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e estudante que frequenta o sistema de ensino a partir do pré-escolar (inclusive)”, acrescentando que estão excluídas destes números “as pessoas que trabalham em casa, as que não têm local de trabalho ou de estudo fixo ou habitual e aquelas que residem no alojamento, mas não vivem nele a maior parte do ano por motivos de saúde, estudo ou trabalho”.

O Governo destacou, no dia 23 de janeiro, a redução do desemprego registado nos centros de emprego em dezembro, adiantando que se trata do valor mais baixo, naquele mês, dos últimos 30 anos. No geral, o Ministério do Trabalho diz que 2022 foi o “melhor ano”, relativamente ao número de inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). “O número de desempregados inscritos no IEFP em dezembro (307.005 pessoas) foi o mais baixo, nesse mês, nos últimos 30 anos, uma diminuição de -11,8% (-40.954 pessoas) face a dezembro de 2021”, indica a tutela, em comunicado.

Carlos Marinho Professor Doutor PS

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A escola é o local privilegiado para se aprender. É neste espaço que se alavanca um país. O filósofo alemão Immanuel Kant referia que “o ser humano é aquilo que a educação faz dele.” A escola está a implodir, a sofrer. Os professores estão num processo imparável contra um retrocesso civilizacional sem precedentes, as injustiças acumulam-se, lutam contra uma desigualdade grosseira. O que querem afinal os professores? Dar boas aulas e serem remunerados de forma justa. E lhe seja restituído o que lhe foi retirado injustamente. O mestre não pode ganhar menos que o aluno. Um jovem juiz estagiário ganha mais que um professor no topo da carreira com 40 anos de serviço. Como é possível? Um professor é um líder, alguém que se dispõe a ensinar, a empurrar, a levantar, a erguer uma bandeira, uma sociedade, uma nação. Abraham Lincoln defendeu que “a maior habilidade de um líder é identificar aptidões e desenvolver competências extraordinárias em pessoas comuns”. Todos os dias nas nossas escolas nascem, crescem, agigantam-se milhares de alunos que após serem guiados pelos docentes, transformam-se, passam de liderados a líderes, por causa de um bom professor.

A partir de 2008, uns poucos decidiram destruir a escola, com muitos a assistirem e a fazerem de Pilatos. Resultado, em pleno ano de 2023, faltam professores nas escolas quando havia excesso. Quem vai ensinar? Quem quer abraçar a profissão? O caos instalou-se. Onde está esta gente que defendeu e caucionaram estas políticas? Napoleão Bonaparte disse “nunca interrompas o teu inimigo quando ele estiver a cometer um erro”. Neste caso, os professores têm de interromper, porque o que está em causa é o futuro.

Costumo dizer aos meus alunos, que é proibido faltarem às minhas aulas. Eles questionam-me: - mas professor, e se estivermos doentes? Eu respondo: - deixam de estar doentes na hora da minha aula, assistem à aula e, depois ficam muito doentes outra vez. Uma aula minha perdida é algo que nunca vão recuperar. Imaginem, o que o país está e vai sofrer com milhares de aulas que não são dadas todos os dias. Dezassete anos depois, para haver uma revolta com esta magnitude, a situação é crítica. Os professores finalmente disseram basta. A culpa é… do… p.s. Quando os PS – Professores Sofrem, a escola sofre. Devolvam aos professores o que é deles por mérito próprio, injetem confiança, alimentem o futuro. Sem professores não há futuro. Cada euro investido na escola e nos professores tem um retorno várias vezes mais no país. Poupem dinheiro. Invistam na escola. Nenhuma nação se constrói sem a escola, sem os professores. O economista inglês Sir Arthur Lewis disse “a Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido”.

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