Notícias de Viseu 7 de Janeiro 2016

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Semanário independente e regionalista / director e Fundador: Fernando de Abreu Ano Xli - nº 2102 - Quinta-feira 7 de Janeiro de 2016 - Preço: 0,60 eur. - iVA incluído

Ano noVo SeMPre (Soneto Futurista)

A começar de nós um tempo novo, Um novo espaço pleno de uma paz, Que é sem fim e expande a todo povo, A começar em mim, o bem se faz... Um ano novo é sempre algo que traz, Durante o ano, o renascer “ab-ovo”, De tempo e espaço, um infinito assaz, Certa definição de cristão-novo... Trezentos e sessenta e cinco dias: Mera formalidade dos humanos, Ser feliz não depende de magias... Nem mesmo sortilégios pelos anos, Felicidade e amor, duas valias, Direitos nossos, são DIVINOS PLANOS!... CYNTHIA THEODORO PORTO, poetisa

Mangualde CASA dA QuintA de SAnto AntÓnio eM deStAQue no PriMeiro MÊS do Ano Em 2016, Mangualde vai continuar a dar a conhecer o vasto património do concelho através da campanha da autarquia mangualdense, «Mangualde, o nosso património!». A Casa da Quinta de Santo António, em Fornos de Maceira Dão, é o património em destaque no primeiro mês do ano. A iniciativa tem como principal objetivo aproximar a população do património mangualdense. ( cont pág 4)

A Santa Casa da Misericordia de Viseu uma das mais antigas e prestigiadas do país está a comemorar 500 anos, feito histórico que leva a conceituada instituição religiosa a promover festividades durante o ano que oportunamente daremos o devido destaque.

Jornal Semestral - Edição Janeiro 2016 Estamos de Parabéns! Desde a sua fundação até à presente data, isto já lá vão 20 ANOS, temos feito um belo percurso que se pode intitular de: Cultural, Pedagógico, Psicológico, Desportivo e ainda Familiar.

ProgrAMA do Centenário do MuSeu nACionAl grão VASCo Será APreSentAdo diA 8 de JAneiro


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2 Opinião

Quinta-feira 07/01/2016

oPiniÃo

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É semPRe bom, “bebeR” um bom livRo e “leR” um bom vinho

janeiro 2016 quinta-feira Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Redação: Telefone: 232 087 050 e-mail: geral@noticiasdeviseu.com Publicidade Telemóvel: 968 072 909 publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Fernando José Ribas de Sousa Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa São Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Espanha) - Enric Ribera TIRAGEM Mês de outubro: 30.000 exemplares Dec. Lei 645/76 de 30/7

ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ....................................... 2 Viseu ............................................ 3 O Verde Gaio.................... ......5/16 Diversos..................................4/5/6 Desporto.............................. ........7 Publicidade.................................. 8

O mote foi dado pelo “nosso” Aquilino Ribeiro, esse mago da literatura, nado e criado nas serranias da Lapa e da Nave: “O pior dos crimes é produzir vinho mau, engarrafá-lo e servi-lo aos amigos”. Um mote perfeito para uma conversa, não exclusivamente sobre vinhos, como o mote pode prenunciar, não sobre as castas do Dão ou do Demo, mas a perfeição do mote está no facto de que através dele se pretendia tam-

bém, ou quase por inteiro, falar de livros no festival “Tinto no branco” de Viseu. Este casamente entre vinhos e livros, mais do que de conveniência, foi um casamento, não duvido, por “amor”, entre Baco e Atena, entre o vinho e a sabedoria. Provou-se vinho, discutiu-se sobre vinho, “folheou-se” vinho e que se saiba não foi cometido nenhum crime. Vinho do bom, nem todo de excelência, pudera,

mas todo acima de qualquer suspeita do crime de que Aquilino falava. Sobre livros também se dissecou. Foram muitos os convidados. Foram tantos os palestrantes, ou talvez “conversadores”, gosto mais assim, que passaram pelo Solar do Vinho do Dão! Falaram com certeza das suas “colheitas”, dos seus livros “imperfeitos”, daqueles que por mais que os amigos e leitores gostem de “beber”, nunca conseguem traduzir tudo quanto o autor tinha em mente à data da conceção. Falta-lhe sempre alguma “acidez”, algum “aveludado”, algum “encorpamento” e algum “frutado”. Ah, e também se falou do “engarrafamento” de livros. Das empresas “engarrafadoras” que tantas e tantas vezes têm que ceder ao mercado. Têm que se “casar” com alguns livros só por conveniência para dar dimensão comercial ao negócio, sempre difícil, da edição de livros. É por isso que mais vezes do que devia, as “paixões” pelos livros, tal qual pelos vinhos, demasiadas vezes têm que baixar à

Por Acácio Pinto *

terra, descer da sua construção mental, para levarem mais alguma percentagem ou de Touriganacional, ou de Tinta-Roriz, ou de traição, ou de amor proibido, precisamente, para responderem, corresponderem a esse mercado enformado por uma poderosa indústria de marketing. Mas se nos livros se notou alguma nostalgia, a de que “hoje já não há autores como antigamente”, como Eça, Camilo, ou Dostoievsky, por mais “frutos vermelhos” que se coloquem nos livros dos autores de agora, já nos vinhos a coisa é completamente diferente. São cada vez melhores. Cada vez mais sofisticados. Cada vez mais de excelência. De antigamente, só mesmo os vinhos finos do Douro. Mas seja como for, a síntese perfeita estará sempre no prazer, na interpelação mais profunda que uns e outros, que os vinhos e os livros na interação com a nossa “alma”, nos causam quando os lemos e bebemos, ou bebemos e lemos… e nas circunstâncias de cada momento!

(www. relogiosdesol.com)

Relógios de sol – PatRimónio esquecido (1) Sob este título iremos abordar a história do Relógio de Sol e a evolução deste ao longo dos tempos, um pouco de Cosmografia, a importância do relógio de sol nos nossos dias e os relógios de sol em Portugal. Pegando no título deste ciclo de artigos creio não estar muito enganado (seria bom que o estivesse) ao considerar que os relógios de sol em Portugal são um património considerado menor pela maior parte dos responsáveis pelas políticas da cultura e do património. Este não interesse pelos relógios de sol estende-se á população em geral e em especial à faixa etária abaixo dos 65 / 70 anos já que estes últimos, quando jovens, estavam ainda inseridos numa sociedade predominantemente rural e portanto ou tinham o relógio da igreja ou a sombra de uma esquina nas “escaleiras” da casa da “ Ti Zulmira” que lhes indicava que era altura de ir “virar a água” ou outro dos afazeres de uma vida rural. Alguns familiares mais idosos desses jovens usavam ha-

bitualmente um relógio de sol portátil, muito divulgado no final do século XIX início do século XX, construído em madeira e possuindo uma bússola para orientação e da autoria de um Gnomonista de nome João da Silva. Os relógios de sol são peças com uma enorme história, alguns de rara beleza e são objectos possuidores de uma grande informação científica características que merecem ser divulgadas. São instrumentos que ajudaram o Homem a organizarse em sociedade. Em Portugal algumas autarquias e entidades têm promovido a divulgação dos relógios de sol existentes na sua região e não só. Estou---me a lembrar de um belo livro editado pelos CCTs e da autoria de Nuno Crato, Suzana Metello de Nápoles e de Fernando Correia de Oliveira, assim como edições apoiadas por Câmaras Municipais como é o caso da C.M. de Valpaços que editou um trabalho sobre relógios de sol do concelho, da autoria do Dr. Adérito Freitas. Sobre

este tema, o mesmo fez a C.M. de Torres Vedras com a edição do livro Medição do Tempo em Torres Vedras, da autoria de José Mota Tavares, José António Madruga e Carlos Guardado da Silva sobre relógios mecânicos e de sol existentes no seu concelho. Também a Fundação Caixa Agrícola de Leiria apoiou a publicação de um livro de José Mota Tavares sobre relógios mecânicos mas contem alguns relógios de sol.

Certamente outros exemplos haverá mas que são somente alguns “Oásis” num imenso deserto de informação

sobre este património. Este e futuros artigos tentarão chamar a atenção para este património que não podemos dar-nos ao luxo de esquecer. Termino com uma frase que escrevi num catálogo de uma exposição de relógios de sol realizada no ano 2002 na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu. “Hoje, por muitos ignorados, mas ainda vistos por uns tantos como peças científicas e artísticas, os Relógios de Sol são um património que qualquer povo deve preservar e dar a conhecer, pois eles acompanharam o Homem durante séculos e são uma prova viva da sua evolução, da sua curiosidade natural e do seu espírito científico”

PedroGomesdeAlmeida Astrónomo Amador e Gnomonista (www. relogiosdesol.com)


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Viseu

Quinta-feira 07/01/2016

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snack BK de natal Mais uma vez a tradição cumpriu-se …e o Snack (Toalhete de mesa) da BK de Natal foi lançado ! Aproveito este meio de comunicação , nosso parceiro e amigo-Noticias de Viseu- para desejar a todos os clientes, amigos, parceiros e futuros clientes , um excelente 2016… Um Grande bem-haja a todos vós… E façam o favor de serem Felizes !! Rodrigo Espirito Santo

Programa do Centenário do museu naCional grão VasCo será aPresentado dia 8 de Janeiro Apresentação será presidida pelo Ministro da Cultura Terá lugar sexta-feira, 8 de Janeiro, pelas 11H30, a apresentação pública do programa come-morativo do Centenário do Museu Na-

cional Grão Vasco (MNGV), em Viseu. O ato será presidido pelo Ministro da Cultura, João Soares, contando com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Almeida Henriques, do Diretor-Geral do Património Cultural, João Carlos dos Santos, e do Diretor do Museu, Agostinho Ribeiro, entre outros responsáveis e parceiros na programação. As comemorações do centenário do MNGV, da responsabilidade do Museu e da Direção-Geral do

Património Cultural, têm o apoio do Município de Viseu e da Fundação Millenium BCP. O Museu Grão Vasco foi instituído a 16 de março de 1916, com instalação inicial nas dependências da Sé de Viseu. Em 1938 conheceu a sua morada atual. Foi diretor fundador Almeida Moreira. Foi elevado ao estatuto de “Museu Nacional” a 18 de maio de 2015. Hoje, tem 22 peças classificadas como “Tesouro Nacional”, 19 das quais com a assinatura de Vasco Fernandes.

AGRADECEMOS AS BOAS FESTAS RECEBIDAS DESEJANDO A TODOS QUE 2016, TRAGA PAZ, ALEGRIA. AMOR E SAÚDE Solidariamente, muitos foram os leitores que nos dirigiram votos de Boas Festas, gentileza que registamos e agradecemos, retribuindo com manifestos desejos, de todos tenham o 2016, como ano de viragem, para uma vida melhor, de Paz, alegria, amor e saúde, registamos algumas dessas personalidades: Passos Coelho, presidente do PSD; Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu; Vítor Manuel de Almeida; presidente do Município de São Pedro do Sul; Presidente da Câmara Municipal de Armamar; Município de Santa Comba Dão; Câmara Municipal de Pinhel, Estrela Simões; Turismo Centro de Portugal, Manuela Fonseca; Comando Distrital de Viseu da GNR; Escola Superior de Saúde de Viseu; Secretariado da CIM Viseu Dão Lafões; Associação de Municípios Portuguesa de Vinho do Cartaxo; Escola Profissional Mariana Seixas; Universidade de Trás dos Montes e Alto Douro; Universidade de Aveiro; Lisboa Cidade do Fado; Cantor Mickael Carreira; Marie Françoise Royer Cruz, presidente do Campus Viseu; Cine Teatro de Estarreja, Catarina Vasconcelos; Santuário de Fátima; , Padre Carlos Cabecinhas; Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal; Jorge Loureiro da Delegação de Viseu AHR e Similares; Clínica de saúde Porto; Junta de Freguesia de Real; Associação Festas da Nervir, João Prates; Expourense, Javier Pavón Rivo; EDP, Paula Cabeçadas; Associação de Imprensa; Vida Económica; , Susana Abreu;

Universidade Católica Portuguesa Centro Regional de Braga; Edições Colibri; Escola de Triatlo da AASM, Rosa Rebelo; Federação INATEL, Viseu, Filipe Lourenço; Humberto Pinho da Silva; Hélder Henriques Marques; Xulio César Gonzalez, Centro Cientifico Tecnológico de Investigação; José Costa; Contact Center Fornecedores; Força de Produção;Aquilino Rocha Pinto, Presidente da Direção da A.Ténis da Mesa do distrito de Viseu; Galeria Usar o Tempo; New – Lar Sociedade de Mediação Imobiliária Tondela; Sociedade Agrícola de Silgueiros, Pedro Barros de Figueiredo; Hiper Real – lojas do Grupo Solneve Viseu; Quinta das Arcas, Sociedade Agrícola; Millenium BCP; Cíntia, Francisco & ERIK; Cristina Pereira; Interbeiras; Leilose – Market Partners;David Carreira Managemnt, Lourenço & Costa; APCMC, José de Matos, António Abreu, Lurdes Figueiredo, Patrícia Martinho, Maria José Ribeiro, Susana Mendes, Alzira Correia, Elsa Camelo, César Barros, Bruno Costa, Luís Silva; Netsonda; Salvador Patrício Gouveia; Galeria Vieira Portuense; Vida Económica; Papeliquidos, Carolina Duarte; Quinta dos Monteirinhos; Galeria Rastro; Filipe Guerreiro; Fremautemédia; Estação de Imagem: Dínamo Clube Estação; Patrícia Brás, Museu de Lamego; Vale do Varosa, Professor José Ernesto; Arqueologia e gestor António Tavares; Clube Natura de Viseu; Instituto Europeu de Ciência da Cultura, padre Manuel Antunes; Carlos Carvalho da Costa; Sindicato dos Professores da Zona Centro; Direção Dis-

trital SPZ de Castelo Branco; Ana Paula Simões, Piaget – Viseu; Maria Adelaide Machado Gonçalves Rebelo, presidente da Junta de Freguesia de Souto Maior; Craks Clube Lamego; Constança Mendonça, João Correia, Liliana Oliveira, Pedro Freitas; Direção Distrital de Viseu do SPEC, Joaquim Messias, Jorge Santos, Carlos Palhares, Laura Maurício, Rosa Bessa, Paula carvalho; Finiclasse; A Paleta de Ideias; Corpo Nacional de Escutas;Associação os Galfarritos Modelos; Bild Corp; Turistrela- Hoteis & Experiente; Newsletter Loveis Lovers And Lollypops; Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique; João Caiado:Câmara Municipal de Nelas, José Borges da Silva; Município de Mangualde; Sandra Oliveira Cul-de sac; Lusitano F.C. Vildemoinhos; Wellbil; Álvaro Loureiro; Académico de Viseu- secção de Natação; Mini preço;Hotel Tivoli; Rosa Limpa; ABC de Nelas; Associação H.C.R, Beselguense;Tipografia Exemplo, Tarouca e Viseu; Quinta Ecológica da Moita;Trovist, OLX, António Cardão, António Lopes, Pais da Rosa,Comissão de Festas de Ribafeita, Almiro Costa Rebelo, Museu Nacional Grão Vasco,Lic Construtores, Rancho Folclórico Verde Gaio, Casino Estoril, EquipaAEPGA, Newsletter CT 4x4Rancho Folclórico de Lordosa, Varitas – Art Auctioneers, Olivertk, lda, Espaço T, Rock in Rio Lisboa, Centro NHK,Gabinete de Imagem de S.R do Centro, Francisco Fortes, Cynthia Porto –S. Paulo, Luis Moura Serra, Liliana Santos, Unipress, CTT, Missionários Combonianos, Municío de Vila Nova de paiva


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4 Diversos

Quinta-feira 07/01/2016

«Mangualde, o nosso património!»: COLUNA casa da quinta de santo antÓnio eM POLICIAL destaque no priMeiro MÊs do ano detenção por pesca Em 2016, Mangualde vai continuar a dar a conhecer o vasto património do concelho através da campanha da autarquia mangualdense, «Mangualde, o nosso património!».

A Casa da Quinta de Santo António, em Fornos de Maceira Dão, é o património em destaque no primeiro mês do ano. A iniciativa tem como principal objetivo aproximar a população do património mangualdense. Casa da Quinta de Santo António – Fornos de Maceira Dão

Fornos de Maceira Dão, localidade antiga onde se revelam vestígios de ocupação romana intensa, testemunha, pelo menos desde o século XVI, uma das mais antigas casas senhoriais do concelho de Mangualde: a Casa da Quinta de Santo António. Faseadamente construída, na dobra da fachada quinhentista de janelas manuelinas observa-se a janela de canto que forma uma pequena varanda assente em pilastra boleada com conversadeiras. É já na década de 30 do século XVIII que a este corpo é acrescentada a capela dedicada a Santo António, construída por vontade de Leandro de Faria Cardoso e de sua esposa, Rosa Maria do Couto. Barroca, ostenta o brasão de família ladeado por duas volutas e encimado por frontão triangular. É nos finais do século XIX que novo corpo, de planta em L, de generosas dimensões, e donde se destaca uma torre de relógio, é construído. Decorrente desta nova edificação será o muro que chama à casa o terreiro que outrora era público. Ligada à agricultura, a casa da Quinta da Santo António era – e é – farta em haveres e propriedades. Classificada na categoria de Imóvel de Interesse Municipal, desde 2008, constitui mais um bem do património edificado de natureza monumental do território mangualdense.

“Vencer a indiferença e conquistar a paz”… É o tema da mensagem para o 49.º Dia Mundial da Paz, instituído pelo Papa Paulo VI e que passou a ser celebrado todos os anos no dia 1 de Janeiro. A terceira mensagem do Dia Mundial da Paz do Papa Francisco, chama a atenção para a “ indiferença diante das pragas do nosso tempo”, “uma das principais causas da falta de paz no mundo”, afirma o Papa. Toda a indiferença pode ser associada a formas várias de individualismo que levam ao isolamento, à ignorância e egoísmo gerando desinteresse e falta de consciência solidária. O aumento de informação que vamos recolhendo, revela-se insuficiente para a atenção que é necessário dar aos problemas reais, se não for acompanhado por uma abertura das consciências em sentido solidário. Para isso, revela-se indispensável o contributo da família, da escola, dos agentes culturais, dos meios de comunicação social, dos intelectuais, dos artistas e de todos os outros. “Só se pode vencer a indiferença, enfrentando juntos este desafio” afirma o comunicado do Dicastério chefiado pelo cardeal Turkson. “ A paz deve ser conquistada: não é um bem que se obtém sem esforços, sem conversão, sem criatividade e sem dialética”. Tratase, portanto, de sensibilizar e formar no sentido de responsabilidade em relação às graves questões que afligem a humanidade, como o fundamentalismo com os seus massacres, as perseguições por causa da fé e de pertença étnica, as guerras que causam o drama dos refugiados e dos emigrantes forçados”. Uma área na qual se pode “construir a paz diariamente superando a indiferença, é aquela das formas de escravidão presentes no mundo de hoje ”às quais foi dedicada a mensagem para

o Dia mundial da Paz de Janeiro 2015: “ Não mais escravos, mas irmãos”. Assim, a mensagem para 2016, pretende ser a continuidade e “um ponto de partida para todas as pessoas de boa vontade, aquelas que atuam na educação, na cultura e nos meios de comunicação, para que ajam cada uma segundo as próprias possibilidades e de acordo com as melhores aspirações, para construírem juntas um mundo mais consciente e misericordioso e, portanto, mais livre e mais justo… Mais uma vez esta mensagem se orienta no sentido de abraçar a plenitude e a diversidade do conceito de paz, a partir do ser humano e para o ser humano: paz interior e paz exterior como resultante da promoção e conquista dos direitos fundamentais, como a liberdade da consciência, de expressão, a liberdade religiosa, além de outros. O Papa Francisco denuncia na sua mensagem para o 49.º Dia Mundial da Paz que a primeira forma de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual deriva também a indiferença para com o próximo e a criação. Retomando as reflexões da encíclica ´Laudato si`, o Papa sustenta que a poluição das águas e do ar, a exploração indiscriminada das florestas, a destruição do meio ambiente são, muitas vezes, resultado da indiferença do homem pelos outros, porque tudo está relacionado. Numa mensagem em que reforça alertas contra o fenómeno da “globalização da indiferença” o Papa Francisco admite que a nível individual e comunitário, a indiferença para com o próximo – filha da indiferença para com Deus – assume as feições da inércia e da apatia, que alimentam a persistência de situações de injustiça e grave dese-

quilíbrio social. Em pleno jubileu do Ano Santo da Misericórdia, o Papa sustenta que os católicos são “chamados a fazer do amor, da compaixão, da misericórdia e da solidariedade um verdadeiro programa de vida”; recordando que a solidariedade constitui a atitude moral e social que melhor dá resposta à tomada de consciência das chagas do nosso tempo e da inegável interdependência que se verifica cada vez mais, especialmente num mundo globalizado, entre a vida do indivíduo e da sua comunidade. Com maravilhosa clarividência, o Papa deixou um “triplo apelo” aos responsáveis políticos, para que não procurem “arrastar os outros povos para conflitos ou guerras que destroem não só as suas riquezas materiais, culturais e sociais, mas também – e por longo tempo – a sua integridade moral e espiritual. Francisco pede também a “adoção de políticas de cooperação que, em vez de submeterem à ditadura de algumas ideologias, sejam respeitadoras dos valores das populações locais e, de maneira nenhuma, lesem o direito fundamental e inalienável dos nascituros à vida”. No espírito do Jubileu da Misericórdia, cada um é chamado a reconhecer como se manifesta a indiferença na sua vida e a adotar um compromisso concreto que contribua para melhorar a realidade onde vive. Deste modo e como salienta o Papa, “não perderemos a esperança de que o ano de 2016 nos veja a todos firme e confiadamente empenhados, nos diferentes níveis, a realizar a justiça e a trabalhar pela paz”. Maria Helena Marques Prof.ª Ensino Secundário

O Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial da Guarda Nacional Republicana de Viseu, no dia 04 de janeiro de 2016, em Nodar – São Pedro do Sul, procedeu à detenção em flagrante delito de dois homens, de 40 e 47 anos de idade, residentes naquela localidade, por crime de pesca em época de defeso. Foram apreendidas 2 canas de pesca, 2 cestos, 1 embalagem de chumbos, 4 plumas de pesca e 1 caixa de amostras.

operação ano noVo - resultados O Comando Territorial de Viseu, no decorrer dos quatro dias da Operação “Ano Novo” e, comparativamente a igual período de 2014, registou: 17 acidentes (menos 13); · Não se registaram mortos em ambos os anos; · 0 feridos graves (menos 3); · 11 feridos leves (mais 6). · Relativamente às infrações associadas às causas de agravamento das lesões provocadas em caso de acidente rodoviário, foram registadas neste período: · 61 por excesso de velocidade; · 27 por condução sob a influência do álcool (11 detidos com taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l); · 2 por utilização indevida do telemóvel durante a condução. Relativamente aos números combinados da Operação Natal e Ano Novo, e comparativamente a igual período de 2014/2015, registaram-se : · 58 acidentes (menos 5); · 1 morto (mais 1); · 2 feridos graves (menos 2); · 36 feridos leves (mais 19).

arrendaM-se quartos coM W.c. e parque de estacionaMento priVatiVo tlM: 919316366


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Diversos

Quinta-feira 07/01/2016

Mangualde

INVESTIMENTO DE 4 MILhÕES DE EUROS VAI CRIAR 55 NOVOS POSTOS DE TRABALhO EM MANGUALDE

O Grupo Antolin vai investir em Mangualde e com isso criar aproximadamente 55 novos postos de trabalho. O investimento rondará os 4 milhões de euros e resultará numa unidade de produção industrial com o objetivo de produzir interiores de automóveis. Representantes do grupo espanhol estiveram hoje em Mangualde para firmar a aquisição dos terrenos onde será construída a nova unidade industrial. São cerca de 14.000m2 de terrenos, junto à PSA Citroën de Mangualde, que vão começar a ver nascer a nova unidade que servirá de apoio à construção de interiores de automóveis para o novo modelo k9 que será produzido

pela PSA Citroën de Mangualde a partir de 2018. Para o Presidente da Câmara Municipal de Mangualde “trata-se de mais uma excelente notícia para Mangualde e para a região, uma vez que representa um investimento de um grande grupo empresarial que criará mais emprego e valor acrescentado para o tecido económico local”. E acrescenta que “o investimento do grupo Antolin vem reforçar a estratégia do município conjuntamente com a PSA Citroën de Mangualde, na criação do cluster automóvel em Mangualde, sendo este investimento um exemplo para outros que poderão surgir no futuro próximo para tornar o setor da indústria automóvel como uma referência empresarial no concelho e na região.” O autarca afirma ainda que “Mangualde tem sido fortemente procurado por investidores nacionais e estrangeiros o que consubstancia a forte referência geostratégica do concelho e atratividade que o mesmo tem nomeadamente pela localização geográfica, acessibilidades viárias e ferrovia.” O grupo Antolin é um dos principais produtores mundiais de interiores para automóveis e emprega atualmente cerca 28 000 pessoas, em cerca de 160 unidades industriais espalhadas por 26 países, com um volume de faturação anual superior a 4 mil milhões de euros.

2015 fOI O MELhOR ANO DE SEMPRE NA REABILITAçÃO DO CENTRO hISTóRICO DE VISEU 50 imóveis foram transacionados e 36 prédios receberam incentivos municipais à reabilitação. “Resultados confirmam o sucesso da estratégia e das medidas” O ano de 2015 foi o melhor de sempre na animação da reabilitação do Centro Histórico de Viseu. Esta é a principal conclusão dos resultados anuais apresentados ao Município pela Sociedade de Reabilitação Urbana VISEU NOVO. No ano passado foram transacionados 50 imóveis do centro histórico, num volume global de 4 milhões de euros, e atribuídos 36 incentivos municipais à reabilitação de fachadas de prédios degradados. Estes são os principais indicadores que retratam a animação do mercado imobiliário e da reabilitação urbana. Face a 2009, o número de transações foi multiplicado cinco vezes; face a 2014, o crescimento é de quase 80 por cento. Já o número de incentivos atribuídos à reabilitação aumenta 4 vezes em relação a 2009 e 40% face a 2014. No atual ciclo autárquico (desde outubro de 2013), foram 85 os imóveis transacionados e 69 os incentivos concedidos à reabilitação, constituindo igualmente os indicadores mais positivos de sempre face a períodos homólogos. Para o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, “estes resultados são o espelho da atratividade criada no centro histórico de Viseu para o investimento privado e da dinâmica de reabilitação que está em curso”.

Almeida Henriques considera que estes indicadores “traduzem o sucesso do desígnio que elegemos para a revitalização do centro histórico de Viseu, mas também das muitas medidas concretas implementadas no programa VISEU VIVA”. Entre essas medidas, recorde-se a adoção de uma política de fiscalidade local amiga da reabilitação (com isenções de impostos municipais como IMT e IMI e taxas reduzidas de IVA, IRS e IMI), a criação da “Área de Reabilitação Urbana” (em 2014), o reforço e a promoção dos incentivos municipais à reabilitação de fachadas (também desde 2014) ou a aplicação do “Regime Excecional de Reabilitação Urbana”, que simplifica ou dispensa o cumprimento de normas administrativas de restauro de imóveis. O Presidente da Câmara considera ainda que “estes indicadores são a melhor confirmação da eficácia da estratégia para o Centro Histórico e do exemplo dado pelo Município, quer na reabilitação de prédios para o arrendamento de habitações familiares, como na definição de novos serviços-âncora”. Durante o primeiro semestre de 2016 deverão ser apresentados os projetos de reabilitação do imóvel da Águas de Viseu e do antigo Orfeão, estando prevista a transferência da Escola Profissional Mariana Seixas para a rua Direita ainda no presente ano letivo.

RANKING'S NACIONAIS DE TÉNIS DE MESA - ATLETAS DE MUNDÃO NO TOPO Foram divulgadas pela Federação Portuguesa de Ténis de Mesa os

todos, e toca a continuar a trabalhar!

rankings de dezembro, depois da boa surpresa que foram as classificações das seniores femininas chegou o brilhante resultado dos escalões jovens com vários atletas no topo da tabela. Está de parabéns a Associação de Pais e o Agrupamento de Escolas de Mundão pelo trabalho dos seus atletas, que com enorme dedicação vêm assim premiado o seu esforço. Pela primeira vez na já grande história do ténis de mesa de Mundão um atleta encaixa-se nos 5 (cinco) primeiros do país naquela que é a categoria de concretização de valores para os atletas que almejam a continuidade na classe de seniores ao mais alto nível. Estes resultados acabam por ser um orgulho para o clube, Município, Freguesia, ATMDV e distrito. De realçar que há atletas que têm poucos meses de trabalho e já despontam no entusiasmo que colocam no seu dia a dia parabéns a

RANKING DE DEZEMBRO DE 2015 JUNIORES FEMININOS 24ª FÁTIMA ALMEIDA (cadete) 25ª BEATRIZ SANTOS (cadete) JUNIORES MASCULINOS 5º MIGUEL PEREIRA 60º ANDRÉ AMORIM 67º DIOGO RODRIGUES (cadete) CADETES FEMININOS 19ª INÊS ALMEIDA 26ª BEATRIZ SANTOS 29ª FÁTIMA ALMEIDA

CADETES MASCULINOS 15º DIOGO RODRIGUES (1º ano de cadete) 39º DIOGO COSTINHA 69º TOMÁS SALVADOR INFANTIS MASCULINOS 18º DIOGO PACHECO 24º TIAGO MENDONÇA 48º SIMÃO MARQUES INICIADOS MASCULINOS 16º PEDRO PEREIRA (iniciou a prática há 4 meses)

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COROS DE REIS CELEBRAM TRADIçÃO EM VILA NOVA DE PAIVA O Auditório Municipal Carlos Paredes em Vila Nova de Paiva acolhe, no próximo dia 10 de janeiro, domingo, pelas 14h30, a 4ª edição dos Coros de Reis, numa tentativa de manter viva e presente a tradição de “Cantar os Reis”, uma das mais antigas do nosso país. Como forma de iniciar em grande este novo ano, o Município de Vila Nova de Paiva promove, uma vez mais, a iniciativa Coros de Reis com a participação dos coros de Alhais, Fráguas, Pendilhe, Queiriga, Touro e Vila Cova à Coelheira. A recetividade e empenho das freguesias nesta iniciativa, proporcionará uma partilha de reportórios e tradições, que resultarão num concerto comemorativo dos “Reis”, enriquecido este ano com a participação especial do Grupo "Amigos de Cinfães". A entrada é livre. O Município de Pinhel promove um Concerto de Reis, em parceria com a EPABI – Escola Profissional de Artes da Covilhã. O espetáculo está agendado para dia 9 de janeiro (sábado), pelas 21.30h, no Cineteatro São Luís, contando com as seguintes formações artísticas: - Orquestra de Cordas da EPABI | direção do Professor Rogério Peixinho e Octeto de Sopros e Noneto de Sopros | direção do Professor Francisco Luís Vieira.

MUNICíPIO DE SERNANCELhE E INATEL ORGANIZAM ENCONTRO DE CANTADORES DE JANEIRAS DE VISEU, VILA REAL, GUARDA E BRAGANçA Dezasseis grupos de Cantadores deJaneiras dos distritos de Viseu, Vila Real, Bragança e Guarda juntam-se, no próximo dia 10 de janeiro, no Expo Salão de Sernancelhe, no âmbito do Encontro Geral de Cantadores de Janeiras, iniciativa organizada pelo Município de Sernancelhe, INATEL, Rancho Folclórico de Sernancelhe, com o apoio do Conservatório Regional de Música de Ferreirim. A iniciativa, que reúne centenas de pessoas de todas as idades, acontece pela primeira vez em Sernancelhe e tem como objetivo preservar a tradição popular de “cantar as janeiras” no âmbito das comemorações do Dia de Reis. As Janeiras são, aliás, uma manifestação caraterística do nosso País, em particular do interior, nos últimos anos cumprida pelas crianças que, de rua em rua, de porta a porta, visitam as casas pedindo as “janeiras” em troco de uma cantiga e de votos de bom ano. O Distrito de Viseu acolhe, desde 1979, os encontros de cantadores de janeiras, sendo uma das manifestações culturais de referência do INATEL. Este ano, e pela primeira vez, Sernancelhe, um Concelho que alia a tradição ao património, recebe a iniciativa, dando assim um contributo sernancelhe terra da castanha para a valorização a tradição de cantar as janeiras, precisamente numa época do ano em que os incentivos à solidariedade e à partilha nunca são demais. Participam neste Encontro de Cantadores de Janeiras os seguintes grupos: ACAB – Associação Azurara da Beira-Mangualde Tuna Regional do Centro Social Orgens – Viseu Grupo Cantadores de Janeiras de Lalim – Lamego Danças e Cantares da Filarmónica Cabanas Viriato CANTORIAS – Associação Solidariedade Social Vila Chã Sá – Viseu Grupo Folclórico Cultural Rio Moinhos – Sátão ASSOPS – Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros ARCA – Associação Recreativa e Cultural Arcozelense – Arcozelo da Torre – Moimenta da Beira Grupo Cantares Cambra Associação Cultural Social Recreativa da Sequeira – Guarda Grupo de Cantares Tradicionais de Fornelos – Santa Marta de Penaguião – Vila Real CNE agrupamento 956 – Repeses Grupo do Distrito de Bragança (A anunciar) Rancho Folclórico de Arnas – Sernancelhe Conservatório Regional Ferreirim – Banda Musica 81 Grupo Pedra d’Ara – Coral Nª. Sr.ª das Graças – Bragança


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6 Diversos

Quinta-feira 07/01/2016

Aguente-se com o seu marido DO LIVrO “Honradez de um beirão”

RoSAlInA não EnGRAVIdA

Verdade, confirmou “ João dos Doutores”. Há muito que não acontecia coisa assim tão boa, cheia de intensas emoções. -Meu querido, este momento foi simplesmente inesquecível -Rosalina com esta festa de amor ficou convicta de que teria tirado da mente indócil do marido o pesadelo que o arrasava de sofrimento. “ João dos Doutores” abraçou e beijou a esposa no rosto com ternura, manifestando – lhe quanto se sentia feliz ao lado dela. Esta felicidade, porem, foi sol de pouca dura e dias depois “ João dos Doutores” voltava a sentir o pesadelo na mente em a esposa não poder ter filhos, por culpa da infertilidade dele. A ideia martelava - lhe insistentemente na cabeça ao ponto de aceitar que a esposa tivesse uma relação extra conjugal para engravidar, convicto de que pai é aquele que cria e educa... Um mês depois à noite, quando se deitavam, no fim de um dia de trabalho, “ João dos Doutores” diz à esposa: -Ouve, Rosalina. Tudo me tens feito para ultrapassar a ideia de eu vir a ter um filho. Tenho andado a pensar no modo e nessa possibilidade. -Oh, marido, então como, se tu não és fértil?!

Não ouviste o que o médico nos disse... Portanto, esquece, esse assunto está fora de questão e encerrado, uma vez por todas, basta, não quero mais falar nisso!. Temos que viver com aquilo que temos... Nosso Senhor entendeu que não seriamos bons pais para educar, logo não nos deu a possibilidade em virmos a ter filhos fruto do nosso amor. -Nada disso, - adiantou “ João dos Doutores” - não venhas com vontade ou sem vontade do Senhor... Ele não se mete nisso, tem mais que fazer e por quem olhar. . Ai de Deus se se dedicasse a estes pequenos nadas na vida de cada um, tinha que ser imenso. - Mas Deus é imenso... - Mas, mesmo que ele não possa, para nossa satisfação, recorramos a outras formas, em o conseguir, na certeza de que não vamos ficar sem ter um filho, nosso herdeiro.. - Não há nada a fazer – meu querido, não bastas mais nessa tecla está avariada, não toca... Eu sei quanto tu e eu desejaríamos que isso nos acontecesse, mas as análises clínicas foram concludentes, não és fértil e daí não há mais nada a fazer. Sem uvas não se pode fazer vinho...

Casfreires - Ferreira de Aves -Sátão Encontro de Janeiras do Grupo Folclórico de Ferreira de Aves No passado dia 27 de dezembro 2015, teve lugar em Casfreires o habitual encontro de Cantares de Janeiras e Reis, organizado pelo Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Ferreira de Aves. Este ano por razões imprevisíveis, não fizeram o tradicional percurso de porta a porta, mas reinou o espírito natalício.

Com o calendário de atividades 2016 bastante preenchido, o Grupo Etnográfico de Ferreira de Aves, é um marco cultural da região, que não poupa esforços para manter vivas as nossas tradições e promover a troca de cultura além fronteiras. O mês de janeiro iniciou com o Canto de Reis pela freguesia e animação de lares do Concelho, e ainda no lar da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde. Em Abril, está agendada uma viagem a Amesterdão - Holanda, intercâmbio fol-

clórico com o Grupo Schermer Dansers (Alkmaar, Amesterdão). Em julho dia 31, realização do 10º Festival de Folclore, em Casfreires, Agosto, atuação nas festas de São Bernardo em Sátão, Setembro, participação em Caminha, no Festival de Folclore da Associação de Danças e Cantares "Os Genuìnos de Serra D'Arga", finais de dezembro, em Casfreires, Janeiras e Jantar-convívio. Desejamos os maiores êxitos.

romance de ficção - CAPITULO VI

- Pois é, minha querida. Há muito vinho que não vê o sumo da uva e também se bebe e é apreciado por quem não é conhecedor da boa qualidade nas provas. Ou seja, acaba por se vender gato por bebe, mas para esses que não tem paladar na boca, tanto faz, mesmo o bom vinho eles estragam com água ou produtos líquidos com gás nas misturas que lhe fazem... - Mas que raio de langa, langa é essa. O que é que tu queres dizer, ou melhor onde é que tu queres chegar para que eu tenha um filho... Não tenho conhecimentos que haja médicos que possam alterar aquilo que a medicina confirma!. - Tudo bem. Tens razão!. Mas já ouviste dizer “ quem não tem cão, caça com um gato”... _ “João dos Doutores”, cada vez me deixas mais confusa com esse teu palavreado, sem nada de nada dizeres, pelo menos que eu entenda. Esclarece, por uma vez, o que é que tu pensas, para ter um filho... - Sei que sofres, e eu muito, mais em virtude de estar em mim o problema de tu não vires a ter um filho... Então como? Explica – te, home! desembucha, que me estás a deixar curiosa. Vou ser franco para contigo, minha querida, “ João dos Doutores” pronto para

abrir o jogo e expondo o que pensava para solucionar o problema da esposa não engravidar. - Aí que para aí vem...Não tenho ideia de me tratares por “ minha querida, assim tão humildemente! - Não te admires porque te amo muito, tanto ou mais quando agente se conheceu. Assim, neste dilema e de coração partido quero confessar te, de joelhos, como sejas o confessor na hora extrema da vida. - “ João dos Doutores” por favor diz logo, não suporto mais este teu dialogo e essas tuas humildades. - Eu sei, Rosalina que estás ansiosa, mas não encontro coragem para te dizer o que penso para se encontrar solução para teres o teu filho. Oh, home! Fala logo, porra estás toda a vida no chove e não molha... As palpitações do meu coração estão a sufocar – me, mas tenho que te dizer e não vou deixar para amanhã o que quero dizer já, hoje, e agora... Tenho pensado em fazermos uma viagem a um pais de língua de Camões, de modo a que lá tivesses uma relação com outro homem de modo a vires gravida... Não seria meu filho biológico, mas era teu e como eu o criava e educava seria, perante toda a gente e respetivos registos, o pai legitimo. Por Fernando de Abreu

Sátão - XVIII Encontro de Cantares de Janeiras O Grupo ZAATAM - Grupo de Recolha e Divulgação de Música Popular de Sátão, promoveu no passado dia 2 de Janeiro 2016, na Igreja de Santa Maria de Sátão, o seu XVIII encontro de Cantares de Janeiras e Reis. O evento contou com a participação de quatro grupos: Grupo anfitrião - ZAATAM de Sátao , Grupo de Cantares de São Miguel de Acha , Grupo Tuna Realense, concelho de Penalva do Castelo, Grupo de Cantares Santa Eulália de Vale Maior. A igreja, manteve-se repleta de público que assistiu entusiasticamente a mais uma demonstração de tradição cultural e religiosa, das diversas regiões do país. Marcaram presença inúmeras enti-

dades locais: O Presidente da Câmara Dr. Alexandre Vaz e vereadores, o Presidente da Junta de Freguesia António José Carvalho, a Presidente da Assembleia Municipal de Sátão, Dra Eugénia Duarte, o Pároco da freguesia Padre José Cardoso, a Diretora do Mega Agrupamento Escolar Prof.ª Helena Castro, o comandante da GNR Rui Coelho, Dr. Acácio Pinto, o Comandante e o Presidente da Associação dos Bombeiros de Sátão, e ainda dirigentes da Casa do Povo de Sátão, da Caixa de Crédito Agricola, da Empresa Alfervis, ,da Rádio Sátão.Al!Ve entre outros. O encontro terminou com um jantar de confraternização entre grupos e convidados, num ambiente de festa.

Laurinda Ribeiro Laurinda Ribeiro


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Desporto

Quinta-feira 07/01/2016 época 2015/2016

AGENDA DESPORTIVA DE BASQUETEBOL

7

PRIMEIRA LIGA JORNADA 16

CAMPEONATO INTERDISTRITAL Sub 19 Fem. 09/01 - ACERTondela - NBC/UBI - 17:00 - Pav. Municipal de Tondela 10/01 - Clube Bola Basket - CBFundão - 15:00 - Pav. Municipal S.Pedro do Sul III CAMPEONATO NACIONAL - 1º Divisão Seniores Masc - Zona Centro 10/01 - Os Povoenses - Guarda Basket -18:45 - Pavilhão Cidade de Viseu CAMPEONATO DISTRITAL DE Sub 14 Fem. 10/01 - ARCOliveirinha - ACERTondela - 15:00 - Pav. Municipal de Carregal do Sal CAMPEONATO INTERDISTRITAL Sub 14 Masc 10/01 - ACERTondela - Undos/UBI - 15:00 - Pav.Municipal de Tondela

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

Sporting FC Porto %HQ¿FD Braga Paços Ferreira Arouca V. Guimarães V. Setúbal Rio Ave Marítimo Belenenses Estoril Praia Moreirense Nacional U. Madeira Académica Boavista Tondela

época 2015/2016

J 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16

V 13 11 12 8 7 5 6 5 6 5 4 4 4 4 4 3 2 2

E 2 4 1 5 4 8 4 7 4 3 6 5 5 5 5 4 4 2

D 1 1 3 3 5 3 6 4 6 8 6 7 7 7 7 9 10 12

G 32 - 7 31 - 10 41 - 10 23 - 8 23 - 17 20 - 17 20 - 24 27 - 28 25 - 24 21 - 34 20 - 34 12 - 19 18 - 22 16 - 19 10 - 21 14 - 30 9 - 22 9 - 25

P 41 37 37 29 25 23 22 22 22 18 18 17 17 17 17 13 10 8

D 4 3 4 6 6 6 5 8 6 7 10 8 9 9 11 9 10 12 7 9 9 9 14 12

G 52 - 27 28 - 19 27 - 21 28 - 18 26 - 21 29 - 21 33 - 29 29 - 26 31 - 26 26 - 29 22 - 26 22 - 21 25 - 28 23 - 21 25 - 28 23 - 27 24 - 27 24 - 33 22 - 29 23 - 29 19 - 22 25 - 31 25 - 36 20 - 36

P 49 40 39 39 37 37 36 35 33 32 31 31 30 30 28 28 27 27 26 26 24 24 19 17

Oriental - UD Oliveirense SC Braga B - Chaves %HQ¿FD % 2OKDQHQVH Portimonense - FC Porto B Feirense - Sporting B Sp. Covilhã - Desp. Aves 0DIUD *LO 9LFHQWH )DPDOLFmR 9DU]LP )DUHQVH $F 9LVHX /HL[}HV 3HQD¿HO )UHDPXQGH $WOpWLFR 6DQWD &ODUD 9 *XLPDUmHV %

P 25 22 19 19 17 16 11 10 7 5 5

Campia 2-6 Lamego 3DUDGD 5RUL] 1HVSHUHLUD 6H]XUHQVH 9LODPDLRUHQVH 9RX]HOHQVHV 6DQWDFUX]HQVH 2OLY 'RXUR

8 0DGHLUD %RDYLVWD $URXFD (VWRULO 3UDLD 7RQGHOD 3 )HUUHLUD 0RUHLUHQVH 9 *XLPDUmHV %HOHQHQVHV 1DFLRQDO %UDJD $FDGpPLFD %HQ¿FD 0DUtWLPR )& 3RUWR 5LR $YH 9 6HW~EDO 6SRUWLQJ

PRÓXIMA JORNADA 9 *XLPDUmHV $URXFD $FDGpPLFD 7RQGHOD 0DUtWLPR 0RUHLUHQVH 5LR $YH 8 0DGHLUD (VWRULO 3UDLD %HOHQHQVHV Sporting - Braga Boavista - FC Porto 1DFLRQDO %HQ¿FD P. Ferreira - V. Setúbal

SEGUNDA LIGA JORNADA 24 (09.01)

O Museu do Caramulo integrou, na sua exposição permanente de automóveis, um Porsche 911 de 1966, o mais famoso e popular modelo da marca alemã de supercarros. Para Tiago Patrício Gouveia, Director do Museu do Caramulo, “o Porsche 911 é um marco incontornável na história automóvel e que deve estar presente em qualquer colecção. Este modelo veio juntar-se ao 911 da versão 2.4 E, de 1973 e temos a certeza que será mais um atrativo para os nossos visitantes, pois o Porsche 911 é considerado o clássico dos clássicos.” E acrescenta “Além disso, é um automóvel que se presta muito a participar em provas, pela sua fiabilidade e performance, pelo que não será difícil ver este exemplar a rodar na Rampa do Caramulo num próximo”. do Caramulo ou noutras provas que o Museu participe futuro O Porsche 911 de 1966 reforça, assim, o “núcleo Porsche” da colecção do Museu do Caramulo que passa a contar com seis modelos de quatro décadas diferentes. época 2015/2016

AF VISEU - DIVISÃO DE HONRA

JORNADA 14 (10.01) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Moimenta da Beira Sátão Silgueiros Resende Castro Daire Ferreira de Aves Penalva Castelo Sampedrense Paivense Molelos Tarouquense Mangualde ACDR Lamelas Carregal do Sal Alvite 9LVHX H %HQ¿FD

J V E D 12 10 2 0 13 8 3 2 13 7 4 2 13 7 3 3 13 5 4 4 13 5 3 5 13 4 4 5 12 4 4 4 13 3 7 3 13 4 3 6 13 4 2 7 13 3 5 5 13 3 5 5 13 2 7 4 13 2 3 8 2 308 1 i10 Fax:13232 861

G 23 - 7 22 -11 20 - 13 16 - 8 16 - 13 17 - 18 20 - 15 21 - 22 12 - 15 13 - 18 16 - 22 12 - 18 15 - 17 12 - 16 7 - 16 8 - 21

P 32 27 25 24 19 18 16 16 16 15 14 14 14 13 9 7

Sátão - Ferreira de Aves Resende - SC Paivense Castro Daire - Alvite - Carregal Sal Molelos Mangualde - P. Castelo Moim. Beira - V. Benfica Sampedrense - Lamelas Silgueiros - Tarouquense

PRÓXIMA JORNADA 15 (17.01) Ferreira Aves - Resende Paivense - Castro Daire Alvite - Molelos Carregal Sal - Mangualde P. Castelo - Moim. Beira Viseu Benfica-Sampedrense Lamelas - Silgueiros Tarouquense - Sátão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

FC Porto B Chaves Feirense Freamunde SC Braga B Gil Vicente Portimonense Sporting B Famalicão Ac. Viseu Olhanense Atlético CP V. Guimarães B Desp. Aves Santa Clara Varzim Farense %HQ¿FD % Sp. Covilhã 3HQD¿HO Mafra Leixões Oriental UD Oliveirense

época 2015/2016

J 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23

V 15 10 10 11 10 10 9 10 8 8 9 8 8 8 8 7 7 8 5 6 5 5 5 3

E 4 10 9 6 7 7 9 5 9 8 4 7 6 6 4 7 6 3 11 8 9 9 4 8

PRÓXIMA JORNADA (17.01) 3HQD¿HO %HQ¿FD % *LO 9LFHQWH %UDJD % 2OKDQHQVH )DPDOLFmR UD Oliveirense - Farense 9DU]LP )UHDPXQGH Sporting B - Mafra $F 9LVHX 3RUWLPRQHQVH $WOpWLFR &3 /HL[}HV Desp. Aves - Feirense Chaves - Sp. Covilhã 9 *XLPDUmHV % 2ULHQWDO FC Porto B - Santa Clara

AF VISEU - ZONA NORTE JORNADA 12 (10.01)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Lamego Nespereira Sezurense Vouzelenses Roriz Os Ceireiros Campia Vilamaiorense Santacruzense Oliv. do Douro Parada

época 2015/2016

J 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

V 8 7 6 6 5 4 3 3 2 1 1

E 1 1 1 1 2 4 2 1 1 2 2

D 1 2 3 3 3 2 5 6 7 7 7

G 34 - 11 24- 13 19- 14 13- 10 15 - 9 23- 15 10- 18 18- 23 8 - 25 6 - 16 9 - 25

PRÓXIMA JORNADA *'& 5RUL] &DPSLD Lamego - Nespereira FC 6H]XUHQVH 9LODPDLRUHQVH 9RX]HOHQVHV 6DQWDFUX]HQVH 2OLY GR 'RXUR 2V &HLUHLURV

AF VISEU - ZONA SUL JORNADA 12 (10.01)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Canas Senhorim Pedreles Repesenses Vale de Açores Nelas Vila Chã de Sá Nandufe Moimenta Dão Lajeosa do Dão S. Cassurrães Santacombadense

J 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10

V 9 7 6 5 6 4 4 2 1 1 1

E 1 0 2 4 1 3 1 2 2 1 1

D 0 3 2 1 3 3 5 6 7 8 8

G 31 - 9 20- 14 15- 10 20- 13 18- 15 17- 16 19- 14 8 - 20 5 - 14 8 - 23 8 - 21

P 28 21 20 19 19 15 13 8 5 4 4

Nandufe - Vila Chã de Sá Repesenses - Canas Senhorim Pedreles - Lajeosa do Dão S. Cassurrães - Moimenta Dão Santacombadense - Vale Açores

PRÓXIMA JORNADA (17.01) Vila Chã Sá - Repesenses Canas Senhorim - Pedreles Lajeosa Dão - S. Cassurrães Moim. Dão - Santacombadense Vale de Açores - Nelas


3º EDIÇÃO JORNAL verde gaio lordosa:Layout 1 07-01-2016 12:28 Page 1

Jornal Semestral - edição nº 3 - Janeiro de 2016 Este suplemento faz parte integrante do “Notícias de Viseu”, nº2102, de 07/01/2016 overdegaio.lordosa@gmail.com

MARCHAS DOS SANTOS POPULARES Verde Gaio de Lordosa mostrou, uma vez mais, toda a exuberância numa noite de magia no Rossio!

Estamos de Parabéns! Desde a fundação até à presente data, isto já lá vão 20 ANOS, temos feito um belo percurso que se pode intitular de: Cultural, Pedagógico, Recreativo, Desportivo e ainda Familiar. Como presidente da Direção desta Associação apenas tenho a dizer a todos quantos contribuíram para que estes 20 anos fossem tão fantásticos e vitoriosos: O meu mui especial Bem-haja. Durante o ano 2016 iremos comemorar das mais variadas formas estes 20 anos de muita luta, mas também de muita alegria e boa disposição! Acompanhem-nos! Almiro Costa Rebelo Presidente da Direção

OPINIÃO O Folk está na moda!

CONSULTÓRIO JURÍDICO Tem dúvidas na revalidação da carta de condução? Conheça aqui o que deve fazer.


3º EDIÇÃO JORNAL verde gaio lordosa:Layout 1 07-01-2016 12:45 Page 2

Editorial Para dar as boas vindas ao novo ano que começa, aqui está a nossa 3ª edição do Jornal “O Verde Gaio”! Outra coisa não seria de esperar, conhecendo como eu, a garra, o orgulho, a ambição, a vontade e o empenho das pessoas desta Associação. Nenhum obstáculo, por maior que seja, desanima a nossa gente na realização de algo que tenha em mente. É por isso que muito me orgulho de pertencer a este grupo, não só como Vice-Presidente da Direção, onde a responsabilidade é sempre acrescida mas, também, como elemento e sócia dela. Quero deixar aqui um Bem-haja a todos os elementos desta Associação por tudo o que têm feito em prol do nome da Associação Verde Gaio e da nossa comunidade. Saliento ainda o respeito, a amizade e a compreensão existente neste Grupo que me faz sentir, cada vez mais, a vontade de estar no meio de vós. Para todos os colaboradores e coordenadora deste Jornal deixo uma mensagem: Continuem …pois quando há união não há limites para concretizar os nossos sonhos! FORÇA VERDE GAIO! “Quero ainda desejar aos nossos leitores, sócios, colaboradores e a toda a “Família Verde Gaio” um ano de 2016 repleto de felicidades”. Rosa Maria da Costa de Oliveira Rocha (Vice-Presidente da Direção da Associação F.C.R.Verde Gaio de Lordosa)

Ficha Técnica Ficha técnica Coordenadora: Patrícia da Silva Abreu Editores e Redatores: Associação Folclórica Cultural e Recreativa Verde Gaio de Lordosa Colaboradores: Elisabeth Ferreira, Frédéric Pombo, Graça Tavares, Lúcia Almeida, Nicolau Pais, Patrícia Abreu, Rosa Rocha, Sandra Almeida, Sofia Rolo, Tânia Carrilho Fotografia: André Ferreira, Nicolau Pais. Paginação: NODIGRÁFICA,LDA. Propriedade: ASSOCIAÇÃO FOLCLÓRICA CULTURAL E RECREATIVA VERDE GAIO DE LORDOSA Tiragem:1200 exemplares E-mail: overdegaio.lordosa@gmail.com

2 - Jornal Verde Gaio de Lordosa

RANCHO FOLCLÓRICO VERDE GAIO DE LORDOSA TORNA-SE SÓCIO ADERENTE DA FEDERAÇÃO DE FOLCLORE PORTUGUÊS A Associação Folclórica Cultural e Recreativa Verde Gaio de Lordosa é uma Associação com grandes objetivos e com vontade de crescer, razão pela qual em 2015 decidiu seguir em frente com um projeto já antigo, o de ser um Rancho federado ficando, desde o dia quatro de março de 2015, sócio aderente da Federação de Folclore Português. Como o processo de ser federado comporta algumas exigências, esta Associação tudo tem feito para aumentar a recolha de informações acerca dos usos e costumes da sua região, continuando a realizar recolhas nas povoações da freguesia e junto das pessoas de mais idade. Para ajudar na recolha de informação, dez jovens elementos do Rancho Folclórico Verde Gaio de Lordosa (Nicolau Pais, Jéssica Marques, Francisca Tavares, Elisabeth Ferreira, Marta Assunção, Rafael Marques, David Carrilho, Mónica Mendes, Frederic Pombo e Sandra Almeida) marcaram presença no Congresso da Federação de Folclore Português

para jovens Folcloristas, no passado dia 24 de Outubro de 2015, que decorreu na cidade de Viana do Castelo, tendo participado

tradicionais. Este processo para a federação do grupo conta com a ajuda e o apoio da Conselho Téc-

numa vasta diversidade de oficinas temáticas como a investigação e salvaguarda patrimonial, o artesanato, o ouro, a gastronomia, canto, dança, instrumentos tradicionais, a autenticidade e espírito do lugar nos grupos de folclore, o trajar, a realização sociocultural, incluindo as brincadeiras de crianças e os jogos

nico Regional/Beira Alta - Viseu Dão Lafões esperando que, num futuro bem próximo, o Rancho Folclórico Verde Gaio de Lordosa transite de sócio aderente a sócio efetivo da Federação de Folclore Português. Elisabeth Ferreira

O folk está na moda! O folk ou folclore, que consiste no conjunto de tradições – próprias de uma localidade, região ou país - e de tudo o que lhe é inerente como os hábitos, a cultura, os saberes, a música, as brincadeiras e os rituais (pagãos ou religiosos) está de facto na moda. Como? Comecemos pela publicidade: no que toca a associar qualidade a produtos, os publicitários servemse, de forma recorrente, do argumento das técnicas tradicionais e ancestrais, perpetuadas de geração em geração – e portanto folk – como sinónimo de excelência e de referência (pastelaria e doçaria, ourivesaria, cerâmica, queijos, vinhos, enchidos, vinho do porto, azeite, calçado, conservas…) No turismo, os promotores turísticos procuram atrair visitantes, nacionais e estrangeiros, ao nosso país ou região, apelando à variedade e à riqueza, maioritariamente nas mesmas áreas dos produtos e acrescentando os

patrimónios, natural, gastronómico, cultural e arquitetónico. Todos eles são folk igualmente fruto de saberes antigos (à exceção do património natural, obviamente) e de conhecimentos que, nalguns casos, tristemente, até já se perderam. Para os mais céticos esclareçase: o folk está atualmente na moda pois nunca, verdadeiramente, se valorizou tanto o que é autóctone, o que é típico, o que é próprio de um espaço geográfico e que, pelas suas características tradicionais especiais, se distingue de todos os restantes. Esta afirmação é válida à escala mundial e nacional: só Portugal tem já 14 sítios na lista de património mundial cultural, sem contar com o Fado (em 2011) e o Cante Alentejano (2014) que pertencem ao património oral e imaterial da Humanidade. Existem candidaturas com outras propostas, onde se inclui, como sabemos, o centro

histórico da nossa bela cidade de Viseu. Continuamos a falar de folk: nada nesta lista é recente, moderno ou atual. Não se pretende com isto menosprezar o que é recente ou atual pois a qualidade não se perdeu pelo passado mas, frequentemente, até o que é hoje considerado moderno não é mais do que a redescoberta do que é antigo ou de inspiração tradicional – na ourivesaria, na música, na moda… Aqui pretende-se apenas esclarecer que folk não é piroso, sem qualidade ou irrelevante como tantas vezes se ouve comentar, muito pelo contrário, a valorização é feita a nível mundial. É nosso dever preservar, divulgar e acarinhar o tradicional pois o folk tem sido, para o nosso país e para a nossa região, motivo de orgulho, nunca de embaraço. O folk está na moda! Graça Tavares

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Cultura

O MilhO Da seMenteira aO MOinhO Embora ainda hoje as nossas gentes semeiem o milho, é sempre bom lembrar junto das pessoas, um pouco mais antigas, como se fazia este trabalho no tempo da sua infância. Bem diferente dos nossos dias, onde o trator substituiu as juntas de vacas, o trabalho nos anos 20, 30, 40 e 50 era mais difícil e precisava-se de muito mais gente para se fazer a sementeira do milho. Para nos contar como se faziam as sementeiras nesses tempos, fomos até à casa da Srª Maria da Conceição da Costa Martins, residente na povoação do Casal Gozo, da nossa freguesia de Lordosa, nascida a 16 de Dezembro do ano de 1939, hoje com 75 anos de idade, que se prontificou, de imediato, a transmitir-nos os seus conhecimentos sobre este trabalho que ela conhece tão bem, pois quando tinha apenas 10 anos de idade já ia para as terras ajudar a fazer a sementeira com o seu tio. A preparação do terreno A sementeira era dividida em duas partes: a sementeira do milho temporão e a sementeira do milho serôdio. Os terrenos de sequeiro (mais secos) eram semeados no fim do mês de abril até aos primeiros dias de maio. Era a sementeira do milho temporão que amadurecia mais cedo. Os terrenos mais lentos (onde havia muita água, pois os invernos eram muito chuvosos e tinham que esperar que secassem) eram semeados mais tarde durante o mês de Junho, por altura dos Santos Populares. Era a sementeira do milho serôdio que amadurecia mais tarde. Antes de se semear o milho os terrenos tinham que ser preparados. Era preciso adubar a terra para dar boa produção. Levavam-se para os terrenos, no carro das vacas, o “esterco” que era tirado das “lojas” (currais) dos animais. Essas lojas tinham sempre o chão coberto com o estrume que o lavrador cortava nos pinhais que depois de bem pisado e com os restos da comida que caía e com os excrementos dos animais faziam a camada de “esterco”. O esterco era então distribuído por todo o terreno aos montinhos e depois era espalhado, à mão, com um “forcado”. Estava então o terreno pronto para ser lavrado. Lavrar a terra Jungiam-se as vacas ou seja, aparelhavam-se as duas vacas, uma ao lado da outra. Era então colocada a charrua que era engatada ao “cambão” (pau comprido de madeira) que ficava no meio das duas vacas e seguro pela” gintura” (era um utensílio feito de madeira que era posto em cima da cabeça de cada vaca). Por fim era colocada a “chavelha” (um pau de madeira) à frente da “gintura” para que tudo ficasse seguro. Começava-se então a lavrar o terreno. As vacas iam a par, a passo certo, lentamente, a abrir o rego terra acima. Quando chegavam ao cimo do terreno o lavrador dava uma volta à charrua ou seja virava-a para o outro lado e as vacas desciam o terreno fazendo um novo rego. Os

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regos eram feitos ao sabor da força das vacas e, como por vezes, os terrenos eram difíceis de “amanhar” ou seja de se trabalhar era preciso dar uma compostura à terra depois de passar a charrua para que ficasse bem arranjadinha. Para isso as mulheres com uma sachola iam picando a “leiva” (nome dado à terra depois de virada), ou seja iam ajeitando a terra, para que não ficasse nem com muitos buracos nem muito levantada, pois era necessário que o terreno ficasse o mais regular possível, todo por igual, pois só assim é que se podia deitar a semente do milho à terra. A sementeira E, depois do terreno lavrado e preparado, deitava-se a semente à terra. Não era qualquer pessoa que o semeava pois era preciso saber como se deitava o milho na terra para que não nascesse nem muito “ralo” (muito separado) nem muito “basto” (muito junto). Para o aproveitamento do terreno, na mesma terra era semeado o milho, que era a principal produção, mas também o feijão, as abóboras e as “sementes miúdas” (couves e nabos). Como vêem o lavrador tentava produzir o máximo possível no mesmo terreno para a sua subsistência. Agradar a terra Depois de todo este trabalho passava-se a outra etapa “agradar” a terra. Tirava-se a charrua e colocava-se a grade para “afagar” (cobrir) as sementes e deixar a terra mais composta. A “grade” (era um grande retângulo feito de ripas largas e grossas de madeira que era composta por dois lados: a parte de cima (as costas da grade) que era lisa e a parte de baixo, composta por dentes de madeira ou de ferro). Depois de bem agradada a terra com a grade de dentes era semeada a semente miúda por todo o terreno, pois esta não precisava de muita terra por cima, e então virava-se a grade ao contrário com os dentes para cima e passava-se a grade de costas para alisar e dar o acabamento final ao terreno. Por vezes era colocada uma pedra grande por cima dos dentes da grade para que esta ficasse mais pesada e assim o terreno ficava mais lisinho. As sachadelas, as belgas e as regas Mais ou menos um mês depois o milho estava pronto para ser sachado. O milho, no geral, levava duas sachas – o “decruar” e o “arrendar”. A primeira sacha era dada quando o milho estava ainda pequeno e chamava-se “decruar” o milho. Tiravam-se as primeiras ervas e ao mesmo tempo com a sachola ia-se espaçando o milho para não ficar muito junto. A segunda sacha chama-se “arrendar” o milho. Nesta altura o milho já estava pela altura dos joelhos. Enquanto um grupo de mulheres ia sachando o milho, outras iam à frente a “arralar” (arrancar) o milho que estava a mais. Depois da sacha o terreno era “abelgado”. Eram feitas belgas (tiras de terreno separadas umas das outras por regos que serviriam mais tarde para passar a água para regar).

Cada belga tinha aproximadamente uns dois metros de largura. A água para regar o milho ou era dos poços existentes nos terrenos ou então era das poças existentes nas povoações que eram partilhadas pelos lavradores. Cortar as canas, fazer a cegada e armazenar O milho ia crescendo. Começavam a sair as barbas da espiga, umas amareladas outras avermelhadas e pouco a pouco a espiga ia crescendo até se tornar numa grande espiga. Quando a barba da espiga secava era sinal que a espiga já estava criada e era hora de se cortarem as canas para ele amadurecer. Eram cortadas à mão. As canas depois de cortadas eram levadas em carros de vacas para as às eiras e aí eram estendidas nas lajes ou ladrilhos para secar. Por vezes aproveitavam-se os terrenos de pouso (que não tinham cultivo) para também servir de sequeiro. E aí ficavam estendidas durante pelo menos 15 dias. Depois de secas, faziam-se pequenos molhos de canas (faixas) atavam-se e colocavam-se no ladrilho a secar encostadas umas às outras com o toro virado para cima durante mais uns 15 dias. Ao todo podemos dizer que levava um mês a ficarem prontas para serem guardadas nas palheiras para servir de alimento para o gado durante o inverno. Dava-se o nome a estas faixas depois de secas de “palha de ponta”. Depois de cortada a cana, o milho amadurecia depressa e quando a espiga já estava madura passava-se a outra etapa a “cegada”. Um rancho de mulheres juntava-se e de ceitoira em punho cegavam (cortavam - ceifavam) o milho. Era depois carregado no carro das vacas e levado para as “eiras” para ser desfolhado ou “cascado” como diziam os nossos avós. Os milhos temporões eram cegados no mês de Agosto. Os milhos mais serôdios eram cegados nos finais de setembro princípios de outubro.

A desfolhada e a malha Era um trabalho feito sempre à noite para não se perder tempo durante o dia. Amigos, familiares e vizinhos juntavam-se nas eiras e à luz da candeia de petróleo iam descascando o milho e cantando. Não faltava nunca o garrafão de vinho e um bailarico no fim da cascada. Se aparecesse algum rapaz com uma gaitade-beiços armava-se logo o bailarico assim que a casca acabasse. Outra tradição, essa mais conhecida, quando era encontrada uma espiga vermelha fosse homem ou mulher, solteiros ou casados tinham de dar um beijo a todos os que estivessem na casca.

As espigas eram colocadas ao sol e depois eram malhadas nas eiras ao “mangual” pelos homens e mulheres. O milho depois de malhado era estendido nos ladrilhos durante 4 ou 5 dias ao sol para ficar bem seco. Era depois colocado num cesto de corras e erguido ao vento para tirar a moinha e os restos de “quadraços” (casulo onde é criada a espiga) ficando o milho limpo. Havia lavradores que aproveitavam a moinha para encherem os travesseiros da cama. Era muito macia e branquinha. Como vêm nada era desperdiçado. Em seguida o milho era ensacado, levado para casa e guardado em arcas de madeira que todo o lavrador tinha para guardar os seus cereais. Durante o ano dali se ia tirando o milho para servir de alimento para os animais e ainda para moer para cozer o pão. Como haviam lavradores que tinham muito milho não o malhavam todo de uma vez só. Guardavam as espigas que entendiam nos “canastros”. As taleigas e o moinho Quando ia para o moinho, o milho era medido e colocado em taleigas (sacos feitos de linho mais grosso) e levado depois pelo moleiro que passava uma vez por semana nas povoações. O moleiro tirava a “maquia” como pagamento pela moagem. A maquia era a quantidade de farinha que o moleiro tirava para ele mediante os quilos de milho que levava cada taleiga. Na freguesia de Lordosa, havia uns moinhos na Muna onde algumas pessoas iam moer mas o mais habitual era mandar moer nos moinhos do Vouga. Os moinhos ainda hoje podem ser vistos, já em ruínas, à beira do rio Vouga na freguesia de Lordosa. Havia também um moinho no Vouga que era chamado o moinho do povo. Era um moinho de herdeiros. A Srª Conceição contou-nos que ia lá com o tio, à noite, de lanterna na mão, moer o milho. Como era de herdeiros não havia maquia (pagamento) o que era uma maisvalia pois todo o milho que era moído vinha por inteiro. Depois desta explicação fiquemos com aquela imagem bucólica, de um passado ainda recente, do andamento dolente do moleiro e do seu burrinho carregado de taleigas em direção aos moinhos do Vouga. Lordosa, 3 de Julho de 2015

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O Verde Gaio em revista 2015 Festa de Carnaval

Desfile de Carnaval

A 13 de fevereiro realizou-se na Associação Verde Gaio de Lordosa mais uma festa de Carnaval que contou com a animação do grupo musical Animáduo! Momentos cheios de alegria e boa disposição, com direito ao desfile dos mascarados, seguido da entrega de prémios aos melhores disfarces. No passado dia 15 de fevereiro, foi com muito agrado que a Associação Verde Gaio esteve presente no desfile de Carnaval organizado pela Associação Juvenil de Lordosa. Uma iniciativa aplaudida por todos e que se pretende repetida. Vamos dinamizar, cada vez mais, a nossa freguesia!

Próximas atividades da Associação “O CARNAVAL tAMbéM é quANDO O HOMEM quiSER!” Capriche na escolha da melhor fantasia e venha disputar um lugar no pódio do concurso de máscaras da Associação Verde Gaio no dia 6 de fevereiro. Aguarde e esteja atento a mais informações desta festa animada e tão divertida!

Jantar dos Compadres

Jantar dos Compadres A Associação Verde Gaio acolheu, no dia 21 de fevereiro, o V Jantar dos Compadres. Um encontro onde reinam a amizade e o convívio entre os homens desta Associação. Caro leitor, da próxima vez junte-se a eles, será bem-vindo!

As nossas caminhadas 19 de abril - A primeira caminhada do ano a aliar a promoção de um estilo de vida saudável ao ambiente descontraído e divertido que se vive entre as gentes de lordosa. 17 de maio - Pela manhã, mais uma caminhada na freguesia de Lordosa. A tarde foi preenchida com a celebração das Mães! Uma tarde repleta de alegria e música, antecedida por um almoço de confraternização. 5 de julho - Foram festejados os Santos Porpulares com a tradicional sardinhada, numa tarde antecedida por mais um incentivo à atividade física: uma caminhada por trilhos lordosenses.

Feira Agrícola A 9 de agosto foi dia de mostrar uma nova iniciativa da Junta de Freguesia de Lordosa que, em conjunto com o grupo de jovens, organizou a Feira Agrícola, realizada no Santo António da Serra. Esta feira contou com a presença de várias associações, mas também de particulares, que levaram, para venda, produtos agrícolas, petiscos e outras iguarias tradicionais, bem como trabalhos em madeira e renda. A Associação Verde Gaio esteve lá e espera uma segunda edição desta feira!

Dia da Mulher No dia 8 de março, a associação Verde Gaio abriu as portas a mais uma nobre comemoração: o dia da mulher! Num jantar, onde abundou a alegria e a boa disposição, reuniram-se mais de 100 mulheres para um serão de convívio. Obrigada e parabéns a todas!

Dia da Mãe O dia 17 de maio foi dedicado, pela manhã, a mais uma caminhada na freguesia de Lordosa, organizada pela Associação Verde Gaio. A tarde foi preenchida com a celebração das Mães! Uma tarde repleta de alegria e música, antecedida por um almoço de confraternização.

Lan Party A sede da Associação Verde Gaio serve também os jovens que se pretendem reunir para jogos de computador em rede. É a casa de todos os seus elementos, tentando servir muitos dos seus interesses e disponibilizando o seu espaço.

Contando já duas edições, o jantar dos compadres voltará a realizar-se no ano de 2016. Será mais uma atividade a preencher o mês de fevereiro.

“De Mulher para Mulher” De Mulher para Mulher, decorrerá no dia 12 de março é mais uma comemoração do que é pertencer ao género feminino. Juntem-se a esta festa, reúnam as lordosenses e todas quantas queiram disfrutar de um serão repleto de surpresas e boa disposição!

MÃE!! O dia da mãe é todos os dias mas, há um dia especial em que a Associação Verde Gaio presta homenagem a todas! Com todo o carinho e consideração há que as relembrar do seu valor... no dia 1 de maio.

Festival de Folclore A nossa cultura é também a nossa identidade! Mostrar os costumes das suas origens é uma função e um princípio da Associação Verde Gaio. Assim, mais um Festival de folclore se realizou no dia 2 de agosto de 2015.

Vi Gala Solidária APPDA- Viseu Magusto A tarde e o serão de 21 de novembro de 2015 foram bem animados na Sede da Associação Verde Gaio. Mais um convívio entre Amigos é o bastante para quem visita a Associação se sentir “em casa”. Não deixe de se juntar a nós!

4 - Jornal Verde Gaio de Lordosa

No dia 4 de dezembro de 2015, a Associação Verde Gaio marcou, mais uma vez, a sua presença na gala solidária de Natal da nobre Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo. Foi na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu que, com todo o carinho, se alegraram muitos corações!

Convívio anual O lazer é uma vertente importante na vida de todos, dessa forma também ele faz parte da dos elementos da Associação Verde Gaio enquanto tal. É também objetivo de uma associação como esta, estabelecer e fortalecer relações interpessoais, perseguindo todos os benefícios implicados no bemestar de cada um.

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Saúde

DeSmiStificanDo a aneSteSia A Anestesiologia é uma especialidade médica relacionada com a prática da Anestesia (vertente mais conhecida), mas não só. As suas áreas de actuação estendem-se a outros domínios como a Medicina Intensiva, Dor Aguda, Dor Crónica e Reanimação. No entanto, é a anestesia aquilo que mais comumente é associado aos Anestesiologistas; a anestesia consiste então num acto médico em que se usam fármacos para bloquear a sensibilidade táctil de um doente, em todo ou parte do corpo e com ou sem compromisso da consciência É frequente ouvir entre as pessoas que vão ser o-peradas que têm medo da anestesia. Mas, na realidade, o verdadeiro risco traduzido pela anestesia é muito baixo, e representa uma pequena fatia daquilo que é o risco total de uma cirurgia. Nos últimos 25 anos, as mortes relacionadas com a anestesia diminuíram de duas mortes por 10.000 anestésicos admi-nistrados a uma morte por 200.000 a 300.000 anestésicos administrados. Certos tipos de doenças - tais como doenças cardíacas, hipertensão arterial, obesidade, arritmias, tabagismo - podem aumentar esses riscos. Mesmo assim, os anestesistas conseguem anestesiar doentes com vários problemas de saúde associados. Outros factores que influenciam o risco anestésico-cirúrgico incluem a complexidade da cirurgia, e o carácter programado ou urgente da cirurgia. Todas estas especificidades vão influenciar a conduta do anestesiologista durante o seu trabalho. Para isso, é importante a existência de uma consulta / visita pré-anestésica. A visita pré-anestésica é o momento em que o anestesista fala com o doente de forma a conhecer o seu historial médico e em que avalia se o doente está realmente em condições de ser submetido a uma anestesia. Neste momento, o doente deve perguntar sobre o tipo de anestesia que poderá ser mais adequado ao seu caso, assim como, colaborar no fornecimento de informação acerca do seu passado médico: pode ser importante trazer de casa quaisquer documentos com registos médicos anteriores que possam existir e fornecer de forma exacta informação sobre a medicação que faz habitualmente. Outros aspetos que podem ser discutidos prendemse com cuidados necessários com a realização da cirurgia/anestesia: parar de fumar; retirar anéis, fios, brincos, relógio; retirar próteses dentárias; não usar verniz nas unhas e maquilhagem, pois é importante para o anestesista a avaliação da cor da pele e o verniz interfere na monitorização; e a necessidade do jejum – o jejum, no geral, deve ser de 8 horas. No entanto, a ingestão de água, por exemplo, só exige um jejum de duas horas. A existência de jejum está relacionada com a necessidade dos doentes em terem um estômago vazio; quando a anestesia é dada, alguns reflexos do nosso corpo são abolidos. Isto torna mais fácil o refluxo de alimentos e secreção ácida do estômago para o esófago ou até a boca, podendo este conteúdo entrar pelas vias respiratórias e atingir os pulmões, causando um problema grave chamado pneumonia por aspiração. Outra questão que suscita dúvidas de forma frequente é o tipo de anestesia. Existem três tipos principais de técnicas anestésicas: local, regional e geral.

Anestesia local O anestésico é geralmente injetado no local específico que vai sofrer a pequena cirurgia, para anestesiar apenas uma área curta (por exemplo, a mão ou o pé). Anestesia regional O anestesiologista faz uma injeção perto de um conjunto de nervos para adormecer a área do corpo que requer cirurgia (por exemplo, um braço, uma perna, ou só da cintura para baixo). O doente pode estar acordado, e se necessário medicado com algo para relaxar. Dentro dos vários tipos de anestesia regional, dois dos mais utilizados são a raquianestesia e a epidural, em que são realizadas injeções na zona da coluna vertebral, permitindo anestesiar o corpo do nível da pi- cada para baixo. Estas técnicas são frequentemente preferidas para cirurgias como a cesariana e a cirurgia do membro inferior. A raquianestesia assume-se como uma opção segura para muitas cirurgias. Muitos doentes encaram esta técnica de forma duvidosa, com preocupações acerca de possíveis efeitos secundários como paralisia ou dores de cabeça; no entanto essas preocupações são de certa forma infundadas, pois as complicações associadas à raquianestesia são raras, sendo este procedimento cada vez mais encarado como uma opção fácil, prática e segura para anestesia.

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DR. ADELINO BOTELHO Anestesia geral O doente fica inconsciente, sem capacidade de sentir e recordar o que se passa durante a cirurgia. Os anestésicos gerais usados podem ser gases/vapores i nalados por máscaras ou tubos próprios, ou medicamentos injetados por via intravenosa, ou uma combinação dos dois. Durante toda a anestesia o doente é cuidadosamente monitorizado e vigiado, sendo o anestesista responsável pelo equilíbrio do doente durante todo o processo. Cada anestésico deve ser adaptado para o indivíduo e para a cirurgia em causa. As pessoas têm diferentes respostas à anestesia. Algumas dessas diferenças são determinadas geneticamente, outras têm a ver com as alterações de saúde/doença. A quantidade de anestesia necessária pode variar de acordo com múltiplos fatores tais como: idade, peso, sexo, medicação habitual ou doenças específicas. Após o fim da cirurgia, o anestesista irá reverter o processo, permitindo ao doente recuperar a consciência e ser encaminhado para a sala de recobro. Quando se recupera de uma anestesia (nomeadamente geral), é normal a pessoa estar enfraquecida. É possível que tenha frio e tremores, sendo o doente protegido e aquecido. Em seguida irá para uma sala (de recobro), onde vai estar durante algum tempo a recuperar da anestesia sob cuidados de um enfermeiro e médico. Aí são também administrados medicamentos para não ter dores. Se sentir dores que não estão relacionadas com o local da cirurgia, estas podem estar relacionadas com a posição em que esteve durante a cirurgia. Dr. Patrick Ferreira

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Marchas dos santos PoPulares de Viseu 2015 E mais uma vez houve magia… Muita cor, animação, alegria, música, tradição e brilho neste desfile das marchas dos Santos Populares de Viseu! Mais uma vez a Associação do Verde Gaio de Lordosa mostrou, com toda a eloquência do seu canto e com a elegância dos seus marchantes, por que razão vence pela terceira vez consecutiva este desafio da Câmara Municipal: vestidos de forma belíssima, em verde e branco, aprimorados de detalhes laranja, a marcha de Lordosa encantou o público numeroso com o seu tema em honra a um ofício praticamente extinto: As Tecedeiras e os Tecelões. É verdade. Todos os anos, esta Associação procura trazer à memória um tema relacionado com a nossa região e a aposta foi ganha: munidos com arcos em forma de teares, com o desenrolar do pano final incluído, um carro com um tear real - gentilmente cedido pelo proprietário, de Várzea de Calde - rodeado de um estendal decorado de panos estendidos pelas bailarinas/marchantes, a marcha de Lordosa

2015 surpreendeu quem teve o privilégio de vê-los, garbosos e harmoniosos, desempenhando uma coreografia original, elaborada e tecida de ricos pormenores, qual tecido bordado e entretecido de renda, pelas mãos competentes da tecedeira. O público, por sua vez, esteve como sempre participativo: cantando o refrão com os marchantes, elogiando o desempenho e os trajes lordosenses aplaudindo efusivamente, mostrando o seu apreço por esta importante tradição viseense, foi deveras alegre e entusiástico. Embora a graça e a leveza transpareça para o público, há todo um trabalho árduo prévio por parte da Associação Verde Gaio de Lordosa. Sob a orientação de Sandra Almeida ao longo de meses de ensaios, usando os trajes e os arcos saídos da sua imaginação, o Verde Gaio mostra o enorme sentido de espetáculo que a coreógrafa/ensaiadora/desenhadora possui. É impossível não lhe fazer aqui o devido destaque: desde a pesquisa, ao incentivo constante, ao tra-

balho manual realizado por todos os que participam nas marchas, consoante a disponibilidade pessoal disponível, tudo é idealizado por esta figura de grande mérito, com a ajuda de Rosa Rocha e Lúcia Almeida. Aqui fica o reconhecimento e o agradecimento à alma das marchas do Verde Gaio de Lordosa: Sandra Almeida, que desfilou como madrinha da marcha, com um glorioso vestido verde, elaborado pelas hábeis e experientes costureiras/colaboradoras da associação. Parabéns também ao muito elegante padrinho convidado, Gonçalo Mello, pela sua competência, animação no desfile e pela preciosa ajuda na preparação das marchantes. Sob um céu estrelado lindíssimo, num ambiente festivo, ao longo dum serão ameno, houve magia e encantamento em Viseu… VIVAM AS MARCHAS! VIVA VISEU! VIVA O VERDE GAIO!

Graça Tavares

Alguns momentos das coreografias executadas pelos marchantes da Marcha Verde Gaio de Lordosa

Momentos de ternura e paixão também existiram nesta coreografia!

Pormenor dos arcos com as marchantes a tecer.

. Uma perspetiva dos arcos. Estrutura realizada por Carlos Figueiredo, Jorge Rodrigues, juntamente com a valiosa ajuda

A claque das Marchas de Lordosa sempre entusiasta e alegre

de vários marchantes!

O carro com o tear real e a tecedeira O Espírito de Grupo do Grupo Verde Gaio de Lordosa

Marchas de Lordosa, uma equipa vencedora!

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Momento sentido na entrega do prémio, pelo Presidente da Câmara de Viseu, Dr. Almeida Henriques

As costureiras Lurdes Lourenço e Lúcia Abreu que, com uma equipa de ajudantes, realizaram os maravilhosos trajes dos marchantes

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Cristina Mendes, a cabeleireira que transformou os cabelos das marchantes.

Tânia Carrilho foi a maquilhadora que embelezou as marchantes!

Preparação do make up das marchantes com a sábia ajuda de Gonçalo Mello

Padrinho Gonçalo Mello, que muito animou as gentes de Viseu

ABERTURA DA FEIRA DE S. MATEUS Participação especial da Marcha Sénior Vencedora Numa feira secular, onde se reúne o melhor que há por terras de Viriato, a Associação Verde Gaio de Lordosa também esteve presente, pela primeira vez, a convite da Câmara Municipal de Viseu. Logo no dia de abertura, dia 7 de Agosto de 2015, os viseenses, residentes e emigrantes, bem como demais visitantes e turistas tiveram a oportunidade de assistir ao belo desempenho desta associação.

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Desfilando com o brio, a alegria e o colorido habitual, a Associação Verde Gaio de Lordosa provou, mais uma vez, por que motivo obteve o primeiro lugar nas Marchas dos Santos Populares de Viseu. O público aplaudiu efusivamente a atuação, mostrando a sua apreciação pela bela surpresa com que foi premiado.

Graça Tavares

Jornal Verde Gaio de Lordosa -

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Consultório Jurídico

Retrato

Carta de Condução -Revalidação O Decreto-Lei n.º 138/2012, de 5 de julho, introduziu diversas alterações ao Código da Estrada e aprovou o novo Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir (RHLC), transpondo parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2006/126/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de dezembro, relativa à carta de condução. Para um maior rigor na avaliação da aptidão física e mental, foram revistos os requisitos mínimos de aptidão física e mental dos condutores, tornando-se mais exigentes, sendo também redefinidos os conteúdos programáticos das provas que constituem o exame de condução, além de se reverem as características dos veículos licenciados para a realização de exames de condução. Desta forma, a revalidação da Carta de Condução passou a ser obrigatória nas idades estipuladas por lei, para as diferentes categorias de veículos, no entanto, vamos apenas debruçar-nos, sob a categoria B, a mais utilizada pelos nossos condutores. A Carta de Condução, obtida antes de 02 de janeiro de 2013, é revalidada aos 50 anos do condutor, posteriormente aos 60, 65 e 70 anos de idade

do condutor, reduzindo a renovação de dois anos em dois anos. No entanto, a carta de condução obtida após o dia 02 de Janeiro de 2013, a primeira revalidação será aos 30 anos do condutor, e de dez em dez anos até perfazer 60 anos, posteriormente aos 60 será renovada de 5 em 5 anos até aos setenta, estreitando-se cada vez mais a validade da mesma, passando a ser de 2 em 2 anos Em suma, este diploma, pretende harmonizar os prazos de validade, os requisitos de aptidão física, mental e psicológica, quando exigida, tratando-se de um instrumento indispensável ao desenvolvimento da política comum de transportes, de forma a melhorar a segurança rodoviária.

Angela Jesus Ferreira - Advogada Edificio Jardim das Mães, Rua Cónego Martins, n.º14 Fracção D, Piso- 0, 3500-153 Viseu angelajf-52038c@adv.oa.pt Tlm: 968 208 266 Tel/Fax: 232 468 295

No meu tempo...

da Nossa Gente

Nome completo Rosa Maria da Costa de Oliveira Rocha 2-Data de nascimento/signo 3/10/1956 – Balança 3-Naturalidade Lordosa- Viseu 4-Onde mora Casal Gozo- Lordosa 5-Profissão atual Assistente Técnica 6-Lema de vida Atingir a perfeição 7-Motivo de orgulho Filhos e neto 8-Prato preferido Arroz de marisco / batata a murro 9-Maior defeito Ser orgulhosa

Piolhos

10-Maior qualidade Facilidade em fazer amizades

Nos finais dos anos quarenta do século XX, vivia eu, em Figueiró, em casa de meus avós paternos. Andava na Escola Primária e, portanto, convivia promiscuamente com colegas de todas as classes sociais, fui também vítima de um desagradável ataque de parasitas (vulgo piolhos) na minha cabeça o que me provocava uma horrível comichão e pôs minha avó e tias em pânico. Daí que a minha tia Clarinda – a mais nova de todas na altura (23 ou 24 anos) – com a calma e a paciência que sempre a caracterizaram e por ser a de melhor vista me sentou, por várias vezes, à sua frente entre as suas pernas e, com um pequeno pente de dentes muito apertados, punha-se, cuidadosa e atentamente, a passá-lo pelos meus cabelos fazendo com que os bichos caíssem sobre um toalha de linho branco que eu tinha estendida em cima das pernas. Depois, a cada parasita, ia lavrando e executando a sentença, usando as duas unhas dos dois dedos polegares para os esmagar e acabar com a raça. Quando o pente já não correspon-

8 - Jornal Verde Gaio de Lordosa

11-Programa de rádio/TV preferido Radio Sim / filmes de ficção científica 12-As três melhores coisas da vida Saúde, amor, amizade 13-O que mais o/a irrita A Mentira 14-O que mais gosta Conviver com os amigos e família 15-Um ídolo Jesus Cristo

dia áquilo que era a sua função ou seja, caçar os piolhos, iniciava-se a tarefa de percorrer, quase cabelo a cabelo, com os dedos, toda a cabeça arrancando uma a uma as lêndeas (ovos) que aquele instrumento não tirava. Esta ação, chamada de catar, eu não gostava nada, pois ao puxar, entre as unhas, o que geraria nova ninhada de parasitas, advinha uma dor momentânea que fazia chegar lágrimas aos olhos. Nesse tempo, por falta de produtos eficazes ou por debilidade económica para os adquirir, era nor-

mal e frequente, ao Domingo, ver pessoas, sentadas ao Sol, a catar as crianças e seus familiares ou, simplesmente, amigos. Os surtos de piolhos foram, desde tempos imemoriais até aos nossos dias, um flagelo que preocupou e até matou alguns humanos, estou, por exemplo, a lembrar-me de Filipe IV de Espanha (III em Portugal) que morreu com o corpo coberto desses, nada higiénicos animalejos, já que a sua picada injeta no hospedeiro, uma toxina que, por reação alérgica, pode mesmo ser letal. José Calema

16-Clube de futebol Sport Lisboa e Benfica 17-Cantores preferidos Roberto Carlos e Tony Carreira 18-Uma curiosidade sobre si Não gosto de demonstrar os meus sentimentos quando não confio nas pessoas. 19-Passatempo Ler, fazer caminhadas e ver televisão 20-A associação Verde Gaio é... A minha segunda família, segunda casa, onde passo muitos bons momentos e um orgulho para as gentes de Lordosa.

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Gastronomia

A cozinha da nossa terra... Receita de Pizza

Por Alice Martins Paçô - Lordosa

Ingredientes para a massa: - farinha 1kg - fermento 50gr - 1 colher de sopa de sal - 1 colher de sopa de açúcar - leite 100ml - azeite 50ml Método de execução: Colocar a farinha na mesa de trabalho e abrir uma pequena cova. Esfarelar o fermento para dentro da cova. Adicionar os líquidos já misturados e com as pontas dos dedos derreter o fermento na totalidade. Adicionar o açúcar e o sal e o restante líquido. Amassar até que a massa tenha uma textura macia. Colocar numa tigela e deixar repousar num local quente até que duplique. Para cobrir a massa podem-se usar os seguintes ingredientes: - fiambre - queijo - chouriço - cebola - tomate - pimento

- azeitonas - orégãos

Depois é só escolher uma forma a gosto com a massa pronta para colocar os ingredientes finais. Colocamos a polpa de tomate na base, colocamos posteriormente os ingredientes a gosto sendo que o queijo será o último ingrediente a ser colocado. Depois levamos ao forno a 180º. BOM APETITE !

PÃO DE LÓ DE GARRAFA

Por Lúcia Abreu, Casal Gozo - Lordosa

INGREDIENTES 10 ovos 1 chávena e meia de açúcar 1 chávena e meia de farinha Meio copo de água 1 colher de sobremesa de fermento 1 pitada de sal

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CONFEÇÃO Bater as claras em castelo com meia chávena de açúcar e a pitada de sal. Bater as gemas com a chávena de açúcar, meia de óleo e meia de água, juntar chávena e meia de farinha e o fermento. Misturar a gemada/massa nas claras. Verter a massa dentro de uma forma sem ser untada. Forma nº 30; cozer o bolo a 180º; durante 45 minutos. Colocar o bolo ainda na forma na garrafa assim que sai do forno, conforme a imagem. BOM APETITE!

Jornal Verde Gaio de Lordosa -

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Os nossos emigrantes 1-Nome Daniel Almeida

1-Nome Paulo da Silva Vale

2-Idade 24 Anos

2. Idade 32 anos

3-Naturalidade Toronto – Canada

3. Naturalidade Paçô, Lordosa

4-Há quanto tempo emigrou? 5 anos

do poeta

4. Há quanto tempo emigrou? 8 anos e meio

5-Como foi a adaptação ao novo país? Não foi fácil, é difícil deixar a família e os amigos para ir para um país onde não co-nheces quase ninguém, sair do trabalho e ir para uma casa vazia onde não tens ninguém para conversar mas, com o tempo, as coisas mudam. 6-De que sente mais falta do seu país natal? Tudo…a natureza, as cores, o cheiro, a cultura, as festas populares... Aqui é só cidade então é preciso sair da cidade para ver verdura. 7-Que recordações guarda da Associação Verde Gaio de Lordosa? Oh muitas, o Verde Gaio era a minha segunda família, eles viram-me crescer, eu comecei lá tão novo e pequeno. Tantos anos de recordações, não só de todas a viagens em Portugal mas fora do país também. 8-Participa em alguma actividade tipicamente portuguesa ou frequenta instituições /associações portuguesas? Não. 9-O que destacaria do país/cidade que o acolheu? A cidade, CN Tower, Niagara falls... a vida aqui é muito mais acelerada, as pessoas acordam às 4 e 5 da manhã para ir para o trabalho. É um mundo diferente aqui.

O canto

5. Como foi a adaptação ao novo país? A adaptação deu-se de forma muito natural visto eu ter crescido nesta cidade, pois os meus pais também pousaram as malas por estas bandas, isto nas décadas de 80/90. 6. De que sente mais falta do seu país natal? A família, os amigos, o café do Celso, a praia, a noite de São João, as festas do povo, o bar das festas do povo, o Carlos dos cachorros, matraquilhos, queijo da serra, a matança do porco, a visita pascal, hambúrguers de Moure, jogar às escondidas no aeródromo, o Natal… 7. Que recordações guarda da Associação Verde Gaio de Lordosa? As “Tournées de Verão” por esse Portugal fora, a bordo de autocarros sem ar condicionado, os bailes no “Bola Branca”, as Marchas… Mas, acima de tudo, a boa disposição e a amizade do grupo. 8. Participa em alguma atividade tipicamente portuguesa ou frequeta instituições / associações portuguesas? Não, não é costume, aqui não tem o mesmo “sabor”. 9. O que destacaria do país/cidade que o acolheu? O sistema de saúde (e o chocolate).

APELO ECOLÓGICO Cantava assim minha avó, Sem piedade e sem dó: «Este Mundo é uma bola Que gira e que rebola E se alguém a não contenta Ela incha, incha e rebenta!... Filosofia do povo, Em pensamento mui novo Que estamos a esquecer E que nos fará morrer Como dolosos culpados Sem tribunal, mas julgados Pelos nossos próprios netos Que não darão seus afetos Acorde a Humanidade Para esta realidade: Cuidemos da Natureza P’ra termos sua beleza, Permanente e sem idade, Até à Eternidade! José Calema

A VOZ DO LEITOR REFLEXÃO O Papa Francisco diz que há três palavras importantes para usar em família: “Com licença”; “Obrigado”; “Desculpa”. Ao pedir “com licença” ao dizer “obrigado” e ao pedir ”desculpa” fazemos a paz e há mais alegria. Na família partilhamos muitos momentos: as refeições, o descanso, o trabalho de casa, a diversão, a oração, as viagens mas, se falta o amor falta a alegria.

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Jesus é quem nos dá o amor autêntico, oferece a sua palavra para iluminar o nosso dia, dá-nos o pão da vida e a tolerância ao cuidar dos outros com o carinho e a atenção que eles merecem. É importante a maneira como nos dirigimos aos outros: “Posso fazer isto?”, “Gostas que faça isto?» ajuda a recomeçar de novo, quando nos magoamos uns aos outros. É na família da Associação Verde Gaio de Lordosa que se vivem talvez as

maiores alegrias e os mais profundos sofrimentos. Tecem-se laços e cumplicidades, é-se cuidado e aprende-se a cuidar. Ouvimos e somos ouvidos. Descobrem-se dife-renças, por vezes dolorosas e difíceis de superar. Surgem conflitos e rivalidades mas é igualmente terreno propício ao perdão e ao recomeço. As doenças, as perdas e a morte causam grande sofrimento. Celebrar e comemorar datas signi-

ficativas faz experimentar a comunhão e torna presentes os ausentes, mantendo vivo o sentido da cadeia, em que estamos inseridos, com todos os que já viveram antes de nós até aos que ainda virão, muito depois de partirmos. A Associação Verde Gaio de Lordosa é um exemplo de família mais unida, que deve conservar. Ismael Moutinho Neto Sócio Ass. Verde Gaio de Lordosa

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Passatempos

RetRato da nossa gente

SOPA DE LETRAS Descubra as aldeias que Lordosa tem, podem estar na oblíqua, vertical e horizontal. Vamos lá! Galifonge Paço Bigas Pousamaria Casal Quintãs Quinta salgueiro Lageosa Fermentelos Sanguinhedo Folgosa Vilar Vilarinhos Santo António

1-nome completo Carlos Manuel Loureiro Figueiredo 2-Data de nascimento/signo 05/04/1964 – Carneiro 3-naturalidade Póvoa de Abraveses 4-Onde mora Bairro do Pintor, Póvoa de Abraveses 5-Profissão atual Todas e mais algumas 6-Lema de vida Nada de Importante

9-Maior defeito Ser muito nervoso 10-Maior qualidade Profissionalismo naquilo que faço; Ser amigo do amigo

1 - Qual é a coisa, qual é ela, que é redonda como o sol, tem mais raios do que uma trovoada e anda sempre aos pares? 2 - Qual é coisa, qual é ela, que atravessa todas as portas sem nunca entrar, nem por elas sair? 3 - Qual é coisa, qual é ela, que tem uma perna mais comprida do que a outra, anda noite e dia sem parar? 4 - Qual é coisa, qual é ela, que respira sem pulmões e tem pés mas não anda? 5 - O que têm dois pés, duas pernas e nada mais?

11-Programa de rádio/Tv preferido Radio M80 / Gostava muito dos “Malucos do Riso” 12-As três melhores coisas da vida Mulheres, Família, Amigos 13-O que mais o/a irrita Falta de pontualidade 14-O que mais gosta Mulheres lindas

Soluções: 1) roda da bicicleta 2) A fechadura 3) O relógio 4) A planta

8-Prato preferido Polvo à Lagareiro

ADivinhAs

5) Um par de meias

7-Motivo de orgulho A Ass. Verde Gaio de Lordosa

DEsAFiO “COnhECER LORDOsA” Esta ponte embeleza uma das aldeias da Freguesia… Descobriu qual ?

15-Um ídolo Os meus sobrinhos 16-Clube de futebol Sport Lisboa e Benfica 17-Cantores preferidos Julio Iglésias e música indiana 18-Uma curiosidade sobre si Não lamento nem mostro a idade que tenho 19-Passatempo Estar com os amigos 20-A associação verde Gaio é... A paixão da minha vida…há dúvidas?

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Jornal Verde Gaio de Lordosa -

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12 - Jornal Verde Gaio de Lordosa

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7 de janeiro 2016:Layout 1 07-01-2016 18:02 Page 20

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2102

Nesta altura é de esperança a mensagem que deixo a todos os leitores do Notícias de Viseu em geral, e aos cinfanenses em particular. A responsabilidade social do poder local passa por uma preocupação que se espera constante com o bem-estar de todos. Queremos um Concelho solidário e, claramente, desenvolvido onde as oportunidades sejam iguais para todos, sem exceção. Trabalhamos para atingir esse objetivo e transformar o espírito de Natal numa missão diária. Desejo a todos um Feliz Novo Ano com saúde e coragem para enfrentar os desafios que virão em 2016. O Presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Enf. Armando Silva Mourisco

CIDADE FM viseu 102.8 Tel :232087050 CIDADEFMVISEU@GMAIL.COM

232 283 933


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