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VISEU
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232087050 Portal de Pagamento de Portagens permite regularizar pagamentos sem sair de casa
Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLV - Nº 2220 - Quinta-feira, 8 de Outubro 2020 - Preço: 0,60 € - IVA incluído
Centro deve ter manifesto regional sobre plano de recuperação
Com o objetivo de tornar mais simples e rápido o processo de pagamento de portagens que não foi efetuado durante a passagem nas mesmas, a Via Verde tem disponível, para consulta e utilização, o Portal de Pagamento de Portagens (www.pagamentodeportagens.pt ), que permite regularizar a situação sem sair de casa.
Viseu Cultura conta com 800 mil euros para apoios
Notícias de Viseu / Complexo CONVENTURISPRESS - Avenida do Convento nº 1 - Orgens - 3510-674 Viseu Norte www.issuu.com/noticias de viseu - publicidade@noticiasdeviseu.com -www.noticiasdeviseu.com; www.facebook.com/noticiasdeviseu
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2 Opinião
Quinta-feira 08/10/2020
Informe-se para evitar ser vitima de fraude
08 outubro 2020 Quinta-feira
Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tel: 232087050 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte
O número de casos de idosos vítimas de fraudes, burlas e outros esquemas maliciosos tem crescido enormemente nos últimos anos. “Negócios” que visam a obtenção do lucro fácil sem olhar nem à idade ou às condições económicosociais dos consumidores são denunciados com frequência na DECO. Uma das respostas necessárias para diminuir este cenário é a preparação do idoso para estas abordagens desleais e, muitas vezes, agressivas. A DECO considera importante que o consumidor idoso se dote de toda a informação disponível, de forma a proteger-se e prevenir-se face a estas eventuais
fraudes, das quais destacamos as armadilhas como a usurpação dos dados pessoais e o uso e “abuso” da assinatura. Sabe quais são os perigos associados a pedir dinheiro emprestado a desconhecidos? Se está ‘aflito’ com falta de dinheiro e não tem ninguém de confiança a quem recorrer e o banco não facilita, evite contactar aqueles anúncios que prometem dinheiro, poderá envolver-se em sarilhos! A necessidade de ter dinheiro por vezes é tão grande que se está exposto a “armadilhas” que poderão envolver a entrega de garantias avultadas. Assim, evite a todo o custo recorrer a estes ‘es-
quemas’ que ao prometerem-lhe dinheiro na hora estarão a cobrarlhe juros elevadíssimos, bem como poderá estar a entrar numa espiral da qual será muito difícil sair. Garantia do imóvel ou mesmo a sua venda, cheques que não são pré-datados, de modo a poderem ser levantados a qualquer momento, são alguns dos requisitos exigidos, num acordo apenas formalizado com a emissão de uma declaração de dívida como ‘comprovativo do negócio’ são artimanhas utilizadas com má-fé e que visam a obtenção do lucro fácil. A DECO recomenda que se afaste destas situações e que em caso de problemas financeiros,
CONFIDÊNCIAS….NÃO MUITAS….
Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS detentores de mais de 5% do capital Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela L. de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Francisco da Paixão Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Gabande (Esp.) - Enric Ribera
Por Humberto Pinho da Silva
Os meus amigos de infância, resumem-se a meia dúzia. Dessa meia-duzia, destacam-se apenas três: Não são propriamente de infância, mas de adolescência. Um, que me dava grande prazer, era moço, baixo e folgazão. Amava calcorrear as ruas e ruelas da antiga cidade, em busca de curiosidades, velharias, e casas brasonadas. Conheci-o quando fazia preparatórios. Fomos colegas de turma. Pertencia à aristocracia, mas nada tinha de velha e empertigada fidalguia. Gostava de prosear sobre famílias de antanho, da história da cidade, e era versado em heráldica. Éramos íntimos e trocávamos intimas confidências. Terminado o preparatório, vispou-se…Escreveu-me, ainda, inflamados e sorumbáticos aerogramas, da Guiné.
Tornei-o a descobrir, doente, envelhecido, ligeiramente surdo, casado. Continuava o mesmo rapazinho prestável. Digo: “continuava”, porque faleceu. Ainda rezo, pungidamente, pela alma. Os outros ou as outras, eram meninas: Uma, era criança. Afeiçoou-se a mim, e eu a ela. Cresceu. Tornou-se formosa menina-moça…A fértil imaginação, refervia. Iludi-me. Queria divertir-se, e pela certa chasqueava a minha ingénua e platónica afeição. A última, era mulher feita, graciosa, de faces rosadinhas, ameninadas, corpo de gazela e inteligência arguta. Certa tarde ensolarada, saímos juntos. Acanhado, não lhe soube revelar o meu casto e pudico sentimento. A mocinha arrufou, receando ficar para titia. Enfastiou-se.
A amizade não finara; ainda bordou com esmero, delicada toalhinha de linho, a algodão azul, cor romântica e significativa de miosóte, quando a amizade já esfriava… Já que estou em época de confidências, tudo devo revelar, para que nada fique encoberto. A minha adolescência, e a própria infância, ficaram enrodilhadas em manto negro, negríssimo, que estigmatizou- me para sempre. Deixou-me: receoso, triste, medroso. Certo é, que houve centelhas inefáveis. Períodos, que fugazmente olvidaram as amarguras do infortúnio… Mas, extinguiam-se, como estrelinhas doiradas, que se desprendem, esvoaçando, enxameadas, do braseiro da vida. A verdadeira felicidade – se há plena felicidade, – encontrei-a na
TIRAGEM Mês de Setembro 30000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO 2 3/6 5 4 7 8
velhice; no prelúdio do acaso, quando os derradeiros raios ensanguentados do crepúsculo, já desfalecem, na espessa cerração da noite negra, que sinto ou pressinto avizinharem-se, sem o desejar. Dou graças a Deus, pelas bênçãos recebidas, assim como Sua divina proteção. Talvez imerecida… Todos tentamos esconder, e eu não sou diferente, – as horas sombrias, que enlutaram a existência, receando, que os mundanos, se divirtam com nossas malogradas fraquezas. Mas, não consigo silenciar, todas os segredos – pelo menos, os mais fúteis, – por isso, confidencios… em papel…. Recordar é viver; mas recordar, o passado, que passou, por vezes, faz-nos chorar. Chorar baixinho… para que não nos ouçam e não nos vejam…
DOIS MAESTROS. DUAS CURIOSIDADES
TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca
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recorra a entidades devidamente autorizadas junto do Banco de Portugal, tais como os bancos e instituições financeiras, pois poderão conceder crédito adequado à sua condição e estrutura socioeconómica. Informe-se em gasdeco.net. DECO Centro Informamos todos os consumidores que em linha com as orientações da Direção Geral de Saúde e de acordo com o Plano de Contingência para o COVID-19, o atendimento presencial na delegação Centro é feito por marcação através de contacto telefónico 239 841 004.
Por Humberto Pinho da Silva
Comecemos por Frederico de Freitas, cofundador da célebre Companhia Portuguesa de Bailado: “ Verde Gaio”. Residia, eu, nos anos sessenta, na bonita cidade de Bragança, quando tive o privilégio de assistir a excelente exibição da famosa Companhia. Foi uma noite inesquecível! … Agora, uma curiosidade: Por certo o leitor não sabe, que o nosso Maestro, compôs “O Timpanas”, num simples bilhete de elétrico! …
; que foi utilizado no popular filme: “As Lavadeiras de Caneças”. E também desconhece – penso eu, – que apesar de ser dos maiores maestros portugueses, ao aposentar-se, em 1975, recebeu modestíssima reforma; e ao falecer, a viúva não teve direito a qualquer pensão! … - E já vivíamos em democracia! … Portugal, sempre foi avaro para os seus artistas. Aliás, para quase todos os cidadãos… Falemos, agora, de António de
Melo (António Luís de Melo,) casado com D. Marta de Melo. Os leitores, da minha idade, conheceram, por certo, a rubrica da RTP: “O Museu do Cinema”, apresentado pelo cineasta António Lopes Ribeiro (excelente comunicador, e notável intelectual,) acompanhado, ao piano, pelo Maestro António de Melo; mas, desconhecem, certamente, a razão, porque este – que se mantinha sempre calado, – despedia-se com audível: “boa noute”, ajeitando,
cuidadosamente, o nó da gravata. O gesto, era sinal, pré-combinado, para comunicar, à mulher, que estava a pensar nela… São pormenores, que parecem não ter interesse – e realmente não tem, – mas são curiosidades, desconhecidas do grande público; curiosidades interesses, que merecem ser recordadas, e registadas. Por hoje é tudo.
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Viseu
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Lar de Viseu regista 29 casos positivos O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse, dia 4, que há, pelo menos, 20 infetados com covid-19 no Lar do Rio Dão, freguesia de Fragosela, 20 são utentes e nove são funcionários. “Os dados de hoje apontam para 20 positivos nos utentes, nove nos funcionários, ao todo são 29 os testes positivos nesta instituição privada que tem 34 utentes e 20 funcionários”, adiantou à agência Lusa António Almeida Henriques. O presidente da Câmara afirmou que “os restantes elementos estão em isolamento, por uma questão preventiva, até porque, apesar de haver 13 testes negativos não quer dizer que sejam
negativos, hoje são, amanhã podem não ser e há um inconclusivo”. “Neste momento, as autoridades de saúde estão a fazer o trabalho que tem de ser feito, junto da comunidade, para ver se encontra linhas de contágio, designadamente dos funcionários desta instituição” do concelho, referiu. António Almeida Henriques explicou que no sábado “houve uma reunião de emergência, assim que foram detetados os casos e, imediatamente, a proteção civil municipal agiu de imediato ajudando no terreno e a isolar os casos positivos e a desinfetar o local”. “Encontrámos ainda ontem
[sábado] solução para cinco casos mais periclitantes. Um acabou por ser hospitalizado, dois foram alojados numa outra instituição em Viseu, um foi para casa de família e um outro encontrou-se uma solução dentro da própria instituição”, contou. Neste sentido, o presidente da Câmara disse que a Segurança Social ativou a equipa de intervenção rápida, constituída por um enfermeiro e cinco auxiliares”, mas apontou de imediato para “uma das fragilidades do sistema”. “Estas equipas de intervenção rápida não podem funcionar até às 20:00, porque estamos a falar de uma população extremamente
frágil que já tem uma complexa situação. A situação tem de ser mais controlada do que o que está, porque encontrou-se uma solução para as primeiras 24 horas, mas é preciso encontrar respostas mais permanentes para as próximas 24 horas e seguintes”, considerou. Almeida Henriques afirmou que “é preciso encontrar uma solução permanente de resposta social” e, neste sentido, defendeu que “a segurança social deve assumir a direção técnica da instituição, uma vez que colapsou” a existente, a qual “mostrou uma grande fragilidade na resposta”. “Se colapsou, cabe às entidades sociais encontrar uma
solução estável e para além de estável, tem de ter equipas de intervenção a funcionar 24 horas e a fazer prevenção”, exigiu António Almeida Henriques que quer “com isto evitar que muitos dos casos acabem no hospital e colapse o sistema hospitalar”. Segundo o autarca, “se a instituição já contabiliza 29 casos, certamente vai haver ramificações na comunidade” e, por isso, exige que “se assegure uma resposta sanitária e de saúde na instituição e isso cabe às instituições de nível regional e nacional”. O número atualizado dia 7 aumentou para 31 casos
Festival Internacional de Cinema de Turismo exibe em Viseu 72 filmes de todo o mundo A cidade de Viseu vai acolher, de dia 20 a dia 23, o Art&Tur - Festival Internacional de Cinema de Turismo, que exibirá 72 filmes provenientes de quatro continentes, foi anunciado dia 2. Em conferência de imprensa, o diretor do festival, Francisco Dias, explicou que se trata de “um evento amplo”, que inclui não só filmes de promoção turística e documentários, mas também “uma reflexão sobre temas do turismo”. Segundo o responsável, o festival, que vai na sua 13.ª edição, “segue o seu caminho ano após ano”, mas “este ano quase tropeçava” por causa da pandemia de covid-19. “No essencial, mantemos a envergadura do que é o Art&Tur”, garantiu, acrescentando que houve 295 filmes inscritos, o que significou “uma pequena redução de 10%”. Este ano, o júri é presidido pelo
cineasta António-Pedro de Vasconcelos e integra 31 peritos de 19 países. Os 72 filmes (escolhidos entre os 295) podem ser vistos, a partir de terça-feira, no sítio da internet do festival. Nesse dia, terá início a votação do público, que terminará no dia de abertura do festival.
O dia 20 será dedicado aos filmes integrados na competição nacional, os dias 21 e 22 aos filmes de competição internacional e, no dia 23, realizar-se-á a cerimónia de entrega de prémios. Francisco Dias referiu que, como é habitual, o festival é acompanhado de uma conferência inter-
nacional, durante a qual se tentará perceber, por exemplo, “como a região Centro e o município de Viseu conseguiram inovar para mostrar que o turismo continua de saúde”. “O turismo criativo como forma de valorizar os recursos endógenos do interior do país” e estudos recentes sobre a perceção dos destinos turísticos pelos turistas portugueses são outros assuntos a abordar. Haverá ainda duas palestras com a participação de seis ‘bloggers’ portugueses de viagens. O vereador do Turismo na Câmara de Viseu, Jorge Sobrado, lamentou que a pandemia tenha dificultado a missão assumida de esta edição ser “a mais popular de sempre” e colocar os “atores turísticos” dentro do festival. Com esse objetivo, a programação cultural da cidade associase ao festival, apresentando
propostas especialmente desenhadas na área da música e do cinema. Jorge Sobrado destacou a apresentação de dois filmes que têm ligação a Viseu, nomeadamente do documentário “Feira de São Mateus – a feirar há 627 anos”, de John Galo, e da curta-metragem “Corte”, dos jovens viseenses Afonso Rapazote e Bernardo Rapazote. Na conferência de imprensa estava também o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, José Ribau Esteves, uma vez que este município acolherá o festival no próximo ano. O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, frisou que “cidades como Viseu e Aveiro estão nas novas tendências dos novos turistas” e mostrou-se convencido de que este festival afirmará a região e o país.
PSP – Atividade Operacional A Polícia de Segurança Pública de Viseu, no âmbito da Prevenção Rodoviária, durante o fim-de-semana, deteve três cidadãos pela prática dos seguintes ilícitos criminais: – Um cidadão de 28 anos de idade por, na sequência de acidente de viação, recusar a efetuar o teste de alcoolemia, apesar de ser informado que tal recusa implicaria a sua detenção e apresentação a Autoridade Judiciária, uma vez que incorria no crime de desobediência, o mesmo persistiu na recusa pelo que lhe foi dada voz de detenção. – Dois cidadãos de 51 e 64 anos de idade, por na sequência de uma ação de fiscalização rodoviária, os mesmos conduzirem veículo automóvel sob influência de álcool, acusando taxas de alcoolemia de 1,66g/l e 1,77g/l de álcool no sangue, respetivamente. Os mesmos foram notificados para com-
parecerem no Tribunal Judicial desta cidade.
A Polícia de Segurança Pública de Viseu, no âmbito da sua atividade de combate ao tráfico de droga nesta cidade, no dia 05 de outubro do corrente ano, depois de vários meses de investigação procedeu à detenção de um cidadão do sexo masculino e outro do sexo feminino com idades entre os 28 e os 40 anos de idade, por os mesmos se dedicarem ao tráfico de estupefacientes, estando a abastecer de droga a zona central desta cidade, Nesta operação foi, ainda, realizada uma busca domiciliária com a apreensão de vários objetos que serviam para a prática do ilícito criminal, como sejam balanças de precisão, dinheiro, telemóveis e um PC portátil. Foi ainda apreendido ao casal, haxixe que daria para cerca de 200 doses, cannabis que daria para cerca de 150 doses e heroína que
daria para cerca de 1400 doses individuais. Os arguidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial tendo-lhes sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
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Regional
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22.º Portugal de Lés-a-Lés Lagos-Évora-Guarda-Chaves Nunca, em 22 edições, foi tão genuíno e esclarecedor o sorriso dos participantes na chegada ao final do Portugal de Lés-a-Lés. As caras de satisfação e os comentários de todos os aventureiros foram, sem dúvida, o prémio mais saboroso para uma organização que, contra ventos e marés, teimou e conseguiu dar um sinal positivo aos motociclistas, criando as condições para que todos voltassem aos grandes passeios. Um evento bem diferente de todos os anteriores, com limitações e cuidados redobrados, mil cautelas e o respeito absoluto pelas normas em tempo de pandemia, mas que se saldou por um êxito tremendo.
longo do evento. Foram pouco mais de mil, cerca de metade de anos anteriores, mas divertiram-se por dez mil e nem a chuva, o vento, o nevoeiro ou todas as incertezas minimizaram o prazer, há tanto adiado, de passear de moto. Da Lacóbriga a Aquae Flaviae, passando por Ebora Cerealis e Lancia Oppidana do tempo dos romanos, os bravos lusitanos (e alguns estrangeiros) resistiram e lutaram contra os elementos ao longo de 1111 quilómetros de descoberta, honrando os feitos do mítico Viriato frente à ocupação do Império Romano. E nem a chuva, o vento e o frio conseguiram beliscar o entusiasmo de todos os que se
Uma resposta positiva à coragem de Federação de Motociclismo de Portugal em colocar na estrada a grande maratona mototurística, traduzida não só na adesão como, mais importante, no cumprimento das regras sanitárias e de todas as indicações dadas ao
apresentaram nas Verificações Técnicas e Documentais, mesmo ao lado das muralhas de Lagos. Processo ainda mais expedito – que não menos rigoroso! - graças à revisão de processos, mas também do empenho de todos os elementos de uma organização obrigada a
adaptar-se aos novos tempos. Lésa-Lés que já teve duração de 24 horas ‘non-stop’, já teve duas etapas de 12 horas, teve também prólogo e 2 etapas antes de chegar ao modelo atual com Passeio de Abertura e 3 etapas para cumprir a ligação entre dois extremos de Portugal Continental. Mas que, pela primeira vez, não teve controlos de passagem, evitando assim grandes aglomerados de participantes e o contato com elementos dos moto clubes que, tradicionalmente, dão um colorido ímpar a estes pontos. E que mostrou também um novo modelo nas refeições, obrigada a abdicar do convívio da grande caravana em prol dos mais acolhedores restaurantes locais, proporcionando que os grupos estivessem juntos, mas com respeito das limitações gerais, ao mesmo tempo que contribuía para animar o carente comércio local. Para Manuel Marinheiro este «foi o mais sofrido de todos os já realizados, saindo de Chaves com a
sensação de dever cumprido e com uma enorme alegria por toda a magnífica equipa que conseguiu levar avante este Lés-a-Lés em toda a segurança». Para o presidente da Federação de Motociclismo de Portugal «só a entrega, a abnegação e o sentido de responsabilidade permitiram enfrentar uma situação tão complicada, permitindo aos motociclistas recu-
perar alguma normalidade nestes tempos tão estranhos». Pelo mesmo diapasão afinou António Manuel Francisco, considerando que este evento «foi muito importante para a alma dos mototuristas, representando uma conquista significativa perante todas as incertezas que rodeiam a sociedade, e foi, sem dúvida, o Lés-a-Lés mais difícil de organizar, saindo de Lagos sem a certeza absoluta de poder chegar a Chaves». Naquele que apelida de «Lés-a-Lés da resiliência», o responsável da Comissão de Mototurismo da FMP recorda que, «a qualquer momento, o evento podia ser parado e só com muita teimosia foi possível voltar à estrada numa festa mais pequena, mas nem por isso menos intensa e gratificantes para todos». Agora, é tempo de preparar o futuro pensando na próxima edição com a crença de uma boa notícia: É que só já faltam 9 meses para o Portugal de Lés-a-Lés 2021.
Centro deve ter manifesto regional sobre plano de recuperação A Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões propõe a criação de um "manifesto regional" sobre o Plano de Recuperação e Resiliência e pediu o agendamento de uma reunião do conselho regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Numa tomada de posição divulgada dia 7, o conselho intermunicipal daquela Comunidade Intermunicipal (CIM) justifica que esse manifesto servirá "para sustentar a estratégia comum das CIM desta região". O manifesto "deverá estar ancorado em discussão que venha a ocorrer em sede de conselho regional da CCDR do Centro, enquanto órgão de orientação
estratégica" para a região, acrescenta. Os autarcas da CIM Viseu Dão Lafões consideram que "os diferentes atores da administração pública, em particular os municípios e as Comunidades Intermunicipais, devem e têm de ser parceiros ativos na definição e consequente implementação de tais estratégias". "As Comunidades Intermunicipais são, hoje, atores incontornáveis nos espaços sub-regionais ao corporizarem e darem conteúdo à cooperação entre municípios, mas, também, como catalisadores de redes institucionais alargadas", sublinham. No entender destes respon-
sáveis, "as vulnerabilidades só poderão ser esbatidas se, para tal, forem mobilizados os autarcas e as estruturas regionais do Estado". "Estamos no decurso de um processo de delegação de competências, em que os setores da saúde, da educação, bem como da área social, passarão a ter uma intervenção mais direta, atuante e de proximidade por parte dos municípios", recordam. Neste âmbito, questionam "qual o modelo de governança destes fundos e quais os instrumentos que serão acionados nos respetivos concursos de acesso aos mesmos". A CIM Viseu Dão Lafões já definiu os domínios prioritários de
intervenção para o seu território, "com reflexos quer ao nível da sua competitividade, quer da sua coesão económica e social". Estes consistem em "desenvolver as centralidades, redes e sistemas territoriais, em potenciar e articular os serviços de interesse geral e, também, em reforçar as acessibilidades e soluções inteligentes de baixo carbono". Segundo a CIM, "no caso da competitividade e da coesão territorial, não pode, de forma alguma,
deixar de ser admitida a parceria dos municípios, para que seja assegurado o financiamento na gestão das infraestruturas e bens essenciais dos serviços públicos, assim como no ordenamento do território, na gestão da floresta e na implementação de medidas de adaptação às alterações climáticas e de prevenção de riscos naturais". "Só desta forma se garante um território mais coeso, mais resiliente e com menos assimetrias", considera.
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Diversos
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Viseu
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Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões quer dar continuidade à rede cultural A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões quer, em 2021 e através de uma candidatura de 300 mil euros, dar continuidade à sua rede cultural, cuja atividade foi "fortemente limitada" devido à pandemia de covid-19. "Atendendo às dificuldades levantadas no decurso da pandemia de covid-19, vimonos na contingência de rapidamente formular novas estratégias de atuação, de modo a dar resposta às necessidades dos agentes culturais, das populações e operadores turísticos", justificou o secretário executivo da CIM, Nuno Martinho. Neste âmbito, a CIM, que há muito considera "a cultura como um fator de atratividade e competitividade regional", decidiu avançar com a candidatura ao fundo extraordinário “Programação Cultural em Rede", do Programa Operacional Centro 2020. Com um valor total de 300 mil euros, esta candidatura tem como objetivo dar continuidade ao ciclo programático que a CIM tem desenvolvido na área cultural, nos seus 14 municípios. "A CIM Viseu Dão Lafões visa articular em todo território, ao longo do ano de 2021, uma programação cultural que permita não só a valorização dos recursos patrimoniais e
museológicos regionais, como também apoiar os agentes culturais e turísticos locais, apostando numa agenda cultural diversificada aliada a uma estratégia de comunicação e promoção", justifica esta estrutura, em comunicado. A rede cultural de cooperação intermunicipal tem permitido "promover a itinerância de conteúdos artísticos" e "contribuído para a estruturação de um produto cultural regional de características ímpares", sublinha. Paralelamente, em articulação com os municípios que a integram, a CIM Viseu Dão Lafões concertou uma estratégia intermunicipal de apresentação de candidaturas conjuntas, no domínio da programação cultural em rede. "Foram apresentadas mais cinco candidaturas, com geometrias temáticas e territoriais variáveis, que totalizam mais um milhão e meio de euros em apoios", avança. No entender de Nuno Martinho, "este é o mais forte indicador do empenho que a CIM coloca na efervescência da oferta cultural a nível regional, com reflexos diretos na dinamização turística e económica do território".
Académico de Viseu e Leixões empatam e continuam sem vencer na II Liga O Académico de Viseu e o Leixões empataram, dia 4, 1-1, em jogo da quinta jornada da II Liga portuguesa de futebol, e continuam sem vencer no campeonato, mantendo-se nos últimos lugares. Num jogo equilibrado, foi em lances individuais que as equipas chegaram aos golos, primeiro com Nené, aos 54 minutos, a ultrapassar vários jogadores viseenses para finalizar com um remate cruzado a bater Ricardo Janota. Respondeu Fernando Ferreira, aos 67 minutos, a restabelecer a igualdade com um golo de livre direto. Na primeira parte, o Leixões teve mais posse de bola, mas foi o Académico de Viseu quem teve as melhores oportunidades de marcar. Primeiro logo aos três minutos, com Yuri Araújo a cruzar na esquerda e Zimbabwe, sem marcação ao segundo poste, a rematar forte, mas ao lado da baliza de Beto. Aos 32 minutos, a melhor oportunidade nos primeiros 45 minutos, com Mathaus a cabecear na sequência de um canto e a fazer a bola bater na barra. Na resposta, Wendel rematou forte e obrigou Janota a uma defesa difícil. Aos 42 minutos, Nené apareceu em boa posição na área do Académico de Viseu a responder a um cruzamento de Wendel, mas o remate saiu ao lado da baliza dos viseenses. No segundo tempo, o jogo manteve-se equilibrado, mas sem oportunidades, até que Nené marcou num lance individual, com os beirões a responderam com golo de livre direto.
As duas equipas repartirem depois a posse de bola, mas sem conseguirem criar claras oportunidades de golo, com o empate a manter-se até final. Após esta 5.ª jornada na II Liga, Leixões e Académico de Viseu continuam no fundo da tabela, ambos em zona de descida, com a formação de Matosinhos com três pontos e os viseenses com apenas dois, embora os beirões tenham uma partida em atraso, frente à Académica de Coimbra, agendada para dia 08 de outubro pelas 15:00. Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, Viseu. Académico de Viseu - Leixões, 1-1. Ao intervalo: 0-0. Marcador: 0-1, Nené, 54 minutos. 1-1, Fernando Ferreira, 67. Equipas: - Académico de Viseu: Ricardo Janota, Tiago Mesquita, João Pica, Mathaus, Jorge Miguel, Fernando Ferreira (Bruno Loureiro, 88), Diogo Santos (André Carvalhas, 61), Zimbabwe, Luisinho (Joel, 88), Yuri Araújo e João Vasco (Carter, 77). (Suplentes: Ricardo Fernandes, Fábio Santos, Carter, André Carvalhas, Bruninho, Romy, Joel, Bruno Loureiro e Filipe). Treinador: Sérgio Boris. - Leixões: Beto, Diogo Gomes, Brendon, João Pedro, Rafael Furlan, Jefferson (Edu Machado, 61), Joca, Sapara, Paulo Machado (Jota, 68), Nené e Wendel (Jota Silva, 75). (Suplentes: Tiago Silva, Tiago André, Jota, Rui Pedro, Jota Silva, Pedro Pinto, Edu Machado, Bruno Monteiro e Pana). Treinador: Tiago Fernandes. Árbitro: David Silva (AF Porto). Ação disciplinar: Cartão amarelo para Diogo Gomes (22), Jefferson (27), Mathaus (52). Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.
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Viseu Cultura conta com 800 mil euros para apoios A Câmara de Viseu abriu os concursos, dia 7, a projetos no âmbito do programa Viseu Cultura para 2021, iniciativa que conta com um apoio de 800 mil euros distribuídos por quatro linhas de ação. “Os concursos foram lançados esta manhã [hoje], um para cada uma das linhas da arquitetura do programa Viseu Cultura, que conta com um apoio total de 800 mil euros (…), sendo 450 mil para a linha Programar, 150 mil para a linha Animar e as linhas Criar e Revitalizar têm cada uma delas 100 mil euros”, especificou o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu. Jorge Sobrado falava aos jornalistas na apresentação do programa Viseu Cultura, para 2021, que está recetivo a projetos que sejam entregues até 08 de novembro de “toda a gente que queira, desde artistas a instituições locais, regionais e nacionais, profissionais ou amadores”. “Além da programação de eventos e festivais, da linha Programar, temos a linha Animar, para programação cultural em sítios de interesse patrimonial e, este ano, destacam-se com especial interesse a mata do Fontelo, a Cava de Viriato e o Monte de Santa Luzia”, precisou o vereador. A terceira linha, a Criar, continuou, é dedicada à criação artística não integrada em eventos, ou seja, “é claramente uma linha voltada para artistas emergentes ou profissionais nas mais diversas áreas, como as artes plásticas, a fotografia, o cinema ou a música para criações originais”. “A linha Revitalizar, que é uma espécie, a nível nacional, de parente pobre da Cultura, é para o apoio da revitalização, do rejuvenescimento e modernização da cultura popular de raízes tradicionais”, explicou. Jorge Sobrado adiantou ainda que na linha Criar “são valorizados os projetos que se enquadrem no tema de 2021 que será ‘Viseu Cidade Jardim’”, ou seja, “são valorizadas as intervenções artísticas que explorem as dicotomias conceptuais: cultura/natureza; Homem/meio ambiente e cidade/campo”. “Viseu Cidade Jardim será o tema que vamos valorizar na agenda cultural e de promoção turística no próximo ano. É um tema
muito querido para a cidade, porque remete-nos para a primeira assinatura de promoção turística da cidade nos anos 30, do século XX, na altura com a presença do capitão Almeida Moreira”, explicou. No decorrer da apresentação o presidente da Câmara fez um balanço do programa nos anos anteriores e contabilizou que, “em sete anos de mandato, só no domínio da Cultura, fixaram-se em Viseu cerca de 100 pessoas”. António Almeida Henriques acrescentou ainda que “se se somar à Cultura as indústrias criativas, serão cerca de 200 pessoas nestas duas áreas” o que “já pode ser considerado de micro ‘cluster’”. “O Viseu Cultura, em 2018, tinha uma taxa de execução de 97%, em 2019, foi de 82% e 90% este ano de 2020, o que é uma excelente taxa. Desde 2018, já foram aprovados 134 projetos e, segundo o INE, mais de metade dos espetáculos ao vivo realizados em Viseu são apoiados pelo município”, disse. Com base nos dados do instituto Nacional de Estatística (INE), de 2018, Almeida Henriques referiu que “Viseu ocupa hoje um honroso primeiro lugar no número de sessões ao vivo por mil habitantes” e “um honroso segundo lugar no indicador de públicos em espetáculos ao vivo por cada mil habitantes”. No que diz respeito a números absolutos de espetadores, acrescentou o autarca, “Viseu não fica mal na fotografia, porque ocupa o quarto lugar a seguir a Braga, Lisboa e Porto”. “Não vamos confinar a cultura, ela continuará a ter um espaço próprio e esta continuidade na nossa aposta no setor, que é também economia e fator de desenvolvimento do concelho, é uma garantia de que vai ter continuidade no presente e futuro”, considerou o presidente. Neste sentido, Almeida Henriques destacou que “cerca de 90% da produção cultural de Viseu não é feita pela autarquia, é feita com o apoio da autarquia, mas feita por agentes independentes”.
Lamego retoma ciclo de conferências dedicado a D. Pedro Afonso O Município de Lamego retoma no próximo sábado, dia 10, a partir das 15 horas, o ciclo de conferências dedicado a "Pedro de Barcelos - E A Escrita do Seu Tempo". A palestra tem como orador convidado José Carlos Ribeiro Miranda (FLUP-IF/SMELPS) que abordará, no Núcleo Arqueológico da Porta dos Figos, no Bairro do Castelo, o tema "Os Trovadores vistos pelo Conde D. Pedro". Este ciclo de conferências integra o projeto MELE que abre portas na cidade de Lamego à conceção e realização de várias iniciativas no âmbito da cultura e
da educação para a cidadania e dos valores com o objetivo de transformar o Conde Dom Pedro Afonso numa referência cultural que orgulhe todos os lalinenses e lamecenses. Com o objetivo de chamar a atenção para a importância histórica desta figura, o Município de Lamego promoveu anteriormente a realização da exposição "Vida e Obra de Dom Pedro Afonso, Conde de Barcelos e Senhor de Lalim", patente ao público na Galeria do Solar da Porta dos Figos.
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Saúde
Quinta-feira 8/10/2020
Grupo multidisciplinar do setor da saúde aponta medidas urgentes para diminuir o impacto da Insuficiência Cardíaca em Portugal Um grupo de personalidades de renome no setor da saúde, onde se incluem deputados, ex-ministros, representantes de entidades reguladoras, profissionais de saúde, doentes e associações do setor, apresentou, dia 6, uma proposta para melhorar a gestão da insuficiência cardíaca (IC) em Portugal. Num ano em que os cuidados de saúde têm dominado o foco das autoridades devido à pandemia por COVID19 e em que se torna urgente tomar medidas para garantir a continuidade dos cuidados prestados a doentes crónicos nomeadamente com IC, os autores deste Consenso alertam para uma maior urgência na necessidade de implementação de iniciativas baseadas na evidência e custo-efetivas no sentido de limitar a carga pessoal e os gastos com hospitalizações, muitas vezes evitáveis e frequentemente observadas na IC. Este documento de consenso teve a coordenação científica da Heart Failure Policy Network (HFPN), rede europeia que pretende consciencializar para as necessidades dos doentes com insuficiência cardíaca e seguiu o “Método do Consenso” desenvolvido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa. A iniciativa contou com o apoio da Novartis e da Medtronic. De entre as medidas apresentadas no documento de consenso, destaca-se a necessidade de criação de um Plano Assistencial Integrado em IC que deverá contar com uma rede de referenciação entre cuidados de saúde primários (centros de saúde, USFs, ACES) e secundários (hospitais). Esta rede deve ter critérios de acesso claros, permitindo uma distribuição adequada entre as complexidades de cada pessoa com IC e as competências dos diferentes níveis de cuidados. O grupo propõe também a uniformização de critérios e a partilha de informação entre os diferentes níveis de cuidados, o que permitirá o desen-
volvimento de um registo uniforme e robusto em insuficiência cardíaca. De forma a garantir uma resposta eficiente continuada a esta patologia, é ainda proposto que os cuidados sejam monitorizados e avaliados, através da criação de um painel de indicadores comum entre os vários níveis de cuidados. Este painel de indicadores deve considerar todo o percurso clínico das pessoas com IC, focando-se em resultados e sendo, por isso, indutor de uma melhoria contínua de cuidados, pela partilha de boas práticas. “A elaboração do consenso reuniu elementos dos diferentes quadrantes da área da saúde, o que permitiu a criação de um documento que procura dar resposta a todas as necessidades não atendidas das pessoas que vivem com IC e seus cuidadores. O envolvimento de diferentes atores e entidades decisoras neste projeto reflete a preocupação real em torno da IC e reforça a necessidade urgente de implementar uma estratégia integrada e coerente, capaz de reverter o panorama da síndrome em Portugal e ajudar as pessoas que vivem com IC, que são muitas vezes esquecidas”, revela Sara Correia Marques, representante da Heart Failure Policy Network (HFPN), entidade responsável pela coordenação científica do documento. “A situação da IC em Portugal exige uma atuação urgente com especial destaque para os profissionais de saúde que devem atuar em equipas multidisciplinares e integradas, de modo a que exista uma resposta mais célere e concertada entre os diferentes níveis de cuidados. É fundamental que os bons exemplos que temos nesta área não sejam exceções, mas sim a regra”, indica Pedro Marques, cardiologista do Hospital de Santa Maria. De acordo com José Silva Cardoso, coordenador do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “con-
siderando o aumento da prevalência da Insuficiência Cardíaca em Portugal é indispensável torná-la uma prioridade do Serviço Nacional de Saúde, de modo a prepará-lo para esta área ao nível clínico, organizativo e financeiro. Só assim será possível garantir aos doentes um melhor prognóstico e uma melhor qualidade de vida. Simultaneamente, é imprescindível informar a opinião pública e os doentes, de modo que estejam mais conscientes e despertos para a patologia”. Luís Filipe Pereira, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) e exministro da Saúde considera que as medidas propostas neste documento vêm dar uma resposta coerente às necessidades impostas pela doença. Nesta fase de pandemia em que se tornou claro que, a qualquer momento, uma doença infeciosa pode monopolizar o SNS, a implementação de uma estratégia para lidar eficazmente com a IC é imprescindível”. E remata: “espero que o ‘Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal’ possa atuar como um catalisador para o desenvolvimento de novas políticas de saúde e possa ajudar a reformular o modo como o nosso país dará resposta à crescente carga da insuficiência cardíaca.” O “Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal” resulta de um trabalho conjunto de um grupo multidisciplinar constituído por médicos de Cardiologia, Medicina Interna e Medicina Geral e Familiar, representantes de sociedades científicas, enfermeiros, farmacêuticos, representantes da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), especialistas em Saúde Pública, membros de serviços do Ministério da Saúde, decisores políticos, representantes de associações da indústria farmacêutica e de dispositivos médicos.
MANGUALDE FALOU SOBRE “COVID-19: SALIVAR, OU NÃO SALIVAR, EIS A QUESTÃO!” O Município de Mangualde realizou na passada sexta-feira, dia 2 de outubro, no Auditório da Universidade Católica, das 18h às 19h, a “Palestra COVID-19: salivar, ou não salivar, eis a questão!”, no âmbito da primeira atividade STEM do ano letivo 2020/2021. Uma iniciativa dirigida aos alunos do 9º ano do AE de Mangualde e aos respetivos encarregados de educação.
Na primeira atividade STEM, deste ano letivo, a Academi@ STEM Mangualde, em parceira com a Universidade Católica de Viseu, através do laboratório SalivaTec, desenvolveu uma sessão sobre os impactos da COVID-19. Nesta atividade, para alunos e pais, exploraram-se conceitos extremamente importantes que afetam, atualmente, o dia-a-dia da população e demons-
traram-se as repercussões das doenças infeciosas para a comunidade global. Nesta sessão simulou-se, ainda, uma recolha de amostra de saliva de uma voluntária, presente na plateia, e foi possível responder a um questionário online, através da plataforma Mentimeter, sobre o que aprenderam com esta atividade.
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CCDRC PROMOVE CAPTAÇÃO DE INVESTIMENTO TERRITORIAL A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) apresenta hoje, dia 8 de outubro, a aplicação inCENTRO, uma ferramenta digital que visa contribuir para a captação de iniciativas de investimento territorial nos municípios que compõem a região Centro. Esta ferramenta, que pode ser consultada em http://incentro.ccdrc.pt/ , reúne a diversidade de oferta relativa às condições para a instalação das empresas e o leque de benefícios fiscais, financeiros, e sociais, disponibilizados pelos municípios para atrair novas famílias e fixar as residentes, sobretudo nos territórios mais desfavorecidos. De acordo com Isabel Damasceno, presidente da CCDRC, “a aplicação inCENTRO disponibiliza as múltiplas e diversificadas iniciativas, desenvolvidas pelas autarquias, para atrair in estimento e população aos seus territórios. O objetivo é não só divulgar estas boas práticas, mas também que as autarquias se inspirem umas nas
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outras para encontrarem novas formas de incentivos. Procuramos ser um parceiro das autarquias no esforço de disponibilização de informação sobre as suas áreas de acolhimento empresarial”. A apresentação da inCENTRO será feita num webinar, às 10.30h, que conta com a participação do Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel. O webinar é aberto a todos os interessados em https://www.veedeeo.me/veedeeoBroadcast?vn=62704373 A aplicação inCENTRO está estruturada em três grandes áreas: Incentivos Locais (às empresas e às famílias) Estão disponíveis os benefícios fiscais e financeiros que cada município concede na área territorial da sua influência. Podem ser consultadas as taxas fiscais municipais aplicadas, as suas reduções, isenções e os benefícios financeiros. Possui ainda uma ferramenta comparativa dos incentivos disponíveis nos vários municípios.
Acolhimento Empresarial Apresentação geográfica das áreas de acolhimento empresarial, com a informação mais relevante sobre as suas localizações, características e disponibilidades. Constam da aplicação cerca de 365 áreas de acolhimento empresarial, que apresentam cerca de 10 000 lotes, dos quais estão disponíveis cerca de 2 000. A região Centro possui mais de 12.000 hectares de espaços para acolhimento de empresas de grande, média e pequena dimensão. Caracterização Territorial Os dados estatísticos são provenientes da plataforma DataCentro, cujo sistema de monitorização e avaliação da situação da região Centro integra mais de 1.000 indicadores estatísticos de diferentes fontes de informação, que podem ser conjugados à medida das necessidades do utilizador.
Portal de Pagamento de Portagens permite regularizar pagamentos sem sair de casa Com o objetivo de tornar mais simples e rápido o processo de pagamento de portagens que não foi efetuado durante a passagem nas mesmas, a Via Verde tem disponível, para consulta e utilização, o Portal de Pagamento de Portagens (www.pagamentodeportagens.pt ), que permite regularizar a situação sem sair de casa. O Portal é constituído por duas áreas distintas: uma pública, que permite consulta imediata apenas com a matrícula da viatura e alguns dados da viagem e do condutor, e uma privada, que requer a criação de conta no site, para condutores que já receberam um aviso de falta de pagamento. Ambos os processos são intuitivos, rápidos na resolução, e abrangem todas as au-
toestradas do país. O Portal permite a regularização de vários processos, através do pagamento por multibanco ou por cartão de crédito, de forma cómoda e segura. As situações mais comuns são as seguintes: • Passei na Via Verde sem identificador (dispositivo eletrónico) • Passei numa Portagem Eletrónica - Pórticos/EX-SCUT sem identificador (dispositivo eletrónico) • Recebi um aviso para pagar passagens em Portagens • Recebi uma carta da Autoridade Tributária por falta de pagamento de Portagens • Tenho uma Fatura de Portagem porque não paguei no momento
• Utilizei a Assistência Rodoviária e tenho uma fatura por pagar Criado em 2015, o Portal foi pensado, não apenas para os condutores nacionais, mas também para os condutores que visitam o nosso país e que não são aderentes da Via Verde. Para isso, o site está disponível em diferentes idiomas, tais como espanhol, inglês e francês, com todas as informações e passos necessários à regularização de processos. Para evitar situações como as acima descritas, a Via Verde tem disponíveis no site várias modalidades de adesão, adequadas a utilizadores frequentes ou apenas ocasionais.
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