Rev 22 2013 sfmc

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cobertura completa do

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A sua Sociedade em Revista

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Palavra do Presidente

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este número abordamos o que aconteceu no XVI Congresso Médico Cidade de Campos e XXVI Congresso da SUPEM. Resumindo em números foram 648 inscritos entre médicos, palestrantes e acadêmicos, 2 cursos pré-congresso, 3 salas de aula, 16 mesas redondas, 21 conferências, 48 temas livres e muito trabalho até finalizarmos este congresso. O saldo sempre é positivo em termos de aprendizado científico, crescimento profissional e troca de experiências. O agradecimento nunca é suficiente aos colegas da diretoria e da comissão científica, que se esforçaram para que o Congresso pudesse sair do papel e se transformar em um evento digno da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e de nossa cidade. A todos os patrocinadores que contribuíram, sabendo a importância de cada um para realização do Congresso e agradecendo a confiança depositada. Ao poder público municipal, na sensibilidade da prefeita Rosinha Garotinho e no apoio do Dr. Chicão, fundamentais para este Congresso, seja no apoio financeiro, na cessão do Teatro Trianon e na amizade empenhada. A toda equipe dos bastidores, Célia, Lana, Jobel, à equipe da Inovação, capitaneados pelo Marcondes, Simone e Hermínio, o reconhecimento à fundamental, diria vital, participação de todas neste trabalho empreendido, muito obrigado. Aqueles que participaram do Congresso, possa esta revista relembrá-los dos bons momentos, aos que não foram, que não deixem de participar dos eventos futuros e se aproximar da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, que está sempre de portas abertas esperando a participação e sugestão de todos. Por último, gostaria de comunicar que o Congresso da SOMERJ 2014 será realizado em nossa cidade, conforme entendimento com o Dr. José Ramon Varela Blanco, presidente desta entidade, em data e programação a serem definidas, prestigiando a nossa região. Mais uma vez, a participação de todos é fundamental. Um abraço, Almir Salomão Filho.

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Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia DIRETORIA TRIÊNIO 2011/2014 DIRETORIA: Presidente - Almir Abdala Salomão Filho Vice-Presidente – Vitor Mota Carneiro 1º Secretário – Nabia Maria Moreira Salomão Simão 2º Secretário – Antonio Salim Khouri 1º Tesoureiro – Almir Quitete de Lima Filho 2º Tesoureiro – Leonardo Bath Bacelar da Silva COMISSOES PERMANENTES Sindicância e Fiscalização: - Makhoul Moussallem - Argemiro José Terra Petrucci - Enilton Monteiro Machado Defesa Profissional e União de Classe: - Christian Spalla Lepesteur Moreira - Jairo Perisse - Constantino Campos Fernandes Promoção Científica: - Felix Elias Barros Chalita - Maron El Kik - Valdebrando Mendonça Lemos Divulgação: - Lara Viana de Barros Lemos - Marcos Vieira Bousquet - José Cláudio Granato Poppe Informática: - Bruno Otavio Crespo Fonseca - Cíntia Carvalho Ribeiro Gonçalves - André Gustavo Maciel Lobo DELEGADOS A SOMERJ EFETIVOS: - Angela Regina Rodrigues Vieira - Ronaldo Pinto Pessanha - Francisco Almeida Conte SUPLENTES: - Frederico Paes Barbosa - Israel de Barros Ribas - Sylvia Regina de Souza Moraes

Índice Pág 5 - Perfil/Dr. Gualter Larry Pág 6 - Pré-Congresso-Curso de Imagem Pág 7 - Notícias da Sociedade Pág 8 e 9 - Abramurgem/ Emergência Pág 10 e 11- Abertura e Aspas Pág 12-13 e 14- Cobertura fotográfica do Coquetel e Show de Fábio Porchat Pág 15 - Dor: principais queixas Pág 16 - Doenças do coração Pág 17 - Módulos Pág 18 - Palestras Pág 19 - Conferências Pág 20 - Oncologia Pág 21 - Palestras Pág 22 - Módulos Pág 23 - Conferências Pág 24 - Infertilidade Pág 25 - Convidados internacionais Pág 26 - Idade X Fertilidade Pág 27 - Técnica avançada Pág 28 - De Campos para o mundo Pág 29 - Casos clínicos Pág 30 - Temas livres Pág 32 e 33 - Baile do Cremerj Pág 34 - Diretrizes

notícias da

SFMC

29 DE AGOSTO – NOITE DA SAUDADE 30 E 31 DE AGOSTO – II JORNADA DE PEDIATRIA DA SOPERJ E SFMC

Expediente: A sua Sociedade em Revista Nº22 - Maio/Outubro de 2013 Uma publicação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e-mails: socimedi@sfmc.com.br e sfmc@sfmc.com.br Editoria e Produção: Neusa Martini Siqueira- DRT-1167/90 Programação Visual e Arte Final: Luiz Carlos Lopes Textos: Jornalista Tatiane Freire Revisão: Almir Salomão Filho Circulação: Trimestral Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Dirigida e gratuita Impressão: Gráfica Primeira Impressão/ Borzan e-mail.graficaborzangpi@ymail.com/ tel:​(22) 2732-4430 Colaboradores: Equipe de médicos associados e diretores da SFMC Cobertura Fotográfica: Vilson Correa e Ademar Santos A Revista “A Sua Sociedade em Revista” não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados

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Aluguel de salas para consultório e/ou espaço para Clínica. Rua Dr. Siqueira, 127- Tratar pelo telefone (22) 2736.2437

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perfil

Gualter Larry Alves Há 46 anos se dedicando exclusivamente à medicina, o médico Gualter Larry Alves, teve seu trabalho reconhecido pela Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), sendo escolhido como o médico do ano de 2012. A homenagem foi feita durante o XVI Congresso Médico da Cidade de Campos. Amante da profissão, ele falou sobre sua carreira, conquistas e desafios. Durante o Congresso, o senhor foi homenageado por ter sido eleito o médico do ano de 2012, pela SFMC. O que a medicina representa em sua vida? Dedico o meu tempo exclusivamente à Medicina. Fiz vários cursos, inclusive Pós-Graduação em Medicina Intensiva, no Hospital dos Servidores do Estado (HSE). Não sei fazer outra coisa, a não ser Medicina. Procuro dar o maior tempo aos meus pacientes e examiná-los o mais completo possível. Assim, me sinto responsável e procuro dormir tranquilo, achando que não houve falhas. A felicidade está em sentir o dever cumprido.

muito grande. Não poderia esquecer! Logo depois fui nomeado pelo INAMPS.

Conte-nos um pouco sobre sua formação. O que o levou a optar pela medicina como profissão? Quando fez esta escolha? Fiz o primário em Itamuri, distrito de Muriaé (onde nasci). O curso ginasial, até o segundo ano científico, no Colégio São Paulo, também em Muriaé. O terceiro ano científico fiz em Juiz de Fora. Ao terminar, tinha que fazer uma opção. Meu pai sempre quis que eu fosse médico. Eu sabia química e biologia, era fraco em física e matemática. Então, optei pela Medicina. Meu primeiro vestibular foi em Juiz de Fora, sendo reprovado. Depois fui para Niterói trabalhar no Laboratório de Análise Clínica. Fiz vestibular para a Universidade Federal Fluminense (UFF), onde consegui passar depois de duas tentativas. Formei em 14 de dezembro de 1967. Portanto, são 46 anos de dedicação.

Agora, conte-nos um pouquinho sobre sua história de vida. Sou mineiro. Vim para Campos nomeado pelo INAMPS em 1968. Fui trabalhar no SAMDU da Saldanha Marinho, dando plantão com Dr. Geraldo Venâncio, Dr. Luiz Carlos Silva, Dr. Décio Lobo de Azevedo e Dr. João Machado Castelo Branco, que muito me ajudaram na minha Formação. O Dr. Yussef Bedran, que havia sido meu professor, foi convidado para a Cadeira de Clínica Médica na Faculdade de Medicina de Campos e me convidou para ser seu Assistente. Com a ajuda do Dr. Décio Lobo de Azevedo entrei para a FMC, vindo me instalar em Campos, definitivamente, em maio de 1970. Fui trabalhar no Hospital da Sociedade Portuguesa da Beneficência (SPBC). Não havia, na época, Pronto Socorro em Campos. Era necessário atender os pacientes graves. Com ajuda do Sr. José Francisco Sanguedo (presidente do Hospital), fundamos o CTI - o primeiro do Norte-Fluminense, em 1974. São 43 anos na SPBC. Estou com 73 anos de idade, continuo trabalhando na SPBC e no meu consultório particular.

Lembra do seu primeiro emprego como médico? Continuei trabalhando e estudando. Ao me formar, fui convocado pela Aeronáutica (por não ter servido o exército). Inicialmente fui servir no CAN (Correio Aéreo Nacional) e, posteriormente, no Hospital do Galeão. Era obrigatório ficar apenas um ano, mas optei por continuar e tive a oportunidade de fazer um estágio que muito desejava, no Serviço de Patologia do Dr.Barreto Neto, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, onde pude fazer muitas necropsias que seriam o meu “suporte “ para a Clinica Médica. Portanto, na Aeronáutica foi o meu primeiro emprego como médico e a experiência foi

De lá pra cá, o que mudou? Foi difícil estabelecer-se como profissional? Sente orgulho da história que escreveu até aqui? A Medicina mudou muito. Antigamente, não tínhamos os meios diagnósticos que temos hoje. Era nossa cabeça, nossas mãos e alguns poucos exames de Laboratórios e RX. Hoje, temos tantos exames e meios diagnósticos, que muitos são pedidos desnecessariamente. Não foi difícil me estabelecer, pois Deus me ajudou muito! Orgulho-me de tudo que fiz!

E, para terminarmos, o que o senhor gostaria de deixar como legado para as pessoas que o conhecem e o admiram? Aos colegas jovens, digo que deem sempre atenção aos pacientes. Saibam ouvi-los. Aos demais, que cuidem da saúde, façam exercícios e check-ups e fiquem velhos sem envelhecer!

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Pré-Congresso

Curso de Imagem explora avanços da neurorradiologia A utilização da imagem como principal método para diagnosticar doenças neurológicas e o constante avanço das tecnologias nesta área atraíram um grande público para o Curso de Imagem, ministrado durante toda a quarta-feira (15/05), dentro da programação pré-congresso. Três especialistas abordaram temas, como traumatismo crânio-encefálico, hemorragia intracraniana não traumática, epilepsia, acidente vascular encefálico, mielopatias, sequências e interpretação da ressonância magnética. O neurorradiologista Leonardo Vandesteen, que atua em Campos, coordenou o curso e dividiu os temas com os também neurorradiologistas Leonardo Avanza e Augusto Galvão. Dentre outros pontos, Vandesteen destacou os avanços da neurorradiologia, que garantem maior precisão nos diagnósticos. “Num primeiro momento usávamos apenas o raio-x como instrumento de trabalho. Depois, apareceu a tomografia e hoje exploramos bastante a ressonância magnética. Com o avanço das tecnologias há maior probabilidade de chegarmos bem mais perto do diagnóstico correto. Quando analisávamos apenas uma tomografia, que não tem tanta sensibilidade, tínhamos maior dificuldade em identificar, por exemplo, se o caso do paciente se tratava de um tumor ou de um AVC. Hoje a realidade é muito diferente”, explicou o coordenador do curso. Ele ainda questionou o fato de a neurorradiologia não ser conceituada como uma subespecialidade no Brasil. “É impossível um médico se manter atualizado em tudo. Há seis anos eu dedico 80% do meu trabalho à neuroimagem. A especialização é necessária”, ressaltou. Já o especialista Leonardo Avanza elogiou a iniciativa da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) de trazer para o XVI Congresso Médico da Cidade de Campos um curso específico de imagem. “Durante a formação acadêmica o assunto não é abordado com profundidade. Então, é muito importante que estudantes e também profissionais participem de atividades extracurriculares como esta em busca de capacitação. Ficamos lisonjeados por termos sido convidados a participar de um evento médico amplo como este, em que são abordados tantos temas. Estamos mais acostumados a palestrar em eventos específicos, para neurorradiologistas. Está sendo uma oportunidade ímpar, tanto para nós, quanto para os participantes”, comentou Avanza, que atua em Vitória (ES). Em outros dois momentos o Curso de Imagem ainda explorou os temas Infecções do Sistema Nervoso Central (SNC) e Doença desmielizante, com o palestrante Bruno Guedes; Doenças neurodegenerativas, com o médico Francisco da Silva Maciel Júnior; Lesões selares e parasselares e Processo expansivo intracraniano, com o palestrante Leonardo Vandesteen. A sua Sociedade em Revista

Dr. Augusto Galvão, Dr. Bruno Guedes, Dr. Leonardo Avanza, Dr. Leonardo Vandesteen, Dr. Francisco Maciel Júnior e Dr. Almir Salomão Filho

Dr. Bruno Guedes

Dr. Francisco Maciel Júnior

Dr. Leonardo Vandesteen

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Dr. Augusto Galvão

Dr. Márcio França e Dr. Almir Salomão Filho

Dr. Leonardo Avanza


Imagem

Dr. Luiz Clóvis Parente, Dra Ana Beatriz Burla Dias, Dr. Francisco Maciel Júnior e Dr. Almir Salomão Filho

Dr. Augusto Galvão e Dr. Leonardo Vandesteen

Dr. Almir Salomão Filho, Dr. Leonardo Vandesteen, Dr. Leonardo Avanza e Dr. Augusto Galvão

Dr. Gustavo Ribas, Dr. Renato Correa Machado Júnior, Dr. Leonardo Avanza, Dr. Júlio Alves Pereira, Dr. Leonardo Madalosso

Dr. Paulo Sérgio Santos Machado, Dr. Francisco Maciel Junior e Dr. Luiz Clóvis Parente

Agradecemos aos patrocinadores do XVI Congresso Médico Cidade de Campos e XXVI Congresso da SUPEM, pelo apoio e patrocínio que tornou possível a realização deste grande evento médico em nossa Cidade.

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Emergência

Abramurgem cobra melhor qu

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Dr. Fernando Sabia Tallo

Dr. Edno Wallace, Dr. Luiz José de Souza e Dr. Fernando Sabia Tallo

ó a falta de opção leva profissionais, em sua maioria recém-formados, a trabalhar numa unidade de emergência nos tempos atuais”. A declaração foi feita pelo presidente da Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência (Abramurgem), Fernando Sabia Tallo, durante o Curso Urgência e Emergência, que fez parte da programação pré-congresso no primeiro dia do evento. Segundo ele, os prontos-socorros do Brasil estão longe de oferecer a estrutura necessária para um funcionamento pleno. Da mesma forma que muitos dos profissionais que neles atuam não estão capacitados a prestar o atendimento ideal. A justificativa para isso, na opinião de Sabia, é a ausência de uma matéria específica de urgência e emergência nas faculdades. “É necessário que haja uma cadeira específica de urgência e emergência em todas as faculdades de Medicina do mundo. No Brasil, apenas 20% das instituições de ensino tem esta disciplina na grade curricular. Isso é mais do que absurdo e explica a deficiência do atendimento nos prontos-socorros. Os recém-formados chegam lá sem experiência e sem conhecimento, o que é ainda mais grave”, denunciou. Tallo ainda criticou a estrutura geral das unidades que prestam atendimento de urgência e emergência. “Hoje em dia ninguém quer fazer pronto-socorro com a estrutura que as unidades oferecem: triagem ineficiente, equipamentos insufi-

Abordagens — No Curso de Urgência e Emergência foram abordados temas diversificados: Fernando Sabia palestrou sobre ventilação mecânica no pronto-socorro e também sobre atendimento inicial à sepse grave e choque séptico no pronto-socorro. Ele ainda ministrou sobre sedação A sua Sociedade em Revista

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Emergência

ualificação dos emergencistas cientes, equipes de RH que não atendem de forma adequada, entre tantos outros problemas”. Mesmo frisando que cabe às faculdades e não às associações o papel de qualificar, o presidente da Abramurgem defendeu ser importante abordar o tema em congressos e simpósios. Ele acredita que trazer o assunto à tona chama a atenção dos acadêmicos e Dr. Luiz José de Souza e Dr. Benedicto Pohl os ajuda a trilhar o caminho correto. “Sei que um curso não é suficiente para agregar os conhecimentos necessários ao tipo de atendimento prestado, mas introduz o assunto e incentiva os acadêmicos a continuar explorando-o”, disse Fernando. E mais uma vez o presidente da Associação cobrou qualificação e capacitação dos emergencistas. “A verdade é que só vão trabalhar nas emergências os recém-formados, que ainda não tiveram a oportunidade de atuar em consultório. Com isso, falta experiência e o atendimento acaba sendo precário. A realidade chega a ser antagônica. Se levarmos em consideração que numa emergência são atendidos os casos mais graves, chegamos à conclusão de que os médicos que Plateia atenta a palestra de Dr. Fernando Sabia recebem estes pacientes deveriam ser os mais preparados, com maior experiência”, avaliou.

Dr. Fernando Sabia Tallo

Novas criações vão beneficiar acadêmicos

O e acesso à via aérea no pronto-socorro. Já o palestrante Edno Wallace proferiu sobre síndromes coronárias agudas e atendimento às urgências e emergências hipertensivas. A mesa redonda foi presidida pelo médico Benedicto Waldir Pohl, especialista em medicina intensiva.

presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), Luiz José de Souza, elogiou a dinâmica do Curso de Urgência e Emergência e anunciou projetos em andamento. “O curso foi maravilhoso, proveitoso demais. Agora, estamos trabalhando para realizar um treinamento mais extenso. Depois da teoria, vamos oferecer aulas práticas, no manequim e também nos doentes”, contou. O médico adiantou que a SBCM está agilizando a criação da Liga Acadêmica de Medicina de Urgência e Emergência (Lamurgem) para beneficiar os estudantes de medicina do município. “Já estamos nos organizando para a criação da Lamurgem. Temos ainda a ideia de promover a educação continuada, capacitando os médicos dos postos 24 horas e do programa Emergência em Casa, da prefeitura de Campos. O secretário de Saúde e o presidente da Abramurgem já nos deram o sinal verde para isso. Da mesma forma que o diretor da Faculdade de Medicina de Campos também nos apoia na criação da Lamurgem. Cabe agora a nós, da SBCM, nos organizar e colocar tudo isso para funcionar”, revelou Luiz José.

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Abertura

Convidados prestigiam abertura do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos Humorista Fábio Porchat abrilhantou a noite com o stand up comedy “Porta dos Fundos”

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entenas de autoridades, profissionais e acadêmicos da área médica prestigiaram a abertura oficial do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos e XXVI Congresso da Supem, na noite de quarta-feira (15/05), no Teatro Trianon. Os convidados receberam as boas-vindas do presidente da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), Almir Abdala Salomão Filho, assistiram ao stand up comedy “Porta dos fundos”, com o humorista Fábio Porchat, e foram servidos com um coquetel. Naquela noite, representantes de diversas entidades médicas; o vice-prefeito de Campos, Francisco Arthur Oliveira (Chicão) e o secretário de Saúde de Campos, Geraldo Venâncio, falaram sobre a importância do Congresso. O Congresso Médico faz parte da história da cidade. O fato de presidir a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia me deu a oportunidade de organizar este evento e fazer com que Campos seja o centro de discussões que tragam melhorias para o nosso município. A troca de experiências deve ser uma constante. Que os alunos saibam aproveitar estes conhecimentos. Além do aprendizado, que este evento seja propulsor para a aplicação da prática da medicina. Agradecemos à prefeita Rosinha Garotinho, aos patrocinadores, à FMC, à FBPN, ao Cremerj e à Somerj”. Almir Abdala Salomão Filho – Presidente da SFMC

A formação tem uma importância fundamental no exercício da medicina. De nada adianta toda a estrutura, se não tivermos profissionais de ponta atuando. O Congresso será enriquecedor para todos”. Paulo Hirano – Representante da Câmara de Vereadores de Campos

Antevejo o Congresso como um evento de grande sucesso, mais uma vez. É muito gratificante ter a possibilidade de participar deste momento de reciclagem”. Geraldo Venâncio – Secretário de Saúde de Campos

Esta é uma oportunidade única para muitos dos acadêmicos que estão aqui. Seria perfeito se todas as cidades investissem na qualificação como Campos vem investindo”. Annelyse Peixoto – Presidente da SUPEM

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Precisamos trabalhar a base da pirâmide para suportar o peso acima. Investimos R$ 500 milhões em Saúde, cerca de 30% do orçamento, mas ainda temos muito que melhorar. Este é um momento único. Todos os atores que devem participar da construção de uma saúde plena estão aqui. Esta é a hora de construirmos a saúde que Campos merece. Não vamos nos furtar de ser médicos, na essência da palavra”. Francisco Arthur Oliveira (Chicão) – Vice-prefeito de Campos (representando a prefeita Rosinha Garotinho, que participava de um evento em Brasília)

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Abertura Gostaria de parabenizar à Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia pela magnitude do evento, que já mostrou a que veio. O presidente, Almir Salomão, tem dignificado a entidade. Havia muito tempo que não reuníamos pessoas tão importantes, de tão boas intenções. Esta é a hora de corrigir o que está errado, trocar ideias, melhorar, qualificar e refletir sobre nossa missão de médicos. Este será um Congresso histórico”. Nélio Artiles – Diretor da FMC

Nosso objetivo na Sociedade Brasileira de Clínica Médica é promover a melhoria da qualificação do ensino médico. Precisamos de uma melhor estrutura de ensino. Entre várias de nossas ações, propusemos treinamento de emergência em campo. Tivemos hoje, como evento pré-congresso, um Curso de Terapia Intensiva com a Abramurgem. A experiência e o aprendizado foram, sem dúvida, de grande valia para os acadêmicos de nossa cidade e região”. Luiz José de Souza – Presidente da SBCM e representante da FBPN

Parabéns à Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia pelo feito. Tenho certeza de que o Congresso será um sucesso, temos o teatro lotado. Sabemos o quanto este evento de educação continuada é importante para a área médica. Campos é uma cidade que prioriza a educação médica. Os alunos estão em grande quantidade prestigiando o Congresso. Estão buscando um algo a mais e isso é fundamental. Que o evento seja um exemplo e que muitos outros ocorram, para que a informação chegue aos nossos governantes e eles, definitivamente, entendam que não há necessidade de médicos estrangeiros em nosso país”. Vera Lúcia Mota da Fonseca – Vice-presidente do Cremerj (presidente em exercício)

A ideia de trazer médicos estrangeiros para atuar no Brasil desrespeita a nossa categoria. Temos 188 faculdades de medicina registradas no Brasil em 2012, número superior ao de países como Estados Unidos e China, que são mais populosos. O governo insiste em equívocos porque não entende nada de medicina. Este projeto é um desrespeito também à sociedade brasileira. Não é verdade que há falta de médicos. O que há, na verdade, é falta de sabedoria para distribuí-los”. Fernando Sabia Tallo – Presidente da Abramurgem

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Abertura

Vilmar Rangel

Dr. Almir Salomão Filho, Dr. Félix Chalita, Dr. Leandro Chalita, Dr. Leonardo Moreira Manhães e Dr. Ronald Young Júnior

Dr. José Manoel Correa, Dr. Geraldo Augusto Venâncio, Dr. Fernando Sabia Tallo, Dr. Almir Salomão Filho e Dr. Francisco Arthur Oliveira

Dr. Leonardo Bath Bacelar e Priscila Bacelar

Dr. Edilbert Pellegrini e Dra Ada Lavor

Dr. Francisco Arthur Oliveira e Dr. Edno Wallace A sua Sociedade em Revista

Dr. Vitor Motta Carneiro e Dra Roberta Cesário Carneiro

Heloisa e Dr. Ricardo Madeira

Dr. Makhoul Moussallem e Dr. Almir Salomão Filho

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Dr. Almir Salomão Filho e Dra Adriana Trotta Salomão

Dr. Almir Salomão Filho, Dr. Ruy Monteiro de Castro Filho e Dr. Makhoul Moussallem

Dr. Sérgio Queiroz Vieira, Dra Ângela Regina Vieira, Dr. Francisco Arthur Oliveira e Dr. José Ramon Blanco

Dr. Luiz José de Souza, Dr. Marco Antonio Gomes Velloso, Dra Ionilda Gonçalves Velloso e Dra Afaf Ibrahim Khenaifes

Dr. João Tadeu Damian Souto, Dr. Valdebrando Mendonça Lemos e Dr. Ricardo Juliboni


Coquetel

Dr. Antonio Andrade Simão, Dra Nábia Maria Salomão Simão, Isabela Salim, Dr. Antonio Salim, Dra Adriana Trotta Salomão, Dr. Almir Salomão Filho e Dr. Almir Quitete

Dr. Almir Salomão Filho, Dra Adriana Trotta Salomão, Desiree, Dr. Paulo Hirano, Dr. Nélio Artiles e Dr. José Manoel Correa Moreira

Dra Vera Fonseca, Dr. Nélio Artiles Freitas, Dr. Luiz José de Souza, Dr. Edno Wallace e Dr. Fernando Sabia Tallo

Dr. Nélio Artiles Freitas, Dra Vera Fonseca, Dr. Makhoul Moussallem, Dr. Luiz Fernando Moraes e Dr. Sidnei Ferreira

Dr. Francisco Arthur de Oliveira, Dr. Ricardo Madeira e Heloisa, Dr. Geraldo Augusto Venâncio e Dr. Fernando Sabia Tallo

Dr. Francisco Augusto Colucci, Dr. Carlos Henriques Paes, Dr. Roberto Nascimento Costa, Dr. Paulo Roberto Hirano, Dr. Francisco Arthur de Oliveira, Dr. Antonio Salim e Dr. Moacyr Serodio Paes

Dra Elizabeth Passebon Soares e Dr. Luiz Clóvis Parente Soares

Dr. Almir Salomão Filho e Dr. Almir Quitete Filho

Júlia Maia e Dr. Raphael Maia, Paula Bragança e Dr. Claudemir Bragança

Célia e Lana

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Fábio Porchat com o stand up comedy “Porta dos Fundos”

Dr. João Tadeu Damian Souto, Dr. Edno Wallace, Dr. Luiz José de Souza, Dr. João Tadeu Damian Filho, Dr. Frederico Paes Barbosa, Dra Maria Aparecida Damian, Dr. José Felício Rubim Laterça, Dr. Fernando Sabia Tallo e Dr. Francisco Arthur de Oliveira

Heloisa e Dr. Ricardo Madeira com os filhos Arthur e Ricardo

Dra Adriana Trotta Salomão, Fábio Porchat e Dr. Almir Salomão Filho

Dr. Almir Salomão Filho e Dra Adriana Trotta Salomão, Desiree e Paulo Hirano, Dr. Nélio Artiles Freitas, Dr. José Manoel Correa Moreira

Dra Adriana Trotta Salomão, Isabela Salim e Dra Nábia Maria Salomão Simão

Heloisa, Fábio Porchat e Dr. Ricardo Madeira

Dr. José Manoel Correa Moreira, Dr. Paulo Hirano, Dr. Nélio Artiles Freitas, Dr. Sérgio Queiroz Vieira, Dr. João José e Dr. Ronald Youg Júnior

Dr. José Felício, Dr. Frederico Barbosa e Dra Maria Aparecida Damian

Dr. Almir Salomão Filho, Dr. Edno Wallace e Dr. Francisco Arthur de Oliveira

Dr. Francisco Maciel Júnior e Maria, Dr. João Bosco e Nilzete, Dr. Almir Salomão Filho A sua Sociedade em Revista

Paula Aguiar e Felipe Quitete, Dr. Almir Quitete

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Acadêmicos de Medicina


Dor: principais queixas

Cefaleia e dor lombar no foco das discussões C

Dr. Raulino José Rebelo

efaleia e lombalgia são, sem sombra de dúvidas, as duas principais causas de queixas entre os pacientes que buscam atendimento médico sentido dores constantes. As reclamações fazem parte do cotidiano dos profissionais e, por isso, o tema gerou bastante interesse, principalmente entre os acadêmicos. A mesa redonda sobre Dor foi presidida pelo neurocirurgião Raulino José Rebello Pereira e teve os especialistas Elder Sarmento, Leonardo Moreira Manhães e Leandro Alcy Sales Ferreira como palestrantes. Os quatro frisaram a todo momento que a individualidade dos pacientes precisa ser preservada, mesmo que as queixas pareçam fator comum. Outro foco das discussões foi a importância do diagnóstico precoce, como forma de evitar que as dores agudas se tornem crônicas e, posteriormente, lesões graves. “Os acadêmicos precisam aprender a não ter medo de tratar as dores do paciente. É preciso usar os medicamentos corretos e tratar precocemente, antes que as dores se tornem lesões mais graves. Pacientes com dores, sejam elas agudas ou crônicas, são pessoas que precisam de atenção do médico. Eles precisam ser ouvidos e suas queixas valorizadas. O médico não pode generalizar os casos”, alertou Raulino. A palestra sobre cefaleias primárias mais frequentes foi ministrada pelo especialista Elder Sarmento. Já o tema aspectos da dor nas principais afecções reumatológicas, pelo médico Leandro Manhães. O palestrante Leandro Alcy Sales Ferreira proferiu sobre dor na coluna.

Dr. Pedro Glória Neto, Dr. Elder Sarmento, Dr. Leandro Alcy, Dr. Leonardo Moreira e Dr. Raulino José Rebelo

Dr. Leonardo Moreira Manhães

Dr. Leandro Alcy Sales Ferreira

Dr. Elder Sarmento

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Cardiologia

Intervir nos fatores de risco é o melhor tratamento para evitar doenças coronarianas

A

s doenças cardiovasculares são responsáveis por 25% a 30% das causas de morte no mundo. Apesar da estatística assustadora, a população continua desatenta aos cuidados necessários para evitar o desenvolvimento das doenças do coração. Durante o módulo de Cardiologia do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos, foram discutidos causas, diagnóstico, tratamento e prevenção deste mal que assola o Brasil e o mundo. A aterosclerose coronariana aguda foi um dos temas de palestra. O risco de mortalidade entre os pacientes que apresentam os sintomas desta doença é imenso, caso não haja tempo hábil de socorrê-los até um ambiente propício para a realização dos procedimentos necessários. O cardiologista Luiz Antonio de Almeida Campos, um dos palestrantes do módulo, alertou para a importância de buscar atendimento médico o quanto antes. Ele explicou que o ideal é que o socorro seja feito nas primeiras seis horas do aparecimento dos sintomas. Neste período a probabilidade de o quadro ser reversível é muito maior. “O principal sintoma é uma dor torácica opressiva, com sensação de peso, o que pode sugerir uma síndrome coronariana aguda. Quando sentir esta dor, corra para uma emergência”, orientou o especialista. O diagnóstico e o tratamento da doença dependem de uma série de conhecimentos educacionais. Num primeiro momento é avaliada a manifestação da dor. Caso aponte para uma síndrome, deve ser indicado um eletrocardiograma. A pressão deve ser aferida e os marcadores de necrose miocárdica no sangue analisados. A partir daí, deve ser iniciado o tratamento com medicação venosa. Dependendo da indicação, podem ser realizados cateterismos ou angioplastias. “Tudo tem que ser feito no momento exato”, disse o cardiologista.

Dr. Jamil Soares

Dr. Leonardo Bath Bacelar, Dr. Félix Chalita, Dra Olga Ferreira de Souza, Dr. João José e Dr. Luiz Antonio Campos

Dr. Celmo Júnior

Prevenção para uma vida melhor

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xistem fatores de risco que fazem com que os problemas cardíacos se estabeleçam ou avancem. Tabagismo, obesidade, sedentarismo e dieta inadequada são alguns fatores removíveis, que podem ser modificados pelo paciente. Basta que eles parem de fumar, emagreçam, façam atividades físicas e se alimentem de forma adequada. Mas, também existem os fatores controláveis, como diabetes, hipertensão arterial e colesterol alto. E ainda aqueles hereditários, estes sim, não são removíveis. “Intervir nos fatores de risco é o melhor tratamento, o que tem mais efeito. O músculo cardíaco, quando lesionado, não se recupera. Então, todo cuidado é pouco”, finalizou Luiz Antônio.

Dr. Leonardo Ferraz, Dr. Celmo Júnior e Dr. Jamil Soares A sua Sociedade em Revista

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Módulo I

Dra Lara Vianna de Barros, Dr. Manoel Carlos Vieira, Dr. Reinaldo Ottero Justino Júnior e Dr. José Roberto Crespo

Dr. Humberto Paes Fernandes

Pancreatite Aguda

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Módulo I, de Clínica Médica, iniciou na quinta-feira (16/05) pela manhã, no Anfiteatro Dr. Jair Araújo Jr., com uma mesa redonda sobre Pancreatite Aguda. O médico José Roberto Crespo de Souza presidiu os trabalhos. Os especialistas Lara Vianna de Barros Lemos, Reinaldo Ottero, Manoel Carlos Vieira e Humberto Fernandes palestraram respectivamente sobre Tratamento de Pancreatite Aguda: Mitos e Verdades, Papel dos Métodos de Imagem na Pancreatite Aguda, CPRE na pancreatite aguda: quando indicar e Indicações e procedimentos cirúrgicos na pancreatite aguda.

Dr. Reinaldo Ottero Justino Júnior

Dra Lara Vianna de Barros

(sentado) Dr. Charbell Haddad Kury, (mesa) Dr. Claudemir Bragança, Dr. Wellington Magalhães, Enfª Juliana Sigiliano e Dr. Raphael Barros.

Insuficiência respitatória

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ambém pela manhã aconteceu o Módulo de Pediatria na sala da FMC. A conferência sobre Insuficiência Respiratória foi presidida pelo médico Charbel Kury Haddad e teve como conferencista o especialista Wellington Magalhães. Na mesma sala, logo em seguida, houve uma mesa redonda sobre Tratamento da Insuficiência Respiratória, coordenada pelo médico Raphael Barros Maia. Os especialistas Juliana Sigiliano, Claudemir Bragança Rodrigues e Wellington Magalhães palestraram sobre Oxigenioterapia inalatória, Ventilação não invasiva, Sequência rápida de intubação e Ventilação mecânica.

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Dr. Wellington Magalhães A sua Sociedade em Revista


Palestras

Tratamento Cirúrgico do Diabetes

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inda pela manhã, no Auditório Lenício de Almeida Cordeiro, ocorreu a mesa redonda sobre Tratamento Cirúrgico do Diabetes, presidida pelo médico Carlos Gicovate. Foram debatedores os médicos Bruno Carvalho e Valesca Mansur. Foram abordados temas como A visão do endocrinologista, A visão do cirurgião e o IMC como padrão de indicação para cirurgia metabólica, respectivamente pelos palestrantes Andrea Quintanilha e Fernando Barros.

Abordagem Emergencial ao TCE

J

á no Anfiteatro Dr. Jair Araújo Jr. aconteceu a conferência sobre Abordagem emergencial ao traumatizado de crânio grave na sala de emergência, presidida pelo médico Makhoul Moussallem, que teve como conferencista o especialista Ruy Monteiro de Castro Filho, ex-aluno da Faculdade de Medicina de Campos (FMC), chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Municipal Miguel Couto e Coordenador Executivo da Rede de Assistência Neurocirúrgica da Cidade do Rio de Janeiro.

Pediatria “Reconhecendo a falência cardio respiratória”

D

ando continuidade ao Módulo de Pediatria, na sala da FMC aconteceu à tarde a conferência “Reconhecendo a falência cardio respiratória”, presidida pela médica Maria Aparecida Machado Orioli, que teve como conferencista Sandra Victal.

Insuficiência Renal Aguda

A

inda no mesmo horário, na sala da FMC, aconteceu a conferência sobre Insuficiência renal aguda, presidida pela médica Thalita Vera Valim Valente, que teve como conferencista o especialista Suelen Bianaca Stopa Martins. A sua Sociedade em Revista

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Conferências Tratamento Conservador das lesões hepatoesplênicas

P

aralelamente, no Auditório Lenício de Almeida Cordeiro, ocorreu a conferência sobre Tratamento Conservador das lesões hepatoesplênicas, presidida pelo médico Leandro Peres, que teve como conferencista o especialista Rodrigo Amil.

Conferência sobre PET-CT

J

á à tarde, o Auditório Lenício de Almeida Cordeiro recebeu o Módulo IV, de Oncologia. Houve uma conferência sobre PET-CT: quando pedir, presidida pelo médico Reinaldo Ottero Justino Júnior, que teve como conferencista o especialista José Leite Cavalcante Filho.

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Oncologia

“Câncer gástrico tem cura: diagnóstico precoce é fundamental”

A

importância do diagnóstico precoce em casos de oncologia foi amplamente discutida na mesa redonda sobre câncer gástrico, presidida pelo cirurgião Rogério Bicalho, no segundo dia do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos. O especialista frisou que o município tem uma estrutura médica excelente nesta área e conta com três Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons) com cirurgiões altamente capacitados, formados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ainda de acordo com Bicalho, a cidade caminha a passos largos no tratamento dos mais diversos tipos da doença. “O Ministério da Saúde exige que um paciente oncológico seja tratado em 60 dias. Em Campos este período tem sido muito menor. Temos tratado em 15 dias”, informou. Ele destacou que câncer de estômago tem cura. Assim que surgirem os primeiros sintomas digestivos, com emagrecimento, o paciente deve buscar ajuda o quanto antes e no lugar certo, neste caso, numa Unacon. “Não existe fila de espera para cirurgia. O atendimento é imediato”, garantiu. Durante os trabalhos deste módulo, os conferencistas assistiram a palestras sobre tratamento adjuvante e neoadjuvante, com o cirurgião Bruno Vilhena; radioterapia, com o especialista Ronaldo Cavalieri; e conduta atual do tratamento cirúrgico, com o médico campista Gustavo Stoduto, que atualmente atua no estado do Mato Grosso do Sul. Estatística — O Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA) está implantando o Registro de Câncer, levantando estatisticamente todos os casos oncológicos tratados naquela unidade desde 2010 até hoje. “Com estes números em mãos saberemos ao certo quais são os casos com maior incidência no município e teremos como trabalhar em cima de uma política preventiva direcionada”, disse Bicalho. A sua Sociedade em Revista

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Dr. José Carlos Stoduto, Dr. Almir Salomão Filho, Dr. Rogério Bicalho, Dr. Gustavo Stoduto, Dr. Ronaldo Cavalieri e Dr. André Luiz Porto

Dr. Gustavo Stoduto


Palestras

Urgência oncológica A

mesa redonda sobre Urgência oncológica, que teve como debatedores os médicos Frederico Paes Barbosa, João Tadeu Filho e Sávio Rangel Mussi Rocha aconteceu na tarde de quinta-feira (16/05),no Auditório Lenício de Almeida Cordeiro.

Tratamento do choque séptico

A

inda no dia 16, na sala da FMC, ocorreu a mesa redonda sobre Tratamento do choque séptico, coordenada pelo médico Claudemir Bragança Rodrigues. Foram palestrantes os especialistas Bruno Espírito Santo, Sandra Victal e Cláudia Castro Medina, que abordaram, respectivamente, os temas: Ressucitação fluídica, Aminas e Corticóide e Particularidades na dengue.

Novas diretrizes no atendimento ao recémnascido

Avanços e aplicação prática da radioterapia

J

A

á no final do dia, no Auditório Lenício de Almeida Cordeiro, aconteceu a conferência sobre Avanços e aplicação prática da radioterapia, presidida pelo médico Frederico Paes Barbosa, que teve como conferencista o especialista Márcio Reisner.

programação de quinta-feira (16/05) fechou com a conferência sobre Novas diretrizes no atendimento ao recém-nascido na sala de parto, presidida pela médica Sylvia Regina de Souza Moraes, que teve como conferencista a especialista Maria Aparecida Machado Orioli.

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AAAAAAA Módulos

Nódulos Tireoidianos

Vasculites

A

brindo a programação de sexta-feira (17/05), o Módulo V, de Clínica Médica, abordou o tema Vasculites, numa conferência presidida pelo médico André Gustavo Maciel Lobo, que teve como conferencista o especialista Sérgio Vinícius Pinheiro.

A

mesa redonda sobre Nódulos Tireoidianos ocorreu na sala da FMC e foi coordenada pelo médico Eduardo Flores. Os especialistas Maurício Barbosa Lima, Euderson Kang Tourinho e Marilene Figueira palestram, respectivamente, sobre os temas: Diagnóstico diferencial do nódulo tireoidiano, ultrassonografia no diagnóstico do nódulo tireoidiano e PAAF e citopatologia do nódulo tireoidiano.

“Diabetes Tipo1: diagnóstico e controle”

Lupus Eritematoso Sistêmico

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á no Anfiteatro Dr. Jair Araújo jr. ocorreu a mesa redonda sobre Lupus eritemitoso sistêmico, presidida pelo médico Luiz Clóvis Bittencourt Guimarães. A palestra sobre Novos critérios de classificação e co-morbidade foi ministrada pelo especialista Rodrigo Poubel.

A

inda pela manhã foi realizado o Módulo VII, de Endocrinologia, na sala da FMC. A conferência sobre “Diabetes Tipo1: diagnóstico e controle” teve a médica Ana Paula Galvão como presidente e Valesca Mansur Kuba como conferencista.

Como induzir a ovulação

A

inda na manhã de sexta-feira (17/05) houve a conferência sobre Como induzir a ovulação. Os trabalhos foram presididos pelo médico Antônio Salim Khouri e teve como conferencista o especialista Paulo Gallo de Sá.

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Conferências

HPV À tarde, o médico Edilbert Pellegrini palestrou sobre HPV no Anfiteatro Dr. Jair Araújo Jr.

Exercício Profissional

Infecções do trato respiratório superior e inferior

E

m seguida aconteceu a mesa redonda sobre Infecções do trato respiratório superior e inferior, presidida pelo médico Luís Carlos Sell. Os profissionais Arnaldo Noronha, Domenico Capone e Nélio Artiles palestraram, respectivamente, sobre O que o clínico precisa saber e fazer no primeiro atendimento, O que a imagem pode ajudar no primeiro atendimento e Abordagem terapêutica.

A

mesa redonda sobre exercício profissional aconteceu na sala da FMC. Foi coordenada pelo médico Ricardo Venâncio Juliboni e teve a participação de outros quatro médicos: Luiz Fernando Soares Moares, que palestrou sobre Responsabilidade médica; Sérgio Albieri, que abordou o tema Relação Médico x paciente; Sidnei Ferreira, que falou sobre Documentos médicos; e Edilbert Pellegrini, que discorreu sobre Notificação compulsória.

Dengue: Apresentações clássicas e atípicas em Campos dos Goytacazes

À

tarde, no Anfiteatro Dr. Jair Araújo Jr. houve a conferência sobre Dengue: Apresentações clássicas e atípicas em Campos dos Goytacazes. Os trabalhos foram presididos pelo médico Leonardo Bath Bacelar e teve como conferencista o especialista Luiz José de Souza.

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Infertilidade

Qual é o papel do Urologista na Reprodução Humana? S egundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais (um a cada seis ou sete) tem problemas de infertilidade. No Brasil esta estatística não é diferente e, por isso, a procura pelos métodos de reprodução humana tem sido cada vez maior: são feitos cerca de 20 mil ciclos por ano, nos 200 Centros de Reprodução do país. Diferente do que muitos pensam, o ginecologista não é o único profissional da medicina envolvido neste processo. O urologista também contribui, e muito, para o sucesso da realização do sonho do casal. A atuação destes profissionais foi tema de palestra no XVI Congresso Médico da Cidade de Campos, ministrada pelo especialista Rodrigo Lessi Pagani e presidida pelo também

Dr. Rodrigo Lessa Pagani

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especialista Francis Roque Khouri. Ao abordar detalhadamente o tema, Pagani foi enfático ao frisar que a primeira opção na busca para a solução do problema é sempre a correção natural. Quando a questão envolve uma vasectomia, por exemplo, ele garantiu que o procedimento pode ser revertido. “É importante lembrar aos homens que a vasectomia é reversível. O procedimento é eficaz. Basta que procure um médico capacitado. A reversão é sempre uma ótima ideia. Sou defensor desta causa. Caso esta e outras alternativas de correção natural não deem certo, aí sim, buscamos os métodos de reprodução assistida”, posicionou-se. Ele ainda ressaltou que o Brasil avançou bastante no que diz respeito à aplicação das técnicas da reprodução humana. “Nosso país está avançado na genética. Temos feito estudos genéticos pré-concepção, em embriões, através do sangue materno”, disse Rodrigo. O também urologista Francis Roque Khouri, que presidiu os trabalhos, concordou com o palestrante. “A reprodução humana realmente evoluiu. Nos próximos 15 anos teremos no Brasil as maiores empresas do mundo, graças à dedicação da equipe, que nós sabemos que é multidisciplinar”, observou Khouri.


Convidados internacionais AAAAAAA

Especialistas internacionais falam sobre Reprodução Humana Colombiano e Mexicano exploram diversos aspectos das técnicas aplicadas

R

eprodução humana foi um dos temas mais aguardados do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos. Para explorar o assunto, a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, organizadora do evento, trouxe dois especialistas internacionais: o colombiano Elkin Dr. Elkin Lucena Lucena - que iniciou a Reprodução Assistida na América Latina e integrou a equipe do primeiro bebê de proveta no mundo - e o mexicano Rafael Sanchez Usabiaga, especializado em Rastreamento Genético. Ambos os profissionais elogiaram as técnicas aplicadas no Brasil e defenderam que antes de utilizar os métodos de reprodução assistida em seus pacientes, os médicos devem tentar todos os demais tratamentos naturais ou seminaturais. Para Elkin Lucena, que é diretor do Centro Colombiano de Fertilidade e Esterilidade (Cecolfes), “os métodos naturais e seminaturais são mais seguros, mais confiáveis, mais eficazes, menos custosos”. Em uma de suas palestras ele falou sobre as possíveis formas de reprodução e foi enfático ao defender que seja qual for o tratamento, não deve ser voltado para a taxa de gravidez, mas sim para a garantia da saúde do bebê. Em outro momento, numa segunda conferência, Lucena informou que a infertilidade é considerada um problema global de saúde pública, com base num apontamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) feito em 2009. “O Brasil é um dos países mais avançados e desenvolvidos na área da reprodução humana. O que ainda falta é uma legislação específica para doação de óvulos”, observou Lucena.

Dr. Rafael Sanchez, Dr. Elkin Lucena e Dr. Francisco Augusto Colucci

Dr. Elkin Lucena e Dr. Luiz Felipe Rabello

Dr. Geraldo Augusto Venâncio

O secretário de Saúde, Geraldo Venâncio, presidiu a conferência sobre saúde Pública e Reprodução Humana, representando a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, e destacou a importância da participação dos especialistas internacionais no Congresso. “Hoje é um dia importante para a medicina de nossa cidade, que já desenvolve um projeto de sucesso nesta área. A vinda do professor Lucena e do Rafael Sanchez muito nos orgulha e emociona”, disse Geraldo Venâncio.

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Idade X Fertilidade

A idade é fundamental para definir a capacidade de fertilidade da mulher

O

ginecologista Paulo Gallo de Sá, que é chefe do setor de Reprodução Humana do Serviço de Ginecologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE-UERJ), participou da mesa redonda sobre Idade e fertilidade, coordenada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, Artur Dzik, que também contou com a participação do Rafael Sanchez. Na ocasião, ele revelou que a diminuição do índice de fertilidade entre as mulheres é gradativa: dos 25 aos 29 anos a redução varia entre 4% e 8%. Já dos 30 aos 34 anos os índices caem de 15% a 19%. Dos 35 aos 40 Dr. Paulo Gallo anos a fertilidade diminui entre 28% e 46%. Depois dos 40 anos a taxa cai 95% e a probabilidade da mulher engravidar por métodos naturais é de apenas 5%. Já entre os homens esta queda acontece de forma bem mais lenta. A diminuição da fertilidade inicia apenas aos 40 anos e aos 65 o percentual reduz cerca de 35%. Nos casos da fertilização IN VITRO, a probabilidade de engravidar é de 60% nas mulheres de 30 anos; 50% nas que tem entre 31 e 33 anos e 40% nas que tem entre 34 e 37 anos. “A idade é fundamental para definir a capacidade de fertilidade da mulher. O ginecologista deve orientar sua paciente quanto aos riscos reprodutivos associados à idade materna. Esgotada todas as tentativas de reprodução natural, deve ser indicada então a ovorrecepção, caso seja necessário”, explicou Paulo Gallo de Sá.

Dr. Rafael Sanchez

Dr. Arthur Dzik

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Técnica avançada

Vitrificação é apontada como recurso para gestação saudável na idade avançada

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os casos de gravidez indesejada, as mulheres tem se tornado mães cada vez mais cedo. Já nos casos das gestações programadas, a realidade é completamente oposta. Segundo o especialista mexicano Rafael Sanchez, em todo o mundo as mulheres tem optado por engravidar cada vez mais tarde, seja para estudar, trabalhar ou por questões financeiras. Como a idade interfere diretamente na fertilidade, esta decisão acaba se tornando um problema para muitas delas e, nestes casos, a vitrificação é apontada como recurso para uma gravidez saudável, mesmo na idade avançada. Durante sua palestra, o especialista explicou que vitrificar oócitos é um rápido e eficiente método de criopreservação, que resulta em altas taxas de sobrevivência, fertilização, desenvolvimento embrionário e gravidez normal. “Caso não queria engravidar na idade considerada ideal, a mulher deve adotar a técnica da vitrificação. Se preservado no período auge da ovulação, ele se manterá com aquela qualidade, mesmo que a fertilização aconteça muitos anos mais tarde. A vitrificação evita que a paciente seja obrigada a utilizar um óvulo doado quando, finalmente, decidir ser mãe”, esclareceu Rafael. Além da questão da idade, existem outros fatores que provocam a redução da produção de óvulos, como o tabagismo e as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). “A medicina preventiva é muito melhor que a curativa. A mulher deve se cuidar em todas as fases da vida”, alertou o médico.

Dr. Rafael Sanchez

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De Campos para o mundo

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Especialistas de outros estados e países conheceram a atuação do CIMF

a mesa redonda sobre atualidades na Reprodução Humana, o coordenador do Centro de Infertilidade e Medicina Fetal do Norte Fluminense (CIMF), Hospital Escola Álvaro Alvim, Francisco Augusto Colucci Coelho, apresentou a experiência de estímulo mínimo modificado naquela unidade. O CIMF realizou a reprodução assistida do primeiro bebê do país resultante de Fertilização In Vitro (FIV) com o novo método INVO. O especialista falou sobre os “Protocolos MILD modificados em TRA” e destacou a técnica de fertilização empregada em Campos. O Centro de Infertilidade tem o apoio da Prefeitura. Segundo Colucci, houve uma troca de experiências sobre a fertilização gratuita na rede pública de assistência. “Todos destacamos a preocupação com resultados de tratamentos que levam a gestações múltiplas. Há um consenso mundial pela transferência de apenas um embrião para a paciente, a fim de se evitar gestações múltiplas. Também se confirmou o posicionamento quanto ao uso de baixas dosagens de medicamentos para a obtenção dos óvulos, o que já fazemos em Campos. Esta foi uma oportunidade especial para apresentar aos especialistas de outros estados e países o método INVO, que utilizamos em Campos para fertilização”, concluiu. Na mesa, coordenada pelo médico Luiz Felipe Rabelo e Silva, o especialista Artur Dzik, que é diretor do Hospital Pérola Byington, palestrou sobre os 10 mandamentos da da Reprodução Humana e o colombiano Elkin Lucena que ministrou sobre Ciclo Natural Modificado.

Dr. Rafael Sanchez, Dr. Elkin Lucena e Dr. Francisco Augusto Colucci.

Supem avalia participação dos acadêmicos no Congresso

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Sociedade Universitária de Pesquisas e Estudos Médicos (Supem) participou ativamente da organização do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos. A presidente da instituição, Annelyse de Abreu Peixoto, destacou a importância de os acadêmicos se envolverem num evento que trouxe personalidades internacionais. “Sem dúvidas, o Congresso foi muito proveitoso para todos nós acadêmicos. Os temas foram abrangentes, permitindo aprendizado em diversas áreas diferentes. Isso, sem contar A sua Sociedade em Revista

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que para a Supem é extremamente importante participar de um evento com o porte deste Congresso. Nos dá credibilidade e maior visibilidade”, avaliou Annelyse. A Supem foi fundada em 1972 pelo então acadêmico, hoje reumatologista, Francisco Conte. Sete anos depois, a Prefeitura Municipal de Campos a reconheceu como órgão de utilidade pública. Em 1999 a Supem e a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia fecharam a primeira parceria para a realização do Congresso Médico da Cidade de Campos.


Casos clínicos

Sessão clínica apresenta dois casos raros

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entenas de acadêmios, especialistas, clínicos e neurologistas participaram da sessão clínica, que tradicionalmente encerra a programação dos Congressos Médicos da Cidade de Campos. Nesta XVI edição, foram apresentados dois casos clínicos: um de Guillain Barret pós infecção por dengue e outro de Polimiosite por toxoplasmose. Ambos os casos, bastante interessantes, foram registrados no Centro de Referência da Dengue (CRD), dirigido pelo médico Luiz José de Souza, também presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM). Segundo ele, o foco da discussão em caso clínico tem como objetivo principal o treinamento para os estudantes de medicina no raciocínio do diagnóstico. “A SBCM tem como bandeira principal o fortalecimento da especialidade. E as sessões clínicas representam a grande utilização de conhecimentos da semiologia e da clínica médica, onde a associação dos sintomas, mais o exame físico e o raciocínio do médico são primordiais no diagnóstico dos pacientes independente da evolução tecnológica”, ressaltou Luiz José. A expectativa é de que os dois casos clínicos apresentados sejam publicados e apresentados no Congresso de Medicina Tropical, que será realizado em Campo Grande (MS), em agosto deste ano. “Trata-se de dois casos clínicos raros e muito bem documentados”, finalizou o médico.

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Os acadêmicos Yuri Guimarães Tavares e Laura de Almeida Barreto durante a apresentação da sessão clínica

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temas livres Resumos Vencedores XVI Congresso Médico da Cidade de Campos Mais uma vez o concurso de Temas Livres foi um sucesso, com 39 trabalhos inscritos. O Prêmio Dr. Plínio Bacelar, oferecido pelo laboratório Plínio Bacelar, foi entregue a Regina Célia de Souza Campos Fernandes, Priscila Faria Sereno, Thais Louvain de Souza e Enrique Medina A. Costa, autores do trabalho primeiro colocado da categoria oral, sobre o tema “Transmissão Materno-Infantil do HIV em Campos dos Goytacazes: desafios ainda não superados”. Já o Prêmio Dr. Paulo de Miranda Carneiro, oferecido pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), foi entregue a Nabia Maria Moreira Salomão Simão, Bianca de Sá Abreu e Abreu, Felício

Stênio Schuenck Rozete, Mariana Brasileiro Vieira Puppo, Maryana Neves Souza e Roberta Vilaça Azeredo, autores do melhor trabalho na categoria pôster, sobre o tema “Leiomiossarcoma pulmonar metastático: relato de caso e revisão da literatura”. As apresentações dos pôsteres e trabalhos orais ocorreram, respectivamente, na quinta e sexta-feira, dias 16 e 17 de maio. A comissão avaliadora esteve composta por uma banca de três médicos, que fizeram suas avaliações e enviaram as notas para um sistema on line, que calcula e emite o resultado parcial. Após as apresentações, a comissão se reúne e elege os melhores trabalhos.

Apresentação Oral: 1° lugar: TRANSMISSÃO MATERNO-INFANTIL DO HIV EM CAMPOS DOS GOYTACAZES: DESAFIOS AINDA NÃO SUPERADOS Resumo: Introdução:Com o uso materno de antirretrovirais, da Zidovudina no parto e pelo recém-nato além do aleitamento artificial, espera-se transmissão materno–infantil do HIV (TMI) entre 0 a 2%. Em Campos, avaliações dos períodos 1999-2004 e 2004-2007 mostraram valores de TMI de 6,8% e 7,7% respectivamente. Objetivo:Determinar taxa de TMI do HIV em Campos, de 1/2008 a 10/2012 e fatores de risco associados. Métodos:Análise de prontuários de gestantes com infecção pelo HIV confirmada e de seus bebês atendidos e com investigação concluída no SAE/DST AIDS. Variáveis de exposição:via de parto;época de diagnóstico materno;uso materno de antirretrovirais;e amamentação. Variável de

desfecho:TMI do HIV. Riscos relativos foram calculados com intervalo de confiança de 95% e utilizando o teste exato de Fisher para avaliar significância estatística das associações. Resultados:Deram a luz 122 gestantes HIV positivas. Idade materna < 30 anos em 69,7% (85/122); baixa escolaridade ≤ 1º grau em 66,4% (81/122);e conhecimento sobre a TMI em 77,9% (95/122). A taxa de TMI do HIV foi de 4,9% (6/122). As variáveis com associação estatística com a TMI mantêm-se inalteradas. Foram o parto vaginal (RR=9,62; IC95% 1.88-49.14; p=0,0080);o diagnóstico no parto (RR=7,13; IC95% 1,58-32,17; p=0,0243);não uso materno de antirretrovirais (RR=6,13; IC95% 1.18–31.83; p=0,0318);e amamentação ao seio (RR=11,20; IC95% 2.5948.41; p=0,0071). Conclusões:Apesar da queda da TMI do HIV merece preocupação a incapacidade de testar um número maior de gestantes e o uso incorreto do teste rápido no pós-parto permitindo a amamentação e impedindo a profilaxia intraparto.

MELHOR POSTER: LEIOMIOSSARCOMA PULMONAR METASTÁTICO:RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA Resumo: Introdução: Leiomiossarcoma é um tumor maligno relativamente raro de origem no músculo liso, podendo surgir de diversas regiões, como a parede do trato gastrointestinal, parede do útero, partes moles ricas em músculos ou parede dos vasos sanguíneos. Acomete em sua maior parte indivíduos de meia idade e mais velhos, metastatizando-se principalmente por via hematogênica. O intervalo de tempo para a detecção de metástase é tipicamente curto e os pacientes com doença irressecável ou metastática tem péssimo prognóstico, com sobrevida global em cinco anos de 10%. Descrição do Caso: Paciente masculino, branco, 45 anos, com queixa de dispneia e emagrecimento. Sem história de neoplasias prévias. Telerradiografia de tórax: infiltrado intersticial, bronquiectasias e pequenos nódulos de partes moles difusos nos pulmões. Tomografia computadorizada de tórax: opaciA sua Sociedade em Revista

dades nodulares difusas em ambos os campos pulmonares, sugestivas de implantes secundários. Feita ressecção de dois segmentos pulmonares, cujo laudo histopatológico revelou neoplasia de células fusiformes com padrão de crescimento intersticial, peribrônquico e perivascular, formando nódulos parenquimatosos estendendo-se à pleura visceral. Estudo imuno-histoquímico: imuno-reatividade com os anticorpos anti-vimentina e actina de músculo liso. Conclusão: Leiomiossarcoma comprometendo tecido pulmonar. Paciente em tratamento quimioterápico. Comentário: Metástases pulmonares de leiomiossarcoma são raras, com caráter bastante agressivo e manejo clínico desafiador. Relatamos um caso de leiomiossarcoma metastático para o pulmão, na forma de múltiplos nódulos. A recorrência do leiomiossarcoma pode ocorrer em até 05 anos após o diagnóstico inicial, portanto o acompanhamento deve ser a longo prazo.

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Cultura e lazer

Espaço Cultural Cremerj animou a noite de sexta-feira

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a sexta-feira, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) ofereceu uma noite de lazer aos médicos, com show do cantor Dom Américo, na Academia Nova Estação. Durante o evento, o médico Gualter Larry Alves recebeu uma homenagem por ter sido escolhido o médico do ano de 2012, pela Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC). O agradável momento de confraternização ficou registrado em diversas fotos que podem ser conferidas abaixo:

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Cultura e lazer

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Diretrizes Somerj engajada na luta pela defesa da classe médica

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urante sua participação no XVI Congresso Médico da Cidade de Campos, o presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj), José Ramon Blanco, demonstrou a preocupação da entidade com uma série de questões que envolvem a classe médica, não só do território fluminense, mas de todo o Brasil. Dentre elas, a possibilidade de o governo federal contratar seis mil médicos cubanos para atuar nas áreas mais pobres do território brasileiro, onde consideram que a assistência médica é precária. “A Somerj é contra medidas de importação de médicos sem a devida avaliação dos currículos. A necessidade não é real. O Brasil tem médicos suficientes, mal distribuídos, mal remunerados, sem estímulo de carreira e sem condições dignas para si e para seus assistidos. A

Somerj tem participado de assembleias que se reúnem no sentido de sensibilizar e compromissar as autoridades, tentando traçar caminhos na busca de soluções”, explicou. Blanco ainda revelou que há grande preocupação em relação ao momento em que vive a medicina nos dias atuais: como o ensino e a redução da carga horária de disciplinas como Semiologia. Também com a carência de médicos nos hospitais públicos e a falta de estímulo à carreira. “Os Congressos Médicos são a forma de repassar às diferentes especialidades as experiências do conhecimento teórico e prático absorvidos na ampla e renovada área do saber médico. Campos, com a pujança de sua medicina e de sua vida econômica, não poderia deixar de ser participante ativo deste processo”, elogiou o presidente da Somerj.

Somerj realiza reunião de maio em Campos

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reunião mensal da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) aconteceu dentro da programação do último dia do XVI Congresso Médico da Cidade de Campos, na manhã de sábado (18/05). Participaram do encontro os médicos Makhoul Moussalem do Conselho Federal de Medicina, Almir Abdala Salomão Filho da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, João Paulino da Silva Prazeres da Associação Médica de Itaperuna, Marcelo Batistta Rizzo da Associação Médica de Macaé, Edino Jurado da Silva da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Carlos Sell do Sindicato dos Médicos de Campos e Ângela Vieira da Somerj.

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