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232087050 VISEU AJUDA já respondeu a perto de 2000 ocorrências e apoiou mais de 1000 famílias Cerca de 1.200 famílias e 504 menores em situação de carência, isolamento ou outra emergência social foram apoiados pela linha Viseu Ajuda, lançada há um ano na sequência da pandemia, anunciou o município. Criada pouco tempo depois da deteção dos primeiros casos em Portugal, a linha de emergência Viseu Ajuda deu resposta a 1.966 ocorrências, canalizando diretamente 132 mil euros do orçamento municipal.
Nelas Militar salva mulher no Rio Mondego Um militar do Posto Territorial de Viseu, que se encontrava de férias, salvou uma mulher de 56 anos que se encontrava presa no interior de um veículo que tinha caído ao Rio Mondego, no concelho de Nelas. O militar deslocava-se na Estrada Nacional 231 quando, ao chegar à ponte sobre o Rio Mondego em Póvoa de Luzianes, constatou que o gradeamento lateral da ponte fora derrubado e que um veículo se encontrava dentro da água.
Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2231 - Quinta-feira, 15 de Abril 2021 - Preço: 0,60 € - IVA incluído
Câmara de Viseu arranca com projeto inovador na escola de Paradinha A Câmara de Viseu assinou a consignação da requalificação da Escola Básica de Paradinha, investimento de quase 600 mil euros, para concretização de um “projeto inovador e inclusivo” que unirá a pré-escola ao primeiro ciclo, explicou a presidente do município. “A componente mais im-
portante é a eficiência energética, ou seja, vão ser instalados painéis fotovoltaicos que produzirão energia para autoconsumo da escola, para ser auto-eficiente em termos de produção e consumos energéticos”, disse Conceição Azevedo.
Mais de um milhão de euros para mobilidade suave na vila de Vouzela
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2 Opinião
15 abril 2021 Quinta-feira
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ÍNDICE DESTA EDIÇÃO
Opinião....................................... 2 Diversos ................................... 3/4/5 Regional ................................. 6 Saúde........................................ 7 Publicidade .............................. 8
Quinta-feira 15/04/2021
MITOLOGIA SOCIAL Por Humberto Pinho da Silva Contava meu pai, que certa ocasião, estando no escritório, recebeu a visita de amigo e sua filha. Ao deparar sobre mesinha, de pé de galo, livro de versos de Camões, abriu-o, e começou a declamar com ênfase, fazendo profunda pausa no fim de cada verso. Nisto entra a filha eufórica, e ao ouvir certa expressão, que lhe pareceu ridícula, Desatou a gargalhar. Furioso, o pai, por ser interrompido, berra-lhe: - “De que te ris, estúpida. Isto é Camões!” Perante a revelação, o riso desapareceu, e numa atitude de respeito profundo, exprimiu um “Ah!” reverente e convicto. Como o nosso velho Raposão, perante o douto Topsius, não compreendeu, mas venerou. E concluía meu pai: que se
admira, não o autor, mas o mito. A grande Amália Rodrigues, dizia, muitas vezes, ao ler os versos que o empresário lhe entregava: “Ficava encantada com a letra, e pedia-lhe, o favor, de apresentar-me o poeta.” Uma vez, frente a frente, Amália tinha grande desilusão. Era feio, tímido, sem dotes físicos, que o favorecesse e ainda insípido conversador. O poeta, para ela, de excepcional, passava a homem vulgar. O mesmo aconteceu à menina Clarissa, de Erico Veríssimo, ao conhecer o seu poeta preferido, Antilóquio Madrigal... É por esse “fenómeno” que muitos intelectuais se resguardam no interior dos seus escritórios e raras vezes surgem em publico. Recomendava S. Tomás o pouco
convívio, pois a familiaridade demasiada gera o desprezo. Por vezes nem é preciso familiaridade: basta ver o ídolo... Mal vai o professor, quando não é um mito para seus alunos; o escritor, para seus leitores; o artista, para seus admiradores. Admira-se o mito. Certa vez gabava a José Régio a celebridade, a fama que alcançara, ao que este respondeu, que para quem com ele trabalhava, era apenas “o senhor doutor.” Certos médicos, certos escritores, certos artistas plásticos, são apreciados porque ao redor deles criou-se áurea de glória, muitas vezes mantida pela publicidade e correligionários. Certas obras admiradas, de artistas plásticos, não merecem um chavo; mas são vendidas por milhões, devido à assinatura, ao mito,
que se criou. Muitos adquirem livros, não porque sejam valiosos, sob aspecto literário ou conteúdo, mas apenas porque a critica o acarinhou (quantas vezes paga pelo editor,) assegurando que é bom; que vale a pena ser lido. Entretanto, há monos, esquecidos nas prateleiras do livreiro, que ninguém lê, e sãon preciosos: no estilo e nos pareceres revelados. A velha história do rei vai nu, repete-se todos os dias... até na politica... Todavia a sociedade necessita dessa dose de mitologia, para o vulgo acreditar, e não veja o que vê, mas o que querem que veja. Sem o mito, muitos desabavam...porque têm pés e barro...Vive-se de ilusões...De palavras ocas...
QUANDO QUERO SABER NOVIDADES LEIO S. PAULO Por Humberto Pinho da Silva D. Francisco Manuel e Melo, alem de expendido escritor e sensato conselheiro, foi igualmente, excelente observador da sociedade do seu tempo. Em quase todos os seus livros, encontram-se interessantes pastagens, mostrando, que examinava a sociedade com acuidade e espírito crítico. Em “ Apólogos Dialogais” conta a “conversa” entre o Relógio da Cidade e o da Aldeia: “ Relógio da cidade – Muita graça tinha aquele escolar que consultava, à candeia, que hora eram pelo relógio de Sol.
“Relógio de Aldeia – Que me dizeis? “ Relógio da Cidade – Pois acrescentai-lhe que morreu ministro do maior tribunal do seu tempo.” Outrora, como agora, muitos que são responsáveis pelo destino das nações, não são – como deviam, – os que mais sabem, mas os mais ardilosos. O mesmo acontece nas empresas. Quantas vezes não se escolhem os gestores, pela experiência, mas pela amizade e cor politica? Se o escolhido é competente, tudo bem se não, busca-se adjunto, que execute o serviço, fi-
cando os louros para o titular. Como a amizade e a política costuma ser determinante nessa escolha, salta-se de ideologia, como se muda de roupa, todos os dias. Ontem, eram de direita ou da extrema-direita; agora, são do centrão; amanhã, de esquerda ou extrema-esquerda ou vice-versa. O que lhes interessa é sempre manterem-se na crista da onda, e com elas, avançam e recuam, consoante as sondagens. Por causa desse comportamento tartufo – felizmente ainda há homens com vergonha na cara, – é que deixei de acreditar nos homens,
concordando com o que profetizou S. Paulo, para os últimos dias:” Haverá homens amantes de si mesmo, avarentos, altivos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, malvados, sem afeição, sem paz, caluniadores, de nenhuma temperança, desumanos, inimigos dos bons, traidores, protervos, orgulhosos e mais amigos dos deleites do que de Deus.” - II Tm3:1,2,3,. Com muita razão dizia: LeãoBloy: “ Quando quero saber novidades, leio as Epistolas de S. Paulo.”
ONDE SE FALA DE LIVROS E SEXO Por Humberto Pinho da Silva Diz Cervantes, que D. Quixote: “ Do pouco dormir e de muito ler se secou o cérebro, de maneira que chegou a perder o juízo.” Ler muito, nunca foi nefasto, pelo contrário, desde que se saiba escolher na “floresta” do livreiro, as obras que não sejam prejudiciais, para a boa formação moral de cada um. Já dizia Ramalho, “ Em Paris”: “ Estou cercado (de) livros publicados em Paris durante o corrente ano, e não encontro um só (...) que satisfaça aquele singelo preceito de moral que consiste em permitir uma mãe que o leia sua filha.” Recordo que conversando com Dona Emília Eça de Queirós – neta
do romancista, – confidenciou-me como a mana fora surpreendida pela sogra, quando a encontrou enfiada na biblioteca da casa, lendo obras do pai. Indignada, virando-se asperamente para a nora, ralhou-lhe deste modo: - “ Menina decente não deve ler livros desses! ...” – Exclamou escandalizada a velha fidalga. As obras de Eça, não eram indicadas para a jovem casada, segundo o parecer da ilustre Senhora; o que dizer do estendal, que agora os livreiros ostentam nos escaparates das nossas livrarias? Há o propósito de muitos au-
tores, serem tão realistas, que parece não serem capazes de descrever cena vulgar, sem a chafurdar em lama asquerosa e conspurcada. A propósito de “realismo” Teófilo Gautier disse a sua filha – a que casou com Catulo Mendès, – antes de morrer, para não ler o livro que tinha escrito, na juventude: “ Mademoiselle de Maupin”, que Eça conhecia, porque o cita no: “O Mandarim”. Tenho carta de escritora, que diz: seu último romance foi-lhe devolvido pelo editor com a indicação de o “apimentar”, para fácil venda. Cabe ao educador a difícil tarefa de orientar a leitura, os canais de TV e a Internet. Missão quase impos-
sível, porque os jovens e as crianças têm acesso fácil, e a curiosidade e impulsos naturais, leva-os a procurar o proibido. Como a autoridade, em nome da liberdade, não quer, nem pode controlar a mass-media, as nossas crianças correm perigo iminente, que só o freio da religião, e o cuidado dos progenitores, as podem livrar. O desregramento moral, avança, quer publicando-se livros reprováveis, quer transmitindo, até no horário nobre, novelas e imagens lascivas e corruptíveis, quiçá no malévolo intento de corromper e degradar a sociedade, levando-a a praticas asquerosas e relaxações.
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Diversos 3
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VISEU AJUDA já respondeu a perto de 2000 ocorrências e apoiou mais de 1000 famílias Cerca de 1.200 famílias e 504 menores em situação de carência, isolamento ou outra emergência social foram apoiados pela linha Viseu Ajuda, lançada há um ano na sequência da pandemia, anunciou o município. Criada pouco tempo depois da deteção dos primeiros casos em Portugal, a linha de emergência Viseu Ajuda deu resposta a 1.966 ocorrências, canalizando diretamente 132 mil euros do orçamento municipal. "O Viseu Ajuda foi uma das apostas mais acertadas que concretizámos, face a esta terrível pandemia que se abateu sobre o mundo. Permitiu uma resposta concertada, rápida e solidária, face
às necessidades vividas por muitas famílias neste período crítico", considera a presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo. Numa primeira fase, entre março e junho de 2020, o projeto deu apoio durante sete dias por semana a pessoas e famílias residentes no concelho. Após esse período, manteve-se em funcionamento, com alguns ajustes, com o intuito de resolver situações de emergência e de carência social. Segundo a autarquia, o Viseu Ajuda teve como objetivo disponibilizar "uma resposta imediata para um conjunto de bens e serviços básicos, urgentes e inadiáveis, nomeadamente de aquisição e/ou entrega de
refeições, de medicamentos e de compras de supermercado ao domicílio (alimentares e outros essenciais)". Este projeto também visa "assegurar reparações domésticas urgentes e o agendamento de recolha de resíduos ao domicílio de pessoas infetadas pelo novo coronavírus", acrescenta. A vereadora da Ação Social, Cristina Brasete, sublinha a melhoria no conhecimento social do concelho, que levou à sinalização à Segurança Social de "centenas de famílias em situação de vulnerabilidade, não cobertas pelos instrumentos de proteção social do Estado”. “Ao longo destes meses, apri-
morámos o serviço o que, em conjunto com a Segurança Social, tem permitido, inclusive, garantir uma intervenção estrutural e continuada no tempo para as respetivas famílias, o que lhes possibilita ter um acompanhamento e apoios regulares”, acrescenta. As freguesias de Viseu, Abraveses e Rio de Loba foram aquelas que registaram mais situações de emergência social. A linha de emergência conta com a colaboração de uma equipa multidisciplinar e com uma bolsa de voluntários e funciona sempre em articulação com as Juntas de Freguesias. Em fevereiro, a linha Viseu Ajuda alargou o âmbito à vaci-
nação contra a covid-19 e passou também a garantir o transporte de cidadãos para o pavilhão multiusos. Conceição Azevedo garante que "a resposta à pandemia continua a ser a prioridade da autarquia". "Continuaremos na linha da frente, através do Viseu Ajuda ou de outros mecanismos que venham a ser necessários, a proporcionar uma resposta rápida e eficaz aos viseenses mais afetados por esta situação. A solidariedade é também uma marca do projeto que a nossa equipa vai continuar a cumprir”, acrescenta.
Antiga Estação de Torredeita transforma-se em museu e vai recriar interior do apeadeiro original Município de Viseu lançou a obra de requalificação, um investimento superior a 170 mil euros na freguesia de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita Realizou-se, dia 31, o ato de consignação da obra de requalificação do edifício da antiga Estação de Comboios de Torredeita. A intervenção tem como objetivo a adaptação da estrutura para espaço museológico e infraestruturas de apoio, promovendo a valorização daquele elemento patrimonial local. O investimento de 170 mil euros vem reforçar a aposta da autarquia viseense na coesão territorial. “Saliento que esta intervenção
visa preservar aquilo que temos de mais caro e que torna Viseu único: o nosso património histórico e arquitetónico, as nossas tradições…. Enfim, a nossa identidade. Não vamos apenas recuperar um edifício, vamos também recuperar uma época e preservar uma forma de viver”, afirma Conceição Azevedo, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Viseu. A empreitada prevê a requalificação integral dos dois pisos do edifício principal, bem como o anexo destinado a instalações sanitárias. Todo o equipamento será dotado de infraestruturas de eficiência energética. O projeto, com um prazo de execução estimado de
120 dias, permitirá promover a capitalização do valor histórico, económico e social, através de várias atividades a serem desenvolvidas no espaço, como por exemplo visitas ao espaço museológico – que será uma reprodução original do interior do apeadeiro – exposição de trajes regionais e animação turística. O investimento global ronda os 170 mil euros, mas a obra conta com o apoio financeiro da ADDLAP – Associação de Desenvolvimento Dão, Lafões e Alto Paiva. “Será um espaço relevante, aberto aos viseenses e a todos aqueles que nos visitam, pelo que a ADDLAP vai comparticipar esta obra em quase
50%”, explica João Paulo Gouveia, na qualidade de Presidente da associação. “No futuro, numa próxima fase, pretendemos também recuperar a locomotiva e carruagens que, lamentavelmente, nos últimos dois anos foram vandalizadas”, acrescenta ainda o também Vereador das Freguesias e Desenvolvimento Rural, Equipamento Rural e Urbano.
Por fim, Conceição Azevedo salienta que “a aposta na coesão do nosso território é, como bem sabem, uma prioridade deste Executivo. Lembro que, entre 2013 e 2021, o Município de Viseu investiu cerca de 3 milhões de euros na freguesia de Boa Aldeia, Farminhão e Torredeita. Julgo que estes números falam por si e não deixam margem para dúvidas”.
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Diversos 4
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Câmara de Viseu reorganiza pelouros e competências com entrada de novo vereador A Câmara Municipal de Viseu anunciou. dia 9, a reorganização dos pelouros e competências do executivo, uma vez que Conceição Azevedo assumiu a presidência e entrou um novo vereador, na sequência da morte de António Almeida Henriques. “Face à nova composição da equipa, o Município de Viseu procedeu a uma reorganização de pelouros e competências”, informa um comunicado da Câmara, que,
após a morte do presidente, António Almeida Henriques, no domingo, vítima de covid-19, passa a ser liderada por Conceição Azevedo e a ter como vice-presidente João Paulo Gouveia e como novo vereador Fernando Marques. Conceição Azevedo acumula com a presidência as áreas do Ordenamento do Território e Urbanismo, Ambiente, Saneamento Básico e Qualidade de Vida, Regeneração Urbana e Modernização
Administrativa, Recursos Humanos, Gestão Geral, Organização Interna e Administrativa, Relações Externas, e Cultura. João Paulo Gouveia, o novo vice-presidente, passa a ter a seu cargo as áreas de Economia, Empreendedorismo, Ciência e Investimento e mantém os pelouros de Mobilidade, Transportes e Comunicações, Freguesias e Desenvolvimento Rural, Equipamento Rural e Urbano, Energia, Finanças, Obras
Municipais e Inovação. Fernando Marques, que tomará posse como vereador esta quinta-feira, dia 15, informa a nota de imprensa, assumirá os pelouros do Património, Turismo e Marketing Territorial, pastas que estavam nas mãos do antigo vereador executivo Jorge Sobrado, que se mantém em funções na Câmara, mas sem pelouros desde fevereiro, aquando da saída para a Comissão de Coordenação da Região Norte.
A vereadora Cristina Brasete continua a ser responsável pelas áreas de Educação, Ação Social, Habitação, Promoção Social e Qualidade de Vida, Proteção Civil e Polícia Municipal. O mesmo sucede com a vereadora Ermelinda Afonso, que se mantém à frente dos pelouros do Desporto e Tempos Livres, Juventude, Saúde e Defesa do Consumidor.
Câmara de Viseu arranca com projeto inovador na escola de Paradinha A Câmara de Viseu assinou, dia 12, a consignação da requalificação da Escola Básica de Para-dinha, investimento de quase 600 mil euros, para concretização de um “projeto inovador e inclusivo” que unirá a pré-escola ao primeiro ciclo, explicou a presidente do município. “A componente mais importante é a eficiência energética, ou seja, vão ser instalados painéis fotovoltaicos que produzirão energia para autoconsumo da escola, para ser auto-eficiente em termos de produção e consumos energéticos”, disse Conceição Azevedo. O edifício da Escola Básica de Paradinha, na freguesia de Repeses e São Salvador, terá também “janelas com caixilharia e rutura térmica, iluminação LED no interior e exterior do edifício e vai ter li-
gação ao outro edifício”, ou seja, “o pré-escolar e o primeiro ciclo ficam com um túnel de ligação”. “É um projeto inovador com esta componente da eficiência energética e pelo lado da inclusão que a escola tem e terá, com salas para valências diferentes, como a terapia, ensino da culinária, por exemplo, salas com acessos para mobilidade reduzida, assim como as instalações sanitárias, que também vão ser requalificadas”, anunciou. Conceição Azevedo assinou a consignação desta obra que tem 140 dias para execução e um investimento de quase 600 mil euros. A presidente assumiu aos alunos ali presentes que, “se o empreiteiro não falhar, em setembro, no início do ano letivo, as obras estão prontas”.
Apresentou também, “porque as crianças já tinham perguntado quem é que agora liderava a Câmara”, todo o executivo que quer “honrar a memória e seguir com o legado do presidente Almeida Henriques”, que morreu recentemente. Neste sentido, Conceição Azevedo apresentou o projeto arquitetónico e explicou que haverá também uma ligação dos dois edifícios, que “vai permitir a uso comum de salas, da biblioteca e do parque exterior, que terá um coberto” após a requalificação da escola que tem, atualmente, cerca de 50 crianças, 30 no primeiro ciclo e 20 no pré-escolar. “É um projeto inclusivo, moderno, virado para os apoios aos alunos. Tem sido assim nos últimos anos e agora é preciso também o
ser na infraestrutura. Apesar de ter vindo a sofrer algumas intervenções, esta é uma requalificação profunda, que a fará toda ela inclusiva”, defendeu depois aos jornalistas. Estas duas escolas acolhem “muitas crianças de etnia cigana e também crianças com limitações e outros problemas associados”. “Quando se pensou no projeto, era até muito na integração da etnia cigana, mas, neste momento, é muito mais do que isso, é mais global, sem diferenciação de total inclusão e não temos mais crianças porque não há lugar para elas”, acrescentou a vereadora da Educação. Cristina Brasete lembrou que “o projeto nasceu muito por força da Associação de Pais com a aprovação do Ministério da Edu-
cação e com toda a abertura da Câmara”. “Fomos fazendo algumas remodelações, mas faltava esta grande requalificação para a tornar totalmente inclusiva. Antes, havia menos crianças, mas por ter um projeto pedagógico diferente, mais ciência experimental, é mesmo um movimento da escola moderna e isso tem trazido outras crianças”, assumiu. A vereadora Cristina Brasete não escondeu também dos jornalistas o desejo de “ver isto replicado noutras escolas do concelho” e até apontou “a de Silgueiros como a próxima”, apesar de admitir que não basta querer, porque envolve muitas coisas, como o aumento de professores, mas disse acreditar que “isto é um exemplo, até a nível nacional”.
Mais de um milhão de euros para mobilidade suave na vila de Vouzela Mais de um milhão de euros vai ser investido em Vouzela tendo em vista o desenvolvimento de infraestruturas de apoio à mobilidade urbana na vila e zonas envolventes, nomeadamente as vias que servem a Escola Profissional de Vouzela e a Escola Secundária. O projeto visa dar continuidade ao processo de regeneração urbana do centro histórico de Vouzela, corrigindo a localização de mobiliário urbano, sinalização, passadeiras e outros equipamentos, sendo também melhoradas outras infraestruturas como o piso, iluminação e águas pluviais. Concretamente, na zona da Escola Profissional será requalificado
o percurso até ao Campo das Chãs e as instalações ao nível do saneamento básico. Numa fase posterior, será construído um parque de estacionamento de apoio aos dois equipamentos. Na Escola Secundária serão englobadas as infraestruturas da futura urbanização da Quinta da Regada, que engloba nove lotes. A intervenção, que deverá estar concluída até setembro de 2022, tem uma taxa de comparticipação de 85% e resulta de uma candidatura apoiada pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional – Programa Operacional do Centro.
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5 Diversos
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Imagiologia do hospital de Viseu cresce e separa doentes urgentes dos programados O diretor de imagiologia do hospital de Viseu disse, dia 13, que o serviço aumentou a sua capacidade em salas e equipamento para separar os doentes da urgência dos que estão programados, num investimento na ordem dos 500 mil euros. “O grande objetivo desta sala, que era um anseio nosso há anos, mas que se tornou particularmente necessária com a pandemia, é separar os doentes do serviço de urgência dos que estão na sala de espera para exames programados. Assim, não se misturam”, adiantou Duarte Silva. O responsável pelo serviço de imagiologia do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) explicava aos jornalistas que “é possível controlar o número de exames programados, mas não se consegue programar o número de exames que chegam pela urgência”, e deu como exemplo um eventual acidente de autocarro que poderá “aumentar imenso” as necessidades. Assim, explicou, “será possível manter os exames programados, sem atrasos, porque os doentes não serão misturados”, além de “evitar contágios de doenças” e isso tornar o “serviço mais seguro”, além de se “evitar atrasos nos exames programados”. “Aqui faz-se todo o tipo de exames gerais, desde raio-x do tórax, de coluna, dos pés, das mãos, do crânio. Ou seja, todo o tipo de exames de radiologia convencional proveniente do serviço de urgência”, precisou. A sala está “estrategicamente colocada” do outro lado do corredor do acesso às urgências, “entre a sala de urgência e a nova sala de ecografia de urgência, precisamente para todos os doentes de urgência serem atendidos nesta ala sem entrarem no serviço central” da imagiologia e que são, “seguramente, mais de 100.000 por ano”. Duarte Silva acrescentou que com a entrada em funcionamento desta sala, a quarta do género no serviço e que já fez “pontualmente alguns exames nos últimos dias, mas que só estará a 100% no final do mês”, estão a ser ultimados pormenores logísticos e tudo isso “vai permitir fechar o resto do serviço durante a noite e ter as pessoas concentradas” naquele espaço. “Estamos a falar em investimentos na ordem dos 500 mil euros, sendo que o investimento mais caro é o equipamento que já é muito moderno, muito mais versátil e, por exemplo, permite fazer os exames na própria maca, sem termos de mudar os doentes”,
precisou. À frente do serviço desde 2012, Duarte Silva contou aos jornalistas os avanços que a imagiologia no CHTV tem vindo a fazer, em especial desde 2018, com a compra de novo equipamento, “algum topo de gama mesmo, que não envergonha junto de qualquer hospital do mundo”. Numa visita guiada aos jornalistas, o médico “apresentou” a “nova sala de ecografia, também destinada ao serviço de urgência, e que se soma às outras três já existentes”, assim como a “sala dos exames contrastados”. “Chama-se uma mesa telecomandada para exames contrastados e que veio substituir um outro que estava avariado e que ainda vinha do hospital antigo, ou seja, antes de 1997”, ano de inauguração do atual edifício hospitalar. Entre o equipamento que mostrou, Duarte Silva destacou o dos estudos mamários que, “após um período, em 2018, em que nem era possível fazer exames”, passou em 2019 a estar equipado “com um dos melhores aparelhos a nível nacional, melhor que alguns hospitais centrais”. “Na área da mamografia e ecografia mamária estamos a fazer o que se faz de melhor em qualquer lado. Neste momento, fazemos todo o tipo de diagnóstico da patologia mamária”, acrescentou Duarte Silva. Este responsável não escondeu o desejo de “ter ainda este ano”, o que o diretor clínico, Eduardo Melo, presente na visita, considerou “muito difícil, tendo em conta o orçamento”, um “novo aparelho de TAC com muito mais precisão”. “Será um TAC que permite fazer estudos de batimentos cardíacos e que os atuais TAC não permitem. É um equipamento topo de gama. Os atuais fazem 16 cortes simultâneos e o outro faz 128, ou seja, permite estudar a mesma parte do corpo muito mais rápido, portanto, permite por cada batimento cardíaco fazer um maior número de exames e mais instantâneos”, explicou Duarte Silva, que disse ser “esta agora a sua luta para melhorar o serviço”. “Estamos a procurar encontrar um programa de financiamento dentro do orçamento do Estado que contemple uma rubrica de requalificação de imagiologia a nível nacional, onde se possa incluir, porque é um investimento muito acima disto que já está feito”, admitiu Eduardo Melo.
Nelas
Militar salva mulher no Rio Mondego Um militar do Posto Territorial de Viseu, que se encontrava de férias, dia 9 de abril, salvou uma mulher de 56 anos que se encontrava presa no interior de um veículo que tinha caído ao Rio Mondego, no concelho de Nelas.
viatura com o auxílio de três populares que ali se encontravam. Quando chegou junto da viatura, o militar constatou que a mulher ainda se encontrava consciente e, com o auxílio de populares que lhe facultaram uma se-
O militar deslocava-se na Estrada Nacional 231 quando, ao chegar à ponte sobre o Rio Mondego em Póvoa de Luzianes, constatou que o gradeamento lateral da ponte fora derrubado e que um veículo se encontrava dentro da água. De imediato, o militar da Guarda deslocou-se até à margem do rio, onde verificou que no interior do veículo se encontrava uma mulher, muito perturbada e aos gritos, a pedir socorro. Perante esta situação, o militar, sem hesitação e munido de uma corda, atirou-se à água e nadou até à
gunda corda, retirou-a para fora do veículo, transportando-a em segurança a nado até à margem do rio. A mulher foi assistida no local por um médico que se encontrava de passagem naquele local, acabando por ser transportada pelos Bombeiros Voluntários de Nelas a uma unidade hospitalar para observação. A ação do militar foi providencial para que tivesse sido possível salvar uma vida humana.
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Regional 6
Quinta-feira 15/04/2021
Projeto sangue novo em veias antigas leva artistas ao património do Vale do Varosa Monumentos do Vale do Varosa, na região do Douro, serão palco de espetáculos de jovens em formação na área da música e das artes performativas, disse à agência Lusa o promotor do projeto sangue novo em veias antigas. “Para nós, é essencial este triângulo do património edificado e a história das pessoas. Isto é base e, por isso, o projeto sangue novo em veias antigas arranca não com espetáculos, mas com ações de formação e sensibilização para o património monástico do Vale do Varosa”, explicou João Pereira. Este ator e professor de teatro em contexto terapêutico há 25 anos falou sempre no plural uma vez que é promotor do projeto que está afeto à rede do Vale do Varosa, que, por sua vez, está sob a responsabilidade e gestão do Museu de Lamego. “Embora seja paisagística e endogenamente rica, porque a zona do Douro é de um património riquíssimo, não deixa de ser do interior onde ainda há um trabalho a fazer ao nível da sensibilização para a arte e para a cultura e muito particular para a dança, música, teatro e artes performativas”, defendeu. Assim, este portuense que conhece este território do Douro “desde pequeno” aprofundou “um bocadinho mais a relação com a região” numa fase mais adulta para
agora avançar com este projeto que tem como “objetivo principal dar palco a jovens músicos e bailarinos em formação numa zona do interior do país”. “Um dos eixos importantes passa também pela descentralização da oferta cultural e depois pela formação e fidelização de públicos, sensibilizando-os para o património e para a expressão artística, premissa nem sempre evidente em zonas mais interiores do nosso país”, considerou. Antes dos espetáculos há um trabalho “muito importante” a ser feito, ou seja, “é essencial, quando um artista se apresenta nestes espaços, que saiba a sua história” e, por isso, o “sangue novo em veias antigas arrancou, em 2020, com formação”. “É aquilo que entendemos ser de particular importância e de uma pertinência absoluta: formação para o património monástico do Vale do Varosa, ou seja, contar a história daquele património”, defendeu João Pereira. Para isso, foram criadas parcerias com escolas, academias, estúdios de dança e também com bandas filarmónicas, “porque em muitas zonas do interior são um centro muito importante na formação de músicos” e o objetivo é ter parceiros do ensino artístico. Nesse sentido, explicou, realizaram-se formações em novem-
bro e dezembro, na Covilhã e Porto, respetivamente, e em janeiro foram interrompidas devido à suspensão do ano letivo por causa da pandemia, porque deveriam ir até maio com instituições de Castelo Branco, Paredes, Penafiel, Lamego e Tarouca. “Até ao momento conseguimos chegar a cerca de 150 jovens, embora o objetivo era ter chegado, nesta altura, a cerca de 500, mas a pandemia não permitiu cumprir com o desejado” embora os espetáculos comecem em maio. O primeiro está agendado para dia 29, no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, “com a EPABI, a Escola das Artes da Covilhã, a antiga Escola Profissional das Artes da Beira Interior e a estes miúdos juntamse outros da Academia de Música de Tarouca”. “A pandemia está a dificultar a calendarização, mas já há umas âncoras mais ou menos definidas. De maio a outubro haverá a periodicidade de um concerto ou um espetáculo por mês entre música e dança, no mesmo espaço, mas não misturados, a música e a dança são espetáculos distintos. Música e dança em cada uma das apresentações”, esclareceu. Assim, os cinco monumentos do Vale do Varosa, sobre os quais os jovens artistas receberam formação, são palco para as suas
apresentações. No concelho de Lamego são o Convento de Santo António de Ferreirim e a Capela de São Pedro de Balsemão. No concelho vizinho de Tarouca, também no distrito de Viseu, são o Mosteiro de São João de Tarouca, o Mosteiro de Santa fiMaria de Salzedas e a Ponte Forti cada da Ucanha. “Vamos pretender que as obras tocadas ou dançadas sejam anteriores a 1834, ano da extinção das ordens religiosas em Portugal, uma vez que a maioria desse património, cinco monumentos, estão ligados às ordens monásticas, germinais do Portugal do século XII, nomeadamente a ordem de Cister e a ordem Franciscana”, adiantou. João Pereira disse que querem “estabelecer este vínculo de historicidade com o próprio património junto dos jovens”, porque, no seu entender, “conhecendo eles a história dos espaços, vão respeitálos, vão apropriar-se desses espaços e, com certeza, quando produzirem lá a sua arte estarão imbuídos também neste espírito histórico que é essencial para uma identificação efetiva de uma identidade”. “Esta é uma das particularidades e um dos pontos fortes deste nosso conceito de sangue novo em veias antigas. É uma pedagogia e literacia para o
património e conhecimento histórico, para que a arte faça ainda mais sentido e, por isso, a escolha do reportório, quer os bailarinos, os músicos, os atores ou as artes performativas, tem de ter uma relação direta com o património”, assumiu. Sangue novo em veias antigas “anno I”, como determinou João Pereira, termina em outubro, após os espetáculos, para “se fazer um apanhado do que aconteceu” com as instituições “conhecidas e próximas” e depois “convidar de outros locais como o Alentejo, Algarve e ilhas, porque a ideia é cobrir todo o país”. “Para que todos os jovens em formação artística do território nacional se possam encontrar no Vale do Varosa em 2022, no anno II do sangue novo em veias antigas” e, se, no futuro, tiver “pertinência, porque não num outro agregado patrimonial” e “poderá ser estendido a todo o país”. João Pereira lembrou que, no dia 31 de março, no Convento de Santo António de Ferreirim, foi “oficializado o projeto com a assinatura de um protocolo”, na altura com a Direção Regional da Cultura do Norte e os municípios de Tarouca e de Lamego para a existência deste agente intermediário, no valor de 15 mil euros.
À descoberta da História em sereno Passeio de Abertura Enquanto decorrem a muito bom ritmo as inscrições para o 23.º Portugal de Lés-aLés – até 15 de maio, se não esgotarem entretanto… – a Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal ultima pormenores da grande aventura que, de 2 a 5 de junho, vai ligar Chaves a Faro com passagem por S. Pedro do Sul e Abrantes.
Traçado que homenageia a mítica N2, mas que vai mostrar muito mais do que a estrada que integra o Plano Rodoviário Nacional desde 1945, ao longo de mais de 1000 quilómetros de aventura e descoberta. Quatro dias para descobrir património e história, gastronomia e tradições, numa realização apoiada pela Associação de Municí-
pios da Rota da Estrada Nacional 2, e que começa em local emblemático e extremamente saudável. Afinal as águas quentes da Termas de Chaves, únicas na Península Ibérica devido à temperatura híper termal (73º C) e pelo facto de serem bicarbonatadas, sódicas, meso mineralizadas e gasocarbónicas, prometem melhorias significativas no tratamento de problemas
músculo-esqueléticos, do aparelho digestivo e respiratório, mas também para as mais modernas maleitas ligadas ao stress, cansaço ou ansiedade. Ali mesmo, na margem do Rio Tâmega, será feita a receção aos participantes e cumpridas as formalidades do check-in, verificações técnicas...
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Quinta-feira 15/04/2021
Associação de Hemofilia quer igualdade no acesso à terapêutica em proximidade A Associação Portuguesa de Hemofilia alertou para as desigualdades no acesso à terapêutica em proximidade a nível nacional, sublinhando que nalgumas regiões os doentes ainda têm de se deslocar centenas de quilómetros para levantar a medicação no hospital. Em declarações à agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Hemofilia, que se assinala no sábado, o presidente da associação defendeu que a estratégia da terapêutica de proximidade devia ser alargada a todo o território. “O acesso destes doentes à terapia em proximidade, seja em casa ou na farmácia, devia ser uma realidade em todo o território nacional”, afirmou Nuno Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia e outras Coagulopatias Congénitas. O responsável explicou que a nível nacional existem cinco centros de referência que já têm alguns protocolos para fazer chegar a terapia (que é de dispensa hospitalar) ao doente, evitando deslocações de centenas de quilómetros, e lembrou que a pandemia “ajudou a desbloquear” esta situação, mas que ainda existem desigualdades. Os cinco centros de referência funcionam nos hospitais de Santa Maria e São José, em articulação em a Estefânia, em Lisboa, nos SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, em Coimbra, e nos hospitais São João e Santo António, no Porto. “Todos estes centros desenvolveram os seus próprios projetos, mas existem disparidades. O que se pretende é que os resultados, independentemente das metodologias adaptadas por casa centro, sejam iguais para todos os doentes”, defendeu. Nuno Lopes sublinha que a geografia não devia ser uma razão para haver diferença no acesso à terapêutica e lembra que o acesso em proximidade, além de evitar deslocações, facilita a adesão e o cumprimento rigoroso da terapêutica por parte dos
doentes. “Há muito bons resultados nos SUCH e em Santa Maria, que, por exemplo, consegue entregar fator [de coagulação] a 200 ou 300 quilómetros de distância, o que causa uma grande melhoria de vida a quem não tem de fazer esta deslocação”, frisou. Lembra que também nos hospitais de São José e Santo António já há dispensa em proximidade, mas, por exemplo, no São João, o projeto ‘Pharma Drive’ apenas permite que a terapêutica seja levantada sem sair do carro, mas o doente tem de se deslocar na mesma até ao hospital. “Contudo, temos conhecimento de um doente com covid-19 e que teve de ficar em casa isolado e que o hospital enviou a terapêutica para casa. Ficamos com alguma esperança que o São João se junte aos outros centros de referência e consiga também fazer os seus protocolos”, afirmou. Nuno Lopes disse que, além destes centros de referência, há outras unidades hospitalares que têm tratamento para a hemofilia, mas não têm qualquer protocolo para acesso em proximidade, dando o exemplo de Viseu, Braga, Aveiro e Covilhã. “As pessoas seguidas nestes hospitais têm de se deslocar à unidade hospitalar e isso causa assimetrias no acesso à terapêutica. Tem de haver acesso igual a nível nacional e a geografia ou o hospital em que se é seguido não pode ser um fator de desigualdade”, defendeu, sugerindo que estes hospitais pudessem articular com os centros de referência para se conseguir “uma rede que permita um acesso mais uniforme”. Para o presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia, é preciso aprender com as coisas boas que aconteceram com esta pandemia, designadamente com os projetos de dispensa de medicamentos de uso hospitalar em proximidade, aproveitando as experiências positivas. “Existem muitas pessoas com he-
mofilia fazer tratamento em casa, administrando eles próprios as terapêuticas ou os fatores de coagulação, o que também facilita a relação médico-doente”, afirmou o responsável, que lembrou igualmente a importância de se apostar mais na telemedicina. Nuno Lopes lembrou que a hemofilia, uma deficiência orgânica no processo de coagulação do sangue, é uma condição crónica, hereditária, mas pode aparecer em famílias sem historial da doença. “Estima-se que cerca de 30% dos novos caso não tem historial familiar”. Reconheceu que não existe na maioria da população uma noção exata do que é a hemofilia e que, hoje em dia, as gerações mais novas, se seguirem a terapêutica com disciplina, não vão ter condicionantes na sua vida futura. "Os mais jovens não terão crescido com hemorragias intraarticulares e chegarão aos 20 anos sem danos articulares, por isso, não têm condicionantes em relação à maioria das pessoas. Mas se pensarmos em quem nasceu em 1960, quando não havia grandes terapêuticas, essa pessoa viveu com varias crises hemorrágicas que causaram danos articulares e aí nota-se a diferença”. Mesmo assim, acrescentou, “desde que mantenham de forma disciplinada a adesão à terapêutica, conseguem impedir novas hemorragias, preservando o que ainda conseguem manter da sua saúde articular”. Segundo a associação, existem em Portugal cerca de 800 casos de pessoa com hemofilia. Em setembro do ano passado, um estudo da NOVA Information Management School (NOVA-IMS) conclui que os doentes que precisam de medicamentos de dispensa hospitalar gastam, em média, quase cinco horas e meia e mais de 14 euros por cada ida ao hospital para levantar medicação.
IPO de Coimbra Receção do 1º Acelerador Linear Já chegou ao IPO de Coimbra, o primeiro de dois aceleradores lineares, que visam substituir outros dois equipamentos de megavoltagem, com mais de uma década de atividade. Com um investimento que ultrapassa os 5,8 milhões de euros, estes novos equipamentos permitem aumentar a capacidade de resposta particularmente no que diz respeito à complexidade das técnicas de tratamento, com tradução quer na precisão, quer na segurança da radioterapia
prescrita. Trata-se de um acelerador linear Sistema Halcyon/Varian, que é a primeira unidade deste tipo a ser instalada em Portugal e que traduz um novo conceito de tratamento, permitindo a realização de técnicas complexas de tratamento, guiadas por imagem, mais precisas, seguras e, portanto, mais eficazes. É um equipamento robusto e com características inovadoras também no que diz respeito aos requisitos de espaço físico, uma vez que pode ser
instalado em áreas de menores dimensões, permitindo a otimização dos espaços e dos circuitos dedicados. Com este novo equipamento, o Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, EPE vê reforçado o seu posicionamento de instituição de referência na Região Centro, no que concerne aos tratamentos de radioterapia, fortalecendo e consubstanciando a rede assistencial em radioncologia.
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