TEST DRIVE As novidades do novo Focus Fastback
URUGUAI O vizinho que pode gerar bons negócios para o ES
ECONOMIA A alta do dólar define novos rumos à economia capixaba
ESB PERGUNTA TCE: prefeitos devem ter mais controle no último ano da gestão
Nº 122 • Setembro de 2015 • R$ 9,80 • www.revistaesbrasil.com.br
IMPRESSO
MERCADO IMOBILIÁRIO O DESAFIO DO AJUSTE AO NOVO CENÁRIO
CAPA
SUMÁRIO
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Atualidade
A situação econômica do Brasil afeta a construção civil e, por consequência, o mercado imobiliário precisa se adequar à nova realidade, após sete anos de significativo crescimento. Com isso a queda dos preços dos imóveis tem desenhado um quadro propício para quem quer investir.
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Economia
Os últimos 30 dias têm sido de enorme insegurança do mercado, com os picos de cotação cada vez maiores do dólar, superando a barreira dos R$ 4,00. Saiba por que a volatilidade da moeda norte-americana preocupa os diferentes setores e como a alta cambial pode definir novos rumos à economia capixaba.
O Uruguai é destaque desta edição na série “América Latina”. Pouco conhecido no cenário mundial, o país vizinho vai muito além de medidas pioneiras como a legalização do aborto, a regulação do uso de maconha e a aprovação do casamento homossexual. Confira por que essa economia tem se consolidado como uma das mais seguras para os investidores internacionais na América Latina.
Foto: Wagner T. Cassimiro
16 Série
12 ESB Pergunta Secretário-geral de Controle Externo da Corte do Tribunal de Contas do Espírito Santo , Rodrigo Lubiana Zanotti destaca as questões que merecem atenção especial no último ano de mandato dos prefeitos em relação a obrigações e vedações determinadas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
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Periscópio
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O Endereço da História
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Gastronomia
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Aonde Ir
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Essas Mulheres
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Modus Vivendi
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Tira-Gosto
ARTIGOS 14
J osé Antonio Bof Buffon
Encruzilhada sem rumo
Adilson
Neves
A boa governança agrega valor ao negócio
Design marcante e inovador, tecnologias inéditas de segurança e uma mecânica ainda mais apurada têm garantido ao Focus Fastback aprovação de exigentes consumidores. O modelo se destaca ainda pela atrativa combinação de desempenho e esportividade.
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Agenda
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EDITORIAL
A
disparada do dólar está gerando muito burburinho entre a população brasileira, que com seu bom humor e ironia de sempre vem deixando muito clara a insatisfação com a volatilidade da divisa norte-americana. Uma realidade que preocupa diferentes setores do país e, por consequência, do Espírito Santo, que possui 52% de sua economia voltada para o mercado internacional. O impacto nos preços de produtos importados, os contratos firmados em dólar e a dificuldade de viagens ao exterior são apenas uma ponta desse “grande iceberg”, ainda mais se pararmos para pensar nas dívidas feitas na moeda estrangeira pelas empresas brasileiras e nos danos causados à indústria, como a de transformação, que depende muito de matéria-prima adquirida no exterior. Com todo esse cenário desanimador, como podemos minimizar os efeitos provocados pela alta cambial e quais ações devem ser tomadas para que não sejam gerados mais prejuízos? Confira em nossa reportagem. E já que estamos falando de economia, não podemos deixar de citar os desafios enfrentados pelo mercado imobiliário, que depois de uma grande expansão registrada nos últimos anos precisa se adequar à desaceleração. Fatores internos, como o baixo crescimento e até a retração do crédito, podem piorar ainda mais o quadro da construção civil, que não apresenta expectativas muito positivas para os próximos meses. Na série “Novas Fronteiras”, viajamos para o Uruguai, que tem se consolidado como uma das opções mais seguras e vantajosas para investidores internacionais. Com forte tradição na economia primária, pecuária e agrícola, o país vizinho vem elevando a qualidade de suas exportações, que aliada a um relevante conteúdo tecnológico, ganha um peso importante no mercado. Com certeza, esse é um bom destino para os empresários. No “ESB Pergunta” do mês, conversamos com Rodrigo Lubiana Zanotti, secretáriogeral de Controle Externo da Corte do Tribunal de Contas do Espírito Santo, que faz considerações importantes sobre o último mandato dos prefeitos quanto às obrigações determinadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Que tal fazer uma visita ao tão conhecido Pico da Bandeira, destaque da seção “Aonde Ir” de setembro? Situado no Parque Nacional do Caparaó, o local recebe milhares de turistas todos os anos que estão em busca de paisagens maravilhosas e inesquecíveis. Se você gosta de uma aventura, esse é o lugar ideal. Só não deixe de levar aquele agasalho para se proteger do frio. No “Test Drive”, apresentamos as novidades do Focus Fastback, modelo que já pode ser encontrado no Estado. O veículo, que vem com um design imponente e tecnologias inéditas de segurança, está mais que preparado para atingir as expectativas dos capixabas. Trazemos ainda outras leituras imperdíveis, como os principais fatos do mês que movimentaram o Espírito Santo, além de nossas colunas e artigos que nos acompanham a cada edição. Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil
OPINIÃO DO LEITOR
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“Os alunos, quando vêm até a biblioteca da Faesa, demonstram muito interesse em ler a revista, que tem uma procura grande para empréstimo. Nunca ouvi nenhuma crítica, pelo contrário, todos elogiam muito. Eu também gosto bastante dos conteúdos”.
“A ES Brasil é um excelente veículo de comunicação para nos manter informados de toda a movimentação política e econômica que vem ocorrendo no Espírito Santo e também no Brasil”.
Jandrieli Caetano, assistente administrativa
Patricia Bise, educadora física
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ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.
Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas
EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Elisângela Egert Apoio Produção Dayanne Lopes Textos Luciene Araújo, Vitor Taveira e Yasmin Vilhena Edição de Arte Fábio Barbosa Colaboraram nesta edição Adilson Neves e José Antonio Bof Buffon Fotografia Jackson Gonçalves, Renato Cabrini, fotos cedidas e arquivos Next Editorial
PUBLICIDADE Gerente de Publicidade Fernanda Sartório Gerentes de Contas Deiseane Da Rós, Carlos Orrith e Eliézer Gomes Apoio Comercial Louise Cavatti (27) 2123-6520 / www.nexteditorial.com.br
CIRCULAÇÃO Gerente de Circulação Aline Rezende Assinatura (27) 2123-6520 I www.nexteditorial.com.br Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h Edições anteriores (27) 2123-6520 Contatos com a Redação E-mail: redacao@nexteditorial.com.br Telefax: (27) 2123-6500 Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715 ES Brasil nas mídias sociais:
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Foto: La Cascade
AGENDA 12 A 17 DE OUTUBRO
REUNIÃO ANUAL DA FONASBA
23 DE SETEMBRO A 15 DE NOVEMBRO
Vitória irá sedir a reunião internacional da Federation of National Associations of Ship Brokers and Agents (Fonasba). Presidentes de associações e sindicatos p at ron ais d e age nte s marítimos de 40 países irão debater temas relevantes à atividade de agenciamento marítimo e afretamento de navios. O evento, organizado pela Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), com apoio institucional da Câmara de Comércio Americana do Espírito Santo (AmCham ES), será realizado no Hotel Golden Tulip. Vitória é a segunda cidade brasileira a receber essa programação. A primeira foi o Rio de Janeiro, em 2002. Das 300 agências marítimas do Brasil, 80 estão concentradas nessas duas capitais. Foto: PMVV
2 A 4 DE OUTUBRO
FEIRA SABORES DA TERRA
06 DE OUTUBRO
ES BRASIL DEBATE: A GESTÃO MUNICIPAL E SEUS DESAFIOS
Foto: Divulgação
A Praça do Papa, em Vitória, será palco da Feira Sabores da Terra, um dos maiores eventos na fomentação do agronegócio capixaba e que ainda valoriza o turismo de todo o Espírito Santo. O encontro traz cerca de 480 expositores com seus produtos e serviços e apresenta as 10 regiões turísticas capixabas em “Ilhas”. Artesanatos, comidas típicas e performances culturais também irão agitar a programação, com 350 estandes com novidades e mercadorias tradicionais do agroturismo. Há ainda o Festival de Tilápia e o Concurso Estadual do Queijo.
Criado pela revista ES Brasil, o evento que tradicionalmente vem promovendo grandes debates entre especialistas e sociedade, sempre com assuntos atuais e relevantes, desta vez reunirá prefeitos da Grande Vitória para discutir alternativas e as principais dificuldades à governança das cidades. Entre os problemas a serem abordados por Luciano Rezendo (Vitória), Audifax Barcelos (Serra), Rodney Miranda (Vila Velha) e Geraldo Luzia Junior (Cariacica), estão a legislação obsoleta que ainda vigora nas prefeituras e carece de ampla revisão e a redução do repasse financeiro por parte da União. O encontro será realizado no Hotel Bristol Century Plaza, na Praia de Camburi, com entrada franca e vagas limitadas. Inscrições em www.esbrasil.com.br. Reserva para grupos e informações: (27) 2123-6520 / 98147-3333. 8
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EXPOSIÇÃO A MAGIA DE MIRÓ A capital capixaba está mais colorida com os traços marcantes que são destaques da exposição “A Magia de Miró”, assinada pelo artista catalão, ícone do surrealismo, Joan Miró. A mostra é composta por 69 obras do pintor, além de fotografias que mostram um pouco da vida do mestre pelas lentes de Alfredo Melgar, Alguns dos desenhos expostos são esboços ou notas, peças únicas, muitas delas realizadas em papel, com traços em várias superfícies, como lixa e papelão, feitos com lápis e giz de cera ao longo dos últimos cinco anos de sua vida. Com entrada gratuita, a exposição fica aberta à visitação no Espaço Cultural do Palácio Anchieta, no Centro, até o dia 15 de novembro, quando retorna a Madri, na Espanha.
8 DE OUTUBRO A 6 DE NOVEMBRO
II FESTIVAL SABOR DA COSTA E DA IMIGRAÇÃO O maior festival gastronômico regional do Brasil chega mais uma vez ao litoral capixaba e passa pelos municípios de Itapemirim, Anchieta, Iconha, Marataízes e Alfredo Chaves. O evento reúne deliciosas receitas elaboradas especialmente para a ocasião pelos mais renomados chefs da gastronomia capixaba, com ingredientes típicos. Por R$ 30,00 o participante tem direito a uma entrada, dois pratos principais e uma sobremesa. Além dos jantares, são realizadas oficinas de otimização, capacitação, gastronomia e até harmonização de vinhos, onde participam diversos estabelecimentos de cada município. Excelente oportunidade de o empresário local divulgar seus serviços, atrair novos clientes e movimentar o mercado.
Estamos muito felizes aqui. Gostamos muito das pessoas e da acolhida e acreditamos que este Estado foi uma ótima escolha para sediar a expansão” Keegan Harricharan, CEO do grupo empresarial Woscimed, que anunciou um investimento de US$ 4,1 milhões com a instalação da CHJ Produtos Médicos no Espírito Santo
Periscópio
Foto: Divulgação
SEBRAE E VALE INICIAM CAPACITAÇÃO DE MPES A Vale, por meio de seu programa de desenvolvimento de fornecedores, o Inove, inicia neste semestre a capacitação de aproximadamente 500 micro e pequenas empresas através do convênio Vale-Sebrae em todo o país. No Estado, a primeira atividade foi realizada no Parque Botânico Vale, no dia 12 de agosto, e contou com a participação de cerca de 50 representantes das 27 inscritas no evento. “O fortalecimento de empresas locais faz parte da nossa estratégia e é prioridade para nós. Queremos que a Vale seja uma alavanca para a economia local, deixando um legado positivo na região”, afirmou o analista de Suprimentos responsável pelo convênio, Murilo Guimarães.
EXPANSÃO
REDE BRISTOL DE HOTÉIS COMEMORA RESULTADOS
INADIMPLÊNCIA DO CAPIXABA ESTÁ ACIMA DA MÉDIA NACIONAL
O diretor-presidente da Rede Bristol de Hotéis, Adalto Silva, e o sócio-gerente da Tempo Engenharia, Eduardo Paiva Said, receberam diversos convidados – dentre diretores, investidores e parceiros – durante um coquetel de comemoração realizado pela conclusão e pela aceitação do público ao primeiro hotel supereconômico do Grupo no Estado, inaugurado há pouco mais de dois meses, em um investimento de R$ 16 milhões. Durante o encontro, que ocorreu no dia 20 de agosto, no Bristol Easy Hotel – Reta da Penha, Vitória, também foi anunciado o próximo lançamento da dupla, o Bristol Easy Plus Hotel – Lapa Rio, que tem previsão para ser concluído e apresentado ainda neste ano no Rio de Janeiro.
Uma pesquisa divulgada no dia 11 de agosto pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que o capixaba está com dificuldades de colocar as contas em dia. Segundo o levantamento, o número de consumidores com dívidas e registro nos cadastros de inadimplência no mês de julho aumentou 16% em relação ao mesmo período do ano passado. Uma realidade que está acima da média nacional, que registrou elevação de 4,47%. “A alta da inflação e do desemprego é a responsável por esse resultado preocupante. Assim como em todo o Brasil, no Estado o consumidor tem dificuldade para colocar em dia dívidas de serviços básicos, como a energia elétrica”, informou o presente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Espírito Santo (FCDL-ES), Geraldo Magela.
FIBRIA
EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA SOBRE CONSERVAÇÃO DO SOLO
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Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Sensibilizar alunos e professores sobre a importância do solo e implantar tecnologias nas escolas e nas comunidades que ajudem a conservar esse recurso. Esses são os objetivos do “Projeto Experiências Pedagógicas nas Escolas” da Fibria, que envolve 11 municípios distribuídos nos quatro estados onde a empresa atua (Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Mato Grosso do Sul), com um total de 85 escolas participantes e 52 projetos inscritos, dos quais 16 são de escolas de Mucurici, Ponto Belo e Montanha. A preservação dos terrenos foi o tema escolhido para a atividade, levando em conta o fato da ONU (Organização das Nações Unidas) ter declarado 2015 como o Ano Internacional dos Solos.
PLANO DE MOBILIDADE URBANA É ENTREGUE A ARACRUZ
JUSTIÇA
TJES EXPANDE PROJETO AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA PARA O INTERIOR O projeto Audiência de Custódia, que consiste em apresentar aos juízes os detidos em flagrante no prazo de 24 horas, será expandido a partir de outubro para as comarcas de Afonso Cláudio, Domingos Martins e Marechal Floriano, no interior do Estado. O programa, que foi lançado em maio deste ano pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), atualmente tem os seus serviços realizados no Centro de Triagem do Complexo Penitenciário de Viana, onde são apresentados ao juiz plantonista os presos nos municípios de Vitória, Serra, Cariacica, Vila Velha e Viana. O plantão, que funciona das 8 às 18 horas (inclusive em feriados e finais de semana), possibilita ao magistrado decidir se a prisão deve ser mantida, trocada por liberdade provisória ou, ainda, por medida cautelar. Lembrando que a audiência de custódia não substitui o julgamento. Foto: Tracomal
VITÓRIA
CAPITAL CAPIXABA JÁ TEM MAIS DE 355 MIL HABITANTES Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados no dia 28 de agosto revelam que Vitória possui 355.875 habitantes. As estimativas do órgão foram feitas com residentes nos 5.570 municípios do país, com data de referência em 1º de julho de 2015. Considerada a 15ª mais populosa do Brasil, a Região Metropolitana de Vitória registrou crescimento de 0,9% em relação à contagem anterior, alcançando atualmente 1.910 milhão de habitantes. E para construir uma cidade mais organizada, segura e humana para todos, a prefeitura está fazendo a revisão do Plano Diretor Urbano (PDU), que teve a contribuição de moradores. Eles puderam deixar sugestões nos encontros regionais e no portal Minha Vitória. LEI DE COTAS
MAIS DE 111 MIL VAGAS PARA ESTUDANTES NEGROS EM TRÊS ANOS Criada para ampliar o acesso da população negra, indígena e de baixa renda ao ensino superior, a Lei de Cotas, que completou três anos em 29 de agosto, garantiu mais de 111 mil vagas para estudantes afrodescendentes em cursos superiores de universidades e institutos federais. De acordo com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), responsável pela divulgação dos dados, a expectativa é de que este número chegue a 150 mil até o final de 2015. Atualmente a legislação é cumprida por 128 instituições federais de ensino.
EXPORTAÇÃO
PEDRA TRANSLÚCIDA CAI NO GOSTO DOS AMERICANOS Dentre as rochas que fazem parte do portfólio de exportação do Brasil, os quartzitos caíram no gosto dos americanos, apresentando um crescimento nas vendas de 33% de janeiro a julho deste ano, se comparado com o mesmo período de 2014. A pedra, que chega a ser translúcida e de cores que variam do branco ao rosa, vem sendo utilizada como peça de decoração. “Os quartzitos estão enchendo os olhos dos consumidores americanos, que são os principais compradores da rocha brasileira, e criando mais um mercado a ser explorado no exterior”, destaca a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olívia Tirello.
O secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), João Coser, apresentou oficialmente o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável e Projetos Estruturantes (PlanMob) de Aracruz. A entrega, que foi feita ao prefeito Marcelo Coelho, no dia 27 de agosto, contou com membros da sociedade civil, autoridades e a classe empresarial do município. O PlanMob tem como objetivo contribuir para a melhoria da mobilidade no espaço urbano, conciliando as funções de circulação de pessoas e bens, além da acessibilidade e a vivência. “Se Aracruz estudar o Plano, terá condições de fazer intervenções que vão dar sustentabilidade à cidade na área de mobilidade por muito tempo. Mas para isso é preciso pensar a cidade de forma diferente, promover uma mudança de comportamento e, às vezes, isso é mais desafiador do que fazer uma obra física”, destacou o secretário.
ESTUDO DO LITORAL DE GUARAPARI E VILA VELHA A relevância ambiental do trecho litorâneo compreendido entre as cidades de Vila Velha e Guarapari irá originar estudos em extensão territorial, que corresponde a uma faixa de aproximadamente 22 km de largura. A iniciativa busca aprofundar o conhecimento técnico sobre a região que será analisada por uma empresa especializada em mapeamento e distribuição de tipos de habitat marinho. Com os trabalhos, será possível fortalecer a conservação dos ecossistemas da costa do Espírito Santo, além de possibilitar com que seja feita uma análise do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) quanto à possibilidade de criação de Unidades de Conservação (UCs) Marinhas na região observada.
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ES BRASIL PERGUNTA
Rodrigo Lubiana Zanotti O Tribunal de Contas do Estado (TCE) lançou um manual para auxiliar no cumprimento das obrigações e das vedações determinadas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que exige cuidados específicos dos gestores municipais para o último ano de mandato. O secretário-geral de Controle Externo da Corte do TCE, Rodrigo Lubiana Zanotti, destaca as questões que merecem mais atenção nesse período. ESB A LRF, de maio de 2000, vem sendo cumprida?
É cumprida na maioria dos Poderes e órgãos, entretanto alguns limites, por vezes, são ultrapassados, por exemplo, o teto para despesas com pessoal. Mas somente se caracteriza o descumprimento da lei se o gestor não adotar providências para que tais despesas voltem a ficar abaixo do limite. Outro caso que podemos citar é estabelecido pelo artigo 42, que veda contrair obrigações no último ano de mandato sem que haja suficiente disponibilidade financeira para o seu pagamento. Já identificamos casos de gestores que descumpriram essa ordem. ESB Como isso tudo é fiscalizado? RLZ O TCE faz o monitoramento fiscal durante o exercício, emitindo alertas aos gestores que descumprem metas e limites fiscais. Além disso, anualmente, aprecia as prestações de contas, observando os limites impostos pela LRF e outro pontos de controle. No último ano de Rodrigo Lubiana Zanotti
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mandato, entretanto, as vedações específicas também são objeto de avaliação pelo Tribunal. São elas: • Se ultrapassado o limite máximo de gastos com pessoal no 1º quadrimestre do último ano do mandato – restrições imediatas: receber transferências voluntárias, obter garantias de outro ente; contratar operações de crédito; aumento de gastos com pessoal nos últimos 180 dias do mandato; contratações, nomeações, atribuição de vantagens; o ato será considerado nulo de pleno direito. • Operações de crédito – vedações: contratação de antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato, e de operações de crédito nos 180 dias anteriores ao final do mandato; contrair obrigações sem disponibilidade financeira ao pagamento. ESB Um governante pode deixar contas atrasadas para o sucessor? RLZ Em regra, todas as obrigações assumidas devem ser pagas no mesmo exercício. A lei permite, entretanto,
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que fiquem obrigações para o exercício seguinte – “restos a pagar”– desde que fique suficiente disponibilidade de caixa ao seu pagamento. ESB O TCE promoveu o “Encerramento de Mandato – Orientações para Prefeitos”, quando distribuiu o manual. Quantos gestores estiveram presentes? RLZ Estiveram presentes 330 pessoas, com representantes de 57 municípios. Do total, 38 são prefeitos, e as perguntas ao final das falas foram bem específicas sobre a legislação abordada nas palestras. ESB Para que os limites sejam respeitados, pode haver demissões? RLZ A Constituição Federal é que determina as regras para recondução ao limite de gastos com pessoal (no caso do Executivo municipal é de 54% da RCL). A regra imposta quando ultrapassado esse limite é (art. 169): I – redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; II – exoneração dos servidores não estáveis. Mas, se ainda assim, não for assegurada a determinação da lei, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que especificada a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. Confira a ES Brasil Pergunta na íntegra em: www.revistaesbrasil.com.br
JOSÉ ANTONIO BOF BUFFON
ECONOMIA
Economista, professor do Departamento de Economia da Ufes, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo e vice-presidente do Ibef
ENCRUZILHADA SEM RUMO AJUSTE FISCAL NA AUSÊNCIA DE UM PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO
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ajuste fiscal da União não se compara ao dos estados ou dos municípios. Não se trat a, propriamente, de diferenças quantitativas (embora isso seja também verdade), mas de desigualdade de natureza qualitativa. O ajuste fiscal, quando implementado em nível federal, introduz perturbações significativas no funcionamento da economia, entre os quais destaco as seguintes: repercussão direta na redução da demanda agregada e influência no “estado geral de expectativas”. Em ambos os casos, mediante a geração de superávits, o ajuste fiscal implica, no curto prazo, diminuição do nível de atividade econômica e, consequentemente, do nível de emprego. São razões mais do que suficientes para que o Governo dispense maior atenção e zelo na gestão de suas finanças e que tenha na “responsabilidade fiscal” um dos seus valores mais sólidos. Em sua tarefa de coordenação, regulação e supervisão, o Estado, por meio da condução da política econômica, deve oferecer confiança, estabilidade e previsibilidade aos agentes privados (empresas e famílias), permitindo que as expectativas se estabilizem e que o horizonte de cálculo se alongue. Enfim, as escolhas e o estilo na execução da política econômica são por
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demais importantes para o funcionamento da economia, pois repercutem fortemente sobre os “preços macroeconômicos” (juros, câmbio, salário nominal e carga tributária), com base nos quais são formados, direta e indiretamente, todos os preços finais do mercado.
Em ambos os casos, mediante a geração de superávits, o ajuste fiscal implica, no curto prazo, em redução do nível de atividade econômico e, consequentemente, diminuição no nível de emprego” Ao longo dos últimos três anos do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2012-14), o Executivo consumiu importantes graus de liberdade (e de governabilidade) fiscais, econômicos e políticos para dar sustentação a um modelo de desenvolvimento cujos fundamentos mostravam
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claros sinais de exaustão já nos últimos anos da gestão do presidente Lula (2009-10). Uma das razões que pode explicar esse tipo de aposta (ou escolha) deve estar associada à leitura incorreta dos ambientes interno e externo. O Governo, em sua avaliação, atribuiu a queda do nível de atividade econômica iniciada em 2010 à retração de demanda agregada advinda das repercussões tardias da crise internacional de 2008. Não percebeu que o ambiente pós-crise só fez desnudar as fragilidades estruturais e microeconômicas do nosso modelo, diga-se de passagem, fundado por FHC e corretamente interpretado por Lula. Ano após ano, o horizonte de cálculo no governo Dilma foi se encurtando, assim como foram se acumulando as incertezas relacionadas ao destino da economia e os riscos associados ao estilo de condução da política econômica. Os benefícios do padrão de desenvolvimento FHC-Lula, para a sociedade brasileira, são mais do que evidentes. Mas tudo tem o seu fim. Seus limites já estavam postos na segunda metade da década passada. Outro padrão, para ser gestado, irá consumir, ao menos, mais uma década – se a política doméstica ajudar e o ambiente externo não nos atrapalhar.
SÉRIE
Foto: Milton Saurina Romero
A capital Montevidéu concentra metade da população uruguaia e é o centro econômico do país
URUGUAI
URUGUAI: ESTABILIDADE E INVESTIMENTOS O PAÍS VIZINHO SE DESTACA POR OFERECER BOAS CONDIÇÕES PARA INVESTIMENTOS INTERNACIONAIS
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m pequeno país pouco conhecido no cenário internacional, o Uruguai chamou atenção do mundo nos últimos tempos graças ao modo de vida austero de seu ex-presidente José “Pepe” Mujica e às medidas pioneiras na América Latina, como a legalização do aborto, a regulação do uso de maconha e a aprovação do casamento homossexual. O que muitos não sabem é que o país vizinho, com área territorial inferior à do Rio Grande do Sul e população menor que a do Espírito Santo, tem se consolidado como um dos locais mais seguros para os investidores internacionais no continente. Com políticas econômica e social consistentes, o Uruguai passou por um período de grande crescimento em pouco mais de uma década, chegando a 12 anos consecutivos de aumento do Produto Interno Bruto (PIB), tendo uma alta média de 5,3% entre 2004 e 2014. Somado a isso, o PIB per capta também foi crescente, atingindo quase US$ 17.000 em 2014, o que o torna o campeão nesse índice na América Latina. Maria Noel Reyes, do Departamento Econômico-Comercial da Embaixada do Uruguai no Brasil, avalia que o ambiente de confiança gerada foi um dos elementoschave para esse saldo positivo, impulsionando investimentos tanto estrangeiro como nacional. 16
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“A credibilidade internacional e a estabilidade política e econômica foram fatores importantíssimos para atrair investidores externos a aplicarem seus recursos através de turismo, aquisição de empresas, aportes no agronegócio, entre outros”, afirma Argemiro Baudson, presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Turismo Brasil-Uruguai (CCBU). O crescimento da nossa economia na última década também foi um fator que influenciou positivamente no resultado do Uruguai, já que o Brasil tem sido muitas vezes nos últimos anos o seu principal parceiro comercial, sendo destino de 18,5% das exportações e 16,5% das importações. Esse intercâmbio subiu mais de 200% nos últimos 10 anos. “Sempre existiu um relacionamento de grandes parceiros, e acredito que essa integração será cada vez mais estreita e em ascenção constante”, afirma Baudson. Outro fator que contribui para o crescimento local é a chamada “mudança da matriz produtiva”. País com forte tradição em economia primária, pecuária e agrícola, o Uruguai passou a vender bens e serviços com maior valor agregado, elevando a qualidade das exportações de alto conteúdo tecnológico, que ganharam maior peso na pauta de embarques. O setor de serviços também teve um à expansão importante nas últimas décadas.
Foto: Gabboe
como um destino atraente para os investidores estrangeiros, atingindo no ano passado um total de US$ 2,76 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED), um dos valores mais altos na história do país, conquistando qualificações positivas como grau investidor ratificado pelas principais agências internacionais, entre elas Moody´s, Standard & Poor´s e Fitch Ratings. Maria Noel Reyes explica que no Uruguai não há diferenças no tratamento dado aos capitais nacional e estrangeiro, e os incentivos à promoção dos investimentos estão disponíveis para ambos. Por outra parte, não há limites para a dotação de recursos externos nas empresas. “O sistema tributário uruguaio também é neutral com respeito ao investimento estrangeiro, não existem Foto: Arquivo Presidência Uruguai
AUDÁCIA E RESPONSABILIDADE Diante da crise internacional, das incertezas do mercado e das grandes dificuldades que enfrentam a economia de seus dois gigantes vizinhos, Brasil e Argentina, o pequeno Uruguai segue firme em seu caminho. Em um notável discurso proferido no final de julho, o ministro da Economia e Finanças, Danilo Astori, afirmou que o país não só não está em crise, como continua crescendo, embora num ritmo menor. Ele definiu duas palavras-chave para o atual momento: audácia e responsabilidade, pilares para manter a solidez. “Sabemos ser prudentes e temos sentido e conquistado confiança. Por isso podemos e devemos ser audazes. É que o pior risco de um Governo não é se equivocar e sim flutuar, deixando-se levar pela corrente e, o que seria muito pior, a autocomplacência”, declarou. O controle da inflação e os investimentos em infraestrutura são apontados como aspectos fundamentais para manter as boas perspectivas econômicas e sociais alcançadas. O ministro também destaca que o crescimento vem acompanhado de um fator imprescindível e indissociável do processo uruguaio, a agenda de direitos, que garantem que o enriquecimento se dê com uma distribuição equitativa dos frutos desse avanço, acompanhada de políticas públicas para assegurá-la. Outro fator citado por Astori é, mais do que a quantidade, a qualidade do investimento. “Em uma época de fricções, de transição entre uma etapa em que algumas atividades recebem impactos negativos em direção à outra em que estas dificuldades serão superadas percorrendo caminhos diferentes ou alternativos, é necessário vencer resistências às mudanças e assumir posturas flexíveis no desenho e ao pôr à prática as ferramentas da política econômica”. Com uma democracia consolidada, garantias de segurança jurídica e uma economia crescente, o Uruguai passou a figurar
“Sabemos ser prudentes e temos sentido e conquistado confiança. Por isso podemos e devemos ser audazes” Danilo Astori, ministro da Economia e Finanças
Palácio Legislativo do Uruguai: a estabilidade política tem sido um fator de segurança para os investimentos no país
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Chile
8,5%
Uruguai
4,8% 4,2%
Colômbia Peru
3,7% 2,7%
Brasil Bolívia
1,9% 1,8%
México
1,5%
Venezuela
1,2%
Argentina Equador
0,8%
Paraguai
0,8% 0%
2%
4%
6%
Fonte: Uruguay XXI com base em dados de 2014 dos bancos centrais
limitações à transferência de receitas ou à repatriação de capitais. Não existem limitações para a contratação de pessoal estrangeiro, com exceção das zonas francas, nas quais essa parcela não pode superar 25% do total de trabalhadores”.
COMÉRCIO COM O BRASIL Na última década, a intensificação do comércio entre Brasil e Uruguai tem sido consistente, interrompido apenas em 2009 como resultado da crise internacional. Desde 2001 o Brasil é o principal destino das exportações vizinhas, com exceção dos anos de 2004, 2005 e 2014, quando ficou na segunda posição entre os que mais importaram de lá. Entre os principais produtos comprados pelo Brasil nessa parceria, destacam-se automóveis e autopeças, trigo, plásticos, medicamentos, cevada, lácteos, peixes e carne bovina e ovina e borracha. Por outra parte, o Uruguai adquire principalmente automóveis, autopeças, erva mate, açúcar.
“A credibilidade internacional e a estabilidade política e econômica foram fatores importantíssimos para atrair investidores externos a aplicarem seus recursos” Argemiro Baudson, presidente da CCBU 18
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Além disso, o Brasil é o segundo país que mais investe no Uruguai. “Aproximadamente 50 empresas brasileiras se instalaram nos últimos anos no Uruguai, com capitais que se concentram fundamentalmente nos setores de alimentos, bebidas, construção, indústria frigorífica, serviços financeiros e transporte, dentre outros”, enfatiza Maria Noel Reyes. E ainda há um mar de oportunidades para navegar. “Existem condições para explorar a complementariedade produtiva entre ambos os países, em particular em setores industriais como a fabricação de autopeças, a indústria naval, o segmento farmacêutico, dentre outros. Em particular, tendo em conta a mão de obra qualificada, existem condições para produzir partes de uma cadeia de valor no Uruguai, as quais, aproveitando as vantagens dos acordos bilaterais e do Mercosul, possam ser posteriormente exportadas para o Brasil com isenção de tributos de importação, para serem destinadas a processos industrias mais sofisticados e de maior escala”. Como as principais oportunidades de complementariedade comercial, ele aponta setores das indústrias manufatureiras, em particular as de alimentos, bebidas e tabaco, nas quais o Uruguai pode oferecer produtos como carne desossada, arroz, trigo, lácteos, leite em pó, dentre outros, para sua transformação em mercadorias mais elaboradas. Há também boas possibilidades para fábricas brasileiras de substâncias e produtos químicos que são capazes de fornecer ao Uruguai insumos como fungicidas, borracha, garrafas PET; e para a indústria automotiva, de produtos têxteis e de couros. Em relação ao Espírito Santo, o Uruguai ocupa uma posição mais destacada como exportador, ocupando a 11ª colocação entre os países dos quais o Estado mais importa, respondendo por cerca de 3% do total. Os principais produtos são malte (31%), chassis com motor diesel (27%) e automóveis de até seis passageiros (20%). Entre as economias internacionais para os quais o Espírito Santo exporta, a participação uruguaia é proporcionalmente bem mais modesta, correspondendo a 0,1% do resultado, o que lhe confere o 46º lugar nesse ranking de países compradores. Chocolates e produtos alimentícios contendo cacau ocupam lugar de relevo, com quase 60% do total vendido para lá. Em seguida aparecem outros itens tradicionais da pauta de exportação capixaba, como o café e o granito.
APOIO PARA NOVOS NEGÓCIOS Argemiro Baudson, da CCBU, considera que para fazer negócios no Uruguai é importante conhecer antes a cultura do país e seu mercado consumidor, tendo em conta que, de sua população de 3,5 milhões de pessoas, Punta del Leste, um dos destinos favoritos dos turistas que visitam o Uruguai
Foto: Sebast732
INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS DIRETOS NA AMÉRICA DO SUL (EM % DO PIB, 2014)
COMÉRCIO ESPÍRITO SANTO – URUGUAI
Importações Principais produtos: Chocolate, café e granito
Exportações Principais produtos: Malte, chassis com motor diesel e automóveis
Na relação comercial com o Espírito Santo, o Uruguai é o 11º país que mais mais exporta para os portos capixabas e o 46º que mais importa daqui
OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS POR SETOR Os principais setores que apresentam oportunidades para os investidores estrangeiros, segundo o Uruguay XXI (instituto oficial para a promoção das exportações e dos investimentos) são:
cerca de 1,5 milhão vive na capital, Montevidéu. Para ele, os riscos de entrar num novo mercado podem ser minimizados consultando pessoas e organizações que conhecem bem o cenário local e que são capazes de oferecer orientações em áreas como importação e exportação, transmitindo confiabilidade para os empreendedores das duas nações. Nesse sentido, a Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Turismo Brasil-Uruguai (CCBU) foi criada recentemente, em junho, conformando uma diretoria composta por empresários com atuação nos setores de indústria, comércio, energia, mercado internacional, exportação e importação, mineração, jurídico e financeiro. “Essa Câmara visa a estreitar a comunicação e os caminhos para os empresários brasileiros e uruguaios que desejem participar de um novo mercado, com segurança”, afirma Argemiro Baudson. No âmbito do Governo vizinho, uma entidade que se destaca é o Instituto de Promoción de Inversiones y Exportaciones Uruguay XXI, órgão responsável por promover investimentos e assessorar tanto empreendedores estrangeiros que atuam no país quanto aqueles querem começar a investir. “O Uruguay XXI organiza agendas para os potenciais investidores com atores estratégicos locais, tanto privados como públicos, e prepara informação de
“Existem condições para explorar a complementariedade produtiva entre ambos os países, em particular em setores industriais como a fabricação de autopeças, a indústria naval e o setor farmacêutico” Maria Noel Reyes do Departamento EconômicoComercial da Embaixada do Uruguai no Brasil
Agropecuário e Industrial: apresenta vantagens comparativas a respeito de outros países e tem sido tradicionalmente um dos principais motores do crescimento do país. Infraestrutura: o crescimento econômico da última década propiciou o incremento do movimento de mercadorias e trouxe a necessidade de melhorar a infraestrutura física do país. Logística: setor associado ao movimento de mercadorias e às vantagens do Uruguai como fornecedor de serviços e pela localização geográfica. Energia: a transformação da matriz energética, impulsada desde 2005, gerou oportunidades na área de produção de energias de fontes renováveis, como a construção de parques eólicos. Serviços globais de exportação: o Uruguai está posicionado como ator relevante no fornecimento desse tipo de serviços. Turismo: o Uruguai tradicionalmente é uma economia focada no turismo, mas nos últimos anos consolidou-se como destino de excelência para os visitantes regionais e de outros países, recebendo por volta de 2,8 milhões de turistas (80% da sua população). Retail: o forte incremento dos salários reais e os níveis de emprego elevados incentivaram o dinamismo do consumo interno e atraíram marcas internacionais, como Forever 21 e Sodimac, que abriram recentemente filiais no Uruguai. Fonte: Uruguay XXI (www.uruguayxxi.gub.uy)
inteligência comercial à medida, com dados macroeconômicos do país, mercado de trabalho, tributos, aspectos legais, programas de incentivo aos investimentos, localização, custos de instalação, dentre outros”, explica Maria Noel Reyes. Algumas facilidades prévias para uma primeira aproximação podem ser encontradas consultando o site do instituto, entre elas o “O Guia do Investidor”, que oferece informações importantes sobre o país e seus regimes de promoção de investimentos, assim como uma calculadora virtual, que permite estimar os custos de instalação de uma empresa. ES Brasil • Setembro 2015
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FATOS Foto: Diego Alves/PMV
CAPITAL CAPIXABA IMPLANTA O INTEGRA VITÓRIA
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iagens mais rápidas e econômicas na capital. A partir do dia 3 de outubro, a Prefeitura de Vitória implanta o Integra Vitória, novo sistema que interligará as linhas de microônibus aos coletivos convencionais. O sistema “Integra Vitória” permitirá aos usuários de ônibus na Capital reduzirem o tempo de espera nos pontos e pagarem apenas uma passagem Os moradores de São Pedro, São Benedito e Santo Antônio serão os primeiros beneficiados, mas a etapa inicial do projeto inclui 16 linhas, o que deverá atingir cerca de 21 mil pessoas de mais de 20 bairros.
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O passageiro subirá em um micro-ônibus, pagará a tarifa e, em um dos 46 pontos de integração, em locais estratégicos da cidade e devidamente sinalizados com uma placa indicativa, será possível pegar um coletivo convencional, podendo utilizar um intervalo de até meia hora. “O inverso também será possível, ou seja, sair do convencional e utilizar o micro-ônibus. Para tanto, bastará usar qualquer Cartão Siga Vitória (Cidadão, Estudante, Serviços e Vale-transporte)”, explicou o prefeito Luciano Rezende. Mas o serviço não estará disponível entre meia-noite e 4h30, porque nesse período não circulam micro-ônibus.
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Todas as linhas alimentadoras ganharão números novos e pequenos, sempre pares e começando com zero, de 012 a 042; e uma cartilha informativa sobre o funcionamento do Integra Vitória será distribuída nos pontos de integração do programa. Confira os principais pontos do Integra Vitória. Acesse: www.revistaesbrasil.com.br
Foto: Divulgação
AGRO
AVICULTURA
CONCURSO ELEGE MELHOR OVO DO ESTADO
CONCEIÇÃO DA BARRA
ASSOCIAÇÃO É DESTAQUE NA PRODUÇÃO DE TILÁPIA
A formação da Associação de Pequenos Produtores Rurais do Córrego do Macuco (Aprucom), após os ensinamentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-ES), tem gerado bons resultados para o município de Conceição da Barra, no norte do Estado. Levando mais a sério a produção de peixe como uma forma de diversificação, nove famílias passaram a investir na tilápia adquirindo mais conhecimento e renda para 27 produtores rurais. Os cursos ministrados pelo Senar foram voltados para Piscicultura – tanque e rede; Processamento de pescado; Administração da propriedade rural e Associativismo. Atualmente, os integrantes da Aprucom contam com uma produção de 3 mil quilos de tilápia por mês, provenientes de 40 tanques. Foto: Divulgação
EDUCAÇÃO
DIA NACIONAL DO CAMPO LINDO RECEBE MAIS DE 400 CRIANÇAS
ORIENTAÇÃO
Diversos estudantes de escolas públicas da zona rural de Linhares participaram da edição 2015 do Dia Nacional do Campo Limpo, realizado na Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas no município. A data, que é celebrada em todo o país, comemora os resultados do Sistema Campo Limpo para a sociedade com o recolhimento e a correta destinação ambiental das embalagens utilizadas na agricultura. O evento, ocorrido em 18 de agosto, contou com a presença de 419 alunos, que puderam assistir a palestras com temas voltados para a educação ambiental. GESTÃO
PROGRAMA AUMENTARÁ COMPETITIVIDADE DAS COOPERATIVAS
Foto: Thiago Guimarães
Mais de 40 mil produtores rurais serão beneficiados com o Programa de Gestão Avançada das Cooperativas Agropecuárias, o Progescoop, lançado no dia 18 de agosto, no Palácio Anchieta, que contempla a adoção de um modelo de gestão focado na melhoria de resultados e no aumento de competitividade. A solenidade, que também marcou o lançamento do projeto “Cooperar para Reflorestar” e a instalação dos comitês gestores da pimenta-do-reino e do cacau sustentável, contou com as presenças do governador Paulo Hartung; do presidente Nacional do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas; do presidente-executivo da Fundação Dom Cabral, Wagner Veloso; do secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto; do secretário de Estado do Meio Ambiente, Rodrigo Júdice; além de autoridades do setor cooperativista e lideranças políticas e comunitárias. 22
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A IV Semana Tecnológica do Agronegócio (IV STA), realizada entre os dias 12 e 15 de agosto, em Santa Teresa, trouxe grandes novidades para este ano, como a avaliação para escolher o melhor ovo produzido entre os cooperados da Coopeavi. Considerada a primeira iniciativa do gênero no Espírito Santo, a ação distribuiu R$ 3.500 e certificados para os três primeiros colocados. Os ovos recolhidos nas granjas dos avicultores capixabas foram avaliados de acordo com a resistência da casca, a sua espessura da casca, a unidade Haugh e a cor da gema. “Esse é o primeiro concurso que realizamos entre nossos cooperados, estimulando a obtenção de uma qualidade maior dos ovos que irão para a mesa do consumidor final”, enfatiza Luís Carlos Brandt, gerente-executivo de Produção da Coopeavi.
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CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS EM BOVINOS Diversos agricultores, produtores rurais das regiões sul e serrana do Estado e alunos da Escola Família Agrícola de Cachoeiro de Itapemirim (Mepes) acompanharam o curso de primeiros socorros em bovinos realizado na fazenda experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) de Bananal do Norte, no distrito de Pacotuba, em Cachoeiro de Itapemirim. Na ocasião foram dadas orientações quanto a avaliação do comportamento e da postura dos animais; doenças parasitárias bacterianas e virais; tipos de intoxicações; dificuldades de parto de bezerros; avaliação fisiológica; métodos de contenção e imobilização; dentre outros assuntos. O curso foi realizado nos dias 14 e 15 de setembro.
ECONOMIA
LUCIENE ARAÚJO
ALTA DO DÓLAR DEFINE NOVOS RUMOS À ECONOMIA CAPIXABA
A INTENSA VOLATILIDADE DA MOEDA NORTE-AMERICANA PREOCUPA OS DIFERENTES SETORES
E
m março de 2015, o dólar rompeu, pela primeira vez nos últimos 10 anos, a barreira dos R$ 3,00; no início de setembro atingiu R$ 3,81, após o Governo enviar ao Congresso Nacional proposta para o Orçamento de 2016 prevendo inédito déficit primário; e no final do mês superou a marca dos R$ 4,00, em consequência da preocupação do mercado com votações no Congresso e com a possibilidade da elevação dos juros norte-americanos. Essa valorização no câmbio causa enorme impacto no mercado, uma vez que afeta o preço de produtos importados, os contratos firmados na moeda americana e as viagens internacionais, além de pressionar a inflação. E o Espírito Santo possui 52% de sua economia voltada para o exterior, o que torna diferenciado o impacto da volatilidade do dólar nas atividades locais. 24
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“É difícil uma empresa de sucesso que não esteja ligada a uma cadeia de fornecimento global. A alta volatilidade do câmbio não é boa para o exportador nem para o importador, pois cria muitas incertezas e dificulta o processo de tomada de decisões do administrador ou gerente”, destaca o presidente do Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex), Marcilio Rodrigues Machado. O Brasil e o Espírito Santo são exportadores de commodities ou matérias-primas, e algumas delas tiveram uma grande queda de preço no mercado internacional. Na avaliação do presidente do Sindiex, em determinados casos, a disparada do dólar talvez não consiga compensar a baixa dos preços. “Além disso, o grande comprador de commodities é o mercado chinês,
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cuja economia se encontra num processo 3,5 de desaceleração no crescimento e deverá demandar um volume menor de produtos 3 brasileiros”, detalha. O dirigente explica que alguns setores 2,5 de produtos manufaturados, principalmente aqueles que vendem para 2 os Estados Unidos, podem se benefi1,5 ciar da alta da divisa norte-americana. “E isso poderá servir para compensar 1 muitos custos, decorrentes da elevada Jan/10 Jan/11 Jan/12 Jan/13 Jan/14 Jan/15 carga tributária e trabalhista, da burocracia governamental dos EUA e da Fonte: Thomson / Reuters ineficiência logística”, alega. O encolhimento nas importações capixabas nos primeiros cenário de comércio exterior. A minha grande esperança é que o sete meses do ano foi de 23%, em consequência de dois fatores: Brasil ou o Mercosul avancem com acordos bilaterais, seja com os problemas de infraestrutura portuária, pois cerca de 90% UE (União Europeia) ou seja com Estados Unidos, de modo que do comércio internacional é realizado por meio desse modal; possamos incrementar as exportações de produtos com maior valor e a retração da atividade econômica no país. agregado”, afirma Marcilio Machado. A falta de condições ideais de infraestrutura – tais como O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo problemas de atração de navios ou ausência de linhas regu- (Findes), Marcos Guerra, destaca que, apesar de os resultados locais lares para os nossos portos – continua sendo um forte obstáculo. positivos do setor produtivo se mostrarem na contramão da reali“Essas falhas estão fazendo com que muitos empresários efetuem dade nacional, a alta excessiva do dólar é preocupante para todos seus negócios através de portos em outros estados. No primeiro os segmentos. A indústria de transformação, que mais emprega semestre, perdemos uma média de 15% do movimento de impor- mão de obra, depende muito de matéria-prima importada. tação para outros portos. E do lado das importações o problema No ramo do vestuário, por exemplo, esse percentual é de 45% de é semelhante, fica cada vez mais difícil atrair novos clientes para materiais e maquinários comprados no exterior, e no de móveis utilizarem os serviços das tradings capixabas ou se instalarem no de encomenda, os acessórios são todos importados, o que eleva Espírito Santo”, enfatiza Machado. A desvalorização da moeda chinesa frente ao dólar aumenta a preocupação. “Grande compradora de commodities, como o minério de ferro, a China tem se firmado como importante parceiro comercial do Brasil. Mas o problema é que essa economia asiática está perdendo fôlego, e isso deverá ter um impacto no comércio exterior brasileiro e do Espírito Santo. O saldo registrado pela balança comercial brasileira nos primeiros sete meses, de cerca de US$ 4,6 bilhões em 2015, se deve mais a um recuo das importações do que ao aumento das exportações. A desvalorização, até agora, de 3% do yuan não deve ser um motivo de preocupação. O grande problema atual é a recessão no mercado interno brasileiro, que é o grande inibidor de compra de produtos de outros países, independentemente do câmbio”, garante o presidente do Sindiex. Além da grande instabilidade política e econômica, o comércio global deverá apresentar fraco crescimento este ano, em torno de 2,5%, bem inferior à estimativa de 3,3%, feita em abril, pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A América Latina, setor de rochas tem capacidade de melhorar ainda mais as e por consequência o Brasil, está sentindo o desaquecimento “O exportações. Pena que não depende apenas do empresariado, que da China e a queda do preço das commodities no mercado vem investindo em tecnologia, mão de obra qualificada e processos” internacional. “Portanto, não se esperam grandes mudanças no Olívia Tirello, superintendente Centrorochas ES Brasil • Setembro 2015
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muito o custo. Além disso, o Brasil possuía a vantagem da qualidade dos produtos. No entanto, a China vem avançando no sentido de melhorar esse quesito, como fizeram o Japão e a Coreia do Sul no século passado, o que aumenta o risco da perda de clientes tanto no Espírito Santo quanto em outros estados. “O momento é de muita cautela, de atenção às oportunidades e de não arriscar. Em 2015 e 2016, vai ganhar mais quem perder menos”, destaca Guerra.
ROCHAS No setor capixaba de rochas ornamentais, responsável atualmente por 97% das exportações de chapas do Brasil para o exterior, os blocos de mármore e granito estão cedendo espaço às chapas, materiais que custam até cinco vezes mais. Trata-se de um novo modelo de negócios, segundo a superintendente do Centrorochas, Olívia Tirello, pautado na aquisição de máquinas e equipamentos, o que melhora o processo de beneficiamento nos parques industriais capixabas. A executiva destaca que o segmento, depois do impacto com a crise nos Estados Unidos (principal importador), diversificou mercados compradores e ampliou o portfólio, conseguindo intensificar as vendas. Ela reitera a afirmação do presidente do Sindiex de que, apesar dos números positivos, assim como ocorre com outras áreas ligadas ao comércio exterior, a falta de infraestrutura logística, principalmente em relação ao modal portuário, tem levado muitas empresas a efetuarem as exportações por outros terminais marítimos brasileiros, aumentando os custos e o transit time (tempo) das operações. “O setor capixaba tem capacidade de melhorar ainda mais as exportações. Pena que não depende apenas do empresariado, que vem investindo em tecnologia, mão de obra qualificada e processos”, explicou. A valorização do dólar comercial reflete ainda na cotação nas casas de câmbio, que vendem a moeda na modalidade turismo
“Não há como prever um cenário. O momento é de muita cautela, de atenção às oportunidades e de não arriscar. Vai ganhar mais quem perder menos” – Marcos Guerra, presidente da Findes
em preço sempre maior que o divulgado na versão comercial, o que reduziu a procura por viagens internacionais em agências da Grande Vitória. “A alta do dólar impactou nas viagens internacionais e nos programas de intercâmbio, sem dúvidas. Houve redução, deslocamento para novos destinos e mudança de perfis de viagem. As moedas canadense e australiana, por exemplo, não valorizaram tanto em relação ao real quanto o dólar norte-americano, a libra e o euro, por isso esses países têm sido opções interessantes. Há ainda inúmeras promoções de passagens aéreas, muitas vezes com a metade do preço normal de outros anos. E aumentou a procura pelos pacotes all inclusive, que permite uma melhor programação da viagem, com a garantia de que não
“Os americanos pretendem subir a taxa de juros, o que deverá afastar os investidores do Brasil. Essa elevação deve fazer o dinheiro render mais por lá do que aqui” Paulo Henrique Corrêa, da Valor Investimentos
PICOS MENSAIS DA COTAÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES 5,00 R$ 4,11
4,00 3,00 2,00
R$ 2,71
R$ 2,61
R$ 2,87
R$ 3,15
R$ 3,17 R$ 3,12
R$ 3,38
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R$ 2,68
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Fonte: Banco Central
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será preciso gastar mais nada, ou muito pouco”, explica Sérvulo Clermont, diretor da DNA Turismo/STB. Outro ponto preocupante dessa volatilidade do dinheiro dos EUA é a possibilidade de muitas demissões ocorrerem em empresas cujo endividamento ou a cadeia de fornecimento tem como base o dólar, o que já se especula no mercado, por exemplo, em relação às unidades da Petrobras no Estado. Na avaliação do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), o câmbio e a queda do preço do barril afetam o potencial da estatal, mas não justificam o volume de demissões. “Boa parte do endividamento da companhia começará a ser paga somente em 2020, quando o pré-sal já estará em funcionamento. A empresa está tomando decisões em curto prazo, ignorando a geopolítica do petróleo, que, diferente de outras atividades, deve se basear em decisões e impactos em médio e longo prazos”, afirmou Davidson Lomba, diretor do Sindipetro-ES e da Frente Única dos Petroleiros. “Suspender os investimentos em exploração e concentrar apenas na produção é um equívoco, pois irá minimizar os gastos agora, mas gerar prejuízos em médio e longo prazos. A companhia está sendo oportunista em relação às crises politica nacional e internacional do petróleo”, afirmou. Os petroleiros articulam uma greve para outubro ou novembro. Algumas soluções para minimizar os impactos da crise no Estado vêm sendo articuladas pelo Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes). Segundo o presidente da instituição, Luiz Paulo Vellozo Lucas, no segmento exportador, o desafio está em agregar o maior valor possível aos nossos produtos e em “nossa capacidade de promover comercialmente de forma profissional no mercado externo”. Para isso, está sendo realizada uma série de ações em outros países que inclui até mesmo montagem de escritórios, utilizando o know-how das tradings que atuavam no Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).
CENÁRIO NACIONAL Em 2015, até primeira semana de setembro, o dólar havia já acumulado alta de 41,41%, acentuando a preocupação com o comprometimento do Governo quanto ao ajuste fiscal e com a perda do selo de bom pagador do Brasil, o que ocorreu no dia 9. Em meio à crise política e econômica, o país teve sua nota de crédito rebaixada pela agência Standard & Poor’s (S&P), de BBBpara BB+, e entrou na categoria especulativa. A entidade ainda
“Se as agências de avaliação Moody’s e Fitch seguirem a S&P, o que pode mesmo acontecer, vamos assistir a uma revoada de dólares para fora do país, uma vez que os fundos soberanos não podem fazer parte de um cenário com duas avaliações negativas” Jason Vieira, da Infinity Asset
“A alta volatilidade do câmbio não é boa para o exportador nem para o importador, pois cria incertezas e dificulta o processo de tomada decisões” – Marcilio Machado, presidente do Sindiex
sinalizou o risco de um novo rebaixamento. E, no dia seguinte (10), a moeda norte-americana operou em ascensão, a cotação chegou a superar os R$ 3,90, enquanto nas casas de câmbio o dólar turismo ultrapassou a barreira dos R$ 4,30. Mas o anúncio do Banco Central (BC) de dois leilões de linha (venda da divisa norte-americana com compromisso de recompra nos meses seguintes) de compra e venda conjugadas, com oferta de US$ 1,5 bilhão, ajudou a conter a disparada. A desorganização política teve um peso muito grande para que o rebaixamento da nota ocorresse e, neste momento, é difícil avaliar o percentual que poderá se atingir de alta, enfatiza Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management. “Hoje não temos mais muito parâmetro. Além do cenário macroeconômico muito ruim, há a realidade internacional, que não demonstra indícios de alívio, considerando a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, o que levará a uma fuga de dólares e, consequentemente, a uma maior pressão para o valor da cotação”, explica. Para ele, há dois fatos preocupantes: a tendência de que a subida se mantenha; e a possibilidade de que as outras duas agências de avaliação de risco – Moody’s e Fitch – sigam a avaliação da S&P, o que levaria a uma “revoada de dólares para fora do país”, uma vez que os fundos soberanos (compra de títulos entre países) não podem fazer parte de um cenário com duas análises desfavoráveis. O Brasil é a oitava economia do mundo e responde somente por 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ressalta Vieira. “Nós nos obrigamos a um contexto recente de formar parcerias com base em questões ideológicas e não comerciais. Isso levou a uma infeliz limitação quanto à abertura de mercado. Hoje temos a China como grande aliada, mas não sabemos até onde ela poderá se voltar ao seu mercado interno, o que seria desastroso ao Brasil. No período pós-real, quando vivenciamos um choque de ofertas, muito desse impacto foi reduzido com a queda de tarifa de importação”, observou. “A única coisa que podemos afirmar sem equívoco é que não haverá crescimento algum da economia este ano e nem em 2016”, observou. ES Brasil • Setembro 2015
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LUCIENE ARAÚJO
O mercado defende que o dólar só voltará a cair quando houver uma direção mais clara dos rumos do ajuste fiscal
Luiz Paulo Vellozo Lucas, do Bandes, reitera a crítica de Vieira quanto à limitação com o mercado externo. “O Brasil tem uma taxa de abertura de 20%, é muito pequena. Esse percentual na China é de 42% e nos EUA, de 50%. E a taxa de abertura de um país determina o fluxo de desenvolvimento”, defende. Luiz Marcatti, sócio-diretor da Mesa Corporate, enfatiza que o momento atual de disparada do dólar se aproxima do ocorrido em 1999, quando o mercado estava testando o modelo da política monetária. “A diferença é que, naquela ocasião, o Governo teve força para agir, mudar o modelo para o tripé juros/inflação/ superávit fiscal, liberando o dólar para flutuar, até que se reposicionasse. Hoje o momento político é de perda de credibilidade, que o deixa de mãos atadas por um lado, e de desalinhamento entre os principais agentes do Governo, que não passam segurança ao mercado”, destaca. Quanto à morosidade de medidas fundamentais para conter a volatilidade da moeda, o economista ressalta que o Banco Central não é um órgão com grau de independência do Governo,
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Fonte: Thomson / Reuters
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“O momento se aproxima do ocorrido em 1999. A diferença é que naquela ocasião o Governo teve força para agir, mudar o modelo para o tripé juros/inflação/superávit fiscal, liberar o dólar para flutuar, até que se reposicionasse” Luiz Marcatti, da Mesa Corporate daí a impossibilidade de agir quando e como quer. “Depende da autorização do ministro da Fazenda e este da presidente da República, que se mostra titubeante nas decisões e rápida ao mudar de opinião”, disse. Segundo ele, a avaliação da S&P tende a ser seguida pelas outras agências de rating. “A partir de agora veremos muito dinheiro ir embora, devido à obrigatoriedade que alguns investidores têm em somente investir em papéis com investiment grade”. Para ele, o que se pode esperar diante dessa perda no grau de investimento é o “mesmo que qualquer indivíduo ou empresa que necessita de recursos enfrenta ao constatar informações ruins em seu cadastro: crédito reduzido e caro”. Quanto às expectativas, Marcatti reitera a avaliação dos demais especialistas. “Pela situação instalada, pela insegurança e paralisia do Executivo, 2015 dificilmente apresentará algo de positivo, assim como o início do próximo ano”, avaliou. O mercado defende que o dólar só voltará a cair, quando houver uma direção mais clara dos rumos do ajuste fiscal para equilibrar as contas da administração federal, que possui muitas dificuldades em aprovar medidas no Congresso. Além disso, o fortalecimento da economia dos EUA e a crise política e financeira da Europa são problemas externos que vêm pressionando o câmbio e desvalorizando a moeda nacional, reafirma o economista Paulo Henrique Corrêa, da Valor Investimentos. “Os americanos pretendem subir a taxa de juros, o que deverá afastar os investidores do Brasil, uma vez que essa elevação pode fazer o dinheiro render mais por lá do que aqui”, afirma Corrêa. O especialista explica que já havia necessidade de ajuste de câmbio e que o problema efetivamente está na volatilidade acelerada.
Foto: Leonel Albuquerque
FATOS
A assinatura da ordem de serviço para o reinício das obras contou com a presença do governador Paulo Hartung e de autoridades do Estado
OBRAS DA RODOVIA LESTE-OESTE SÃO RETOMADAS 262
Campo Grande
Vila Palestina
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São Francisco
Morada de Santa Fé 471
Vila Isabel Bandeirante
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Rio Marinho
Santa Catarina Castelo Branco
Trecho Cariacica - Concluído Trecho Cariacica Vila Velha- Não Concluído Trecho Vila Velha - Concluído
Cobilândia Jardin Marilândia
Rod. Leste-Oeste
Vila Velha Novo México
Ro d. Da rly Sa nt os
Caçaroca
Rio Marinho
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s obras da Rodovia Leste-Oeste foram retomadas em 31 de agosto, após a assinatura da ordem de serviço feita pelo governador Paulo Hartung, durante uma cerimônia realizada em Cariacica, no dia 28 do mesmo mês. A solenidade, que aconteceu em Bela Vista, local onde será construído o viaduto Santa Catarina, contou com a participação dos prefeitos de Vila Velha, Rodney Miranda, e de Cariacica, Geraldo Luzia Júnior, o Juninho. Além de melhorar a locomoção dos moradores, a Leste-Oeste também trará grandes benefícios para todo o Estado, por ser uma via de ligação entre as BRs 101 e 262 (em Cariacica) e a Rodovia Darly Santos (em Vila Velha). Os serviços proporcionam mais agilidade e custo menor nas regiões contempladas, pois aqueles que precisam fazer o escoamento de cargas via Porto de Capuaba acabam ganhando uma alternativa de tráfego. Outro ponto positivo é o trânsito de veículos pesados, que será deslocado de bairros residenciais como São Torquato, Jardim América, Rio Marinho e Cobilândia. Os usuários da Avenida Carlos Lindenberg também deverão trafegar com mais rapidez e segurança devido à redução dos veículos de grande porte. 30
Rio M arinh o
Rod. Leste-Oeste
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Cariacica Vila Capixaba
Praia das Gaivotas Itaparica Jockey de 060 Itaparica
As intervenções irão melhorar a locomoção dos moradores de Vila Velha e Cariacica
“Os municípios têm receita desigual. Temos que tratar de maneira diferenciada os desiguais. O orçamento desses municípios (Cariacica e Vila Velha) é muito pequeno, e a população é grande. O Governo precisa ajudar os municípios com receita menor, haja vista o número de habitantes que têm para cuidar”, enfatizou o governador Paulo Hartung. O prefeito Juninho, em seu discurso, destacou a importância da retomada das obras para a geração de empregos na cidade. “É verdade que estamos tratando de mobilidade urbana, de acesso que liga dois importantes municípios da região metropolitana e que também outras cidades irão usufruir. No entanto, a grande verdade é que a conclusão da Leste-Oeste transformará a realidade de vida das pessoas,
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pois além da valorização da região, também irá gerar emprego”, pontuou. O prefeito Rodney Miranda também fez menção às oportunidades de trabalho que serão proporcionadas com o desenvolvimento econômico de Vila Velha. “A retomada das obras desta via constrói as bases de um corredor logístico necessário para o desenvolvimento econômico da cidade, ainda mais em um momento crucial, cuja criação de mais oportunidades de empregos e negócios é primordial para o bem-estar do nosso cidadão”, afirmou. As intervenções, que estão sendo realizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES), autarquia vinculada à Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop), têm previsão para serem concluídas no início de 2017.
FATOS
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
AUMENTO DE ARRECADAÇÃO DOS RECURSOS FEDERAIS ESTÁ AMEAÇADO
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pesar do anúncio do Governo sobre o corte de R$ 26 bilhões no Orçamento de 2016, para viabilizar superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 0,7% do Produto Interno Bruto – (PIB), as medidas precisam ser aprovadas pelo Congresso e, muitas delas, não deverão ganhar sinal verde da maioria dos deputados federais e senadores. Entre as propostas polêmicas está o retorno da CPMF, que, segundo os cálculos do Executivo, seria responsável por metade do ajuste nas contas públicas em 2016, cuja estimativa é de R$ 64,9 bilhões. Duas semanas após a divulgação do pacote, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ser “impossível” que uma eventual volta da CPMF aconteça antes de
julho de 2016. O deputado destacou que, ainda que a medida fosse aprovada pela Câmara e pelo Senado, só passaria a vigorar no segundo semestre de 2016 e, assim, teria efeito nulo sobre o Orçamento enviado ao Congresso com déficit de R$ 30,5 bilhões. Para o economista Orlando Caliman, a mudança de postura do Governo está entre os efeitos da perda do grau de investimento, ocorrida uma semana antes do detalhamento dos cortes. “O fato de o Brasil ter perdido a condição de bom pagador fez o Governo efetivamente se movimentar na direção de alguma solução para o verdadeiro caos em que nos encontramos. É um sinal mais efetivo de que algo de urgente tem que ser feito. Aliás, deveria ter sido feito há muito tempo. Agora o rombo está maior do que poderia estar”, afirmou. A preocupação agora é com a possibilidade de essas medidas CONFIRA ABAIXO AS 9 MEDIDAS DE “emperrarem” no Congresso, o que CORTES PROPOSTAS PELO GOVERNO: já se mostra real. “Se as propostas Adiamento do reajuste dos servidores: R$ 7 bilhões vão ser aprovadas ou não, é outra Suspensão de concursos: R$ 1,5 bilhão questão. Pessoalmente, acho difícil passar a CPMF, mesmo Eliminação do abono de permanência: R$ 1,2 bilhão que seja para reduzir o déficit Implementação do teto remuneratório do serviço da previdência e por tempo público: R$ 800 milhões limitado”, argumenta. Redução do gasto com custeio A dívida pública federal, administrativo: R$ 2 bilhões que inclui os débitos interno Mudança de fonte do PAC Minha Casa Minha Vida: R$ 4,8 bilhões e externo da administração e que em julho estava em Mudança de fonte do PAC, sem Minha Casa Minha Vida: R$ 3,8 bilhões R$ 2,6 trilhões, subiu 3,16% em agosto, chegando a R$ 2,68 Cumprimento do gasto constitucional com Saúde: R$ 3,8 bilhões trilhões, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional. Revisão da estimativa de gasto com subvenção agrícola: R$ 1,1 bilhão Uma questão emerge disso tudo: a de que o país – cidadão
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e empresas – não suporta mais aumentos da carga tributária. “É fundamental que o Governo sinalize também para iniciativas de investimentos que possam animar minimamente o setor privado. A sociedade também precisa ganhar confiança em relação ao futuro”, enfatiza Caliman.
SISTEMA S Nesse mesmo pacote, foi anunciado que os estímulos concedidos às empresas investidoras em inovação passariam a ser “compartilhados temporariamente” com os órgãos do Sistema S, que reúne entidades como Senai e Sesi. Na prática, esses recursos passariam a ser direcionados para a Previdência Social. Além disso, haveria redução de 30% nas alíquotas do Sistema S e do Sebrae. No entanto, após muita pressão, o Governo sinalizou com a possibilidade de diminuir esse percentual para 20%. Na avaliação do presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, essas medidas representam um ato de desespero do Executivo e são muito ruins para a indústria. “A retenção de 30% para o setor significaria a falência do Sistema S, e nem é tanto para o Governo. Ainda vamos discutir muito sobre esse assunto”, alerta Guerra. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, ressaltou que os cortes podem comprometer o atendimento a 1,2 milhão de alunos do ensino profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e 1,5 milhão de trabalhadores pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), nos programas de educação, saúde e segurança do trabalho e qualidade de vida.
ESPÍRITO EMPREENDEDOR
REVEST STONE DESIGN: TODO LUXO E ELEGÂNCIA DAS ROCHAS ORNAMENTAIS
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om o seu showroom localizado na Enseada do Suá, em Vitória, a Revest Stone Design desenvolve soluções para os mais diferenciados projetos de alto padrão em rochas ornamentais. Criada em 1973 com o compromisso de oferecer o que há de melhor em atendimento e qualidade dos produtos, a empresa completa 42 anos de sucesso no Estado em 2015, contribuindo de forma significativa na construção de um novo panorama da arquitetura e da engenharia civil capixaba. “Nós começamos como um negócio familiar, que na década de 1970 só comercializava pedras decorativas como a ardósia e a lagoa santa, por exemplo. Com o passar do tempo, as coisas foram mudando, o que fez com que partíssemos para o granito e para o mármore. Para se ter ideia, na época em que trabalhávamos com pedras decorativas, vendemos e executamos a obra do calçadão de Camburi, com aquelas pedras brancas e pretas. Aqueles que forem para a Mata da Praia também poderão ver um pouco do trabalho 34
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da Revest nas fachadas. Nós crescemos juntos com esses bairros, e isso é muito gratificante”, revela a empresária e engenheira civil Denise Giestas. O emprendimento, que vem passando por um constante processo de evolução,
“Temos funcionários muito antigos, alguns com mais de 10, 20 anos de casa, e isso é muito importante para nós, pois eles têm orgulho de trabalhar na empresa. Somos uma grande família” – Denise Giestas, empresária e engenheira civil
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está sempre em busca de novos e importantes desafios. Mesmo trabalhando com rochas ornamentais, o foco não são as construtoras, e sim o consumidor final. “Nossos projetos, que são desenvolvidos por arquitetos e designers, são voltados para o mercado de luxo. Realizamos trabalhos diferenciados que englobam bancadas, áreas externas e gourmet, cozinha, banheiros, além de iluminação feita com materiais translúcidos. O leque de produtos é de um padrão mais elevado, e os projetos exigem um detalhamento bem-feito”, complementa Denise. A preocupação da Revest Stone Design vai além dos resultados, englobando ainda questões relacionadas à responsabilidade social e ao meio ambiente. Todos os negócios concretizados são comprometidos com a preservação ambiental e com a biodiversidade, dando prioridade a otimização no emprego de recursos naturais; utilização de tecnologias mais limpas; redução, reciclagem e reúso de resíduos e materiais; ecoeficiência (produzir mais com menos);
e gestão e controle das emissões de gases de efeito estufa (GEEs). A empresa realiza projetos e investimentos constantes que ajudam a prevenir e/ou mitigar os impactos, promovendo programas de monitoramento ambiental de acordo com as suas atividades. “O fato de estarmos há mais de 40 anos no mercado se deve não só ao compromisso que temos com os nossos clientes, mas também à preocupação da Revest com o meio ambiente. Estamos muito atentos às questões trabalhistas e ambientais, e isso se reflete na fidelização do público e de todos os colaboradores. Temos funcionários muito antigos, alguns com mais de 10, 20 anos de casa, e isso é muito importante para nós, pois eles têm orgulho de trabalhar na empresa. Somos uma grande família”, destaca Denise.
CRESCIMENTO Para dar continuidade à sua história de sucesso, a Revest Stone Design resolveu conhecer um pouco mais sobre os projetos e consultorias que são oferecidos pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Espírito Santo, o Sebrae-ES. E um dos primeiros passos foi a alteração do nome da companhia. “A Revest Mármores e Granitos passou a se chamar Revest Stone Design. Mudamos nossa forma de nos comunicarmos com os clientes, fizemos um novo modelo de
“Por meio do Sebraetec, a Revest tem tido acesso a inovações e ferramentas tecnológicas que têm gerado resultados muito positivos, como o aplicativo, que trará um grande diferencial para o setor de mármore e granito” José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae-ES negócios e temos tido um resultado muito positivo”, revela a empresária. De acordo com o superintendente do Sebrae-ES, José Eugênio Vieira, inovações como essa trazem grandes benefícios para os negócios. “Existem mudanças que não são perceptíveis pelos empreendedores, mas são necessárias e fazem grande diferença, como o nome da empresa. Com o apoio do Sebrae, eles podem obter melhores resultados de gestão, de marketing, financeiro, entre outros”, afirma. Outra ideia construída em parceria com a entidade foi o aplicativo Revest Stone D esi g n , pre v isto p ara s er lançado em novembro. A inovação, que estará disponível para os sistemas Android e iOS, promete beneficiar arquitetos, decoradores e designers que trabalham com rochas ornamentais como
mármore e granito. Além de visualizar diversas peças e cores existentes, os usuários poderão verificar a aplicabilidade desses materiais em ambientes já decorados. “É difícil e pesado levar os produtos até os clientes, mas também é importante mostrar todas as peças e cores existentes para que a negociação possa acontecer”, explica Denise Giestas. A criação do aplicativo começou ser desenvolvida após a empresa conhecer os serviços do Sebraetec, uma forma econômica e rápida de levar a inovação para dentro dos pequenos negócios. O instrumento possibilita com que seja promovido o acesso aos serviços tecnológicos, o que contribui e muito para o fortalecimento da competitividade no mercado. “Por meio do Sebraetec, a Revest tem tido acesso a inovações e ferramentas tecnológicas que têm gerado resultados muito positivos, como o aplicativo, que trará um grande diferencial para o setor de mármore e granito”, revela José Eugênio Vieira. O programa oferece diversos benefícios, como identificação de necessidades e prioridades; subsídios de até 80% do investimento; acompanhamento para assegurar melhores resultados; e melhor relação custo-benefício da injeção de recursos em inovação e tecnologia. “Os capixabas precisam aproveitar melhor os serviços do Sebrae, pois as consultorias dão um suporte muito importante para os empresários. E mesmo que o país esteja passando por um momento de crise, é extremamente importante que sejam feitas capacitações. Acredito que este seja o período ideal, pois quando o mercado está muito aquecido, os empresários acabam não tendo tempo devido à correria. Esta é a hora de crescer”, orienta Denise. ES Brasil • Setembro 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Thiago Guimarães
POLÍTICA
FINANCIAMENTO
AUDIFAX BARCELOS SE FILIA À REDE SUSTENTABILIDADE
ESTADO ASSINA CONVÊNIO DE R$ 1,29 BI PARA MEIO AMBIENTE
Os boatos de que o prefeito da Serra estaria de malas prontas para sair do PSB se confirmaram no último dia 29 de setembro, quando Audifax Barcelos anunciou sua filiação à Rede Sustentabilidade. Após intenso trabalho de coleta de assinaturas, a Rede teve o seu registro aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e passa a ser oficialmente um partido político. Mesmo antes da adesão, Audifax já havia entrado em contato com Marina Silva para ajudar na coleta de pelo menos 5 mil assinaturas para a criação da sigla no município. Pelo PSB, ele foi eleito deputado federal em 2009 e prefeito da Serra em 2012.
RODNEY MIRANDA SE REÚNE COM INTEGRANTES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MARINHO
No último dia 23 de setembro, o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda, reuniu-se com representantes de entidades locais que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Marinho. Durante o encontro de trabalho, foram debatidas questões relacionadas à macrodrenagem do Rio Marinho e a importância da participação da comunidade do entorno para sua preservação. RECADO
LELO COIMBRA USA MÍDIA SOCIAL PARA NOVA CRÍTICA AO GOVERNO FEDERAL O deputado federal Lelo Coimbra (PMDB), que já há algum tempo vem criticando as ações do Planalto, utilizou sua rede social para mandar um recado explicitando sua posição contrária ao retorno da CPMF. Ele publicou, no dia 21 de setembro, uma charge de Pater em que próprio parlamentar aparece “decepando” o braço do Governo em busca de mais impostos. 36
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Foto: Sidney Oliveira/ Agência Pará
MACRODRENAGEM
Foto: PMVV
O governador Paulo Hartung e o diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raizer, assinaram contrato para executar o Programa de Gestão Integrada das Águas e da Paisagem. O banco irá financiar US$ 225 milhões, e a contrapartida do Estado será de US$ 98 milhões. O programa inclui proteção e recuperação de mananciais, reabilitação da cobertura florestal; e 100% de coleta e tratamento de esgoto em nove municípios: Ibatiba, Dores do Rio Preto, Irupi, Iúna, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Marechal Floriano, entre outras medidas.
DESPORTO INDÍGENA PODERÁ RECEBER INCENTIVOS DO GOVERNO FEDERAL Aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, o projeto da senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) inclui o Subsistema do Desporto Indígena no Sistema Brasileiro do Desporto (PLS 247/11). Isso significa que a prática pode passar a receber incentivo financeiro do Governo Federal. A proposta, que será agora analisada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte, diz que o desporto indígena deve ser articulado em parceria com os órgãos responsáveis pela política indigenista do país e que essa mobilização ocorra em colaboração com estados e municípios, além de entidades públicas e privadas, inclusive no que se refere ao financiamento.
Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.
HUGO MUSSO: POLIVALENTE, CONCILIOU TERNURA COM TRABALHO
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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae
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época era outra, e não havia lugar para pessoas fracas. Somente os bravos e determinados conseguiam vencer os desafios que a natureza lhes impunha. Algumas poucas enfrentaram a adversidade conciliando trabalho árduo de suas mãos ásperas com o sonho romântico de seus corações. Nosso personagem, Ugo Eugênio Musso, foi um desses homens destemidos que romperam barreiras para a maioria intransponíveis e teve seu nome gravado no panteão dos pioneiros que formataram o futuro do nosso Estado. Em 1870, o litoral capixaba possuía apenas três cidades e 10 vilas, isoladas pela mata virgem e acossada por índios agressivos. A imigração europeia passou a ser política de Estado para povoamento e aproveitamento das terras para atividade produtiva. Em fevereiro de 1874 chegaram ao Espírito Santo os primeiros imigrantes italianos: 384 pessoas, após penosa viagem cruzando o oceano, se fixaram num espaço considerado até então uma grande interrogação.
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Três anos depois, em setembro de 1877, o navio a vapor “Presidente” aportou no Rio de Janeiro com 445 ocupantes provenientes da comuna de Marsaglia, região do Piemonte. Entre eles, a família Musso – o casal Musso Antonio e Giacintha Seghesio e seus filhos, Poncio Giuseppe, Luigi Ferdinando e Giuseppina, todos com menos de 8 anos. Seu destino final era o nosso Estado, uma gleba localizada no Núcleo Abreu Lima, primeiramente denominada Colonial Santa Cruz, mais tarde Conde D’Eu, depois Pau Grande e finalmente Ibiraçu. Ugo, da terceira geração dos Musso, nasceu na província de Ferrara, na Itália, dia 5 de outubro de 1922, filho de Antônio Cesar Musso, neto do patriarca Musso Antônio, e de Maria Amelia Magli. Em 1930, a família voltou ao Brasil para se radicar definitivamente em Vitória. A fascinante história de Ugo (Hugo) Musso mostra aos brasileiros como determinação e sonho não são irreconciliáveis. Muito jovem, por motivos econômicos, ele deixou de estudar para entrar no mercado de trabalho. Trabalhou algum tempo numa farmácia, voltou a estudar na Academia de Comércio de Vitória, praticou marcenaria, foi barbeiro, balconista e comerciante. Inquieto, sempre buscando novo espaço para sua formação como cidadão
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GPS -20.3436693 -40.2847615
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Foto: Divulgação
Participe da coluna enviando sugestões para enderecodahistoria@revistaesbrasil.com.br
Hugo Musso
atuante, tornou-se fotógrafo de uma loja especializada – o Empório Capixaba, gerenciado pelo italiano Nestor Cinelli, onde aprendeu a fazer revelações, ampliações e reprodução fotográficas de filmes produzidos por amadores. Foi ali que conviveu com Jamil Merjane, mestre da arte que marcou época na história da fotografia entre nós.
ECLÉTICO E POLIVALENTE, FOI MECÂNICO DE AUTOMÓVEIS E MOTOCICLETAS Ao se casar com Úrsula Meyer, na Igreja do Rosário, em Vila Velha, Ugo Musso surpreendeu a esposa com os modernos e belos móveis para a casa onde iriam morar, por ele confeccionados, marceneiro que um dia fora. Sensível, romântico, poeta, entoava canções de amor em serenatas para a namorada e futura esposa Úrsula, à época trabalhando na seção de contabilidade da Chocolates Garoto. O que a maioria de nós ignora é que uma das guloseimas mais apreciadas pelos amantes de chocolate deve seu nome ao lirismo do apaixonado menestrel. “Serenata de Amor” foi o desdobramento de uma história que levaria dois jovens a se completarem numa união que daria tantos e bons frutos... Seis filhos, sendo três médicos, um formado em Letras e dois em Engenharia, formam o legado capixaba do clã dos Musso. Sua vocação maior, porém, era mesmo a arte fotográfica. Foi um dos idealizadores e fundadores do Foto Clube Capixaba, do qual assumiu o cargo de diretor técnico.
Mais tarde, montou seu próprio negócio, a Foto Musso, localizada na Avenida Capixaba, hoje Jerônimo Monteiro. O estabelecimento funcionou por mais de 30 anos no prédio de dois andares onde também se instalara a antiga Companhia Telefônica do Espírito Santo. Entre fotografias no estúdio, reportagens de casamentos e batizados, registrou para a história a construção das BRs 262 e 101 Norte e da Segunda Ponte (Vitória a Vila Velha) e as obras realizadas durante a gestão do prefeito Max Mauro, daquela cidade. Cidadão honorário de Vila Velha, considerava-se filho adotivo do Espírito Santo, e como tal se mostrava preocupado com o desenvolvimento do Estado e cobrava maior empenho das autoridades para melhorar as condições de mobilidade nas ruas da cidade. Mais de uma vez, emprestou sua participação pessoal para reparos e manutenção de vias públicas e obras de drenagem. O nosso personagem e sua marcante trajetória na vida da cidade levaram a Câmara dos Vereadores de Vila Velha, em 1978, a renomear com seu nome a Avenida Vitória. A Avenida Hugo Musso tornou imortal, na memoria dos capixabas, o nosso grande benfeitor, falecido jovem, aos 55 anos de idade, em 23 de setembro de 1978. Todos os que cruzam a Avenida Hugo Musso têm, pela saga vivida pelo nosso homenageado, mil motivos para reverenciar os feitos de um dos maiores capixabas que a Itália nos legou. (Copidesque: Rubens Pontes).
Mais fotos e vídeos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br/index.php/ artigos-e-colunas/o-endereco-da-historia
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ADILSON NEVES
SUSTENTABILIDADE
é professor, consultor em Estratégia e coach em Desenvolvimento de Pessoas
A BOA GOVERNANÇA AGREGA VALOR AO NEGÓCIO VALE A PENA INVESTIR NA ADOÇÃO DAS PRÁTICAS PELA GERAÇÃO DE SUSTENTABILIDADE EM LONGO PRAZO
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overnança corporativa faz bem a um negócio de porte médio ou pequeno? Se a empresa estiver pensando em sustentabilidade, as boas práticas desse sistema de gestão resultam em aumento de valor, facilitam o acesso ao capital e contribuem para a perenidade dos negócios. Se no passado essa receita de gestão era direcionada apenas às grandes corporações, àquelas com ações listadas em Bolsa de Valores, atualmente, o termo é de fundamental importância para as organizações em geral, inclusive para as que são familiares de médios e de menor porte. A falta de conhecimento e de preparo dos empreendedores das pequenas e médias empresas a respeito das melhores práticas pode ser fatal em um momento virtuoso da economia como o que vivemos atualmente. Os empresários precisam perceber que, quando pensam em governança corporativa, estão buscando agregar valor e controles internos, aprimorar a gestão, bem como garantir um crescimento consistente do seu negócio, aproveitando melhor as oportunidades de fortalecimento junto a fornecedores, clientes e instituições financeiras que fazem a imediata leitura do compromisso da organização com transparência, responsabilidade e eficiência. Neste artigo, quero chamar a atenção para três práticas que não podem faltar
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na sua empresa, dentro da cultura da governabilidade. O primeiro ponto é que a hierarquia deve ser clara em todos os níveis, de modo que todos saibam identificar exatamente os gestores a quem devem se reportar e quem é o nome principal que tomará a decisão final em qualquer situação.
Com a crise vivida pelo Brasil, a governança corporativa se expôs e mostrou que só é válida para quem faz o dever de casa, e que continua sendo um excelente sistema de gestão para aqueles com a coragem de ter atitude ética e transparente na direção executiva de suas empresas” O segundo fator-chave é a necessidade de acompanhamento mensal dos resultados e da estratégia do negócio, através de reuniões entre gestores e empreendedores. O terceiro item é a formação de um Conselho Consultivo, preferencialmente
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com a presença de membros externos, para acompanhar e orientar sobre projetos, diretrizes, metas, indicadores, principais contratações e assuntos da gestão. Uma forma simples e prática de começar. Já temos algumas experiências no Espírito Santo que estão caminhando muito bem. A boa governança agrega valor ao negócio? Essa discussão tem sido muito ampla nos meios acadêmicos e empresariais; mas minhas experiências pessoais têm me oferecido informações e resultados suficientes para defender a governança corporativa pelas melhorias que impactam na geração de resultados, não apenas nos aspectos financeiros com também na agregação de valor ao negócio. Com a crise vivida pelo Brasil, a governança corporativa se expôs e mostrou que só é válida para quem faz o dever de casa, e que continua sendo um excelente sistema de gestão para aqueles com a coragem de ter atitude ética e transparente na direção executiva de suas empresas, haja vista que o momento agora pertence aos negócios que respeitem as leis e produzam resultados confiáveis, mas não a qualquer custo, principalmente por meios escusos. Essas práticas podem representar uma enorme fonte de vantagem competitiva no mercado, até mesmo para as empresas mais iniciantes, razão pela qual é importante um olhar estratégico sobre o tema.
PANORÂMICAS
Foto: Divulgação
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Parceria do Editor
EM OUTUBRO
ENCONTRO DE ECONOMIA DEBATE CIÊNCIA E TECNOLOGIA O Conselho Regional de Economia está preparando o VI Encontro de Economia, que acontecerá nos dias 18 e 19 de outubro na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Haverá palestra do presidente do Banestes, economista Guilherme Dias (foto), e mesas temáticas para a apresentação de projetos. A comissão avaliou 57 trabalhos. Este ano o evento contará em uma das mesas com a participação do professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro Paulo Bastos Tigre, especialista na área de Ciência e Inovação, além do professor Arlindo Vilaschi e do presidente da Fapes, José Antonio Buffom. SEMINÁRIO
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JÁ ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA AS ELEIÇÕES DO CORECON-ES O Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) já publicou o edital das próximas eleições, que ocorrerão nos dias 29 e 30 de outubro pela internet, no endereço www.votaeconomista.org.br. As votações são para a renovação do terço de conselheiros, sendo três efetivos e três suplentes, com mandato de três anos (2016 a 2018). Também será escolhido um delegado eleitor efetivo e um suplente ao Colégio Eleitoral do Cofecon. O processo será feito somente pela internet e não haverá voto por procuração. Cada eleitor receberá sua senha para que possa fazer sua indicar sua opçãos eletronicamente. No site do Corecon-ES constam os nomes dos economistas aptos ao pleito.
“OPORTUNIDADES EM TEMPOS DE CRISE” É TEMA DE PALESTRA
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O economista Luiz Augusto Candiota (foto), ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, esteve em Vitória, no dia 22 de setembro, para falar sobre cenários e oportunidades na área financeira. A palestra foi realizada durante um seminário organizado pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), no auditório do Banestes, em Vitória. Economistas, estudantes e outros profissionais participaram. 42
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ECONOMISTAS DÃO ORIENTAÇÕES NO PLANTÃO DA CIDADANIA O Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) e o Sindicato dos Advogados realizaram o XIII Plantão da Cidadania. Os profissionais ligados às duas entidades deram orientações gratuitas à população na Praça Oito, Centro de Vitória. Eles falaram sobre dívidas, investimentos, entre outras questões. O evento ocorreu em 7 de agosto, das 9h às 17h. Foi um dia de grande importância para estreitar o relacionamento entre economistas e a sociedade, além de valorizar a profissão.
CONSELHO APONTA SAÍDA PARA MOMENTO ECONÔMICO A economia nacional tem passado momentos muito difíceis, e as previsões para o final de 2015 não são boas. Diante do cenário recessivo, o Corecon-ES acredita que para superar a crise é necessário elaborar e executar uma pauta otimista de longo prazo para o Brasil, tratando da política fiscal e da infraestrutura, de modo a resgatar a confiança da população em geral. É preciso que os empresários monitorem o desempenho de suas atividades, comparem-se com concorrentes e busquem a eficiência.
Foto: Roberto Stuckert Filho / PR
BRASIL ANUNCIA METAS AMBIENTAIS ALTAS, MAS INSUFICIENTES
FATOS
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urante a Conferência das Nações Unidas, ocorrida no dia 27 de setembro, a presidente Dilma Rousseff oficializou o compromisso do Brasil de conquistar a redução de 43% na emissão de gases de efeito estufa e de zerar o desmatamento ilegal até 2030, uma meta que inclui ações realizadas desde 2005. Como o total de emissões em 2005 foi de 2,03 bilhões de toneladas de CO2 equivalente, a meta representaria a liberação de 1,28 bilhões de toneladas em 2025 e de 1,15 bilhões de toneladas em 2030. Dilma também detalhou propósitos do país no combate ao desmatamento – que mundialmente responde por 15% das emissões de gases de efeito estufa – e no reflorestamento de áreas degradadas. Até 2020, o Brasil pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares; recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; e integrar 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta.
Outra medida anunciada foi o aumento da participação de energias renováveis (excluindo as grandes hidrelétricas) dos 15% atuais para 23% até 2030. Ainda que as metas brasileiras estejam entre as mais altas anunciadas até agora em relação ao corte de emissões de gases de efeitos estufa, elas foram consideradas insuficientes por especialistas, diante do potencial do país em promover essa baixa. Isso porque, se as propostas dos países para 2030 anunciadas até o momento forem concretizadas, o planeta ainda deve chegar a um aquecimento entre 3ºC e 4ºC, enquanto o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) aponta que o ideal seria limitar o aquecimento global a 2ºC.
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ATUALIDADE
VITOR TAVEIRA
MERCADO IMOBILIÁRIO: O DESAFIO DE AJUSTAR-SE
À CRISE DA ECONOMIA A SITUAÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS INIBE O CONSUMO E AFETA A CONSTRUÇÃO CIVIL. MOMENTO PODE SER PROPÍCIO PARA QUEM QUER INVESTIR 44
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epois de um grande avanço, o mercado imobiliário enfrenta um novo desafio: o de adequar-se à desaceleração da economia, que o afeta diretamente. Foram sete anos seguidos de uma expansão significativa do setor entre 2007 e 2013, incluindo uma alta de 7,5% em 2009, quando, sentindo a crise internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,2%. Em 2010, com a retomada do crescimento nacional, a construção civil apresentou um resultado ainda maior: 13,1% de alta anual. Porém, especialmente nos últimos dois anos, esse panorama começou a mudar. Em 2014, com a economia estagnada, a atividade civil encolheu 2,6%. No primeiro semestre de 2015, o resultado é mais preocupante: o PIB do país caiu 1,2%, e o segmento teve retração de 4,7%.
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Professor da Universidade Vila Velha (UVV) e especialista do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira comenta que, se no período anterior de crise, entre 2008 e 2009, preponderavam fatores externos, que foram amenizados pela situação do mercado interno, desta vez, o quadro adverso é influenciado mais fortemente pelos desencadeamentos internos. No plano geral, as expectativas sobre a economia nacional não são nada favoráveis. Os juros altos, o baixo crescimento, a diminuição do crédito e a queda nas expectativas de consumo no futuro próximo contribuem intensamente para um novo ciclo bastante diferente – e menos animador- que o anterior na construção civil. O balanço do primeiro semestre de 2015 em nível nacional feito a partir de estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Associação Brasileira de “Há uma crise política associada a uma forte crise econômica não mais Incorporadoras (Abrainc), reunindo dados de grandes empresas escondida, mas reconhecida por todos, que fragiliza muito o mercado do setor com alcance nacional, indica declínio nos principais interno, afetando fortemente o nosso setor” indicadores em relação ao mesmo período do ano passado: Aristóteles Passos Costa Neto, presidente do Sinduscon-ES redução de 20% no número de unidades lançadas, de 14% nas Muitos também ficarão com um pé atrás para buscar crédito num vendas e de 3% na oferta de imóveis. Aristóteles Passos Costa Neto, presidente do Sindicato da Indústria cenário de dúvidas em relação ao futuro – e ainda com os juros da Construção Civil do Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), mais altos. Os bancos, por tabela, diante da menor demanda e do cenário identifica um momento de crise de confiança da população em decorrência da retração da economia e a falta de sinais de recuperação, de insegurança, aumentam as exigências e dificultam o acesso de maneira que o público consumidor segura seus investimentos, ao crédito. Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das atingindo diversos mercados, entre eles o da construção civil. Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) constata que “Há uma crise política associada a uma forte crise econômica não a queda do financiamento foi significativa no primeiro semestre mais escondida, mas reconhecida por todos, que fragiliza muito o de 2015. Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, mercado interno, afetando fortemente o nosso setor. É sempre bom o número de unidades inseridas nessas operações foi 17,54% registrar que o mercado imobiliário depende fundamentalmente menor. O valor em financiamento caiu 12,49%. Foi o maior tombo de um mercado interno forte e em crescimento, pois este é o dos últimos cinco anos, como mostra o gráfico. nosso consumidor”. Essa maior cautela da população e dos negócios CRÉDITO IMOBILIÁRIO POR SEMESTRE impacta mais diretamente a 32.699 35.000 8.000 32.122 aquisição de bens duráveis 29.807 28.712 7.000 30.000 como automóveis e imóveis. 7.190 24.578 6.918 25.416 20.810 De maneira simplificada, 6.000 25.000 6.385 22.095 20.483 5.906 pode-se fazer o seguinte 5.000 5.587 20.000 raciocínio: inseguro em relação 5.045 4.000 ao futuro, sem ter certeza de 15.000 4.068 4.160 3.000 que manterá o emprego e a 3.294 10.000 2.000 renda em médio e longo prazo, 5.000 1.000 o cidadão que outrora pensava em investir em um bem Jan - Jun Jul - Dez Jan - Jun Jul - Dez Jan - Jun Jul - Dez Jan - Jun Jul - Dez Jan - Jun durável, agora, mais precavido, 2011 2011 2012 2012 2013 2013 2014 2014 2015 prefere manter esse dinheiro Unidades financiadas Valores em R$ milhões para uma eventual emergência em tempos de vacas magras. Fonte: Sinduscon-ES/Abecip ES Brasil • Setembro 2015
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GRANDE VITÓRIA APRESENTA CRESCIMENTO Na opinião de Sandro Udson Carlesso, diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado do Espírito Santo (Ademi-ES), o setor, assim como diversos nichos produtivos passam pelo mesmo processo de retração devido à instabilidade da economia brasileira. “Diante deste cenário, o mercado tem buscado produzir o essencial para o consumo. Ou seja, há um equilíbrio entre oferta e demanda, conforme pode ser observado nos sucessivos balanços do Censo Imobiliário Sinduscon-ES. Com relação ao bancos, também há uma preocupação com a liberação de crédito para habitação, o que gera mais segurança ao mercado”, explica. Entre janeiro e abril de 2015, o número de unidades em edificações na Grande Vitória marcou elevação de 1,99%, puxada, sobretudo, pelos resultados positivos de Vila Velha (3,82%), que possui praticamente metade de todas as construções na região metropolitana, e Vitória (1,59%). Por outro lado, Serra e Guarapari apresentaram quedas de 2,86% e 5,44% na quantidade de novas obras. Pablo Lira acredita que o mercado imobiliário capixaba ainda tem perspectiva de crescimento por conta dos próprios investimentos já realizados e da tendência de expansão do tecido urbano na Região Metropolitana da Grande Vitória, que ocorre paralelamente a intervenções do poder público para melhoria da qualidade de vida nas cidades.
“Diante deste cenário, o mercado tem buscado produzir o essencial para o consumo. Ou seja, há um equilíbrio entre oferta e demanda, conforme pode ser observado nos sucessivos balanços do Censo Imobiliário Sinduscon-ES” – Sandro Udson Carlesso, diretor da Ademi-ES
empreendimento a ser lançado. Quando a região aponta um número elevado sobre determinado produto, pode haver cancelamento ou adiamento do lançamento anteriormente planejado”, diz Francis Rocha, diretor-geral da Francisco Rocha Imóveis. Sandro Carlesso, da Ademi-ES, pontua que o cenário de enfraquecimento não é de agora, pois desde o ano passado já se DIFICULDADES PARA O SETOR manifestava, fazendo com que o mercado começasse um momento Embora os resultados ainda sejam razoáveis para a indústria da de adequação. Para ele, o setor mantém um ritmo de produção e construção, já há alguns sinais de uma mudança de período em planejamento que está dentro da demanda de consumos. relação aos tempos não muito distantes de crescimento vertiginoso. Luiz Claudio Mazzini Gomes, diretor de Incorporação da A cautela diante da redução do consumo se propaga também Mazzini Gomes, lembra que a decisão estratégica de adiamento para os empresários desse campo. “Estamos vivendo um momento ou cancelamento de investimentos depende muito da na construção civil de estudos sob medida para cada lançamento, tipologia, do público-alvo e do endereço do empreendimento. avaliando a região e a sua necessidade sobre a tipologia do “Nas regiões mais nobres da cidade, isso ocorre em menor escala. A demanda persiste”. É o mesmo que aponta José Luís Galvêas, diretor-presidente UNIDADES EM CONSTRUÇÃO da Galwan. Para ele, os revés 40.000 econômico penaliza mais 36.461 justamente os mais pobres, que 35.000 sem garantia de emprego não 30.000 vão assumir compromissos 26.757 que impliquem grandes 27.697 25.000 investimentos, situação diferente, 20.000 por exemplo, de funcionários públicos e investidores, que 15.000 mesmo com a crise possuem 10.000 reservas e capacidade de investir. 11.557 “As construtoras que trabalham 5.000 7.970 com esses segmentos de menor 0 poder aquisitivo vão sofrer junto dez/01 dez/02 dez/03 dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 dez/08 dez/09 dez/10 dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 dez/15 com seus clientes. As outras *A partir do ano de 2012, foi incorporado o município de Guarapari na pesquisa e, em 2014, Fundão e Viana. também perdem, mas não estarão Fonte: 28º Censo Imobiliário Sinduscon-ES – Abril 2015 46
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CRESCIMENTO ANUAL DO PIB E DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL 11
2004 2005
5,7 -2,2
3,1 -1
2006
4,0
2007
4,8 5,0
2008 2009
7,5
-0,2
13,1
2010
7,6
2011
3,9
4,7
2013
2015 -4,7 1º semestre
8,3
2,8 1,8
2012
2014
9,1
6,0
2,7 -2,6
0,1 Construção Civil (%)
-1,2
PIB (%)
Fonte: IBGE/CBIC
tão sufocadas como as que dependem de financiamento bancário para ter acesso a bens imóveis”, explica. Sendo um setor de peso na geração de emprego e renda, sobretudo para as classes de menor ingresso econômico, a redução do nível de investimento e construção de novos imóveis tem resultado em efeito negativo. Nos sete primeiros meses do ano, foram 6,2 mil postos de trabalho a menos, segundo dados do Cadastro Geral de
“Na hora em que os estoques se esgotarem as pessoas terão que conviver com uma nova realidade de preços, pois agora construtoras estão produzindo muito menos” – José Luís Galvêas, diretor presidente da Galwan
“O setor da construção civil é composto por uma cadeia bastante grande de fornecedores e prestadores de serviços. A diminuição do volume de produção certamente está afetando toda essa cadeia” Luiz Claudio Mazzini Gomes, diretor de Incorporação da Mazzini Gomes
Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A situação se complica, pois o Espírito Santo possui os encargos sociais de mão de obra com maior percentual entre os 20 estados brasileiros onde há o cálculo do Custo Unitário Básico, o CUB, que computa os custos relativos a benefícios e direitos trabalhistas e previdenciários dos profissionais. Além disso, o freio no investimento em novas construções afeta diretamente outros setores que dependem diretamente da construção civil como um de seus importantes pilares. “O setor da construção civil, seja ele formal ou seja informal, é composto por uma cadeia bastante grande de fornecedores e prestadores de serviços. A diminuição do volume de produção certamente está afetando toda essa cadeia”, diz Mazzini Gomes. Para exemplificar, pode-se checar os números divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, que indicam redução de 5,6% nas vendas de cimento no primeiro trimestre de 2015 no Brasil em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o anterior, o último trimestre de 2014, observa-se um baque ainda maior, totalizando uma retração de 7,4% nas vendas. Se considerada apenas a região Sudeste do país, a queda é ainda mais significativa, de 8,16 milhões de toneladas para 7,44 milhões ante mesmo trimestre de 2014, um encolhimento que chega a 8,8%.
BOM MOMENTO PARA INVESTIR Toda essa situação relatada acaba influenciando no fluxo de caixa das empresas, razão pela qual Aristóteles Passos Costa Neto considera que as principais medidas do empresariado do ramo da construção no momento estão direcionadas ao fortalecimento do caixa. “Como não sabemos quanto tempo durará a crise do país, precisamos estar preparados para passar por este momento de turbulência”. Segundo Carlesso, diante da situação, muitas companhias estão investindo em inteligência de mercado para empreender de forma mais assertiva. Isso quer dizer que há uma preocupação em oferecer produtos com excelente capacidade de liquidez. “Não é à toa que o mercado voltou as suas atenções para o segmento de médio a alto ES Brasil • Setembro 2015
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padrão nos últimos anos, com investimentos pontuais na capital, onde há demanda para moradia, além da concentração de pessoas que não perderam o poder de consumo. Elas são menos sensíveis às variáveis da economia”. Como toda crise também é oportunidade, José Luís Galvêas lembra que, para quem está capitalizado, este pode ser um momento muito propício para investir em bens móveis, enquanto os estoques ainda seguem altos, fruto dos investimentos realizados ainda com os custos e nas expectativas do período anterior. Dado que os aportes em novos empreendimentos tendem a reduzir por enquanto, é de se esperar que, diante da diminuição dos estoques e de uma futura melhora da economia, em médio prazo o mercado poderia voltar a aquecer e os preços, subirem. “Na hora em que os estoques se esgotarem, as pessoas terão que conviver com uma nova realidade de preços, pois agora construtoras estão produzindo muito menos”. Mas para ele, uma chave importante para conseguir ter bom retorno no investimento a longo prazo é pesquisar uma boa localização. Francis Rocha destaca que é possível conseguir boas condições para compras. “As construtoras e as imobiliárias estão adotando novas estratégias para estimular o mercado e atrair novos clientes, como flexibilidade e facilidade nas negociações, generosos descontos para pagamentos à vista, parcelamento direto com construtoras, entre outros”.
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“Estamos vivendo um momento na construção civil de estudos sob medida para cada lançamento, avaliando a região e a necessidade da mesma sobre a tipologia do empreendimento a ser lançado” Francis Rocha, diretor-geral da Francisco Rocha Imóveis
Para Sandro Carlesso é preciso olhar as boas oportunidades de investimentos no mercado, pois mesmo com a crise, o imóvel ainda possui alto potencial de rentabilidade em médio e longo prazo. “Mesmo com a crise econômica, o imóvel ainda permanece como um dos ativos mais seguros para investir. Para efeitos comparativos com outros tipos de aplicações financeiras, nos últimos cinco anos, um imóvel de quatro quartos na Praia do Canto, em Vitória, obteve valorização de 98% contra os 39% de rendimento da poupança, como também se manteve acima do IPCA e do IGPM”, compara.
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pós passar horas no engarrafamento ou ter um dia estressante no trabalho, nada como relaxar em um dos muitos ambientes que as novas áreas de lazer dos nossos condomínios oferecem. Um dos diferenciais dos empreendimentos Galwan, o lazer é pensado para agradar a toda a família, com opções para quem quer manter a forma, relaxar, encontrar amigos, brincar, cozinhar, festejar e se divertir. Quem tem filho na escola conhece bem a importância desses espaços, principalmente na temporada de férias. Saber que as crianças estão brincando em segurança, enquanto os pais trabalham, é uma tranquilidade. Por isso, além da localização do imóvel e do conforto do apartamento, o lazer se tornou um item muito importante na hora da escolha do empreendimento.
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GALWAN OFERECE ÁREAS DE LAZER CONFORTÁVEIS E COM MUITAS OPÇÕES PARA TODA A FAMÍLIA
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A variedade de opções, como piscinas, quadras, salão de jogos, brinquedoteca, fitness, espaço gourmet, forno de pizza, bangalô, jardins, espaço jovem, etc, faz toda a diferença no momento da definição do endereço. A qualidade do lazer exerce cada vez mais peso na decisão de compra de um imóvel, já que a recreação aproxima a família e permite momentos de confraternização com segurança e conforto. É o caso do espaço gourmet, presente na maioria dos empreendimentos. Nos últimos 10 anos, o conceito desses ambientes em condomínios verticais tem dominado o mercado imobiliário. A intenção dessas áreas é proporcionar aos moradores de apartamentos o mesmo conforto de quem reside em casa e poder reunir os amigos e a família,
para um almoço ou jantar, em um lugar amplo, sofisticado, prático e confortável, com privacidade e sem bagunça em casa. A busca por esses atrativos só cresce, deixando para trás o tempo em que o lazer no condomínio se resumia a salão de festas, churrasqueira e playground. Por isso, nada mais justo do que esses espaços valorizarem o imóvel, principalmente quando são práticos, bem mobiliados e planejados por uma construtora pioneira nessas ofertas. A Galwan foi uma das primeiras construtoras do Estado a apostar no lazer diferenciado, e hoje percebe como foi importante inovar nesse quesito.
CRÔNICA
BELO DIA, VELHOS TEMPOS O sol convidava a uma praia e eu, que não me faço de rogada, vesti o maiô, amarrei a canga, passei a mão na bolsa e na cadeira de praia e lá fui, rumo ao mar, ansiosa para desfrutar dessa delícia, sempre ao alcance dos mais e dos menos favorecidos pela sorte. O dia estava realmente es-plen-do-ro-so! O sol lançava seus raios dourados naquela imensidão de mar, mostrava suas cores em opulentas nuances de azul, cinza e verde. A água estava ofuscante, coalhada de pontinhos luminosos, reflexo do poderoso astro-rei. O mundo parecia de cabeça para baixo: o céu um imenso e sereno mar e o mar, um céu repleto de brilhantes estrelinhas. Fiquei um bom tempo admirando todas essas coisas e, enlevada com tamanha beleza, agradeci a Deus o privilégio de ter olhos e sensibilidade para apreciar tudo isso. A primavera chegara com jeitinho de verão, daí o motivo de tanta gente na praia. Jovens saudáveis, bonitos, exibiam seus calções e biquínis estalando de novo alguns, com ares de verão passado outros. Havia crianças e idosos que se divertiam como podiam, dentro de seus limites. Ambulantes apregoavam suas mercadorias em altos brados, entusiasmados com a suposta e inesperada clientela. Depois dessa visão geral, armei a cadeira e sentei. Devidamente instalada, comecei a prestar atenção aos que se encontravam mais próximos. Vi então um jovem pai, que com seus dois filhos brincava com um cachorrinho branco e felpudo. Ora corriam à beira mar, ora disputavam uma bola. Eram quatro crianças se divertindo. De repente, entro no túnel do tempo e, em flashback, revejo cenas de 20, 25 anos atrás. Encontro meus três filhos
Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com e o Kico, um cachorrinho esperto e alegre como ele só! Quando íamos à praia, ele se divertia e nos divertia o tempo todo: corria, brincava,tomava água de coco, devorava sanduíches e sorvetes, como qualquer mortal. Em casa, quando as crianças desembrulhavam balas e bombons, ele vinha correndo, atraído pelo barulhinho do papel e disputava o seu quinhão, que de bom grado lhe era concedido. Quando eu tentava aplicar umas palmadas na Denise, no Marcelo ou no Ricardo, na intenção de corrigi-los, o Kiko frustrava minha empreitada, pois para defendê-los, sem, contudo me ofender, Kiko pulava simultaneamente em mim e nas crianças, levando por água abaixo minha pretensão. E aí, a situação se invertia: o que seria uma cena triste de choro transforma-se em uma cena alegre, porque, entre risadas, eu entregava os pontos, para alívio de todos. Passa aos berros um vendedor de água mineral. Sou trazida de volta à realidade. José Clélio me lembra de que já é tarde e que os filhos vêm com nossos netos, noras e genro almoçar conosco. Ah!... sou mesmo uma pessoa de sorte: ganho logo cedo de presente (ia me esquecendo de dizer que hoje é dia do meu aniversário) esta manhã maravilhosa, a reunião com a família, e encontro este cachorrinho brincalhão que me trás de volta o Kiko e as minhas três crianças, mesmo que seja por uma fração de tempo.
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CIÊNCIA E INOVAÇÃO
CAPIXABAS LANÇAM ABRIGOS E COBERTURAS COM CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR Imagine recarregar a bateria do seu smartphone ou tablet diretamente no ponto de ônibus enquanto espera sua condução? A novidade é o mais recente projeto da Bitcast, empresa capixaba de tecnologia. O sistema utiliza painéis fotovoltaicos, captando a energia solar que alimenta luminárias LED e conectores USB, permitindo carregamento desses aparelhos, além de incremento da iluminação local com energia gratuita e sustentável. A tecnologia, que está em teste com dois protótipos instalados na Faculdade UCL, na Serra, pode ser empregada em coberturas de parques, praças, orlas e outras áreas turísticas, oferecendo, além de abrigo, energia limpa. ENERGIA
EMPRESA MINEIRA PLANEJA INDUSTRIALIZAR CARVÃO DE EUCALIPTO O grupo Rima Industrial S/A vem desenvolvendo um projeto de conversão do eucalipto em carvão vegetal e energia, com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI). O trabalho busca maior eficiência na transformação de eucalipto e na recuperação de substâncias incineradas no procedimento. Isso porque a queima de gases desperdiça 50% da energia da madeira lançada na atmosfera, mas com o novo processo será possível gerar eletricidade a partir dos gases da biomassa e ainda produzir o carvão vegetal. CANADENSE BOMBARDIER ESTÁ DE VOLTA AOS ARES
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PREVISÃO
INPE LANÇA SERVIÇO INÉDITO DE PREVISÃO DE RAIOS O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou no início de setembro um serviço inédito que possibilita prever a incidência de raios com antecedência de 24 horas. O sistema foi desenvolvido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica e estará disponível no próximo verão para uso dos veículos de comunicação de todo o país, a exemplo do que já ocorre com a previsão do tempo. CONSÓRCIO IRÁ DESENVOLVER TECNOLOGIA DE CICLO BRAYTON COM TURBINA A GÁS À BASE DE S-CO2 O Laboratório Nacional Sandia, do Governo dos EUA, firmou parceria com oito empresas e entidades de pesquisas para viabilizar a utilização prática e comercial de um sistema de geração de eletricidade mais limpa e mais eficiente do que os atuais. A tecnologia de ciclo Brayton usando uma turbina a gás à base de dióxido de carbono supercrítico (S-CO2) traz, entre benefícios econômicos e ambientais, a redução do consumo de combustível e das emissões de poluentes e a capacidade de gerar energia a partir de uma variedade de fontes de calor. A Nasa planeja instalar uma usina na Lua adotando esse princípio. As instalações para teste da nova turbina já estão prontas no Laboratório Sandia. Foto: Divulgação
Batizado de Zepelix, o imenso dirigível será capaz de transportar mais de 500 toneladas de alimentos, suprimentos e pessoas durante missões humanitárias e de atendimento a vítimas de desastres naturais. O novo modelo, um melhoramento de protótipo em escala menor já construído pela Bombadier, terá uma faixa operacional de quase 10.000 km, o que significa poder chegar a qualquer ponto da Terra. Portas enormes permitirão a entrada de caminhões carregados, prontos para trabalhar assim que o dirigível pousar em uma área aberta, o que dispensa aeroportos. A cobertura terá células solares orgânicas, gerando eletricidade ao funcionamento da sala de controle e de salas de armazenamento refrigerado. O desenho do Zepelix foi inspirado nas tartarugas marinhas, com as quatro patas funcionando como dutos de ar para facilitar na dirigibilidade e o pouso.
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ALTERNATIVA
GASTRONOMIA Foto: Divulgação
VANDERLEI MARTINS
NOITE DE JAZZ E RISOTO NO FUEGOS As quintas-feiras do Fuegos Restaurante, em Jardim da Penha, passaram a ser mais animadas e deliciosas com as noites de jazz e risoto. Para agradar cada vez mais ao seu público, o chef François Teissonnière elaborou um menu degustação especial que inclui entrada, três opções diferentes de risotos e uma sobremesa. Há pratos saborosos, como o risoto de brie e amêndoas, a cioba com risoto de rúcula e tomate seco e a costela de cordeiro com risoto negro e creme de hortelã. Já a sobremesa pode ser escolhida entre o arroz doce, o sorvete de caramelo ou a taça de sorvete de sorvete de caramelo e paçoca. A música fica por conta do saxofonista Sérgio Rouver, que toca jazz ao vivo a partir das 20 horas.
VINHO CHILENO TINTO CENTAURO 750 ML Elaborado com as uvas cabernet sauvignon, syrah e carmenere, este vinho é a companhia ideal para pratos como bifes grelhados, massas com molho de tomate ou molho branco e também queijos como provolone e manchego. Tem um corpo com ótima estrutura, sem deixar de ser equilibrado. Com boca muito boa com taninos finos, agradará muito aos apreciadores de vinho do Novo Mundo.
VINHO ITALIANO TINTO ROSSO DE MONTALCINO CASTELLI DE MARTINOZZI
DICA DO CHEF VICTOR RIBEIRO
chef do La Villa Chopperia Criado para acompanhar uma boa cerveja, o Arrumadinho de Carne-Seca é um prato que tem o toque da culinária nordestina, com o ingrediente principal salteado em manteiga de ervas. O petisco, que serve até duas pessoas, também é muito crocante, devido ao chips de banana-da-terra e ao crispy de couve. Tudo isso acompanhado de creme de queijo. “Por levar pimenta dedo-de-moça, é perfeito para ser degustado com uma cerveja artesanal. A sugestão, que harmoniza perfeitamente com o prato, é a americana Brooklyn East India Pale Ale”.
Um belo exemplar da Toscana e de muita personalidade, este vinho é ideal para acompanhar risotos à base de funghi e demais cogumelos, além de carne vermelhas, incluindo as de caças como javali. De muito boa fruta e com acidez correta, tem uma boca bem longa e elegante. Também vale a pena apreciá-lo apenas com um bom presunto de Parma.
Foto: Bruno Coelho
VINHO FRANCÊS TINTO L’ÉTOILE DE CLOTTE 750 ML Este Grand Cru de Bordeaux da região de Saint Émilion traduz a mais alta expressão do terroir daquela área. Excelente para harmonizar com o típico entrecôte à bordalesa ou um bom cordeiro assado. Além de muita elegância no aroma remetendo a frutas vermelhas vivas como cassis e mirtilo, apresenta uma boa dose de tabaco e couro. Tem na boca excelente acidez e muito bom final no paladar. Um clássico para tornar seu jantar uma experiência inesquecivel. 54
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Foto: Marcos Amend
AONDE IR
PICO DA BANDEIRA: O NASCER DO SOL MAIS BONITO DO BRASIL
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A partir daí, é possível seguir de veículo até o acampamento da Casa Queimada (2.160 metros), sendo o acesso de ônibus, micro-ônibus, vans com capacidade acima de 16 lugares, moto ou bicicleta. O visitante passa ainda pelo acampamento da Macieira (1.850 m). Em ambas as áreas há banheiros e lavapratos. Para quem pretende ver o nascer do sol, acampar no parque é obrigatório, porque a subida é feita na madrugada. O ideal e mais seguro é contratar um guia, o que pode ser feito na Agência Serra do Caparaó Eco Tur, em Pedra Menina (28) 3559-3082. Ah, para os viciados nas redes sociais, fica a dica: em alguns trechos há sinal de celular, momento perfeito para postar aquela foto que certamente irá receber muitas curtidas. Para entrar no complexo, aberto diariamente das 7 às 18 horas, é preciso pagar R$ 12,50 por pessoa, mais R$ 6,00 de pernoite, caso vá acampar. As reservas devem ser feitas pelo site www.icmbio. gov.br/parnacaparao. E o telefone de atendimento na sede administrativa é (32) 3747 2086. Vale ressaltar que, como bem descreveu Tiago Reis, a menos que você tenha disposição para pegar um voo para Manaus, viajar 800 km até a aldeia Ianomâmi de Maturacá, subir o rio Cauaburi e caminhar mais quatro dias até os topos dos picos da Neblina (2.994m) e 31 de Março (2.973), o Pico da Bandeira será o ponto mais alto do Brasil a que você chegará. Aproveite!
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Parque Nacional do Caparaó, na Serra do Caparaó, ocupa parte do território de cinco municípios capixabas e quatro mineiros. E lá está o Pico da Bandeira, que atrai milhares de turistas para aventuras inesquecíveis e que, com sorte, permite visualizar o nascer do sol mais bonito do Brasil, além de proporcionar um mergulho em águas cristalinas. Subir até o cume do Pico, a 2.892 metros de altitude, é o objetivo da maioria do público. Afinal, sua paisagem é sem igual. Por isso é interessante escolher períodos sem chuvas. O que faz os dias de lua cheia no inverno os mais movimentados do ano. O desafio é encarar temperaturas que podem chegar a -10ºC. Há duas opções para chegar ao topo: pelo lado mineiro – 7 km, sendo a parte mais difícil, o último 1,5 km; e pelo lado capixaba – com 4,2 km de subida bastante íngreme, e abriga ainda trilhas que levam às cachoeiras dos Sete Pilões, da Farofa e do Aurélio. As duas trilhas se encontram a cerca de 150 metros do auge. Seja qual for o trajeto escolhido, a missão é árdua. Na ida até o esperado cruzeiro, o desafio maior é a falta de ar; e na descida, o impacto nos joelhos e dores normais após horas de caminhada. Mas o Parque abriga uma das maiores reservas de Mata Atlântica, e admirar a beleza de centenas de espécies, cores e tamanhos das plantas e suas flores é um presente. A portaria capixaba está a 9 km do Distrito de Pedra Menina, em Dores do Rio Preto.
GASTRONOMIA Para quem prefere um pouco menos de aventura e não abre mão de comodidade, mantendo intenso contato com a natureza, a dica é o Encanto da Serra, uma pousada pequena onde você é recebido com carinho e que conta com suítes bem confortáveis, passeios com guia e café da manhã no estilo colonial, com destaque aos saborosos bolos caseiros. À noite, já incluídos na diária, há caldo de legumes e uma proteína.
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Informações pelo telefone (28) 99994-5861 e reservas pelo e-mail encantodaserra.caparaó@hotmail.com
COMO CHEGAR Saindo de Vitória, pegue a BR 101 Sul em direção a Cachoeiro de Itapemirim. Depois siga para Alegre, pela BR-482, passe por Guaçuí e Dores do Rio Preto. Então vá para o distrito de Pedra da Menina, onde fica o portal capixaba do Serra parque. Média de tempo: 5h.
Parque Botânico Vale
Vitória-ES
Parque Nacional do Caparaó
Av. Dante Michelini
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Pedra Menina
Vitória
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Dores do Cariacica Rio Preto
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Guaçuí
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de Itapemirim Vila Velha
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FOCUS FASTBACK
O
Focus Fastback chega ao Espírito Santo apresentando design inovador, além de tecnologias inéditas de segurança e mecânica ainda mais apurada. O modelo, encontrado nas concessionárias Contauto, também se destaca pela união do desempenho e da esportividade, que garantem atender às expectativas dos mais exigentes consumidores. “A inovação começou no sobrenome, Fastback, que promete conquistar, além dos clientes já fiéis à linha Focus, aqueles que buscam itens imprescindíveis em um carro com tecnologia e segurança, sem deixar de fora o público mais jovem”, afirma o diretor do Grupo Contauto, Apolo Figueiredo Rizk. Com uma silhueta dinâmica, o automóvel vem com um visual dianteiro marcante juntamente com uma grade poligonal que lhe confere todo o charme. Outras novidades ficam por conta de sua traseira mais alongada, do teto baixo, das linhas ágeis e do compartimento do porta-malas integrado ao conjunto, sem se desconectar do veículo. O interior também não deixa a desejar, esbanjando muita qualidade. A parte interna adota um formato cockpit, com uma posição de dirigir baixa e comandos próximos das mãos do condutor, algo que vem sendo considerado uma grande tendência no mercado. Com uma direção elétrica refinada que chama atenção pela suavidade na hora de conduzir, o Focus Fastback se destaca ainda pelo conforto e pela economia, principalmente por estar associado a outros recursos mecânicos – além da aerodinâmica apurada – como um novo sistema de monitoramento da bateria que ajuda a otimizar o uso do alternador. Há ainda um compressor variável do ar-condicionado, tido como mais eficiente. Outros destaques ficam por conta da suspensão independente nas quatro rodas com sistema Multilink na traseira, que também recebeu aprimoramentos adicionais de engenharia.
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Motorização: 2.0 Direct Flex com 178 cv Câmbio: Transmissão sequencial com Paddle Shift Direção: Elétrica de série. O sistema ainda oferece direção progressiva, sensível à velocidade e cancelamento de vibrações Pneus e rodas: 215/50 R17 Liga-leve 17” Dimensões: • Comprimento: 4.538 mm • Largura: com espelhos - 2.010 (mm)/ sem espelhos - 1.823 (mm) • Altura: 1.469 mm • Entre-eixos: 2.741 mm Capacidade • Porta-malas: 421 (l) • Tanque: 55 (l)
“Com as novas tecnologias presentes na linha, o novo Focus atende ao cliente que busca um conjunto de inovações que vão desde o design até a segurança, sem perder para outros modelos do mercado e, em vários casos, superando até concorrentes indiretos”, acrescenta Apolo Rizk. Com rodas de liga-leve de 17 polegadas de série, o modelo vem com nove opções de cores: azul aurora, azul Mônaco, branco Ártico, cinza Ubatuba, cinza Moscou, preto Gales, vermelho Bari, prata geada e prata Viena. A imponência do carro pode ser vista nas versões SE, SE Plus, Titanium e Titanium Plus, todas com motor Direct Flex 2.0 e câmbio automático sequencial de seis velocidades. Vale a pena conferir.
Foto: Divulgação
RANKING AUTOMOTIVO A cada mês, a coluna Test Drive publica o número de emplacamentos feitos no Espírito Santo, considerando apenas automóveis e comerciais leves com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Para chegar ao número total de cada veículo, somaram-se todas as versões disponíveis. Confira a lista referente ao mês de agosto.
FIAT IDEA 2016 CHEGA POR R$ 51.270 O mais novo carro da Fiat a chegar à linha 2016 é o Idea, que vem com preços a partir de R$ 51.270. Na lista de novidades, os modelos Attractive (R$ 51.270) e Essence (R$ 53.710) passam a contar com novo volante e design e empunhadura atualizados, enquanto que o Idea Adventure (R$ 62.530) vem com rodas de liga-leve de 16” de série. Outro destaque das versões Essence e Adventure são os retrovisores elétricos com função tilt down (que inclina o espelho direito automaticamente quando a marcha a ré é engatada). No Attractive, essa opção está disponível apenas como parte de pacotes. Nenhum dos carros apresenta novidade nas motorizações.
Pos.
Fabricante/ Veículo
Emplacamentos
A partir de (R$)
1º
Toyota Corolla
218
66.570
2º
Honda HR-V
122
71.900
3º
Toyota Hilux
102
100.290
4º
Jeep Renegade
89
69.900
5º
Honda Fit
47
54.500
6º
Honda Civic
41
68.400
7º
Renault Duster
30
59.990
8º
Ford Ecosport
28
65.900
9º
Honda City
22
53.990
10º
GM S10
21
83.130
Fonte: S indicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives)
NÚMERO DO MÊS Foto: Divulgação
500
Foi o número de emplacamentos de veículos comerciais leves realizados em todo o Estado no mês de agosto, de acordo com dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives)
SPACEFOX GANHA VERSÃO TRENDLINE
JEEP INAUGURA CONCESSIONÁRIA NO MUNICÍPIO DE VILA VELHA
A Volkswagen do Brasil revelou a mais nova versão de entrada para sua SpaceFox, a Trendline, que tem o preço inicial de R$ 56.220 com o câmbio manual. Já a automatizada I-Motion, com motor 1.6 8V flex que desenvolve 104 cv, sai por R$ 59.720. A lista de acessórios vem com dois air bags, ABS e EBD, direção elétrica, ar-condicionado com filtro de poeira e pólen, banco do motorista com ajuste milimétrico de altura, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade e rodas de aço de 15 polegadas com calotas. A Volkswagen também oferece dois pacotes de acessórios como opcional: o Módulo Comfort Plus e o Módulo Interativo III que trazem ainda mais novidades para o veículo. Foto: Divulgação
Dando continuidade ao seu movimento de expansão, que já inaugurou mais de 70 novas concessionárias em todo o país este ano, a Jeep agora também chega ao município de Vila Velha, no bairro Praia de Itaparica. Com uma loja de aproximadamente 800 m², o local disponibiliza toda a linha de modelos da marca para pronta-entrega, com o Cherokee, o Grand Cherokee, o Compass e o Jeep Renegade. “Os consultores de vendas estarão preparados para apresentar o Renegade, as principais características de cada uma das versões disponíveis, além das especificações técnicas dos outros modelos da linha Jeep”, destacou o gerente de vendas da nova concessionária, Rodrigo Mello. ES Brasil • Setembro 2015
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essas MULHERES
ANDREA MONTEIRO
essasmulheres@revistaesbrasil.com.br
E
sta é uma coluna dedicada às mulheres. Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!
• Para tirar mofo, eliminar maus odores e desinfetar geladeiras e armários de cozinha, faça uma mistura com 4 colheres (sopa) de sal,1l de água e 1l de vinagre. Aplique a mistura com o auxílio de um borrifador e espalhe com um pano úmido, secando em seguida. Evite utilizar a solução sobre superfícies com verniz ou de mármore, pois o vinagre pode danificar tais materiais.
POLÊMICAS À PARTE, O SAL ESTÁ AÍ PARA SERVIR Ok, o sal é o grande vilão da alimentação, principalmente, da alimentação moderna, seja por agravar o problema de portadores de pressão alta, seja pela retenção de líquidos no corpo, seja pelo excesso de iodo, só pra citar alguns dos malefícios. Mas que tal redescobrir nele alguns benefícios? Derivado dos elementos químicos cloro (Cl-) e sódio (Na+), o cloreto de sódio (NaCl) é um forte aliado na limpeza, e não só quando compõe produtos como os detergentes e os alvejantes, mas também quando, mesmo usado de forma isolada ou combinado a outros ingredientes naturais, como o limão, desinfeta e combate fungos e bactérias, além de remover manchas de gordura e reavivar o brilho da prata. Veja algumas aplicações domésticas:
Foto: taschen.com / Steven Meisel
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• Para desengordurar o fogão, espalhe um pouco de sal sobre a gordura e deixe agir por alguns minutos, antes de limpar como de costume. O sal tem propriedade desidratante e faz com que a sujeira se transforme em uma crosta, que pode ser descolada facilmente da superfície. • Para deixar as panelas e as pratas brilhantes, misture 1l de água quente, 4 colheres (chá) de sal e o suco de 2 limões: ajuda a limpar panelas queimadas, bem como a tirar a ferrugem de recipientes de ferro. Então, vale ou não vale dar uma chance para o sal nosso de cada dia?
MAIS UMA VEZ, GISELE
NUNCA FOI SÓ BELEZA, BETTY!
Ela foi matéria em nossa coluna passada e, mais uma vez, ganha espaço: é que a uber top model brasileira Gisele Bündchen, pra comemorar os 20 anos de carreira, vai ganhar um livro para colecionador, lançado pela Editora Taschen. O material traz 300 fotos escolhidas pela própria Giselle, com cliques desde 1999. Agora, preparem-se: serão produzidas apenas mil unidades, vendidas pela bagatela de R$ 2,8 mil. A versão de luxo será assinada pela modelo. Campanhas de moda estreladas por Gisele e recados de amigos do mundo da moda e familiares também estarão nas páginas. As vendas ainda não foram abertas e serão feitas apenas pelo site da editora. As 100 primeiras pessoas a comprarem o volume levarão também um retrato da brasileira feito por Juegern Teller. #SeQuiserVaiTerQueCorrer
“NÃO EXISTE VIAGEM MAIS INCRÍVEL DO QUE ESTAR VIVA E COM SAÚDE. MAS ISSO EU NÃO TINHA CAPACIDADE DE ENXERGAR, PORQUE, SEM QUERER, ME ACREDITAVA IMORTAL” – BETTY LAGO
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E por falar em beleza e notoriedade mundial, perdemos, recentemente, um dos primeiros grandes ícones das passarelas e da moda, Betty Lago. A mulher de personalidade forte, determinada a vencer e que sempre manteve uma alegria marcante perdeu a luta para um câncer de vesícula. Mas deixa para todos nós uma frase para pensar e praticar:
MAIS E MELHOR CD
BANDA DO MAR Banda do Mar, Sony Music
Falam de amor as 12 faixas interpretadas ora por Mallu Magalhães, ora por Marcelo Camelo, com exceção de “Pode Ser”, em que o dueto do casal e o arranjo são encantadores. Com a participação do músico Fred Ferreira (Buraka Som Sistema), que somou balanço ao conjunto da obra, o trabalho é singular. Destaque para “Dia Clarear”, balada que integra a trilha sonora da novela “A Regra do Jogo”.
ANNA RATTO AO VIVO
Dale Carnegie, Editora Nacional “Torne-se verdadeiramente interessado na outra pessoa. Leia e saberá por que esta é considerada uma das principais obras do gênero em todo o mundo”. José Cláudio Rodrigues Pimenta, procurador de Justiça do Ministério Público do Espírito Santo
Foto: Divulgação
DVD
COMO FAZER AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS
Anna Ratto, Coqueiro Verde Records
Sob o comando dos diretores David Pacheco (geral), Roberta Sá (artística) e Rodrigo Vidal (musical), o show gravado no Teatro Rival BR (RJ), reúne canções autorais de Anna, como “Cabra-Cega”, “Serena” e “Seja Lá Como For”. Traz ainda referências como Gilberto Gil e Os Novos Baianos; uma releitura de “Velha Roupa Colorida” (Belchior); e os compositores Rodrigo Maranhão e Edu Krieger. A banda base é um “timaço”, com Fernando Caneca (guitarra), Emerson Mardhine (baixo), Fabrizio Iorio (acordeon e teclados), Marcelo Costa (percussão), Cesinha (bateria) e Lucas Vasconcellos (guitarra e programações).
NYPC NYPC The Numbers “Esta banda inglesa produz um som muito bom, mostra com sutileza um rock moderno com uma levada eletrônica. E os vocais de Tahita Bulmer são um destaque à parte”.
LIVRO
ORGANIZACÕES INTERNACIONAIS: HISTÓRIAS E PRÁTICAS Mônica Herz e Andrea Ribeiro Hoffmann, Rio de Janeiro: Elsevier
A obra apresenta as principais discussões referentes às organizações intergovernamentais e não governamentais, buscando discutir a complexa atuação dessas entidades e refletir sobre as tensões e os dilemas da política internacional. Os capítulos incluem práticas, descrição histórica, mecanismos e desenhos institucionais característicos. BLU RAY
MAD MAX: A ESTRADA DA FÚRIA Max Rockatansky (Tom Hardy) acredita que a melhor forma de sobreviver é permanecer sozinho. Mas acaba se unindo a um grupo liderado pela imperatriz furiosa (Charlize Theron), que está em fuga pelas terras desertas. Immortan Joe reúne suas gangues em busca dos rebeldes, levando a uma intensa guerra pelas estradas. Charlize Theron rouba o papel principal, deixando Hardy como coadjuvante, o que provocou a ira de alguns machistas de plantão. 62
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INCÊNDIOS (INCENDIES) Denis Villeneuve, Imovision “A produção francocanadense, de 2010, traz um roteiro impecável, um enredo surpreendente e um desfecho arrasador. E a frase marcante do filme: “Jeanne, um mais um é igual a um?”. Ana Gláucia de Souza Oliveira, superintendente adjunta de Comunicação Social do Governo do Estado
Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br
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George Mille, Warner Bros
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Guga Prates, DJ
IVO NOGUEIRA DIAS
UBUNTU
U
m antropólogo estava estudando usos e costumes de uma tribo africana quando, ao final do trabalho, sugeriu uma brincadeira para as crianças da região. Colocou um cesto de doces debaixo de uma árvore e propôs uma corrida e um desafio: “Olha, quem chegar primeiro ganha o cesto todo”. As crianças se alinharam prontas pra correr, e ele disse: “Já”. Todas deram as mãos e correram juntas, até a árvore, pegaram o cesto juntas e comemoraram juntas. O antropólogo olhou curioso para aquela situação, e uma das crianças olhou de volta pra ele e disse: “Ubuntu, tio!” “Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras poderiam ficar tristes?!” “Ubuntu” é uma palavra que representa uma filosofia e uma ética antiga africana e significa: “sou quem sou porque somos todos nós”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando semelhante seu é afetado, ela sabe que o mundo não é uma ilha e sabe que ela precisa dos outros pra ser ela mesma. Ubuntu fala de respeito básico pelos outros Ubuntu é compaixão, partilha, empatia. Ubuntu diz que ser humano é ser como os outros, e ser com os outros deve ser tudo. Ninguém é feliz sozinho, ninguém brinca sozinho, ninguém joga bola sozinha, ninguém nasce sozinho, ninguém faz amor sozinho. A plena e mais completa realização humana reside inclusive num triângulo amoroso: Eu, Deus e o outro. Assim como Deus é Unidade Plural, nós seremos mais humanos se formos um com nossos semelhantes. Em outras palavras: gente precisa de gente pra ser gente. Na verdade, quanto mais dedicado à outra gente, mais gente você se tornará.
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Nossa expectativa é de que a partir de hoje possamos fazer mais ou alguma coisa a mais por alguém, hoje, amanhã e sempre. Enxergue o outro, conecte-se com gente, faça alguma coisa por alguém, até porque ninguém é alguém sem outro alguém. Somos seres únicos, mas fomos feitos pra viver coletivamente. Deve ser por isso que na oração que Jesus nos ensina, Ele diz que “o Pai é nosso”, Ele diz, que “o pão é nosso”; quando pede livramento, Ele diz “livra-nos” e diz que “venha o Teu reino a nós”. “Nós” é realmente uma mensagem que precisa não estar só em nossa boca, mas estar dentro do nosso coração. Você precisa, pra ser gente, estar diretamente ligado com vínculos de amor, de amizade, de afeto, com outra gente. Vire-se para o ser humano e pratique sua fé nele. Ubuntu! Poesia de Thiago Rodrigo. Em meio a tantas notícias tensas e desconexas sobre os rumos do nosso país, lá pelo meio de setembro recebi este texto, e o meu coração e minha mente me motivaram a compartilhar com os leitores de ES Brasil. É uma paradinha estratégica pra airar a mente, pra dar mais pulso ao coração e sair da leitura diferente de quando iniciou. Que, embora possa parecer que tudo está tentando nos oprimir, possamos ter um olhar para somar esforços positivos com outro alguém e nos fortalecer. E isso pode e deve começar em casa, com a pessoa que amamos, com nossos filhos, familiares, colegas de trabalho e até mesmo com alguém, um ser humano dos muitos que a cada dia passam por nossa vida. Ubuntu pra você.
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LUIZ FERNANDO LEITÃO tiragosto@revistaesbrasil.com.br
PRATOS DO DIA Narcos Série do Netflix Ódio, Raiva, Ira e Outros Prazeres Diários Mentor Muniz Neto
MOQUEQUINHAS • O Manguinhos Gourmet foi muito bom! • Parabéns, Banda Big Beatles! • O Rio Branco resgatando o futebol capixaba. • O Fórum de Vitória. • O tomate confit do Melt vale a visita. • Inverno? Que inverno?
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OS MELHORES DO MUNDO
A Ordem Mundial Henry Kissinger
Dois vinhos brasileiros aparecem entre os 10 melhores do mundo na lista da Associação Mundial de Jornalistas e Escritores de Vinhos e Licores. Em 8º está o espumante Brut Marcus James, da Aurora, e em 9º, o espumante Garibaldi Prosecco Brut, da Vinícola Garibaldi. Outros dois produtos nacionais surgem na relação dos 100 melhores: em 39º lugar o espumante Chardonnay Brut, da Aurora, e em 52º o Moscatel da Vinícola Garibaldi, ambos espumantes. O ranking é elaborado com base em 74 concursos mundiais de bebidas, como o Concours Mondial de Bruxelles e o International Wine Challenge. A primeira posição é do champanhe Charles Heidsieck Blanc, francês.
SHOW DE BOLA
Não tem show de bola este mês!!!
A RECEITA É OUSADIA
CARDÁPIO DE ASSUNTOS •O dólar •O Brasileirão
O que os grandes empresários fazem em tempo de crise? Foi tentando responder a essa pergunta que a coluna ouviu grandes empreendedores. A maioria aposta na mistura de cautela e ousadia que, por mais paradoxal que possa parecer, apareceu em todas as conversas. “Operar cirurgicamente” sem deixar passar as boas oportunidades.Na cabeça dos empresários, a crise vai passar, e a pior estratégia é se deixar contaminar pelo clima negativo. “Quem tiver competência não só passa por ela como se prepara para o momento de retomada”. Tomara que eles estejam certos!
•A Lava Jato •A crise
DICA DO CHEF
•A s praias do Rio
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•O s imigrantes na Europa
“Almoço com a família no Preferitto em Pedra Azul”. Ricardo Mota – gerente de logística
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A SAIDEIRA! A presidente anda dizendo que a crise é passageira...Tem razão, o problema é a motorista!!!