Nessa edição, alguns dos mais importantes marcos históricos. 01a Edição 2012
O Guia Oficial de Taubaté e Região taubate@camposdojordao.com
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Quiririm Tremembé
Taubaté
Prazer em conhecer
Um dos maiores acervos arquitetônicos históricos do Brasil tem Campos do Jordão como jardim
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Seja para um dia com a familia, para um almoço romântico ou de negócios...
Taubaté tem um jardim:
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Campos do Jordão
C
om privilegiada localização, Taubaté tem a poucos minutos de si paisagens que lembram os envolventes cenários europeus. Tudo acessível por um circuito ligeiro composto de avenidas que saem da área urbana e viram um tapete na serra, rumo à encantadora Campos do Jordão. É esse cinturão de montanhas, de clima ameno, ruas floridas e construções charmosas que o taubateano merece curtir com toda a intensidade, a qualquer tempo: com os amigos, em família, num programa a dois, almoçando a negócios, num jantar romântico, ou simplesmente quebrando a rotina de um dia comum. Inversamente, o jordanense também tem ligação estreita com Taubaté. É onde ele vai fazer cursos, compras, assistir filmes. Faz isso toda hora, num pulinho, como se movesse de um bairro a outro.
Campos do Jordão dispõe de locais para diversão junto à natureza, como a pista de patinação no gelo do Tarundu, a maior do Vale e uma das maiores do Brasil, além de inúmeras opções para se desfrutar da verdadeira gastronomia da montanha como o La Gália e no próprio Tarundu.
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Restaurantes Araucária (Grande Hotel) ☎ 3668 6000 Av. Frei Orestes Giradi 3549 Capivari mapa E12 www.sp.senac.br/hoteis Baden Baden ☎ 3663 3610 Rua Djalma Forjaz, 93 Boulevard Geneve Capivari mapa C18 info@obadenbaden.com.br Baronesa Café ☎ 3662 1121 • 3664 4136 Av Alto da Boa Vista 3025 Alto da Boa Vista mapa E4 www.baronesavonleithner.com.br contato@baronesavonleithner.com.br Cantinho da Serra ☎ 3663 4532 Av. Victor Godinho 206 Capivari mapa C18 www.restaurantecantinhodaserra.com.br Confraria do Sabor ☎ 3663 6550 Av. Dr. Vitor Godinho 191 Capivari mapa C17 www.confrariadosabor.com.br Festival Della Pasta ☎ 3663 7300 Av. José Manoel Gonçalves (ex-Av.Brasil), 160 Capivari mapa C18 www.festivaldellapasta.com.br Fraulein Bierhaus ☎ 3663 1529 R. Isola Orsi 33 Capivari mapa D19 Itália ☎ 3663 1140 Av. Macedo Soares 306 Capivari mapa C19 www.italiaristorante.com.br Lenz Gourmet ☎ 3662 1077 Estr. municipal Paulo Costa Lenz César 2150 Gavião Gonzaga (após Hotel Toriba) mapa saída M6 www.lenz.com.br Ludwig Restaurant ☎ 3663 5111 R. Aristides de Souza Melo 50 Capivari mapa F18 www.ludwigrestaurant.com.br Matterhorn ☎ 3663 1841 • Telefax. 3663 3807 Boulevard Geneve lj 18 Capivari mapa C18 matterhorn@camposdojordao.com.br Nevada ☎ 3663 1566 Av. Macedo Soares 159 Capivari mapa D17 restaurantenevada@terra.com.br Rostie ☎ 3663 3480 Av. José Manoel Gonçalves 160 - Shopping Vila di Siena Capivari mapa C18 Spazio di Paolo ☎ 3663 4666 Av. Macedo Soares 486 Capivari mapa D17 www.spaziodipaolo.com.br Toribinha Bar e Fondue ☎ 3668 5000 Av.Ernesto Diederichsen 2962 Monte Carmelo mapa L6 www.toriba.com.br reservas@toriba.com.br Truticultura Cachoeirinha ☎ 12 9765 2819 Av 1, nº 80 Parque Ferradura (no caminho do Horto Florestal) mapa A20 www.truticultura.blogspot.com Villa Di Phoenix ☎ 3663 7513 R. Djalma Forjaz 89 Capivari mapa C18 www.villadiphoenix.com.br Vila Chã ☎ 3663 4702 R. Eng. Diogo de Carvalho 99 Capivari mapa C19 www.vilacha.com.br ☎ 3663 1529 R. Isola Orsi 33 Capivari mapa D19 4 GUIA CASTELFRANCHI
No Tarundu, atividades é que não faltam. Para qualquer lado que se olha, lindas paisagens.
A tiroleza é enorme e garante um longo vôo.
Repare bem, tem uma pessoa dentro dessa bola. Essa é a Thunder.
Serviço
Tarundú Centro de Lazer ☎ 3668 9595 Rua José Antônio Manso 1515 Bairro do Toriba www.tarundu.com.br
La Gália Reservas ☎ 3663 2993 Av. Macedo Soares 340 Shopping Cadij - Capivari info@lagalia.com.br www.lagalia.com.br
A gastronomia no Tarundu é um dos destaques da cidade.
Nenhum lugar espelha tão bem as paisagens e coisas boas de Campos como o Tarundu. E o principal: o que não falta lá são atividades. Elas agradam gostos distintos e faixas etárias variadas. Por tudo isso, passar o dia nesse centro de lazer é sempre uma experiência inesquecível. Independe do ângulo que se olhe, o Tarundu lembra um cenário europeu. São muitas árvores ao entorno, morros que celebram o relevo da montanha, campos esverdeados. Nascido de uma antiga hípica, esse centro de lazer mantém até hoje alguns dos melhores cavalos de Campos, que ficam à disposição dos turistas para aluguel. No gramado central ficam as mesas e guardasóis. É de lá que a intervalos regulares passa alguém em sobrevoo na tirolesa, que é uma das maiores da América Latina. Desse mesmo ponto dá para ver as pessoas entrarem na Thunder. Trata-se de uma bola que é empurrada gramado abaixo. Outra atração que atrai os olhares é o arco e flecha. Por sua vez, a pista de gelo se destaca como uma das melhores do Brasil. Ao todo,
são 17 atrações. A melhor forma de aproveitá-las é adquirindo o passaporte. Com ele dá para se fazer as atividades economizando até 65%. O Tarundu também tem um belo restaurante. De arquitetura rústica, com vidros dando visão para a paisagem, o local é perfeito para um almoço ou jantar marcante. Aliás, em Campos a gastronomia está sempre em alta. Outro exemplo de restaurante criativo é o La Gália. Ele fica a 50 metros do Boulevard Genève e tem como fator marcante as carnes exóticas. Combinando, os ambientes aludem à Gália dos heróis Obelix e Asterix. Além do belo salão, há o deck voltado para as calçadas do Capivari. O cardápio traz javali, faisão, avestruz, perdiz, coelho, cordeiro, galinha da angola, rã. Um prato que traduz bem o estilo da cozinha gaulesa é o stinco de javali. O restaurante também é absoluto nos bifes de chorizo e ancho. Afora isso, o menu abre espaço para as foundues e ótimos peixes como o bacalhau norueguês, trutas e salmão.
O marcante do La Gália são as carnes exóticas, saboreadas no deck voltado para a calçada.
Harmonização perfeita com a gastronomia da montanha
O bife ancho do La Gália é inesquecível. 5
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Os campos de arroz com as cidades ao fundo, são uma cena comum no Vale do Paraíba.
☎ 12 3662 5000 www.camposdojordao.com nossoguia@camposdojordao.com
Expediente Editor e Diretor Ricardo Castelfranchi Diretora Maria Heloisa N. Castelfranchi Conselho Editorial Elisa Surnin Saes, Laurindo de Paula, Carlos Eugênio Monteclaro Jornalista Roberto Bretanha
Taubaté
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Fotografia Ricardo Castelfranchi Projeto gráfico, editoração e arte Ricardo Castelfranchi Tradução Edna N. Castelfranchi Comercial Valquiria Brito, Rose Castelfranchi Administração Maria Heloisa N. Castelfranchi, Rose Castelfranchi, Luiz Garves, J.B.S.Bitta Distribuição Bita, Michael Medeiros Suporte Informática Dito Borges, Marcelino Oliveira Impressão D’ARTHY Editora e Gráfica Ltda. Distribuição Exclusiva FC Comercial e Distribuidora S.A. O Nosso Guia Turistico de Campos do Jordão Editora Ltda Av. Januário Miráglia, 2328 Jaguaribe ☎ 12 3662 5000 3663 3311 CNPJ 45.381.381/0001-34 Inscr. Est. 246.105.010.117 Inscr. Munic. 9164 Inscrição no Cartório de Registro nº 16 nossoguia@camposdojordao.com Distribuição gratuita no portal da entrada de Campos do Jordão, nos hotéis, nos anunciantes e condomínios, comércio em geral de Taubaté, Tremembé e Quiririm. Tiragem desta 01a edição é de 50.000 exemplares e deve durar até o carnaval de 2013. Proibida a reprodução de qualquer parte desta publicação sem autorização expressa do Editor Exemplares podem ser solicitadas pelo site www.camposdojordao.com
Sistema Rodalado Patenteado
Informações nas laterais das páginas
6 GUIA CASTELFRANCHI Registro no INPI sob nº 5602205-0
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Fotografias
Ricardo Castelfranchi
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Os antigos equipamentos da CTI ainda continuam à mostra e não deixam esquecer que um dia já tiveram utilidade. 7
Taubat Colaboração: Carlos Eugênio Monteclaro - Secretário de Cultura e Turismo
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é
Você gosta de história? Em 1674 franciscanos escolheram uma colina que se erguia sobre a cidade e ergueram ali o convento Santa Clara. O local tornou-se o lar de dezenas de frades e assim foi por cerca de 70 anos. Um violento incêndio ocorrido em 1842, praticamente desfigurou o convento. Ele acabou reconstruído, mas da arquitetura original sobrou apenas a torre do sino. Foram as reformas feitas no biênio 1964/68 que o deixaram com a aparência atual. O conventinho – é assim que os taubateanos o chamam – foi tombado pelo Condephaat em 1986.
Só em museus são 12 opções Pinacoteca Anderson Fabiano
Pinturas e esculturas Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Sábado e domingo das 9h às 12 Entrada franca % 3621-6044
Museu Histórico Prof. Paulo C. Florençano Maquetes do centro de Taubaté de 1850, 1900 e 1950 Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Sábado e domingo das 9h às 12 Entrada franca % 3621-6044
MISTAU – Museu de Imagem e Som de Taubaté Fotos históricas de Taubaté Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Sábado e domingo das 9h às 12 Entrada franca % 3621-6044
Museu de Transporte e Tecnologia
Veículos que vão desde um carro de boi até um caminhão do exercito americano. Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Sábado e domingo das 9h às 12 Entrada franca % 3621-6044
Arquivo Histórico Dr Félix Guisard Filho Documentos históricos para pesquisa. Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Entrada franca % 3621-6044
Hemeroteca Antonio Mello Júnior
Jornais a partir de 1860. Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Entrada franca % 3621-6044
Biblioteca
Av. Thomé Portes Del Rey, 925 – Jd Ana Emília Aberto de terça a sexta das 8h às 12h e das 13h às 17h Entrada franca % 3621-6044
Museu de História Natural
História da evolução na terra. Tem, inclusive, réplicas de dinossauros. Rua Juvenal Dias de Carvalho, 111 – Jardim do Sol Aberto de Terça a domingo das 10h às 17h Entrada: R$ 5,00 % 3631-2928
Museu de Arte Sacra
A história do Brasil passa por aqui As fortunas geradas pelos ciclos do café e industrial deixaram um verdadeiro rastro em Taubaté, Tremembé e Quiririm. Um fato curioso é que, por fazer parte do cotidiano de seus moradores, todos vêem, mas poucos enxergam. Seus casarões, prédios históricos e museus são testemunhas dessa época de ouro e devem ser apreciados, preservados e, a partir de agora, passam a integrar o roteiro turístico de Campos do Jordão e, quiçá, do Brasil.
Objetos e imagens sacros de todo Vale do Paraíba. Aberto de segunda a sexta das 8h às 12 e das 14h às 17h Praça Santa Terezinha, 100 Entrada franca % 3632-2855
Museu Histórico e Pedagógico Monteiro Lobato Acervo da família de Monteiro Lobato e encenações. Rua Campinas S/N – Chácara do Visconde Aberto de terça a domingo das 9h às 17h Entrada franca % 3625-5062 – www.museumonteirolobato.com.br
Museu Mazzaropi
Objetos dos filmes e equipamentos usados pelo artista. Estrada Municipal Amácio Mazzaropi, 201, Bairro dos Remédios Aberto de terça a domingo das 9h às 12h30 (bilheteria fecha às 12h) Entrada: R$ 10,00 % 3634-3447 – www.museumazzaropi.com.br
Museu da Imigração Italiana
Fotos históricas e objetos do início da colonização italiana. Av. Líbero Indiani, 550 – Distrito de Quiririm Aberto de terça a sexta das 8h às 12 e das 13h às 17h Sábado e domingo das 12h às 16h Entrada franca % 3686-3340 9
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Taubaté
Era nessa casa que morava um grande produtor de café. É conhecida como o Solar dos Oliveira Costa. Foi erguida em 1854, época em que Taubaté já despontava como um novo Eldorado, em decorrência da riqueza trazida pela cultura cafeeira. A porta com duas folhas tem mais de quatro metros. Em cima dela há um gradil trabalhado que traz o ano da construção. Logo que se adentra a residência, há um paravento de estilo neoclássico, permitindo-se preservar a privacidade da família.
Por volta de 1970, os urbanistas de Taubaté decidiram implantar um piso padrão para as calçadas do centro. A escolha recaiu sobre os ladrilhos branco e preto, com a figura de um losango. O curioso é que grande parte das calçadas do centro, por causa do aumento dos automóveis, foram sendo tomadas pelas ruas e ficaram bastante estreitas. Em muitas calçadas cabe apenas uma pessoa.
É sempre enriquecedor conhecer cidades que tiveram papel de destaque na história do Brasil. Para se ter uma idéia da sua importância nesse contexto, Taubaté, que foi elevada a vila em 1645, foi irradiadora de bandeirismo. Taubaté foi protagonista em acontecimentos dos tempos que levaram à corrida do ouro. Mas foi a partir de 1830 que a
cidade entrou numa fase de grande esplendor, com o café de suas fazendas chegando aos mercados europeus. Foram as divisas obtidas com esse café que possibilitou o reequilíbrio das contas do Império. Uma frase ecoada nos palácios da época dimensionava bem a reputação de Taubaté. “O Vale é o Brasil”. E o Vale era Taubaté. O acúmulo de fortuna produziu alguns barões, cujo poderio se expressava em palacetes 11
No alvorecer do século XVIII partiam de Taubaté vários desbravadores que viriam a descobrir o ouro em Minas Gerais. Empurrados para essa corrida, passaram pela cidade cerca de 60 mil negros. Também nessa época era comum haver uma igreja para os brancos e outra para os negros. Assim, foi nesse mesmo local, onde hoje está a igreja do Rosário, que em 1705 foi edificada a Capela dos Homens Pretos.
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Erguido nos anos 40, o edifício do Instituto Adolfo Lutz valoriza formas geométricas na fachada. Opondo-se às janelas simples, detalhes próximo ao telhado e torres falsas junto à porta dão aparência nobre ao prédio.
Taubaté
e carruagens. E, prova disso, ainda que a cena urbana viesse a se dobrar ao progresso, a cidade teve as calçadas espremidas entre as imponentes fachadas dos casarões e o alargamento das ruas, empurrado pelo aumento dos veículos motorizados. Hoje, em
Janelas elegantemente adornadas com colunas e arcos. Nesse sobrepiso, anexo à igreja, ficam as salas onde até o meio do ano funcionava um seminário.
muitas calçadas mal cabe uma pessoa. Berço de Monteiro Lobato, Taubaté tem hoje 270 mil habitantes. É uma cidade dinâmica, que abriga universidades, museus, shopping centers e indústrias importantes como Ford e Volks. O fundamental, contudo, é que muito do passado pujante dessa cidade sobrevive nos casarões, igrejas e prédios históricos que ainda estão de pé. Na Rua Visconde do Rio Branco, por exemplo, o solar de 1854 que pertenceu ao fazendeiro de café Oliveira Costa mantém-se intacto. O espírito arquitetônico que agradava ao clero pode ser observado no Conventinho, que tem suas origens no terreno em que se encontra desde 1674.
Após a decadência do café na região, os donos da terra buscaram novos caminhos para seguir ampliando o capital. Alguns criaram indústrias. A Corozita, fábrica de botões, criada nessa fase (1935), segue ativa até hoje.
Sucedendo à antiga capela, a igreja de N. Srª do Rosário mantém intactas as formas de 1882, ano da reinauguração. As paredes são de taipa de pilão e os detalhes internos seguem a estética do barroco paulista. Face ao desgaste na estrutura do telhado, a igreja passará por uma nova reforma.
A
loja dos famosos canivetes suíços, mais completa do Brasil fica em Campos do Jordão. Castelfranchi Cutelaria e Termômetros Boulevard Geneve 12 3663 2778 13
Conhecido como o Solar da Viscondessa de Tremembé, essa casa da Rua 15 de Novembro, reflete o momento de gala por qual passava Taubaté à época de sua construção, em 1850. O solar foi palco de grandes festas à qual afluíam nomes importantes da sociedade local, elevando o prestígio de seu proprietário, o Barão e Visconde do Tremembé, José Francisco Monteiro (avô do escritor Monteiro Lobato). Figura ativa do Partido Liberal de Taubaté, o barão destacou-se por organizar manifestos e colher doações destinadas a compor fundos para o esforço de guerra, no conflito do Brasil com o Paraguai. Por causa disso, José Francisco ganhou do Imperador D. Pedro II, o título de Visconde. Atualmente o imóvel é sede do Centro de Documentação e Pesquisa Histórico da Unitau.
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Informações 12 - 8807 6052 Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, km 10 – Tremembé SP www.restaurantefazendasaopedro.com.br e-mail: contato@restaurantefazendasaopedro.com.br 14 GUIA CASTELFRANCHI
Taubaté O centro da cidade também abriga vários estabelecimentos, cujas fachadas de pé direito alto revela como eram as lojas de 100 anos atrás. Também centenária é a sede da Associação Artística Literária. Essa construção de 1895 espelhava a valorização que Em sintonia com as construções de época, o prédio que abriga o Fórum exibe traços que remetem ao Brasil colonial. As janelas grandes com arcos suaves e laterais com detalhes sobressalentes criam aspecto pomposo.
Simultaneamente ao progresso que se via nas ruas, a sociedade taubateana mostrava acentuado interesse pelas artes. Em 1903, foi inaugurada a sede da Associação Artística e Literária, atual Faculdade de Letras da Unitau.
se dava a detalhes clássicos. Em tons azul e branco, o fórum trouxe as influências do Império e ainda hoje é um prédio imponente. O local, apontam os registros, abrigou no começo dos anos 1700 a Casa de Fundição de Ouro de Taubaté. Por sua vez a igreja de Santa Terezinha é outra joia arquitetônica erguida nos anos de 1930. No coração de uma enorme praça, a igreja foi, segundo os especialistas, o primeiro templo do mundo a ser concebido em homenagem à santa que lhe dá nome. A cidade também conta com igrejas com mais de 300 anos. Já o complexo da CTI guarda a memória da indústria local e no Distrito de Quiririm está o Museu da Imigração Italiana.
Construída ao longo de 30 anos, o magnífico santuário de Santa Terezinha foi a primeira igreja do mundo erguida para homenagear a santa de Lisieux. O templo fica na mesma área onde ficavam a forca e a cadeia da cidade. Mais detalhes na pág. 18
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Tremembé 01
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Restaurantes
01 Basílica do Bom Jesus de Tremembé 02 Ponte sobre o rio Paraíba
01 Santa Figueira 02 Bonelli
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Antiga olaria
Restaurantes
Capelinha dos italianos
01 Casa da Elisa 02 Sayuri San
Casa Angelo Valério Casa Estevan Corbani Casa família Coutinho Casas de Dilson Gadioli / Magalhães Bastos Casarão dos Canavezi Grupo Escolar Amedeo Piccina Morada dos Pistilli Rua principal Silo de arroz
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06 Museu da
Imigração Italiana
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Restaurantes
CTI Corozita Conventinho
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Museus
Faculdade de Letras Fórum Igreja de Nossa Srª Rosário Instituto Adolfo Lutz Santuário de Santa Terezinha Solar dos Oliveira Costa Solar da Viscondessa de Tremembé
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Arte Sacra História Natural Mazzaroppi Monteiro Lobato Pinacoteca (Arquivo Histórico, Biblioteca, Hemeroteca, Histórico Mistau, Transp. e Tec.)
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Ironia do destino
Local onde está a Santa Terezinha era o Largo da Forca Exibindo grande coerência entre arcos, torre e pináculos, o santuário de Santa Terezinha é um dos cartões postais de Taubaté e uma das mais graciosas igrejas de São Paulo moldada no estilo neogótico. Por trás da beleza e do esplendor técnico está a influência recebida da catedral de Saint Pierre, em Lisieux, França. O mais impressionante é que essa igreja taubateana foi a primeira do mundo a ser erguida em devoção a Santa Terezinha. O dado irônico é que o santuário foi erguido na mesma área que por muitos anos levou o nome de Largo da Forca. Para lá seguia o condenado que recebesse a sentença de morte nos tempos do Império. Exuberante e grande, era para a igreja ter um aspecto maior ainda. Acontece que o projeto original previa uma torre de 60 metros. Acontece que ela acabou ficando com a metade disso. Isso porque os construtores receavam que a estrutura não suportaria o peso de uma torre mais alta. Mas, a igreja, pelo contrário, não perdeu o brilho e, em 1948, recebeu o sino importado da Alemanha. Na verdade, o santuário se originou de uma coincidência. Doente, em 1913 o bispo Epaminondas Ávila e Silva incumbiu seu secretário de comprar-lhe um livro de Santa Teresa d’Ávila. Ocorre que o assistente trouxe-lhe uma obra que narrava a vida da freira Tereza de Lisieux. E assim, o padre leu, pediu graças e curou-se. Anos depois, em 1923, o padre Rodrigues Florêncio, decidiu erguer uma capela em um bairro pobre da cidade, que seria dedicada a Santa Terezinha. Algumas pessoas o aconselharam a fazer a igrejinha no Largo da Forca. Dom Epaminondas, que havia recebido as bênçãos de Santa Terezinha, foi ainda mais longe e disse que construiria um santuário. Nos três primeiros anos as obras seguiram a todo vapor, depois desaceleraram. Só a torre ficou 11 anos parada. Em 1953 finalmente a igreja alcançou sua forma final. Um ano depois, em 1954, ela ganhou o relógio com 1,20 m de diâmetro. Horários: Segunda a sexta: das 8h às 11h e das 14 às 20h Sábado: das 8h às 11h – à tarde ocorrem os casamentos, mas a igreja abre das 14 às 21h Domingo: das 6h30 às 12h e das 17h às 20h 19
Ei turma... Corram aqui! É bom demais! Achei “o” filé!!!
Rua Marechal da Costa e Silva, 566 % 12 3424 5203 20 GUIA CASTELFRANCHI
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A terra preparada para o plantio se integra ao povoado e tem como pano de fundo a Serra da Mantiqueira. O trabalho na lavoura de arroz foi uma das primeiras atividades a que se dedicaram os italianos de Quiririm.
Quiririm Colaboração: Elisa Sunin - historiadora
No grupo escolar Amedeu Piccina, construído pelos italianos em 1920, estuda atualmente a quarta geração de descendentes.
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Em Quiririm é onde se respira um pouco da Itália. Nesse distrito está
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uma vibrante colônia que preserva zelosamente as tradições trazidas por 60 famílias que se estabeleceram ali nos anos de 1890. Atualmente, no centro histórico de Quiririm, as famílias de linhagem italiana somam cerca de seis mil pessoas. A herança cultural se faz presente de diversas formas. Na música, preservação do idioma, gastronomia – são várias cantinas e restaurantes ostentando cardápios italianos. Mas, sobrepondose a isso tudo o que mais chama a atenção são as construções. As casas exibem uma arquitetura de época. A maioria man-
Casas de 1920: a da esquerda pertenceu a Arnaldo Indiani e hoje é habitada por Dilson Gadioli, o Tibá; a da direita é propriedade dos Magalhães Bastos.
Na típica rua italiana as casas preservadas mantém os mesmos traços que exibiam entre 1910 e 1920. O pórtico é para os adereços usados na Festa da Imigração.
Casa construída por volta de 1915 pelo imigrante Angelo Valério mostra um estilo de arquitetura que se difundiu pelos quarteirões de Quiririm.
As janelas grandes eram uma marca nas casas que os italianos construíam. Essa pertenceu a Manoel Rhó e foi adquirida depois por João Canavezi.
Descoberto num navio ancorado em Santos, o engenheiro russo Nicolau Surnin, avô da historiadora Elisa Surnin foi trazido a Quiririm para operar um dos primeiros tratores do Vale.
tém o exato design de cem anos atrás. Entranhando-se com a herança cultural, correspondem num elemento a mais na identidade que une os moradores. E saiba: eles são unidos. Orgulhosos pela perseverança e ... dos avós, os descendentes dos colonos realizam todos os anos uma festa em que eles celebram o aniversário da imigração. Sob os ventos da Lei Áurea, colonos italianos foram instalados na Fazenda Quiririm em 1890, de forma que o trabalho na terra estaria ao encargo de homens livres. Num primeiro momento, os colonos produziram tijolos destinados ao comércio e a si próprios – com o mesmo adobe eles erguiam as paredes de suas casas. Num passo adiante, havendo recebido as sementes dos monges trapistas radicados em Tremembé, os imigrantes emprestaram sua mão de obra à lavoura de arroz. No bojo desse momento épico, se desenrolaram episódios marcantes. 23
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ervido num legitimo fogão à lenha o bufê, com mais de trinta variedades de pratos, é elaborado por cozinheiros vindos diretamente da roça. Entre as delícias, leitoa à pururuca, costela e a lasanha de vegetais, para os vegetarianos.
Um deles teve como protagonista Ana Elisa Bagatini. Filha de imigrantes, ao enviuvar viu-se na urgência de descobrir quem soubesse operar um trator. Achou em Santos um engenheiro russo chamado Nicolau Surnin, que estava emigrando para a Argentina. Ele veio para Quiririm, colheu a safra, acabou casando-se com Ana e difundiu seus conhecimentos na modernização da agricultura praticada no Vale. O fato é que, mais de cem anos depois, o arroz ainda é a cultura mestra de todo Vale do Paraíba a que ainda se dedicam alguns descendentes dos primeiros imigrantes. A Festa de Quiririm foi criada em 1989 para ce-
Para bebericar, uma coleção de várias pingas elaboradas e curtidas no próprio local. Vistosa, a morada dos Pistilli mostra como eram as casas das famílias numerosas. Os detalhes em arco e enfeites de cimento revelavam o status dos proprietários.
A melhor comida caipira com 29 anos de tradição
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Casa pertencente à família Coutinho, construída em 1915.
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Quinta a domingo, das 12h às 16h.
Estrada Taubaté / Campos do Jordão Km 3 - SP 123 - Trevo de Quiririm % 12 3686-1883 / 8237-2629 log r/b r. .b m.b om co a.c ha. h n n di di en azen z a ef ef nt nt ra ura u a a t ão st es rd .re @r o w o J t ww nta o co sd
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Depois de tanta regalia, um bosque oferece sombra e brisa fresca para a merecida siesta.
Silo e campo de arroz na propriedade de Sérgio Valério Filho
Olaria na qual os italianos produziram os tijolos das suas casas. Inclusive a capela e algumas casas dessa matéria.
lebrar os 100 anos de imigração italiana. Só que o evento fez tanto sucesso, que entrou para o calendário. Praticamente toda a população de Quiririm participa. Tudo começa com a eleição da rainha e da princesa da festa. Depois, as calçadas ficam cheias de barraquinhas onde são vendidos doces e comidas típicas. Além disso, mais de 20 restaurantes abrem suas portas para o evento. No campo cultural, há os grupos musicais que entoam as tradicionais canções italianas, apresentações de dança típica, bandinhas e o grande desfile da imigração, em que os participantes usam da criatividade para mostrar os laços com a Itália. A festa acontece entre o fim de abril e início de maio. A quantidade de dias varia de um ano a outro, mas a data chave é 1º de maio.
Quiririm
Capelinha construída em 1895 pelos colonos, para que um jovem casal pudesse se casar.
Nessa moradia de 1910, tombada pelo Patrimônio Histórico, habitou o italiano Estevan Corbani. A grade trabalhada da...
...varanda revela de forma sutil o valor que se dava à estética e permanece a mesma há 100 anos. O atual proprietário, João Carlos Vieira Neves, conhecido como o borracheiro Linho, que é filho de José Vieira Neves, o famoso Jucão, se comprometeu a restaurar e a preservar esta relíquia.
Imagem da Imaculada Conceição. A capelinha foi restaurada nos anos 40 e nos anos 90.
Os paralelepípedos à porta da igrejinha foram mantidos, preservando-se o calçamento original.
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Reservas antecipadas para eventos, reuniões familiares e confraternizações
Tudo aqui tem o gosto e o jeito da casa dos avós
Não é só o legado histórico que conquista as pessoas em Quiririm. Outra riqueza é a culinária dos italianos. Na Casa da Elisa, um restaurante de 29 anos, as receitas têm o toque de família e estão escritas no livro de receitas da avó. O estilo é informal e a casa foi adaptada para abrigar o salão. Num dia de sol nada mais prazeroso do que almoçar à sombra da árvores, tendo como vista as planícies do vale do Rio Paraíba e, ao fundo a Serra da Mantiqueira. No cardápio destaque para o tortelete de abóbora, agnolete de ricota com nozes e passas, lasanhas, polenta cunsa, antepastos, berinjelas, defumados, os embutidos da casa e, claro, o famoso filé à parmegiana. 26 GUIA CASTELFRANCHI
Restaurante Cultural Casa da Elisa Rua Virgílio Valério, 57 - Centro Histórico - Quiririrm % 12 3686-1791 12 9772-0294 www.casadaelisa.com.br casadaelisa@uol.com.br
Quiririm Sushi Sashimi Combinados Tempurá Yakissoba Com ambiente autêntico, equipe afinada, ingredientes frescos e uma impecável gastronomia japonesa, o seu diferencial é estar inserida na Colônia Agrícola Italiana de Quiririm.
Ativista na preservação da memória italiana em Quiririm, Elisa Surnin Saes foi uma das fundadoras da Associação Cultural Quiririm, entidade que visa manter viva a cultura dos descendentes de italianos, Elisa é docente em gastronomia regional, membro do COMTUR e historiadora, possuindo um acervo de imagens e documentos que pertenceram aos imigrantes. Bisneta de italianos, em 1983 ela pegou as receitas da avó e montou na própria casa o restaurante que leva o seu nome.
Reservas: 12 3413 8777 R. Dona Chiquinha de Mattos, 196 - Quiririm - Taubaté www.sayurisan.com.br 27
A argila de boa qualidade foi um incentivo natural para que no entorno da cidade prosperassem diversas olarias. Ainda hoje, várias delas continuam ativas.
O historiador Laurindo de Paula
A antiga ponte virou ponto de pescadores, contemplação e passeio para as crianças e moradores de Tremembé. Verdadeiramente, uma ponte para chamar de sua. Quando o Rio estiver definitivamente limpo, poderá voltar a ser palco de piqueniques e regatas. O mesmo Rio Paraíba foi até os anos 40, habitat de bagres, traíras, cascudos e lambaris. A poucos metros da Basílica, de frente para seringais e figueiras centenárias, fica o restaurante Santa Figueira, imóvel que pertenceu à Baronesa de Pindamonhangaba. 28 GUIA CASTELFRANCHI
Trememb
Na Basílica do Bom Jesus de Tremembé está uma das grandes relíquias da igreja católica, uma imagem de Jesus com 1,96 m de altura entalhada em madeira que foi encontrada mais de 50 anos antes da imagem de N.Sra Aparecida. Em frente à igreja fica a bela praça com seringais e figueiras gigantes com mais de um século de existência.
bé
A estação de trem desativada e as construções antigas em volta do centro, dão a pista de que Tremembé já concentrou uma importante atividade econômica. Não só isso, Tremembé foi também um importante polo religioso. Tudo começou em 1663, quando uma imagem do senhor Bom Jesus foi trazida para enfeitar o altar de uma capela. Aos poucos se espalhou a notícia que as orações feitas ao Cristo resultavam em milagres. Vieram romeiros e logo se formou um povoado em volta da igrejinha. Em meados de 1700 se realizavam celebrações festivas para homenagear o santo. Até
Vindos da França, os monges trapistas trouxeram para Tremembé técnicas para o cultivo do arroz que eram desconhecidas no Vale do Paraíba. Em pouco tempo todas as propriedades ao entorno estavam centradas nesse tipo de cultura. Ante a safras cada vez maiores, o governo federal optou por esticar um ramal ferroviário até Tremembé.
mesmo devotos com título de nobreza se faziam presentes. É o caso da Baronesa de Pindamonhangaba, dona de uma casa vizinha à basílica. A partir de então, a Festa continuou crescendo e atualmente conta com shows e parques diversões. Ocorre que no meio do caminho – em 1904 precisamente –, Tremembé viu-se às voltas com um novo vetor econômico. Monges trapistas chegados da França puseram-se a difundir técnicas de cultivo de arroz desconhecidas no Vale do Paraíba. A nova cultura foi adotada em quase todas as propriedades e isso acabou gerando uma supersafra. O escoamento interessava ao governo que estendeu um ramal ferroviário até Tremembé. Em maio existe até uma festa do arroz. O mesmo arroz, com suas várzeas, compõe uma das atrações de Tremembé, junto com os conventos, capelas centenárias, cachoeiras e mirantes.
Na sequência, o arroz germina e logo é coberto com uma lâmina d’água que irá preservá-lo das pragas. Assim que chega a um determinado tamanho, a água é escoada. 29
Depois de 49 anos em Campos do Jordão, agora em Tremembé
Salgados - Doces - Café - Pão de Queijo - Tortas - Sorvetes - Café da Manhã - Lanches Aceitamos encomendas de massas italianas
Mais uma obra:
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Tremembé
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