À descoberta do Mosteiro dos Jerónimos
O Mosteiro dos Jerónimos é frequentemente conhecido como a “jóia” do estilo Manuelino e pode considerarse um dos símbolos da nação por estar ligado à Casa Real Portuguesa e à epopeia dos Descobrimentos. Foi em 1496 que o rei D. Manuel I pediu à Santa Sé autorização para construir um grande mosteiro à entrada de Lisboa, perto das margens do rio Tejo. As obras começaram em 1501 e só terminaram quase um século depois. As razões da construção do Mosteiro dos Jerónimos prendemse, por certo, com a vontade de D. Manuel I reunir em panteão os seus descendentes que foram enterrados em túmulos de mármore situados na capelamor da Igreja e capelas laterais do transepto. A dedicação do mosteiro à Virgem de Belém foi outro factor que influenciou a decisão régia. O Mosteiro dos Jerónimos veio substituir a igreja que invocava Santa Maria de Belém, onde os monges da Ordem de Cristo davam assistência aos muitos marinheiros que por ali passavam. Por esta razão, D. Manuel I escolheu os monges da Ordem de S. Jerónimo, cujas funções eram rezar pela alma do rei e dar apoio espiritual aos que partiram da Praia do Restelo à descoberta de novas terras. Durante quatro séculos essa comunidade religiosa habitou nestes espaços, mas em 1833 foi dissolvida e o lugar desocupado. O Mosteiro dos Jerónimos passou a integrar os bens do Estado e o convento foi destinado ao colégio dos alunos da Casa Pia de Lisboa até cerca de 1940. Este grandioso monumento nacional acolhe as arcas tumulares de grandes vultos da nossa história. Foram colocadas na Igreja as arcas tumulares de Vasco da Gama e Luís de Camões. Fernando Pessoa, considerado como um dos maiores poetas portugueses e europeus do século XX, foi transladado em 1985 para o Claustro do Mosteiro dos Jerónimo e a Sala do Capítulo abriga o túmulo de Alexandre Herculano, que teve um papel fundamental na construção da memória da História Portuguesa. Em 1907 o Mosteiro dos Jerónimos foi declarado Monumento Nacional e em 1984 foi classificado “Património Cultural de toda a Humanidade” pela UNESCO.
Muito mais haveria a dizer acerca deste monumento, fica apenas uma palavra final... IMPRESSIONANTE!