Notícias de Viseu - 29 de Julho 20121

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232087050 Município de Viseu avança com concurso para 1ª Fase de AAE de Lordosa, no valor de 4,5 milhões de euros Nova Área de Acolhimento Empresarial vai reforçar a oferta de solo industrial qualificado no mercado, fomentar o emprego e fixar populações O Executivo municipal aprovou dia 22, em reunião de Câmara, o lançamento do concurso para a construção da 1ª fase da Área de Acolhimento Empresarial de Lordosa (AAEL). O prazo definido para a execução da obra é de 12 meses e representa um investimento global superior a 4,5 milhões de euros.

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLVI - Nº 2236 - Quinta-feira, 29 de Julho 2021 - Preço: 0,60 € - IVA incluído

“Aldeias do Conhecimento” reúnem 400 testemunhos ligados a 20 estâncias termais

Câmara Municipal de Lamego estabelece protocolo com Irmandade dos Remédios A Câmara Municipal de Lamego firmou um protocolo de parceria com a Real Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios e a Direção Regional da Cultura do Norte, no âmbito de um programa de requalificação e reabilitação do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. A intervenção está prevista para breve e para além do edifício e do escadório, abrangerá também o espaço exterior adjacente.

Começou a 4.a campanha de escavações - Dólmen 1 de Troviscos

TVI

O Dólmen (ou Orca) 1 de Troviscos é o monumento a intervencionar pela equipa do Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UNIARQ), sob a direção científica do Mestre José Manuel Quintã Ventura e os trabalhos realizam-se com o apoio da Câmara Municipal de Carregal do Sal, ao abrigo de um protocolo oportunamente firmado com aquela instituição.

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2 Opinião

29 julho 2021 Quinta-feira

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ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

Opinião....................................... 2 Diversos.................................... 3/4/5 Regional ................................. 6 Saúde........................................ 7 Última .................................... 8

Quinta-feira 29/07/2021

Acordar para viver ou acordar para trabalhar? - A propósito da semana de quatro dias de trabalho A conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal não é algo de novo, vem do tempo da industrialização. Há um efeito bi-direccional da vida pessoal e da vida profissional (ex.: faltar a uma reunião porque o filho está doente ou faltar ao aniversário do filho por causa de uma reunião). Mas a interferência da vida profissional na vida pessoal é superior. Daí que o que mais comprometa hoje um colaborador a uma empresa é saber que os líderes se preocupam com o seu bem-estar pessoal. Num teste feito na Islândia, entre 2015 e 2019, em que as pessoas trabalhavam apenas quatro dias por semana pelo mesmo salário, verificou-se em muitos casos um aumento da produtividade. Os trabalhadores sentiram uma diminuição do stress e risco de burnout, uma melhoria de saúde e de conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal, mais tempo para a família, hobbies e tarefas domésticas. Acrescente-se uma melhoria dos padrões de sono, de exercício físico, alimentares e de estimulação sensorial. São precisos eixos reguladores no dia a dia e as refeições, os passeios e as conversas são para isso excelentes. No dia a dia agitado que as pessoas têm vivido, sentem muitas vezes medo de parar. Muitos até medo do silêncio. Por outro lado, muitas famílias dizem que já não sabem conversar. Não têm assunto. E que por isso precisam da televisão, do tablet ou do telemóvel para estimular a conversa. A principal vantagem da semana de trabalho de quatro dias é a “reaprendizagem” e “transformação humana”. Coisas simples como apreciar a brisa do mar, o chilrear dos passarinhos ou quem se convida para almoçar connosco na esplanada, passam completamente despercebidos porque o foco é o smartphone. E este smartphone está a

alterar a forma de processar a informação. Hoje é preciso reaprender a ser contador da verdade, testemunha do real e do autêntico através da acção. Numa fase inicial a mesma situação pode ser perspectivada como desvantagem pois haverá certamente um stress inicial associado à criação de novos hábitos e funcionamento da sociedade. Dividir cada dia em 3 períodos idênticos: 8 horas de trabalho, 8 horas de lazer e 8 horas de descanso. Há uma sociedade sobremedicada para as insónias. Uma das estratégias simples e económicas para este flagelo passa por promover um quotidiano de qualidade em termos de interacções sociais, interesses, motivações e actividades que gastam a respectiva energia à disposição. Um bebé dorme quando está agitado, com medo, nervoso? Então como é que um adulto quer dormir como um bebé quando está agitado, com medo, nervoso? E sem um bom descanso, toda uma miríade de coisas podem acontecer: discussões, erros, precipitações, nada convenientes até para o trabalho. Nunca houve tantos pedidos para ajudar as empresas a promover a saúde mental nos seus colaboradores, desde que a pandemia eclodiu. E desfaça-se dois mitos: o primeiro, de que as perturbações mentais são menos graves do que as físicas; o segundo, que o investimento em saúde mental é um custo para as empresas. Como foi alertado em Davos, a saúde mental é um imperativo económico e social. As empresas perdem milhões de euros devido à baixa produtividade, elevado presentismo e absentismo, elevado consumo de álcool, drogas e ansiolíticos, acidentes por erros, conflitos e não retenção dos colaboradores. Já para não falar no impacto que um único suicídio tem numa empresa.

Incentivar sonhos. Cada vez mais as pessoas têm dificuldades em exprimir os seus sonhos, como se tivessem perdido a capacidade de sonhar. Parece que o discurso que recebem pela televisão, nomeadamente no que se refere à economia, mata os seus sonhos. E o sonho pode ser começar a fazer piqueniques ao fim de semana, ter mais um filho ou mudar o destino das férias. É muito importante a empresa incentivar a conquista dos sonhos nos seus colaboradores porque são eles que implicam compromissos, concretizações, satisfações, necessidades, expectativas e interesses diferentes por parte de cada um ao longo do tempo. A intervenção psicológica é feita ao nível do planeamento, monitorização, análise e revisão sistemática dos sonhos da pessoa. Actua-se ao nível das condições e resultados numa lógica de contínua melhoria integrando as várias dimensões da pessoa. Marta Pimenta de Brito (psicóloga)

Egas Moniz- um Homem de Cultura Por Ana de Albuquerque (Editora) Egas Moniz foi uma personalidade singular do século XX português. Nasceu em 29 de Novembro de 1874 em Avancas e fez os seus estudos superiores em Coimbra. Aí surge o seu lado mais boémio e de bonne vivant que o acompanhou até ao seu final trágico. O seu nome foi marcante na primeira república e o seu legado na medicina mundial torna-o admirável e uma referência tanto pela Angiografia como pela Leucotomia e sem esquecer o seu papel de professor. Atualmente surgem novos estudos em torno deste personagem com pujança renovada devido à comemoração dos 70 Anos do Prémio Nobel (1949). Egas Moniz viveu 81 anos e estes foram cheios de ação. A sua marca ficou bem vincada tanto como homem de cultura como de político (foi deputado, depois Ministro dos Negócios Estrangeiros e Presidente da delegação portuguesa à Conferência de Paz de Versalhes). Citando Abel Salazar “o médico que só sabe de medicina nem de medicina sabe” aplica-se na perfeição a este vulto multifacetado. A sua produção editorial é imensa pois são mais de trezentos títulos por si assinados. Mas vamo-nos debruçar sobre Egas Moniz enquanto Homem de Cultura, faceta magistral-

mente recordada pelo seu Biografo o Prof. Victor Oliveira na obra Egas Moniz legados da sua vida e obra sabe” editada em 2019 pela By the Book. «Em 1917 publicou uma obra intitulada “ Neurologia na Guerra”. Nele fazia uma resenha dos procedimentos tidos como mais modernos e adequados para tratamento das lesões neurológicas em tal contexto (…) na livro Júlio Diniz e a sua obra prefaciada pelo Professor Ricardo Jorge, com a primeira edição em 1924 e a última em 1946.Ao longo das cerca de 500 páginas da edição (…)o autor disseca a obra sob múltiplos ângulos e, sobretudo, faz a análise psicológica dos seus personagens, a que junta ainda alguns poemas inéditos. Egas Moniz e Júlio Diniz viveram em épocas contíguas. Moniz nasceu três anos após a morte do romancista e ambos passaram parte das suas vidas em povoações vizinhas, já que Avanca, terra-natal de Egas Moniz e Ovar, onde o nosso romancista maior se refugiou debalde para lutar contra a tuberculose, distam poucos quilómetros. Partilharam assim, a mesma paisagem, as suas gentes e os mesmos costumes. Talvez por isso, Egas Moniz alargasse o acrisolado amor que dedicou a Avanca a esta zona vizinha e lhe fosse gratificante rever os personagens de Júlio Diniz que tão pictoricamente descreveu, a ponto de alguns habitantes de Ovar se terem reconhecido nos seus livros. O estilo literário de um

romantismo rural, ingénuo, cheio de paz, alegria, bons costumes e sempre com um epílogo feliz, sobrepõe-se perfeitamente aos ideais com que Egas Moniz se identificava e que extravasaram da literatura para a pintura que colecionou.ç Finalmente o Magnum Opus uma voluma obra de 630 páginas é Confidências de um Investigador Científico acabada de imprimir em Janeiro de 1949, portanto, antes da atribuição do Prémio Nobel, o que ocorreria em Outubro desse mesmo ano. Nesta obra dedica-se a relatar, às vezes de modo romanceado, o seu percurso científico que levou a invenção da Angiografia e da Leucotomia, reservando a este último tema cerca de metade do livro. Passa em revista descrições de viagens, contactos com diversas personalidades, homenagens com que foi distinguido, o atentado de que foi vítima, etc. De carácter totalmente intimista, deixou-nos o volume A Nossa Casa, de 1950 em que recorda os personagens da família, os tempos e cenas que maior emoção lhe causou, sobretudo à volta da sua “Casa do Marinheiro”.». Atualmente um Núcleo Museológico e Biblioteca estão preservados no Hospital de Santa Maria perpetuando assim a obra deste vulto da nossa história.


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Município de Viseu avança com concurso para 1ª Fase de AAE de Lordosa, no valor de 4,5 milhões de euros Nova Área de Acolhimento Empresarial vai reforçar a oferta de solo industrial qualificado no mercado, fomentar o emprego e fixar populações O Executivo municipal aprovou dia 22, em reunião de Câmara, o lançamento do concurso para a construção da 1ª fase da Área de Acolhimento Empresarial de Lordosa (AAEL). O prazo definido para a execução da obra é de 12 meses e representa um investimento global superior a 4,5 milhões de

euros. A 1ª fase das obras de urbanização da Área de Acolhimento Empresarial de Lordosa prevê já a construção e implementação de peças e estruturas essenciais para o bom funcionamento do espaço. Por exemplo, serão incluídas na empreitada infraestruturas hidráulicas, ETAR, plano de acessibilidades, arquitetura paisagista, plano de segurança e saúde ou o plano de prevenção e gestão de resíduos, entre outras peças.

Saliente-se que o investimento contará com financiamento através de fundos europeus (CCDR – Centro) na ordem dos 85%. “O Município de Viseu definiu, como um dos seus eixos prioritários, transformar o concelho num polo de atratividade de investimento, no domínio da Competitividade Empresarial. A AAE de Lordosa é uma obra fundamental para fomentar é um passo decisivo para cumprir este objetivo”, explica Conceição Azevedo, Presidente da

Câmara Municipal de Viseu. A estrutura é ainda fundamental para a dinamização do Norte do Concelho, que poderá desta forma aumentar o emprego qualificado na região e, consequentemente, a fixação das populações. Numa primeira fase, a AAEL irá suprir uma clara falha de mercado existente na região, atendendo à escassez de oferta de solo para a instalação de empresas, em contraponto com a elevada procura. Posteriormente, proporcionará às

empresas um ambiente de negócios favorável e propício à melhoria da sua competitividade e ao aumento da cooperação empresarial. A infraestrutura deverá começar a receber empresas a partir de 2022. “Com mais este importante investimento, esperamos potenciar a centralidade geográfica de Viseu e, dessa forma, captar para o concelho e para a região, investimento direto estrangeiro qualificado”, adianta a autarca.

“Aldeias do Conhecimento” reúnem 400 testemunhos ligados a 20 estâncias termais O consórcio Termas do Centro lançou, dia 27, o projeto “Aldeias do Conhecimento”, uma iniciativa que até ao final do ano irá recolher memórias e tradições ligadas às 20 estâncias termais da região, somando mais de 400 registos audiovisuais. O projeto apresentado dia 27 no Hospital Termal das Caldas da Rainha, considerado o hospital termal mais antigo do mundo, está a ser desenvolvido desde o início de 2020, contando já com “cerca de 60 registos audiovisuais disponíveis no portal que, no final, funcionará como um arquivo digital”, explicou Luís Costa, coordenador da associação Binaural Nodar, parceira da iniciativa.

O objetivo do projeto é, até ao final deste ano, realizar “pelo menos 20 entrevistas em cada um dos territórios das 20 estâncias termais do Centro” reunindo em vídeo “cerca de 400 testemunhos” que podem incidir nas tradições locais, nas memórias de aquistas, nas experiências de hoteleiros e na ligação ao património histórico, cultural e ambiental ligados às termas. No portal, colocado ‘online’, as entrevistas podem ser acedidas diretamente ou através de um mapa onde o utilizador pode escolher testemunhos ‘clicando’ numa região específica. “Trata-se de criar conhecimento, com base nas memórias

das pessoas ligadas à vivência das termas e das cidades ou aldeias termais, que ficará para memória futura e que as crianças e jovens de hoje poderão mais tarde visualizar”, afirmou o vice-presidente da Associação de Termas de Portugal e vereador na Câmara das Caldas da Rainha, Hugo Oliveira. Para o coordenador da rede Termas Centro, Adriano Barreto Ramos, o projeto piloto “vai contribuir para a preservação das memórias, mas também para promover o território e a visitação destes locais”. A rede Termas Centro, cujo promotor líder é a Associação das Termas de Portugal – Delegação Centro – é um projeto cofinan-

ciado pelos programas operacionais Centro 2020, Portugal 2020 e pela União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito da Estratégia de Eficiência Coletiva PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos). O programa “Aldeias do Conhecimento” insere-se num conjunto de projetos orçados em dois milhões de euros e que incluem, entre outras vertentes, a promoção e a investigação ligada às termas. No caso específico deste projeto, conta com um orçamento de 50 mil euros, dos quais 85% cofinanciados pelo Centro 2020 e os

restantes 15% suportados pelos associados do consórcio. Integram o consórcio 20 estâncias termais da região Centro, nomeadamente as termas da Curia, do Luso e de vale da Mó (no distrito de Aveiro); Águas-Penamacor, Monfortinho e Unhais de Serra (distrito de Castelo Branco); Bicanho (distrito de Coimbra); Almeida – Fonte Santa, Longroiva, Manteigas e Cró (distrito de Castelo Branco); Caldas da Rainha e Piedade (distrito de Leiria); Vimeiro (distrito de Lisboa); Ladeira de Envendos (distrito de Santarém); Alcafache, Carvalhal, Caldas da Felgueira, Sangemil e São Pedro do Sul

Começou a 4.a campanha de escavações- Dólmen 1 de Troviscos Já arrancaram os trabalhos da 4.a campanha de escavações, integrada no 6.o Campo Arqueológico de Carregal do Sal e no Projeto NeoMega2 – Antigas Sociedades Camponesas e Megalitismo na Plataforma do Mondego. O Dólmen (ou Orca) 1 de Troviscos é o monumento a intervencionar pela equipa do Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UNIARQ), sob a direção científica do Mestre José Manuel Quintã Ventura e os trabalhos realizam-se com o apoio da Câmara Municipal, ao abrigo de um protocolo oportu-

namente firmado com aquela instituição. O monumento em causa faz parte de um núcleo megalítico com pelo menos 12 monumentos integráveis do Neolítico médio regional ao final (c. 3900 a 3200 cal a.C.), alguns deles reutilizados em momentos posteriores, no Bronze antigo regional (c. 2300 a 1750 cal a.C.), como o presente caso da Orca 1 de Troviscos. Tendo em conta os resultados das campanhas arqueológicas anteriores, foi possível determinar a seguinte sequência de acontecimentos: - Uma primeira ocupação, pos-

sivelmente com cabanas, anterior à construção do monumento, cujos materiais apontam para uma integração no Neolítico antigo regional (c. 5000 a 4000 cal. a.C.). - Construção do monumento megalítico e uma primeira utilização, entre o Neolítico médio e final, com o encerramento do monumento por volta de 3200 3100 cal a.C.. - Num momento posterior, possivelmente já na Idade do Bronze ((c. 2300 - 1750 cala.C.),, for am cravados vários postes de madeira no setor norte do monumento, com similitudes a uma espécie de «henge» e na área frontal

do monumento foi criado um novo espaço, com uma nova reorien-

tação do mesmo.


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CIM Promove a Descoberta do Território Viseu Dão Lafões “O Verão é Aqui!” A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, dando continuidade à estratégia de divulgação e promoção do território, entre os dias 23 e 25 de julho, dinamizou dois roteiros destinados à descoberta e fruição da região, tendo como público-alvo a imprensa especializada e influenciadores digitais.

deambular entre cenários naturais que desafiam o olhar. Entre outras atividades intimamente ligadas ao turismo natureza, esta proposta permitiu aos participantes explorar trilhos, percursos pedestres e monumentos enquadrados em cenários naturais reveladores de toda a beleza do território. Como não poderia deixar de ser, os pe-

Enquadrada na campanha de promoção turística sob o mote “O Verão é aqui!”, esta iniciativa deu a oportunidade, a jornalistas e influenciadores digitais, de desfrutarem de várias experiências de caráter distinto, no entanto, relevadoras da qualidade e diversidade da proposta turística regional.

quenos grandes prazeres da vida, representados na proposta gastronómica e vinhateira regional, assumiram um papel de relevo, tendo os sentidos dos visitantes sido apurados através de provas de vinho e diversos momentos de degustação das mais variadas iguarias regionais.

O roteiro “Press Trip Fugas” permitiu, à imprensa especializada, a descoberta da rede patrimonial de Viseu Dão Lafões, na perspetiva de todos aqueles que apreciam momentos de bem-estar, lazer e cultura. Esta acção, que contou com diversas paragens um pouco por todo o território, entre outras propostas, supreendeu os visitantes com mostras de artes tradicionais que nasceram da relação próxima entre o homem e o território, como a olaria ou a tanoaria. A experiência “Blog Trip”, direcionada a influenciadores digitais, apresentou a região na perspetiva, de todos aqueles que valorizam o equilíbrio com a natureza, seja através da prática de atividades desportivas ao ar livre, um passeio em família, ou apenas

De acordo com o Secretário Executivo, Nuno Martinho, “Ao longo dos últimos anos, a CIM desenvolveu um ambicioso trabalho na estruturação dos produtos turísticos integrados à escala intermunicipal e na combinação cruzada entre cada um deles, promovendo e valorizando o território como um todo”. “Consideramos, assim, que se aliarmos a outros momentos, como o desenvolvimento do site "Visit Viseu Dão Lafões", ou a capacitação de agentes ligados ao sector turistico, a comunicação da nossa oferta turística integrada, seja no espaço digital ou em formatos mais tradicionais, é uma ferramenta essencial da estratégia de afirmação do território, enquanto destino turístico de excelência”, concluiu o Secretário Executivo.

Um livro que quer dar mais cor às mulheres

De Viseu para o Mundo! O grupo "História no Feminino" é um grupo de mulheres, amigas, que têm em comum serem todas de Viseu ou ter uma ligação forte à cidade, que decidiu pôr mãos à obra e marcar o panorama nacional no que diz respeito à afirmação das mulheres. O grande objetivo dobgrupo é editar um livro com os rostos de 50 de algumas das mulheres mais importantes da história e distribuí-lo nas escolas para que as crianças as possam colorir. Não há livros só sobre mulheres que falem sobre o empoderamento da mu-lher, de feitos históricos e que possibilitem uma interação direta de quem o manuseia com o mesmo. Não há livros para colorir históricos. Os tradicionais livros de pintar que estão ao alcance das crianças são muito básicos têm carrinhos, florzinhas, dinossauros, nada contra, mas é possível ter mais! A ideia da mentora do projeto, Vanda Rodrigues, é poder ensinar as crianças de forma divertida. Quem disse que um recurso lúdico não pode, também, ser pedagógico?!? O exercício de colorir tem características terapêuticas, pois provoca sensação de bemestar, prazer e alívio do stress. Aliado a uma componente pedagógica pode traduzir-se num exercício de intervenção sublimar no que toca à aquisição de conhecimentos. O livro foi pensado para as crianças, mas a criadora da ideia, como profissional que trabalha com seniores, não descarta de todo a ideia e a possibilidade de ilustrar o livro, também, com esta faixa etária. Alguns seniores poderão nunca ter ouvido falar destas mulheres e porque não apresentar este lindo recurso pedagógico também aos mais velhos. Sendo o livro um ponto de partida para inúmeras outras interações com os grupos. O livro “Histórias no Feminino” desenhado, literalmente, para miúdos e graúdos conta com 50 ilustrações originais, criadas exclusivamente para o mesmo, como Nina Simone, Rosa Parks, Beatriz Ângelo, Beatriz Pinheiro, Elza Soares, Marielle Franco, Frida Khalo, Chica da Silva, Irmãs Maribal, Benazir Bhuto, Rosa Mota, Anne Frank, Janis Jopllin entre outras. A ideia foi escolher um grupo dissemelhante de mulheres que marcaram o seu tempo, o seu país, a sociedade e o mundo. A obra tem, aproximadamente, 200 páginas e além das ilustrações, têm, ainda, atividades extras para as famílias e uma breve nota biográfica sobre cada mulher, para que as crianças ou os adultos, as famílias, os avós, os professores ou os educadores consigam familiarizarem-se com a mulher que estão a colorir e perceber qual o foi o ato que com esta se destacou. O livro foi idealizado por Vanda Rodrigues, Educadora Social de profissão, que lançou o repto a 17 amigas, para que embarcassem consigo nesta aventura, e juntas desenhasse as belas páginas do mesmo. Desde do primeiro momento que não houve desistência nem resistência às ideias. Todas sabiam que era um projeto apaixonante e importante para a comunidade. As constituintes do grupo que participaram na criação do livro, não podiam ser mais heterogéneas como as mulheres que desenharam, há designers gráficas, ilustradoras, educadoras sociais, advogadas, professoras de Artes, ceramistas, animadoras culturais, tatuadoras, mas, principalmente, vêem-se como mensageiras de sonhos. O livro foi criado num mês, porque a ideia era lança-lo no dia no Dia da Mulher, porém,

a falta de financiamento atrasou a saída do mesmo e a consequente chegada dos livros aos seus destinatários. Então, o grupo decidiu organizar uma exposição coletiva que nasce com a vontade de mostrar algum do trabalho desenvolvido para que ele se possa materializar o mais rápido possível no livro de colorir idealizado e que possa, por exemplo, ser dado às crianças/jovens no início das aulas no pré-escolar, ensino primário, básico, secundário e universitário. O grupo já fez alguns contactos, como por exemplo, com a Comissão para a Igualdade de Género, a SECI, a Plataforma dos Direitos das Mulheres entre outras apresentando-lhes o projeto, mas, infelizmente ainda não obtiveram respostas. É reconhecido o valor da obra, tanto artística como pedagogicamente, por isso caso não se consigam o financiamento, o grupo avançará para um crowdfunding, que, se resume a uma recolha de fundos através da internet. Para que a obra fosse apartidária, o Histórias no Feminino procura financiamento ao nível do Estado ou de associações cívicas. Para o grupo é óbvio que deveria ser uma organização a financiar o projeto porque vai darlhe um peso diferente. Ter um livro coeditado, por exemplo, pela Comissão para a Igualdade de Género ou pelo Governo de Portugal é muito diferente de ser um livro de edição de autor. As criativas estão todas a trabalhar pro bono. O dinheiro que angariassem da venda ou da edição do livro, irá ser doado a uma associação de apoio às vítimas de violência doméstica local. A mentora do projeto espera que esteja para breve o folhear do livro pelo público. É impossível esquecer que este livro está carregado de responsabilidade social, sentido cívico, Vanda Rodrigues afirma que “o nosso trabalho não acaba com a edição do livro, estamos conscientes que podemos fazer muito no que diz respeito à afirmação da mulher e estamos disponíveis para realizar ações de sensibilidade na área da igualdade de género e da criatividade”. É um livro sobre mulheres feito só por mulheres, com muito altruísmo, força de vontade e perseverança. Um projeto que cresce desenhado por mulheres, todas com diferentes personalidades, formações, convicções, que em comum têm facto de terem nascido ou terem uma ligação familiar à cidade de Viseu, de em algum momento da vida se terem cruzado e criado uma amizade, e de serem todas defensoras dos direitos das mu-lheres e lutando por uma sociedade igualitária. Construíram com amor e dedicação o Histórias no Feminino a Ana Silva (design e edição do livro), Ana Verónica (Ilustração) , Beatriz Rodrigues (Ilustração), Betânia Pires (Ilustração), Catarina Brinca (ilustração das participantes que fizeram o livro), Catarina Sousa (Ilustração), Carolina Santos (Ilustração), Daniela Fernandes (Ilustração), Inês Flor (Ilustração), Joana Braguez (Ilustração), Liliana Rodrigues (Ilustração), Liliana Velho (Ilustração), Liliana Bernardo (Ilustração), Maria de Lurdes Poças (Ilustração), Paula Magalhães (Ilustração),Paula Soares (Ilustração), Rosário Pinheiro (Ilustração), Vanda Rodrigues (Mentora do Projeto, Ilustração, autora dos textos e das atividades extra). Vanda Rodrigues


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5 Diversos

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Casa da Cultura de Seia recebe musical “1001 Tapetes pelo Ar” A Academia de Espetáculos VOZES EM ½ PONTA apresenta na Casa Municipal da Cultura, nos dias 31 de julho e 1 de agosto, o Musical “1001 Tapetes pelo Ar”. Depois de no ano passado, devido às limitações impostas pela pandemia, não ter sido possível realizar o habitual musical de encerramento do ano letivo, os alunos da Academia de Espetáculos VOZES EM ½ PONTA, em parceria com a Escola de Música ACR Music & Voices, da professora Ana Carina Reis, voltam a apresentar-se à comunidade senense com o espetáculo "1001 Tapetes Pelo Ar".

três desejos a quem a detiver. Retrata uma incrível aventura, repleta de magia e fantasia, que traz à superfície o melhor e o pior da natureza humana, mas onde acaba por triunfar a tolerância, o respeito pelas diferenças e o altruísmo. O Musical, realizado com o apoio da Câmara Municipal de Seia e da União de Freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros, volta assim a aproximar a comunidade das artes performativas. O espetáculo é o quarto Musical produzido pela Academia de Espetáculos VOZES EM ½ PONTA e vai decorrer em quatro

“1001 Tapetes Pelo Ar” conta a história de um jovem rapaz que, embora viva de pequenos roubos numa cidade árabe, tem bom coração. Um dia, conhece e ajuda uma bela jovem, por quem se apaixona, sem saber que se trata da princesa. Mais tarde, ao visitá-la no palácio, descobre a sua verdadeira identidade, mas é capturado, sendo convencido a partir em busca de uma lâmpada mágica, capaz de conceder

sessões: a 31 de julho, às 16h00 e às 20h00, e a 1 de agosto, às 16h00 e às 20h00, cumprindo-se todas as recomendações da Direção Geral de Saúde. A entrada é gratuita, estando sujeita à lotação da sala. Reserva de bilhetes na Casa Municipal da Cultura, por telefone (238 310 293, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18hh) ou através do e-mail: cultura@cmseia.pt.

Câmara Municipal de Lamego estabelece protocolo com Irmandade dos Remédios e a DRCN A Câmara Municipal de Lamego firmou um protocolo de parceria com a Real Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios e a Direção Regional da Cultura do Norte, no âmbito de um programa de requalificação e reabilitação do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. A intervenção está prevista para breve e para além do edifício e do escadório, abrangerá também o espaço exterior adjacente. Tendo em conta a importância do Santuário de Nossa dos Remédios, não só como um dos monumentos religiosos mais simbólicos do país mas também como parte integrante da vida dos lamecenses, a Câmara Municipal de Lamego acaba de celebrar um acordo de parceria com a Real Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios e a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN). Nos termos deste novo acordo, as entidades envolvidas vão assim proceder à implementação de um programa de reabilitação e requalificação do edifício do Santuário e do seu escadório, assim como do parque e da mata contígua. Neste sentido, a intervenção vai permitir que a autarquia de Lamego seja responsável por todo o processo de gestão desta operação tendo em consideração a reabilitação, a valorização e a conservação deste importante monumento nacional. Ângelo Moura, presidente da Câmara Municipal de Lamego, sublinha que «esta ação vai dotar o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios com melhores

condições de acessibilidade, proporcionando também uma nova dinâmica paisagística a todo o espaço envolvente, tornando-o num local ainda mais bonito e agradável para quem o visita. Será uma intervenção significativa que envolverá todo o edifício mas também o património ve-getal da mata e do Parque de Santo Estevão e que contará com o apoio e o acompa-nhamento por parte do município no sentido de assegurar que a mesma decorra com o rigor exigido numa obra desta envergadura.» Localizado no Monte de Santo Estevão, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1984, destacando-se como um dos locais de peregrinação mais importantes de Portugal. Também recentemente a autarquia de Lamego estabeleceu um protocolo com o Departamento da Pastoral do Turismo da Diocese de Lamego e a Irmandade dos Remédios que vai possibilitar a abertura ao público das Torres do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Na prática, este acordo permitirá a criação de um novo produto turístico, podendo os visitantes beneficiar de uma nova vista panorâmica da Mata dos Remédios e da cidade. De salientar também que a tradicional “Festa em Honra de Nossa Senhora dos Remédios”, uma das maiores a nível nacional, foi distinguida como uma das “7 Maravilhas da Cultura Popular”.

Eduardo Quaresma chega ao Tondela emprestado pelo Sporting O defesa-central Eduardo Quaresma chegou ao Tondela emprestado pelo Sporting e já treinou com a restante equipa ‘beirã’ da I Liga de futebol, anunciou o clube. “O defesa-central de 19 anos chega ao nosso clube proveniente do Sporting CP num empréstimo válido por uma temporada. Campeão nacional na época transata pelos ‘verde e brancos’ e presença assídua nas seleções jovens de Portugal”, anuncia o Tondela na sua página oficial da internet. Segundo a nota de imprensa, “Eduardo Quaresma assume, agora nos beirões, uma nova fase da carreira depois de 10 anos de leão ao peito” e, aos meios de comunicação do Tondela, o defesa admitiu estar “motivado”. “Estou muito feliz por estar num

clube como o Tondela. Sinto-me motivado por estar aqui, até porque tenho família perto, já conheço minimamente a cidade e por isso estou preparado para sair da minha zona de conforto e conti-nuar a evoluir. Acredito que estou no clube ideal para crescer”, disse. Eduardo Quaresma junta-se a Manu Hernando, Daniel dos Anjos e Tiago Dantas e ainda a jogadores que transitam da última época, como Bebeto, Jota, Tiago Almeida, Naoufel Khacef, Jaquité, Pedro Augusto, João Pedro e Telmo Arcanjo. Também continuam no plantel os guarda-redes Joel Sousa, Babacar Niasse e Pedro Trigueira e os avançados Salvador Agra, Jhon Murillo, Tomislav Strkalj, Souley e Rafael Barbosa.


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Diversos 6

Quinta-feira 29/07/2021

Passaporte do Douro vai ser apresentado hoje com quatro pontos turísticos em Moimenta da Beira São 76 pontos de interesse turístico para descobrir e quatro deles situam-se em Moimenta da Beira. É o Passaporte do Douro, um projeto criado pela CIMDOURO que permite aos visitantes conhecer melhor a área geográfica de mais de quatro mil quilómetros quadrados dos 19 municípios que a constituem. A cerimónia de apresentação oficial vai decorrer no Museu do Douro, na cidade do Peso da Régua, hoje, dia 29 de julho.

completar a sua “viagem” pelo território da CIMDOURO o turista receberá um certificado de excelência e uma oferta exclusiva do Instituto do Vinho do Douro e Porto. Para auxiliar os visitantes, está disponível uma aplicação que contém vídeos promocionais dos pontos de interesse indicados por cada município. Segundo a CIMDOURO o Passaporte “é uma ação que visa mostrar o Douro nas suas diferenças e nas suas riquezas, que elege a

No município de Moimenta da Beira, o Passaporte dá a conhecer aos visitantes a Fundação Aquilino Ribeiro, as duas Torres Eólicas 'pintadas' por Joana Vasconcelos e Vhils, a Maçã e os Vinhos, dois produtos icónicos de Moimenta, e a Barragem do Vilar. À passagem por cada um dos pontos de interesse carimbam o Passaporte e quando

monumentalidade, a cultura e as gentes como o mais importante desta imensa região de patrimónios da humanidade e de incomensurável potencial no País e no Mundo”. É igualmente "uma iniciativa que visa impulsionar o turismo no Douro depois do longo período de quase estagnação provocado pela pandemia da Covid-19”.

BUPi - Balcão Único do Prédio vai abrir em Tarouca A partir do próximo dia 2 de agosto o Município de Tarouca irá ter em funcionamento o Balcão Único do Prédio (BUPi), um serviço que irá permitir aos tarouquenses identificar as suas propriedades de forma simples e gratuita, garantindo assim a titularidade e dos seus terrenos, e a marcação dos seus limites. Para o Presidente da Câmara Municipal de Tarouca, Valdemar Pereira, “este Balcão Único do Prédio é de grande importância para o munícipe, que pode aqui fazer o registo de prédios e a consulta, atualização e impressão de informação em vigor sobre uma determinada parcela, mas também para a própria autarquia, que desta forma pode planear e gerir o território de forma mais eficaz, organizada e sustentável, garantindo assim a qualidade de vida de todos os habitantes”. O BUPi funcionará no edifício da Câmara Municipal de Tarouca de segunda a sextafeira das 9h00 às 16h00, e o serviço de atendimento é sujeito a marcação prévia. Os munícipes com dúvidas e questões devem colocá-las através do endereço de correio

Académico de Viseu contrata dois jogadores brasileiros ao Grémio Anápolis eletrónico bupi@cm-tarouca.pt ou por telefone para 254 677 420. Cada proprietário pode ainda consultar o site https://bupi.gov.pt/, onde obtém toda a informação necessária sobre o processo. A criação deste novo serviço resulta de uma candidatura apresentada ao apoio do COMPETE 2020 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização e representa um investimento total elegível de 182.588,03€, financiado em 85%.

O Académico de Viseu reforçou o plantel com Igor Millioransa e Lúcio Santos, jogadores brasileiros do Grémio Anápolis. Igor Millioransa, 24 anos, defesa esquerdo, e Lúcio Santos, 26 anos, médio defensivo, que também pode jogar como defesa central, têm no Académico de Viseu a primeira experiência fora do futebol brasileiro, onde foram campeões estaduais. O técnico Zé Gomes trabalha com um plantel, para já, com 24 atletas, com 14 jogadores que transitaram da época passada:

Janota, Elísio, Pica, Filipe, Diogo Bondoso, Yuri Araújo, Paná, André Carvalhas, João Vasco, Luisinho, Paul Ayongo, Yang Senna, Miguel Sena e Romi. O clube renovou ainda com Fernando Ferreira e Tiago Mesquita e apresenta, para já, oito reforços, com os dois brasileiros a juntarem-se a Musa Yahaya, Pedro Monteiro (ex-Feirense), Tiago Correia (ex-Anadia), Vítor Bruno e André Claro (ambos ex-Vilfranquense), e Ericson (ex-Vizela).


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Saúde 7

Quinta-feira 29/07/2021

37% dos jovens portugueses pedem mais acompanhamento na área da saúde mental O estudo “A Saúde dos Portugueses: um BI em nome próprio", retrato sociológico sobre a saúde em Portugal, realizado no âmbito dos 25 anos da Médis, revela alguns dados sobre a saúde mental dos portugueses. A investigação teve a coordenação da Return On Ideas e o acompanhamento da Professora Doutora Maria do Céu Machado, Presidente do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos, Professora Catedrática Jubilada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e ex-Presidente do Infarmed. O estudo revela que, dos 7% dos inquiridos que têm uma doença mental diagnosticada, 66% admitem “sentir discriminação da sociedade” e 75% reconhecem ter resistência em pedir ajuda quando estão doentes (um número superior aos dos que apresentam outro tipo de doença). Existem, ainda, 11% de inquiridos que, embora não tenham nenhuma doença diagnosticada (física ou mental), sentem não ter controlo sobre a sua saúde por questões do foro psicológico. Destes,

55% atribuem esse sentimento ao contexto de pandemia em que vivemos. O estudo indica a hipótese, de que a relação entre a dimensão real do problema da saúde mental possa ser superior à atenção que lhe é prestada. Segundo os dados revelados, mais de metade das pessoas que reconhecem algum tipo de descontrolo do foro psicológico, gostaria de ter mais acompanhamento nesta área. 19% reconhecem mesmo essa lacuna/desejo de maior apoio. Este desejo é mais visível nos mais jovens: 37% dos inquiridos com idades entre os 18 e 24 anos e 31% dos que têm entre 25 e 34 anos, gostariam de ter “mais acompanhamento na área da saúde mental”. De acordo com o estudo, as pessoas que reconhecem ter algum tipo de stress psicológico, são menos suscetíveis a fazerem esforços para serem mais saudáveis. Na investigação verifica-se, ainda, que os mais velhos são quem melhor avalia a sua saúde mental, sendo que, a avaliação da saúde física cai à medida

que a idade avança e a avaliação da saúde mental melhora. Contudo, é difícil de acreditar que a idade dissolva os problemas relacionados com a saúde mental. A excelente pontuação que as pessoas de 65 ou mais anos dão à sua saúde mental, segundo o estudo, estará (provavelmente) afetada pelo estigma ou por uma visão redutora da saúde mental como demência ou loucura. Fazendo uma análise por género, o estudo indica que as mulheres reconhecem, mais do que os homens, a sensação de descontrolo do seu estado de saúde (35,7% vs. 26,6% homens). Destes, 63,9% das mulheres inquiridas e 56,6% dos homens apontam motivos do foro psicológico, como causa desse descontrolo. As mulheres encontramse mais alerta para o tema da saúde mental, tendo a capacidade de aderir mais facilmente a psicoterapias (58,8%) ou atividades como o yoga ou a meditação (64,4%).

VENÇÃO da sua ocorrência através do controlo dos fatores de risco que estão na sua origem. Uma percentagem considerável dos portugueses é hipertensa e desconhece que o é! Torna-se, assim, fundamental o diagnóstico e tratamento precoces como meio de prevenção do AVC primário e recorrente. A estratégia passa por sensibilizar a população para esta doença silenciosa, apostando também no regular acompanhamento pelos cuidados de saúde primários (Médicos e Enfermeiros de Família), assim como rastreios populacionais ocasionais, que são preponderantes no diagnóstico da hipertensão arterial. Após o diagnóstico, e de acordo com os valores de pressão arterial, são tomadas atitudes farmacológicas/terapêuticas individualizadas. Fomentar a consciencialização da gravidade da doença na sua globalidade, incentivar a adesão terapêutica, instituir mudanças e hábitos de vida saudável e reforçar a necessidade de seguimento regular pelo Médico de Família são partes importantes da estratégia global na prevenção do AVC. Muitas vezes desvalorizadas, as alterações de estilo de vida são importantes adjuvantes e diminuem, na globalidade, os eventos cardiovasculares e não só os AVC’s. Falamos de: redução na quantidade de sal ingerida, moderação do consumo de álcool, ces-

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É melhor prevenir do que remediar! O AVC e a hipertensão arterial Em Portugal, segundo o Institudo Nacional de Estatística (INE), o Acidente Vascular Cerebral (AVC) está na origem do maior número de óbitos representando 9,8% da mortalidade em 2019. É igualmente reconhecido que a hipertensão arterial é o principal fator de risco modificável para as doenças cerebrovasculares, incluindo o AVC. Relacionando estes dois últimos factos podemos caracterizar a hipertensão arterial como um grave problema de Saúde Pública, com o qual nos debatemos atualmente. Aumentos na pressão arterial causam lesão vascular cumulativa e progressiva em vários orgãos do corpo humano, incluindo o cérebro. O culminar destas alterações no cérebro são um episódio de AVC. Embora a hipertensão arterial esteja mais intimamente ligada com o AVC hemorrágico, também existe uma relação direta e indireta com o AVC isquémico, dependendo do seu subtipo etiológico. Contudo, e independentemente do tipo de AVC a que nos referimos, para além da mortalidade, já acima mencionada, também é importante alertar para a morbilidade do AVC, que consiste em alterações cognitivas e limitações funcionais e de linguagem com as quais os sobreviventes de AVC são confrontados. Por mais que o tratamento do AVC agudo tenha avançado nos últimos anos a aposta principal é na PRE-

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sação tabágica, redução de peso e manutenção de peso ideial e actividade física regular assim como consumo elevado de legumes e frutas. Está desmostrado que uma redução de 10mmHg na pressão arterial sistólica ou uma redução de 5mmHg na pressão arterial diastólica está associada a reduções significativas na ocorrência de AVC’s em aproximadamente 35%. Portanto, é fundamental sensibilizar, diagnosticar e tratar a hipertensão arterial de modo a prevenir a morbilidade e a mortalidade associada ao AVC. Autoria: Dr.ª Ana Verónica Varela Internista do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve – Hospital de Faro Membro do grupo J-SPAVC, da Sociedade Portuguesa do AVC

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As Galerias São Rafael apresentam a exposição MIDSUMMER NIGHT'S Será apresentada no próximo dia 30 de Julho às 18h00 a exposição virtual MIDSUMMER NIGHT'S, promovida pelas Galerias São Rafael. A exposição será transmitida em directo às 21h00 nas plataformas oficiais das galerias (facebook.com/galeriassaorafael e www.galeriassaorafael.com) e fechará com a apresentação em live-streaming do espectáculo O Evangelho de Van Gogh, pelas Produções D. Mona. A exibição é gratuita e aberta ao público em geral. As Galerias São Rafael são a primeira galeria virtual portuguesa com um conceito imersivo e multissensorial. Após o confinamento, o online viewing room tornou-se comum no mercado das galerias de arte, permitindo a exibição de fotos digitais diretas das obras em diferentes ângulos. A comum exposição virtual trata-se de uma apresentação em grade, onde os fruidores de arte clicam nas fotografias para ver as obras ao perto, mas para as criadoras deste

novo projeto, Mónica Kahlo e Sílvia Raposo, "apesar deste tipo de interação virtual ser uma mais-valia, não permite transmitir ao espectador a experiência multissensorial e acolhedora da exposição física, por esse motivo procurámos por uma alternativa que nos trouxesse a experiência imersiva de uma exposição, com os seus visitantes e o ambiente acolhedor da vernissage". A Midsummer Night's Virtual Exhibition pretende celebrar o verão e a arte de forma acessível ao público, contribuindo ainda com 10% do valor angariado em vendas para filantropia. A exposição abrirá com obras da artista alemã Lilly Helja Jonasson, reconhecida pela técnica "splittografielage", assente na fragmentação de fotografia de autor em formas geométricas; com obras de desenho do artista chileno, Fabián Caro Román, que retrata expressões corporais metafísicas e mágicas, aludindo à temática do sonho e inconsciente,

influenciadas pelo desenho arquitectónico; com a série "Information" do jovem artista algarvio Rodolfo M. Costa, cujas obra captura fragmentos de uma vandalizada dimensão de fantasia e arrasta-os para a nossa realidade, explorando temas como o graffiti, informação, publicidade, multiculturalismo e consumismo, captando o espírito Kunstmeile do Muro de Berlim; e com a série de finearts Golden Edition do projeto Vimoc, dupla de arquitectos e desenhadores que cria e desenvolve ilustrações únicas, com aplicação manual de folha de ouro na intenção de realçar a arquitetura e ir buscar a tradição portuguesa da aplicação da talha dourada. Ainda em destaque estarão algumas das obras premiadas da artista aveirense Leonor Trindade Sousa, que este ano coleciona 12 prémios de artes entre Itália e França, destacando-se o Prémio Internacional Pierre Auguste Renoir, o Mercúrio de Ouro, o Prémio In-

ternacional de Arte Paul Cezanne, o Prémio Internacional de Arte Michelangelo ou o Prémio "Palma de Ouro" em Cannes. Ao seu lado, estará também o artista plástico angolano João Freire, premiado pelos seus trabalhos em aguarela e escultura que procuram expressar a importância das tradições, aqui transmitida na riqueza das máscaras transmontanas com um cunho inovador nas suas formas; o artista Marco Gomes, cujas obras questionam as relações formais entre cores, linhas e superfícies, com influência do abstracionismo;

bem como o artista Abílio Marcos, cuja linguagem pictórica dialoga com o expressionismo geométrico e o simbolismo poético, conjugados em jogos de cores e formas. Ainda ao longo da exposição poder-se-á fruir de obras dos artistas José Antonio Faraco, Carlos Teixeira, Gulnar Sacoor, Luís Liberato, António Azenha, Sara Seabra, Jaime R Ferreira, Amélia Monteiro e Sílvia Raposo. Ao todo a mostra exibirá cerca de 80 obras de artistas portugueses e internacionais.


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