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232087050 Candidaturas para fundo coletivo de apoio a profissionais da Cultura abrem dia 19
Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2221 - Quinta-feira, 15 de Outubro 2020 - Preço: 0,60 € - IVA incluído
CCDR: Dos cinco novos presidentes, quatro foram os únicos candidatos à eleição
As candidaturas para o fundo coletivo solidário de apoio aos profissionais cultura, anunciado em abril pela cooperativa GDA e que tem uma dotação de 1,35 milhões de euros, abrem no dia 19. “Os profissionais das atividades culturais podem candidatar-se ao Fundo de Solidariedade com a Cultura já a partir de 19 de outubro”, lêse num comunicado divulgado.
PSD de Viseu responsabiliza Governo por “episódios de ineficiência” no hospital O presidente da concelhia de Viseu do PSD lamentou, dia 12, a falta de investimento do Governo no Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) e responsabiliza-o por “episódios de ineficiência” ocorridos nesta unidade de saúde. “O investimento na Saúde do Interior foi esquecido? E Viseu?”, questiona João Paulo Gouveia, num comunicado de imprensa no qual saúda “a obra de requalificação do serviço de urgência polivalente” daquele centro hospitalar, que “vai, finalmente, avançar” após um “processo irresponsavelmente arrastado e demorado”.
Câmara de Lamego investe quatro milhões de euros em zona verde
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2 Diversos
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ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Viseu..................................... 3 Cultura.................................... 4 Diversos ................................. 2/ 5/6 Saúde........................................ 7 Última .................................... 8
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CCDR: Dos cinco novos presidentes, quatro foram os únicos candidatos à eleição As eleições para a presidência das cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) confirmaram na terça-feira quatro candidatos únicos, à exceção do Alentejo, num modelo pouco consensual fora do espetro político do PS e PSD. No Alentejo, a única CCDR com dois candidatos, o responsável pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva (PS), venceu por 94 votos as eleições, que também eram disputadas pelo atual presidente da CCDR, Roberto Grilo, que se candidatou como independente. No Norte, a região com maior número de votantes, foi eleito o exreitor da Universidade do Minho António Cunha, candidato único que assumiu que o convite para a sua candidatura resultou de "um acordo entre os dois partidos", PS e PSD. No Algarve, o presidente é José Apolinário, que deixou o Governo socialista na mais recente remodelação para se candidatar precisamente a este cargo. Mantêm-se à frente das CCDR que já lideram Isabel Damasceno, no Centro, e Teresa Almeida, em Lisboa e Vale do Tejo (LVT). Isabel Damasceno, ex-presidente da Câmara de Leiria, socialdemocrata, é presidente da CCDR centro desde janeiro deste ano, e a arquiteta Teresa Almeida dirige a CCDR-LVT desde meados de 2019, nomeada pelo PS. No caso da eleição para um dos vice-presidentes foram eleitos Be-
raldino Pinto, ex-autarca de Macedo de Cavaleiros (PSD), para o Norte; o arquiteto José Pacheco para o Algarve; o ex-autarca Aníbal Reis Costa (PS) para o Alentejo; o geógrafo Jorge Marques de Brito, atual secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, para o Centro; e Joaquim Sardinha, autarca em Mafra (PSD), para LVT. Todos eles eram candidatos únicos. Numa nota, o Governo referiu que as eleições decorreram "com normalidade", registando uma taxa de participação de 85,4% até às 23:30, quando faltavam apurar 19 mesas eleitorais. O Executivo apresentou as eleições indiretas por um colégio de autarcas para as presidências e de um vice-presidente para cada uma das CCDR como uma tentativa de “reforçar a governação de proximidade e a legitimidade democrática a nível regional” e dar mais um passo no processo da descentralização. Na rede social Twitter, o primeiro-ministro António Costa saudou os eleitos, lembrando que, pela primeira vez, não foram nomeados pelo Governo, mas eleitos pelos autarcas das regiões. No entanto, apesar de ser formalmente uma eleição, os candidatos resultaram de um acordo entre o Governo e o líder do PSD, Rui Rio, num sistema que levantou protestos nos outros partidos. Bloco e PCP pediram no parlamento, no final da legislatura passada, a cessação da vigência do
decreto governamental, por considerarem que põe em causa e adia o processo de regionalização. Estes pedidos de cessação da vigência só não passaram porque PS e PSD se uniram na rejeição das propostas. O PSD também tinha apresentado uma iniciativa legislativa própria, na qual sugeria alterações que foram acolhidas pelos socialistas. BE, CDS-PP e Iniciativa Liberal (IL) acusaram no parlamento o PS e o PSD de usarem as CCDR como "extensões de interesses partidários" com o novo modelo de eleição indireta. Na terça-feira, dia eleitoral, o PCP reiterou que o processo de eleição indireta dos presidentes das CCDR é um “logro”, que visa impedir uma efetiva descentralização e a criação das regiões administrativas como fator de desenvolvimento regional. Cinco distritais do BE (Bragança, Castelo Branco, Guarda, Vila Real e Viseu) consideraram que as eleições “têm muito pouco de democrático, com PS e PSD a distribuírem entre si cargos”. O movimento independente do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, apelou ao boicote dos autarcas às eleições, considerandoas "uma farsa que, sob a capa de uma eleição, encobre uma eleição". Diversos representantes locais anunciaram boicotes, como os deputados nas autarquias de Lisboa e de Felgueiras eleitos pelo
Livre, ou que iriam votar em branco como forma de protesto, como os eleitos do BE em Lisboa. Já o presidente da Juventude Popular (JP), que representa os jovens do CDS-PP, instou os deputados daquela estrutura a boicotarem o que considerou "uma farsa democrática". As CCDR são serviços desconcentrados da Administração Central, dotados de autonomia administrativa e financeira, incumbidos de executar medidas para o desenvolvimento das respetivas regiões, como a gestão de fundos comunitários. Mais de 10.000 autarcas dos executivos e das assembleias municipais de cada câmara foram convocados para eleger pela primeira vez, através de colégios eleitorais regionais, os cinco presidentes CCDR, que eram até agora nomeados pelo Governo. Os presidentes das Câmaras também elegeram um dos dois vice-presidentes destas estruturas. Os eleitos têm um mandato de quatro anos, embora nesta primeira vez, excecionalmente, seja de cinco. Tal como os autarcas, os dirigentes eleitos para as CCDR também estão sujeitos a uma limitação de três mandatos consecutivos. Os seus mandatos poderão ser revogados por deliberação fundamentada do Governo, caso realizem uma “grave violação dos princípios de gestão fixados nos diplomas legais e regulamentares aplicáveis”.
Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões sinalizou os quatro circuitos que constituem as Subidas Épicas| Viseu Dão Este investimento, realizado ao abrigo do projeto “Promoção dos Produtos Turísticos Integrados de Base Intermunicipal”, enquadra-se na estratégia que a CIM Viseu Dão Lafões delineou no domínio do Walking & Cycling, aliando percursos pedestres, ecopistas, centros de BTT e Trail às Subidas Épicas. As Subidas Épicas | Viseu Dão Lafões são constituídas pelos circuitos: S. Pedro do Sul – Alto da Coelheira (S. Pedro do Sul); Ponte Pedrinha –Portas de Montemuro (Castro Daire); Campo do Besteiros Caramulhinho (Tondela); Vouzela –
Adsamo (Vouzela). Entre 17 de outubro e 29 de novembro, os ciclistas são desafiados a percorrer os quatro circuitos traçados nas encostas das serras do Caramulo, Arada e Montemuro. Este apaixonante desafio propõe uma janela de cinco semanas para os participantes completarem quatro Subidas Épicas: Campo de Besteiros – Caramulinho; Vouzela – Adsamo; São Pedro do Sul – Serra da Arada; Paiva – Portas de Montemuro. Embora as componentes de superação e descoberta sejam os
principais motivos de atração, a componente competitiva está garantida. A inscrição no evento é gra-
tuita, mas obrigatória, poderá ser realizada em: https://www.bikeroads.com/riders-challenge/viseudao-lafoes-riders-challenge
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Viseu
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PSD de Viseu responsabiliza Governo por “episódios de ineficiência” no hospital O presidente da concelhia de Viseu do PSD lamentou, dia 12, a falta de investimento do Governo no Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) e responsabiliza-o por “episódios de ineficiência” ocorridos nesta unidade de saúde. “O investimento na Saúde do Interior foi esquecido? E Viseu?”, questiona João Paulo Gouveia, num comunicado de imprensa no qual saúda “a obra de requalificação do serviço de urgência polivalente” daquele centro hospitalar, que “vai, finalmente, avançar” após um “processo irresponsavelmente arrastado e demorado”. A concelhia social-democrata considera que “a falta de resposta
do Governo aos problemas associados às instalações do serviço de urgência do CHTV veio adensar as graves consequências no acesso aos cuidados de saúde e na qualidade dos serviços de quem vive em Viseu”. O PSD de Viseu “tem vindo, ao longo do processo, a lamentar todo o atraso e a interrogar e responsabilizar o Governo pelos sucessivos episódios de ineficiência que se registaram nestes últimos quatro anos”, anota. Entre as ineficiências apontadas pelo PSD, contam-se “as necessidades de resposta ao doente oncológico, a falta de condições do departamento de Psiquiatria e
Saúde Mental ou a sobrelotação dos serviços de Medicina Interna”. “Os viseenses exigem respostas! O Centro Oncológico em Viseu é uma tábua rasa. Onde está o projeto para um Centro Oncológico ou Unidade de Radioterapia? O Governo do PS especializou-se em anunciar verbas e investimentos que não executa”, acusa. O Ministério da Saúde, sustenta, “tem promessas assumidas com Viseu, mas continua a falhar com os viseenses e com o interior do país”. Os social-democratas afirmam ainda que o Governo “empurra sucessivamente” a criação da
unidade, persistindo “apenas uma placa, a anunciar o futuro Centro Oncológico”. Viseu reivindica “investimentos no funcionamento das instituições públicas”, sublinha o PSD, referindo que “aos portugueses que vivem no interior” também são “exigidos os impostos mais elevados das últimas décadas”. A concelhia do PSD de Viseu “continua a reivindicar condições para que o Hospital esteja preparado com um laboratório capacitado para a realização de testes à covid-19”. Não é compreensível que, “ao fim destes oito meses, o CHTV continue dependente de terceiros
para a realização dos testes”, critica. Em relação às obras das urgências do CHTV, que receberam em finais de setembro o visto do Tribunal de Contas, o PSD aplaude a decisão, mas “o projeto necessita de um arranque rápido”, alerta. “Esta passou a ser uma obra de respeito pelos cidadãos da região e pelos profissionais de saúde, que diariamente se debatem com as dificuldades inerentes à falta de condições e espaço físico no atendimento às situações de urgência, agravadas violentamente pela pandemia que hoje vivenciamos”, conclui.
#aovivooumorto - campanha pela sobrevivência de 27 salas nacionais de programação de música Em resposta à cada vez maior ameaça à sobrevivência de 27 salas de programação de música em todo o país, a associação Circuito dá-se a conhecer anunciando uma campanha protagonizada por nomes de vários quadrantes da música nacional como Gisela João, Tomás Wallenstein, Marfox, Yen Sung, Hélio Morais. Sob o lema #aovivooumorto, esta acção chama a comunidade artística e o público a juntar-se numa fila/manifestação que pretende sensibilizar para a importância destes locais para a cena musical nacional. No dia 17 de Outubro, pelas 15h00, em Lisboa, Porto, Viseu e Évora artistas e audiência esperam na fila para entrar nas salas fechadas, chamando a atenção
para a importância destes espaços no tecido cultural e pedindo medidas de apoio para garantir a sua sobrevivência. Constituída por 27 salas de todo o país, a Circuito é a mais importante rede de palcos nacional para o surgimento, visibilidade, afirmação e circulação de artistas e públicos no contexto da música popular actual portuguesa. De bandas a produtores, passando também por DJs, estes espaços actuam como importantes plataformas para o desenvolvimento e afirmação de carreiras artísticas, apostando em nomes merecedores de audiências e propostas alternativas. Para evitar a perda irreparável desta rede de palcos, a Circuito apela à implementação urgente de
medidas de apoio e estratégias públicas de protecção e valorização do sector. Estas medidas passam pela criação de um programa imediato de investimento nestas salas, válido até ser autorizada a retoma sustentável da actividade e que garanta a compensação do prejuízo mensal provocado pelos custos fixos de exploração das salas, os quais não foram suspensos ou comparticipados por outros programas. Como Gonçalo Riscado, director da CTL e Musicbox, nota, “estamos perante um circuito que é um dos pilares de todo o ecossistema da indústria da música. Se um pilar cai, todo o ecossistema desmorona”. Consequentemente, e nas palavras de Daniel Pires, director artístico e fundador do Maus
Hábitos, no Porto, a Circuito defende "o reconhecimento destas 27 salas enquanto espaços de intervenção cultural , e dos seus programadores como agentes culturais activos, responsáveis pela viabilização de espaços de experimentação e pelo papel insubstituível no lançamento dos novos talentos, encontrando-se na base do circuito e do panorama da música em Portugal “, Em 2019, estas salas contabilizaram um total de 7.537 actuações musicais para uma audiência de 1.178.847 pessoas, envolvendo dezenas de milhares de autores, intérpretes e outros profissionais do espectáculo. Estes números atestam que a cultura musical portuguesa como a conhecemos não poderá existir sem esses espaços,
pelo que é vital acautelar a continuidade da sua existência. No sentido de garantir esse mesmo futuro, a Circuito propõe também a disponibilização de programas de apoio à criação, programação e circulação artística, envolvendo esta rede com o reactivando a sua actividade e impulsionando a sua recuperação. O filme e conceito da campanha #aovivooumorto foi pensado e desenvolvido pela agência de publicidade Partners, com direcção criativa de Ivo Purvis e Gil Correia. Dia 17 de Outubro, pelas 15h00, em Lisboa, Porto, Viseu e Évora, “Junta-te à fila para que o circuito não morra”.
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Cultura
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Candidaturas para fundo coletivo de apoio a profissionais da Cultura abrem dia 19 As candidaturas para o fundo coletivo solidário de apoio aos profissionais cultura, anunciado em abril pela cooperativa GDA e que tem uma dotação de 1,35 milhões de euros, abrem no dia 19. “Os profissionais das atividades culturais podem candidatar-se ao Fundo de Solidariedade com a Cultura já a partir de 19 de outubro”, lê-se num comunicado divulgado. A GDA - Gestão dos Direitos dos Artistas tinha anunciado em abril a criação de um fundo de solidariedade, juntamente com a Audiogest (Entidade de Gestão de Direitos dos Produtores Fonográficos em Portugal), para apoiar os profissionais da cultura, artistas e técnicos, que ficaram sem trabalho por causa da covid-19. Em junho era anunciado que o fundo contava já com 1,35 milhões de euros de dotação, mais dois parceiros e que seria gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ML). A GDA e a Audiogest contribuíram com 500 mil euros cada para esse fundo, sublinhando na altura que a iniciativa seria coletiva, alargada a mais entidades contribuintes. A SCML entrou com 150 mil euros e a associação Gedipe, que representa produtores de cinema e audiovisual, com 200 mil euros. Segundo informação divulgada, o Fundo de Solidariedade com a Cultura “divide-se em cinco linhas de apoio”, quatro das quais “com condições específicas direcionadas para subgrupos de profissionais que trabalhem em diferentes áreas da cultura e uma de apoio geral”. A linha de apoio 1 é destinada a “artistas, intérpretes ou executantes que ficaram desempregados no início da pandemia e que desempenharam em 2019 atividades profissionais relacionadas com a produção de espetáculos ou outras atividades conexas na área da música, dança, teatro, cinema ou audiovisual, se não tiverem direito
a Fundo de Desemprego”. À linha de apoio 1 podem também candidatar-se “empresários em nome individual sem trabalhadores a cargo”. Os profissionais que pertençam a este grupo, cuja idade seja igual ou superior a 60 anos, completada ao longo de 2020, poderão candidatar-se à linha de apoio 4. As linhas de apoio 2 e 3 destinam-se a “empresas e empresários em nome individual com trabalhadores a cargo, que atuem em produção e edição cinematográfica, audiovisual e na área da música". A linha de apoio geral abarca “artistas, empresários e trabalhadores por conta de outrem que estejam desempregados devido à pandemia e que desempenhem funções artísticas, técnicas, de gestão ou suporte em áreas que vão desde o cinema e audiovisual às bibliotecas e arquivos”. Para poderem usufruir deste apoio, “os candidatos deverão comprovar que vivem há mais de dois anos em Portugal e que perderam mais de 50% dos rendimentos em relação ao ano anterior”. Os profissionais da cultura “deverão escolher apenas uma destas linhas, sendo que os valores mínimos a atribuir variam entre os 438 euros e os 740,83 euros por pessoa /posto de trabalho”, e aqueles “que não receberam apoio da linha de apoio social adicional aos artistas, autores, técnicos e outros profissionais da cultura, lançada pelo Ministério da Cultura, serão considerados prioritários no processo de candidatura”. No comunicado divulgado dia 13, salienta-se que, embora o Fundo de Solidariedade com a Cultura “tenha sido criado por estas quatro entidades (GDA, Audiogest, SMCL e GEDIPE), está aberto à participação de todos que queiram contribuir e ser solidários”. “Os donativos podem ser feitos diretamente através de um for-
mulário disponível no site do Fundo (https://www.solidariedadecultura.pt/). Vários artistas, produtores e organizações de produção cultural já contribuíram para o aumento das verbas deste fundo de apoio que começou com 1,35 milhões de euros, de forma a chegar a um maior número de profissionais desprotegidos”, lê-se no comunicado. Entre as entidades que lançaram iniciativas de angariação para o Fundo de Solidariedade com a Cultura estão, entre outros, a Sons em Trânsito, que destinou as receitas do Festival Regresso ao Futuro, o Teatro Municipal de Faro, com receitas de um concerto de Diogo Piçarra, e os teatros municipais de Lisboa, com as vendas do Vale Futuro. Ao longo dos últimos meses, tem sido sobretudo o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CenaSTE) a divulgar resultados de inquéritos que tem feito aos profissionais do setor durante o período da pandemia da covid-19. Esta semana, o sindicato revelou resultados do terceiro inquérito lançado, segundo o qual 12% dos trabalhadores da Cultura têm um contrato sem termo e mais de dois terços (70%) trabalham numa segunda atividade. “Confirma-se que mais de 80% da atividade prevista foi cancelada ou adiada e, ao contrário do que tem sido dito pelo Governo, apenas 7% diz ter visto as suas atividades profissionais reagendadas com data concreta”, adiantou o sindicato. Os espetáculos começaram a ser adiados ou cancelados em março, no âmbito as medidas de contenção de propagação da pandemia da covid-19, ainda antes de ser decretado o encerramento das salas. No dia 01 de junho, as salas de espetáculos foram autorizadas a reabrir, no âmbito do “Plano de
Desconfinamento” do Governo, anunciado em 30 de abril, mas com normas de higiene e segurança. De acordo com a Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE), desde meados de março e até ao final de abril foram cancelados, suspensos ou adiados cerca de 27 mil espetáculos. Segundo os resultados de um inquérito promovido pela GDA, por cada espetáculo cancelado em Portugal, até 31 de março, devido à pandemia da covid-19, ficaram sem rendimento, em média, 18 artistas, 1,3 profissionais de produção e 2,5 técnicos. Ao inquérito responderam, até 31 de março, 992 profissionais, que deram conta do cancelamento de 4.287 espetáculos. A crise no setor da Cultura deu origem a pelo menos dois grupos de ajuda alimentar, que começaram por Lisboa, mas criaram depois núcleos no resto do país: a União Audiovisual e o nosSOS, promovido pela companhia de teatro Palco 13. Quem quiser ajudar, ou precisar de ajuda, pode contactar estes grupos usando a Internet. A União Audiovisual tem um grupo no Facebook, que é fechado, mas basta pedir para aderir, e uma página em https://uniaoaudiovisual.pt/. O nosSOS está em https://ge0612.wixsite.com/palcotreze/ajuda-palco13 e também no Facebook da Palco 13. Em março, em resposta ao cancelamento e suspensão da atividade cultural no país para conter a pandemia da covid-19, o Governo criou uma linha de apoio de emergência, com uma dotação inicial de um milhão de euros, reforçada entretanto com 722 mil euros, e que vai apoiar 314 projetos, em 1.025 pedidos recebidos. Na mesma altura, o Governo anunciou um apoio de 400 mil euros na área do livro e agilização
de procedimentos no acesso a concursos de apoio ao cinema. No final do mesmo mês, foi ativada uma plataforma onde empresas e entidades públicas e privadas podem fazer um investimento direto e imediato em projetos artísticos, chamada Portugal Entra Em Cena, com um investimento de mais de um milhão de euros, em projetos até aos 20 mil euros cada, e a Fundação Calouste Gulbenkian criou um apoio de emergência à cultura no valor de 1,5 milhões de euros. Em abril, a GDA anunciou que iria antecipar o pagamento dos direitos do Audiovisual e dos Fonogramas de 2018, previsto para julho, no valor cerca de 6,5 milhões de euros, e a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) anunciou “medidas excecionais de apoio aos associados”, que vão do reforço do subsídio de emergência à possível disponibilização de uma maior margem, no pagamento antecipado de direitos, a autores e editores musicais. Câmaras como as de Lisboa, Leiria, Faro, Viseu, Viana do Castelo, Oeiras, entre outras, anunciaram em abril programas que assumiram diversas formas, desde financiamentos a associações locais ao lançamento de linhas de apoio para criação. No início de junho, o Governo anunciou novamente apoios para o setor, agora no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES): uma linha de apoio social a trabalhadores da Cultura no valor de 34,3 milhões de euros; três milhões de euros de apoio à retoma das "salas independentes", depois do encerramento provocado pelo combate à pandemia; e 750 mil euros para adaptação de "equipamentos culturais sem fins lucrativos" às medidas de segurança decorrentes da covid-19.
Festival de jazz em Coimbra promove encontro entre músicos portugueses e franceses A 18.ª edição dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, que decorre de dia 23 até ao dia 31, vai organizar 12 concertos, com o primeiro fim de semana dedicado a um encontro entre músicos portugueses e franceses. O primeiro fim de semana do festival vai ser "exclusivamente dedicado ao ‘TriCoimbra: Luso-French Extravaganza'", um encontro que vai proporcionar "múltiplos cruzamentos" do coletivo francês Tricol-
lectif com músicos portugueses, anunciou o Jazz ao Centro Clube, entidade que organiza o evento. A 23, 24 e 25, esse encontro de 14 músicos portugueses e franceses vai ser promovido em oito concertos em diferentes espaços da cidade, com vários tipos de formações e géneros, sendo a maior um septeto que irá atuar no dia 24, no Salão Brazil. No último fim de semana de outubro e do festival, é apresen-
tado, a 30, um concerto do compositor e baterista Mário Costa, no Teatro Académico de Gil Vicente, com "Oxy Patina", álbum lançado em 2018, sendo que no mesmo dia é apresentado o trio Simorgh, composto por João Lobo, Norberto Lobo e Soet Kempeneer. O dia de encerramento começa com um concerto do duo Burnt Friedman e João Pais Filipe, na Oficina Municipal do Teatro. O festival termina com o pro-
jeto Quang Ny Lis, um trio que poderia ser "um de muitos a dedicar-se a um repertório de ‘standards' do jazz", mas que "tem muito mais do que se lhe diga", salientou a organização. ‘Standards', como "I Fall in Love too Easily" ou "I Get Along Without You Very Well", são "revistos à luz da contemporaneidade" por Rita Maria, João Mortágua e Mané Fernandes, referiu o Jazz ao Centro Clube.
"Existindo, naturalmente, diferenças em relação a edições anteriores, patentes nas imprescindíveis adaptações à realidade pandémica, o Jazz ao Centro continua a fazer jus à ideia de "encontros", colocando a partilha e a criação artísticas no núcleo das suas prioridades", salientou a organização.
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Diversos
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Câmara de Lamego investe quatro milhões de euros em zona verde A Câmara Municipal de Lamego vai investir quatro milhões de euros para criar em breve a maior zona verde pública da cidade, numa área superior a sete hectares, um investimento fundamental para melhorar a qualidade de vida dos lamecenses e conciliar as vertentes do desporto, do lazer
e da educação ambiental. A área onde será criado o futuro Parque Urbano de Lamego é constituída
por um conjunto de terrenos que estão neste momento abandonados e desqualificados nas margens da ribeira do Coura, unidos ao meio pela Praça Dr. Fernando Amaral. O contrato da empreitada entre o Município de Lamego e a firma "Floponor" que a vai executar já foi assinado, prevendo-se
que as obras comecem no terreno até ao final do ano. A criação do Parque Urbano de
Lamego contempla a construção de diversas infra-estruturas públicas que vão constituir um fator agregador de várias gerações de lamecenses. O projeto prevê a criação de pistas pedonais/ cicláveis, um parque infantil, um anfiteatro ao ar livre, hortas urbanas, um parque de skate, dois polidesportivos, uma bancada para espetáculos e um circuito sénior com aparelhos adaptáveis à terceira idade. Serão ainda criados dois parques de estacionamento, de 62 e 47 lugares, instalações sanitárias e construídas novas pontes pedonais para ligar as margens da ribeira do Coura, para além da requalificação da ponte existente. A proximidade do futuro Parque Urbano ao centro da cidade faz com que o Município de Lamego considere prioritária a qualificação desta imensa área no sentido de promover a correta articulação urbana entre estes espaços, com o objetivo de potenciar o usufruto do espaço público e a satisfação dos visitantes e dos moradores. A criação do Parque Urbano de
Lamego é um investimento municipal que ascende 3.979.244,22 € (+ IVA), executado no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvi-
mento Urbano (PEDU), cofinanciado em 85% pelo FEDER.
Leslie: Tempestade provocou prejuízos de 120 milhões de euros A tempestade Leslie, que atingiu há dois anos uma parte significativa da região Centro, com o distrito de Coimbra a ter sido o mais afetado, provocou prejuízos de pelo menos 120 milhões de euros. A passagem do furacão, que chegou a Portugal como tempestade tropical na noite de 13 para 14 de outubro de 2018, afetou centenas de habitações e provocou 57 desalojados no distrito de Coimbra, três no de Viseu e um no de Leiria - os territórios mais afetados, a par de Aveiro. A tempestade, com um vento que chegou a atingir 176 quilómetros por hora, o valor mais elevado em Portugal (na zona da Figueira da Foz), provocou quase 2.500 ocorrências e obrigou à mobiliza-
ção cerca de oito mil operacionais, apoiados por mais de dois mil meios terrestres. A Leslie afetou infraestruturas de telecomunicações e abastecimento de luz, equipamentos municipais, habitações particulares, parques de campismo, associações, coletividades e instituições do setor social, viveiros e campos agrícolas, entre outros. A Figueira da Foz, no litoral do distrito de Coimbra, foi o município mais penalizado, com prejuízos estimados num valor global de 38 milhões de euros, com danos em habitações, empresas e nos portos comercial e de pesca. Montemor-o-Velho, no Baixo Mondego, registou danos de cerca de 20 milhões de euros, a grande maioria relacionada com a agricul-
tura da região, caracterizada pelas culturas de arroz e milho. Coimbra (perto de nove milhões de euros), Soure (mais de seis milhões de euros), Cantanhede (quase cinco milhões de euros), Condeixa-a-Nova (cerca de quatro milhões de euros) e Mira (136 mil euros) são outros dos municípios do distrito de Coimbra lesados pelos fortes ventos e chuvas da Leslie. No distrito de Leiria, a Marinha Grande, cujos prejuízos, com especial incidência na Praia da Vieira, rondam os cinco milhões de euros, Pombal, com danos equivalentes a mais de três milhões de euros, e Leiria (mais de dois milhões de euros) foram os concelhos mais atingidos, enquanto em Aveiro o município da Mealhada foi um dos
mais afetados - só a Mata do Buçaco sofreu perdas avaliadas em cerca de meio milhão de euros. Além daqueles, outros municípios foram igualmente atravessados pela Leslie, mas com proporções inferiores, mas também causando danos, essencialmente no setor agrícola, para o qual o Governo abriu uma linha de apoio, a fundo perdido, de 15 milhões de euros, e duas linhas de crédito no valor global de cinco milhões de euros. Face aos danos em equipamentos municipais, o Governo aprovou em 2019 um apoio de 1,4 milhões de euros para os 24 municípios afetados pela passagem da tempestade Leslie, de um total de 8,3 milhões de euros de investimento elegível, tendo voltado a
Resende – Detida por posse ilegal de arma O Comando Territorial de Viseu, através do Posto Territorial de Resende, no dia 12 de outubro, deteve uma mulher de 49 anos por posse ilegal de arma, no concelho de Resende. No decorrer de uma investigação pelo crime de ameaças, os militares da Guarda
realizaram uma busca domiciliária que culminou com a apreensão de uma caçadeira sem licença de uso e porte de arma e 33 munições de calibre 12. A detida foi constituída arguida, e os factos foram remetidos ao Tribunal Judicial de Lamego.
autorizar a transferência de mais 3,6 milhões de euros este ano para as autarquias. Já a linha de crédito aberta pelo Governo para as empresas afetadas pelo furacão, contou com sete candidaturas apoiadas, num total de 391 mil euros para recuperar instalações e equipamentos. Na sequência da Leslie, a Altice Portugal registou um custo total de perto de 10 milhões de euros, depois de ter reparado mais de 2.500 postes afetados pela tempestade. A Leslie originou a participação de 28 mil sinistros às companhias seguradoras, que, segundo a Associação Portuguesa de Seguros, atingem um custo estimado em mais de 60 milhões de euros.
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Quinta-feira 15/10/2020
Câmara de Vouzela avança com processo de preservação de património histórico O presidente da Câmara de Vouzela disse à agência Lusa que candidatou “algum património cultural e histórico” a classificação nacional para que o município o consiga recuperar, preservar e valorizar, uma vez que necessita de “intervenção urgente”. “Os monumentos que têm prioridade na classificação são a Torre de Cambra, a Estrada Romana de Vau, o Monte da Senhora do Castelo, o Passal de Fataúnços e a Lapa de Meruje”, enumerou Rui Ladeira. O presidente da Câmara de Vouzela, no distrito de Viseu, explicou, por exemplo, que “a Estrada Romana do Vau, também no concelho vizinho de São Pedro do Sul, é um dos elementos rodoviários da época romana com mais identidade e valia e conservação, mas tem de ser protegido”. “Também o monte da Senhora do Castelo, neste caso, que tem ocupação do castro da idade do bronze final, ou seja, mil anos antes de Cristo, que ainda tem vestígios de ocupações com o Castelo de Lafões”, merece prioridade, contou. O Passal de Fataúnços, “que é da época de uma antiga igreja de Fataúnços, da alta idade média, ou seja, mil anos depois de Cristo”, e também “a Lapa de Meruje, que tem seis mil anos, foi construída quatro mil anos antes de Cristo”, são outros dos alvos. “Por exemplo, na Senhora do Castelo, uma das paredes que sustenta parte da capela ainda tem vestígios do antigo Castelo de Lafões. Estamos a falar de há mais de mil anos, em grosso modo, do século X, XI, e é necessário fazermos a recuperação convenientemente e escavações, e isso tem de ser feito com recursos”, referiu. Recursos que o presidente adiantou não serem “só para o projeto, como também depois para executar a obra que tem custos
brutais e o município não tem condições para fazer isto sozinho”. Rui Ladeira assumiu que o avanço da candidatura a património nacional destes “elementos culturais e históricos se deve ao facto de estarem em risco”, porque “o município tem outros em calha para candidatar”. Esta lista, cujo processo já decorre, é “para também acionar um mecanismo de apoio de fundos europeus ou nacionais que podem estar disponíveis para essa recuperação, porque, se assim não for, não há capacidade do município de fazer a recuperação que é pedida a muitos destes elementos” patrimoniais. ”O Município de Vouzela quer preservar e valorizar o património, mas a tutela também tem de ajudar. Há património mais em risco do que outro. Por exemplo, o do Castelo de Lafões, do Monte da Senhora do Castelo, está com necessidade urgente de intervenção”, disse. Neste sentido, o autarca adiantou que, juntamente com a confraria que gere aquele espaço, “foi feito uma proteção para que não houvesse agravamento de destruição e da muralha do muro de suporte, num total de 12 mil euros”. A identificação destes monumentos começou “há cinco anos, quando o município deu início a um projeto integrado de avaliação do seu património cultural e histórico com o apoio da Universidade Nova de Lisboa e a Universidade do Algarve”. “Um projeto de modo a conseguir não só investigar a diferenciação e o património que possa existir e que ainda não conhecemos, bem como também definir uma estratégia de preservação e proteção daquele património que está mais em risco”, contou.
Ténis de Mesa
Equipa CSC de Orgens – Viseu sobe à 2.ª Divisão Nacional 2020/2021 No passado fim de semana duas equipas, AH dos Bombeiros Voluntários de Resende e o Centro Social e Cultural de Orgens - Viseu, deslocaram-se a Vagos, ao Pavilhão Municipal João Rocha, para disputarem o acesso á 2ª Divisão Nacional na classe de seniores masculinos. Á partida inseridas num grupo muito difícil, as equipas filiadas na ATMDV - Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu bateram-se muito bem. No final a equipa do Centro Social e Cultural de Orgens – Viseu, assegurou a subida de divisão, elevando para três o número de clubes que estarão nos Campeonatos Nacionais de Seniores, APEE AE de Mundão -
Viseu, AD Lapense - Nelas e o CSC de Orgens – Viseu filiadas na ATMDV durante a época 2020/2021.
Diversos
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Saúde
Quinta-feira 15/10/2020
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Uma em cada quatro pessoas morre de complicações relacionadas com a trombose O Dia Mundial da Trombose celebrou-se no dia 13 de outubro, data escolhida pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase para assinalar um problema crescente na nossa sociedade – o tromboembolismo venoso e a fibrilhação auricular. A data coincide com o nascimento de Rudolf Virchow, um patologista alemão do séc. XIX que foi pioneiro no estudo das causas da trombose. O tromboembolismo venoso caracteriza-se pela formação de uma trombose (ou coágulo) na veia de uma perna (ou outros locais) e que se pode libertar e alojar na circulação pulmonar (embolia pulmonar), o que pode ser fatal. Os sintomas da trombose são inchaço (edema), alterações na cor da pele (rubor) e da temperatura (calor) do membro; da embolia pulmonar são falta de ar, dor torácica, palpitações, desmaio. A fibrilhação auricular é uma alteração no funcionamento do coração que aumenta o risco de formação de coágulos na aurícula esquerda, que se podem deslocar provocando um acidente vascular cerebral. O tromboembolismo é considerado a terceira causa de morte cardiovascular no mundo, ultrapassando na União Europeia o número de mortes por neoplasias da próstata e da mama, SIDA e por acidentes rodoviários. Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose. O risco é maior nos obesos, aumenta com a idade e pensa-se que a prevalência irá duplicar até 2050.
É uma doença multifatorial complexa, assente na interação de fatores inatos com adquiridos, predisponentes para trombose. São fatores de risco elevado um internamento hospitalar por doença, cirurgia ou imobilidade, traumatismo com fratura de grande osso; moderado a idade acima dos 60 anos, história pessoal ou familiar de tromboembolismo, neoplasia e/ou quimioterapia, uso de terapêutica hormonal de substituição; ligeiro a obesidade, gravidez ou puerpério (período após o parto), tabagismo, entre outros. Os fatores inatos não são modificáveis (como algumas mutações que aumentam o risco para trombose, vulgo trombofilias); alguns dos fatores adquiridos podem ser modificados (como o tabagismo ou terapia hormonal) mas outros não, como uma intervenção cirúrgica ou uma fratura óssea. Mais de 60% dos casos de tromboembolismo venoso estão relacionados com cuidados de saúde e, nestes casos, o risco pode ser diminuído através tromboprofilaxia, com medicamentos que diminuem o risco de formação de trombos (anticoagulantes). Já o tratamento após um episódio de tromboembolismo venoso passa pelo uso de anticoagulantes em doses superiores, geralmente por um mínimo de três meses, mas o tempo de tratamento deverá ser decidido em conjunto com o Médico, tendo em conta os fatores do doente e do evento que causou a trombose. O tratamento adequado minimiza o risco de mortalidade na fase aguda,
Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS
Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)
Telefones: 232 181 205 / 967 003 823
bem como o risco de desenvolver complicações a longo prazo, como a síndrome pós-trombótica em que persistem dor e alterações da pele no membro que sofreu trombose, ou a complicação mais grave que é a hipertensão pulmonar. Esta pode ser curável através de cirurgia (uma operação em que são retirados os remanescentes de coágulos das artérias pulmonares) ou, quando isso não é possível, com medicamentos que dilatam as artérias pulmonares, mas estes são de uso exclusivo hospitalar e em Portugal só são disponibilizados em Centros de Referência para o seu tratamento. O mais importante é prevenir e para isso não se esqueça, mexa-se pela sua saúde! José Meireles – Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar da SPMI
Pelo menos metade da população está em risco de desenvolver várias infeções respiratórias É assim todos os anos: a partir do outono e no inverno aumenta a frequência das infeções respiratórias. Já o era antes da pandemia e promete voltar a ser. “Nos próximos meses vamos viver com a presença de uma pandemia causada por um novo coronavírus (SARS-CoV-2) para o qual não temos ainda uma vacina disponível”, refere Mário Morais de Almeida, imunoalergologista, Secretário-geral da Organização Mundial de Alergia e presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos. “E, se já conhecemos bem o impacto das infeções respiratórias nesta época do ano, que há várias décadas tem levado, ano após ano, à rutura da capacidade de resposta dos serviços de saúde, importa agora pensar em prevenir, prevenir, prevenir…” A prevenção é, como reforça o especialista, a palavra de ordem. Muitas
vezes esquecida, outras tantas relegada para segundo plano, ganha este ano um novo protagonismo, sobretudo para um grande número de portugueses, já que, confirma também o médico, “as infeções do aparelho respiratório são muito frequentes e atingem quase toda a população em determinado momento da sua vida”. Existem, ainda assim, populações mais suscetíveis, para quem as infeções respiratórias “se podem repetir três ou mais vezes em cada ano, ou mesmo apenas durante os seis meses que correspondem ao outono/inverno”. São, acrescenta Mário Morais de Almeida, “as crianças, especialmente as de idade pré-escolar, a população mais idosa e múltiplas pessoas que sofrem de condições crónicas, que vão das doenças respiratórias (asma ou doença pulmonar obstrutiva crónica, por
exemplo), às doenças cardiovasculares, metabólicas/endócrinas, renais, neoplásicas, entre muitas outras…”. O que significa que “pelo menos metade da população tem um risco aumentado de se infetar repetidamente, seja pela idade, seja pelas doenças crónicas de que sofre”. Aumenta, por isso mesmo, a morbilidade, “que se traduz em internamentos e absentismo e amplifica-se a mortalidade. Apenas para exemplificar, a cada dia são internadas mais de 100 pessoas por pneumonia e, destas, morrem, em Portugal, quase 20 pessoas. Em cada dia, dia após dia e ainda antes desta pandemia… E existem vacinas. Existe prevenção, que pode prevenir a gravidade destes casos e, ao mesmo tempo, reduzir custos”.
ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO MÉDICOS DENTISTAS
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