Entre a História - Volume I

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Nota da Autora O que ĂŠ a Magia? Era Escarlate Era Glacial Origem da Magia - As teorias


1ª Edição 2002


Caro leitor,

A idealização deste livro partiu do princípio de que é tão necessário manter a compreensão do mundo mágico em relação ao não-mágico, num momento de tanta instabilidade. Devo dizer, com propriedade, que a chave para o medo é a ignorância, e a chave para a ignorância é a falta de estudo. Portanto, “Entre a História” é um livro com apresentação de textos documentativos, fotos, citações aprofundadas e curiosidades que muitos de vocês se recusam a lembrar ou levar em consideração, montando o mundo a seu ver e baseado em opiniões infundadas. A confecção deste livro demandou tempo, pesquisa, elaboração de conceitos e situações adequadas para manter a didática responsável pelo interesse. As perguntas que encontrarão no meio do livro, servem para norteá-los a elaborar respostas ou novos questionamentos. Peço que leiam com atenção e levantem questões relevantes sobre o assunto, podendo vir discutir comigo sempre que necessários, já que temos todas as ferramentas para tal. Não é um livro fechado, impossível de ser alterado; muito pelo contrário, a cada novo fato e crítica de demais doutores da História da Magia, professores, estudantes e leigos, a reformulação com certeza poderá ser feita. Desejo a vocês, leitores deste trabalho, um bom estudo, uma boa caminhada por entre as páginas deste livro e, acima de tudo, seja bem-vindo ao mundo da História. Cuide bem das palavras aqui escritas, elas são de todos nós.

Com as expectativas altas,

Nora Dahl Hansdottir


Definindo a Magia, ela é a capacidade que um bruxo tem de produzir efeitos sobrenaturais por meio de manipulação natural, canalizadores ou rituais. Sendo classificada, também, como um fenômeno social, cultural e religioso, dentro de civilizações que divergem ou compartilham de filosofias baseadas em fé e razão. Também é dito que pode ser qualquer procedimento mágico executado por algum ser fantástico, sendo o efeito dessa arte, denominada de feitiçaria. Ou seja, “Magia, novamente é conceituada em “manipulação de poderes externos para que cumpram com um objetivo” e, feitiçaria é conceituada como “qualidade do indivíduo que tem um objetivo”, segundo Mikaela Dahl, em “Os Feitiços e a Teoria”, 1993. A Magia, utilizada como conhecimento dos mistérios ocultos da natureza, traz a perspectiva de que está ligada ao “dar e receber”, sendo obrigatório que o feiticeiro em questão faça o que seja preciso, com ou sem o objetivo de causar danos a outros, dessa forma, tendo em mente que tudo que tem uma reação, receberá uma reação, de acordo com o equilíbrio da natureza. A prática, por muito tempo, trouxe a visão de ser “uma prática do Diabo”, conceito este que foi aplicado pela Igreja durante a Idade das Trevas, levando à uma caça às bruxas que matou milhões de pessoas inocentes, porém, é uma teoria equivocada causada pelo medo a tudo que é diferente e complicado demais para que entendam, visto o estreitamento da concepção de mundo que o ser humano teve com o passar dos milênios. Vale ressaltar que a caça às bruxas foi extremamente violenta especialmente para mulheres e para a oposição ao governo e Igreja. Segundo o historiador mágico, Angël Corpstodit, “A bruxaria, nada mais é do que a natureza dando a capacidade ao ser humano de manipular certas condições com harmonia. Esses seres humanos são selecionados para apenas aqueles que tem a sabedoria de utilizá-la como ferramenta, nunca como arma mortal contra os que não podem se defender”. Existem ramos da Magia que se estendem por todos os continentes e povos, sendo eles Xamanismo, Ocultismo, Gnose, Alquimia, Cabala e entre outros que trazem as diferenças filosóficas dentre de cada uma. Portanto, o conceito dá apenas uma ordem do que seria a Magia, mas é o bruxo ou feiticeiro que escolhe o que fazer com ela. A que nós conhecemos, entretanto, é dada como


uma manifestação da veia mágica, vinda da Magia Bruta que todo ser humano tem dentro de si, por conta do provável início do Mundo e da reação em cadeia que foi criada, trazendo criaturas, animais e a evolução humana que, junto dessa veia, trouxe bruxos e trouxas para as civilizações. O objetivo de termos a Magia é manter o equilíbrio entre todos os mundos, desenvolver a nossa comunidade e evitar que seres nocivos, em todas as classes, produzindo, então, o que acreditam ser “um mundo melhor”, onde, no futuro, poderão viver todos em paz e harmonia.

A manifestação da Magia se dá através da manipulação do universo de acordo com a vontade do bruxo. O mentalismo é aquilo que é capaz de comandar o cérebro, para que a manifestação seja completa, alterando o estado natural das coisas. O ser humano mágico consegue utilizar seu poder a seu prazer e vontade, sendo, as vezes necessário o uso de condutores, salvo aqueles que tem grande capacidade mágica, ou seja, clarividentes, animagos, legilimentes e avaradores. Os animais, por outro lado, têm pouco uso dessa magia e sua manifestação é bem menor do que num ser humano mágico, sendo apenas 35%, o suficiente para que mitos sejam criados acerca dos gatos, por exemplo. Acreditava-se que eram capazes de enxergar o futuro e prever situações de perigo, junto de estar sempre conectados ao “Outro lado”. Trouxas, como já mencionado, possuem a capacidade manifestar sua magia, mas não conseguem controla-la ao ponto de ser relevante. Criaturas mágicas, ainda, tem uma capacidade de manifestação próxima dos 89%. As plantas são mais complexas, visto que sua capacidade de expressar a Magia está intimamente ligada ao fato de sua produção e quantidade de seiva mágica, portanto, é impossível quantificar quando uma planta é ou não mágica. Estas, por exemplo, podem sofrer estímulos que aumentem essa quantidade de seiva, como o uso de poções, condições climáticas, fala, alimento e demais influências externas.


Feitiço para descobrir manifestações mágicas. Descrição: Este feitiço detecta se houve algum tipo de manifestação mágica nas últimas 48 horas, mostrando o que foi feito e por quem foi feito. Se adapta à criaturas mágicas e plantas. Fórmula: Expandarte Imagis Movimentação: A varinha deve ser colocada na boca e assoprada, onde gerará uma fumaça dourada e assim que feito, fixada ao chão. Mentalização: Não há mentalização. Dificuldade fixa: 6.

No início de tudo, acredita-se que existiam apenas os elementos chamados de Elementos primordiais, sendo o primeiro de todos o ar e dele veio o fogo, que se alimentava e existia apenas por ele, porém o fogo acabou se tornando o dominante. Este, é resultado de anos e anos de Magia forte e condensada, que se expandiu ao sofrer mutações e assim, assumir cada centímetro do planeta. O elemento dominante, era chamado de Fogo Celestial, e é possível que tenha tido esse nome por conta da sua capacidade de em cada canto, uma nova criatura se originar com a ascendência da magia; como as Fênix, das cinzas que caiam, Cinzais, do fogo mágico que queimava incessantemente, e Dragões, dos vulcões. Outro motivo que pode ter dado esse nome ao elemento, é por conta de sua rápida devastação do mundo que existia, acabando com dinossauros e demais animais vivos da época, por estar extinguindo fonte de alimentos para herbívoros, carnívoros e, principalmente, por quase destruir toda a água.


Por esse motivo, as criaturas “novas”, começaram a ter que se alimentar uns dos outros ou morrer tentando, qual foi o caso dos dragões, por conta da cadeia alimentar: Animais mais fracos

Explosivins

Cinzais

Fênix

Dragões

Dragões

Os demais elementos expandiram-se com lentidão, gradativamente, lutando pelo seu lugar em meio as chamas e, mais tarde, lutando uns contra os outros para se tornarem dominantes. Pequenas frestas de poder surgiam no planeta, como uma forma de mostrar que eles estavam ali e iriam sobreviver. Nesse tempo, o mundo foi dominado por tempestades de raios e furiosas torrentes chuvosas, que davam ao planeta um “resfriamento” do fogo, mas que, ao mesmo tempo, elevavam fumaça até os céus. O Fogo Celestial se extinguiu, então, e todas as espécies da Era Escarlate continuaram a sobreviver. Feitiço Elemental I Descrição: Este feitiço permite que o bruxo crie e manipule a seu favor, raios e pulsos elétricos na direção de seu alvo. A força não chega a ser mais do que um choque que paralise por poucos segundos. Fórmula: Fulgur Mentalização: Como o Thudara, a mentalização deve ser uma tempestade forte que chega com raios fortes. Movimentação: Usar a varinha como se fosse um chicote.

Feitiço Elemental II Descrição: Feitiço que “lança” ventos extremamente quentes na direção do alvo. Ventos esse, que podem queimar seu oponente, e, quanto mais quente, piores as queimaduras ficam. Fórmula: Ardet! Mentalização: Mentalizar explosões solares. Movimentação: Movimentar a varinha como se fosse um leque na direção do alvo.


O início da Era Glacial deu-se com o fim da Era Escarlate, com o Fogo Celestial em extinção pelo resfriamento causado pelas grandes tempestades; este, que foi extremamente rápido, e pela falta do fogo, causou um congelamento da superfície terrestre. Esta era, ficou conhecida como o Inverno Perduradouro. Durante esse período, entretanto, mais espécies se desenvolveram e evoluíram, principalmente ainda onde há o registro dos primeiros seres humanos mágicos. Tais espécies apenas conseguiram se desenvolver dentro de lagos congelados e, outras em desenvolvimento lento no âmbito terrestre. Com a dissipação da fumaça que cobria o planeta, e o sol entrando por entra esses espaços, as geleiras começaram a derreter, dando forma aos oceanos e cobrindo pedaços de terra, o que acelerou o desenvolvimento de mais espécies que conhecemos hoje. As criaturas com maior capacidade de pensamento racional apareceram nessa época, como exemplo os Kappas e os Sereianos, os seres mágicos que, até hoje, tem sua base guiada a instintos e inteligência. Os sereianos, considerados os seres de maior inteligência dessa época, foram os primeiros a construir uma vida em sociedade, sendo também as primeiras formas de magia controlada, harmônica e elemental, que hoje em dia é completamente desconhecida para bruxos, tendo caído no esquecimento. Com o derretimento do gelo, as árvores voltaram a ficar verdes, os animais voltaram a se desenvolver e os seres humanos continuaram a evoluir junto da Magia, até começar o surgimento de novas civilizações que comandaram o mundo e o fazem até hoje.


Feitiço Elemental III Descrição: Feitiço desenvolvido em 1865, com base no que possivelmente os sereianos poderiam fazer para se proteger, lança estacas de gelo na direção de seu alvo. Fórmula: Consolida Glacis! Mentalização: Mentalizar cubos de gelo se formando, sendo lançados na direção do inimigo. Movimentação: Mover a varinha na horizontal e, a partir de aí usá-la como um lançador de dardos.

Feitiço Elemental IV Descrição: Feitiço utilizado como “prisão” para criaturas e bruxos. Consiste num círculo de fogo verde ao redor de um alvo único, que se fecha conforme os movimentos, limitando-o. Se apertar demais, queima. Fórmula: Igneus Orbem! Mentalização: Mentalizar uma corda flamejante saindo da ponta da varinha. Movimentação: Apontar a varinha para o alvo.

O primórdio mágico, varia entre os historiadores, trazendo a busca pela verdade através dos vestígios encontrados. As três citadas abaixo correspondem às mais aceitas pela Comunidade de História Mágica Internacional, já que indicam a possibilidade de terem ocorrido e que pelo menos uma parte de cada seja verdade, visto que há um complemento entre todas.


Cada uma delas tem seus defensores, historiadores que mantém suas versões fervorosas sobre como foi possível chegar onde estamos, causando uma série de perguntas que derivam da Era Escarlate e Era Glacial.

 A teoria de Uno Mas Baseada no primeiro feiticeiro, esta teoria é dos primeiros seres humanos depois do descongelamento da Terra, vivendo em conjunto com os denominados “dinossauros” e criaturas mágicas com couro grosso. Uno Mas era este feiticeiro, que tinha a cabeça achatada, membros longos e andava sobre as duas pernas, quase arrastando-se sobre o chão. Os demais seres humanos da época estavam preocupados com coisas completamente das de Uno; enquanto eles se preocupavam com comida, acasalamento e demais coisas, o feiticeiro estava preocupado em procurar coisas úteis e criar com elas. Foi daí que veio a teoria: ele teria sido o primeiro a desenvolver uma varinha, esta que teria vindo do fogo.

Uma ramificação dessa teoria seria de sua vinda de uma árvore anormalmente alta, em que o jovem Uno a balançava em busca de qualquer fruto ou flor que ela desse e lhe pudesse ser útil.

 A teoria da Grande Migração Esta, como o nome já diz, trata de bruxos que migraram de lugar em lugar. Junto de trouxas, procuravam por comida e abrigo, nômades; nesse momento, eles estiveram em perigo iminente e constante pela baixa temperatura, perigos por criaturas e animais, levando-os a manifestar sua veia mágica e suas habilidades únicas. Os bruxos da época, então, se separaram do grupo de trouxas e seguiram seu próprio caminho. Túneis foram encontrados e, lá dentro, foram descobertos vestígios de humanos mágicos: chifres de unicórnio, penas de fênix e Oraqui-Oralá, corpos fossilizados de fadas, roupas de couro, pedras e demais objetos. Acredita-se que destes túneis tenham vindo os bruxos que formaram as primeiras civilizações da História.

Use os feitiços deste livro com sabedoria.


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