Notícias de Viseu - 24 de Junho 2021

Page 1

24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 1

VISEU

cidadefmviseu@gmail.com 102.8 FM

232087050 BUPi chega a Viseu Dão Lafões

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLVI - Nº 2234 - Quinta-feira, 24 de Junho 2021 - Preço: 0,60 € - IVA incluído

O JORNAL NOTÍCIAS CELEBRA HOJE O SEU 46º ANIVERSÁRIO

O projeto Balcão Único do Prédio, também conhecido por BUPi, é uma plataforma eletrónica que, aliada a uma rede de balcões de proximidade, permite a identificação das propriedades de forma simples e gratuita. Sendo um procedimento obrigatório para a realização de escrituras de compra e venda de terrenos ou propriedades, usucapião, permutas ou doações, partilhas e também para a realização de novos registos. Tendo como objetivo possibilitar aos cidadãos identificarem e registarem, gratuitamente, as parcelas de terrenos rústicos e mistos de que são proprietários, este serviço permite, ainda, a consulta, atualização e impressão de informação sobre uma determinada parcela, através da internet, em tempo real.

Município de Viseu investe na melhoria de condições das habitações do Bairro da Balsa

Notícias de Viseu / Complexo CONVENTURISPRESS - Avenida do Convento nº 1 - Orgens - 3510-674 Viseu Norte www.issuu.com/noticias de viseu - publicidade@noticiasdeviseu.com -www.noticiasdeviseu.com; www.facebook.com/noticiasdeviseu


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 2

2 Opinião

24 junho 2021 Quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS detentores de mais de 5% do capital Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Serafim Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de Maio 3500 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7

ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

Opinião....................................... 2 Viseu ......................................... 3 Diversos .................................. 4/5/8 Regional ................................. 6 Saúde........................................ 7

Quinta-feira 24/06/2021

UMA HISTÓRIA DE AMOR Por Humberto Pinho da Silva Vou-vos contar um grande amor, que deu origem a belo livro de poesia, entre portuense e gentil menina mineira, cuja primeira edição veio a lume, em 1792. Apesar do poeta mostrar-se apaixonado pela jovem de dezoito anos, não obstou que viesse a casar com senhora, um pouco boçal, filha de mercador de escravos. Refiro-me a Tomaz Gonzaga, ouvidor de Vila Rica, que participou na conspiração, que ficou conhecida por: “Inconfidência Mineira”, cujo fim era implantar o regime republicano. Movimento revolucionário, que todos os brasileiros conhecem. Será que conhecem? Creio que sim, apesar de alguns factos históricos serem, em quase todas as nações, propositadamente esquecidos ou encobertos. Quem era Tomaz Gonzaga, que muitos julgam ser brasileiro? Nasceu na cidade do Porto, em 1744, filho de brasileiro e de portuense, batizado na igreja de S. Pedro de Miragaia. Consta, o seguinte, no livro de Registos Paroquial, do dia 2 de Setembro do ano de 1744: “Thomaz filho do Licenciado João Bernardo Gonzaga e de Dona Thomazia Isabel Gonzaga, moradores na rua dos Cobertos desta freguezia, nasceo a onze de Agosto de mil sete centos e

quarenta e quatro, e foy por mim baptizado a dous de Setembro do mesmo anno, sendo padrinho o Reverendo Domingos Teyxeyra de Abreu, digo Domingos Ferreyra de Abreu assistente na Cidade de Lisboa; tocou por elle com procuração o Reverendo Licenciado Antonio de Deos Campos Conego Mageatral da Sé desta Cidade; e tocou também o menino o Doutor Desembargador desta rellação João Barrozo Pereyra assistente na rua dos Ferradores, da freguezia de Santo Illdefonço suburbio desta Cidade; forão testemunhas as abaixo comigo assinadas desta mesma freguezia; e por verdade fis este assento, que assiney hera ut supra. O Abbade Manoel da Cruz, O Pº. Raymumdo Darque, Antonio Gomes de Castro” Tomaz Gonzaga (Dirceu) embarcou com o pai, para o Brasil com oito anos. Era ouvidor em Vila Rica (andava pelos 45 anos) quando se apaixonou por delicada menina de 18, rica e órfã: Maria Joaquina Doroteia de Seixas Brandão (Marília). Nos versos que escreveu, versos de amor, deixa a dúvida, a quem os lêrem, que não tinha a certeza da cor dos cabelos de sua amada: umas vezes diz que são pretos; outras vezes louros… Apesar da enorme diferença de idade, parece que havia, entre os

Igreja de S. Pedro de Miragaia, onde foi batizado o poeta Gonzaga.(desenho de Pinho da Silva)

namorados, grande e mutuo afeto. O certo é, que se envolveu na preparação da revolta contra a Monarquia, inspirada nas ideias democratas, que José Joaquim da Maia, difundiu influenciado por ideologias, em voga, nos Estados Unidos. Argumentavam os conspiradores, que a razão eram os demasiados impostos, que a Coroa impunha aos mineiros. Denunciados, foram presos e condenados: uns a prisão; outros à morte. Passava-se isto em 1787-89. A rainha perdoou-lhes a pena capital, comutando-a em degredo, menos ao Tiradentes, como se sabe. Tomaz Gonzaga, depois de pas-

sar pela prisão da ilha da Cobra, no Rio, foi para Moçambique, onde viria a casar com D. Juliana de Sousa Mascarenhas, senhora de abastada fortuna. Do enlace nasceram: a Ana e Alexandre Mascarenhas Gonzaga. Consta que advogou e levou vida abastada. A menina mineira (Marília) ainda o foi visitar – dizem que engravidou, –, que leva a crer que o amor dela era mais sólido. Tomaz Gonzaga (Dirceu) faleceu em 1807. Maria Joaquina (Marília) ainda viveu até 1853, e está sepultada em Ouro Preto. Em 21 de Abril de 1955, foi transladada para o Museu da Inconfidência.,

O QUE FAZ FALTA É DE BOAS MÃES Por Humberto Pinho da Silva O que forma o carácter do homem e o torna cidadão digno, não é a escola, mas a mãe. O escritor Julien green – da Academia Francesa, – aprendeu a recitar, em criança, a: “ Caridade” de S. Paulo e os Samos: 1 e 22. No parecer de sua mãe, eram excelentes, e serviam de base para alicerçar, sólida formação espiritual. Embora a educação da criança se deva a ambos progenitores, é principalmente à mãe, que cabe, quase inteiramente, a árdua e difícil tarefa. É com seu exemplo, a forma como se exprime, e o vocabulário que usa, que os filhos irão beber a base da formação espiritual e até intelectual, que lhes servirá de bitola ao longo da vida. Luís António Verney, em 1746, já recomendava a necessidade das mulheres estudarem. Como futuras mães, deviam ser bem preparadas intelectualmente, visto serem com elas que a criança tem o primeiro contacto. Não só ensinam a língua, como transmitemlhes as primeiras ideias e conceitos. Todos conhecemos a enorme influência de Dona Filipe de Vilhena, na corte e na educação dos filhos. João Ameal, escreveu na sua “ História de Portugal”, que a Rainha modificou num sentido firme e austero a corte. “ (A)

Família Real, a que preside a virtuosa Rainha Dona Filipe de Lencastre, cujo lar é perfeito modelo de amorável e disciplinada harmonia”, fez que a corte soubesse portar-se com verdadeira nobreza. Claro, que devemos aos que conviveram connosco, nos primeiros anos de vida, a nossa educação moral e intelectual. Mas é a mãe, que inculca: modos de ser e estar, que acompanham toda a vida. Eça de Queiroz escreve: “ A educação dos primeiros anos, a mais dominante e que mais

penetra, é feita pela mãe: os grandes princípios, religião, honestidade, bondade, é ela que lhos deposita na alma.” - “Uma Campanha Alegre”. Ao prefaciar o livro: “Snu”, Marcelo Rebelo de Sousa – atual Presidente da Republica” – baseando-se no parecer de psicólogo, lembranos: “ Como somos educados em criança, assim seremos, em larga medida, quando adultos e educadores de outras crianças, os nossos filhos. Ou posto de outro modo, a educação marca de forma apreciável o destino de cada qual”. Eu diria: não só marca o nosso destino, como o destino da própria nação. As mulheres costumam queixar-se da sociedade, e do mau comportamento de muitos homens; todavia deviam, antes, queixarem-se delas próprias, porque não souberam educar, devidamente, os filhos, para serem bons cidadãos. A Pátria, cujas mães sabem educar os filhos moralmente, serão no futuro países, onde haverá: respeito, honradez, honestidade e bemestar. Infelizmente poucas são, que sabem ser MÃES. Que eduquem, a prole, no sentido de serem exemplares cidadãos. O resultado, é o declino moral e cívico da coletividade.


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 3

Viseu 3

Quinta-feira 24/06/2021

Município de Viseu investe na melhoria de condições das habitações do Bairro da Balsa Obras inauguradas, dia 22, centraram-se no comportamento térmico das casas e no incremento da eficiência energética Já terminaram as obras de melhoria da eficiência energética nos edifícios dos blocos A, B e C do Bairro da Balsa, em Viseu. A empreitada, levada a cabo pela Habi-

solvis – Empresa Municipal de Habitação Social de Viseu, representa um investimento de quase 600 mil euros, com o objetivo de melhorar as condições de vida dos habitantes do Bairro da Balsa. Os trabalhos abrangeram três grandes áreas: a envolvente opaca (paredes exteriores), através do fornecimento e aplicação de sistema de isolamento térmico pelo exterior (sistema ETICS), bem

como a pintura exterior dos edifícios; a envolvente envidraçada, com fornecimento e aplicação de nova caixilharia em PVC com melhor desempenho térmico; e os sistemas de iluminação, através da substituição das luminárias existentes nas partes comuns dos edifícios por luminárias LED. “Continuamos a melhorar as

condições habitacionais do nosso edificado, a promover a coesão territorial e a garantir um concelho cada vez mais inclusivo, onde todos, sem exceção, tenham orgulho em viver”, afirmou Conceição Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Viseu. A autarca aproveitou a ocasião para salientar a importância da Estratégia de Habitação Local (ELH) de Viseu, apresentada no início deste ano, e

que que irá beneficiar 916 viseenses em processos de reabilitação, construção ou aquisição de habitação. Das 352 situações identificadas, 268 serão “beneficiários diretos” do programa “1º Direito” e poderão obter diretamente financiamento, num investimento estimado de €11.490.000. Nas restantes 84 situações, será o Município a entidade promotora da solução habitacional, no seguimento do acordo celebrado com o IHRU, ao abrigo do “1º Direito”, num investimento estimado de

€4.720.000. Conceição Azevedo lembrou ainda o investimento realizado pelo Município ao abrigo do programa “Eu gosto do meu bairro”, nomeadamente nos Bairros da

Barrosa, Urbanização Quinta D’El Rei, Bairro da Misericórdia, apoio à

CHEVIS e primeira fase das Mesuras, num valor de cerca de 900.000€. Encontram-se ainda em curso a 2ª. fase das Mesuras, Quinta de S. José, Urbanização Viso

Sul e Bairro de Santa Rita, no valor de 2,5 milhões de euros. “Não posso deixar ainda de referir a reabilitação do Bairro da Cadeia, uma joia da coroa classificado como património municipal, cons truído nos anos 50 e aprovado no PEDU, que representa um investimento de 6,3 milhões de euros”, continua. A ELH de Viseu, durante o seu período de vigência, representará um investimento de aproximadamente 30 milhões de Euros, com o objetivo de dar resposta a situa ções de precariedade habitacional. “É assim que estamos empenhados em concluir a estratégia do Viseu Primeiro e é assim que vemos o desenvolvimento do concelho”, conclui Conceição Azevedo.

BUPi chega a Viseu Dão Lafões Dia 21 de junho, no Cine Teatro Municipal Jaime Gralheiro, em São Pedro do Sul, teve lugar a sessão de apresentação pública do projeto Balcão Único do Prédio - BUPi. Esta sessão, além do Presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Rogério Mota Abrantes, e dos autarcas dos municípios seus associados, contou com a presença do Senhor Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel; da Senhora Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno; e ainda de Pedro Tavares, Coordenador Geral da Estrutura de Missão para a Expansão do Sistema de Informação Cadastral Simplificado. O projeto Balcão Único do Prédio, também conhecido por BUPi, é uma plataforma eletrónica que, aliada a uma rede de balcões de proximidade, permite a identificação das propriedades de forma

simples e gratuita. Sendo um procedimento obrigatório para a realização de escrituras de compra e venda de terrenos ou propriedades, usucapião, permutas ou doações, partilhas e também para a realização de novos registos. Tendo como objetivo possibilitar aos cidadãos identificarem e registarem, gratuitamente, as parcelas de terrenos rústicos e mistos de que são proprietários, este serviço permite, ainda, a consulta, atualização e impressão de informação sobre uma determinada parcela, através da internet, em tempo real. A partir do próximo dia 28 de junho, entram em funcionamento Balcões Únicos do Prédio nos catorze municípios associados da CIM Viseu Dão Lafões. Encontrando-se a decorrer a constituição e preparação de 17 equipas móveis, que percorrerão o território da região durante o projeto, estabelecendo, de forma iti-

nerante, nas freguesias e nos seus povoados, postos de atendimento BUPi, garantindo o acesso de todos ao registo das suas propriedades. Este projeto resulta de uma candidatura, apresentada pela CIM Viseu Dão Lafões, ao Programa operacional CENTRO 2020, com vista à implementação de um Sistema de Informação Cadastral Simplificado na Região Viseu Dão Lafões, num investimento global superior a 2,3 Milhões de euros. Para o Presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Rogério Mota Abrantes, “Com a disponibilização dos balcões BUPi, em todos os municípios desta comunidade, a região ganha uma nova ferramenta de gestão e planeamento territorial ao mesmo tempo que, através da identificação de proprietários, se podem reforçar as medidas de defesa da floresta e proteção de populações contra incêndios”. Segundo o Secretário de Estado do Desenvolvimento Re

gional, Carlos Miguel, "Quero enaltecer este esforço, que não é novo na CIM Viseu Dão Lafões, de todos os municípios se juntarem para tornarem o território mais forte.

Fiquei muito satisfeito em saber que estão preparados 14 balcões, mas, essencialmente, por saber que preparam 17 balcões móveis".


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 4

Viseu 4

Quinta-feira 24/06/2021

Cavalhadas de Vildemoinhos cumprem tradição na capela e homenageiam Almeida Henriques Uma semana de festejos marca o São João em Vildemoinhos, em Viseu, em mais um ano sem arraial, mas com o cumprimento da promessa dos cavalos na capela e com uma homenagem, no Rossio, a António Almeida Henriques. “Este ano é muito mais que o cumprimento da promessa. Em 2021 voltamos a não poder levar à cidade os carros e grupos nas tradicionais Cavalhadas de Vildemoinhos, mas no grande dia, de São João, mantemos o cumprimento da promessa com os cavalos e a charrete a dar volta à capela de São João da Carreira”, disse a res ponsável pela comunicação da comissão das festas. Anabela Abreu explicou à agência Lusa que, “no regresso da capela, vai haver uma paragem no Rossio [Praça da República] para prestar uma homenagem a Viseu Cidade Jardim e também ao doutor Almeida Henriques”, presidente da Câmara de Viseu que morreu em abril deste ano vítima de covid-19. António Almeida Henriques “muito se orgulhava e gostava das Cavalhadas de Vildemoinhos e também por isso há no Rossio [no centro da cidade de Viseu] uma árvore vestida toda de branco em homenagem à cidade, mas também em homenagem e memória” do presidente do município, sublinhou. Esta responsável referiu que “a ida à capela será nos mesmos moldes” da edição de 2020 das Cavalhadas de Vildemoinhos, ou seja, vai ser transmitida nas páginas da Internet, através do Facebook e do Youtube, e haverá convidados a falar da tradição e do tema deste ano das festas.

“Vildemoinhos Aldeia Jardim” e, por isso, “tudo foi preparado neste sentido de ajardinar” os festejos do santo popular.“No Rossio já está instalada, e vai ficar toda a semana, uma peça que foi construída para aquele espaço. É uma peça artística que tem nove metros de largura por três de altura, alusiva ao tema”, disse. Além do Rossio, “há mais de 200 árvores desde a Rotunda Carlos Lopes até Vildmeoinhos e por toda a aldeia, que estão vestidas de rendas e flores, porque já que não se podiam colocar nos carros, por falta de desfile, então foram para as árvores”. “Com a colaboração de milhares de pessoas que nos doaram as suas rendas, os seus crochés, os seus tecidos, as suas linhas, colocámos toda esta decoração na rua e, mais do que as rendas ou tecidos, é a história que lá está. Cada peça é uma história de quem as tinha, muitas estavam arrumadas em malas”, revelou. Ainda assim, explicou Anabela Abreu, Vildemoinhos “não está só de árvores vestidas, está também cheia de cor e luz, apesar de não haver arraial, vai ser assim toda a semana, para que as pessoas possam visitar” a aldeia viseense que celebra, este ano, 369 Cavalhadas em dia de São João. Temos esplanadas para quem quiser comer sardinha, mas não há arraial, nem queima do pinheiro. Haverá uso obrigatório de máscara e o distanciamento obrigatório. Segurança acima de tudo, mas também queremos que nos visitem de dia ou de noite e têm uma semana para o fazer e para verem o quão orgulhosamente ‘trambelos’ nós somos”, de-

“Dê Troco a Quem Precisa” para a Emergência abem: COVID-19 nas farmácias aderentes do Distrito de Viseu Pelo quinto ano consecutivo, a Associação Dignitude vai dinamizar a campanha de angariação de fundos “Dê Troco a Quem Precisa”, a decorrer nas farmácias aderentes do Distrito de Viseu até 29 de junho. A iniciativa convida os portugueses a doar o troco das compras realizadas nas farmácias à Emergência abem: COVID-19, para ajudar as pessoas mais vulneráveis devido à pandemia. Os donativos recolhidos serão integralmente aplicados no acesso a medicamentos, produtos e serviços de saúde para quem mais precisa. A Emergência abem: COVID-19 foi lançada em março de 2020 e já presta apoio a mais de 1.400 portugueses referenciados por entidades parceiras locais, de que fazem parte Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Instituições Particulares de Solidariedade Social, Cáritas e Misericórdias. Maria José Coelho, Vereadora da Ação Social da Câmara Municipal de Mangualde, refere: «A pandemia teve um impacto sem precedentes na vida das pessoas ultrapassando as consequências sanitárias. As medidas de contenção e o Estado de Emergência que atravessámos tiveram um forte impacto nas vivências das pessoas e criaram fortes desigualdades, sobretudo daquelas que se encontram já numa situação vulnerável. O Programa abem: em parceria com o município ajudou a minimizar essas diferenças na área da saúde. O trabalho em rede é um dos princípios e vetores estratégicos de atuação da atividade da Câmara Municipal de Mangualde. Partimos desta ideia fundamental para criar a sinergia com a Associação Dignitude, estabelecendo-se assim, a parceria que ajudou significativamente a promoção da qualidade de vida e o bem-estar da comunidade e o bem comum.» «Este é um tempo de união, de demons trarmos que a solidariedade vence o medo e a incerteza. As Farmácias aderentes do dis-

trito de Viseu estão a ajudar a Dignitude a levar saúde a quem mais precisa ao participarem na Campanha Dê Troco a Quem Precisa», conta Augusto Meneses, farmacêutico. Além da campanha, é ainda possível apoiar esta iniciativa através de: - Transferência bancária para o IBAN: PT50 0036 0000 9910 5930 0855 9 - Via MBWAY: 932 440 068 Os doadores podem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para geral@dignitude.org, para que lhes seja enviado o recibo de donativo. Esta é uma iniciativa apoiada pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia. Farmácia Batista Ramalho Armamar Farmácia Faure Nelas Farmácia Marques Viseu Farmácia Moderna Viseu Farmácia Portugal Viseu Farmácia Silveira Penalva do Castelo Farmácia Tavares São João da Pesqueira

Centro histórico de Viseu sem carros ao fim de semana

A tradição dos cavalos prende-se com uma promessa que tem por base uma luta de água, “disputa essa que os moleiros de Vildemoinhos ganharam e, para agradecer a intervenção divina, ficou a promessa de todos os anos ir a São João da Carreira” dar três voltas à capela. “Viseu Cidade Jardim” é o tema que a Câmara Municipal de Viseu lançou em janeiro para o ano de 2021 e, Vildemoinhos rebatizou o São João deste ano de

safiou. Anabela Abreu disse que a aldeia “está toda ela bem festiva, com as casas e as ruas alusivas ao tema e ao São João”, e assim “tudo ficará, pelo menos, até ao próximo domingo, precisamente para evitar aglomerações” e, também por isso, a organização “apela ao máximo de responsabilidade e civismo” por parte de todos quantos visitem Vildmeoinhos.

Até 21 de setembro, o trânsito estará cortado às sextas-feiras e sábados, entre as 16:00 e as 23:30, e aos domingos, entre as 15:00 e as 19:00. A autarquia lembra que, com o arranque da iniciativa Verão na Cidade-Jardim, o centro histórico "será um dos palcos privilegiados desta estação para acolher uma programação multidisciplinar, especialmente preparada para todos os públicos". "À boleia desta iniciativa, mas também procurando desincentivar o uso do automóvel na zona antiga da cidade, o município de Viseu renova o convite a viseenses, visitantes e turistas para usufruírem em pleno das ruas e praças, num ambiente seguro, sem carros e propício a uma circulação a pé ou em bicicleta, mais confortável e

amiga do ambiente", acrescenta. Segundo a autarquia, "a Polícia Municipal de Viseu será responsável pela realização dos respetivos cortes de trânsito, acompanhando e prestando apoio no terreno". Esta interdição abrange os principais acessos à zona antiga, nomeadamente no início da Rua dos Combatentes da Grande Guerra e no entroncamento da Travessa da Misericórdia com o Adro da Sé, mantendose a circulação pela Calçada da Vigia. Durante os horários de culto e cerimónias religiosas realizadas na Sé de Viseu ou na Igreja da Misericórdia, o acesso ao adro será permitido pela Travessa da Misericórdia.


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 5

5 Regional

Quinta-feira 24/06/2021

Licenciatura em Engenharia Aeroespacial estreia-se na Universidade de Aveiro A Universidade de Aveiro (UA) vai estrear no próximo ano letivo a Licenciatura em Engenharia Aeroespacial (LEAE). A nova formação quer apanhar a nave espacial da atual corrida ao espaço. Como impulso, o curso da UA combina ciências de base e de espectro largo ao nível das ciências da especialidade para formar engenheiros a nível superior, capazes de desempenhar funções de planeamento e projeto não só nas áreas da aeronáutica como também em outras áreas das engenharias. A conquista espacial renasceu recentemente com o lançamento de sondas em Marte, na Lua e na exploração de cometas. A par destes empreendimentos, também os recentes lançamentos de grandes constelações de satélites para comunicações digitais, para observação da terra e correspondentes alterações climáticas, assim como de deteção de detritos espaciais, espoletaram uma nova corrida aos sistemas aeroespaciais. Nesse sentido, a UA associou diversos departamentos de reconhecida qualidade no ensino da Engenharia para criar a Licenciatura em Engenharia Aeroespacial, que se iniciará no próximo outubro e cujos interessados poderão aceder através do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior. Através de uma formação consistente ao nível das ciências da matemática, física, mecânica, materiais, eletrónica e informática, o novo curso quer dotar os respetivos diplomados de uma maior flexibilidade e visão de conjunto sobre a área profissional a que se destina. Projetar, construir ou personalizar sistemas adequados ao ambiente aeroespacial hostil ou, mesmo em terra, destinados a interagir com o setor aeronáutico espacial, será um dos mandamentos da LEAE. Percurso flexível e ajustado a cada estudante O objetivo principal do curso é oferecer aos estudantes as competências para o pro-

jeto estrutural de componentes e artefactos para aplicações aeronáuticas e aeroespaciais tais como, por exemplo, sistemas de satélites, instrumentos e estruturas espaciais, equipamentos de controlo, sistemas de propulsão, sistemas de sensores e dispositivos, serviços de telecomunicações, de navegação, meteorológicos ou ambientais. Nesse sentido, o curso possui quatro minors que cobrem estas diferentes áreas, nomeadamente minor em Satélites de Telecomunicações, minor em Sensores e Serviços de Comunicação, Imagem e Relações Públicas Dispositivos, minor em Projeto em Estruturas Aeroespaciais e minor em Design e Manufatura. Estes minors, em conjunto com as unidades curriculares de Competências Transferíveis, vão permitir uma flexibilização de percursos formativos ajustados aos interesses de cada estudante. Os responsáveis pelo curso garantem que o nível da formação permitirá um percurso profissional (empresarial, na academia, em centros de investigação ou em empresas de base tecnológica) em qualquer ponto do mundo. Para quem optar por um percurso académico no final da LEAE, as competências e saberes apreendidos durante a formação fornecerão bases sólidas que permitirão aos estudantes seguirem formações pós-graduadas, em Portugal ou no estrangeiro, nas áreas aeronáutica e aeroespacial, mas também em outras áreas de engenharia.

Visita dialogada à exposição “Sístole No âmbito da exposição “Sístole | Diástole”, o Museu de Lamego promove no próximo dia 03 de julho, pelas 16h00, uma visita dialogada por Filipe Carneiro, médico cirurgião cardiotorácico do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e autor das fotografias, e com a participação especial de Sónia Exposto e Alexandre Hoffmann Castela, do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro. Patente ao público até dia 4 de julho de 2021, a exposição de Filipe Carneiro tem como objeto o hospital onde trabalha como cirurgião cardiotorácico. “O hospital é para cada um de nós um lugar de temor(es) e (in)quietudes porque por natureza o doente está despojado de tudo quanto é para além do corpo vulnerável. Tememos o lugar onde a linha da vida e da morte se desenha de forma mais radical, o lugar onde se tecem contingências e incertezas. Filipe Carneiro não tem a pretensão de documentar a vida do seu hospital ou do seu serviço. As suas fotografias inscrevem, registam os quotidianos daqueles que lidam com a falha, a falência, a rutura, a incompletude, a dor, a doença. E a imagem que o fotógrafo nos devolve é a de um corpo dentro de um corpo maior que é a cidade e como corpo, e como sistema, é feito de componentes que interagem entre si, que se implicam, se complementam, se integram” (Manuela Matos Monteiro). FILIPE CARNEIRO é minhoto, médico cirurgião cardiotorácico no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e fotógrafo amador. Fotografa o mundo e as pessoas desde há muito, procurando através de cursos de fotografia aperfeiçoar a sua técnica de captura da realidade. Tem participado em exposições coletivas e realizado exposições individuais. Tem trabalhos selecionados na Galeria

publicação anual sem fins lucrativos. SÓNIA MARIA REIS CONCEIÇÃO MARTINS EXPOSTO nasceu em Matosinhos em 1972. Licenciou-se em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar em 1996. Concluiu o Internato Complementar de Cirurgia Geral no Hospital de Faro em 2005, tendo tomado posse como Assistente Hospitalar no Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro em 2007 e nomeada Adjunta da Direção Clínica desde 2010. Acumula funções no Instituto Nacional de Emergência Médica até à atualidade. Assistente Hospitalar Graduada desde 2016. ALEXANDRE HOFFMANN CASTELA licenciou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra em 1981. Ao longo da sua vida tem desenvolvido uma intensa participação cívica. Iniciou a sua carreira profissional em janeiro de 1982 no Hospital Distrital da Figueira da Foz onde esteve até 1985 como policlínico. Entrou para o Internato Complementar de Cirurgia Geral em outubro de 1985 no então Hospital Distrital de Lamego, hoje parte integrante do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro. Terminou a especialidade em outubro de 1991. Obteve o grau de consultor da carreira hospitalar de cirurgia geral em 1998 e em 2003 chega a assistente graduado sénior. Desempenhou funções de orientador de internato, diretor de serviço e diretor clínico, entre outros. Atualmente é diretor adjunto do serviço de cirurgia do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro e é responsável pela formação cirúrgica em Lamego. Desempenhou a sua atividade sempre no Serviço Nacional de Saúde do qual se orgulha de fazer parte.

Presidente do Politécnico de Viseu é eleito a 29 de junho João Luís Monney de Sá Paiva e José dos Santos Costa são candidatos à presidência da instituição para o quadriénio 2017/2021. A Comissão Eleitoral do Politécnico de Viseu (PV) anunciou que foram aceites as candidaturas de João Luís Monney de Sá Paiva e José dos Santos Costa, ambos docentes do PV. O Conselho Geral da instituição reúne agora no dia 29 de junho, tendo como ponto único da ordem de trabalhos a eleição do Presidente do PV para o quadriénio 2017/2021. O processo prevê a audição pública dos candidatos, onde efe-tuarão a apresentação dos seus programas de ação, seguindo-se um período de esclarecimento e, finalmente, a votação.

No ato eleitoral participam os 30 membros que constituem o Conselho Geral do PV. 21 elementos internos, dos quais 16 são representantes dos professores: João Vinhas, Emília Coutinho, Cristina Azevedo Gomes, Manuela Ferreira, José Costa, Ana Paula Cardoso, António Monteiro, Cristina Barroco, José Bastos, Miguel Mota, Dulcineia Wessel, João Paulo Balula, Ana Branca Carvalho, Helena Vala, Paulo Costeira e Carlos Albuquerque; aos quais se juntam cinco representantes dos estudantes: Bruno Faria, Ana Pinto, Maria Inês Silva, Bruno Gomes e Beatriz Vouga.

FineArt-Portugal, no banco de imagens Fotolia, na rede social Eyeem e no “myspace.com”;. Várias imagens da sua autoria integram revistas e livros. É membro do grupo Novos Primitivos – Fotografia Química e do Photobook Club do Porto. É fundador da revista PELIKULA (www.issuu.com/ pelikularevista), uma

A inscrição é gratuita, mas obrigatória. Devido ao atual contexto de pandemia, a visita realiza-se com um limite máximo de 25 participantes. Formulário de inscrição: https://bit.ly/SistoleDiastole_Visita_FormularioInscricao


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 6

Cultura 6

Quinta-feira 24/06/2021

"Mentira a Quanto Obrigas" Espetáculo de rua O Teatro do Montemuro vai estrear o novo espetáculo "Mentira a Quanto Obrigas", conta-nos uma história cheia de mentiras e de cantigas. A estreia acontecerá em frente à Câmara Municipal de Sátão no dia 25 de junho pelas 21h30. SINOPSE Francisco gostava de caçar, de andar pela serra, entre as fragas e o mato. Chegava mesmo a falar com os passarinhos. António era um sonhador, um poeta. Gostava de pescar e chegava a falar com os peixes. Tinham duas coisas em comum: eram irmãos e eram pastores. Tinham tudo para ser felizes: o ar puro, a natureza, a frugalidade, as vacas e o amor das ninfas das fontes. Tudo, não, quase tudo, porque muitas vezes faltava-lhes a rede no telemóvel. Um dia, o pai disse-lhes: esta casa e tudo isto que a vossa vista alcança é terra nossa e será vossa um dia. Era mentira, claro. O pai já estava muito velhinho, mas eles acreditaram, porque toda a gente acredita naquilo que gosta de acreditar. E desta mentira original mais e maiores mentiras nasceram. EQUIPA Texto José Carretas Encenação Paulo Duarte Cenografia e figurinos Ana Limpinho Direção Musical Ana Bento Interpretação Abel Duarte, Carlos Adolfo, Eduardo Correia, Maria Teresa Barbosa e Sandra Barreto Desenho de Luz Paulo Duarte Direção de Cena Abel Duarte Direção de produção e comunicação Paula Teixeira Costureiras Capuchinhas Crl e Maria do Carmo Félix

Construção de cenários e operação técnica Carlos Cal Assistência à construção de cenários e figurinos Maria Conceição Almeida Assistência de produção e comunicação Marta de Baptista Fotografia e Vídeo Lionel Balteiro AGENDA DA DIGRESSÃO JUNHO 2021 25 de junho - Sátão 26 de junho - Termas do Carvalhal [Castro Daire] 27 de junho - Castro Daire [Bairro do Castelo] JULHO 2021 2 de julho – Grândola 8 de julho – Coimbra 9 de julho – Ponte de Lima 10 de julho - Vouzela 11 de julho - Oliveira de Frades 15 de julho - Aguiar da Beira 16 de julho – Cabril [Castro Daire] 17 de julho – Centro histórico de Viseu [Viseu Cultura] 18 de julho – Mangualde 21 de julho - Carregal do Sal 22 de julho – Moita [Castro Daire] 23 de julho – Reriz [Castro Daire] 24 de julho – Mões [Castro Daire] 25 de julho – Torres Vedras 28 de julho - Penalva do Castelo 29 de julho - São Pedro do Sul 30 de julho – Farejinhas [Castro Daire] 31 de julho – Vila Nova de Paiva AGOSTO 2021 1 de agosto - Parque Aquilino Ribeiro [Viseu Cultura]

Rede Itinerante Cultural do Interior Entra em Cena Acaba de ser lançado um desafio a todos os que estejam interessados em explorar a criatividade e a veia artística nos 7 municípios que constituem a nova Rede Itinerante de Cultura do Interior, projeto que irá levar a vários espaços identitários e de forte componente patrimonial cultural e histórica, dezenas de espetáculos de dança, teatro de artes circenses. Estão abertas as inscrições para a realização de workshops criativos a todos os que estejam interessados em experimentar novos ‘voos’ na área do teatro e outras artes. Basta enviar um email para o município onde pretende realizar o workshop. Estas ações irão acontecer nos municípios que compõem a Rede Interior – Arte e Cultura em Rede: Belmonte (de 16 a 20 de agosto), Covilhã (28 de junho a 2 de julho), Fornos de Algodres (26 a 30 de julho), Fundão (9 a 13 de agosto), Gouveia (5 a 9 de julho), Manteigas (12 a 17 de julho), Seia (19 a 23 de julho). Os candidatos poderão descobrir um potencial artístico esquecido ou nunca

antes explorado. Nestes workshops, os interessados terão a oportunidade de explorar e experimentar novas técnicas e formas de arte teatral e ainda ajudar na produção dos vários espetáculos da Rede Interior, coordenados pela companhia profissional da Covilhã – ASTA. Será entre castelos, anfiteatros ao ar livre, jardins, escadarias, teatros, praças e largos em Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia que várias estruturas artísticas, coordenadas pela companhia profissional da Covilhã – ASTA, juntamente com estes 7 municípios, levam a cena espetáculos de dança, teatro e artes circenses com entrada gratuita. O primeiro espetáculo, “Cântico Negro”, acontece já a 1 de julho (quintafeira) no mercado municipal da Covilhã pelas 21h30. Os restantes espetáculos decorem durante todo o mês de julho e agosto nos sete municípios da rede. 2 3

AFTA - ASSOCIAÇÃO DE FOMENTO DE TEATRO AMADOR A AFTA apresenta Cal do amor e outras enfermidades, a partir da obra Cal de José Luís Peixoto, no dia 26 de junho, pelas 19:00 no Museu Nacional Grão Vasco.

idosos. Fala do tempo e da solidão que ela traz, da placidez aparente, carregada de uma tensão provocada pela espera; uma espera que também é a da morte, da tomada de consciência, mas também de

Cal do amor e outras enfermidades é uma peça de teatro inspirada na obra Cal do escritor José Luís Peixoto, onde oito atores encarnam diferentes personagens, umas mais presentes que outras, mas todas elas relacionadas entre si através da amizade, através de laços familiares ou relações amorosas, ancorados num espaço rural e na vivência e memória dos

rejuvenescimento provocado pelo amor e pela aceitação tranquila de que é tempo de deixar ir o corpo. No centro da ação, está Olga, uma mulher vítima da doença de Alzheimer e das consequentes alterações no seu comportamento, na sua personalidade e na realização das suas atividades de vida diária.

Peça de Teatro “13” na Moagem No âmbito da iniciativa “Há Teatro na Moagem”, irá realizar-se, no dia 25 de junho, sexta-feira, às 21h30, no auditório d’A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, no Fundão, a peça de teatro “13”, da Peripécia Teatro CRL. Um espetáculo com excertos de Fernando Pessoa, José Luís Peixoto e testemunhos da época. “Há 13 anos que três crianças (um pouco grandotas) começaram, por iniciativa própria, uma via um pouco sacra na procura da liberdade criativa que lhes permitisse rir e pensar através da Arte. Há 100 anos que três crianças (mesmo crianças) começaram, sem quererem, uma estória que viria a mudar a História dum país e, mais importante ainda, a história das suas próprias vidas. Tudo para pior. 13 anos depois o caminho continua… Pouco católico. 100 anos depois o caminho continua. Muito”. Esta peça, para maiores de 12 anos, tem produção executiva de Sara Casal; direção de José Carlos Garcia; interpretação de Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho; iluminação de Paulo Neto; fotografia de cena de Carlos Teles; design grá-

fico de Zétavares; assessoria de imprensa de Eduarda Freitas; montagem e operação de luz e som de Nuno Tomás. “Há Teatro na Moagem” é um espaço de programação e acolhimento de estruturas teatrais no espaço d’ A Moagem, desenvolvido em parceria entre o Município do Fundão e a ESTE – Estação Teatral, que proporciona ao público a oportunidade de usufruir de espetáculos de outras companhias nacionais e internacionais. Esta iniciativa irá decorrer de acordo com todas as indicações da Direção-Geral de Saúde. Os bilhetes poderão ser adquiridos n' A Moagem e terão o custo de seis euros para o público em geral. Para os jovens até 29 anos e maiores de 65 anos o preço do bilhete será de quatro euros e para grupos com mais de quatro elementos o preço do bilhete será de três euros, mediante reserva prévia. Reserve o seu bilhete através do email bilheteira.cultura .cmfundao @gmail.com ou do contacto telefónico 275 773 032.


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 7

Saúde 7

Quinta-feira 24/06/2021

Mochilas, telemóveis e outros mitos sobre escoliose que é necessário esclarecer A propósito do Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose, que este ano se assinala no dia 26 de junho, a campanha “Josephine Explica a Escoliose” desfaz nove mitos associados a esta patologia. A campanha alerta ainda para o impacto a longo prazo que esta deformidade, que não pode ser menosprezada, pode ter na vida de

tarismo tenha várias implicações no que respeita à saúde da sua coluna, passar muito tempo sentado não tem implicações específicas no surgimento da escoliose. Mito 4 – Passar demasiado tempo a mexer no telemóvel pode provocar escoliose: Quando utilizamos o nosso

da escoliose. Mito 8 - Todas as pessoas com escoliose precisam de ser tratadas: A escoliose pode afetar 2 a 3% das crianças e jovens, mas são menos de 1% os casos que necessitam de tratamento, uma vez que a observação pode ser uma opção para curvaturas menores.

Drª. M. Lurdes Botelho CL˝NICA GERAL E DOMIC˝LIOS

Policl nica Sr“ da Saœde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)

Telefones: 232 181 205 / 967 003 823

ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO MÉDICOS DENTISTAS uma criança. “A escoliose é uma doença com um grande impacto na autoestima das crianças, uma vez que provoca uma deformidade visível em forma de ‘S’ na coluna, estando por vezes associada a uma verdadeira bossa do tórax (‘corcunda’). Como tal, é crucial estarmos atentos aos primeiros sinais desde cedo, facilitando a realização de um diagnóstico precoce, fundamental para o sucesso e a eficácia dos tratamentos”, explica o ortopedista pediátrico João Lameiras Campagnolo, coordenador da Campanha “Josephine Explica a Escoliose”. Mais de 70% dos casos de escoliose não apresentam nenhuma causa conhecida, no entanto, existem várias crenças erradas à volta das suas causas, bem como dos sintomas e tratamentos. Conheça os principais mitos associados a esta doença: Mito 1 – O peso das mochilas é uma das causas da escoliose: Quando se conhece a sua origem, a escoliose está geralmente relacionada com uma doença subjacente, com fatores genéticos e hereditários. Como tal, embora a causa da escoliose permaneça desconhecida, o seu desenvolvimento não tem sido relacionado com o uso de mochilas ou ao transporte de malas pesadas. Mito 2 - A escoliose pode ser causada por uma má alimentação: Sabe-se que esta doença não é causada por uma má alimentação. No entanto e embora não corrija a escoliose, manter um peso corporal adequado através de uma alimentação saudável e da prática regular de exercício físico é fundamental para a saúde, ajudando também a prevenir o surgimento de dores nas costas. Mito 3 - Estar muito tempo sentado provoca escoliose: Embora o seden-

telemóvel, temos a tendência de olhar para a frente e para baixo, a chamada “posição SMS”, levando a um aumento da pressão no pescoço. Apesar de se poder traduzir em problemas posturais e musculares, contribuindo para o surgimento de dores, a escoliose não é desencadeada pelo excesso de tempo passado a utilizar o telemóvel.

Mito 9 - A escoliose impede as mulheres de terem filhos: Mulheres com escoliose podem ter filhos. No entanto, se possuírem, por exemplo, doenças genéticas ou tumores é importante haver uma apreciação prévia para avaliar a saúde da mulher e os riscos do bebé, devendo haver uma avaliação caso a caso.

Mito 5 - Esta é uma doença que provoca dor: Contrariamente a uma ideia que é comum, geralmente, esta doença não provoca dor. As dores nas costas podem dever-se a vários fatores, como a adoção de posturas incorretas, o transporte de malas muito pesadas ou lesões, e não necessariamente à deformidade da coluna.

A escoliose é a principal deformidade da coluna em crianças e adolescentes, mas também pode manifestar-se numa fase adulta. É uma doença que pode ter várias causas, mas na maior parte das vezes (70-80%) estas não são conhecidas, sendo designada de escoliose “idiopática”. Como referido, esta doença é mais comum a partir dos 10 anos, uma idade crítica no desenvolvimento das crianças (perto do início da adolescência, durante a qual o crescimento evolui muito rapidamente), sendo crucial que os pais e os educadores estejam atentos aos primeiros sinais de alerta, procurando ajuda junto do médico de família ou do pediatra de forma a chegar a um diagnóstico precoce. A existência de uma diferença de altura entre os ombros, o descair de um dos lados da cintura ou a identificação de uma proeminência da caixa torácica (quando a criança dobra o tronco para diante) são alguns dos sinais a ter em conta. Esta patologia, em função da sua gravidade, pode ter um grande impacto na vida do doente. Formas mais leves de escoliose podem causar um leve desconforto. Nas formas intermédias, acrescenta-se uma diminuição da autoestima (uma vez que possui uma deformidade visível aos olhos dos outros). Nas formas mais graves de escoliose podemos ter dores crónicas, órgãos internos afetados pela diminuição de espaço ou até a diminuição da esperança média de vida.

Mito 6 - É na infância que todos os tipos de escoliose se manifestam: Embora seja frequentemente observada em crianças, a escoliose pode manifestar-se em qualquer idade, sendo mais comum a partir dos 10 anos. A partir desta idade, na maior parte das vezes, não é possível determinar o motivo do desvio da coluna. Antes desta idade, a escoliose apresenta mais frequentemente causas conhecidas, como malformações congénitas da coluna e doenças neurológicas. Mito 7 - A escoliose tem cura: Esta é uma doença que não tem cura, exceto em raros casos de resolução espontânea na infância precoce. No entanto, existem formas de acompanhar e corrigir a deformidade da coluna vertebral. As opções de tratamento da escoliose podem incluir o uso de colete de correção, em casos menos graves, ou a cirurgia à coluna, nos casos mais graves ou nos casos de curvas que não responderam como esperado a um tratamento conservador. Um diagnóstico precoce contribui para que haja um acompanhamento e tratamento adequados, com evolução menos grave

NOVOS PROTOCOLOS ADSE ( GNR - PSP )

Consultas de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30; e das 14h30 às 19h. Consultório: Rua 21 de Agosto Centro Comercial “Happy Dream” - 3510 VISEU Telefone: 232 435 141 / 917 264 605 Urgências: 917 882 961

DR. ADELINO BOTELHO Chefe de Serviço de Clínica Geral

Consultório Clínica de S. Cosme Clínica Geral e Domicílios Tel: 232 435 535 - 963 309 407 Praça de Goa - 3510-085 VISEU

Martha Santos GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA ECOGRAFIAS

CONSULTAS: SEGUNDAS E QUINTAS, DAS 14H ÀS 20H Rua Miguel Bombarda, nº 66, Sala BU - 1º - VISEU Telefone: 232 426 695


24 de Junho 2021:Layout 1 23/06/2021 08:52 Page 8

Complexo CONVENTURISPRESS Avenida do Convento nº 1 - Orgens 3510-674 Viseu Norte email: geral@noticiasdeviseu.com publicidade@noticiasdeviseu.com

2234

Lendas, mitos e histórias de Tabuaço Lendas, mitos e histórias de Tabuaço é a mais recente exposição do Museu do Imaginário Duriense. Da autoria de Gustavo de Almeida a exibição retrata o imaginário do concelho e permanece até Outubro de 2021. O Museu do Imaginário Duriense é palco para a exposição das telas de Gustavo De Almeida

um dos mais entusiastas e proeminentes historiadores do património local e regional. As 38 telas aguareladas são, nas palavras do artista, “uma forma de o visitante melhor apreender os traços da identidade cultural que diferenciam as gentes de Tabuaço, as suas terras e os seus patrimónios dos outros municípios”.

No percurso que o visitante é convidado a fazer pelas várias ilustrações, que narram lendas como a da Princesa Ardínia, mitos de moiras encantadas e lobisomens ou fatos históricos como o terrível incêndio que assolou S. Pedro das Águias, Gustavo de Almeida tenta retratar e defender que a identidade de um povo é, nos dias de

hoje, melhor reconhecida enquanto património cultural se ao património edificado for associado a componente do imaterial. De mitos, a lendas e histórias verdadeiras que abrangem todas as freguesias e lugares do Concelho de Tabuaço, a exposição estará patente até 16 de Outubro de 2021.

PAN quer plano nacional para pôr fim do acorrentamento de animais de companhia Nenhum animal de companhia pode ser permanentemente acorrentado ou amarrado. Esta é a proposta do Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza, que deu hoje entrada de um projeto de lei que visa regular o acorrentamento e o alojamento em varandas e espaços afins dos animais de companhia, defendendo a criação de um Plano Nacional de Desacorrentamento. Não obstante as alterações legislativas que se têm registado em matéria de proteção e de bemestar animal desde 2001 - ano em que foram fixadas em diploma as condições de detenção e de alojamento dos animais de companhia - “são inúmeras as denúncias que existem, por todo o país, de animais que vivem permanentemente acorrentados, sem condições de alojamento, com impactos muito negativos no seu bem-estar. O PAN quer, por isso, um Plano Nacional

de Desacorrentamento e a alteração do diploma, que passará a limitar a possibilidade de alojar animais em varandas ou espaço exíguos ou mantê-los 24/24 horas acorrentados, corrigindo o desajustamento da legislação, que esteve cerca de duas décadas sem qualquer atualização, à realidade atual”, critica a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real. A proposta do PAN procura, assim, introduzir a interdição do recurso ao acorrentamento ou a amarração, salvo no caso de se revelar indispensável para a segurança de pessoas, do próprio animal ou de outros animais. Nas situações em que não existe alternativa, o acorrentamento/amarração do animal deve ser limitado ao mais curto período de tempo possível, sem ultrapassar as três horas diárias. “E devem, claro, ser sempre salvaguardadas as necessidades de exercício, de abrigo, de

alimentação, de abeberamento, de higiene e de lazer do animal”, acrescenta. Com este projeto de lei, o PAN procura, consequentemente, pôr fim a vários anos de inoperância da legislação vigente, em parte devido a disposições de conteúdo excessivamente indeterminado ou subjetivo, bem como às consequências decorrentes também do caráter qualitativo de algumas das normas que, desprovidas de referenciais objetivos, impossibilitam a devida fiscalização e geram dúvidas de interpretação. “A atual legislação peca por uma indefinição prática ao dispor que «os animais devem dispor do espaço adequado às suas necessidades fisiológicas e etológicas, devendo o mesmo permitir a prática de exercício físico ade quado». Ora, o que se entende exatamente por adequado?”, exemplifica a porta-voz do PAN. “Não resulta admissível nem

conforme aos presentes regimes legais, nem aos valores do nosso tempo, que um animal de companhia possa ser alojado em varandas ou outros espaços semelhantes e mantido acorrentado uma vida inteira, muitas vezes em condições insalubres condenado a uma existência miserável, privada de liberdade de movimentos que é, afinal, a essência da condição animal”, defende Inês de Sousa Real. Com efeito, vários são os estudos que dão nota, nomeadamente, de que os cães, enquanto animais sociais, necessitam da socialização para poderem desenvolver-se de forma saudável. Se permanecerem acorrentados ou confinados a uma área exígua durante horas, dias, meses ou até anos, podem sofrer sérios danos emocionais e físicos devido aos efeitos acumulados do isolamento, da frustração e do tédio, podendo até consequentemente

tornar-se agressivos. De entre os danos físicos a que estão sujeitos os animais amarrados ou acorrentados, contam-se as feridas e os cortes na pele e músculos do pescoço em resultado dos puxões das amarras. Há também o risco de o animal poder asfixiar ao tentar libertar-se, no caso de a corrente ou amarra se enrolar e prender. Nos últimos anos, o acorrentamento de animais de companhia tem sido alvo de grande divulgação na sociedade civil, sendo que a proibição do acorrentamento permanente é já uma realidade, por exemplo, em diversos municípios e comunidades de Espanha, tais como Galiza, Madrid, Catalunha, Saragoça, Valência, Aragão, Andaluzia, Tenerife; na Alemanha; em França e em 23 Estados norteamericanos.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.