Noticias de Viseu 12 de Maio 2016

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Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLII - Nº 2111 - Quinta-feira 12 de Maio de 2016 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

tErtÚliA “100 ANoS DE HiStÓriAS PArA CoNtAr”

Viseu no tempo do papel higiénico por cinco tostões pág 5

HoSPitAl CUF DESCobErtAS CrESCE EM 2017

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Confraria Saberes e Sabores da Beira comemorou aniversário

INSTITUIÇÕES CENTENÁRIAS, COMO TEMA NAS CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS 2016

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A CONFRARIA DO DÃO, VAI CRIAR “ EIXO GASTRONÓMICO Com a adesão de algumas confrarias, a Gastronómica do Dão, sediada em Viseu, tomou a iniciativa em criar uma associação designada “ Eixo gastronómico A/25”, que englobará a grande maioria das confrarias, associações e academias localizadas no traçado entre as cidades de Aveiro e Salamanca, tal como o expressou Nelson Augusto, no ato de posse e do 19º aniversário, como Mordomo – Mor, da confraria defensora do vinho do Dão.

3º SEMINÁRIO DE EMPREENDEDORISMO DE NELAS CONTOU COM A PRESENÇA DO MINISTRO DA ECONOMIA

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2 Opinião

Quinta-feira 12/05/2016

OPINIÃO

12 maio 2016 quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail:geral@noticiasdeviseu.com Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de março 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ......................................... .......2 Viseu ....................................... ......3/4/5 Reportagem.......................................8/9 Regional ...................................6/7/10/11 Saúde................................ ...................12 Desporto.........................................13/14 Diversos .........................................11/15 Publicidade.........................................16

CoMo EÇA CoNHECEU A SANtiNHA DE ArriFANA

Ao correr a vista pelas prateleiras, das estantes, da minha pequenina biblioteca, deparei com livrinho de capa acastanhada, encardida pelo tempo e pelo uso, de lombada de percalina vermelha, que pertencera a minha bisavó Júlia. trata-se do: “ Catechismo de Doutrina Christã”; com várias orações, organizado pelo Padre Francisco topp; editado em Friburgo (Alemanha), em 1908. Ao abri-lo, saltou-me pagela de papel couché, impresso a duas cores, contendo ligeira biografia de Ana de Jesus Maria José de Magalhães, popularmente conhecida por “ Santinha de Arrifana”. Não sei se o leitor, alguma vez, ouviu falar desta “Santinha”, que tanto impressionou, pela década de setenta, do século XiX, o escritor Eça de Queiroz. No romance: “ o Crime do Padre Amaro”,

Eça, refere-se a ela, dizendo: que as senhoras teciam louvores à “ Santa de Arregaça”; que era, nem mais nem menos a “ Santinha”, que nascera em Arrifana, no ano de 1811. Filha de: José Dias leite de resende e de Clara Joaquina. Estando Eça a veranear no Covo (oliveira de Azeméis), assentou, com amigos, visitar a “ Santinha de Arrifana”, de quem se dizia viver em grande santidade. Acompanhou-o, nesse passeio, o Senhor Conde de resende, amigo íntimo, e futuro cunhado; a Senhora Condessa de Cascais, Dona Maria isabel de Castro lemos; o Senhor Marquez de Monfalim; e vários amigos e conhecidos do Senhor Conde de Covo. Fizeram o percurso a pé. Pelo caminho, Eça, ia inquerindo informações sobre a “ Santinha”, e seu poder taumaturgo. Chegados a casa de Ana de Jesus, encontraram sacerdote que viera, no intento, de lhe dar a comunhão. Para assombro de Eça, logo que a hóstia penetrou na boca, a doente elevou-se ligeira-

Por Humberto Pinho da Silva mente, perante o espanto de todos os presentes. Duvidoso do que presenciara, o romancista, aproximou-se, mansamente, do leito da enferma; ajustou melhor o monóculo; e passou, cautelosamente, a mão, entre o corpo hirto e o lençol branco da cama. Havia realmente espaço suficiente, por onde se podia passar, livremente, o braço, sem esforço. De regresso ao Solar do Covo, Eça não escondia o espanto pelo que vira. Jamais esqueceu a impressionante levitação, nem as palavras resignadas, proferidas pela Ana de Jesus, mergulhada em atroz sofrimento: “ Faça-se a vontade do Senhor!” Frase que Dona Eugénia de Melo breyner da Camara, esposa de D. João da Camara – o “santo” da Junqueira, – sempre proferia, quando as agruras da vida atingia um dos seus. A “ Santinha de Arrifana”, que fora na juventude pastora, viria a falecer, em imenso sofrimento, três anos depois da visita de Eça, em 1875.

O GRANDE COELHO BRANCO o mágico pavoneia grande habilidade. Muitos anos de estrada. A cada truque, olhares inquietos prospectam-se na sala de espetáculos. Ali, ele era o rei e todos obedeceriam ao torvelinho de ilusão. o show, entretanto, se encaminhava ao gran finale. De dentro da cartola negra, que parecia vazia até então, brota um enorme coelho branco, puxado pelas peludas orelhas. Um desfecho digno, dignitário de um grande artista. imagine o coelho como o universo. Ele é a soma de todos os astros, corpos celestes, criaturas, religiões. Na base dos pelos, como um grão de areia na imensidão, mas no epicentro da criação, a humanidade. Para tentar explicar a existência do coelho, a ciência. Para tentar explicar a criação do coelho, a filosofia, também conhecida como a capacidade de se admirar com as coisas. o texto começou com um mágico, mas no gênese tudo frutifica por meio de uma criança. Vamos supor que uma família esteja reunida para um jantar. Pai, mãe e filho. De repente, o pai começa a flutuar pela cozinha. A criança, de imediato, aponta com alegria: “papai tá voando”. A mãe, de costas para a cena, vira-se e solta um berro. Seu costume à gravidade fê-la perder a capacidade de se surpreender. Diga-se de passagem, um filósofo é uma pessoa que permanece a vida inteira com a mente

aberta, exatamente como a de uma criança. Voltemos ao coelho. No topo dos pelos, filósofos e crianças voam, praticando seus sonhos. De fora, observando displicentemente, os apáticos e indife-rentes. indolentes, não aceitam largar sua realidade. o cotidiano os consumiu de forma irreversível. Perderam a capacidade de se admirar. Enquanto isso, o mundo revela-se heterodoxo. A vida não é nascer, crescer e morrer, somente. É também perguntar. buscar respostas insufla o espírito e nos concede cada vez mais motivos para viver. Quando a rotina nos transforma em máquinas, aniquilamos nossa vontade de perguntar. Assim sendo, a capacidade de se admirar está morrendo no fundamento mercantilista. Precisamos enfrentar essa tendência. Pense, confronte ideias, respire a brisa da manhã. imagine o segredo que reserva a cartola do mágico, conjecture sobre as origens do universo. Explore o grande coelho branco. A jornada será magistral. GAbriEl boCorNy GUiDotti JorNAliStA E ESCritor Porto AlEGrE – rS (brASil)

50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais... iniciou-se há 50 anos quando o Papa Paulo Vi, jornalista, poeta e escritor, teve a idéia de começar esta reflexão sobre a comunicação. Neste ano, 2016, o Papa Francisco apresenta a sua Mensagem para o 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais com o título: “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”. É visível que, de modo geral, a sociedade atual perdeu o valor da comunicação, substituindo-a por uma infinidade de meios que, muitas vezes, se confundem com a simples informação. Comunicar significa partilhar. E a partilha requer escuta, acolhimento. Para o Papa “ouvir significa prestar atenção, ter o desejo de compreender, de valorizar, de respeitar, de guardar a palavra do outro”. A insistência do Papa Francisco sobre o mundo da escuta, dirige-se em seguida ao mundo da misericórdia, do saber estar ao lado de quem precisa de nós. Por isso, assegura que “o encontro da comunicação com a misericórdia é fecundo, mas na medida em que gerar uma proximidade que tome conta, conforte, cure, acompanhe, faça festa. Num mundo dividido, fragmentado, polarizado, comunicar com misericórdia significa contribuir para a boa, livre e solidária proximidade entre os filhos de

Deus e os irmãos em humanidade”. o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais sublinha que a comunicação deve abrir espaços para o diálogo, a compreensão recíproca e a reconciliação, permitindo que assim floresçam encontros humanos fecundos. Numa época em que a nossa atenção se volta com frequência para discussões sobre opiniões que dividem, o D M C S do Papa, lembra – nos o poder das palavras e dos gestos para superar as incompreensões e curar as memórias, para construir a paz e a harmonia. Mais uma vez o Papa Francisco ajuda a descobrir que no coração da comunicação existe, antes de tudo, uma profunda dimensão humana. Comunicação que não é somente uma “atual ou moderna tecnologia, mas uma profunda relação interpessoal. É, sobretudo, um sinal de amor, por conseguinte, de misericórdia. Não esqueçamos que a igreja é chamada a viver “a misericórdia como marca indelével, caraterística de todo o seu ser e do seu atuar”; cada palavra ou gesto “deveria poder expressar a compaixão, a ternura e o perdão de Deus para todos”. É também através da comunicação que o homem pode “construir pontes” e promover o encontro e a inclusão, en-

riquecendo assim a sociedade. As palavras, podem “derrubar muros”, “criar vias de acesso” entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos, tanto no ambiente “físico”, como no “digital”. Para isso, o Papa exorta a “palavras e ações” que ajudem a “sair dos círculos viciosos das condenações e das vinganças, que continuam a prender os indivíduos e as nações e que conduzem a expressar-se com mensagens de ódio”. os “ressentimentos” “e as velhas feridas” que correm o risco de “aprisionar as pessoas e de impedir – lhes a comunicação e a reconciliação” são encontradas também nas “relações entre os povos”, mas em todos esses casos “a misericórdia é capaz de ativar um novo modo de falar e de dialogar”. A este respeito, o Papa Francisco cita Shakespeare que, no Mercador de Veneza escreve: “ A misericórdia não é uma obrigação. Cai do céu como um frescor da chuva sobre a terra. É uma bênção dupla: abençoa quem a dá e quem a recebe”. A linguagem da misericórdia, deveria permear também a “política” e a “diplomacia”, acrescenta o Papa, fazendo assim um apelo “a todos aqueles que têm responsabilidades institucionais, políticas e na formação da opinião

pública, para que estejam sempre vigilantes sobre o modo de expressar-se com relação a quem pensa ou age de forma diferente, e também de quem pode ter errado”. Acerca do debate nas redes sociais e novas mídias, o Santo Padre recordou que “não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios à sua disposição. “o ambiente digital – continua o Papa – é uma praça, um lugar de encontro, onde é possível acariciar ou ferir, ter uma discussão útil ou um linchamento moral”. Mesmo em redes digitais podemos construir uma “verdadeira cidadania” e uma “sociedade saudável e aberta à partilha”, se com sentido de responsabilidade cuidarmos do outro que não vemos mas que é real, com a sua dignidade que deve ser respeitada. o Dia Mundial das Comunicações Sociais, único dia estabelecido pelo Concílio Vaticano ii ( inter Mirifita, 1963 ) é celebrado no Domingo que precede a Festa de Pentecostes; em 2016 ocorre no próximo dia 8 de Maio. Maria Helena Marques Prof.ª Ensino Secundário


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josé Ernesto Silva reeleito para mais um mandato Confraria Saberes e Sabores da Beira comemorou aniversário e elegeu novos corpos sociais José Ernesto Silva foi reeleito para mais um mandato à frente da Confraria Saberes e Sabores da beira ‘Grão Vasco’. As eleições decorreram nas comemorações do XiV aniversário, no Hotel Príncipe Perfeito, em Viseu, que contou com a presença do Embaixador Murade isaac Migulgy Murargy, Secretário-geral da Comunidade dos Países de língua Portuguesa, a quem foi atribuído o título de Comendador da Confraria. Estiveram também presentes o presidente da Casa de Viseu no rio de Janeiro, Flávio Martins, recentemente eleito presidente dos Conselheiros da Diáspora; o presidente da Assembleia Geral do Arouca barra Clube, do rio de Janeiro, César Soares; o jor-

nalista igor, do rio de Janeiro, e o representante da Confraria, na Alemanha, José loureiro. Em representação da Câmara de Viseu passaram o vereador João Paulo Gouveia e o vice-presidente Joaquim Seixas, bem como outras entidades, como o deputado Helder Amaral, também Confrade e amigo do Embaixador Murade isaac Migulgy Murargy, e Agostinho ribeiro, director do Museu Grão Vasco. Na eleição para os novos órgãos sociais da Confraria, para o triénio 2016/2018, foi eleita a única lista que se apresentou a sufrágio, encabeçada por José Ernesto Silva, com António Vidal a presidir à Assembleia Geral, José Coelho, ao Conselho Fiscal e Garcia

Mendes ao novo Conselho Consultivo. Foi mandatário da lista Fernando Almeida ruas, médico em Viseu e um dos fundadores da Confraria. Entre outras actividades, a Confraria vai levar a efeito os habituais capítulos trimestrais, a comemoração do Dia Nacional do Vinho e um Capítulo de Entronização de novos confrades a levar a cabo no último trimestre do ano. Nos vários discursos foi salientada a dinâmica que a Confraria tem imprimido às diversas actividades que leva a cabo, não só a nível nacional como internacional, nomeadamente junto da diáspora portuguesa, como destaque para a Suíça,

Canadá e brasil. Aos convidados foram entregues lembranças da Confraria, com motivos de Viseu, bem como uma garrafa de vinho Quinta de lemos, a quem a Confraria aproveita publicamente para agradecer. A ocasião foi aproveitada para a apresentação do livro "As Artes e tradições Portuguesas", uma edição da Confraria, que prevê o lançamento de outras ainda este ano. A tuna Sabores da Música encerrou as cerimónias com cantigas da nossa música popular e Fados cantados por alguns dos seus membros.

OBRAS DO NOVO HOSPITAL CUF DESCOBERTAS INICIAM-SE jÁ NESTE MêS DE MAIO Após quinze anos de uma história de sucesso, na qual configurou o mercado da saúde privada em Portugal, o Hospital CUF Descobertas vai iniciar uma nova etapa de crescimento, reorganizando-se em torno das necessidades do doente. terá mais capacidade, melhores condições para subespecialização e será desenhado para cada etapa da vida, desde o nascer ao envelhecer. o futuro do Hospital CUF Descobertas passa pela construção de um novo edifício e pela remodelação profunda do atual. o novo edifício, a inaugurar em 2017, será composto por sete pisos assistenciais, com uma área de 11.220 m2 e totalmente dedicado ao ambulatório, concentrando toda a componente de consultas e exames. Áreas como a ortopedia, Ginecologia-obstetrícia, Doenças respiratórias, oftalmologia e Dermatologia são alvo de uma reforçada aposta, com a criação de centros dotados de condições de excelência para o seu desenvolvimento. o atual edifício hospitalar será alvo de profundas alterações com vista a melhorar os espaços e os circuitos existentes. Estas alterações permitirão ampliar e reforçar as suas áreas estruturantes, nomeadamente o bloco operatório, os cuidados intensivos e o atendimento permanente. Com um investimento superior a 50 milhões de euros, o novo Hospital CUF Descobertas terá mais de 56 mil m2, dos quais 39 mil dedicados a atividades assistenciais e não assistenciais e 17 mil de estaciona-

mento. Com 12 salas de bloco, mais de 170 camas de internamento geral, 14 boxes de cirurgia ambulatória e 18 camas de UCiP e UCi, 120 gabinetes de consulta e mais de 60 gabinetes de exames e tratamentos, a nova Unidade vai ainda ter um hospital de dia oncológico. Para além da componente assistencial, o novo Hospital CUF Descobertas vai contar com um Centro do Conhecimento que reflete a aposta na investigação, ensino e formação médica, áreas que estiveram desde sempre presentes na história do Hospital CUF descobertas e que agora irão ser reforçadas. Durante o mês de maio serão iniciadas as obras para a construção do novo edifício, que se irão prolongar até ao início do 4º trimestre de 2017. Ainda em 2017 estará a funcionar em pleno o novo edifício. Após a entrada em funcionamento do novo edifício dar-se-á início à evolução de toda a infraestrutura atual. o novo Hospital CUF Descobertas estará assim totalmente operacional em 2020. o Hospital CUF Descobertas iniciou o seu percurso em 2001, constituindo à data o maior investimento privado em estabelecimentos de saúde em Portugal. Antes do Hospital CUF Descobertas, existia um mercado de saúde privado disperso, tecnologicamente limitado, com uma organização de trabalho médico predominantemente individualista e com uma penetração bastante

incipiente dos seguros de saúde. o Hospital foi projetado para atingir em velocidade de cruzeiro (hospital “cheio” no ano de 2013) um total de 84 mil consultas/ano. Mas a realidade veio a revelar-se bastante mais ambiciosa: em 2004 foram realizadas 118 mil consultas; em 2010, 242 mil e em 2015, 363 mil. Foi ainda previsto, que em velocidade de cruzeiro, o Hospital conseguiria realizar 15 mil

atendimentos de urgência (45 urgências/dia). Em 2004 foram realizadas 84 mil urgências e, em 2015, 111 mil (300 urgências/dia). o crescimento e reforço da oferta do Hospital CUF Descobertas agora anunciados são consequência da história de sucesso do Hospital, qua ao longo dos seus 15 anos de atividade foi a escolha de muitos portugueses.


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ASSEMblEiA MUNiCiPAl EXtrAorDiNÁriA

Vozes afinadas na sessão solene comemorativa do 25 de Abril o Museu Nacional de Grão Vasco enfeitou-se de cravos vermelhos, para receber a sessão solene comemorativa do 42º aniversário do 25 de Abril. Foi com o quadro de S. Pedro em pano de fundo que a Assembleia Municipal (AM) evocou a revolução de 1974, numa cerimónia que se seguiu à homenagem de reconhecimento, por parte dos órgãos municipais, à participação que o regimento de infantaria de Viseu (riV) teve no golpe de Estado. Diferenças à parte, os vários partidos políticos afinaram pelo mesmo diapasão, no que respeita à defesa da democracia, da liberdade e das conquistas civilizacionais decorrentes de Abril de 74. todos em harmonia, também, quanto à necessidade de dar a conhecer às novas gerações, a luta contra a ditadura e à importância de fomentar uma cidadania ativa, contínua e exigente. Mas o mais afinado, literalmente falando, foi o deputado do bloco de Esquerda, Carlos Vieira, que ao longo do seu discurso, colocou a voz para cantar excertos de músicas de José Mário branco, Sérgio Godinho e José Afonso.

Cunha, do CDS, mas na perspetiva da “coesão territorial”. o deputado fez notar as assimetrias entre litoral e o interior, este “cada vez mais velho e empobrecido”, com potencialidades por aproveitar. “Fala-se muito sobre coesão territorial, mas pouco se faz”, observou. Carlos Cunha declamou Miguel torga – defensor da interioridade: “livre não sou/ que nem a própria vida mo consente/ Mas a minha aguerrida teimosia/ é quebrar dia a dia/ um grilhão da corrente”. “Combater a resignação”

Hino Nacional cantado pelos presentes no final da sessão mente, a defesa de uma “liberdade a sério”, só possível “quando houver a paz, o pão, a habitação, saúde, educação”. Carlos Vieira defendeu, também, a Constituição da república e o Poder local democrático. “Se o fascista conspira na sombra,/ o que faz falta/ é dar poder à malta”, concluiu, cantando Zeca. “Dignificação”

“Liberdade a sério” As mensagens contidas nas letras das canções escolhidas pelo deputado bloquista serviram para reforçar as suas ideias, nomeada-

“Prometo não cantar”, brincou Pedro baila Antunes, do PS. o deputado lembrou a Grândola Vila Morena, música que foi uma das senhas da revolução e que se

Em defesa da “cultura do exemplo” o presidente da mesa da Assembleia Municipal, Mota Faria (PSD), citou Mário Soares, Jorge Sampaio, Marcelo rebelo de Sousa e António barreto, ao longo de um discurso em que sublinhou a necessidade de “uma cultura do exemplo”, para “dignificar o Estado, prestigiar as instituições, credibilizar a política e os cidadãos que de uma forma nobre e com elevado espirito de missão e de serviço, se dedicam ou querem vir a participar no governo da coisa pública”. Mota Faria defendeu um “combate sem tréguas à corrupção” como “obrigação ética e de cidadania” e um “Estado forte, bem gerido que cumpra com eficiência todas as funções”, acompanhado por “uma Administração Pública que seja isenta, moderna e eficiente ao serviço da So-

ciedade”. Em seu entender, a reforma do Estado e da Administração Pública será “uma das áreas em que se deveria realizar um verdadeiro consenso de regime”. “Regionalização” Na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, o presidente da Câmara Municipal de Viseu realçou o investimento do Município na cultura, na economia e noutras áreas estruturantes, sem esquecer as medidas de apoio à natalidade, em que, sublinhou, “Viseu em estado na primeira linha”. Almeida Henriques considerou que “a regionalização é um imperativo democrático” e criticou “o silêncio, a ambiguidade e o desleixo” do Poder Central, relativamente a projetos como a Via dos Duques, a ligação Viseu-Sátão e a ferrovia.

“tornou numa força de liberdade”, disse. o eleito do PS referiu os três “D” de Abril (Desenvolvimento, Democracia e Descolonização), para em seguida se focar no “D” de Dignificação, em especial, a dignificação do trabalho, por que é necessário continuar a lutar. “os tempos de hoje exigem uma agitação de consciência”, afirmou, preocupado com desvalorização do trabalho a que Portugal assistiu nos últimos anos. “Oportunidade perdida”

blemáticas que comprometem o futuro, as questões de ordem demográfica, designadamente, a baixa natalidade e o envelhecimento da população. Mas Pedro Alves mostrou-se, também, preocupado com o novo ciclo político, o qual, “caso não se inverta a trajetória, poderá ser uma oportunidade perdida”, criticou, depois de ter falado sobre a dificuldade de estabelecer consensos num “tempo de oportunismo tático”. “Coesão territorial”

Pedro Alves, deputado do PSD, elegeu, entre as grandes pro-

A coesão, ou a falta dela, foi, também, referida por Carlos

Filomena Dias, da CDU, a única mulher a usar da palavra nesta sessão extraordinária, centrou a sua intervenção na “democratização da cultura” que ainda falta conseguir, 42 anos depois de Abril, o que coloca Portugal no fundo em todos os indicadores, a nível europeu. A deputada defendeu um “verdadeiro serviço público nas áreas culturais” e contestou a precariedade no trabalho existente neste domínio. também aqui é preciso “combater a resignação” para “cumprir Abril”, afirmou. No final, ouviu-se o Hino Nacional, cantado, de pé, uma vez mais, afinada e harmoniosamente, pelos presentes na Assembleia Municipal. Sofia Meneses

CoNFErêNCiA “CUltUrA E DEMoCrACiA”

“o Estado não deve ter uma política de gosto” A sessão solene comemorativa do 42º aniversário do 25 de Abril contou com uma conferência proferida por Henrique Monteiro, sobre “Cultura e Democracia”. o antigo diretor do jornal Expresso começou por salientar o seu apreço pela data em causa, lembrando que, durante a ditadura, também ele esteve preso por ter participado em manifestações contra a guerra colonial. Com fortes ligações familiares a Viseu e uma relação de parentesco com Aquilino ribeiro, de quem diz ter herdado “a teimosia granítica”, o orador manifestou a sua satisfação por estar a comemorar o 25 de Abril em Viseu, no Museu Nacional Grão Vasco, que elogiou. o conferencista considerou que Democracia e liberdade são geralmente associadas, no entanto, esta última, por vezes, pode ser apenas interior ou de espírito, o que não acontece com a Democracia. “Democracia é a regra de convivência livre e civilizada” e exige o acesso à Cultura, frisou. Mas que Cultura?, questionou. “o Estado não deve ter uma política de gosto”, respondeu, obser-

vando que, em democracia, não se podem impor cânones aos artistas. Henrique Monteiro defende que o Estado deve subsidiar as artes, até porque algumas não podem sobreviver sem esse apoio. “Há que ter bom senso. Não subsidiar a torto e a direito, nem recusar sempre”. Na primeira linha dos apoios estará a salvaguarda do património – “a cultura que resistiu à prova do tempo”. Para Henrique Monteiro, a Cultura e a Democracia têm em comum a liberdade, sem a qual nenhuma delas sobreviverá. o anfitrião, Agostinho ribeiro, diretor do MNGV, agradeceu a escolha do museu para a realização daquela cerimónia comemorativa . “A democratização da cultura, que leva a uma maior cidadania, é uma das funções do museu”, realçou. Desta forma, o museu assume-se, também, como um espaço de democracia e de liberdade. SM


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tErtÚliA “100 ANoS DE HiStÓriAS PArA CoNtAr”

Viseu no tempo do papel higiénico por cinco tostões Era uma vez uma cidade que tinha, mesmo no centro, por detrás da Câmara, um casinhoto, outrora destinado às necessidades fisiológicas dos funcionários do Município, no qual uma mulher, sentada num banco, vendia papel higiénico, por cinco tostões o metro. “Era o preço de uma cagadinha”, dizia-se, então, entre risos. Essa cidade era Viseu, num tempo em que, no rossio, ainda não existiam o banco de Portugal, nem a Caixa Geral de Depósitos. Existia, sim, ali perto, o chamado “tasco do Malcriado”, cujo proprietário, um homem rude de tamancos nos pés, era alvo de chacota, por parte das crianças que vinham da escola e que por ali passavam, só para o chamarem de malcriado. Diz o ditado que “quem conta um conto, acrescenta sempre um ponto”, mas cremos ter sido mais ou menos assim que Afonso Abreu, viseense de 91 anos de idade, recordou, com graça e distinção, parte da sua infância e juventude, durante a tertúlia “Viseu, 100 aos de história(s) para contar”, promovida pela Junta de Freguesia de Viseu. A iniciativa teve lugar, dia 29 de Abril, na sede da Associação Comercial do Distrito de Viseu e contou com testemunhos de Afonso Abreu, Alberto Correia, Glória Paiva, Joaquim Nascimento, Jorge do Carmo, Manuel Martins e ramiro Figueiredo, bem como, de Miguel Almeida, moderador, que não resistiu a contar também alguns episódios e histórias, sobretudo, da primeira metade do século XX. A sala estava cheia e a conversa, “como as cerejas”, prolongou-se de forma descontraída e entusiástica, sem ninguém dar pelo passar das horas, só terminando porque havia uma ceia à espera dos participantes, durante a qual se continuou a desfiar a memória. Livro de memórias em preparação “Evocar os antigos serões familiares” foi um dos objetivos desta tertúlia, como disse João Fonseca, jovem historiador, que tem entre mãos, a preparação de um livro de memórias sobre Viseu e as suas gentes. livro, esse, que será o resultado de um dos projetos vencedores do orçamento Participativo da Junta de Freguesia Viseu, como explicou Diamantino Santos, presidente da Junta. No início do encontro - organizado por Costa Pinto, como foi realçado -, o presidente da Associação Comercial do Distrito de

Participantes, envolvidos nas memórias de Viseu, nem deram pelo passar das horas

Viseu, Gualter Mirandez, chamou a atenção para as obras de recuperação do edifício-sede dos comerciantes e salientou o propósito de abrir à comunidade este espaço, também ele, guardião de muitas memórias. recuando no tempo, os participantes reviveram o Avenidateatro, a Praça de touros, a Pastelaria Santos e outros locais, outrora emblemáticos, que há muito deixaram de ter existência real. Foi contada a história do Hotel Grão Vasco, inaugurado em Junho de 1964, e lembrou-se o primeiro casamento dentro das suas portas (de António Carlos lopes e D. Fernanda Mouga). o velho cedro, monumento nacional -cuja sombra era local de estudo do jovem An-

tónio de oliveira Salazar -, foi, igualmente, referido. Entre risos e provocações bem humoradas, falou-se do baile da Gravata, “que permanece um tabu”, brincou Miguel Almeida. A “SAPEV” Não foram esquecidas as chamadas “quatro esquinas”, onde pequenos grupos se juntavam à conversa, contra a vontade dos comerciantes, aborrecidos por lhes taparem as montras. Era ali que “funcionava” a SAPEV – Sociedade Anónima dos Polidores de Esquinas de Viseu… o rossio, em tempos idos, verdadeira passerelle da sociedade viseense, foi palco de muitas estórias. Mas, também, a ribeira, os

mergulhos no Pavia e a rua Escura, onde os meninos frequentavam a “escola da rua”. Falou-se com ternura da D.Chiquinha que tomava conta de crianças, numa espécie de infantário social, no qual, quem não pudesse não pagava. Foram também recordadas algumas personagem típicas, mais conhecidas pelas suas curiosas e denunciadoras alcunhas: Chegamisso, Papa-Arroz, toninho Panela, talaça, tomates de Ferro, entre outros. os namoros antigos, por carta, ou vigiados pelo olhar severo de uma terceira pessoa que não permitia quaisquer aproximações, foram igualmente, tema de conversa e de riso, num ambiente de boa disposição, à mistura com al-

guma saudade, que marcou toda a tertúlia. Iniciativa a repetir Houve quem lembrasse alguns dos antigos contadores de história(s) de Viseu, nomeadamente, Álvaro de Meneses, Azevedo Pinto (rijo) e José Madeira, já falecidos, que, se ali estivessem, muito teriam para contar. Dado o adiantando da hora, o público não pode, praticamente, dar o seu contributo, mas ficou a promessa de repetir a iniciativa, uma vez que, está comprovado, as memórias são inesgotáveis e apaixonantes. Sofia Meneses


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CINFÃES COM INVESTIMENTO DE 6,5 MILHÕES EM ÁGUA E SANEAMENTO Seis milhões e quinhentos mil euros aproximadamente é o valor global do investimento previsto para a execução das redes de abastecimento de água e drenagem de águas residuais nas freguesias de Espadanedo, tarouquela e São Cristóvão. os concursos públicos já foram publicados em Diário da república beneficiando três das freguesias do Concelho mais deficitárias destas infraestruturas básicas. São mais de 30 quilómetros de rede, dois reservatórios de água e 4 estações elevatórias de águas residuais que podem vir a servir perto de 4490 habitantes com água

potável e 1749 com saneamento. Atualmente, o Município tem uma taxa de cobertura de água de 32,5% e de saneamento de 25,5%. Com este investimento, estima-se que a cobertura de água no concelho de Cinfães atinja, em 2017, os 54,5%, enquanto a cobertura de saneamento poderá chegar aos 34%. Depois da concretização destas três empreitadas, o objetivo é avançar com a execução da rede de abastecimento de água e saneamento nas freguesias deficitárias relativo a estes investimentos, conforme refere o presidente da Câmara Armando Mourisco.

CUPÃO PARA ANÚNCIOS DIVERSOS ANUNCiE A 0,50 À liNHA Estes anúncios económicos e eficazes são divulgados no semanário “Notícias de Viseu”, por forma a permitir às pessoas resolver muitos dos seus problemas de venda e compra de uma infinidade de artigos, ou mesmo relacionados com a vida privada, aos “hobbys”, de cada um dos nossos leitores.

RECEPÇÃO DE ANÚNCIOS “Notícias de Viseu” publicará em todas as suas edições o cupão quadriculado, a seguir impresso. Cada letra deverá ser inscrita num desses quadrados, mas deixando um espaço entre cada palavra. Por cada linha preenchida, deverá enviar à Administração do “Notícias de Viseu”, Apartado 3115, 3511 Viseu Norte, em selos de correio, vale postal ou cheque, o valor correspondente, multiplicando o número de linhas por apenas 0,50 euros, com iVA incluído. No caso de pretender mais de uma publicação, bastará que envie a quantia total das inserções desejadas. os anúncios com respostas aos jornais deverão vir acompanhados de um envelope com a direcção para quem devem ser remetidas, bem como os selos suficientes para o porte. Se não desejar enviar o anúncio pelo correio, poderá fazê-lo, pessoalmente, na nossa administração, no Complexo Conventurispress - Av. do Convento, nº1 - orgens.

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FUNDOS COMUNITÁRIOS PARA A REGENERAÇÃO URBANA BLOQUEADOS

No seguimento de contactos que têm sido estabelecidos entre diversos municípios sobre o atraso no encerramento do processo de negociação dos fundos para a regeneração urbana, remeto para os efeitos convenientes uma posição do Presidente da Câmara Municipal de lamego e da CiM Douro, Eng. Francisco lopes, sobre este assunto: Fundos comunitários para a regeneração urbana bloqueados "É com preocupação que a maioria dos Municípios da região do Norte vê a pretensão da Câmara Municipal do Porto de ver aprovada uma candidatura que praticamente esgota toda a verba alocada à Área Metropolitana do Porto. Desde logo porque os Planos Estratégicos de Desenvolvimento

regional (PEDU), ao abrangerem somente 29 municípios do Norte de Portugal, dos quais 17 municípios da Área Metropolitana do Porto e apenas 12 do resto da região, criam um desequilíbrio grave para com os restantes 57, abrangidos pelos PArU. E isso, sim, é um grave constrangimento que já foi sinalizado ao Governo com grande preocupação pela globalidade dos municípios do Norte. A dotação prevista para os PEDU é de 384,75 milhões de euros. À Área Metropolitana do Porto foi concedido um envelope financeiro autónomo superior a 50% dessa verba, o que já é revelador desse desequilibro: na verdade, este montante de 212 milhões de euros ainda acentua mais as divergências e a falta de coesão da região, pois para os restantes 57 municípios do Norte, que não vão usufruir de um PEDU, está apenas destinada uma verba de 95 milhões de Euros. Ao exigir 160 milhões de euros de um pacote global de 212 milhões e com isso condicionar o encerramento deste processo, o Porto cria uma situação insustentável para com o resto da região Norte, que não pode admitir rever os montantes já acordados para os PEDU e retroceder num processo que já peca por atraso. Ao Porto, na sua capitalidade regional, exige-se um exemplo de liderança e solidariedade para com todos os outros municípios deste território".

3 4 5 6 7 8 9 10 NoME: .......................................................................................................................... MorADA: ..................................................................................................................... Código Postal: .................................. Quantia enviada .............................................

CUPÃO PARA ANÚNCIOS GRÁTIS DE EMPREGO PUBLICAÇÃO VÁLIDA 1 MêS Este é um espaço destinado à procura e oferta de emprego, no qual poderá colocar, GrAtUitAMENtE, o seu anúncio. Para tal, basta enviar este cupão devidamente preenchido (em letra de imprensa), juntamente com uma fotocópia do b.i., e enviar por e-mail ou para a seguinte morada: Notícias de Viseu, Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 - 3511-689 Viseu Norte e-mail: publicidade@noticiasdeviseu.com

DADOS DO ANUNCIANTE NoME: .................................................................................................... MorADA: ............................................................................................... Cod. Postal: .................. loCAliDADE: .............................................. telefone ou e-mail: ................................................................................. oFErtA:

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MINISTRO DA ECONOMIA PRESENTE NO 3º SEMINÁRIO DE EMPREENDEDORISMO DE NELAS Pelo 3º ano consecutivo, decorreu durante no Edifício Multiusos de Nelas o Seminário de Empreendedorismo- inovação, Formação e Criação de Emprego, um encontro que apresentou diversos casos de sucesso, resultados e oportunidades em matéria de empreendedorismo, na presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral que congratulou as empresas do Concelho que primam pela excelência, diferenciação e dinamismo, factores fundamentais para vencer e conquistar mercados internacionais. referiu ainda que o sucesso das empresas passa por uma estratégia de formação e valorização de recursos humanos, inovação tecnológica e parcerias, características bem evidentes nas empresas concelhias. Na sequência da visita a Santar, o Ministro enalteceu o projecto "Santar, Garden Village" exemplo ímpar de união entre as pessoas da terra que colaboram com empenho e dedicação num projecto comum que valoriza todo um patrimonial e identidade local e cultural. o Presidente da Câmara Municipal de Nelas apresentou a Estratégia de Desenvolvimento Económico e industrial de Nelas para os próximos 10/20 anos, tendo reforçado a ideia da necessidade de potenciar a cultura empresarial local, que neste momento assenta em 264 empresas, 12 mil hectares de área agrícola, dos quais mil são dedicados ao cultivo de vinha, e no turismo que dispõe

de 750 camas, posicionando o Concelho na vanguarda dos Municípios que fazem parte da Comunidade intermunicipal Dão lafões, ocupando o terceiro lugar em termos de oferta hoteleira. Destacou ainda a disponibilidade da Câmara Municipal para desenvolver projectos no âmbito do Quadro Comunitário para alargar zonas de acolhimento industrial, criando fortes alicerces para a implantação de novas empresas que fortaleçam o tecido industrial local. Seguiu-se a assinatura do Protocolo “Formação Profissional & Empregabilidade” entre a Câmara Municipal de Nelas e o instituto de Emprego e Formação Profissional,

representado pelo Delegado regional, António Alberto Costa, que visa a implementação e instalação de uma extensão do Centro de Formação Profissional de Viseu, constituindo um Pólo de Formação na Zona industrial i de Nelas, integrado na estratégia de desenvolvimento económico industrial do Concelho de Nelas. o Pólo de Formação terá como finalidade a realização de acções de formação profissional necessárias e adequadas ao desenvolvimento sustentado quer do tecido económico, quer das habilitações e competências profissionais da população instalada na zona envolvente. o Seminario prosseguiu com a

assinatura do Protocolo “Empreendedorismo Criativo e tecnológico”, entre a Câmara Municipal de Nelas e o instituto Politécnico de Viseu, representado pelo Presidente Eng. Fernando Sebastião. Com o presente Protocolo, o Município de Nelas pretende promover a cooperação institucional com o iPV, no sentido de criar mecanismos e dinamizar apoios estruturais ao empreendedorismo criativo e tecnológico, prosseguindo o iPV com os seguintes fins: a realização de investigação científica e a cooperação institucional numa perspectiva de valorização recíproca, nomeadamente através da

investigação aplicada e da prestação de serviços à comunidade; a valorização social do conhecimento e a sua transferência para os agentes económicos e sociais como motor de inovação e mudança e ainda a conservação e divulgação do património científico, cultural e artístico. No segundo Painel, Mário Mouraz CEo do Climber Hotel, oriundo de Canas de Senhorim, falou sobre a sua experiência pessoal como exemplo de empreendedorismo quando criou a sua Startup no âmbito do Projeto Startup lisboa, ambicionando alcançar mercados internacionais. Evidenciando a diversidade do Ecossistema Económico industrial de Nelas, assim como exemplos de Estratégias bem-sucedidas de crescimento empresarial, apresentaram-se testemunhos de Nelas para a região, para o país e para o mundo, pelas empresas borgstena, Movecho, Faurécia, Qbeiras e officelan, empresas reveladoras da diversidade, dimensão e sectores de actividade, presentes no tecido económico-industrial de Nelas que juntamente com outras excelentes referências têm criado as condições para ocuparmos a posição de liderança de criação de emprego na região. Ainda do Programa fez parte a visita do Presidente da Câmara e Ministro da Economia às instalações de três empresas de sucesso, borgstena têxtil, Movecho e Faurécia, instaladas no Concelho de Nelas.

Espumante “Terras do Demo” conquista medalha de ouro em concurso mundial de vinhos Um espumante “terras do Demo”, “olho-de-perdiz”, rosé, colheita de 2014, produzido pela Cooperativa Agrícola do távora, em Moimenta da beira, acaba de ser distinguido com uma medalha de ouro na edição de 2016 do Concurso Mundial de bruxelas, uma competição itinerante que este ano se realizou na cidade de Plovdiv, na bulgária. No certame foram avaliados mais de 8.750 vinhos, de 51 países, examinados por um painel que incluiu cerca de 300 provadores de 54 países diferentes. Já em fevereiro de 2015, o mesmo espumante tinha também conquistado uma medalha de ouro no "Sakura Japan Women's Wine Awards", o maior concurso de vinhos do Japão. os prémios

que tem alcançado constituem uma honraria ímpar para uma das marcas mais distintas produzida dentro do território do município de Moimenta da beira. o espumante, duplamente premiado, é feito a partir da casta touriga Nacional (100%), maturação pelo método tradicional e, garante o produtor, tem a mesma coloração do olho-de-perdiz. o aroma é intenso, primoroso e floral. E o paladar fresco e muito frutado, com prolongado no final. bebe-se em qualquer circunstância, especialmente como aperitivo, com entradas e cocktails diversos, carnes brancas, saladas, peixes, frutos do mar, etc. A Cooperativa Agrícola do távora está localizada na região

Demarcada do "távora - Varosa", região que, dadas as suas condições únicas (solos graníticos, primários e pobres em calcário, altitudes elevadas, clima temperado continental, entre outras), faz com que se traduza num lugar privilegiado para a produção dos melhores vinhos e espumantes nacionais, e ainda da maçã, particularmente a tão apreciada variedade "bravo de Esmolfe". São os dois rios, távora e Varosa, que dão o nome à região constituída pelos concelhos de Moimenta da beira, Sernancelhe, tarouca e ainda algumas freguesias dos municípios de Penedono, S. João da Pesqueira, tabuaço, Armamar e lamego.


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Amigos do jornal Notícias de Viseu e Turiviajar visitaram

MONASTERIO DE MONTSERRAT -Encanto a jorros, onde a Natureza verteu algo que, somente no imaginário, se poderia conceber, como cultura da Catalunha.

Simplesmente, soberbo ! Deslumbrante,... sem palavras para classificar tanto encanto, para regalo daqueles que gostam do que a belo, atrevidamente diriamos do que é divino. Com surpresa, foi assim que os Amigos do jornal “ Notí-

cias de Viseu “ e turiviajar descobriram e tiveram a felicidade de ver e usufruir de tanto encanto no parque natural de la Muntanya de MontSErrAt, local único, perfeito, pela diversidade de atividades, paisagem e lugares. No mosteiro ainda hoje dá para conhecer a forma de vida

dos monges beneditinos, depois de ter a felicidade de tocar e ver de perto a Moreneta, a Virgem de MontSErrAt, tida como símbolo mais importante da Catalunha, uma lindíssima peça talhada no século Xii de cor escura Depois é todo o cenário envolvente, com o museu de arte com obras de renomeados artistas. No coração do mosteiro, encontra – se localizada basilical que data do século XVi, depois completamente destruída, no século XiX, pelas tropas francesas, logo, recuperada. As rochas assumem diversas formas, dependendo da imaginação de cada um. o tempo não foi muito para ali permanecer, mas desde logo ficou reservados os hotéis para voltarmos de 7 a 11 de outubro próximo.

Grupo viajou num luxuoso autocarro da empresa Marques - barraqueiro conduzido pelo profissional Fernando Póvoa que, para al+em de competente motorista foi um excelente guia mostrando e dando a conhecer ao grupo produndos conhecimentos por onde o grupopassaou de Zaragoza , Montserrat, lloret del Mar. barcelona, Andorra e lourdes


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A CONFRARIA DO DÃO, VAI CRIAR “ EIXO GASTRONÓMICO A /25” (AVEIRO-SALAMANCA)COM AS ENTIDADES OFICIAIS Com a adesão de algumas confrarias, a Gastronómica do Dão, sediada em Viseu, tomou a iniciativa em criar uma associação designada “ Eixo gastronómico A/25”, que englobará a grande maioria das confrarias, associações e academias localizadas no traçado entre as cidades de Aveiro e Salamanca, tal como o expressou Nelson Augusto, no ato de posse e do 19º aniversário, como Mordomo – Mor, da confraria defensora do vinho do Dão. Adiantou ainda que “ a Confraria Gas-

tronómica do Dão é das melhores situadas na defesa dos produtos endógenos do património cultural no âmbito da gastronomia, por se saber que sem gastronomia não há vinho; logo o vinho é gastronomia, circunstancia que nos leva a considerar a região do Dão, que honrosa e orgulhosamente a Confraria representa, é extremamente gastronómica. - Daí a razão em reunir os confrades à volta deste movimento cultural ao longo destes dezanove anos, para traçar propósi-

tos na defesa dos produtos da região do Dão; luta essa que não tem sido nada fácil, mas com essa certeza e forte perspectiva de que estamos altamente empenhados no projecto- concluiu. Depois do juiz da Confraria Gastronómica do Dão, Aníbal Simões ter dado posse à nova direcção, homenageou o confrade Gama, pela prestação de serviço que deu à confraria de reconhecido mérito. No tocante ao futuro da confraria, Aníbal Simões mostrou a sua preocupação na continuidade confrádica, em virtude de muitos dos actuais membros “ em breve passarem a andar de bengala e a confraria acaba por morrer também...” acentuou. - Para que assim não aconteça e para o evitar, fez apelo à renovação e nada melhor do que, já no próximo ano, com a celebração do 20 º aniversário, fazer – se uma grande festa de forma a manter em alta o espírito confrádico -alvitrou. Por fim, usou da palavra o vice presidente da Câmara Municipal de Viseu, Joaquim Seixas para saudar e felicitar a confraria e os confrades pelo tra-

balho desenvolvido em defesa não somente da gastronomia, mas também do turismo e cultura da região. Daí que a Confraria Gastronómica do Dão encaixe como uma luva nesse propósito dada a riqueza gastronómica que possuímos preservando e divulgando. - Nesse aspecto as confrarias são um excelente instrumento, qualificado, uma vez que as pessoas que aderem, forma geral, tem plena consciência do dever que assumem na preservação desse património, por serem autênticas embaixadoras da região, pela credibilidade em tudo aquilo que nos identifica e valoriza – salientou.

INSTITUIÇÕES CENTENÁRIAS, COMO TEMA NAS CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS 2016 Desde há muitos anos que, as Cavalhadas de Vildemoinhos, assinalando uma tradição, constituem berrante cartaz turístico para a região de Viseu. Nesse propósito, a povoação bairrista de Vildemoinhos ( hoje importante bairro da cidade), pontualmente, a 24 de junho, brinda o país e os viseenses em especial, com um luzido cortejo, delícia para muitos milhares de turistas que invadem e se apinham nos passeios e rotundas floridas centrais da cidade de Viriato. Assim, a direção, depois de proceder aos diversos atos que antecedem este desfile como seja o ajuste, está altamente empenhada em que o desfile alegórico se associe as instituições que, neste ano de 2016, comemoram centenários de vida em prol da região, servindo de tema. Como novidade e inédito, no desfile de 2016, contará com a presença da cavalaria da GNr, ou seja aquela que assegura missões de grande visibilidade pública em actos ligados às Honras de Estado, que, juntamente com os cavalos habituais, honradamente, mostram que são mesmo “ CAVAlHADAS”, na lógica de que não haverá cavalhadas sem cavalos! os carros tradicionais e alegóricos estão dia e noite a ser confeccionados, mas qual deles o de maior grandeza e beleza artística. A próxima edição daremos o devido destaque a este evento, com séculos de tradição.


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SANTA COMBA DÃO ATRAI MANGUALDE SENSIBILIZA NOVO INVESTIMENTO INDUSTRIAL PARA A IGUALDADE DE GÉNERO

Como sinal da atratividade do território, Santa Comba Dão vai ganhar um novo investimento industrial, da área dos ultracongelados. A SAbGAl, indústria de alimentos SA, empresa vocacionada para a produção de refeições, com recurso a tecnologia de ponta, vai construir as suas instalações na Zona industrial das lameiras. A Câmara Municipal de Santa Comba Dão já deu luz verde à construção desta unidade de fabricação, cujas obras irão ter início no decorrer da próxima semana. A laboração da SAbGAl terá início de uma forma faseada, a curto prazo, estando a trabalhar em pleno daqui a um ano. Com relevância social e económica para o concelho, o processo deste novo investimento empresarial foi acompanhado de perto pelo presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, leonel Gouveia, que realça a importância da sua construção no concelho Santacombadense. “Durante cerca de 10 anos, Santa Comba Dão assistiu a uma estagnação em termos de desenvolvimento industrial. A SAbGAl constitui o primeiro investimento de vulto, desde há muitos anos, e que vem colmatar, sobretudo, as necessidade que temos no que diz respeito à empregabilidade de mão

de obra feminina e de quadros superiores”, refere o autarca. leonel Gouveia considera gratificante a conquista deste novo investimento empresarial para o concelho, por todo o trabalho desenvolvido nos últimos anos pelo executivo municipal. “Temos feito um esforço considerável para garantir a sustentabilidade financeira do Município. Conseguimos a redução do endividamento em três milhões de euros, em dois anos, mas sem nunca descurar a criação de condições que permitam aumentar a atratividade do concelho para o investimento, quer em termos industriais, quer no setor do turismo”. Com um investimento de 13 milhões de euros, já aprovado e financiado pelo iAPMEi, a SAbGAl é uma empresa, marcadamente exportadora, que vai utilizar no processo de fabrico dos seus produtos algumas das tecnologias mais avançadas do mercado. irá criar, numa primeira fase, entre 80/90 postos de trabalho (maioritariamente femininos e 10 quadros superiores) , constituindo-se, claramente, como “uma mais-valia para o desenvolvimento económico e social de Santa Comba Dão”, concluiu leonel Gouveia

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No âmbito do projeto lGE- local Gender Equality, realizou-se, na Câmara Municipal de Mangualde, uma reunião entre a Vereadora da autarquia, Maria José Coelho, e a equipa responsável pela consultoria no âmbito da igualdade de Género. No mesmo dia, realizou-se uma ação de sensibilização para a temática, com os principais atores estratégicos da Semana da Saúde e da Mostra Social, de forma a incorporar este tema, tão central, nas diversas atividades a realizar, sensibilizando a comunidade para este tema. As iniciativas integraram a 5ª fase do projeto, uma fase de consultoria formativa, que pretende ser uma etapa de experimentação e validação dos instrumentos e ferramentas criados ao longo do projeto, com os seus destinatários finais diretos (municípios) e indiretos (atores locais nos vários domínios de atuação territorial - economia, cultura, desporto, urbanismo, ação social). loCAl GENDEr EQUAlity: o ProJEto o projeto local Gender Equality propõe-se a desenvolver metodologias e instrumentos para a promoção da igualdade de género e facilitação da conciliação entre esferas da vida, pelas estruturas de governação local, assente num consórcio entre entidades parceiras, que envolve a conceção, experimentação e validação com os seus destinatários finais diretos (municípios) e indiretos (atores locais nos vários domínios de atuação territorial - economia, cultura, desporto, urbanismo, ação social). Financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014 (EEA Grants), é operado pela Comissão para a Cidadania e igualdade de Género. Este projeto prevê a criação de instrumentos e metodologias de incorporação da igualdade de género nos principais domínios da comunidade, estimulando uma participação colaborativa dos diversos agentes não só na internalização dos princípios de igualdade de género no seio das estruturas municipais, como também na introdução da temática ao nível dos planos de ação. Para além do Município de Mangualde, fazem parte o CES (Centro de Estudos Sociais), de Coimbra, a fundação CEFA (Centro de Estudos e Formação Autárquica), de Coimbra e os municípios de Póvoa de lanhoso, lagoa, Ferreira do Alentejo e Pombal.

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“Crónicas de Lisboa” Amor, a Realidade e a Utopia “Amor? É uma loucura do sangue que o espírito consente”W. S. “Vi-a, corei e empalideci, elevando-se um tumulto na minha alma enlouquecida. os meus olhos deixaram de ver, não conseguia falar e todo o meu corpo parecia que ardia”- J.r.. Estas duas citações, levam-nos para aquilo que se designa por paixão, porque o amor, no sentido incondicional do termo e tão difícil de definir, poderá acontecer, ou não, depois de “saciada” essa emoção mais corporal do que afectiva. o amor, nessa fase de maturidade, digamos assim, contém, dentro de si, emoções que nos podem destruir, como seja o medo, a tristeza, a cólera, o desejo sexual, a insegurança afectiva e da intimidade, etc. Se não houver outros suportes nos desejos e sentimentos das partes envolvidas, passada a fase da paixão, poderá surgir a rotura, por vezes violenta ou, no mínimo frustrante porque reveladora de incompatibilidades perante uma vida em comum que se tornou mais difícil ou entrou em rotura e desregulação. o dia de S. Valentim é, em termos de negócios muito importante e a lenda (melhor, as duas lendas com origens e versões diferentes mas todas com o mesmo sentimento: celebrar o enamoramento e o amor) é ternurenta mas o marketing aproveitou-se dela e , assim, o dia dos namorados foi pervertido. Nesse dia, os “namorados” procuram celebrar o enamoramento e o amor (aqueles que o têm) ou fingem que ainda há amor para que o ambiente e as relações conjugais não se esfriem ou fiquem mais tensas. E de modo a evitar males maiores, pode “mentir-se ao

amor”, ofertando algo que tente substituir o amor que é feito de entregas ao outro, de reconhecimento e de envolvimento mútuo, pois o amor profundo é feito de dádivas e amar o outro como desejaria ser amado. Como sintomas de que “namorar e amar dá muito trabalho”, precisamos de inventar festas e atitudes que preencham um certo carnaval da nossa vida, muito “materialista” e, mesmo que inconscientemente, esvaziarmo-nos, pelo que há muitos lares onde apenas restam os escombros, porque está vazio ou cheio de feridas, por vezes carregadas de ódio ao outro. Ali restam as memórias e as recordações do que foi um lar cheio de sonhos assente num objectivo comum : o amor. Mas e aqueles que não têm um amor, aqui este amor no sentido conjugal e não nas outras formas de amor, essas mais genuínas e puras, como vivem? Há estudiosos desta matéria que concluíram que não existe amor entre adultos, mesmo que sejam “conjugais”. Entre esses, existe uma relação que se baseia, por vezes,dependendo da idade e duração das mesmas ou dos pares, noutros factores como sejam atracção física, sexual, interesses sócio-económicos, etc. Mas os interesses pelo amor, tema que factura milhões em várias áreas (cinema, literatura, música, espectáculos diversos, festas de celebração, etc.), aumentaram desde que o casamento no ocidente começou a ter como base o “amor” e não apenas um contrato, como ainda o é em muitos países, religiões, etc. obviamente, com esse “amor” é muito provável que

depois surja o “desamor”, seja no conceito da perda da paixão e da atracção ou convertida mesmo numa forma de intolerância e que pode levar à violência conjugal (com mau historial no nosso país, tal o número de factos e mortes de mulheres, que ocorrem em cada ano) cuja origem está nas roturas conjugais onde o amor ou nunca existiu ou a roturas fizeram emergir graves defeitos das mentes de muitas pessoas, algumas elas próprias vítimas de violência familiar anterior. Segundo alguns estudiosos, o único, genuíno e verdadeiro amor é aquela sensação e as relações de e para com as crianças, principalmente para com os nossos filhos. Depois e porque estes crescem e se convertem em adultos, o amor já não tem a mesma riqueza e surgem até divergências, por vezes violentas. Ademais, embora cada vez mais raro, porque o “amor conjugal” se desviou para outros campos (consumismo, hedonismo, zoomania - mania em ter animais ou interesse e “amor “ excessivos pelos mesmos -, etc) a natalidade desceu e, por isso, há cada vez menos netos, privando-nos, assim, de voltarmos a sentir o verdadeiro amor para com e das crianças. Porque o amor abre e fecha ciclos nas nossas vidas e pobres daqueles que não têm a felicidade de voltarem a saborear esse enorme prazer. Diria até que que é indescritível o amor que podemos sentir por uma criança, desde que ela nasce até se converter num adulto, por vezes já numa adolescência sem a mesma pureza ou mesmo muito problemática e conflituosa para com os seus ascendentes (pais e avós).

o amor é uma utopia, contudo se para uns é “um faz de conta”, para outros, é algo sublime, mesmo até entre dois adultos, agora sem preconceitos sexuais, que pode ocorrer até já nas idades dos “entas”. E se ambos puderem partilhar esses amor com os netos, que até podem ser - “os meus, os teus e os nossos” - se a saúde ajudar, então o nosso “final de vida” pode ser maravilhoso e terno. Até lá e porque a vida é feita de gerações, embora com uma séria ameaça de rotura, celebremos o dia dos “namorados”, mas façamolo com muito mais do que a troca dum objecto de consumismo ou de marketing ou praticar um gesto hipócrita, tipo faz de conta. Será uma oportunidade para nos envergonharmos do número de mulheres mortas (quarenta e três no ano de 2014), e da violência doméstica, pelos seus companheiros, alguns ainda e apenas como namorados. Neste ano de 2015, o número de casos parece estar na linha da do último ano, revelando que as relações e as roturas conjugais são um problema grave e a merecer, por isso, a atenção de todos nós, porque há ainda as crianças afectadas por esses homicídios e orfandade, até porque, em muitas situações, acabam em suicídios dos autores. Aceitemos que o amor, embora também noutras áreas, é a arma mais poderosa contra muitas doenças das sociedades modernas (ódio, racismo, solidão, depressão, egoísmo, materialismo, etc), pelo que devemos adoptar as nossas atitudes , gestos e assertividade de modo a que se evitem os conflitos. Até a medicina reconhece que o viver enamorado das pessoas e da

vida (namorar, amar, autoestima, positivismo, etc) é das melhores receitas para proteger o coração, aqui no sentido físico, porque libertamos grandes quantidades de hormonas que ajudam a protegernos, também contra a depressão, esta já considerada uma epidemia dos tempos modernos, etc. Aquilo que recebemos, através do amor verdadeiro, é muito mais do que quanto damos, seja a crianças, adolescentes, adultos e idosos, porque em todas estas faixas etárias existe muita falta de amor e solidão e que, em muitos casos,a dor mata. Contudo, o amor é como uma planta que, para não morrer antes do seu tempo, tem que ser cuidada de modo a resistir às tempestades da vida, mas também à bonança e gerar os frutos que alimentam a alma. Amar é cuidar e saberemos como fazer isso? Para a vida profissional e até para o lazer, tiramos cursos e investimos dinheiro e tempo, mas para a nossa vida afectiva, familiar e social, somos autodidatas. Não é suficiente, dizem os “psis”, pelo que as sociedades modernas pagarão um custo elevado pelas consequências do desamor. Que S. Valentim nos acuda, apetece-nos gritar em prece e vale a pena meditar: "Este amor tão violento, tão frágil, tão terno, tão desesperado. Este amor, belo como o dia e mau como o tempo, quando está mau tempo. Este amor tão verdadeiro, tão feliz, tão alegre, mas tremendo de medo como uma criança no escuro "- do livro Saber Amar.

Serafim Marques Economista

X jORNADAS DE PSICOLOGIA NO INSTITUTO PIAGET DE VISEU A liCENCiAtUrA EM PSiColoGiA Do iNStitUto SUPErior DE EStUDoS iNtErCUltUrAiS E trANSDiSCiPliNAr (iSEit) - iNStitUto PiAGEt DE ViSEU, rEAliZA, No PrÓXiMo DiA 17 DE MAio, No CAMPUS UNiVErSitÁrio DE ViSEU, AS X JorNADAS DE PSiColoGiA, SUborDiNADAS Ao tEMA: “PSiColoGiA Do AMbiENtE / PSiCÓloGoS Do AMbiENtE”. o meio Ambiente é hoje centro de inúmeras atenções. As implicações resultantes das alterações ambientais são universal e transdisciplinarmente reconhecidas. A gravidade dos problemas ambientais, a preocupação crescente com a qualidade de vida, as vertiginosas transformações sociais e técnicas, reclamam o contributo da Psicologia na interpretação dos fenómenos, na intervenção e na promoção da saúde ambiental. No sentido de contribuir para a clarificação destas temáticas, proceder à apresentação e discussão da natureza

e contextos da Psicologia Ambiental, qualificar a intervenção dos psicólogos em contexto de mudanças ambientais complexas e afirmar o perfil do psicólogo do ambiente, organizam-se as X Jornadas de Psicologia que estão essencialmente estruturadas a partir de duas conferências, orientadas para a revisão da temática e para a experiência profissional, e dois painéis, orientados para a diversidade de perspetivas e experiências em matéria ambiental. A presença do Sr. bastonário da oPP – ordem dos Psicólogos Portugueses abrirá certamente espaço para oportunidades de exercício profissional na área da psicologia do Ambiente. As X Jornadas de Psicologia serão também o momento para um grupo de membros da Unidade de investigação rECi-research in Education and Community intervention apresentar o seu livro “Envelhecimento, Cultura e Cidadania.”


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12 Saúde

Quinta-feira 12/05/2016

Fundação Portuguesa de Cardiologia e Fundação INATEL juntas em Caminhadas pelo Coração

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) em parceria com a Fundação iNAtEl, promove durante o mês de maio uma caminhada semanal “Caminhar pelo Coração”, realizada no Parque de Jogos 1º de Maio do inatel, todos os sábados no período da manhã, sempre com acompanhamento técnico. o projeto “Caminhar pelo Coração” tem como principal objetivo incentivar a população para a prática de atividade física, fundamental para a promoção da saúde e bem-estar. A atividade física regular não significa apenas atividades desportivas, de lazer ou competitivas, mas engloba também formas diversas de atividades diárias menos intensas, como caminhar. Este projeto, visa essencialmente contribuir para a concretização de uma prática agradável e, ao mesmo tempo, saudável. A caminhada em passo acel-

erado é um excelente programa de atividade física. A prática da atividade física diminui o risco cardiovascular e ajuda a aumentar a qualidade e esperança de vida, combate a obesidade, baixa a pressão arterial sobe o colesterol protetor e melhora a circulação arterial. o projeto “Caminhar pelo Coração” destina-se a todos os “Amigos da FPC”, sócios iNAtEl, e a todos aqueles que se queiram juntar a esta iniciativa. A participação é gratuita, podendo inscreverse através do email fpcardio@fpcardiologia.pt. Para além de deixar o desafio para esta caminhada semanal, a Fundação Portuguesa de Cardiologia, neste mês do coração, relembra um conjunto de medidas simples de como é possível, no dia-a-dia, aplicarmos um pouco de exercício físico para manter o corpo a funcionar de forma saudável:

1) introduza algum movimento nas suas atividades diárias: prefira escadas em vez de elevadores; ande mais a pé (na utilização dos transportes públicos, desça uma paragem antes, deixe o automóvel mais longe); ande de bicicleta, salte à corda; 2) Escolha uma atividade física que lhe agrade e que possa praticar: as mais prolongadas e moderadas são as ideais, como por exemplo a natação, corrida, ciclismo, caminhadas, dança de salão. tente praticar, pelo menos, três vezes por semana. Se conseguir companhia, ainda melhor; 3) Com o tempo, aumente a intensidade do exercício: o seu corpo vai tendo mais capacidade para o esforço e revigora-se cada vez melhor ao longo do tempo; 4) A atividade física deve ser adequada à sua condição de saúde e à sua idade: em idades mais jovens, o exercício pode ter um carácter competitivo, já em pessoas com mais de 35 anos a atividade física deve assumir uma forma de lazer; 5) É desejável que a atividade física se inicie na infância: no crescimento das crianças o corpo e a saúde beneficiam muito do exercício. Ajuda à concentração, aumenta o apetite e motiva a sociabilidade; 6) Antes de dar inicio a algum programa de exercício deve realizar um exame médico prévio.

Diabetes é fator de risco para mau funcionamento do sistema nervoso o mau funcionamento do sistema nervoso autónomo pode afetar quase todos os sistemas corporais pelo que identificar a anomalia é determinante para um tratamento mais eficaz. De acordo com Mariana Santos, neurologista e neurofisiologista clínica no Hospital lusíadas lisboa “a diabetes é a principal causa de disfunção do sistema nervoso autónomo. As complicações decorrentes desta doença provocam lesões no sistema nervoso periférico que inclui os nervos motores, sensitivos e o sistema nervos autónomo”. E acrescenta: “Na diabetes, os testes de avaliação do sistema nervoso autónomo, são bastante úteis permitindo o diagnóstico e a determi-

nação da gravidade das lesões. A Associação Americana de Diabetes sugere a realização destes testes ao fim de cinco anos após o diagnóstico de Diabetes tipo i e na altura do diagnóstico nos casos de Diabetes tipo ii”. o tratamento da disfunção autonómica é em grande parte dependente da causa. “Quando o tratamento da causa subjacente não é possível, o médico irá tentar várias terapias para aliviar alguns sintomas e melhorar a qualidade de vida dos doentes. isso pode passar por medidas não farmacológicas (uso de meias de compressão elástica, aumento do consumo de líquidos, aumento do sal na alimentação, realizar refeições pequenas e frequentes, dieta pobre em gordura e rica

em fibras, etc.) e fármacos”, esclarece a neurologista Mariana Santos. o sistema nervoso autónomo é uma parte do sistema nervoso que funciona independente da vontade e consiste em neurónios que conduzem impulsos desde o sistema nervoso central (cérebro e/ou espinal medula) até às glândulas, músculo liso e músculo cardíaco. o seu papel é aperfeiçoar constantemente o funcionamento dos órgãos e sistemas de órgãos de acordo com os estímulos internos e externos; e ajudar a manter a estabilidade e equilíbrio interno do corpo, através da coordenação de várias atividades como secreção de hormonas, circulação, respiração, digestão e excreção.

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Desporto 13

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IV Mangualde Gym PrESiDENtE DA CÂMArA MUNiCiPAl DE MANGUAlDE E SECrEtÁrio DE EStADo DA JUVENtUDE E DESPorto MArCArAM PrESENÇA No ArrANQUE DA iNiCiAtiVA No passado sábado, a ginástica foi rainha em Mangualde com mais uma edição do Mangualde Gym. A iniciativa realizou-se no Pavilhão Municipal de Mangualde e contou com 398 participantes, entre ginastas e professores. No encontro marcou presença o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, e o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo rebelo. o início do encontro ficou ainda marcado pelo desfile de abertura dos participantes. Foram 12 os clubes/associações/escolas participantes: Agrupamento de Escolas de Mangualde, Sporting Clube de Portugal, Associação de Educação Física e Desporto de S. Pedro do Sul, Agrupamento de Escolas de Vouzela, Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul, União Progressiva Vale do Côvo, iAM – instituto de Artes Musicais, Centro Atlético Póvoa Pacense, Forlife, GiNArtE – Associação Desportiva e Cultural de Estremoz, Escola de Dança Pedro e Fernanda e Clube Nacional de Ginástica. A iniciativa, que já vai na quarta edição, é organizada pela Câmara Municipal de Mangualde com o apoio do Agrupamento de Escolas de Mangualde.

Tiago Fonseca e Liisa Ehrberg venceram o duríssimo Mêda100

o português tiago Fonseca e estoniana liisa Ehrberg foram os grandes vencedores da prova Mêda100, pontuável para o circuito mundial de maratonas e para a taça Cylcin’Portugal. o evento acolheu mais de 400 ciclistas, profissionais e amadores, e ficou marcado por condições meteorológicas bastante adversas, que tornaram os percursos especialmente difíceis. os trilhos do concelho de Mêda são já conhecidos pela sua dureza, o que tem cativado cada vez mais ciclistas de todo o mundo para disputar esta prova. A chuva, frio e vento forte que se fizeram sentir na manhã de domingo exigiram um esforço ainda maior dos atletas, que tiveram uma verdadeira demonstração de espírito de sacrifício. o terreno enlameado e o caudal de algumas ribeiras revelaram-se

verdadeiros obstáculos. Foram vários os ciclistas que abandonaram a prova com dificuldades físicas. todas as situações tiveram uma rápida resposta do corpo dos bombeiros Voluntários de Mêda. Por decisão concertada entre a organização da prova, os comissários nacionais e as equipas, a prova de Masters foi neutralizada na terceira zona de assistência, em Marialva. A Federação Portuguesa de Ciclismo justifica a decisão pela salvaguarda da integridade física dos atletas, mais importante que qualquer competição. Na cerimónia de entrega de prémios, Joaquim Amândio Santos, Diretor da Prova, destacou a «verdadeiramente impressionante» organização do Município de Mêda, que «produziu um evento de nível mundial capaz de ombrear com qualquer outro em qualquer parte do mundo», num trabalho que evitou males maiores perante a intempérie. E apontou já metas para os próximos anos: primeiro, a candidatura para a Mêda receber o Campeonato da Europa de XCM e, até 2020, com a ajuda da Federação Portuguesa de Ciclismo, o Campeonato do Mundo. João Paulo rebelo, Secretário de Estado do Desporto e Juventude, marcou presença no pódio e classificou a Mêda como um motor desportivo na região, elogiando em particular o contributo exemplar que tem dado para o desenvolvimento do btt no país. Anselmo Sousa, Presidente do Município de Mêda, agradeceu a todas as pessoas e instituições que tornaram possível o Mêda100, mostrando-se verdadeiramente orgulhoso por ver na Mêda centenas de ciclistas portugueses e

estrangeiros. Manifestou ainda a total disponibilidade do Município para continuar a receber e a acarinhar esta prova, que é uma mais-valia para a valorização deste território. A categoria open Half-Marathon, na qual participaram vários corredores do concelho, foi vencida pelo medense Afonso Pires, da equipa bota_te, o mais rápido a completar os 40,7 km.

o percurso do Mêda100 foi estudado para conjugar a qualidade desportiva e a valorização do património do concelho. Com a altitude a variar entre os 300 e os 850 metros, os ciclistas passaram por locais emblemáticos como a Aldeia Histórica de Casteição, as escavações arqueológicas de Coriscada, o Castelo de Marialva, a adega Vale D’Aldeia e as vinhas do Poço do Canto.

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Mundão com ouro em Penafiel

o ténis de mesa de Mundão teve um fim-de-semana para recordar demonstrando que o trabalho desenvolvido ao longo dos anos está a valer a pena. No torneio Cidade de Penafiel o seu atleta júnior Miguel Pereira alcançou pela primeira vez o “ouro” num torneio classe A nacional (o mais elevado). Esta não foi só a primeira vitória do mesatenista de Mundão, foi também a primeira vitória de um mesatenista da viseense em provas do género. Esta vitória tem ainda mais expressão se tivermos em conta os adversários que o Miguel deixou pelo caminho para vencer a prova leonardo

rato (lourosa) nos quartos de final, ricardo Correia (Novolense) nas meias finais e Daniel Monteiro (lourosa) na final, todos eles atletas habituados ás seleções nacionais e a discutir títulos nacionais pelas suas equipas. Mas não só o Miguel brilhou, também as atletas femininas inês Almeida (7º em juniores), Mélanie Costa (5º em seniores) e Sónia Neves (7º em seniores). Além destas prestações individuais, também coletivamente, as equipas de Mundão tiveram grandes prestações alcançando o 2º lugar em juniores masculinos e femininos e em seniores femininos.

FAPEECS propõe caminhada pelos passadiços do Paiva a 15 de Maio

Passadiços do Paiva – esta é a caminhada proposta pela Federação das Associações de Pais e Encarregados de Educação de Carregal

do Sal para o dia 15 de maio. Após um interregno neste tipo de atividades, a Federação convida a comunidade para uma nova caminhada, desta vez no concelho de Arouca. localizados na margem esquerda do rio Paiva, no distrito de Aveiro, os Passadiços do Paiva proporcionam um passeio rodeado de paisagens naturais de rara beleza onde é possível apreciar descidas de águas bravas, cristais de quartzo e espécies em extinção na Europa. o percurso de 8km e com grau de dificuldade alto, estende-se entre as praias fluviais do Areinho e de Espiunca, encontrando-se, entre estas, a praia do Vau. Uma viagem ao passado, com mais de mil anos de história onde a geologia, a arqueologia e a biodiversidade se complementam.

“ADORAMOS A NOSSA GASTRONOMIA COM COCA COLA”

ASSOCIAÇÃO VERDE GAIO DE LORDOSA VAI PARTICIPAR

EM FESTIVAL DE FOLCLORE DE BORDÉUS. EM FRANÇA Como lidemo representante do folclore da região de Viseu, a Associação Verde Gaio de lordosa - Viseu vai participar num festival de folclore que se realiza domingo, 15, em bordéus - França. Antes vista o santuário de lourdes. o jornal Notícias de Viseu irá fazer a cobertura jornalística de mais esta internacionalização, a que se seguirá, brevemente,

uma outra ao brasil. Fernando de Abreu

Comemorações do Dia Internacional da Família Este ano, o Município de Pinhel associase às comemorações do Dia internacional da Família, dia 15 de maio, como forma de assinalar a importância da Família como núcleo vital da sociedade. o dia começa com uma Caminhada e, ao início da tarde, será inaugurado um monumento de homenagem à Família. A obra é da autoria do artista plástico pinhelense, Maia Caetano, e fica localizada na rotunda junto ao Palácio da Justiça, uma das principais entradas na zona urbana. Programa 09.00h Caminhada da Família

15.00h | rotunda do Palácio da Justiça Inauguração do Monumento da Família Animação / Jogos tradicionais / Zumba Sobre o Monumento da Família Da autoria de Maia Caetano, artista plástico pinhelense, o conjunto escultórico pretende mostrar publicamente o apreço do Município de Pinhel pela Família e, em particular, pelas famílias pinhelenses. Será inaugurado a 15 de maio, Dia internacional da Família, como forma de assinalar a importância da família como núcleo vital da sociedade.

Pelo segundo ano consecutivo, o restaurante rodízio beirão, de Castro Daire, foi vencedor do concurso “ Adoramos a nossa gastronomia com Coca Cola”, em que participaram os melhores restaurantes de gastronomia regional portuguesa. trata – se um festival levado a cabo em 14 regiões do país e ilhas onde são os consumidores a elegerem o seu restaurante, para, posteriormente, haver um júri para apurar o restaurante vencedor de cada região; vencedor esse que irá participar num outro concurso final entre os vencedores de cada uma das regiões concorrentes, no Meo Arena, lisboa, nos dias 9,10 e 11 do próximo

mês. Na região interior Norte, com Viseu como capital, representada pela Vidis, de José Coelho, os responsáveis pela iniciativa almoçaram no restaurante vencedor rodízio beirão, entre eles Márcio Cruz, gerente de

comunicação e relações exteriores da Coca Cola e Vítor Figueiredo, presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul. Num ato simples, José Coelho, em nome da Coca Cola, fez entrega do diploma vencedor ao representante do restaurante e teve palavras elogiando para com a iniciativa, uma vez que ela contribui para uma melhor qualidade da gastronomia regional portuguesa.


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“ JÕAo DoS DoUTorES” PErFilHA A AFilHADA - oh, digam logo. Não me faça sofrer para saber - ansiosa ficou Ana Maria com o retardar da noticia que lhe tinham para dar. - Pois bem, temos uma proposta para te fazer - adiantou a mãe. E logo prosseguiu - Mas não te assustes, não é nada de mal, antes pelo contrário, são os teus padrinhos que vem cá fazer um pedido para que vás viver com eles... - Ai, o mãe, é isso que eu mais desejo. - gritou cheia de felicidade. Não acredito que me vão dar a maior alegria da minha vida e corre abraçar a mãe e beijar e envolver os padrinhos, felicíssima pela proposta que lhe estavam a fazer. - os teus pais não veem inconveniente nenhum em que vás viver com eles, agora tu é que decides - adiantou pai. Eu e a tua mãe, aceitamos agora és tu a decidir, mas pelos vistos ficaste radiante com a vontade dos teus padrinhos em te ter com eles. - E eu, não tenho dúvidas, meus pais é o que mais desejava na vida - adiantou Ana Maria. Em primeiro lugar, foste tu a

preferida em relação às tuas irmãs, por seres nossa afilhadaadiantou a madrinha rosalina. Depois sabes que te vamos considerar além de afilhada, como nossa filha a quem te vamos fazer todos os nossos bens - esclarecia o padrinho “ João dos Doutores”. - Claro que aceito, mesmo sem qualquer interesse naquilo que os padrinhos tenham de valores que possam propor para oferta. - Esta nossa proposta vem na sequência de não conseguirmos ter filhos. Não sabes, mas eu sofro de uma doença que não sou suficientemente fértil para dar filhos à tua madrinha – contou o problema “ João dos Doutores” Depois vamos a caminhar para uma idade que, daqui a dias, temos necessidade de quem olhe por nós e tome conta da quinta, garantindo assim a sucessão dos bens que nos pertencem. - oh, padrinho, não é necessário estar a dar essas explicações. Aceito e poderão ter a certeza de que tudo farei para ser a melhor filha que os padrinhos poderia vir a ter. - Nos temos essa certeza de que tudo farás para nos dar um resto de vida com

Do livro “recortes dos meus dotes” CAPiTUlo X Por Fernando de Abreu

a dignidade que merecemos. Foi eu que tive a lembrança de vir falar com os teus pais para te deixar ir para a nossa casa – informava rosalina radiante pela afilhada ter aceite e estar tão feliz com a proposta. o teu padrinho estava cada dia que passava mais abatido, sofria com o problema, que mais parecia sem ter solução. Até que me contou os motivos daquele tristeza que lhe ia na alma e eu lembrei - me de ti, como nossa afilha e depois és uma moça ajuizada, saudável com todas as capacidades para tomares conta da nossa lide agrícola. Ana Maria limpou as lágrimas de alegria que lhe assomavam aos olhos sentindo – se radiante, ao agradecer, acrescentou: - Para além desta deferência que acabam de ter por mim, seguramente irei corresponder, darei tudo o meu empenho para corresponder aos vossos desejos. tanto assim que, se os padrinhos quiserem e os meus pais autorizarem, irei arrumar as minhas coisas e vou já no carro convosco. - Claro que sim, responderam, quase em uníssono, pais e padrinhos. Ana Maria virou costas e foi a correr

contar às irmãs a proposta que os padrinhos lhe acabavam de fazer para ir viver em casa deles na povoação de teivas. -E tu aceitaste? perguntaram as irmãs, surpreendidas. Claro que sim! Então, jamais iria recusar a minha liberdade e independência para ficar aqui convosco e viver nesta casa sem condições. Vou passar a viver numa mansão rica, com criados para nos servir, bem diferente da miséria desta nossa casa cheia de dificuldades. os nossos pais, não sejas assim por teres em perspetiva outra vida mais luxuosa. os nossos pais deram – nos o que tinham e não tinham, levaram uma vida de sacrifício para nos ter o melhor que podiam. Não nos deixaram estudar por não terem possibilidades e sabe Deus as dificuldades que sentem para nos alimentar – confrontou a irmã mais velha. olhem, assim, é menos uma boca para alimentar indiferente adiantou Ana Maria. - Maria dos Prazeres logo compôs a alteração entre a irmãs mais velha e mais nova, referindo: -oh, irmã, quanto fiquemos felizes por ti. (continua)

Relógios de Sol – Património esquecido ( 6 ) tabelas de sombra, relógios de fogo, ampulhetas ou relógios de areia, candeias a óleo e velas foram durante séculos instrumentos para marcar períodos de tempo tanto na parte nocturna como na diurna. todos eles coexistiram com o relógio mecânico, introduzido no início do século Xiii. Alguns desses instrumentos engenhosamente deram origem aos primeiros despertadores. Não sendo consensual as origens e as datas do seu aparecimento é no entanto certo que alguns deles chegaram aos nossos dias. refiro-me por exemplo ao caso das ampulhetas que ainda não há muito tempo (60-70 anos) regulavam em certos Estabelecimentos de Ensino o tempo que um aluno tinha para o seu exame oral. Ai como demorava tanto aquela areia a passar de um lado para o outro. Mas um dos mais interessantes sistemas para se saber a hora do dia era o das tabelas de Sombra. Partindo de um princípio empírico de que a relação entre o tamanho do pé de um homem e a sua altura se situa entre 1/6 e 1/7 foram criadas tabelas para os diferentes meses do ano em que se relacionava a hora com o comprimento da sombra da pessoa em causa. Essas tabelas apareceram no Egipto

por volta de 2000 A.C., na Grécia no século iV A.C. assim como em roma nos finais do século iV da nossa Era. Encontramos estas últimas em escritos de Palladius rutilius taurus Aemilianos na sua De re rustica. os chamados relógios de fogo terão tido a sua origem há milhares de anos na China. Eram constituídos por um suportedepósito onde ardia de uma forma muito regular uma barra de incenso cuja cinza era recolhida no depósito. Era sobre essa barra de incenso que se colocavam um ou vários fios de seda que tinham nas extremidades bolas de ferro. Quando o fogo da barra de incenso atingia um desses fios a sua queima desprendia as esferas que caiam ruidosamente sobre uma superfície metálica. terão então surgido os primeiros “despertadores”. A ampulheta ou relógio de areia terá sido inventada por um monge no século Viii, mas referências objectivas datam do século XiV. Em geral as ampulhetas in-

dicam períodos de tempo relativamente curtos mas existiam ampulhetas de 24 horas. A sua construção era delicada e o tipo de areia ou as suas várias misturas determinavam a sua qualidade. Foram utilizadas para vários fins tendo na Marinha o seu uso mais frequente. Aqui as mais usadas eram as de meia hora. o virar da ampulheta antes do fim de uma passagem total da areia para um dos lados era conhecida pelos marinheiros por “comer a areia”. o desgaste, pela areia, do orifício de passagem desta é um, entre outros, dos motivos da alteração das suas características iniciais, pelo que com o decorrer do uso o seu tempo padrão ia-se alterando. Até ao século XViii estiveram também em uso as lamparinas calibradas cuja fiabilidade dependia do tipo e qualidade do óleo combustível utilizado assim como das técnicas da sua construção. os derrames e os vapores por elas produzidos requeriam cuidados especiais na sua utilização.

Por último falemos das velas. As velas graduadas para medir períodos de tempo (horas ou suas fracções) terão sido inventadas à volta do ano de 870. Consistia numa vela graduada que no fundo media a velocidade da queima que podia ir de 4 h a 12 horas. A sua precisão dependia da sua espessura, da regularidade da forma, da temperatura ambiente e do tipo de combustível usado. As velas menos dispendiosas eram fabricadas á base de sebo de boi ou de ovelha em oposição às fabricadas com cera de abelha substancialmente mais caras. A sua vulgarização a preços bem reduzidos dá-se nos finais do século XViii com a descoberta do ácido esteárico que passou a ser a matéria prima das “velas de estearina”.também as velas deram origem a sistemas de despertar talvez inspirados nos relógios despertadores de incenso. Pedro Gomes de Almeida Astrónomo Amador e Gnomonista Nota: Para os artigos publicados e a publicar foram consultadas obras de Denis Savoie, yves opizzo, rené rohr, Michel lalos e textos sobre os temas na Wikipédia


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