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Teens

Teenagers are the most misunderstood group of people in the world. They are entering a different moment of life (adolescence) and most of them don’t know how to deal with it, so they end up doing things without thinking. It’s complicated.

In my opinion, adolescence it’s really hard to go through. We suffer pressure from our parents and school to have good marks. Everyone thinks we are already old enough to handle that, but we aren’t. Teenagers can have a lot of problems and struggles, but they force themselves to pretend everything is okay and perfectly fine when it’s not true. In the end of everything we just want some time for ourselves to think about everything that it’s happening.

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When I think I can’t handle this pressure anymore, I try to take a break and do my favourite things. I love dancing, singing, reading, solving puzzles, cooking, etc. When I’m really tired and I don’t have energy to do anything, I just listen to music or stay on my phone. I think it's what most teenagers do when they want to have a break from everything. Music is an escape from our world. I prefer to listen to Kpop, but most teenagers prefer pop music and singers like Ariana Grande, Taylor Swift, The Wendland Del Rey, Harry Styles, etc. Lots of teenagers also like to buy new things for themselves, mostly clothes. Jeans, oversized tshirts, sweaters, sneakers and cardigans are the most used items among teenagers. They love looking cool. However, some of them also love books. Mystery, romance and fantasy are some of the most loved book genres. My favourite is romance. It doesn’t need to have a happy ending, but the story of the love between two beings is magical. Anyway, we just want a break from everything. We just want to breathe without any worries and be happy, even if it’s just for one day. We want to be free and relaxed without studying 24/7, dealing with toxic friends and relationships, without the school pressure and the pressure our parents put on us, without having the urge to be perfect just to please others. We just want help from someone who is there for us when we need it (help). We don’t think we are the best or better than anyone else, we are just going through so many changes that we don’t know how to deal with them.

Maria Isabel Carvalho, 8B

A memória raras vezes me falha. Uma das mais antigas (confirmada pela minha mãe) é de, na escola primária, dizer-lhe, constantemente, que queria visitar a minha educadora de infância, a Professora Celeste. Ainda tenho a cara dela a sorrir, de braços abertos, guardada na minha memória de forma perfeita, como se o tempo tivesse parado apenas para que aquela lembrança permanecesse para sempre.

No segundo ciclo, a minha professora de Português fez-me apaixonar pela língua portuguesa. Dizia-me muitas vezes que eu tinha “jeito para a coisa” e quando respondia acertadamente, a validação dela fazia-me sentir que podia ser capaz de grandes feitos. Depois, veio a Professora de Francês do terceiro ciclo. A segunda língua que aprendi e as aulas que me faziam sonhar com o mundo. A cultura que aquela senhora tinha dentro dela não dá para quantificar. E eu sentia uma admiração enorme! Ela não se contentavaela queria e exigia mais de nós. Não estava ali apenas para ensinar francês. A mim, não me ensinou apenas francês. Ensinou-me a querer ver o mundo, a ter curiosidade por saber e ser mais, a ser mais exigente comigo mesma para me superar em cada desafio.

A professora de geografia apareceu numa época de maior maturidade e com sonhos já mais ambiciosos e construídos. Também ela ajudou a edificá -los. Uma Professora que me permitiu conhecer o está para a terra). Foi alguém que me fez sentir, mais uma vez, capaz de tudo. Inspirou-me muito. Era uma professora fora de série - e mais para a frente do que a maioria.

Ficaria aqui todo o dia. A Professora de português do ensino secundário que nos ensinava português e nos apaixonava também pelo ténis, o Professor de história - a única pessoa que me fez gostar de aulas de história, a Professora de inglês - sempre tive tendência para gostar dos professores exigentes, aqueles a quem a maioria torce o nariz! Gostava de sentir a exigência a puxar por mim e gostava, admito, dos resultados que com isso obtinha. Podia falar de tantos… Tive dezenas de professores diferentes ao longo dos 12 anos de escolaridade obrigatória! Tive dezenas de personalidades com quem passei horas fechada numa sala de aula, com o resto da turma, ou em visitas de estudo, debates ou conferências.

Um país que não valoriza os professores não valoriza as suas pessoas. Sou quem sou porque fui tendo vários professores na família. Nem sequer sei tudo o que esta luta exige. Por certo, não concordarei com tudo nem com todos. Não falo sobre isso, porque aprendi a ficar calada quando não sei o suficiente sobre o assunto. Também não sou mãe, não tenho filhos na escola. Mas sei que a escola molda cada um de nós. Que as pessoas a quem autorizamos ensinar todas as nossas crianças e jovens são, também elas, humanas. Num mundo que começa a ser inundado por tecnologia, substituição de seres humanos por máquinas e onde as ciências são, muitas vezes, vistas como superiores às línguas e às humanidades, há coisas que são insubstituíveis. A educação é uma delas. Os professores moldam pessoas. Moldam comportamentos, pensamentos, sonhos e ambições. E são essenciais nesta sociedade que vai lutando pelo melhor, com o melhor que sabe, através do melhor que tem. Sorte a nossa que podemos reclamar, fazer greve e exigir direi- tos. Sorte a nossa que podemos lutar por um futuro melhor.

Médicos, lixeiros, auxiliares, polícias… todas as profissões têm a sua nobreza. E os professores, tal como estes, são do caraças. E eu, que desta greve sei pouco, nem penso apenas neles. Na realidade, não acho que isto seja sobre estes professores. Tal como momentos anteriores não foram, nunca, sobre outros professores.

Se olharmos ao estado atual de tudo, veremos que isto é, sobretudo, sobre os alunos, os jovens, as crianças. Sobre o nosso futuro. Não há futuro sem educação. Que bom que podemos lutar por ela. Não nos esqueçamos de o fazer. Não há futuro sem educação.

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