Jornal
TodoDia
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Ferrovia soterrada: novamente
Mesas na calçada: dois metros da rua
Promotor determina organização das calçadas em Campos do Jordão e isso afeta principalmente os estabelecimentos de Capivari. De agora em diante as calçadas deverão estar ao lado da rua e a uma distância de dois metros.
Depois de garimpar documentos por três meses, IPHAC paraliza obras da Igreja S. Benedito
Tombamento por um fio
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Passeio Ciclístico do Horto dia 27 iclíst Pa ss ei o
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trânsito livre para os bondes que partem do Capivari para viagens diárias a Santo Antonio do Pinhal durou apenas um ano. Barreiras voltaram a cair em dois pontos da ferrovia, próximo ao Toriba. Houve danos aos trilhos e o fluxo de automotrizes foi suspenso por tempo indeterminado. O episódio é uma repetição do que ocorreu em 2008 e 2009. Num dos trechos em que o barranco cedeu, deixando os trilhos submersos, a terra formou um monte, de maneira que uma pessoa desavisada (que andasse pelo local) poderia facilmente esbarrar nos fios da rede elétrica. Isso forçou a EFCJ a cortar a energia ao longo da linha férrea, logo após o deslizamento. Separada por uma distância de 300 metros, houve outro deslizamento. Nesse ponto a terra se desprendeu embaixo dos trilhos, de modo que os dormentes mal se mantinham fixos. Técnicos da EFCJ estiveram várias vezes no local, avaliando as alternativas para se recompor o terreno onde correm os trilhos. Também foram anali-
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EDITORIAL
sadas as formas de contenção a serem empregadas nos pontos em que a terra cedeu. “Ao menos um grande muro terá que ser erguido”, antecipou o diretor. O desafio agora é encontrar uma fonte que libere o dinheiro necessário à execução dessa obra. “Pode até ser que a EFCJ assuma esse custo, ainda que nos falte essa disponibilidade. O importante é ter os bondes circulando”, afirmou. Antonio Carlos disse também que estava preocupado com os danos à imagem da ferrovia, pelo fato das automotrizes terem que ficar paradas na garagem. O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, também foi informado da situação. Desde o início do ano a EFCJ responde a essa pasta, tendo se desvinculado da Secretaria de Esporte, Lazer e Turismo. A STM também controla o metrô de São Paulo, se distingue pelo emprego de alta tecnologia e é considerada uma secretaria rica. Independente disso, Antonio Carlos assinalou que a providência para a desobstrução da ferrovia será tomada no prazo mais curto possível.
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70 ANOS DO HORTO FLORESTAL
Parque Estadual
Campos do Jordão 1941 - 2011
DIA 27/03 - DOMINGO ÀS 10 HORAS INSCRIÇÃO: 1 KG de alimento não perecível ou 01 agasalho PONTOS DE INSCRIÇÃO:
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Capivari Jaguaribe
Para relembrar os velhos tempos
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o próximo domingo, dia 27, o horto florestal completará 70 anos de existência. Para comemorar a data, a direção do parque irá promover um passeio ciclístico, cuja largada ocorrerá no gazebo, ao lado do Fórum. A concentração acontecerá a partir das 9h. À medida que forem chegando, os ciclistas poderão sentir o clima de descontração, pautado na música e nos exercícios de aquecimento que serão comandados por uma equipe de monitores. Os participantes só terão que atender a uma exigência: o uso de capacete. “Sem isso, a pessoa não irá largar”, diz o organizador Bruno Silva. Todo o trajeto terá o apoio da Guarda Civil Municipal e do DSV, que farão o papel de batedores. Para que os participantes se sintam tranquilos, também haverá uma ambulância com enfermeiro seguindo as bikes. Durante o trajeto será distribuído água e algumas frutas, principalmente banana para os que sentirem câimbras. A cobertura do percurso é estimada em duas horas e meia. Já no horto haverá sorteio de brindes. Inscrições: Guia Castelfranchi (prédio do colégio Objetivo), Bike Ação (vizinha ao Fran Frutas) e na Zazen (loja de artigos esportivos ao lado do Hotel Bologna). No ato da inscrição a pessoa terá que doar um quilo de alimento ou um agasalho. campos do jordão 11
O presidente da instituição, Dr. Pérsio Miranda e os diretores Dr. José Luiz da Costa e Dr. Marcio Arakaki.
Unimed mudou, mas
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pós mais de uma década dando atendimento emergencial a seus associados, através do Pronto Atendimento, a Unimed desativou em 1º de fevereiro a unidade ao lado da antiga Santa Casa. O hospital São Paulo assumiu a incumbência de respaldar os beneficiários, com o serviço ambulatorial que acontecerá dentro do ex-sanatório. Ao contratar o São Paulo para seguir com as atividades do Pronto Atendimento, a Unimed escapa de exigências que poderiam inviabilizá-la financeiramente. O presidente da instituição, o médico Dr. Pérsio Miranda, afirma que a qualidade do atendimento será mantida. “Tudo fica como era antes. O ambulatório mudou de local, mas a responsabilidade por ele funcionar bem continuará sendo nossa”, afirmou. Segundo explicou, a Unimed local vinha travando uma batalha com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
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EDITORIAL
Sanitária) e o Coren (Conselho Regional de Enfermagem). Os dois órgãos cobravam da Unimed, a permanência contínua de médicos e enfermeiros dentro do ambulatório para atender os beneficiários. Também havia uma cobrança quanto ao reforço no quadro de enfermeiros, que deveriam ter jornada de seis horas, ao invés de oito. Atrás das exigências pairava a ameaça de multas pesadas. “Teríamos que fazer contratações, gerando custos com os quais não conseguiríamos arcar”, justificou. Segundo ele, se a Unimed tivesse oito mil beneficiários – o dobro da carteira atual – talvez fosse possível atender as exigências. Com despesas administrativas na casa dos R$ 20 mil mensais (aluguéis e salários com pessoal de escritório), a entidade é uma cooperativa dos médicos. Abatem-se as despesas e o que sobra é rateado entre eles.
Unimed está atendendo no Hospital São Paulo
s continua a mesma É nesse contexto que Dr. Pérsio defende o que considera uma superioridade da Unimed, em relação a outros planos. “Quem usa a Unimed escolhe o especialista de sua preferência e é atendido no consultório. Alguns operadores de planos de saúde mandam o paciente para o ambulatório. Ambulatório é para emergência, no qual o médico cumpre o papel de generalista”, observou. Dr. Pérsio também dá um crédito antecipado ao São Paulo, como gestor terceirizado do Pronto Atendimento. “Os funcionários do hospital já estão orientados quanto à forma de receber nossos beneficiários e saberão tocar o PA”, disse, para observar em seguida. “Se isso não acontecer, faremos as correções devidas”. O superintendente da Unimed e diretor clínico do São Paulo, Dr. Márcio Arakaki, compartilha posições do Dr. Pérsio. “O São Paulo vem se
aparelhando e conta com quatro leitos numa semi-UTI”. Cabe dizer que o atendimento emergencial gratuito no São Paulo, ficará restrito aos associados da Unimed. Quem possui outros planos poderá procurar o hospital, mas pagará como qualquer particular. Segundo Dr. Márcio Arakaki, a escolha do São Paulo foi precedida da sondagem a outros dois hospitais. “Era o que estava mais ajustado para receber o ambulatório, mas nada nos impede de no futuro abrir mais um ambulatório em outra instituição”, disse. Ele também destacou não haverá nenhuma mudança na farmácia da Unimed. Quanto à ambulância, o diretor financeiro da Unimed e médico do São Paulo, Dr. José Luiz da Costa, destacou que quase ninguém mais trabalha com viaturas próprias. “A remoção é garantida ao beneficiários e quem normalmente faz isso são empresas contratadas”, concluiu. campos do jordão 13
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Depois de garimpar documentos por três meses, IPHAC paraliza obras da Igreja S. Benedito
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ma ação relâmpago para conter a descaracterização arquitetônica da igreja São Benedito, colocou como alvo a Cúria Metropolitana de São Paulo, a Sociedade Joseleitos de Cristo (Salvador-BA), a Arquidiocese de Aparecida e a Mitra Diocesana de Taubaté. Em todas essas esferas, o clero foi comunicado simultaneamente que o município irá agir para salvaguardar o edifício, e já deflagrou o seu tombamento. O trabalho de garimpar documentos que fundamentassem a ação durou três meses e foi conduzido pelo IPHAC, Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Cultural. O anúncio ocorreu na sexta, 25 de fevereiro. “A partir de agora não será permitido mexer em mais nada. Movimentação de operários entre os muros da igreja só se for para eliminar as construções ao entorno que nada tem a ver com o projeto original”, disse o presidente do IPHAC, Izaltino Cândido. Ele antecipou que a igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Jaguaribe, também receberá proteção. Informada de que o tombamento havia se iniciado, a prefeita Ana Cristina reuniu os assessores e determinou urgência ao secretário de Negócios Jurídicos, Adriano Campos, na abertura do processo para a demolição das lojinhas. As que estavam sendo erguidas na lateral esquerda, e os chalezinhos de artesanato que ficam à direita e nos fundos do templo, 54 no total. Também o muro terá que ser rebaixado. Câmara Municipal, Promotoria de Justiça e Secretaria de Planejamento receberam cópias do processo de tombamento. Já o advogado Pedro Paulo Filho elaborou parecer em que também critica a interferência de construções em volta do templo.“Desprezou-se o valor histórico do patrimônio e isso cria precedente para que outros edifícios sejam desfigurados”, afirmou. O processo de tombamento ainda deve se estender por dois meses. Ao fim, se terá o instrumento para perpetuar a aparência da igreja tal como no projeto original. A escolha desse caminho para garantir a proteção do edifício, ocor16 GUIA CASTELFRANCHI
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reu após esse Jornal Todo Dia denunciar – em 1º de novembro – que outras 20 lojinhas seriam erguidas no pátio reservado às quermesses. O pároco Vicente Batista negou que estivesse patrocinando esse tipo de obra. Na versão dele, os pedreiros estavam incumbidos de aumentar o muro. Mas, o que surgiu a olhos vistos foi o esqueleto de diversas lojas. Como não havia projeto aprovado pela Prefeitura, a obra acabou embargada. Tentando liberar a obra, o pároco apresentou uma planta com dois pórticos de acesso às lojinhas, uma de cada lado da igreja.“Ia descaracterizar brutalmente’’, disse a secretária de Cultura, Flávia Centofante. A igreja, disse, terá que retomar o visual limpo de antes. O prédio é inspirado na Úmbria (Itália), região que abriga a Catedral de São Francisco. Um técnico do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) virá a Campos fazer uma análise do edifício. Membros da Secretaria da Cultura também encontraram o documento pelo qual a Prefeitura doou para a Mitra Diocesana de Taubaté o terreno que faz fronteira com a Avenida José Manoel Gonçalves (atrás da igreja). Conforme texto aprovado pela Câmara, e sancionado em maio de 1985 pelo então prefeito João Paulo Ismael, a
Igreja São Benedito é cartão postal de Campos do Jordão como comprova esse da década de 70
doação se deu com o compromisso da paróquia usar o terreno para desenvolver projetos sócio-educacionais. No local acabou florescendo um centro comercial, que gera receita para a paróquia. Agora o IPHAC questionará judicialmente o que a levou a paróquia a se distanciar dos dispositivos que embasaram a doação.“O município se desfez do terreno sob o compromisso de que ali seriam implantadas ações de cunho social e educacional. O que se vê lá não condiz em nada com o termo de doação” disse Izaltino. Na esfera política, a prefeita afirmou a assessores que
quer se encontrar com Dom Carmo, o bispo que comanda a Diocese de Taubaté e que conhece bem a paróquia São Benedito. “A prefeita pretende saber qual é o pensamento de Dom Carmo sobre as lojinhas e a forma como elas afetam a arquitetura da igreja”, disse Izaltino. campos do jordão 17
Guia: o para-choque d Toda semana é a mesma rotina. Camioneiros desatentos não percebem a sinalização que alerta sobre a altura máxima permitida e acabam colidindo com o
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limitador, que o Guia criou e mantém há 6 anos para protejer o Portal. Não fosse isso o Portal teria de passar por constantes reformas.
de Campos do Jordão E esse é o espírito que norteia o Guia: buscar soluções que ajudem Campos do Jordão, ora fazendo campanhas de despoluição dos rios ora divulgando o turismo.
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O restaurante Villa di Phoenix foi o primeiro a se adaptar
Promotor faz valer a Lei que regulamenta o uso das calçadas em Capivari
Dois metros da rua T
rês meses após a Câmara ter rejeitado o projeto de lei que tratava da conservação das calçadas – instituindo uma faixa livre de 1,20 metro para a circulação de pedestres –, o promotor Alexandre Mafetano decidiu intervir no centro do Capivari. Num ofício enviado à Prefeitura, o titular da Primeira Promotoria exigiu providências para que nas avenidas Macedo Soares e Djalma Forjaz seja estabelecida uma faixa de dois metros de largura, dentro da qual mesas e cadeiras não podem servir de obstáculos à locomoção das pessoas. A largura de dois metros é preconizada pelo código de posturas do município (art. 229). Na segunda, dia 14, fiscais notificaram os estabelecimentos das duas avenidas, quanto à obrigatoriedade dos ajustes. O prazo antes da aplicação de multas é de 10 dias. A faixa livre apontada na lei deve ser
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instaurada da guia em direção à fachada. Nessa linha, o que servir de ponto de obstrução precisa ser recuado. Na quinta-feira, dia 17, a Villa di Phoenix já havia se enquadrado às normas. “Só falta um tablado, o qual mexeremos com ele no começo da próxima semana”, disse o gerente Adélcio Carvalho. No Baden Baden, advogados do restaurante e do Boulevard Genève, estão analisando as determinações. “Um ponto que merece consideração é que nos feriados, a rua fica tomada pelos jovens. Fatalmente eles vão ocupar a faixa livre, prejudicando cadeirantes, idosos e pessoas com bengala que hoje podem passar pelo corredor entre as mesinhas”, ponderou o gerente Paulo Gonçalves. Já o restaurante Safári terá que recuar as mesas e também a estrutura de ferro que
sustenta o telhado que o dono fixou numa área de passeio. “O proprietário desrespeitou a autorização do Seplan. Concedemos a licença para ele instalar uma cobertura móvel e não para algo chumbado no chão”, salientou o arquiteto Carlos Roberto Siqueira e Silva”. O secretário de Planejamento, Paulo Almeida, foi além e disse que a estrutura é passível de demolição. “Não é nem questão de multa. É uma faixa livre onde não pode haver nada atrapalhando o pedestre”, afirmou. E justamente os comerciantes da Macedo Soares (numa lista que inclui Toco Chocolate, Chocolate Artesanal e Pastelão do Maluf), serão os mais afetados pela lei de posturas. Ocorre que como os dois metros são computados a partir da guia, diversas mesas terão que ser descartadas. O charme delas não desaparecerá e quem mais sairá ganhando serão os turistas e os próprios jordanenses.
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