Jornal Corpus

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Série Editorial III, Ano VII Outubro, 2018 Cotia/SP - Brasil

VARGEM GRANDE Entre o Estilo Rural e o Executivo PAULISTA O mais importante ponto de encontro e porta de acesso aos cais anhambyanos de Carapocuhyba e de Cutaúna (Quitaúna), ou para o Jerybatiba no alcance do Planalto piratiningo via fazenda de Affonso Sardinha (o Velho), Ybitátá. Eis o que se pode dizer, no período de 1500 a 1580, das pequenas aldeias nativas, tupis e guaranis, no entorno do entroncamento chamado Ribeirão da Vargem Grande...

antiga Granja Tsuzuki

Da Tentativa De Usar O Nome Cotia Em Promoção Própria Passando Pela Tentativa De Destruir A Praça Dos Romeiros, Eis O

Incrível Sr. R. [Leia o Editorial]

Fazendas, Haras & Religião As Famílias Assumpção e Hehl Simões na História de Cotia e Região


Uma história de empreendedorismo exemplar. O que era a empresa em 1986? Um micro-ônibus e uma perua Kombi. Mão-de-obra especializada? Ele mesmo: Adilson Lima. Então, ele abraçava o ideal inovador para fazer do transporte de passageiros em ônibus fretados, executivo e escolar, um ir-e-vir com segurança e conforto, a partir da cidade de Cotia, na Grande São Paulo, onde a empresa estava sediada. A empresa foi e é gerenciada pela Família Lima com o lema Viver a Vida Amando o Trabalho.

Com o aumento populacional e da infraestrutura urbana da região oeste, a Viação Adilson Lima – VALLI – cresceu na mesma proporção e, para operar em meio à demanda de transportes, a frota passou para mais de 100 veículos e mais de 150 pessoas empregadas. A frota, sempre renovada, exigiu investimentos vultosos para atender as exigências de usuários, por isso, a VALLI foi uma das primeiras transportadoras a disponibilizar ônibus e micro-ônibus para pessoas com necessidades especiais, operar com novos negócios em torno do turismo, corporativo, social e escolar. Hoje, atuando em várias cidades do Estado paulista, a VALLI é uma referência em transporte com segurança e conforto.

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Viver a Vida Amando o Trabalho


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ÍNDICE

ORA VOS APRESENTO

EDITORIAL

O INCRÍVEL SR. R. .

Giro Municipalista

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- Cotia, Região e a Emancipação de Caucaia do Alto

Tema do Mês 05 Parece que Cotia virou um ´picadeiro´ com o prefeito Rogério Franco

- Turismo & Família _ Johanne Liffey

feito caudilho a chicotear politicamente quem não fala a sua língua... Na noite de 26 de setembro, o prefeito lançou na internet um áudio no qual trata a Comunidade Caucaiana e a Autoridade Eclesiástica local

Saneamento Básico & Saúde 06 - Da Falta de Saneamento e Da Hipocrisia Política

de maneira desonrosa, nada republicana, apenas porque defendem a preservação do patrimônio público de Caucaia do Alto. Um absurdo,

Anotação 07

simplesmente aterrorizante.

- Indústria, Comércio & Energia Limpa

O foco foi/é a Praça dos Romeiros, onde o agora famoso Sr. R. queria construir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sem consulta à

Capa 08

população. Ora, com tanto terreno grilado, e a grilar em Caucaia do

- Vargem Grande Paulista

Alto..., e outro tanto público, o Sr. R. decidiu destruir a Praça dos Romeiros para ali erguer uma UPA. Obviamente, populares, religiosos,

o entroncamento do velho Ribeirão da Vargem Grande na História do Brasil

professores, historiadores, lançaram um alerta que foi parar na Justiça por intermédio de uma ação ousada e enérgica do escritório do advogado Michel Silva (e mais Jefferson Fischer, Leandro Novaes e

Especial 09 - Praça dos Romeiros | Bem Público Caucaiano

Valdir Viana. Uma ação acatada pela Justiça que, na noite desse dia 26, um pouco depois do áudio nada diplomático do prefeito Rogério

Cultura 10

Franco, dizia eu, ação que veio a vetar a destruição da Praça dos

- Fazendas, Haras & Religião

Romeiros. E assim, o Sr. R. se viu obrigado a engolir o recado da

[a importância de Domingos Assumpção e de Caio

Gente Caucaiana e da Gente Cotiana de bem...

Simões na História de Cotia]

E tudo isto, lembro, quando o caudilho foi desautorizado pela Justiça quanto ao [ab]uso em relação à autopromoção em cima do nome

Crônica | Mobilidade Urbana 11

Cotia. Ou seja: Rogério Franco acha-se acima de tudo e da população

- Adilson Lima

que o elegeu para trabalhar por Cotia e ainda tem tropa de choque

Transporte Público _ entre a burocracia e a politiquice

formada por vereadores, que o representam (Legislativo representa Executivo?!... Será?!...), e como se viu em reunião na paróquia acerca do Caso Praça dos Romeiros. E assim, Senhoras e Senhores, ora vos apresento o Incrível Sr. R., e tirem as vossas conclusões. E remato: prefeito Rogério Franco, estamos em Cotia, uma região rica e que pode ter um progresso sustentável com boa administração política, baixe a guarda e não pense que quem não fala a sua língua é, ou pode ser, seu inimigo. Se não quer ser democrático, pelo menos atue republicanamente...

João Barcellos

www.jcorpus.com.br Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de

EXPEDIENTE

Cotia //

ÚLTIMA HORA Justiça barrou a destruição da PRAÇA DOS ROMEIROS proposta pelo Sr. R., o prefeito de Cotia, que ali queria construir uma unidade de saúde sem consultar a Comunidade Caucaiana.

Edição: João Barcellos / Cristiane Ramos [MTb 39615]

Série III, Ano VII, nº10, Outubro, 2018

Título Editorial de Terranova Comunicação e Eventos Culturais Ltda

/ 02.206.278/0001-45 _ I.M. 01542B

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Do Título _ Corpus vem do grego Korpus e diz-nos de

Pq São George / 06708-130 Cotia-SP

um conjunto de trabalhos ou agrupamento de ideias,

Web _ Georg Hans

etc., para acabar no conhecido espírito de corpo.


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GIRO MUNICIPALISTA reflexão

Cotia, Região e a Emancipação de Caucaia do Alto Região Metropolitana de São Paulo | oeste

Caucaia do Alto

BARCELLOS, João Escritor, Pesquisador de História & Conferencista

[blog | jbarcellos.imprensa.wordpress.com]

VSN

A observação geoeconômica acerca de Cotia e Região, no oeste metropolitano da Grande São Paulo, obriga a uma reflexão política sobre a administração pública... Entre os 223 Km2 [outros 100 Km2 abrigam a Reserva Florestal de Morro Grande], que formam o espaço urbano-rural de Cotia, estão os 117 Km2 do distrito Caucaia do Alto, e os 50 Km2 do bairro Granja Vianna, que sedia a cintura industrial responsável por mais de 70% da arrecadação municipal; se se considerar que Caucaia do Alto tem mais de 65.000 habitantes e que Granja Vianna tem cerca de 40.000 habitantes, eis que a sede municipal [Cotia] tem pouco mais de 120.000 habitantes, e um todo geoeconômico que faz girar mais de R$10 bilhões em Produto Interno Bruto [PIB], eis que a conta não bate, como diz o povo. Ou seja: falta tudo em Cotia, desde a Educação à Infraestrutura. Dos distritos que se emanciparam e que sob a administração de Cotia eram absolutamente nada, todos são hoje polos em desenvolvimento – a saber: Itapevi tem o mesmo PIB que Cotia numa área de 82 Km2, Jandira tem um PIB de R$3,2 bilhões numa párea de 17 Km2, Vargem Grande Paulista tem um PIB de R$1,9 bilhões numa área de 42 Km2, sendo que nesses municípios a atenção dada à Educação e à Infraestrutura tem sido alvo de elogios, e pior, Cotia não atende sequer as necessidades estruturais da cintura industrial que lhe dá sustento financeiro. E então, onde é que “a conta não fecha”? Na falta de investimentos maciços em Educação e Infraestrutura... Eis a pergunta? Para onde vai o dinheiro do Erário Público? Diante deste quadro é que se explica a importância que ganha o ato emancipatório do distrito Caucaia do Alto, porque, tal como em Itapevi, Jandira e Vargem Grande Paulista, a gente caucaiana precisa administrar o que de seu é direito, ou vai continuar sendo nada... Não adianta aos prefeitos municipais promoverem obras para turista local ver e achar que vai tudo bem na região, essa cosmética política é um estrago diabólico para as novas gerações. O que falta? Ideologia político-partidária e bom senso social. O colapso financeiro vai ensombrar o futuro de Cotia e Caucaia do Alto diante da insensatez que é arrecadar e não investir com sabedoria no essencial: Educação e Infraestrutura. Esta é a reflexão que faço depois de várias conversas com políticos municiais, estaduais e federais, também, a ilação que tiro dos encontros da Comissão Pro Emancipação de Caucaia do Alto nos corredores e gabinetes do Congresso, em Brasília.

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TEMA DO MÊS

Turismo & Família

CULINÁRIA

Turismo é uma palavra-chave da economia desde que pessoas se juntaram e planejaram viajar, isoladamente ou em grupos. Ao se tratar o Turismo como parte de uma Economia que se renova a cada ciclo de férias, ou entre ciclos corporativos nos encontros de negócios, um dos componentes que hoje mais chama a atenção é o lazer familiar, tanto em viagens longas quanto no conhecimento de paisagens e sítios históricos locais, além dos polos gastronômicos e religiosos. A especialidade acadêmica em Turismo ganhou força nos Anos 50 do Século 20, entretanto, as primeiras décadas do Século 21 estão a demonstrar que o Turismo não somente revitaliza uma Nação, como permite fazer de uma Família um novo agente multiplicador nesta atividade que mistura educação, cultura, mística e mítica e, muito, mas muito paisagismo. E seja via veículos convencionais de imprensa, seja nas modernas plataformas eletroeletrônicas [internet], jovens de

todas as idades reaprendem o conhecimento sobre o mundo que somos, principalmente nos polos históricos que lhes são raízes sociais.

A importância da Família que se reúne e ´racha´ despesas para um Turismo de conhecimento e entretenimento, fez com que agências e especialistas no ramo multiplicassem esforços, em estratégia e profissionalismo. Assim, do ônibus ao avião, do barco ao trem, da fazenda à trilha ecológica, a Família que viaja alimenta toda uma cadeia turística que agrega hotelaria, transportes, guias e agências, além das oficinas de comunicação visual que projetam e confeccionam produtos promocionais (brindes), o que gera movimento econômico generalizado. LIFFEY, Johanne | Médica e editora do HighTech Journal – London/UK Fotos: João Barcellos

Fazenda Sta Catarina As iguarias do sertão caucaiano surgem a cada caminhada... Um exemplo é a Fazenda Santa Catarina, onde Dona Maria e Família trabalham com queijo e leite de cabra, doces de leite, etc., tudo de forma artesanal.

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SANEAMENTO BÁSICO & SAÚDE Da Falta de Saneamento e Da Hipocrisia Política Existem leitos d´água, como córregos, riachos, rios, ribeirões, etc., e etc., leitos d´água que hoje estão à mercê de uma urbanização selvagem que os canaliza e sobre eles constrói espaços, com e sem licença ambiental, ou somente com ´aquele abraço´ do vereador que leva votos em tal escambo político e com apoio do prefeito de plantão. Entretanto, bairros sofrem com a falta d´água e tratamento de esgoto enquanto os políticos erguem ´obras´ para açucararem os olhares das gentes mais simples e sem formação educacional, que também lhes falta por causa dos mesmos políticos... Da falta de saneamento básico à hipocrisia política existe uma fronteira de troca de interesses nos quais a população não entra, e só sente o ´cheiro´ em época eleitoral. Só a fragrância, porque a embalagem política não tem rótulo nem bula: «eu fui eleito, ora quero, posso e mando». E é o que dizem enquanto o ´povão´ quiser ´ignorar´ a situação. Um dia, as gentes fartas da falta de mobilidade urbana e de infraestrutura vão cair nas ruas...

Exemplo: Entubaram um córrego e já ajeitaram o terreno no bairro Sta Catarina, em Caucaia do Alto. Assim, tão simples...?!

em Portugal e no Brasil

A malha rodoviária e logística do Rodoanel tem agora na Vargem Grande Paulista um empreendimento de alto nível: o Loteamento Comercial e Industrial POLO 40. Com 25 anos de operações no ramo imobiliário em Portugal e no Brasil, a incorporadora Miranda & Mendelsohn é a responsável pelo POLO 40. Um polo

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ANOTA ÇÃO

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Indústria, Comércio & Energia Limpa Centenas de microempresas já ajustam o seu cotidiano laboral e logístico com o consumo de energia solar (fotovoltaica) e eólica (vento), porque o risco de apagões é cada vez maior nas regiões do Brasil onde a energia é fornecida por hidrelétricas (61%), uma vez que os períodos sem chuva serão mais longos segundo as previsões mais otimistas. A substituição das hidrelétricas por gás natural, e com boa porcentagem de consumo, também marca um novo conceito na área energética. Entretanto, “...a matriz energética do Brasil, assim como no resto da terra, terá que ser alterada radicalmente nas próximas duas décadas, ou seja, as energias eólica e fotovoltaica, além de outras, serão as fontes que iluminarão a sociedade” (João Barcellos – “Outros Conceitos Energéticos Para Uma Humanidade Mais Ecológica”; palestra. São Paulo / Brasil, 2018). Principalmente “o micro empresariado, industrial e comercial, assim como o rural, está em adaptação às novas fontes energéticas com investimentos que já se pagam no cotidiano mercantil” (idem). Por outro lado, “os parques habitacionais e recreativos começam a agregar as novas fontes, pelo que é definitiva a alteração dos costumes energéticos, que passam também pela mobilidade urbana nos transportes públicos a utilizarem combustíveis que não poluem...” (ibidem). Eis que estamos diante de uma nova sociedade com comunidades mais críticas em relação a si mesmas. Investimentos colossais já somam investidas contra o petrodólar, o que virá é uma energia mais adequada à humanidade que precisa respirar na Terra que lhe é berço. INFORME || Se você, Leitor(a), quer saber mais ou verificar como funcionam a energia solar e a eólica, visite o Espaço Hot Kids [www.hotkids.com.br] em Caucaia do Alto, Cotia, na Grande São Paulo; o parque temático é uma vitrine da Hot Energy / Bioserve, que opera com painéis fotovoltaicos, eólicos e hídricos, além de gás.

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Hoje, a Humanidade desloca o seu pensamento para o gerenciamento social e a criação de fontes de energia sustentáveis... ou, será aniquilada pela sua própria inércia.


CAPA

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VARGEM GRANDE PAULISTA o entrocamento do velho RIBERÃO DA VARGEM GRANDE na HISTÓRIA DO BRASIL O mais importante ponto de encontro e porta de acesso para os cais anhambyanos de Carapocuhyba e Cutaúna [ou Quitaúna], ou para o Jerybatiba no alcance do Planalto piratiningo via fazenda de Affonso Sardinha (o Velho), no Ybitátá. Eis o que se pode dizer, no período de 1500 a 1580, das pequenas aldeias nativas, tupis e guaranis, no entorno do Ribeirão da Vargem Grande. O ponto, entre certõens y mattos, recebia as gentes do sul a montante do Brízida [depois, Rio Sorocaba], e dele se dispersavam ora para o sertão d´águas dito Ibiúna, ora para as bandas auríferas do Ibituruna [depois, Araçariguama], embora a maioria fizesse o sentido jerybatiano pelo Ybitátá. Eis porque o ´ponto´ dito Ribeirão da Vargem Grande, que hoje é Vargem Grande Paulista, emerge historicamente para explicar os ramais ferroviários e rodoviários assentes na malha do Piabiyu [ou Peabiru], o ancestral caminho dos guaranis que levou os bandeirantes ao Brasil continental. Quando em 1707 a aldeia guarani Ak´utia [Acutia, Koty, Cuti, Cutihi, Cotia] foi levada do sertão carapocuhybano para o itapecericano, logo tornou-se freguesia [1723] e Paróquia de Nª Sª do Monte Serrat da Acutia, uma vez que no translado foi também o altar mandado erguer por Vaz-Guassu, Fernão Dias Paes e outros bandeirantes, a região agregou aldeias como Coacaya [hoje, Caucaia do Alto], Ribeirão da Vargem Grande, Itapevi, Jandira e parte das posses de Affonso Sardinha em Carapocuhyba. A parte de Affonso Sardinha [o Velho] virou Granja Vianna e Moínho Velho, em Cotia, enquanto Itapevi, Coacaya e Jandira eram somente ´pontos´ naquele enquadramento fundiário e que, com o tempo, dele se emancipariam. Mais próximas, as comunidades de Coacaya e do Ribeirão da Vargem Grande foram lentamente submetidas ao poder político cotiano, mas recentemente a comunidade vargem-grandense conquistou a sua emancipação. Assim é que, em 21 de Novembro de 1981, o Ribeirão da Vargem Grande – que enquanto distrito de Cotia levava o nome de ´Raposo Tavares´ – decidiu em plebiscito pela ruptura política, ato emancipatório que teve o apoio do prefeito cotiano. Pela localização estratégica [vale lembrar que a região é cortada pela importante Rodovia Raposo Tavares na chamada microrregião de Itapecerica da Serra] e sua vocação como ponto de passagem, a nova cidade dita Vargem Grande Paulista iniciou um lento, mas firme, estabelecimento segundo os princípios do municipalismo republicano. Dos bandeirantes aos tropeiros, a região vargem-grandense conquistou espaço entre empreendedores da logística com tecnologia de última geração e é parte da rede rodoviária de integração do Mercosul. Numa área 38 Km2 e com cerca de 49.000 habitantes, o turismo ecotrilheiro, equestre e a gastronomia tropeira, aliada ainda a um ciclo hortifrutigranjeiro e um clima temperado de entre morros e morros, eis que Aprígioem Vargem Grande Paulista é um cartão postal das cidades desenvolvimento no cinturão metropolitano de São Paulo.

BARCELLOS, João | escritor e historiador, autor de “Cotia, Uma História Brasileira”, “Caucaia do Alto”, “Granja Vianna”, “Vargem Grande Paulista”, “Ibiuna”, “Araçariguama”, “Carapicuíba”, “Sant´Anna de Parnahyba”, entre outros livros e estudos. Fontes de Estudo: - Suite du Bresil pour servir à l'Histoire Générale des Voyages tiré de la Carte d'Amérique de M. Danville. Jean Françoise de La Harpe.- Escala [ca. 1:6 400 000], 75 Lieues communes de France [25 ao grau] = [5,20 cm]; Arquivo Histórico Ultramarino (AHU), Lisboa.

CAUCAIA DO ALTO

Estudos de João Barcellos, de 1901 a 2018 Imagens cedidas pela Coop Vida Nova

117 Km2 + 75.000 Habitantes uma economia própria www.noetica.com.br


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ESPECIAL

PRAÇA DOS ROMEIROS Bem Público Caucaiano Políticos de vistas curtas e ignorância ampla querem destruir parte da identidade sociocultural e religiosa do Povo Caucaiano.

Ocupação´; entrevista a W. Paioli e João Barcellos; jornal Gazeta de Cotia, 1992].

Assim mesmo: o prefeito Rogério Franco, com apoio dos vereadores, entre eles Celso Itiki (e lembro: este, eleito pelo distrito Caucaia do

Eis que “... a Praça dos Romeiros, como espaço da manifestação

Alto...!), ergueu tapumes para fechar a Praça dos Romeiros e nela

popular contínua, em cultura e lazer, além do urbanismo paisagístico,

construir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sem prévia

faz parte da mensagem que é o ser-estar gente caucaiana na sua

consulta ao Povo local. O espaço é público, sim, nem por isso o Executivo e o Legislativo

O Diálogo Gera Progresso

essência física e psicológica; logo, sendo a história a narrativa fundamentada da ação humana localizada, a Praça dos Romeiros é

municipais podem agir ao arrepio da cidadania e da fé do Povo.

patrimônio público de Caucaia do Alto pelo que ela representa...” [João

O que é a Praça dos Romeiros?

2017]. Por outro lado, deve-se recordar que, entre outras

Barcellos – na apresentação da 2ª Edição do livro ´Caucaia do Alto´, manifestações socioculturais, a Praça dos Romeiros foi palco da 1-

Gizada e inaugurada pelo prefeito Mário Ribeiro, no início

eleição pública [promovida pelo historiador João Barcellos e a

dos anos 1990, “...a Praça dos Romeiros foi erguida para

empresária Lucilde Pires, em 1993, ao tempo do prefeito Ailton

celebrar o Povo de Caucaia do Alto com as suas culturas

Ferreira] para lançar e assentar o nome de Carlos Drummond de

tradicionais e a sua fé cristã” [Mário Ribeiro – in ´Treze

Andrade para a Biblioteca Pública local, o que é mais uma prova do

Listras´; entrevista a João Barcellos, 1992]. Assim, a Praça

simbolismo do lugar.

dos Romeiros passou a ser parte do cotidiano cultural e religioso do Povo Caucaiano. 2-

Durante os últimos 25 anos, todos os prefeitos respeitaram a Praça dos Romeiros como identidade e sede das manifestações populares caucaianas, entre o folclore, o carnaval e as famosas romarias. A praça pública é a simbologia natural de um Povo que o é pela presença de um espírito autônomo e que se esforça pela manutenção da sua história.; e

3-

“...a Praça dos Romeiros é ponto de fé, quer se queira ou não, de uma história popular que já configura uma identidade, um patrimônio” [Aziz Ab´Sáber – in ´Das Terras Cotianas e sua

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Em suma, quando o Poder Municipal perspectiva alterações físicas em locais públicos que o são (ainda) mais em razão da ação popular no uso contínuo espacial, tal operação deve levar em conta o interesse já tradicional do Povo no local. Não sendo assim, o Poder Municipal, na sua manifestação político-administrativa, cria uma ruptura social e psicológica com o Povo, o que fere o bom senso da administração pública republicana. Setembro de 2018 | João Barcellos

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CULTURA Fazendas, Haras & Religião J.Araújo

Terra, terra e mais terra. E era tanta, dada por el-rei de Portugal a quem a cultivasse, particularmente reinóis (os ´funcionários e amigos do rei´), que ele se tornou moeda de troca em escambos quase sempre politicamente estranhos por serem base do poder fundiário que atestava o bem senhorial de uma determinada família. Em meio isso, corporações religiosas foram recebendo heranças fantásticas e, no caso jesuítico, um autêntico império fundiário cujo fim chegou com a Reforma Pombalina e a ação decisiva do Morgado de Matheus, governador da Capitania paulista no Século 18, quando se iniciou a ordenação ´laica´ do território e o municipalismo republicano propriamente dito. Entretanto, o legado de famílias como a Assumpção, com terras nos certõens y mattos de Tapiipisapé [do guarani, q.s., caminho da anta | hoje, Itapecerica da Serra] permitiu, e principalmente com Domingos Assumpção, uma série de investimentos, como as suas fazendas em Cotia, sendo as mais famosas a Fazenda São João e Graças, na qual se hospedaram as ´carmelas´ na não menos famosa de casa de campo da Família Assumção, e a Fazenda da Capela de São Roque do Alto em território de Furquim, de cavalos de corrida, e onde o padre Domingos Giovannini, da irmandade ´Jesus Crucificado´, construiu retiro espiritual e onde está o Sítio do Padre Miguel. Fazendas e haras como Jahú, Rio das Pedras, Bela Vista e Assumpção, entre outras, tornaram-se polos de grande interesse internacional nos Anos 30 e 40 do Século 20. O que aconteceu? Fazendeiros do algodão, do café e da agropecuária aderiram ao espírito ´barões da terra´ e fizeram dos cavalos de corrida a grande paixão da época, entre essas famílias a Assumpção. Com o declínio das grandes fazendas cafeeiras o cavalo de corrida passou a ser uma preciosidade e os haras sofreram com a situação. As terras de Domingos Assumpção, em Cotia, foram então vendidas ou arrendadas, e duas partes foram doadas: a) a Fazenda de São Roque do Alto, para a Associação dos Servos de Jesus Crucificado (hoje conhecida como Sítio do Padre Miguel), e b) a Fazenda São João e Graças para apoio às irmãs ´carmelas´, durante 3 anos, estando aqui, também, a participação da Família Lemos Leite (Sr. Ernesto) e a Família Simões (Sr. Caio), tendo esta adquirido a Colina Chumbinho para a edificação do convento, sendo que Caio tinha a filha Alba (irmã Teresa) como noviça entre as ´carmelas´.

A importância de Domingos Assumpção e de Caio Simões na História de Cotia e Região O Diálogo Gera Progresso

Sr. Assumpção

Carmelo casa de campo da Fazenda São João e Graças que a imobiliária pretende demolir...

Sr. Simões

Sítio do Pe Miguel

A história de uma região é a história das pessoas. Desconhecer isto é negar a idadania. João Barcellos || Para este registro, agradeço os apoios do cotiano Décio Lemos Leite, do Sr. Onofre (da Prefeitura de Cotia), do arquiteto Tadeu Pedroso, das irmãs ´carmelas´ e do irmão Agraziato [´filhos da pobreza´], um dos religiosos residentes no Sítio do Padre Miguel. Obs. Geográfica: as duas fazendas da Família Assumpção estavam no mesmo espaço do território de Furquim, águas meias... A Fazenda São João e Graças, onde está a casa de campo, foi adquirida para a construção de um condomínio habitacional e por ele se passa para visitar a Fazenda da Capela de São Roque do Alto.


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TRANSPORTE PÚBLICO Burocracia e Falta de Políticas Públicas

Opinião de Adilson Lima

a Constituição prevê que o Estado deve assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, por isso, o Transporte é um direito social

A ausência de interesse estatal na formulação de políticas para o Transporte de Pessoas e Cargas (...que não sejam as rotineiras e burocráticas cartas de intenções...) fortaleceu nos municípios ações tão pessoais quanto partidárias para fazer das empresas de transporte moeda de troca pelo e no poder local, o que prejudica o atendimento à população. Sem um programa de Estado vinculado aos Municípios e com a parceria da Iniciativa Privada, com marcos regulatórios transparentes, o que se tem são politiquices pessoais ao arrepio do atendimento adequado ao ir-e-vir das pessoas. Assim, cada Prefeito eleito faz na (sua) Cidade o que bem entende, porque não tem a quem dar contas, nem a quem o elegeu. E o pior: levam a Vereança na mesma direção para evitarem conflitos institucionais. Embora existam regras na União (pacto federativo) para o Transporte Público, o importante é que os Estados federados assumam políticas próprias, o que constitui a melhor solução para o atendimento ao ir-e-vir do Povo Brasileiro.

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