Carnaval Boa Vista é tetra nos desfiles de Vitória
ECONOMIA Balança comercial: os dados preocupantes por trás do superávit
Test Drive Harley-Davidson Touring: potência e estilo nos novos modelos
FEBRE AMARELA Prefeituras ampliam postos de vacinação para enfrentar a doença
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Causas e consequências de uma das maiores crises de segurança do brasil
CAPA
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SUMÁRIO
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Uma das maiores crises da segurança pública vivida pelo Brasil avaliada sob a ótica de especialistas da área é o destaque na matéria de capa, que traz os saldos do caos instalado no Espírito Santo durante os mais de 20 dias da greve da Polícia Militar, uma das maiores mobilizações feitas pela corporação na história do país. Analistas traçam o panorama, com suas causas e consequências.
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Febre amarela
À medida que aumentam os caos de febre amarela no Estado, cresce também a preocupação das prefeituras para controlar a doença. A lista de postos de vacinação tem sido ampliada na Grande Vitória para elevar a cobertura da população. Quem pode receber as doses? Quais os sintomas desse mal? Confira.
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Economia
A balança comercial atingiu superávit recorde de US$ 47,7 bilhões, o maior desde o início da série histórica, em 1989. Mas, por trás desse dado celebrado pelo governo, há outros que trazem grande preocupação. O resultado reflete, na verdade, a redução da atividade econômica no país, pois importações e exportações tiveram quedas expressivas, alcançando os piores desempenhosk desde 2009.
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Carnaval
O Carnaval de Vitória foi um alento para o folião em meio a um fevereiro marcado pela insegurança. Veja o lado financeiro da festa, que teve como grande campeã a Independente de Boa Vista. É o quarto título da agremiação do bairro Itaquari, em Cariacica. MUG e Piedade ficaram, respectivamente, no segundo e no terceiro lugar.
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Periscópio
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Agenda
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Família SA
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Aonde Ir
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Gastronomia
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Estilo
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Essas Mulheres
Artigos 16
Diógenes Lucca
Polícia Militar do Espírito Santo: uma breve análise sobre a greve
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Adilson Neves
Fidelização de clientes: encantar dá lucro
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Test Drive
Toda a potência dos modelos Touring da Harley-Davidson, que trazem conforto e controle ao condutor, além de novas suspensões. Os lançamentos da linha 2017 (Road King Classic, Street Glide Special e Ultra Limited) já estão disponíveis em Vitória, com preços a partir de R$ 74.900,00.
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Editorial
U
ma terra marcada por pavor, crimes, saques, mortes e prejuízo. Poderia ser mais uma trama de ficção tão comum nos badalados seriados televisivos, mas foi o enredo real vivido pela população durante mais de 20 dias, ao longo da greve da Polícia Militar que desencadeou uma das maiores crises de segurança pública da história do país. Cenas de um território que parecia sem lei ganharam as manchetes da imprensa nacional e até internacional, mostrando uma sociedade refém do caos instalado, num mês que costuma ser marcado pela alegria do carnaval e do verão. As informações, as opiniões de especialistas e a posição dos lados envolvidos neste conturbado fevereiro pontuam a reportagem especial desta ES Brasil. O que dizem os analistas da área de segurança? Confira nesta edição. Apesar de todo o clima de apreensão em plena paralisação da PM, o folião foi à avenida curtir o Carnaval de Vitória. Na disputa entre as escolas, melhor para a Independente de Boa Vista, que se sagrou tetracampeã ao levar a saga cigana para o Sambão do Povo. As cifras que envolveram o investimento das escolas para o evento, que acontece uma semana antes do evento oficial no calendário nacional, também ganham as páginas deste número. ES Brasil também joga luz sobre um segmento de peso e aponta um cenário preocupante. O superávit brasileiro de US$ 47,7 bilhões foi comemorado pelo governo federal, mas os dados mais detalhados causam apreensão, indicando retração da atividade econômica. No Estado, a queda nas exportações chegou 33% e, nas importações, a 28%. No campo da saúde, o assunto dominante vem sendo a febre amarela, com as prefeituras da Grande Vitória se mobilizando para cobrir o maior número de moradores possível com a imunização. Para tanto, mais locais de vacinação foram abertos, registrando longas filas nos postos. A corrida pelas doses se justifica pelos balanços da Secretaria de Saúde: até o último dia 6 de março, 20 pessoas morreram vítimas da doença. Veja mais detalhes sobre esse mal, seus sintomas e o perfil de quem está apto a receber a vacina. E mais: as seções “Test Drive”, “Essas Mulheres” e “Tira-Gosto”. Trazemos ainda para você, leitor, duas novidades que o aproximarão ainda mais da sua ES Brasil, em todas as suas apresentações. O site (www.esbrasil.com.br) foi totalmente reformulado, oferecendo mais interatividade e capilaridade e aperfeiçoando o acesso a novos conteúdos que você só encontra na sua revista de economia e negócios. E a partir da próxima edição, toda a publicação estará nas principais plataformas, na página oficial e nas redes sociais, na versão áudio (podcast). Qualidade em todos os sentidos: para ver, ouvir e curtir. Concluo meu editorial parabenizando nosso público feminino por mais um Dia Internacional da Mulher, celebrado em março.
ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.
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Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas
EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerentes de Produto Claudia Luzes Apoio Produção Mara Cimero Textos Ivy Coutinho, Luciene Araújo, Thiago Lourenço e Yasmin Vilhena Edição de Arte Gisely Fernandes e Michel Sabarense Colaboraram nesta edição Adilson Neves e Diogenes Lucca Fotografia Jackson Gonçalves, fotos cedidas e arquivos Next Editorial
PUBLICIDADE Gerentes de Publicidade Scheila Ramos Gerentes de Contas Magno Araújo Apoio Comercial Fabielle Kaiser (27) 2123-6506 - publicidade@nexteditorial.com.br
MERCADO LEITOR Gerente de Circulação Aline Rezende Assinatura e números anteriores: (27) 2123-6520 98147-3333 Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h
REDAÇÃO
Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil
Opinião do Leitor
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“A ES Brasil é um verdadeiro guia para o empreendedor ou o executivo que quer ficar bem informado sobre os cenários econômicos local e nacional. As matérias de gestão nos servem de bússola para comandar a empresa, pois sempre trazem opiniões de pessoas abalizadas no assunto. Um conteúdo imprescindível para quem quer crescer.”
“Fiquei muito feliz com notícia de que a ES Brasil estará disponível também em áudio. Para nós que temos uma vida corrida, é uma ótima novidade o fato de termos mais essa opção de acesso ao conteúdo da revista. Também achei perfeita a reformulação do site. Ficou moderno e mais interativo. Parabéns à equipe ES Brasil.”
João de Macedo Silva, comerciante
Vitor Oliveira, empresário
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segurança
luciene araújo
Reféns do Caos Polícia Militar deixa as ruas, bandidos tomam as cidades de assalto, e a população fica sitiada em meio à guerra do tráfico e ao vandalismo 8
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Fotos: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O
cenário presenciado no Espírito Santo entre os dias 4 e 15 de fevereiro dificilmente teria sido imaginado por algum capixaba ou turista. O Estado, que vinha sendo destaque na mídia nacional por seu equilíbrio fiscal e pelas políticas bem-sucedidas que o tiraram da lista dos mais violentos do Brasil, passou a ganhar as páginas dos principais jornais e revistas ao redor do mundo em consequência do colapso na segurança pública. Naquele fatídico sábado de verão, segundo dia em que os PMs foram teoricamente impedidos por seus familiares de saírem dos quartéis para o policiamento ostensivo, uma assustadora onda de violência começou a atingir o Estado. Aulas foram suspensas, postos de saúde e comércio fecharam, assim como boa parte da indústria. Sem ter a quem apelar, a população foi obrigada a se trancar em casa e assistir atônita ao caos instalado. Assaltos, saques, roubos de veículos e centenas de assassinatos passaram a ser registrados pelos moradores das janelas de suas casas e apartamentos. A guerra do tráfico desceu os morros e tomou as ruas da Grande Vitória. As redes sociais foram invadidas por uma infinidade de imagens, vídeos e áudios. Fatos, boatos e distorções da realidade travaram uma disputa sem igual. A guerra de informação foi tão cruel quando a das ruas. Os capixabas criaram duas hashtags para denunciar a crise local: #ESpedesocorro e #PrayForEs, que se tornaram assuntos entre os mais comentados no Twitter, durante toda a semana. Paulo Hartung, chefe do Executivo, estava de licença médica, e coube ao governador em exercício, César Colnago, e ao secretário de Segurança Pública, André Garcia, solicitar ao presidente da República, Michel Temer, o envio das Forças Armadas e da Guarda Nacional. De volta ao Estado, durante coletiva na terça-feira (7), Hartung afirmou que o movimento era um “caminho errado que rasga a Constituição,
Mulheres de policiais iniciaram o movimento no dia 3. O quartel de Maruípe foi um dos últimos a ser liberado após o acordo com o governo do Estado
Policiais aquartelados em seus batalhões
uma chantagem, uma atitude grotesca”, e que não haveria negociação enquanto os policiais não retornassem às ruas. “Sequestraram o direito do povo e estão cobrando resgate, mas não se paga resgate por aspec to ético nem pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se não enfrentarmos isso, é hoje aqui e amanhã no resto do Brasil”, declarou. Tanto Colnago quanto Hartung e Garcia afirmaram que o movimento de familiares era politizado. “O processo foi sabotado. Não podemos colocar a sociedade de vítima desse jogo político. Tem gente apostando do quanto pior, melhor”, garantiu Colnago. E o secretário de Segurança responsabilizou os policiais em greve pelas mortes nas ruas. “Coloco essas ocorrências e mortes na conta do movimento.”
Ruas vazias e lojas fechadas
Na tarde e na noite daquela mesma terça-feira, grupos de mulheres que participam da mobilização se reuniram com a senadora Rose de Freitas (PMDB), com 20 deputados estaduais, com o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, e com vários líderes das associações. O objetivo declarado era ajudar o movimento a estabelecer um diálogo com o governo do Estado. E o primeiro grupo de soldados do Exército saiu às ruas, mas em um contingente que não foi capaz de acabar com a violência. A cada dia, novos agrupamentos do Exército, da Aeronáutica e depois da Guarda Nacional passaram a realizar o policiamento ostensivo na Grande Vitória, e em seguida, no interior. Para o governo, os policiais não voltaram às ruas na própria segunda-feira (7) em consequência de uma “sabotagem” de “lideranças políticas” em “reunião escondida”
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segurança
*Cel Diógenes traz outras considerações sobre este assunto em seu artigo na página 16.
Vítima da violência durante a ausência dos policiais nas ruas: imagens como esta foram virilizadas nas redes sociais
“Diversos grupos políticos acabam interferindo nas negociações, tomando iniciativas, e isso afetou decisivamente as negociações”, destacou o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues. “Foi uma reunião legítima com parlamentares que procuram sensibilizar o movimento e o governo”, afirmou Rose. Diante de uma Mesa Diretora alinhada ao Executivo, com o více-líder do governo no último ano, deputado Érick Musso (PMDB), eleito presidente da Assembleia, e o governador com ampla base no Legislativo, o cabo de guerra entre os Poderes causou muita estranheza. “A história mostra que em situações de guerra, revolução, crise social e manifestação, as primeiras perdas não são representadas pelas vítimas mortas ou feridas, tampouco pelos custos das perdas patrimoniais. Em geral, a verdade é a primeira vítima, sacrificada por todos. Sendo assim, é prudente considerar a possibilidade de interesses não republicanos intencionalmente criados e/ou estimulados, ainda que de forma subliminar, 10
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Números da barbárie
199 MORTOS
é a estimativa da Polícia Civil. E mais de 300, de acordo com especialistas
+ 300
estabelecimentos comerciais arrombados e saqueados
+ 250 veículos roubados
R$ 300 milhões
é o prejuízo estimado do comércio Fonte: Sindipol e Fecomércio-ES
para atingir interesses muitas vezes ocultos ou até preparatórios para algo de maior envergadura”, destaca o especialista em segurança pública coronel Diógenes Lucca*. Em meio a uma população amedrontada, a União demorou uma semana para fixar no Estado o número necessário de profissionais das tropas nacionais para finalmente recolocar um pouco de normalidade à rotina da população para que as aulas retornassem e o comércio reabrisse. A atuação das Guardas Municipais, principalmente de Vila Velha e Vitória, foi muito elogiada. “Não gosto nem de imaginar no que teria se transformado Vila Velha sem a Guarda, porque com todas as prisões que executou e as muitas vezes que impediram roubos de estabelecimentos comerciais e de veículos, ainda assim, foram dias assustadores. Somos muito gratos”, enfatiza a pedagoga e professora de tae kwon Maria Cristina Justo Nascimento, moradora do bairro Santa Mônica. “Foi um trabalho exemplar da Guarda Municipal aqui em Vitória. Se com ela esses dias foram de terror, imagine sem. Foi um trabalho louvável e que precisa ser muito reconhecido por todos nós”, destaca a aposentada Maria Lúcia de Almeida, que reside em Bento Ferreira, na capital capixaba. Somente no dia 25 de fevereiro, após uma reunião com quase nove horas de duração entre representantes do governo, do movimento, da Defensoria Pública da União, do Tribunal Regional do Trabalho (TRTES) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi anunciado o acordo, e as portas dos quartéis foram desocupadas. Durante os 21 dias, pelo menos 199 pessoas morreram, segundo o Sindipol-ES. As estatísticas da Secretaria Estadual de Segurança Pública apontam 143 homicídios, entre 4 e 13 de fevereiro. Mas especialistas afirmam que esse número deve ultrapassar 300 pessoas.
Prejuízos Na indústria, ainda que uma minoria de grandes empresas tenha mantido o funcionamento durante o caos na segurança, muitas fábricas permaneceram fechadas, como as do polos de confecção de Colatina, no noroeste do Estado, e de Santa Inês, em Vila Velha; assim como o Estaleiro Jurong, em Aracruz.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Sob a incerteza quanto ao fim da violência e o receio de ficar “aquartelada”, população lotou supermercados para estocar mantimentos
Lojas saqueadas e comércio fechado em várias cidades do Estado
roupas no estilo surfwear, e o baque calculado somente nos casos de arrombamentos e saques soma mais R$ 30 milhões. Isso sem contar com micro e pequenos empresários que agora não dispõem de recursos para reabastecer os estoques. Segundo a Federação, com a paralisação da Polícia Militar capixaba e o clima de insegurança das ruas, estima-se prejuízo no comércio do Espírito Santo em torno de R$ 45 milhões por dia, com as lojas fechadas. O setor de serviços e turismo também foi muito impactado, com a “diáspora” dos visitantes. Além do cancelamento de importantes eventos de negócios, como a 43ª Feira Internacional do Mármore e Granito – Vitória Stone Fair, que visava à recepção de 25.500 pessoas de 58 países, mais de 50% das reservas de hotéis e pousadas foram desfeitas. A Federação está pleiteando com o Governo do Estado, por meio do Banestes, uma linha de empréstimo com juros subsidiados para atendimento aos lojistas, reposição de seus estoques e postergação de prazos para os tributos estaduais. O presidente da Fecomércio também entrará em contato com o delegado da Receita Federal no Estado para o mesmo fim. Foto: Fred Loureiro/Secom-ES
“O setor produtivo foi duramente prejudicado pela crise na segurança, justamente em um momento que todos buscam a retomada da economia. É preciso lembrar que cada dia de paralisação representa, em média, 5% do que uma indústria é capaz de produzir. É uma perda substancial para o setor”, frisou o presidente da Federação da Indústria do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra. De acordo com a Federação do Comércio e Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), o caos no Estado do Espírito Santo levou a prejuízos milionários. Somente com a ausência das vendas, as perdas ultrapassam R$ 300 milhões. Além da falta das atividades, o comércio sofreu ainda com mais de 300 estabelecimentos saqueados e depredados, sendo 200 deles na capital capixaba. As lojas mais visadas pelos bandidos foram as que comercializavam eletrodomésticos, joalherias e
Os terminais rodoviários do sistema Transcol foram um dos pontos estratégicos ocupados pelas tropas nacionais
“Sabotagem de lideranças políticas.” Assim o secretário de Segurança, André Garcia, o então governador em exercício, César Colnago, e o governador Paulo Hartung definiram o movimento, durante entrevista coletiva à imprensa radio.esbrasil.com.br •
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reações A Prefeitura de Vitória prorrogou para 20 de fevereiro o vencimento do ISSQN – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza cujo fato gerador tenha ocorrido em janeiro deste ano. A administração municipal também adiou o recolhimento do imposto retido na fonte, cujo pagamento dos serviços tenha sido feito aquele mesmo mês. “O prejuízo para o segmento varejista foi enorme, principalmente porque a paralisação da Polícia Militar coincidiu com a melhor época para o comércio, que é o início de mês. Além de terem sido impedidos de abrir suas lojas, devido à falta de segurança nas ruas, muitos comerciantes tiveram seu patrimônio depredado ou furtado. Dessa forma, os lojistas, que já vinham registrando uma forte retração nas vendas por causa da crise econômica e política do país, ficaram em uma situação ainda mais difícil”, lamenta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória, Adriano Ohnesorge. Na tentativa de minimizar o impacto negativo, foi criado pela CDL Jovem Vitória o movimento Recupera ES, que reúne diversas empresas parceiras para auxiliar na recuperação dos negócios atingidos pela crise na segurança. “Essa rede de solidariedade tem ajudado a atender às demandas mais urgentes dos comerciantes que precisam ver a sua fonte de renda restabelecida”, explica. O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) também disponibiliza uma linha de crédito para os empresários vítimas de saques. A opção tem condições especiais, como baixas taxas de juros e prazo maior de carência e até repactuação de contratos vigentes, se necessário. “Mais do que nunca, os comerciantes precisam se unir. O lojista não pode ficar parado. Ao contrário, tem que se reinventar e acreditar na sua capacidade como autor de mudanças. E a sociedade tem um papel fundamental neste momento, que é o de voltar a consumir para aquecer a economia local. Juntos, somos mais fortes. Logo passaremos por mais essa crise e retornaremos à normalidade”, defende o presidente da CDL Vitória. 12
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“Sou filho de militar, e ver a quebra de hierarquia na PM foi muito ruim. Não houve voz de comando, o que nos leva a pensar que provavelmente a cúpula da instituição apoiou o movimento. A legislação é clara quanto à proibição do direito de greve, mas também é clara sobre os direitos dos policiais e as condições de trabalho que devem ser garantidas. A polícia merece mais respeito, mas as outras pessoas também. Acredito que se, os policiais tivessem voltado às ruas na terçafeira (7 de março), depois de três dias que deixaram explícita a importância da PM, de uma forma que nunca o capixaba pode sentir antes, o apoio da população teria sido em massa, e a relação de respeito, modificada” Amaury Rocco, advogado “Há muito tempo que os policiais buscam melhorias, e nada acontece. Essa violência que o capixaba presenciou durante uma semana é a realidade de vida dos policiais, que precisam fazer revezamento de coletes, comprar suas próprias armas se desejarem ter um modelo moderno e melhor que faça frente ao armamento dos bandidos e ainda pagar o conserto das viaturas se houver algum tipo de colisão. Dinheiro para dar aumento ao polícial não tem, mas para deputados e juízes não falta” Flávia (nome fictício), professora da rede privada de ensino Como chegamos a esse ponto? Desde 2009, quando o Espírito Santo registrava uma taxa anual de 56 homicídios por 100 mil habitantes, esse indicador
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
segurança
Atuação das tropas nacionais
3.169 homens das Forças Armadas 2.637 do Exército
382
da Marinha
150
da Aeronáutica
Nacional 287 dade Força Segurança Pública
227 Viaturas
4
helicópteros
7
veículos blindados
Fonte: Ministério da Defesa
vem caindo. Em 2016, alcançou o patamar de 29 homicídios por 100 mil habitantes. Para essa melhoria, o Estado vem investindo em planejamento, principalmente de 2003 para cá, quando a Secretaria de Segurança Pública foi reestruturada e, no ano seguinte, com os investimentos no
Foto: Fred Loureiro/Secom-ES
Somente após uma semana, o efetivo das tropas nacionais foi suficiente para garantir a reabertura do comércio e o retorno das pessoas às ruas
Na ausência da PM, a Polícia Civil também saiu às ruas para o patrulhamento ostensivo
reações
Ciodes (Centro Integrado Operacional de Defesa Social) que integraram as ações das polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal de Vitória e da Secretaria de Justiça. “Essas mudanças geraram uma mudança de paradigma da gestão de segurança pública no Estado. Só que a violência, os indicadores criminais, não responde em curto prazo. A violência pode aumentar em curto prazo, mas reduzi-la é uma tarefa muito difícil”, afirma Pablo Lira, professor do mestrado em Segurança Pública da UVV. Mas por que, apesar de todo o planejamento, o Espírito Santo chegou a essa situação? “A crise que vivemos aqui no Estado é conjuntural, não é estrutural. Considerando esse histórico de investimento e planejamento na área de segurança pública, o aprimoramento das polícias Militar e Civil aqui no Estado, tivemos investimento estrutural, não existe a ausência de políticas públicas. Essa crise tem como causa principal fatores externos: a crise econômica e a falta de uma política nacional de segurança”, argumenta. Segundo Pablo, a crise econômica que teve início em 2013 dificultou estados e municípios a manter as finanças públicas equilibradas e, assim, fornecer ao funcionalismo público as melhorias merecidas e legais. “Vivemos um cenário com mais de 12 milhões de desempregados, economia estagnada, PIB negativo, altos índices
“Orando por dias muito melhores na minha terra amada, força aos capixabas que estão vivendo momentos de horror. Não consigo acreditar na profundidade do descaso, de tantos lados, somados e postos em prática todos os dias até que o ponto seja este em que estamos. Ainda mais apavorante é a demora pra que se veja qualquer tipo de atitude efetiva por parte das autoridades. Abandono e tristeza” #caosnoespiritosanto #orepeloespiritosanto #crisenoES #ESpedesocorrro” Chay Suede, ator capixaba, via Facebook “Torci, torço e sempre torcerei pela paz, pela ordem, mas também pela justiça, e esse desfecho me parece longe de ser justo. Não são nenhum segredo as péssimas condições de trabalho de nossos policiais, o que torna justa a causa por que lutam essas mulheres. A derrota desse movimento é também, mais uma vez, a derrota da democracia, da sociedade diante da opressão do poder dos governantes. Há poucos meses o Judiciário recebeu 41% de aumento (e ainda conserva todas aquelas regalias que bem conhecemos) e, contra isso, o povo nada fez para demonstrar seu inconformismo” Sabrina Albuquerque, professora da rede municipal de Vitória
de inflação. Além disso, o Espírito Santo foi prejudicado com a alteração da regra para royalties e também do Fundap, dificultando ainda mais o equilíbrio das contas públicas. Desde 2014, o funcionário público não tem reajuste nos salários, e essa é uma das principais pautas da Polícia Militar”, enumera Lira. Para ele, um dos maiores problemas é a falta de uma Política Nacional de Segurança. “O Brasil é um país de dimensão continental e não tem uma política pública estruturada para atuar nessa situação de crise com planos emergenciais e estratégicos para reforçar a segurança nos estados, como também não existe uma política nacional de controle ao tráfico nas nossas fronteiras. Em 2012, um levantamento da ONU apontou que o Brasil concentrava mais de 11% dos 500 mil homicídios registrados no mundo, não tem uma política nacional de controle, integrada entre os estados. O governo federal falta muito nesse sentido”, aponta. O especialista lamenta esse descaso e alerta para a possibilidade de as crises se espalharem. “Não há nenhuma preocupação dos governantes em Brasília em somar esforços com os estados. A única preocupação é um loteamento político do Ministério da Justiça e da Segurança Pública que garanta uma proteção da Operação Lava Jato. Já passou da hora de o Brasil abrir os olhos. O que temos visto é uma lamentável omissão do governo federal e a possibilidade de viver o cenário do caos”, finaliza Lira.
Violência Economista e doutora em Ciências Sociais, Viviane Mozine Rodrigues explica que a violência é um fenômeno social multifacetado. “Não basta distribuir renda; a educação também é um fator que contribui para a diminuição da violência. A política de drogas, a forma como o Estado se organiza, pode contribuir para o aumento ou a redução da radio.esbrasil.com.br •
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segurança
As Guardas Municipais de Vila Velha (foto) e Vitória registraram mais 800 ocorrências cada em fevereiro
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
violência. Estamos vivenciando isso atualmente no Espírito Santo”, observa Viviane. Para ela, o envolvimento cada vez maior de crianças e jovens da periferia com a criminalidade é um problema social, que tem como base causas diversas. “Crianças e jovens abandonados existem na nossa sociedade desde o século passado. No Espírito Santo e em todo o Brasil é frequente encontrar crianças vendendo balas e mariolas nos semáforos e dentro dos coletivos. Entre as principais causas relacionadas para o crescimento do crime juvenil violento, estão as mudanças no padrão de consumo - roupas de marca, equipamentos eletrônicos de última geração, entre outros fatores - e o tráfico de drogas”, cita.
A Caminhada pela Paz reuniu mais de 5 mil pessoas na orla de Camburi no dia 12 de fevereiro
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A especialista destaca que a falta de políticas públicas integradas – em segurança, educação e social – é outro vilão contra a diminuição da violência. “Em geral, Recupera-ES Por meio dessa rede, o lojista pode adquirir produtos e serviços a preço de custo. Basta enviar um e-mail para recuperaes.cdljovem@gmail.com informando a sua necessidade que a CDL Jovem faz o direcionamento às organizações parceiras. É importante que o lojista encaminhe também os dados da sua empresa e fotos que comprovem as suas perdas.
nossas políticas públicas são setorizadas. Há um baixo grau de integração e articulação entre elas. Esse é o grande desafio atual.” Por fim, Viviane defende um único caminho para se chegar a um mundo melhor. “A violência só existe nas ações das pessoas Só vamos construir um mundo melhor se as pessoas fizerem o bem coletivamente, se as estruturas sociais forem mais justas.” Pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Daniel Cerqueira avalia que essa crise, apesar de “estampada no Espírito Santo”, é uma realidade de todo o país e precisa ser observada em quatro dimensões. A primeira delas é estrutural. “Temos várias vicissitudes no sistema que ainda remetem a problemas da organização das polícias desde o Império. Problemas estruturais que dependem de reformas constitucionais e que estão no centro da crise: ausência de ciclo único de polícias, a desmilitarização, porque o militar é treinado para a guerra, ao passo que o policial deve ser treinado para garantir direitos, são duas formas muito distintas de ver a realidade; além do direito à greve, que o policial não tem.” Segundo o especialista, a segunda dimensão se refere à falta de accountability (responsabilidade com ética e que remete à obrigação, à transparência na prestação de contas). “Temos corporações policiais que ainda não adentraram no Estado Democrático de Direito. Temos ‘caixas-pretas’, não sabemos muitas vezes o
reações “O ajuste fiscal duro que o Estado do Espírito Santo realiza, com sucesso, está incomodando muitos grupos. O movimento tem uma conotação política forte, organizado por coronéis aposentados, deputados estaduais não muito ortodoxos, associação de cabos e soldados e sindicalistas etc! ... O Brasil, mais do que nunca, precisa olhar atentamente o que está acontecendo aqui e prospectar como compatibilizar os gastos dos demais Poderes, sempre em ascensão, diante das reivindicações das categorias do Executivo. Alguns benefícios precisam ser revistos. O sistema precisa ser reformulado, senão a conta não fecha! ... Amo meu Estado, que com muito custo e esforço geral de todos conseguiu se organizar. Por isso, o que os policiais militares estão fazendo é vergonhoso, inconstitucional, imoral e não pode virar moda” Rodrigo Júdice, advogado, ex-procurador-geral do ES e ex-secretário estadual de Meio Ambiente, em declaração em artigo
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que foi feito, quanto custou, o que deu resultado positivo, e a quem responsabilizar quando não houver os resultados prometidos. Sabemos muito pouco sobre o trabalho das polícias”, opina. Um terceiro ponto diz respeito ao equilíbrio precário à paz social, que em uma situação normal se sustenta em um contrato social que deve levar em conta a necessidade de benefícios mútuos para os cidadãos, analisa Cerqueira. “À medida que você tem uma sociedade com muitos excluídos,
“Sequestraram o direito de liberdade do povo capixaba e agora cobram resgate” - Paulo Hartung, governador do Estado
por que os ‘indesejáveis’ vão ter comprometimento com quem está participando da festa? Seria desejável um melhor processo de inclusão, de diminuição das desigualdades, para a sociedade funcionar melhor”, explica Cerqueira, que também é autor do livro “Causas e Consequências do Crime no Brasil”. No entanto, o pesquisador pondera que, ainda que não se mexa nas estruturas básicas da distribuição de renda, é possível fazer política de segurança pública efetiva e eficiente, considerando a focalização. Ele destaca que 12% dos homicídios do mundo ocorrem no Brasil. Mas metade deles se concentra em 81 dos 5.570 municípios do país, e metade do montante nesses locais acontece em 10% dos bairros. “Estamos dizendo que 540 bairros concentram um quarto dos homicídios do país. É possível agir nesses focos com prevenção social – orientação às mães e programas destinados a crianças de 0 a 6 anos – quando são desenvolvidas dimensões cognitivas e socioemocionais e formados os valores primários. Então vamos olhar os locais mais vulneráveis, onde está consagrada a situação de violência. Uma lição muito boa que vários pesquisadores extraíram de Pernambuco, com o programa Pacto pela Vida, e do Espírito Santo, com o Estado Presente, foi a dimensão da prevenção social. E o segundo pilar é a repressão qualificada, em que a polícia, em vez de ser utilizada para sufocar e separar os indesejáveis nas periferias, precisa garantir os direitos à cidadania, utilizar a inteligência para retirar os homicidas contumazes das ruas, realizar operações para retirada de armas de fogo das ruas, mas numa aliança com as comunidades, em que as informações sejam compartilhadas”, salienta. Nesse contexto, segundo ele, a polícia acaba tendo enorme poder de “barganha”, pois basta anunciar operação padrão para governo e sociedade entrarem em pânico. “Por isso que em vários lugares do país, ainda que não apareçam nos jornais, a gente tem notícias internas que dão conta de recorrentes ameaças a governadores que cedem a essa pressão”, enfatiza o pesquisador. Por fim, a quarta dimensão dessa crise de anos na segurança pública é um “equilíbrio perverso” do sistema. “Boas políticas exigem muito mais trabalho para estruturá-las e, sobretudo, para mudar a lógica do funcionamento das polícias, porque isso é mexer numa cumbuca perigosíssima que vai levar anos para amadurecer, mas o horizonte temporal do político é de dois anos e o receio de desencadear uma crise fica sempre acima da vontade de mudar. Segurança pública é uma agenda ‘maldita’ e, com isso, as políticas ficam a esmo de interesses particularistas, de pressões corporativistas”, argumenta. Na avaliação do pesquisador do Ipea, ficam duas lições da experiência da crise no Espírito Santo. “A primeira é que o comprometimento com a vida dos cidadãos, com método e com ações preventivas possibilita a mudar a realidade de sangue e lágrimas, que tanto custa ao país. A segunda é que a estrada para a paz social é longa e envolve políticas públicas de Estado, cujo investimento em educação e oportunidades deve atingir amplamente a muitas gerações. Sem esse suporte, ficaremos eternamente reféns da crise na esquina, que separa tenuamente a tragédia da redenção”, finaliza. radio.esbrasil.com.br •
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Diógenes Viegas Dalle Lucca
segurança
Fundador do Gate, professor de negociação do MBA - FIA/USP, colunista da revista Security e sócio-diretor da The First Co20nsultoria
Polícia Militar do Espírito Santo: Uma breve análise sobre a greve a sindicalização e a greve são formas legítimas para reivindicar melhores condições de trabalho e de remuneração
O
primeiro aspecto que trago à tona se refere à Constituição Federal de 1988. Quis o legislador constituinte conferir à segurança pública um aspecto de relevante importância a ponto de elencar no art. 144 os órgãos responsáveis por tal mister no âmbito da União e dos Estados e, inclusive, franqueando aos municípios a criação de Guardas. Com isso, fica clara a importância do tema apenas por figurar na nossa Carta Magna. Por outro lado, não quis o legislador constituinte descer aos detalhes de como essa estrutura deveria funcionar. Entretanto, deixou um recado claro, no parágrafo 7º do mesmo artigo, de que a lei infraconstitucional deveria regulamentar o funcionamento dessas instituições, a fim de lhes garantir o “dever de eficiência”, este último também um mandamento constitucional. Ocorre que, desde então, por uma completa omissão do Poder Legislativo, a regulamentação do art. 144 ainda não foi feita. Dessa forma, no âmbito estadual, cada governador das Unidades Federadas faz o que bem entende das polícias (Civil e Militar) sob sua responsabilidade. Isso por si só gera desequilíbrios, pois há muitas disparidades no que diz respeito à formação, ao treinamento, à remuneração, aos planos de carreira e a outros aspectos igualmente importantes. Não é prudente que as atividades ligadas à preservação da ordem pública fiquem à mercê da vontade
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de qualquer governador. Nesse caso, vejo que a ação do governante estadual deve ser de um poder vinculado a parâmetros de controles definidos que norteiem sua ação. Trata-se de uma via de mão dupla entre governante e instituições de serviço essencial, de modo a garantir estabilidade quase que contratual por meio de regras claras e definidas.
Trata-se de uma via de mão dupla entre governante e instituições de serviço essencial, de modo a garantir estabilidade quase que contratual por meio de regras claras e definidas” O segundo aspecto, conexo com o anterior, diz respeito à categoria dos militares em geral, cujo direito à sindicalização e à greve foi proibido pelo legislador constituinte. Ora, a sindicalização e a greve são direitos e garantias de todos os trabalhadores, formas legítimas para reivindicar melhores condições de trabalho e de remuneração.
Por uma simples questão de coerência só é possível admitir a lógica do legislador constituinte de não contemplar esses direitos aos militares devido ao serviço essencial que devem prestar à nação, pois se assim não fosse, sequer a segurança pública estaria na nossa carta magna, bem como os funcionários públicos a ela pertinentes. Podemos nos perguntar: “O legislador constituinte considerou os militares cidadãos de segunda categoria ao proibir-lhes o direto à greve e à sindicalização?”. A resposta é não. Isso, por si só, seria um contrassenso. Prover a um cidadão de segunda classe um serviço tão essencial quanto os relativos à segurança pública seria um paradoxo social. O que se espera é uma relação justa, estável e que seja condizente com a prestação de um serviço essencial com dedicação exclusiva, sem sobressaltos e surpresas. Um regramento claro do Estado no que concerne ao ingresso, à formação, aos equipamentos, ao plano de carreira, ao salário, à reposição de perdas inflacionárias e a alguns aspectos de meritocracia, a exemplo do que ocorre na iniciativa privada, pode ser implementado para maior estímulo e graus de distinção. Por outro lado, da parte do funcionário, o voluntariado e a aceitação dessas regras deveriam ser essenciais, a ponto de sua desobediência levar à demissão sumária.
Foto: Valter Campanato/EBC
Periscópio
Se houver denúncia, o que significa um conjunto de provas que possam conduzir ao seu acolhimento, o ministro que estiver denunciado será afastado provisoriamente. Depois, se acolhida a denúncia, e a pessoa, se transforme em réu, o afastamento é definitivo” Michel Temer, presidente, afirmando que irá afastar do cargo todos os ministros que forem denunciados na Operação Lava Jato
ELEIÇÃO
Espírito Santo tem nova defensora pública-geral O governador Paulo Hartung empossou, no dia 31 de janeiro, Sandra Mara Vianna Fraga (foto) como nova defensora pública-geral do Estado para o biênio 2017/2019. Ela, que sucedeu Leonardo Oggioni, nomeado em 2015, já foi defensora pública-geral do Espírito Santo e membro do Conselho Superior da instituição, além de ter sido escolhida por duas vezes como subdefensora públicageral. Também atuou na Defensoria de Família de Vitória, na 1ª Defensoria Criminal de Vila Velha e nas Defensorias Criminais da capital.
COOPERAÇÃO
Acordo busca incentivar esporte de alto rendimento Um acordo de cooperação firmado no dia 8 de fevereiro entre o Ministério do Esporte e o Comando do Exército possibilitará o uso do Complexo Esportivo de Deodoro (RJ) de forma compartilhada para fomentar a prática esportiva de alto rendimento e o desenvolvimento de atividades de integração social. De acordo com o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, a iniciativa será de extrema importância para os futuros atletas brasileiros. “Esses equipamentos esportivos sob a gestão do Exército Brasileiro estarão absolutamente bem cuidados e serão utilizados naquilo a que devem se destinar. Eles representam um legado para os atletas brasileiros e, sobretudo, para as futuras gerações de atletas do Brasil”, disse. 18
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FINDES
Sesi Saúde em Cachoeiro de Itapemirim O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, inaugurou em fevereiro, em Cachoeiro de Itapemirim, o Sesi Saúde Ubirajara Tavares Dias. O local possui capacidade para realizar mais de 100 mil atendimentos por ano e conta com sete consultórios, salas de exames e enfermagem, além de um posto de coleta, para “ampliar a qualidade de vida dos trabalhadores da indústria”, conforme destacou o dirigente. Entre as especialidades disponíveis para os moradores da região estão: medicina do trabalho (saúde ocupacional, fonoaudiologia, audiometria, espirometria, acuidade visual, eletrocardiograma, análises clínicas); medicina assistencial (cardiologia, pneumologia, otorrinolaringologia, neurologia, dermatologia, ortopedia, oftalmologia, exames radiológicos); assistência à saúde (psicologia, nutrição, fonoterapia, fisioterapia); e outros serviços, como odontologia (endodontia e periodontia) e enfermagem do trabalho. SUSTENTABILIDADE
CRÉDITO IMOBILIÁRIO
Shopping Vitória “verde” novo produto O pacote de ações sustentáveis desenvolvido do Sicoob ES pelo Shopping Vitória acaba de ganhar mais um aliado com a instalação de um sistema de captação de água da chuva, que busca reduzir e poupar o consumo hídrico local. De acordo com o gerente de Operações do mall, Cícero Nobre, o projeto é mais uma alternativa sustentável e eficiente para diminuir o uso de recursos naturais nas operações do centro de compras. “O sistema de captação da água da chuva deverá gerar uma economia anual de 2,1 milhões de litros de água”, prevê. A coleta passa por um filtro de partículas onde é retida toda a sujeira e depois é bombeada para alimentar o reservatório do trator de irrigação de toda a área verde, localizada na parte externa do shopping. esbrasil •
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A partir de maio, o Sicoob ES passa a oferecer a opção do crédito imobiliário, com taxas de 10,86%, prazo de até 30 anos e 80% do imóvel podendo ser financiado. Há ainda a possibilidade do uso do FGTS. Segundo Bento Venturim, presidente da instituição financeira, o objetivo é buscar uma operação com menor grau de burocracia. “Isso não é simples em se tratando de uma linha que envolve o uso de recursos do FGTS, mas é a nossa meta” afirmou. Expectativa é operar R$ 30 milhões em 2017.
Foto: Divulgação
COMPRAS
Procura do consumidor por crédito cai 1,7% em janeiro
letreiro turístico chega a Anchieta O letreiro turístico da campanha #amores chegou a mais uma cidade capixaba: Anchieta. O atrativo, que se encontra localizado no Santuário Nacional de São José de Anchieta, no Centro do município, é uma iniciativa do Governo Estadual, por meio da Secretaria de Turismo (Setur). “Além das belezas naturais, Anchieta tem grande valor histórico e cultural. A intenção é chamar atenção para esses pontos fortes e cada vez mais turistas para a região”, explicou José Sales Filho, secretário da pasta. Outra cidade que ganhou o letreiro foi Vila Velha. “Estou muito feliz em poder proporcionar a Vila Velha mais um atrativo turístico. É mais uma oportunidade divulgar o município e também a campanha #amores. Espero que possamos trabalhar com a Setur em novos projetos no futuro”, disse o subsecretário de Turismo de Vila Velha, Carlos Von. TRÂNSITO
NOVA DATA
Rodovias estaduais passam a contar com novos radares Quatro novos trechos de rodovias estaduais passaram a ser monitorados por equipamentos eletrônicos, que foram instalados em locais com grande concentração de pessoas e histórico de excesso de velocidade por parte dos condutores. Uma medida de segurança não só para motoristas, mas também para ciclistas e pedestres. “Os equipamentos eletrônicos coíbem infrações de trânsito e preservam vidas. Eles têm uma função educativa. Observamos que, nos locais onde há fiscalização eletrônica, há uma redução de ocorrências, e o DER-ES sempre atuará no sentido de garantir mais segurança a quem transita nas rodovias estaduais”, explica o diretor-geral do DER-ES, Enio Bergoli. Os aparelhos foram instalados nos municípios de Anchieta, Nova Venécia, São Gabriel da Palha e São Mateus. As rodovias estaduais contam agora com 167 equipamentos instalados em 105 trechos. localização dos novos equipamentos Rodovia ES 060 ES 137
ES 137
ES 315
Localização
Município
Km 89,6 Anchieta Entrada de Iriri Km 122,2 Acesso à Pedreira Nova Venécia do Alemão Km 164,2 São Gabriel Comunidade de da Palha Santa Terezinha Km 89,7 Comunidade de São Mateus Pedra D´água
Limite de velocidade 60 km/h 40 km/h
40 km/h
40 km/h
50 km/h
Vitória Stone Fair é remarcada para junho Planejada para ocorrer entre os dias 14 e 17 de fevereiro, no Centro de Eventos de Carapina, na Serra, a 42ª edição do maior evento comercial do Estado e o mais expressivo do setor nas Américas, a Feira Internacional de Mármore e Granito – Vitória Stone Fair / Marmomac Latin America, precisou ser cancelada em consequência da crise na segurança. Organizadores da feira chegaram a pensar na possibilidade de realizar este ano somente a edição em Cachoeiro de Itapemirim, em agosto, mas o evento na capital capixaba acabou sendo remarcado para o período de 6 a 9 de junho. A Vitória Stone Fair iria reunir mais de 300 expositores brasileiros e 80 de outros países como Turquia, Itália, Índia, Portugal, China, Egito, Grécia e Paquistão.
O número de pessoas que buscaram crédito no mês de janeiro caiu 1,7% na comparação com dezembro, de acordo com a empresa de consultoria Serasa Experian. Todas as regiões brasileiras apresentaram recuo na demanda por crédito em janeiro. No Sul, a retração foi a maior, de 3,9%; seguida pelas de Centro-Oeste (-2,7%), Nordeste (-1,4%), Sudeste e Norte, que registraram queda de 0,7%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, apesar da baixa da inflação e da aceleração da queda dos juros básicos, o consumidor ainda está bastante endividado, com tímido grau de confiança e enfrentando desemprego. Por isso, continua conservador em termos de busca por crédito.
mudanças
Michel Sarkis assume a presidência do Banestes O administrador de empresas Michel Sarkis foi empossado como novo diretor-presidente do Banestes, durante solenidade realizada no dia 30 de janeiro, no Palácio Anchieta, em Vitória. Sarkis assumiu o cargo do economista Guilherme Dias, que estava à frente da instituição financeira desde maio de 2013. “Vamos construir uma nova história para o Banestes. Daremos continuidade ao que vem sendo feito e vamos fazer o máximo possível para atender, melhor ainda, os nossos mais de um milhão de clientes. O Banestes é uma instituição com muitas glórias. Um banco competitivo, rentável. Tenho certeza de que será incrível trabalhar no Banestes”, declarou o novo diretor-presidente. Foto: Leonardo Duarte/Secom-ES
CAMPANHA
Fonte: DER-ES
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Entre em forma sem sair de casa Empreendimentos Galwan oferecem diversas opções para a prática de exercícios físicos
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om uma rotina de compromissos cada vez mais agitada, as pessoas acabam deixando para depois aquele horário que deveria ser reservado para os exercícios físicos. Problemas como falta de tempo e de segurança e o fato de não ter com quem deixar os filhos enquanto se exercita são realidade na vida de muita gente. Para esse público, o ideal seria manter a forma sem sair de casa. Pensando nisso, a Galwan, pioneira entre as construtoras capixabas ao apostar no lazer diferenciado em seus empreendimentos, projeta espaços exclusivos para quem quer manter a forma. A maioria dos empreendimentos entregues pela construtora é equipada com itens como espaço fitness, piscina e quadra recreativa. O supervisor comercial da Galwan, Junior Pereira, destaca que os itens de lazer voltados exclusivamente para o exercício físico e para o esporte deixaram de ser um diferencial no empreendimento e passaram a compor a lista dos requisitos básicos na definição da compra de um imóvel. “A tendência dos moradores é, cada vez mais, fazer o máximo possível dentro do condomínio, sem precisar sair e pegar trânsito, por exemplo”, explica.
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London Ville Residence • Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha. • Apartamentos: Três quartos, com suíte e até três vagas de garagem. • Lazer: Completo e equipado com quadra de squash, piscina com rede de biribol, quadra recreativa e fitness. • Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A • Informações e adesões: 3200-4004
Atualmente, um dos destaques da construtora é o London Ville Residence, que está sendo construído na Praia de Itaparica, em Vila Velha, e será entregue com quadra de squash, piscina com rede de biribol, quadra recreativa e espaço fitness, além de outros itens de lazer para jovens e adultos. No Mar Dourado Residencial, também em Itaparica, o destaque é o espaço fitness, que fica completo com a sala de repouso, ideal para
Mar Dourado Residencial • Localização: Avenida Estudante José Júlio de Souza, Itaparica, Vila Velha.
Juan Fernandes
• Apartamentos: Três e quatro quartos com suíte, com duas e três vagas de garagem. Coberturas com até três suítes e até quatro vagas de garagem.
• Localização: Rua Carlos Nicoletti Madeira, 120, Barro Vermelho, Vitória. Ao lado do Parque Municipal Pianista Manolo Cabral.
• Lazer: Completo e equipado com itens como fitness, sala de massagem, sala de repouso, piscinas e quadra recreativa. • Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A • Informações e adesões: 3200-4004
relaxar após o exercício físico. Para os futuros moradores do Juan Fernandes, no Barro Vermelho, em Vitória, estarão à disposição quadra recreativa descoberta, piscinas, fitness e sala de descanso para o “pós-treino”.
Crônica
Florir o Dia, Florir a Vida, Florir a Alma Janeiro foi embora levando consigo dias luminosos. Deu praia boa o mês inteirinho. Praia linda e superlotada! Sei bem quanto a chuva é preciosa e necessária, mas quem não se sensibiliza, se encanta, vendo um dia nascer todo dourado, com um sol surgindo, rasgando nuvens afogueadas? Um dia assim, iluminado, festivo e alegre, nos convida, sem dúvida, à felicidade. Dia desses, andando pelo Shopping Praia da Costa, vi um lindo quadrinho numa feira de artesanato. Nele, estava escrito: “Florir o dia Florir a vida Florir a alma E sair por aí primaverando...FELIZ !” Lógico que eu o comprei e o coloquei na sala da minha casa. Espero que sua mensagem seja um incentivo e ajude a refletir. Uma visita que recebemos se encantou com o quadrinho: - Posso copiar?, ela perguntou. - Claro! Vamos propagar coisas boas, otimistas, minha amiga. De coisas negativas, basta o que a mídia e o cotidiano nos impingem. Hoje, por exemplo (06/02/2017), estamos todos trancados em casa, reféns de bandidos que estão soltos, praticando toda sorte de
• Apartamentos: Três quartos com suíte e duas vagas de garagem. • Lazer: Completo e equipado com itens como quadra recreativa descoberta, piscinas adulto e infantil, fitness e sala de descanso. • Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A • Informações e adesões: 3200-4004
A construtora entrega os empreendimentos completos e com todas as áreas comuns equipadas, inclusive os espaços fitness, que já vêm com aparelhos para uso dos condôminos.
Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com desordens. A população está recolhida por falta de policiamento nas ruas, que faz reivindicações ao governo. Gente, mas isso... ”são outros quinhentos” (com trocadilho). Gosto do sol, da lua e das estrelas, e gosto muito também de dias chuvosos. Talvez porque lembrem minha infância em Dores do Rio Preto. Lá chovia muito. Que alegria quando meu pai, que saía a cavalo para atender alguém que precisava de seus cuidados (era o médico do lugar), chegava em casa, são e salvo, depois de enfrentar na estrada uma tempestade com assustadores trovões. O fato de não ter lhe acontecido nada de mau, eu orgulhosamente atribuía as orações à Santa Bárbara que eu fazia, espargindo água benta pela casa. Isso era feito meio que às escondidas, sem a participação de adultos. As chuvas me lembram também aquele café fresquinho, tomado com um pão lambuzado de manteiga, sentindo o calor do fogo de um fogão à lenha. O barulho da chuva lá fora reforçava o prazer do momento e tornava mais intenso aquele aconchego reinante na minha casa. Bom, chega de sol, chuva, casamento de viúva. Janeiro foi embora e chegou fevereiro. E fevereiro chegou “quente”, chegou chegando, mas é o mês do carnaval, meu povo, portanto... Nem tudo está perdido!
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Foto: Daniel Zimmermann
gestão LIVRO
101 Respostas Sobre Direito Ambiental
CAMPANHA O advogado Sérgio Carlos de Souza acaba de lançar o livro “101 Respostas Sobre Direito Ambiental”, publicação que destaca os aspectos mais importantes da área, bem como os deveres e direitos de cada um diante de um assunto tão essencial à vida presente e futura. O livro, lançado pela Línea Publicações, faz parte da coletânea “Direito ao Direito”, uma iniciativa da Carlos de Souza Advogados, que busca levar conteúdo informativo de maneira objetiva, didática e de simples compreensão para profissionais da área, estudantes e leitores em geral. Conheça um pouco mais sobre a proposta da obra: ES Brasil: Por que resolveu escrever o livro no formato de perguntas e respostas? Sérgio Carlos de Souza: Tive um professor na Ufes, aliás, um dos melhores do meu curso, João Baptista Herkenhoff, que adotava um livro por ele mesmo escrito, em sistema de perguntas e respostas. A matéria era Introdução ao Estudo do Direito. Percebi que aquele mecanismo impulsionou muito a minha reflexão do assunto que era ensinado, o que, claro, auxiliou no aprendizado. Essa lembrança se juntou ao meu objetivo de escrever um livro que, entre outras coisas, fosse um facilitador na busca pelo conhecimento do Direito Ambiental. Qual a importância do Direito Ambiental na atualidade? É provável que a maioria das pessoas viva longos anos e jamais tenha proximidade prática com diversos ramos do Direito, como de Família, Criminal e Societário. Já o Direito Ambiental é diferente: ele está na vida das pessoas, todos os dias. A sociedade não quer apenas desenvolvimento; as pessoas desejam também desenvolvimento com responsabilidade ambiental. O Direito Ambiental garante não somente a vida da atual geração, mas também a das futuras. 22
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Sebrae-ES retoma campanha “Compre do Pequeno Negócio” Na tentativa de fazer com que os comércios voltem a lucrar após os prejuízos causados pela crise na segurança do Estado, o Sebrae-ES resolveu voltar com a campanha “Compre do Pequeno Negócio”, que busca estimular a população a adquirir produtos e serviços de pequenos empreendedores, responsáveis por 99% das empresas no Espírito Santo. De acordo com a entidade, o apoio à economia local é de extrema importância para a rotatividade financeira da região, trazendo consequências positivas como uma maior distribuição de renda local, oportunidades de emprego, aumento da qualidade de vida e da segurança, além do incentivo ao empreendedor, para que ele se fortaleça e ofereça cada vez mais serviços e produtos de qualidade. CARREIRA
Pesquisa revela 10 palavras mais usadas no LinkedIn O LinkedIn divulgou recentemente a lista de palavras mais utilizadas nos perfis dos brasileiros que estiveram em busca de um emprego no ano passado. A liderança ficou com o termo “especializado”, que assumiu a primeira posição, antes ocupada por “responsável”, que a era a mais usada desde 2013. A ideia da publicação do ranking é ajudar os candidatos a montarem perfis cada vez mais direcionados e com mais qualidade. “Empresas e candidatos buscam hoje uma melhor combinação de cultura e valores. Para que isso aconteça, é necessário que as pessoas se descrevam de forma verdadeira e espontânea, evitando palavras e frases que já viraram lugar-comum”, revela Fernanda Brunsizian, gerente sênior de Comunicação do LinkedIn para América Latina. No ranking do Top 10, aparecem ainda as palavras líder, estratégico, focado, responsável, com experiência, inovador, apaixonado, criativo e excelente (em sequência). INSCRIÇÕES
Santander lança programa de incentivo para empresas O Santander está com as inscrições abertas para o Programa Radar Santander, que busca empresas com potencial de crescimento para mudar a forma como o mercado financeiro se relaciona com as pessoas e demais negócios. A iniciativa possibilitará com que as cinco empresas selecionadas possam contar com o acompanhamento de executivos do banco e de mentores da Endeavor, bem como com uma rede de networking. O programa também promete uma construção de pontes entre o empreendedor e a instituição financeira, uma vez que o Radar não prevê a cessão de participação acionária ou contratos de exclusividade. “O objetivo é que os vínculos sejam construídos, e não impostos”, revelou o Santander. As inscrições podem ser feitas pelo site oficial até o dia 24 de março.
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agenda
21 a 23 de março
21 a 23 de março
Brazil Road Expo – 7ª Feira Internacional de Infraestrutura Viária e Rodoviária Todos os elos da cadeia de construção, manutenção e infraestrutura viária e rodoviária estarão na Brazil Road Expo, evento internacional que acontece no São Paulo Expo. A feira é voltada para compra e venda de produtos, equipamentos e serviços destinados a construção, manutenção, reparo ou gestão de estradas, incluindo pavimentação, máquinas e equipamentos, sinalização e monitoramento, além de obras como túneis, pontes e viadutos.
2 a 7 de abril
14th Rio Symposium on Atomic Spectrometry Em abril, o Espírito Santo receberá um evento internacional, de periodicidade bianual, que congrega cerca de 300 simposistas que discutirão temas relacionados à área de espectrometria atômica. O encontro acontecerá no Hotel Senac Ilha do Boi e vai contar com apresentação e discussão de projetos de pesquisa concluídos ou em andamento, reunindo pesquisadores interessados em divulgar e discutir seus trabalhos. É a primeira vez que a programação acontecerá no Espírito Santo, incluindo ainda passeios turísticos para que os visitantes conheçam as belezas da Ilha de Vitória.
7 a 10 de março
15ª Expo Revestir O Transamérica Expo Center, em São Paulo, sedia a Expo Revestir de 7 a 10 de março, evento que é considerado a Fashion Week da arquitetura e da construção no país. Estarão presentes os maiores fabricantes e fornecedores de revestimentos, louças sanitárias e metais para cozinhas e banheiros, reunindo visitantes de mais de 50 países interessados em soluções em acabamentos e também no lançamento de produtos e na antecipação das principais tendências. As atividades incluem o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, com palestrantes de renome internacional, e ainda uma programação diária orientada ao público-alvo, como “Dia do Designer”, “Dia do Revendedor”, “Dia do Construtor” e “Dia do Arquiteto”. 17 de março
Daniel faz apresentação inédita em Serra
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Com o tema “Decisão: processo e inteligência”, a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj) promove a Super Rio Expofood, no pavilhão 4 do Riocentro. Em sua 23ª edição, a segunda maior feira dedicada a negócios de supermercados da América Latina terá em sua programação palestras e painéis dirigidos por executivos do setor, além de personalidades de outras áreas. A expectativa é que o evento supere os negócios gerados em 2016, quando foram movimentados mais de R$ 250 milhões.
Fotos: Divulgação
29ª Super Rio Expofood
Um evento dançante acompanhado de serviço exclusivo de bufê e bebida liberada vai movimentar a Serra no mês de março. No dia 17, o Steffen Centro de Eventos promove uma noite embalada pelo cantor Daniel e com o tradicional cardápio da casa, composto por iguarias da culinária oriental, mexicana, árabe e de boteco, como linguicinha caseira semipicante, minipastéis e carne de sol com aipim, entre outras delícias. A festa ainda terá a apresentação da cantora goiana Paula Paes, além de open bar de cerveja, vinho e refrigerante. 18 de março
Show de Roger Hodgson, ex-vocalista da banda Supertramp A capital do Espírito Santo está no roteiro dos sete shows da turnê “Breakfast in America”, que o ex-vocalista da banda britânica Supertramp, Roger Hodgson, faz no Brasil em março deste ano. O cantor ficou famoso por integrar o grupo de rock progressivo, tendo composto grande parte dos sucessos, como “Dreamer”, “Give a Little Bit”, “The Logical Song e “Breakfast in America”. O evento acontecerá na Arena Vitória, a partir das 19h, e deve reunir tanto os hits do período em que esteve na banda quanto os trabalhos de sua carreira solo. radio.esbrasil.com.br •
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fatos
IVY COUTINHO
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Mais de 120 mortes por febre amarela no Brasil
O
número de pessoas mortas por febre amarela no país chegou a 128 até o dia 6 de março. O dado alarmante revela o pior surto da doença nos últimos 30 anos no território nacional, segundo o Ministério da Saúde. São sete os estados com casos em investigação e/ou confirmados. Minas Gerais, ponto de início das ocorrências, continua respondendo pelo maior número de registros. Foram contabilizadas 1.134 suspeitas. Na sequência, vem o Espírito Santo, com um total de 230 notificações e 20 óbitos desde o começo do ano até o sexto dia de março, data em que a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) atualizou o balanço. São Paulo aparece depois com 28 notificações, e Bahia, com 14. Tocantins apontou 10, e Rio Grande do Norte e Goiás, um cada. A única forma de bloquear a disseminação é a proteção por meio de vacina. Por isso, a população de vários municípios capixabas localizados na divisa com Minas teve acesso às doses, como medida cautelar. Mas, com o aumento das mortes de macacos em 52 cidades, sendo 21 com amostras confirmadas para febre amarela, os moradores de Cariacica, Guarapari, Serra, Vila Velha e Vitória, na região metropolitana, também passaram a receber a imunização. Nos finais de semana, foram lá realizados mutirões em ginásios, centros esportivos, igrejas, escolas e universidades. 24
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Óbitos por febre amarela Estado
Notificados
Confirmados
Minas Gerais Espírito Santo São Paulo Bahia Tocantins Rio Grande do Norte Descartados por outros estados Total
189 41 6 1 1 1
105 20 3 -
2
-
241
128
Fonte: Ministério da Saúde e Sesa. | Dados atualizados até 6 de março.
De acordo com a Sesa, 60 municípios do Estado estão na rota da vacinação preventiva desde o início de relatos da doença. Pelo menos 1.027.703 pessoas foram vacinadas, o que representa uma cobertura de 75,64% da população-alvo.
Mais de 196 mil moradores da capital já foram vacinados contra a febre amarela
Vacinação no espírito santo Orientações para a vacinação contra febre amarela INDICAÇÃO
ESQUEMA
Crianças de 6 meses a 9 meses de idade incompletos
A vacina está indicada somente em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de risco de contrair a doença.
Crianças de 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade
Administrar 1 dose aos 9 meses de idade e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
Pessoas a partir de 5 anos, que receberam uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade
Administrar uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
Pessoas a partir de 5 anos de idade, que nunca foram vacinadas
Administrar a primeira dose da vacina e, 10 anos depois, 1 dose de reforço.
Pessoas a partir dos 5 anos de idade que receberam 2 doses da vacina
Considerar vacinado. Não administrar nenhuma dose.
Pessoas com 60 anos e mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação
O médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbidades.
Gestantes, independentemente do estado vacinal
A vacinação está contraindicada.
Mulheres que estejam amamentando crianças com até 6 meses de idade, independentemente do estado vacinal
A vacinação não está indicada, devendo ser adiada até a criança completar 6 meses de idade. Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias após a vacinação (com um mínimo de 15 dias).
Viajantes
Viagens internacionais: seguir as recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Viagens para áreas com recomendação de vacina no Brasil: vacinar, pelo menos 10 dias antes da viagem, no caso de primeira vacinação. O prazo de 10 dias não se aplica no caso de revacinação.
Fonte: Ministério da Saúde
60
cidades na rota de vacinação
75,64%
da população-alvo
1.027.703
pessoas vacinadas Fonte: Sesa Dados atualizados até 6 de março.
Febre amarela urbana x silvestre O vírus que causa a febre amarela urbana e silvestre é exatamente o mesmo. Isso significa que os sinais, os sintomas e a evolução da doença são idênticos. A diferença está “apenas” nos mosquitos transmissores e na forma de contágio. A silvestre é passada por mosquitos (Haemagogus e Sabethes) que vivem nas matas e na beira dos rios. Esses insetos picaram macacos contaminados e depois, pessoas que se aproximaram das áreas de vegetação. Por isso há relato de óbitos dos animais nas regiões acometidas. A febre amarela urbana não existe no Brasil desde 1942 e é transmitida quando um mosquito comum nas cidades, o Aedes aegypti, pica uma pessoa doente e depois, uma outra susceptível, assim como acontece com a dengue, a zika e a chikungunya. Os sintomas aparecem de forma repentina: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça e muscular, náuseas e vômitos por aproximadamente três dias. A forma mais grave é rara e costuma surgir após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela. radio.esbrasil.com.br •
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ECONOMIA
Thiago Lourenço
Positivo, só que não balança comercial brasileira em 2016 cravou superávit histórico, mas exportações e importações registraram os piores resultados desde 2009. Já o Es viu sua participação no total EMBARCADO pelo país cair de 5,14% para 3,53%, e de 3,01% para 2,68%, entre o montante importado. 26
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N
o começo de janeiro, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou dados positivos quanto ao saldo da balança comercial brasileira em 2016. A diferença entre as exportações e as importações atingiu superávit recorde de US$ 47,7 bilhões, o maior desde o início da série histórica, em 1989. Porém, o resultado reflete a redução da atividade econômica no país, visto que desembarques e embarques tiveram quedas expressivas, alcançando os piores resultados desde 2009. De um lado, as exportações brasileiras fecharam 2016 com baixa de 3,09% em relação a 2015, ficando em US$ 185,2 bilhões. Do outro, as importações caíram cerca de seis vezes, acumulando um total de US$ 137,6 bilhões, recuo de 20,1% contra o ano anterior. Foi justamente esse fraco desempenho que possibilitou a conquista do “superávit recorde”. “É uma mera questão aritmética. O resultado ruim das vendas ao exterior foi compensado por uma queda maior das compras, o que gera essa impressão positiva”, analisa o economista Arlindo Villaschi. Quando analisados os dados referentes à corrente de comércio, que é a soma das exportações e das importações, fica mais evidente o quadro recessivo em que se encontra a economia nacional. Em 2016, esse indicador ficou em US$ 322,7 bilhões, retração de quase 11% na comparação com os US$ 362,5 bilhões alcançados em 2015, que por sua vez já representava uma queda superior a 20% em relação ao registrado em 2014. Foi o pior resultado da corrente de comércio brasileira desde 2009.
“Embora o estilo de Trump tenha deixado muitas pessoas preocupadas ao redor do mundo (...), não acredito que ele tomará decisões mirabolantes e unilaterais” - Otacílio José Coser Fillho, presidente da Câmara de Comércio Americana no Espírito Santo Amcham ES)
Velhos paradigmas Tais números são fruto de velhos paradigmas que ainda precisam ser superados. “Somos basicamente exportadores de matérias-primas ou commodities industriais. Quando a demanda e os preços das commodities sofrem uma queda, as nossas exportações são afetadas. Na outra ponta, estamos comprando menos devido à recessão no país, que já dura dois anos”, pontua o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Marcílio Machado.
Saldo da balança comercial - em bilhões (US$)
Saldo da balança comercial
EXportações 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
137,5 160,7 197,9 153 201,9 256 242,6 242 225,1 191,1 185,2
IMportações
16,5 40 25 25,3 20,1 29,8 19,4 22,9 -4,1 19,7 47,7
91,4 120,6 172,98 127,7 181,8 226,3 223,2 239,8 229,2 171,5 137,6
Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)
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ECONOMIA
As exportações caíram 3,09% em 2016, e as importações tiveram recuo de 20,1% em comparação a 2015
Nesse sentido, pode-se afirmar que o Brasil não se preparou, por exemplo, para enfrentar a redução do crescimento de seu principal parceiro comercial, a China. A corrente comercial com o país oriental, grande comprador de commodities brasileiras,
“SUPERÁVIT NEGATIVO”
US$
47,7BI
foi o saldo da balança comercial brasileira em 2016 – valor recorde desde o início da série histórica, em 1989. Em relação a 2015, o saldo cresceu 142,3%.
“Esse é um superávit negativo”, declarou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, ao jornal Folha de S. Paulo. Entenda o raciocínio: montante exportado (US$ 185,2 bilhões) caiu 3,09% na O comparação com 2015. J á o recuo das importações (US$ 137,6 bilhões) foi seis vezes maior: 20,1%, em relação ao mesmo período.
Os dados evidenciam a crise econômica, que teve início no final de 2014, visto que tanto as compras de outros países quanto as vendas externas foram as menores desde 2009. Quando analisada a corrente de comércio, formada por exportações mais importações, o registrado em 2016 foi o menor em sete anos – queda de 33% em relação a 2011, ano em que houve superávit recorde.
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encolheu 12% em 2016 na comparação com 2015, passando de US$ 66,3 bilhões para US$ 58,4 bilhões. “Não há dúvida de que uma redução da demanda internacional de nossos produtos afetou a nossa economia. Houve uma desaceleração do crescimento chinês e está havendo uma recessão no Brasil. Consequentemente, isso teve um impacto nas transações comerciais entre os dois países. Quando o Brasil voltar a crescer, é provável que haja um aumento das importações provenientes da China. Como segunda maior economia mundial, a China deverá continuar sendo, também, um importante destino de nossas exportações”, avalia o presidente do Sindiex. A preocupação com a “qualidade das importações e das exportações” foi apontada por Villaschi. “Uma coisa é exportar celulose ou carne, que embora sejam insumos básicos, é uma fonte renovável. Outra é exportar minério de ferro ou seus derivados, que ainda por cima são recursos naturais não renováveis, sujeitos a variações de cotação no mercado internacional. Essa questão da qualidade das nossas exportações ainda está atrelada ao nosso modelo histórico de exportação”, acrescenta. Villaschi faz a mesma ponderação em relação às importações. “Se estamos importando máquinas e equipamentos ou insumos industriais, quer dizer que a economia está em processo de dinamização e a capacidade produtiva está aumentando, o que eventualmente melhoraria a capacidade do país de substituir importações e diversificar exportações”, revela. Porém, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as importações do setor acumularam uma queda de 18% em dezembro, ficando em US$ 15,4 bilhões.
Efeito Trump A chegada do bilionário Donald Trump à presidência dos Estados Unidos trouxe incertezas para o comércio mundial,
principalmente em virtude da promessa de adoção de medidas protecionistas. “Embora o estilo de Trump tenha deixado muitas pessoas preocupadas ao redor do mundo, é preciso deixar claro que ele está ligado ao Partido Republicano e suas ações deverão ser aprovadas pelo Congresso. Portanto, não acredito que ele tomará decisões mirabolantes e unilaterais”, reforça o presidente da Câmara de Comércio Americana no Espírito Santo (Amcham ES), Otacílio José Coser Filho. Machado acrescenta que, embora Trump tenha feito discursos protecionistas e afirmado que iria rever acordos comerciais dos Estados Unidos, seu partido tradicionalmente apoia o livre comércio. “Existem muitas incertezas em relação ao que ele poderá implementar, pois além de negociar com a oposição democrata, também terá que vencer a resistência de muitos membros de seu partido que são contrários ao isolamento comercial de seu país. Não será fácil impor barreiras comerciais, pois isso pode implicar retaliações, além da resistência dos empresários americanos que vendem seus produtos no mercado global”, destaca. Os Estados Unidos são o segundo principal destino dos produtos brasileiros. Em 2016, o valor exportado para lá ficou em US$ 23,2 bilhões. Na visão de Villaschi, essa relação comercial não deve mudar, inclusive porque o Governo Federal tem adotado uma postura “pró-estadunidense” em suas relações exteriores. “A pauta de exportações do Brasil para os Estados Unidos não vai preocupar o Trump. Os principais produtos que vendemos, como minério de ferro, petróleo e café, não estão relacionados ao
“Precisamos desenvolver não apenas uma economia empreendedora, mas uma cultura do empreendedorismo no país e no estado de modo que haja uma maior inclusão das pequenas e médias no esforço exportador” - Marcílio Machado, presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex)
que ele entende como responsáveis pela perda dos empregos no país. Porém, em áreas que somos mais competitivos, como o aço, é possível que sejam criadas barreiras tarifárias. A priorização da defesa dos interesses estadunidenses não é uma política do Trump, faz parte de uma política de Estado”, afirma.
Exportações e importações capixabas No Espírito Santo, o setor de comércio exterior também sofre os reflexos da recessão econômica, inclusive com resultados piores
Dados do comércio exterior capixaba 24,81% 8,12%
20,97%
4,77%
Países Baixos
Alemanha
Rússia
7,17%
2,91% Itália
Estados Unidos
2,68% Colômbia
24,21%
Índia
4,57%
4,76%
Uruguai
Austrália
6,25% 2,80%
5,68%
China
Turquia Egito
16,61%
10,21%
6,63%
Mercado de destino das exportações do ES Mercado de origem das importações do ES
6,54%
Demais países
Argentina
Dez/2016 Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)
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Foto: Secom/ES
ECONOMIA
Apoio à exportação Desde o final de 2016 os empresários capixabas passaram a contar com uma oportunidade para levar seus produtos e serviços para o mundo, com o Programa de Qualificação para a Exportação (Peiex). A iniciativa foi lançada durante cerimônia realizada no dia 1º de dezembro, no Palácio Anchieta, em Vitória, que reuniu empresários, representantes de instituições empresariais e autoridades, além do governador Paulo Hartung e do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o embaixador Roberto Jaguaribe. O Peiex é uma iniciativa da Apex-Brasil cujos principais objetivos são: incrementar a competitividade das empresas, disseminar a cultura exportadora, ampliar o acesso a produtos e serviços de apoio disponíveis nas instituições de governo e do setor privado, introduzir melhorias técnico-gerenciais e tecnológicas, contribuir para a elevação dos níveis de emprego e renda, promover a capacitação para a inovação, a inovação e a cooperação entre as empresas (APLs) e instituições de apoio. Como funciona a Peiex Ao se cadastrarem nos núcleos regionais do programa, os empreendimentos passam a receber consultoria personalizada de técnicos extensionistas, que elaboram um diagnóstico quanto à sua capacidade de exportação e em seguida apontam e auxiliam a implantação de soluções para problemas técnico-gerenciais. Desde que teve início no Espírito Santo, em junho de 2016, cerca de 70 empresas se inscreveram no Peiex. A estimativa é que até 2018 sejam atendidas 140. No Espírito Santo, o Peiex é coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), contando ainda com parceria do Sebrae, do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), dos Correios e do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex). Para se inscrever, basta acessar o site www.sedes.es.gov.br e clicar no banner “PEIEX”, que fica no canto superior da tela. Em seguida, preencha a ficha de inscrição e encaminhe para o e-mail peiex@peiex.es.gov.br. Na primeira visita dos técnicos à empresa, será coletada a assinatura da ficha de inscrição. Mais informações pelo telefone (27) 3636-6752.
que a média brasileira. As exportações, por exemplo, acumularam US$ 6,5 bilhões no final de 2016, queda de 33% em relação a 2015. O Estado também perdeu participação nas exportações 30
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“É uma mera questão aritmética. O resultado ruim das exportações foi compensado por uma queda maior das importações, o que gera essa impressão positiva” – Arlindo Villaschi, economista
brasileiras, de 5,14% para 3,53%. As importações, na mesma base de comparação, caíram mais de 28%, fechando em US$ 3,69 bilhões. A presença do Estado nas importações do país passou de 3,01%, em 2015, para 2,68%, em 2016. “A resolução 13/2012, que reduziu a alíquota interestadual do ICMS de 12% para 4%, afetou a competitividade do Espírito Santo e do Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias). Entretanto, parte desse problema poderia ter sido mitigado se houvéssemos investido em infraestrutura portuária. Essa deficiência afeta tanto as importações como as exportações, que passaram a ser realizadas através de outros portos brasileiros”, pondera Machado. Embora os dados de embarques e desembarques pelo Espírito Santo estejam abaixo do registrado em anos anteriores, o presidente do Sindiex não acredita que o Estado tenha perdido sua vocação para o comércio exterior. “Creio que o que desenvolve um país ou um estado são as pessoas. Nós temos no Espírito Santo um agrupamento de pessoas e empresas que acumularam um grande conhecimento e experiência em comércio exterior. Isso faz grande diferença para atrair negócios. Precisamos parar de pensar, contudo, que o Governo Federal vai resolver o nosso problema de infraestrutura. A sociedade e os empresários precisam discutir alternativas e implementar soluções para solucionar o gargalo portuário no curto prazo”, ressalta. Machado frisa ainda que o Governo do Estado vem fazendo sua parte ao promover um ambiente de negócios favorável a novos empreendedores. “Ao reduzir a burocracia e permitir que se obtenha, por exemplo, a inscrição estadual com mais agilidade, teremos condições de atrair mais investidores e empresas. Isso já é um bom começo, porém, muito mais precisa ser feito. Devemos desenvolver não apenas uma economia empreendedora, mas também uma cultura do empreendedorismo no país e no Estado de modo que haja uma maior inclusão das pequenas e médias no esforço exportador”, finaliza.
política refis Foto: Câmara de VItória
Dívidas com Prefeitura já podem ser negociadas
REFERÊNCIA
Legislativo de Roraima vai implantar programa criado pela Câmara de Vitória
Os moradores de Vitória que tiverem dívidas de tributos - IPTU, ISS, ITBI – e de taxa de coleta de lixo já podem negociar a quitação com a prefeitura local, com vantagens significativas. Isso porque, no último 02 de março, o Legislativo municipal aprovou a emenda à Lei Orgânica da Capital que muda a legislação no item que estabelece que o Refis - Programa de Incentivo à Regularização Fiscal - somente pode ser instituído em períodos de calamidade pública. Agora, a prefeitura está concedendo descontos que variam de 10% a 100% no valor de multas e juros que incidem sobre a dívida. Com isso, deverá arrecadar cerca de R$ 30 milhões e minimizar os impactos da crise financeira. O último Refis, de 2013 e que ainda está em andamento, recolheu cerca de R$ 110 milhões.
Previdência
Relatório será entregue na segunda quinzena de março A previsão do deputado federal Arthur Maia (PPS/BA), relator da comissão especial da reforma da Previdência, na Câmara, que vai aprovar o plano de trabalho do colegiado, é entregar seu parecer no dia 16 de março, após a realização de nove audiências públicas temáticas sobre a proposta. Segundo ele, não haverá muitas modificações no texto original, mas uma das propostas que tem defendido, é que será debatida pela comissão, é a criação de um regime diferenciado de aposentadoria para mulheres com dupla jornada.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Diretores e assessores da Assembleia Legislativa de Roraima estiveram na capital capixaba para conhecer e implantar naquele estado o programa Fiscaliza Vitória, criado pela Câmara Municipal (CMV). O superintendente de Fiscalização do Legislativo estadual de Roraima, Jonas Eduardo Coletto, afirmou que a ideia é criar um núcleo de fiscalização em cada um dos 15 municípios de Roraima. O Fiscaliza Vitória trouxe canais de comunicação com a população para receber solicitações de fiscalização, uma agenda de visitas aos equipamentos públicos de diferentes áreas, e possibilitou um fluxo de encaminhamento de demandas e retorno de solicitações entre a CMV e a prefeitura.
RECURSO FEDERAL
União irá destinar R$ 4 milhões para obra de Centro Esportivo em Vila Velha O deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) conseguiu garantir R$ 4 milhões para a construção de um Centro de Iniciação do Esporte em Vila Velha. Segundo o parlamentar, o recurso já foi disponibilizado pelo Ministério do Esporte. Lelo e o prefeito Max Filho (PSDB) devem unir esforços para realizar um estudo que, além de verificar as condições do solo do local inicialmente previsto para a edificação da obra, irá definir a estrutura final e o valor da contrapartida que poderá ser alocada pela prefeitura, bem como um primeiro cronograma dos serviços.
gratuidade aos idosos O deputado Hudson Leal (PTN) protocolou na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) o Projeto de Lei (PL) 4/2017, que autoriza as concessionárias de rodovias que operam pedágios a não cobrar a taxa de motoristas com mais de 60 anos e de pessoas com deficiência. A gratuidade terá como objeto o veículo automotor de passeio de propriedade do condutor e por ele guiado mediante apresentação do cartão de idoso já disponibilizado pelos órgãos competentes para estacionamento em vagas demarcadas e documentação do carro. Antes de entrar em votação, o PL precisa ser analisado pelas comissões de Justiça, de Cidadania, de Infraestrutura e de Finanças da Assembleia. 32
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Foto: Agência Senado
PEDÁGIOS
panorâmicas
Foto: Divulgação
Parceria do Editor
Desemprego em alta O desemprego no Brasil atinge cerca de 12,3 milhões de pessoas, o que corresponde a três vezes a população do Espírito Santo. Na avaliação do vice-presidente do Corecon-ES, Eduardo Araújo, o cenário é reflexo da estagnação econômica do país. “Apesar da onda de otimismo com inflação e juros mais baixos esperados para este ano, infelizmente esse quadro não se reverterá em 2017 porque muitas empresas ainda operam com ociosidade”, avaliou Araújo, lembrando que a situação se agravou muito desde dezembro de 2014, quando havia 6,7 milhões de desempregados no Brasil.
PRIORIDADE
Samarco e seus impactos
Anuidade com desconto Atenção, economistas. O Cofecon e o Corecon-ES informam que já foram emitidos os boletos referentes à anuidade de 2017 com vencimento para 31 de março deste ano, no valor de R$ 474,90. Quem pagar de forma antecipada até o dia 28 de fevereiro terá desconto de 5% (R$ 451,16). Também há possibilidade de parcelamento em três vezes.
Capacitação jurídica Diretores e conselheiros do Corecon-ES participaram de uma capacitação jurídica ministrada pela advogada Magda Maria Barreto. No encontro, a especialista abordou os princípios legais de funcionamento de autarquias, procedimentos para atuação de conselheiros, dentre outros pontos importantes. A atividade aconteceu no dia 28 de janeiro.
O Conselho Regional de Economia do Espírito Santo promoveu uma reunião para apresentação do estudo “Impactos da paralisação da Samarco na economia capixaba”, coordenado pelo consultor da Tendência Consultoria, Éric Brasil. O palestrante, que é doutor em Economia pela USP, falou sobre os efeitos diretos e indiretos das atividades produtivas da Samarco relacionados a emprego, renda, arrecadação tributária e PIB capixaba. No encontro, que aconteceu dia 23 de janeiro, participaram conselheiros e membros da diretoria do Corecon-ES. LIDERANÇA
Plenária em Brasília O presidente do Corecon-ES, Victor Nunes Toscano, participou da 676ª Sessão Plenária Ordinária Ampliada do Cofecon, nos dias 3 e 4 de fevereiro, em Brasília. No encontro, conselheiros federais e presidentes dos Conselhos Regionais do país debateram temas relevantes, como a reforma da Previdência Social, o programa de trabalho para 2017, dentre outros. “É importante um evento de integração, que nos permite trocar experiências e conhecer os outros conselhos regionais para facilitar a gestão do nosso conselho”, ressaltou Toscano. radio.esbrasil.com.br •
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carnaval
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luciene araújo
Carnaval: as contas depois da folia
A
Independente de Boa Vista foi a grande campeã do carnaval capixaba este ano. Contando a história do povo cigano, a águia garantiu 179,7 pontos e levou o troféu para Cariacica. Mantendo a tradição, as comemorações após o resultado seguiram pela madrugada. Mas, passada a folia, uma pergunta marca a rotina da Azul e Branco de Itaquari: como pagar as contas? Além da necessidade de reduzir os gastos, as dívidas aumentaram em relação a 2016, relata o presidente da agremiação, Emerson Xumbrega. “Gastamos R$ 740 mil para colocar a escola na avenida este ano. Já conseguimos pagar pouco mais de R$ 550 mil. Mas ainda temos R$ 190 mil de dívidas acumuladas. Somente hoje recebi 14 ligações de uma mesma pessoa e não posso tirar a razão dela”, desafaba. Ele explica que parte dessa dívida será sanada com os recursos distribuídos pela Liga Espírito-Santense das Escolas de Samba (Lieses), que foram arrecadados com a comercialização de ingressos, camarotes e espaços publicitários para o evento, ocorrido em 17 e 18 de fevereiro. “Outro dia alguém me perguntou: mas vocês não ganharam um prêmio por serem campeões? E quando lhe respondi que as vencedoras do primeiro e do segundo lugar do Grupo Especial recebem, respectivamente, R$ 20 mil e R$ 10 mil, e que as do Grupo A ganham R$ 10 mil e R$ 5 mil, a pessoa não acreditou. As escolas que ficam em terceiro lugar não ganham nada.” Mas, para zerar as contas, a escola terá de realizar outros eventos. “Não tem outro jeito a não ser aproveitando o espaço da quadra com festas e shows. Em abril faremos a Feijoada da Vitória, na tentativa de conseguir parcerias com a iniciativa privada e arrecadar algum dinheiro que ajude a diminuir o número de cobradores na porta. Depois, pensar em outras opções.”
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Números DO CARNAVAL NO Brasil Rio de Janeiro
1,1 milhão de turistas
R$ 3 bilhões de renda gerada
R$ 1,4 milhão 5.982.700 para cada escola de samba foliões nos blocos de rua
do Grupo Especial repassado pela prefeitura
São Paulo
95 mil
foliões no Sambódromo do Anhembi
R$ 151 milhões movimentados
Salvador
750 mil turistas
1,6 mil tonelada de resíduos recolhidos
R$ 750 milhões movimentados R$ 50 milhões gastos com a festa – mais de 50% vindos da iniciativa privada
Fonte: Assessorias de comunicação dos governos estaduais e das prefeituras/Exame.com
Foto: Diego Alves Foto: André Sobral
Campeã Boa Vista na avenida
Resultados do carnaval capixaba 2017 Grupo Especial ESCOLA
PONTOS
Independente de Boa Vista Mocidade Unida da Glória (MUG) Unidos da Piedade Novo Império Unidos de Jucutuquara Pega no Samba - Rebaixada para Grupo A
179,7 179,0 178,7 175,6 175,3 171,1
Grupo A ESCOLA
PONTOS
Andaraí - Promovida ao Grupo Especial Imperatriz do Forte Tradição Serrana Chegou o que Faltava Barreiros São Torquato Chega Mais Rosas de Ouro
176,2 175,8 175,2 174,4 173,6 173,0 173,0 141,7
Fonte: Lieses
Xumbrega disse ainda que este ano a escola deverá reforçar algumas ações na tentativa de se organizar melhor, conquistar algum recurso antecipado e garantir o começo dos trabalhos para o desfile de 2018. “Vamos mandar um projeto para a Lei Rouanet e intensificar na comunidade a importância de ajudar a escola, com a compra antecipada de fantasias, em até seis parcelas.” E as dívidas acumuladas durante a preparação não são exclusividade da Boa Vista. Vice-campeã do carnaval, a Mocidade Unida da Glória (179 pontos) também não sabe quanto tempo irá
Foto: Diego Alves
MUG foi a segunda colocada por 0,7 ponto
levar para equilibrar as finanças. “Desde novembro já sabíamos que, se não fizéssemos essas dívidas, o desfile não aconteceria. Está tudo muito lindo, preparamos um grande espetáculo para capixabas e turistas, mas conscientes de que vamos enfrentar uma batalha muito difícil, porque não sabemos de onde conseguir recursos para pagar o restante da dívida com prestadores de serviço que nos atenderam. Gastamos quase R$ 900 mil para fazer um grande carnaval, e as dívidas não são poucas”, alertou o presidente Roberto Ribeiro, o Robertinho da MUG, um dia antes da escola desfilar no Sambão do Povo. Em terceiro lugar ficou a Unidos da Piedade (178,7), que não recebeu prêmio algum. E a Andaraí, escola da comunidade do bairro Santa Martha, na capital, subiu para o Grupo Especial. Fato é que, vencedoras ou não, todas as agremiações têm hoje em comum uma pilha de contas a pagar. Nos últimos cinco anos, o desfile das escolas de samba do Espírito Santo, realizado uma semana antes do carnaval oficial do Brasil, tem atraído cada vez mais foliões capixabas e turistas de diferentes estados. A presença de atores e atrizes famosos no Sambão do Povo e a parceria com compositores renomados como Dudu Nobre e Diogo Nogueira demonstram esse reconhecimento nacional sobre a importância do evento. Este ano, em meio a uma das piores crises de segurança do país, deflagrada com a ausência da Polícia Militar nas ruas do Espírito Santo, agremiações e amantes da folia chegaram a temer que o evento fosse cancelado. “Por causa do momento, o carnaval deste ano teve uma redução de 30% nos recursos em relação ao de 2016. Porém, quanto aos números de empregos diretos nas escolas, houve um acréscimo de 25%, e de 20% nos postos indiretos. O público superou o de 2016, nos dois dias: mais de 55 mil pessoas entre quem desfilou e foi assistir ao grande espetáculo”, detalha o presidente da Lieses, Rogério Sarmento. Ainda segundo ele, a Liga não teve acesso à informação relacionada à quantidade de turistas. “Porém, tivemos muitos ingressos adquiridos em cidades de outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte.” O dirigente reiterou a reclamação dos anos anteriores de que o principal entrave para que o carnaval capixaba atraia ainda mais turistas e divisas para a economia local é o envolvimento maior da iniciativa privada, como ocorre em outros locais. “Quando os empresários entenderem a dimensão do retorno que o carnaval dá para a marca, então teremos um cenário melhor. Temos ainda poucas empresas que prestigiam o nosso carnaval”. radio.esbrasil.com.br •
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Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.
1871 - Dionysio Álvaro Resendo
O
José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae
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nome de Dionysio Álvaro Resendo ganhou repercussão nacional quando foi vítima, com sua esposa, Maria Pinto da Conceição Resendo, e um escravo, de uma tentativa de assassinato em um sítio de sua propriedade. Tinha 40 anos. Escapou ileso e continuou exercendo uma atividade que o levaria a cargos importantes na vida da Província, entre eles – na condição de vice-presidente – o mais alto estamento político-administrativo com a exoneração do presidente Luiz Antônio Fernandes Pinheiro (01/09/1868 a 08/06/1969). Seu nome esteve sempre presente na História da Província entre os anos de 1829 e fins de 1870. Foi o primeiro titular da Secretaria de Governo, criada em esbrasil •
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3 de janeiro de 1833, posto que voltou a ocupar por força de Carta Imperial de 29 de junho de 1840. Foi eleito 15 vezes deputado provincial, nas legislaturas de 1835, 1836/37, 1838, 1840, 1842, 1848, 1850, 1854, 1856/57, 1860, 1862/63, 1870, 1872, 1874 e 1876. Na primeira vez em que se candidatou, obteve 42 votos, o sétimo mais votado. Dionysio Álvaro Resendo, nascido no dia 19 de outubro de 1799, continuou sua ascendente trajetória na vida do Espírito Santo, voltando a ocupar a administração da Província com o pedido de licença do titular do cargo, Antônio Dias Paes Leme (17/09/1869 a 13/08/1870). Retornou à direção da Província por duas vezes, no dia 28 de maio de 1863 e em 1870, substituindo
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José Fernandes da Costa Pereira Junior. Em l873, foi nomeado do o osen teir io R Mon ionís imo R. D inspetor-geral da Instrução Pública, tendo se aposentado em 26 s rôn e axia s J C . o e i d Av lác uque Pa R. D de novembro de 1870, nos termos da Lei 9/70. ro Palácio ed .P R el Paralelamente à sua ativa participação nos negóciosAnchieta da Isab cesa Prin administração pública, ele, que era oficial maior militar, abriu stor Gomes Av. e espaços para o exercício de ações beneficentes, tendo sidoR. N io Palác ta escolhido provedor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia ie h c An para o período 17 de julho de 1841 a julho de 1842. Participe da coluna enviando sugestões para Foi um dos fundadores da Loja Maçônica “União e Progresso”, enderecodahistoria@revistaesbrasil.com.br em 1872. Faleceu no dia 24 de junho de 1881, aos 81 anos de idade, com registro de óbito em documento da Mitra Diocesana de Vitória – Igreja Nossa Senhora da Vitória/Catedral, nº 1446, folhas 169 – v., do período de 1870 – 1883. Mais fotos na galeria do site: Cavaleiro da Ordem de Christo, Dionysio Álvaro Resendo foi www.esbrasil.com.br/oenderecodahistoria sepultado no cemitério da Irmandade do Sacramento. (Copidesque: Rubens Pontes)
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Conteúdo Especial - Parceria do Editor
Família S/a Relevância
Grande importância no pib do brasil
A força das empresas familiares O que empresas como Cargill, nos Estados Unidos, Samsung, na Coreia do Sul, BMW, na Alemanha e Gerdau, no Brasil, têm em comum? Além de serem grandes corporações em seus países, todas avançaram com base em uma forte identidade familiar. Os empreendimentos familiares são o motor da economia mundial e, acredite, apresentam indicadores de performance e crescimento melhores do que os não familiares. Isso ocorre porque a família, como proprietária, tem maior compromisso com o desenvolvimento de longo prazo e com a transmissão do negócio às gerações seguintes. Um exemplo desse compromisso é a maior propensão dessas empresas em reinvestir os lucros em detrimento da distribuição de dividendos. Além disso, os negócios familiares são criados e se desenvolvem a partir dos valores do fundador, que costumam pautar a produção e a relação com os stakeholders (clientes, fornecedores, empregados, comunidade). Por outro lado, a mesma fonte de resiliência é um obstáculo à sustentabilidade ao longo das gerações. Com efeito, 30% sobrevivem à transição para a segunda geração e apenas 5% passam da terceira. Essa estatística pode ser atribuída à complexidade de sua governança, com a inclusão da variável família e toda a carga emocional nela envolvida. Outros fatores a serem considerados são a informalidade e a pouca disposição em estabelecer práticas e procedimentos de negócios, que acabam gerando ineficiências e conflitos internos. Compreender uma empresa familiar requer o conhecimento dos três sistemas que a constituem (família, propriedade e gestão) e das relações e dos pontos de interseção entre eles. Além disso, é preciso considerar que cada um desses sistemas muda com o ciclo de vida da empresa, do estágio do fundador para o da sociedade de irmãos e deste para a fase do consórcio de primos. Portanto, podemos dizer que o grande desafio de uma empresa familiar é a perpetuação do negócio, através do fortalecimento dos laços afetivos e da preservação dos valores da família. A riqueza de uma família empresária consiste no capital humano e intelectual de seus membros, na relação entre eles e na forma com que o capital financeiro é utilizado, pois esta é a ferramenta que os sustenta e os faz crescer. A coluna “Família S/A” estreia nesta edição e nela abordaremos, mensalmente, diversos aspectos importantes na vida de uma empresa familiar e de uma família empresária. Trataremos de temas como sucessão, coesão familiar, conflitos, governança da família, preservação do patrimônio familiar, desenvolvimento dos herdeiros e sócios, profissionalização e muitos outros assuntos. Acompanhe-nos nesta jornada! Adriano Salvi Conselheiro de administração certificado pelo IBGC, professor convidado da Fundação Dom Cabral e sócio da Vix Partners Governança Corporativa
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Danielle Quintanilha Merhi Psicanalista, especialista em empresas familiares, professora convidada da Fundação Dom Cabral e sócia da Vix Partners Governança Corporativa
Empresas familiares respondem por 62% do PIB brasileiro e pela geração de mais de 60% dos empregos formais. Pesquisa realizada pela KPMG em 2016 atestou que, para 99% desses empreendimentos, os temas mais importantes para o sucesso do negócio são a separação dos interesses do negócio e da família e uma governança estruturada.
História
Entre as mais antigas companhias do mundo A história do capitalismo pode ser contada pelas lentes da família. O setor bancário se desenvolveu a partir dos Rotschild; a indústria automobilística surgiu e cresceu graças aos Ford. Algumas das companhias mais antigas do mundo são familiares até hoje, como o resort japonês Hoshi Ryokan, de 718, ou a vinícola toscanesa Antinori, de 1385.
Laços
Fortalecer os laços familiares “Em uma empresa familiar, as relações pessoais e profissionais estão intimamente ligadas. A forma com que os membros da família se relacionam será possivelmente reproduzida no ambiente organizacional. Cuidar dos laços familiares é investir na continuidade do negócio através das gerações.” Do Livro “Famílias Empresárias... Vamos Dialogar?”, de autoria da psicanalista Danielle Quintanilha Merhi, editado pela Qualitymark.
Adilson Neves Coach executivo, consultor, escritor e palestrante
gestão
gestão
Fidelização de Clientes: Encantar dá lucro Encantar o cliente é uma decisão de gestão estratégica
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estratégico investir em fidelizar a que precisam criar uma experiência única sua clientela. Eu estive nos Estados em cada visitante. Unidos em 2015 para fazer um Quem garante geração de valor e sustencurso de negociação e relações inter- tabilidade da marca é o cliente. Isso é fato. nacionais e, dentre as visitas técnicas, Nunca me esqueço de que quando escrevi fomos conhecer o complexo Disney, em meu primeiro livro sobre Qualidade o Orlando, na Flórida. Sem dúvidas, é uma Atendimento, ainda na década de 1990, fiz aula de competência em encantar e fide- questão de colocar a famosa frase de Sam lizar os clientes, não apenas nos parques, Walton, fundador do Walmart: “Só existe um mas também em todas as variáveis do chefe, o cliente. E ele pode demitir todas as ambiente idealizado por Walt Disney. pessoas da empresa, do presidente do conselho Posso dizer, sem medo de errar, de que há até o faxineiro, simplesmente levando o uma brisa de encandinheiro para gastar tamento que paira em outro lugar.” O jeito Disney nos parques Epcot, Cliente é patriHollywood Studios, mônio do negócio. envolve clientes e Animal Kindgom, Ele precisa estar Blizzard B each e satisfeito, encantado colaboradores na tarefa Ma g i c K i n g d o m . e fidelizado porque de encantar. Sem contar a Disney é mais barato S p r i n g s . Tu d o é Eles sabem que precisam manter um cliente pensado e executado do que conquistar criar uma experiência com maestria para um novo. Sab e surpreender o cliente, única em cada visitante” aquilo que todos mas muito além das concordam, mas suas expectativas poucos executam naturais. Cada MV – Momento de Verdade nas empresas? Esse é o caso. é expressivo e detalhista e alcança a emoção É uma decisão empresarial que precisa das pessoas. Há uma intencional atenção ser implantada, acompanhada e pereniaos detalhes e uma alta capacidade de gerar zada. E há um componente fundamental: segurança aos visitantes. A Disney funciona as pessoas. 24 horas para que tudo funcione a contento. Quem entendeu isso anda na frente, É perceptível que os colaboradores são porque, assim como eu, os clientes gostam treinados para encantar crianças e adultos de ser bem atendidos e surpreendidos. com o jeito Disney, com a cultura da A fidelidade é consequência. empresa e com ingredientes como engajaSe você ainda não está investindo nisso, mento, cordialidade e alegria. Eles sabem mude sua estratégia.
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e você gosta de conhecer lugares com muitas belezas naturais e elevado potencial turístico, a dica é o Circuito Turístico Falésias e Lagunas, em Marataízes, um dos balneários mais conhecidos da região sul do Espírito Santo. Com 25 km de litoral, distante 127 km de Vitória, o município é considerado privilegiado em relação ao restante do país no que diz respeito ao número de lagoas, que podem ser visitadas em apenas um dia. Uma das mais famosas é a Lagoa do Siri, situada a apenas 9 km da sede. Além de contar com águas calmas, é separada do mar por uma estreita faixa de areia, sendo ideal para quem pratica esportes náuticos e pesca de arremesso. A região possui ainda grande estrutura de bares, restaurantes e área de lazer, além de receber diversas atrações artísticas no período de alta temporada. Menos conhecida, a Praia das Falésias é um diferencial no circuito. Como o próprio nome sugere, o local conta com falésias que lhe dão um ar paradisíaco. Aliás, falésias monumentais também marcam a paisagem da praia e da lagoa de Boa Vista, que oferecem ao turista a opção de se banhar ora na água doce, ora na água salgada, visto que lagoa e mar são separados por uma pequena distância. O mesmo acontece na Lagoa do Micinho, situada mais ao norte do município,
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que por não ser tão badalada, conserva um certo ar bucólico. Na Lagoa Caculucagem, os visitantes contemplam uma das mais belas vistas panorâmicas, às margens da Rodovia do Sol. No interior do município, há lagoas que estão começando a ser aproveitadas para projetos controlados de piscicultura e irrigação. Outras que completam o cenário paradisíaco do balneário são: Lagoa Dantas, Lagoa Funda, Lagoa Encantada, Lagoa da Lagoinha, Lagoa das Pitas, Lagoa do Cedro, Lagoa do Mangue, Lagoa da Tiririca, entre aquelas de menor extensão pelo interior. Outro diferencial para quem decidir conhecer as belezas do circuito é a cozinha caiçara, com destaque para o abacaxi, a mandioca, o açúcar mascavo e os frutos do mar. Por ser o principal polo de pescado de lagosta, lula e polvo do Espírito Santo, esses atrativos culinários merecem atenção especial. No município também estão difundidos diversos pratos típicos da cozinha mineira, principalmente para quem gosta de um bom aperitivo, com ampla variedade de tira-gostos e iguarias como dobradinha, pernil com farofa, coração de boi recheado e torresmo. Marataízes recebe ainda diversos eventos ligados à gastronomia, como o Festival da Lagosta, o Festival de Inverno e a Festa do Abacaxi.
Foto: Divlugação
Marataízes: Cenário paradisíaco em meio a falésias e lagoas
Gastronomia Referência no sul do Estado, o Restaurante Cia do Peixe oferece cardápio sofisticado, estrutura aconchegante e o melhor da culinária local. Os pratos podem ser apreciados de frente para o mar, com destaque para o ambiente externo, que conta com coqueiros, piso de areia e decorações, ampliando a sensação de estar na praia. Entre os mais pedidos estão moqueca cia do peixe, moqueca de camarão VG, lagosta a moda, risoto de camarão com lagosta grelhada, filé de peixe a belle meuniere, filé de peixe da casa, bacalhau do porto, lasanha de camarão e talharim com camarão ao catupiry. Aprecie ainda a ampla opção de vinhos portugueses e diferentes tipos de uísque.
RESTAURANTE CIA DO PEIXE Onde fica: Av. Atlântica, nº 1800, no Centro de Marataízes Telefone: (28) 3532-2530 / 99950-8935 Funcionamento: diariamente, das 11h às 23h Vitória-ES ES-060
Tempo de viagem 2h30min
Guarapari
Piúma
Marataízes Veja mais fotos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br
gastronomia
REDE BRISTOL SEDIA festas de aniversários Tendência em diversos países da Europa e também nos Estados Unidos, as festas em hotéis também estão sendo realizadas cada vez mais por brasileiros. E a novidade já chegou ao Espírito Santo, pelo menos entre as crianças. Buscando inovar e surpreender seus amigos, o público capixaba vem trocando as casas e cerimoniais infantis por suítes ou espaços de eventos de hotéis. Em janeiro, por exemplo, a suíte cobertura duplex do Bristol Diamond Suites, em Vitória, foi o espaço escolhido para a festa de aniversário de uma criança de 8 anos, com o tema “noite do pijama”. A escolha partiu da mãe, que enxergou a festa no hotel como a oportunidade de oferecer uma experiência diferente e intimista, além de contar com o conforto e a comodidade dos serviços da estrutura da hotelaria, podem proporcionar, como a área de lazer, itens de banho e serviço de limpeza. “A infraestrutura e a comodidade dos hotéis, o atendimento personalizado e tudo isso aliado ao custo-benefício têm feito com que as pessoas apostem na novidade e vivam experiências inéditas e incríveis”, afirmou a assessora de marketing da rede Bristol de Hotéis, Ariany Sá do Carmo.
Point para quem é fã de rock’n’roll A combinação de música, bar e restaurante dá o tom do By Rock, espaço gastronômico que fica na Rua Celso Calmon, na Praia do Canto, em Vitória. O rock’n’roll, gênero musical que surgiu nos Estados Unidos no final da década de 1940, é o tema da decoração dos ambientes do espaço, marcada por caricaturas de grandes nomes do rock, luminárias em formato de microfone, painel de guitarras e uma chopeira em formato de saxofone. No restaurante, você encontra os melhores cortes da raça angus ou inglesas, além de starters deliciosos para acompanhar um chope. O cardápio possui ainda opções exclusivas para o almoço, servido de terça a domingo, das 11h30 às 15h30.
Primeira Growler Station do Estado é inaugurada Desde o mês de janeiro, o Espírito Santo passou a contar com sua primeira growler station, a Fresh Beer, especializada em cervejas artesanais. Trata-se de uma estação de cerveja fresca, que permite ao consumidor adquirir chope para beber em casa. O growler é um garrafão próprio para transportar e conservar as propriedades da bebida, sendo ainda uma forma sustentável de colaborar com a diminuição de resíduos. A Fresh Beer fica no Masterplace Mall, na Reta da Penha, em Vitória, e possui parceria com três cervejarias: KingBier, Barba Ruiva e KrugBier. A régua de degustação com seis tipos de cerveja com 100 ml cada custa R$ 23,90. Se você quiser adquirir seu próprio growler, a casa vende cada um por R$ 59,90 (comporta dois litros de cerveja) ou a garrava de vidro por R$ 14,90 (o litro).
MENU ES BRASIL Lúcio Dalla Bernardina, presidente do Sindifer e diretor superintendente da Metalosa
“Costumo optar por locais aconchegantes e que possuam uma boa recepção. Nesse sentido, o Piu Especiarias, localizado no Shopping Day by Day (Praia do Canto, Vitória), é uma opção que harmoniza esses dois ingredientes, além dos seus excelentes pratos. Eu gosto muito de massas e lá é servido um tagliatelle com frango desossado e grelhado, que é sensacional. O proprietário também faz a diferença, pois acaba fidelizando seus clientes com um atendimento personalizado. Recomendo.”
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Foto: Divulgação
Convenção de tatuagem no Espírito Santo
Uma série de atrações marcará a sexta Expo Tattoo Vitória, que em suas últimas cinco edições reuniu mais de 50 mil pessoas e 1.300 tatuadores. A programação contará com concurso de tatuagem, batalha de MCs, apresentações culturais de dança, concurso Miss Tattoo, moda, bandas e um encontro de foodtrucks e bikes. Serão 66 estandes, reunindo mais de 300 tatuadores das mais diversas partes do Brasil e do mundo, no Centro de Convenções de Vitória.
mulheres
Salto agulha é inimigo da coluna Uma pesquisa realizada pela empresa Pés sem Dor com mais de 1.800 mulheres de todo o país constatou: o salto agulha é o preferido do público feminino. Entretanto, trata-se do pior tipo de salto para a coluna, podendo ocasionar diversos problemas, garante o cirurgião Lourimar Tolêdo (foto), responsável pelo Serviço de Cirurgia da Coluna Vertebral da equipe de ortopedia do Hospital Metropolitano (Serra). Segundo o médico, esse tipo de estrutura altera a maneira de andar por gerar perda da estabilidade, afetando a coluna e toda a estrutura que suporta o peso da pessoa, implicando ainda risco de torções e quedas. “Os ombros são forçados para trás, e a cabeça, para frente, o que prejudica o pescoço e a região lombar”, explica. Para quem usa esses calçados todos os dias para trabalhar, por exemplo, a recomendação é praticar exercícios, fazer alongamentos diários e adotar uma postura correta, com costas eretas, evitando dores nas costas.
encontro
Show reúne Beth Carvalho e Jorge Aragão O cancelamento do show que Beth Carvalho realizaria em Vitória em 11 de fevereiro acabou gerando uma oportunidade única para os amantes do samba. É que a apresentação da cantora foi remarcada para 11 de março, na área de eventos do Shopping Vila Velha, na mesma data em que acontecerá o show de Jorge Aragão. Dessa forma, será possível apreciar os maiores sucessos de dois dos maiores nomes da música brasileira, no mesmo dia. Beth subirá ao palco às 20h, e Jorge Aragão, às 22h.
OPORTUNIDADE
Oficinas gratuitas em Vila Velha A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Vila Velha, em parceria com o curso de Artes Cênicas da UVV, está promovendo no Teatro Municipal de Vila Velha, no centro da cidade, oficinas teatrais gratuitas. As aulas estão sendo ministradas por alunos de licenciatura da universidade, orientados pela professora Rejane Arruda Re e acompanhados pelo ator e diretor Anderson Lima. As oficinas programadas são: “Improvisação para Adultos”, dia 9 de março, das 14h às 18h; “Performance para Adultos”, dia 20 de abril, das 14h às 18h; “Iluminação para Ator”, dia 11 de maio, das 14h às 18h; e, “Construção de Cena e Entendendo Direção para Ator”, dia 22 de junho, das 14h às 18h. Mais informações pelo telefone (27) 3382-4217. capacitação
Qualificar a gestão cultural para o fortalecimento dos sistemas municipais nessa área. Esse é o principal objetivo do curso de Extensão e Aperfeiçoamento em Gestão Pública da Cultura, que será oferecido no Espírito Santo pelo Ministério da Cultura (MinC), por meio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (Facto). No Estado, o projeto vai contemplar gratuitamente 200 pessoas de todas as cidades, sendo duas turmas de 100 vagas, uma a cada semestre. O conteúdo busca desenvolver o conhecimento, a reflexão crítica e competências específicas de membros integrantes de Conselhos Estaduais e Municipais de Cultura, bem como de secretários e gestores das três esferas do governo. 42
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Foto: Vera Donato
Instituições qualificam gestores culturais
test drive Fotos: Divulgação
Touring HarleyDavidson Novos modelos da marca já podem ser encontrados em Vitória
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ais potência, conforto e controle. Essas são algumas das qualidades dos modelos Touring da HarleyDavidson que vêm com novas suspensões e com o novo Milwaukee-Eight, um dos lançamentos mais importantes da história da H-D. As novidades da linha 2017 (Road King Classic, Street Glide Special e Ultra Limited) já se encontram disponíveis na Vitória Harley-Davidson, na Enseada do Suá, em Vitória, com preços a partir de R$ 74.900,00. O nono motor da história da marca é um projeto criado do zero e que combina o visual clássico, o som e a sensação dos motores Harley-Davidson Big Twin. “O novo MilwaukeeEight carrega a herança dos motores Big Twin produzidos pela marca. Embora as características tenham sido mantidas, trata-se de um novo motor, com melhor desempenho e durabilidade e novo estilo, criado para atender às solicitações dos clientes”, acrescenta o chefe de Engenharia Mecânica da Harley-Davidson, Alex Bozmoski. O Milwaukee-Eight produz até 10% a mais de torque, se comparado com modelos anteriores, além de apresentar cabeçotes de quatro válvulas que oferecem 50% a mais de fluxo de admissão e escapamento. Por ser contrabalanceada, a nova motorização reduz em 75% a vibração em marcha lenta, o que proporciona a sensação clássica de um Harley-Davidson V-Twin. Os modelos 2017 da família Touring apresentam ainda novas suspensões que ajudam a melhorar o controle e o desempenho das motocicletas. Os novos amortecedores
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Harley-Davidson Linhas: Road King Classic, Street Glide Special e Ultra Limited Destaque: sistema de áudio BOOM!™ Box 6.5 GT, novo Milwaukee-Eight™, novas suspensões, freios Reflex Linked Brembo® com ABS entre outros
traseiros pressurizados, oferecem de 15% a 30% mais ajustes de pré-carga do que os antigos amortecedores, com um único manípulo de ajuste. No modelo Road King Classic os aficionados por motocicletas irão encontrar um estilo despojado e nostálgico que combina perfeitamente com o desempenho e a versatilidade de uma moderna Harley-Davidson Touring. Ele conta com pneus de faixa branca, alforjes, amortecedores de emulsão traseiros e cobertura do banco com revestimento em vinil. Já o Street Glide Special vem com o sistema de informação e entretenimento top de linha, com tela touchscreen de 6,5 polegadas, ABS padrão, GPS integrado e sistema de áudio Boom! Box 6.5 GT. A versão Ultra Limited apresenta as inconfundíveis carenagem Batwing e ventilação Splitstream, que fornecem fluxo de ar otimizado e menor vibração na cabeça. O sistema touchscreen de informação e entretenimento e o Boom! Box 6.5 GT Premium também permitem com que o motociclista e o garupa possam rodar ao som da trilha sonora que desejarem. Outros destaques ficam por conta do controle de velocidade eletrônico cruise control, freios Reflex Linked Brembo com ABS, faróis duplos dianteiros Daymaker LED, Tour-Pak – para guardar o capacete do motociclista e o do garupa – bagageiro e alforjes. “Essas são as mais poderosas, ágeis e confortáveis motocicletas Touring já oferecidas pela Harley-Davidson. O visual inconfundível, o som e a sensação de pilotagem das motocicletas dessa família farão o piloto subir às alturas com as melhorias que realizamos este ano”, revela Scott Miller, vice-presidente de Design e Estratégia de Desenvolvimento de Produto da Harley-Davidson.
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Produção de motos cresce em janeiro Assim como os carros e os caminhões, a produção de motos no Brasil apresentou um crescimento no mês de janeiro, quando foram produzidas 81.646 motocicletas, 7,5% a mais do que o mesmo período do ano anterior, segundo dados da associação das montadoras, a Abraciclo. De acordo com a entidade, a alta foi motivada pelo fim das férias coletivas nas fábricas: em dezembro, com as folgas de fim de ano, apenas 32.814 motos saíram das linhas de produção. Apesar do avanço, as vendas continuam em baixa, apresentando uma redução de 14,2% em comparação com janeiro de 2016. “O que se verifica no momento ainda é um ritmo lento na comercialização, com os consumidores tendo dificuldades para obter financiamento e as redes de concessionárias buscando formas variadas para viabilizarem os negócios”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
A Mini anunciou recentemente a chegada do Cooper Seven ao Brasil, modelo que vem com pintura exclusiva de proposta clássica e bom pacote de equipamentos, saindo por R$ 149.950. Disponível apenas com carroceria de três portas, o veículo pode ser adquirido nas cores branco, preto e verde, além de um azul exclusivo, batizado de Lapisluxury. Entre os atrativos, destacam-se os faróis full led com acendimento automático, sensor de chuva, direção elétrica, central multimídia e seletor de modo de direção (normal, esportivo e econômico). O veículo vem ainda com um motor 2.0 turbo de 192 cv acompanhado do câmbio automático de seis marchas.
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Mini Cooper Seven chega ao país por R$ 149.950
JAC confirma T40 ainda neste semestre
Volkswagen atinge marca de 3,5 milhões de veículos exportados A Volkswagen do Brasil alcançou a marca de 3,5 milhões de veículos exportados desde os primeiros embarques para outros países, em 1970. Somente no ano passado, foram enviadas 107.322 unidades para 17 mercados, fazendo com que a montadora se tornasse a líder em exportação de automóveis não só em 2016, como também em toda a história do setor no país. O Gol foi o modelo da marca mais exportado no ano passado, acumulando 49.911 unidades, à frente do Up (20.318), do Voyage (17.512) e do Saveiro (12.443). A Argentina foi o país que mais importou carros da Volks feitos no Brasil, com 57.555 unidades embarcadas no último ano. Foto: Rodolfo Divulgação
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Prometido há quase dois anos, o JAC T40 será lançado no mês de junho no país. Mesmo sendo tratado como um SUV pela fabricante chinesa, o modelo está mais para um compacto aventureiro, a exemplo do Renault Sandero Stepway e do Volkswagen CrossFox. O JAC T40 tem 4,14m de comprimento e vem com rodas aro 17’’, para-choques estilizados e suspensão elevada. O conjunto mecânico será o mesmo do T5: motor 1.5 16V VVT Jet Flex de 127cv com câmbio manual de seis marchas. A princípio, o T5 terá exclusividade sobre o câmbio CVT.
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MAIS E MELHOR
O PODER DO AGORA Eckhart Tolle
cd
Beatles’ 68 – Box com 5 CDs Vários intérpretes, Novodisc Midia
Em março, chega às lojas o projeto que celebra os 40 anos do “Álbum Branco” dos Beatles. Esta trilogia reúne 94 faixas gravadas por grandes artistas brasileiros, como Zé Ramalho, Paulo Ricardo, Lobão, Fagner, Isabella Taviani, Cachorro Grande, Autoramas, entre outros. As produções exclusivas revisitam o lendário disco duplo de 1968, além de uma série de faixas extras que compõem o universo de composições, lançamentos e raridades da banda naquele ano.
“Boa parte das pessoas imagina que a vida é uma linha reta, que vai do nascimento até a morte. O autor argumenta que nossa maneira de se identificar com o passado e antecipar o futuro é extremamente equivocada. A conexão com o momento presente é a opção que ele oferece para uma vida equilibrada e com mais tranquilidade, paz, harmonia e sabedoria.” Gislene Ataíde, coach e palestrante
dvd/BLURAY
A HEAD FULL OF DREAMS
MINHA MÃE É UMA PEÇA 2 César Rodrigues, Paris Filmes
Couldplay
A produção mais rentável do cinema nacional, que até 15 de fevereiro já havia arrecadado mais de R$ 118 milhões em bilheteria, chega ao mercado de home video em março pela Paris Filmes. Rica e apresentadora de um bem-sucedido programa de TV, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) tem que enfrentar a síndrome do ninho vazio, depois que seus filhos saem de casa. Para complicar mais, ela precisa lidar com uma irmã que mora em Nova York.
“Sou uma grande fã de toda a sonografia do Couldplay, mas este álbum lançado em 2015 é especial porque foi a trilha sonora de uma viagem que fiz com meu noivo pela Alemanha. Este disco vem com uma proposta diferente dos anteriores, mas a banda consegue manter sua identidade em todas as músicas.” Monique Mansur, assessora de Marketing da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac)
LIVRO
ANTES DE CASAR Bárbara Machado, independente
Catarina é uma mulher jovem que tem tudo planejado: o casamento perfeito, o homem ideal e uma vida adulta e independente. Porém, tudo muda subitamente e ela precisa se redescobrir como indivíduo, percebendo os altos e baixos da transição da juventude para a vida adulta. Nesta comédia romântica genuinamente capixaba, além de boas gargalhadas, o leitor vai reconhecer diversos cenários, que vão da Rua da Lama ao Clube Álvares Cabral. Séries e filmes
SANTA CLARITA DIET – 1ª TEMPORADA Victor Fresco, Netflix
A estrela do cinema Drew Barrymore faz sua estreia em séries com “Santa Clarita Diet”, produção do Netflix que já disponibilizou todos os 10 episódios de sua 1ª temporada. Com muito humor negro e escatológico, a trama acompanha a vida da dona de casa Sheila (Barrymore, foto) e de seu marido, Joel (Timothy Elephant, foto), dois corretores de imóveis da cidade de Santa Clarita, na Califórnia. Depois de um incidente, ela se torna uma espécie de “zumbi” e passa a consumir carne humana. 46
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CAMINHOS DA FLORESTA Rob Marshal “O filme mistura realidade com personagens de contos de fada, como Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e Rapunzel, que precisam cumprir diversos objetivos para combater a maldade após o feitiço de uma bruxa. É um tipo e produção que se assemelha aos meus trabalhos no teatro, agregando uma nova roupagem às histórias clássicas.” José Celso Cavalieri, produtor e diretor
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essas MULHERES
Andrea Monteiro
essasmulheres@revistaesbrasil.com.br
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sta é uma coluna dedicada às mulheres. Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!
No ES não foi diferente
Acho que estamos reativos demais
“Eu estava na estação com o turbante toda linda, me sentindo diva. E eu comecei a reparar que tinha bastante mulheres negras, lindas aliás, que tavam me olhando torto, tipo “olha lá a branquinha se apropriando dá nossa cultura”, enfim, veio uma falar comigo e dizer que eu não deveria usar turbante porque eu era branca. Tirei o turbante e falei ‘tá vendo essa careca, isso se chama câncer, então eu uso o que eu quero! Adeus. Peguei e saí e ela ficou com cara de tacho. E sinceramente, não vejo qual o PROBLEMA dessa nossa sociedade hein, meu Deus!” (Tahuane Cordeiro, fevereiro de 2017). Ok. Você pode ter ouvido e lido várias matérias sobre a polêmica do turbante. Ok. Você pode, também, nem saber do que se trata, uma vez que a velocidade e o volume de informações e polêmicas, principalmente quando têm origem nas redes sociais, são tamanhos que muitas vezes não conseguimos acompanhar tudo. Mas fato é que mais uma vez voltou à cena uma questão que já teve amplo espaço em discussões: a apropriação cultural. Segundo o professor, produtor cultural e ativista negro, Bruno Leon Martins “a partir do momento em que a classe dominante começa a utilizar a cultura de um determinado grupo social, como se fosse pertencente a ela, isso é apropriação cultural”. Nesse caso, uma jovem branca fazendo uso de um acessório representativo e símbolo da cultura afrodescendente estaria dentro desse conceito. Ah, vale um parêntese: comprei, ano passado, um tecido maravilhoso numa feira internacional de artesanato, e a vendedora, uma negra de Moçambique, fez questão de amarrá-lo em mim, seguindo a sua tradição. Depois de ler entrevistas, um sem número de postagens do Facebook, assistir a vídeos no YouTube e testemunhos no Instagram, fiquei daqui a pensar nisso tudo. Não me sai da cabeça uma questão que ultrapassa o problema apresentado: vi discursos prós e contras; alguns, extremamente hostis. E sabe o que a mim parece? Que, muito mais do que apropriação cultural, vivemos, muitos de nós, o contrário. Vivemos um distanciamento do sentimento de coletividade, de pertencimento social. Vale mais o meu do que o de nós todos. Essa separação e, ao mesmo tempo, esse individualismo são mais graves, gente. Não quero perder a fé no homem. A gente pode se unir, em vez de se apropriar ou se distanciar. Não pode? Para mais informações sobre a coluna, acesse o site www.esbrasil.com.br/essasmulheres
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O Espírito Santo viveu neste mês de fevereiro uma das mais tristes crises sociais (com prejuízos institucionais e econômicos incalculáveis, ainda), com o protesto protagonizado por mulheres de policiais militares. Mulheres. Poucas, conseguiram movimentar o país, roubar a cena e dividir, mais uma vez a opinião pública. Tinha começado como um movimento lícito, com apoio, até mesmo, de outras camadas da sociedade. Mas perdeu o rumo, perdeu o foco. E fez do Estado, e da instituição Polícia, piada nacional. Em meio a tudo que a nós chegava, por meio da mídia ou de redes sociais, acompanhamos cenas típicas de filmes de apocalipse. Entre boatos e fatos reais, imensos textos de opinião, carregados de discursos de repúdio à opinião alheia, carregados de julgamento. Mais uma vez, o que se viu foi uma grande onda de intolerância, uma demonstração clara de que muitos estão mais preocupados em ter a opinião mais curtida ou compartilhada. Mais uma vez, o ter ou demonstrar algum valor se sobrepondo ao ser. E, quase como consequência natural, há desvio do foco do problema. Pra mim, justiça daqui, causa nobre dali, constatar que o respeito ao direito de ir e vir e que o limite para a violência é a presença de uma força armada é de cortar o coração. E pede mudança comportamental. Se não para nós, para os nossos. Há tempo.
Neste mês, como sempre: “Ser civilizado significa ser capaz de reconhecer plenamente a humanidade dos outros, mesmo que tenham rostos e hábitos diferentes doa nossos”. Tzvetan Todorov (1939-2017)
luiz fernando leitão tiragosto@revistaesbrasil.com.br
pratos do dia O Segredo da Dinamarca Hellen Russell
Satisfação Garantida Tony Hsieh
CES 2017
moquequinhas • Mais de R$ 2 bilhões de prejuízo. • Comerciantes que foram saqueados vão fechar suas lojas de rua. •A solidariedade da coluna com a organização da Vitória Stone Fair. • E squeceram a febre amarela. • Até o Convento? • Saudades de 2016.
As Armas da Persuasão Robert Cialdini
Foto: Divulgação
Já é tradição, todo início de ano a coluna destaca novidades e curiosidades da CES, maior feira de tecnologia do mundo, que acontece em Las Vegas (EUA). Para 2017, as apostas são em telas grandes, como os laptops com três telas e o projetor de imersão total para games Ariana continuam com força. A internet das coisas também se mantém como tendência, eletrodomésticos, casas e até alimentadores inteligentes para gatos, tudo deverá estar ligado na rede. As assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon, impressionaram. Também não faltaram esquisitices, como a Spartan, uma marca de roupa íntima “inteligente” que pretende proteger os genitais de seus consumidores da radiação emitida pelos smartphones.
Dependência
cardápio de assuntos • O doido do Trump. • O ES parou.
A tecnologia está nos transformando em dependentes “químicos”. É isso que afirma Larry Rosen, professor do Laboratório de Pesquisa da Cognição da California State University, no livro “iDisorder – Understanding Our Obsession with Technology and Overcoming Its Hold on Us”, no qual aponta uma série de causas e consequências do apego extremo aos produtos hi-tech. “Quanto maior a mobilidade e a capacidade de armazenamento de dados por parte do aparelho, maior a tendência para desenvolver dependência.” Essa condição de dependência não estaria restrita ao uso de equipamrntos portáteis e é maior nas pessoas mais jovens. As causas para tamanho apego são sociais. “As pessoas estão cada vez mais solitárias. O grupo de pessoas solteiras, separadas, sozinhas, aumentou muito nos últimos tempos”.
• O cel da Marcela. • A Lava Jato. • A blindagem do Moreira.
“Ficar em casa quietinho.” Qualquer cidadão da Grande Vitória
• O FGTS.
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dica do chef
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a saideira!
A população em cárcere privado e os políticos, de todos os lados, tentando tirar proveito da situação... Lamentável!!!