Gestão 10 dicas para você não perder clientes
Artesanato Do Espírito Santo para o mundo
Tecnologia Internet das coisas: você sabe o que é?
Negócios Práticas empresariais que vão além do lucro
trabalho Ministro avalia pontos da reforma
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ERA DE TEMOR As ameaças do caos político nacional sobre as economias do Espírito Santo e do Brasil
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CAPA
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SUMÁRIO
Como vai ficar o Espírito Santo? Um panorama sobre a crise política desencadeada após divulgação das gravações telefônicas em que o presidente Temer (PMDB) parece apoiar a compra do silêncio de Eduardo Cunha. A reportagem analisa como as incertezas políticas podem impactar Brasília e, principalmente, a economia no Espírito Santo.
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Atualidade
Um conjunto de medidas tomadas pelas empresas em busca do lucro sem prejudicar o planeta. Assim, a ES Brasil destaca atividades de empreendimentos que passam a se preocupar não apenas com os ganhos, mas também com o respeito aos fatores ambientais e sociais envolvidos em todo o processo no qual estão inseridos.
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Clima
As chuvas de verão não foram suficientes para amenizar a longa estiagem enfrentada no Espírito Santo. Os especialistas não conseguem fazer previsões sobre o futuro climático. Nesta matéria, é possível acompanhar os esforços do Governo do Estado para encontrar soluções a fim de amenizar a crise hídrica, evitando chegar ao extremo de uma nova seca.
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Entrevista
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, é o entrevistado deste mês. Ele detalha ao leitor diversos temas, como a previsão de contratações nos próximos anos, jornada, terceirização, reforma trabalhista e segurança jurídica para os empregados, entre outros assuntos.
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Periscópio
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Agenda
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Família SA
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Gestão
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O Endereço da História
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Corecon
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Aonde Ir
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Modus Vivendi
Artigos 18
Arlindo Vilaschi Instituições necessárias
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Luiz Fernando Schettino
O caminho da sustentabilidade é irreversível
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Jovacy Peter Filho
O espírito da corrupção e a corrupção do espírito
40 Internet A internet provocou uma revolução na forma com que as pessoas comunicam-se em todo o planeta. Nos últimos anos, dispositivos que também estão conectados à rede e que fazem o mundo à nossa volta ficar acessível em qualquer lugar e na palma da mão surgiram a fim de nos auxiliar no dia a dia. Confira na matéria os perigos e as vantagens de se ter absolutamente tudo conectado.
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editorial ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.
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mpressiona a velocidade com que fatos inesperados podem gerar incertezas ou mesmo o caos. E nesse sentido, maio deixou marcas: ingleses hoje temem ataques terroristas; nós, brasileiros, tememos delações premiadas. Nos últimos 15 dias do mês, o Reino Unido foi vítima de dois atentados, e Brasília foi sacudida pelas declarações de Joesley Batista, dono da JBS.
Com a mesma rapidez que os “memes” invadiram as redes sociais, a instabilidade acerca do futuro político do país fez cair por terra previsões positivas que vinham sendo desenhadas na economia. Mas o que o mercado espera diante de áudios mostrando o presidente Temer em uma reunião às escondidas, tendo uma conversa suspeita? Como fica nossa imagem diante do mundo? O que irá acontecer com as melhorias conquistadas às duras penas? Para responder a essas perguntas e esclarecer outras dúvidas, ouvimos especialistas nas áreas política, econômica e jurídica. E em tempos difíceis, a última coisa que uma empresa quer é perder público. Por isso a ES Brasil entrevistou analistas e preparou uma lista com alguns dos principais erros que levam à redução na carteira de clientes e negócios. Vale a pena conferir. Esta edição traz também uma conversa com o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, incluindo diversos pontos da reforma e uma avaliação de como a flexibilização das leis trabalhistas poderá auxiliar a queda das taxas de desemprego. Internet das Coisas (IOT). Você sabe exatamente “que coisa é essa que conecta o mundo à nossa volta?”. Preparamos uma matéria para deixá-lo antenado no debate que se fortalece a cada dia no mundo dos negócios. Veja ainda, em nossas páginas, o bucólico distrito de Itapina, em Colatina, às margens do Rio Doce. Um vilarejo histórico, do final do século XIX, que já foi um dos mais importantes produtores de café do Espírito Santo. Em nossos artigos e colunas, mais informações sobre acontecimentos que se destacaram nos variados segmentos, além de dicas culturais e gastronômicas. Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil
“Enquanto as revistas nacionais nos mostram análises aprofundadas do que vem acontecendo no cenário político e econômico do país, a ES Brasil traz para o debate a realidade local. E isso é muito importante, porque os problemas atuais afetam a todos, mas as peculiaridades de cada governo, de cada setor produtivo e de cada estrutura de bancada política faz toda a diferença.” Bruno Cury , advogado
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Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas
EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Claudia Luzes e Leticia Vieira Apoio Produção Mara Cimero Estagiária de Redação Aline Pagotto Textos Luciene Araújo, Mike Figueiredo, Thiago Lourenço, Weber Caldas, Yasmin Vilhena e Vitor Taveira Edição de Arte Gisely Fernandes e Michel Sabarense Colaboraram nesta edição Arlindo Vilaschi, Jovacy Peter Filho e Luiz Fernando Schettino Fotografia Jackson Gonçalves, Renato Cabrini, fotos cedidas e arquivos Next Editorial Foto capa Marcelo Camargo/Agência Brasil
PUBLICIDADE Gerente de Publicidade Scheila Ramos Gerente de Contas Felipe Coutinho Apoio Comercial Fabielle Kaiser (27) 2123-6506 - publicidade@nxte.com.br
MERCADO LEITOR Gerente Mercado Leitor Daniele Guidoni Assinatura e números anteriores: (27) 2123-6520 98147-3333 Serviço de Atendimento ao Assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h
REDAÇÃO
Opinião do Leitor
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“Além de relatar e analisar os fatos mais importantes no Brasil, principalmente no Espírito Santo, a ES Brasil traz sempre artigos muito interessantes, boas dicas de lugares para visitar e também de leitura, filmes e música. E é principalmente essa característica de regionalizar a informação que me faz, aqui nos EUA, conferir o site diariamente e acompanhar a versão mensal impressa da revista.” Renata Monteiro , empresária capixaba que reside em Miami (EUA)
Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715 Telefax: (27) 2123-6500 (27) 2123-6513/2123-6514 98147-0008 E-mail: redacao@nxte.com.br
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política
Luciene Araújo
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O inesperado retorno da tormenta Os possíveis impactos da desordem política do país nas economias do Espírito Santo e do Brasil Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Brasil ensaiava os passos iniciais em direção à retomada da economia. Surgiam os primeiros índices positivos: leve queda no percentual de desemprego, inflação de 4,41% em 12 meses (entre abril de 2016 e abril de 2017), menor variação nessa base comparativa em sete anos, e abaixo da meta do Banco Central de 4,5%; e baixa na taxa básica de juros – Selic. E quando o país cresce, a tendência é que o Espírito Santo avance também. Empresários e comerciantes capixabas começavam a comemorar ao menos o fim da piora de cenário. Tudo parecia apontar para um círculo virtuoso, até a delação de
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Policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão na sede da empreiteira Norberto Odebrecht, no Rio de Janeiro
Foto: Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Dilma Rousseff e Michel Temer são investigados por suposta prática de caixa 2 nas eleiçoes de 2014. A chapa poderá ser cassada pelo TSE
Joesley Batista, proprietário do Grupo JBS, divulgada na noite de 17 de maio, envolvendo os nomes do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e do presidente Michel Temer (PMDB). A denúncia agravou novamente a crise política que se arrasta desde o movimento de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O que acontecerá com Temer? O que mais poderemos descobrir nesse imenso e sistêmico processo nacional de corrupção que está vindo à tona? Como esse caos na política vai afetar as economias do Brasil e do Espírito Santo? Eis apenas três das muitas incertezas que rondam o mercado.
Foto: Andressa Anholete/AFP
A marca da insegurança Mestre em Economia e professor da Universidade Vila Velha (UVV), Wallace
Protesto contra reformas na Esplanada dos Ministérios termina em confronto entre manifestantes e a polícia, além da depredação do patrimônio público
Ministra Carmen Lúcia, presidente do STF, desmentiu que poderia assumir a Presidência
Millis destaca a reação dos agentes econômicos diante dessa insegurança. “O mercado ainda não está seguro quanto ao menos pior. A sustentação de Temer até 2018, a renúncia dele, a cassação da chapa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou a sentença de culpa do presidente dos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.” O julgamento do TSE, sobre a suposta ocorrência de prática de caixa 2 na campanha eleitoral de 2014, que reelegeu Dilma como presidente, tendo Temer como seu vice, está inicialmente agendado para ter início em 6 de junho, dois dias após o fechamento desta edição. Na avaliação do cientista político Vitor De Angelo, as práticas denunciadas podem prejudicar a condução da própria agenda de interesse dos empresários. “Por isso
não sabem agora se embarcam em uma oposição e rifam o presidente ou se contemporizam com ele, na esperança de que os indicadores econômicos se mantenham em curva ascendente.” Fazer oposição significa achar outra solução, “mas quando a gente olha no horizonte das soluções, elas são todas do mesmo quilate que Temer. Então, até que ponto vale a pena uma nova interrupção, ainda que ela seja absolutamente constitucional, prevista em lei?”, questiona. Por outro lado, pondera o especialista, será que é condizente apoiar um governo sob a justificativa da estabilidade econômica, se “essa mesma gestão está envolvida até a medula com os casos de corrupção? Afinal, estamos falando de um presidente pego numa reunião muito suspeita, num diálogo muito estranho.” O economista Millis aponta que o melhor ao ambiente econômico é ter regras estáveis. “Entendo que a renúncia seria a melhor das possibilidades e, ao não fazê-la, poderá ser criado um processo arrastado de enfrentamento insustentável na macroeconomia.” Para o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Samuel Pessôa, a instabilidade no cenário político inviabiliza qualquer previsão mais categórica, mas Temer deve permanecer na Presidência até 2018, salvo ocorram outros graves fatos. “A interrupção dos primeiros passos da retomada exige muito planejamento radio.esbrasil.com.br •
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política
“No próximo ano, para o Espírito Santo, além do retorno da operação da Samarco, espera-se que o setor público invista em novas obras, por ser ano de eleições, o que favorecerá a contratação de mão de obra e a movimentação de recursos da economia” Eduardo Araújo, vice-presidente do Corecon do empresariado para se manter firme durante essa nova turbulência”, alerta. Diante da postura categórica do peemedebista em não renunciar, há quem defenda a impugnação da chapa como uma “boa” solução para o mercado e para o próprio chefe do Executivo. “Mesmo diante de quatro possibilidades legais (veja quadro), a saída de Temer por decisão do TSE pode ser considerada como mais honrosa”, analisa o presidente do Conselho Estadual de Ética Pública, Jovacy Peter Filho, mestre em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP) e professor da Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Ele aponta ainda que, ao se considerar toda a estratégia de ação planejada até
agora da Lava Jato para desvendar esse “gigantesco quebra-cabeça da corrupção”, não há como prever quais lideranças políticas serão diretamente envolvidas nas próximas delações. Portanto, fica difícil estimar o “peso e o impacto dos desdobramentos que vêm pela frente”. O jurista ressalta ainda a importância de a Operação continuar contando com o apoio da população. “Não se pode, sob nenhuma hipótese, descartar o fato de que a Lava Jato tem se mostrado como uma
das únicas oportunidades de se iniciar um processo capaz de frear um pouco a corrupção sistêmica do país.” De Angelo reitera a principal causa que levou o mercado financeiro a não adotar uma reação mais brusca, como a que se observou em relação a Dilma. “O foco está nas melhorias que Temer vem patrocinando. Mas o fato de o presidente estar diretamente envolvido também preocupa o mercado, pois pode inviabilizar o andamento das reformas.”
Análise econômica Wallace Millis Mestre em Economia e professor da UVV Qual o peso da pressão econômica sobre o cenário político? Os interesses econômicos sempre prevalecem sobre as decisões políticas. Essa pressão foi exercida no impeachment de Dilma, posteriormente na montagem do governo de Temer, e agora na desmontagem dele. E o maior problema é que não temos um único projeto de nação. Tanto o setor privado quanto o público não foram capazes de organizar uma proposta de futuro ao país. E assim ficamos a reboque das circunstâncias da política, em vez de sermos protagonistas na construção de algo novo, melhor. Qual o prejuízo em nível global? Existe um cenário internacional positivo, nós estamos jogando fora essas oportunidades, e na economia não há movimento pendular. É muito importante destacar isso. O mercado que você perde hoje não recupera amanhã, quando a política for resolvida. Perde o canal de relacionamento que levaria seu produto ao mundo, perde o canal de distribuição, perde a marca. E depois dificilmente será recuperado, porque outro fornecedor certamente vai atender àquela demanda. Como combater a corrupção? Por três vias. Primeira é uma imprensa livre para descer o pau mesmo, botar a boca no trombone, investigar e esclarecer denúncias. A outra via é um Estado democrático de Direito, no qual se respeite a limitação dos Poderes. E nessa limitação estão implícitas as condenações e as punições, porque qualquer um está sujeito à justiça. E a terceira via é a democracia do voto, com alternância de eleições. Isso vai gerar uma depuração. Mas não esperem soluções mágicas de curto prazo. E muito cuidado com “salvadores da pátria”.
“O Espírito Santo não terá os investimentos que se alardeiam nem os empregos apregoados no discurso oficial até 2021. Mas nada que o impeça de sair na frente e melhorar sua infraestrutura e logística que lhe permita, mesmo sendo o menor, o melhor” – Clóvis Vieira, economista
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Há algo que possa surpreender de forma positiva a economia? O Brasil é um transatlântico, não dá cavalo de pau. Pode até afundar, mas, mudar de posição rapidamente, não muda. Precisamos agora é torcer para que não aconteça mais nada de tão grave no cenário político.
“Não se pode, sob nenhuma hipótese, descartar o fato de que a Lava Jato tem se mostrado como uma das únicas oportunidades de se iniciar um processo capaz de frear um pouco a corrupção sistêmica do país” Jovacy Peter Filho, presidente do Conselho Estadual de Ética Pública
Senador Aécio Neves (PSDB) e presidente Michel Temer (PMDB) em conversa antes das delações do empresário Joesley Batista
Análise POLítica Vitor De Angelo Cientista político e professor da UVV O que muda com essas delações? O que está sendo confirmado é que sequer entre os empresários há igualdade de oportunidades. Há empresas, setores e pessoas com acesso privilegiado a informações e financiamentos, ainda que não tenham a melhor técnica ou a melhor proposta, mas simplesmente porque fazem parte do esquema. Então parece somente restar duas opções: ou eu faço parte do esquema, mas estou cometendo crime e posso ser pego e condenado mais adiante; ou eu não faço parte do conluio, mas também não entro em um mercado mais amplo. Qual o nível de instabilidade desse governo? Temer já perdeu mais ministros que Dilma em seu primeiro ano de governo. No final das contas, está sendo muito mais instável que o anterior. Você pode dormir com um parlamentar falando contra a corrupção e acordar com ele sendo preso. Ou ainda pior, dormir com um político sendo denunciado por envolvimento em esquema de corrupção e acordar com ele membro do Conselho de Ética do Senado, como foi o caso do Romero Jucá. Tudo é possível. Mas é preciso deixar claro que o momento que estamos vivendo não crise, e sim, uma nova, é um desdobramento da anterior. Não temos visto a população em massa nas ruas. Por quê? Você não viu nem vai ver isso por uma razão muito simples: existiu em Dilma uma correlação de forças que Max Weber (economista, sociólogo e filósofo alemão do século 19) chama de afinidade seletiva. Em algum momento, vários atores se afinaram no discurso e isso levou à queda da presidente, Mas logo depois essa união se desfez. No caso de Dilma, você verificava um sentimento antipetista muito forte embutido na luta contra a corrupção. Essas pessoas hoje não têm o PT como inimigo, não gostam de ter os movimentos sindicais liderando os protestos e ainda temem a possibilidade de estarem engrossando o coro de uma eleição direta, em que o Lula seja reeleito. Mas não é a corrupção o foco dos protestos? A corrupção não tem se mostrado razão suficiente para grandes mobilizações. Tivemos, sim, um sentimento libertário, antipetista, que rifou Dilma. Os protestos agora ganham viés pró-petista. Existem muitas pessoas contra Temer, mas que não necessariamente são pró-PT ou mesmo totalmente contra o PT. Para a população ter força, seria preciso ver as pessoas que em 2015 se manifestaram contra Dilma lutando hoje ao lado de centrais sindicais. E isso não vai acontecer. A agenda é completamente diferente. O Temer pode até cair, mas não por pressão das ruas, e sim por um acordo da elite política, o que também ocorreu com Dilma, mas com o verniz do apoio popular.
Reformas Relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB) acredita na continuidade do processo. “A crise por certo é muito complexa, envolve não apenas o governo, mas também a pessoa do presidente. Mas temos feito esforço para separar a crise da manutenção das reformas tão importantes para o país.” Ele destaca que a reforma trabalhista é fundamental para uma melhor condição de competitividade à economia local e nacional. “As leis trabalhistas são da década de 1940 e foram construídas para um país que não existe mais. Há muita má-fé por parte de alguns segmentos com interesses contrariados.” O parlamentar argumenta que nenhum direito consagrado na Constituição está sendo violado. “Essa legislação é uma lei ordinária, não se sobrepõe à CF. É muito importante se desvencilhar dessas inverdades repetidas por um pequeno grupo que finge defender os trabalhadores, quando na verdade defende tão somente os próprios interesses. Temos 140 milhões de brasileiros em idade laboral e somente 50 milhões deles protegidos pela lei. Outros 90 milhões não têm sequer acesso à carteira de trabalho.” Economista-chefe da Apex Partners Gestora de Ativos, Arilton Teixeira avalia que o Governo Federal precisa melhorar a qualidade da comunicação sobre a reforma previdenciária. “A população precisa entender que existem 3,5 milhões de funcionários públicos, principalmente federais, radio.esbrasil.com.br •
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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Em destaque, pedido de impeachment do presidente Temer, protocolado na Câmara dos Deputados pela OAB Nacional
O que pode acontecer com Temer
PERMANECER NO CARGO Tendo como pano de fundo as melhorias que vem conquistando no campo econômico, a classe política pode costurar um acordo que mantenha Temer no cargo até 2018, quando em outubro será eleito novo presidente. RENÚNCIA Se Temer abdicar do cargo, assume o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que terá 30 dias para convocar eleição indireta, com voto secreto da maioria dos deputados e senadores. Os parlamentares definem quem pode se candidatar. Para eleições diretas, o Congresso teria de aprovar uma proposta de emenda à Constituição. No dia 31 de maio, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, aprovou por unanimidade a PEC 67/2016, que prevê eleições diretas para presidente e vicepresidente da República caso esses cargos fiquem vagos nos três primeiros anos do mandato. IMPEACHMENT Já são 12 pedidos na Câmara dos Deputados – nenhum ainda avaliado pelo presidente. Entre eles, um formulado pela OAB Nacional que considera “insustentável” legalmente a manutenção de Temer na Presidência, por comportamento incompatível ao cargo. Se aceito, o processo seria similar ao que ocorreu com a ex-presidente Dilma. Caso a Câmara autorize e o Senado instaure o processo, Temer é afastado por até 180 dias, e Maia assume interinamente. Em seguida, o Senado decide se retira ou não o mandato do presidente. AÇÃO PENAL Temer será investigado no STF pelo crime de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa. O inquérito foi autorizado pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, a pedido da PGR. Se chegar processo ao STF, autorizado por dois terços da Câmara, Temer será afastado. CASSAÇÃO O TSE pode julgar que houve prática de caixa 2 na campanha que reelegeu Dilma e impugnar a chapa das eleições de 2014, em que Temer foi eleito vice-presidente. Assim, ele seria deposto do cargo.
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que provocam um rombo superior a R$ 150 bilhões, maior que o do setor privado. Isso pesa demais nos cofres públicos.” Ciclos econômicos Wallace Millis destaca dois importantes momentos econômicos. O primeiro deles entre os anos de 1950 e 1980, quando o Brasil foi líder mundial em crescimento, construindo o parque industrial mais completo de todo o terceiro mundo, “sem precisar de negociações de nenhum tipo de vantagem”. E nessa época vimos chegar ao Espírito Santo as grandes empresas. Num segundo momento, início dos anos 2000, foram incorporados 30 milhões de pessoas ao mercado, que ascenderam às classes C e D e expandiram o consumo. Nesses dois períodos, em consequência de erros da política, “nós colocamos a perder o sonho do Brasil potência”, avalia Millis. “O pior que isso agora acontece em uma época em que o mundo inteiro está discutindo os impactos da inteligência artificial, a quarta revolução industrial, dando saltos de competitividade com inovações, ciência e tecnologia. E o Brasil está perdido nessa armadilha política. A inteligência artificial pode roubar 48% dos postos de trabalho, e nós estamos agarrados a uma agenda política. Essa ausência de
“A população precisa entender que existem 3,5 milhões de funcionários públicos, principalmente federais, que provocam um rombo superior a R$ 150 bilhões, maior que o do setor privado” Arilton Teixeira, Economista-chefe da Apex Partners Gestora de Ativos
planejamento está transformando o ambiente macroeconômico num buraco de incertezas”, alerta.
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Impactos na economia local O vice-presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Eduardo Araújo, destaca que o Copom havia anunciado a expectativa de 1,25% de queda na taxa Selic, mas a baixa em maio foi de 1%. Na ocasião foi anunciado que a série de retração não será tão prolongada. “Isso já indica que o Comitê também está vendo o cenário político como uma ameaça.” Segundo o economista, ainda que as reformas sejam concretizadas e a crise política, resolvida, não haverá resposta imediata da economia. “Temos no Espírito Santo cerca de 250 mil desempregados, mais da metade da população de Vitória. As famílias estão endividadas, usando o resgate do FGTS para pagar contas atrasadas e não para aumentar o consumo. E as empresas estão com alta capacidade ociosa. Então vai demorar um tempo para novas contratações.” Para ele, a melhora virá somente em 2018. “No próximo ano, para o Espírito Santo, além do retorno da operação da Samarco, espera-se que o setor público invista em novas obras, por ser ano de eleições, o que favorecerá a contratação de mão de obra e a movimentação de recursos da economia.” Araújo enfatiza que o comércio tem sido o segmento mais afetado. “As commodities estão garantidas no mercado externo e devem puxar o PIB para cima. Mas o comércio está sofrendo muito no Espírito Santo e deve amargar uma queda de 6% em 2017.” Clóvis Vieira aponta que o Brasil precisa crescer com uma taxa superior a 2,5% entre 2018 e 2022, para resgatar a sua posição de economia reconhecida em âmbito global, e nada é automático e definitivo na retomada do crescimento. “Hoje, todo o sentimento positivo que começava a prevalecer entre os agentes econômicos foi substituído pelo ceticismo”, ressalta o economista.
“A crise por certo é muito complexa, envolve não apenas o governo, mas também a pessoa do presidente. Mas temos feito esforço para separar a crise da manutenção das reformas tão importantes para o país.” Ricardo Ferraço (PSDB), senador
O Espírito Santo, que também sofre as consequências desse cenário, não terá, segundo Vieira, “os investimentos que se alardeiam nem os empregos apregoados no discurso oficial até 2021. Mas nada que o impeça de sair na frente e implantar e melhorar sua infraestrutura e logística que lhe permita, mesmo sendo o menor, ser também o melhor. Só assim pavimentaremos o caminho viável para ocupar uma posição de destaque na economia nacional e servir de atratividade ao capital externo.” Presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra classifica o momento político do país como desafiador. “Entretanto, independentemente dos escândalos de corrupção – que merecem apuração e punição –, os sinais de recuperação econômica mostram que é possível avançar mesmo diante da crise”. Guerra reitera que projetos importantes ao país não podem ser paralisados pelo momento do Governo. “O Congresso precisa votar reformas que trarão ajuste fiscal, equilíbrio e desenvolvimento econômico. Sanear a Previdência e modernizar a legislação trabalhista são tarefas essenciais para ampliar a competitividade das indústrias, a oferta de empregos e a geração de oportunidades ao Espírito Santo e ao Brasil.” Recursos federais para o ES A articulação da bancada capixaba e do Governo do Estado na União resultou na liberação de recursos para melhorias logísticas que vinham sendo buscadas havia anos e também na aprovação de novos projetos. Foram garantidos a ampliação do aeroporto de Vitória, finalização da dragagem do porto, duplicação da BR-262 e construção de nova ferrovia. E uma das preocupações é o cancelamento novamente dessas verbas. Mas o cientista político Vitor De Angelo defende que essa possibilidade é quase nula. “Não acredito que Temer vá mexer nos recursos dos estados e correr o risco de perder apoio parlamentar. Ao contrário, o mais provável é que se valha da estratégia de aprovar emendas que beneficiem os estados. Isso é negativo, por se tratar de fisiologismo, mas traz certa segurança ao Espírito Santo.” Em meio a tantas notícias negativas e da sensação de que “outras bombas” podem surgir a qualquer momento, há um viés otimista na possibilidade de “passar o país a limpo”. Millis destaca que as práticas políticas são muito assemelhadas por quase todos os agentes, os partidos. A grande maioria vem de família política, de tradição. Temos hoje o cenário mais conservador de todos. “Não há como dizimar toda a classe política. Em longo prazo, podemos, sim, vislumbrar uma mudança na cultura política brasileira, que seja orientada por transparência, por estabilidade das regras do jogo, por uma pactuação mais ampla de toda sociedade.” Nota do Editor: Fatos, narrativas e opiniões apurados até o dia 4 de junho.
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Em um processo normal, essa gravação sequer seria aceita como prova em função (sic) dos excessos de vícios que ela tem. É imprestável.” Ricardo Molina, perito contratado pela defesa do presidente Temer, sobre a gravação entre o peemedebista e o empresário Joesley Batista, da JBS
Foto: Pedro Dutra – Secom/ES
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TELEFONIA
Anatel proíbe venda de microcelulares A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) proibiu a venda de microcelulares, aparelhos que medem entre 6 cm e 8 cm de altura e que podem apenas fazer ligações e mandar mensagens de texto. A ação busca dificultar o acesso on-line a esses produtos, usados com frequência nos presídios brasileiros, devido ao seu tamanho reduzido. Importados de países como a China, esses itens não eram homologados pelo órgão responsável por permitir a entrada de aparelhos de telecomunicações no país, apresentando, inclusive, selos de regulamentação falsos.
ABRIL
Saldo positivo entre admissões e demissões
Comandante geral da PMES, Cel. Nylton Rodrigues, e os secretários estaduais Haroldo Rocha (Educação) e André Garcia (Segurança)
REFORÇO
Patrulha Escolar é ampliada As unidades de ensino da rede estadual na Grande Vitória contarão com mais um reforço na segurança, com a ampliação e renovação da Patrulha Escolar. O crescimento na abrangência do serviço se tornou viável após assinatura do termo de cooperação técnica entre as secretarias de Estado da Educação (Sedu) e da Segurança Pública (Sesp) e a Polícia Militar, no dia 19 de maio. O atendimento passará a contemplar todas os 159 colégios da região metropolitana, beneficiando mais de 122 mil estudantes nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Fundão e Guarapari. Também serão oferecidas 12 viaturas para que os policiais possam realizar as visitas, além de telefones celulares para facilitar a comunicação entre as equipes. Outro destaque é a nova plataforma para a elaboração de ocorrência on-line, que será utilizada pelos militares para controle das demandas. Tal ferramenta possui um sistema próprio, que ficará acessível ao PM pela internet, em qualquer lugar, para registro e consulta.
O mês de abril apresentou um saldo positivo entre admitidos e desligados no Espírito Santo, com a criação de 3.548 postos de trabalho formais. Esse é o melhor resultado nos últimos 18 meses, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged-MTE). Na passagem de março para abril, o perfil da movimentação de contratações no Estado mostrou uma queda de 10,3% nas admissões e de 25,7% das demissões. Com o desempenho, houve acúmulo de saldo positivo, com a abertura de 1.714 vagas com carteira assinada. Todos os grandes setores da economia capixaba obtiveram resultados importantes em abril, com destaque para a indústria, com a oferta de 1.478 postos de trabalho formais, e a agropecuária, que abriu 1.083 chances profissionais. 14
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PROCON
Melhoria no atendimento ao consumidor A Prefeitura de Vitória lançou no dia 17 de maio, na Casa do Cidadão, o aplicativo Procon Vitória, que busca fortalecer ainda mais os direitos do consumidor. A fase de testes do app recebeu 46 chamados, dos quais 33 já foram resolvidos. No registro da demanda, será gerado um número de protocolo, com o qual vai ser permitido acompanhar seu andamento, bem como visualizar sua conclusão. O cidadão também poderá acessar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e ver o ranking das empresas líderes em número de queixas. “A ideia é criar uma cidade mais inteligente, gerando mais facilidade para que o munícipe tenha o serviço mais informatizado e sem a necessidade de ir ao Procon para fazer sua reclamação”, destacou o subsecretário de Tecnologia da Informação, Márcio Aurélio Passos.
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EXPANSÃO
FMI projeta crescimento de 0,2%
INGLATERRA
música contra o terrorismo
IMPLANTAÇÃO
Vila Velha vai ganhar circuito de turismo militar
Foto: Setur
O município de Vila Velha implantará o primeiro circuito de turismo militar do Estado, cuja proposta é intensificar a visitação dos moradores locais e de pessoas de outros lugares ao Farol de Santa Luzia, por meio de datas e horários já agendados com vans credenciadas. Segundo o subsecretario municipal de Turismo, Carlos Von Schilgen Ferreira, esta já é uma opção oferecida em diversas partes do mundo e do Brasil, com um potencial muito positivo. “Nas próximas semanas vamos apresentar o projeto completo ao Exército, à Marinha e aos segmentos do setor de turismo. A ideia é atrair cada vez mais visitantes para nosso município”, finalizou. A prefeitura também pretende implantar um projeto náutico que levará turistas em passeios de escunas que atracarão no píer do 38º BI para visitar o Forte São Francisco Xavier da Barra.
Foto: Divulgação
Maio foi um mês assustador para os britânicos. Em menos de 20 dias, dois atentados deixaram 29 mortos e 158 feridos. Mas no dia 04 de junho, mais de 50 mil pessoas superaram o medo com música. Cantaram e dançaram por cerca de três horas, no show beneficente One Love Manchester, no estádio Old Trafford, Manchester. Além da estrela pop Ariana Grande, subiram ao palco Justin Bieber, Katy Perry, Coldplay, Miley Cyrus, Liam Gallagher, Marcus Mumford, Take That, Pharrell Williams, Niall Horan, Little Mix, Black Eyed Peas, Imogen Heap e Mac Miller. O show foi marcado por vários duetos entre astros do pop no palco e por um discurso emocionado de Ariana. Ela disse que o “amor e a união são o remédio que o mundo precisa”. O evento foi transmitido ao vivo pelo Twitter, Apple TV, YouTube, BBC, Multishow e MTV.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um crescimento de 0,2% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, além de uma expansão econômica de 1,7% para o próximo ano. De acordo com a entidade, o avanço “será sustentado pela safra de soja, pelo aumento do consumo, impulsionado pela liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por uma retomada gradual do investimento e pela alta dos preços do minério de ferro”. As reformas propostas pelo governo e o progresso da incerteza política são fatores que, na avaliação do FMI, continuaram afetando as perspectivas brasileiras. Nesse sentido, a instituição destaca o papel da remodelação da Previdência. “O sistema, que foi criado décadas atrás, precisa ser modificado, atualizado e adaptado para essa nova realidade demográfica”, afirmou o chefe de missão do FMI para o Brasil, Alfredo Cuevas.
SAÚDE
PS do Hospital Infantil será transferido em julho
CULTURA
Festival de Cinema de Vitória abre inscrições Foram abertas as inscrições para o 24º Festival de Cinema de Vitória (FCV), evento que será realizado de 11 a 17 de setembro, na capital. Entre as novidades deste ano está a Mostra Nacional de Videoclipes, que buscará evidenciar os diversos caminhos e experimentações presentes na atual produção do gênero. “Muitos realizadores questionaram por que os videoclipes deixaram de fazer parte da nossa seleção. Nos últimos anos, esse gênero audiovisual cresceu em termos de volume de produção e qualidade estética, tendo a internet como um importante canal de difusão. A criação dessa janela buscará apresentar um panorama e os caminhos da linguagem do videoclipe nacional”, revelou Lucia Caus, diretora do festival. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 23 de junho pelo site www.festivaldevitoria.com.br.
O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, visitou no dia 19 de maio a área do Hospital da Polícia Militar onde funcionará, a partir de julho, o pronto-socorro do Hospital Estadual Infantil de Vitória. O PS ficará instalado no térreo do HPM, local que está passando por reformas e adaptações para receber os pacientes pediátricos. O espaço tem 888,32 metros quadrados e contará com seis consultórios (dois de ortopedia e quatro de pediatria geral); quatro salas de observação; duas salas cirúrgicas; uma sala de pequenas cirurgias; uma sala de medicação; uma sala de curativos; uma sala de punção; uma sala de estabilização e uma sala de gesso. “Estamos fazendo a maior intervenção no atendimento pediátrico das últimas décadas. Vamos ampliar o número de leitos, passando de 171 para 294, após as reformas. Além de transferir o prontosocorro para o HPM, também vamos ‘descer’ com a oncologia, na segunda etapa das obras”, disse Oliveira.
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agenda 1º DE JULHO
14 A 18 DE JUNHO
Festival de Inverno de Guaçuí Quem deseja realizar um passeio durante o dia na região do Caparaó capixaba pode aproveitar a oportunidade para conferir o Festival de Inverno de Guaçuí, que será realizado entre os dias 14 e 18 de junho, na área do parque de exposições no Centro do município. Será um grande festival de música popular brasileira, com grandes atrações nacionais que se lançaram no final dos anos 80 e são sucesso até hoje, como Lobão (foto) e Cláudio Zoli, entre outras. A programação também contará com atrações regionais e uma praça de alimentação com restaurantes e lanchonetes com o melhor da gastronomia da região, incluindo deliciosos e premiados cafés especiais. Os ingressos podem ser adquiridos por meio do site www.blueticket.com.br. 27 DE JUNHO
“O Mágico de Oz” no Cinemark Já se tornou tradição do Cinemark, volta e meia, exibir nas telonas os clássicos que marcaram a história do cinema. Desta vez, os filmes serão apresentados na última terça-feira de cada mês até o fim do ano, e o destaque de junho é o musical “O Mágico de Oz” (1939), de Victor Fleming. No longa-metragem, Dorothy e seu cachorro, Totó, são levados para a terra mágica de Oz quando um ciclone passa pela fazenda de seus avós no Kansas, nos Estados Unidos. Eles viajam em direção à Cidade Esmeralda para encontrar o Mago Oz e no caminho se deparam com um Espantalho que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem um coração e um Leão Covarde que quer coragem. O mago pede ao grupo que traga a vassoura da Bruxa Malvada do Oeste em troca de sua ajuda. Os ingressos das sessões poderão ser comprados pela internet (www.cinemark.com.br) ou na bilheteria. 28 DE JUNHO
Palestra “Cenários turbulentos, mudanças velozes” “Num mundo de mudanças, tenha cautela. O maior perigo é envelhecer, é preciso ser capaz de ter dúvidas para não envelhecer.” A frase faz parte do conteúdo da palestra “Cenários turbulentos, mudanças velozes: negação, proteção ou superação?”, que o filósofo e doutor em Educação pela PUC-SP Mario Sergio Cortella fará em Vila Velha, no dia 28 de junho, às 21 horas, na Área de Eventos do Shopping Vila Velha. O palestrante provocará a reflexão dos participantes com abordagens profundas, como as mudanças velozes e a ação do tempo na vida do indivíduo. O ingresso pode ser adquirido por meio do site www.blueticket.com.br ou na bilheteria do local. A classificação é 16 anos. 16
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Nando Reis e os Infernais em Vila Velha Nando Reis e os Infernais retornam ao Espírito Santo para se apresentarem na Área de Eventos do Shopping Vila Velha. Será no dia 1º de julho, a partir das 22h30. O portão abrirá às 20h30. O cantor e sua banda iniciam sua nova turnê, “Jardim-Pomar”, baseada no disco de canções inéditas lançado recentemente. Os ingressos já estão disponíveis por meio do site www.blueticket.com.br.
7 DE JULHO
Arraiá das Atléticas UVV O Arraiá das Atléticas da Universidade Vila Velha (UVV) promete agitar o fim de semana dos capixabas. O evento será realizado no dia 7 de julho, na Área de Eventos do Shopping Vila Velha, e terá como atração principal a banda Aviões do Forró. A festa também contará com a dupla Breno e Bernardo, o DJ Jean du PCB e o Baile do GG, além de barracas de comidas típicas, danças, barraca do beijo e touro mecânico. Os ingressos podem ser adquiridos no DCE da UVV, no Bar dos Meninos, em Itapoã, no Bicho Guloso, em Jardim da Penha, e pelo site www.blueticket.com.br.
11 A 13 DE JULHO
Vitória Moda – Ano 10 O mês de julho promete ser especial para a moda capixaba. Afinal, o evento mais esperado do segmento já tem data marcada. O Vitória Moda – Ano 10 será realizado entre os dias 11 e 13 de julho, no Centro de Convenções de Vitória, em Santa Lúcia. Neste ano, o evento contará com o “Espaço Business”, onde vai ser possível ver as peças que serão apresentadas no desfile e adquiri-las. Haverá ainda o Salão Ofícios da Moda, em que serão promovidas oficinas artesanais ao público, além da área de desfiles das grifes capixabas. Marcas como Konyk, Açúcar Moreno e Riviera, entre outras, são as que estarão presentes. O evento é aberto ao público, mas é preciso adquirir o ingresso na bilheteria do local.
Arlindo Villaschi
gestão
é professor de Economia
Instituições necessárias Capacitação científica e tecnológica e fomento de recursos são imprescindíveis ao desenvolvimento do país
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Brasil precisa de uma agenda que busque se contrapor àquela que vem sendo imposta ao país por um governo ilegítimo, reacionário e entreguista. Ilegitimidade, reacionarismo e entreguismo que se operacionalizam através de alterações na Constituição e em reformas que fazem com que o futuro parecesse melhor no passado. Agenda necessária voltada para a retomada do crescimento econômico. Crescimento que está longe de ser garantido pelo livre funcionamento do mercado. Mercado que precisa de direcionamentos por parte do Estado. Direcionamentos que ocorrem de forma inequívoca – ainda que diferenciada – em todas as economias do chamado mundo capitalista. No caso brasileiro, a adoção acrítica do “consenso de Washington”, principalmente no governo FHC, resultou em desnacionalização crescente da economia. E mais, o desempenho da economia do ponto de vista de crescimento e geração de emprego e renda foi fraco. O atual governo retoma a agenda reacionária de forma ainda mais acentuada, propondo reformas na Previdência e na legislação trabalhista – necessárias desde que resultem de debate amplo com a sociedade – que respondem principalmente a interesses
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do sistema financeiro. Sinaliza também para o apequenamento do papel de instituições que têm contribuição marcante na história econômica do país. Instituições como Fiocruz, Petrobras, Embrapa, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são fundamentais para
Instituições como Fiocruz, Petrobras, Embrapa, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são fundamentais para qualquer projeto de desenvolvimento brasileiro com alguma autonomia” qualquer projeto de desenvolvimento brasileiro com alguma autonomia. As três primeiras, pelo que representam de capacitação científica e tecnológica, são fundamentais para uma inserção proativa do Brasil na chamada era do conhecimento e do aprendizado. As três últimas, pelo que podem desempenhar no
financiamento do crescimento nacional em tempos de financerização mundializada. A competência científica e tecnológica da Fiocruz é fundamental para o Brasil. Por um lado, viabiliza a universalização dos serviços básicos de saúde a sua gente, e por outro, já é instrumento reconhecido internacionalmente para uma aproximação mais qualificada do país nas relações Sul-Sul. A aproximação qualificada também é exercida pela Embrapa e pela Petrobras. A Embrapa, acumula conhecimento no apoio ao agronegócio brasileiro que o faz dos mais competitivos no mundo; além disso, pode desenvolver muito o apoio à agricultura familiar, à pequena produção baseada em conhecimentos nativos, dentre outros. E a Petrobras, além de suas competências na exploração de gás e petróleo, é referência no desenvolvimento de fontes renováveis de energia. Referências que podem contribuir para o Brasil se colocar de forma proativa na agenda mundial de mudanças climáticas. A valorização de ativos de todos os brasileiros depende de orquestração social para se contrapor a interesses menores fortemente representados pelo atual e ilegítimo governo e sua base aliada.
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Crianças de férias, pais tranquilos Empreendimentos da Galwan oferecem área de lazer completa e equipada para diversão das crianças e conforto dos pais 20
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MAR DOURADO RESIDENCIAL Localização: Avenida Estudante José Júlio de Souza, Itaparica, Vila Velha. Apartamentos: três e quatro quartos com suíte, com duas e três vagas de garagem. Lazer: completo e equipado com itens como brinquedoteca, playground, sala de jogos, cinema, quadra recreativa, piscina infantil, jardins e deque. Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A Informações e vendas: 3200-4004
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primeiro semestre do ano está chegando ao fim, e as crianças já começam a pensar nas tão sonhadas férias escolares de julho. Para os pais que continuam trabalhando, o ideal é que as brincadeiras e a diversão aconteçam dentro de casa, assim têm a certeza de que os filhos estão em segurança. Sempre pensando no bem-estar e conforto de toda a família, a Galwan oferece, em seus empreendimentos, lazer completo e equipado com itens que garantem a diversão dos pequenos e a tranquilidade dos pais. “Infelizmente, hoje estamos vivendo em um mundo perigoso em que não deixamos nossas crianças saírem sozinhas e elas acabam ficando muito tempo em casa. Por isso, quando uma família tem crianças, é fundamental que o empreendimento que ela vá morar tenha uma área de lazer focada nesse público”, destaca José Luís Galvêas Loureiro, diretor-presidente da construtora. Um exemplo de empreendimento com lazer completo é o Mar Dourado Residencial, que está sendo construído pela Galwan de frente para o mar de Itaparica, em Vila Velha. A área comum será equipada com brinquedoteca, playground, sala de jogos, cinema, quadra recreativa, piscina infantil, jardins e deque. Ainda em Itaparica, o London Ville contará com espaço dos jovens, salão de jogos, brinquedoteca, salão de festas infantil, home theater, pista recreativa, quadra recreativa, playground, piscina biribol e piscina infantil. No Barro Vermelho, em Vitória, a opção é o Juan Fernandes, que oferecerá quadra recreativa, brinquedoteca, playground e piscina infantil.
LONDON VILLE RESIDENCE Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha. Apartamentos: três quartos, suíte e até três vagas de garagem. Lazer: completo e equipado com itens como espaço dos jovens, salão de jogos, brinquedoteca, salão de festas infantil, home theater, pista recreativa, quadra recreativa, playground, piscina biribol e piscina infantil Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A Informações e vendas: 3200-4004
EDIFÍCIO JUAN FERNANDES Localização: Rua Carlos Nicoletti Madeira, 120, Barro Vermelho, Vitória. Ao lado do Parque Municipal Pianista Manolo Cabral. Apartamentos: três quartos com suíte e duas vagas de garagem. Lazer: completo e equipado com itens como quadra recreativa, brinquedoteca, playground e piscina infantil. Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A Informações e vendas: 3200-4004
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atualidade
Weber Caldas
EMPRESAS DE BEM COM A VIDA Tanto os novos como os antigos modelos de negócios vêm, cada vez mais, adotando práticas de sustentabilidade empresarial, como o reúso de água e a preservação do meio ambiente. e colhem resultados que vão muito além do lucro financeiro
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cada semana, os funcionários da Kebis têm direito de levar para casa um pacote de biscoitos caseiros que ajudam a produzir na fábrica de Domingos Martins, na região serrana do Espírito Santo. Depois de degustarem o delicioso produto em família, eles têm um compromisso: trazer de volta para a empresa os pacotes vazios. Isso porque aquelas sacolas plásticas serão usadas para o plantio de mudas de árvores nativas, como o ipê-amarelo, que servirão para recuperar a Mata Atlântica no Estado. Ações como essa são exemplo do que ficou conhecido como “sustentabilidade empresarial”. Esse termo se refere a um conjunto de medidas adotadas pelas empresas voltado ao respeito a fatores ambientais, sociais e econômicos, de forma que as necessidades das atividades humanas possam ser supridas sem comprometer o futuro das próximas gerações. A preocupação com a natureza e a humanidade passa a ser mais relevante do que a busca pelo lucro a qualquer custo. Do ponto de vista social, a empresa deve proporcionar um ambiente que estimule a criação de relações de trabalho legítimas e saudáveis, além de favorecer o desenvolvimento pessoal e coletivo dos direta ou indiretamente envolvidos, desde funcionários e fornecedores até a comunidade vizinha ao negócio e a sociedade em geral. 22
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Em termos econômicos, é preciso zelar para que seu crescimento não ocorra à custa de um desequilíbrio nos ecossistemas ao redor. Se uma empresa lucra explorando as más condições de trabalho dos funcionários ou a degradação do meio ambiente, por exemplo, não está tendo um desenvolvimento econômico sustentável. Por fim, o desenvolvimento ambientalmente sustentável se refere às condutas que possuam, direta ou indiretamente, algum impacto no meio ambiente, seja em curto, médio ou longo prazos, como o reaproveitamento de água ou a redução da emissão de poluentes. Essas estratégias passaram a ser tão importantes que a BM&F Bovespa (associação entre Bolsa de Mercadorias & Futuros e a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo) criou o Índice de Sustentabilidade Empresarial, que envolve a análise comparativa do comprometimento das empresas em questões de sustentabilidade socioambiental. Além de incentivar que as empresas adotem ações sustentáveis, esse índice aparece como uma forma de despertar o interesse de novos investidores. “Adotar cultura de sustentabilidade é uma questão de sobrevivência do negócio”, alerta Jefferson Cabral, presidente do Conselho de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). “Tanto os novos como os velhos modelos
PARA ENTENDER
de negócio devem conter na sua estrutura e no seu DNA a pegada da sustentabilidade. Ou seja, adotar boas práticas não só na dimensão econômica, ambiental e social, mas também na política, cultural e até espiritual.” Todas essas vertentes são abrangidas pelos projetos sustentáveis da Kebis, que seguem os quatro pilares de sustentabilidade estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU): ser economicamente viável, culturalmente diverso, ecologicamente correto e socialmente justo. Para ser economicamente viável, a empresa de Domingos Martins aposta no Projeto Economize. Por meio dessa iniciativa, cada funcionário possui um copo de vidro, com o seu nome, para usar no dia a dia, evitando a utilização da versão descartável. Além disso, quando é preciso imprimir um documento, usa-se sempre a frente e o verso da folha de papel A4. Há ainda a aplicação de práticas de logística reversa, ou seja, caixas de papelão para o transporte de produtos são trazidas de volta para a empresa para serem reutilizadas. Isso quando a distribuição não é feita por meio de caixas plásticas, cuja durabilidade é bem maior. Como resultado dessas ações, em 2016, a Kebis evitou o uso de 21.120 copos descartáveis, 10.500 folhas de papel A4 e 13.875 caixas de papelão. “Temos sempre a preocupação de causar o menor impacto ambiental possível”, afirma Valter Braun, um dos sócios da empresa.
Com a ajuda de funcionários, a Kebis produziu e distribuiu duas mil mudas de árvores nativas para ajudar a recuperar a Mata Atlântica
O que é sustentabilidade empresarial? É um conjunto de medidas tomadas pelas empresas em busca do lucro sem prejudicar o planeta. Assim, as empresas passam a se preocupar não apenas com os ganhos, mas também com o respeito aos fatores ambientais e sociais envolvidos em todo o processo em que está inserida. Como pode ser aplicada? De diversas formas: por meio do melhor uso de recursos naturais, como a água; do desenvolvimento de programas para a diminuição de impactos ambientais, como consumo de papel e emissão de poluentes; a criação de programas de inclusão social; da promoção e adoção de programas e práticas de reciclagem; da compreensão e do respeito às diversidades culturais; etc. Que vantagens são garantidas? Do ponto de vista econômico, há possibilidade de redução de despesas com água e energia elétrica, por exemplo, e até materiais de dia a dia, como papel e plástico. No lado social, verifica-se melhoria do ambiente interno entre os funcionários, com maior interação e colaboração. A adoção dessas práticas também agrega valor à marca da empresa, que passa a ser vista de forma positiva por fornecedores e clientes, cientes de que estão consumindo produtos de procedência garantida, social e ecologicamente corretos.
Além de reduzir o impacto, a fábrica também ajuda a recuperar o meio ambiente, sendo ecologicamente correta. Isso graças ao projeto Natureza é Vida, em que os funcionários colaboram com o plantio de ipês-amarelos e outras plantas, utilizando sacolas de biscoito da própria Kebis. Cerca de duas mil mudas de árvores foram distribuídas no ano passado, número que a indústria quer aumentar para 6 mil em 2017. Já a diversidade cultural, estabelecida pela ONU, faz parte dos princípios e valores da Kebis, formada pela sociedade de uma família de pomeranos e outras duas de italianos. Além disso, a equipe de
funcionários contempla diferentes origens, raças e religiões. “E até torcedores de oito times de futebol diferentes”, brinca Valter Braun. “A diversidade faz parte do ar que respiramos.” Por fim, para agir de forma socialmente justa, a Kebis aplica o Projeto SER (Sonhos, Estratégias e Resultados), que motiva tanto seus funcionários como parceiros, clientes e visitantes da fábrica a transformar seus sonhos em estratégias que deem resultado. “Mostramos que é possível transformar sonhos em realidade”, explica o empresário. Como destaca Valter Braun, o Projeto SER está na essência e na filosofia da Kebis e de seus sócios. “Sustentabilidade é, também, incentivar as pessoas a pensar diferente, a crer que o dinheiro não é tudo. Se precisasse pisar na cabeça de uma pessoa para ganhar dinheiro, eu preferiria nem ter uma empresa”, garante o empresário. “A Kebis é uma empresa que gera emprego, renda e justiça social e faz seus sócios felizes, pagando todos os impostos, não negando direitos aos seus colaboradores e ainda ajudando entidades. Nosso modelo de gestão faz as pessoas pensarem o seguinte: se a Kebis, que é pequenininha e tem um faturamento anual de R$ 3,6 milhões, faz isso, por que a minha empresa, que tem um faturamento de R$ 20 milhões, não produz nenhuma árvore?” O modelo de sustentabilidade da Kebis enquadra-se dentro do padrão destacado por Jefferson Cabral, da Findes, por radio.esbrasil.com.br •
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atualidade DICAS DE AÇÕES SUSTENTÁVEIS
contemplar todos os seus stakeholders, ou seja, o público estratégico. “Funcionários, fornecedores, clientes e parceiros devem ser pensados de forma holística para serem alcançados pelos princípios e valores sustentáveis que a empresa tem de buscar”, aponta o presidente do Cores. Jefferson Cabral também destaca a necessidade de se pensar num modelo de capitalismo sustentável: “Como lidar com um negócio que depende de recursos naturais que são finitos se não pensar em práticas sustentáveis?”. Essa preocupação levou a Ciclo Companhia de Reciclagem, empresa situada na Serra, a tornar-se sustentável do ponto de vista ambiental ao investir R$ 150 mil num sistema que garante o reaproveitamento de água da chuva. “Construímos uma cisterna com a capacidade de coletar 630 mil litros de água da chuva. Assim, cinco dias de chuva seguidos enchem por completo o reservatório. Em seguida, vimos a necessidade de criarmos um sistema de tratamento dessa água para uso em nossa empresa, com a capacidade de processar cerca de 25 mil litros/hora. O retorno desse investimento veio em apenas um ano”, detalha Romário de Araújo, um dos sócios da empresa e presidente do Sindicato das Empresas de Reciclagem do Espírito Santo (Sinrecicle-ES). “Nós adotamos a sustentabilidade também para garantir a sobrevida de nosso negócio, pois o processo de reciclagem envolve grande quantidade de água”, ressaltou o empresário. De fato, graças ao investimento em coleta, tratamento e reúso de água, a empresa reduziu de R$ 176 mil para cerca de R$ 9 mil o custo anual com o consumo de água, uma queda de 95% no gasto. Diante desses resultados, o empresário já pensa na adoção de novas ações sustentáveis, como o tratamento e o reúso de água do banheiro. Iniciativas que estão inspirando outros associados do Sinrecicle. “Essa cultura acabou se espalhando por outras empresas do setor de reciclagem, que também decidiram investir em estações de tratamento nas suas fábricas. Assim, estamos irradiando boas práticas”, comenta Romário, lembrando a importância dessa iniciativa em meio à escassez de água enfrentada pelo Estado recentemente. “Não dá mais para ficar jogando água fora. É preciso tratá-la e trazê-la de volta para o processo de produção.” Evitar o desperdício hídrico também faz parte da filosofia da Viação Águia Branca, que realiza o reaproveitamento da água utilizada na lavagem dos ônibus da empresa. O líquido é encaminhado para um sistema de triagem, no qual é realizada a separação de água e óleo, e, em seguida, segue para filtros para a retirada das impurezas e do odor, retornando para o uso em novas lavagens. Esse modelo sustentável gera uma economia de 23,4 milhões de litros de água por ano, o que daria para encher 10 piscinas olímpicas. Outra iniciativa sustentável da empresa é a utilização da água de chuva em algumas garagens, para a lavagem dos veículos e vestiários.
“Temos o compromisso de irradiar boas práticas, tanto por necessidade econômica como também ambiental” Romário de Araújo, sócio da Ciclo Companhia de Reciclagem e presidente do Sinrecicle 24
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Quer aplicar noções de sustentabilidade em sua empresa? Veja algumas formas fáceis de começar a adotar essas ações no dia a dia: • Instale lixeiras para reciclagem e realize campanhas internas para o seu uso. Isso vai permitir uma melhor higienização do ambiente e o descarte correto do lixo; • Incentive a troca do uso de copos descartáveis por copos de vidro ou por canecas. Isso contribui para a limpeza do local, diminui a quantidade de resíduos sólidos e reduz custos para a empresa; • Troque o papel comum pelo reciclado e utilize lápis de madeira produzidos por companhias que realizam o replantio; • Evite imprimir documentos em papéis e opte pelo compartilhamento digital de informações; • Substitua as lâmpadas comuns pelas de LED. É melhor para o meio ambiente e também ajuda a reduzir a conta de energia da empresa; • Conscientize seus colaboradores quanto à carona solidária ou, caso morem perto do local de trabalho, a substituir o uso do carro ou transporte público pela bicicleta ou caminhada; • Promova o uso de menos papel ou crie blocos formados por papéis usados; • Caso a estrutura do prédio possua vários andares, permita a instalação de janelas que melhorem a circulação de ar no ambiente de trabalho, pois dá uma impressão maior de espaço e de liberdade; • Prefira tons claros nas paredes, pois refletem mais energia solar e impedem que o local fique quente ou abafado.
“Não podemos ignorar a importância de adotar atitudes sustentáveis na empresa. Precisamos fazer a nossa parte, tanto no ambiente de trabalho quanto em casa. É um cuidado diário da empresa”, assegura Humberto Gomes Ferreira, diretor de Administração e Finanças da Viação Águia Branca. Faz parte da rotina da Águia Branca avaliar e identificar os impactos ambientais de suas atividades, de forma a promover as adequações necessárias, de acordo com o risco oferecido ao meio ambiente. Tamanho zelo fez a viação vencer o Prêmio Boas Práticas do Transporte Terrestre de Passageiros (ANTP/ABRATI) na categoria
Responsabilidade Socioambiental, destinado ao motorista que consegue maior economia de diesel no ano. O prêmio veio como resultado do Programa Condução Econômica, que consegue aliar economia de diesel, manutenção dos veículos, segurança e proteção ao meio ambiente. Em abril deste ano, a Viação Águia Branca premiou os 12 motoristas de suas três Superintendências – Espírito Santo, São Paulo e Bahia – com melhor desempenho no programa em 2016. Juntos, eles proporcionaram uma redução de consumo de 22.650 litros de óleo diesel. Com isso, 62 toneladas de gás carbônico deixaram de ser lançadas na atmosfera, o que equivale a 5.663 árvores plantadas. “Do ponto de vista social, nos orgulhamos de fazer a nossa parte na preservação do meio ambiente, especialmente quando se trabalha com transporte, um setor tão importante, mas que gera muitos resíduos. Além disso, os valores que colocamos em prática aqui são transmitidos pelos nossos colaboradores a suas famílias e amigos”, afirma Humberto Ferreira. Satisfeitas com os resultados alcançados, Kebis, Ciclo Reciclagem e Águia Branca já planejam a adoção de novas práticas sustentáveis, cientes de que esse é um caminho sem volta, desde o micro até o grande empreendedor. Prova disso é que houve um aumento de 80% para 96% na preocupação dos brasileiros com a sustentabilidade entre 2010 e 2014, de acordo com pesquisa do Ibope e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, cerca de 76% dos brasileiros afirmaram que preferem optar pelo consumo de produtos ligados a empresas que
“Não podemos ignorar a importância de adotar atitudes sustentáveis na empresa. Precisamos fazer a nossa parte” - Humberto Ferreira, diretor de Administração e Finanças da Viação Águia Branca
adotam atitudes sustentáveis, conforme levantamento do Ministério do Meio Ambiente. “A tendência é que a adoção dessas práticas acabe se tornando relevante no momento da escolha de um produto pelo cliente. Busca-se cada vez mais as marcas que consigam comunicar o seu propósito. Não basta mais pensar no lucro pelo lucro. É preciso pensar no lucro sem deixar de lado aquilo que pode transformar a vida das pessoas e do mundo”, deixa claro Jefferson Cabral.
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Conteúdo Especial - Parceria do Editor
Família S/a
OBJETIVOS
Compromisso com a unidade e o crescimento “O grupo deve permanecer focalizado nos objetivos em comum. É preciso encontrar um equilíbrio praticável entre a expressão individual e os interesses coletivos da organização” (Gersick, 2006). Os membros da organização familiar precisam aceitar as diferenças individuais, respeitá-las e utilizá-las de forma complementar, visando à unidade e ao crescimento do negócio
DESAFIOS
Perspectivas para 2017 e próximos anos A 8ª edição da Pesquisa sobre Empresas Familiares no Brasil, realizada pela PwC, aponta que as principais dificuldades a serem enfrentadas em 2017 são as condições de mercado e as questões relativas à política e às despesas públicas. Já nos próximos cinco anos, os maiores desafios serão a inovação, o controle de gastos e a busca de alternativas para superar o atual contexto econômico.
EMPRESA
A família é quem serve a empresa e não o contrário Um dos grandes equívocos que uma família empresária pode cometer é achar que a empresa deve servir ao bem-estar e à prosperidade da família, quando, na verdade, é exatamente o contrário. A empresa familiar, como qualquer outra, é feita para se perpetuar. Os membros familiares contribuem com a empresa para alcançar esse objetivo e, pelo seu êxito, serão recompensados pessoal e financeiramente.
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COESÃO FAMILIAR: ESSENCIAL PARA O SUCESSO DO NEGÓCIO A coesão na empresa familiar é representada pelo sonho em comum, através da visão que todos os membros almejam alcançar no futuro, e, para isso, colaboram e comprometem-se para que compareça a motivação necessária para seguir adiante com bastante vitalidade e estímulo. Caso não tenham um sonho a ser compartilhado e estejam navegando à deriva, apenas sobrevivendo a cada dia, na dura jornada de trabalho, é possível que essa empresa não se sustente por muito tempo. O sonho em comum e estimulante é o que trará entusiasmo para os membros da família. Conseguir que o entusiasmo não desapareça é fazer com que cada membro da família empresária sinta-se parte de um time coeso, que vê sentido naquilo que está fazendo, seja participando como acionista, herdeiro ou executivo. Quando o foco é a continuidade da empresa, tendo como base a coesão do grupo familiar, é necessário estabelecer objetivos em comum, traduzidos pelo sonho partilhado entre as gerações. É essencial focar o objetivo em comum, mas sempre buscando um equilíbrio entre os elementos de expressão individual e a identificação dos interesses do negócio. É importante envolver as diversas gerações, pois tanto os mais velhos quanto os mais novos devem contar com a oportunidade de se expressar, tendo as suas características pessoais respeitadas e as suas expectativas acolhidas. O ideal é que as decisões não sejam tomadas por meio do voto, e sim do consenso. O uso do consenso é a decisão de se construir um caminho em conjunto, é compartilhar os objetivos e sonhos, é trabalhar em times, considerando que os membros da família são parte da história da empresa familiar. Contudo, não se trata de levar para a discussão e para o consenso todo e qualquer assunto, sob o risco de banalizar o processo de discussão. Um dos grandes motivos de fracasso das empresas familiares é a falta de competência para construir um sonho em comum, um objetivo a ser compartilhado e alinhado aos interesses individuais. O risco do fracasso de um negócio familiar pode ser muito menos por conta do seu desempenho no mercado do que em razão da fragilidade das relações familiares, da coesão e do compartilhamento de um único propósito.
Adriano Salvi Conselheiro de administração certificado pelo IBGC, professor convidado da Fundação Dom Cabral e sócio da Vix Partners Governança Corporativa
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Danielle Quintanilha Merhi Psicanalista, especialista em empresas familiares, professora convidada da Fundação Dom Cabral e sócia da Vix Partners Governança Corporativa
Especial
Weber Caldas
Será que vai chover? Chuvas de verão só amenizam os estragos causados pela longa estiagem no Estado. Para piorar, nem especialistas conseguem mais fazer previsões sobre o futuro climático, que pode variar do extremo de uma nova seca a uma fase de temporais e enchentes
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epois da tempestade, vem a bonança. Você já deve ter ouvido muitas vezes essa expressão para simbolizar que, passado um período turbulento, a situação se acalma. Mas e após a seca? Apesar de o verão ter registrado chuvas dentro da média histórica, a quantidade de água não foi capaz de resolver totalmente os efeitos da mais severa estiagem registrada em 80 anos no Espírito Santo, que durou de 2014 a 2016. Pior: as nuvens cinzas que ainda pairam no céu capixaba, em vez de chuva, pode ser o prenúncio de mais tempos difíceis. Governo, produtores rurais, empresários e especialistas em meio ambiente temem que as mudanças climáticas observadas nos últimos anos façam o Estado viver entre extremos: ora secas prolongadas, ora tempestades e enchentes. O que torna urgente a busca por soluções para evitar novas catástrofes, seja pela falta, seja pelo excesso de água. “O que as anormalidades climáticas mostram é que o aquecimento global está começando a afetar os sistemas outrora normais, registrados nos últimos 30 a 50 anos”, analisa Luiz Fernando Schettino, professor de Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “E não se enganem: daqui a pouco pode voltar a chover forte, como aconteceu no fim de 2013, e da seca passaremos a viver a catástrofe das enchentes.” 28
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No verão, porém, as chuvas ocorreram dentro do previsto. Nada que pudesse resolver os problemas causados pela longa seca. “A estiagem dos últimos três anos deixou um déficit equivalente a um ano sem chuva. No verão passado, choveu dentro da média histórica. Só amenizou a situação. Precisaria ter chovido bem mais para garantir um acúmulo de água”, avalia o diretor técnico do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Mauro Rossoni Júnior. “Agora, com o período mais seco que começa a partir de maio, durante o inverno, pode ser que a situação volte a se complicar, porque as nossas barragens continuam secas.” Diante desse quadro, os produtores rurais buscam soluções e esperam por mais apoio para evitar que o prejuízo superior a R$ 2 bilhões acumulados durante a estiagem prolongada não aumente ainda mais. “A situação continua grave. Nem os climatologistas estão conseguindo fazer uma previsão adequada sobre o volume da precipitação pluviométrica para os próximos meses. Então, a gente tem de se preparar para tudo”, afirma o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Júlio Rocha. Não por acaso a crise hídrica é um dos principais pontos do Plano Estratégico da Agricultura Capixaba (Pedeag 3), do Governo do
INVESTIMENTOS CONTRA A SECA
Estado, que aponta uma série de ações para o setor até 2030. Entre as medidas para lidar com a seca, está a ampliação da cobertura florestal e da capacidade de reserva de água. O Programa Estadual de Construção de Barragens prevê investimentos de R$ 60 milhões, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), para a implantação de 60 reservatórios de água no interior do Estado até 2018. Estima-se que a capacidade de armazenamento será de 67,2 bilhões de litros de água – o suficiente para abastecer 1,2 milhão de pessoas durante um ano ou irrigar 22 mil hectares de café. “Precisamos ampliar a capacidade de lidar com muita chuva, porque a barragem serve para controlar o excesso de chuva e armazenar água para os períodos de seca. Temos obras prontas, obras em andamento, obras sendo licitadas e projetos de engenharia sendo contratados”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto. Há também o projeto para a construção de uma represa no Rio Jucu, com capacidade de armazenar 20 bilhões de litros de água, quantidade capaz de abastecer a população por um período de até quatro meses sem chuva. Esse sistema atende a cerca de um milhão de habitantes, em Vila Velha, Cariacica, parte de Viana e ilha de Vitória. Outro reforço para a região metropolitana virá com o Sistema de Abastecimento de Água Reis Magos, na Serra. Com investimento de R$ 70 milhões, a estrutura deve começar a operar no primeiro semestre deste ano e vai beneficiar diretamente 150 mil pessoas e indiretamente 700 mil, pois diminuirá a sobrecarga sobre o Sistema Santa Maria da Vitória. Para o professor Luiz Fernando Schettino, porém, essas medidas precisam ser feitas com mais agilidade. “A mobilização para a construção de barragens e caixas secas deve ser mais intensa. É preciso envolver os municípios, estudar cada lugar onde sejam necessárias essas intervenções e fazê-las com urgência”, afirma Schettino. Citadas pelo professor, as caixas secas são importantes tanto para períodos de estiagem como para os de enchentes, e sua construção vem sendo incentivada pelo Incaper, entre os produtores rurais.
BARRAGENS
• 1 já foi concluída: a
Barragem Liberdade, em Marilândia (foto).
• 1 está em fase de
conclusão: a de Pinheiros-Boa Esperança, que será a maior do Espírito Santo, com cerca de 270 hectares de área alagada, em uma extensão de aproximadamente 10 quilômetros. A capacidade de armazenamento da barragem será de 17 bilhões de litros de água, quantidade suficiente para abastecer uma população de 310 mil habitantes por um período de um ano.
• 5 estão em construção: a Barragem Floresta, em Pancas;
duas barragens no assentamento Bela Vista, em Montanha; uma barragem no assentamento 13 de Maio; e uma no assentamento 3 Pontões, ambas em Nova Venécia. A previsão é que fiquem prontas no primeiro semestre deste ano.
• 5 barragens receberam a ordem de serviço para a construção: duas em Colatina, duas em São Roque do Canaã e uma Sooretama. O investimento será de mais de R$ 5,4 milhões. O prazo de execução das obras será de 180 dias. As cinco barragens juntas terão capacidade para armazenar 804 milhões de litros de água.
• 7 barragens tiveram os editais de licitações para a construção
lançados: quatro em Santa Teresa, duas em Jaguaré e uma em Baixo Guandu. O investimento previsto é de R$ 12 milhões. Estes reservatórios terão a capacidade de armazenar 1,1 bilhão de litros de água.
• 7 projetos de engenharia estão andamento para barragens que
serão projetadas em seis municípios: Alto Rio Novo, Barra de São Francisco, Ecoporanga, São Roque do Canaã, Vila Pavão e Domingos Martins (Pedra Azul) - este último conta com dois projetos. O investimento total será de R$ 650 mil.
PROGRAMA REFLORESTAR 11 mil hectares de florestas estão sendo recuperados ou preservados 2 mil produtores rurais estão sendo atendidos R$ 14 milhões já foram investidos no programa 80 mil hectares é a meta de reflorestamento até 2020 NÚMEROS R$ 60 milhões É o investimento previsto no Programa Estadual de Construção de Barragens para a implantação de 60 reservatórios de água no interior do Estado até 2018. 67,2 bilhões É o total de litros de água que serão armazenados nas 60 novas barragens: o suficiente para abastecer 1,2 milhão de pessoas durante um ano, ou irrigar 22 mil hectares de café. Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag)
“Temos obras prontas, obras em andamento, obras sendo licitadas e projetos de engenharia sendo contratados” - Octaciano Neto, secretário de Estado da Agricultura
Trata-se de um buraco escavado nas margens das estradas para captar água da chuva e os sedimentos levados por ela. Esse método combate enxurradas, assoreamento dos rios e até a destruição das estradas, além de abastecer o lençol freático e os próprios mananciais. radio.esbrasil.com.br •
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Especial
Extrato do balanço hídrico - março 2017
Luiz Fernando Schettino, professor de Ecologia e Recursos Naturais da Ufes 30
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<-100
-60
-20
-80
-40
-20
-60 a -80 -20 a -40
-40
0 a -20
-60
80 a 100 120 a 140
-80
-20
Acima
“Diante dessa nova tendência de ora termos chuvas demais, ora termos seca, precisamos balizar um novo comportamento do governo e da sociedade”
Ao longo do primeiro trimestre de 2017, a deficiência hídrica manteve-se no Estado com a ocorrência de chuvas abaixo da média -20 na maioria do período. Durante o mês de março observa-se um aumento no déficit principalmente no Norte do -20 Estado e somente as proximidades -20 do Caparaó observaram excedente de até 160 mm com a ocorrência -40 de chuvas isoladas na região (conforme mapa).
Abaixo
“Antes ninguém dava atenção à caixa seca, mas hoje já reconhecem que, graças a essa técnica, nascentes voltaram a emergir”, destaca Mauro Rossoni, do Incaper. “Nosso trabalho de conscientização segue essa filosofia e incentiva outros métodos, como o uso adequado de sombreamentos e a recuperação de áreas degradadas, como pastagens e encostas.” Além de barragens e caixas secas, uma medida eficaz e necessária para minimizar os efeitos da crise hídrica ou das enchentes é a recuperação de matas e florestas. Por meio do Projeto Reflorestar, o Governo do Estado almeja aumentar em até 80 mil hectares a cobertura florestal no Espírito Santo, o equivalente a 100 mil campos do tamanho do Maracanã. Área que, na visão de Schettino, poderia ser ampliada também com a participação da sociedade. “O programa do governo é importante, mas a meta de 80 mil hectares não é capaz de causar um efeito significativo. Para garantir que a terra armazene uma quantidade suficiente de água para o uso da população e da agricultura, é preciso ter uma ambição de chegar a até 400 mil hectares”, opina o professor da Ufes. “É possível mobilizar a sociedade, por meio de igrejas e sindicatos, na busca por sementes e mudas de árvores para o reflorestamento. E ainda fazer apelo aos agricultores para que também plantem seu hectare de floresta.” Apesar de todas essas ações e da melhoria das condições climáticas, a Companhia Espírito Santense de Abastecimento (Cesan) e outros órgãos do governo continuam recomendando que a população reduza o consumo e faça o reúso da água. No ano passado, 416 bairros da Grande Vitória passaram por um rodízio no abastecimento, que durou 55 dias. Nesse período de racionamento, a população economizou 1,6 bilhão de litros de água, o que daria para abastecer o município da Serra por 36 dias. Em meados de abril, de acordo com dados da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), a vazão do Rio Jucu voltou a ficar próxima do nível considerado crítico e a do Santa Maria esteve abaixo disso. Assim, o órgão manteve o cenário de alerta e a proibição de captação de água para fins que não sejam o abastecimento humano, das 5 às 18 horas, em todo o Estado.
-60
180 a200
-20
Ponto de observação
-20
-40 -40
-20 -60
40 -160 40
-20
Fonte: Incaper, INPE, INMET, ANA e CPRM
“Diante desse quadro, ainda não temos noção de como será a recuperação da agricultura este ano. Sabe-se que haverá uma colheita melhor de café, que é a principal cultura do Estado”, afirma Mauro Rossoni, do Incaper. “Mas, na região central e no noroeste do Estado, a situação ainda está crítica. Será preciso ter chuvas acima da média para evitar que o drama continue.” Situação que assusta o presidente da Faes, preocupado com o drama enfrentado pelo produtor rural capixaba. “Temos testemunhos de que a pobreza no meio rural está avassaladora. Sem perspectiva lá, o produtor vai buscar espaço na periferia das cidades”, aponta Júlio Rocha. “É uma questão de cultura. Basta uma chuva para as pessoas acharem que tudo já voltou aos eixos. E não é assim. A prevenção é responsabilidade de todo mundo: do cidadão urbano, do rural, do governo etc.”
gestão
FACILIDADE
Contribuição do MEI em débito automático EMPREENDEDORISMO
Universitários querem abrir negócios Um em cada cinco universitários no país pretende empreender no futuro. Foi o que constatou a pesquisa “Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras 2016”, realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Endeavor Brasil. O levantamento constatou que 6% dos graduados já são empreendedores e outros 21% pretendem empreender no futuro. Outra pesquisa do Sebrae apurou que dos mais de 538 mil donos de negócios formais e informais do Espírito Santo, 25% possuem até 34 anos – percentual que representa 2% dos empreendedores dessa faixa etária em todo o país. qualificação
Transformando empreendedores em líderes é tema de curso gratuito Tornar-se líder de si mesmo e depois se converter em líderes dos outros. Esse é o objetivo do curso on-line “Liderança: como desenvolver times de alta performance”, composto por duas horas de videoaulas, com acesso livre e ilimitado, ministrado pelo consultor e palestrante em Estratégia e Gestão de Pessoas Daniel Castello. O curso é gratuito e está disponível pelo site da Endeavor Brasil (www.endeavor.org. br). A ideia é que o participante consiga atingir alguns pontos, como ser líder de si mesmo (desenvolvendo habilidades e competências-chaves), ser líder de sua equipe (entendendo a gestão de papéis, do tempo e dos resultados), ser líder da execução da estratégia (mobilizando e influenciando no desenvolvimento de pessoas) e compreender quais são os sete comportamentos essenciais de um líder. carreira
Empresas mais desejadas para trabalhar Maior rede profissional do mundo, o LinkedIn realizou uma pesquisa entre seus usuários e identificou as empresas em que os brasileiros mais sonham em trabalhar. A metodologia levou em consideração três critérios: “candidaturas de trabalho”, em ambas as vias e também com postagens; “engajamento”, com funcionários e também com a empresa diretamente; e “retenção”, baseado em quantos funcionários estão ficando por um ano ou mais na empresa. Conheça as 10 primeiras colocadas do ranking:
Posição
Cidade
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
GPA* Uol Bunge Itaú Unibanco Kroton Klabin Totvs Latam Airline Raízen Anheuser-Bush InBev
10º
*GPA é o maior grupo varejista e de distribuição do Brasil, presente em 22 estados e no DF.
Desde o dia 18 de maio, os microempreendedores individuais (MEIs) podem utilizar o débito automático para o pagamento mensal do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI). Quem optar pelo débito automático até dia 10 entra no dia 20 do mesmo mês, mas quem optar no dia 11 em diante, só entra no dia 20 do mês seguinte. Para fazer a adesão, é necessário possuir conta em um dos 12 bancos conveniados, acessar o Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br) e clicar no banner da solicitação de débito automático.
administração
Conselho homenageia destaques acadêmicos Na noite de 18 de maio, o Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRAES) homenageou os melhores alunos dos cursos de Administração do Estado com a entrega do prêmio “Formando Destaque Acadêmico”. Foram contemplados jovens administradores, tecnólogos, bacharéis em Administração e formados em tecnologia que se destacaram ao longo dos cursos pela motivação, disciplina, empenho no estudo e conhecimento. Vinte e um alunos de 13 instituições de ensino do Estado que se formaram no segundo semestre de 2016 foram agraciados com certificado e placa personalizada. Os homenageados são escolhidos mediante avaliação dos professores e coordenadores de curso em quesitos como notas, pontualidade, responsabilidade, ética e comprometimento.
inscreva-se
Seminário “Pensando Fora da Caixa” Um dos palestrantes mais criativos e cotados do cenário nacional vai ajudar empreendedores capixabas a inovar na maneira como pensam seu negócio. Dill Casella, autor do livro “Atitude e Altitude – Uma história sobre convivência, liderança e criatividade”, ministrará o seminário “Pensando Fora da Caixa”, no auditório do Sesi Laranjeiras, no dia 20 de junho, a partir das 18h30. A participação no evento é gratuita e limitada a dois nomes por CNPJ. Para se inscrever, ligue para 0800 570 0800 ou acesse o site www.sebraees.com.br. radio.esbrasil.com.br •
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meio ambiente
Socorro para a Mata Atlântica
E
Foto: Divulgação do Governo do Estado
m 5 de junho foi comemorado o Dia do Meio Ambiente, mas as notícias não nos levam a celebrar. Um estudo realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) aponta que o desmatamento dessa vegetação cresceu 57,7% em um ano, entre 2015 e 2016, quando o bioma perdeu 29.075 hectares, o equivalente a mais de 29 mil campos de futebol. No levantamento, a Bahia foi o estado com mais desmatamento, 122,8 km² (alta de 207% em relação ao ano anterior, quando foram destruídos 39,9 km²). Em segundo lugar está Minas Gerais, com 74 km² desmatados. O Espírito Santo está em sétimo, com 330 km², representando um aumento de 116% em relação aos anos anteriores. Segundo a diretora executiva da SOS Mata Atlântica, Marcia Hirota, há 10 anos a área, que se espalha por 17 estados, não registrava um desmate dessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. Já o secretário de Estado de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira, informou que foi realizado um monitoramento, com recursos da pasta, por meio de fotografias em infravermelho, nas quais foi identificado que as áreas de florestamento do Espírito Santo são bem maiores que
“Estamos em processo de regeneração de cerca de 300 mil hectares de áreas que não estão sendo cultivadas. Isso corresponde a 6% de área de florestamento” - Aladim Cerqueira, secretário de Estado de Meio Ambiente
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Confira o ranking divulgado pelo SOS Mata Atlântica Desmatamento da Mata Atlântica (Km²) Posição
Estado
2014-2015
2015-2016
Variação
1º 2º 3º 4º 5º 6º
BA MG PR PI SC SP
39,97 77,02 19,88 29,26 5,98 0,45
122,88 74,1 34,53 31,25 8,46 6,98
207% -4% 74% 7% 41% 1462%
7º
ES
1,53
3,3
116%
8º 9º 10º
MS RS SE
2,63 1,60 3,63
2,65 2,45 1,6
1% 53% -56%
Fonte: SOS Mata Atlântica
as divulgadas pelo SOS Mata Atlântica e que o governo está em processo de recuperação de outras áreas para que se tornem nativas. “Recebemos a notícia do desmatamento com muita tristeza. Em contrapartida, não é tão ruim quando vemos os nossos números. Temos uma área de florestamento bem maior do que a divulgada no relatório. Estamos em processo de regeneração de cerca de 300 mil hectares de áreas que não estão sendo cultivadas. Isso corresponde a 6% de área de florestamento do Espírito Santo”, explicou. Aladim ressaltou que muitos desses frutos são resultados do Projeto Reflorestar, uma iniciativa do Governo do Estado do Espírito Santo que visa a promover a restauração do ciclo hidrológico por meio da conservação e recuperação da cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, estimulando a adoção de práticas de uso sustentável dos solos. “Ainda temos muitos desafios pela frente, mas desde o surgimento do Projeto Reflorestar já alcançamos muitos resultados significativos, e mais frutos surgirão. Nossa visão de governo é fazer as florestas trazerem ainda mais renda aos produtores, pois além de aquecer a economia capixaba, isso vai estimular o apoio financeiro aos proprietários das áreas rurais”, contou. Desmatamento zero Em maio de 2015, 17 secretários estaduais de Meio Ambiente assinaram a carta “Nova História para a Mata Atlântica”, assumindo o compromisso de ampliação da cobertura vegetal nativa e a busca do desmatamento ilegal zero no bioma até 2018. Após dois anos do acordo, o resultado revelou que apenas Goiás, com 149 hectares (ha) desmatados; Ceará, com 797 ha, e São Paulo, com 730 ha, já não fazem mais parte do nível de desmatamento zero. Pernambuco, que voltou para a lista desse ano, com a redução de 88% do desmatamento, passou de 136 ha em 2015 a 16 ha em 2016.
LUIz FERNANDO SCHETTINO
sustentabilidade
É professor titular de Ecologia e Recursos Naturais da Ufes, ex-secretário estadual da Seama e ex-diretor-geral da Aspe
O caminho da sustentabilidade é irreversível O discurso sobre preservação ambiental precisa se transformar em ações rotineiras e efetivas
O
Estado do Espírito Santo sofreu um processo intenso de impactos ambientais ao longo de sua colonização, tanto pelo desmatamento da cobertura florestal e inadequado uso agropecuário das terras como pela industrialização focada em grandes projetos e concentrada no litoral, de modo especial na Grande Vitória, em uma época em que não eram ainda adequadamente normatizados e exigidos importantes instrumentos para a proteção do meio ambiente, tais como: o Licenciamento Ambiental, o Zoneamento Ambiental e o Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (EIA/Rima), propostos e regulamentados pela Lei n° 6.938/81, que destacou a Política Nacional do Meio Ambiente e permitiu a edição da Resolução Conama nº 001/86, estipulando definições, responsabilidades, critérios básicos e diretrizes para a Avaliação de Impacto Ambiental. A ausência dos instrumentos de proteção ambiental no passado permitiu impactos importantes no Estado, e alguns apresentam efeitos que perduram até o presente, especialmente pela ausência dos estudos de localização dos empreendimentos, de monitoramentos adequados, das condicionantes devidas e da compensação ambiental necessária para mitigar os impactos causados. Além disso, muitas questões socioambientais foram agravadas pela não aplicação de princípios hoje norteadores da legislação ambiental, tais como: o Princípio da Prevenção, que é o grande objetivo de todas as normas ambientais (agir com cautela em ações que possam
impactar as pessoas e o ambiente, para evitar danos desnecessários cuja reparação é sempre cara e difícil e às vezes irreversível), o Princípio da Precaução, que estabelece que na ausência de confirmação científica do que pode ocorrer com as pessoas pelos impactos a serem gerados por dado empreendimento, obra, atividade, tecnologia ou substância, deve-se dizer não à sua realização, até que se tenha alguma certeza de que é possível executá-lo sem causar danos irreversíveis ao ambiente e as pessoas; e o Princípio do
A população não mais aceita falar de desenvolvimento sem isso significar cuidar do meio ambiente e das pessoas” Poluidor-Pagador, que visa a estimular a utilização criteriosa e racional dos recursos ambientais, pois quem causar dano ao meio ambiente tem a obrigação de recuperar e/ou de pagar por eles, o que é lógico para haver mais responsabilidade socioambiental. Em contraposição a tudo isso, o Espírito Santo tem uma longa tradição de luta em prol do meio ambiente pela sociedade civil organizada, que fez crescerem a partir dos anos de 1990 a consciência e a cobrança da população sobre essas questões. Isso
levou os governantes a realizar várias ações para proporcionar mais proteção ambiental e qualidade de vida, tais como: licenciamentos ambientais mais rigorosos e participativos, melhor estruturação dos órgãos ambientais; maior participação dos municípios na ação ambiental; programas de recuperação da cobertura florestal e dos recursos hídricos e de orientação ao meio rural; investimentos em saneamento básico; mais exigências no controle das emissões atmosféricas e dos efluentes industriais; e ampliação dos trabalhos de educação ambiental. Houve também uma tomada de consciência pela iniciativa privada de que deve, de fato, incluir a variável ambiental e seus custos em seus projetos de investimento e na manutenção dos empreendimentos. Desse modo, governantes e iniciativa privada sabem que o discurso sobre preservação ambiental precisa se transformar em ações rotineiras e efetivas e que os comportamentos econômicos convencionais devem ser mudados para condutas mais respeitosas à natureza e às pessoas. E, ainda, que há muito por fazer e que a crise atual dificulta mais, mas que é irreversível o caminho da sustentabilidade. A população não mais aceita falar de desenvolvimento sem isso significar cuidar do meio ambiente e das pessoas, com ética, com as melhores tecnologias, com respeito às leis e à participação social, para haver, de fato, sustentabilidade e qualidade de vida.
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Fotos: Ministério do Trabalho
entrevista
O trabalhador não corre o risco de perder direitos. Direito você não revoga; direito se aprimora
RONALDO NOGUEIRA: “Modernização trabalhista busca trazer segurança jurídica” 34
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E
m entrevista à ES Brasil, o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, fala, em primeira mão sobre a modernização trabalhista, aprovada na Câmara dos Deputados no último dia 27 de abril. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) de Porto Alegre e especialista em Gestão Pública pela Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Nogueira assumiu a pasta do Trabalho em maio de 2016, com o desafio de aprimorar as leis e melhorar as relações entre contratantes e contratados no país. Desde então, vem atuando para garantir os direitos dos profissionais e, em meio à crise econômica, fazer com que o Brasil volte a gerar emprego e renda. Durante a conversa, o ministro explica que a reforma trabalhista está ancorada em três eixos: consolidar direitos, trazer segurança jurídica e criar oportunidade de ocupação para todos.
A atual crise política tem prejudicado a reforma trabalhista? O que muda no andamento processual? O Senado está prevendo votar o projeto em junho. O Brasil precisa se unir e ter coragem de aprovar as medidas necessárias – entre elas, a modernização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – para voltar a crescer e gerar empregos. Todos os brasileiros deveriam se unir neste momento para combater as causas que geram o desemprego. Trabalhadores contratados e trabalhadores empreendedores têm que andar juntos. Em sua visão, quais os principais pontos da reforma trabalhista? O Programa de Manutenção e Geração de Emprego está ancorado em três eixos. O primeiro é consolidar direitos. O trabalhador não corre o risco de perder direitos. Direito você não revoga; direito se aprimora. Outro eixo é trazer segurança jurídica nas relações entre capital e trabalho. A partir do momento em que vamos prestigiar a convenção coletiva e pontuar alguns itens em que a convenção coletiva terá força de lei, traremos segurança jurídica aos contratos, nos acordos coletivos. O terceiro eixo é criar oportunidade de ocupação para todos. Através do aprimoramento, da regulamentação do trabalho temporário e do trabalho por jornada parcial, teremos condições de proporcionar que o Brasil, nos próximos dois anos, contrate em torno de 5 milhões de pessoas, nessas duas modalidades. O importante é que o governo moderniza e aprimora, sem comprometer direitos. Este é o grande legado que o presidente Michel Temer deixará para o Brasil: modernizar sem precarizar. A reforma trabalhista será capaz de reverter o quadro de desemprego no país? Quem está apostando que o Brasil não vai dar certo vai errar. O Brasil tem potencial. Temos 60 milhões de pessoas que não têm uma atividade econômica, e esse número não surgiu nos últimos seis meses. Nem esse número de 14 milhões de desempregados surgiu nos últimos seis meses. Mas já vemos motivos para o povo brasileiro voltar a ter esperança no futuro. Fevereiro foi marcado pela retomada da criação de empregos, conforme os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). E os trabalhadores começaram a ter acesso, em março, às contas inativas do FGTS. Essa foi mais uma medida adotada pelo governo de Michel Temer para colocar o país no caminho da retomada do crescimento. São medidas que estão produzindo otimismo entre empresários e trabalhadores. Podemos esperar, assim, a retomada de um círculo virtuoso, de mais investimentos e
contratações. E essas contratações também serão impulsionadas pela modernização da legislação trabalhista, que, como já vimos, além da segurança jurídica nos acordos coletivos, aprimora e regulamenta o trabalho temporário e o trabalho por jornada parcial. Algumas categorias de trabalhadores cumprem jornada de 12 por 36 horas. Com a reforma, outras categorias podem adotar uma jornada flexível? Sim, desde que seja uma decisão da convenção coletiva e se respeite o período de intervalo do descanso. Hoje, não tem impedimento. O pessoal da saúde e os vigilantes entendem que essa é uma regra vantajosa. O problema é que não tem segurança jurídica, até mesmo para essas categorias. Nossa proposta tem como eixo a segurança jurídica para que esses itens, se decididos na convenção coletiva, tenham força de lei. Há quem defenda que essa flexibilização da jornada de trabalho privilegia as empresas. Isso não é um risco claro aos trabalhadores, devido à dificuldade de negociarem acordos? O sindicato representa o interesse coletivo do trabalhador. A convenção coletiva terá força de lei para deliberar sobre a forma como a jornada de trabalho – desde que respeitadas as 44 horas semanais, ou 220 horas mensais – poderá ser executada, observando os dispositivos da CLT: intervalo de descanso, limite de 12 horas, como já está previsto na CLT. A regra geral é de que horas extras só são pactuadas dentro daquilo que exceder as 44 horas semanais. Qual a real mudança na jornada de trabalho então? Hoje a CLT prevê 12 horas numa situação excepcional. Quando se pegam os dados da CLT e do TST (Tribunal Superior do Trabalho), corrobora-se a visão de que, dentro do limite de 12 horas, pode-se pactuar as 44 horas semanais. Pode-se flexibilizar isso aí. Ou damos segurança jurídica às convenções coletivas ou terminamos com elas. Não dá para continuar com o sindicato acertando o acordo e depois, lá na radio.esbrasil.com.br •
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Estudos também mostram que a terceirização incentiva a especialização e, consequentemente, um aumento de produtividade”
frente, um trabalhador entrar na Justiça e o juiz tornar nulo o acordo coletivo para pagar a hora extra. A Justiça tem de ser plana, não pode ser complacente com um lado nem rigorosa com o outro, senão não mudamos o país. A responsabilidade tem de ser mútua – de quem contrata e de quem é contratado. O padrão sem convenção é de oito horas diárias e 44 semanais. Com convenção coletiva, o trabalhador poderá definir a forma de executar as 44 horas semanais. Qual a expectativa em relação aos litígios trabalhistas, com os acordos tendo força de lei? Trazer segurança jurídica. Grande parte dos litígios hoje se dá em razão de acordos coletivos que, depois, são tornados nulos. O governo Temer tem a característica de ser aberto ao diálogo. O governo não tem proposta de buscar adesão, busca a participação da sociedade. A convenção coletiva vai deliberar sobre o banco de horas, para que a compensação seja equivalente ao pagamento da hora extra, 1 por 1,5 (para cada hora trabalhada a mais, o equivalente a uma hora e meia no banco de horas). Estamos aprimorando a representação dos trabalhadores nos assentos na convenção de trabalho. A convenção coletiva poderá deliberar também sobre a participação nos lucros, pró-trabalhador. O senhor não acha que as regulamentações trabalhistas podem impedir que as empresas utilizem a terceirização por falta de segurança jurídica? Quando não havia um marco regulatório, até mesmo o poder público contratava empresa terceirizada. Muitas empresas pelo país não recolhiam encargos, não pagavam salários, desapareciam de uma hora para outra. O trabalhador ficava desprotegido e precisava buscar a Justiça. Então, é preciso trazer um marco regulatório, com garantias para esse trabalhador que presta serviço, que está contratado por essas empresas terceirizadas, para que os direitos estejam assegurados. Assim, vai-se evitar que empresas terceirizadas deixem os trabalhadores sem direitos. O marco regulatório deve existir para trazer segurança nessa relação. 36
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Em quanto tempo veremos os reflexos da terceirização na economia brasileira? Existe algum número ou projeção? Por exemplo, em quanto tempo haverá mudanças nas taxas de desemprego? O Ministério do Trabalho não tem estudos de projeções nesse sentido. O que se sabe é que as estimativas de empregados terceirizados no Brasil, hoje, estão em torno de 12 milhões de trabalhadores, segundo o Dieese. Para esses trabalhadores, a regulamentação dará mais segurança jurídica, e isso deve ter impactos positivos no mercado de trabalho. A Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), por exemplo, diz que o trabalho temporário é a melhor opção para gerar vagas imediatamente, sobretudo em tempos de crise. Nos Estados Unidos, o setor de serviços passou de 50% para 80% de participação na economia formal, nos últimos 50 anos. Uma boa parte desse crescimento se deve à terceirização. A França passou por uma situação semelhante, no mesmo período, com crescimento do setor de serviços de 50% para 75%. Aqui no Brasil, de 1994 a 2009, essa participação do setor no número total de empregos formais subiu de 57% para 65%. Então, esse é um setor que já deve mostrar resultados positivos. Estudos também mostram que a terceirização incentiva a especialização e, consequentemente, um aumento de produtividade. Isso deixa os produtos brasileiros mais competitivos e ajuda o país até na disputa do mercado internacional, fortalecendo a nossa economia e a geração de empregos. O que vai ocorrer com funcionários terceirizados após 15 dias de atestado médico? A quem irão recorrer? Há uma confusão, um pensamento de que vai haver uma terceirização de pessoas. Se o trabalhador vai bater ponto, se ele estará subordinado e vai cumprir uma jornada, isso configura vínculo e tem que ter carteira assinada. Todos os direitos dos trabalhadores, sejam eles terceirizados ou não, já estão assegurados na Constituição e na CLT. Os trabalhadores das empresas terceirizadas continuarão vinculados à CLT. E o Ministério do Trabalho vai atuar forte no combate à chamada “pejotização”, à informalidade e à precarização. Para finalizar, qual ou quais as vantagens da terceirização para o empregador e para o empregado? A lei da terceirização veio atender a uma necessidade do país, porque esse tipo de relação de trabalho já é uma realidade. Hoje são pelo menos 12 milhões de funcionários terceirizados no Brasil. Mas antes era permitida a terceirização apenas das atividades-meio. Isso gerava insegurança jurídica para os empregadores e incerteza sobre a garantia de direitos para os trabalhadores. A nova lei deve tornar o trabalho cada vez mais específico, com empresas especializadas em cada segmento da etapa de produção. Uma pesquisa do Ipea já mostrou uma transformação importante na terceirização no Brasil, que estaria deixando de ser simplesmente uma estratégia empresarial para reduzir custos trabalhistas, evoluindo para ser um elemento na nova configuração do sistema produtivo competitivo. A lei aprovada traz mais segurança para o trabalhador, porque a empresa prestadora de serviços tem que ter capital social compatível com o número de empregados, enquanto que a tomadora será responsável pelo ambiente de trabalho.
fatos
Cuidado com o Instagram
Reconheça algumas reações
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• Dificuldade de lidar com a separação entre o real e o virtual;
ma pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, apontou que o Instagram é a mídia social mais nociva à mente dos jovens. O instituto solicitou que 1.479 usuários, com idade entre 14 e 24 anos, classificassem o Instagram, o YouTube, o Snapchat, o Facebook e o Twitter em relação a 14 quesitos, entre eles ansiedade, depressão, solidão, bullying e imagem sobre o próprio corpo. De acordo com os resultados da pesquisa, o Instagram foi apontado como a mídia social que eleva as taxas de ansiedade e depressão nessa parcela da população, significando um aumento de 70% nos últimos 25 anos. O estudo revelou ainda que os jovens estão cada vez mais com a autoestima baixa, sem sono e com medo de ficar por fora dos acontecimentos e tendências. A “vida perfeita” compartilhada nesses meios faz com que os jovens desenvolvam expectativas irreais sobre suas próprias vivências. Esse perfeccionismo atrelado à baixa autoestima pode desencadear sérios problemas de ansiedade. A diretora de política do Instagram, Michelle Napchan, informou que a intenção é manter a rede como um lugar seguro e de apoio, onde as pessoas se sentem confortáveis se expressando. “Essa é nossa prioridade máxima, especialmente quando se trata de jovens”, garantiu.
Segundo dados de pesquisa: • Só 39% dos pais conversam com filhos sobre ameaças online, embora mais da metade (52%) dos pais acreditassem que os riscos das crianças na internet estivessem aumentando; • Um em cada cinco adultos (20%) não fazia nada para proteger seus filhos das ameaças da internet; • Apesar de proporção semelhante (22%) ter observado seus filhos em contato com ameaças reais online, como a exibição de conteúdo inadequado, a interação com estranhos e o cyberbullying; • 53% achavam que a internet afetava negativamente a saúde ou o bem-estar de suas crianças.; • Praticamente um terço (31%) achava que não tinha controle sobre o que seus filhos viam ou faziam online, e quase dois terços; • 61% não conversavam com as crianças sobre as ameaças virtuais. E quando tomavam uma atitude, nem sempre foram efetivas: 28% disseram que verificaram o histórico de navegação de seus filhos; mas nesse momento os danos já podiam ter ocorrido. Apenas um quarto dos entrevistados; • 24% usava algum software de controle de navegação. Fonte: Kaspersky Lab e B2B International
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• Priorizar o mundo virtual pode causar uma sensação de frustração e mal-estar ao ver tantas pessoas aproveitando o mundo real de uma forma que a pessoa não faz; • Gastar muito tempo com o pensamento e fantasia e ter pouca ação concreta no dia a dia também pode levar a sentimentos negativos e ruins; • Insatisfação com a vida real e a digital passa a ser uma fonte de escape e fuga.
“Não acredito que esse seja um fator exclusivo das mídias sociais, pois no tempo em que elas não existiam, o mesmo fenômeno ocorria nas relações grupais de adolescentes, nas chamadas galeras” Davi Hoffman, psicólogo
O psicólogo Davi Hoffman afirma que há, de fato, uma preocupação dos jovens em se manter atualizados nos grupos e mídias sociais. Segundo ele, até certo ponto esse comportamento é considerado natural, pois elas cumprem um papel importante nas relações dos adolescentes e jovens, atualmente. No entanto, é comum, principalmente, ao adolescente, querer ser aceito pelo grupo como uma parte na constituição de sua identidade. “Não acredito que esse seja um fator exclusivo das mídias sociais, pois no tempo em que elas não existiam, o mesmo fenômeno ocorria nas relações grupais de adolescentes, nas chamadas galeras. O que estaria ocorrendo é uma mudança na forma como isso ocorre. Isso poderia interferir de forma tanto positiva, na medida em que o jovem se sente aceito por um determinado grupo, como de forma negativa na formação de sua autoimagem, se esse grupo rejeita esse adolescente”, afirmou Hoffman. O especialista reforça que cabe aos pais impor limites, dialogar e apontar a realidade. “Acredito que a família e a escola podem e devem ter um papel fundamental, abrindo espaço para o diálogo, promovendo um ambiente de aceitação, combatendo práticas ofensivas. É necessário que haja um equilíbrio nas atividades desse adolescente. Os que estão mais vulneráveis são aqueles que não contam com uma supervisão de seus responsáveis”, finalizou.
Saiba o que muda
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Carteiras de habilitação tecnológicaS
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esde o dia 1º de maio, as Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) passaram a ser emitidas com a tecnologia do QR-Code. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Ministério das Cidades, a medida, que cumpre a determinação da Resolução 650 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), segue a Resolução 598 do Conselho Nacional de Trânsito (Conatran) e já está sendo exigida em todo o país. Para o gerente operacional do Detran-ES, Cleber Bongestab, a iniciativa visa a aumentar a segurança contra fraudes e cópias ilícitas do documento. “A tecnologia permitirá que os dados dos motoristas brasileiros sejam acessados pela leitura do QR Code, que dará acesso ao banco de dados do Denatran, onde estará uma versão digital da CNH”, disse. Para o diretor do Denatran, Elmer Vicenzi, essa segurança não fica somente no campo da documentação de trânsito. “A verificação se dava apenas nos dados biográficos presentes na CNH, podendo a foto não ser a do titular do documento, configurando fraude. Essa implementação vai permitir a toda a sociedade conferir a foto. Qualquer setor da sociedade poderá ter acesso, seja numa relação civil, seja numa relação empresarial, como bancos, cartórios e locadoras de veículos, entre outros”, contou.
Espírito Santo No Espírito Santo, a nova tecnologia passou a valer em 2 de maio e até o momento foram emitidas mais de 7 mil carteiras de habilitação com esse sistema. De acordo com o Detran-ES, a estrutura é tão eficiente que não requer acesso à internet para que seja realizada a consulta dos dados do condutor. Uma das maiores dúvidas sobre o novo documento é com relação aos gastos para renovação das CNH. Bongestab afirma que não haverá custos na emissão. “Por parte do Detran-ES, não há nenhum custo, sendo que a taxa de emissão das carteiras de habilitação é estadual e faz parte da autonomia administrativa do Estado, que regulamenta esse valor”, explicou. O gerente informa que a troca da carteira não será obrigatória. As primeiras vias e os documentos que forem renovados serão emitidos com a nova tecnologia. Já o condutor que tiver a CNH com a data de emissão até o dia 30 de abril de 2017, e quiser trocá-la, precisará pagar pela taxa de renovação. Aplicativo O aplicativo responsável por realizar a leitura do código é o “Lince”, já disponível para sistemas Android e iOS. O sistema da CNH é diferente dos comumente utilizados, pois foi desenvolvido com uma combinação
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9 1 Fundo geométrico positivo com textos incorporados,
microletras positivas e negativas com falha técnica em calcografia; 2 Mapa do Estado com a sigla incorporada em calcografia; 3 Fundo numismático duplo com brasão da República incorporado e efeto íris; 4 Tarja geométrica positiva e distorcida;
5 Sigla dos estados com tinta preta e fluorescência sob a luz UV;
6 See-through;
7 Fundo numismático duplo com mapa do Brasil em
geométrico, microletras incorporadas e efeito íris; 8 Papel de segurança especial com marca d’água DENATRAN e bandeira do Brasil; 9 Holografia bidimensional com dizeres CNH;
10 Fio de microletras positivas com falha técnica em calcografia; 11 Numeração tipográfica com flurescência sob a luz UV;
12 Guilhoche negativo com imagem latente, microletras
positivas, negativas com falha técnica em calcografia;
13 Rosácea positiva com microletras positivas; 14 Microletras positivas e distorcidas duplex com falha técnica; 15 Tinta com fluorescência sob a luz UV; 16 Fundo geométrico positivo; 17 Tinta de variação óptica; 18 Brasão da República em calcografia. Fonte: Contran (Conselho Nacional de Trânsito)
do QR Code existente hoje, que divulga apenas dados textuais, mais a fotografia, através de um software chamado H264, todo em software livre. radio.esbrasil.com.br •
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internet
Mike Figueiredo
Internet das coisas: que coisa é essa que conecta o mundo? estimativa para 2017 é de que 8,4 bilhões de objetos estejam conectados à internet, 31% a mais do que em 2016, e 63% serão aplicados por consumidores comuns
P
rimeiro foram o correio eletrônico, as páginas virtuais e as redes sociais. A internet permitiu uma verdadeira revolução na forma com que as pessoas se comunicam em todo o planeta. Quem achou que as mudanças parariam por aí se enganou, e muito! Nos últimos anos, vimos chegar ao mercado uma série de dispositivos que agora também estão conectados à rede e que fazem o mundo à nossa volta ficar acessível em qualquer lugar e na palma da mão. Geralmente, os dispositivos contam com sensores e processadores embutidos que permitem gerar e armazenar dados, trocar informações e ajustar uma ação ou comando sem a necessidade do controle de uma pessoa. As smart TVs, por exemplo, já fazem sucesso há algum tempo e têm uma série de funcionalidades antes só encontradas nos computadores. Esse tipo de televisão é apenas um dos exemplos de como objetos e equipamentos do cotidiano podem estar conectados e agora fazem parte do que conhecemos como “internet das coisas” ou, no termo original em inglês, “internet of things” (IoT). O barateamento da tecnologia de processadores e sensores permitiu a diversas empresas investirem em produtos 40
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considerados mais inteligentes por estarem conectados à internet e poderem gerar informações para o usuário. Apesar disso, especialistas também alertam para os perigos de se ter informações pessoais disponíveis em muitos dispositivos, pois os sistemas de segurança ainda são um entrave para o funcionamento ideal dessas tecnologias. Além das TVs, já encontramos facilmente no mercado relógios, óculos, calçados e várias outros itens familiares a nós que antes não contavam com acesso à rede. Uma aposta mais arrojada nesse assunto é o desenvolvimento dos carros autônomos, que já estão em fase de teste mas ainda não se apresentam disponíveis para o consumidor. A previsão para 2017 é de que 8,4 bilhões de itens estejam conectados à internet e em uso pelas pessoas e pelas empresas em todo o mundo. A projeção foi divulgada em fevereiro pela Gartner, empresa americana conhecida internacionalmente pela realização de serviços de pesquisa e consultoria em tecnologia da informação. Essa estimativa representa 31% de aumento em relação aos números de 2016, quando a quantidade de coisas conectadas foi
de 6,4 bilhões. As principais regiões que impulsionam esse avanço são a China, América do Norte e Europa Ocidental, que devem responder por 67% da base total instalada de internet das coisas. No cálculo dos 8,4 bilhões de objetos conectados em 2017, a Gartner estima que 63% deles são de consumidores comuns, o que representa em torno de 5,2 bilhões de unidades. Já as empresas devem empregar 3,1 bilhões de coisas conectadas. “Além dos sistemas automotivos, as aplicações que serão mais utilizadas pelos consumidores serão as TVs inteligentes e conversores digitais, enquanto os medidores elétricos inteligentes e câmeras de segurança comercial serão mais utilizados pelas empresas”, informou o diretor de pesquisa da Gartner, Peter Middleton, na divulgação do estudo pelo site da empresa. Perigos e vantagens de ter tudo conectado A revolução tecnológica da internet das coisas está sendo possível porque os dispositivos conectados à rede também contam com processadores internos e programas que podem reagir com o que está ao entorno ou interagir com a internet. O que era um simples par de óculos se torna, com essa tecnologia, um equipamento que mostra a localização, as condições climáticas do local e outras informações de interesse do usuário. “Estamos no caminho para dar inteligência a dispositivos que até há pouco tempo eram completamente comuns e que agora têm funções que ajudam as pessoas no dia a dia. A ideia da internet das coisas é simplificar a vida das pessoas”, afirma o consultor em Segurança da Informação Gilberto Sudré, que também é pesquisador e coordenador do Laboratório de Segurança Digital do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. A professora Susiléia Abreu, que dá aula nos cursos de Sistemas de Informação e de Ciência da Computação da Universidade Vila Velha (UVV), acredita que muitos produtos conectados ainda estão chegando, num ritmo até um pouco devagar, para os consumidores. Ela também vê vantagens no emprego dessas tecnologias
“Estamos no caminho para dar inteligência a dispositivos que até há pouco tempo eram completamente comuns e que agora têm funções que ajudam as pessoas no dia a dia” - Gilberto Sudré, consultor em Segurança da Informação
Unidades de internet das coisas por categoria (milhões de unidades) 15000
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2020 12.863
7.036
10000 5000
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5.244 3.963 1.316 1.102
1.635
2.027 1.501 Negócios: diversos (cross industry)
Consumidor
4.381 3.171
2.132
Negócios: verticais específicos
Gastos com Internet das coisas por categoria (milhões de dólares) 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200
2016
2017
2018
2020 1.494.466
985.348 725.696 634.921 532.515 212.069
Consumidor
683.817 280.059
736.543 372.989
Negócios: diversos (cross industry)
863.662 567.659
Negócios: verticais específicos
Fonte: Gartner, Inc
no ambiente organizacional. “Na tendência de diminuir os custos, as empresas podem apostar em alguns equipamentos inteligentes para tornar mais fáceis alguns processos que antes não tinham como estar conectados”, considera. Para Sudré, o ponto-chave da revolução no acesso à web por objetos comuns do cotidiano foi o barateamento dos microprocessadores. “Uma série de modelos desses equipamentos são pequenos e ficaram baratos e fáceis de serem programados. Hoje, temos toda uma arquitetura nos computadores que permite escrever um programa e embuti-lo no processador para que seja embarcado em algum dispositivo”, explica. “Os fabricantes viram nisso uma chance de aumentar a ‘inteligência’ dos dispositivos, oferecendo produtos mais inovadores e aumentando as vendas.” Mas nem tudo é positivo quando se trata de conexão, geração de dados e acesso remoto. Os recursos de segurança desenvolvidos para atender a essa área ainda não são muito sofisticados. Segundo Susiléia, quando somos monitorados a todo tempo, sempre há um perigo de invasão, principalmente quando a exposição é muito grande. “Não tem se falado muito sobre a questão da segurança na internet das coisas. A tecnologia segue evoluindo e, só à medida que problemas de invasão surgem, começa a se pensar essa questão. Primeiro, aparecem a facilidade da tecnologia e a prestação de serviço, mas apenas mais tarde é que vem a preocupação de como tornar isso mais seguro”, declara a professora. radio.esbrasil.com.br •
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Onde eu estiver, posso usar o celular para acessar todos esses dados e fazer uma leitura completa do carro, independentemente da localização do veículo” - Leonardo Basoni, publicitário dono de um BMW I3 que se conecta à internet por meio de um chip
Os produtos com falhas de segurança e com códigos mal implementados e mal testados estão no mercado, e isso traz risco para a vida e a privacidade dos usuários. “Os próprios fabricantes, como acontece com a indústria da tecnologia em geral, não estão tão preocupados com a segurança. Na verdade, querem lançar produtos inovadores, com novas funções, e preferem jogar no mercado um item que ainda não está totalmente pronto a atrasar o lançamento para desenvolver melhor o produto com uma característica de segurança mais sofisticada”, conclui Sudré. Agilidade e comodidade conquistam consumidores Entrar no carro em um dia quente é uma tarefa difícil nos primeiros minutos, até o ar-condicionado dar conta de minimizar o calor. Como seria bom se, quando entrássemos no veículo, o ar já estivesse mais fresco. Um carro com a função de ligar o ar-condicionado remotamente não é mais um sonho distante, e modelos desse tipo já estão disponível no mercado. O publicitário Leonardo Basoni, 37, tem um BMW I3 que se conecta à internet por meio de um chip e possui um aplicativo que permite ao dono enviar comandos do celular para o carro, como ligar o ar-condicionado, ativar a buzina, trancar as portas e acender o farol, antes mesmo de ele chegar ao automóvel. “O aplicativo me mostra no celular o quanto ainda resta de bateria, quais as próximas revisões e informações sobre o consumo do veículo. Onde eu estiver, posso usar o celular para acessar todos esses dados e fazer uma leitura completa do carro, independentemente da localização do veículo”, detalha ele. Basoni sempre foi entusiasta de tecnologia e leva uma vida num estilo bem conectado. Ele revela que o carro com essas funções foi a última aquisição, mas também utiliza smart TV e smartwatch. “Além disso, tenho o Google Glass há quase dois anos
“Não tem se falado muito sobre a segurança na internet das coisas. A tecnologia segue evoluindo e, só à medida que problemas de invasão surgem, começa a se pensar essa questão” Susiléia Abreu, professora dos cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação 42
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e ele mostra no canto da própria lente as notificações de e-mail e chamadas, além de contar com GPS que indica a localização. A função mais interessante do Glass é a de gravar vídeo e registrar imagens, porque basta clicar na haste para ativar a câmera”, comenta. Para o publicitário, o Google Glass tem quase as mesmas funções de alguns smartwatchs que são mais fáceis de usar. Por isso, ele entende os motivos pelos quais as vendas dos óculos inteligentes foram encerradas, em 2015. Quem também vive conectado à internet é o médico Maurício Campo Dall’Orto, 25, que usa em casa uma smart TV, um home theater com acesso à rede e o aparelho da Apple TV. Sempre com a agenda de trabalho lotada e sem tempo para ficar conferindo o celular a todo momento, ele também decidiu adquirir o AppleWatch, o smartwatch da Apple, para ter mais comodidade e agilidade. “Quando estou na minha mesa de atendimento, posso conferir toda notificação de e-mail ou chamada. O relógio funciona como um computador e costumo dizer que é praticamente minha secretária, porque mostra o que tenho que fazer e agiliza meu dia a dia para que eu não precise pegar no celular a todo momento”, conta Maurício. Segundo o médico, outra vantagem do uso desse equipamento é a possibilidade de monitorar atividades físicas. “O AppleWatch vem com GPS incluso e localiza onde você está, lhe dá a quantidade de calorias gastas em uma corrida e lê seu batimento cardíaco”, enumera. Além dos medidores inteligentes, as aplicações adaptadas às verticais específicas da indústria (incluindo dispositivos do processo de manufatura, sensores para instalações de geração elétrica e dispositivos de saúde para localização em tempo real) impulsionarão o uso de coisas conectadas entre as empresas até 2017, com 1,6 bilhão de unidades implantadas . No entanto, a partir de 2018, dispositivos de negócios diversos (cross industry), tais como aqueles voltados para edifícios inteligentes (incluindo iluminação LED e sistemas de segurança física), assumirão a liderança na medida em que a conectividade é direcionada para dispositivos de maior volume e menor custo. Enquanto os consumidores compram mais dispositivos, as empresas gastam mais. Em 2017, em termos de gastos com hardware, o uso de coisas conectadas entre as empresas gerará US$ 964 bilhões. As aplicações dos consumidores totalizarão US$ 725 bilhões em 2017. Até 2020, as despesas de hardware de ambos os segmentos chegarão a quase US$ 3 trilhões.
rua desembargador ferreira coelho Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.
PERNAMBUCANO PLANTOU RAíZES NO ESPÍRITO SANTO E SE TORNOU NOME DE RUA EM VITÓRIA
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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae
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ntônio Ferreira Coelho identifica importante via pública na Praia do Suá, em Vitória. É um tributo da edilidade ao pernambucano que deixou sua terra para exercer entre nós a magistratura, que o conduziu, no tempo, à presidência do egrégio Tribunal de Justiça do nosso Estado. Nosso homenageado nasceu em Recife, no dia 21 de setembro de 1860. O filho do casal José Ferreira Coelho e Emília Leopoldina Silva Coelho, depois de cursar o ensino básico nos colégios Bom Conselho e São José, na capital nordestina, bacharelou-se aos 24 anos de idade, incompletos, em 15 de março de 1880, pela tradicional Faculdade de Direito de Pernambuco. Durante o curso, exerceu o jornalismo, escrevendo artigos na “Folha do Norte”, tendo, em 1881, ocupado o
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cargo de oficial do gabinete do governador da Província do Rio Grande do Norte. Iniciou sua carreira na área do Direito, de 1885 a 1889, como juiz em Santa Catarina (Tubarão) e em Alagoas (Maragogi), antes de ser transferido para o Espírito Santo. Em nosso Estado, Antônio Ferreira Coelho exerceu a judicatura nas comarcas de Benevente (atual Anchieta), entre 1891 e 1892, em Viana e em Barra de São Mateus. Em 1895, veio para a capital. Em 1906, o Governo do Estado designou-o para codificar todas as leis do Processo Civil, Criminal e Orfanológico, trabalho que o credenciou, jovem ainda, aos 36 anos, a ser nomeado desembargador. Atuante e respeitado como jurista, foi presidente do Tribunal de Justiça em 1907, 1920, 1923 e 1925, ano em que se aposentou.
Nosso personagem do mês identifica importante via pública da Praia do Suá, a Rua Desembargador Ferreira Coelho
Foto: acervo da galeria do ex-presidente do TJ
GPS - 20.3129358 - 40.3012556
Escritor com reconhecido e eclético talento literário, foi autor e editor de vários livros, entre eles “Viagem à Volta ao Mundo”, Dicionário do Direito Civil, “Brasil Pitoresco”, “Estudos Astronômicos”, “O Cometa Halley”, “História do Convento de Nossa Senhora da Penha”, “Céu do Brasil”, “Princípios de Direito Internacional” e Prontuário do Código Civil”. Ferreira Coelho casou-se em 1885, aos 25 anos, com Maria Antônio Ferreira Coelho Catharina de Serpa Brandão, com quem teve nove filhos: Maria Emília, José Ferreira, Francisco, Maria José, Elias, Antônio Matheus, Paulo, Maria da Penha e Demétrio. Também deu nome a uma unidade de ensino municipal em Vila Velha – a Escola “Desembargador Ferreira Coelho”. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, no dia 14 de junho de 1933. (Copidesque: Rubens Pontes).
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gestão
Vitor Taveira
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maneiras de perder um cliente
Um guia do que não fazer: quais os principais erros que levam as empresas a perder seu público?
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muito fácil perder um cliente. Grandes erros ou a negligência de detalhes podem ser cruciais. Você quer perder clientes? É claro que não, né? Por isso a ES Brasil ouviu empresários e especialistas para preparar uma lista com alguns dos principais “pecados” que levam as empresas a registrar déficits de público e negócios. “Existe um jargão no mundo dos negócios que diz que se gasta muito mais dinheiro para conquistar novos clientes do que para manter os já existentes. É uma crítica lógica e muito antiga, porém, parece que a maioria das empresa ainda não aprendeu com isso”, questiona Guilherme Machado, que é especialista em vendas, consultor e executive coaching. Desde o atendimento e as vendas até a atualização sobre o mercado, passando pela qualidade, produção e inovação, é preciso estar de olho de forma permanente nas tendências e novidades, dando atenção humana ao cliente e focando a experiência proporcionada a ele. Por mais estagnado que o mercado esteja em tempos de crise, e de fato
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vivemos uma crise, o relacionamento com o cliente precisa continuar. Preparamos um guia do que não fazer. São dicas preciosas para você enfrentar essa tempestade com o menor impacto possível. Como recuperar um cliente? Realmente é um desafio recuperar um cliente que se sentiu de alguma maneira desagradado com a empresa. Para Leonardo Carraretto, duas palavras são chaves para tentar reconquistar essa pessoa insatisfeita: transparência e humildade. É necessário saber escutar e reconhecer qualquer equívoco, propondo uma maneira de solucionar ou compensar pela falha, e apresentar sempre a verdade com clareza, sendo franco com o cliente para chegar a um bom entendimento.
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Não escutar o que o cliente realmente quer
Dizem que, se temos dois ouvidos e uma só boca, é para ouvir mais do que falar. “Quando não ouvimos, perdemos a chance de alcançar mais rapidamente as dores e necessidades do cliente e, consequentemente, quando alguém o escuta, leva o cliente para sempre”, diz o empresário Leonardo Carraretto. Por isso, é importante conhecer a fundo o problema do cliente, fugir da superficialidade e das soluções prontas, que agradam mais a quem vende do que a quem compra.
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Subestimar os clientes
As empresas precisam tomar cuidado para não julgar os clientes a partir dos próprios espelhos, alerta Cláudio Rabelo, professor do curso de Publicidade e Propaganda da Ufes. “Julgar estereótipos é um equívoco, em uma época marcada pelo empoderamento, luta por respeito, representatividade e igualdade”, ressalta. No atendimento, na venda ou na propaganda, esse tipo de julgamento pode ser fatal e causar não só a perda de clientes, mas também uma reação em cadeia capaz de abalar a imagem dos negócios.
Tratar áreas de atendimento e vendas como meramente operacionais É um erro comum não investir nessas áreas: às vezes o vendedor é tratado apenas como um “empurrador de produtos”, e o gestor deixa de aproveitar as oportunidades que poderia ter como empresa, no desenvolvimento de novos produtos e na retenção de clientes. “Todos os pontos de contato com o cliente trazem lições e oportunidades”, considera Carraretto. É preciso estar atento e estruturado para aproveitá-las e ajudar a reinventar a empresa e seus produtos e serviços.
Quando não ouvimos, perdemos a chance de alcançar mais rapidamente as dores e necessidades do cliente e, consequentemente, quando alguém o escuta, leva o cliente para sempre”
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Leonardo Carraretto, empresário
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Pensar no produto e não na experiência oferecida
Para cativar um cliente fiel, é preciso ir muito além de oferecer um produto ou serviço. O mercado mudou, as pessoas buscam antes de tudo boas experiências e soluções para seus problemas. “Na maioria das empresas as técnicas e formas de atendimento e de apresentação ainda são de décadas atrás”, aponta Guilherme Mach ad o. C l áu d i o R ab e l o exemplifica frisando que um cliente não vai até a loja comprar um hambúrguer. Ele vai para não ter que matar o boi, limpar a carne, preparar jantar, limpar vasilhas. Para ser bem atendido, ser servido com rapidez, sentir a energia do lugar, ouvir música agradável. “Empresas que vendem o ‘hambúrguer’ são míopes em comparação com aquelas que entregam todo o pacote de experiências relacionado à compra e por isso perdem clientes.”
Julgar estereótipos é um equívoco, em uma época marcada pelo empoderamento, luta por respeito, representatividade e igualdade“
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Cláudio Rabelo, professor de publicidade da Ufes radio.esbrasil.com.br •
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gestão
Na maioria das empresas as técnicas e formas de atendimento e de apresentação ainda são de décadas atrás”
Guilherme Machado, especialista em vendas
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Não investir em tecnologias e processos
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Não se preocupar com o treinamento da equipe
Como já dissemos, as mudanças são rápidas no mundo de hoje. Acomodar-se definitivamente não é uma boa ideia. É preciso estar atento a novos produtos e tecnologias que possam otimizar o trabalho, para torná-lo mais produtivo e organizado, acompanhando o desenvolvimento de novas tecnologias que possam ajudar dentro de cada segmento de mercado.
Ninguém nasce pronto para o trabalho. Todo mundo precisa ser treinado e preparado para exercer suas funções. Ao se acomodarem e não investirem nas pessoas e profissionais, há a certeza de que o pleno potencial da empresas nunca será alcançado. Quem não cresce diminui, perdendo clientes. “Ignorar que cada membro de uma empresa/time precisa ser desenvolvido é não extrair todo o potencial de uma máquina de resultados”, diz Carraretto. Guilherme Machado lembra que, mesmo se as máquinas puderem realizar todos trabalhos considerados padrão, nunca poderão substituir o que é humano. O bom atendimento, a criatividade e a inovação precisam ser parte do cotidiano da empresa e demandam preparação constante. 48
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Não trabalhar a marca da empresa
Uma empresa pode perder muitos clientes quando seu produto se torna obsoleto. Com a evolução tecnológica, isso acontece de maneira cada vez mais acelerada. O professor Cláudio Rabelo cita exemplos de empresas que conseguiram transcender seus produtos originais ,como Red Bull, Everlast, Lego e Marvel, que assim se tornaram aplicáveis em múltiplos contextos, histórias e mercados. Um planejamento de branding bem executado pode ser fundamental para ter mais claridade e um trabalho consistente em torno de sua marca.
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Abandonam a empresa por indiferença ou descaso com o cliente, segundo pesquisa publicada pela Harvard Business Review. Essa é a principal causa de perda de público aponta o estudo. Em seguida aparecem outros itens, como insatisfação com produto ou serviço (14%), perda para a concorrência (9%), estabelecimento de novas amizades (5%) e mudança de cidade ou de país (3%).
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Ser muito ganancioso
Empresas que economizam demais podem acabar perdendo mais ainda. É preciso ter cuidado. Claro que é necessário otimizar os gastos, porém, é preciso também não deixar que isso rebaixe a qualidade de produtos e serviços, a qualificação de profissionais, os prazos e as condições de entrega, a propaganda, a reparação de transtornos ao cliente. O barato pode sair caro se funções primordiais tiverem condições de rendimento abaixo do necessário.
R$ 217 bilhões Foi o valor estimado em perdas das empresas brasileiras por conta de atendimento inadequado, segundo levantamento feito pela Accenture no ano passado.
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Não acompanhar as mudanças de mercado
Vale lembrar que inovação não é uma ideia genial que surge do nada, mas é fruto do trabalho permanente de buscar soluções. Já mencionamos que não entender a mudança de comportamento e expectativas do consumidor é querer tirar leite de pedra. Guilherme alerta que muitas empresas que ainda operam no velho paradigma cliente x empresa x produto estão fadados a naufragar. É preciso focar a oferta de uma boa experiência ao cliente. “Em vez de criar novas formas de atender melhor, de surpreender clientes e de antecipar tendências, empresas optam por atuar exatamente dentro de um padrão já esperado e óbvio”, alerta Cláudio Rabelo.
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Tratar o cliente de forma generalista
Guilherme Machado explica que vivemos a era da venda consultiva, não mais da venda transacional, que se resume a entregar um produto. Não basta apenas fazer a transação; o vendedor também é uma referência não para a aquisição de um bem ou serviço, mas para oferecer a solução ideal para o cliente, necessitando assim de um profundo conhecimento do que tem para dispor e uma busca por dialogar com o público para entender qual a sua real demanda e proporcionar-lhe boas experiências. Por isso o cliente não pode ser tratado de forma generalista, com receitas prontas ou padrão. Isso não vai cativá-lo. A atenção precisa ser customizada, personalizada, atraente.
Compreender os verdadeiros motivos que levam os clientes aos locais é um bom caminho para iniciar. Para algumas situações, o professor Cláudio Rabelo aponta possíveis saídas. Por exemplo, um longo tempo de espera pela entrega e um produto fora dos padrões aguardado ou um atendimento rude são problemas que podem ser resolvidos com pequenas cortesias, mimos, amostras gratuitas, e, principalmente, com pedidos sinceros e gratuitos de desculpa. Grandes empresas realinharam seus focos administrativos, usando a gratuidade como formas fundamentais de recuperar clientes antigos e atrair os novos. No caso de danos à imagem, é melhor prevenir que remediar. Ele recomenda contar com profissionais de relações públicas e gestores eficazes de mídia sociais, que sabem como acompanhar os discursos que circulam nas plataformas e conversar com os públicos da empresa de forma respeitosa. Mas como evitar cair na mesmice? “Investir em marketing de serviços, renovação da experiência de consumo, promoções, ponto de venda, branding, pesquisa, atendimento e, principalmente, antecipar as tendências faz com que as empresas encontrem caminhos para superar as expectativas dos clientes”, recomenda o professor. radio.esbrasil.com.br •
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economia
Weber Caldas
A ARTE PARA GANHAR A VIDA De materiais que seriam jogados no lixo, como palha de café e latas de alumínios, artesãos capixabas criam produtos que conquistam o Brasil e o exterior
F
ibra de bananeira, palha de café, latas de alumínio, conchas, barro... Citados assim, aleatoriamente, esses materiais podem parecer sem importância. Mas o que seria lixo, na verdade, torna-se luxo por meio de mãos habilidosas, como matéria-prima dos mais diferentes produtos do artesanato capixaba. Criações que geram dinheiro e ganham cada vez mais reconhecimento internacional. Exemplo disso vem do trabalho da artista plástica Giovanna Rocha Barbosa. Por meio da fundição de conchas com alumínio, aço e palha, ela desenvolve peças de design inovador, hoje exportadas até para os Estados Unidos. As mais conhecidas de suas obras são as bailarinas, feitas do alumínio de latas recicladas, com saias de conchas de coloração natural. “O trabalho com conchas sempre fez parte da iconografia cultural do Estado. É um dos nossos símbolos, ao lado da panela de barro e da moqueca. Mas percebia que os produtos desenvolvidos eram muito
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simples, em formato de bibelôs. Busquei criar algo diferenciado, usando essa mesma matéria-prima, só que agregando design. Daí surgiram as bailarinas, que fazem bastante sucesso nas feiras de que participo”, explica Giovanna, que também produz uma linha de utilitários, como porta-guardanapos e outros objetos mais voltados para o lar, unindo conchas a materiais diversos, como palha, sisal, etc. Criatividade para transformar uma matéria-prima bastante utilizada, como as conchas, em algo inovador é um dos caminhos para se fazer sucesso como artesão, de acordo com especialistas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “É importante fazer pesquisa de tendências, assistindo à TV, vendo revistas de decoração, caminhando em shoppings e olhando as vitrines. Assim dá para descobrir qual é a demanda do mercado, o que está na moda”, orienta Débora Paiva Magnago, gestora do Programa de Artesanato do
Sebrae-ES. “Com isso, acabam surgindo produtos inovadores, algo fundamental para o artesão conseguir se destacar.” Débora aponta três formas para que um artesanato se destaque: sendo ecologicamente correto, ou seja, produzido a partir de material reciclado e sem gerar resíduo na fabricação; sendo economicamente viável, tanto para quem está vendendo como para quem está comprando; e sendo socialmente justo. “Inovação é usar materiais reciclados ou abundantes na natureza, como as fibras”, completa. Requisitos preenchidos com louvor por uma artesã do Sul do Estado. É na palha do café que Valdete Reis Almeida encontra a matéria-prima para criar a sua arte. Com os restos do cultivo de uma das principais riquezas capixabas, ela produz jarros, mandalas, quadros e outros objetos decorativos. “A palha do café era um lixo da plantação e sempre era queimada. Vi e pensei em aproveitar aquele material. Só que, no início, dava
O artesanato capixaba usa materiais como palha, escamas, compensados e outros itens que seriam descartados na natureza
bolor e atraía insetos. Demorei seis anos para encontrar a técnica correta para transformar aquilo em artesanato”, conta Valdete. Sua arte passou a fazer tanto sucesso que, há 13 anos, ela montou um ateliê na parte de baixo da própria casa, às margens da BR 101, em Rio Novo do Sul, onde conta com a ajuda de até 10 funcionários, de acordo com a demanda. “O dinheiro do artesanato me ajuda a cobrir as despesas do lar e até a pagar os gastos de duas filhas que cursam faculdade particular fora do Estado”, revela a artesã-empreendedora. “A arte é a minha paixão e também o meu sustento.” Graças à participação em feiras e exposições, no Brasil e no exterior, os produtos de Valdete Reis tornaram-se conhecidos, o que permitiu à artesã capixaba firmar parceria com a loja Tok&Stok, que revende seu artesanato em todo o território nacional. Tornar o artesanato capixaba ainda mais conhecido nacional e internacionalmente é um dos objetivos tanto do Sebrae-ES como da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades). “Com o apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), do Governo Federal, o Estado vem investindo para tirar o artesão do anonimato e dar a ele uma carteira nacional, permitindo a participação em feiras nacionais e internacionais. É uma forma de reconhecimento”, destaca Fernanda Vescovi, gerente de Artesanato da Setades. Foi assim que Giovanna Barbosa conseguiu conquistar novos mercados para o seu artesanato de conchas. “As feiras ajudam o artesão a colocar a cara no mundo. Sem esse apoio, não conseguiríamos tornar nossos produtos conhecidos”, admite Giovanna. “Hoje, 95% do que produzo é vendido para fora do Estado, inclusive para os Estados Unidos. Para 2018, minha meta é tocar um projeto de exportação, para outros mercados fora do país.” Para poder participar de feiras e exposições e ter outros benefícios, como vender seus produtos sem pagar imposto, é preciso antes possuir a Carteira Nacional de Artesão. Para obter esse documento, emitido no Estado pela Setades, o artista deve passar por um teste de habilidade, sob avaliação de técnicos especializados, dentro dos critérios do PAB. Hoje, o Espírito Santo já tem cerca de 9 mil artesãos cadastrados dessa forma. “Com esse cadastramento, queremos aumentar o nível do artesanato capixaba, para que possa ser visto como uma indústria. E, assim, dar ao turista e aos demais clientes a garantia de que está levando um produto bom”, explica Fernanda Vescovi, da Setades. De fato, o artesanato integra uma indústria em plena expansão: a da economia criativa. Na última década, no Brasil, houve um
crescimento de 70% nesse setor, formado por uma série de atividades que dependem da criatividade e do talento individual, como o design, a moda, a arquitetura, a tecnologia da informação e as artes em geral, entre outras. Reunida, a riqueza gerada pela indústria criativa representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. De acordo com levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves, tendo como base dados da Pesquisa Nacional de Amostragem em Domicílio (Pnad), que abrange os mercados formal e informal, o Espírito Santo tem 144,3 mil pessoas ocupadas em atividades criativas, conforme números do quarto trimestre de 2016. Esse valor equivale a 8,2% do total de pessoas ocupadas no Estado. Quando se leva em consideração apenas o mercado formal, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, a indústria criativa no Espírito Santo era formada, em 2015, por 1.330 empresas. Houve um crescimento de 24% em relação a 2010, bem acima da média da economia tradicional, que foi de 14,9%, de acordo com levantamento do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Com esse crescimento, aumenta também a preocupação para que essa atividade se torne financeiramente viável para quem a exerce. Por isso, tanto o Sebrae como a Setades defendem uma maior profissionalização dos artesãos. Ao mesmo tempo, desenvolvem novas formas para que eles possam expor e comercializar os seus produtos. No fim do ano passado, foi inaugurada, no Shopping Vitória, a loja “Artesanato Capixaba”. O espaço reúne a produção de 128 artesãos. Estão à venda, além das tradicionais panelas de barro, peças em cerâmica e em madeira, acessórios e objetos de decoração. “É um local para servir de referência na venda de produtos artesanais capixabas. Em breve, queremos ter também um catálogo digital, para que os artesãos do Estado possam expor e comercializar suas
“O turista que vem ao Espírito Santo quer comprar um produto que lembre a tradição capixaba. Nada muito pequenininho, baratinho, nem nada muito caro. Tem de ser algo que simbolize o Estado, os artesãos têm de estar atentos a essa demanda” Débora Magnago, gestora do Programa de Artesanato do Sebrae-ES radio.esbrasil.com.br •
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NÚMEROS DOMERCADOFORMAL
1.330 10.142 24,1%
Empresas integram a indústria criativa no Espírito Santo, na qual o artesanato está inserido
Profissionais atuam na indústria criativa
Foi a taxa de crescimento de empresas na indústria criativa, entre 2010 e 2015
“Não há nada igual no mundo. Podem tentar imitar, mas ninguém faz (panelas) iguais às nossas” - Berenice Nascimento, presidente interina da Associação das Paneleiras de Goiabeiras
criações via internet”, planeja Fernanda Vescovi, da Setades. “Nosso papel é criar um ambiente para esse setor se desenvolver ainda mais e da melhor maneira possível.” ONDE ENCONTRAR GALPÃO DAS PANELEIRAS DE GOIABEIRAS Onde fica: Rua Leopoldo Gomes Salles, nº 55, Goiabeiras (Vitória) Atendimento: de segunda a sábado, das 8 às 18 horas; domingo, das 9h20 às 15h LOJA DO ARTESANATO CAPIXABA Onde fica: Shopping Vitória – 2º piso, na Av. Américo Buaiz, 200, Enseada do Suá (Vitória) | Atendimento: de segunda a sábado, das 10 às 22h; domingos e feriados, das 15 às 21h LOJA DA ASSOCIAÇÃO CAPIXABA DE ARTESÃOS (ACARTE) Onde fica: Av. Hugo Viola, nº 955, Loja 06, Jardim da Penha (Vitória) Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 9 às 19h; sábado, das 9 às 14h VILA DAS ARTES Onde fica: Av. Nossa Senhora de Lourdes, s/nº, Jacaraípe (Serra) Atendimento: todos os dias, das 8 às 18h ASSOCIAÇÃO DOS ARTESÃOS DA SERRA Onde fica: Av. Nossa Senhora dos Navegantes, nº 722, Jacaraípe (Serra) | Atendimento: todos os dias, das 8 às 20h CASA DO TURISTA Onde fica: Rua Luiza Grinalda, nº 143, Prainha (Vila Velha) Atendimento: de segunda a sábado, das 10 às 21h CASA SOL ASSOCIAÇÃO COSTUME ARTES Onde fica: Rua Santa Mônica, nº 7, Vista Dourada (Cariacica) Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 9 às 12h e das 13 às 17h; aos sábados, com agendamento ARTE&CAFÉ Onde fica: Rua Manoel Joaquim dos Santos, s/nº, Itacibá (Cariacica) Atendimento: segunda a sexta-feira, das 8 às 18h Fonte: Rais (MTE) 2010 e 2015; inclui dados apenas do mercado formal; Elaboração: Ideies/Sistema Findes
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NEM SÓ DE MOQUECA VIVE A PANELA DE BARRO Quando o assunto é artesanato, há um produto que se destaca acima dos demais no Espírito Santo: a panela de barro. O símbolo máximo da cultura capixaba tem seus segredos para resistir ao tempo e não perder espaço nos fogões. Não só como utensílio para cozinhar a tradicional moqueca capixaba, mas também para preparar outros pratos da gastronomia. “Hoje em dia a panela de barro não é usada só para fazer moqueca. Ela vai muito além do peixe. Diversos pratos diferentes estão sendo feitos usando as nossas panelas, que caíram no gosto de grandes chefs de cozinha”, afirma a presidente interina da Associação das Paneleiras de Goiabeiras, Berenice Nascimento. Qualidade garantida por uma tradição milenar, que tornou a panela de barro capixaba o primeiro bem material tombado no Brasil, com reconhecimento até internacional. Uma arte que é passada há séculos de pais para filhos. “É uma arte. Primeiro tem de retirar o barro, que vem do Vale do Mulembá, situado em Joana D’Arc, Vitória. Depois tem de moldar até criar o formato de uma panela, que sirva para cozinhar alimentos sem deixá-los amargos. É uma atividade trabalhosa, 100% artesanal, feita à mão, à beira de uma fogueira, seja no calor de verão, seja durante um temporal”, detalha Berenice. Só em Goiabeiras cerca de 80 pessoas trabalham nesse artesanato, produzindo em torno de mil panelas por mês. E tão saboroso como uma boa moqueca feita na panela de barro é o reconhecimento a esse produto tipicamente capixaba. “Não há nada igual no mundo. Podem tentar imitar, mas ninguém faz (panelas) iguais às nossas”, garante Berenice.
panorâmicas
Parceria do Editor
Integração
Inclusão financeira O presidente do Corecon-ES, Victor Nunes Toscano, e o vicepresidente da entidade, Eduardo Araújo, se reuniram com o diretor executivo do Sicoob, Nailson Dalla Bernadina, com objetivo de estruturar uma parceria institucional em ações de inclusão financeira. “Acreditamos que o trabalho conjunto do Corecon e do Sicoob pode ajudar a comunidade a ter mais acesso à educação financeira, além de oferecer alternativas de crédito com taxas de juros mais acessíveis e possibilidades de participação nos resultados em negócios de cooperativismo”, avalia Toscano.
Reunião com a Sedu O vice-presidente do Corecon-ES, Eduardo Araújo, e o conselheiro Leandro Lino participaram de uma reunião de trabalho com representantes da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). No encontro, realizado dia 19 de abril, os presentes falaram sobre a possibilidade garantida pela legislação de economistas preencherem as vagas oferecidas em editais de contratação de professores em cursos técnicos ligados à área. Os conselheiros esclareceram que a Lei Federal 1.411 faculta aos economistas a atividade de docência em Estatística e Finanças.
Gincana para estudantes Desafio para estudantes do curso de Ciências Econômicas.Vem aí Gincana Estadual de Economia, organizada pelo Corecon-ES. Por meio de um jogo virtual, os participantes se deparam com um problema econômico e devem solucioná-lo usando conhecimento, estratégia e uma pitada de sorte. Cada carta do jogo representa uma decisão macroeconômica, que pode ter consequências como aumento da inflação ou recessão. O evento será nos dias 29 e 30 de junho, no campus da Ufes em Goiabeiras, Vitória. Inscrições: https://goo.gl/SvNm7l. Em Vitória
Fórum Estadual de Economia Criativa O Corecon-ES é um apoiadores do Fórum Estadual de Economia Criativa, que acontecerá no dia 29 de maio, em Vitória. Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapes) e pelo Instituto Brasileiro de Inovação (IBI), o evento acontecerá no Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), no bairro Santa Luiza. Na abertura, o presidente do Conselho, Victor Nunes Toscano, falará sobre o posicionamento da instituição em relação à economia criativa.
Congresso Brasileiro de Economia Já estão abertas as inscrições para o 22º Congresso Brasileiro de Economia (CBE). Neste ano, o maior evento da área no país será realizado em Belo Horizonte (MG), entre os dias 6 e 8 de setembro. O encontro reunirá renomados economistas brasileiros, palestrantes internacionais, autoridades e estudantes. Nesta edição, o CBE destaca o tema “Desenvolvimento Econômico, Justiça Social e Democracia: Bases para um Brasil Contemporâneo”. As inscrições podem ser feitas no site www.cbe2017.com.br.
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agro PREJUÍZO
Foto: Leonardo Duarte/Secom-ES
SOLENIDADE
Colheita do café conilon começa no ES No dia 13 de maio, teve início a colheita do café conilon no Espírito Santo. A ocasião foi comemorada em solenidade realizada em Pinheiros, no norte do Estado, durante o 10º Ano da Campanha da Melhoria da Qualidade e Início da Colheita do Café no Espírito Santo e 9º Noroeste Café Conilon. A solenidade reuniu mais de 700 pessoas, entre produtores rurais, pesquisadores e representantes de instituições públicas e da cadeia produtiva, além de autoridades. Durante o evento, o governador Paulo Hartung reforçou a importância socioeconômica da lavoura cafeeira. “É a principal atividade em muitos municípios capixabas e gera oportunidades e desenvolvimento”, disse. PARCERIA
Cooperação técnica entre ES e SP Espírito Santo e São Paulo firmaram parceria de cooperação técnica e científica para a transferência de tecnologia visando ao desenvolvimento de variedades de café e de outras culturas resistentes à seca. O protocolo de intenções foi assinado em Pinheiros, no dia 13 de maio, pelos governadores dos estados envolvidos, Paulo Hartung e Geraldo Alckmin. Com a parceria, os trabalhos executados pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), pelo Instituto Agronômico (IAC) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), de São Paulo, serão compartilhados para auxiliar no desenvolvimento da agricultura e da agroindústria. Assim como o Espírito Santo, algumas regiões de São Paulo também têm sofrido nos últimos anos com os efeitos da estiagem, o que vem contribuindo para a queda da produção agropecuária. CONTROLE
Madeira é apreendida no sul do Estado Dezenove metros cúbicos de madeira nativa foram apreendidos pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) em Bom Jesus do Norte, na divisa do Estado com o Rio de Janeiro. A apreensão ocorreu porque o Documento de Origem Florestal (DOF), que é obrigatório para o transporte de produto ou subproduto florestal de espécie nativa brasileira, estava vencido. Essa documentação permite o controle desde o corte, armazenamento e transporte até o consumo final do material. O Idaf alerta aos responsáveis por madeireiras para que fiquem atentos à documentação exigida, evitando a recepção de materiais ilegais. 54
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Agroindústrias perdem R$ 38,5 milhões com roubos A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) levantou números com as agroindústrias produtoras de carne de frango, de ovos e de carne suína e chegou a um número estarrecedor. Os roubos de cargas causaram prejuízos de R$ 38,5 milhões a agroindústrias desses setores. Conforme resultados informados pelas empresas, foram desviadas 3,9 mil toneladas de produtos, em mais de 1.200 ocorrências registradas ao longo de 2016, sobretudo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Os principais casos aconteceram, especialmente, em rodovias e áreas de desembaraço de cargas.
COM RESTRIÇÕES
Pesca é liberada na bacia do Rio Doce Vetada desde 1º de novembro de 2016, exceto para a prática amadora na modalidade de pesque e solte, a pesca de algumas espécies, como o mandi e a tilápia, foi liberada na Bacia do Rio Doce. Uma portaria publicada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), autarquia do Governo de Minas Gerais, autoriza a captura de espécies cuja origem ou ocorrência natural é de outra bacia e também de espécies exóticas na porção da bacia localizada naquele estado. Porém, impõe algumas limitações para pescadores amadores, como a captura de até 10 quilos, acrescido de um exemplar de qualquer tamanho acima do mínimo estabelecido pela legislação. Já no Espírito Santo, por decisão da Justiça Federal, a pesca na foz do Rio Doce, nos municípios de Aracruz e Linhares, continua proibida.
INCENTIVO
Redução de ICMS para cervejas artesanais O Governo do Estado enviou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que prevê a redução da alíquota do ICMS sobre a produção de cervejas artesanais de 27% para 12% este ano. A intenção é incentivar a geração de emprego e renda e o desenvolvimento do agroturismo no Estado. A partir de 2018, a alíquota do ICMS das cervejas artesanais será de 17%, visto que esse setor poderá ser incluído no Simples Nacional. “Queremos agradecer a iniciativa, que é importante para o crescimento da cerveja artesanal. Ela traz cultura e fomenta a atividade de turismo. Nessa assinatura, temos 13 cervejarias representadas. É um passo para termos a rota das cervejas do Estado”, afirmou o presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais do Espírito Santo (Acerva-ES), Sandro Rizzato.
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Jovacy Peter Filho
gestão
é advogado, mestre em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP) e presidente do Conselho Estadual de Ética Pública do Espírito Santo
O espírito da corrupção e a corrupção do espírito Como cada um lida com os desafios da vida, os limites e as possibilidades?
C
orrupção, subornos, fraudes, tráfico de influência. São tantas constatações cotidianas dessas condutas na prática pública brasileira que corremos o sério risco de naturalizarmos a barbárie que cada uma delas traz consigo. Encorajei-me a escrever este texto após ler uma reportagem sobre um escândalo de corrupção na Suécia, onde um deputado estaria sendo sancionado por ter se apropriado indevidamente de uma quantia equivalente a R$ 3,8 mil. Em vez de utilizar créditos de seu bilhete corporativo de trens e metrôs para viagens de trabalho, ele os usou para comprar comida, água e vinho. Aos nossos olhos, pode parecer pouco para a reação gerada naquele país. Mas não é, se olharmos a cultura que se edificou em torno do respeito ao que é devido. Ninguém nasce corrupto ou inclinado aos desvios que favorecem apenas a si ou ao grupo ao qual pertence. Isso é uma construção social. É verdade que as características da nossa personalidade vêm da nossa constituição genética. Ocorre que essas características vão sendo moldadas pela cultura, pela vivência e pelas experiências ambientais, num intercâmbio que direciona a formação do caráter. Ou seja, na forma concreta com que cada um
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irá lidar com os desafios da vida, os limites e as possibilidades. A corrupção, portanto, marca uma questão de caráter. Isto é, representa um comportamento forjado socialmente, seja pelas relações que cada um constrói no curso da vida, seja pelas permissões que o meio social oferece. Diante disso, o que
Ninguém nasce corrupto ou inclinado aos desvios que favorecem apenas a si ou ao grupo ao qual pertence. Isso é uma construção social”
fazer para minimizar esse quadro caótico de corrupção pulverizada em tantas faces da sociedade brasileira? Ora, se o espírito da corrupção está nos permissivos sociais que lhe alimentam, se é na cultura que a fraude encontra a sua sustentação, será igualmente nela que deverá se
iniciar um processo de revisão, das culturas doméstica, educacional e institucional. Sem uma plataforma que mire a importância do agir enquanto mecanismo de comunicação humana, conectada a um ambiente e às pessoas que dele compartilham, não poderemos construir uma ponte sustentável com a Suécia e sua experiência social bem-sucedida. Se o espírito da corrupção está presente na vulnerabilidade com que tratamos o tema em nossa cultura, ou melhor, na forma como não o tratamos, certo é que ao silenciarmos o debate em nossas experiências sociais estamos dando o combustível necessário para que a indústria da fraude opere. E ao flexibilizarmos nossa percepção acerca dos limites de tolerância para o que é certo e errado, estamos semeando a corrupção no espírito de cada um. O momento de desencanto do brasileiro com a política pode fazer nascer uma intencionalidade por uma cultura de maior respeito pela ética e integridade, para além da mera retórica. Para tanto, teremos de planejar essa viagem rumo à Suécia, sabendo que o caminho é extenso, mas que, apesar disso, não abriremos mão dessa experiência, seja para nossa geração, seja para as que virão.
test drive
Honda WR-V Robusto, versátil e esportivo
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m carro feito especialmente para os brasileiros: assim pode ser descrito o WR-V, novo SUV compacto da Honda. O automóvel já se encontra disponível nas concessionárias da marca e vem em duas versões: EX e EXL, que trazem configurações de equipamentos que combinam segurança, tecnologia, versatilidade e conforto. Equipado com motor 1.5 i-VTEC FlexOne, com controle eletrônico variável de sincronização e abertura de válvulas, o veículo apresenta excelente desempenho e economia de combustível, com uma agilidade similar à de carros com maior cilindrada. Desenvolvido com base nas necessidades locais e nas características mais buscadas pelos consumidores que possuem um estilo de vida ativo, o WR-V apresenta um visual robusto e esportivo, que pode ser visto na grande frontal com acabamento em black piano, nos faróis com luzes de uso diurno (DRL) em LED, nos projetores de neblina e nas rodas de 16 polegadas. Outros destaques ficam por conta do rack de teto, do para-brisa com faixa degradê, dos vidros verdes com proteção UV, além da escolha de retrovisores com comandos elétricos e repetidores laterais em LED, presentes nas duas versões. A parte interna do veículo também não deixa a desejar com o seu acabamento e materiais diferenciados. Uma das grandes inovações é o sistema de bancos ULTRa SEAT (Utility Long Tall Refresh), que permite diversas configurações de assentos e acomodação de objetos de grandes dimensões. O modo Refresh disponibiliza ainda um assoalho plano, que amplia o espaço útil para bagagens. Todo o cuidado com os detalhes também
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Honda WR-V Motor: 1.5 L 16V SOHC i-VTEC FlexOne Direção: elétrica Câmbio: automático, CVT Pneus/rodas: 195/60 R16 Porta-malas: 363 litros Tanque: 45,3 litros Comprimento: 400 cm Altura: 159,9 cm Largura: 173,4 mm (sem retrovisores) Entre-eixos: 255,5 cm
pode ser visto no painel – com um friso horizontal que aumenta a sensação de amplitude – e no quadro de instrumentos com computador de bordo multifunções Bluemeter. Os ocupantes são contemplados ainda com vidros elétricos – com função um toque para o motorista –, ar-condicionado, cintos de segurança de três pontos, encostos de cabeça em todas as posições e sistema Isofix, que possibilita a fixação de cadeirinhas. Na versão EX, o condutor vai encontrar um sistema de áudio com tela de cinco polegadas com conectividade via Bluetooth, USB e cabo auxiliar. Já no modelo EXL, o destaque é o sistema multimídia de sete polegadas com GPS com navegador de internet via hotspot e conectividade completa via Bluetooth, cartão SD e duas entradas USB. As duas versões do WR-V também impressionam quando o assunto é segurança, trazendo air bags frontais e laterais, freios ABS com distribuição eletrônica (EBD), além da exclusiva estrutura de deformação progressiva ACETM (Advanced Compatibility Engineering) e das barras de proteção nas portas. O modelo será produzido na fábrica de Sumaré (SP) e vem para marcar uma data importante na história da Honda Automóveis no Brasil, que em 2017 celebra 20 anos de fabricação no país. O WR-V será vendido por R$ 79.400,00 (EX) e R$ 83.400,00 (EXL).
Nota do Editor: A partir da próxima edição esta coluna se chamará “Motores” e abordará todo universo de veículos motorizados
Toyota aumenta preço da Hilux e do SW4
Nova BMW G 310 R produzida no Brasil A nova BMW G 310 R começou a ser produzida no estado do Amazonas, no dia 18 de maio. Além da máquina, a unidade do BMW Group em Manaus também será responsável pela oferta de outros nove modelos de motocicletas, todos voltados exclusivamente para o mercado nacional: BMW F 800 GS; BMW F 800 GS Adventure; BMW F 800 R; BMW R 1200 GS; BMW R 1200 GS Adventure; BMW S 1000 R; BMW S 1000 RR; BMW S 1000 XR e BMW F 700 GS – este último foi o primeiro a sair das linhas de montagem, em outubro de 2016. A empresa investiu cerca de 4 milhões de euros em tecnologias, treinamentos e equipamentos para produção de novos modelos na fábrica, inaugurada em outubro de 2016.
Range Rover Velar chega em outubro
Foto: Divulgação
A Land Rover já está aceitando encomendas do novo Range Rover Velar, SUV da marca que terá preços variando de R$ 383.100 a R$ 513.900, de acordo com a versão escolhida. As primeiras entregas do modelo, que ainda nem começou a ser vendido mundialmente, serão realizadas a partir do dia 31 de outubro deste ano. Quatro versões vão ser disponibilizadas no Brasil: R-Dynamic S (R$ 383.100), R-Dynamic SE (R$ 405.400), R-Dynamic HSE (R$ 445.500) e First Edition (R$ 513.900), sendo esta última limitada a 20 unidades. O veículo será oferecido inicialmente apenas com o motor 3.0 V6 Supercharged de 380 cv e 45,9 mkgf (que também equipa o Jaguar F-Type) e câmbio automático de oito velocidades.
A Toyota reajustou o preço de todas as versões do SW4 e da Hilux. Na picape, a versão de entrada com motor a diesel subiu R$ 590, enquanto que a mais completa ficou R$ 950 mais cara. Na opção flex, o aumento variou de R$ 570 a R$ 670. Na SW4 a alta é ainda maior: as duas versões com motor a diesel subiram cerca de R$ 1.200 cada; a SRX automática de sete lugares com motor a gasolina teve elevação de R$ 1.130; e as versões flex tiveram salto de R$ 755 a R$ 850. De acordo com a empresa, “a estratégia de preços da Toyota do Brasil é confidencial e definida com base em vários fatores internos e externo; por isso a necessidade de aumento nesse momento”.
Audi terá câmeras de painel Bastante populares em diversas regiões do mundo, as câmeras de painel estarão disponíveis a partir do segundo semestre deste ano para os carros da Audi no Brasil (linhas A4, A6, A7, A8, Q3, Q5 e Q7), podendo ser instaladas como equipamento de fábrica ou em modelos lançados a partir de 2013. A novidade possibilita com que seja gravado tudo o que acontece à frente e atrás do veículo, servindo como provas em casos de acidentes. Discretas e completas, as câmeras filmam em full HD e têm radar, integração com GPS e sensor de força-G. Elas ainda podem ser monitoradas e controladas por um app para smartphones. O kit com câmeras dianteiras e traseiras da Audi, que atualmente só é vendido na Austrália, custa 845 dólares australianos (cerca R$ 2 mil). No Brasil, uma câmera avulsa sai na faixa de R$ 70 a R$ 300, enquanto uma GoPro com mais recursos pode ir de R$ 850 a R$ 2.200.
App oferece 40% de desconto em multas O Serpro, empresa de tecnologia da informação do Governo Federal, desenvolveu um aplicativo para o Denatran que facilita o pagamento de multas de trânsito, oferecendo 40% de desconto para motoristas e empresas. O app do Sistema de Notificação Eletrônica (SNE) pode ser baixado de forma gratuita nos sistemas Android e iOS. Para ter acesso ao desconto, o condutor precisa estar cadastrado na ferramenta ou no site do SNE, pagar a multa antes do prazo de vencimento e não entrar com recurso, reconhecendo que cometeu a infração. Caso o motorista resolva apresentar recurso, o abatimento cai de 40% para 20% até o dia do vencimento. Após a data limite, será cobrado o valor integral. radio.esbrasil.com.br •
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Por Letícia Vieira
Itapina: Bucolismo, história e belezas
C
olatina fica na região noroeste do Estado, a aproximadamente 131 km da capital, Vitória. É uma área com tradição nos setores de móveis e vestuário, mas que tem também no turismo uma atividade que traz movimento para o município. Para acessar a região, basta seguir pela BR 101 ou pela BR 259. O pôr do sol, visto do centro da cidade, é um dos principais cartões-postais de Colatina. E é de fato um belo espetáculo, que chegou a ser classificado, na década de 60, pela revista americana “Time”, como um dos mais bonitos do mundo. É o símbolo da terra. A infraestrutura é completa para atender os visitantes com hotéis e restaurantes. São muitas opções para agradar a todos os gostos. Saindo do centro e percorrendo uma distância de cerca de 25 km, uma grata surpresa. Um bucólico distrito de Colatina às margens do Rio Doce: Itapina. O vilarejo histórico, do final do século XIX, já foi um dos mais importantes produtores de café. Experimentou o auge e a decadência da produção e hoje preserva um conjunto histórico e arquitetônico com edificações construídas em estilos colonial brasileiro e art décor. O sítio histórico foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo (CEC) em 2013 e é reconhecido como Conjunto Histórico e Paisagístico de Itapina. Os casarios são realmente muito bonitos e chamam atenção. As ruas de paralelepípedo completam o ar de 60
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tranquilidade. Sons? Os dos pássaros, a conversa animada de algum morador, um carro que passa pela rua. Do alto da ponte que nunca foi acabada, a vista é privilegiada. Só metade dela foi finalizada e hoje serve de mirante. Admirar a paisagem nos remete a tão deliciosas sensações… Vez ou outra nos interrompe o trem, com seu apito e suas rodas a tocar os trilhos. Barulho quase ensurdecedor. É, tem trilho de trem em Itapina. A Estrada de Ferro Vitória-Minas passa por lá. Tem trem e tem balsa. Isso mesmo, balsa. A travessia pelo Rio Doce, que não dura 10 minutos, foi pensada para facilitar o acesso de moradores que precisam se deslocar diariamente de Colatina para Itapina. E aí os turistas aproveitam para se entreter com tamanha beleza. Dona Tereza, da farmácia, não gosta de foto. “Não sou fotogênica, minha filha!” Mas gosta de conversar. E viu e ouviu tantas coisas… e divide tudo. Histórias são para ser contadas. Mas Itapina não vive o ano todo assim tão tranquila. Tradicionalmente, no mês de junho, acontece o Festival Nacional de Viola, o Fenav iola, que reúne músicos profissionais e iniciantes do Espírito Santo, Brasil e do mundo. A organização tem a participação ativa de todos os moradores, que recebem os turistas em seus casarios. Um destino escondido e não muito conhecido que precisa ser descoberto por capixabas e turistas.
dica de hospedagem Você pode se hospedar no centro de Colatina. Lá há uma melhor infraestrutura com hotéis e restaurantes. Ma se preferir vivenciar uma experiência diferente, em Itapina é possível encontrar a opção de cama e café. Uma tradicional forma de hospedagem muito comum no interior, na qual se vivencia o dia a dia dos moradores. Você fica hospedado dentro da casa deles.
Cama Café do Val Endereço: Colatina, Distrito de Itapina, Rua Dr. José Fara, casa 27 Telefone: (27) 99827-8818 Horário de funcionamento: sexta e sábado, das 11h às 22h00 | domingo, das 11h às 17h00.
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MAIS E MELHOR
FILME
O CHAMADO 3 F. Javier Gutiérrez, Paramount
O clássico do cinema de terror ganhou uma continuação que estreou em fevereiro de 2017 no Brasil e agora chega ao mercado de home video. A trama acompanha a história de Julia (Matilda Anna Ingrid Lutz), que fica preocupada com seu namorado, Holt (Alex Roe), quando ele decide explorar a lenda urbana sobre um vídeo misterioso, segundo a qual a pessoa que lhe assiste morre depois de sete dias. Na busca pela salvação de seu namorado, Julia acaba fazendo uma terrível descoberta: há um “filme dentro do filme”, que ninguém nunca tinha visto antes. Lançamento: 02 de junho.
O PODER DO HÁBITO Charles Duhigg “Mesmo não sendo do meio acadêmico, o autor criou uma instigante narrativa para expor seus argumentos. Ele mostra como o nosso cérebro cria hábitos, por estar o tempo todo procurando maneiras de poupar esforço. Leitura imperdível para quem busca autoconhecimento.” Rosane Rossi, gestora executiva do Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo (Siges)
ÁLBUM
AFTER LAUGHTER
OZ
Paramore, Warner Music
Tom Fontana
Depois de conquistar o mundo com sucessos como “Decode”, “The Only Exception” e “All We Know”, a banda Paramore lança seu 5º álbum de estúdio. São 12 faixas, sendo que o primeiro single, “Hard Times”, estreou no Top 60 da Billboard. Lançamento: 26 de maio.
“Produções que envolvam o tema sempre me sensibilizam, pois já dei aulas de teatro para menores infratores. Embora sejam realidades diferentes, percebo que os dramas humanos mostrados são muito verossímeis. É uma série forte que te prende do início ao fim!” Theo Simon, ator e produtor
LIVRO
PAUL MCCARTNEY – A BIOGRAFIA Phillip Norman, Companhia das Letras
Quase 50 anos depois do fim dos Beatles, o especialista em rock Philip Norman conta toda a trajetória de vida do biografado, através do precioso auxílio de entrevistas com membros de seu círculo pessoal. Lançamento: 2 de junho.
MAIS VENDIDOS
NEGÓCIOS 1º
Sem Limites – A história da Netshoes José Eduardo Costa | Gente
2º
Férias Sem Fim | Bruno Picinini | Gente
3º
Os Segredos da Mente Milionária | T. Harv Eker | Sextante
4º
Qual é a Tua Obra? | Mario Sergio Cortella | Vozes
5º
Gente que Convence | Eduardo Ferraz | Planeta do Brasil
Fonte: PublishNews - Maio/2017 (até dia 23/05) | (http://www.publishnews.com.br/ranking/mensal/8/2017/4/0/0)
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TUM TUM TUM Déa Trancoso “Este álbum reúne músicas tradicionais do Norte e do Nordeste brasileiro que raramente chegam pra gente. É um álbum honesto, trabalhado de um jeito bem contemporâneo, mostrando essa parte do nosso folclore sem ser piegas.” Luis Filipe Porto, coordenador educativo da Associação Cultural Videobrasil
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ivo nogueira dias
Felicidade é a alegria da alma
“E
xistem pessoas admiráveis andando a passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos, e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria. Busco onde está o mistério, tento ler seus gestos, e aprendo muito com eles. De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos, e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseca. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar. Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não é famoso. Nenhum é milionário; alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes. O primeiro hábito que eles têm em comum é a generosidade. Mais que isso: eles têm prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro, e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca. Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida. Às vezes dividem o que têm, mesmo quando é muito pouco. Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais. O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: ‘Estou tão contente como se fosse comigo’. Talvez este seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa-nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes. 64
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O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: ‘Amo você e todas as suas pequenas loucuras’. Aprendo com eles a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o caminho.”
“Ópera nos Bairros” circula por todo o ES
estilo
ATRATIVOS
Comitiva da ONU se encanta com Vitória O charme e as belezas da Ilha de Vitória não são nenhuma novidade para os capixabas, mas, aliados a outros aspectos do c ot id i ano d a c id ad e, deixaram encantados integrantes de uma comitiva da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que estiveram na capital no mês de maio. O objetivo da visita foi conhecer as boas práticas de alimentação escolar adotadas pela Prefeitura de Vitória e o modo de produção dos alimentos da agricultura familiar que abastecem as unidades da rede municipal de ensino. Porém, o grupo teve a oportunidade de circular pela cidade e conheceu, entre outros pontos turísticos, o Galpão das Paneleiras, em Goiabeiras, onde é feita a tradicional panela de barro, que recebe dois importantes pratos da culinária local: a moqueca e a torta capixaba. SAMBA
Tradição e transformação do Samba Capixaba O Instituto Raízes da Piedade confirma para o período de 4 a 6 de agosto a realização do I Seminário do Samba Capixaba, com o tema “Tradição e Transformação”. O evento acontecerá na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) com o objetivo de proporcionar o aperfeiçoamento de trabalhos desenvolvidos por sambistas, artistas populares, pesquisadores e agremiações carnavalescas do Estado, por meio de diversas atividades teóricas e práticas. O projeto foi contemplado com recursos do Fundo de Cultura do ES (Funcultura). A participação no seminário é gratuita, por meio de inscrição on-line. O edital pode ser acessado pelo endereço http://bit.ly/EditalSeminarioSamba. PESQUISA
O que você quer nos quiosques da capital? Detectar o que a população deseja encontrar de fato nos quiosques das praias de Camburi e Curva da Jurema e, em função disso, desenhar um modelo de concessão mais ágil e flexível. Esse é o objetivo de uma pesquisa que será contratada pela Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV), que coletará e analisará dados referentes à utilização atual e futura dos 29 quiosques existentes nessas duas praias. Atualmente, as licitações dos quiosques vêm se deparando com a falta de concessionários interessados devido aos valores dos aluguéis, definidos pela União, detentora da propriedade da orla. A empresa que realizará a pesquisa será escolhida por licitação, cujo edital já foi publicado. A vencedora será conhecida no dia 19 de junho. 66
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Os municípios de Vitória, Guaçuí, Anchieta, Itaguaçu e Afonso Cláudio serão contemplados com o projeto “Ópera nos Bairros”, da Cia de Ópera do Espírito Santo (Coes), que estreia em junho. O objetivo é ampliar, democratizar e popularizar o acesso de jovens e adultos em espetáculos de ópera. Em sua 1ª edição, o projeto inicia com uma versão em português da famosa obra do compositor Gian Carlo Menotti, “O Telefone”, contando com a participação da cantora Janette Dornellas (DF), do barítono João Marcos Charpinel (RJ) e do pianista Willian Lizardo (ES), com direção artística e cênica de Janette Dornellas, iluminação de Fábio Prieto (ES), figurino de Luza Carvalho (ES) e direção geral de Tarcísio Santório (ES). Confira a agenda e programe-se:
Guaçuí - Teatro Fernando Torres 10/06, às 20h Anchieta - Centro Cultural 11/06, às 19h Itaguaçu - Teatro Geraldo Cestari 15/06, às 20h Vitória - Palácio Sônia Cabral (foto) 16/06, às 20h Afonso Cláudio - Centro Cultural José Ribeiro Tristão - 18/06, às 19h
TEATRO
Comédia com sotaque nordestino Nos dias 23 e 24 de junho, o palco do Theatro Carlos Gomes receberá os artistas da Trupe Iá Pocô, que se apresentarão com a comédia “Couro de Cabra e a Promessa”. A trama acompanha a saga romântica de Couro de Cabra, um calango sem perspectivas na vida que vai enfrentar a fúria do Coronel Vitalino Virgulhão após se apaixonar por sua única filha, Celestina. Para conseguir viver esse amor e fugir da espingarda do coronel, ele conta com o apoio de seus amigos Raimundo, Celestina e Dona Noca. Nos dois dias, a apresentação está marcada para começar às 19h.