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Serviço Social–SS

Serviço Social no Sistema Educativo – Uma nova realidade do AEFPO

Considera-se importante, aproveitar esta oportunidade, de participar no Jornal Escolar do 3.º período letivo do AEFPO, para partilhar com os leitores, algumas informações sobre o papel do Serviço Social nas Escolas, assim como, algumas das ações desenvolvidas, neste primeiro ano letivo completo, de intervenção de uma Assistente Social.

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O serviço social tem um papel primordial na equipa de profissionais especializados, promovendo um trabalho em equipa multidisciplinar, criando sinergias positivas, focando-se essencialmente na descoberta de soluções, assumindo um comprometimento transformacional com toda a comunidade escolar. A intervenção dos profissionais de serviço social evidenciou-se, recentemente, em meio escolar, trazendo um olhar diferente, atento aos pormenores, não só identificando as fragilidades, mas percecionando o apoio que cada um necessita, as potencialidades que têm ou que podem desenvolver para serem atores interventivos da sua própria história. A escola tem a responsabilidade de intervir em primeira linha, encontrando soluções para as situações referenciadas, devendo apenas sinalizar casos para outras entidades de intervenção em infância e juventude, após esgotar todos os seus recursos. O aluno é o centro do sistema educativo, sendo importante respeitar a sua pessoa, o seu EU, sem esquecer que somos seres iminentemente sociais, que nos integramos num espaço, quer na família, quer na escola, que interagimos uns com os outros e que precisamos criar laços afetivos.

A implementação do Serviço Social Escolar no AEFPO, pretende combater e superar fragilidades identificadas, ao nível da indisciplina, falta de assiduidade e exclusão social. A intervenção da Assistente Social, no ano letivo 2021/2022, junto dos alunos, centrou-se no apoio emocional, social, direto ou indireto, através da mobilização de recursos próprios ou comunitários, aconselhamento parental, orientando os alunos e famílias com vista à capacitação para a resolução de problemas, autonomização, acesso a Direitos Sociais, capacitação pessoal e escolar, promoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis, com vista à melhoria da qualidade de vida dos alunos e famílias, e do seu desenvolvimento e sucesso escolar. Também foi estabelecida articulação de proximidade com Entidades Externas e com toda a Comunidade Educativa com vista a uma intervenção multidisciplinar e consertada na descoberta de soluções aos problemas referenciados.

“Dar voz aos alunos”, foi um projeto criado pelo Serviço Social e dinamizado com a colaboração do Serviço de Psicologia, como forma de combate à indisciplina. Foram realizadas sessões semanais, dirigidas a alunos previamente selecionados. Neste espaço de partilha, os alunos tiveram oportunidade de apresentar a sua visão sobre a origem dos problemas de comportamento, assim como, as consequências. Foram transmitidas estratégias de regulação do comportamento e das emoções.

Em parceria com o Centro de Gestão de Conflitos (Gabinete do Aluno), foram organizadas sessões de sensibilização sobre o “Bullying” e “CyberbullYing”. Estas, foram dinamizadas em contexto de sala de aula, por Agentes da PSP – Escola Segura, tendo abrangido 9 turmas previamente identificadas. Esperase que através da parceria estabelecida com a PSP, seja possível no próximo ano letivo, dar continuidade a esta intervenção, que revelou ter uma ótima adesão, tanto por parte dos alunos, como dos professores.

Como forma de envolver e atrair os alunos, numa ação que os motivasse e lhes trouxesse alegria e bem-estar, criou- se a atividade “DJ no recreio”, em que, em alguns intervalos entre aulas, e com a colaboração dos Professores Tutores, os alunos se juntaram à Assistente Social, para ouvirem músicas, previamente escolhidas por eles. Esta ação uniu alunos de várias turmas e anos de escolaridade, em momentos de alegria e de dança.

Como resultados de implementação do Serviço Social no AEFPO, destacamse, a diminuição da indisciplina e do absentismo escolar, um maior envolvimento e empenho dos alunos na vida escolar. Um relacionamento de maior proximidade e cooperação entre famílias e escola, uma melhor e mais célere articulação com Entidades Externas, a satisfação dos alunos e das famílias face à intervenção, e uma maior partilha de experiências entre profissionais, Equipa Técnica, Pessoal Docente e Não Docente.

Mara Pestana, a Assistente Social

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