Revista ES Brasil 115

EXCLUSIVO Marcos Do Val analisa a segurança pública

“Sociedade americana respeita um policial como brasileiro respeita um desembargador”

“Policiais precisam ter o foco de servir e proteger, e não de caçar bandidos”

“Governantes e secretários de Segurança devem fazer mais pressão no Congresso”

Nº 115 • Fevereiro de 2015 • R$ 8,90 • www.revistaesbrasil.com.br

IMPRESSO

Energia

Qual a mágica da vez?

PAULO PAIM Desafios para superar a estiagem

ÁGUA Causas da crise são conhecidas há 20 anos

CARIACICA Descubra as belezas do agroturismo

CARNAVAL Investimentos que trazem retorno para a folia capixaba

NESTA EDIÇÃO EXCLUSIVO Marcos Do Val analisa a segurança pública

“Sociedade americana respeita um policial como brasileiro respeita um desembargador”

“Policiais precisam ter o foco de servir e proteger, e não de caçar bandidos”

“Governantes e secretários de Segurança devem fazer mais pressão no Congresso”

ENERGIA - QUAL A MÁGICA DA VEZ?

Nº 115 • Fevereiro de 2015 • R$ 8,90 • www.revistaesbrasil.com.br

IMPRESSO

Energia

Qual a mágica da vez?

PAULO PAIM Desafios para superar a estiagem

ÁGUA Causas da crise são conhecidas há 20 anos

CARIACICA Descubra as belezas do agroturismo

CARNAVAL Investimentos que trazem retorno para a folia capixaba

Edição 115 – Fevereiro 2015

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Agenda

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Economia Conheça as ações que estão sendo desenvolvidas no Espírito Santo e no Brasil para reduzir os impactos da crise energética.

Como podemos reverter essa situação?

10 Periscópio 60 Aonde Ir 66 O Endereço da História 68 Gastronomia 70 Estilo Gadgets 74 Mais e Melhor

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ESB Pergunta

O novo presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos, Paulo Paim, fala sobre os desafios enfrentados para superar a maior estiagem dos últimos 40 anos.

78 Essas Mulheres

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Água

Ambientalistas e representantes do Ministério Público alertam para a necessidade de se adotar as soluções permanentes, anunciadas há décadas.

80 Modus Vivendi 82 Tira-Gosto

Artigos 30 Antonio Fernando

Doria Porto

O Espírito Santo e a economia mundial em 2015

52 Pablo Lira

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A RMGV e o Estatuto da Metrópole

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Entrevista

O capixaba Marcos Do Val, que atualmente é instrutor da Swat, fala sobre sua carreira e sobre os principais gargalos da segurança pública brasileira.

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Indústria

Fique por dentro dos principais investimentos que estão sendo feitos para estimular e fortalecer a economia criativa no Espírito Santo.

EDITORIAL

A

crise energética que abala o nosso país acende um alerta vermelho junto à sociedade, que deverá se lembrar do início de 2015 como um período complicado em suas vidas.

Aqueles que se recordam do ano de 2001 sabem muito bem da dificuldade que foi enfrentada pela população, com as primeiras grandes ameaças de apagões em todo o país, forçando-nos a mudanças de hábito para que a redução da energia elétrica fosse consumada.

Outras adaptações, aliás, encontram-se presentes no dia a dia do brasileiro, a exemplo do Sistema de Bandeira Tarifária, que já pode visto na conta de luz.

O cenário infelizmente, tende a piorar ainda mais, principalmente pela falta de chuvas em diversas regiões do Brasil, fator que influencia diretamente no abastecimento das hidrelétricas. E se a nossa sorte não está tão boa assim, como podemos lidar como esse assombroso déjà vu e, claro, como ficará o Espírito Santo? Será que temos capacidade de um consumo próprio independente do sistema elétrico nacional? Não deixe de conferir em nossa reportagem.

Outro destaque da ES Brasil de fevereiro são os investimentos que estão sendo feitos na economia criativa. O segmento, que cresce cada vez mais e apresenta novas formas de mercado para os profissionais, vem se tornando um grande aliado para os que estão em busca da inovação como forma de se diferenciarem em relação aos seus concorrentes.

E já que estamos falando de economia criativa, não podemos deixar de citar a indústria do carnaval capixaba, um grande setor que vem se destacando não só no Espírito Santo como em todo o Brasil. Veja o que vem sendo feito para estimular esse inportante evento em nosso país e confira os melhores momentos dos desfiles das escolas de samba da Grande Vitória realizados no Sambão do Povo.

Você confere ainda nesta edição uma conversa exclusiva com Marcos Do Val, instrutor brasileiro da Swat, considerada a melhor tropa de elite do mundo. O entrevistado do mês fala um pouco de sua vida profissional e sobre os principais gargalos na área da segurança pública brasileira. No "ESB Pergunta", ouvimos o novo presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos, o engenheiro Paulo Renato Paim, que abraça o grande desafio de controlar os impactos da maior estiagem de água em solo capixaba nos últimos 40 anos.

Quem gosta de apreciar o dia para fazer um belo passeio na região metropolitana não pode deixar de ler o "Aonde Ir" deste mês, que fala sobre os circuitos do agroturismo no município de Cariacica. Um encontro com belíssimas paisagens, com um artesanato diferenciado e com uma gastronomia de deixar qualquer um com água na boca.

A coluna "Test Drive" apresenta as principais novidades do Novo Golf GTI, que vem mais rápido, imponente e inovador. Se você é amante do mundo automobilístico, vai gostar das informações das mudanças desse veículo, que vem com câmbio DSG de sete marchas e motor 2.0 de 220 cavalos. Perfeito para quem tem bom gosto.

Acompanhe ainda as principais notícias que marcaram o mês no Espírito Santo, além de nossas colunas e as opiniões de articulistas que trazem informações aprofundadas sobre o mundo dos negócios.

Boa leitura!

Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

OPINIÃO DO LEITOR

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“Gosto muito da coluna de gastronomia, que sempre traz informações interessantes sobre os restaurantes e os bares da Grande Vitória. Já segui algumas dicas da ES Brasil e não me arrependi: os pratos eram maravilhosos”.

“As matérias trazem riqueza de conteúdo, apresentando visões importantes e diferenciadas para quem precisa se manter por dentro do assunto, inclusive antecipando cenários políticos e econômicos”.

Ana Paula Martins, assistente comercial

Ricardo Silvares Cury, advogado

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ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial.

Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas

EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Flávia Tristão Apoio Produção Taíssa Souza Textos Luciene Araújo e Yasmin Vilhena Edição de Arte Genison Kobe e Tiago Oliveira Colaboraram nesta edição Antonio Fernando Doria Porto e Pablo Lira Fotografia Jackson Gonçalves e Fabrício Lima, fotos cedidas e arquivos Next Editorial

PUBLICIDADE (27) 2123-6506 comercialnext@nexteditorial.com.br Gerentes de Contas Deiseane Da Rós, Eliézer Gomes, Flávio Drumond e Monica Cruz Apoio Comercial Jacqueline Teixeira Representante Autorizado Bueno Comunicação (61) 3223-6999 - Brasília (21) 2524-5644 - Rio de Janeiro e Minas Gerais

CIRCULAÇÃO Gerente de Circulação Aline Rezende Assinatura (27) 2123-6520 www.nexteditorial.com.br Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta: das 9h às 18h Edições anteriores (27) 2123-6520 Contatos com a Redação E-mail: redacao@nexteditorial.com.br Telefax: (27) 2123-6500 Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715

INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

AGENDA 18 A 20 DE MARÇO 08 DE MARÇO

IV COLÓQUIO INTERNACIONAL DE EPISTEMOLOGIA E SOCIOLOGIA DA CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO

Corrida das Cores Foto: Divulgação

Pela primeira vez o evento desembarca em Guarapari, nossa Cidade Saúde. Inspirada no Holi, ou Festival das Cores, tradicional celebração indiana que comemora o início da primavera, a corrida é marcada pelo espírito de alegria e já reuniu mais de 30 mil pessoas, cadastradas, nas diversas etapas realizadas no Brasil.

A cada um dos cinco quilômetros do percurso, os participantes recebem um banho de pó colorido com uma cor específica. Ao final, uma verdadeira festa das cores.

O “pó mágico” utilizado é 100% natural e não provoca reações. Inclusive, pode servir de alimento, apesar de ser bastante calórico e ter gosto de giz.

O evento anual de referência aos estudos dessa área em âmbito internacional traz nesta edição quatro subtemas: análise epistemológica da administração; sociologia da ciência da administração; racionalidade nas organizações; e análise epistemológica de domínios específicos. A ideia é integrar pesquisadores em uma rede cujas temáticas sejam pertinentes e contribuam para o desenvolvimento do conhecimento da área e, dessa forma, fomentar discussões sobre o rigor na produção científica. O IV Colóquio será realizado no Hotel Porto do Sol Quality – Praia de Ingleses, em Florianópolis, Santa Catarina.

14 DE MARÇO

Monólogo humorístico “Mais que Dilmais”, de Gustavo Mendes, em Vitória Mendes reúne no palco uma compilação de seus melhores textos, piadas e performances musicais ousadas. Em uma delas, traz Maria Bethânia cantando funk, além de Alcione, Roberto Carlos e Ana Carolina em situações muito engraçadas.

Gustavo cria o inusitado a partir do que pode ser visto como banal. O momento principal do espetáculo é a imitação que o ator faz da presidente Dilma Rousseff, personagem que lhe rendeu fama nacional. O monólogo será apresentado no Centro de Convenções de Vitória, e os ingressos podem ser adquiridos pelo site www.blueticket.com.br.

16 A 29 DE MARÇO

Espírito Santo Restaurante Week 2015 A 10ª edição brasileira do saboroso festival gastronômico será realizada simultaneamente em toda a região Sudeste, entre os dias 16 e 29 de março. Durante o Espírito Santo Restaurant Week, os menus contarão com duas opções de entrada, prato principal e sobremesa, no valor de R$ 37,90, mais R$ 1,00 de doação no horário do almoço, e R$ 49,90 + R$ 1 de doação no jantar, para ser revertido à Santa Casa de Misericórdia de Vitória.

Realizado há mais de duas décadas em várias cidades do mundo, o Restaurant Week reúne alguns dos melhores restaurantes das cidades com o objetivo de disseminar a boa gastronomia com cunho social.

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14 DE ABRIL

ES DEBATE PORTOS: AS PERSPECTIVAS DA ATIVIDADE PORTUÁRIA NO ES Todos os fatores positivos e negativos que envolvem o complexo portuário capixaba, responsável pela movimentação de 45% do PIB estadual, serão debatidos por especialistas de diversas áreas, durante a primeira edição de 2015 do tradicional ES Brasil Debate. Criado em 2009 pela revista ES Brasil, o evento traz sempre assuntos relacionados ao cenário econômico do Espírito Santo e ao desenvolvimento social de sua população.

As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas antecipadamente pelo site www.revistaesbrasil.com.br/esbrasildebate.

Acompanhe os principais eventos no site da revista: www.revistaesbrasil.com.br

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Uma embarcação internacional é sempre mais uma oportunidade de apresentarmos nossa cidade da melhor forma para um público exigente e feliz por estar num país tropical e quente como o nosso”

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Periscó

Leonardo Krohling, secretário de Turismo, Trabalho e Renda de Vitória, sobre o transatlântico internacional que aportou na capital

TOTVS MUDA PARA NOVO ENDEREÇO Layout diferente, mais salas de reunião, auditório, espaço gourmet e área de convivência. Assim pode ser descrita a nova sede da Totvs, localizada no Shopping Praia da Costa, em Vila Velha. A nova estrutura, que é três vezes maior que a antiga, conta com dois andares equipados com tecnologias e estratégias específicas para economizar energia e manter o espaço livre dos tão conhecidos emaranhados de fios de computadores, problema típico de ambientes de TI. Entre os espaços que mais se destacam na nova sede da Totvs estão as salas Totvs Ocean que foram projetadas para reuniões mais remotas e exclusivas com os clientes – e o auditório, onde poderão ser realizados workshops, treinamentos e palestras.

Foto: Augusto Barraque

Aqueles que gostam de andar de bicicleta e que usam o veículo como meio de transporte na capital têm motivos de sobra para comemorar a inauguração da ciclovia no Centro no início do mês de fevereiro. Com aproximadamente 800 metros, a ciclovia percorre toda a extensão da calçada alta do Porto de Vitória, entre as avenidas Elias Miguel e Getúlio Vargas, interligando a Vila Rubim à calçada do Horto Mercado. “É uma obra que dará segurança aos ciclistas. Na prática, estamos transformando a ciclofaixa de lazer dos domingos e feriados em uma ciclovia permanente. Agora, em sete dias da semana, 24 horas por dia, qualquer pessoa pode utilizar as ciclovias e as calçadas compartilhadas com segurança”, afirmou o prefeito Luciano Rezende.

AGRONEGÓCIO

Pesquisadores e gestores públicos participam de workshop A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) recebeu no dia 11 de fevereiro o Workshop sobre Gestão Estratégica e Inovação para a Agropecuária. Durante o encontro foram debatidos os principais desafios da pesquisa agropecuária em relação às mudanças do mundo rural, com destaque para as climáticas. O evento, que reuniu cerca de 150 profissionais, contou com a participação do vice-governador César Colnago (foto) e do secretário estadual da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Octaciano Neto. “É fundamental que a pesquisa apresente resultados concretos para os agricultores familiares do Espírito Santo, de maneira a beneficiar aqueles que vivem no campo”, destacou Colnago.

DIVULGAÇÃO

Demanda das empresas por crédito sobe 5% em 2014

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

CICLOVIA NO CENTRO DE VITÓRIA É INAUGURADA

Foto: Divulgação

A demanda das empresas brasileiras por crédito cresceu 5% em 2014, atingindo o melhor resultado desde 2010, quando alcançou 7,6%, informou no último dia 20 de fevereiro a Serasa Experian.

A alta foi puxada pelas micro e pequenas empresas (MPEs), que registrou avanço de 5,6%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, o resultado se deve à crescente formalização dos negócios, que levou ao aumento da participação dos microempreendendores individuais (MEIs) no conjunto das empresas formalmente constituídas no país. Essa participação se intensificou entre o segundo semestre de 2013 e o primeiro semestre de 2014, impulsionando a demanda por crédito das firmas no ano passado.

ATLETAS CAPIXABAS SE DESTACAM EM COMPETIÇÕES Foto: Divulgação

O ano de 2015 vem sendo muito positivo para os atletas de vôlei de praia e taekwondo do Centro Olímpico do Espírito Santo (Coes), que tiveram participações de destaque em competições de nível nacional e internacional.

A lutadora Fernanda Souza conquistou o quarto lugar no US Open Taekwondo, considerada a segunda competição mais importante do calendário internacional da modalidade, atrás apenas do Mundial. No vôlei de praia, Gustavo Carvalhaes foi o grande destaque do Coes com a conquista da prata. Já a dupla Luciano e Bruno Schmidt finalizou em quinto lugar.

SAÚDE

Dez novos leitos de UTI na Santa Casa de Cachoeiro A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim (ES) passará a contar neste ano com pelo menos 10 novos leitos para o Sistema Único de Saúde (SUS). A ampliação será realizada após o remanejamento da Unidade de Alta Dependência de Cuidados (UADC), que vai passar a funcionar em novo andar. As obras contam com o apoio da Usina Paineiras, que destinou parte dos recursos. “A Santa Casa é referência para 640 mil pessoas, de todo o sul do Estado. Tinha área disponível para ampliar, mas faltavam recursos. A destinação da Usina Paineiras está sendo fundamental”, assegura Dimas Magnago, vice-presidente do Conselho Deliberativo do hospital.

TECVITÓRIA PROMOVE WORKSHOP PARA EMPREENDEDORES

INAUGURAÇÃO

Banco do Nordeste anuncia abertura de duas agências no Estado

A TecVitória – incubadora de empresas tecnológicas – promoveu no dia 28 de janeiro o workshop “Modelos de Negócios Para Inovação”. O evento, que foi realizado na sede da empresa, contou com o apoio da Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O encontro teve como objetivo fomentar a inovação nos empreendedores a partir de ferramentas e processos abertos e colaborativos. Quem ministrou as palestras foi o engenheiro Maurilio Alberone, gestor da Regional Sudeste da Associação Brasileira de Startups.

Até o ano de 2012, o Banco do Nordeste possuía apenas duas agências no Espírito Santo.

Uma realidade que irá mudar até o final de 2015, pois o número será mais do que o triplo: com o anúncio da abertura de unidades em Barra de São Francisco e Pinheiros, o banco terá, ainda este ano, sete agências no Estado. Além desses dois municípios, a instituição também possui unidades em Colatina, Linhares, São Mateus, Nova Venécia e Vitória.

INTERNET

Foto: Marcos Santos/ USP Imagens

A pesquisa Webshoppers – elaborada pela E-bit com o apoio da Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net) – revelou que 10,2 milhões de pessoas compraram pela primeira vez na internet em 2014. O relatório, que é divulgado semestralmente, analisa a evolução do e-commerce, apontando as estimativas e as mudanças de comportamento, além de procurar indicar as tendências do setor. De acordo com o estudo, foram mais de 51,5 milhões de consumidores únicos ao longo do ano, com tíquete médio de R$ 347.

Foto: Divulgação

10,2 milhões de consumidores ingressaram no e-commerce em 2014

ES Brasil • Fevereiro 2015

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o TABLETS PARA AJUDAR O SERVIÇO DE SAÚDE O município de Guarapari adquiriu 230 tablets para utilização na atuação do Agente Comunitário de Saúde. A iniciativa, que visa a facilitar a coleta de dados e o registro dos cidadãos, também irá trazer mais qualidade no atendimento por conta da redução no preenchimento de fichas. O processo faz parte da informatização que teve início nas unidades de saúde no ano passado, a exemplo do Sistema E-SUS, implantado em julho de 2014.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Prodest busca parceria com Ufes e Ifes para serviços de TI Representantes do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Espírito Santo (Prodest), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) estiveram reunidos na sede do órgão estadual, em Vitória, no dia 6 de fevereiro para debater alternativas que possibilitem uma maior inserção da tecnologia da informação no setor público. “Estamos buscando parceiros para implantarmos o Laboratório Prodest de Ideias Inovadoras. Acredito que, com o apoio dessas instituições, poderemos contribuir para melhorar os serviços prestados pelo Governo à população”, afirma o presidente do Prodest, Renzo Colnago.

MUDANÇA

Todas as nascentes do município de Viana serão mapeadas e georreferenciadas para viabilizar o reflorestamento das encostas e promover a conservação da água na cidade, que é cortada pelos rios Jucu e Formate. A iniciativa faz parte do programa “Reflorestar Viana”, que atuará em conjunto com o “Reflorestar” do Governo Estadual.

Também serão produzidas mudas por meio de parcerias, a serem utilizadas no plantio das encostas dos rios e das demais áreas de preservação. O estudo irá contribuir para a construção de barragens na área rural, conservando assim a água das nascentes de Viana.

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Cota de importação cairá para US$ 150 em julho de 2015 O valor máximo das mercadorias que um viajante poderá trazer do exterior por via terrestre, fluvial ou lacustre sem pagar imposto de importação cairá a partir de 1º julho de 2015 de US$ 300 para US$ 150. A regulamentação foi publicada no dia 23 de dezembro no Diário Oficial da União. As mudanças já tinham sido anunciadas em julho e deveriam entrar em vigor naquele mês, porém, a Receita decidiu alterar a data para julho de 2015 para que as lojas francas nas cidades fronteiriças tivessem mais tempo de se adaptar à nova cifra.

ELETRICIDADE

Primeira cidade capixaba a utilizar lâmpadas de LED

Foto: Divulgação

“REFLORESTAR VIANA” IRÁ MAPEAR NASCENTES

O município de Anchieta está mudando todo o seu sistema de iluminação pública, fazendo uso de refletores e lâmpadas de LED, além de luminárias mantidas com luz solar. O conjunto de ações possui um investimento inicial de R$ 2 milhões e coloca Anchieta como a primeira cidade do Estado e a segunda do país a implantar postes com iluminação solar (fotovoltaicos). Ao todo, serão 250 postes instalados em locais estratégicos como pontos de ônibus, praças, escolas e unidades de saúde. Com uma capacidade de iluminação superior aos demais sistemas existentes, os refletores de LED serão instalados na orla do município, garantindo mais segurança nas atividades noturnas. “Além de pensar na economia da nossa cidade e até do planeta, estamos pensando na segurança do cidadão e dos visitantes”, disse o prefeito Marcus Assad.

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ESB PERGUNTA

Fotos: Divulgação

Paulo Paim: “A utilização racional dos recursos naturais deve ser uma preocupação constante”

Em um dos momentos mais críticos da escassez de água em todo o país, a Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Agerh) recebia, no dia 30 de janeiro, um novo comandante.

Especialista em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, Paulo Renato Paim passava a integrar o desafio de uma análise mais profunda de cenários e da adoção de medidas capazes não apenas de minimizar os impactos da pior crise hídrica no Espírito Santo nos últimos 40 anos, mas de trazer soluções além da esfera paliativa.

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aúcho de Porto Alegre e diplomado em Engenharia Civil, Paulo Paim atuou em diversas instituições do Estado do Rio Grande do Sul e foi um dos autores da lei nacional de recursos hídricos. No Espírito Santo, foi consultor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no projeto de Enquadramento dos Corpos Hídricos como Instrumento de Planejamento e Desenvolvimento Regional na Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria da Vitória.

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Em entrevista à ES Brasil, fala sobre os desafios, não apenas capixabas, mas de todo o país, para superar a atual e evitar uma futura crise hídrica. E essa questão passa necessariamente pela produção de água, o que depende diretamente da recuperação e da conservação das bacias hidrográficas.

Assim, Paim reitera a importância dos Comitês de Bacias Hidrográficas, que ele chama de “parlamento das águas”.

O especialista destaca ainda o quanto o envolvimento de toda sociedade em busca esbrasil

de um consumo consciente da água tem sido fundamental.

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Até pouco tempo, falávamos do Brasil como país com fontes inesgotáveis de água (12% da água doce superficial no mundo). O que aconteceu com toda essa água?

Esse dado não traduz com exatidão a realidade brasileira. Ao avaliar sob a ótica da distribuição espacial, verificamos que, apesar de possuir uma parcela significativa

da água doce do planeta, grande parte desse reservatório está nas regiões menos populosas e industrializadas do país.

Por exemplo, as regiões Sul e Sudeste, juntas, possuem 12% da água doce no Brasil, abrigam aproximadamente 56% da população, e 91% deste total estão nas áreas urbanas.

2Eventos extremos como estiagens e Por que essa falta de água no Espírito Santo neste período?

cheias ocorrem naturalmente de tempos em tempos e, por isso, é preciso estar preparado para enfrentá-los. Nos últimos dois anos, o Espírito Santo vivenciou grandes desastres naturais. A tragédia da inundação mascarou uma situação de estiagem que o Estado já vive desde 2012.

Vale lembrar que, quando elas começaram, havia cerca de 10 municípios com decreto de calamidade pública.

Dados históricos no monitoramento de chuvas indicam que houve uma escassez hídrica semelhante à atual há 40 anos.

Naquele tempo, 55% da população estava na área rural. Hoje somos mais do que o dobro de habitantes; concentrados em áreas urbanas, aproximadamente 83%. Também houve significativas alterações no uso da terra e cobertura do solo.

“Essa crise levou o tema água para todos os lares, e é possível afirmar que a situação não é mais grave por conta da participação da população no combate ao desperdício”

3Estamos no período chuvoso, que A chuva de agora foi suficiente para não haver mais tanta preocupação?

vai de outubro a março, e as chuvas registradas estão abaixo dos volumes médios observados nesta época do ano.

Esperamos que até março chova dentro da normalidade e possa recarregar o lençol freático. Mas é possível que a estiagem em 2015 seja mais severa do que a registrada em 2014. As medidas de racionalização do uso da água deverão fazer parte do nosso cotidiano.

4A utilização racional dos recursos natuCapixabas desperdiçam muita água?

O quanto a população pode ajudar?

rais deve ser uma preocupação constante.

Essa crise levou o tema água para todos os lares, e é possível afirmar que a situação não é mais grave por conta da participação da população no combate ao desperdício.

Também é o momento de a sociedade participar de discussões que têm ocorrido no âmbito dos Comitês de Bacias Hidrográficas, o nosso parlamento das águas, que conta com representantes do Governo, dos usuários de recursos hídricos e da sociedade organizada. Neste momento, Planos de Bacia do Jucu, Santa Maria da Vitória e Benerente estão sendo elaborados, e é a hora de a população contribuir nas discussões do documento.

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O percentual de utilização da água tratada para uso doméstico é bem pequeno, mediante

o uso industrial e da agricultura.

Não seria mais eficiente intensificar a cobrança por ações como a captação de água de chuva e reúso da água por parte dos maiores consumidores?

Não existe vilão, esta não pode ser a tônica do debate. A legislação traz apenas uma previsão de prioridade: que em situação de escassez o uso prioritário é para dessedentação humana e animal.

Mas, em longo prazo, as ações devem ser para equacionar o atendimento aos usos múltiplos. Usar a água de chuva é uma das estratégias, mas ela certamente não dará conta de atender a todas as demandas para fins produtivos. Setores importantes da economia terão de desenvolver estratégias de garantir o uso racional e de sua segurança hídrica ou verão seu negócio sob risco, frente a intensificação de eventos extremos.

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As medidas apontadas neste momento de crise são paliativas.

Chegamos ao limite de não adotar medidas definitivas, como a conservação e recuperação de topos de morros, nascentes e matas ciliares?

Em 2002, o Brasil passou por uma crise energética, e a população adotou inúmeras medidas para a redução do consumo que foram mantidas depois que a situação voltou à normalidade. O atual cenário, as ações de educação ambiental, o grau de mobilização da sociedade nos levam a crer que a cultura do uso racional da água será permanente.

No âmbito da Agerh existem outras ações que deverão trazer respostas positivas para o enfrentamento dos eventos críticos como, por exemplo, a instalação de uma Sala de Situação (centro com especialistas e capacidade de monitoramento de rios), aprimoramento dos sistemas de regulação hídrica, implantação de reservatórios de água.

O enfrentamento também passa por articulação e ação integrada com outros órgãos e projetos do Governo, como o Reflorestar (Seama).

ES Brasil • Fevereiro 2015

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FATOS

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram um crescimento de 11,97%

Brasil gera 5,2 milhões de novos empregos em quatro anos

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Brasil atingiu uma marca importante nos últimos anos, com 5.277.071 novos empregos gerados no quadriênio 2009/2014. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no dia 23 de janeiro pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o crescimento é de 11,97%.

O ano passado apresentou um aumento de quase 1%, com o acréscimo de 396.993 mil novos trabalhadores empregados.

O balanço de 2014 também mostrou que o salário de admissão teve alta real de 0,92%, se levados em consideração os valores médios e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Até 2013, o Brasil tinha 41,053 milhões de trabalhadores empregados, segundo os critérios do Caged.

Os estados que mais geraram empregos no ano passado foram Santa Catarina, com 53.887 (+2,72%) novas vagas; Rio de Janeiro, com 53.586 postos (+1,39%); e Ceará, com 47.372 (+3,98%) empregos.

“Isso é decorrente de ações e medidas que Governo empreende, sustentado na geração de emprego e na valorização do salário.

Tanto que o emprego cresceu mais que o PIB (Produto Interno Bruto). Criou-se outro grupo de ações que ajudam a manter essa alta circulação no mercado”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

De acordo com ele, a expectativa é que 2015 mantenha o mesmo ritmo do ano passado. “O Brasil vive o pleno emprego, com regiões

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REGIÕES COM MELHOR DESEMPENHO

17.652 vagas

99.522 vagas

39.335 vagas

121.689 vagas

Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Fonte: Caged

118.795 vagas

10.113 vagas

EMPREGOS NO ESPÍRITO SANTO Os setores de serviços e comércio do Estado geraram juntos 11.900 empregos de carteira assinada em 2014. Dados do Caged apontam ainda que o desempenho dos dois segmentos contribuíram para a expansão de 1,29% do mercado de trabalho capixaba, ou seja, um saldo positivo de 10.113 empregos formais no Espírito Santo.

Os setores de serviços e comércio contribuíram para uma expansão de 1,29% do mercado de trabalho do Estado

Foto: Tânia Rêgo/ AgBr

onde a taxa de desemprego está abaixo dos 3%, caso do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Em 2015, como os prognósticos da economia são mais positivos que em 2014, acreditamos que vamos continuar gerando empregos”, destacou o ministro.

Manoel Dias afirmou ainda que foram lançadas muitas incertezas em relação a 2014, algo que refletiu e muito nos dados de dezembro, conhecido tradicionalmente como o pior mês de geração de empregos. O saldo foi de 555 mil vagas a menos no último mês do ano, o que evitou que o resultado fosse maior.

Os setores que apresentaram o pior desempenho no mês foram a indústria (com 171 mil postos a menos), a construção civil (com baixa de132 mil postos) e o serviços (com recuo de 148 mil postos).

O maior volume de demissões ocorreu em São Paulo, seguido de Minas Gerais e do Paraná.

Dias também destacou o aumento real dos salários e a redução da desigualdade entre homens e mulheres. O valor médio do salário feminino em relação ao salário masculino passou de 85,72% para 86,19%. O salário médio de entrada da mulher ficou em R$ 1075,52, e o do homem chegou a R$ 1247,89.

“Em 2015, como os prognósticos da economia são mais positivos que em 2014, acreditamos que vamos continuar gerando empregos” - Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego

Entretanto, o balanço do ano passado foi o menor registrado pelo Caged desde 2003, quando foram criados 15.773 postos de trabalho.

De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), o desempenho de 2014 pode ser justificado pela desaceleração da economia nacional. “É pesado para o mercado de trabalho capixaba manter uma geração de emprego satisfatória quando o país inteiro passa por uma crise econômica”, afirma José Lino Sepulcri, presidente da entidade.

O setor do comércio gerou no ano passado 4.575 empregos, registrando apenas 788 postos de trabalho em dezembro, mês que tradicionalmente apresenta números mais elevados de contratações temporárias. Em novembro, as contratações de trabalhadores no setor foram de 1.599. “Ainda assim, o comércio capixaba foi o único setor de atividade econômica que cresceu neste período”, destaca Sepulcri.

O último mês do ano também não foi tão positivo para o segmento de serviços, que teve uma perda de 2.340 empregos.

Dezembro apresentou um declínio de 1,10% no nível de emprego no Estado, ou seja, menos 8.803 postos de trabalho. O resultado decorreu da queda em quase todos os setores capixabas, com destaque para a construção civil, com menos 2.941 empregos; indústria da transformação, com menos 2.926 vagas; e serviços, com menos 2.340 postos.

Na Grande Vitória, o município de Guarapari foi o que mais gerou emprego no último mês do ano com saldo de 548 novas vagas e uma expansão de 2,87%.

Já as outras cidades obtiveram um saldo negativo, tais como Serra, que retrocedeu 1,17%, e Vitória, que encolheu 0,8%.

ES Brasil • Fevereiro 2015

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ATUALIDADE por Luciene Araújo

Crise energética: e agora, qual é a mágica?

O aumento da oferta de energia depende de medidas de racionalização e conservação, mas também da diversificação imediata do parque gerador

O

risco de sérios problemas no abastecimento de energia elétrica há algum tempo vem sendo anunciado por especialistas. Treze anos após o apagão que desestabilizou o Brasil, em 2001, famílias, empresariado, comércio e produtores rurais vivenciam um déjà vu de expectativa de novo racionamento.

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Além de o sistema não estar sendo ampliado e modernizado de acordo com o cronograma previsto, com atrasos acima de 10 anos, fatores climáticos e o aumento da população e do poder aquisitivo influenciaram na sobrecarga. Somente após a Copa do Mundo, foram vendidos 5 milhões de aparelhos de ar condicionado no país, um dos eletrodomésticos que mais consomem energia.

Para o presidente da Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe), Luiz Fernando Schettino, outro agravante foi o anúncio feito pelo Governo Federal em 2012, de que a energia ficaria mais barata, sem estudo prévio das consequências, o que estimulou ainda mais o consumo, sem comedimentos. “As pessoas não estão erradas em desejar mais conforto. O que precisamos é de planejamento que inclua um conjunto de ações mais eficazes e eficientes em relação à produção e ao uso da energia”, destaca.

E a conta vai novamente para o consumidor. O Governo Federal adotou o sistema de bandeiras, que possui três cores: a bandeira verde indica condições favoráveis de geração de energia, e a tarifa não sofre nenhum acréscimo; a amarela aponta condições menos favoráveis, e a conta aumenta R$ 2,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos; a vermelha sinaliza condições mais custosas de geração, e o gasto fica R$ 5,50 mais caro para cada 100 kWh. Essa medida representa elevação de R$ 6,5 bilhões na arrecadação para a União, mas gera impactos negativos na indústria e no comércio. No setor de produção de rochas, um dos principais do Estado, as máquinas funcionam 24 horas por dia, o que significa faixa de consumo em bandeira vermelha, e esse aumento pode representar 40% de despesas adicionais, segundo o Sindicado das Empresas de Rochas Ornamentais do Espírito Santo (Sindirochas-ES).

As pequenas e médias empresas também são impactadas pela crise energética. O superintendente do Sebrae, José Eugênio Vieira, explica que o efeito ocorre em cascata. “Quando atinge a produção agrícola, especialmente de grãos e, mais grave ainda, no setor de hortifrutigranjeiros, afeta diretamente o comércio, e se o comércio não funciona da forma planejada, atinge a indústria interna e o setor de serviços, principalmente no interior”, ressalta.

FONTE

“As pessoas não estão erradas em desejar mais conforto. O que precisamos é de planejamento que inclua um conjunto de ações mais eficazes e eficientes em relação à produção e ao uso da energia” Luiz Fernando Schettino, presidente da Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe)

DESEQUILÍBRIO ESTRUTURAL Em abril do ano passado, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) realizou um estudo sobre o fornecimento e o consumo de energia e constatou que havia ameaça de apagão.

A análise feita pelo Conselho Temático de Energia (Conerg) já mostrava 42% de risco de faltar energia em 2015, quando o nível considerado normal é de apenas 5%.

Este ano, uma auditoria promovida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou fortes indícios de que a estrutura para produção de energia elétrica é insuficiente para garantir a segurança energética e que esse desequilíbrio estrutural teria sido causado, entre outros motivos, porque a necessidade de geração é maior do que a planejada, enquanto a garantia física das usinas A Tevisa, termelétrica de Viana, é menor que a avaliada. Além disso, integra o sistema de geração há indisponibilidade de parte do de energia do Espírito Santo parque gerador termelétrico e atraso na entrega de obras de produção e transmissão de energia.

Por isso, o TCU determinou ao Ministério de Minas e Energia um plano de ação, incluindo cronograma, para realização de estudos que definam o custo do déficit de energia, o risco de a geração atual não atender à demanda em 2015 e a descrição detalhada das medidas adotadas para redução do consumo e aumento da oferta. Anteriormente, ES Brasil • Fevereiro 2015

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DISTRIBUIÇÃO ENERGÉTICA NO ES

SANTA CLARA

LT 230 kV Mascarenhas - Linhares

PORTO ESTRELA

Gov. Valadares 2

Verona

ST linhares 2 230 / 138 kV

C. Pena

BAGUARI Ipatinga 1/ Mesquita

Linhares 2

AIMORÉS

LINHARES

MASCARENHAS

SÁ CARVALHO ILMAN-AMORIM LT 500 kV Mesquita - Viana 2

VITÓRIA Viana 2

Padre Fialho

VIANA

Cachoeiro de Itapemirim

ROSAL ST Viana 2 500/245 kV

CAMPOS

O sistema capixaba de distribuição conta hoje com cinco pontos de suprimento com a Rede Básica: Vitória - A subestação de 345/138 kV de Vitória é suprida por 3 linhas de 345 kV provenientes da Subestação de Campos (2 linhas) e da Subestação de Padre Fialho, antiga LT Ouro Preto – Vitória; Viana – Subestação suprida pelo seccionamento da LT 345 KV Campos - Vitória Mascarenhas – Subestação de 230 kV, interligada com o sistema de Minas Gerais por dois circuitos da LT 230 kV Aimorés – Mascarenhas; Verona – Subestação de 230 kV, suprida pela LT Mascarenhas – Verona; Cachoeiro – Ponto de interligação em 138 kV, por meio de dois circuitos da LT 138 kV Campos – Cachoeiro.

Há duas novas obras da Rede Básica em construção: LT 500 kV Mesquita-Viana2 e a subestação 500/345 kV Viana 2; LT 230 kV Mascarenhas – Linhares 2 e subestação 230/138 kV de Linhares 2.

Fonte: EDP Escelsa

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havia demandado estudos de custo/benefício econômico e socioambiental referentes às tecnologias de geração no Brasil.

Em visita ao Estado este ano (em 3 de fevereiro), o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reafirmou a gravidade da crise, mas negou a possibilidade de racionamentos e apagão.

“A crise de água afeta diretamente a oferta de energia do país, mas temos enorme reserva energética em Itaipu, Tucuruí, Girau, Santo Antônio e outras hidrelétricas. O país hoje tem energia térmica para assegurar energia de base confiável e ganhamos outras fontes de energia, como eólica e biomassa, que garantem a geração”, afirmou. Horas mais tarde, a imprensa noticiaria racionamento em alguns municípios e o risco de apagões.

ATRASOS Para acabar com a ameaça de crise energética é necessário expandir os sistemas de transmissão e distribuição, reduzir o carregamento das redes, minimizar as perdas, e diversificar a matriz energética do país.

Mas o atraso no cronograma de obras é grande. E uma pesquisa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) calculou o prejuízo causado pelas obras não concluídas do sistema nacional. Ao todo, 272 novas unidades deveriam estar funcionando, entre elas 32 já prontas, principalmente usinas eólicas do Nordeste, que não possuem linhas de transmissão.

Em 116 usinas, o problema está na velocidade de construção, sendo o pior caso a planta de Cubatão (SC), que deveria estar concluída desde 2000; e outras 79 que enfrentam problema de licenciamento. A energia gerada por essas 272 usinas seria suficiente para abastecer 50% de toda a demanda industrial do país, e o atraso das obras representa um prejuízo de R$ 65 bilhões.

Além da postergação dos prazos das obras e das falhas de planejamento na organização do sistema energético do Brasil, a escassez da água, especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste, contribui ainda mais para a falta de energia. A redução do nível dos reservatórios atinge as hidrelétricas. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2013 foi o 6º ano mais quente da história; 2014 também foi bastante quente; e 2015 poderá estar entre os anos com as maiores temperaturas já registradas.

Ainda segundo a OMM, as temperaturas médias da superfície da Terra e dos oceanos ficaram, aproximadamente, 0,5ºC acima da média entre 1961 e 1990, muito perto do recorde de 0,55ºC. REALIDADE CAPIXABA O Espírito Santo possui peculiaridades que o colocam num cenário um pouco menos ruim. Fernando Schettino, da Aspe, esclarece que o Estado possui um sistema de geração de energia, com duas fontes do Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais,

além de duas térmicas (Viana e Linhares) e alguns autoprodutores, como as empresas Vale, ArcelorMittal, Samarco e Fibria.

Uma estrutura que, segundo ele, possibilita significativo percentual de consumo próprio independente do sistema elétrico nacional e, em algumas situações, sobras que colaboram com o fornecimento de energia.

A Samarco, em 1995, estruturou as usinas de Muniz Freire, no Espírito Santo, que gera energia para a planta de Ubu, e a unidade de Guilman-Amorim (MG), para a de Germano, processo feito na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), explica Roberto Aragão, gestor de hidrelétricas

FONTE

“Quando atinge a produção agrícola, especialmente de grãos e, mais grave ainda, no setor de hortifrutigranjeiros, afeta diretamente o comércio, e se o comércio não funciona da forma planejada, atinge a indústria interna e o setor de serviços, principalmente no interior” José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA esde abril de 2012, a Resolução Normativa Aneel nº 482 D permite ao consumidor gerar sua própria energia elétrica, a partir de fontes renováveis - hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada - e fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua região. A nova legislação facilita a conexão das pequenas centrais à rede das distribuidoras de energia elétrica e permite que a energia excedente produzida seja repassada para a rede, gerando um “crédito de energia”, posteriormente abatido do consumo.

da Samarco. Em 2013, esses complexos geraram 18,85% do consumo de energia da empresa.

Aragão destaca que “um eventual racionamento provocaria redução na produção e aumento de custos” e que a mineradora tem trabalhado com ações contingenciais para suportar instabilidades momentâneas no fornecimento de energia.

No entanto, em um cenário de intensa ou total restrição, os resultados da companhia serão afetados.

Outra indústria que buscou autoprodução de energia foi a Fibria, maior produtora de celulose do país. Em 2012, a fábrica entrou no setor de bioenergia renovável: a produção de bio-óleo a partir da biomassa de eucalipto. Investiu US$ 20 milhões para ter o direito exclusivo, no Brasil, ao uso de uma tecnologia da multinacional americana Ensyn Corporation, de Wilmington, no Estado de Delaware. O bio-óleo produzido substitui o óleo combustível em plantas industriais, mas também pode ser coprocessado em refinarias.

Mas o percentual de empresas que investem em fontes alternativas ainda é muito pequeno. Para Schettino, essa resistência dos ES Brasil • Fevereiro 2015

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gestores do setor da indústria em adotar medidas sustentáveis que incluam opções como a energia fotovoltaica (solar), se sustenta em três razões: o acesso não facilitado, a dúvida do retorno e a insegurança jurídica do país.

O Espírito Santo não está imune ao risco de ficar no escuro.

Isso porque o Sistema Interligado Nacionalmente (SIN) opera em nível de estresse, o que torna maior a possibilidade de uma contingência ocorrer em qualquer lugar. Apagões no Estado vão depender de causa, relevância e local de origem do problema que levou à interrupção do fornecimento. Fato é que, da mesma forma que pode haver cortes em determinadas áreas do país e sem atingir o Espírito Santo, o território capixaba pode ser afetado como qualquer outro.

A eletricidade produzida no Estado atende a menos de 30% da demanda interna, e o futuro energético local, proporcionalmente um dos maiores consumidores de eletricidade do Brasil, somente estará seguro quando os avanços planejados saírem do papel, o que depende de um diálogo direto entre as esferas estadual e federal, conforme alertou Marcos Guerra, presidente da Findes, na edição da ES Brasil Plus Energia, em junho de 2014.

ESTUDOS A necessidade e o propósito de aumentar a oferta de energia e a busca por maior eficiência no consumo e na geração levou a Aspe a criar um grupo de trabalho, que inclui diversos órgãos do Governo Estadual, para a realização do estudo “Potencial Hídrico do Espírito Santo - Energia, Uso Sustentável e Tecnologias”.

O objetivo é apresentar as principais características das bacias hidrográficas (bacias de drenagem) no Estado, os modos como vêm sendo usados seus recursos e o potencial hidrelétrico de cada uma, nos respectivos estágios de exploração.

A agência destaca que o conhecimento detalhado das realidades é necessário ao aproveitamento do maior número possível de usinas hidrelétricas - em rios, ribeirões, córregos, lagos e estuários, isoladas ou conectadas à concessionária de energia por meio do mecanismo de compensação. Segundo o estudo, ainda em

“A crise de água afeta diretamente a oferta de energia do país, mas temos enorme reserva energética em Itaipu, Tucuruí, Girau, Santo Antônio e outras hidrelétricas” Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia 22

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FONTE

“A eletricidade produzida no Estado atende a menos de 30% da demanda interna, e o futuro energético capixaba, proporcionalmente um dos maiores consumidores de energia elétrica do país, somente estará seguro quando os avanços planejados saírem do papel” Marcos Guerra, presidente da Findes

andamento, preliminarmente já se estima que seja em torno de 1.670 MW o potencial de todos os empreendimentos hidrelétricos possíveis para o Espírito Santo.

Além disso, a pesquisa visa a intensificar relação com gerações por outras fontes renováveis (eólica, solar e bioenergia) e com o petróleo e o gás natural, principais riquezas energéticas capixabas.

O documento reúne mapas com análises e textos sobre os principais indicadores socioeconômicos e ambientais para cada bacia (IDH e Renda). Apresentará os processos de tratamento de água e de esgoto, ponderando sobre as várias funções do potencial hídrico no Estado, dentre elas, o desenvolvimento dos ecossistemas, da agropecuária, do lazer, do turismo, da pesquisa e dos usos hidráulicos e, por conseguinte, do hidrelétrico, bem como meio de protegê-lo da ação humana e da poluição.

Estão sendo gerados os mapas do potencial hidrelétrico total e das 20 bacias do Estado, nos respectivos estágios de exploração, apontando as vazões dos rios, seus potenciais naturais e impeditivos. Schettino adianta que o estudo preliminarmente mostra que a atual potência outorgada de geração chega a 558 MW. O estudo apresenta uma parcela em inventário, com 634 MW, em processo de licenciamento e mostrando essas usinas hidrelétricas. “Assim, propõe-se a informar os dirigentes públicos e privados, professores, alunos e familiares sobre as características hídricas, seja para abastecimento, usos elétricos, e para rodagem de moinhos ou bombas d’água”, destaca O documento conclui com proposições de ações, de políticas públicas, para o melhor aproveitamento dessa fonte de energia, passíveis de serem realizadas por meio das instituições do Estado, pelos agentes do setor de energia e das áreas relacionadas.

FATOS

Contas atrasadas do setor cresceram 16,21%, a maior alta em 24 meses

Atrasos em contas de telefone e internet aumentam em 24 meses

A

inadimplência do consumidor brasileiro junto às empresas de telecomunicações que prestam serviços de telefonia, acesso à internet e TV por assinatura vem apresentando um crescimento maior em relação aos demais setores da economia.

Segundo informações do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), essa realidade vai contra o total de inadimplência no país, que mostra uma desaceleração – em dezembro, o crescimento de dívidas não pagas foi de 3,19% contra 5,43% em agosto de 2014.

A quantidade de faturas atrasadas no setor de telecomunicação avançou 16,21%, a maior alta em 24 meses.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, esse aumento pode ser justificado pela presença cada vez maior de

serviços como TV por assinatura, internet e telefonia, que vêm se mostrando imprescindíveis para boa parte da população. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito, dos consumidores que tiveram gastos com contas de celular e internet ao longo de 2014, 87% consideram o gasto como algo “necessário”.

“No geral, o crescimento do número de dívidas em atraso está desacelerando no Brasil, em virtude, principalmente, da queda na concessão de crédito. No entanto, os dados da inadimplência no setor de telecomunicações mostram números na contramão da tendência dos outros setores. Os chamados ‘combos’, que unem internet, telefone e TV por assinatura, têm se popularizado no Brasil, mas muitos consumidores ainda não se planejam financeiramente para lidar com essas despesas, e a quantidade de atrasos tem sido cada vez maior”, explicou.

ES Brasil • Novembro 2014

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ÁGUA por Luciene Araújo

Em fevereiro, a menor vazão registrada no Rio Santa Maria da Vitória ficou 91,76% menor que a estimada para o mês

Água, não temos mais tempo para errar!

Capacidade das bacias que abastecem a Grande Vitória fica abaixo de 8%

O

Brasil é privilegiado quanto à disponibilidade de recursos hídricos. Enquanto mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água, em todo o mundo, o volume anual disponível por pessoa no Brasil é 19 vezes maior que o mínimo estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 1.700 m3/s por habitante.

Há algumas décadas, quem tinha consciência de que esses recursos hídricos não seriam inesgotáveis? Que um país que concentra 12% de toda a água doce do planeta enfrentaria problemas tão graves de escassez além do Nordeste?

Assim como na maioria dos outros estados, boa parte dos capixabas somente foi capaz de entender isso diante da crise.

A pior seca dos últimos 40 anos no Espírito Santo provocou prejuízos à produção rural, industrial e do comércio, e reduziu a capacidade de abastecimento à população. Uma situação que levou, desde os primeiros dias do ano, a partir de uma solicitação do Governo Estadual, à articulação de autoridades federais, estaduais e municipais para minimizar os impactos negativos.

A água passou a ser assunto diário, e medidas emergenciais surgiram. Produtores rurais foram atingidos seriamente com a proibição de novas instalações de irrigação e liberação de crédito para equipamentos, e as companhias de abastecimento de água priorizaram o atendimento à população e revisaram contratos com a indústria. Surgiram os gabinetes municipais de gestão integrada e decretos com regras que normatizam o uso da água.

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“Não temos mais tempo para amadorismo” – Nícia Regina Sampaio, promotora do MPES

Mas, ainda que considerem necessárias essas medidas, ambientalistas e promotores de Justiça têm apontado a urgência de melhoria na eficácia de políticas e ações públicas, sempre que convidados a se pronunciar em eventos para debater o problema, como aconteceu no último dia 11 de fevereiro, no Hotel Pasárgada, em Vila Velha.

O ALERTA DOS ESPECIALISTAS Durante a reunião do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jucu, que contou com a presença do governador Paulo Hartung, e dos

3 PRINCIPAIS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ES JANEIRO 2015

Bahia

SITUAÇÃO DAS BACIAS DA GRANDE VITÓRIA Vazão em litros p/ segundo

Santa Maria da Vitória % da vazão registrada em relação à vazão normal

Jan/15

35.382

Jan/15 7,81% Fev/15 8,24%

Fev/15

27.905

Jan/15

Vazão normal

2.800 Fev/15

Menor vazão do mês

2.300

Jucu Jan/15

% da vazão registrada em relação à vazão normal

43.582

Jan/15 14,58% Fev/15 14,40%

Fev/15

39.180

Jan/15

Vazão normal

6.400 Menor vazão do mês

Fev/15

5.600

Benevente

Minas Gerais

% da vazão registrada em relação à vazão normal

Jan/15

28.875

Jan/15 14,37% Fev/15 20,77%

Fev/15

19.744

Jan/15

Vazão normal

4.150 Menor vazão do mês

Fev/15

4.100

*Janeiro: mês todo / ** Fevereiro: até o dia 20

LEGENDA - CBH Rio de Janeiro

Santa Maria da Vitória

Jucu

Benevente

Fonte: Agerh

prefeitos de Vila Velha, Rodney Miranda, de Cariacica, Juninho, Domingos Martins, Carlinho Borboleta, e Marechal Floriano, Lidiney Gobbi, entre outras autoridades, foi debatida a preservação do manancial que tem abrangência nesses municípios e também em Viana e Guarapari.

A promotora de Justiça Nícia Sampaio, do Ministério Público Estadual, enfatizou a seriedade das medidas necessárias. Segundo ela, não há mais a possibilidade de se experimentar alternativas equivocadas: “Não temos mais tempo para amadorismo, a gente precisa de profissionalismo”. A promotora citou o resultado obtido em Nova Iorque para reforçar que a “solução existe” e finalizou dizendo que “o produtor não é o vilão e deve ter sua integridade respeitada”, se referindo às constantes citações de que a agropecuária consome 70% da água disponível para uso.

Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jucu, Hélio de Castro, a primeira medida a ser adotada em momento de crise é mesmo a do uso racional da água. Porém, o destaque dado por ele foi o de reiterar o posicionamento do MP e atuar além de medidas paliativas. “Desviamos rios, poluímos, desmatamos; nós construímos esse cenário. Não vamos produzir água por decreto.

Precisamos recompor o status natural ambiental o máximo possível.

Adotar um conjunto de infraestrutura técnica. Esse é o primeiro passo”, explicou o ambientalista.

Outra ação apontada por Hélio de Castro é o cumprimento da lei quanto à gestão da água pelos comitês de bacias hidrográficas, responsabilidade prevista tanto por lei nacional quanto estadual.

“Não temos a eficiência necessária porque nos faltam instrumentos de gestão, como a cobrança pelo uso da água e não apenas pela ES Brasil • Fevereiro 2015

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distribuição. A água tem utilização múltipla e o comitê é quem deve discutir isso, porque ali temos a sociedade civil, poder público e usuários. Essa cobrança irá gerar um recurso que legalmente só pode ser gasto na recuperação da bacia. Resumindo, não temos recursos para recuperar as bacias. Estamos ao longo de décadas assistindo aos rios morrerem em todo o mundo”, explicou.

Gestor do Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental, o Injapa, Petrus Lopes defende que o primeiro passo é conscientizar toda a população de que as cidades estão localizadas dentro de territórios hidrográficos e que precisamos ter uma relação melhor com os recursos naturais. Segundo ele, o ponto de partida para a solução do problema está na pergunta: “Por que a água está faltando?” A água está faltando principalmente por falta de gestão correta. O Estado não consegue nem gerir a falta de água, nem o excesso, porque os mecanismos e os instrumentos públicos não se comunicam com os problemas e assim a evolução se arrasta, e as soluções reais não acontecem. A velocidade de ação do poder público tem sido muito menor que demanda”, detalhou.

Uma das questões apontadas pelo ambientalista se relaciona com os licenciamentos ambientais. “As licenças não veem as cidades inseridas nas bacias hidrográficas. Então a gente vê aterro em locais por onde a água precisa passar; licenças liberadas em áreas de amortecimento de cheias; e obras sendo liberadas e suprimindo importantes áreas naturais. A gestão do meio ambiente demanda um planejamento especializado”, argumentou Petrus.

Para o gestor do Injapa, o governador tem razão quando afirma que a crise atual pode traçar um novo cenário. Segundo ele, se o Estado imprimir na gestão ambiental o mesmo ritmo conquistado na recuperação das finanças durante os oito anos dos mandatos anteriores de Hartung, alcançará a velocidade de ação que a água precisa. “O Espírito Santo é capaz de fazer isso. Temos o

“Não se produz água por decreto” – Hélio de Castro, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jucu”

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“Se Paulo Hartung pegar o trem-bala da saúde financeira que ele conquistou e colocar a gestão ambiental como passageiro, o Espírito Santo será referência nacional ou mesmo mundial” - Petrus Lopes, gestor o Injapa

conhecimento, uma das maiores especialistas em recursos hídricos do Brasil morando aqui, a Maria Aparecida Vargas, e também a Regina Curitiba, uma profissional que transcendeu governos, peça fundamental nesse desafio, capaz de viabilizar a captação de milhões de dólares junto ao Banco Mundial. Se Paulo Hartung pegar o trem-bala da saúde financeira que ele conquistou e colocar a gestão ambiental como passageiro, o Espírito Santo será referência nacional ou mesmo mundial”, garantiu.

A SECA NO ESPÍRITO SANTO A capacidade das bacias que abastecem a Grande Vitória chega a menos de 8% da vazão esperada. Durante a pior seca que atingiu o Espírito Santo, no mês de janeiro, os rios Jucu, Santa Maria e Benevente registraram índices bastante preocupantes. A situação mais crítica está no rio Santa Maria da Vitória, que em janeiro apresentou um percentual de 7,91% de vazão, em relação à média esperada para o período. Em números, isso significa que da média estimada de 35.382 l/s, a média registrada foi de 6.151 l/s.

Em fevereiro, até o dia 23, o percentual da vazão registrada em relação à média esperada para o mês subiu para 8,24%.

No entanto, a vazão mais baixa foi de 2.300 l/s, enquanto em janeiro o pior registro foi de 2.800 l/s.

Nos Rios Jucu e Benevente os números também são negativos.

No primeiro, em vez da média esperada de 43.582 litros por segundo (l/s), a menor vazão alcançada em janeiro foi de apenas 6.400 l/s, o que corresponde a 14,68% da capacidade normal de abastecimento.

Em fevereiro (20), o volume de água registrado representou apenas 14,40% da média esperada de 39.180 l/s. Já no Rio Benevente, até o dia 10 de fevereiro, a vazão registrada correspondia a apenas 20,77% do volume estimado para o mês.

FATOS

A produção da unidade era de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e de 350 metros cúbicos de óleo por dia

N

o dia 11 de fevereiro, por volta das 12h50, uma explosão no navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus deixou 25 feridos, 14 internados, três desaparecidos e seis mortos.

No momento da explosão, havia 74 pessoas embarcadas na unidade, operada pela norueguesa BW Offshore e afretada (contratada) pela Petrobras, no litoral norte do Espírito Santo.

O grupo de resgate do Corpo de Bombeiros foi enviado ao local para procurar desaparecidos (cinco à época), pois havia a suspeita de que funcionários estivessem isolados, sem comunicação, em alguma sala não atingida pela explosão. Dois dias depois, as buscas foram suspensas, a pedido da BW Offshore, para iniciar a retirada de água de alguns compartimentos, a fim de estabilizar o navio.

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) anunciou que a BW Offshore atuava de forma irregular. Em 19 de fevereiro, representantes da companhia estiveram na sede do Conselho e informaram que a empresa responsável pela operação do navio-plataforma Cidade São Mateus é a PPB do Brasil, do Grupo BW, e que, embora esteja registrada no Crea-ES, possui inconformidades que vão além da falta de pagamento das anuidades de 2014.

Entre as irregularidades, há ausência da listagem do corpo técnico responsável por operar os serviços no navio; não indicação de responsável técnico por cada serviço executado e, por consequência, ausência de emissão de Anotações de Responsabilidade Técnica de cargo e função - documento que comprova quem é o responsável técnico pelo serviço e que discrimina todo o trabalho executado por esse profissional.

O Grupo BW se comprometeu a iniciar de imediato os procedimentos para regularização, mas foi multado em R$ 5.366,16, 28

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Foto: Marinha do Brasil

Plataforma da Petrobras explode no Espírito Santo

por atuar sem registro. Esse valor poderá ser aumentado após o recebimento da lista do corpo técnico, porque para cada profissional há taxas diferenciadas à autorização que regulariza a atividade, de acordo com sua origem.

O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) realizou duas manifestações no Aeroporto de Vitória, impedindo trabalhadores de embarcarem, nos dias 13 e 20 de fevereiro, para duas plataformas, a Cidade de Vitória e a SS60.

De acordo com o coordenador geral do sindicato, Paulo Rony, a estatística é preocupante. “No ano passado foram 15 óbitos no sistema da Petrobras no Brasil, o que dá em média um óbito por mês, e queremos apagar essa estatística, escrever uma nova história”, declarou. A abertura da “caixa-preta” com informações que podem auxiliar nas investigações ocorreu no dia 23 deste mês.

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os fatos em um prazo inicial para conclusão de 30 dias. Mas a informação que se esperava para o início desta matéria, até o encerramento da edição, não havia sido divulgada, e três pessoas continuavam desaparecidas.

Nem a BW Offshore nem a Petrobras ou a ANP se manifestaram sobre o que pode ter provocado o acidente.

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES), por meio da Procuradoria da República em Linhares, instaurou inquérito civil para apurar possíveis danos ambientais causados pela explosão.

O navio-plataforma opera desde junho de 2009 no pós-sal, dos campos de Camarupim e Camarupim Norte. A produção da unidade era de cerca de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e de 350 metros cúbicos de óleo por dia, e era escoados por duto para terra.

ARTIGO

ECONOMIA Antonio Fernando Doria Porto

O Espírito Santo e a economia mundial em 2015 Quedas de preços e demandas de commodities podem prejudicar exportações capixabas

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eis anos após o início da crise econômica e financeira global, Estadual e o setor industrial para o estabelecimento de uma o crescimento estimado pelo Banco Mundial de 3,0% política de médio e longo prazos que permita maximizar o retorno para o Produto Interno Bruto (PIB) do mundo em 2015, econômico que poderá ser obtido - levando-se em conta o alto nível em relação a 2014, indica recuperação ainda fraca da economia de abertura do Espírito Santo no comércio internacional e o seu internacional. complexo portuário atual e futuro - no sentido de viabilizar a sua Se por um lado, o crescimento esperado para os Estados Unidos participação nas Cadeias Globais de Valor. de 3,2% é uma boa notícia para alavancar as exportações do Espírito A continuidade de um crescimento sustentado da economia do Santo, principalmente as de produtos siderúrgicos e de rochas Estado dependerá, além da melhoria no ambiente macroeconômico, ornamentais para aquele país, por outro, o avanço da economia da retomada dos investimentos na indústria de transformação chinesa, em 7,1%, quando em 2013 foi existentes atualmente; dos novos 7,7%, o baixo crescimento da Zona do Euro produtos que passam a ser fabricados Deve-se estabelecer de 1,1%, e a recessão que se espera para a com o início de operação de várias Rússia, com menos 2,9%, afetando ainda uma política de médio empresas, principalmente nos setores mais a queda dos preços e/ou da demanda e longo prazos que viabilize a automobilístico, naval e da linha branca; de commodities, entre elas o de minério de participação do Espírito Santo da continuidade em novos investimentos ferro e de petróleo, poderão prejudicar as produtos de maior valor agregado; nas Cadeias Globais de Valor” e,para vendas externas capixabas neste ano. sobretudo, do aumento do nível de O Espírito Santo é o estado brasileiro conhecimento e profissionalização da que possui a economia mais aberta ao comércio internacional, mão de obra capixaba, elevando a produtividade industrial. com um Índice de Corrente de Comércio (exportação + Por outro lado, é necessário que sejam eliminados os gargalos importação em relação ao PIB) em torno de 50%, bem acima da existentes na infraestrutura logística do Espírito Santo, praticamente média brasileira de 25% e semelhante ao de vários países como todos dependentes de ações do Governo Federal, como a duplicação China (52%) e Índia (51%). Porém, a alta concentração de 89% das da BR-262, a expansão do aeroporto de Vitória, a construção da exportações em commodities poderá prejudicar o crescimento do ferrovia que liga o Espírito Santo ao Rio de Janeiro e o porto de PIB capixaba em 2015. águas profundas.

Dada a importância do comércio exterior para a alta do PIB no Dessa maneira, o Espírito Santo estará colocando todo o seu Espírito Santo, com o baixo crescimento da demanda mundial, potencial voltado para a economia mundial a seu favor. apostar apenas na transação internacional, com o atual perfil de suas exportações, não sustentará seu avanço no futuro próximo.

Antonio Fernando Doria Porto é engenheiro metalurgista com Por esse motivo, deve-se buscar ações articuladas entre o Governo mestrados em Engenharia da Produção e em Administração

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FATOS

Foto: Divulgação

Com 203 metros de comprimento, o NS Arpoador será utilizado para exploração do pré-sal brasileiro

Casco de navio-sonda chega ao Espírito Santo

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chegada do casco do navio-sonda NS Arpoador na noite de 18 de fevereiro, no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), instalado no município de Aracruz, pôs fim a uma batalha legal que já ultrapassava 90 dias, graças a uma parceria entre Governo do Estado, Marinha do Brasil e equipe técnica do estaleiro.

Segundo a Capitania dos Portos, essa demora se deu porque, além de terem sido encontrados erros técnicos referentes aos dados enviados pelo EJA ao Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), havia outros procedimentos não cumpridos pelo estaleiro que impediam a liberação.

O Jurong por sua vez alegou que muitas das exigências feitas pela Capitania, dentre elas construção do cais, dragagem e sinalização do canal, e exame de batimetria – este último a principal condicionante para confirmar a entrada da embarcação com segurança no porto – ocorreram somente após a chegada do navio no país.

A preocupação do EJA se tornou ainda mais grave com a proximidade do prazo dado pela Receita Federal para que o desembaraço aduaneiro estivesse concluído (12 de fevereiro).

Caso contrário, a unidade seria mandada de volta a Singapura, pois a multa estipulada é de 100% comparado ao valor do navio; e o EJA iria demitir 1,3 mil empregados contratados para finalizar as obras da estrutura.

Enquanto o casco era construído em Singapura, no EJA eram produzidos os megablocos da estrutura superior da embarcação, que serão instalados no casco por um guindaste gigante flutuante, com capacidade de içamento de até 3.600 toneladas, o maior da América Latina.

O NS Arpoador, que possui 203 metros de comprimento, 40 metros de largura e calado de 5,5 metros, será utilizado para exploração do pré-sal brasileiro, pois possui avançados equipamentos e será capaz de operar a 3.048 metros de profundidade e perfurar poços de até 12,2 km de comprimento. A previsão é de que seja concluído até o fim do ano.

Essa é a primeira embarcação encomendada ao Jurong, para operação em águas ultraprofundas, pela Sete Brasil, que já contratou outros seis navios-sondas: Guarapari, Camburi, Itaoca, Itaúnas, Siri e Sahy – cada um deles representando um investimento de US$ 800 milhões (aproximadamente R$ 2,28 bilhões), todos afretados à Petrobras.

Mais de 3,5 mil pessoas já foram contratadas para as obras no Estaleiro Jurong e dos naviossondas, e a estimativa é de que haja mais de 5,4 mil postos de trabalho, até o final de 2016.

Ao todo serão 29 embarcações construídas no Brasil para serem utilizadas pelas plataformas da Petrobras. Segundo o EJA, a intenção é fazer os quatro primeiros cascos em Singapura, chegando um a cada oito meses, aproximadamente. Os três últimos deverão ser construídos no Espírito Santo.

FATOS

Feira realizada no Centro de Eventos de Carapina, na Serra, contou com a presença de empresários e autoridades

Vitória Stone Fair reúne mais de 24,7 mil visitantes

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Vitória Stone Fair - Marmomacc Latin America 2015, considerada como a maior feira de rochas ornamentais da América Latina, atraiu mais de 24,7 mil visitantes este ano. O evento, que foi realizado no Centro de Eventos de Carapina, entre os dias 3 e 6 de fevereiro, contou com uma grande variedade de pedras e tecnologia, reunindo 420 expositores, dos quais 126 eram internacionais.

Diversas autoridades estiveram presentes na abertura da feira, como o governador Paulo Hartung; o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga; o vice-governador César Colnago; os senadores Ricardo Ferraço e Magno Malta; os prefeitos de Vitória e da Serra, Luciano Rezende e Audifax Barcelos, respectivamente; o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra; o superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira; os presidentes da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, da Federação da Agricultura, Júlio Rocha, e do Sindirochas, Samuel Mendonça; além de secretários, deputados estaduais e empresários do setor.

A programação, que trouxe uma grande variedade de materiais expostos como mármores, ardósias e quartzitos, conseguiu reunir uma quantidade maior de estrangeiros em relação ao ano passado, segundo Cecília Milaneze, diretora da Milanez & Milaneze, empresa realizadora do evento em parceria com o Grupo VeronaFiere. “Estamos nos preparando para que a próxima edição traga mais

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oportunidades de negócios. Neste ano, tivemos 3% a mais de estrangeiros em nossos pavilhões. Em 2016, teremos rodadas de negócios dentro do Projeto Comprador e apresentaremos ambientes criados por arquitetos e designers, mostrando a aplicabilidade de diferentes materiais na arquitetura”, revelou.

De acordo com o governador Paulo Hartung, a Vitória Stone Fair coloca cada vez mais o Estado como referência no setor de rochas. “É um evento que projeta o Espírito Santo para o Brasil e o Brasil, para o mundo, apresentando materiais da melhor qualidade e com tecnologia. É um setor que emprega muito e gera divisas para o país. É um belíssimo evento”.

O ministro Eduardo Braga destacou na ocasião a importância do setor de rochas para todo o Brasil. “O Espírito Santo é um dos poucos estados que eu não tive a oportunidade de conhecer e para mim, tudo aquilo que eu ouvia dizer era muito pouco diante da verdade. E a verdade é que este é um belo estado e com uma bela cidade, que possui uma força econômica importante e que eu tenho a plena certeza que está entregue em boas mãos, nas do governador Paulo Hartung e de todos aqueles que estão conduzindo deste lugar. Eu quero dizer que a nossa presidenta Dilma Rousseff, ao tomar conhecimento de que eu viria a este evento, manifestou claramente a sua firme posição em prestigiar, valorizar e apoiar esse importante setor da economia brasileira”, afirmou.

EMPRESAS ES

Carone aposta em produtos importados

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Supermercado Carone completará 38 anos de existência em 2015. Sem sombra de dúvidas, essa é uma data que merece ser comemorada, principalmente pelos grandes investimentos que vêm sendo feitos pela empresa ao longo do tempo: seja na abertura de novas lojas ou na melhoria de seus produtos e serviços.

Hoje há nove unidades da rede: Laranjeiras (na Serra); Jardim Camburi, Jardim da Penha e Santa Lúcia (em Vitória); e Centro, Praia da Costa, Itapõa, Coqueiral de Itaparica e Praia de Itaparica (em Vila Velha). A varejista vai inaugurar a sua 10ª loja em abril, em Cariacica, no coração de Campo Grande.

A missão do Carone é transformar a compra em um momento de prazer e satisfação, buscando oferecer a todos os seus clientes produtos que atendam e melhorem sua qualidade de vida.

“Queremos que o nosso cliente tenha conforto, segurança e qualidade ao comprar conosco” - William Carone Júnior, diretor do Carone

Tudo isso só é possível graças a profissionais qualificados e motivados a propiciar um excelente atendimento. “Queremos que o nosso cliente tenha conforto, segurança e qualidade ao comprar conosco”, afirma o diretor da empresa, William Carone Júnior.

A qualidade no atendimento vai além do espaço físico das lojas, estendendo-se ainda nas redes sociais, um canal importante para se aproximar e receber um feedback dos consumidores. Todas as críticas, elogios e sugestões são sempre muito bem-vindas.

“Essa é uma forma de nos aproximarmos dos nossos clientes para saber o que pensam do Carone. De um tempo para cá pudemos 34

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DIFERENCIAÇÃO Importação de produtos exclusivos O Carone possui uma parceria com dois grupos - de quatro a cinco redes de supermercados do mesmo porte - para trazer o que há de melhor em produtos mundiais, através de um trabalho de importação. Por estarem reunidos em mais de 100 lojas espalhadas por várias regiões do país, como Minas Gerais, São Paulo, além de Espírito Santo e da Bahia, os grupos conseguem ter um poder de negociação maior com seus fornecedores, trazendo assim, uma variedade infinita de produtos importados.

Trazer um contêiner de biscoitos da Polônia, por exemplo, seria algo inviável sem a participação dos grupos, que juntos, conseguem demandar vários conteineres. Com a divisão entre todos, a compra é viabilizada com uma excelente negociação.

Planos do Carone para 2015 perceber que essa relação melhorou muito, Além da inauguração da nova loja pois o consumidor passou a ter uma empatia de Campo Grande, a empresa conta bem maior pela empresa. Isso nos deixa extrecom um projeto de uma loja em mamente satisfeitos”, comenta Willian Carone.

Jardim Limoeiro, o Carone “Open Mall”: um supermercado com lojas Em todas as lojas, é possível encontrar ao redor que já se encontra em uma variedade de produtos importados com análise pela Prefeitura Municipal preços acessíveis, tais como azeites, massas, da Serra. A expectativa é que as chocolates, vinhos, biscoitos, espumantes, obras sejam iniciadas ainda no congelados, molhos, dentre outras opções. primeiro semestre.

O programa de importação, que se iniciou há cerca de cinco anos, tem sido um sucesso entre o público. A empresa compra produtos de diversos países, como Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Chile, Equador, Itália, Espanha, Noruega, Portugal, supermercados da Praia da Costa e de Santa Lúcia e nas demais Alemanha, Bélgica, Holanda, Polônia, Singapura, África do Sul, unidades do Carone, que dispõe de departamentos com profissionais China, Malásia, Tailândia e Suíça. capacitados para atender da melhor maneira seus clientes. O que Além das delícias gastronômicas, o supermercado também é começou com um pequeno negócio no Chile se expandiu para referência quando o assunto é variedade de vinhos. Para satis- outros países como Argentina, Itália, França, Portugal e Espanha. fazer seus clientes, busca oferecer produtos com qualidade “Esse é um mercado muito importante para todos nós, porque e um preço justo nas lojas de vinhos da rede, localizadas nos além de sermos respeitados nessa área, temos um dos melhores mix de produtos do Brasil. A clientela reconhece o valor e o diferencial dos nossos vinhos. Na loja da Praia da Costa, por exemplo, além da adega, o nosso cliente também dispõe de um bistrô, o “Carone Gourmet”. Conseguimos reunir o vinho com a gastronomia contemporânea, o que é muito interessante. Ali realizamos muitos eventos de degustações e jantares harmonizados”, afirma o gestor comercial do Carone, Vanderlei Martins.

A seção de hortifruti se destaca em relação aos concorrentes por conta do frescor de legumes, vegetais e frutas. O Carone conta com uma parceria com a empresa Extrafruti, que mantém toda a logística de abastecimento.

“Eles são ligados a produtores rurais do Espírito Santo e de outras regiões do país e do mundo. Quem entra no Carone sabe que vai encontrar um setor de hortifrúti de qualidade, muito diferente do que o mercado oferece. O cliente que entra na loja às 8 horas da manhã ou à noite encontra sempre produtos extremamente frescos Segundo o gestor comercial do Carone, Vanderlei Martins, e com uma variedade muito grande. O nosso setor de hortifruti é a empresa possui uma grande variedade de vinhos internacionais um grande agregador de clientes”, finaliza William Carone. que podem ser degustados com uma boa gastronomia ES Brasil • Fevereiro 2015

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GESTÃO

SUPERSIMPLES VIGORA NO ESTADO COM 81 MUDANÇAS Desde o dia 1° de janeiro, empreendedores de pequenos negócios já podem ser beneficiados pela “universalização” do Supersimples. A lei, que foi sancionada em agosto do ano passado, trouxe 81 mudanças em relação ao projeto anterior do Simples Nacional. Entre as principais alterações para o micro e pequeno empresário estão a menor carga tributária e a redução da burocracia. No Espírito Santo, toda a tramitação está sendo acompanhada e assessorada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES).

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS TÊM DIREITO AO DIFERIMENTO DO ICMS

AUMENTO

Inflação pode ficar acima de 7% O pacote com aumento de impostos anunciado no dia 19 de janeiro pelo Governo Federal, que incluiu alta sobre combustíveis, piorou ainda mais as expectativas de inflação para este ano, com projeções acima de 7%, cada vez mais longe do teto da meta oficial. Caso seja confirmada, a elevação anual do IPCA seria a maior em mais de uma década, mas ainda não o suficiente para que ocorra um aperto monetário maior pelo Banco Central. A meta oficial é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

REAJUSTE

VRTE é reajustado em 6,59% O Valor de Referência do Tesouro Estadual (VRTE) que já está vigorando no exercício de 2015 é de R$ 2,6871, o que representa um reajuste de 6,59% em relação à cifra de 2014, que foi de R$ 2,521. O VRTE é utilizado pelo Estado no cálculo de taxas e na atualização monetária de impostos em atraso. É corrigido anualmente, com base no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses (de outubro de 2013 a outubro de 2014).

FISCO

Recibos de pagamento terão de conter nome, CPF e data de nascimento O tradicional jeitinho brasileiro utilizado para driblar a Receita Federal está com os dias contatos. Isso porque, em janeiro deste ano, entrou em vigor a Instrução Normativa 1531, que vale para Declaração de Ajuste Anual - Imposto de Renda de pessoa física 2016, ano base 2015. Agora, o Fisco exige que em todos os documentos apresentados como comprovação da prestação de serviço (recibos de pagamento), constem nome, data de nascimento e CPF do paciente ou cliente, e ainda a data do atendimento.

Portanto, o profissional liberal que pretende iniciar o ano de 2016 sem preocupação com o Leão precisa começar a se organizar desde já.

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Entre as mudanças, o benefício do diferimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de máquinas e equipamentos, antes garantido somente às médias e grandes firmas cujos setores têm contrato de competitividade, agora está assegurado também às micro e pequenas empresas. A garantia legal se deu por meio do Decreto Estadual Nº 3.741-R, publicado no Diário Oficial de dezembro passado. Para se credenciar, a empresa deve fazer a adesão ao contrato de competitividade do setor ao qual ela pertence. O formulário de adesão é obtido na internet no site da Sedes: www.sedes.gov.br.

FERRAMENTA AUXILIA NA ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO POR PRIORIDADES DE TAREFAS O acúmulo de atividades torna a rotina do empreendedor mais cansativa e menos produtiva. A ferramenta Matriz de Gestão do Tempo ajuda a organizar as atividades, dividindo as tarefas por importância e urgência. Basta imprimir a matriz disponível no arquivo e anotar diretamente. Também é possível replicar os quadrantes em um arquivo digital e acompanhar tudo pelo computador ou por outros dispositivos.

O uso da Matriz de Gestão do Tempo ou Matriz é bastante simples e pode ser feito em diversos formatos. Há soluções gratuitas, como o Priority Matrix, ou pagas, como o Do Matrix ou Eisenhower.

ESB TESTE

COMO FUNCIONA

VOCÊ DOMINA A ARTE DE NEGOCIAR?

Marque as opções que mais se aproximam de sua vivência:

A capacidade de negociar com família, amigos ou trabalho facilita muito no alcance de resultados atrativos. Você é um bom negociador? Avalie seu desempenho com o teste de Tim Hindle, autor de “Como Conduzir Negociações”, série “Sucesso Profissional”.

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Eu estudo o outro lado antes de entrar em uma negociação e formular a estratégia?

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Eu me asseguro de que todo acordo seja assinado por ambos os lados?

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Eu emprego o mediador como ferramenta eficaz para quebrar um impasse?

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Eu prefiro negociar uma situação de ganho mútuo sempre que possível?

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CALCULE SEU RESULTADO

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Some os pontos e verifique seu desempenho. Qualquer que seja seu nível de sucesso, é possível melhorar; as técnicas e as estratégias de negociação podem ser estudadas e aprendidas.

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Eu evito fazer a oferta inicial?

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Eu convoco uma terceira parte quando a negociação desanda?

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Eu sei como induzir o outro lado a fazer uma oferta?

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Eu sou capaz de me colocar no lugar do oponente?

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Durante o debate, eu faço regularmente o resumo do progresso feito?

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Eu trabalho com prazos realistas, determinados pela negociação?

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Eu evito expor as fraquezas do adversário?

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Eu mostro minhas emoções apenas com fim tático?

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Eu sou flexível em relação a negociações?

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Quando tenho representantes, explico a situação para eles em detalhes?

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Eu escolho táticas de negociação que são adequadas a meus objetivos?

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Eu tenho clareza sobre os objetivos centrais da negociação?

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De 25 a 39 pontos - Suas habilidades de negociação estão fracas.

Aprenda a reconhecer e usar as estratégias e as táticas mais eficazes.

De 40 a 70 pontos - Você tem habilidades razoáveis, mas certas áreas ainda precisam melhorar.

De 71 a 100 pontos - Suas negociações são bem-sucedidas, mas não se acomode. Continue a se preparar para as futuras discussões.

ENTREVISTA por Yasmin Vilhena

Marcos Do Val “O cidadão brasileiro não acredita no trabalho da polícia, e isso acaba prejudicando a segurança pública”

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A sociedade americana respeita um policial da mesma forma que o brasileiro respeita um desembargador.

São dois mundos completamente diferentes”

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om um currículo de dar inveja, o capixaba Marcos Do Val é reconhecido como o primeiro e único estrangeiro a dar instruções dentro da Academia Nacional de Polícia de Roma, na Itália, ocasião em que ministrou treinamentos para a segurança do Papa no Vaticano.

O entrevistado do mês da revista ES Brasil também é instrutor da Swat, instrutor-chefe e fundador do Cati Treinamento Policial Ltda – empresa com unidades na Europa e nos Estados Unidos – e criador de técnicas inovadoras de imobilizações táticas, difundidas em várias unidades policiais do mundo.

Com um vasto conhecimento em treinamento policial, Marcos Do Val nos conta em uma entrevista exclusiva alguns dos desafios enfrentados para se consagrar “o brasileiro da Swat”, bem com uma análise da segurança pública nacional e capixaba.

O senhor possui um histórico invejável na área de segurança e treinamento policial. Desde novo sempre teve interesse pelo assunto? Como tudo começou?

Além de ser membro honorário da Swat no Texas, instrutor do DEA (órgão de Polícia Federal encarregado pela repressão e controle de narcóticos) e do U.S. Army (Forças Armadas dos Estados Unidos), o senhor também ministra treinamentos para o grupo antiterrorismo da equipe de operações especiais da Nasa. Como busca trazer toda essa sua experiência para a realidade de nosso país?

Depois do atentado terrorista de 11 de setembro, em 2001, a Nasa se tornou um grande alvo. A partir daí foi criado um grupo de operações especiais antiterror (composto de policiais federais), e eu acabei indo para lá para dar esse treinamento e formar o grupo, além de falar sobre a segurança no Brasil. Com o término do curso, a Nasa me concedeu uma carta que me abriu portas no mundo inteiro, algo que ajudou e muito no meu conhecimento. Como de três em três meses estou nos Estados Unidos, levo muita bagagem interessante de lá e de cá. A troca é bem construtiva.

Servi o Exército em 1990, e isso me deu um gosto muito grande pela área. Quando comecei a dar aula de aikidô, vi uma cena de abordagem policial na qual houve uma tentativa de dominação que não deu certo, fazendo com que o infrator fosse morto por causa de um disparo dado para cima. Isso me chamou muito a atenção, o que fez com que eu criasse uma técnica policial específica por meio de estudos baseados em abordagens de diversas partes do mundo. Acabei apresentando esse projeto para a Polícia Civil do Espírito Santo e comecei a dar aula para os delegados.

Um deles, vindo do Rio de Janeiro, achou as técnicas bastante inovadoras e acabou fazendo uma sugestão de pauta para o Jô Soares. Um americano que me viu no programa ficou muito interessado nas técnicas e me convidou para dar aula nos Estados Unidos, em meados de 2000.

Como foi se especializar em resgate de reféns junto a diversas equipes da Swat (Special Weapons And Tactis)?

Quando cheguei aos Estados Unidos, comecei a dar aula para a Swat de Dallas. Logo depois fui contratado pela associação da Swat do Texas para ser instrutor e acabei viajando por todo aquele estado para ensinar a minha tática, até conhecer a equipe da Swat de Beaumont, que fica próxima de Houston. Por eu não ser americano, essa equipe resolveu me colocar como membro honorário, justamente para fazer parte da Swat. Com esse título, comecei a participar de operações reais e treinamentos de resgate de reféns, o que fez com que eu também me especializasse nessa área.

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ENTREVISTA

Quando se investe em segurança, você também investe no lado social, pois os jovens não terão vontade de serem traficantes”

O senhor também ministra palestras corporativas mostrando toda a trajetória percorrida para atingir os seus objetivos, bem como os desafios que foram superados.

Como busca alinhar a área de segurança com o ambiente corporativo?

Com as palestras, busco contar todos os desafios que precisei superar para alcançar os meus objetivos, algo que não foi fácil.

Tive muitas barreiras para enfrentar, como a questão financeira, pois para dar aula lá me foi cobrado um valor de US$ 15 mil, uma quantia que eu não tinha naquela época, e isso me deixou muito desmotivado. Mesmo assim, fui caçar a minha oportunidade e liguei para vários departamentos em busca de contatos.

Quando conseguia alguns telefones e apresentava a minha proposta, as pessoas desligavam o telefone na minha cara ou faziam pouco caso. Isso também foi muito chato. Outro entrave que atrapalhou foi o fato de eu não saber falar inglês naquele período, tive que contar com a ajuda de um aluno. Um grande desafio que enfrentei foi durante o meu primeiro Treinamento para a Swat de Dallas, no qual a maioria dos policiais saíram durante a aula, dizendo que não tinham nada para aprender com um brasileiro. De 45, só restaram 15 participantes. Uma realidade que mudou logo no primeiro intervalo do Treinamento, pois os que estavam lá dentro começaram a falar

bem para os outros, que me pediram desculpa e voltaram para a aula. No final deu tudo certo, e é isso que eu busco mostrar para o mundo corporativo, destacando a importância de entender culturas diferentes, de estar sempre atualizado e fazer treinamentos para alcançar o topo da carreira.

Como funcionam as dinâmicas de grupo e quais os benefícios que elas podem trazer aos gestores?

A dinâmica é voltada para diretores de grandes empresas, ensinando-os a ter planejamento e a gerar uma equipe, pois é preciso executar uma operação com precisão. Um bom exemplo é o sequestro, que pode ser comparado ao mercado. No sequestro, destacamos a importância de um atirador de elite, do negociador e do gerente de crise para que tudo ocorra da melhor forma possível.

Treinamos esse cenário e fazemos com que eles vivenciem essa situação, para verem que, quando um não faz a sua parte, o outro pode ser penalizado. Não adianta enganar o sequestrador, como também não adianta enganar o mercado.

No que a segurança pública americana se difere da brasileira?

O cidadão brasileiro não acredita no trabalho da polícia, e isso acaba prejudicando a segurança pública. A própria imprensa também só noticia tragédias policiais, o que gera um caos na sociedade.

Duas realidades bem diferentes da americana, pois lá o policial é muito valorizado. Quando ocorre essa valorização, as pessoas denunciam mais, e os jovens, em vez de se tornarem bandidos, buscam seguir carreira na polícia. Mas se você fala que quer virar policial no Brasil, sua família tenta convencê-lo do contrário.

Outro ponto relevante é que essa mesma polícia se torna mais criteriosa para adicionar novos profissionais. O policial nos Estados Unidos também tem um bom salário e recebe mais incentivos.

Para você ter ideia, se ele quiser fazer um trabalho para uma empresa de segurança particular, ele pode usar a farda e a arma da polícia, ou seja, eles têm mais policiais nas ruas. No Brasil isso é ilegal.

A segurança pública americana também é municipalizada e realiza grandes investimentos em viaturas, treinamentos e tecnologias.

A sociedade americana respeita um policial da mesma forma que o brasileiro respeita um desembargador, por exemplo.

São dois mundos completamente diferentes.

E do Espírito Santo? Quais seriam os principais gargalos e pontos positivos?

Por estarmos no Sudeste e rodeados de grandes estados, somos considerados como uma rota de fuga para esses bandidos. Por ainda estar muito cedo, não posso fazer uma avaliação do atual Governo, mas vejo que no passado diminuiu muito o índice de criminalidade no Espírito Santo, que estava muito alto.

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Tivemos muitos policiais civis se especializando e indo para outros países para terem uma qualidade melhor, mas infelizmente tudo isso não muda da noite para o dia.

Também temos os melhores presídios do país, visitei alguns que me lembram muito os americanos, como o de segurança máxima de Viana e o de Xuri. Tenho uma posição otimista da segurança pública daqui para frente.

Quão longo é o caminho que devemos percorrer para melhorarmos?

Em primeiro lugar, devemos acabar com essa cultura brasileira de sempre tirar vantagem. Temos que pensar na coletividade e não na parte individual. Do que adianta eleger um político só por ele ser amigo ou uma pessoa próxima?

Esse negócio de troca de favores não é legal. Os governantes e os secretários de Segurança também deveriam fazer mais pressão no Congresso para que seus trabalhos deem mais resultado e para que a legislação seja mais rígida. O governo federal também não pode se omitir tanto e também precisa investir mais na área.

Para que essa melhoria seja alcançada, como podemos lidar com a questão do tráfico de drogas?

Seria importante conscientizar os usuários de drogas.

Aqueles que têm um parente que consome algo ilícito devem deixar claro que eles são responsáveis por essa realidade que nós vivemos. Mesmo que a pessoa só use no final de semana, ela está movimentando o crime, e isso faz com que o traficante se interesse pelo mercado, passando a invadir bairros de concorrentes e matando pessoas que se tornem devedoras.

Qual a sua avaliação sobre a morte do técnico de informática Diego Biasutti, que invadiu a Prefeitura de Vila Velha?

O segurança agiu corretamente?

Tecnicamente sim. Pois ele seguiu o uso progressivo da força que é um conceito internacional na área da segurança que se separa em alguns pontos. O primeiro deles é aparecer uniformizado e dar o comando verbal. No segundo já ocorre o contato físico, seja para pegar e tirar a pessoa, imobilizar ou algemar. O terceiro ponto é o uso de um equipamento menos letal (como uma arma de

Temos os melhores presídios do país, visitei alguns que me lembram muito os americanos, como o de segurança máxima de Viana e o de Xuri”

eletrochoque, por exemplo, que ele não tinha naquele momento).

O último recurso é a arma de fogo, e como ele não tinha algo menos letal já partiu para essa etapa. Vale a pena lembrar que não existe nenhum treinamento no mundo que te ensina a usar uma arma de fogo para dar um tiro na perna, pois quando se chega a essa etapa, ela é seu último recurso. Imagina se esse rapaz que morreu tira a arma dele?

Iria matá-lo e sair com a arma pelos corredores da prefeitura, podendo matar outras pessoas.

Como é visto em outras áreas, o senhor acredita que a falta de continuidade em determinados projetos do Governo Estadual acaba prejudicando a eficiência da segurança pública capixaba?

Sim, pois é muito importante investir em segurança pública.

Do que adianta investirmos somente em hospitais se eles sempre estarão recebendo pessoas baleadas? Isso geraria uma superlotação.

Quando se investe em segurança, você também investe no lado social, pois os jovens não terão vontade de serem traficantes.

Você também terá mais policiais nas ruas, coibindo crimes e os investigando. Fico muito preocupado de regredirmos nestes próximos anos e por conta disso, acho muito importante darmos continuidade aos projetos anteriores.

Para finalizar, quais são os maiores desafios a serem enfrentados pelas políticas de segurança pública atualmente?

A falta de investimento e de interesse. Acho que a política pública não tem que ser de governo e sim de Estado, ou seja, algo que vai permanecer. Os policiais também precisam ter o foco de servir e proteger, e não de caçar bandidos. Outro ponto importante é importar coisas boas na área de segurança pública, sejam elas de conhecimento ou de tecnologia. Precisamos ter mais humildade para reconhecer técnicas diferentes que possam nos ajudar no dia a dia.

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CONFERÊNCIA ANUAL DO CLIMA SERÁ REALIZADA EM PARIS Foto: Divulgação

Previsto para dezembro de 2015, um dos mais importantes eventos na luta contra a mudança climática ocorrerá em Paris, França. Após o acordo fechado entre Estados Unidos e China, os dois maiores emissores de gases do efeito estufa no mundo, para reduzir a poluição climática, o objetivo da cúpula é alcançar pactos vinculantes sobre o controle das emissões para depois de 2020. Enquanto isso, o número médio mundial de dióxido de carbono na atmosfera terrestre pode bater recorde, superando as 400 partes por milhão, pela primeira vez em milhões de anos.

DENÚNCIAS À PARTE, PETROBRAS SE DESTACA NA ÁREA DE PESQUISA

TI

Parceria entre Sindinfo e Senai-ES amplia oferta de curso de formação Formar profissionais mais completos e fortalecer o setor de tecnologia da informação.

Esse é o objetivo do Centro de Formação e Qualificação em TI, um projeto do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo) e do Senai-ES. Nas unidades capixabas do Senai estão previstos 15 cursos, de curto, médio e longo prazo, para desenvolvimento, web design, teste de software, suporte ao usuário e banco de dados em Vitória, Colatina, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim. Havendo demanda do mercado, outros locais do Estado serão atendidos.

Em maio de 2015, em Houston (EUA), a Petrobras irá receber pela terceira vez o prêmio OTC - Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations, and Institutions em reconhecimento ao conjunto de tecnologias desenvolvidas para a produção da camada pré-sal.

Em 1992, a estatal também ganhou o prêmio, maior reconhecimento que uma empresa de petróleo pode receber na qualidade de operadora offshore, por conquistas técnicas relacionadas ao desenvolvimento de sistemas de produção em águas profundas relativas ao campo de Marlim; em 2001, por avanços nas tecnologias e na economicidade de projetos de águas profundas, no desenvolvimento do campo de Roncador.

ENCONTRO

Sectti realiza workshop em Vitória

Foto: Divulgação

A Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti) realizou sua primeira reunião de alinhamento estratégico na sede do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer). O workshop “Plano de Trabalho Sectti 2015/2018” aconteceu no dia 9 de fevereiro e movimentou parceiros governamentais e empresariais, além de universidades. Segundo o secretário Guerino Balestrassi, esta foi uma ótima oportunidade para aproximar a academia e o setor produtivo. “A ideia é juntar os criativos do Estado, que compõem o ecossistema da inovação. Eles muitas vezes ficam isolados, ilhados, e nós queremos juntar esse pessoal, que tanto tem a oferecer, aumentando a eficiência e o nível tecnológico do Estado”.

TWITTER OFERECE DOIS NOVOS RECURSOS: MENSAGENS DIRETAS E GRAVAÇÃO DE VÍDEOS A função de mensagens diretas (DMs) permite conversas entre várias pessoas, assim como acontece no Facebook, com qualquer um dos seus seguidores, mesmo que não sigam uns aos outros. Também é possível gravar, editar e compartilhar vídeos, de até 30 segundos de duração, diretamente pelo aplicativo do Twitter.

Cabe agora ao marketing de cada empresa estar antenado, a partir das estratégias empresariais e comunicacionais de utilização do Twitter, e buscar novas oportunidades de divulgação da imagem e da marca, entre outros benefícios.

Informe publicitário

AS NOVIDADES DA GALWAN EM 2015

A

Galwan se prepara para um 2015 cheio de novidades em Vitória, Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim e até Miami. Sim, a empresa está chegando aos Estados Unidos para construir um hotel de US$ 120 milhões.

Número 35 no ranking das maiores construtoras do Brasil, de acordo com pesquisa do ITC-Net, a Galwan coloca o pé lá fora, mas seu olhar continua voltado para o Espírito Santo.

Em Vitória, prepara novidades para Jardim Camburi.

Após a entrega do Residencial Jardins, em março, a Galwan se volta para mais um lançamento na Avenida Norte-Sul, bem ao estilo do Jardins.

“O Residencial Jardins foi um marco na valorização do bairro, que está cada vez melhor, cada vez mais nobre.

Nossa expectativa é vencer os trâmites burocráticos para iniciar logo as obras desse novo empreendimento”, disse José Luís Galvêas Loureiro, diretor-presidente da Galwan S/A. O bairro vizinho, Mata da Praia, também vai ganhar um empreendimento da Galwan. Será o primeiro da construtora no bairro, e ficará localizado próximo à praia de Camburi, em um terreno amplo. O projeto está em fase de aprovação.

“Será um empreendimento de três e quatro quartos, com quatro torres no estilo de condomínio que já construímos no Barro Vermelho, em Jardim Camburi e em Itaparica”, disse Galvêas.

A maior quantidade de lançamentos da construtora em 2015, no entanto, será em Vila Velha. O primeiro, logo depois do Carnaval, é o Residencial Julita Devens, localizado em um dos últimos terrenos livres da cobiçada Avenida Gil Veloso, de frente para o mar da Praia da Costa.

São apartamentos espaçosos, com quatro suítes, e coberturas duplex com cinco suítes e piscina. A área privativa dos apartamentos varia de 234 m² a 248 m².

Também em Vila Velha, está engatilhado para o primeiro semestre o lançamento do Edifício Carolina Caliari, localizado em Itapoã, próximo à praia de Beverly Hills. Outro lançamento previsto é um empreendimento próximo ao Shopping Vila Velha.

Cachoeiro de Itapemirim é outra cidade nos planos da Galwan, que prepara o lançamento de um empreendimento comercial no Sul do Estado ainda no primeiro semestre.

Fachada Roberto Guimarães Empresarial Cachoeiro de Itapemirim

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Roberto Guimarães Empresarial Cachoeiro de Itapemirim

CRÔNICA

MARCHINHAS CARNAVALESCAS

Confetes, serpentinas, lança-perfume, marchinhas novas na “ponta da língua”, fantasia de marinheiro, palhaço, pirata ou pierrô e muita animação. Esse era o “kit” do verdadeiro folião carnavalesco.

As marchinhas se renovavam a cada ano, e o folião que se prezasse aprendia todas, para não “pagar mico” no salão.

Dia desses, ouvindo antigas marchinhas, me pego criança, quando achava que as músicas eram feitas para as pessoas que eu conhecia; e aí, ouvindo “Anita” e “Aurora”, duas marchinhas daquela época (que bandeira, hein?!), não deu outra. Entrei no clima.

Embarquei nas asas da recordação e voei até minha terra natal (Dores do Rio Preto), indo direto para o quartinho exíguo de uma casa modesta, vizinha à minha. Nesse quarto, ficava deitada o dia todo uma jovem de seus 20 anos. Mirradinha, pálida, muito doente.

Seu nome - Anita. E eu criança, cantando à beira de sua cama, a música que “fizeram para ela”.

“Entre as mulheres tu és a mais formosa Entre as formosas tu és a mais bonita Anita quando passa, meu coração palpita Ai... ai... ai... ai... Anita”.

A música dizia ainda que, se Anita quisesse, faria a guerra acabar, o comércio fechar, etc... etc...

Eu, particularmente, apesar da pouca idade, achava que esta força toda atribuída à minha vizinha, ali deitada, tão indefesa, tão magrinha, era um exagero, mas enfim... Ainda me lembro da sua fisionomia iluminada, quando eu acabava de cantar e lhe perguntava: “Viu, Anita, que música bonita fizeram para você?” Ela sorria, com certeza, achando graça da minha ingenuidade, e no seu sorriso triste de moça doente, eu vislumbrava um toque fugaz de felicidade.

Já com Aurora, o lance foi outro. Eu conhecia uma. Era solteirona, sem atrativos físicos e vivia às expensas de um irmão, em uma família numerosa; portanto sobravam sempre afazeres domésticos para nossa heroína.

Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com Assim que ouvi no rádio: “Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Aurora Veja só que bom que era, ô ô ô ô, Aurora Um lindo apartamento com porteiro e elevador E ar refrigerado para os dias de calor, Madame antes do nome, você teria agora, Ô ô ô ô, Aurora”.

Ouvi e corri para a casa da nossa musa. Ia pensando: “Puxa vida!

Quanta coisa a Aurora perdeu. Que falta de juízo!” E ao encontrá-la debruçada sobre uma pia, lavando a louça, eu me perguntava: “Custava a Aurora ter sido sincera?” (a ela nunca tive coragem de perguntar).

A bem da verdade, eu ignorava o que era apartamento com porteiro e muito menos o que era elevador. Mesmo assim, dava para perceber que o “prejuízo” da Aurora era de grande monta.

“E se tivessem oferecido para ela ao invés de ar refrigerado, um aquecedor?” Dores do Rio Preto era um gelo só, pensava eu com os meus botões: “É. Um aquecedor talvez tivesse feito a sua cabeça e, quem sabe, agora estaríamos chamando-a de Madame Aurora?”

E aí, debruçada sobre a pia, com a mão sob o queixo, eu ficava assistindo à pobre lavar pilhas e pilhas de pratos e ia me perdendo em pensamentos, formulando hipóteses, olhando e reprovando a triste Aurora. Lamentava a sua sorte é bem verdade, mas isso não me impedia de em pensamento lhe perguntar: “Custava ter sido mais sincera, Aurora?”

Tudo mudou muito. Mudou o carnaval, mudei eu. Hoje não há marchinhas novas a cada ano, nem carnaval de salão. Não há também meninas tão ingênuas como antigamente.

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ES Brasil • Fevereiro 2015 47

POLÍTICA COMISSÃO ESPECIAL DISCUTE REFORMA POLÍTICA Em Brasília foi instalada a comissão especial que vai discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 352/13) da Reforma Política, que acaba com a reeleição de presidente da República, governadores e prefeitos; põe fim ao voto obrigatório, que se torna facultativo; e muda as regras das coligações eleitorais.

O deputado federal Max Filho (PSDB) é o único parlamentar capixaba que integra o grupo de 34 titulares da comissão, que tem prazo de 40 sessões para analisar propostas de reforma política.

SERRA CRIA MILHARES DE VAGAS EM CRECHES ESTE ANO

Governador propõe nova análise a projetos encaminhados à Ales O governador Paulo Hartung (PMDB) foi atendido ao solicitar a devolução ao Poder Executivo de 32 mensagens encaminhadas à Assembleia na legislatura de seu antecessor, Renato Casagrande (PSB). As mensagens retiradas de tramitação abordam a reestruturação de organizações e instituições estaduais.

Entre elas, o Projeto de Lei 21/2014, que altera a organização da Junta Comercial do Espírito Santo (JUCEES); o PL 154/2014, que autoriza o Executivo a transformar a Superintendência dos Projetos de Polarização Industrial (Suppin) de autarquia em sociedade de economia mista, e o PL 38/2014, que inclui a Coordenação e Implantação de Programas, Projetos e Ações Estratégicos na Secretaria de Estado de Governo (SEG). ÁGUA

Parlamentar propõe debate permanente sobre a água

Foto: Divulgação

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O deputado estadual Freitas (PSB) articula a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Recursos Hídricos, Energia e Análise das Mudanças Climáticas, com a participação de representantes de diversos partidos. O objetivo é debater, discutir, propor projetos e incentivar as ações no Estado do Espírito Santo, garantindo a participação popular e das instituições públicas ou privadas pertinentes ao tema.

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Foto: Divulgação/ PMS

DEVOLUÇÃO

O prefeito Audifax Barcelos garantiu que irá cumprir o compromisso assumido na época da campanha de melhorar a educação infantil. Segundo ele, este ano serão entregues 16 novas unidades de creches que representam quase 5 mil novas vagas.

O montante de investimentos na cidade será de R$ 330 milhões, tendo a saúde como prioridade. Hoje, o município é um dos poucos no país com população de mais de 500 mil habitantes que coloca quase 25% da receita na saúde, enquanto o mínimo preconizado por lei é 15%.

MULHERES TÊM MAIS ESPAÇO PARA OCUPAR A efetiva participação feminina na política e a implementação de políticas públicas em prol da mulher foram os temas abordados no 2º Encontro das Mulheres do PMDB – Mulheres em Ação, organizado pela deputada Luzia Toledo, na Assembleia Legislativa, em 5 de fevereiro. A parlamentar recordou que a Lei Federal 9.100/1995 – que determina que cada partido preencha, no mínimo, 30% das candidaturas com mulheres - está prestes a completar 20 anos, mas o número de cadeiras efetivamente ocupadas por elas em Assembleias estaduais, Câmara e Senado Federal, não chegam a esse percentual.

FATOS

O Legislativo estadual foi renovado em 53%, com 16 novos deputados

Os primeiros dias da nova Assembleia Legislativa

O

s 30 deputados estaduais eleitos em outubro tomaram posse no dia 1º de fevereiro na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), registrando uma renovação de 53% em relação à legislatura anterior. A Casa conta agora com 16 novos parlamentares.

Theodorico Ferraço (DEM) garantiu sua permanência na presidência da Ales; Rodrigo Coelho (PT) é o primeiro secretário; e Raquel Lessa (SD), a segunda secretária. Sandro Locutor (PPS) é o corregedor da Casa, enquanto Josias da Vitória (PST) atuará como ouvidor geral, e Amaro Neto (PPS), como ouvidor adjunto.

As comissões permanentes (veja box) definiram estratégias de trabalho e assuntos prioritários. Na Comissão de Saúde, o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo, Luiz Nivaldo da Silva, afirmou que a rede filantrópica está no vermelho por causa de atraso em repasses financeiros do Governo Estadual, o que motivou o colegiado a definir uma audiência pública e visitas técnicas aos hospitais.

O combate à violência doméstica contra mulheres levou os parlamentares a aprovar a proposição da deputada Luzia Toledo (PMDB), criando a Comissão Especial em Defesa dos Direitos da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar.

Duas comissões parlamentares de inquérito foram instaladas: a CPI do Pó Preto, para investigar denúncias de poluição atmosférica na Grande Vitória (Rafael Favatto/PEN); enquanto a CPI do Transcol (Euclério Sampaio/PDT) irá apurar os indicativos de irregularidades no serviço de transporte público na Grande Vitória.

E o projeto de lei do Governo do Estado que trata de modificações no Detran-ES também entrou em pauta, uma matéria resultante do relatório apresentado pelo diretor do orgão de trânsito, Fabiano Contarato.

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COMISSÕES PERMANENTES DA ALES Janete de Sá (PMN): Agricultura, Silvicultura, Aquicultura e Pesca, Abastecimento e Reforma Agrária Eliana Dadalto (PTC): Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional Nunes (PT): Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos Sérgio Majeski (PSDB): Energia, Gás Natural e Petróleo e seus Derivados Rodrigo Coelho (PT): Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação Marcos Bruno (PRTB): Cultura e Comunicação Social Gilsinho Lopes (PR): Defesa do Consumidor Luzia Toledo (PMDB): Educação Dary Pagung (PRP): Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas Edson Magalhães (DEM): Infraestrutura, Desenvolvimento Urbano e Regional, Mobilidade Urbana e Logística Marcelo Santos (PMDB): Política sobre Drogas Dr. Rafael Favatto (PEN): Proteção ao Meio Ambiente Dr. Hércules (PMDB): Saúde Euclério Sampaio (PDT): Segurança e Combate ao Crime Organizado Amaro Neto (PPS): Turismo e Desporto

O uso racional dos recursos hídricos é tema de várias proposições que tramitam na Ales. O PL 27/2015 dispõe sobre a instalação de sistemas de reaproveitamento de água das chuvas para limpeza de prédios e moradias. A iniciativa atinge tanto empreendimentos privados quanto o Governo do Estado, que deverá atender à norma para construção de novas unidades habitacionais e adaptar as já existentes.

ARTIGO

PANORAMA Pablo Lira

A RMGV e o Estatuto da Metrópole A proposta é integrar o desenvolvimento urbano das cidades por meio de uma gestão compartilhada metropolitana

D

epois de mais de 10 anos de tramitação no Congresso, Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ), que realiza o Senado aprovou em dezembro de 2014 o projeto de um amplo diagnóstico em 15 metrópoles brasileiras e vem lei que visa a instituir o Estatuto da Metrópole, estabele- concretizando os resultados em uma coletânea de livros, cendo diretrizes relativas ao planejamento, à gestão e à execução provavelmente fomentará a concepção dos citados planos. A Região de políticas públicas em regiões metropolitanas e aglomerações Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) conta com seu livro urbanas. Neste breve início de ano, o projeto foi sancionado pela publicado e disponibilizado nos sites do próprio Observatório e do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), instituição de referência presidente como a Lei Nº 13.089/2015. e tradição em estudos e pesquisas urbanas no O Estatuto traz à luz importantes instruEstado do Espírito Santo.

O Estatuto mentos para a gestão compartilhada Em uma perspectiva conceitual, o Estatuto metropolitana, como por exemplo, parcerias possibilita da Metrópole favorece o preenchimento público-privadas, consórcios públicos, convê- otimizar as políticas de algumas lacunas do direito urbanístico. nios de cooperação e operações urbanas consorciadas interfederativas. Esses são alguns públicas e proporcionar Em primeira instância possibilita uma definição de “metrópole” ao estabelecer na letra da lei dos mecanismos que potencializarão um uma melhor qualidade que essa categoria é caracterizada por um desenvolvimento urbano mais integrado. de vida à sociedade” espaço urbano com continuidade territorial que, Hoje no Brasil existem mais de 60 regiões em razão de sua população e relevância política e socioeconômica, metropolitanas e cinco aglomerações urbanas.

A complexidade desses espaços, que abrigam mais de 100 tem influência nacional ou sobre uma região que configure, no milhões de brasileiros e concentram mais de 60% do PIB nacional, mínimo, a área de influência de uma capital regional, conforme os suscita uma maior integração entre União, estados e municípios critérios do IBGE. Nessa lógica, a Região Metropolitana da Grande para o cumprimento de funções públicas de interesse comum nas Vitória (Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e dimensões de habitação, saneamento básico, mobilidade urbana, Vitória) se enquadra como uma metrópole.

A RMGV foi instituída em 1995 e passou por uma assertiva segurança pública, meio ambiente, dentre outras.

A elaboração e a implementação das políticas públicas de reestruturação em 2005. Com o Estatuto da Metrópole, os sete desdobramento metropolitano devem ser embasadas em municípios e o Estado terão a oportunidade de se engajar no um planejamento orientado por informações estratégicas. desenvolvimento dos mecanismos previstos na norma em tela para Nesse sentido, o Estatuto da Metrópole destaca a relevância dos otimizar as políticas públicas e proporcionar uma melhor qualidade Planos de Desenvolvimento Urbano Integrado, que deverão ser de vida à sociedade, contribuindo assim para consolidar, ainda mais, elaborados nos próximos três anos, instituídos por lei estadual e a RMGV na rede urbana brasileira. revisados a cada 10 anos.

A recente empreitada do Observatório das Metrópoles, rede Pablo Lira é diretor de Estudos e Pesquisas do Instituto Jones de pesquisa nacional coordenada pelo Instituto de Pesquisa e dos Santos Neves

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INDÚSTRIA por Yasmin Vilhena

Criatividade: o motor da nova economia

Além de receber eventos culturais, a Fábrica de Ideias, em Vitória, servirá como um polo incentivador da economia criativa

Investimentos na economia criativa mostram a importância da inovação no mercado de trabalho

V

ocê já ouviu falar em economia criativa?

Caso não, já está na hora de entender um pouco mais sobre a dinâmica desse segmento que vem se tornando uma forte tendência entre os empreendedores.

Bastante presente nas grandes capitais brasileiras, essa nova realidade apresenta um fator importante para aqueles que desejam se diferenciar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo: a inovação. Afinal, do que adianta oferecer produtos e serviços já disponíveis aos consumidores?

Dentro de um cenário onde tudo se parece igual, a criatividade passa a ser vista como um ativo importante da geração de valor. Cientes desse cenário, empresas reconheceram não só a importância da criatividade como insumo de produção, como também o seu papel transformador no sistema produtivo.

O termo, que pode ser considerado para alguns como relativamente recente, já existe há muito tempo. Sua história, que teve início entre 1992 e 1995 na Austrália, ultrapassou as 54

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barreiras continentais chegando até o Reino Unido em 1998, em um ano marcado por uma queda na produção industrial, que fez com que a região buscasse novas formas de expansão.

Algo que resultou no crescimento de setores criativos (também conhecidos como indústrias), que aumentaram com o passar dos anos e que se espalharam para outras partes do planeta, a exemplo do próprio Brasil.

Dados mais recentes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) – instituição que realizou no ano passado o mapeamento da criatividade no setor industrial brasileiro – revelam que 251 mil empresas formavam a indústria criativa no ano de 2013 sob a ótica da produção.

Um crescimento de 69,1% em comparação a 2004, época em que foram registradas 148 mil empreendimentos. Sob a ótica do mercado formal de trabalho, a indústria criativa apresentou uma alta de 90% durante o mesmo período, com 892,5 mil profissionais formais no ano de 2013 ante os

469,8 mil em 2004. Uma indústria responsável pela geração de mais de 420 mil empregos nos últimos 10 anos.

Mas e o Espírito Santo, como se enquadra nesse “novo” quadro?

Será que podemos nos considerar um estado criativo?

BRASIL X ESPÍRITO SANTO A indústria criativa brasileira gerou, segundo informações da Firjan, um Produto Interno Bruto (PIB) equivalente a R$ 126 bilhões, ou seja, 2,6% do total produzido no Brasil em 2013, frente a 2,1% em 2004. Os números apontam um avanço de 69,8% em termos reais, quase duas vezes maior do que o crescimento de 36,4% do PIB brasileiro nos mesmos 10 anos.

Outro grande avanço também pôde ser observado na participação da classe criativa no total de trabalhadores formais brasileiros, que alcançou 1,8% em 2013, ante 1,5% em 2004. Dentre as áreas que mais se destacaram durante o período, podemos citar os setores de tecnologia (+102,8%), consumo (+100%), mídias (+58%) e cultura (+43,6%).

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro são os que mais se enquadram nessa realidade, representando 51,1% dos 892,5 mil profissionais criativos do Brasil, com 349 mil e 107 mil trabalhadores, respectivamente. Ambos possuem uma participação significativa no total do mercado de trabalho da economia desses estados: com 2,5% e 2,3%.

O Espírito Santo, apesar de não estar entre os primeiros, encontra-se na média nacional, com 1,4% de participação dos

“Fazemos uma construção coletiva junto aos micro e pequenos empresários para ter um diagnóstico real das necessidades” Renata Vescovi, gerente da Unidade de Atendimento ao Turismo, Artesanato e Cultura do Sebrae-ES

Foto: Clóvis Lousada

profissionais criativos no total de empregados do Estado. Além de São Paulo e Rio de Janeiro, ficamos atrás de Santa Catarina (2%), Rio Grande do Sul (1,9%), Distrito Federal (1,7%), Paraná (1,6%), Minas Gerais (1,6%), Ceará (1,4%) e Amazonas (1,4%).

“O nosso Estado se destaca bastante nos setores de artesanato, moda, softwares, audiovisual e moveleiro. Outro segmento capixaba que vem se fortalecendo é o design de rochas ornamentais e de interiores, que também é muito forte. Basta olharmos a arquitetura, que é bastante variada. Vale a pena destacar ainda que a média salarial dos profissionais do setores criativos é muito superior à do mercado tradicional”, afirma o diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), Antonio Fernando Doria Porto.

O levantamento da Firjan mostra que esse é um panorama muito presente no Brasil, visto que o rendimento mensal médio do trabalhador brasileiro em 2013 era de R$ 2.073, enquanto que o dos profissionais Jacqueline Chiabay foi a criativos chegou a R$ 5.422. responsável pelo Salão da um valor quase três vezes superior ao economia criativa, que reuniu diversos negócios patamar nacional. No Espírito Santo, ES Brasil • Fevereiro 2015

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A indústria do carnaval capixaba vem sendo fortalecida por meio da realização de cursos como aderecistas, gesseiro e soldador

PARTICIPAÇÃO DOS PROFISSIONAIS CRIATIVOS NO TOTAL DE EMPREGADOS DO ESTADO 2004 E 2013 2,0%

SP

2,5% 1,8%

DF

2,3% 1,5%

SC

2,0% 1,6%

RS

1,9% 1,4%

DF

1,7% 1,2%

PR

1,6%

Participação da indústria criativa do estado no mercado de trabalho nacional

1,3%

MG

1,8% em 2004: 1,5% em 2013:

1,6% 1,0%

CE

1,4% 1,3% 1,4%

AM

2004

1,1%

ES

2013

1,4%

Fonte: Firjan

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a média mensal do trabalhador criativo chegou a R$ 4.875 em 2013, mais alta do que os R$ 3.812 registrados em 2014.

De acordo com a gerente da Unidade de Atendimento ao Turismo, Artesanato e Cultura do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), Renata Vescovi, o Estado possui inúmeras áreas que podem ser fortalecidas.

“Todas as regiões brasileiras possuem suas particularidades, a exemplo do próprio Espírito Santo, que tem uma cultura muito diferenciada e bonita. Basta sabermos aproveitar e potencializar esses elementos favoráveis que nós temos”.

INVESTIMENTOS CAPIXABAS Já que temos tantas potencialidades em nosso Estado, nada mais justo do que incentivar a criatividade em solo capixaba.

No ano passado, foram realizadas diversas atividades para fortalecer alguns segmentos, como o audiovisual, por exemplo.

E o Sebrae-ES é uma das entidades que têm motivos para comemorar com os resultados alcançados em 2014 através do Programa Economia Criativa, que visa a promover o desenvolvimento econômico por meio da dinamização produtiva e de mercado dos setores de artes plásticas, audiovisual e coletivos criativos da Grande Vitória.

“Fazemos uma construção coletiva junto aos micro e pequenos empresários para ter um diagnóstico real das necessidades. O audiovisual já apontou alguns pontos fortes, como também as fraquezas que precisam ser superadas, tais como a própria distribuição”, afirma Renata Vescovi.

A entidade promoveu em 2014 a primeira Feira do Audiovisual Capixaba; o diagnóstico MPE Brasil de 22 empresas do setor e a proposição da criação do Sindicato do Audiovisual Capixaba com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

Também já está andamento a consultoria para a construção estratégica do processo de troca de bônus das leis de incentivo fiscal para os empreendimentos do audiovisual capixaba. Outra ação do programa no ano passado, destinada às Artes Visuais, foi o Planejamento Estratégico “Na Medida” para 12 empresas, que em conjunto com uma consultoria coletiva às galerias e aos ateliês irá culminar na criação de um Circuito Cultural na Grande Vitória. Para este ano, estão previstas mais iniciativas, como cursos, consultorias, orientações, palestras e capacitações.

Outra atividade realizada no ano passado, durante a sétima edição do Vitória Moda, foi o Salão da Economia Criativa. O encontro, que reuniu 24 micro e pequenas empresas ligadas a arte, cultura, moda, artesanato, audiovisual e serviços, foi uma ótima oportunidade para disseminar os princípios e as atividades relacionadas ao mercado criativo.

“O evento, que contou com o apoio do Sebrae-ES e da Findes, teve como objetivo oportunizar ao micro e pequeno empresário da economia criativa local a possibilidade de novos clientes e negócios futuros, além de incentivar a valorização da nossa arte e cultura.

Conseguimos proporcionar a transversalidade multissetorial e a parceria de negócios entre os próprios expositores e clientes potenciais, gerar mídia espontânea e apresentar métodos de inovação social e tecnológica”, revelou a designer e consultora em artesanato Jacqueline Chiabay, responsável pela mostra.

Durante o salão foram apresentados produtos e serviços nas áreas de arte, cultura, design e moda, alimentos e bebidas, marcenaria, artes visuais, novas mídias, fotografia e tecnologia.

EMPREGADOS DA INDÚSTRIA CRIATIVA NO BRASIL, POR ÁREAS CRIATIVAS E SEGMENTOS 2004 A 2013 SEGMENTOS

2004

2013

Consumo

211,5

422,9

45,7

154,8

Arquitetura

62,7

124,5

Design

42,6

87,0

Moda

60,5

56,7

Cultura

43,3

62,1

Expressões culturais

18,3

22,5

Patrimônio e artes

10,2

16,4

Música

7,5

12,0

Artes Cênicas

7,2

11,2

Mídias

64,2

101,4

Editorial

27,8

50,8

Audiovisual

36,3

50,6

Tecnologia

150,9

306,1

P&D

82,2

166,3

TIC

55,5

112,9

Biotecnologia

13,2

26,9

469,8

892,5

Publicidade

Indústria criativa Fonte: Firjan

A moda capixaba também vem se destacando no quesito criatividade

O Sistema Findes – por meio do Serviço Social da Indústria do Espírito Santo (Sesi-ES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES) – também desenvolveu um projeto piloto com o apoio do Sebrae Nacional dentro das micro e pequenas empresas nos setores de confecções, moveleiro e rochas ornamentais.

Segundo o diretor-executivo do Ideies, Doria Porto, o resultado alcançado foi muito positivo.

“A metodologia foi desenvolvida dentro da Federação, e a aplicação foi feita com consultores do Sebrae em 15 empresas, onde pudemos articular o conceito de negócio com base no setor criativo. O projeto, que foi desenvolvido durante dois anos e meio, terminou em dezembro do ano passado. A iniciativa foi tão positiva que o Sebrae Nacional irá aplicar em todos os estados”, afirmou Doria Porto. Segundo ele, a expectativa ES Brasil • Fevereiro 2015

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é de que o projeto também seja levado para as médias empresas, algo que ainda está sendo discutido internamente. “Embora nós a tenhamos aplicado nesses três setores, essa plataforma desenvolvida também pode ser destinada a outros segmentos. O mais interessante disso tudo é que o projeto ajuda a quebrar certas resistências em relação à criatividade, fazendo com que todos os profissionais entendam como funciona a economia criativa, que envolve também as indústrias tradicionais”, acrescentou.

Outra articulação da Federação das Indústrias está sendo feita com a Prefeitura de Vitória, para que sejam ocupados alguns espaços na Fábrica de Ideias, inaugurada no ano passado em Jucutuquara.

“O prefeito Luciano Rezende e o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, conversaram sobre essa possibilidade, para ocuparmos parte do espaço e assim desenvolvermos atividades da economia criativa.

Isso ainda está em um processo de desenvolvimento para que sejam verificados os tipos de setores que podem ser trabalhados na Fábrica de Ideias. Estamos aguardando a liberação de parte do espaço para começarmos, e a expectativa é que estejamos lá a partir do segundo semestre”, afirmou Doria Porto.

De acordo com o subsecretário de Apoio ao Empreendedor da Prefeitura de Vitória, Renzo Nagem Nogueira, a Fábrica de Ideias

REMUNERAÇÃO MÉDIA MENSAL DOS PROFISSIONAIS CRIATIVOS, POR ESTADO 2004 E 2013 (a preços de 2013) 6.348

RJ

8.682 5.307

DF

6.925 4.956 5.851

SP

4.234 5.240

AM

3.464

SE

Remuneração média da indústria criativa nacional

5.127

BA

3.923 5.023

ES

3.812 4.875 3.403

PA

em 2013:

5.422

em 2004:

4.322

4.770 3.664 4.721

PE

2004

2.908

MA

4.510

2013

Fonte: Firjan

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“O nosso Estado se destaca bastante nos setores de artesanato, moda, softwares, audiovisual e moveleiro” Antonio Fernando Doria Porto, diretor-executivo do Ideies servirá como um ponto de encontro para as pessoas criativas.

O espaço, que já sediou diversos eventos culturais, também foi palco para o Festival do Empreendedorismo – por meio de uma parceria com o Sebrae-ES –, onde foram oferecidos cursos de costura, informática, fotografia, artesanato e gastronomia.

“Estamos muito focados nesse local para que ele seja um polo de aglutinação de toda a economia criativa. No ano passado, fizemos um primeiro movimento para ter uma aceleradora de projetos nessa área, e a previsão é de que essa iniciativa volte no segundo semestre, com empresas do setor de tecnologia. Um dos projetos que queremos colocar dentro da Fábrica de Ideias é o ‘Acelera Vix’, no qual temos a intenção de incubar empresas de diversos segmentos, como startups, de moda e de design de embalagens. Dentro da indústria do carnaval, também tivemos cursos voltados para estimular e desenvolver os empreendedores, fomentando assim, a indústria criativa”, afirmou.

Os investimentos no carnaval de Vitória, citados pelo subsecretário, foram realizados por meio de cursos profissionalizantes oferecidos pela Agência de Treinamento Municipal – uma parceria da Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda (Semttre) com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) – no Sambão do Povo.

No ano passado, foram disponibilizados cursos de aderecista, soldador, marceneiro, gesseiro, dentre outros.

UM NOVO CAMINHO Para inserirmos o Espírito Santo em um patamar cada vez mais alto no ranking de cidades criativas, é preciso estar atento às necessidades do mercado de trabalho, que se transforma constantemente. Se a inovação é uma das palavras-chave do sucesso profissional, nada mais justo do que focar a economia criativa, que além de trazer benefícios financeiros é uma ótima aliada da inclusão social.

“Esse novo modelo traz consigo diversos pontos positivos como a inclusão social e profissional no mercado de trabalho e os métodos de produção de menor impacto para sociedade e para a natureza. Na maioria dos casos, a ideologia e o forte conceito de sustentabilidade estão em harmonia com a conscientização ecológica e social. Uma realidade que movimenta a economia local levando o nome do Espírito Santo para o mundo afora.

Basta oportunizar, divulgar e comprar verdadeiramente o produto e a ideia. Valorização faz toda a diferença e é o que nos move e efetiva”, finalizou a designer Jacqueline Chiabay.

AONDE IR

Foto: Claudio Postay

Circuitos de agroturismo de Cariacica C

COMO CHEGAR Localizada na Grande Vitória, Cariacica fica a 21 km de Vitória.

Partindo da capital, há opção de acesso pelo centro e pela ES-080, o que leva entre 30 e 40 minutos, fora dos horários de pico.

Serra Laranjeiras

Carapina

Cariacica ES-080

Vitória

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quem não pretende levar comida. Mesmo estando em propriedade particular, a entrada é aberta ao público.

Há muitas opções de visitação e hospedagem, todas elas com piscinas naturais e áreas de lazer. Famoso recanto entre os apreciadores de trilhas ecológicas, a Bica de Roda D’Água conta com restaurante, churrasqueiras individuais para família e área para reuniões maiores. Onde: Estrada de Roda D’Água.

Na Fazenda Terra Santa, a grande atração é a tirolesa sobre lagos da região. Há ainda criações de tilápia e uma grande choupana com mesas de piquenique. Onde: Estrada de Meia Légua, Pau Amarelo.

O maior atrativo do Rancho Pedra Negra é a comida caseira.

O prato principal é a galinha caipira com quiabo ou batatas, cozida no fogão a lenha. O visitante encontra ainda área de camping, pesque e pague e passeio a cavalo.

O Sítio Colírio, em Duas Bocas, oferece duas alternativas de trilha: uma mais leve, que termina em um mirante; e outra mais intensa, por dentro da mata fechada. A grande atração fica por conta da criação de aves exóticas. Onde: Rua Lopes Loureiro, s/nº, Duas Bocas.

A Bica de Roda D’Água possui área de camping e para churrasco e venda de produtos da agroindústria. Endereço: Estrada Roda D’Água s/n. A visitação é diária, mas precisa ser agendada, pelo telefone (27) 3366-4099.

E do Sítio Quinelato vem a variedade de doces cristalizados, pães, cocadas e licores. Onde encontrar: Feira Agroecológica, em Campo Grande, e empreendimentos do Agroturismo, em Cangaíba.

GASTRONOMIA A Estância Vale do Moxuara, em Roças Velhas, tem pesque e pague, lago com pedalinho, área para churrasco, salão de jogos, bares, criação de animais e horta medicinal orgânica. O local ainda conta com deliciosos pratos feitos no fogão a lenha, como a carne de cordeiro ao molho de hortelã e o javali à moda Vale do Moxuara.

Foto: Divulgação

ariacica ainda guarda recantos pouco explorados. O município, que abriga 56% de área rural, oferece opções para quem curte momentos de muita tranquilidade e aos amantes de aventura. Atrativos que enchem os olhos e a boca.

Em meio a lindos cenários, a cidade apresenta dois circuitos de agroturismo: “Monte Mochuara” e “Terras Altas”. Em ambos, o visitante desfruta de mirantes em montanhas, chácaras, pousadas, sítios arqueológicos, trilhas na Mata Atlântica e cachoeiras.

O destaque do artesanato é para as peças feitas com fibra de bananeira, nas lojas da região. Produtos de apiários, cachaças, licores, doces, bombons e biscoitos caseiros são outras delícias que o turista pode degustar e levar para a casa.

Instalado em um maciço de granito, a 11 km do litoral capixaba, o Monte Mochuara abriga o Parque Municipal Natural de mesmo nome, com uma trilha de 718 metros de altura, com dificuldade média e duração aproximada de 2h30.

Próximo à Sede, a Cachoeira de Maricará é um ótimo lugar para se refrescar. Além da beleza natural, conta com bar próximo para

CARNAVAL por Luciene Araújo

MUG: Campeã de 2015 gastou mais de R$ 1 milhão no desfile

Os números do carnaval de Vitória A lguns segmentos da sociedade criticam o emprego de verbas públicas no carnaval, especialmente em desfiles de escolas de sambas. Mas basta verificar os números para entender por que autoridades municipais e federais e mesmo a iniciativa privada não poupam esforços para garantir a festa.

No Espírito Santo, as estatísticas são ainda modestas, se comparadas à realidade do Rio de Janeiro, onde a festa de Momo atraiu quase um milhão de visitantes de todo o mundo e movimentou US$ 782 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões) na economia carioca. Mas fato é que o desfile das escolas de samba capixabas, realizado uma semana antes do carnaval oficial do Brasil, tem crescido a cada ano.

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Durante os três dias da folia, o Sambão do Povo reúne 14 escolas de samba; mais de 70 mil foliões, 18 mil deles passando pela avenida; mais de 40 carros alegóricos e 200 alas e 40 integrantes na comissão julgadora para avaliar os 10 quesitos: comissão de frente, harmonia, evolução, conjunto, bateria, alegorias e adereços, fantasias, mestresala e porta-bandeira, samba-enredo e enredo.

No ano passado, a convite das secretarias de Estado do Espírito Santo e de Vitória, um grupo de jornalistas do Paraná, de Minas Gerais, Natal e São Paulo acompanhou a festa. A ação surtiu resultado e atraiu um número maior de turistas. O fisioterapeuta mineiro Bernardo Gomes, 27 anos, se surpreendeu com a beleza das escolas de samba.

“A crescente articulação do poder público com a Liga e a iniciativa privada tem sido fundamental para os avanços conquistados a cada ano” Rogério Sarmento, presidente da Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba “Venho ao Espírito Santo desde os 7 anos, mas esta é minha primeira vez em um desfile. Nunca imaginava que era tão caprichado aqui no Estado, fiquei impressionado”, declarou.

Pelo menos duas das cinco agremiações do Grupo Especial – Boa Vista e Mocidade Unida da Glória (MUG) –, que intercalaram as vitórias nos quatro últimos anos, já ultrapassaram a marca de R$ 1 milhão de gastos para garantir um desfile mais belo, e luxuosos destaques já investem quantias superiores a R$ 30 mil em suas fantasias, algumas delas chegando à casa dos três dígitos. Avanços que, desde 2013, levaram o carnaval

RESULTADO DO CARNAVAL DE VITÓRIA 2015 (Número de pontos)

GRUPO ESPECIAL

Mocidade Unida da Glória (MUG) - 399,2 Unidos de Jucutuquara – 396,2 Independente de Boa Vista - 394,70 Unidos da Piedade - 394,70 Novo Império - 388,78 (Rebaixada para o B) GRUPO B

Pega no Samba - 395,5 (Promovida ao Especial) São Torquato – 389,6 Tradição Serrana - 389,1 Imperatriz do Forte - 388,47 Barreiros - 386,6 (Rebaixada ao Grupo de Acesso) GRUPO DE ACESSO

Andaraí – 92,84 (Promovida ao B) Chegou o que Faltava – 85,8 Chega Mais – 83,6 BLOCOS CARNAVALESCOS

Pindura Aí – 238 (Pentacampeão) Não Me Empurra que é Pior – 225 Tradição da Ilha – 224 Furiosos do Samba – 209 Amarra o burro – 207 Lagartos Voadores – 181 Acadêmicos do Samba – 175

capixaba para um cenário muito mais amplo, quando o desfile de sábado, com as cinco escolas do Grupo Especial, passou a ser transmitido em rede nacional.

Em 2015, mais de R$ 20 milhões foram aplicados na realização da festa, a maior parte do dinheiro administrado pela Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba (Lieses). Uma fatia dele retorna com a venda de ingressos, camarotes e mesas de pista. Este ano, o carnaval de Vitória atraiu mais de 70 mil pessoas ao Sambão do Povo, entre anônimos e muito famosos, como a rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araújo, e a modelo e ex-panicat Nicole Bahls.

Empresários que estavam na cidade para a Feira ES Brasil • Fevereiro 2015

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Pega no Samba: em 2016, desfile no Grupo Especial e desafio será captar recursos

Internacional de Mármore e Granito também acompanharam a festa, e pelos camarotes não faltaram frases expressando a admiração em inglês, italiano, espanhol, alemão e muitos outros idiomas.

Tradicionalmente, as escolas buscam um enredo patrocinado, uma homenagem a algum país, cidade ou personagem que possa atrair investimentos. No Rio, um excelente exemplo foi o tributo ao cantor Roberto Carlos, que rendeu à Beija-Flor R$ 11 milhões somente da Nestlé.

No Espírito Santo, as escolas costumam enfrentar problemas com enredos patrocinados, explica Roberto Ribeiro, o presidente da MUG, campeã do carnaval este ano com o enredo, “Nas terras de sua majestade: o sonho”, do carnavalesco Cid Carvalho.

“Depois que a escola anuncia o enredo e começa os trabalhos, não há como voltar atrás, mesmo que o valor combinado não seja pago. E no dia seguinte ao desfile, os cobradores estão na porta da quadra”, explica.

Andaraí: com enredo “SOS Terra”, a escola alertou sobre a importância da água

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Fantasias de destaques, rainhas e madrinhas de baterias representam investimentos médios de R$ 30 mil, podendo ultrapassar R$ 100 mil

Segundo ele, as verbas do poder público são insuficientes e a iniciativa privada ainda não entrou no carnaval como ocorre no Rio de Janeiro e São Paulo. “Gastamos mais de R$ 350 mil com costureiras, R$ 100 mil com ferragens, R$ 80 mil pagando os artistas de Parintins que fazem as alegorias, mais carnavalesco, mais material. Se a escola quiser vencer, não pode nem pensar em um gasto menor que R$ 1, 2 milhão”, garante.

Para o presidente da Lieses, Rogério Sarmento, ainda há muitos obstáculos a serem ultrapassados para se chegar a um cenário ideal. “A crescente articulação do poder público com a Liga e a iniciativa privada tem sido fundamental para os avanços conquistados a cada ano”, ressaltou.

Na semana seguinte ao desfile das escolas de samba capixabas, foi a vez de os blocos carnavalescos dominarem a Avenida Jerônimo Monteiro. Este ano, o concurso oficial dos blocos foi realizado nos dias 15 e 16 de fevereiro.

Os vencedores receberam troféus e prêmio em dinheiro.

O valor total é de R$ 46.750, sendo subdividido em prêmios de R$ 3.775,00 por participação, além de R$ 4 mil para o vencedor, R$ 3 mil para o segundo colocado, e R$ 2 mil para o terceiro lugar.

Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.

Leitão da Silva, herói capixaba na Guerra do Paraguai

A

José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae

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participação de Francisco Antônio Leitão da Silva na Guerra do Paraguai confirmou a vocação militar do eminente capixaba, herdada de seu pai, Antônio Leitão da Silva, que no período colonial ocupou o mais alto posto da hierarquia militar e, como major, comandou, entre os anos 1844 e 1855, o forte hoje denominado Piratininga, no Quartel do 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha.

Desde seu ingresso na carreira militar, em julho de 1850, até sua participação como alferes da lendária Companhia Fixa de Caçadores na épica Batalha do Riachuelo, no Paraguai, Leitão da Silva conquistou sucessivos postos na hierarquia do Exército. Praça em 1850, recebeu logo depois as divisas de segundo sargento e quase simultaneamente, com a realização das provas legais perante o Conselho de Averiguação, o posto de segundo cadete na Companhia de Caçadores. Sua graduação como primeiro-sargento foi uma consequência de sua forte determinação e disciplina, posturas inarredáveis na carreira militar.

A marca deixada por Francisco Antônio Leitão da Silva nos anais da História Brasileira ocorreu anos mais tarde, como participante da Guerra do Paraguai, um conflito que durou seis anos até a morte do ditador Solano Lopes, em 1870, na Batalha de Cerro Cora. @esbrasil •

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Diversas obras estão sendo feitas na avenida para receber o BRT

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O capixaba que se tornaria nome de importante via pública em Vitória teve ativa participação no conflito gerado pelo presidente paraguaio, empenhado em conquistar terras na Bacia do Prata para abrir rotas de saída para o Oceano Atlântico.

O destino não permitiu que o alferes Leitão da Silva participasse das comemorações da vitória da Tríplice Aliança liderada pelo Brasil.

A Ordem do Dia número 33, de 21 de janeiro de 1867, assinada pelo Duque de Caxias, registra a internação hospitalar do Alferes Francisco Antônio Leitão, do 14º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro.

Vitimado por grave enfermidade, no front do conflito, o herói capixaba morreu em fevereiro daquele ano, três anos antes do fim da guerra que vitimou 300 mil pessoas, civis e militares, em cruentos combates em terra e no Rio Paraguai.

O reconhecimento da pátria à participação de Leitão da Silva em combates que iriam definir a sorte do conflito para o Brasil foi expressa na Ordem do Dia 95, datada de 28 de junho de 1867, promovendo-o por bravura, post-mortem, a tenente do Exército Brasileiro.

Os legisladores e o Executivo de Vitória renderam igualmente seu tributo ao herói. A antiga Avenida Norte-Sul, que cruza os populosos bairros de Andorinhas, Praia do Suá, Santa Lúcia, Gurigica, Santa Luzia e Itararé, passou a se denominar Avenida Leitão da Silva.

(Copidesque: Rubens Pontes)

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Navegue pelo Street View

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ES Brasil • Fevereiro 2015

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GASTRONOMIA

Sushi Trip abre franquia em Jardim Camburi

Foto: Divulgação

Inaugurado em 2012 na Praia do Canto, o Sushi Trip abriu sua primeira franquia em Jardim Camburi. O restaurante, que trabalha exclusivamente com entregas, traz um novo temaki (o mexicano, que vem com doritos, salmão batido, cebolinha, pimenta sriracha com molho teryaki e gergelim) e dois novos combinados no cardápio: o Especial Namorados, com 35 peças e o Combinado Top, com 30. “Nossa equipe está afinada, do sushiman ao motoboy. Estamos prontos para atender em Jardim Camburi com a mesma qualidade que fez do Sushi Trip referência em delivery da culinária japonesa no Estado”, revelou um dos sócios, o empresário Bruno Soares.

Novidades no Billabong Hour

DICA DO CHEF Por Carolina Salém, chef do Argento Parrilla Localizado na Praia da Costa e no Shopping Vila Velha, o Argento Parrilla é especializado na culinária argentina, desde os melhores cortes às diversas sobremesas tradicionais.

Dentre os pratos que se destacam na casa, a recomendação é o risoto verde com garroncitos de cordero.

“O prato é um suculento risoto com espinafre que vem com um toque de chardonay, servido com rack de cordeiro grelhado”.

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Foto: Divulgação

O ano de 2015 chegou trazendo deliciosas novidades no Outback Steakhouse. O famoso happy hour da rede – o Billabong Hour – foi invadido pelo Flatbread, um aperitivo exclusivo que é preparado com massa especial fina e crocante.

A entrada apresenta cinco combinações de cobertura: Roasted Filet Flatbread, Chicken & Eggplant Flatbread, Mediterranean Chicken Flatbread, Garlic & Cheese Flatbread e Margherita Flatbread. As delícias podem ser degustadas de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 18h às 20h. Outra opção saborosa da casa é o milk-shake, que vem nos sabores chocolate, baunilha, morango e cookies n’cream.

Ambiente aconchegante no Del Capo Caffè Com uma decoração retrô, que remete à Chicago dos anos 20, o Del Capo Caffè apresenta um ambiente aconchegante com diversos drinques quentes e gelados à base de café e capuccino. O espaço, que fica localizado no Masterplace Mall, na Reta da Penha, e traz o conceito dos coffee shops americanos, também oferece pratos executivos diariamente, além de opções light com salada especial e grelhado, a exemplo do salmão, que faz muito sucesso na casa. Uma boa pedida para aqueles que apreciam uma gastronomia de qualidade.

Foto: Divulgação

por Vanderlei Martins

Tortas encomendadas no Capri Italiano As tortas do restaurante Capri Italiano, bastante famosas e conhecidas pelo público que frequenta o estabelecimento, agora podem ser encomendadas para recepcionar amigos e familiares em casa. Ao todo, são três opções principais elaboradas com base de patê sucrée. Além da tradicional torta de limão, os destaques ficam por conta da “Juliete e Coco” e da “Sintra”. A primeira é preparada com uma camada de goiabada cascão e creme de beijinho doce. Já a segunda tem uma camada de maçã e um delicioso creme confeiteiro com polvilho de canela.

MENU ES BRASIL

Vinho chileno tinto Willian Fevre Gran Cuvee Pinot Noir (750 ml) Este é um vinho de corpo médio.

Muito elegante, possui um final extremamente agradável.

Excelente para quem quer um tinto que não exceda nos dias quentes.

Por Erisson Matos, diretor da Yes Feiras & Eventos

Um belo exemplar de um bom branco da região de Bordeaux, mais conhecida pelos seus tintos esplendorosos.

Tem como predominância a uva sauvignon blanc, que origina em um vinho fresco, mineral e gastronômico.

Foto: Divulgação

Vinho francês branco Ronan

By Clinet (750 ml)

Foto: Divulgação

Especializado em frutos do mar, o restaurante Recanto da Baleia, em interlagos, Vila Velha, oferece opções saborosas de gastronomia com pratos feitos à base de peixes, caranguejos, lulas, camarões e mariscos. “Aprecio peixes e pratos preparados com frutos do mar. Ao lado de minha família, gosto muito de comer um em especial: o filé de atum. A leveza dos ingredientes combina muito bem o peixe, cujo sabor aparece na medida certa”.

Vinho argentino tinto Viniterra Carmenere (750 ml) Um exótico carmenere elaborado na Argentina para os apreciadores de vinho com muitas frutas vermelhas e especiarias. Muito agradável e ideal para os dias mais “calientes” com pratos de carnes magras sem excessos de temperos.

ES Brasil • Fevereiro 2015

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ESTILO

COMPUTADOR

Compacto E210 dispensa ventiladores A Asus anunciou no final de dezembro o lançamento do E210, computador pessoal portátil que dispensa totalmente o uso de ventiladores para resfriamento.

O dispositivo, que vem com um processador Intel, pretende servir como uma estação de trabalho doméstica para quem deseja realizar tarefas pouco exigentes. O produto usa como base a CPU Celeron N2807 dual-core de 2,16 GHz e pode ser equipado com até 4 GB de memória RAM. A empresa afirmou que o E210 estará disponível com o sistema operacional Windows 8, podendo também ser adquirido com o Windows 7.

Os detalhes de lançamento, bem como o preço a ser cobrado, ainda não foram definidos pela Asus.

MÚSICA

Quem canta seus males espanta Serviço de streaming de música, o Deezer lançou no mês de dezembro o Lyrics, um recurso que funciona como um karaokê para que as pessoas possam acompanhar as letras das músicas enquanto as faixas são executadas.

O sistema possui dois modos: o “Sing-a-long” (que permite acompanhar as letras sincronizadas com destaque para cada palavra no tempo da música) e o “Score” (que mostra toda a letra da canção de uma vez, o que permite acompanhar os versos em seu próprio ritmo).

BOTÕES

Nova forma de escrever mensagens?

A Art N Design criou um projeto que promete dar um pouco mais de vida aos botões de sua roupa. A mudança, aparentemente muito simples, pode ser uma grande diferença no dia a dia das pessoas que estão antenadas com as novidades do mundo da moda.

Os botões criados pela empresa vêm com seis furos, o que facilita para que sejam escritos letras e números por meio dos fios: basta ter habilidade para a costura. A única notícia triste é que não há previsão para lançamento.

BEBIDA

Para criar o drinque perfeito Um novo projeto do Kickstarter quer facilitar a vida daqueles que apreciam um bom coquetel mesmo que não tenham disposição ou conhecimento para prepará-los. Batizada como “Somabar”, a máquina se conecta a um aplicativo para smartphones e tablets para que os ingredientes possam ser selecionados e misturados na ordem e na quantidade correta.

Tudo isso pelo próprio dispositivo. Para que o bartender eletrônico se tornasse realidade, eram necessários US$ 50 mil em doações, uma quantia que já foi superada até o momento, acumulando mais de US$ 113 mil. Quem estiver interessado em garantir uma unidade do Somabar deverá doar uma quantia mínima de US$ 399 a seus criadores. E aí, vale a pena?

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ASSENTO

Capa que ajuda a relaxar Se você trabalha muito e deseja dar aquela relaxada, não pode deixar de comprar esta capa de assento massageadora. Com quatro esferas que podem se movimentar por toda a extensão das costas, ela é mais que indicada para os momentos de estresse. A massagem pode ser feita tanto na parte superior quanto na parte inferior das costas, com três tipos diferentes de intensidade, escolhidos por um controle remoto. A capa vem com um adaptador bivolt para uso doméstico, mas também é possível utilizá-la com um adaptador para carro DC12V.

ESTILO

TRADIÇÃO ALEMÃ É CELEBRADA EM DOMINGOS MARTINS

Foto: Paulo de Barros

Muita música, atrações culturais, concurso e desfiles. Assim pode ser descrita a 26ª edição da Sommerfest, festa da imigração alemã, em Domingos Martins. Com o tema “Lustig sein heisst leben!” (Ser feliz é viver!), o tradicional evento do município, que foi realizado entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro, contou com a participação de grupos locais e nacionais.

“A Sommerfest nos faz lembrar tradições, costumes, memória e lazer dos alemães em nosso município.

O evento transforma práticas passadas em atrações e entretenimento”, afirma o prefeito de Domingos Martins, Luiz Carlos Prezoti Rocha.

O Palácio Anchieta recebe até o dia 22 de março a exposição “O Encantado: Pinturas e Desenhos de Attilio Colnago”. Com a curadoria de Paulo de Barros, a mostra visa a proporcionar um encontro especial da população com o conjunto de pinturas, desenhos e gravuras produzidos nos últimos 30 anos no Espírito Santo. A seleção das obras permite levar ao público o contato com os diferentes recursos técnicos e os distintos elementos utilizados, fazendo com que o espectador possa passear pelas referências de Colnago tentando decifrá-las.

Foto: Divulgação

“O Encantado: Pinturas e Desenhos de Attilio Colnago”

Arte, música e cultura na 4ª Expo Tattoo

UNIVERSO NEON CHEGA AO SHOPPING JARDINS

A capital capixaba foi sede da 4ª edição da Expo Tattoo Vitória durante os dias 7 e 8 de fevereiro no Centro de Conveções de Vitória. O encontro, que reuniu expositores nacionais e internacionais, distribuídos em 66 estandes, contou ainda com um espaço para desfiles de moda, apresentações de bandas de rock, exposições, dança, entre outras atrações.

O evento trouxe o que há de mais novo em produtos, materiais e equipamentos destinados aos trabalhos de tatuagem, além de apresentar as mais recentes tendências entre os apaixonados pela arte. A exposição, organizada pelo Carlos Tattoo Estúdio, também promoveu o tradicional Concurso de Tatuagem, que premiou tatuadores em 18 categorias diferentes.

Foto: Divulgação

O mês de fevereiro foi bastante enriquecedor para a música capixaba com o projeto Circulação Cultural, que levou diversas atrações para os municípios de Pedro Canário, Fundão, Montanha, São Gabriel da Palha, Alegre, Muqui, Santa Teresa e Pinheiros.

A iniciativa, que visa a divulgar e fortalecer o trabalho de artistas locais, é realizada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e trouxe apresentações de bandas como o Forró Bem Tivi, Café com Leite e Cr3sh.

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Foto: Divulgação

Artistas capixabas circulam pelo Estado

Desde o dia 22 de janeiro a exposição “Universo Neon”, do fotógrafo e publicitário capixaba Hid Saib, encontra-se disponível no Shopping Jardins, em Vitória. A mostra, que segue até 8 de março, reúne fotografias de pessoas comuns que receberam uma maquiagem especial e que sob a luz neon ficam com um efeito incrível e impactante. O projeto nasceu da curiosidade de Hid Saib, que a partir de uma referência, começou a pesquisar sobre a técnica de maquiagem especial e seus efeitos. A exposição é conhecida nacional e internacionalmente.

MAIS E MELHOR

LUIS CARLOS PRESTES

DVD

UM REVOLUCIONÁRIO ENTRE DOIS MUNDOS

White Stripes 23ª ed. do Vault Third Man Records

Para celebrar o 10º aniversário de “Get Behind Me Satan”, o quinto álbum de estúdio do White Stripes, a Third Man Records lançará a 23ª edição do Vault (serviço de assinatura de discos e brindes), com o show que a banda fez em Manaus, em 2005. O pacote trará o “Under Amazonian Lights”, o DVD e um vinil duplo com a histórica primeira vez que o Teatro Amazonas recebeu um show de rock. O vocalista da ex-banda, Jack White, fará show solo no Brasil no Lollapalooza, 28 de março, no autódromo de Interlagos.

Easy Skanking in Boston 78

Homero Junger Mafra, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES)

Bob Marley & The Wailers , Universal

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

Primeiro lançamento de uma série em homenagem ao legado musical de Bob Marley, que em 2015 comemoraria seu 70º aniversário. Material inédito, de suas coleções privadas e seus cofres, “Bob Marley & The Wailers - Easy Skanking in Boston 78” traz dois shows históricos do Music Hall, filmado com uma câmera de mão por um fã que Marley permitiu sentar-se na frente do palco. Disponível também em blu-ray/CD pacote combo, bem como em DVD/CD.

David Fincher, Touchstone Pictures “O filme emociona ao tratar das dificuldades enfrentadas por poetas, fato que ainda existe em nossa sociedade.

Sempre fico tocada com lições contra o preconceito, tema do meu próximo livro infantil, o ‘Karikassauro’, que será lançado agora em março”.

LIVRO

Os 7 Princípios da Persuasão

Valsema Rodrigues da Costa, membro da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras

Qual a maneira de se livrar dos terríveis “ahhs” e “hums” que demonstram insegurança e interrupções de raciocínio? Como colocar suas opiniões de maneira clara e precisa, convencendo seus ouvintes? Dúvidas comuns a quem precisa se apresentar em público são o tema da obra, que ensina a vencer as armadilhas da comunicação para alcançar o que se deseja. O método MGowan, além de eficaz, é reconhecidamente fácil de se aprender, implantar e dominar.

BLU RAY

Sex Tape: Perdido na Nuvem Jake Kasdan, Sony

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BARULHINHO BOM Marisa Monte, EMI “Adoro as músicas de Marisa Monte, mas este álbum, ao vivo, é especial, uma viagem musical mesmo. Há faixas inéditas compostas por Carlinhos Brown, um poema musicado e versões de sucessos de Moraes Moreira (‘Chuva no Brejo’), Gilberto Gil (‘Cérebro Eletrônico’) e, a melhor delas, ‘Tempos Modernos’, do Lulu Santos”.

Andréia Lopes, Superintendente estadual de Comunicação Social

Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br

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Comédia com Cameron Diaz e Jason Segel.

O relacionamento do casal Jay e Annie era intenso quando teve início. No entanto, 10 anos depois, começa a esfriar. O casal decide apimentar a relação se gravando fazendo sexo. Para desespero da dupla, a fita desaparece e eles se veem em uma série de confusões durante a procura pelo constrangedor objeto. Não recomendado para menores de 16 anos.

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Bill McGowan , Saraiva

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CD

Daniel Aarão Reis, Companhia das Letras “O historiador Daniel Aarão Reis faz uma análise dos passos do líder comunista Luís Carlos Prestes com ênfase em sua atuação política, marcada pela coerência ideológica e pelos sacrifícios pessoais.

O autor critica atuais lideranças de esquerda e fala sobre a insatisfação dos jovens. Indico”.

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TEST DRIVE

Golf GTI

Agilidade e design de ponta em um só veículo

M

ais rápido, inovador e imponente. Essas são GOLF GTI apenas algumas das características do Novo Golf GTI, que está na lista dos modelos mais Motorização: vendidos da Vitoriawagen. O carro, que pode ser encomendado em qualquer uma das cinco concessionárias da marca • Modelo 2.0 GTI com 220 cv de potência (Vitória, Serra, Guarapari, Cariacica e Santa Maria de Jetibá), Câmbio: apresenta novidades interessantes para o consumidor, • Transmissão DSG de 6 velocidades tais como o novo motor 2.0 de 220 cavalos e o câmbio DSG com “Tiptronic” – Dupla embreagem de seis velocidades com função “Tiptronic”.

Chega a ser impossível não se impressionar com a qualidade, o Direção: acabamento e a ergonomia do interior do veículo, que vem com • Eletromecânica progressiva direção eletromecânica progressiva, volante multifuncional com Pneus e rodas: comandos do sistema de som, computador de bordo, controle automático de velocidade, shift paddles, dentre outros elementos • Pneus Dianteiros e traseiros que o tornam único.

225 x 45 R17 Indicado para aqueles que apreciam tecnologias, itens e inovações, • Rodas de liga leve 17” com 7,5 pol o supermodelo também não deixa a desejar no quesito segurança, de largura tanto para o motorista quanto para todos os outros passageiros.

Dimensões: O novo Golf GTI tem sete airbags (dois frontais, dois laterais, • Comprimento (mm): 4.268 dois de cortina e um de joelho para o motorista), Keyless (sistema • Largura (mm): 2.027 de alarme com comando remoto e chave tipo canivete), sensores • Altura (mm): 1.456 de chuva e crepuscular com função “Coming & Leaving Home”, faróis de neblina com iluminação em LED, freios ABS, • Peso (kg): Em ordem de marcha 1317 controle de tração ASR, controle eletrônico de estabilidade ESC, Capacidade: dentre outros atrativos.

• Porta-malas: 338 litros O carro traz ainda roda de liga leve de 17”, sistema infotainment • Tanque: 50 litros “Composition Media” com rádio CD Player, tela touchscreen de 5,8”, sensor de aproximação, Bluetooth, entrada para SD-Card e interface para iPod/iPhone, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, além de outros itens de série.

Aqueles que buscam conforto e espaço ficarão muito satisfeitos com as dimensões do modelo, que vem com um comprimento de 4.268 mm, distância entre eixos de 2.631 mm, largura de 2.027 mm e altura de 1.456 mm.

O veículo está sendo muito bem avaliado pelos seus usuários, que destacam o consumo, a rapidez no arranque, o porta-malas, a facilidade de acesso aos comandos e a visibilidade como os principais destaques. Vale a pena conferir.

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RANKING AUTOMOTIVO A cada mês, a coluna Test Drive publica o número de emplacamentos feitos no Espírito Santo, considerando apenas automóveis e comerciais leves com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Para chegar ao número total de cada veículo, somaram-se todas as versões disponíveis. Confira a lista referente ao mês de janeiro.

TESTANDO...

Raphael Milhorini, engenheiro

O engenheiro Raphael Milhorini conta que a tecnologia e o desempenho do modelo foram determinantes para definir a compra.

“Primeiramente, o que me conquistou no Golf GTI foi o design, que por si só já é um grande motivo para sonhar em ter um na garagem.

Mas a potência e a eficiência que notei durante o test drive foram fundamentais na hora da decisão final. É um carro incrível”, disse Milhorini.

Pos.

Fabricante/ Veículo

Emplacamentos

A partir de (R$)

1º

Toyota Corolla

138

66.570

2º

Toyota Hilux

111

100.290

3º

Honda Fit

85

54.500

4º

GM S10

70

83.130

5º

Ford Ecosport

55

65.900

6º

Honda Civic

51

68.400

7º

GM Cruze

41

71.860

8º

Honda City

39

53.900

9º

Kia Sportage

34

99.200

10º

Ford Ranger

31

78.900

Fonte: Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives)

NÚMERO DO MÊS

18,7%

Foi o percentual de participação da cidade de Vitória nos emplacamentos de veículos comerciais leves no mês de janeiro, de acordo com dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives). Em seguida aparecem Vila Velha (13,3%) e Serra (8,4%). A capital capixaba também lidera na categoria auto com 20,1%.

Jeep tem melhor mês de janeiro da história

Classe C Sedan tem novos preços A Mercedes-Benz reajustou os preços do Classe C Sedan no mercado brasileiro. A versão C 180 Avantgarde será vendida pela marca alemã por R$ 142.900, mesmo valor pelo qual é oferecida a versão C180 Exclusive (agrega acabamento em madeira, relógio analógico e revestimento interno em dois tons). Ambas possuem motor 1.6 turbo de quatro cilindros, de 156 cv. Já o C 200 Avantgarde – versão intermediária – sai por R$ 159.900, vindo equipado com bloco 2.0 turbo, oferecendo 184 cv, além de bancos elétricos, sistema de assistente de estacionamento ativo e teto solar elétrico. A versão C 250 Sport, com bloco 2.0 turbo de 211 cv, sistema COMAND com navegador e pacote visual AMG, vale a partir de agora R$ 195.900.

A marca Jeep, que no ano passado superou 1 milhão de unidades vendidas globalmente, teve o melhor mês de janeiro de todos os tempos nos Estados Unidos, com a comercialização de 51.523 unidades.

Um aumento de 23% sobre o mesmo mês do ano passado.

O desempenho da Jeep em território brasileiro também foi bastante animador no começo deste ano, apesar da queda geral do mercado automotivo. As 332 unidades emplacadas em janeiro representaram crescimento de 179% sobre o primeiro mês de 2014.

ES Brasil • Dezembro 2014

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essas MULHERES

por Andrea Monteiro | essasmulheres@revistaesbrasil.com.br

E

sta é uma coluna dedicada às mulheres.

Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!

#CHEGADEMACHISMO Em dezembro do ano passado, uma pesquisa do Instituto Avon/ Data Popular mostrou que 96% dos jovens consideram que existe machismo no Brasil. Além dessa informação, o estudo deixou clara a naturalização dos valores machistas na nossa cultura: 78% das entrevistadas revelaram que já foram assediadas em local público.

No início de fevereiro, uma notícia sinalizou mudança positiva nesse cenário: a condenação a sete anos de prisão de um homem que deu um beijo forçado em uma mulher, durante o Carnaval de Salvador, em 2008. O crime foi classificado como estupro e deixou claro que o corpo da mulher não é propriedade pública. Uma esperança para as mulheres, que devem saber reconhecer uma abordagem agressiva, um constrangimento ou uma violência. E, sendo Carnaval ou não, pode (e deve) denunciar o agressor. #disque180

VOCÊ SABE O PORQUÊ DO 8 DE MARÇO?

Desde o final do século 19, organizações femininas que surgiam de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. Esses movimentos tinham como fundamento a reinvindicação pela diminuição das jornadas de trabalho e protestos contra os salários baixíssimos introduzidos pela Revolução Industrial e por melhores condições de trabalho, além do fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante esse período. Mas foi só em 8 de março de 1917, quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, em um ato conhecido como “Pão e Paz”, que a data consagrou-se, como Dia Internacional da Mulher. Até os dias de hoje, o 8 de Março deve ser celebrado como momento de mobilização em favor da conquista de direitos e, também, para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países mundo afora. #Viva 78

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ADEUS, OHTAKE!

No último dia 12 de fevereiro, faleceu, em São Paulo, a artista plástica Tomie Ohtake, aos 101 anos. Japonesa, que se tornou brasileira com o tempo, Tomie foi uma das mais importantes profissionais de sua área no Brasil.

Começou a pintar já com 39 anos, e ficou conhecida do grande público através de suas enormes esculturas, que mudaram a paisagem urbana de São Paulo. Fez mais de 50 exposições individuais e participou de mais de 80 mostras coletivas. Teve uma carreira produtiva, reconhecida e longa. Deixa-nos, entre tantas, uma importante lição: “O trabalho faz bem sempre”, frase de Tomie em entrevista a uma emissora de televisão, sobre as obras que ainda planejava realizar, perto do seu aniversário de 100 anos. #Exemplo

Reflexões inspiradoras

POR IVO NOGUEIRA DIAS

P

odem ser o suficiente para fazer uma reviravolta em seu dia. Aqui estão algumas frases já ditas ou escritas.

Mais que ler, o ideal é refletir sobre o que o autor está buscando nos dizer, quase sempre em frases curtas, mas de alto impacto. Ler, reler, refletir e, a partir do entendimento, praticar, apoderar-se dessas verdades e vivê-las intensamente.

Aí sim fará toda a diferença.

“Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido.”

George Eliot

“É preciso coragem para crescer e tornar-se quem você realmente é.”

EE Cummings “Eu odiava cada minuto do treinamento, mas eu disse, não pare. Sofra agora para viver o resto de sua vida como “Não deixe o que você não pode fazer interferir com o que um campeão.” você pode fazer.”

Muhammad Ali John Wooden “Não há um homem vivo que não possa fazer mais do que “O fracasso é a oportunidade de começar de novo com ele pensa que pode.” mais inteligência.”

Henry Ford Henry Ford “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.”

“Tente não se tornar um homem de sucesso, mas sim tente Dr. Forrest C. Shaklee tornar-se um homem de valor.”

Albert Einstein “Sucesso... parece estar conectado com ação. As pessoas de sucesso estão sempre em movimento. Eles cometem erros, “Toda grande história no planeta aconteceu quando mas eles não desistem.” alguém decidiu não desistir, mas continue, não importa o Conrad Hilton que aconteça.”

Spryte Loriano “Essa é exatamente a pergunta que todos deveriam estar se fazendo; Por que não?, Por que não você?, Por que “A criação de mil florestas está em plantar uma semente.” não agora?”

Ralph Waldo Emerson Timothy Ferriss “Eu acredito demais na sorte! Tenho constatado que quanto “O destino não é uma questão de sorte, é uma questão mais eu trabalho, mais sorte tenho.” de escolha.”

C. Cox Anônimo “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.”

Eleanor Roosevelt

“Como alguém se torna uma borboleta?

Basta querer voar tanto, até chegar ao ponto de estar disposto a desistir de ser uma lagarta.”

Trina Paulus

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por Luiz Fernando Leitão tiragosto@revistaesbrasil.com.br

Pratos do Dia Tudo ou Nada Malu Gaspar A Filosofia do Óbvio Claudio Costa Neto

Os Inovadores Walter Isaacson

Mais uma vez Moquequinhas • Parabéns MUG, campeã do carnaval capixaba!

• O novo Chopp 600, no Horto, vale a visita • O banho de mar à fantasia de Manguinhos é um show à parte • A Fuegos Argentinos tá de chef novo • Parabéns Salgueiro, Grande Rio, Tijuca e Portela, verdadeiras campeãs do carnaval carioca • Será que 2015 começa ou já acabou?

O verão de 2015 termina com mais uma coleção de reclamações sobre a infraestrutura turística do ES. Preços absurdos, atendimento péssimo e sistema de informação insuficiente são algumas das principais queixas dos turistas que optaram pelo Espírito Santo. Em tempos de aumento do fluxo turístico interno, por conta da alta do dólar, perdemos mais uma oportunidade de posicionar o Estado como uma opção turística. Não bastam belas praias, montanhas e paisagens; enquanto o setor não se organizar e não tiver o apoio, real, das entidades públicas, continuaremos um Estado de potencial turístico imenso, e só. Pena!!!

Pode reclamar

Cardápio de assuntos • A explosão da plataforma • Seca x enchente • O Oscar • O ministro lobista • A fumaça misteriosa • Os aumentos • A CPI do petrolão

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O Governo Federal acaba de lançar o site consumidor.gov, onde o consumidor faz sua queixa e a empresa tem até 10 dias para dar uma resposta. O internauta se cadastra, reclama e aguarda retorno da empresa, sem precisar procurar o Procon. O objetivo do serviço é diminuir o número de casos que vão parar na Justiça. Para se ter uma ideia, 70% dos processos que estão hoje nos Juizados Especiais são de problemas de consumo. De acordo com a Secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira, o programa deu mais poder à população: “Os meios de comunicação, a internet e a disponibilidade encorajam muito mais o cidadão e o consumidor de se manifestar.

Dica do chefe “Carnaval em Santa Cruz com a família” Heloisa Sá, aposentada @esbrasil •

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A saideira!

Bem que a muriçoca poderia ter picado o gordinho gostoso, né???