Noticias de viseu 29 de março 2018

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PRIMAVERA DOS MEUS SONHOS Envolto num presente que passa, Saudade desliza sem parar.. É um motivo cheio de graça Para te recordar e amar... Para contigo poder sonhar Da primavera me recordar... PROSA

Semanário Independente e Regionalista / Director e Fundador: Fernando de Abreu ANO XLIV - Nº 2158 - Quinta-feira, 29 de março de 2018 - Preço: 0,60 Eur. - IVA incluído

Segurança do edifício da segurança social

Comandante de bombeiros assume que rampa do edifício “devia ser alterada”

Abertas as candidaturas para as bolsas de estudo O Município de Viseu tem sempre como preocupação a promoção do desenvolvimento educativo dos jovens do Conselho. Assim os que pertençam a famílias carenciadas ou numerosas podem candidatar-se até 13 de abril

Petição para a requalificação do IP3 já triplicou número de assinaturas obrigatórias

A recolha de assinaturas termina no final deste mês de março e, apesar da lei exigir 4.000, o objectivo a que os promotores da Petição pela Requalificação Completa e Adequada do IP3 se propuseram, 10.000, foi “claramente alcançado”, adianta o presidente da Associação Empresarial de Viseu, um dos promotores.

Autarquia investe mais de três milhões de euros na protecção civil municipal

Notícias de Viseu / Complexo CONVENTURISPRESS - Avenida do Convento nº 1 - Orgens - 3510-674 Viseu Norte www.issuu.com/noticias de viseu - publicidade@noticiasdeviseu.com -www.noticiasdeviseu.com; www.facebook.com/noticiasdeviseu


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2 Opinião

29 março 2018 Quinta-feira

Registo DGCS 102220 Depósito Legal 182.842/02 Semanário - sai às 5ªs feiras SEDE e REDAÇÃO: Complexo Conventurispress Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Tlm:968072909 email: geral@noticiasdeviseu.com http://noticiasdeviseu.com/ estatuto-editorial/ DIRETOR/EDITOR: Fernando de Abreu Av. do Convento, nº 1 3510-674 Viseu Norte Publicidade publicidade@noticiasdeviseu.com PROPRIEDADE Nodigráfica - Informação e Artes Gráficas, Lda. Empresa Jornalística nº 223518 Contribuinte: 501 511 784 Nº Registo Conservatória: 1299 Capital Social: 75.000,00 Euros SÓCIOS Fernando Mateus Rodrigues de Abreu - Administrador Graça Maria Lourenço de Abreu Anabela Lourenço de Abreu - Gerentes COLABORADORES Isabel Marques Nogueira Acácio Pinto Laurinda Ribeiro Celso Neto Armindo Amaral Serafim Marques Maria Helena Marques Pedro Gomes de Almeida Humberto Pinho da Silva Gabriel Bocorny Guidotti Vitor Santos DELEGAÇÕES Lisboa - Pais da Rosa S. Paulo - Adriano Costa Filho Ourense - Sílvia Pardo Pau (França) - Laurinda Ribeiro Gabande (Esp.) - Enric Ribera TIPOGRAFIA: Exemplo - Artes Gráficas Lda. Castanheiro do Ouro 3610-119 Tarouca TIRAGEM Mês de fevereiro: 30.000 ex Dec. Lei 645/76 de 30/7 ÍNDICE DESTA EDIÇÃO Opinião ....................................... 2 Viseu............................................ 3/4 Regional .................................. 5/8 Reportagem ............................ 6/7 Saúde .......................................... 9 Diversos..................................... 10 Diversos....................................... 11 Última ........................................ 12

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Não há fumo, sem fogo O provérbio popular é, sobejamente, conhecido e não carece de qualquer explicação. E o povo tem razão, quando usa a sua experiencia empírica, no domínio da realidade física. No entanto, quando transportamos este provérbio para outras realidades, a já não será assim tão linear. Falemos, por exemplo, da constituição de arguido, na realidade jurídica portuguesa. Todos nós, a dado momento, podemos ou já fomos constituídos arguidos. Não estranhem, caros leitores, porque isso não significa que somos todos uns monstruosos criminosos. Pensemos, por exemplo, o simples facto de nos ser comunicado um auto de notícia por excesso de velocidade, por estacionamento indevido ou por uso de telemóvel, durante a condução. Com este simples facto, somos

constituídos arguidos, num processo de contraordenação. Claro que, quando ouvimos falar na constituição de arguido, regra geral, é no contexto penal. E é aí, malogradamente, que se instala um estigma contra a pessoa que é visada. Tentemos desdramatizar o facto! A constituição de um sujeito, enquanto arguido, tanto em contexto penal, como contraordenacional, ocorre, em vários momentos. Mas, em especial, é obrigatória quando é levantado um auto de noticia, que o dá como autor de um ilícito e lho é comunicado. É o caso das notificações das coimas que falamos. Mas também é o caso de quando, somos notificados, em interrogatório, da existência de uma queixa, contra nós e dos seus fundamentos. Acontece sempre? Claro que

não! Pode dar-se o caso de ser apresentada uma queixa, contra uma pessoa que, não estava no local, na data e hora dos factos e tal ser conhecido de todos. Ora, tal queixa é manifestamente infundada, e não disparatada, como já li em jornais, recentemente, pelo que o visado não é constituído arguido. Voltemos aos casos em que há a constituição, enquanto arguido e ao titulo do nosso texto. É caso de dizer-se que “não há fumo, sem fogo”? Na voragem dos dias tendemos todos a dizer que sim. Mas se pararmos um bocadinho e pensarmos bem, verificamos que não. Primeiro, porque, no momento de constituição, enquanto arguido, nem sempre estão solidificados os indícios que nos dão como autores de um ilícito. Carecem os factos de

prova, de apreciação, de julgamento se assim quisermos. Segundo, porque a constituição de arguido, ocorre sem que, quem o faz, tenha de apreciar a nossa defesa. Por exemplo e voltando aos nossos exemplos, imaginemos a notificação do auto de noticia por violação da condução em excesso de velocidade, feita ao dono do automóvel. É automática, constituindo-o como arguido e só, depois, pode o arguido vir dizer que o carro era conduzido por outra pessoa. Terceiro, pode até acontecer que, a investigação que se segue à constituição de arguido, resultar num arquivamento. Ou seja, e concluindo, nas relações humanas, nem sempre quando há fumo, tal significa que há fogo. Carlos Bianchi Advogado

AS TRÊS CANTARINHAS Por Humberto Pinho da Silva

Tenho, na gavetinha das recordações, três lindas cantarinhas; cada qual a mais graciosa. Três bonitas cantarinhas, autografadas. Recebi-as numa tarde soalheira de maio, cheias de sol e amor. Uma, deu-ma rapazinho, que partiu para não voltar. E se voltar, será transubstanciado em: luz e amor. As outras duas, recebi-as de lindas e virtuosas meninas, com carinho e amizade.

Naquela tépida e longínqua manhã de Maio, deambulava, distraído, entre milhentos cestinhos, repletos de cantarinhas. Eram todas em miniatura; todas pequeninas; todas de barro bem vermelhinho. Pintadas com amor e carinho. Raparigas travessas, banhadas de sol, e saias garridas, soltavam gaias gargalhadas, e, mirando-me de soslaio, perpassavam por mim. Mocinhas sisudas, de saias compridas, e olhos baixos, reclinavam, recatadas, os rostos trigueiros, sorrindo…; mas nen-

huma oferecia-me cantarinhas… Tinham namorado; e as que não tinham, buscavam-no. Não eu; pobre solitário, que em dia de sol, de vento fresco e acariciador, passeava entre fogosa meninada, que comprava dúzias de cantarinhas. Porém, ao pôr-do-sol, ao recolher da tarde, duas lindas meninas, brindaram-me com duas amorosas cantarinhas; pintadas a cores festivas, e gravadas a letra manuscrita. Uma, é “alta”, esguia, e elegante, tem um: “T”, bem lançado; a outra, é baixa e graciosa, tem no

“ largo” bojo, um: “G”, tremidinho. Quase cinco décadas passaram. Passaram, também, ilusões e risonhos sonhos da juventude; mas, na gavetinha das recordações, há, bem aconchegadas, três cantarinhas, pequeninas, que três jovens, em tépido dia de Maio, ofereceram-me com carinho e amor. Como é bom recordar! … Como é bom ver as cantarinhas! …Todas três embrulhadinhas. Todas três juntinhas, como estão as meninas, que mas deram, ainda, no meu coração…

AGORA QUE O PRAZO TERMINOU Por Celso Neto

Terminou o prazo para as limpezas florestais A indústria dos incêndios queria mais tempo, mais e mais… Com o “risco” controlado o “rendimento” escasseia E isso faz perigar a “sobrevivência” da alcateia… No Parlamento as “cassetes”, as

”garnisés” e os “galitos” Também deram mostras de estar aflitos Não tanto pela lei há muitos anos não ser cumprida Mas pelos votos que estão cada vez mais de fugida… O não cumprimento da lei relativa às povoações rurais

Vai muito provavelmente dar em tragédia uma vez mais As condições da floresta que escapou no ano anterior São idênticas às que provocaram todo aquele horror! Se o Poder não respeitar e não fizer cumprir a lei aprovada A catástrofe do ano passado não

ensinou nada Serviu apenas para fazer política Aos oportunistas de mente raquítica … Não se pode remediar todo o mal feito, isso está visto Mas é possível fazer muito para diminuir o risco… Sabemos que incêndios florestais vai continuar a haver Mas as pessoas e os animais não podem morrer! Claro que as multas não resolvem tudo E quando as aplicarem vai ser o canudo Mas se não houver punição para os infratores Foi em vão o civismo dos cidadãos cumpridores Voltar-se-á a entrar no mundo do desleixo… É este o “recado” que aqui vos deixo!


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Viseu

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Abertas as candidaturas para bolsas de estudo O Município de Viseu tem sempre como preocupação a promoção do desenvolvimento educativo dos jovens do Conselho. Assim os que pertençam a famílias carenciadas ou numerosas podem candidatar-se até 13 de abril. Almeida Henriques, Presidente da Câmara, lembrou aquando da publicação do regulamento que “neste município o princípio será sempre o da inclusão. Em Viseu estamos atentos às dificuldades que os jovens e as suas famílias atravessam e, por isso, faremos sempre tudo o que está ao nosso alcance para que os estudantes do município tenham as mesmas oportunidades”. Uma vez que se considera que a educação e a formação atribuição de auxílios económicos

se reveste de crucial relevância enquanto forma de minorar desigualdades económicas e sociais, concretamente no caso de famílias numerosas, incentivando o acesso destes estudantes ao ensino superior. A Câmara Municipal de Viseu afetará, por ano letivo, o valor máximo de cinquenta mil euros a bolsas de estudo. Às famílias numerosas apenas serão atribuídas 18 bolsas que serão pagas em duas tranches de 50 % cada, sendo a primeira tranche paga em março e a segunda em junho. A análise, classificação e a lista de ordenação das candidaturas será efetuada pelo Gabinete de Educação até 30 de abril de 2018.

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Campanha das Águas de Viseu que regularizou milhares de situações chegou ao fim Presidente da Câmara tem assegurado o esforço que está a ser feito pelas Águas de Viseu no combate às ligações clandestinas. Almeida Henriques reconhece que esta política iniciada em 2014 “é um ato de boa gestão, de justiça social e de defesa da saúde pública e do meio ambiente”. Terminou agora o prazo para regularização de ligações às redes públicas de abastecimento de água e de saneamento. Assim o município inicia uma campanha de forma a detetar ligações clandestinas que continuem ativas. “Só assim é possível proteger a saúde pública e o meio-ambiente e garantindo a viabilidade a baixo preço da Águas de Viseu”. Esta ação começou com a notificação de oito proprietários num processo de contraordenação, por

uso indevido dos sistemas públicos de água e saneamento. Punível com coima de 1.500€ a 3.740€ no caso de pessoas singulares e de 7.500€ a 44.890€ no caso de pessoas coletivas. E as Águas de Viseu continuarão a identificar estes casos no sentido em que sejam regularizados. Importa lembrar que esta operação resultou num aumento superior a 5500 clientes, ultrapassando agora os 47.000. "O sucesso desta campanha representou mais um importante passo em frente na sustentabilidade do concelho não só ao nível da proteção ambiental, mas também da própria sustentabilidade dos recursos.” Em todos os sentidos, terá que ser aplicado o princípio utilizador/pagador. E para os

munícipes que não conseguirem suportar estes custos há mecanismos próprios, estabelecidos pela Câmara Municipal para ultrapassar a situação. O encaixe financeiro obtido com o aumento de clientes acaba por suportar a redução da tarifa nas famílias carenciadas e famílias numerosas. O autarca lembrou que “esta política social e de qualidade são fruto de uma boa gestão. Não é possível praticar um tarifário social nem realizar investimentos como este em que estamos sem uma gestão rigorosa e eficiente.”Campanha das Águas de Viseu” que regularizou milhares de situações chegou ao fim

Orquestra Filarmónica Portuguesa fixa sede em Viseu A orquestra é de âmbito nacional mas a sua sede é em Viseu, no edifício do antigo Governo Civil de Viseu. Apesar dos elementos morarem, maioritariamente, na zona norte do país o maestro “disse sempre que não queria ficar nem em Lisboa, nem no Porto, queria ficar e preferência no centro ou interior do país”. O presidente da Câmara de Viseu, quando conheceu o maestro, quis trazer para Viseu esta orquestra com pouco mais de um ano, também a pensar na “promoção do ensino da música” e de “disseminar o ensino da música por todos os escalões da formação” como tem vindo a acontecer nas escolas do concelho, explica Almeida Henriques que considera este momento “muito importante para a região”. Uniram-se as vontades e o protocolo foi assinado no final da última reunião pública de câmara, onde a vereação socialista elogiou o edil camarário por esta iniciativa. Com a sede, vem a obrigatoriedade de, no mínimo, dois concertos por ano em Viseu e depois do primeiro realizado nesta semana Santa da Páscoa, o segundo está já agendado para o Festival Internacional da Primavera, onde apresenta, “pela primeira vez, no interior do país, a Sagração da Primavera de

Stravinski, uma obra com mais de 100 anos”. Mas não são só dos dois concertos obrigatórios de que a cidade beneficia. Viseu acolherá também a Academia Filarmónica Portuguesa, um projecto em que a orquestra já está a trabalhar, uma vez que apostam na vertente da formação. “Acabámos de fazer audições em Lisboa, já tínhamos feito no Porto, e vamos ter o creme do creme dos jovens portugueses na Orquestra Académica Filarmónica que vai fazer a sua primeira residência artística aqui, será aqui o primeiro concerto, será aqui na cidade de Viseu o primeiro concerto, em data a acordar, mas já está mais ou menos a coisa pensada e depois vai levar esses jovens ao país inteiro”, anuncia aos jornalistas o maestro Osvaldo Ferreira. “Viseu passará a ser o ponto preferencial de estreias do projecto e passará a ser também o ponto de residência desta academia, portanto, a Academia Filarmónica Portuguesa passará a ter residência em Viseu, ou seja, quando estes jovens músicos se juntarem para trabalharem será em Viseu e isso acontecerá já este Verão de 2018”, explicou o vereador da Cultura. “E o que é que é a Academia? É

no fundo uma plataforma em que jovens músicos com formação avançada passam a ser integrados em dinâmica de ensaio e de preparação de espectáculos da orquestra, permitindo, de alguma forma, que essa academia, que essa experiência, faça a transição com a própria orquestra ou com outros projectos de outras orquestras”, especifica Jorge Sobrado. Ainda na vertente do ensino, o maestro não esconde o entusiasmo ao falar da relação que pretende ter com o Conservatório de Música Dr. Azeredo Perdigão, tendo em conta o diálogo que tem existido com o seu director pedagógico. “Estamos muito entusiasmados”, assume o maestro

Osvaldo Ferreira. Um entusiasmo partilhado pelo director pedagógico, ao Notícias de Viseu, que vê na presença da sede da orquestra em Viseu uma oportunidade para alunos e professores do Conservatório. “Estamos com uma expectativa grande de poder trabalhar com o maestro Osvaldo Ferreira e com a estrutura da Orquestra Filarmónica” Portuguesa, revela José Carlos Sousa que acredita na possibilidade de um futuro profissionalizado para os seus músicos. Até porque, diz o director pedagógico, o Conservatório “pretende ajudar a formar músicos e os músicos quando se formam têm de

ter um local para poder exercer a sua música”. “Havendo uma estrutura profissional em Viseu alguns dos nossos me-lhores músicos poderão depois integrar essa estrutura, como sendo uma estrutura mais profissional ao nível da prática orquestral pelo país”, acrescenta, ao Notícias de Viseu, José Carlos Sousa. A Orquestra Filarmónica Portuguesa, nas palavras do maestro, “tem pouco mais de um ano” e tem feito concertos um pouco por todo o país e todos eles, até hoje, “estiveram todos esgotados”. “Ainda agora estivemos no Algarve, os últimos concertos, tudo esgotado, tudo lotado, e já com concertos marcados para o próximo ano, com pedidos para irmos à China e ao Japão, numa orquestra que tem pouco mais de um ano de existência”, evidencia Osvaldo Ferreira que elogia a forma como tem sido tratado por a edilidade viseense. “Acho que estamos numa boa casa e, aqui em Viseu, esperamos fazer coisas e exportar para o resto do país, sem precisarmos de Lisboa e Porto não, nós é que vamos levar o produto a Lisboa e ao Porto e ao resto do país, podem ter a certeza”, assume o maestro Osvaldo Ferreira. Isabel Marques Nogueira

Depois de um período mais difícil, Shortcutz Viseu está de volta para a sessão #95 Depois de 4 anos de actividade e um interregno de alguns meses está de volta o Shortcutz Viseu, um dos mais antigos eventos da Rede Shortcutz, que inclui quase 20 cidades portuguesas e estrangeiras. Neste ano de 2018 este projecto contará com o apoio do Município de Viseu, no contexto do Programa "Viseu Cultura".

Este regresso será marcado por muitas novidades, nomeadamente uma aposta forte em trazer a Viseu extensões de outros Festivais de Cinema, estando previstas as seguintes: Monstra, Indie Lisboa, Curtas de Vila do Conde, MotelX e Dia Mais Curto. O cinema de animação e o documentário vão ganhar peso na programação, assim como a partic-

ipação do público na escolha das melhores curtas em cada sessão. Esta temporada prevê a continuação dessa aposta, de forma a manter uma oferta regular de cinema curto e de contacto com os autores ao longo de todo o ano. As sessões acontecerão quinzenalmente, às sextas-feiras, no Museu Nacional Grão Vasco e, de acordo com agenda a estabele-

cer, com algumas sessões no auditório da Quinta da Cruz. A primeira sessão desta temporada acontece já dia 30 de Março, às 22h, no Museu Nacional Grão Vasco. Nesta sessão #95 serão exibidas duas curtas-metragens de animação em competição: "Tocadora" de Joana Imaginário e "Macabre" de Jerónimo Ribeiro Rocha e João Miguel Real. O convi-

dado especial será o jornalista Tiago Fernandes Alves, responsável pelo "Cinemax", programa de televisão da RTP2 que exibe curtasmetragens de realizadores portugueses. Trazida pelo Tiago Alves, será ainda apresentada a curtametragem "Sol Branco" de Cristèle Alves Meira. A entrada será gratuita.


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Viseu

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Petição para a requalificação do IP3 já triplicou número de assinaturas obrigatórias A recolha de assinaturas termina no final deste mês de março e, apesar da lei exigir 4.000, o objectivo a que os promotores da Petição pela Requalificação Completa e Adequada do IP3 se propuseram, 10.000, foi “claramente alcançado”, adianta o presidente da Associação Empresarial de Viseu, um dos promotores. João Cotta conta que no decorrer do último sábado, 24 de março, data em que definiram como o “Dia do IP3”, recolheram “muitas assinaturas nas ruas e nos estádios de Tondela e de Viseu”, aquando dos jogos de futebol do Tondela e do Académico. Também as ruas, supermercados e locais movimentados da região não faltaram voluntários para recolherem assinaturas “sempre dadas com boa vontade”. “E

quando as pessoas se desviavam de nós, a pensar que estaríamos a vender alguma coisa e depois olhavam para o colete e liam que era pela requalificação do IP3 voltavam atrás e assinavam a petição”, conta João Cotta. Depois de todas as assinaturas recolhidas, quer as de papel, quer as subscritas online, serão entregues na Assembleia da República para que seja discutida no Parlamento e nesse dia, João Cotta promete estar, juntamente com os outros promotores da petição. Este responsável sabe que “não há verbas definidas para a rodovia, só para a ferrovia” mas, no seu entender, “não se pode esperar mais tempo pela requalificação desta estrada”, portanto, defende que “o dinheiro, 250 mi-

lhões de euros, terá de ser dividido por três anos e tem de sair do Orçamento de Estado”. Uma urgência que João Cotta não esconde “tendo em conta o estado da estrada” que liga Viseu a Coimbra e que “é uma das vias mais importantes da região” por onde passam diariamente cerca de 20.000 viaturas, sendo que 15% são veículos pesados. Daí a união da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), da Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV), da Associação Empresarial de Mangualde (AEM), da Associação Empresarial de Lafões (AEL) e da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões (CIMVDL) para promoverem esta petição pública e levarem o assunto a debate no Parlamento. IMN

Mário Laginha

“Um mundo com cultura é um mundo melhor” A edição deste ano, a 11ª, do Festival Internacional de Música da Primavera é apadrinhada por o pianista Mário Laginha. Um convite que foi aceite por acreditar que “é um bom festival, que tem feito um caminho de fidelização de público que começa a acreditar numa programação de qualidade”. O pianista e compositor, que falava aos jornalistas no dia da apresentação do programa, defende ainda a “importância deste festival, porque chega às pessoas, procura vários públicos o que é interessantíssimo e tem também a vertente educacional que é, eventualmente, ainda mais importante”. “Tudo é importantíssimo e eu acredito, verdadeiramente, que um mundo com cultura é um mundo melhor, para mim, os passos para a paz passam por dar cultura às pessoas, as pessoas se consumissem mais arte eram menos violentas. Acredito plenamente nisto”, assume Mário Laginha. Os elogios não faltaram aos responsáveis pela organização do festival, “também por encomendarem música aos artistas, o que é muito importante” e à própria autarquia pelo apoio prestado e por todo o trabalho realizado nas escolas de forma a introduzir a música na vida dos mais novos. “Viseu é uma das cidades do país, que não sendo do litoral, já é um pólo cultural e acho que há

muita gente que está de parabéns por isso”, elogia. Um festival que conta com o financiamento autárquico de 100.000 euros, este ano, e “pela primeira vez, um apoio plurianual que foi sujeito a um crivo de um concurso com pessoas reputadas que o avaliou e pontuou e atribui de forma transparente este apoio”, esclarece o presidente da Câmara de Viseu. Almeida Henriques enaltece a “fidelização dos apoios privados, o que só prova a qualidade do festival que, no seu entender, “atingiu já um patamar bastante elevado ao ponto de ser uma referência não só nacional mas também já internacional”. E não faltam presenças internacionais nesta 11ª edição do Festival da Primavera que se espalha pela cidade, entre 6 e 28 de Abril, tendo como palco a Sé de Viseu, a Igreja Nova, a Igreja da Misericórdia, o Museu Nacional Grão Vasco, a Câmara Municipal de Viseu, o Pavilhão Multiusos, o Teatro Viriato, o Clube de Viseu, a Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), o Hotel Grão Vasco e o Fórum de Viseu. O festival também marca presença em várias instituições como Hospital de São Teotónio e o Estabelecimento Prisional de Viseu, “de forma a chegar a públicos que estão impossibilitados de se deslocarem aos concertos”, conta o director pedagógico do

Conservatório. José Carlos Sousa acrescenta ainda que “o Festival vai ainda deslocar-se a outras instituições” como a APPACDM ou ao Lar de São Caetano e ainda a, pelo menos, uma escola de cada agrupamento de Viseu de “forma a levar a música a pessoas que não poderão ter contacto com o festival”. “Não é a primeira vez que o fazemos, já o temos feito há vários anos mas continuamos a fazê-lo, porque achamos que é uma aposta ganha e muito importante com estes concertos pedagógicos”, esclarece José Carlos Sousa que apresenta o programa. Programa diversificado com concertos gratuitos Entre os músicos que se farão ouvir está o padrinho desta 11ª edição do festival, Mário Laginha que se faz acompanhar por Pedro Burmester (dia 7). Antes, no primeiro dia (6 de Abril), é possível assistir à Orquestra Filarmónica das Beiras com o Quarteto de Guitarras de Viseu. O festival tem também agendado (dia 14) o concerto da Orquestra Filarmónica Portuguesa que conta com um músico russo Pavel Milyukov onde interpretarão pela primeira vez no interior do país a Sagração da Primavera, de Stravinsky. A estreia mundial de Mónika Streitová e Pedro Rodrigues (dia 20) é também um dos pontos altos do programa, assim como o dueto

de dois irmãos brasileiros, (dia 13), o Duo Assad. Marcam também presença (dia 7) Junko Takayama com Cristina Rosário e João Janeiro e (dia 11) Mário Teixeira e o 5G5C – Portugal Guitar Quintet, um quinteto constituído por músicos dos cinco conservatórios de música públicos de Portugal: Lisboa, Porto, Aveiro, Coimbra e Graga. Caros Canhoto e João Roiz Ensemble com António Rosado e Carisa Marcelino marcam presença dia 12 e no dia 15 são os Laureados do 11º Concurso de Instrumentistas do Conservatório. Dong Jun Miao, Ana Cristina Pinto, Anícia Costa e Svitlana Kocheleva atuam a 21 e a 22 de abril é a vez de a Orquestra Juvenil de Viseu com o Coro Misto do Conservatório e com Elisabete Matos. O Quarteto Contratempus faz-

se ouvir a 24 de abril e no dia 25 é a vez do concerto de Professores do Conservatório de Música de Viseu. Ricardo Leitão Pedro, Martin Krajóo e Radka Krajcóvá actuam a 26 e a Orquestra XXI com o Coro Gulbenkian a 27. O festival termina, dia 28, com a final do 3º Concurso Internacional de Guitarra de Viseu que decorre nestes últimos três dias (de 26 a 28) e conta já com inscrições vindas da Ucrânia, Itália, Canadá, China e também de Portugal. Paula Sobral, da organização, destaca os prémios deste ano que passam por 8.000 euros para o primeiro lugar e ainda a presença em quatro concertos nas cidades de Viseu, Bratislava (Eslováquia), Sevilha (Espanha) e ainda em Paris (França).


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Regional

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História dos arcos do Externato, que abalou ditadura de Salazar, ‘exposta’ no Museu do Design e da Moda, em Lisboa É uma história de quase seis décadas que abalou a ditadura de Salazar. Meteu agentes da PIDE, guardas da GNR, prisões, ordens e contraordens de Viseu e Lisboa, sinos a tocar a rebate, estudantes em protesto e uma revolução popular. Tudo por causa dos arcos do Externato Infante D. Henrique, em Moimenta da Beira, cujo desenho havia sido inspirado na obra do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, e que o regime quis à força demolir. As curvas dos arcos de Niemeyer, génio da arquitetura universal, ainda por cima um ‘perigoso’ comunista, eram demasiado arrojadas para um país em ditadura, fechado a novos conceitos artísticos e demasiadamente conservador, e por isso tinham de ser demolidas. Não foram, pese embora a força policial que então se fez sentir. Os estudantes não

deixaram e o povo também não, resistindo de forma tão corajosa e comovente. É esta história de resistência (entre outras) que está exposta no MUDE - Museu do Design e da Moda de Lisboa, integrada na exposição “Tanto Mar – Fluxos Transatlânticos do Design”, que traça um mapa dos fluxos entre Portugal e Brasil no campo do design e da cultura material. A narrativa é contada em texto escrito pela curadora do museu, Bárbara Coutinho, que ao lado pôs a passar, em permanência, a reportagem que a SIC fez a este propósito e que os visitantes podem ali visualizar em ecrã gigante. A exposição foi inaugurada no dia 11 de março e está aberta ao público até 15 de julho no Palácio dos Condes da Calheta (Rua General João de Almeida, 15), na zona de Belém, em Lisboa.

Além do caso dos arcos, a mostra reúne peças de diferentes fases das nossas histórias, desde o período de colonização do Brasil, e centra o foco nos séculos 20 e 21. A seleção inclui cerca de 160 peças, entre móveis, roupas, joias, uten-

sílios, ferramentas, objetos decorativos, painéis de azulejos, tecidos, ilustrações, marcas e publicações. Os objetos, projetos, móveis, embalagens, peças gráficas e vestuário em exposição remetem tanto para a história, identidade,

política, cultura e memória coletiva de cada país (incluindo reinterpretações de algumas marcas e símbolos nacionais), como espelham alguns estereótipos e/ou equívocos das suas representações e imagéticas. Outras peças remetem ainda para a cultura arquitetónica (em que o desenho dos arcos do colégio é um dos exemplos) ou vivem num território híbrido, entre o design e o artesanato. O edifício do Externato Infante D. Henrique (com os seus arcos) por onde passaram várias gerações de estudantes de Moimenta e da região, vai agora ser classificado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira como Imóvel de Interesse Municipal, uma decisão importantíssima para a sua necessária preservação e valorização.

NOVA ESPRODROURO A escola para alunos que não gostam da escola! Com o novo lema “O teu projeto… o nosso desafio”, a ESPRODOURO apresentou a sua nova imagem, estratégia e balanço de 75 dias de nova gestão, baseada em 3 pilares: Reinventada, Rigorosa e Modernizada. Um novo site preparado para as novas tecnologias, nova imagem e novas fardas, são o mote para a inovação, mas o que foi apresentado vai muito além de uma imagem gráfica. Foram apresentados os resultados de evolução financeira da instituição, onde em Dezembro, com dívidas a ascender mais de 1 milhão de euros nas duas entidades que suportam a marca ESPRODOURO, apresentou-se, 75 dias depois com mais de 300.000 EUR pagos, com dívidas com mais de um ano liquidadas e com a sua conta corrente regularizada com TODOS os colaboradores (que tinham em Dezembro 3 salários e 2

subsídios em atraso). Hoje, todos os salários estão pagos e todos os fornecimentos de 2017 também. Também foram apresentadas as novas aprovações financeiras deste período que ascendem quase a 1,5 milhões de euros, o que permitirá uma política de pagamentos com regularidade e rigor, onde no plano financeiro, pela primeira vez em 7 anos, se acredita pelas projeções que terminará com situação liquida positiva. Foram apresentadas novas ofertas formativas, como Enologia, Turismo, Bar, Pastelaria, Operador agrícola, para pessoas com baixos rendimentos onde o formando recebe por estar na formação, e as intenções de abertura de novos cursos profissionais, por exemplo, vitivinicultura, turismo e animação e geriatria, com possibilidade de abertura de satélites noutras regiões do Douro. A estratégia da Escola para

alunos que não gostam da escola foi baseada nas práticas pedagógicas da maior escola profissional do país, a Escola Profissional de Aveiro, com a qual a ESPRODOURO vai fazer protocolo de geminação. Assim, desde o telemóvel ficar na entrada da sala, a escola passar a ser vista como um local de trabalho, aulas 70% práticas, aulas com trabalho em grupo e mesas altas, acabar com o toque de entrada, poder proporcionar um tablet para cada aluno trabalhar com apoio de mecenato, reposição de aulas a 100%, implementação da Google Classroom e do G-Suite, utilizar um software cedido gratuitamente pela Escola Profissional de Aveiro – o PACA, até à criação de um laboratório de manutenção e educação na escola, são alguns dos projetos pedagógicos baseados em Neuroeducação. Foi apresentado ainda o projeto para criar o novo Centro de

Ciência e Estudos Enogastronómicos, com o apoio da UTAD, a criação de uma antena Europe Direct com ligação à Comunidade Europeia e alavancagem do Citizens Project, onde vamos receber e enviar ERASMUS, com criação de salas de desenvolvimento dentro das empresas e organização de eventos nacionais.

Foi um dia em cheio com muitos esclarecimentos para os alunos e comunidade sobre a evolução e projeto de crescimento da NOVA ESPRODOURO, que afinal está mesmo diferente!

PROJETO DE DINAMIZAÇÃO TURÍSTICA DO PATRIMÓNIO MONUMENTAL NA CIDADE DE MANGUALDE Decorreu, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Mangualde, a cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento do Projeto de Dinamização Turística do Património Monumental na cidade de Mangualde - Candidatura ao Valorizar – Programa de Apoio à Valorização e Qualificação do Destino, na Linha de Apoio à Valorização

Turística do Interior. Na cerimónia esteve presente Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, João Azevedo, Presidente da Câmara Municipal de Mangualde, José Tomás, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mangualde, Filipe Silva, do Turismo de Portugal, Pedro Machado, Presidente do Turismo do Centro de Portu-

gal, e Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Este projeto visa a reabilitação da Igreja de Misericórdia, do Largo da Misericórdia, da Rua do Colégio e ainda a criação do novo Centro Municipal de acolhimento ao visitante. Neste sentido, foi feita uma visita às

áreas de intervenção deste projeto, de modo a que a Ana Mendes Godinho e os demais intervenientes verificassem no terreno as áreas a intervencionar. Esta candidatura representa um investimento total superior a mais de meio milhão de euros.


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Reportagem

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Segurança do edifício da segurança social

Comandante de bombeiros assume A existência de condutas secas no edifício da segurança social e a alteração da rampa de acesso ao passeio são duas das “coisitas que deviam ser melhoradas” na estrutura mais alta do distrito e que tem, diariamente, cerca de 600 pessoas em permanência “O edifício está bem construído em termos de evacuação, há canais próprios para bombeiros, há escadarias interiores mas é claro que num edifício com alguns anos faltam alguns equipamentos como uma conduta seca, têm depósitos de água no terraço mas só para abastecimento das redes de incêndio armadas, portanto há aqui algumas coisitas que deviam ser melhoradas”, esclarece o comandante dos Bombeiros Voluntários de Viseu. José Luís Teixeira reconhece que “têm sistema de detecção de incêndios que facilita muito a vida” aos bombeiros e que, “dentro do período de existência do edifício e ao equipamento que têm, o edifício está adequado, neste momento”.

No entanto, o comandante realça que “era muito importante haver condutas secas num edifício destes” e que a rampa de acesso à rua “efectivamente devia ser alterada”. “Não está bem feita, dificultanos a vida e portanto fica aqui um reparo, é para isso que serve um simulacro, para detectarmos as coisas boas e menos boas e depois, dentro do possível, alterá-las de modo a facilitar a vida a todos. A rampa é muito estreita, muito estreita”, reforça. Declarações feitas ao Notícias de Viseu após a realização de um simulacro, a propósito do 132º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Viseu, no edifício que alberga a Segurança Social de Viseu e várias unidades de saúde fami-

liar. Uma crítica corroborada pelo próprio director do Centro Regional da Segurança Social, Telmo Antunes, que diz mesmo que “a rampa é um problema antigo e que diariamente se reflecte na vida das pessoas que vêm a esta casa quer de cadeira de rodas quer de mobilidade reduzida”. “A olhos vistos, se percebe que não é uma boa solução para os utentes e a nível de segurança obviamente não é boa, porque a evacuação é mais lenta”, admite o director que diz que é um “erro arquitectónico” e são sabe se é possível de alterar. “É preciso ver o que está por baixo desta praceta para podermos construir uma rampa desde a saída. Não sei, quando a rampa foi construída, porque é que não teve um ângulo até aqui à entrada [do edifício], podia-se prever que viesse até mais aqui à porta e fosse uma rampa mais ligeira e de melhor acesso mas também não sei o

que está por baixo da praceta, se algum tipo de impedimento como depósitos de água ou outras coisas que impediram essa formação arquitectónica”, explica Telmo Antunes que assume o compromisso

a pessoa tenha preparação para isso e o material adequado”, esclarece o comandante. Um simulacro que envolveu todos os agentes da protecção civil, desde os bombeiros volun-

de comunicar a quem de direito o resultado deste simulacro. O exercício passava por simular um incêndio no 10º andar, de onde saíram bombeiros a simular oito feridos ligeiros com demonstração de salvamento pelo exterior e de um auto salvamento feito por um bombeiro municipal. O auto salvamento “é um exercício que pode ser feito em qualquer edifício, independentemente do número de andares, desde que

tários e municipais de Viseu, o corpo de seguranças do edifício, a protecção civil municipal, a Polícia de Segurança Pública (PSP), presidente da junta de freguesia e director da segurança social. No entender de José Luís Teixeira, a protecção civil do edifício tem um “papel fundamental” em caso de sinistro e também por isso estiveram no local. (cont.)


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Reportagem

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que rampa do edifício “devia ser alterada” “Têm formação própria e equipas de primeira intervenção própria que são fundamentais, e num edifício com estas características ainda melhor, para facilitarem a nossa vida. É muito bom se eles tiverem as evacuações preparadas para quando chegarmos estarem quase todos, ou todos mesmo, no ponto de encontro, e assim o nosso trabalho está praticamente executado. Esse é o nosso objetivo, que haja interligação entre todos os agentes da protecção civil”, reconhece. “Estivemos todos num posto de comando conjunto, onde cada um tem as suas funções, e ao colaborarmos todos uns com os outros facilitamos o nosso trabalho e leva-nos ao sucesso”, remata o comandante. Mais exercícios no futuro Estão planeadas, para um futuro próximo, outras acções, quer por parte da própria segurança social quer também com o envolvimento dos bombeiros voluntários. “Numa segunda fase, vamos fazer evacuações com o edifício cheio de gente, a própria segurança social também deseja que assim seja e, aí sim, vamos aferir procedimentos e métodos, mas estou convencido, acredito, que teremos capacidade para resolver”, adiantou o comandante José Luís Teixeira. “Desta vez não houve envolvimento por parte de funcionários da segurança social mas é nosso propósito cumprirmos o nosso programa de segurança e num próximo exercício vamos ser nós a fazer, quando os bombeiros chegarem aqui teremos o prédio evacuado. Numa terceira fase vamos fazer um exercício conjunto, nós e os bombeiros”, acrescenta o director Telmo Antunes. “Estamos neste momento a finalizar e validar o plano de segurança do edifício e a fazer correcções, comprar sinalização e etc. Estamos a chegar ao fim para, numa segunda fase, avançarmos para a formação individual em cada piso”, pormenoriza o director regional. E acrescenta: “Vamos ter um responsável pela segurança em cada piso e cada um, em cada piso, vai ter que saber o que fazer. O que queremos é incutir em cada um dos colaboradores o que tem de fazer em caso de situação real”. Telmo Antunes assume que o plano de segurança abrange também o sector da saúde que “tem até um factor de perigosidade maior que o da segurança social, porque tem mais utentes”. “Os nossos estão concentrados aqui no rés do chão enquanto que

na saúde estão distribuídos nos pisos mais altos e são mais. Também por isso vamos procurar fazer os exercícios em conjunto, porque temos como prioridade as pessoas e os seus bens”, defende Telmo Antunes sem esquecer que “é o edifício mais alto do distrito, é o edifício onde trabalham mais pessoas no distrito e está no centro da cidade”. Por Isabel Marques Nogueira


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Regional

CTOE e autarquia limpam mato na Aldeia de S. João O Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE) e a Câmara Municipal de Lamego uniram esforços para levar a efeito uma operação de limpeza e prevenção de fogos rurais na Aldeia de S. João, em plena Serra das Meadas e a poucos quilómetros da cidade de Lamego. A iniciativa juntou no terreno membros do exército, sapadores florestais e funcionários municipais da limpeza urbana que criaram uma faixa de gestão de combustível de 100 metros de proteção em redor do núcleo habitacional existente nesta zona. Os trabalhos foram supervisionados pelo Presidente da autarquia, Ângelo Moura, e pelo Comandante do CTOE, Coronel de Infantaria Valdemar Lima. A operação que incidiu na Aldeia de S. João integrou uma ação mais vasta que decorreu em todo o país e que mobilizou o exército português em várias ações de sensibilização para a limpeza de áreas florestais e prevenção de fogos rurais.

Concerto da Páscoa na Igreja Paroquial de Vila da Rua Na sexta-feira santa, 30 de março, às 16 horas, há concerto da Páscoa na Igreja Paroquial de Vila da Rua, Moimenta da Beira, por uma Orquestra Sinfónica e Coro compostas por intérpretes e executantes de quatro Academias de Música de outros tantos concelhos: Moimenta da Beira, Aguiar da Beira, Trancoso e Mêda. Cláudio Ferreira será o maestro. A entrada é livre. Ao todo, mais de oito dezenas de músicos juntamse no interior da matriz para mostrarem a qualidade e excelência instrumental (e de vozes) adquirida na aprendizagem do estágio de Verão que decorre no edifício do Externato Infante D. Henrique, em Moimenta da Beira.

OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO URBANÍSTICA DE VOUZELA ARRANCAM A 3 DE ABRIL A Câmara Municipal de Vouzela informa que as obras de requalificação urbanística de Vouzela - Troço Central vão ter início no dia 3 de abril. Embora anunciado o seu arranque a 19 de março, a autarquia entendeu atrasar a empreitada, não só devido à chuva forte que se fez sentir por estes dias, mas também para não afetar a atividade do comércio local, que é impulsionada neste período do ano. Mais se informa que, com as obras, a rua Ribeiro Cardoso, entre a Associação Os Vouzelenses e a Praça Morais de Carvalho, estará condicionada ao trânsito. A Câmara Municipal agradece a compreensão de todos!

Quinta-feira 15/3/2018

Importância da Serra do Caramulo discutida em seminário A importância e as potencialidades da Serra do Caramulo estiveram no centro do debate de um seminário, que decorreu no último sábado, dia 24 de março, no Hotel do Caramulo. O seminário intitulado “A Serra do Caramulo como recurso didático promotor de educação para a sustentabilidade” contou, na sessão de abertura, com a presença do presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus; o diretor do Agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro, Júlio Valente; a diretora do Centro de Formação de Associação de Escolas do Planalto Beirão (CFAE-PB), Rosa Carvalho; e o presidente do Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo (CEIS Caramulo), Luís Costa. Nesta ocasião, o presidente da Câmara de Tondela realçou a relevância do Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo (CEIS Caramulo) e a importância de se discutirem questões relacionadas com a floresta, especialmente nesta fase pós-incêndios. Ao longo da manhã foram apresentados dois painéis, sendo o primeiro moderado pela vereadora da Educação da Câmara de Tondela, Sofia Ferreira dedicado à importância de uma floresta biodiversa para a valorização do território e para o desenvolvimento

sustentável, com especial destaque para a Botânica e a Geologia que caraterizam a Serra do Caramulo. Estes temas foram abordados pelo diretor da Escola Secundária Viriato, Pedro Ribeiro, e pela professora da mesma instituição de ensino, Margarida Morgado. Ainda neste primeiro painel, a investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, Joana Alves, aludiu à multifuncionalidade, sustentabilidade e valorização da floresta. Já o segundo painel abordou o tema que deu nome ao seminário, com o presidente do Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo (CEIS Caramulo), Luís Costa, a moderar a ap-

resentação pública dos trabalhos realizados pelos docentes nas ações de formação, sobre a supervisão dos formadores. A sessão de encerramento coube ao vereador do Desenvolvimento Rural e do Turismo da Câmara de Tondela, Pedro Adão, e à diretora do Centro de Formação de Associação de Escolas do Planalto Beirão (CFAE-PB), Rosa Carvalho. Este seminário resultou da parceria do Município de Tondela com o Agrupamento de Escolas de Tondela Tomaz Ribeiro, o Centro de Formação de Associação de Escolas do Planalto Beirão e o Centro de Estudos e Interpretação da Serra do Caramulo.

Deslocação visou mostrar recuperação do concelho no pós-incêndio,

Ministro Adjunto visitou Vouzela O Ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, deslocou-se, na passada sextafeira, dia 23 de março, ao concelho de Vouzela. Tendo como tema principal a recuperação do concelho depois dos incêndios de outubro, o enfoque da visita recaiu sobre o desenvolvimento rural e o investimento empresarial. Durante a tarde, o ministro Pedro Siza Vieira acompanhado pelo presidente da Câmara, Rui Ladeira, visitaram o Parque de Campismo de Vouzela, participaram da entrega de animais a produtores locais, visitaram instalações agrícolas em fase de recuperação, visitaram uma casa de habitação já reabilitada, na localidade de Confulcos, as obras de construção da empresa Systeel, na zona industrial de Vasconha Queirã e os trabalhos de terraplanagem tendo em vista a implantação

da empresa Efecty Kvita entre outras empresas na zona industrial de Vouzela. “Esta foi uma visita para dar conta da realidade recente deste concelho. Mostrámos ao ministro Pedro Siza Vieira o impacto dos incêndios de 15 de Outubro, mas ao mesmo tempo demos a conhecer o trabalho de recuperação e do nosso esforço coletivo. Temos procurado, dentro daquilo que são as nossas possibilidades, com o apoio do governo, do país e da comunidade emigrante, dar resposta às necessidades que emergiram desta situação catastrófica, e que são a vários níveis”, disse na ocasião o presidente da Câmara, Rui Ladeira. O autarca aproveitou a visita do ministro para passar algumas das preocupações que sente ainda no contexto dos incêndios. “A recuperação das se-

gundas habitações é para nós fundamental, pelo impacto positivo que têm na economia local, criam riqueza e movimento ao longo do ano; a execução do cadastro do território deve ser também prioritária, bem como a criação da bolsa de terras, um projeto muito importante para assegurar a gestão dos espaços rurais ”. Rui Ladeira alertou ainda para a importância da redução das portagens, factor que considera “fundamental para a competitividade do interior”, e da necessidade de afinar os modelos dos territórios de baixa densidade, “tratando todos de maneira igualitária e respeitando as especificidades de cada um”, concluiu. Situação que encontrou eco no Ministro Adjunto que defende um modelo diferenciado. “É preciso perceber o que faz sentido em cada território, porque um único modelo não pode servir para todos”, sublinhou na ocasião. Segundo Pedro Siza Vieira, o desenvolvimento do interior é uma tarefa nacional, sendo que "um país que cresce desequilibrado é um país que não cresce bem". “Este é o momento para aproveitarmos a atenção da comunidade nacional para os problemas do desenvolvimento do interior e gestão do território para conseguirmos, por uma vez, alinhar vontades políticas" concluiu.


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Saúde

Quinta-feira 29/3/2018

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IRS Solidário 2018

Alzheimer Portugal apela à consignação de IRS

Drª. M. Lurdes Botelho CLÍNICA GERAL E DOMICÍLIOS

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A Alzheimer Portugal está a promover uma campanha de apoio solidário através da consignação do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). Esta iniciativa tem como objetivo o apelo à população em geral para contribuir com 0,5 por cento do valor do seu IRS, que vão reverter para o trabalho social desenvolvido pela associação. Para José Carreira, Presidente da Alzheimer Portugal, “esta é uma forma muito simples para qualquer cidadão poder apoiar uma causa de ação social, dado que o valor corresponde aos 0,5

por cento da consignação do IRS que é retirado do montante pago ao Estado, e direcionado para a nossa associação, sem que o contribuinte pague mais ou receba menos”. Para efetuar a consignação de 0,5 por cento do IRS, o cidadão tem de colocar no Quadro 11, campo 1101 da Declaração de IRS o Número de Identificação Fiscal (NIF) da Alzheimer Portugal (502 069 635), e de seguida selecionar o campo IRS. Em alternativa, pode optar por consignar 15 por cento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) su-

portado. Para esta opção, basta selecionar adicionalmente o campo IVA. Neste caso, o montante é destinado à Alzheimer Portugal e o contribuinte não recebe o seu reembolso do IVA.

O Cancro do Intestino em Portugal O cancro do intestino é uma patologia que se desenvolve pelo aparecimento de lesões no intestino grosso ou cólon, podendo formar pólipos. Os pólipos podem aumentar de tamanho e tornarem-se malignos, originando o cancro. Em Portugal, esta doença tem uma mortalidade de 11 pessoas por dia! Uma realidade assustadora e que tem uma incidência de cerca de 7 mil novos casos em cada ano, sendo detetado principalmente a partir dos 50 anos. Esta doença é de progressão lenta e silenciosa, por vezes sem sintomas. Mas relativamente aos mesmos é importante que cada um de nós esteja atento às alterações persistente dos hábitos intestinais, ao aparecimento de prisão de ventre ou diarreia (ou uma alternância das duas), sem razão aparente e/ou fezes muito escuras, a perda de sangue pelo reto ou misturado nas fezes sem irritação, dor ou prurido, a sensação

de que o intestino não esvazia completamente, uma dor forte, e o desconforto abdominal e/ou cansaço sem explicação aparente. Estes são os principais sintomas que se podem destacar desta patologia. É também importante destacar que os fatores de risco do cancro do intestino aos quais devemos estar atentos são: o histórico familiar da doença de ascendentes diretos, diagnóstico de pólipos intestinais, o diagnóstico de doença intestinal inflamatória (doença de chron ou colite ulcerosa). Outros importantes fatores são a idade (50 anos), a obesidade e o sedentarismo, as bebidas alcoólicas em excesso, o tabagismo e uma alimentação descuidada rica em gorduras, fritos, comida processada e pobre na ingestão de frutas, fibra, vegetais, legumes, baixa ingestão de água e líquidos. O cancro do intestino é uma doença evitável e perfeitamente rastreável, com

uma elevada taxa de cura, cerca de 90% dos casos, se detetado atempadamente. A nível de diagnóstico falamos essencialmente do rastreio através da pesquisa de sangue oculto nas fezes e da colonoscopia. A colonoscopia é o método mais eficaz de rastreio permitindo também a remoção de pólipos em pleno ato médico. Ainda não existe rastreio de base populacional ao cancro do intestino em Portugal, rastreio que poderia salvar vidas através da deteção precoce da doença e também evitaria custos futuros em tratamentos para o Serviço Nacional de Saúde. É inaceitável que em pleno século XXI morram 11 Portugueses por dia por este cancro do intestino quando se trata de uma doença perfeitamente rastreável. Quanto aos tratamentos desta doença os mais comuns são a cirurgia localizada, a radioterapia que pode atuar reduzindo o tamanho do tumor e assim

facilitar a sua remoção ou no pós-operatório para eliminação de células não extraídas e também a quimioterapia que destrói as células cancerígenas e pode complementar uma cirurgia curativa e também ser eficaz em casos de metastização da doença, ou seja quando a mesma invade outros órgãos do corpo. Importante mesmo é apostar na prevenção e nunca ser necessário chegar à fase de tratamentos. Neste sentido a Europacolon Portugal tem conduzido o seu trabalho nos últimos 11 anos nas atitudes preventivas que cada cidadão deve adotar para uma postura ativa e uma melhor literacia em Saúde para, em primeiro lugar, nos prevenirmos e em casos de encararmos uma doença, sermos capazes de enfrentar melhor qualquer situação. Vítor Neves, presidente da direcção da Europacolon Portugal

Viseenses já têm acesso a braquiterapia para tratamento do Cancro da Próstata O Cancro da Próstata é o tipo de cancro mais frequente no homem em Portugal (superior ao Cancro da Pele e ao Cancro do Pulmão), registando-se aproximadamente quatro mil novos casos por ano. A Braquiterapia Prostática é uma das terapêuticas disponíveis mais eficazes para o tratamento do Cancro da Próstata e está agora disponível no Hospital CUF Viseu e com acordo direto com vários subsistemas e seguradoras. Paulo Rebelo, urologista do Hospital CUF Viseu, explica que “a Braquiterapia Prostática é um tratamento minimamente invasivo rea-

lizado através da inserção de “sementes” radioativas no interior da próstata, sob controlo ecográfico e com monitorização em tempo real”. Este tratamento é realizado num bloco operatório, sob anestesia loco-regional ou geral. É um procedimento pouco invasivo, que dura entre 60 a 90 minutos e que não requer incisão cirúrgica. Como as “sementes” radioativas são colocadas dentro da próstata, permite que uma elevada dose de radiação seja libertada, ficando fundamentalmente limitada à próstata. Os tecidos circundantes (tecidos sãos) ficam, desta forma, praticamente

intactos, como é o reto, a bexiga e a uretra. “A realização desta técnica implica, assim, uma equipa multidisciplinar que inclui, além do Urologista, um Radioterapeuta e um Físico, cuja ação conjunta, complementar e extremamente diferenciada, permite obter os bons resultados descritos para esta técnica”, explica Paulo Rebelo. O tratamento do Cancro da Próstata com Braquiterapia tem uma finalidade curativa e os pacientes podem retornar à atividade normal (incluindo o trabalho) no espaço de poucos dias. De acordo com os resultados conhecidos a nível mundial,

95% dos pacientes encontram-se livres da doença 12 anos após o tratamento. A Unidade de Cancro da Próstata do Instituto CUF de Oncologia promove uma abordagem clínica multidisciplinar e complementar ao longo de toda a rede CUF, proporcionando uma maior segurança e comodidade aos doentes e cuidadores. Dada a complexidade dos tumores urológicos, em especial, o cancro da próstata, torna-se necessário disponibilizar à população terapêuticas diferenciadas, como a Braquiterapia Prostática, a par de uma equipa de profissionais de saúde, especialistas nesta patologia.


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10 Desporto

Quinta-feira 29/3/2018

Raid do Bucho temperado com... neve! Foi ao sabor da neve, chuva, vento e frio que decorreu mais uma grande edição do Raid do Bucho e Outros Sabores. Com partida da cidade mais alta e chegada à aldeia raiana de Freineda, novos desafios se impuseram neste evento multimarca que reuniu 43 viaturas e 125 pessoas. O acréscimo de adrenalina foi proporcional à atenção exigida, mas o sucesso é evidente: o casamento entre o todo terreno e a gastronomia tradicional está para durar. Trilhos enlameados e nevados, e subidas e descidas escorregadias foram alguns dos grandes testes de condução da caravana do 9º Raid do Bucho e Outros Sabores, que percorreu os trilhos entre a Guarda e a Freineda, no último fim de semana. E se nestas provas todos os participantes conseguiram passar, mais difícil foi resistir às iguarias mais tradicionais. Os pratos mais

típicos do distrito da Guarda, com realce para o bucho raiano e outros enchidos, os queijos, pão, e os vinhos registaram, como sempre, grande entusiasmo por parte dos participantes provenientes de norte a sul do país. Nestes, destaque para o “melhor bucho raiano”, eleito na XIII Edição da Festa do Bucho & Outros Sabores. O júri do primeiro Concurso de Provas do Bucho Raiano (do qual fez parte o Escape Livre, com a jornalista Teresa Conceição, da SIC) elegeu o bucho da Casa Pireza, da Guarda, como o melhor entre os dez produtores concorrentes, tendo reunido a maior pontuação nos três critérios: sabor, aspecto e aromas. “O melhor dos melhores” foi seguido do produtor Augusto Teixeira, da Castanheira, e o terceiro lugar arrecadado pela Beira Enchidos, produtor de Vale de Estrela.

Aos dois elementos-chave do passeio – aventura e gastronomia somou-se ainda uma terceira: a descoberta. As paisagens e trilhos estiveram brancos nas zonas de maior altitude, no sábado, apresentando cenários inéditos para alguns concorrentes. O conhecimento da história milenar e secular, a cultura e a

etnografia estiveram ao alcance dos participantes nas visitas ao Museu da Guarda, e ao Museu de Tecelagem dos Meios, com os teares, mantas, e o artesanato. A chegada à aldeia de Freineda, no Domingo, ficou marcada pela habitual reconstituição histórica relativa às guerras peninsulares e à homenagem do Duque de Welling-

pontos, Luís Albuquerque conseguiu 28, Carlos Rodrigues 25, Samuel Barros 22, António Cunha 21, José Cândido 20, Carlos Miranda 19 e José Santos e Agostinho Lopes todos com 18. A Sandra Batista foi a autora do nearest feminino, o Carlos Miranda obteve o nearest masculino que acumulou com o 1º sénior, José Cândido teve a pancada mais longa, Gay Adamson foi a 1ª senhora e o Daniel Antunes o 1º júnior. Foram também entregues os prémios anuais, que ficaram assim distribuídos: NET 1ª Categoria - Leonel Seixas, Jaime Fernandes e Jorge Toste. 2ª catª – Rui Viçoso. António Sanganha e João Andrade. 3ª catª – Filipe Fernandes, Bruno Esteves e José Gomes. GROSS – António Cunha, José Santos e Agostinho Lopes. Senhoras – Isabel Guedes, Sandra

Batista e Elisabete Pinto. Seniores – Paulo Domingues, Carlos Tinoco e Samuel Barros. Seniores (4ª feira) Nett – Armando Leitão, Carlos Aleixo e Luís Chaves. Seniores (4ª feira) Gross – José Marques, Alberto Amaral e Idalina Cardoso. A festa culminou com o jantar

ton, além da animação das escaramuças de rua, música e muitos petiscos. O remate deste evento decorreu com o tradicional almoço do bucho e outros sabores tradicionais, que este ano voltou a sentar mais de 500 pessoas à mesa. Para o presidente do Clube Escape Livre, Luís Celínio, “foi com grande satisfação que verificamos, em mais um ano, todo o entusiasmo dos nossos participantes no programa que organizámos e que faz um curto resumo de tudo quanto esta região tem para oferecer, e ao qual não escapa o reputado acolhimento beirão. Este ano tivemos o desafio da neve, que obrigou a algumas alterações de percurso, mas que tornou o passeio diferente e muito belo. No próximo ano cá estaremos para proporcionar novas emoções em novos trilhos.”

GOLFE

TAÇA VISABEIRA Carlos Rodrigues é o campeão da Taça Visabeira do corrente ano, prova comemoretiva do 10º aniversário do CG Viseu e que foi disputada por sete dezenas de jogadores. Efetivamente este 10º aniversário, veio demonstrar a grande vitalidade do clube, pois nas eleições para os orgãos sociais da semana passada, apresentaram-se duas listas a sufrágio, saindo vencedora a lista afeta à direção. Tal como anunciado, a prova foi disputada com tempo adverso, pois durante a prova tivemos retratadas as quatro estações do ano. Chuva, vento (com algumas rajadas a levar os chapéus e a virar os tróleis), frio, céu nublado e também o apetecido e esplendoroso sol. Com este handicap, a que se junta também o estado pesadíssimo do percurso caramulo e os

greens ainda não no seu melhor (atendendo à furação de há pouco tempo), os resultados teriam necessariamente de se ressentir, se bem que ainda houve dois concorrentes que venceram o campo, curiosamente dois professores da nossa praça, que fazem deste maravilhoso quanto maquiavélico desporto um escape. Assim com 39 pontos, o Carlos Rodrigues vai ter o seu nome perpetuado na linda taça, enquanto o Samuel Barros ocupou o lugar seguinte com 38 e o António Sanganha ocupou o último lugar do pódio com 34. Seguiram-se, o Carlos Miranda com 33 e Peter Roche, Eduardo Santos, José Cunha Santos, Álvaro Marreco, Jacinto Pinto, Gay Adamson e José Gonçalves todos com 32. Na tabela real, o ex-pro do Montebelo João Couto obteve 30

Ténis de Mesa

dançante no Hotel Príncipe Perfeito, onde mais uma vez a vitalidade do clube ficou demonstrada, pois a maioria dos concorrentes fez-se acompanhar da família que participou também numa vastíssima tômbola. Álvaro Marreco

Clube de Carregal do Sal a 5 jornadas para atingir feito histórico

Repesenses coloca sete equipas na final dos campeonatos distritais

Disputou-se neste último sábado (24\03\2018) o encontro entre a equipa do Centro Cultural de Currelos – Secção de Ténis de Mesa e o Clube Desportivo de Alcains a contar para o Campeonato Nacional de Ténis de Mesa 2ª Divisão, Zona Centro. A equipa de Carregal do Sal, filiada na Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, venceu por um claro 4-0, mantendo-se assim em primeiro lugar da série com mais um encontro disputado relativamente

O Clube de Futebol Repesenses atingiu, nesta época 2017/2018, um “feito inédito no futebol distrital de Viseu”, segundo escreve num comunicado de imprensa a direcção da associação. “Os Repesenses colocam sete equipas a fase final dos campeonatos distritais. Todas as equipas, do Sub 10 ao Sub 19 irão disputar o título de campeão”, anuncia. Entre elogios e parabenizações a todos os envolvidos, desde os atletas e treinadores, a todos os elementos do Repesenses e aos patrocinadores, sem esquecer a família, a direcção justifica este sucesso com a “contínua excelência na formação, num acompanhamento constante dos seus atletas e na qualidade dos seus treinadores”. “E é aos treinadores que deixamos uma palavra de enorme estima e agradecimento, pelo tempo dedicado ao clube e ótimo desempenho nas suas funções”, reforça a direcção no comunicado.

ao 2º classificado. Faltam disputar 5 jornadas, sendo a próxima com o segundo classificado Oliveirinha “B”. Quem sair vencedor deste encontro, ficará bem posicionado para vencer esta série. O encontro terá lugar na Escola Secundária de Carregal do Sal, sexta feira próxima (dia 30) pelas 16 horas. Poderá o clube do Concelho de Carregal do Sal fazer história, caso consiga subir na próxima época à 2ª

Divisão de Honra, sendo o primeiro clube filiado na Asso ciação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, a conseguir tal feito, refere o Presidente da Direção, Aquilino Pinto.


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Diversos 11

Quinta-feira 15/3/2018

O MORTO QUE OUVIA Comédia em II atos, por Fernando de Abreu

Primeiro ato I CAPITULO Dias Alves pede namoro a Maria do Rosário MARIA DO ROSÁRIO – Gracinha, ainda não era nascida...

DIAS ALVES – É evidente, não importa. A verdade é que eu não aceito que a minha família se meta no meu matrimónio. Não terão outra alternativa senão aceitar até porque, claramente, respeito e aceito o que possam pensar sobre o meu caso, por estar ciente de que desejam o melhor para a minha vida, mas a decisão, essa, fatalmente, será minha e só minha e eu, garantidamente, quero ser feliz. MARIA DO ROSÁRIO – O senhor doutor esqueceu – se também de que para ser feliz precisa de viver com saúde, pois sem ela não haverá alegria, nem amor e a fortuna deixa de ser gozada. Portanto, sem saúde todo o resto pouco vale para a felicidade que se deseja, para se poder viver um sonho cor de rosa.DIAS ALVES – Ora, como a Maria do Rosário é inteligente e estava atenta ao que

eu referia, para logo chamar à conversa a base – saúde e amor, porque sem estas duas essências, que considero divinas, falha todo o resto. Estou certo de que nada mais terá valor para a verdadeira felicidade e harmonia no lar do que a saúde e o amor; todo o resto são assessórios. Mas mais, estes sentimentos em relação a ti não são de hoje, há muito que tenho desejo em manifestá-los, com todo o respeito e consideração. MARIA DO ROSÁRIO – Fico muito feliz por assim me considerar, atribuir e perceber que esses sentimentos estão na minha maneira de ser e de pensar, mas como lhe dizia o “ milho”, e voltando à mesma questão, que o doutor diz que sou, jamais o deixaria comer sem ser benzido pelo padre no altar e haver juramento em ser fiel até que a morte nos separe, perante as testemunhas do matrimónio celebrado, com pompa e circunstância, levando eu o raminho de laranjeira e usando um vestido branco, tudo na maior pureza. DIA ALVES – Mas, evidentemente! São essas as minha intenções, respeitá- la até ao dia do casamento. E como assim quero e desejo, lhe peço

PEIXES De peixes no horóscopo eu sou, E explicar a todos os poetas eu vou. Para explicar o idealismo poético Só abrindo no meu ser o pórtico ! O idealismo de peixes é a solidão, Emanada do pisciano e seu coração. Faço parte do planeta esquecido Que no universo ele foi urdido ! Difícil explicar o idealismo pisciano, O sonho do pisciano é sobre-humano. É sempre estranha a sua solidão Porque emana do fundo de seu coração. «Neste planeta esquecido do universo, Só o poeta explica em cada verso. O pisciano é um poeta sonhador, E às vezes faz poemas com esplendor ! No imorredouro tempo de sua vida, Na poesia a sua lira é enaltecida. O nascido em peixes tem esse manancial Que surge de seu coração magistral ! Todo ser de peixes nascido, Faz o verso de amor construído. Porque na solidão do amor ideal Procura eternamente esse bordal ! Sou de peixes por dádiva divina, Com certeza será a minha sina. Mas, meus versos são de emoção, Porque são do fundo de meu coração !!!

ADRIANO AUGUSTO DA COSTA FILHO Casa do Poeta de São Paulo Movimento Poético Nacional - MPN Núcleo da Associação Portuguesa de Poetas em São Paulo Ordem Nacional dos Escritores do Brasil / UNE Associação Portuguesa de Poetas e Escritores/Lisboa Portugal - APP Membro honorífico da Ordem do Infante Dom Henriques/Portugal Academia poços/caldense de letras/ MG Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes do Ceará Membro/poeta internacional da UNESCO

que a partir de agora fique a namorar comigo, com consideração até ao dia em que deseje o enlace, que espero e aguardo não seja muito distante deste dia. MARIA DO ROSÁRIO – Desculpe, estou a ouvir bem?! O senhor doutor Dias Alves, pessoa dotada de uma grande riqueza e com um curso de comunicação social, está–me a pedir para namorar a sério e respeitosamente até ao dia de casamento? DIAS ALVES – Isso mesmo sem tirar nem pôr. Ouviu perfeitamente as minhas intenções, ou seja namorar e casar consigo o mais brevemente possível por estar certo e seguro do forte sentimento que tenho pela Maria do Rosário. Quero casar logo, logo com papel passado e pela igreja, mesmo que, para tanto, venha a ter oposição familiar. O que me importa é viver feliz com a mulher bonita de quem gosto para que seja minha, toda minha e nunca de outro homem qualquer, para que seja mãe dos meus filhos. MARIA DO ROSÁRIO – Se assim é, e com a frontalidade com que coloca esse desejo, evidentemente que nem sequer penso duas vezes! Decido logo à primeira, aceitando sem objeções. Serei sua, toda sua e nunca,

nunca de outro homem qualquer. Isto porque também gosto muito do senhor doutor e tudo farei, com a nossa união, para o fazer feliz, muito feliz. DIAS ALVES – Sou praticamente inexperiente nestas relações amorosas. A minha vida tem sido escrever e, como mero escape para os meus vícios, tenho tentado entrar afincadamente na cultura e na ficção através do mundo da poesia, por opção, numa escolha romântica e apaixonada, seguro de que tal seria o certo e desejado para mim. MARIA DO ROSÁRIO – Agora que aceitei namorar consigo, não quero somente agradecer mas também elogiar os trabalhos apresentados, em livro, que são uma paixão. Posso provar – lhe que sei praticamente de cor e salteado o nome de todos os seus romances. Mas mais, conheço-os praticamente linha por linha, de tantas vezes os ter lido e relido, por me darem louco prazer, pelo relato que faz das vivências amorosas, que quase nos levam a uma plena realização, como é o caso de “ Os filhos de Flávio André” . Aí, ai doutor, nem sei o que diga....

Cont. próxima edição

A Magnificência da `Verdade`! … Enveredando pelos caminhos habituais que nos conduzem ao encontro da verdade para partilhá-la, encontrámo-nos a reler a Encíclica do Papa João Paulo II, “O Esplendor da Verdade”. Nesta Encíclica o Papa começa por reconhecer que esse esplendor brilha em todas as obras da Criação, particularmente no homem criado à imagem e semelhança de Deus (cf. Gn I, 26): verdade que ilumina a inteligência e modela a liberdade do homem, que, deste modo, é levado a conhecer e a amar o seu Criador... Deste modo, o Pontífice alertou para a “decadência do sentido moral” na sociedade e suas consequências dramáticas na vida humana. Dirigindo-se aos Bispos do mundo inteiro afirma que o seu objectivo “é o de preservar a sã doutrina, para debelar aquela que constitui uma verdadeira crise, tão graves são as dificuldades que acarreta para a vida moral dos fiéis e para a comunhão da Igreja”. No centro da “crise”, o Papa vê uma grave “contestação ao património moral da Igreja”. Diz: “Não se trata de contestações parciais e ocasionais, mas de uma discussão global e sistemática do património moral... Re-

jeita-se, assim, a doutrina tradicional sobre a lei natural, sobre a universalidade e a permanente validade dos seus preceitos e consideramse simplesmente inaceitáveis alguns ensinamentos morais da Igreja...” (n. 4). Nas razões que geram esta crise moral, o Papa vê o questionamento que se faz aos “Mandamentos da Lei de Deus, inscritos no coração do homem e que têm capacidade para iluminar as opções diárias dos indivíduos e das sociedades inteiras”. No centro desta crise, o Santo Padre aponta a separação que alguns querem fazer entre a moral e a fé do Evangelho. Preocupado em resolvê-la, o Papa reafirma que “ o mistério do homem só se esclarece verdadeiramente no Mistério da Encarnação de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14,6); sem Ele o homem permanece desconhecido para si mesmo, um mistério insondável, um enigma indecifrável. Sem a verdade de Jesus, “ a luz que ilumina todo o homem que vem a este mundo”, e que o homem recusa porque é verdadeiramente livre, e não tem uma consciência esclarecida para viver a vontade divina expressa nos Mandamentos.

Diz o Papa: “A liberdade do homem, encontra a sua plena e verdadeira realização na lei moral que Deus deu ao homem. Por isso, não é lícito que cada cristão queira fazer a fé e a moral segundo o “seu” próprio juízo do bem e do mal... A Verdade na Vida Pode viver-se sem a verdade? Qual é o sentido da vida humana? Quais são os valores que lhe dão autenticidade e grandeza? O que leva o homem a ser feliz, realmente? Diante destas questões, não estranhamos que São João Paulo II se tenha empenhado em dar doutrina clara, ideias esclarecedoras sobre as questões morais em que mais se desorienta e claudica o católico atual, sujeito à vertigem de erros que gritam fortemente. Verificamos como são colocados diariamente sobre um pedestal, elogiados pelo materialismo laicista e incentivados pela mídia, comportamentos morais que destroem a dignidade do homem e da mulher, criados à imagem de Deus; que aviltam a grandeza do verdadeiro amor, do casamento e da família; e a do caráter sagrado da vida e da morte...

Estamos perante questões essencialmente éticas! Então, qual é a luz, o referencial ao qual nos reportamos para emitir um parecer correto sobre estes temas? Quem é que define o bem e o mal, o certo e o errado das atitudes e comportamentos? Com que critérios deve ser definido o bem e o mal? Através de uma ”moral de consenso” conducente a autênticas aberrações – conforme temos presenciado – (casamento homossexual, aborto, eliminação de fetos e até de crianças portadoras de qualquer deficiência, de idosos, etc.)? Sabemos que não! O referencial claro, o esplendor da verdade contida nos Mandamentos da Lei de Deus, proclamados no Sinai, e confirmados depois por Jesus Cristo,“enunciam as exigências do amor de Deus e do próximo”; mandamentos que resumem a lei divina natural, válida para todos os homens de todos os tempos e que foram elevados até ao máximo nível do amor pelos ensinamentos e o exemplo de Cristo que, verdadeiramente, nos trouxe a luz da vida! (Jo 8,12). Maria Helena Marques Prof.ª Ensino Secundário


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Autarquia investe mais de três milhões de euros na protecção civil municipal O reforço de pessoal e de material de protecção civil, como duas viaturas, perfazem um investimento de mais de três milhões de euros por parte da autarquia, anuncia o presidente da câmara numa cerimónia nos Bombeiros Municipais de Viseu. “Estamos a falar de todos os recursos materiais que o nosso município aloca a esta área [da protecção civil]. Estamos a falar nos nossos bombeiros municipais, dos 12 novos bombeiros que hoje admitimos e que vão entrar agora em formação, da equipa de sapadores florestais que começou o serviço na semana passada, e do reforço de alguns equipamentos”, descreve António Almeida Henriques. O anúncio foi feito no mesmo dia em que foram distribuídas medalhas de ouro e prata pelos anos de serviço e por serviços prestados a vários elementos da corporação, entre eles o próprio comandante, Jorge Antunes, que recebeu a medalha de ouro, por os 25 anos de serviço. No mesmo dia em que também tomou posse o segundo comandante, Rui Nogueira, para

integrar a equipa e Jorge Antunes que “há algum tempo estava sozinho a comandar” e onde a corporação também sai reforçada com a entrada de 12 novos recrutas que iniciam, esta semana, uma formação de seis meses em Lisboa. “Ou seja, há um reforço de efectivos, há a disponibilidade para suportar em 50% a Equipa de Intervenção de Proximidade (EIP), portanto, os próprios bombeiros municipais, através deste apoio que a autarquia vai dar, vai-lhes permitir criar uma equipa de intervenção permanente nas suas próprias fileiras, que é também um reforço que estamos a trazer para o nosso território”, enaltece o autarca. “Temos também os sapadores, há um ano vimos a candidatura de Viseu rejeitada e então Viseu tomou a decisão de criar uma equipa de sapadores às suas expensas e só isso custa 80.000 euros por ano para ter cinco pessoas que terão esta função de limpeza da floresta, de protecção da floresta”, descreve. Almeida Henriques acrescentou ainda os “200.000€ para o fornecimento contínuo de limpeza

de florestas” e cerca de 700.000€ “de uma candidatura ao PDR2020, também para limpeza florestal”. Neste investimento de três milhões de euros, o autarca não tem ainda contabilizadas as possíveis limpezas que fiquem por fazer por parte dos privados e que a autarquia terá de substituir nesse trabalho.

“É difícil para nós quantificarmos até onde vamos chegar, porque sempre que um privado não faça o seu trabalho o que a lei diz é que a autarquia vai ter que o substituir. Esperamos é que este fundo que foi criado funcione e que não tenhamos que ser nós a assegurar”, avisa o autara. “Obviamente que vamos sem-

pre ser nós a chegarmos com o dinheiro à frente para podermos pagar o trabalho, agora esperemos é que efectivamente esse apoio nacional não falte”, acrescenta. A este investimento municipal, Almeida Henriques soma ainda duas viaturas novas que estão a ser adquiridas. Isabel Marques Nogueira

Investimento na segurança rodoviária superior a um milhão de euros A Câmara Municipal de Viseu investe mais de 1.300.000 € na segurança dos peões de modo a reduzir a mortalidade e sinistralidade rodoviária no concelho. Ação que mereceu o elogio por parte dos vereadores da oposição, na última reunião pública da câmara. A lista de equipamento investido passa, entre outros, por 140 sinais luminosos em passadeiras, 296 marcadores luminosos para visionamento das passadeiras, 69 passadeiras elevadas, 9 lombas e 100 conjuntos luminosos distribuídos pelas freguesias “mediante conversa com os presidentes de junta”, enumera o presidente da Câmara de Viseu. Num mês em que se registaram dois atropelamentos mortais no concelho, António Almeida Henriques realça “todo o esforço camarário que tem sido feito” para reduzir a mortalidade nas vias municipais. “A segurança é para nós perfeitamente sagrada”, assume o autarca.

Um investimento aprovado e elogiado pela oposição socialista. “É nítido que a autarquia tem feito um bom trabalho na questão da segurança. Eu próprio fui cético quanto à circunvalação mas reconheço que tem sido eficaz. Já o prolongamento a Av. Emídio Navarro é perigoso”, repara o vereador Pedro Baila Antunes.

Um reparo que o vereador social democrático João Paulo Gouveia não deixou passar em branco, lembrando a oposição que também “têm o dever de fazer pressão junto do Governo para fazerem o trabalho que lhe compete” nesta área da segurança rodoviária. “Não é só fiscalizar a câmara é também fiscalizar o que o seu governo faz”,

acrescenta. “A Estrada Nacional (EN) 2, até ao limite do concelho, é uma vergonha, a EN231 é um buraco constante até ao limite do concelho, a conhecida Ponte Pinoca, a estrada que liga ao Sátão, a EN 239, é outra enorme vergonha. A câmara já gastou 3.000.000 de euros na recuperação de pavimentos e o Estado

Central não gastou um décimo”, enumerou o vereador responsável pela mobilidade e transportes. O autarca aproveitou a intervenção do seu vereador para anunciar que não está fora de questão colocar cartazes nestas estradas nacionais a esclarecer de quem é a responsabilidade de manutenção. “Já me lembrei de colocar lá umas placas a dizer que esta estrada é da responsabilidade do governo, porque é bom que os cidadãos saibam isso, porque temos obrigação de manter as vias seguras”, afirma Almeida Henriques que lamenta o “desinvestimento a que Viseu está dotado por parte do poder central”. “Não é só nas estradas. Não é só construir e fazer, é preciso fazer manutenção para que a segurança esteja assegurada e o Governo não está a fazer essa manutenção”, remata. Isabel Marques Nogueira


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