Notícias de Viseu - 06 de Outubro 2022

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NO RIO CRIZ

SANTA COMBA DÃO

Uma mulher foi encontrada morta, dentro de um carro no Rio Criz, na localidade de Coval, no concelho de Santa Comba Dão, em Viseu, revelou à agência Lusa fonte da GNR. Segundo esta força policial, o automóvel foi “encontrado submerso no rio Criz, próximo da Barragem da Aguieira”, onde estava “uma senhora, um cadáver lá dentro”. Tudo indica que se trata de uma mulher, de 62 anos, “que tinha sido dada como desa parecida, no dia 10 de junho”, acrescentou a mesma fonte do Comando Territorial da GNR de Viseu.

A mulher foi dada como desaparecida em Santa Comba Dão, no distrito de Viseu. O caso já está a ser investigado pelas autoridades. De acordo com o ‘site’ da Autoridade Nacio nal Proteção Civil (ANPC), depois do alerta ser dado foram mobilizados 16 operacionais e oito viaturas.

FEIRA DE SÃO MATEUS DE VISEU COM MAIOR NÚMERO DE ENTRADAS DE SEMPRE

A edição deste ano da Feira de São Mateus

de Viseu, registou 1.271.848 entradas, o maior número de sempre, anunciou o presidente da Viseu Marca, Pedro Alves.

Em média, estiveram 25.956 pessoas por dia na feira, disse Pedro Alves aos jornalistas, acrescentando que “houve dias com muito menos”, como um em que choveu muito e durante o qual apenas se regista ram cinco mil entradas, e outros com perto de 60 mil. Pedro Alves referiu que houve “um aumento de ven das de 40% na bilhética” o que mostra que a escolha do cartaz – que contou com os nomes internacionais de Álvaro de Luna, Grupo Revelação, Kevinho, Luc cas Neto e Melim – foi “ao encontro das expectativas da comunidade”.

Um quarto da faturação de bilheteira foi realizada ‘online’ e com vendas efetuadas em mais de dez países da Europa e da América do Sul.

Segundo o responsável da Viseu Marca, que é a entida de responsável pela organização executiva da Feira de São Mateus, verificou-se também “uma redução muito grande das ocorrências em termos de segurança”. O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, destacou o importante trabalho desenvolvido pelo “centro nevrálgico da proteção civil” na feira, que decorreu entre 04 de agosto e 21 de setembro.

“As pessoas, na feira, devem sentir segurança”, realçou. Diariamente, estiveram entre 34 e 88 operacionais empenhados em garantir a segurança e a prevenção de riscos no recinto.

No que respeita à inovação tecnológica, Pedro Alves disse que foram vendidas mais de 25 mil pulseiras e feitas cerca de 38 mil transações digitais, no âmbito do sistema ‘cashless’, que permite fazer pagamentos sem dinheiro. “Dá-nos um bom indicador para futuro, em função daquilo que forem as nossas decisões no próximo ano

nesta matéria, sabendo nós que o processo de transição digital é irreversível”, sublinhou.

A 630.ª edição da Feira de São Mateus foi “a primeira sem gastos públicos”, uma vez que “não requereu qualquer contrapartida financeira por parte da Câma ra Municipal de Viseu e alcançou um resultado que permitirá à Viseu Marca executar o seu plano de ativi dades para o marketing territorial e ‘branding’ durante o resto no ano, mitigando o efeito da sazonalidade das atividades”.

Nos 49 dias de certame, pouparam-se “mais de meio milhão de copos descartáveis de plástico” e, segundo Pedro Alves, o grande desafio da próxima edição será a sustentabilidade, com a aposta na certificação da feira como “o primeiro evento sustentável do país desta natureza”.

“Se temos um número significativo de expositores e temos um milhão de entradas na Feira de São Mateus, temos também este dever para com o planeta de aju dar, do ponto de vista pedagógico, a criar bons hábitos a quem nos visita”, defendeu.

Pedro Alves mostrou-se convencido de que esta edição da feira, que foi alargada até ao feriado municipal de 21 de setembro, também foi boa para os comerciantes, que registaram uma subida de 19% nos consumos.

Por exemplo, houve um aumento de 18% no consu mo de águas, de 15% no consumo de cerveja, de 13% no consumo de sumos e foram vendidos 883 quilo gramas de café.

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ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO CENTRO PROMOVE CATALISADOR REGIONAL DE INOVAÇÃO NA SUB-REGIÃO DE VISEU

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) vai promover um Catalisador Regional de Inovação na sub-região de Viseu Dão Lafões para mobilizar

os agentes, potenciar os recursos e competências existentes no domínio da inovação.

O protocolo de cooperação de constituição do CR Inove – Ca talisador Regional de Inovação do Centro para a Sub-Região de Viseu Dão Lafões foi assinado na casa do Adro, em Viseu.

A CCDRC vai celebrar o protocolo com os responsáveis da Comunidade Intermunicipal da Região de Viseu Dão Lafões, do Instituto Politécnico de Viseu, da Associação Empresarial da Região de Viseu e com o dinamizador sub-regional José Alberto Ferreira.

“O CR Inove é uma iniciativa composta por uma rede informal de entidades do Sistema Regional de Inovação, que pretende promover um processo estruturado de cooperação e partilha de informação entre as Comunidades Intermunicipais, as Entida des do Sistema Científico e Tecnológico e as Associações Empre sariais da Região Centro”, indicou a CCDR em comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com a nota, o projeto tem como objetivo “mobilizar os agentes, potenciar os recursos e competências existentes no domínio da inovação e melhorar a interação dos produtores de conhecimen to e tecnologia com os seus potenciais utilizadores, assente sempre numa lógica de partilha de recursos e reforço e complemento das iniciativas já existentes na região Centro”.

“É assumido pelos parceiros o compromisso de desenvolver, de forma concertada e participada, iniciativas conjuntas em temáticas relevantes para o processo de promoção da inovação, a sistematiza ção e atualização de informação e competências das entidades do Sistema Regional de Inovação pertencentes à sub-região, a criação de mecanismos de partilha e divulgação de informação, a promo ção do desenvolvimento de conteúdos, instrumentos e metodolo gias de capacitação de atores e de transferibilidade do conhecimen to e de tecnologias”, lê-se.

“Já foram assinados três protocolos do CR Inove, nas sub-regiões de Aveiro, Leiria e Médio Tejo, e os restantes quatro protocolos serão assinados até final do ano de 2022”, observou a responsável.

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Regional .............. 2 | 3 | 4 | 5 Termatalia .......................... 6 Diversos ............................. 7 Última ................................. 8
REGIO NAL

FESTIVAL VISTACURTA REGRESSA COM CINCO DIAS DE SESSÕES DE CINEMA EM VISEU

A antestreia nacional do filme “Super Natural”, de Jorge Jácome, uma competição de curtas-metragens, encontros com realizadores e exposições marcam a próxima edição do festival Vistacurta, que decorrerá em outubro, na cidade de Viseu.

“Esta longa-metragem resulta do cruzamento entre a pai sagem da ilha da Madeira e os intérpretes da Companhia Dançando com a Diferença”, explicou Rodrigo Francisco. Outro momento marcante será, segundo o responsável, a exposição de fotografia de Tito Mouraz, intitulada “Fluvial”, na Quinta da Cruz. O fotógrafo de Canas de Senhorim “tem abordado sobretudo os temas da paisagem, da memória, mito e na tureza” e, a partir da “paisagem irregular e misteriosa da Beira Alta”, preparou esta série fotográfica, acrescentou. Atendendo à sua relevância e ao facto de ser a primeira exposição individual de Tito Mouraz em Viseu, “Fluvial” será inaugurada no dia 08 e ficará patente ao público até 08 de janeiro de 2023.

REGIO NAL

CÂMARA DE MORTÁGUA APLICA TAXA MÍNIMA DE IMI

A Câmara de Mortágua anunciou hoje que decidiu aplicar a taxa mínima de 0,3% de Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) e que as famílias com filhos a seu cargo vão beneficiar de deduções.

Entre os dias 11 e 15, o Teatro Viriato, o Instituto Por tuguês do Desporto e Juventude, a Quinta da Cruz –Centro de Arte Contemporânea e o Carmo 81 acolhe rão as várias iniciativas do Vistacurta, organizado pelo Cine Clube de Viseu e que foi hoje apresentado em conferência de imprensa.

Rodrigo Francisco, do Cine Clube de Viseu, disse aos jornalistas que o festival se orgulha de ter na competi ção de curtas-metragens “a primeira linha de algumas das produções mais recentes em Portugal”, inteiramen te produzidas em 2021 e 2022.

A competição de ‘curtas’ contará com realizadores quer do distrito de Viseu, quer de outros pontos do país, referiu José Pedro Pinto, do Cine Clube de Viseu. “Misericórdia”, de Gonçalo Loureiro, “Lugares de Au sência”, de Melanie Pereira, “Encontros Perdidos no Tempo”, de José Manuel Fer nandes, e “Lições de Memória”, de Francis ca Magalhães, estão no grupo da produção local. Estes realizadores são de Oliveira de Frades, Tondela, Viseu e Lamego. No que respeita à produção nacional, a competição em Viseu inclui “nove dos mais interessantes filmes até 20 minutos que foram feitos em Portugal nos últimos dois anos”, entre os quais três animações, disse José Pedro Pinto.

Estes filmes são “Luz de Presença”, “Sycorax”, “O que resta”, “La Ermita”, “Polvo”, “Beco do Imaginá rio”, “Nós”, “Ice Merchants” e “2020: Odisseia no 3º Esquerdo”.

Rodrigo Francisco sublinhou que o Vistacurta “criará um espaço de encontro através das imagens”.

“Em 2022, tivemos o maior registo de sempre de inscri tos. Recebemos mais de 300 inscrições de filmes, o que é um espelho do interesse do tecido de realizadores e produtores de Portugal em competir e acompanhar os filmes”, considerou.

A competição de curtas-metragens, que envolve três mil euros em prémios, é apenas um dos eixos do Vista curta que, segundo Rodrigo Francisco, contará com a presença dos realizadores convidados Joana Toste, João Botelho, Jorge Jácome e Rui Simões.

A antestreia nacional da longa-metragem “Super Natural”, do Jorge Jácome, encerrará o festival.

O responsável do Cine Clube de Viseu aludiu ao “trabalho em torno das imagens, também aquelas que homenageiam a experimentação”, e ao “potencial que o cinema tem, e sempre teve, de fazer crescer vínculos comunitários”.

A vereadora da Cultura na Câmara de Viseu, Leonor Barata, afirmou aos jornalistas que o Vistacurta é um dos ‘eventos âncora’ apoiados pelo município “que estruturam a programação cultural da cidade”.

“O cinema, sobretudo o de autor, é uma área que tem sido maltratada ao longo dos anos e isto é uma espécie de ato de resistência”, frisou.

Segundo aquela autarquia do distrito de Viseu, o IMI familiar representa uma “dedução fixa de 20, 40 e 70 euros, consoante as famílias tenham um, dois ou três ou mais dependentes a cargo, respetivamente”. Para os prédios situados na área de reabilitação urbana de Mortágua e de Vale de Açores, que tenham recebido obras de recuperação, o município decidiu “uma mino ração da taxa de 20% no IMI, ao contrário dos prédios urbanos devolutos ou degradados, que terão uma majo ração da taxa de 20%”.

“Desta forma, pretende-se incentivar a reabilitação urbana, seja para habitação própria ou para arrenda mento”, justificou.

Com o objetivo de beneficiar os contribuintes com domi cílio fiscal no concelho de Mortágua, não haverá retenção na participação no IRS a que a autarquia tem direito.

“Quando receberam a nota de liquidação do IRS, os contribuintes pagarão menos (se tiverem de pagar IRS) ou receberão mais (reembolso do IRS) por via do muni cípio abdicar daquela taxa/receita municipal”, explicou, lembrando que, de acordo com a lei, os municípios podem aplicar uma taxa de participação variável no IRS que pode ir até aos 05%.

No que respeita à derrama, a Câmara de Mortágua deci diu também fixar a taxa em 0% para as empresas sediadas no concelho cujo volume de negócios no ano anterior tenha sido igual ou inferior a 150 mil euros e uma taxa reduzida de 01% para as que excedam aquele valor. Segundo a autarquia, “desta forma, as chamadas peque nas empresas, que são a maioria no concelho, ficarão isentas de derrama”.

O presidente da Câmara, Ricardo Pardal, justificou que estas medidas de desagravamento fiscal se inserem “numa política de apoio e proteção às famílias e às empresas”, de forma a ajudá-las a enfrentar os efeitos da escalada de preços da energia e da alimentação.

A atual conjuntura económica “exige um apoio reforça do às famílias que têm mais encargos na educação e saú de e às famílias mais vulneráveis em termos socioeconó micos” e, por isso, a autarquia já tomou outras medidas, como a gratuitidade da creche para todas as famílias. Apesar de estas medidas de isenção e redução fiscal re presentarem “a perda de uma receita municipal significa tiva”, Ricardo Pardal sublinhou que é um “investimento nas pessoas” e garantiu que “o equilíbrio orçamental está salvaguardado por via de uma gestão rigorosa dos recursos financeiros e controle da despesa corrente”.

Estas deliberações serão submetidas à Assembleia Municipal de sexta-feira.

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O projeto tem como “objetivo alavancar a economia e potenciar a região, à

REGIO NAL

ARTESÃOS DE VISEU DÃO LAFÕES CRIAM PEÇAS INSPIRADAS NAS MESAS DE REFEIÇÕES

Quatro peças foram criadas por artesãos da região Vi seu Dão Lafões, com base em técnicas, matérias e tradi ções locais e em conjunto com a designer Irena Ubler e participantes em oficinas, no âmbito do projeto Craft Turismo Criativo.

Inspiradas nas mesas de refeições tradicionais, as no vas criações valorizam o património imaterial e têm aplicação no dia-a-dia, explicou a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, que desenvolve este projeto em parceria com a As sociação de Desenvolvi mento do Dão (ADD).

A fonte de inspiração comum aos quatro objetos, proposta por Irena Ubler, foi “Cultivar, Socializar, Alimentar”.

“Queremos valorizar todo este conhecimento, que está tão ligado às pessoas, à agricultura e à preparação dos alimentos, e produzir objetos novos, mas de forma sustentável”, explicou a designer.

No seu entender, a melhor forma de honrar este patri mónio é levando-o “para a mesa, uma vez que a refeição é um momento tão importante”, em que se partilha “co mida e a felicidade de estar com a família e os amigos”.

O Craft Turismo Criativo é um projeto de valoriza ção, qualificação e promoção turística, que parte dos recursos e ativos patrimoniais, culturais e imateriais associados ao artesanato.

“Reinterpretar técnicas e matérias-primas tradicionais de forma inovadora, com novas abordagens estéticas,

O Craft Turismo Criativo é um projeto de valorização, qualificação e promoção turística

“Estes objetos originais, já em produção, que combi nam práticas tradicionais com interpretações contem porâneas, terão aplicação prática, podendo ser utiliza dos no dia a dia, e vêm contribuir para a valorização do património imaterial da região de Viseu”, referiu a CIM, em comunicado hoje divulgado.

que contribuam para a afirmação do património artesanal regional como ativo cultural e turístico, são os principais objetivos”, explicou a CIM.

A parceria da CIM e da ADD conta com a participa ção ativa de participantes de Aguiar da Beira, Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo e Sátão.

De acordo com o secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho, “as oficinas de cocriação do projeto Craft Turismo Criativo constituíram um sucesso imediato”.

PRESIDENTE DA CÂMARA DE VISEU LAMENTA ESTADO DO ANTIGO ITINERÁRIO PRINCIPAL 5

Em junho, realizaram-se quatro oficinas de cocriação prévias, que envolveram os artesãos, os participantes e a designer de produto Irena Ubler. Segundo a CIM, “os participantes nas oficinas tiveram oportunidade de conhecer e experimentar várias técnicas artesanais, em contacto com artesãos locais, nomeada mente técnicas de ferro e vidro, cestaria, têxtil e cerâmica”. O objetivo das quatro oficinas foi a criação das quatro peças, pensadas para compor uma mesa de refeição, seja em casa, seja num restaurante. Depois de produzidas, também farão parte de uma exposição ‘online’.

“Foi muito gratificante assistir à partilha de co nhecimentos e ao diálo go intergeracional entre os artesãos e os partici pantes nas oficinas, com a preciosa ajuda criativa da designer Irina Ubler. Estou certo de que este projeto, que ainda está a dar os primeiros passos, vai surpreender-nos a todos pela grande qualidade dos seus resultados”, realçou.

O coordenador da ADD, Emanuel Ribeiro, conside rou que “o saber-fazer artesanal está a ganhar novas formas nos dias de hoje, pelas mãos dos artesãos, que estão a conseguir preservar os saberes e modos de produção tradicionais, ao mesmo tempo que os reinventam de forma criativa”.

“Iniciativas como este projeto são a melhor garantia de que os conhecimentos adquiridos ao longo das gerações não se vão perder”, sublinhou.

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, la mentou o estado em que se encontra o troço do antigo Itinerário Principal (IP) 5 no seu concelho e exortou a administração central a “cuidar das suas estradas”. Em declarações aos jornalistas no final da reunião de câmara de hoje, o autarca social-democrata disse que o troço do antigo IP5 tem “um piso inconcebível, que já não vê pavimentação há anos”.

Fernando Ruas lembrou que se trata de “um troço extre mamente utilizado, sobretudo por transportes pesados, até para fugirem a três pórticos da autoestrada”.

“Não me lembro nunca de haver lá nenhuma requalifi cação”, afirmou o autarca, aludindo também ao “estado lastimável das bermas” de várias estradas do país.

Neste âmbito, apelou: “já que não há estradas novas, pelo menos que pavimentem e pintem convenientemente as estradas que temos”.

Fernando Ruas lembrou que a autarquia andou em negociações com vista à municipalização daquele troço de dez quilómetros do antigo IP5, desde a Penoita (no limite do concelho de Viseu) até ao nó da autoestrada A24, mas que tal não foi possível.

“Havia o interesse, quer de uns, quer de outros, que a es trada pudesse ser municipalizada, no entanto, os valores que a Infraestruturas de Portugal apresenta à Câmara de Viseu não dão nem para metade da requalificação”, contou o vice-presidente da Câmara de Viseu, João Paulo Gouveia, acrescentando que a autarquia não pode “acei tar um troço que está lastimável”.

No entender de Fernando Ruas, as autarquias devem receber infraestruturas da administração central, “desde que devidamente repavimentadas e depois um montante por quilómetro para a sua manutenção futura”.

“É o que faz sentido, porque é aquilo que, se não hou ver entrega [aos municípios], o Estado central tem que gastar. Era isso que nós pedíamos”, disse o antigo líder da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Segundo o autarca social-democrata, “não sendo assim, a Câmara não pode acumular uma estrada daquela dimen são a expensas do orçamento municipal”.

O autarca lamentou a falta de investimento público no interior do país e deu o exemplo do plano ferroviário.

“Falou-se na Guarda e em Évora e não houve uma pala vrinha em relação a mais nenhuma das cidades”, criticou.

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VILA NOVA DE PAIVA QUER ATRAIR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO E DOS EMIGRANTES

O presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva disse à agência Lusa que uma das estratégias para desenvolver o concelho passa por atrair emigrantes para investirem no município e por captar empresas estrangeiras.

“Mais do que cá para dentro, para o país, te mos de estar atentos e mostrarmo-nos lá fora.

Temos de mostrar que este é um concelho que se quer desenvolver e quer ter aqui empresas, indústria e turismo”, apontou.

Neste sentido, a autarquia tem de “dar uma carta de conforto a todos, ao que já estão no município e aos que poderão” instalar-se em Vila Nova de Paiva, “no sentido de mostrar que este concelho se está a mexer e a desenvolver”. O presidente não escondeu que “há desafios, claro” e entre eles estão os concelhos vizinhos, que “são a maior concorrência tendo em conta a sua localização geográfica, como é o caso de Mangualde, Nelas ou até Lamego”.

“Temos uma grande especificidade, somos um concelho de muita emigração e, por isso, temos de tentar junto da nossa diáspora para que os que já são, ou pretendem ser, empresá rios e estão no estrangeiro, e têm aqui as suas raízes, possam cá investir”, assumiu Paulo Marques.

O presidente da Câmara deste município do distrito de Viseu disse à Lusa que, atualmente, o concelho “já tem, há algum tempo, exemplos disso” e que se continua a “assistir ao regresso de casais mais jovens para investirem em Vila Nova de Paiva”.

“Inclusive já vendemos lotes na zona indus trial para o efeito e temos de continuar muito nesse trabalho e essa talvez seja a aposta mais importante para desenvolver o tecido econó mico e o concelho em si, com a fixação de mais pessoas”, defendeu.

Paulo Marques falava no final de um debate que promoveu no seu município com em presários locais e entidades como o Turismo Centro, a Associação Empresarial e Industrial de Viseu (AIRV) ou a Agência para a Compe titividade e Inovação (IAPMEI).

“Estarmos no interior do país é um desafio, é certo, mas pode ser um incentivo para quem queira coisas diferentes e para quem quiser apostar na diferença poder investir. Saímos com um espírito bastante otimista desta refle xão”, reconheceu.

O autarca adiantou ainda que outra das estra tégias para o seu município passa por “estar atento aos mercados, acima de tudo, e estar atento às movimentações que existem e ser o próprio município a vender o que tem”.

“Será difícil de competir com esta concorrên cia, mas, por outro lado, esta mos no coração da nossa região Centro, ou seja, muito do trânsito que vem do norte do distrito para a capital do distrito [Viseu] passa por aqui por Vila Nova de Paiva”, argumentou.

MEIO MILHAR DE ELEMENTOS DE INTERESSE ARQUEOLÓGICO E HISTÓRICO IDENTIFICADOS EM ARMAMAR

Meio milhar de elementos de inte resse arqueológico e histórico foram identificados no âmbito de um levantamento que está a ser feito no concelho de Arma mar para elaborar a Carta do Patri mónio Cultural, anunciou hoje a autarquia.

Desde março que a Câmara de Armamar está a trabalhar na Carta do Património

NAL

Cultural, que considera “um instrumen to fundamental para perceber a origem e as sucessivas ocupações humanas do território”.

Este trabalho “consiste no levantamento exaustivo e pormenorizado de todos os ele mentos patrimoniais, recorrendo a recolha e análise bibliográfica, documental e carto gráfica, prospeções sistemáticas e eventuais informações recolhidas junto das popula ções”, explica a autarquia, em comunicado.

Entre os elementos de interesse arqueológi co e histórico identificados no último meio ano, encontram-se um menir na freguesia de Fontelo, erguido provavelmente no V milénio antes de Cristo e que é considera do um dos mais altos da Península Ibérica.

Segundo a autarquia, foram também en contrados um “povoado fortificado lusita no-romano e dois raros ‘termini augusta les’, no território da união de freguesias de Arícera e Goujoim, testemunhos que reve lam informação importante sobre a organi zação daquele território na época romana”.

Sepulturas escavadas na rocha, “que consti tuem os mais importantes vestígios de po voamentos alto-medievais pré-paroquiais”, marcas cruciformes com datas, “gravadas em edifícios localizados nas partes mais antigas das povoações, testemunhando crenças e práticas religiosas”, e marcos de demarcação do Mosteiro de Salzedas, da Universidade de Coimbra e da zona vi nhateira do Alto Douro fazem igualmente parte da lista.

O projeto de levantamento do património histórico e cultural do concelho de Ar mamar, no distrito de Viseu, é financiado

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REGIO
pelo programa Norte 2020 e comparticipa do pelo Fundo Europeu de Desenvolvimen to Regional (FEDER).
“Estarmos no interior do país é um desafio, mas pode ser um incentivo para quem queira coisas diferentes”

TERMATA

TERMATALIA VOLTOU A REALIZAR COMO MAIOR FEIRA TERMAL DO MUNDO!

TERMAS CENTRO DE PORTUGAL “ROUBA” TERMAS DO LUSO A AVEIRO E DÁ A COIMBRA!

Numa simples brochura da “Termas Centro de Portugal”, na página 3, lêem-se as termas existentes nos respetivos distritos, onde aparece Aveiro com as termas da Curia e termas do Vale da Mó. Depois vem Coimbra que não tem qualquer estância termal no seu distrito, aparece com as termas da Luso, “rouban do-as” assim ao distrito de Aveiro, pois como todos sabem, Luso pertence ao distrito de Aveiro.

Como estas grandezas, aparecem no distrito de Coimbra, deixando aqueles que sabem de geografia, de boca aberta, como se dão estes enganos, acabando por ninguém ser culpado.

URUGUAI VAI

Indiscutivelmente, só Ourense sabe organizar a maior feira internacional de turismo termal, saúde e bem-es tar, tantos são os anos com esse estatuto. Naturalmente, este conceito de grandeza vem no segui mento de ano, atrás de ano, ao realizar-se esta feita, a 20ª feira, novamente com atividade intensa, para além das destacadas presenças de entidades oficiais de diversos países, que tinham como stands expositores cerca de centena e meia, de 25 países.Para além de afortunado evento, a Expourense levou a cabo ações profissionais, workshop de contratações turísticas das quais resulta ram bons negócios, entre os 25 operadores presentes e expositores da Termatalia 2022. Oficialmente, os atos tiveram início, com o vasto salão cheios de visitantes, com sessão de abertura, na qual estiveram na mesa individualidades da Galiza e de países da América do Sul, que o presidente diretor da Expourense e Diretor gerente da Termatalia, Rogelio Martinez, apresentou e saudou, em termos elogiosos, bem como os visitantes a quem, a todos deu as boas vindas, salientando o relevante serviço que Termatalia presta ao termalismo mundial, que ali são divulgados, como dando a conhecer novas tecnologias empregues nos tratamento na saúde e bem-estar.

Sabendo quanto é valido a divulgação do turismo termal e não só, na Feira Internacional Termatalia, a região de Tu rismo Porto e Norte, aposta forte na divulgação dos con celhos que estão na sua área; nem tanto, a região centro, ao fazer optar alguns dos concelhos do seu espaço a terem, por sua iniciativa, os próprios pavilhões de divulgação do que tem de melhor dentro do concelho.

O António Manuel que nos acompanhava, perante esta situação, das Termas do Luso serem incluídas no distrito de Coimbra, desabafava:

– Sou de Coimbra, mas reconheço que é cidade vive de velhas tradições, acabando nos últimos anos, por ser uma cidade “parasita”, ao viver do funcionalismo pú blico e dos hospitais. Depois agarra-se a grandezas que não tem; como dizer: Coimbra situa -se no coração de Portu gal, quando no muito instala-se mais no intestino grosso. Depois é quando se viaja de comboio, ao aproximar se de Coimbra, anuncia-se : “chegamos à estação Coimbra B”. Ora quando há apenas uma estação, na linha Lisboa -Porto, não poderá jamais haver nem a A, nem a B, onde quer que seja. Há chegada a Coimbra. A outra estação que classificam de Coimbra A, situa-se noutra linha de apenas pouco mais de 500 metros, junto ao rio Mondego, que somente dá despesa aos contribuintes e que se mantem em funcionamento para se dizer Coimbra A e Coimbra B, quando na verdade não tem qualquer outra estação nos limites do concelho, fazendo-se grandeza balofa que os políticos teimam em manter.

Coimbra precisa cair na realidade e deixe de viver da velha tradição.

Coimbra não tem as termas do Luso, pertencem a Aveiro.

Realisticamente, um dos pontos altos de Termatalia foi saber-se onde poderia ser realizada a feira inter nacional de turismo balnear, saúde e bem-estar na próxima edição de 2023, dado a forte concorrência para que seja um país da América do Sul, para se saber quem era o feliz contemplado para ser a sua sede organizativa.

Esse mistério, como já se previa, foi desvendado no decorrer da Termatalia 2022, junto ao pavilhão que Uruguai manteve para divulgação dos motivos turísticos do país.

Para tanto, o vice-ministro do Ministério do Tu rismo do Uruguai, Remo Monzelio, acompanho ao mais alto nível governamental, reuniu com os órgãos da Comunicação de vários países a fazerem a cobertura da Termatalia, para, com eloquência, fazer uma bem conseguida exposição do que o Uru guai tem de melhor para oferecer ao visitante, tida em conta para que haja o maior sucesso na realiza ção no seu país da Termatalia 2023.

De seguida deu a palavra às várias individualidades da mesa, em que Miguel Santa lices, presidente da Galiza, referiu o enorme potencial terapêutico que o termalis mo oferece à humanidade, lamentando que a Galiza ainda não tenha a Segurança Social a comparticipar nos pagamentos, como já acontece noutros países. Seguiu-se a visita aos pavilhões da 20ª edição da Termatalia 2022.

Concretamente, acrescentou: “Uruguai é um país que usufrua de enorme vantagem que lhe garantem à partida enorme conetividade em relação a outros na sua linha no setor da estrutura gastronómica e tecnológica, no imediato preço qualidade. Depois é sem dúvida, a diversidade da paisagem de verdadeiro encanto, ao garantir um concorrido e forte destino turístico pelos pacotes oferecidos na água, ou em terra, tudo feito ao gosto do turista, para que ali passe férias da maior qualidade/preço, sem contudo, a oferta termal que a engrandece e lhe dá maior conetividade por ter qualidade nas águas e no tamanho em toda a América do Sul”.

Remo Monzelio apresentou assim a candidatura do seu país para acolher, com a maior grandeza a próxima edição de Termatalia, recuperando a alter nativa de se realizar num ano em Ourense e, no ano seguinte, num país da América Latina.

Parabéns Uruguai, país vencedor!

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LIA
ORGANIZAR TERMATALIA 2023 MOSTRANDO AO MUNDO AS TERMAS DO PAÍS

MARTHA

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