ngcanela.com Volume 01 postagens de 01 a 50 Norberto Geraldi
Ética e o verdadeiro profissionalismo Post (0001) Gostaria de acrescentar outras qualidades que são tão ou mais importantes que a competência, com, por exemplo: a Ética e o verdadeiro profissionalismo.
E para exemplificar vou citar uma fábula de Esopo, que era um sábio que viveu no século VI antes de Cristo, suas fábulas atravessaram os tempos com a simplicidade e a sabedoria e ainda são úteis para aqueles que querem conduzir melhor as suas vidas. Vamos a ela: “Uma delas conta a relação entre um cavalo e o seu tratador – este passava o tempo todo a alisar, limpar e escovar o animal, mas – sorrateiramente comia parte da aveia destinada a alimentação do cavalo. - Que pena, disse o cavalo, se o Senhor desejasse me ver em boas condições, me escovaria menos e me alimentaria mais.” Muito se pode tirar desta fábula. Publicada originalmente em novembro de 2008. Fonte: Manager Assessoria de recursos humanos Ricardo de Almeida Xavier – NG Canela
Nossa competência Post (0002) Existem pequenos trechos do acervo literário popular, que podem ser chamados de “Pontos a ponderar”, “Pílulas literárias”
ou simplesmente “Pensamentos”, e hoje eu separei um deste, diz o seguinte: - Somos todos incompetentes! … E a nossa competência é igual ao somatório da incompetência que nos cerca, … Nós incluídos. … E desta forma chegamos onde estamos. Postagem publicada originalmente em Outubro de 2008 – NG Canela
Viva a vida Post (0003) - Dizem que a vida ficará melhor, quando nos casarmos, quando tivermos um filho e, depois, outro… E depois quando não forem mais adolescentes… E que a nossa vida só será completa quando conseguir-mos o que buscamos, quando tivermos comprado um carro novo, um emprego melhor ou fizermos a viagem de nossos sonhos ou ainda quando estivermos aposentados…
A verdade é que não há melhor época para ser feliz do que agora mesmo! Sua vida será sempre cheia de desafios, é melhor admitir isto para você mesmo e decidir ser feliz. - Uma frase que li não lembro onde diz: “ – Por muito tempo pensei que a minha vida fosse se tornar de verdade e sempre havia um obstáculo a ser ultrapassado, um trabalho a ser terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria. Por fim, cheguei à conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade”. - Pare de esperar terminar a faculdade – até que você perca 5 quilos – até que você ganhe 5 quilos – até que você tenha filhos – até que seus filhos tenham saído de casa – até que você se case – até sexta-feira - até que você tenha comprado um carro, uma casa – até que a sua música toque – até que você tenha terminado o seu drink – até que esteja sóbrio de novo… - Pare de esperar e decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO… Texto resumido – encontrado na internet – Julho de 2008 – NG Canela
Condições de exito
O s c a r W i lde Post (0004) Evidentemente é assim: - Todo efeito belo que produzimos nos proporciona um inimigo; - Para ser popular e querido é indispensável ser uma mediocridade; - Nada aflige mais os indivíduos do que a certeza da superioridade alheia. E por ser assim é que: - Somente aqueles cuja inteligência plana e opaca não faz sombra nem ofusca, é que são queridos e admirados; - Para triunfar é preciso cultivar, com sutil sabedoria, a arte de ser medíocre. De resto, o público, só se sente à vontade, quando ouve uma mediocridade. Para triunfar, deve-se ser prudente e modesto – Sua sabedoria, não deve humilhar ninguém. É a única maneira de evitar ódios e despeitos. É por isso que os contemporâneos geralmente julgam tão mal os mestres do seu tempo. Ao ponto que a obra criativa de um homem só ser aceita e lembrada depois de sua morte. Por isso mesmo não devemos dar muita importância a critica imponderada. Pois a verdade é esta: Os mestres morrem na tarefa, sem nunca a concluir, na busca de algo que não tem nome e sem o qual, no entanto, nada seria empreendido na face da terra. Fonte: Citações de Oscar Fingal O’Flahertie Wills Wilde, escritor irlandês – Maio de 2009 – NG Canela
O único animal Post (0005) O homem é o único animal que ri dos outros, Que passa por outro e finge que não vê e Que acha que Deus é parecido com ele. Mas é o único … que se veste, que veste os outros, que faz sexo escondido, que senta e cruza as pernas, que pensa que é eterno, sabendo que vai morrer, que não tem uma linguagem comum a toda a espécie, que se compara com os outros e que faz leis e não as cumpre.
Não é o único que mata, mas é o único que manda matar, Não é o único que voa, mas é o único que paga por isto. Não é o único que engole sapos, nas é o único que não faz isso pelo valor nutritivo. Não é o único que constrói uma casa, mas é o único que passa o resto da vida pagando. Que trai, poliu e aterroriza, mas é o único que se justifica. É o único não escolhe seus líderes entre os mais fortes e capazes. É o único que escreve mesmo sabendo que na maioria das vezes não será lido. Texto de Luiz Fernando Veríssimo, publicada em uma revista semanal em 12/11/1986, resumido – Maio de 2009 – NG Canela
Dá para escolher Post (0006) Eis uma verdade: dá para escolher! - Todo o dia ao levantar, eu procuro me lembrar: dá para escolher! - Não estamos jogados ao leu, nas mãos do destino. - Não temos controle sobre tudo, mas, dá para escolher: entre ter amigos ou viver recluso, entre privilegiar um amor ou ter vários casos superficiais, entre participar de um projeto ou ficar fora apenas criticando.
- Dá para escolher: entre aprender a lidar com o estresse urbano ou se refugiar num lugar tranquilo, entre levar a vida com bom humor ou na ponta da faca. - Tudo é uma escolha, conformar-se em ser velho ou ter um espírito jovem. O estado de espírito é que vai determinar: o mais simples ou o mais complicado, o mais solitário ou o mais social, o mais produtivo ou o mais inerte. - Dá pra escolher: entre ser carnívoro ou vegetariano, entre fumar e ou não beber, entre ler um livro ou jogar paciência, entre escolher ou não escolher. - Se a escolha for acertada, isto já é outro assunto, acertos e erros não estão em pauta, o que importa é ter consciência que: esperar que a vida escolha por nós não é uma boa opção. Texto de Martha Medeiros, publicado em um jornal local , resumido. NG Canela – Maio 2009.
Elixir da humildade Post (0007) - Todos nos já fomos ao médico ou a farmácia pedir um “remedinho” para dor ou enjoo. - Eu um dia deste eu também senti a necessidade de um “remedinho”, nas não encontrei na farmácia e tive de ir a uma de manipulação e encomendar. - Mandei fazer uma poção de … 50mls de Humildade a 4%… não que eu esteja precisando…
Opa … talvez uma ou duas gotinhas vá me fazer bem … - Engana-se aquele que diz não precisar; - Engana-se aquele que diz: – Eu já sei tudo; - Engana-se aquele que diz: – Eu sempre fiz assim e deu certo; - Engana-se aquele que diz: – Eu não preciso disto; Talvez uma ou duas gotinhas vá lhe fazer bem … - Gutenberg, no século XV, foi o primeiro a tentar fazer o elixir da humildade… - Inventou uma maneira de prática de imprimir livros de forma a divulgar o conhecimento para aqueles que já se deram conta que disto estão precisando… e de lá para cá … - As empresas fabricantes de produtos e equipamentos montaram engenharias, centros de pesquisas e laboratórios onde são testados seus produtos e desenvolvidos procedimentos e orientações de instalação e uso. - Quem de nós ao deparar com algo novo perguntou: – Aonde esta o manual, onde estão as instruções do fabricante ou do fornecedor… Talvez uma ou duas gotinhas vá nos fazer bem … NG Canela – Abril de 2009
Saber ouvir Post (0008) Tão importante quanto saber falar é saber ouvir. Muitas vezes somos traídos por falar sem pensar ou responder ao nosso interlocutor sem que este tenha concluído o seu pensamento.
Quantas vezes ficamos impacientes enquanto o outro procura fazer-se entender fazendo com que este pare de falar, sem completar o que ia dizer. Reflita como estão as suas relações interpessoais. Saber ouvir exige concentração e atenção para a busca do entendimento. O diálogo nem sempre é fácil, envolve a disposição de escutar novas ideias, muitas vezes conflitantes com a nossa. Temos que ter suficiente humildade para reconhecer nossas imperfeições e admitir os fundamentos das ideias que não são nossas. Ouvir é muito diferente de escutar. Escutar é o uso puro e simples da audição; Ouvir vai muito além, ouvir é uma atitude que envolve atenção e esforço para o entendimento. Vivemos imersos em cogitações pessoais e talvez por esta razão a maioria de mós ouve mal ou simplesmente não ouve. Sugiro alguns pontos que podem nos ajudar a ser um melhor ouvinte: - Fale menos, você ouve melhor quando não esta falando; - Não interrompa o seu interlocutor; - Ouça primeiro e contra-argumento depois; - Acalme a sua mente! Não discuta mentalmente enquanto ouve; - Pergunte quando não entender, ao final da explanação, não durante; - Olhe nos olhos enquanto conversa e encoraje o outro a continuar falando; Saber ouvir leva tempo, prática e paciência, mantêm vivo o respeito, a amizade e a confiança depositada em nós. Faz com que nossos clientes, colegas, filhos, cônjuges e namorados sintam-se como pessoas importantes e privilegiadas. Texto original de Kátia Horpaczky – Psicóloga pela FMU – Resumido NG Canela – Maio 2009
Carta a um amigo Post (0009) Caro amigo! – Um dia destes eu estava conversando com um conhecido que me disse: - Mas agora tu não precisas mais te preocupar, podes fazer o que mais quer ! Ao que respondi: - Sempre fiz o que quis e agora estou querendo fazer um pouco do que os outros querem que eu faça e quanto a levar a vida mais devagar, tu te enganas é agora que tenho que correr, pois o tempo é curto e passa depressa. - Vou explicar: – Tenho que correr, tenho que terminar aquilo que comecei, fazer aquilo que não fiz e dizer aquilo que não disse.
Estes textos selecionados e aqui postados, eu acredito, fazem parte daquilo que eu não disse e se ajudarem ou a ti, pelo menos um, já terei cumprido a minha tarefa. - Fico contente que o amigo tenha acessado, lido, entendido e gostado – obrigado e um abraço. NG Canela – Maio 2009
Respeito Post (0010) - Aprenda a observar, toda a manhã a natureza te ensina o retorno da vida.
Este conselho fazia parte da filosofia nativa de algumas tribos do oeste norte americano. Para eles a observação da natureza era uma das mais importantes regras da vida. Levando-os a um profundo conhecimento da influência dos ritmos e ciclos de todas as formas de existência, traduzida em lições que sobreviveram ao tempo. O imenso respeito que dedicavam à vida fez com que buscassem o reencontro com os ensinamentos e fluxos da natureza e com o seu próprio mundo interior. Observando o ciclo na natureza eles perceberam sua conexão com o todo em que tudo, absolutamente tudo, esta interligado e é inseparável, o visível, o invisível, o corpo e o espírito. Podemos fazer afloraras verdades que estavam no nosso intimo observando: - Os ciclos de dia e noite que nos falam da ação e do descanso; - O ciclo das águas nos ensina que a vida corre para aquilo em que nos concentramos, bom ou ruim; - A superioridade de alguns animais que é o exemplo que temos para tomar-mos emprestado as características necessárias para dados momentos; - A água, a terra e o fogo mostram-nos os múltiplos temperamentos; - A luz e a sombra que apontam para a dualidade de toda a existência; - O plantio, a colheita, a imponência das matas; … Se soubermos observar e perceber a natureza, compreenderemos toda a sabedoria nela inserida e transmitida pelos seus seres, pelo vento, pelo trovão pela chuva, pela … Na natureza cada ser possui seu território, cada um respeita o seu espaço e que só são invadidos em situação extrema de sobrevivência. Os ameríndios sabiam muito bem como usar este conhecimento. O homem moderno perdeu-se ao estancar, com barreiras de um racionalismo excessivo, sua conexão com a natureza, chegando a dizer que isto é bobagem. Deixando de perceber que ao sairmos de nosso espaço tornamo-nos hóspedes de algum espaço alheio.
Fonte: Texto original de Débora F. Paludo publicado em um jornal local – Resumido. NG Canela – Maio 2009
A carroça vazia Post (0011)+Vídeo Conta à história que: Certa manhã, meu pai convidou-me para dar um passeio no bosque, o que eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio perguntou: - Além do cantar dos pássaros, você esta ouvindo mais alguma coisa? - Estou ouvindo o barulho de uma carroça, respondi. - Isto mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia… - Como podes saber se a carroça esta vazia, se ainda não a vimos? - Ora, respondeu o meu pai, é mito fácil saber que a carroça esta vazia. É por causa do barulho que faz. E continuando completou: - Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho ela faz. E hoje, já adulto, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando, inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo, querendo demonstrar que é dona da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir meu pai dizendo: - Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho ela faz. Texto de autor desconhecido publicado em um jornal local. NG Canela – Maio de 2009
A arte de induzir Post (0012) - Disse uma vez um sábio que algumas pessoas tinham boas ideias quando estavam junto a ele. Na realidade isto é somente uma parte da verdade, o fato é que ele induzia as pessoas que se juntavam a ele, e por meio de argumentos artificiosos induzia-os a por em prática as boas ideias que ele achava que eram certas.
- Persuadir a fazer e ou a praticar algum ato por indução é uma arte que poucos possuem e se a possuem devem usa-la para o bem. Aquele que a pratica tem uma dupla satisfação, sendo a primeira a de ver as suas vontades sendo realizadas por aqueles escolhidos e a segunda é de ver naqueles que realizaram a alegria de fazer aquilo que nem por sombra sabiam que podiam fazer. - Pratique com humildade. NG-Canela – Junho 2009
O menino e a cerca Post (0013)+Vídeo
- Esta é uma história bastante conhecida, que eu não podia deixar fora. Conta que um menino tinha um péssimo gênio. O seu Pai deu a ele um saco cheio de pregos e ordenou-lhe: - A cada vez que perderes a paciência deves pregar um destes pregos na cerca! No primeiro dia o menino pregou muitos pregos e à medida que aprendia a controlar o seu gênio, pregava cada vez menos pregos, na cerca. Chegou um dia que não pregou nenhum o que foi tão de logo informar ao seu Pai. Este sugeriu que a cada dia que controlasse o seu gênio, ele deveria retirar um dos pregos pregados. Os dias passaram. O jovem finalmente pode anunciar ao Pai que não havia mais pregos pregados.. - Meu filho, noto que tens trabalhado duro, nas veja quantos buracos ficaram na cerca após tu teres arrancados os pregos, nunca mais à cerca será a mesma. - Cada vez que perdes a paciência e sentes raiva, deixas cicatrizes como as que vês aqui, mesmo que tenhas pedido desculpas. - Tu quando insultas alguém, mesmo retirando o insulto, dependendo da maneira como fazes, o efeito poderá ser devastador, ficando as cicatrizes para sempre. - Seja paciente e educado meu filho. Texto atribuído a Johnny De’Carli – NG-Canela – Junho 2009
O sacerdote e o guarda-chuva Post (0014) Uma fervorosa budista esforçava-se para desenvolver o seu amor ao próximo. Mas sempre que ia ao mercado um comerciante insistia em fazer-lhe propostas indecorosas. Certa manhã chuvosa, o homem voltou a importuná-la. Descontrolada, ela bateu com o guarda-chuva no rosto do comerciante. Na mesma tarde, foi procurar o sacerdote e contou o ocorrido. - Tenho vergonha, não consigo controlar meu ódio, disse. - Você errou em odiá-lo, respondeu o sacerdote. - Da próxima vez que ele lhe importunar, encha o seu coração de bondade e torne a bater com o seu guardachuva, pois tem pessoas que só entendem esta linguagem. A conclusão fica por sua conta. Fonte: Esta eu peguei emprestada da coluna de Paulo Coelho, mas ele também não citou a fonte. NG-Canela – Junho 2009 (0014)
O nó da gravata C l i q u e n a i m a g e m para ampliar. Post (0015) A propósito, você sabe dar um nó de gravata? Eu não sabia. Ás vezes fazemos de coisa simples um “bicho de sete cabeças”. Deixamos de fazer algo pelo fato de acharmos que não é bom ou difícil. - Basta! Hoje eu vou aprender a fazer um nó de gravata, disse. Imaginava que seria muito difícil e desistiria rapidamente. Às vezes nos sentimos incapazes de executar tarefas que parecem difíceis. Desistir antes de tentar é um equívoco que nunca devemos cometer. A nossa mente muitas vezes cria barreiras para aquele algo que achamos ser difícil de ser alcançado. Muitas vezes quando aparece uma tarefa nova logo vem à mente, “é muito difícil” “será que eu consigo”. - Consegue sim e para te ajudar siga estas dicas: Acreditar: – É preciso acreditar. Se você não acreditar em si mesmo, quem acreditará? Atitude: – Do que adianta acreditar e ficar parado? É muito importante se mexer, sair da zona de conforto. Entusiasmo: – É se apaixonar por uma causa ou um sonho. É você vibrar com cada desafio e consequente conquista. Alegria: – É uma união das dicas anteriores. Seja alegre, aproveite a vida dia a dia, seja feliz. Conhecimento: – Conhecimento nunca é demais, podem tirar tudo de você, mas o seu conhecimento permanecerá. Estas dicas usei para aprender a dar um nó de gravata. Parecia difícil, mas depois acreditei e tive a atitude de pegar a gravata e me senti forte. É aí que está o segredo. Fiquei entusiasmado e me dediquei a aprender. E com alguns cliques entrei em um site especializado em gravatas. E o que parecia complexo, em poucos minutos se tornou simples. Nem tudo é o que parece ser, mas é o que acontece na realidade. Coisas simples e fáceis são
deixadas de lado por achar complicado ou difícil, sem ao menos termos tentado. Acredite! Você é capaz, não seja você o empecilho para alcançar seus sonhos. Seja você o meio facilitador. Texto resumido – original escrito por Lucas Rafael dos Santos.
NG Canela – Junho 2009
Conversa ao pé do ouvido Post (0016)
- O homem é um ser aperfeiçoável, caráter não é destino, não há ninguém que não possa ser recuperado pela razão – e um bom papo. - É preciso acreditar que o bom que há nas pessoas só não se manifesta em todos porque nem todos encontram nos outros tolerância e a disposição de lhes dar uma última chance, e depois outra última chance e depois outra, e outra… Eu encontrei este texto no fundo do baú, é do tempo da máquina de escrever, e foi publicada em um jornal de Porto Alegre por Luiz Fernando Veríssimo em 16 de outubro de 1986. NG Canela – Julho 2009
Deus e o Diabo Post (0017) A dualidade destas entidades já foi discutida até a exaustão, nas não custa nada acrescentar um pouco mais de lenha nesta fogueira.
Um dia destes ouvi durante um cafezinho o seguinte comentário: - “Deus esta em toda a parte, mas o Diabo está nos detalhes.” O que pensando bem não deixa de ser um pouco verdade. - Portanto fique atento aos detalhes, ai é que mora o perigo! NG Canela – Junho 2009
Um plano genial V a l e m u i t o a p e n a ler … Post (0018) Joaquim estava desempregado e lutava com dificuldades. A sua situação ainda mais se agravava pelo fato de ter que dar assistência a um filho, inexperiente que também estava no desvio, porém, defendia-se como um autêntico leão. O seu cérebro, torturado pela miséria, era fértil e brilhante, engendrando planos verdadeiramente geniais, graça, aos quais sempre se safava das aperturas diárias com que o destino o torturava. Naquele dia, o seu “grude” já estava garantido. Recebera convite para um banquete de um alto figurão que estava necessitando de claque. Mas o nosso herói não estava satisfeito, porque não conseguira um convite para o filho. À hora marcada, acompanhado do rapaz, dirige-se para o salão, onde se celebraria a cerimônia. Antes de entrar, diz a seu filho faminto: - Fica firme aqui na porta, porque preciso dar um jeito de que tu também tomes parte no festim. Já estavam todos os convidados sentados nos lugares, na grande mesa quando, Joaquim levanta-se e exclama: - Senhores, em vista da ausência do Sr. Vigário, tomo a liberdade de benzer a mesa – Em nome do Padre e do Espírito Santo! - E o filho? – perguntou-lhe um dos convidados. - Está na porta – responde prontamente. E, voltando-se para o rapaz, ordena, autoritário e enérgico: - Entra de uma vez, menino! Não vês que estes senhores te estão chamando? Texto extraído do livro “Máximas e Mínimas do Barão de Itararé” (Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly) – Rio de Janeiro, 1985. NG Canela – Julho 2009
É preciso saber viver Post (0019)+Vídeo
“Quem espera que a vida seja feita de ilusão, pode até ficar maluco ou viver na solidão. É preciso ter cuidado para mais tarde não sofrer; Toda pedra no caminho você pode retirar; Numa flor que tem espinhos você pode se arranhar; Se o bem e o mau existem, você pode escolher; É preciso saber viver … É preciso saber viver …” Composição de Erasmo Carlos e Roberto Carlos – Nos idos tempos da Jovem Guarda nos anos 70.
NG Canela – Julho 2009
O sentido da vida Post (0020)
As sandálias do discípulo faziam barulho nos degraus da escada que levava aos porões do velho mosteiro. Lá vivia um homem muito sábio. O jovem empurrou a pesada porta, entrou demorando um pouco para acostumar-se com a pouca luminosidade. Finalmente, ele localizou o ancião sentado tendo um capuz a lhe cobrir parte do rosto, fazendo anotações num grande livro. - Mestre, qual o sentido da vida? Perguntou aproximando-se. O monge permaneceu em silêncio. Apenas apontou para um pedaço de pano no chão junto à parede abaixo da estante e depois para o alto. Mais do que depressa, o discípulo pegou o pano, subiu algumas prateleiras da estante de livros. Alcançou a vidraça logo acima e retirou a sujeira que impedia sua transparência. O sol inundou a sala, cheia de estranhos objetos, instrumentos e pergaminhos com misteriosas anotações. Cheio de alegria, o jovem disse: - Entendi, Mestre. Devemos nos livrar de tudo aquilo que não permita o nosso aprendizado. Retirar o pó dos preconceitos e as teias das opiniões que impedem que a luz do conhecimento nos atinja. Só então poderemos enxergar as coisas com mais nitidez. E retirou-se. O velho monge, sentindo os raios quentes do sol a invadir a sala com uma claridade a que se desacostumara. Viu o discípulo se afastando, sorriu e finalmente falou: - Mais importante do que aquilo que alguém mostra é o que o outro enxerga. Afinal, eu só queria que ele colocasse o pano no lugar de onde caiu. Autor desconhecido – NG Canela – Julho 2009
O Milho, a Pipoca e o Piruá Post (0021)
Imagine o milho de pipoca dentro da panela, que vai ficando cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou. Dentro de sua casca dura, fechado em si mesmo, não imagina destino diferente. Não imagina a transformação que está porvir. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece: PUM! – e aparece uma outra coisa completamente diferente que ele mesmo nunca havia sonhado, vira Pipoca. - A transformação do milho duro em pipoca macia é o símbolo da grande transformação pela qual devemos passar para que venhamos a ser o que devemos ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele é o que acontece depois do estouro. O milho de pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer. As grandes transformações só acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira, uma mesmice e uma dureza assombrosa, achado que o seu jeito de ser é o melhor. De repente, vem o fogo. A vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: Pode ser fogo de fora: perder um amor, ficar doente, perder o emprego ,… Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, … - Há sempre um remédio, apagar o fogo, sem fogo o sofrimento diminui. Transformado-nos em um Piruá. Piruá é o milho de pipoca que se recusa estourar. São os que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. Acham que não pode existir coisa melhor que seu jeito de ser. A sua presunção e o medo é a dura casca que não estoura. Seu destino é ficar duro à vida inteira, sem se transformar na flor branca, macia e dar alegria para alguém. - Terminado o estouro alegre das pipocas, no fundo da panela ficam os Piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo. Texto de Rubem Alves – Do livro “O Amor que acende a lua” – Adaptado NG Canela – 16 de julho 2009
Fábula do abridor de latas Post (0022) - Existe um utensílio chamado “Abridor de latas”, lembras?
- Eu imaginava ser esta uma ferramenta em extinção. - Desde que foi inventado em 1855 pelo inglês Robert Yates, tem servido para abrir latas. O curioso da história é que ele só foi inventado 42 anos depois das primeiras latas de conservas, que surgiram em 1813. - Como o meu é bastante antigo, resolvi, meio sem esperanças de encontrar, procurar um modelo novo na internet – Para espanto meu aparecerem aproximadamente 110.000 resultados para a pesquisa – Tem de tudo: Tipos manuais, elétricos, eletrônicos, a pilha e até um que dizem abrir sozinho, as latas, e também muitas histórias – selecionei esta entre outras: Fábula do abridor de latas - Um dia, a família tomou uma decisão: Economizar tempo, comer só enlatados, a saúde foi para escanteio e as latas invadiram a casa, no almoço, no lanche, na janta, na comida do cachorro e… - Foi então que ele apareceu. - Deixando seu canto empoeirado para estrelar no lar. Chegou por cima, importante, sentia-se o rei da cozinha, mais importante que as facas e colheres que só tomam partido após as latas serem abertas. De esquecido passou a astro nas horas das refeições. - O nanico de metal passou a se sentir grande e forte, além de útil, um pouco presunçoso, talvez – Útil era uma palavra pequena para ele, diante da importância e destaque que alcançara – Era talentoso e até umas garrafas passou a abrir – Elogiado pelo pai, louvado pela mãe, acariciado pelas mãos bem hidratadas da filha adolescente, requisitado como brinquedo pelo filho mais novo, que teimava em brincar de aviãozinho e, aliás, quando sumia, era um Deus nos acuda. - Foram dias mágicos, até que a família tomou uma nova decisão, para sua maior comodidade – Resolveram comer fora. - E o abridor de latas voltou para o fundo da gaveta, esquecido. - Veja você, quando necessário, respondeu desempenhando bem a sua função, com criatividade e presteza, sendo rapidamente descartado quando não precisaram mais dele – Afinal era apenas um utensílio – E você ? Autor desconhecido – NG Canela – Julho de 2009
Acredite ! Post (0023)
Tem gente que acredita em coelhinho da Páscoa; Tem os que acreditam em Papai Noel; Que vai chover na sua horta; Outros mais ousados acreditam em políticos; Você encontra gente acreditando em de tudo um pouco. - Tem gente que até que acredita em si mesmo!
É muito bom ter em que acreditar. NG Canela – Julho 2009
Lembrando Mario Quintana Post (0024)
O poeta Mario Quintana residiu no antigo Hotel Magestic na Rua dos Andradas em Porto Alegre por muitos anos, até que este fechou e ele teve de mudar-se para outro hotel. Na época um repórter que acompanhava a mudança perguntou-lhe: - Mario, depois de tantos anos tu não vais estranhar a nova casa? - Para mim qualquer lugar é bom, pois aonde vou eu me levo junto, respondeu o poeta. A propósito disto aqui transcrevo uma pequena lenda oriental. Conta que um viajante chegando a um povoado, perguntou a um velho que se encontrava na entrada: - Que tipo de pessoas vive neste lugar? – E como resposta ouviu: - Que tipo de pessoas vive no lugar de onde tu vens? - Oh! Um bando de falsos e egoístas, respondeu o viajante. A isso, o velho retrucou: - O mesmo tipo de gente tu encontrarás aqui. No mesmo dia, outro viajante ao chegar formulou a mesma pergunta: - Que tipo de pessoas vive neste lugar? – E como resposta ouviu: - Que tipo de pessoas vive no lugar de onde tu vens? - Pessoas amigas e hospitaleiras, disse o viajante. O velho retrucou da mesma forma que anteriormente: - O mesmo tipo de gente tu encontrarás aqui. Alguém que havia escutado as duas conversas, não se contendo e perguntou: - Como é possível dar respostas diferentes a mesma pergunta? - É simples sorriu o velho sábio: - Cada um carrega consigo e em seu coração o meio em que vive. Autor desconhecido – NG Canela – Julho 2009
O Chimarrão Post (0025)+Vídeo
- Quem trouxe o costume de tomar chimarrão para o Rio Grande do Sul foram os índios Guaranis, há 4.400 anos. Acreditavam que a erva-mate era sagrada, presenteada por Tupã. Bebiam o mate apenas como chá. - Quem desenvolveu o chimarrão de hoje foram os Jesuítas que forçadamente tiveram de matear. Primeiro eles tentaram tirar o costume dos índios, que passavam o dia tomando chimarrão e trabalhando pouco (*). Ouve então a proibição pelos padres, ficando acertado entre eles de tomar chimarrão antes e depois do trabalho, ou seja, de manhã cedo e no final da tarde. - Os jesuítas diziam aos índios que esta erva era do Diabo, que Deus não permitia o uso dela. Os índios venceram os padres, argumentando que se foi Deus que criou todas as coisas e ele também tinha criado a erva-mate para os homens. Por isso, pela necessidade da força de trabalho do índio, os padres aderiram ao costume e terminaram desenvolvendo a sua forma atual de consumo. - O Chimarrão que era apenas a infusão da erva-mate em água quente, bebido numa cabaça através de um tubo de bambu, passou a ser cancheada, sapecada, seca no carijó, moída, sendo finalmente ajeitada em uma cuia, adicionada água quente e sugada pela bomba de metal, tornando-se um acontecimento social. -Hoje temos diversas marcas a disposição no mercado e como dizem os Gaúchos: - Quem mateia fala com o seu interior. Fonte: Cartilha de erva-mate e chimarrão da cidade de Venâncio Aires, Capital Nacional do Chimarrão – NG Canela – Agosto 2009
(*) – Em algumas repartições públicas este hábito ainda perdura.
Táticas de guerra Post (0026)
“Faça seu inimigo acreditar que não conseguirá grandes recompensas se decidir atacá-lo. Assim, você diminui o entusiasmo dele”. “Não tenha vergonha de retirar-se provisoriamente do combate, se perceber que o inimigo está mais forte. O importante não é a batalha isolada, mas o final da guerra”. “Entretanto, se você estiver bastante forte, não tenha vergonha de fingir-se de fraco. Isto fará com que seu inimigo perca a prudência, e ataque antes da hora”. “Numa guerra, a capacidade de surpreender o adversário é a chave do sucesso”. Isto pode ser aplicado no nosso dia a dia, pois vivemos numa constante guerra. Fonte: A Arte da guerra, por Sun Tsu, escrito há 3.000 anos – NG Canela – Agosto 2009
Vivendo e aprendendo Post (0027) Aos 5 anos – Aprendi que peixinhos dourados não gostam de gelatina. Aos 6 anos – Que não dá para esconder brócolis no copo de leite. Aos 9 anos – Que a professora sempre me chama quando não sei a resposta. Aos 12 anos – Que quando o meu quarto fica do jeito que eu gosto, minha mãe manda arrumá-lo. Aos 15 anos – Que não devo descarregar minhas frustrações no irmão menor, porque o pai tem frustrações maiores e a mão mais pesada. Aos 18 anos – Que são os meus melhores amigos que me metem em confusão. Aos 25 anos – Que nunca devo elogiar a comida da minha mãe, quando estou comendo a que minha a mulher preparou. Aos 29 anos – Que se pode fazer, num instante, algo que vai dar dor de cabeça pelo resto da vida. Aos 35 anos – Que quando eu e minha mulher temos finalmente uma noite sem as crianças, passamos a maior parte do tempo falando delas. Aos 37 anos – Que casais sem filhos sabem melhor do que você como educar os seus. Aos 39 anos – Que quando chego atrasado no trabalho, o patrão chega cedo. Aos 40 anos – Que existem duas coisas essenciais para um casamento feliz: Contas bancárias e banheiros separados. Aos 43 anos – Que as mulheres gostam de ganhar flores, especialmente sem nenhum motivo. Aos 45 anos – Que a época que preciso de férias é justamente quando acabei de voltar delas. Aos 46 anos – Que só se sabe que a esposa nos ama, quando sobram dois bolinhos e ela pega o menor. Aos 50 anos – Que se pode fazer alguém ganhar o dia, simplesmente mandando-lhe um pequeno cartão. Aos 52 anos – Que a qualidade do serviço de um hotel é diretamente proporcional à espessura das toalhas. Aos 54 anos – Que crianças e avós são aliados naturais. Aos 58 anos – Que é legal curtir o sucesso, sem acreditar muito nele. Aos 60 anos – Que não posso mudar o que passou, mas que posso deixar para lá muitas coisas. Aos 61 anos – Que a maioria das coisas com que me preocupo nunca aconteceu. Aos 63 anos – Que quem espera se aposentar para começar a viver, esperou tempo demais. Aos 65 anos – Que quando as coisas vão mal, eu não tenho que ir com elas. Aos 67 anos – Que amei menos do que devia. Aos 69 anos – Aprendi que tenho muito que aprender. Fonte: Um jornal local, transcrito e resumido – NG Canela – Agosto 2009
Os cinco macacos Post (0028)
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma gaiola e, no meio desta, uma escada com bananas em cima. Toda vez que um dos macacos começava na subir a escada, um dispositivo automático fazia jorrar água gelada sobre os demais macacos…. Passado certo tempo, toda vez que qualquer dos macacos esboçava um início de subida na escada, os demais o espancavam (evitando assim a água gelada). Obviamente, após certo tempo, nenhum dos macacos se arriscava a subir a escada, apesar da tentação. Os cientistas decidiram então substituir um dos macacos. A primeira coisa que o macaco novo fez foi tentar subir na escada. Imediatamente os demais começaram a espancá-lo. Após várias surras o novo membro dessa comunidade aprendeu a não subir na escada, embora jamais soubesse porquê. Um segundo macaco foi substituído e ocorreu com ele o mesmo que com o primeiro. O primeiro macaco que havia sido substituído participou, juntamente com os demais, do espancamento. Um terceiro macaco foi trocado e o mesmo (espancamento, etc.) foi repetido. Um quarto e o quinto macaco foram trocados, um de cada vez, com intervalos adequados, repetindo-se os espancamentos dos novatos quando de suas tentativas para subir na escada. O que sobrou foi um grupo de cinco macacos que, embora nunca tenham recebido um chuveiro frio, continuavam a espancar todo macaco que tentasse subir na escada. Se fosse possível conversar com os macacos e perguntar-lhes por que espancavam os que tentavam subir na escada … Aposto que a resposta seria: “Eu não sei – Aqui sempre foi assim…” Autor desconhecido, texto Enviado por B.H – NG Canela – Agosto 2009
Visão de excelência.
Post (0029) “O mestre na arte da vida faz pouca distinção entre seu trabalho e seu lazer, entre sua mente e seu corpo, entre sua educação e sua recreação, entre seu amor e sua religião. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se ele está trabalhando ou se divertindo. Para ele, está simplesmente fazendo ambas as coisas simultaneamente” Fonte: Zen-Budista – NG Canela – Setembro 2009
Persistência e dedicação Post (0030)
- Quando você olha para uma grande conquista, geralmente só consegue ver o resultado final. Isto acontece porque o brilho dessa conquista ofusca todos os pequenos detalhes que foram necessários para alcançá-la. - Aquele que alcança o sucesso, chega a esse ponto fazendo basicamente coisa com as quais você já tem familiaridade: Falar ao telefone, escrever cartas, comprar materiais, pagar contas, … - A grandeza do sucesso não vem de um poder sobrenatural, ou uma vantagem especial, mas sim da persistência e dedicação. - As grandes conquistas são construídas dia após dias, por pessoas como nós, vem de ações comuns, focadas num objetivo específico, com dedicação contínua e resolução inabalável. - Quase tudo é possível quando você vai atrás de um objetivo, procurando sempre conquistá-lo passo por passo. Texto de Ralph Marston, resumido – NG Canela – Setembro de 2009
O cronômetro de Taylor
Post (0031) Ele circulava pela fábrica portando um indefectível cronômetro. Quando lhe perguntavam o que fazia, respondia: “Estou medindo o grau da eficiência”. O cronômetro de Frederick Taylor (engenheiro americano que viveu entre os anos 1856 e 1915, considerado o pai da administração científica) não media apenas o tempo, ele calculava a relação entre o trabalho realizado e o volume de recursos utilizados, inclusive o tempo, o mais escasso dos recursos. O início do século 20 foi um período de espetaculares acontecimentos. Foi a era da introdução do automóvel, do telefone, do surgimento de uma nova física que dividiu o átomo, da aceitação do inconsciente humano. O mundo nunca mais foi o mesmo depois daqueles anos. Foi nesse período que alguns homens, Taylor entre eles, lançaram as bases para a criação de uma nova ciência: a administração. No dizer de Peter Drucker, essa foi a mais importante de todas as invenções, pois foi ela que viabilizou as outras. E, entre seus primeiros conceitos, encontramos a eficiência, a capacidade de atingir resultados crescentes com economia de recursos. O tempo passa e a ideia da eficiência só se fortalece. A sustentabilidade, por exemplo, é descendente dela. Precisamos continuar produzindo, mas sem desgastar o planeta. E, acima de tudo, precisamos acertar nosso ritmo pessoal com o do mundo, pois parece que este ficou parecido com o coelho da Alice, que repetia sem parar “Estou atrasado, estou atrasado”. O mundo ficou mais rápido e fez surgir um novo tipo de patrão e de cliente, mais apressado e menos paciente. Nas empresas não precisamos só fazer mais com menos, mas mais rápido. Sim, o cronômetro do Taylor continua ligado, mas alguma coisa mudou. Ele agora não mede a velocidade da tarefa, e sim o uso racional do tempo. O que interessa mesmo não é quanto tempo você gastou e sim como você o utilizou. Observe se você se organizou, respeitou a agenda e antecipou as urgências. Quem percebe isso tem uma vantagem sobre os demais: usa o tempo a seu favor e no final do dia pode ir para a academia, para o clube ou para o cinema, sem culpa. Texto de Eugenio Mussak (eugenio@ssdi.com.br) – NG Canela – Setembro de 2009
Lições de vida
Post (0032) Regina Brett de Cleaveland, Ohiocompletou 50 anos em 2006 e para celebrar o envelhecer, escreveu 45 lições que a vida lhe ensinou, aqui estão algumas por mim escolhidas: - A vida não é justa, mesmo assim é boa. - Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo passo. - A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém. - Seu trabalho não vai cuidar de você quando adoecer. Seus amigos e seus pais vão, mantenha contato. - Você não tem que vencer todo os argumentos. Concorde para variar. - Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta. -. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão. - Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague o seu presente. -. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia é a deles. - Se um relacionamento tem que ser segredo, você não deveria estar nele. - Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso. - Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém. - Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo. - O órgão sexual mais importante é o cérebro. - Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você. - Sempre escolha a vida. - Esforce-se para perdoar tudo e todos. - O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta. - Independentemente da situação ser boa ou ruim, irá mudar. - Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva. - Não faça auditoria de sua vida, faça o melhor dela agora. - Envelhecer é melhor do que morrer jovem. - Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou. - Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa. - A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente. - O melhor está por vir. Texto de Regina Brett, resumido – NG Canela – Setembro de 2009
Alguns princípios da liderança Post (0033)+Vídeo
Líderes visionários são importantes, mas grandes administradores são fundamentais. Sim, há épocas em que o culto da personalidade é funciona! A liderança é confusa como o diabo e eles amam a confusão. Liderança é desempenho, mas o líder raramente é – ou nunca é – o que apresenta o melhor desempenho. Líderes criam o seu próprio destino! - Fazem tudo ao mesmo tempo; - Eletrificam o ambiente de trabalho; - Improvisam; - Confiam nos seus instintos; - São monstros natos no que se refere a assumir o poder; - Esquecem com facilidade; - Cometem erros – e não esquentam a cabeça com isso; - Têm humor. Ninguém é infalível; - Têm bom gosto; - Não criam seguidores, criam mais líderes; - Gostam do arco-íris – por razões completamente pragmáticas; - Adoram a tecnologia; - Sempre têm uma paixão escondida na manga; - São grandes contadores de histórias; - Pensam, ou melhor, sabem que podem fazer diferença; - Sempre acham tempo para usar o telefone; - Têm prazer em rodear-se de pessoas mais espertas que eles próprios - Criam um sentido para as coisas; - Aprendem com facilidade. E vocês o que apreciam, o que são? Texto de Tom Peters, resumido – NG Canela – Outubro de 2009
Escolha Post (0034)
- Num mundo onde tudo é relativo e as pessoas procuram tirar proveito de tudo para si mesma, DAR um bom exemplo ou encontrar um para seguir parece uma tarefa difícil – Mas a verdade são OPORTUNIDADES que estão tanto nas grandes coisas, como nas pequenas também. - Pense nas pessoas que influenciaram a sua vida. - Não é difícil reconhecer os gestos, as atitudes e comportamento que marcaram mais PARA você. - E muitas vezes, sem perceber, você é observado por quem esta perto. Seja na maneira de falar com OS OUTROS, num trabalho, num sorriso para um estranho ou até mesmo num “muito obrigado” na hora certa. - Ser um bom exemplo É uma escolha. - Qual exemplo você vai ser, isso sim é possível escolher. E o esforço é tão pequeno comparado aos resultados, que nem chega a ser UMA dificuldade. - Abrir a porta de um carro, ceder seu lugar no ônibus para um idoso, atravessar na faixa de pedestre e tantos outros gestos que são esquecidos em VIRTUDE da busca constante pela satisfação pessoal em detrimento dos outros. - Em suma, você pode escolher e decidir - (DAR OPORTUNIDADES PARA OS OUTROS É UMA VIRTUDE). Texto de um anônimo – NG Canela – Outubro de 2009
Achar e perder Post (0035)
- Tem coisa que só são achadas para serem perdidas. - Encontrei em uma casa de câmbio em Montevidéu, uma libra esterlina do ano de 1918. Era perfeita, com retrato do Rei, com aquela perfeição de traços e linhas como em nenhuma moeda de país algum do mundo. - O dono da loja pedia uma pequena fortuna por ela. Eu havia ganhado na véspera no cassino do Parque Hotel, de modo que nem regateei. Paguei por aquela preciosidade o que me pediam – e mais pagaria se me houvessem cobrado. – Pois bem; esses dias resolvi revê-la e não a localizei. – Aconteceram nos últimos anos algumas mudanças – e não é impossível que entre uma e outra ela tenha se extraviado. - Não me queixo. Já perdi outras coisas, aí incluído um exemplar de Os Lusíadas que comprei num sebo. Creio que foi a primeira vez que li com gosto a narrativa inteira, me demorando no episódio de Inês de Castro. E veio outra mudança e sumiram Os Lusíadas e a linda Inês. - Desde pequeno ouvia meu avô dizendo: “Este relógio será de meu neto mais velho”, eu, de modo que ganhei a joia ao completar oito anos. Minha mãe entendeu que eu não tinha a idade para portar semelhante raridade, de modo que a guardou. Sucedeu que não demorou e fomos visitados por amigos do alheio. Resultado: levaram o relógio, do qual nunca mais tive notícias.
- A vida é assim. Como falei no início, tem coisas que só são achadas para serem perdidas. Guarde bem as suas conquistas e coisas mais queridas para não perdê-las também. Texto de Liberato Vieira da Cunha, resumido – NG Canela – Dezembro de 2009
Fernanão Capelo Gaivota Post (0036)+Vídeo
- Uma aventura emocionante sobre a liberdade de SER. - A maioria das gaivotas se preocupava em aprender o trivial, mas Fernão era diferente. Ele queria voar alto rumo ao novo, e para isto lhe foi exigido esforço, força de vontade e perseverança diante dos obstáculos que estariam por vir. - Para as gaivotas o importante era voar em busca do alimento, mas para Fernão o importante era voar pelo prazer de voar. Ele até tentou seguir aquele ritual onde todas rodeavam os barcos em busca de restos de peixes para se alimentar, mas achou tudo tão sem sentido! - Fernão tornou-se um pássaro solitário não só pelo seu modo de ser, mas também em razão de ter sido expulso do seu Bando. Sempre que alguém quer inovar, quer ir de encontro ao rotineiro, ao já estabelecido, acaba por abalar as estruturas da mesmice, então resolve-se o problema afastando o inovador do convívio daqueles que andam, um atrás do outro, sem saber para aonde vai a multidão. - Fernão saiu da sua zona de conforto tornando-se vulnerável ao fracasso, mas em compensação adquiriu total controle sobre o medo e assim pôde voar cada vez mais alto rumo a realização pessoal. Viveu num eterno aprendizado e partiu deixando seu exemplo, seguindo para um outro plano onde poderia vir a aprender novas sabedorias. - O amor é condição “sine qua non” para tudo. O saber seguir em frente sem carregar consigo mágoas daqueles que ainda engatinham em sua aprendizagem, e por esta razão não conseguem enxergar sob a mesma óptica nossa, é a mais pura expressão do amor. - Todos temos direito de abrir trilhas na nossa caminhada, basta só querer. Basta que nos libertemos das amarras da rotina para que possamos caminhar rumo a liberdade do SER. Resumo do livro de Richard Bach – Vale a pena ler – NG Canela – Outubro de 2009
A elegância do comportamento.
Post (0037) - Existe uma coisa difícil de ser ensinada, talvez por isso esteja cada vez mais rara: A elegância do comportamento. - É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange mais que um simples obrigado diante de uma gentileza. - É a elegância que nos acompanha e se manifesta nas situações mais prosaicas quando não há festa alguma nem observadores por perto. - É possível detecta-la nas pessoas que mais elogiam do que criticam, nas que escutam mais do que falam, passando longe das fofocas e pequenas maldades no boca a boca; - Nas que não usam um tom superior de voz, por exemplo, ao se dirigir a um frentista, nas que evitam assuntos constrangedores por não sentir prazer em humilhar os outros e pontuais. - Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, quem presenteia fora de datas festivas, que cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda que se pergunte antes quem esta falando e só depois manda dizer se está ou não. - Oferecer flores é sempre elegante. - É fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve fazer para isto acontecer. - É em alguns momentos mudar seu estilo só para se adaptar ao outro. - É desejar bom dia, boa tarde, pedir licença, agradecer… - É não falar em dinheiro em bate-papos informais. - Sobrenome, joias e nariz empinado não substituem a elegância de um gesto, não há livro que ensine a se ter uma visão generosa do mundo, e estar nele de uma forma não arrogante.
- Olhar nos olhos ao conversar, oferecer ajuda, abrir a porta para alguém, ceder o lugar, sorrir faz um bem danado para a alma e é muito elegante… Já gargalhar a toa … - Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, nas tentar imitá-la é improdutivo, a saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de seu status social. Recebi este texto de um amigo – NG Canela – Novembro de 2009.
O Pescador e o Especialista em gestão
Post (0038) Um especialista em gestão estava no cais de uma povoação, quando chegou um barco com um único pescador. No barco, havia vários atuns de bom tamanho. O especialista elogiou o pescador pela qualidade do pescado e perguntou-lhe: - Quanto tempo gastas para pescá-los? - Pouco tempo, respondeu o pescador. - Porque não gastas mais tempo e tiras mais pescados? Continuou o especialista. O pescador explicou que tinha o suficiente para satisfazer as necessidades da sua família. - Mas que faz você com o resto do seu tempo? Insistiu o especialista em gestão. - Depois de pescar, descanso um pouco, brinco com os meus filhos, durmo a sesta com a minha mulher, vou ao povoado à noite, onde tomo vinho e toco guitarra com os meus amigos. Tenho uma vida prazenteira e ocupada. O especialista sentencia: - Sou um especialista em gestão e poderia ajudá-lo. Você deveria investir mais do seu tempo na pesca e adquirir um barco maior. Depois, com os ganhos, poderia comprar vários barcos e eventualmente até uma frota de barcos pesqueiros. Em vez de vender o pescado a um intermediário, poderia fazê-lo diretamente a um processador e eventualmente até abrir a sua própria processadora. Poderia assim controlar a produção, o processamento e a distribuição. Deveria sair deste pequeno povoado e ir para a capital, donde geriria a sua empresa em expansão. - Mas, quanto tempo demoraria isso? Quis saber o pescador. - Entre 15 e 20 anos. - E depois? Perguntou o pescador. O especialista riu-se da ingenuidade do pescador e completou: - Essa é a melhor parte, quando chegasse à hora, deveria anunciar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) e vender as ações da sua empresa ao público. Ficaria rico, teria milhões! - Milhões? E depois? Tornou o pescador.
O especialista finalmente conclui: - Poderá então retirar-se. Ir para uma povoação da costa, onde poderia dormir até tarde, pescar um pouco, brincar com os seus filhos, dormir a sesta com a sua mulher, ir todas as noites ao povoado tomar um vinho e tocar guitarra com os seus amigos. - Por acaso não é isto o que eu já tenho. Falou o pescador: Moral da história: Quanta da vida se desperdiça buscando alcançar uma felicidade que já se tem, mas que muitas vezes não vemos. A verdadeira felicidade consiste em apreciar o que temos, e não em sentirmo-nos mal por aquilo que não temos. Texto dito de Cristina Sáenz Enríquez – NG Canela – Abril de 2010
O melhor produto da região Post (0039)
Ao descobrir um fazendeiro que conseguia ganhar todas as medalhas do Ministério da Agricultura, porque o seu milho era de excelente qualidade e alta produtividade, indignado, um jornalista resolveu ir até o lugar onde ele trabalhava, pensando em escrever uma grande matéria sobre o segredo de tamanho sucesso. Ali chegando, foi logo perguntando, o que ele fazia para sempre produzir o melhor produto da região. - Muito Simples, respondeu o fazendeiro. - No final da colheita, separo uma boa parte dos grãos, e distribuo para os meus vizinhos. - Distribuir aquilo que colhestes? perguntou o jornalista surpreso. - Será que não entendes que seus vizinhos também são seus concorrentes, e estão querendo produzir mais? - Será que não compreendes que tudo é uma coisa só? explicou o fazendeiro. - Na primavera, o vento traz o pólen, e este se espalha por todo o lugar. Se meus vizinhos plantarem algo ruim, minha colheita será também afetada. - Para ter o melhor produto da região, preciso fazer com que os campos ao meu redor mantenham a mesma qualidade. - Não podemos fazer nada de bom na vida, se não estimularmos os outros a fazem o mesmo. Texto original de Paulo Coelho – NG Canela – Novembro 2009
Torcida contra Post (0040)
-Quando você idealiza ou começa a fazer alguma coisa, sempre tem alguém torcendo contra. – Isto não vai dar certo, dizem. - Se você consegue ultrapassar as primeiras dificuldades, a “Torcida contra” aumenta. - É preciso saber tirar proveito disto. Não adianta querer agradar todo mundo, respeite as limitações. - Só os medíocres conseguem agradar todo mundo, e mesmo assim a custa de muito sacrifício pessoal. - Tão pouco adianta ficar ressentido ou odiar quem não o ama ou quem não o entende. Convença-se que isto faz parte do seu processo evolutivo. - Use e aproveite a energia da “Torcida contra” para adestrar a sua vontade, para ser mais profundo, persistente e mais sério no que esta fazendo. - Entretanto, se este tipo de torcida afastar você do seu caminho, é porque este não era o seu caminho. Se fosse, ninguém teria conseguido afasta-lo dele. Autor desconhecido - NG Canela – Outubro 2009
Síndrome do retrovisor Post (0041)
- Muito se fala sobre as novas tecnologias e seus usos no meio digital. - E todos os dias somos bombardeados com notícias sobre experiências bem sucedidas na área online, desde empresas que colocam a seu favor de maneira criativa as funcionalidades da Web 2.0, como pessoas comuns se tornam astros da noite para o dia. O crescimento exponencial das empresas 100% digitais que fazem negócios on-line e que já são páreo entre as maiores e tradicionais empresas globais. -O que espanta não é o avanço conquistado por essas empresas e pessoas, e sim que muita gente ainda olha para tudo isso com certo desdém, como se o que está acontecendo fosse uma grande mentira. - Na década de sessenta já se discursava sobre questões como o futuro das comunicações e do trabalho, do livro, a participação do telespectador frente à televisão, sobre o futuro do jornalismo, profetizando a participação do cidadão comum na criação e gestão da noticia, observando o ambiente que se formava mesmo sem que as pessoas percebessem - Hoje, com a rapidez das transformações causadas pelas tecnologias, parece incompreensível que ainda exista alguém descrente de um “futuro” que não tem volta. - Porém, precisamos entender sobre o comportamento natural das pessoas frente às novas tecnologias: “É típico em nossa orientação retrovisora que olhemos para todas essas novas tecnologias como se fossem reflexos da velha tecnologia. Há tempo as pessoas, ao se depararem com cada nova tecnologia, a retraduzem para a tecnologia antiga.Todos vocês conhecem exemplos disso. Os primeiros automóveis foram feitos com porta-chicotes…” - Ao adaptarmos as novas tecnologias aos velhos padrões, perdemos a oportunidade de tirar o melhor proveito delas. E é aí que os mais antenadas tiram vantagens significativas, inovando e aproveitando o melhor do momento em que estão inseridas. - O fato é que diariamente nos deparamos com pessoas e empresas que vivem a “Síndrome do Retrovisor”. - E você, conhece alguém com esta síndrome? Texto de Raquel Costa, resumido – NG Canela – Novembro 2009
Frase certa no momento certo
Post (0042) - O que aconteceu ontem? - Bem pai, você chegou às três da madrugada, completamente bêbado, vomitou no tapete da sala, quebrou móveis, fez xixi no guarda-roupa, vomitou no tapete da sala e machucou o olho ao bater na porta do quarto. - E porque está tudo arrumado, café preparado, roupa passada, as aspirinas para a ressaca e um bilhete amoroso da tua mãe? - Bem pai, é que mamãe o arrastou até a cama e, quando ela estava tirando as suas calças, você gritou: – “NÃO FAÇA ISSO MOÇA, EU SOU UM HOMEM CASADO!” … Conclusões: - Uma ressaca: R$ 170,00 (+ ou – ) - Móveis destruídos: R$ 1.200,00 - Café da manhã: R$ 10,00 - Outras despesas: R$ 500,00 - Dizer a frase certa no momento certo: NÃO TEM PREÇO ! Publicada em um jornal local – NG Canela – Novembro de 2009
Use-se Post (0043)
No que se referem os adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem termos assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco. Se for este o caso, seguem-se sugestões para usar a si mesmo: - Comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer. Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição. Dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde. Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: – Marque entrevistas. Use sua simpatia: – Convença os outros. Use seus neurônios: – Para todo o resto. E este coração acomodado aí no peito? Use-o, oras bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morteos-separe durou “apenas” 13 anos. Não enviúve de si mesmo, ninguém morreu. Use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas. A memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo.
Suas pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser… Sua boca pra sorrir… Sua barriga para gerar filhos… Seus seios para amamentar… Seus braços para trabalhar… Sua alma para preencher-se… Seu cérebro para não morrer em vida. Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará.
Texto original de Martha Medeiros – Resumido – NG Canela – Janeiro de 2010
Balada Para Um Louco
Post (0044) - Num dia desses ou, numa noite dessas você sai pela sua rua ou, pela sua cidade ou, sei lá, pela sua vida, quando de repente,por detrás de uma árvore, apareço eu!!! - Mescla rara de penúltimo mendigo e primeiro astronauta a pôr os pés em Vênus. - Meia melancia na cabeça, uma grossa meia em cada pé, as flores da camisa desenhadas na própria pele e uma bandeirinha de táxi livre em cada mão. - Ah! Ah! Ah! Você ri… Você ri porquê só agora você me viu. - Mas eu flerto com os manequins, o semáforo da esquina me abre três luzes celestes. E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro, vem, vamos passear. E assim meio dançando, quase voando eu te ofereço uma bandeirinha e te digo: - Já sei que já não sou, passei, passou. A lua nos espera nessa rua é só tentar. - E um coro de astronautas, de anjos e crianças bailando ao meu redor, me chama: -“Vem voar.” - Já sei que já não sou, passei, passou. Eu venho das calçadas que o tempo não guardou. E vendo-te tão triste, te pergunto: O que te falta? – Ah! Ah! Ah! Ah! - Louco, louco, louco! Foi o que me disseram quando disse que te amei. Mas naveguei as águas puras dos teus olhos e com versos tão antigos, eu quebrei teu coração.- Ah! Ah! Ah! Ah! - Louco, louco, louco, louco, louco! Como um acrobata demente saltei dentro do abismo do teu beijo até sentir que enlouqueci teu coração, e de tão livre, chorei. - Vem voar comigo querida minha, entra na minha ilusão super-esporte, vamos correr pelos telhados com uma andorinha no motor. - Ah! Ah! Ah! - Do Vietnã nos aplaudem: Viva! Viva! os loucos que inventaram o amor! E um anjo, o soldado e uma criança repetem a ciranda que eu já esqueci. - Vem, eu te ofereço a multidão, rostos brilhando, sorrisos brincando. - Que sou eu? – Sei lá, um… Um tonto, um santo, ou um canto a meia voz. - Já sei que já não sou, nem sei quem sou. Abraça essa ternura de louco que há em mim. Derrete com teu beijo a pena de viver.
- Angústias, nunca mais!!! – Voar, enfim, voar!!! - Ama-me como eu sou, passei, passou. Sepulta os teus amores vamos fugir, buscar, numa corrida louca o instante que passou, em busca do que foi!!! – Voar, enfim, voar!!! – Ah! Ah! Ah! Ah!… – Viva! viva os loucos!!! Viva! Viva! Os loucos que inventaram o amor! Todos nós temos um pouco de louco, esta é a visão dos compositores: Astor Piazzolla e Horácio Ferres em uma canção interpretada por Moacyr Franco – NG Canela – Novembro 2009
Divirta-se sendo mundo Post (0045)
Esta é uma tradução da carta atribuída a um menino chamado Andrew, de oito anos. “- Boa noite, Deus”. “- Espero que você esteja se divertindo, depois de ter resolvido transformar-se em Mundo, pois minha mãe diz que tudo que vemos é parte de você. Eu gosto muito de suas brincadeiras, como a de ter feito chover na semana passada, para que as plantas e as árvores pudessem continuar existindo”. “- Deus, estou feliz por ter que sobreviver em cima de você. Você tem umas ideias incríveis, como, por exemplo, fazer cair as folhas no final do verão: é genial, e faz com que a gente entenda que as coisas mudam”. “- Eu gosto de senti-lo em todas as partes da Terra. Eu gosto de caminhar por seus braços e pernas. Por isso, espero que esteja se divertindo, transformado em mundo”. Publicada no jornal “A Ponte do Arco Íris”, de West Sedona (EUA): NG Canela – Janeiro de 2010
O parafuso – Um Conto Tecnológico Post (0046)
Algumas vezes é um erro julgar o valor de uma atividade simplesmente pelo tempo utilizado para realizá-la… Um bom exemplo é o caso do técnico em informática que foi chamado a consertar um computador gigantesco e extremamente complexo… um computador que valia 12 milhões de dólares. Sentado frente ao monitor, apertou umas teclas, balançou a cabeça, murmurou algo a si mesmo e desligou o aparelho. Tirou de seu bolso uma pequena chave de fenda e girou uma volta e meia a um minúsculo parafuso. A seguir, religou o computador e verificou o seu perfeito funcionamento. O presidente da companhia mostrou-se encantado e se dispôs a pagar a conta imediatamente. “Quanto é que lhe devo? “- perguntou. “São mil dólares pelo serviço efetuado.” -Mil dólares? Mil dólares por uns momentos de trabalho? Mil dólares por apertar um simples parafusinho? Eu sei que meu computador custa 12 milhões de dólares, mas mil dólares é uma quantidade brutal! “Efetuarei seu pagamento desde que me envie uma fatura detalhada que justifique a sua cobrança”. O técnico confirmou com a cabeça o pedido e se foi. Na manhã seguinte, o presidente recebeu a fatura, a leu com cuidado, balançou a cabeça resolveu pagá-la no ato, sem pestanejar. A fatura dizia: Detalhe dos serviços prestados Apertar um parafuso……….. …. …. …. …. … 1 dólar Saber qual parafuso apertar………….. ….. 999 dólares Postado originalmente por Araguaci Carlos de Andrade em http://dicas.dicadedica.com – NG Canela – Dezembro de 2009
Enquete Post (0047)
- Um departamento da ONU, não sei qual, resolveu fazer uma enquete sobre a distribuição de alimentos no mundo, para tanto formulou a seguinte pergunta, que enviou para os dirigentes dos países membros: - Respondam, por favor, com honestidade: - Dando a sua opinião com respeito à escassez de alimentos no restante do mundo. A pesquisa foi um fracasso… A maioria dos dirigentes não se deu ao trabalho de responder. Os argentinos pôs sua vez estranharam a expressão, por favor, e os Cubanos a palavra opinião em desuso na sua ilha; Os povos árabes disseram que não dão nada; Os bolivianos não entenderam o que é respeito; Já os Europeus responderam desconhecer o termo escassez e os africanos o que são alimentos; Os Americanos do norte responderam perguntando o que seria resto do mundo? ; E finalmente os brasileiros abriram uma CPI para discutir esta tal de honestidade. Fonte: Esta foi publicada em um jornal local – NG Canela – Janeiro 2010
A ilha
Post (0048) Era uma ilha que vivia no meio do oceano. Levava uma vida tranqüila, sem grandes questionamentos. Conhecia outras ilhas e com elas se comunicava. Um dia, porém, uma idéia a inquietou: Se toda vez que a maré baixava, uma porção de terra se descobria, então até que ponto haveria terra? Até que ponto a ilha existia? Isso lhe tirou o sono por várias noites. De repente seu conceito sobre si mesmo começou a mudar. Sempre se considerara uma porção de terra boiando a superfície da água. Mas agora já não podia acreditar nisso. Ela não terminava logo abaixo da linha das ondas. Continuava para baixo. Talvez na verdade fosse uma montanha com o pico fora d’água. Saber que ela “continuava” além daquilo que sempre julgou ser era algo espantoso. Dia após dia, a ilha prosseguiu em seus esforços de autoinvestigação – precisava saber até onde existia. Mas à medida que sua atenção mergulhava em si mesma, as águas ficavam mais escuras. Era preciso mais concentração. Ela prosseguiu mais atenta, e descobriu que aquilo que existia abaixo da superfície continuava sendo ela mesma. Surpresa constatou que aquela parte mais profunda de si mesma levava uma existência semiindependente, porém interagindo com a superfície: influenciando e sendo influenciada por ela. Então soube a razão porque se comportava dessa ou daquela maneira e muitas coisas ficaram mais claras a respeito de si mesma de seus relacionamentos e da vida de modo geral. Muito tempo se passou até que se convencesse, de que era mesmo uma montanha. Ela estava presa a uma base e essa base era uma extensão de terra que funcionava como chão. Vinham de lá todas as ilhas. E para lá voltariam todas quando os movimentos da terra, dos ventos e das águas as forçassem a isso. Mas a maioria das ilhas não sabia que todas elas continuavam para baixo e não entendiam as reais motivações de muito do que faziam. A parte acima da superfície era tudo que sabiam sobre si mesmas e isso era pouco. A parte submersa, a montanha, era a parte inconsciente de cada ilha, que desconheciam. E o fundo do mar era o inconsciente maior de todas elas, o lugar de onde vinham. Ao entender esse fato a ilha lembrou do tempo em que sua consciência de si própria se limitava àquela minúscula porção de terra à superfície. Todas as ilhas vêm do mesmo lugar, feitas da mesma terra. A areia e os nutrientes que as raízes de suas plantas colhem, vem tudo do mesmo chão… Todas as ilhas que existem são uma coisa só. Se cada ilha se aprofundasse em sua noção de si própria, acabaria conhecendo melhor a si mesma e, por virem todas do mesmo lugar, conheceria melhor a todas as outras ilhas.
Viu que eram ideias grandes demais, confundiam a mente. Aquela auto-investigação requeria muita atenção para não se perder durante o processo. Só assim poderia transitar com êxito entre as duas camadas de realidade, a que ficava à superfície e aquela mais escura e misteriosa que prosseguia rumo a seu próprio interior. As outras ilhas observavam seu comportamento e não entendiam o que ela tentava lhes dizer. Sentiu-se só. Viu-se então pensando do ponto de vista da terra: se elas não se conhecem e elas todas são parte de mim, então eu ainda não me conheço tão bem… Assim sendo, como poderia condenálas? Deveria entender e aceitar o ritmo natural da vida de cada uma. Deveria agir com a mãe sábia e bondosa que incentiva todos os seus filhos, mas tem de respeitar o caminho individual de cada um deles. Então, subitamente, percebeu que toda aquela vasta extensão de terra lá embaixo funcionava como um útero a expulsar pedaços de si mesmo, para à superfície. Uma vez lá, eles formavam ilhas e começavam então sua aventura individual em busca de saber quem de fato eram e por que existiam. Por que a terra fazia isso? Talvez para ela própria aprender com a experiência. Ao morrer, uma ilha levava sua própria experiência que serviria para formar as futuras ilhas. Assim, toda ilha continha em si, a mesmíssima areia das que a antecederam. Através da vida de cada uma das ilhas, a terra como um todo estava sempre aprendendo cada vez mais sobre si mesma. Se isso era verdade, então cada ilha possuía uma enorme responsabilidade: conhecer-se a fundo, viver a vida da melhor forma possível e aprender o máximo que pudesse pois tudo o que vivesse formaria o material do qual seriam feitas as que a sucederiam. A vida é mesmo uma tremenda aventura! – pensou a ilha enquanto se divertia com os olhares estranhos que as outras lhe lançavam. Texto de Ricardo Kelmer – Resumido – NG Canela – Junho 2010
O sentido da vida Post (0049)
Qual é o sentido da vida? Ao longo da História, grandes filósofos e pensadores quebraram a cabeça à procura de uma resposta. Agora, combinando mais uma vez divertidas fotos de animais com um texto afiado em 31 páginas, Bradley Trevor Greive dá sua contribuição inteligente e bem-humorada a um dos maiores debates da humanidade. -Segue-se um resumo das primeiras 42 páginas: “- Não importa como você a olha, a vida é estranha, muito Estranha. É fato que somos todos feitos da mesma substancia das formas de vida mais inteligentes, criativas e magníficas do Universo. Além disso, somos feitos da mesma matéria atômica das maiores montanhas do nosso planeta e das estrelas mais brilhantes da nossa galáxia. - É claro que isso também vale para batatas e suflê de chuchu – o que talvez explique por que tantas coisas na vida não fazem sentido. - Para começar, porque ficamos tão obcecados com coisas e feitos de grandes dimensões, quando na verdade são as coisas pequenininhas que, combinadas, tornam as grandes coisas possíveis? - Por que tentamos criar nossos próprios mundinhos para ter a ilusão de que controlamos completamente nossa existência, quando sabemos muito bem que não controlamos? - Por que afirmamos que a individualidade é a essência da nossa maneira de ser, e depois aceitamos um grau degradante de conformismo em quase todos os aspectos das nossas vidas? - Por que as crianças acreditam em fadas e “gente grande não”? - E por que nos grilamos com as nossas discordâncias, quando de fato são elas que tornam a vida interessante? - Afinal, se metade do mundo está sempre de cabeça para baixo, seria impossível todos concordarem sobre tudo. - Mesmo algo tão básico quanto “não mastigue de boca aberta” é uma regra menos universal do que você poderia imaginar. - Talvez a confusão exista porque a vida nem sempre é o que parece. - Como espécie, somos obcecados pela aparência. - Usamos filtros para ver só o que queremos ver. Sem os filtros, você pode olhar com mais clareza para você mesmo, e fazer perguntas objetivas sobre o Universo e o seu lugar nele e investigar o sentido da vida. Afinal, do que se trata a vida, uma viagem, nas para onde? - Há quem diga que o sentido da vida é adquirir sabedoria, nas porque os sábios costumam se vestir
tão mal? - Outros dizem que a vida não tem sentido, apenas é. E há os que dizem que só estamos no mundo para ter uma família e deixar descendentes. - Aliás, vou lhe contar. Toda esta conversa é completamente imbecil!” - E por ai vai, não o deixe de ler. Textos do livro “O sentido da Vida” de Bradley Trevor Greive – NG Canela – Fevereiro de 2009
Os pedreiros
Post (0050) Uma vez um viajante, deparou-se com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas, trabalhavam no que parecia ser um importante projeto. O viajante, curioso, perguntou ao primeiro deles o que estava fazendo: - Estou assentando tijolos, não vê? Respondeu. Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. - Eu estou morrendo de trabalhar, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas eu não suporto mais este trabalho, concluiu. Mal satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta, o que estas fazendo? - Estou ganhando a vida, respondeu. Não posso reclamar, pois foi o emprego que consegui. Para mim esta bom, porque levo o pão de cada dia para minha família. O viajante então perguntou ao terceiro pedreiro: O que você está fazendo, perguntou, e este respondeu: - Estou construindo uma Catedral! Três respostas diferentes para a mesma pergunta. Cada um manifestou sua própria visão. Para o primeiro, o serviço significava dor e sofrimento, um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa. O segundo, indiferente, conformado, mas, não realizado, o trabalho nada lhe significava e ele só o fazia por obrigação. Já o terceiro pedreiro tinha a consciência da importância do que fazia, tinha o sentimento elevado de participar de uma grande obra. Desempenhar uma função com orgulho e satisfação, lhe dará mais força, animo e felicidade. Texto de autor desconhecido – NG Canela – Fevereiro de 2010
ngcanela.com Blog criado em maio de 2008, com a finalidade de reunir postagens sobre diversos assuntos referentes ao nosso diadia, que possam de uma maneira ou de outra contribuir para uma vida melhor. Norberto Geraldi www.ngcanela.com
Canela – Rio Grande do Sul - Brasil