MUSEU VALE Uma viagem no tempo e nas artes
PORTO DE VITÓRIA A dragagem vai resolver o quê?
Nº 133 • R$ 10,50 • www.esbrasil.com.br
IMPRESSO
ELEIÇÕES VOCÊ É O FISCAL?
APÓS OS RECENTES ACONTECIMENTOS NA POLÍTICA, ESTAMOS CONSCIENTES DE QUE VOTAR BEM FARÁ TODA A DIFERENÇA EM NOSSA CIDADE, EM NOSSO BOLSO?
F-PACE Luxo e potência marcam primeiro SUV da Jaguar
ESB PERGUNTA Comunicação pública: educar dá resultado
PANAMÁ País estratégico ao comércio e à logística internacional
SUMÁRIO
CAPA
8 Foto: Divulgação
A proximidade dos pleitos municipais liga o alerta vermelho contra a corrupção quando o assunto é a fiscalização de irregularidades ao longo do processo. O eleitor pode e deve fazer toda a diferença durante e após a campanha ao denunciar as irregularidades que presenciar.
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Portos
Há décadas, o aprofundamento do canal de acesso do Porto de Vitória é apresentado como principal solução contra a perda de cargas. Mas será mesmo que a dragagem irá permitir avanço suficiente para elevar a movimentação em 40%? Há quem discorde dessa estatística.
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America Latina
Foto: Biberbaer
Às margens do Caribe, entre as Américas do Sul e do Norte, está localizado o Panamá, país que concentra o maior entroncamento aéreo de passageiros e o principal polo financeiro da América Latina. Confira peculiaridades econômicas desse importante centro logístico do comércio mundial.
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Periscópio
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Agenda
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O Endereço da História
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Gastronomia
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Essas Mulheres
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Modus Vivendi
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Tira-Gosto
ARTIGOS 22
O emprego depende de nós
Aonde Ir
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Visual encantador, mostra de arte, supermaquete da Estrada de Ferro Vitória a Minas e um restaurante para lá de bucólico são algumas das atrações que você encontra no Museu Vale durante uma viagem pelo tempo.
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ESB Pergunta
A superintendente estadual de Comunicação, Andréia Lopes, explica a estratégia de reforçar valores essenciais à coletividade harmônica, adotada por meio de campanhas – entre elas #amoroes, #CompartilheOBem e Rua Coletiva – que têm conquistado o capixaba. @esbrasil •
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Palhares
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Luiz Fernando
Schettino
Competitividade, sustentabilidade e ética
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Eustáquio Direta já!
Foto: Divulgação
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Joao Luiz Vassalo
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Test Drive
Fique por dentro das novidades do Jaguar F-Pace, o primeiro SUV da marca britânica de veículos de luxo, que chega ao Espírito Santo em setembro.
EDITORIAL
T
rinta e um de agosto de 2016, 13h35. O Senado define, por 61 votos a 20, pelo impeachment da agora ex-presidente Dilma Rousseff. Registro que faço no dia de fechamento desta edição, com a esperança de que essa mudança resulte em melhores cenários para a nação. No próximo número de ES Brasil, traremos uma matéria especial com os desdobramentos do tema. Mais uma eleição se aproxima e, com ela, a responsabilidade de escolher os gestores municipais pelos próximos quatro anos. Um compromisso e tanto, afinal, o futuro do país depende dos próprios brasileiros. Podemos batalhar por melhorias por meio do voto consciente. Transformações que começam a se tornar possíveis no período eleitoral, com a fiscalização de irregularidades nas campanhas. A minirreforma intensificou as restrições e a fiscalização por parte dos órgãos competentes, que disponibilizam ferramentas de denúncias. Se você está em busca de uma nova política, que tal fazer a sua parte? O fim da corrupção também depende de suas decisões. A ES Brasil deste mês traz ainda uma reportagem sobre as obras de dragagem e derrocagem do Porto de Vitória, que prometem resolver parte dos entraves relacionados ao comércio exterior. Uma “novela” iniciada no final dos anos 1990 e que se estende até hoje, deixando dúvidas no ar. Será que as obras irão aumentar a competitividade do Espírito Santo diante de outros estados, como vem sendo anunciado? Como ficarão as condições de navegabilidade no canal de acesso? Não deixe de conferir as respostas para essas e outras perguntas em nossa reportagem. Mesmo pequeno, o Panamá possui grande relevância geográfica para o comércio internacional. O país abriga um dos principais centros logísticos do mundo e o maior hub aéreo da América Latina graças ao Canal do Panamá, que impacta diretamente as transações entre a Ásia e a América do Sul. A relação do Brasil – e por consequência do Espírito Santo – com essa economia também é positiva, o que proporciona bons negócios e um melhor ingresso em ambos os mercados. No ESB Pergunta, conversamos com a superintendente de Comunicação do Governo do Estado, Andréia Lopes, sobre ações e campanhas que vêm sendo desenvolvidas pelo Executivo e que tem como foco o lado social. Um trabalho que busca atuar em parceria com toda a sociedade. A coluna “Test Drive” deste mês destaca as novidades do Jaguar F-Pace, primeiro SUV da marca britânica de veículos de luxo. A máquina chega ao Estado em setembro, em três versões, para apresentar o que há de melhor em tecnologia, agilidade e alto desempenho. Vale a pena conferir. Já a seção “Aonde Ir” leva o leitor ao Museu Vale, em Vila Velha, que oferece uma linda visão da Baía de Vitória, exposição permanente sobre a história da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), além de mostras temporárias, seminários e oficinas de arte. Você confere ainda nesta edição outros conteúdos imperdíveis, com os principais acontecimentos que marcaram o mês no Espírito Santo e no país e as tradicionais colunas “Gastronomia”, “Estilo”, “Periscópio” e “Gestão”. Boa leitura!
ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.
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Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas
EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Elisângela Egert Apoio Produção Natália Bonine Textos Luciene Araújo e Yasmin Vilhena Edição de Arte Fábio Barbosa e Thiara Nascimento Colaboraram nesta edição Eustáquio Palhares, Joao Luiz Vassalo Reis e Luiz Fernando Schettino Fotografia Jackson Gonçalves, Leonel Albuquerque, fotos cedidas e arquivos Next Editorial
PUBLICIDADE Gerentes de Contas Beatriz Lopes de Souza e Eliézer Gomes Apoio Comercial Marcela Vidigal da Costa (27) 2123-6506 - publicidade@nexteditorial.com.br
CIRCULAÇÃO Gerente de Circulação Aline Rezende Assinatura e números anteriores: (27) 2123-6520 98147-3333 Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h
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Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil esbrasil.com.br
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OPINIÃO DO LEITOR
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“O interessante da ES Brasil é que ela traz sempre visões diferenciadas de questões muito importantes para as áreas de economia e negócios.”
“Além das matérias grandes, também sou fã da coluna ‘Aonde Ir’, que dá dicas de lugares para visitar no Espírito Santo. Os textos são ótimos e ricos em curiosidades.”
Daniela Rocha, corretora de imóveis
Ana Paula Silva, estudante de Marketing
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POLÍTICA
YASMIN VILHENA
O FIM DA CORRUPÇÃO TAMBÉM DEPENDE DE VOCÊ COM O APRIMORAMENTO DOS MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO E MAIOR CONHECIMENTO DAS LEIS, BRASILEIROS PODEM RESGUARDAR A LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES E A IGUALDADE DE DISPUTA ENTRE TODOS OS CANDIDATOS
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ais de 144 milhões de eleitores de todo o país – dentre eles 2.716.371 do Espírito Santo – irão às urnas no dia 2 de outubro para escolher prefeitos e vereadores de todos os municípios brasileiros. Uma quantidade bastante significativa que pode influenciar no rumo da gestão das cidades por meio do voto consciente. Depois de tantas manifestações políticas e discussões nas redes sociais, sobre quais partidos são corruptos ou não, ou até mesmo sobre o que vem sendo feito em termos de investimentos, chegou a hora de a população fazer a diferença na busca por mudanças
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positivas. Essas transformações também podem começar a ser lapidadas já na fase de campanha dos candidatos, com a fiscalização de possíveis irregularidades ao longo do processo eleitoral, que neste ano se tornou ainda mais rigoroso depois da aprovação da sua minirreforma (Lei no 13.165/2015). Foram definidas, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diversas alterações nas regras. No próprio campo da propaganda, por exemplo, as normas determinaram a diminuição da dimensão das placas, de dois metros quadrados (m² ) para 0,5 m²; a padronização dos adesivos, também em 0,5 m² (que ainda
FIQUE ATENTO AS IRREGULARIDADES MAIS COMUNS I nscrição fraudulenta de eleitores ropaganda eleitoral irregular 2 P 1
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D errame ou chuva de santinhos no dia das eleições U so da máquina administrativa
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“ Boca de urna” Doações ilegais para a campanha
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liciamento do eleitor (compra de votos) A
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Descrição: 1
O eleitor inscreve-se em dois municípios ao mesmo tempo ou transfere o título para outra localidade apenas para votar em determinado candidato, utilizando documentos falsos ou mediante o recebimento de alguma vantagem.
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Ocorre em duas situações: a) quando é feita antes do dia 16 de agosto do ano das eleições, segundo a Lei nº 9.504/97; b) quando, após essa data, a propaganda desobedece às normas proibitivas. Por exemplo, carro de som próximo a hospitais e prédios públicos.
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Ocorre normalmente na véspera das eleições mediante o espalhamento proposital de grande material de propaganda pelas vias públicas.
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É a utilização de bens ou serviços públicos para fins de campanha eleitoral fora das exceções previstas em lei.
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É a propaganda realizada no dia das eleições nas proximidades das seções de votação.
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Toda doação a candidato deve ser feita mediante recibo e deve obedecer a determinados limites fixados pela Lei nº 9.504/97. O candidato apenas pode utilizar recursos repassados pelo partido, recursos próprios ou doações de pessoas físicas. Quem doa acima do limite permitido também efetua doação ilegal.
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É a oferta, promessa ou entrega de bem (dinheiro, material de construção, reforma de estradas, doação de combustível, cestas básicas) ou vantagem (promessa de emprego, favorecimento comercial, atendimento médico), com o objetivo de obter o voto do eleitor.
Fonte: Ministério Público Federal
podem ser colados no vidro traseiro do carro, desde que estejam perfurados); e a proibição da plotagem total no veículo. Isso sem contar com o fim das doações de empresas, o que deve tornar o pleito ainda mais democrático. “Além de modificações nos prazos para as convenções e filiações partidárias e no tempo de campanha eleitoral, que foi reduzido, está vetado o financiamento eleitoral por pessoas jurídicas. Na prática, isso significa que as campanhas deste ano serão financiadas exclusivamente por doações de pessoas físicas e pelos recursos do Fundo Partidário. Nessa perspectiva, a Justiça Eleitoral vem aperfeiçoando os seus mecanismos de controle, não se limitando à análise apenas das declarações prestadas pelos candidatos, contando com a colaboração de outras instituições públicas, como as Receitas Federal e estaduais, que compartilharão suas informações para evitar que sejam usados CPFs irregulares ou inválidos e que gastos realizados sejam omitidos das prestações de contas apresentadas pelos candidatos”, avalia o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES), Sérgio Gama.
Mas, com tantas mudanças feitas em busca de uma disputa mais democrática, como o eleitor pode fazer a sua parte para que as exigências sejam cumpridas, por parte dos candidatos e dos partidos? Ser um agente fiscalizador de possíveis corrupções já é um bom (e importante) começo.
DIREITOS E DEVERES A luta pelo combate à corrupção nunca esteve tão em voga em nosso país. Uma história que teve início com as manifestações populares de 2013, feitas pelo Movimento Passe Livre (MPL), que foram às ruas para reclamar do aumento das passagens de ônibus e metrô na cidade de São Paulo. A forte opressão por parte da polícia, além de ganhar destaque na mídia nacional, também conquistou a atenção da população, que se queixava não somente da qualidade do transporte público, mas também da falta de investimentos nas áreas de saúde, segurança e educação, em detrimento de outros repasses de verbas que até então estavam sendo feitos para a realização da Copa do Mundo no Brasil. radio.esbrasil.com.br •
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Foto: Lula Marques/Fotos Públicas
“O de 2013 teve ao menos três fases, com a primeira pautada pelo chamado Movimento Passe Livre. A repressão duríssima às manifestações do MPL atraiu a solidariedade de outras pessoas que nada tinham a ver com o movimento, e que também estavam insatisfeitas com várias outras coisas, gerando assim uma segunda fase. Já a terceira etapa foi marcada pelo esgarçamento das pautas. Ali, passou-se a falar de tudo um pouco. Os anos de 2014 e 2015 apenas aprofundaram esse processo, com duas coisas peculiares. De um lado, especialmente por causa da Lava Jato, a pauta foi se reduzindo à questão da corrupção. De outro, em virtude de um acumulo de insatisfação – infundada ou não –, essa agenda passou a ser associada não aos políticos em geral, mas a alguns deles: aqueles do partido do Governo, PT. O que vimos no início de 2016 foi o epílogo disso tudo”, destaca o cientista político Vitor de Angelo. Toda essa mobilização ajudou a estimular a consciência patriótica dos brasileiros, que foram às ruas para exigir e lutar pelo fim da corrupção. E mesmo sendo reeleita presidente da República em 2014, Dilma Rousseff viu sua popularidade cair junto à boa parte dos cidadãos, principalmente por conta de escândalos envolvendo o seu Governo e da crise político-econômica que aos poucos foi se instaurando no país. Situações que, entre outros fatores, foram determinantes para o impeachment da petista. Mas mesmo que as “maracutaias” estejam sendo cada vez mais denunciadas e divulgadas pela mídia nacional e pelas redes sociais, o pós-doutor em Filosofia Política Aloísio Krohling acredita que muitas coisas ainda precisam mudar. “Falta uma identidade nacional, o que impacta significativamente no amor à pátria, e por consequência na corrupção, que está no dia a dia do brasileiro. Precisamos ter uma consciência crítica maior para sairmos dessa semicidadania”, avalia. O sociólogo Erly dos Anjos afirma que o processo de construção da cidadania deve ser feito de forma gradativa. Para ele, o Brasil está passando por uma fase de transformações significativas que ainda trarão bons frutos. “Temos que encontrar novas formas de mediação e de diálogo, principalmente dentro das escolas.
MUDANÇAS COM A MINIRREFORMA Fim da doação de empresas: Apenas pessoas físicas poderão fazer doações a candidatos e partidos, limitadas ao total de rendimentos tributáveis do ano anterior. Gastos menores: Candidatos a prefeito só poderão gastar 70% do maior valor contratado no pleito anterior, se houve apenas um turno. Onde houve dois turnos, o limite será de 50%. No caso de vereador, o teto será de 70%. Campanha - Rádio e TV: • Propagandas partidárias em cadeia nacional e estadual terão 5 min. cada para os partidos com até nove deputados federais e 10 min. para as legendas maiores, além de 10 e 20 min. em inserções de 30 segundos, respectivamente. • Podem funcionar, das 8 às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nas sedes dos partidos e de candidatos ou em veículos. • Liberadas a realização de comícios e a utilização de aparelhagem de sonorização fixa das 8 às 24 horas, podendo o horário ser prorrogado por mais duas horas no comício de encerramento de campanha. • Permitida a propaganda eleitoral na internet, vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda paga. • Autorizadas, até as 22 horas do dia 1º de outubro, distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som divulgando jingles ou mensagens de candidatos. Silêncio: Carros de som, minitrios, trios elétricos, alto-falantes e amplificadores de som só podem ser utilizados em comícios, carreatas e outros eventos organizados. Voto em trânsito: Os cidadãos que estiverem fora das cidades no dia da eleição poderão votar em urnas especiais. Fonte: TSE
Em vez de repetirmos o que foi feito no passado, podemos criar outras formas de influência na sociedade. O patriotismo e a ética precisam ser repensados dentro das transformações que estão acontecendo agora. Não estamos perdidos ainda”, analisa.
“A denúncia pode ser anônima, e o denunciante pode encaminhar, em tempo real, fotos, áudio e vídeo que fundamentem suas alegações, através de computador ou de telefone celular” - Sérgio Gama, presidente do TRE-ES
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FERRAMENTAS CONTRA A CORRUPÇÃO Para combater a corrupção na política, nada melhor do que “colocar a mão na massa” com a fiscalização e o voto consciente. O brasileiro que deseja exercer o seu papel de cidadão pode usufruir de diversos mecanismos atualmente, como o Pardal do TRE-ES. A inovação, criada para as eleições de 2012 e que se
tornou referência em todo o país, até o fim da primeira quinzena de agosto recebeu 953 denúncias, sendo a maior parte delas originárias dos municípios da Grande Vitória. O sistema pode ser acessado no site do TRE e por meio de seu aplicativo na Apple Store (iOS) e Google Play (Android). “A denúncia pode ser anônima, e o denunciante pode encaminhar, em tempo real, fotos, áudio e vídeo que fundamentem suas alegações, através de computador ou de telefone celular. Recebida a denúncia, ela é encaminhada para o Ministério Público Eleitoral e para o juiz eleitoral competente ao mesmo tempo, podendo estes adotar as providências cabíveis, seja através do poder de polícia que tem o juiz eleitoral, seja oferecendo representação que compete ao Ministério Público”, acrescenta o presidente do TRE-ES. O Ministério Público Eleitoral, uma cooperação dos ministérios públicos Estadual (MPES) e Federal (MPF), também vem exercendo um papel importante em busca de uma concorrência democrática. “O Ministério Público é um órgão desinteressado no resultado, isto é, ele vai atuar para que seja observada a legislação. Zelamos por três princípios fundamentais que formam a disputa: o primeiro deles é a igualdade de oportunidades entre os candidatos; o segundo, eu diria que é a moralidade para o exercício do cargo, que se manifesta no período de candidatura com a Lei da Ficha Limpa; já o terceiro princípio é a lisura do pleito, que abrange uma série de entendimentos, mas que é basicamente a defesa do sistema democrático contra a corrupção eleitoral e o abuso dos poderes políticos, econômicos e dos meios de comunicação. Lembrando que para contribuir com o nosso trabalho, as pessoas devem ser bem detalhistas em relação às denúncias; elas devem se colocar no lugar do investigador para saber o que é necessário para dar o ponto de partida. Quanto mais claras elas forem, melhor”, opina Francisco Martinez Berdeal, promotor de Justiça e dirigente do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Cael) do MPES. Outra frente pode ser vista no SAC MPF, aplicativo que foi lançado em abril deste ano, e que, além de aproximar a população do órgão, também possibilita com que sejam feitas
“Para contribuir com o nosso trabalho, as pessoas devem ser bem detalhistas em relação às denúncias. Elas devem se colocar no lugar do investigador para saber o que é necessário para dar o ponto de partida. Quanto mais claras elas forem, melhor” - Francisco Martinez Berdeal, promotor de Justiça e dirigente do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Cael) do MPES
denúncias ligadas ao período eleitoral. O aplicativo, disponível em smartphones iOS e Android, deverá impactar positivamente na atuação do Ministério Público Eleitoral, ampliando os instrumentos de fiscalização de irregularidades e fortalecendo os canais de controle social e participação do cidadão. Mas para que de fato isso ocorra, o procurador regional eleitoral no Espírito Santo, Carlos Vinicius Cabeleira, destaca a importância de o brasileiro evitar a participação em qualquer espécie de corrupção durante o período. “A fiscalização do respeito às regras das eleições é um dever de todos, mas antes de ser fiscalizador da conduta dos outros (candidatos e partidos), o próprio cidadão tem que ter um compromisso firme de não participar de qualquer espécie de corrupção ou fraude eleitoral, não vendendo o seu voto e não aceitando prestar serviço fora do que está declarado. Essa é a principal colaboração que o cidadão pode dar, de não participar de nenhuma irregularidade”, disse Cabeleira. “Além de não participar dessas fraudes, o cidadão também deve ajudar as autoridades a combater esses atos ilícitos, em prol de eleições mais justas, que tenham mais igualdade de competição”, acrescenta o procurador. Dentre as irregularidades mais frequentes que podem ser denunciadas estão propaganda irregular, chuva de “santinhos” no dia da votação, uso da máquina administrativa, boca de urna, doações ilegais ao longo da campanha e aliciamento do eleitor, conhecido popularmente como compra de votos. No entanto, para que as denúncias sejam feitas, o advogado eleitoral Marcelo Nunes afirma que é preciso que a população tenha conhecimento sobre o que pode ou não, ainda mais se tratando de uma “briga” com tantas restrições como essa. “O grande problema é que muitas pessoas não sabem o que é certo ou errado, essa é a primeira grande dificuldade. De qualquer forma, temos mecanismos de fácil acesso, através da internet e de aplicativos no celular, onde é possível fotografar e encaminhar. A partir daí será feita uma triagem para ver se radio.esbrasil.com.br •
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aquela conduta é permitida ou não. Um bom exemplo do que não pode é a fixação de propagandas em bens de uso comum (particulares e de livre acesso), como padarias, supermercados e igrejas. Nos bens públicos como táxis, bancas de jornal e ônibus, também não é possível fazer esse tipo de propaganda. Nas vias públicas, hoje, só são permitidos dois tipos de propaganda, que seriam as mesas para distribuir panfletos as bandeiras de até 0,5 m². Qualquer outro tipo de propaganda está proibida, como cavalete e placas de um modo geral. Estas últimas, podendo ser somente fixadas em bens particulares”, detalha. Outra orientação dada por Marcelo Nunes em relação às novas regras, desta vez direcionada aos candidatos, é referente à prestação de contas, fator extremamente importante. “Mesmo arrecadando e gastando de forma correta, é preciso ficar muito atento à prestação de contas. Teve um caso na última eleição em que o candidato fez tudo certo, mas na hora de prestar contas acabou errando. Com isso, teve que devolver mais de R$ 100 mil do Fundo Partidário, que é um dinheiro público. É bom ter um bom contador para que erros como esse não aconteçam”, informa.
VOTANDO COM CONSCIÊNCIA A disputa promete ser acirrada no dia 2 de outubro em todo o Estado, que conta com 271 candidatos a prefeito e mais de 9.600 a vereador, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. E pelo visto, para conquistar a confiança dos capixabas, será preciso muito mais do que promessas, afinal, a escolaridade das 2.716.371 pessoas aptas no Espírito Santo a ir às urnas aumentou nos últimos oito anos, o que impacta significativamente o senso crítico e o nível de exigência. Dados do TSE mostram que o número de votantes com ensino fundamental incompleto caiu (de 34,51% para 29,64%), assim como o total de analfabetos, que em 2008 correspondia a 5,47% e que neste ano representa 4,31%. Já a quantidade dos que concluíram
“A fiscalização do respeito às regras das eleições é um dever de todos, mas antes de ser fiscalizador da conduta dos outros (candidatos e partidos), o próprio cidadão tem que ter um compromisso firme de não participar de qualquer espécie de corrupção ou fraude eleitoral” Carlos Vinicius Cabeleira, procurador regional eleitoral no Espírito Santo
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“O grande problema é que muitas pessoas não sabem o que é certo ou errado, essa é a primeira grande dificuldade” Marcelo Nunes, advogado eleitoral
o nível médio teve elevação: de 14,13% em 2008 para 20,44% em 2016. O ensino superior registrou alta de 123% no mesmo período. Em 2008, 3,14% dos eleitores capixabas tinham completado a faculdade; atualmente esse percentual chega a 7,02%. De acordo com o promotor de Justiça Francisco Martinez, as restrições impostas pela minirreforma, principalmente no campo da propaganda, poderão fazer com que os candidatos tenham que se renovar ainda mais. “Hoje existe certa limitação no rádio e na televisão e, por conta disso, o candidato vai ter que ter mais conteúdo. Aparentemente, ele vai ter que conversar mais com as pessoas, usando mais argumentos e mostrando mais substância do que uma mera fotografia ou um efeito especial”, opina. Para Vitor de Angelo, a renovação nos poderes da esfera municipal promete ser expressiva, sobretudo no Executivo. “Isso, em grande medida, porque o mandato 2013-2016 foi penoso para muitos prefeitos. Vários não conseguiram cumprir suas promessas. Outros tantos estão mal avaliados. É muito difícil ser reeleito nesse contexto”, comenta. Quanto ao aumento de abstenção e de votos nulos e brancos, o cientista político afirma que, sim, esta é uma possibilidade. “Porém, devemos notar que esse percentual já era elevado nas eleições anteriores, com algo superior a 25% em muitas cidades, como Vitória. Logicamente, numa democracia representativa, se você não vota e se outros que pensam como você também não, então não é possível fazer uma maioria que permita mudar as coisas tal como você quer”, acrescenta Vitor. Além do voto consciente, Francisco Martinez frisa a importância de haver uma sintonia entre os discursos pregados pelos eleitores e os seus comportamentos no dia a dia. “Toda essa catarse que está havendo em relação à corrupção é muito boa, pois vai mudar a consciência ética das pessoas. Não basta ter só uma opinião sobre as coisas, é preciso aplicá-la na prática. Do que adianta reivindicar algo se você pratica pequenas corrupções no seu dia a dia? Esta, com certeza, é uma reflexão interessante para a evolução da sociedade”, finaliza.
CANDIDATOS E COLIGAÇÕES PARA AS ELEIÇÕES 2016 NAS PRINCIPAIS CIDADES DA GRANDE VITÓRIA CARIACICA
VILA VELHA
Prefeito: Adilson Avelina (PSB) Vice: Nilson Teixeira (PSB) Sem coligação Partido: PSB
Prefeito: Alan Cláudio Melo (PRTB) Vice: Wradmir Vieira (PRTB) Sem coligação Partido: PRTB
Prefeito: Juninho (PPS) Vice: Nilton Basílio Teixeira (PSDB) Coligação: Força para Seguir em Frente Partidos: PPS / PSDB / PMN / PR / PHS / PP / PDT / PRTB / PROS / PMB / PV / PEN
Prefeito: Liu Katrini (PSOL) Vice: Papagaio (PSOL) Sem coligação Partido: PSOL
Prefeito: Marcelo Santos (PMDB) Vice: Paulo César Gomes (PSC) Coligação: Cariacica Levada a Sério Partidos: PMDB / DEM / PSC / PRP / PTB / PSL / PT do B / PRB Prefeito: Marcos Bruno (REDE) Vice: Manoel Rodrigues da Vitória (Rede) Coligação: Renova Cariacica Partidos: PT / Rede/ PSDC / PTN / PC do B SERRA Prefeito: Audifax Barcelos (Rede) Vice: Márcia Lamas (PSB) Coligação: Pra Serra Seguir em Frente Partidos: Rede / PMDB / PTC / PSDC / PC do B / PHS / PTN / PV / PPS / PSB / PP Prefeito: Gideão Svensson (PR) Vice: Márcia do Dim Dom (PRTB) Coligação: A Serra que Nós Queremos Partidos: PR e PRTB Prefeito: Givaldo Vieira (PT) Vice: Silvio Teixeira (PMB) Coligação: Um Novo Caminho pra Serra Partidos: PT e PMB Prefeito: José Nicodemus Venturini (PPL) Vice: Cantora Zenilda (PPL) Sem coligação Partido: PPL Prefeito: Sérgio Vidigal (PDT) Vice: Vandinho Leite (PSDB) Coligação: Frente Popular Renasce a Esperança Partido: PDT / PTB / PRB / PSL / PSC / DEM / PMN / PRP / PSDB / PEN / PSD / PT do B / SD / PROS VIANA Prefeito: Gilson Daniel (PV) Vice: Mazinho Zucoloto (PMDB) Coligação: Todos Juntos para Avançar nas Mudanças Partido: PRB / PP / PT / PMDB / PSL / REDE / PTN / PSC / PPS / DEM / PSDC / PHS / PMN / PTC / PSB / PV / PRP / PEN / PSD / SD / PROS Prefeito: Moisés de Souza (PMB) Vice: Tia Zilma (PMB) Sem coligação Partido: PMB Prefeito: Nina (PDT) Vice: Brito do Gás (PDT) Coligação: Viana para os Vianenses Partido: PDT / PR / PC do B / PSDB / PT do B
Prefeito: Max Filho (PSDB) Vice: Jorge Carreta (PSDB) Coligação: Vila Velha nas Mãos do Povo Partido: PSDB e PR Prefeito: Neucimar Fraga (PSD) Vice: Andinho Almeida (PV) Coligação: Por Amor a Vila Velha Partido: PSD / PV / PROS / PT do B / PHS / PMN / PSC / PC do B / PP Prefeito: Rafael Favatto (PEN) Vice: Junior Bola (PSB) Coligação: Vila Velha Para Todos Partido: PDT / PPS / PSB / PEN / PTB / PTC Prefeito: Rodney Miranda (DEM) Vice: Giuliano Nader (PMDB) Coligação: Vila Velha da Honestidade Partido: SD / PRP / DEM / PMB / PSL / PTN / REDE / PRB / PMDB / PSDC Prefeito: Vasco Alves (PPL) Vice: José Márcio Martins (PT) Coligação: Frente Vila Velha de Participação Popular Partido: PPL e PT VITÓRIA Prefeito: Amaro Neto (SD) Vice: Roberto Carneiro (PDT) Coligação: Uma Nova História para Vitória Partido: SD / PDT / DEM / PRTB / PSD / PMB / PTC / PR / PTN / PT do B Prefeito: André Moreira (PSOL) Vice: Brice Bragato (PSOL) Sem coligação Partido: PSOL Prefeito: Lelo Coimbra (PMDB) Vice: Wesley Goggi (PSDB) Coligação: Vitória Precisa de Todos Nós Partido: PMDB / PSDB / PTB / PSC / PMN / PRP / PSL Prefeito: Luciano Rezende (PPS) Vice: Sérgio Sá (PSB) Coligação: Para Vitória Continuar em Boas Mãos Partido: PPS / PSDC / PC do B / Rede / PHS / PP / PV / PSB / PROS / PRB / PPL / PEN () Prefeito: Perly Cipriano (PT) Vice: Isabel Lima (PT) Sem coligação Partido: PT • Relação de candidatos em ordem alfabética
Fonte: Dados e imagens do TSE
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Quando eu gritava com a geração passada, eles se sentiam estimulados em me provar que eram capazes. Esse time não, se eu passar a tensão pra eles, eles absorvem, ficam nervosos e não respondem bem” Bernardinho, técnico da seleção brasileira de vôlei masculino, sobre a forma com que cada equipe, grupo ou pessoa respondem a um determinado estímulo
Periscópio A PC Sistema desenvolveu a solução Inteligência Geográfica: uma ferramenta que une geo-localização à big data, para que distribuidores conheçam e trabalhem de forma mais efetiva os clientes, potenciais ou ativos, de sua região de atuação. O novo software, que será comercializado como serviço na nuvem, reúne dados de senso socioeconômico, demográfico e do CNPJ de 30 fontes diferentes, como IBGE e juntas comerciais, em uma base unificada, onde as informações são cruzadas e filtradas e as menos relevantes, descartadas. Outros benefícios para o usuário são o acompanhamento de todo o histórico dos clientes atuais, como quando foi sua última compra; o acompanhamento, em tempo real, da operação da equipe de vendas; e a possibilidade de adequar a agenda dos vendedores e entregadores, de forma a evitar visitas desconexas, que aumentam o custo de toda a operação.
EMPRESÁRIOS DO SETOR DE ROCHAS VISITAM PORTO DO AÇU Uma comitiva de 30 empresários do Sul do Estado esteve no Porto do Açu, em São João da Barra, no norte fluminense, para conhecer detalhes das operações em andamento. A visita, realizada no dia 9 de agosto, teve como objetivo conhecer a estrutura local, que pode atender o setor de rochas capixabas. No Porto do Açu o escoamento poderá ser realizado pelo Terminal Multicargas (T-MULT), que conta com 500 metros de cais, aproximadamente 200 mil metros quadrados de área alfandegada e dois guindastes MHCs com capacidade de içamento de 100 toneladas e alcance de lança de 46 metros. Autorizado a operar com granéis sólidos, carga de projetos e contêineres, o empreendimento já movimenta bauxita produzida pela Votorantim, em Miraí (MG). “Hoje exportamos pelo Porto de Santos e por Vitória. O Açu é mais próximo a Cachoeiro, facilitando a logística e eliminando alguns gargalos do setor”, pontuou Tales Machado, presidente do Sindirochas. 14
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Foto: Landerson Viana
NOVA TECNOLOGIA DE INTELIGÊNCIA GEOGRÁFICA É LANÇADA
SOLENIDADE
NOVA DIRETORIA DO SINDAMARES TOMA POSSE O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Espírito Santo (Sindamares) realizou no dia 5 de agosto um jantar em comemoração à nova gestão de sua diretoria, no cerimonial Prime Hall, em Vitória. Os atuais dirigentes – Sergio Bonelle (presidente), Paulo Cesar Alves (vice-presidente), Demian Sarcinelli (diretor tesoureiro) e João Bella Rosa (diretor secretário) – se mantiveram nos cargos, sendo empossados e eleitos para comandar a entidade por mais três anos. No evento, o presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Waldemar Rocha Junior, também assumiu o mandato para mais três anos à frente da instituição. A solenidade contou com a participação de diversas autoridades, como o presidente da Associação dos Operadores Portuários do Espírito Santo (Aopes), Nilo Martins. Representando a Marinha, também compareceram o capitão de mar e guerra da Capitania dos Portos do Estado, Luis Eduardo Soares Fragozo, e o comandante da Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo, Fabio Casaes Passos, entre outros convidados. REPASSE
MUNICÍPIOS RECEBERAM MENOS ICMS EM 2015 As cidades capixabas receberam R$ 2,36 bilhões provenientes da quota-parte do ICMS em 2015, valor que representa uma queda de 3,3% se comparado a 2014, quando os municípios tiveram em seus cofres um total de R$ 2,44 bilhões, atualizados pelo IPCA. Os dados são do anuário Finanças dos Munícipios Capixabas, da Aequus Consultoria. A maior perda no último ano foi sentida por Vitória (foto), da ordem de R$ 67,2 milhões, pois, além da retração geral das transferências, apresentou um forte recuo de seu IPM (Índice de Participação do Município na distribuição do ICMS). As transferências de ICMS para a capital passaram de R$ 426,5 milhões, em 2014, para R$ 359,3 milhões, em 2015. Os municípios de Anchieta (menos R$ 28,4 milhões) e Cariacica (menos R$ 13,4 milhões) também sofreram expressivos baques quanto ao tributo. O anuário apontou ainda que 45% das cidades mantiveram ou obtiveram aumento de ICMS, com destaques para Serra (acréscimo de R$ 14,7 milhões), Marataízes (R$ 11,7 milhões) e Viana (R$ 5 milhões) devido ao crescimento de seus índices de participação (IPM).
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Foto: Prefeitura de Viana
GERAÇÃO Y
Foto: Divulgação
MILLENNIALS ESTÃO MAIS PESSIMISTAS COM A CRISE
Um estudo realizado no país pela multinacional inglesa dunnhumby, com jovens consumidores entre 25 e 35 anos, revela que 93% dos entrevistados se sentem afetados pela crise econômica brasileira; 65% estão vendo a situação – que envolve a primeira crise real plenamente vivida por essa geração – de forma pessimista; e 89% pretendem cortar gastos no próximo semestre. De acordo com o levantamento, a contenção de despesas vai se concentrar em extremos: 81% irão desembolsar menos com lazer e entretenimento e 77% farão o mesmo com utilidades básicas, como água e luz. As categorias em que a intenção de corte é menos expressiva são compras de supermercado, bens duráveis e viagens. Ainda sobre a reação desses jovens à crise, 70% declaram ter passado a fazer mais pesquisas de preço em 2016 do que faziam em 2015. COMUNICAÇÃO II
SISTEMA OCB-SESCOOP/ES LANÇA MAIS UMA EDIÇÃO DO PRÊMIO DE JORNALISMO Foi realizado no dia 24 de agosto o brunch de lançamento da 10ª edição do Prêmio de Jornalismo Cooperativista do Espírito Santo, evento promovido pelo Sistema OCB-Sescoop/ ES, no Prime Hall, em Vitória, que contou com a presença de profissionais da área, além de patrocinadores/apoiadores e coordenadores de cursos de Jornalismo. A premiação deste ano ocorrerá em 9 de dezembro, data que serão anunciados os vencedores das categorias Telejornalismo, Cinegrafia, Fotojornalismo, Webjornalismo, Impresso, Radiojornalismo, além de outras duas especiais, Voto Popular e Estudante. O primeiro lugar receberá R$ 6.500; o 2º lugar, R$ 4.600; e o 3º colocado, R$ 3.100. Os vencedores em “Voto Popular” e “Estudante” serão contemplados com R$ 6.500 e R$ 3.100, respectivamente. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site www.premiodejornalismo.coop.br. EMPREGO -10.340
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BRASIL PERDEU 91 MIL POSTOS FORMAIS DE TRABALHO EM JUNHO
MAIORES PERDAS
Foram fechadas no mês de junho 91.032 vagas de São Paulo empregos formais no país, segundo dados do Cadastro Rio de Janeiro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho no dia 27 de Rio Grande do Sul julho. O setor de serviços apresentou a maior queda, Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego com corte de 42.678 postos. Em seguida aparecem os segmentos da indústria da transformação (-42.678) e da construção civil e do comércio, com o encerramento de 28.149 e 26.787 vagas, respectivamente. O emprego formal teve resultado positivo somente em oito unidades da Federação no mês de junho: em Minas Gerais (4.567), Goiás (3.369), Mato Grosso (2.589), Acre (191), Piauí (101), Amapá (54), Mato Grosso do Sul (35) e Maranhão (17). No Espírito Santo, a perda foi de 6.428 vagas.
APLICATIVO PROMETE REFORÇAR A SEGURANÇA EM VIANA Para otimizar o trabalho do Centro Integrado de Videomonitoramento (CIM) de Viana e contribuir com a segurança pública do município, foi lançado no mês de julho o aplicativo “Sentinela”, que se encontra disponível para smartphones com o sistema operacional Android. A ferramenta irá possibilitar ao cidadão que estiver nas áreas monitoradas pelas câmeras, seja vítima ou seja informante de qualquer ato delituoso/criminoso, acionar o CIM, relatando o delito e a localização exata da denúncia. “É importante enfatizar que o aplicativo será uma ferramenta de interação com o cidadão, oferecendo um canal de comunicação para denúncias de ações criminosas nas áreas videomonitoradas no município. O uso do aplicativo não exclui o registro de ocorrências pelo telefone 190”, explica o secretário de Defesa Social do município, Ledir Porto. Assim como em Viana, as cidades de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica também contam com aplicativos on-line para aproximar as prefeituras do cidadão.
PARCERIA DA FORTLEV GARANTE EXPANSÃO DO PROJETO TAMAR O apoio a projetos e instituições que realizam trabalhos sociais e ambientais vem se tornando cada vez mais presente na história da Fortlev. Desta vez, a empresa está contribuindo com o Centro de Visitantes do Projeto Tamar, em Vitória, organização atuante na proteção das tartarugas marinhas que recebeu quatro reservatórios modelo Fortplus, com capacidade de 15 mil litros cada. Segundo a bióloga e gestora do Centro de Visitantes da Fundação Protamar, Denise de Borba Rieth, a entidade, em breve, finalizará a construção de um novo tanque, com visores e túnel, que permitirá ao público uma maior interação com os animais. “Os produtos doados pela Fortlev irão auxiliar na captação e na reservação da água que abastecerá o espaço em construção”, explica. O tanque Fortplus se diferencia por sua tampa de um quarto de volta, com vedação total, que impede a entrada de sujeira e de insetos e garante ainda mais a conservação da água.
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AGENDA Foto: Governo do Estado
Foto: Erly Nunes Machado
07 A 16 DE OUTUBRO
38ª FESTA DA POLENTA Shows de dança, atrações musicais e comidas típicas fazem parte da programação da 38ª edição da Festa da Polenta, em Venda Nova do Imigrante, capital nacional d o a g r o t u r i s m o, c r i a d a para manter viva a cultura do imigrante italiano que colonizou o local. O ponto alto do evento, que recebe turistas de várias cidades, é o tombo da polenta, momento diário em que um panelão imenso entorna mais de uma tonelada de polenta. Há ainda o queijo gigante, produzido pela Associação dos Agropecuaristas de Venda Nova, que pesa cerca de uma tonelada; o concurso para eleger a Rainha da Festa e a recriação de uma típica casa da Nona. 25 A 30 DE SETEMBRO
67º CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA Pela primeira vez, o Espírito Santo irá sediar o Congresso Nacional de Botânica, um dos mais importantes e tradicionais eventos científicos do Brasil, no Centro de Convenções de Vitória. O tema “conectando diversidades, revelando o desconhecido” foi escolhido por fazer alusão à elevada riqueza de espécies da floresta atlântica do Estado. A programação enfatiza temas atuais de pesquisa e prioriza as discussões sobre questões ambientais que afetam diretamente a sociedade. Foto: Divulgação
30 DE SETEMBRO
50 ANOS DE MÚSICA Para comemorar meio século de carreira profissional, Toquinho se reúne com MPB4 e Ivan Lins. Destaque para seu violão inigualável em sucessos como “Aquarela” e “Samba de Orly”, enquanto Ivan Lins, mestre das harmonias, mostra canções de sucesso internacional como “Dinorah” e “Começar de Novo” e o MPB4, grande intérprete dos mais conhecidos compositores da música popular brasileira – incluindo seus dois companheiros de cena -, apresenta clássicos como “Amigo é pra essas coisas” e “Roda viva”. Área de Eventos do Shopping Vila Velha. Menores com idade entre 12 e 15, somente acompanhados dos pais ou um responsável legal. Não será permitida a entrada de menores de 12 anos de idade. Informações (27) 3417-0031 / Whatsapp (27) 9.9228-8089. 16
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16 A 18 DE SETEMBRO
V EXPO-GUARÁ Exposição e desfile de carros antigos, regados a momentos únicos de confraternização serão marcas da quinta edição da Expo-Guará, na Guarapousada. O evento reúne amantes e expositores vindos de todo o Brasil. Em 2015, houve recorde no número de inscritos e a marca de 10 mil visitantes ao longo do evento. Local: Guará Centro de Eventos, bairro Itapebussu. Av. Antônio Guimarães, 22 - Itapebussu, Guarapari. Informações e reservas pelo telefone (27) 3262-5210.
ATÉ 1º DE OUTUBRO
EXPOSIÇÃO DO ACERVO BROTAS Exposição em comemoração aos 10 anos da galeria Matias Brotas Arte Contemporânea. Dentre os artistas selecionados, destaque para obras de Paulo Whitaker, José Bechara, Maibritt Wholters, Manfredo de Souzanetto, Shirley Paes Leme, Raphael Bianco, entre outros. A mostra é uma oportunidade para colecionadores e amantes das artes verem obras que nunca estiveram em nenhuma exposição na galeria. Visitação gratuita de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 15h. Av. Carlos Gomes de Sá, 130, Mata da Praia – Vitória.
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Andréia Lopes Respeito, solidariedade, orgulho e preocupação com o próximo. Esses são alguns dos conceitos utilizados nas campanhas de comunicação do Governo Estadual, que buscam fortalecer as políticas públicas. Ações que, segundo a superintendente de Comunicação, Andréia Lopes, vêm chamando a atenção dos capixabas e reforçando os valores essenciais da coletividade. ESB O Governo do Estado tem realizado uma série de ações voltadas para o lado social. Por que investir nessa linha de trabalho? Andréia Lopes O foco do governador Paulo Hartung, desde que assumiu o terceiro mandato, tem sido realmente o lado social, e as principais políticas públicas do nosso Governo são as áreas de saúde, com choque de gestão; educação, com o Escola Viva; e segurança, com o Ocupação Social e a redução de homicídios. É importante ter um Estado organizado e com as suas contas organizadas, mas é bom ressaltar que o Governo não é feito somente de ajuste fiscal; ele também tem projetos inovadores que se preocupam com esse lado social. ESB Qual o critério de escolha dos assuntos para que surtam efeito junto aos capixabas?
Trabalhamos em parceria com todas as secretarias. A partir da definição do planejamento estratégico e das principais ações de governo, vamos listando quais campanhas agregam mais informação e valor. 18
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Quando trabalhamos no combate à violência contra a mulher, vimos um retorno muito interessante por parte da população, com o aumento de denúncias no Disque-Denúncia. Resultados como esse mostram que, de fato, a comunicação presta um serviço ao cidadão. ESB As pessoas ainda têm certa resistência em mudar os seus hábitos ou estão mais propensas a novidades?
A receptividade tem sido muito bacana. Prova disso é a campanha “Amores”, da Secretaria de Estado de Turismo, que busca valorizar as belezas da nossa terra. O índice de compartilhamento nas redes sociais tem sido muito impressionante; já registramos 1.979.935 pessoas alcançadas, o que nos
É importante passar essa ideia de coletividade, de que todos nós estamos juntos na mesma causa”
estimulou a fazer ainda mais campanhas interativas, que possam aproximar o Governo do cidadão. É importante passar essa ideia de coletividade, de que todos nós estamos juntos na mesma causa. ESB Mesmo com enorme potencial turístico, o Espírito Santo ainda não tem uma visibilidade tão ampla em comparação com alguns estados brasileiros. Com essa campanha, podemos tornar as nossas riquezas ainda mais atraentes não só para turistas, como também para investidores?
A campanha “Amores” trata essencialmente do turismo e das nossas belezas, mas a gente também aborda a questão de que o Espírito Santo é um Estado bom para se investir, devido à sua localização, à sua logística, e também pelas contas organizadas, o que propicia um bom ambiente de negócios. Foi feita uma divulgação na imprensa nacional, e agora a Setur está planejando uma segunda etapa para aumentar ainda mais a visibilidade do Espírito Santo para o restante do país.
ESB Entre 1º de janeiro e 12 de junho deste ano, houve uma redução de 21% nos homicídios no Estado. Para que esses números continuem a diminuir, a população também deve fazer a sua parte, sendo mais solidária e menos violenta? Qual a importância da campanha “Compartilhe o Bem” nesse sentido?
Buscamos uma estratégia de exemplos reais do dia a dia, de pessoas fazendo coisas boas. Ao mesmo tempo, a campanha prega a boa convivência e também fala da redução de homicídios. É lógico que o Estado tem de continuar fazendo a sua parte, reduzindo os homicídios, mas essa questão da tolerância e da cultura de paz também começa dentro de casa e na escola. Ao pregar boas práticas, a gente contribui também para uma cidade melhor e menos violenta. ESB A preocupação com o outro também pode ser vista na campanha “Rua Coletiva, uma Convivência Melhor a Cada Esquina”, lançada pelo Detran-ES na abertura do movimento “Maio Amarelo”. Como o Governo do Estado atua para dar continuidade a essa iniciativa?
A campanha “Rua Coletiva” é interessante porque mostra cada um fazendo a sua parte no trânsito. A ideia é esta: de que a rua é de todos nós. Criamos um selo que estará em todas as demais campanhas do Detran,
e agora em setembro, na Semana Nacional de Trânsito, vamos ter o selo do “Rua Coletiva” de novo. Isso não é só uma campanha, nós estamos fazendo programas de governo na área de comunicação. ESB Usuários do Sistema Transcol também foram alertados sobre assuntos sérios como assédio sexual e comportamentos que desrespeitam as leis. E toda a conscientização foi feita por meio do ritmo funk. Por que o alerta por meio desse gênero musical?
O Governo é feito para as pessoas; então as campanhas do Governo têm que ter a cara das pessoas. No ano passado, lançamos o “Pare e Pense no Coletivo”, que era uma campanha do Transcol. Neste ano, relançamos a campanha, só que com outra abordagem. Foi aí que veio a sugestão da agência de utilizar como personagens o MC Bob e o MC Scooby, um motorista e o outro cobrador de ônibus de Vila Velha, para usar uma linguagem popular. Para nossa felicidade, tivemos a maior aceitação de todas as campanhas do “Pare e Pense no Coletivo”, com muitos compartilhamentos nas redes sociais, mais de 2,9 milhões de pessoas alcançadas. ESB Os benefícios gerados pelo programa “Escola Viva” também vêm sendo divulgados pelo Governo. No início, algumas pessoas foram contra e chegaram até a criar
barreiras, que foram se dissolvendo com o tempo. Como está a visão da sociedade para essa iniciativa?
Não tem problema ter crítica, porque se tiver que melhorar uma política pública, nós vamos melhorar. E foi isso que aconteceu com o Escola Viva, que teve alguns questionamentos no início e que foi aperfeiçoado justamente para atender a esses questionamentos. E o que a gente vê hoje? Os municípios disputando para ter o programa em suas regiões. É muito emocionante você chegar a uma escola como essa e ver o brilho no olhar dos alunos. ESB Quais os próximos passos do Governo para este ano? Podemos esperar novas campanhas educativas?
Estamos promovendo uma nova etapa do movimento “21 Dias por uma Vida Mais Saudável”, uma reedição desse programa para incentivar as pessoas a cuidar da própria saúde, melhorar sua qualidade de vida. O legal de fazer campanhas interativas é que a gente sempre se desafia para que as ações sejam diferenciadas e caiam no gosto da população. A nova edição desse movimento ainda está em fase de produção, mas estamos estudando para lançá-la até o final do ano. Confira vídeos das campanhas citadas na matéria em: www.esbrasil.com.br
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GESTÃO
CNJ
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS COM BANCOS PODE SER FEITA PELA INTERNET
ON-LINE
PLATAFORMA FACILITA ENCONTRO ENTRE EMPRESAS E FORNECEDORES Uma nova plataforma B2B acaba de chegar ao mercado brasileiro para facilitar o encontro entre fornecedores e empresas interessadas em adquirir produtos e serviços. Para acessar o Supriclub, as organizações devem fazer um cadastro no site www.supriclub.com para que sejam incluídas no clube de negócios virtual e passem a receber pedidos de cotação de outras participantes do programa. O sistema irá solicitar ao usuário que adicione seus produtos e serviços à sua página, criando assim uma vitrine virtual, para que os empreendimentos cadastrados no segmento de compras/suprimentos possam conhecer mais sobre o que é oferecido pelos fornecedores. Serviços semelhantes a este também podem ser encontrados em outros sites como o Mercado PME (www.mercadopme.com.br), o G-Trade (www.gtrade.gs1br.org/home) e o XBW (www.xbw.com.br). TRANSPARÊNCIA
GOVERNO MUDA PROCEDIMENTOS SOBRE O FUNDO DE GARANTIA O Ministério da Fazenda anunciou, no dia 5 de agosto, uma alteração nos procedimentos para recolhimento do dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar mais transparência e previsibilidade aos repasses. Com a mudança, as receitas oriundas da multa de 10% por despedida sem justa causa do empregado e da contribuição mensal devida de 0,5% sobre a remuneração deixarão de transitar na Conta Única do Tesouro Nacional. Pelas novas regras, os recursos relativos à Lei Complementar 110/2001, que trata de contribuições sociais transferidas pela rede bancária à Caixa Econômica Federal – o agente operador –, deverão permanecer nessa instituição financeira, que passará a ser responsável pelo registro contábil de entradas e saídas no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). RECESSÃO ECONÔMICA ESTÁ MAIS MODERADA, DIZ BANCO CENTRAL
1,4%
1,5%
2,2%
RETRAÇÃO TRIMESTRAL NO BRASIL
jun/jul/ago set/out/nov dez/jan/fev 2015 2015 2016 Fonte: Banco Central
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A trajetória recessiva da economia brasileira que se desenhou a partir de 2014 mostrou certa moderação no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, segundo informações do Banco Central divulgadas no Boletim Regional. De acordo com o BC, tal quadro pode ser justificado pela melhora da confiança de empresários e consumidores, favorecida pelos efeitos positivos dos ajustes nas finanças feitos pelo Governo e pela menor influência de eventos não econômicos, recorrentes nos últimos dois anos. “Essa melhora repercutiu, em especial, na evolução dos indicadores do Sul, favorecida pela concentração da colheita de grãos; do Norte, beneficiada pela trajetória da indústria e da pecuária; e do Sudeste, repercutindo a recuperação da indústria, após longo período de retração”, diz o boletim.
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Desde o dia 1º de agosto, casos envolvendo bancos públicos e privados passaram a ser incluídos no Sistema de Mediação Digital, do Conselho Nacional de Justiça, o que possibilita com que sejam feitos acordos de maneira virtual, entre consumidores, instituições e empresas que estão distantes fisicamente. Com a ferramenta, o cidadão que teve algum problema e que ainda não levou o caso para a Justiça pode tentar um trato com o banco para solucionar o conflito existente. Ao acessar o sistema, é preciso entrar no site para buscar a instituição financeira com a qual se pretende dialogar, relatando o caso logo em seguida. A entidade bancária terá 20 dias corridos para responder à solicitação; o contato pode ser feito tanto pelo site quanto por telefone. Caso o conflito não seja solucionado, será feita uma mediação presencial entre as partes.
ELETRÔNICO
REDES SOCIAIS FORTALECEM CONVERSÃO DE VENDAS PRINCIPAIS CANAIS Redes sociais Busca orgânica E-mail marketing Links patrocinados WhatsApp
72% 68% 52% 44% 35%
Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Uma pesquisa elaborada pelo Sebrae, em parceria com o E-commerce Brasil, revelou mais uma vez o potencial das redes sociais como ferramenta para as vendas nas empresas de comércio eletrônico. De acordo com o levantamento, as páginas de relacionamento foram citadas por 72% dos entrevistados como um dos principais canais para a concretização de vendas on-line. Os sites de busca ficaram em segundo lugar, mencionados por 68%. O uso de ferramentas como e-mail marketing, links patrocinados e WhatsApp também está na lista de importantes canais para a efetivação de vendas. “Esse resultado mostra que os donos de micro e pequenas empresas devem acompanhar as evoluções tecnológicas e as tendências dos consumidores. Saber explorar uma mídia social pode significar ganhos preciosos para os empreendedores”, revela o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
FATOS
SEMANA AGRO EM SANTA TERESA
O
município de Santa Teresa recebeu, de 17 a 20 de agosto, a quinta edição da Semana Tecnológica do Agronegócio (STA). O evento, realizada por meio de uma parceria com Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), Sistema de Cooperativas de Crédito O ambiente facilitador para realização de negócios do Brasil (Sicoob), Sistema OCB-Sescoop/ES e Syngenta, ajudou o casal de produtores rurais José Jorge Lima e Teresinha Comper Lima (D), que comprou reuniu diversas novidades, difundiu conhecimento itens agrícolas para sua propriedade e gerou importantes negócios. A apresentação de 11 painéis com trabalhos técnicos/ Felipe Amarelo/Coopeavi científicos, produzidos por estudantes, pesquisadores e profissionais do campo, foi um dos destaques. “Essa é uma iniciativa A facilidade na realização de negócios também pôde ser vista para aproximar o conteúdo acadêmico do homem do campo. junto ao casal de produtores rurais Teresinha Comper Lima e Com uma linguagem mais simples, estamos compartilhando José Jorge Lima, que adquiriu insumos agrícolas para a proprieconhecimento”, afirma o presidente da Comissão Científica da STA, dade em Rio Santinho, em Santa Teresa. Ambiente facilitador, José Roberto Gonçalves. juros atrativos e rapidez para fechar contratos foram os pontos O encontro contou ainda com workshops teóricos e práticos, fundamentais para que os clientes saíssem satisfeitos. como o de automação em irrigação de forma simples e eficiente. A programação incluiu exposições de animais, genética e “Hoje temos diversos equipamentos que atendem de pequenos máquinas; premiação do concurso de qualidade de café; eleição a grandes produtores, processos de irrigação que dispensam a do melhor ovo do Estado; e palestras com as do comentarista intervenção humana, além de utilizar a água de maneira equilibrada da Rádio CBN Carlos Alberto Júlio. Por fim, representantes de e personalizada para cada tipo de plantação”, disse Zenilton Brito, diversas entidades ligadas à cultura do café puderam falar sobre engenheiro da Azud. a previsão de safra da cafeicultura do Espírito Santo.
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JOAO LUIZ VASSALO REIS
ECONOMIA
é engenheiro industrial, diretor do GAP e professor universitário
O EMPREGO DEPENDE DE NÓS A MUDANÇA DA POLÍTICA ECONÔMICA DEPENDE DE NOSSAS ATITUDES
A
economia está travada. O desemprego não diminui porque as empresas não têm recursos para investimento, nem para renovação de equipamentos, nem para inovação. Não há esperança de mudança na economia antes do final de 2017. E, até lá, o que devemos fazer? A primeira coisa é lembrar por que chegamos a uma recessão tão profunda como a que estamos vivendo: foi porque elegemos um líder que não tinha escolaridade mínima para governar um país do tamanho do Brasil. Ele parece ainda não saber que a geração de recursos só é possível através da produção e que, portanto, sem produção, não há solução. Ele trilhou o caminho fácil da riqueza e aquele que sempre criticou a respeito de seus antecessores: a corrupção. Capitaneou a eleição de uma presidente sem histórico de administração. Quis se manter no poder. A presidente deu continuidade às suas políticas. Não percebeu que, ao distribuir recursos sem tê-los disponíveis para essa finalidade, em algum momento teria que pagar essa conta. As empresas que tinham lucros foram tratadas como usurpadoras de recursos, e as estatais que registraram ganhos foram assaltadas. Também não levou em consideração que essas mesmas empresas, com seus dividendos, são as que pagam impostos e fazem investimentos para renovar seus equipamentos e inovar,
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gerando emprego e renda para a população, promovendo o desenvolvimento e aumentando o recolhimento de tributos. Os empreendimentos precisam ser fiscalizados para cumprir as leis; mas não sufocados. Se a Samarco tivesse sido devidamente fiscalizada, não teria proporcionado um estrago tão grande, que acabou por causar tanto desemprego. A fiscalização só apareceu depois da desgraça acontecida. Aí, pouco adianta.
É nosso dever promover substituições de políticos que não representem nossos ideais” A recessão advinda dessa conduta leva o país a ter que fazer esse enorme sacrifício para arcar com o custo gerado por esse desequilíbrio. Essa é a solução para voltarmos ao ponto zero e podermos recomeçar o desenvolvimento que já tínhamos alcançado. Como a economia é subordinada às autoridades públicas, o que podemos fazer é eleger novos políticos que possam a vir a comandar os destinos de nossa sociedade. Nossos comandantes atuais legislam
para se beneficiar e se proteger das punições das leis. O Estado não respeita as leis, como aquela que define o teto de gastos. Como, em tese, o Estado nada produz, o excesso de seus gastos só pode ser pago com o aumento de impostos, gerados pelo trabalho de cada um. Mas, que atitudes devemos tomar para evitar que esse quadro venha a se repetir? Uma delas é obvia: não voltar a eleger políticos sem competência, que só pensem em interesses próprios, em um pequeno grupo e em sua carreira pública. Devemos escolher pessoas que nos representem pensando em primeiro lugar no Brasil, porque se o país crescer, todos nos beneficiamos; se entrar em recessão, só uns poucos ganham. Os pleitos municipais estão próximos e é agora que devemos começar a mudar esta nação: precisamos interromper as carreiras privilegiadas daqueles políticos que não nos atendem e só chegam na hora das eleições com promessas que nunca são cumpridas. Necessitamos escolher novos representantes, que devem ser por todos nós acompanhados e controlados para que nossas demandas sejam atendidas. Assim, com essas mudanças, podemos dar início a soluções mais rápidas e definitivas para nossos problemas. É nosso dever promover essas substituições! A economia depende de nós! O emprego depende de nós!
ATUALIDADE
LUCIENE ARAÚJO
PORTO DE VITÓRIA
DRAGAGEM É SOLUÇÃO PARA COMPETITIVIDADE OU VOCAÇÃO PRECISA SER REVISTA?
O
complexo portuário do Espírito Santo, com sete terminais distribuídos ao longo dos 417 quilômetros de litoral, está entre os maiores da América Latina, movimentando em torno de 45% do PIB estadual e respondendo por 9% do valor exportado e por 5% da quantia importada pelo país. Mas esses números poderiam ser muito melhores. Calado incompatível com os navios atuais, falta de estrutura de apoio, estradas sem condições ideais de transporte e acesso limitado aos berços de atracação são entraves que rondam o comércio exterior capixaba há 30 anos. “Problemas como rodovias sem conservação e duplicação, porto público sem estrutura para receber embarcações de grande porte, falta de retroáreas para atendimento às empresas que operam com cargas, aeroporto que há anos atua acima de sua capacidade e necessidade urgente de uma adequação do sistema ferroviário criam gargalos que atrasam o desenvolvimento do Estado”, destaca o gerente-executivo do Sindicato dos Operadores Portuários (Sindiopes), Marcos Lopes. Em dezembro de 1998, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e a Enterpa Engenharia assinaram contrato para a dragagem da Baía de Vitória. Dois anos depois, a obra foi considerada irregular pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, desde então, o projeto foi modificado mais de uma vez. Nesse período, muitas foram as promessas para a conquista do aprofundamento do canal.
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Orçada desta vez em R$ 120 milhões, a dragagem foi reiniciada há quatro anos, mas paralisada no segundo semestre de 2015. Este ano, a bancada federal, apresentando melhor articulação, anunciou ter garantido os recursos federais para a conclusão da intervenção, que foi retomada ao final de agosto último. Os serviços começaram pela remoção do material com maior resistência, a partir do uso do equipamento Novadragamar; já a Brage-R é acionada para ser empregada na região do canal de acesso. Também será retirado o volume restante de 4 mil metros cúbicos de pedra (derrocagem). O total excedente a ser dragado é estimado em 800 mil metros cúbicos, explica o diretor de Infraestrutura e Operações da Codesa, o engenheiro Guilherme Fernandes Magalhães. “A dragagem será concluída neste ano, passando o Porto de Vitória a receber embarcações de um calado de 12,5m, tendo profundidade de 14m no canal de acesso, o que permitirá um ganho de capacidade de movimentação de até 40%. A capacidade de carga atual é de até 40 mil toneladas por navio e passará a 60 mil toneladas”, afirma. Na avaliação do presidente da Codesa, Luiz Claudio Montenegro, essa melhoria reduz as atuais restrições operacionais em função de marés e outras condições meteorológicas. “Todos os portos do mundo fazem o mesmo constantemente. Isso é a clara adaptação de todos os portos e infraestruturas viárias marítimas para atender a navios cada vez maiores, o que chamamos de jumborização da frota mundial.”
Nestas etapa da obra, reiniciada em agosto, serão retirados 4.000 m³ de pedra; total a ser dragado é estimado em 800 mil m³
“A dragagem e a derrocagem a lteram f avoravelmente as c ond i ç õ e s d e n ave g aç ão e manobrabilidade no canal de acesso. São mais de 10 anos com essa O Espírito Santo deficiência operacional, incorrendo abriga um dos maiores em perdas de competitividade complexos portuários do Brasil, mas tem em relação a outras instalações perdido carga para portuárias, uma vez que não outros estados em podemos receber navios de maior consequência de calado e consequentemente com entraves estruturais e maior capacidade de carga, o que logísticos contribuiria – em muito – para a redução do frete em decorrência do aumento da consignação de carga por tonelada”, reitera o presidente da Associação dos Operadores Portuários do Espírito Santo (Aopes), Nilo Martins. Mas há quem discorde que esse avanço seja tão significativo assim. “Primeiramente, ainda temos dúvida se o canal vai chegar aos 14m. Teremos que aguardar o final da dragagem e consequentemente a batimetria. A partir daí sim, teremos ideia de como irá ficar. Quanto ao calado de 13,5m, este atinge a maioria dos Panamax e com certeza irá aumentar o número de escalas em Vitória. Mas temos também que levar em consideração o investimento público e privado para elevar a competitividade do nosso porto e as escalas de navios”, argumenta o presidente do Sindicato das Agências de Navegação (Sindamares), Sérgio Bonelle. Segundo ele, ainda que se conquiste a homologação da profundidade prevista no projeto, hoje há falta de demanda de cargas. A dúvida do dirigente é a mesma do presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex) e diretor da Famex Comercial Importadora e Exportadora, Marcilio Machado. “Se tudo for como planejado, o aumento do calado permitirá que navios possam sair com um volume maior de carga. Embora extremamente importantes, acho pouco provável que as obras de dragagem e derrocagem, devido às limitações geográficas da Baía de Vitória, possam permitir que recebamos navios maiores, o que é a tendência do transporte internacional”, opina Machado. O questionamento quanto aos resultados se justifica nos números nacionais. Em 2012, quatro anos após o lançamento do
Programa Nacional de Dragagem – do Governo Federal –, de 13 obras anunciadas como concluídas, apenas o aprofundamento do Porto de Suape, em Pernambuco, foi homologado pela Marinha. O secretário-executivo da Praticagem, Gilson Victorino, explica que, por enquanto, só é possível falar de expectativas. “O calado hoje é de 9,50m, mais a variação da maré, chegando ao máximo de 10,67m. Esses valores estão especificados em um documento chamado Normap 1 (Norma de Tráfego e Permanência de Navios e Embarcações no Porto), disponível no site da Codesa. A partir do momento que a obra for concluída, e tendo a Marinha homologado a profundidade que será utilizada para a determinação do novo calado, deverão ser feitas simulações em equipamento existente no Rio de Janeiro ou em São Paulo, a fim de verificar se o navio idealizado – o chamamos de navio-tipo de projeto – consegue manobrar com segurança dentro desses novos limites. Caso haja alguma impossibilidade, tanto podem ser feitas indicações de melhoria, quanto haver atenuações nas expectativas. Somente assim poderemos ter
“O Porto de Vitória jamais se transformará em um hub port ou porto de transbordo de cargas, pois não possui tamanho adequado nem poderá concentrar volume de cargas e linhas de navegação” Marcilio Machado, presidente do Sindiex
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CARACTERÍSTICAS DO PORTO DE VITÓRIA Morro Fonte Grande
Vitória Av .V itó ria
Porto de Vitória possui 14 berços e um canal de acesso com as seguintes medidas: Comprimento: 7.500 metros (m) Largura máxima: 215m Largura mínima: 75m Maré média: 1,04m Navio: tipo Panamax Calado máximo: 10,67m Bacia de evolução: raio de 150m. Cargas predominantes: contêineres, café, granito/mármore, produtos siderúrgicos, concentrado de cobre, fertilizantes, automóveis, máquinas e equipamentos, eletrônicos, celulose, trigo e malte, açúcar, granéis líquidos (gasolina, óleo diesel, soda cáustica).
Morro do Azevedo
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A bacia de evolução de Vitória, local em que os navios manobram, possui raio de 150m
Fonte: Codesa/Marinha
1
ais comercial: berços 101, 102, 103 e 104; C
2
Capuaba: berços 201, 202 e 207;
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CPVV: berço 903;
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Flexibrás: berço 906;
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Paul: berço 905;
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Peiú: berço 206;
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São Torquato: berço 902;
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TVV: 203 e 204.
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oficializados os limites para uma embarcação, seja em comprimento, seja em boca, seja em calado”, detalhou Victorino.
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VOCAÇÃO O tráfego marítimo internacional quadruplicou nas últimas duas décadas, o que fez com que os cargueiros comerciais tivessem suas dimensões ampliadas para atender à demanda e minimizar os custos. Enquanto no mundo o navio portacontentor em operação em 2016, o CSCL Globe, consegue comportar mais de 20 mil contêineres (19 mil TEUs), no Espírito Santo, em média, os navios escalam o porto com menos de 5 mil TEUs. Na ausência de condições ideais, a estrura capixaba acaba preterida em novas rotas. “O Porto de Vitória jamais vai se transformar em um hub port ou porto de transbordo de cargas, pois não possui tamanho adequado nem poderá concentrar volume de cargas e linhas de navegação. Precisamos de outras alternativas que possam contemplar o recebimento de navios maiores transportando containers”, enfatiza Machado. Av
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10,67m - Calado máximo atual 12,5m - Calado prometido após dragagem
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Ilha da Fumaça
Ilha das Pombas
Ilha das Cobras
PROFUNDIDADES Baixa: 0 a 4,99m Média: 5m a 9,99m; Alta: a partir de 10m
Vila Velha
Convento da Penha
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Para se ter uma ideia, a movimentação de contêineres em julho porte e com maturação a médio e longo prazo, com parceiros já de 2016 (15.635 TEUs) foi 27% menor que no mesmo período do operantes no ou novos parceiros a partir dos instrumentos R. Qporto uinze de N ovembrPor o ano anterior, quando atingiu 21.403 TEUs. de outorga disponíveis. fim, a participação em novas Mas esse não é um problema exclusivo da capital capixaba. infraestruturas depende de uma avaliação estratégica de expansão, R. Henriqu v. Jerônim e Mao Quase todos os portos brasileiros tem sériosAproblemas longo prazo”, enfatiza Montenegro. osco o Monteira ser considerada so o de acesso por terra, e terminais mesmo novos não têm infraestrutura de retaguarda necessária às atividades logísticas de ENTRAVES HISTÓRICOSAv. Champagnat exportação e importação. nteiro Se por um lado, há setores que discordam que a conclusão da Mo Profissionais da área defendem que essas limitações são um dragagem poderá trazer melhorias significativas às condições de o im ôn dos aspectos para redefinir a vocação do Porto de Vitória e competitividade, por outro há unanimidade entre as categorias r e .J dos serviços logísticos no seu entorno. Segundo eles, a melhor de que, desde o final da década de 1990 até os dias de hoje, Av solução seria estruturá-lo parabeque pouca coisa avançou. rg atuasse como um moderno l en Sào infraestrutura necessária d terminal feeder. Também não há divergência quanto n i do sL d. o o l Para o presidente Cda para tornar o complexo portuário capixaba verdadeiramente R ar Codesa, há três pilares básicos ao desenvolvimento doAv.porto: integração com o projeto estadual competitivo. “Um dos pontos principais é a aquisição de de desenvolvimento; sustentabilidade da atividade econômica, equipamentos de primeiro mundo, como guindastes, carregadores adaptada à dinâmica de avanço da sua área de influência; e descarregadores de grãos, dentre outros. Porque nossos e participação ativa nos empreendimentos portuários do Estado, portos, com raras exceções, dependem fundamentalmente dos seja com a expertise da instituição e do seu quadro técnico, seja com equipamentos de bordo dos navios, ou seja, navios sem guindastes, oferta de oportunidades de parceria com esses empreendimentos. hoje, não são compatíveis com nosso complexo portuário”, detalha “As ações ocorrerão segundo uma lógica que prioriza primeiro Sérgio Bonelle, do Sindamares. a melhoria da eficiência das operações, com ganho de capacidade “O que de fato mudou nos últimos anos é que existe uma maior e redução de custos, seguida pela ampliação máxima da conscientização da importância de infraestrutura portuária, infraestrutura atual e, posteriormente, pela construção de rodoviária, ferroviária e aeroportuária para inserirmos o Espírito novas infraestruturas em áreas ainda não ocupadas. Os ganhos Santo e suas empresas como um ponto relevante de logística e de eficiência são de curto prazo, com resultados imediatos e comércio exterior no cenário brasileiro. Embora os incentivos menor impacto na necessidade de investimento. Já a ampliação fiscais e financeiros continuem sendo importantes, precisamos da infraestrutura existente se reflete em investimento de maior urgentemente atrair investimentos e concretizar os projetos de
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Profissionais do setor marítimo dizem que, além do aprofundamento do canal, seria necessário aumentar o diâmetro da bacia de evolução, o que implicaria mexer na região geográfica em que está localizado o Penedo
“Primeiramente, ainda temos dúvida se o canal vai chegar aos 14m, teremos que aguardar o final da dragagem e consequentemente a batimetria” – Sérgio Bonelle, presidente do Sindamares
infraestrutura para sustentarmos o desenvolvimento do Estado, pois não existe no Brasil uma política de desenvolvimento regional”, complementa Marcilio Machado, do Sindiex. O dirigente observa que, na exportação, grande parte das cargas, tanto de café como de placas de granito, já está sendo operacionalizada por meio de outros terminais. “Isso aumenta os custos, torna o produto brasileiro menos competitivo no exterior e diminui a margem de lucro dos exportadores e demais elementos da cadeia de comércio. Na importação, creio que o problema de atrair armadores tenha piorado nos últimos anos, pois muitos deles cancelaram o Porto de Vitória como escala de seus navios. Isso tem ocorrido por motivos comerciais e limitações já conhecidas do nosso porto público.” Essa deficiência faz com que muitas cargas de importação cheguem ao Espírito Santo por meio de cabotagem marítima ou mesmo por transporte rodoviário. “Isso implica tempos de trânsito maiores e, em alguns casos, custos de fretes internacionais superiores aos nossos concorrentes. Dessa maneira, sobram desafios muito grandes para os nossos empresários, que não envidam esforços para reduzir custos e manter a competitividade de suas empresas aqui localizadas”, explica Machado. Outro fator ainda prejudicial aos negócios é o excesso de burocracia, embora esse entrave tenha diminuído de forma significativa nos últimos anos. “Há problemas ainda, sim. Mas, com o programa de Porto sem Papel e também com a entrada da Janela Única, que irá abranger todas as autoridades, temos de esperança de que vai haver uma sinergia maior entre os órgãos, e com ganho real para os envolvidos na cadeia logística. Já temos uma série de reuniões com a Receita Federal, e isso nos leva a crer em avanços. Somos otimistas; temos sempre que MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS PORTO DE VITÓRIA Tipo de carga
Contêiner (TEUs)
Granéis sólidos (em toneladas)
Julho 2015
21.403
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Julho 2016
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Variação
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Fonte: Codesa
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“A capacidade de carga atual é de até 40 mil toneladas por navio e passará a 60 mil toneladas” Guilherme Fernandes Magalhães, engenheiro e diretor de Infraestrutura e Operações da Codesa acreditar que tudo será resolvido e que o país voltará a crescer no ritmo desejado por todos nós”, afirma Bonelle. Para se ter uma ideia de diferença de competitividade, um contêiner em Singapura é liberado em 48 horas. Nos portos brasileiros, a média é de 15 dias.
POLÊMICA O pedido de “expansão de áreas” feito pelo Terminal Vila Velha e por Peiú, estruturas de uso público e arrendadas, gerou um situação quase única em Vitória: trabalhadores portuários e agenciadores marítimos se uniram na tentativa de impedir a medida. “O que estamos presenciando não é uma ‘expansão de áreas’ e sim uma solicitação de incorporação de instalações existentes! Isso, a nosso ver, fere frontalmente a previsão legal. Tal medida preocupa não somente os trabalhadores, como também as empresas operadoras portuárias, já que incorrerá em redução de postos de trabalho, tanto para os avulsos quanto para os empregados dessas empresas, devido à significativa redução de atividades, e até fechamento das empresas”, alerta Nilo Martins, da Aopes. Para ele, nos últimos anos, houve muita retórica e pouca vontade política para implementar as ações necessárias ao desenvolvimento. “Penso Granéis líquidos Carga geral Total que o avanço passa necessa(em toneladas (TEUs) (solta + riamente por duas questões: métricas) contêiner) planejamento e gestão. Para a 65.799 391.285 gestão, devemos ter coragem 39.808 326.846 de extinguir o modelo atual da prática do fisiologismo polí- 40% -16% tico e adotar a meritocracia. Para o planejamento, já há um
TERMOS TÉCNICOS anamax: Considerado hoje um navio de porte médio. Possui P medidas limites de 294m de comprimento, 32,3m (106 pés) de largura (boca) e calado de 12,04m (39,5 pés). EUs: Em inglês, Twenty-Foot Equivalent Unit. Um TEU T representa a capacidade de carga de um contentor marítimo normal, de 20 pés de comprimento, por 8 de largura e 8 de altura. atimetria (ou batometria): Medição da profundidade de oceanos, B lagos e rios interlândia: Área de influência terrestre do porto. H ub port: Também conhecido como “porto pivô”, é servido por H navios de grande porte que operam nas principais rotas, com concentrado volume de carga. F eeder: Porto secundário (alimentador ou distribuidor) em determinadas rotas.
esboço do que deve ser feito: temos o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), o Plano Mestre, o Plano Geral de Outorgas (PGO) e finalmente o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Este último é de fundamental importância, pois se trata de um planejamento para as instalações portuárias locais, segundo as diretrizes e as identificações geradas pelos demais planos”, enfatiza Martins. O dirigente frisou, ainda, que o PDZ deve considerar as características locais do porto, identificar o mercado relativo à hinterlândia, o perfil das cargas a serem movimentadas e os locais para expansão. “Também é necessário compatibilizar o crescimento do porto com os programas de desenvolvimento urbano dos municípios e outros. Porém, mais importante ainda, é que esse plano seja discutido com todos os segmentos interessados e que seja devidamente divulgado. Posteriormente, a gestão torna-se importante para sua execução.”
“A dragagem nos credencia a receber navios maiores e reduzir as atuais restrições operacionais em função de marés e outras condições meteorológicas” – presidente da Codesa, Luiz Claudio Montenegro.
EXPECTATIVAS Mesmo diante dos problemas apontados pelas diferentes categorias de profissionais que atuam nas atividades portuárias, há otimismo nas previsões para os próximos 10 anos. Os agentes marítimos defendem crescimento significativo após 2018. “Prevemos ainda para os próximos dois anos que a economia mantenha-se instável em virtude de questões políticas. Porém, acreditamos que a partir daí tenhamos, sim, um crescimento em todos os sentidos, partindo de um nível modesto até um grau que todos nós esperamos, com aumento considerável da balança comercial, elevação de emprego e estabilidade da moeda”, prevê Sérgio Bonelle. “Somos otimistas. Temos capacidade para virar o quadro atual e voltar a crescer em curto prazo de tempo. Entretanto, devemos estar preparados para tal, pois, para um país de dimensões continentais como o nosso, a logística é fundamental. Temos um custo logístico ainda muito alto comparado a países idênticos ao nosso em termos de dimensões. Esse custo é da ordem de 11,9% do PIB, enquanto em outros países é de 7% a 8%. Para tanto, devemos rever e atuar na alteração de nossa matriz de transportes, principalmente em função da nossa principal commodity, que são os grãos”, defende Nilo Martins. Uma visão corroborada pelo presidente do Sindiex. “Sou otimista que teremos a capacidade de sustentar a competitividade do Estado no setor de comércio exterior. Entretanto, eu falo para os meus colegas que, em vez de perguntar o que é que nós estamos fazendo, eu perguntaria: o que é que nós não estamos fazendo? Caso tivéssemos feito essa pergunta há 20 anos e a respondido de uma maneira adequada, já teríamos um porto de águas profundas e estaríamos lidando hoje com problemas diferentes dos que estamos discutindo neste momento”, finaliza Marcílio. Além da dragagem, quatro outros projetos no Porto de Vitória são apontados como fundamentais à economia capixaba: a transformação de duas estacas de atracação em um cais (prevista para ser concluída em julho de 2017); a instalação de radares de segurança marítima (um sistema de aproximação de embarcação por instrumento inédito no Brasil); a reforma da entrada do Porto e vias de acesso; e um novo modelo de concessão da Ferrovia ES-RJ. radio.esbrasil.com.br •
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FATOS
PARCERIA PARA MELHORAR O “MÃO NA RODA”
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m grupo de cadeirantes, usuários do “Serviço Especial Mão na Roda”, formou uma comissão para atuar em parceria com a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV). A iniciativa, que é composta por dois representantes de cada município da região metropolitana, busca discutir e sugerir ações e tirar dúvidas sobre o serviço oferecido. O acordo é resultado de um encontro inédito promovido pela Gerência de Atendimento ao Usuário (Geaus) da entidade, que reuniu cerca de 60 cadeirantes no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes) no dia 13 de agosto. “O Mão na Roda é sempre elogiado pelos usuários, mas sabemos que sempre é possível melhorar o atendimento. Nada melhor do que os próprios usuários para apontar como o serviço pode ser feito de outra maneira, de forma mais eficiente. Foi gratificante ver a resposta que eles nos deram, comparecendo em massa”, destacou o gerente da Ceturb-GV Gilmar Pahins Pimenta.
Parceria será feita por meio de uma comissão formada por cadeirantes, que poderão dar sugestões e tirar dúvidas sobre o serviço oferecido
Antônio Coelho Vieira, de Cariacica, tem 29 anos e comemorou a criação do grupo. “Esse encontro foi ótimo; a comissão formada vai ser excelente para levar nossas sugestões ao consórcio que opera o serviço”, avaliou. O “Serviço Especial Mão na Roda” funciona há 16 anos e já fez mais de 56 mil viagens somente em 2016. De janeiro até junho, a Central de Atendimento e Operação recebeu mais de 100 mil ligações para agendamentos. Atualmente, o sistema conta com quase 3 mil usuários cadastrados.
ASSINADO TERMO PARA AMPLIAÇÃO DO “CIDADANIA NOS PRESÍDIOS” A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) assinou, no dia 17 de agosto, três termos de cooperação para dar início ao projeto “Universidade no Cárcere”, que prevê uma maior interação entre o sistema prisional do Espírito Santo e instituições – entre elas duas universidades – para potencializar e fortalecer ainda mais as ações de inserção social de detentos, egressos do sistema prisional e seus familiares. O Espírito Santo é a primeira unidade da federação a implantar a iniciativa. Além de possibilitar a participação dos contemplados a projetos de extensão e pesquisa realizados executados pelas instituições de ensino, o “Universidade do Cárcere” também permitirá a realização de estágios e de residência multiprofissional. Essa parceria é um dos principais eixos do “Programa Cidadania nos Presídios”, lançado de forma pioneira no Espírito Santo em fevereiro deste ano. De acordo com Walace Tarcísio Pontes, titular da Sejus, a iniciativa vai potencializar os serviços já oferecidos pelo Escritório Social, que dá suporte aos egressos do sistema prisional e para suas famílias em diversas áreas como saúde, qualificação, encaminhamento profissional e atendimento psicossocial. “Com a assinatura dos termos, a oferta de assistência jurídica, à saúde, psicológica, social e profissionalizante será aprimorada e ampliada. Dessa forma, 30
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O projeto “Universidade no Cárcere”, busca promover uma maior interação entre o sistema prisional e as instituições de ensino do Estado
vamos avançar, ainda mais, na reintegração social desses egressos à sociedade”, disse o secretário. A celebração dos documentos contou com a participação de representantes do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da Sejus, da Universidade de Vila Velha (UVV), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria (CBOO), que inicialmente irá participar oferecendo exames oftalmológicos e fazendo doação de óculos para os internos.
FATOS
ILHA DAS CAIEIRAS SEDIA FESTIVAL DE FRUTOS DO MAR
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odos os encantos da gastronomia do Espírito Santo poderão ser apreciados no Festival de Frutos do Mar e da Torta Capixaba, que será realizado entre os dias 7 e 11 de setembro, na Ilha das Caieiras, em Vitória. O evento faz parte das comemorações do 465º aniversário da cidade e reúne o que há de melhor da culinária regional do bairro, conhecido tradicionalmente conhecido por suas belezas, pelo grande manguezal e pelas desfiadeiras de siri. Os mais diversos pratos à base de frutos do mar serão preparados pela própria comunidade. Os cerca de 30 expositores oferecerão, em barracas padronizadas e ao ar livre, delícias como moqueca e torta capixabas, casquinha de siri, camarão e peixe frito, além de sururu, bolinhos diversos, bobó de camarão, petiscos e caranguejo. “A proposta é oferecer pratos bem variados e
representativos da culinária capixaba e da região da Ilha das Caieiras”, destacou o secretário municipal de Turismo, Trabalho e Renda de Vitória, Leonardo Krohling. Muitos restaurantes típicos também estarão abertos e terão cardápios variados na ocasião. Os estabelecimentos já participam do projeto “Fim de Semana na Ilha” e também oferecerão descontos, além de muitas opções de pratos típicos. “Serão muitas delícias reunidas para o deleite de moradores e turistas nas barracas e nos restaurantes tradicionais do bairro”, completou o secretário. Com entrada gratuita, o Festival acontece das 9h às 18h.
RONALDO FENÔMENO INAUGURA ESCOLINHA DE FUTEBOL EM VITÓRIA Meninos e meninas que sonham em ter uma oportunidade em algum time de futebol podem começar a trilhar um caminho de sucesso em busca desse desejo. E com o respaldo de um “técnico” para ninguém colocar defeito: nada mais, nada menos do que Ronaldo Fenômeno, ex-jogador de futebol e craque da seleção brasileira, que abriu neste mês de agosto uma franquia de sua escolinha, a “Ronaldo Academy”, em Vitória.
Com 20 unidades espalhadas pelo mundo, das quais sete se encontram na China e 13 no Brasil, a filial capixaba tem capacidade para atender 800 alunos por mês. O local conta com uma infraestrutura de qualidade com dois campos de futebol de 3 mil metros quadrados, área de alimentação, dentre outros ambientes que para melhor atender ao seu público. “Até o final de 2017, serão inauguradas mais 80 escolinhas, totalizando 100 unidades. “Para 2018, a meta é dobrar esse número, chegando a 200”, afirmou Rafael Bertani, CEO da marca. Eleito melhor jogador de futebol do planeta por três vezes e duas vezes campeão do mundo com a seleção brasileira, Ronaldo Fenômeno destinará 20% das vagas da escolinha para alunos carentes, que contarão com bolsa integral por um ano. Podem ter os benefícios estudantes da rede pública estadual com bom desempenho no campo e na sala de aula, aliando esporte e educação. A academia, cujo objetivo é a formação de novas estrelas do futebol com alto rendimento, tem como foco a metodologia “Fenomenal” para estimular os alunos através de conceitos como disciplina, criatividade, decisão rápida, persistência, foco, vigor físico, eficiência e inteligência tática. As aulas teóricas e práticas serão realizadas nos períodos da manhã (8h às 11h) e da tarde (14h às 18h), com orientação de um coordenador técnico e de professores de educação física. Mais informações sobre a escolinha podem ser obtidas no site www.ronaldoacademyes.com.br. radio.esbrasil.com.br •
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AGRO
O sucesso do café brasileiro no mundo pôde ser visto no último ano-safra (de julho de 2015 a junho de 2016), quando foram vendidos ao exterior 35 milhões de sacas do produto, responsáveis por uma receita de US$ 5,3 bilhões. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), encarregada pela coleta de dados, a mercadoria nacional foi consumida por 127 países no período, tendo os Estados Unidos como líder no ranking dos importadores, com mais de 7 milhões de sacas compradas. Em seguida vêm a Alemanha, que já é a maior consumidora do café brasileiro no mercado externo no ano-safra de 2016, e a Itália, o terceiro lugar, com 2,9 milhões. O tipo de grão de maior destaque, inclusive apresentando um crescimento nas exportações, é o arábica, que possui aroma e doçura intensos, com muitas variações de acidez, corpo e sabor. SEAG
ASSOCIAÇÕES DE AGRICULTORES DO NORTE DO ES RECEBEM CAMINHÃO E TRATOR
A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizaram no dia 6 de agosto a entrega de veículos e equipamentos adquiridos pelo Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf) a mais duas associações rurais capixabas localizadas em Linhares e em Pedro Canário. Ao todo, para a compra dos maquinários foram investidos R$ 470 mil. “A estruturação das comunidades e dos assentamentos rurais pelo Funsaf tende a acelerar o desenvolvimento das ações desses agricultores locais, ampliando a produção de alimentos, melhorando a sua diversificação e também dando qualidade de vida ao homem do campo”, disse o diretor técnico do Incaper Mauro Rossoni. LEGISLAÇÃO
EMBRAPA LANÇA PÁGINA ELETRÔNICA SOBRE CÓDIGO FLORESTAL
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lançou no dia 27 de julho uma página eletrônica sobre o Código Florestal, lei que estabelece as normas para preservação e recuperação da vegetação nativa no território nacional. O conteúdo está incluído no portal do Embrapa (www.embrapa.br/codigo-florestal) e é resultado do trabalho de mais de 200 pesquisadores e analistas. No site, o internauta pode obter informações detalhadas sobre como pôr o Código Florestal em prática, além de conhecer as áreas de preservação permanente, de reserva legal e de uso restrito, entre outros assuntos. “O objetivo é compreender a lei e oferecer as ferramentas para implementá-la”, disse o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.
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Foto: Karine Viana
BRASIL FOI O MAIOR EXPORTADOR DE CAFÉ NO MUNDO NO ÚLTIMO ANO-SAFRA
Foto: divulgação
LÍDER
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PREÇOS DO MILHO NO MERCADO INTERNO PODEM CAIR Aqueles que optarem por manter os estoques de milho com a projeção de ganhos no mercado poderão ver sua estratégia frustrada, conforme aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que calcula um estoque de passagem do cereal de 4,47 milhões de toneladas em 31 de janeiro de 2017. A produção da temporada 2015/2016 é de 69,14 milhões de toneladas, segundo o quadro de oferta e demanda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima que as exportações devam chegar a 22 milhões de toneladas, o consumo interno a 54,67 milhões de toneladas, e as importações, a 1,5 milhão de toneladas, o que poderá fazer com que os preços venham a cair.
CENÁRIO
EXPORTADORES CELEBRAM ABERTURA DO MERCADO DOS EUA PARA CARNE BOVINA IN NATURA Foi anunciado no dia 29 de julho o tão aguardado acordo que libera a exportação de carne bovina brasileira in natura para os EUA, pondo fim à luta de mais de 15 anos do setor. O pacto, firmado no Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos, em Washington, foi muito celebrado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), pela possibilidade de comercialização bilateral, já que os dois países seguiram procedimentos de avaliação técnica independentes, que foram concluídos no mesmo período. “A decisão atende à demanda e às necessidades do setor e resulta do empenho e de esforços conjuntos entre todos os elos da cadeia produtiva da carne bovina e, em especial, dos técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, afirmou Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec.
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VITOR TAVEIRA
Foto: Biberbaer
Anualmente uma média de 15 mil navíos transitam pelo canal, transportando o equivalente a US$ 9 trilhões em mercadoria
PANAMÁ: UM CENTRO LOGÍSTICO DO COMÉRCIO MUNDIAL PAÍS CENTRO-AMERICANO FECHA SÉRIE DE REPORTAGENS DA ES BRASIL SOBRE ECONOMIA E NEGÓCIOS NA AMÉRICA LATINA
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“O Panamá é um caminho para as Américas e uma vitrine para o mundo”, resume Edmundo José Rodrigues Neto, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Panamá. Por sua localização e desenvolvimento, se tornou um importante centro empresarial e financeiro. Por causa de seus visíveis, grandes e modernos arranha-céus, a capital, a Cidade do Panamá, ganhou até o apelido de “Dubai latina”. Foto: Divulgação
Panamá é um pequeno país com uma grande importância geográfica para o comércio e a logística internacional. Situado entre a Colômbia e a Costa Rica, além de conectar a América do Sul com a América Central, o Canal do Panamá, cuja construção foi finalizada em 1914, permitiu um significativo encurtamento de rota para navios que precisam trafegar do Oceano Atlântico para o Pacífico, e vice-versa. Em 1999, esse acesso, edificado pelos Estados Unidos, passou a ser controlado pelo Governo panamenho, o que Adalnio Senna Ganem, embaixador do Brasil no país da América Central, destaca como principal fator parar o crescimento local nos últimos anos. “A partir da transferência, o Estado pôde reorganizar suas finanças, aumentar consideravelmente os investimentos públicos e criar os incentivos econômicos e regulatórios que permitiram atrair grande soma de capital estrangeiro e viabilizar extensos projetos por parte de empresas locais.” Em julho deste ano ficou pronta a obra de ampliação do canal, no valor de US$ 5 bilhões. Os maiores navios de contêineres que podiam usar o antigo canal levam cerca de 5 mil TEUs; hoje já podem navegar os que comportam 13 mil TEUs. O país deve obter este ano, US$ 1,8 bilhão com os pedágios do canal, cerca de 26% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Mas o Estado panamenho pretende em uma década triplicar esse valor.
“O Panamá é um caminho para as Américas e uma vitrine para o mundo” – Edmundo José Rodrigues Neto, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Panamá
Foto: Image Source
Seu avanço se dá em ritmo acelerado. Nos últimos sete anos, o Produto Interno Bruto (PIB) mais do que dobrou, subindo de US$ 21 bilhões para US$ 46 bilhões em 2014. Em 2011 e 2012, o salto foi acima dos dois dígitos, seguindo em ascensão nos últimos anos: 8,4% em 2013 e 6,2% em 2014, de acordo com dados do Banco Mundial. Um dos pontos que possibilitam os bons resultados, segundo Edmundo Rodrigues, é o alto grau de interação e sinergia entre o empresariado e o Governo. “Independentemente de quem governar, o empresariado apresenta constância em seus projetos, e isso traz ao mercado regional e internacional uma imagem de mais tranquilidade para os necessários aportes estrangeiros.” Ele também comenta que dividendos gerados pelas empresas públicas panamenhas, como aeroportos, companhias aéreas e os próprios canais de navegação, são revertidos principalmente em ações de logística e serviços, na forma de grandes obras públicas como ferrovias e rodovia, e em outras infraestruturas para a população, como educação capacitante, programas de ensino de computação e língua inglesa nas escolas. “O resultado é um modal logístico cada vez mais em dia para com as necessidades de integração latino-americana para servir o fenomenal mercado comprador dos Estados Unidos, destinos como a Ásia e é claro a América Latina.” Essa boa relação entre o público e o privado também é lembrada por Adalnio Senna Ganem. “Os principais fatores que contribuíram para o alto crescimento da economia panamenha verificado nos últimos anos foram os investimentos estrangeiros e de empresas locais no mercado imobiliário e em serviços logísticos e financeiros, bem como os aportes públicos em infraestrutura”. Manuel Ferreira, diretor econômico da Câmara de Comércio, Indústrias e Agricultura do Panamá (CCIAP), ressalta que tal desenvolvimento está fortemente baseado no investimento estrangeiro direto, que supera os US$ 4 bilhões por ano, fazendo com que o país sirva como um porto seguro para o
Foto: Mónica J Mora
Por seus arranha-céus, a Cidade do Panamá (acima) ficou conhecida como “Dubai latina”. As belas praias do país também movimentam o turismo e a economia
capital externo. Os recursos domésticos ainda somam cerca de US$ 8 milhões, e o programa de investimentos públicos superou os US$ 16 milhões, incluindo macroprojetos e a expansão do Canal do Panamá, que têm impacto direto na economia.
RELAÇÃO COM O BRASIL Para o centro de estudos, as transações comerciais entre Brasil e Panamá são positivas, porém, a balança comercial é desequilibrada, pendendo favoravelmente para o lado sul-americano. “As perspectivas são positivas, já que Panamá e Brasil fazem parte da Aladi [Associação Latino-Americana de Integração], o que proporciona a ambos os países um melhor acesso a seus mercados”, lembra Manuel Ferreira. Na análise de Senna Ganem, as relações ainda são limitadas em comparação a seu potencial, com exceção das grandes empreiteiras brasileiras, que têm atuação de peso nos projetos de infraestrutura no Panamá. “Há disposição, por parte dos dois Governos, em aumentar o comércio, mas o desconhecimento dos produtos brasileiros pelos panamenhos é um dos fatores que diminui o interesse dos importadores locais”, diz o embaixador.
“A confiabilidade é sempre um ponto nevrálgico para a realização de qualquer negócio; no Panamá, não é diferente. Os panamenhos são, em regra, objetivos, transparentes e firmes no processo negociador” Adalnio Senna Ganem, embaixador do Brasil no Panamá radio.esbrasil.com.br •
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Grandes companhias do mercado financeiro e empresarial possuem filiais na moderna capital panamenha CRESCIMENTO DO PIB DO PANAMÁ 6,2%
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Fonte: World Bank
Porém, ele antevê boas possibilidades de incremento em curto prazo. “Creio que, no futuro próximo, tais relações devem se estreitar, especialmente tendo em conta o interesse do Panamá em adquirir alimentos brasileiros, as recentes movimentações de empresas brasileiras no sentido de exportar ao Panamá e a postura das entidades regulatórias locais de proceder com as certificações pertinentes que habilitem o Brasil a vender tais produtos ao país. A atual desvalorização do real também poderá ajudar, por tornar as mercadorias brasileiras mais competitivas.” A estabilidade, a segurança e a posição geográfica do Panamá levam especialistas a considerar boas as oportunidades no futuro. “Pelos indicadores que temos conhecimento, seria possível afirmar que o Panamá continuará sendo uma ponte segura no comércio crescente entre Brasil e Caribe e entre Brasil e demais países latinoamericanos, pois organicamente o país da América Central demonstra baixo coeficiente burocrático e clareza das leis e da tributação”, observa Edmundo Rodrigues.
OPORTUNIDADES Os investimentos em infraestrutura e logística têm sido ponto forte para a indústria brasileira. “Poderíamos elencar a exportação dos minérios típicos para construção civil, pois além das obras públicas de infraestrutura por toda a região do Caribe, puxadas pelo Panamá, verificam-se também grandes empreendimentos mistos e privados de construção, como terminais retroportuários, condomínios, hotéis, programas de moradias, etc”, diz Rodrigues. Adalnio Ganem também lembra as oportunidades para brasileiros, especialmente em áreas como produtos básicos, manufaturas de alta tecnologia (com baixa utilização de mão de obra, muita escassa no país) e algumas modalidades de serviços financeiros, além do mercado imobiliário. 38
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“Os empresários brasileiros podem se beneficiar da localização do Panamá para vender não somente para esse país, mas também para o restante da América Central e para o Caribe, por meio do estabelecimento em solo local de centro de distribuição de mercadorias. Quanto ao mercado panamenho em si, o país importa praticamente tudo o que consome, ou seja, a princípio, a grande maioria dos setores de manufaturados e de bens básicos poderia explorar a exportação para o Panamá. O processo para importar é também bastante facilitado”. O Panamá exporta pouco, e os itens em que está especializado (abacaxi, camarão, café) têm produção significativa no Brasil. “O país, contudo, é sede da segunda maior zona franca do mundo, a Zona Livre de Colón. Os produtos exportados nessa área, a maioria da Ásia, não são contabilizados como panamenhos, razão pela qual não constam nas estatísticas oficiais. De Colón é possível importar mercadorias asiáticas de baixo custo.” De acordo com o diplomata, sobretudo para pequenos e médios comerciantes, a facilidade de comprar produtos orientais via Panamá se dá pela possibilidade de aquisições em menores quantidades, viabilizando pedidos pequenos e com maior variedade de itens, algo mais complicado de se obter trazendo diretamente da Ásia. Pese a elevação do preço por unidade, outro benefício seria a redução dos custos de transporte e do prazo de entrega.
PIB DO PANAMÁ (em bilhões US$) 50
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Fonte: World Bank
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Foto: Matthew Straubmuller
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COMÉRCIO ESPÍRITO SANTO – PANAMÁ Importações Principais produtos: Minério de titânio Exportações Principais produtos: Granito, pedras de cantaria, cimento Fonte: Sindiex
Foto: Divulgação
“As perspectivas são positivas, já que Panamá e Brasil fazem parte da Aladi, o que proporciona aos dois um melhor acesso a seus mercados”
CONTATOS DE APOIO AO EMPRESARIADO
As relações comerciais do Panamá com o Espírito Santo ainda são pequenas: o país ocupa a 63ª posição entre os que mais importam dos capixabas e o 81º entre os exportadores para o Estado. Os dados disponibilizados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex) indicam registro de importação de um único produto em 2014, o minério de titânio. Nas vendas capixabas direcionadas ao Panamá, lidera o ranking o granito (53%), seguido de outros materiais de construção como pedras e cimento.
CONHECENDO O PANAMÁ Edmundo José Rodrigues Neto define a cultura empresarial do Panamá como “mais arrojada”. Pontualidade e seriedade nos compromissos regem a pauta desse povo, mas assim também somos nós, brasileiros. Certeza e confiabilidade são conquistadas na medida em que se buscar um conhecimento mais profundo da realidade comercial e, é claro, com bons estudos de mercado e marcos regulatórios de acordo com a atividade empresarial, conforme o caso. O embaixador Adalnio Senna Ganem garante que fazer negócios com o Panamá é fácil por conta do ambiente regulatório amigável e da economia aberta. “A confiabilidade é sempre um ponto nevrálgico para a realização de qualquer negócio; no Panamá, não é diferente. De fato, estabelecer algum vínculo pessoal com sua contraparte, mesmo superficial, pode tornar o negócio mais fluido. Os panamenhos são, em regra, objetivos, transparentes e firmes no processo negociador.” Rodrigues Neto indica as feiras e missões comerciais constantes como oportunidades de abrir novos e recompensadores horizontes
Embaixada do Brasil no Panamá Tel: +507 263-5322 E-mail: secom.panama@itamaraty.gov.br Site: panama.itamaraty.gov.br/pt-br/ Embaixada do Panamá no Brasil Tel: (61) 3323-2885 E-mail: panaconsul@panaconsul.com.br Site: panaconsul.com.br/ Câmara de Comércio Brasil-Panamá Tel: (11) 3031-3817 E-mail: camaras@acrj.org.br Site: www.acrj.org.br/camaras/camara-de-comercio-brasil-panama Cámara de Comercio, Industrias y Agricultura de Panamá Tel: +507 207-3400 E-mail: info@panacamara.org Site: www.panacamara.com
tanto para “marinheiro de primeira viagem” como para “navegador mais experimentado”. Um dos principais eventos, recomendado pelo embaixador Adalnio Ganem, é a Expocomer, a maior da América Central, que ocorre geralmente no mês de março, já tendo sido realizadas 34 edições. “É um evento multissetorial que conta com a participação de mais de 40 países expositores e de compradores de todo o mundo.” A Expo Logística Panamá, a Expo Turismo Internacional e a Expomédica também podem ser boas janelas para seus respectivos setores. Enfim, buscar as câmaras de comércio e os setores de promoção comercial das embaixadas brasileira e panamenha pode permitir uma aproximação mais segura a esse ponto nevrálgico da economia das Américas. radio.esbrasil.com.br •
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EUSTÁQUIO PALHARES
ECONOMIA
é jornalista, especialista em Comunicação Empresarial
DIRETA JÁ! A CADA DISPUTA POLÍTICA REPETE-SE A FARSA, E A DISPUTA GANHA ASPECTOS FOLCLÓRICOS
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a iminência da abertura de temporada de caça ao voto do desmemoriado eleitor, a figura dos candidatos a vereadores ressurge realimentando um costume curioso e que revela toda a inconsistência do nosso processo político. Há os que efetivamente são instados por uma finalidade altruísta de contribuir para a comunidade, pontilhando entre a grande maioria que se julga suficientemente conhecida para converter popularidade em voto e por esta via alçar-se a um mandato. Os bem-intencionados, quando fortuitamente alcançam o propósito, logo percebem que o jogo é outro, que a estrutura acolhe para depois submeter quantos nela entram e, bem, já que está lá dentro e não é do jeito que pensavam, resta-lhes ajeitarem-se. Projetos de mudança, ideias transformadoras, intenções edificantes? Dissolvem-se ao choque da realidade e dispõem-se, então, a jogar o jogo para não serem regurgitados pelo “sistema”. E assim a vida rola. A cada período eleitoral repete-se a farsa; a disputa política passa a ter até aspectos lúdicos quando alguns candidatos passam a encarnar personas pitorescas e folclóricas. E o status quo, a situação, muda minimamente para não deixar de permanecer a mesma. “Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?” (“Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?”).
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A democracia participativa – nem tanto tempo assim, eis que excluía mulheres, os não patrícios e os escravos – plasmou-se como o modelo mais adequado ao controle social. Evoluiu (?) para a democracia representativa por razões de ordem operacional. Não cabia todo mundo na Ágora. E desde então a democracia representativa apresta-se à manipulação de um controle efetivo do poder no qual há
A democracia representativa de há muito não cumpre a função de representar os que delegam poder aos representantes, os ditos representados em nome dos quais o poder é supostamente exercido” uma tácita cumplicidade mesmo entre os que se antagonizam e se rivalizam. Mas ela denuncia a componente mórbida do caráter humano, que se mostra corrompível desde quando encontra a moeda adequada – ideologia, sentimento, afeto, dinheiro, poder, prestígio, afinidade.
Por efeito dessa característica, a democracia representativa de há muito não cumpre a função de representar os que delegam poder aos representantes, os ditos representados em nome dos quais o poder é supostamente exercido. Não é essa, mesmo, a re alidade. Representantes atuam segundo seus desígnios e conveniências – inclusive na perpetuação de privilégios. Nesse cenário, com a tecnologia da informação operando transformações vertiginosas, em que não apenas pessoas, mas também coisas já estão se conectando elevando a definição da inteligência para outros patamares, por que não restaurar a democracia participativa? O mobile na mão de cada um, que entre tantas funções cumpre até a de telefone, mas é essencialmente um conector, restaura essa probabilidade na razão direta da possibilidade da comunicação. Se o país já dispõe de mais aparelhos celulares do que de habitantes, mesmo o contingente residual que não possui não desqualifica a ampla amostragem da população que poderia se manifestar diretamente sobre cada ponto de uma agenda congressual. Esse conceito, claro, dependeria de se modelar uma instância de mediação e coordenação que assegurasse a lisura e a integridade do processo.
INFORME PUBLICITÁRIO
TRANQUILIDADE A DOIS PASSOS DA PRAIA DO CANTO RESIDENCIAL JUAN FERNANDES, NO BARRO VERMELHO, CONTA COM O PRIVILÉGIO DE TER UM PARQUE COMO VIZINHO 42
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orar na tranquilidade do Barro Vermelho, a poucos metros de escolas, creches, cursos de idiomas, sorveterias e toda a comodidade de serviços da Praia do Canto. É isso que oferece o Residencial Juan Fernandes, um três quartos espaçoso, com áreas de 116 m² e 127 m², que a Galwan está construindo no bairro. Situado no alto do Barro Vermelho, entre o Residencial Vila Alpina e o Parque Municipal Pianista Manolo Cabral, o Juan Fernandes é um ótimo lugar para as crianças. Além de ser vizinho de um parque, o prédio oferece lazer com brinquedoteca, playground, quadra recreativa descoberta, piscinas adulto e infantil, salão de festas, churrasqueira, espaço gourmet, fitness e sala de descanso. “Tivemos a preocupação de desenvolver um projeto em harmonia com o parque, mantendo o bucolismo do lugar”, explicou José Luís Galvêas Loureiro, diretor-presidente da construtora Galwan S.A. Segundo ele, o empreendimento é ideal para quem quer criar os filhos com tranquilidade, sem abrir mão de estar a dois passos do comércio e de serviços da Praia do Canto.
EDIFÍCIO JUAN FERNANDES Endereço: Rua Carlos Nicoletti Madeira, 120, Barro Vermelho, Vitória.
Além de ser um ótimo lugar para viver com qualidade de vida, o Barro Vermelho também é um bairro valorizado, por ser muito residencial, bem localizado, tranquilo, com uma vista privilegiada e empreendimentos nobres. “A tendência é que o bairro continue se valorizando, pois é pequeno e não tem muito para onde crescer”, disse Jean Setúbal, diretor da Galwan Imobiliária. Os apartamentos serão entregues com piso de porcelanato na sala e na varanda e laminado de madeira nos quartos, que virão também com rebaixamento em gesso, para maior conforto acústico. Quartos e sala também vêm prontos para receber instalação de ar condicionado do tipo split. Já as varandas têm peitoril de alumínio e vidro laminado.
CRÔNICA
CHUVA, SOL, ARCO-ÍRIS Dias e dias embruscados, melancólicos, com uma chuvinha fina, intermitente, trazendo frio intenso e um certo desânimo para nós, pobres mortais. Mas, hoje, que bela surpresa! O dia amanheceu todo dourado, colorido pelos raios do sol! Eu podia observar pela janela do meu quarto que a natureza estava mesmo vestida para uma festa! O mar exibia seu mais puro tom verde-esmeralda, e suas ondas quebrando na praia espalhavam pelas areias as alvas rendas das saias de Iemanjá. O céu lindamente azul, com pequenas nuvens (que mais pareciam um rebanho de ovelhas), brincavam alegremente de se transformar ora em carneirinhos, ora em coelhos, ora em anjos ou no que mais ditasse a imaginação. A gente sabe que a chuva é necessária e bem-vinda, mas que um dia ensolarado tem seu lugar, ah, isso tem! Uma surpresa ainda me aguardava. Chego à sala, e veja só o que eu encontro: descansando preguiçosamente sobre o sofá, está um esplêndido arco-íris! Não! Eu não estava delirando. É que eu havia mandado envidraçar a varanda, e alguns raios solares, brincalhões, escapuliram pelas estreitas frestas dos vidros e formaram ali, sobre o sofá da sala, aquele belo arco-íris. Pensei comigo: “Eta ‘nêga’ de sorte! Já pela manhã e tanta coisa bonita acontecendo”. É, gente, é preciso aprender a valorizar as pequenas coisas. Aprender a não ver a vida simplesmente a passar da janela, como a Carolina do Chico Buarque:
Localização: Na subida do Barro Vermelho, próximo à Praia do Canto, ao lado do Parque Municipal Pianista Manolo Cabral. Apartamentos: 3 quartos com suíte, com 127 m² e 116 m², e duas vagas de garagem. Lazer: brinquedoteca, playground, quadra recreativa descoberta, piscinas adulto e infantil, salão de festas, churrasqueira, espaço gourmet, fitness e sala de descanso. Construção: Galwan S/A. Informações e adesões: 3200-4004.
Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com Bom, envidraçando a varanda, nós pretendíamos obter, ali, um ambiente aconchegante, acolhedor, mas os vidros colocados não nos proporcionaram isso. Então a solução seria colocarmos uma cortina. Para tanto, chamamos um casal de cortineiros. Eles moravam aqui, mas eram de Cachoeiro de Itapemirim. Sentamos para conversar e resolver sobre tecido, preço, essas coisas, e aí, conversa vai, conversa vem, olhe a coincidência: nosso amigo servira ao Tiro de Guerra 220, do qual eu fora princesa no mesmo ano. Relembramos o baile, a coroação da rainha, as faixas das princesas (eram duas). Tenho as fotos até hoje. A faixa, durante muito tempo guardada com orgulho e carinho, desapareceu em uma das várias mudanças. Que mundo pequeno, né? Bons tempos, eu tinha apenas 16 anos nessa época. Mas vamos ao que interessa. Passados alguns dias, o casal retornou já com as cortinas prontas, que logo foram colocadas nos devidos lugares. Novamente, conversa vai, conversa vem, cafezinho e acerto de contas. Mas agora vejam só o que aconteceu: apesar de o ambiente ter ficado lindo, acolhedor, aconchegante, no dia seguinte não havia mais raios de sol brincalhões escapulindo pelas frestas dos vidros.
“Lá fora amor, uma rosa nasceu
Todo mundo sambou, uma estrela caiu.
Eu bem que mostrei sorrindo, pela janela, ó que lindo
Nossos amigos cortineiros, quando se despediram, deixaram conosco as cortinas, mas consigo... levaram o nosso colorido arco-íris.
Mas Carolina não viu...”
Que pena!!!
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PANORÂMICAS
Parceria do Editor
HARTUNG PARTICIPA DE PAINEL SOBRE QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO O governador do Estado, Paulo Hartung, foi um dos participantes do painel “Qualidade do Gasto Público e Reforma Tributária”. Durante o debate, ele afirmou que a prioridade agora é reorganizar as finanças. “Somente com as contas públicas devidamente organizadas, vamos readquirir a credibilidade interna e externa que precisamos para que este país encontre o seu rumo.” Hartung também destacou a importância de a população ser conscientizada sobre o atual momento nacional. “População consciente é o caminho para a solução. A sociedade precisa saber o tamanho do rombo das contas públicas.” Também participaram do painel o presidente do Grupo dos Gestores Financeiros dos Estados, Augusto Monteiro; a secretária de Estado da Fazenda, Cristiane Mendonça; e o professor da FGV Aloisio Araújo.
EVENTO
ENCONTRO DO SUDESTE REÚNE 200 PESSOAS EM 18 HORAS DE DEBATES Foi um sucesso o Encontro de Economistas do Sudeste, realizado em Vitória, com o tema “Agenda para o Brasil sair da crise”. Estiveram presentes no Hotel Ilha do Boi cerca de 200 pessoas, entre profissionais da área, professores, empreendedores e autoridades, nos dias 11 e 12 de agosto. Segundo o presidente do Corecon-ES, Eduardo Araujo, a programação, que teve 18 horas de debates, é de extrema importância para a sociedade. “O evento possibilitou um networking entre empresários, representantes de diversas entidades e políticos. Pudemos dar sugestões e elaborar propostas para o Brasil voltar a crescer”, destacou o dirigente.
PAINEL DISCUTE CRISE E APONTA SOLUÇÕES PARA SUPERAÇÃO É preciso fazer a reforma previdenciária, modernizar as relações de trabalho e valorizar as empresas. Esses foram alguns dos caminhos apontados para o país voltar a crescer. Os temas foram expostos no painel “Agenda para o Brasil sair da crise”, que abriu os trabalhos do Encontro de Economistas do Sudeste”. Participaram: Renato Fonseca, Luis Mendes, Laércio Oliveira, Everton Chaves, Odisnei Bega e Eduardo Araujo. Dentre outros pontos, eles destacaram que é preciso aumentar a arrecadação, sem elevar impostos, impulsionando a atividade econômica e criando condições de avanço para o país.
EVENTO II
PALESTRA E HOMENAGENS MARCARAM DIA DO ECONOMISTA “Agenda para o Brasil sair da crise” também foi o tema da palestra magna proferida pelo economista e professor Samuel Pessôa, durante as comemorações ao Dia do Economista. Ele destacou que o país precisa resolver o problema fiscal e reduzir o gasto público e ainda reforçou que será preciso mexer nos interesses de muitos grupos. “Se a gente não alterar essa agenda, vamos ter que lidar com a volta da inflação, e não sabemos onde vamos parar.” Após a palestra, o Corecon-ES entregou o prêmio ES de Economia nas categorias “Melhor Monografia” e “Melhor Artigo”, além de homenagear o secretário de Educação, Haroldo Rocha, também profissional da área, como Economista Destaque do Ano, por seus serviços prestados à comunidade. 44
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HOMENAGEM AO DIA DO ECONOMISTA NA CÂMARA A Câmara de Vereadores de Vitória realizou sessão solene em celebração ao Dia do Economista. Foram homenageados 50 profissionais, no plenário da Câmara. Na capital, foi a primeira vez que se comemorou a data, instituída pela Lei Municipal 8.920, de 21 de março de 2016. Está em tramitação na Assembleia Legislativa um projeto de lei para a criação do Dia Estadual do Economista. Para o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), Eduardo Araujo, trata-se de um importante marco para a categoria esse reconhecimento da profissão.
Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.
LUIZA GRIMALDI: UMA MULHER DE FÉ CRISTÃ QUE SE TORNOU GUERREIRA PARA GOVERNAR A CAPITANIA
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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae
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o lado de um monumento com a figura de Vasco Coutinho, na Casa da Memória, situado na Prainha, Vila Velha, foi erguida uma estátua de Luiza Grimaldi. Trata-se de uma justa homenagem a uma mulher nascida em Nice, na França – à época de domínio italiano –, que por força do destino cruzou os mares numa caravela para acompanhar o marido, Vasco Fernandes Coutinho Filho, segundo donatário da Capitania do Espírito Santo que viria a se tornar referência na História do Brasil Colônia. Com a morte do esposo, Luiza Grimaldi, aos 48 anos de idade, tornou-se a primeira figura feminina a ocupar o mais alto cargo da administração da Colônia, entre 1589 e 1594. A fé era um dos traços mais marcantes da nossa
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personagem, que tinha o Padre José Anchieta como seu conselheiro em questões religiosas. Foi ela quem doou a área onde ao seu pé se situava a cabana de Frei Pedro Palácios, uma montanha em cujo alto se iria erguer o Convento da Penha. A “capitoa”, como passou a ser chamada como donatária da Capitania, também recepcionou e deu abrigo ao primeiro bispo prelado do Rio
“A vida de uma mulher é feita de três vidas: aquela que se diz que ela teve, aquela que ela bem poderia ter tido e aquela que teve de fato” Bernadete Lyra, em “A Capitoa”
Esposa de Vasco Coutinho, Luiza Grimaldi tornou-se a primeira mulher a ocupar o mais alto cargo da administração Marinha do do Brasil Brasil Colônia, entre 1589 e 1594 Escola de Aprendizes
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Destituída pelo rei Filipe de Espanha e Portugal, retornou a Portugal e morreu no Convento Dominicano do Paraiso, em Évora, em 1626, aos 85 anos de idade. O povo de Vila Velha imortalizou a personagem que a História do Espírito Santo reverencia, dando seu nome a importante via pública no Centro da cidade onde viveu. (Copidesque: Rubens Pontes).
Mais fotos e vídeos na galeria do site: www.esbrasil.com.br/oenderecodahistoria
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de Janeiro, o jesuíta Bartolomeu Simõ es Pereira. Re ceb eu, ainda, os sacerdotes benediAv . G doações tinos e a eles concedeu on çal ves para a pregação católica Lêde a o conversão dos nativos. Luiza tornou-se, por força das circunstâncias, uma guerreira Luiza Grimaldi p ara enf rent ar índi genas indomados e principalmente os corsários que invadiam a costa da Capitania, entre eles o famoso Thomas Cavendish. Na batalha vitoriosa, contou com o apoio de índios Goitacazes, hábeis flecheiros, convertidos pelos jesuítas. A construção dos fortes de São Miguel e São Marcos contribuiu para conter a invasão das terras pelo pirata que já saqueara a Capitania de São Vicente, em 1592. Passou à História como mulher sensível, mas de fibra, uma religiosa que jurou fé em Cristo e em nome dEle atuou, vestindo simbolicamente a armadura da guerreira para enfrentar e vencer lutas.
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LUIZ FERNANDO SCHETTINO
ECONOMIA
é professor de Ecologia e Recursos Naturais da Ufes
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s crises não são desejáveis, mas podem ser educativas, sob vários pontos de vista, principalmente nos aspectos econômico e ambiental, visto que no mundo atual não há como se pensar em desenvolvimento sem uma base em um sistema produtivo que seja competitivo, sustentável e ético. Porém, as dificuldades econômicas nacionais e globais mostram que não é bem assim que as coisas estão funcionando. Há países e setores econômicos que têm se mantido em melhores condições nas turbulências atuais, exatamente por procederem de forma competitiva, sustentável e ética, pois é a maneira correta de oferecer produtos e serviços inovadores e com a segurança de que seu desenvolvimento se dá a partir do uso do conhecimento científico, no rigor das leis e no respeito verdadeiro às pessoas e ao meio ambiente. Esses elementos são garantias de qualidade, funcionalidade e boa relação custo-benefício, com atendimento adequado a segurança, praticidade e eficiência nas necessidades imediatas dos consumidores, assegurando que suas produções não afetarão a qualidade de vida das gerações atuais e futuras. Por incrível que possa parecer, a crise econômica e política brasileira tem sinalizado que o que enfatizamos anteriormente não é uma verdade corrente em nosso
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cenário, com as devidas e importantes exceções. A maioria da sociedade não imaginava tantos empreendedores envolvidos em falcatruas para “terem seus negócios funcionando bem”, sintoma de que não há em suas operações bases competitivas, de acordo com o que se entende por isso verdadeiramente, bem como há empresas que não cumprem o que deveriam do ponto de vista legal e
Pelo que se percebe dos indicadores financeiros, a crise nacional não desaparecerá em 2017 e, provavelmente, só começará a amainar em 2018” ambiental para que seus produtos e serviços sejam realizados em bases sustentáveis. Competitividade e sustentabilidade em bases éticas devem ser metas de governantes, de empreendedores e de toda a sociedade, de modo que as ações públicas e privadas expressem racionalidade na busca do desenvolvimento das atividades socioeconômicas, sempre por meio das
melhores tecnologias, respeitando as leis e as pessoas, de fato, e levando em conta os limites da natureza. Pelo que se percebe dos indicadores financeiros, a crise nacional não desaparecerá em 2017 e, provavelmente, só começará a amainar em 2018. Mas é preciso ter a certeza de que o debelar da turbulência e o reiniciar do crescimento vão se dar com as lições aprendidas em todas as dimensões afetadas, sobretudo revendo legislações e/ou estabelecendo outras que deixem claro que o funcionamento da economia em bases competitiva, sustentável, segura e ética deve anteceder a busca pelo lucro. Assim, muitos setores passarão a exibir performance melhor nos próximos anos, pois muitos empreendedores são afetados por quem não age de forma adequada, fazendo uma concorrência desleal e prejudicial. Essas condutas impróprias ajudam a aprofundar uma filosofia de valores politicamente incorreta que, com certeza, é a base da crise atual. Nessa ótica, muitos comportamentos econômicos convencionais devem ser mudados, para condutas mais respeitosas diante dos consumidores, da natureza e das pessoas, elementos imprescindíveis para o país dar o salto de qualidade e competitividade de que necessita, com mais segurança, sustentabilidade e qualidade de vida.
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“GUACHE E PAPEL” EM DESTAQUE NO SHOPPING VITÓRIA
Foto: Divulgação
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44ª FESTA DA BANANA E DO LEITE MOVIMENTA ALFREDO CHAVES
A Região Turística da Costa e Imigração, em Alfredo Chaves, recebeu entre os dias 28 e 31 de julho a 44ª edição da Festa da Banana e do Leite, evento tradicional do Estado que reúne muita gastronomia, cultura, esporte e música. A programação contou com diversos shows de atrações locais e nacionais, como a dupla sertaneja Munhoz e Mariano, além da Feira da Agroindústria Familiar, do concurso de gado leiteiro e de bananas, da eleição da rainha e das princesas, do campeonato de voo livre à fantasia e da corrida rústica. Também foram produzidos 300 kg de doce de banana com requeijão na famosa Virada dos Tachos, preparada diante do público e que é considerada o ponto alto da festa.
A Soul Jazz Cia de Dança apresentou, nos dias 5, 6 e 7 de agosto, no Theatro Carlos Gomes, o seu mais novo espetáculo, intitulado “Uma Ilha em Mim”. Com um elenco formado pelos bailarinos Beatriz Afonso, Bella Vasconcelos, Carol Mattedi, Izy Oliveira, Kleyson Ventura, Paloma Rigamonte e Tami Gasparini, a montagem parte de “O Conto da Ilha Desconhecida”, de José Saramago, e lança um olhar sobre Vitória. “A Soul Jazz nasceu na capital. Uma linda ilha, com nome de mulher, ligada por três pontes ao continente, e ao resto do mundo, por vários portos. Na construção desse olhar, convidamos a coreógrafa Monique Paes para embarcar rumo a essa ilha desconhecida e criar, em parceria, esse novo espetáculo, estabelecendo uma nova ponte com outras terras e outras culturas”, afirmou a diretora Carol Mattedi.
UNIVERSO POÉTICO DA EXPOSIÇÃO “CONSTELAÇÕES” INVADE O PALÁCIO ANCHIETA Foto: Nilton Santolin
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Uma experiência poética que leva a reflexões sobre identidade, memória e afeto. Assim pode ser descrita a exposição “Constelações”, aberta à visitação no Palácio Anchieta, em Vitória, até o dia 6 de novembro. O trabalho do artista plástico capixaba Hilal Sami Hilal conta com três instalações grandiosas, que se unem a um objeto-livro. “Para o Meu Amor Passar”, por exemplo, recebe o público e o conduz ao universo poético do seu criador. E “Se Essa Rua Fosse Minha” é composta por 40 mil “pedrinhas de brilhante” incrustadas em 8 mil ladrilhos cinza chumbo. Produzidas em papel artesanal colorido sobre tecido transparente, as caligrafias da obra-título são refletidas por espelhos em toda a extensão do teto. Feita de maneira coletiva, “Constelações” teve a participação de 2.500 jovens alunos de escolas públicas da Grande Vitória, que marcaram no trabalho 10 mil nomes de pessoas que apresentam relação afetiva em suas vidas.
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Foto: Cacá Lima
SOUL JAZZ CIA DE DANÇA APRESENTA “UMA ILHA EM MIM”
Em sua primeira exposição individual no Espírito Santo, o artista capixaba Gustavo Alves apresenta a mostra “Guache e Papel”, que faz parte do “Projeto Cultural – Artistas Capixabas Centro Médico Shopping Vitória”, aberto ao público até 27 de outubro. As 14 pinturas apresentadas priorizam os elementos básicos do desenho e da pintura: a figura humana, o preto e as cores primárias amarelo, azul e vermelho, e a economia de linhas e manchas para tornar o branco do papel também um elemento da obra. “Essa redução de elementos leva à procura de soluções diferentes: se há algo que a história da arte demonstra é que as regras e a conversa com as tradições podem ser os melhores estímulos à criatividade, e é o que espero conseguir”, explica Alves.
GASTRONOMIA E CULTURA NA 29ª FESTA DO MORANGO O distrito de Aracê, em Domingos Martins, ficou ainda mais saboroso e divertido com a 29ª Festa do Morango, evento realizado entre os dias 5 e 7 de agosto, que homenageia uma das principais atividades econômicas de Pedra Azul e região. Como de costume, a programação trouxe diversas atrações musicais, culturais e gastronômicas que agitaram os três dias de comemorações, como a 5ª Rainha Mirim; a 23ª Rainha da Festa do Morango; os shows do sertanejo Israel Novaes e da banda Skank; e muita moda de viola. Além do frio das montanhas e da boa música, o visitante também pôde saborear tortas gigantes de morangos feitas por voluntários. Outras guloseimas elaboradas com a fruta também estiveram disponíveis, como espetinhos, bombons, vitaminas, compotas, além de morangos com leite condensado, com chocolate e com creme de leite.
AONDE IR
MUSEU VALE, A LOCOMOTIVA DA HISTÓRIA Fotos: Divulgação
Localizado no município de Vila Velha, o Museu Vale “respira” cultura e conta com uma agenda variada de exposições e oficinas de arte
Muito popular entre as crianças, a Sala de Maquete é a mais visitada. O espaço faz parte do acervo permanente sobre a história ferroviária
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naugurado em outubro de 1998, no prédio da antiga Estação Ferroviária Pedro Nolasco, o Museu Vale, em Vila Velha, tem entre seus muitos atrativos a bucólica visão da Baía de Vitória e de seus cais. E, como não poderia ser diferente, guarda em uma exposição permanente a memória da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), via que traz o minério de ferro do estado vizinho para os portos do Espírito Santo. A mostra está distribuída por três espaços. O primeiro deles é uma locomotiva a vapor original, fabricada em 1945 na Filadélfia (EUA), instalada em frente à entrada do edifício principal. No ambiente seguinte, já no primeiro andar do prédio, estão relíquias e fotos do trabalho na ferrovia. E no segundo pavimento, encontra-se a “menina dos olhos” dos pequenos visitantes, mas que rouba atenção especial também dos adultos: uma réplica gigante da EFVM.
O Museu também abriga uma das últimas locomotivas a vapor adquiridas pela Vale na década de 1940
COMO CHEGAR
GASTRONOMIA O Café do Museu trabalha com a típica culinária italiana à la carte. Oferece almoço (self-service e à la carte), café e jantar (somente à la carte). Realiza eventos particulares para até 180 pessoas. A sugestão do chef é imperdível: costeleta de cordeiro com ravióli de berinjela, manteiga e sálvia. Pode pedir sem medo de errar.
CAFÉ DO MUSEU Horários de funcionamento: Segundas: das 9h às 14h (somente o Café funciona; o Museu fica fechado para manutenção). Terças, quartas e domingos: das 9h às 17h. Quintas, sextas e sábados: das 9h às 24h. com música ao vivo à noite. Chef: Cleonice Sperandio (Cléo). Tel.: (27) 3326- 8190.
A intensa agenda de exposições temporárias, seminários e oficinas de arte oferece ainda ao público um contato singular com uma rica diversidade de linguagens, técnicas e estéticas. Um dos principais focos do Museu é seu projeto educacional, que tem por objetivo incentivar crianças, adolescentes e jovens a usar a criatividade e a imaginação a partir da vivência em atividades junto ao acervo e às mostras de arte contemporânea. Para grupo de estudantes, é possível marcar visita monitorada para conferir as obras, e universitários do curso de Artes podem participar de workshops para depois ministrar oficinas a professores e alunos das redes pública e privada de ensino. Ainda em cada exposição, uma turma de jovens de comunidades vizinhas é envolvida na montagem em conjunto com as equipes de profissionais especializados das áreas de iluminação, marcenaria, serralheria, pintura, comunicação visual e cenografia. A visita é uma deliciosa viagem no tempo e nas artes. A entrada é gratuita. O espaço funciona de terça a sexta, das 8 às 17 horas; e sábados e domingos, das 10 às 18h. Informações: (27) 3333-2484.
Partindo de Vitória: Ir pela Av. Alexandre Buaiz e passar pela Ponte Florentino Avidos (Cinco Pontes). No trevo, entrar à direita, sentido à sede da Polícia Federal. Depois, entrar à esquerda, contornar por debaixo do viaduto. Passar ao lado do pátio de manobras da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Após o viaduto, haverá placa indicando a entrada do Museu Vale. Partindo de Vila Velha: Seguir pela Rodovia Carlos Lindenberg. Na bifurcação com a Ponte do Príncipe (Segunda Ponte), tomar à direita a entrada para o bairro de São Torquato, seguir sentido às Cinco Pontes. No trevo e última entrada antes da ponte, entre à direita. Você avistará placa indicando a entrada do Museu Vale.
MUSEU VALE Rua São Pedro, s/n - Argolas Vila Velha/ES - CEP: 29114-920
Praça dos Namorados Vitória-ES Av. Vitória Ponte Florentino Avidos
3ª Ponte
Museu Vale
Estr. Jerônimo Monteiro
Av. Carlos Lindenberg
Vila Velha
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GASTRONOMIA
HORTOMERCADO GANHA RESTAURANTE ESPECIALIZADO EM COZINHA CONTEMPORÂNEA O restaurante Sabor Gourmet é a mais nova atração gastronômica do HortoMercado, na Enseada do Suá, Vitória. A casa possui como especialidade a cozinha sustentável contemporânea, oferecendo refeições no formato livre escolha, no qual os clientes podem selecionar os complementos dos pratos. É possível montar opções com duas, três ou quatro porções, com guarnições, carnes ou saladas. O cardápio variado é um dos destaques do espaço, pois a cada dia da semana há quatro novos tipos de saladas, além de dois pratos com vegetais, um de feijão, dois arroz, uma massa sem glúten ou integral e dois pratos com carne. O “Petit”, com duas porções, custa R$ 16,90; o “Trio” com três, sai a R$ 20,90; e o prato “Master”, com quatro, tem preço de R$ 23,90. O local também serve sopas (R$ 8,50), quiches (R$ 8,50 – unidade), sanduíche com ciabatta, filé mignon grelhado, muçarela, alface e tomate (R$14,50) e grelhados de frango (R$ 9,50), filé mignon, salmão (R$ 14,50 – cada), entre outras delícias.
CACHORRO-QUENTE TURBINADO É NA DOG BOOM DOGUERIA Localizada na Praia da Costa, em Vila Velha, a Dog Boom Dogueria vem fazendo sucesso entre os moradores da Grande Vitória com o seu cachorro-quente suculento e bem guarnecido. A casa conta com um cardápio com oito opções gourmet, mais turbinadas. Há ainda um bufê self-service que é dividido em três passos: a escolha do pão (integral, baguete com queijo provolone e tradicional), da salsicha (tradicional, de frango ou calabresa) e dos complementos (vinagrete, tomate, ovo cozido, parmesão, banana frita, purê, bacon, cebola caramelizada, entre outros). Os sanduíches à la carte têm preços que variam de R$ 18,90 a R$ 25,90, a exemplo do Black Boom, que vem com salsicha de vitela (130g), molho de tomate da casa, purê de batata especial, cebola caramelizada, sour cream, pedacinhos de banana-da-terra frita e batata palha slim. Uma delícia!
OUTBACK E KOPENHAGEN LANÇAM SOBREMESA ESPECIAL
POR RAPHAEL BROTTO
diretor geral do Shopping Vitória Localizado dentro do Shopping Vitória, o Cantina do Bacco apresenta pratos saborosos, a exemplo do Grelhada Mista, um dos grandes destaques da casa. “Ele é composto por camarão médio e grande, atum fresco, lagosta e lula. Tudo muito fresco e grelhado. Para acompanhar gosto de pedir arroz de brócolis e salada Bacco, pois acho que combina com todos os ingredientes. Gosto deste prato, pois sou fã de frutos do mar e mariscos e nele posso degustar um pouco de cada, com muita qualidade!”
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O Outback Steakhouse, em parceria com a Kopenhagen, criou o Lajotinha Magma Cake, primeira sobremesa individual da rede de restaurantes. A delícia é um intenso bolo quente de chocolate com textura macia, servido com sorvete de baunilha, calda de caramelo, morangos e deliciosos pedaços de Lajotinha da Kopenhagen. A versão míni do clássico, o chocolate Nano Lajotinha, feita de folhas crocantes de wafer recheadas creme de castanha-de-caju e canela e cobertas de chocolate ao leite, também confere todo um diferencial. Uma perfeita combinação com o bolo que proporciona uma experiência incrível. A novidade, que está disponível em todos os restaurantes Outback do Brasil por tempo limitado, custa R$ 18.
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TEST DRIVE
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F-PACE
Desempenho e esportividade no primeiro SUV da Jaguar
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Jaguar F-Pace, primeiro SUV a ser produzido pela marca britânica de veículos de luxo, já tem data certa para chegar ao mercado capixaba. O modelo, que já teve as pré-vendas iniciadas, estará disponível a partir de setembro na Land Vitória. Criado para oferecer refinamento, agilidade e capacidade de resposta, a máquina será oferecida em três versões: Prestige (R$ 309.300), R-Sport (R$ 360.500) e S (R$ 405.900), além de 19 unidades da série limitada First Edition, que saem por R$ 416.400. Apresentando uma arquitetura predominantemente em alumínio, o Jaguar F-Pace exibe um design arrojado, com a combinação de linhas puras, proporção, saídas de ar e faróis característicos e uma traseira marcante. A parte dianteira vem com três entradas de ar bastante largas, que chamam a atenção por suas grades em preto, o que reforça ainda mais a sua aparência esportiva. Outros atrativos ficam por conta da assinatura dos faróis em LED e dos vincos do capô, que ressaltam o aspecto moderno e agressivo do SUV. O espaço interno é imponente, com a mistura perfeita de materiais premium com acabamentos impecáveis, além de tecnologias diversas disponíveis de acordo com cada versão, como o novo sistema de entretenimento InControl Touch Pro e o painel do volante em HD com tela de 12,3”. A Jaguar colocou à disposição de seus clientes opções a diesel e a gasolina: na de entrada (Prestige), o F-Pace vem equipado com o novíssimo motor Ingenium Diesel de 2.0 litros e 180 cv de potência; enquanto que na R-Sport, o destaque é a versão 3.0 V6 gasolina de 340 cv de potência. Derivado do superesportivo Jaguar F-Type, o propulsor desenvolve 450 Nm de torque a 4.500 rotações e conta com injeção direta de combustível e estrutura de sobrealimentação por compressão Twin-Vortex. Com o motor, o veículo consegue atingir 100 km/h em apenas 5.8 segundos.
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F-PACE Motorização: Dianteiro, longitudinal, V6, comando duplo, 24 válvulas, injeção direta de gasolina Transmissão: Automático de oito marchas, tração integral Pneus e rodas: 255/40 R22 Dimensões • Comprimento: 4,73m • Largura: 2,17m • Altura: 1,66m Capacidade • Porta-malas: 650 litros • Tanque: 63 litros
Já as apresentações S e First Edition são voltadas para quem está em busca de uma condução esportiva aliada ao alto desempenho, com o motor 3.0 V6 a gasolina calibrado para 380 cv. Também derivado do Jaguar F-Type, o propulsor traz alimentação direta a 150 bar de pressão, sistema de sobrealimentação Twin Vortex e entrega de torque de 450 Nm a 4.500 rotações. O tempo para atingir os 100 km/h é de 5,5 segundos, com velocidade final de 250 km/h, a mesma atingida pela versão intermediária. Toda a linha F-Pace vem como sistema de transmissão ZF 8HP45 automática de oito velocidades, com relação de marchas configurada para proporcionar o máximo de força e retomada em baixos aceleramentos, combinado com conforto, economia de combustível e reduzidos níveis de ruídos em velocidade de cruzeiro. Uma experiência única a todos os ocupantes.
PRIME HYUNDAI PROMOVE OPEN DAY HB20 OCEAN
A Prime Hyundai promoveu no dia 6 de agosto o Open Day HB20 Ocean, um evento nacional para apresentar a série especial do HB20 inspirada nas belas praias brasileiras. “Disponível nas versões hatch e sedã, alia modernidade, sofisticação e esportividade”, destacou o gerente de vendas da Prime Hyundai, Fabio José Gomes. O veículo vem com uma nova grade frontal hexagonal com borda cromada; rodas diamantadas de 15”, modelo blend; câmera de ré; Car Link; Apple Car Play; bancos em couro preto perfurado com fundo vermelho e linhas de costura na mesma cor; air bag duplo de série e freios ABS nas quatro rodas; função EBD, que distribui eletronicamente a força entre as rodas; entre outros destaques.
EMPLACAMENTOS DE VEÍCULOS APRESENTAM ALTA EM JULHO
271.752
263.595
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou no dia 2 de agosto o desempenho do setor automotivo de julho e do acumulado de 2016. Nos resultados de emplacamentos, o Setor da Distribuição de Veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) apresentou alta de 3,09%, totalizando 271.752 unidades emplacadas, contra 263.595 no mês anterior. No ano, a retração nos sete primeiros meses foi de 21,60% sobre o mesmo período de 2015. “A melhora na expectativa dos consumidores e dos empresários, somada à proximidade de uma normalização política, impactou, positivamente, o mercado. Esse resultado EMPLACAMENTOS reforça a expectativa de Alta de 3,09% uma alta nos volumes do segundo semestre do ano. No acumulado, também observamos uma pequena elevação, mas que, até o momento, ainda não é significativa”, comentou julho junho Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. Fonte: Fenabrave
RENAULT ANUNCIA KOLEOS NO BRASIL EM 2017
Fãs do segmento de SUVs podem comemorar o anúncio recente da Renault, que irá trazer a nova geração do Koleos para o Brasil em 2017. Com um desenho inspirado no sedã Talisman, o modelo apresenta traços fortes, com faróis totalmente iluminados por leds e ligação com a grade, abrigando o enorme logotipo da Renault. Atrás, as grandes e horizontais lanternas quase se ligam no centro da tampa do porta-malas e dão a impressão de maior largura da traseira. O interior do veículo também impressiona, exibindo tecnologia de ponta, aliado a um acabamento de alta qualidade. Outros destaques ficam por conta dos bancos revestidos em couro com ajustes elétricos e ventilação/aquecimento para os dianteiros; Bluetooth, USB e entrada para cartão de memória; air bags frontais, laterais e de cortina; controles de estabilidade e tração; faróis full led; assistente de partida em ladeiras; assistente de estacionamento; e frenagem de emergência.
MITSUBISHI ANUNCIA NOVA L200 TRITON NO BRASIL
A Mitsubishi anunciou a chegada da nova geração da L200 Triton. A picape, que estará disponível a partir de outubro, vem em três versões: Sport GLS, de R$ 131.990; Sport HPE, de R$ 161.990; e Sport HPE Top, de R$ 174.990. Com motor diesel de quatro cilindros e 2,4 litros, que desenvolve 190 cavalos e 43,8 kgfm de torque, o modelo promete cair no gosto dos brasileiros, principalmente por conta das mudanças visuais, que ganharam uma grade mais demarcada, faróis espichados para as laterais e lanternas que invadem os lados da caçamba. A opção mais completa vem de fábrica, com sensores de luz, chuva e estacionamento; faróis de xenônio com iluminação de rodagem diurna; central multimídia com tela de 7 polegadas; ar-condicionado digital de duas zonas; botão de ignição; air bags frontais (obrigatórios), laterais, de cortina e de joelho para motorista; câmera de ré e bancos de couro, com regulagens elétricas para o motorista.
KIT DE FÁBRICA ELEVA POTÊNCIA E TORQUE DO FOCUS RS
A Ford apresentou uma novidade que promete deixar o Focus RS ainda mais esportivo, com o kit de potência desenvolvido pela divisão Ford Performance juntamente com a Montune. A tecnologia gera um aumento de 25 cv na potência e de 3,6 mkgf no torque. Equipado com motor 2.3 Ecoboost, o modelo entrega originalmente 355 cv e 48,4 mkgf de torque, sempre atrelado a um câmbio manual de seis marchas. Com a mudança, os números passam para 380 cv e 52 mkgf com o overboost ativado, que dura por 12 segundos. O kit da Montune inclui filtro de ar de alta performance, duto de ar de liga especial com mangueiras de silicone, válvula de recirculação de ar atualizada e software de comando do motor recalibrado. radio.esbrasil.com.br •
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essas MULHERES
ANDREA MONTEIRO
essasmulheres@revistaesbrasil.com.br
E
sta é uma coluna dedicada às mulheres. Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!
DE VOLTA! Ufa! Três edições longe de vocês, longe deste espaço que eu gosto tanto de estar. Mas tudo tem mesmo o seu tempo, e eu precisava ficar out por esse período, até colocar as coisas no Foto: Marcos Oliveira/Agênc ia Senado
O QUE DIZER SOBRE A PRIMEIRA DÉCADA DA LEI MARIA DA PENHA? Sete de agosto de 2006. Essa é a data que marca uma das conquistas femininas mais importantes deste século – claro, melhor seria se não houvesse, sequer, a necessidade de se criar uma lei protetiva nesse sentido, mas, diante do descaso com o qual era tratada a violência doméstica contra a mulher no Brasil, naquele dia foi criada a Lei Maria da Penha. Uma legislação que veio como forma de punir, mais severamente, esse tipo de crime contra a mulher e, como consequência, inibir a prática de agressões domésticas e familiares. A lei é uma explícita homenagem a Maria da Penha Fernandes, que hoje tem 71 anos e que, no passado, foi agredida pelo marido durante sete anos de forma violenta, quase sub-humana. No ano em que completa uma década de existência, foi considerada pela ONU uma das três melhores legislações do mundo, no combate à violência contra a mulher. Felizmente, suas regras se mostraram efetivas ao oferecer proteção, acolhimento emergencial e assistência social às vítimas. Mas, ainda hoje, o Brasil ocupa o quinto lugar entre as nações onde mais acontecem homicídios contra a mulher. Segundo relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número de assassinatos contra vítimas femininas caiu 10% no país desde o surgimento do dispositivo legal, mas há ainda um longo caminho a seguir. E a mais importante forma de combate continua sendo a denúncia por parte das vítimas, o que gera um envolvimento emocional tão grande que, muitas vezes, impede as mulheres de fazê-la. Passou da hora de encararmos esse tema, apoiarmos umas às outras e, juntas, sairmos desse lugar desconfortável que ocupamos. Bora?
Para mais informações sobre a coluna acesse o site www.esbrasil.com.br/essasmulheres 58
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lugar. Vida nova! Estou morando em Lisboa agora – não se importe se, pra frente, passar a ler menos gerúndios e mais infinitivos em meu texto, mas, eu, realmente, amo a língua portuguesa daqui! E, por hábito e “ouvido”, acabo por falar como os lusitanos também! Foi muito bom me dar esse tempo. Melhor ainda perceber que fiz falta por aqui! Muito obrigada pelos e-mails que recebi, perguntando sobre a coluna! Pois estou de volta. Mais cosmopolita do que antes, pra dividir um pouquinho dos assuntos que fazem parte do nosso universo feminino.
UM VIVA A TODAS AS “RAFAELAS SILVAS” DO BRASIL, VENCEDORAS, E UM DESEJO DE QUE SEJAM LIVRES DE TODO PRECONCEITO.
IVO NOGUEIRA DIAS
EI, VOCÊ. ACORDE!
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ão é da morte que a maioria das pessoas tem medo, mas de chegar ao fim da vida para só então perceber que nunca viveu de verdade. Foi feito um estudo hospitalar com idosos à beira da morte, em seus últimos suspiros. Pediram que eles refletissem sobre o maior arrependimento de suas vidas. Quase todos responderam que não se arrependiam pelo que tinham feito, mas pelo que deixaram de fazer. Os riscos que nunca correram. Os sonhos que nunca buscaram. Eu lhe pergunto: serão essas suas últimas palavras? E se eu lhe dissesse: “Ei, você. Acorde! Por que você existe?”. A vida não foi feita só pra trabalhar, esperar o fim de semana e pagar as contas. Não sei de tudo, mas de uma coisa eu sei: cada pessoa da terra tem um dom. Martin Luther King? Aquele homem nunca teve um sonho. O verdadeiro sonho era o que o tinha. Pessoas não escolhem sonhos, são os sonhos que escolhem as pessoas. Eis aonde quero chegar: você tem coragem para agarrar o sonho que o escolheu? O sonho que encaixa em você, que o envolve? Ou deixará que ele escape? E cada pessoa foi feita para viver o sonho que tem dentro dela. Talvez seja a pior das perdas ter que viver a vida no chão, sem nunca decolar. A maioria de nós tem medo de ladrão, que vem à noite para roubar nossos pertences. Mas existe um ladrão na sua mente que está atrás dos seus sonhos. O nome dele é Dúvida. Se você o vir, chame a polícia. Mantenha-o longe das crianças. Ele é procurado por assassinato, por matar mais sonhos do que o fracasso já matou. Usa muitos disfarces e, assim como um vírus, ele deixará você cego, dividido, transformando-o em um “meio quê”. O “meio que” é letal. Você sabe o que significa? Existem muitas pessoas “meio que”. Pessoas “meio que” querem mudar de carreira. Pessoas “meio que” querem tirar boas notas. Pessoas “meio que” querem entrar em melhor forma física. Matemática simples, sem cálculo complicado. Se você “meio que quer algo”, você “meio que alcançará” os resultados que deseja. Qual é o seu sonho? O que acende a faísca? Você não pode “meio que querer”. Tem que querer com todo o seu coração. Terá que batalhar? Sim, não existe atalho. Você cairá muitas vezes, mas quem é que está contando? Lembre-se: não existe montanha sem subida. Se quiser chegar ao
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topo, é preciso superar todos os obstáculos. Haverá momentos de estresse, coisas que o deixarão deprimido, mas quero lhe falar algo. Steven Spielberg foi rejeitado três vezes na escola de cinema. Três vezes, mas seguiu em frente. Executivos da TV demitiram Oprah Winfrey, dizendo que ela não servia para a televisão. Mas ela seguiu em frente. Luta e crítica são pré-requisitos para se alcançar a grandeza. É a lei do universo, e ninguém escapa dela. Porque dor é vida. Mas você pode escolher sua dor: a dor em busca do sucesso, ou a dor de ser perseguido pelo arrependimento. Aceite um conselho. Não pense duas vezes. Todos nós temos um dom chamado Vida. Não a desperdice. O passado não define você. Pelo contrário, você renasce a cada momento. Então, reconheça isso. Agora! Às vezes, você precisará saltar e abrir as asas na descida. É melhor tentar antes que seja tarde, porque na vida todo tempo é pouco. Se você não usar o seu Dom, não trairá apenas a si mesmo, mas também a todo mundo que está ao seu redor. Que invenção você tem na cabeça? Que ideia, que cura? Que habilidade tem dentro de si para oferecer ao universo? Você não pode voltar para fazer um novo começo, mas pode começar agora a fazer um novo fim. Vá em frente.
LUIZ FERNANDO LEITÃO tiragosto@revistaesbrasil.com.br
PRATOS DO DIA Uma Mente Curiosa Brian Grazer
Criatividade S.A. Ed Catmull
Jack Daniel’s Honey Bourbon
VER E SER VISTO
• Tem Wine & Beer em Castelo. • Tem coisa mais chata que candidato a vereador no “Face”? • O preço da moqueca nos restaurantes de Vitória é proibitivo. • A Casa do Chefe, espaço gourmet em Santa Lúcia, Vitória, é uma ideia genial. • O Porto Maravilha, no Rio, ficou lindo, poderia servir de modelo para nossa capital. • Será que o ano começa depois das eleições?
O site de hotéis www.oyster.com fez uma pesquisa com profissionais do setor de turismo e elencou as melhores ruas do mundo para se observar pessoas. A quantidade e, principalmente, a diversidade de estilos foram levadas em consideração. A lista tem desde as óbvias Linq Promenade, em Vegas e Bourbon Street, em Nova Orleans (EUA), até dicas curiosas como a Rosthschild Boulevard, de Tel Aviv (Israel). Quer ver a realação completa e visitar uma dessas ruas na sua próxima viagem? É só visitar www.oyster.com/articles/54489-the-worlds-best-streets-for-people-watching. Foto: Divulgação
MOQUEQUINHAS
O MELHOR Foto: Sipa Press
O chef italiano Massimo Bottura, do Osteria Francescana, restaurante classificado como o melhor do mundo pelo ranking “The World’s 50 Best Restaurants”, esteve no Rio durante a Olimpíada para compartilhar seus conhecimentos culinários e lançar um projeto social que pretende formar jovens e mães em dificuldades. “Vamos construir uma escola de culinária e um refeitório coletivo no Rio. Algo especial, para que se possa ver como é a Itália, porque a Itália é responsabilidade social. Isto é o que sinto, que temos que fazer alguma coisa pelos outros”, disse ele. Que sirva de exemplo para outros mestres da culinária.
CARDÁPIO DE ASSUNTOS • Os candidatos a prefeito • O Rio • As vaias • Pokémon
DICA DO CHEF
• A ex-presidanta
“Almoçar no Dalton, em Viana” José Luiz Perdigão, comerciante
• A seca
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A SAIDEIRA! “Não sabe beber? Beba água de piscina.”- Ryan Lochte