Notícias de Viseu 21 julho 2016

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Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLII - Nº 2116 - Quinta-feira 21 de Julho de 2016 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

Etapa da Volta a Portugal em Viseu pelo 5º ano

ADELINO COSTA, PROVEDOR DA MISERICÓRDIA DE VISEU

“Os decisores tratam a Misericórdia de uma forma que não merecíamos”

Este ano, na 78ª Volta a Portugal Santander Totta, a cidade recebe o final da 5ª etapa, no dia 1 de agosto, e todas as atividades da jornada de Descanso no dia seguinte. Pág 13

Cinema ao ar livre regressa ao centro histórico O Cine Clube de Viseu vai levar a cabo a edição 2016 do “Cinema na Cidade” que terá como palco o centro histórico . Este ano, as sessões realizam-se de 26 A 30 julho. Pág 11

Adelino Costa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV), não se conforma com o insucesso das candidaturas à construção de uma unidade de cuidados continuados e à Rede Local de Intervenção Social. “Os decisores tratam a Misericórdia de uma forma que não merecíamos”, lamenta. Sente que há falta de regulação no setor e teme que a sociedade esteja a apoiar sempre os mesmos. As comemorações do V centenário da SCMV poderão contribuir para reforçar os laços com a comunidade. O futuro o dirá. (entrevista págs 9 a 11)

III Ciência em Férias Politécnico vive jornada inesquecível Pág.7 Complexo CONVENTURISPRESS - Avenida do Convento nº 1 - Orgens - 3510-674 Viseu Norte www.issuu.com/noticias de viseu - publicidade@noticiasdeviseu.com - Tlm:968072909 -www.noticiasdeviseu.com; www.facebook.com/noticiasdeviseu


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2 Opinião

Quinta-feira 21/07/2016

AS CANASTRINHAS

21 julho 2016 quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail:geral@noticiasdeviseu.com Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de março 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião .................................. ...............2 Cultura...................................... .............3 Entrevista.....................................9/10/11 Regional .........................................4/5/6 Viseu......................................................7 Saúde................................ ...................12 Desporto.........................................13/14 Diversos .........................................11/15 Publicidade.....................................8./16

Por Humberto Pinho da Silva Em final dos anos cinquenta, passei aprazível estadia, na Vilariça, na amena e tranquila: “ Quinta do Bem”. Tive a felicidade, na ocasião, de travar conhecimento com simpática velhinha, de rosto encarquilhado pelo sol, e cabelo alvo, como a neve, amiga da mulher do feitor. Ainda havia, nesse recuado tempo, nas nossas pitorescos aldeias transmontanas, amorosas avozinhas, eximias narradoras de curiosas histórias, que entreviam longas horas de serão, e educavam os sentimentos dos ouvintes. Uma, que escutei, entre muitas, no meu tempo de menino, recheada de encantadores e saborosos termos vernáculos, paralelamente com preciosos provincianismos, é a que vos vou contar: Havia há muitos e muitos anos, na comarca de Vila Flor - a flor das Vilas, como o grande vilaflorense, Raul de Sá Correia, gostava de dizer, - pastorzinha, que não conhecia letras, por mais rodondinhas que fossem, nem povoado, além da humilde aldeia, onde nascera e se criara. Numa luminosa e fresca manhã de Primavera, batida de sol doirado e resplandecente, quando as amendoeiras se toucavam de vistosas florzinhas brancas, assentou ir à Vila. Sobre a cabeça, colocou o sedoso lenço de seda escarlate, que a madrinha lhe dera pelo aniversário; calçou delicadas chinelinhas de corda; ataviou-se com o melhor xaile que tinha; e abalou, alegremente, entoando loas à Senhora da Assunção - a que está no Cabeço, - em demanda de semente, para amanhar a coirela. Pasmou-se, uma vez na Vila, com as casas branqueadas a cal - na sua aldeia, todas eram escuras, de pedra xistosas; - e com os artísticos umbrais, bem lavrados, que embelezavam portas e janelas, de igrejas e velhíssimas casas senhoriais. Extasiada com tudo que via, deambulava, num encantamento, pelas tortuosas ruas, da antiquíssima Vila. Porém, ao perpassar pela Matriz - cuja a riqueza dos ornatos do pórtico, a encantou, - verifica, atónita, que do interior do velho templo, saiam harmoniosos cânticos, que mais assemelhavam, hinos angélicos, do que simples coplas, entoadas por vozes humanas. Tocada pela curiosidade, quedou-se a escutar. No adro, jovem aperaltado, desenhava com a ponteira da bengala de ébano, caprichosos arabescos, na terra mole, enquanto esperava a namorada, que assistia ao culto. Com esforço, vencendo o natural enleio, que sempre a dominava, quando falava com estranhos, perguntou-lhe: o que fazia esse mar de gente, em fato domingueiro, dentro do templo. Para sua desdita, aconteceu ser maganão, o janota, e para se divertir da inocente pastorzinha, disse-lhe que oravam desse jeito: -”Rezam, assim: Uma canastrinha, mais duas canastrinhas, são: três canastrinhas…” Terminado o culto, a ovelheira, entrou sorrateiramente, no templo. Ajoelhou-se. Pôs as mãos na posição de rezar, conforme o jovem lhe ensinara, e repetiu, fervorosamente, a “oração” que lhe indicara. Nesse preciso momento, passa o padre. Olhou. E o que viu?! Volitarem ao seu redor, três formosos e translúcidos Serafins. Intrigado, acercou-se, pasmado com o que vira, e interroga meigamente a pastora: - “O que rezas, minha filha?!…” Encolhida, a pastorita, muito enleada, respondeu, baixando os olhos: - “ O que me ensinaram: Três canastrinhas, mais duas canastrinhas. são: três canastrinhas…” Ao escutar a grotesca “oração”, o cura, lembrou-se do bom Frei Bartolomeu dos Mártires, ao visitar terras de Barroso, e aconselhou-a a voltar, para lhe ensinar a doutrina. Alegre, como um cuco, a pastorzinha, no domingo seguinte, foi à Vila…; e tornou a voltar….; mas nunca mais viu, o piedoso abade: anjos, luzes, resplendores…Nada!… Inquerida a razão de estar triste, a pegureira, de mãos erguidas, suplicou: que a deixassem rezar a sua “oração”, porque, ao dize-la, sentia que Deus estava presente. Contristado e relutante, o padre condescendeu, compreendendo que os designos do Senhor são bem diferentes dos homens… Estava o abade a pregar as promessas divinas, quando enxerga, estupefacto, que lá no fundo do templo, ao redor da pastorzinha, havia um imenso halo, tão brilhante como o Sol; e translúcidos Serafins, rezavam de joelhos, ao seu lado. Volvendo os olhos lacrimosos para o Céu, o padre lembrouse das Bem - Aventuranças: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino do Céu!...”

Coisas & Loisas II

O “Zé Chegamisso” Por Álvaro de Meneses Comecei por ter medo dele. Aparecia em S. Miguel, de tempos a tempos, vindo de Mangualde, de Castendo, ou adivinhe-se lá donde… Vestia andrajosamente, trazia às costas pesado bornal e apoiava-se a grosso cajado, que tanto lhe servia de muleta como de arma de defesa e ataque. Usava hirsuta cabeleira e barba farfalhuda, o que lhe dava aspecto de salteador dos tempos do Zé do Telhado. - Ó criadinha! Está cá o Chêgamisso, o pobrezinho! Diga à Srª., para me dar a esmolinha. - O dia dos pobres é à sexta-feira. Vá com Deus e venha cá nesse dia. Hoje não há esmolas. - Ó minha linda menina, eu sei disso. Mas sou o Zé Chegamisso… Vá dizer à Srª. que ela manda-a logo dar-me a esmolinha. A empregada já o conhecia e “puxava” por ele, para o ouvir: - Tenha paciência! Volte cá na sexta-feira e, então, até leva um salpicão. - Rai´s te partam, criadinha! Um bom salpicão querias tu num sítio que eu cá sei… Faz o que te digo, senão queixo-me ao Sr. Dr. Meneses. Nunca daqui me deixam sair sem comer nem beber e dez tostões para o caminho. Fala à Srª., minha beleza! Dizia-se que o Zé Chêgamisso fazia vida dupla. Por trás daquela farrapada e sujidade não estaria um aleijado, um miserável sem eira nem beira, mas, sim, alguém de largos teres e haveres, com pouso frequente nos melhores hotéis de Lisboa e Madrid. Na capital do Império (que Deus haja…), acamaradava Zé Chêgamisso com oficiais da Armada, fadistas e marialvas, em festanças que metiam lagosta, caviar e espanholas. E era ele quem pagava… Lendas? O que eu sei é que ele dormiu muitas vezes na loja da palha, e o Tónio, velho criado da quinta, afirmava ter-lhe visto loiras moedas de oiro e boas caixas de charutos havanos, entre a tralha que transportava no bornal. Ora o meu querido e saudoso Tónio nunca mentiu nos dias da sua vida… (Texto publicado no Notícias de Viseu, em 4 de Janeiro de 1996)

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Cultura 3

Quinta-feira 21/07/2016

AS ANUNCIAÇÕES DE MARIA TERESA HORTA "O peso do mundo está nos meus ombros." Virginia Wolf Extasiado concluo a releitura do último livro, de título plural, de Maria Teresa Horta, suas Anunciações, que em sendo a mesma, são muitas, porque muito se aflige o sentimento, e ainda mais grita à procura do entendimento desses arcanos tão aparatosos, e que na verdade são tão simples, pois são a simplicidade das coisas simples, das coisas que são manifestas em nós, nos nossos sentimentos, porque, por eles, todos somos tomados, e Bendito seja Deus que seja assim... E que assim seja! Nos catorze passos da paixão, catorze estâncias diversas, onde, em cada uma, com especial calma nos conta de verdades universais que estão para além de nós, e que nos revela, pois tudo que nos traz entendimento é revelação e descoberta, maravilha da possibilidade existencial, a que Teresa Horta classifica de estações, nas quais sucessivamente vai revelando os sentimentos possíveis de quem recebe tal anúncio, que em seu inusitado, há que ser repetido, explicado, vivido, vivenciado, para ser aceite e compreendido. Uma vivencia espiritual para quem não teme a verdade, e para quem a quer conhecer, "Conheça a verdade e ela vos libertará!" Uma viagem na teogonia e na teologia para quem não teme blasfêmias inexistentes, e para quem não tem preconceitos, posto que quem ama não se indispõe, e quem O ama, e se deve ama-Lo sobre todas as coisas, se compõe, e contrapõe seu amor à mesquinhez dos entendimentos aprisionados à cegueira da intolerância. Como bem me avisou a autora em sua dedicatória:"...livro de amor e enigma" talvez duas verdades complementares, talvez indissociáveis, talvez mútua revelação, ou Anunciação, e como são muitas, A N U N C I A Ç Õ E S, cada uma dentro de nossa alma liberta de superstições! E como as coisa que mais se revelam, insinuam-se muito mais do que se mostram ou se apresentam, fica o entendimento que não pode ser dito, mas sentido, e que traduzido em palavras é o poema que vos deixo: Acontece o deslumbramento

De que ninguém sabe os detalhes Naquele vago momento Em que se compõem os entalhes Para aquém do pensamento Que a maravilha angelical exorta Contra tudo que se impunha P’ra bem além do que importa Maria que se acabrunha Vontade que se desperta. . . De um anjo sempre alerta E havia uma testemunha Bem por detrás da porta Que enternecida compunha, Também se chama Maria, Maria Teresa Horta!

A escrita é uma intromissão aposta no retábulo Cestello. Encimada pelo nome da autora, segue-se o nome do livro em letras maiores, e em letras menores, como um aviso ‘a latere’ diz: um romance, a dizer do que é o livro, e de romance se trata, a maior paixão, o maior amor concebível para a Humanidade, o amor divino e o amor humano mesclados, e seu intermediário, cumpridor preciso de sua função, prestimoso, pressuroso, como Teresa o revela. O retábulo Cestello é uma das quatro anunciações que terá pintado Boticelli (1445 – 1510), quase certamente em 1481, 1485, 1489 e 1490. Exceto a primeira de

81, todas as outras são posteriores à sua obra-prima Primavera. Essa primeira é um afresco pintado originalmente na entrada do Hospital San Martino della scalla, e que foi transferido para tela, e que já se encontrava em mal estado em 1920, época da transferência, tendo sido feito no ano anterior à Primavera. É a anunciação em que Maria está no quarto, onde se vê a cama, e Gabriel vem do jardim dardejante. A de 1485, que está em Nova York, é uma cena interior, muito pudica, onde Gabriel se curva a Maria noutro ambiente, numa saleta, separam-nos umas colunas, e esta também se curva, entram raios

que vêm de fora, alertando para uma terceira presença. A de 1489, a escolhida para a capa, também é cena interior, porém ambos se encontram no mesmo ambiente, um hall, onde o anjo curva-se e Maria afasta-se, numa clara alusão à recusa, não há raios de parte alguma, são dois seres que se confrontam, é um frentea-frente, um encontro. E a do ano seguinte, 1490, é a do retábulo de São Marco, o terceiro dos cinco painéis que compõem a predela desse, é também uma cena interior, muito pobre, nem parece Boticelli, onde ele a avisa, como que a abençoando, e ela curva-se ante a vontade, ante o que lhe havia sido designado. (Nos Uffizi) Certamente a anunciação escolhida é a mais fabulosa dentre as Boticellinas, encomenda de Benedetto de Ser Giovanni Guardi para a sua capela na Igreja do Cestello, hoje santa Maria Maddalena dei Pazzi, em Florença, que Boticelli juntamente com Alessandro Fillipeli executa sobre papel, em têmpera, como gostava de trabalhar, e encaixa no retábulo folheado a ouro fino brunido. (Nos Uffizi desde 1872.) Numa sequência da tradição já de século e meio de representações da cena quando Botticelli pinta essa Anunciação, tradição que tendo começado com Simone Martini em 1333, e com os ícones bizantinos também do princípio do XIV, passando pela Anunciação de Crivelli feita para Ascoli Piceno, hoje na National Galery, e a de Leonardo, que é do tempo em que este se encontrava no atelier de Verrocchio, e a pintou para um convento próximo a Florença, talvez com a ajuda deste último, que nesta época fazia seu David, hoje no Barghelo (Essa Anunciação também está nos Uffizi desde 1867 quando foi descoberta e trasladada.) são as que conhecemos, e que não são muitas desse período de cento e cinquenta anos, depois, sim, crescem em número e em interpretações, algumas até querendo entender como Teresa Horta entendeu a sua, ou melhor será no plural, as suas ANUNCIAÇÕES.

HELDER PARANÁ DO COUTTO

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Quinta-feira 21/07/2016

Vamos Levar S. Pedro do Sul a Sério! Decorreram no dia 9 de julho as eleições para a Seção de S. Pedro do Sul do Partido Social Democrata com normalidade e com uma forte mobilização dos militantes, tendo sido eleita a única lista concorrente, por unanimidade, que demonstra uma forte união dentro do partido. Tornou-se necessário fazer uma reflexão conjunta sobre a atual situação do PSD de S. Pedro do Sul. Os valores do partido, os seus princípios, continuam a ser pertinentes no nosso concelho e instrumentos imprescindíveis para a manutenção de uma democracia saudável e construtiva: - A preocupação com a construção de uma sociedade mais justa e mais livre onde a dignidade humana é central e onde os direitos e liberdades fundamentais devem ser garantidos; - A importância do pluralismo das ideias, a liberdade de expressão e a participação por igual de todos os cidadãos na organização e escolha dos objectivos do poder na sociedade. O projecto desta Comissão Política é para dois anos e não se esgota com as autárquicas de 2017. Preconizamos a sua operacionalização em 3 fases: Numa 1ª fase iremos fazer um diagnóstico aprofundado que dará origem a um conjunto de ações que conduzam à definição de uma estratégia para o partido em S. Pedro do Sul e para a candidatura à Câmara Municipal. Numa 2ª fase, até às eleições autárquicas de 2017 será desenvolvido um Plano de Ação da Candidatura à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesias. Numa 3ª fase haverá a continuação da estratégia definida inicialmente, onde se pretende que todos participem, com motivação, com empenho, com o horizonte de um fu-

turo que temos de construir juntos. A Comissão Politica à Secção de S. Pedro do Sul está organizada por grupos de trabalho com diferentes áreas de intervenção e vamos incidir sobre temas estruturantes para o desenvolvimento do concelho com uma estratégia concertada entre todos os órgãos representativos do PSD em S. Pedro do Sul (Assembleia Municipal, Vereadores e Juntas de Freguesia). A escolha da equipa para a Comissão Política, baseou-se na experiência dos seus membros mas também na sua juventude e trata-se de uma equipa forte, séria, que está muito motivada e empenhada para os desafios que se avizinham. São pessoas com provas dadas em várias áreas de intervenção, pessoas com uma militância ativa e que defendem os ideais

democráticos em que a política está ao serviço das pessoas e não ao contrário. Temos ainda uma estratégia baseada numa sólida articulação com as concelhias vizinhas e com a distrital. Só com uma distrital dinâmica seremos um distrito com mais relevância na estratégia política nacional. Relativamente ao nosso concelho, não nos revemos na estratégia de ideias soltas e a avulsas do actual executivo, mas sim um projeto sério com debate, com partilha, com envolvimento dos Sampedrenses e de todas as dinâmicas concelhias. Estamos abertos às diferentes opiniões onde a participação de todos é um imperativo. É para nós fundamental que as pessoas participem neste processo. Não queremos

desenvolver o nosso projecto de costas para as pessoas. Interessa-nos abrir o partido para o exterior e recolher o máximo de contributos possíveis para a nossa estratégia. Seremos mais uma força para o desenvolvimento estratégico do concelho, credível e agregadora, mas desde já julgamos reunir as condições para que o PSD saia vitorioso nas próximas autárquicas de 2017 em S. Pedro do Sul. Temos um rumo e queremos concretizalo com um compromisso sério com os Sampedrenses. É possível um futuro diferente para o nosso concelho.

A Comissão Política de Secção do PSD de S. Pedro do Sul

26 de julho, Monte Nossa Senhora do Castelo «ARRAIAL SÉNIOR» EM MANGUALDE Os seniores mangualdenses vão ter a possibilidade de participar num «Arraial Sénior» no próximo dia 26 de julho, no Monte Nossa Senhora do Castelo, dirigido a todos os seniores e avós do concelho. Dia este que promete ser especial com a cele-

bração de eucaristia. pelas 11h00, e uma bela tarde de convívio com troca de merendas e muita animação, a partir das 14h00. O momento do bolo dos avós acontecerá pelas 15h30. A Câmara Municipal de Mangualde en-

RESTAURANTE “O VELHO” O prazer de bem comer - Refeições abundantes Pratos de comida regional Casamentos / Batizados Tlm:918 125 430 - Rua do Caminho Velho - 6355-236 Vilar Formoso

cara a celebração deste dia como uma festividade intergeracional, de convívio entre avós e netos, sendo assim uma forma de homenagem, de demonstração de carinho e apreço por todos os avós. Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida,

reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza. Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos seus queridos avós.


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Quinta-feira 21/07/2016

Muito calor e risco “máximo” de incêndio, alertas e cuidados a ter Moimenta da Beira é um dos 23 concelhos do país em risco “máximo” de incêndio devido ao tempo quente e seco que se faz sentir, alerta a Autoridade Nacional de Proteção Civil, período em que, segundo a Ibermeteo, se prevê ainda mais calor, com os valores máximos da temperatura a rondar, e mesmo a ultrapassar ligeiramente os 35°C, em especial nas zonas de vale mais abrigadas. Estamos na época mais crítica e propícia à deflagração de incêndios florestais, conhecida pela fase “Charlie”, que começou no dia 1 de julho e termina a 30 de Setembro, época que exige maiores cuidados por parte das populações, e durante a qual é proibido fumar, fazer fogueiras, queimas ou queimadas nas zonas agrícolas e florestais. Os foguetes e balões com mecha acesa estão também proibidos, bem como os tratores e máquinas agrícolas que não possuam extintor e sistema de retenção de fagulhas e faíscas. É sempre bom lembrar que a maioria dos incêndios tem origem humana. Por isso, a Câmara Municipal de Moimenta da Beira aconselha os munícipes a redobrarem os cuidados nos espaços florestais e de maior risco.

Rede de Monumentos Vale do Varosa abre ao público O Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, preside às cerimónias de inauguração dos Centros Interpretativos do Convento de Santo António de Ferreirim, no próximo dia 22 de julho, pelas 11h00, e do Mosteiro de São João de Tarouca, pelas 12h00. A abertura destes dois espaços marca a abertura em pleno da Rede de Monumentos Vale do Varosa, que integra ainda o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, a Capela de São Pedro de Balsemão e a Ponte Fortificada de Ucanha. A abertura ao público dos Centros Interpretativos do Convento de Santo António de Ferreirim e do Mosteiro de São João de Tarouca corresponde ao culminar da primeira fase do projeto Vale do Varosa, no terreno desde 2009, e que incluiu a recuperação do edificado, a musealização do património móvel e imóvel, a instalação de centros de acolhimento e interpretação, a criação de uma imagem personalizada e, finalmente, a abertura ao público em rede, possível a partir do próximo dia 22 de julho. Centrado no vale do rio Varosa, subsidiário ao vale do rio Douro, o projeto assenta na criação de uma rede de monumentos abertos de forma integrada à fruição pública, tendo como núcleo principal, numa primeira fase, os mosteiros cistercienses de São João de Tarouca e de Santa Maria de Salzedas e o Convento franciscano de Santo António de Ferreirim. Já em abril de 2014, outros monumentos se juntaram ao projeto. A Torre Fortificada de Ucanha e a Capela de São Pedro de Balsemão passaram então a integrar um projeto que, desde o seu início, teve como objetivo o alargamento da rede, potencializando a valorização do conjunto. O projeto Vale do Varosa, cuja intervenção global foi coordenada pela Direção Regional de Cultura do Norte, foi financiado pelo QREN, no âmbito do ON.2 – O Novo Norte. SOBRE O PROJETO VALE DO VAROSA Instalar na região, nas áreas inicialmente pertencentes aos concelhos de Tarouca e Lamego, uma rede de estruturas e soluções segundo o conceito de «Território Histórico», numa estratégia integrada a nível regional, beneficiando de uma elevada concentração de imóveis e elementos históricos de elevado interesse turístico-cultural, permitindo o desenvolvimento de conjunto em articulação com o Douro Património da Humanidade, é o grande objetivo do projeto Vale do Varosa. Este conjunto de imóveis, constituindo há muito e de forma espontânea o que se pode designar de rede informal de monumentos da região do Varosa e aos quais se associa diretamente em termos regionais o conjunto monumental da cidade de Lamego e seu Museu, constitui um dos mais recorrentes percursos de visita da Região Duriense interior.

Mosteiro masculino da Ordem de Cister, a sua construção iniciou-se em 1154, impondo-se como a primeira edificação cisterciense em território português. Com a sua fundação intimamente ligada à fundação da nacionalidade e à figura de D. Afonso Henriques, o complexo monástico foi largamente ampliado no século XVII e XVIII com a construção de novos edifícios, de entre os quais se destaca um novo e colossal dormitório. Em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas em Portugal, a igreja foi convertida em igreja paroquial e as dependências monásticas foram vendidas em hasta pública, sendo os seus edifícios explorados como pedreira até aos inícios do século XX. Tendo a sua igreja sido classificada como Monumento Nacional em 1956, sendo esta proteção estendida a todo o conjunto em 1978, em 1996 o Estado Português iniciou a gradual aquisição de toda a área monástica, sendo a igreja sujeita a um completo restauro entre 1998 e 2010, e as dependências monásticas a uma exaustiva escavação arqueológica entre 1998 e 2007, tendo a sua musealização ficado concluída em 2013. A abertura integral e integrada de todo o espaço acontece agora em 2016, depois de finalizada a intervenção na Casa da Tulha, antigo celeiro monástico, que acolhe o centro interpretativo do sítio. SOBRE O CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO DE FERREIRIM

Neste sentido, as principais linhas estratégicas do projeto Vale do Varosa foram a recuperação de edificado, a musealização do património móvel e imóvel, a instalação de centros de acolhimento e interpretação, a criação de uma imagem personalizada e finalmente a abertura ao público com funcionamento em rede e o desenvolvimento de ações de divulgação conjuntas. Esta formalização e atuação em rede pretende afirmar a região como destino cultural de referência, ao fazer emergir no contexto duriense um conjunto de monumentos classificados que, no caso dos mosteiros cistercienses, foram mesmo uma peça fundamental na excelência reconhecida à região desde 2001 como Património da Humanidade. O Projeto Vale do Varosa é por isso um projeto que deixa de olhar para o monumento, para passar a olhar para a região, como um território histórico, detentor de um património único, que é necessário afirmar e divulgar no contexto do Douro Património da Humanidade. SOBRE O MOSTEIRO DE SÃO JOÃO DE TAROUCA

Integrando uma anterior torre fortificada, possivelmente datada de século XIV, a fundação deste convento masculino franciscano inicia-se com a doação, em 1525, dos terrenos circundantes, por D. Francisco Coutinho, Conde de Marialva. De traça manuelina, da qual sobrevive o pórtico da igreja, há ainda a assinalar a construção do claustro, entretanto desaparecido, correspondente à primeira metade do século XVI, período de construção da igreja e do complexo conventual. No que concerne ao seu espólio, destacam-se as oito tábuas pintadas em 1533-1534 pelos denominados “Mestres de Ferreirim”, parceria desvendada mais tarde por documentação encontrada por Virgílio Correia e que revelou os nomes de Cristóvão de Figueiredo, Garcia Fernandes e Gregório Lopes como os autores das pinturas. Extinto em 1834, tendo a sua igreja sido convertida em igreja paroquial, as dependências monásticas foram vendidas em hasta pública e parcialmente desmanteladas ou caídas em ruína. Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944, em 2001-2005 a igreja e seu recheio foram sujeitos a restauro integral, abrindo agora ao público o centro interpretativo do convento.

com Solb pa


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Regional

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Câmara entrega apoios a 365 produtores de raça arouquesa A Câmara Municipal de Cinfães, no âmbito do Programa de Incentivo Animal, vai entregar, no dia 16 de julho, o apoio a 365 criadores de gado tradicional – raça arouquesa. Serão entregues, no total, mais de 56 mil euros, que dizem respeito a 1077 animais nascidos no Concelho em 2015. A cerimónia está marcada para as 10h, no Auditório Municipal. Os produtores de bovinos de raça arouquesa recebem 50€ por cada cria que nasceu e foi registada no Município, com uma majoração de 100€ por

cada novilha que atinja os 18 meses, destinada à reprodução. Este programa destinado ao fomento da criação de gado tradicional – raça arouquesa aposta na produtividade mas também na sensibilidade dos criadores para a importância do cumprimento das regras de saúde pública e saúde animal, assim como do bem - estar dos animais e das boas condições agrícolas e ambientais.

POSTOS TURÍSTICOS “ALDEIAS VIVAS” ABERTOS AO PÚBLICO Os postos turísticos instalados no São Macário e em Manhouce, no âmbito do projeto “Aldeias Vivas”, já estão em funcionamento. O posto do São Macário tem novas instalações, mais amplas, proporcionando um melhor serviço e acolhimento a quem o visita. Abertos ao público de julho a setembro, aos fins-de-semana e feriados nacionais, das 14h00 às 18h00, estes postos de informação e venda têm como objetivo promover o concelho através do envolvimento das associações, das paróquias e dos produtores da região. Com exposição e venda de produtos endógenos e disponibilizando ainda informação turística, os postos “Aldeias Vivas” do São Macário e de Manhouce são o ponto de partida para a descoberta do território.

XIX FESTIVAL DE FOLCLORE VERDE GAIO DE LORDOSA Com elevada qualidade dos ranchos participantes , a Associação Folclórica, cultura e Recreativa Verde Gaio de Lordosa, vai realizar a 6 de agosto próximo o XIX festival de Folclore em que participam ranchos do Ribatejo, Douro Litoral e Douro Minho,para além do lídimo representante de Viseu. Do programa geral, conta às 16 horas concentração dos grupos na sede do Verde Gaio de Lordosa; às 17 horas visita à cidade de Viseu; às 19 horas, jantar na EBIS Jean Piaget Campo e às 21 horas, desfile e inicio do festival

NELAS RECEBEU CICLO DE CONFERÊNCIAS “JOVEM AGRICULTOR” Os fatores que determinam o sucesso dos Jovens Agricultores estiveram em debate, no Auditório do Edifício Multiusos de Nelas, numa iniciativa promovida pela AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, em parceria com a Câmara Municipal de Nelas e com o Crédito Agrícola de Terras de Viriato. A Sessão de abertura contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Nelas, José Borges da Silva, da Diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Machado Martins, do Presidente da CVR Dão, Professor Doutor Arlindo Marques Cunha, do Presidente da AJEPC e Vice-Presidente da Federação Sino PLPE, Alberto Carvalho Neto, do VicePresidente do Crédito Agrícola de Terras de Viriato, Américo Loureiro, da CA Seguros, Lino Viegas Afonso, e do Presidente da AJAP, Eduardo Morais Almendra.

No seu discurso, o Presidente da Câmara Municipal de Nelas agradeceu à AJAP e a todos os parceiros por esta iniciativa, destacando o Compromisso Municipal assumido para o desenvolvimento económico e criação de emprego no setor agrícola, que ocupa uma grande percentagem de território no Concelho de Nelas e que, felizmente, tem atraído cada vez mais grandes projetos empreendedores nas áreas de exploração dos produtos endógenos. Realçou ainda o apoio que a Câmara Municipal tem conferido aos jovens empreendedores, nomeadamente com a realização anual do Seminário do Empreendedorismo, terminando com uma abordagem sobre a importância da ocupação dos territórios agrícolas para a prevenção do risco de incêndios. Numa perspetiva de abertura de novos mercados, Alberto Carvalho Neto, Presidente da AJEPC- Associação de Jovens Empresários Portugal China, salientou as oportunidades de exportação dos produtos agrícolas portugueses e da estratégia de promoção levada a cabo por esta associação que agrega jovens empresários de Portugal, China, Brasil, Angola e Moçambique, enquanto que Américo Loureiro, do Crédito Agrícola de Terras de Viriato, realçou o forte investimento realizado nos últimos anos pelos agricultores da região na promoção de iniciativas que promovam a agricultura. A Sessão prosseguiu com o painel “Ser Jovem Agricultor – Fatores que determinam o sucesso”, onde foram oradores Emanuel Ribeiro, da Associação de Desenvolvimento do Dão, César Machado da Direção de Marketing Estratégico do Crédito Agrícola, Luís Brito da empresa EPAGRO, Margarida Mota da empresa HUBEL Verde, Bruno Guerra da empresa MAGOS Irrigation Systems, Miguel Freitas, especialista em assuntos agrícolas europeus, Luís Mira da Silva, professor Universitário, Madalena Barros da Cooperativa dos Olivicultores de Nelas e dois jovens agricultores da região: Pedro Pais da Queijaria Quinta da Lagoa e João Cunha. O “Ciclo de Conferências – Jovem Agricultor” foi moderado por Nélia Silva, Jornalista, e Firmino Cordeiro, Diretor-Geral da AJAP, e contou com o patrocínio da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, do Crédito Agrícola Seguros, da Epagro, da Magos Irrigation Systems e da Hubel Verde.

REQUALIFICAÇÃO DA AVENIDA ANTÓNIO JOAQUIM HENRIQUES No âmbito da requalificação da conhecida “Avenida dos Mathias” em que se procede à consolidação do talude de cerca de 8 m existente para proteção da estrada e construção de estacionamento e passeio é imperioso remover os 11 plátanos ali existentes, porque são incompatíveis com a segurança futura do mesmo talude, sendo que vão ser substituídos, por outra espécie de árvores de menor porte. Os 11 plátanos vão ser replantados de imediato naquela que será a futura “Praça dos Combatentes”, em Nelas, que vai ser construída no terreno da câmara entre a biblioteca municipal e o parque infantil


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Viseu 7

Quinta-feira 21/07/2016

III Ciência em Férias IPV 2016: Uma jornada inesquecível! Terminou a terceira edição do mais recente evento do Instituto Politécnico de Viseu direcionado à sua comunidade envolvente mais jovem. O “III Ciência em Férias IPV 2016” foi, uma vez mais, um sucesso retumbante. Todas as 140 vagas disponíveis, distribuídas pelos dois grupos de diferentes faixas etárias, foram preenchidas muito celeremente, em apenas 3 dias. O Leonardo adorou participar. “Gostei muito, fizemos muitas atividades fixes”, o mesmo sentimento partilhado pela Ana Margarida “foi uma semana muito boa, pela descoberta e pelo convívio”. Elisabete, encarregada de educação, revelou-nos que “já há algum tempo que estava à espera que o meu filho tivesse idade para participar, e tal como estava à espera, conseguiu ter acesso a um leque variado de atividades. Espero que ele consiga participar nos próximos anos, porque tenho a certeza que vai ajudá-lo a escolher o caminho a percorrer no futuro”. Opinião partilhada por Marlene, mãe de um outro participante, “o João gostou imenso. Para mim foi uma semana fantástica, porque o deixava todos os dias numa escola superior do IPV e sabia que ele ia ver, aprender e conviver com coisas diferentes e ter alguma noção do que é o ensino superior, para o ajudar numa futura escolha. No final do dia, quando chegava a casa, contava tudo o que tinha feito com muita satisfação e entusiasmo”. A Maria Fernanda felicitou a instituição “pela iniciativa, pelo atendimento, acolhimento e pela qualidade do encerramento”, relevando ainda que “como mãe e encarregada de educação, a semana Ciência em Férias contribuiu para o equilíbrio físico e psíquico da minha educanda”.

O evento “Ciência em Férias IPV ” tem como objetivo proporcionar aos estudantes do ensino básico e secundário um programa organizado de caráter educativo, cultural, tecnológico e científico, mas também lúdico e de descoberta de áreas formativas que se enquadrem nas preferências e aptidões para o seu futuro percurso académico. Organizado pelo Instituto Politécnico de Viseu, o projeto decorreu em dois momentos distintos, direcionados a diferentes públicos-alvo. Assim, a primeira semana do evento – de 27 de junho a 1 de julho – teve como destinatários os participantes com idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos de idade (Grupo I). A segunda semana – de 4 a 8 de julho – destinou-se aos jovens a partir dos 13 anos (Grupo II). Cada uma das semanas teve programas ajustados às faixas etárias diferenciadas que constituíram os grupos. Foram duas semanas de inolvidáveis experiências, partilhas intensas de conhecimento, salutar convívio e

confraternização e muitas, mas mesmo muitas memórias para mais tarde recordar. Durante cinco dias consecutivos, um dia em cada uma das também cinco escolas superiores do IPV (Escola Superior de Educação de Viseu, Escola Superior de Saúde de Viseu, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, Escola Superior Agrária de Viseu e Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu), cada grupo de participantes usufruiu de uma semana plena de atividades científico-pedagógicas em diferentes áreas do saber e muita diversão, mas também de cultivo e fomento de espírito de grupo, trabalho em equipa e sociabilização. As atividades realizadas abrangeram áreas e temáticas tão diversificadas como: Brincar com a ciência, Informática divertida, Gestão de redes sociais, Construção de um jardim portátil em material reciclado, A magia da Química, Uma curta viagem pelo mundo dos jogos e desafios matemáticos, Construção de um rádio de cristal, Ateliê de suporte

básico de vida, Jogando e pensando: procurando a matemática escondida, Ateliê de jornalismo, Visita à Quinta da Alagoa e à lagoa das garças, Encontros com a Engenharia - pensar e projetar a cidade, Geocaching, Ateliê de educação para a cidadania, Visita ao canil e ao Centro de Enfermagem Veterinária, O Mundo das abelhas, A cor dos alimentos, Ateliê de sensibilização para a amamentação, Extração de óleos essenciais, Do planear ao construir, Programar! E porque Não!?, Do projeto ao objeto, A energia e a preservação do planeta, Peddy paper, Ateliê: recriar um hospital, Visita ao Parque Zootécnico, Press júnior, Ateliê de Hyperlapse & Stopmotion, Ruído na ponta dos dedos, 24 hours in London, 24 heures à Paris, entre outras propostas. Além das experiências e vivências científicas e pedagógicas, houve ainda tempo para os participantes se divertirem com inúmeras atividades lúdicas e de animação cultural, como jogos de orientação, jogos desportivos, peddy-papers temáticos, jogos

tradicionais, atividades experimentais, ouvirem tunas académicas e muito mais. As refeições dos participantes, meticulosamente escolhidas, são fruto da generosidade dos Serviços de Ação Social do IPV. Para o último dia, no final da tarde, na Aula Magna do IPV, estava reservada a sessão de encerramento, com muitas surpresas e animação. Houve lugar para os jovens, pais e familiares, assistirem a um momento cultural de “pura magia”, uma performance inolvidável do deslumbrante Zé Mágico, seguindo-se a exibição do “filme da semana”, com os melhores momentos do “Ciência em Férias”, a entrega de diversas (e muito apreciadas) ofertas institucionais e os certificados de participação. No final, o merecido lanche-convívio final. O momento cultural foi mesmo de pura magia: Zé Mágico, aluno do Instituto Politécnico de Viseu, deslumbrou os presentes com números admiráveis, revelando também um apurado e refinado sentido de humor e uma contagiante boa disposição que se alastrou a toda a plateia. Muito mais do que um espetáculo de magia, "hiii!" mistura a arte da ilusão com a cénica teatral, criando não só magia, mas uma atmosfera mágica. A instituição regozija-se pela preferência de tantos e tantos jovens e dos seus dedicados pais e encarregados de educação. Aos também inúmeros jovens que não puderam ser admitidos por questões logísticas o nosso lamento, ficando no entanto o IPV a aguardar por vós numa próxima oportunidade, provavelmente já no próximo ano… 

Joaquim Amaral

IPV-POLITÉCNICO DE VISEU SEGUNDO MELHOR DO PAIS Melhor do que algumas universidades, o Instituto Politécnico de Viseu acaba de obter a prestigiosa classificação como o segundo melhor Instituto do País, ficando em primeiro lugar do Instituto Politécnico de Bragança. Esta designação não foi obtida por em empresa de Ranking qualquer, mas sim pela Scing, americana, grupo de investigação e recolha de dados científicos para informação, com o fim de se analisar o desempenho das instituições

de ensino superior do mundo. Para além dos institutos, o Ranking levado a cabo pela Scing, inclui também universidades e escolas públicas e privadas de todo o mundo, com cerca de seis mil, ficando as três melhores universidades de Portugal, assim: 1ª Universidade de Lisboa; 2ª Universidade do Porto; e universidade Nova de Lisboa. É melhor do mundo é americana. Quanto aos institutos, em terceiro classificou – se o do Porto,

seguido – se o de Coimbra, Lisboa, Leiria, Lisboa e Setúbal.

Viseu mostra – se assim como referência modelar de qualidade

aos olhos de Portugal e do Mundo. Parabéns ao Corpo docente!


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Quinta-feira 21/07/2016

EXCURSÃO VISITAS, dias-6 a 11 outubro 2016 – Euros: 245, tudo incluído. Exceto pequeno almoço, dia 7

NOSSA SENHORA NEGRA DE MONTSERRAT ( mãe de Deus do Monte) - Catalunha- Espanha Montserrat, pedaço do Céu sobre a Terra, misterioso, com vistas espetaculares sobre vales e montes. 2 dias, em Andorra – Hotel Sant Eloi.p.a - bufê 2 dias, em Lourdes -Hotel Galilee Windsor- bufê ilimitado. Jantar: dia 11 no restaurante “O Velho”, em Vilar Formoso. Nota: O almoço dia 7, será ao ar livre, em Montserrat, com dois leitões assados, frangos de churrasco, bifes, sobremesa, cerveja e vinho. Autocarro: Empresa Marques.

Aceitam inscrições:telemóveis 960

100 300 e 962 308 080


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Entrevista

Quinta-feira 21/07/2016

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ADELINO COSTA, PROVEDOR DA MISERICÓRDIA DE VISEU

“Os decisores tratam a Misericórdia de uma forma que não merecíamos” Adelino Costa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu (SCMV), não se conforma com o insucesso das candidaturas à construção de uma unidade de cuidados continuados e à Rede Local de Intervenção Social. “Os decisores tratam a Misericórdia de uma forma não merecíamos”, que lamenta. Sente que há falta de regulação no setor e teme que a sociedade esteja a apoiar sempre os mesmos. As comemorações do V centenário da SCMV poderão contribuir para reforçar os laços com a comunidade. O futuro o dirá. - Sete meses decorridos após o início das comemorações, sente que estas estão a conseguir chamar a atenção da sociedade para a Santa Casa da Misericórdia de Viseu, um dos seus propósitos? - Sim, não há dúvida nenhuma de que, com tanta manifestação, a Santa Casa foi naturalmente vista, ouvida, falada, conhecida para além do que tem sido normal. Ela era sobretudo conhecida pelos utentes e seus familiares, de resto, muito excecionalmente se falava da instituição. Com estas comemorações, a cidade e a sociedade, no geral, foram tendo mais conhecimento da Misericórdia e das suas valências. - E esse acréscimo de conhecimento é importante porquê? - A Santa Casa sempre optou por uma certa reserva. Durante muito tempo fomos demasiado reservados. Se não nos dermos a conhecer, a sociedade pode ficar, até, com uma ideia errada do que é a Misericórdia. Há muito quem pense que somos uma instituição rica que não precisa da ajuda de ninguém. A nossa riqueza não é material, é aquela que está espelhada nas 14 Obras da Misericórdia, é a que que diz respeito aos nossos valores. As pessoas ligam muito a Misericórdia de Viseu à Residência D. Leonor que é para um estrato populacional mais favorecido socialmente, que não é apoiado pela Segurança Social. Se não nos dermos a conhecer, corremos o risco da sociedade viseense ficar com a ideia de que a Misericórdia é só para ricos, o que não é verdade. Temos também o Lar de S. Caetano e muitas outras valên-

com ninguém. Por isso, as pessoas têm de ter um suporte financeiro grande, porque o Estado não comparticipa. - Qual é a comparticipação do Estado nas outras valências? - São mais de 160 mil euros mês que recebemos do Estado, para apoio domiciliário, creche, infantário, ATL, CAT, lares… O Estado comparticipa em todas as áreas, menos na Residência D. Leonor. É um contributo muito importante, sem ele não poderíamos fazer o que fazemos. Só em salários despendemos todos os meses 400 mil euros, o que é um encargo muito significativo.

cias – centros de dia, infantários, apoio domiciliário -, destinadas a uma população que precisa de nós. Acolhemos muita gente que praticamente não paga nada. E isso só é possível porque temos estes meios que vêm da residência e outras fontes de rendimento que vêm do património imobiliário que é substancial e que nos permite fazer o bem. - Servir quem mais precisa é o lema da Misericórdia. Na sua opinião, quem são os que mais precisam na nossa sociedade? - Quem mais precisa são as periferias. As periferias que não têm voz, que não são visíveis e que, às vezes, acabam por ser esquecidas. Temo que a sociedade esteja a apoiar sempre os mesmos e, como não há regulação nesta área, só aqueles que têm algum conhecimento, ou que são apoiados por pessoas com conhecimento dos apoios existentes, é que recorrem a tudo e acabam por receber ajudas de diferentes organismos, enquanto outros, porventura ainda mais necessitados, não têm acesso a nada - A Rede Local de Intervenção Social (RLIS), a que a Misericórdia de Viseu se candidatou, sem sucesso, seria uma forma de ir ao encontro dessas periferias? - Sim, infelizmente para a nossa sociedade, fomos arredados desse concurso que tinha propostas para procurar essas periferias e ajudar pessoas que necessitam. Mas, uma vez mais, sentimos que os de-

cisores tratam a Misericórdia de uma forma que não merecíamos. - Mas a candidatura tinha falhas, não é verdade? - É evidente, tinha falhas. Foi a primeira vez que fizemos uma candidatura. Procurámos quem nos pudesse dar apoio e não foi dado, não sabemos bem porquê? - Junto de quem é que procuraram apoio? - Procurámos por todos os lados quem pudesse dar apoio e não foi dado. A nossa candidatura até teve a valorização máxima em aspetos como a inovação, mas falhou no número de visitas a famílias, que foi considerado anormalmente baixo. Nós apresentámos o número de duas mil famílias e eles consideravam que o mínimo era doze mil. Nós não sabíamos, porque, se soubéssemos, facilmente chegaríamos lá. Recorremos mas o recurso, soubemos agora, foi indeferido. Se houvesse boa vontade, tínhamos conseguido, mas o projeto foi entregue a uma outra instituição. Não conheço a candidatura dessa instituição, não sei quais as áreas que vai abranger e o nosso desejo é que corra tudo bem. Mas, se não abranger as tais periferias, será mau para o concelho. Pela nossa parte, tudo faremos para continuar a apoiar as famílias mais necessitadas. Não temos é esse apoio do Estado que nos permitiria constituir uma equipa com mais técni-

cos, dedicada inteiramente ao trabalho de procura e de aproximação com as periferias. - Disse que, se houvesse boa vontade, o recurso teria passado. Considera que o Estado está de costas voltadas para Misericórdia de Viseu? - Não, não digo isso, não compreendemos é a avaliação técnica das candidaturas. Muito mais grave do que isto, foi a candidatura relativa aos cuidados continuados, em que a Misericórdia de Viseu fica atrás de quatro instituições. Eu aí não consigo compreender, ultrapassa a minha capacidade de compreensão. Tinha de se ter terreno e nós sabemos de instituições que se candidataram e que não tinham terreno; tinha de se estar bem financeiramente, porque o Estado só comparticipava com 750 mil euros, e nós sabemos que não era esse o caso de algumas. Viseu é que ficou a perder, porque das quatro instituições que ficaram à nossa frente, só duas é que fizeram a obra. As nossas contas são claras e transparentes, nós nem tínhamos necessidade de recorrer ao Estado para fazer a obra. Mas, é evidente, precisamos de um protocolo com o Estado, porque sem ele, contruiríamos o edifício, mas depois, não tínhamos doentes. Na prática, nós já fazemos cuidados continuados, na residência D. Leonor, grande parte dos nossos utentes estão em cuidados con-tinuados. Não temos é protocolo

- Quando surgir outra oportunidade, a Misericórdia de Viseu voltará a candidatar-se para a construção de uma unidade de cuidados continuados? - Sim, a Santa Casa não deixará de se candidatar, quando houver uma nova possibilidade, recuperando o projeto ou com um projeto novo, até porque, no fundo, cuidados continuados é o que nós já fazemos. - No congresso da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em junho, no Fundão, o Governo, representado pelos ministros da Saúde e da Segurança Social, manifestou a intenção de reforçar parcerias com o setor social, em geral, e com as Misericórdias, em particular. Está confiante na palavra dos governantes? - Eu acredito que, ao mudar de Governo, se muda de filosofia. Um governo mais liberal, se calhar, agarra-se mais às instituições. Mas eu não acredito que o Estado queira substituir-se às instituições porque já provou que não é um bom executor nestas áreas. Este é um governo que naturalmente terá que continuar políticas de apoio à população, sob pena de a situação se complicar, porque estamos numa época de crise e vamos continuar por muito tempo, infelizmente. O Estado terá que ir regulando, controlando, avaliando os custos, mas vai ter sempre que ser através de instituições. As Misericórdias, todas elas, têm muitos anos - a de Viseu tem 500 anos -, o que é sempre uma garantia de persistência de credibilidade. - A Misericórdia de Viseu tem também o anseio de construir um novo Centro de Acolhimento Tem(continua pág. seguinte)


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10 Entrevista porário (CAT), que também depende do aval e do apoio do Governo. Qual o ponto da situação? - Em relação ao CAT, a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Viseu sente que a oferta que temos, em termos físicos, não é a ideal. O CAT, com capacidade para 22 crianças, funciona num edifício adaptado, que não nasceu para aquela função e que, por mais cuidados que tenhamos é sempre um edifício com algumas barreiras arquitetónicas. Estamos a tentar diminuí-las mas não é fácil. Recentemente optámos por realizar algumas obras de fundo, nos fraldários e casas de banho, mas é sempre um remendo. Mas este tipo de estrutura residencial da infância, até aos doze anos, é uma obrigação do Estado, com o qual nós temos um protocolo. A Mise-ricórdia sente que não terá que ser ela, pelos seus meios, a gastar um milhão e meio num edifício. Ora, nós já sabemos que os novos fundos comunitários não contemplam nada que seja estruturas novas, estão mais voltados para projetos de reabilitação. No nosso caso, aquele edifício é praticamente impossível de reabilitar. - Mas a Misericórdia tem outros espaços que pode reabilitar para a mesma função… - Sim, temos. Mas o primeiro problema é conseguir que o Estado colabore e, por outro lado, também nos é dito que este tipo de institucionalização das crianças pode, a curto prazo, isto é, daqui a cinco a dez anos, ser alterado, colocando as crianças em famílias, em vez de estarem num cento de acolhimento. Portanto, estarmos a fazer um investimento tão grande para no espaço de cinco a dez anos ser alterado o modelo, não será a melhor opção. De resto, concordo com esse novo modelo, porque o ideal será ter os meninos entregues a famílias. Por mais cuidados que haja da nossa parte, ter 22 meninos juntos numa instituição nunca é a mesma coisa que lhes dar uma família. A conservação do património, a readaptação de alguns espaços, o reforço dos recursos humanos e a reorganização dos serviços foram algumas das bandeiras que acompanharam a sua eleição a provedor da Misericórdia de Viseu, em 2004. Até agora, que passos foram dados? - Nós tínhamos técnicos na área social, nomeadamente, técnicos de educação social, assistentes sociais, psicólogos, etc., mas tudo o que era outras áreas – área financeira, área jurídica, área da marketing – estava deserto. Portanto, dotámos a instituição com pessoal nessas áreas, o que quer dizer que, agora, estamos mais organizados. A situação ainda não é perfeita, mas está muito melhor do que estava. Neste momento, temos 365 pessoas a trabalhar, mais os enfermeiros, o que é muito.

Quinta-feira 21/07/2016

”Quem mais precisa são as periferias. As periferias que não têm voz, que não são visíveis e que, às vezes, acabam por ser esquecidas. Temo que a sociedade esteja a apoiar sempre os mesmos e, como não há regulação nesta área, só aqueles que têm algum conhecimento é que recorrem a tudo e acabam por receber ajudas de diferentes organismos, enquanto outros, porventura ainda mais necessitados, não têm acesso a nada”

- Há muitos trabalhadores precários entre esses 365? - Não, precários temos muito poucos. E os que temos são pessoas contratadas para espaços - sobretudo, na área dos lares, da infância e da residência - em que os trabalhadores ficam de baixa, porque é um trabalho fisicamente desgastante. Nós temos um banco de colaboradores que trabalham três meses, meio ano, conforme as baixas. Às vezes até ficam mais tempo, porque as baixas são muitas, dado o esforço físico e o trabalho desgastante que essas áreas implicam. - Reforçar o voluntariado estava também na sua lista de intenções. Tem conseguido? - Não. Não conseguimos esse reforço. Só no CAT é que ainda vão aparecendo voluntários com alguma frequência. É certo que a Câmara ficou recentemente com a responsabilidade de controlar o voluntariado no concelho, portanto, é uma realidade nova. O voluntariado é algo muito sensível porque tem que ser alguém que vá mesmo com espírito voluntário. Temos que ter algum cuidado, para que corra tudo bem, porque têm de ser pessoas com muita sensibilidade e entrega. - Quantos são os voluntários, atualmente? - Muito poucos. Não passarão de dez ou 15, na instituição toda. - O próprio provedor é um voluntário… - Sim, sim, a Mesa Administrativa é toda voluntária, mais a Assembleia Geral. Ninguém é remune-rado.

- Quanto à readaptação dos espaços existentes, outro dos seus propósitos, qual é a prioridade? - Temos aquele espaço ao pé do hospital que é o caso mais flagrante. A primeira parte já está a funcionar com ATL e creche e, agora, vamos tentar recuperar, através de uma candidatura, a outra parte, virada para a Quinta do Serrado, onde, antes, funcionava a antiga maternidade e cardiologia, penso eu. Essa parte, ainda não conseguimos porque são valores muito significativos, mas já temos projeto para um novo lar. Porque o que a experiência nos tem dito é que os lares estão permanentemente cheios, com gente em fila de espera. Nos infantários, a procura tem dimi-nuído, em resultado da queda da natalidade. Penso que um lar com 60 camas, bem localizado, será mais uma oferta importante para a cidade. - Quantas pessoas há em lista de espera para lares? - É difícil de contabilizar, até porque as pessoas inscrevem-se com muito tempo de antecedência, e, por vezes, quando são chamadas, dizem que não precisam, porque ainda estão bem nas suas próprias casas. Mas nós devíamos ter sempre meia dúzia de vagas para situações de emergência, para pessoas que, de um momento para outro, ficam impossibilitadas de estar sozinhas em casa e a família não tem condições de acolhimento. - Os serviços domiciliários da Misericórdia em que medida respondem a essas situações? - Essa para mim é a parte mais importante. Defendo desde sem-

pre que as pessoas devem ficar, tanto quanto possível, nas suas próprias habitações e só saírem quando não têm condições de facto. Nós comprámos recentemente uma carrinha de três lugares, porque a anterior não dava a possibilidade de irem três pessoas, para se deslocarem, fazerem limpeza, fornecerem alimentação, falarem um pouco com as pessoas, etc.. Reconheço que a nossa resposta não é ainda a melhor, porque não fazemos esses serviços domiciliários ao domingo, como devia ser, mas isso exige mais pessoal. - No congresso da UMP, foi defendida uma visão integrada no que respeita ao envelhecimento, incluindo a aposta no envelhecimento ativo. Essa visão integrada tem já expressão prática ou ainda falha nos serviços prestados pela Misericórdia de Viseu? - As valências que temos cobrem praticamente todas as áreas, apoio domiciliário, centro de dia, lar. O centro de dia está bem localizado, é muito central e as pessoas até podem vir a pé, mas reconhecemos que o edifício não é o ideal, tem algumas barreiras arquitetónicas. Andamos a tentar encontrar, dentro do nosso património, um espaço melhor. Vamos ver. Esta valência que permite que as pessoas durante o dia estejam ocupadas e que, à noite, vão dormir às suas casas é algo que queremos incentivar e em que nós queremos investir, porque, tal como o apoio domiciliário, dá a possibilidade dos idosos permanecerem em casa.

- Quanto à conservação do património da Misericórdia de Viseu, há algum espaço em que seja urgente intervir, sob o risco de se degradar? - Nós temos uma equipa relativamente grande vocacionada para a conservação do património. Mas temos, talvez, mais de 80 por cento dos edifícios arrendados e os inquilinos estão sempre a pedir obras, o que nos obriga a intervir permanentemente e nos leva grande parte dos rendimentos. Fora isso, temos um setor cuja preservação é o que oferece maior preocupação – o complexo das piscinas e Hotel Príncipe Perfeito, em Cabanões. Está praticamente a meio da concessão, faltam cerca de 10 anos para terminar, e as obras necessárias vão para mais de 700, 800 mil euros. A maquinaria das piscinas tem à volta de 15 anos, está na altura de fazer substituições. É uma preocupação. Queremos ver se conseguimos aproveitar algum fundo comunitário e arranjar uma empresa da especialidade que nos faça o projeto, para avançar com uma candidatura. - Tem defendido novas formas de ação para responder aos novos tempos, tempos de “inquietudes remanescentes” (palavras suas). A que formas de ação se refere em concreto? - Aquelas que nós, através de candidaturas inovadoras, procuramos fazer, saindo fora daquilo que tem sido sempre a ação da Misericórdia (os lares, os infantários, etc.). Ou seja, uma ação voltada para as tais periferias de que falei, indo ao encontro de franjas marginais da sociedade, que não têm ainda a cobertura que deveriam ter. Outra área de ação será o apoio a instituições que praticam esse apoio. Temos protocolos, a assinar muito brevemente, com instituições vocacionadas para missões que a Misericórdia não pratica, e que não têm instalações. Nós vamos, muito brevemente, dar um espaço a uma instituição – a Saúde em Português - que vai ficar aqui no nosso edifício, na parte onde antes funcionou o ATL. Estamos a fazer as obras para se deslocarem para aqui. Cederemos espaço a custo zero, a instituições que respondam aos novos tempos, uma vez que nós não podemos fazer tudo. - Tem havido boas relações de cooperação entre a Misericórdia e as outras instituições de solidariedade da região? - As relações são boas, mas não há cooperação. Eu julgo que o grande problema na área social é a regulação. Temos algumas instituições no concelho e no distrito muito

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Entrevista 11

Quinta-feira 21/07/2016 bem dotadas, algumas até sobredotadas, e outras em que há muitas falhas ao nível das infraestruturas. Isto acontece porque não há regulação. Há muitas IPSS em determinadas zonas e noutras não há nada, se calhar porque também não há ninguém com vontade para as fazer emergir. O nosso concelho está muito bem dotado, felizmente, tem muita instituição na área social, ultrapassa a centena. O maior problema será a regulação ao nível dos próprios serviços. Mas estamos sempre disponíveis para colaborar com outras instituições. - Voltando às comemorações: quando será lançado o livro sobre a história da Misericórdia? - Será em dezembro, numa sessão para a qual convidámos o Presidente da República (não sei se estará disponível) e vamos também convidar o ministro da Solidariedade. Será numa sessão final, que incluirá uma conferência por uma catedrática de Coimbra. Nós estamos sensivelmente a meio das

“Defendo desde sempre que as pessoas devem ficar, tanto quanto possível, nas suas próprias habitações e só saírem quando não têm condições. (…) Reconheço que a nossa resposta não é ainda a melhor, porque não fazemos os serviços domiciliários ao domingo, como devia ser, mas isso exige mais pessoal”. comemorações e já houve vários momentos significativos. Em setembro, dia 26, acolhemos as Jornadas sobre Património da União das Misericórdias e iremos homenagear Engrácia Carrilho. Foi

o provedor que mais anos esteve na instituição e foi ele que criou grande parte do património que a Santa Casa tem. Temos a garantia de que virá cá o padre Melícias, será um dos oradores, trabalhou

Cultura

“Habitua-te” em Carvalhal Redondo Inserida no seio da aldeia de Carvalhal Redondo, concelho de Nelas, a Associação Cultural Juvenil Teatro Hábitos, pretende que a terceira edição do festival “Habitua-te”, se torne num espaço de aprendizagem e descoberta procurando encontrar uma harmonia entre a cultura rural do povo e as artes mais contemporâneas. Durante 4 dias a aldeia será o palco de uma série de manifestações culturais desde a música, o teatro, a poesia, as artes plásticas, passando pelo artesanato, as tradições e hábitos locais. Procurando assim que o “Habitua-te” se torne uma marca incontornável na região, deste modo, queremos continuar a dar voz aos criadores e às instituições das mais diversas áreas de intervenção cultural do concelho de Nelas. O Teatro Hábitos sendo o promotor do evento terá uma intervenção mais intensa, com um caris teatral ao longo do festival levará a cena uma panó-

plia de espetáculos, baseados nas histórias, lendas e mitos do povo, através do teatro de rua, da animação e das artes circenses. O Grande objetivo da Associação Cultural Juvenil Teatro Hábitos, passa por valorizar a aldeia, as pessoas, e a vida rural do povo, mostrar sítios perdidos no tempo, reviver histórias e gentes esquecidas, trabalhar de dentro para fora, não só trazer gentes do concelho, mas sim fazer com que a aldeia seja motivo de visita por o maior numero de pessoas.

muito com o Eng.º Carrilho e disponibilizou-se logo para vir. Em novembro, faz 40 anos a UMP. A iniciativa partiu de Viseu, no 5º congresso, era na altura provedor o padre Virgílio Lopes que foi um grande impulsionador. Nós vamos aproveitar para lhe fazer uma homenagem. A UMP está muito dinâmica, o Dr. Manuel de Lemos, que preside à União, e a sua equipa têm uma força junto dos governos, que as pessoas nem imaginam. Têm força porque apresentam factos que provam que as Misericórdias fazem tão bem ou melhor do que o Estado, a custos inferiores. Fazem o seu papel baseado nas 14 obras da Misericórdia. - Termina o seu mandatário este ano. Tenciona renová-lo? - Neste momento, não posso afirmar nada sobre isso. Como ainda estou no ativo, a trabalhar, não é muito fácil conciliar. Acho que esta casa precisa de alguém com muita disponibilidade, porque os problemas são muitos e perma-

nentes. É evidente que eu fiz uma coisa que ajuda muito: cada mesário tem as suas áreas em que é praticamente autónomo. - Foi tesoureiro muito tempo; depois, foi eleito provedor. Que compensação tira da sua dedicação a esta casa? - A compensação é sentir-me bem por praticar o bem. Mais nada. Não quero candidatar-me a nada futuramente, nem tiro nenhum partido do cargo socialmente. Ao princípio, até achava estranho quando me chamavam de Senhor Provedor… Só espero satisfazer aqueles que precisam de apoio e gerir esta casa como é necessário. A Misericórdia está equilibrada financeiramente, tem havido muito critério na gestão, não fazemos gastos que desequilibrem as contas. Melhorámos em termos de eficiência e organização, mas é preciso continuamente estar disponível. Sofia Meneses

Cinema ao ar livre no Centro Histórico de Viseu

O CINE CLUBE DE VISEU vai levar a cabo a edição 2016 do CINEMA NA CIDADE. Este ano, as sessões realizam-se de 26 A 30 JULHO e lá encontraremos, em dose generosa, a cinefilia que o momento merece. Desde 1982, o CINEMA AO AR LIVRE é uma das actividades mais importantes para a fruição do espaço público da cidade, para a conquista de públicos para a cultura, para o bem-estar e atractividade do centro histórico de Viseu. Uma das novidades desta edição consiste no aumento de noites do programa - cinco noites, com a programação a chegar, também, ao MUSEU NACIONAL GRÃO VASCO, que já nos anos 2000 recebeu sessões de cinema ao ar livre. Renovar-se-á, pois, o compromisso de exibir cinema capaz de atrair o grande público e cinéfilos, em excepcionais condições de espaço e convívio. PROGRAMA http://cinemanacidade.tumblr.com/ FACEBOOK https://www.facebook.com/ccviseu/


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12 Saúde

Quinta-feira 21/07/2016

SPO assinala Dia Mundial dos Avós com rastreio de doenças oftalmológicas que afetam os mais idosos Os oftalmologistas portugueses estão preocupados com o aumento da baixa visão e da cegueira que se verificam na população idosa. No mês em que se assinala o Dia Mundial dos Avós, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia alerta para esse facto e tendo em conta a diminuição da qualidade de vida do idoso causada pela sua deficiência visual, aconselha: - Exames oftalmológicos regulares, principalmente após os 40 anos de idade uma vez que são medidas de elevado valor preventivo - Uma visita periódica ao oftalmologista, mesmo que anual, pode ser suficiente para prevenir e até curar doenças visuais, diminuindo assim a probabilidades de quedas. - No caso de baixa visão procure um oftalmologista especialista em sub-visão pois existem muitos auxílios óticos que permitem melhorar significativamente a visão e utilizar da melhor forma possível a visão remanescente. - Os hábitos de vida saudáveis tem repercussão positiva sobre todo o organismo, inclusive sobre os olhos. A prevenção e o controlo de doenças como a diabetes e a HTA contribuem para a manutenção de uma boa visão. As causas de cegueira preveníveis ou tratáveis mais frequentes nesta faixa etária são: catarata senil; glaucoma; olho seco; degenerescência macular da idade e erros de refração não corrigidos. Também a diabetes e a hipertensão arterial (HTA) são responsáveis por complicações oculares graves que podem levar à cegueira. A catarata senil é a doença visual mais comum no idoso e uma vez operado o doente recupera a visão. Por outro lado, o glaucoma é a segunda causa de cegueira no mundo

e a principal causa de cegueira irreversível. O glaucoma leva a uma perda irreversível do campo visual da periferia para o centro e pode terminar em cegueira total. A perda de visão no glaucoma pode ser evitada se a doença for detetada precocemente e convenientemente tratada. O olho seco, frequente no idoso, ocasiona uma diminuição significativa da qualidade de vida do indivíduo. A má lubrificação da superfície ocular leva a fotofobia, lacrimejo, visão flutuante e afeta tarefas tão simples como a leitura, a condução e o trabalho no computador. O seu tratamento passa pelo uso de colírios hidratantes e tratamento das doenças sistémicas e locais que podem levar a este olho seco. Já a degenerescência macular da idade (DMI) afeta o indivíduo numa altura e que ainda está ativo e independente. “A sua prevalência aumentou em consequência da maior longevidade e do aumento exponencial da população idosa. O Ministério da Saúde iniciou recentemente os rastreios da DMI e a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia é uma participante ativa neste programa”, explica Maria João Quadrado, presidente da SPO. A especialista realça ainda que “a visão é fundamental para a qualidade de vida do indivíduo. Um dos problemas principais do idoso são as quedas por várias causas, entre elas as deficiências visuais. Um envelhecimento ativo e saudável valoriza o papel do idoso na sociedade e a limitação das suas atividades pela diminuição visual, tem uma grave repercussão na sua qualidade de vida, levando muitas vezes à depressão”. Andreia Sá

ina C, desenvolvido para manter a saúde das articulações. A Vitamina C contribui para a normal formação de colagénio, essencial no funcionamento normal dos ossos e cartilagens.

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II SEMINÁRIO INTERNACIONAL ALZHEIMER E OUTRAS DEMÊNCIAS: CONHECER, COMPREENDER E INTERVIR O II Seminário Internacional Alzheimer e outras Demências: Conhecer, Compreender e Intervir irá realizarse nos dias 11 e 12 de novembro de 2016, na Aula Magna do IPV, e é organizado pela Escola Superior de Educação de Viseu em parceria com as Obras Sociais do Pessoal da CM e SM de Viseu. A demência constitui a expressão clínica de várias entidades patológicas, sendo a doença de Alzheimer a mais prevalente. As suas repercussões drásticas ao nível da qualidade de vida, a par do aumento exponencial da sua incidência, faz com que seja uma das grandes problemática da atualidade. Este evento pretende proporcionar um espaço de partilha de evidências científicas e experiências práticas neste âmbito, com vista à reflexão em torno de uma resposta mais integrada e atempada. Incluirá aspetos relacionados com o conhecimento e compreensão desta realidade, mas também a

CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

( GNR - PSP )

Dia Mundial dos Avós a 26 de julho No dia 26 de julho comemora-se o Dia Mundial dos Avós. Nesta data é importante chamar a atenção para o impacto da saúde articular na qualidade de vida dos mais velhos, porque com o tempo as articulações mudam, afetando a qualidade dos movimentos do dia-a-dia e podendo mesmo causar problemas incapacitantes. Para que as articulações se mantenham saudáveis é essencial manter uma dieta saudável, equilibrada e variada que forneça todas as vitaminas, minerais e outros nutrientes para que se mantenha saudável e ativo. É também muito importante beber água suficiente e praticar exercício físico regularmente. Numa articulação saudável, a cartilagem reduz a fricção atuando como um amortecedor de choque onde os dois ossos se tocam. Numa cartilagem danificada surgem sintomas como: inchaço, dor articular, rigidez e diminuição da amplitude de movimento na articulação afetada. A cartilagem danificada pode ter origem, por exemplo, em alterações na produção dos componentes ou lesões/acidentes. Jointcare Mov Plus é um suplemento alimentar com uma fórmula única de glucosamina, condroitina e Vitam-

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partilha de intervenções inovadoras junto de pessoas com problemas de memória e demência, bem como com cuidadores. O programa inclui a participação de conferencistas nacionais e internacionais com mérito reconhecido nesta área

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Quinta-feira 21/07/2016

Feira de Caça em Alvite Um fim-de-semana, dois dias (30 e 31 de julho) e um programa que inclui largada de pombos, demonstrações de caça em voo com aves de rapina, provas de trabalho de cães coelheiros e exposições de matilhas de caça maior, com mais de 500 cães expostos. É a sexta edição da Feira de Caça da Nave, em Alvite, Moimenta da Beira, uma iniciativa que encara esta atividade como elemento cultural (e pedagógico) de uma sociedade cujos adeptos e simpatizantes acreditam que uma boa gestão cinegética contribui para melhorar os ecossistemas, revigorar a economia e também fazer crescer o emprego ligado a esta área desportiva sociocultural e de ócio. A organização é da Associação de Caçadores de Alvite, com o apoio da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, Junta de Freguesia local, Ascop e Valbom SportCaça. Mais informações pelos contactos telefónicos 934 959 447, 934 786 676 ou 934 339 507.

Programa Dia 30 de julho (sábado) 10h00 – Grande Largada de Pombos (inscrições até dia 20 de julho: 967 0720 46) 14h00 – Abertura oficial da Feira 15h30 – Demonstração de caça em voo com aves de rapina 16h00 – Porco no espeto 18h00 – Encerramento da Feira Dia 31 de julho (domingo) 08h00 – Abertura da Feira 08h15 – Inscrições para a prova de cães coelheiros 09h00 – Início da prova de trabalhos de cães coelheiros (Exposição de matilhas de caça maior) 14h00 – Demonstração de caça em voo com aves de rapina 14h30 – Meia-Final da prova de trabalhos de cães coelheiros 16h30 – Final da prova de cães coelheiros 17h30 – Entrega de Prémios 18h30 – Encerramento da Feira

Desporto 13

ENTREGA DE PRÉMIOS DE TÉNIS DE MESA EM SÁTÃO

O Campeonato Distrital de Pares Mistos da ATMDV 2015/2016, organizado pela Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu (ATMDV), do clube filiado Associação Desportiva de Sátão – Secção de Ténis de Mesa e com o apoio do Município de Sátão, decorreu no passado dia 16 de julho de 2016, no Pavilhão Gimnodesportivo de Sátão. Durante a tarde procedeuse à Entrega de Prémios 2015/2016, na modalidade de Ténis de Mesa no Cineteatro Municipal, com a presença de mais de 120 agentes desportivos (atletas, dirigentes e treinadores). Na entrega de prémios participaram: o Presidente do Município de Sátão, Alexandre Vaz; o Presidente da Direção da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa, Pedro Moura; Presidente da Junta de Freguesia de Sátão e do clube filiado AD Sátão; a Vereadora do Desporto da Autarquia de Sátão, Zélia Silva; Vereador do Desporto da Autarquia de Viseu, Guilherme Almeida; Presidente da Direção da ATM Distrito de Viseu, Aquilino Pinto; o Diretor Técnico Distrital da modalidade Sérgio Sousa e o responsável pela secção de Ténis de Mesa da AD Sátão, Carlos Sousa.

CARVALHAIS E CANDAL VENCEU JOGOS SEM FRONTEIRAS A União das Freguesias de Carvalhais e Candal foi a grande vencedora dos Jogos Sem Fronteiras, uma iniciativa da Câmara Municipal que pretende promover o convívio e a prática de atividade física. Após 2 dias de provas cheias de animação, a finalíssima no sábado, dia 16 de julho, contou com a participação das 8 equipas e com grande adesão de público que encheu a plateia desta competição amigável. A classificação final foi a seguinte: 1.º - Carvalhais e Candal, 2.º - Vila Maior, 3.º Pinho, 4.º - Agrupamento de Bombeiros de S. Pedro do Sul, 5.º - Figueiredo de Alva, 6.º - S. Pedro do Sul, Várzea e Baiões, 7.º - Bordonhos e Valadares ex-aequo. A Câmara Municipal agradece o apoio das juntas de freguesia e a todos os participantes pela sua prestação e fair play. Para o ano há mais!


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14 Diversos

Quinta-feira 21/07/2016

Pelotão da Volta descansa em Viseu Viseu é uma das cidades que ao longo dos anos mais tem aplaudido a Volta a Portugal. O município é ponto de paragem da caravana consecutivamente desde 2003. Este ano, na 78ª Volta a Portugal Santander Totta, a cidade recebe o final da 5ª etapa, no dia 1 de agosto, e todas as atividades da jornada de Descanso no dia seguinte. Para o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, “para além da sua dimensão desportiva, a Volta a Portugal é uma montra privilegiada para dar a conhecer o melhor do país. Mais uma vez, Viseu revela-se boa anfitriã e um destino turístico e de eventos com potencialidade por toda a sua história, cultura e património. A “Melhor Cidade para Viver” defende a prática desportiva e incentiva o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo. Para nós, acolher um evento desta magnitude ao longo destes anos é uma mais-valia na estratégia de promoção da cidade”. A 5ª etapa, que vai encerrar a fase inicial da competição, será a mais pequena desta edição, que se corre entre 27 de julho e 7 de agosto, e vai ligar Lamego a Viseu. Depois das sempre complicadas travessias da Serra de São Macário e Arada, a chegada na Avenida da Europa vai acontecer cerca das 17h20. Nessa mesma noite começam as diversas e animadas iniciativas preparadas pela autarquia e pela organização da prova para festejar a presença da Volta em Viseu. Para o Concerto da Volta com David Fonseca que vai atuar no Adro da Sé, às

22 horas, estão já todos convidados. A animação continuará noite fora, a partir das 00h30, na Discoteca NB. Na terça-feira, 2 de agosto, enquanto os profissionais da Volta aproveitam o Dia de Descanso para recuperar forças, realiza-se, em Viseu, a já tradicional “Etapa da Volta” dedicada à vasta comunidade cicloturista. A “Etapa da Volta Via Verde RTP” comemora este ano o décimo aniversário. A partida da 10ª Etapa da Volta acontece às 10 horas. Os cicloturistas têm reservado um percurso de aproximadamente 90 quilómetros, sendo os últimos 20 percorridos em “andamento livre”. Na edição 2016 uma das novidades é o almoço convívio, realizado junto à meta. A Etapa da Volta contará, mais uma vez, com a Classe Vintage, que convida todos os amantes do ciclismo a sair à rua com as bicicletas antigas. Os mais pequenos têm a 3ª Mini Etapa da Volta, uma aventura para crianças entre os 6 e os 13 anos, com partida às 9 horas. As inscrições na prova estão abertas até às 24 horas do dia 26 de julho e poderão ser efetuadas em www.volta-portugal.pt ou no site da Via Verde, onde são englobadas num pacote promocional que inclui jersey oficial, alojamento e descontos em combustível e portagens. Toda a programação da 78ª Volta a Portugal Santander Totta disponível em www.volta-portugal.pt.

CAMPEONATO DE PORTUGAL PRIO – ÉPOCA 2016/2017 “Lusitano inicia temporada no próximo dia 18 de Julho | Jogos de pré-época já definidos” O Lusitano Futebol Clube informa que o plantel sénior, que irá militar pelo quarto ano consecutivo no Campeonato de Portugal PRIO, irá iniciar os trabalhos de pré-temporada no próximo dia 18 de Julho (Segunda-Feira), pelas 19h30, no Estádio dos Trambelos, em Vildemoinhos – Viseu, sob a orientação da equipa técnica liderada pelo técnico Rogério Sousa. No que respeita à pré-época, os Trambelos realizarão 8 jogos de preparação antes do início da competição, agendado para o dia 21 de Agosto. Jogos de Pré-Época agendados: 23/07 – CD Gouveia x Lusitano FC (17h00) – Vila Nova de Tazem 27/07 – Ac. Viseu x Lusitano FC (19h00) – Estádio Municipal, no Fontelo 31/07 – Lusitano FC x Moimenta da Beira (17h00) – Estádio dos Trambelos, Vildemoinhos 06/08 – Lusitano FC x CD Tondela (17h00) – Jogo de Apresentação aos sócios – Estádio dos Trambelos, Vildemoinhos 07/08 – Torneio Triangular (Lusitano FC, Moimenta da Beira e Mortágua) (hora a definir) – Moimenta da Beira 10/08 – Lusitano FC x CD Tondela Juniores A (hora a definir) – Estádio dos Trambelos, Vildemoinhos 14/08 – Lusitano FC x SC Salgueiros (17h00) – Estádio dos Trambelos, Vildemoinhos

TORNEIO QUINTA DO ESCUDIAL

Miguel Silva e Ricardo Leitão Foram mais de meia centena os golfistas que participaram no torneio da Quinta do Escudial e que paralelamente puderam apreciar os medalhados néctares que são produzidos em Seia, na quinta que tem uma área de 6,5 hectares. Possivelmente pela junção de vários fatores positivos (excelência dos greens do Montebelo, ótima temperatura, a boa forma dos executantes e o consumo dos preciosos néctares que fizeram a delícia de todos no bar de campo) os resultados foram de nível elevadíssimo. O luso/americano Ricardo Leitão (venc. 2ª catª), que está entre nós em gozo de férias, foi o mais pontuado com 42 (21+21), seguido da Helena Coelho (venc. 4ª catª) com igual pontuação (23+19), José Ramalheira (1º senior) 40, Carlos Rodrigues (venc. 1ª catª), Jorge Toste e Idalina Cardoso (1ª senhora) todos 39 e Pedro Aguiar (1º convº) 38. Na classificação real, o José Santos alcançou a melhor pontuação (26), conseguindo mais 1 que o Bruno Melo e Carlos Tinoco, mais 2 que o Jorge Toste e mais 3 que o Carlos Rodrigues e o Edgar Batista. O Carlos Graça foi o vencedor da 3ª catª, o Carlos Lopes foi o autor da pancada mais certeira e o João Miranda conseguiu a pancada mais longa. Após o almoço bufett no restaurante do campo, o Engº Miguel Silva (representante da Quinta do Escudial) fez uma breve resenha dos afamados vinhos que produzem, nomeadamente a “colheita selecionada” recentemente medalhado em concurso internacional e as “vinhas velhas” uma “pomada” também medalhada, que foram mais uma vez degustados por todos, enquanto alguns “sortudos” ainda foram contemplados com algumas garrafas na tômbola que encerrou a prova. Álvaro Marreco


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Diversos 15

Quinta-feira 21 /07/2016 Do livro “recortes dos meus dotes” CAPiTUlo Xiiv

“ lEvA ÁGUA PÉ AoS TrABAlHADorES” Verdade, estava mesmo... E depois a água pé servida pela menina tem outro gosto. Ah, ah, mas que é isso. O Senhor Augusto também sabe galantear as raparigas. - Desculpe menina Ana, não foi essa a minha intenção, apenas e tão somente pretendi ser simpático. Naturalmente, jamais poderia ser outra... Augusto ao tentar pegar no garrafão para distribuir a água pé pelos restantes trabalhadores, ficando com o vaso sem liquido na mão, os olhares cruzaram – se desta vez com aparente luminosidade flagrante de Ana Maria que, de novo, o confundiu, mas como quem mal não quer, mal não pensa, Augusto fez um jeito humilde e atabalhoado de agradecimento com certa graciosidade que Ana Maria não deixou de sorrir. No regresso a casa, encontrou o padrinho “ João dos Doutores”. -Oh, Ana Maria foste levar a água pé aos trabalhadores, - Fui sim, são simpáticos, todos me agradeceram - Naturalmente, foi a tua madrinha que te incumbiu dessa tarefa?!. -Foi, sim , padrinho, mas foi com todo o gosto que o faço. Já ontem lá levei, a empregada ficou a fazer outros trabalhos. Pois, está bem...Mas mesmo que sintas

Por Fernando de Abreu

prazer em levar a água pé aos trabalhadores não quero mais que o faças, não gosto de te ver por perto dos trabalhadores. Pronto padrinho, o senhor lá sabe, mas quero dizer – lhe que todos eles me trataram com o máximo respeito e consideração, e, de resto não deixa de me ser agradável por assim me sentir útil distraindo – me ao mesmo tempo. - Deixa lá, sendo assim, faz aquilo que te aprouver. -Não padrinho, se não gosto, jamais lá passarei. -Ainda bem. Assim fico mais sossegado. Já ouviste esta parábola : Livra – te dos ares, que eu te livrarei dos males... Tudo bem, padrinho. Vou – me então livrar dos ares, para não dar a maçada ao padrinho para me livrar dos males...

CAPITULO XV

NO CENTRO HIPICO No Centro Hípico de Viseu havia uma corrida de saltos a contar para o Campeonato Nacional da modalidade, informava Ana Maria à madrinha Rosalina. -Os poucos dias que estou a viver contigo já te começo a conhecer diz, de uma

vez , o que pretendes?!- respondeu a madrinha com um sorriso apelador de uma pontinha de malícia, -A minha amiga Amélia Carriço vai ver provas hípicas e eu como nunca assisti também gostava de ver. Se os padrinhos não se importassem gostava de ir com ela. -Evidente, claro ! Embora não saiba o que o teu padrinho pensa, pode não gostar que saias sem a nossa companhia, mas vais com a Amélia Carriço. Mesmo que não seja do agrado dele, vou dar - lhe volta à cabeça e tu vais. Eu assumo, vai com a tua amiga ver os cavalos aos saltos. - Vai lá com a Amélia, mexe – te! - Obrigada, madrinha é um anjo em bondade... Em Povolide havia um vizinho que tinha uma linda égua e eu adorava vê – lo a cavalo, nunca montei, mas acho que ia gostar... -Bom, não te vás apaixonar pelos cavalos, qualquer dia estás a pedir, ao teu padrinho, para te comprar um cá para a quinta, depois é ver – te andar por aí a galope, em corridas, dizia a madrinha prevendo o desejo da Ana Maria. -Oh, madrinha. Olhe que bem gostava... -Não digo que não, quem sabe se o teu padrinho irá comprar um somente

para te agradar, já que mostras gosto pelos cavalos. -Mas se a prova é durante o dia de hoje e o teu padrinho somente vem à noite como é que eu lhe vou pedir, para tu ires assistir com a Amélia Carriço! Oh, sobrinha, não sei o que te diga.,, -Apenas que me autorizou que fosse com a Amélia Carriço ver a prova de hipismo integrada no programa festivo da Feira de S. Mateus. A madrinha também tem autoridade nesta quinta que aliás é sua herança, respondeu laconicamente. - Pois, tens razão. Mas eu gosto de dividir as decisões com o teu padrinho, é bem melhor quando é ao gosto de ambos. - Então, vê! Não vai dizer que não. - Pois, é minha querida, mas se ele não gostar, depois quem o ouve sou eu. Sabes quanto o teu padrinho é assaz zeloso da sua dignidade e não gostaria que a sobrinha andasse por aí a falarem dela ou a dar nas vistas como moça leviana. - O que? - exclamou Ana Maria, ficando perturbada vivamente. Madrinha é que nem é bom pensar em tal circunstancia, jamais o faria. (continua)

Câmara de Viseu aprova projeto para execução de novo Quartel dos Bombeiros Municipais Executivo aprovou ontem atribuição de Medalhas de Mérito Municipal ao grupo “Os Ribeirinhos” e à Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro A Câmara Municipal de Viseu aprovou ontem, 14 de julho, o projeto base para a construção do novo Quartel dos Bombeiros Municipais de Viseu, a instalar futuramente no Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato, na freguesia de Lordosa. A obra representa um investimento que ascende os 750 mil euros e será candidatada a fundos comunitários, nomeadamente ao Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), até ao final do mês de julho. A aprovação deste projeto é um passo em frente no plano delineado para a requalificação do Aeródromo, que visa concentrar as diversas instituições e meios de Proteção Civil de Viseu neste local, garantindo a correta operacionalidade e otimização de recursos, numa zona estratégica e privilegiada ao nível de acessibilidades. A instalação do novo Quartel na infraestrutura municipal implicará a transfer-

ência da maioria dos efetivos e serviços dos Bombeiros Municipais, sem prejuízo do núcleo urbano de Viseu que será salvaguardado pela presença de um piquete que garantirá a ação rápida e eficaz em áreas fundamentais como o socorro ou os incêndios urbanos. Para o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, “no final deste plano, esperamos ver concentrados todos os meios de Proteção Civil no Aeródromo, garantindo uma otimização de recursos mas também uma coordenação eficaz de todos estes meios”. Simultaneamente, a aprovação deste projeto assume-se decisiva na estratégia de gestão de recursos logísticos definida no Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Viseu, cujo período de consulta pública foi também hoje aprovado e será sujeito à apreciação da comunidade durante 30 dias, após ser publicado no portal web do Município. O plano define os termos e procedimentos de cada uma das instituições de proteção civil em situações de emergência. A Câmara aprovou ainda a atribuição de

Medalhas Municipais de Mérito ao grupo desportivo viseense “Os Ribeirinhos” e à Casa do Distrito de Viseu no Rio de Janeiro, reconhecendo desta forma o trabalho notório de ambas as instituições nas áreas do desporto e cultura, respetivamente, no ano em que estas celebram 50 anos de existência. Ambas as condecorações serão entregues na habitual celebração do Dia do Município, a 21 de setembro. A associação “Os Ribeirinhos” distinguese pelo seu percurso notório e contributo na promoção do desporto, não só a nível da formação de atletas viseenses, mas também na consolidação de modalidades como o atletismo e o running em Viseu. “Este grupo desportivo constitui uma referência histórica indelével na promoção do atletismo em Viseu. Toda essa história e património constituem motivo de afeto e orgulho que todos nós testemunhamos e defendemos”, salienta o Presidente da Câmara. Já a Casa do Distrito de Viseu, no Rio de Janeiro, uma das dez cidades geminadas com Viseu, destaca-se pelo seu papel en-

quanto embaixadora da cidade-região, procurando preserva e divulgar as tradições e valores da região, nomeadamente através do seu Rancho Folclórico, que, desde 1989, é membro efetivo da Federação do Folclore de Portugal. “A presença beirã e viseense no Rio de Janeiro faz parte de nós e é uma jangada para a nossa presença e voz no mundo. Uma jangada cultural, linguística, empresarial e económica”, sublinha Almeida Henriques. Entre as deliberações realizadas, foi também aprovada a celebração do contrato de patrocínio desportivo entre a Podium Events SA. e o Município de Viseu. À semelhança do sucedido no ano de 2014, o contrato de patrocínio abrange os anos de 2016 e 2017 e representa um investimento de 325 mil euros, definindo as condições e termos do Município como patrocinador oficial da Volta a Portugal em Bicicleta, que receberá este ano o dia de descanso da prova e, em 2017, será palco da prova final.


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