Revista ES Brasil 149

HAROLDO ROCHA A “Escola Viva” e a nova educação

ELEIÇÕES 2018 Decisões judiciais podem alterar cenários

PREVIDÊNCIA Saiba onde as mudanças vão impactar você

AONDE IR 5 roteiros especiais para o seu verão

Nº 149 • Janeiro de 2018 • R$ 10,50 • www.esbrasil.com.br

ONDE VOU TRABALHAR? IMPRESSO

EMPRESAS TRAÇAM PERFIL DO NOVO PROFISSIONAL QUE PRECISAM

CAPA

SUMÁRIO

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As empresas tiveram de utilizar todos os recursos que a tecnologia e as ferramentas de gestão oferecem para minimizar os custos e conseguir atravessar o severo período de crise que nosso país está tentando sair. Com isso, mudaram posturas, e processos foram criados, ampliando, assim, a necessidade de novos profissionais para operar essas mudanças.

06 Entrevista O secretário do Estado da Educação, Haroldo Rocha, explica quais são as prioridades da pasta para 2018, detalha como estão a implantação do programa de educação em tempo integral, o “Escola Viva”, e fala sobre as ações de adequação do currículo obrigatório à Base Nacional Comum Curricular.

20 Reforma da Previdência A corrida de recuperação do Brasil tem sido lenta, longa e cheia de percalços. Tanto que o país entra em 2018 ainda necessitando alargar suas passadas para arrancar e deixar para trás pendências dos anos anteriores, como as reformas estruturais, o desemprego e a plena retomada econômica. Tudo isso com um incômodo calo no pé: o desequilíbrio fiscal.

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Agenda

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Periscópio

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Família S/A

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O Endereço da História

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Mindset

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Corecon

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Motores

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Gastronomia

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Mais e Melhor

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Modus Vivendi

ARTIGOS 18

Política

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas de opinião para se tornar novamente o chefe do Executivo nacional, está envolvido em um processo que pode causar a inelegibilidade de sua candidatura. Como ficariam as eleições nesse cenário? E o nosso governador Paulo Hartung?

Será que ele participará de um projeto com objetivo de chegar a Brasília? A corrida eleitoral começou.

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Escolas de Samba

O carnaval no Brasil é um período do ano em que a economia pula no mesmo ritmo dos foliões. Com a profissionalização das escolas de samba da Grande Vitória, o turismo aumenta e já gera um grande impacto positivo em vários segmentos.

Dionisio Corteletti

Rumos da Educação Profissional

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Arilda Teixeira

Ideias econômicas e mudanças institucionais no Brasil

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Verão

Se bronzear, curtir a natureza, descansar e tirar lindas fotos. Confira cinco dicas pra aproveitar o sol! radio.esbrasil.com.br •

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EDITORIAL

U

fa, que janeiro quente! Você está sentindo? Afora o clima, com quebras de marcas históricas na elevação de temperatura, o julgamento do ex-presidente Lula antecipou o debate que costumava inflamar o Brasil um pouco mais tarde em anos eleitorais. Por isso, a ES Brasil também adiantou os diagnósticos de cenários para a disputa nas urnas em 2018.

Já em dezembro, na nossa edição especial com a retrospectiva de 2017, trouxemos uma entrevista exclusiva com o governador Paulo Hartung. Com a análise das realizações do Executivo e os próximos passos a serem dados até o fim de seu terceiro mandado à frente do Executivo estadual, PH deixou uma questão em aberto: ele pleiteará a reeleição ou abraçará algum projeto com objetivo de ficar bem próximo ou dentro do Palácio do Planalto? Se você ainda não teve oportunidade de ler e ouvir essa conversa, nem de assistir ao bate-papo, o conteúdo está publicado em nosso site, esbrasil.com.br, e em nossos canais nas redes sociais e plataformas de streaming (YouTube, Spotify e Deezer). Neste número, nossa reportagem reuniu toda a movimentação que temos até o momento e, com ajuda de especialistas, conjecturou algumas alternativas que poderemos ver nas urnas.

Saindo da esfera político-partidária, trazemos a reportagem de capa sobre carreira.

A evolução em progressão geométrica da tecnologia faz com que profissões, cargos e concepções de trabalho e renda sejam alterados na mesma velocidade. Vamos refletir juntos sobre o que podemos fazer para que a atualização constante não inviabilize novas oportunidades de negócios.

Dialogando com a nossa especial, o administrador Dionisio Corteletti comemora os 70 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Espírito Santo (Senac/ES), entidade na qual exerce o posto de diretor regional. O executivo elenca várias oportunidades já existentes de educação profissional para os interessados nas novas aptidões que o mercado exige.

Ainda sobre ensino, entrevistamos o secretário de Estado de Educação, Haroldo Rocha, para entender como programas como “Escola Viva” – que trata, entre outros pontos, sobre a maior permanência do estudante no espaço físico da unidade educacional, desenvolvendo tarefas não pertencentes ao currículo obrigatório – podem agregar à formação daqueles jovens.

Boa leitura!

Mário Fernando Souza, diretor executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial.

Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

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Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas

EDITORIAL Editor-Executivo: Mário Fernando de Souza Gerente Editorial: Elisângela Egert Coordenadora de conteúdo: Fernanda Neves Apoio de Produção e de Redação: Mara Cimero Revisão: Andréia Pegoretti Textos: Cintia Bento, Karolyne Mayra, Lui Machado, Mike Figueiredo, Priscilla Cerqueira, Weber Caldas e Yasmin Vilhena Edição de Arte: Fábio Barbosa, Hobberson Miranda e Michel Sabarense Fotografia: Jackson Gonçalves, fotos cedidas e arquivos Next Editorial Colaboraram nesta edição: Arilda Teixeira e Dionisio Corteletti

PUBLICIDADE Coordenador de Publicidade Felippe Gama Executiva de Contas Dayse Mathias Apoio Comercial Lívia Souza (27) 2123-6506 - comercial@nxte.com.br

MERCADO LEITOR Assistente de Logística: Bruna Ferreira Apoio Circulação: Abel Lucas Assinatura: (27) 2123-6525 Serviço de Atendimento ao Assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h loja.esbrasil.com.br | Chat

REDAÇÃO

OPINIÃO DO LEITOR “Fiquei interessado em ler a matéria especial de retrospectiva da minha área (ciência e tecnologia) e acabei lendo os outros textos também. Recebemos informações o dia todo por WhatsApp, televisão e Facebook e nem sempre temos a noção de como isso tudo afeta nossa sociedade ao longo do ano.”

“Sou ainda do tempo do papel e gosto de folhear uma boa revista, como é a ES Brasil.

Temos boas publicações nacionais, mas aqui em Vitória só tenho acesso aos jornais diários.

Uma revista é diferente. Tem textos mais trabalhados.”

Jonathas Nascimento Cirino, analistas de sistemas

Francisco Carlos de Lima, aposentado

Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715 Tel: (27) 2123-6500 / 2123-6527 / 2123-6529 (27) 98147-5951 E-mail: redacao@nxte.com.br

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ERRATA Na edição número 148, dos dados o empreendimento Ocean Ville Corporate Center & Mall e Ocean Ville Residencial foram publicados de forma equivocada.

Os dados corretos são: Endereço: entre as ruas Henrique Moscoso, XV de novembro e Joseph Zogaib, na Praia da Costa, em Vila Velha.

Apartamentos: de três quartos com até 91 metros quadrados e duas vagas de garagem.

Salas comerciais: simples ou duplex com metragens que chegam a

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91 metros quadrados.

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Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A Informações e vendas: 3200-4004

ENTREVISTA

LUI MACHADO E PRISCILA CERQUEIRA

Veja o conteúdo desta entrevista no site da ESBrasil

Tivemos muita resistência no início.

As pessoas não compreendiam o quão diferente era a metodologia, tinham dificuldade de entender”

ESCOLA VIVA: O FUTURO DA EDUCAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO EM ENTREVISTA PARA A ES BRASIL, O SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO, HAROLDO ROCHA, FAZ UM BALANÇO SOBRE O PROGRAMA, TIDO COMO REFERÊNCIA NACIONAL 6

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Q

uando assumiu, em 2015, a pasta da Secretaria de Educação no terceiro mandato de Paulo Hartung, Haroldo Rocha tinha como principal missão colocar em prática o carro-chefe das propostas do governador para a área. A ideia de uma escola em tempo integral, com currículo educacional que atendesse a todos os municípios capixabas, já vinha sendo debatida por profissionais da área havia anos.

Em 2017, porém, as primeiras unidades do Escola Viva saíram do papel. Ao todo, foram 37 construídas em 23 cidades, somando 18.325 vagas distribuídas entre o 6º ano do ensino fundamental e o último do nível médio.

Em entrevista para a revista ES Brasil, o secretário falou abertamente sobre o programa, passando pelas polêmicas, com as comunidades, a importância da aprovação de uma Base Nacional Comum Curricular e o caminho para fazer do Espírito Santo uma referência na área da educação no país. “Acho que em muitas coisas o Espírito Santo pode ser luz para o Brasil. Não precisamos ser o maior, mas temos que ser o melhor. A melhor referência.”

De que forma que as comunidades do entorno dessas escolas do programa são impactadas?

O primeiro impacto é que, no Brasil, nossa cultura escolar é de escola de meio tempo. Começa de manhã e termina na hora do almoço; começa na hora do almoço e termina à tarde. Quando você tem uma escola de tempo integral, o impacto é muito forte.

Nós iremos levar anos para trocar esse modelo mental por um em que o jovem chegue de manhã à escola e permaneça durante o dia. Porque é dessa forma que ele tem mais oportunidade de

aprender. Quando a gente instala a Escola Viva, que possui o modelo de tempo integral, aí as famílias e os jovens têm que tomar uma decisão. Muitos dos que hoje estão aqui dizem que hesitaram em escolher esse modelo de escola, porque achavam que não iriam aguentar ficar o dia inteiro tendo aula. E o motivo é que a referência que eles possuem é da escola tradicional, em que eles são meros ouvintes. Na Escola Viva eles não são ouvintes. Eles possuem atividades o tempo inteiro.

Outra questão é que a Escola Viva também tem um compromisso com a sua microrrealidade. Os alunos são levados a fazer pesquisas na comunidade, a comunidade é trazida para dentro. É um compromisso de conhecimento engajado, contextualizado, ligado à realidade dos meninos e meninas e às famílias desses jovens que estão na Escola Viva. E não é só isso. Na região em que colocamos a Escola Viva, pode ser um município inteiro, ela impacta todo o sistema educativo. Porque é muito diferente da escola tradicional. É a escola do futuro. Tivemos muita resistência no início. As pessoas não compreendiam o quão diferente era a metodologia, tinham dificuldade de entender.

Os alunos fizeram até protesto...

Claro! Tem alunos que dizem que fizeram manifestação contra a Escola Viva e hoje estão aqui. E felizes com as atividades e com as oportunidades que a escola proporciona. Nossa expectativa é que nosso modelo de escolas seja dominante dentro de alguns anos. Não é algo que se faça em um estalar de dedos, mas com o tempo eu tenho certeza que vamos chegar a isso. A escola do século XXI tem que lidar cada vez mais intensamente com as chamadas competências cognitivas, mas igualmente olhar para a formação de um cidadão que precisa ter competência emocional e social para lidar com o mundo onde vive.

A Base Nacional Comum Curricular norteou a matriz de educação para ser adotada no Brasil. O que o Estado vem fazendo para se adequar a ela?

Pela primeira vez o nosso país possui uma Base Nacional Comum Curricular. Isso já estava na LDB de 1996, está no Plano Nacional de Educação, enfim. Isso está nos normativos da área de educação e nunca foi feito. Até bem pouco tempo atrás, mais ou menos 10 anos, nenhum país tinha base. Ela se tornou essencial porque o conhecimento nesse nosso tempo é infinito. Se você pensar que em um toque no computador você acessa qualquer tema que quiser e vem um volume gigantesco de informações, isso muda muita coisa.

A juventude hoje tem várias causas. A gente aprendeu muito conversando com os jovens na época das ocupações. Ali tem sonhos genuínos, tem dimensões humanas muito importantes”

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A escola do século XXI tem que lidar cada vez mais intensamente com as chamadas competências cognitivas, mas igualmente olhar para a formação de um cidadão que precisa ter competência emocional e social para lidar com o mundo onde vive”

O Ministério da Educação homologou a base da educação infantil e do ensino fundamental. Agora, em 2018, vai para o conselho nacional a partir do MEC a Base Nacional do Ensino Médio. Agora temos que fazer o currículo. E aqui, no Espírito Santo, nós queremos fazer o que chamamos de currículo capixaba. Vamos considerar tudo o que a base traz e colocar a nossa realidade dentro da parte curricular nos sistemas municipais e estadual. A partir daí, cada escola vai dar o seu “temperinho” de sua realidade. Isso gera todo um movimento que é na direção, de alguma forma, do que estamos fazendo na Escola Viva: uma escola que se organize para a aprendizagem em primeiro lugar e também para o ensino. Não é do professor para o aluno. É do aluno fazendo o esforço e do professor que vai devagarzinho, sendo o mentor, o tutor, que orienta o aluno nas trilhas que ele tem que seguir para buscar o conhecimento. Isso que a base traz de novo. Eu acho que é um momento muito positivo para a educação brasileira. Ter virado 2017 para 2018 com uma Base Nacional Comum Curricular do infantil e do ensino fundamental aprovada para a gente trabalhar o currículo é um passo fundamental.

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Como está sendo a contribuição das escolas na construção desse novo currículo capixaba?

Olha, a gente já tem uma ação estruturada, começada desde maio de 2017 com parceria do Instituto Ayrton Senna, que foi quem mais avançou, em termos de conhecimento, nas chamadas competências sociais e emocionais, como foco, criatividade, etc. A previsão é que até o meio do ano a gente consiga finalizar essa parte e esteja, a partir de fevereiro, trabalhando com os municípios, os professores e os diretores a ideia de currículo de educação integral, que junta a parte cognitiva e a parte socioemocional. É a escola cuidando dessas duas dimensões para formar um cidadão completo.

Um ser humano que, mais que aprender conceitos na escola, aprende a gerir suas emoções. A escola não pode ter os ouvidos e olhos tapados para a realidade. É uma realidade de forte mudança e que a sociedade tem que se adaptar. Então, volto ao ponto, a mudança curricular é essencial. É a partida, a largada. Na Escola Viva, a parte mais importante dela é a concepção curricular. Não é o tempo integral. O tempo só é importante porque a educação integral não se faz em tempo restrito; você precisa de mais tempo para fazer.

Quais são as estratégias que o Espírito Santo está adotando para a meta de ser um dos primeiros estados brasileiros a incorporar o conhecimento socioemocional de forma estruturada na rotina da escola?

A gente vem desde 2015 aprendendo isso. Porque você fala para o professor “Olha, tem que desenvolver o menino emocionalmente, para ele aprender a lidar com as dificuldades, ou socialmente, para ele aprender a se relacionar...”, mas o professor não tem as ferramentas. Desde 2015, a gente vem experimentando ferramentas e metodologias. Porque é o aluno se colocando, não é? O que eu sou, de onde eu venho, o que eu quero, isso é socioemocional. Ele tem o estudo orientado, que é um trabalho em que a escola faz para que aprenda a estudar, a buscar o conhecimento. Aqui na Escola Viva, cada estudante tem um professor como tutor; o estudante o escolhe pela identidade. O tutor é aquele que o socorre quando você tem algum problema na vida, na família, ou na matéria que você não conseguiu evoluir. Nós utilizamos d oi s pro g r am a s d e du a s instituições de São Paulo, uma se chama Desenvolvimento Humano e Cultura da Paz, que a gente faz todo ano com um conjunto de escolas.

Que é ensinar ao professor que trabalha com o aluno como é que ele vai se desenvolvendo.

O resultado é extraordinário.

Os meninos se encontram, às vezes

choram, porque não conhecem a realidade do outro. Tem uma metodologia, e essa é para crianças de 7 a 8 anos, do ensino fundamental 1, que é “Os Amigos do Zip”. O Zip é um grilo, um bicho verde, cheio de pernas, as crianças levam para casa e têm que cuidar do bicho. Tem todo um conceito de humanizar a relação com aquele animal. E aí tem várias experiências, e no final delas o animal morre. E a criança aprende a lidar com a perda. A gente experimentou essas metodologias. E isso eu estou falando de professor, de diretor, não é de um não... O “Amigos do Zip” atingiu mais de 10 mil professores e diretores. Estamos aprimorando-o em termos curriculares, decidindo como vamos trabalhar no currículo e com quais metodologias.

O senhor participou de duas administrações do governador Paulo Hartung. Quais foram as principais diferenças que observou nessas duas fases?

Mudou muita coisa. E a mudança toda da sociedade é impulsionada pelas tecnologias digitais. Naquela época lá atrás, nós instalamos laboratórios de informática nas escolas. Ainda com a internet muito precária. Nós fizemos uma lei, sancionada pelo governador, os regimentos das escolas proibindo o uso do celular nas unidades. Isso mudou completamente. Porque, com o smartphone, o pai, a mãe e o jovem estão ali. Então tivemos que revogar a lei, e o fizemos em 2015. Nova Iorque, por exemplo, revogou apenas em 2016, e o Estado de São Paulo, em 2017.

Não faz mais sentido.

Nós tivemos no Espírito Santo, assim como ocorreu em outros estados, a ocupação de jovens nas escolas. Eu mesmo vim aqui conversar com os meninos. A juventude hoje tem outra atitude. Na minha época, nós tínhamos algumas causas, poucas.

A juventude hoje tem várias causas. A gente aprendeu muito conversando com os jovens na época das ocupações. Ali tem sonhos genuínos, tem dimensões humanas muito importantes.

E a escola tem que lidar com isso. Temos um outro programa chamado “Jovem de Futuro”, para as escolas de ensino médio de meio expediente. E um dos itens fundamentais que a gente evoluiu foi exatamente trabalhar com os líderes de turma e com os diálogos da gestão da escola com os estudantes. É show de bola! Porque às vezes tem algo incomodando o jovem, que é algo fácil de se fazer e que o diretor, o pedagogo e o professor não percebem. Quando você traz o jovem para a participação, vai ajudando-o a perceber.

E tem algo que mudou muito, e não que não existisse antes, que é o papel da tecnologia de entrar na escola. Ter um canal de internet potente. A escola hoje tem o canal de água, de luz e de internet. São indispensáveis. E o Wi-Fi, para que os meninos tenham acesso pleno, obviamente de acordo com os princípios e valores da escola. Mas que eles possam usar infinitamente para buscar o conhecimento.

As articulações para as eleições já começaram e estão a pleno vapor. O que o capixaba pode esperar para o próximo pleito?

Olha, acho que há duas coisas fundamentais. A sociedade está mais consciente, as empresas brasileiras... Nós temos vários parceiros empresariais que nos ajudam na Escola Viva e na Escola de Futuro, como o Instituto Ayrton Senna. As empresas que querem ser globais sabem que não serão se não tiverem um celeiro de boas mentes para desenvolver o mundo dos negócios, a ciência. Eu acho que isso certamente vai colocar a educação no centro do debate político em 2018.

A outra questão que tem que estar no centro do debate é a continuidade das políticas. Se você pensar que a escola pega uma criança com seis meses de idade na creche e termina esse ciclo de educação básica com 17 anos, você tem um ciclo grande. Então as políticas precisam ter continuidade. Não pode ser política deste governo. Têm que ser políticas sequenciais. Vamos colaborar para melhorar isso. Já temos um fundo de apoio à expansão de creche e outras leis teremos para ficarmos bem estruturados.

Quem quer que sejam os próximos secretários de Educação, terão uma concepção claramente estabelecida. Para que elas tenham continuidade, sem o prejuízo de corrigir aqui e acolá.

Porque a política pública precisa ser aprovada, e não tem política pública perfeita. O que não pode é perder, abandonar tudo e começar outra coisa.

AMPLIE O CONHECIMENTO SOBRE O TEMA PARTICIPANDO DO PRÓXIMO ES DEBATE #Educação - Como se adaptar ao novo mundo?

Residence Bourbon Hotel - 27 de fevereiro, às 19h30 Assista à entrevista exclusiva no nosso site www.esbrasil.com.br

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AGENDA

Foto: Luã Quintão

02 A 04 DE FEVEREIRO

Foto: Divulgação

FESTIVAL GASTRONÔMICO ARACRUZ SABOR VERÃO

17 E 18 DE FEVEREIRO

2º DOWNHILL CRONOMETRADO BIKE PARK RIO BONITO

Paella, macarrão com frutos do mar, bobó de camarão e hambúrguer gourmet gigante são alguns dos pratos que serão servidos durante os três dias de festival gastronômico no Cais de Santa Cruz. A programação, organizada pela Prefeitura de Aracruz, conta também com aulas-shows, com a participação de chefs locais e regionais renomados, além da realização de oficinas de qualificação, jantar temático e apresentações culturais. Tudo aberto ao público! Mais informações pelo telefone (27) 3270-7076.

O município de Santa Leopoldina, região serrana do Estado, vai sediar a segunda edição do Downhill Cronometrado Bike Park Rio Bonito.

Trata-se de uma modalidade do ciclismo que consiste em descer um percurso o mais rapidamente possível.

O valor das inscrições para a categoria 1 é de R$ 25, mais um quilo de alimento não perecível. Já para a categoria 2 é de R$40, mais um quilo de alimento não perecível. As doações arrecadadas serão repassadas para a Apae de Santa Leopoldina. Mais informações pelo telefone (27) 99915-1918.

02 DE FEVEREIRO

Chico Lobo é um divulgador no país da viola caipira, instrumento que toca desde os 14 anos.

A partir das 21 horas, o cantador mineiro se apresenta no Teatro Municipal de Vila Velha com o show “Eu, a Viola e Deus”, em homenagem à dupla ícone da música brasileira Pena Branca e Xavantinho. A noite musical conta com a participação especial de Max Gasperazzo.

Os ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do teatro, das 13h às 18h, ao valor de R$ 15 a meia-entrada e de R$ 30 a inteira. Informações em (27) 3388-4217/99911-2531.

Foto: Divulgação

HOMENAGEM A PENA BRANCA E XAVANTINHO

Foto: Leonardo Silveira

02 A 03 DE FEVEREIRO

DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA Em Vitória, os desfiles das escolas de samba são sempre uma semana antes da data oficial do carnaval. Este ano, as apresentações começam a partir das 21 horas, no Sambão do Povo, em Vitória. No primeiro dia, desfilam as escolas de samba do grupo de acesso, seguidas do grupo A e do grupo especial. Ordem dos desfiles: Andaraí, Novo Império, Unidos da Piedade, Boa Vista, Mocidade Unida da Glória (MUG), Pega no Samba e Jucutuquara.

A cobertura você confere no site esbrasil.com.br.

02 DE MARÇO

FESTIVAL DE BANDAS DE GARAGEM O Garage Pub, localizado no bairro de Laranjeiras, na Serra, promove o seu primeiro festival. A proposta é dar oportunidade para bandas de garagem para apresentar ao público seu trabalho autoral e concorrer a premiações até a quinta colocação. Os interessados devem se inscrever previamente. Tire suas dúvidas pelo telefone (27) 99944-5653.

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27 DE FEVEREIRO

ES DEBATE - #EDUCAÇÃO Educação será o tema do primeiro ES Brasil Debate de 2018. Um time de especialistas discutirá os novos formatos acadêmicos; a tecnologia e o ensino; o ensino profissionalizante como ferramenta de inserção no mercado de trabalho; o ensino superior; e os novos comportamentos e direções que a educação tem seguido. O evento é gratuito e será realizado no Residence Bourbon Hotel, em Vitória, às 19h30.

As inscrições devem ser feitas pelo site debate.esbrasil.com.br.

Terminamos 2017 muito bem, depois de enfrentar desafios, e pisamos em 2018 com uma situação diferenciada. O Estado saiu bem posicionado para as oportunidades do período pós-crise” Paulo Hartung, governador do ES, durante entrevista coletiva no fim de dezembro

DIREITO

GRATUIDADE NOS ÔNIBUS INTERMUNICIPAIS Pessoas com mais de 60 anos, com menos de 6 e com deficiência poderão ter isenção de passagem em viagens realizadas em ônibus intermunicipais, em todo o Espírito Santo. O benefício já é concedido na região metropolitana e agora será ampliado.

A proposta foi enviada pelo governo do Estado no começo de dezembro e aprovada pela Assembleia Legislativa no dia 20 do mesmo mês. Agora, o governo vai sancionar e regulamentar as regras para concessão do benefício.

TRÁFEGO

FAIXA EXCLUSIVA PARA ÔNIBUS EM CAMBURI A Prefeitura de Vitória já instalou os equipamentos para a nova faixa exclusiva para ônibus.

A chamada Linha Verde estará na Avenida Dante Michelini, na praia de Camburi, e a operação deve começar em fevereiro. O trabalho feito agora é o de disponibilizar os postes para as câmeras e iluminadores. Além disso, as equipes fazem as demarcações, os laços indutivos e a sinalização horizontal. Logo em seguida, no próximo mês, será executada a sinalização vertical. Tudo isso permitirá a instalação da nova faixa exclusiva.

SUSTENTABILIDADE

MOBILIDADE

GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA SEM IMPOSTO O Espírito Santo tem uma boa notícia para os interessados em produzir energia limpa. O governo do Estado aderiu ao Convênio 16/2015, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O acordo trata da isenção do ICMS para micro e minigeração de energia distribuída.

Serão beneficiados aqueles que produzem até 1 megawatt (MW) de energia por mês pelo sistema de compensação com as companhias distribuidoras. O objetivo é estimular a migração para esse tipo de matriz energética.

Atualmente, os micro e minigeradores de energia são tributados quando consomem a carga excedente de sua produção que foi injetada na rede distribuidora.

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NOVA VIA PARA LIGAR SERRA A VITÓRIA A Prefeitura da Serra pretende construir uma terceira via ligando o município a Vitória.

O objetivo é desafogar o trânsito na BR-101 e na Avenida Norte Sul. Atualmente, essas são as duas estradas de ligação entre as cidades.

O prefeito Audifax Barcelos afirmou que os estudos já começaram. A nova via terá 15,4 quilômetros e vai começar na Avenida Dante Michelini, em Vitória, no fim da praia de Camburi, próximo ao portão da Vale. O trajeto segue pelas principais indústrias dos municípios até o Civit II e daí até chegar ao posto BKR, na altura de Taquara, na Serra.

A via será construída em três fases.

A primeira parte vai ligar o trecho entre a Vale e a Avenida dos Metalúrgicos.

A segunda etapa será do portão norte da ArcelorMittal, em Cidade Continental, até a ES-010, onde a estrada se ligaria à Avenida Industrial. A terceira daria continuidade até a altura do posto BKR.

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IMAGEM

SELFIE NO LUGAR DA SENHA

RECICLAGEM

AGENDAMENTO NO PARQUE PEDRA AZUL Quem tem interesse em percorrer as trilhas do Parque Estadual Pedra Azul, em Domingos Martins, vai precisar agendar os passeios. A intenção é organizar o grande fluxo de visitantes e evitar prejuízos à conservação e proteção do local. Para agendar, basta acessar o site www.iema. es.gov.br/pedraazul. É só escolher o formulário próprio para cada tipo de visita. Os turistas podem estar em grupo de no máximo 15 pessoas. Quem quiser escalar pode se reunir em turma de até sete pessoas. Já o atendimento a turmas escolares só acontece durante o período letivo, não havendo atendimento nas férias.

O dono do celular faz uma selfie e pronto! Já pode acessar a conta do Sicoob. Essa situação já é realidade para os associados que têm iPhone X deverá ser ampliada para outros aparelhos. Segundo o Sicoob, o novo recurso proporciona segurança, agilidade e conforto aos cooperados. É uma forma de melhorar continuamente a experiência do usuário. Os associados que possuam o novo iPhone e estejam interessados em usar o Face ID poderão atualizar o aplicativo do Sicoob na Apple Store.

IMPOSTO

BOLETO DO IPVA SOMENTE PELA INTERNET O pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) vai ser um pouco diferente a partir de 2018. Os proprietários devem acessar o site do Detran ou da Secretaria da Fazenda (Sefaz) para ter acesso ao boleto. A consulta é feita com o número do Renavam (Registro Nacional de Veículo Automotor) e da placa do veículo. O calendário de pagamento do IPVA de caminhões, ônibus e micro-ônibus tem início no mês de março e, no mês de abril, para veículos leves.

EDUCAÇÃO

1ª ESCOLA VIVA PROFISSIONALIZANTE A primeira unidade do programa Escola Viva integrada ao ensino profissionalizante começa a funcionar em 2018 no município de Anchieta. O governo estadual fechou acordo, por meio de termo de cooperação técnica, com o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para apoiar a implantação.

O Senai e a Secretaria de Educação (Sedu) desenvolverão uma gestão compartilhada da unidade. A oferta foi ampliada para o ensino médio, e foram abertas 480 vagas gratuitas para estudantes do ensino médio em tempo integral. A formação profissional na unidade será nas áreas de Eletrotécnica e Mecânica.

DIREITOS HUMANOS

CONCURSO DE VÍDEOS SOBRE PRECONCEITO Uma ideia e a chance de ganhar um celular. Essa é a proposta do concurso de vídeos “Direitos Humanos: e eu com isso?”, que vai premiar três pessoas com um smartphone, cada.

Os interessados em participar devem morar no Espírito Santo, ter pelo menos 15 anos de idade e fazer um vídeo, no celular, que aborde o tema preconceito com duração de um a cinco minutos. As inscrições vão até 16 de fevereiro e devem ser feitas no www.direitoshumanos.es.gov.br.

O material pode ser ficção, animação, documentário, videoarte ou videoclipe.

Também estão permitidos registros de depoimentos, iguais os feitos por youtubers. Os candidatos deverão preencher a ficha e incluir uma sinopse sobre o vídeo, além do link dele no site Youtube, identificando pelo nome “Concurso Direitos Humanos: e eu com isso? – Título do Vídeo”.

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GESTÃO

LUI MACHADO

NOVAS DEMANDAS E NOVAS CARREIRAS O PERÍODO DE CRISE, SOMADO À RETOMADA DA ECONOMIA, FAZ COM QUE EMPRESAS INVISTAM EM ESTRATÉGIAS DE GESTÃO, ABRINDO ESPAÇO PARA NOVAS ÁREAS DE ATUAÇÃO

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alar sobre os últimos anos do setor produtivo do país é fazer uma retrospectiva de crises sucessivas na vida política e na economia nacional. No meio das violentas turbulências causadas pelo crescimento da inflação, dos escândalos em Brasília e da elevação da taxa básica de juros às alturas, fatos que marcaram os últimos quatro anos, as empresas viram de perto a necessidade de se reorganizarem.

Em um contexto de imposição de constantes desafios para as empresas brasileiras, com portas se fechando e enxugamento de custos, “arrumar a casa” virou palavra de ordem. Mais que isso: uma estratégia de sobrevivência. Agora, com o Brasil finalmente respirando ares de otimismo, a gestão empresarial tem demandado profissionais atualizados e portadores de habilidades específicas para encarar um mercado repleto de mudanças constantes.

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PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DAS REDES SOCIAIS SEGUNDO EMPRESAS BRASILEIRAS

Divulgação da marca

77,4%

“Isso faz com que a empresa ganhe em economia de tempo, melhores estratégias e planos, melhores decisões táticas, processos mais eficientes e economia de custos”, completa Saintive.

Nesse sentido, a coleta e a análise de um volume gigantesco de dados são fundamentais para que os empreendimentos se mantenham competitivos. “É realmente uma questão de sobrevivência em qualquer negócio”, afirma Jefferson Cabral.

“Quanto mais a tecnologia avança em velocidade e dados de processamento, mais eu preciso me apropriar dos melhores dados inerentes ao meu negócio” Jefferson Cabral, diretor executivo da UVV-ES Business School

PRESENÇA DIGITAL Não foi apenas a forma de gestão das empresas que mudou. A maneira de se prospectar novas oportunidades de mercado, de se alcançar melhores estratégias de marketing e de se colocar no mercado também passou por profundas transformações.

Essas mudanças são percebidas na própria sociedade, influenciada pelo enorme avanço tecnológico das últimas duas décadas que tem impulsionado as pessoas a estar cada vez mais conectadas. Nesse contexto, o marketing feito nas plataformas digitais ganhou extrema importância para qualquer tipo de negócio, de forma que é quase impossível pensar no êxito de qualquer empreendimento sem ter o mínimo de presença on-line. É bem verdade que o marketing digital não é exatamente uma novidade, pois vem se desenvolvendo ao longo dos últimos 15 anos. Na verdade, o crescimento de agências especializadas na área nos últimos é um dos muitos sinais da importância da atividade para os novos modelos de negócios do século XXI, algo que as empresas apenas na última década começaram a olhar com mais atenção.

Foto: Sarah Dias

NEGÓCIOS INTELIGENTES Uma das principais mudanças em termos de gestão nas organizações é a implementação do business inteligence (BI), cada vez mais constante nos vários processos de nas empresas. O termo, em inglês, refere-se ao processo de coleta, organização, análise de dados e monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão de negócios.

Marcelo Saintive, diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), explica que o BI consiste em um conjunto de teorias, metodologias, processos, estruturas e tecnologias que transformam uma grande quantidade de dados brutos em informação de extrema relevância para tomadas de decisões estratégicas.

Com isso, profissionais capacitados para tratar do business inteligence tem sido cada vez mais procurados, uma vez que existe uma tremenda dificuldade de encontrar pessoas que saibam fazer a análise desses dados e utilizá-los da forma adequada.

“O BI representa a melhor forma de organização interna, dando a possibilidade de controle e de visão para traçar novas estratégias de acordo com as condições que o mercado oferece no momento em questão. As suas informações geram insights e apontam tendências aos gestores”, afirma.

Para Jefferson Cabral, diretor executivo da UVV-ES Business School, a busca de profissionais ligados à área nas empresas está atrelada à necessidade cada vez maior dos empreendimentos de interpretar os dados em mãos de forma adequada. “É uma maneira de encontrar soluções e com isso dar mais competitividade ao negócio. Quanto mais a tecnologia avança em velocidade e dados de processamento, mais eu preciso me apropriar dos melhores dados inerentes ao meu negócio”, pontua.

Engajamento com a audiência

63,2%

Aumento de tráfego no blog/site

50,3%

Aumento de vendas e do número de clientes

48,5%

Fonte: Social Media Trends 2017. Dezembro de 2017

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Foto: Divulgação

GESTÃO

“É preciso ter avidez por notícias, saber fazer a captação de tendências, estar atento aos movimentos do mundo e das marcas” Carla Knoplech, sócia-proprietária da Forrest – Conteúdo e Influência

“Essa área de marketing digital tem crescido em uma velocidade exponencial. Embora ela sempre tenha existido, foi a partir dos últimos cinco, seis anos que a preocupação do marketing nas mídias digitais passou a ter uma relevância maior, principalmente por causa das redes sociais.” Quem afirma é a comunicóloga e professora de Marketing em Mídias Digitais da Estácio de Sá (RJ), Carla Knoplech.

Desde 2016 à frente de uma agência de produção de conteúdo e influência digital, a Forrest – Conteúdo e Influência, Carla é testemunha do aumento da importância da área de marketing digital para as empresas. “As crises fizeram com que os gestores passassem a perceber que existe uma forma barata e muito eficaz de atingir o seu público. O marketing digital alcançou esse status de ser um investimento que não dá para não investir, de tão estratégico que pode ser”, explica. “É uma área em franca expansão e tem um universo enorme de possibilidades, alavancado por esse avanço exponencial da tecnologia. É um caminho sem volta e que as empresas devem olhar com muito carinho”, ressalta Jefferson Cabral.

Prova disso é que, segundo levantamento da empresa Rock Content, especializada em produção de conteúdo e estatísticas

nas redes sociais, 92,1% das empresas brasileiras estão presentes nas redes sociais. Entre os objetivos estão divulgação da marca, engajamento da audiência, aumento do tráfego do site e elevação de vendas e do número de clientes.

Outro sinal dessa expansão é o contínuo crescimento do comércio on-line. Em 2017, o faturamento do e-commerce no Brasil foi 12% maior que em 2016, movimentando R$ 59,9 bilhões. As projeções para 2018 é que o faturamento em compras on-line cresça 15%. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

De acordo com Carla Knoplech, o incremento dessa demanda também mudou o perfil de colaboradores, com novas habilidades para lidar com essa realidade de mercado. “É preciso ter avidez por notícias, saber fazer a captação de tendências, estar atento aos movimentos do mundo e das marcas. No mercado não há mais espaço para empresas com uma visão ultrapassada.

Empreendimentos, gestores e colaboradores precisam estar dispostos a aprender o novo e buscar uma evolução constante”, defende.

“A atividade de compliance é importante, pois, ainda que a empresa faça tudo certo, ela terá um desacerto trabalhista, porque as regras brasileiras não são claras e objetivas” Edson Queiroz sócio responsável do Grupo Empresarial OCEQ e professor de Ciências Contábeis da Faesa

COMPLIANCE Apesar de ser fundamental identificar e monitorar os riscos de compliance para estabelecer um programa eficiente: 58% das empresas afirmaram possuir mecanismos de gestão de riscos de compliance; 42% informaram desconhecê-los

RISCOS 72% trabalhista, previdenciário e tributário 67% práticas contábeis 64% concorrencial, informação privilegiada e conflito de interesses 63% gestão de terceiros e tecnologia 62% fraude, combate à corrupção e lavagem de dinheiro Fonte: Pesquisa “Graturidade do Compliance no Brasil” – KPMG e entrevistados

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PERFIL PROFISSIONAL COMPLIANCE EDSON QUEIZOZ ão pode ser facilmente influenciável N – ter firmeza de princípios e regras é fundamental. oa oratória e poder B de convencimento – muitas vezes é necessário convencer os outros sobre a a necessidade de seguir as orientações e regras apontadas por ele. er atualizado e curioso – o profissional S deve ser sempre o primeiro a saber das normas e regras que envolvem o negócio.

“O BI representa melhor a forma de organização interna, dando a possibilidade de controle e de visão para traçar novas estratégias de acordo com as condições que o mercado oferece no momento em questão” - Marcelo Saintive, diretor executivo do Ideies

OLHO NAS NORMAS Outra atividade que tem crescido bastante no Brasil é a de compliance. O termo, em inglês, é derivado de comply – algo como “estar em conformidade com as regras. Em outras palavras, o foco dessa atividade é manter a empresa em conformidade às regras normativas de órgãos reguladores, de acordo com as atividades desenvolvidas pela sua empresa, bem como dos regulamentos internos, principalmente aqueles inerentes ao seu controle interno.

Para Edson Queiroz, sócio responsável do Grupo Empresarial OCEQ e professor de Ciências Contábeis da Faesa, o aumento da procura pela atividade de compliance está evidente e intimamente ligado ao contexto no qual o Brasil esteve inserido nos últimos anos. Para ele, é normal que as empresas busquem o aumento de controle em cenários de crise, o que tende a gerar mudanças em vários aspectos da gestão, inclusive no controle da empresa.

De acordo com Queiroz, quando o mercado está em expansão, com as empresas obtendo boa margem, os gestores muitas vezes não têm a percepção das falhas existentes em seus processos. Em compensação, quando há uma recessão, como a que ocorre desde 2014, é natural identificar os pontos fracos. “A revisão desses processos, que busquem angariar informações mais precisas sobre o próprio negócio, sendo este economicamente e socialmente sustentável, sem vícios, é uma garantia de sobrevivência”, afirma.

Ainda segundo Queiroz, o crescimento da demanda de alguém especializado nesses processos se torna ainda mais importante por causa da dificuldade de as empresas seguirem todas as normas. E isso não tem nada a ver com “malandragem”.

Ele aponta que no Brasil, principalmente na questão tributária, são tantas normas contraditórias, mudanças significativas em curto espaço de tempo, que muitas vezes as empresas não conseguem seguir essas regras na mesma velocidade que são criadas ou alteradas. “Ainda que a empresa faça tudo certo, ela terá um desacerto trabalhista, porque as regras brasileiras não são claras e objetivas”, apontou.

PERFIL DE MARKETING DIGITAL CARLA KNOPLECH E JEFFERSON CABRAL D inamismo – É preciso ter raciocínio rápido para resolver problemas e dinamismo para aproveitar oportunidades da rede.

E star sempre disposto a aprender – no mundo digital tudo muda muito rápido. É preciso estar atualizado e constantemente aprendendo novas técnicas.

S er usuário constante das mídias digitais – é preciso dialogar com a ferramenta para saber extrair o máximo dela.

PERFIL BUSINESS INTELIGENCE MARCELO SAINTIVE C onciliar teoria a prática: em um cenário atual, a verdadeira aprendizagem se dá na junção desses dois pilares.

C onhecer as ferramentas e métodos tecnológicos disponíveis: acompanhar o andamento das novidades no mercado e estar em sintonia com a inovação.

T er conhecimento em tecnologias de banco de dados: como já dito, é preciso ter conhecimento em diversas tecnologias, principalmente em bancos de dados, incluindo a modelagem de dados.

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DIONISIO CORTELETTI

EDUCAÇÃO

é diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac-ES

RUMOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM O MERCADO CADA VEZ MAIS COMPETITIVO, O FUTURO É NA EDUCAÇÃO

E

m 2017, o Senac-ES completou 70 anos de atuação no Estado, promovendo educação profissional de qualidade.

A celebração dessa data foi muito especial, pois são sete décadas sendo referência numa área de grande valor, que possibilita a transformação de vidas, condiciona a realização de sonhos e oferece a maior e melhor ferramenta para transformar o mundo. No decorrer desses anos, qualificamos milhares de pessoas, contribuindo para que o mercado de trabalho tivesse acesso a profissionais bem preparados para atuar no segmento do comércio de bens, serviços e turismo.

Em 2018, a instituição se apresenta para a sociedade com um olhar para o futuro, investindo em espaços de educação profissional, contando com oito unidades distribuídas de norte a sul do Estado, um hotel-escola, carretas-escola e EAD. Para atender à crescente procura do público por capacitação profissional, mais duas escolas serão providenciadas, nos municípios de Serra e Cariacica.

PROFISSÕES DO FUTURO Sempre atentos e antecipados às necessidades e exigências do mercado, identificamos que existe uma tendência na maioria dos setores da economia (incluindo financeiro, varejo, bens de consumo, entre outros) da migração do ponto de venda e do relacionamento com

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os clientes para plataformas on-line e de e-commerce. Os profissionais de marketing digital vêm se fortalecendo cada vez mais.

Logo, trata-se de uma área em ascensão, e por isso estamos inserindo em nosso portfólio novos cursos, a fim de atender esse nicho de alunos e profissionais deste ramo.

Uma outra oportunidade de qualificação ofertada pelo Senac envolve o profissional que atua em empresas que desejam minimizar os riscos, e até prejuízos, pois lidam com a venda de produtos e serviços e assim ficam mais

O mercado está em transformação, muito mais exigente, e só conhecimento técnico não basta” suscetíveis a consumidores que não cumprem com seus compromissos regularmente. Dessa maneira, o Senac traz em sua programação cursos como Administração de Contas a Pagar, Receber e Tesouraria, Cadastro, Crédito e Cobrança, dentre outros, com o intuito de preparar profissionais que visam a contribuir com análises mais aprofundadas e a evitar

que uma empresa conceda crédito a quem não tem condições de arcar com as dívidas.

Em momento de reestruturações nas empresas, a área de logística também ganha destaque por ter um grande custo concentrado.

Ter o profissional correto liderando esse departamento traz para empresas a redução de custos e a garantia de qualidade em todos os elos da cadeia logística.

Para os próximos anos, uma das opções é pensar em carreiras que envolvam criatividade e relacionamento. Isso porque são funções que a inteligência artificial ainda não consegue reproduzir com precisão.

As empresas têm almejado profissionais sêniores para valorizar a área de business inteligence, avaliando as mudanças dos hábitos dos consumidores e os impactos financeiros. Áreas como inteligência de mercado devem crescer em 2018.

Profissionais que querem ingressar ou se manter no mercado de trabalho precisam de competências como iniciativa, criatividade, habilidade de trabalhar em equipe e visão empreendedora, que são fundamentais para garantir uma contratação. A preocupação em garantir o desenvolvimento dessas competências é o que permite ao Senac transformar seus alunos em profissionais de qualidade, com alta empregabilidade em sua futura área de atuação.

PREVIDÊNCIA

CINTIA BENTO

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

VOTAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA AINDA É INCERTA Com o envelhecimento da população, aumentaram o número de benefícios e o tempo de recebimento, tornando o atual sistema insustentável

EM ANO DE ELEIÇÕES, NÃO HÁ GARANTIAS QUE A PEC SERÁ VOTADA ATÉ O CARNAVAL, COMO QUER O GOVERNO

O

mês de fevereiro vai ser decisivo para um tema que afeta diretamente o futuro dos brasileiros: a reforma da Previdência.

Embora o Palácio do Planalto venha trabalhando intensamente com sua base aliada para garantir a aprovação das mudanças – que precisam ser votadas em dois turnos na Câmara e no Senado para entrar em vigor –, há ceticismo no ar quanto à probabilidade de a matéria ser apreciada até o dia 19, como quer o governo.

Aliado do governo e presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já manifestou seu pessimismo quanto à aprovação da proposta de emenda constitucional, devido à dificuldade de reunir os 308 votos necessários para isso. E fez o alerta: se não acontecer até o carnaval, a votação vai ficar para o próximo mandato, já que a partir de março começam as mobilizações para as eleições, em outubro.

Para Geraldo Benício, advogado especialista em Direito Previdenciário, a demora significa um risco, pois a reforma é inevitável e necessária. “A expectativa de vida aumentou, prolongando o prazo de recebimento das aposentadorias. Não tem jeito, a maioria dos países já passou por esse processo. Para se ter uma ideia do quanto estamos atrasados na análise desse tema, em 1998, quando era presidente, Fernando Henrique Cardoso tentou aprovar

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a idade mínima de 65 anos, mas não conseguiu. Naquela época essa revisão já era necessária”, diz.

Ele considera que o texto enviado pelo governo ao Congresso prevê uma transição branda, já que estabelece um prazo gradual de 20 anos para que a idade mínima de 65 anos seja atingida. Quem trabalhar por menos tempo não terá direito ao benefício integral, mas o especialista acredita que o impacto não será grande para a maioria dos beneficiários. “Mais de 80% dos aposentados, hoje, recebem um salário mínimo”, observa, ressaltando que para essas pessoas pouco muda.

POR QUE A REFORMA É NECESSÁRIA? Os brasileiros estão vivendo mais e, com isso, a população tende a ter mais idosos. E o número de jovens, que sustentam o regime, vem caindo. De 1940 a 2016, a expectativa de vida da população ganhou 30 anos, e hoje é de 75,8 anos. Segundo o governo federal, a Previdência registra rombo crescente: os gastos saltaram de 0,3% do PIB, em 1997, para projetados 2,7%, em 2017, quando o déficit do INSS foi estimado em R$ 181,2 bilhões

AS PRINCIPAIS MUDANÇAS Idade mínima para obter o benefício integral HOJE

“Se continuar dessa forma a Previdência não se sustenta por mais 10 anos” Geraldo Benício, advogado especialista em Direito Previdenciário ALTERAÇÕES O estabelecimento gradativo da idade mínima da aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 para as mulheres é um dos principais pontos da reforma, que acaba com o benefício concedido apenas levando em conta o tempo de serviço. Para quem se aposenta por idade, o tempo mínimo de contribuição foi mantido em 15 anos.

A proposta inicial era elevar o prazo para 25.

O governo também abriu mão de mexer na aposentadoria rural – em que foi mantida a idade mínima atual, de 55 anos para as mulheres e 60 para homens, com ao menos 15 anos de contribuição –, e voltou atrás da proposta de pagar menos de um salário mínimo no Benefício da Prestação Continuada, auxílio pago a idosos em situação de extrema pobreza. Tudo para tentar viabilizar a aprovação da PEC. DESPESAS E RECEITAS No entanto, o advogado faz uma ressalva: o governo errou ao propor a mudança na Previdência sem antes fazer o dever de casa de diminuir os gastos públicos e os privilégios, sobretudo no Legislativo, e de trabalhar para aumentar as receitas. “O governo deveria dar o exemplo, antes de agir sobre as aposentadorias. Mas não mexeram onde deveriam mexer”, critica.

Ele observa que a maioria dos países já fez uma revisão nas aposentadorias. “Hoje, a idade média para recebimento do benefício é de mais de 65 anos, para homens e mulheres, no mundo”. No Brasil, um estudo elaborado pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social aponta que a média de idade dos mais de 19 milhões de aposentados é de 58 anos. “Como a expectativa de vida aumentou, a pessoa se aposenta cedo e usufrui do benefício por muito tempo, o que torna o sistema insustentável”, salienta.

O economista e consultor de empresas Hugo Froes não tem dúvidas de que o contribuinte vai ter que pagar essa conta, mas defende que a PEC seja discutida com calma e votada somente após as eleições, pelo novo Congresso eleito. “O que custa esperar mais alguns meses?

O nosso Congresso, hoje, em fim de mandato, não tem representatividade para votar um tema tão importante”, avalia.

Com a certeza de mudanças no sistema previdenciário a caminho, seja neste ano, seja nos próximos, ele faz um alerta: o brasileiro precisa adquirir o hábito de poupar de forma privada, visando a uma aposentadoria mais tranquila e para não depender apenas do benefício pago pelo Estado. “Lá fora isso já é uma realidade. O ideal é guardar pelo menos de 5% a 8% do que se ganha, todos os meses”, ensina.

COMO FICA

Setor privado Não há. Basta ter 30 anos de contribuição (mulheres) ou 35 anos (homens)

Homens: 65 anos Mulheres: 62 anos

Setor público Homens: 65 anos Mulheres: 62 anos

Homens: 60 anos Mulheres: 55 anos

Tempo mínimo de contribuição HOJE

COMO FICA

Setor privado: 15 anos para aposentadoria parcial Setor público: 25 anos para aposentadoria integral

Para aposentadoria integral: 40 anos de contribuição, para trabalhadores dos setores público e privado

Cálculo da aposentadoria SETOR PRIVADO 15 anos de contribuição:

20 anos de contribuição:

do benefício

do benefício

60%

65%

SETOR PÚBLICO E PRIVADO

70%

25 anos: 70% do benefício

TRANSIÇÃO

53/55 2020

87,5%

77,5%

30 anos: 77,5% do benefício

35 anos: 87,5% do benefício

ir ça a sub a: comeegando ao im ín m h Idade ir de 2020, c o em 2038 a part ar definitiv patam a idade is anosr 12 meses o d a d A ca ai avança v mínima

100%

40 anos: 100% do benefício

62/65 2038

2020: Idade mínima de 53 anos para mulheres e 55 para homens 2038: Idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens Fonte: Projeto de lei

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ELEIÇÕES 2018

WEBER CALDAS

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FAÇAM SUAS APOSTAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DESTE ANO DEVEM REFLETIR O AMBIENTE DE CAÇA À CORRUPÇÃO E FAVORECER A CANDIDATURA DE “OUTSIDERS” FRENTE A POLÍTICOS TRADICIONAIS

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elson Rodrigues disse que o Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada. Foi a forma encontrada pelo dramaturgo de valorizar a eterna rivalidade do tradicional clássico do futebol carioca. Essa definição agora vale também para o “Fla-Flu político” das eleições de 2018. Bem antes de começar para valer, o jogo caça-votos já vem reservando fortes emoções e embates polarizados.

Na disputa pela presidência da República, o meio-campo ficou embolado depois da condenação, em segunda instância, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas de opinião realizadas até então, que agora corre o risco de ficar inelegível. Assim como o petista, outros potenciais candidatos citados pela Operação Lava Jato podem carregar um alto índice de rejeição para as urnas e abrir caminho para o surgimento de um “outsider”, uma figura fora do sistema político, na eleição presidencial. É nessa lacuna que pode entrar o governador do Estado, Paulo Hartung, que estuda abrir mão da disputa pela reeleição para tentar alçar voo rumo a Brasília, em uma chapa presidencial. O que criaria espaço para novos nomes na corrida ao Palácio Anchieta.

“Temos o ambiente propício para que um outsider ganhe força na disputa presidencial. O eleitor anda raivoso, insatisfeito com o ambiente político e econômico. Por isso, tende a votar em alguém que não tenha vínculos com o sistema vigente”, analisa o cientista social e professor da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo) Francisco Albernaz.

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“Um outsider pode ganhar o espaço de políticos que já estão com a imagem desgastada” Francisco Albernaz, cientista social e professor da Ufes Para o acadêmico, três grandes preocupações vão pesar para o eleitor na hora do voto: a economia, a corrupção e as questões não resolvidas do dia a dia, como educação, saúde e mobilidade urbana.

“Do jeito que as coisas estão, com o alto índice de desemprego e o baixo poder de compra, o eleitor está muito irritado e olha para os casos de corrupção com muito mais raiva do que se a situação estivesse normalizada, com dinheiro no bolso”, aponta Albernaz.

“Isso pode levar a uma radicalização na hora do voto.”

A polarização tende a se agravar com a ausência daquele que liderava as pesquisas de opinião. Acusado de receber propina da empreiteira OAS, Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão, de forma unânime, pela 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), no último dia 24 de janeiro. Agora, pode ter o registro de candidatura impugnado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso porque a Lei da Ficha Limpa proíbe a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados.

“O que aconteceu com o Lula só reforça a desmoralização do meio político entre os eleitores, porque traz a questão da corrupção à tona”, avalia o professor da Ufes.

O CALENDÁRIO ELEITORAL 7 de abril – Data-limite para um candidato se filiar a um partido político.

18 de junho – Divulgação, pelo TSE, dos recursos disponíveis no Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

20 de julho a 5 de agosto – Prazo para a realização de convenções partidárias para a escolha de candidatos.

15 de agosto – Último dia para os partidos políticos e as coligações apresentarem à Justiça Eleitoral o requerimento de registro de candidatos.

16 de agosto – Passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral, como comícios, carreatas, distribuição de material gráfico e propaganda na internet (desde que não paga), entre outras formas.

31 de agosto – Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.

17 de setembro – Data-limite para a Justiça Eleitoral julgar todos os pedidos de registro de candidatos que vão concorrer ao pleito de 2018.

4 de outubro – Fim da propaganda eleitoral no rádio e na televisão.

7 de outubro – Votação do primeiro turno.

28 de outubro – Votação do segundo turno (onde houver necessidade).

Fonte: TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

Porém, apesar de dificultar, essa condenação ainda não impede a candidatura de Lula. O representante do Partido dos Trabalhadores (PT) ainda vai recorrer da decisão: primeiro por meio de embargos declaratórios no próprio TRF-4; depois, poderá impetrar recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, ganharia tempo – o prazo final para registro de candidaturas é 15 de agosto – e poderia fazer campanha até obter uma posição definitiva do TSE. “Sem o Lula na disputa, o cenário é de fracionamento eleitoral, porque o número de candidatos vai aumentar muito e tornar a briga ainda mais apertada e imprevisível no primeiro turno”, acredita Albernaz.

PLANO B O PT evita comentar quem seria o plano Lava Jato sofram rejeição nas urnas. E um B, em caso de exclusão de Lula da disputa. outsider pode ganhar o espaço desses políMas os nomes de Fernando Haddad, ticos que já estão com a imagem desgastada”, ex-prefeito de São Paulo, e de Jaques Wagner, afirma o cientista social. ex-governador da Bahia, são os mais cotados para a vaga. Decisão que teria de ser tomada GOVERNADOR Alguns nomes já despontam como potenaté 20 dias antes da eleição. Outra opção seria buscar alianças, dando apoio a candi- ciais surpresas nas eleições presidenciais datos como Ciro Gomes (PDT) ou Manuela deste ano. Entre eles, surge o governador do Estado, Paulo Hartung. Em entrevista à D’Ávila (PCdoB), por exemplo.

Ciro Gomes, por sinal, aparece em edição 148 da revista ES Brasil, ele preferiu segundo lugar, com 13% de intenções de não confirmar o interesse em entrar na voto, em pesquisa realizada pelo Instituto disputa pelo Planalto. E prometeu definir até Datafolha, no início de dezembro, na qual a segunda quinzena de março qual caminho já se previa um cenário com a ausência de vai seguir. “Eu não reivindico posição Lula na disputa. Na primeira posição, fica Jair alguma, em chapa alguma, o que eu reivindico é participar de um movimento correto Bolsonaro (PSC), com 22%.

Mesmo com o crescimento de Bolsonaro que coloque o país num rumo que possa nos nas pesquisas, Albernaz não crê que a dar orgulho nos próximos 10, 20, 50 anos”, candidatura do carioca vá deslanchar. disse Hartung, na ocasião. “O Brasil precisa Principalmente se não houver a polari- tomar um rumo sólido. Eu compreendo o zação com Lula. “Muitos eleitores estavam mau humor da população, acho que ela tem correndo para votar no Bolsonaro como razão. Mas, se a gente levar essa angústia forma de anular o Lula. Sem o ex-presi- para as urnas em 2018, não será um bom dente, o Bolsonaro deve perder votos. Além caminho. Toda vez que a população decide disso, ele carrega a pecha de ser radical, com o fígado, não decide bem.”

Há algumas possibilidades para o que pode afastar os eleitores”, aposta o Hartung se lançar na corrida presidenprofessor da Ufes.

A ausência de Lula também mexe com o cial. A principal delas pode ser integrar PSDB, acostumado a polarizar as últimas seis eleições presidenciais com a figura do petista ou de sua cria política, no caso a ex-presidente Dilma Rousseff.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deve ser o nome escolhido para concorrer ao Planalto, apesar da ascensão de João Doria, atual prefeito de São Paulo.

O que pode comprometer o PSDB e outros partidos que tiveram políticos investigados pela Lava Jato, na opinião de Albernaz, é o sentimento antipolítico dos eleitores.

“A condenação do Lula e sua “Hartung pode ter chance de se encaixar em eventual inelegibilidade fazem um chapa presidencial caso um novo nome com que todos os políticos apareça nos próximos meses” – Vitor de Angelo, cientista político e professor da UVV que tenham sido citados pela radio.esbrasil.com.br •

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OS PRÉ-CANDIDATOS A PRESIDENTE Lista por ordem alfabética

LVARO DIAS A Senador (Podemos) CIRO GOMES Ex-governador do Ceará (PDT) RISTOVAM BUARQUE C Senador (PPS)

FUNDO BILIONÁRIO VAI FINANCIAR AS CAMPANHAS Sem a possibilidade de contar com doações financeiras por parte de empresas, proibidas desde 2015, os candidatos que vão disputar as próximas eleições terão à disposição cerca de R$ 1,7 bilhão em dinheiro público para gastar na campanha deste ano. Esses recursos virão do Fundo Especial de Financiamento Eleitoral, criado no ano passado pelo Congresso Nacional, e se juntarão às arrecadações realizadas junto a pessoas físicas, ainda liberadas.

Apesar de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter até 5 de março para confirmar todas as regras que valerão para as próximas eleições, o Fundo Eleitoral consta da reforma política aprovada em outubro do ano passado.

Outra novidade é o estabelecimento de uma cláusula de barreira, ou seja, partidos que não tiverem uma quantidade mínima de votos nestas eleições perderão o acesso a recursos públicos a partir de 2019. Ficou definido que os partidos deverão ter ao menos 1,5% dos votos válidos distribuídos em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos em cada uma das 27 unidades da Federação; ou eleger nove deputados federais, sendo um por cada estado.

Regras que já vigoraram nas eleições de 2016, como a duração da campanha eleitoral, de 45 dias, serão mantidas.

a chapa de um outro outsider: o apresentador da TV Globo Luciano Huck. Os dois, inclusive, já se reuniram para tratar desse assunto, em novembro do ano passado.

Os especialistas, entretanto, veem poucas chances de Hartung emplacar como cabeça de chave. “É preciso saber qual é a força política que Hartung tem entre os caciques do seu partido, o PMDB. Por outro lado, também não é interessante para ele se aproximar desses caciques, pois estão todos queimados pela Lava Jato. São os casos de Michel Temer, Romero Jucá e Moreira Franco, a cúpula que manda no PMDB”, ressalta Francisco Albernaz.

“A chance de Hartung seria sair por outro partido. Mas aí vem o problema: qual?”

De fato, vários partidos já têm nomes próprios para a disputa, como Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), Jo ão Amo ê do (Novo) e Henr ique Meirelles (PSD). O DEM ainda estuda quem será seu candidato, tendo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como um dos postulantes.

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Mesmo como vice de outros candidatos, encontrar um espaço pode não ser tão fácil para o governador do Estado. “Com todos os demais nomes que estão no páreo hoje, ou Hartung não tem afinidade, como no caso do Bolsonaro, ou não acrescentaria nada em termos de perfil, como com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, por exemplo.

Pode ser que tenha outra chance caso um nome novo apareça nos próximos meses”, opina o cientista político e professor da UVV (Universidade Vila Velha) Vitor de Angelo.

O certo é que, sem Paulo Hartung, a disputa pelo governo do Estado ganha novos ares.

E a lista de interessados na cadeira principal do Palácio Anchieta tende a ser grande.

Mas antes é preciso avaliar alguns riscos.

“Quem já tem voto certo para o cargo de senador não costuma querer se arriscar a disputar uma candidatura ao governo sem a certeza de que irá ganhar, porque o custo da derrota é muito grande”, afirma Albernaz. “Por outro lado, como a oposição, no Estado, ainda é muito fraca, fica mais fácil para Hartung emplacar um sucessor.”

FERNANDO COLLOR Senador e ex-presidente (PTC) ERALDO ALCKMIN G Governador de São Paulo (PSDB) GUILHERME BOULOS Militante do MST (sem partido) HENRIQUE MEIRELLES Ministro da Fazenda (PSD) JAIR BOLSONARO Deputado federal (PSC) J OÃO AMOÊDO Empresário e ex-banqueiro (Novo) JOÃO DORIA Prefeito de São Paulo (PSDB) J OÃO VICENTE GOULART Ex-deputado estadual (PPL) JOAQUIM BARBOSA Ex-ministro do STF (sem partido) L UCIANO HUCK Apresentador de TV (sem partido) LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Ex-presidente (PT) ANUELA D’ÁVILA M Deputada estadual (PCdoB) MARINA SILVA Ex-senadora (Rede) ODRIGO MAIA R Presidente da Câmara (DEM)

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ECONOMIA

Foto: Diego Alves

CINTIA BENTO

O desfile das escolas de samba da Grande Vitória empregam cerca de dois mil profissionais

CARNAVAL TAMBÉM É SINÔNIMO DE FESTA NA ECONOMIA O DESFILE DAS ESCOLAS DE SAMBA EM VITÓRIA ATRAI TURISTAS, GERA RENDA E MOVIMENTA O COMÉRCIO LOCAL 26

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omo bem cantou Dorival Caymmi: “Quem não gosta de samba bom sujeito não é”. Além de espalhar alegria de norte a sul do país, o mais brasileiro dos ritmos também faz bem ao bolso, movimentando o turismo e gerando renda. E o Carnaval de Vitória não foge à regra, evoluindo bonito no quesito economia.

Um levantamento feito pelo Observatório de Turismo de Vitória, órgão da Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda, mostra que o evento movimentou, no ano passado, R$ 13 milhões. Um dos maiores reflexos desse fluxo turístico se deu na rede hoteleira da capital, que registrou uma ocupação de 61,5%, nos dois dias de desfiles.

“O Carnaval de Vitória se profissionaliza cada vez mais e tem se tornado um produto turístico já consolidado.

O desfile das escolas de samba já é um dos três melhores do Brasil”, observa Leonardo Krohling, presidente da Companhia de Desenvolvimento, Inovação e Turismo de

Foto: Leonardo Silveira

A Mocidade Unida da Glória (MUG) profissionalizou seu barracão e oferece programação durante todo ano. Na imagem, o primeiro mestre-sala e porta-bandeira do desfile de 2017

CARNAVAL 2018 GRUPO A

Vitória. Ele ressalta que a administração municipal tem trabalhado para fazer com que os desfiles avancem a cada ano, promovendo cursos de qualificação para os integrantes das agremiações no próprio Sambão do Povo, em Santo Antônio. “O objetivo é impulsionar a indústria criativa e a economia desse setor, gerando emprego e renda”, diz Krohling.

Em 2017, a estimativa é que 60 mil pessoas tenham circulado pelo evento, sendo que mais de 17 mil desfilaram em alguma agremiação.

Para a realização da festa, a Prefeitura de Vitória mantém parceria com as ligas que representam as escolas, para a gestão compartilhada.

As entidades que representam as agremiações são responsáveis pela organização do evento, promovendo, além da venda dos ingressos, a captação de recursos e os desfiles. Já a administração municipal atua no repasse de verbas às nove agremiações da capital – Chegou o que Faltava, Imperatriz do Forte, Andaraí, Novo Império, Unidos de Barreiros, Unidos de Jucutuquara, Pega no Samba, Chega Mais e Unidos de Piedade – e na operacionalização da parte logística (interdição de trânsito, oferta de ônibus e táxis e atuação da Guarda Municipal).

EMPREGOS E ECONOMIA INFORMAL Rogério Sarmento, presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), observa que muita gente, hoje, vive do carnaval: os barracões das 14 escolas de samba que

“O Carnaval de Vitória se profissionaliza cada vez mais e tem se tornado um produto turístico já consolidado. O desfile das escolas de samba já é um dos três melhores do Brasil” Leonardo Krohling, presidente da Companhia de Desenvolvimento, Inovação e Turismo de Vitória

Dia: 2 de fevereiro Ordem dos desfiles: São Torquato, Chegou o que Faltava, Rosas de Ouro, Chega Mais, Tradição Serrana, Imperatriz do Forte e Barreiros.

Horário: a partir das 21h

GRUPO ESPECIAL Dia: 3 de fevereiro Ordem dos desfiles: Andaraí, Novo Império, Unidos da Piedade, Boa Vista, Mocidade Unida da Glória (MUG), Pega no Samba e Jucutuquara.

Horário: a partir das 22h

participam do evento – que neste ano acontecerá nos dias 2 e 3 de fevereiro – empregam mais de 2 mil pessoas, empenhadas em fazer do desfile um espetáculo para turista nenhum botar defeito.

Só durante os dois dias de desfile são pelo menos 400 pessoas trabalhando a cada noite, nas bilheterias, camarotes e arquibancadas.

“Isso sem contar os empregos indiretos e a economia informal, como vendedores de bebida e comida. O carnaval faz a economia girar”, comemora Sarmento.

FESTA PARA TURISTA VER Alessandro Souza Santos, presidente da Novo Império, uma das escolas mais antigas e tradicionais da capital, destaca a grande presença de turistas nos desfiles. Ele comenta que, no ano passado, das 20 alas da azul e branco de Caratoíra que passaram pelo Sambão, três eram de foliões que vieram para Vitória especialmente para o evento: uma reuniu moradores do Norte do Estado, outra é de visitantes de Minas Gerais, e a última, da terra do samba, o Rio de Janeiro.

“Mesmo no Rio o nosso carnaval já é visto com respeito.

Tanto que temos recebido também muitos profissionais de lá,

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Foto: Leonardo Silveira

As agremiações conseguem produzir alegorias de alto padrão de criatividade e qualidade, como este carro da Unidos de Jucutuquara, do desfile do ano passado

O CARNAVAL DE VITÓRIA EM NÚMEROS

17.674 pessoas desfilaram no Sambão do Povo em 2017 60.000 pessoas foi o público que participou da festa nos dois dias do evento

que vêm trabalhar no carnaval daqui”, conta. A escola nota também uma presença cada vez mais crescente de turistas de negócio em seus ensaios. São pessoas que estão aqui a trabalho e acabam unindo o útil ao agradável, ao ir aos eventos nos barracões.

“Isso é interessante porque ajuda a divulgar o Estado para todo o país”, salienta o presidente da agremiação, que estima um gasto de R$ 650 mil para a realização do carnaval deste ano, que terá como tema os 100 anos do Sindicato da Estiva. A inspiração foi a história de grande parte dos moradores do bairro que trabalham no porto.

PROFISSIONALISMO Na Mocidade Unida da Glória (MUG), escola de Vila Velha que tem estado sempre entre as primeiras colocadas do desfile, é carnaval o ano todo. Tanto que o tema de 2019 já está definido e começará a ser trabalhado assim que o desfile deste ano – que vai levar para a avenida o enredo “Amores de Carnaval” – terminar.

O diretor administrativo Patrick Rocha explica que a agremiação mantém 30 funcionários fixos, de janeiro a janeiro, entre aderecistas, cozinheiros, zeladores e outras funções. Essa turma ganha um reforço de peso com a proximidade do carnaval, quando são gerados mais de 100 empregos na confecção de fantasias e carros alegóricos.

Além do desfile, a escola realiza eventos, como ensaios e shows, ao longo do ano. Em 2017, foram 70, gerando renda e movimentando a economia informal no entorno da quadra, nos bairros da Glória, Soteco e Jaburuna.

COMUNIDADE EM PRIMEIRO LUGAR O presidente da Boa Vista, de Cariacica, Emerson Xumbrega, lembra outro aspecto que faz a diferença para a economia da cidade: a escola, que é a atual campeã do carnaval, privilegia os comerciantes locais. “Cerca de 80% dos materiais que precisamos para fazer o carnaval, como isopor, tecidos e ferragens, são comprados aqui, em Cariacica. Só adquirimos fora daqui quando não tem jeito mesmo. Seguimos à risca o nosso lema, que é 28

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R$ 13 milhões foi a movimentação financeira gerada durante o desfile

61,5% foi a ocupação hoteleira nos dois dias de festa

R$ 7,13 milhões foi quanto custou os desfiles Fonte: Observatório do Turismo de Vitória, órgão da Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre)

‘Boa Vista – orgulho da nossa gente’”, diz, observando que o carnaval deste ano deverá custar em torno de R$ 700 mil.

Para lutar por um novo título, 78 pessoas trabalham no barracão, e 10 costureiras finalizam as fantasias para levar à avenida do samba uma homenagem ao centenário de nascimento de Nelson Mandela. Xumbrega frisa que, além dos empregos diretos, a escola movimenta o comércio local, levando frequentadores para bares e restaurantes da região nos dias em que são realizados eventos na quadra, como os ensaios. “A escola ajuda a divulgar a cidade e a trazer visitantes para cá.”

O mesmo movimento é observado na Unidos de Jucutuquara.

No bairro que dá nome à escola, dia de ensaio é dia de bares cheios e muita gente circulando pelo comércio. “Os eventos da Jucutuquara atraem moradores de outros bairros, divulgando o que a comunidade tem de melhor”, diz Andréia Monteiro, diretora financeira da agremiação.

Ela conta que o barracão chega a empregar 60 pessoas na reta final do desfile, sem contar as equipes terceirizadas que confeccionam as fantasias. “Além disso, nossos ritmistas fazem muitos eventos pagos ao longo do ano, como participação em formaturas, casamentos, etc, o que é um reforço para a renda deles também”, conta.

Neste ano, a escola vai contar no Sambão a história de resistência contra a escravidão do quilombola Ambrósio, que comprou a própria liberdade e ajudou a libertar outros negros escravos.

INDÚSTRIA

Foto: Divulgação

A tragédia não impactou somente Mariana (MG) e a bacia do Rio Doce, mas também Anchieta e região, com a paralisação das atividades em Ubu

O QUE FALTA PARA A SAMARCO VOLTAR A FUNCIONAR?

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rompimento da barragem de Fundão da mineradora Samarco, em Mariana, aconteceu em novembro de 2015 e não apenas causou a morte de 19 pessoas e afetou 39 cidades da Bacia do Rio Doce, entre Minas Gerais e Espírito Santo.

O desastre também trouxe como consequência grande impacto econômico e, por isso, social.

Somente dois anos após a tragédia, a empresa conseguiu a primeira licença ambiental e deu importante passo para voltar a funcionar.

Agora, o que falta é a aprovação do licenciamento operacional corretivo (LOC), proposto pela companhia, que prevê o tratamento dos rejeitos minerais e a reutilização de águas residuais.

Desde então, as operações estão paralisadas no Complexo de Germano (MG), nos minerodutos e no Complexo Industrial de Ubu, em Anchieta (ES). Os municípios já registraram

grande queda na arrecadação de impostos, em consequência de demissões de funcionários e da redução de vendas nos comércios locais.

A situação dos lugares mais afetados economicamente pode melhorar com a sinalização do retorno das operações da Samarco em Mariana. A empresa já conseguiu, no fim do ano passado, uma importante licença para instalação de uma cava localizada no interior do próprio complexo para depósito dos rejeitos da produção mineral.

Em outubro de 2016, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) cancelou todas as licenças ambientais do Complexo de Germano. Então, a empresa propôs o processo de LOC para incorporar novas soluções no tratamento de rejeito e regularizar as permissões.

Foto: Divulgação

de novembro de 2015: 5 rompimento da barragem de Fundão no Complexo de Germano, em Mariana (MG)

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2 de novembro de 2015: 2 chegada da lama à foz do Rio Doce, em Regência, Linhares

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8 de junho de 2016: 2 assinado o estatuto da Fundação Renova, criada em março do mesmo ano

1 8 de agosto de 2016: a Justiça Estadual mineira suspende as licenças ambientais do Complexo de Germano mesmo ano

Foto: Alexandre Mota / NITRO

“Os estudos realizados comprovam que a retomada das operações da Samarco é viável e segura”, afirma o diretor-presidente, Roberto Carvalho. “Tivemos muitos aprendizados e propomos novas soluções para tratamento dos rejeitos.”

CAVA DE ALEGRIA SUL O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais aprovou a primeira licença ambiental da mineradora em 11 de dezembro. Agora, a Samarco pode fazer as obras de adaptação da Cava de Alegria Sul, que é um buraco escavado pela extração de minério. A cava é um espaço que pode confinar mais de 14 milhões de metros cúbicos de material.

Com base em estudo de impacto ambiental referente ao LOC, a Samarco planeja filtrar o rejeito arenoso, que corresponde a 80% do total gerado após beneficiamento do minério de ferro. A filtragem retirará a água, permitindo o empilhamento do material. Os outros 20% são de lama, que deve ser adensada. Esse processo também retira água do rejeito e reduz o volume destinado à cava.

De uma maneira ou de outra, há a geração de água residual que pode ser reaproveitada. Além disso,

“O Complexo de Germano, em Mariana (MG), está com operações paralisadas desde 2015 e depende do licenciamento para voltar a funcionar normalmente, o que deve acontecer em 2018”.

a empresa aumenta a vida útil do lugar e a expectativa é de que a cava possa funcionar como depósito por cinco anos. Sem esses processos, ela suportaria 20 meses de atividade.

“Os estudos realizados comprovam que a retomada das operações da Samarco é viável e segura” Roberto Carvalho, diretor-presidente da Samarco

1 4 e 15 de dezembro de 2016: audiências públicas em Ouro Preto e Mariana sobre o licenciamento da Cava de Alegria Sul

VOLTA DAS OPERAÇÕES A preparação da cava de Alegria Sul precisa de cerca de seis meses, após o início dos trabalhos. Atualmente, a companhia possui reservas de 2,86 bilhões de toneladas de minério. A intenção é iniciar as operações com um terço da capacidade, recorrendo a apenas um dos três concentradores. A projeção era de retomar 60% da capacidade, mas a Prefeitura de Santa Bárbara não suspendeu a permissão para captar a água necessária. A Samarco, então, só pode usar fontes internas e já outorgadas.

, 7 e 11 de dezembro de 2017: 6 audiências públicas do licenciamento operacional corretivo do Complexo de Germano realizadas em Matipô, Ouro Preto e Mariana

1 1 de dezembro de 2017: a Secretaria de Meio Ambiente de Minas concedeu licenças prévia e de instalação para a Cava de Alegria Sul

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INFORME PUBLICITÁRIO

TRANQUILIDADE NA CASA NOVA

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sonho de morar em uma casa espaçosa, em um condomínio seguro e tranquilo, perto de facilidades como shoppings, escolas, hospitais e supermercados, está se tornando realidade para quem adquiriu um lote no Riviera Park Residence. O condomínio de alto padrão está localizado próximo ao Parque Jacarenema, na Barra do Jucu, e é uma parceria entre a Galwan e a Ápia Construtora.

Ao mesmo tempo em que está em um ambiente sossegado, o condomínio fica situado a menos de dois quilômetros de Itaparica, considerado um dos principais bairros de Vila Velha, e a nove quilômetros da capital, Vitória.

O empreendimento foi construído em uma área verde de 370 mil metros quadrados, e alguns moradores já se mudaram e desfrutam de um ambiente sossegado, com vista para a montanha e para o mar e com área de lazer completa e equipada entregue pela Galwan.

“O Riviera Park traz a oportunidade de morar em um condomínio de casas extremamente seguro,

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agradável e com muita natureza em volta. São diversos detalhes que fazem o empreendimento ser diferenciado”, ressalta Junior Pereira, supervisor comercial da Galwan.

A área de lazer, construída pela Galwan, destaca-se por ser completa, com itens diferenciados que incluem lagoa com trilha para caminhada e corrida, ciclovia, campo de futebol society com gramado natural, pista de bocha, open fitness, pista para patins e ciclismo, rampa de skate, piscina aquecida e coberta, piscinas adulto e infantil, quadra de tênis de saibro, spa e deque molhado.

O projeto arquitetônico do condomínio teve como principal objetivo integrar as áreas de lazer ao meio ambiente. Para isso, o Riviera conta com 40 mil metros quadrados de área preservada e, ainda, 40 mil metros quadrados de área verde e de lazer.

De acordo com Junior Pereira, alguns condôminos já terminaram de construir suas casas e se mudaram. “Além disso, existem várias casas em construção e em torno de 30 projetos em aprovação para começar a construir.

Os últimos lotes à venda são oportunidades únicas para quem sonha em morar num condomínio de casas tranquilo e com estrutura completa”, frisa.

Outro diferencial do Riviera Park Residence é o investimento em segurança reforçada 24 horas, com guarita blindada, vigilância motorizada com ronda permanente e controle de acesso para moradores, visitantes e funcionários.

RIVIERA PARK RESIDENCE Condomínio com lotes em torno de 600 metros quadrados Localização: Rua Hortência, Barra do Jucu, Vila Velha – ES. Área: 370 mil metros quadrados, sendo 7 mil de área de lazer construída.

Preço: Últimos lotes à venda.

Realização: Ápia e Galwan Vendas: 3200-4004 (Galwan)

www.galwan.com.br | 27 3200-4004 radio.esbrasil.com.br •

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Conteúdo Especial - Parceria do Editor

ACORDO DE SÓCIO

O ACORDO DE SÓCIOS

REGRAS PARA GARANTIR A LONGEVIDADE

Uma organização é um grupo de pessoas com objetivos comuns.

Porém não necessariamente todos têm os mesmos objetivos o tempo todo. Por mais que os membros de uma família empresária possam compartilhar valores e propósitos, há momentos que os interesses e necessidades podem não estar em sintonia. O que fazer quando surge a falta de alinhamento numa empresa familiar? Contamos com a sorte? Com o bom senso?

Ter um bom acordo de sócios formalizado é recomendado para quando os objetivos se distanciam, e as relações ficam mais tensas. O acordo será nesse momento a fonte de consulta para que os sócios abordem as questões delicadas.

O acordo de sócios é um documento que retrata tudo o que foi previamente combinado pelos sócios, a partir de um consenso, após muito debate, ajuste de expectativas, viabilidade e alinhamento de um futuro com objetivos compartilhados.

No processo de elaboração do acordo, algumas questões relevantes precisam ser exaustivamente discutidas, tais como: que propósitos movem os membros da família empresária e que devem ser transferidos de geração a geração? Como devem se comportar os membros da família empresária? Como proceder se um sócio quiser sair do negócio? Como ficam os descendentes e os ascendentes de um sócio que venha a falecer? Qual a política de distribuição de lucros e reinvestimento da empresa? Será permitida a entrada de familiares na empresa?

Quais os critérios para tal? E se um familiar não quiser ou não tiver competência para trabalhar na empresa? Como serão escolhidos os líderes da organização? Como será a estrutura de governança? Como será o processo de sucessão do controle e da gestão da empresa?

Na discussão desses temas, é preciso ter consciência de que nem sempre haverá unanimidade.

O que importa é que todos reconheçam os “combinados” e se sintam legitimamente representados na construção do acordo.

Elaborar um bom acordo de sócios, portanto, é fundamental, pois permite que os sócios possam direcionar suas energias para o negócio, com a segurança de que, em caso de conflito, elas não se dispersarão.

Aproveite o momento de harmonia familiar para elaborar o acordo. Esse é o momento mais indicado!

Adriano Salvi Conselheiro de administração certificado pelo IBGC, professor convidado da Fundação Dom Cabral e sócio da Vix Partners Governança Corporativa

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Danielle Quintanilha Merhi Psicanalista, especialista em empresas familiares, professora convidada da Fundação Dom Cabral e sócia da Vix Partners Governança Corporativa

Brigas familiares, confusão entre o patrimônio da família e o da empresa, indicação de membros familiares não preparados para posições estratégicas e sucessão mal planejada são causas que levam as firmas familiares a engrossar as estatísticas de mortandade nas primeiras gerações.

Um bom acordo de sócios deve abordar com clareza essas questões, evitando que se tornem motivo de grandes dores de cabeça .

EMPRESA FAMILIAR E FAMÍLIA EMPRESÁRIA

UM ACORDO PARA EQUILIBRAR AS NECESSIDADES DE AMBAS Gerenciar uma empresa familiar e uma família empresária significa alcançar harmonia e bem-estar entre os familiares e, ao mesmo tempo, prosperidade e desenvolvimento nos negócios. Ambos os enfoques precisam estar contemplados na discussão sobre cada tema constante do acordo de sócios. Lembre-se: é o futuro da família e da empresa que está em jogo.

TAG ALONG

PROTEGENDO-SE NA VENDA DO CONTROLE DA EMPRESA Um risco em qualquer sociedade é o de que o seu controle seja alienado e que alguns sócios se vejam diante da indesejada situação de se tornarem minoritários em uma empresa controlada por alguém não escolhidos por eles. Para evitar tal possibilidade, o acordo de sócios pode estabelecer o tag along, por meio do qual a venda do controle somente poderá ocorrer caso o adquirente faça oferta de compra das participações dos demais sócios nas mesmas condições de preço e forma de pagamento ofertadas pelo bloco de controle.

ARILDA TEIXEIRA

ECONOMIA

é economista e professora da Fucape

IDEIAS ECONÔMICAS E MUDANÇAS INSTITUCIONAIS NO BRASIL O OBSTÁCULO CULTURAL À MUDANÇA INSTITUCIONAL QUE ACERTARIA O PAÍS

A

economia funciona sob pilares que ela mesma determina para si. Eles são os fundamentos para o modelo de estrutura produtiva que se pretende alcançar, formulados segundo ideias que diagnosticam e prognosticam as condições para funcionamento ideal da economia. São as referências institucionais para implementar as mudanças necessárias para o avanço de um país.

O processo de formulação de uma ideia econômica é subproduto das necessidades de respostas da economia. Quanto melhor sua capacidade de equacionar os problemas enfrentados, maior sua capacidade para reduzir as incertezas e de promover as mudanças institucionais demandadas por ela. É o poder político de uma ideia econômica. Processo que possui dinâmica imprevisível conforme a reação dos agentes econômicos aos seus efeitos.

Uma ideia econômica sustenta que, depois que ela estiver completamente implementada, eliminará a distorção que a anterior produzia. A questão é que, invariavelmente, depara-se com mais de uma distorção. Como nenhuma equipe econômica consegue corrigir, simultaneamente, todas as distorções, há o risco de que, ao se corrigir uma, deixar a impressão de que houve piora, ao invés de melhora, para o ambiente econômico. Assim, a agenda de mudanças precisa definir a sequência em que as medidas serão adotadas; e como serão mediados, simultaneamente, as mudanças e seus efeitos.

Como esse gradualismo afeta os interesses de grupos específicos, ele reproduz focos de pressão contra as mudanças – que podem, inclusive, desviá-las dos objetivos propostos.

A habilidade do governo para coordenar esse contramovimento é fundamental para garantir continuidade dessas mudanças.

Esses redirecionamentos deram força para os grupos de pressão manterem seus interesses e postergarem ou desfigurarem as propostas de mudanças.

No Brasil, os avanços institucionais dependem das conveniências políticas, não do poder político de uma ideia econômica” Porém, ela depende da qualidade de sua governança. É ela que o permitirá conquistar e sustentar apoio político, de diferentes grupos de interesses, para a ideia proposta, e promover os avanços necessários. Mas o governo do Brasil não possui essa governança.

A economia brasileira entrou em 2018 mergulhada em incer tezas e estrangulada pelos entraves institucionais ao seu funcionamento. Depara-se com inconsistente e insuficiente aparato regulatório; um complexo, regressivo e oneroso sistema tributário; e desequilíbrio f isc al endêmico. Adicionalmente, enfrenta crise de representatividade devido à fragilidade no sistema político diante das denúncias de corrupção contra o chefe do Poder Executivo federal e a maioria absoluta dos parlamentares do Legislativo.

O quadro é o de uma sociedade que precisa de ampla reforma institucional, mas que está inerte. O fisiologismo do Estado patrimonialista disseminou fragilidade no sistema político e fortaleceu o contramovimento dos grupos de pressão. O esforço pelo ajuste fiscal – reforma da Previdência, regulamentação da nova legislação trabalhista, reforma do sistema tributário – foi redirecionado para defender os projetos individuais do presidente da República e do ministro da Fazenda. O primeiro, para angariar apoio do Legislativo para sustentar-se no poder; o segundo, para conquistar apoio político para sua candidatura a presidente da República.

Esses redirecionamentos deram força para os grupos de pressão manterem seus interesses e postergarem ou desfigurarem as propostas de mudanças. Moral da história: no Brasil, os avanços institucionais dependem das conveniências políticas, não do poder político de uma ideia econômica. radio.esbrasil.com.br •

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Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.

CORONEL JOAQUIM LYRIO UM SOBRENOME PRESENTE EM IMPORTANTES PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO

U José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae

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m sobrenome admirado e respeitado pelos capixabas por causa da presença em variadas frentes de trabalho que conduziram o Espírito Santo aos modernos patamares de democracia hoje desfrutados pelo Estado, desde a passagem do Império até a República instalada com a deposição do imperador Dom Pedro II. O coronel Joaquim Lyrio, nascido em Vitória no dia 15 de agosto de 1841, foi o patriarca disciplinador, com rígidos princípios de honradez, de uma família de 11 filhos, todos no seu tempo empenhados no processo de afirmação do Espírito Santo como Estado: Olympio Corrêa Lyrio , nascido a 22 de janeiro de 1868, médico formado em Salvador (BA), capitão cirurgião, diretor da Instrução Pública, deputado

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congressista estadual, médico do Hospital Misericórdia e redator do jornal “A Gazeta da Tarde”; Orozimbo Corrêa Lyrio (engenheiro formado em Fortaleza, comandante do Corpo da Polícia Militar – 30 de outubro de 1902 a 20 de junho de 1905, diretor da Instrução Pública); Afonso Corrêa Lyrio (desembargador), nascido a 11 de setembro de 1877 em Vitória, formou-se na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro em 1903, foi procurador da República, secretário do Interior e Justiça, falecendo em 23 de fevereiro de 1948; Adrião (capitão assistente); Francisco; José Corrêa Lyrio (secretário da Inspetoria Geral do Ensino e Primeiro Escriturário do Tesouro do Estado – Seção de Arrecadação, Auxiliar de redação do jornal

O homenageado nesta edição conquistou a confiança dos capixabas e foi eleito deputado Provincial em cinco legislaturas sucessivas, a partir de 1888 GPS -20.297855 -40.292995

“A Gazeta da Tarde”); Cleto (tenente); Adelina; Armindo; Ormenzinda e Malvinia.

Filiado ao Partido Liberal (PL), Joaquim Lyrio, ainda muito jovem, Coronel Joaquim Lyrio (Joaquim Corrêa de Lyrio) se impôs pela seriedade de sua postura, conquistando a confiança dos capixabas que o elegeram deputado provincial em cinco legislaturas sucessivas, a partir de 1888. Antes da Proclamação da República, ele já ocupava cargos de representação popular de confiança do governo imperial.

Instalado o novo regime, foi convidado pelo então governador Afonso Cláudio para dirigir a Intendência Municipal, cargo correspondente hoje a prefeito, função que desempenhou sem remuneração financeira.

Nessa época, em junho de 1881, quando exercia o cargo de presidente da Câmara Municipal de Vitória, foi iniciado o corte do mangal do campinho. Foi comandante da Guarda Nacional no Espírito Santo.

Em 1890, o “Governo do Estado dissolveu a Câmara Municipal da cidade e nomeou um Conselho de Intendência presidido pelo Cel. Joaquim Corrêa Lyrio”. Com as eleições de 1900, e a vitória de Moniz Freire, tendo como vice Henrique Cerqueira Lima, foi empossado novamente no cargo de presidente do Governo Municipal.

Participe da coluna enviando sugestões para enderecodahistoria@revistaesbrasil.com.br

Antes desses acontecimentos, o jornal “Gazeta de Vitória” iniciou sua edição em 24 de janeiro de 1878, sob a direção de Pessanha Póvoa e redação de Joaquim Correia Lyrio. O jornal deixou de circular em 1889, mas Joaquim Lyrio, com jornalista, foi redator do jornal “O Federalista”, ao lado de Aristides Freire e Antonio Aguirre.

Sua presença marcante na vida política do Espírito Santo levou-o a ser eleito vice-presidente na gestão de Jerônimo Monteiro, entre maio de 1908 e maio de 1912. Joaquim Lyrio desempenhou as funções de despachante-geral da Alfândega e aposentou-se como oficial maior da Secretaria da Assembleia Estadual. Foi condecorado com o “Hábito de Christo”.

Faleceu em Vitória no dia 8 de fevereiro de 1926, aos 85 anos de idade.

Honrando sua memória, o povo de Vitória, por seus representantes no Legislativo Municipal, deu seu nome a uma das principais vias pública da cidade: a Rua Joaquim Lírio, na Praia do Canto.

Copidesque: Rubens Pontes radio.esbrasil.com.br •

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“Acredito em Deus, todos os outros devem apresentar dados e fatos.”

Edward Demming

#LIDERANÇA Se você está tentando inovar sem mudar a cultura da organização, sua tática não passa de um castelo de cartas. Já dizia Peter Drucker, a “cultura come a estratégia no café da manhã”.

E o mais difícil para qualquer líder é que criar cultura nunca será um investimento financeiro. É um investimento de tempo e muita vontade.

Leonardo Carrareto Especialista em Inovação e Futurismo e fundador da WIS Educação, escola de inovação. Busca acelerar o desenvolvimento dos mercados no mindset exponencial e da inovação disruptiva.

#STARTUPS As startups estão modificando a forma de gerir negócios. Isso quer dizer que podemos ter mudanças nas escolas clássicas de administração? Sim. Quando Henry Ford revolucionou a indústria, ninguém falou que ali nascia um sistema de gestão. Ainda, certamente, muitos apostavam contra dizendo que isso não iria afetar seus negócios, que era apenas uma moda passageira. Em todo caso, o que você tem feito para aprender mais sobre como administrar sua empresa, espelhando-se em Google, Netflix, Facebook, Amazon e outras?

#STARTUPS #2 Se uma startup ligar na sua empresa hoje, o que você faz? Se uma empresa que aparentemente não tem nada a ver com seu negócio o procura, você atende? As grandes montadoras de carro esperavam que as inovações no negócio de automóveis viessem de suas concorrentes. Nunca do Google.

Na próxima vez que uma startup o procurar, ouça-a atentamente, pois ela pode ser sua ponte para o futuro.

#TECNOLOGIA Existe alguma empresa atualmente que não seja de tecnologia? A forma como sua empresa encara a tecnologia diz muito sobre a sua sobrevivência. Todas as organizações precisam ter a tecnologia dentro do seu core, e não mais na periferia, se quiserem permanecer relevantes.

#TRANSFORMAÇÃO DOS NEGÓCIOS Tomada de decisão sempre foi um processo que envolvia 5Ps: Processos, PPT (a famosa apresentação do Google), Persuasão, Posição (hierarquia) e Poder. Hoje é um processo de X: eXperimentação.

As empresas que não se abrem para experimentar qualquer decisão estão fadadas a “achismos e opiniões”.

#EXPONENCIAL Em 2012, os sistemas de inteligência artificial tinham grandes dificuldade de distinguir um cachorro de um gato. Hoje, um iPhone já é capaz de fazer seu reconhecimento facial. Guarde essa informação para o que seremos capazes de fazer daqui a uns cinco anos.

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PANORÂMICAS

COMANDO Parceria do Editor

CORECON-ES ELEGE NOVO PRESIDENTE O economista Ricardo Paixão (à esquerda na foto) é o novo presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES). Com o vice-presidente, Eduardo Araujo (à direita), ele acaba de assumir a gestão 2018 do Conselho. A eleição foi realizada no dia 9 de janeiro, na sede do Corecon-ES. Na ocasião, os novos conselheiros escolhidos também foram oficialmente empossados.

PRIORIDADES

BALANÇO POSITIVO O economista Victor Nunes Toscano, que esteve à frente da presidência do Corecon-ES em 2017, fez um balanço das ações realizadas durante o ano. Dentre as práticas de maior relevância, ele destaca os trabalhos desenvolvidos para a comunidade, como o projeto Corecon-ES nas Escolas e os mutirões de negociação de dívidas.

“Outro avanço foi o fato de darmos mais rapidez aos processos no Conselho, promovendo maior agilidade administrativa”, enfatizou.

CONTINUIDADE E AVANÇO O novo presidente do Corecon-ES, Ricardo Paixão, destacou que irá priorizar a continuidade dos trabalhos desenvolvidos na gestão anterior e apostar em novos projetos. “Em 2017, tivemos uma gestão que executou diversas atividades exitosas que terão continuidade neste ano. Iremos também avançar com novos projetos, sempre pautados no equilíbrio fiscal”, afirmou o economista.

PROJETOS INOVADORES A implantação de projetos inovadores está na lista de prioridades da nova chapa de conselheiros que acaba de tomar posse no Corecon-ES. Uma das iniciativas se propõe a oferecer orientações sobre educação financeira a produtores rurais. “A ideia é fazer parcerias com sindicatos para levar informações importantes a esse público, que tem tanta representatividade para a economia capixaba”, afirmou a economista doutora Julyana Covre (foto), que integra a nova chapa de conselheiros.

CONSELHEIROS TOMAM POSSE Os novos conselheiros efetivos e suplentes, eleitos no pleito de outubro de 2017 para a gestão 2018-2020, tomaram posse durante a sessão plenária realizada pelo Corecon-ES no dia 9 de janeiro. A chapa é composta pelos seguintes economistas: Naone Manoel Garcia, Sebastião Demuner e Victor Nunes Toscano (efetivos) e Julyana Covre, Letícia Pitanga Bertocchi e Luiz Eduardo Dalfior (suplentes). E ainda: Eduardo Reis Araujo (delegado efetivo) e Julyana Covre (delegada suplente).

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SAÚDE

CALOR, CHUVAS E FALTA DE CUIDADOS CAUSAM AUMENTO DE DOENÇAS DURANTE O VERÃO A POPULAÇÃO CAPIXABA FICA SEMPRE EM ALERTA COM A PROPAGAÇÃO DO MOSQUITO QUE TRANSMITE DENGUE, FEBRE AMARELA, ZIKA E CHIKUNGUNYA

T

odo verão é a mesma coisa. O número de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti cresce e causa transtornos à população, principalmente nas zonas urbanas. Só em 2017, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou 13.657 casos de dengue, zika e chikungunya no Espírito Santo. A maior incidência foi a da dengue, que atingiu mais de 11 mil pessoas entre 1º de janeiro e 30 de dezembro do ano passado.

Em três semanas, a Sesa identificou 429 vítimas da doença no Estado entre 31 de dezembro de 2017 e 20 de janeiro de 2018.

Já as notificações de chikungunya chegaram a 27 nesse período, e as de zika, a 13, segundo o boletim epidemiológico divulgado pelo governo estadual.

Outra doença transmitida pelo mosquito é a febre amarela, que levou 100 pessoas a óbito no Espírito Santo em 2017.

No total, foram 330 casos confirmados da variedade silvestre.

Porém, ainda não houve novos registros este ano, apesar do surto pelo qual passam estados como São Paulo e Rio de Janeiro.

Com a população em alerta, as filas para vacinação estão enormes, com grande espera e falta de informação.

Os capixabas também estão na área de recomendação vacinal do Ministério da Saúde. Quem ainda não foi imunizado deve se vacinar nas unidades de saúde. Segundo a Sesa, até o momento, 3.561.000 doses foram distribuídas; os municípios informaram que 3.077.619 pessoas foram imunizadas contra a febre amarela.

Isso representa uma cobertura vacinal de 85,71% da população capixaba.

CUIDADOS DURANTE O VERÃO A gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Gilsa Rodrigues, recomendou atenção a quem for curtir o verão em locais próximos a florestas e matas e também na zona rural. “Com o calor e o aumento das chuvas, formam-se as condições propícias para a

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É preciso que toda a população se mobilize para combater o Aedes aegypti, principal transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela

DOENÇAS DE VERÃO: BALANÇO DO INÍCIO DO ANO De 31 de dezembro de 2017 a 20 de janeiro de 2018, o Estado registrou:

27

casos

13

casos

dengue chikungunya zika.

429

casos

No ano passado, foram 330 casos de febre amarela identificados no Espírito Santo e, desse total, 100 pessoas morreram por complicações da doença.

Fonte: Sesa-ES

procriação do mosquito. Apesar de se reproduzir durante todo o ano, nesta época observamos maior infestação”, explica.

A procura por cachoeiras e poços aumenta muito neste período.

Existe o perigo da proximidade com a região onde circula o vírus da febre amarela silvestre. Segundo Gilsa, a preocupação atualmente é quanto ao fato de as cachoeiras ficarem perto das matas. “Então, se pessoas que não receberam a vacina estiverem nesses locais, temos o aumento do risco de contaminação.

“Quem frequenta lugares como esses deve estar vacinado. Apesar de a cachoeira ser de água corrente, sempre há a possibilidade de algum visitante deixar um copo descartável e o mosquito utilizá-lo para procriar”, completa.

VERIFICAÇÃO SEMANAL Cada pessoa deve evitar a proliferação do Aedes aegypti no dia a dia das casas, ruas e bairros. Com medidas simples, é possível diminuir a quantidade da espécie transmissora. Gilsa Rodrigues recomenda uma vistoria semanal em toda a casa, no quintal e na varanda. Toda atenção é necessária na limpeza dos pratos de vasos de planta, das calhas, das garrafas expostas à chuva ou até mesmo nos muros em que se fixam cacos de vidro.

“A ideia é que cada pessoa olhe o seu ambiente e faça um checklist dos lugares de risco que devem ser olhados sempre. São ralos, banheiros e vasos sanitários pouco utilizados, vasilhas e bebedouros, por exemplo”, esclarece.

MOTORES

LEXUS CT 200H VISUAL DINÂMICO E AINDA MAIS ESPORTIVO

O

novo Lexus CT 200h já está disponível no mercado nacional e nas concessionárias Kurumá Toyota no Estado.

Reunindo elementos premium a uma condição dinâmica e eficiente, o primeiro hatch híbrido de luxo do mundo e atualmente o representante híbrido da Lexus no Brasil pode ser encontrado em duas versões: a CT 200h ECO e a CT 200h Luxury, com preços a partir de R$ 129.900.

A versão 2018 do modelo vem com um design ainda mais refinado, recebendo itens de série como o sistema de multimídia em tela de LCD de 10.3”, disponível para as duas versões, e faróis de neblina em LED para a opção de entrada CT 200h ECO – antes oferecido apenas na versão CT 200h (Luxury).

Entre as novidades, não podemos deixar de destacar os novos para-choques dianteiros e traseiros, que apresentam toques especiais, além da grade dianteira tipo Spindle, que recebeu um novo acabamento em pintura metálica de alto brilho. As rodas de alumínio 16’ também vem com um novo desenho e acabamento usinado, com pintura metálica na cor cinza escuro. Detalhes que dão um aspecto mais dinâmico e uma sensação de profundidade tridimensional.

O CT 200h 2018 conta com o sistema Lexus Hybrid Drive que combina um motor a gasolina de 1.8 litro VVT-i de ciclo Atkinson, com 99 cv de potência a 5.200 giros e 14,5 kgfm de torque a 4.400 rpm. O propulsor a combustão funciona em conjunto com outro elétrico de 82 cv e 21.1 kgfm de torque.

A potência combinada é de 136 cv.

BAIXO CONSUMO Por contar com tecnologia híbrida, o novo CT 200h apresenta um consumo de combustível extremamente baixo, fazendo 15,7 km/l em ciclo urbano e 14,2 km/l em rodovias, o que o torna um dos veículos mais eficientes vendidos no País, segundo o Inmetro.

No quesito segurança, o modelo também não deixa a desejar, vindo com oito air bags, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem, sistema de controle de estabilidade (VSC), sistema eletrônico de tração (TRC) e assistente para 42

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ESPECIFICAÇÕES Motor: 4 cilindros, 1.8-Litros VVT-I¹ 16V DOHC² Transmissão: E-CVT Direção: Eletroassistida progressiva (EPS) Pneus: 205 / 55 Rodas: Liga leve 16” Dimensões (mm): ESPECIFICAÇÕES • Comprimento: 4.355 • Largura: 1.765 • Altura: 1.455 Capacidade (l) • Tanque: 45 • Porta-mala: 375

arranque em subida (HAC). Ainda exclusivos da versão CT 200h (Luxury) estão itens como faróis de LED com lavador e regulagem automática de altura, bem como sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.

Ambas as versões possuem sistema de acionamento automático das luzes diurnas, além de sensor de chuva, imobilizador por código eletrônico na chave e vidros com sistema antiesmagamento e trava elétrica nas quatro portas disponíveis nas duas versões.

Extremamente confortável para todos os ocupantes, o Lexus CT 200h mantém o volante multifuncional com controle de áudio, telefone, controle de velocidade de cruzeiro e computador de bordo; sistema Smart Entry (que destrava portas e porta-malas por sensores); e o sistema de partida por um toque Start Button.

Outros destaques do veículo ficam por conta do sistema de multimídia em tela de LCD de 10.3”; do volante multifuncional com controle de áudio, telefone, controle de velocidade de cruzeiro e computador de bordo; do sistema Smart Entry, que destrava portas e porta-malas por sensores; e do sistema de partida por um toque Start Button.

Foto: Divulgação

BMW K 1600 GTL APRESENTA ALTERAÇÕES NO VISUAL

SETOR DE CAMINHÕES REGISTRA CRESCIMENTO MODESTO EM 2017 O setor de caminhões fechou o ano de 2017 com alta de 3,5% nas vendas sobre 2016, segundo informações da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Um crescimento bastante modesto, visto que os números são comparações com volumes baixos, que não eram registrados havia cerca de 20 anos no país. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as fábricas instaladas no Brasil estão utilizando apenas 25% de sua capacidade. “Em caminhões, a ociosidade está perto de 75%”, destacou Antonio Megale, presidente da entidade. Mesmo que a alta não tenha sido a das melhores, a expectativa para o setor é positiva. A recuperação encerrou um período de três anos seguidos de quedas, e a produção nacional subiu 37%, ajudada também pelas exportações.

MERCADO AUTOMOTIVO: MARCAS DE LUXO INVESTEM EM BOUTIQUES

Foto: Divulgação

Com intuito de fidelizar ainda mais os consumidores são apaixonados por velocidade, as marcas de luxo do mercado automotivo capixaba têm investido em produtos além dos automóveis, oferecendo itens de qualidade. Na Vitória Motors, por exemplo, o cliente poderá encontrar as peças da linha Mercedes-Benz Collection, que reúne artigos colecionáveis, bonés, pulseiras e relógios, além de uma miniatura da MercedesBenz GLA. Outra marca que vem apostando em novidades para o público é a Land Vitória, representante da Jaguar Land Rover no Espírito Santo. No local, os clientes também podem encontrar roupas e acessórios que fazem parte da Jaguar Collection e do Land Rover Collection. Representante da Jeep, Wrangler, Chrysler e RAM no Estado, a Vitória Motores Jeep também apresenta ao público diversos itens interessantes, além de seus automóveis. Destaque para os produtos que têm saído mais neste verão, como guarda-sol, refrigerador portátil e prancha.

Depois de dar início às vendas da K 1600 Bagger no Brasil, a BMW resolveu apresentar outra novidade, trazendo até o público a nova K 1600 GTL. A moto, que faz parte da linha de grandes estradeiras touring, chega às lojas do país por R$ 135.900. Diferente da Bagger, que é uma novata, a GTL foi lançada no mercado em 2012 e, desta vez, recebe alterações importantes no visual e na ergonomia. De acordo com a marca alemã, as mudanças foram feitas para trazer mais conforto para o motorista. Os equipamentos de série vêm com controle de tração dinâmico (DTC), ABS Pro, manoplas e banco aquecidos, controle eletrônico de velocidade, ajuste eletrônico de suspensão (ESA), farol xenon, lanterna e luzes indicadoras de direção em LED, computador de bordo, modos de pilotagem e para-brisa com ajuste elétrico.

Foto: Divulgação

PROJECT MAIA: CONHEÇA O PROJETO DE MEGAIATE DA HEESEN YACHTS O estaleiro holandês Heesen Yachts apresentou recentemente o seu mais novo projeto de megaiate.

O modelo, que foi batizado de Project Maia, conta com 164 metros de comprimento e tem a assinatura exterior do designer francês Clifford Denn e interior da empresa britânica Reymond Langton. O projeto apresenta espaços amplos ao ar livre que foram espalhados por três conveses. A ideia busca atrair os convidados para a parte externa do megaiate, especialmente para o seu grande clube de praia a nível da água, que dispõe de um bar e uma sauna adjacente. O deque superior do modelo vem ainda com uma jacuzzi e uma área de estar, que tornam a experiência a bordo ainda mais interessante.

NOVO AUDI RS 3 CHEGA AO BRASIL COM PREÇO DE R$ 329.990 Os amantes das supermáquinas do mercado automotivo estão com motivos de sobra para comemorar com a chegada do novo Audi RS 3 ao Brasil. O modelo, que conta com impressionantes 400 cv de potência, pode ser encontrado na versão Sportback e na inédita Sedan. O preço sugerido é igual para os dois modelos: R$ 329.990. Além da nova potência do motor, o novo Audi RS 3 também apresenta um visual reestilizado, que mistura elegância e esportividade. O veículo vem com grade dianteira redesenhada, difusor de ar no para-choque traseiro, saídas de escape ovais e para-lamas mais largos para acomodar os eixos 2 cm mais espessos, além das rodas de 19 polegadas.

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GASTRONOMIA Foto: Divulgação

CAFÉ GELADO? Com a chegada do verão, muitos estabelecimentos estão apostando em opções geladas no cardápio, como o Café Teugrano, na Praia do Canto que oferece versões diferenciadas de seus expressos e cappuccinos. Uma das apostas da casa para o verão é o Afogatto, que consiste no expresso com uma bola de sorvete de creme por cima (R$ 12). Para quem gosta de manter a tradição, outra pedida para a estação é o “Cappuccino gelado”, uma mistura pronta à base de leite, cacau, chocolate, canela e açúcar com leite e gelo (R$ 15,00). A Espírito Cacau também apresenta novidades como os sabores de gelato (que passaram de 12 pra 18), os soft drinks com sodas italianas e pink lemonade, além de milk-shakes do gelato da escolha do cliente (R$ 18,90).

Foto: Divulgação

KFC VEM FAZENDO SUCESSO ENTRE OS CAPIXABAS Inaugurado em novembro do ano passado no Shopping Vila Velha, o KFC vem fazendo bastante sucesso no Estado, principalmente entre os fãs de fast foods. A marca, que é referência mundial quando o assunto é frango frito, conta com um cardápio diversificado que oferece sanduíches, baldes e box com pedaços de frango, snacks e sobremesas, além de pratos quentes que foram criados exclusivamente para os brasileiros. Com a nova loja, o Espírito Santo passa a ser o quinto estado do Brasil a ter unidades do KFC, integrando o time que já conta com São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. “Crescer no Sudeste do Brasil sempre foi um dos nossos objetivos.

Já temos lojas em outros estados da região, e chegou a hora de o Espírito Santo também ter a oportunidade de receber o KFC”, revelou Marcelo Pinho, general manager da Yum! Brands Brasil, franqueadora e detentora do KFC no mundo.

MAIS OPÇÕES DE BOLOS EM VITÓRIA A Casa de Bolos, rede especializada em bolos caseiros que conta com mais de 300 lojas espalhadas pelo Brasil, abriu sua a terceira unidade em Vitória. Com um cardápio delicioso, a loja oferece diversas opções de sobremesas para aqueles que são fãs de doces. Entre os destaques, está o bolo no pote, que pode ser encontrado nos sabores abacaxi, brigadeiro, Leite Ninho, limão, Prestígio, cenoura com chocolate, maracujá com chocolate e morango com creme.

Foto: Divulgação Além de ser bastante saboroso, o bolo no pote se destaca pela sua embalagem biodegradável e reciclável, feita à base de papel, fonte renovável.

Com o preço de R$ 7, o produto pode ser encontrado nas unidades da Casa de Bolos em Vitória e Serra.

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DICA DO CHEF POR BRUNO LACHINES, chef do Restaurante Zattar (Shopping Vitória)

“Nossa cozinha é libanesa e, dentre os diversos pratos que valorizam essa rica culinária, podemos destacar as porções da casa, como os quibes de abóbora na brasa (que acompanham temperos especiais), a coalhada, as caftas de frango e boi, além dos charutos. Pratos pequenos que podem ser saboreados por toda a família.”

Foto: Sagrilo/PMG

POR BRUNA ESTEVES

CINCO PASSEIOS PARA CURTIR DURANTE O VERÃO PREPARAMOS UMA LISTA COM CINCO DICAS DE PASSEIO PARA VOCÊ FAZER DURANTE A ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO ANO

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verão chegou e por isso preparamos uma lista com diversos lugares para você curtir a estação. Que tal fazer uma programação diferente? Não importa se é para se bronzear, contemplar a natureza, descansar ou tirar lindas fotos, o que vale é aproveitar. É possível se divertir tanto no litoral, quanto nas montanhas. O Espírito Santo possui inúmeras praias, mas também há parques com belas cachoeiras. Você ainda consegue fazer mais de um passeio por dia. Confira:

Foto: Sagrilo/PMG

1

AREIA PRETA

A praia fica localizada em Guarapari e levou esse nome por conta da cor da areia, preta, que é monazítica. É uma das mais frequentadas do município, sendo indicada para levar crianças por ter ondas tranquilas. Há muitos prédios na orla, mas tem também uma vasta opção de bares e restaurantes com ótima gastronomia, além dos vários hotéis. Então, se você deseja ir à praia sem perder o conforto, esse lugar é ideal. Para chegar, basta seguir o litoral da cidade.

2

PRAIA DE SETIBA

Ainda em Guarapari encontramos a praia de Setiba, conhecida por suas águas quentes. O mar, praticamente sem ondas, se mistura com a lagoa e a restinga, formando um visual de tirar o fôlego. A praia é indicada para prática de pesca e mergulho e também para passeio. Ainda na orla existem quiosques que servem comida capixaba, restaurantes e boas pousadas. O acesso é fácil, podendo ser feito inclusive por transporte coletivo.

Tenho certeza que você sairá de lá com belas fotos!

Foto: Divulgação

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Foto: Divulgação

3

PASSEIO DE ESCUNA PELO RIO PIRAQUÊ-AÇU

É feito em Aracruz, cidade que abriga belas praias do litoral capixaba. O passeio mais famoso da região é feito de escuna e pelo rio Piraquê-Açu, em Santa Cruz. É um belo trajeto e pode ser percorrido por pessoas de todas as idades. O passeio tem duração de duas horas e é realizado pela empresa Escuna Princesinha do Mar. O percurso é dividido em três partes: meia hora navegando, uma hora em uma plataforma flutuante para recreação – momento apropriado para quem quiser mergulhar – e meia hora para retornar. Já em alto-mar é possível ver a vila bem distante e a vegetação que surge no manguezal – que inclusive é o maior do Estado – bem à margem do rio. O valor do passeio é R$ 30,00 por pessoa.

4

PARQUE ESTADUAL PEDRA AZUL

Esse é o destino ideal para quem quer curtir o sol durante o dia e se refrescar à noite. Na região serrana, em Domingos Martins, a temperatura tende a subir durante o dia e ficar amena após o anoitecer. O parque permite um contato maior com a natureza, mas, para ter acesso a tudo, é necessário um condutor local. Depois de fazer a trilha, você pode relaxar e aproveitar as belas piscinas naturais. Com certeza a água cristalina vai encantá-lo. É recomendável ligar para o parque antes da visita para checar disponibilidade, já que existe um limite de visitações por dia.

Foto: Divulgação

5

CACHOEIRA DE HIDROLÂNDIA

Muito conhecida por conta da natureza exuberante, a Cachoeira de Hidrolândia é um complexo de cachoeiras do Rio Brás. As águas têm origem próxima ao Pico da Bandeira, e as cachoeiras e lagos estão a menos de dois quilômetros de Minas Gerais – quase na divisa com o Espírito Santo. O parque está localizado em propriedade particular, e é cobrada uma taxa de R$ 8,00 de entrada.

A estrutura conta com banheiros, chuveiros, espaço para camping e um restaurante que serve comida feira no fogo à lenha. Hidrolândia possui também duas trilhas, onde o ponto final é um mirante da região. Para isso é necessário ligar e agendar para que um guia acompanhe. Então, se você está buscando contato com a natureza, vá para lá e tenha certeza que voltará para casa satisfeito.

Foto: Divulgação

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MAIS E MELHOR EM NOME DOS PAIS FILME

American Crime Story O Povo Contra O.J. Simpson Ryan Murphy, Fox Home Entertainment

Criada por Ryan Murphy, a série é focada em casos famosos que repercutiram na mídia dos Estados Unidos, como o julgamento do ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson. Sob o olhar dos advogados, a série explora os acordos que foram feitos por “debaixo dos panos”, o excesso de confiança da acusação e a astúcia da defesa, que tornaram esse julgamento um dos mais polêmicos da história da Justiça. ÁLBUM

Estratosférica ao Vivo Gal Costa, Biscoito Fino

Lançado em novembro do ano passado, o CD/DVD “Estratosférica ao Vivo” não é apenas o registro de um show da cantora Gal Costa, mas também o retrato da artista, que completou 72 anos de vida em 2017; 50 deles dedicados à música.

A apresentação coroa uma nova fase de Gal, que demonstra estar cada vez mais ligada à música do país.

LIVRO

Na Minha Pele Lázaro Ramos, Objetiva

No livro “Na Minha Pele”, o ator e escritor Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre racismo, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo e não uma ameaça, o artista destaca no livro a importância do diálogo em um mundo tão cheio de preconceitos.Uma leitura reveladora e agradável, que propõe mudanças significativas e convoca o leitor a ser mais atento ao que acontece com o próximo.

MAIS VENDIDOS

GERAL 1º

Origem | Dan Brown, Arqueiro

2º

O Homem Mais Feliz da História | Augusto Cury, Sextante

3º

Tartarugas até Lá Embaixo | John Green, Intrínseca

4º

O Homem Mais Inteligente da História | Augusto Cury, Sextante

5º

It - A Coisa | Stephen King, Suma de Letras

Fonte: PublishNews – dezembro de 2017

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Matheus Leitão “O livro é muito interessante, pois relata um momento importante da nossa história o período militar. Autor do livro, Matheus é jornalista e filho da Miriam Leitão e Marcelo Netto, também jornalistas. Ele conta sobre o ativismo dos pais nesse período, os casos de tortura e a busca dele por depoimentos e relatos do tempo da ditadura.

Bom para não esquecer o passado e entender o presente.

Principalmente num momento em que discursos extremistas ganham certa força no Brasil nos tempos atuais.”

Andréia Lopes, superintendente estadual de Comunicação Social

ERA UMA VEZ NA AMÉRICA Sergio Leone “Adoro cinema, e muitos filmes ao longo desses anos marcaram a minha admiração pela sétima arte em especial foi a obra de arte do renomado diretor italiano Sergio Leone.

‘Era uma Vez na América’, considerado por muitos um dos melhores filmes de todos os tempos, foi de fato a obra que despertou em mim uma grande paixão pelo cinema.”

Francisco Passos, diretor da Ótima Atacado

CARA LAVADA Tássia Holsbach “Meu atual vício musical é a Tássia Holsbach. O álbum dela fica rodando o dia inteiro no meu Spotify. É uma cantora mais popular na internet que lançou seu primeiro EP recentemente, intitulado ‘Cara Lavada’, com músicas que transitam entre pop, MPB, reggae e até folk. A Tássia tem uma voz apaixonante e, com certeza, ‘Domingo’ é uma das músicas mais lindas que ouvi nos últimos tempos.”

Cynthia Binda, Mídia e Planejamento da Teia Comunicação e Marketing

Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br

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IVO NOGUEIRA DIAS

PRECISAMOS APRENDER A OUVIR

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ocê é capaz de ouvir o que as pessoas dizem? De compreender? Isso é muito importante. Há muitos bons “faladores” por aí, mas muito poucos “ouvidores”. Muito poucos que compreendam bem, que prestem atenção. Prestamos muita atenção em nossa capacidade ou incapacidade de falar, mas nem sempre em nossa capacidade ou incapacidade de ouvir. É mais fácil falar. Poucas vezes falar dói. Mas muitas vezes ouvir é que dói.

SERÁ QUE TEMOS OUVIDOS PARA OUVIR? Ouvir é fundamental, e precisamos crescer nessa capacidade. Às vezes ouvimos nos preparando para falar, e aí não ouvimos de verdade. Às vezes ouvimos apenas para fazer de conta que estamos interessados. Isso não é ouvir. Quanto menos ouvimos, menos acreditamos no que as pessoas falam. Isso pode parecer óbvio, mas não é tão claro quanto aparenta. Precisamos aprender a ouvir. E, de certa forma, precisamos aprender a ouvir o que nós mesmos dizemos. Nossas palavras revelam nosso coração. Jamais atribua pouco valor às próprias palavras. Nenhuma palavra é neutra. Elas nos revelam! Quais são os seus comentários?

O QUE VOCÊ ANDA DIZENDO POR AÍ?

Elas podem se referir a outros, mas revelam você mesmo. Que palavras você mais pronuncia? “A boca fala do que está cheio o coração” (Lucas 6:45) – palavras de Jesus! Não há quem não tropece em palavras, mas isso é diferente de andar mancando! Uma coisa é sermos falhos, outra é sermos maus. Cuidado! Olhe para si mesmo. Pense um pouco mais antes de falar.

ESCUTE SUA PRÓPRIA VOZ Arrependa-se! “Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem” (Efésios 4:29).

Temos muitos motivos para sermos mais cuidadosos com nossas palavras. Estamos sujeitos a falar sem o mínimo bom senso. E às vezes falamos apenas por “falar”. Falamos para dar vazão à raiva, ressentimento, ciúmes, inveja, mágoa… As palavras devem importar mais para nós, e devemos ser mais cuidadosos.

Pecamos e ferimos usando palavras. Há vinganças por palavras! Há palavras que jamais serão esquecidas. Há palavras de pais que arruínam a vida de filhos. Refiro-me ao peso da palavra dos pais na vida emocional dos filhos.

Palavras pesam, e a falta delas também. Há pessoas que seguem pela vida subnutridas, famintas das palavras de amor, aceitação e afirmação que não ouviram. Exerça o poder da palavra com sabedoria e amor. Não tenha medo de falar, apenas tenha a certeza de falar o que não gostaria de omitir depois. Não fale tudo que pensa, mas pense bem em tudo que fala (Aristóteles fez esse alerta).

“Obrigado”, “Desculpe-me”, “Amo você”, “Por favor”, “Deus abençoe você” são palavras que devemos usar mais. Pense nas que deve evitar. Use o silêncio, que edifica e evite as palavras que destroem. Não julgue, não seja maldoso, não faça fofocas. Se uma má notícia lhe causa prazer, você não é a pessoa para passá-la a outro.

Que neste ano que se inicia suas palavras produzam orgulho em você e gratidão nos homens!

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