impressรฃo grรกfica #arte {design /publicidade
#02 JUL2014
Tipotil
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Juntos, explorando o melhor em qualidade É com grande satisfação que trazemos a segunda edição da Printer. Uma revista que se faz através da união de ideias com a finalidade de explorar a qualidade em sua máxima e, assim, oferecer ao mercado um portfolio diferenciado, com conteúdo qualificado e, ao mesmo tempo, que sirva como fonte de informação e inspiração a você, nosso leitor. Por isso, a cada edição buscamos inovar e aprimorar. E, para esta apresentamos, mais uma vez, um projeto gráfico especial aliado a entrevistas com expressivos nomes nacionais e internacionais da fotografia, design, moda e muito mais, além de curiosidades dentro desde universo repleto de criatividade. Mas, todo este trabalho só é possível ser realizado graças aos profissionais da indústria Tipotil, que, por meio de sua filosofia sólida, competente e ágil, imprime há mais de 50 anos as ideias e informações daqueles que vivem da criatividade em prol de uma comunicação eficaz. Hoje, nossa capacidade de impressão ultrapassa 250 toneladas/mês de papel em um parque gráfico com 4.500 m2, e devido a esta nossa estrutura, nada seria mais justo do que somar força junto a essa galera produtiva, utilizando nossa matéria-prima para evidenciá-los em um mercado repleto de inovações. Aproveitamos também a oportunidade para agradecer a confiança de nossos clientes, colaboradores, parceiros e fornecedores, e, consequentemente, reafirmar o compromisso de excelência que temos com cada um. Obrigada! Boa leitura! Rúbia Luisa Germer Pellin e Rui Eduardo Germer Diretora Comercial e Diretor Industrial
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Expediente
Tipotil
Conselho Editorial Diretoria Tipotil
Jornalista Responsável Elizabeth Gonzaga (MTB/PR 4631)
Redação Elizabeth Gonzaga, Sabrina Schloegl e Sergio Ulber
Gráfica Tipotil Indústria Gráfica Rua Fritz Lorenz, 1.114 | Bairro Industrial | Timbó | SC www.tipotil.com.br
Presidente Adolfo Germer
Diretor Industrial Rui Eduardo Germer
Diretora Comercial Rúbia Luisa Germer Pellin
Gerente Industrial Adolar Piske
PCP Edson Girardi
Supervisora de Pré-Impressão Dinara Raquel Butzke
Comentários, sugestões, críticas ou dúvidas? printer@tipotil.com.br
Capa Araquém Alcântara
Projeto Gráfico
EDITORA & PROJETOS CULTURAIS
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Índice
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Originais
Expansão
A expansão do universo Pantone®
Tech Tour
Criação
3D
Lorem Ipsum, a língua do design gráfico
Infográficos, um quebra-cabeça de três dimensões
Paper Toy
Fotografia
A brincadeira de papel
Araquém Alcântara
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O papel do Brasil
Profissão Arte Entrevista com Carlo Giovani
Fazendo Tipo
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Ilustração Jo Cleveston
Ilustração André Neves
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Matéria-Prima
Entrevista com Yomar Augusto
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Representantes Encontre a Tipotil em todo Estado
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Originais
A Expansão do Universo ® Pantone Considerada uma autoridade em cores, a Pantone® ganhou fama internacional por criar tecnologias, processos e sistemas que solucionaram muitos problemas do mercado das artes gráficas e conseguiu transformar cores seriadas em objetos de desejo.
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Em 2012, A Pantone® em parceria com a agência Leo Burnett London, homenageou os 60 anos da rainha Elizabeth II com esta cartela de cores inspirada em suas roupas. A edição limitada trazia os códigos das cores na escala Pantone®, a data e o local em que Sua Majestade vestia determinada cor.
A Pantone® surgiu na década de 50, nos Estados Unidos, para atuar como uma empresa de impressão comercial, mas foi na década de 60 que ela se destacou, graças a ideia genial de Lawrence Herbert de criar um código para identificar cada padrão cor produzida pela empresa. Este novo conceito foi batizado de Pantone® Matching System (PMS). O PMS era basicamente um catálogo na forma de leque onde estavam as amostras de cores acompanhadas do respectivo código de identificação. Assim, clientes e fornecedores passaram a falar a mesma língua, enquanto a Pantone® garantia total fidelidade e valorização de cor a ambos.
PANTONE®
Passado mais de meio século desde sua fundação, a empresa aprimorou e desenvolveu novos sistemas, serviços e produtos, atendendo também a indústria têxtil, de moda, interiores, plástica e tecnológica, onde a reprodução fiel das cores é assunto crítico e imprescindível. Em 2007, a Pantone® foi adquirida pela X-Rite, líder mundial no fornecimento de soluções tecnológicas para medição, verificação, comunicação e gerenciamento das cores.
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Originais
No Brasil Foi através da BASF, empresa química de renome mundial, que a Pantone® começou a atuar no país nos anos 80, ainda de forma pouco expressiva. Nesta época, a empresa contava com representantes que iam de porta em porta vender os serviços e produtos para birôs de tendência, de impressão e empreendimentos semelhantes. O trabalho de conquista envolvia a criação de uma nova necessidade em um mercado que já andava no “piloto automático” e considerava os problemas cotidianos, como a dificuldade de comunicação entre fornecedor e cliente, algo trivial neste meio. Blanca Liane, fundadora do Lexus Group, dedicado à pesquisa e desenvolvimento de tendências de moda, comportamento e design têxtil, foi uma das primeiras representantes Pantone® no país e revelou para a Printer que convencer os empresários a utilizar o sistema era um grande desafio, porque “eles queriam trabalhar com poucas cores, afinal, quanto menos cores você tem que gerenciar, menos trabalho, menos profissionais de ponta e menos tecnologia que você precisa adquirir na empresa,” ressalta. Além disso, Blanca também explica que o uso do Pantone® é piramidal, ou seja, se o fornecedor não exige a classificação de cor pelo sistema, ele deixa de ser necessário. Assim, passo a passo, com foco, dedicação e empenho, a empresa foi conquistando seu espaço no mercado nacional. Hoje, a marca possui não apenas clientes, mas fãs que acompanham de perto todos os lançamentos.
PANTONE 356 C
PANTONE 109 C
PANTONE 661 C
Fascínio A façanha de transformar cores seriadas em objetos de desejo talvez seja o melhor exemplo do poder de conquista que a marca tem. Colocado dessa maneira soa até meio estranho, mas foi o que de fato aconteceu. Depois da Pantone®, as pessoas passaram a desejar cores extremamente específicas, como a Emerald 17-5641, que foi a cor do ano de 2013, em vez de um verde esmeralda qualquer. Nos anos 90, com a chegada da Pantone® Universe, uma coleção de produtos relacionados à estilos de vida, fez com que a empresa expandisse ainda mais seu mercado e passou a atingir um novo nicho de consumidores, comercializando suas cores de forma diferenciada ao decorar cada objeto com as tonalidades do momento. Outra proeza impressionante foi a conquista de fãs sem investir um centavo sequer na promoção do Pantone® Universe e em ações de marketing. Nem agência de publicidade e propaganda a Pantone® tem. Ela investe forte em seu site, no sistema de newsletter, possui perfil no Twitter e Fanpage no Facebook.
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Color of the year
2013
PANTONE
®
Emerald 17-5641
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Originais
PANTONE®
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A cor do ano Uma das principais e mais famosas ações da Pantone® também não nasceu como estratégia de marketing, apesar de cumprir com excelência esta função. O que antes era apenas uma forma de beneficiar os clientes com uma informação sobre tendência: revelando a cor do momento, agora é ouro para a imprensa internacional. Ciente disto, no início de cada ano a Pantone® deixa “vazar” esta informação para que a mídia espontaneamente divulgue mundo a fora. A escolha surge a partir de uma série de pesquisas com embasamento sócio-psicológico, emocional e econômico, e conta com a ajuda do público, que pode colaborar voluntariamente fornecendo opiniões que serão quantificadas e convertidas em estatísticas. Logo que é definida, a Pantone® fornece a equivalência da cor em outros sistemas, como o CMYK e RGB, e faz comparativos para as indústrias mais próximas ao consumidor final. O Pantone® Universe também usa e abusa da Cor do Ano em seus produtos, lançando uma série de objetos com a cor comemorativa, como canecas, pendrives, agendas, etc. É uma forma de fidelizar o mercado mantendo-se atualizada.
Influência e tendência Para se ter uma dimensão do poder de influência da Pantone®, a Emerald, por exemplo, apareceu em mercados que esporadicamente utilizam este tom de verde, como os de cama, mesa e banho. Até no cinema ela foi parar, ao estampar o vestido de uma das personagens do filme Oz: Mágico e Poderoso (Disney / Buena Vista, 2013), que inclusive carrega no pescoço uma enorme esmeralda.
A recente invasão de carros brancos no mercado automobilístico é outro ótimo exemplo. A tendência foi identificada pela empresa em 2010, que enxergava o branco como uma cor de status para este setor. “Naquela época eu achei que a Pantone® tinha pirado na batatinha, porque carro branco sempre foi ambulância ou táxi (risos)”, revela Blanca. E ela não foi a única a pensar assim. O Departamento de Pesquisa da empresa realizou, então, uma série de estudos até identificar tons de branco mais cremosos, perolados e... shazam! Como num passe de mágica, o branco de fato se tornou uma cor de status no segmento e os modelos mais elegantes passaram a ser fabricados com estas tonalidades. Da mesma forma, havia um estudo muito intenso apontando que a família das cores rosa iria virar febre em diversos segmentos industriais e, sim, isto inclui a automobilística também. Dito e feito: a entrevista com Blanca Liane foi realizada em 2013, quando apenas haviam especulações sobre a Cor do Ano 2014. Na época, ela apostava suas fichas na família do rosa. E a cor escolhida foi a expressiva, exótica e floral Radiant Orchid (PANTONE® 18-3224), que transmite confiança e calor, intriga os olhos e desperta a imaginação com uma harmonia encantadora de fúcsia, em tons roxos e rosa. Como este é um assunto a parte e esta matéria já está chegando ao fim,
Acesse este QR Code e saiba tudo sobre a Radiant Orchid.
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Entenda por qual razão o processo PMS se tornou uma ferramenta tão utilizada e que, há 50 anos, mudou a forma como o mercado se relaciona com as cores.
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Conforme mencionamos no início desta seção, tudo começou com a ideia visionária de Lawrence Hebert, ao perceber a variação causada por diferentes equipamentos nos espectros de cores. Percebendo esta diferença, Hebert imprimiu uma série de cartões que organizava e identificava as cores padronizadas pela Pantone® por códigos. Assim, em 1963, nascia o inovador Pantone Matching System® (PMS), que até hoje permite ao cliente informar as referências das cores desejadas para evitar surpresas desagradáveis na hora da impressão. Com essa ideia genial surgiu a solução de muitos problemas enfrentados, frequentemente, por profissionais da indústria gráfica. O PMS é, portanto, a arte de matizar sistemas sólidos, como o CMYK, adotando como padrão a amostra sólida, a fórmula da Pantone®. A empresa é internacionalmente reconhecida por ter criado este sistema de padronização de cores e, atualmente, a escala Pantone® também pode ser encontrada na versão digital, mas, por ser propriedade da empresa, seu uso não é gratuito e se restringe à softwares pagos. Além disso, como as cores variam de monitor para monitor, convém utilizar os calibradores produzidos pela própria empresa para garantir fidelidade com a amostra impressa. Uma recomendação importante para quem opta pela tabela física é substituí-la anualmente, porque as cores podem se desgastar com o passar do tempo e comprometer as referências. Outra interferência que pode ocorrer é por parte da iluminação ambiente. Pensando nisso, e fazendo jus à proposta de simplificar situações complexas, a empresa lançou o Pantone® Lighting Indicator, um sticker capaz de indicar se a luz do local está interferindo nas cores ou não. Basta aplicá-lo em qualquer objeto cotidiano, como no verso do celular, capa de agenda, caderno, enfim, e comparar as duas amostras de cores que estão impressas nele. Se elas apresentarem uma diferença de tonalidade, é porque a iluminação ambiente está interferindo nas cores do local. Caso contrário, as duas amostras vão parecer uma só.
A tecnologia de cor que a Pantone® oferece, permite ainda que o mercado expanda seu uso e gosto por cores. Graças ao sucesso da empresa e aos inovadores avanços tecnológicos, desde 2007 a Pantone® integra a X-Rite, uma companhia global que se dedica ao estudo e produção de tecnologias direcionadas à compreensão e controle de cores na indústria gráfica. Hoje, existem outros sistemas como o PMS, que também são assinados pela Pantone®, mas estão direcionados à outras áreas, como a têxtil, por exemplo. Para apresentar um exemplo prático, resolvemos ilustrar esta matéria com as tabelas metálicas do PMS. Uma foi impressa nos padrões Pantone®, a outra não. Impressionante, não é?
PANTONE®
CMYK
Principais Vantagens Facilidade - O sistema facilita a comunicação entre cliente e fornecedor: antes de sua invenção, as pessoas tinham que ser criativas até para referenciar a cor desejada. Hoje, basta informar o código. Fidelidade - A alma do negócio da Pantone® é garantir a precisão das cores, portanto, a cor escolhida se mantém fiel em qualquer material que seja aplicada. Exclusividade - A Pantone® dedica-se ao desenvolvimento de novas tonalidades e produz, por exemplo, cores metálicas e fluorescentes, que estão devidamente exemplificadas e referenciadas na tabela. Inovação - Antes da Pantone® não havia tecnologia de cor disponível, hoje, não só colocaram à disposição incríveis soluções, como buscam o constante aprimoramento de suas tecnologias e serviços. Global - Profissionais do mundo inteiro utilizam os produtos da Pantone® e o PMS.
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Diário de Bordo
Tech Tour Global 2013
Praça da Paz Celestial - China
por Rui Eduardo Germer - Diretor Industrial
No mês de maio de 2013, a convite da Heidelberg Druckmachinen, tive a oportunidade de participar do Tech Tour Global 2013, Brasil – Alemanha – China, junto a um grupo de executivos da indústria gráfica brasileira. Sabia que representando a Tipotil nessa viagem, poderia conhecer as novas tecnologias da Heidelberg aplicadas em grandes parques gráficos mundiais.
Visando o intercâmbio profissional, cultural e turístico, principalmente com a China, o grupo foi formado por aproximadamente 20 empresários, o que proporcionou também uma grande troca de informações sobre a realidade, as expectativas e as dificuldades gráficas em âmbito nacional.
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Primeira Escala
Visitamos duas gráficas de médio porte em Munique, com uma equipe de 100 a 120 colaboradores. As características das gráficas alemãs são basicamente as mesmas: muita organização e alto grau de automação industrial em função do elevado custo da mão de obra. Os equipamentos produtivos e as formas de trabalho são muito semelhantes a nossa realidade, principalmente se considerarmos a região sul do Brasil.
Trabalho manual realizado por senhoras aposentadas
Um setor me chamou a atenção numa destas gráficas de Munique. Na etapa de acabamentos dos materiais impressos, o trabalho manual era realizado por senhoras aposentadas. Elas operam em jornadas de 4 horas diárias ao custo de 400 euros mensais. Foi-nos explicado que essa estrutura do departamento é um programa do governo alemão, com isenção de alguns impostos para complemento de renda a aposentados. Na parte turística, fomos jantar no Hofbräuhaus, uma das mais famosas e conhecidas cervejarias do mundo com sua farta gastronomia, como o belo leitão à pururuca e seus canecos generosos de “bia” (pronúncia alemã de “bier”, cerveja).
ALEMANHA
Cervejaria Hofbräuhaus
Área de 356.733 km2 81,76 milhões habitantes Capital: Berlim Quarta economia do mundo PIB de U$ 3,6 trilhões em 2013 O PIB cresceu 0,4% em 2013, após um crescimento de 0,7% em 2012 Inflação de 1,5% em 2013 Taxa de desemprego: 7,3% da população economicamente ativa
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Diário de Bordo
Entrada principal China Print
Segunda Escala
Em Pequim, conhecemos duas gráficas com características distintas. Uma, tipicamente e originalmente chinesa, de médio porte e com aproximadamente 120 colaboradores. Nesta, observei uma menor atenção na organização da empresa e uma grande mescla de fabricantes de equipamentos gráficos. O que achei interessante foi o fato de que os valores salariais são muito semelhantes a nossa realidade no Brasil. A diferença é a menor carga tributária sobre os salários, tanto para os colaboradores como para as empresas. Já a outra gráfica era de grande porte, com cerca de 370 colaboradores, pertencente a um grupo global com produção em nove países. A planta industrial em Pequim tem foco em produtos de altíssima qualidade para clientes da indústria automotiva e de telefonia. Esta apresentava características de gráficas europeias, com a maioria dos equipamentos provenientes da Alemanha e uma extrema organização produtiva.
CHINA Área de 9.536.499 km2 1.400.000.000 habitantes Capital: Pequim (Beijing) Segunda economia do mundo PIB de U$ 9.31 trilhões em 2013 O PIB cresceu 7,7% em 2013, após crescimento de 7,8% em 2012 A inflação de 2,6% em 2013 Taxa de desemprego urbano em 2013: 4.1% Estimado total em 7% da população economicamente ativa
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Rui Germer na Cidade Proibida
Ainda em Pequim, participamos da CHINA PRINT 2013. Evento este que contou com mais de 1200 expositores e um número próximo a 170.000 visitantes profissionais de todo o mundo. Esta feira é referência mundial no setor gráfico, com participação muito globalizada, mas ainda com grande referência chinesa, os quais pude constatar, estão evoluindo bastante nas questões tecnológicas e em acabamento do equipamento, deixando de lado a percepção de imitações de equipamentos famosos e consagrados. Claro que também pude ver em grande número estes tipos de maquinários, mas em menor volume do que havia imaginado. Na parte turística, fomos as Grandes Muralhas da China. Uma impressionante estrutura de arquitetura militar, construída durante a China Imperial e que atravessou diversas dinastias ao longo de quase dois milênios. Seu início é datado no ano de 221 a.C. e o término no século XV, durante a dinastia Ming.
Percorremos também a Cidade Proibida, um conjunto de palácios dos imperadores chineses construído no século XV e que tem este nome devido ao fato que somente o imperador, sua família e empregados especiais tinham acesso ao conjunto de prédios do palácio. Foi sede de um governo burocrático que comandou o império mais populoso da terra, e ainda hoje é o maior palácio do planeta, onde rumores dão conta da existência de 9.999 divisões-salas-quartos.
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Diário de Bordo
Encontro na fábrica da Heildeberg em Hong Kong
Terceira Escala
Quarta Escala
Fomos a fábrica da Heidelberg em Quingpu, distrito de Shanghai, onde pudemos observar a linha de montagem dos equipamentos. Nesta unidade são produzidas algumas impressoras Heidelberg, com menor grau de automação, mas com praticamente toda a matéria-prima e componentes importadas da matriz na Alemanha.
Nos foi apresentada uma gráfica de grande porte, uma das poucas em Hong Kong. Percebi um grande foco no mercado corporativo, com suporte de negócios para impressos financeiros e processamento de documentos, como as malas diretas personalizadas de instituições bancárias e empresas automobilísticas.
Questionei o porquê de uma fábrica da Heidelberg na China que aparenta ser apenas uma linha de montagem e, também, pelo fato da maioria da matéria-prima e componentes virem da Alemanha. A resposta está, principalmente, na questão estratégica de mercado da Heidelberg.
Nesta gráfica, o que se destacou além da grande especialização no processamento de documentos, foi a utilização de papel brasileiro Suzano Papel e Celulose, que vimos in loco.
Para eles é extremamente importante estar presente fisicamente na China, pois são hoje o maior centro consumidor de equipamentos gráficos. Por essa razão, a empresa decidiu produzir máquinas com menor valor agregado em automação, que são o carro-chefe dos equipamentos vendidos na China.
Na parte turística, pudemos verificar que Hong Kong é um dos principais centros financeiros internacionais, caracterizada pelo baixo nível de impostos e pelo livre comércio, sendo que sua moeda, o dólar de Hong Kong, é a oitava mais negociada no mundo. Seu pequeno território, e consequente falta de espaço, causou uma forte demanda por construções altas e densas, e a tornou uma das mais verticais do planeta.
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Ponte de Ferro sobre o Rio Main - Frankfurt
Última Escala
Na cidade de Frankfurt estivemos em uma das maiores gráficas da Alemanha, com alto grau de automação e os maiores formatos de impressão disponíveis no mundo. Essa grande unidade industrial tem forte foco em logística, atendendo a toda Europa, com aproximadamente 15.000 entregas por dia. Números bem expressivos que confirmam a posição do país como um pilar econômico europeu, sempre associado ao seu jeito organizado e metódico de tratar tudo. Intercâmbio cultural O que a Heidelberg proporcionou ao nosso grupo foi bem além de uma vivência empresarial, de tecnologias e processos do universo gráfico. O tour tecnológico proporcionou também grande interatividade entre os participantes de todo o Brasil, com vasta troca de experiências práticas do dia a dia, e claro, uma vivência muito rica culturalmente. Do ocidente para o oriente, foi uma viagem muito eclética e de grande aprendizado sobre tão diferentes culturas e hábitos de vida, tanto na Alemanha, que em muito se parece com a região sul do Brasil onde a Tipotil está e atua, mas, principalmente, quanto na China, onde tudo é muito diferente: povo, a comida, formas de viver, censura, clima e religião.
A visão pejorativa que temos da economia chinesa, como se tudo fosse uma completa desorganização e um aglomerado de pessoas trabalhando em algum processo de falsificação, está totalmente desfeita para mim. Mesmo percebendo um pouco disto isoladamente, o que vi na maior parte do tempo foi uma China organizada, com uma infraestrutura de causar inveja na mais desenvolvida nação, grande paridade salarial com a nossa, na realidade do mundo gráfico, um enorme potencial de desenvolvimento, aprimorando seus próprios produtos e me dando a nítida impressão que ainda será a maior potência mundial. Questão de pouco tempo!
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Criação
“E não há ninguém que ame a dor ela mesma (isto é, por ser ela dor), que a busque ou que deseje obtê-la. Mas às vezes surgem circunstâncias em que, por meio do sacrifício “E não há ninguém que ame a dor ela mesma (isto é, e da dor, procure-se por ser ela dor), que a busque ou que deseje obtê-la. algum grande prazer. Mas às vezes surgem circunstâncias em que, por meioPara dar um pequeno do sacrifício e da dor, procure-se algum grande prazer.exemplo, quem de Para dar um pequeno exemplo, quem de nós pratica nós pratica exercícios exercícios trabalhosos, senão para conseguir deles trabalhosos, senão algo agradável?” para conseguir deles algo agradável?”
Lorem Ipsum,
a língua do designer gráfico
Talvez você não entenda o que este texto significa, mas certamente já deve ter visto, ou está bem familiarizado com o mesmo trecho em latim: “Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit, sed diam nonummy nibh euismod tincidunt ut laoreet dolore magna aliquam erat volutpat.” Essa é a alternativa de texto dos publicitários e designers para marcar espaços, ajustar o tipo e o seu tamanho na fase embrionária de um layout. Ao invés de trabalhar com o conteúdo definitivo, o profissional criativo usa o Lorem Ipsum com toda liberdade de adicionar ou diminuir os textos de acordo com a peça. O método também é usado propositalmente para que o conteúdo textual fique nulo e não desperte a atenção. Desta forma, fica bem mais fácil avaliar apenas a diagramação de um material. Segundo Rafael Falcón, bacharel em Letras/Latim pela Universidade de São Paulo, o Lorem Ipsum é uma peça da literatura clássica que vem sendo utilizada desde a década de 60, informalmente, como “enchimento” de livros, cartazes e outras peças comerciais. Ela passou a integrar o universo da comunicação de verdade quando a Letraset®, empresa de letras para decalque, resolveu montar cartelas diferentes. Ao invés do tradicional A-B-C, criaram seu produto com o texto Lorem Ipsum. E a linguagem vem sobrevivendo às inovações e tecnologias de uma forma quase inalterada, o que é impressionante para um texto com raízes muito, muito antigas, como veremos a seguir.
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Criação
As origens de um layout erudito
Era o ano de 106 a.C. quando nasceu Marco Túlio Cícero em uma pequena cidade ao sul de Roma. Versátil, Cícero tornou-se político, filósofo, orador e também escritor de diversos tratados filosóficos sobre o Estado, o conhecimento, a velhice, o bem, a amizade e o dever, temas estes que transmitiam a tradição do pensamento grego.
Epicuro
Um dos tratados de Cícero, escrito no longínquo ano de 45 a.C., é o que nós usamos até hoje. Passados 2058 anos, o extenso tratado chamado "De finibus bonorum et malorum" (Os fins do bem e do mal) faz sucesso com o trecho Lorem Ipsum. Entretanto, Falcón esclarece que o texto usado atualmente, o Lorem Ipsum, é na verdade apenas um pedaço da palavra dolorem. E além disso, muitas versões disponíveis na internet estão mutiladas e modificadas do tratado original de Cícero. A obra literária desenvolvida por ele explica a visão da filosofia de Epicuro, pensador grego ainda mais antigo, que estudava e difundia a busca pela felicidade através dos prazeres. E você aí achando que o texto Lorem Ipsum era falso ou puramente aleatório.
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Geradores de vários gostos e estilos
Com a internet e o avanço tecnológico de softwares de editoração, o Lorem Ipsum está cada vez mais disponível. Programas como InDesign e CorelDRAW oferecem ferramentas específicas para gerar textos da extensão que você precisa. Confira nossas indicações:
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Well, the way they make shows is, they make one show. That show's called a pilot. Then they show that show to the people who make shows, and on the strength of that one show they decide if they're going to make more shows. Some pilots get picked and become television programs. Some don't, become nothing. She starred in one of the ones that became nothing.
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3Dimensões
Jonatan Sarmento teve seu primeiro contato com computação gráfica no início dos anos 90. Os recursos eram extremamente limitados e o acesso à informação também era muito restrito, bem diferente dos dias de hoje. Na época, ele
dividia o tempo entre estudar, desenhar no computador e jogar. “Aliás, os jogos foram a principal fonte de inspiração para o início da minha carreira”, conta Sarmento.
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um quebra-cabeça em três dimensões
Jonatan Sarmento Profissional freelancer em infografia e ilustrações editoriais
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3Dimensões
No início de 2007, entrou de paraquedas no mundo da infografia e ilustrações editoriais, onde se aperfeiçoou e obteve destaque. “Tive o prazer de ganhar alguns prêmios, nacionais e internacionais, ao lado das maiores editoras do País. Conquistei duas medalhas de prata no Prêmio Malofiej de 2010 com a revista Placar. Com a série sobre os estádios da Copa do Mundo de 2014 do jornal Estado de São Paulo, faturamos uma medalha de ouro e duas de bronze na edição do mesmo prêmio em 2013”. O designer é freelancer e trabalha em um home-office. “O que mais me atrai neste meio é o desafio de trabalhar com uma variedade imensa de pautas. Aprendo muito com o meu trabalho e procuro estar sempre preparado para encarar qualquer desafio”, finaliza Sarmento.
“Conquistei duas medalhas de prata no Prêmio Malofiej de 2010 com a revista Placar. Com a série sobre os estádios da Copa do Mundo de 2014 do jornal Estado de São Paulo, faturamos uma medalha de ouro e duas de bronze na edição do mesmo prêmio em 2013.”
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PRÊMIO MALOFIEJ O Prêmio Malofiej elege anualmente os melhores trabalhos do mundo dentro do jornalismo visual impresso e online. O Oscar da infografia, como é conhecido, é realizado desde 1993 pela SND - Society for News Design (Sociedade para o Design de Notícias). Hoje completa 21 edições premiando os ganhadores com medalhas de ouro, prata e bronze, e reunindo a elite profissional de grandes meios de comunicação de todo o mundo. O nome de Prêmio Malofiej é uma homenagem a Alejandro Malofiej, argentino já falecido e considerado um dos grandes pioneiros da infografia.
a brincadeira da Segunda Guerra Mundial Enquanto o mundo vivia uma catรกstrofe, os brinquedos de papel viviam a glรณria.
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Setembro de 1939. A Alemanha de Hitler invadia a Polônia e começava a Segunda Guerra Mundial. O mundo se voltava totalmente para o combate e os governos de vários países direcionavam suas produções industriais para o mercado bélico. Metais como aço, estanho, ferro fundido e até mesmo madeira deixaram de ser a matéria-prima de produtos domésticos para fabricar tanques, balas e todo tipo de arma. Na época, os brinquedos, que também eram feitos totalmente de metal, ficaram no fim da fila e deixaram de ser produzidos.
...os brinquedos, que também eram feitos totalmente de metal, ficaram no fim da fila e deixaram de ser fabricados
Divulgação
Durante os anos de confronto, a alternativa para a brincadeira das crianças foi utilizar um produto bem menos usado para atingir o inimigo em uma guerra: o papel. A modelagem com este material começou a se popularizar e alcançou seu auge na Segunda Guerra Mundial através do designer e ilustrador Wallis Rigby.
Wallis Rigby, militar e artista O inglês Wallis Rigby foi o sargento mais jovem no exército britânico durante a Primeira Guerra Mundial, mas depois disso tornou-se um homem da publicidade muito famoso em Londres com seus cartazes comerciais. Após se mudar para os Estados Unidos no fim dos anos 30, Rigby resolveu unir seu conhecimento dos equipamentos bélicos com sua aptidão para a ilustração. Como uma oportunidade de suprir a carência de brinquedos, ele desenvolveu um dos mais populares estilos de construção tridimencional com papel da época. O paper toy surgia sem concorrentes e conquistava seu momento de glória. Influenciado pela realidade que o mundo vivia, Rigby criava modelos super realistas de aviões, barcos, trens e navios de guerra. Detalhes como aerodinâmica, fuselagem e até a munição dos tanques de guerra eram seguidos à risca nos seus desenhos. Wallis Rigby e um dos seus projetos de paper toy
Paper Toy
O criador e seu modelo super realista
A Segunda Guerra Mundial modelada nos paper toys Os paper toys de Rigby fizeram tanto sucesso que foram publicados como livros para recortar e também em forma de cadernos especiais. Graças a um método de construção simples e fácil, os modelos tiveram excelente desempenho, onde pequenas abas dobradas em ângulos retos garantiam o encaixe e a resistência do brinquedo. O designer chegava a um nível tão realista da peça, que recomendava até mesmo a colagem de pequenas pedras durante a construção do paper toy para servir como contrapeso. Interessante é perceber alguns modelos produzidos com cores bem bizarras, entre amarelos e verdes fluorescentes, por conta da escassez de tintas para impressão durante a 2ª Guerra Mundial. Um exemplo disso pode ser visto na série Modern Models by Rigby (veja na página ao lado). Ela fazia parte de uma publicação de histórias em quadrinhos chamada America’s Greatest Comic Weekly, que de semana em semana trazia um paper toy diferente do ilustrador para recortar e montar. Mais de 50 mil cópias de seus livros e cadernos foram produzidos durante este período. E com apenas tesoura e cola, a criançada encontrava sua diversão durante o mais devastador confronto da história mundial.
Alguns modelos de paper toys eram produzidos com cores bem bizarras, entre amarelos e verdes fluorescentes, por conta da escassez de tintas para impressão.
O fim da guerra e do paper toy Com o fim do confronto mais violento da Terra, em setembro de 1945, o mundo já era muito diferente. Países inteiros devastados e economias arruinadas. Mas com a reorganização política, a economia e as indústrias passaram a ser o foco dos governos para reerguerem seus países. Este foi o momento que o mundo efervesceu em invenções e criações. Era o alento da humanidade. Uma das grandes invenções americanas no pós-guerra foi o plástico, ganhando espaço em todo tipo de segmento. As fábricas americanas traziam uma grande novidade para as crianças, os brinquedos feitos com este material. Até mesmo os icônicos soldadinhos de chumbo da época passaram a ser produzidos com material plástico. E o paper toy (e também Wallis Rigby, que retorna ao Reino Unido) experimenta seu grande declínio. É fácil entender: carrinhos, bonecas e bolas de plástico se tornaram bem mais atrativos que dobraduras de papel. Rapidamente, os modelos de Rigby foram desaparecendo do mercado, e adormeceram por longos anos, até a volta dos paper toys com a internet. Mas aí, é outra história.
Divulgação
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Fotografia
Por trás da lente com Araquém Alcântara Conhecido no mundo todo como um dos principais fotógrafos da atualidade e um dos precursores da fotografia ecológica no Brasil. Este é Araquém Alcântara, que nos seus 42 anos de profissão já lançou mais de 44 livros, recebeu cerca de 32 prêmios nacionais e 3 internacionais e realizou mais de 80 exposições no Brasil e no exterior. Produziu inúmeros ensaios para jornais e revistas, fotos na coleção do Centro Georges Pompidou, em Paris, e no Museu Britânico, em Londres, entre muitos outros reconhecimentos que obteve no decorrer da sua profissão. Seu trabalho não são apenas registros da vida, ele serve para inspirar, remexer emoções e também denunciar. Suas fotos trazem uma explosão de sentimentos. Com elas é possível visitar lugares até então inimagináveis, ter conhecimento da real situação dos parques brasileiros, dos quais ele percorreu por 11 anos, ou mesmo a descoberta de uma nova tribo de índios desconhecida. Como ele costuma dizer: “meu percurso na terra é espalhar beleza, fazer as pessoas refletirem e provocar - esse é o resumo do meu trabalho”, afirma Alcântara. Um homem apaixonado pelo que faz, vem encantando o mundo através dos cliques da fotografia. Em entrevista exclusiva à Printer, tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre a vida profissional deste atencioso e renomado fotógrafo. Confira!
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Caboclo Dipirona, Catador de piaçaba, Igarapé do Anta, Serra do Araçá - AM
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Fotografia
Ă?ndio com Piracuru, Parque Nacional do Araguaia - TO
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Araquém Alcântara
A origem de tudo Viver no mundo da comunicação já era um desejo de Araquém Alcântara desde pequeno. Aos 14 anos queria ser um jornalista e quem sabe, um escritor. Passou sua adolescência entretido entre os clássicos de Lima Barreto, Machado de Assis, J. D. Salinger, Joseph Konrad e Guimarães Rosa. Em 1970, entrou para a faculdade de Comunicação, em Santos, e em seguida, começou a trabalhar no Estadão e Jornal da Tarde. Até aí, tudo estava certo e saindo como planejado.
Outro rumo na história Mas, quem poderia imaginar que uma ida ao cinema poderia mudar toda a trajetória de uma carreira? E foi o que aconteceu. Durante uma sessão em Santos, organizada pelo francês, Maurice Legeard, é que Araquém Alcântara despertou seu olhar quanto ao poder de uma imagem. “O filme era A Ilha Nua, de Kaneto Shindo. Um filme quase sem história, ou palavras. Um casal vivendo com dois filhos numa ilha inóspita. E a faina diária de levantar, buscar água, preparar a terra, a comida, buscar água outra vez, a canoa no trapiche, os pássaros nas pedras, os remos contra as ondas. A força e a beleza da pura imagem. A foto como síntese do dizer. Eu, transido no escuro, fui tendo uma epifania, um negócio. Saí dali tonto, abalroado, chamado”, explica.
Criança da Tribo Zoé, Rio Cuminapanema - PA
Uma Yashica Eletro 35 No dia seguinte, após um encontro com a amiga Marinilda, que na ocasião lhe mostrou algumas fotos caseiras do álbum de família, feitas com uma Yashica Eletro 35, ele pediu a máquina fotográfica emprestada. Comprou 3 filmes preto e branco e, à noite, foi para um cabaré do porto onde costumava ouvir bandas de rock. “Câmera na mão, dois filmes no bolso, nenhuma técnica na cabeça, nervoso como em toda a primeira vez. Mesmo sem coragem para nada, obscuramente sabia que naquela Yashica, naqueles filmes, estava segurando uma vida. Saí tarde, sem apertar o botão. No ponto de ônibus, já amanhecia quando uma das moças do cabaré passou e desafiou. ‘Quer fotografar é? Quer fotografar? Pois então fotografa aqui’. Levantou a saia e mostrou o sexo. Foi minha primeira foto”.
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Fotografia
O urubu como inspiração
Aperfeiçoando
Depois de romper com a insegurança do primeiro clique, Alcântara não parou mais. As palavras se tornaram insuficientes e o que passou a interessar foram os livros de fotografia. Então veio a primeira exposição, em 1973, intitulada: Os Urubus da Sociedade. “Panos pretos cobriam as fotos dos urubus, os detritos da cidade, seu povo encardido. O visitante, para ver, tinha de desvelar, levantar a saia. Influência inconsciente daquela primeira foto no cabaré do cais? Pode ser, só que o obsceno ali era o social. A exposição, aliás, foi tachada de comunista. E crivada de perguntas. ‘Por que fotografar urubus, miseráveis, bichos que não vendem?’ Mas, fui prosseguindo. Já tinha uma espécie de lema. Escolher, sempre, com o coração. Prosseguir e não me arrepender de começar apostando no urubu”.
Foi em 1979 que Alcântara conseguiu comprar o seu primeiro equipamento profissional. O dinheiro para a aquisição veio quando foi fotografar, em Manaus, a inauguração de uma loja de revenda de pneus. Ele conta que na ocasião, quando estava no hotel, escutou uma conversa entre dois garçons sobre uma onça sem rumo que andava aparecendo pelo igarapé do Guedes. Seguindo seu pressentimento e guiado pelos garçons, saiu em busca de fotografar a onça. E conseguiu. Fotografou-a brincando de morder troncos dentro d’água. “Revelei a foto, ampliei, vendi para os gringos dos pneus e, com o dinheiro, comprei meu primeiro tripé, minha primeira Nikon. Voltei profissional”. Diferente do começo de sua carreira, hoje, muitas vezes viaja com cerca de 60 quilos de equipamento para conseguir capturar as melhores imagens.
Além de seguir o coração, aprendeu a ouvir sua intuição. E foi assim que surgiu a sequência do Urubu na calçada, que na época, teve as imagens publicadas na revista Fotoptica. “Na volta da cobertura de uma regata vi um urubu na calçada, na frente de uma peixaria. Da peixaria saiu uma menina de uns três, quatro anos e se aproxima, encantada, com o urubu. Ajustei firme minha modesta Pentax Spotmatic. Pressenti. Ia me certificar depois, a vida inteira, de que foto é pressentimento, a premonição de que alguma coisa simples e grande vai acontecer. E aconteceu. A menina se inclinou para afagar o urubu. O urubu já estava abaixando docilmente a cabeça quando dois homens saíram nervosos da peixaria. Um agarrou a criança, outro enxotou o urubu. Em seis fotos registrei a cena toda. Em seis palavras contei toda a história. Num segundo descobri que ser fotógrafo é registrar a história momentânea deste mundo. Que é preciso estar ali quando a vida, de repente, levanta a saia e mostra”.
Onça-pintada, Parque Nacional da Amazônia - AM
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Ribeirinhos, Cabeça do Cachorro - AM
“Num segundo descobri que ser fot ógrafo é registrar a hist ória instant ânea deste mundo, que é preciso estar ali quando a vida, de repente, levanta a saia e mostra.”
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Fotografia
Um grito de socorro Os projetos e ensaios com consciência social, se firmaram fortemente na vida deste fotógrafo na década de 80. Período este, em que a ditadura militar vinha planejando a instalação de duas usinas nucleares na Jureia, litoral sul de São Paulo. “Minhas fotos contribuíram para a 1ª vitória da ecologia no Brasil. Me aliei aos protestos e produzi uma foto lendária. É onde na história entra meu pai, Manuel Alcântara, o velho Queco. Pois, num dia de abril de 1981, dispôsse o velho Queco a acompanhar o filho fotógrafo para uma foto contra as usinas nucleares. Saímos de Piruíbe, andamos uns 36 quilômetros a pé, só paramos em plena Jureia, na praia de Grajaúna, onde as tais usinas seriam construídas. Ali o velho Queco, que usava tranças, soltou a cabeleira, segurou contra o peito uma foto, solenemente emoldurada, mostrando cadáveres insepultos das vítimas de Hiroshima. A foto correu o Brasil, correu o mundo, como um grito, um exorcismo. O velho Queco, profético, com uma tragédia no peito. Jornalistas deram a matéria contra as usinas, os caiçaras passaram a dizer que era coisa do diabo. Hoje a praia da Grajaúna faz parte da reserva ecológica da Jureia”. E não parou aí. São inúmeras as fotos que fez e ainda faz, revelando os horrores contra a natureza, contra a vida. E ele afirma, “hoje temos que falar de Belo Monte, das Hidroelétricas, da morte de índios, da falta de política ambiental. Está na hora de abordarmos mais sobre esses assuntos. Todo mundo tem medo, eu mesmo fui aconselhado a não brigar. Um tempo atrás, fui em busca de uma nova tribo indígena. E quando chego lá, uma loucura, uma área muito violenta. O local onde mais se mata no Brasil. O lugar chama-se Combissa. Para se ter uma ideia, um matador me disse assim: ‘Aqui seu moço, homem não tem palavra, mulher não tem honra, terra não tem dono e árvore não tem raiz’. Esse é um Brasil que Aziz Nacib Ab’Saber, um grande geógrafo denunciava. Um poder paralelo, muito além do planalto e que não vejo nas páginas de jornais e revistas. Nessa região eles praticaram um tipo de genocídio e mataram toda a tribo dos Piripkuras, apesar da denúncia, disseram que nós não tínhamos suporte. Mas, tínhamos dois índios remanescentes, tínhamos tudo para uma grande matéria com fotos dos
Seu Queco, Praia do Grajaúna, Jureia - SP
“Esse é um Brasil que Aziz Nacib Ab’Saber, um grande geógrafo denunciava. Um poder paralelo, muito além do planalto e que não vejo nas páginas de jornais e revistas.” caras e da violência do lugar. Hoje, tem um jornalismo ativo que é meio underground que funciona e também entidades fortes trabalhando nessas denúncias, mas ainda são poucos. Nesse momento tem índios sendo dizimados no sul do Acre. Estão matando índios na divisa do Acre com o Peru e quem é que vai lá? Ninguém vai lá e não vai mesmo. Só um louco ou outro que encara isso”.
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Manacapuru - AM
A fotografia de natureza no Brasil Araquém revela que quando iniciou na fotografia, ecologia era uma palavra apenas para letrados. Sendo que, naquela época, o que prevalecia era o desenvolvimento a qualquer preço, custe o que custar. “Meu trabalho era algo muito novo e havia uma grande dificuldade, porque esse tipo de fotografia era visto como um empecilho, não existia veículos para publicar. Até hoje tem essa dificuldade, ainda há raros veículos de fotografia de vida selvagem, de natureza e aqueles que existem não atendem as necessidades da ecologia brasileira. Se não temos nem política ambiental, imagina revistas que defendam a natureza. Desde que comecei, de lá para cá, a situação no Brasil só piorou. Tanto é que temos 68 parques nacionais e destes,
só 18 possuem alguma condição mínima de receber visitas. Temos parques completamente abandonados e isso é uma vergonha nacional. Entretanto, não posso negar que existe uma nova consciência surgindo, mas infelizmente muito lenta e que não acompanha o ritmo da devastação. Na fotografia de natureza, hoje temos boas referências e com isso estou vendo muitos jovens seguindo esse caminho. Porém, não há como viver só disso no Brasil. A fotografia de natureza só tem um glamour aparente, ela é muito difícil, pois precisa de veículos para publicar e no Brasil não se consegue ainda manter essas revistas. Todas são voltadas ao turismo. Ou seja, não tem mercado, assim como não tem mercado para os livros de fotografia. É muito restrito, embora já tenhamos bons livros. Temos uma fotografia muito rica no Brasil, que luta com dificuldade”, ressalta.
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Projetos e mais projetos Pode-se dizer que este renomado fotógrafo é um entusiasta da vida e da arte de eternizar os momentos. Seu acervo já ultrapassa a marca de 300 mil fotografias. E, para felicidade dos apreciadores do seu trabalho, ele não pensa tão cedo em parar. São inúmeros os projetos que estão em andamento e até mesmo recém finalizados como, por exemplo, o filme Amazônia, Planeta Verde, um produção franco-brasileira dirigida por Thierry Ragobert, em que participou como consultor, fotógrafo e cartazista. Para 2014 está fazendo um livro que será lançado na Copa do Mundo. Projeto este, com apoio do governo brasileiro, sobre os santuários do País. E não para por aí, já estão previstas as produções de, pelo menos, mais uns seis livros com os temas: Onça, Água, Caatinga, Caminhos (sobre João Guimarães Rosa), Fauna Brasileira e Fogo. Araquém Alcântara afirma ser esta a sua melhor fase profissional, e completa: “Chega um momento em que você está preparado para a sorte, para atrair o que você deseja. Quando a coisa acontece, não passa mais pela técnica, nem pelo raciocínio. Não há mais observador, nem observado. O vazio se instala. A imagem flui. Tem algo mágico no ato de ver. Eu só queria ser jornalista, quem sabe escritor, homem de palavras. Mas numa noite, à meia noite, fui salvo, ou condenado, por um filme japonês, numa sessão maldita”, finaliza.
Fotos Araquém Alcântara
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Mococa - SP
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Matéria-Prima
O Papel do Brasil
A produção de papel no Brasil cresce sem parar porque este é um dos produtos mais consumidos do mundo. Mas de onde veio, como é produzido e para aonde vai tanto papel?
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Para mais informações visite www.paperonline.org
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Matéria-Prima
Estima-se que o papel foi inventado a cerca de 5 mil anos pelo povo egípcio. Para produzí-lo, utilizavam como matéria-prima o Papiro, uma planta comumente encontrada às margens de rios africanos. Após cortar a polpa do caule em tiras, estas eram enfileiradas, sobrepostas, molhadas, marteladas, esmagadas e deixadas para secar. Depois de secas, as folhas de papiro estavam formadas, então eram alisadas com uma pedra e enroladas em hastes de madeira ou marfim, caracterizando o formato de pergaminho. A origem do papel na forma como conhecemos remete ao século II, na China, e é atribuída por grande parte dos historiadores ao império de Ho Ti. A invenção foi anunciada pelo oficial da corte imperial, Cai Lun (pronuncia-se Ts’ai Lun), conhecido, portanto, como o inventor oficial do papel. Foi ele quem fabricou, pela primeira vez, uma folha a base de pasta vegetal. Para fabricar a pasta, Lun triturou plantas e misturou com água. Depois, espalhou a massa sobre uma peneira retangular emoldurada com bambu e a expôs ao sol para secar. Quando a água evaporou, a pasta havia se transformado em uma folha de papel.
Dados do setor em 2013* • 220 empresas com atividade em 540 municípios, localizados em 18 Estados; • 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para fins industriais; • 2,9 milhões de hectares de florestas preservadas; • 2,7 milhões de hectares de área florestal total certificada; • Exportações 2012: US$ 6,7 bilhões; • Saldo Comercial 2012: US$ 4,7 bilhões; • Impostos pagos: R$ 3,5 bilhões; • Emprego: 128 mil empregos diretos (indústria 77 mil, florestas 51 mil) e 640 mil empregos indiretos. Fonte: Bracelpa/2013
Processos de produção Atualmente, a matéria básica para a produção de papel é a celulose, extraída da madeira. No Brasil, a indústria papeleira costuma utilizar a madeira do eucalipto como fonte, por causa do crescimento rápido da planta e o alto rendimento de fibra curta. Conforme explica a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a celulose é submetida a tratamentos especiais e chega à fábrica solidificada, onde é misturada com água para a formação de uma massa. Variados tipos de tratamentos químicos e mecânicos são aplicados para modificar as características finais do produto, mas o processo se resume a duas etapas principais. Na primeira, responsável pela formação da folha, a massa é depositada sobre uma tela que separa as fibras de celulose da água. Na segunda, a folha percorre um sistema de cilindros aquecidos por vapor e passa por uma secagem complementar, para então ser cortada conforme as especificações do cliente. Por último, é feita a identificação, embalagem e documentação do produto para que ele possa, finalmente, ser entregue e comercializado.
Impactos Como visto, para fabricar papel é necessário cortar árvores e aplicar uma série de procedimentos artificiais em diversas etapas da produção para que o papel atinja características especiais. Para garantir a fonte de matéria-prima, as empresas costumam trabalhar com madeira de reflorestamento, mas o cultivo exige o desmatamento da vegetação nativa para que o eucalipto, por exemplo, seja plantado. São assuntos relacionados aos reflorestamentos da indústria papeleira que costumam alimentar debates sobre questões ambientais. Afinal, além de agredir a mata nativa, em determinadas situações a técnica pode agredir seriamente a qualidade do solo e da água da região.
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Consciência e contrapartidas socioambientais Grandes empresas brasileiras produtoras de papel têm consciência dos danos que podem causar, por isso desenvolvem ações e pesquisas que visam a sustentabilidade e redução de impactos ambientais. Além disso, existe uma série de selos que certificam as normas de gestão das empresas, como o ISO 14001, norma internacionalmente reconhecida que define as práticas para o estabelecimento de um efetivo Sistema de Gestão Ambiental (SGA), e o OHSAS 18001, que ampara as organizações no cumprimento eficiente de suas obrigações relacionadas à saúde e segurança. A Suzano Papel e Celulose, por exemplo, possui as certificações citadas, entre muitas outras, e trabalha com o manejo sustentável do eucalipto, planta que utilizam como matériaprima. Em parceria com o Instituto Ecofuturo, a empresa também desenvolveu o Plano Diretor de Sustentabilidade, cujo objetivo é a incorporação da sustentabilidade na estratégia do negócio, ou seja, de forma inteligente uniram o útil ao agradável. Quanto à reciclagem, o Brasil consegue recuperar 45,5% do material descartado. Esta porcentagem representa o quociente do total das aparas recuperadas no país dividido pelo consumo aparente de papel. Este número já é bastante expressivo, mas ainda é preciso progredir muito mais para se aproximar dos 91,6% de recuperação atingidos pela Coreia do Sul.
Outra preocupação do setor é em relação à sociedade em que as empresas estão inseridas. Segundo a Bracelpa, a indústria de celulose e papel promove e incentiva o desenvolvimento econômico e social em regiões distantes dos grandes centros urbanos, investindo em projetos e iniciativas em áreas como educação, saúde, programas de educação ambiental, parcerias florestais, geração de emprego e renda.
Destino Cerca de 2,5 mil das 10,1 mil toneladas de papel produzidas em 2012 foram contabilizadas como uso doméstico, segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). De janeiro a junho de 2013, este consumo apresentou um crescimento de 44% em relação ao primeiro semestre de 2012. A América Latina representa a maior fatia do gráfico da exportação de papel, representando 59%. A China importou tanto papel do Brasil, em 2012, que ganhou um espaço exclusivo no gráfico, somando 4%, enquanto a Ásia e a Oceania, juntas, totalizam 7%. A renda gerada foi de 2 bilhões de dólares. No primeiro semestre de 2013, a exportação rendeu 993 milhões de dólares e a América Latina permaneceu como o principal consumidor, importando 55% da produção nacional.
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Profissão Arte
ARTE DE
Com um trabalho raro, o designer Carlo Giovani se destaca transformando folhas de papel em arte
Carlo Giovani Designer Gráfico
PAPEL
Lápis, papel e tesoura. O que para muita gente isso pode ser brincadeira de criança, faz parte das ferramentas de trabalho de Carlo Giovani. O designer gráfico do Rio Grande do Sul se aperfeiçoou em ilustração para desenvolver projetos em papel com uma riqueza de detalhes impressionante. Dedicado, Giovani diz que não acredita em “talento nato” mas, sim, no esforço e na persistência dentro da área que se tem mais facilidade. Seus criativos trabalhos já viraram anúncio, embalagem, ilustração de revista, filme de stop motion e até capa de livro. Não é à toa que conquistou vários prêmios no Brasil e no exterior. Confira uma interessante entrevista com o designer Carlo Giovani e conheça um pouco do seu trabalho com ilustrações, esculturas de papel.
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Profissão Arte
Etapas de criação
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Qual sua trajetória como designer? Giovani: Após cursar Design Gráfico na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, fiz o Curso Abril de Jornalismo em Revista, em 2000, e fui contratado logo em seguida pela revista Recreio, onde trabalhei por dois anos e meio. Em meados de 2003 saí da Editora e passei a dedicar cada vez mais tempo à ilustração, animação em stop motion e concept design, o que venho fazendo desde então. Atualmente, tenho trabalhado também com ilustração e design para capas de livros. Meu trabalho como designer se mistura muito com minha rotina de ilustração, da mesma forma que minha ilustração é muito ligada à minha formação em Design Gráfico. Sempre trabalhou com técnicas com papel? Giovani: Não, eu sempre trabalhei com diversos materiais e técnicas de ilustração, desenho ou expressão gráfica. O papel acabou se tornando parte importante do meu trabalho pela grande demanda dos clientes por ilustrações com esse material e por ser um material muito interessante para se desenvolver pesquisas de formas. Quais os prêmios que você já recebeu? Giovani: Já recebi alguns prêmios bacanas, entre eles o Malofiej de infografia por três vezes. Alguns prêmios Abril de Jornalismo em Revista; o prêmio Esso, por Criação Gráfica; o Max Feffer por embalagem; o PromaxBDA Latin America e um W3 Award Show USA, os últimos com filmes de animações. Qual o projeto mais complexo que você já executou com paper toy? Giovani: As animações em stop motion para a Série Mundos Invisíveis do Fantástico, Rede Globo. Foram 10 episódios de dois minutos cada, produzidos ao longo de um ano inteiro. Foram uns trinta e poucos cenários, mais de vinte personagens e uma infinidade de elementos e objetos de cena, tudo feito em papel.
“O papel acabou se tornando parte importante do meu trabalho pela grande demanda dos clientes por ilustrações com esse material e por ser um material muito interessante para se desenvolver pesquisas de formas.”
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Profissão Arte
Qual o seu material de trabalho diário? Giovani: Papel, lápis, canetas, tinta, computador, tablet entre outros. Depende do projeto que estiver desenvolvendo. Como geralmente trabalho em uns três ou quatro projetos ao mesmo tempo, as ideias, materiais e processos se misturam e interagem muito facilmente. Qual o tempo médio de trabalho? Giovani: Trabalho cerca de 14 horas por dia, tentando fazer uma média do tempo que fico no estúdio, dedicado ao trabalho. Mas, às vezes acho que trabalho em tempo integral durante todo período que estou acordado e, às vezes, até dormindo. Acho muito difícil separar o trabalho do não-trabalho. Quando estou vendo um filme, ouvindo música ou almoçando, não interrompo o processo criativo, as coisas estão acontecendo, estão aparecendo, fazendo relações o tempo todo. Acho que esse sentimento está presente para muitos outros artistas ou designers. É difícil separar as coisas. Grande parte das soluções para os projetos surgem enquanto estou dando uma caminhada, tomando um café. Justo naquelas horas que eu vou “dar um tempo”. Complicado esse negócio de tempo de trabalho, não?
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Você tem um talento nato ou foi aperfeiçoando com o tempo? Giovani: Acho estranha a ideia de “talento nato”. Você pode ou não se esforçar e se dedicar o suficiente em alguma coisa para se tornar realmente bom naquilo. Acho que algumas pessoas podem ter alguma facilidade ou sensibilidade para determinadas tarefas ou expressões, mas não existe essa coisa de talento nato. Você só consegue ser bom em algo se houver uma dedicação enorme, intensa. Qual a habilidade principal para quem quer trabalhar com modelagem em papel? Giovani: É preciso muita paciência e concentração, há muitas tentativas, uma infinidade de erros, mas é preciso ser perspicaz também, pois dos erros nascem muitas formas e soluções para outros trabalhos. + em www.carlogiovani.com
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{ TIPOTIL } PORTFOLIO
Com alta tecnologia e experiência, o leque de possibilidades dentro de uma indústria gráfica é imenso. Confira um pouco do portfolio Tipotil, construído com toda paixão, cuidado e satisfação em materializar os projetos dos seus clientes.
Bravíssima
Especificações do material: Capa + 96 Páginas Formato Fechado: 42 x 29,7 cm Cores: 4x4 CMYK Papel Couchê Fosco 170g Verniz UV Brilho Localizado Capa e Miolo, Hot Stamp Capa e Miolo Stamcosturado, Lombada Quadrada. Capa Revestida c/ Poliester Dourado + Baixo Relevo + Serigrafia Frente Fita Marcador de Página 40Cm + Papel Vegetal
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Kit Amores da Brava Especificações do material: Caixa com Berço + Caderno Calendário + Agenda + CD com Capa Caixa com Bloco de Anotações
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Portfolio
Catálogo Terrace Residence Agência: GGeDESIGN Especificações do material: Capa + 32 Páginas Formato Aberto: 64 x 40cm Formato Fechado: 32 x 40cm Cores: 6x6 CMYK + Pantone® Papel: Couchê Fosco 300g (Capa) Couchê Fosco 230g (Miolo) Capa: Laminação Fosca 1x0 Verrniz UV Local 60% 1x0 Miolo: Verniz BA Fosco Total 1x1 Lombada Quadrada Costura, Dobras, Vincos e Refile
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Catálogo Villa Provence Agência: MK3 Propaganda Especificações do material: Capa + 16 Páginas Formato Aberto: 70 x 40cm Formato Fechado: 35 x 40cm Cores: 5x5 CMYK + Pantone® Ouro Papel: Couchê Fosco 300g (Capa) Couchê Fosco 230g (Miolo) Laminação Fosca, Verniz UV Textura Brilho, e UV Brilho Localizado, Hot Stamp, Grampos
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Sustentabilidade
A Tipotil faz parte deste time Hoje não basta ter apenas o conhecimento ambiental, pois a teoria não cabe mais nesta história. É preciso urgência, é necessário consciência e ações. E, como sempre responsável e pautada por esta consciência ambiental, é que a Tipotil faz parte do time que usa o selo verde mais conhecido no mundo, o FSC (Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português). Este selo é capaz de atestar que determinada empresa ou comunidade obtém produtos florestais, respeitando os aspectos ambientais, sociais e econômicos da região. Esta certificação contribui para o uso correto dos recursos naturais, ou seja, uma alternativa contra a exploração e depredação das florestas. O papel é um produto de extrema importância, mas é preciso utilizá-lo com responsabilidade.
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Saiba mais sobre o Selo FSC Como surgiu? Este conselho foi criado como o resultado de uma iniciativa para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro. Seu objetivo é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência no longo prazo. Para atingir este objetivo, o FSC criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente, chamadas Princípios e Critérios, que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica, e são os mesmos para o mundo inteiro. Como atua? O FSC atua de três maneiras: desenvolve os princípios e critérios (universais) para certificação; credencia organizações certificadoras especializadas e independentes; e apoia o desenvolvimento de padrões nacionais e regionais de manejo florestal, que servem para detalhar a aplicação dos princípios e critérios, adaptando-os à realidade de um determinado tipo de floresta. Qual o objetivo? A certificação florestal deve garantir que a madeira utilizada em determinado produto é oriunda de um processo produtivo manejado de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, e no cumprimento de todas as leis vigentes. A certificação é uma garantia de origem que serve também para orientar o comprador atacadista ou varejista a escolher um produto diferenciado e com valor agregado, capaz de conquistar um público mais exigente e, assim, abrir novos mercados. Ao mesmo tempo, permite ao consumidor consciente a optação de um produto que não degrada o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais. Para isso, o processo de certificação deve assegurar a manutenção da floresta, bem como o emprego e a atividade econômica que a mesma proporciona.
A certificação FSC de uma área florestal requer que a operação florestal nessa área seja feita de modo: Ecologicamente correto Utilizar técnicas que imitam o ciclo natural da floresta e causam o mínimo impacto, permitindo sua renovação e sua permanência, bem como da biodiversidade que abriga. Por exemplo, a floresta é provedora da matéria prima da Indústria papeleira - se não houver floresta, não é possível oferecer o mesmo produto nem na mesma quantidade. E o papel é um bem essencial na sociedade moderna. Socialmente justo A propriedade de uma área florestal e toda a atividade precisa ser legalizada, o que significa pagar todos os tributos e respeitar todos os direitos trabalhistas, inclusive no item segurança do trabalho. Além disso, o processo de certificação FSC é transparente, o que permite sua fiscalização por qualquer entidade ou indivíduo da sociedade civil. Finalmente, os princípios e critérios do FSC são decididos com a participação igualitária dos três setores: ambiental, social e econômico. Economicamente viável As técnicas de manejo florestal requeridas pelo FSC aumentam a produtividade da floresta, garantem a durabilidade dos investimentos, e AGREGAM valor ao produto. O selo FSC no produto já é uma demanda do mercado para o qual ainda não há suficiente oferta, e isso significa que um produto com o selo FSC garante a permanência no mercado e abre novos mercados.
Fonte www.wwf.org.br
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entrevista com Yomar Augusto
Criação e mais criação. Assim, de forma simplista e superficial, mas realista, poderia ser descrito o universo de um artista e designer gráfico. Porém, por serem profissões tão ricas em detalhes e capazes de proporcionar uma diversificada vertente de inspirações que, abordar o tema assim, de forma ampla, não seria coerente. Por isso, fomos em busca de uma entrevista exclusiva para falar sobre este universo com um dos brasileiros que ganhou reconhecimento através da sua carreira internacional: o tipógrafo, designer gráfico, fotógrafo e professor, Yomar Augusto. Com um conjunto de habilidades impressionantes, seu currículo conta com trabalhos desde exposições individuais no Brasil, Japão e Europa até projetos
para grandes empresas, como: Warner Music, MTV, 180 Amsterdam, Adidas (Copa do Mundo de 2010) e ainda workshops, palestras, oficinas de caligrafia e muito mais. Formou-se em Design Gráfico, no Rio de Janeiro, estudou fotografia na School of Visual Arts, em Nova York, e cursou mestrado em Tipografia na The Real Academy of Art, na Holanda. Morando em Nova York desde 2013, o brasiliense, criado no Rio de Janeiro e que há mais de 10 anos vive no exterior, nos revela um pouco do seu dia a dia, suas rotinas e criações.
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Quem é Yomar Augusto? Um cara simples, que se sente muito realizado. Se pudesse me colocar em algum tipo de perfil, eu diria que sou um profissional meio híbrido, onde a tipografia, design, filme, fotografia e desenho se misturam. Em que momento a tipografia entrou em sua vida? Primeiro começou com a caligrafia. Sempre fiz muita caligrafia e depois passar para a tipografia foi mais ou menos como dar um passo. Isso porque você começa a perceber que pode desenhar as letras e não precisa ficar procurando fontes para cada trabalho. Fica livre, desenhando suas próprias letras. Hoje, uma das vantagens que vejo nisso é a possibilidade de desenvolver letras que posso usar no meu trabalho e que ninguém mais terá. É uma coisa bem exclusiva que posso oferecer aos meus clientes. Como você define sua paixão pela tipografia? Ou melhor, existe uma paixão pela tipografia? Uma paixão? (risos). Na verdade eu nem chamaria de paixão, às vezes vira até ódio. Porque é uma coisa que se trabalha todo dia, às vezes você gosta, às vezes não. Não sei se poderia chamar de paixão, eu acho que é mais uma coisa de liberdade, de poder desenhar a letra. Paixão é meio que acontece rápido e depois some. Acredito que paixão esteja mais relacionada a pessoa, quando você gosta de alguém ou de um lugar. A tipografia é, para mim, como uma ferramenta de trabalho, ela faz parte do design gráfico.
É necessário ter prática em desenho e conhecimento técnico para trabalhar com tipografia? É preciso, sim. Você tem que investir um tempo para estudar. Eu parei um ano da minha vida só para isso. Acho que não tem outra forma, a tipografia é algo muito antigo, tem uns 500 anos de história tipográfica, só no lado ocidental. Então eu acho que é importante, sim, ter um estudo mais clássico e depois definir o que você quer. É possível viver só da tipografia? Não é o meu caso, nem o meu interesse. Mas, com certeza é possível. Tem empresas que trabalham apenas desenvolvendo fontes, exclusivamente com isso.
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você começa a perceber que pode desenhar as letras e não precisa ficar procurando fontes para cada trabalho.
Como é o seu dia a dia? Meus dias nunca são iguais. Trabalho hoje como designer gráfico freelancer e também como professor. Às vezes trabalho sem parar duas, três semanas e depois tiro um tempo para descansar. Em alguns momentos trabalho em casa, em outros em uma biblioteca, ou até mesmo em um café no qual nunca estive. Eu gosto muito do estilo de vida criativo nômade, em que preciso me adaptar o tempo todo às diferentes circunstâncias. Assim eu consigo ver de forma fascinante o quão importante as pequenas coisas se tornam. Qual o trabalho mais prazeroso? Pra mim, o trabalho mais prazeroso não é um projeto, é ser professor. Acho que ser professor não é dar aula de alguma coisa. Professor não tem que ensinar nada, quem ensina é pai e mãe. O aluno tem que descobrir por ele as coisas, ou seja, minha função é criar entusiasmo e através desse entusiasmo eles descobrirem os seus caminhos.
Como foi o trabalho para a Copa do Mundo de 2010? (Yomar foi o profissional responsável pela criação da tipografia da bola oficial “Jabulani” e diversos uniformes da marca Adidas) Esse foi um projeto que me mostrou alguns caminhos. Na época eu trabalhava na agência 180 Amsterdam, que durante 10 anos foi a agência global da Adidas. Eu era meio que o tipógrafo da agência. Mas, não foi um trabalho que fiz sozinho, digamos que uns 85% foi feito só por mim e o restante em conjunto com a equipe. Eu sempre fui um cara que gostei de fazer muitas coisas, e a tipografia é um trabalho que te faz sentar e trabalhar por muito tempo no mesmo desenho, mas, por outro lado, foi muito bom, por exemplo, para eu ver quando ia para outros países a tipografia impressa desse projeto, e que até hoje ainda vejo. E isso é muito legal, porque estava acostumado a ver minhas tipografias em flyer de festas, num type de cabeleireiro, não era uma coisa global. Daí é que você vê a capacidade que uma fonte tem. Isto dá um gostinho do que você pode fazer. E, claro, também me deu bastante visibilidade. Esse trabalho até gerou situações engraçadas, como, por exemplo, quando eu estava fazendo meu visto para os Estados Unidos. Na entrevista da imigração eu achava que iriam me fazer perguntas do tipo: o que você quer fazer aqui? Mas o cara me perguntou se era eu mesmo que tinha feito a fonte da Copa do Mundo. Perguntou se eu era tipógrafo, pediu para eu falar um pouco sobre ela e ainda disse que gostava mais da minha fonte do que da fonte da Nike (risos). E eu esperando um questionário grande. Nunca imaginei ele falando sobre minha fonte.
E a fotografia? Sou fotógrafo também e agora estou passando para filmes. Quero misturar filme com foto, isso porque sou a parte visceral e emocional do trabalho, a parte técnica estou tentando entender. Você morou por vários anos em Rotterdam, na Holanda. Como é a profissão de designer lá? Na Holanda tem uma fusão muito grande de artistas e designers. Acho que muito mais do que no Brasil. No Brasil ainda o artista é o artista, e o designer é o cara que faz o flyer do artista. Na Holanda não, os artistas e designers estão mais ou menos na mesma sintonia e o designer tem muito espaço para desenvolver seus trabalhos. Rotterdam é um lugar que me deu muitas oportunidades. E para o futuro, quais são os planos? Não sou bem o tipo de pessoa que faz muitos planos. Estou vivendo dia após dia. E a ideia agora é tentar sobreviver em Nova York. Esta é segunda vez que venho morar aqui. Mas, desta vez estou vindo direto da Europa e com uma perspectiva completamente diferente em minha vida e trabalho, ainda mais porque agora trabalho como freelancer. Viajei muito nos últimos oito anos e estou feliz em parar aqui. Então a ideia é me manter independente, fazer meus projetos pessoais, atender as agências de publicidade e dar aulas em Los Angeles.
Enfim, esse projeto foi impresso em vários livros e sites, me ajudou e ainda me ajudará muito. É muita visibilidade. Foi este o projeto que ajudou a impulsionar sua carreira? Acho que num determinado momento, com certeza. Sou um cara super humilde em relação ao que faço, não sou muito estrela. Fui fazendo a fonte e quando vi ela foi surgindo. Não percebo muita grandeza nas coisas, quando vejo já está lá. Não tenho um plano, tipo, olha esse trabalho vai levantar minha carreira. Pra mim, minha carreira já tinha sido levantada quando fiz o mestrado em Tipografia. Eu achava que aquele era o meu maior objetivo profissional, quando finalizei o mestrado pensei que o que viesse depois seria lucro.
Você encontra mais do trabalho deste profissíonal no site
yomaraugusto.com
Fotos Yomar Augusto
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GALERIA PUBLICITÁRIA A cada edição, a Printer apresenta peças de empresas de comunicação de uma das região atendida pela Tipotil. E, nesta edição apresentamos as parceiras de Florianópolis.
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9mm Propaganda www.9mm.com.br 48 3024-9009
Koerich Imóveis | Books eStúdio Para um espaço exclusivo, um material sofisticado e diferenciado. Surpreender, essa é a ideia.
CEDCA/SC Um filme diferenciado e criativo, que utiliza a estética de comunicação dos perfumes internacionais para evidenciar um importante problema social.
Unimed | Chang Com foco no personagem “Chang”, a campanha divulgou, de forma bem humorada, o Plano Unimed para pequenas empresas. Vencedora do Prêmio Profissionais do Ano da Rede Globo 2012. Melhor Campanha do Sul do Brasil. - Premiada no “Prêmio Catarinense de Propaganda 2012” - Melhor Campanha entre todas as Unimeds do Brasil em 2012.
Di Valentini | Verão 2013 e 2014 Verão 2013 - Casapueblo Verão 2014 - Fernando de Noronha Desbravar fronteiras e inovar. A 9mm vai além, e transforma a criatividade em tendência. Campanhas produzidas no exterior e em lugares especiais do Brasil.
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Galeria Publicitária
OneWG www.onewg.com.br 48 3953-4500
Bayliner O Brunswick Boat Group é o maior fabricante de barcos de lazer do mundo. Em 2012, a empresa conquistou um novo mercado e investiu em uma moderna fábrica em Joinville para produzir embarcações das marcas Sea Ray e Bayliner, a mais vendida do mundo e ganhadora nos últimos cinco anos consecutivos do principal prêmio mundial de satisfação dos clientes. Coube a OneWG a responsabilidade de construir a comunicação da Bayliner no Brasil.
Floripa Shopping Inaugurado em 2006, o Floripa se atreveu a investir na ilha quando todos diziam que não havia mercado para novos shoppings. Escolheu uma agência que não teme previsões negativas, conquistando assim, o título de um dos mais agradáveis centros de compras da cidade, com mais de 150 lojas, algumas exclusivas em Florianópolis.
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RBS TV A família Sirotsky foi visionária em transformar uma pequena rádio, na maior rede de comunicação do sul do País, com mais de 18 emissoras distribuídas em RS e SC e 17 milhões de telespectadores. Com esta visão arrojada, desde 2009, a OneWG defende esta liderança, criando campanhas ousadas e inovadoras tanto para a programação quanto para os grandes projetos, como, a Campanha do Agasalho, o Pedágio do Brinquedo, o Campeonato Catarinense e o reality Verão Top Model.
Milium Qual rede de varejo teria coragem de bater no peito e encarar um slogan “tem de tudo”? Foi o que a Milium fez, investiu num modelo de negócio que vende mais de 30 mil itens em cada uma de suas unidades. São mais de 30 lojas em 16 cidades catarinenses. Para encarar este desafio, contrataram a OneWG em 2011, que gerenciou toda a comunicação, incluindo as embalagens de suas marcas próprias: Newpro, Ikinci, Powner e Newlight.
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Galeria Publicitária
mdo.ag www.mdo.ag 48 3365-7707
Economia Verde e Solidária O programa Economia Verde e Solidária, promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), tem como objetivo ajudar empreendimentos produtivos coletivos catarinenses, como associações e cooperativas, de baixa renda e sem fins lucrativos. Para garantir que a mensagem chegasse até o público-alvo, foram produzidos folders, cartazes, anúncio nos jornais e na televisão.
Geração TEC O programa Geração TEC visa criar oportunidades para jovens e adultos por meio de qualificação profissional. Neste folder estão listados os principais objetivos em inovação, educação, meio ambiente e economia.
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Cursos do Senai O Senai tem como objetivo apoiar o setor industrial através da formação de recursos humanos e da prestação de serviços técnicos e tecnológicos. Para divulgar os diversos cursos que o sistema oferece em todo o Estado, foram desenvolvidos folders, guias de carreira e displays.
Portfólio Mercado Produzida para apresentar o novo posicionamento estratégico da agência, esta revista deixa bem clara a forma de pensar e agir da mdo.ag, com cases e peças que atestam a qualidade criativa da agência.
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Criações de Jo Cleveston A expressão visual é produto da inteligência humana cujo a inspiração pode surgir de cenas comuns do cotidiano ou para suprir necessidades mais complexas, como a expressão de ideias e sentimentos. No caso do designer gráfico e ilustrador Jo Cleveston, que divide suas criações entre trabalhos comerciais e autorais, a expressão visual garante autonomia e funciona como uma válvula de escape para universos paralelos, onde a ponta do seu lápis desencadeia o Big Bang.
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Gaúcho de Giruá (RS), foi morar em Balneário Camboriú (SC) ao receber uma bolsa de estudos para um curso superior. Desde então, vive em constante atualização, ampliando e aprofundando seu conhecimento na área que escolheu. Recentemente, concluiu o curso Drawing and Painting - Surface Design, na Central Saint Martins (CSM), em Londres, Inglaterra. Hoje, com mais de oito anos de atuação no mercado, trabalha como freelancer em seu home office atendendo principalmente marcas de moda. Em entrevista à Printer, Jo, que adora desenvolver padronagens, revela que tem planos para abrir uma empresa especializada neste tipo de trabalho, prestando também serviços de consultoria.
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Ilustração
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formas e cores nas asas da imaginação André Neves Escritor e Ilustrador
Quando abordamos o cenário da literatura infantil, descobrimos que a arte de ilustrar é muito mais do que criar desenhos que descrevem e decoram a narrativa de uma história. Dentro deste cenário, é preciso que exista uma coreografia perfeita entre palavras e ilustrações, onde a sintonia se torna capaz de levar o leitor para além das páginas. E, é neste universo de fantasias repleto de histórias infantis que personagens, formas e cores ganham vida através da imaginação e mãos do premiado ilustrador e escritor, André Neves. Suas obras receberam, a maior parte delas, o selo Altamente Recomendável pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), e em seu currículo consta, até o momento, quatro prêmios Jabuti e quatro prêmios Açorianos, entre muitos outros que conquistou ao longo de sua carreira. Com 20 obras autorais publicadas e mais de 80 participações como ilustrador para outros autores, Neves revela que sempre foi um leitor ávido e, em Recife, sua cidade natal, é que começou a desenvolver as primeiras atividades relacionadas ao mundo mirim. Em entrevista exclusiva à Printer, este cativante escritor e ilustrador abre as portas de sua vida para que possamos conhecer um pouco mais sobre este espaço da literatura que tanto fascina crianças e adultos.
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Brincar, desenhar e ser criança
Nascido em uma família de bons leitores, Neves comenta que cresceu acostumado a ouvir seus pais e avós a falarem dos livros e histórias espalhados pela casa, e, que não eram propriamente livros infantis. Muitas vezes, por exemplo, adormecia escutando sua avó em leitura alta. Só para compartilhar, mesmo que de forma breve, uma passagem de fantasia do momento daquilo que estava lendo. Por isso, até hoje para este ilustrador, abrir um livro é sempre uma nova descoberta fascinante. Quando pequeno, mesmo o desenho fazendo parte maior em seu imaginário, “a melhor brincadeira”, Neves foi estimulado a ser criança, onde brincar era divertido demais e, completamente, distante dessa modernidade de hoje. “Aproveitei bem o que a rua e a natureza tinham para me oferecer”, ressalta.
Um trabalho da imaginação
Residindo no Rio Grande do Sul há 15 anos, André Neves ainda hoje busca inspiração em referências e lembranças do Nordeste, onde nasceu. E, constantemente, está atento às artes que também influenciam muito o seu trabalho. Nas ilustrações, não se limita a uma só técnica. Utiliza um mix de materiais para dar vida aos personagens e
cenários: tinta acrílica, têmpera, colagens. “Tenho uma insatisfação quando percebo que estou me repetindo.” Por isso, dentro de um ateliê montado na sua casa, Neves vai juntando, mudando e aperfeiçoando sempre. Quando é uma obra autoral, onde ilustra sua própria história, Neves explica que as imagens se formam naturalmente em seu imaginário na medida da escrita. Depois, quando inicia a execução plástica, as palavras escritas também se modificam. Com total liberdade de criação, o artista acredita que tem acréscimo positivo em relação ao escritor só de palavras, pois consegue aprimorar o “balé da leitura”, levando o leitor a se deslocar com graciosidade entre os textos, as imagens e cores. Indagado sobre o tempo que leva para ilustrar uma obra, ele considera “uma pergunta difícil” pelo número de variáveis da criação, como o tipo da proposta, o projeto gráfico, o tempo editorial e a quantidade de imagens em relação ao número de páginas. Mas é taxativo ao pontuar o tempo de estudo como o mais longo. Hoje, mais exigente com seu próprio trabalho, precisa de um tempo cada vez maior para executar uma ilustração. “No mínimo três, no máximo, seis meses. Mas gostaria mesmo de um ano, direto, sem pensar em outra coisa. Se possível, o que não é, sem sair de casa, sem fazer outras atividades”, ressalta Neves.
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As características de uma boa ilustração
“Aquela que conta uma boa história, com uma narrativa surpreendente e cativante” é para André Neves a máxima de uma ilustração. Plasticamente, segundo ele, uma ilustração não precisa ser necessariamente virtuosa, técnica, impressionante. A arte é ampla e o estilo é na verdade uma escolha estilística. No caso dos livros para infância, é preciso de imaginação e afeto, para conquistar leitores de todas as idades. Até porquê, seus livros também são para adultos. Nos últimos anos, ele tem percebido que não cria mais obras para crianças, mas sim para a infância de todos os leitores. Quando questionado sobre a sua obra preferida, Neves confessa sabiamente: “A próxima e espero que seja sempre assim.”
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“Num segundo descobri que ser fotógrafo é registrar a história instantânea deste mundo. Que é preciso estar ali quando a vida, de repente, levanta a saia e mostra” Araquém Alcântara