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Semanário independente e regionalista / director e Fundador: Fernando de abreu ano Xlii - nº 2113 - Quinta-feira 09 de Junho de 2016 - preço: 0,60 eur. - iVa incluído
CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS
364 ANOS DE TRADIÇÃO
J u d i t h Te i x e i r a “ regressa a casa” A imprensa conservadora criticou-a ferozmente pela temática lésbica de alguns poemas. Exemplares do seu livro Decadência (1923) foram apreendidos e mandados queimar pelo governo civil de Lisboa. Mas, 57 anos após a sua morte (Lisboa, 1959), a obra de Judith Teixeira renasce das cinzas, em Viseu, cidade onde nasceu em 25 de janeiro de 1880.
associações de Viseu estreitam laços de cooperação
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Tribunal de SanTa Comba dão reCupera CompeTênCiaS O Tribunal da Comarca de Santa Comba Dão vai recuperar algumas das competências que perdeu em consequência da reorganização do mapa judiciário, implementada pelo anterior Governo de Portugal em 2014. Confirmada está já a Competência de Família e Menores, uma decisão elogiada pelo presidente da Câmara Municipal local, Leonel Gouveia.
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2 Opinião
Quinta-feira 09/06/2016
Colégios à borla: o início do fim
09 junho 2016 quinta-feira
Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail:geral@noticiasdeviseu.com Publiciciade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Sofia Meneses Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos
Recentemente, o Observador publicou um mapa onde podemos ver a repercussão nacional do despacho de abertura de turmas em início de ciclo para o próximo ano lectivo, nos colégios privados com contrato de associação. Conseguimos aí depreender que, no Concelho de Viseu, o número de turmas em início de ciclo (do 5º e 7º ano) irá diminuir de 14 para apenas 6. Honestamente, sempre entendi esta forma de financiamento um tanto aberrante e contraditória daquilo que deveria ser a utilização de fundos públicos, pelo que tenho alguma dificuldade em assimilar toda a contestação em torno deste tema. Se olharmos para os casos locais, pelo menos não será difícil perceber que aquelas não são escolas para “todos”. Um aluno
não pode livremente optar por se matricular numa destas escolas, muito menos um professor pode aqui concorrer a uma vaga. Elas possuem autonomia ao nível da contratação de professores, escamoteando a transparência exigida para o ingresso e prossecução da carreira docente. São locais do privilégio de alguns, mas pagos por todos. Contudo, percebe-se que existem Colégios que desempenham uma verdadeira missão pública, que suprem carências do aparelho de educação do Estado. Mas estes não estão em vias de fechar ou de verem o número de turmas diminuídas. Apenas onde a oferta pública for suficiente os contratos estarão em causa. É precisamente o que parece suceder em Viseu. O Jornal do Centro deu a
conhecer, recentemente, as capacidades disponíveis em cada uma das escolas em Viseu, o que evidenciou, como já haviam reiterado as direcções das mesmas, um excesso de oferta. O número de alunos diminui, o número de professores com horários zero ou que têm de se deslocar entre escolas para completar horário aumentou. Existem assim recursos físicos e humanos nas escolas públicas para absorver todos os alunos, pelo que utilizar o erário público para financiar escolas exclusivamente privadas é puro desperdício. Os contestatários desta medida, que não vão além da comunidade colegial, não ficam também castrados do seu livre arbítrio na escolha da escola onde os seus filhos vão estudar. Apenas se liberta a comunidade do ónus de uma
educação dita “privilegiada”. Mas meus caros, nem tudo está perdido. Sempre existiu uma dedução para despesas de educação em sede de IRS. Aproveitem-na e o Estado continuará a financiar parte da educação dos V/ pequenos. Hugo Pádua, vice-presidente da Concelhia de Viseu da Juventude Socialista.
Relógios de Sol – Património esquecido (7) A introdução do relógio de sol na Grécia Antiga é um assunto que certamente ficará para sempre por resolver contudo tudo indica que os gregos terão adquirido os conhecimentos básicos da sua construção e da sua utilização, ou pelo menos do seu antecessor “o gnómon” dos sábios da Babilónia.
É contudo a Grécia, podemos dizer, a responsável pela evolução e difusão deste medidor do Tempo por toda a Bacia Mediterrânica e do Mar Negro assim como pelos povos que hoje habitam a Palestina, a Síria, o DELEGAÇÕES Iraque e o Afeganistão. Lisboa - Pais da Rosa A “Gnomónica”(ciência do cálSão Paulo - Adriano Costa Filho culo e construção dos Relógios de Ourense - Sílvia Pardo Sol) terá tido o seu início no século Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera VI fins do século VII A.C.. Os primeiros passos terão sido TIRAGEM na determinação dos Solstícios, Mês de março 30.000 exemplares dos Equinócios para a balizagem Dec. Lei 645/76 de 30/7 das Estações do Ano, a determinação da Latitude de um lugar ÍNDICE DESTA EDIÇÃO assim como da Obliquidade da Opinião ......................................... .......2 Eclítica usando para tal um GnóViseu.....................................................10 mon estabelecendo relações entre a altura deste e a sua somCultura..................................................3 bra de comprimento mínimo. Destaque....................................... .......4 É certamente o “Polos”, concavidade semiesférica com um Reportagem.......................................7/8/9 gnómon vertical e cujo extremo se Regional .........................................6/10/11 encontra no cento desta, o primeiro relógio de sol grego que Saúde................................ ...................12 irá ter várias evoluções como refDesporto.........................................13/14 ere Vitrúvio na sua obra De ArchiDiversos ............................................5/15 tectura. A disseminação destas variantes do “Polos” pelo mundo Publicidade...........................................16
confins do que é hoje o Afeganistão e que certamente resultou das campanhas militares de Alexandre “O Grande” e edificada provavelmente em 329 A.C. e destruída por volta do ano 150 A.C., foi encontrado um relógio de sol do tipo equatorial com um estilete polar o que é surpreendente
Greco-Romano é inquestionável. As trocas comerciais e os movimentos militares expansionistas que originam grandes deslocações humanas terão estado na criação e desenvolvimento dos relógios de sol portáteis (abordaremos em breve este tema). Não posso deixar de referir um facto que me parece extra-
ordinário e que atesta o desenvolvimento da Gnomónica nesses tempos bem recuados da civilização. Foi num artigo de Louis Janin que tomei conhecimento de uma descoberta arqueológica realizada por uma equipa de arqueólogos liderada por Paul Bernard. Nas ruínas da cidade de origem grega Aï-Khanoum situada nos
numa época em que os estiletes (gnomons) ou eram verticais ou horizontais e que assim se mantiveram até ao século XIV quando o relógio de sol de estilete polar foi pelos árabes introduzido na Europa. (Quantas maravilhas tecnológicas não se terão perdido na voragem do Tempo ) (Réplica do r.s. de Aï-Khanoum)
Pedro Gomes Almeida
de
Astrónomo Amador e Gnomonista Nota: As fontes são idênticas às utilizadas nos anteriores artigos
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Cultura 3
Quinta-feira 09/06/2016
LANÇAMENTO DE LIVRO E PRÉMIO DE POESIA
Judith Teixeira “regressa a casa” Poetiza viseense merece rua com o seu nome, busto em sua memória e centro de estudos. “Será pedir muito?”... A imprensa conservadora criticou-a ferozmente pela temática lésbica de alguns poemas. Exemplares do seu livro Decadência (1923) foram apreendidos e mandados queimar pelo governo civil de Lisboa. Mas, 57 anos após a sua morte (Lisboa, 1959), a obra de Judith Teixeira renasce das cinzas, em Viseu, cidade onde nasceu em 25 de janeiro de 1880. No dia em que a Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva completou 14 anos de existência - 31 de maio - foi lançado o Prémio de Poesia Judith Teixeira e apresentado o livro “Judith Teixeira – Obras Completas – Lírica”, de Martim de Gouveia e Sousa, com a chancela das Edições Esgotadas. “Espero que este seja o regresso a casa de Judith Teixeira”, disse o autor. Coube à vereadora da Cultura, Odete Paiva, dar a conhecer as linhas gerais do Prémio de Poesia, criado pela Câmara em parceria com as Edições Esgotadas, com o objetivo de galardoar bienalmente uma obra inédita de poesia escrita em língua portuguesa. O premiado receberá três mil euros e verá publicada a sua obra. A entrega dos trabalhos concorrentes decorrerá entre 16 de Agosto e 30 de Setembro de 2016. O regulamento do concurso pode ser consultado no site da autarquia. Esta iniciativa nasce de “uma vontade determinada de fazer justiça a Judith Teixeira”, disse Odete Paiva. Teresa Adão, das Edições Esgotadas, salientou o interesse do livro
“Judith Teixeira – Obras Completas – Lírica”, primeiro volume de uma coleção sobre a poetiza, cujo autor, segundo a editora, é reconhecidamente um especialista mundial do legado de Judith Teixeira. Licenciado em Humanidades pela Uni-
versidade Católica, Martim de Gouveia e Sousa é mestre em Estudos Portugueses pela Universidade de Aveiro, com a dissertação “Judith Teixeira: originalidade poética e descaso literário na década de vinte”.
autor lança repto “Este só pode ser um dos momentos altos da cultura viseense”, afirmou Martim Sousa, na sessão de lançamento do livro e do Prémio de Poesia Judith Teixeira,
indiscutivelmente o evento mais relevante do programa comemorativo do 14º aniversário da Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva. O autor aproveitou a presença da vereadora da Cultura para lançar um repto à autarquia: atribuir o nome de Judith Teixeira a uma rua de Viseu, erigir-lhe uma estátua ou um busto – a colocar, por hipótese, junto à fonte de S. Francisco, local onde a poetiza nasceu –, e criar um centro de estudos. “Será pedir muito?”, interrogou Martim Sousa. “Não”, foi a resposta que se ouviu, em uníssono, vinda de várias vozes presentes na sala. Martim Sousa mostrou-se verdadeiramente apaixonado pela obra da poetiza natural de Viseu, contemporânea de Fernando Pessoa, a qual continua a ser desconhecida na sua terra natal, depois de ter sido renegada pela sociedade do seu tempo, através de uma campanha vexatória. Exemplares do livro Decadência foram apreendidos e mandados queimar, juntamente com livros de António Botto (Canções) e Raul Leal (Sodoma Divinizada), rotulados de literatura imoral. Judith publicou três livros de poesia (Decadência, Castelo de Sombras e Nua) e um de contos, entre outros escritos. Aquilino Ribeiro considerou-a uma poetiza de grande valor e Martim de Gouveia e Sousa afirma que ela “é a única mulher do modernismo português”. Sofia Meneses
DIREÇÃO REGIONAL DE CULTURA DO CENTRO RECEBE PRÉMIO APOM 2016 A Associação Portuguesa de Museologia distinguiu a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) com o prémio APOM 2016, categoria Prémio Parceria. A distinção foi entregue durante a cerimónia que celebra, anualmente, as entidades e personalidades cuja ação tem um contributo efetivo no desenvolvimento qualitativo dos museus em Portugal. O galardão vem sinalizar o valor da exposição “A Realidade do Imaginário”, projeto desenvolvido pela DRCC em parceria com o Centro Português de Serigrafia (CPS), no âmbito da comemoração dos 30 anos do CPS. Comissariada por Maria João Fernandes da Associação Internacional de Críticos de Arte, e com organização da DRCC;
a exposição percorreu de março a maio de 2015, sete espaços mu-seológicos da região Centro, num exercício de descentralização cultural e divulgação da obra de arte pelos diversos públicos. Com um total de 200 obras e 180 artistas, a mostra “A Realidade do Imaginário” esteve patente nos seguintes espaços: Museu de Aveiro (Aveiro), Museu José Malhoa e Museu da Cerâmica (Caldas da Rainha), Museu Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco), Mosteiro de Santa Claraa-Velha (Coimbra), Museu da Guarda (Guarda) e Museu Dr. Joaquim Manso (Nazaré). O galardão vem sinalizar o valor da exposição “A Realidade do Imaginário” de 2015
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4 Destaque
Quinta-feira 09/06/2016
associações de Viseu estreitam laços de cooperação partilha. Foi esta a palavra que dominou o encontro de associações, que teve lugar na associação dos Comerciantes de Viseu, dia 27 de maio, no âmbito da Semana Solidária, promovida pela Freguesia de Viseu. Todos os participantes reconheceram a quase inexistência de laços de cooperação interassociativos, mas mostraram-se dispostos a caminhar em conjunto, futuramente. neste encontro, a Freguesia de Viseu apresentou o Guia do associativismo e procedeu à entrega dos “apoios ao associativismo 2016”, que contemplou 23 coletividades, num total de 35 mil euros (ver texto na pág 5). Na Freguesa de Viseu, há mais do que uma centena de associações, mas apenas seis foram convidadas a participar na conferência sobre associativismo, dia 27 de Maio, na sede da Associação dos Comerciantes de Viseu. As participantes foram as seguintes: Saúde em Português – delegação de Viseu; LexVis – Associação Cultural e Desportiva do Círculo Judicial de Viseu; Associação Hípica e Psicomotora de Viseu; delegação de Viseu da APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental; Zunzum – Associação Cultural e SurdiSol - União de Familiares e Amigos dos Surdos de Viseu. Outras associações estiveram presentes, mas na parte da assistência, podendo, contudo, intervir no debate. Na impossibilidade de contar com a participação de todas – o que tornaria a sessão demasiado longa e esgotante –, a escolha recaiu sobre algumas associações que dirigem a sua atividade, no todo ou em parte, para o apoio social, assumindo, assim, um cariz verdadeiramente solidário. Ao mesmo tempo, como explicou João Almeida, respon-
sável pela área social da Junta de Freguesia de Viseu (JFV), promotora da iniciativa, “quisemos que estivessem representadas associações de diferentes áreas - saúde, desporto, teatro, etc.”. Como não existe nenhuma associação dirigida para o turismo, segundo João Almeida, a JFV convidou a participar a Neverending, empresa vocacionada para o turismo histórico e arqueológico, de forma a dar a conhecer uma área de atividade que poderá, também, vir a ser dinamizada pelos movimentos associativos. Fátima Costa e Pedro Sobral, responsáveis pela Neverending, apresentaram os principais produtos e serviços da empresa e ouviram o apelo da Junta de Freguesia, no sentido da empresa vir a integrar guias turísticos, devidamente formados para o efeito, provenientes de extratos da população em risco de exclusão ou socioeconomicamente desfavorecidos. Fase de mudança A anfitriã – Associação dos Comerciantes de Viseu –, pela voz do seu presidente, Gualter Miran-
dez, deu as boas-vindas aos presentes e fez um brevíssimo resumo da história do associativismo em Viseu, lembrando que, cerca dos anos 50 do Século XX, o associativismo era muito importante, pois só ele dava resposta a algumas carências da sociedade de então. Depois do 25 de Abril, há um forte incremento dos movimentos associativos, os quais, anos depois, sofrem um retrocesso. “As pessoas começaram a ser mais individualistas e a acomodar-se”, disse Gualter Mirandez. Na sua opinião, estamos, hoje, numa fase de mudança, ditada por necessidades sociais que, de novo, mobilizam o associativismo e o seu carácter solidário. Neste contexto, Gualter Mirandez afirmou que a Associação dos Comerciantes de Viseu está
disponível para colaborar, em conjunto com outras associações, para ajudar as pessoas e a comunidade em geral”. reforçar laços Diamantino Santos, presidente da Junta de Freguesia de Viseu, elogiou a atividade associativa local. “Sem o papel das associações, a nossa sociedade ficaria mais pobre”, disse. Porém, fez uma crítica e lançou um repto: “As associações vivem um pouco de costas voltadas umas para as outras”, pelo que “é necessário reforçar laços de partilha”. “Os laços não se reforçam com palavras bonitas, mas com ações práticas”, frisou. A partilha terá que começar por conhecer o trabalho dos ou-
tros, defendeu Diamantino Santos, justificando, assim, a realização da conferência sobre associativismo, no âmbito da Semana Solidária que decorreu entre 23 e 29 de maio. A conferência consistiu numa apresentação breve do trabalho desenvolvido pelas cinco associações convidadas, tendo, todas elas, manifestado a sua recetividade ao repto lançado por Diamantino Santos. “Se caminharmos em conjunto, chegaremos mais longe”, sublinhou um dos intervenientes.
Sofia Meneses
“Nesta estrada o cansaço não existe” Diversas mas todas com o objetivo de contribuir para a comunidade, as seis associações participantes na conferência - dado o esforço e trabalho desenvolvido continuamente - fazem jus à letra da canção de André Sardet, ali trazida, através de um vídeo promocional, pela delegação de Viseu da APPACDM: “Nesta estrada, o cansaço não existe”. APPACDM - Emília Dias, da APPACDM - Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, deu conhecer a atividade desenvolvida ao longo de 40 anos de existência no distrito. Hoje, conta perto de 600 utentes, a maioria do concelho de Viseu e possui três estabelecimentos, cada um deles com diversas valências Repeses (Sede, CAO-Centro de Atividades Ocupacionais, Lar Residencial, Formação Profissional, Escola de Educação Especial e CRI-
Centro de Recursos para Inclusão), Jugueiros (Internato Dr. Victor Fontes – CAO e Lar de Apoio) e Santa Comba Dão (CAO e Lar Residencial). “Integrar a Pessoa na sua diversidade” é a missão a que se propõe. Saúde em Português - Inês Figueiredo, delegada da Saúde em Português, falou sobre esta instituição criada em 1993, que conta, desde 2015, com uma delegação em Viseu. As populações vulneráveis e em risco são o foco da sua intervenção, contando para tal, até ao momento, com 25 voluntários e associados. Entre os projetos contemplados no plano de ação para 2016, destacam-se “Saúde sem Teto”, destinado aos sem-abrigo, “Saúde na Esquina”, cujo alvo é a prostituição, e “Saúde na Prisão”. LexVis - Bento Almeida, da LexVis - Associação Cultural e Des-
portiva do Círculo Judicial de Viseu, disse que esta associação tem vindo a apostar, não só nos aspetos culturais, desportivos e recreativos (em que se incluem exposições de artes plásticas, futsal e caminhadas a Santiago de Compostela), mas também no trabalho social, sobretudo junto de pessoas idosas. Combater a solidão e ajudar em pequenas tarefas domésticas tem sido uma missão levada a cabo com sucesso. A LexVis colabora, também, na animação de lares de terceira idade, através do seu grupo de cantares populares. Associação Hípica e Psicomotora - Alexandra Sá, presidente da direção da Associação Hípica e Psicomotora de Viseu, explicou que esta entidade surgiu em 2014, para apoiar pessoas com diversos tipos de deficiência/ necessidades educativas especiais, crianças, adultos e idosos. Através de uma
equipa multidisciplinar e de protocolos com várias entidades, tem contribuído para o desenvolvimento biopsicossocial dos seu público alvo e pretende ir cada vez mais longe, tendo vários novos projetos em preparação, ente os quais, a criação de um Centro de Atividades Ocupacionais. Zumzum - Rui Peva, da Zunzum, falou sobre esta associação cultural criada em Viseu, em 2007, com o propósito de enriquecer a vida das comunidades e de criar novos artistas, fazendo com que as pessoas acreditem nelas próprias. Esta associação que aposta no tratamento do espírito através da arte, divide a sua atividade em cinco áreas: teatro, animação cultural, formação não formal, projetos com a comunidade e eventos diversos. Entre outras atividades, é a responsável pelo festival anual Outono Quente e intervém em
públicos heterogéneos, incluindo escolas e empresas. SurdiSol – António Jorge, da SurdiSol - União de Familiares e Amigos dos Surdos de Viseu, contou que esta associação foi criada em 2010, quando, inesperadamente, um caso de surdez bateu à porta da sua família e foi preciso encontrar respostas, até então, praticamente inexistentes na nossa sociedade. Promover as relações entre surdos e ouvintes e lutar pela integração recíproca é o objetivo fundador. No entanto, a sua ação tem-se alargado a famílias carenciadas e a outras causas de solidariedade social. Susana, intérprete especialista em linguagem gestual, colaboradora na SurdiSol, acompanhou toda a conferência, de forma a que as pessoas com problemas de surdez pudessem compreender tudo o que estava a ser dito.
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Diversos 5
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Freguesia de Viseu lança Guia do associativismo e atribui apoios no valor total de 35 mil euros O encontro de associações terminou com a apresentação do Guia do Associativismo da Freguesia de Viseu e com a atribuição de apoios ao associativismo, de acordo com o regulamento em vigor pelo segundo ano consecutivo. Este ano, foram contempladas 23 associações e coletividades, com valores que oscilam entre os 300 e os 2.000 euros, num total de 35 mil euros. Coube a uma comissão exterior à Junta de Freguesia a tarefa de analisar e selecionar as candidaturas apresentadas (mais de 40). Acelerar o processo de atribuição dos apoios, em 2017, é um dos anseios da Junta de Freguesia, como disse, na ocasião, o seu presidente, Diamantino Santos. O Guia do Associativismo - “projeto inovador” e “ponto de partida como documento aglutinador das diferentes coletividades afetas à Freguesia de Viseu”, nas palavras de Diamantino Santos - apresenta 28 associações, dando a conhecer, sucintamente, a sua história, objetivos e principais ações realizadas. Muitas ficaram de fora, pois, na Freguesia de Viseu, existem mais de 100, mas, segundo o autarca, a finalidade é “divulgar algumas das boas práticas” e contribuir para que “as diferentes estruturas possam conhecer-se melhor e potenciar sinergias”.
operação Álcool e drogas
portugueses consideram incontornável apoiar os filhos financeiramente para 93% dos seniores portugueses, é importante continuar a ajudar financeiramente os filhos, mesmo depois destes já terem saído de casa Depois da saída dos filhos de casa, a solidariedade familiar continua. De acordo com a nova edição do Observador Cetelem do Consumo, os portugueses são, a par dos espanhóis e franceses, os seniores europeus que mais consideram importante apoiar os filhos. A percentagem de pais portugueses que acha incontornável continuar a dar apoio financeiro chega aos 93%, uma percentagem significativamente acima da média registada nos 13 países analisados (68%). » portugueses entre os mais preocupados com situação dos filhos Com 88%, os seniores portugueses estão entre os que mais se preocupam com a situação profissional e pessoal dos filhos e netos, sendo apenas ultrapassados pelos espanhóis (92%). A média europeia é consideravelmente mais baixa, situando-se nos 64%. A preocupação face ao futuro das gerações mais jovens varia em função da situação económica dos diferentes países. Os portugueses, espanhóis, italianos e franceses dizem-se “muito preocupados”, enquanto os alemães e britânicos revelam-se mais serenos. Para Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem, «não é de estranhar que, em Portugal e em Espanha, os pais se mostrem mais preocupados com a situação financeira e pessoal dos seus filhos. Trata-se de dois países onde a entrada na vida ativa é bastante mais difícil e onde as taxas de desemprego são muito elevadas, especialmente entre os jovens. Naturalmente que esta tendência também reflete caraterísticas dos próprios povos e os da europa do sul são conhecidos pela proximidade à » Maioria dos seniores ajudam no pagamento das despesas correntes
“TiSpol alcohol and drugs” A Guarda Nacional Republicana vai intensificar, durante toda a semana (de 6 a 12 de junho) e em todo o território nacional, a fiscalização da condução sob o efeito do álcool e de substâncias psicotrópicas. As ações serão direcionadas sobretudo para as vias e locais onde as infrações por excesso de álcool e por consumo de substâncias psicotrópicas são mais frequentes. Desde o início do ano, foram submetidos ao teste de alcoolemia cerca de 516 mil condutores, dos quais: · 10 855 conduziam com taxa de álcool no sangue (TAS) superior ao permitido por lei (menos 1 153 ou seja, menos 10% do que em igual período de 2015), distribuídos geograficamente do seguinte modo: Perto de 80% dos seniores europeus dão apoio financeiro, ocasional ou regularmente, aos seus filhos ou netos. Detalhadamente, 63% ajudam os filhos a financiar as despesas correntes e 56% colaboram na compra de bens de equipamentos. Mais de metade dos seniores europeus (52%) contribuem para a poupança dos seus filhos e 38% ajudam a fazer face às despesas de alojamento. «Estes números demonstram que os seniores têm um elevado peso no consumo da Europa, uma vez que ajudam nas compras do quotidiano de outras gerações. Ou seja, para além do seu peso direto no consumo, contribuem ainda com ajudas financeiras nas despesas de toda a sua família», explica Diogo Lopes Pereira. Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridos 10.673 europeus com amostras de, pelo menos, 800 indivíduos por país, das quais pelo menos 275 com idades entre os 50 e os 75 anos. O inquérito, feito através da Internet, realizou-se em 13 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia. Os inquéritos foram realizados entre 2 de novembro e 4 de dezembro de 2015 pelo Observador Cetelem, em parceria com a sociedade de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido pela TNS Sofres. .».
O Gaspar já passou pelo município de Sátão · Do total das infrações detetadas, 41% (4 462) resultaram em detenções de condutores, por conduzirem com TAS crime (igual/superior a 1,20 gramas/litro). Esta operação será realizada de igual modo em todos os países da Europa e enquadra-se no plano definido pela European Traffic Police Network (TISPOL - www.tispol.org/), organismo que congrega todas as polícias de trânsito da Europa, no qual a GNR é representante nacional, e pelo Euro Controle Route (ECR - www.euro-controle-route.eu/site/), um grupo de serviços de controlo das estradas europeias cujo objetivo é o de melhorar a segurança rodoviária.
Sátão recebeu no passado dia 7 de Junho Gaspar! O Cineteatro municipal foi pequeno para todos os que quiseram ver o Gaspar. Alunos e professores apresentaram os trabalhos desenvolvidos ao longo do ano letivo. Mais uma vez foram apresentados exce-
lentes trabalhos, provando que a imaginação e o espírito de iniciativa, de equipa de e empreendedorismo já estão bem patentes nestes pequenos alunos. Foi uma tarde bastante divertida onde também não faltou música e dança. O próximo e último município a ser visitado pelo Gaspar será Vila Nova de Paiva.
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Diversos
Quinta-feira 09/06/2016
medalha de ouro da Cidade de lamego distingue Filarmónica de lalim
Conferência sobre família marca visita de bispo a Viseu
A Sociedade Filarmónica de Lalim foi agraciada com a Medalha de Ouro da Cidade de Lamego numa sessão solene que decorreu na Praça Infante D. Pedro, Conde de Barcelos, na tarde de 5 de junho, após a realização de um concerto público que celebrou esta homenagem pública. Atribuído pela Câmara Municipal, este galardão visa reconhecer a "obra dedicada, permanente e constante que tem desenvolvido desde a sua fundação, enaltecendo e honrando a cidade de Lamego, o concelho e a região".
o mundo lusíada acompanhou, em portugal, a visita pastoral do bispo de Viseu, d. ilídio leandro, à paróquia de nossa Senhora do Viso, na cidade de Viseu.
Verdadeira embaixadora da sua freguesia, a Sociedade Filarmónica de Lalim é composta neste momento por 55 elementos, com uma forte componente de juventude, assumindo-se como uma "escola de valores de sã convivência, em que todos se unem para um fim comum: promover o desenvolvimento social da sua comunidade através da ação cultural musical". Desde a sua fundação, que remonta ao século XVIII, esta coletividade distingue-se pela diversidade de estilos e qualidade de execução. Após uma interpretação memorável de partituras de diversos compositores que deliciou o público que assistiu, sob um sol abrasador, a este concerto, Francisco Lopes, Presidente da Câmara Municipal, entregou a distinção a José Faustino, Presidente da Direção. Na ocasião, o autarca destacou que a Medalha de Ouro pretende enaltecer "um dos ex-libris da cultura e identidade lalinense, apostando no enriquecimento dos seus elementos e na disseminação da música filarmónica". Recorde-se que a mais alta distinção outorgada pelo Município de Lamego já reconheceu, entre outras personalidades e instituições, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lamego, Miguel Torga, Fernando Monteiro Amaral, D. Ximenes Belo e José Manuel Durão Barroso. Ricardo Pereira
O evento contou com uma conferência sob o tema “Conciliação Família e Trabalho” proferida por Maria de Fátima Carioca, diretora-geral da Associação de Estudos Superiores de Empresas (AESE). A palestra, que contou com o apoio da Associação Cristã de Empresários e Gestores (Acege), cujo presidente é Jose Lopes Coelho, teve jantar de confraternização e a presença de empresários portugueses, além de Flávio Martins, recém-eleito presidente do Conselho Permanente das Comunidades e presidente também da Casa do Distrito de Viseu do Rio de Janeiro. José Ernesto Silva participou como representante da Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, da qual é Almoxarife. “O evento foi muito participado e serviu de motivo de troca de experiências entre os empresários presentes”, comentou José Coelho.
Viseu lança “megaoperação” de manutenção de estradas para reforçar segurança rodoviária Investimento superior a 700 mil euros permite garantir rede viária de qualidade, intervindo em mais de 63 Km2
O Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, apresentou esta manhã, a “megaoperação” de manutenção e repavimentação de estradas lançada pelo Município de Viseu, com o objetivo de melhorar a segurança rodoviária do concelho e reduzir focos de pequena sinistralidade automóvel. O investimento integra-se no plano municipal “VISEU SEGURO”, apresentado em Maio, e onde se incluem medidas de melhoria da sinalização rodoviária, iluminação e reforço de passadeiras e de controlo e mitigação da velocidade automóvel. Estruturado em três fases de intervenção, esta “megaoperação” representa um investimento municipal global superior a 700 mil euros, a realizar ao longo de 2016, numa extensão superior a 63
mil metros quadrados. “Do ponto de vista do seu planeamento, esta é uma ação inovadora”, considera o Presidente da Câmara. “Num cenário em que nem Estado Central nem fundos comunitários apoiam a manutenção das vias rodoviárias, os municípios são desafiados a planear de forma racional e criteriosa os seus investimentos”, justifica Almeida Henriques. A primeira fase da intervenção incide sobre a zona urbana, numa extensão de 20 Km2, num valor de 146 mil euros. A segunda fase abrangerá caminhos e estradas municipais em todo o concelho, nomeadamente em zonas de fundo rural, numa extensão de 29 Km2, com um investimento de 241 mil euros. A terceira e
última fase terá a circunvalação urbana como alvo, numa extensão de 14 Km2 e um investimento de 92 mil euros. Para o autarca, “operações como esta irão suceder-se necessariamente no futuro. Em Viseu, continuaremos a defender o estatuto de ‘A Melhor Cidade para Viver’”.
para 3 desejos, 1 negócio, 2 impossíveis reze 9 avé-marias durante 9 dias com 1 vela acesa.ao 9º dia deixe queimar até ao fim e mande publicar. Será atendido, mesmo que não acredite. m.n.p.b
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CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS
364 ANOS DE TRADIÇÃO
Precisamente, a 24 de junho de 1652, pela primeira vez, um pequeno cortejo de moleiros e familiares, a cavalo, e em ambiente festivo, percorreu as ruas da cidade, até à capela de S. João da Carreira, para agradecer ao santo o facto das instâncias judiciais do Reino lhes terem con-
cedido o direito de usar as águas do Rio Pavia indispensáveis ao bom funcionamento dos moinhos.
com muitos outros catalogados de nacionais, a ficarem muito aquém das Cavalhadas de Vildemoinhos que agora vem à cidade com um cortejo de todo deslumbrante, por demonstrar cultura popular, tradição, história fazendo no todo um cortejo espetacular com mais de uma
desfile de três horas. Neste crescimento, as Cavalhadas de 2016, a 24 de junho,( são sempre nesse dia), são bem o virar de página na sua ambição de dar o salto qualitativo para o país ver, sem deixarem de acenar ao turismo estrangeiro.
Assim reza a lenda na sua sagrada realidade sobre as origens das Cavalhadas. Desde então, e de ano para ano, este pequeno cortejo tem vindo a ser renovado atingindo hoje o maior cartaz regional,
dezena de carros alegóricos, riquíssimos em confeção, carros tradicionais mostrando como se fabrica a broa, bandas de música, ranchos, cabeçudos, Zés Pereiras e tudo o mais que comporta um
A charanga da GNR a cavalo pode bem ser um abrir de porta para se alcançar essa grandeza nacional e internacional.
NOTÍCIAS DE VISEU NASCEU, HÁ 41 ANOS, ENTRE AS ALAS DE PÚBLICO DAS CAVALHADAS VILDEMOINHOS Conscientemente e com enorme orgulho, Notícias de Viseu escolheu o dia 24 de junho, do ano de 1975, para dar à estampa a sua primeira edição, por considerar um dos dias mais importantes para o concelho, daí que, milhares de pessoas, aos assistirem ao cortejo, ficaram surpresas pelo agradável e ousado acontecimento na vida regional. A aceitação foi imediata, numa altura em que os “ cravos de Abril” ainda se apresentavam viçosos à procura dos ideais políticos e as Cavalhadas, tal como o Notícias de Viseu, eram sem vínculos partidários, procuravam serem cada vez maiores para bem do povo e da região. Assim, ao longo destes 41 anos, Notícias de Viseu tem estado sempre ao lado
dos bairristas trambelos, para divulgar este evento da maior amplitude regional sentido, quanto é madrasta muita outra imprensa e TV, por não darem maior divulgação no âmbito nacional e internacional. Notícias de Viseu ao manter se fiel ao estatuto editorial, dá o maior destaque à informação regionalista, é independente, livre de influências políticas, económicas, religiosas ou quaisquer outras, votado à prática de uma informação cuidada, verdadeira e objetiva. Tem sido assim, o Notícias de Viseu, desde que nasceu 305 anos depois das primeiras Cavalhadas terem avançado, em regozijo, pela cidade, logo de seguida ao conhecimento da sentença que fora conferida pelo Tribunal
supremo do Reino, dando razão aos moleiros em terem a água para mover os moinhos para fabricar o pão que a cidade de Viseu comia, luta pela informação informativa e pedagógico, comentando com isenção e rigor, sempre em defesa dos interesses da região, bem como pelo bem-estar da população, de acordo com os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e, nunca, jamais, abusará da boa fé dos leitores. Com este propósito, a empresa proprietária tem hoje magnificas instalações, onde nasceram a Rádio Viria-to, hoje a emitir em 102.8MHz, como Rádio Cidade de Viseu, 24 horas
por dia, e o jornal com o título “Diário de Viseu”, publicado desde 1987, este hoje emigrado, entre outros órgãos de comunicação social, na Guarda, Seia e Oliveira do Hospital, de que fomos os fundadores. O complexo Conventurispress, em rodapé, é bem a demonstração do nosso crescimento com o firme propósito em dar à região os meios informativos de que precisa, para, em breve, passar a uma periodicidade trissemanária. Fernando de Abreu
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Ajuste das CAVALHADAS DE VILDEMOINHOS
SEM HAVER AJUSTE DE CONTAS, HOUVE “ AJUSTE” DE PODERES…
INEGAVELMENTE, as gentes de Vildemoinhos são, como em poucos lugares, bairristas; terra onde se encontram pessoas de forte amor às causas que ali se vivem, como acontece com as Cavalhadas, a caminho dos quartos séculos de história e tradição. Com o Lusitano F.C. a comemorar cem anos, campeão em várias modalidades; com outras actividades, tais como no fabrico da broa; os moleiros nos moinhos a transformarem o milho em farinha; o fabrico das mantas; os cestos de verga, entre outras atividades que se mantém através dos anos, passando geração para geração, com gentes nascidas e criadas, ou outras ligadas por laços familiares e outras mesmo por, somente, terem bebido água do fontenário de São João que, abundantemente, brota precioso líquido, sem aditivos, há mais de um século, oferecendo
cântico melodioso ao cair nos cântaros, enquanto os namorados se beijavam, à volta dos vasos desviados das casas dos residentes e ali colocados, na noite de S. João. São também esses homens e mulheres que se juntaram, pelo casamento, bebendo da mesma água que lhes apagava a chama do amor e que logo os ligava à população bairrista de Vildemoinhos e com ela colaboram na tradição, no bairrismo que só eles fariam há 364 anos ininterruptamente, trazendo às ruas da cidade, um deslumbrante e colorido cortejo, com cavalos, carros alegóricos e tradicionais, constituindo espectáculo único que arrasta à capital da Beira Alta cerca de cem mil visitantes idos das diversas terras do país e da vizinha Espanha. Logo, como o povo de Vildemoinhos
é quem mais ordena, cabe, a ele Povo, autorizar com voto de confiança, à direcção eleita, ano, após ano, para que organize a realização do desfile das Cavalhadas. Assim, aconteceu para este ano, com este simbolismo tradicional, com a direcção, presidida por Alfredo Amaral Santos que, mesmo debaixo de chuva, aceitou cumprir a tradição: - Na verdade, a história e a tradição, mais uma vez, no rodar dos anos, cumpriu –se em pleno, mesmo apanhando os participantes, uma grande
molha com a chuva torrencial que se fez sentir, naquele dia, na parte da manhã narrou Alfredo Amaral Santos, presidente das Cava-lhadas de Vildemoinhos. Pela tarde, São Pedro, mandou sol e tudo se alterou para melhor, acabando por ser uma jornada que muito nos alegrou pelo seu tipicíssimo e valor tradicional, muito mais ampliada com a presença das entidades oficiais e aberta à sociedade – concluiu. No regresso do Povo à povoação de Vildemoinhos, formou – se um cortejo a pé e a cavalo.
tenários em diversas instituições que, por tal sorte, pretendemo – nos associar com o tradicional cortejo alegórico, dedicando mais de cinco carros, ao tema: Anos de história… Séculos de sabedoria! À frente das instituições que celebram séculos neste ano, está aquela que destaco por quanto representa e representou para a cidade, ou seja a Santa Casa da Misericórdia de Viseu, a segunda mais antiga do país, logo seguida a Lisboa, por ter administrado o hospital de São Teotónio, hoje Pousada de Viseu, com obra notável a nível social. Com menos séculos, o Museu de Grão Vasco, fundado por Almeida Moreira; a instalação do Município, no edifício dos paços do concelho, no largo da República–Rossio; até a catedral, onde o Conde de Dom Henrique dirigiu trabalhos de restauração, estada em Viseu que coincidiu com o nascimento do seu filho Afonso Henriques, fundador da Nação e primeiro Rei de Portugal. É na realidade neste desfilar de bens histórico da cidade que vale a
pena respigar mostrando aos milhares de pessoas, que nos visitam, para assistir ao desfile de um dos maiores cartazes turísticos de Viseu. Até a própria Infantuna, ex – líbris da qualidade musical coral da região, lídima embaixadora de Viseu – Portugal no estrangeiro, celebra um quarto de século, que vamos saudar, também como parceira. Os responsáveis pela feitura dos carros alegóricos compreenderam esta mensagem, para cerca de 50% aceitarem esse desafio aderindo ao tema “Anos de história…séculos de sabedoria!”, pelo que estou plenamente convicto de que vamos ter um cortejo diferente para melhor, quase me atreveria dizer o melhor de sempre, por mostrar, com evidencia, como a cidade de Viriato é linda, com os carros a mostrarem quanto é grande na tradição, cultura, história e património, nos usos e costumes, vamos apresentar e lembrar de que“Viseu é a melhor cidade para viver…”
ANOS DE HISTÓRIA…
SÉCULOS DE SABEDORIA! Sabedoria perfeita, para a direção das Cavalhadas de Vildemoinhos ao escolher, para o desfile, o tema “ Anos de história… Séculos de sabedoria!”, num ano em que o Lusitano de Vildemoinhos comemora cem anos de atividade desportiva, com historial digno de campeão, símbolo de orgulho, todo ele colorido pelo apoio e bairrismo, caraterístico dos pacíficos adeptos. A par desta justa e digna homenagem, a direcção, num salto, veio até
à cidade para igualmente se associar às instituições que, neste ano de 2016, fazem séculos de existência, como é o caso da Santa Casa da Misericórdia, que tem re-levantes serviços prestados na saúde e sociais, como nos explica Alfredo Amaral Santos, presidente da direção das Cavalhadas de Vildemoinhos: -” Coube-me a mim presidir às Cavalhadas de Vildemoinhos, neste ano de 2016, em que se comemoram cen-
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S ALTAR F O G U E I RA DE RO S MAN I N H O PARA E VI TAR E CU RAR A “ RO N H A ” . A tradição de saltar a fogueira de rosmaninho será, seguramente, muito mais antiga do que as Cavalhadas, na sua edição 364, sem falhas aos longos destes anos. Esta prática, era feita como prevenção e cura para uma espécie de sarna que acometia de um modo mais frequente nos cavalos e ovelhas e que as gentes das aldeias se protegiam também os seus corpos desse mal, fazendo fogueiras de rosmaninho de modo a embolarem – se com o fumo que se entranhava na roupa e protegia o
corpo, ao saltarem, de um lado para o outro. Logo, faz tempo, que as sucessivas direcções das Cavalhadas anexaram esta tradição ao programa festivo das festas de São João de Vildemoinhos, ao que juntaram também o queimar do pinheiro. Tudo isto vivido com o sabor das sardinhas, bem vivas, assadas na brasa, com o molho a escorrer pelo naco da famosa broa caseira de Vildemoinhos, da melhor qualidade, no saber e acabamento, tudo bem regado com o vinho
do Dão, à volta do largo do jardim ao toque de conjuntos musicais. A propósito do saltar das fogueiras, Alfredo Amaral Santos, presidente da direção, adiantou: O saltar das fogueiras e uma tradição que, embora se faça noutras terras, nos torna grandes através dos anos que, esta tradição, se tem vindo a fazer e acentuar. Tanto assim que, para além da popularidade que dá na noite de 23 para 24, na povoação de Vildemoinhos, anima de forma salutar a juventude, dá
prestígio ao programa das festas com esta tradição, ao ponto de, já ano passado, irmos ao Mercado 2 de Maio, com a fogueira de rosmaninho e, para este ano, a convite da Câmara Municipal de Viseu, vamos ter fogueiras para as pessoas saltarem durante 3 dias, nas noite de São João, nos dias 8, 9 e 10. São estas tradições que mantemos no programa festivo das Cavalhadas que nos dão força e prestigio e provam a nossa grandeza.
A C H A R A N G A D A G N R A C AVA L O
ABRE O CORTEJO DAS CAVALHADAS São dias de intenso trabalho, aqueles que antecedem o cortejo das Cavalhadas de Vildemoinhos, muitas noites mal dormidas para dar cor, movimento e vida, ao cortejo que vai à cidade de Viseu, em dia de são João, cumprindo tradição que se mantém por gerações, sempre com o mesmo amor bairrista, fruto de uma herança com história e tradição. Logo, a vontade dos responsáveis é, cada vez, fazer mais e melhor, transbordando perante uma crise nada fácil, de modo a conseguir cerca de uma centena de milhares de euros, para fazer face à despesa, tal como
nos adiantou Alfredo Amaral Santos; - Batemos a algumas portas, de mãos estendidas. Daí que tenhamos sentido na pele essa dificuldade, de ano para ano, levado – nos a temer o futuro, para manter ou melhorar a qualidade elevada a cabo no desfile dos últimos, maravilhosos cortejos pelas ruas da cidade de Viseu. A tradição e o amor bairrista, leva – nos andar de chapéu na mão, sem
cional, o cortejo com um maior número de carros tradicionais, com demonstração dos moinhos, do fabrico da broa, das mantas, dos cestos de vimes, além de outras atividades com que os antepassados se ocupavam na sua honrada vida de trabalho. Na quinta-feira, de 23 para 24, é noite de São João, com conjuntos musicais, queima do pinheiro e fogueiras de rosmaninho, broa, vinho e sardinhas, finalizando com a atuação desprestígio, a solicitar patrocínios, já que as receitas em subsídios das entidades não chegam a uma quarta parte da despesa prevista. Perante esta realidade, serão as empresas, com as suas preciosas ajudas, que nos tem valido para se fazer cada vez mais e melhor. E prosseguiu: - Para o cortejo deste ano há, pois, fortes e inéditas novidades, entre elas, a vinda da charanga da GNR a cavalo que, pela primeira vez, irá dar grandiosidade ao cartaz Cavalhadas de Vildemoinhos a nível nacional. Não foi fácil trazer 30 vistosos cavalos da GNR a Viseu, que irão colocar – se à cabeça do cortejo. A ideia nasceu do diretor Acácio Braguês, já no ano passado, - Alfredo Amaral Santos dando o seu ao seu
dono – aconteceu, porém, que, a nível logístico, não se chegou a concretizar por se tornar difícil e deveras complicado, por ter sido alvitrada, aquele integração, muito em cima da hora. Para este ano, sem deixar os nossos créditos por mãos alheia, ou seja com o prestígio das seculares Ca-valhadas e com a ajuda do comandante da GNR Vítor Rodrigues e da Câmara Municipal de Viseu, vamos ser honrados com a charanga da GNR, agrupamento militarizado da maior postura nacional que participa apenas, e somente, em grandes manifestações se âmbito nacional. Com efeito, são estas ações que dão grandeza ao cortejo que se espera venha a ser o melhor dos últimos anos, também como rampa de lançamento para um maior salto a nível nacional, guindando as Cavalhadas de Vildemoinhos a um maior prestígio turístico, patrimonial e tradicional. Nessa continuidade do que é tradi-
da Infantuna de Viseu. Dia 24, cortejo das Cavalhadas 364, em direção à capela de São João Batista, em São João da Carreira e à noite, no palco atracões musicais e divulgação da classificação dos carros alegóricos e tradicionais. Dias 25 e 26, conjuntos atuando com música para dançar.
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RAMIRO FIGUEIREDO, UM SIMBOLO, U M H O M E M N A T R A D I Ç Ã O TA M B E L A Sobejamente conhecido, Ramiro Figueiredo é bem o símbolo de um Homem na tradição tambela que, por Vildemoinhos, pelas Cavalhadas e pelo Lusitano FC tem sido, ao longo dos anos de vida, um exemplo de bairrismo, tanto que, o presidente da Direção das Cavalhadas de Vildemoinhos, Alfredo Amaral Santos não deixou de sublinhar o facto, referindo: Ramiro Figueiredo é elemento pertencente à direção do grupo dos mais idosos, que pega no facho, na bandeira da sabedoria, levando à risca toda a tradição
histórica, com extraordinário amor e bairrismo. A universidade da vida, na disciplina da Cavalhadas, faz com que Ramiro Figueiredo transmita a toda a direção mais jovem, uma força de vontade que, do coração o digo, se não tivesse, na equipa de trabalho, uma pessoa como Ramiro não estaria lá, nem as Cavalhadas teriam o êxito com a minha presidência, por estar sempre na vanguarda com valores que nos dão vontade e força para continuar. Há uma série de instituições das freguesias do concelho de Viseu que querem
ser representadas no cortejo com carros alegóricos e tradicionais e, com o seu saber e ponderação, abriu a porta, para que, no próximo ano, se possam integrar dando assim uma maior variedade e qualidade ao cortejo, com uma
forte mais-valia, para quem, com di-gnidade, pretenda participar. Também a revista tem o carimbo da sua responsabilidade, funcionando como arquivo histórico do que foram as Cavalhadas do ano anterior com uma vasta colaboração das entidades, de belíssima aceitação.
iii Ciência em Férias ipV 2016 O evento “Ciência em Férias IPV 2016”, em terceira edição, tem como objetivo proporcionar aos estudantes do ensino básico e secundário um programa organizado de caráter educativo, cultural, tecnológico e científico, mas também lúdico e de descoberta de áreas formativas que se enquadrem nas preferências e aptidões para o seu futuro percurso académico. Organizado pelo Instituto Politécnico de Viseu, o projeto decorre em dois momentos distintos, direcionados a diferentes públicos-alvo. Assim, a primeira semana do evento – de 27 de junho a 1 de julho – destina-se aos participantes com idades compreendidas entre os 10 e os 12 anos de idade, nascidos em 2004/2005 e 2006 (Grupo I). A segunda semana – de 4 a 8 de julho – tem como destinatários os participantes a partir dos 13 anos de idade, ou que os completem no ano civil em curso (Grupo II). Cada uma das semanas tem programas ajustados às faixas etárias diferenciadas que constituem os grupos. Durante cinco dias consecutivos, um dia em cada uma das também cinco escolas superiores do IPV, cada grupo de participantes usufrui de uma semana plena de atividades científico-pedagógicas em diferentes áreas do saber e muita diversão, mas também de cultivo e fomento de espírito de grupo, trabalho em equipa e sociabilização.
Os dias estão calendarizados da seguinte forma – Segunda-feira: Escola Superior de Educação de Viseu (Rua Maximiano Aragão); Terça-feira: Escola Superior de Saúde de Viseu (Rua D. João Crisóstomo Gomes de Almeida); Quarta-feira: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (A receção será realizada nos Serviços Centrais do IPV, Av. Coronel José Maria Vale de Andrade, Campus Politécnico); Quinta-feira: Escola Superior Agrária de Viseu (Quinta da Alagoa - Estrada de Nelas) e Sexta-feira: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu (Campus Politécnico). As atividades a realizar abrangem áreas e temáticas tão diversificadas como: Brincar com a ciência, Informática divertida, Gestão de redes sociais, Construção de um jardim portátil em material reciclado, A magia da Química, Uma curta viagem pelo mundo dos jogos e desafios matemáticos, Construção de um rádio de cristal, Ateliê de suporte básico de vida, Jogando e pensando: procurando a matemática escondida, Ateliê de jornalismo, Visita à Quinta da Alagoa e à lagoa das garças, Encontros com a Engenharia - pensar e projetar a cidade, Geocaching, Ateliê de educação para a cidadania, Visita ao canil e ao Centro de Enfermagem Veterinária, O Mundo das abelhas, A cor dos alimentos, Ateliê de sensibilização para a amamentação, Extração de óleos essenciais, Do planear ao construir,
Programar! E porque Não!?, Do projeto ao objeto, A energia e a preservação do planeta, Peddy paper, Ateliê: recriar um hospital, Visita ao Parque Zootécnico, entre outras propostas. Além das experiências e vivências científicas e pedagógicas haverá ainda tempo para se divertirem com inúmeras atividades lúdicas e de animação sociocultural, como jogos de orientação, jogos desportivos, peddy-papers temáticos, jogos tradicionais, atividades experimentais e muito mais. A sessão de encerramento está agendada para o último dia de cada um dos grupos, na Aula Magna do IPV, e contempla a entrega dos certificados de participação e ofertas institucionais, bem como um momento cultural de pura magia. Muito mais do que um espetáculo de magia, “hiii!”, uma criação de Zé Mágico, mistura a arte da ilusão com a cénica teatral, criando não só magia, mas uma atmosfera mágica. Numa relação muito divertida, e invocando os
valores da amizade, cooperação e família, o espetáculo despoleta a imaginação dos mais pequenos e dos mais velhos, mostrando-lhes como é possível viajar no tempo. As refeições dos participantes, meticulosamente escolhidas, são fruto do prestimoso apoio dos Serviços e Ação Social do IPV. As inscrições estão abertas a partir do dia 8 de junho e decorrem até ao próximo dia 22 de junho, inclusive, e são limitadas por ordem de registo a um número máximo de 70 participantes por cada um dos grupos etários definidos. Os jovens participantes serão acompanhados durante todo o programa por professores, técnicos e alunos do IPV que os ajudarão nas diversas atividades. Os monitores asseguram ainda o cumprimento das regras de saúde, higiene e segurança. O evento tem um custo associado de 25€ por participante (isento de IVA, ao abrigo do artigo 9 do CIVA). O valor da taxa de inscrição
inclui os cinco almoços, a viagem de autocarro a Lamego, um seguro de acidentes pessoais (que cobre todas as atividades desenvolvidas durante os cinco dias de participação, incluindo a deslocação de autocarro Viseu-Lamego-Viseu) e os materiais e equipamentos necessários ao desenvolvimento do programa das atividades. Os interessados em participar no III Ciência em Férias IPV 2016 terão de proceder à sua inscrição nos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Viseu (Avenida Coronel José Maria Vale de Andrade, Campus Politécnico). No intuito de proporcionar igualdade de oportunidades no processo de inscrição, os interessados podem fazer uma reserva de inscrição por e-mail, e somente por esta via, (no máximo de dois educandos) para o endereço: cienciaemferiasipv@pres.ipv.pt Ainda neste âmbito, informa-se que só se podem inscrever jovens que nunca tenham participado no evento ou quem somente tenha participado em uma das duas edições anteriores (independentemente do grupo). No entanto, quem participou nas duas edições anteriores do evento pode também candidatarse (sem proceder de imediato ao pagamento), ficando no entanto o processo de aceitação/formalização da sua participação pendente tendo em consideração o preenchimento das vagas disponibilizadas (para o efeito será criada uma lista devidamente ordenada).
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Regional 11
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Tribunal de SanTa Comba dão reCupera CompeTênCiaS o Tribunal da Comarca de Santa Comba dão vai recuperar algumas das competências que perdeu em consequência da reorganização do mapa judiciário, implementada pelo anterior Governo de portugal em 2014. Confirmada está já a Competência de Família e menores, uma decisão elogiada pelo presidente da Câmara municipal local, leonel Gouveia. Leonel Gouveia foi um dos autarcas dos municípios que integram a Comarca, conjuntamente com a Delegação Local da Ordem dos Advogados, que se insurgiu contra a reorganização do mapa judiciário por considerar que o mesmo afasta a justiça dos cidadãos que passaram a ter uma justiça “muito menos acessível, mais distante e mais cara”. A perda de competências do Tribunal da Comarca significou um “bloqueio ao direito à justiça e a outros serviços associados, em virtude das limitações do serviço público de transporte rodoviário", segundo Leonel Gouveia. Como presidente da Câmara Municipal, refere que as suas reivindicações junto da tutela são sobretudo para “garantir que a população do concelho de Santa Comba Dão tenha igual acesso à justiça, e não uma justiça para ricos e outra justiça para pobres”. Assim, Leonel Gouveia manifestou que
“foi com natural satisfação” que tomou conhecimento que o Tribunal da Comarca de Santa Comba Dão recupera a Competência de Família e Menores, mantendo as demais competências genéricas e reforçando a realização de diligências de audiências de julgamento de processos de Instância Central no Tribunal Central. “Para além de outras, a área da família e menores preocupa-nos consideravelmente. No nosso concelho, os problemas atingem sobretudo agregados de baixo nível económico, famílias desestruturadas em que as deslocações trazem dificuldades acrescidas”, referiu o autarca.
Festival de Folclore junta seis grupos dia 11 de Junho No arranque das Festas de S. João, sábado, dia 11 de junho, há um festival de folclore que vai juntar seis grupos na Praceta Comandante Requeijo, em Moimenta da Beira. A iniciativa, embora fazendo parte do cartaz dos festejos sanjoaninos, é da Associação de Desenvolvimento Local e Rural “Sucesso da Memória” e conta com o apoio da Câmara Municipal.
Leonel Gouveia congratula-se e saúda este esforço de aproximação da Justiça aos cidadãos, deixando um desafio ao Governo para que prossiga este “esforço de proximidade dos serviços, em outras setores, às ne-
cessidades das populações, adequando-os à realidade do interior criando, assim, condições para valorizar o território e combater a desertificação", concluiu.
CIDADE FM viseu 102.8 Tlm : 968072909 CIDADEFMVISEU@GMAIL.COM
Além do Grupo Folclórico Etnográfico de Moimenta da Beira, o festival recebe o Rancho Folclórico de Torredeita (Viseu); Grupo de Danças e Cantares de Sermonde (V. Nova de Gaia); Rancho Folclórico da Amizade de Telões (Amarante); Rancho Folclórico de Sernancelhe; e o Rancho Folclórico Infantil e Juvenil da Casa do Povo de Bitarães (Parede).
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Quinta-feira 09/06/2016
primeiro dispositivo médico de combate às enxaquecas chegou a portugal O primeiro dispositivo médico de combate às enxaquecas já está disponível em Portugal. A doença afecta cerca de 15 por cento da população portuguesa, ou seja, cerca de 1,5 milhões de pessoas, com particular incidência nas mulheres. A enxaqueca é três vezes mais comum em mulheres do que em homens. A Organização Mundial de Saúde apurou que é a 10.ª doença mais incapacitante a nível mundial. Rui Cernadas, médico especialista em Medicina Geral e Familiar e em Medicina do Trabalho, afirma: “Estudos de prevalência da cefaleia em Portugal revelam uma taxas entre os 12,1 e os 16,2%.” O consultor científico do Cefaly acredita que “este dispositivo médico, de acordo com todos os ensaios realizados, funciona como uma solução para o tratamento e para a prevenção da maioria das enxaquecas, podendo melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes”. O Cefaly é recomendado por médicos em mais de 30 países europeus. A circulação do Cefaly foi autorizada, em 2014, pela Food and Drug Administration, o órgão governamental dos EUA responsável pelo controlo dos alimentos, medicamentos e equipamentos médicos. A marca CE, Conformidade Europeia, comprova que o dispositivo foi concebido e desenvolvido de acordo com uma análise rigorosa de riscos, encontrandose devidamente licenciado pelo INFARMED para efeitos de comercialização em Portugal. A aquisição do Cefaly pode ser feita em www.cefaly.com.pt, com um preço garantido de 295€. Nas farmácias, o preço de venda é livre. a enXaQueCa (miGrÂnea) A enxaqueca caracteriza-se por uma dor muitas vezes unilateral, violenta, pulsátil e acentuada pelo esforço físico. É frequentemente acompanhada por náuseas ou vómitos, intolerância aos sons e à luz (fonofobia e fotofobia) e a alguns cheiros. A enxaqueca ocorre em crises de duração variável (4 a 72 horas), variando de pessoa para pessoa. Em alguns casos, a enxaqueca pode ser precedida de aura, ou seja, de alguns distúrbios neurológicos, tais como a ocorrência de formigamentos numa parte do corpo ou, mais frequentemente, de um ponto cego (escotoma) no campo visual - “enxaqueca oftálmica”. A ingestão elevada de analgésicos ou de fármacos específicos para a enxaqueca pode contribuir para o agravamento e o desenvolvimento de uma enxaqueca crónica. a CeFaleia de TenSão A cefaleia de tensão descreve-se por uma dor geralmente bilateral, não pulsátil, do tipo de aperto ou pressão, muitas vezes exposta como um peso ou “capacete” na cabeça. O uso excessivo ou inadequado de medicamentos para a dor é muitas vezes responsável por um aumento da frequência dos episódios dolorosos, podendo a cefaleia tornar-se quase diária. o CeFalY O Cefaly é um dispositivo médico de
combate às dores de cabeça crónicas ou recorrentes (ou seja, dores de cabeça frequentes), que permite obter uma melhoria significativa da qualidade de vida e reduzir substancialmente ou eliminar o consumo de medicamentos. A correta utilização do produto é essencial para a obtenção de resultados positivos.Este dispositivo, como atestam vários estudos clínicos, é um tratamento eficaz e seguro às cefaleias e enxaquecas: “Um estudo prospetivo com 2313 pacientes confirmou a eficácia e segurança de Cefaly para o tratamento da enxaqueca”, The Journal of Headache and Pain 2013. Um estudo da mesma publicação, elaborado em 2015, confirma a eficácia deste produto a curto prazo: “Em pacientes que apresentam uma baixa frequência de ataques, foram observadas melhorias significativas em vários parâmetros de gravidade da enxaqueca após um breve período de utilização de alta frequência. Portanto, o Cefaly pode ser considerado uma opção válida para o tratamento preventivo das crises de enxaqueca em pacientes que não podem ou não estão dispostos a tomar medicamentos diariamente.” O Cefaly, complementado por um elétrodo que se coloca especificamente no ponto de contacto com o nervo trigémio (no centro da testa), onde se situam a maior parte das cefaleias e das enxaquecas, exerce neuroestimulação sobre o sistema trigeminal. A estimulação do nervo trigémeo efectuada pelo Cefaly induz um efeito sedativo no sistema nervoso, como confirma um estudo da BMC Neurology, de 2011: “Um estudo clínico demonstrou o efeito sedativo no sistema nervoso central”. A repetição regular deste efeito sedativo modifica o limiar da enxaqueca, o que consequentemente reduz a frequência das crises e a sua intensidade. “A redução eficiente das crises de enxaqueca por utilizações regulares do Cefaly, foi concluído num estudo em que se comparou com os pacientes do grupo placebo”, Neurology 2013. Cada sessão de tratamento Cefaly dura no mínimo 20 minutos. A duração poderá variar consoante a necessidade de cada paciente. O dispositivo médico pode ser utilizado várias vezes ao longo do dia, se necessário, em dias consecutivos. As enxaquecas e as cefaleias não são doenças raras. Como tal, o Cefaly pode ser utilizado como um substituto ou complemento eficaz à medicação. É considerado a alternativa ideal para os doentes intolerantes aos medicamentos. Segundo um estudo da revista Neurology, de 2013, “70% dos pacientes afirmaram que ficaram satisfeitos. A redução no consumo de medicamentos caiu em 37% no grupo tratado com Cefaly, enquanto que se manteve virtualmente inalterada no grupo do placebo. No grupo que respondeu ao Cefaly, a redução do consumo da medicação era quase 75%.”. Os efeitos secundários do Cefaly são praticamente inexistentes e completamente reversíveis, como refere um estudo do The Journal of Headache and Pain, de 2013: “apenas 4,3% dos pacientes relataram efeitos secundários, todos eles eram irrelevantes e totalmente reversíveis.”. À semelhança do que sucede com a
generalidade dos medicamentos de tratamento e prevenção destas doenças, este dispositivo médico não é comparticipado.
Drª. M. Lurdes Botelho
o KiT CeFalY O Kit inclui o dispositivo médico Cefaly, elétrodos, manual de instruções, toalhetes de limpeza da pele e uma bolsa de transporte. O Cefaly é um pequeno dispositivo portátil, simples, leve e confortável, alimentado por pilhas. Assemelha-se a um arco de plástico usado na testa, como se de uns óculos se tratassem. O tempo médio de vida do aparelho é de 6 anos. O elétrodo adesivo aplicado na testa pode ser utilizado em aproximadamente 20 sessões. TraTamenTo da CriSe, TraTamenTo preVenTiVo e relaXamenTo O dispositivo médico Cefaly possui três programas distintos, para três estádios diferentes: crises, prevenção e relaxamento. O programa 1 é indicado para o tratamento das crises dolorosas de enxaqueca e da cefaleia de tensão. A sessão padrão de 20 minutos é geralmente insuficiente. Assim, o programa 1 deve ser utilizado várias vezes e no mínimo durante 40 minutos. Geralmente são necessárias 2 a 6 sessões de 20 minutos, dependendo dos casos. Este não é, porém, um limite porque o Cefaly pode ser utilizado durante todo o dia, se necessário. O programa 2 é utilizado uma a duas vezes por dia fora das situações de crise, devendo cada sessão durar, no mínimo, 20 minutos. O programa 2 é indicado para a prevenção das cefaleias e das enxaquecas. Deve, portanto, ser utilizado fora das situações de crises. O programa 3 é indicado para obter uma sensação muito agradável de bemestar e relaxamento e pode ser utilizado para reduzir o stress e a ansiedade. uma melHor Qualidade de Vida Os resultados obtidos nos estudos realizados pelas publicações da especialidade, como a Neurology, o The Journal of Headache and Pain e a BMC Neurology, confirmam a eficácia e a segurança do Cefaly e a sua importância na melhoria da qualidade de vida das pessoas que sofrem destas doenças. Este dispositivo médico tem também um papel importante no combate ao absentismo laboral, uma vez que evita as baixas de curta duração (que não são pagas pela segurança social), dado os seus efeitos a curto, médio e longo prazo. Os números são alarmantes: 10 a 15% da população mundial sofre de enxaquecas, uma percentagem muito significativa. Na maioria dos casos, o Cefaly pode marcar a diferença na vida destas pessoas, seja como um complemento aos medicamentos e aos métodos já existentes, bem como uma alternativa de absoluta confiança. Mário Barros
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MANGUALDE ACOLHEU 1º FESTIVAL DE ARTES MARCIAIS O Largo Dr. Couto, em Mangualde, foi palco do 1º Festival de Artes Marciais. A iniciativa, integrada na programação da semana da saúde, foi organizada pela autarquia man-
gualdense em colaboração com o Centro Bujutsu de Mangualde.
O Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, João Azevedo, esteve presente na iniciativa realçando que ‘a autarquia continua a apostar no desporto, dando palco às
mais variadas modalidades, tendo inclusive investido em Tatami, um tipo de tecido de
palha entrelaçada, usado como tapete ou revestimento no piso tradicional japonês’. Durante o festival foi possível participar em vários workshops da modalidade bem como assistir a demonstrações de Aikido, Kendo,
Tai Chi, Karaté, Keysi, Taekwondo, Ultimate Full Contact, Thay Kick, Kenpo Americano, BJJ e Krav Maga.
90 peSSoaS perCorreram oS PERCURSO CaminHoS do bom SuCeSSo “DO ROMANOS AOS MONGES” A Câmara Municipal de S. Pedro do Sul, em parceria com a Termalistur, e colaboração da União das Freguesias de Santa Cruz da Trapa e S. Cristóvão de Lafões, da Farmácia Teixeira e da Associação de Solidariedade Social ARCA, vai promover no próximo dia 12 de junho (domingo) o Percurso “Do Romano aos Monges”. A concentração dos participantes está marcada para às 8h15 junto ao parque de estacionamento do Pavilhão Municipal (transporte da Câmara Municipal), ou às 8h45 no Largo do Calvário em Santa Cruz da Trapa.
Cerca de noventa pessoas percorreram os Caminhos do Bom Sucesso, em São João da Fresta, um Percurso Pedestre de cerca de 10 km. A iniciativa concluiu mais uma edição dos Percursos Pedestres «Mangualde em Movimento». No final do passeio realizou-se um almoço convívio. Os Percursos Pedestres são promovidos, anualmente, pela Câmara Municipal de Mangualde, com o intuito de incentivar o desporto e dar a conhecer Mangualde. Assim,
desde 28 de fevereiro foram percorridos o Trilho de Ricardina (Espinho – 6 Km – Médio), o Trilho de Ludares (Quintela de Azurara – 16 Km – Médio), a Rota das Águas Milenares (Alcafache – 6 Km – Médio), a Rota de Stº António dos Cabaços (São Cosmado – 5 Km – Médio), a Rota da Sr.ª dos Verdes (Abrunhosa-a-Velha – 8,2 Km – Médio), finalizando agora com os Caminhos do Bom Sucesso (São João da Fresta – 10 Km – Médio).
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Caminhada solidária com g r ande adesão
Atendendo às preocupações sociais que sempre manifestou ao longo do seu percurso, o Grupo de Jovens CORDAS – sediado em Gumirães, na Paróquia de Santa Maria – organizou a iniciativa “Meta o NARIZ nesta Caminhada”, que decorreu no passado dia 4 e que teve como ponto de encontro o Adro da Sé. Durante o evento, quase 300 pessoas percorreram cerca de três quilómetros, espalhados pelas principais artérias de Viseu, para apoiar a Operação Nariz Vermelho. Antes do percurso propriamente dito,
contou-se com a presença do Coro Mozart, que fez um miniconcerto com algumas das canções contidas no seu repertório, e com uma sessão de aquecimento, que preparou os participantes para a caminhada. Ambas as ações foram realizadas em puro ambiente de festa, com destaque para a presença de um doutor palhaço, que mostrou os seus dotes de entretenimento, e de um espaço de pintura facial, que coloriu as caras dos mais novos. Além dos caminhantes, foi de notar a presença do pároco de Santa
Maria, o Cónego Manuel Matos – que, num gesto de enorme gratidão, apoiou a iniciativa dos CORDAS – e de elementos do Coro Mozart, que deram ímpeto aos cânticos de torcida que ecoaram pela cidade, como “CORDAS Allez”. Finalmente, depois de terem regressado à Sé, os participantes continuaram com o entusiasmo, tirando uma fotografia de grupo e fazendo uma sessão de alongamentos, que contou com a animação dos CORDAS. Terminado o evento, foi possível ver rostos de orgulho e satis-
fação, ao terem registado um acontecimento de grande altruísmo solidário para com os doentes pediátricos e os artistas que, em nome da Nariz Vermelho, os animam nos hospitais. Depois do sucesso desta caminhada, resta aos CORDAS assegurar que esta ação se prolongue por muitos anos e continuar a mostrar gestos conscientes de solidariedade, numa clara alusão aos princípios que levaram à sua criação em 2014.
auTarQuia ConVida SenioreS MUNICÍPIO DE SÁTÃO ABRE INSCRIÇÕES manGualdenSeS a ViSiTar mira PARA O PROGRAMA SÁTÃO ATIVO
Com o objetivo de continuar a dinamizar o convívio entre todos os cidadãos seniores do concelho, a Câmara Municipal de Mangualde, em parceria com a Rede Social de Mangualde, promove mais uma edição do projeto ‘Andanças Seniores’. Este ano o local escolhido foi Mira e Curia e os passeios irão decorrer entre 27 de junho e 8 de julho. Ter idade igual ou superior a 65 anos e ser residente no concelho de Mangualde são as condições necessárias para se inscrever nesta iniciativa. Contudo, e a título excecional, serão aceites inscrições de acompanhantes - nos casos de pessoas que comprovadamente necessitem de acompanhamento, ou no caso de casais, em que um dos elementos tenha idade inferior a 65 anos. As inscrições são gratuitas, mas de caráter obrigatório, e devem ser efetuadas até ao dia 17 de junho para o Gabinete de
Ação Social da autarquia (Largo Dr. Couto, 3534-004 Mangualde), através do telefone 232 619 880, do fax 232 623 958 ou dos email’s ssocial@cmmangualde.pt e redesocial@cmmangualde.pt ou na Junta de Freguesia de residência. Os interessados deverão fazer acompanhar a sua inscrição de fotocópia de Bilhete de Identidade ou Cartão do Cidadão.
O Município de Sátão vai levar a cabo o Programa Sátão Ativo 2016 de 4 a 8 de julho e de 11 a 15 de julho, direcionado para jovens com idades compreendidas entre os 8 (feitos até dia 04 de julho) e os 14 anos. A Autarquia de Sátão pretende com o programa Sátão Ativo 2016 ocupar os tempos livres dos jovens em período de férias escolares, proporcionando-lhes atividades lúdicas e educativas. As inscrições são limitadas e decorrem na Piscina Municipal de Sátão em duas fases: na 1.ª fase, de 20 a 25 de junho, os interessados só poderão inscrever-se numa das
duas semanas propostas. Na 2.ª fase, de 27 de junho a 2 de julho, só se efetuarão inscrições se ainda houver vagas disponíveis. As atividades propostas são bastante diversificadas: natação em piscina exterior, prova de orientação, bowling, visita a museus, atividades radicais, canoagem e muitas outras atividades. O horário a praticar é das 09h00 às 17h00 e o preço é de 20,00€ por semana. Para mais informações, os interessados devem dirigir-se à Piscina Municipal de Sátão ou contactar através do número de telefone 232980800
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Diversos 15
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“ANA MAriA EM CASA DoS PADriNHoS” Do livro “recortes dos meus dotes”-CAPiTUlo Xi
Uma colcha em linho bordada de igual modo dos cortinados, também em tecido de linho, tudo a condizer, fazendo do espaço um ninho intimo para viver em prazer. Ana Maria, portanto, é aqui que vais ficar a dormir. Apenas a empregada Arlanda Pessante aqui vem fazer a cama e a respetiva limpeza aos moveis. Não precisas, pois, de te incomodar com nada de nada. Ela encarrega -se de lavar a tua roupa, de a passar a ferro e coloca – la nos gavetões e troca também as toalhas da casa de banho, regularmente. Agora fica a desfazer a tua mala onde trazes as tuas coisas e coloca – as onde te deem mais jeito e estejam à tua mão, como sejam as de uso higiénico, Ana Maria ouvia a madrinha com o melhor dos sorrisos pela felicidade que lhe estava a dar, acrescentando com a voz melodiosa e suava: - A madrinha está a colocar no lugar de filha que, reconhecidamente, não mereço. - Cala – te, não digas disparates. Mereces isto e muito mais... Logo que a madrinha saiu do quarto, Ana Maria arredou as cortinas da janela e,
Por Fernando de Abreu
através dela, viveu momentos de grande prazer paisagístico, na contemplação nostálgica do cimos dos arvoredos que formavam a “ avenida dos namorados”, assim designada por árvores plantadas de um lado e do outro da avenida se abraçarem, bem lá no alto . Era um espaço apropriado para o amor, daí que lhe tivesse dado aquele por ali ter sido o refúgio de lindos romances de amor de anteriores donos da quinta da verga. O espaço, todo ele, era impregnado de poesia, evolada num misterioso fluido de rima e métrica perfeita, com sonorização de paz e descanso que mais doce ficava a serenidade do prazer ao cair da noite para logo, logo vir cumprimentar o novo dia na tranquilidade de quem ama a natureza.
CapiTulo Xii ana maria inSTala -Se no QuarTo No dia seguinte, por volta das dez horas, a empregada entra no quarto onde Ana Maria dormia. Vai aos cortinados da janelas voltada para a quinta e afasta – os para entrar os fortes raios solares, acor-
dando Ana Maria Diósia Alas de imediato. -Oh, Arlanda que horas são? - Bom dia! São dez horas... Trago – lhe o pequeno almoço. Torradas com manteiga, café com leite, fruta e sumo de laranja natural. Depois de tomar o pequeno almoço, continue a descansar. -Ai, Arlanda como é possível. Em casa do meus pais nunca aconteceu ficar na cama até tão tarde. Com eles, há muito que andava na agricultura ajudar o meu pai, no campo e a minha mãe nas lides domesticas. Era regar as hortas para depois vir vender a Viseu o que as terras produziam, apanhar comida para os animais de criação, enquanto a minha mãe fazia a comida para o nosso almoço. Era ela que tinha essa missão, por cozinhar pratos de comida muito especiais. Uma boa cozinheira. -- Pois, é, menina aqui vai estranhar. Certamente, não saberei fazer essas boas comidas que a sua maezinha faz. -Claro que não! Vou gostar muito dos “seus” cozinhados... -Desculpe menina, não me trate por você. Apenas Arlanda. - Pronto, está certo. Por você, ou por
tu, irei sempre ter a mesma consideração pela Arlanda, convicta de que iremos ser sempre grandes amigas... -Agora, desculpa, mas não vou tomar o pequeno almoço no quarto, não me sentia bem. Quero ser sempre a mesma Ana Maria. Vou já ter contigo à cozinha e se ainda não tomaste o teu pequeno almoço fazes – me companhia, dividimos este pequeno almoço que dá perfeitamente para as duas. Como bem, mas não sou nenhuma alarve... - Deus me livre! A sua madrinha despedia – me se visse essa intimidade.Vai comer sozinha, sim; os seus padrinhos já saíram bem cedo, não disseram para onde iam, nem me disseram para a acordar. Eu a que vi que já era tarde, tomei a liberdade de lhe trazer à cama o pequeno almoço. - Obrigada, Arlanda, és mesmo um amor... - Os seus padrinhos querem que descanse, que se sinta bem e saboreie os prazeres em estar neste espaço que é lindíssimo. Logo que possa vá à descoberta deste pequeno mundo de encanto. (continua)
Do postigo do meu cubículo «Obrigado Avozinho!... Viriato!... Que grande homem! Que grande amigo da sua pátria!» Foi a exclamação de uma criança de 8 anos, no final dos anos 40 do século passado, depois de o avô lhe ter contado a vida do General pastor. Começou por dizer; «Há façanhar dos nossos maiores que é um crime serem por nós ignoradas. Que belas lições de verdadeiro portuguesismo nós lhes não devemos! Oh! Se nós o seguíssemos sempre! As principais belezas da História de Portugal, que tu conheces apenas pela rama, e hipoteticamente a esmagadora maioria dos portugueses, mas que (todos devíamos saber e meditar» O neto perguntou: E de que tempo são esses Maiores? Antes de Cristo? O avô: sim, antes de Jesus Cristo nascer.» Eu julgo que Viriato e os seus companheiros tivesses fundado a Lusitânia 300 anos, antes da nossa era. Portugal não foi sempre independente. Houve um tempo em que o melhor dele se chamava Lusitânia, sendo dominado por vários povos, até que teve o nome de Portugal, formando um reino que tinhas lusi-
tanos, Galaicos e outros próximos parentes. A Lusitânia não era rigorosamente o que é hoje o nosso país. Era muito menos comprido, mas mais largo. Ma o português especial tem bastante de Lusitano. Quando os bárbaros deixaram a Lusitânia e o resto da Espanha, nós tivemos chefes independentes que comandaram as tropas, que davam quase tudo. A crueldade deles irritou logo os lusitanos. Sublevaram-se, pois, numa grande batalha, mataram 7.000 Romanos. E os soldados de Roma eram então os primeiros do mundo. Mas o comandante Galba vingou-se. Logo que lhe deram mais tropas Roma pós tudo a ferro e fogo. OS lusitanos, aterrados, pediram paz. Galba, fingindo-se bom, marcou-lhes um lugar para todos festejarem a aliança; mas apenas viu os lusitanos juntos, confiados e desarmados atacou-os à traição, fazendo grande matança, degolando-os e esquartejando-os. Escapou um punhado de lusitanos. Entre estes estava o grande Viriato. O nome da maior glória lusitana, de todos os tempos como disse alguém. Galba teve, entretanto, de ir a Roma, onde o rei Gatão o acusava de muitos
crimes, e Viriato chamou logo a si os lusitanos que tinham escapado e, levando-os ao campo onde já apodreciam os cadáveres dos seus irmãos, jurou sobre eles, fez jurar a todos vingança de morte, guerra e extermínio! Viriato levantou, pois, todos os povos da Lusitânia, exercitou-os e marchou com eles sobre Carpentânia hoje na província de Toledo, onde Roma tinha um grande exército cheio de munições. Viriato era pagão, isto é, adorava os ídolos. Antes de entrar em luta, fez como os pagãos bárbaros, sacrificou a Marte, deusa da guerra, um prisioneiro romano e todos os soldados foram, um por um meter a mão direita nas entranhas da vítima, jurando guerra de morte aos Romanos, guerra até ao último alento. Depois os lusitanos invadiram tudo, começando por lançar impostos aos povos da Bética (hoje Andaluzia), povos aliados de Roma. Marchou então contra eles Marco Vitélio, e fez a marcha tão rápida que Viriato e os seus, surpreendidos, se abrigaram então numa das cidades da Bética. Os lusitanos, cheios de fome e cercados por toda a parte queriam render-se, e até o resolveram fazer em segredo, de modo que
Viriato não percebesse. Mas Viriato era muito astuto compreendendo-lhes os instintos, reuniu-os logo e convencera-os de que nada podiam esperar dos Romanos senão a morte á traição. Os romanos apertaram o cerco; mas Viriato planeou logo uma retirada honrosa. Pôs muito à pressa, bem a salvo, a infantaria, que era numerosa, e entrou também com a cavalaria Lusitana na cidade, de Troia, povoação que hoje não existe. Esta cidade ficava perto do estreito de Gibraltar. E o que aconteceu na dura refrega é fácil de imaginar!... A terminar desejava que o prezado leitor fizesse um juízo, o mais perfeito e completo possível, sobre todo o ideal de Viriato. Eu desculpem a nota pessoal, sentindo-me um pouco, ou talvez mais do que isso, cidadão de todo o mundo-sem deixar claríssimo, de ter Portugal no coração, em particular a minha pátria particular (Pindelo Sra. dos Milagres e Rio de Mel), cá tenho o meu.
Custódio Vale Duarte
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A GRAÇA ME ENVIOU, E O SONHO JÁ VOLTOU. MAS, SE "DEUS" AUTORIZAR, PARA PORTUGAL VOU VOLTAR. VER AQUELA TERRA NOVAMENTE, O POVO SEMPRE GENTILMENTE. MAS, JÁ NÃO SEI O QUE PENSAR, ESPERO LOGO PARA LÁ VOLTAR ! VER NOVAMENTE OS MEUS AMIGOS, E ABRAÇÁ-LOS AO SEUS ABRIGOS. NOVAMENTE OS OUVIR DECLAMAR, SÃO SONHOS PARA EU OS AMAR ! VER O MESTRE CARDOSO PRESIDENTE, COM SUA FLAMA SEMPRE PRESENTE. VER A DAMA DA POESIA A LINDA MARIA, DA GRAÇA COM ARDOR EU A ABRAÇARIA ! NOVAMENTE VER O AGORA TESOUREIRO, O TAMBÉM MESTRE AFONSO ALVIÇAREIRO. COM SUA FLAMA SEMPRE PRESENTE, PARA TODOS É UM AMIGO PERMANENTE ! ESSA LINDA E MAGISTRAL ENTIDADE, QUE COM CERTEZA É UMA REALIDADE. ESPELHO MUNDIAL DA LUSITANA ALMA, E QUE A TODO POETA ETERNAMENTE INFLAMA ! EU AQUI NO MEU CANTINHO, NO NÚCLEO QUE JÁ É UM NINHO., ADORO O MONUMENTO DA POESIA, A ETERNA ENTIDADE DA MAESTRIA ! SONHO VER NOVAMENTE SEUS CULTORES, DESSE GRUPO VALENTE E SEUS AUTORES. AMAREI ETERNAMENTE A NOSSA ASSOCIAÇÃO, PORQUE ELA FICOU PARA SEMPRE NO CORAÇÃO !!! ADRIANO AUGUSTO DA COSTA FILHO,. Delegado/Coordenador da A.P.P. no Núcleo de São Paulo/S.P.Brasil.
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