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UniversoUPF
espaço do leitor “Aguardo sempre com curiosidade cada nova edição da Revista Universo UPF. Percebo que ela se consolida como veículo de informação da comunidade acadêmica, divulgando as realizações acadêmico-científicas tanto ao público interno quanto ao externo. Em diagramação com visual contemporâneo, suas matérias apresentam ao mesmo tempo profundidade de conteúdo, leveza no estilo e qualidade de imagens, demonstrando trabalho de equipe que alia profissionais experientes com propostas inovadoras. Minha sugestão de pauta é no sentido de ampliar conteúdos sobre cultura e arte, e a participação dos segmentos de alunos e funcionários da UPF”. Professora Dra. Rosa Maria Locatelli Kalil
docente do curso de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia O espaço do Leitor recebe comentários, sugestões e impressões sobre a revista Universo UPF. Para participar, escreva um e-mail para imprensa@upf.br. Nossos telefones de contato são (54) 3316-8142 e 3316-8138. Boa leitura a todos! Equipe de produção da revista Universo UPF
UPF em
NÚMEROS 9 campi instalados em Passo Fundo e nas cidades da região 101 municípios abrangidos em sua área de atuação 21.441 alunos matriculados na graduação, pós-graduação e extensão da UPF, além da UPF Idiomas e do Integrado UPF 934 professores de Ensino Superior (49,89% Mestres 26,55% Doutores) 1.298 funcionários 60 cursos de graduação 47 cursos de especialização em andamento 13 cursos de mestrado institucional 04 cursos de doutorado institucional e oito estágios pós-doutorais 66.470 profissionais formados nestes 45 anos 10 bibliotecas 286.715 exemplares de livros disponíveis, num total de 111.401 títulos 23 anfiteatros e auditórios 174 salas para ensino prático-experimental 291 laboratórios 150 clínicas 56 convênios com instituições estrangeiras, possibilitando intercâmbio acadêmico em 16 países
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nesta
edição Pg 03
n Criação do Mestrado em Di-
reito e aprovação dos doutorados em Letras e História marcam novo momento na pós-graduação
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n Conceito 4 no Índice Geral de Cursos do MEC reafirma excelência da UPF em ensino
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Substâncias químicas nas águas podem alterar percepção dos peixes
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n Projeto potencializa ações coletivas de prevenção e resolução de conflitos em busca de uma cultura de paz
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UPFOficial
Universidade de Passo Fundo
Revista Universo UPF - nº 06 Abril / 2014 A revista Universo UPF é uma publicação da Universidade de Passo Fundo e tem distribuição gratuita
Reitor: n José Carlos Carles de Souza Vice-Reitora de Graduação: n Neusa Maria Henriques Rocha Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: n Leonardo José Gil Barcellos Vice-Reitora de Extensão e Assuntos Comunitários: n Bernadete Maria Dalmolin Vice-Reitor Administrativo: n Agenor Dias de Meira Junior Executivo de Comunicação: n Cristiano Mielczarski Silva Produção de textos: Carla Patrícia Vailatti (MTb/ RS 14403); Caroline Simor da Silva (MTb/RS 15861); Cristiane Sossella (MTb/RS 9594); Filippe de Oliveira (MTb/RS 16570); Leonardo Rodrigues Andreoli (MTb/RS 14508); Maria Joana Chaise (MTb/RS 11315); Laisa Priscila Fantinel (MTB/RS 15.894) e estagiária Laíssa França Barbieri. Edição: Cristiane Sossella (MTb/RS 9594) e Maria Joana Chaise (MTb/RS 11315). Revisão de textos: Paulo Resende Projeto gráfico: Fábio Luis Rockenbach e Luis A. Hofman Jr. Diagramação e capa: Marcus Vinícius Freitas, Núcleos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda Fotos de capa: Divulgação / Montagem / Marcus Vinícius Freitas
Universidade de Passo Fundo - BR 285, Bairro São José - Passo Fundo/RS CEP: 99052-900 Telefone: (54) 3316 8100 www.upf.br
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universidade
PÓS-GRADUAÇÃO cresce e se consolida
Criação do Mestrado em Direito e aprovação dos doutorados em Letras e História marcam novo momento na Instituição
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UPF segue uma caminhada de crescimento e consolidação da pós-graduação stricto sensu. Nos últimos três anos, essa área cresceu 110% na Instituição, de acordo com dados da Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Uma das mais recentes conquistas foi a aprovação do Mestrado em Direito, que já realizou seleção
para a formação da primeira turma. A aprovação, também pela Capes, dos doutorados em Letras e História, valida os investimentos realizados. O vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Dr. Leonardo José Gil Barcellos, avalia que a Instituição tem prestado todo o apoio necessário tanto para a qualificação do corpo docen-
Fotos: Fabiana Beltrami
Mestrado em Direito Com a primeira turma em andamento, o Programa de Pós-Graduação em Direito tem área de concentração em Novos Paradigmas do Direito, sustentada por duas linhas de pesquisa: Jurisdição Constitucional e Democracia; e Relações Sociais e Dimensões do Poder. De acordo com o coordenador, Dr. Ivan Guérios Curi, o mestrado objetiva fomentar ainda mais a pesquisa e o debate sobre os novos paradigmas do direito e ao mesmo tempo contribuir para manter um ensino de excelência em todos os cursos da Faculdade de Direito da UPF. “É de notar que o Mestrado em Direito tem uma abrangência geopolítica muito extensa, tendo em conta que a produção científica que dele resultar, na formação de mestres ou na publicação de artigos em revistas de excelência e livros, refletirá em toda a região Sul do país e não somente em Passo Fundo”, acredita. Na opinião do coordenador adjunto, Dr. Giovani Corralo, a aprovação do Mestrado marca um novo momento para a Faculdade de Direito, reconhecida por
Tradicional Faculdade de Direito agora oferece o mestrado
te quanto para a melhoria dos indicadores de produção, além de dar suporte à ampliação da rede de contatos internacionais e interinstitucionais para a qualificação científica. “Temos ciência de que esse investimento agrega não só à pós-graduação, mas também à graduação, à pesquisa e à extensão, qualificando o processo de ensino como um todo”, refere.
ser pioneira na área na região e pela formação de excelência dos seus egressos. Todas as informações podem ser obtidas pelo site http://www.upf.br/ppgdireito/. Doutorado em História O Programa de Pós-Graduação em História iniciou atividades em 1998, tendo sido o primeiro a ser instalado fora do eixo metropolitano gaúcho. Agora, o curso de doutorado também é pioneiro fora da região metropolitana no Sul do país. Fruto do amadurecimento do PPGH, que já conta com mais de 200 dissertações defendidas, o doutorado em História assegura condições de proporcionar uma formação de alto nível a pós-graduandos na área de concentração História Regional. Conforme a coordenadora, professora Dra. Ana Luiza Setti Reckziegel, a produção científica dos docentes, publicada em periódicos dos altos extratos do Qualis/Capes, foi classificada em
Inscrições ao Doutorado em Letras estarão abertas de 26 de maio a 14 de julho
segundo lugar dentre os 63 programas existentes na área no Brasil. “A internacionalização do Programa também é um fator diferencial, visto os convênios internacionais firmados com universidades da Argentina, Uruguai, Cuba, Angola, Itália e Portugal, que resultaram em publicações conjuntas e missões de trabalho dos docentes do PPGH”, pontua. As inscrições ao doutorado estão abertas até 09 de junho próximo. Detalhes no site www.upf.br/ppgh. Doutorado em Letras O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) surgiu como decorrência da movimentação de décadas na área de Letras na UPF. A graduação foi criada em 1957, e, em 2003, foi implantado o Programa de Pós-Graduação. Destaca-se nessa trajetória a realização das Jornadas Literárias, uma movimentação cultural de caráter permanente e cuja ação, a cada dois anos, culmina num encontro entre leitores, escritores, artistas, intelectuais e críticos, além de outros eventos, que têm oportunizado à comunidade acadêmica o contato com professores renomados de diferentes instituições. Na avaliação da coordenadora do PPGL, professora Dra. Fabiane Verardi Burlamaque, a aprovação da proposta do curso de doutorado demonstra o amadurecimento e a consolidação do Programa. “Além disso, reflete a articulação do corpo docente com a pesquisa, o ensino e a extensão e, também, os diferentes convênios e redes estabelecidos com outras instituições do país e exterior”, afirma. As inscrições ao doutorado estarão abertas de 26 de maio a 14 de julho próximo. Detalhes no site www.upf.br/ ppgl.
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Opinião
Palavra do
Reitor
Ética em pesquisas com seres humanos
José Carlos Carles de Souza*
Nadir Antonio Pichler *
Um novo momento institucional
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Universidade de Passo Fundo vive um novo momento institucional, uma era de grandes conquistas, marcada por imensos desafios, percebidos, cotidianamente, como motivadores da nossa atuação. Fazemos referência aqui ao ensino, à pesquisa e à extensão, com destaque à internacionalização. Referimo-nos, de igual modo, à aprovação dos novos cursos stricto sensu, bem como à avaliação positiva que a UPF vem obtendo junto aos órgãos fiscalizadores da educação nacional. Sabemos que uma universidade somente se constitui como tal na medida em que promove a articulação entre os pilares ensino, pesquisa e extensão. Nessa perspectiva, registramos a importância de integrar a inovação a esse conjunto de atividades, o que também se revela na nossa atuação, sempre em busca de respostas às necessidades, aos desafios e às demandas impostas pelo mundo em crescente transformação. Contribuindo com tal propósito, a internacionalização revela-se um aspecto digno de nota, pois, graças ao seu fortalecimento em nossa Universidade, não apenas os docentes estão tendo a oportunidade de desenvolver pesquisas em instituições estrangeiras, como também os graduandos, mestrandos e doutorandos vindos de diferentes países da Europa e da América Latina beneficiam-se e beneficiam-nos, ao promoverem a troca enriquecedora de saberes que somente um intercâmbio é capaz de proporcionar. Com efeito, a UPF tem oportunizado convívio internacional à comunidade acadêmica em instituições de alto nível, o que, conforme atesta a reconhecida qualidade dos trabalhos empreendidos, vem sendo bem aproveitado por todos os envolvidos. Nessa cooperação acadêmica internacional, nossos professores têm assumido papéis decisivos e, como contrapartida, além de auxiliarem no desenvolvimento endógeno das regiões, vêm nos ajudando na reestruturação dos nossos cursos, a fim de que possamos ofertar uma formação diferenciada aos futuros profissionais que confiam à UPF sua preparação para o mercado de trabalho. Salientamos, igualmente, o fato de que os atuais investimentos nos programas de pós-graduação têm retornado na forma de bons resultados. Recentemente, tivemos aprovados pela Capes três novos cursos stricto sensu, o mestrado em Direito e os doutorados em História e em Letras. Trata-se de uma importante conquista que demonstra a preocupação da UPF com a formação superior e continuada de excelência, notadamente exigida pela contemporaneidade. Também como consequência dos esforços que temos implementado em nível de gestão institucional, ressaltamos a avaliação positiva que obtivemos junto aos órgãos fiscalizadores da educação nacional. No final de 2013, mensurando a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação, o MEC divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC), segundo o qual a UPF obteve conceito 4, em uma escala cuja avaliação máxima é o conceito 5. Nossa instituição ocupou, com isso, a 16ª posição entre as IEs comunitárias e privadas do Brasil, ressaltando-se que, das 2.171 instituições brasileiras avaliadas, apenas 14,5% atingiram o conceito que nossa Universidade alcançou. Agrega-se ainda, ao rol de conquistas institucionais, os resultados dos balanços contábeis, mormente o de 2012 e 2013, que apresentaram valores positivos, evidenciando a recuperação e a inversão da tendência pessimista dos últimos exercícios. Assim, a Universidade de Passo Fundo está superando as dificuldades a partir da elevada capacidade de seus recursos humanos e comprova por que é a maior instituição de ensino superior do norte gaúcho. Comprometida com a comunidade e embasada em seus valores e princípios, projeta suas ações no futuro e na permanente contribuição para o desenvolvimento regional.
(*) Reitor da UPF
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partir da segunda metade do século XX, marcado pelas experiências em pesquisas realizadas pelo nazismo durante a II guerra mundial com seres humanos, a humanidade começa a deparar-se formalmente, em decorrência dos avanços das novas tecnologias, com mais um problema ético: os novos procedimentos nas pesquisas que envolvem pessoas e, também, animais (Código de Nuremberg). Além desse novo problema ético, a humanidade acompanha e usufrui, especificamente nas últimas décadas, da emergência de novos desafios, oriundos, sobretudo, da razão instrumental e do avanço das ciências da saúde, que produzem uma ruptura e reorganização gradativa dos paradigmas tradicionais e, por meio das novas biotecnologias, avançam na oferta de produtos e serviços que necessitam serem testados em animais e humanos. As ciências aplicadas, principalmente as humanas, da vida e da saúde, por meio da bioética, têm como função refletir, dialogar e elaborar diretrizes éticas e morais e prescrições jurídicas para salvaguardar o bem-estar e a dignidade de humanos e animais utilizados nas pesquisas. Universidades, centros de pesquisas e, sobretudo, organizações das indústrias da beleza e farmacêutica estão sendo convidadas, de forma voluntária ou compulsória, a adequarem seus estudos ao bem-estar animal e à busca do respeito aos sujeitos da pesquisa. Para assegurar essas garantias às pessoas, existem no Brasil os Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs). São cerca de 700, sendo a maioria ligados a Universidades. Assim, um CEP é um colegiado multi, inter e transdisciplinar, de natureza consultiva, deliberativa e educativa, com autonomia na emissão de pareceres consubstanciados. Sua finalidade é apreciar protocolos de pesquisas envolvendo seres humanos, procurando defender os interesses dos sujeitos de pesquisa em sua dignidade, contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Os CEPs fundamentam suas ações na Resolução 466/12 (antiga Res. 196/96), do Conselho Nacional da Saúde, do Ministério da Saúde, em resoluções complementares e em Declarações internacionais (Helsinque, a Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, de 2003, a Universal de Bioética e a de Direitos Humanos da UNESCO, de 2005, etc.). Dessa forma, de acordo com a Res. 466/12, "toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa". E, por pesquisa, entende-se todos os procedimentos com o ser humano, de forma individual ou coletiva, “em sua totalidade ou partes dele, e que o envolva de forma direta ou indireta, incluindo o manejo de seus dados, informações ou materiais biológicos” (II.14). O Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo (CEP-UPF) existe desde o ano 2000. Está vinculado administrativamente à Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e aprecia cerca de 35 projetos de pesquisa por mês. Sua função é salvaguardar a dignidade dos sujeitos da pesquisa, contribuindo para que os protocolos, sejam eles acadêmicos ou clínicos, sigam as normativas éticas. Além do mais, procura valorizar o pesquisador, assegurando que seus projetos sejam eticamente adequados. Mais informações podem ser obtidas no site www.upf.br/cep. (*) coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da UPF
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universidade 26 cursos de graduação são ofertados no
Vestibular de Inverno 2014 Foto: Fabiana Beltrami
Confira abaixo a lista completa dos cursos oferecidos: CURSO
GRUPO
TURNO
1 1 2 1
Matutino Noturno Integral Noturno
2 2 1 1 1 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 2 2 1 2 1 1
Integral Noturno Noturno Noturno Noturno Matutino Noturno Noturno Integral Noturno Noturno Integral Noturno Noturno Matutino Noturno Matutino Noturno Noturno Integral Integral Integral Noturno Noturno Noturno Noturno
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Noturno
1
Noturno
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Noturno
1
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Passo Fundo
Inscrições seguem até 2 de junho e devem ser feitas pelo site vestibular.upf.br
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ormar profissionais capacitados para atenderem às demandas do mercado de trabalho é a missão da UPF há mais de quatro décadas e meia. E para superar este desafio, mais um processo seletivo terá início em 25 de abril, com as inscrições para o Vestibular de Inverno 2014. No total, estão sendo ofertadas 1650 vagas em 26 cursos em Passo Fundo e na estrutura multicampi, em Carazinho, Casca, Sarandi e Soledade. As provas do Vestibular de Inverno serão aplicadas no dia 7 de junho, a partir das 14 horas. Facilidades financeiras Diferentes possibilidades de bolsas de estudo e financiamento estudantil estão sendo oferecidas neste Vestibular. A Instituição oferece a Bolsa Auxílio 25%, que prevê gratuidade de 25% para os cursos de Enfermagem e Ciência da Computação, e a Bolsa FUPF, que disponibiliza gratuidade de 50% para os cursos de Administração (B) (Matutino), Ciências Biológicas (L), Educação Física (L), Pedagogia (L) e Química (B). Em parceria com o governo federal, a UPF também oferta ingresso em todos os cursos deste Vestibular por meio do Prouni - bolsas de estudo de 50% e 100% -, programa dirigido aos estu-
dantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular que estudaram na condição de bolsistas integrais. Além disso, a UPF está credenciada a oferecer o Fies, programa de financiamento do governo federal que concede financiamentos de até 100% da mensalidade, e o Promucred, programa municipal de crédito oferecido por prefeituras conveniadas com a Universidade. Inscrições As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 2 de junho pelo site http://vestibular.upf.br, na Central de Atendimento ao Aluno ou nas secretarias dos campi. Como nos processos seletivos anteriores, os cursos são divididos em Grupo 1, onde os candidatos realizam apenas a prova de Redação, ou Grupo 2, onde, além da Redação, os estudantes respondem a questões de conhecimentos específicos em Língua Portuguesa, Literatura Brasileira, Língua Estrangeira, História, Geografia, Matemática, Física, Biologia e Química. Para cursos do Grupo 1 e treineiros, o valor de inscrição é de R$ 25. Candidatos ao Grupo 2 pagam R$ 50 para se inscreverem. Detalhes do processo seletivo estão disponíveis no site citado ou pelo telefone 0800 701 8220.
Administração (B) Administração (B) Agronomia (B) Análise e Desenvolvimento de Sistemas (CST) Arquitetura e Urbanismo (B) Ciência da Computação (B) Ciências Biológicas (L) Ciências Contábeis (B) Design Gráfico (CST) Direito (B) Direito (B) Educação Física (L) Enfermagem (B) Engenharia Ambiental (B) Engenharia Civil (B) Engenharia Civil (B) Engenharia de Produção (B) Engenharia Elétrica (B) Engenharia Mecânica (B) Engenharia Mecânica (B) Estética e Cosmética (CST) Fabricação Mecânica (CST) Jornalismo (B) Medicina (B) Medicina Veterinária (B) Odontologia (B) Pedagogia (L) Psicologia (B) Publicidade e Propaganda (B) Química (B)
Carazinho Administração (B)
Casca Ciências Contábeis (B)
Sarandi Administração (B)
Soledade Administração (B)
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universidade Conceito 4 no Índice Geral de Cursos do MEC reafirma EXCELÊNCIA em ensino Fotos: Fabiana Beltrami
Infraestrutura ofertada contribui para a qualidade do ensino
Em escala que vai até 5, resultado demonstra o compromisso da Instituição com a qualidade educacional
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á mais de quatro décadas, todos os esforços da UPF convergem para a oferta do ensino de qualidade que proporcione a formação de cidadãos competentes e preparados para atuar como agentes transformadores da sociedade. O trabalho sério e comprometido, desempenhado por toda a comunidade acadêmica há vários anos, concede à UPF boas avaliações do Ministério da Educação (MEC) e também de órgãos que promovem avaliações
não oficiais, como o jornal Folha de São Paulo e a Editora Abril. Em 2013, quando a Instituição completou 45 anos, o alcance do conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC) divulgado pelo MEC garantiu que a Universidade encerrasse o ano com mais um motivo para comemorar. O índice também reafirmou a excelência de ensino dos cursos ofertados. O IGC é um indicador de qualidade de instituições de educação superior que considera, em sua composição, a quali-
dade dos cursos de graduação e de pósgraduação (mestrado e doutorado). No que se refere à graduação, é utilizado o Conceito Preliminar de Curso (CPC), e, no que se refere à pós-graduação, é utilizada a Nota Capes. O índice é atribuído pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC. Das 2.171 instituições brasileiras que foram avaliadas, apenas 14,5% atingiram conceito 4. A UPF ocupa a 16ª colocação entre as IEs comunitárias e privadas do Brasil e a 69ª posição geral no país. O IGC sintetiza num único indicador a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da Instituição. Como cada área do conhecimento é avaliada de três em três anos, o índice leva em conta sempre um triênio. A vice-reitora de Graduação, professora Neusa Maria Henriques Rocha, comemorou o índice divulgado pelo MEC. “Esse resultado comprova o excelente desempenho dos acadêmicos no Enade, demonstra a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação e torna a Instituição referência em educação superior no Rio Grande do Sul e no Brasil”, afirmou.
Avaliação trienal da Capes também referenda qualidade no stricto sensu O processo de crescimento econômico e social vivido pelo país atualmente requer pessoas com formação qualificada e aptidão para liderar os processos tecnológicos, administrativos e sociais da comunidade. Ciente de seu papel nessa formação, a UPF tem investido cada vez mais nos cursos de pós-graduação stricto sensu e esse compromisso tem gerado bons resultados. Em dezembro de 2013, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou os resultados da avaliação trienal dos programas de pós-graduação stricto sensu referente ao período de 2010 a 2012. Dos nove programas avaliados na UPF, cinco conquistaram o conceito 4, em escala que vai até 5. O desempenho foi positivo em todos os programas da UPF avaliados: História e Engenharia Civil e Ambiental passaram de conceito 3, na avaliação anterior, para o conceito 4; Agro-
nomia, Educação e Letras também conquistaram conceito 4; e os programas de Projeto e Processos de Fabricação, Envelhecimento Humano, Bioexperimentação e Odontologia conquistaram conceito 3. O vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, comemorou os resultados. “Destacamos o esforço coletivo do corpo docente e discente da Instituição para a qualificação dos programas e a obtenção dos resultados e reiteramos que o trabalho para expansão dos programas de pós-graduação continua, assim como para a consolidação dos que já estão em operação”, pontuou. O processo de avaliação da Capes é trienal e considera a infraestrutura, a proposta do programa, a análise dos corpos docente e discente e a produção intelectual, além da inserção social do curso. Os cursos de mestrado e doutorado aprovados em dezembro serão avaliados no próximo triênio.
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental conquista conceito 4 na avaliação da Capes
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Esforços e investimentos
RECONHECIDOS
Ministério da Educação e órgãos não-oficiais são unânimes em afirmar qualidade dos cursos disponibilizados pela UPF Fotos: Arquivo UPF
Enade avalia o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos apreendidos. Dos resultados divulgados em 2013, UPF teve 24 graduações com conceito 3 e 4 – em escala que vai até 5
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fertar ensino de qualidade, seja na graduação ou pósgraduação, é o objetivo norteador de todas as ações empreendidas pela gestão institucional. Dessa forma, capacitar recursos humanos em busca de aprimoramento, dotar os espaços de estruturas necessárias para o bom desempenho das atividades práticas e implementar propostas pedagógicas alinhadas às demandas do mercado de trabalho são preocupações constantes na UPF. Quando todo esse esforço é reconhecido, a motivação para seguir o trabalho é muito maior. Os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) do grupo de cursos avaliados em 2012 comprovaram a qualidade de ensino ofertada pela UPF, pois 24 graduações atingiram conceito 3 e 4, numa escala de 1 a 5. Graduações de excelência Nesta edição do Exame, foram avaliados os bacharelados nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e áreas afins, e os cursos superiores de tecnologia em Gestão e Negócios. Obtiveram conceito 4 as graduações em Publicidade e Propaganda, Gestão de
Recursos Humanos e Direito ofertados no campus Passo Fundo. Ainda, os cursos de Tecnologia em Gestão Comercial, Ciências Contábeis e Direito ofertados no campus Carazinho; e Direito ofertado no campus Casca. O processo de avaliação conduzido pelo MEC orienta que cursos com conceito 3 são aqueles que atendem plenamente aos critérios de qualidade para funcionarem. O coordenador do curso de Direito, Giovani Corralo, destaca que dos mais de 60 cursos da área avaliados pelo Enade no Estado somente 13 tiveram conceito 4 ou 5 e, desses, três são oferecidos pela UPF. “É uma satisfação ter nossos cursos fazendo parte desse seleto grupo”, refere. Publicidade e Propaganda da UPF foi o quinto colocado entre as privadas no Rio Grande do Sul e ocupa o sétimo lugar entre as privadas da Região Sul. O coordenador Olmiro Schaeffer lembra que o conceito 4 foi conquistado nas três últimas avaliações realizadas pelo MEC. Olivo Giotto, coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão em Recursos Humanos, credita o bom desempenho ao projeto pedagógico, associado ao papel dos professores na sua
execução. Santander Universidades O projeto Planejamento Estratégico como Ferramenta de Autoavaliação e de Gestão, do curso de Engenharia de Alimentos, também foi destaque nacional no último ano. A iniciativa recebeu o Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano 2013, na categoria Autoavaliação Institucional. O Prêmio tem foco na gestão acadêmica, é realizado em parceria entre o Santander Universidades e a Editora Abril, e busca valorizar ações e projetos de excelência que apresentaram resultados relevantes nos últimos 12 meses. Na avaliação do coordenador do curso Christian Reinehr, a conquista é fruto da união de três aspectos: planejamento, comprometimento e trabalho coletivo. Prêmio Melhores Universidades A UPF também ganhou destaque nacional com a sexta conquista consecutiva do Prêmio Melhores Universidades – Guia do Estudante 2013, da Editora Abril. Por meio da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV), do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e da Faculdade e Engenharia e Arquitetura (FEAR),a Instituição foi novamente a melhor do país na categoria Meio Ambiente e Ciências Agrárias - Escolas Privadas. A premiação tem como objetivo identificar, valorizar, disseminar e recompensar as melhores instituições de ensino superior brasileiras que venham a obter estrelas na avaliação efetuada pelo Guia do Estudante.
Projeto do curso de Engenharia de Alimentos recebeu o Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano 2013, na categoria Autoavaliação Institucional
Resultado comemorado O bom desempenho dos estudantes nas provas do Enade foi comemorado pela Instituição. Conforme o reitor José Carlos Carles de Souza, esse resultado precisa ser dividido com a comunidade acadêmica. “Creditamos esse bom desempenho dos estudantes ao elevado nível do ensino que oferecemos, tanto teórico quanto prático e à qualificação do nosso corpo docente e da infraestrutura oferecida para o processo de ensino-aprendizagem”, afirma. A professora Neusa Rocha, vice-reitora de Graduação, acredita que o resultado demonstra que a Universidade está no caminho certo e que a qualidade educativa vem se consolidando na instituição. “Todas as ações que desenvolvemos buscam garantir a excelência de nossos cursos. Nesse sentido, cabe destacarmos o trabalho qualificado do corpo docente, o comprometimento de diretores e coordenadores e o bom desempenho dos acadêmicos nas diferentes áreas do conhecimento”, avalia.
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especial Pesquisa, tecnologia e conhecimento
SEM FRONTEIRAS
Ao ampliar sua participação e relevância no cenário acadêmico internacional, a UPF se firma como instituição geradora e difusora de conhecimento e tecnologia de ponta
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Professor Rafael Frandoloso trouxe à UPF pesquisa internacional para o desenvolvimento de vacinas para suínos
esde o surgimento das universidades, na Europa medieval, ações de caráter internacional fazem parte do meio acadêmico. Acompanhando as mudanças que sucederam esse período, a ciência, a tecnologia e a educação tornaram-se globais, fazendo da internacionalização não mais algo ocasional, mas vital para as universidades modernas. Inserida nesse contexto, a UPF atua no sentido de, cada vez mais, concretizar ações de cunho internacional em todas as suas iniciativas, sejam elas relacionadas ao ensino, à pesquisa, à extensão ou à inovação. A presença internacional da UPF é ilustrada pelos estudos e pesquisas desenvolvidos por docentes da Universidade junto a instituições estrangeiras nas mais diversas áreas. Esses trabalhos, realizados durante mestrados, doutorados, estágios pós-doutorais ou na forma de pesquisas colaborativas internacionais, são estimulados pela ViceReitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (VRPPG). Os 13 programas de pós-graduação também vêm ampliando suas Foto: Cristiane Sossella
iniciativas no exterior, participando dos processos mundiais de produção e difusão de conhecimentos. Outra forma de ultrapassar fronteiras é a ampliação dos programas de intercâmbio, cada vez mais procurados por acadêmicos e professores. Além disso, a UPF é a Instituição escolhida por um número crescente de estudantes de diferentes países para uma temporada de estudos. Na avaliação do reitor, José Carlos Carles de Souza, ao desenvolver iniciativas internacionais, a UPF se insere nas redes globais do saber e se posiciona no contexto mundial da educação superior. “As parcerias entre as universidades aproximam as comunidades científicas e tornam possíveis os avanços que a sociedade espera”, considera. Melhorar a qualidade, a pertinência e a relevância da docência, da pesquisa e da extensão universitária são outras consequências da internacionalização. “No atual cenário, a internacionalização é uma necessidade para competir em nível de igualdade com as melhores instituições de ensino superior. Além disso, constitui instrumento indispensável para cumprir com os objetivos estratégicos que emanam da missão da UPF”, observa. Articulação e promoção de parcerias A fim de articular relações internacionais e promover parcerias com instituições estrangeiras a Universidade criou, em 2005, a Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII). O órgão capta, implementa e acompanha projetos e convênios de cooperação, gerenciando o fluxo de intercâmbio de docentes pesquisadores e de estudantes. Atuam como assessores internacionais os professores Eraldo Zanella, Maria Elisabete Mariano dos Santos e Gisele Benck de Moraes. De acordo com Maria Elisabete, a UPF busca sua internacionalização por meio de acordos de cooperação acadêmica, tecnológica e científica. Hoje a Universidade mantém convênios com 56 instituições de 16 países, no âmbito da graduação e da pós-graduação. “Se relacionar com instituições estrangeiras
possibilita melhorias conjuntas nos processos de ensino e de pesquisa, buscando soluções para problemas locais, com uma visão global”, acredita a assessora internacional.
Oportunidades de estudos e experiências no exterior Quando se pensa em internacionalização, o intercâmbio acadêmico é umas das primeiras ações a serem lembradas. Desde o início das atividades da AAII, em 2005, aproximadamente 350 acadêmicos da UPF embarcaram para intercâmbio, e a Universidade recebeu quase 200 alunos estrangeiros. Essas possibilidades vêm sendo ampliadas e, atualmente, os estudantes de graduação dispõem de cinco programas de mobilidade acadêmica: Programa de Intercâmbio Acadêmico (Piac/UPF): prevê um semestre de estudos em dezenas de instituições da América e da Europa; Programa Ciência Sem Fronteiras: iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério da Educação que tem a UPF como parceira e que oferece bolsas de estudos integrais, com duração de 12 a 15 meses, nas melhores universidades de diferentes continentes; Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados (Marca): programa do Governo Federal, em parceira com universidades do Mercosul, que disponibiliza um semestre de estudos em instituições da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile; Programa de Bolsas Ibero-Americanas Santander Universidades: promove o intercâmbio anual de estudantes de graduação entre universidades de 10 países da região da Ibero-América: Brasil, Argentina, Espanha, Chile, Colômbia, México, Peru, Portugal, Porto Rico e Uruguai, com bolsas de estudo; Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI): iniciativa do governo federal, realizada anualmente em parceria com universidades conveniadas de Portugal, que seleciona projetos entre cursos de licenciatura brasileiros e de universidades portuguesas, visando à realização de graduação sanduíche com duração de dois anos, ou seja, com dupla diplomação.
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UniversoUPF Foto: Caroline Simor
UPF inserida nas redes globais do saber A UPF busca, em sua essência, fazer da pesquisa um instrumento para contemplar necessidades da comunidade onde está inserida. As respostas, porém, são buscadas e compartilhadas nos mais diversos locais do planeta. A Doença de Glässer (DG) causa graves problemas respiratórios e sistémicos em suínos, produzindo importantes prejuízos na produção desses animais. Uma cooperação internacional entre pesquisadores da UPF, Universidade de Calgary, no Canadá, e Universidade de León, na Espanha, vem trabalhando no desenvolvimento de uma vacina moderna contra o Haemophilus parasuis, bactéria causadora da DG. Dentre os pesquisadores está o professor Rafael Frandoloso, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV). A pesquisa que se iniciou há alguns anos, ainda no período doutoramento do professor Frandoloso na Universidade de León, está bastante avançada. A UPF inaugurou, no último mês de janeiro, uma Unidade Experimental para Teste de Vacinas e Infecções Experimentais em Suínos, onde diferente vacinas desenvolvidas pelo grupo foram testadas. Os resultados obtidos recentemente , datando de 10 de abril, colo-
Pesquisa da professora Magali envolve instituições brasileiras e norteamericanas na busca de uma variedade de milho resistente a insetos
cam de manifesto o potencial protetor de duas vacinas recombinantes, sendo os níveis de proteção superiores ao conferido pela principal vacina comercial contra a DG. Esses resultados possibilitarão às três Universidades patentear o antígeno desenvolvido junto à Agência de Patentes Americana. Além de mudar o cenário internacional da Doença de Glässer, o estudo explica um fenômeno biológico de grande importância científica, o qual será publicado após o registro da patente. “Esse é o primeiro experimento de muitos que já estão delineados pelas três instituições e, não somente projetará internacionalmente a UPF, mas também a consolidará na área Foto: Arquivo pessoal
Na University of East London, Rodrigo Serraglio Machado qualifica sua formação
de vacinas”, conclui Frandoloso. Outra pesquisa que destaca o trabalho UPF no exterior é desenvolvida pela professora Magali Ferrari Grando, que realizou, de setembro de 2013 a fevereiro de 2014, estágio pós-doutoral na Universidade da Flórida e no United State Department of Agronomy (USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A pesquisadora da FAMV desenvolveu o projeto “Uso de técnicas inovadoras para silenciamento de genes como estratégia para resistência a insetos em milho”, com o objetivo de viabilizar a produção de milho resistente a insetos. O projeto foi selecionado pela Secretaria Estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT), recebendo recursos financeiros pelo Polo de Inovação Tecnológica e conta com a parceria da UFRGS e de outros pesquisadores da UPF, como o entomologista Dr. José Roberto Salvadori. De acordo com a professora Magali, o milho é um dos cereais mais cultivados mundialmente e as infestações por insetos são um dos fatores limitantes da sua produtividade. Os recursos atuais para combater essas pragas estão se inviabilizando, tendo em vista a seleção das lagartas mais resistentes. A pesquisa da professora Magali busca o desenvolvimento de plantas geneticamente mo-
As Licenças Pós-Graduação são uma importante forma de apoio à internacionalização institucional. Desde agosto de 2010, 25 professores usufruíram do benefício para cursar doutorado ou pós--doutorado no exterior. Confira:
Doutorado 2010 a 2014
Rafael Machado Soares – FD - Universidade do Minho - Portugal Rosana Coronetti Farenzena – Faed - Universidade do Minho - Portugal
Pós-doutorado 2010 a 2014
Adelar Heinsfeld – IFCH - Universidad do Chile - Chile Adriana Gelpi – Fear - Universitat. Politècnica de Catalunya - Espanha Adriano Pasqualotti - ICEG - Escola Superior de Educação Castelo Branco Portugal Altair Alberto Fávero – IFCH – Universidade Nacional Autónoma de México - México Alvaro Della Bona - FO - University of Michigan – Estados Unidos Ana Paula Farina – FO - University of Illinois – Estados Unidos Antonio Thomé - Fear - University of Illinois – Estados Unidos Claudia Petry – FAMV – Université de Poitiers - França
Doglas Cecchin - FO - University of Illinois – Estados Unidos Edson C. Bortoluzzi – FAMV – Université de Poitiers – França Eldon Henrique Muhl – Faed - Universidade Nacional Autónoma de México Flávia Eloísa Caimi – Faed - Facultad Latinoamericana de Ciências Sociales – Argentina Gizele Zanotto - IFCH – Universidad de Buenos Aires - Argentina Janaina Rigo Santin – IFCH – Universidade de Lisboa - Portugal João Carlos Tedesco – IFCH - Itália Luciana Londero Brandli – Fear - Universitad Hamburg - Alemanha Luiz Carlos Golin – IFCH – Universidade de Lisboa - Portugal Luiz Carlos Kreutz – FAMV - Wageningen University - Holanda Magali Ferari Grando – FAMV- Univiversity of Florida – Estados Unidos Marcio Walber – FEAR - Universidad Politécnica de Madrid - Espanha Tania M. K. Rösing – IFCH - Universidad de Extremadura - Espanha Telisa Furlanetto Graeff – IFCH - I’EHESS/Paris - França Telma Elita Bertolin - ICB – Universidade de Lisboa - Portugal
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Foto: Arquivo UPF
Foto: Arquivo pessoal
As Pirámides de Teotihuacán, ao fundo, indicam o destino do intercambista Leonardo Alves: o México Acordo foi assinado pelo reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, e pelo reitor da Universidade de Salamanca, Daniel Hernandez
dificadas resistentes a insetos por meio da introdução de genes específicos. “Quando o inseto se alimenta do tecido vegetal dessas plantas, os genes inseridos causam sua morte”, relata Magali. Confirmada a eficiência destes genes, eles serão transferidos para o milho no Laboratório de Biotecnologia Vegetal da UPF. De acordo com a professora, essa tecnologia está sendo desenvolvida não somente em benefício da agricultura, mas também da medicina, uma vez que pode ser utilizada no tratamento de várias doenças humanas. Ciclo virtuoso da pesquisa As pesquisas de natureza internacional são, cada vez mais, uma realidade na UPF, e se consolidam como uma realidade para professores e estudantes. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, a expansão da internacionalização, da pós-graduação e das parcerias com instituições e empresas alimenta o ciclo virtuoso da pesquisa. “Nosso objetivo é continuar dando apoio e condições para que as pesquisas desenvolvidas por docentes da Instituição sejam, cada vez mais, referências nacionais e internacionais, o que qualifica o ensino, a pesquisa e a inovação”, comenta. A Licença Pós-Graduação é uma dessas formas de apoio. Desde agosto de 2010, 25 professores usufruíram do benefício para cursar doutorado ou pósdoutorado no exterior.
UPF: ponto de partida e de chegada Além de encaminhar acadêmicos para o exterior, a UPF se empenha em desenvolver ações para ser um destino cada vez mais procurado pelos estudantes estrangeiros. Dentre essas ações está o apoio linguístico que os intercambistas recebem por meio da disciplina de Português para Estrangeiros, oferecida pela Instituição. Outra ação importante é desenvolvida por meio do Programa Parceiro UPF, na qual estudantes de outros países contam com o auxílio de um aluno da UPF para se integrarem à Universidade e à comunidade. A UPF aderiu, recentemente, ao Programa de Estudantes - Convênio de Graduação (PEC-G). Proposto pelos Ministérios das Relações Exteriores e da Educação, o programa oferece oportunidades de formação superior no Brasil, em instituições públicas e privadas, a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. A professora Maria Elisabete acompanha o crescimento do número de acadêmicos que participam de intercâmbios e observa que o aluno, ao retornar, apresenta-se mais crítico, reflexivo e maduro. “Participar de um intercâmbio permite experimentar a liberdade recheada de responsabilidade. Durante esse período, o estudante gerencia seus estudos de forma mais autônoma, além de vivenciar diferentes culturas e hábitos e de dominar uma língua estrangeira. Tal vivência também pode despertar o interesse para a pesquisa, pois, dependendo do esforço Foto: Arquivo UPF
Em visita ao Laboratória Syva, representantes da UPF iniciaram tratativas para a produção, na UPF, de uma vacina para suínos e bovinos
demonstrado, os alunos podem ser convidados para uma pós-graduação ou colaboração internacional”, descreve. O estudante de Engenharia Civil Rodrigo Serraglio Machado embarcou em setembro de 2013 para Londres, no Reino Unido, em uma temporada de estudos pelo Programa Ciência sem Fronteiras na University of East London, onde permanece até agosto deste ano. Machado relata que o nível de exigência é elevado, porém a estrutura da Instituição permite desenvolver trabalhos de qualidade. O estudante, que logo iniciará estágio ou projeto de pesquisa, acredita que a viagem deixará um saldo que ultrapassa o meio acadêmico. “Afora os conhecimentos que adquiro, como novas tecnologias e diferentes métodos, aprendo muito no dia a dia nessa incrível cidade que é Londres. Aqui, dá para perceber que tudo funciona: transporte público, saúde e educação”, observa. Distante quase nove mil quilômetros de Londres, o acadêmico de Letras Leonardo Alves passa por experiência semelhante na Universidade de Aguascalientes, no México. “A oportunidade de estudar e viver aqui me trouxe mais conhecimentos, mas também uma consciência maior do papel que exercemos como futuros educadores, da realidade em que nos encontramos enquanto América Latina e dos desafios que temos”, avalia o participante do programa Santander Universidades. Já Rodrigo Harmat Gainza chegou da Espanha na metade de 2013 para um intercâmbio na UPF, e o que encontrou foi diferente das suas expectativas. Foto: Arquivo UPF
Na Universidade de Lisboa, comitiva da UPF encontrouse com renomados pesquisadores
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cientista Dra. Sandra Tenreiro, pesquisadora da Unidade de Neurociência Celular e Molecular (UNCM). O Instituto, que se destaca pela produção científica, mostrou-se aberto a cooperações.
Nova parceria com a Universidade de León estabelece programa de mobilidade de estudantes do Mestrado em Bioexperimentação da UPF e do programa de Doutorado em Ciências Veterinárias e dos Alimentos da ULE.
“Passo Fundo não é a típica cidade que um estrangeiro acha que vai encontrar aqui. Não tem praias, mas tem pessoas muito interessadas em entender culturas novas, além de uma Universidade disposta a ajudar os estrangeiros, com professores que, além de ministrarem classes interessantes, têm uma relação mais próxima com os alunos”, afirmou o estudante da Universidad Autônoma de Barcelona. Novos convênios e parcerias com instituições europeias A fim de ampliar a inserção internacional da UPF, o reitor José Carlos Carles de Souza e o coordenador da Divisão de Pesquisa Rafael Frandoloso estiveram em diversas instituições europeias no final de 2013. A iniciativa possibilitou a assinatura de acordos com universidades de Portugal e da Espanha. Além disso, as visitas aproximaram a UPF de várias instituições de graduação, pósgraduação e pesquisa, o que deve resultar em futuros convênios. Convênio Marco com a Universidade de Lisboa O primeiro compromisso do reitor na Europa foi a assinatura de um novo Convênio Marco de Intercâmbio e a definição de estratégias de cooperação com a Universidade de Lisboa (UL), a maior de Portugal. O grupo da UPF, composto pelo reitor, pelo coordenador da Divisão de Pesquisa e pelos professores Telma Bertolin, à época em estágio pós-doutoral, e Adriano Pasqualotti, que realizava intercâmbio docente pelo Programa Ciência sem Fronteiras naquela universidade, foi recebido pelo vice-reitor de Graduação da UL Antônio Feijó. Busca por cooperação com o Instituto de Medicina Molecular Ainda em Lisboa, a comitiva da UPF participou de uma reunião com a diretora do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Medicina de Lisboa (IMM), Dra. Maria Carmo-Fonseca, e a
Aproximação também com a Universidade de Coimbra Em Portugal, os representantes da UPF reuniram-se também com a vice-reitora da Universidade de Coimbra (UC), Madalena Alarcão. Madalena pontuou a presença dos alunos de Passo Fundo na UC e informou que a UPF está entre suas universidades parceiras receptoras de alunos de intercâmbio. Encontro na Universidade de Algarve O reitor José Carlos e o professor Frandoloso estiveram, ainda, com dirigentes da Universidade do Algarve, em Portugal. O reitor João Guerreiro Pinto e a vice-reitora Anabela Romano receberam os representantes da UPF. A Universidade do Algarve é parceira internacional da UPF e destino frequente de acadêmicos em intercâmbio. Acordo com a Universidade de Salamanca Outro resultado da viagem foi a assinatura de um acordo de cooperação acadêmica internacional com a Universidade de Salamanca, na Espanha, que possibilita a mobilidade científica de professores e alunos. Na oportunidade, o reitor da UPF foi recebido pelo reitor Daniel Hernandez, da Universidade de Salamanca, fundada em 1218, a mais antiga da Espanha e uma das pioneiras da Europa. Visita à Universidade Trás-os-Montes O grupo da UPF esteve reunido, igualmente, com o vice-reitor para a Ciência, Tecnologia e Inovação, professor António Silva, da Universidade Trás-os-Montes, em Portugal. Também participou da reunião o pesquisador Bruno Colaço, que desenvolve trabalhos na área de células-tronco. Na oportunidade, foi encaminhado um Convênio Marco de Cooperação em nível de pós-graduação. Acordo para intercâmbio de alunos com Universidade de Leon O reitor da UPF também assinou um convênio específico de intercâmbio para pós-graduação e cooperação para o desenvolvimento de pesquisas entre a UPF e a Universidade de León (ULE), representada pelo
Reitor José Carlos e professor Rafael Frandoloso foram recebidos pela vicereitora da UC, Madalena Alarcão
reitor José Ángel Hermida. UPF e ULE mantêm convênio desde agosto de 2003 e, de lá pra cá, suas ações têm estimulado pesquisas conjuntas, promovido o intercâmbio de alunos e professores e fortalecido relações em âmbito de pós-graduação. Esta nova parceria estabelece um programa de mobilidade de estudantes do Mestrado em Bioexperimentação da UPF e do programa de Doutorado em Ciências Veterinárias e dos Alimentos da ULE. Visita institucional ao Inbiotec Os representantes da UPF também estiveram com o diretor do Instituto de Biotecnologia de León (Inbiotec), Elías Fernando Rodríguez Ferri. O Inbiotec é um centro para o desenvolvimento biotecnológico relacionado à transformação de matérias-primas de origem vegetal em produtos de alto valor para as indústrias farmacêutica, agroalimentícia, química e energética. Os dirigentes do Centro se dispuseram a trocar experiências e treinar pessoal em questões relacionadas a patentes e a sigilo científico. Laboratório Syva também foi visitado A comitiva da UPF visitou a planta de produção de vacinas do Laboratório Syva. Acompanhados pelo Dr. Elías Fernando Rodríguez Ferri, o reitor José Carlos e o professor Frandoloso conheceram o maior laboratório de imunobiológicos veterinários da Espanha. O professor José Carlos manifestou o interesse da UPF em realizar, em Passo Fundo, ações científicas em parceria com o laboratório. Rafael Frandoloso, que possui estudos na área, trabalha em um projeto para o desenvolvimento de vacina para bovinos e suínos, de interesse do Syva, para que seja produzida na UPF.
Aproximação com a Universidade do Porto O roteiro em Portugal passou, ainda, pela Universidade do Porto (UP), onde o reitor José Carlos e o professor Frandoloso estiveram com o vice-reitor António Marques e com a diretora do Serviço de Cooperação com Países Lusófonos e Latino-Americanos Elisabeth Ribeiro. Marques expressou seu entusiasmo em estabelecer atividades em nível de pós-graduação, considerando que a parceria para intercâmbio acadêmico já existe há longa data.
UPF já mantém parceria com a Universidade de León desde 2003
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Abril / 2014 Foto: Leonardo Andreoli
entrevista Marilene Portela Vamos VIVER MAIS, mas é preciso estarmos PREPARADOS n Dados do IBGE apontam para um aumento da expectativa de vida da população brasileira. O processo de envelhecer precisa ser pensado pelas pessoas e pelos governos a fim de atender às necessidades do crescente número de idosos
O
envelhecimento da população é um tema que estimula pesquisadores, preocupa a sociedade e depende de ações próprias e de governo para garantir que seja bem sucedido. O último dado divulgado pelo IBGE relativo à expectativa de vida dos brasileiros demonstrou um aumento de 74,1 anos, em 2011, para 74,6, em 2013. Em um século, foram mais de 30 anos de aumento. A coordenadora do Programa de PósGraduação em Envelhecimento Humano (PPGEH) da UPF, Dra. Marilene Portela, pesquisa o tema e explica, na entrevista abaixo, as implicações do envelhecimento para as pessoas e para os diversos setores da sociedade. Universo UPF - O que esse aumento da expectativa de vida representa para um país em desenvolvimento? Marilene Portella - Representa uma grande conquista e também um imenso desafio. Diferentemente dos países desenvolvidos que ficaram ricos antes que se tornassem velhos, o Brasil, um país considerado em desenvolvimento, está ficando velho antes de se tornar rico. Até bem pouco tempo, estávamos convencidos de que éramos um país de jovens. Assim, pouco pensamos e quase nada fizemos em termos de preparo para conviver com esta realidade. O Brasil é um país de muitos contrastes. Em alguns aspectos, pode ser considerado desenvolvido, mas, em outros, dadas as condições de vida que uma grande maioria da população tem que enfrentar para nascer e sobreviver nos primeiros anos de vida, e sobretudo para chegar a uma idade mais avançada, ainda enfrenta os grandes desafios de uma sociedade subdesenvolvida. A que se deve esse aumento da expectativa de vida? Os avanços na área da saúde são o principal motivo? Em grande parte, são eles os principais responsáveis. Podemos ilustrar a questão lembrando a descoberta e uso
de antibióticos, como exemplo, a penicilina. Atribui-se, inicialmente, a ela a graça de hoje podermos celebrar um aumento na expectativa de vida de mais de 30 anos no último século. Cabe citar, também, a melhora dos serviços de saneamento básico e de nutrição e o meio ambiente mais seguro e saudável, fatores que revolucionaram a condição humana na face da terra. Como essa estimativa repercute nas diferentes gerações que convivem atualmente? Depende muito do contexto. A diversidade faz parte do mundo nos dias de hoje. Ao mesmo tempo em que cresce a pressão dos jovens por uma posição ou oportunidade no mercado de trabalho, para ocuparem seus lugares na sociedade, cresce também o número de pessoas idosas que se sentem desvalorizadas não só pelo mundo do trabalho, mas pela própria sociedade. Algumas, inclusive pela própria família. A insegurança sentida pelos jovens em relação ao seu futuro não difere da insegurança das pessoas que ultrapassam a idade produtiva e chegam à velhice. Por outro lado, é importante lembrar que colhemos aquilo que plantamos. Isso nos remete ao questionamento: como estamos nos comportando em relação aos mais velhos? Como cuidamos das crianças, dos pobres e desvalidos? As gerações assumem comportamentos baseados naquilo que experienciam. Uma sociedade que valoriza o ser humano em qualquer idade, em qualquer condição, sempre obterá o respeito como resposta. Todavia, isso nem sempre é exercitado. Para que vigore a coerência, antes de qualquer coisa, a própria pessoa deve ter consciência de que jovem e velho não são termos antagônicos, mas simplesmente fases diferentes da vida, com necessidades peculiares em cada momento. Como é possível envelhecer bem e com saúde? Quando devemos começar a nos preocupar com isso?
Para envelhecer bem e com saúde é necessário adotar uma perspectiva de curso de vida, isto é, começar com as crianças de hoje e os jovens que estão chegando à idade adulta. Não se pode pensar em envelhecer bem depois que o tempo passou. Em parte, cada um é responsável pelo seu estado de saúde. Porém, não devemos nos esquecer de que há muitos outros fatores e agentes que influenciam no processo de viver e envelhecer. Dentre eles, destacamos o papel do Estado, pela grande responsabilidade que tem no encaminhamento do envelhecimento bem sucedido, por meio da proposição e implementação de políticas públicas, tanto quanto o da própria pessoa. De qualquer forma, cada uma das fases da vida representa um forçoso, e por vezes penoso, processo de aprendizado. A cada dia que passa, estamos construindo o nosso envelhecer. Quando se fala em aumento da expectativa de vida, uma das primeiras lembranças diz respeito à aposentadoria. Mas no que mais esse aumento pode influenciar as políticas públicas? O envelhecimento populacional impõe desafios ao crescimento econômico com repercussões variadas. O sistema previdenciário também precisa se moldar e contornar os efeitos adversos que suas regras causam sobre o mercado de trabalho. Por um tempo, o baixo limite de idade e a existência de um sistema de aposentadoria por período de contribuição sem elegibilidade de idade mínima resultou numa população que se aposentou cedo. Como consequência, um sistema que deveria sustentar a renda de indivíduos incapazes de trabalhar
Coordenadora do Programa de PósGraduação em Envelhecimento Humano, a professora e pesquisadora Marilene Portela retrata o caráter multidisciplinar das questões que envolvem o envelhecer
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acaba fazendo isso por um período de tempo maior do que arrecadou como contribuição. Em nosso país, pela conjuntura social e econômica, existe certo incentivo à informalidade, especialmente entre os trabalhadores menos qualificados. Isso é prejudicial, pois corremos o risco de uma grande parte da população não contribuir com o sistema de seguridade social durante a idade ativa, embora necessite usufruir dos benefícios dele quando idosa. Diversos autores destacam que, embora a expectativa de vida aumente, o estresse ao qual atualmente as pessoas são submetidas diminui a qualidade ou o aproveitamento que se faz desse tempo. Como é possível relacionar mais expectativa de vida com mais qualidade de vida? Para qualificar o viver é preciso fazer escolhas. Não é possível viver bem e com qualidade quando se vive sob pressão. A competição e as exigências a que nos submetemos no dia-adia, qualquer que seja a razão, vai determinar a condição do nosso envelhecer. O estresse é o responsável pelo adoecimento de grande parte da população, em qualquer idade. Às vezes, é necessário questionar o que é mais importante: o “ter” ou o “ser”? Sabemos a resposta, mas nem sempre sabemos trilhar o caminho da harmonia. Dados da ONU revelam que a população mundial terá uma geração idosa maior que a população de menores de 15 anos até a metade do século. Como esse envelhecimento da população influenciará o desenvolvimento da sociedade? O impacto da redução do segmento jovem da razão de dependência ainda não foi superado pelo aumento do contingente idoso. Dentre os novos desafios que se apresentam, a atenção à saúde dos idosos é o mais preocupante. A urgência está na organização e adaptação do sistema de saúde aos perfis demográficos e epidemiológicos, pois a parcela da população em idade mais avançada vai ser cada vez maior no Brasil. O comportamento econômico também muda com o envelhecimento, devido aos maiores gastos em saúde e previdência. Como o aumento do número de pessoas idosas influencia a formação e atuação dos profissionais das diversas áreas? O envelhecimento é um fenômeno normal, natural e inerente a todos, porém é complexo. A atenção à pessoa idosa exige a compreensão das dimensões social, cultural, psicológica, biológica, espiritual, econômica e política. Desse modo, a formação de recursos humanos fica atrelada a essa pertinência. Quais são as possibilidades que surgem para atender às demandas da crescente população de pessoas idosas? As demandas são de toda ordem: econômica, educacional, social, de saúde, previdenciária, dentre outras. A realidade do envelhecimento populacional é “nova”; estamos engatinhando. Passo a passo, vamos construindo nossas
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“A insegurança sentida pelos jovens em relação ao seu futuro não difere da insegurança das pessoas que ultrapassam a idade produtiva e chegam à velhice. Por outro lado, é importante lembrar que colhemos aquilo que plantamos”. alternativas nos diversos cenários. No Brasil, não faltam disposições legais para garantir as condições de um envelhecimento saudável. Além do que determinam a Constituição e seus desdobramentos, merece destaque, também, o que foi estabelecido no Estatuto do Idoso. Uma das alternativas mais importantes é a criação de ações educativas. Precisamos aprender a envelhecer, a planejar o curso da vida e, principalmente, conviver em uma sociedade envelhecida. A manutenção do atual sistema de saúde brasileiro será capaz de atender às necessidades dessa população de idosos? O que precisa ser mudado? Envelhecer não significa adoecer, mas, com certeza, quanto mais velhos ficamos, maior é a probabilidade de a saúde ficar comprometida. A idade avançada pode trazer consigo a dependência e a necessidade de cuidados prolongados. O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre recursos na atenção básica, garante medicamentos de uso contínuo, dentre outros, mas os recursos econômico-financeiros significam, sobretudo, acesso aos mais sofisticados expedientes para prever, prevenir e, eventualmente, conter um grande número de doenças.
“Dentre os novos desafios que se apresentam, a atenção à saúde dos idosos é o mais preocupante. A urgência está na organização e adaptação do sistema de saúde aos perfis demográficos e epidemiológicos, pois a parcela da população em idade mais avançada vai ser cada vez maior no Brasil”.
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E qual é a situação da atenção em saúde especializada para os idosos? Falando sobre a questão da atenção especializada, a geriatria não vai apenas conquistando maior espaço no campo da medicina, como também tem se encontrado estreitamente vinculada ao poder aquisitivo das pessoas. Consulta o geriatra quem tem condições, pois, na rede de atenção básica, não contamos com esse profissional, salvo raras exceções. Procedimentos terapêuticos mais sofisticados e medicamentos próprios para os mais velhos são sempre os mais onerosos, como são também onerosos os custos que decorrem do auxílio de profissionais para acompanhar quem está incapacitado. Enquanto uns dispõem de todos os recursos necessários, outros vivem sob uma carência total. A saída seria reverter o modelo de atenção à saúde, centrado ainda nos sujeitos profissionais, realizando um maior investimento em serviços de cunho preventivo, de modo que toda a população fosse contemplada. Também é pertinente um maior aproveitamento e otimização dos serviços que dispomos, focando a atenção no idoso e na promoção da sua saúde, buscando minimizar a dependência e potencializar a autonomia, de modo a favorecer uma velhice com melhor qualidade de vida e saúde possíveis. Quais as alternativas para essa população que se aposenta cada vez mais cedo e tem condições de ter uma vida ativa? Refazer seu projeto de vida, planejar sua aposentadoria, poupar desde muito cedo para poder usufruir mais tarde. De nada nos vale desejar ter uma velhice bem sucedida se não nos empenharmos desde muito cedo. Investir em um novo projeto de vida é fundamental para uma aposentadoria saudável. Muitos se aposentam e continuam trabalhando, seja pela necessidade financeira, para complementar sua renda, ou porque desejam manter-se mental e emocionalmente ativos. Por que o envelhecimento da população é um tema que preocupa pesquisadores de todas as áreas? Trata-se de uma questão instigante e mobilizadora para o campo da pesquisa. Isso porque incorpora fatores que ultrapassam a mera quantificação de dados relativos à população, ao número de instituições ou de leitos hospitalares, às doenças ou à renda. O envelhecimento populacional é multifatorial. Olhar para esse fenômeno requer a compressão da sua multidimensionalidade. Essa diversidade suscita pesquisas de toda ordem. Um exemplo a ser citado é o programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano da UPF. Por ser uma proposta interdisciplinar, se preocupa com pesquisas que produzam o conhecimento sob a perspectiva de múltiplos olhares. Todos os centros de pesquisas que se ocupam da temática do envelhecimento humano elegem suas prioridades de investigação. Muitas questões ainda carecem de explicações e esta é a função da ciência: a cada dia, trazer respostas aos problemas do cotidiano, produzindo novas tecnologias tão necessárias aos velhos problemas.
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ciência e inovação Substâncias químicas nas águas podem alterar percepção dos Estudo inovador desenvolvido na UPF analisa o impacto dos resíduos químicos na água e pode abrir caminhos para avaliar as consequências nos humanos
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m estudo inovador desenvolvido pela UPF abre caminho para descobertas importantes nos processos de produção animal e no comportamento humano. Com o uso do zebrafish, ou peixe-zebra, pesquisadores estão desenvolvendo um trabalho que mostra que, quando expostos a uma certa quantidade de substâncias psicoativas, os peixes não percebem o perigo representado pela presença de um predador, tampouco conseguem comunicar essa situação de risco aos demais peixes. Há alguns anos, a UPF, por meio do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação, vem estudando os efeitos dos resíduos de agroquímicos nas águas e seu impacto sobre os peixes. As pesquisas foram realizadas primeiramente com jundiás e mais recentemente com o zebrafish, muito utilizado em vários países por ter homologia genética, ou seja, grande semelhança genética com os humanos, possibilitando trabalhos científicos em diversas áreas. Precursor dos estudos, o pesquisador Leonardo José Gil Barcellos, que atualmente ocupa o cargo de vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação na Instituição, ressalta que os projetos do Laboratório de Fisiologia de Peixes se concentram em três linhas básicas de investigação. “A primeira diz respeito à fi-
Precursor das pesquisas com peixes na UPF, Barcellos destaca a disseminação do conhecimento gerado por meio de artigos publicados em revistas científicas
PEIXES
siologia e endocrinologia do estresse, inicialmente com enfoque nos prejuízos causados à produção de peixes e, atualmente, nos impactos de tóxicos e resíduos de substâncias psicoativas sobre o estresse. A segunda linha de pesquisa aborda a toxicologia em peixes, e a terceira linha estuda os sistemas de produção de peixes nativos com ênfase em policultivos e sistemas de recirculação de água”, explica. No contexto dos estudos de Barcellos, outros pesquisadores foram sendo agregados. É o caso da professora Ana Cristina Giacomini, que aborda em seu trabalho de doutorado a influência de psicofármacos em contato com a água. Segundo ela, hoje se sabe que em vários países existem grandes quantidades de fármacos na água; dentre eles, antidepressivos, ansiolíticos, anticoncepcionais e antibióticos que são descartados pela forma ativa, ou seja, jogados no ambiente, ou eliminados pela urina. Esse processo traz um impacto significativo na população aquática, alterando a capacidade de reprodução, causando resistência a bactérias e comprometendo o ecossistema aquático. Ana Cristina atua com um protocolo de pesquisa que avalia como o peixe se comporta diante do predador, pois, de acordo com ela, é preciso buscar o equilíbrio entre as espécies. “Agora, estamos pesquisando os fármacos fluoxetina e diazepam. Primeiramente, testamos como o zebrafish responde ao estresse. Observamos se, diante de uma situação de estresse, ele consegue encarar e buscar sobrevivência, com e sem o uso do fármaco, e em diferentes concentrações (ambiental – intermediária e terapêutica). Agora, estamos na etapa de colocar o peixe em contato com o predador”, explica. Pesquisa de base e reconhecimento científico O zebrafish é utilizado em pesquisas como modelo para estudos sobre Al-
zheimer, autismo, depressão, ansiedade e distúrbios de comportamento no Brasil e em outras partes do mundo. O interesse da pesquisa desenvolvida na UPF é estudar mecanismos para formar um conceito sobre o que está acontecendo no eixo hipotálamo-hipófise e adrenal, que regula o hormônio do estresse, e qual a interferência desses medicamentos aos quais os animais podem estar submetidos, para futuramente apresentar elementos para a pesquisa aplicada em seres humanos. Desde 2001, Barcellos conseguiu disseminar seus estudos em cerca de 60 artigos em revistas internacionais como Plos One, Physiology & Behavior, Hormones & Behavior, Behavioral Processes, General and Comparative Endocrinology, Stress, Brain Research, Neuroscience Letters, Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, Aquaculture, Fish Physiology and Biochemistry, Chemosphere, Journal of Fish Biology, Comparative Biochemistry and Physiology e Environmental Toxicology and Pharmacology, dentre outras. Esses artigos, conjuntamente, possuem mais de 650 citações, conferindo índice H = 16 ao pesquisador. A UPF conta com o apoio de pesquisadores da Unochapecó, UFSM e da Unesp de Botucatu neste projeto. Acadêmicos do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação da UPF e de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Maria também integram os estudos.
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comunidade
Protagonistas de ações de
prevenção às violências nas escolas Fotos: Divulgação/UPF
Oficinas têm a intenção de sensibilizar e construir alternativas para enfrentar a violência
Observatório da Juventude e de Violências nas Escolas potencializa ações coletivas de prevenção e resolução de conflitos em busca de uma cultura de paz
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Brasil possui quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe. De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as estatísticas apontam um cenário desolador em relação à violência contra essa parcela da população. A cada dia, mais de 120 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência são reportados ao Disque Denúncia 100. O Sistema de Informações do Ministério da Saúde
aponta que a violência letal por causas externas atinge principalmente crianças e adolescentes do sexo masculino. Os agressores podem ser até mesmo os próprios pais ou parentes, amigos e conhecidos. Portanto, soluções locais e regionais são urgentes e necessárias, uma vez que o quadro é nacional e pode ser ainda mais grave, já que muitos crimes não são denunciados. Assumindo o compromisso de articular ações que visam ao enfrentamento das violências e à promoção de uma cultura de paz, a Vice-Reitoria de
Ações regionais por uma cultura de paz As ações do projeto são voltadas à formação e capacitação tanto de integrantes do grupo quanto de educadores, alunos, pais e demais interessados. Um dos exemplos dessa atuação é o Curso de Educação para uma Cultura de Paz e do Bem-viver, que forma facilitadores. “As oficinas trabalham a questão das emoções, o acolhimento do outro, não importa quem ele seja”, reitera Bedin. Mais de 150 pessoas já participaram dessa atividade, que tem continuação neste ano. Desde março, também está em andamento o curso Educando para a Paz, Educando para a Vida – fundamentos e perspectivas, destinado à equipe do Observatório e que conta com a assessoria de Carlos Rodrigues Brandão. São momentos de estudo e de fundamentação teórico-metodológica que servem de sustentação para as atividades. A psicóloga Lisiane Lígia Mella conheceu o Observatório ainda no tempo em que fazia o estágio em Psicologia Escolar no curso de graduação da UPF. “Temos um grupo comprometido e desenvolvendo ações fundamentais nesse contexto de violência. É um olhar de cuidado com a escola e com cada um de nós no sentido da educação para a paz” assegura a voluntária. Para os acadêmicos do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor), extensivo à comunidade, está ocorrendo o curso A Canção das Sete Cores: educando para a paz, educando para a vida – diálogos com Carlos Rodrigues Brandão. Iniciativas ligadas ao projeto também estão sendo desenvolvidas em municípios da região, como Lagoa Vermelha, Soledade e Tapejara, formando alunos e professores. O projeto funciona junto à Faed, no Campus I da UPF. Informações: (54) 3316-8290.
Extensão e Assuntos Comunitários, por meio do Centro Regional de Educação, desenvolve o projeto interdisciplinar Observatório da Juventude e de Violências nas Escolas, criado em 2010 a partir de um convênio celebrado com a Cátedra da Unesco de Juventude, Educação e Sociedade. O atual coordenador, professor Silvio Bedin, explica que a intenção é consolidar um centro de referência no desenvolvimento de intervenções e na produção de conhecimentos voltados à construção de alternativas, tomando a educação como ferramenta para a produção de valores que fundamentam a convivência saudável. Para isso, várias iniciativas estão em andamento, dentre elas, um projeto piloto implantado na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Eulina Braga, de Passo Fundo, onde estudam mais de 400 alunos. A incentivadora foi a orientadora educacional Idete Alba. Conforme a educadora, no ano passado, foram realizadas diversas oficinas com professores e representantes de todas as turmas a partir do 5º ano. Neste ano, o trabalho inclui pais e funcionários, e o resultado começa ser percebido. “Há uma mudança de postura, comportamento e atitude nos diferentes espaços e em sala de aula. Os estudantes, além de estarem mais próximos uns dos outros, estão nos ajudando a resolver situações de conflito. Nós, professores, também nos sentimos mais preparados”, afirma. Projetos semelhantes estão sendo implementados na Escola Estadual Alberto Pasqualini e na Escola Municipal Padre José de Anchieta, ambas de Passo Fundo.
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ciência e inovação UPF Parque: um espaço acadêmico e empreendedor Fotos Caroline Simor
Já em funcionamento, o Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio busca integração entre graduação e pós-graduação, visando a contemplar a formação e o empreendedorismo
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esenvolver um ambiente que possibilite o aumento da competitividade das empresas incubadas, startups e maduras, tendo como base uma matriz acadêmica e científica que promova a inovação, o desenvolvimento tecnológico e a inclusão social. Aliado a isso, buscar a interdisciplinaridade, unindo graduação e pós-graduação. Esses são os focos do Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio, o UPF Parque, para os próximos anos. Para alcançar os objetivos, um amplo diálogo com empresas locais, regionais, nacionais e de âmbito internacional está sendo realizado, buscando construir relações. Além disso, uma aproximação com a realidade acadêmica faz parte das ações da equipe. Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, com os investimentos e os trabalhos realizados é possível buscar a integração entre todos os envolvidos no Parque: empresas, alunos e comunidade. “Queremos consolidar e reforçar o caráter acadêmico e científico do UPF Parque, promovendo a interação entre graduação e pós-graduação e a difusão da característica empreendedora do espaço”, destaca. Central Multiuso Esse olhar para além do contexto institucional tem grande importância, uma vez que o UPF Parque busca potencializar o que a UPF oferece no ambiente acadêmico e de pós-graduação, além de consolidar interesses de mercado e de
formação. Para que essa consolidação aconteça, o segundo módulo do Parque, já em finalização, contará com a Central Multiuso, um laboratório amplo e com equipamentos que vão possibilitar a interdisciplinaridade. No primeiro módulo, já em funcionamento, estão instaladas a gestão administrativa, a empresa âncora MV Sistemas e o PoloSul, associação do setor de Tecnologia da Informação que conta com quatro empresas incubadas. Para o gestor de Relações com o Mercado, Marcos Citolin, a relação com a sociedade e com as empresas é consolidada à medida que se constrói a aproximação entre o ambiente acadêmico e o de pesquisa. “Não somos apenas um espaço para abrigar empresas, mas queremos que estas estejam dispostas a interagir com o ambiente da Universidade e, interagindo, deixar uma melhor possibilidade de desenvolvimento do nosso principal foco, que é o aluno”, destaca.
Reitoria realizou visita oficial ao UPF Parque, verificando in loco obras finais do segundo módulo, e estabelecendo um diálogo próximo com equipe e empresários que estão atuando no primeiro módulo
O Microscópio Elétrico de Varredura (MEV) é um dos equipamentos que auxilia projetos nas mais diversas áreas
Ligação entre mercado e academia na prática Essa relação entre o Parque e os cursos oferecidos pela UPF já está funcionando. Na Faculdade de Engenharia e Arquitetura, alunos do Mestrado Profissional em Projeto e Processos de Fabricação – área de Engenharia Mecânica utilizam três equipamentos adquiridos com recursos do Parque. A máquina de fadiga, por exemplo, está auxiliando três dissertações de mestrado, ensaiando componentes aplicados na indústria regional. De acordo com o coordenador do Mestrado, Charles Leonardo Israel, a ligação entre academia e empresas é fundamental para o fortalecimento da Instituição e a formação dos alunos. Outro equipamento também já está à disposição: o Microscópio Elétrico de Varredura (MEV), utilizado para vários projetos. O MEV possui capacidade de ampliação de imagem de até 300 mil vezes e pode realizar análise de superfície visual ou qualitativa, tanto de material orgânico quanto de metal.
Aproximação local e regional Enquanto o Parque se constitui num empreendimento imobiliário capaz de oferecer condições para atrair e hospedar empresas de base tecnológica, os polos contemplam um aglomerado de empresas, atuando como um importante instrumento de inovação e desenvolvimento regional sustentável. De acordo com o coordenador dos Polos Tecnológicos Regionais, Laudir Auozoani, funcionam quatro Polos na área de atuação da UPF, criados pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e oficializados pela Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, cujas áreas de atuação são: Alimentos; Metal-Mecânica; Pedras, Gemas e Jóias, Moveleira; Turismo; Têxtil; e Confecções. Para Laudir Auozoani, a UPF tem importância fundamental ao contribuir com o desenvolvimento regional através da inovação e da transferência de tecnologias. “O UPF Parque coloca a Universidade num novo patamar de desenvolvimento científico e tecnológico. Assim, os polos vão atuar na interação com empresas, governo e comunidade, criando condições para promover o desenvolvimento através da inovação e a popularização da ciência junto à comunidade como um todo”, ressalta.
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comunidade Nova escola depende de formação continuada e de
NOVAS PRÁTICAS DE GESTÃO Reflexões teóricas desenvolvidas na UPF viram práticas junto a professores e gestores escolares e auxiliam na ressignificação de ações pedagógicas
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s dados divulgados recentemente pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) deixam claro que o Brasil está com um modelo educacional ineficiente. Conforme a avaliação internacional Pisa, o país ficou em 38º lugar, em um ranking de 44 avaliados. A realidade preocupa pesquisadores e gestores públicos com relação à formulação de uma nova escola. Para isso, a formação de professores e mudanças na tradicional gestão escolar se fazem necessárias. Neste sentido, as discussões desenvolvidas na Faculdade de Educação (Faed) deram origem a uma série de atividades para mudar a realidade das escolas da região Norte do Rio Grande do Sul. Boas práticas se tornaram exemplos e já têm resultados, como o Centro Regional de Educação (CRE), que desenvolve projetos e ações no campo da formação continuada de docentes e da gestão na educação desde 1972. Formação permanente As transformações da sociedade e das tecnologias tornam a formação dos educadores um processo contínuo e desafiam a escola a se questionar constantemente acerca do compromisso social. Para a diretora da Faed, Eliara Levinski, a docência precisa ser entendida como profissão, uma vez que é construída através de um processo formativo que envolve um percurso pessoal e profis-
Fotos: Arquivo UPF
Atividades de formação são realizadas pelo Centro Regional de Educação em diversos municípios da região
Para 2014 Para este ano, novas atividades de formação de professores e gestores já estão programadas. Dentre as novidades, um curso de especialização em Políticas e Gestão da Educação, que será gratuito aos professores da rede pública estadual e realizado pela Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, em parceria com a FDRH/RS e a Rede Escola de Governo.
Curso Gestão Escolar Democrática formou 40 gestores de escolas estaduais
sional. “É nesse processo que o professor constrói seus saberes pedagógicos, científicos e empíricos, os quais dão suporte à prática pedagógica. A formação só será completa quando os professores se autoproduzirem”, avalia. Em Soledade, diversas atividades de formação foram realizadas em parceria com o CRE. Conforme o secretário municipal de Educação, Cultura e Desporto, Juliano Tonezer, a formação permanente é um dos eixos primordiais na busca pela qualidade na educação, visto que propicia uma condição essencial para que os educandos possam efetivar a apropriação e (re)criação dos conhecimentos escolares. “A presença de um profissional docente qualificado e compromissado ética e politicamente com um projeto de mudanças sociais é essencial”, destaca. Gestão da escola e da educação Em observância às políticas de extensão, o CRE ainda prospecta, planeja, implementa e avalia projetos de extensão em educação. Um dos programas, Políticas e Gestão da Educação, tem como objetivos constituir um processo pedagógico que colabore na compreensão e descortinamento de questões acerca da temática; articular e fomentar o ensino, a pesquisa e a extensão; estabelecer diálogos permanentes com profissionais da educação; e subsidiar a criação e o redimensionamento de políticas públicas e projetos desta área do conhecimento. O campo da gestão constitui um indicador de qualidade da educação. Apesar
dos estudos, há muitos desafios a serem enfrentados tanto de nível teórico quanto de natureza prática. Várias pesquisas foram e estão sendo realizadas pela Faed para a explicitação de questões inerentes à gestão. Simultaneamente, práticas extensionistas são realizadas na região de abrangência da UPF. 40 gestores capacitados Dentre as atividades desenvolvidas está o curso de extensão Gestão Escolar Democrática: o feito, o necessário e o possível. No total, 40 gestores de escolas estaduais da região de abrangência da 7ª Coordenadoria Regional de Educação participaram da iniciativa, que também foi premiada durante a Aula Magna da Rede Escola de Governo, da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Estado do Rio Grande do Sul (FDRH), realizada no mês de março. O professor da escola Adelino Pereira Simões, de Passo Fundo, Luciano Pimentel da Silva, foi um dos participantes. Para ele, o curso contribuiu significativamente para o entendimento do funcionamento da escola e de que forma ela pode interagir com a sociedade. A chefe da Divisão de Formação Continuada da FDRH, Ana Cristina Ghisleni, acredita no compromisso demonstrado pela UPF com o desenvolvimento regional e com as políticas públicas. “O curso de extensão em Gestão da Educação e da Escola efetivou uma parceria que já estava postulada e consagrou um trabalho sistematizado, reflexivo e propositivo”, enfatiza.
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universidade Aprendizado
SEM LIMITES
Setor de Atenção ao Estudante da UPF desenvolve atividades com comunidade acadêmica e com alunos portadores de necessidades especiais Partindo do princípio de que as limita- tação e tradução de Libras/Português, ções físicas ou as dificuldades de apren- adaptação de textos, ampliação e transdizagem não são um empecilho para crição para o sistema Braile, utilização a produção do conhecimento, a UPF de ferramentas e recursos adaptados às está atenta às questões que envolvem o pessoas cegas, com baixa visão ou comaprendizado dos seus acadêmicos. Para prometimento na área motora, gravação isso, a Instituição oferece o Setor de em áudio de obras para acadêmicos ceAtenção ao Estudante (SAEs), que é um gos e com baixa visão, orientação e moespaço de atendimento pedagógico dis- bilidade aos alunos com restrição motoponibilizado aos alunos dos ra ou comprometimento na diversos cursos de graduaárea visual, dentre outras. Informações ção que tenham algum tipo Interessados de dificuldade em relação à Transformação de obstáem solicitar o culos em oportunidades aprendizagem e à acessibiliatendimento do dade à UPF. O trabalho que o SAEs SAEs devem se O SAEs é constituído por desenvolve para as pessoas dirigir à Bibliouma equipe composta de com algum tipo de necessiteca Central, dade especial é feito de forpsicólogos, psicopedagogos, no Campus I. O contato com ma conjunta, envolvendo as psiquiatras e professores os profissionais Unidades Acadêmicas e a faque atuam em vários protambém pode ser jetos e programas. Dentre mília do estudante. As ações feito pelo telefoeles, destaca-se o Projeto de têm início ainda no Vestibune (54) 3316-8256 lar, quando são informadas Apoio à Aprendizagem, que ou pelo email as necessidades do vestibuoferece aulas de apoio aos saes@upf.br. lando para a realização da acadêmicos com alguma prova. Após o ingresso na dificuldade nas diferentes áreas de conhecimento. A maioria das UPF, é feito o recebimento dos calouros, aulas é ministrada por professores da bem como reuniões com os professores, Instituição, em horários alternativos – coordenadores de curso e com os resgratuitamente – a partir da disponibili- ponsáveis pelo estudante. dade dos acadêmicos. Outra iniciativa Segundo a coordenadora do Setor, Teinteressante diz respeito ao trabalho resinha Bastos Scorsato, há uma política desenvolvido por estudantes, os chama- de acolhimento, cuidado e atenção ao dos alunos apoiadores, que, por possuí- aluno, feita por meio de uma proposta rem domínio nos conteúdos estudados, que busca e incentiva a autonomia e não se dispõem a trabalhar com os colegas, Foto: Leonardo Andreoli esclarecendo dúvidas e acompanhando as aulas. De acordo com o coordenador do projeto, Luiz Marcelo Darroz, as atividades realizadas possibilitam resultados surpreendentes para o aprendizado dos acadêmicos. “Cerca de 74% dos estudantes conseguem ser aprovados nas disciplinas, após o trabalho desenvolvido no SAEs”, relata. Para a vice-reitora de Graduação, professora Neusa Rocha, as ações do Projeto contribuem para a promoção da autonomia dos estudantes, para que eles reconheçam suas potencialidades e, com isso, obtenham êxito na vida acadêmica. No local, há também o Programa Acessibilidade com Qualidade na Educação Superior, que viabiliza o aprimoramento dos conhecimentos dos alunos portadores de necessidades especiais. São desenvolvidas ações como interpre-
a dependência do futuro profissional. “O diferencial do SAEs é olhar o acadêmico como um sujeito capaz de transformar o que seria um obstáculo em possibilidade na vida, para que, assim, ele possa realizar os seus sonhos”, comenta. O atendimento realizado no Setor permite que os estudantes usufruam dos espaços que a UPF dispõe e tenham um convívio melhor com colegas e professores. De acordo com a assistente pedagógica Guerti Kist, as ações tornam-se fundamentais para o crescimento pessoal e profissional dos portadores de necessidades especiais. “As limitações não impedem o aluno de estar em uma universidade e de ser um bom profissional da área que almeja. Os recursos são importantes para estudantes se incluírem no cotidiano acadêmico e terem bom desempenho nas atividades desenvolvidas”, acredita. Resultados aprovados Um usuário dos serviços ofertados pelo SAEs é o acadêmico do terceiro semestre do curso de Ciências Econômicas, Guilherme Luthi. O aluno, que possui comprometimento global de funções, acredita que o reforço das disciplinas, executado desde o primeiro semestre da graduação, tem contribuído para o seu aprendizado e dado condições de seguir seu desejo profissional, que é a construção de uma fábrica de brinquedos.
Luthi participa do trabalho desenvolvido pelo SAEs e considera fundamentais as ações que o auxiliam a acompanhar o curso escolhido, Ciências Econômicas
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Fotos: Carla Vailatti
universidade No ano em que inicia seu terceiro Programa de Pós-Graduação, a FAMV inaugura novo espaço Programas de Pós-Graduação em Agronomia, em Bioexperimentação e em Ciência e Tecnologia de Alimentos recebem novos laboratórios, salas de aula, câmaras climáticas e secretarias. Espaços também serão utilizados pela graduação
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recursora na pós-graduação stricto sensu da UPF, a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) conta com uma nova estrutura. São 958m² que somam-se aos 1.400m² já existentes, onde são desenvolvidos estudos e pesquisas dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAgro), em Bioexperimentação (PPGBioexperimentação) e em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA). A inauguração foi realizada em 27 de março, na presença da Reitoria, dos diretores das Unidades Acadêmicas, dos coordenadores de curso, dos professores, dos funcionários e de representantes de entidades, bem como de docentes precursores da pesquisa na FAMV. O espaço, localizado no Campus I, será utilizado tanto por mestrandos e doutorandos quanto por acadêmicos de graduação. O reitor, José Carlos Carles de Souza, considera a inauguração uma celebração à capacidade, ao envolvimento e à dedicação de professores e alunos dos programas de pós-graduação da FAMV. “Os trabalhos de pesquisa que aqui são realizados geram resultados expressivos, referência em estudos nacionais e internacionais. Esse trabalho foi determinante para a conquista desse novo prédio”, afirmou. A construção contou
com recurso obtido via edital do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no valor de R$ 959.763,43. Quando o recurso foi aprovado, em 2010, a FAMV contava apenas com o PPGAgro, iniciado ainda em 1996. Em 2012, ingressava a primeira turma do PPGBioexperimentação, e, nesse mês de março, o PPGCTA recebeu seus primeiros mestrandos. Ao lembrar esses fatos, o vice-reitor de Pesquisa e PósGraduação, Leonardo José Gil Barcellos, salientou que a ampliação do prédio foi acompanhada do crescimento, tanto em quantidade quanto em qualidade, da pós-graduação stricto sensu na UPF. “A perspectiva é de que, em breve, novos programas sejam oferecidos. Ao se fortalecer o stricto sensu, transferese para a graduação essa excelência, qualificando os cursos e a Instituição como um todo”, argumentou o vicereitor. Durante a inauguração, o esforço dos precursores da graduação e pós-graduação da FAMV foi lembrado pelo diretor da Unidade, Hélio Rocha. “Somos sabedores das dificuldades para chegarmos até aqui, por isso essa conquista é tão marcante. Nesses 958m², serão desenvolvidos muitos trabalhos, pesquisas e estudos, que só serão possíveis com a
Vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Leonardo Barcellos destacou a importância de fortalecer a pós-graduação stricto sensu
infraestrutura atualmente disponível”, considerou. Para o diretor, o momento é propício para traçar novos planos. O vínculo dos programas de pós-graduação da FAMV com a região Norte do estado foi destacado pela coordenadora do PPGAgro, Simone Basso, que falou
em nome dos demais programas da Unidade. “Nossa região tem sua economia baseada na atividade primária. Por isso, temos a natural missão e a responsabilidade de formar recursos humanos qualificados, bem como produzir conhecimentos e tecnologias que possam aprimorar as diferentes cadeias produtivas”, salientou. A professora lembrou, ainda, que investir em mestrados e doutorados resulta também na excelência dos cursos de graduação pela qualificação do corpo docente e pela oportunidade de os graduandos se inserirem em projetos de pesquisa. Também prestigiaram a inauguração o presidente da Fundação UPF, Alexandre Nienow; o vice-reitor Administrativo, Agenor Dias de Meira Junior; o coordenador do PPGBioexperimentação, Luiz Carlos Kreutz; o coordenador do PPGCTA, Luiz Carlos Gutkoski; diretores de Unidades Acadêmicas; coordenadores de curso; e representantes da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Passo Fundo e da Embrapa Trigo, bem como professores e ex-professores da FAMV.
Ampliação do prédio possui mais de 900m² e foi construída com recursos da Finep
Dirigentes da Instituição descerraram a placa inaugural em 28 de março
Novas instalações O novo prédio proporciona um espaço amplo e adequado aos laboratórios de Biotecnologia, Entomologia, Nematologia, Sementes e Imunotoxicologia e Biologia Molecular, além de câmaras bioclimáticas, salas de aula, salas de professores e secretarias.
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ciência e inovação Estudo busca alternativas para a escassez de ÁGUA na região Norte do estado Projeto desenvolvido pelas áreas de Engenharia de Alimentos e Engenharia Ambiental analisa composição das águas do Aquífero Guarani
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escassez de água é um problema grave que afeta várias regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, a seca de 2012 foi considerada a mais intensa dos últimos 50 anos, o que fez com que mais de 80 municípios da região Norte do estado decretassem situação de emergência devido à falta de água. Pensando nessa questão, o professor e pesquisador Vandré Barbosa Brião, vinculado ao curso de Engenharia de Alimentos da UPF, desenvolveu a pesquisa “Dessalinização por osmose inversa das águas do Aquífero Guarani para uso como água potável em períodos de estiagem”, com o intuito de encontrar alternativas para a escassez da água em épocas de estiagem. O Aquífero Guarani é um agrupamento de unidades hidroestratigráficas, isto é, reúne uma grande reserva de água subterrânea. Localizado na região Centro-leste da América do Sul, ocupa uma área de 1.194.000 km², distribuídos entre territórios de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil, a região Sul é a que possui a maior área. Atividades e resultados O trabalho, desenvolvido entre 2011 e 2013, também contou com a participação dos professores Marcelo Hemkemeier e Adalberto Pandolfo e de acadêmicos do Programa de PósGraduação em Engenharia Civil e Ambiental (PPGEng) e das graduações em Engenharia de Alimentos e Engenharia Ambiental. Para ter acesso ao Aquífero Guarani, a equipe encontrou
um poço com 960 metros de profundidade na cidade de Tapejara (RS). Dentre as atividades, foi coletada uma quantidade de água para análise técnica. Constatou-se que a amostra era salina, ou seja, imprópria para o consumo, em virtude de possuir sólidos totais dissolvidos, sulfatos e fluoretos em excesso em sua composição. Essas substâncias são consideradas prejudiciais à saúde e fazem a água ter um gosto indesejado. Após a verificação, o grupo realizou a remoção desses elementos por meio de um processo chamado osmose inversa, que permite a retenção dos sais da água. O resultado do processo mostrou que, depois do procedimento, foi possível recuperar 93% da água bombeada, tornando-a purificada. Além do estudo técnico, os pesquisadores se interessaram em desenvolver uma análise econômica para verificar a viabilidade da captação da água no Aquífero. Com o intuito de realizar uma estimativa de investimentos e custos, a equipe projetou uma estação de tratamento de água por osmose inversa para abastecer uma população de 10 mil habitantes. A estação operaria somente em casos de emergência, semelhante às usinas termoelétricas. A atividade mostrou que as instalações da estação projetada necessitariam de uma área física de 200 m², com investimentos de R$ 2,23 milhões e custo da água tratada de R$ 0,67/m³. Segundo Brião, o valor da água produzida é considerado razoável, semelhante aos custos de tratamentos já feitos em outros países,
Foto: Laíssa França Barbieri
Equipamento utilizado no processo de osmose inversa da água
embora mais caro que o tratamento de águas superficiais. Os resultados obtidos demonstraram que a dessalinização da água do Aquífero por osmose inversa seria uma boa alternativa para o abastecimento de água para a população, uma vez que as secas têm sido mais frequentes na região.
Ação reconhecida O projeto desenvolvido por pesquisadores da área de Engenharia de Alimentos da UPF já está obtendo reconhecimento. Em 2013, a iniciativa proporcionou a publicação de trabalhos em congressos, como a XXIII Mostra de Iniciação Científica (MIC), o 25º Congresso Regional de Iniciação Científica e Tecnológica em Engenharia e o VIII Simpósio de Alimentos para a Região Sul. Na MIC, o trabalho recebeu o prêmio Inovação Pesquisa Aplicada. Igualmente, foi produzido um artigo e aceito para publicação na revista Desalination, especializada em conteúdos sobre dessalinização.
Para Brião, o fato de não existir muitos estudos sobre o Aquífero Guarani, nesta área de dessalinização, enfatiza o compromisso da UPF com a pesquisa. “O projeto expõe ainda mais a importância da Universidade em relação à preocupação em encontrar possíveis soluções para os problemas da região”, comenta. O trabalho recebeu financiamento da Fapergs e apoio dos Comitês de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas do Rio Passo Fundo e do Alto Jacuí, e do Conselho de Desenvolvimento da Região da Produção.
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profissões
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O estudante Lauro Gomes desenvolveu paixão pela leitura ainda quando criança
Português, literatura, idiomas. CURSO DE LETRAS em destaque!
er capaz de entender o mundo moderno fazendo uso de novas tecnologias, além de refletir teoricamente sobre a linguagem. Pesquisar e ensinar o português e a literatura brasileira, os idiomas estrangeiros e as literaturas de outros povos. Essas são algumas das competências necessárias aos profissionais da área de Letras, que, além de desenvolverem múltiplas habilidades, precisam estar em processo de formação contínuo. Pioneiro e com mais de 50 anos de tradição, o curso de Letras da UPF é uma referência em ensino. Vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), conta com privilegiada infraestrutura e os alunos podem compartilhar experiências com um corpo docente formado por mestres e doutores. A graduação disponibiliza duas opções de licenciatura: Português – Inglês e Respectivas Literaturas ou Português – Espanhol e Respectivas Literaturas. O gosto pela leitura e pela escrita são princípios básicos para o profissional desta área. E foi a paixão pelos livros que levou Lauro Gomes, 25 anos, a bus-
car o curso de Letras da UPF. Tendo participado do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid/ Capes) enquanto acadêmico, hoje cursando o mestrado oferecido pela Instituição na mesma área, Gomes destaca a importância da inserção em atividades dessa natureza durante a graduação. “O professor em sala de aula precisa ter conhecimento para possuir domínio de turma e despertar o encantamento nos alunos. O conhecimento que obtive através do estágio que fiz pelo Pibid fez a diferença dentro de sala de aula”, avalia o mestrando, que, mesmo antes de encerrar a graduação, já atuava como professor. Atividades extraclasse também fazem a diferença na formação dos acadêmicos. Uma delas – o Bando de Letras – busca disseminar a arte em suas diferentes manifestações, como poesia, música, contação de histórias e dramatizações. O grupo cultural é formado pelos acadêmicos do curso de Letras e atua há mais de 18 anos promovendo apresentações dentro da Universidade, e também fora dela, para a comunidade. Foto: Laíssa França Barbieri
Programa de Pós-Graduação Outro aspecto de destaque na formação em Letras ofertada pela UPF é a relação entre a graduação e o Programa de Pós-Graduação em Letras. O curso de mestrado já é oferecido há mais de 10 anos e o doutorado foi recentemente aprovado pela Capes. O potencial de investigação desenvolvido na pós-graduação fomenta a graduação e potencializa o ensino oferecido, além de possibilitar a continuidade de qualificação aos interessados.
Na avaliação da coordenadora do curso, professora Patrícia Valério, há uma grande demanda por profissionais da área de Letras, inclusive porque podem atuar não só em sala de aula, mas em cursos de idiomas, empresas e, em especial, em cursos preparatórios, área que vem solicitando cada vez mais profissionais tanto para preparação de vestibulandos quanto para concursos públicos. No cenário nacional: Jornada de Literatura Um grande diferencial dos acadêmicos que cursam Letras na UPF é se envolverem com todo o processo de mobilização cultural proporcionado pelas Jornadas Literárias. A Jornada Literária nasceu em 1981 objetivando a formação de um leitor que priorizasse o texto literário, mas que também pudesse constituir-se em um intérprete das linguagens veiculadas em diferentes suportes e das características peculiares das várias manifestações culturais. Em suas 15 edições, o evento recebeu milhares de leitores, autores e artistas, proporcionando a interação destes com um público qualificado, em programações diversificadas. Em função da Jornada de Literatura, que ocorre bianualmente e é considerada uma das maiores movimentações culturais da América Latina, em 2006, a cidade de Passo Fundo foi intitulada Capital Nacional da Literatura. Em busca de fortalecer esse título, foi criado o projeto Livro do Mês, que recebe mensalmente autores para que os acadêmicos e a comunidade em geral tenham a oportunidade de debater as narrativas, as construções textuais e até mesmo as escolhas dos autores. A coordenadora Patrícia destaca a grandiosidade deste projeto: “Dentre os diferenciais do curso de Letras, o Projeto Livro do Mês oportuniza aos alunos um encontro mensal com um autor de uma obra literária. Nesse encontro, alunos e professores dialogam sobre uma das obras literárias do autor, a qual é previamente lida. Já estiveram conosco escritores como Jorge Furtado, Cristóvão Buarque, Ignácio de Loyola Brandão, Alcione Araújo, Ângela Lago, Walcyr Carrasco, dentre outros renomados escritores do cenário nacional e gaúcho”, lembra.
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reconhecimento Da docência à
MAGISTRATURA Fotos: Arquivo pessoal
Desembargadora Leila Vani formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais em dezembro de 1976
Em 2011, o reitor da UPF, José Carlos Carles de Souza, prestigiou a posse da desembargadora Leila no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
Desembargadora Leila Vani Pandolfo Machado foi a primeira mulher formada pela UPF a ingressar na magistratura estadual
A
cadêmica de uma das primeiras turmas iniciadas após a criação da UPF, a atual desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Leila Vani Pandolfo Machado, tem uma história de carinho pela Universidade. Foi na UPF que Leila graduou-se em três cursos: Estudos Sociais, Ciências Jurídicas e Sociais e Geografia, e também seguiu a carreira docente em 1975. A conclusão do bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais, na Fa-
culdade de Direito, em dezembro de 1976, foi o primeiro passo para o ingresso na magistratura estadual. No ano seguinte prestou concurso para juiz de direito e assumiu o cargo em 05 de abril de 1978. “A Universidade de Passo Fundo faz parte da minha história, das minhas conquistas, propiciou-me a formação cultural e profissional para corresponder aos meus anseios. A UPF também faz parte da história da minha família. Meu esposo e meus filhos fizeram seus cursos superiores na UPF”, conta.
Mesmo afastada de Passo Fundo há 17 anos, em razão de minha promoção a Porto Alegre, a UPF continuará sendo sempre a minha Universidade
Sobre o período no qual estudou em Passo Fundo, Leila lembra do início do funcionamento do Campus I e da proximidade com os colegas, com muitos dos quais a amizade perdura até hoje em encontros anuais. “No ano de 1974, passamos a ter aulas no campus, onde as construções e o acesso ainda eram muito precários. Noites chuvosas, acesso com muito barro e vento frio entrando nas salas pelos vãos do telhado, ainda sem forro”, relata. Tribunal de Justiça Leila foi a primeira mulher egressa da UPF a ingressar na magistratura estadual. Foi aprovada no concurso para juíza de direito, recém-formada, sem qualquer curso preparatório específico. “Lembro, com carinho, dos grandes mestres, tanto nos cursos de licenciatura como no curso de Direito, que, cheios de entusiasmo, embasados na seriedade, na pesquisa e na valiosa bagagem intelectual, incentivavam a reflexão, o estudo e o amor pela aprendizagem. Foram os grandes responsáveis por minha aprovação”, lembra. Há 17 anos, Leila mora em Porto Alegre e guarda o nome da Instituição com carinho. “Tenho orgulho em dizer que estudei na UPF. A esta instituição, como representante de todos os bons mestres, minha eterna admiração”, afirma, lembrando que hoje ela é a magistrada mais antiga ainda na ativa. Natural do município de Gaurama, Rio Grande do Sul, jurisdicionou nas Comarcas de Tapejara, Frederico Westphalen, Erechim e Passo Fundo, onde também exerceu a jurisdição eleitoral por nove anos consecutivos. Em Porto Alegre, atuou como juíza na 2ª e na 10ª Varas Cíveis e como juíza-corregedora assessora da Presidência em duas gestões. Posteriormente, foi titular da 3ª Relatoria da 2ª Turma Recursal Cível. Esteve convocada no Tribunal de Justiça de julho de 2003 a dezembro de 2008 e, novamente, de outubro de 2010 até sua promoção ao cargo de desembargadora.
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intercambiando
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Fotos: Divulgação
O sonho de “descobrir”
PORTUGAL agora é dos brasileiros O país, de gente hospitaleira, séria e organizada, tem lindas paisagens, boa comida e é seguro para viver
H A Serra da Estela foi um dos locais mais apreciados por Luísa
Professor Nelson Tagliari junto ao parque na cidade de Vila Real. O local se destaca pela estrutura para a prática de esportes
á mais de 500 anos, a história é elemento de ligação entre Brasil e Portugal. Se um dia os “descobridores” vieram até o Brasil e relataram as maravilhas do novo país recém-colonizado, atualmente, os brasileiros é que viajam cada vez mais ao país lusitano em busca de descobertas. Portugal, marcado na história pelos feitos de seus navegadores, sente hoje os efeitos da crise econômica que aba-
lou toda a Europa nos últimos anos. Entretanto, colhe frutos por ser um país com uma diversidade de belas paisagens, distintas atividades de lazer e um patrimônio cultural que conjuga tradição e contemporaneidade. Na gastronomia, um festival de cores e sabores anima os turistas, que ainda encontram um clima ameno, montanhas e praias, tudo a poucas horas de qualquer capital europeia. Ao Norte, na região onde são cultivadas as uvas para a produção do famoso vinho do Porto, além de outras espécies viníferas, fica uma das principais cidades do país, Vila Real. O local tem também uma instituição de ensino conceituada, a Universidade Trás-Os-Montes e Alto Douro (Utad), que recebeu o coordenador do curso de Educação Física - Bacharelado da UPF, Nelson João Tagliari, para a realização de seu doutorado em Ciências do Desporto, em fase de conclusão. Tagliari pontua que o curso de Educação Física da Utad é respeitado na Europa. “A Utad conta com alojamentos para quem vai realizar cursos de mestrado e doutorado, disponibilizando toda a infraestrutura. Os alojamentos ficam próximos ao parque da cidade, que, além de muito grande, possui estrutura para a prática de esportes e é cortado por um rio bem cuidado e limpo, sendo permitido nadar e pescar”, afirma. Tagliari destaca que também pôde visitar cidades com aspectos históricos importantes, tais como Chaves, Porto, Gaia, Matosinhos e Lisboa, que, segundo ele, é uma atração à parte. Em Lisboa está situado o Parque da Pena,
Lugares incomuns, indispensáveis no roteiro O acaso levou a acadêmica de Psicologia da UPF, Luísa Arroque Gheller, a Portugal. Luísa sempre sonhou em fazer intercâmbio no Continente Europeu, mas não se imaginava em Portugal até ser selecionada pelo Programa de Intercâmbio Acadêmico da UPF para realizar um período de estudos na Universidade do Porto, em Porto. Ela classifica o país como apaixonante, especialmente pelos lugares que conheceu: a Serra da Estrela, uma cadeia montanhosa onde estão as maiores altitudes de Portugal; Coimbra, uma cidade universitária; os aspectos medievais de Guimarães; Batalha, uma vila portuguesa onde está situado um mosteiro do século XIV; o Santuário de Fátima; e, claro, a cidade do Porto, onde se localizam a Ponte de D. Luís, construída por Gustave Eiffel, e a Ribeira, patrimônio da Unesco. “Embora alguns não sejam destinos muito comuns, são lugares lindíssimos a quem quer conhecer as belezas naturais, a cultura e a gastronomia”, pontua.
Eduarda junto ao Miradouro de São Pedro, com vista para a parte velha de Lisboa
com "brinquedos" radicais. Dentre eles, destaca-se uma tirolesa de 1.500 metros de extensão e 150 metros de altura. “A comida é muito boa e há variedade de pratos típicos. Quem aprecia deve comer uma bacalhoada regada com um bom vinho e também provar o pastel de Belém, que é à base de massa folhada e nata”, assegura. Um povo formal, mas hospitaleiro Outro aspecto destacado pelo professor da UPF é sobre o povo português. Conforme Tagliari, os portugueses são organizados e sérios, mas receptivos. A opinião é compartilhada pela acadêmica do curso de Odontologia, Eduarda Cristina Baggio, que morou em Lisboa por 10 meses, tempo que fez intercâmbio pelo programa Ciência sem Fronteiras. “O povo é bastante hospitaleiro, apesar de não existir essa ‘simpatia brasileira’. As pessoas são mais reservadas, se tratam com formalidade, mas é um país incrível, com belas paisagens, ótima gastronomia e clima parecido com o do Rio Grande do Sul. É bastante seguro e, apesar da crise econômica, um lugar perfeito para viver”, acredita Eduarda. Ela fez intercâmbio junto à Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa e salienta que a adaptação foi muito tranquila pelo idioma ser o mesmo e pela facilidade de localização, já que os mapas são bem explicativos nos ônibus e metrôs. Conforme a acadêmica, um passeio imperdível é caminhar pela "cidade velha", parte preservada de Lisboa. Além da capital, Eduarda se encantou por Belém, cidade com vários museus e que abriga a famosa Torre de Belém e o Monumento aos Descobridores, uma homenagem aos navegantes portugueses.
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universidade Política de RESPONSABILIDADE SOCIAL: ações que qualificam a relação com a comunidade Aprovado em 2013, o documento vai intensificar e potencializar, até 2016, as ações já desenvolvidas na UPF
A
Política de Responsabilidade Social da UPF executará, até 2016, ações para qualificar ainda mais a relação entre a UPF e comunidade. Para contemplar os objetivos propostos, uma comissão formada por professores da Instituição colocará em prática um conjunto de valores, princípios, diretrizes e metas a serem assumidos coletivamente. A prioridade, segundo a Comissão, será a busca do desenvolvimento da sociedade por meio da formação de recursos humanos e do desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, configurando-se como um centro de excelência que visa ao aprimoramento da sociedade. As orientações integram o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UPF, com regulações do Ministério da Educação (MEC). As ações da Política incluem as áreas de inclusão social, meio ambiente, cultura, memória e patrimônio, envolvendo professores, funcionários, alunos e toda a comunidade acadêmica. Aprovado em 2013, o documento vai intensificar e potencializar, até 2016, as ações já desenvolvidas na UPF. Segundo a vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Bernadete Maria Dalmolin, ações de responsabilidade social vêm sendo desenvolvidas na Instituição, mas a aprovação de uma
Fotos: Divulgação UPF
política significa que a UPF quer que todo o fazer universitário seja mediado pelo paradigma de sustentabilidade econômica, ambiental e social. “A Responsabilidade Social Universitária deve impregnar todos e cada um dos espaços universitários. Se nossa missão é formar cidadãos competentes, com postura crítica, ética e humanística, preparados para atuarem como agentes de transformação, todo e qualquer ato deve ser pedagógico e exemplar”, frisa. Investimento no compromisso social Em muitos países da Europa, o investimento na Responsabilidade Social atua como eixo estruturante das instituições universitárias, buscando alcançar indicadores que, de forma conjunta, garantam uma formação integral dos acadêmicos e, com isso, provoquem um impacto direto no desenvolvimento humano e social do seu entorno. “Essa realidade pressupõe uma grande reflexão de toda a instituição acadêmica sobre si mesmo e em relação ao seu entorno social, avaliando e monitorando os impactos das nossas atividades no desenvolvimento global dos nossos alunos e da comunidade, mas também dos nossos professores e colaboradores”, observa a professora Bernadete. Segundo uma das coordenadoras da Política, professora Clenir Moretto, o texto tem função norteadora para as concepções e práticas realizadas na Instituição, regulamentando e pautando o processo de transversalização da responsabilidade social nas ações de gestão, ensino, pesquisa e extensão.
Envolver professores, alunos e a comunidade nas ações de responsabilidade social é o desafio da UPF
“A política consiste em promover uma vigilância constante acerca da questão: como podemos aperfeiçoar eticamente nossas ações? Significa dizer que temos um documento que propõe princípios, diretrizes, metas e estratégias que poderão materializar a preocupação da Universidade para com o impacto de suas ações. Trata-se de uma forma de dar coerência às ações de responsabilidade social com as demais políticas institucionais também indicadas no PDI”, ressalta. Considerando a UPF como uma Instituição de ensino com amplo histórico de ações e iniciativas de responsabilidade social, o desafio, segundo os organizadores, é buscar sensibilizar todos os envolvidos, incluindo as comunidades interna e externa, para a amplitude do conceito de responsabilidade social universitária. Esse processo, de acordo com Clenir, tem como eixo central a produção de mecanismos que comuniquem o que a UPF compreende como responsabilidade social. “Estaremos trabalhando com diferentes setores no sentido de publicizar, fazer conhecer a Política. A ideia central é possibilitar que alunos, funcionários, professores e comunidade externa protagonizem a implementação da Política, ampliando-a, dotando-lhe de sentido”, reflete, ressaltando que o foco da Política são as pessoas, que, com seus desejos e iniciativas, poderão transformá-la em algo vivo, dinâmico e coerente com a missão de uma universidade comunitária.
Política busca a soma de esforços para o desenvolvimento social da Instituição
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universidade
Fotos: Arquivo
QUATRO
DÉCADAS
de transformação na comunidade
Faculdade de Engenharia e Arquitetura comemora 40 anos de atuação em prol do desenvolvimento regional
A
criação da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fear) da UPF marcou o início de uma nova etapa de desenvolvimento para a região Norte do Rio Grande Sul. À medida que os estudantes se formavam nos bancos da Universidade, o mercado de trabalho passou a contar com profissionais qualificados, que pouco a pouco foram ajudando a construir as bases do crescimento vivenciado atualmente pela comunidade regional. Nesses 40 anos, a Faculdade cresceu e se consolidou como uma importante fonte de geração de conhecimento. Mais de 2,4 mil profissionais concluíram a graduação e 415 a pós-graduação pela Faculdade, passando a contribuir significativamente para o progresso das áreas relacionadas à construção civil, às indústrias metal mecânica, química e alimentícia, ao desenvolvimento sus-
Jantar comemorativo reuniu dirigentes, autoridades e comunidade acadêmica
40 anos da Faculdade foram homenageados pela Câmara de Vereadores de Passo Fundo
Ao relembrar os 40 anos da Fear em comemoração, reitor José Carlos Carles de Souza destacou que os egressos da Unidade ajudaram a construir a identidade arquitetônica de Passo Fundo
tentável e aos processos de produção. Dentre os profissionais formados pela Fear está Rodrigo Siqueira Penz, egresso da primeira turma de Engenharia Elétrica da UPF e do mestrado em Engenharia, hoje docente da Faculdade, que acompanhou o crescimento da Unidade Acadêmica e destaca a contribuição dela para sua carreira. “Minha posição profissional atual tem muito do meu esforço pessoal, mas tem toda uma estrutura que foi proporcionada pela Fear, para fortalecer e criar a base de conhecimento que me acompanha”, observa Penz. Para o diretor da Unidade Acadêmica, Vagner Alves Guimarães, o bom desempenho dos cursos nas avaliações, como o Enade, são indicadores da qualidade da formação oferecida pela Fear. “Além do conhecimento proporcionado em sala de aula, a Unidade conta com dezenas de laboratórios, Centro Tecnológico, Centro de Pesquisa em Alimentação e empresas júnior que permitem a realização de atividades de consultoria e o desenvolvimento de projetos de pesquisa, essenciais para a formação de excelência desses acadêmicos”, explica. Atualmente, a Fear conta com 121 professores, em sua maioria mestres e doutores, e 59 funcionários, atendendo a quase 4 mil alunos que constroem sua formação em 11 cursos de graduação, sendo dois cursos superiores de tecnologia, diversos cursos de especialização lato sensu e dois programas de pós-graduação stricto sensu. Dentre os atuais acadêmicos está Rubens Astolfi, engenheiro ambiental e aluno do curso de Engenharia Civil da UPF, que explica porque optou por continuar seus estudos na Fear. “Decidi cursar outra graduação para complementar minha formação e ampliar minha atuação. Escolhi a Fear por conhecer a qualidade dos professores e pela da garantia de estar estudando em um dos cursos mais bem avaliados do país”, ressalta.
O acadêmico destaca, ainda, a atuação dos profissionais formados pela Fear. “Encontramos engenheiros e arquitetos formados da UPF em importantes espaços da sociedade, desenvolvendo suas ações em diversos setores públicos e privados”, explica. A ideia é compartilhada por Penz. “O conhecimento gerado aqui não se mantém apenas nessa região. Temos profissionais em todo Brasil que solicitam estagiários da UPF para suas empresas, pois acreditam que os alunos da Fear são muito bem preparados para as demandas do mercado de trabalho”, enfatiza. Comemorações Para celebrar suas quatro décadas de atuação, a Unidade Acadêmica programou diversas atividades. Em março, as comemorações iniciaram no dia 08 com a caminhada “Fear visita a comunidade”. No dia 14, o jantar comemorativo reuniu dirigentes da UPF, Fear, professores, funcionários e comunidade no Gran Palazzo e, no dia 19, a Faculdade recebeu a homenagem da Câmara de Vereadores de Passo Fundo em Sessão Solene. Já no dia 23, alunos professores e membros da comunidade participaram de um almoço de confraternização e, no dia 28, os ex-dirigentes da Unidade foram homenageados com a inauguração da Galeria dos Diretores. Em abril, a Conferência “Fear + 40 anos”, realizada nos dias 10 e 11, debateu sobre as perspectivas e projetos para o futuro da Unidade e, no dia 15, foi inaugurada a pedra fundamental das novas instalações da Faculdade. No decorrer do ano, a realização do 1º Concurso de Fotografias Fotografe a Fear – 40 anos de história, também comemora o aniversário. Mais informações podem ser obtidas no site www.upf.br/fear40anos ou na secretaria da Unidade, pelo telefone (54) 3316-8201.
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fique por dentro
Treinamento e qualificação
para servidores e gestores públicos municipais
Núcleo de Gestão Pública, uma parceria entre UPF e Tribunal de Contas do Estado, vai propiciar palestras, cursos de pequena e média duração e seminários com representantes das áreas técnica, administrativa e de gestão
A
assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a UPF e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) oficializou a criação do Núcleo de Gestão Pública da UPF, ligado à Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. O projeto tem o intuito de trabalhar em conjunto com os municípios da região, no sentido de treinar e qualificar os servidores e gestores públicos, tanto do Executivo quanto do Legislativo, em questões pertinentes às áreas administrativa e jurídica, e também nas questões de implantação de controle. Para isso, as atividades a serem desenvolvidas englobam palestras, cursos de pequena e média duração e seminários com representantes das áreas técnica, administrativa e de gestão, como prefeitos, presidentes de Câmaras de Vereadores, e servidores de nível de secretariado.
A apresentação do Núcleo ocorreu no último dia 03 de abril, durante o Seminário Técnico de Gestão Pública Municipal, promovido em parceria entre UPF e TCE-RS. Na oportunidade, o reitor José Carlos Carles de Souza mencionou a importância da ação. “A UPF é uma Universidade comunitária, estando cada vez mais próxima das comunidades e dos espaços em que é recebida. Desta forma, se propõe a oferecer a qualificação do espaço público, para profissionalizar as pessoas que fazem ou assessoram a gestão”, argumentou. O presidente do TCE-RS, César Miola, reiterou a importância da profissionalização da gestão, e o presidente da Associação dos Municípios do Planalto (Ampla), Alceu Castelli, comemorou a criação do Núcleo para auxiliar no trabalho da gestão municipal. O Núcleo Uma das coordenadoras do Núcleo é Sandra Toledo dos Santos, da Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Feac). Para a professora, a iniciativa proporciona a convergência entre os cursos e as Unidades Acadêmicas da Universidade que desenvolvem trabalhos com o setor público. “As ações
Foto: Leonardo Andreoli
devem possibilitar a consolidação das necessidades sentidas pelos gestores das cidades da região”, relata. Com a criação do Núcleo, os professores da Instituição que possuem estudos e vivência prática nas diversas áreas de gestão pública vão poder estar congregados com o objetivo de apresentar capacitações para os gestores municipais, de forma a realizar a prestação de serviços. De acordo com o também coordenador do Núcleo e do curso de Direito da UPF, Giovani Corralo, o projeto surgiu a partir de uma demanda dos gestores dos municípios. “As ações a serem desenvolvidas serão aquelas demandadas pelos próprios gestores, e isso definirá os cursos e serviços oferecidos”, comenta.
E-books
Livros
Lançamentos da UPF Editora Apresentação de trabalhos científicos: normas e orientações práticas - 5ª Edição Coordenadores: Altair Alberto Fávero; Ediovani Antônio Gaboardi
Educação Matemática: a sala de aula como espaço de pesquisa - 2ª Edição - Revisada e ampliada Autoras: Neiva Ignês Grando; Sandra Mara Marasini
Física do solo - 3ª Edição Autor: Vilson Antonio Klein
A ordem econômica e social e o serviço da dívida pública: gasto social, juro e tributação Autor: Julio Cesar Giacomini
Os e-books estão disponíveis para download gratuito no site http://www.upf.br/editora
Indicações técnicas para a cultura da aveia Organizadores: Nadia Canali Lângaro; Igor Quirrenbach de Carvalho
Sobre filosofia e educação: racionalidade, reconhecimento e experiência formativa Organizadores: Angelo Vitório Cenci, Cláudio Almir Dalbosco, Eldon Henrique Mühl
Núcleo de Gestão Pública irá atender demandas dos municípios em uma parceria da UPF com o TCE-RS
Agenda de eventos: III Seminário Nacional de Inclusão Digital – de 28 a 30 de abril. Informações no site http://senid.upf.br 5° Seminário Nacional de Língua e Literatura: Teoria e Ensino – de 22 a 23 de maio. Informações no site www.ppgl. upf.br V Jornada Nacional de Educação Matemática e XVIII Jornada Regional de Educação Matemática – de 05 a 07 de maio. Informações no site www.upf.br/jem V Seminário Internacional sobre Filosofia e Educação e I Congresso da Sociedade Brasileira da Filosofia da Educação – de 10 a 12 de setembro. Informações no site www.upf.br/seminariofil.
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fique por dentro ARQUIVO HISTÓRICO REGIONAL preserva a memória da região há 30 anos
O
Arquivo Histórico Regional (AHR) da UPF guarda, no seu acervo, incontáveis documentos que retratam a história do município e da região. É singular o valor histórico das páginas que, ao longo de 30 anos, foram recolhidas, doadas, guardadas, recuperadas e colocadas à disposição de toda a população. Para marcar as três décadas de criação do AHR, uma programação especial foi organizada no mesmo ano em que se comemora o 60º aniversário do Instituto Histórico de Passo Fundo (IHPF), um parceiro de longa data na recuperação de documentos e acervos importantes. A programação de aniversário iniciou no mês de março, com o descerramento de uma placa comemorativa e uma palestra com o presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), Arno Wheling. Na oportunidade, também foi lançado o Concurso de Quadrinhos do AHR e realizada uma homenagem ao Dr. Pedro
Foto: Leonardo Andreoli
Placa comemorativa aos 30 anos foi descerrada pela coordenadora do AHR, Gizele Zanotto, e pela diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Rosani Sgari
Ari Veríssimo da Fonseca, colaborador de longa data do Arquivo. O regulamento, com detalhes do Concurso de Quadrinhos, pode ser consultado no site www.upf. br/ahr.
O acervo do AHR, aberto à consulta dos interessados, localiza-se na Rua Paissandu, 1756 – Centro. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h30min.
Residências multiprofissionais: formação em serviço na área da saúde Foto: Carla Vailatti
Aula inaugural marcou início das atividades das residências multiprofissionais
C
onsiderando as necessidades locais e regionais e em consonância com as políticas e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação de recursos humanos nas áreas prioritárias de atendimento à popula-
ção, a UPF implantou programas de Residências Multiprofissionais e em Área Profissional da Saúde. Desenvolvidas em parceria com hospitais e a Secretaria de Saúde de Passo Fundo, as residências estão em funcionamento e são mais
uma oportunidade de aperfeiçoamento aos graduados em diferentes cursos da área da saúde. As residências em Atenção ao Câncer, em Cardiologia e em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofaciais, oferecidas por meio de parceria entre UPF, Hospital da Cidade (HC) e Secretaria de Saúde de Passo Fundo, estrearam neste ano. Já as residências multiprofissionais integradas em Saúde do Idoso e em Atenção ao Câncer, ofertadas pela UPF em parceria com o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e a Secretaria de Saúde, já haviam recebido turmas em 2013. A Residência Integradora em Medicina Veterinária, oferecida pela UPF e pelo Hospital Veterinário, é consolidada e reconhecida nacionalmente.
Comunidade acadêmica elege Reitoria no dia 21/05 Os professores e alunos da UPF, os funcionários da Fundação UPF e os representantes da comunidade que integram órgãos colegiados superiores da Universidade elegem, no próximo dia 21 de maio, a Reitoria – gestão 2014-2018. A eleição tem início às 9h e término às 21h30min. A chapa, com a indicação do nome do candidato a reitor, vice-reitor de graduação, vice-reitor de pesquisa e pós-graduação, vice-reitor de extensão e assuntos comunitários e vice-reitor administrativo, com as respectivas declarações de aceitação e acompanhada da subscrição de, no mínimo, vinte professores em exercício na Universidade, deverá ser apresentada à Comissão Eleitoral até o dia 6 de maio, na Reitoria, das 8h às 17h, para os devidos registros. São elegíveis os integrantes da carreira do magistério da Universidade que tenham, pelo menos, cinco anos de exercício e estejam, quando da inscrição, no efetivo desempenho de suas funções. São eleitores, nos termos do Art. 8º do Regimento Eleitoral, alterado conforme Resolução Consun nº 02/2011, os professores iniciantes e da carreira do magistério da Universidade, ainda que em licença para tratamento de saúde; os professores iniciantes e da carreira do magistério da Universidade que estejam frequentando cursos no país ou no exterior; os funcionários da FUPF que exerçam funções vinculadas à Universidade; os alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação e de pós-graduação da Universidade; os representantes da comunidade que integrem os órgãos colegiados superiores da Universidade.