Jovem e bem-sucedido Um guia para a realização profissional e financeira
Juliano Niederauer
Novatec
© Novatec Editora Ltda. 2013. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. É proibida a reprodução desta obra, mesmo parcial, por qualquer processo, sem prévia autorização, por escrito, do autor e da Editora. Editor: Rubens Prates Capa: Juliano Niederauer / Carolina Kuwabata Revisão gramatical: Patrizia Zagni Editoração eletrônica: Carolina Kuwabata ISBN: 978-85-7522-364-2 Histórico de impressões: Junho/2013
Primeira edição
Novatec Editora Ltda. Rua Luís Antônio dos Santos 110 02460-000 – São Paulo, SP – Brasil Tel.: +55 11 2959-6529 Fax: +55 11 2950-8869 E-mail: novatec@novatec.com.br Site: www.novatec.com.br Twitter: twitter.com/novateceditora Facebook: facebook.com/novatec LinkedIn: linkedin.com/in/novatec
Dados
Internacionais de Catalogação na Publicação (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Niederauer, Juliano Jovem e bem-sucedido : um guia para a realização profissional e financeira / Juliano Niederauer. -- São Paulo : Novatec Editora, 2013. ISBN 978-85-7522-364-2 1. Carreira profissional - Desenvolvimento 2. Carreira profissional - Planejamento 3. Desenvolvimento pessoal 4. Finanças pessoais 5. Jovens - Trabalho 6. Negócios 7. Sucesso profissional I. Título.
13-05974
CDD-650.14 Índices para catálogo sistemático: 1. Jovens : Carreira profissional : Desenvolvimento : Administração 650.14 2. Jovens : Carreira profissional : Planejamento : Administração 650.14
MP20130604
(CIP)
Introdução
O que você considera necessário para se tornar uma pessoa bem-sucedida?
a) Ser rico. b) Ser um profissional conceituado. c) Fazer uma faculdade ou pós-graduação. As respostas podem ser as mais variadas possíveis. Dependendo do momento atual e do objetivo de vida de cada um, a realização profissional e a financeira poderiam vir por meio de uma combinação das alternativas apresentadas, ou até de alternativas que não constam anteriormente. Alguns poderiam dizer que somente a riqueza já lhes traria realização. Outros se sentiriam realizados apenas em ser bons profissionais, com seu trabalho sendo reconhecido pelo público, afinal há coisas que o dinheiro não pode comprar. Outros se considerariam satisfeitos ao realizarem o sonho de concluir a tão sonhada faculdade. Mas, certamente, a maioria das pessoas acrescentaria mais uma opção entre as respostas:
d) Todas as alternativas anteriores. Ou seja, elas gostariam de ter todos esses desejos satisfeitos ao mesmo tempo, para então se considerarem bem-sucedidas. Porém, sabemos que realizar todos eles não é uma tarefa fácil, e a maioria das pessoas não consegue tal êxito. Por mais que trabalhem arduamente, que se esforcem ao máximo, que se dediquem de corpo e alma, não conseguem atingir esses objetivos. Por que será? 12
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Diante dessa situação, começam a surgir diversas perguntas em nossa mente. Por que será que aqueles alunos exemplares, que só tiram notas altas na escola, muitas vezes não conseguem se destacar no mercado de trabalho? Por que será que existem pessoas com uma excelente formação acadêmica, graduadas e até pós-graduadas, que não conseguem arrumar um bom emprego ou estão desempregadas? Por que as pessoas normalmente não estão satisfeitas com seus salários e acham que merecem ganhar mais? Por que muitas pessoas se formam em uma área e vão trabalhar em outra completamente diferente? Será que a culpa é do mercado de trabalho? Analisando pelo lado financeiro, por que será que a maioria das pessoas não tem tanto dinheiro quanto gostaria de ter? Por que muitas pessoas bem empregadas vivem com dificuldades financeiras? Por que os ricos são minoria em nosso país? Por que os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres ficam cada vez mais pobres? Por que existem tantas pessoas de classe média que vivem endividadas e não conseguem acumular riqueza? Será por falta de sorte? Será por falta de oportunidades? Essas são algumas perguntas que não querem calar. Nossa realização profissional e financeira está profundamente relacionada com as respostas para essas e diversas outras perguntas que serão abordadas no decorrer deste livro.
Realizado: ser ou estar? Antes de nos aprofundarmos nos caminhos para a realização profissional e financeira, pense um pouco sobre o significado da palavra “realizar”. Se você consultar um dicionário, irá encontrar, entre outras, as seguintes definições:
Realizar 1. transformar em realidade (um plano, projeto etc.). 2. cumprir seu ideal ou meta de vida.
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Portanto, ao cumprir seu ideal, ou seja, ao atingir seus objetivos (exs.: ser rico, ser um bom profissional...), você já pode se considerar uma pessoa realizada. Mas até quando? Será que a realização é permanente? Obviamente não por duas razões:
1. Perdas: a qualquer momento, você pode perder aquilo que conquistou e que o tornou uma pessoa realizada. Por exemplo, imagine que conseguir um determinado cargo em uma empresa o deixaria realizado e você conseguiu isso! Dois meses depois, você foi demitido. Com certeza, sua realização foi momentânea. Imagine agora que seu sonho era se tornar uma pessoa rica e, finalmente, você conseguiu torná-lo realidade. Então, pretendendo aumentar seu patrimônio, você acaba depositando seu dinheiro em um investimento extremamente especulativo e, da noite para o dia, perde toda a riqueza. Adeus, realização! Portanto, as perdas podem transformar rapidamente realização em frustração. 2. Novos ideais: vivemos em um mundo totalmente dinâmico. A palavra “mudança” deve estar sempre presente no seu dicionário. Tudo na vida muda: o modo de pensar das pessoas, os relacionamentos, os costumes, a tecnologia e até seus objetivos, seus anseios e seus ideais. Isso quer dizer que ao atingir os objetivos que você definiu e usufruiu por um determinado tempo dessa realização, você pode perceber que não é feliz dessa forma. Por exemplo, alguém que definiu como objetivo de vida se tornar rico e conseguiu acumular riqueza pode se dar conta de que só o dinheiro não traz felicidade. Ou alguém que conseguiu ocupar o cargo almejado dentro de uma empresa e, depois de um tempo, já não se sentiu satisfeito nessa posição, passando a desejar um cargo de maior valorização. Nesse momento, essas pessoas devem definir novos ideais e lutar por eles, pois já não se sentem mais realizadas com a posição que ocupam.
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Essas duas razões bastam para que você tenha em mente que a realização não é permanente. Ela até pode durar um longo tempo. Se você for perseverante, ela poderá durar o restante da vida. Mas esteja preparado para a frustração, pois quando ela vier, você deverá levantar a cabeça, definir novos objetivos e lutar com todas as forças para atingi-los. Portanto, pode-se dizer que a realização é um estado de espírito. É coisa de momento, é estar feliz consigo mesmo por estar vivenciando uma determinada situação que tanto se almejou. A realização independe de idade, de classe, de gênero, de região ou de etnia. É claro que os motivos que levam uma criança a se tornar realizada são diferentes dos motivos dos adolescentes, que, por sua vez, são diferentes dos motivos dos adultos, assim como dos motivos dos idosos. Experimente perguntar para um jovem de 20 anos de idade: “O que o tornaria uma pessoa realizada?”. Ele poderia lhe responder da seguinte forma: “Vou me sentir realizado quando terminar minha faculdade e conseguir um emprego bacana, com um ótimo salário. Quero me tornar independente financeiramente, ter meu próprio dinheiro para comprar as coisas de que gosto, ir a festas, jantar em bons lugares e viajar bastante. Também sonho em comprar meu carro, assim não precisarei mais pedir emprestado o carro dos meus pais para sair com a namorada, para ir à praia ou simplesmente dar uma volta com os amigos”.
É uma resposta comum para boa parte dos jovens e não há nada de errado nela. Pelo contrário, essa resposta nos mostra que o jovem tem objetivos definidos e uma vontade muito grande de torná-los realidade. O desejo de se tornar independente que esse jovem demonstra fará com que ele corra atrás dos seus sonhos. E ao atingi-los, ele irá estufar o peito e dizer: “Eu mereço! Esforcei-me muito para conseguir chegar até aqui. Agora, sim, estou realizado!”. E realmente será uma grande vitória. Porém, vai chegar um momento em que esse jovem vai perceber que, para se manter realizado, não basta estar graduado, ter um emprego com um bom salário e um carro. Ele
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sentirá vontade de ter algo mais. Outros sonhos irão surgir e ele deverá definir novos objetivos. Felizmente, a vida é assim, pois onde há objetivos a serem atingidos, há desejo de realizá-los e, por consequência, nossa vida não se torna pacata, já que estaremos sempre lutando por um ideal. Uma pessoa sem objetivos tem tudo para ser infeliz. Se a pergunta “o que o tornaria uma pessoa realizada?” fosse feita para um adulto ou um idoso, provavelmente a resposta seria bem diferente daquela do jovem. Eles poderiam respondê-la da seguinte forma: “Vou me sentir realizado quando meus filhos estiverem formados, bem empregados e formarem suas próprias famílias. Então, ficarei satisfeito por ter dado a eles uma boa educação. Quando esse dia chegar, quero estar com muita saúde para poder aproveitar a vida com minha esposa, viajar bastante e usufruir do dinheiro que consegui acumular durante a vida”.
Veja que, dependendo da faixa etária, os motivos que tornam uma pessoa realizada são diferentes. Os seus desejos de amanhã não serão os mesmos de hoje. Por quê? Porque a realização não é permanente. Sua busca deve ser constante. Portanto, ao atingir seus objetivos, nunca diga: “Eu sou realizado”, mas sim: “Eu estou realizado”.
O objetivo deste livro Afinal, qual é o objetivo deste livro? Se a realização é passageira, o que estamos buscando? Por que devo conhecer os caminhos para a realização se ela vai durar pouco tempo? Veja bem: ninguém disse que ela vai durar pouco tempo. Foi dito apenas que a realização não é permanente, visto que a qualquer momento você pode perdê-la. Isso quer dizer que chegar à realização é uma tarefa difícil, mas mantê-la também é uma tarefa bastante árdua. Se você conseguir tal feito, será uma pessoa realizada por um longo tempo, talvez até pelo restante da vida. Este livro procura mostrar a você os caminhos para conquistar e manter sua realização, levando em consideração as perspectivas estudantis, profissionais e financeiras.
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O objetivo é fazer com que você se sinta realizado durante a maior parte da vida, e não que você tenha que trabalhar duro uma vida inteira, para se sentir realizado apenas quando tiver uma idade mais avançada. A hora é agora! É claro que a realização não se constrói da noite para o dia. Porém, quanto mais cedo você começar a buscá-la, mais cedo irá consegui-la e, por muito mais tempo, poderá mantê-la. É exatamente por isso que o livro aborda o assunto a partir da perspectiva do jovem, pois a realização futura está intimamente ligada ao que o jovem está fazendo no presente. É indiscutível que as nossas ações de hoje refletirão no amanhã. Esse processo tem um nome: chama-se planejamento. O jovem que conseguir planejar a sua vida de forma adequada irá se sentir realizado em muito pouco tempo, podendo se manter dessa forma no decorrer dos anos e aumentar infinitamente as chances de estar realizado quando tiver uma idade mais avançada. Alguém poderá dizer: “Já tenho 60 anos de idade e ainda não me sinto uma pessoa realizada. Será que um dia vou chegar lá? Ou devo perder as esperanças?”. Conforme foi dito no tópico anterior, a realização independe da idade. Nunca é tarde para buscá-la. O problema é que essa pessoa com 60 anos de idade, seja por falta de planejamento, seja por falta de oportunidades, pode ter passado a maior parte da vida infeliz. Mas isso não a impede de se organizar, a partir de agora, para atingir e usufruir a realização, mesmo que seja por um período de tempo menor. Portanto, inicie a sua busca desde já! Leia cada parte deste livro com muita atenção e comece não só a construir o seu futuro, mas principalmente a melhorar o seu presente. A vida é repleta de coisas boas para serem desfrutadas agora. Nós nascemos para viver felizes, e não para nos esforçar a vida toda para, quem sabe um dia, ser felizes.
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O triângulo do bem-sucedido Afinal, o que é preciso para se tornar uma pessoa realizada no lado profissional e financeiro? É simples: basta preencher o triângulo da pessoa bem-sucedida apresentado na figura 1. Cada uma das três partes na qual ele é dividido representa um aspecto que gira em torno do sucesso almejado.
Figura 1 – Triângulo a ser preenchido.
O triângulo mostra que o nível de realização é determinado pela nossa relação com os estudos, o trabalho e o dinheiro. Para se tornar uma pessoa bem-sucedida, você precisa analisar esses três aspectos e verificar se está agindo de forma correta em cada um deles. Este livro irá guiá-lo nesse sentido, ou seja, irá orientá-lo no processo de aperfeiçoamento de cada um dos aspectos que impactam sobre a sua realização profissional e financeira. Iremos utilizar a seguinte regra: quando uma parte do triângulo aparecer preenchida, indicaremos que a pessoa é realizada nesse aspecto. Então, qual seria o triângulo ideal para representar uma pessoa bem-sucedida? Ele é apresentado na figura 2. Veja que todas as partes estão preenchidas, o que indica a realização dos três aspectos que consideramos fundamentais. Qualquer um desejaria ter um triângulo desse tipo, mas muitas pessoas não conseguem tal êxito. Isso não quer dizer que você não possa atingir
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a realização se não preencher todas as três partes. Porém, nesse caso, você teria apenas uma realização parcial.
Figura 2 – Triângulo de uma pessoa bem-sucedida.
Talvez você possa se perguntar: “Não é pretensão demais de nossa parte querer ser feliz em todos esses aspectos? Não estaremos sendo gananciosos?”. Com certeza não. Na vida, todos nós temos a missão de buscar a felicidade, a realização. Por que seria ganancioso sentir vontade de estudar e de ser um profissional bem-sucedido? Por que seria ganancioso desejar estar livre dos problemas financeiros que são tão comuns em nosso cotidiano? Todos nós temos esses desejos e não há nada de errado em tê-los. Isso não se chama “ganância”. Talvez a palavra mais adequada seja “ambição”. Se você procurar no dicionário o significado da palavra “ganância”, encontrará, entre outras, a seguinte definição: Ganância: ambição exacerbada.
Ou seja, ganância é uma forma exagerada de ambição. Ambição todo ser humano deve ter. Ela consiste em um forte desejo, um anseio veemente de alcançar determinado objetivo. Quem não a tem, nunca chegará a lugar algum, pois é ela que nos motiva a lutar por nossos ideais. Portanto, se você pretende ser uma pessoa realizada, seja ambicioso, mas não ganancioso. Uma pessoa ambiciosa tem tudo para preencher o seu triângulo, ao contrário de uma pessoa gananciosa.
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Como você encara os estudos? Você é daqueles que encara os estudos como um processo composto de Ensino Fundamental (1o grau), Ensino Médio (2o grau), Ensino Superior (3o grau) e Pós-graduação? Acha que quem tiver um bom desempenho nessas quatro etapas, certamente será um profissional bem-sucedido? Se você pensa dessa forma, então chegou o momento de começar a rever seus conceitos. Se o estudo fosse apenas isso, os melhores alunos da classe, aqueles que obtêm as melhores notas, sempre se tornariam profissionais de destaque no mercado. Contudo, a realidade nos mostra que grande parte desses alunos não consegue obter sucesso profissional, enquanto muitos alunos medianos, que nunca foram exemplares em termos de desempenho escolar, tornam-se extremamente bem-sucedidos em suas profissões. Além disso, como explicaríamos a existência de tantas pessoas graduadas e pós-graduadas insatisfeitas e com dificuldades de conseguir um bom trabalho? Se elas tiveram uma boa formação, estudaram e se especializaram durante anos, o que está faltando para que se realizem profissionalmente? Será que ainda falta algum tipo de qualificação para torná-las bem-sucedidas? Quem seriam os responsáveis por fornecer essa qualificação? O fato é que os estudantes poderiam ser muito mais bem preparados não só para o mercado de trabalho, mas principalmente para os obstáculos que irão encontrar na vida. Todos nós temos um árduo caminho a percorrer até atingirmos a realização. Infelizmente, existem lições importantes que não são ensinadas na escola nem na faculdade. São lacunas que, lamentavelmente, existem no sistema de ensino. Isso não quer dizer que o sistema de ensino atual seja ruim, mas é inegável que se encontra defasado. E o que devemos fazer para preencher as lacunas existentes nesse sistema? A resposta é: devemos estudar! O fato é que a maioria das pessoas tem um conceito errado sobre o real significado de “estudar”. Na primeira parte deste livro, iremos nos aprofundar nesse assunto.
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Você considera seu emprego importante? Essa pode parecer uma pergunta cuja resposta é óbvia. É verdade que há pessoas sustentadas pelos pais ou por outros parentes que poderão dizer: “Não acho importante ter um emprego, pois meus pais têm recursos suficientes para me sustentar por muito tempo. Estou satisfeito com meu estilo de vida atual e não pretendo mudá-lo tão cedo”, ou seja, são pessoas que estão em uma situação bastante cômoda e não veem motivos para alterá-la. Agora, se você fizer a mesma pergunta para uma pessoa independente ou que está buscando a independência, provavelmente ela deverá lhe responder: “É claro que considero meu emprego importante! Afinal, se não trabalhar, não ganharei dinheiro. Sem dinheiro, não poderei pagar as contas e muito menos garantir minha alimentação, comprar roupas e usufruir dos programas de lazer de que mais gosto”. Essa seria uma resposta bastante comum e, em parte, está correta. Mas por que “em parte”? O que há de errado nela? No decorrer deste livro, você descobrirá como essa resposta pode ser melhorada. Agora, pense apenas na seguinte pergunta: “É possível ganhar dinheiro sem ter um emprego?”.
Trata-se de uma pergunta interessante e não precisamos pensar muito para perceber que a resposta é sim. Talvez você esteja pensando: “Ah, para ganhar dinheiro sem ter um emprego, só se eu for o dono de uma empresa!”. Se você pensou dessa forma, saiba que esse é um caminho bastante promissor, mas não é o único. Não é necessário ser dono de uma empresa para ganhar dinheiro, mas sim dono dos seus negócios. Veja bem, ninguém está dizendo que seu emprego não é importante. Muito pelo contrário, seu emprego pode ser fundamental, mas isso não significa que você precisa depender exclusivamente dele para se sustentar. Como veremos mais adiante, é péssimo depender apenas de um emprego. Pense agora sobre a seguinte pergunta:
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Jovem e Bem-sucedido “É possível trabalhar sem ter um emprego?”.
Também percebemos facilmente que a resposta é sim. Se não é necessário ter um emprego para ganhar dinheiro, parece óbvio que não precisamos ter um emprego para trabalhar. Você tem ideia de quantas pessoas nesse país trabalham sem ter um emprego? Com certeza são milhões. Agora, vamos um pouco mais além: você sabe quantas pessoas estão empregadas e mesmo assim realizam algum tipo de trabalho fora do emprego? Imagine que maravilha seria se seu emprego fosse apenas uma de suas fontes de renda. Já pensou nisso alguma vez? Talvez nunca tenha pensado, mas posso imaginar o que você está pensando nesse momento: “O que? Trabalhar fora do emprego? É praticamente impossível! Meu emprego toma todo meu tempo, chego em casa exausto e não tenho força para fazer mais nada!”. Pensar dessa forma não é um bom começo. Primeiramente, porque usar a palavra “impossível” já é meio caminho andado para não se atingir um objetivo. Vá com calma e não seja tão radical. É perfeitamente possível realizar algum tipo de trabalho, mesmo estando empregado, e ainda dispor de muito tempo livre. É claro que, para cada objetivo que almejamos em nossa vida, precisamos pagar um determinado preço para atingi-lo. Você precisa estar disposto a pagar esse preço, caso contrário irá sempre depender de um emprego. Aliás, se todas as pessoas encarassem o emprego como apenas uma das diversas fontes de renda possíveis, haveria pouca gente passando por dificuldades financeiras. A segunda parte deste livro irá ajudá-lo nesse sentido, mostrando como se tornar um profissional moderno, aumentando não só suas receitas, mas também sua satisfação em trabalhar.
Gostaria de ter bastante dinheiro? Essa é outra pergunta cuja resposta parece ser óbvia. A maioria das pessoas responderia sim. Afinal, queiramos ou não, o dinheiro move o mundo. Ele afeta as emoções e os interesses de todos nós. É claro
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que existem pessoas que não são muito apegadas ao dinheiro, mas é inegável que precisam dele, pelo menos para suprir suas necessidades básicas. Outros são totalmente fanáticos por dinheiro, colocando-o em primeiro lugar em sua lista de desejos. Certa vez, um escritor americano disse a seguinte frase: “Dinheiro não tem a mínima importância desde que a gente tenha muito”.
E muita gente concorda com esse escritor, ou seja, são pessoas que acreditam profundamente que o dinheiro traz felicidade. Você está entre elas? Mais adiante, perceberá mais claramente se o dinheiro traz ou não felicidade. No momento, o importante é saber que ele ajudará muito na busca pela sua realização. Ter problemas financeiros é algo muito triste na vida de qualquer um. É notório o abatimento de uma pessoa que não tem dinheiro. É um sentimento tão evidente, que podemos observá-lo pelo desânimo na expressão facial e a voz esmorecida. Como é frustrante não poder comprar uma roupa nova, um novo par de sapatos, um presente de aniversário para um amigo ou não poder ir ao cinema, a uma festa, ao jogo do seu time por falta de dinheiro. Há casos piores, como o das pessoas que têm dificuldade em ter uma alimentação decente ou honrar o aluguel do imóvel onde moram. O fato é que a maioria das pessoas gostaria de ter bastante dinheiro, o que, a princípio, resolveria todos os seus problemas. Então, voltamos à pergunta: “Por que elas não têm tanto dinheiro quanto gostariam de ter?”. A verdade é que todos querem ter muito dinheiro, mas poucos estão dispostos a pagar o preço necessário para consegui-lo. Por quê? Com a instabilidade econômica em nosso país, as pessoas sequer pensam em ganhar bastante dinheiro, pois têm algo mais importante com que se preocupar: elas precisam sobreviver! Para sobreviver, precisam de pelo menos uma fonte de renda que cubra as suas despesas básicas. Posteriormente, poderão começar a passar do nível da necessidade para o do desejo.
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Talvez você esteja pensando: “E as pessoas de classe média? Elas têm todas suas necessidades básicas atendidas, mas mesmo assim não têm bastante dinheiro e frequentemente estão com dificuldades financeiras!”. Correto. Aí surge outro problema, agora característico da classe média: trata-se de uma deficiência na administração de suas finanças pessoais. Essas pessoas não direcionam seus ganhos de forma adequada, a fim de acumular riqueza. Elas estão sempre vivendo no limite, mantendo, no máximo, algumas economias para situações de emergência. Se você se encontra nessa situação, no decorrer deste livro serão apresentadas muitas dicas sobre administração de finanças pessoais, que o ajudarão a mudar sua vida financeira. Porém, independentemente de sua situação atual, o objetivo é fazer com que você conheça em detalhes o dinheiro, mostrando que nós escolhemos a cada dia se queremos ser pobres, ricos ou de classe média. Ninguém fica rico por sorte ou por acaso, exceto se ganhar na loteria, casar com uma pessoa rica ou herdar uma fortuna. Caso contrário, enriquecer só é possível mediante muito planejamento e disciplina. Devemos alocar nosso tempo, energia e dinheiro de forma adequada a fim de gerar riqueza. Talvez você esteja pensando: “Ih, com o salário que ganho, jamais ficarei rico. Precisaria ganhar pelo menos o triplo para começar a sonhar com isso!”. Analisando essas duas frases, podemos dizer que a primeira faz sentido, mas há um erro na segunda. Não sei qual é seu salário, mas, independentemente disso, suas chances de enriquecer por meio dele são mínimas. Salário não o fará enriquecer, apenas lhe proporcionará os recursos que, se forem bem alocados, possibilitarão a acumulação de riqueza. É exatamente por isso que a segunda frase não é verdadeira. Talvez seu problema não seja “ganhar pouco”, mas sim não saber direcionar seus ganhos. Nesse caso, não importa se o seu salário é alto ou baixo, pois ganhar mais dinheiro não resolverá seu problema. É claro que ter um salário maior poderá ajudar bastante e acelerar seu processo de enriquecimento, mas você pode tranquilamente chegar lá ganhando menos.
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Na terceira parte deste livro, esse assunto será abordado com detalhes, assim como diversas outras questões envolvendo dinheiro. Por enquanto, vamos tentar responder a mais uma pergunta intrigante. No tópico anterior, você se deparou com as seguintes indagações: “É possível ganhar dinheiro sem ter um emprego?”. “É possível trabalhar sem ter um emprego?” Facilmente percebemos que, para ambas, a resposta era sim. Agora, vamos responder a uma pergunta mais difícil: “É possível ganhar dinheiro sem trabalhar?”.
Não vale dizer: “Claro, é só ganhar na loteria!”. Responda excluindo todas as alternativas de ganho por sorte, como bingos, loterias ou qualquer jogo de azar. Imagine que a resposta é sim! Para os mais avessos ao trabalho, essa possibilidade seria encarada como uma salvação: “Ganhar sem trabalhar? Ensine-me logo como fazer isso! É tudo com que sempre sonhei na vida!”. Os que gostam de trabalhar já pensariam de outra forma: “Oba, mais uma fonte de renda!”. A boa notícia é que realmente a resposta é sim, ou seja, podemos ganhar muito dinheiro sem trabalhar. Isso não quer dizer que precisamos largar o trabalho, até porque muitos o fazem por prazer. O fato é que quando você não depender mais do trabalho para se sustentar pelo restante da vida, poderá então se considerar aposentado! Nesse momento, poderá optar se, em uma manhã fria e chuvosa de segunda-feira, prefere se levantar para trabalhar ou ficar deitado, descansando ou assistindo a um programa de culinária na televisão. Você será independente, fará apenas o que tiver vontade. As 24 horas do dia serão suas para fazer apenas as coisas que lhe dão prazer. Essa ideia lhe parece interessante? Então, prepare-se para começar a busca por sua independência financeira, pois quanto antes você começar, mais jovem irá se tornar “aposentado”.
O paralelo entre trabalho e vida pessoal Nos tópicos anteriores, vimos alguns comentários sobre estudos, trabalho e dinheiro, mas a vida não é só isso. Afinal, por que estudamos,
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trabalhamos e ganhamos dinheiro? Fazemos isso para ter uma boa vida fora desse ambiente, para ter cultura, educação e poder desfrutar de bons momentos com as pessoas que amamos. Enfim, estamos buscando qualidade de vida. É claro que o trabalho faz parte da vida, mas muita gente faz do trabalho a própria vida, não dedicando tempo para outras atividades muito mais importantes. Esse tipo de pessoa, viciada por trabalho, é chamada pelos americanos de workaholic. Existem dois motivos que podem levá-las a agir dessa forma: ou elas têm uma forte obsessão por dinheiro, ou amam muito o que fazem (nesses casos, alguns preferem chamá-las de worklover, ou seja, amante do trabalho). É indiscutível que amar nosso trabalho é o primeiro passo para obter sucesso profissional. Quem ama o que faz trabalha por prazer e apresenta um rendimento muito mais satisfatório. Porém, não podemos deixar o trabalho nos tomar um tempo precioso que deveria ser dedicado à vida pessoal. Alguns poderão defender-se do ponto de vista financeiro: “Trabalho muito porque quero ganhar muito. O dinheiro é o que me interessa no momento!”. Mas será que essas pessoas não poderiam trabalhar menos e ganhar mais dinheiro? Às vezes, ficam tão viciadas no trabalho, que não percebem diversas outras oportunidades de ganhos que existem. Pode parecer paradoxal, mas a verdade é que elas trabalham tanto, que não lhes sobra tempo para ganhar dinheiro. Se você não é um workaholic, ótimo. Caso contrário, é importante começar a perceber que trabalhar é bom, mas é importante estabelecer um limite. O dia tem 24 horas, e nossa realização está profundamente relacionada com o modo que distribuímos nosso tempo nesse período. Uma boa alocação de tempo irá tornar mais prazeroso cada dia de nossa vida. Suas chances de se tornar uma pessoa realizada não serão maiores se você trabalhar 14, 16 ou 18 horas por dia. Pelo contrário, esse estilo de vida não é nem um pouco saudável. Portanto, tente não confundir vida profissional com pessoal. Quando dizemos “pessoal”, essa palavra tem um significado muito amplo. O “pessoal” envolve vários aspectos, como o social, o físico e o emocional. Você não tem só uma mente, mas tem também um corpo,
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sentimentos e, principalmente, pessoas a seu redor. É claro que há uma relação entre sua vida pessoal e a profissional, mas é importante saber que elas são distintas. Para se tornar realizado, você precisa ter as duas separadamente, e não uni-las em uma só. Uma vida pessoal harmoniosa contribuirá significativamente na evolução dos outros aspectos da sua realização. Porém, não é fácil mantê-la em equilíbrio, pois é feita de altos e baixos. O mundo em que vivemos é extremamente dinâmico e o ser humano vive em processo de mudança. Para não sofrer com essas mudanças, é preciso aprender a encará-las com naturalidade, começando, assim, a construir uma barreira para não misturar esses dois aspectos distintos da vida.
A sinergia no triângulo Podemos notar que existe uma sinergia entre os aspectos que giram em torno de uma pessoa bem-sucedida. Cada um deles produz um certo tipo de impacto sobre o outro. Essa sinergia pode ser visualizada na figura 3:
Figura 3 – Sinergia no triângulo.
Perceba que os estudos são a base do triângulo, ou seja, é o que dá suporte à geração de trabalho e dinheiro. Aonde pode chegar uma pessoa sem estudos? Se não estudar, você até poderá trabalhar, mas nesse caso dificilmente terá um futuro promissor, pois faltará a base que poderá lhe impulsionar profissional e financeiramente.
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Ganhar dinheiro sem estudar também é difícil, a não ser que você ganhe na loteria, case com uma pessoa rica, herde uma fortuna ou receba altas mesadas do seu pai milionário. Alguns dirão: “Se eu for um artista ou jogador de futebol famoso, ganharei uma fortuna sem estudar!”. E quem disse que artistas e jogadores não estudam o essencial para sua profissão? Não adianta a pessoa ter um dom se não houver preparação, prática, treino e aperfeiçoamento constantemente dele, o que requer muita dedicação. Muitos atletas dedicam-se a ler ou estudar algum assunto extra em suas horas vagas, em momentos de concentração e viagens. Fazem isso porque sabem que, apesar de lucrativa, a carreira de atleta é curta e precisam estar preparados para dedicar-se a uma outra atividade quando se aposentarem. O estudo, que forma a base do triângulo, está intimamente ligado ao trabalho, que forma a segunda parte do triângulo. Afinal, o trabalho terá papel fundamental para fazê-lo crescer na vida, tornando-o mais qualificado, respeitado, valorizado e muito mais bem preparado para enfrentar as dificuldades que fazem parte do caminho para a realização. Se, por um lado, os estudos lhe permitem adquirir conhecimentos e desenvolver habilidades, por outro, o trabalho lhe permite aplicar esse potencial a fim de obter sucesso profissional e, consequentemente, ganhar o dinheiro necessário para atingir seus objetivos de vida. Logo, a perfeita combinação entre estudos e trabalho influenciará diretamente sua realização financeira, ou seja, irá ajudá-lo a preencher a terceira parte de nosso triângulo: o dinheiro. Quanto ao dinheiro, é importante que você o veja não como um fim, mas sim como um meio, ou seja, algo que serve para alcançar um fim. Isso significa que seu objetivo de vida não deve ser o dinheiro, mas sim sua realização, sua felicidade. O dinheiro nada mais é do que um instrumento que irá lhe permitir desfrutar de diversos prazeres da vida e viver bons momentos com as pessoas que ama, proporcionando, assim, um pouco mais de qualidade de vida. Na terceira parte deste livro, você irá entender a verdadeira importância do dinheiro, assim como a polêmica relação entre dinheiro e felicidade.
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Neste instante, o que você precisa saber é que para ser bem-sucedido financeiramente, precisará fazer com que o dinheiro trabalhe a seu favor. Como veremos mais adiante, aí está o grande segredo para não depender apenas de um salário. Seu bom desempenho nesse aspecto irá lhe garantir a total independência financeira e uma agradável aposentadoria precoce. Observe que o triângulo da figura 3 contém setas que ligam suas três partes. Essas setas servem para destacar que há um forte impacto entre cada parte do triângulo. Ao ver uma seta de mão dupla entre os estudos e o trabalho, podemos interpretar que os estudos possibilitam que a pessoa trabalhe, assim como o trabalho requer que a pessoa estude constantemente para estar sempre evoluindo. A seta de mão dupla entre os estudos e o dinheiro indica que o dinheiro adquirido pode ser reaplicado em estudos, assim como os estudos podem gerar mais dinheiro de forma direta (sem trabalhar, como veremos mais adiante). Por fim, a seta que liga o trabalho ao dinheiro indica que se você trabalhar, ganhará dinheiro, o que pode ser considerado apenas uma das fontes de renda que você é capaz de obter. Agora que você já conhece as três partes do triângulo, precisa ter em mente que todas elas serão igualmente importantes na sua evolução. O objetivo deste livro é ajudar a torná-lo uma pessoa plenamente realizada dos pontos de vista profissional e financeiro. Para isso, você precisa ter um bom desempenho nas três partes, empenhando-se constantemente em cada uma delas. É claro que elas surgem de forma cronológica em nossa vida: quando você ingressa na escola, possui apenas a parte 1, mais adiante passa a ter também a parte 2 e, consequentemente, começa a atuar na parte 3. Porém, no momento em que você estiver atuando nas três, a busca da realização se tornará constante em todos elas. Se você construir uma base forte (estudos), obterá os conhecimentos necessários para seguir o caminho do crescimento profissional (trabalho), assim como recursos (dinheiro) para melhorar sua qualidade de vida e torná-lo uma pessoa bem-sucedida.