Notícias de Viseu - 12 de Novembro 2020

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232087050 PORTUGUESES MENOS DISPOSTOS A VACINAREM-SE CONTRA O COVID-19 O estudo que junta investigadores da Nova SBE a equipas da Universidade de Hamburgo, Rotterdam Erasmus University e Bocconi University, com o objetivo de avaliar as atitudes, preocupações e confiança da população europeia em relação ao COVID 19, apresenta agora as conclusões para Portugal da terceira vaga, cuja investigação decorreu entre 8 e 18 de setembro.

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2224 - Quinta-feira, 12 de Novembro 2020 - Preço: 0,60 € - IVA incluído

Hospital de Viseu regista dois surtos entre profissionais e utentes

Suspensão de portagens nas ex-Scut não resolvia problemas do turismo O presidente da Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, exortou o Governo a suspender o pagamento de portagens nas ex-Scut (ex-vias sem custos para o utilizador) nos próximos seis meses, “já que está a limitar os portugueses de circular” devido à covid-19. Em Viseu, dia 9,durante a apresentação da Rota Dão e Petiscos, Pedro Machado lembrou que “o turismo foi responsável por 14,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019” e defendeu que um setor que “injetou na economia, direta e indiretamente, um valor tão significativo, precisa de ver reforçadas as suas ajudas”.

Saúdemais tv

PONTOS ESSENCIAIS: Medidas e exceções do novo estado de emergência

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novembro 2020 Quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras

SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS detentores de mais de 5% do capital Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Serafim Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de Outubro 30000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7

ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Regional.................................... 3/ 4 Viseu........................................... 5 Diversos ................................. 3 2 /6 Saúde........................................ 7 Última .................................... 8

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Cuidar de todos neste Natal Foi lançada a 4 de novembro, quarta-feira, a campanha “Natal 2020: compre cuidando de todos", uma iniciativa do Governo com o envolvimento da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). A campanha pretende antecipar as compras de Natal, a partir de 4 de novembro, e alargar o prazo

para trocas até 31 de janeiro, procurando assim evitar ajuntamentos de consumidores nos espaços comerciais. A DECO, que desde o período de confinamento procurou responder direta e imediatamente aos problemas dos consumidores, defendendo os seus direitos e interesses e atuando, também, perante as empresas e o poder político, aderiu a esta iniciativa, que procura contribuir para a resposta aos desafios e necessidades que todos atravessamos. A campanha NATAL 2020:

COMPRE CUIDANDO DE TODOS permitirá, não só sensibilizar os consumidores para a premência de antecipar as suas compras de Natal nas lojas físicas, mas também garantir-lhes um período mais alargado para as tradicionais “trocas de Natal”. Assim, a DECO informa os consumidores sobre esta iniciativa e os seus benefícios, apelando aos operadores económicos para que adiram à campanha, pois só com o envolvimento de todos poderemos vencer os desafios que esta pandemia nos reserva.

Não se esqueça que o sucesso desta iniciativa também depende de si! Adira a esta campanha e verifique se as suas lojas favoritas fazem parte da lista dos aderentes. DECO Centro Informamos todos os consumidores que em linha com as orientações da Direção Geral de Saúde e de acordo com o Plano de Contingência para o COVID-19, o atendimento presencial na delegação Centro é feito por marcação através de contacto telefónico 239 841 004.

A HEREDITARIEDADE E A INTELIGÊNCIA Certamente o leitor, já reparou, que em todas as épocas, surgem génios, figuras prodigiosas que descendem de homens notáveis. A ciência imputa, esse fenómeno, em parte, à hereditariedade; mas será? Será a causadora do aparecimento de super dotados? Há duvidas. Certo é, que Aristóteles era filho de médico; que Beethoven, descendia de notáveis músicos; que Mozart era filho do maestro da capela do Príncipe Arcebispo de Salsburgo; Bacon, descendias de Nicholas, ilustre Lord Chanceler da Rainha Elizabeth I, e de Ana Cooke, mulher cultíssima, que dominava o latim e o grego; e inumeráveis exemplos, poderia citar, em abono da heredi-

tariedade. Mas, a inteligência desses ilustres, foi por serem descendentes de famílias célebres, ou porque nasceram e criaram-se num meio cultural elevado? Platão, in: “O Banquete”, assegura: que Sócrates, considerava que a sabedoria não se adquire por contagio: “ Seria bom (…) que a sabedoria fosse uma coisa que se pudesse transmitir, de um homem, que a possui, a um homem, que não a possuiu, mediante simples contacto”. Por certo, o saber, não é transmitido de pai ou mãe, a filho; nem a hereditariedade garante essa transmissão; mas também é certo, que o convívio diário, com grandes

homens ou mulheres, favorece o desenvolvimento da inteligência, e a “descoberta” de talentos natos, que dificilmente desabrochariam, sem esse contacto. Filho ou neto de músico tem mais probabilidade de se tornar num notável músico, de que outro, que nunca conviveu com músicos. O mesmo acontece com escritores, filhos e netos, de conhecidos prosadores. Aprende-se imenso por “osmose” – mesmo que não se seja ensinado – (normalmente é, ) com o convívio É o caso da família Strauss, na música; e em Portugal, a influencia de Sofia Melo Breyner, no filho; e no Brasil, de Erico Veríssimo; estou certo que foi determinantes para

desenvolverem, nos descendentes, o gosto literário Não admira, portanto, que muitos dos actuais políticos, pertençam a famílias de conhecidos políticos, como se verifica, em Portugal, e no Brasil. Não pretendo, com esta crónica escrita ao corrente calame, afirmar: que a hereditariedade, não tem importante papel, no aparecimento de génios. Nem pretendo contradizer que o anexim, muito popular: “Filho de peixe sabe nadar.” Todavia, estou certo, que também, o convívio, favorece essa “transmissão”; e de que maneira…

Por Humberto Pinho da Silva

Município de Viseu renova parceria com a Federação Portuguesa de Natação Escola Municipal de Natação conta com a coordenação e responsabilidade técnica da Federação para a época 2020/2021 Proporcionar o ensino da natação para toda a população viseense e promover a modalidade junto dos mais jovens e dos cidadãos com necessidades especiais. Estes são os grandes objetivos do Programa de Desenvolvimento Desportivo assinado esta segunda-feira. “Trata-se de uma aposta ganha e os números do último ano, mesmo contando com o período da pandemia, mostram que as nossas piscinas continuaram a atrair a população”, afirmou António Almeida Henriques, Presidente da autarquia.

O Município de Viseu assumiu no ano passado a gestão direta do projeto da Escola Municipal de Natação, em parceria com a Federação Portuguesa de Natação, no âmbito do projeto “Portugal a Nadar”. “Obtivemos resultados acima do que era inicialmente expectável e os objetivos foram totalmente atingidos, pelo que aqui estamos para renovar esta parceria”, referiu António José Silva, Presidente da Federação Portuguesa de Natação, durante a assinatura do protocolo. Para além da atividade normal – e mais abrangente no que respeita a públicos – no âmbito desta parceria, a Escola Municipal de Natação desenvolve dois importantes projetos: o “Viseu a Nadar”, direcionado à integração de grupos

do concelho, tendo em vista a promoção do desenvolvimento da modalidade; e a Natação Adaptada, destinada a pessoas com necessidades especiais e entidades que atuam nesta área, com o objetivo de fomentar atividades inclusivas. Apesar da pandemia, as três grandes atividades da Escola Municipal de Natação movimentaram, na época que terminou no final de julho, perto de 1600 utentes por mês, em cerca de 200 horas semanais de atividade orientada. Saliente-se que, recentemente, a Federação Portuguesa de Natação distinguiu a instalação desportiva das Piscinas Municipais com o Selo de Qualidade “Portugal a Nadar Seguro”. O selo é aplicado aos espaços que reúnem as as

condições necessárias de distanciamento físico em contexto social, de higiene e limpeza. As Piscinas Municipais de Viseu estão, também, certificadas no Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (DAE), pela Entidade do Instituto Nacional de Emergência Médica. “Estamos agora a concluir uma intervenção que visa melhorar a eficiência energética das instalações, um esforço que estamos a fazer um pouco por todo o concelho”, adianta António Almeida Henriques, lembrando que, hoje, “são já mais de 12 mil os viseenses que praticam desporto regularmente com o apoio da autarquia”.


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PORTUGUESES MENOS DISPOSTOS A VACINAREM-SE CONTRA O COVID-19 - PERCENTAGEM DESCE PARA 63% O estudo que junta investigadores da Nova SBE a equipas da Universidade de Hamburgo, Rotterdam Erasmus University e Bocconi University, com o objetivo de avaliar as atitudes, preocupações e confiança da população europeia em relação ao COVID 19, apresenta agora as conclusões para Portugal da terceira vaga, cuja investigação decorreu entre 8 e 18 de setembro. Desde a segunda vaga do estudo, revela-se um significativo decréscimo da intenção dos portugueses em serem vacinados contra o COVID-19 quando a vacina ficar disponível. Se em junho 75% dos inquiridos estavam dispostos a serem vacinados, nesta terceira vaga, o número desce para 63%, caindo 12 pontos percentuais. A percentagem de pessoas que não pretende vacinar-se aumentou 5% e a dos hesitantes 7%, situando-se agora nos 25%. A redução da vontade em se ser vacinado é evidente em todas as regiões e todas as categorias de idade, com exceção para mais de 65 anos. Os homens são os que se mostram mais dispostos a vacinarem-se (70%). Analisou-se que a predisposição para a vacina aumenta em função da adesão às medidas de proteção e vice-versa. Ou seja, quem está menos predisposto a vacinar-se contra o COVID-19 também tem menor adesão às medidas de proteção. Esta tendência também aumenta em função da

confiança existente ou não no governo, entidades de saúde e OMS. Naqueles que manifestam uma baixa perceção de risco de contrair COVID-19 ou sobre suas consequências para a saúde também existe uma baixa disposição para vacinar. A pesquisa revela ainda que a perceção de confiança na vacina COVID-19 diminui desde junho em todas as categorias de idade, regiões (exceto Açores), sexos e níveis de educação, com 54% dos portugueses completamente confiantes de que a vacina contra o COVID-19 será segura em comparação com os 70% da segunda vaga do estudo, uma queda de 16 pontos percentuais. Mais uma vez são os homens que mais confiam na segurança da vacina (60%). A confiança é também mais alta em indivíduos com alto nível de escolaridade (57%). Adesão a medidas de proteção contra COVID-19 No que refere à adesão a medidas de proteção em Portugal regista-se uma ligeira diminuição no distanciamento social de 1 metro (especialmente entre os menores de 25 anos) e no evitar de abraços, beijos e apertos de mão, ainda que se alterações drásticas como o registado em outros países igualmente estudados. As mulheres são as que registam maior nível de adesão às medidas, assim como são as pessoas com maior nível de escolaridade que mais tendem a seguir as recomendações (exceto no que se refere à medida de dis-

tanciamento social). Quanto maior a perceção de risco em contrair o vírus ou quanto às suas consequências para a saúde, maior adesão às medidas de proteção e vice-versa. Os mais jovens são os que se encontram menos dispostos a usar máscaras. Por outro lado as pessoas com maior nível de escolaridade estão mais dispostas e propensas a usar máscara em lugares públicos. Dificuldade de acesso a cuidados de saúde e menor qualidade de ensino O acesso aos cuidados de saúde revelou que mais de metade dos inquiridos tiveram as suas consultas ao médico ou dentista atrasadas ou adiadas devido à situação pandémica e um em cada três português viu as suas consultas hospitalares ou de especialidade adiadas ou desmarcadas. A perceção de falta de cuidados de saúde é mais notória entre os inquiridos com mais de 45 anos de idade. No que diz respeito ao ensino, mais de 50% dos pais questionados considera que a quantidade e qualidade do ensino durante a pandemia foi menor e pior do que no período pré-covid. Mais de 50% dos pais revela sentir-se preocupados e ansiosos com a escolaridade de seus filhos neste outono, sendo que a maioria dos pais prefere que os filhos frequentem as escolas ao invés das aulas online em casa, mas em turmas reduzidas (62%). Cerca de metade dos por-

tugueses contra abertura de bares e discotecas 83% dos inquiridos na terceira vaga do estudo desaprovam férias no exterior e consideram que aqueles que incorrem tais riscos deveriam assumir os custos pelos testes COVID-19 (74%) e autoquarentena (87%). No que se refere a cultura e lazer, quase metade dos portugueses apoia a reabertura de cinemas (46%) e teatros (45%). Mais de metade desaprovam a reabertura de bares (54%), discotecas (70%) e espaços de concertos (53%). Destaque ainda para o facto de serem os mais jovens os que se posicionam contra a reabertura de estádios ao público (55%) face às faixas etárias mais velhas. Em traços gerais denotou-se ainda uma ligeira diminuição na confiança nas informações das notícias nacionais e veiculadas pelo governo. Em relação à anterior vaga do estudo, as preocupações com a saúde, sobre a perda de um ente querido e sobre o sistema de saúde ficar sobrecarregado aumentaram de 67% (dados de junho) para 76%. De entre os países europeus envolvidos na pesquisa, Portugal continua a ser o país onde existe uma maior preocupação com o impacto da pandemia na saúde. No que se refere às as preocupações económicas, não se registou alterações significativas em comparação a junho. Dados complementares sobre a pesquisa A NOVA SBE, num projecto de

cooperação com a Bocconi University (Itália), a Erasmus University Rotterdam (Holanda) e o Hamburg Centre for Health Economics da Universidade de Hamburgo, realizou um estudo online em larga escala, que envolveu 7 países – Alemanha, Dinamarca, França, Holanda, Itália, Portugal e Reino Unido – e abrangeu mais de 7000 indivíduos em cada vaga, representativos da população de sete países europeus, tendo em conta a região, idade, género e educação. A primeira vaga de trabalho de campo foi realizada entre 2 e 15 de abril de 2020, a segunda entre 9 e 22 de junho de 2020 e a terceira entre 8 e 18 de setembro. 40% dos inquiridos portugueses participaram em pelo menos duas vagas do inquérito, enquanto 15% dos nossos inquiridos portugueses participaram em todas as 3 vagas do estudo.A restante amostra é composta por novos respondentes de forma a garantir novamente a representatividade da amostra. Os entrevistados foram recrutados por meio de painéis online de várias fontes da empresa de pesquisa de mercado Dynata. O questionário foi cuidadosamente elaborado pelos autores para fazer perguntas novas e relevantes ao adotar algumas medidas estabelecidas, como os itens de preocupação do COVID 19 Snapshot Monitoring Project (OMS). Por fim, a pesquisa foi traduzida para seis idiomas adicionais por falantes nativos e, em seguida, implementada usando a plataforma Qualtrics. Liliana Ferreira

Turismo do Centro exige suspensão de portagens nas ex-Scut O presidente da Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, exortou o Governo a suspender o pagamento de portagens nas ex-Scut (ex-vias sem custos para o utilizador) nos próximos seis meses, “já que está a limitar os portugueses de circular” devido à covid-19. Em Viseu, dia 9, durante a apresentação da Rota Dão e Petiscos, Pedro Machado lembrou que “o turismo foi responsável por 14,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019” e defendeu que um setor que “injetou na econo-

mia, direta e indiretamente, um valor tão significativo, precisa de ver reforçadas as suas ajudas”. “Se estamos a confinar, se há menos receita direta e indireta daquilo que é o produto de uma matéria que vai para os cofres do Estado, (o Governo) que suspenda (o pagamento de portagens) e ajude os portugueses”. Na sua opinião, o anúncio da implementação de um sistema de descontos nas portagens que irá reduzir em 10 milhões de euros as receitas do Estado no próximo ano “é curto”.

Preocupado com o “momento de agonia” que vivem as microempresas do setor do turismo, Pedro Machado desafiou também o Governo a estender o IVAucher “até ao primeiro semestre de 2022”. “A ideia de recuperar o IVA dos restaurantes, da cultura e do alojamento é uma medida que desafiamos o Governo a prolongar e a anunciá-lo, desde já, no limite mínimo, até ao primeiro semestre de 2022”, frisou. No seu entender, esta é “uma medida mínima das mínimas que permite almofadar a possibilidade

não só de os portugueses poderem consumir mais”, mas também de os portugueses contribuírem para que as microempresas se possam manter. Pedro Machado aludiu ainda a uma das reivindicações da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), a descida temporária do IVA nos serviços de alimentação e bebidas, que considera que “nem devia ter discussão, devia ser uma questão automática a aplicar”. Na sua opinião, “este Governo, que apresentou ao país um orça-

mento excedentário alavancado nas verbas do turismo”, tem a obrigação de ajudar estes empresários. A AHRESP tem defendido que enquanto “o IVAucher é uma medida que se destina aos consumidores e à dinamização do consumo”, a descida temporária do IVA visa “a manutenção dos postos de trabalho e o investimento e capitalização das empresas, para que elas possam continuar de portas abertas”.


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PONTOS ESSENCIAIS: Medidas e exceções do novo estado de emergência Portugal Continental entrou , dia 9, em estado de emergência, pela quarta vez desde o início da pandemia de covid-19, estando em vigor um conjunto de medidas, algumas apenas aplicáveis aos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus. Entre as novas medidas que entraram em vigor está o recolhimento obrigatório noturno nos 121 municípios, entre as 23:00 e as 05:00. Nestes concelhos, nos próximos dois fins de semana, também haverá limitações à circulação na via pública a partir das 13:00 e até às 05:00 dos dias seguintes. A par destas regras, outras medidas estavam já em vigor desde o início do mês para estes concelhos, como a obrigatoriedade do teletrabalho, sempre que as funções o permitam. As medidas aplicadas aos 121 concelhos afetam 7,1 milhões de pessoas, correspondente a 70% da população de Portugal, dado que os 121 municípios incluem todos os concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. O estado de emergência está em vigor até às 23:59 do dia 23 de novembro.

Portugal Continental Medidas definidas para Portugal Continental, sendo que nos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus existem medidas específicas, como para os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, que prevalecem sobre as regras ‘gerais’: - Ficam em confinamento obrigatório, em estabelecimento de saúde, no respetivo domicílio ou noutro local definido pelas autoridades de saúde, os doentes com covid-19, os infetados com SARSCoV-2 e os cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado a vigilância ativa. - É proibida a venda de bebidas alcoólicas em áreas de serviço ou em postos de abastecimento de combustíveis e, a partir das 20:00, nos estabelecimentos de comércio a retalho, incluindo supermercados e hipermercados. - É proibido o consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre e na via pública, exceto nas esplanadas. Após as 20:00, o consumo de bebidas alcoólicas nas esplanadas só poderá ser feito no âmbito do serviço de refeições. - Os veículos particulares com lotação superior a cinco lugares só podem circular com dois terços da

sua capacidade, exceto se todos os ocupantes integrarem o mesmo agregado familiar. Os ocupantes devem usar máscaras ou viseiras. - Estabelecimentos comerciais com lotação máxima indicativa de 0,05 pessoas por m2. - Os estabelecimentos comerciais não podem abrir antes das 10:00, com exceção de cabeleireiro, barbeiros, institutos de beleza, restaurantes e similares, cafetarias, casas de chá e afins, escolas de condução e centros de inspeção técnica de veículos, bem como ginásios e academias. - A generalidade dos estabelecimentos comerciais encerra entre as 20:00 e as 23:00, podendo o horário de encerramento, dentro deste intervalo, bem como o horário de abertura, ser fixado pelos presidentes das Câmaras Municipais, mediante parecer favorável da autoridade local de saúde e das forças de segurança. - Os restaurantes têm de encerrar à 01:00 (com novas admissões até à meia-noite), sendo a sua lotação limitada a 50% da capacidade. Os grupos são limitados a seis pessoas, exceto nos estabelecimentos localizados até 300 metros de uma escola e nos ‘food-courts’ de centros comerciais, em que são limitados a quatro pessoas. - Não são permitidos ajuntamentos, nomeadamente a realização de celebrações e de outros eventos, superiores a cinco pessoas, salvo se pertencerem ao mesmo agregado familiar. - Casamentos e batizados não podem realizar-se com mais de 50 pessoas (exceto se o agendamento tenha sido realizado até ao dia 14 de outubro de 2020). - Serviços públicos mantêm, presencialmente, o atendimento presencial por marcação. - Nas salas de espetáculos e cinemas os lugares ocupados têm de ter um lugar de intervalo entre os espetadores que não sejam coabitantes, sendo que na fila seguinte os lugares ocupados devem ficar desencontrados. No caso de existir um palco, tem de ser garantida uma distância mínima de, pelo menos, dois metros entre a boca de cena e a primeira fila de espetadores. - Nos espetáculos ao ar livre os lugares têm de estar previamente identificados, cumprindo um distanciamento físico entre espetadores de 1,5 metros e, no caso de existir um palco, tem de ser garantida uma distância mínima de, pelo menos, dois metros entre a boca da cena e a primeira fila de espetadores; - São proibidos os festejos

académicos no ensino superior. - Podem ser realizadas medições de temperatura corporal por meios não invasivos, no controlo de acesso ao local de trabalho, a serviços ou instituições públicas, estabelecimentos educativos e espaços comerciais, culturais ou desportivos, meios de transporte, em estruturas residenciais, estabelecimentos de saúde, estabelecimentos prisionais ou centros educativos. Pode ser impedido o acesso a estes locais se a pessoa recusar a medição de temperatura corporal ou apresente um resultado superior a 38.°C. Nos casos em que se determine a impossibilidade de acesso de um trabalhador ao respetivo local de trabalho, considera-se a falta justificada. - Podem ser sujeitos à realização de testes de diagnóstico para a covid-19 no acesso a estabelecimentos de saúde, estruturas residenciais, estabelecimentos de ensino, estabelecimentos profissionais, estabelecimentos prisionais e na entrada e na saída de território nacional – por via aérea ou marítima – e outros locais, por determinação da Direção-Geral da Saúde. - Possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, após tentativa de acordo e mediante “justa compensação.” - Mobilização de recursos humanos para reforço da capacidade de rastreamento (como a realização de inquéritos epidemiológicos, rastreio de contactos, seguimento de pessoas sob vigilância ativa), nomeadamente trabalhadores da Administração Pública e das autarquias locais, do setor social ou cooperativo, que se encontrem em isolamento profilático, agentes de proteção civil ou docentes com ausência de componente letiva. Durante o período em que se mantenha a mobilização dos trabalhadores “pode ser imposto o exercício de funções em local e horário diferentes dos habituais”. - Participação das Forças Armadas na realização de inquéritos epidemiológicos e rastreio de contactos de doentes com covid-19, sendo esta participação coordenada pelo respetivo comando. - Compete às forças e serviços de segurança fiscalizar o cumprimento das medidas, através da "sensibilização da comunidade quanto à interdição das deslocações que não sejam justificadas". - As forças de segurança devem efetuar participações "por crime de desobediência" por violação das normas previstas, bem como conduzir os cidadãos "ao res-

petivo domicílio quando necessário", nos casos de incumprimento do recolher obrigatório. 121 concelhos de risco elevado Medidas específicas para os 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus: - Dever cívico de recolhimento domiciliário. - Proibição de circulação na via pública entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana e aos fins de semana a partir das 13:00. São exceções a esta medida: Deslocações para desempenho de funções profissionais ou equiparadas, conforme atestado por declaração emitida pela entidade empregadora ou equiparada, emitida pelo próprio, no caso dos trabalhadores independentes e empresários em nome individual, ou declaração de compromisso de honra, no caso de se tratar de trabalhadores do setor agrícola, pecuário e das pescas; Deslocações, “sem necessidade de declaração”, de profissionais de saúde e outros trabalhadores de instituições de saúde e de apoio social, agentes de proteção civil, forças e serviços de segurança, militares, pessoal civil das Forças Armadas e inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, titulares dos órgãos de soberania, dirigentes dos parceiros sociais e dos partidos políticos representados na Assembleia da República, “ministros de culto”, pessoal das missões diplomáticas, consulares e das organizações internacionais localizadas em Portugal, desde que relacionadas com o desempenho de funções oficiais. Deslocações por motivos de saúde, nomeadamente para aquisição de produtos em farmácias, ou obtenção de cuidados de saúde e transporte de pessoas a quem devam ser administrados tais cuidados. Deslocações a mercearias e supermercados e outros estabelecimentos de venda de produtos alimentares e de higiene, para pessoas e animais. Deslocações para acolhimento de emergência de vítimas de violência doméstica ou tráfico de seres humanos, crianças e jovens em risco. Deslocações para assistência de pessoas vulneráveis, pessoas com deficiência, filhos, progenitores, idosos ou dependentes. Deslocações por “outras razões familiares imperativas”, como o cumprimento de partilha de responsabilidades parentais. Deslocações para urgências veterinárias.

Deslocações necessárias ao exercício da liberdade de imprensa. Deslocações pedonais de curta duração, para “fruição de momentos ao ar livre”, desacompanhadas ou na companhia de membros do mesmo agregado familiar que coabitem. Deslocações pedonais de curta duração para passeio dos animais de companhia. Por outros motivos de “força maior ou necessidade impreterível, desde que se demonstre serem inadiáveis e sejam devidamente justificados”. Regresso a casa proveniente das deslocações permitidas. - Encerramento dos estabelecimentos comerciais, mesmo os que se encontrem em centros comerciais, até às 22:00, exceto restaurantes, farmácias, consultórios e clínicas, funerárias, estabelecimentos de ‘rent a car’, estabelecimentos localizados no interior de aeroportos, áreas de serviços das autoestradas e postos de abastecimento não integrados nas autoestradas (exclusivamente para venda de combustíveis). - Restaurantes têm de encerrar às 22:30 (os estabelecimentos que funcionam exclusivamente para entregas ao domicílio podem encerrar à 01:00, mas não podem fornecer bebidas alcoólicas). - Equipamentos culturais devem encerrar às 22:30. - A realização de feiras e mercados de levante tem de ser autorizada pelos presidentes das Câmaras Municipais. - O teletrabalho é obrigatório desde que as funções o permitam, o trabalhador disponha de condições para as exercer e não estejam em causa serviços essenciais. A obrigatoriedade do teletrabalho aplica-se às empresas que laborem nos 121 concelhos de “maior risco” de contágio pelo novo coronavírus e aos trabalhadores que residam ou trabalham nesses concelhos. O trabalhador, caso não tenha condições técnicas ou habitacionais, deve informar o empregador dos motivos do seu impedimento. O trabalhador mantém os seus direitos, nomeadamente o direito a receber o subsídio de refeição. Se o empregador entender que não estão reunidas as condições deve comunicá-lo ao trabalhador, que, caso não concorde, pode solicitar à Autoridade para as Condições do Trabalho que decida se os requisitos para o teletrabalho se verificam. (cont)


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O empregador disponibiliza os equipamentos de trabalho e de comunicação necessários para o teletrabalho, podendo o trabalhador consentir na utilização dos seus meios, caso não seja possível ao empregador disponibilizá-los. - É obrigatório o desfasamento de horários de entrada e saída nos locais de trabalho para empresas que tenham locais de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, sempre que as

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funções em causa não permitam adoção de teletrabalho. Estas medidas abrangem os concelhos de Alcácer do Sal, Alcochete, Alenquer, Alfândega da Fé, Alijó, Almada, Amadora, Amarante, Amares, Arouca, Arruda dos Vi-nhos, Aveiro, Azambuja, Baião, Barcelos, Barreiro, Batalha, Beja, Belmonte, Benavente, Borba, Braga, Bragança, Cabeceiras de Basto, Cadaval, Caminha, Cartaxo, Cascais, Castelo Branco, Castelo de

Paiva, Celorico de Basto, Chamusca, Chaves, Cinfães, Constância, Covilhã, Espinho, Esposende, Estremoz, Fafe, Felgueiras, Figueira da Foz, Fornos de Algodres, Fundão, Gondomar, Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, Lisboa, Loures, Lousada, Macedo de Cavaleiros, Mafra, Maia, Marco de Canaveses, Matosinhos, Mesão Frio, Mogadouro, Moimenta da Beira, Moita, Mondim de Basto, Montijo, Murça, Odivelas, Oeiras, Oliveira de

Azeméis, Oliveira de Frades, Ovar, Paços de Ferreira, Palmela, Paredes de Coura, Paredes, Penacova, Penafiel, Peso da Régua, Pinhel, Ponte de Lima, Porto, Póvoa de Varzim, Póvoa do Lanhoso, Redondo, Ribeira da Pena, Rio Maior, Sabrosa, Santa Comba Dão, Santa Maria da Feira, Santa Marta de Penaguião, Santarém, Santo Tirso, São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João da Pesqueira, Sardoal, Seixal,

Sesimbra, Setúbal, Sever do Vouga, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Tabuaço, Tondela, Trancoso, Trofa, Vale da Cambra, Valença, Valongo, Viana do Alentejo, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Flor, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Vila Velha de Ródão, Vila Verde, Vila Viçosa e Vizela.

Hospital de Viseu regista dois surtos entre profissionais e utentes O Hospital de São Teotónio, em Viseu, regista dois surtos por covid-19 entre profissionais de saúde e utentes, informou, dia 10, a administração do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV). “Trata-se de seis utentes e seis profissionais do Serviço de Ortopedia e de nove utentes e oito profissionais de saúde do Serviço de

Gastroenterologia, identificados após rastreio”, especifica um comunicado enviado à agência Lusa. Segundo a nota de imprensa, “a maioria dos profissionais e utentes estão assintomáticos, não havendo nenhum profissional internado” e “os utentes positivos já foram colocados em isolamento, mantendo-se os utentes com teste

negativo sob vigilância”. De acordo com a administração do CHTV, está a ser cumprido o plano de contingência e, neste momento, “estão a ser identificadas e rastreadas as pessoas que tiveram contacto próximo com os casos positivos”. O CHTV informa ainda que a capacidade de internamento foi

alargada e que “de 26 camas de enfermaria para covid-19 passou para 52”. “Está a ser preparada uma outra enfermaria para reforçar as camas covid disponíveis”, esclarece o centro hospitalar. Na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), em Viseu, “encontramse, neste momento, sete

internados por covid” e, segundo a administração, a unidade conta “com uma capacidade alargada para 16 camas”. “O CHTV está a implementar todas medidas previstas para salvaguardar a saúde e segurança dos seus profissionais e utentes, bem como para evitar a propagação do vírus”, refere o comunicado.

Suspensão de portagens nas ex-Scut não resolvia problemas do turismo A ministra da Coesão Territorial disse que a suspensão do pagamento de portagens nas ex-Scut, como defende o Turismo do Centro, não resolvia os problemas do setor, numa altura em que as pessoas “devem ficar em casa”. “Eu acho legítima essa ideia. Acho é que, no momento onde o nosso Orçamento [do Estado] está tão pressionado com tantas necessidades, fizemos aquilo que era possível, que é uma redução de 25% a partir do oitavo dia de utilização, na certeza de que continuaremos a

fazer um esforço no sentido de estes custos diminuírem”, disse Ana Abrunhosa à agência Lusa. A governante falava no Sabugal, à margem da sessão do Dia do Concelho, que assinalou os 724 anos da atribuição do foral pelo rei D. Dinis. “Esta foi a nossa promessa mas, também, volto a sublinhar, não seria através da isenção, que sendo naturalmente importante, que iríamos resolver os problemas do turismo neste país, numa altura em que as pessoas têm e devem ficar em casa”, acrescentou.

O presidente da Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, exortou na segunda-feira o Governo a suspender o pagamento de portagens nas ex-Scut (ex-vias sem custos para o utilizador) nos próximos seis meses, “já que está a limitar os portugueses de circular” devido à covid19. Em Viseu, dia 10, durante a apresentação da Rota Dão e Petiscos, Pedro Machado lembrou que “o turismo foi responsável por 14,9% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019” e defendeu que um setor que

“injetou na economia, direta e indiretamente, um valor tão significativo, precisa de ver reforçadas as suas ajudas”. “Se estamos a confinar, se há menos receita direta e indireta daquilo que é o produto de uma matéria que vai para os cofres do Estado, (o Governo) que suspenda (o pagamento de portagens) e ajude os portugueses”, defendeu. A ministra da Coesão Territorial lembrou que o Governo “acabou de aprovar uma redução, a partir do oitavo dia de utilização, de 25% do

valor das portagens”, e “nunca se comprometeu com a isenção ou com a anulação do valor das portagens”. “Eu diria que no momento em que se consegue reduzir as portagens, que foi essa a promessa que fizemos, não me parece que seja através da isenção das portagens que nós salvemos o turismo, infelizmente numa altura em que temos que ficar em casa”, concluiu Ana Abrunhosa.

Espetáculo de dança leva universo de Saramago ao palco do Teatro Viriato O universo do escritor português José Saramago serviu de inspiração aos bailarinos e coreógrafos São Castro e António M Cabrita na criação do espetáculo de dança “Sinais de Pausa”, que se estreia sexta-feira, no Teatro Viria-to, em Viseu. Neste espetáculo - cujo título é uma referência à forma como o Prémio Nobel da Literatura português preferia chamar o ponto final e a vírgula - São Castro e António M Cabrita mostram ainda mais intensamente a relação que sempre tiveram com a palavra do ponto de vista da criação. “Já é uma ferramenta inerente ao nosso trabalho. No entanto, aqui tornou-se muito mais evidente e visceral, porque a peça passou a ser quase uma escrita com o corpo, transformar a palavra em fisicalidade no corpo”, explicou António M

Cabrita. É com este “trabalho mais complexo e mais aprofundado” de “trabalhar a palavra no corpo” que os dois diretores artísticos da Companhia Paulo Ribeiro (residente no Teatro Viriato) regressam como dupla à interpretação, o que já não acontecia desde 2016. “Quando fomos convidados para dirigir artisticamente a Companhia Paulo Ribeiro, desenhámos logo este plano em que este ano iríamos regressar os dois a palco, iríamos ser intérpretes e criadores de novo”, contou o coreógrafo, acrescentando que sabiam que isso teria de ser “com algo que fosse muito especial e Saramago é, de facto, muito especial”. Durante o seu percurso coreográfico, São Castro e António M Cabrita têm trabalhado o universo de autores de várias áreas artísticas.

Para “Play False” (2014), o casal foi buscar “as palavras, os textos e as obras de Shakespeare”, quando quis trabalhar a imagem, em “Rule of Thirds” (2016), recorreu à obra fotográfica de Henry Cartier Bresson, e depois, em “Last” (2019), os quartetos de Beethoven foram “o fio condutor para o movimento do corpo”, explicou São Castro. Segundo a coreógrafa, o regresso tinha de ser com um autor português e consideraram que fazia “todo o sentido” levar para os seus corpos “as palavras, os temas, a forma como escreve e descreve, as fragilidades, a brutalidade, a realidade de Saramago”. António M Cabrita esclareceu que o objetivo não foi “que o espectador esteja a fazer esse exercício exaustivo de estar a tentar compreender” e identificar as várias obras e personagens em que se ins-

piraram. “Mas, quem for conhecedor de alguma das obras, provavelmente vai reconhecer, em várias partes da peça, essas âncoras, que são âncoras criativas para nós”, referiu, dando como exemplo a luz branca que permanece em palco durante boa parte do espetáculo, remetendo para a obra “Ensaio sobre a Cegueira”. “Objeto Quase”, “Memorial do Convento”, “A Viagem do Elefante”, “As Intermitências da Morte” e alguns textos dos “Cadernos de Lanzarote” foram algumas das obras que serviram de inspiração. São Castro frisou que “Saramago faz belissimamente a ponte entre ele próprio como escritor e o leitor”. “Ele convida o leitor a entrar nas suas obras, ele desafia o leitor, por isso, acho que é a nossa peça que mais tem contacto com o público no

sentido do olhar, de entrarmos na plateia e querermos que o público suba até onde nós estamos e que consigamos viver aquele momento juntos”, realçou. “Sinais de Pausa”, que volta a ser apresentado no sábado, integra a programação da 9.ª edição da mostra de dança New Age New Time, a realizar entre sexta-feira e dia 28 de novembro. A Companhia Paulo Ribeiro tinha duas estreias previstas para 2020, em que está a comemorar 25 anos, mas, devido à pandemia de covid-19, só foi possível concretizar "Sinais de Pausa". “Mantivemos esta por termos a particularidade de sermos dois e um casal. Na do Paulo (Ribeiro) era mais gente e tivemos que adiar”, justificou António M Cabrita.


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Diversos

Quinta-feira 12/11/2020

Raid TT Vinhos Beira Interior só em janeiro As recentes medidas do Conselho de Ministros no âmbito da atual Pandemia levaram ao adiamento do 4º Raid TT Vinhos Beira Interior, previsto para novembro, e que tem agora marcação para o fim de semana de 22 a 24 de janeiro de 2021. Numa organização conjunta do Município de Pinhel e do Clube Escape Livre, o 4º Raid TT Vinhos Beira Interior tinha tudo preparado e devia ir para o terreno já no fim de semana de 20 a 22 novembro. O Clube Escape Livre, detentor do selo Clean & Safe, através das Organizações Escape Livre, estava já na posse de todas as necessárias autorizações, desde o parecer do ICNF, da GNR, das Infraestruturas de Portugal, Município de Pinhel e, claro, da entidade de saúde que, não só emitiu parecer favorável, como elogiou o plano de contingência apresentado pelo Clube.

Pinhel, não será possível realizar este evento na data prevista. Após contactos entre todas as partes, Clube Escape Livre, Município, patrocinadores e operadores económicos do concelho, foi decidido pelo seu adiamento, e não cancelamento, como explica Luis Celínio, Presidente do Clube Escape Livre: “A quinze dias do 4º Raid TT Vinhos Beira Interior, com tudo preparado, com todas as autorizações e acauteladas todas as medidas sanitárias, esta impossibilidade é um rude golpe. Naturalmente compreendemos e aceitamos, mas, porque esta iniciativa para além de um evento turístico e de lazer para os participantes é para os territórios que percorre uma mais valia económica através dos alojamentos contratados, das refeições encomendadas e das visitas programadas, tínhamos que adiar e nunca cancelar. Estamos con-

Com novo estado de emergência em vigor e, concretamente, com as medidas de limitação de circulação ao fim de semana nos concelhos sinalizados, como é o caso de

fiantes que os esforços dos portugueses nas próximas semanas serão recompensados e que em janeiro poderemos realizar o evento em segurança.“

Dão convida a petiscar em 70 restaurantes Cerca de 70 restaurantes de concelhos dos distritos de Viseu, Guarda e Coimbra, que integram a Região Demarcada do Dão, vão, a partir de domingo, ter um menu que harmoniza um petisco com um copo de vinho. A Rota Dão e Petiscos, que durará um mês, tem como objetivo “estimular o consumidor a frequentar responsavelmente a restauração”, justificou hoje o diretor executivo da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Dão, Pedro Mendonça. Segundo o responsável, cada restaurante desenvolveu um petisco e juntoulhe um copo de vinho do Dão e, caso os consumidores partilhem a sua experiência nas redes sociais, ficam habilitados a prémios. Esta rota foi uma forma encontrada pela CVR Dão, em parceria com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), o Turismo Centro de Portugal e a Viseu Marca, para estimular o aumento das vendas e fidelizar clientes, numa época de crise para o setor, devido à covid-19. Mais de metade dos restaurantes que

integram a Rota Dão e Petiscos pertencem ao concelho de Viseu. O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, esclareceu que não se trata de uma festa, mas sim de “um sinal de resiliência”, num momento “muito complexo e difícil”, que ninguém sabe quanto tempo vai durar. “Não estamos a promover uma festa. Não haja aqui um equívoco”, frisou, explicando que esta é uma forma de ajudar os restaurantes que “querem continuar abertos e manter os seus postos de trabalho”. Na sua opinião, “a vida é feita de equilíbrios” e, apesar de terem de se “cumprir à risca as orientações do Governo e da Direção-geral da Saúde”, há que tentar ajudar as empresas para que não fechem portas. “Estamos a dar um sinal de resistência e de responsabilidade, que é dizer à sociedade que, independentemente das situações muito difíceis que estamos a viver, não nos conformamos e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para salvar empregos e a economia”, acrescentou.

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PSA Mangualde mantém encomendas e não prevê redução de turnos A administração da PSA de Mangualde adiantou “as encomendas ainda se mantêm" e como tal não prevê alterações no calendário normal de trabalho, depois de este mês ter reduzido dois turnos suplementares. “Para já não temos previsão de reduzir turnos do calendário de trabalho normal de segunda a sexta-feira. Reduzimos sim, em novembro, dois turnos suplementares um no domingo à noite e outro no sábado, mas ainda mantemos o turno do sábado do dia 21” deste mês, explicou fonte da administração à agência Lusa. A mesma fonte acrescentou que “não se registaram quebras significativas, as encomendas ainda se mantêm, mas é tudo muito instável nesta pandemia e, como tal, não se pode fazer planos com muita antecedência”. O calendário de trabalho, acrescentou, é realizado mês a mês e pode sofrer alterações, “como aconteceu agora em novembro, com a retirada dos dois turnos suplementares”, mas para dezembro ainda nada está definido, “apesar de não haver previsões de redução de laboração”. Na primeira vaga da pandemia de covid-19 em Portugal, a fábrica de automóveis responsável pela produção dos modelos Peugeot Partner/Rifter, Citroën Berlingo/ Berlingo Van e Opel

Combo/Combo Furgão, fechou as portas em 18 de março e retomou a produção de forma gradual em 07 de maio. Nos últimos anos, a fábrica tem tido uma produção diária de cerca de 375 viaturas e tem mantido três turnos, com cerca de 100 trabalhadores cada, a produzir diariamente de segunda a sexta-feira. A fábrica da PSA de Rennes, em França, anunciou que vai suprimir um dos três turnos, o que afetará cerca de 500 trabalhadores, a partir de 16 de novembro, devido à queda nas vendas causadas pelas novas medidas na Europa para conter a pandemia. Um porta-voz do construtor automóvel francês explicou à agência Efe que o turno noturno será suspenso e que o ajustamento em termos dos trabalhadores vai ser realizado, sobretudo, através da não renovação dos contratos temporários. Trata de aplicar "um princípio de prudência" tendo em conta que se espera uma queda de 25% nas vendas de veículos na Europa este ano, salientou outro portavoz. A PSA realçou que as decisões de redução da produção são tomadas em cada unidade fabril, e não de forma centralizada, e com base na evolução das vendas de cada modelo.

Homem encontrado morto em ribeira numa aldeia de Tondela Um homem de 54 anos foi encontrado. dia 8, morto numa ribeira na aldeia de Fráguas, concelho de Tondela, afirmou à agência Lusa fonte da GNR, salientando que não há suspeitas de crime. Segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Viseu, o homem terá "caído da berma da via para a ribeira" - uma queda de cerca de dois metros. "Poderá, eventualmente, ter havido um

acidente. Ainda estamos a tentar perceber o contexto", acrescentou. De acordo com a mesma fonte, o óbito foi confirmado no local e o corpo foi transportado para o Instituto Nacional de Medicina Legal. Segundo o Comando Distrital de Op-erações de Socorro de Viseu, no local, estiveram nove operacionais, apoiados por quatro veículos.

Castro Daire – Apreensão de armas no âmbito de um processo de violência O Comando Territorial de Viseu, através do Posto Territorial de Castro Daire, no dia 6 de novembro, apreendeu duas armas de fogo a um homem de 53 anos, no concelho de Castro Daire. No âmbito de uma investigação por violência doméstica, os militares da Guarda apuraram que o suspeito agredia psicologicamente a ex-mulher de 54 anos.

No decorrer das diligências policiais, foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária, tendo sido apreendidas duas armas, 39 cartuchos de calibre 12 e uma cartucheira. Os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Castro Daire.


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Saúde

Quinta-feira 12/11/2020

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A importância da avaliação osteopática após diferentes tipos de parto A osteopatia no âmbito pediátrico tem cada vez mais procura. Muita informação tem circulado entre futuras mamãs sobre os benefícios da osteopatia para o bebé. De facto, o bebé tem desconfortos. Sim, o bebé tem irritabilidade, dores de barriga, pressões, até dores de cabeça. A única forma de o demonstrar é através do choro, do pedir atenção, do mamar. O bebé tem muitas vezes dificuldade em sossegar, não gosta de determinada posição, só tem conforto no colo, ou fica no colo sempre muito ereto, tem sonos inquietos e pouco profundos e muitas vezes acorda a chorar, sem motivo aparente. As tensões sofridas pelo bebé começam ainda durante a gestação. O bebé vai sofrendo pressões à medida que se vai ajustando a um espaço cada vez menor. Os posicionamentos in útero podem, só por si, causar posturas viciosas que originam algumas disfunções à nascença. No parto, as forças exercidas multiplicam-se. As contrações uterinas empurram o bebé contra a púbis até ser expulso pelo canal vaginal. Durante o trabalho de parto, o bebé roda sobre o seu eixo e faz flexão, seguida de extensão do seu corpo, com hiperextensão da cabeça. O crânio do bebé sofre grande pressão e ajusta-se ao canal de expulsão, modelando o crânio para poder sair. No momento da expulsão, a região entre o crânio e coluna cervical, assim como ombros e clavículas, são alvos de movimentos por vezes traumáticos. Na região entre a base do crânio e coluna

cervical estão presentes nervos cranianos, responsáveis pela inervação e funcionamento de diferentes órgãos e sistemas do corpo humano, que podem sofrer alterações importantes em caso de disfunções. Em caso de utilização de fórceps e ventosas, poderão ocorrer disfunções associadas com a compressão de determinada região craniana ou formação de hematomas. A epidural, a duração do trabalho de parto, a entrada espontânea ou induzida em trabalho de parto, tudo influencia as possíveis disfunções e estado emocional do bebé à nascença. Também a cesariana, pelas alterações de ambiente e pressão do bebé e pela diferença na fisiologia normal do parto, acarreta por vezes algumas alterações na parte imunitária, respiratória e de mobilidade do bebé. Resumindo, há disfunções mais frequentes conforme a forma como decorreu a gestação e o parto. Como exemplo, os torcicolos são bastante comuns por posturas ainda in útero. Neste caso, o bebé terá uma alteração muscular de um dos lados do pescoço, geralmente associada a leves disfunções na base craniana, que limita ou torna desconfortável a rotação cervical para um dos lados. Uma das consequências diretas será o achatamento do lado oposto da cabeça, a plagiocefalia. No entanto, poderão ocorrer outras alterações funcionais indiretas, como refluxo, dores de cabeça, dificuldade na sucção, rejeição de uma das mamas durante a amamentação. Futu-

Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)

ramente poderá estar na base de alterações oftalmológicas ou escolioses. Irritabilidade, cólicas, refluxo, obstipação, são outras possíveis condições passíveis de ser ajudadas pelo osteopata, depois de observar o bebé e perceber como decorreu a gestação e parto do mesmo. Será sempre efetuada uma avaliação global, desde pés, bacia, diafragma, suturas cranianas, postura do bebé, mobilidade/rigidez de estruturas, de forma a perceber possíveis fontes de desconforto e alterações funcionais. A osteopatia vai facilitar o equilíbrio de todas as estruturas, com um toque extremamente delicado e preciso, que o bebé adora e que o deixará mais calmo. Certamente irá promover o bem-estar do bebé e dos papás! Artigo de Sofia Soares Especialista em Osteopatia Pediátrica, Ginecológica e Gestacional, Fisiokids

Diabetes: um inimigo silencioso A Diabetes Mellitus (DM) caracteriza-se por ser uma doença metabólica crónica, normalmente silenciosa, devido à quantidade de açúcar (glucose) no sangue se apresentar com quantidades muito elevadas, uma vez que o pâncreas não tem a capacidade de produzir insulina, ou não a produz em quantidades suficientes. Quando o pâncreas não produz insulina, designa-se por Diabetes Mellitus tipo 1, que embora seja menos frequente, afeta sobretudo, crianças e adolescentes. Diz-se que é uma doença autoimune, porque o sistema imunológico, que é suposto proteger o nosso corpo contra agentes estranhos, como bactérias e infeções destrói as células beta do pâncreas que produzem insulina. Como consequência, há a necessidade de recorrer à terapêutica por insulina, para o resto da vida. Caso não exista um tratamento adequado, ou o corpo esteja por longos períodos sem receber insulina, o organismo decompõe a sua própria gordura e músculo, levando à perda de peso e até à desidratação extrema. Em contrapartida, quando o pâncreas não produz insulina em quantidades suficientes, significa que

estamos perante um tipo de Diabetes Mellitus tipo 2, que é considerado o menos grave, com uma taxa de incidência de 90%. Este tipo afeta sobretudo pessoas adultas e idosas, com excesso de peso ou obesidade, sedentárias e com estilos de vida pouco saudáveis, e há geralmente, um historial familiar. A diabetes afeta aproximadamente 13% da população portuguesa. Um número que se revela preocupante, atendendo ao aumento do número de casos, face aos últimos 4 anos. A má alimentação, o sedentarismo e o excesso de peso são alguns dos fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. Apesar de existirem fatores de risco que não são modificáveis, como: doenças do pâncreas ou doenças endócrinas, histórico familiar ou género e idade, sabe-se que as mulheres acima dos 45 anos têm maior tendência para o contrair este tipo de patologia. Há outros fatores que só dependem de si, como por exemplo: o controlo da hipertensão arterial, uma alimentação adequada aliada a um estilo de vida saudável. Para este efeito, deve-se praticar exercício físico e evitar o consumo de álcool e tabaco.

Existem, ainda, sinais aos quais devemos prestar a devida atenção para que não evoluam para complicações graves, como o pé diabético, a cegueira, a insuficiência renal ou doença periodontal, que pode resultar na queda de dentes. Assim, não ignore sinais, tais como:

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