O terreno marcado pelos escombros resultantes da demolição de uma antiga delegacia obsoleta no local, encontra-se cheio de resíduos e móveis abandonados. Sendo o terreno urbano escasso e por seu valor simbólico, requalificar o espaço da antiga delegacia como equipamento público de educação e lazer foi o principal objetivo deste projeto.
Ao avançar sobre o terreno o volume da escola é revelado, apresentando no nível térreo um volume mais pesado e com poucas aberturas para fora, mas transparentes por dentro. O nível superior por sua vez possui aberturas maiores formando uma forma de jogo entre os cheios e os vazios envolto por uma pele formada por brises de seção 1cmx2cm, que cobrem as fachadas Leste e Norte como uma persiana, permitindo visibilidade e proteção da luz do sol.
FAVELA
CAMPO DE FUTEBOL
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PONTO DE ÔNIBUS
SUE
Ao “enterrar” uma das extremidades do volume, a cobertura da escola se tornou uma extensão da calçada, conformando-se como um mirante que avança sobre a praça. A escola de volume quadrado com uma abertura central permite o contato entre a comunidade e a escola. Além disso, projetou-se uma praça adjacente à escola, cujo maior desafio foi criar espaços de passagem e de estar acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida em um grande desnível.
rua madre
REIG
Dessa forma, o projeto se propôs a olhar o bairro não somente da perspectiva do déficit educacional, mas também a partir da escassez de espaços públicos de qualidade que se conformem como aglutinadores sociais, sendo o Berçário e Jardim de Infância um potencial local de encontro e de valor social.
Devido ao desnível de 7m apresentado pelo terreno a solução encontrada foi a de escavar o terreno, enterrando parcialmente um dos volumes da escola, destinados à programas que exigem menor em relação com a iluminação, como a sala de informática/ audiovisual, cozinha e refeitório.
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A morfologia do bairro é caracterizada pela densidade de habitações precárias, como favelas que ocupam área próxima ao Rio e também pelos grandes conjuntos habitacionais voltados para famílias de baixa renda. Por outro lado o terreno localiza-se entre duas importantes vias do bairro, próxima à um campo de futebol e em uma área de declive acentuado, cuja vista do é marcada por prédios e casas, estabelecendo forte conexão com a cidade e enorme potencial como ponto nodal.
ES
AV
Foi escolhido um terreno localizado no Bairro Jardim Yeda, na cidade de Campinas, estado de São Paulo, uma vez que, ao contatar a Prefeitura de Campinas, o local foi apontado como um dos vários bairros da cidade que necessitam de vagas imediatas.
Dado o grande desnível do terreno e por sua vista marcante do bairro, procurou-se por um projeto em que o “ver e ser visto”, interagir e permanecer fossem premissas para a integração entre escola, sociedade e cidade. Dessa discussão surge o conceito de uma escola mirante, cujo espaço ocupado pudesse ser reaproveitado na cobertura, havendo o maior aproveitamento possível do solo urbano que é escasso e caro.
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RUA LEOBEGILDO MENDONÇA
A partir da temática “Berçário e Jardim de Infância” cuja relevância social se destaca, buscouse por terrenos em bairros com alto déficit de vagas na educação infantil e desigualdade no acesso de equipamentos públicos para o projeto de escola para crianças entre 0 e 5 anos. Este pensamento serviu de guia durante todo o projeto, buscando criar espaços que atendessem às necessidades dos moradores da periferia da cidade.
AVENI DA EMBAR DE BARR OS QUE SAMIA ZARUR
O PROJETO
O terreno marcado pelos escombros resultantes da demolição de uma antiga delegacia obsoleta no local, encontra-se cheio de resíduos e móveis abandonados. Sendo o terreno urbano escasso e por seu valor simbólico, requalificar o espaço da antiga delegacia como equipamento público de educação e lazer foi o principal objetivo deste projeto.
IMPLANTAÇÃO IMPLANTAÇÃO ESC 1:2000 1:2000
CONJUNTOS HABITACIONAIS
M I R A N T E CONTINUAÇÃO DA PRAÇA
E
D
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F
Í
C
I
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CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA
P
R
A
Ç
A
AGLUTINADOR SOCIAL
IMPLANTAÇÃO
BERÇÁRIO E JARDIM DE INFÂNCIA - 10º CONCURSO CBCA PARA ESTUDANTES DE ARQUITETURA 2017 – LÂMINA Nº 01