7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 1
Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLII - Nº 2108 - Quinta-feira 7 de Abril de 2016 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído
VISEU CAPITAL Quanto orgulho tenho eu, Ter a cidade de Viseu, Granítica, junto ao Céu, Com todo acervo em museu.
Viseu a melhor cidade para viver, Sustenta essa vaidade a valer, A melhor água, trigémeos p´ra beber, Produtos endógenos, vinho a escolher.
Viseu, com lendas e mitos, na convicção, Na arte Grão Vasco, com outros, na perfeição, Na história, Afonso Henriques na fundação,
Medalha de Ouro é prenda do Município
Viriato, venceu os romanos à traição.
- Diretor do museu confessa-se “surpreendido” e “muito contente” (pág .5)
Viseu, área metropolitano,
“RESERVAS EM BRUTO” DO MNGV NO CENTRO CULTURAL DE CASCAIS
Distrito do país que mais ordena, Centro Termal p´ró bem estar da Ana, Beira Alta, capital lusitana.
Fernando de Abreu (matisse13)
ORDEM DO CAMINHO DE SANTIAGO REALIZOU CAPITULO EM MIAMI, EUA
Sessenta por cento da pintura do Museu Nacional Grão Vasco não está exposta permanentemente por falta de espaço e por não se enquadrar no discurso expositivo. Até dia 19 de junho, parte da reserva de pintura e escultura dos séculos XVI e XVII pode ser observada em Cascais. (pág 6)
MANGUALDE DEBATEU «A AMEAÇA DO TERRORISMO NA EUROPA OCIDENTAL» O Rotary Clube de Mangualde assinalou o 31.º aniversário com um almoço comemorativo seguido de uma conferência subordinada ao tema «A ameaça do Terrorismo na Europa Ocidental». A conferência foi proferida pelo Coronel Duarte da Costa, Chefe do Estado-maior do Comando Operacional das Forças Terrestres.
EVIDENTEMENTE, VISEU É CAPITAL! Na última BTL, Feira Internacional de Turismo de Lisboa, o Turismo do Centro ( UM PAÍS DENTRO DO PAÍS) tinha no seu pavilhão a Região de Turismo Dão Lafões como qualquer outra, como se fosse a vila da Cascalheira de Cima, sem qualquer destaque ou literatura que levasse o viajante a passar e conhecer Viseu
pág . 9 Complexo CONVENTURISPRESS - Avenida do Convento nº 1 - Orgens - 3510-674 Viseu Norte email: geral@noticiasdeviseu.com - publicidade@noticiasdeviseu.com - Tlm:968072909 -www.noticiasdeviseu.com; www.facebook.com/noticiasdeviseu
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 2
2 Opinião
Quinta-feira 07/04/2016
OPINIÃO
07 abril 2016 quinta-feira
Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail: geral@noticiasdeviseu.com Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de março 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ......................................... .......2 Viseu .......................................... ........3/7 Destaque........................... ..............4/5/6 Reportagen.........................................8/9
A CARANGUEJOLA Por Celso Neto A caranguejola Ficou avariada da tola... Alcateia desorientada Insulta e mente e não faz mais nada! Incapaz de propor alternativas Fica-se pelas intrigas! A fazer figas Para que Portugal fique de gatas À mercê das suas negociatas! Não conseguiu ainda encaixar Que não é a caranguejola a governar Chama” geringonça esquerdista” À maioria de esquerda que abriu da vista E pôs a direita a fazer exercícios de matemática Para aprender a ser democrática!
Desporto........................................13/14
Saudade da minha terra, das belas noites iluminadas, Da tarde linda de domingo, quando fazia caminhada! Quando lembro, mais desejo, Nunca te encontro, mas te procuro, só na eternidade será seguro! No decorrer desse tempo lindo, não vou chorar, darei um riso, e na lembrança ele é infinito!
Mas, por agora eu vou indo, e esse ardor, fica comigo, no coração ele está no abrigo! Adriano da Costa Filho
Ainda de bandeirinha na lapela Tenta a todo o custo partir uma janela Da Esperança que está a ser construída Pela esquerda (finalmente) unida! Com truques, artimanhas e mentiras à mistura A caranguejola faz demagogia da mais pura Tentando convencer-nos que nada tem a ver Com a enorme crise que estamos a viver! A múmia Teodora queixa-se da falta de instrumentos Só descobriu agora... Nojentos! Só abrem a boca para dizer mal E caluniar quem governa Portugal! A malvada caranguejola Quer que quem trabalha parta a mola Mas cá para mim está bem enganada E vai continuar a esperar sentada! Trafulhas, corruptos e ladrões Têm que bater com os costados nas prisões! Não pode continuar a mentir à vontade Quem andou a brincar à austeridade!
Quem não discutiu o Orçamento Nem o tentou melhorar com propostas É velhaco por fora e oco por dentro E ao país voltou as costas Cheio de ódio e ira...ressabiado Por ter ficado sem o “rebuçado” Que repartia com os “capangas” Enquanto apregoava “ tangas”!
TROMBA DE ÁGUA Meu coração sofrido quase expira, Ónibus rola para o terminal. Sofrimento, espanto, a dor afaga Pára a vida num pranto natural. Luz e prazer tinham chegado ao fim, Chuva fera embrulha a noite que cai! Gritos se ouvem...que será de mim?!... Os acessos se fecham...mas lá vai!...
AO WILSON DE OLIVEIRA JASA Um homem simples bem formado Poeta astuto e bem querido, Entre pares sempre respeitado, Exemplo vivo a ser seguido. Ao respeitar tua imagem, Fruto de amabilidade, Tal nobre de grande linhagem, A servir a humanidade. Sua figura paternal Incontestável, bem distinta Tem um tão valor colossal Tal realidade infinita. É um elo de ligação Entre dois povos respeitados, Chama viva de ligação, Entre países encantados. No teu Portugal brasileiro E nosso Brasil lusitano Exaltas amor verdadeiro Dum casto e nobre latino,. E, hoje, a nossa Academia, Elo sacro de ligação, É traço forte de harmonia, Grito de amor, grande emoção.
Aos saudosos bandeirantes, Homens de fibra e temor, Uns sonhadores, queridos amantes, Pedirei por eles ao SENHOR. Senhora da Aparecida, És no Brasil enorme flor, Uma estrela a ser seguida Com abnegação e amor. À nossa Senhora de Fátima, Cobre o país com Tua luz, Teu coração salva, redima, No caminho do bom Jesus. E esse velho Portugal, Imagem dum valor sagrado, É a luz de amor divinal, Dum povo são e desejado. Hoje, Jasa, querido irmão, Servo vivo da poesia, Canta, eleva esta união, Pura, leal, sem fantasia. História vai dar-te valor, Reconhecer-te seu mensageiro, Partilhando com mais rigor O amor pelo mundo inteiro.
São neste momento só quinze e dez, Simples quinta-feira, quase sem história, Mas que irá ficar na minha memória!...
São quatro horas da manhã, Já não recordo o que escrevi, Da minha alma pobre, mas sã, Lembrar-me-ei sempre de ti.
A chuva diluvial cai de vez Negrume veio, tudo se apagou; Tromba de água meu coração fechou!...
Obrigado Jasa, Obrigado Adrianinho, Que Deus vos ilumine, No caminho do bem E da verdade.
Regional ..........................................10/1 Saúde................................ .............-....12
SAUDADE INFINITA
Diversos..........................................10/16
António Pais da Rosa
António Pais da Rosa
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 3
Regional 3
Quinta-feira 7/04/2016
ASSINATURAS EDITAL
Informamos os nossos assinantes que se encontra a pagamento a assinatura 2016 Assinatura Nacional - 20 € Assinatura Estrangeiro - 30€ O pagamento poderá ser efetuado por envio de cheque ou valor postal para: Av . do Convento nº 1 - Orgens 3510-674 Viseu ou por transferência bancária : NIB : 001800000643366600110 IBAN: PT 5000 001800000643366600110
--------ANTÓNIO JOAQUIM ALMEIDA HENRIQUES, Presidente da Câmara Municipal de Viseu.------- Torna público que, esta Câmara Municipal, em sua reunião ordinária realizada no dia 28 de janeiro do corrente ano, deliberou em conformidade com a proposta apresentada pela Comissão de Toponímia, com fundamento nos artigos 7º e 9º do Regulamento Municipal de Toponímia e Numeração de Polícia do Concelho de Viseu, publicado no D.R, II Serie, nº 167, de 27 de Agosto de 2015, e no uso da competência prevista na subalínea ss) do nº 1 do artigo 33º da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, atribuir os seguintes topónimos nas freguesias de Bodiosa, Povolide, Repeses e São Salvador, Santos Evos, União de Freguesias de Fail e Vila Chã de Sá e Viseu, conforme a seguir se indica: --------------------------------------BODIOSA: Bodiosa – à – Nova –“Caminho da Cumieira”; Queirela - “Rua da Linha”, “Travessa do Fontalinho”; Travanca – “Rua do Ribeiro”, “Rua das Vinhas”.------------------------------------POVOLIDE: Nesperido- “Rua da Eira Velha”. -------------------------------------------------------------REPESES E SÃO SALVADOR: Paradinha – Urbanização Colina Verde - “Praceta do Vale”, “ Travessa Colina Verde 1”, “Rua Colina Verde”; Repeses - “Avenida Luis Martins”; Repeses – Urbanização Vilabeira “Praceta do Parque Infantil”, “Praceta do Arco”.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------SANTOS EVOS: Pinheiro – “Rua da Regada”; Santos Evos – “Rua Professora Lubélia”. -------UNIÃO DE FREGUESIAS DE FAIL E VILA CHÃ DE SÁ: Vila Chã de Sá – “Avenida São João Batista”. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------VISEU: Viseu - “Avª Manuel de Abreu Lameira ”; Avenida da Europa e envolventes – “Rua Alfredo Miguel” , “Rua Manuel Ferreira de Figueiredo”, “Rua Mestre Armindo Ribeiro”; Quinta da Carreira - “Praceta Rainha Santa Isabel. --------------------------------------------------------- Os topónimos atribuídos encontram-se assinalados nas plantas de localização que se encontram disponíveis no AU – Atendimento Único deste Municipio, onde podem ser consultadas, durante o período de funcionamento dos serviços. -------------------------------------------- Para constar se lavrou o presente e outros de igual teor, que vão ser afixados, nos lugares de estilo, publicado no sítio da Internet e nos jornais regionais distribuídos na área da autarquia, ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Município de Viseu, 16 de março de 2016.-------------------------------------------------------O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL António Joaquim de Almeida Henriques
PSP A Polícia de Segurança Pública de Viseu, entre os dias 03 e 04 de abril de 2016, no âmbitoda sua actividade operacional, deteve 03 cidadãos pela prática dos seguintes ilícitos criminais: - 02 cidadãos do sexo masculino de 23 e 34 anos de idade por condução de veículo automóvel com taxas de alcoolemia de
1,97g/l e 2,64g/l de álcool no sangue, respectivamente. - 01 cidadão de 24 anos de idade, por condução de veículo automóvel sem habilitação legal para o efeito. Os detidos foram notificados para comparecerem no Tribunal Judicial de Viseu
AÇõES DE SENSIBILIZAÇÃO "FLORESTA PROTEGIDA 2016"
O Comando Territorial do Viseu através do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), no âmbito da Operação “Floresta Protegida 2016”, desenvolve até 10 de abril diversas ações de sensibilização junto da população. Estas ações têm como objetivo alertar para a importância de procedimentos preventivos a adotar, nomeadamente sobre o uso do fogo, limpeza e remoção de matos e
manutenção das faixas de gestão de combustível, consciencializando, assim, para a problemática da defesa da floresta contra incêndios, e de incentivo às boas práticas e ao respeito pela natureza, salvaguardando também aí a sustentabilidade e o futuro da nossa floresta. Também, complementarmente à sensibilização, os militares desenvolverão ações de identificação de situações de incumprimento relativo à gestão de combustíveis, com o intuito de reduzir o número de ocorrências e minimizar o risco de incêndio florestal, procedendo, numa fase posterior, a ações de fiscalização.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) realiza, durante todo o mês de abril e em todo o território nacional, mais uma edição dos “Censos Sénior”, que visa identificar a população idosa que vive sozinha e/ou isolada. A operação deste ano tem como objetivos atualizar os registos das edições anteriores e identificar novas situações. Além disso, e pela primeira vez, será feito um levantamento das pessoas portadoras de deficiência, informando as entidades competentes das situações de potencial perigo. Durante a operação, serão realizadas ações de sensibilização para que esta população adote comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes. Os militares da GNR farão ainda a divulgação do programa “Residência
Segura”, que permite recolher os elementos necessários para a elaboração do mapa da região, com a localização georreferenciada de todas as residências aderentes ao projeto. Esta identificação geográfica torna assim mais eficaz as ações de patrulhamento e a vigilância dos militares da GNR, tornando ainda mais célere a resposta em casos de urgência. Na Operação “Censos Sénior 2015” foram sinalizados 39 216 idosos dos quais: ·
23 996 vivem sozinhos;
·
5 205 vivem isolados;
· 3 288 vivem sozinhos e isolados; · 6 727 não enquadrados nas situações anteriores, mas em situação de vulnerabilidade fruto de limitações físicas e/ou
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 4
4 Destaque
Quinta-feira 07/04/2016
MUSEU GRÃO VASCO: “UM JOVEM DE 100 ANOS PREPARADO PARA O FUTURO”
Recursos humanos são o maior problema “Neste centenário, gostaria que todos olhassem para o Museu Nacional Grão Vasco como um jovem de 100 anos preparado para o futuro”, disse o diretor, Agostinho Ribeiro, ao Notícias de Viseu. Saudável, na sua juventude centenária, o museu está bem e recomenda-se. Pouco tempo atrás, o deficiente funcionamento dos equipamentos causou “grandes transtornos e dissabores”, mas tudo foi resolvido. Hoje, o maior problema é a escassez de recursos humanos. Logo à entrada da exposição “100 Anos Museu Nacional Gão Vasco”, vemos uma fotografia ampliada da primeira equipa do museu, datada de 1916. Em destaque, Almeida Moreira, fundador e diretor, acompanhado de cinco adultos e duas crianças, provavelmente filhas de algum dos funcionários. Na altura, o museu cabia nas salas do Cabido da Sé e seus anexos. Ao longo de um século, muita coisa mudou. O acervo cresceu enormemente, o Paço dos Três Escalões passou a ser a casa de Grão Vasco, o discurso expositivo sofreu uma progressiva evolução, os equipamentos modernizaram-se, o espaço foi remodelado, a equipa aumentou e profissionalizou-se, o museu ganhou estatuto de museu nacional. Hoje, há cerca de 20 pessoas a trabalhar no MNGV. São poucas face às muitas exigências e algumas têm contratos precários. “Atualmente, a nossa principal necessidade prende-se com os recursos humanos”, disse Agostinho
2017 está prevista uma intervenção, na fachada exterior, no sentido de “calafetar, isolar e resolver definitivamente, tanto quanto possível, o problema das infiltrações e do controlo ambiental”, adianta. Centro de cultura
Primeira equipa do Museu Grão Vasco Ribeiro, diretor desde 2014. “Para uma boa operacionalização no quotidiano, precisamos de aumentar o número de colaboradores em permanência, porque o regime precário é muito complicado para todos”. Agostinho Ribeiro lembra que o MNGV funciona aos fins de semana, o que obriga ao trabalho por turnos e cria acrescidas dificuldades, sobretudo, na parte da vigilância. “Estou convencido de que este problema será resolvido, mas tudo leva o seu tempo. Sei que a tutela - quer a Direção Geral do Património Cultural, quer o Ministério da Cultura - está sensível a esta matéria, que é, também, uma matéria de natureza humana”.
Otimista, o diretor vive o presente com entusiasmo, empenhado na “festa do museu”, que é também, como gosta de frisar, “a festa de Viseu”. “Neste centenário, gostaria que todos olhassem para o Museu Nacional Grão Vasco como um jovem de 100 anos, preparado para o futuro”, realça. Infiltrações Para trás, ficaram problemas graves relacionados com a deficiente manutenção de equipamentos. “Desde que foram feitas as obras de adaptação do museu, muitos dos equipamentos ficaram inoperacionais, porque não havia
contratos de manutenção, o que levantava gravíssimos problemas. Chegámos a ter salas com sistemas de controlo do ambiente a funcionar de forma muito deficitária, o que causava imensos transtornos e dissabores, a nível da salvaguarda das espécies e do conforto dos visitantes”, conta o diretor. De há dois anos a esta parte, esses problemas foram resolvidos, com o apoio do departamento de obras da Direção Geral do Património Cultural (DGPC). “Neste momento, as maquinarias estão todas a funcionar bem”, afirma. As infiltrações são outro problema com que o museu se debate, embora a situação esteja controlada, segundo o diretor. Para
Resolvidos estes problemas, especialmente, o da falta de recursos humanos, o museu “poderá, tranquilamente, dedicar-se ao exercício das suas grandes obrigações, cumprindo os seus desígnios maiores”, diz Agostinho Ribeiro. Na primeira linhas dessas obrigações, está a salvaguarda do acervo museológico, o seu estudo, exposição e divulgação. Paralelamente, há que “oferecer uma diversidade de projetos de natureza pedagógica e ser um centro de cultura”, defende o diretor. “Estamos a desenvolver dinâmicas onde a contemporaneidade tenha lugar, não só ao nível dos autores mais consagrados e dos artistas de fora, como é exemplo a exposição de escultura de Rogério Timóteo [no espaço público e dentro do museu], mas também ao nível dos artistas de Viseu, como forma de os catapultar para uma maior visibilidade e de dar a conhecer ao público as capacidades criativas locais”. Agostinho Ribeiro resume numa frase curta o desígnio do museu: “Pensar no passado, no sentido de o proteger e de o mostrar, e pensar no futuro, no sentido de o realizar”.
Sofia Meneses
Conservação das obras é preocupação permanente “S. Francisco, Penitente”, pintura de José de Almeida Furtado – o Gata, patente na exposição dos 100 anos de Museu, foi a última obra do Museu Nacional Grão Vasco a merecer uma grande intervenção pelo Instituto José de Figueiredo. A conservação e o restauro são uma preocupação permanente. Agostinho Ribeiro disse ao Notícias de Viseu, que o acervo do museu está bem preservado. Mas há algumas excepções. “Há obras que merecem preocupação, já mereciam e continuam a merecer até serem devidamente restauradas, como por exemplo, “O Descimento da Cruz”, de Vasco Fernandes, que está agora em Cascais, na ex-
posição Reservas em Bruto”, aponta o diretor. “O Descimento da Cruz” é a única obra de Grão Vasco que não está em exposição permanente no MNGV. Antes de ir para Cascais foi alvo de uma pequena intervenção, “apenas de fixação e consolidação para evitar perdas cromáticas”, explica Agostinho Ribeiro. “É uma obra que apresenta lacunas e falhas, pelo que não tem as condições necessárias para ficar exposta permanentemente. “S. Francisco, Penitente”, do artista viseense José de Almeida Furtado – o Gata (1778 – 1831), foi restaurada em 2015 (no âmbito de uma exposição sobre este pintor) e corresponde à última grande inter-
venção feita pelo Instituto José de Figueiredo. Por isso, explicou-nos Agostinho Ribeiro, foi escolhida para integrar a exposição dos 100 anos, de forma a exemplificar as principais missões do museu: proteção, conservação e restauro dos bens artísticos; investigação e estudo; exposição e divulgação. De todo o acervo do museu, as obras de pintura são as que suscitam maior preocupação. “Mas, de uma maneira geral, as nossas obras estão em bom estado de conservação e seria perfeitamente possível colocá-las em exposição, não fosse existir o problema da falta de espaço”, diz Agostinho Ribeiro. A decisão de conservar uma determinada obra parte do museu,
“S. Francisco, Penitente”
mas tem que ter o aval da Direção Geral do Património Cultural (DGPC). “O Instituto José de Figueiredo, que é uma dependência da DGPC, não tem mãos a medir. As solicitações são tantas, tão diversas e em tanta quantidade, que tem que haver prioridades. Quem define as prioridades é a DGPC”, esclarece o diretor do MNGV. “Quando temos mesmo muita necessidade de proceder a uma intervenção e não temos modo de a fazer através do Instituto José de Figueiredo, então, recorremos a uma externalização, isto é, a uma entidade externa, uma empresa com créditos firmados na área da conservação”. SM
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 5
Destaque 5
Quinta-feira 07/04/2016
Medalha de Ouro é prenda do Município - Diretor do museu confessa-se “surpreendido” e “muito contente” A Câmara Municipal de Viseu irá entregar a Medalha de Ouro da Cidade ao Museu Nacional Grão Vasco, uma “prenda de aniversário” que surpreendeu o diretor do MNGV, Agostinho Ribeiro. A notícia foi dada, no dia 16 de março – data de aniversário do MNGV, pelo presidente da autarquia, Almeida Henriques, no final da visita inaugural à exposição sobre os 100 anos do Museu. A entrega da medalha, que terá lugar este ano, no dia 21 de setembro – Dia do Município, simboliza “a homenagem de todos os munícipes” ao MNGV, disse Almeida Henriques. “Fiquei muito surpreendido. Não contava de todo e fiquei agradavelmente surpreendido e muito contente com o reconhecimento do município de Viseu”, disse Agostinho Ribeiro ao Notícias de Viseu. O dia em que o MNGV completou 100 anos de existência foi vivido intensamente de manhã à noite. “Foi um dia muito gratificante, com todas as componentes que considero importantes”, disse o diretor, realçando o envolvimento de alguns dos principais parceiros no programa festivo.
noite, a atuação do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, que encheu por completo a Sé de Viseu. Entre os convidados, a secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal, que enalteceu o contributo que o MNGV tem dado à cultura portuguesa. A governanta desejou que as comemorações do centenário “sejam mais um motivo para elevar o Museu e a região de Viseu. Refira-se ainda a presença do subdiretor geral do Património Cultural, David Santos, do presidente da Fundação Millennium BCP (patrocinador dos comemorações do centenário), Fernando Nogueira, e dos ex-diretores do MNGV.
Exposição dos 100 Anos do museu “O momento verdadeiramente museológico” do dia de aniversário, nas palavras de Agostinho Ribeiro, foi a inauguração da exposição dos 100 Anos do MNGV. A exposição documenta a fundação do museu, em 1916, e vai prosseguindo cronologicamente, até à grande obra de readaptação, sob o projeto do arquiteto Souto Moura, e à elevação a museu nacional, em maio de 2015. A terminar, uma homenagem ao Grupo de Amigos do Museu, bem como aos doadores que, ao longo dos anos, foram disponibilizando e oferecendo um conjunto notável e di-
Brinde com Reserva do Museu 1996
Almeida Henriques, Isabel Botelho Leal, Agostinho Ribeiro e Fernando Nogueira, na inauguração da Exposição
Lançamento do vinho Grão Vasco Reserva
versificado de obras de arte que constituem a maior parte do acervo do museu. Contudo, refirase, as obras principais em exposição permanente são provenientes do fundo antigo e não provêm de doações. Além da inauguração da exposição, a festa de aniversário contou com um programa recheado: missa solene na Sé de Viseu, celebrada pelo bispo de Viseu; edição de um selo alusivo ao centenário da fundação do museu, numa parceria com os CTT; apresentação de uma peça cerâmica (prato com a imagem do “S. Pedro” de Vasco Fernandes) da Vista Alegre; lançamento do vinho “Grão Vasco Reserva do Museu 1996”, e, à
O dia em que o museu completou 100 anos não poderia passar sem um brinde especial. Este realizou-se com a apresentação do vinho “Grão Vasco Tinto Reserva do Museu 1996”, edição numerada e limitada a 5.000 unidades da garrafa de 150cl, da Sogrape Vinhos. João Gomes da Silva, administrador da Sogrape Vinhos, e Beatriz Cabral de Almeida, enóloga, apresentaram a edição que estará disponível em caixa individual de madeira na rede de lojas dos Museus Nacionais e principais garrafeiras do país. Este lançamento assinala a ligação entre a história da marca e o nome do Museu. O vinho Grão Vasco nasceu em 1958, dois anos após a compra da Vinícola Super Dão pela Sogrape Vinhos e depois do então diretor do Museu ter acedido ao pedido para a utilização do nome e da imagem do pintor Vasco Fernandes (Grão Vasco) no rótulo da garrafa. SM
Prato da Vista Alegre
Selo dos CTT
Tesouros nacionais As doações constituem a maioria do acervo do MNGV, embora do ponto de vista qualitativo, o acervo principal seja o chamado “fundo antigo”, no qual se incluem os 22 Tesouros Nacionais existentes no museu. É com grande entusiasmo e visível paixão pela arte, que Agostinho Ribeiro fala de cada um desses tesouros, a saber: Os 14 painéis do retábulo da Sé de Viseu, que fazem parte do primeiro conjunto de obras do museu. Foram encomendados a um flamengo, Francisco Henriques, com quem Grão Vasco trabalhou. Essas 14 pinturas, sabemos hoje, são fruto de uma parceria, embora seja verdadeiramente uma obra de Francisco Henriques, feita numa oficina onde Vasco Fernandes (mais tarde reconhecido como Grão Vasco) se destacou.
Com a vinda para Viseu do grande bispo de renascimento D. Miguel da Silva, faz-se a encomenda das grandes obras, entre as quais o magnífico S. Pedro, de 1529, a obra-mestra de Grão Vasco. No MNGV, há mais quatro obras pictóricas monumentais que são também Tesouro Nacional, as quais, outrora, ornamentaram as capelas laterais de Sé e do Claustro da Sé – o Baptismo de Cristo, o Calvário, o Pentecostes e o S. Sebastião. Para além destas 19 pinturas quinhentistas, o MNGV tem ainda mais três tesouros nacionais Santa Ana e a Virgem - escultura de madeira dourada, do século XVIII, de Claude Joseph Laprade; a Píxide da Serra Leoa - trabalho em marfim do século XVI, exemplo da diáspora portuguesa, de que só se conhecem mais dois exemplares no mundo, e o autorretrato de Columbano Bordalo Pinheiro, intitulado “No meu atelier” (1884). Coro do Teatro Nacional de S. Carlos
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 6
6
Destaque
Quinta-feira 07/04/2016
“RESERVAS EM BRUTO” NO CENTRO CULTURAL DE CASCAIS
Sessenta por cento das obras de pintura não estão expostas no Museu Sessenta por cento da pintura do Museu Nacional Grão Vasco não está exposta permanentemente por falta de espaço e por não se enquadrar no discurso expositivo. Até dia 19 de junho, parte da reserva de pintura e escultura dos séculos XVI e XVII pode ser observada em Cascais. Para a curadora da exposição, Graça Abreu, “as reservas do Museu são o seu coração”. No âmbito do programa comemorativo do centenário do Museu Nacional Grão Vasco (MNGV), a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação D. Luís I inauguraram, no dia 19 de março, a exposição “Museu Nacional Grão Vasco: Reservas em Bruto - Pintura e Escultura dos séculos XVI e XVII”, que ficará patente, no Centro Cultural de Cascais (Av. Rei Humberto II de Itália, Cascais), até 19 de junho. A exposição torna visível uma seleção de obras provenientes das valiosas reservas do Museu que, por opção do discurso museológico e gestão do espaço, não se encontram expostas ao público, em per-
tivo que nós temos construído para o museu”, justificou. O diretor entende que “faz todo o sentido ensaiar fórmulas temporárias, com alguma periodicidade, para apresentar obras que temos em reserva, o que viria a enriquecer muito o conhecimento das pessoas sobre as nossas coleções”. O “Toque do invisível”
manência no MNGV. “São obras muito importantes de Vasco Fernandes, Simão Rodrigues, Jorge Mendes, enfim, de um conjunto notável de artistas
que, do ponto de vista cronológico, vai até Estevão Gonçalves Neto, também ele um grande pintor viseense”, disse Agostinho Ribeiro ao Notícias de Viseu.
“Sessenta por cento da pintura do museu encontra-se em reserva, não está em exposição por manifesta exiguidade espacial e por não se enquadrar no discurso exposi-
Agostinho Ribeiro sublinha que a exposição em Cascais tem um discurso expositivo muito interessante, terminando de forma inovadora, com o designado “Toque do invisível”. Trata-se da possibilidade de todos os visitantes observarem o retábulo da Sé de Viseu e o "S. Pedro" de Grão Vasco, através da realidade virtual aumentada. Por intermédio de uma aplicação num iped, num tablet ou até num smartphone, o visitante pode acionar uma tela e ver as obras de arte do MNGV. "Desta forma, conseguimos deslocar virtualmente, para Cascais, as obras mestras do pintor Vasco Fernandes, o que constitui uma experiência expositiva inovadora", realça o diretor.
Odete Paiva, Vereadora da Cultura da Câmara de Viseu, Graça Abreu, curadora da exposição e Agostinho Ribeiro, diretor do MNGV
“As reservas do Museu são o seu coração” “As Chaves das Reservas do MNGV estão no Centro Culturais de Cascais”, disse a curadora da Exposição, Graça Abreu, no dia da inauguração que contou com a presença do ministro da Cultura, João Soares, do presidente da Camara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, da vereadora da Cultura de Viseu, Odete Paiva e do subdiretor da Direção-Geral do Património Cultural, David Santos. Graça Abreu toma a palavra sobre o que se oferece ao olhar dos visitantes: “Esta exposição reúne um conjunto significativo de pinturas e esculturas que se conservam em depósito nas reservas do Museu Nacional Grão Vasco. Testemunhos da história do próprio museu, estes exem-
plares são provenientes, maioritariamente, da região da Beira Alta e dos territórios vizinhos. O estado de conservação em que chegaram aos nossos dias, a qualidade de alguns exemplares e a impossibilidade de incluir no espaço expositivo a coleção notável e numerosa do museu, remeteram este acervo para a condição de “museu invisível”. Refletindo a relação da arte com as práticas litúrgicas e devocionais, a generosidade de ofertantes ou o empenho de antigos diretores, são testemunhos fundamentais das dinâmicas com que se constroem as coleções. As reservas do Museu são o seu coração. Um espólio de ampla diversidade tipológica, inventariado e monitorizado em permanência, para se averiguar o seu estado de conser-
vação, colocando-nos sempre inúmeras questões no âmbito da conservação preventiva e, mais esporadicamente, curativa. No Centro Cultural de Cascais, e integrado no programa do centenário do Museu Nacional Grão Vasco, este “museu invisível”, uma parcela relevante da coleção do Museu, conhece renovado sentido artístico e protagoniza um acrescido significado pela sua inserção numa proposta narrativa”. A exposição é constituída por seis núcleos narrativos: “A partir de Grão Vasco”, “Olhar um olhar”, “Espaço absoluto”, “Composições retabulares”, “Imaginária devocional” e “O toque do invisível”.
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 7
Cultura 7
Quinta-feira 07/04/2016
"Todos os tempos verbais" conjugados em Viseu "Todos os tempos verbais", o primeiro livro de poesia de Rodrigo Ferrão, foi apresentado, dia 19 de março, no Clube de Viseu. O autor de 33 anos de idade, natural do Porto, onde reside, está ligado a Viseu por laços de família e escolheu o Dia do Pai para juntar familiares e amigos em volta dos seus poemas. "O livro não é assim tão importante; o mais importante é ter-vos aqui comigo", disse. Toda a sessão foi preparada de forma a constituir uma homenagem à família, com a exposição de frases sobre a mesma ("A família é onde a nossa história começa", entre outras). Com jovial alegria e fraternidade, a irmã mais nova do autor, Teresa Ferrão Pessanha (Pipas para os mais próximos), deixou falar o coração, numa intervenção sobre as memórias de infância e os afetos que os unem. Afetos e memórias que são, também, matéria-prima da maioria dos poemas de Rodrigo Ferrão, como demonstram os dois primeiros versos impressos: "recordo os abraços de mãe/nas noites de trovoada". A memória, o amor e a problemática da existência - "todos os temas clássicos da interrogação humana", segundo o autor - per-
correm as páginas do livro, "num trânsito denso entre o ser e o sentir", refere o prefácio assinado por Ana Oliveira. Coube a Rita Ferrão, prima de Rodrigo, apresentar o livro, o qual revela uma "grande interioridade" e uma "grande capacidade de transmitir pensamentos e sentimentos", através da escrita, usando para tal "todos os tempos verbais da alma", sublinhou a
apresentadora. Assinalando a data de 19 de março, Rodrigo Ferrão lembrou a importância do Pai, ou melhor, dos "três Pais" que influenciam a sua poesia e a sua vida: O Pai Criador do Universo ("aprendi a glorificar-te sem saber de que matéria és feito. ou sequer se és matéria."), o seu pai biológico e o pai da sua mãe. É a este último que o autor dedica o poema "Avô",
que viria a determinar a edição do livro. "Foi a partir desse poema que decidi avançar com a publicação", revelou. Oriundo de uma família apaixonada por livros e com experiência profissional de livreiro, Rodrigo Ferrão dedica boa parte do seu tempo à leitura e à escrita. Começou por fazer crónicas de viagens e criou um blog onde se estreou como poeta, tendo sempre
recebido “um feedback muito positivo”, disse o próprio ao Notícias de Viseu. Rodrigo Ferrão considera “Todos os tempos verbais” o seu "livro zero", pois, explica, “é a partir dele que irei perceber o que farei a seguir”. Porém, sabe desde já que quer continuar a escrever, dado que a escrita, tal como a leitura, fazem parte da sua forma de estar na vida. Sobre isso não restam dúvidas… "se eu não deixar testamento, ficam então as palavras. são elas o meu legado, são elas o desassossego, são elas o meu fingimento, são elas o meu refúgio. são elas apenas uma das partes daquilo que vos deixo.", lemos a páginas tantas. A apresentação do livro prosseguiu com a leitura de poemas pelo autor e por Cuca Cappelle Calheiros, terminando com uma prova de vinhos produzidos pela família de Rodrigo Ferrão. "Todos os tempos verbais", com capa de David Pintor, foi lançado em Junho de 2015, no Porto, tendo sido posteriormente, apresentado em Guimarães, Lisboa, Coimbra e, agora, Viseu. Sofia Meneses
CINE-CLUBE DE VISEU PROMOVE O PASSADO E O PRESENTE Desafiados pela ideia de revisitação, vários realizadores tornaram o passado absolutamente central a tudo o que torna os filmes o que eles são. É este o mote para O PASSADO E O PRESENTE, o ciclo de filmes que o CCV- Cine-Clube de Viseu tem em curso -” e como todos os grandes filmes que olham para o passado, são filmes sobre o presente”, refere nota da organização.O ciclo começou dia 5 de abril, com POSTO AVANÇADO DO PROGRESSO, de Hugo Vieira da Silva, Portugal, Angola, 2015, e continua com a seguinte programação: 12 ABR . O ESPELHO Zerkalo, de Andrei Tarkovski, URSS, 1975, 108' 19 ABR . A ASSASSINA De Hou Hsiao-Hsien, Taiwan, China, Hong-kong, 2015, 105' 26 ABR . NOSTALGIA DA LUZ Nostalgia for the light, de Patricio Guzmán, França, Alemanha, Chile, 2010, 90' 03 MAI . TRÊS RECORDAÇÕES DA MINHA JUVENTUDE Trois souvenirs de ma jeunesse, de Arnaud Desplechin, França, 2015, 123' 10 MAI . VIAGEM EM ITÁLIA Viaggio in Italia, de Roberto Rossellini, Itália, 1954, 85'
Festival Internacional de Música da Primavera começa amanhã A 9ª edição do Festival Internacional de Música da Primavera apresenta um programa com quase três dezenas de concertos e quatro centenas de músicos de várias nacionalidades. A iniciativa, que irá decorrer de 8 a 30 de abril, promove ainda o 2º Concurso Internacional de Guitarra de Viseu, masterclasses e concertos pedagógicos. O Festival Internacional de Música da Primavera terá lugar em doze palcos e salas da cidade, com destaque para o Viriato Teatro Municipal, a Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu e o Solar do Vinho do Dão.
Para além dos talentos da cidade e do país, Viseu recebe doze músicos internacionais que irão brindar o público com atuações de guitarra, piano, bandoneon e saxofone. Também nesta edição, o Festival promove o 2º Concurso Internacional de Guitarra de Viseu, que junta para já concorrentes de seis nacionalidades, desde Espanha a Hong Kong. O concurso realiza-se entre os dias 26 e 30 de abril e os prémios a atribuir têm o valor total de 14 mil euros. O primeiro classificado, para além do prémio monetário, terá ainda oportunidade de atuar na edição 2017 do Festi-
val, assim como em três festivais internacionais de guitarra, em Paris, Sevilha e Bratislava. As inscrições continuam abertas e podem ser realizadas na página web do Festival, em www.musicadaprimavera.pt. O evento contempla também uma vertente pedagógica, proporcionando o contacto com o universo musical a públicos específicos, desde crianças aos seniores. Mais de 500 pessoas serão abrangidas por este projeto, assim como várias instituições viseenses, entre elas o Estabelecimento Prisional de Viseu, o Lar Viscondessa de São Caetano, a APPACDM, a ala
pediátrica do Hospital de São Teotónio e seis escolas do 1º ciclo da cidade. O Festival arranca com a prata da casa, num concerto que reúne na Aula Magna do IPV, pelas 21 horas, a Orquestra Juvenil de Viseu e o Coro Misto do Conservatório. De destacar ainda o concerto dos laureados do Concurso de Instrumentistas do Conservatório Regional de Música de Viseu, que terá lugar a 10 de abril, no Museu Nacional Grão Vasco. Após a fase de provas musicais, a excelência musical e o mérito serão premiados. Dos mais de 500 alunos de música que frequentam a institu-
ição, o Conservatório irá premiar 42 alunos, nas mais variadas categorias e escalões, e atribuir menções honrosas a outros 44 talentos. O 9º Festival Internacional de Música da Primavera é organizado pela Proviseu/Conservatório Regional de Música Dr. Azeredo Perdigão. O projeto é apoiado pelo Município de Viseu, no âmbito do programa de apoio à criatividade e cultura “Viseu Terceiro”, com uma dotação financeira de cerca de 87 mil euros.
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 8
8 Viseu
Quinta-feira 07/04/2016
EVIDENTEMENTE, VISEU É CAPITAL! Por Fernando de Abreu (matisse13) Na última BTL, Feira Internacional de Turismo de Lisboa, o Turismo do Centro ( UM PAÍS DENTRO DO PAÍS) tinha no seu pavilhão a Região de Turismo Dão Lafões como qualquer outra, como se fosse a vila da Cascalheira de Cima, sem qualquer destaque ou literatura que levasse o viajante a passar e conhecer Viseu. Alertada para esta circunstancia deveras penalizadora, a Câmara Municipal de Viseu e outras da região, ligadas à região Centro que a CCRC define e coordena como tal, mostraram à parte a sua grandeza, instalando um pavilhão próprio para dizer o que Viseu é na sua área metropolitana, como capital da Beira Alta, do termalismo Nacional e do distrito, onde muito bem mostrou o valor monumental, histórico e paijagistico para além de se dar a conhecer o que Viseu tinha. Para darmos uma pequena amostra, bastará referir que, há quatro décadas tinha apenas 20 mil habi-
tantes e agora os censos indicam uma enorme grandeza com cem mil, somente no concelho; e meio milhão na área Metropolitana que a rodeia, área esta com definição conhecida e legalizada perante os poderes público. Isto, somente, para se dizer que, algumas as cidades crescem num ritmo cada vez mais intenso, especialmente quando são cabeças de regiões em franco progresso. Caso de Viseu, Aveiro e Leiria. Acontece, porém, que, estes factos são constantes e sistematicamente alheado por alguns responsáveis, agarrados a um bairrismo doentio, continuam a dar a conhecer estatística de Viseu desatualizadas ou, pior ainda, forçam as populações a burocracias somente para complicarem a vida ao ao necessitado de serviços públicos que em parte alguma se aceitam, para manter ao ativo centenas de empregados. Caricato!,
dando – se como exemplo a abertura de um simples furo para se obter água é necessário obter uma licença com serviços na cidade de Coimbra...
Mas, adiante, o que é isto comparada com a vaidade em ter estação dos caminho de ferro A e B, somente para dar grandeza, já que a A não tem qualquer justificação existir, mesmo que isso custe muitos milhares de euros aos bolsos dos portuguesas... Ao contrário dizem que Viseu é uma cidade do interior. Será ?!!!. Um cidade que é atravessada por duas auto estradas que a ligam do mar da Figueira da Foz a Chaves, com a fronteira de Espanha e outra do Atlântico da Barra de Aveiro a Vilar Formoso também com fronteira da vizinha Espanha, mais a menos de meia hora de carro, enquanto se aguarda pela instalação das linhas do TGV, entre Aveiro e Salamanca, com paragem na cidade de Viseu. Perante esta realidade que alguns dos responsáveis procuram ocultar, a realidade dos factos salta à evidencia e daí o crescimento pontual e seguro da capital da Beira Alta ser irreversível. Alias é um fenómeno natural, como cabeça de um vasto território de
Rua Alexandre Herculano, n.º 291 r/c | Telm: 934718756 | info@mixlife.pt | 3510-038 Viseu
excelentes potencialidades para se desenvolver; com um comércio de ricas tradições e uma indústria que vingou num região dada como essencialmente agrícola para passar a uma posição de destaque, a terceira maior das coordenadas pela CCRC, logo seguida a Aveiro e Leiria. Destacamos números por estas realidades não serem bem aceites, mesmo custando a engolir”, pelos solícitos coordenadores ao procurarem esvaziar de poder e grandeza, quando dão conta estarem a perder unidade e força competitiva. Logo, tais actos não passam de manobras evidentes, as quais é preciso combater divulgando – as , desmascarando quem não quer dar a alforria, numa altura em que há democracia para os políticos, sempre os mesmos, tira e põe para ficar tudo igual, e para toda aquela gente honesta que trabalham com muita miséria, logo merecerem melhor sorte de vida. Fernando de Abreu(Matisse13)
232 283 933
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 9
Reportagem
Quinta-feira 07/04/2016
9
ORDEM DO CAMINHO DE SANTIAGO REALIZOU CAPITULO EM MIAMI, EUA Reconhecidamente, a Ordem do Caminho de Santiago tem o maior prestígio no mundo . Daí que os dirigentes responsáveis de Espanha fossem a Miami, uma das principais cidades da Florida ( EUA). fazer um Capitulo Extraordinário da Ordem. A cerimónia foi realizada na igreja de São Pedro e São Paulo e nela foram nomeados onze novos cavaleiros, a maioria deles resi-
dentes nos Estados Unidos com raízes na Galiza, um deles de Múrcia. O evento contou com a presença do prefeito de Miami, Tomás Regalado, sendo o sacerdote José Maria Paz, nomeado capelão da Ordem. O programa foi coordenado pelo comandante na América, José Brandariz, a quem lhe foi entregue o diploma da Ordem, pelo grande
mestre, Miguel Pampín, ministro das Relações Exteriores, Alejandro Rubin e secretário geral Alfonso Barcia. Entre os novos membros, Carlos Vasallo, presidente da TV americana, proprietário de cinco canais, no México e produtor de cinema, Mario Perez Rivera, vice-presidente da Associação de Empresários e Profissionais Gallegos, nos Estados Unidos e presidentes
de numerosos grupos negócios. O programa, nos dias antes e depois do capítulo, houve entre outros eventos a inauguração e apresentação da Medalha de Ouro da Ordem de Miami, pelo prefeito Tomás Regalado e ouro do emblema Cônsul Geral de Espanha, em Miami, Cándido Greis. Outros atos emblemáticos foram realizados com a intervenção do diretor do Noble jacobino Academy (Academia da Ordem do Caminho de Santiago), Jesus Palmou, que deu uma palestra sobre "Santiago e seus caminhos. “História, cultura e património", no Miami Dade College. Entre os participantes, membros do Conselho da Ordem e outros cavaleiros e damas, o ex-ministro do governo da Espanha, Carmen Chacón, Comandantes da Ordem no México, Costa
Rica, Argentina e Equador cavaleiros e vários representantes de Espanha a partir de Madrid, La Rioja, Múrcia e Galiza, receberam prestigiados prémios internacionais, de grande mérito, Placa Tourist da Ordem do Caminho de Santiago. Os membros e diretores da Fundação aproveitaram a sua estada em Miami para efectuarem outras visitas de caracter especial, como foi o caso da "Casa Santa Marta de Ortigueira", onde permanecem tradições galegas intatas e uso da linguagem e também a casa do cônsul geral da Espanha. Com este capítulo extraordinário, a Ordem continua a cumprir sua tarefa de internacionalização do Caminho de Santiago, para além das fronteiras europeias, na rota cultural, integrando mil e sessenta e dois membros de quinze países.
DANÇAR É UMA ARTE QUE VEM DOS TEMPOS PRIMITIVOS A dança é um conjunto de movimentos ritmados do corpo das pessoas, acompanhada por música, para algumas das quais, ser uma verdadeira paixão, andando para a frente, a trás e para o lado, marcando com os passos o ritmo, ao mesmo tempo que a mente engloba o corpo e o espírito favorecendo também distensão emotiva e integração da personalidade. Para tanto, há que ter força de vontade para o adestramento das pernas e exercício das faculdades intelectuais e educação física ao ponto de favorecer a coordenação fisiológica dos movimentos musculares, ao ponto de conferir leveza e vivacidade. Daí que se diga: - a dança é boa, faz bem fisicamente e depois tem arte a expressão ritmada gestual, provocada pela música ritmada que entre nos ouvidos e logo leva as pessoas para a dança. No passado, para os povos primitivos, o ritmo musical era produzido por instrumentos de per-
cussão, onde se incluíam todas as raças, culturas e civilizações, como fenómeno universal. Mais tarde, já na época do Renascimento, assistiu – se à diferença aristocrata na dança ao passar a desempenhar um papel preponderante nos serões ao lado da poesia e do canto aparecendo também como arte de bem bailar. Daí até aos nossos dias, apareceram muitas danças a suscitarem êxitos, enquanto outras foram rejeitadas, ou mesmo proibidas, motivadas pelo preconceito e acusadas invariavelmente de “ indecentes” ou “ vulgares”. Mesmo assim e apesar desta destrinça, algumas delas acabaram por se impor já que como se diz o “ fruto” proibido num caso ou em outro passar a ser o mais desejado, adicionando outras inventivas por forma a dar – lhe passos mais complexos nas ritmias, com mais movimentos rápido e diferenciados. No século XIII e seguinte, as danças eram muito graciosas, mas cheias de complicadas reverencias,
com a fetos moderados e lentos em jeito em dar às pessoas a demonstração dos seus modos, com trajes vistosos, quase sempre volumosos e pesados. Posteriormente, ao Renascimento deixaram – se os rigores medievais, em que os temas eram o usufruir os prazeres da vida, com muito fulgor e vivacidade como acontecia com o “ courante” ou corrido. Depois o minueto que se tornou em dança de réis, e o réis das danças. Muito mais tarde, no século XVIII apareceu cheio de galantismo a sedutora “ gaivota” e a impetuosa “figa” que serviu para o aperfeiçoamento nos passos e do movimento das danças. Mas, foi no século XIX que se deu a divisão preditada dos europeus, com o baile de salão que enchia os palácios dos nobres e poderosos. Nos bailes públicos, juntamente com a fina “ polonaise” e a graciosa “mazurea” , entravam cada vez mais as polcas e
quadrilhas das festas populares, onde a verdadeira sensação era a valsa, o tango e o fox – trots. O tango que tem o quartel general na Argentina, não foi muito bem aceite na Europa por o rotularem de “ lânguido” e indecente, pelos moradores de Paris, Londres e Berlim, com os Czares, na Rússia, a proibirem aquela dança elegante. Como tudo, mais recentemente caíram por terra os velhos conceitos de beleza e decência, dando preferência nos bailes ao ritmo e ao movimento entre as duas guerras de raparigas: as conservadoras e as tidas por modernas com cabelo à garçom e a saia por cima do joelho dançando os dinâmicos ritmos americanos com o charlon, lindy hop e fox – trot. Os bailes extravagantes como o “ kick a boo e a cake walk, rapidamente passaram de moda, para ser substituídos por essas novidades de além Atlântico por serem diferentes de ouvir para uma nova geração a fazer o seu tempo, a criar os seus gostos, e a adaptar – se a acel-
eração de ritmos de novas épocas, como aconteceu com o novo estilo boogie – woogie, rock and roli twist. Logo. Logo o ruído infernal impôs – se as multidões convulsas, movidas por música e danças muitas vezes com os corpos magoados e espíritos exaltados, mesmo diria em perfeita histeria colectiva. Neste estado de dança, o par dançante tradicional deixou de integrar – se num todo, para passar a improvisar ou dançar à sua maneira gingona e independente e solta, para, anos depois, se impor também os lânguidos e lentos calypso e “ slows”, os boom do samba, bossa nova , rumba e chá – chá- chá, o rock, o reaggac e outros nos mais diversos locais do globo. Logo, a dança é uma arte que procura perfeição de ano para ano, se século para século, para agradar em novos conceitos de vida.
Fernando de Abreu (matisse13)
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 10
10 Diversos
Quinta-feira 07/04/2016
MANGUALDE DEBATEU «A AMEAÇA DO CONTAS DA MISERICÓRDIA DE LAMEGO TERRORISMO NA EUROPA OCIDENTAL» APROVADAS POR UNANIMIDADE O Rotary Clube de Mangualde assinalou o 31.º aniversário com um almoço comemorativo seguido de uma conferência subordinada ao tema «A ameaça do Terrorismo na Europa Ocidental». A conferência foi proferida pelo Coronel Duarte da Costa, Chefe do Estado-maior do Comando Operacional das Forças Terrestres. Cerca de uma centena de pessoas estiveram presentes na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves para ouvir e debater esta temática. A cerimónia de abertura contou com a presença do orador, o Coronel Duarte da Costa, Chefe do Estado-maior do Comando Operacional das Forças Terrestres, do
Presidente do Rotary Clube de Mangualde, Luís Fraga, e do Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo. A moderação da conferência esteve a cargo de Coronel Fernando Morais, membro do Rotary Clube de Mangualde.
LAMEGO NA ADMINISTRAÇÃO DA REDE EUROPEIA DAS CIDADES DO VINHO
A Câmara Municipal de Lamego foi eleita membro do Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN) durante a reunião do Conselho de Administração e a Assembleia Geral que decorreram na "Cidade Europeia do Vinho 2016", Conegliano Valdobbiadene, em Itália. Durante o encontro, ocorrido a 1 de abril, a
Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) foi eleita para a presidência da RECEVIN. Para além da presença deste município duriense no Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades do Vinho, também as autarquias do Cartaxo, Palmela e Reguengos de Monsaraz vão integrar este órgão dirigente. Pedro Magalhães Ribeiro, Presidente da AMPV, afirma que a forte representação portuguesa "espelha o reconhecimento internacional do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela AMPV e pelos seus associados". Os novos órgãos sociais foram eleitos para os próximos dois anos. Recorde-se que a Câmara Municipal de Lamego foi um município fundador da AMPV, criada para defender o património vitivinícola e valorizar o potencial endógeno das regiões e cidades do vinho, cuja produção é a sua base produtiva e a sua identidade histórica. Francisco Lopes, autarca de Lamego, é o Presidente da Assembleia Intermunicipal.
A Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Lamego aprovou por unanimidade o Relatório e Contas de Gerência relativo a 2015, em reunião ocorrida a 30 de março. Em nome da instituição, o Provedor António Marques Luís, sublinhou que a Mesa Administrativa “cumpriu o mandato orçamental para que estava mandatada, não excedendo e ficando mesmo aquém do défice orçamental aprovado”, conseguindo inverter, em várias valências, uma trajetória financeira desfavorável. Mesmo assim, o défice operacional apurado correspondeu a 161.928,61 euros. Numa avaliação detalhada sobre as atividades realizadas ao longo do ano passado, realçou que os trabalhos de requalificação da Igreja das Chagas “consumiram uma fatia importante dos recursos financeiros”. Durante a explicação sobre as principais linhas de ação concretizadas em 2015, destacou a estabilidade da política de recursos humanos das equipas que dinamizam as diferentes valências, bem como a melhoria contínua das instalações e equipamentos de modo a evitar a sua degradação. Com o objetivo de encontrar novos rumos e conferir sustentabilidade económica e financeira à Misericórdia de Lamego, António Marques Luís recordou a aprovação, naquele período, de um novo licenciamento de obras com vista a uma remodelação profunda do Lar de Idosos de Arneirós. Os trabalhos de reconstrução da ala mais antiga deste edifício, que vão dotá-lo de “condições de excelência”, começam até ao final do ano. Em simultâneo, foi também iniciado o projecto de resolução definitiva do “problema da Ilha Amarela”, na cidade do Porto, que transformará este local, atualmente bastante degradado e desabitado, num novo polo residencial composto por 45 apartamentos, vocacionados sobretudo para estudantes universitários. “Deste modo, será encontrado um caminho promissor como geração de receitas, muito interessante para o futuro desta Santa Casa”, afirma. O projeto
de arquitectura, em fase adiantada de execução, deve entrar em breve nos serviços da Câmara do Porto. Na intervenção perante os “irmãos” que marcaram presença na Assembleia Geral, o Provedor da Misericórdia de Lamego exaltou ainda a consolidação do processo de investimento na “Quinta de Lobrigos”, uma propriedade de 30 hectares situada em Santa Marta de Penaguião, que permitirá o reforço da sua produção agrícola e a melhoria da atividade operacional do Lar de Idosos de Arneirós com a introdução de novos técnicos na sua equipa multidisciplinar, colocando esta resposta social ao nível das melhores práticas que existem no mercado. O Relatório e Contas de Gerência relativo a 2015 mereceu o parecer positivo por parte do Conselho Fiscal da Misericórdia. No final, entre outros assuntos, o Provedor da instituição teve ainda tempo para lançar um convite público a todos os “irmãos” e à comunidade em geral para que se associem às comemorações do 497º aniversário da instituição que vão ter lugar no Teatro Ribeiro Conceição, no próximo dia 16 de abril. As celebrações vão contar com a participação de relevantes personalidades locais e nacionais, entre as quais o ministro do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade, Vieira da Silva, e o Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga. O dia terminará com a celebração de uma missa pelo Bispo de Lamego na Igreja das Chagas.
Relógios de Sol – Património esquecido ( 5 ) Como já foi referido, a origem e a data do aparecimento das clepsidras, também conhecidas como relógios de água, certamente ficará para sempre pelas especulações. Não podemos deixar de dizer que as clepsidras tiveram o mérito de promover um grande avanço na organização temporal da sociedade, e a sua utilização estendeu-se até aos nossos dias ou por motivos de ordem prática ou por motivos de ordem técnico-científicos. Foi a sua utilização nos períodos nocturnos e em dias de sol encoberto, ligada a uma regulação mais fina dos períodos de tempo, que determinaram a sua utilização ao longo dos séculos até aos nossos dias. A clepsidra foi sofrendo evoluções introduzidas por Egípcios, Gregos, Romanos, Chineses, Árabes e construtores de outras
origens. Algumas delas eram de construção simples enquanto outras de tamanho monumental. Os Romanos usavam pequenas clepsidras para regular o tempo atribuído aos Tribunos nas assembleias políticas assim como nos tribunais aos Advogados É na chamada Torre dos Ventos, construída numa grande
praça (designada por Ágora Romana) na cidade de Atenas que funcionava uma clepsidra. É curioso que conjuntamente com ela, nessa torre feita em mármore, de secção octogonal com 12 metros de altura e com um diâmetro de aproximadamente 8 metros estavam relógios de sol, nas suas faces laterais. É contudo no mundo Islâmico Medieval que a clepsidra tem um grande desenvolvimento. É pela mão de um engenheiro Persa de nome Al-Jazari que a clepsidra atinge o seu apogeu. À pergunta se hoje existem clepsidras modernas, a resposta é sim. Em Parques Temáticos de alguns países podemos ver clepsidras que são reproduções mais ou menos melhoradas de clepsidras antigas. É o caso da” Clep-
sidra de Tambor” existente no parque de Ludiver (Tonneville-França) assim como a clepsidra (com controlo de entrada de água) que é o impressionante “Relógio de Água” de Bernard Gitton. Mas outros processos foram usados desde a antiguidade para medir o tempo tais como as ampulhetas ou relógios de areia, os relógios de fogo, as tabelas de sombra, as velas ou ainda as candeias a óleo. Todos estes artefactos contadores do tempo ou de partes de tempo teriam a precisão possível mas no entanto a suficiente para a vida muito menos acelerada desses remotos tempos. Pedro Gomes de Almeida Astrónomo Amador e Gnomonista Nota: Para os artigos publica-
dos e a publicar foram consultadas obras de Denis Savoie, Yves Opizzo, René Rohr e textos sobre os temas na Wikipédia
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 11
Regional 11
Quinta-feira 07/04/2016
EM SÁTÃO, A COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS É NO DIA 17 DE ABRIL
CâMARA TRANSFERE MAIS DE 730 MIL EUROS PARA JUNTAS DE FREGUESIA
III FEIRA DE MARÇO: UMA HOMENAGEM AOS PRODUTORES
Em 2016, o tema do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios celebrado pelo ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, em língua inglesa International Council of Monuments and Sites) a 18 de abril é: O Património do Desporto. Neste âmbito, a Câmara Municipal de Sátão organiza uma caminhada no dia 17 de abril com destino à Capela de Nossa Senhora da Esperança, Abrunhosa, S. Miguel de Vila Boa, seguida de uma visita guiada ao som do Órgão de Tubos. A caminhada terá início às 9h00 junto à Piscina Municipal. No caso de ser necessário transporte, de Abrunhosa para Sátão, as inscrições devem ser realizadas na Piscina Municipal, até ao dia 14 de abril. Com estas iniciativas, o Município de Sátão pretende promover e valorizar o Património Histórico municipal, bem como incentivar a prática do desporto.
A Câmara de Cinfães vai transferir mais de 730 mil euros pelas 14 Juntas de Freguesia do Concelho, em 2016, no âmbito dos acordos de execução.
ESTE EVENTO ‘PROMOVE CULTURA, TRADIÇÃO, RESPEITO HISTÓRICO, MAS TAMBÉM PROMOVE OS PRODUTOS LOCAIS… EU ACREDITO QUE MANGUALDE TAMBÉM PODE CRESCER NESTE SETOR DE ATIVIDADE. O OBJETIVO É MANTER AS PESSOAS DE MANGUALDE NO TERRITÓRIO E TRAZER GENTE DE FORA’ – JOÃO AZEVEDO
A Vo’Arte e o Teatro Viriato apresentam “Rule of Thirds” Nova criação de antónio cabrita e são castro |acsc| a 9 de Abril no Teatro Viriato, Viseu. Uma produção Vo’Arte e co-produção Teatro Viriato e Culturgest.
“Rule of Thirds” é uma peça coreográfica para quatro bailarinos que se inspira na poética existente na obra fotográfica de Henri Cartier-Bresson e na sua maneira de pensar o acto criativo.
Sala foi pequena para ouvir Francisco Moita Flores Falou do livro (não muito para não desvendar o enredo), contou histórias (da vida real e ficcionada), fixou-se em personagens, mas o entusiasmo maior sentiu-se (nos gestos e no tom de voz) cada vez que falava da importância da língua portuguesa no mundo, essa língua restaurada e consolidada com a Restauração da Independência, em 1640, sob a égide de D. João IV. “Se não fosse isso, hoje seríamos uma língua regional, confinada a um espaço territorial restrito. Mas o feito de 1640 fez com que a língua se expandisse, e hoje somos mais de 250 milhões de falantes”, lembrou Francisco Moita Flores, este sábado, 2 de abril, em Moimenta da Beira, numa sala que foi pequena para o ouvir apresentar, a convite da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, “O Dia dos Milagres”, o seu último romance. Foi uma noite histórica!
As verbas destinam-se à gestão e manutenção dos espaços verdes; limpeza das vias e espaços públicos, sargetas e sumidouros; manutenção e reparação de mobiliário urbano nos espaços públicos e pequenas reparações nos estabelecimentos de educação e manutenção dos espaços envolventes. “Esta política de proximidade vem dotar as freguesias de mais meios financeiros e condições para fazer face às reais necessidades das pessoas. A execução de obras de melhoramento da rede viária; a requalificação de redes de águas pluviais; a manutenção, requalificação e construção de equipamentos públicos ou as requalificações de ruas e espaços públicos, fazem parte de um vasto rol de intervenções financiadas pelo Município, com vista a melhorar a qualidade de vida dos cinfanenses”, explica o presidente Armando Mourisco. Para o autarca de Cinfães estas verbas são “fundamentais para desenvolver uma política de apoio e proximidade às freguesias do Concelho e inserem-se numa lógica de equidade e igualdade de tratamento, com o intuito de melhorar o serviço prestado a todos os munícipes”.
Liga dos Bombeiros reuniu em Moimenta da Beira Os órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses e mais cerda de uma centena de conselheiros, oriundos de todo o país, estiveram reunidos , no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira para fazer o balanço dos contactos estabelecidos com o atual Governo e com os grupos parlamentares da Assembleia da República, e ainda para apreciar e votar o relatório e contas relativos a 2015 e fazer a análise e votação das propostas de atribuição da Fénix de Honra.
Antes, porém, a toda a comitiva foi recebida pelo presidente da Câmara Municipal, José Eduardo Ferreira, em cerimónia realizada em frente aos Paços do Concelho. É a segunda vez que as mais altas e destacadas figuras dos bombeiros portugueses reúnem em Moimenta da Beira. A primeira aconteceu há 30 anos (15 de março de 1986).
O Monte da Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Tavares – Mangualde, acolheu este fim de semana, 2 e 3 de abril, a III Edição da Feira de Março. Na iniciativa marcou presença o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, o Presidente da União de Freguesias de Tavares, Alexandre Constantino, e centenas de visitantes. O evento, que é organizado pela União de Freguesias de Tavares, contou com o apoio da Câmara Municipal de Mangualde e teve como parceiro a Real Confraria do Porco. Para o edil mangualdense, ‘a Junta de Tavares tem tido um papel determinante na organização deste grande evento’, salientando que ‘para dar coesão territorial nós temos que polarizar eventos que tenham a ver com a tradição, com o ADN das freguesias’. Na mostra estão destacadas áreas como a agricultura, os serviços da terra, o setor agropecuário, o que permite ‘chamar gente a Mangualde através deste projeto para depois podermos fomentar a agroindústria, o queijo da serra, o bom leite. Isto tem que ter uma consequência. Não é só organizarmos uma festa para que as pessoas possam cá vir neste dia, mas ter um papel determinante na melhoria das condições de vida dos agricultores, dos produtores de leite para poderem promover e valorizar o seu produto. Eu acredito que com o investimento que vamos ter no concelho na área da produção do queijo da serra da estrela, por exemplo, os agricultores de Mangualde vão estar com mais conforto no futuro’ acrescenta João Azevedo. Em suma, o autarca considera este evento ‘promove cultura, tradição, respeito histórico, mas também promove os produtos locais’. Finalizando, ‘eu acredito que Mangualde também pode crescer neste setor de atividade. O objetivo é manter as pessoas de Mangualde no território e trazer gente de fora’.
Também para Alexandre Constantino o balanço foi positivo. ‘Apesar do mau tempo, com empenho e sacrifício os agricultores e produtores vieram mostrar o seu trabalho e o orgulho que sentem nos seus animais. Isto faz com que seja uma festa diferente. É o nosso ADN.’ E acrescenta, ‘queremos reconhecer e preservar a própria raça. Fazer uma homenagem aos produtores.’ Considerando, ‘é fundamental que as pessoas sintam que o seu trabalho é útil, é importante e que é reconhecido’.
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 12
12 Saúde
Quinta-feira 07/04/2016
Doentes Raros ainda sem Registo Nacional
Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS
Policlínica Srª da Saúde Quinta da Saudade (rotunda de Nelas, em frente ao Restaurante Perdigueiro)
Telefones: 232 181 205 / 967 003 823
ALEXANDRE LIBÓRIO TERESA LOUREIRO MÉDICOS DENTISTAS
NOVOS PROTOCOLOS ADSE ( GNR - PSP )
Consultas de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30; e das 14h30 às 19h. Consultório: Rua 21 de Agosto Centro Comercial “Happy Dream” - 3510 VISEU Telefone: 232 435 141 / 917 264 605 Urgências: 917 882 961
DR. ADELINO BOTELHO Chefe de Serviço de Clínica Geral
Consultório Clínica de S. Cosme Clínica Geral e Domicílios Tel: 232 435 535 - 963 309 407 Praça de Goa - 3510-085 VISEU
Martha Santos GINECOLOGIA OBSTETRÍCIA ECOGRAFIAS
CONSULTAS: SEGUNDAS E QUINTAS, DAS 14H ÀS 20H Rua Miguel Bombarda, nº 66, Sala BU - 1º - VISEU Telefone: 232 426 695
A Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras assinalou, o Dia das Doenças Raras com o objetivo de sensibilizar a população e as entidades oficiais para os problemas e dificuldades destes doentes. “Devido à sua raridade, o diagnóstico destas doenças é habitualmente difícil, podendo levar longos anos, o que, para além do grande impacto para o doente e sua família, pode piorar o prognóstico e atrasar um tratamento adequado. Acreditamos que a criação de um registo de pessoas com doenças raras em Portugal facilitaria, por exemplo, a tomada de medidas mais adequadas para diagnósticos mais céleres e a melhoria de vida dos doentes” explica Marta Jacinto, presidente da Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras. Os doentes queixam-se frequentemente de dificuldades no acesso ao cartão de doente raro, às ajudas técnicas e aos cuidados integrados. “Outras questões que preocupam os doentes são a inexistência de tabelas de incapacidades que contemplem as questões das doenças raras e garantam que é atribuído um mesmo grau
de incapacidade a duas pessoas com a mesma doença no mesmo estadio e a necessidade de aceder ao número de consultas de que necessitam (por exemplo de terapia da fala) no Sistema Nacional de Saúde (ao invés de ser a família a suportá-las por inteiro)”, esclarece Marta Jacinto. E acrescenta: “A existência de centros de referência/excelência formais e que cumpram na totalidade os requisitos e funções próprias deste tipo de estruturas virão porventura, resolver parte significativa das dificuldades dos doentes, pelo que urge a sua implementação”. Em relação ao tratamento para as doenças raras, a presidente da Aliança salienta “apesar do número de medicamentos órfãos disponíveis ter vindo a aumentar nos últimos anos, ainda só estão disponíveis para um número muito reduzido de doenças raras”. Para assinalar o Dia das Doenças Raras, a Aliança promoveu um evento, sob o tema “A voz dos doentes – Juntese a nós para dar voz às doenças raras!”, no i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, na Uni-
versidade do Porto. Neste evento houve um debate sobre a legislação para as Doenças Raras e os Medicamentos Órfãos bem como um momento cultural, com música, pintura, arte plástica, prosa e poesia por membros das associações de doentes. A grande maioria das doenças raras é grave, crónica e debilitante. Estima-se que as doenças raras afetem, ao todo, entre 6 a 8 por cento da população, o que representa entre 24 e 36 milhões de pessoas na Comunidade Europeia (equivalente à população conjunta da Holanda, Bélgica e Luxemburgo). Em Portugal deverão existir cerca de 600 a 800 mil pessoas com doenças raras. A Aliança surge naturalmente como agregadora de Associações de Doenças Raras, para defender as necessidades de quem vive com doença rara, sensibilizar a opinião pública e representar as associações e as doenças raras de forma transversal junto das entidades decisoras.
Entrega de Apoios à Natalidade e Adoção No âmbito do Programa Municipal de Apoio às Famílias para Incentivo à Natalidade e à Adoção, implementado em 2015 pelo Município de Vila Nova de Paiva, foram entregues, mais 7 cheques a agregados familiares do Concelho, num total de 2.500€. O restante valor será entregue posteriormente, mediante a apresentação de faturas que comprovem os gastos realizados com o bebé, no âmbito da alimentação, cuidados de saúde, higiene, vestuário, produtos de pueri-
cultura, medicamentos não comparticipados, entre outros. A sessão que decorreu no Salão
Nobre da Câmara Municipal dos Paços do Concelho, contou com o Presidente da Câmara Municipal José Morgado, a Vice-Presidente, Delfina Gomes e o Chefe da Unidade Social e Cultural, Pedro Nuno Pires. Mais uma vez, o autarca paivense salientou a preocupação e o empenho da autarquia em reverter a baixa taxa de natalidade, permitindo com este incentivo contribuir para uma melhoria das condições de vida das famílias residentes no concelho.
IRS PODE FAZER BEM AO CORAÇÃO A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) está a promover uma campanha de captação de donativos através do preenchimento, na declaração de IRS, da rubrica Consignação a Instituições particulares de solidariedade social ou pessoas coletivas de utilidade pública. Segundo dados da Direcção Geral de Saúde, em 2013 e pela primeira vez, a taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório fixou-se abaixo dos 30%. Contudo, estas continuam a ser a principal causa de morte em Portugal, com 29,5% do peso na mortali-
dade total nesse mesmo ano. A Fundação Portuguesa de Cardiologia, através dos seus rastreios cardiovasculares e do seu trabalho de educação para a saúde, continua a combater estes números, sensibilizando a população portuguesa para a importância do controlo dos fatores de risco e adoção de hábitos saudáveis. Ao apoiar esta causa, através da Declaração de IRS, os contribuintes não irão pagar mais nem receber menos, isto porque os 0,5% são retirados do imposto já retido pelo Estado. Assim,
ao preencher, os contribuintes deverão colocar no quadro 11 uma cruz (X) à frente de “Instituições particulares de solidariedade social ou pessoas coletivas de utilidade pública” e indicar, no campo 1101, o NIF da Fundação Portuguesa de Cardiologia – 500 936 994. Deste modo, o valor será automaticamente canalizado para a Fundação, sem quaisquer encargos para o contribuinte.
Paralisia das cordas vocais compromete desempenho profissional Para muitos portugueses a voz é a sua principal ferramenta de trabalho, pelo que o correto funcionamento das cordas vocais é fundamental. O otorrinolaringologista António Sousa Vieira alerta para um dos problemas frequentes das cordas vocais – a paralisia – destacando a importância da implementação de estratégias preventivas nos principais grupos de risco. Os principais sintomas associados à
paralisia das cordas vocais são alterações na voz, como rouquidão ou mudança de tom, mal-estar causado pela tentativa de movimentar as cordas paralisadas e dificuldades na respiração. Nos casos em que ocorre a paralisia de uma só corda vocal, a respiração não fica comprometida, embora a voz se torne rouca e entrecortada. “Todas as pessoas devem estar atentas aos sintomas das várias patologias as-
sociadas às cordas vocais, como é o caso da paralisia, embora exista um grupo específico de profissionais que utiliza a voz com maior frequência e para o qual devemos dar especial atenção, nomeadamente os profissionais da comunicação social, os professores ou advogados”, alerta António Sousa Vieira, coordenador da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Lusíadas Porto.
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 13
Desporto 13
Quinta-feira 07/04/2016
SEGUNDA PARTE DO TRILHO DE LUDARES PERCORRIDA POR MEIA CENTENA DE PESSOAS Realizou-se a segunda parte do Trilho de Ludares, no qual participaram meia centena de pessoas. Este Percurso Pedestre, de mais de 8 km, realizou-se em Quintela de Azurara. Até 5 de junho continua a decorrer mais uma edição dos Percursos Pedestres «Mangualde em Movimento», promovidos pela Câmara Municipal de Mangualde, com o intuito incentivar o desporto e dar a conhecer Mangualde. Assim, a 08 de maio será possível conhecer a ‘Rota das Águas Milenares’, em Alcafache (6 km). A ‘Rota de Stº António dos Cabaços’, em São Cosmado, será trilhada
a 15 de maio, a ‘Rota da Sr.ª dos Verdes’, em Abrunhosa-a-Velha, a 29 de maio e os ‘Caminhos do Bom Sucesso’, em São João da Fresta, a 5 de junho. Cada um dos percursos é composto por 5 km, 8,2 km e 10 km respetivamente. A participação é gratuita. Todos os Percursos Pedestres são de dificuldade média e realizam-se ao domingo entre as 9h30 e as 12h00. O ponto de encontro é às 9h00, em frente ao Tribunal, para saída dos autocarros. As inscrições devem ser efetuadas nas Piscinas Municipais de Mangualde, através
dos contactos: 232 619 820 ou desporto@cmmangualde.pt. PERCURSOS PEDESTRES «MANGUALDE EM MOVIMENTO» Programa 2016 08 maio | Rota das Águas Milenares (Alcafache – 6 Km – Médio) 15 maio | Rota de Stº António dos Cabaços (São Cosmado – 5 Km – Médio) 29 maio | Rota da Sr.ª dos Verdes (Abrunhosa-a-Velha – 8,2 Km – Médio) 05 junho | Caminhos do Bom Sucesso (São João da Fresta – 10 Km – Médio)
RAMPA DE BOTICAS INTEGRA CAMPEONATO NACIONAL DE MONTANHA 2016 Foi apresentado no Porto, no Auditório do ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto), o Campeonato Nacional de Montanha 2016, onde a principal novidade para a presente edição é a estreia da Rampa de Boticas, que recebe a última das oito provas que compõem este Campeonato, com data marcada para os dias 1 e 2 de outubro. De resto, a inclusão da Rampa de Boticas no Campeonato Nacional está a gerar grande expetativa quer junto da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK),
para divulgar o que de bom Boticas tem para oferecer”. Ni Amorim, antigo piloto bem conhecido dos portugueses e atualmente vice-presidente da FPAK, alinhou pelo mesmo diapasão, sublinhando que “o Campeonato Nacional de Montanha é o segundo maior Campeonato em Portugal em termos de número de espectadores, tendo apenas à sua frente o Campeonato Nacional de Ralis” e reforçando que é sua convicção que “este ano o Campeonato Nacional de Montanha
quer junto dos pilotos, que vêem com bom grado esta novidade, que promete um traçado exigente mas, ao mesmo tempo, espetacular, desenrolando-se entre a rotunda do Noro até ao miradouro de Seirrãos. Fernando Queiroga, Presidente da Câmara Municipal de Boticas, marcou presença na cerimónia de apresentação do Campeonato Nacional de Montanha, juntamente com outros autarcas cujos municípios acolherão provas desta competição em 2016, e manifestou-se extremamente satisfeito por Boticas poder receber “uma competição de desporto motorizado que mobiliza um grande número de espetadores e que permitirá dar a conhecer as potencialidades do concelho para a prática de desportos desta natureza, contribuindo, ao mesmo tempo,
irá ser dos melhores até hoje disputados”. O interesse que a edição de 2016 do Campeonato Nacional de Montanha está a despertar ficou também expresso no grande número de pilotos presentes nesta cerimónia de apresentação, bem como no número de pilotos já inscritos para participarem nesta competição, que ronda já a meia centena. O Campeonato Nacional de Montanha arranca nos dias 16 e 17 de abril, com a realização da Rampa da Penha, e termina com a Rampa de Boticas, nos dias 1 e 2 de outubro, uma prova com organização do Demoporto – Clube de Desportos Motorizados do Porto, e apoio do Município de Boticas.
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 14
Quinta-feira 07/04/2016
14 Desporto
Quinta-feira 07/04/2016
BOA EXPERIÊNCIA DE ALEXANDRE BORGES NA PISTA DE LOUSADA Alexandre Borges entrou bem no Nacional de Kartcross em >ŽƵƐĂĚĂ͕ ŵĂƐ ĂnjĂƌ ŶĂ ĐŽƌƌŝĚĂ ĮŶĂů ĐŽŶĚŝĐŝŽŶĂ ďŽŵ ƌĞƐƵůƚĂĚŽ
época 2015/2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
%HQ¿FD Sporting FC Porto Braga Arouca Rio Ave Estoril Praia Paços Ferreira V. Guimarães Nacional Belenenses Marítimo V. Setúbal Moreirense U. Madeira Boavista Académica Tondela
época 2015/2016
Teve inicio a primeira ronda do Campeonato Nacional de Kartcross com mais uma edição do Ralicross de Lousada. A prova a cargo do Clube Automóvel de >ŽƵƐĂĚĂ ƚĞǀĞ ƵŵĂ ĞdžĐĞůĞŶƚĞ ůŝƐƚĂ ĚĞ ƉĂƌƟĐŝpantes, onde uma vez mais o Kartcross se destaca com mais de duas dezenas de inscritos. Entre eles, o jovem Alexandre Borges, natural de Nelas que no Euro Circuito de Lousada deu inicio á sua carreira de piloto, com boa adaptação a esta exigente modalidade. No dia de sábado Alexandre Borges teve um problema mecânico logo na primeira sessão de treinos, mas que a equipa de assistência Borgesport conseguiu resolver rapidamente, para depois fazer bons tempos nos restantes treinos tendo conseguido ĂƉƵƌĂŵĞŶƚŽ ƉĂƌĂ Ă ƉĂƌƟĐŝƉĂĕĆŽ ŶĂ ĮŶĂů ĚĞ hoje.
Neste domingo Alexandre Borges foi aumentando o ritmo durante o dia nas diverƐĂƐ ĞůŝŵŝŶĂƚſƌŝĂƐ Ğ ĐŽŶĮƌŵŽƵ Ă ƉƌĞƐĞŶĕĂ ŶĂ ĮŶĂů ƉƌŝŶĐŝƉĂů ĐŽŵ Ă ŶŽŶĂ ƉŽƐŝĕĆŽ ŶĂ ŐƌĞůŚĂ ĚĞ ƉĂƌƟĚĂ͘ ĞƉŽŝƐ ĚĞ Ƶŵ ſƉƟŵŽ ĂƌƌĂŶƋƵĞ͕ ŶƵŵĂ das curvas do circuito encontra um concorrente em despiste e não consegue evitar um toque que lhe arrancou a roda traseira, Ž ƋƵĞ ŝŵƉĞĚŝƵ Ž ƉŝůŽƚŽ ĚĞ EĞůĂƐ ĚĞ ŶĂ ĮŶĂů fazer o melhor resultado. EŽ ĮŶĂů ĚĂ ƉƌŽǀĂ͕ ůĞdžĂŶĚƌĞ ŽƌŐĞƐ Ěŝnj ƋƵĞ Ġ Ƶŵ ĐĂŵƉĞŽŶĂƚŽ ŵƵŝƚŽ ĐŽŵƉĞƟƟǀŽ͕ ganhou experiência, mas faz um balanço ŵƵŝƚŽ ƉŽƐŝƟǀŽ ĚĞƐƚĂ ƐƵĂ ƉƌŝŵĞŝƌĂ ƉĂƌƟĐŝpação nesta prova do nacional em Lousada e vai agora começar a preparar a sua próxima corrida a ter lugar nos dias 7 e 8 de Maio em Mação.
RESULTADOS ABC DE NELAS
FUTSAL TRAQUINAS Traquinas Futsal Cup (7ª jornada) Maceda 04 – 04 ABC de Nelas 16:30H – Pavilhão Municipal Maceda - Ovar
SÁBADO, 2 ABRIL FUTSAL INFANTIS Campeonato Distrital AFV (17ª jornada) Viseu 2001: 01 – 06 ABC de Nelas 12:00H – Pavilhão Infante D. Henrique – Repeses - Viseu
DOMINGO, 3 ABRIL ANDEBOL INICIADOS Campeonato Nacional 2ª fase (5ª jornada) ABC de Nelas 34 – 24 Os Melros - Germil 11:00H – Pavilhão Municipal de Nelas
FUTSAL JUVENIS Taça Nacional 1ª fase (3ª jornada) A.C.R do Arnal 03 – 06 ABC de Nelas ϭϲ͗ϬϬ, ʹ WĂǀŝůŚĆŽ 'ŝŵŶŽĚĞƐƉŽƌƟǀŽ ĚĞ Maceira época 2015/2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
FUTSAL BENJAMINS Campeonato Distrital AFV (13ª jornada) Viseu 2001: 14 – 01 ABC de Nelas 11:00H Pavilhão Escola Sec. Viriato - Viseu
AF VISEU - DIVISÃO DE HONRA
Moimenta da Beira Sátão Silgueiros Resende Penalva Castelo Ferreira de Aves Carregal do Sal Lamelas Castro Daire Paivense Sampedrense Mangualde Alvite Molelos Tarouquense 9LVHX H %HQ¿FD
J 23 23 22 23 23 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23
V 16 13 13 10 10 10 7 8 7 5 6 3 6 6 6 4
E 6 7 5 8 6 5 11 7 6 11 7 14 4 4 4 1
D 1 3 4 5 7 7 5 8 10 7 10 6 13 13 13 18
G 42 - 12 38 - 22 31 - 19 33 - 20 37 - 23 27 - 22 24 - 22 25 - 27 25 - 32 19 - 26 33 - 43 21 - 29 21 - 30 22 - 30 23 - 34 13 - 43
P 54 46 44 38 36 35 32 31 27 26 25 23 22 22 22 13
JORNADA 23 Sátão 1-1 Carregal Sal Penalva Castelo 2-0 Alvite 9LVHX H %HQ¿FD 3DLYHQVH Lamelas 0-0 Ferreira Aves Tarouquense 1-2 Resende Silgueiros 2-0 Castro Daire Sampedrense 1-1 Molelos Moimenta Beira 0-0 Mangualde
PRÓXIMA JORNADA Alvite -Carregal Sal Paivense - Penalva Castelo )HUUHLUD $YHV 9LVHX %HQ¿FD Resende - Lamelas Castro Daire - Tarouquense Molelos - Silgueiros Mangualde - Sampedrense Moimenta Beira - Sátão
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
V 23 21 19 14 11 12 11 9 8 9 8 9 6 7 6 6 5 4
E 1 5 4 8 11 6 6 9 11 7 9 5 11 7 8 7 8 5
D 4 2 5 6 6 10 11 10 9 12 11 14 11 14 14 15 15 19
G 76 - 19 61 - 19 53 - 24 47 - 27 39 - 34 38 - 38 33 - 32 34 - 35 38 - 43 33 - 41 38 - 59 38 - 52 37 - 49 32 - 46 20 - 39 21 - 35 28 - 50 25 - 49
P 70 68 61 50 44 42 39 36 35 34 33 32 29 28 26 25 23 17
D 10 5 7 9 8 9 12 11 15 14 15 10 14 12 14 13 17 13 18 17 18 17 19 22
G 70 - 43 49 - 31 57 - 40 46 - 26 47 - 40 41 - 31 47 - 40 47 - 39 43 - 37 34 - 36 49 - 48 41 - 40 40 - 43 38 - 42 39 - 41 35 - 46 43 - 54 29 - 33 38 - 45 38 - 49 40 - 51 39 - 46 39 - 53 34 - 69
P 70 69 67 65 64 63 59 57 56 52 51 50 50 48 46 45 45 45 44 43 42 41 35 26
JORNADA 28 %HQ¿FD %UDJD Arouca 3-2 Académica Marítimo 2-0 Nacional V. Guimarães 1-1 Boavista U. Madeira 2-2 V. Setúbal Estoril Praia 1-0 P. Ferreira Moreirense 0-1 Rio Ave Porto 0-1 Tondela Belenenses 2-5 Sporting
PRÓXIMA JORNADA Boavista - Arouca $FDGpPLFD %HQ¿FD Sporting - Marítimo V. Setúbal - Belenenses Nacional - Estoril Praia Tondela - U. Madeira Paços Ferreira - FC Porto Braga - Moreirense Rio Ave - V. Guimarães
J 38 38 38 38 38 38 39 38 39 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38 38
V 21 18 18 18 17 17 16 15 16 14 14 11 13 11 11 10 12 10 12 11 11 10 8 5
E 7 15 13 11 13 12 11 12 8 10 9 17 11 15 13 15 9 15 8 10 9 11 11 11
JORNADA 39 Desp. Aves 2-2 Varzim FG 06/04 Mafra 15:00 FC PortoB Gil Vicente 16:00 Atlético CP 2ULHQWDO %HQ¿FD % Sporting B 16:00 Chaves Portimonense 16:00 Freamunde Ac. Viseu 16:00 Oliveirense SC Braga B 16:00 Olhanense Sp. Covilhã 16:00 Leixões Santa Clara 17:00 Famalicão )DUHQVH 3HQD¿HO Feirense 17:00 V. Guimarães
PRÓXIMA JORNADA 09/04 Olhanense 16:15 Portimonense )DPDOLFmR %HQ¿FD % FC Porto B 15:00 Sp. Covilhã Oliveirense 16:00 Desp. Aves Varzim 16:00 Farense 3HQD¿HO )HLUHQVH Sporting B 16:00 Gil Vicente Atlético CP 16:00 SC Braga B Chaves 16:00 Ac. Viseu Freamunde 16:00 Oriental V. Guimarães B 16:00 Mafra Leixões 16:00 Santa Clara
AF VISEU - ZONA NORTE
Lamego Roriz Nespereira Vouzelenses Os Ceireiros Sezurense Vilamaiorense Campia GD Parada Oliv. do Douro Santacruzense
época 2015/2016
J 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28 28
SEGUNDA LIGA
FC Porto B Chaves Famalicão Freamunde Portimonense Feirense Varzim Gil Vicente Desp. Aves Olhanense Sporting B 3HQD¿HO SC Braga B Sp. Covilhã Atlético CP Ac. Viseu V. Guimarães B Mafra Farense Leixões %HQ¿FD % Santa Clara Oriental UD Oliveirense
época 2015/2016
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
PRIMEIRA LIGA
J 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
V 15 13 12 11 9 8 7 5 3 4 3
E 3 3 3 4 5 3 5 4 5 2 3
D 2 4 5 5 6 9 8 11 12 14 14
G 71- 22 33- 18 53- 26 34- 22 40- 28 28- 35 31- 33 19- 38 21- 50 18- 34 13- 55
P 48 42 39 37 32 27 26 19 14 14 12
G 59- 13 32- 22 35- 28 33- 28 32- 25 31- 28 35- 33 24- 37 24- 43 13- 33 20- 48
P 56 36 34 32 32 29 27 23 19 10 10
JORNADA 22 Os Ceireiros 6-2 Santacruzense Oliv. Douro 2-0 UD Vilamaiorense Vouzelenses 2-2 Nespereira Sezurense 1-0 Campia Lamego 10-0 GD Parada
AF VISEU - ZONA SUL
Canas Senhorim Repesenses Nelas Pedreles Vale de Açores Vila Chã de Sá Nandufe Moimenta Dão Santacombadense Lajeosa do Dão S. Cassurrães
J 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
V 18 10 10 10 8 8 8 6 6 2 2
E 2 6 4 2 8 5 3 5 1 4 4
D 0 4 6 8 4 7 9 9 13 14 14
JORNADA 19 Vale Açores 4-1 S. Cassurrães Moimenta Dão 4-2 Pedreles Lajeosa Dão 2-2 Repesenses Canas Senhorim 3-0 Nandufe Nelas 4-0 Santacombadense
PRÓXIMA JORNADA
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 15
Diversos 15
Quinta-feira 07/04/2016
“ JÕAo DoS DoUTorES” PErFilHA A AFilHADA Não perderam tempo e no domingo a
nossa casa e agora, com sinceridade,
seguir, sem avisar da visita,” João dos
poderíamos esperar por toda a gente
Doutores” e Rosalina pegaram no carro e
menos pela visita dos cunhados, adiantou
foram rumo a Povolide a casa onde vivia o
Salomé.
irmão com a esposa e a larada de cinco filhas que mais pareciam pintainhas a volta da mãe... Quando o carro parou junto à porta,
- Pois, desta vez, assim calhou adiantou o cunhado “ João dos Doutores”. - Na verdade, não estávamos à espera, mas são sempre bem vindos. Embora
Ercílio Chinita logo apareceu ao ouvir o
modesta, a nossa casa, mas, ainda, tenho
ruído do motor do veiculo.
pão e vinho e um pouco de presunto do porco que matamos para nosso sustento - oferecia o irmão Ercílio. - Obrigado, Ercílio!. Não precisas de te incomodar. O assunto que nos traz é bastante importante para nós. Andamos há já alguns dias para falar contigo e com a tua esposa. Temos uma proposta para te apresentar e não pretendo que o tempo passe sem a fazer, na expectativa de vires aceitar... Daí que seja importante, por demais, para ficar somente na nossa mente sem a apresentar a ti e à tua esposa Salomé. -Oh, irmão, diz logo! Sabes bem que tudo o que estiver ao meu alcance, logo o farei por ti. És irmão do peito, não esqueças...
- Oh, “João dos Doutores” por aqui ,sem me avisares, o que é que aconteceu... Podia não estar em casa e fazias a viagem em vão... - Ainda bem, que não tive esse azar e tu estás cá para falar contigo “João dos Doutores” falava assim ao mesmo tempo que abraçava o irmão , com efusivo aperto, inconstando peito, com peito, ao mesmo tempo que davam as respetivas palmadas nas costas um do outro. Entraram em casa, a esposa Salomé e as filhas estavam sentadas à lareira com a fogueira, em boa brasa, para se aquecerem. A Ana Maria logo correu para junto dos padrinhos para lhe beijar a mão, pedindo - lhe bênção. - Há tanto tempo que não veem a
Do livro “recortes dos meus dotes” CAPiTUlo X Por Fernando de Abreu
- Eu sei, queres o melhor para mim... - Então, diz agora... pedia Ercílio. - Não te importas, vamos para a tua sala, com a tua esposa, porque aquilo que tenho para te dizer preferia que seja, para já, entre ambos os casais, vamos deixar as tuas filhas, por ora, fora deste assunto. - Tem alguma coisa de mau a ver com elas?! - Sim, e não! . Não é nada de mal, mas, sim, para bem de uma delas... - Claro, irmão. Vamos para a sala conversar. - As filhas ficam ao lume, a fazer renda para o enxoval, adiantou a Rosalina, rindo... - Oh, tia!. Qual enxoval?, se o príncipe encantado ainda não apareceu por estas bandas... respondia a filha mais velha Josefina Fale -Mas há – de aparecer. Apenas se enganou no caminho, uma questão de tempo até que dê com o caminho certo.... Agora com o GPS, torna – se mais fácil chegar ao sitio desejado, quando menos se espera eles batem à porta, riu – se Rosalina com a graça.
EXCURSÃO MADRID, SARAGOÇA, SANTUÁRIO LIORET DEL MAR, BARCELONA, ANDORRA, SANTUÁRIO DE LOURDES, GRUTAS DE BÉTHARRAN E BURGOS. Com a colaboração do jornal Notícias de Viseu e Turiviajar TV, vai realizar – se nos dias: 23, 24, 25, 26, 27 e 28 de abril de 2016 uma excursão para visitar Madrid, Saragoça, Lloret del Mar, Barcelona, Andorra a Velha, Pas de La Casa, Santuário de lourdes, Grutas de Bétharran e Burgos, por 245 euros
As marcações são feitas no jornal Notícias de Viseu ou pelos telemóveis 960100300 e 962 308 080.
Depois de se encontrar na pequena sala, sentados nas cadeiras, “ João dos Doutores”, muito concentrado e solenemente, começa por dizer: - Aquilo que temos para vos propor, não vai demorar muito tempo a apresentar. - Seremos breves - reforçou a Rosalina. -Pois, bem. Agora que estamos os quatro, vamos então diretos ao assunto que nos trouxe à vossa presença – adiantou “ João dos Doutores”. Como sabes, e por muita culpa, por ser doente, a Rosalina não nos deu filhos e isso tem - nos preocupado bastante, por não termos a quem deixar a nossa quinta e receamos também o nosso futuro, em relação à velhice. Estes fatos tem – nos dado muitas noites sem dormir, a causar – nos cabelos brancos tantas tem sido as preocupações. Os anos vão sucedendo, uns atrás dos outros e cada vez, ilusoriamente, com menor duração de vida, começamos a ver chegar o termos da nossa operacionalidade, ou seja a chegada da nossa velhice.
7 de abril:Layout 1 18-04-2016 12:09 Page 16
Complexo CONVENTURISPRESS Avenida do Convento nº 1 - Orgens 3510-674 Viseu Norte email: geral@noticiasdeviseu.com publicidade@noticiasdeviseu.com Tlm : 960100300
FM
VISEU 102.8
email: cidadefmviseu@gmail.com
A rádio que Viseu ouve 968 072 909
2108
O CRIME DA RUA DA CALDEIROA Na rua da Caldeiroa, no centro de Guimarães, há uma casa para amores passageiros, aqueles que só dependem da vontade, aqueles a que chamamos fazê-los, porém do fazer vem o gostar, e o amar pode não ser ligeiro, pode não passar, passageiro, e quando não passa espera algo mais, um não sei que de expectativa infundada, que espera também não se sabe o que, mas espera, e nesse esperar toda a desgraça do mundo, porque contradizendo o ditado popular muitas vezes é inalcançável o que se espera, porque para haver esperança possível tem de haver retribuição dessa esperança, porque só quando dois esperam a mesma
coisa se alcança algo em comum, só um a esperar pode ser desesperar... Ele tinha 39 anos, idade de grande decisões, ela 34, idade de grande desilusões para uma mulher que já não mais espera nada, ou pouco espera da vida, sobretudo na profissão que abraçara, profissão de poucas esperanças e menores expectativas, sobretudo no campo sentimental, pois quando o amor tem preço, sua concretização resume-se na sua realização mais carnal e nela se finda, que é o fazê-lo em toda a sua extensão, que começa e termina nisso, nesse objetivo e propósito que o consuma e realiza, nada
SAUDADE INFINITA Saudade da minha terra, das belas noites iluminadas, Da tarde linda de domingo, quando fazia caminhada! Quando lembro, mais desejo, Nunca te encontro, mas te procuro, só na eternidade será seguro! No decorrer desse tempo lindo, não vou chorar, darei um riso, e na lembrança ele é infinito!
Mas, por agora eu vou indo, e esse ardor, fica comigo, no coração ele está no abrigo!
EUCLIDES DA CUNHA Na história de São José O nosso Euclides da Cunha, Gerador com muita fé, Era figura risonha. Criador de profissão, Cultivador da beleza, Um mentor de profissão, Homem de enorme grandeza. A São José se ligou, Bem de alma e coração, Terra que muito prezou, Com intensa devoção. Estimou terras e gentes, Que abraçou com amor, Em quase todas as frentes, Com carinho e fervor. Nos “SERTÕES” ele dilatou Sua avidez ao saber, Pois na cultura encontrou A dimensão do seu ser.
Adriano da Costa Filho
mais. Porém na rua da Caldeiroa a brasileira com seu dengo deu ao português esperanças, não se sabe de que, mas é certo que deu, e a esperança é a coisa mais tortuosa desse mundo quando não vai se concretizar. E nesse novelo em que se enrola o desejo e a impossibilidade, como duas constritoras que se esmagam mutuamente, havia um namoro, forma gentil de classificar a relação, mas que imputa a quem tem expectativas todo um universo de esperanças, que são aquelas possibilidades de futuro que cada um sonha para si no desejo de ter prosseguimento o presente em algo mais duradouro e
realizável que materialize seus sonhos. E o homem da relação sonhou, talvez quando ela, a mulher da relação, fosse incapaz de sonhar, ou talvez quando não o quisesse mais, ou, sonhar, não estivesse mais em seus planos, ou mesmo não lhe restassem planos, pois em seu 'métier' é bem melhor não planejar, pois planejar importa possibilidades das quais já havia abdicado há muito nessa condição... Foram pro quarto, câmara da tragédia, aposento do sonho, lugar de proximidade, intimidade, exclusividade, e distanciamento, onde só ele e ela sabiam de si e se revelavam, e nessa revelação mútua
toda a tragédia, apesar de poderem ver satisfeitos ali todos e quaisquer desejos da carne, os do espírito não. E foi o espírito que falou nessa noite, falou de futuro, de possibilidades, de expectativas, e nesse digladiar da esperança com a recusa: a tragédia. Ele desatinado agride-a, estrangula-a. Deixa a cena da tragédia, para, refletindo a seguir, vir se entregar mansamente à polícia. Houve amor na rua da Caldeiroa? Houve paixão na rua da Caldeiroa? Houve certamente um crime na rua da Caldeiroa... Helder do Couto
SE BUFAS…PAGAS MAIS! Por Humberto Pinho da silva Meses há, tive necessidade de contatar a empresa de energia eléctrica, para informar-me de assunto referente a facturas. Peguei no auscultador, e disquei o número pretendido. Uma musica muito suave chegou-me aos ouvidos… Decorrido minutos, surgiu a voz melodiosa de menina, simpatiquíssima, extremamente delicada, que prontamente deu-me as explicações requeridas - depois de haver consultado várias secções. Agradeci, ponderadamente e elogiei a cortesia. No mês seguinte recebi a fatura detalhada da empresa telefónica, e verifiquei, para meu espanto, que havia pago a chamada por valor elevadís-
simo. Mais tarde, em conversa com amigo - experimentado nessas lidas de enganar ou ludibriar o próximo, - contei-lhe o sucedido, criticando a empresa de me ter cobrado tanto, pela informação prestada. Explicou-me, com ar de riso, que: quase todas as grandes empresas mesmo quando temos “pacotes”, que nos liberta de pagar chamadas, - cobram sempre ao entrarmos em contato, com elas. Fiquei de boca aberta. Seria isso possível?! Mas era… Mas ainda mais pasmado fiquei, quando o ouvi dizer: que certa ocasião ( e não foi há muitos anos,) resolveu reclamar pelo telefone, do mau serviço, de certa empresa. A reclamação demorou vários mi-
nutos. Como pensava que era gratuita - ou custo de chamada local, - prolongou a conversa, com pormenores, divagações e comentários… No final do mês, ao receber a conta da telefónica e ficou banzado… - “Quanto mais bufas…mais pagas!”… - Rematou com risinho malandro. Fiquei inteirado: nunca se deve utilizar o telefone, quando se pretende reclamar ou obter informações de empresas, porque: Quanto mais reclamar…mais paga… , e muitas vezes nada se resolve. Assim me informaram; assim aconteceu comigo. Será para não serem incomodadas?: ou as empresas telefónicas descobriram forma de “dar” por um lado e “tirar” por outro?
O DIA MAIS IMPORTANTE DE VITORINO NEMÉSIO Por Humberto Pinho da Silva O Professor, natural da Praia da Vitória, Açores, não precisa de apresentação, pelo menos para os leitores portugueses. Quem não se recorda da célebre rubrica da RTP: “Se Bem me Lembro”, que alcançou extraordinários picos de audiência? Todavia, é natural, que a juventude – os que nasceram após a Revolução dos Cravos, – nunca tenha ouvido falar dele, assim como a maioria dos leitores do Brasil. Digo: é natural não conhecer o escritor, porque nos dias que correm, não se estuda a História da Literatura, nem se dá ao trabalho de ler os escritores fundamentais da língua portuguesa. Deveria ter escrito, para ser mais correto: que não se lê ou lê-se pouco, e o pouco que se lê, são romancezinhos da
moda, badalados como best-seller, e revistinhas cor-de-rosa. Assim não admira, nem é de pasmar, que muitos que completam o “secundário”, desconheçam os escritores pilares da nossa literatura contemporânea: Camilo, Eça e Machado de Assis. Mas não é de literatura, nem de leitores, que venho abordar, mas do Prof. Doutor Vitorino Nemésio, que depois de ter sido maçónico, membro da loja “ A Revolta”, congraçou-se com Deus, de coração contrito. É D. Manuel Almeida Trindade, que conta em: “ Memórias de um Bispo”: Na quarta-feira, da Semana Santa, do ano de 1955, o Professor da Universidade de Lisboa, foi visitar o amigo; e conversaram durante três horas, a fio, sobre matéria transcendente e espiritual. Vitorino Nemésio, expôs, perante o sacerdote, suas dúvidas e seus “erros”. No final, o escritor, chorou abun-
dantes lágrimas de arrependimento, enquanto o amigo lançava-lhe a absolvição. Vitorino Nemésio, nasceu a: 19/12/1901. Era casado com Dona Gabriela Monjardino Azevedo Gomes, e pai de quatro filhos; foi, na época, o escritor mais conhecido da vida cultural de Lisboa. Formou-se em Filologia Românica, com elevada classificação, e chegou a ser diretor do matutino lisboeta: “O Dia”. O gesto de humildade, profundamente cristão, tão raro em figuras eminentes do meio intelectual do nosso país, é digno de não ser esquecido, para exemplo de muitos, que parecem envergonhar-se da sua fé. Era então, o Bispo de Aveiro, reitor do Seminário, e limitou-se a contar o facto – como era seu dever, – sem entrar em particularidades, sobre o momento em que o Professor se reconciliou com Deus.