Participação na
IV EDIÇÃO DO PRÉMIO NACIONAL DO CONTO DE FILOSOFIA PARA CRIANÇAS ANO LETIVO 2019/2020
ELE Um de novembro de dois mil e onze é a marca no tempo, existe apenas o antes e o depois, é como se fosse o nascimento de Jesus, mas em vez disso, a sua partida. Costumava ser o que nos unia e, desde que partiu, a cidade de Ravenswood não é mais a mesma. Debaixo do tapete, as pessoas escondem segredos que estragariam vidas, mas sem dramatismo, claro. Normalmente, é uma cidade onde nada acontece, para além de queixas mesquinhas que os vizinhos entediados fazem, umas vezes porque o cão ladra muito, outras vezes porque o raio do gato invade a cave, pelo menos costumava ser assim, até à noite de halloween, a noite em que ele desapareceu. Nunca foi encontrado o seu assassino e isso deixa-me aterrorizada, ele ou ela pode estar entre nós, pode ser o vizinho do fundo da rua, pode ser um colega da escola, pode até ser o dono do café super simpático que ao décimo granizado oferece um milk-shake gratuito, pode ser qualquer um. Eu estou para aqui a falar, mas ainda nem me apresentei, eu sou a Melanie, normalmente chamam-me Mel, tipo mel de abelhas, mas, claramente, não fui feita por abelhas, acho que entenderam o que quis dizer, ele também me chamava por Mel ou Melie ou outros nomes que gostava de inventar. Ele conseguia um sorriso meu nos piores momentos, costumava dizer que, se não sorrisse à vida, ela também não sorriria para mim, e alguém tem de dar o primeiro passo. É verdade, alguém tinha. Conhecemo-nos no quinto ano quando ele se mudou para Ravenswood e, logo no primeiro dia, demos o nosso primeiro bate chapas, num inocente jogo de verdade ou consequência, que fez com que dali a uma semana começássemos a namorar. Éramos crianças, eu sei, mas assim que o vi, senti borboletas no meu estômago, comecei a transpirar de tão nervosa, as minhas pernas tremiam, e o que eu mais queria era chegar perto dele e dizer olá, então eu fui. Doida, não é? Acham que se fosse agora iria? Foi a inocência da criança apaixonada que eu era que me fez ir ter com ele, e disse-lhe algo que nenhum de nós esqueceu. Ele era inteligente, e tinha cabelo de cor castanha muito clarinha que combinava perfeitamente com os olhos esverdeados. Todos o conheciam, ele andava no futebol e, não só era um excelente avançado, como também fazia rolinhos de carne deliciosos quando havia lanches partilhados. Rolinhos de carne é literalmente a única coisa que ele sabe fazer na cozinha, quer dizer, sabia fazer. Normalmente, andávamos todos juntos nos intervalos da escola, eu, o Diogo, o seu melhor amigo Pipo, namorado de uma das minhas
melhores amigas, Letícia, e a Verónica. Gostava de pensar que éramos como os cinco mosqueteiros, inseparáveis. Agora somos desconhecidos. O pipo e a Letícia deram um tempo, a Verónica começou a frequentar bares e a juntar-se a malta da pesada, e eu estou sozinha, sem os meus melhores amigos e sem o meu namorado, éramos cinco e do nada restei apenas eu e um vazio enorme. Depois de sete anos de namoro, sete anos de história, sete anos de brincadeiras, risadas, confiança, ele partiu, e entretanto, passou um ano, mas não consigo habituar-me à ideia de que ele se foi para sempre, acho que na minha cabeça ainda existe a probabilidade de ele aparecer e ter uma boa razão para ter feito o que fez. Verónica- Ei devias ter mais cuidado por onde andas enquanto escreves esse diário! Eu- Desculpa, foi sem querer. Verónica, eu sinto falta dos nossos momentos, o que é que aconteceu connosco? Verónica- Não quero falar disso. Eu- Então vamos falar doutra coisa, mas por favor não te afastes mais de mim, eu preciso de ti na minha vida. Verónica- Eu tenho mesmo de ir. Eu- Vi, por favor. Verónica- Xau. Podia implorar que ficasse, ela não ia ceder. Sempre foi de ideias fixas, mas eu precisava de tentar, tudo o que me resta é um vazio enorme, indescritível, que não desejo nem à Megui, a rapariga modelo que todas as escolas têm, de nariz em pé, salto alto e roupa na tendência. É malvada até dizer chega, acreditem, é da minha turma desde o sétimo ano e conheço bem a peça. Estava constantemente a meter o bedelho no namoro dos meus dois melhores amigos, e desta vez não foi exceção. Assim que vi a Letícia a chorar, corri para ela, e demos um abraço, um abraço bem forte e duradouro. Ambas estávamos a precisar daquilo. Letícia- O que é que é suposto fazer agora? Mais uma vez aquela pessoinha horrível conseguiu o que queria, afastar-me do Pipo. Eu- Vocês acabam sempre por fazer as pazes e voltar.
Letícia- Mas eu estou farta de ser trocada, entendes, farta. Ele vai para ela, volta para mim, achas normal? Eu- Acho que têm de ter uma conversa séria, já não são crianças, e as coisas resolvem-se a conversar. Vai ter com ele e diz-lhe o que sentes, sê frontal, e caso ele te dê para trás, eu estou aqui. Letícia- Eu estou farta de sofrer percebes, sempre que ele sai, eu sinto um vazio como se me tivessem tirado parte de mim. Acho que percebes muito bem, aliás, como estás em relação a ele. Eu- Se começar a falar choro, mas vou indo. Letícia- Estás para aqui a ouvir as minhas lamentações, e quando tu precisaste, fui tão parva, afastei- me de ti, não estive lá, como estás aqui agora. Eu- Não dá para voltar atrás, portanto, acho que estamos bem, certo? Letícia- É o que eu mais quero neste momento. Eu- Pensei que tudo o que quisesses agora era dar um chuto na Megui! Letícia- Essa é a segunda coisa. Ficámos ali a almoçar juntas, a pôr a conversa em dia, como costumava ser. Foi a melhor hora de almoço que tive depois daquela noite de Halloween. Verónica- Vai haver uma festa hoje, no bar do Fred, vocês vão? Eu- Não sabíamos de festa nenhuma. Verónica- O tema são os anos 80, estive ontem a ajudar com os últimos preparativos e o espaço é enorme e ficou muito giro. Letícia- Se é tão grande como a distância que há entre nós, de certeza que cabe a cidade inteira. Verónica- Ok, merecido, mas quero consertar as coisas entre nós, Mel, desculpa por aquilo de manhã, e, Letícia, desculpa por me ter afastado, agora só quero que tudo volte ao normal. Eu- Nada vai voltar ao normal nunca mais. Verónica- Vamos fazer o possível. Às nove no bar, até logo. Mal podia acreditar que tinha as minhas duas melhores amigas comigo outra vez, tinha vontade de gritar de alegria, mas não o fiz, fui para casa e arranjei-me o máximo possível. Era a minha primeira saída à noite sem o Diogo e estava um bocado em baixo. Ainda não sabia o que me esperava.
Letícia- O teu visual está incrível. Verónica- Podes crer. Eu- Obrigada meninas, ainda bem que estão aqui comigo. É a primeira saída à noite depois dele e ainda não sei muito bem como me vou divertir. Letícia- Nós vamos fazer com que seja a melhor noite da tua vida! A sério? Irónico. Enquanto estávamos a dançar no meio da pista, com luzes por todo o lado e música alta, eu só conseguia pensar como seria se ele estivesse comigo. Não estava a ser uma boa noite. Eu estava com quem mais queria estar, mas só por ele não estar lá, era uma má noite, e queria ir para casa. A Letícia não me deixou ir, portanto fiquei, e não se diga, ainda bem ou porque é que não foste para casa. A Verónica estava mesmo mal, tipo mais para lá do que para cá, em outras palavras, bêbeda. Eu- Acho que é melhor levar-te a casa. Verónica- Para quê, eu estou perfeitamente bem e a noite ainda é uma criança. Letícia- São duas da manhã, acho que já te divertiste o suficiente por hoje. Verónica- Agora estás armada em Melanie, ela é que costuma dar opiniões do tipo, “temos de ficar unidos neste momento difícil, os amigos servem para isso”, por amor de Deus achas que ela sabe o que é um amigo sequer? Eu- Vi, eu estou mesmo aqui, o que é que isso quer dizer? Verónica- Oh, ainda bem que estás aqui, é verdade, tu, só tu, e mesmo só tu, és o centro do mundo, coitadinha, perdeu o namorado e as melhores amigas abandonaram-na, não tem apoio, é solitária. Mentira, tu fizeste a tua cama, agora deita-te nela. Eu- Vi, para, eu sou tua amiga! Verónica- Amiga? Eu sempre fui a pessoa que mais te amou neste mundo. Ele não gostava de ti. Ele atirava-se a mim todos os dias nas tuas costas e depois fazia-se de santo, como se nada tivesse acontecido quando tocava no assunto. Ele traía-te debaixo do teu próprio nariz e tu nem notavas, tu sabes o quanto me custou ver-te feliz com outra pessoa para além de mim? E que eu sabia que não te merecia? Porque é que achas que me afastei, Mel. Eu não conseguia olhar para a tua cara sem te puder contar, e se eu contasse, não ia ajudar em nada. Letícia- Ela não está em si, vamos levá-la para casa e amanhã falamos. Eu- Não, eu quero ouvir o que ela tem para me dizer. Agora!
Letícia- Ela não está em si, vamos levá-la para casa e amanhã falamos. Eu- Não, eu quero ouvir o que ela tem para me dizer. Agora!! Verónica- Desculpa, eu não sabia como te contar, quando tentava falar disso, era como se a minha voz começasse a falhar, e não conseguia dizer uma palavra. Eu- Quer dizer que, o meu namorado traía-me atirando-se à minha própria melhor amiga, que por sinal, é apaixonada por mim?! Verónica- Desculpa por não ter contado mais cedo, eu sei sou uma péssima amiga por favor não me afastes como eu fiz contigo, por favor. Caiu-me a fixa naquele momento, era como se o que restava da minha felicidade tivesse, puf, desaparecido. É, eu sei que provavelmente vou ultrapassar, mas custa tanto saber que amámos tanto alguém que não deu a mesma energia. Será que alguma vez ele me amou de volta? Nunca vou saber. Lembram-se de vos ter falado que lhe sussurrei uma coisa no quinto ano que ambos nunca mais esquecemos? Eu disse-lhe naquela altura que queria conhecê-lo melhor, e ele disse fica comigo para sempre. E eu disse-lhe que não precisava de pedir duas vezes. Eu fiquei com ele para sempre no meu coração, mas ele não, e essa é a moral da história, damos tudo de nós a quem não merece, ele mudou a minha vida por completo, ele, a pessoa que mais amei.
9º D: Adriano Rasteiro; Mariana Botelho; Patrícia Guiomar; Vanessa Moura (2019/2020, Português, professora Helena Madeira)
Era uma vez Era uma vez num jardim de infância duas amigas inseparáveis. Uma com caracóis dourados com o oceano nos olhos de nome Carlota, outra de cabelos escorridos, brilhantes e negros com olhos cor de avelã chamada Marabella. Carlota e Marabella passavam os seus dias juntas a brincar no jardim de infância com os seus outros amigos. Carlota, em tempos mais divertida, agora andava mais reservada, no seu mundo. Marabella perguntava-se o que se passava com a sua amiga. Certo dia, Marabella ouve uma conversa entre a mãe de Carlota e a sua professora e percebe que Carlota está doente. Esta pergunta dominava o pensamento de Marabella “Será mais grave que uma gripe?”, mas como podia ela obter a resposta a esta questão se nem a própria mãe de Carlota sabia ao certo o que se passava com a filha. Passada uma semana, Carlota começa a ter faltas frequentes à escola. Marabella, preocupada com a amiga, vai a casa dela para ver como Carlota está. Enquanto as suas mães conversavam, Marabella escapuliu-se para o quarto de Carlota. Quando lá chegou, reparou que a sua amiga limpava rapidamente o rosto, junto aos olhos. Marabella percebe que algo de mal se passa. Para animar Carlota, propõe irem brincar juntas. Decidiram brincar às princesas, mas para isso, tinham de se arranjar como tal. Marabella ao pentear a amiga deparou-se com um dos caracóis dourados de Carlota, na palma da sua mão. Neste instante as suas mães, entram e reparam como Marabella está assustada. Tinha chegado o momento de revelar toda a verdade sobre o que se passava com Carlota. A mãe de Carlota inicia a conversa: “Marabella, a Carlota está doente, mas com o tempo vai ficar tudo bem.”. Marabella, com um ar preocupado, pergunta: “Mas o que é que ela tem?” A mãe de Marabella, toma a palavra: “Lembras-te da doença do avô Manuel? É igual, mas como a Carlota é uma menina forte, vai vencer o cancro.”. Durante dois meses, Carlota esteve numa luta constante, mas sempre com o apoio da sua mãe e da sua amiga Marabella. No fim desta luta e de todos os tratamentos, Carlota venceu o cancro. Esta vitória fê-la perceber que apesar de tudo, a sua doença, fortaleceu a sua amizade com Carlota.
9º D: Daniela Rosa, Inês Simões, Micaela Santos e Teresa Tomás (2019/2020, Português, professora Helena Madeira)
Esperança
Era uma vez, num planeta muito distante, um lugar magnífico, rico na fauna e flora mais únicas e impensáveis, jamais encontradas nos lugares vulgares do universo. Já que este era um planeta raríssimo, o esperado era que os seus habitantes também o fossem. Este planeta era habitado por vários animais, como cobras florescentes, trols, pássaros gigantes, etc., mas a raça mais única desse planeta eram os Kuarks. Os kuarks eram criaturas magníficas, muito parecidos com os humanos, mas azuis, roxos e vermelhos. Eles eram criaturas muito felizes e passavam a sua vida a cantar e rimar. Enfim, viviam num mundo perfeito! Infelizmente, esse planeta não era assim tão perfeito, pois era nos confins do planeta que habitavam os Scrooges, criaturas horríveis que destruíam tudo por onde passavam. Num dia cinzento e chuvoso, os Scrooges decidem atacar os Kuarks, destruindo todas as suas casas e campos e, com isto, eles conseguem destruir a felicidade dos Kuarks. Rapidamente, o seu mundo colorido e cheio de alegria passou a ser um mundo cinzento inundado de tristeza. No entanto, perante toda aquela tristeza e desânimo, houve um menino, o Mogly, um Kuark muito corajoso e cheio de esperança que nunca deixou de acreditar na alegria. O Mogly acreditava que para vencer a tristeza não poderia agir sozinho, então pediu ajuda aos seus amigos para o ajudarem a salvar os habitantes do seu mundo. Os seus corajosos amigos chamavam-se Zara, a mais inteligente, Rô, a mais perspicaz e Zeca, o mais divertido. Após horas de tentativas fracassadas de arranjar um plano para a sua missão impossível, finalmente, Zara tem uma ideia que poderá ser a salvação! - Já sei! Como é que não me lembrei antes?! Muito confusos, os amigos pedem a Zara uma explicação de que estava a acontecer. - Lembram-se de ouvir o meu avô contar a história do diamante perdido? Talvez possa ser essa a nossa salvação! Fiz alguma pesquiza, porque não acreditava nisto, mas é real! Este diamante tem um poder mágico e acredita-se que com uma lágrima de tristeza verdadeira seja possível provocar a felicidade em toda a gente.
- É uma ótima ideia, só que iria demorar dias e sabe-se lá o que é que podemos encontrar no caminho! - diz Rô muito assustada. - Mas vale a pena tentar, estamos a falar da felicidade das nossas famílias e se tivermos sorte pode ser que os Scrooges também fiquem felizes!- exclama Mogly cheio de esperança. Os quatro amigos decidem começar a sua viagem em busca do diamante. Os primeiros dias dessa viagem foram muito assustadores, mas os quatro amigos nunca se renderam ao medo do desconhecido. Durante a viagem eles encontraram diversas criaturas estranhas, porém conseguiram sempre dar a volta à situação. Passados seis dias de viagem os pequenos kuarks deparam-se com uma ponte que os permitia alcançar a montanha e, embora muito cansados, os começam a correr em direção a ela. O que eles não sabiam era que essa ponte era guardada por dois trols. - Então vamos despachar isto, primeiro quero saber as vossas idades, segundo não parecem ter mais de vinte cinco anos, por isso daqui não passam! – disse um trol desejoso que eles fossem embora. - Vá lá, trol, temos que salvar a nossa aldeia, deixem-nos passar, por favor! – disse o Zeca. Embora não os quisessem deixar passar a ponte, os trols têm uma solução: - Muito bem. Nós deixamo-vos passar se vocês responderem a algumas perguntas, ou melhor perguntas de história… E, para ser mais difícil, pode ser sobre a história de Portugal. - Portugal, o que é isso?- pergunta Zeca. - Portugal é um pequeno país do planeta Terra que teve muita história. Comecemos então as perguntas. Zara, como era a mais inteligente ficou responsável por esta tarefa. - Em que ano se deu o Tratado de Zamora? - Muito fácil, em 1143 claro! -respondeu Zara. - Muito bem. Estão, quem foi o primeiro rei de Portugal? - Mais fácil ainda, D. Afonso Henriques. -responde Zara corretamente de novo. - Última e mais difícil: qual foi a história de amor que mais marcou Portugal.
Zara sabia que já tinha lido isso em algum dos seus livros, então mergulhou bem fundo no seu pensamento… - Vejo que não sabes, então acho que terão que se ir embora… - Pedro e Inês, é a história de Pedro e Inês- responde Zara muito feliz. - Muito bem, como acertaste às três perguntas vocês podem continuar a vossa viagem. Muito felizes e orgulhosos da sua amiga, os pequenos kuarks continuam a sua viagem. Muito cansados, os kuarks estavam desejosos de parar e de descansar, mas eles não o podiam fazer, já que a felicidade do seu planeta dependia deles. Continuaram o seu longo caminho, até que chegaram ao topo da montanha. Quando lá chegaram, os pequenos Kuarks ficaram radiantes ao ver o grande diamante. Uma vez que nenhum deles estava triste, o Zeca decide fazer cocegas à Rô até que ela chorasse de tanto rir. Quando eles obtiveram, finalmente, uma lágrima, decidiram colocá-la no tomo do diamante. Infelizmente, eles esqueceram-se de um pormenor: deviam ter utilizado uma lágrima de tristeza. Rapidamente, o branco e reluzente diamante torna-se num grande e vermelho diamante, até que acaba por ficar sem cor absolutamente nenhuma. Destroçados, os quatro amigos começam a chorar e a culpar-se porque a felicidade nunca mais iria reinar no seu planeta. Estavam em cima do diamante e, de repente, uma lágrima de Mosley cai em cima do diamante. Inesperadamente, o diamante enche-se de cor novamente e explode num arco-íris que os leva de volta para a sua casa e, de repente, o seu mundo enche-se novamente de cor e todas as criaturas existentes nesse planeta encheram-se novamente de felicidade, incluindo os Scrooges! Com tudo isto, os pequenos kuarks, tal como todos os habitantes daquela maravilhoso planeta, aprenderam que a esperança é a última a morrer!
9º A: Bárbara Ferreira, Francisca Silva, Maria Cotrim, Nuno Rodrigues e Tatiana Sá (2019/2020, Português, professora Helena Madeira)
O Mistério das Ruas de Nova Iorque Já lá vão uns dias…sabe-se lá…talvez um mês desde o último assassinato. Pelas escuras e assustadoras ruas de Nova Iorque vagueava uma detetive policial, Kelly Anderson, quando ouviu um pedido de ajuda vindo de um beco sem saída, situado no meio de prédios. Correu para prestar ajuda, mas, quando lá chegou, viu algo aterrorizante: uma mulher com cortes profundos no corpo que se esvaía em sangue. A detetive tentou falar com a vítima e tentou estancar as hemorragias, no entanto, a única informação que obteve foi o nome, que tinha sido escrito com sangue, Luana. Rapidamente, Kelly tira do bolso do seu casaco uma máquina fotográfica (onde costumava guardar as provas) e um pequeno bloco de notas, onde escreveu certas observações e características da vítima. De seguida, reportou o acontecimento para uma esquadra policial. Quando a unidade policial chegou ao local, perguntou à detetive o que havia acontecido e, após um longo diálogo, pediram a Kelly que fosse descansar para casa, deixando-a fora do caso. De madrugada, Kelly tem um pesadelo e acorda sobressaltada. Como não conseguiu adormecer, pegou na sua máquina e começou a rever as fotos. Ela observava detalhe a detalhe as fotos de Luana e, quanto mais pensava, mais confusa ficava, pois sabia que lhe estava a escapar algo. Entretanto, foi buscar uma folha branca, onde começou a desenhar cópias dos cortes do corpo da vítima. Foi aí que se lembrou dos assassinatos de outras mulheres, Inês, Vânia, Eva e Diana e observou que todas tinham sido esfaqueadas (com cortes diagonais nos órgãos vitais). Kelly resolveu ir buscar mais folhas brancas e organizar um esquema com desenhos dos cortes das vítimas, mas, infelizmente, não havia nenhuma ligação entre eles. A detetive ficou desiludida e ao olhar para o seu relógio da secretária reparou que estava atrasada para o trabalho. Com alguma pressa, Kelly junta e organiza as folhas quando algo arrepiante acontece! Ela verifica que os desenhos dos cortes, ordenados pela ordem cronológica dos assassinatos (Diana, Eva, Vânia, Inês e Luana) lhe revelavam o nome do assassino, JOE. Nova Iorque é uma cidade com cerca de 9 milhões de pessoas e um nome não ajuda muito, no entanto, após este acontecimento, Kelly ganhou esperança. Quando chegou à esquadra, contou ao seu superior o que tinha descoberto mas, como ela era recente no serviço daquela cidade, o chefe não a ouviu e afirmou que não bastava um nome para se conseguir resolver o caso. A detetive sentia-se injustiçada, pois apesar de ser nova naquela esquadra, o chefe estava a desvalorizar o seu trabalho. Kelly não queria desistir daquele caso e nesse dia saiu mais cedo do trabalho para voltar a rever os arquivos dos assassinatos em casa. Fazia duas horas que a
detetive estava diante dos papéis dos vários assassinatos, com as informações das vítimas e ainda nada lhe tinha ocorrido. Para aliviar a cabeça, vestiu uma roupa confortável e decidiu ir correr pelas ruas de Nova Iorque. Antes de voltar para casa, Kelly passa no beco escuro e húmido, onde tinha encontrado Luana a esvair-se em sangue. Parou um pouco para pensar e lembrou-se que, como a pessoa que ela procurava tinha um perfil de mistério, poderia ter codificado o seu sobrenome ou alcunha através de anagramas. Quando chega a casa, a detetive volta a olhar para os nomes das vítimas, que já se encontravam por ordem cronológica e, qual não foi o seu espanto, ao ver que se juntasse a inicial do nome de cada uma delas obteria outro nome, DEVIL. Desesperada, Kelly contacta um hacker que ela conhecia, para aceder à base de dados confidenciais dos serviços secretos uma vez que o seu chefe não lhe dava permissão para mexer em certos computadores da esquadra da polícia. Ele pesquisa por Joe Devil e aparecem nos resultados 1500 pessoas. Com alguma paciência, o seu amigo vai filtrando os ficheiros e analisando os cadastros de cada um, restando cada vez menos suspeitos. Chegaram a um ponto que não conseguiram absorver mais informação, restando-lhes três nomes. Um desses três chamou mais a atenção uma vez que não tinha muitas informações disponíveis e já tinha sido preso algumas vezes. Acabava sempre por ser solto, pois, embora houvesse testemunhas, nunca havia provas necessárias para o incriminar. Provavelmente ele usava telemóveis descartáveis, mas mesmo assim, o hacker tentou rastrear alguns telemóveis. Não conseguiu obter nenhuma informação. Kelly pediu para ele aceder às câmaras das ruas de Nova Iorque e ele obedeceu, instalando um software de pesquisa automática de reconhecimento facial. Passado algum tempo, uma câmara encontrou alguém que estava a deixar a cidade e que tinha correspondência facial com o principal suspeito. A detetive corre para a sua garagem, tira a sua mota e move-se o mais depressa que consegue até chegar ao local. Felizmente, ela chegou a tempo e pediu reforços. O chefe hesitou em cedê-los, no entanto, Kelly disse que se ela estivesse errada, ela sacrificaria a sua carreira policial e que ele a poderia despedir. Posto isto, chegaram a um acordo e os reforços chegaram a tempo de prender o suspeito e levá-lo para uma prisão com um nível de segurança intermédio. Kelly interroga Joe Devil, mas ele não diz uma palavra. Com o auxílio de outras unidades policiais, descobre-se que uma câmara grava um reflexo num espelho côncavo de uma rua, que mostra Joe a esfaquear Luana no tal beco. Automaticamente, Joe é julgado por ter cometido vários crimes e ter violado a lei demasiadas vezes. O tribunal considerou os estudos de Kelly válidos, fazendo com que Joe Devil fosse condenado a prisão perpétua. A detetive Kelly foi destacada naquela esquadra e subiu de posto. Nunca ninguém tinha alcançado tão bons resultados em tão pouco tempo. A solução da sequência de assassinatos destas mulheres que era procurada há anos, é finalmente
revelada.
9Âş D: Diana Ferrete, Iara Manso e Viviana Rodrigues (2019/2020, PortuguĂŞs, professora Helena Madeira)
Os bullys No primeiro dia do segundo período, depois das férias de natal, Diego vinha muito animado por estrear o seu presente de natal, uma camisola da sua marca desportiva preferida. Ao entrar na sala de aula, reparou que os rapazes da sua turma estavam a falar dele e a rir-se. No intervalo chamaram-lhe pobre e, ao empurrá-lo rasgaram-lhe a camisola. Diego foi a chorar para casa e desejou ter a vida de Zé, um dos bullys. No dia seguinte acorda num quarto que não é o seu. Quando se vê ao espelho vê que o seu desejo se concretizou, estava no corpo de Zé. Foi à cozinha e viu a mãe e o pai a discutir. Diego descobriu que afinal a vida de Zé também tinha muitos problemas, o pai andava de cadeira de rodas e a mãe era muito violenta quando bebia. No outro lado da cidade, também Zé estava no corpo de Diego. Acordou num quarto muito pequeno com seis irmãs e apenas três camas e com mau cheiro. Levantou-se e viu que ao lado do quarto havia uma capoeira. Ao fundo da cama, viu a camisola que ele e os seus amigos tinham rasgado a Diego. Dirigiu-se à cozinha e, como era fim-de-semana, a mãe, gritando, disse-lhe: -Diego, o vizinho já está à tua espera! Zé ficou muito confuso, mas foi para casa do vizinho e lá descobriu que Diego era obrigado a trabalhar para poder ajudar a sua família. Diego, no corpo de Zé, foi passear com o pai. Tiveram uma tarde muito animada, mas quando chegaram a casa, a mãe estava bêbeda e começou a discutir com o pai. Diego foi-se deitar, pois detestava discussões. Já o dia de Zé não foi muito divertido, passou o dia a trabalhar e quando chegou a casa a sua família já tinha jantado sem ele e, como não sabia cozinhar, teve de ir para a cama sem jantar. Na segunda-feira, Zé e Diego conversaram, perceberam os problemas um do outro, Zé pediu desculpa e disse que ajudaria Diego a fazer amigos. Como aprenderam a lição, voltaram cada um ao seu corpo. Diego decidiu falar com a professora e fazer queixa da mãe de Zé, que acabou por ser obrigada a afastar-se da sua família. Zé convenceu o pai a contratar a mãe de Diego como cozinheira para os ajudar, libertando assim Diego do trabalho em casa do vizinho. Os rapazes ficaram muito amigos, e aprenderam que é preciso ver todos os lados da história, para compreendermos as ações de cada um.
9º A: Alice Brás, Gabriela Pimenta, Maria Gomes e Mariana Roque (2019/2020, Português, professora Helena Madeira
Uma bela história de amor Numa bela tarde de verão, a Rafaela e a sua cadela andavam a passear num monte. A Rafaela, curiosa como era, encontrou uma casa abandonada e decidiu entrar para ver o que estava no seu interior. Qual não foi o seu espanto quando se deparou com um rapaz. Quando chegou mais perto, viu que era o Duarte, um amigo de longa data. Decidiram ir para a aldeia juntos, mas quando chegaram cada um seguiu o seu caminho. No dia seguinte, ela foi comprar pão à mercearia, que era em frente da sua casa. Lá encontrou o Joel, um amigo que não via há muito tempo. O Joel sempre foi apaixonado pela Rafaela, mas este não sabia que ela gostava do Duarte. Esta, feliz por ver o Joel, ligou logo ao Duarte, para se encontrarem na casa abandonada. Ficou combinado às três da tarde na casa. Duarte, com esta notícia, ficou revoltado, pois ele sabia da paixão que o Joel tinha por Rafaela. Chegando ao horário marcado, o Duarte foi andando para a casa. Quando lá chegou, eles já lá estavam à espera. Duarte, ainda revoltado, cumprimentou o Joel. Às quatro, os três amigos voltam à aldeia e Duarte e Joel ficaram sozinhos, pois Rafaela teve de ir para casa. Eles ficaram um bom tempo à conversa e falaram do amor que Duarte sentia por Rafaela. Joel acaba por admitir o que sentiu por Rafaela e diz-lhe que tiveram um caso há dois anos. A relação entre eles acabou, porque ela sentiu-se atraída por outro rapaz e isso acabou com a relação. Duarte ficou surpreso com tal revelação e começou logo a pensar que ela podia gostar dele. Ao chegar a casa, Duarte mandou mensagem à Rafaela para se encontrarem cedo no campo de girassóis. Rafaela concordou em encontrar-se com ele às seis da manhã. No dia seguinte, Duarte é o primeiro a chegar ao local combinado e logo depois Rafaela chega. Duarte começa a declarar-se a ela, o que ele não sabia era que Rafaela estava apaixonada por ele. Então, ele acaba por a pedir em namoro e ela aceita. Dez anos depois, eles voltam à aldeia casados com dois filhos chamados Rúben e Débora. Encontraram Joel, também casado e com uma filha chamada Bianca de dez meses. Felizes com o encontro, vão para casa do Joel onde ficam a falar destes últimos dez anos.
9º A: Carolina Rodrigues, Diana Duro, Maria Júlia Assane. Pedro Franco (2019/2020, Português, professora Helena Madeira)
Visões Era uma vez uma família, com uma vida feliz, que se mudou para a cidade, e a partir daí tudo mudou! Rebeca e Tomás eram dois irmãos que sabiam tudo um do outro, mas quando o irmão desapareceu aos nove anos, Rebeca isolou-se. Os pais fizeram de tudo para o encontrar, mas não conseguiram. Passaram-se cinco anos e, apesar da vida da família ter seguido em frente, Rebeca continuava com um sentimento enorme de tristeza. Como o irmão adorava adrenalina e aventura, Rebeca decidiu ir para um acampamento com que Tomás sonhava desde pequenino. A viagem era muito longa e, apesar de estar ansiosa, sentia-se cansada, então, a meio da viagem, adormeceu. No mundo dos sonhos de Rebeca estava sempre Tomás, mas desta vez pareceu real, Tomás estava no acampamento para onde ela iria, mas havia um rapaz magnetizante e misterioso que era rival dele. Rebeca, quando acordou, pensou que era só mais um sonho, mas lá no fundo, sabia que havia algo diferente. Chegou ao acampamento e estava à sua espera uma rapariga chamada Laura para lhe mostrar as instalações e para a apresentar às pessoas mais importantes. Laura era uma rapariga extrovertida, pequena e fofinha, por isso foi fácil tornarem-se grandes amigas. Acabaram as apresentações e estavam a dar uma volta pelo acampamento, havia um grupo de rapazes a fazer arco e flecha, estavam todos em boa forma, mas havia um que lhe chamou a atenção, quando este se virou, ela percebeu logo que era o rapaz do sonho dela. -Quem é aquele? -perguntou Rebeca. -Aquele é Sebastian, o rapaz mais giro e popular de todo o acampamento e, além disso, é o melhor em todas as atividades! -disse Laura com um sorriso sarcástico. Rebeca começou a ficar assustada porque tudo no seu sonho se encaixava na realidade. Passou uma semana e Rebeca começava a integrar-se no acampamento e a esquecer o sonho. No final do jogo da mata, Rebeca ficou encarregada de arrumar todas as bolas, estava distraída com esta tarefa e chocou acidentalmente com Sebastian, ficaram durante um minuto aproximadamente a olharem um para o outro em silêncio até que Rebeca disse: -Desculpa! -Não faz mal! Precisas de ajuda? -perguntou Sebastian. -Não, deves ter coisas mais interessantes para fazer do que arrumar bolas. -Por acaso não, e deve ser divertido estar aqui contigo! Rebeca começa a corar e a sorrir envergonhada, não conseguia deixar de pensar que ele
era igual a tudo o que ela tinha sonhado, as lembranças do sonho começam a ficar mais presentes na cabeça dela. Acaba a tarefa e vai cada um para o seu quarto. Quando Rebeca entra, Laura pergunta-lhe porque é que ela demorou tanto e Rebeca conta tudo o que aconteceu. Laura começa a rir e diz: -Não te iludas, já sabes como ele é! -Achas! Somos só amigos. Vão-se deitar e ela começa a ver o seu irmão e o Sebastian a competirem um contra o outro no acampamento, dando a entender que os dois pertenciam a acampamentos que são rivais. Rebeca fica perturbada e sai a correr do quarto, Sebastian passa por ela e percebe que alguma coisa não está bem, e agarra-a pelo braço e pergunta: -Estás bem? -Não! Rebeca começa a desabafar sobre os sonhos com ele, também conta tudo sobre o irmão para ele conseguir perceber melhor a história. Sebastian interrompe Rebeca e diz: -Mas espera, tu estás a descrever o Tomás do acampamento rival. -O quê? – diz Rebeca cada vez mais assustada. Estava-se a aproximar-se um campeonato com o acampamento em que Sebastian diz que está o Tomás, então decidem esperar para ver se ele iria aparecer. Chegou o dia do campeonato e estavam todos a preparar-se, Rebeca e Sebastian vão procurar Tomás e Sebastian aponta e diz: -É aquele! Rebeca fica a olhar para ele, espantada, e Tomás apercebe-se, reconhecendo Rebeca. Ficam durante uns segundos a olharem um para o outro, e depois abraçam-se. Vão os dois dar uma volta e depois Rebeca faz a pergunta que mais queria: -O que aconteceu? Ele conta que foi raptado e o proibiram de voltar para casa deixando-o com uma família adotiva. Passaram-se alguns dias e Rebeca e Tomás já tinham uma relação muito próxima, como antes, ela também estava cada vez mais próxima de Sebastian. Sebastian tinha dito que a amava e para ele isso era um grande passo, pois era difícil ele ter sentimentos fortes por alguém. O acampamento estava a acabar e Rebeca estava triste por deixar Sebastian e provavelmente nunca mais o ver, despediram-se e foram para as suas casas, quando chegou a casa Rebeca conta tudo aos seus pais sobre o irmão. Depois de se encontrarem, os pais e o Tomás continuaram a manter contacto. Mudou-se uma família para a casa ao lado da de Rebeca, então esta decide ir dar as
boas vindas com a ajuda de um bolo. Toca à campainha e, quando abrem a porta, ela percebe que era Sebastian. Os dois ficaram a olhar um para o outro como se mais nada existisse e depois Sebastian toma iniciativa e beija Rebeca. E foi assim que Rebeca descobriu que tinha visões com o presente, o futuro e talvez um dia com o passado!
9º D: Ana Anastácio, Catarina Gonçalves, Daniela Carrasqueira e Marta Carrasqueira (2019/2020, Português, professora Helena Madeira)