se levantaram, nao ousaram aproximarse, raas voltarain a seu Rei e, tremendo, Ihe contaram
com
que presteza haviam
sido
descobertos".
(SAO GREGORIO NAGNO, Vida de San Benito, Editorial San Benito, Buenos Aires, 3a. ed., 1956, pp. 56-57 / Imprimatur; Ramon Novoa, Pro-Vlcarlo General, lt-5-1956).
266. Sao Bernardo dlscernla os pensamentos £ ^ preocupagoes dos seus monges Escreveu
o
secretArlo
de
Sao
Bernardo
(IO9O-II53), Godofredo, sobre o santo Abade; "E
que
InacredltAvel a solicitude que tlnha para
nenhum (dos seus monges) fosse domlnado
pela
trlsteza, nem Inquletado por alguma Idela obsessi ve; com quanta facllldade penetrava os pensamentos
e preocupagoes dos outros; dade dlspunha dlscretamente sobrecarregado de trabalho guem deprlmlsse o descanso
com quanto amor e plepara que nlnguepi fosse excessive, que a nlnexagerado; caberla dl-
zer que media paternalmente a quantldade de sono necessArla a cada um. Sacudla a pregulga dos robustos e aos de esplrlto excltado obrlgava-os a descansar. Tenho para mlra que ele conhecla, como por
um Instlnto dlvlno, as forgas de todos,
seus
esplrltos, e ate o estomago de cada qual; numa palavra, 'fazla-se servldor de todos por amor de Je sus
Crlsto'".
(Pr. Ma. GONZALO MARTINEZ
SUAREZ,
Bernardo de Claraval. Editorial El Perpetuo Socorro,
Madrid, 19b'^, pp. 38^1-385 / Imprlmase: Segun-
do, Arzoblspo de Burgos, Burgos, 20-7-1961).
SecgSo II
233,
267. ^ deciaSea de Sgo PomlnKoa eram tao acertadaa que pareclani reveladaa pelo Eaplrito Santo
Conta
o Beato JordSo da Saxdnia, dlaclpulo e
auceasor de Sao Domlngoa (1170-1221), no aeu llvro aobre a orlgem da Ordeni Domlnlcana:
"Entao (Sao Domlngoa) tranaferlu para Paria o Meatre Reginaldo, nao aem grande deaolagao doa fiIhoa que com aua palavra evangellca havla engendrado para Crlato e choravam ao ver-ae tao privadoa de aeua cuidadoa paternaia.
"Maa
eataa colaaa ae realizavam por
cedo
vontade
divina. Era algo maravilhoao que o aervo de Deua Sao Domlngoa. ao envlar aeua fradea para eata ou
aquela parte da Igre.ja de Deua, aegundo relatamoa, agla em tudo com tal conTlanca. tao longe da vacllagao, multaa vezea contra ^ oplnlao doa demala, que
parecla ter conheclmento certo de tudo aqullo
que havla d'e acontecer, como ae q Eaplrito Santo Ihe houveaae revelado. E quern ae atreverS. a p6-lo em duvlda?" (Beato JORDAN DE SAJONIA, Orlgenea de la Ordem de loa Predlcadorea. In Santo Domingo de Guzm^uT vlato por aua contemporaneosV BAG, MadrlTT 13^1, p. 187 / Imprimatur; Caalmlro. Oblapo Aux. y
Vic. gen., 30-5-i§M7). 268. Sua aprovacao. um alnal InTallvel da aprovagao dlvlna
Do
llvro
(II8I-I226),
do
aobre
Sao
Pranclaco
conhecldo autor
de
Asala
escandlnavo
J.
Joergenaen:
de
"Quem quer que, na mocldade, teve a fortuna poder vlver ao lado de uma peaaoa moralmente
multo
elevada,
eatarla
dlapoato a
penaar
como
aquele Jovem frade chamado Rlcerlo, o qual chegara a
conalderar a aprovacao de Francisco (Sao
Fran
cisco de AssIsT como um alnal Infallvel da aprovaCao dlvlna". (JOHANNES JOERGENSEN, Sao "Francisco de Assla. Vozes, Petropolls, 1957, p. 158 / aprovagao ecleslAstlca).
Com
23'!.
Secgao II
269. Santa Catarlna de Siena discernla, por urn dom de Deua, at6 a sombra de uma falta era aeus filhos eaplrltuais
De
ura
estudo sobre Santa Catarlna de
Siena
"Ela (Santa Catarlna de Siena) lia o que se pasaava neaaaa alraaa que Deus Ihe havia confiado, onde quer que eativeaaera. Seu priraeiro confesaor,
o
Padre della Ponte, intrigado muitaa vezes
conhecimento
extraordinario que ela
pelo
teatemunhava
de todoa oa aeua atoa e de todoa oa aeua penaamen-
toa, acabou por perguntar-lhe ura dia, forraalmente; *— Minha Mae,
v68 aabeia
portanto
tudo
o
que ae paaaa conoaco?' •—
Noaao
Meu filho — reapondeu ela — aabei
que
Senhor rae deu uma faroilia eapiritual, e que
Ele nao rae deixa ignorar nada do que concerne a aeua raerabroa. Eu vejo tudo o oue fazeia, e se tivesseis oa olhos saoa, rae verieia como eu vos veJo'. ni
"0 raais querido de seua filhos, Estevao Maco(o Beato Estevao, futuro Prior Geral da Ordem
dos Cartuxoa), dizia-lhe gracejando: •— Na verdade, rainha Mae, e perigoso estar perto de vos, porque descobria todos os nossos segredos'. '—
Meu filho — reapondeu ela — sabei
que
Deus me revela tudo, das alraas que Ele rae confiou, ate raesmo a sorabra de uraa falta'.
"Ura dia, Francisco Malavolti voltou para Jun to de Catarlna, com a consciencia pesada de ura pe-
cado
-se
era que tinha recaido. Convidando-o a sentar-
perto
dela, faz salrem todos os outros, e
o
interroga:
• — Quando te confessaste?'
tual
• — Sabado*. (Era costume da familia espiride Santa Catarlna confessar todo sSbado para
comungar no doraingo). '—
VS raesmo assira confessar sera deraora!' —
Secgao II
235-
retoma Catarlna gravemente. Francisco resiste, finglndo inocencla: t Maezlnha dulclsslma, amanha e sabado e eu irei confessar-me*.
"Entao a Santa Ihe diz indignada:
»
Come, meu fllho, tu cres verdadelramente
que eu desconhego a tua falta? Tu fizeste tal coisa, em tal lugar, a tal hora. Vai portanto purificar-te imediatamente de uma tao grande raiseria!' "Catarlna nao se limita a ler nas almas de
seus
filhos:
(Ghanolne
ela
os assiste per toda
a
parte"
JACQUES LECLERQ, La mistyque de I'Apos-
tolat — Salnte Catherine de Sienne, catholique romalne, Casterman"^ Paris, 2a. ed., 19^7, pp. 198-19$). 270. "A voz do Padre InAcio deve ser considerada
come a~a'o prdprlo ueus"
sua
Escreve Daurignac, conhecida historiadora, na historia de Santo InAclo de Loyola
(1491-1556): "D.
Joao
III venerava
profundamente
Santo
In^cio, olhava-o como um inspirado do alto, e considerava urn dever agir em todas as coisas em conformidade com a sua maneira de ver. Ele tinha o.
costume
de dizer que & voz do Padre InAcio
devia
ser considerada como a do proprio Deus". (J. M. S.
DSDRIQNAC, Hlitoire
Bray et Retaux^
de Saint Ignace
de
Loyola.
Paris, IBTtt, 3a. ed., toio IT,
p. 119).
271. Sgo Francisco Xavier: Nosso bendito Padre~lnaclo conhece a todos melhor do que cada um a s^ mesmo
De uma vida de Santo InAcio de Loyola: "E
este amor ao 'Pai da sua alma*, 'ao nosso
bendito Padre InAcio*, *ao bem-aventurado Padre InAcio*, *ao santo Padre InAcio', Francisco Xa
vier, Provincial das Indias, procurava inoculA-lo
236.
iJecgao II
nos
coragoes de todos os novels Jesultas do
glnquo
lon-
Oriente. A todos e a cada um em particular
costumava dizer: 'Irmaos, se agora estlvessemos na
presenga de nosso bendito~Padre Inaclo com toda~i certeza ele reconheceria & cada ummelhor do que
cada
um se conhece a ^ mesmo". (Pe. ALVINO
THOLDO
BRAUN
SJ, Santo Inacio de Loyola,
BER-
Vozes,
Petropolls, 3a. ed., 195^^ p^ 2^^ / Com aprovagao ecleslSstlca).
272. Como outros Santos. tinha Santa Teresa o dom de dlscernlr os esplritos
Da vlda de Santa Teresa de Jesus (1515-1582), pelo hlstorlador Thomas Walsh:
"Como
outros santos, tinha (Santa Teresa) _o
dom
de saber distlngulr os esp£rltos. Diz
que
uma novlga que contava com os votos de toda a
Ribera
comunidade e parecia muito apropriada para a vlda carmellta, disse a Madre: 'Amanha farel mlnha profissao. Esperarei mlnha mSe, se vossa reverencia mandar*. A que contestou a Santa: 'Pols eu Ihe digo que nao professe na Ordem'. Nao houve meio de
fazer
com que as suplicas da novlga e a Interces-
sao das outras frelras a flzessem mudar de parecer. A candldata voltou para a sua casa, calu enferma de tuberculose galopante e morreu em poucos dlas. ....
"Uma vez a Santa se deteve de repente enquanto. falava e dlsse a uma frelra que parecia escutS-la
com
sentes
a
todo recolhlmento e humlldade:
Isao Interlormente'.
'Tu
nao
Igualmente descobrlu
tentaglo de que era vltlma uma frelra, sem
que
esta Ihe tlvesse dlto nada sobre Isso, e escreveu— -Ihe um bllhete em que Ihe dava um conselho sobre o caso. Seu dlscernlmento nSo se llmltava as col-
sas que se referlam ao convento e as que~ estavam sob sua vlgllfincla. Pala Ribera de certo 'homem rustlco', a quem o publlco em geral, e Inclusive OS homens Instruldos, conslderavam santo. Aconse-
Ihado por alguem, fol ele vlsltar a Madre para dar-lhe conta das colsas de seu esplrlto e daquelas
que Deus Ihe havla comunlcado. Teresa discer
ns Imedlatamente que seu esplrlto nao era bom. El o dlsse ao seu confessor, embora, para nao faltar
Secgao II
237.
com a carldade, nao o dlssesse a mals nlnguem. Pelo contrarlo, envlou o 'beato' a alguns dlretores esplrituals experlmentados, para que o exercltaasem no trabalho corporal e na obedlencla. 0 santo varao negou-se a admltlr tal colsa; e nao tardou multo em ver-se, como dlz Rlbera, que 'ele era to-
do
valdade
e loucura'". (WILLIAM
THOMAS
WALSH,
Santa Teresa de Avlla, Espasa-Calpe, Madrid, 1951. pp 299-300). 273. "Nunca abandonou uma obra comeqada, nem foi obrlgado a voltar
atr^s e a dlzer: eu me enganei" De
uma
vida
de
Sao
Vicente
de
Paulo
(1581-1660):
"A santidade de S. Vicente de Paulo engrandece as qualidades naturals de sua inteligencia, car^ter e de todas as potencias de sua alma
^"Quando Ihe propunham ura projeto, a sua penetragao
era complete, nada Ihe escapava: via
logo
todas as vantagens ou inconvenientes, todas as facilidades ou obstficulos. Quando tomava uma resolu-
qSo, podia-se estar certo de ser realizada, porque tinha previsto todos os melos para consegui-la. Nunca abandonou uma obra comecada. nem foi obrigado a, voltar atr^s e dizer: 'Eu me enganel•; o que teria dito, impelido pela sua extreme humildade; mas
nSo
teve ocasiSo de dize-lo, porque
via
as
coisas ate nas profundas circunstfincias.
"Esta viva
Paulo
S. Vicente
de
uma ousadia singular, como conseqiiencia
penetraqSo dava a
da
grandeza do seu esplrito. "Mas a ousadia so e bela e Juste, quando di-
rigida, governada e continuada pelo bom senso. Sem estas tres qualidades Juntas, a audScia e urn perigo e um erro. A uniSo do bom senso com os dons da penetraqSo e da decisSo torna uma alma capaz de tudo. Ore, S. Vicente de Paulo possuia este raro bom senso, do qual ele era mestre, dizia Bossuet
(Ploquet,
Hist,
nualidade
confers S alma uma sorte de infalibili-
de Bossuet, t. Ill, p. 6).
Esta
Jade". (i*e. JERONlMn" PEDHEIIW DE CASTHO, S. Vlcente
de Paulo, Vozes, Petropolis, 19^2, pp. I111-1112
7"Com aprovagao eclesifistica).
Seccao II
\
Sao Vicente de Paulo. Retratado por Simon Francois em
1660;0 quadro se encontra na casa-mae dos lazaristas,em Paris.
Secgao II
239-
274. Tlnha o dlscernlmento dos esplrltos, como o das doutrlnas £ o dos neKOclos Alnda
sobre Sao Vicente de Paulo, escpeve um
comentador:
"Seus
racloclnios (de Sao Vicente de
Paulo)
eram preclsos, Justos e concludentes, expressos em termos claros e definidos, anlmados de um doce calor, e levavara a persuasao aos coragoes ao mesroo
tempo que a convlcqao aos esplritos. Se ele falava em primeiro lugar, desenredava e expunha uraa questao
e
com tanta ordem e clareza, tanta profundidade
extensao, que cada um, mesmo o mais hibil, se
dizia:
'E istol' homenagem a seu ^enso infallvel.
Alem do que, o bora sense ain^a llie fazia tomar todos 03 tons e todas as linguagens, conforme d natureza
dos esplritos, de maneira que o homem
me
diocre
se acreditava no mesmo nlvel que ele,
en-
quanto
os mais altos genios nao o achavam
Jamais
abaixo.deles.
"
quo ele tinha o discerniroento dos esplri
tos, como
o_ das doutrinas £ o dos negocios. Via
imediatamente
o
alcance de cada coisa e
a
elas
proporcionava sua conduta e sua linguagem. Penetrava o ponto forte e o ponto fraco, as qualidades boas e mSs de todos, e sabia regular a partir dis-
to o lugar e a ele distinguia mau, o melhor do enganosas e mais
atividade de cada um. Resumindo, o verdadeiro do false, o bom do menos bom, sob^as aparencias mais habilmente hipocritas*
"Eis (0 que tornava sua direcao tao segura, decisao tao infallvel, sua acao tao firme e tao resoluta, depois que ele tinha tornado seu par-
sua
tide. Quando o consultavam, era as vezes lento no responder, pois ele mesmo pedia para consultar an tes
a Deus e aos sSbios; mas a resposta que
dava
enfim era sempre marcada com o selo da sabedoria e
da
experiencia". (Abbe MAYNARD, Maximes et Prati
ques
de
St.
Vincent de Paul,
Bray
et
Retaux,
I^ibraires-Editeurs, Paris, 186^, pp. 156-157).
X
h
CCQYldgDcla^,
9 ^93 9U 9 SiCiSil dl 9£9£§9l§
§19 §699^§dQa egl9§ blggca^Qg 93 ¥i£lii xy§i dg §§n|gi
275. "E ^ fato que exlste na Igreja o dom de profecla, como o demonatra a sua Hlatorla"
Escreve urn Sacerdote Jesulta espanhol, na apresentagao de um opusculo sobre prof«*cla8 particulares:
"E um fato que exlste na Igreja o doro de pro fecla,
como o demonatra toda a aua Hlatorla.
carlamfitlco, dom rlo
Dom
e que, por laso meamo — tal como
o
de fazer mllagrea, por exeroplo —, ao contrfidoa dona de Infallbllldade e de autorldade,
nSo realde na Hlerarqula ou em aeua mlnlatroa, enquanto tals. J& no Antlgo Teatamento, Am6a (III, 7) advertla que Deua nSo faz nada aero revelar aeua planoa a aeua aervoa, oa profetaa. Quanto mala nao
o farA e o faz d. aua Eapoaa, a aeu pr6prlo Corpo Nlatlco, em aeua aantoa, em peaaoaa humlldea que Ele eacolhe! (aob a aupervlaao da autorldade ecle-
alAstlca, cfr. LO 12). Jeaua Crlato o aaaegurou expreaaamente: '0 Eaplrlto Santo
voa anunclarfi aa
colaaa que IrSo acontecer' (Jo. XVI, 13)". (JOSE LUIS DE URRUTIA, El tlempo que ae aproxlma / Segdn laa
prlnclpalea
XIT, 19B0, p. 1).
profeciaaT^eoarata
de
"EGDi".
2H2,
Secgao II
276. Santo Tomas; ao3 .justos e familiar e habitual aglrem Rulados
pelo esplrlto de profecla Enslna Sao Tomds de Aquino na Suma Teologlca: "E
bem sabldo quo aos .lustos Ihes e_ familiar
e habitual o serem
rlor
Instruldos pelo Instlnto Inte-
do Esplrlto Santo, Isto ^ pelo esplrlto
profecla,
sem
a
Intervengao de slnals
de
sensl^
vels
"Os Justos nao necessltavam da aparlgao vlslvel
dos anjos, porque, sendo perfeltos,
-Ihes
o
Instlnto
Interior do
bastava-
Esplrlto
Santo".
(Santo TOMAS DE AQUINO, Suma Teologlca — Tratado de la Vlda de Crlsto, BAG, Madrid, 1955, Tomo 'XII, pp. 207 e 209 / Imprimatur: Pr. Pranclscus OP, Eplscopus Salmant., 17-10-195^)• 277. "Em quase todos os seculos, Deus envla ao mundo varoes perfeltlsslmos"
Escreve o famoso Jesulta Pe. Pedro de Rlbade—
neyra, dlsclpulo de Santo Inficlo, na sua vlda do Santo:
"Este
ternal
e o Senhor que, com maravllhosa e
pa
provldencla, em quase todos os seculos ^
epocas. envlou ao mundo varoes perfeltTsslmos corao lumlnares
e tochas celestials, para ^que, abrasa—
dos por seu amor e desejosoa de IroltA-lo e de al— cangar a perfelgao da vlda crlstS que o Evangelho nos apresenta, atlgassem e despertassera o fogo que o mesmo Senhor velo atear nos coragoes dos homensj
e com seus exemplos vlvos e palavras abrasadas conservassem esse fogo e nao o delxassera extlngulr-se ou acabar". (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola, In
Hlstorlas de la ConTrarreTorma, BAG, Madrid, 1945» 3b / Imprimatur: Gas1mlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19^5).
278. Gornello a L&plde: neste nosso seculo consta terem sldo favorecldos com
b esplrlto de profecla vfirloT Santos Gomenta o famoso exegeta Jesulta do seculo XVII: "No Novo Tostamento foram profetas Grlsto e
Secgao II OS
2^13.
Apostolos
e os que os segulram. E
testemunha
Sao Justlno, mSrtlr (Contra Tryphonem"y"» que ate os seus tempos exlstlram profetas na Igreja de Ueus em
uma sucessao quase contlnua."Tgualmente
Agostlnho
V7
Santo
falando a respelto de seu secuio
(Lib.
De Glv. Dei, Cap. XXVI), fala entre outros dos
oraculos de Sao Joao Anacoreta
n'es'no se deu nos outros seculos, como de-
monstra
signo
Tomas
Bdzius (lib. De
TJotls
Ecclesiae,
XIX). hieste nosso secuio consta terem
favorecidos
Borrome^ trand,
sido
com o esplrito de profecla Sao Carlos
Sao
Francisco de Paula, Sao Luis
Ber-
Santo In§cio, Sao Francisco Xavier, Caspar
Belga, Sao Luis Gonzaga, Santa Teresa, e muitos outros. como se ve em suas vidas, dignas He ife" (CORNELIO
A
LAPIDE
SJ,
Commentarla
in
Sacram
Scripturam — In Prophetam, Proeraium). 279. "... suscitai homens de vossa destra, tais quais mostrastes a alguns de vossos
maiores servos, a quem dester luzes profeticas"
Da
prece
Montfort
de
Sao
Luis
Maria
Grignion
pedindo missionArios para sua
de
Companhia
de Maria, a famosa Oracac abrasada:
"Atendei aos designios de vossa misericordia, suscitai homens da vossa destra, tais quais mos trastes a alguns de vossos maiores servos, a quem
destes
luzes
profeticas, ^
Sao
Paula, ^ ^ Sao Vicente Ferrer, rina
Francisco
de
uma Santa Cata-
de Sena, e ^ tantas outras grandes almas, no
secuio
passado e ate neste, em que vivemos". (Sao
CUYsnifARiA GRlGNlOiT^ MONTFOW.'Watado ^ Verdadeira Devocao a Santlssima Virgem. Vozes, Petropo-
lis,
7a. ed., 1971, p. 301 / Com aprovagSo
ecle-
siAstica). 280. Ele era urn homem de poder extraordinArio, um profeta, um homem de Deus
Comentam D. EstevAo Hilpisch e D. Pedro Alon-
so,
monges, respectivamente, das faroosas
abadias
beneditinas de Maria-Laach (Alemanha) e Silos C^ls-
panha),
no
seu livro sobre a obra de
Sao
Bento
(ij80-547): "Quando no ano de 590, foi chamado A Se
de
Sao Pedro, (Sao Qreg6rio Magno) primeiro monge
2ij4,
a
Secgao II
quern coube tal honra, deu a conhecer que conti-
nuaria sendo verdadelro amlgo da vlda monastica. 0
trono pontlflclo nao o farla esquecer nera a leltura das Sagradas Escrlturas, nem a oraQao sllenclo— sa, nem o culto liturglco. Mais alnda, durante seu pontlflcado tomarla multas medldas relativas aos mostelros e os protegerla em todas as suas neces— sldades. Mas sua obra mals Importante a esse res-
pelto serla a de escrever a vida de Sao Bento. Estlmava—o per clma de tudo e falava sempre dele com
grande venera^ao. Para ele» Sao Bento sra um homem poder extraordln^rlo. um profeta,^ bomem de Deus. um pal vener^vel, um mestre". (Dom ESTEBAFI miPlSCiry Dom~PEDRO ALONSO, San Benito Su Obra,
de
Desclee de Brouwer, Bilbao, 1962, p. 151 / Impri matur; Isaac Maria Torlblos Ramos, Abad de Silos).
281. ^
homem, pelo seu renome de profeta,
serla capaz de sacudlr a oplnlao
publlca Indlferente: Bernardo de Claravall Comenta Georges Goyau, secretSrlo perpetuo da Academla Prancesa:
"E naquelas mesmas semanas em que Bernardo (Sao Bernardo) supllcava ao Papa Eugenlo III que afastasse dele qualquer novo fardo, um Blspo^ vlndo Ss pressas da Palestine, chamava a atengao do Papa sobre a urgencla de uma Cruzada. Eugenlo contemplava o horlzonte da Europe, auscultava ao longe as dlsposlQoes dos poderosos. Um soberano acabava
de declarer aos seus baroes que querla
par-
tlr: era Luis VII; mas, de um extreme ao outro da Crlstandade, a oplnlao publlca parecla Indeclsa, frla. Havla em Glaraval um homem da Igreja que a
podia as
sacudlr: seu renome de profeta submetla-lhe
massas. Unlcamente ele, dos torreoes e dos ca-
sebres, podia fazer salr cruzados. Luis pedla-lhe Isso, mas Bernardo aguardava a oplnlSo do papa. A partlr do momento em que Eugenlo, decretando a Cruzada, o deslgnou como pregador oflclal, o abade de
Glaraval fol dlzer A Europa, durante
quatorze
meses, o que o Papa desejava". (GEORGES GOYAU, Saint Bernard, E. Plammarlon, Edlteur, 19'*8» T5nT
P*
Secgao II
2M5.
282. Conclllo e fora do Conclllo, ele se tornou o ^rbltro universal
De uma (1090-1153): OS
vida
de Sao
Bernardo
de
Claraval
"Dentro do Concllio e fora do Concllio, todos olhares estavam cravados em Bernardo. Dla e
noite,
OS
dlante
de sua porta, impaclentes por entrar,
visitantes o
assediavam,
deitando-se por
Ihe fazer perguntas. Ele tornou-se o^ $rbltro unlversal, com o qual se contava, de crlse emcrise,
para tirar a~lgreja dos embaraqos"I (GEOR^S 00YAU, Saint Bernard, E. Plammarion, Edlteur, 19^18, p. W.
283. 0 Papa parecla nao poder flcar sem o aanto monge, a quem
conslderava como o suporte do Papado
Alnda
de Sao Bernardo comenta o Padre Ratis-
bonne:
"A veneraQao pdbllca, da qual Incessantemente (Sao
Bernardo) recebla testemunhos tao
numerosos
quanto veementes, oprlrala sua humildade; por longo tempo sollcltou a permissSo do Sumo Pontlfice para retornar a Claraval e repousar, uma vez mais, a sombra de seu claustro. Mas seus dias de descanso nSo haviam chegado ainda e o Papa parecla nao £o^ der flcar
va
como
sem o
santo monge,
o_ suporte
do Papado
a quem
consldera-
alma
de
toda
Igreja. ....
"Eugenlo III encontrava-se imposslbllltado de
presidlr pessoalmente d assemblela de Vezelay. Pa ra cumprlr esta missao apostolica, ele envlou como delegado seu, o homem cuja autorldade ultrapassava. de certo modo. a ^ proprlo Pontlfice. .... "Ele (Sao Bernardo) dlrlgia a consclencla de
rels
e
pontlflces e atrav6s deles foi o gula
de
sua epoca". (M. L'AbbS RATISB0NNE.'7Fhe~Llfe anH Hmes of S^ Bernard, P. J. Kenedy, Excelsior ftatholic PublishTrig House, New York, 1895, pp. 225, 3^7 e 353).
246.
Secgao II
284. Bento XIV: Sao Bernardo nao 36 enslnou na Ipire.la, mas enslnou a Igreja
De uma biografia de Sao Bernardo: "As obras escritas por Sao Bernardo de Claraval foram recomendadas por Papas e prlnclpes da Igreja, por grandes teologos e emlnentes filosofos,
atraves de todos os tempos. E asslin, segundo
Bento XIV, 'Sao Bernardo £ nao s6 um dos que ensl nou
na
Igre.ja., mas dos que enslnou
_a
Igre.la'".
TPt. Ma. GONZALO MARTINEZ SUAREZ, Bernardo de Cla-
raval, 1954,
Editorial El Perpetuo Socorro, Hadrid, 558 / Imprlmase: Segundo, Arzoblspo de
p.
Burgos, Burgos, 20-7-1964). 285. "Destlnado pelo Ceu para fazer grandes colsas"
Conta
cisco
Sao Boaventura a respelto de Sao Fran
de Assis (II8I-I226)
no prlmelro
capltulo
da Legenda Malor:
"Um homem de Assls, multo simples, estenderdo
aos seus pes & capa ^ a tunica, proclamava-o digno de
veneragao. Dlzla que era destlnado pelo Ceu
grandes
&
colsas. e a ser honrado por todos no mun-
do". (TROMEO GIANCHETTA, Asslsl," Arte e Storla nelSecoll, Plurlgraf, Narnl-Ternl, p. 44). 286. Orlentadora de Pontlflces.
Prlnclpes £ Cardeals Do
Prologo as obras de Santa Catarlna de Se
na (1347-1380), por D. Prel Francisco Barbado Vle-
Jo
OP, Blspo de Salamanca e Grao-Chanceler da fa-
mosa Unlversldade espanhola:
"Esta agao dos dons do Esplrlto Santo em San ta
Catarlna
consclente,
serS alguma vezes sllenclosa outras
Imperante
e
e
In-
avassaladora,
gulando-a sempre na proprla santlflcagao, e no apostolado Individual santlflcador de seus dlsclpulos, e no piano social, paclfleader de povos e orlentador
(Fr.
de pontlflces. prlnclpes e
FRANCISCO
cardeals'^
BARBADO VIEJO OP, Obr^s de
Santa
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I 3
SSo Francisco, jovem, 6 honrado por um homem simples. Afresco do "Mestre de Santa Cecilia" (s6culo XIII), na igreja superior da Basilica de S§o Francisco, em Assis, Itilia.
248.
SecQao II
Catallna de Siena, Prologo, BAG, Madrid, 1955» PXXV / Imprimatur; Pr. Francisco, OP, Oblspo de Sa lamanca, 1-12-1955).
287. "Urn dos tlpos mals extraordlnSrlos e mals puros desta sorte de
profetlsmo que apraz a Frovldencla fazer surglr ao lado da Hlerarqula" Comenta o autor de uma vlda de Sao Bernardino
de Sena a respelto da grande Vlrgem senense:
"Enflm,
cercada
de urn esplendor alnda
mals
fulgurante, brlihava a flgura de Santa Catarlna de Sena: fllha de operlLrlos, humllde tercelra domlnlcana, torturada pelos sofrlmentos; enquanto vlvla num estado contemplatlvo cujos mlsterlos espantam
nossa Intell^encla, demonstrava, nas mundo,
urn
genlo admlravelroente
colsas
pr£tlco;
do
achava
acentos convlncentes para pregar a paz, a unlao, a Justlga, nuroa epoca em que tudo era dlssensao,
dlscdrdla e vlolencla, nao so na cl<3ade, mas tambem na Igreja universal. "Somente por sua autorldade santa, tornou-se,
mocinha
alnda, a conselhelra atendlda do papa ^
dos governoa. o^ 1[rbltro ^ crlstandade. ^ apareceu
como urn dos tlpoa mals extraordlnfirlos e mals
puros desta sorte de profetlsmo que em certas bo ras de crlse excepclonal. apraz d Providencla fa zer surglr ao lado da hlerarqula eclesl&stlca".
(PAULO THUREAU-DANOIN, Sao Bernardino de Sena, Vozes, Petropolls, 1937, p. lb / Com aprovacao ecleslSstlca, 23-6-1937). 288. "Vfirlos papas se ocuparam
ativamente em promoyer a canonlzacao da profetlca donzela"
Da Hlst6rla dos Papas, de L. Pastor:
'*Na Corte pontlflcla nSo se esquecla o quanto
a
Santa S6 devla dquela humllde rellglosa (Santa
Catarlna de Sena); vfirlos Papas, prlnclpalmente
Qreg6rlo XII, ocupar^-se ativamente em promover a canonizaqSo da profetlca donzela de Sena; somente as calamidades dos tempos, e tambem a susceptlbl—
SecgSo II
2^9*
lidade dos franclscanos, Impedirani que este assun-
to fOBse levado a terroo. Nos tempos de Callxto III
tinha-se ativado de novo este processo por Instfincias dos envlados senenses, e Pio II o tomou desde logo efIcazmente em sua m&o .... sendo-lhe dado elevar
is honras dos altares a mals nobre
mulher
que tlnha saldo de Sena". (LUDOVICO PASTOR, Historia de los Papas, Ediciones 0. Gill, Buenos Aires,
T9^8,
vol. Ill, p. 278 / Imprlmase: Antonio Roc-
ca, Oblspo de Augusta y Vlcarlo del Arzoblspado de
Buenos Aires, 20-5-19'i8). 289. Qraca excepclonalmente poderosa; "a graca de chefe"
De uma vlda da Beata Maria da Encarnaqao (1599-1672), que depols de vlGva abragou a vlda rellglosa
na' Ordem das Ursullnas e se
tornou
a
prlmelra frelra mlsslonArla da Hlstorla da Igreja, trabalhando '13 anos entre os Indlgenas do CanadA. Pol grande mlstlca:
sus.
"Mas els urn segundo favor do Coraqao de Je Desta vez se trata de uma graqa verdadelra-
roente especial, emlnente, que Dom Jamet, segulndo Dom ClAudlo Martin, chama de a 'graqa de chefe*. "Esta 'graca de chefe' ultrapassa ^ pessoa, ja alma
que
poderosa.
Joao
a recebe. E uma graca
que
excepclonalmente
o SenHbr concede, como
enslna
57
da Cruz. 'sobretudo as almas'cul'a vlrtude ^
esplrlto
devem
propagar-se na sucessao de
seus
fllhos esplrltuals'.
"Dom ClAudlo nao delxa de ter urn filial e santo entuslasmo com relagao a sua admlrAvel mae
(a Beata
Maria
da
Encarnaqao).
'Deus, escreve,
que a havla escolhldo para ser a pedra fundamental
de um edlflclo que devla durar ate o flm do mundo, Ihe concedeu uma graqa de chefe, quer dlzer, uma graqa emlnente, que nao devla servlr somente a sua santlflcagao,
pessoas vlam Esta
mas
que devla alnda aproveltar
as
que vlvlam com ela e Aquelas que Ihes de-
suceder ate a consumagao dos seculos' graqa de chefe e de fonte, acrescenta Dom Martin, .... conslste nas luzes da clencla .... e no exemplo de uma vlda santa e sublime .... A Madre da Encarnagao, prossegue, delxou tantos escrl-
250. tos
SecQao II ....
que todas as fllhas que vlverem no
seu
Mostelro, ate o flm dos seculos, al encontrarao abundantemente de que se Instrulrem elas proprlas,
e de que enslnar aos outros segundo o esplrlto de sua vocaQao; e sua vlda fol tao santa e tao chela de
virtudes heroicas, que ela Ihes ser5 para sem-
pre, um MIER,
raodelo a imitar". (Chanolne J. L. BEAU-
Marie Guyart de L*Incarnation, Editions
du
Blen Public, Trols-Rlvleres, 19b9, PP. 85-86 /Im primatur:
Georglus Leo Felletler, Eplscopus Trl-
fluvlanen,
30-4-1959)•
290. Pela ousadla de sua palavra Insplrada, fol conslderado como um profeta
Sobre Sao Luis Maria Qrlgnlon (1673-1716), dlz um seu blografo: "Ao
(Sao
termlno
de
Montfort
do.prlmelro sermao, o
pregador
Luis Maria Grlgnlon de Montfort), pela ousa
dla de sua palavra Insplrada, fol conslderado como
um envlado do ceu, como urn profeta. Sua voz clara,
^netrante,'^ue se ouvlalEem em todos os recantos, seus gestos expresslvos, a subllmldade dos pensamentos,
o
encanto e a orlglnalldade de suas
ex-
pressoes, a ungSo e a forga que acompanhavara todas as suas palavras, todo seu conjunto enflm catlvava
OS esplrltos e submetla as vontades". (J.M. TEXIER.
Sao Luis Maria Grlgnlon de Montfort, Vozes,
Petropolls, 1948, p. 185 / Com aprovagao ecleslSstlca).
291. "Um Intrepldo reallzador de um Ideal, um precursor, um profeta"
Sobre Sao Luis Maria Grlgnlon
de
Montfort,
comenta outro autor: "Luis
Grlgnlon fol um desses homens
estra-
nhos ^ admlravels: um Intrepldo reallzador ^ um Ideal, a
um precursor, um profeta. Deus o destlnava
tarefas
sobre-humanas. Ele Ihe
deslgnava
uma
mlssao que ultrapassarla de multo a duragao de sua exlstencla terrestre; um papel na ressurrelgao da
Pranga
catollca; no desenvolvlmento* da teologla
SecgSo II tnarial;
251*
na
descoberta das mais profundas e
mals
abundantes fontes da vida sobrenatural.
"Qrignlon
seria
colocado como
uma
estitua
sobre a montanha: de manelra a ser vlsto pelas ge-
ragoes futuras. Um certo recuo seria necessiirio para o julgar bem. Vlsto de muito perto, 6 uma forga abrupta, um gigante cujas proporcoes e cujas linhas n6s nao captamos pelo olhar, e cuja harmo-
nia nos escapa. Seus mestres, seus condiscipulos, seus confrades, seus superiores eclesi&sticos tiveram muita dificuldade para compreende-lo; multos
dentre eles teriam desejado ocultfi-lo sob a terra, esconde-lo sob o alqueire, porque ele chocava seu senso de medida, porque ele nao estava de acordo com seu 'cfinon' estetico e moral, porque ele nao se alinhava nas categorias classificadas. Sendo genio excepcional, declaravam-no genio bizarro". (QEORQES RIGAULT, Saint Louis-Marie Grignion de Montfort. Les Traditions Prangaises, Tourcoing, 19^*7, p. 10 / Imprimatur, Joannes Baptista Megnin,
Episcopus Engolismensls, 28-l|-19'l7). 292. Deus elegeu Beata Ana Maria Taigi, como "vttima pela Igre.la e por Roma"
De
uma
vida
da
Beata
Ana
Maria
Taigi
(1769-1837): "'Sem efusao de sangue nao
bem,
Deus
remissao*. Pois
elegeu esta mulher humllde (Beata
Ana
Maria Taigi), para obter a remissao do mundo. Nunca, desde o Grande Cisma do Ocldente, houve uma raiserla espiritual semelhante, no relno de Cristo.Deus e escarnecido, expulso de milhares de
templos,
o clero e dizimado, os Papas
arrastados
de prisao em prisao, a Cristandade se afunda em um
rio
de sangue. Nao hS um so sacerdote nos exerci-
tos
da Revolugao e do Imperio, para absolver
os
moribundos.
"Era
necessSrla
Substituigao
uma
Inlnteligivel
vitima
expiatoria.
para
raclonalis-
o
mo. ....
"A
nhor
Santa, atestam Monsenhor Pedicini, Monse-
Fatali
e
o Pe.
IgreJa e por Roma'....
Felipe, foi
'vitima
pela
232.
Sec^ao II "Seu papel essenclal (da Beata Ana Maria Tai-
gi) £ o ^ auatentar o papado mediante auaa coea alguma
ora-
Oa principea da Igreja vao S, aua caaa, vezea, aolicitar aeua conaelhoa, maa auaa
arroas
preferldaa
(ALBERT
aao o ailencio e
a
imolagao".
BESSIERES SJ, ^ Beata Ana Maria Talgi,
Deacl^e de Brouwer,
Buenoa Airea, 1942, pp. 139 e
151 / Puede imprimir-ae; Mona. Dr. Antonio Rocca, Obiapo de Auguata y Vicario general, Buenoa Airea, 28-3-19^2).
293. Bento XV: Santa Tereainha foi agraciada com o doro de profecia
De
uraa vida de Santa Tereainha do Menino Je-
aua (1873-1897):
"Numa
confidencia com a Madre Inea de Jeaus,
Tereainha declarou: 'Para a minha miaaao. como pa ra a de Joana d'Arc, a vontade de Deua cumprir-ae-
^ apesal' H'a inveja doa homen^^.^E Noaao
^ajuntou
que
Senhor havia de aervir-ae da 'Hiatdria duma
Alma' para fazer bem aa almaa "Refere ainda a Madre Inea de Jeaua ter ouvi-
do
de Tereainha,
palavraa
confirmagao: lado
da
quase sem vida, as
profeticaa. que tiverara a maia
'Depois
seguintes completa
da minha morte, Ird para
caixa do correio. All encontrarS
o
muitas
consolaqoes'. "Que
e que Madre Inea encontrou na caixa
do
correio? Inuraeraveia cartaa pedindo retratos e reliquiaa da Santa, e outraa tantas narrando milagres de primeira ordem "Tao inteiro cumprimento em coiaaa tao de antemao prognoaticadaa, deixa bem fora de duvida que a Irma Tereainha claramente previu a aua miaaao poatuma. Ate aqui aao convergentea oa autorea. Parece divergirem na interpretaqao. A confidencia em
que
a
Santa falou de voltar ao mundo para
fazer
amar o amor e passar o aeu ceu a fazer bem sobre a
terra, Mona.
diz o Pe. Martin que foi uma 'profecia'; e Laveille. que foi uma 'confidencia profeti-
ca'. Admitem, ao que parece, a hipotese, rejeitada
pelo Pe. Eymleux, de uma 'revelaqao precisa' 0 Pe. Petitot opina que 'em tais previsoes, o genio entra com largo quinhao', maa afirma tambem
Secgao II
253*
aue Tereslnha fol 'favoreclda de luzea sobrenatural3 sobre a sua mlssao futura' ajunta que, 'a nao nos revoltarmos contra a evldencia, precisamos
reconhecer que a Irma Teresa do Menlno Jesus, nos ultlmos dlas de sua vlda, obteve uma revelagao sobrenatural da sua santidade e da sua mlssao providencial'. Lembra nesta altura as palavras com
que
Bento XV declarou que Tereslnha fol agraclada
com o dom de profecla.
"De
qualquer
forma, fosse por Intulgao
ge
nial, fosse por dom de profecla, o que nao sofre duvlda e que a nossa Tereslnha claramente predlsse o esplendor de prodlglos de que hoje o mundo Intelro
e testemunha". (Pe. ANTONIO PEITOSA,
Tereslnha,
a Vloleta de Llsleux, Vozes,
Santa
Petropo-
11s, 2a. ed. refundlda, 1955> PP» 27^-275 / Imprlmatur: D. ^0^1955).
Manuel
Pedro
da
Cunha
Clntra,
294. Tal era o dlscernlmento dos
espirTtos de' Wadre Teodora VoTron, que as alunas se confessavam antes de se apresentarem dlante dela
De uma blografla de Madre Teodora Voiron (1835-1925), fundadora da Provlncla Brasllelra das Irmas de Sao Jose:
"— falo
com
Uma de suas alunas costumava dlzer: 'Nao Madre Teodora sera me confessar,
porque
ela adlvlnha ate os pensamentos da gente'. — dlsse ao meu raano, com dez anos de anteclpagao, que ele serla Mlnlstro depols Deputado, e tudo se
reallzou". (OLIVIA SEBASTIANA SILVA, Madre Maria Teodora Voiron, Edltora "Ave Maria", Sao Paulo,
194tl, p. 391 / Com aprovagao ecleslfistlca).
u Aa gSilQii
tl
SU 9Ui It ^iiSIOSUii Siii IBi ¥iC|ua§ Il9 dl,£§lSS § 52§§i ^90£§ § §9 999§9 l9U^9S
295* 03^ superlores foram constltuldos por Deus para o noaso bem: devemos—lhes temor~e honra Da Epistola de Sao Paulo aos Romanos: "Toda
alma esteja sujelta aos poderes
supe
rlores, porque nao h& poder que nSb venha de Deus; e OS que existem foram instituldos por Deus. Aquele, pois, que resiste a autoridade, reslste a ordenagao de Deus. E os que resistem, atraera sobre si proprios a condenagao. Porque oa principes nao sao para temer pelas agoes boas que praticamos, mas pelas mSs. Queres, pois, nao temer a autorida de?
Paze
que bem
tern a autoridade e ministro de Deus para teu E, pois, necessArio que Ihe estejais su-
jeitos,
o bem, e terSs o louvor dela; porque
o
nSo somente pelo teraor da ira, mas tambem
por motivo de consciencia
Pagai, pois, a to-
dos o que Ihe e devido: a quern o tribute, o tribu te; a quern o imposto, o imposto; a quem o temor, o
temor; ^ quem a honra. a honra" (Rom. XIII, 1
a
7).
296. 0 culto aos superlores humanos deve ser manifestado por sinais externos
Do
Prei
conhecido
teologo e
moralista
espanhol
Antonio Royo Marln OP: "A honra ou culto que
256.
SecQao II
se deve a Deus (latrla) pode ser meramente inte rior, pois ele conhece perfeitamente os movimentos
de
nosso coragao. Mas o. culto devido aos superio-
res
humanos
tem qua se manifestar de alRum
modo
per algum sinal exterior (palavra, gesto, etc.), porque se deve honrcL-los nao sotnente perante Deus. mas
tambem
diante dos homens (Sao Toraas,
Summa,
II, 103, D". (Pr. ANTONIO ROYO MARIN OP, Teologla de
la Perfeccion Cristiana, BAG, Madrid, 2a. ed.,
T5^55, P» 337 / Imprimatur: "Pr. Pranciscus, Episcopus Salmant, 7-10-1955).
297. A dupla natureza do homem impele-o a manifestar exteriormente
as disposTcoes da alma De
um curso superior de Religiao, por
cate-
drfiticos da Universidade de Bonn:
"0 culto externo e indispensSvel aos'homens: "a) 0 homem deve servir a Deus, com todas as
forgas
do corpo e da alma, porque e coisa e
priedade
pro-
de Deus (Lc 10, 27; 1 Jo 4, 16-19). Alem
disso, a dupla natureza do homem impele-o a manifestar, exteriormente, as disposlgSes da alma, como
se.lam sentlmentos de eimor, de estima. de aver-
sTo. etc. - Fela psicologia, sabemos perfeitamente que tais expansoes exteriores intensificam os sentimentos
alma
da alma. Nao havendo nenhuma expansSo, a
perde facilmente o_ surto de suas boas dispo-
sig5es.
"b) 0 cristao e membro de ama perfeita socie-
dade religiosa. Como tal, deve assistir aos atos com que essa sociedade reconhece a absolute soberania de Deus, os seus direitos de supremo Legislador da humanidade. Por isso e que a Igreja regula o culto externo por leis positives, e convoca todos OS fieis, aos domingos e dies santos de
guarda,
para o santo Sacriflcio da Missa, que 6 a
oragSo liturgica por excelencia. e
"c) Pela nossa assistencia, devemos edificar estimular o pr6ximo. Ver e ouvir alguem rezar
com fervor aumenta
nossa pr^pria devocao.
"d) Jesus Cristo recomenda a oragao publics e coletlva:
'Onde dois ou tres se acharera
reunidos
Secgao II em
meu
20)".
257.
nome, eu estarel no meio deles'
(Mt
18,
(Dp. PREDERICO TILLMANN, Luz e Vlda, Vozes,
Petropolls,
1936, III volume, pp. 131-132 / Pode
Imprlmlr-se; Cgo. Francisco de A. Caruso, p. c. do
Sr. Card. Arcebispo, 18-6-1936). 298. Todo indlvlduo tem dlreito a que suas boas qualldades sejam honradas
De um curso superior de rellglao por CatedrSticos da Universidade de Bonn;
"Todo Indlvlduo tem o dlreito a que as suas boas qualldades, mormente as vlrtudes socials, se.1am
reconhecldas
Ihantes.
e respeltadas pelos seus
seme-
Nesse dlreito e que se basela a nogao da
honra, Isto e, a estlma que o homem goza por causa de seus dotes pessoals, verdadelros ou presuntlvos
"A honra e um patrlmonlo moral que o Indlvl duo deve conservar rellglosamente, por conslderagao a si raesrao e por amor a coletlvldade. Isto va le prlnclpalmente da fama de alguraa entldade moral
(p. ex., famllla, classe social ou profIsslonal, corporagao, etc.K Por sunor do bera comum, o Indl
vlduo nao pode renunclar ao prestlglo de um cargo, alnda que pessoalmente nao tenha nenhum aprego a honrarlas (p. ex., as autorldadea clvls e ecle-
sldstlcas, OS pals com relagao aos filhos, etc.). "A Igreja reconhece o valor moral da honra, e defende-a em sua leglslagao. Em alguns delltos, o Dlreito Canonlco apllca a pena da Infamla. Por melo de atos slmbollcos, a Igreja presta as devldas homenagens aos dlversos estados e vocagoes
(hlerarqula social e eclesl^stlca). Multas homena gens
nao se referem a pessoa como tal, mas S dlg-
nldade que represents (cfr. a pragmfitlca ecleslSstlca). Essas praxes sSo de multo valor pslcologlco, porque todo coragao e acesslvel ao estlmu1o. ....
"Em multos casos, o crlstao deve defender-se,
para
que a contum6lla nSo recala sobre a causa de
Deus e da Igreja (cfr. o processo de S. Paulo: At.
21, 27-28, 30) "Se gozar de boa fama entre os semelhantes. o^
258.
Secgao II
Indlvlduo
pode cumprlr seus deveres com malor fa-
cllldade.
Dal
propria
segue gue conservar
defender _a
honra nao e ^^ dlrelto, mas ^ ate
uma
grave obrigagao. "A
coletlvidade deve dar as necessarias
rantias veres
ga-
para quern cumpre, fielmente, todos os de individuals e socials. Deve, antes de tudo,
conceder-lhe a defesa legal do bom nome. Em alguns casos, a leglslagao e deficlente, em particular
quando se trata de Imputagoes alelvosas (imprensa), e de certas contumellas que atingem pessoas morals e Institul^oes, etc "Injurla ou contumelia. Conslste, negatlvamente, em nao prestar as hqnr^ devidas ao proxi mo; posltivamente, em maltratar o proximo por atos e palavras "As faltas contra a honra e reputagao do pro ximo acarretam a grave obrlgagao de reparar, quan-
to ■ posslvel, OS prejulzos causados a pessoa ofen— dlda.
A manelra de reparar difere, conforme a na-
tureza da falta.
pode
"a) Como exprlme a verdade, a detra^ao nao ser sanada pela retratagao. 0 maldlzente de
ve,
contudo,
dos
que
pode
reabilitar a sua vltima na
opiniao
Ihe ouviram as palavras. Para esse
flm,
enaltecer as boas qualldades da pessoa, ale
gar a sua reta intengao e outros fatores que desfaqam, no proximo, a funesta Impressao da maledlcencla. Se nlnguem fala da materla, nao convem re-
novar
de
a lembranga; extlngue-se por si a obrlgagao
reparar, porque tarabem
cessaram as mSs con-
sequencias.
"b) A reparagao da calunia e mais dlflcultosa. Exlge retratagao dlante das pessoas que a ou viram. Multas vezes, serfi necessSrio retratar publlcamente.
"c) A reparagao da contumelia requer, proprlamente, que se pega perdao ao ofendldo. Nao
sendo
posslvel
pedlr perdao, deve o culpado
dar
provas de especial benevolencla para com a pessoa ofendlda". (Dr. PREDERICO TILLMANN, Luz e Vida.
Vozes, Fetropolls, 1936, III volume, pp. 2T5 a 218 e
273
/ Pode Imprlmlr-se:
Cgo. Fr-ncisco de
A.
Caruso, p. c. do Sr. Card. Arcebispo, 18-6-1936).
Secgao II
259*
299* Nao louvar alguem que mereqa, ou entao louva-lo com fpleza Imereclda, pode ser pecado
Escreve
D.
Salvador Rial, VlgSrlo de
Bruch
(Espanha), no seu Cateclstno Ilustrado; "Oltavo
Mandamento:
'Nao
levantarSs
falso
testemunho'
"1. Amparado o dlrelto de proprledade ou a Justa posse dos bens temporals pela proteqao do mandamento divino, Deus ampara com o oltavo manda
mento o dlrelto aqullo que ^ melhor e_ mals nobjre do que os bens temporals, Isto e. o_ dlrelto que
tern £ proiTlmo a honra ^ a boa fama. Estas sao as palavras
do
Leglslador ^upremol ''Nao
levantarSs
contra o teu proximo falso testemunho'.
"2. Chama-se boa fama a oplnlao das pessoas sobre a excelencla, as boas qualldades e as vlrtudes de alguem. Chama-se honra o testemunho que daroos a alguem do nosso reconheclmento de sua exce lencla e de su'a vlrtude
"18. 0 pecado de murmuragao pode ser cometldo de multas manelras.
"Murmura-se de modo positive nao so denunclando as faltas ocultas, mas tambero exagerando-as
e desflgurando os feltos pecamlnosos que Jd sao de conheclmento publlco; exagerando uma falta aumenta-se a dlfamaqao. "19.
ou
Hurmura-se de modo negative
escondendo
negando as vlrtudes de alguem; atrlbulndo
Intengoes
rnSs
a um ato bom; dlmlnulndo ^ ImportSncla
dos eloglos que se trlbutam a outra pessoa; louvando com notorla frleza quando outros louvam com entuslasmo; calando quando outros louvam; fazendo
retlcenclas, per exemplo; slro, e multo bora, mas...
"Murmura-se de modo positive ou negative nao so per palavras, mas tambem per escrltos, carlcaturas, slnals, etc.". (D. SALVADOR RIAL, El Cateclsmo Mayor eji Im^genes. Jose Vllamala, Barcelona,
1913, pp. 20^7 207, 210).
2go.
Secgao II
300. Urn eloglo frlo> a quern
merece mals do que Isto,
constltulr
pecado de detraqao
De uni Curse de Religlao:
"A maledlcencla e a calunia chamam-se detracao. Esta comete-se de dlferentes modes, a saber: atrlbulndo ao proximo uma culpa em que ele nao
Incorreu, ou um defelto que nao tem; exagerando suas faltas, dando come certas as que sao incer-
tas, fazendo conhecer as que sao ocultas, Inslnuando-as, fazendo-as suspeitar per formulas tals
come estas: Diz-se, conta-se...; Interpretando desfavoravelmente as boas inten^oes do proximo, negando 'suas boas qualldades» dlmlnulndo 3€U merl—
to; fazendo—Ihe por vezes um elogio multo frlo, ou guardando um silenclo que e uma aprovaqao do que oubros contam, ou um desmenfcldo do bera que dl— zem dele". (Pe. P. X. SCHOUPPE SJ, Curse abreviado de Religlao, Livraria internacional de E^sto
CEarHFon, Porto, 2a. edigao, 189^, PP. 270-271 / Imprimatur:
J.B.Lauwers, Vic. Gen.
Mechliniae,
2-7-1875).
301. Sao Joao Crisostomo: o homem, quando e mau, nao aplaude
o .justo; antes, pelo contr^rio, o inveja
Sao Tomds de Aquino na Catena Aurea (comentArios sobre os quatro Evangelhos) inclui a seguinte observaqao de Sao JoSo Crisostomo: "Assim
como uma coluna inclinada, se receber
mais peso, se inclinarA ainda mais para aquele lado, assim tambAm o coracSo do homem, quando e mau; se ou ouve falar de aco^s de um homem Justo, ifi^o aF aplaude; antes, pelo contrArio, sje excita & inveja. Os sacerdotes se excitaram deste modo contra Jesus Cristo, dizendo: 'Ouves o que dizem estes?'". (Santo TOMAS DE AQUINO, Catena Aurea, Cursos de Culture Catolica, Buenos Aires, 19^6, vol.
II, p. 178 / Imprimatur: Antonio Rocca, Ob. tit.
de Augusta y Vic. Gen., Buenos Aires, 6-^-19'»6).
Secgao III
Quando e para a maior gloria de Deus, OS santos aceitam, permitem ou ate estimulam
as manifestagoes de veneragao e respeito de que sao objeto; quando essas manifestagoes nao sao para a maior gloria de Deus, eles as recusam
I
4 esemglQ do BixlOQ Mestce, Qs siQ^Qs acglbim
CQ0 benlgDldade e sigBllcldade
§i nultldgss gue qs buscag liSUiQiii fi 2Q£ysi§§gadai
302. A multldao que se reunla em torno de Nosso Senhor era tanta, e de tal modo se arro.javam sobre Ele, que mals de uma
vez fol preclso entrar numa barca, para nao ser comprlmldo
Do Evangelho de Sao Mateus:
"Naquele dla, salndo Jesus de casa, sentou~se a
belra
do
mar. E Juntou-se em volta
dele
uma
grande multldao de gente, de tal sorte que fol preclso entrar numa barca e sentar-se nela"r~e to3a a multldao estava em pe sobre a prala. E falou-
-Ihes
multas colsas por parabolas" (Mt. XIII, 1 a
Do Evangelho de Sao Marcos:
"E
Jesus
retlrou-se com os seus
dlsclpulos
para a banda do mar; e segulu-o uma grande multl dao de povo da Galllela e da Judela, e de Jerusa lem, e da Idumela, e da TransJordanla; e os das vlzlnhangas de Tiro e de Sldonla, tendo ouvldo as colsas que fazla, foram tambem em grande multldao ter com ele. E mandou ^qs seus STsclpulos oue Ihe aprontassem uma barca, para que a multldao o nao
oprlmlsse. Porque, como curava multos, todos ~os que padeclam algum mal arrojavam-se sobre ele para o tocarem" (Mr. Ill, 7 a 10).
254.
.Secgao III
303. As multidoes ariulam de lugjares dlstantes para
Nosso Senhor, sep:ulam-no
pop varlos dlas, e ate ^ esqueclam de providenclar o Qus comer
Assim
narra Sao Marcos a segunda multlplioa-
gao dos paes:
"Naqueles dlas, havendo novamente grande mul-
tidao, e, nao tendo que comer, chamados os dlsclpulos, disse-lhes: Tenho compaixao deste povo. porque ha jS tres dlas que nao se afastam ^ mim, e nao tern o que comer; e, se os despedir em JeJum
para suas~casas, desfalecerao no caminho, porque alguns deles vieram de longe. E os disclpulos fss-
p5Hieram-lhe: Como podera alguem sacia-los de pao aqui no deserto? E (Jesus) perguntou-lhes: Quantos
paes tendes? Responderam; Sete. "E ordenou ao povo que se recostasse sobre a terra; e tomando os sete paes, dando gragas, partiu-os e deu a seus disclpulos, para que os dis-
tribulssem; e eles os distribulram pelo povo. Tlnham
tambem
uns
poucos de peixinhos; e
ele
os
abengoou, e mandou que fossem distribuidos. Comeram e ficaram saciados, e, dos pedagos que sobejaram, levantaram sete cestos. Ora o^
eram cerca ^ quatro mil. Em seguida (Jesusl despediu-os" TMp. VIII, 1 a 9)«
soil. 0£ que transportavam o paralltlco tiveram que destelhar a casa
para
diante do Oivino Mestre Do Evangelho de Sao Marcos:
"E, alguns dlas depols, entrou Jesus outra vez em Cafarnaum. ^ soube-se que ele estava ^ casa, e .luntou-se multa gente, de modo que nao cabia nem
mesmo
diante da porta; e ele pregava—Ihes
a
palavra. E foram ter com ele, conduzlndo um paralltlco, que era transportado por quatro. E, como nao pudessem apresentar-*lho por causa da multIdao, H^cobrlram o teto pela parte debalxo ^ qual ^ tava (JesusT; e, tendo felto uma abertura, arrlaPam o lelto, em que Jazla o paralltlco. E, quando
J^us~ vlu
a sua fe, dlsse ao paralltlco: Pllho,
sao-te perdoados os teus pecados.
Secgao III
265•
"E estavam all sentados alguns^escribas, os quais lam discorrendo nos seus coragoea: Cotno fala assim
este homem? Ele blasfema. Quern pode perdoar'
OS pecados, senao s6 Deus? E Jesus, conhecendo lo go no seu esplrito que eles discorriam desta maneira dentro de si, dlsse-lhes:^Porque pensals Isso
nos voasos coragoes? 0 que e mals facll, dlzer
ao
paralltlco: Os teus pecados te sao
ou
dlzer:
perdoados;
Levanta-te, toma o teu lelto, e
anda?
Ora,
para que salbals que o Pllho do homem tem na
Terra
poder de perdoar pecados, (dlsse ao parall
tlco): Eu te dlgo: Levanta-te, toma o teu grabato,
e val para tua casa. E Imedlatamente ele se levan-
tou, e, tomando o seu lelto, retirou-se a vista de todos, de manelra que todos se admlraram e louvavam a Deus, dlzendo: Nunca tal vlmos" (Mr. II, la 12).
305. ^ multldSes apertavam e comprlmlam o Dlvlno Mestre, e Ele entretanto pergunta: "Quern me tocou?"
Do Evangelho de Sao Lucas:
"E aconteceu que, tendo voltado Jesus, fol recebido pela multldao; pols todos o estavam espe-
rando. E els que velo um homem, chamado Jairo, que era prlnclpe da slnagoga; e langou-se aos pes de Jesus, Implorando-lhe que fosse a sua casa, porque tlnha
uma fllha unlca com cerca de doze anos, que
estava a morrer. E sucedeu que, enquanto Jesus la camlnhando, era apertado pelo povo. E uma mulher,
que padecla fluxo de sangue ha doze anos, e tlnha dlspendldo com medicos todos os seus bens, sem po der ser curada por nenhum deles, aproxlmou-se por detras e tocou a orla do seu vestldo; e, Imedlata
mente, parou o fluxo do seu sangue. E Jesus dlsse; Quern
me tocou? E, negando todos, dlsse Pedro e os
que com ele estavam: Mestre, as multldoes apert^-te ^ oprlmem-te. e ^ perguntas: Quem me tocou? E Jesus dlsse: Algu^ me tocou, porque conhecl que salu de mlra uma vlrtude. E a mulher, vendo-se descoberta, fol tremendo, e prostrou-se a seus pes, e declarou dlante de todo o povo a causa porque o tlnha tocado, e como flcara logo sa. E ele dlsse-Ihe: Fllha, a tua fe te salvou; val em paz.
266.
Secgao III "Alnda ele nao tinha acabado de falar, quando
velo
um dlzer ao prlnclpe da sinagoga: Tua
morreu,
nao o incomodes. Mas Jesus, tendo
filha ouvldo
estas palavras, dlsse ao pal da menina: Nao temas,
ere
somente e ela serS salva. E, tendo chegado
a
casa, nao deixou entrar ninguem com ele, senao Pe dro e Tlago e Joao, e o pal e a mae da menina. En-
tretanto
todos
choravam, e a lamentavam.
Porem,
ele dlsse-lhes: Nao chorels, a menina nao esta morta, mas dorme. E zombavam dele, sabendo que estava morta. Entao Jesus, tomando-a pela mao, levantou a voz e dlsse: Menina, levanta-te. E o seu
esplrlto
voltou (para o seu corpo), e levantou-se
Imedlatamente.
mer.
E
E Ele mandou que Ihe dessem de co
seus pals flcaram chelos de
assombro, e (Jesus) ordenou-lhes que nao dlssessem a ninguem o que tlnha acontecldo" (Lc. VIII, i|0 a 56).
306. ^ qualquer lugar onde Nosso Senhor chegasse. os enfermos aflulam e Ihe Imploravam que os delxasse tocar ao menos a orla do seu vestldo
Do Evangelho de Sao Marcos:
"E,
tendo
passado a outra banda,
foram
ao
pals de Genesaret, e l£ aportaram. E, tendo desembarcado,
logo o^ conheceram; e, correndo por
todo
aquele
pals, comecar^ ^ trazer-lhe de todas as
partes
os doentes em leltos. onde sablam que
estava.
ele
E, ^ qualquer lugar a que chegava. (fos
se) nas aldeias ou nas vllas ou nas cidades, punham que
os enfermos no meio das pracas. e pedlam-lhe OS delxasse tocar ao menos a orla do seu ves
tldo;
e todos OS que o tocavam flcavam saos" (Mr.
VI, 53 a 56).
307. "Da boca dos menlnos e das crlangas de lelte tlraste o perfelto louvor"
Descrlgao da entrada trlunfal de Nosso Senhor em Jerusalem por Sao Mateus:
"Aproxlmando-se de Jerusalem, e, chegando a Betfage, Junto do monte Ollvete, envlou Jesus dols
dos
seus dlsclpulos, dlzendo-lhes: Ide a
aldela.
SecQao III
que eatfi defronte de vos, e logo encontrarels presa uma Jumenta e o seu Jumentlnho com ela; desprendel-a, e trazel-ma. E, se alguem vos disser
alguma colsa, dizel que o Senhor preclsa deles; e logo OS delxarS trazer. Ora tudo Isto aconteceu, oara que se cumprlsse o que tlnha sido anunclado
pelo profeta, que dlsse: Dlzel S fllha de Slao:
Els que o teu rei vem a tl manso, montado sobre uma Jumenta, e sobre um Jumentlnho, fllho da que leva o Jugo. E, Indo os dlsclpulos, flzeram como Jesus Ihes ordenara. E trouxeram a Jumenta e o Ju mentlnho, e puseram sobre eles os seus vestldos, e flzeram-no montar em clma (do Jumentlnho). E o^ po^ vo, em grande numero, estendla no camlnho os seus
vestldos; e outros cortavam ramos de ^rvores, _e Juncavam com eles a estrada. E as multldoes q^ o
precedlajn,~ a3~que lam atras, grltavam, dlzendo; J I w ^ W Vii
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losana ao Fllho ^ David 1 Bendlto o_ gue vem em noiiie do Senhor! Hosana no mals alto dos ceus! ^
^ando entrou em Jerusalem, alvoroqou-se toda _a cldade, dlzendo: Quem e este? E os povos dlzlam: Este e Jesus, o profeta de
Nazare da
Gall-
lela"• «•••
"E, quando os princlpes dos sacerdotes o^ escrlbas vlrara as~maravlihas opera3as~"por~Ele, e OS menlnos grltando no templo, e dlzendo: Hosana ao Fllho de David! Indlgnaram-se, e dlsseram-lhe. Ouves o que estes dlzemv E Jesus dlsse-lhes: blm. Nunca lestes: Da boca dos menlnos e.^ crlangas de lelte tlraste o perfelto louvor? E, tendo-os d¥lxado, retlrou-se Jesus para fora da cldade, pa ra Betanla; e IS flcou" (Mt. XXI, 1 a 11 e 15 a 17).
308. eles se calarem, as proprlas pedras clamarao"
Descrlqao da entrada trlunfal de Nosso Senhor em Jerusalem por Sao Lucas:
"E
dlto Isto, la Jesus adlante sublndo para
Jerusallm. E aconteceu que, quando chegou perto de Betfage e de Betanla, no monte que se chama das Ollvelras, envlou dols dos seus dlsclpulos, dlzen do* Ide a essa aldela, que esta frontel^a; entrando nela, encontrarels um Jumentlnho atado, em que
268.
SecQao III
nunca montou pessoa alguma: desprendel-o e trazel-
-o. E, se alguem vos perguntar porque o
soltals,
dlp-lhe-els: Porque o Senhor tern necessldade dele.
"Partlram, pels, os que tinham side envlados, e
encontraram
o Jumentlnho, como o
Senhor
Ihes
dissera. E, quando desprendlam o Jumentlnho, disseram-lhes
Jumentlnho? tem
os seus donos: Porque soltals vos esse
E
eles responderam: Porque o
necessldade
langando zeram-no
dele.
E levaram-no a
Senhor
Jesus.
E
sobre o Jumentlnho os seus vestldos, flmontar em clma. E, ^ sua passagem, (as
multldoes) estendlam os seus mantos no camlnho.
quando
Jd la chegando a desclda do Monte das 011-
velras, toda ^ multldao dos seus ^sclpulos Gome s' alegremente a louvar a Deus em altas vozes pop todas ^ maravllhas que tinham
Bendlto o ceu
vlsto.
dlzendo:
rel que vem em nome do Senhor, paz
no
e gloria nas alturas.
"Entao entre
alguns dos farlseus (que se
achavam)
o povo, dlsseram-lhe: Mestre. repreende
dlsclpulos. Mas ele se
os
respondeu-lhes; Dlgo-vos
eles se calarem, clamarao as mesmas
dras" TCc. XIX, 28 a ^40).
na-
—
309. Despelto dos farlseus; todo o mundo segue a Nosso Senhor!
Entrada trlunfal de Nosso Senhor em Jerusalem segundo Sao Joao:
"E,
no dla segulnte, uma grande multldao
de
PovOf que tlnha Ido a festa, ouvlndo dlzer que Je^ sus la a Jerusalem, tomaram ramos de palmas. e salram ao seu encontro. e clamavam: Hosana! Bendf^ ^ o que vem em nome do Senhor. o rel de Israel! E Jesus encontrou um Jumentlnho, e montou em clma
SecQao III
269.
dele, segundo estfi escrlto: Nao teraas, fllha de Slao; els que o teu Rei vem montado sobre urn Jumentinho. A princlpio os aeus disclpulos nao com-
preenderam estaa coiaaa, mas, quando Jesus foi glorificado, entao lembraram-se de que estas coi-
sas tinham side escritas dele, e que elea mesmos tinham contrlbuldo para o seu cumprimento. A mul-
tidao, pels, que estava com ele, quando chamou Lazaro
do sepulcro e o ressuscltou dos mortos, dava
testemunho dele. E, por isso, Ihe salu ao encontro
a multidao; porque ouviram dizer que tinha feito este milagre. Portanto 0£ fariseus dlsseram entre si; Vedes que nada aproveitamos? Els que todo mundo vai ap6s ele" (Jo. XII, 12 a 19). 310. Sao Francisco de Assis recebia as honras que Ihe prestavam, como as
recebem os quadros e estatuas nas igrejas
Conta Joergensen em seu conhecido livro sobre Sao Francisco de Assis (1181-1226); "Este
pareceu se
ultimo
trecho da viagem de
Francisco
quase uraa raarcha triunfal. Quando o Santo
aproximava de uma cidade, todos os sinos toca-
vam: o povo ^ em multidao encontrar-se cora^ ele, com palmas na mao, ^ conduzia-o, em procissao solene, ate a casa do pSroco, Junto ao qual Francisco costumava alojar-se^ All eram levados paes, pa
ra que ele os benzesse, e, depois eram conservados como rellquias. E a miudo ouvia-se repetir pela multidao o grito, que tao fdcilmente ressoa na It&lia: 'Eis o Santo!'
vas
"Os seus pr6prios disclpulos achavam excessie'ssas honras. Muitas vezes. tal como os apos-
raTos 3I~o haviam feito ao Divino Mestre, perguntavam-lhe: 'Nao ouves o que diz esta gente?' Mas Francisco costumava responder que considerava ftouelas homenagens como as que ^ prestam aos qua-
dros e as estatuas nas igrejas; figuras estas que,
para os~cristaos, nao passam de imagens de Deus; e dizia que a sua carne, o^ seu sangue, _a sua propria
pftssoa
tinham tanta parte. naquelas honrarias que
recebia, quanto ^ madeira ou gens veneradas.
pedra nas ima
270.
Secgao III
"Mas, com o correr do tempo, Francisco Julgou esta resposta insuficiente, e sentiu-se sempre mals constrangido ante aquelas aclamagoes da multidao: de modo que procurava, ao menos, humllhar-se
a si mesmo o mais que
demasiadamente, posso
ter
dizia
podia; 'Nao me louveis
ele ao povo, porque
filhos e filhas!' Ou entao
ainda
exclamava:
'Se Deus tivesse concedido a um ladrao tantas graqas
quantas
tem concedido a mim, ele
Ihe
seria
bastante mais reconhecido!'" (JOHANNES JOERGENSEN, Sao Francisco de Assis. Vozes, Petropolis, 1957, pp. 201-205 / Com aprovagao eclesiSstica). 311. "Deixal-os fazer. ^ QUfi saciem o seu fervor"
A Beata Cecilia Romana (1203-1290), na sua relagao dos milagres que realizou Sao Domingos em Roma, refere o seguinte:
"Certa mulher, residente em Roma, que perten-
cla
a Paroquia de Sao Salvador ^ Perfilis de Bu-
valischis. unia
chamada
Dona Tuta, ^ qual
professava
terna devoqao ao bem-aventurado Domingos. ti-
nha um f.llho unico, crianQa ainda, gravemente enfermo. Um dia era que Sao Domingos pregava na igreJa
de Sao Marcos, daquela cidade, a referida
se-
nhora, premida pelo desejo de ouvir de seus iSbios
a palavra de Deus, foi para a igreja, deixando seu filho doente era casa. Ao regressar, depois de con—
cluido o sermao, encontrou-o morto. Abatida uraa
por
extraordinfiria afliqao, mas afogando seu des—
gosto com o silencio, confiada no poder de Deus e nos raeritos do bem-aventurado Domingos, tomou con-
sigo
o cad&ver de seu filho e foi, acompanhada de
suas criadas, ate a igreja de Sao Sixto, onde vivia entao o bem-aventurado Domingos, com os fra-
des da porta
Entrando, encontrou o Santo de pe Junto do Capitulo, como se esperasse algo. E ela, olhando para ele, pos o filho aos seus pes e prostrada comegou a suplicar-lhe, com iSgrimas, que
o ressuscitasse. Entao, o bem-aventurado
mingos,
Do
compadecido de dor tao veemente, afastou-
-se um pouco dela e fez uma breve oragao, depois da qual levantou-se e, aproximando-se do menino, tragou sobre ele o sinal da cruz. Tomando-o depois pela
raao, levantou-o vivo e incolume e o devolveu
SecQao III
271.
completamente nao
sao a sua mae, mandando a esta
que
dlssesse Isto a nlnguem. Mas ela, voltando
a
sua casa com grande alvoro(;o, em companhla de seu fllho, contou tudo o que havla acontecldo, de tal
raanelpa que chegou acs ouvidos do Sumo Pontlflce. Este
quls que este mllagre fosse contado a todos na prega^ao publlca; porem, o bem-aventurado Domlngos, verdadelro amante e custodlo da humlldade, nao consentlu que asslra se flzesse, declarando que
se
Isto se reallzasse, partirla para o^outro lado
do
mar,
as terras dos sarracenos, e nao plsarla nestas regloes. Temeroso o Pontlfice de que
mals
asslm o flzesse, desistiu do empenho de dar publicidade ao fato.
"Mas 0 Senhor, que disse no Evangelho: '0 que se humilha 3er§ exaltado', e costuma honrar e gloriflcar os seus fieis contra a vontade ^ os dese-
Jos
destes, excitou desde entab de tal moffo a dedo povo e dos poderosos em favor do bem-
vogao
-aventurado
Doraingos,
consideravam que
como
que em todas as
partes
urn anjo de Deus, ^
o
pessoas
podlam tocar—Ihe, ou as que pudessem ter como
rellqula algum fragmei^q ^ suas vestes, sentlam-se afortunadas^ pelo que sua capa foi retalhada de tal maneira, que apenas Ihe chegava aos Joe-
Ihos. ^ aos frades que se opunham & que se despedaqassem assim suas vestes, dizla bem-aventurado padre, celebrando & devogao daqueles: "'Delxai-os fazer, e que saciera seu fervor'". (BEATA CECILIA ROMANA, Relacion de los milagros obrados
go
de / imp
Madrid
Obispo Aux.
Vic. Gen.
-S-TP 1947).
312. "...e nao so permitia que Ihe prestassem aquela homenagem, mas antes os louvava por Isso"
De uraa (1350-11119): "Tudo
antiga
Vida de Sao
Vicente
Ferrer
isto nascia de uma profunda humildade,
a qual fazia que a ninguem tivesse em menor conta do que se tinha a si mesmo, mas antes tivesse a todos em muita conta.
272.
SecQao III
Quanto tnals se humllhava Sao Vicente Ferrer, mala o exaltavam
poia, ele ae humllhava dlante de todoa, e todoa o honravam. 0 Papa Bento, com aeua Cardeala, o Imperador Slglamundo, oa Rela de Caatela, Aragao
e Inglaterra, oa Blapoa e Abadea, e oa Fr^adoa de todaa aa Ordena parece que nao"~8"e deavelavam aenao em penaar como o^ honrarlam. Nao que ele, como ae dlz, . Ihea allaaaae o pelo, nem oa adulaaae, pola laao ele nao fazla, antea repreendla multo aa claraa oa aeua defeltoa; maa procedla naa repreenaoea
tao
manaamente
achou
e com tanta educaqao, que mal
alguem que ae aborreceaae de auaa
ae
repreen
aoea. Dlzlam que era um anjo envlado por Deua para dlzer-lhes aa verdades; e quanto mala oa repreen dla e avlsava de auaa culpaa, mala o querlam. Salam-lhe ao encontro, como farlam para receber Sao Paulo
"Em
procla^o
veatldoa
multaa cldadea, saleun para recebe-lo
com
de
pendoea e bandelraa,
oa
em
clerlgoa
roupaa aagradaa, com ^ Cruz £ rell-
qulaa e outraa colaaa aagradaa, do modo que aalrlam ao encontro de Sao Paulo, ae vleaae pregar-
-Ihea. E porque todoa o querlam tocar e beljar-lhe a mab, ou toraar-lhe algum pedaqo da roupa, inumeraa
vezea foi neceaa^rlo fazer una quadroa de ma-
.delra vezea
e colocS-lo no melo, aa~vezea
£e, .outraa
montado em aeu burrlco, conforme vlnha. Maa
Ja que nao pcidlam tocar nele, atlravam auaa roupaa ^ra que alcangaaaem pelo menoa o_ burrlco. No comego ele repreendla quern o^ honrava era demaala
"Dlz
Plamlnlo,
que quando comegaram a_ uaar
eates modoa de reverencla. Sao Vicente oa repreen
dla
pola
por
laao, e dlzla-lhea que
eram
Idolatraa,
nao aendo ele aanto, tomavam pedagos de
aua
roupa ou peloa de aeu burrlco como rellqulaa.
"Tambem
fugla daa entradaa aolenea naa clda
dea.
Maa vendo o provelto daa almaa, nao ao permltla. como louvava a quem o honraaae
que
"Maa depola, vendo que com aquela reverencla Ihe preatavam aa peaaoaa Importantea. ^ povo
dava mala valor ^ aeua aermSea e_ tlrava malor pro-
Secgao III
273.
velto, pouco a pouco disslmulou com elaa; ^ nao so
permltla as
que~lhe flzessem aquela honra, mas antes
louvava por Isso, dizendo-lhes que fazlam
bem
em honrar ^ Deus em seus mlnlstros ^ pregadores. Referla tudo a Deus e ^ humllhava dlante~do SenHor "Todas aquelas honras, ele as referla a Deus,
e
dizia com o coraqao e com os TXbios: Non nobis»
Domine,
non
nobis. sed nomini tuo da gloriam
—
Nao a nos, Senhor, nao a nos. mas ao teu nome dS. gloria (Salmo 113 B, 1). Para evitar a vangloria que de semelhantes honras se Ihe podia oferecer, antes de entrar nos lugares., seguindo o conselho de Nosso Senhor que diz; Orate ut ne intretis in tentationem — Oral para que nao entreis em tenta-
gao (Mt. 26, 41; Mc. 14, 38), ajoelhava-se com os que
vinham em sua companhia e, as maos postas
em
oraqao, erguia os olhos com iSgrimas ao ceu. Devia entao o Santo rogar a Deus que o guardasse da soberba e da vangloria, a qual (como diz Santo Agos-
tlnho) estA sempre espreitando nossas boas obras, para que se percam diante do conspecto divino. E para que se veja o quao longe estava de alegrar-se da honra que Ihe fazlam, e da autoridade que Ihe davam, basta saber que, algumas vezes, pedindo-lhe OS enfermos a benqao para alcanqar de Deus a sau-
de, bem
nao queria dS-la, para fugir da vangloria; se que, depois, movido de misericSrdia, fazla o
que
Ihe rogavam, e os despedia muito
contentes'*.
(Pray
VICENTE JUSTINIANO ANTIST, Vida ^^ Vi-
cente
Ferrer, in Biografla y Escritos de San
Vi
cente Ferrer. BAG, Madrid, l?5b« PP» 131^134 / TnP primatur: Hyacinthus, Ep. aux. y Vic. gen., Valen-
tiae, 9-6-1956). 313. "HA trinta e seis anos que estou em Ars e ainda nao me zanp;uei'^
Da
vida
de Sao Joao Maria Vianney,
o
Cura
d'Ars (1786-1859):
"Um
dia, foi em 1854, ao sair do
catecismo,
enquanto passava da Igreja a casa paroquial, teve de suportar tais importunaqoes, uns queriam cor-
2714,
Secgao III
tar-lhe urn pedago da aobrepellz. outros^o cabelo que
algumas pessoas chelaa d^ IndlRnagao Ihe dla-
aeram: 'Senh^ Cura. V.Revtna. deve gente
mandar
eata
erabora... Se eu eatlveaae no aeu lugar, fl-
carla doido...
I— jyi! trlnta
meu Deua,
reapondeu o
Santo, faz
e ael^ anoa que eatou em Ara, ^ alnda
me zan^el; agora, eatou multo velho para
nao
come-
Poram viatoa aacerdotea maravllharem-ae com
o
eapetSculo deata paclencla. 0 P. Gerln, cura da
catedral de Grenoble, a quem o Pe. Vlanney chamava
'aeu
prlmo', flcou horaa Inteiraa a contempl&-lo,
todo bondade e paclencla, comprlmldo pela multldao
que
o
cercava" (Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura
d'Ara, Vozea, Petropolla, 2a. ed., 19611,
pp.
392-393 / Imprimatur: Lula Plllpe de Nadal, Blapo de Urugualana, 29-6-1959)• 311. "Permltlu-lhea tudo, eaae bondoao homem, aempre pronto a aervlr"
De
uraa
blografla popular de Sao Joao
Boaco
"Sua grande vlagera atravea da Franga vlrado a cabega de qualquer um, que nao a Porque ae Jamala uraa teve um auceaao, fol
terla dele. esaa!
(1815-1888):
....
0 povo preclpltava-ae, llteralmente, no
aeu
camlnho, ^ multldao premla-o de todoa oa ladoa, procuravam auaa ma^ para beljS^laa ou pelo menoa toca-laa! Reduzla-o quaae, na verdade, a pedagoal que ouaadla: cortavam com uma teaoura pedagoa de aua aotalna, na frente, atr&a. a dlrelta, ^ ea-
querda. de tal forma, que auaa pobrea roupaa de balxo apareclam de todoa oa ladoa: um aapecto lamentSvel! Alguna mala ouaadoa levaram aa colaaa ao
extremo ^ cortaram ate meamo cachoa ^ seua cabeloa! Tao longe ae delxou o povo levarl "E
ele? Permltlu-lhea tudo, eaae bondoao ho-
mem, ^mpre
pronto a aervlrl Dlzla ao com o
aeu
HaFltual aorrlao: 'bata bem, eatfi bem! Eatou vendo
que alnda hS doldoa, que podem andar aoltoal' Impaclencla de um cochelro
"Houve atravea
aquele cochelro, que devla conduzl-lo
de Lion e que nao era partlcularmente pa-
SecQao III
275.
ciente! Uma grande raultldao impedla o carro de avangar: cercavam-no, para pedlr-lhe uma bengao, uma palavra, a promessa duma prece, ate que o cochelpo grltou: 'Com a brecal Eu preferla levar o dlabo do que um santo no meu carroI *
Esperteza de um alfalate para obter rellqula Quando
Dom
Bosco um dla eatava a
mesa
dum
amlgo em Lille, apresentou-se um alfalate ^ pedlu llcenga para mudar uma manga eatragada de aua aotalna*
Ves o matrelrol Poderla aaalm guardar toda
uma manga como rellqula! E o padre paaaou a veatlr uma aotalna velha com uma manga Intelramente nova! Agradecamos a Deua por tao boa comlda
Todos OS seus amlgos querlam te-lo A aua me e o Santo dlaae a Dom Rua (o Beato Miguel
sa,
Rua): 'E singular o programa que meus amlgos organlzaram
para mlnha estadla em Lille* Eu
esperava
romarlas, predlcas, vlsltas a Igrejas! E em que se transformou? Banquetes, sempre banquetes! Mas
agradec^oa
a Deua ter dado ao seu Dom Bosco
boa comlda1 *
....
tao
Rellqula "sul generis": um reclbo! "Com o mesmo humor logrou umasenhora da alta
socledade
que o vlnha constantemente Importunando
por algumas llnhas de seu proprlo punho, como lem-
brangaT Sabes o que ele escreveu?... 'Recebl, multo grato, de Mme. X. a quantla de 2.000 llras para OS meus pobres. — Dora Bosco'" (M. PELLISSIER, Dom
Bosco, Edlgoes, Melhoramentos, Sao Paulo, pp. lOB a 110}.
315. "Conduzem sobre os ombros, com festlvas aclamacoes o sacerdote Joao Bosco"
Conta
o proprlo Sao Joao Bosco nas
Memorlas
do Oratorio:
"Ao fazer-se nolte, um toque de slno reunla a
todos
na Igreja, onde se fazla um pouco de oragao
ou se rezava o tergo com o Angelus. e se termlnava
tudo com o canto de 'Louvado seja sempre o Santlsslmo Sacramento! '
>
r
'
'0'mi: "Ao
OS
salr da Igreja, punha-rae no meio deles e
acompanhava enquanto cantavara ou se ^alvoro^a-
vam. Quando cheg5.vamos na sublda do Rondon, cantava-se
uma estrofe de uma cangao rellgiosa, despe-
diam-se
ate o Domingo seguinte e, dando-se mutua-
mente boa-noite, cada urn caminhava para sua casa.
"A
despedida do Oratorio era uma cena singu
lar. Quando estavam fora da Igreja, todos davara mil vezes boas-noltes sem separar-se do grupo dos companhelros» Eu Ihes dlzla: "—
vos
Ide
para casa;
e nolte; vossos
aguardara. Inutllmente. Era preclso
fazer;
sels
bracos
uma especle de cadelra sobre ^ qual,
dos mals robustos formavam com
num trono, eu tlnha navam-se entao em
pals
delxfi-los seus
como sentar-me por forga. Ordevarlas flias, com Pom Bosco
m
fe:
S&o Joao Rosco carregado em triunfo pelos seus meninos. Esta cena figurou no grande eetandarte que ornava o 6trio
* .. -.-1
da Basilica de Sao Pedro, no dia de sua beatificagao, a 2 de junho de 1929. sobre
aquele camarote de bragos, que passava
por
clraa dos mals altos de estatura, e camlnhavam can-
tando, rlndo e aplaudlndo ate o largo chamado Rondon. Cantavam-se ainda all algumas cangoea, que terminavam
com
o canto solene em honra de
Jesus
Sacramentado e de Maria Santlsslraa.
"Pazia-se depols urn grande silencio e eu, entao, podia dar a todos as boas-noites, com os conselhos para toda a semana. Todos respondiara a pia nos pulraoes: It— Boa noite!
"Naquele moraento eu era baixado do trono, iam
todos
para
suas
TamTTlas, enquanto
alguns
dos
maiores me acompanhavara ate minha casa, meio morto
de
cansago". (Nota do editor do livro: "Esta cena
278,
SecgSo III
encantadora
a vimos representac^a ^ Roma no
dla
^ beatlficapab (2 de Junho de 19297, em ^ enorme estandarte quapendia aobre a entrada principal do 6trio da basilica de Sao Pedro: Pom Bosco levaSo era trlunfo por um grupo de alegres alunos seus,
Ele, eentado em uma poltrona, e atr^s, no fundo, a camplna piemontesa, Um dlstico latino dlzla: 'Sus— tollunt humerls festp clamore loannem — laetantea luvenea quem allt unua amor';" com featlvaa aclama-
poes
OS
amor
conduzem .aobre oa ombroa o
Boaco"
Jovena alegres e anlmadoa por
um (inlco
aacerdote
Joao
(Sao JOXO BOSCO> Memorlaa del Oratorio
Biografla
in
jr Eacrltoa de San Juan~Boaco, BAG, Ma
drid, 1955, pp« 183-IBT"/ Imprimatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. gral., 13-5-1955)..
II cs
yg QCQblema eaQlglgua^ del|.cadQ 5I£I S3 g§D|Qa: ggiQ gasaac iDsgluiea* gg gglQ aa boocaa
§ ISU^SCSi ys sue a|Q alyQ* § aeg ae delxargg argtac gela yaldadg?
316. Quando e utll para a gloria de Deus e a salvacao das almas, pode-se aceltar as honras e querer a estlma dos homens
pelo
Do celebre tratado ascetlco publicado em I606 VenerSvel Padre Alonso Rodriguez, da Compa-
nhla de Jesus:
"Como se pode conclllar ^ humlldade com o dese.lo de ser conslderado ^ estlmado pelos homens«
^ doutrina comum: deve-se preferir £ desprezo as honras "Cora relagao a humlldade apresenta-se rauitas vezes uma duvida, cuja solugao nos importa multo conhecer, para saber como nos havemos de comportar na materia. Dlzemos, e e doutrina comum dos San tos, que devemos desejar ser desprezados, abatidos e tidos em pouca bonta, e que nao faqam caso de nos.
Uma objeqao: como fazer bem ao proximo se somos
por ele desprezados e tidos em pouca conta? "Mas aqui
surge
uma
objeqao:
como faremos
frutificar as almas se nos desprezam e tem em pou-
280.
ca
Secgao III
conta,
dade
aobre
que para Isso £ preclso ter autorlproximo, ^ que ele tenha boa opiniao
^ noaso respeito ^ nos estim^ E assim parece que nao seri mau, mas pelo contrdrio bora, desejar sermos estimados e considerados pelos homens. A solucao dos santos: para uma finalidade boa e para a gloria de Deus podemos aceitar as honras e a estima dos homens
"Desta duvida tratara os gloriosos Sao Basllio, Sao Qregorio e Sao Bernardo. E respondem muito bera a ela: ainda que seja verdade que devemos fugir da honra e estima do mundo, pelo grande
perigo
que hll nisso; e que, pelo que nos dlz res devemos sempre desejar ser desprezados e
peito, tidos
em pouca conta, entretanto, para alguma fi-
nalidade
boa,
desejar,
Itcita e_ santamente, ^ honra e ^ estima
do maior servico de Deus,
podemos
dos homens.
Sao Bernardo: as vezes podemos querer santamente
que nao conlTecam nossas faltas "E
assim diz Sao Bernardo que e verdade que,
no que nos toca, devemos querer que os outros
co-
nhegam e sintam de nos o que nos mesmos conhecemos e sentimos, para nos ter na conta era que nos raesmos nos teraos. Mas muitas vezes, dlz ele, nao convem que os outros saibara essas coisas; e asslra po demos algumas vezes licita e santamente querer que
nao
conhecam as nossas faltas, para que nao~ece-
bam dat proveito
algum dano, e se impeca com isso algura espiritual. Mas e preclso que o entendamos bem, e o tomemos com prudencia e com muito es-
plrito, porque semelhantes verdades, sob o colorido de verdades, costumam causar grande dano em al-
guns por nao saberem utilizar-se bera delas. Sao Gregorio: gozar de boa reputacao e da estiraa dos homens pode ser necessario para a gloria de
Deus £ bem das almas "Os
mesmos Santos nos explicam bera esta dou-
trina, para que nao tiremos delas ocaslao^para errar. Diz Sao Gregorio: Algumas vezes tambera os va-
roes santos se alegram de gozar de boa reputa^o e de estima Junto dos homens; mas isso e quando veem
Secgao III
281.
que tal urn melo necess&rio para provelto das almas. E isto, dlz Sao Qregorlo, nao e alegrar-se com a proprla estlma e bom concelto, mas slm com o
provelto
do pr6ximo, o que e coisa muito diferen-
te. Uma coisa e alguem amar a honra e a estlma humana era si raesma, detendp-se nela pela proprla
satlsfagao que Ihe vem de ser grande e conslderado na oplnlao dos homens; e Isto e mau. Outra coisa e
quando se tem amor a Isto pelo provelto^do proximo e para o bera de sua alma; e Isto nao e mau« mas bora. E desta manelra bem podemos dese.jar ^ honra e a
estlma do mundo» e que se tenha boa
oplnlao
_a
nosso respelto pela malor ^orla de Deus e^por Isto
ser necessfirlo para ^ edlfIca^o do proximo
^ra e
e
fazer frutlflcar suas almas; porque Isto nao
deleltar-se
com sua honra e estlma, mas com
provelto e o bem do proximo, e com
o
a malor gloria
de Deus. Como aquele que por razao de saude quer o remedlo que naturalmente rejelta, o querer o reraedlo e amar a saude: asslm aquele que, desprezando a honra humana, a quer e adralte por ser no caso ura melo necessSrlo ou proveltoso para o servlgo de Deus e bem das almas, dlz-se verdadelraraente que
ele nao quer nem deseja senao a gloria de Deus.
Crlterlo para conhecer quando e bom e quando e mau dese.jar as honras e a estlma dos homens
"Mas vejamos como se conhecerS se alguem se compraz com a honra e estlma puramente pela gloria de Deus e provelto do proximo, ou por seu provelto e pela sua proprla honra e estlma; porque esta e uma
coisa multo dellcada e toda a dlflculdade
assunto
grarmo-nos
mente para nao
do
estIL nlsso. Responds Sao Qregorlo: o ale-
com a honra e a estlma deve ser
por Deus, pols quando nao for
pura
necessSrlo
a sua malor gloria e bem do proximo, nao so rejubllar com ela, mas an nos ser£ penoso. De manelra que nosso^coragao haveremos de nos
tes e nosso desejo, na medlda que esteja em n5s, sempre se hS de Incllnar a humllhagao e^ao desprezo; e asslm, quando se nos oferecer ocaslao para Isto, devemos abragS-la de coragao e alegrarmo-nos com
ela, como quem encontrou o que desejava. E so de vemos querer a honra e a estlma e rejubllarmo-nos com ela quando for necess^rla para a edlflcagao do proximo, para faze-lo frutlflcar, e para malor honra e gloria de Deus.
282.
Secgao III
0 exemplo de Santo Inliclo de Loyola "De
nosso bem-aventurado Padre InScio
lemos
que, se se deixasse levar pelo seu fervor e deseJo, andaria pelas ruas desnudo e coberto de penas
e
chelo
de lodo, para ser tldo por louco. Maa ^
carldade
^^ desejo que tlnha de ajudar o^ proximo
reprimia nele eate tao grande Impeto de humildade. e fazia que foaae tratado com a autorldade ^^ de-
cencia
que convinha ao aeu ofrcio e i aua peaaoa.
Maa a aua Inclinaqao e deaejo era aer deaprezado e abatido, e aempre que ae Ihe oferecla a ocaaiao de ae humilhar, ele a abraqava e ate a buacava deve-
raa. Poia nlato ae reconhecerfi ae voa alegrala com a autorldade e eatima pelo bem das almaa e pela gloria de Deua, ou por voa mearaoa e por voaaa proprla honra e eatima: ae quando ae voa oferecer uma ocaaiao de humildade e deaprezo, a abraqala deveraa ede coraqao e vpa regozljala com ela; entao e alnal de que, quando voa aal bem o aermao, ou o negoclo, e por laao aola conalderado e eatlmado, nao voa regozljala por voaaa honra e eatima, maa puramente pela gloria de Deua e provelto do
proximo que dal vem. Maa ae quando ae voa apreaenta
a ocaaiao de aerdea humllhadoa e de aerdea tl-
doa
em pouco, a recuaals e nao a levals bem; e ae
quando
nao e neceaa&rlo para o provelto do pr5xl-
mo, contudo voa regozljala com a eatima e louvorea doa homena, e o procurals, lato e alnal de que tambem no demala voa regozljala pelo que voa toca e por voaaa honra e eatima, e nao puramente pela
gloria
de
ALONSO
RODRIGUEZ
Vlrtudea
drid, J.
Deua e provelto do proximo". (V.
SJ, Ejerclclo de
Grlatlanas. Apoatolado
Pe.
Perfecclon
jr
la Prenaa, Ma
1930, tomo II, pp. 383-387 / Imprlmaae: Dr.
Franclaco
MorAn,
Vlcarlo
General;
Madrid,
IO-6-I93O). 317. Repella com humildade aa honraa peaaoala. aceltava voluntarlamente aa que
Ihe trlbutavam como envlado do Senhor Da
Ferrer
Introducao Geral aa obraa de Sao
Vicente
(1350-1119), pelo Pe. Fr. Joae M. de
Gar-
ganta OP: "A todoa
pregaqao de Sao Vicente Ferrer, como a de oa chamadoa pregadorea de penltencla de aua
SecgSo III epoca,
era
apresentava
Deus, sua multldoes.
283. uma pregagao planlflcada. 0 Santo
se
em
de
cada
aldeia como urn
envlado
entrada era solene, congregavam-se as Organlzava-se uma proclssao, cantavam-
-se cfinticos pledosos e penitenciais. 0 Santo. que sempre
repellu
com humildade her6lca
as
honras
pessoals. aceltava voluntarlamente as que Ihe trl-
butavan como envlado do Senhor. Aparecla pobremen-
te
vestido com seu hlbito de Dominicano,
sobre
urn jumentinho, o qual andava entre
montava caibros
de madeira para evltar que os devotos Impedlssem a marcha regular" (Blografla escrltos de San Vi
cente Ferrer. Blblloteca de Autores Crlstlanos, Madrid, 1956, pp. '13-14 / Imprimatur: + Hyacinthus, Ep. aux. y Vic. gen., Valentlae, 9-6-1956). 318. "A valdade esvoaca em redor de mlm. mas. pela graca de Deus. nao entra"
Le-se numa (1350-1119):
vlda
de
Sao
Vicente
Ferrer
"Sua humildade delxou estupefato a Pierre d*Allly. Os contemporfineos flcavam admlrados dian-
te
de sua pledade, tanto quanto da virllidade, da
energia, e do bom senso, aos quais essa humildade e essa piedade Jamais causaram prejulzo. Bem ao
contr&rio, elas Ihe davam uma visao justa das coisas, porque eram sinceras, vivas, e nSo hip6critas ou
deformadas. Essa humildade de Sao Vicente Fer
rer
tern p seu merito. Era de temer, com
que
diante
(Sao
de seus exitos brilhantes,
efeito,
o
mestre
Vicente Ferrer) perdesse a cabeqa e se
dei-
xasse levar por todas as formas de orgulho. Mas al
estava bispo
a sua humildade. Um dia, ao que parece, um franciscano amigo encontrava-se ao seu lado
durante
uma dessas procissoes triunfais em que se
manifestava a veneraqao do povo pelo grande santo civilizador. Diante das aclamaqoes, diante mesmo das manifestacoes Insolitas de adoracao (*). disse-lhe o bispo:
* — Frei Vicente, a vaidade o que faz?•
•— Ela vai e vem. mas,
pela
esvoaca ao redor de
graga de Deus. nao entra'. Tal
resposta" (MATTHIEU-MAXIME GORGE,
Saint
mim.
foi
a
Vincent
284.
Secgao III
Perrler, Llbralrle Plon, Paris, 1924, pp. 285—286). (*) A palavra "adoragao" e empregada aqui no sentido de "veneragao", usual na Sagrada Escritura e nos te6logos. 319. "Qracas a Deus. .jamais o orgulho se aproxima de mim"
Um
biografo
de Sao Paulo da Cruz,
dos Passionistas (1694-1775), narra episodio da vida do Santo: "Nao
o
Pundador seguinte
podemos nos impedir de mencionar um pe-
queno episodio, ao qual nao falta certo encanto. Um dia, o Pe. Paulo se dirigia, com um de seus companheiros, da praia de Orbetello para o Monte Argentaro. Um pescador, que o conhecia apenas pela reputaqao, saudou-o e disse: 'Sols bem felizes de ir para 15, para o convento onde mora ease Santo, o
Pe. Paulo I' — Tais palavras foraun como uma ma-
cetada para o humilde Padre; ele ficou desconcertado. Mas logo replicou com vlvacldade: 'Mas quem
e esse Santo, de quem falals? 0 Pe. Paulo?' 'Sim, respondeu o bravo homem; £ um Santo!' — En-
tao, o Servo de DeUs, como para ^rA-lo do erro, responde com tom seguro: ^Pois eu posso Ihe garantlr que ele certamente nao se considers um San to!* Apos essas palavras, o Pe. Paulo retoma prontamente o caminho. 0 pescador, sempre mals afirma—
tivo e^ quase ofendido: 'Pois b^em — exclama ele — quer
ele se considere, quer nao se considere,
vo-lo
eu
digo: ^ \m Santo, um verdadeiro Santo, um
grande Santo!'
"Parece-nos diflcil que ^ meio a tantas honras
e prodlgios nao se levantasse algum sopro
vaidade.
Por um prlvilegio extraordlnirlo,
de
nunca
pensamento algum alterou a humildade do Santo. Ele
pode
dizer ao diretor espiritual com Candida sim-
plicidade: aproxima
se
'Gracas
de mim.
a Deus. .jamais o
orgulho
se
Eu me consideraria um condenado
me viesse um pensaunento de orgulho* . Ele
nem
sequer podia conceber como possivel o orgulho. Els o
retrato que traqava de sua pessoa: comparava-se
a
um pobre andrajoso e coberto de ulceras dos pes
Seccao III
S&o Paulo da Cruz. Quadro pintado ao vivo por Domenico Porta em 1733 (Capela do Santissimo Sacramento do Retire dos Santos Joao e Paulo, em Roma).
286. a
SecgSo III
cabega. 'Tal homem —
orgulhar
dizia ele — poderia
se
se se visse Introduzldo numa reuniSo
de
grandes senhores? Dm tao grandc pecador como eu orgulhap-sel Deus me faz «ler num grande llvro; ea se
llvro
6 o conheclmento de meus pecados *.
Dal
vem que ele nao tivesse nunca materia para se acu-
sar
de orgulho" (R. P. LOUIS-TH. DE JESUS
SANT,
AQONI-
Hlstolre de Saint Paul de la Croix. Librai-
rie H. Oudin, EHTteur, Paris-PoitTers, I088, ila. ed., pp. 575-576 / Com a aprovagao dos Arcebispos de Bordeaux, Albi, Tours, Reims, Bourges e Rennes, e dos Bispos de Lugon, Poitiers, Mende, Bayonne, Carcassone, Aire, Rodez e Mans).
320. Santo Cura d'Ars: 0 elogio nada acrescenta. a in.luria nada retira
Da
biografia
de
Sao Joao
Batista
Vianney
(I786-I859), do Conego Trochu: "0 muladas
Cura d'Ars nao ignorava as denuncias forcontra ele diante de seu prelado. Mais de
uma vez, alguns colegas amigos pediram-lhe que se defendesse. Ele, porem, sempre preferia calar-se e para explicar o seu silenclo contava uma historieta extralda de seu llvro predlleto: a Vida dos Santos.
«—
Um santo disse urn dia a um de seus reli-
gisos: *Vai ao cemiterio e injuria os mortos'. 0 religioso obedeceu e, ao voltar, perguntou-lhe o santo: 'Que responderam? — Nada. Pols bem, volta, e
faz-lhes grandes elogios'. 0 religioso obedeceu
novamente: Que disseram desta vez? — Nada tambem.
Eis,
replicou
o santo, ^^ injuriam ou
se
te
louvam, faz como os mortos'.
'Hoje recebi duas cartas, contava numa expllcagao de catecismo: Numa me dizem que sou um san to, na outra que sou um charlatao; & primeira nada me
acrescentou. a. segunda nada me tirou'. Era de-
pois
da leitura duma raissiva deste genero que ele
dizia 'todo contente': 'Eis aqui um que me conhece bem! Se fosse tentado de orgulho, teria com que me
curar'"
(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ars. Vo-
zes, Petropolis, I960, 2a. ed., p. 239 / Impriraa-se: + Luis Felipe de Nadal, Bispo de Uruguaiana, 29-6-1959).
SecQao III
287*
321, "Digam 16. o que qulserem, 80U apenas o que sou perante Deus" De uma vlda de Sao Joao Bosco:
"Esta nolte, achando-nos em bom numero no quarto de Dom Bosco enquanto ceava, depots de ha ver confessado das 3 as 9»30 hs da nolte, mandou ler uma carta do Bispo de Spoleto. Tecia-lhe nela o Prelado grandes elogios, dizendo, entre outras colsas, que embora nao tivesse a honra de conhece-lo pessoalmente, a fama do seu nome chegara ate seus ouvidos, e que nele reconhecia um grande zelo
pela gloria de Deus e um esplrlto de verdadelro eclesiastlco. 0 Padre Prancesla, que Ihe flcava quase
sempre ao lado, a sorrlr Ihe perguntou:
—
Nao se ensoberbece com tamanhos encomlos?
"Respondeu:
a
— Ora essal Escuta: habltuel-me
ouvlr de tudo. Tanto ae me ^ ler uma carta re-
pleta
de
Quando
gostlnho
louvores
recebo
como uma chela
de
uma destas laudatorlas,
Insultos.
vem-me
o
de confront&-la com certas outras, de um
carregador e quejandos, repassadas de Insultos; e replto comlgo mesmo: Como sao desencontrados os julzos dos homensl Dlgam IS o que qulserem: sou apenas o que sou perante Deus" (Marques FELIPE
GRISPOLTI, Dom Bosco, Llvrarla Saleslana Edltora, Sao Paulo, ^la. ed., 19^5» p. 2^12).
•
Sn-•.
•
Ill
ssgiiiisis eici 9
^§1
S 3Qbcg^UdQ escg 3 g^§£la ^g Sgus, 83 335^93 Q3Qi£gSS8!5 93 ^853
9Ug ^iiS E§Sg^8E§i. £3339 3 38Ql8gl3 ^3 383 ylda
i 3^3 glggili 3 §1 933983•
1 QiatQ i9iSi9 2 Sixino Me|£ci
322. "Brllhe a vossa luz dlante dos homena. para que glorlfIquem a vosso Pal que est^ nos Ceus"
^Instrugao
de Nosso Senhor aos Apostolos,
no
Sermao da Montanha:
"Vos se
uraa
sols a luz do mundo. Nao pode esconder-
cidade
sltuada sobre urn monte; nem acen-
dem uraa lucerna, e a poem debalxo do alquelre, raas sobre o candeelro, a fin de que ela de luz a todos OS
que
estao era casa. Assira brllhe a
vossa
luz
dlante dos horaens, para que eles vejara as vossas boas obras, e glorlflquem a vosso Pal, que estfi nos ceus" (Mt. V, 1^1 a 16). 323. "Els aqul quern e raals do que Saloraao"; "Els aqul quera e raals do que Jonas"
Nosso Senhor Jesus Crlsto proclaraa a grandeza de sua proprla Pessoa:
"E, concorrendo as multldoes, coraeqou a dlEsta geraqao e uraa geraqao perversa; pede ura slnal, raas nao Ihe serfi dado outro slnal, senao o slhal do profeta Jonas. Porque, assira corao Jonas zer:
fol
ura slnal para os nlnlvltas, assira o Pllho
do
290.
Secgao III
homem serfi um slnal para esta geragao. A ralnha do
melo-dia levantar-se-fi no (dla de) Julzo contra os
homens desta geragao, e condenfi-loa-fi; porque velo da extremldade da terra ouvlr a sabedorla de Salo-
mSo;
entretanto, els aqui est^i quern e mals do que
Salomao.
Os
ninivitas levantar-se-ao no (dla
do
Julzo contra esta geragao, e condenfi-la-ao; porque fizeram penltencia com a pregagao de Jonas; entre tanto els aqui quera ^ mals do que Jonas" (Lc. XI, 29 a 32).
32'!. "0 Pal. que me enviou, d£ testemunho de mim"
Nosso
Senhor
reivindica
a
proprla
missao
diante dos homens;
"Se
eu
testemunho
dou testemunho de mim mesmo,
o
meu
nao e verdadeiro. Outro e o que dS te-
temunho de mim; e eu sei que e verdadeiro o teste
munho que ele dS de mim. Vos enviastes (mensageiros) a Joao; e ele deu testemunho da verdade. Eu, porem, nao recebo o testemunho do homem, mas digo-vos estas coisas, a fim de que sejals salvos. Ele era uma lampada ardente e luminosa. E vos poucos momentos quisestes gozar da sua luz. "Mas eu tenho um testemunho maior que o de Joao. Porque as obras que meu Pai me deu que cumprisse, estas mesmas obras que eu fago, dao teste munho de mim, de que o Pai me enviou; e o Pai que me
enviou, esse mesmo deu testemunho de mim;
vos
nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua face. E nao tendes permanente em vos a sua palavra, porque nao credes no que ele enviou.
"Examinais nelas
as escrituras, porque Julgais ter
a vida eterna; e elas sao as que dao teste
munho de mim; e nao quereis vir a mim, para terdes vida. Eu nao recebo a gloria dos homens. Mas co-
nhego-vos, (sei) que nao tendes em vos o amor
de
Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e vos nao me recebeis; se vier outro em seu proprio nome, recebe-lo-eis. Como podeis crer, vos que recebeis a
gloria uns dos outros, e nao buscais a gloria so de Deus vem? Nao Julgueis que sou eu que hei de acusar diante de meu Pai; Moises, em vos confiais, e que vos acusa. Porque, se cresseis
que vos que vos
em Moises, certamente crerleis tambem em
Secgao III
291.
ralm; porque ele escreveu de mlm. Porem, se vos nao dais credito aos seus escrltos, como haveis de dar credito as ninhas palavpas?" (Jo. V, 31 a 'IT).
325. "Nao podeis ouvlr mlnha palavra, porque tendes por paf~o demonlo, e querels satisfazer os desejos de vosso pal"
Jesus increpa os Judeus por recusarem a aceitar a sua mlssao divina:
"Jesus
dlsse-lhes: Se sols filhos de Abraao,
fazei as obras de Abraao. Mas agora procurais inatar-me, a mlm, que sou urn hotnem que vos disse a verdade que ouvi de Deus; Abraao nunca fez Isto.
Vos fazeis as obras de vosso pal. E eles disseram-Ihe: Nos nao somos filhos da fornicagao, temos um pal
(que
e) Deus. Mas Jesus dlsse-lhes: Se
Deus
fosse vosso pal, certamente rae amarlels, porque eu
sal
de
mas
ele me envlou. Porque nao conhecels vos a ml
Deus e vlra; porque nao vim de mlm
mesmo,
nha llnguagem? Porque nao podeis ouvlr a mlnha pa lavra. Vos tendes por pal o demonlo, e querels sa tisfazer OS desejos do vosso pal; ele fol homlclda
desde
o
principle, e nao permaneceu na
verdade;
porque a verdade nao^estfi nele; quando ele dlz a mentlra, fala do que e proprlo, porque e mentlroso e pal da mentlra. Mas, alnda que eu vos dlgo a verdade, vos nao me credes. Qual de vos me argiilrfi de pecado? Se eu vos dlgo a verdade, porque rae nao credes? 0 que e de Deus, ouve as palavras de Deus. Por
Isso
vos
nao as ouvls, porque nao
sols
de
Deus" (Jo. VIII, 39 a 17).
326. "Sou o menor dos Ap5stol03, mas pela graga de Deus tenho trabalhado mals do que todos"
Dlz Sao Paulo na la. Eplstola aos Corlntlos: "Porque
eu
sou o mlnlmo dos Apostolos,
que
nao sou dlgno de ser chamado Apostolo, porque persegul a Igreja de Deus. Mas, pela graga de Deus, sou o que sou, e a sua graga, que estIL em mlm, nao fol
va,
antes
tenho trabalhado mals
que
todos
eles; nao eu, porem, mas a graga de Deus, que estfi
comlgo" (I Cor. XV, 9-10).
292.
SecQao III
327. Sao Paulo faz a apologia do
pr6prio apostolado
Da 2a. Eplstola aos Corlntios: "Outra cio,
bein
vez o digo (ninguem-roe tenha por nes-
ou ao menos sofrei-me corao tal para que tain-
eu me glorie ainda por um pouco), o que dlgo,
relativEunente a eata materia de gloria, (aparentemente) nao o digo segundo Deua, mas como por insipiencia.
Visto
que muitos se gloriam
segundo
a
carne, tambem eu me gloriarei. Porque v6s, sendo sensatos, sofreis de bom grado os insensatos. Por que
sofreis quem vos poe em escravidao, quem
devora,
di na
vos
quem vos rouba, quem se exalta, quem
vos
cara. Digo-o para minha vergonha, como
se
tivessemos sido fracos neste ponto. Mas naquilo em
que qualquer tem ousadia (falo como louco), tambem eu tenho: Sao Hebreus, tambem eu; sao Israelitas, tambem eu; sao descendentes de Abraao, tambem eu; sao ministros de Cristo (falo como menos s&bio), mais (do que eles) o sou eu; mais nos trabalhos,
mais nos cfirceres, em aqoites sem medida, freqvien-
teraente em
perigos de morte. Dos Judeus^ recebi
cinco quarentenas de aqoites, menos um. Tres vezes
ful
aqoltado
com varas, uma vez fui
apedrejado,
tres vezes naufraguei, uma noite e um dia estlve no ablsmo do mar; muitas vezes em vlagens, entre
perigos
de rlos, perigos de ladroes, perigos
dos
da minha nagao, perigos dos Gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, peri gos dos falsos irmSos; no trabalho e na fadiga, em muitas vigllias, na fome e na sede, em muitos JeJuns,
no frio e na nudez. Mem destas coisas, que
sao exteriores, (tenho tambem) a minha preocupaqao cotidiana, o cuidado de todas as igrejas. Quem estfi enfermo, que eu nao esteja enfermo? Quem e escandallzado, que eu me nao abrase?
"Se riarei Deus
e
importa que alguem se glorie, eu me glo
das
coisas que sao da minha
fraqueza.
Pal de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que
0 e
bendito por todos os seculos, sabe que nao minto".
(II Cor. XI, 16 a 31).
Secgao III
293.
328. Sao Paulo: "Era por vos que eu devia ser louvado..
Da 2a. Eplstola aos Corlntlos: "Tornel-me insensato (falando de mini mesrao), mas fostes vos que me obrigastes (a isso). Porque era por vos que eu devia ser louvado, pois que em nada fui inferior aos maiores ApSstolos, ainda que (por mim) nada sou; entre vos contudo foram realizados OS sinais do meu apostolado em toda a paclencia, nos milagres, e nos prodigios, e nas virtudes" (II Cop. XII, 11-12).
329. Sao Paulo: "Deus e testemunha de quao santa, Justa e irrepreensivelmente procedemos para convosco"
Da la. Epistola aos Tessalonicenses: "Porque vos mesmos sabeis, irmaos, que a nossa Ida a vos nao fol sem fruto; mas, tendo primeiro sofrido e tolerado afrontas (corao sabeis) em
Filipos,
tivemos confianca em nosso Deus para vos
pregar ,o Evangelho de Deus no meio de muitos obstAculos. Porque a nossa exortagao nao procedeu de erro, nem de mallcia, nem de fraude, mas, como fomos
aprovados por Deus, para que nos fosse cod-
fiado o Evangelho, assim falamos, nao como para agradar aos homens, mas a Deus, que sonda os nossos coragoes. Porque a nossa linguagem nunca foi de adulagao, como sabeis, nem urn pretexto de ava-
reza;
Deus e testemunha; nem buscamos gloria
homens, quer de vos, quer de outros
dos
Pois vos
lembrais, irmaos, do nosso trabalho e fadiga; tabalhando de noite e de dia para nao sermos pesados
a nenhum de v6s, pregamos entre vos o Evangelho de Deus. V6s e Deus sois testemunhas de quao santa e Justa que
e irrepreensivelmente
crestes;
procedemos convosco,
assim como sabeis de que maneira
a
cada um de vos (como um pai a seus filhos) vos andfivsunos exortando, e confortando, e suplicando que andSsseis duma maneira digna de Deus, que vos cha-
mou ao seu reino e a sua gloria" (I Thess. II, 1 a 6 e 9 & 12).
29'!.
Secgao III
330. Sao Paulo ppoclama o
perfelto cumprlmento de sua mlasao e sua eaperanQa no
receblmento da coroa da gloria
Da 2a. Eplstola a Tirooteo: "Quanto a mini, estou
libagao (derramando
para ser oferecido era
o meu aangue), e o tempo
da
rainha diaaolugao avizinha-ae. Combati o bora coraba-
te, acabei a rainha carreira, guardei a fe. De reato
eatfi-me reaervada a coroa da Juatiga que o Se-
nhor, Juato Juiz, me darfi naquele dia; e nao ao a mim, maa tarabem aquelea que deaejam a aua vinda" (II Tim. IV, 6 a 8). 331« Louvar-ae a ai meamo pode aer bom e aanto, como~rez Sao Paulo Do Exercicio de Perfeicao e Virtudea Criataa,
do
Vener&vel Padre Alonao RodrTguez, da Corapanhia
de Jeaus:
na
"De maneira que a honra eatima doa horaena verdade nao e mS, aenao boa, se uaainos bera de-
la, ^ sendo aaaim, pode ser llcita ^ aantamente desejada. Como quando o Padre Francisco compareceu diante do rel de Bungo com uma
Xavier grande
embaixada e um grande brilho. ^ ate alguera louvar-se a ai mearao pode aer bom e aanto, ae ae faz co-
mo ae~Beve, como veraos Sao Faulo, que ao escrever aos "TorlntioaT comega a louvar-ae e^ a contar aa propriaa grandezas, narrando os granHes favores que Noaao Senhor Ihe havla felto, ^ dizendo que havia trabalhado mala do que os outroa Apdatoloa; conta aa revelagbes que recebeu e o aeu arrebatamento ao tercelro cSu. Maa lato ele o fazia porque convinha e era neceaaSrio para a honra de Deus e
para o provelto do proximo, a quern escrevla,^para que aaaim o conaiderassem e estiraasaem por Apostolo de Cristo, recebeaaem a aua doutrina e se aproveitaasem dela. E dizia eataa coisas de si com ura
coragao nao so deaprezador da honra, maa ate amante do deaprezo e da humilhagao por Jesus Cristo.
Porque, quando
nao era necessSrio para o bera
do
proximo, muito bera aabia ele apoucar-se e abater-se, dizendo de ai que nao era digno de chamar-se
SecQffo III
295.
Apoatolo, porque persegulu a Igreja de Deus, chamando-se blasfemo, repugnante e o malor doa pecadorea; e quando ae Ihe apreaentaram humilhaqoes e
menosprezoa, fazla deles aeu contentamento e regozljo. Deatea coracoea nao nada ^ temer quando recebem
guma
qualquer honra ou meamo
quando dlzem al-
coiaaa favor&vel de al meamoa; porque
nunca
farao eaaaa coiaaa aenao quando for neceaairio pa
ra ^ malor "gloria de Deus; e entao o_ fazem apegar-ae ^ nada dlaao, como ae nao o aorque
)eua
aeih
fizeaaem,
nao amam aua propria. honra, maa a honra de
e o bem daa almaa". T^. Pe. ALONSO RODRIGUEZ
SJ. E.lerclcio de Perfeccion y Vlrtudea Criatianas,
Apoatolado
3^e
la Prenaa, Madrid, 1930, tomo
pp. 387-388 / Imprimaae; Dr. J. Francisco
IT,
Morfin,
Vicario General; Madrid, 10-6-1930;). 332. "Vai em paz; Aquele que te criou
te predestlnou a aantidade"— aaaim falava Santa Clara dirigindo-ae a £l mesma... Depoimento
da Irma Benvenuta di Diambra, Re-
ligiosa do Moateiro de Sao Damiao, no Procesao de Canonizagao de Santa Clara de Assia (1193-1253): "Ela
(Irma Benvenuta) contlnuou dizendo
aa
aim: na noite da sexta-felra vespera do a&bado que foi o tercelro dia (8 de agosto) antes da raorte da Senhora
poente
traa
Clara,
de aanta memoria, a referida
de-
estava aentada perto de aeu leito, com ou-
Irmaa,
chorando a morte prSxima de uraa
tao
admir^vel .e aanta Mae. Ora, enquanto ninguem Ihe falava, a dlta Mae comeqou a recomendar aua alma a
Deua,
dizendo: *Vai em paz, pois tu ser&a bem aa-
siatida. Aquele que te criou te predestlnou a aan
tidade, olhou
Uma
quem
logo
sempre
pos
em ti o Eaplrito Santo, ^ te
como uma Mae olha a aeu
filhinho'.
Irma charaada Anaatficia, perguntou-lhe entao a
ela falava aaaim. Ela reapondeu: *Eu falo
a
minha alma bendita'" (J'al connu Madame Sainte Claire, le procea de canonisation de Sainte Claire
d'Aasise,
Lea EdiTTons du Cedre, Paris, I9bi, pp.
b9-90 7 Imprimatur: J. Qaaton, Vic. gen., de Tou louse, 12-7-1980).
296.
Secgao III
333. "Era mala meritorlo para ele falar de si do
que calar oa aeua louvorea"
Comenta
o
Beato
Jficome
de
Varezze
(I23O-I298), na sua conheclda Legenda Aurea; "Eacutaia (Sao Paulo) falar de ai com alguma aatiafagao? Voa o podeia admirar, do meamo modo que quando o vedea deaprezar-ae a ai meamo. Aqui
ae ve grandeza de alma, 1& humildade. Era maia me ritorlo para ele falar de a^, ^ que calar aeua louvorea teria
porque, se ele nao oa tiveaae proferido,
aido maia culpado do que aquelea que se ga-
bam ao menor proposito. Cora efeito, se ele nao ti
veaae aido gloriflcado, teria arraatado a rulna oa que Ihe foram confiadoa, enquanto que, humilhando-
-ae,
ele oa elevava. Paulo, glorificando-ae ^ ai
meamo, obteve maia meritoa do que urn outro que houveaae eacondido aquilo que o distingue; este, pela humildade, que Ihe faz eaconder aeua meritoa,
§anha menoa do que aquele, manifeatando-oa""I (JACUES DE VORffCtlNE, La Legende Doree, QarTTTer-Plamraarion, Paris, 1967, vol. I, p. 'I'll). 33^' "Eu meamo aerei, depola de mlnha morte, ob.leto de tua particular veneracao"
Sao
Vicente
Ferrer (1350-1'119) profetiza
a
eleiqao do Papa Calixto III;
"(Calixto III) logo ae recordou de uma profecia de Sao Vicente Ferrer com reapeito a aua eleiqao. Eate aanto dominicano eapanhol — aegundo ae conta — durante auaa pregagoea em Valencia, entre a multidao doa que ae aproximavam para recomendar-ae as auaa oragoes, fixou-se tambem num aacerdote
que
pedia igualmente a caridade de uma oragao, ao
qual te
(o Santo) dirigiu as aeguintea palavraa: *Eu
felicito,
meu filho; tem preaente
que
eataa
chamado a aer urn dia a gloria de tua pitria e de tua familia, poia aerAa reveatido da maia alta dignidade a qual pode chegar um horaem mortal; e eu meamo
aerei, depoia de minha morte, objeto de tua
particular veneragao. Eaforga-te poia por perseverar
em
PASTOR,
tua virtuoaa maneira de
Hiatoria
viver".
de loa Papas, Ed. Gill,
Aires, 19W7~voT7 II, pp. 329-330).
(LUDWIG
Buenos
Secgao III
297.
335. "Slca, eu serel santo
quando vos Tordes Papa" Conta uraa blografla de Sao Francisco de Paula
(IA16-I507), fundador da Ordem dos Mlnimos: "A permanencia de Francisco (Sao Francisco de Paula)
OS
em Roma durou cerca de sete dlas,
durante
quals ele vlsltava as Igrejas da Urbe, como J&
o flzera outrora com seus pals, como peregrlno. Fol tarabem vlsltado por grande numero de pessoas.
"Um dos vlsltantes, narra Belarmlno (Sao Ro berto Belarmlno), fol Lourengo de Medici, o qual, encontrando-se
em Roma com o fllhlnho Joao, apre-
sentando-o a Francisco, dlsse: 'Joaozlnho, bel.le a mao do Santo'. E o Santo dlsse ao menlno cofiPbonomla; '-Sim, eu serel santo quando vos fordes Papa'. E
a profecla se cumprlu — Joaozlnho tomou o nome
3e ~Tieao X
como Papa e canonlzou Francisco era 1-
de malo de 1519 (Sao Roberto Belarmlno, Conclo VI; De Gloria mlraculorum)" (P. ALFREDO BELLANTONIO, 57 Francesco dl Paola, Postulazlqne Generale Del Minimi, Roma, 3a. ed., 1973, p. 150 / Imprimatur;
Aloyslus Card. Traglla, 17-5-1962).
336. Era comum contar-lhes alguma colsa semelhante. que se
havla passado com ele, ou que ele havla experlmentado
Da vlda de Santo InSclo (1^91-1556), pelo Pa dre Pedro de Rlbadeneyra:
"Comunlcou-lhe (a Santo InSclo) Deus nosso Senhor singular graga e prudencla em paclflcar e
sossegar consclenclas perturbadas, era tal grau, que multos que o procuravara para receber remedlo e nao sablam expllcar sua enfermldade, e era preclso
que
ele
mesmo expllcasse o que estavara
sentlndo
dentro de suas almas e nao sablam dlzer (e o fazla
como
se vlsse o mals Intlrao e secreto de seus co-
ragoes), e Ihes desse o remedlo que pedlam. E esse remedlo, comumente, era contar-lhes alguma colsa semelhante das que ^ tlnham passado com ele, ou
que ele "Havla experlmentado; e com Isso os delxava llvres de toda trlsteza, e os despedla consolados.
298.
Secgao III
Parecla-noa
que Noaso Senhop o havia exercltado e
provado nas colsas eaplrltuala, para que ele vlesae a aer Pal eapirltual de tantoa filhoa e general de tantoa e de taia aoldadoa". (PEDRO DE RIBADE-
NEYRA,
Vida del Bienaventurado Padre San
Ignaclo
de Loyola, in Hiatoriaa de la Contrarreforma, BAG,
Radrid, 19^5, p. 3bb / Imprpnatur; Caaimiro. Obiapo Aux. y Vic. Gen., 31-3-1945). 337. "Aa mercea e dAdivaa que Deua
faz a aeua aervoa, nao eis faz para elea
apenaa, maa para o bem He" muitoa" Comenta o Padre Ribadeneyra:
"Tambem direi o que o meamo Padre (Santo ln£cio) contou de ai, & rogoa de toda a Companhia. Porque depoia que ela ae eatabeleceu e ae fundou, Deua Noaao Senhor foi revelando oa reaplendorea doa dona e virtudea com que havia enriquecido e
aformoaeado todoa tender
o
a
alma de aeu aervo In&cio,
tivemoa
oa aeua filhoa um grandiaaimo deaejo de enmuito particularmente oa caminhoa por onde
Senhor o havia guiado e o"! meioa que havia
pregado
em-
para o modelar e aperfeicoar, e faze-lo
digno miniatro de uma obra tao aaainalada como ea-
ta. Porque noa parecia que tlnhamoa ^ obrigacao de procurar
conhecer
oa fundamentoa que Deua
havia
poato em edificio tao alto e tao admirAvel. para iouva-Lo
por iaao. e ter-noa feito, por aua miae-
rlcordla,
pedraa
eapirituaia do meamo
edificio;
tlnhamoa tambem a obrigagao de imitar, como filhoa. aquele que o meamo Senhor noa havia
por
pai,
bem
aquilo cuja raiz ^ princlpio nao ae
modelo e^ meatre; ^ nao ae podia
bona dado
imitar
conhecia
bem.
"Para
iaao, tendo-lhe pedido e rogado multaa
vezea e em diveraaa ocaaioea, com grande e extraordinSria inaiatencia, que para noaao exemplo e
progreaao eapirltual, noa participaaae o que havia paaaado com ele noa aeua princlpioa, e aeua
ae era
trabalhoa e peraeguigoea (que foram muitaa),
e aa gragaa e favorea que havia recebido daa maoa de Deua, nunca o conaeguimoa obter dele, ate o ano anterior
a aua morte. Neaae ano, depoia de
muita
oragao aobre iaao, determinou-ae a faze-lo e aaaim procedia, acabada aua oragao e conaideragao, con-
SecQao III
299»
tando
ao Padre Luis Qongalves da C&roara com muita gravldade e com semblante celestial, o que se Ihe
cferecia.
Este Padre, acabando de ouvir, escrevia
tudo quase com as mesmas palavras que tinha ouvido. Porque os favores e gragas que Deus Nosso Senhor
faz a seus servos, nao os faz para eles ape-
nas, e sim para o bem de muitos»
Assim, embora
eles o^ que1ram encobrir, dando-nos com seu segre— do e silenclo exemplo de humildade, o mesmo Senhor
OS move para que os publlquem, a fIm de frutlflcar nos outros o que ETe pretende* "Saoo Boaventura conta que, quando o glorioso
patriarca
e serfifico Pal Sao Francisco recebeu os
estigmas sagrados, desejou muito encobrl-los. Mas depois duvidou se nao estaria obrigado a manifestfi-los; e perguntando em geral a alguns de seus santos companheiros se deveria revelar algumas graqas de Deus, respondeu-lhe urn dos Trades: 'Pal, sabeis que Deus algumas vezes descobre seus segre-
dos, nao
somente para vosso bem, mas
igualmente
para o bem de ou€ro3; e assfm tendes razao de te— mer que Kle vos castigue e_ repreenda como a_ uni servo
que' escondeu
seus talentos, se
nao
des-
cobrirdes o que para proveito ^ muitos Ele yos comunicou*. ^ por esta.razao"Houvelhuitos Santos que
contaram ^ ate escreveram sobre
secretissimas
as
gragas
de seu esplrito« as doguras de auas
almas .e os favores admirliveis e, divinos com que o Senhor os alentava, sustentava ^ transTormava. Nao
poderlamos
conhecer tais favores, se eles
nao
OS tivessera tornado publicos, e se o
que
era
mesmos Senhor,
liberal para com eles, comunicando-Se
a
eles com tanto segredo e suavidade, nao o tivessem
sido
para
conosco, movendo-os a publicarem
eles
mesmos o que a sua poderosa mao, para o bem deles e nosso, Ihes havia concedido. E por isso moveu
tambem Deus ao nosso In^cio ^ dTzer de si o_ que disse" (PEDRO BE RIBADENEYHA, Tida del Bienaventurado
Padre San Ignacio de Loyola, in Histories de
Ta Cohtrarreforma, BAc;,"lTadrid, 19^3, pp« 3b-39^ Imprimatur: 31-3-1945).
Casimiro,
Obispo Aux. y
Vic.
Gen.,
300.
Secgao III
338. Dona Catarina de Cardona gostava de falar daa merces que Deus Ihe fazla, para que o santo Nome
do Senhor fosse Touvado e Kloriflcado
Escreve Santa Teresa no llvro das Pundagoes: "Da grande aspereza de sua vlda (de Dona Ca tarina de Cardona) tenho ouvido muitas coisas, e deve ser a menor parte o que se sabe, porque em tantos anos que esteve naquela soledade, com tao veementes desejos de fazer penitencia, e nao tendo quem Ihe fosse a mao, devla tratar seu corpo ter-
rivelmente.
Vou contar o^ que de sua propria
boca
ouvlram algumas pessoas, entre as quais as monjas do mosteiro de Sao Jose de Toledo, onde ela entrou a
ve-las. Palava-lhes com simplicidade como a Ir-
mSs
suas; e o mesmo fazia com outros, porque
era
extrema sua singeleza e_^ penso, tambem sua humildade. Tinha entendido que nada Ihe per'tencla; estava muito longe de ter vangloria, ^ asaim gostava
3^ dizer por
as merces que Deus Ihe fazia, para
este meio fosse louvado e glorificado
que
santo
Nome do Senhor. Coisa perigosa esta para quem nao chegou a tal estado: o menos que pode acontecer e tomarem tudo por louvor era boca propria; ainda que a lhaneza e simplicidade desta santa a deve ter
llvrado
dlsto, porque Jamals ouvl acusfi-la
desta
falta" (Santa TERESA DE JESUS, Obras (As Pundacoes), Vozes, Petropolls, 1939» PP« 220-221 / Com aprovagao ecleslfistlca, 27-6-1939)• 339. Sao Roberto Belarmino fala comprazldo de seu proprlo llvro
De
uma
biografia de Sao
Roberto
Belarmino
(15'J2-1621): "0 primeiro (dos escritos asceticos do santo)
saiu
em iSl^l, com o tltulo de 'Elevaqao da alma a
Deus pela escada das criaturas*. Entre tantas obras notAveis, foi esta a que levou as predile-
Qoes do
do sAbio teologo. 'Ignore qual serA o publico
sobre este opuscule; para mim
Julzo foi
_a
mais proveitosa de minhas obras. Todos os meus ou tros trabalhos, so por necessldade os relelo; este
porem ^A o y. tres ou quatro vezes. e^ tenho resol-
SecgSo III vldo tornap
301. le-lo freqiientemente'"
(JOffO RODRI-
QUES MENDES SJ, 0 Santo Cardlal Robepto Belapmlno, Apoatolado da Imppensa, Popto, 1930, pp. 51-62 Impplmatup: A.A., Bispo do Popto, 30-1-1930).
/
310. Os eloglos que os Santos fazem
de b1 mesmos. deyem sep Julgados em funcao de sua vlda santa
Da mesraa blogpafla de Sao Robepto Belapmlno:
"A esta papa candupa, se devera atpibuip algumas
fpases
ouvidos
papte
da sua autoblogpafla, que fepipam
os
a pessoas de cpitepio acanhado. Pondo
de
a cipcunstfincia de que a dita autobiogpafia
foi escpita a instfincias sobpetudo do P. Mucio VItelleschi e nao pop impulso de valdade, o cpitepio
^ seguip ^ pespeito das autobiogpafias "Jos san^os e, como notou Bento XIV, a sua mesma santidade. E quem quisep examinap as exppessoes em que Belapml no fala de suas qualldades, e que tanto hoppoplza-
pam a Passlonel, achapA qTTe nao sao mals appojadas que algumas de Paulo ^ ^ outpos santos. "Naol
Belapmlno nao fol valdoso". (JOAO
RO^
DRIGUES MENDES SJ, 0 Capdlal Robepto Belapmlno, Apostolado da Imppensa, Popto, 1930, pp. 70-71 / Impplmatup: A.A., Blspo do Popto, 30-1-1930).
3ll« Revelap boas obpas com peta Intencao pode sep colsa .mepltopla
Dlscussao entpe o Ppomotop da Pe ("Advogado do Dlabo") e o Postuladop da Causa de Beatlflcaqao e Canonlzaqao de Sao Joao Bepchmans (1599-1621):
Ob.lecao do Ppomotop da Fe, o "Advogado do Dlabo"
"Dupante a ultima doenqa, Bepchmans ppomete com segupanqa obtep de Deus multas gpaqas papa seus Ipmaos; declapa Jamals tep cometldo pecado
venialj d& com autopldade conselhos a anclaosj nao Ihes pecusa a sua benqaoj papece dlzep que a ppo— vlncla de Flandpes pepde multo com a sua mopte. Julgapam
aceptado os sacepdotes Incutlp-lhe salu-
302. tar
Sec^ao III recelo das tentagoes, raas ele afeta tal segu-
ranga, que nada o pode perturbar. - Se Isso nao e jact&ncla, nao e vaidade, com certeza humlldade tambem
nao e; as suas palavras, os seus atos, nao
manlfestam
a humlldade tao admirada e exigida num
santo. Parece que Deus, para puni-lo de tantos sentlmentos de vanglorla, permitiu aquelas tenta-
goes
terrlveis
que agitaram a alma do
Servo
de
Deus, quase no momento de dar o ultimo suspiro. Resposta do "Postulador da Causa"
"Antes de responder dlretamente e de explicar
por miudo os fatos, assento dols princlplos; "1. - Segundo a doutrina dos santos e o ensi-
no por
teologlco, revelar as boas obras si
virtudes, e
mesmo, uma colsa Indlferente. que_a
Intengao
pode tornar multo^erltorla. Com
reta
grande
merlto, S. Paulo proclamou os proprlos louvores. "2. - Quando slnals manifestos nao demonstram
Que um ato do proximo e vlclado por mAs Intengoes,
^ ^ Justlga conslderA-lo bom. Sao as proprlas palavras do angellco doutor (2. 2., quest. 80,
a.4). "Esses mente
dols princlplos Justlflcarlara
plena-
o servo de Deus, Joao Berchfiirans, alnda
que
se pudesse duvldar das suas Intengoes. Mas ser£ posslvel a duvlda, em presence dos louvores unSnlmes, prestados a sua profundisslma humlldade? "Passando aos pormenores das palavras e dos atos crlmlnados, encontro sempre clrcuntanclas que
revelara
vlrtude, Justamente onde o nosso adversfi-
rlo entende encontrar defelto.
"Joao entrega ao seu professor uma nota das boas obras oferecldas era sua Intengao. 0 professor
sempre
conslderou
Isso como prova
de
gratldao.
Alnda que o flzesse publlcamente, nao serla valda-
de, entretanto o modestlsslmo Jovem dava os bllhetes secretamente.
"Joao revelava aos superlores os mals Intlmos segredos do seu coragao, porque a Regra o ordenava
expressamente. — Contou ^
Irmao coadjutor
que
Jamals tlvera pensamentos contraries a castldadeT Passa, porem, o promoter sem observar que Berchmans acrescentava: Gragas a Bem-aventurada Vlrgem. — 0 servo de Deus nao revelou esse dom a
Secgao III
303.
roultos» mas a um so; fol uma confldencla de Eunigos; e lei de amizade, o nao reservarem-se os segredos
"Nos seus ultimos momentoa, Joao promete aos 1rmaos obter-lhes no ceu, as gragas de Deus. As aim
fez
Euiz de Oonzaga, o modelo de Berchmans. - Diz
o autor da sua viaa, que aceltava'^rontamente as comissdes
que
Ihe fazlam para o ceu, e
prometia
com seguranga pedir a Deus as gragas soricitadas. "Joao
nial.
declara
que .lamais cometeu pecado ve
0 texto do padre Ceparl, destroi a objegao:
perguntando-lhe
o Reitor se desejava outra coiaa,
respondeu-lhe, ao ouvido: ^ V. Rev. julgar a proposito, poderfi dizer aos meus 1rmaos que minha maior de
consolagao nesta hora, e que nao me recordo
haver
cometldo pecado venial deliberado,
nem
violado nenhuma Regra desde a minha entrada em religiao, etc. dre
"Bern se compreende que nestas palavras, o pa Cepari so enxergou 'grande huraildade e um
imenso
desejo
de proraover a observSncia das
Re-
gras'. "Joao
a
dava conselhos e avisos com autoridade
anciaos: deu-os somente aqueles que Ihos
ram.
pedi-
Seus avisos foram muito proveitosos para
os
que receberam-nos, e Deus, manifestando a seu ser vo as disposigoes Intimas dos que o interrogavam, revelou
doutra maneira ainda, que tais
conselhos
vinham do seu Esplrito e que ele proprio ditava-os a Joao.
"Refere
uma testemunha que cada um, ao ouvir
a voz de Berchmans, Julgava ouvir a voz do proprio Deus
"A seguranga de Berchmans contra as tentagoes
nao
e presungosa; atribui a Deus a gloria: - gra
gas
a Deus. diz Berchmans, sinto-me assaz
contra
armado
as tentagoes que atacam a fe. - Joao
Ber-
chmans nao teve presungao na sua confianga, pois diversas vezes pediu a seus Irmaos que viessem em seu auxllio, na hora da tentagao. Permitiu Deus
que
Berchmans fosse tentado, nao para
castigfi-lo
como insinua sem razao o nosso adversSrio, mas pa ra glorific5-lo, mostrando ao mesmo tempo que o demonio nao tinha poder algum sobre sua alma" inocente. A tentagao mostrou com efeito, que as vio-
30H.
Secgao III
lenclas
do Inferno nao podlam Incllnar a alma
de
Joao para o pecado: urn mllhao de mortes, pareclam-Ihe preferivels; demonstrou alnda que na vlda do santo mancebo, Satanfis nao descobrlu nenhum ato
que pudesse ser apresentado como falta voluntfiria. Para Berchmans, a tentaqao fol urn favor, uma ^recompensa, e por Isso Deua o prevenlu da sua proxl-
ma chegada" (Pe» L. J. M. CROS SJ, Vlda de* S. Joao Berchmans,
Duprat
& Comp., Sao Paulo, 1912,
pp.
1104-409 / Com licenga da autoridade eclesifistica). 3^2. Escrevia coisaa elogiosas de si mesma por nao querer faltar com a sinceridade
Conta uma biografia de Santa Veronica Giulia ni (1660-1727), que foi freira Clarissa:
"Poi
entao
que o P. Bastianelli Ihe deu
(a
Santa Veronica Giuliani) ordem de escrever dia por
dia,
com o maior detalhe, tudo o que Ihe
aconte-
cia. ....
"A alguns pode mesmo espantar que a humildade da Santa tenha podido ceder a ponto de contar tan-
tas coisas gloriosas para ela "Ao escrever o seu dlfirio, ela praticou a obediencia heroicaraente e, se ela conta coisas li-
sonjeiras a seu respeito, e porque ela nao queria por nenhum preqo faltar a sinceridade". (Ctesse. M. DE VILLERMONT, Sainte Veronique Giuliani, Librairie Generale Catholique — Maison Saint-Ro-
ch,
Paris-Couvin,
Imprimatur:
J.
M.
Belgique, 1910, pp. 111-112 / Miest,
vie.
gen.,
Namurci,
1-3-1910).
3^3. Para combater os efeitos da
calunia, Sao Lut3'"Grignion de Montfort fez a sua pr6pria apologia
Conta
uma
biografia do grande
Apostolo
da
verdadeira devogao a Santissima Virgem:
de
"InfatigAvel, iniciou o horaem de Deus em 15 agosto de 1715 a missao em Pontanay-le-Comte.
As calunias espalhadas contra o santo eram, no en-
tanto, tao numerosas, que no inlcio desse curso de
Secgao III
305.
exerclclos
Julgou convenlente, contra seua costu
mes, fazer sua pr6prla apologia. Consegulu o efeito
desejado: em breve ganhou as simpatias de
to-
dos" (J.
M. TEXIER, Sao Luis Maria
Orlgnlon
Montfort,
Vozes, Petropolls, T^W7 p. 206-207 ^
de
Com aprovagao ecleslfistlca). Mais uma vez Sao Luis
GrlgnTon enfr'enta a calunla
De outra blografla de Sao Luis Maria Orlgnlon de Montfort (1673-1726):
"0 Bem-Aventurado (Sao Luis Maria Orlgnlon de Montfort) sentla tao bera as dlflculdades da tarefa, que seu prlmelro dlscurso na Igreja de Sao Joao fol consagrado a defender sua pessoa contra a
calunla.
'Judlca
me,
Deus* (Julgal-me,
Vos, 6
Deus). Ele falou sobre esse texto com tanta humlldade e seguranqa que, mesmo entre os protestantes,
calram multas das prevengoes. "Da
parte dos catollcos, fol, como sempre, o
entuslasmo.
De
todos os balrros da
cldade
eles
acorrlam tao numerosos, que fol precise renunclar a reunl-los na Igreja, e resolveu pregar sucesslvamente duas mlssoes, uma para as mulheres e outra
para
os homens e rapazes" (Mgr. LAVEILLE, Le Ble-
nheureux
L.-M.
Orlgnlon de Montfort. Desclee
de
Brouwer et Gle., Lille, 19T^» p. 502 / Imprimatur: Prangols, Cardinal Richard, Archeveque de Paris, 10-11-1906).
3^15. Frel Oalvao: "Meu coragao estA puro" De uma vlda de Prel Antonio de Sant'Anna Qal-
vSo, Pranclscano falecldo em Sao Paulo
em odor de
santldade (1739-1822):
"Urn da
Luz,
dlsserara
dla em que Prel Oalvao sala do dels mogos que vlnhaun da entre si
Ponte
Convento Orande,
colsas pouco respeltosas sobre
.a vlrtude de Prel Oalvao. "0 Servo de Deus, penetrando os seus pensamentos, esperou-os, e, quando eles se aproxlraavam, salu-lhes
ao encontro e Ihes pedlu que verlflcas-
306. sem
Secgao III se
moQos
nao tlnha ele
urn arguelro nos olhos.
Os
multo corteses, eaforQavam-se para sosseg^-
-lo, aflrmando-lhe que seus olhos estavam llmpoa e puroa. 'Pola, aaalm tambem ea puro o meu cora— qSo', retorqulu o Servo de Deus; delxando-oa bem desapontados e ao mesmo tempo convictoa da aua vlrtude". (Sor MIRYAM, Vlda do vener^vel servo de Deua
Frel Antonio de Sant'Anna Oalvao, Sao Paulo,
2a. ed., 193b. P. / Imprimatur; Mons. Ernesto de Paula, Vig. Geral). B'tS. "Nao tenho conaclencla de ter era minha vlda rompido com Deua" De um llvro aobre Sao Jose Benedlto Cottolen-
go (1786-1842):
"Pelos auperlorea ^ companheiroa de semln&rio era
chamado
anjo' ^ com o^ meamo nome de 'noaao
an Jo, o propSroco' era indicado pela gente de Cornellano.
"J| ele meamo. um dia, Inadvertidamente, delxou
eacapar eataa palavraa falando ao conego
naldi,
depois
conaclencla
com
biapo
de
Plnerolo:
*Nao
de ter era mlnha vlda rompido
Re-
tenho
amlzade
Deua'. raaa, depois, confundido, pela involun-
tirla conflsaao, todo pfilido e tremulo acreacentou: 'Ohl eata e apenaa ralserlc6rdla e graqa do Senhor, porque eu sou o mala miserlivel e ultimo doa pecadorea'
"E, falando com oa da Caaa, acreacentava: 'Eu vejo
que
multoa
todos me respeltam, todos me
saudara
e
ae alegram comlgo; serfi talvez porque com-
pletel oa eatudoa de teologla ou aei alguma coisa mala do que anoa atrfia? Nao, nao e por isso; a fe
que eataa boas peasoaa tem, f£-las ver em mim um minlstro de Jesus Crlsto" Sao
(Mona. AQUILES GORRINO,
Jose Benedlto Cottolengo. Vozes,
Petropolia,
?a7 ed., 1952, pp. 2bti e 27o / Cora aprovagao ecleslAatica).
347. Sao Joao Boaco a.judou a propagar a aua blografla como melo de dlfundlr o bem
Sobre Sao Joao Boaco (I815-I888), conta um blografo: "Plntaram-lhe tambem a alma, a vlda e aa
Secgao III
307.
obras. Pola ainda enquanto vlvla, salram v&rias bloKPaflas dele, prlnclpalmente em francea, blo-
graflaa que no-lo deacrevem era largoa tragoa. Esaea llvroa erara vendldoa e acreditamoa ate que ele
proprlo tenha ajudadq a propaganda para a^ venda, pels uma vez em Maraelha declarou que tudo Isao fornecla
melos com que fazer vlver-auas casaa au-
perpopuladaa de menlnoa. Sabemoa que laao ae apresentou
como ob.legSo em Roma, quando ae tratou
d^
iua causa de beatificagao; mas o^ advogado de suas vlrtudes servlu-se ate disao meamo para demonatrar a aimpllcldade evaiigellca ^ a^ coragao, que nao
via neaae fato uma homenagera a aua peaaoa maa alm-
pleamente urn melo doa mala modernoa para dlfundlr o
bem
e faze-lo amar. Segulndo o_ preceito ^
Senhor Jesus Criato, ele permltla eaaa propaganda nao para ae "moatrar dlante doa homena, maa aim pa
ra que oa~hbmen3 conhecendo auaa obraa glorificaa-
3em ^ Pal que eatS noa ceual ET"eata diatingao tao propria soube-a ele exfirimi^ aasim: 'Hoje era dia o mundo vive imerao na materla; portanto e preclso que noa Ihe fagamoa conhecer o bem que vamoa reallzando. Se um homem com as auaa oragoea multlpli-
ca OS milagrea, maa dentro do proprlo quarto, nin— guem bem
darfi por isao. E no entanto o mundo, para
o
de aua alma, precisa de ver e tocar esaas ma-
ravilhaa" (A. AUPFRAY SS, Pom Boaco, Eacolas Profiaaionaia Salealanaa, Sao Paulo, 19^7, pp.
U09-'I10 / Imprimatur: Mona. M. Melrelles Preire, VlgArlo-Geral). 548. Durante 24 anos Pom Boaco fez ao~Padre Pastarin, "au .lour le Jour", o relato circunstaciado de sua vida
Pe uma Introdugao geral a blografia e eacritos de Sao Joao Boaco:
"E quanto noa alegramos agora de ler, nura escrlto de Ceria ao diretor do SeminArio Teologico de Bollengo, Padre Luiz Manzoni — homem aereno, crltico de Historia, moderno noa procedimentos — o testemunho de um deaaes aaalduos frequentadores das recreagoea post prandium (apos o almogo) e Mst coenam (apos o Jantar), Padre Pedro Paatarln: 'Por 24 anoa, quaae todaa as noitea eu me entreti-
308.
SecQao III
nha
com Pom Bosco. Sent^vamos, urn ao lado do
ou-
tro, ^ ^ Ihe fazla contar, e Pom Bos^ ^contava, ponto por ponto, tudo o que ihe tlnha acontecldo naa ultimas horas ^ em epocas anteriores; pois, quando nos separfivamos, eu entrava na minha cela, vlzinha a sua, e escrevla logo tudo o que ele me havla contado" (ROPOLFO FIERRO SPB, Blograf£a y Eacritos de San Juan Bosco, Introduccion ge
neral, BAG, MaHFid, 1955, p^ 5~/ Imprimatur; ^Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral., 13-5-l9bb).
3'19- Pom Bosco: "Podemos falar de Pom Bosco, pois e preciso
que as obras de Peus se manifestem" Pe uma introduqao as MemSrias do Oratorio, de Sao Joao Bosco:
"No dia 2 de fevereiro de I876 o Santo conversava com os diretores de suas casas, reunidos
no Oratorio de Sao Francisco de Sales, e, ao recordar os primeiros tempos da Sociedade Salesiana, apontou a necessidade de se copiar quantos dados servissem para escrever a historia completa. Em
seguida acrescentou: 'E necess£rio que, para gloria de Deus, para salvagao das almas
raaior
a e
para 0 incremento da Congregagao, se conhegam muitas coisas*. E, explicando-se melhor, continuou:
'Pode-se dizer que nao nela nada que nao tenha sido visto com antecipagao. A Congregagao nao deu urn
passo
sem que um fato sobrenatural o
Ihasse; nao houve uma mudanga, urn ou
uma
aconse-
aperfeigoamento
engradecimento que nao tenha sido precedido de
ordera do Senhor. Nos terlamos podido escrever
com antecipagao e com todos os detalhes e soes as coisas que se sucederara'.
preci-
"Mas aqui previu uma observacao ou ob.leqao, conforme se queira chamar: como falar de tais coT-
sas sem mencionar Pom Bosco? E isto, que impressao produzirla em -uma pessoa seria? 'Sobre este ponto —
com
acrescentou
Pom
— nao se deve ter atengoes
para
Bosco nem para com ninguem. Vemos que ^
yida de Pom Bosco esti de todo confundida com a da Congregagao; por conseguinte, podemos falar dele. Creio que se deve deixar de lado o homera. Com
efeito, que importa
que se fale
bem ou mal dele?
Secgao III
309.
Que Importa que os homens Julguem de ura modo ou de
outro? ^Dlgara o que diaaerem, pouco Importa noa. que
Nao
aerel nem mala nem menoa do que
para
aquilo
aou diante de Deua. ^ que ae neceaaita e
aa
que
obraa ^ Deua ae manifeatem^ (EUGENIO "CERTS
SDB, Memorlaa del Oratorio / Introduccion, in Bio-
graffa 1955,
y Escritoa de San Juan Boaco, baC, Madrid, p. 7b / Imprimatur; Joae Maria, Ob. aux.
y
Vic. gral., 13-5-1955). 350. Oh! meu Jeaua nao poaao conceber maior imenaidade de amor do
que aquele com que V6a me cumulaates I
Doa
manuacritoa
autobiogrSficos
de
Santa
Tereainha do Menino-Jeaua (1873-1897): "Voaao amor antecipou-ae a mim deade a infan-
cla, creaceu comigo e agora e um abiamo do qual eu nao
poaao
amor mas
aondar a profundidade. 0 amor atrai
.... Oh! meu Jeaua, talvez aeja uraa
o
iluaao,
parece-me que Voa nao podeis cumular uma alma
de maior amor do que cumulaatea ^ minha; e por isto que eu ouao pedir-Voa que ameia aqueles que me deatea, como Voa me amaatea a mim (Joao, XVII, 23). Um dia, no Ceu, ae eu deacobrlr que Voa as amais maia do que a .mim, eu me rejubilarei, reconhecendo deade agora que esaas almas merecem vosso amor bem mais do que a minha; mas aqui na terra, ^
que
posao conceber maior imensidade de amor do
aquele
com queToa aprouve
me
pro^igalizar
fratuitamente, aem merito algum de minha nartp". Sainte
THEHESE DE L'ENFANT JESUS, Manuscrits Au-
tobiographiquea. Office Central de Lisieux, 19"CT7 pp. 309-310 / Imprimatur: Andreas Jacquerain, Episcopus Bajocenais et Lexoviensis, 25-5-1957).
351. Santa Teresinha: "Voa aabeia bem que cuidaia de uma pequena aanta"
Depoimento no
da Irma Maria do Sagrado Coraqao,
Proceaao de Beatificagao e Canonizaqao de
sua
irma Teresinha do Menino Jesus:
"For
volta do mes de agosto de I897, aproxl-
310.
Secgao III
madamente
aels semanas antes de sua morte, eu es-
tava Junto a seu lelto com a Madre Ines de Jesus e a Irma Qenoveva (Paulina e Celina, IrmSs de Teresinha). De repente, sem que nenhuma conversa conduzisse a esta afirmaqao, ela nos olhou com um ar celeste e disse: *V6s sabeis bem que cuidais de uma pequena santa*.
"(Pergunta:
a Serva de Deus explicou ou cor-
rigiu esta.exppessao? Resposta:) "Eu fiquei muito emoclonada com estas palavras, como se tivesse ouvido um santo predizer o que aconteceria depols de sua morte« Tomada por
esta emogao, afastei-me um pouco ate a enfermaria, e nao me lembro de ter ouvido outra coisa". (Proces de Therese
Beatification et Canonisation de Sainte de L'Enfant—Jesus et de la Sainte—Face ——
Proces
Apostolique Temoin TT Marie du Sacre-Coeur
O.C.D., Teresianum, Roma, 1976, t. 11 p. 245). 352. "Estas pAginas farao muito bem!"
A
proposito
dos
raanuscritos de
sua
vida,
observa Santa Teresinha:
nao
"•Minha Mae, apos a ralnha morte, e precise falar a ninguem de meu manuscrito antes que
ele
seja publicado, de acordo com nossa Madre. Se
fizerdes
de outro modo,
demonio vos armara mals
de uma cilada para impedir £ estragar a obra ^ bom Deus... uma obra bem importante! '
"Alguns dias mais tarde, tendo-lhe pedido que relesse uma passagem de seu manuscrito que me pa-
recia
incompleta, encontrei-a com os olhos cheios
de iSgrimas. Como Ihe perguntasse^porque, ela me respondeu com uma simplicidade angelica: '0 que eu releio neste caderno e bem a minha alma!... Minha Mae, estas p^ginas farao muito bem.
Conhecerao melhor depois a dogura do bom Deus...' "Ela acrescentou num tom inspirado:
'Ah! eu o sei bem: todos me amarao..." (Sain te THERESE DE L'ENFANT-JESUS, Novissima Verba. Im-
primerie Saint Paul, Bar-le-Duc (Meuse), 1926, pp. 107-108 / Permis d'Imprimer: Thomas, Eveque de Bayeux et Lisieux).
Seccao III
I
Santa Teresinha do Menino Jesus, com suas irmas e Madre Maria de Gonzaga (fotografia de 1894).
312.
• Secgao III
353. Santa Tereainha via na publicagao de seus escritos urn meio de fazer amar a Deus
Depoimento
da Ipma Maria do Sagrado CoraQao,
irma mais velha de Santa Teresinha, no Processo de
Beatificagao e Canonizagao da Santa de Lisieux: ."(Quando redigia seu manuscrito, a Serva de Deus previa a sua publicagao? Resposta:) 'Nera ela nem nos pens&vamos que estas recordagoes fossem urn dia publicadas: eram notas de familia.
So nos ultimos raeses da vida da Irma Tere
sa, e que a Madre Ines de Jesus achou que a publi
cagao dessas recordagoes poderia ser util a gloria de Deus. Ela disse isto ^ Irma Teresa do Menino Jesus.
e
que aceitou a ideia com a sua simolicidade
a sua retidao habituais. Ela desejava que o^ ma-
nuscrito
de
fosse publicado porque via nlsto urn meTo
fazer
missao.
amar a Deu3.~o que considerava ser
sua
Ela acrescentou tambem: 'Se a nossa Madre
Priora queimasse todos estes cadernos, isto nao me
perturbaria de modo algum; o bom Deus, nao tendo mais este meio, empregaria um outro*". (Proces de Beatification et Canonisation de Sainte Therese He
1'Enfant-J^sus et ^ 3^ Sainte-Pace — II Proces Apostolique. 'Teresianura, Roma, 1976, temoin 7 ^ Marie du Sacre-Coeur OCD, p. 2Md).
lY comg Imltadocea
Qclsto, ga aantga
gecggeDdam aga
9U§>
ggc aua vez, ga Imitem
35^. Sao Paulo: "Sede meus Imltadores, como eu o sou de Crlsto"
Sao Paulo se inculca repetldas vezes como modelo para os flels: Na la. Eplstola aos Corlntlos "Admoesto-vos
como a meus fllhos carlsslmos.
Porque, ainda que tenhais dez mil preceptores
em
Crlsto, nao tendes todavia muitos pals. Pols fui eu que vos gerei em Jesus Crlsto por meio do Evangelho. Rogo-vos, pois, que ^eJals meus imltadores.
como eu o sou ^ Crlsto" (I Cor. IV, 1^1 a lb).
"Logo, ou comals, ou bebals, ou fagals qualquer
outra colsa, fazel tudo para a gloria de Deus. Nao sejals motlvo de esclLndalo, nem para os Judeus, nem para os Gentlos, nem para a Igreja de Deus; como tambem eu em tudo procure agradar a todos, nao buscando o meu provelto, mas o de muitos, para
que sejara salvos. Sede meus Imltadores. como
eu tambem o sou ^ Crlsto. Eu vos louvo, pols, irmaos, porque em tudo vos lembrals de mlm, e guardals OS meus preceltos, como eu vo-los enslnel" (I Cor. X, 31 a.33; XI, 1-2).
3m.
Secgao III
Na Eplatola aos Fillpensea
"Ora eu queroj^ Irmaoa, que aalbals que todaa aa
colaaa que ae tem paaaado comigo, tem
contrlbuldo mala para provelto do Evangelho; de mode que
aa mlnhaa cadeiaa per amor de Criato tornaram-ae conhecidaa de todo a (guarda do) pretorio e de todoa oa outroa, e multoa doa Irmaoa, animadoa no Senhor pelaa mlnhaa cadel^, tem tldo malor ouaa-
dla em anunclar laem temor ^ palavra rPhll. I, 12 a 14).
de
Deua"
"Cumpre aomente que voa portela dura modo digno do Evangelho de Criato, a flm de que, quer eu vS, ver-voa, quer eateja auaente, ouqa dlzer de voa
que permanecels conatantea nura meamo eaplrlto, lutando unfinlmea pela fe do Evangelho; e em nada te-
nhala
medo doa advera^irloa, o que para^elea e al-
nal de perdlgao, e para voa de aalvaqao, e lato vem de Deua (que voa dS. coragera). Porque a v68 voa e dado por amor de Criato, nao aomente que crelala nele, maa tambem que aofrala por ele, auatentando o
meamo
combate que vlatea era mlra, e
que
alnda
agora ouvlatea de ralm" (Phil. I, 27 a 30). "Sede
olhoa
raeua
naquelea
Imltadorea, Irmaoa, e
que andam conforme
ponde
o modelo
oa
que
tendea em voa. Porgue multoa, de quem multaa vezea voa falel e tambem agora voa falo com Ifigrlmaa, procedera (com a aua vlda aenaual) como Inlralgos da cruz de Criato; o flm delea e a perdlqao; o deua delea e o ventre; e fazera conalatlr a aua gloria
na aua proprla confuaao, goatando aomente daa col aaa terrenaa. Noa, porem, aomoa cldadaoa doa ceua,
donde tambem eaperamoa o Salvador noaao Senhor Je3U3 Criato, o qual tranaformarfi o noaao corpo de mlaerla, fazendo-o aemelhante ao aeu corpo glorlo80, com aquele poder com que pode tambem aujeltar a al todaa aa colaaa" (Phil. Ill, 17 a 21). "Quanto
delro,
ao mala, Irmaoa, tudo o que e verda-
tudo o que e honeato, tudo o que e
juato,
tudo o que e aanto, tudo o que e am&vel, tudo o que e de bom nome, qualquer vlrtude, qualquer (colaa dlgna de) louvor da dlaclpllna, aeja Isto o objeto doa voaaoa pensamentoa. 0 que aprendeatea, e
recebeatea,
pratlcal;
IVT 8-^).
e
e ouvlatea, e vlatea em mlm,
laao
o Deua da paz aer& convoaco" (Phil.
SecQao III
315.
Na la. Eplatola aos Tesaalonlcensea noaao -Evangelho nao voa foi pregado agtnen-
te
com palavraa, maa tambem com vlrtude, e_ no Ea-
^rlto
quala
Santo, e em grande plenitude, como
aabeia
noa fomoa entre voa por amor de voa. ¥ voa
voa flzeatea Imitadorea noaaoa ^ 6o_ Senhor, recebendo a palavra no meio de multa trlbulaQao, com a
alegria do Eaplrlto Santo; de modo que voa tornaatea modelo para todoa oa crentea na Macedonia na Acaia" (I Theaa. I, 5 a 7).
e
Na 2a. Eplatola aoa Teaaalonicenaea
"Nos voa ordenamos, irmaoa, em nome de nosso Senhor Jeaua Criato, que voa aparteia de todo o irmao que viver deaordenadamente, e nao aegundo a doutrina que receberam de noa. Porque voa meamoa aabeia
moa pao
Ihando
a
como deveia imitar-noa; poia que nao vive-
dearegradoa entre voa, nem comemoa de graqa o de ninguem, maa com trabalho e fadiga, trabade nolte e de dia, para nao aermoa peaadoa
nenhum de voa. Nao porque nao tiveaaemoa
poder
para iaao, maa para voa dar em noa meamoa um exemplo a imitar" (II Theaa. Ill, 6 a 9TI
Na 2a. Eplatola ^ Tim5teo "Tu,
porem, tena aeguido a minha doutrina, ^
minha maneira de viver. aa intencoea. a fe. a"longanimidade, ^ caridade, ^ paciencia, aa (minhaa) peraeguicbea,
aofrimentoa, que me aconteceram
em
Antioquia, Iconio e em Liatra; peraeguiqoea que aofri, e de todaa me livrou o Senhor. E todoa oa
que querera viver piaraente em Jeaua Criato, padecerao
peraeguiqao.
Maa oa homena maua e
aedutorea
irao de raal a pior, errando e induzindo outroa a erro. "Maa tu peraevera no que aprendeate, e que
te
foi confiado, sabendo de quern aprendeate" (II
Tim. Ill, 10 a lA). 355. Sao Franciaco: "0 Senhor me manifeatou aeu deae.lo de que eu foaae nova forma de vida negte mundo"
De uma daa maia antigaa vidaa de Sao Francia
co de Aaaia, o Eapelho de perfeicao;
316.
Secgao III "Achava-se o bem-aventurado Pranclaco no Ca-
pltulo cula,
geral realizado em Santa Maria da Popciunque se chamou das Esteiras, porque all
nao
havia outras habitagoes se nao as construldas com esteiras, do qual particlpapajn cinco mil rellgiosos. Aconteceu que alguns dentre eles, homens de letpas e de ciencias, apresentaram-se ao senhop
Cardeal
Ostiense, que se encontpava tambem all, e
Ihe dissepam: '.Senhop, desejamos que ppocureis pepsuadip Ppancisco de que siga os conselhos dos
peligiosos
roais instpuldos e sAbios, e que uma ou
outpa vez se deixe governap pop eles'. E para coprobopap sua pretensao, alegavam as Regras de Sao Bento, de Santo Agostlnho e de Sao Bernapdo, nas quais ae dlspoe que se viva segundo uma norma estabelecida.
"Tpansmitiu o senhop Cardeal todas essas coisas ao bem-aventupado Ppancisco em torn de familiar
admoestagao. Ppancisco, sem responder nada, o tomou respeitosamente pela mSo e o conduziu ao lugar
do Capitulo, onde estavam reunidos os Trades, aos quais, com grande fervor e ungao de espirito, falou deste modo: 'Meus irmaos, meus irmaos, o Se nhop dignou-se chamar-me para que andasse pelos caminhos da humildade e da pobreza, e quer que nao me apapte deste camlnho, nem eu nem aqueles que
dese.lam
segulr-me e_ Imltap-me.~Por isto nao quero
que me citeis nenhuma ReKPa,~nem de Sao Bento, nem de Santo Agostlnho, nem de Sao Bernardo, nem de nenhum outpo, pop maior respeito que me inspirem,
nem tampouco outra forma ou modo de viver, que nao seja aquela que o Senhop pop sua inflnita misericopdia se dignou dap-me e ensinar-me. Mais alnda:
o
Senhor me manifestou seu deseJo de que eu fosse
essa nova forma de vida neste mundo e nao quis levar-nos pop outro camlnho a nao ser pop esta cien-
cia.
Mas, pelo contrArio, Deus vos confundiri pop
essa
vossa va ciencia e inflada sabedoria;
confio
em
servindo-se
que Deus Nosso Senhor
vos
e
eu
castlgarfi,
dos que sao ministros de sua Justiga,
ate que vos, queirais ou nao queirais, volteis novamente a vosso primeiro estado, com vergonha para vos'.
"Ao
ver esta atitude, o Cardeal ficou
muito
admirado, sem atrever-se a responder nada, e todos 03 peligiosos sentiram urn salutar temor". (San Francisco
de Assis. Sus escrltos. Las
Plorecll-
Secgao III laa.
317.
BloKraflas del Santo per Celano, San , Buena
ventura ^ lo3 clon, Edlclon Leglalma OFM y 4a. ed., 1965,
trea cotnpaneroa. Eape.jo dg perfecpreparada per lea Padrea~Juan R. de Lino Qomez Canedo OFM, BAG, Madrid, p. 652).
356. Sao Lula Orignion moatra como rezar o tergo a "aua manelra"
Conta uma biografla de Sao Lula Maria nion de Montfort (1673-1716): "0
Grig-
retire terminou com ura aermao sobre Nosaa
Senhora. Como o pregador tinha falado sobre o ros5rio com tanto amor e entusiasmo, pediram-lhe que desae uma 'legon dea choaea' recitando-o ele meamo
'a aua maneira'. Ele o fez, 'mas com urn ^ tao de
vote e^ tao terno per Maria', que ina^rou a todoa uma profunda piedade. Nao ae perdeu a lerabranga de aeu roairio, que ele trazia oatenaivamente do lado e que era compoato de quinze dezenaa; aasim, cha-
mavam-no CROM
o
Padre do grande rosSrio". (LOUIS
Monf.,
Montfort,
Saint
Louis-Marie
Grignion
Librairie Mariale, Font-Chateau,
p. 333 / Imprimatur: Eduardua, Epiacopus Vienais, 29-9-1942).
LE de
19477 Picta-
357. Sao Joao Boaco:
"Fagam como viram iJ. Boaco fazer" De
uma das mais conhecidaa biografias de Sao
Joao Boaco (I815-I888):
"Em 1886, portanto dois anos antes de morrer, Dom Boaco recebeu do Reitor do SerainlLrio Maior de Montpellier uma carta na qual pedia insiatentemente que Ihe comunicaaae o aegredo de aua pedagogia. «... '0
meu
aiatemal 0
meu siatemal
repetia
o
Santo enquanto ia dobrando de novo a carta. Mas ae nem eu o conhegol 0 que eu tenho feito e apenaa ir
aeguindo o que Deua me inapira e aa circunatancias augerem'.
"E
era iaso meamo. Ease homem que teve o ge-
318. nlo
SecQao III da educagao nao cogltou em arqultetar um sis-
teraa.
Ao decllnar de seus dlas recolheu, e verda-
de, em prlnclplos breves e de transparencla merldlana, os resultados de sua experlencla; mas fol s6
Isso. Um tratado dldfitlco sobre a materla
nao
quls Jamals fazer. Seu livro fol sua propria vida, pois que ele viveu sua pedagogia depols de ter-se
apropriado dela por meio da experlencla. Allfis era essa
Justamente
a cfitedra a qual
ele
convldava
seus dlsclpulos. Quando, antes de partlrem para as caeas as quals tlnham sldo destlnados, os clerlgos
Ihe lam pedlralguma norma para ae^ilr, respondia;
'Facam como vlram Pom Bosco fazer*". (J!* AUPFRAY, Pom Bosco, Escolas ProfIsslonals Salesla-
nas, Sao
Faulo, 19^7, pp. 298-299 / Imprimatur:
Mons. M. Melrelles Prelre, Vlgllrlo-Geral).
Y
iiolsi S e§§§9§§ SQ
CEgSUSQlSign^S
aQQDtam geus Qala* g §§B@cigl;l§Qte guaa m|ga« coma sQdglQ
de gug gantldadg
358. "Quase todoa os santos
apresentaram como orl^em de sua santldade a proprla mae" Do famoso escritor catolico Monsenhor Delas-
SU3 (I836-I92I): "
meu Deus! devo tudo a. mlnha mSe I •, dlzla
Santo Agostlnho.
"No seu reconheclmento por have-lo Irapregnado tao . profundamente da doutrlna de Crlsto, Sao Gregorlo Hagno mandou plntar sua mae, Silvia, ao lado
dele,
tra.lando um vestldo branco, com a rolTFa dos
Doutores, erguenSTo dels Qedos da mao dlrelta como para abe'ncoar, e aegurando na mao esquerda o llvro dos Santos Evangelhos. sob os olhos do fllho
"Mais tavam o
prSxlmo de nos, a alguns que o fellcl-
por ter tldo tao cedo o gosto pela pledade,
Santo
Cura d'Ars dlz; 'Depols de Deus, Isto
e
obra de mlnha mae'.
"Quase
orlgens
todos
os Santos flzeram remontar
as
de sua santlHade a suas maes". (HENRI DE^
LASSUS, EF Probleme deT'Heure Presente. Desclee, de Brouwer, Lille, 1905,
Tomo II, pp. 575-576).
320.
SecQao III
359• Sao Orepcorlo. Nazlanzeno
aponta
aua Mae e seu Pal como interceaaorea
Le-ae
em
conhecldo Dicionfirio
de
Teologia
Catolica:
"Sao Gregorio Nazlanzeno (329-390) moatra aua mae
Nonna reapondendo aa oracoea de aeua
fllhoa;
ele exprlme tambem conflanca na InterceaaSo de aeu
pal (Carm. II, 78, P.O. t. XXXTlII col. 52)" SEJOURNE,
verbete Salnta. Quite dea, In
nalre
Theologle Gathollque, Letouzey et
de
rFT
DlctlonAne,
PifFTi", 19-39, tomo XIV, p. 894). 360. Santo Agoatlnho amava com dellrlo a aua mae, e falava dela aem ceaaar
Conta Monsenhor Bougaud em aua vlda de Santa Monica (332-387), Mae de Santo Agoatlnho: "Agoatlnho
amava com
dellrlo & aua mSe, fa-
lava dela aem ceaaar e embalaaraou, com a^ aua lembranca. quaae todoa o3~e3crlto8. Vlnte anos depols da raorte de Santa Monica, envelhecldo, mala pelo trabalho do que peloa anoa, encanecido na penlten-
cla, quando chegou a eaae eatado em que o amor^de Deua, rompendo oa dlquea e inundando o coraQao, havla deatruldo nele todoa oa demala araorea, Agoa tlnho nao podia recordar-ae da mae, alnda meamo no
pulplto.
aem que oa olhoa ae Ihe encheaaem de 1^
grlmaa. Abandonava-ae entao aoa encantoa deata recordacao;
falava dela ao povo de Hlpona, noa aer-
moea, com encantadora beleza, manlfeatando, Junta-
mente,
o^ grande amor e^ a reconheclda pledade
fllho ^ a
aasombrosa
elevaqao de
aablo
e
de de
aanto" (ffon-a"^ BOUGAUD. Santa ffonlca, Edlcao da Typ. de S. Pranclaco, Bahla, 1928, pp. 20-21 / Im primatur: Mona. Caatro, Vic. Gen., 19-12-1927). 361. Para Sao Bernardo, aeu verdadelro
"meatre ^ novlQoa" tlnha aldo aua Mae uma
De Sao Bernardo de C.laraval (1090-1153) conta blografla eacrlta por um monge claterclenae:
"Como
poderla
Bernardo eaquecer aua Mae,
aquela
Secgao III
321.
alma tao extraordlnfirla Que, com dogura e perseve— ranga, tlnha Ido formando a sua consclencla?
"Quantas
nheceram novlgos ce
que
vezes Bernardo e seus Irmaos
reco-
para eles, ^ verdadelro 'mestre
de
tln^ sldo sua Mae, a Bem-aventurada AlT^
de Montbarl Desde os prlmeiros anos Tol
ensi-
nando a todos a ter fe, essa fe cega nas doutrlnas
da Igreja, Inculcando o respelto e a veneragao pe— lo Vlgarlo de Crlsto, fazendo-os corapreender que era
raeio as flores do raundo se encontravam
esplnhos pes
que
multos
plcavara as maos, fazlam sangrar
os
ao tentar colhe-las... AJustava-se a sua raen-
talldade de crlangas, prlmelro, de adolescentes, depols, de Jovens que havlam de decldlr o seu porvlr mals tarde... Pe-los obedlentes, raortlflcados, pledosos, e, alnda antes de terem o uso da razao, enslnou-os tarabera a rezar, a voltar-se para o ceu quando a alegrla relnava a sua volta ou quando as
Ifigrlmas cassera
turvavam os seus olhos, para que nao flera
tolas lamentagoes, mesmo nos
pequenos
sofrlmentos, nas contrarledades Inslgnlflcantes ou nos desejos nao satlsfeitos
"Jaraals retrocederain naquele ruraar para o al to no qual os colocou sua boa Mae, se bera que, certamente, por caralnhos diferentes" (Pr. Ma. GONZALO MARTINEZ SUAREZ, Bernardo de Glaraval, Edito rial El Perpetuo Socorro, Madrid, r9"61, pp.
31^-316 / Imprlmase; Segundo, Arceblspo de Burgos, Burgos, 20-7-196^).
362. "Seu fllho relatou nura belo llvro a vlda~de sua piedosa mSe" Do
de
Decreto sobre a herolcldade das
vlrtudes
Madre Maria da Encarnagao (1599-1672),
publl-
cado por ordem de Sao Flo X:
"Maria nasceu
(28
Guyart, tarabera charaada da Encarnagao,
em Tours no V dla das Calendas de noverabro
de outubro) do ano de 1599
Eia teve
urn
fllho que logo consagrou a Deus tanto quanto estava era seu poder faze-lo. .... Apos a morte de seu
marldo .... e depols de suportar, naquela epoca de sua vlda, raultas provagoes, ela pode, flnalmente, fazer o voto de castldade como desejava hi longo tempo.
Pouco
depols,
tendo conflado
seu
fllho
222,
SecQao III
Clfiudlo, de multo
fez
doze anos, .aos culdados de uma
Irraa
dedlcada, e apesar da oposlgao deste, ela
proflssao
Ease
ato
teve
rellglosa da Ordem das ura feliz resultado:
Ursullnas.
com
efeito,
Cl&udlo, apos ter recebldo uma excelente educagao
dos padres Jesultas, abragou a vlda monistlca ^ Ordem de Sao Bento e. depois" Te ter sldo ordena^ Padre, relatou em ura belo livro a vlda de sua piedoslssima roae". X^hanoine J. L. BEAUMTER, Marie Quyart 3e L'Incarnation, Editions du Bien Public, Trois-Ri^eres, 1959, PP. 233-23'! / Imprimatur; Georgius Leo Pelletier, Episcopus Trifluvianen, 30-1-1959).
363. "Honrar a sua mae e a.juntar um tesouro" (EclesiAstico, 3,5)
da
Do prefScio de um livro sobre a Madre Encarnagao, fundadora das Ursulinas era
Maria Que
bec, escrito por uma freira dessa Ordem: "Antes de escrever a Vida de sua santa mae (a VenerSvel Maria da Encarnagao), Dom Gl&udio Martin nos abre seu coragao de monge tiraorato, ^ grande voz de Maria da Encarnagao acaba de extinguir-se; mas ela canta ainda na alma de seu filho benediti-
n^ .♦«« S^o~Gregorio Nazianzeno falava bem de seu
pai, de sua mae, de sua irma e de seu amigo Basi lic, nai suas Oragoe^s e suas Poesias... "Oh! grande irmao Glfiudio, nao esquegais do
que nossa Mae vos escrevia ura dia para vos encorajar a glorificar Sao Bento: •Um bom filho louva seu pal & isto Ihe flea bem'.
co:
"E eu, de minha parte, dlgo com o Eclesifisti'Honrar a sua mSe e ajuntar um tesouro' (3, (Soeur MAITLE^MMAHuEL OSU, Marie de L'jincar-
5)" natlon, Les Editions de L'Universi^, Ottawa, I9I6, p. 9 / Imprimatur: Jean-Marie-Rodrigue ^Gardinal
Villeneuve
OMI,
Archeveque
de
Quebec,
1-2-1916). 361. Sao Joao Bosco falava com encantadora simplicidade sobre sua mae
De
uma
biografia
de
Sao
Joao
Bosco
Secgao III
323.
(1815-1888): **No380 amado Fundador (Sao Joao Bosco) relatava, corn encantadora slraprTcldade. os grandes ^rabalhos que sua mae se Impunha para all^ mentara famllfaT ....
"E
Margarlda, mulher santa, fez de aeu fllho
urn santo. Pom Bosco era uma copTa flel de sua mae.
E~que as l&grlmas e oragoes de uma mae podem multo dlante
do ceu e Influem grandemente no pqrvlr
de
um fllho. Os filhos sao, geralinente, tais como os quis fomar a atenta solicitude de uma mae
crista"
(ELADIO EGANA SOB,
Vida de San Juan Bos-
cd^ Uibrerla Editorial de Maria Auxiliadora, Sevilla, 8a. ed., 1970, pp. 15-16 / Com aprovagao eclesidstica).
365. "Minha mSe e uma santa"
(£
Santo quem o dizl Cpnta uma biografia da Mae de Sao Joao Bosco:
"— Ou o senhor volta para Turim, ou nos transportaremos o Oratorio para os Becchi. Foi este-o dilema proposto a Pom Bosco pelos meninos que
•em pequenos grupos, vinham a pe de Turim aos Bec chi, para ve-lo*.
"Voltar para Turim, ir morar em Valdocco? So-
zinho? Agora nao estfi mais no Institute da Barolo, de quem recebia alimento e assistencia. For em ca-
sa uma mulher? Que mulher? Se a poucos passos de sua casa fica a famosa estalagem da Jardineira e certos vizinhos?...
"Voce vai ter um an.lo a seu lado "— Mas voce tem sua maeI — disse o sdbio P.
Cinzano, 0 amigo de todas as horas — Faga com que ela venha com voce para Turim: va-i ter um an Jo a seu lado! %
"Joao fica confuso: obrigar a mae, sua rainha
e
rainha de Jose, a um tao grande desapego, a
um
sacrificio tao duro?
"— Minha mae e un^ santa
(e um santo que
o
diz); posso fazer-lhe a proposta"."TPAUSTO CURTO'7" A
mae de Pom Bosco, Editorial Pom Bosco, Sao Pau
lo,"197^ pp.
32^1.
Secgao III
366. Pom Boaco reza a Nossa Senhora pedlndo-Lhe que ocupe
o lugar vazlo de sua mSe
De
outra
blografla aobre a MSe de Sao
Joao
Boaco:
"Duaa horaa mala tarde. Pom Boaco aala do patronato
acompanhado de um doa aeua alunoa vetera-
noa: ele la a ^ Conaolata, igreja preferida de aua mSe, pezar uraa miaaa pelo repouao da alma da humilde criata, cujo obacuro devotamento o havia livrado de tantaa preocupagoea. *E agora, diaae
ele ^ Virgem Conaoladora antea de deixar aeu aan-
tuSrio, ^ ppeciao que^voa tomeia o^ lugar vazio^ ^
indiapenaSvel Quem
uma
mae na minha
grande
famllia.
aerS, aenao V6a? Eu voa confio todoa oa meua
filhoa. Velai aobre auaa vidaa e aobre auaa almaa,
agora e aemprel*
"Jamaia, pode-ae dizer, ato de abandono foi tao plenamente ratiflcado pelo ceu. Purante trinta e doia anoa, ate o fim doa diaa do Servo de Peua, a Rainha doa ceua pareceu deacer do ceu para colaborar com ele na aalvacao da .juventude. no lugar e
poato de Margarida Occhiena, chamada 'Mamae Margarida*. emigrada ao Paraiao". (A. AUPFRAY, Un Mode-
le ^ Mere, Libralrie Catholique Emmanuel Vitte, Cyon, 1931, p* 9^ / Imprimatur: E. Bechetollle, v. g., 16-2-1931). 367. Sua terna devocao a Noaaa Senhora era fruto doa conaelhoa
£ exemploa de aua virtuoaa mSe Sobre
Pom Prei Vital Maria Gorigalvea de Oli-
veira (1844-1878), Biapo de Olinda, cuJo
de
Proceaao Beatificaqao eatS em curao, comenta um piedoao
frade Capuchinho:
"Poa iSbioa maternoa aprendeu Antonio (o futuro P. Prei Vital) oa princlpioa da noaaa fe e aa primeiraa ora^oea. "Maia
tarde
comprazia-ae em dizer
que
aua
terna devocao a Noaaa Senhora. ^ Virgem Imaculada. era fruto doa conaelhoa e exemploa de aua virtuoaa
mae". (Pr."WLIX PE OLiVOLa, Um 5rande"5raaileiro.
Secgao III Imprensa /
325.
Industrial, Recife, 3a. ed., 1937, p. 21
Imprimatur:
Miguel,
Arc.
de
01.
e
Recife,
a5-2-l935). 368. Mais tarde. quando Abade, citarA o exemplo da propria Mae, como modelo da formacao das criancas
Comenta D. Qeraldo Fernandes CMF, falecido Arcebispo de Londrina, a respeito do celebre Abade de Sept-Fons, D. Joao Batista Chautard
(1858-1935):
"0
pai, Augusto Chautard, e um livreiro
que
raras vezes pisa na igreja e que, sem ser antireligioso ou anticlerical, alimenta amizade com voltaireanos e le tudo o que Ihe cai sob os olhos.
SerA D. Joao Batista que exercerfi, mais tarde, influencia
sobre o pai e nao o pai sobre o filho. A
educaqao materna de Clarice Sales, cheia de do^ura, piedade e fortaleza crista, supre as deficiencias do pai. "Mme.
aplica
a
Chautard, com paciencia e firmeza,
se
corrigir os defeitos do menino, que
se
revela terrivel. Mais tarde, quando abade, ele ci-
tarA * o metodo da mae como modelo na formaqao
das
crianqas, contando um dos incidentes e uroa das 11-
goes
recebidas
na
infAncia. Um
dia,
saboreara
ocultamente um doce de pessegos feito pela mae. Esta, ao descobrir a falta do filho, assim o repreendeu: 'Jamais esconderei nada, nero fecharei nada com chave; mas, se eu nao te enxergo, o bom
Deus te estA vendo, e se me desobedeces, ofendes a Deus'.
E acrescentava Dom Chautard: *Eis como
forma a vontade das criangas*".
TARD,
(Dom J.
A Alma de todo apostolado, Edltora
F.T.D., Sao Paulo, 1962, p. 13). ,
se
B. CHAU
Colegao
Secgao III
325.
Imprensa Industrial, Recife, 3a. ed., 1937, p. 21 / Imprimatur; Miguel, Arc. de 01. e Recife, a5-2-1935).
368. Mais tarde. quando Abade, cltar& o exemplo da proprla Mae, como modelo da formacao das crlancas
Comenta
D.
Qeraldo Pernandes CMP, falecldo
Arceblspo de Londrlna, a respelto do celebre Abade de Sept-Pons, D. Joao Batista Chautard (1858-1935):
"0
pal, Augusto Chautard, e urn livrelro
que
raras vezes plsa na Igreja e que, sem ser antlrellgloso ou anticlerical, allmenta amlzade com vol-
talreanos ^e le tudo 0 que Ihe cal sob os olhos. SerA D. Joao Batista que exercerfi, raals tarde, Influencla educaqao
sobre o pal e nao o pal sobre o fllho. A materna de Clarice Sales, chela de docu-
ra, pledade e fortaleza crlsta, supre as deflclenclas do pal.
"Mme. Chautard, com paclencla e flrmeza, se apllca a corrlglr os defeltos do menlno, que se revela terrlvel. Mais tarde, quando abade, ele cl-
tarli • o metodo da mae como modelo na formaqao
das
crlangas, contando um dos Incldentes e uma das 11-
goes
recebldas
na
Infancla. Um
dla,
saboreara
ocultamente um doce de pessegos felto pela mae. Esta, ao descobrlr a falta do fllho, asslm o repreendeu: 'Jamals esconderel nada, nem fecharel nada com chave; mas, se eu nao te enxergo, o bom
Deus te estS vendo, e se me desobedeces, ofendes a Deus'. E acrescentava Dom Chautard: 'Els como se forma a vontade das crlangas'". (Dom J. B. CHAU
TARD,
A Alma de todo apostolado. Editors
P.T.D., Sao Paulo, 1962, p. 13). ,
Colecao
Sao Francisco de Paula. Detalhe de antiga pintura de J. Hourdichon, em Muntalto Uffugu (Coaenza).
VI ss
£&£§ fiyg QS £^6^3 ggiecg eggsgQlgi ga 3gua gQi^ggiSQlgi,
gaotga ggnasg^gi, |a ^ggea ggn; Eglu^lncla,
gug ggJgo dia^gl^uldaa £gtggsa£laa guaa. ^aa, gaca g gem daa almaa, ggg xg^ga i§ dlatglbugm gXga Qgliggx^^
369. Pedem utna lembranca sua, e ele desenha seu perf11 nuina parede
Le-se
na
vida
de Sao
Francisco
de
Paula
(1416-1507), fundador da Ordem dos Mlniraos: em que
"Pelo Polla,
anoltecer os nossoa vlajantes estavam hospedes de piedoso e abastado casal,
no dla seguinte pediu a Francisco (Sao
cisco
de
Fran
Paula) uma lembranqa sua. Ele tomou
um
carvaq da lareira e desenhou sobre a parede da co-
zinha
o_ proprio perfil: 'Eis tudo o que eu
deixar',
posso
disse. E agradecendo a generosa hospital
lidade, partiu". (P. ALFREDO BELLANTONIO, S. Fran cesco ^ Paola, Postulazione Generale Dei Minimi,
Roma,
3a.
ed., 1973, p. 136
/
Imprimatur:
Aloysius Card. Traglia, 17-5-1962). 370. "Enfim. se este pobre carnaval
serve para lembrar os conselhos que tenho dado. nao sera de todo inutil"
Conta uma conhecida biografia do Cura d'Ars:
"Uma
humilde viu
das grandes provagoes por que passou
sacerdote (Sao Joao Vianney) foi
o
quando
que o seu retrato estava exposto por todos os
328.
Secgao III
recanto3 da aldela. Era 1845 coraegarara a ser reproduzldas as Iraagens de Eplnal, representando v&rlos epl36dloa de sua vlda. 'Multo afllto' com essas
exlblgSes, ^ prlnclplo quls faze-laa desaparecer. •Os
vendedorea supllcarara-lhe que nao o
poTa
era
urn melq de ganharera a vlda.
fIzesae.
bom
Cura
deixou-ae convencer. 'Quanto cuata eata eatampa? perguntou-lhea. — Doia aoldoa. Sr. Cura. — Doia aoldoa, ah I e rauito per ease mlaerSvel carnaval*. 'Vendara pola' (Guillerrae Villier, Procesao Ordindrio, p. 651). "Ura
dia, ao paaaar era frente de uraa
vitrlna.
era que ae achava o aeu retrato, perguntou o prego? 'Cinco francos, Ihe reaponderam. — Cinco francos 1
Ohl o. aenhor nao o^ vender^ nuncal 0 Cura d'Ara nao vale tanto" (Ir. Ataniaio, Procesao apostolico ne pereant, p. 1048). 'Enfira,
dlzia
alguraaa vezea, ae eate
pobre
carnaval serve para lerabrar oa conaelhoa que tenho
dado, nao aer^ de todo inutil'. Para deraonatrar o deaprezo que aentia por aquilo, aerapre ae escuaou a gravar nelea o aeu norae ou a benze-loa. Se entre
as eatampaa que Ihe apreaentavain encontrava algum, separava-o com ura geato bruaco. Fazia comentSrios como
este:
—
•laao so tera valor trea
dias
no
ano', referindo-ae aos trea dias consagrados aos mascaradoa (Ir. Jeronimo, Procesao Ordinfirio, p.
565)"
(Conego FRANCIS TROCHU, 0 Cura d'Ara.
Vo-
zea, Petropolia, 2a. ed., I960, pp.379-3^0 / Im primatur; Luis Filipe de Nadal, Biapo de Uruguaiaina, 29-6-1959).
371. Sao Joao Boaco jieixava-ae fotografar, reproduzir era telaa, deacrever era livroa...
Conta conhecidoa
traduzido
o Salesiano Padre Auffray, ura doa raaia biografoa de Sao Joao Boaco, em livro
por D. Joao Rezende Coata, Arcebiapo de
Belo Horizonte:
"Dora Boaco durante a vida perraitlu com toda a
aimplicidade
que Ihe retra.taaaera ^ fiaionoraia fi-
aica e moral. Fotografaram-no a confesaar aeua me^ ninos, aentado no meio do primeiro grupo de mia-
sionSrioa, circundado por uma turma de garotinhoa, na atitude de dar a bengao aoa filhos do Conde Vi-
Secgao III
329.
mercati em Roma. Potografaram-no na Pranga, na Es-
panha,
em vfirlos outros lugares, no centro de
urn
grupo de amlgos ou de benfeltorea. Plzeram-no pousar diante de uroa tela, sentado, de pe, de joeIhos, durante horas a fio
"0_
Santo
se deixava fotografar.
reproduzlr
naa telas ^ descrever nos llvros. Deus seja bendlto pols essa llcenga que ele deu a arte nos vai facllltar o trabalho; o testemunho das pessoas que viveram com ele nos traz tambem suas luzes; a leitura
de seus escritos nos fornece preclosa
docu-
mentagao. Vamos pols, a luz convergente desses tres focos, contemplar sua fisionoraia flsica e mo ral que se nos mostra com toda a nitidez" (A. AUPPRAY 33, Pom Bosco, Escolas Profisslonais Sale-
slanas, 3ao Paulo"]
pp. lOS-'llO / Imprimatur;
Hons. M. Meirelles Preire, VigSrio-Geral). 372. 3ao Joao Bosco distribui estampas de si mesmo
Relata um biografo ingles de Sao Joao Bosco: "(Sao Joao Bosco) distribuiu inumeros rosfirios, medalhas e o que parece mais estranho, pequenas
estampas de si mesmo, pois nunca desTprezou
03 metodos modernos~3e pubTicidade. advertindo em certa ocasiao que o demonio os utiliza com algum resultado para toda especie de empresas duvidosas,
e
que isso autorizava os adversSrios dele,
demo
nio, a empregar as armas modernas na luta por uma causa boa". (LANCELOT 0. SHEPPARD, Don Bosco. Her
der, Barcelona, 1959, p. 19^ / Imprima-se: Gregorio, Arcebispo-Bispo de Barcelona, 9-9-1957).
Ul
£§£§ £§^§5
aa almaa,
gi gagtQs gbsgag a dls^cl&u^r
£§]:^9y|;aa de al meamoa, gQcaceceDdo g valgc dglaa e fgfigosQdaDdg gue aa guacdem
373• Sao Francisco dava
rellquias
de si mesmo para proporcionar
bem espiritual a seus disclpuloa
Conta TomUs de Celano, dlsclpulo e do Foverello de Assis (1181-1226):
blografo
"'12. Estava o Santo no mesmo lugar, quando um religioso fervoroso, da Custodia Marsicana, que estava
atormentado pop vSrias tentagoes, disse em
seu coragao: »0h se ^ pudesse ter algum objeto. ainda que fossem somente restos das unhas de Sao Franciscol Estou certo de que toda esta tenta"cao se afastaria de mim e com o favor de Deus eu flea—
ria perfeitamente tranquilo'. Obtida a licenga devlda,
dirigiu-se ao lugar onde morava o varao
de
Deus (Sao Francisco de Assis) e manifestou a urn dos corapanheiros do Santo o motivo da viagem. Res ponded o frade: 'Creio que me serfi totalmente imposslvel entregar-te parte do que pedes, pois se bem
seja verdade que muitas vezes Ihe cortamos as
unhas, ele, entretanto, nos ordena que as Joguemos fora, proibindo-nos era absolute de guardli-las'.
Apos uns instantes, o frade foi chamado e Ihe foi ordenado apresentar-se ao Santo, que o mandava vir. Este Ihe disse: 'VA buscar. meu filho.. a te3oura para que possas cortar-me as unhas•. TomoiTo
instrumento, que para isso JA tinha pronto, e. re~
332.
Secgao III
colhendo
os
pedacinhoa cortadoa» entreKOU-os ^
rellgioso ""que OS pedla. Eate os ^recebeu com multa reverencia e no mesmo Instante se vlu llvpe de toda tribulagao
"Estando
o Santo alnda encerrado na sua cela
do Monte Alverne, um d^ seus companhelros deseJava
grandemente ter aT^m escrlto com as palavras ^ eus anotadas brevemente da proprla mao de Sao. Francisco. Pols Julgava que a grande tentagao que
Bofria, que nao era entretanto da came mas do espirito, com Isso desapareceria, ou pelo raenos Beria mais fficil de suportar. Ansloso com tal
preocupaqao, temia no entanto revelA—la ao santo Pal; mas o que o homem nao manifestou foi revelado pelo esplrito. Urn dia, o. bem-aventurado Francisco chamou £ religioso ^ Ihe disse: 'Traga-me papel e pena
porque desejo escrever as palavras de Deus e
seus
louvores. que meditei em meu coracao'. Apre-
sentados os objetos pedidos, escreveu com sua pro-
pria mSo os louvores de Deus ^ palstvras que quis, e em"^ltimo lugar sua benc^ so religiosoj oizendo-lHe:
gentemente instante
'Tome este escrito e o potarde
ate
o
dia de tua
morte *•
No
dili-
mesmo
desapareceu a tentaqao; conservou o
es
crito, e mais adiante realizou maravilhas "No mesmo religioso resplandeceu outro mila-
gre do santo Pai. Na ocasiao em que este jazia enfermo
no palficio do Bispo de Assis, aquele
reli
gioso pensou em seu intimo: '0^ Santo est& a ponto de
entregar seu espirito ao Senhor, e quao""grande
seria
a felicidade de minHa alma se depois de sua
morte eu pudesse herdar a tunica de meu Pai'. Como se o desejo, nascido do mais recondito do coraqao, tivesse sido um pedido formal, nao transcorreu
muito
tempo sem que o bem-aventurado Francisco
o
chamasse e dissesse: 'Entrego-te esta minha tunica
e seja daqui em diante tua. Ainda que ^ utilize enquanto viva, quandp eu morrer ela ^ serli devolvida'.
Maravilhado com tao profunda e interna pe-
netraqao do espirito, tomoU com grande consolaqao aquela tunica, que depois a santa devogao transladou para a Franqa". (TOMAS CELANO, Vida de San Francisco, in Sa^ Francisco de Asis. Sus escritos. Las Florecillas. Biografias del Santo por Celano. Buenaventura y los Tres Companeros.
perfeccion,
5i8):
Espejo de
BSC, Madrid, 3a. ed., 1956, pp. 412 e
SecQao III
333.
374. Santa Clara cura utna freira apllcando-lhe urn pano
que levava sobre a cabeca
Da
vlda de Santa Clara de Assls (1193-1253),
por ToraAs de Celano, contemporfineo da Santa: "A
Inna
Bablna, do Mostelro de Sao
Damlao,
estava graveraente doente, com febre e com abscesso no pelto. Todaa as monjas pensavam que ela la mor-
rer
logo,
mas
a
bera-aventurada
Madre
(Santa
Clara), fez sobre ela o Sinai da Cruz e ela ficou completamente curada.
"Algum tempo depois, esta mesma Irma foi afligida por uma grande dor no lado. Uraa noite em que sofria muito, ela come^ou a se queixar e a se lamentar; ouvindo isso, a Senhora Santa Clara perguntou-lhe o que tinha. A Irma Ihe confiou seu
mal, a^ Mae bendita se aproximou, pediu para indicar o_ lugar doloroso ^ pos em clma um pano que levava
a
cabecS'i & dor desapareceu
Incontlnentl"•
(THOMA'S' DE CbLANO, Sainte Claire d'Assise. Perrin et Cie. Libraires-Editeurs, Paris, 3a. ed., 1917,
p. 8). 375. Frei Oalvao dA seu cordao a sua sobrinha. predizen?o que por ele serao obtidas gracas De Antonio
uma vida do Venerfivel Servo de Deus Prei de Sant'Anna Galvao, Capelao do Convento
da Luz, em Sao Paulo (1739-1822): "Entre
Servo
de
os . rauitos dons que exornavaun
Deus,
nao
era menos
conhecido
o
o
bom
de
perscrutar os coraQoes, conforme foi referido, e o fato seguinte revelarfi alnda que Nosso Senhor JA em vida Ihe dera a conhecer sua futura missao de socorrer as senhoras por ocasiao de serem maes. "A
senhora D. Anna Leonisia do Amaral Caraar-
go, senhora distinta e de esclarecida piedade, referiu-nos que uma parente do Servo de Deus Ihe mostrara um dia um cordao, que fora do uso de Prei
Galvao ainda houve
e
que o guarda nao so como
reliquia
mas
como lembranqa da singular coincidencia que na sua aquisiqao. Uma sobrinha de Prei Gal-
SS'l.'
SecQao III
vSo
flzera-lhe urn cordao, com o Intulto de pedlr-
-Ihe o que ele usava, a flm de guardfi-lo como lembranqa. Chegando ao Convento encontrou-se com Frel Galvao que sem mala prefimbuloa, foi-lhe dizendo:
D&-me c5 o que me trouxeate £ guarda eaae que mala
tarde aervlri para aalyar muitaa maea naa aperturaa do parto".(oor MIRYAM, Vida do vener&vel aer^ de Deua Frel Antonio de Sant'Anna Galvao, Sao Pau
lo, 2a. ed., 1936, pp. 217-218 / Imprimatur; Mona. Erneato de Paula, Vig. Geral). 376. 0 Cura d'Ara vende aeua pertencea aoa peregrinoa deaejoaoa de
rellquiaa. incluaive aeu ultimo dente Da
vida
de
Sao
Joao
Baptiata
Vianney
(1786-1859): "Muito quiaa
cedo oa peregrinoa quiaeram ter rel£-
do taumaturgo de Ara. tao perauadidoa eata-
vam de aua aantidadel Comegaram por retalhar aa auaa aobrepelizea e oa aeua chapeua e paaaaram de-
poia a cortar a barra de aua batina e oa cachoa de aua
cabeleira,
depoia,
enquanto ele dava aeu
cateciamo;
aempre Inaaclfiveia e cada vez mala indla-
cretoa, pilharam a palha de sua cama e daa auaa pobrea cadeiraa, fizeram brechaa na aua meaa, di-
laceraram
aeua
livroa, incluaive aeu
brevlfirio,
que ele teve que eaconder e, Inteiramente deacontroladoa, acabaram.por revirar auaa gavetaa. Tudo era bom para eaaea devotoa temlveia: alguna Ihe roubavam
aa canetaa, outroa diaputavam oa cabeloa
que flcavam no aeu pente. Oa menoa favorecldoa ea-
timavam-ae
felizea por apanharem no p£tio da caaa
paroquial uma florzinha ou urn ramo -de aabuguelro.
"Maia tarde. o. bom Padre teve ^ id6ia — bem — ^ tirar partldo deaaa febre aingular
lioneaa era
proveito de aeua pobrea. aoa quaia ele nao ti-
nha
mala
nem uma camiaa para dar
Ele
fez,
poia, vender aoa peregrinoa que procuravam lembrangaa, aeua movela velhoa, aeua ^apatoa eatraga-
doa,
auaa batinaa rotaa. auaa 8obrepelize3~eafar-
rapadaa,
neate
e meamo aeu ultimo dente. Sua huraildade,
caao, cedia lugar a aua caridade".(ALPHONSE
GERMAIN, Le Bienheur'eux J. B. Vianney — ^ Cure d*Ara, Vve. Ch. Pouasielque - Maiaon Salnt-Roch, Paria-Couvin, Belgique, 1905, pp.172-173).
t
Sfio Joa© Batista Vianney cercado pela muJtidao, que tenta arrebatar-lhe alpuma reliquia (uma mulher — embaixo, a eequerda — corta a batina do Santo com tesoura). Ilustragao do
livro El Cura de Ars, de Mons. Fourrey, Bispo de Belley.
336.
SecQao III
377« ^ uma senhora que pedla algo que fora de aeu uso, Santo Antonio Maria Claret delxa
03 seua clllcloa £ dlaclpllnaa
Nota de uma edlgao doa eacrltoa autoblogrfi.flcoa
e
eaplrltuala de Santo Antonio Maria
Claret
(1807-1870):
"Com efelto, eacreve dona Jacoba de Balzola: 'Sabendo (Santo Antonio Maria Claret) por aeu capelao o deaejo tao grande que eu tlnha de algum objeto
de aeu uao, ao deapedlr-ae dlaae-me:
corao
noa expulaam e nao ael o que noa farao, ae noa re-
vlatarem, delxo-lhe eatea clllcloa e dlaclpllnaa de meu uso'""! (San ANTONlO MARIA CLAKETj Eacrltoa autoblogrfifIcoa
y
eaplrltualea,
BAG,
Madrid,
1959, p. 5bO nota 157 / Imprimatur: Blaalua Budelaccl, Ep. Nlaaen, Tuacull, 9-2-19b9)• 378. Para agradar aa peaaoaa, Santa~Bernadette dava cabeloa aeua
De uma blografla de Santa Bernadette roua (l8il'l-l879):
"Dez, era
caaa.
vlnte vlaltaa por dla — no Se
Bernadette paaaela, aa
Soubl-
hoapltal,
peaaoaa
aproxlmam, a aeguem. Quer ela Ir rezar na Oa
coraentfirloa
•Olhem
a
ae
eapalham:
'Vejam
noaaa Santal * De Pau, de
a
ae
Gruta? Santal'
Bagnerea,
de
Tarbea, d'Argelea, de Cautereta e de outroa lugarea, aa peaaoaa ae preclpltam a Lourdea para ver Bernadette.
A menlna tornou-ae objeto de
venera-
qao, aem nenhuma dfivlda; e nao^ae^pode ter
rigor
com 08 horaena e mulherea cuja fe aollda honra nela
oa
traqoa do ceu: como ae aaudarlam oa paaaoa
Jeaua ou da Vlrgem aobre a arela.
de
••••
^Maa aa peaaoaa Inalatem em Ihe pedlr para tocar objetoa, por aua aaalnatura naa Imagena, acarlclar aa crlancaa. Peralatem em Ihe cortar pe~
dacoa daa veatea» Redobram-ae oa eaforqoa para Ihe arrancar aeua famoaoa 'aegredoa* "A
notado
Irma Vltor.lna ae adralra de nao ter Jamala
neaaa
Jovem o menor alnal de valdade,
de
amor-proprlo ou de orgulho a propoalto doa favorea
Secgao III
337*
extraordlnfirlos que recebeu. Pedem-lhe que toque OS tergos: ela o faz, tomando—os numa das maos ^
tocando-o3 com a outra, mas 'sem dar Import&ncTa ^ Isso,
a^nas
Depois
para se desembaragar das
pessoas *.
o Pe. Pomlan Ihe prolblu esses gestos. Ela
nao OS faz mais — e quando Ihe apresentam, desde entao, urn tergo, ela se contenta de responder com urn sorrlso affivel: 'Isso me fol prolbldo*. Para
agradar as pessoas, acohteceu de ela dar alguns de seus
caBelos. Um belo dla, o F5"roco Peyramale
se
opos a Isto. E Bernadette escreverfi, slmplesmente,
a uma sollcltante, algumas palavras apreclaroos:
permltido
*Quanto
envlfi-los'"
Bernadette
cujo^ sabor
aos cabelos, nao me
(MICHEL DE
e
mals
SAINT—PIERRE,
et Lourdes, Editions "La Table Ronde",
Paris, 19b8,"pp.
132 e 133).
379. 0 Padre Reus dA uma batina velha que um Irmao Ihe pedira por veneragao
Conta um Irmao coadjutor Jesuita sobre o Pa dre Reus (1868-19^7):
"Cheguei a conhecer o bom P. Reus, quando fazia
OS
por
santo, por uma alma pura e possulda de
seus estudos em Valkenburgo
Tive-o
Deus.
Senti-me fortemente impelido a rezar por ele e recomendei-me intimamente as suas oragoes Por veneragao pedi uma de suas batinas velhas, que
usei ^"com interior"
P.
Joao
CTa."^
muita
consolagao
^
conforto
(Pe. LEO KOHLER SJ. Biografia
Baptists
Reus, SJ, Livraria
completa
Selbach
T
Forto Alegre, 1950,"Volume II, pp. 97-98 /
Imprimatur:
Hons. Andre Pedro Prank, Vig.
Ger.,
26-4-1950).
380. "Nao percam nenhuma dessas petalas; alegrareis a outros com elas..."
Depoimento Priora
da Madre Ines de Jesus (Paulina),
do Carmelo de Lisieux, no Processo de Bea-
tificagao e Canonizagao de sua Santa irmS: "No
fim da vida, ela (Santa Teresinha) pres-
sentia bem o que faria depois de sua morte. Parece
338.
Secgao III
mesmo que ela prevlu aua glorlficaqao pela Igreja. Vou relatar alngelamente e aem coment&rlo aa auaa
palavraa e oa aeua atoa. A Igpeja Julgarfi* "Quando ela derramava lAgrlmaa de amor, ela me delxava recolhe-laa num lenqo flno, aabendo bem que nao era para enxugar-lhe o roato, raaa para conaervA—laa como uma lembranqa venerada.
"Quando eu Ihe cortava aa unhaa, ela recolhla
oa fragraentoa e ela meama oa dava a mlm> convldan— do-me a guardA-loa.
"Quando
Ihe
trazlamoa roaaa para
deafolhar
aobre o aeu cruclflxo, ae alguraaa petalaa calam no chao, depola que ela aa havia tocado, noa dizla:
'Nao percara iaao, mlnhaa Innazlnhaa; alegrarela (a outroa) mala tarde, com eaaaa roaaa*" (Procea
de
Beatification et Canonlaatlon ^ Salnte Thereae ^ I'Enfant-Jeaua et de la Salnte-Pace ~Pfocea Apoatollque, Tereaianum^nffoma, l9Yb» t. II, p« 199 -- Temoln b: Agnea de Jeaua OCD). 381. Santa Terealnha recomendava que guardaaaem Dedacoa de unhaa, pedaclnhoa de pele, e ate clTToa que calam em aeulenco
Testemunho
da Irma Genoveva de Santa
Tereaa
(Cellna, irma de Santa Terealnha), no Proceaao de Beatlflcagao e Canonlzaqao da Santa de Llsleux (1873-1897):
"Parece, e
crelo nlaao, que no flm de
aua
vlda, ela (Santa Terealnha do Menlno Jeaua) preaaentlu aua glorlflcaqao. Com uma slmpllcldade encantadora, ela me dava para guardar oa pedacos ^ unhaa cortadaa, oa pedaclnhoa de pele que Gea-> tacavam de aeua ISbioa e ate cITloa que calam no aeu lenco. Ela noa ajudava tambem a recolher aa petalaa de roaM com que tlnha acarlclado aeu cru clflxo. ...•
eao
"A propoalto deataa aluaoea ^ aua glorlflcapToxlma, notel, lendo a vlda doa Santoa. dola
f^oaah&logoa ^ deve haver multoa outroa ^ Kenero:
■fl. Le-ae na vlda de Sao Benedlto Labre 'que ele prevlu uma aglomeracao de gente para venerar o^ aeu corpo'.
Secgao III "2.
Le-se Igualmente na vlda de Sao Felix de
Cantallclo
Buaa
que ele diase as peasoaa que
roupaa:
voaaa
aeri
*Iato, minhas filhaa,
beljavam
contentai ^
devocao; logo vlr& o dla em que eate tiabito
tido
como precioao, ^ todoa acorrerao
para
obter urn pedaco dele*.
"(Vie du bienheureux Benolt Labre par Deanoyers miaalonnaire apostollque, Lille 1862, Tome I, pp. 416-117). "(Vie verend
dea aainta de toute I'annee par le re
pere Ribadeneira, traduction Darraa, Paris
1862, 18 mai, p. 278)" (Procea de Beatification et Canonisation
de Salnte I'herese de
et de la Sainte-Face —
1 *Enfant-Jeaus
Prqces Apostolique, Te
reaianum, Roma, 1976, Temoln 8: Genevieve de Sain te-Thereae CCD, p. 313).
ffllfff
VIII BBSS
4 CQSQ (293 sue IhQS (24B9SCQ2:39 3 Sdntldade, 6S33933 XlS^uggaa {Jag a ^gngag, Qgamg ggm gegeo aaceg^gtga.
§ 3^i dlQ QSdgga I §sua £llbga ggclcitualg, go ggog ^a gagta gbgdlggcla
382. Sendo apenas Innao lelgo, Sao Benedlto benzia
OS campos e as plantacoes
De uma vlda de Sao Benedlto (1526-1589), popularlssimo Irmao leigo franciscano preto: "Para nio
o
aumentar a comura confianga no patrocl-
do nosso Santo (Sao Benedlto) em uma merce de
tanta
Importfincla, qual seja a da fellcldade
dos
campos, queremos autentlcar com as testemunhas dos
Processos,
entre as quals escolhemos uma ^ vlsu
de um Rellgloso lelgo de nome, tambem ele, Benedl
to. Depos o Irmao: 'Eu sel que multos proprletllrlos das ch&caras que sao vlzlnhas do menclonado Convento de Santa Maria de Jesus, costumavam, conforme a estagao, sofrer multos danos nas frutas e hortallgas, por causa dos vermes. Por Isso vlnham ao
Convento, pedlndo aos Superlores (1) que
man-
dassem Prel Benedlto benze-las; e tendo eu Ido va
ries
vezes em sua companhla, vl como era recebldo
multo carlnhosamente e com slnal de grande afelgao
por como
parte daqueles sltlantes e camponeses.
Vendo
Frel Benedlto andava por todo lugar benzendo
com figua benta, ouvla que imltos deles Ihe agrade-
clam e dlzlam que, gragas 3 sua bengao, nao somen-
3i|2.
Secgao III
te OS vermes que destrulam as plantaa morrlam, mas
aTndir creaclam aeus bens ^ tlnham colhelta fertillsalma ^ coploaa*". "(1) Temos neate testeraunho a resposta a ob-
Jeqao contra aquelaa benqaoa dadaa pelo noaao San to, aa quala, caao foaaera lllcltaa, erain mandadaa peloa Superlorea, a quem devla obedecer o Servo de Deua
em caao de duvlda, como enslna Santo Agoatl-
nho. Maa tala benqaoa nao foram, certamente, lll cltaa, nao tendo aldo acompanhadaa doa rltoa, cerlmonlaa
e exorclamoa da Santa Igreja: aendo pola
llclto a qualquer um benzer com fit^a benta^ D efelto, pola, Juatlflca a causa" ("QIuSEPPE CARLETTI ROMANO, Vita dl S^ Benedetto, Preaao Antonio Fulgonl, Roma, lM5, pp. 100-101/ Imprimatur: Fr. Thomas
Vlncentlua Panl Ord. Praed. Sacrl
Palattl
Apoatollcl Maglater, 3-8-1805). 383. Santa Teresa de Jeaua dA a bencao ao Arceblapo de Sevllha, a.joelhado
dlante dela a vlata de toda a muTtldao
Le-se
em conheclda blografla da Santa Douto-
ra:
"Como nada se opunha a abertura da nova caaa,
aa Irmaa tomaram
posse dela no dla 1-. de malo de
1576. Havla aldo aeu desejo faze-lo no allenclo, as escondldas, mas o Padre Qarcla Alvarez Inslstlu em que se devla fazer uraa celebraqao publlca, a qual se reallzou, com grande pompa e regozljo, no dla 3 de Junho. Nela o venerAvel Arceblspo levou o Santlsslmo Sacramento pelas ruas antlgas, desde
uma das Igrejas paroqulals, seguldo da malorla do clero da cldade e de grande numero de confrarlas, formando asslm uraa brllhante proclssao; enquanto
acorrlara as raultldoes para aplaudlr e admlrar, davam-se
salvas de artllharla. Fol uma grande festa
de Justlflcagao e desagravo para a madre Teresa de Jesus (a Santa havla sldo duramente calunlada an— terlormente). Para que tudo al-canqasse seu ponto culmlnante, quando ela pedlu a benqao ao Arcebls po, este, ajoelhando-se dlante da frelra, pedlu que ela Ihe desse a sua benqao, o que ela dlante de toda a multldao" (WILLIAM THOMAS WALSH, Santa Teresa de Avlla, Espasa-Calpe, Madrid, 1951* p. 186-187).
Secgao III
3^3.
38'!. A pr6prla Santa Teresa relata como deu a bencao ao Arceblspo
de Sevilha ajoelhado a seus pes
De uma carta, datada de 1577, de Santa Teresa de Avlla, a VenerAvel Ana de Jesus: ••1577 (1). Toledo
••A Ana de Jesus, em Veas
**Jul^e mlnha emocao quando vl um tao grande Pralado (57 Cristobal de Ro.las Sandoval. Arce blspo
de Sevilha) de Joelhos aos pes de uma pobre
mulnerzTriha como eu; ele nao quls se I¥vantar enquanto eu nao Ihe desse & mlnha ben^o, na presenca de todos os Rellglosos e de todas as ^nfrarlai
oT Sevilha que 1& se encontravaih". ••(1) Inform, de Madrl — Ana de Jesus: A Santa, estando em Toledo, Ihe escreveu com fre-
qiiencla.... e Ihe contou em particular que, ^ fIm da cerlmonla de Inaugura^ao do Mostelro de SevlIFa, o Arceblspo D. Crlstobal~^e Rolas y SiTndoval, reves7lc[o alnda Hbs paramentos pontificals, ajoea seus pes ^ pedlu sua bencao" (Salnte THERESE DE JESUS, Letres, Les Editions du Cerf, Ihou-se
Paris, Tome II, pp. 15'<-155 / Imprimatur: M. Backes, v.g.). 385. Santa Teresa de Jesus conta como Dona Catarlna era levantada aclma da multldao
para que Ihe^lancasse a bencao Conta Santa Teresa de Jesus a respelto de Dona Catarlna de Cardona, dama da alta nobreza espanhola, que levava uma vlda de penltencla e oragoa, sem entretanto fazer-se frelra:
"Depols desses anos de complete solldao, quls o Senhor dA-la (Dona Catarlna de Cardona) a conhecer;
e comecou o^ povo ^ ter-lhe devogao tao gran-
de, que ela nao se podia valer. A todos falava com
multa carldade e amor. A medlda que passava o tem po, acudla raalor concurso de gente, e quem Ihe po dia
falar nao se Julgava pouco afortunado. Ela se
sentla
exausta com Isto e dlzla que a.estavam ma-
tando.
Houve dla de flcar todo o campo coberto de
carros.
Depols de se estabelecerem all os frades.
Secgao III
n5o tlnham outro remedlo senao levant&-la acima ^ multldao ^para que Ihes lancaase ^ bencao, e com Isto se retlravam satlsfeltos" (Santa TERESA DE JESUS. Obraa (Aa FundagSea), Vozea, Petropolla,
1939»
p. 222 ~1 Com aprovagao
eclealAatlca,
27-6-1939).
386. Santa Roaa de Lima d& a bencao a peaaoaa preaentea £ auaentea
Conta
uma
vida
de
Santa
Roaa
de
Lima
(1586-1617), primeira Santa canonizada do Novo Mundo, Padroeira da Gidade de Lima, do Peru e da America:
"E depoia, pedindo-lhe Dona Maria de
UzAte-
gui, a rogo de algumas peaaoaa que eatavaro preaen
tea, que Ihea deaae aua bencao» reparou um Inatan te e levantou-ae; por fim virou-ae ^ diaae erguen-
do o^ brago;
bengao do Padre, do Filho e_ do Ea—
^rito Santo, com todoa oa aeua dona e gragaa dea— ca Bobre eataa aenhoraa ^ aobre todaa aa demaia amigaa
e conhecidaa que eatao preaentea ^ auaen-
EeaT ^ aa cumule"l[e aeua bens', para que oa gozem gtern^me^te *; depoia pediu que cnamasaem aa filhas do Contador e fez para elaa uma prfitica eapiri-
tual, exortando-aa a virtude .... deu-lhea tambem aua bencao" (Fray PEDRO DE LOAYZA OP. Vida de Santa Roaa de Lima, Iberia, Lima, 1965, p. 100 / Puede reimprimirae: Mario Cornejo, Obiapo Auxiliar y VTcario General). 387. Preaenciei aacerdotea a.loelharem-ae Junto do aeu leito
para implorarem aua bencao Conta
a vida de Sao Joao Berchmana que
mor-
reu aimplea novigo da Companhia de Jeaua, aos anoa de idade, em 1621:
23
"Dizei-me, acreacentei ainda, dizei-me ainceramente, e certo que nao morrereia aenao amanha? Joao ficou ailencioao e olhando para mim, diase-me: 'Sim, meu caro Nicolau, morrerei amanha cer-
tamonte, durante a manha. — Eu deaejava eatar aqui, poderei? — Procurai eatar; e abragando-me
Sec^ao III
3'45.
de novo, dlsse—ine adeus* — AJoelhel—me entao Jun to
do
aeu lelto e roguel-lhe que me dease ^ sua
bencao. Berchmana (almplea novlQo) recuaou energlcamente. Inalatl com forga, pecopdando-lhe a noaaa
araizade tao antlga e noaaa mutua conflanga. Afinal cedeu. e aopplndo levantou a mEo papa abencoap-me duaavezea. ...•
"Pouco depola,
entpou o padpe Reltop, condu-
zldo pop aeraelhante ppeocupagao: *Eu tlnha ppeaen-
clado, dlz ele, nao aomente eacol'Sa'ticoa, maa aacepdotes a.1oelhapem-ae Junto do aeu lelto papa im-
flopapem aua bengao; tive medo que o demdnio o entaaae com a va glopia. Piz que todoa aalaaem e diaae ao
doente: — Meu ipmao, neata hopa
deveia
voa ppepapap papa duaa tentaqoea: o demdnio atacapfi ppimeipo a voaaa fe, depola a humildade. E ppeclao
que voa apmela contpa eaaea dola aaaaltoa do
Inlralgo.
— Meu Padpe, exclaraou Berchmana,^gpaqaa
a Deua, alnto-me aaaaz fopte do lado da fe, e o padpe Eaplpltual acautelou-me multo bem, a um Inatante, contra a va gloria, ae me vler eaaa ten-
taqao" (Pe. L. J. M. CROS SJ, Vlda de S. Joao Ber chmana,
Duprat
8c
Corap., Sao
Paulo,
1912,
pp.
369-371 / Com llcenqa da autopldade eclealEatlca). 388. Sao Lula Gonzaga almplea aemlnarTata abengoa um aacerdote
No chmana,
Ppoceaao de Canonlzaqao de Sao Joao Ber o Poatuladop da Gauaa apreaentou como ar-
gumento: "Lula de Gonzaga. morlbundo. abencoou em pre-
aenca
do
enfermelro. um anclao, um aacerdote.
o
padre LuTa Corblnelll, que aollcltara do aanto ea aa conaolaqao e nlnguem censurou_a_ Lulz de Gonzaga
como ato de o7gulho, eaae ato de carldage^T
TFeT
L. Jr. M. Cfi^S, Vlda de S. Joao Berchmana, Duprat 8c Gomp., Sao Paulo, ITlTr P- ^0^ / Com llcenqa da autorldade eclealAatlca). 389. A bencao doa Sacerdotea e "conatltutiva"; a doa lelgoa e meramente "Invocatlva"
Gonaulta
felta pela TFP ao Pe. Antonio
Royo
Marln OP, e reapoata do lluatre teSlogo e autor de numeroaoa llvroa:
3^6.
SecQao III Consulta.
— "Na Hlstorla da Igreja
leem-ae
muitos exemplos de Santos e pessoas vlrtuosas que,
nao
sendo nem Sacerdotea nera Superlorea
808,
Rellglo-
e 8endo inclU8lve inulhere8, davam a bengao a
outraa
peaaoaa,
ro8aem embora Sacerdotea
e
ate
Biapoa: Santa Catarina de Siena dava benqao a Tra des domlnlcanoa; Santa Teresa de Jesus deu, certa ocasiao, a benqao ao Arcebispo de Sevilha, Don
CristSbal de Rojas y Sandoval, por exigencia daquele
Prelado (1577); Sao Luis Qonzaga e Sao Joao
Barchmans,
sendo
simples seminaristas,
deram
a
bengao a Sacerdotea antigos da Companhia, segundo se le no Processo de Beatificagao deste ultimo Santo; Dona Catarina de Cardona, uma simples leiga, dava a benqao as multidoes que acorriam a ela na
gruta
em que vivia retirada,
conforme
narra
Santa Teresa no livro das Pundagoes etc. "la. pergunta. — Como explicar o procedimento destes Santos e pessoas virtuosas?
"Resposta. — Trata-se de simples bengaos invocativas — a modo de oragao — mas nao constitu-
tivas. como a dos Sacerdotes. A diferenga consiste em que as bengaos meramente invocativas nao deixam benta a coisa mesma, mas se limitam a invocar
sobre
ela o favor ou a bengao de Deus ou da
San-
tlssima Virgem. Pelo contrSrio, a bengao constitutiva,
dada
pelo .Sacerdote, deixa benta
a
coisa
mesma (por exemplo, urn crucifixo, um tergo, uma medalha, a comida etc.). 0 leigo pede a Deus ou a Nossa Senhora que abengoe o que ele abengoa; o Sacerdote abengoa por si mesmo, em virtude de seus poderes sacerdotais. A bengao do Sacerdote e um sacramental; a do leigo ou do simples religioso nao
deem
o e.
"2a. pergunta. — E licito que simples leigos a bengao a outras pessoas, invocando o norae
de Deus ou de sua Santissima Mae?
"Resposta. — Sim, no sentido que acabamos de explicar.
"3a. sao
pergunta. — Em caso afirmativo, quais
as condigoes para que o leigo possa dar
essa
bengao?
"Resposta. —-Faga—o com humildade e devogao, sem se dar nenhuma importHncia.
TKVCr. sat 9* 04
SOBRE US BEHDICIONES IMPARTIDAS K>R LOS KO SACERDOTES
En la Kistorla da la Iglesia oe loan muchoa ejemploa da Santoa y peraonaa virtuoaaa qua, no alfindo ni Saeardotea nl Supariorea Rellgioaoa a Inclusive siendo mujaraa, daban bandieidn a otraa perao
nas„ aunque fuesan Sacerdotss y haata Oblapoa: Santa Catalina da Si£ na bandecia a ^ailea domLnicoa; Santa Zaraaa da Jeeda did, en ciarta ocasidn, la bendicidn al Srzobiapo da Savilla, Don Cristdbal da Rojas y Sandoval, par exlfancia da aquel alto Prelado
(1577)r San Luis da
Conzaca y San Juan Berchjnans, aiebdo simple seminariataa, daban la bendicidn a Saeardotea ancianoa da la CompaRla, eagdn se lea an al p proceao da baatificacidn da aste dlVimo Santo; Dofla Catalina da Cardona, Una aimpla aeglar, bendacia a laa niultitudaa qua acudfan a alia en la gruta donde alia aataba ratirada, confome cuenta Santa Tareoa en al libra "Laa Fundaciones", etc.
FRIMERA CONSULTA: ^Cdreo axplicar al procodimianto da estoa Santos y paraonaa virtuoaaa? RESnJBSTA: Sa trata da aimplaa bandicionea Invocativaa - a mff \do da oracidn - paro no conatltutivaa oomo laa da loa Saeardotea. La Taraneia consista an qua las neramente invocativaa no dejan bandita >aa Disna, aino qua aa limitan a invoear aobrs alia el favor o la
Lcidn da Dioa - o da la Santiaima Virgen. En cambio la bendicidn ititutiva, raalizada por al Sacerdote, daja bandita la eoaa miama
(vg.: un crucifijo,. un roaario, una madalla, la oomida, etc.). El )glar pide a Dios o a la Virgan qua bendiga lo qua dl bandice; el Sacardoto bandice por af mismo an virtud da aua podarea sacardotaLa bendicidn del Sacerdote as un aacramental; la del aaglar o la aioLpla Raligioao , no lo as. SECUNDA CONSULTA: ^Ea Ifcito qua simples aaglarea dan la ben dicidn a otraa paraonaa, invocando el nombre da Dioa o da Su Santfsima Uadra?
RESFUESTA:
Si, en al aantido qua
da axpli<
TERCERA CONSULTA: En caso afirmativo I cudlea eon laa condi-
cionea para qua al saglar puada dar esa bendicidn? RESHJBSTA: Hdgalo con huoildod y devocidn ain darsa ninguna importancia.
CUARTA CONSULTA: ^En qud oonsiata propiamenta eaa bendicidn daade al punto da viata teoldglco y candnico? RESFOESTA:
Ea una aimpla daprecacidn, no u
la del Sacardoto.
QUINTA CONSULTA: ^En qud sa difarancia eata bendicidn do la LS./..
fm
JULIAN OAVARUK, I TCLCF. tSI
04
MAONIO*?
litiirglca, dada por el Sacerdote o per un Superior Aellgioeo en nom» bre do la Igleaia?
RESHJESTAt Ya eatd dicho. Tdngase en ouenta que el Superior Rellgiooo, si no es Sacerdote, no bendice en forma de sacramental. Solo los Sacerdotes y Didconos gozan de esa potestad sagrada.
SEX.Hk CONSULTAt Y, por otro lado £cudl es la diferencia entre la bendicidn dada por seglares y la que acoatuobran a dar en ciertos
lugares los padres a sus bijos, los padrinos a bus ahijados,. los tlos a SUB Bubrinos e incluso personas mayores a niflos o jdvenes? R2SHJSSTA:
Ninguna diferencia. lodos'ellos son seglares. "N
Cni^OTS. Uadrid, 14 de febrero de I964
LSGITIMACIOe: JUAX 7ALLBT DE GOYTISOLO, Botnrio da Madrid. — LEGITIMO 2a /Iran y rubric a qua antaeada da — DOH AETOmO ROYO XaRIE por corroapondar a at -
Juicio a la quo aparaea eoao auya an al D.S.I. n8: 7,609.012, expadido on Uadrid, ol dia 23 do Uarxo da 1,968,
Uadrid, a 26 da Rabraro da 1,984 •• X
Secgao III
319.
"ila. pergunta. — Em que conslste proprlamente
essa ben^ao, do ponto de vlata teol6glco e ca-
nSnlco?
"Respoata. — E uma simples deprecaQao, ura sacramental, como a do Sacerdote. "5a.
nao
pergunta. — Em que se diferencia
essa
bengao, da bengao liturgica dada pelo Sacerdote ou' por um Superior Religioso, em nome da Igreja? "Respdsta. —
estfi dito. Tome-se era consi-
deragao que o Superior Religioso, se nao e Sacer dote, nao abengoa era forma de sacramental. Somente OS
Sacerdotes e Di£conos gozam deste poder sagra-
do.
"6a. pergunta. — E, por outro lado, qual e a
diferenga costumam
entre a bengao dada por leigos e a dar,
filhos,
que
em certos lugares, os pais a
seus
OS padrinhos a seus afilhados, os tios
a
seus sobrinhos, e ate pessoas mais idosas a criangas ou Jovens?
"Resposta.
—
Nenhuma diferenga. Todos
sao
leigos. a) Antonio Royo Marin OP
Madrid, 11 de fevereiro de 1981". 390. Catarina, simples leiga, ordena a seus discipulos, alguns deles
padres, em nome da santa obediencia, o estado que devem abracar
Conta Joergensen,
o conhecido haglografo, na
sua vida de Santa Catarina de Siena:
"Calou-se Catarina, enquanto Tommaso di Fetra anotava suas ultimas palavras. No silencio do
quarto
choravam os discipulos, as eimigas
solUQa-
vam. ....
'Ao
terminar
estas exortagoes
que a
todos
eram dirigidas', narra Caffarini (o Beato TomSs Caffarini, frade dominicano), 'chamou seus disclpulos
ura apos outro afim de dizer a cada um o que
para eles ]lulgava ser mais proveitoso apos a morte.
A
uns demonstrou que a vontade divina a
respeito
era que se submetessem a disciplina
seu
mo-
Secgao III
n&stica e revestlssem o hfiblto de uraa ordem reli-
glosa. Pol aaaim que ordenou Stefano (o Beato Estevao Maconi)t em nome da"8anta^bediencia. qu^ enbraaac na ordcm doa Cartuxoa> Franceaco Mala— voltl que ae recolheaae ao Monte Oliveto e conaaffraaae a vlda monacal. A outroa, aconselhou que ae fizeaaem eremitaa e a outroa alnda» que abraqasaem a vida eclealAatica. Indicou a IrmS Aleaaia para
auperiora daa
Mantellate e encaminhou oa
homena
para Prei Raimundo (o Beato Rairaundo de Capua, do-
minicano) a fim de que ele oa dirigiaae e conduziaae'.
"Entre oa destinadoa por Catarina para a vida aolltAria encontrava-se Neri di Landocclo. Aconae-
Ihou tambem ao not^rlo Ser^Criatofano di Qano Qul—
dini que ae tornasae irmao leigo do hoapital de Sena, aob a regra de Santo Agoatinho. 'E cada ^ de noa'. diz a velha croni^, 'recebeu, com acata-
men^ auai'o'FdenrirEm aegulda, com verda^ira humildade, pediu a todoa que Ihe perdoaaaem^ae nao fora para nda um modelo durante a vida e nao reza-
ra por nda tanto quanto podia e devia ter feito, e
ae baatante nao ae preocupara com aa noaaaa necea-
aidadea
como
o dever Ihe impunha. Por
todoa
oa
deagoatoa, diaaaborea e triatezaa que noa tiveaae
podido cauaar, implorou tambem noaao perdao. E dlzia: 'Pi-lo por ignorfincia, poia confeaao diante de Deua que aempre tive e tenho ainda o deaejo ar— dente de voaaa perfeigao e de voaaa aalvaqao*. Por fim
todoa nSa chor&vamoa e, como era aeucoatume,
afu
a cadaUm de noa em~particular auabencao
em
Criato*(•).
"Entre
oa diaclpuloa preaentea naquela
oca-
aiao, Caffarini menciona Stefano Maconi (o Beato Eatevao Maconi). Libertara-ae ele daa impoalgoea de aua famllia como tantaa vezea Ihe aconaelhara
Catarina, coropreendendo afinal o que ela Ihe que— ria dizer quando Ihe eacrevia que *o8 paia de urn homem podera aer aeua piorea inimigoa*. Quer a lenda que, enquanto ele rezava em Siena, na capela da Irniandade da Scala, tenha ouvido uma voz que aaaim exortava: 'Parte para Roma, nao heaitea maia, a morte de tua Mamma eatA proximal* E atendendo ao
charaado, ele partiu e ainda chegou a tempo. *Cataseus ultiinos inonicntos# conta
6 rc—
velou a cada urn de noa, em particular, o que devlamoa fazer depoia de aua morte. Voltando-ae para
Secgao III
mini,
-
351.
deslgnou-me com o dedo e dlsse: 'Eu ^ reco-
mendo, em nome de Deua £ ^ aanta obedTencla, que entrea
na ordem doa Cartuxoa. pola e eaaa a ordera
para a qual Deua te eacolheu e te chamal...' Quando
aaslm me falou Catarina, contlnua Stefano mala
adiante muito
(neata
epoca, outubro de I'm, ele
uaava o h£blto branco e eatava Inatalado na
Certoaa
dl Pavla, corao auperlor geral de aua
or
dem), — devo confeaaar, para confuaao mlnha, tao pouco eu penaava em entrar para oa Cartuxoa como .qualquer outra ordem. Maa, apenaa ela explrou, um deaejo tao grande de realizar aua vontade naaceu em meu coragao que, ae a ele ae tiveaae opoato o mundo todo, tudo terla eu vencldo..."
(•)
Nota; Entre oa preaentea
encontravara-ae
vdrloa Sacerdotea, como Frel Tommaao dl Petra (aeu antigo confeaaor) e Frel Tommaao Caffarini. (JO HANNES JOERGENSEN, Santa Gatarlna de Sena. Edltora
Vozea, Petropolia, 19M4, pp. 391-3^ / Cora aprovagao ecleai^atica).
391. 0 famoao "io yoglio" de Santa Catarina de Siena
De uma introduqao aa obraa de Santa Catarina de Siena (1317-1380): "A peraonalidade da Santa de Siena .... ae manifeata .... deade aa primeiraa linhaa da primeira carta que ae escolha, aeja qual for: *Eu. Catarina*... Segue-se, e certo, uma formula, que e expressao de humildade: *aerva e escrava doa aerV08 de Jesus Cristo*. Porem, no espirito fica, em
primeiro
piano,
o ^ inicial, e as palavraa
guintes ji soam Junto com aquele
se-
como... iato
precisamente: como uma formula ••AOS Papas, suplica-os em nome de Cristo crucificado. Ao Rei da Franga: *Fazei a vontade de
Deua ^ a mlnha*. Ao indomito Bernarbo" Viaconti,~a Rainha de Napoles, aos Cardeais, aos homens de letras e de armas: *Eu quero^..* & Deua Nosso Senhor — segundo testemunho
do
prior da cartuxa de Pavia, em um caso
— sabia dizer-Lhe tarabem: 'Eu quero*.
pessoal
252.
Secgao III "Em aeu lelto de agonia, aaalm fala ao dlacl-
pulo Prel Bartolomeu Domlnlcl: 'J& que, como aabelSf val celebrar-ae em Bolonha o capltulo geral de
voaaa Ordem para eleger o Meatre Qeral,
quero
que via e elejala para este cargo o meu pal Frel Raimundo, ao qual quero que
permaneqaia
aempre
unldo e eatejaia aubmiaao a aua vontade. ^ tanto quanto poaao, ^ voa mando * "0 io voKlio de Santa Catarina nao pode
» aer
conaidera^ fora do conjunto paicol6gico e aobrenatural que conatituem toda a aua peraonalidade. Sua
'maternidade•, de um lado, como veremoa, e
o
mover—ae exclualvamente no piano aobrenaturalj au^ Identlficacao com _a vontade ^ Deua; ^ £le^ conaciencla de aua miaaao na Igreia, irape<iera qual-
quer outra interpretagao" (ANGEL'MORTA, Obra£ ^ Santa
Catalina
de Siena, Introducclon, BkO,
Ma-
1955, pp. ^-"BFyimprlmatu^: Pr. Pranciaco
OP, Oblapo de Salammanca, 1-lii-iybb).
Ne^ gfiie£S> 68£is* S§ SiOlSg SIQ CQQQSeSQdidQa QU C§68Qtie6idQa* }(§gg§ sqCESS ^g^sa&Qgg 6 CSSgSSU^&QSa*
ate oeamg gg BgggQgg 88g3> 6 iSfiiuaiXS 3s SSnbCQa ga BiseaEguia
392. Monges desobedlentes e
que odlavam a doutrlna de ?ao Bento tentaram envenengi-lo
Comenta o Abade do antlgo Mosteiro benedltlno de Maria-Laach, na Alemanha: "Nao
anunclel
ocultel
tua
tua
verdade e
11), mas elea me (Xa. 1, 2). ....
Justlga em
tua
meu
salvagao
deaprezaram
e
coragao,
(S.
39,
deadenharam
"A treraenda realldade contlda neataa palavraa
do profeta, S. Bento aentiu-a em Vlcovaro, onde oa raongea
Indoceia
e
deaobedientea
deaprezaram
e
odlaram de tal mo?o aua doutrlna, que procuraram envenenA-Io. Pode-ae compreender entao que S. Ben to, em vlrtude da atitude de recuaa doa mongea e da
abaoluta
Criato,
repulaa diante do
tire
repreaentante
de
a ultima conaeqiiencia, a aaber,
aa
ovelhaa que nao querem obedecer a aua diregao vem
aer
Qspirltual"
aubmetidaa
ao
caatigo
da
de-
morte
(Dom ILDEFONSO HERWGGEN OSB, Sentido
e Eapfrito da Regra de Sao Bento, Edigoea "Lumen
JThriatl", l^To
de J^eiro, 1953, pp. 71-72 / Com
aprovagao ecleaiAatica).
35H.
SecgSo III
393. Sao Bernardino de Sena foi acusado de herege. idolatra e anti-Cristo
Sobre Sao Bernardino de Sena (1380-1'!'I*4), lo se em conhecida Historia dos Papas:
"Em 1*127 voltou Bernardino (Sao Bernardino de
Sena) a Roma para se Justificar em presenca do Pa
pa, ante quem tinha sido acusado de here8la.~D assunto
de
quo se tratava tinha-se passado da
se-
guinte maneira: quando Bernardino entrava numa cidade, fazia levar diante de si urn estandarte, no qual estava representado o monograma do doce nome de Jesus (IHS) rodeado de doze rales de sol e coroado per uma cruz, e quando pre^ava um sermao, fixava aquela bandeira Junto ao pulplto. Algumas vezes, quando devia pregar sobre o doce nome de Jesus, levava tambem era uma mao uma t&bua na qual estava representado o mesrao monograma com grandes letras vislvels para todos os asslstentes. Com fervorosa
persuasao moveu tambem nuraerosos sacer—
dotes a que expusessem o nome de Jesus nos altares, a faze-lo pintar nas paredes interlores e exteriores
das igrejas, e a dlstrlbulr entre o povo
pequenas
pinturas dele; e, ademals disso, per In-
fluencia
de Sao Bernardino, em multas cldades
Itfilla
da
o raencionado monograma foi escrito com le
tras
gigantescas, nas Casas do Conselho, do
como
ainda hoje se pode ver em Sena. Esta venera-
mode
gao
do Santo Nome pareceu entretanto a muitos uma e illclta inovaqao; e nao somente os hu-
atrevlda
manlstas de sentimentos pagaos, como Poggio, levantaram a voz contra aqueles 'Jesultas*, mas tam
bem OS inimigos dos (franclscanos) observantes que havia entre os domlnicanos e os agostinlanos, atacaram Bernardino. Ele foi acusado diante de Martl—
nho V, desnaturando-se as colsas, ^ representando-o como herege, Idolatra, e ate como antl-Crlsto.
6~~ Papa mandou entao ao Santo apresentar-se em Roma, e Bernardino, que se encontrava nessa ocaslao em
Vlterbo, Interrompeu Imedlataraente suas prega-
qoes para atender ao chamado do Chefe supremo da Igreja. Submeteu-se Incondlclonalmente alnda ao grave precelto de permanecer em Roma e abster-se de pregar ate que se examlnassem as acusaqoes dl— rlgldas contra ele; sentlmento facllmente mut^vel
do
povo afastou-se dele, que chegou a
ser
SecQao III apontado
355.
com
dedo pelas ruas como herege.
Ate
multos ^ aeus roals flela partlddrlos o abandonaram, mas Bernardino sofrla tudo com a maior paclencia, sem que nenhuroa queixa aflorasse a seua
l&bios; util
dizendo
p§ra
antes, que a
perseguiqao
a salvaqao de sua alma e
serla
exortando
a
seus amigos: 'Deixai fazer a Deus*.
"Da
inquislQSo que mandou fazer o Papa, saiu
o Santo esplendidamente Justificado, e Martinho V Ihe concedeu entao permissao para pregar em todos OS lugares e para espalhar a veneragao do Nome de Jesus, como antes fazia, e tambem para tornar a
portar o mencionado estandarte; £ para que, particulannente
em Roma, onde fora calunlado.
ficasse
bem manifesta a inocencia de BernardinoT £ proprio com procissao,
todo o seu clero, celebrouuma solene na qual se glorificou o Nome de Jesus.
para Jubllo~cro3 bons^ (LUDOVICO Fastqr,^Istoria de los Papas. Ediciones G. Gill, Buenos Aires,
19^8,
vol.
I, pp. 369-370 / Imprlmase;
Antonio
Rocca, Obispo de Augusta y Vicario del Arzobispado de Buenos Aires, 20-5-19''8). 39^. Santa Joana d'Arc foi acusada de tolerar que
Ihe pre'sTassem honras quase divinas
Dlz
um livro sobre o Processo de Santa Joana
d'Arc (1412-1431): "Ela
(Santa
Joana d*Arc) foi acusada de
ter deixado prestar honras quase~5n!vinas: 'Sableis
se
,
se as pessoas de vosso partido roan-
daram fazer cerimonias, missas, oraqoes por v6s? '-
Eu nao sei de nada; se eles flzeram, nao
foi por mlnha ordem. Mas se eles rezaram por mim, parece-me que nao fizeram mal. '—
Os de vosso partido creem firmemente que
VPS vindes de~Deus? *—
Eu nao sei de nada, e roe recomendo a seu
coraqao; mas creiam eles ou nao, eu venho da parte de Deus.
356.
Secgao III •— Se eles o creem, a oplnlao deles 6 boa? '— Sltn, e eles nao estao enganados. »—
Sablels qual era a Intengao dos de vosso
partldo, quando beljavam vossos pes, vossas mSos, vossas vestes?
*— ^ delxava beljar mlnhas macs £ mipobres vTnham de "5bm grado ate mlm, porque eu nao
nhas vestes senao o inenos~po3stvel; mas as pessoas Ihes
fazla
dia*"
Leon
mal, sustentando-as tanto quanto
po
(MARIUS SEPET, avec une introduction par M.
Gautier, Jeanne D'Arc, Alfred Name et
Fils,
Editeurs, Tours, 2a. ed., lo73, PP* 2^2-213). 395* Sao Joao da Cruz, difamado
£ perse^ido por seus confrades, com a conivencia dos Superiores
Da vida de Sao Joao da Cruz (15^2-1591
tra
"Alguem inicia urn processo de difamagao con ele (Sao Joao da Cruz). E o padre Diego Evan-
gelista, o definidor de trinta e urn anos, interaperante e rancoroso. Comlssionado pelo deflnltorlo para completar algumas Informagoes do processo contra o padre Gracllin, quer envolver na mesma sorte o santico de Fray Juan, como o chamava Madre Teresa (Santa Teresa de Jesus)
"0 padre Diego Evangelista, a quem os contemchamam de 'mogo de pouca prudencia e co-
porSneos
lerico', nao busca informagoes; exige declaragoes de culpablTIdade. que necessita para desonrar seu Pai — tao aureolado .14 de virtudes £ ^ milagres — e expulsgl-lo da Ordem. Por isso, sera duvida, 8£
dirXge aos conventos de~freiras. Espera atemorlza-las e aturdi-las. Para isso emprega alternativajjj0rite oferecimentos e ameacas. E quando nao Ibe vale nem uraa coisa nem a outra — porque nao Ihe valem — falsificar^ as declaragSes. escrevendo o
que nao disseram, dandp um sentido mau as l^cervtes acbes. ~ As freiras de Granada, as terrlvel
e infamemente acossadas pelo
mais mais
definidor,
pelo fato de terem sido tao queridas pelo perseguido, assustam-se e, em vista da perversa inter-
pretagao que ^^ ao que existe ^ mais santo.
Secq&o III
357.
quelmam uma gaveta chela de eacritos. cartaa e_ retratoa de aeu pal Frei Joao
"0 que faz, enquanto isao, o Padre Doria, Vi-
gSrio
Qeral (da Ordem)? Estfi ignorante, em
aeu
convento de Madri, ao que acontece na Andaluzla, quando todoa eatao eacandalizadoa com o alvorogo
levantado pelo Padre Diego Evangeliata, aeu comiasSrio? .... Tao benevolaraente olham o Vigfirio Qe ral e OS definidores a atuaqao do Padre Diego que,
em vez de penitencifi-lo, o roimam, levando-o a Ita lia,
onde
Joao
(Sao Joao da~T?ruz). aeu infame trabalho difa-
continua, meamo depoia de
morto
Frei
matorio. ....
"Eatando ele (Frei Diego) em Sanlucar, chegou a notlcia da morte de Frei Joao da Cruz e enquanto
aa freiraa, Maria de Sao Paulo eapecialmente, cho-
ram e Isiroentam o desaparecimento do Santo, o padre Diego
exclama:
nao morresse, ^ Ihe tiraria o
hlLbito ^ nao morreria na Ordem*" (CRISOGONO DE JESUS GOD, Vida de San Juan de la Cruz, in Vlda 2. Obraa
pp.
de San Juan de la~Cru'zT~lB)nT, Madrid,
19b4,
310, 311, 312 e 313 / Imprimatur: Joae Maria,
Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1954).
396. Santa Roaa de Lima foi peraeguida por aquelea meamoa que ae
conaideravamTatolicoa ainceroa, e ate por miniatroa do Santuario
Comenta
um
biografo de Santa Roaa
de
Lima
(1586-1617):
**Chama
realmente
aten^ao como Rosa, aendo
tao aanta e favorecida pelo Ceu, pode aer tao peraep;uida e maltratada por peaaoaa que eram ainceramente criataa e que eatavam muj-t^ longe de aer
inimigaa, como aua propria m2e. A explicaqaF e
a
que la indicacioa. Roaa nao eatava entao canonizada, nem havia aido proclamada Patrona do Novo Mundo. Era uma pobre e humilde donzela, que se eafor-
qava por aeguir aa pegadaa do Divino Cordeiro, fugindo da vaidade e do mundo, e levando uma vida oculta e escondida com Deua, em Jesua Criato. Sua mae nada compreendia deasas coiaaa, e eatava muito
longe a
de vialurabrar o futuro que eatava reaervado
sua filha. Por isto, tudo o que via de estranho
Santa Rosa de Lima, retratada em seu leito de morte por
.Ajigelino Medoro (Santu^irio de Santa Rosa, em Lima, Peru).
Secgao III e
359.
singular em sua vida, o atribula a manias, ilu—
sSo
ou
fanatismo devoto; e ae porventura
alguma
vez, diante da realidade e da evidencia dos fatos, cala
em si e reconhecla aeu procedimento injuato,
rapidamente a paixao e o raau humor que a dominavam voltavam a cegar-lhe, e fazlam ruir aeua bons propoaitos
"Rixaa,
choviara
a
deaprezoa,
pancadaa e
cada paaao aobre a timida
maua
e
tratoa
Inocente
virgera, a quern nem aua delicadeza nem auas Ifigrimaa
podiam
iracunda
defender doa furlosoa ataquea de
aua
mSe. Quern ouvlaae Maria de Oliva durante
easea aceasoa, a conaideraria a mulher mala infeliz do mundo por ter uma filha como Roaa. Eata
era, aegundo ^ mae, uma hipocrita, farsante, que procurava enganar todo mundo com embuatea e_ encan— tamentos, uma beata perveraa e diaaimulada, que
queria fazer-ae passar por sanFa, quando "nao
era.
mala do que urn monstro de orgulho que ae obatlnava'
em
proaseguir
com aeua caprichos, mofando-ae
de
aua mae e de bodo mundo. «...
"Nem faltaram diretores desaviaadoa ^ imprudentea, pouco veraadoa noa caminhos interlores da
perfeigao, que a em experlencia doa prlnclpioa ^^ aollda virtude de Roaa, cenauravam aem maior exame sua conduta, atribuindo-a a causaa multo diatantea 3ir~verdade e da .luatica. Levando adiante -suaa opl-
nioea, virgem
arrojadamente tentavam perauadir a Santa que aeu modo de viver eatava fora daa re-
gras, que caminhava aem seguranga, aeguindo unicamente o aeu arbltrio e aeua caprichoa, naacidoa do
desterapero de aeua huraores e da debilidade de aeu cerebro, em virtude de raultoa jejuna e auaterldadea. Eataa e outraa opinioea expoataa em publlco fomentavam aem duvida oa caprichos de Maria de
Oliva, tornando aeu natural mala Inauportivel, e seriam suflcientea para deaanimar a quern nao tiveaae o eaplrito de Rosa. .... "Santa Roaa aofreu ^ opoaicao a peraeguigao mala
do
rancorosa durante oito ou dez anoa. da parte
mundo, de aua familia, ^ _o_ que e pior, de al-
^ns maua miniatroa do santullrio, que e o^ ultimo e maia
poderoso recurao ^ que o demonio langa
mao
gara fazer vacilar aa almas ^ torn&-laa infieia ^ ^us" a aua vocagao" (P. Pr. VICTORINO OSENDE,
360.
Secgao III
Santa Roaa de Lima, Pluma Fuente, Lima, Ma. ed., pp. 30, 31, 3^1, 38, 39 e 52 / Con las debidas 11cenclas).
397. "Que grande graqa se pudeaaemoa morrer
decapitadaa por amor deUeua"
Da vida da Venerfivel Virginia Centurione Bracelli,
Pundadora
daa IrmSa de Noaaa
Senhora
do
Monte Calv&rio (1587-1651):
"Apeaar
rigiveia haverem
do zelo, nao faltam aa filhaa incor-
e inconatantea, e aquelaa que depoia tornado parte na aua meaa a abandonam
de aem
piedade, e aquelaa que regreaaam ao raundo, lanqando-ae novamente noa perigos. E poia natural que contra Virginia ae levantem certba progenitores a cujoa olhoa a obra dela tranatorna aeus deaejoa infamea e tamb^m muitoa outroa tipoa que vem sub-
traldo, pelo zelo de Virginia, o alimento das suaa paixoes. Entao; rebelioea, zombarias, vilipendlos, perseguigoes. Poia bem, ela opoe a tudo lato uma calma inalter^vel e tambem entre oa obatAculoa de todoa oa generoa, ae revela tal modelo de manaidSo
que cauaa admiragao a familia inteira e Ihe quiata a veneragao univeraal.
"Um
con-
dia, durante a recreagao coraum, fazia-ae
animado coment^rio aobre certoa fatoa ocorridoa na cldade, e eapecialmente aobre o fim de um famoao
criminoao que havia aldo degolado. Virginia, entre aa filhaa, comentava o ocorrido, maa fazendo aalutarea reflexoea. Eis quando uma menina inaolente,
uma 'colainha', jA acolhlda de graga, no aailo, e que agora morria de 6dio contra aquela que a recebera
e a mantinha, ae volta com deapeito para
aa
outraa e apontando para Virginia, reamunga: 'OhI porque nao cortam tambem a cabega deata mulher?' Virginia eacuta aa delicadaa palavraa, aorri um pouco,
e virando-ae tranqiiila para uma aua confi
dante Ihe diz: 'Irrna, que grande graga ae pudeaaemoa morrer decapitadaa por amor de Deua!'" (Mona. LUIGI TRAVERSO, Vida e Apoatolado da Serva de Deua
Virginia Centurione Hracelll, EdiTora Ave "Harla,
Secgao III
Sao
36l.
Paulo,
1961, la. ed. em portugues, p. 122
Imprimatur, Imprimatur '<-4-1939).
Stephanus
Pulle
P.
V..
/
Qenue.
398. Santa Margarida Maria Alacoque fol acusada ate de posaessa
Do
conhecldo hagl6grafo Mons. Bougaud em sua
hlatSrla
de
Santa
Margarlda
Maria
Alacoque
(1647-1690), a quern Nosao Senhor revelou a devogao a seu Sagrado Coragao:
"A roda de Margarlda tudo eram duvldaa, auapeltaa e contradlgoea. Imaglnemoa o que aerla em
1675 aoa olhoa de auaa Irmaa, aa rellgloaaa de Paray,
a
noaaa humllde Margarlda. Deua acabava
de
conflar-lhe uma admlrA,vel mlaaao e honra Ineatlmfi-
vel,
fazendo-a confldente daa anguatlaa e
mentoa
de
rellgloaaa
re
(o
nem
aofrl-
aeu Sagrado Coragao; maa tudo lato
aa
Ignoravam. Nem o padre de la Colomble-
Beato Cl&udlo de la Colomblere,
Jeaulta),
a auperlora e multo menoa a Beata Ihea haviam
revelado o aegredo; aablara aoraente o que vlara; lato e, eatar era oraqao tempo Imenao; levantar-ae aa
dez horaa, o que aem ddvlda Ihe era permltldo pela auperlora, maa deauaado na Vlaltagao; atoa que pareclam alngularea, como trabalhar de .loelhoa e ou-
troa que aa paamavam aem aclararem o aeu eaplrlto, como
03 aeua deamaloa que obrlgav8un aa rellgloaaa
a levarem-na em bragoa; e, o que alnda mala atrala
a
atengao, freqiientea conferenclaa com a auperlo
ra, com o padre de la Colomblere e outroa confeaaorea extraordln^rloa, conferenclaa nao multo do
agrado de Margarlda e cujo motlvo elaa Ignoravam; flnalmente tudo quanto traz facllmente aoa l&bloa
palavraa
como
eataa: •Por que nao farlL
&
noaaa
?uerlda Irma como todaalioa? Que deaejo de alnguarlzar-ael'
e
"A lato acreacla um eatado de extaae alngular de que aclma falamoa, que aumentava de dla em
dla, tornando-a Incapaz de qualquer oflclo. Ocuparam-na na enfermarla, maa aem multo provelto, apesar da aua bondade, zelo e dedlcaqao a toda a prova
e de aua carldade, que multaa vezea a levava a
pratlcar
atoa
de herolamo tal que ao o
ouvl-loa
362.
SecgSo III
repugnarla aos nossos leltores. Tambem a empregado na cozlnha, mas fol por pouco
porque
havlam tempo,
tudo Ihe cala das macs, e a admlrfivel
hu-
com que reparava estes seus desazos,
nao
ralldade
Irapedla que prejudlcasse a ordem e regulaptdade que devem relnar em uraa comunldade. Tinham-lhe conflado a educacao das menlnas, que muito a amavam e Ihe cortavam pedaqos do h&blto como a uma
santa, mas
o seu estado de ^tase Impedla-a ^ de
vlglar quanto era necessdrlo. Pobre Irmal era 1675» muito roais que em 1672, a sua vida JS n§LO era na terra, era necessSrio deixfi-la no seu ceul "Acresciam ainda as doen^as, curas subitas, recaldas repentinas, um estado que os medicos nao compreendiam e muito menos as religiosas. Como nao se admirariam? Como nao diriam: Mas era tudo isto nao ter5 grande parte a imaginaqao, um temperamen-
to mal riggulado, e taTvez alguma "ilusao? Interrogavam-na^ mas debalde, ^rque nao respondia coisa pelo menos satisfatoria ou que desse a comunidade alguma luz. ^ maneira que alfnJmas chegavam a dizer que Soror Margarida Maria era uma vision^ria. Acusavam-na de se ter apoderado do espirito da su-
periora e ^ padre de la Colombiere ^ 6^ Ihes fazer acreditar as suas alucinagSes. Alguma8~ate foram mais possessa,
benta"
longe; imaginando que Margarida estava quando a encontravam, Xhe lancavara 6gua (Pe. BOUGAUD, Vigirio geral de Orleans,
Hi8t5ria
da Beata Margarida Maria ou da Origera da
devoQao" ao Coragao de Jesus. Livraria~Tnternacio-
nal, Porto-Braga, l87^, pp. 228-229). 399- Acusam Santa Veronica Giuliani
de querer fazer-se notar, e ^ estar possessa do demonio
Da
vida
(I66O-I727),
de
Santa
Veronica
Giuliani
grande mistica italiana que
recebeu
OS estigmas da Paixao: "Obstinada como estava era sua injusta suspei-
ta,
ela (a Superiora) escutava mais do que
as" Irmas
malevolentes ^ caluniadoras.
aproveitaram violenta
disso para desenvolver uma contra
Veronica
(Santa
nunca
Estas
se
carapanha Veronica
SecQao III
363.
Giuliani). ^ plor delas ousou dlzer que aquela Irma 63tava poasessa do demonlo. ....
"Outras, menoa furloaaa, Inalnuavatn que eaaea eatadoa anormala de Veronica vlnhcun de aeu deaejo de ae fazer notar. Multaa ae delxarain levar de ino-
mento por eaaaa crltlcaa acerbaa, eaquecendo a doQura, a humlldade, a bondade, todaa aa vlrtudea deaaa pobre IrraS acabrunhada, e nao conalderando aenao
aa
compllcacoea trazldaa para o
convento,
peloa fenomenoa miatlcoa que ae davam com ela" (Cteaae. M. DE VILLERMONT, Salnte Veronlque Glullanl, Llbralrle Generale Gathollque, Malaon Salnt-Roch, Parla-Couvln, Belglque, 1910, pp.
271-272 / Imprimatur: J. M. Mlest, vie. gen., Namurcl, I-3-I91O).
400. Oa^ Imploa o chamavam de malfeltor £ ^ antl-Crlato De uma blografla de Sao Lula Grlgnlon de Montfort (1673-1716), o grande Apoatolo da devoqao marlana:
"A
conduta
de Grlgnlon de Montfort
de
tal
forma pareceu extraordlnSrla aoa seua contemporfineoa que oa Imploa ^ tomavam como dlabollca, chamando-o de malfeltor, de antlcrlato, de obaeaao; oa mundanoa conalderavam-no extravagante, ^ 9s SFna peio menoa tlnbam-no como eaqulalto e fora do
comum" (J. M. TEXIER. Sao Lula Maria (Jrlgnlon de Montfort, Vozea, Petropolla, 1948, pp. 44-45 / Com aprovaqao eclealSatlca). 401. Que Santo nao fol acuaado de alngularldade?
Da meama blografla de Sao Lula Maria Grlgnlon de Montfort:
"Acuaara-o
de alngularldade, maa... de Igual
reprlmenda Tora porventura excetuado algum aanto? Enflm, um aanto e alngular aomente porque se eleva aobre o comum doa homena. Certamente que Montfort
era
alngular, pola fazla uma guerra contlnua ao
mundo e aa auaa mAxlmaa falaaa, porque calcava aoa
364.
Secgao III
pea todo respelto huraano, porque colocava o servl-
qo de Deus acima de qualquer conslderaqao humana.
"Nao
conduta
fora eata, com efeito, ^ meama llnha de
que sublevara
mundo contra Jeaus ^ aeua
Apoatoloa? 0 aanto mlaalondrlo podia, poia, reputar-ae Teliz por eatar em tao boa companhia" (J. M. TEXIER, Sao Lula Maria Grienion de Montfort. Vozea, Petr6polia, 194b, p. 188 / Com aprovaqao ecleai&atica).
402. 0 Santo deaconcerta e aa vezea eacandaliza o homem comum
ComentSrio de outro bi6grafo do Luia Maria Grignion de Montfort: "Por
meamo
Sao
definigao, urn aanto nao pode aer um ho
mem era tudo aemelhante aoa outroa nomena. ETF nao fica no piano da natureza, maa tende a perfeigao do
Pai celeate. Seu inceaaante progreaao em dire-
gao ^ Deua existente
aumenta, dia apoa dia, ^ diatSncia
entre ele e aa almas tornadas
pesadaa,
imobilizjidaa peTa carne. 0^ aanto eapanta a humanrdade media. Ele a eacandaliza, enquanto nao a eleva acima dos baixos horizontes.
"0 quanto
santo e um original; e ele o e tanto mais em
aua epoca, seu ambiente, seus
audito-
rios, estejam mais longe do ceu. Ele o e porque tem mais futuro no espfrito, porque negligencia os h&bitos, OS preconceitos, as contingencies para preceder seu seculo no tempo, para levar seus irmaos a esse fim misterioso que seu olhar de profeta descobriu. Mesmo quando se encontra entre ver-
dadeiros cristaoa, ele os surpreende ainda; ele .se
apoia,
por assim dizer, sobre eles para ae projetar para o alto com mais audHcia. Tendo partido de
muito alto, ele avista logo os cumes; sem orgulho, mas sem medo, ele se interroga diante de Deua: Quo non ascendam? (Ate onde nao me elevarei?). E ele
provoca
vertigens era seus contemporSneos". (GEOR
GES RIGAULT, Montfort. Les
Saint Louis-Marie Grignion de Traditions Prangaises, Tourcoing,
1947, pp. 9-10 / Imprimatur: Joannes Baptista Megnin, Episcopus Engolismenais, 28-4-1947).
SecQao III 103.
365.
08 Apoatolos tlveaaem temldo
passar per originals,
Jamals terlam felto apostolado
Alnda sobre 0 grande Apostolo marlal: "Certas Influenclas, para se exercerem plena-
mente,
necessltam
do tempo e da
repetl^So.
Sao
liuls Maria de Montfort delxou transformadas por urn seculo paroqulas onde ele havla pregado durante
qulnze
atris
dlas. Ele passava, e nao voltava mals: dele, seus Inlralgos reconstrulani as pressas
as barrelraa, aa portas e aa pontes levadlgas, pa ra que sua conqulata foase efemera, para que seu
roato fosae eaquecldo. Inutels precauqoesl Sua voz contlnuava
ralhas.
a reaaoar Incessantemente entre as mu-
Seu
olhar
permanecla
no
fundo
das
consclenclas
"(0 Padre) Blaln nao ousava, dlante de uma santldade evldente, Invocar a distlnqao entre
•precelto' e 'conaelho'. Ele julgou encontrar uma boa poslqao de recuo crltlcando as 'slngularldadea' do homem. — 'Se eu tenho 'slngularidades',
reapondeu Montfort, e contra mlnha Intenqao. Eu nao procuro te-las. E se mlnhas slngularidades me proplclam algumas humllhaqoes, vamosl tanto raeIhor! Deus deseja que euseja assim para confundir
meu orgulho'. E acreacentou, nao sem esplrito, que se
OS apostolos tlvessem temldo passar por origi-
nals, .i^ais terrain saldo do Cenaculo"
CGEORGES
RIGAULT, Saint Louls-Marie~5'rignion de
Montfort.
Les Traditions Prangaises, Tourcoing, 19^7, pp. 92 e I'll / Imprimatur; Joannes Baptista Megnln, Epis-
copus Engolismenaia, 28-'l-19''7). ilO'l. Persepgiicoea sofridas
por Santo Afonao de Lig5rio Conta
uma biografia de Santo Afonso Maria de
Ligorio (1696-1787), a quem Pio IX conferiu o titulo de Doutor da Igreja:
Deus
"Afonso (Santo Afonso de Ligorio) ofereceu a sua vida, resolvido a empreender a fundagao
(da Congregagao do Santissimo Redentor), ainda que Ihe
fosse mister aofrer toda sorte de
contratem-
366.
Secgao III
pos. Com efelto, apenas dera oa prlraelros pa6soa> deaencadeou-ae contra ele a mala furioaa tempeatade. 0 menoa que Ihe dlziam aem rebugoa, era quo ae
langava numa extravaKancla .... que ae deixava le
va r pelaa alucinacoea de uma viaioniTrla .... que oa louvorea Ihe tlnham feito perder o_ Julzo ^ ^ orgulho e a vangloria o cegavam.
"0 tio, dom Mateua Oizzio, reitor do aeminSrlo, repetia-lhe era todoa oa tone; "— Sola uraa cabega aem miolo;
deixai-voa
arraatar pela fantaaia de uma freira; nao ouvis nenhum conaelho; aols a burla e o escfirnio da cidade.
"A malor campanha movia-lhe o Col6gio da Sagrada Parallia de Jeaua, onde Afonao fora penaio-
niata e onde tanto trabalhara.^Para o Padre Ripa e aeu
eatabelecimento,
perda
a deciaao de Afonao
e
aua
repreaentava uma catfistrofe. 0 antigo raia-
alonfirio doa chlneaea eaforgou-ae em vao per diaauadi-lo; raoatrou-lhe per todoa oa modoa que aua
reaolugao era ridlcula, um verdadeiro pecado seguir oa conaelhos de uma freira e abandonar o bem que vlnha fazendo no coleglo. Nao tendo conaeguldo vlrar a cabega de aeu penslonlata, dlrlglu-se Ripa a
Monsenhor
atrevlraento
Palcola numa carta que
ralava
pelo
e Injurla. Ao raesmo tempo rompeu
com
oa padrea Pagano e Plorllll e de tal modo amotlnou a oplnlao publlca contra eaaea dola aacerdotea que
amboa
rogarara ^ Afonao tomaaae por diretor _a Mon-
aenhor Palcola ^ oa delxaaae em paz» "Ripa, eaperto em manejar aa annas e acostumado
a
ver-ae sabe Deua em que questoea
com
oa
chlneaea, ^ t^ maneIra aublevou ^ oplnlao ^ raoj veu guerra a Afonao, que este, todo perplexo, per-
guntava a a^ meamo, ae em verdade seua dlretorea
nao o havlam Induzldo a uraa aventura. Abandonado doa raelhorea amlgoa, dlrlglu-ae a Scala a manlfeatar aa healtagoea a Soror Maria Celeate (Veneravel Maria Celeate Croataroaa).
"—
Dom Afonao, eata obra e de Deua.
Havela
de ver oa reaultadoa.
"Havla naquele raoatelro uraa rellgloaa. ancla, que aofrla de deraencla. Soror Maria Celeate,^ e auaa co-lrmaa, aupllcarara a Deua que, ae aa vlaoea
SecQEO III fossem
367.
verdadelras, e nao puro engano, flzesse urn
mllagre, restltulndo a razao a pobre frelra. Afonso achava-se em NApolea, quando pecebeu este recado; — Soror Maria Madalena (a enferma) acaba de recobrar a razao
"Em
Nfipoles, no entanto, as mSs llnguas con-
tinuaram a denegrlr-lhe a-reputagao. Ripa e alguns amigos nao descansavam. 0 menos que propalaram
era;
Afonso £ im iludido, vaidoso, orgulhoso, T
vergonha e a desonra do clero napolltano. .... "Mas tinham-lhe revelado que a Congregaqao se
fundaria,
embora tivesse de passar pela prova
de
fogo, isto e, arrostar dlficuldades nSo so externas, mas, principalmente internas. Estas dlficul dades internas sao caracteristicas da obra Afonsi-
na.
Todas as fundaqoes tem esbarrado com inimigos
externos.
Tiveram
suas desarmonias
internas,
e
certo; mas estas, na vida de fundador, tem sido quase sempre dlficuldades que sobrevem a toda sociedade
de homens. Na obra de Afonso, nos o vere-
mos, nao.faltarara as tramas exteriores, e cem vezes esteve a Congregaqao a ponto de soqobrar. Mas,
se grandes forara essas tormentas, Incomparavelmente maiores foram as internas e ao Pundador, na ho-
ra de sua agonia, nao faltou urn Judas
"Os raais
inimigos
tlnham espalhado as
notlcias
ridlculas. Diziam que o Papa, Informado
das
pretensoes de Afonso, prolbira a Monsenhor Palcoia de ocupar-se dele e da PundagSo. Alpcuns pregadores apresentavara-no do alto da cfitedra, como um exem-
plo
de erros e de queda^ & que estao expostas as
almas presumi^as e orgulnosas« Os parentes e aml^ gos recebiam-no envergonhados. 0 tio, reitor do
seminirio, evitou encontrar-se com ele. 0 padre Ripa
cerrou-lhe
apontavam-no
as portas do coleglo.
com o dedo como se fosse um
Nas
ruas
louco".
(Fe. JOSE MONTES CSSR, Afonso de Ligorio o Cayaleiro
pF^
de
Deus. Editora Vozes,~Fetropolls,
1962,
35, 36, 40, m e 43 / Imprimatur: P. Jose Ri-
bolla CSSR, Superior Provincial, Sao Paulo).
368.
Secgao III
I105. Acusado de cplar uroa... "selta das costeletas"
Da
mesma blografla de Santo Afonso Maria
de
Ligorlo;
"Entretanto, aquele admlrfivel apbstolado la tenninar de um mode tragicomico. A multldSo que ae
aglomerava
em
torno do zeloso
aacerdote (Santo
Afonso Maria~Te Ligori^, creacia, sem cessar. Numerosos eram, tambem« oa clerigos e secularea inatnildoa, que o ajudavam. A gente da cidade co-
meqava ae
a desconfiar daqueles aJuntaraentoa. Alguns
aproximavam,
mala por curiosidade,
ouviam
a
Afonso e retiravam-se edlficados. Outroa, talvez com propositoa inveatigadorea, andavam auapeitan-
d^.. politica... hereaia... Introduzipam-ae aatutamente
naa
filaa e descobriram uma
confirmaqao
formidfivel de auas suapeitas... E que Afonso repreendia um operSrio por ae entregar a mortlflca—
goes exageradas. E um cavalheiro, dom Porpora, aecundava o aacerdote, acrescentando:
'— Se
Olha, filho, e preciao comer para viver.
tua mulher te oferece umaa costeletas, come-as
e bom provelto! *
"Nao auapeitava o bom Porpora, quanto iriam caminhar as auas coateletinhas.
"Aquelaa palavraa, ouvidaa de md tenqao ^ interpretadaa
de
maneira pior airi?a. correram
por
toda a cidade: "Selta das Costeletas". E comeqou a
correr
o^ boato de que tudo aqullo, com aparenclaa
pledoaas,
denuncla
termlnava em escandalosas bacanals. Uma
apoa
outra fol chegando ao prefelto
da
cidade. A pollcla prendeu logo alguns dos faraosos aectfirloa, entre os quals Barbarese e Nardone. Interrogados, responderam que se reunlam para ouvlr
o senhor de Ligorlo. Ao ouvlr o nome do pode-
roso
patrlclo (Santo Afonso, da nobre e
poderosa
famllla dos Llguorl, de NUpoles), a autorldade deu Imedlatamene llberdade aos presos; mas, dlrlglndo-ae ao Arceblapo, a mesma autorldade consegulu que as reunloes fossem auspensas" (Pe. JOSE MONTES,
CSSR,
tors
Afonso de Ligorlo o Cavalelro de Deus, Edi
Vozes, Petropolls, T9b2, p. 30 7~Imprlmatur:
P. Jose Paulo).
Rlbolla
CSSR, Superior Provincial,
Sao
Secgao III
369.
^106. E pr6prlo doa medtocrea ae eacandallzarem com
oa Santoa e grandea homena
0
celebre bl6grafo de Santoa, Mona.
comenta
Trochu,
a prop6alto daa Incompreenaoea de que fol
vitlma o Cura d'Ara (1786-1859)t "No grande movlraento que arraatava aa multldoea para Ara, bem pouco fez o clero. Aoa aacerdotea,
alnda meamo aoa mala zeloaoa, parecla
eatranha
coiaa
que ae foaae conaultar o_ cura de uma pa-
roquia "Se 200 aTmaal ""Nao e homem como oa outroa', repetia
a voz popular. Ahl aabiam elea. Seu porte
externo
bem revelava o que na realidade ele
Joao
(Sao
Vianney) era: Urn excentrico que aeria melhor
portar-ae convenientemente como oa outroa.
0 aanto Cura d'Ara era acuaado de hip6crlta
£ valdoao, por outroa padrea "Sera duvida, noa primeiroa tempoa, oa_ colegaa
Julgaram certaa
com aeveridade aua conduta ^ nao viam em maneiraa de agir mala do que _o fruto
originalidade Tfetada ^ auatentada por Qualificavam
tendo
em
de extravagante o que na
duma
valdade.
realidade,
conta ^ intencao. nao era mala
do
que
que um exterior
tao
perfeiQaF ^ aantidade "Entende-ae
facilraente
dealelxado, cuja cauaa verdadelra alnda nao era conheclda, deaagradaaae a todos oa membroa do cle ro.
Oa aacerdotea de Llao ae tem dlstlnguldo sem-
pre pela dlgnldade do porte. Oa contemporfineoa do Cura d'Ara Julgaram repreenalvel o deaculdo que qualificavam de Inconvenlente. Alguns o tachavara de avaro. Porventura nao poderla, alnda que foaaem
poucos
seus
rendimentos, procurar um traje
mala
decente? Outroa acredltaram deacobrlr nele falta de aenao comum. Outroa alnda acusaram-no de hl-
p6crlta
poaauldo
dum aecreto deaejo de chamar ^
atenqao.
"Dal
o menoaprezo e aa antlpatlaa contra ele
que se manlfeataram em mala de uma ocaalao por palavraa e ate por atoa
"0
P.
Vianney pareceu serapre Inaenalvel
aa
recrlmlnaqoea que nao atlnglam mala do que a parte
370.
Secgao III
exterior:
Desposara a pobreza e como S. Pranciaco
de
e S. Bento Labre, trazia
Assis
deasa
ele
as
inslgnias
virtude. Mas outroa ataquea, que foram para
peaada cruz, teve de aofrer da parte dos
maoa
no
ir-
aacerdocio.
Quiaeram prolbir aa ^ereKrinacoea que ae faziam para ve-lo
"Nao
noa
pasaara
horaa amargaa quando em Ara
e
povoadoa vlzlnhoa a maledlcencla ae enfurecla
contra a aua reputaqao de rainiatro do Senhor, miniatro austero e casto? Agora tentavam impedir as almaa que ae dirigiam para ele.
"Serla desculpado na aua negllgencia (no vestir) ae foase urn aacerdote sfibio, desterrado por amor ao estudo, naquele rincao desconhecido do mundo. Mas seua colegaa tinham boa memoria: 0 Cura d'Ars era homera excelente, aervi^al, zeloao, porem
curaara teologla? Clnco meaes, a multo custo> em Santo Irineu de Liao: um conhecimento quaae nulo da lingua latlna; uma deapedida na raetade do cur-
so; umas ligoea sem importSncla na casa paroquial de Ecully e como fecho, a ultima paroquia da dio cese. Pobre Cura d'Ars! E iam conaultfi-lo tantos
ingenuos! Que haveria de extraordin^rio na sua dl^ recSo? Os mesmos conaelhos — ^ inspirados por uma experiencia mais longa no governo das almas — nao OS tinhsim ao aeu alcance nas reapectivas paroqiiias? 'Nao e mais perfeito do que nos , assim^se
permitia dizer um dia na. presenqa da senhora Gibeins
um
eclesiSstico, falando do P. Vianney.^ 0
contlnuo movimento para Ara, que JS. tomava aparencia de uma' ininterrupta peregrinagao, convertia-se
verdadeiramente em pedra de escS.ndalo. Jfi era tem
po de esclarecer aqueles simples de eaplrito. Era mister pels recorrer a autoridade superior. "Assim aconteceu. Muitos aacerdotes proibiram
a seua paroquianos, sob pena de ser—Ihes negada ^ absolvicaOj de irem ^ Ars. Outros fulminaram esta
proiblcao do alto do puTpito. Alguns tomarara da pena para Pazer ver ao prelado, o novo perigo que ameaqava tantas almas. ....
SecQao III
371*
Os grandes honiens e
santoa escandalizam
aguelea que vlvem na mediocridade
"So
Ihar
ura leltor Ineaperto poder-ae-ia
deata
maravl-
guerra aorrateira, dlrlglda contra
o
Cura d'Ara por alguna de aeua cole^as. Ela 5 um dos
prcQoa da aantldade. 'Qual
dor
de
apoatolo, funda-
uma ordem, o revelador ou ^ Indlcador
de
uma devocao, deatinaJa ^ aer unlveraal. o reformaque nao tenha tlHo que aofrer, nao dlgo de ieua Inlmlgoa, maa de aeua amlgoa. de aeua Irmaoa na fe? E que todo o grande, quer aeja pelo genlo,
quer
pela aantldade, coraega por espantar, por es-
candalizar
a todoa oa que vlvem na mediocridade e
na rotlna' (HENRI JOLI, Palcologla dos Santoa, op.
clt., p. 36)"
(Conego FRANcls tkuuHU;
^Cura
d'Ara, Vozea, Petropolla, 2a. ed., I960, pp. 230, 231, 232 e 236 / Imprimatur: Luis Plllpe de Nadal, Blapo de Urugualana, 29-b-l959)• 407. A atuacao de Sao Joao Boaco auacltou
oposl^oea obatlnada^ meamo naa fllelraa do CleroT e ate na proprTa Hlerarqula da Igreja
De uma vlda de Sao Joao Boaco (1815-1888), vertlda para o portuguea por D. Joao Rezende Cos ta, atual' Arceblspo de Belo Horlzonte:
"Nao podemoa omltlr neata vlda_^aa pSglnaa doloroaaa
que
em que ae narram as opoalgoes
obstlnadas
o eaplrlto precuraor do Santo auacltou, meamo
naa fllelraa do clero, e ate na pr6prla^Jerarqula catollca.
Os hlatorladorea da vlda de Sao
Felipe
Nerl, de Santo Afonao de Llgorlo, de Sao Joao Ba tista de la Salle, de Santa Antlta Thouret, nos aervem de exemplo neate ponto. Todavla Julgamoa
ter
conaeguldo allar o reapelto a fldelldade hls-
torlca
eram
com o reapelto as peaaoas, cujaa Intengoes
provavelmente retaa e cujoa dealgnloa
eram
honeatoa, embora, na expreaaao de Sao Paulo, ae tlvesaem convencldo erronearaente de que davam gl6rla a Deus obataculando o apoatolo" (A. AUPFRAY SDB, Dom Boaco, Llvrarla Edltora Salealana, Sao
Paulo, 1955, PrefSclo a 3a. ed. franceaa, p. 8 / Imprimatur: Hons. M. Melrellea Prelre, Vlgfirlo-Ge-
ral, Sao Paulo, 9-10-19'<6).
372.
Secgao III
408. Sao Joao Boaco. para evltar m&8 interpretagSea e
acuaac5ea, eacondeu certoa
papela que nada colTtinhani de particular Relata
Sao
Joao Boaco em auas
Memorlaa
do
Oratorio:
"Corria
llticoa Itdlia.
o ano de i860. Da aconteclmentoa po-
agitavara toda a Europa e aeu centro era a Um partido, ou por dizer melhor, uma fac-
gao, aob o nome de llberaia democrfitlcoa, promoverara o eaplrito revoluclonfirio, comegando do palficio doa aoberanoa ate o tugurio do rude campones e
do pobre operfirio. "Suprimiram as corporagoes religlosas de um e de outro aexo, deaprezaram todaa as leia da Igreja e a propria autoridade do Sumo Pontlfice; fbi abolldo
o foro eclesl&stico, foram confiscadoa todoa
08 bena doa cabidoa, doa aeminfirioa e daa dioceaes; foram invadidoa, em sua malor parte, os Eatados da Santa Se. Os dirigentea da Pollcla, para infundir terror e aparentar que nao temiam a nin-
guem, comegaram a varejar domicllios privados e a encarcerar paclficos cidadaos "Onze
vezes a nossa casa foi honrada por es-
taa visitas domicillares ou batldas policlais. Ex-
"porei
uma delas, e por esta ae saberfi o teor
das
demaia.
"Devo advertir que tres dlas antes da primeira viaita, na nolte de 23 para 2^ de malo, -tinha tldo um *aonho' que, expllque—se como se quiser, foi-me muito proveitoso. Pareceu-me que uma turba de esbirros entrava nos meus aposentos, apoderava-
-se da minha pessoa, revlstava os papels, os armfirioB, as gavetas, revirando tudo. Um deles, de as— pecto mals benevolo, disse-rae ao ouvido: "— Por que o senhor nao retirou daqui este e aquele escrlto? Com isso teria evitado um dissabor.
"Ao amanhecer, contei o sonho como uma brincadeira da fantasia, o_ que nao me impediu. entre_tanto, de minhas coisas em ordem e de retirar
alp^ins podiam
papeis que, sem conter nada de particular, ser mal interpretados. Erara cartas confi-'
Secgao III denclals,
colsas
completamente
alhelas a polltlca e
as
do governo. Quando comegaram, pels, as In-
quirlgoes,
quanto
373-
eu havla levado para outro lugar
pudesse
tudo
dar o mals llgelro pretexto
para
suspeltar de relagoes ou alusoes polltlcas em nossas casas"
In
(Sao JORO BOSCO, Memorlas del Oratorio
Blografla
Madrid,
^ Escrltos de San Juan Bosc^ BAG,
1955, pp. 253-254 / Imprimatur; Jose
Ma
ria, Ob. aux. y Vic. gral., 13-5-1955)•
409» Santa Tereslnha; mlnha mlssao 38 cumprlra apesar da Inve.la dos homens Sobre
Santa
Tereslnha
do
Menlno
Jesus
(1873-1897), escreve o Padre Peltosa: "Numa
confldencla com a Madre Ines de Jesus,
Tereslnha declarou: 'Para & mlnha mlssao, como pa-
ra ^ ^ Joana d'Arc, ^ vontade de beus cumprlr-se^ apesar
da InveJa dos home^ns^"
(Te"^
ANTONIfD
FEITOSA, Santa Tereslnha. a Vloleta de Llsleux, Vozes. Petropolls, R.J., 2a. ed. refundlda, 1955,
p. 274 / Imprimatur: D, Manuel Pedro da Cunha Clntra, 20-1-1955).
Sec?ao IV
A formagao catolica tradicional,
proporcionada pelos santos, e uma
formagao viva em que, a par da doutrinagao, a personalldade do mestre ou do superior, seus exemplos e seu convivio
desempenham papel relevante
I
gini uma bga CgcQasig cagQllca,
i
qIq §9
OiOistrar a Qlencla, cQmo tambem inculcac a vlctude
e Q aoQi: de Deus
^10. A educacao do coraqao, do carater
e ^ consclencla, deve Ir a ^ar com a ^ educacao da Intellgencla Do Novo Manual do Catequlsta do teologo Giu seppe Perardi: "Ensinar o catecismo quer dlzer, em primelro lugar, fazer conhecer, fazer aprender a doutrina que ele contem. Dissemos em primelro lugar, porque o ensino do catecismo difere inteiramente da outra
instruqao. Todo o ensino profano se dirige principalmente a razao, isto e, a mente do homem, para o levar a saber coisas que antes desconhecia, ou fa-
ze-las
conhecer melhor. E perfeito todo o
que fornece a inteligencia
urn
ensino
conhecimento de um
modo perfeito. Fim do ensino religioso;
nao so fazer conhecer as
verdades, mas levar a pr^tica do Bem "Porem assim nao sucede com o ensino do cate
cismo, que nao tem em vista somente a inteligen cia, mas igualmente a vontade e o coragao; porque o fim do ensino religioso (ou ^ catecismo) nao e so fazer conhecer•as verdades religiosas, dogmati-
cas Deus
^ morals. mas encaminhar a vontade a amar e
a.
praticar por amor dEle o bera
quer, e a^evitar toda a sorte de mal
que
a Ele
378.
Sec^ao IV "Em
suma
instruQao ....
o enslno do cateclsmo nao e
so
a
rellglosa , e tambom a educa^ao crlsta.
Reduzir o cateclsmo a pura e simples Instru-
QaOj e uma compreensao falha, pols e culdap de um dos elementos (e elemento fundamental) da obra ca-
tequlstlca e descurar um outro; vlsto ser o cate clsmo, como o entenderam desde a mals remota an-
tlgiildade crlsta, ao mesmo tempo Instrugao e educagao, ou seja a forma^ao do crente. Inslste ele sobre
as dlferengas, concordemente apontadas
todos
OS pedagoglstas, entre a InstruQao e a edu-
por
cagao. — 'A educagao e o flm que se deve alcanQar, a lnstru(jao e apenas um dos melos'.
A Instrugao enrlquece a Intellgencla; a educacao cultlva a alma
Instrucao enrlQuece ^ Intellgencla ^ co-
nheclmentos; ^ educacao cultlva^toda ^ alma. Instruqao trabalha
visa somente a Intellgencla; ^ educagao slmultaneamente por formar ^ Intellgen-
cld* o corEC^o» o cETEctGr ^ ^ consclenclE• Por ^to "que nao pode exlstlr educacao rellglosa sem
Instrucao rellglosa; e porem essencial atender a que uma nao e a outra. Dar a Intellgencla a Instrugao rellglosa e nao culdar de cultlvar ao mesmo tempo a educagao do coragao, do carater e da consciencla, serla flcar multo desvlado do flm que se quer atlnglr, multo abalxo do que e em ver-
dade a obra catequlstlca". (GIUSEPPE PERARDI, Manual do Gatequlsta ou Expllcacao Literal ^ teclsmo da Doutrlna Crlsta", publlcado por ordem
de ^Plo~X, Tradugao de D. Manuel Mendes da Concelcao Santos, Arceblspo de Evora, Uniao Graflea,
Llsboa, 3a. ed., 1939, PP. 15, l^V Imprimatur; Em. Card. Patrlarcha, Ollslpone, 3-2-l9dy;. 411. "So o saber nao basta para
garantlr a formacao moral do Indlvlduo
De um curso corapleto de rellgiao por CatedrStlcos da Unlversldade de Bonn:
"So o saber nao basta ^sapn|^ a fo^ cao moral do Indlvlduo (moral posltlvlsta). A
tnrn— vontade) e mals Importante ^ if fyii^fda HtinHnlla. 5^6 °
Secgao IV
379.
clencla mas e a cotagao da consciencla que determlna o valor moral da pessoa. Sem formaqao de ca-
rfiter, nao se pode adqulrlr clencla sollda e verdadelra". (Dr. PREDERICO TILLMANN, e Vlda, Vo-
zes,
Petropolls, R.J., 1936, 3- volume,
pp. 200,
201 / Pode Imprlmlr-se: Cgo. Francisco de A. Caru
so, p.c. do Sr. Card. Arceblspo, 18-6-1936). 412. Grave erro: concentrar todo o esforgo era formar a Intellgencla e descurar a vontade
Do Idelirlo Pedagoglco de Sao Joao Bosco (com-
pllagao
de doutrlnas e dlretrlzes do Santo, organlzada por seus dlsclpulos, mantendo quanto posslvel as proprlas palavras do autor): "Todos ou quase todos os educadores olham como principal prlvlleglo da crlanga o desenvolvlmento de sua Intellgencla. Mas esta e uma falta de prudencla, porque desconhecem ou facllmente perdem
de
vista ^ natureza humana e ^ dependencla
recl-
proca
de nossas faculdades. Goncentram todo o es
forgo
em desenvolver a faculdade cognoscltlva e o
sentlmento,
que erronea e dolorosamente confundem
com
a faculdade de amar, e em compensagao descul-
dam
completamente da faculdade soberana, a vonta
de. unlca fonte do verdadelro e puro amor, da qual a senslbllldade nao e mals que uma especle de aparencla. E se se ocupam algumas vezes desta pobre
vontade, nao e tanto para regulS-la e fortlflcS-la com
o repetldo exerclclo de pequenos atos de vlr-
tude, facllmente obtenlvels pelas boas dlsposlgoes do coragao, mas, sob o pretexto de domar uma natu reza rebelde, se obstlnam em subjugar a vontade
com melos vlolentos, e asslm, em vez de endlreltS-
-la,
a
Juan
Bosco, Blblloteca de Autores Crlstlanos, Ma-
destroem". (Blografia ^ Escrltos
de
San
drld, 1955, p. ^'<3 / Imprimatur: + Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. gral., Madrid, 13-5-1955). 413. 0 fIm supremo da educacao e tornar bons os .1 ovens; tudo o mals sao melos para Isso
Do
Idearlo
Pedagoglco
de Sao
Joao
Bosco:
"Dols sao OS slstemas usados em todos os tempos na
380.
Secgao IV
educagao "0
da Juventude:
preventivo
e represslvo.
slstema represslvo consiste em fazer
co-
nhecer as leis aos sudltos, depois viglar para detectar os transgressores e aplicar^onde seja - necessario o merecido castigo. Neste slstema, a palavra e o aspecto do superior devem ser severos e,
melhor, ameagadores, e deve evltar toda famlllarldade com seus subordlnados. 0 dlretor, para dar mals valor a sua autorldade, deve encontrar-se raras vezes no melo de seus sudltos, e em geral so
quando
for preclso castlgar ou ameaqar. Este sls
tema e facll, menos fatlgante, e pode servlr especlalmente nas forqas armadas e, em geral, para
pessoas
Qoes
de
adultas e Judlclosas, que estao em condi-
saber e se lembrar por si mesmas do
que
esta conforme com as lels e demals prescrlqoes.
"Dlverso, e eu dlrla oposto, e o slstema pre ventive.
Este consiste em fazer conhecer as pres-
crlqoes
e regulamentos de um Institute, e
viglar,
de manelra que o aluno tenha sempre sobre
depois
si o olho paternal do dlretor ou dos subalternos, que come pals amorosos falem, slrvam de gula em tudo, aconselhem e com carlnho corrljam; serla como p5r OS alunos na Imposslbllldade moral de cometer
uraa falta. Este slstema se
basela todo sobre
a razao, a rellglao e o amor; por Isso exclul todo castigo vlolento, e procura afastar ate os mals leves...
"A pratlca deste slstema se basela nas palavras de Sao Paulo que dlzem: 'A carldade e benigna e paclente; tudo sofre, tudo espera, tudo suporta*. Por Isto, so o catollco pode apllcar com exl-
to
0 slstema preventivo. Razao e rellglao sao
os
Instrumentos de que deve fazer uso constante o educador, expllca-los e pratlca-los ele proprlo se
quer
ser obedecldo e atlnglr o seu flm. Este
fIm
supremo consiste em tornar bons os Jovens e salva-los eternamente: tudo o mals. letras. clehclas.
artes, oflclos~ se deve conslderar como
melos".
(Blografia y Escrltos de San Juan Bosco, Blblloteca de Autores Crlstlanos, Madrid, 195^>, p. 45^ /
Imprimatur: + Jose Maria, Ob. aux. y Vic. Madrid, r?-5-1955)•
gral.,
Secgao IV
381.
Ilil. Para preservar os bona, olho noa maua
0 celebre principle de vlgllSncla de Sao Joao Bosco;
"Quanto
aoa maua, dlrel apenaa uma colaa que
talvez parega Invercaalmll, maa ae paaaa coraprovadamente
500 da.
tal qual a deacrevo: auponhamoa que entre
alunoa de um coleglo haja um de vlda depravaEm determlnado memento chega um alune neve,
tambem ele vlclade. Sae de regloea e prevlnclaa dlatlntaa, ate de naclenalldade dlveraa; eatae em curae e local dlferente, nunca ae vlram antea, nem 36 conheceram. Pols bem: tudo nao obstante, no se-
gundo
dla
poucaa Parece
de estada no coleglo, qulgd dentro
de
horaa, oa verels Juntoa durante o recrelo. que um eaplrlto malefIco oa faz advlnhar
?uem eata manchado pelo meamo plche, come ae um ma
demonlaco oa atralaae para travar uma amlzade
Intlma.
0 'dlze-me com quern andaa, dlr-te-ei quem
ea' e melo faclllmo de detectar aa ovelhas sarnen-
tas antea que ae tornem loboa rapacea". (Blografla y
Eacrltoa de San Juan Bosco, Blblloteca de Auto-
rea Crlstlanos, Madrid, T955T PP« / Imprlmatur: + Joae Maria, Ob. Aux. y Vic. gral., Ma
drid; 13-5-1955).
i|15. "Apliquem-se ao estudo das
virtudea solldaa e perfeltaa £ facam mala case dlsso do que da clencla"
Das
Constltulcoea da Companhla de Jesus, es-
crltas per Santo Inaclo de Loyola (1'I91-1556): "Que
se
todoa os que ae allstaram na
Companhla
apllquem ao eatudo das virtudea solldaa ^ per-
feltaa e das colsas esplrituaia; ^ que facam mala caso dlsao do que d^ clencla, ou outros dons natu-
pals e humanoa. Fols aquelas sao interlores e e delas que deve vlr a eflcScla dos dona exterlores
para
o fIm a que noa propomoa". (Saint IGNACE
DE
LOYOLA, L'Honneur et Service de Dieu, L'Orante, Paris, 19m, pp. 99-100 / Imprimatur: Carolus Delouvrier, v.g., 31-7-19'<3).
382.
Secgao IV
416. "Tlago, meno3 clencla e mats pledade"
Conta
Daurlgnac em sua vlda de Santo
Indclo
de Loyola:
"Tiago TIpIo, Jovem escoces, entrara chelo de zelo e de fervor na Companhla de Jesus, em 156^, e depols
das prlmelras provas do novlclado,
passou
ao Coleglo Romano. 0 gosto do estudo fez-'lhe em breve perder o_ d|^ pledade. sua vontade conservava-se
inteira,
so
o
seu gosto la de dia
para
dia enfraquecendo, e Tiago nao dava por Isso. Destinava ao estudo o^ tempo que devia consagrar a exerclcios de pledade, persuadldo de que, sendo o seu trabalho destlnado a torn£-lo mals apto para
exercer o_ santo mlnlsterlo. devla ser tao agradavel ^ Deus como a oraqao, as lelturas pledosas e o exame da consclencla. Vendo o demonlo o novlqo de-
sarmado,
atacou-o com vlolentas tentagoes;
Tiago
quer defender-se e reslstlr-lhe... Somente entao conhece que nao pode, porque perdeu os melos, e, multo
admlrado da sua fraqueza, chama Deus em seu
auxlllo
com tanta forqa e conflanga, que Deus tem pldade dele. Num momento em que Tiago nao ousava quase esperar o auxlllo que havla pedldo, Santo In^clo aparece dlante dele, olha-o com ^ mals comovente expressao de bondade, ^ dlz-lhe: "»— Tiago, porque procurou aperfelqoar-se mals nas letras do que na vlrtude? Quando Nosso Senhor
o retlrou do mundo e o chamou a Companhla,
era para que desse este
resultado? Tiago, menos clencla e mals pledade!'". (J.M.S. DAURIGNAC, San~ to
Inacio de Lolola, Apostolado da Imprensa, Por
to, ^la. ed., 195», pp. 350-351 / Pode Imprlmlr-se: Mons.
Perelra
Lopes,
Vlg£rlo
Geral,
Porto,
20-5-1958).
Ml?. De que vale a clencla
a quem nao tem amor de Deus?
Dlz
o grande Doutor da Igreja, Santo
Afonso
Maria de Llgorlo (1696-1787): "TomSs de Kempls escrevla: 'No dia ^ Julzo nao nos serIL pedlda conta do que lemos, mas do que fTzemos•. Ha siblos que sabem multas colsas e que,
apesar
dlsso, nada sabem suportar por Deus; e, o
SecQao IV
383.
que e alnda plor, nem sabem reconhecer o grande defelto de sua Impaclencla: Tern olhoa e nao ve,
ouvldos ^ nao ouve. De que vale a clencla a
quem
nao
tern carldade? Se conhecer toda a
mas
nao tlver carldade, nada sou". (Obras ascetl-
cas
clencla...,
de San Alfonso Maria de Llgorlo, BAG, Madrid, , vol. 1-, p. 31**).
*118. Sao Domlngos: o llvro do amor de Deus enslna tudo
De
uma
vlda
de
Sao
Domlngos
de
Gusmao
(1170-1221):
"Urn Jovem, extaslado pela sua eloqiiencla, perguntou-lhe (a Sao Domlngos) em que llvros ha-
vla
estudado: 'Meu fllho, respondeu ele, ^ n^ ll
vro da carldade, mals do que em qualquer outro, pols esse llvro enslna tudo'". (R. P. HENRI-DOMI
NIQUE LACORDAIRE, Vie de Saint Dominique, Anclenne
Llbralrle Fousslelque, Paris, 1922, pp. 247-218 / Com aprovagao ecleslastlca). 419. "Uma velhlnha que nao sabe nada, pode amar mals a Deus do que Sao Boaventura" Conta
0
famoso
haglografo
Joergensen:
"E, quando, um dla, Ja sendo velhlsslmo Prel Egldlo (o Beato Egldlo de Assls) fol vlsltado por Boaventura, Geral da Ordem, a prlmelra pergunta que ele fez a este doutlsslmo homem fol a segulnte: 'Pal, poderemos ser salvos tanto Ignorantes como
doutos? — Mas slm, certamente! — respondeu
S. Boaventura.— E pode amar a Deus tanto o Idlota
quanto
0
letrado?
— perguntou depols
0
velho
franclscano. — Uma velhlnha pode amar ^ Deus bastante
melhor
respondeu correu
que
ao
tlnha,
velhlnha
do que um mestre de
Teologla!'
Boaventura. Entao Egldlo
—
levantou-se,
balcao do Jardlm, e, com toda a
forga
p5s-se a grltar: 'Escutal todos!
Uma
que nao salba nada, que nem sequer salba
ler, poJe amar a Deus melhor do que Frel Boaventu-
ra!
t^OHANNES^ JOERGENSEN, Sao Francisco de
As-
sTs, Vozes, Petropolls, 1957, p. 301 / Com aprova-
gao ecleslistica).
38H,
Secgao IV
M20. Oh! Como aentlrla peaar
ae tlveaae lido todoa eaaea livroa
Doa
conaelhoa e lembrangaa de Santa
Tereai-
nha (1873-1897), recolhidoa pela Irma Genoveva da
Sagrada Pace (Celina, irma da Santa): "Urn dia em que noa encontrSvamoa diante da biblioteca, diaae-me com aua habitual jovialidade: »— Oh, como aentlrla peaar ae tlveaae lido todoa eaaea livroa1
'— ter
lido
Maa por que? — repllquel. Depola de tratar-ae-la de um bem
adqulrldo;
compreenderla que tlvesses peaar por
ter
que
oa eu
oa
ler, mas nao por oa ter lido.
•
^ OS tlveaae lido, terla quebrado a c^-
beca. terla perdldo um tempo precloao que empref^uel almpleamente em amar ^ Deua *". (ConaeJoa ^ Recuerdoa / Recogldoa por Sor Genoveva de la Sa.nta hiFmana y novlcla de~ganta Teresa ^1 Nino
Teius, In Santa Terealta del Nino Jeaua, Obras Completaa, Edit. "El Monte Carmelo", Burgos, 1964,
p7~ l7inr / Imprlmaae: Segundo, Arzoblapo Burgos).
de
XI
^Qculcac naa almas
o §mQ£ I ye^didi § |q i
.u£ll ysan cecucaga aegalvela,
cgmo aejam £a£Qa blatQClcga, slmbglga g ietaCgnaa.
Sq iiilm |e £gci ug eniigg ciciiegte yiyg. 9Ue lluQioa § igleUglgcii e move a vontade
121, 0 enslno per meio de exemplos e Imagens e mals eflclente: fol o emprcKado per Nosso Senhor
Do
Novo Manual do Catequlsta do teologo Giu
seppe Perardi: "Para
se
que o enslno do cateclsmo possa dizer-
deveras proflcuo, instrutivo ou antes educati
ve, deve ser conforme a natureza, isto e, como oportunamente adverte D'Isengard, 'deve adaptar-se
ao
natural caminhar do esplrito humano, a capaci-
dade e disposigao da crianga'. "1.
A crianga, pelo seu estado natural e fi-
siologico, nao e capaz de longos e dificeis racioclnlos. Tern por Isso necessidade de que o ensino
Ihe
seja subministrado de modo fScil e claro,
(para
ou
nos servirmos do termo dos pedagogistas) de
modo intuitivo.
Revestir de forma sensivel as verdades sublimes;
o metodo de Jesus Oristo no'TTvangelho "Diz-se
intuitivo o meio que torna
sensivel
de qualquer modo as coisas que se ensinam" Senhor, que faz tudo bem, serviu-se sempre
Nosso deste
386.
Secgao IV
melo
para
doutrlnar
os homena. Por
Isso
Jesus
Cristo, no Evangelho, nao se deteve em longos racloclnlos. mas revestlu sempre de forma senslvel as verdades mals sublimes.
"Pala
da Providencia? Torna-a manifesta
nas
obras da natureza, quando nutre as avezinhas e re
vests OS llrlos. Enslna quem e o proximo? Conta a parSbola do bom Samaritan© que toma a sua conta um desconhecido, o qual Ihe e eqtrangeiro pela pStria e religiao, e ate inimigo porque e Judeu. "Torna-se
intuitivo, quer dizer, senslvel, o
ensino do catecismo principalmente por meio de se-
melhangas.
de
parabolas. de imagens e dos
exem-
plos. ....
Ensinar as verdades pela narracao de fatos
"Para" que a narragao dum fato se torne eficaz e
precise que seja breve, nao refira particulari-
dades
inuteis,
seja viva,
colorida,
dramStica:
quer dizer, e necessario que os personagens falem corao se estivessem presentes. Narrar bem um fato e
uma em em um
das coisas mais diflceis; e do efeito depends grande parte o ter presa a atengao dos alunos toda a ligao, ou vir a enfastia-los. Ao contar fato tenha sempre o Catequista presents o fim
prStico nunca
e
que quer obter, pois que nao se deve
ter
por escopo satisfazer apenas a curiosidade;
tenha-se presents nao um fim prdtico geral, mas
particular, bem determinado, que esteja em evidente relagao com a verdade de que se trata, ou que se ensina.
ser
"As imagens (especialmente em quadros) devem suficientemente grandes para que todos possam
ve-las e seguir a explicagao. Muitas verdades de fe, Ja de moral sao mais facilmente apreendidas em clnco minutos de ilustracao com uma imagem, do
que
com
longos raciocinios". (GIUSEPPE
PERARDT7
Novo Manpal do Catequista ou Explicaqao Literal do
"Catecismo da Doutrina Crlsta", publicado por ordem
de S. Pio X, Uniao Grafica, Lisboa, Ja.
1939,
pp. 19-20 / Imprimatur: Em. Card.
chs, Olisipone, 3-2-1939).
ed.,
Patriar
Secgao IV
387.
122. 0 enalno rellKloso deve ser
ameno, e lluatrado por exemplos atraentes
Do Cateclsmo de Francisco Spirago: "Este cateclsmo e impresso em caracteres de tres tamanhos. Os grandes formara como que a ossatura, OS medianos como que os musculos, os pequenos
como
que o sangue do cateclsmo.
Llvros rellglosos que se dlrlgem a Intellgencla. mas nao comovem os coragoes e
nao acendem neles o amor de ITeus "Esta
ultima
parte poderla ter-se
omltldo.
que o cateclsmo nao delxarla de conter as verdades da rellglao catollca; mas assemelhar-se-la a um homem completamente anemlco. Ora. cateclsmos des-
ses.
que
e manuals de Instrucao rellglosa^ anemlcos _e
se dlrlgem urilcamente ^ Intellgencla, h& mul-
tos; ^ asslm como um homem sem sanp^e nao"!" bom
para o^ trabalho, assltn a malor parte dessea Tlvros
foram Incapazes de comover o^ coragao dos crlstaos, e_ ^ acender neles o_ fogo do amor de Deus e do proximo,
efeito
rellgloso, nos
do
que devla produzlr todo o
llvro
todo o sermao e todo o cateclsmo, dlg-
desses nomes. Esses llvros careclam sobretudo
calor da expressao que convence e val ao cora
gao, da forga Juvenll e vlvlflcante que e proprla da palavra do Esplrlto Santo. Llnguagem simples e sem artlflclos,
como a ^ Salvador e dos Apostolos "Este cateclsmo tem por flm formar Igual e slmultaneamente as tres faculdades da alma, a In-
telgencla, o coragao e a vontade; nao glra, portanto, em torno de simples deflnlgoes. 0 flm prlnclpal deste llvro na^ e fazer do homem uma especle
de fllosofo rellgloso, seriao fazer dele um bom ^Istao, que pratlca alegremente ^ sua rellglao. .... Tlido que se escreve para crlangas ou para o
comum
dos
simples vador
fleli". deve ser escrlto
em ^Inguagem
e sem artlficlo, como a que usavam o Sale
os apostolos; estes escrltos sao
feltos
para seF compreendldos, para comover os coragoes e dar acao as vontades, ^ nao para formar sSblos. e alnda menos para martlrlzar o esplrlto com ter-
388.
Secgao IV
mos
Inintellglvels
e
tornar a
rellglao
fastl-
dlosa
For tnelo de mixlmaa, fIguras e exemplos, dar amenldade e goato aoa enalnamentos
"Deaejo
tarabem fazer obaervar que ^ doutrlna
da IgreJa nao £ apreaentada nutn modo aeco, antea ^ tornamoa. atraente — tranaformando-a, por aaalm dlzer, em llcoea de colaaa — por melo das riguraa, doa exemplos, das m^xlmaa, das cltacoes de
homens
lluatres.
o^ que d$ a
estes
enalnamentos
amenldade e goato". (FRANCISCO SPIRAGO, Cateclsmo Catollco Popular, Unlao Graflca, Llaboa, 5a. ed., I Parte, pp.. 10-11 / Imprimatur: E.M., Car. Pa-
trlarcha, 26-10-1950). 423. Sao Bernardino de Sena.para expor
£ comprovar seus enalnamentos morals, prefere aa comparacoes tlradas da vlda de cada dla
Le-ae em uma blografla de Sao Bernardino Sena (1380-1444):
de
"E, portanto e aeguramente, o mesmo homem que escreveu
lingua
os
de
vulgar; o que nao quer dlzer que sejam
os
sermoes latinos e pronunclou
os
mesmos sermoes, nem o meamo genero de sermoes. Ao contrSrlo, sao multo dlferentes. Sem duvlda, quan-
do prega na praga de Sena, Bernardino nao se llvra daquelaa
dlvlsoes, e subdlvlsoea e classlflcagoes
eacolfistlcas que comblnava tao subtllmente, de pena na mao, em sua cela; ate ve nelas urn ponto de apolo, a que, no melo doa arroubos da Improvlsagao, sujelta-se e nao se afasta; seu exordlo conslate
multas vezes em Indlcar e numerar as
soes,
sua peroraqao em lembrd-las (o escrlba dls-
dlvl
pensava-se as vezes de apanhar esta especle de re-
memoragao e llmltava-se a Indlcfi-la — of. p. ex.,
Le Predlche volgarl. t. I, p. 238, 306; t. II, p. TET?), e, em cada transl^ao, torna a elas flelmente. Porem, nos pontos asslm pre-estabelecldos, estende-se, anlma-se e se acalora. Em vez da arf^umentacao metodlca, a palavra llvre e viva "Em
vez da argumentacao metodlca e nao
urn tanto aspera doa dlscursos escrltos.
raro
e a llvre
Sec^ao IV e
389.
viva palavra, com sua facilidade, sua
de
cadencia,
familiar ou veemente,
melga, alegre
vapiagao
satlrlca
ou
ou patetlca, tralndo, as vez^, o
sorrlso sobre o^ Ifiblos do orador, outras o_ tremor comovldo
da
voz, mlsturada de
InterJelgoes,
de
apostrofes. de perguntas e ^ respostas, as vezes,
alnda, quase dramazlnhos vlvamente encenados, chelos de verve, alia gagllardeza, como ele mesmo o declara, Ele val, vem, repete, Inslste sobre as Idelas que sente Imperfeltamente compreendldas,
segue OS rastos que surgem, obedece as Insplragoes que Ihe vem das clrcunstanclas, Interrompe-se para dar
urn aviso; e, quando depols verlflca seu afas-
tamento
do
assunto, ele mesmo chama a ordem:
casa. diz, torniamo a casa'. Aglr segundo as necessldades do audltorlo
"Nlsso fantasia,
publlcoT
tudo,
age
tals
Bernardino nao obedece ^ sua
segundo
como
as
necessldades
as compreendeu
de
do
seu
antemao,
tals, tambem. como as verlflca no momento. Sente-se que, era nenhum Instante, ele delxa de ter os ouvlntes
sob
atltude,
se estao dlstraldos ou emoclonados, con-
seus olhares. advlnhando,
por
sua
vencldos ou reslstentes e que modiflca seu cflscur-
50, ^ acordo com a oportunldade. 'Vejo bem
por
certos slnals — dlzla-lhes — quando nao ouvls de boa
vontade:
uns se mexem, outros levam a mao
a
cabeqa, outros se vlram' Era lugar das conslderaqSes abstratas, as fIguras, as Imagens, os exemplos da vlda
quotldlana e ^ natureza "Doralnado
sua
riicllmente
grado aos
por
esta mesma preocupaqao, da
a
palavra ura .leito que a torne apreclada e se.la
entendlda ^ multldao. Recorre de
as~locugoes populares,
bom
aos lugares comuns,
proverblos. Para expor e comprovar seus ^nsl-
morals, pFefere^ ^s conFideragoes" abstratas, as~Imagens, as comparacoes tlradas de assuntos famlllares a seu audltorlo, da vlda de cada dla, do
Tap, da cozlnEa. dos brlnqueFos Infantls, das proflssoes, das colsas da natureza, das plantas, das pedras, dos animals. sobretudo. Acham-se essas
Imagens, essas dos
comparagoes,
quase em cada paglna
sermoes, as vezes em poucas palavras,
desenvolvldas
outras
ao ponto de formar pequenos quadros
390.
Secgao IV
de cores vlva^ e frescaa. curtas cenas atraentes e Dltorescas
(estas Iroagens, eatas coraparaQoea
aao
tao frequentea quo cuata eacolher algumaa. Notamos, ao acaao, 86raente no prlraelro volume, o acoIhlmento
felto ao eSo eatrangelro peloa caea que v5o beber — p. 151 —, a moaca que cal na aopa do-
marldo guloao — p. 199 —, a crlanga calda no lodo
e a quern a m5e vem levantar — p. 335 — etc.,
etc; ver^ tarabem no t. Ill, p. 296, o aemeador que pretende afugentar oa corvoa com um manequlm empunhando
um
arcabuz). Era, all&a, um
costume
dos
Dpeaadorea da Idade Mldla; uaavam, para ease fim, uma hlatorla natural, aa vezea, multo fantaalata,
de que oa manuals do tempo, Beatldrioa, Volucrfirioa, Lapidllrios ou outroa forneciam oa elementoa. 'Tantaa orooriedadea — dizia no decimo aegundo aeculo Hugo de Saint Vlc^ — exiatem noa ob.letoa viaiveia e corporaia. tantaa aplicacoea se podem achar para a vlda Interloi^da alma'« No decimo sexto aeculo Sao Francisco de Sales empregarla alnda eate metodo. e sabemoa com que aeua llvroa de eaplrltualldade.
graga,
era
Exemploa e hlatorletaa recreatlvoa ^ edlflcantea; um metoJo que e de todaa aa epocaa
"Serapre era Intengap de aeu audltorlo popular, BernarTlno Introduz. de~vez era quando, no corpo de aeua dlscursos, curtaa novelas ou -apologoa contentdo uma llcao~de moral (o Sr. Zarabrlnl publlcou, era
TBTB, uraa colegao de trlnta e olto Novellette, Easempl raorall e Apologhl. extraldoa doa dlacuraos de Sena). 0 lago que llga ao aaaunto tratado e, aa
vezea, um pouco frouxo e artificial, torna vlalvel que a Intenpao do orador fol sobretudo deacanaar e recrear
aeua
ouvlntea, o que nao era Inutll
com
serraoes de v&rlaa horaa. ...i
"Bernardino
raulto
erapregado
nSo
fazla aenao uaar um
era sua epoca e que, na
metodo
verdade,
era de todos^i tempos. Contain que, J^^era Atenas, DemSatenes e Deraados reanlraavara o esplrlto de aeua ouvlntea, contando-lhea a brlga aobre a aorabra do burro ou a vlagera de Ceres com a engula e a andorlnha. Maa, £, prlnclpalraente. na Idade Media, que OS
'exerapios' eai^xygrenn cm nimjo. \ ^
aflado
3a arsuraentacao. dlzla ura serraonArlo faraoao daque-
le tempo, Jacques de Vltry, nao
tera Influencla
SecQEO IV
391•
aobre oa lelgoa; e neceaa^rlo Juntar a clencla daa Eacrituras, sem a qual nao ae adlanta um paaao, exemploa anlmadorea, recreatlvoa ^ tneamo tem
po, edTflclantes. ^ que cenauram eate mode 3"e pregacao nao auspeltam doa frutoa que podem produ-
zlr). Oa aeua exemploa provlnham dos autorea antl-
gos, daa lendaa doa aantoa, daa cronicaa, doa contoa popularea, doa apologoa em clpculagao. Pelo cardter
de
.formavam
unlveraalldade proprlo a eaaa
uma
eapecle
epoca,
de fundo comum a todoa
oa
palaea da crlatandade. V£plaa colegoea tlnham aido feltaa papa uso doa pregadopea Llnguagem appopplada aa clpcunatanclaa
e ^ publlco a que ae deatlna "Eate
cpitlcado
que
modo de ppegacao populap fol aa
vezea
POP ceptoa cponiataa que ae admlpam
mongea^ ^ Idade Media nao falaaaem em
de
plena
ppaga publica, a uma multidao ainda ingenua e pu-de, com o modo doa biapoa ppegando na copte de Luia XIV. Eate Julzo ppova eatpelteza de eaplpito.
A eloquencia deve aep appopplada aa "cipcunatanclaa e ^ melhop e a que mala age aobpe o audltoplo a que ae deatlna. Opa, nunca teve a palavpa pellgloaa tanta Influencla aobre 0 povo como no tempo em
que ae emppegavara oa meloa de que flngem ae escandallzap" (PAULO THUREAU-DANQIN, Sao Bepnapdlno de
Sena, Vozea, Petpopolla, 1937, PP» 161, 165, l6F7 167,
168, 170 e 171 / Com appova^ao eclealaatlca,
23-6-1937). 124. Santa Tepeaa d'Avlla tlnha a qualldade dlatlntlva doa genloa: o uso de metaforaa e compapacoea
appoppladaa ao fltn vlaado Eacreve William Thomas Walsh:
"A admlpSvel exposlgao (de Santa Tepeaa) aobre a oragao mental e a oragao de quietude, na sua
Vlda, que conatltul a parte mala atraente
do
llvro, e tao-aomente uma dlgressao de vSrlos capltuloa. Alem de tudo laaoj (Santa Teresa) poaaul eaaa
oualldade
que_ Arlatoteles conalderava
como
claramente dlatlntlva do genlo: auaa comparagoea e
metaforaa,
tomadaa ao acaao da vlda comum de cada
392.
SecQEO IV
dia, e 1^- vezes de fatos caselros ^ dolorosos, sao verdadelramente unlcaa, Inevltfivela, dirlgldaa dl-
retamente
a
Tereaa
3e
267).
""
riieta"
(WILLIAM THOMAS WALSH,
Santa
Avlla, Eapaaa-Calpe, Madrid, 1951,
p.
425. Santo Antonio Maria Claret econtrava aempre exemploa, aemelhancas, comparacoea na natureza, que tornavam
compreenalveia oa miatTrioa da reliRiao Sobre
o eatilo do Pundador doa
MiaaionSrioa
Pilhoa do Iraaculado Coragao (Claretianoa):
aeu
"Diz uma teatemunha: 'Seu fervor evangelico, zelo sollcito pela cauaa da Religiao, conver-
tera-se nura inapirado de Deua, num improviaador admiravel que nunca eagota ^ materia, antea pelo contrArio,
aempre encontra exemploa, aemelhanqaa,
compara^es na natureza, que tornam compreenalveia ao povo 08 mla'terioa da Religiao'. "0 Claret)
proprio
P. Claret (Santo
Antonio
Maria
anota: '0 que eu obaervei e aei per expe-
riencia e que quando faco urn aermao em termoa eorrentes e simplea, acompanhando-o de algumaa compa-
racdea e exemploa e descendo ate aos detalhea, to-
do
o auditorio fica muito atento e_ aem ae canaar,
ainda que o aermao dure aate quartoa de hora, como
JA me aconteceu; mas ae alp;uma vez me sai urn perlodo longo, ae uso termoa pouco comuna ou tomo um eatilo algo elevado, vejo que oa ouvintea perdem o fio do discurso. toaaem, nao me entendem; em_ tal caso
faco-os
voltar a ai contando-lhea um
exem-
plo'" (San ANTONIO MARTa CLARET, Eacritos autobio-
graficos ^ espirituales, BAC, Madrid, 1959,
PP»
10-11 / Imprimatur: Blaaiua Budelacci, Ep. Nisaen, 9-2-1959).
^26. £ diferenca que vai entre um penaamento expreaso secamente £ outro com uma imagem... Eacreve
o conhecido filoaofo espanhol do se-
culo passado Padre Jaime Balmes (I8l0-l8il8): tro
"Entre um penaamento expreaso secamente e ou revestido de uma imagem feliz, existe a mesma
diferenga que aquela que hA entre uma bala atirada
SecQao IV
11 Ii
if
Santa Teresa d'Avila. Quadro de pintor anCniino do s^ulo XVIL Real Academia da Lingua, em Madrid.
391.
Secgao IV
com a mSo e outra dlsparada com fusil" (Apud Lecturas Graduadas — Literatura Espanola. Editorial
PTD, Barcelona, 1925, livro IV, p. 203). 127. Porque e necessArio o emprego de imagens, slmbolos e metaforas De
um
livro sobre a Filosofia
da
Educacao
de Sao Tom&s de Aquino:
"A razao pela qual e necessSrio que haja experiencia senslvel, a fim de haver ato de conhecimento perfelto, e que sem essa experiencia do mundo exterior, o eaplrito so conhece, vagamente, um
objeto, sem deterralnar-lhe as proprledades. Para que o esp£rito conhega perfeltamente alguma colsa e preclso que saiba, nao somente 'o que essa coisa e*, mas, ainda, o que faz A imaginaqao construtora
"Coisas imateriais. das quais nao possulmos imageni"^ sao-nos conhecidas, por meio da compara-
qao com os corpos^sensiveis, de que existem imagens. AssTm, concebemos a vercTade, considerando uma coisa cuja verdade contemplamos Donde, para compreendermos qualquer coisa dos seres imaterlals, devemos recorrer as imagens dos corpos, embora estas nao sejam apropriadas aos objetos imateriais.
"Compreende-se,
tancia
de
imagens,
facilmente, a grande
possuirmos imaginagao bem
impor-
provlda ^de
ou seja, bom armazenamento de
experien-
cias sensiveis
Os simbolos £ a aprendizagem "A razao pela qual o mestre 'pode levar a clencla, mals fficll e rapldamente do que qualquer
outra pessoa o poderia fazer por si mesma' e a seguinte: o mestre, tendo completado o ato de conhe-
cimento, apresenta seu conceito. por meio do sim_bolo, 'tendo palavras do mestre relagao mais dire-
ta, no despertar o conhecimento, do que os simples objetos perceptiveis, extra-mentals'. As palavras do mestre representam seus conceitos e estes sao a sabedoria distilada de um espirito que reflete• ...»
SecgSo IV
395.
Regras para a formagao de h^bltos "Prlmelramente,
quando urn homem deseja
lem-
brar-se de alguma colaa, deve langar mao de repre-
sentagoes Incomuns, pols que o Incomutn nos cHama a atengao e, portanto, produz uma Impressao malor e mals forte no esplrlto. Els al a razao de nos lembrarraos mals do que vimos quando crlangas. 0 motlvo pelo qual o emprego de tals representagoes ou
imagens
e
necessirlo e que Impressoes simples
e
esplrituais, com facllidade nos fogem da memoria, a nao ser que estejam, por assim dizer, llgadas a
alguma humano
imagem material, visto como o^ conhecimento se prende mals a obJetos senslveis. Asslm
sendo, a memoria e atrTbulda a parte senslvel
da
alma" (MARY HELEN MAYER — EDW. A. PITZPATRICK, Filosofofia da Educagao de Santo Tomds de Aquino.
Adaptagao
do
ingles por M. I. de Moraes Card.
Texto latino, traduzido e anot. por Van Acker, Li-
vraria
Editora
Odeon, Sao Paulo, 1936, pp.
l83,
198, 199, 207 e 208). ^28. Oostava de ilustrar seu
pensamento por meio de exemplos vivos e reminiscencias pessoais
De
Fons
um
livro sobre o ilustre Abade de
(Franga),
D. Jean-Baptiste
Ghautard
Sept-
(1858
1935): "Quanta vida em suas palavras! As menores ex-
pressoes tomalh na sua pronuncia um relevo, sublinhado, em caso de necessidade, por uma mimica ex-
presslva.
Dom Joao Batista nasceu orador, no sen-
tido de que ele possui o dom de conquistar seu auditorio. Tem ele para isso a preocupagao da roupa-
gem
literfiria? Modela seu pensamento em
harmoniosamente
perlodos
balanceados? Nao, por certo.
Ja-
mais Dom Ghautard parou para burilar uma frase. Teria sido mesmo uma impossibilidade para ele, em virtude da riqueza de seu pensamento, que escapa a
todos
OS esquemas. 0^ que faz sua forca. £ o movi-
mento mesmq ^ seu pensamento. Somente ^ ide^ia interessa. Ele a meditou
Ipngamente
s^ p olhar de
Deus. tile esta" penetrado deia ate o fundo da alma.
Todas suas faculdades estao conc^entradas nesse unico pensamento. Entao ele fala. E antes de tudo
396.
Secgao IV
uma exposlgao sobrla, clara, preclsa. Depols as palavras Jorram, se atropelam, repetlndo a Idela, enrlquecendo-a pouco a pouco. Ele revela sua visao Interior
em
frases bem acentuadas, diretas,
que
ele deixa freqiientemente inacabadas, para as condensar em f6rtniila8 concisas, bem cunhadas, com imagens sempre precisas. Ele gosta de ilustrar seu
pensamento, de o apresentar vivo, por assim dTzer, encarnado; £ entao urn exemplo vivido, uma lembranca pessoal, uma narragao pitoresca, uma descrlgao em alguns traqos vigorosos seguros" (ABBAYE DE SEPT-PONS,
Un Moine, Dom Jean-Baptiste
Chautard,
Abbe de Sept^on3TTl85B^1935) > Dompierre-sur-Besbre, pp.66-67 / Imprimatur: Georgius, Episc. Molinensis, 27-12-191'*). 129. A narracao de fatos e excelente recurso apologe^ico Escreve
em
suas
Memorias
o
Gardeal
Mindszenty, heroico lutador contra o comunismo:
"Ao
longo
convicgao
de meus anos de Padre, adquiri ^
de que se deve sempre apresentar os"fa
tos como argumentos por ocasiao de discussoes apo-
logeticas ou filosoficas. E por esse motivo que Juntei, durante meus momentos de descanso e nao sem dlficuldade, documentos e obras hlstoricas. Este trabalho me agradava. Ele se revelou multo util, e OS conhecimentos que adquiri me prestaram
grandes
servigos no cumprimento de minhas tarefas
e de meus deveres. Esses estudos historicos, por outro lado, ensinaram-me que, na luta das ideias,
o
racioctnlo abstrato e^ a^ teorias puras
s5o
de grande ajuda
"Fosse
na cidade ou no campo, em minhas alo-
cugoes eu fazia sempre alusao aos fatos historicos locals que me haviam contado. E uma caracterlstica bem humana que cada qual seja orgulhoso da histo-
ria
ou do passado de sua familia, de sua
cidade,
de sua aldeia natal ou de sua na^ao. 0 hlstoriador sabe que existe uma ligagao organica entre o presente e o passado das comunidades. Pode-se, pois, utilizar
a historia para despertar a
religiosa e
aprofundar a vida da fe"
consciencia
(Cardinal
MINDSZENTY, Memoires, La Table Ronde, Paris, 197**, pp. 130, 131 e 136).
SecgSo IV
397.
'JBO. ^ conversa. a grande arte de enalnar de urn ?anto;
s¥o Luis, Rel De
uma
de
Franga
hlstorla
do
grande
Sao
Lufs
IX
(121H-1270);
"A
conversa era, de modo anfilogo, sua grande
arte de enslnar^a seus fllhos. Ele (Sao Luis) os recebia de manha ou de tarde e os levava passear. Longe de proceder por melo de sermoes ou por essas
exposlgoes doutrlnSrlas que sao sempre mal corapreendldas e tacltamente mal recebldas pelas geraqoes que sucederam i nossa, ele contava-lhes historlas: eram relatos tlrados dos feltos e gestas dos Rels e Imperadores e de qutros grandes personagens aue
navlam
desempenha3"o urn papel util e benfazejo, e
que podlam, asslm, servlr de exemplo; qu de feitos dos maus condutores de povos, ou dos raaus Rels que, por seus vlcios. rapinas. avareza ou necedade, haviam perdido seu reino.
res
"Ele proprio escolhla os mestres e professode seus fllhos e acompanhava 'suas llqoes'.
Antes de se deltar —^conta Jolnvllle — fazla vlr OS seus fllhos, e entao e que desempenhava seu papel de educador paternal" (HENRY BORDEAUX,
Erecursor: Vlda, Muerte ^ Supervlvencla de San uls, Hey de Francla. Espasa-Caloe Argentina. Bue
nos Aires, pp. 30^-305).
in
Q exemQlo dg uma gida aag&a, EQC e§ctg dg auggclQC gu dg mgatcg>
i ®§iQ dg gnande gCicScla B§c§ tgcac ga cgcaggga g
aa | almas gcatlca dg bgm
''31. Conselho de Nosso Senhor: Para ser perfelto, o dlsclpulo deve Imltar o mestre
Do Evangelho de Sao Lucas:
do
"0 dlsclpulo nao e mais qua o mestre; mas to(o dlsclpulo) serS perfelto, se for como seu
mestre" (Lc. VI, MO).
'132. 0 Crlstlanlsmo se espalhou mals pelo espetaculo dos costumes crlstaos do qua pela dlscussao
Escreve
Dom
Chautard,
o
famoso
Abade
de
Sept-Pons (1858-1935): quentes dos
crlstlanlsmo propaRou-se, menos por fre^ longas dlscussoes. qua pelo espetaculo
costumes crlstaos, tao opostos ao esolsmo,
In.justlca ^ a corrupcao dos pagaos" (Dora J. bT CHAUTARD, ^ Alma de todo Apostolado, Edltora Colecao
tur:
F.T.D. Ltda., Sao Paulo, p. 114 /
Vicente
22-8-1962).
Zlonl,
B.
Aux.
-
Relmprlma-
VT
Geral,
HQQ^
Secgao IV
133. Ura gesto expreaaivo> a maneIra de fazer o alnal da Cruz, de dlzer uma oracao,
podem ter mala eflc6cla ^ Afd-rma
em
um sermSo
aeu famoao llvro A Alma
de
todo
Apoatolado, D. Chautard:
"0 ppofeaaor aem vida Interior Julga ter cum-
prido o dever, conaervando-ae excluaivamente dentro
daa balizaa de um prograjna de exame. Se
fora
interior, uma fraae que Ihe eacapaaae dos libioa e do cora^ao, uma comogao que se Ihe espelhasse no rosto, um gesto expressivo, que digo? s^ a maneira de
tes
fazer o sin^ ^ cruz, ^ dizer uma oragao
ou
depois de uma aula, embora fosse aula ^
matemStica, poderiam exercer maior eficdcia nos alunos que um aermao" (Dom J.B. ^ de
todo
Apoatolado, Edltora Colegao P.T.D., Sao
pfulo, p. im / Reimprimatur; Vicente Zioni, B. Aux. - V. Geral, 22-ti-19b2)<
113^. A pregacao pelo exemplo
hd 1^ aer aempre a principal alavanca do apoatolado Escreve D. Chautard:
"Per meio da vida interior o_ apoatolo irradia fe.
--
X preaenca de Deua nele
patenteia—se
as
peasoas que o_ ouvem«
E Deua quem fala peloa l&bios do apoatolo de vida interior
"A exemplo de S. Bernardo, do qual se disse: Solitudinem cordis circumferens ubique solus erat,
o apoatolo isola-se
das outras peasoas e destarte
logra ficar interiormente solitSrio; mas logo se gfjtreve que ele nao est^ so, que tern no coraqao um hospede misterioso e intimo, com^o qual volta a conversar a cada momento, e que nao fala senao de acordo com a direqao, conselhos e ordens dele. Sente-se que e sustentado e guiado por ease hospe
de e que as palavras saldas da sua boca apenas sao o eco fiel daa palavras desse Verbo interior. Qua-
si sermones Dei (I Fed.,
11)«
logica ^ ^ 7oF—
Secgao IV ca
401.
do8 argumentoa manlfestam-se entSo menoa que o
Verbo
Interior, o Verbum docena, falando per meio
da aua criatura. Verba quae ep;o loquor vobis. a meipao non loquor. Pater autem in me manena, Ipae
facit digo
6pera (Aa palavraa que eu voa digo, nao
{la
de mim meamo, maa o Pal que eat& em mim, ele
meamo
faz
aa obraa — Jo., 14,
10).
0 ap5atolo aero vida interior pode.intereaaar
paaaageiramente, maa "Influencia
nao d6 vida aa almaaT
profunda e duradoura, muitlaaimo
maia profunda que a admiracao auperficial ou a de-
vocao rior
paaaagelra, que g_ homem"Tem eapifTto
inte
pode excitar. Eaae pode levar o auditorio
a
dizer: laao parece verdadeiro e intereaaante. Ora, eaaa impreaaao nao paaaa de um aentimento totalmente iropotente de ai meamo para dar aa almaa uma fe aobrenatural e faze-laa viver deaaa fe.
Uma linpgiagem que fale menoa ao eapirito ®. "tsLia ao coragao "Irmao
funcoea
Gabriel, leigo trapiata,exercendo
aa
de ae^ndo hoapedeiro. reavivava a fe
de
numeroaoa viaitan^ea muito melhor do que vingarila faze-lo~irin aacerdote douto, maa cu.la linguagem fa-
laaae
maia"^ eapirito que ao coracao. 0 general
Miribel la" aa vezea converaar com o humilde frade e comprazia-ae em dizer: Venho retemperar-me na fe.
0 ato de fe nao e mero ato da inteligencia
"Amiudadaa vezea, aquelea que tem ^ miaaao de
enainar a6 veelii no ato de fe um ato de inteligencia, quando ele depende tamb^ da vontade. Eaqu^ cem-se de que o crer e dora aobrenatural e que hS um abiarao entre a percepqao doa motivoa de credibilidade e o ato definitivo de fe. So Deus e a boa
vontade daquele que e enainado logram preencher eaae abiamo; ah! maa como ajuda a preenche-lo a reflexao da luz divina produzida pela santidade daquele que enaina!
ll02.
Secgao IV
Dlscursos retorlcos nao bastam;
so a palavra do homem verdadelramente unido a Deua toca os coracoea
"Como e viva a palavra de consolaQao do homein
que» sera mentlr,
pode apllcar a si mesmo o Nostra
conversatio in coelia eat (A noaaa converaagao ea-
TS. nS ^ua, Filip. 3, 20)! Outro qualquer, com
maia fraaea e retorica, pode falar daa ^le^riaa da pfitria
celeste; aeua diacuraoa aerao, porera,
frutuoaoa:
in-
ao paaao que uma so palavra do primei-
ro, palavra convincente e reveladora do eatado de alraa daquele que a pronuncia, baatarS para acalmar esaa perturbagao, aliviar easa triateza, fazer aceitar com reaignagao uma dor pungente. E que a virtude da eaperanga, do homem interior, paaaou irresiativelmente para uma alma que Jamaia talvez fosse acalentada por eaaa virtude e que ae iria abiamar na deaeaperanqa
"Tranafigurado pelo amor divino, o apoatolo atrairS aem eaforqo a aimpatia daa almaa: In bonitate et alacritate animae auae placuit T^gradqu
por causa da sua re e da aua manaidao, Kcli. ^5, 5,
4). As auaa palavraa e oa aeua atoa aerao repaaaadoa de bondade, dessa bondade desinteresaada, que nao ae assemelha aquela que e inapirada pelo desejo da popularidade ou pelo egoiamo sutil
aea
"Numa palavra, a bondade torna-noa como deuuna para oa outroa. E a manifestaqao deate
sentimento noa'homena apoatolicoa que Ihea atrai oa pecadorea e que deata aorte concorre para a sua converaao
Oa exemploa arrastam
"A
pregacao pelo exemplo h£ ^ aer aempre
a
alavanTa principal. poia ao exempla trahunt (os exemploa arrastarn). Conferenciaa» bona livroa, im-
prenaa
criata
¥ oa proprioa aerrooea
excelentea,
tudo deve gravitar em redor deate programa funda mental: Organizar o apoatolado entre ^ povo pelo
exemplo de criataoa fervoroaoa, que fazem reviver a Jesus Criato, exalando o perfume de auaa virtudea*
••••
Secgao IV
403.
Nao basta enslnar a evltar o mal;
e preclao mostrar a pritlca do bem
"'Qual e esta rellglao capaz de nar, fortlflcar e Inflamar o coraQao clamaVam oa pagSoa extaaiados diante Ihoaoa efeltoa que conaegulu produzlr
aaalm llumihumane?' exdoa maravla llga t&ci-
ta da a^ac pelo bom exemplo.
"A forga deata llga que exiatia entre oa primeiros
criataoa nao provinha certamente da
prStica do doa
unica
decllna a malo (Salm. 36). A abatengao
atoa condenadoa pelo Dec^logo nao teria
capaz
de
aido
gerar, .juntamente com ^ admiracao,
energico e poderoao
deae.lo
tudo,
ao
hunt.
Era "~3e miater todo o brilho
fac bonum que ae prende o exempla
eyangelicaa, tala
o
de imitar. E antea de
daa
tra-
virtudea
quaia o Sermaona montanha
aa
tinha propoato ao mundo" (Dom J.B, CHAUTARD, A al ma de todo Apoatolado. Editora Colegao P.T.D., 5ao Paulo, pp. 118 a 120, 122-123, 149-150 / Reimprimatur:
Vicente
Zioni,
B.
Aux.
—
V.
Geral.
22-0-1962).
435. Uma teoria que nao foaae confirmada pela vida do meatre tornar-ae-ia inutll
Afinna
Dora Ildefonao Herwegen OSB, Abade
de
Maria-Laach (Alemanha):
"Maa toa
oa coracSea duroa e^ oa eapiritoa incul-
devem aer convencidoa do valor eterno da
lei
divina por meio do exemplo do pai. 0 que e contrario a palavra e ao mandamento de Deua, reconhece-
-se
de
meamo
antemao, porque o abade o condena^ e
ele
nunca o faz. 0 reaultado da doutrina minia-
trada pelo abade deve aer, pois, antea de tudo, aua propria vida. ^ pedagogia antiga, aegundo a qual
a acao deve ae manifeatar pelo exemplo. con-
aerva
era S. Bento toda a aua for^a. O exemplo
do
abade tem de refletir a verdade plena e total. Uma teoria
tre da
ique nao foaae confirmada pela vida do mea
tornar-ae-ia in'util e levaria ao
aolapamento
vida monaatica. A boa doutrina do abade
entao deamentida peloa atoa de aua vida"
aeria
(Dom IL-
DEPONSO HERWEGEN OSB, Sentido e Eapirito da Regra de Sao Bento, Edigoea "Lumen Christi", Rio de Ja-
neiro, 1953, p. 73 / Com aprovagao ecleaidatica).
Secgao IV
1105.
136. Toda a pedaRORla dos antlRoa baaeava-se no exemplo e na Imltagao
Uma gra
de
vez mala o llvro sobre o Eaplrlto da ReSao Bento, pelo Abade de Marla-Laach,
Alemanha:
"A obaerv&ncia da Regra, que tern
na
Igual
valor para todoa ('communla') e a lei bfialca da existencia doa moatelroa. 0 exemplo doa mala ve-
Ihoa,
ao contrfirlo, parece antea aer um
eatlmulo
aubjetlvo, aem obrlgatorledade. E contudo, toda a pedagogia doa antlgoa — flzemoa mengao dlato — baaeava-ae no exemplo e na Imltagao. Tambem pa
ra
o Crlatianiamo, ja imlta^o de Crlato tornou-ae
princlpio educacional. Com a_ exortagao 'Imltatorea mei eatote^ alcut et ego Chriati' (1, 1^1 TY
que
PsLUlo repete por duaa vezea
Eplatola
na
primelra
aoa Corlntioa. o que ele quer e
educar.
como meatre, oa aeua diacrpuloa, aegundo o^ proprio modelo,
de tal modo que ae conformem ao
exemplar
do meatre. Ser imitador de Crlato fol tambem, dea-
de
o
Inlclo, o aentldo do eatado raonSstlco.
Por
Isao oa antlgoa mongea aao oa modeloa doa mala no-
voa. Aa relagoea de meatre e dlaclpulo conalstem neata reclprocldade" (Dora ILDEPONSO HERWEGEN OSB,
Sentldo e Eaplrlto da Regra de Sao Bento, Edlgoea "Lumen Chrlatl", Rio de Janeiro, 1953, p. 137 / Com aprovagao ecleal^atlca). 137. 0 dever eaaenclal do Geral da Companhla
e ^ govern&-la pelo exemplo de sua vlda Enalna Santo InSclo de Loyola: "0 dever eaaenclal do Geral nao e pregar, nem confeaaar, nem fazer qualquer outra colaa aemeIhante... maa governar todo o corpo da Companhla
Ele cumprlr6 eaae dever aobretudo pelo peao e
o_ exemplo de aua vlda, por aua carldade, aeu amor pela
Companhla
em Crlato Noaao Senhor,
por
aua
oragao continue e chela de deaejos, e por auaa mlaaaa, que Ihe obterao a graga deata conaervagao e
deate creaclmento. Porque eataa colsaa que
pode
fazer por al mesrao, aao aa que deyem aer
ele
aa
mala precloaaa aeua olhoa, e naa quala el^deve ter mala conflanga no Senhor, por elaa aao aa mala
eflcazea que
para
obter gragaa da Majeatade
HTvina.
Ela ao pode noa dar tudo que pedlmoa"
LOYOLA, L'honneur et service de
(Saint
IGNACE
DE
Textea
et temolgnagea recuelllla par le Pere Paul
Dleu,
H06.
Secgao IV
Doncoeur, A L'Orante, Paris, matur: Parlsiis, Tr^l9l3).
Carolus
P» l68 / ImpriDelouvrier,
v.
g.,
H38. Nosso alatema de educagao repouaa
primordialmente aobre a efic^cia da virtude De um livro aobre a pedagogia doa Jeaultaa: "'0
a
forma
educador — eacreve Sacchlni — deve aer
exemplar de todaa aa virtudea. Mas
porS
todo o empenho em sobreaaair naquelas virtudea que
as criangaa tern maior neceasidade de imitar; a sa ber, uma castidade angelica, a modestia, a reser-
va,
a mansidao, uma suave gravidade, a pureza
de
costumes, a urbanidade nas relagoes familiares, sem rudeza nem afetagao. A palavra e o gesto, sua atitude e seu rosto, toda a sua conduta devem se conformar com aa regras da modestia e do decoro.
Deve poder aervir de modelo, de modo que a simples vista do mestre enaine ao diaclpulo a doutrina das virtudea•.
"Bates documentos de Sacchini foram repetidoa
freqiientemente pelos autores que o seguiram. Diz o Pe.
Judde;
'Tudo o que possaia dizer aos
alunos
nao causar^ neles impressao alguma, se^analisando vossa conduta, corao nao deixarao de faze-lo, vem o contrfirio do que Ihes ensinais. ^ criangaa aprendem maia pelos olhoa que peloa ouvidoa. Que elaa voa vejam muito recolhidos na Igreja e que vosso aapecto nunca permita que eles duvidem de que rezais, que, em claaae, voaaa aplicagao em inatrui-los inspire nelea diligencia pelo estudo. Fazei-os
reapeitar aS coisaa de Deua pela maneira aem-
pre
respeitoaa
de falar delas; inspirai nelea
a
mansidao por meio de vossa paciencia e equanimida-
de; dade tos; cha.
a modestia, com voaao comedimento; a afabilie bom comportamento com vossos modos honeso horror ao pecado por uma conduta sem manNao o conseguireis nunca ae nao sois de ver-
dade tal como quereis parecer. Nao e posalvel fingir por muito tempo; um momento que se entregue a aeu
natural,
tornaria manifesto o que por
muito
tempo terleis procurado disaimular. Deveia aer o anjo de vossos alunos; horrenda coisa se fordes demonio
para
eles. Antes ser langado ao mar
com
uma roda de moinho ao pescogo, do que escandalizar
a
um destea pequenos, prediletos de Deus!
Quanto
SecQao IV bem nao pode fazer urn Inspetor cujos alunos possam dlzer: 'Nosao inspetor e um aantol' (Instruccion
para loa profeaorea J[6venes). "Os Qeraia da Companhia nao tern cessado de reeordar, era todaa aa epocaa da hiatoria, que noa30 aistema de educagao repouaa, primordialmente,
aobre a eficdcia da virtude" (P. CHARMOT SJ, La pedaKOgia de loa Jeauitaa, aua principioa, au actualidad, Sapientla S.A. de Edicionea, MacTrid,
1952, pp. 285-286 / Irapriraatur; Joae Maria, Obisp. aux. y Vic. General, Madrid, 1-5-1952).
A39* 0 raaia belo enainamento brota da contemplacao da aantidade
Da carta de aprovagao ao livro de Johannes Joergenaen, aobre Sao Francisco de Aasis, escrita em norae de Sao Pio X, por aeu SecretSrio de Estado, o Cardeal Merry del Val: "Depoia, Sua Santidade apreciou particularmente o intento que V. S. colimou com ease aeu
trabalho, trabalho rico de predicadoa artlsticoa e de
variada erudi^ao, isto e, o intento de visar a
ura
resultado prfitico, a um enainamento moral, en-
quanto arte.
belo
com grande cuidado atendia a fazer obra de Certo
que nao pode haver enainamento
e_ eficaz do que o, que brota da
do genio e da santidade sublime"
maia
contemplacao
(Card. MERRY DEL
VIL, in 5ao~Pranci3co de Asais de Johannes Joer genaen, Vozes, Petropolia, 1957, p. 6 / Com aprovaQao eclesiAatica). ^1^0. Nao viam Cristo, a Igreja e a doutrina aenao atravea de aua mae, Catarina De
uma
vida
de
Santa
Catarina
de
Siena
(13^7-1380); "Neatas diaclpuloa
condicoes, nao e ^ espantar que
os
faacinadoa nao viaaem Cristo, a IgrejSL
e_ ^ doutrina 3enao~atraves de sua maeT Catarina (Santa Catarina de Siena) e para elea o prisma onde a Revelacao ae concentra, a mulher prodigiosa
cujo contacto torna~claro o que a fe ensina obacuramente.
Perto dela, a alma se aquece e sente, no
108.
Secgao IV
aconchego,
coisaa
como
a doQura de Deus. A sua voz,
penoaas tornara-ae f&ceia, as paixoes
as
per-
turbadoraa parecem urn aonho do qual ae acorda, a mortlfIcaqao, a pobreza, as mala austeraa virtudes coruacaro.
"Depoia, quando Catarina oa deixa, elea fleam deaamparadoa: procuram unlr-ae mala para relembrar aa
llcoea
de aua mae. maa, apeaar de
tudo,
aeu
fervor balxa. Entao tomam a pena e Ihe eacrevem.
"'Paga
aaber a noaaa raSe que n6a noa relaxa-
moa
um pouco; eu gqstarla multo que ela noa deaae
uma
regra
quaTquer a qual noa obedeceaaemoa
por
causa dela. Noa poderlamoa, ern aeu nome, noa reunlr em certos momentoa determlnadoa. Pega-lhe tambem para noa eacrever algumaa vezes e nao esquecer
suas
ovelhas deagarradaa' (Carta de Crlstofano dl
Gano a Nerl dl Landocclo, em Roma)" (Chanolne JACQUES LEGLERGQ, Salnte Gaterlne de Slene. Cathollque Romalne. Gasterman, Parla, 2a. ed., 1917).
111. Na India, naa Molucaa. no Japao
agla a peraonalldadT^e Sao Francisco Xavler Gomenta
ura
livro sobre o Apoatolado de
Sao
Francisco Xavler na Asia:
"Ignoramos o que Francisco Xavler respondla a essas
questoes
que
alnda nos preocupam
a
nos.
homena do seculo XX, como preocupavam os Japoneaea Intelectuals do seculo XVI. Sabemos, porem, o que expllcava aos seus Interrogadores: que a terra e
um
globo,
neve,
expllcagoes mos dos
vla,
que o relAmpago, o trovao, a chuva,
a
nao sao colsas sobrenaturals; que hA multaa
fislcas para esses fendmenos. E pode-
presumlr que tambem Ihes falaase da Europa, europeus e das suas condlgoes de vlda. Toda-
a_ semelhanga do que ocorreu na India e
nas
Molucas, no Japao agla Igualmente. imo a doutrlna. mas -se
a personalldade de Francisco Xavler. Passaraquase um quarto de seculo, antes que ele pu-
desse Impor-se; mas depols aflulram-lhe proselltos em magotes: gente da nobreza, Intelectuals, sim ples burgueses, vagabundos, tanto que o numero de les sublu em breve a uns qulnhentos" (PAUL HER
RMANN, A Gonqulsta da Asia. Boa Leltura S.A., Sao Paulo, p. 2137)
Edltora
Sec^So IV
1409.
'4'I2. Sao Pedro Crlaologo: A doutrlna enalnada
com a voz e crencia; aquela enalnada com oa fatoa e virtude
De uma vida de Sao Benedito (1526-1589): "Terminado o trienio de Guardlao, foi o Santo
(Sao
Benedito) elelto Vigfirlo e depoia Meatre doa
Clerigoa e doa Novigoa. Nao noa deteremoa aqui em repetir auaa virtudea exercitadaa em outra fungao.
Elaa aao, em ultima an&liae, aa meamaa que o acompanharam no oflcio de Guardiao. Todoa o conaidera-
vam e
como vigilantlaaimo nos aeua novos cargos, particularmente em guiar aquelea Jovena, Cleri
goa ou Novigoa, pela eatreita e dapera via trilhada outrora pelo SerSfico Patriarca. Para que eatea correaaem
vigoroaamente pelaa pegadaa da mortifi-
cagao e da penitencia, nao era neceaaSrio o emprego de eatimuloa vivazea, baatando apenaa o exemplo do Santo Meatre; poia, como diz S. Pedro Criaologo, o enainar com oa fatoa e a unica norma da dou trlna;
porque
a
doutrlna enalnada com a
voz
e
ciencia; porem, aquela enalnada com oa fatoa ? virtude.
Regra,
Nelese via a obaervancla Incorrupta
da
a
exata obedlencla a qualquer vontade
do
Superior"
(GIUSEPPE CARLETTI ROMANO, Vita dl
S^^
Benedetto, Preaao Antonio Pulgonl, Roma, lb05T PP* 39-'*0
Ord.
7~ Imprimatur: Pr. Thomaa
PraeTT Sacrl Palattl
Vlncentlua
Apoatollcl
Panl
Maglater,
3-8-1805). il'13. Sao Luia Gonzaga aprendeu mala em poucoa dlaa de convlvencla com o Padre Peacatore, do que em multoa meaea de novlclado
Gonta
o
Padre Vlrglllo Geparl (1563-1631),
Jeaulta, blografo e promoter da Gauaa de Ganonlza-
gao de Sao Lula Gonzaga: "No camlnho rezou (Sao Lula Gonzaga) aempre o oflclo com o Padre, e teve com ele largaa prStlcaa
eaplrltuala, propoa-lhe vSrlaa duvldaa, e procurou enrlquecer-ae com oa avlsoa e documentoa que recoIhla de aua boca.
"0 Padre, aabendo que aeroeava em boa terra, abrla-ae com prazer, e comunlcava-lhe oa aegredos
da vlda eaplrltual e a prStlca adqulrlda em tantoa anoa de Reltor e de Meatre de novlgoa
^110.
Secgao IV
"No flm da viagem dlsse aos companhelros, que aprendera mals naquelea poucoa dlaa de continua
convlvencla ^ largaa pritlcaa com o Padre, obaervando-lhe m agoea e o mode de tratar com oa aecu-
Jlarea.
que
em multoa meaea de
novlclado"
(Fe.
VIRGILIO CEPAHI SJ, V^^^ de S. Luiz Qonzaga, da Companhia de Jeaua. Offlclna Pollgrafica Editrlce, Roma, pp. 217-218 / Com aprovagao eclealfiatlca).
'I'I'I. "Infundla em noa a eaperanga e a coragem de o Imitarmoa"
Diz
Dom Cagllero, dlaclpulo de Dom Boaco que
chegou a aer Cardeal: "Eu
e todoa oa meua companheiroa nutrimoa
convlcgao
Intlma
de
que o noaao caro
Pal
a
(Sao
Joao Boaco), embora cioaamente ocultaaae no exte rior aa auaa mortificagoea, abatinenciaa e penitenciaa, a ponto de noa parecer a aua uma virtude
ordinirla
aem
e comum a qualquer aacerdote
atemorizar a ninguem, muito pelo
Infundindo tarmoa,
exemplar,
contr^rio,
em noa £ eaperanga ^ coragem de o imi
contudo,
tendo-ae em viata a
sua
saude
abalada, oa deagoatoa Intimoa, o deaapego doa bena terreatrea, a pobreza rigoroaa, eapecialmente noa primeiroa vinte e cinco anoa do Oratorio, a eacaa-
aez
da
alimentagao, a privagao de
confortoa
e
diveraoea
e,
paaaeioa',
de
aobretudo," ;"*03 ,.aeua
conatantes trabalhoa fiaicoa e moraia, 'podemoa afirmar, com plena convlcgao, que Dom Boaco viveu a vida conatantemente mortificada, apanHgio"daa almas que atingiram a mala alta perfeigao e santidade. Todas esaas mortificagoea eram nele tao f£ceia e naturals que nos levaun a persuasao de que o
servo de Deus possuia a virtude da temperanga, em grau heroico" (Marques FELIPE GRISPOLTI, Dom Bosco, Livraria Salesiana Editora, Sao Paulo, la. ed., 1915, p. 243). 445. "Seus companheiros viam nele a regra viva"
De
um livro sobre a vida de Sao Charbel
Ma-
kluf, monge llbanes da Ordem Maronlta (I828-I898):
M m.
j"k»' j
*
Sao Charbcl Makluf "Durante clnco anoa ele
val
(Sao Charbel Makluf)
aprender como esta santidade se forma e
como
ela se exprltne. Basta ver como vlve o_ Padre Nehmatallah 1-Hardinl, religio^o_ reputado por sua vlrtude e qua seus contemporaneos chamavam J§. de 'o santo de Kfifan'.
412.
Sec^ao IV "0 Padre Hardlnl era um desses monges que lam
ate
a verdade com toda aua alma. Esta verdade es-
tava contida na Regra monfistica e e porque ele Ihe era
fiel ao ponto que seus companheiroa viam nele
'a Regra viva*" (P. PAUL DAHER, Charbel, un homme ivre de Dieu, Monaatere S. Maron D'Annaya, Jbail, Liban, pp. 75-76 / Imprimatur; imprima N. Stfeir, Vic. Pat. Maronite, Bkerke, l7-b-65). A Igre.la aparecia-me como qiie concretizada neaae digno miniatro em comunicacao com aeu Deua Conta D. Chautard um fato de aua vida:
"Sendo eatudante numa eacola univeraitSria, e aubtraldo a toda e qualquer influencia clerical, por acaao tivemoa enaejo de ver, aem que ele o no-
taaae, um aacerdote rezar o aeu breviirio. Poi uma revelaqSo para noa a aua atitude cheia de 'reapeito e de religiao e imenaamente aentimoa deade entao manifeatar-ae em noa a neceaaidade de orar, e de orar procurando imitar eaae aacerdote. Igreja aparecia-noa como que concretizada neaae digno mi
niatro ^ comunicaqao com aeu iJeua^ [Dom J. "B". CHAUTARD, k Alma de todo Apoatolado, Editora Cole-
5ao P.T.D., Sao Paulo, p. 223 / Reimprlmatur: Vi cente Zioni, B. Aux. — V. Geral, 22-o-19b2). 'I'll. Outro teria falado com maia brllho, maa o que penetrava oa coracoea eram auaa palavraa cheiaa de ungao
Narra
um
(1868-19'17),
antigo
Jeauita
aluno
do
Pe.
falecido no Rio
Sul, em odor de aantidade:
Reua
Grande
do
'
"Nas aulaa de religiao, o Pe. Reua nao falava com retorica nem com auperlativoa. Qualquer outro teologo teria, talvez, falado com maia brUho ex terior
do
que ele. Porem, o que noa penetrava
o
coragao, er^ suaa palavraa quentea, cheiaa de ungao,
traindo a intima familiaridade que
mantinha
com o ceu** (Pe. LEO KOHLER SJ, Biografia completa P. Joao Baptiata Reua, SJ, Livraria Selbach &
Cia.,
Porto Alegre, 1950, volume II, p. 178 / Im-
primatur: 26-1-1950).
Mona.
A.
Pedro
Prank,
Vig.
Ger.,
^112.
Secgao IV "0 Padre Hardlnl era urn desses monges que iam
ate
a verdade com toda sua alma. Esta verdade es-
tava contlda na Regra mondstlca e e porque ele Ihe era
flel ao ponto que seus companhelros vlam nele
*a Regra viva'" (P. PAUL DAHER, Charbel, un homme Ivre de Dieu, Monastere S. Maron D'Annaya, Jbail, Liban, pp. 75-76 / Imprimatur: imprima N. Stfeir, Vic. Pat. Maronite, Bkerke, 17-0-65).
^16. A Igreja aparecia-me como qiie concretizada nesse digno
ministro em comunicacao com seu Deus Conta D. Chautard um fate de sua vida:
"Sendo eatudante numa escola universitAria, e
subtraldo
a toda e qualquer influencia
clerical,
por acaso tivemos ensejo de ver, sem que ele o no-
tasse, um sacerdote rezar o seu breviArio. Poi uma revelaqSo para nos a sua atitude cheia de 'respeito e de religiao e imensamente sentimos desde entao manifestar-se em nos a necessidade de orar, e de orar procurando imitar esse sacerdote. Igreja aparecia-nos como que concretizada nesse digno mi
nistro
e^ comunicagao com seu Pe^ui^ (Dom J. B.
CHAUTARD, A Alma de todo Apostolado, Editora Cole-
gao F.T.D., Sao Faulo, p. 225 / Reimprimatur: Vi cente Zioni, B. Aux. — V. Geral, 22-o-19b2). 4^7. Outro teria falado com mais brilho, mas o que penetrava os coracoes eram suas palavras cheias de uncao
Narra
um
(1868-1947),
antigo
Jesuita
aluno
do
Pe.
falecido no Rio
Sul, em odor de santidade:
Reus
Grande
do
'
"Nas aulas de religiao, o Pe. Reus nao falava com
ret6rica nem com superlativos. Qualquer outro
te6logo terior
teria. talvez. falado com mais brTTho ex do
que ele. Porem, o que nos penetrava
o
coraqao, eryn suas palavras quentes, cheias de unoao, traindo a intima familiaridade que raantinha com o ceu" (Pe. LEO KOHLER SJ, Biografia completa P.
Joao
Cia.,
Baptista
Reus, SJ, Livraria
Selbach
&
Porto Alegre, 1950, volume II, p. 178 / Im-
primatur: Mons. 26-4-1950).
A.
Pedro
Frank,
Vig.
Ger.,
IV
Q metgdo dos aantga: gaobac ga Qocaggea Ei^a gagbac aa almaa
'4^8. 0 coragao a Deua pertence Maxima de Sao Joao Bosco no seu Idedrio Pedagogico:
"A
educagao e uma empresa de coragoes,
e do
coragao so Deus e dono" (Biografia Escritos de San Juan Bosco, Biblioteca de Autores Cristianos,
Madrid, 1955> p. ^68 / Imprimatur; Jose Maria, Ob. aux. y Vic. gral., Madrid, 13-5-1955). '♦^49. Santo In^cio, para 'implantar nas almas
de seus fi'lhos a perfeigao, ganhava-lhes o coracao Refere o conhecido historiador dos primeiros Jesuitas, Padre Pedro de Ribadeneyra:
nosso
"Muitos e variados eram os modos que tinham bera-aventurado Pai para implantar nas almas
de seus filhos a perfeigao e tudo o que desejava. Mas o principal era ganhar-lhes o_ coracao com urn amor suavissimo e dulcissimo de pai. Porque verdadeiramente
ele
o era para com todos os seus
fi
lhos; e como cabega desse corpo, tinha particular cuidado de cada um de seus membros; e como raiz dessa planta, comunicava seiva e vida ao tronco e
a
todos OS ramos, folhas, flores e frutos que ha~
Mil. via
Secgao IV nela, segundo aua neceaaidade e capacidade: e
iato por modoa adrnirfiveia, doa quaia referirel alguna aqui. "Primeiramente, recebla com grande afabilida-
de
e tratava com maravilhoaa benignidade ^ todoa
oa aeua auditoa quando o procuravam. E para conhe-
^-loa
e dar-lhea prazer, fazia com que todoa co-
meaaem com ele algumaa vezea, ate oa irmSoa coadJutorea, o cozinheiro, o porteiro e oa que ae ocu-
pavam doa oflcioa mala baixoa da caaa. "Segundo,
concedia-lhea q que pediam
quando
nao havia Inconveniente, ou por parte da coiaa, ou por parte delea.
"Terceiro, para que eatimaaaem mala o que Ihea concedla (ae a peaaoa era de alguma qualldade), propunha-lhe aa razSea que tlnha para o poder negar; maa acreacentava que todaa elaa nao peaavam
tanto como o deaeJo que tlnha~9^dar-lhe contentamento.
"Quarto,
quando
oa Inconvenlentea eram
tao
grandea que em Juatlga nao ae podia conceder o que era pedldo, negava-o, maa com tanta eacuaa, que o mearao que o havla pedldo, fIcava perauadldo da boa
vontade do Padre, e da Impoaalbllldade ou Inconvenlencla da colaa.
"Qulnto, Jamala dlaae alguma palavra InJurloaa nem azeda a uma peaaoa que repreendeaae, chamando-lhe de aoberbo, deaobedlente, ou de outro nome aemelhante" (PEDRO DE RIBADENEYRA, Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de Loyola. In Hlatorlaa de la Contrarreforma, BAG. Madrid, 19M5,
MO7 / Imprimatur; Caalmlro, Oblapo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19M5).
M50. Como fazlam oa Jeaultaa para veneer a Inapetencla
de
certaa crlangaa para a
atlvldade
Intelectual? Entre outraa colaaa, buacavam adqulrlr a eatlma £ fazer-ae amar peloa alunoa De um llvro aobre A pedagogla doa Jeaultaa:
"A dorea
queatao que preocupava oa Jeaultaa educaae
punha
neatea termoa:
como
dlapor
aa
crlangas para que gostem da vlda Intelectual? como veneer a Inapetencla de tantoa?
SecQao IV me
'415.
"A soluQao que adotaram abarca uma serle los, dos quais so vamos enumerar algune
de
"I. AdgulnlE a gfitlma. — A Companhla pede aos profesiores que se faqam estlmar lealmente pelos alunos. Nao se trata apenas de ser respeltado,
temldo,
obedecldo,
nera alnda de ser
vlsto
corao
mestre competente, mas tambem de seduzlr os finlmos com
a aureola
nence «
de' um
valor
profissional
emi
•..»
'A
autoridade a que o professor tem
dlrelto
em virtude de seu tltulo nao basta — diz Juvencio
—; e
preciso acrescentar a que se adquire
personalidade
pela
'
Eazen-ae amaE. — o segundo meio e
ga-
nhar o coracao dos alunos. .... 'Para aer utll aos
hereges de nosso tempo — escreve o Pe. Pabro ao Pe. Laynez — e mister que eles nos fiquem afeicoados e que se ganhe sua conflanQa e seu afeto' (Pe. A. MAUREL, Vie du P. Pierre Lefevre, Briday, 1873, p. 126). SarTFoTnlCcio, Sao Francisco Xavier e todos OS demais repetisun o mesmo conselho. Com as
criancas, este metodo e certamente mais eficaz
que com os hereges. Nao so obedecem cegamente ao mestre a quem amam, mas tomam in conscientemente tudo o que Ihes agrada nele, inclusive seus peque-
nos gestos" TTraor pares aut invenit aut facit. O mestre amado> sempre terA .razao; o mestre detesta— do. serl criticado sempre. '0 amor — escreve o Pe\ Le Gaudier a proposito da autoridade dos educadores
amado
—
causa a uniao das vontades; o
que
possui d.e-certa maneira ao que o ama;
e
pode
inclinar-se a qualquer lado segundo seu gosto; por
este raotivo, quando queremos governar com efic&cia e
suavidade as vontades humanas, divemos
comecar
por ser ama?os^ (be uaudier, c. VIIT^ "Este poder do amor sobre os
Julzos das crianqas estd fora de discussao. Os_ alunos que tem uma como que veneracao afetiva para com seu pro fessor. adotam suas maneiras de ver e, sobretudo,
as que Ihe sao mais pessoais
Com razao pode-
mos concluir com toda a certeza que o mestre pode comunicar infalivelmente aos alunos-seus criterios
Q
de
seus gostos, com a c^ndicao de que Ihes inspire antemao
uma
verdadeira adesao a
sua
pessoa
^ACCHINI, Paraenesis, c. VI)" (P. P. CHARMOT, La
Ul6.
Secgao IV
pedaKORla de loa Jeaultaa, aua prlnclploa — 3U actualldad, Saplentla S.A. de Edlclones, Madrid,
1952, 25^ a 256 / Imprimatur; Joae Maria, Obispo Aux. y Vic. General, Madrid, 1-5-1952).
1151. "Deua ordena que me queiram bem"
De uma vida de Sao Jo5o de Cruz (15'*2-1591): "As
freiras
acabam aeKUindo cegamente
auas
indica^es^ nao sabem o que tern as palavras ^ o acento da voz de frei Joao (S. Joao da Cruz), mas nao ha quem Ihe resista. Em certa ocasiao pergunta-lhe admirada, uma delas: '0 que fazes a estas
freiras,
que logo fazem o que queres?' .
Deus
quem faz tudo — responde — ^ para isso ordena que me queiram bem'" (CRISOGONO DE JESUS CCD, Vida
de ^n Juan de la Cruz, in Vida ^ obras de San Juan de la Cruz, BAC, Madrid, 5a. ed., 196II, p. 99 7 Tmprimatur: Jose Maria, Ob. Aux. y Vic. Gen., 11-5-1964).
452. Amar os .jovens e fazer-se amar por eles: a maneira propria de educar dos Santos
Da
biografia de Sao Joao Bosco (I815-I888),
fundador
dos Salesianos, traduzida pelo Arcebispo
de Belo Horizonte:
"Nos primeiros tempos do Oratorio, todas as tardes, depois da ceia podia-se observar urn quadro realmente comovedor, na sala era que Dom Bosco em
companhia
de
refeigao.
Como chegava geralmente era atraso,
Bosco
tinha
seus auxiliares toroava sua que ficar para sair tambem um
modesta
Dom
pouco
depois dos outros. Os meninos sabiam disto: e comprimindo-se em dois grupos de um lado e do outro
da porta, aguardavam & minima interrupgao na salda dos Superiores para se introduzirem impetuosamente no refeitorio. Os diabretes ocupavam todos os can
tos
da sala, e uma vez tomado o lugar, se coloca-
vam nas posturas mais variadas e all ficavam ^ gozar da presenqa do Pal.
SecgSo IV
^117.
Sentados. de pe, de Joelhos, sobre os bancos. em clma ou embalxo daa mesas.*.
Os prlmelros a entrar, — como e evldente — aglomeravam-se ao redor dele, ficavam-'lhe bem pertlnho.
vam
tao perto que se podia dizer que Ihe toca-
OS ombros com as cabecas; outros ficavam logo
atrfis, apoiando-se com os cotovelos ao espaldar da cadeira.
Bom numero deles, com um deserabara^o es-
pantoso, tomavam de assalto todaa a^ mesas e nelas se
instalavam como numa posicao conquiatada;
sentados
com
as pernas cruzadas, outros de
uns
joe-
Ihos, um pouco mala atrfis, outros enfim de pe. Enquanto
isso, alguns tomavam os bancos, dispunham-
-nos ao longo das paredes ^ subiam em cima. Os ultimos a chegar se apinhavam nos espaqos que sobravam entre as mesas e os bancos. E ninguera mais, dir-se-ia,
podia entao aproximar-se do
carinhoso
mestre... Nao e verdadel ^ mais pequeninos enfiavam-se
por debaixo da mesa. ^ de improviso
emer-
giam ^ escuro suas cabecinhas travessas bem pertinho de Pom Bosco, o qual nao podia Seixar de sorrir
a essa aparigao atrevida. Que quadro mara-
vilhoso essa penca de coraqoes bem Juntinhos ao redor do pai! Nao e isso ao pe da letra o que estfi imortalizado no verseto do salmo: 'Filll tui sicut surculi olivarum circa mensam tuam'l *Teus filhos
rodeiam-te a mesa como tenras plantazinhas de oliveira?'.
0 bom pai narra um lindo conto. relembra uma curiosidade historica.
propoe "um problema...
Sem duvida nao sao observadas todas as regras de
urbanidade
nesse assalto impetuoso dos
cora-
qoes; ma^ nenhum de^ses meninos falta ao respeito afetuoso para com Pom'~Bo3co. Quando ele faz slnal que vai falar, cessa iraediatamente todo o barulho e, no meio do silencio geral, g ^m pai narra um lindo conto, relembra uma curiosidade histbricaT
propoe
OS
um problema, faz perguntas. e sua
palavra
conserva encantados ate a hora em que o
cfando
sino,
o sinal para as oraqoes da noite, obriga-os
a separar-se com pesar. Essa e a maneira de educar propria dos santos
Hl8.
Secgao IV
Todos querem fazer-se ver, recolher alp!:uma de suas palavraa ou utn de aeua aorrlaoa
Quando aal da aacrlatla aao quaae nove horaa.
0
recrelo eatfi no auge. Apenaa pa menlnoa o_ dlvi-
sam,
correm em tropel ao encontro dele,
o_
pri-
melpo contato famlllap doa fllhoa com o^ pal. E uma cena aubllme. Todoa a'popfla quepem eatap peptinho dele. Oa pplmelpoa que chegam Ihe beljam a mao e fleam apeptadinhoa Junto dele, auapenaoa ^ aeua
bpagoa, famlliapmente como eatfi peppeaentado tao bem no motivo ppincipal da eatfitua que ae epgue na fpente da.igpeja de Noaaa Senhopa Auxiliadopa. Oa que chegam depoia, ae eafopqam papa vapap o cacho
humano que ae avolumou papidamente e quepem fazepvep, quepem pecolhep alguma de auaa palavpaa,
-ae
uriT" aeu soppiao, quepem aentlp ^ Ho^cupa de aua mao e~ pouaap-lhea na fponte ou noa ombpoa. Oa ultimoa ^nfim ae apinHain ao pedop deaaa maaaa ondulante
que de imppoviao deixou de gpitap e cantap^ E, caminhando
lentamente, poia que a aglomepagao e tao
ceppada que Ihe embapga o paaao, Dom Boaco vai fa-
lando. ^ eate diz uma palavpa afetuoaa, aquele faz uma
pepgunta,
a um tepceipo lanqa um
olhap
que
algnlflea um~[nun?o"^e colaaa, ^ um quapto auaaurra ao ouvido um conaelho ppecloso Uma imenaa o.vagao o acolhia
"E, pecippocamente, quanto o^ amava ^ Juventude! 0 domlnio de Dom Boaco aobpe oa Jovena epa doa
mala podepoaoa que ae tenham conhecido. Quando em qualquep momenfo da pecpeaqao, apapecia Dom Boaco na vapanda ou no~Timlap da popta de" entpada, & ppinclpio acolhiam-no com uma imenaa ovaqao, de poia todoa ae ppecipitavam papa ele. Confianqa cega em Dom Boaco
"Aquelea aetecentoa ou oitocentoa gapotoa Dom Boaco tepia podido conduzi-loa papa onde quiaeaae,
popque tinham nele uma confianga cegal 'Que extpanho podep que ele tinha aobpe noa! confiava-me
ainda
hd pouco tempo um pobuato velho de 82 anoa,
ex-aluno daquelea tempoa. Se um dia ele noa diaaeaae: Meninoa, aigam-me: vamoa deacep ate o pio
que ae
aa aguaa ae ipao abpip na noaaa ppeaenga corao abpipam um dia aa aguaa do Jopdao papa
deixap
SecQao IV
^119.
passar os Hebreus!, n63 o terlamoa acompanhado sem hesltar, certos de que segulndo seus passos
atra-
vessarlamoa a pe enxuto o lelto do rlo'. E ex-aluno da meatna geragao completava ease
outre Julzo
com eataa palavraa: '-Nele tudo era ordlnfirlo. E no entanto poderla conduzir-noa aonde qulaeaae. Portanto era Deua que falava per aua boca e que noa
prendla a aua peaaoa'" (A. AUPPRAY'iSS, Dbm Boaco. Eacolaa "Froflaalonala Salealanaa, Sao Paulo, 1917 pp. 307-308, 395-396, MlT-'llB / Imprimatur; Mona. M. Meirellea, VlgSrlo-Qeral). 453. Fazer-ae amar pelo menino
para faze-lo~amar mala a Deua: 0 metodo de Sao Joao Boaco Da meama vida de Dom Boaco:
"Sem nao
afeto nao hS confianqa e aem
confianga
ha educagao, repetia continuamente Dom Boaco.
De multo boa mente teria compendiado todo o aeu aiatema neata fraae: fazer-ae amar pelo menino pa ra
faze-lo
confianga
amar mala a Deua I Eaae afeto
ele
pedla a aeua fllhoa e
e
eaaa
enalnava
a
aeua dlaclpuloa" (A. AUPFRAY SS, Dom Boaco, Eaco-
laa
Froflaalonala Salealanaa, SaonPauTot~T9'<7, p.
311
/ Imprimatur. Mona. M. Meirellea, VlgSrlo-Ge-
ral).
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Y Qqq a aju^a de EgccgaQoea S a^caentea* BQd@5§S
BceaecYae § leoQlngia doa Jovena e auacltan nelea o
Bil§ vintude
Recreagoes aadlas sao melos
eflcacl33lmo3""d^e obter a dlaclplina e favorecer a
moralldade ^ a aanldade doa Jovena
A Boaco
pedagogla de Sao Pillpe Nerl e de Sao Joao (I815-I888), aegundo urn artlgo do Pe. Euge-
nlo Valentlnl SDB, (llretor do Instltuto clonal Dom Bosco de Turlm, Itfilia:
"E
Interna-
questao de modo, e nao de aubstancla;
de
oportunldade, mala do que de valor Intrlnseco. "For
todos e conhecldo que a eapirltualldade
de Sao Pranclaco de Salea era nada e Inferlor^a ea pirltualldade de Sao Joao da Cruz, erabora, a prlmelra
vista,
possa parecer menoa austera e
raals
humana.
"Nao
se
trata de deacurar alguraa colaa
que
seja requerlda para atlnglr a santldade, ou de preflxar-se uma santldade de aegundo grau, raas trata-se soraente de saber escolher o raodo e o tem
po oportunos para tal resultado. "Sao
Pillpe de Nerl dlzla aos .1 ovens; 'Plcal
parados, puderdea. se nao puderdes, grltal, pulal, contanto que nao fagala pecados *.
1i22.
Secgao IV "Pom Bosco, nas poucas pfiglnas sobre o slste-
ma
preventive, escreve: 'De-se ampla liberdade ^
pular, de
correr, de faz^ barulho a vontade.
A
gin&stlcaT a maslca, a declamagao, o teatrinho, os passeios sao meios eficactasimos para obter a discipllna, favorecer a moralldade e a aanidade'. E alhurea:
tambem sende
'Nao basta amar oa Jovena, mas e precise que eles percebam ser amades; de raede que,
amades
nas ceisas que Ihes agradam, cem
a
participagae nas suas InclinaQoes Infantis, eles aprendam a ver e amer nas ceisas que naturalmente Ihes agradam peuce, ceme sejam a dlsclpllna, e estude, a mertlflcagae de si mesmes; e aprendam a fazer estas ceisas cem dlspeslgae e amer' (Memerle
Blograflche, XVII, 116)" (Pe. EUGENIO VALENTINI SDB, A Vecacae e a Dlregae des Seminaries, In "Revlsta EcleslAstlca Brasllelra", vel. 12, fasc. 2, Junhe de 1952, p.31'^)«
1455« E precise entreter, dlstralr e^
Interessar e Jevem]^ urn peuce de bullcle e melher de que um sllencle suspelte
Alnda
de Idedrle Pedagogice de Sao Jeao Bos-
ce, e toplce complete
de ende e decumente
ante
rior extralu um treche:
"6. Alegcla. — E axlema educative que o vem deve estar~centente; per censeguinte, e mister entrete-le, dlstral-le e lnteress4-le. De-se-lhes
ampla liberdade de saltar, cerrer, grltar e divertlr-se a ventade: a glnfi.stlca, a muslca, a decla-
maqae, e teatre, es passeles sae meles eflcaclsslmes
para ebter dlsclpllna e
ajudar a meraldade e
a saude. Culde-se, Isse slm, de que e ebjete de entretenlmente, as pesseas que nele Intervenham e as cenversas nae seJam cendendvels. Pazel e que
qulserdes, dlzla e grande amlge da Juventude Sae Flllpe Nerl; a mlm me basta que nae cemetals pecades. E melher alge de bullcle de que um sllencle ralvese eu suspelte" (Blegrafla y Escrltes ^ San 3uan Besce, Blblleteca de Auteres Crlstlanes, Ma
drid, I9t>5, P« ^63 / Imprimatur: Jese Maria, Ob. aux. y Vic. gral., Madrid, 13-5-1955)•
Secgao IV
423.
456. Mapchaa e contra-marchas, batldas
de calcanhares,~c&ntlco3, palmaa aonoras: o mefodo de Pom Boaco
para abrlr a¥ aTmas, afup;entar o tedlo, levar 03 coragoea a conflanga £ ^ abandono De uma blografla de Sao Joao Boaco, traduzlda pelo Arceblapo de Belo Horlzonte, D. Joao Rezende Costa, SDB:
"Durante
a primelra guerra da
ele
preatimoa
de um bora beraagllere reformado que tl
nha
toraado
tlnha
Independencla
Itallana,
conseguldo a amizade
parte na campanha de 1848
e
....
os
Esae
bravo aspirante a oficlal colocou-ae a diapoalqao de Dora Boaco para qualquer trabalho de ordem mill-
tar. 0 Apoatolo aceltou Iraedlatamente a_ oferta ^ pedlu
logo
ao aralgo que enalnaaae aoa rapazea
£i
t&tlca doa corabatea alrauladoa. SeFTa um eaplendldo
raelo
de
negoclo colheu
atrat-loa £ conaervd-loa no Oratorio. 0 flcou logo comblnado. 0 noaao monitor es-
dentre os rapazea os mala espertos e
mala
prStlcoa e coraegou a dar-lhea Inatrugao mllltar. 0 Governo conaentlu em dar-lhea empreatadaa duzentaa
carablnas
de pau. Inofenalvaa, arranjaram-ae
ou-
tros tantoa baatoes para completar o equlpamento e o beraagllere deu sua corneta de preaente aoa Jovena recrutas.
"Em poucaa seraanaa eatavam tao bem preparadoa
que
j£
dlante
podlara
exlblr-se em
combates
almuladoa
do raundo Infantll do Oratorio e de toda
a
multldao de curloaos que ae aglomeravam naqueles carapos para ver esses aoldadlnhoa em botao A alegrla, atraosfera da caaa de educagao
"Para
redor Dom
que a llberdade Juvenll encontraase ao
^§10. calor e_ a luz de que
neceaaltava.
Bosco tudo fazla para raante-la numa atmoafera
perraanente
alegrla
de alegrla. 0 fIm que ele vlaava com a
era
abrlr as almaa, afugentar ^ tedlo.
provocar
um freralto de vlda atravea do prganlsmo,
auxlllar
o_ trabalho da Intellgencla. aaaoclar
na
alma da crlanga ^ Idela do prazer ^^ dever. ^ prlnclpalmente levar eases coragoezlnhoa a conflanga aq abandono. A que expedlentea nao era ele capaz de recorrer para manter viva a alegrla no melo de seu raundo Infantll! Alnda ae conserva
Il2q,
SecgSo IV
no Orat6rlo a lembranQa de certas marchaa endlabra
das que ele organlzava e dlrlgia naqueles pfitlos! Alegrla per urn dlvertldo
quarto de hora com Pom Bosco "Allnhava
em duas fllas suas centenas de me-
nlnos, punha-se a testa deles e entoava uma cancao popular
em
piemontes.
Todos acertavam
o_
passo
unindo
suas vozes com ^ dele e lam cadenclando os
versos
com o vlolento bater dos calcanhares acom-
panhado
Iho
de palmas sonoras, Isso produzla um baruInfernal, e sob os porticos as grandes lages
de granlto ressoavam com um rumor surdo sob os_ pes desse exerclto em marcha. A enorme serpente desen-
rolava
seus aneTs per todos os cantos; ora
saiam
para os p£tlos, ora reentravam sob as arcadas; num dado
memento subla—se por uma escada,
enflava-se
por um corredor e sala-se po-r outra escada; depols descrevlam ao redor de uma firvore motives os mals blzarros. Pinalmente« roucos de tanto cantar, e
com
OS rousculos das pernas extenuados, fazlam al
to, todos alegres por se terem dlvertldo um quarto ^ hora com Pom Bosco" (A. AUPFRAY SS^ Ppt"
Escolas proflsslonals saleslanas, Sao Paulo, 19'»7, pp. 108-109, 308-309 / Imprimatur; Hons. M. Melrelles Prelre, Vlgfirlo-Geral). M57« Fazer recuperar uma alma de crlanga, atraves dos .logos e^ da oracao
Pom Chautard, mestre da vlda esplrltual, descreve a vlslta que flzera a uma Instltulqao para.a educaqao de rapazes:
"Um
dla
(eramos n6s sacerdote apenas
havla
dels anos), esse venerSvel padre (o conego Tlmon-Pavld) vlra-se obrlgado no flm de uma^conversaqao a dlzer-nos mul fraternalfiiente, mas nao sem certa compalxao:
Plvertlmentos simples que dlstraem a alma "*Non
potestls
portare niodo;
somente
mals
tarde, "^ando tlver ja avanqado na vlda Interior, me lograrfi comprender melhor. que, aflnal de contas, nao pode atualmente presclndlr desses
melos, empregue-os, pols, sem hesltar, a falta de outros. Quanto a mlm, facllmente retenho os
meus
Jovens operfirlos e burocratas e atralo novos
SecQao IV
^125.
pecrutas, esses
conquanto nao haja na nossa sede
divertimentos
senao
antlgos e sempre novos
que,
sem nada custarem, dlstraem ^ alma pela mesma slmpllcldade
flnura, canto.
deles.
que
Lembre-se, acrescentou ele
com
Ihe mostrel, all arrumados para um
OS Instrumentos musicals que eu tambem, ao
principle,
Julgara
Indlspensdvels: a
proposlto,
els que se dlrlge para aqul a nossa atual fllarmonlca; val ter ensejo de apreclfi-la'. "Com
efelto, ap6s alguns mlnutos,
desfllava
dlante. de nos um grupo de llO a 50 Jovens de 12 a 17 anos. Que algazarra! Quem vlngarla reprlmlr uma
gargalhada em presenga desse curloso batalhao, que o
olhar
rlsonho do velho conego contemplava
com
tanta satlsfagao? Manter sempre vivo o entuslasmo da verde .luventude
"'Olhe, me dlsse ele, observe aquele que camlnha aos recuos a frente do grupo e vem agltando
a sua grossa bengala a gulsa de batuta como mestre de
muslca
e depols a leva comlcamente a
boca
a
gulsa de clarlnete; e oflclal subalterno em licen ce, um dos nossos mals atlvos zeladores. Sempre que pode corounga todos os dlas, e sobretudo nunca delxa
Esse
de fazer a sua. mela hora de ora^ao
divertimentos, todos
mental.
anjo de pledade, alma lncans£vel de todos os OS
esforga-se
por tlrar provelto
seus talentos a flm de que os
de
recrelos
dos medlos nao esmoreqam. Como dlspoe de Inesgotfivels recursos para esse efelto, sempre mantem vivo o entuslasmo dessa. verde .luventude. Nada, porera,
escapa aos seus olhares de subvlgllante nem ao seu coraqao de apostolo'. Brlncadelra Inocente que a^ todos encantava
"Sim, gargalhada Irreprlmlvel perante esse grupo de muslcos que executavam modlnhas trlvlals conhecldlsslmas. 0 estrlbllho logo mudava, mal o mestre da muslca dava o slnal do exemplo. Cada executants slmulava um Instrumento: uns tlnham
Junto da boca as maos em forma de pavllhao, outros fazlam vlbrar entre os l&blos uma folha de papel, raras flautas de cana, etc. - Esquecla-nos de dlzer
que, a frente dos executantes., vlnha um
tocando
trombone e outro grande calxa de rufo: dols paus, a um dos quals a mao Imprlmla movlmento regular de
426.
Secgao IV
valvem, eram o Inatrumento do prlmelro; utna velha lata de petroleo, o Instrumento do segundo. Os postos Irradlantes de todos esses .jovens tnostpavam
que
i brincadeira realmente os encatava. 'Slgamoa
a fllarmonlca', dlsse-me o conego. Verdadelros dlabretes transformados
era an.los de Fra Ang^lco "Ao fundo da alameda erguia-se uma estfitua de Noasa Senhora. 'De Joelhos, raeus amlgos, dlz ^o raestre
da rauslca. Ura Ave Marls stella a nossa Mae
do ceu, depois uraa dezena de tergo'. Toda aquela rapaziada flea era silencio durante alguns momentos, depois responds lentamente, com tanta pledade como na capela, as Ave-Marlas. Aqueles Jovens me ridionals, a malor parte de olhod balxos, alguns ralnutos
antes verdadelros dlabretes, transformam-
-3e a subltas era an.los de Fra Angellco. Reter raedlante recreacoes simples,
raesrao os raalores de 20 anos» E lev$—los a rezar •Nao se esquega, dlz-me o gula, de que o termometro da obra e: Reter medlante recreaQdes sim
ples ^ entuslastas os nossos .lovens mesmo os de raals ^ vlnte anos. consegulr que eles asplrem a recobrar aqul durante as suas horas de oracao e ^ recrelo
colsas
uma alma de crlanga e que se dlvlrtam com
de
nada; cFegar sobretudo ^ fazer
rezar,
raas verdadelraraente rezar, mesmo no melo das brln-
cadelras;
todos os nossos zeladores vlsam a
este
riran—
Cora alegrla delxara a brincadeira para vlsltar o Dlvlno Prlslonelro...
"A banda ergue-se para novas proezas artlstlcas cujos ecos reboam pelo pStlo fora. Uns ralnutos depois era o .logo da barra que estava no seu aug^.
Entrementes
nos havlamos notado que o oflclal, ao
erguer-se depois do Ave Marls stella, tlnha murmurado alguraas palavras aos ouvldos de dols ou tres
Jovens, OS quals Imedlata e alegremente, como obedecendo a um uso pratlcado por todos, foram delxar
as
blusas do recrelo e ^ alparcatas ^ se dlrlgl-
rara a capela ^ flra de la passarem um qusurto de ho-
ra aos pes ^ ^vlno PFlslonelro""i^om TSRD, a Alma de todo Apostolado, Edltora
Golegao
F.T.D., Sao Paulo, pp. Iil2 a / Relmprlmatur: Vicente Zlonl, B. Aux. — V. Geral, 22-b-19bi^)•
n
Qi
yec^gdeicagegte fleia QQD§l^ecam gada ^la
6Q® §QleKQ e xeeeEacaQ cneacentea
III oa glolmgs feltos e dltga dgs aaQ^ga. e ag emBgnham em anotlrloa B§£a DCQyelto eaBlnltua], B£QBBiQ»
doa aeua condiaclBulDa e daa gecagoea Cutunaa
458. "Nao tne afaatava de seu lado, anotando aeua geatos. dltoa e feltoa"
Na
aua vlda de Santo Inllclo de Loyola, dlz o
Padre Rlbadeneyra: "Nao
me apartava de seu lado (de Santo
InS-
clo) dentro e fora de casa, na cldade e fora dela, acompanhando-o,
eacrevendo e servlndo-lhe em tudo
o que se oferecla; anotando todos os seus atos, feltoa e dltoa. com aproveltamento para mlnha alma
e
particular admlracao. Eata creacla a_ medlda que
ele la revelando mala do multo que tlnha encerrado
em
seu
pelto; e^ eu, com & Idade, la
abrlndo
os
olhos para ver o que antes por falta dela nao via.
For
esta
que
mente
famlllarldade
aa colaaa exterlores e patentea que eatavam
expoataa colaaa
tao Tntlma conversagao e
tlve com nosso Pal, pude ver e notar nao ao-
aos olhoa de multoa, maa tambem aecretas que poucos perceblam"
algumas
(PEDRO
DE
RIBADENEYRA, Vlda del blenaventurado Padre San Ignaclo
de Loyola, In Hiatorlaa de la Contrarrefor-
ma, BAG, Madrid, 19'^5> p. 38 / Imprimatur; Caalmlro, Oblspo Aux. y Vic. Gen., 31-d-19Mb).
1128.
Secgao IV
il59« Deua noa deu noaao bem-aventurado
Padre~Inficio por guia e meatre» caudllho e capltao deata aagrada mlllcla
Do JS. vfirlaa vezes menclonado Padre Pedro de Ribadeneyra, em aua vlda de Santo In&clo de Loyo la:
"Porque, que horaem criatao e aenaato^hfi, que vendo nestea mlaer&vela tempoa uma obra tao aaalnalada como eata, (salda) da raao de Deua, e uma
Ordem Rellgloaa noaaoa
dlas,
nova plantada^em aua Igreja
era
e espalhada era tao pouco tempo
por
quase
todas as provlnclaa e terraa que o aol llu-
raina,
nao
deaeje saber como ae fez Isto, quera
a
fundou, que prlnc£ploa teve; aeu penaaraento, aeua progreaaoa e extenaao, e o fruto que ae aegulu dela?
"Mas
eata razao, Irmaoa, nao noa toca a
aoraente, maa tambem aoa demala. e
noa
outra razao que
mala doraeatlca e mala proprla a noa, que e
aegulr e Iraltar aquele que teraoa como capltao. Porque, aaaim como oa que'procedem de iluatre 11nhagem e de urn aangue generoao e eaclarecldo, procurain conhecer aa faganhaa e glorloaoa exemploa de aeua antepaaaadoa e doa que fundaram e enobrecerara auaa famlllaa e caaaa, para te-loa como raodelo e fazer o que eles flzerain; aaalm tambera noa, tendo recebldo da raao de Deua Noaao Senhor a noaao~bera-
aventurado caudllho
Padre In&clo por yila £ meatre, ^ por
e capltao deata mllicla aagrada, deveraoa
tora5.-lo por eapelho de noaaa vlda ^ procurar aegul-lo com todaa aa noaaaa forqaa. De raanelra que, ae por noaaa IniperfelQao nao pudermoa traqar tao ao vivo e tao aeraelhante ao original, o retrato de auaa multaa e excelentea vlrtudea, ao menoa Imltemoa a sorabra e o raato delaa" (PEDRO DE RIBADENE-
YRA,
Vlda del Blenaventurado Padre San Ignaclo de
Loyola,
In
Hlatorlaa de la Contrarreforraa,
Madrid, 19'^5'i
pp. Bb-IT / Imprimatur:
BAG,
Caalmlro,
Oblapo Aux. y Vic. Gen., 31-3-19'<5)« 460. A Companhla de Jeaua teve por
fundamento nao o texto daa ConatltulcSea,
maa a peraonall?ade do Fundador Da
Introduqao a uma edlqao francesa da Auto-
blografla
de Santo In^Lclo "Era um moraento da hla-
SecQao IV torla
429.
de Deus aglndo neate mundo que seus
fllhos
esplrltuala Ihe pedlam para contar: elea querlam que o Pundador Ihea delxaaae por eacrlto a relagao de
aeua
trabalhoa e de aeua dlaa,
e
flzeaae
o
enunciado daa gragaa concedldaa por Deua a aeu aervldor no tempo em que ele crlava a Companhla de Jeaua. mento
Ora, eaae Inatltuto tlnha tldo por verdadelro
nao o texto daa
funda-
Constltuicoea.
por mala genial que elaa foaFem. maa ^ peraonalldiBe
do
rundador — melhor, o aer que
ae
tlnha
tornado o Pundador, aob a mSo modeladora de Deua" (ALAIN GUILLERMOU, Introdugao a Saint Ignace de
Loyola,
Autobiographie, Editiona du Seuil, Paria,
1962, pp. 10-11). 461. "lato e fundar verdadeiramente a Companhla"
Conta ta,
o Pe. Lula Gongalvez de C§.mara, Jeaul-
confesaor do Rel de Portugal D. Joao III,
no
aeu prologo a Autoblografla de Santo InSclo de Lo yola:
"Dal a uma hora ou duaa fomoa comer; e eatan-
do a meaa com ele (Santo Iniclo), Meatre Polanco e
eu,
nosao Padre dlsse que multas vezea Mestre Na.-
dal
e outroa da Companhla Ihe tlnhara pedldo,
que
ele nunca ae tlnha deterralnado a laao (eacre-
maa
ver a aua autoblografla); e que depola de ter falado comlgo, recolhendo-ae em aeu quarto, havla aentldo tanta devogao e tanta Incllnagao para o fazer, e falando de tal manelra que moatrava que Deus Ihe havla dado grande luz de que o devla fa zer. que ae havla decldldo Intelramente; e a colaa era contar tudo quanto em aua alma, ate agora ae
havla paaaado; e que tlnha tambem decldldo que aerla eu a quern ele manlfeatarla eataa colaaa
"Maa chegado o Padre Nadal, alegrando-ae multo com o que eatava comegado, mandou-me Importunar o Padre, dlzendo-me multaa vezea que em nenhuma colsa podia ele fazer mala bem a^ Companhla do que fazendo lato; e q\^ lato era fundar verdadelramenJ
te~~a~Companhla" (Pe. LUIS GONZALEZ Prologo
DE
CAMARA,
de la Autoblografla de San Ignaclo
Lo
yola, In Obraa Completaa de San Ignaclo de Loyola.
BAC, Madrid, 1947, Tomo T7 pp. 102-103 7~Imprlmatur: Caalmiro, Oblapo aux. y Vic. gen.).
lj30.
SecgSo IV
U62. "Nobso Padre In&cio a quem
Nosso Senhqp noa deu por exemplo e cabeca deate corpo mlatlco"
Eacreve o cltado Padre Lula da contempor&neo de Santo In&clo de Loyolat
C4inara,
"Deade que entrel para a Companhla (de Jeaua), na Pfiacoa de 15^5, aempre deaejel multo ver Noaao Padre Inficlo ^ tratar com ele, a quem Ff^ao
Senhor noa deu como exemplo e_ cabeqa
deate
corpo mlatlco de que todoa aomoa membroa^ Aumentavam—me estea desejoa, alem de outraa razoea parti-
cularea, duaa que mala me movlami uma das quals era deaejar ter obedlencla de entendlmento, do qual tanto ouvla falar na Companhla. Parecla-me que, para poder alcanc&r eata vlrtude, aerla multo bom melo ouvlr doutrlna doa l6bloa daquele cuJoa conceltoa aobre as colaaa da Companhla devlam aer tldoa como aendo oa prlmelroa prlnctploa de qual-
quer clencla. queliao coatumam ^ nem podem aer nejla
demonatradoa. A outra era a altlaalma
oplnlao
^e tlnha da santldade da peaaoa do mesmo Padre, a qual concebla nao so pelaa multas colaaa que dele noa contavam todqq que tlnham tratado com ele, mas
tainbem pela grande perfelqao que
J5 entao reco-
nhecla na Companhla e no aeu modo de proceder. Aaalm me lembro que, penaando multaa vezes aobre la-
to, fazla comlgo eate racloclnlo: *Se o fruto e & obra aao tala. como aerd ^ 6rvore ^ o artifice?'" (VICTORIaNO LARRARAGA SJ, Introducclon — Autoblografla
de San Ignaclo de Loyola In Obraa
Com-
pletaa de "^an Ignaclo de Loyola, BAc^ Madrid, 19117, Tomo I, p. 23 / Imprimatur I Caslmlro, Oblapo aux. y Vic. gen.). I163. Frelraa ae dedlcam a coplar oa enalnamentoa orala de Frel Joao da Cruz Conta
um Carmellta Deacalqo, na aua vlda
de
Sao Joao da Cruz:
"Alfnnnaa
frelraa
ae dedlcam ^ coplar em ^
papel o enalno oral ^ Frel Joao da Cruz. Asaim o faz
nfltarina de Crlato. que chega ^ formar um 11-
vro
que ter? dola dedoa de altura.
Madalena
do
Eaplrl^ "SantolnPelo que eata ultima noa tranaml-
Secgao IV
^31.
tlu (da IrmS Catarlna nao chegou nada ate n68) veraos que coplavam com multa fldelldade" (CRISOQONO DE JESUS OCD, Vlda de San Juan de la Cruz, In Vida
^ Obras de San Juan de la Cruz, BlOJ, Madrid, 5a. ed., 196^" p. 159 / Tmprimatur; Jose Maria-, Ob. Aux. y Vic. Qen., ll-5-19(>'»). i|61. Recolhieun cuidadoaamente quanto de notAvel observavam em seu amadb pai
Da introduQao geral a biografia e escritos de Sao Joao Bosco, por um salesiano:
"Apressemo-nos destes
estudos
a dizer que a fonte principal
sao as Memorie Biografiche,
obra
monumental de 19 tomos, alguns dos quais ultrapas-
sam
as mil pfiginas, de cuja autenticidade e fide-
lidade
nao
cabe
a raenor duvida.
Compilou-as
o
secretfirio do Santo (Dom Bosco), D. Joao B. Lemoyne, grande tempera de historiador "Quando v&rios
JS
Leraoyne chegou ao Oratorio, viu
dos mais inteligentes filhos de Pom
que
Bosco
recolhiam cuidadosamente quanto de notAvel ob
servavam no amado pai e anotavam taquigraficamente
OS seus dlscursos, conferencias e_ o que mais Ihes linpressionava nas palavras que salam de seus lAbios, ate mesmo nas conversas familiares. Lemoyne recolhia
amorosamente
todos estes
apontamentos,
compulsava diligenteraente um por um, e, quando tinha duvidas, conferia-os com outras testemunhas; as vezes dava um.Jeito para consultar o proprio Dom Bosco. Assim se formou um arquivo verdadeira^ mente monumental
"Como Bosco)?
chegaram ate nos estes sonhos (de
Alguns, ele mesmo os escreveu; de
Dom
outros
reviu
a redaqao. A maior parte, porem, ^fruto do
afeto
e da estima de seus filhos. Entre estes ha-
via
aqueles perspicazes que, amando-o entranhada-
mente e nao querem^ perder nada do"^ maravilhodb que viam era seu FaiT desde o inicio" montaram ^ serviQO de estenografia; anotavam qs sonhos e logo se reuniam para confrontar e conseguir o texto
mais exato possivel. Com alguma freqiiencia pediam a Dom Bosco que os revisse" (RODOLFO FIERRO, SDB,
Blo^afla cion
y Escritos de "^an Juan Bosco, Introduc-
general, BAC, Madrid, 1955, p. 5, 6, 62 e 63
U32. /
Secgao IV
Imprimatur: Joae Maria, Ob. Aux. y Vic.
Oral.,
13-5-1955).
M65. AutobioRrafia de Santo Antonio
Maria~5laret7 fonte que tranamite o maia rico do eapirito do fundador
Da introduqao aoa eacritoa autoblogr&ficoa e eapirituaia de Santo Antonio Maria Claret: "HA
ademaia
outraa duaa ocaaioea em
que
o
Santo ae poe, de propoaito, a narrar casos que sji-
cederam com ele, com o fIm expresso de prevenir aoa sacerdotes que o lerem. Tinha razSo, pois *
quem definia ^a_ Autobiografia como
Hanual ^
MiaaionArio Apoatolico'. lato noa expressa, se nao
aeu maior valor — com aer notabillsaimo — ao me—
noa o objetivo que aeu autor teve mala preaente ao eacreve-la.
"Pot eate motivo, a Gongregacao doa MiaaionArioa do Imaculado Corao^b de Maria recebeu ^ Autobiografia
como
dom precioaisaimo de aeu
proprio
funaador e a conaiderou aempre como algo aeu. Entrava em aeu patrimonio eapiritual,
muito tendo
aido compoata com o penaamento do autor tao diretamente e de tantaa maneiraa poato nela. Durante 03 quaae cem anos que medeiam deade a aua compoai-
^o, ^ Autobiografia foi coriaiderada na Congregagao — Junto com as Conatituigoea — como fonte primAria de noaaa eapiritualidade, que tranamitia o
que
TSAN
hA de~maia rico-no eapirito do
fundador".
ANTgHIQ" lTOTA"CrRHEr. Eacritoa autobiogr&fi-
coa ^ eapiritualea, BAG, Madrid, 1959* p. lo3 7 Imprimatur: Blaaius Budelacci, Ep. Niaaen. Tuacu11, 9-2-1959).
m
8 e§883. £S;iS);iQ^S
dSi l34QS£9£l33 §63 8301(83:
883 i8l£8£3 838eg£l3 8 833348
8S 88 4q4I3£ 3 8S 83 g3fi84S 08 83345^8 83 8S££3l8i8
466. A Irrealativel Influencla doa exeinploa doa Santoa
De conhecldo teologo de comegoa deate aeculo: "Sendo
a eaplrltualldade uma clencla vlvlda,
Iroporta moatrar hlatorlcamente como fol poata em prAtlca; e para lato e mlater ler blograflaa de aantoa antlgoa e modernoa, de dlveraaa condlgoea e pa£aea• ....
"E, efetlvamente, em contato com elea (oa autorea
canonlzadoa, ou daqueles que, aem oa aerem,
vlveram
como aantoa) que o coraqao ae Inflama,
a
Intellgencla, lluralnada pela Pe, percebe mala claramente
e aaboreia melhor que nura livro
didHtico
08 grandea princlpioa da vida eapiritual, e a vontade,
auatentada pela graga, ae aente arraatada a prfitica daa virtudea, tao vivamente deacritaa por aquelea que nelaa tao heroicamente ae exercitaram. Se
a eaaaa obraa ae Juntar a leitura da vlda
doa
Santoa, melhor ae corapreenderA alnda por que moti ve e de que modo ae devem imitar, e a irrealativel influencla de aeua exemploa acreacentarfi nova forQa a aeu.a enainamentoa: 'Verba movent, exerapla trahunt' arraata)
(Aa
palavraa
movera,
o
exemplo
SecgSo IV
"Noasa devogSo se dlrlglrfi sobretudo aos San
tos paiti que dlo
que vlveram na mesraa condlgSo que 063, ocupaempregos semelhantes, e pratlcaram a vlrtude nos 5 mals necessfirla" (Ad TANQUEREY, Compende Teologla asc^tica e mtstica, Apostolado da
Iraprensa" Porto, 19bl, ba. ed., pp.
^
Imprimatur: A. Arch. Bracarensis, II-2-190IJ.
I167. S|o Qreg6rio Magno: os exemplos, male
do que as dlssertacoes,
acendem noa coracoes £ dese.lo ^ Ceu
Da
introdugao a uraa vida de Sao Bento
(il80-5'»7):
"Em primeiro lugar, e preciso ter presente que Sao Qregorio se propos prlncipalmente escrever uma vlda popular, eminentemente popular, sem preo—
cupacoes crlticas. Ele mesmo o afirraa: 'Mais ^
oue
as dlssertacoes, sao os exemplos que
acendem
noi" coracSes o amor da'pStFIa^^celestial'T Em suas blograflas,
busca a edlflcagao dos
quela epoca fivldos de maravllhoso" (R. P* BRUNO AVILA OSB, Introducclon In San Qregorio Magno, da de San Benlto, Editorial San Benlto_, Buenos Al-
res7"3aT"ed., 1956, p.8 / Imprimatur: Ramon Novoa,
Pro-Vlcarlo General, ll|-5-^95fe)• i|68. Entre as coisas que enslnam o homem a servlr a Deus ^ evltar ^
o pecado', uma das mals importantes ^ ^ ^xemplo da vlda dos santos
De
uma blografla de Sao Vicente Ferrer
(I350-IM19):
"Entre
as multas colsa^ que enslnam aos
ho-
ntens a servl'r"a Deus e evltar toda especle ^ pe^ados e coisas m^s hA uma que nao e d^ menos
portantes: ^"Tlc'ao' gue nos ^
^
Santos. ....
Os Santos sao Imagens de Jesus Crlsto
"E
aquele que nao qulser errar no camlnho do
ceu (que e tao pouco usado, por ser estrelto e As-
SecQfio IV
"^35.
pero e que pop causa de nossa grande Ignorfincla se tornou tao obscure), deve, per alguns mementos olhar a vlda dos Santos, porque eles tem todas es-
.tas qualldades de mode acabado* Os santos sao, sem
duvlda, espelhos niulto limpos, p'eTo menos de peca-
dos mortals; sap ima^^ens de Jesus Cristo razoavelmente
bem feitas; sao maravilhosas co^as da vlda
evangelica; sao textos escritos pelas maos do Esplrito sFnto; sSo piuias que nos mostram os camlnhos estreitos do ceu ^ sao tochas que nos alumiam para que nSo caiamos em algum despenhadeiro. Nao basta a especulagao; e preciso conhecer
a vlda dos Santos para se entusiasmar pel'a~virtude
"E por late que Sao Tonafia, apeaar de aer muito inatruldo em tudo, nao desprezava a leltura doa feitos
e das palavraa dosnsantos padres ermitaos,
aempre
que para isto tinha tempo; e_ apesar de ter
escrito
muito
sobre
as vlrtudes ^ ^ perfeicao
evangelica, interrompia seus af^erea aempre que podia, ^ra entender melhor eata li^o. Porque os eatudoa eapeculativoa, ainda que tratem daa vlrtu des e aejam aantoa, e muito neceas&rioa a Igreja, tem tantaa finuraa e autilezaa que para^que nao tornem o homem orgulhoso e o deavaneaqa, e_ preciso por- vezea afaatar—ae delea e_ ocupar—se a meditar aobre a vlda, a obediencia, & caatidade, a devopao
e a humildade, ± auateridade e a penitehcia Juntamente com m outraa perfeicoea doa aantoa para que nos venHamoa a entuaiaamar pelaa virtudea que ae ensinam naa escolaa.
Oa exemplos doa Santos aSo carvoes ardentes que abrasam as almas
"Com
iato ae deacobre outra utilidade
desta
ligao, porque nao aomente elas existem (tendo a razao como eapelho, como diaaemoa) para que a pesaoa conhega aa auas faltaa, servindo-lhe de origi
nal e deaenho para o qual poaaa olhar, de guia ^e luz que Ihe moatre o caminho do c6u; mas tambem conquiatam a vontade langando com ela centelhas de' amor de Deuia e menoaprezo do mundo; aa quaia, se encontram a peasoa, urn pouco que seja, diapoata a receber eate fogo celestial, a abrasam inteiramente. Nao h& esporas que fagam correr tanto urn cava-
lo
que se recuaa a galopar, quanto eata ligao faz
caminhar
nossa
vontade em diregao ao ceu.
Assira
■
■
--C
y
Santo Indcio de Loyola. Retratado por Giacomo del Conte
(s§c. XVI);encontra-senacasageneraliciadog jesultas,em Roma.
SecgSo IV escreve
H37.
Santo Agoatlnho em auaa "ConflaaSea"; que
08 exemploa doa aervoa de~beua eram para ele como carvoea ardentea que aBFaaavara o mala Intlmo de
aua alma" (Pray VICENTE JUSTINIAN5" CTTTsTTTlda de San
Vicente Ferrer (Pr6logo), In Blografla
Ea-
crltoJ de SarT^lcente Ferrer. BAG, Madrid, 195b, pp. 9^-9F~/ Imprimatur; Hyaclnthua Ep. aux. y Vic. gen. Valentlae, 9-6-1956).
i|69. ^ vldaa doa aantoa aao normaa de bem vlver mala
do que oa llvroa £ ^ palavraa
Da vlda de Sao Luis Oonzaga (1568-1591), pelo Padre Vlrglllo Ceparl, Jeaulta, conterapor&neo do Santo, e para cuja beatlflca<;ao multo trabalhou: "Toda
peaaoa que le aa hlatorlaa e vldaa doa
Santoa que em vArloa tempoa floreaceram na Igreja Catollca, ve que, de ordlnfirlo, a Dlvlna Provldencla nunca manda ao mundo Santo de vlda multo exera-
plar, aem que ao mearoo tempo auacltealgum conhecldo aeu que, Inaplrado por Deua, eacreva aua vlda
e
ag5ea; para que com a morte do Santo nao expire
aua fama, antea ae eatenda por toda a Igreja, e ae conaerve noa tempoa aegulntea para beneflclo comum
e aproveltamento doa vlndouroa. Com efelto, ^ vl daa
doa Santoa aao'normaa de bem vlver, ^ moatram
o caralnho dlrelto do Paralao, com multo mala efl^ ^$cla, do que oa llvroa eacrltoa _e ^ palavraa".
(VIRGlLIlT' CEPART, Vlda de S. Lulz de Qonzaga, Qfflclna Pollgraflca Editrice, Koma,"T9lO, p. 15 / Imprimatur: Fr. Albertua LSpldl OP, S.P.A. Maglater. Imprimatur: Joaeph Ceppetelll Patr. Conat., Vlceag.).
470. "SI latl ed latae, cur non ego"^— "Se eatea £ eataa puderam, por que nao eu?" 0 mala celebre caao de converaao pela leltura
da
vlda de Santoa: Inficlo de Loyola. A
hlatorladora
conheclda
Daurlgnac aaalm deacreve a convalea-
cenga do cavalelro D. Inficlo, no Gaatelo de Loyo la, ap6a auceaalvaa operagoea na perna dlrelta, quebrada por uma bala de canhao, durante o cerco de Pamplona:
1j38.
SecgSo IV "0
tempo corrla e o aborreclmento apoderava-
-se dele apeaar doa aonhoa da aua Imaglnagao. Oa romancea de cavalarla, entSo raulto em voga era Ea-
panha, parecerara-ihe dever preencher o v&cuo que ae fazla aentlr naa auaa longaa horaa de laolamen-
to e
de
recluaSo. Divertlam-no aa
aventuraa
Imaglnfirlaa
de cavalelroa andantea e aa auaa Impoa-
aivela proezaa. Eata idela agrada-lhe; ordena que Ihe tragam um deaaea romancea. Depola de Inatantea, o aeu crlado de quarto volta: n
Senhor,
alguna
aqul eatfi tudo o que pude encon-
trar.
II Comol Pego-te um romance e trazea-me 11vroa de devogao? Estfis doido? "— Senhor, nao h& outroa. n Val do meu mando pedir a D. Garcia (irraSo
mala velho e chefe da caaa doa Loyola) romancea de cavalarla.
n
jg ful, Senhor; D. Garcia nao tem roman
cea; S. Exa. nao tem outroa llvroa aenao eatea. "Eatea
llvroa
eram: a Vlda de Noaao
Senhor
Jeaua Crlato, pelo frade Ludolfo, e a Plor doa Santoa, amboa em lingua catelhana. n poia bem, — dlaae o Jovem • mundane — delxa-me eaaea llvroa.
"Sobrevem—Ihe o tedlo e o eaplrlto de Xnficlo tem neceaaldade de allraento; a falta de melhor, acelta a leltura que, por certo, nao terla eacoIhldo. ....
.
Frlmelroa efeltoa
"D. Garcia nao entrava no quarto do aeu Jovem
Irmao que o nao encontraaae ocupado a ler ou a escrever.
n— Achala Interease na vlda doa Santoa, caro
Inlgo (norae de batlamo de Santo Inficlo)? dlaae o Irmao.
"— Sim, aenhor,
acho nela
colaaa aurpreen-
dentea, que ultrapaaaam tudo o que oa . cavalelroa Imaglnirloa tern empreendldo para conqulatar um nome glorloso. No prlmelro momento, ou foaae por aer
prlvado doa romancea que eu deaejava, ou
por
SecgSo IV
^*39.
outra razSo, este llvro pareceu-me Inalpldo.
Maa
forgando-me o aborreclmento a iS-lo, terminal por achar-lhe multo Intereaae.
•»
Tanto
melhor; caro Ifllgo,
porque
eata
longa recluaSo 6 doloroaa para uma natureza tSo viva como a voaaa.
" Sofro menoa, meu caro IrmSo, deade qua lelo aata llvro. Contudo, veda: condeno-ma a aata
aupllclo para n5o pardar a mlnha Influancla Junto
daa damaa da corta, ao paaao qua todoa eataa Santoa tarlam aofrldo tudo lato> a mala alnda^ ao pa-^
ra agradarem a Deua. Elea ganharam uma atarnldada da ou
fellcldade am recorapenaa da aua vlda penltanta do martlrlo qua acaltaram; a eu apanaa taral
aorrlaoa da mulherea ou louvores corteaaoa como unlca racompanaa! Pergunto a mlm meamo o qua me flcarfi da tudo laao, quando alaa a eu tanhamoa envelhecldo? ....
0 deaeJo da Imltar oa Santoa
"In&clo
nao
acreacentou, — ao o
confeaaou
mala tarde — qua tlnha parguntado raultaa vezea^a al meamo» ao ler a vlda doa Santoa, porque nao
procurarla Imlti-loa; por qua nao podia fazer o qua oa Santoa pudaram; porque nSo procurarla, como elea, glorlflcar a Deua na terra, com a eaperanga
de aar um dla partlclpanta da aua gl6rla no ceu. E vardada qua asaaa bona aantlmentoa eram Imadlatamanta abafadoa paloa aonhoa de amblgao e de valda-
de, a qua, Indo-aa-lha pouco a pouco dlatandando a
parna, a aaparanga da n&6 flcar coxo quando aalaae
do aau quarto o praocupava mala qua tudo. Entretanto, 11a a ralla aa grandea agoaa doa Santoa, a,
querando conaarvar a racordagao delaa, eacrevla aquelaa qua mala o Impraaalonavam. Paaaado pouco tempo, aentlu-ae multo comovldo ao entregar-ae a aata ocupagao
Luta Interior
"Todaa aataa raflaxoaa aurglara no aapfrlto da D. Inficlo, aaaaltavam-no da dla a da nolte e o fa-
tlgavam
tanto mala quantp mala anarglcaraente aram
combatldaa
doa
palo
reapalto humano a pelo
atratlvo
prazarea antra oa quala tlnha vlvldo ate en—
tao... ....
SecgSo IV
"Prolongando-se esta luta na alma do nosso her6i, perguntou um dia a si mesmo se nSo seria
tempo
de
por termo a ela, tomando uraa
resolugao
deflnitiva.
"— 'Hfi evidentemente em mim, — dizia ele —
duas
vontades opostas; uma, que me impele para
o
bem, e por ele a felicidade eterna; a outra, que me impele para o mal, e por ele a eterna infelicidade. Quando reflito largamente sobre as vantagens
duma vida penitente, como a dos Santos, experimento uma tranquilidade, uraa paz de espirito, uma do-
qura interior, que sSo desconhecidas e que o mundo nSo pode dar-me. Quando, ao contrfirio, me deixo arrastar
pelo pesar e pelo desejo dos prazeres^ e
da gl6ria desta vida, fico com uraa perturbaqao, uma inquietaqSo, uma agitaqao que se assemelham ao remorso, e me tornam desgraqado. E, pois, loucura hesitar ho partido que devo tomar... Farei o que fizeram os Santos I*
A resolucSo tomada
"Esta
com ser
importante resoluqao estava tomada
e,
natureza como a de Inlcio de Loiola, devia executada.
Aproxima-se o momento em que
ele
podia tirar o aparelho da perna e experimentar as
suas forqas; mas a estaqao era pouco favorfivel, o inverno
comeqava a fazer-se sentir e a
prudencia
recomendava que esta resoluqao fosse adiada. por alguns. meses. Entretanto o nosso recluso ocupava—se
em ler e reler a vida de Nosso Senhor e a dos
Santos, e escrevia sempre, mas com rauito mais cui— dado, OS traqos que mais o impressionavam. Fez deste modo um livro de trezentas pAginas, escritas
no gosto da ^poca, em diversas cores. Empregava a cor de ouro para Nosso Senhor, a vermelha para a Santlssima Virgem e as outras cores para os Santos (Ribadeneira). "Entretanto, In&cio tornara-se um homem novo. Ocupado de Deus e do desejo de Ihe agradar, dividia
o seu tempo entre as santas leituras, a
ora->
qSo, a meditaqSo e a escrita. Frocurava trazer a memoria
todas as faltas da sua vida passada, sus-
pirando
pelo
momento em que Ihe fosse
permitido
expi&'las pelos JeJuns, vigllias, maceraqoes e solidSo.
A
sua famllia estranhava-o: a
linguagem.
Secgfio IV
MMl.
naneiras, assuntos de converaagSo, tudo mudara ne-
le, e
D. Qarcla
preocupava-se
serlamente
com
l880• ••••
A consagracfio como cavaleiro de Noesa Senhora. Terror do demonlo
"Uma nolte, aofrendo mala ainda que de ordinArio pela necessidade imperiosa de abandonar tudo
por Deua, e eatando a sua perna aasaz fortlficada para Ihe permitir a execugSo dos seua projetos,
prostrou-se diante duma Imagem da Santlssima Virpediu-Ihe que aceitasse o compromlsso, que ele tomava a seus pes, de 86 viver para a gl6ria
gem,
do aeu dlvino Pllho, e Jurou-lhe, na sua linguagem
de guerreiro, ser eempre fiel a sua bandeira, nSo aervir aenSo na sua millcia e sob suas ordens, e ser do Pllho e da MSe, na vlda e na morte. No mesmo Instante, um estrondo, semelhante a uma forte
detona^ao, faz-se ouvlr no Interior do castelo e o abala
ate
aos allcerces. 0 abalo fol sentldo
em
todos OS cantos da casa, mas nao delxou slnals se~ nao no quarto de D. InAclo, mals vlolentamente
atlngldo, e cujos muros, de alguns p6s de espessura,
sofreram um abalo tao forte que produzlu
uma
larga fenda, que alnda exlste.
"Hao fol um tremor de terra, porque s6 o cas telo sofreu o abalo; as dependenclas nada sofre ram. Qual a causa deste fenomeno? Procurou-se, mas nSo se encontrou. Preverla o demonlo os temivels e Incessantes golpes que Ihe vlrla a dar a santa
Companhla de Jesus, e*'quererla manlfestar a sua ralva Impotente contra aquele que Deus tlnha escoIhldo para ser o fundador da mesma? Os hlstorladores do Santo sao dessa oplnlao. A estranheza da famllla "D.
a
Oarcla
contlnuava
a
preocupar-se
com
transformagao de InAclo e procurava ocaslao
comunlcar-lhe
os
recelos
que o
agltavsun;
de
esta
apresentou-se breve. InAclo, sentlndo-se mals for te,
deu um passelo a cavalo sem prevenlr o IrmSo,
e, quando regressou, encontrou D. Oarcla. .... "A
nolte OS dols conv6rsavam sem testemunhas
no quarto de InAclo.
jjll2.
SecgSo IV
"— Confeeso, — dlzla D. Qarcia — que a vossa salda a cavalo me Inquletou bastante, em
consequencla do ollenclo, que guardals sobre voasos projetoa. Per que me nSo prevenlatea? •»_—
E verdade que v6—lo podia ter dito,
os maa
que receaia?
"— Meu caro digo porque coraqao. A voaaa voaaa imaginaqao
-lo
vida
If[igo, com toda a franqueza v6tenho neceaaidade de expandir o mudanqa 6 tal que receio tudo. A eat& exaltada com a leitura da
de Jeaua Criato e doa Santoa; renunciaatea a
corte, a guerra, aa honraa, a gl6pla, a tudo o que amfiveia. S6
vlveia para Deua, nao
comunicaia
a
ninguem os vossoa projetoa, e, na voaaa Idade, deveia
te-loa
deixando-voa
certaraente. E, poia, de
teraer
que,
levar por Indlacreto fervor, faqala
mala do que devela.
"—
Espero, caro irmao, nao ir mala longe do
que devo, — reapondeu In£cioj — peqo—voa que fi— queia tranqullo a eaae reapeito. "D. Qarcia prolongou a converaa mais
alguna
momentoa, e, vendo que nao podia eaperar confiden— cia alguma aobre oa projetoa do irmao, deixou-o, recomendando-lhe que refletisae# A reatauraqao da inocencia
"Na noite
aeguinte, quando Inicio
eatava
era oraqao, a Santlaaima Virgem apareceu-lhe rodeada
de
brilhante luz, trazendo Jeaua
Menino
noa
braqoa. Nao Ihe falou; mas a aua celestial presen-
qa inundou-lhe a alma de ineffivel consolaqao, e pareceu-lhe que a graqa o purificava inteiramente, que tudo nele fora renovado. A partir daquele momento, ficou livre de toda a tentaqao, de todo o pensamento contrArio a virtude da pureza. Tentativaa de diaauaaao da f.amilia "0 nosao Santo tinha experimentado as forqas:
ppolongando a aua estada aob o teto da faroilia, expunha-ae a novaa observaqoes, a novas tentativaa da parte do irmao para o afastar de seguir a voz que o charaava. Era, pois, urgente apressar a partida. Doia diaa depoia deu aa neceaaariaa ordena.
SecgSo IV
4^3.
e, entrando
nos aposentos de D, Qarcia,
disse—
-Ihe:
"— Meu querldo Irmfio, o tempo 6 favorfivel e vou aproveltfi-lo para Ir ver meu tie Manrlque; eatarel auaente alguns dlaa...
"— Ifilgo, — exclaraou D. Qarcla — enganals-me!
"—
NSo,
aenhop, dlgo-voa a verdade, vou
a
Navarrete.
"
Sim, maa de 14 aonde ireia? Conheqo-voa,
Inigo, e estou certo que h4 muito tempo taia
allmen-
urn projeto de futuro, que nao pode aer agra-
dSvel a voaaa famllia. Nao poaao afaatar-vos dele,
porque aei como aoia firme naa reaoluqoea tomadaa. Maa, por Deual nao me direla nada? Afaatala-vos dura irmao que voa ama aem Ihe dizer aonde idea e o que fareia? Receio que a imaginaqao voa tenha iludido. Quereia viver longe do mundo, bera o aei. Maa nao podeia estar aqui so e tao retirado como um
aolit4rio, ficando conosco? Deua nao estarfi em toda
a parte? Nao conaultaatea ninguera; cedeis a um impulso de fervor inspirado pelo exemplo dos Santoa; bem eat4. Todavia devela ter era conaideraqao tambem
a
pobreza
honra da voaaa famllia. Ides abragar
'a
evangelica e estender a maos aos viandan-
tes?
"Inficio nao respondeu.
"— Se me engano, — acrescentou D. Garcia —
por que me nao desenganais e tranquilizais? "0 mesmo silencio da parte de InScio. Seu irmSo continuou:
»
Nada poaao para voa fazer raudar de reso-
lugao, maa ao menoa, meu irmao, meu caro irmao, ae nao
voltardes de Navarrete, se vos afastardes
nos, como receio, prometei-me, a raim vosso
de
irmao
mais velho, que nunca desonrareis o nobre nome que usaisi Prometei-me que em qualquer lugar em que vos acheis, nao esquecereis o sangue que corre nas
vossas veias, e que nunca adotareis um modo de vi
ver nunca
que
nos faga corarl Enfim, prometei-me
vos tornareis indigno dos nossoa
antepassados•
que
gloriosos
i4ll4.
Secgao IV
«— Prometo-vo-lo, raeu IrmSo; nSo tenho e ea-
pero
nunca ter a Inten^ao de faltar
honra. Dla-
ae-voe a verdade: vou a Navarrebe Pazer uma vlalta
de alguna dlaa a meu tlo Duque de Nfijera, que velo ver-me durante a doenga, e a quem devo este teatemunho de reconheclmento e de afelgao Cavalelro da VlrKem para sempre
"No dia aegulnte, oa doia IrmSoa partlram a cavalo, aeguldoa doa aeua eacudelroe e crladoa, e 86 ae aepararam era Onate, como fora comblnado. Aa
deapedldaa
flzeram-ae a nolte porque InSclo devla
partlr de madrugada. Mas quando todoa eatavara deltadoa o nosso herol, que tlnha tornado todaa aa
precaugoea,
dlrlglu-ae a Igreja de Noaaa
Senhora
de Arancuza e all paaaou a noite. Ao romper do dia montou a cavalo, e, aegutdo de doia criadoa, dirlgiu-ae para Navarrebe. "Abandonando para aempre a opulenta caaa doa paia, nao levara mala nada que oa aeua manuacri-
toa;
nao tomara sequer a bolaa. Chegado a caaa de
aeu tio, recorda-ae que tern algumaa dividaa e quer solve-las;
em caaa de aeu
uma
quantia, que ele reclaraa, encarrega
certa
tio Manrique devem-lhe
aeu eacudeiro de pagar aa dividaa, e, rico
da
com o que Ihe resta, raanda fazer uma
Santiaalma
o
Julgando-ae
Virgem, que brarA aempre
imagem
conaigo;
porque ela aerfi agora a aua unica Senhora" (J.M.S. DAURIQNAC, Santo InAcio de Loiola, Livraria Apoatolado da Imprenaa, Porto, 195^, PP« 20 a 30 / Im~ prlmabur; Mona. Pereira Lopea, VigArio Geral, Por-
to, 20-5-1958).
Uma contradigao aparente
Por que os Santos era aceitam,era repelem as homenagens que Ihes sac prestadas?
J •
J
.
1
'
Oa
doa
multlploa
fatoa
que
deafllaram
dlante
olhoa do leltop neata coletfinea poem inevlta-
velmente a pergunta: o que move oa aantoa, era a dceltar, ora a rejeltar aa caloroaaa manlfeataqoea de venera^ao e de reapelto de que aSo cercadoa? A aolu^ao deaaa queatao, de evldente interea-
ae Intrlnaeco — poato que noa revela a verdadelra fialonomla da aantldade que brllha na Igreja Cato-
llca — nSo e aem alcance prdtlco. Pole aerve para orlentar noaao comgoptamento peaaoal em face da projeqao daa boaa agoea' alhelaa ou prdprlaa.
Nao e de admlrar que tal probleroa tenha ocupado, deade oa prlmordloa da Igreja, a atenqao doa grandea genloa do Crlatlanlamo. Aaslm, Santo Agoatlnho empregou todo o vigor retorico de que era dotado para elucldar a aparente contradiqao doa enainamentoa do proprio Pilho de Deua, que ora recomendava
que ocultAaaemoa noaaaa boaa obraa
aoa
olhoa doa homena, ora noa incitava a que aa fiz6a— aemoa brllhar dlante deleal...
0 aermSo aobre a pureza de IntencSo. a aegulr tranacrlto, traz a marca do admlrAvel~l)outor da Igreja que fol Santo Agoatlnho, e eluclda cabalmente a questao.
*
f! srJrifK M m
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^ V
■« •• ■ ••••
rriTiTvr
Ss&cs a Bucgaa ds Iq^&qsIs SANTO AQOSTINHO
SermSo
a respelto do que ae acha escrlto
em
SSo Mateua: "Brllhe a vcssa luz diante doa ho
mena,
para que vejam aa voaaaa boaa obraa
glorifiquem em
a voaao PaT celeate" (V. lb).
aentldo contr&rlo: "Quardai-voa de
voaaaa
boaa
e
E
fazer
obraa diante doa homena, com
o
fim de aerdea viatoa por elea" (Mt, VI, 1).
.
Ssis esissiSsi BeiEssSsasQ^g ssoSEBSiSscisi
Coatuma, cariaalmoa, deaconcertar a muitoa que, tendo dlto no Evangelho Noaao Senhor Jeaua Criato: "Brllhe a voaaa luz diante doa homena, pa ra
que vejam aa voaaaa boaa obraa e glorlflquem a
voaao
I'al celeate". dlaaeaae depola: "Guardal-voa
de fazer voaaaa boaa obraa diante doa homena, .com' o flm de aerdea viatoa por elea". Inquleta-ae. dl-
go,
o eaplrltd de poucaa luzea, e deaejando real-
mente obedecer a urn e a outro precelto, flutua entre penaamentoa dlveraoa e adveraoa. Forque ae
torna
tao Impoaalvel obedecer a um aenhor, ae or-
dena colaaa opoataa, como a dole aenhorea, aegundo moatrou o Senhor no meamo aermSo (Nt. VI, 2^).
Que
aalda,
pola, h£ para o Anlmo
Indeclao,
quando penaa, com temor, que nSo pode obedecer nem delxar de obedecer? Se, com efelto, moatra aa auaa boaa obraa, de modo a que oa homena aa vejam, em cumprlmento do precelto: "Brllhe a voaaa luz dian
te doa homena. para que yejaun aa voaaaa boaa obraa £ glorlflquem
a voaao Pal celeate",
ae
Julgar^
culpado de ter Ido contra o outro, que dlz: "Quardal-voa
mena,
de fazer voaaaa boaa obraa diante doa ho
com o flm de aerdea viatoa por elea". E ae.
Consagracdo de Santo Agostinho. Quadro de Jaime Huguet(s6c. XV), Museu de Arte da Catalunha, Barcelona.
il50.
Apendlce
pelo contrfiplo, por temop e cautela, esconde o bom, JulgapA nSo bcpvIp a quem Impepatlvamente Ihe dlz: "Bpllhe a voaaa luz diante doa homena, que veJam aa voaaaa boaa obpaa".
papa
2- Sess sttsesU 83 dais scsseilas 8 ftesslals 838 Essla Haa
quem
o entende de mode coppeto,
cumppe
aunbaa aa coiaas no aepvlq-o do Senhop de tudo quanto exlate, o qual nSo tepla condenado o aepvo ne-
gllgente se Ihe tlvesse opdenado algo de Impoaalvel.
Vede, pop exemplo, SSo Paulo, "eacpavo d^ BU8 Cplato, chamado a aep ap63tolo, eacolhido papa o
Evangelho
de Deua", cumpplp, e enainap a
cum—
^pIp, um e outpo mandamento# Olhal como bpllha aua
a
luz diante doa homena, papa que vejam aa auaa
boaa
obpaa: "Recomendamo-noa — dlz ele —
meamoa
n63
a conaciencla de todoa oa homena diante de
Deua" (iT Cop. IV, 2). E em outpo lugap: "Ppocupamoa
fazep o bem, nap a6 diante de Deua, maa
bem
diante
taun-
doa homena" (II CopT~VIII, 21). E
outPO lugap aindal "Comppazei
em todoa em tudo, aa—
aim como eu fago tudo papa comppazep todoa"T^ 6op. X, 33). Vede-o agopa guapdando-ae de fazep a aua Juatiga ou boaa obpaa diante doa homena, com o fim de aep viato pop elea* "Examine — diz ele — cada qual aa auaa obpaa, e entao tep& gl6pla somente em
ai mearao, e^ nao em outpo" (Qal« Vl]^ M). E em outPO lugap: "Popque ^ noaaa glopia ^ o teatemunho
da
noaaa conaciencia" (II Cop. I, 12y« Maa nada tao— di&fano quanto iato: "Se ainda agradaaae aoa ho
mena, nSo aepia aepvo de Cpiato" {Qal> I, 10). NSo
havepfi, poia, agora, quem, vendo contra-
digSo entre oa ppeceitoa do meamo Senhop, ae ponha, e muito maia, contra o aeu Ap6atolo, dizendo: Como noa dizea tu: "Comprazei ^ todoa em tudo, aa-
aim
como eu faco tudo para comprazer a todoa",Ilo
dizerea tu meamo: "Se ainda agradaaae aoa homena, nao aeria aervo de Criato"?
Venha
aeu
em noaaa aJUda o Senhor, que falava em
eacravo
e apoatolo; revele-noa a aua
divina
vontade e de-noa a poaaibilidade de curapri-la.
Apendlce
I15I.
3* SfiQSllUsiS dS
88 BCSfifiltSa
Essas palavras do Evangelho, na verdade, trasem em si mesmaa a explicagSo; contudo, nSo fecham a boca dos famintos, porque sempre tern elas
um
manjar
novo para os coraQoes doe
homens
que
clamam (*).
iSS
B|E§ 8Q^8 &| fiO^fiCSSd
6 .8lQ8 a ^5^88888 1^8 SS£i888 68V898 guem
se
deseja que os homens vejam suas boas
5e
al-
obras«
propoe a pr6prla gl6ria e o pr6prio interesse,
e busca isso para ser viato por eles, nao cumpre em nada o ordenadp pelo Senhor neate particular; porque, com certeza, ae propoe fazer as suas boas obras diante dos homens, mas a sua luz nSo brilha
diante dos homens para que, vendo as suas boas obras, glorifiquem ao Pal celeste. 0 que pretends sem duvida e glorlficar-se a si mesmo, nao a Deus, e, buacando a sua propria vantagera, nao ama a vontade divina. Dessea diz o Apostolo; "Todos buscam aeua
pr6prioa intereaaes. e nao os de Jesus Cris-
^o^(Phil. II. 21).
T
A passagem nao tennina onde diz; "Brilhe a voaaa luz diante dos homens, para que veJam as
yosaas^ boas^obras", pois acrescenta em seguida a intengao
com que se hao-de fazer: "E
glorifiquem
— diz — ^ voaao Pai celeste", de maneira que, ao fazer alguem o bem em presenqa dos homens, nao se proponha
interiormente
outro fim senao
fazer
bem; mas o fim da publicidade hA-de ser a
o
gl6ria
que reyerte para Deus,;para proveito dos que vem a conhece-lo;
porque
para estes A vantajoso
saber
que Deus se compraz "com as boas obras. cujo autor
e Ele mesmo"; e aaaim nao percam a confianqa de tambem elea poderem agradar-Lhe, ae quiserem, pela graqa do Senhor.
(•) Nota do tradutor eapanhol: Quer dizer orador,
que
se
ocultoa
o
aegundo nos parece: alem do sentido 6bvio
deduz dos meamos textos, hA
e
outros
ricoa para os famintos da verdade
batem as portas do Senhor.
(••) Os aublinhadoa duplos aao nossos.
mais
que
1152 •
ApSndlce
E a outra paasagem, onde dl«: "Ouardai-voa ^ fazer a voaaa Juatlga diante doa homena , a tennl-
nou onde—STz? o flm de aerdea vlatos por elea". Aqul n5o acreacenta: gloriflquem ^ vos^9 Pal celeate". aenSo qua: "De outro modo^nao terels recompenaa em voaao Pal celeste"> dando-nos a entender qua buacam, oa que fazem isto, a sua recom penaa em aerem vlatoa peloa homena, e nlaao poem o aeu bem, e al ae recreia a vaidade do aeu coraqao,
que OS eavazia de Deua para enche-loa de vento, e oa torna preaunqoaoa e oa conaome. NSo quer, pola, aaalm, o Ap6atolo, a aeua fi6ia.
Mas por que 6 que nao baatou dizer: "Quardai— -voa
de fazer a voaaa .luatlca diante dos homena",
e~pelo~contr6rio acreacentou: "com o flm de aerdea vlato por elea", ae nSo por haver alguna que^azem
aa~"5uas~ Boas obraa diante doa homena, nao com o fim de. aerem viatoa por elea, maa para que aejam viataa -obraa e glorificado o Fai celeate, que
Se dighbu dar aoa pecadores Juatificadoa a poaaibilidade de faze-laa?
4.
as
QSS^S
0 Ap6atolo diz: "Para ganhar a Criato _e aer
encontrado nEle, nao teHab
,1uatiqa grogg^,
que vem da lei, maa aquela que vem pela f^ Crhll. fir, E~im outro lugar: "Para gue noa torn^aemoa Juatiqa^ de Deua nEle" (11 Cor. V' Criato. Pelo que repreende aasim. oa Judeua:
Na^
conhecendo a .luatica de Deua, e procurando estabelecer a au^ propria, nao ae auieitaram ^ juatlqa de Deua" (Rom. X, 3).
Portanto, eases, oa que fazem as auas boas obraa para a gl6ria de Deua, nSo ae arrogam a qua— lidade de agir bem, maa antes a atribuem a Deua,
de Quem Ihea vem a fe, e que Ihea dd a vida. Fa zer, portanto, com que oa homena vejam eataa boas obraa, para ^ue gloriflquem a quem Ihea d& a poasibilidade
com
de faze-laa, e incentivi-loa a
imitar
piedoaa fe o bem de que sao teatemunhoa, e
realmente fazer brilhar a luz diante doa homena; e fazer aair de ai luz de caridade e n5o fumo de vaidade. E tambem e evitar o fazer a aua Juatiqa diante doa homena com o fim de aer viato por elea; porque nao atribuem a ai esta Juatiqa, nem poem
ApSndlce
^53.
como IntengSo do seu agir o serem vistos, mas em que aeja visto por Deus, em louvor do qual redunda a juatificagSo do homem, e faqa o Senhor, no que
presta
louvor, o que ve naquele que 6 louvado; em
outras palavras, digno de louvor.
que faqa do que louva urn
homem
E observai tambSm como o Ap68tolo, ao dizer: "Comprazei _a todos em tudo, asaim como eu fapo tu-
do para comprazer ^ todos", nao pAraaFT como se Isso, "comprazer aos horo'ens", f6ra a meta da sua intenqSo"^ "Se
Porque, a ser aasim, se tornaria falso:
agradasse ainda aos homens, nao seria escravo
de Cristo"; mas acrescentou incontinenti o fim que
tinha
em
comprazer aos homens: "Nao buscando
diz — o_ meu interesse, senao o dos demaia, que se.jam salvos" (I Cor. X. 33T*
—
para
Deste modo, nao comprazia aos homens em bene-
flcio pr6prio — nSo teria sldo servo de Cristo —
mas comprazia aos homens com vistas ^ salvaqao de les, para ser um idoneo dispensador de Cristo. Porque diante de Deus bastava-lhe a sua consciencia; mas diante dos homens era precise que briIhasse a luz do bom exemplo.
(Sermao LIV, Obras de San Agustin — Homilias, BAC, Madrid, 2a. ed., 1965, tomo X, pp. 39 a
CT7T
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