Revista ES Brasil 118

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EDUCAÇÃO

Cortaram o Fies. E agora? O que devo fazer?

ECONOMIA Os desafios logísticos frente à crise

SANTA CRUZ Diversão e lazer em praias do norte capixaba

TEST DRIVE

Lexus NX 200T: luxo, segurança e esportividade

Nº 118 • Maio de 2015 • R$ 9,80 • www.revistaesbrasil.com.br

IMPRESSO

AS MARCAS PREFERIDAS DAS CLASSES AB DA GRANDE VITÓRIA ENTREVISTA

ROBERTO SHINYASHIKI FALA DA RELAÇÃO FELICIDADE X PRODUTIVIDE




CAPA

SUMÁRIO

75 Top Marcas

O que pensam, consomem e preferem as classes A e B? Confira as marcas mais lembradas na Grande Vitória.

14 Economia Os desafios logísticos do Espírito Santo frente à crise econômica: o que fazer diante da negativa da União em liberar verbas federais ao Estado? Confira como estão se articulando políticos e empresários.

50 Sustentabilidade Alan Knight, gerente-geral de Responsabilidade Corporativa do grupo ArcelorMittal, veio ao Brasil falar sobre as 10 premissas ao desenvolvimento sustentável mais eficaz. Uma oportunidade de rever conceitos e buscar a sinergia de ideias e práticas.

12 ESB Pergunta

24 Série

Economista, professor, autor de 35 livros e referência nacional no debate sobre educação, Cláudio de Moura Castro fala sobre a importância de garantir programas diferenciados aos alunos brilhantes para o capital intelectual do Brasil.

Destaque da segunda edição de nossa série “América Latina - Novas Fronteiras”, o Chile é um mercado estável e aberto para se fazer negócios, um dos quatro países da região que mais comercializam com o Espírito Santo.

Um dos nomes mais requisitados no meio empresarial, Roberto Shinyashiki, especialista em dilemas e desafios do dia a dia desses profissionais, detalha a estreita relação entre felicidade e produtividade.

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Periscópio

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Aonde Ir

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O Endereço da História

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Gastronomia

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Test Drive

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Essas Mulheres

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Modus Vivendi

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Tira-Gosto

Adilson

Neves

O efeito líder faz a estratégia acontecer

32 Entrevista

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Agenda

ARTIGOS 20

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Eustáquio

Palhares

Procuram-se estadistas

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C lóvis Vieira

Desconforto popular: o pior já passou?



EDITORIAL

A

construção de uma marca sólida no mercado tem se tornado uma grande tarefa para os empresários que desejam fixar seus produtos e serviços na mente do consumidor brasileiro. Os tempos mudaram, e o relacionamento com o cliente ultrapassou as barreiras físicas das lojas, chegando até as residências de cada um deles, que hoje podem comprar, reclamar, sugerir ou até mesmo tirar dúvidas por meio de sites e redes sociais. Essas modificações devem e precisam ser acompanhadas pelas ações de marketing das organizações, para que estas não fiquem esquecidas junto à população. E para que o mercado esteja atento a toda essa competitividade, apresentamos pela sétima vez consecutiva mais uma Pesquisa Top Marcas, que a cada edição revela os nomes mais lembrados pelas classes A e B da Grande Vitória. Um levantamento que contribui de forma expressiva para o planejamento estratégico dos empresários, que podem ficar antenados sobre o que se passa na cabeça do consumidor. Os desafios logísticos do Espírito Santo também ganham destaque na ES Brasil deste mês. Na reportagem, conversamos com especialistas, autoridades e profissionais da área para avaliar como o Estado deve se estruturar diante da perspectiva da falta de recursos federais. Veja algumas das saídas apontadas pelos nossos entrevistados. Dando continuidade à série “América Latina - Novas Fronteiras”, acompanhamos de perto a realidade econômica do Chile, um dos quatro países da região que mais comercializam com o Espírito Santo. Uma boa oportunidade para se informar sobre aquele mercado e sobre as oportunidades de negócio disponíveis para os capixabas. A edição de maio traz ainda uma matéria muito interessante para o meio acadêmico, referente a toda a polêmica envolvendo o Fies. Com o anúncio da falta de verbas por parte do Governo Federal, como ficam os alunos que não conseguiram obter o crédito educativo e quais são as alternativas oferecidas pelas faculdades para que o ensino desses jovens não seja prejudicado? Não deixe de conferir. A complexidade entre a produtividade e a felicidade foi um dos temas da nossa entrevista do mês, feita com o médico psiquiatra e escritor Roberto Shinyashiki, que reforça a importância do bem-estar do funcionário para o crescimento da empresa. Já no “ESB Pergunta”, conversamos com Cláudio de Moura Castro, economista, professor e pesquisador que esteve em Vitória para falar da valorização de bons alunos da rede pública. O NX 200t, da Lexus, divisão de luxo da Toyota, é o grande destaque da coluna “Test Drive”. O modelo, que já se encontra disponível, simboliza a nova geração da marca. Na seção “Aonde Ir”, que tal conhecer as belezas das praias de Santa Cruz? Não deixe de acompanhar ainda as principais notícias que marcaram o mês no Espírito Santo, assim como as opiniões de nossos articulistas, que trazem informações aprofundadas sobre o mundo dos negócios. Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

OPINIÃO DO LEITOR “Gosto muito das abordagens realizadas nas matérias da revista ES Brasil, pois seus desdobramentos se complementam de forma concisa e objetiva. Outro ponto positivo é a renovação do layout, que foi uma ótima evolução”.

“O foco econômico, político e de negócios da ES Brasil faz com que ela seja uma publicação única. Por isso, é uma revista imprescindível para quem deseja ficar bem informado sobre a realidade do Espírito Santo”.

Maria Tereza Schmidt, professora

Sandra Ferreira, funcionária pública

ES Brasil nas mídias sociais:

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ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas

EDITORIAL Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Flávia Tristão Apoio Produção Taíssa Souza Textos Luciene Araújo e Yasmin Vilhena e Camila Ferreira, Daniel Hirschmann e Vitor Taveira Edição de Arte Genison Kobe e Tiago Oliveira Colaboraram nesta edição Adilson Neves, Clóvis Vieira e Eustáquio Palhares Fotografia Jackson Gonçalves, Renato Cabrini, fotos cedidas e arquivos Next Editorial

PUBLICIDADE Gerente de Publicidade Fernanda Sartório Gerentes de Contas Deiseane Da Rós, Carlos Orrith e Eliézer Gomes Apoio Comercial Luziana Efgen (27) 2123-6520 | www.nexteditorial.com.br Representante autorizado Bueno Comunicação (61) 3223-6999 - Brasília (21) 2524-5644 - Rio de Janeiro e Minas Gerais

CIRCULAÇÃO Gerente de Circulação Aline Rezende Assinatura (27) 2123-6520 | www.nexteditorial.com.br Serviço de atendimento ao assinante Segunda a sexta: das 9h às 18h Edições anteriores (27) 2123-6520 Contatos com a Redação E-mail: redacao@nexteditorial.com.br Telefax: (27) 2123-6500 Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715

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AGENDA 10 E 11 / JUN

26º CEARH CONGRESSO ESTADUAL DE GESTÃO DE PESSOAS

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O congresso, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Espírito Santo (ABRH-ES), terá como tema central este ano “Os Sentidos do Trabalho”. Por meio de palestras, talk shows e workshops, serão debatidas, no Vitória Grand Hall, na capital, as características que o trabalho deve apresentar no mundo atual, gerando um sentido para os profissionais executarem suas atividades de forma positiva e com comprometimento organizacional.

04 A 14/JUN

6ª EXPOVITÓRIA – FEIRA DE MÓVEIS E DECORAÇÃO O evento reúne os principais lançamentos do mercado moveleiro e o que há de mais moderno em decoração e utilidades do lar. Em sua 6ª edição, no Pavilhão de Carapina, a Expovitória traz centenas de expositores de móveis, decoração, artesanato, design e acessórios para o lar de Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. O foco da feira é propiciar o melhor custo x benefício.

23 A 26 / JUN 04, 05 E 06 /JUN

BRASIL OFFSHORE – 8ª FEIRA E CONFERÊNCIA DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS

FESTIVAL DE ALEGRE

04 A 06/JUN

I CONGRESSO SUDESTE DE ACUPUNTURA MÉDICA Pela primeira vez, a capital capixaba sediará um evento integrante do calendário oficial da Acupuntura Médica Brasileira. Trata-se do I Congresso Sudeste de Acupuntura Médica (I Casam), no Hotel Golden Tulip Porto Vitória. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas por meio do endereço eletrônico http:migre.me/pQhpH. O encontro contará com a presença de professores nacionais e internacionais, cursos práticos e informações sobre o que há de mais moderno nesse segmento médico. Também haverá a presença de ilustres professores médicos não acupunturistas, visando à total interação entre a acupuntura e as demais especialidades. 8

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O festival de música, que surgiu como um evento universitário, com a presença da população de Alegre e de cidades vizinhas, após quase três décadas deve receber mais de 150 mil pessoas. Mantendo a tradição, a 26ª edição vai receber muitas estrelas. Durante três dias, 15 atrações, entre elas Luan Santana, Lucas Lucco, Sorriso Maroto, Jorge e Mateus, Anitta, Ivete Sangalo, O Rappa e Jota Quest.

Com 800 expositores, em um espaço de 45 mil metros, e 18 mil empregos diretos e indiretos gerados, a oitava edição da Brasil Offshore deverá atrair mais de 50 mil visitantes. Mantendo a tradição, a terceira maior feira do setor no mundo, a ser realizada no Centro de Exposições de Macaé (RJ), promoverá encontros simultâneos, palestras, alternativa de matchmaking para expositores e concretização de negócios e fechamento de parcerias on time.



Meu olhar para o presente é de desafio, mas para o futuro é de confiança. Acredito no país repaginado e em um Espírito Santo ‘bombando’ nesse Brasil” - Paulo Hartung, governador do Estado, durante as comemorações de 23 anos do Sindiex

Periscópio FUCAPE REALIZA 12º SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

CAPIXABA ASSUME VICE-PRESIDÊNCIA MUNDIAL DA GOOGLE

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INFRAESTRUTURA

PEDRA AZUL RECEBERÁ INVESTIMENTOS Moradores, empresários e autoridades se reuniram na Casa do Turista, no distrito de Pedra Azul, para acompanhar a assinatura da ordem de serviço para início das obras de drenagem e pavimentação de vias de acessos rodoviários que interligam a BR-262 aos complexos hoteleiros e gastronômicos do local. “Quando alguém visita certo lugar, o mínimo que espera encontrar é uma boa infraestrutura e segurança. Por isso, estamos pensando na melhoria dos acessos à região, facilitando a vinda dos turistas, bem com o cotidiano dos munícipes que trafegam por essas estradas com mais frequência”, destaca o presidente da Associação Turística de Pedra Azul (ATPA). SERVIÇO

CREA ITINERANTE PRESTA ATENDIMENTO EM CONCEIÇÃO DA BARRA O município de Conceição da Barra recebeu, nos dias 29 e 30 de abril, a unidade móvel do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo, o Crea-ES. Durante a ocasião, foram oferecidos serviços de protocolo geral; obtenção de informações e orientações; registro de pessoa física e jurídica; atualização e manutenção de cadastro de profissional e de empresa; atendimento de fiscalização e regularização de Notificação de Auto de Infração (NAI); emissão de guias de anuidade, taxas e multas, entre outros. A iniciativa contou com uma equipe de seis profissionais do Conselho, que ficaram em uma van adaptada com computadores, mobiliário, aparelho de TV e toldo, onde foram realizados os atendimentos. O Crea Itinerante também já passou por Santa Maria de Jetibá, Marataízes, Afonso Cláudio e São Gabriel da Palha.

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O capixaba Fábio Coelho, que desde 2011 ocupa a presidência da Google no Brasil, foi nomeado vice-presidente mundial da Google Inc. A ascensão na carreira do executivo ocorreu em abril, mas só foi divulgada pela companhia norte-americana na segunda semana do mês de maio. Coelho, que é considerado um dos 10 melhores CEOs do país, já concedeu entrevista à ES Brasil no ano de 2013, falando na ocasião sobre sua identificação com o Espírito Santo, além da área de negócios na internet. Com mais de 20 anos de atuação em Vendas, Marketing e Gestão, ele também acumula experiência em empresas digitais. Antes de ocupar o posto máximo da Google em território brasileiro, o capixaba trabalhou como presidente do iG (Internet Group do Brasil) e do IAB (Interactive Advertising Bureau).

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A Fucape Business School realizou no dia 15 de maio o seu 12º Simpósio de Produção Científica. O evento, que trouxe como tema “Questões Contemporâneas da Gestão de Negócios no Brasil”, contou com a apresentação de artigos científicos desenvolvidos pelos alunos de mestrado da instituição. O encontro foi uma ótima oportunidade para abordar questões relacionadas à área de negócio capazes de ampliar o conhecimento e a visão da sociedade. Ao todo, foram detalhados sete trabalhos, entre eles “A convergência da desigualdade nos municípios brasileiros”, “Efeito heterogêneo da ISO 14001 no retorno anormal” e “A influência das culturas de mercado nas negociações internacionais – cenário Brasil-China”.


RECONHECIMENTO

ADERES DESENVOLVE PROJETO DE CRIAÇÃO DE REDE DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

PREFEITURA DE VILA VELHA SE DESTACA NO PRÊMIO INOVASUS Foto: Divulgação

A Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes) realizou em abril a 1ª etapa do projeto “Fortalecimento dos catadores de matérias recicláveis do Espírito Santo”, em Colatina. O objetivo do programa é promover a inclusão social e produtiva de catadores nos próximos três anos (2015 – 2017), além de fortalecer o cooperativismo. Dentre os desafios está a ação de organizar, no formato de rede, os catadores das regiões beneficiadas, nos 78 municípios capixabas. O evento reuniu 407 catadores, secretários municipais, representante de Ministério Público e o prefeito da cidade, Leonardo Deptulski.

O Projeto Institucional de Gestão Participativa e Cogestão, da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, conquistou o primeiro lugar no prêmio InovaSUS, realizado no final de abril, em Brasília. A iniciativa reconhece experiências inovadoras implementadas pelas Secretarias de Saúde de estados, de municípios e do Distrito Federal, além de consórcios públicos e fundações públicas de saúde no âmbito do SUS. O projeto de Vila Velha – que foi contemplado com um prêmio no valor de R$ 150 mil a serem empregados em melhorias na saúde – é formado por cinco grupos que promoveram reuniões mensais (alguns deles até duas vezes por mês) para que as decisões sejam tomadas em conjunto, do gestor maior até o pessoal da ponta. HISTÓRIA

SÍTIO HISTÓRICO DE QUEIMADO É DOADO PARA A PREFEITURA DA SERRA

UNESC E FINDES ASSINAM CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

CONSCIENTIZAÇÃO

FECOMÉRCIO

MAIO AMARELO: AÇÕES PARA UM TRÂNSITO MAIS SEGURO

AGENDA PARA ALAVANCAR O VAREJO

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O feriado do Dia do Trabalho (1º de maio) foi marcado pelo início do movimento internacional Maio Amarelo, no qual a sociedade civil e o poder público se unem para chamar a atenção da população sobre os altos índices de acidentes no trânsito e sobre o papel de todos na promoção de um tráfego mais seguro. E para celebrar essa data na capital, foram realizadas

diversas ações ao longo do mês, como blitze educativas, apresentações teatrais e palestras e iluminação cênica com a cor amarela na Ponte da Passagem, no Monumento do Imigrante, na torre de Jesus de Nazareth e no Palácio Municipal. Também foram feitas intervenções educativas da Liga Acadêmica de Medicina da Emescam, da Ufes e da UVV nas avenidas mais movimentadas da cidade.

A classe empresarial de Linhares dos segmentos varejista e lojista se reuniu para trocar informações e conhecer de perto as ações da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O encontro, que aconteceu no Cerimonial Solarium, no dia 12 de maio, contou com a participação de cerca de 50 empresários, que assistiram a uma breve apresentação sobre o cenário econômico. A iniciativa faz parte do projeto “Giro pelo Espírito Santo”. “A maioria do empresariado desconhece a força que temos no cenário político, econômico e social. Por isso estamos aqui”, afirmou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.

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O terreno que abriga igreja do século XIX está abandonado e destruído, mas, com a doação, a prefeitura terá mais autonomia para garantir a preservação e a revitalização. O Executivo municipal já tem um projeto e busca parcerias para restaurar o sítio histórico, especialmente a igreja de São José do Queimado, datada de 1849, ícone da Insurreição de Queimado, considerada um marco na história da escravidão no Brasil. O prefeito Audifax Barcellos acredita que, no prazo de cinco anos, será possível concluir a obra.

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, e o reitor da União de Escolas de Ensino Superior Capixaba (Unesc), Pergentino de Vasconcelos Junior, assinaram um convênio de cooperação entre as entidades no dia 29 de abril para garantir a inovação e a competitividade da indústria capixaba. A iniciativa tem como objetivo promover atividades de pesquisa acadêmica utilizando os laboratórios da faculdade para a educação industrial, nos municípios da Serra e de Colatina. “A indústria capixaba precisa buscar inovação e a conhecimento para ser cada vez mais competitiva no mercado, e a Unesc oferece laboratórios modernos e um quadro de docentes de alto nível, capaz de contribuir para a formação profissional dos trabalhadores do setor produtivo de nosso Estado”, afirmou Marcos Guerra.

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ES BRASIL PERGUNTA

Cláudio de Moura Castro Economista, professor, pesquisador, colunista e autor de mais de 300 artigos e 35 livros, entre eles “Os Tortuosos Caminhos da Educação”, Claúdio de Moura Castro defende uma nova visão sobre a economia do conhecimento, em que a riqueza mais preciosa está nos cérebros bem lapidados. O especialista esteve em Vitória para participar do evento “Diamante Lapidado”, realizado pelo Instituto Ponte com o objetivo de chamar a atenção à valorização de bons alunos oriundos da rede pública e apresentar o programa Bom Aluno, a ser lançado em julho deste ano no Espírito Santo. Nos últimos anos houve um aumento no repasse de verbas federais para a educação. Mas os índices do chamado analfabetismo funcional, por exemplo, ainda são astronômicos. Esse montante tem sido empregado de forma correta? As melhorias no ensino brasileiro são significativas? ESB

Comparado com outros países, o ensino brasileiro até que avançou bastante, sobretudo na expansão da matrícula em todos os níveis. A qualidade também avançou, mas muito modestamente. Como começamos de um patamar muito baixo, estamos escandalosamente aquém do que se esperaria. O analfabetismo funcional é o pior de todos os problemas, pode ser considerado um barômetro de CM

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todos os outros. Hoje, já estão todos na escola. Falta aprender. Infelizmente, cerca da metade dos alunos chega à 4ª série sem estar plenamente alfabetizado. Em uma escola decente, isso é assunto para o primeiro ano. A educação básica é municipal e estadual. O Ministério da Educação (MEC) não pode fazer milagres no quintal dos outros. Mas bem que poderia gastar melhor o seu dinheiro. São muitos programinhas, uns interessantes, outros bobocas. Mas não há massa crítica, é tudo meio pulverizado. O foco do MEC deveria sempre estar atrelado aos resultados da avaliação que ele próprio realiza, aliás, bastante bem. Isso começou a ser feito, mas se perdeu no turbilhão dos programinhas.

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ESB No Brasil é comum ver a escola como única responsável pela educação. Muitos pais, por trabalharem o dia todo, nem sequer participam de reuniões para saber o desempenho e as dificuldades dos filhos na escola. Essa ausência de envolvimento é um dos agravantes da falta de qualidade ideal da educação? CM O problema com os pais não é de tempo. Os pais chineses, coreanos e japoneses não trabalham menos. O problema é de valorização ou não da escola. O pai não precisa ir à escola, há telefone, há boletins, há o “para casa”. De longe, esse desinteresse é o grande culpado da ruindade do nosso ensino, por duas razões. Em primeiro lugar, porque


os filhos ficam desatendidos. Em segundo porque mandam a mensagem para os políticos de que educação não interessa muito. Está mais ou menos bem. Os políticos decodificam essa mensagem e não fazem quase nada. ESB O senhor esteve no Espírito Santo para lançar o Programa Bom Aluno, que seleciona crianças e adolescentes com inteligência acima da média. Qual a realidade da educação brasileira em relação aos grandes talentos?

Talento no esporte é algo que jamais será desperdiçado no Brasil. Na educação, os alunos brilhantes de famílias prósperas são identificados e recebem o diferencial de tratamento que se justifica. Entre os pobres, é como se esses diamantes ficassem perdidos no cascalho e acabassem descartados. Na verdade, há mesmo uma ideologia dentre os educadores que ordena manter todos juntos na mesma sala de aula, os surdos que não ouvem nada e os gênios que não se ajustam. Tanto na órbita soviética como no âmago do capitalismo, o talento é bateado e recebe tratamento diferenciado. No Brasil é pecado. CM

Quantos programas similares existem no Brasil, quais os critérios de seleção? ESB

CM Podemos falar de quatro mais ou menos grandes: Bom Aluno, Ismart, Escola Embraer e Fundação José Carvalho. Felizmente, estão aparecendo alguns novos e extensões dos existentes, como o Bom Menino, no Espírito Santo.

ESB Que diferenciais são disponibilizados aos alunos nesses programas? CM Ismart e Bom Aluno têm modelos semelhantes. Podemos falar de duas fases. Inicialmente, precisam de um reforço no contraturno, para aprender o currículo convencional, o que tende a não acontecer nas péssimas escolas em que estudam. No Ismart e no Bom Menino, são dois anos para tirar o atraso. Em seguida, são matriculados nas melhores escolas privadas da cidade e acompanhados muito proximamente. Além disso, há detalhes aqui e acolá que diferenciam uns dos outros. Embraer e Fundação José Carvalho são escolas exclusivamente para alunos talentosos de classe baixa. São selecionados por concurso à entrada do ensino médio. São escolas ambiciosas e muito bem manejadas. Os resultados são também excepcionais. Mesmo observadores qualificados que conhecem bem os programas não são capazes de dizer ao certo qual o melhor modelo.

Os alunos brilhantes de famílias prósperas são identificados e recebem o diferencial de tratamento que se justifica. No caso dos pobres, é como se esses diamantes ficassem perdidos no cascalho e fossem descartados”

ESB Qual o percentual de alunos “bemsucedidos” nesses programas? Há casos de pessoas selecionadas que desistiram no meio do caminho?

Dada a adoção de sistemas muito aperfeiçoados de seleção, as perdas são bem pequenas. A proporção que entra em cursos superiores é próxima de 100% dos que terminam o médio. Os fracassos costumam resultar de conflitos com famílias que não apoiam ou não acreditam no programa. Outra medida de sucesso é a boa aceitação dos alunos pelos colegas mais ricos e suas famílias. Essa é uma constante no Bom Aluno e no Ismart. E também o impacto positivo dos alunos em suas próprias famílias. Ouvi o depoimento de um aluno do Ismart, dizendo que sua mãe havia feito o vestibular por sua influência. CM

Se pudesse modificar a Política Nacional de Educação, que eixos estratégicos adotaria? ESB

CM Em um mundo ideal, começaria jogando no lixo o Plano Nacional de Educação (PNE). Nele, a única coisa que presta são as metas, tomadas emprestadas do Todos pela Educação, que é uma iniciativa privada. O resto é entropia. Aliás, em suas linhas gerais, o ensaio do Mangabeira é muito melhor, embora não seja propriamente um plano para a educação. A estratégia de implementação é onde o bicho pega. *O livro “Paixão: um ensaio sobre a personalidade”, de Roberto Mangabeira Unger, filósofo e teórico social brasileiro, atual ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

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ECONOMIA

LUCIENE ARAÚJO

OS DESAFIOS LOGÍSTICOS DO ES FRENTE À CRISE ECONÔMICA MELHORIAS APONTADAS COMO PRIORITÁRIAS PELA CNT NÃO DEVERÃO SER REALIZADAS ESTE ANO

O

crescimento da economia está diretamente ligado à eficiência e à eficácia logística dos municípios, dos estados e do país. E essas condições ideais passam necessariamente pela infraestrutura de rodovias, ferrovias, hidrovias, aeroportos e portos, bem como de outros equipamentos associados à operação do transporte de cargas e pessoas – armazéns, estações aduaneiras de interior (portos secos), pontos de fronteira, aeródromos públicos e terminais hidroviários, além da necessária integração dos modais. Reduzir os custos, aumentar a competitividade e oferecer mais segurança e conforto aos transportadores e à população são obstáculos que precisam ser vencidos há décadas não apenas pelo Espírito Santo, mas por todo o Brasil. Anualmente, a Confederação Nacional de Transportes elabora o Plano CNT de Transporte e Logística (PNL), que enumera os principais projetos e identifica os investimentos necessários à infraestrutura brasileira. Obras que, considerando a significativa participação econômica do setor de 14

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transporte no Produto Interno Bruto (PIB), impactariam de forma bastante positiva na economia nacional. Em 2014, a CNT publicou a 5ª edição do PNL, identificando o conjunto de intervenções prioritárias para reduzir tempo e custo das operações. Na elaboração das propostas, o setor levou em conta a situação atual das diversas modalidades de transporte, analisando características operacionais, abrangência no território, evolução da demanda e da oferta, quadros institucional e regulatório, entraves na infraestrutura e principais desafios. Segundo a entidade, em todo o país, esse investimento deveria ser em torno de R$ 1 trilhão, sendo R$ 966,4 bilhões para os projetos regio-nais, mais R$ 20,8 bilhões para os projetos integrados, que passam por mais de um estado, entre outros. Do montante apontado como necessário para os investimentos regionais, R$ 427,1 milhões são destinados à região Sudeste; e para o Espírito Santo, os especialistas identificaram a necessidade de R$ 11,8 milhões.


Mais de 60% do transporte de cargas no Brasil é realizado por rodovias, mas a maioria das estradas não apresenta condições ideais de segurança

No entanto, um Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) aquém do mínimo necessário, o baixo percentual do PIB voltado às melhorias de infraestrutura e a falta de condições atrativas aos investimentos privados são fatos que distanciam uma real mudança no cenário logístico nacional. Segundo o PNL, a redução do aporte público em infraestrutura foi crucial nos últimos anos: em 1976, o recurso correspondia a 1,8% do PIB; em 2013 apenas a 0,3%. A dificuldade de execução e gerenciamento do Governo Federal, para CNT, agrava o problema. Parte dos investimentos públicos, mesmo autorizados, não é realizada. Em 2013, dos R$ 19,1 bilhões liberados para o setor, apenas R$ 12,5 bilhões foram pagos. O PNL foi apresentado ao Executivo, mas as expectativas se mostram negativas quanto à liberação de verbas este ano. Os quadros corroboram. Entre as melhorias urgentes ao Espírito Santo estão as obras do Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, prometidas desde 2004, pelo ex-presidente Lula. Este ano, houve novas promessas de Brasília de que as intervenções entrariam na lista de prioridades da União, o que não aconteceu. “Se há cortes na área social, imagine em relação à infraestrutura? A obra do aeroporto pode entrar no sistema de privatização. Se isso acontecer, volta para o final da fila”, alerta o deputado federal capixaba Max Filho (PSDB). “Estamos vivendo uma herança maldita do primeiro governo de Dilma. Em 2014, tivemos o maior déficit público da série histórica, o pior rombo no país, para bancar um projeto de poder”, dispara. Para ele, o Congresso deve contribuir no combate aos equívocos de gestão, mas a solução está mesmo na experiência dos tigres asiáticos, que a cada crise investiam mais em educação, em mão de obra qualificada. “A pátria educadora precisa sair do discurso”, defende.

“A obra do aeroporto, que já estava licitada, pode entrar no sistema de privatização e, se isso acontecer, nosso terminal volta para o final da fila” Max Filho, deputado federal

“O mercado trabalho com expectativa de que a desvalorização cambial seja mantida, e isso faz com que as exportações se tornem mais atrativas” - Luiz Paulo Vellozo Lucas, presidente do Bandes

O Governo acena para uma política de concessões, mas o empresariado reclama que as condições não se mostram atrativas aos investimentos privados. Na avaliação do presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar) e membro do Conselho da CNT, o desempenho da economia aponta para a necessidade de mudanças de postura do Planalto junto à iniciativa privada. “Não acredito que haja avanços este ano junto ao Governo Federal quanto a liberação de recursos para as obras elencadas no PNL, melhorias fundamentais para ter condições reais de competitividade e crescimento. O Governo até acena para um plano de concessões, mas a entrada dos grandes investidores depende de melhores condições, desde menos entraves burocráticos, passando pela segurança jurídica dos contratos, até percentuais de lucros maiores. Nenhum grupo brasileiro ou internacional vai investir bilhões se não tiver total segurança de que irá ganhar dinheiro em um prazo razoável”, explica Rocha Júnior. Mais de 60% do transporte de cargas no Brasil é realizado por meio das rodovias, enquanto pouco mais de 21% da carga é movimentada por ferrovias, operadas por empresas privadas. Por hidrovias, terminais portuários fluviais e marítimos, circula 14% da carga transportada pelo país e, pela via aérea, apenas ES Brasil • Maio 2015

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INVESTIMENTOS MÍNIMOS NO SUDESTE - EM R$

0,4% (CNT, 2011). Daí a importância tanto de se manter as rodovias em condições ideais de utilização em segurança, quanto de se ampliar os outros modais. Falta conexão entre as zonas rural e urbana, com exceção do de São Paulo, que abriga a maior parte das indústrias do país, responde por 32,6% do PIB brasileiro (IBGE, 2013) e é o único a apresentar uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão conectadas à capital por uma rede que inclui rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê, além de ostentar o principal aeroporto do país, Guarulhos, e o maior porto organizado, líder de movimentação de carga, o de Santos. Na lista de projetos de Integração Nacional, o Espírito Santo está no Eixo Litorâneo e, dentre as intervenções rodoviárias mais importantes à melhoria das condições de transporte, num montante de R$ 178,2 milhões, estão a duplicação de 1.712 km da rodovia BR-101, cujos trechos mais longos situam-se entre Mucuri e Jandaíra (BA), com 956 km, e Porto Real do Colégio a Novo Lino (AL), com 238 km. Em terras capixabas, essa extensão é de 20 km, que deverão ser construídos no município da Serra. Há ainda a duplicação de 156 km da BR-262 compreendidos entre Iúna e Viana.

“Não acredito que haja avanços este ano junto ao Governo Federal quanto a liberação de recursos às obras elencadas no PNL, melhorias fundamentais para que o país tenha condições reais de competitividade e crescimento” - Waldemar Rocha Júnior, presidente da Fenamar

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Minas Gerais – 155.401.299.221,47 São Paulo – 196.557.203.307,60 Rio de Janeiro – 65.942.155.814,18 Espírito Santo – 11.808.602.126,63

Total de investimentos:

427.153.158.569,88 “Não é de hoje que o Espírito Santo depende de verbas federais para melhoria de infraestrutura de transportes. E não estou me referindo apenas ao modal rodoviário. Há décadas, precisamos dessa verba para otimizar nossos modais portuário, aéreo e ferroviário. Mas sempre esbarramos na burocracia federal para o envio desse montante. Ouso, inclusive, dizer que em se tratando de Espírito Santo, a burocracia do Governo Federal em liberar verba é quase tão histórica quanto nossa vocação logística. Falando especificamente das nossas rodovias, sofremos com seu traçado dos anos 1960 e com sua demanda reprimida, o que gera pouca segurança e baixa produtividade”, enfatiza o presidente da Federação de Transportes do Espírito Santo (Fetransportes-ES), José Antonio Fiorot. As previsões do dirigente são bastante negativas para as atividades do transporte, que, segundo ele, estão envoltas no clima de incertezas políticas e macroeconômicas, fatores que reduzem a confiança dos empresários de todos os setores de produção. “Esse cenário faz com que já pensem em segurar investimentos para o próximo ano. Estamos vivendo ilhados em más notícias: queda dos negócios, inadimplência, aumento do desemprego e restrição de crédito


no mercado. Isso é geral, e no setor de transportes temos alguns ingredientes a mais: baixa drástica na operação e na movimentação de produtos e pessoas. Importante lembrar que, sem infraestrutura adequada, não há setor que resista. Se as verbas não chegarem, nossa perspectiva é de um dos piores cenários que já vivemos”, conclui. O que fazer então? Quais alternativas cabem ao Espírito Santo? O presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Marcílio Machado, faz mea-culpa e questiona a postura empresarial. “Estamos usando todo o potencial de colaboração mútua para obtermos alternativas ao grave problema de limitação de calado, de evasão de cargas para outros estados, de fretes internacionais mais caros e transit time maiores?”. Para ele, a palavra-chave deve ser colaboração. “Necessitamos nos unir, nos fortalecer como entidades e como Estado pujante que poderemos voltar a ser, em busca das respostas governamentais e do crescimento que almejamos e precisamos”, destacou Machado. Nos últimos 23 anos, o setor de comércio exterior foi responsável pela geração de cerca de R$ 25 bilhões em ICMS das importações

“Se olharmos o mercado norte-americano, uma economia de US$ 13 milhões, tem oportunidade para todos. Falta vontade política, falta ação” - Marcílio Machado, presidente do Sindiex

O ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NO PNL - EM R$ AEROVIÁRIA Ampliação do aeroporto - 316.008.000,00 Ampliação da estrutura de carga - 191.400.000,00 Melhorias na pista do aeroporto - 83.911.126,98

NAVEGAÇÃO INTERIOR Aquisição e melhorias de embarcações de passageiros 12 unidades (un) - 147.765.538,87

FERROVIÁRIA Eliminação de gargalos - 11 un - 43.457.696,23 Construção de ferrovia - 226 km - 1.387.549.058,82

PORTUÁRIA Acessos terrestres ao porto - 18 km - 245.520.000,00 Ampliação de profundidade - 9.000.000 m³ - 620.347.200,00 Área portuária - 7 un - 838.717.440,00 Construção de porto - 7 un - 1.832.956.840,00

RODOVIÁRIA Adequação de rodovia - 306 km - 291.467.916,52 Duplicação de rodovia - 156 km - 1.451.570.259,71 Recuperação do pavimento de rodovia - 382 km - 685.747.966,75 Construção de rodovia - 443 km - 1.961.072.407,13 Construção de via urbana - 19 km - 406.322.058,35 Implantação de corredor expresso ou BRT - 35 km - 946.616.000,00 Pavimentação de rodovia - 15 km - 156.640.000,00

TERMINAL Adequação de terminal de passageiros - 4 un - 37.144.800,00 Construção de terminal de carga - 1 un - 60.000.000,00 Construção de terminal de passageiros - 4 un - 104.387.817,26

efetuadas pelos portos e pelo aeroporto do Estado; por mais de R$ 6 bilhões de repasse feito aos municípios capixabas; e por R$ 942 milhões em projetos de investimentos apoiados com recursos do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e que geraram mais de 6 mil empregos. Machado cita os Estados Unidos entre as possibilidades de novos acordos comerciais com o Espírito Santo. “Lá concorremos principalmente com os chineses, que têm produtos semelhantes aos nossos; mais baratos, porque não têm o mesmo rigor trabalhista que o nosso. Mas, se olharmos essa economia de US$ 13 trilhões, tem oportunidade para todos. Falta vontade política, ação”, argumentou. O secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Faria de Azevedo, tem uma colocação mais otimista. Mesmo diante do entendimento de que o Brasil passa por um momento de desafios em sua economia, ele avalia que o Governo Federal vem tentando implantar uma política para o ajuste fiscal das contas, visando ao retorno do crescimento do país; porém, alguns projetos de infraestrutura

“Em se tratando de Espírito Santo, a burocracia do Governo Federal em liberar verba é quase tão histórica quanto nossa vocação logística” José Antonio Fiorot, presidente da Fetransportes-ES ES Brasil • Maio 2015

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estão sendo remodelados e devem sofrer alterações em seus cronogramas. “O Governo capixaba está atento às movimentações federais e vem interagindo, inclusive com outros estados, para buscar soluções e parcerias que possam dar agilidade aos processos de infraestrutura que ampliam a nossa competitividade e a auxiliam na atração de novas empresas, pois entendemos que os equipamentos federais para a logística brasileira são extremamente importantes para o crescimento econômico do Espírito Santo”. Segundo Azevedo, uma das prioridades do Estado é trabalhar com a diplomacia ativa para despertar interesse de novos investimentos capazes de oportunidades de emprego e renda para os capixabas e, assim, fazer girar nossa economia. A estratégia é a de divulgação intensiva das potencialidade do Espírito Santo na atração de negócios de diversos setores, considerando o atrativo natural da localização geográfica. “O Governo do Estado está vendo o cenário econômico com bastante cuidado e feito ajustes na economia para recuperar nossa capacidade de investimento próprio” - José Eduardo Faria de Azevedo, secretário de Estado de Desenvolvimento

TENTATIVAS A economia dos Estados e dos municípios produtores de petróleo e gás natural, como é o caso do Espírito Santo, está particularmente vulnerável pela situação de crise orçamentária e pela mudança abrupta nas finanças desde o final de 2014, por causa da queda expressiva do preço do barril de petróleo no cenário mundial, que projetam grandes perdas de orçamento em 2015 e 2016. Entre as tentativas políticas de minimizar a crise e buscar a recuperação das economias estaduais e municipais, está o Projeto de Resolução 15/2015, dos senadores Rose de Freitas (PMDB-ES) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), que cria possibilidades de antecipação das receitas decorrentes da exploração do petróleo e gás natural. A proposta permite a Estados e municípios que tiveram perda de arrecadação da exploração de petróleo a contratação de empréstimos como antecipação de receitas. E determina que Estados e municípios apliquem 60% dessa antecipação de receitas em saúde e educação. Os 40% restantes poderão ter uso discricionário, ou seja, sem restrições, nos exercícios de 2015 e 2016. “Queremos, com essa proposta, que as prefeituras possam manter seus projetos sociais e gastos públicos, principalmente na área de saúde e educação, e possam ainda, nos próximos dois ou três anos, desenvolver outras fontes de receita”, defendeu a senadora.

Foto: Agência Senado

O PRS 15/2015 foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no dia 26 de maio, e aguarda inserção na pauta do Plenário do Senado.

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Quanto às expectativas para os próximos dois anos, o secretário considera que ainda é cedo para falar em números, mas acredita que o Brasil volte a crescer e que, consequentemente, esse avanço colabore para o desenvolvimento local. “Por isso, trabalhamos junto aos importantes atores de nossa economia. Este é um momento de cautela em que é necessário reduzir os custos e recuperar nossa capacidade de investimento”, garantiu. Diante da possibilidade de que a iniciativa privada assuma parte das melhorias logísticas, Azevedo destaca que o Governo Federal está estudando modelos de concessão de projetos estruturantes, como de rodovias e aeroportos, que agilizariam os processos de reformulação desses planos, incluindo Aeroporto de Vitória, e que as ferrovias, por exemplo, já estão previstas para serem implantadas por meio do modelo de concessão. “O Governo do Estado está vendo o cenário econômico com bastante cuidado e feito ajustes na economia para recuperar nossa capacidade de investimento próprio. Além disso, tivemos recentemente o Planejamento Estratégico, no qual foram priorizadas ações voltadas para o desenvolvimento social e a atração de novas empresas que possam criar emprego e renda com qualificação para a população nos próximos anos”, explicou. Outra medida que pode minimizar os impactos negativos na economia capixaba é intensificar as exportações, uma atividade que se favorece com a desvalorização cambial, aponta o presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Luiz Paulo Vellozo Lucas. “Essa mudança é uma oportunidade gerada pela crise. O mercado de trabalho atua com expectativa de que a desvalorização cambial seja mantida, e isso faz com que as exportações se tornem mais atrativas. Por isso, estamos estruturando arranjos comerciais entre possíveis compradores da costa oeste dos Estados Unidos e produtores capixabas de cafés especiais, cachaça artesanal, agronegócios e confecção. O momento é muito difícil, de crise de confiança, mas há caminhos”, garante.



ADILSON NEVES

GESTÃO

é professor, consultor em Gestão Estratégica e coach em Desenvolvimento Humano

O EFEITO LÍDER FAZ A ESTRATÉGIA ACONTECER ESTRATÉGIA É A PRINCIPAL TAREFA DOS LÍDERES NAS ORGANIZAÇÕES

Q

ualquer que seja a sua estratégia, ela tem um ponto de convergência: os clientes. Tudo começa e acaba com os clientes. Eu acabei de escrever mais um livro e escolhi o título “Estratégias & Liderança – os Segredos dos Grandes Líderes para o Crescimento Sustentável das Organizações” (Editora Ithala Curitiba – Paraná) porque aprendi nesses anos de andanças pelas empresas de que o fator líder faz toda a diferença na condução do negócio rumo ao sucesso. Sempre gosto de enfatizar: criar estratégia brilhante é fácil; o difícil é colocá-la em prática. Os líderes precisam construir a estratégia junto com o seu time, observando o mercado e antecipando ao máximo o futuro com criatividade e inovação. Porém, antes de aventurar-se a olhar o futuro, a estratégia correta começa quando entendemos a organização no presente, conhecendo os indicadores mais importantes, principalmente o fluxo de caixa, a margem de lucro, o volume de vendas, os custos fixos e variáveis, o ponto de equilíbrio, o giro do estoque, os investimentos, e sem se esquecer das competências dos integrantes da sua equipe; porque um bom nível de conhecimento é fundamental para o sucesso.

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Se a sua equipe tem necessidade de novas competências, é preciso treinar, treinar, treinar. Conhecimento é a chave que abre oportunidades para a organização. Saiba discernir bem quem é mais valioso para o seu negócio e para

O importante é identificar os pontos fortes de cada colaborador e fazer com que ele se torne ainda melhor. Grande parte dos atletas se torna campeã trabalhando seus pontos positivos exaustivamente” executar a estratégia. Fique de olho nos talentos e na positividade das pessoas. Desenvolva-os para o foco do que foi planejado. O importante é identificar os pontos fortes de cada colaborador e fazer com que ele se torne ainda melhor. Grande parte dos atletas se torna campeã trabalhando seus pontos positivos exaustivamente. A pessoa certa no lugar certo realmente faz a diferença.

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E estratégia tem que ser planejada, acompanhada e revisada porque não é estática, mas absolutamente dinâmica. E para acompanhar, é preciso reunir o time, ver o plano, discutir o que deu certo e o que precisa melhorar, montar planos de ação, responsabilizar os líderes com prazos bem balanceados, e executar. De nada vale um excelente plano sem implementação. Certamente não apresentei nada de novo até aqui, mas as organizaçõ es simplesmente não prat ic am o básico, o óbvio. E quero chamar a sua atenção de que há muit as op or tunidades no Brasil para quem quer investir, porque o ambiente empresarial nacional ainda oferece muitas chances para negócios inovadores. Investir com estratégia bem estruturada é mais inteligente, e a chance de sucesso é muito maior, principalmente se o empreendedor descobrir flancos e lacunas no mercado para inovar. Para finalizar, enfatizo que é preciso fazer da estratégia a sua causa, olhar para ela todos os dias e avaliar os avanços e os desvios de sua execução. Afinal, executar significa encarar a realidade, correr riscos e agir sobre ela, e assim, alcançar o sucesso.



FATOS POLÍTICA

A CRISE DO MERCADO IMOBILIÁRIO

Há cerca de 5 mil unidades “encalhadas” na Grande Vitória, principalmente na Serra

APÓS UMA DÉCADA DE CRESCENTE VALORIZAÇÃO, O SETOR VIVENCIA GRAVE ESTAGNAÇÃO, E A RETOMADA DO CRESCIMENTO ESTÁ DIRETAMENTE ATRELADA À RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA DO PAÍS.

A

descontinuidade em operações já consolidadas, tais como o Minha Casa Minha Vida, as os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de obras industriais e públicas no Estado e nos municípios, estão entre as causas que prometem marcar 2015 como um ano bastante difícil para o mercado da construção civil. Apesar da desvalorização do setor, Vitória está entre as capitais brasileiras com maior alta nos preços de imóveis usados, com aumento de 11,8% no preço do metro quadrado em 2014, fechando o ano com valor médio de R$ 5.027,00. No ranking capixaba as unidades usadas mais valorizadas, Vila velha ocupa o segundo lugar (R$ 4.125,00) e Guarapari aparece em terceiro (R$ 2.941,00). As dificuldades do segmento já vinham sendo observadas na área de obras públicas e obras industriais; e o que mantinha e sustentava os indicadores de crescimento da construção civil ainda era o mercado imobiliário. Agora, os índice de queda também no volume de negócios imobiliários já afetam o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da atividade. A Grande Vitória, com exceção da capital, acompanha o cenário brasileiro. “O mercado imobiliário nacional vem sofrendo com a crise instaurada desde janeiro/2015. Na Grande Vitória não é diferente. A queda dos lançamentos imobiliários deve representar mais de 50%. Os estoques de imóveis novos estão se reduzindo, por meio de muitas ofertas e promoções”, explica o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Aristóteles Passos Costa Neto. 22

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Os estoques na Grande Vitória representam algo próximo de 5 mil unidades e, nos últimos 12 meses, o pior resultado foi registrado na Serra, em função da grande oferta de imóveis econômicos. Além de deter a maioria das opções disponíveis para venda, a Serra também amargou a maior redução de empreendimentos, consequência dos lançamentos em excesso nos últimos 36 meses. Esse resultado fez com que ocupasse o quinto lugar

“Os novos empreendimentos a serem lançados virão com preços maiores. Afirmo com absoluta convicção que o momento é melhor para quem compra” – Aristóteles Passos Costa Neto, presidente do Sinduscon-ES


no ranking nacional entre as cidades com o preço médio do metro quadrado de imóveis usados mais barato, no valor de R$ 2.500,00, enquanto o primeiro lugar é de Paranimirim (RN), com média de R$ 2.162,00. Mas, se o momento é ruim para o setor, para quem compra é muito bom, garante Costa Neto. “Os imóveis em estoque estão mais baratos, sendo ofertados com promoções muito atraentes. Isso não representará queda de preços do mercado.O momento é pontual e reflete a necessidade de desova de estoques.Os novos empreendimentos a serem lançados virão com preços maiores. Afirmo com absoluta convicção que o momento é melhor para quem compra”, destaca o presidente. O presidente do sindicato avalia ainda que os lançamentos em Vila Velha refletem a paralisação que ocorreu em 2014 por conta da indefinição do Plano Diretor Municipal (PDM). “Os preços estão compatíveis com os custos de produção. Todavia, mercado é o equilíbrio entre oferta e demanda. Se não houver compradores para os lançamentos, o mercado não se desenvolve”, observa. Em abril deste ano, o índice da construção civil no Espírito Santo calculado pelo Sinapi-ES (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) apresentou avanço de +0,34% em abril, em relação a março de 2015, e de +6,07% no acumulado em 12 meses. Com isso, registrou custo médio por metro quadrado de R$ 841,91. O CUB-ES (Custo Unitário Básico), índice que reflete o ritmo dos preços de materiais de construção da mão de obra no setor, de equipamentos e despesas administrativas, subiu +0,26% na análise mensal e +8,70% nos

M² MAIS VALORIZADO NO ES - EM R$

5.027

Vitória

4.125

Vila Velha

2.941

Guarapari

Fonte: Sinduscon-ES

últimos 12 meses, alcançando neste mês um custo médio por metro quadrado de R$ 1.183,18. O setor não acredita em uma recuperação do mercado ainda para este ano. “Entendemos que os ajustes necessários identificados pelo Governo Federal são muito duros e certamente representarão um recolhimento das empresas e do mercado. Talvez em 2016 possamos enxergar um horizonte mais promissor. Temos que observar que toda a economia pisou no freio, ou seja, as grandes indústrias recolheram seus projetos de investimentos.União, Estados e municípios promoveram revisão se seus investimentos com paralisação de obras não prioritárias e o consumidor de imóveis está inseguro para investimentos, de médio e longo prazos. Como o setor da construção civil depende fundamentalmente do mercado interno forte, este ambiente desejável está comprometido”, finaliza Costa Neto.

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SÉRIE

VITOR TAVEIRA

Foto: Jorge Dominguez

O Chile possui tratados de livre comércio com comunidade andina, Nafta e China

CHILE: UM MERCADO ESTÁVEL E ABERTO PARA FAZER NEGÓCIOS COM ECONOMIA DIVERSIFICADA, PAÍS É O QUARTO ENTRE OS DA AMÉRICA LATINA NO COMÉRCIO COM O ESPÍRITO SANTO

C

om uma área menor que a do estado do Mato Grosso, o Chile abriga em seu território mar, cordilheira, deserto, lagos e glaciais. Mas não se trata de um país diverso apenas em sua paisagem. Apresentando uma das economias mais abertas da América do Sul, possui ainda uma pauta de importações bastante diversificada, gerando ótimas oportunidades para o empresariado brasileiro, incluindo aí os empreendimentos capixabas. “O Chile é conhecido por seu ambiente favorável aos negócios. É um país pacífico, com uma democracia consolidada e instituições sólidas”, resume Daniel Leitão, chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Santiago, a capital. Selma Nunes, ex-presidente e atual advogada da Camara Chileno Brasileña de Comercio (CCBC), reforça esse entendimento. “As empresas brasileiras olham o mercado chileno com grande interesse, pois há um modelo econômico aberto e estável, que favorece o investimento e o comércio”. Ela destaca a confiabilidade, a segurança jurídica, a facilidade de acesso ao crédito e a boa logística como atrativos locais, além da geografia estratégica como plataforma de escoamento pelo Oceano Pacífico, o que pode ser facilitado com o megaprojeto de construção 24

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do Corredor Bioceânico Aconcágua, que pretende ligar o Atlântico ao Pacífico para facilitar as relações comerciais e o trânsito de pessoas na chamada região do Cone Sul. Nos últimos anos, o Chile tem mantido sua trajetória de expansão, embora a desaceleração mundial venha freando um pouco o resultado do país, que por ser um dos mercados mais abertos do continente, também se torna mais sensível às mudanças externas. Seu crescimento foi acima dos 4% durante quatro anos, mas o ritmo do avanço foi reduzido a partir de 2014. Selma Nunes entende que, mesmo que variações dependam mais das condições externas do que do próprio Governo, frente ao cenário, o país se mostra preocupado com as cifras menores e espera ações do Executivo para reativar a ascensão. “Os fundamentos da economia chilena seguem sólidos, e a expectativa é de que o ritmo de crescimento retome o patamar anterior no futuro próximo”, diz Daniel Leitão. De acordo com o funcionário do Itamaraty, as relações com o Brasil são muito boas e crescentes, de modo que o nosso país possui hoje o quarto maior fluxo comercial e de investimentos para o Chile, com uma pauta bastante diversificada. Apenas entre


Donos de um paladar bastante agradável e um custo-benefício relativamentebaixo, os vinhos representam 46% dos produtos chilenos importados pelo Espírito Santo

Os setores industriale de serviços representam maisde 9,6% do PIB chileno

2009 e 2013, o avanço foi de 65,3%, saltando de US$ 5,3 bilhões para US$ 8,8 bilhões. Leitão lembra que o tratado de livre comércio entre o Chile e o Mercosul, assinado há 18 anos, contribui no processo de redução tarifária. “As perspectivas para os próximos anos são as melhores possíveis, dado o excelente estado das relações bilateriais. Ademais, diversas iniciativas públicas e privadas vêm buscando promover a aproximação entre os empresários dos dois países”, comenta.

RELAÇÃO COM O BRASIL Nas relações comerciais com o Brasil, o item campeão em exportações para o Chile é o petróleo (27,72%), seguido de carnes (5,53%) e de uma ampla gama de produtos com índices menores que 3%, de acordo com os dados do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para o período de janeiro a abril de 2015. Nesse intervalo, o total das vendas ao mercado chileno chegou a US$ 1,18 bilhão. Entre as importações brasileiras, o destaque são os minerais, especialmente os derivados de cobre, principal produto de exportação chileno. Além disso, salmão e vinhos também aparecem entre as mercadorias mais compradas pelos brasileiros. No comércio exterior capixaba, o Chile ocupa o quarto lugar entre os latino-americanos em importações e é o quinto em exportações, correspondendo, respectivamente, a 1% e 0,4% do montante negociado internacionalmente pelo Estado.

Entre todos os países do mundo com que o Espírito Santo se relaciona comercialmente, o Chile é 22º no ranking de importações capixabas e 32º em exportações. Os números de janeiro a dezembro de 2014, coletados pelo MDIC e divulgados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex), indicam outros componentes como os mais importantes nas transações capixabas com o Chile: laminados de ferro e aço, que dominam mais da metade da pauta de embarques, e café, com 20%. Nas importações capixabas lideram vinho (50%) e leite em pó (21%). De acordo com Vanderlei Martins, diretor comercial do Supermercado Carone, o vinho chileno ocupa cerca de 50% das vendas de rótulos da bebida importados pelo Espírito Santo, contra uma média de aproximadamente 30% a 35% em nível nacional. “Os capixabas são considerados os maiores consumidores

“A cultura chilena é muito moderna para negócios. É descomplicada e muito simples, mas também é muito criteriosa quanto ao crédito ou formação dos negócios” – Vanderlei Martins, diretor comercial dos Supermercados Carone ES Brasil • Maio 2015

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Exponor Setor: Mineração Data: Maio Cidade: Antofagasta Site: www.exponor.cl

FEIRA DE NEGÓCIOS

Edifica Setor: Construção civil Data: Outubro Cidade: Santiago Site: www.feriadelaconstruccion.cl

Espacio Food & Service Setor: Alimentação Data: Novembro Cidade: Santiago Site: www.foodprocess.cl Palácio La Moneda, sede do governo, tem pátios abertos ao público e cerimônia de Troca de Guarda, de 2ª feira a sábado

Expo Hospital Setor: Hospitalar Data: Julho Cidade: Santiago Site: www.expohospital.cl Expo ambiental Setor: Meio ambiente Data: Julho Cidade: Santiago Site: www.expoambiental.cl

CONTATOS DE APOIO AO EMPRESARIADO

Mais feiras: http://www.fisa.cl

per capta de vinhos do Chile no Brasil, segundo dados de seus importadores e produtores”, informa Martins. A vantagem do produto da terra das cordilheiras, afirma, está na ótima relação custo-benefício, além de um bom trabalho de marketing e da grande confiabilidade do consumidor em relação a marcas já consagradas no Brasil.

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO “O Chile é um mercado consumidor muito aberto e competitivo, pois mantém acordos de livre comércio com todas as principais

“As perspectivas para os próximos anos são as melhores possíveis. Diversas iniciativas públicas e privadas vêm buscando promover a aproximação entre os empresários dos dois países” – Daniel Leitão, chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Santiago 26

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Embaixada do Brasil em Santiago (Setor de Promoção Comercial) Site: www.santiago.itamaraty.gov.br E-mail: secom.santiago@brasilglobalnet.gov.br Telefone: (+562) 2876-3400 Camara Chileno Brasileña de Comercio Site: www.camarachilenobrasilena.cl E-mail: gerencia@camarachilenobrasilena.cl Telefone: (+562) 2231-1144

economias do mundo. Os produtos brasileiros não pagam qualquer imposto de importação para entrar aqui, mas seus concorrentes de outros países provavelmente tampouco pagarão ou pagarão alíquotas reduzidas”, pondera Daniel Leitão. Ele ressalta que os investimentos brasileiros por lá são bastante diversificados, com negócios de grande porte nos setores financeiro e industrial, além de uma presença crescente na área de serviços de tecnologia da informação e de boas oportunidades para fornecedores da indústria de mineração. Selma Nunes destaca a ampla interação entre os países no setor energético, assim como a possibilidade de apostas em outros ramos, como serviços, infraestrutura, alimentos e turismo. O diplomata cita as largas portas em torno da cadeia produtiva da mineração, que é complexa e consome uma gama de produtos e serviços mobilizadores de vastos recursos financeiros. Além disso, a construção civil é um setor dinâmico e em alta. “Com o rápido avanço da economia chilena, tem havido muito investimento na ampliação da estrutura física na construção de escritórios e habitações”. A Embaixada Brasileira em Santiago recomenda aos empresários interessados em fazer negócios com o Chile uma consulta ao banco de dados disponível no guia on-line de comércio exterior do Governo Federal, o Brasil Export. “O nosso cadastro de importadores chilenos é bastante completo, identificando quem importa, o quê, de quem, em que quantidade e a que preço. Também informamos as condições para a importação, a aplicabilidade dos impostos e as exigências técnicas”, explica.


PRINCIPAIS PRODUTOS DO COMÉRCIO DO ESPÍRITO SANTO COM O CHILE (Janeiro a dezembro de 2014) IMPORTAÇÕES Vinhos

50%

EXPORTAÇÕES Laminados de ferro/aço

57%

Leite em pó

Café

Pêssego em conserva

Chocolate

21%

10%

20% 4%

Fonte: MDIC / Sindiex

PRIMEIRO PASSO: VISITAR PAÍS Conhecer a realidade local de forma direta e participar de feiras é uma das recomendações tanto da CCBC como do Itamaraty para os empresários que querem ingressar no mercado chileno. As intermediações para contatos com potenciais parceiros podem ser feitas com a própria Embaixada ou com a Câmara, além dos bancos brasileiros presentes naquele país, como Banco do Brasil, Itaú e BTG Pactual. Na opinião de Selma Nunes, associar-se a um empreendedor local pode facilitar a entrada no mercado chileno, além de buscar ajuda confiável para realizar os trâmites necessários. Para executar as transações internacionais, Leitão recomenda contar com o apoio de advogados, que podem inclusive ser consultados entre os vários escritórios jurídicos associados à Câmara. “É importante entender a etiqueta cultural e de negócios, pois se trata de países bem diferentes. No Chile, a ordem hierárquica está bem definida, é preciso respeitar isso, o país é conservador e formal”, alerta a advogada. Segundo ela, os chilenos são bem pontuais e esperam o mesmo da outra parte. Antes da reunião é interessante realizar conversas preliminares. O bom humor é bem-visto, embora as reuniões tenham um tom mais sério. “No nível mais alto de negociação, os executivos normalmente toma as decisões. Isso evidencia que a cultura empresarial chilena não é tão burocrática como a de outros países da América Latina”. Vanderlei Martins, que viaja a negócios para lá constantemente, afirma que a experiência é quase sempre muito boa e agregadora, devido ao grande profissionalismo dos anfitriões. “A cultura chilena é muito moderna para negócios. Eles são descomplicados e muito simples no tratamento, assim como cordiais e receptivos. Mas também são muito criteriosos quanto ao crédito ou à formação dos negócios”, declara, lembrando que em seu setor, o bom conhecimento por parte dos chilenos da legislação brasileira e dos trâmites fiscais e alfandegários é outra facilidade. O convite está feito para conhecer esse belo país sob a ótica dos negócios. Um brinde ao Chile! Próxima edição Dando continuidade a nossa série América Latina Novas Fronteiras , conheça as oportunidades de negócios com o Equador.

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EUSTÁQUIO PALHARES

SOCIEDADE

é especialista em Comunicação Empresarial

PROCURAM-SE ESTADISTAS SOCIEDADE PRECISA DE GESTORES CAPAZES DE INFLUENCIAR SEUS RUMOS

N

o Brasil, além do apartheid social, gerador de bolsões de exclusão que passam a se tornar o cenário de estados paralelos, é visível a separação entre Estado e sociedade. O Estado, que surge como uma elaborada invenção social para instituir uma instância de mediação de conflitos da sociedade, mais se serve dela do que a ela atende, conforme o propósito que o fez surgir. A dicotomia, nenhuma novidade, explica-se pelo processo histórico que remete à nossa deformada formação cultural e política. O Brasil foi o palco de um processo colonizatório predatório, diferentemente de outros países, onde o fluxo populacional resultou na fundação de nações. Aqui, o povo não participou da nossa formação institucional, foi um coadjuvante, no máximo. Aprestamo-nos somente à espoliação estrangeira num processo em que o país apenas se submetia a ser extorquido, explorado, assaltado por uma presença “colonizatória” que purgava uns tempos nestes tristes trópicos para tornar aos países de origem com a prosperidade assegurada pela pilhagem. Tempo dos nobres que se vangloriavam de terem as mãos sedosas, sem calos, dentro da ética católica de que o trabalho era uma expiação com a qual todos os descendentes de Adão deveriam purgar a sua transgressão no Paraíso, quando o trabalho se tornou uma maldição.

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CABEM TODOS? A questão da superpopulação é óbvia, mas os governantes insistem em não conhecê-la. Há 40 anos cantávamos “.... 90 milhões em ação...”; hoje somos 205 milhões. Que sociedade consegue prover uma população que dobra em 40 anos; ou seja, que em 40 anos se reproduz no nível em que chegou depois de 470 anos? Se considerarmos que a população

Desalentadora é a absoluta rarefação de homens públicos com dimensão de estadista, aquela estirpe de pessoas que se colocam à frente do seu tempo e reúnem qualidades para se alçarem a cargos onde podem influenciar os rumos da sociedade” economicamente ativa, em média, é de 45% da população, temos 92 milhões pro du z i n d o p a r a o c on su m o d e 200 milhões. E qual Estado ou qualquer outra instância consegue prover tais

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demandas a partir de uma base restrita de contribuição? Saúde, educação, saneamento, infraestrutura, habitação, transportes, etc... Temos sistematicamente negligenciado outras questões, como os novos formatos da família e a substituição da função desta na formação moral do indivíduo – papel que cabe à família, não à escola.Aliás, nossas escolas continuam no século XIX, preparando gente para o mercado, não para a vida. Padrões morais básicos, como o explícito naquilo que se denomina a Lei de Ouro de Todas as Religiões (judaísmo, cristianismo, hinduísmo, budismo e taoísmo), não nos são ensinados como fundamentos de cidadania: a) trate o outro como queres ser tratado, ou b) o mundo só muda se a gente mudar... O que se mostra desalentador nesse quadro é a absoluta rarefação de homens públicos com dimensão de estadista, aquela estirpe de pessoas que se colocam à frente do seu tempo e reúnem qualidades para se alçarem a cargos onde podem influenciar os rumos da sociedade. As mudanças da sociedade operam-se organicamente, por exaustão de processos que se arrastam sem um olhar competente para identificá-los e propor alternativas, principalmente a do engajamento efetivo da sociedade e da construção compartilhada de uma agenda que identifique os desafios e ofereça alternativas de soluções.





ENTREVISTA

LUCIENE ARAÚJO

ROBERTO SHINYASHIKI

UM DOS NOMES MAIS REQUISITADOS NO MEIO EMPRESARIAL FALA SOBRE A ESTREITA RELAÇÃO ENTRE FELICIDADE E PRODUTIVIDADE 32

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Basta reparar no comportamento, na satisfação e nos resultados em termos de felicidade de uma pessoa ou uma equipe que tenha um chefe justo, envolvido, que trabalhe lado a lado com seus liderados e que reconhece o valor de cada um”

M

édico psiquiatra e escritor, Roberto Shinyashiki é também empresário, palestrante e doutor em Administração de Empresas, pela Universidade de São Paulo (USP). Sua experiência como assessor empresarial inclui o suporte a governadores, ministros de Estado, empreendedores, atletas olímpicos, artistas e outros que buscam realização profissional e pessoal. Na área educacional, desenvolve há mais de 20 anos programas que visam à melhora dos relacionamentos entre professores, alunos e pais. Autor de vários livros, entre eles “Louco Por Viver”, “Os Segredos dos Campeões” e “Você a Alma do Negócio”, Shinyashiki enfatiza o impacto que o bem-estar do funcionário causa na produtividade da empresa. É possível falar em um conceito de “felicidade”? O conceito de felicidade só existe no dicionário. Felicidade é algo como a fé, que a gente sente, percebe, mas não define. É algo que não está no plano do racional, e sim no das emoções, do sentir, do desfrutar. Não é um estado durável, mas uma sucessão de momentos felizes que se somam. Definir felicidade, do modo como as pessoas buscam fazer, é algo que não faz muito sentido. Medir a Felicidade Interna Bruta (FIB) é tão importante quanto medir o Produto Interno Bruto (PIB)? O FIB é um conceito que nasceu como uma possível justificativa para críticas que eram feitas ao rei do Butão, na década de 1970. Algo assim como uma resposta do tipo “Nosso povo é pobre em termos materiais, mas muito rico em felicidade”. O PIB leva em conta basicamente o fator econômico, enquanto o FIB enxerga o desenvolvimento pleno como uma soma do desenvolvimento material com o desenvolvimento espiritual. Olhando-se sob esse ângulo, eu diria que medir o FIB é até mais importante do que medir o PIB, porque a avaliação é mais ampla, mais completa. Minha única ressalva fica para o fato de que medir o FIB não é algo “tão simples” quanto medir o PIB. Tudo o que se define como parâmetros para avaliar o FIB não é ainda suficiente para chegar perto do que realmente seria “a quantidade de felicidade de um povo, ou de um indivíduo”. Qual a relação entre felicidade e produtividade? Uma relação matemática seria impossível de se estabelecer, e disso ninguém tem dúvida. Mas é inegável que um indivíduo feliz é muito mais produtivo que alguém que passe o dia reclamando da vida e contaminando todo o ambiente de trabalho com uma energia que não traz nenhum benefício a ninguém. A felicidade que você tem quando faz algo influi diretamente na sua produtividade, além de influenciar positivamente a produtividade de pessoas que estão ao seu lado. Afinal, ninguém se sente bem e produtivo tendo que conviver com alguém de mal com a vida.

Quais os “fatores geradores de felicidade” nas empresas? Há algum caso que possa “provar” essa relação? Bom reconhecimento, respeito, um bom ambiente de trabalho, bons relacionamentos, boa liderança, uma boa equipe, um trabalho digno e valorizado. Todos esses fatores, além de outros, influem diretamente na probabilidade de as pessoas serem mais felizes trabalhando em uma empresa. Eu não citaria um caso específico de empresa como exemplo, mas posso assegurar que é muito fácil perceber a influência desses fatores. Basta reparar no comportamento, na satisfação e nos resultados em termos de felicidade de uma pessoa ou de uma equipe que tenha um chefe justo, envolvido, que trabalhe lado a lado com seus liderados e que reconhece o valor de cada um, com o nível de felicidade e satisfação de quem trabalha com um líder egoísta, desleal e que procura trazer para si todas as glórias das conquistas e jogar para os outros as responsabilidades pelas derrotas. Além de benefícios financeiros, quais os ganhos com a “felicidade” dos funcionários? O principal ganho que vejo em uma empresa devido aos seus funcionários estarem felizes é a energia com que as pessoas executam suas funções. Isso gera dividendos maravilhosos para a empresa, em todos os sentidos: ambiente mais agradável de trabalhar, mais sinergia para tocar os projetos, mais união para buscar as metas, mais qualidade no trato com os clientes – sejam eles internos ou externos à empresa. Talvez não seja fácil notar isso em determinadas áreas da organização, mas sem dúvida alguma é muito claro perceber essa diferença em departamentos que fazem atendimento direto ao cliente. Um funcionário feliz atende melhor o cliente e faz com que ele volte a comprar da empresa e a sentir prazer em ser seu cliente. Mais ainda: a felicidade no atendimento a clientes é um dos principais fatores que ajudam a transformar esses clientes em fãs da empresa e da sua marca. A felicidade no trabalho depende das ações motivacionais ou do próprio funcionário? Felicidade é algo muito pessoal. Ninguém pode fazer você ser feliz e nem obrigá-lo a ser infeliz. Mas é claro que existem fatores externos que influenciam a felicidade do indivíduo. Quando o indivíduo não tem um elemento causador de infelicidade real (por exemplo, alterações na saúde que levem à depressão), ações motivacionais podem sim melhorar seu nível de felicidade. É sempre muito mais fácil ser feliz em um ambiente agradável e de boa convivência do que num local onde tudo tende a puxar você para baixo. ES Brasil • Maio 2015

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ENTREVISTA Qual o papel do líder na criação de um ambiente feliz e motivado? O líder precisa ser o referencial e o incentivador da boa convivência, do respeito mútuo e do reconhecimento de cada um dentro da equipe. Para isso, é necessário entender de gente, em primeiro lugar. Isso é fundamental para que ele possa compreender como motivar e despertar as condições na sua equipe para que a felicidade seja favorecida no ambiente de trabalho. Ele precisa ter a filosofia de ajudar a equipe a crescer, a dar o seu melhor, e ter a determinação de trabalhar com e para a equipe e não de ter a equipe trabalhando para ele. O líder precisa ter respeito e reconhecer os valores individuais dentro da equipe e estimular a todos para que tenham essa mesma atitude. Ele tem que criar as condições que a equipe precisa para realizar seus objetivos e se sentir bem trabalhando neles. Empresas brasileiras já acordaram para essa necessidade? Ainda é grande o número de empresa que “torcem o nariz” quando se fala em buscar a felicidade no ambiente de trabalho. Muitas delas ainda não começaram a perceber a importância de seus colaboradores estarem felizes. Porém, felizmente, nós já temos um bom número de empresários que abriram os olhos para o fato de que funcionários felizes produzem mais e melhor e ajudam a construir o nome e a marca da empresa com mais consistência e de modo mais duradouro. Esse é um processo que está acontecendo, mas ainda vai levar algum tempo para ser consolidado. Como promover essa ideia entre o setor produtivo nacional? A promoção dessa ideia já está acontecendo, e podemos perceber isso quando vemos uma atenção especial sendo dada para a área de inteligência emocional e também para os investimentos que muitas empresas vêm fazendo em promover os relacionamentos internos. Esses são bons sinais de que as empresas estão mais preocupadas com o bem-estar de seus

É inegável que um indivíduo feliz é muito mais produtivo que alguém que passe o dia reclamando da vida e contaminando todo o ambiente de trabalho com uma energia que não traz nenhum benefício a ninguém” 34

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colaboradores e com sua felicidade. As habilidades que têm a ver com a disposição psicológica para o trabalho vêm sendo cada vez mais valorizadas. A capacidade de lidar com as emoções desencadeadas pela pressão tem sido bem-vista, devido a todas as solicitações associadas à busca cada vez maior por resultados dentro das empresas. E como já afirmei, resultados melhores vêm de funcionários mais felizes. Uma forma clara de atuar no sentido de ampliar a divulgação dessa ideia é exatamente identificar, acompanhar e estimular esse processo que já está acontecendo. Caberia uma política pública para promover essa ideia no setor produtivo? Não acredito nisso. Acredito mais na necessidade do mercado como máquina movimentadora dessas mudanças. Felicidade no ambiente de trabalho, e seu consequente aumento de produtividade e de resultados, não é algo que se consegue por decreto. O que indicaria como tendência nas relações de trabalho? Acredito que, embora a tecnologia ainda esteja nos roubando do convívio com as pessoas – muitos se sentam para almoçar com um amigo e passam o tempo todo no celular, por exemplo –, a tendência é de uma reaproximação, até mesmo por necessidade. Na medida em que as pessoas sentirem que suportam melhor a pressão do mundo moderno quando têm um amigo do lado com quem conversar, desabafar, dividir as responsabilidades e buscar metas juntos, a tendência vai levar para a maior aproximação entre as pessoas. Some a isso o interesse cada vez maior do empresário pelos melhores resultados produzidos pela felicidade de seus colaboradores, e teremos duas forças caminhando na mesma direção: a da melhora dos relacionamentos no ambiente de trabalho.



GESTÃO CERTIFICAÇÃO DIGITAL

EMPRESAS CRIAM ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CERTIFICAÇÃO DIGITAL (ANCD) Lançada na primeira semana de maio, a entidade, que já reúne 90% das empresas privadas, mas pretende convidar as demais do segmento, incluindo as públicas, irá otimizar as vantagens em termos de segurança e facilidades que a certificação digital possibilita. Desde a implantação da nota fiscal eletrônica, mais de 10 bilhões de notas fiscais deixaram de ser emitidas, com a consequente economia de papel, tempo, custos de remessa e espaços para a guarda desses documentos. O envio de certificados digitais registra um crescimento de 15% ao ano.

RECURSOS

ESTADO CRIA FERRAMENTA PARA FACILITAR CAPTAÇÃO DE RECURSOS VOLUNTÁRIOS DA UNIÃO A Secretaria da Fazenda (Sefaz) criou um Guia de Oportunidades para que órgãos estaduais possam detectar a oferta de convênios do Governo Federal para estados e municípios, referentes a execução de projetos de investimento e de custeio do Estado. A ferramenta estará disponível no site da Sefaz (www.sefaz.es.gov.br) ou no link http://migre.me/pKMj3 - onde haverá ainda treinamentos no Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconv), auxílio na elaboração e estruturação dos projetos, interlocução entre os órgãos estaduais e União, e acompanhamento da execução dos projetos.

FERRAMENTA

Foto: Divulgação

APLICATIVO PERMITE IDENTIFICAR PONTOS DA EMPRESA QUE PRECISAM SER INOVADOS

E-COMMERCE

RECEITA FEDERAL APROVA APLICATIVO PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.563/2015, publicada no dia 6 de maio, a Receita Federal aprovou o aplicativo para dispositivos móveis (APP Carnê-Leão) para utilização no cálculo do recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão), relativamente a fatos geradores ocorridos no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2015. O programa poderá ser utilizado por pessoa física, residente no Brasil, que tenha recebido rendimentos de outra pessoa física ou de fonte situada no exterior. 36

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SAIBA COMO ORGANIZAR A ESTRUTURA EMPRESARIAL E O PLANEJAMENTO LOGÍSTICO A busca da excelência empresarial para a concretização de vantagem competitiva intensifica a cada dia a necessidade de se aderir ao e-commerce. Mas, para que essa nova forma de relacionamento seja eficaz, é essencial organizar todo o caminho que o cliente irá percorrer, desde a solicitação do produto na loja virtual até o monitoramento da satisfação após a entrega. Para auxiliar o micro e pequeno empresário, o Sebrae preparou um passo a passo das vendas virtuais que vale a pena conferir em http://migre.me/pQc6i. revistaesbrasil

Foto: Divulgação

IMPOSTO DE RENDA

A ferramenta Diagnóstico da Inovação, que deve ser aplicada em três fases (questionário, análise das informações e plano de ação), permite a empresas comprometidas com a inovação a obtenção de vantagens competitivas e a adoção de medidas para tornar o negócio ainda mais atraente nesse sentido. Além de identificar os pontos de melhoria, o aplicativo estimula o funcionário a pensar em novas soluções para problemas do dia a dia. Essenciais em negócios de pequeno ou médio porte. Disponível em http://migre.me/pQc6i.



CLÓVIS VIEIRA

ECONOMIA

é economista

DESCONFORTO POPULAR: O PIOR JÁ PASSOU? TENDÊNCIA DE PIORA DO MERCADO DE TRABALHO DEVERÁ SE ACENTUAR AO LONGO DO ANO

N

o primeiro trimestre de 2015, o IPCA já havia acumulado alta de 3,8%, alcançando 8,1% nos 12 meses encerrados em março. Os três primeiros meses do ano foram grandemente afetados pela política do “realismo tarifário” de Joaquim Levy, ministro da Fazenda. De janeiro até março de 2015, os preços administrados acumulam aumento de 8,5% – em mesmo intervalo do ano passado, a elevação havia sido de 0,8%. Os grandes líderes da atual correção são as tarifas de energia elétrica residencial e de transporte urbano e a gasolina. To dos são pre ços ar tif icialmente mantidos baixos nos anos anteriores, às custas do Tesouro. Não obstante, os reajustes de maior significância para o IPCA foram centrados no primeiro trimestre do ano, sendo que se deve contar com o arrefecimento dos preços agrícolas nos próximos meses. Também progressivamente favorável deverá ser o comportamento dos preços de serviços, mais significante em 2016 do que em 2015. Por outro lado, o mercado de trabalho passa por um processo de desaceleração. A

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Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)contínua de fevereiro apresentou taxa de desocupação de 7,4%, enquanto a PME (Pesquisa Mensal do Emprego, feita em seis regiões metropolitanas) alcançou a maior taxa de desocupação dessazonalizada

Ainda vai piorar antes de melhorar, mas a boa notícia é que, ao menos, iniciou-se o processo de ajuste e de correção de curso” desde junho de 2013, acompanhada de queda expressiva do rendimento médio real. A tendência de piora do mercado de trabalho deverá se acentuar ao longo do ano, na medida em que o achatamento da renda disponível na família force mais integrantes dela a buscarem uma fonte de renda, aumentando a taxa de

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participação,ao mesmo tempo em que recua a população ocupada, em reação à atividade contida. Pode-se pensar num “índice de desconforto”, que seria uma soma simples entre a taxa de desocupação e o IPCA. Esse indicador está em alta e deve atingir seu pico no terceiro trimestre do ano, quando o IPCA em 12 meses ultrapassará 8,5% e os efeitos da recessão sobre o mercado de trabalho estarão ainda mais intensos, sem nenhuma perspectiva de reversão consistente pelo menos até 2016. É certo que o atual descalabro inflacionário foi gestado no controle dos preços monitorados dos anos pródigos, resultando em desequilíbrio inflacionário concomitante à desaceleração da atividade gerada por incertezas e perspectivas de necessidade de um ajuste à frente. Isso explica o crescente descontentamento popular nos primeiros 100 dias de Dilma 2.0. Ainda vai piorar antes de melhorar, mas a boa notícia é que, ao menos, iniciou-se o processo de ajuste e de correção de curso. Muito pior seria se continuássemos a trilhar o caminho de Dilma 1.0.


FATOS

Foto: Claudio Postay

A campanha de conscientização influenciou moradores a adotarem medidas de redução de consumo e de aproveitamento da água

O CUIDADO DE CARIACICA COM A ÁGUA

U

m outdoor que capta a água da chuva, instalado no pátio da Unidade de Saúde de Alto Lage, em Cariacica, chama a atenção dos moradores e de quem passa pelo local. O líquido coletado do equipamento sustentável é utilizado para lavar calçadas, regar as plantas e ainda na limpeza do posto de atendimento local. Com a mensagem “Se cair do céu, aproveite”, a estrutura foi montada com uma inclinação de quase 20°, de modo que a água seja recolhida por uma calha de captação e armazenada num reservatório de 300 litros. A intenção é expandir o sistema para outras áreas. O outdoor sustentável faz parte do “Projeto Água Viva”, lançado pela Prefeitura de Cariacica, em parceria com a agência Artcom, que inclui ações de conscientização sobre o uso racional dos recursos hídricos.

“O objetivo dessa peça é criar a conscientização nas pessoas a respeito do uso da água. Demonstramos de uma maneira criativa como cada um pode fazer a sua parte para aproveitar esse recurso que vem do céu, e de graça”, destaca Marcelo Serra, diretor de Atendimento da Artcom. A administração de Cariacica realizou um seminário envolvendo a Defesa das Águas. Como principal ação, o prefeito Geraldo Luzia Junior implementou a campanha para economia de água e energia nos prédios públicos municipais, para alcançar 20% de racionamento. “A possibilidade de faltar água é um problema que precisamos aprender a encarar e, pra isso, o diálogo com toda a sociedade é imprescindível. Não vejo como solução a simples imposição de leis ou decretos, mas a mudança de hábitos de cada um.

APLICATIVO Além do outdoor, o “Projeto Água Viva” inclui ações nas redes sociais, com o auxílio de um aplicativo de controle do consumo nas diversas atividades diárias. Para acessar a ferramenta, o cidadão poderá baixar o aplicativo de maneira fácil e gratuita na loja eletrônica relacionada ao seu aparelho. Usuários de sistemas Android devem procurá-lo na Google Play, e os do iOS, na Apple Store, pelo nome “Agua Viva”.

É neste sentido que temos pautado as ações da prefeitura”, analisa. A redução acompanha a média de consumo dos 12 meses de 2014. Entre as ferramentas utilizadas estão campanhas de conscientização dos servidores; De janeiro a abril, as unidades de saúde (USs) e os prontos-atendimentos (PAs) registraram uma baixa média de 18% por mês, no comparativo com os meses do ano anterior. Há ainda um novo termo de referência que prevê a obrigatoriedade de sistema de aproveitamento da água da chuva e de águas cinzas, nos novos edifícios públicos na cidade. E o novo Código de Obras, em fase de estruturação, determina que os prédios terão um hidrômetro individual, gerando uma economia de até 50%. Os planos municipais de Saneamento Básico e de Gestão de Resíduos Sólidos foram copilados, apresentam um estudo completo e asseguram ações para os próximos 30 anos. A Secretaria de Meio Ambiente local vai realizar no próximo semestre uma formação de agentes ambientais para auxiliar no trabalho de conscientização e promoção de medidas relevantes para a manutenção dos recursos naturais. O secretário de Meio Ambiente, Claudio Denicoli, reforça a necessidade de exe-cutar mobilizações integradas envolvendo poder público, setor privado e munícipe, refletindo na preservação hídrica e no processo de educação ambiental e no processo de educação ambiental. ES Brasil • Maio 2015

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EDUCAÇÃO

YASMIN VILHENA

ACABOU A VERBA DO FIES, E AGORA? COM O ANÚNCIO DO GOVERNO, O CLIMA DE INSEGURANÇA SE INSTALOU NO MEIO ACADÊMICO, QUE BUSCA ALTERNATIVAS PARA OS ESTUDANTES E PARA AS INSTITUIÇÕES Acreditando que iria conseguir obter o Fies, a estudante de Medicina, Nathalia Campos recorreu a um empréstimo bancário para pagar os dois primeiros meses de sua faculdade. Agora, ela possui uma dívida de quase R$ 20 mil com o banco e com a instituição

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O

anúncio do Governo Federal sobre o fim das verbas do Financiamento Estudantil (Fies), feito no dia 4 maio, pegou boa parte dos brasileiros de surpresa, principalmente aqueles que mais dependem desses recursos: os alunos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), toda a verba de 2015 destinada para novos contratos – um montante de R$ 2,5 bilhões – foi esgotada, sem que haja previsão para abertura do programa no segundo semestre deste ano. Uma péssima notícia para aqueles que dependem desse tipo de benefício para estudar. De acordo com o MEC, o Fies registrou 252.442 novos financiamentos em instituições privadas de ensino, ultrapassou um número que superou a expectativa de 250 mil novos atendidos. A Pasta informou, ainda, por meio de nota enviada à Justiça, que 178 mil estudantes iniciaram o cadastro no sistema do programa, não conseguindo finalizá-lo até o prazo final. Para atender a todos eles, o Governo teria que gastar R$ 1,8 bilhão só no ano letivo de 2015. No total, os novos contratos custariam R$ 7,2 bilhões. No Estado, apenas 22% dos novos contratos previstos para este ano (4.200) foram formalizados, segundo dados do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino no Espírito Santo (Sinepe-ES), que tinha como estimativa inicial 19 mil ingressantes pretendentes ao Fundo. Ou seja, quase 15 mil ficaram sem o crédito em 2015. Uma realidade que causará no Espírito Santo um encolhimento anual na ordem de R$ 32 milhões no setor da educação.

PRINCIPAIS CAUSAS Mas a polêmica envolvendo a iniciativa não teve início apenas em maio deste ano: no final de 2014, o programa já estava causando muito “burburinho” entre a população com as modificações anunciadas pelo Governo em relação às novas regras para se obter o benefício, válidas desde o dia 30 de março. Os alunos que participaram do período de inscrição (após a validação das mudanças) não poderiam concorrer a uma bolsa se tivessem uma média inferior a 450 pontos nas provas do

“O Governo tem que ter a responsabilidade de promover a educação, esse é um compromisso pétreo com a sociedade, não importa como ela é feita, seja patrocinada ou ofertada nas escolas públicas” Antônio Eugenio Cunha, presidente do Sinepe-ES e diretor da Fenep

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e também se tirassem nota zero na redação. Outro fator que deixou muitas famílias de “cabelo em pé” foi a dificuldade de acesso ao portal do Fies, que apresentou falhas no momento do cadastro. Desde que foram anunciadas, as alterações provocaram queda das ações de grandes instituições educacionais, causando insatisfação no setor pela possível redução de contratos. E mesmo com todo esse descontentamento, o Ministério da Educação descartou a possibilidade de abrir mão da exigência, pois segundo a Pasta, a modificação foi feita em prol da qualidade do ensino superior. “Do princípio da qualidade não se abre mão”, declarou o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, na época. Para o presidente do Sinepe-ES e diretor da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Antônio Eugenio Cunha, as mudanças já demonstravam que os rumos do Fies iriam

NÚMEROS DO FIES EM 2015

252.442 O número de inscrições para novos contratos recebidos pelo Ministério da Educação até o dia 20 de abril

500 mil O sistema recebeu cerca de 500 mil pedidos de novos contratos

57 mil 13,7 milhões O número de acessos registrados pelo SisFies

(média 15 mil) O pico de acessos simultâneos no sistema

Fonte: MEC

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EVOLUÇÃO DO FIES NO BRASIL Número de contratos novos fechados pelo Fies nos últimos seis anos

731,3

560

377,8 252,4 154,3 76,2 2010

2011

2012

2013

2014

2015

Fonte: MEC/FNDE

se transformar de maneira expressiva, ainda mais estando aliadas à situação econômica nacional. “O cenário já mostrava preocupações. Os indicadores econômicos apontavam um desequilíbrio com o crescimento da inflação, o recuo do PIB ao longo do ano, a falta de investimentos e a produção da indústria, que estava menor. A inflação do setor de serviços

crescia muito mais que a dos demais segmentos, ou seja, o país já mostrava que as dificuldades para 2015 seriam grandes”, afirmou. Segundo o economista Orlando Caliman, a não abertura de novos contratos, apesar de polêmica, se deu pela grande procura por parte dos alunos, uma demanda que cresceu bastante com o passar dos anos, devido à popularidade do financiamento. “A falta de verbas não implica no fim do Fies. O Governo apenas resolveu otimizar o programa para reduzir o superávit primário, colocando um teto para o financiamento. O dinheiro que foi disponibilizado para novos contratos já não atende à demanda total, que cresceu consideravelmente nos últimos anos”, explicou. De acordo com dados divulgados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Fies vem alcançando um crescimento significativo desde 2010, quando contabilizou aproximadamente 76 mil contratos novos. Desde então, o número vem aumentando: 154 mil (em 2011), 377 mil (em 2012) e 560 mil (em 2013). O maior índice foi registrado no ano passado, com 731 mil contratos novos. O número de estudantes do Fies no Espírito Santo também apresentou um crescimento nos últimos anos, passando de 1.643 em 2010 para 14.854 em 2014.

IMPACTOS E SOLUÇÕES Com o fim das verbas, o Sinepe-ES acredita que ocorrerá uma redução de 100 turmas de salas de aula no Estado, o que segundo o sindicato, também implicará em demissões nas instituições de ensino superior. “Ainda é muito difícil fazer qualquer afirmativa,

Diversas instituições de ensino superior estão buscando alternativas de financiamento para os seus alunos, como o Grupo Multivix, que conta com o crédito PraValerw e com o programa “1.000 Bolsas de Estudos Multivix”. Este último, a ser implantado no segundo semestre deste ano

Foto: Divulgação

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EVOLUÇÃO NO NÚMERO DE ESTUDANTES DO FIES NO ESTADO 14.854

Crescimento de 2010 para 2014

804%

9.234 6.860

2.958 1.643 2010 Fonte: MEC/FNDE

2011

2012

2013

2014

Foto: Divulgação

mas o impacto é grande para as faculdades e as universidades, mas, muito maior é a frustração das famílias e dos alunos que ficaram horas na frente de um computador esperando ser atendidos. Naturalmente que as famílias menos favorecidas sofrerão com o corte efetuado por consequência do Orçamento da União, ou seja, teremos um país mais desigual e menos qualificado, com dificuldades na sua produção e sem mão de obra qualificada”, declarou Antônio Eugenio Cunha. Um caso que se enquadra perfeitamente na descrição do presidente do Sinepe-ES é o da estudante de Medicina Nathalia Campos, de 20 anos. Ela, que teve dificuldades para ter acesso ao site do Fies durante o período de inscrição, acabou buscando um empréstimo no banco para pagar as duas primeiras mensalidades de seu curso (R$ 4.800 por mês), acreditando que iria conseguir o financiamento, algo que não aconteceu. Somando as mensalidades atrasadas e o empréstimo bancário, a jovem acumula hoje uma dívida de quase R$ 20 mil. “Tentei acessar o sistema do Fies por diversas vezes, mas o site sempre ficou apresentando problemas. Estava achando tudo aquilo muito estranho, mas nunca poderia imaginar que as verbas acabariam e que muitos estudantes ficariam sem o financiamento. No ano passado, tive que pedir o primeiro empréstimo para pagar a matrícula da faculdade, imaginando que esse valor fosse ser pago futuramente pelo Governo de maneira retroativa. As primeiras mensalidades do curso também foram pagas por meio de outro empréstimo, pois eu pensava que, se tivesse alguma dívida com a faculdade, isso poderia me prejudicar na hora de conseguir o financiamento. Acabou que eu não consegui o Fies, não paguei o banco e ainda estou com outras três mensalidades em aberto”, lamentou a estudante. Para reverter essa situação, Nathalia afirmou que está tentando negociar as suas dívidas. Mesmo sem dinheiro, ela pretende

“Em momentos de crise, a educação é a melhor alternativa, e provamos o nosso compromisso social nas comunidades em que atuamos com atitudes arrojadas” – Cláudio Leitão, professor e presidente da Rede de Ensino Doctum

concluir, pelo menos, o primeiro período. “Eu e meus pais estamos pedindo ajuda a alguns parentes para ver se eles podem nos emprestar dinheiro. Outra opção seria vender o carro para tentar pagar as dívidas já feitas e os outros gastos que estão por vir. Gostaria de tentar finalizar este primeiro semestre, pois não quero simplesmente largar a faculdade, afinal foram quatro anos me dedicando em cursinhos pré-vestibulares para conseguir uma nota boa no Enem. Se o Governo não abrir novos contratos no segundo semestre, infelizmente vou ter que trancar o curso para estudar em casa ou então tentar passar em uma universidade pública”, disse. Para não perderem os seus alunos, instituições de ensino superior já estão tomando medidas imediatas a fim de contornar a situação, como a Faculdade Novo Milênio, que ofereceu um desconto de 20% no valor das mensalidades no primeiro semestre para os cerca de 100 alunos que não obtiveram o Fies. Atualmente, a entidade conta, além do Fies, com o Prouni e a Nossa Bolsa. “Acredito que possa ocorrer uma redução sim, dentro das salas de aula, até porque nem todos os alunos têm condição para arcar com as despesas de uma faculdade particular. De qualquer forma, estamos com expectativas boas para o segundo semestre com uma possível abertura de novos contratos”, explicou o gerente financeiro da Faculdade Novo Milênio, Washington de Souza. Na Rede de Ensino Doctum, serão disponibilizadas bolsas de 50% de desconto no segundo semestre para todos os estudantes que não conseguiram o Fies em 2015 (regras no site do grupo educacional). A instituição afirma que não deixará que as condições impostas pela atual conjuntura econômica e social do país interfiram no processo de desenvolvimento da sociedade. “Com as dificuldades apresentadas pelo cenário econômico atual, nossa instituição necessita se posicionar no sentido de garantir que nossos estudantes continuem em sala de aula, dando sequência aos seus estudos. Em momentos de crise, a educação é a melhor alternativa, e provamos nosso compromisso social nas comunidades em que ES Brasil • Maio 2015

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atuamos com atitudes arrojadas”, explica o presidente da Rede de Ensino Doctum, professor Cláudio Leitão. A Estácio também começou a “mexer os seus pauzinhos” para não interromper a vida acadêmica de seus matriculados, por meio do crédito universitário PraValer, que irá subsidiar os juros para o aluno que escolher o programa, de modo com que ele pague o valor total do curso, corrigido apenas pela inflação do período, ao longo do dobro de tempo de duração de sua graduação. Além disso, está sendo oferecida uma série de alternativas, como parcelamento em 12 vezes, bolsas e renegociação de débitos. E mesmo com todo este momento de incertezas, o diretor da Estácio Espírito Santo, Mauricio Guimarães, acredita que o número de estudantes não deverá diminuir. Segundo ele, a palavra-chave é “retenção”. “Todo o esforço e toda a atenção da Estácio neste momento concentram-se na retenção dos alunos que decidiram se matricular para estudar neste semestre, sobretudo os que manifestaram interesse no Fies, mas não conseguiram êxito no processo. A palavra de ordem da Estácio será retenção, ou seja, manter esse aluno conosco, não permitindo que ele evada, seja por motivos acadêmicos (dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos), seja por motivos financeiros (problemas para pagamento)”. Outra instituição de ensino superior que aderiu ao crédito PraValer é o Grupo Multivix. Disponível em todas as unidades, o programa pode ser utilizado por aqueles que queiram começar os estudos ou por quem já está na faculdade, desde que se encontrem devidamente matriculados e atendendo a todos os pré-requisitos estabelecidos. Já a novidade de incentivo para o segundo semestre é o “1.000 Bolsas de Estudos Multivix”, destinadas aos primeiros matriculados, que terão 50% de desconto no valor da mensalidade durante o primeiro ano do curso. “Nós podemos e devemos contribuir para que os estudantes consigam dar continuidade aos seus estudos”, afirmou a gerente de Marketing da Multivix, Roberta Simões. Na Faesa, aproximadamente 8% dos alunos ingressantes (novos contratos) não conseguiram ter acesso à iniciativa, algo que fez com que a faculdade também buscasse o incentivo do PraValer como alternativa de linha de financiamento privado, segundo informações do assessor financeiro da instituição, Sérgio Soares. A Universidade Vila Velha informou por meio de nota, que dobrou a sua equipe para prestar os serviços no processo de renovação de contratos do Fies. Na busca para dar mais opções de financiamentos aos seus estudantes, a UVV também fez contato com o programa de crédito PraValer para avaliar a possibilidade de implantar essa modalidade. O Sinepe-ES e a Fenep, juntamente com outros sindicatos do país, também estão desenvolvendo uma linha com entes financeiros para fazer um programa específico com suas instituições filiadas de todo o Brasil. “As negociações estão avançadas, e a expectativa é que já se tenha uma parceria formada para o segundo semestre”, complementou Antônio Eugenio Cunha. 44

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“O dinheiro que foi disponibilizado para novos contratos já não atende à demanda total, que cresceu consideravelmente nos últimos anos” Orlando Caliman, economista

EXPECTATIVAS A decisão sobre uma segunda edição do Fies este ano será definida nas próximas semanas. Segundo o MEC, já estão sendo feitas negociações com o Ministério da Fazenda e com o Palácio do Planalto para disponibilização de mais recursos. “Nós queremos definir isso, porque temos que lançar o calendário do Fies logo, caso abramos uma segunda edição do Fies este ano”, disse o ministro da Educação, ao ser perguntado no dia 14 de maio, se há prazo para definir a questão. De acordo com Renato Janine, a Pasta está aguardando a decisão da presidente Dilma Rousseff sobre o ajuste que será feito no Orçamento. Mesmo com essas conversas anunciadas pelo Governo, Orlando Caliman acredita que a situação deve ser a mesma até o final deste ano. “Eu acho que 2015 foi tomado como um ano de ajuste. Não acredito que vá haver uma abertura de novos contratos para o segundo semestre. Acredito que só no ano que vem mesmo. Tudo dependerá dos resultados alcançados em 2015”, opinou. O Executivo já se comprometeu com a renovação dos 1,9 milhão de contratos vigentes, no Fies. O prazo para que estudantes acessassem o sistema terminou no dia 29 de maio. Segundo o MEC, os reajustes de mensalidades financiadas pelo Fies acima de 6,41% deverão ser justificados. Para Antônio Eugenio Cunha, todas essas determinações precisam ser acompanhadas pela população para que o direito à educação seja atendido. “O Governo tem que ter a responsabilidade de promover a educação, esse é um compromisso pétreo com a sociedade, não importa como ela é feita, seja patrocinada ou ofertada nas escolas públicas. Nós, cidadãos, temos o dever de exigir e cobrar que cada real arrecadado com tributos seja bem gasto de forma competente e inteligente e, acima de tudo, honestamente. Proteger o salário e garantir as necessidades básicas da nação são tarefas obrigatórias”, finalizou.



INFORME PUBLICITÁRIO

GALWAN ENTREGA MAIS DOIS HOTÉIS IBIS E IBIS BUDGE NOVA AMÉRICA, NO RIO, UNEM PRATICIDADE E BOA LOCALIZAÇÃO

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construtora Galwan, maior parceira da rede hoteleira Accor no Brasil, entregou mais dois hotéis no Rio. Os novos Ibis e Ibis Budget Nova América, localizados dentro do complexo do Shopping Nova América, em Del Castilho, empregam 83 pessoas e oferecem mais 426 quartos aos turistas na cidade. Esse número corresponde ao total de apartamentos dos dois empreendimentos. “Há uma carência de hotéis nessa região. A Zona Norte está sendo revitalizada e, com isso, tem ganhado visibilidade de investidores. Além da segurança e da comodidade de estar localizado dentro de um shopping com metrô, o complexo hoteleiro vai atender também à demanda de executivos que vão a trabalho à região, que é cercada por importantes empresas”, explicou o diretor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas Loureiro. Os hotéis facilitam a rotina do hóspede, que encontra diversas opções de lojas e serviços no complexo Nova América, que inclui ainda o Nova América Offices e o Nova América Corporate, produzindo hoje um fluxo de 6 mil pessoas/dia com grande potencial de utilização dos hotéis. A marca Ibis é líder no segmento de hotéis econômicos na América Latina, e a combinação do Ibis e do Ibis Budget no mesmo espaço é uma estratégia que garante maior competitividade para as marcas e mais opções e facilidades para os clientes.

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Acesso

Quarto casal


Com os novos Ibis e Ibis Budge, a Galwan chega a 11 hotéis inaugurados na cidade desde 2007, quando entrou no mercado imobiliário carioca. Ainda este ano, será inaugurado o 12º, um Ibis Budge em Copacabana.

DEPOIS DO RIO, GALWAN CHEGA A MIAMI A parceria com a rede hoteleira Accor rendeu um convite para construir em Miami, e a Galwan vai erguer o primeiro Ibis dos Estados Unidos, a partir deste ano. O hotel terá 520 quartos, restaurante e oito andares de garagem, em um investimento previsto de US$ 120 milhões. Bar A construtora aporta em Miami com o grupo de investidores capixabas que há 12 anos a acompanha em empreendimentos visando a liquidez e renda. O diretor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas, disse que a companhia já definiu uma equipe para atuar no exterior, e que ele também se envolverá diretamente com a obra.

CRÔNICA

FESTIVAL DE MÚSICA DE ALEGRE Começava mais um ano letivo. Em um banco da pracinha próxima ao bar “Pico da Bandeira”, alguns jovens estudantes do Centro Agropecuário da Ufes, atual CCA-Ufes, “jogavam conversa fora” esperando o sono chegar, para tomarem o rumo de casa e se atirarem nos braços de Morfeu (Argh! Que coisa mais antiga!). Era uma noite quente, pois o verão, que já reinava havia três meses, andava preguiçoso e com certa má vontade em passar o cetro e a coroa para o outono, no reino encantado das “Quatro Estações do Ano”. Não sei se por falta de sono, devido ao calor, ou se pela nostalgia do momento, nenhum dos estudantes se sentia disposto a interromper o papo. E o assunto foi se espichando, espichando... Em dado momento, um deles expôs a necessidade de se criar algo diferente em Alegre, onde a classe universitária se mostrasse presente, e em seguida, sugeriu perguntando: “Que tal se criássemos aqui um Festival de Música?” Todos acataram a ideia. Naquele momento, passou por ali um anjo e disse ‘amém’, com certeza, pois a semente caiu em terreno fértil, germinou e cresceu. Nascia, assim, o primeiro Festival de Música de Alegre. Com a classe universitária empenhada e contando inclusive com o apoio do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Ufes, em Vitória, vieram outras edições do festival. E quando os estudantes já não estavam mais assim tão empenhados, vem Ângelo Sobreira (médico alegrense), e em suas mãos competentes o evento deslanchou: recuperou-se e explodiu em âmbito nacional. A cidade toda se beneficia com essa festa: comércio, hotéis, bares, restaurantes e inúmeras famílias que cedem a própria casa, por preços compensadores, para o “pessoal de fora”. A bucólica Alegre se transforma, e uma verdadeira multidão toma conta da cidade: jovens

“Já seguimos normas francesas para construir para a Accor, e no ano passado construímos um hotel para investidores americanos no Rio em que seguimos também as exigências dos Estados Unidos. Estamos bem seguros”, disse Galvêas.

Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com de toda parte do Brasil e também a turma do “recordar é viver”. E o melhor é que tudo acontece em clima de tranquilidade, alegria e muita animação. Namoros atam, reatam e desatam ao som de músicas que irão se tornar trilha sonora para a novela da vida de muitos, para sempre. Porque, diga-se de passagem, música é o que não falta na cidade. Afinal, do que estamos falando?! Hoje, esse evento leva (e eleva) o nome do Espírito Santo e do nosso Alegre para o Brasil inteiro. E eu, alegrense carinhosamente adotada, presto minha modesta homenagem, através destas despretensiosas linhas, aos jovens estudantes do CA-Ufes, que num momento de muita inspiração começaram tudo isso. Ao povo de Alegre, que tão bem recebe o “pessoal de fora”. Aos jovens que aqui vêm mostrar talento e correr atrás de oportunidades e, finalmente, ao Ângelo Sobreira, que com coragem e organização deu continuidade a essa festa linda que nasceu em um banco de praça, sob um céu estelar de uma noite de verão, quase outonal, e que conta, com certeza, com as bênçãos de Nossa Senhora da Penha, padroeira desta “Alegre” e prazerosa “Cidade Jardim.” Obs: O nome do autor da ideia e realizador do 1° festival é Douglas Muniz Lira, que, naquela noite, estava em companhia de Pedro Arlindo (Dodoca), Falcão e outros da turma de 1980, do CA-Ufes.

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PANORÂMICAS Parceria do Editor

Foto: Divulgação

CORECON FAZ PARCERIA COM A UFES PARA PESQUISA SOBRE O MERCADO

ESTAGFLAÇÃO

SEMINÁRIO DEBATE CENÁRIO ECONÔMICO O país vive um cenário de estagflação econômica (estagnação e inflação). De um lado, as empresas reclamam de queda no faturamento. Do outro, os consumidores avaliam que os preços estão altos. Quando haverá reversão desse cenário econômico? Quais mudanças precisam ser feitas para melhorar o desempenho da economia? Haverá luz no fim do ajuste? Essas questões foram tratadas no Seminário Rumos da Economia, realizado pelo Corecon-ES no auditório da Secretaria da Fazenda, no dia 7 de abril. Foram palestrantes no evento o economista do Instituto Millenium, Vitor Wilher, e o secretário estadual de Planejamento, Régis Teixeira Mattos. OPORTUNIDADE

INSCRIÇÃO ABERTA

CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA SERÁ NO PARANÁ

ACESSE O CORECON NO LINKEDIN E FAÇA NEGÓCIOS

Foto: Divulgação

VITÓRIA VAI SEDIAR CONGRESSO DE HISTÓRIA ECONÔMICA

Vitória vai sediar o XI Congresso Brasileiro de História Econômica e 12ª Conferência Internacional de História de Empresas, de 14 e 16 de setembro. Os alunos de graduação apresentarão seus esforços de pesquisa na modalidade “Pôster - Iniciação Científica”. Os trabalhos, em arquivo eletrônico, deverão ser encaminhados, até o dia 14 de junho, para: abphe11vitoria@gmail.com. O evento é organizado pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE) e tem o apoio do Corecon-ES. 48

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O Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) firmou uma parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para pesquisar o perfil profissional dos bacharéis em Ciências Econômicas que se formaram nos últimos 15 anos. Serão entrevistados 520 profissionais. O Corecon-ES quer saber se eles tiveram oportunidades na área e se estão atuando como economistas. Trata-se de uma iniciativa inovadora da entidade com o objetivo de contribuir para um melhor aproveitamento das potencialidades dos estudantes no mercado.

A cidade de Curitiba, no Paraná, vai sediar o XXI Congresso Brasileiro de Economia. O evento será de 10 a 12 de setembro deste ano. Na ocasião, ocorrerão também o XXI Prêmio Brasil de Economia (PBE) e a V Gincana Nacional de Economia. O tema do congresso será “Desigualdade no Século XXI – Geração e Apropriação da Riqueza”. Durante o congresso também será realizada a V Gincana Nacional deEconomia. As inscrições já estão abertas no site: www.cbe2015.org.br. revistaesbrasil

Notícias de interesse dos economistas, atualidades, cursos e outras novidades estão nas nossas páginas no Facebook e no LinkedIn. Curta e compartilhe nossas notícias em sua página pessoal e conecte-se com o Corecon no LinkedIn para aumentar seu networking. As reportagens que são concedidas por economistas do Conselho à imprensa e as notícias do Cofecon também estão disponíveis em nosso site: www.corecon-es.org.br



SUSTENTÁVEL

EDSON REIS

AS 10 PREMISSAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: GUIA PARA UMA ROTINA MAIS EFICAZ E UM MUNDO MELHOR

G

erente-geral de Responsabilidade Corporativa do Grupo ArcelorMittal, o inglês Alan Knight, que atua no centro corporativo da empresa em Londres, Inglaterra, visitou o Brasil e apresentou a nova estrutura que propõe 10 premissas ao desenvolvimento sustentável. O foco está na responsabilidade da produção industrial do aço, incluindo questões de sustentabilidade em suas várias perspectivas, que abrangem a valorização do produto enquanto contribuinte da qualidade de vida e da construção de uma sociedade mais sustentável.

AÇO: UMA FÁBRICA DE VIDA O que Alan difunde é o exercício de expandir a consciência dos negócios, enquanto se buscam novas formas pragmáticas de materializar o desenvolvimento sustentável. Para isso, estimula as pessoas a se mover em direção a objetivos comuns, que harmonizem a compreensão sistêmica do conceito de sustentabilidade. Daí derivam ações práticas, responsáveis, mensuráveis e gerenciáveis, integrando empresa, governos, comunidades e sociedade. Assim, faz valer a crença do aço como uma fábrica de vida, dada à sua reciclabilidade e à sua utilidade 50

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na busca por uma economia circular e à melhor relação entre responsabilidade corporativa e desenvolvimento sustentável.

INSPIRAÇÃO PARA A BUSCA DA EVOLUÇÃO CONTÍNUA Alan ofereceu a oportunidade de se rever conceitos e de se buscar a sinergia de ideias e práticas. “As 10 premissas do desenvolvimento sustentável compreendem um caminho promissor para buscarmos evoluir em tudo o que fazemos; um guia completo, convincente e prático à melhoria do modo de se desenvolver produtos e de se apoiar empregados, comunidades e sociedade, em busca de um futuro melhor para todos”, avalia Suzana Fagundes, diretora jurídica e de Relações Institucionais da ArcelorMittal Brasil. Para Sidemberg Rodrigues, gerente-geral de Sustentabilidade e Relações Institucionais da ArcelorMittal Brasil, os ensinamentos vão além. “Temos unidades de negócios em diferentes estágios de evolução no mundo, estando também em diferentes países e culturas. Penso que essa nova estratégia traga a consciência holística de que temos de compreender o todo sem desconsiderar as peculiaridades e necessidades locais, que devem ser respeitadas.


outros países, estruturando uma grande rede de ajuda mútua. Isso gera sólida reputação, abre amplos canais de diálogo com outras instituições, conquista credibilidade e admiração externamente e eleva a qualidade do clima organizacional. Alan durante conferência com staff locais e remotos, diretores, gerentesgerais, e membros do Comitê de Imagem, Reputação e Sustentabilidade do Brasil

O maior desafio será fazer as lideranças compreender a sustentabilidade na amplitude de seu sentido”, afirma Sindemberg que também é presidente do Conselho de Sustentabilidade da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), membro da Academia Brasileira de Direitos Humanos e escritor.

NA VANGUARDA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL Alan conheceu a forma com que há 10 anos a ArcelorMittal atua em Responsabilidade Social Corporativa (CSR): trabalhar com “intervenções sistêmicas”, em lugar da visão ultrapassada de responsabilidade social que gera dependência das comunidades. No novo método,opera em conjunto com a sociedade, o que possibilita a correção das deficiências e gera resultados em escala. NenhumadasintervençõesvisitadasporAlanrecebemaisrecursos financeiros da empresa, pois se tornaram autossustentáveis. Em um evento bianual, a empresa reúne stakeholders, como Tribunais de Justiça (estadual e federal), representantes de Governo, Ministério Público, prefeituras, universidades, polícias Civil, Militar e Federal, órgãos públicos trabalhistas, ONGs, comunidades e de outras instituições. Estabelecidas as intervenções que devem ser feitas para corrigir ou aprimorar práticas da gestão pública, a ArcelorMittal melhora o sistema como um todo, participando da concepção intelectual do desenvolvimento social. PELA CONSTRUÇÃO DE UMA REDE DE AJUDA MÚTUA Essas intervenções também ocorrem por ação voluntária de empregados, que utilizam sua expertise no aprimoramento da gestão ou em forma de ajustes metodológicos ou tecnológicos em universidades, hospitais, ONGs, presídios e escolas públicas. A ArcelorMittal funciona como ponte entre instituições no Espírito Santo, com outros estados e mesmo

ARTE COMO FONTE DE INSPIRAÇÃO A necessidade de foco em saúde, segurança e qualidade de vida dos empregados foi outro ponto de extrema importância trazido por Alan Knight, que conheceu a forma como empregados são inspirados, por meio de música, dança e arte em geral, a mostrar seus talentos em iniciativas internas, como festivais de música, que tornam o ambiente empresarial mais leve e contribuem com os excelentes indicadores de saúde e segurança. Algumas dessas ações chegam a palcos restaurados por jovens em situação de risco, por meio de intervenções arquitetônicas da ArcelorMittal. Espetáculos que reúnem empregados, corais de presidiários em processo de reintegração social, orquestras com músicos profissionais e crianças de comunidades, excedendo as expectativas de stakeholders. SOMOS TODOS AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO A promotora pública Fabíula Secchin se impressionou com a forma que a ArcelorMittal enxerga o desenvolvimento sustentável. “Atualmente, precisamos buscar meios de fazer uso responsável de recursos e oportunidades, como agentes de transformação que somos, para assegurar maior responsabilidade por parte de empresas, governos e sociedade, e um futuro melhor para todos”.

O gerente-geral com jovens de comunidades em aula de restauração arquitetônica em uma igreja. Muitos se tornam professores, arquitetos ou turísticos ES Brasil • guias Maio 2015 51


Restauração do Theatro Carlos Gomes

Orquestra profissional e orquestra de jovens integradas em um concerto

NAS OBRAS DO PASSADO, A CHAVE DE UMA NOVA IDENTIDADE SOCIAL Alan conheceu a experiência da ONG Goia, que restaura o patrimônio histórico-artístico-arquitetônico, por meio da capacitação de jovens em situação de risco. Eles próprios formaram novas turmas, multiplicando a quantidade de profissionais restauradores que hoje atuam no mercado e inspiram mais jovens em suas comunidades. Outros participantes dessa iniciativa se tornaram arquitetos, guias turísticos e professores. O gerente-geral visitou ainda alguns dos mais de 40 imóveis recuperados pelo Goia, como o Theatro Carlos Gomes, durante um ensaio das orquestras sinfônica e de jovens. Os maestros fizeram questão de interromper o ensaio para tirar fotografias de Alan com os músicos, em reconhecimento ao fato de a empresa ter sido a primeira incentivadora da música erudita no Estado, tendo ajudado na formação em Regência, na aquisição de instrumentos musicais e no estímulo à consolidação de público. EM BUSCA DO EQUILÍBRIO ESPIRITUAL Para tornar o alvo de intervenção autosssustentável, uma vez que há mudança de foco, de acordo com as direções apontadas pelo edital bianual, a ArcelorMittal estimula a busca de novas parcerias e a responsabilidade individual de conquistar essa própria sustentação, o que a empresa chama de “equilíbrio espiritual”. A premissa de governança difundida pela companhia desde 2004 inclui as perspectivas econômica, ambiental, social, política, cultural e espiritual (sem relação com religiões). DANDO O PEIXE E ENSINANDO A PESCAR Na lagoa Juara, Alan Knight conheceu um dos núcleos de economia criativa gerados para reduzir a violência nas comunidades. Com a produção de peixe em larga escala, foi construído um restaurante que atrai grande número de turistas, o que reduziu os índices de violência na comunidade. Com o aumento do poder aquisitivo local e 52

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do fluxo de pessoas, foi criado o Centro Integrado de Artesanato, que comercializa toda a produção. Após uma enchente, foi reconstruído por empregados da ArcelorMittal de várias localidades, por meio do programa de voluntariado “Férias Solidárias”, gerido pela estrutura sob responsabilidade do gerente-geral.

ALINHANDO AS AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE Alan promoveu uma série de conferências para difundir as 10 premissas do desenvolvimento sustentável em maior profundidade. Falou com o staff que produz o relatório de sustentabilidade no Brasil, com membros do Comitê de Imagem, Reputação e Sustentabilidade, e também com gerentes-gerais e diretores dos segmentos de Aços Planos e Longos. Para o CEO da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista, os 10 outcomes são excelente oportunidade para que o Grupo ArcelorMittal harmonize a compreensão de desenvolvimento sustentável. “Agora temos às mãos uma consistente referência para que nossas estruturas alinhem o desdobramento, não apenas de conceitos e ideias mas, sobretudo, de práticas de sustentabilidade que tragam vantagens competitivas e perenidade aos nossos negócios”, afirmou.


Um dos vários núcleos de economia criativa – Lagoa do Juara -, criação de peixes em escala, restaurante, Centro de Artesanato e atração de turismo para combater a pobreza e a fome, enriquecendo as comunidades

O VP industrial do segmento de Aços Planos, Jorge Luis Ribeiro, propôs um estudo dirigido por parte das equipes para fazer os desdobramentos dos 10 outcomes da melhor forma até o chão de fábrica. Anfitriã de Alan Knight , a gerente de Responsabilidade Social , Comunicação e Relações institucionais da ArcelorMittal Tubarão, Herta Torres, destacou a importância da visita. “Foi muito importante para entendermos a proposta da nova estratégia do Grupo e nos prepararmos para atender seus desdobramos enquanto unidade industrial aqui na ArcelorMittal Tubarão. Um facilitador é que, como em Londres, a comunicação interna, a CSR e a comunicação externa ficam na mesma estrutura, favorecendo a sinergia e a potencialização da comunicação como um todo”, ressalta.

aplicações para a escória produzida pela ArcelorMittal, que deixa de ser vista como um passivo ambiental para se tornar um bem social ao fazer o revestimento de mais de 500 quilômetros de estradas e ruas, principalmente em áreas rurais. Destaque para a utilização da escória em aplicações inovadoras como blocos para construção produzidos em presídios; em recifes artificiais, que irão repor os naturais destruídos pela ação humana; em mourões de cerca, blocos de pavimentação de calçadas e na agricultura como fertilizante, como também na composição de argamassa. Ainda durante a apresentação, foram mencionados a sede de uma ONG e o pequeno prédio de um Centro Comunitário, ambos construídos com blocos de escória.

PARCERIA COM O MEIO ACADÊMICO A viagem também inclui uma visita à maior universidade do Estado, uma das que gerentes e empregados atuam como coordenadores e professores em cursos de diversos tipos de engenharia, com o objetivo de identificar potenciais pesquisadores e futuros talentos para ingressar nos programas de trainee da empresa. Alan foi a laboratórios e assistiu a uma apresentação sobre novas

PRESERVANDO TODAS AS FORMAS DE VIDA Na planta industrial da ArcelorMittal Tubarão, conheceu o ponto de chegada do efluente industrial final ao oceano, onde a temperatura da água que volta dos processos de refrigeração é ligeiramente maior, o que favorece a predominância de alimento às tartarugas. Nesse ponto, a ONG Tamar atua para acompanhar a saúde e a vida desses animais. ES Brasil • Maio 2015

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Bill Steers e Alan Knight, depois da reunião com o CEO Benjamin Baptista e a diretora jurídica e de Relações Institucionais Suzana Fagundes

Durante a sua visita, a inesgotável energia de Alan Knight ainda o permitiu conceder a entrevista que se segue: Qual o motivo de sua visita ao Brasil? Estou aqui em viagem à América do Sul. Primeiro estive na Argentina, para aprender sobre como as diferentes empresas da ArcelorMittal interpretam e desejam trabalhar com a nova Estratégia de Desenvolvimento Sustentável que eu estabeleci, em nome do Grupo, em todo o mundo. Por que o Grupo decidiu criar uma nova Estrutura de Responsabilidade Corporativa e Desenvolvimento Sustentável? Queríamos, como empresa, realmente reconhecer algumas das tendências globais que o mundo enfrenta hoje, tais como a necessidade de se eliminar a pobreza, de se utilizar cada vez menos recursos, de se criar riqueza e de se abordar questões como a mudança climática e as secas. Assim, sentimos que o foco anterior da responsabilidade corporativa era somente em investimento na comunidade e precisava ser expandido. Nós, enquanto negócio, criamos oportunidades e gerenciamos riscos com essas grandes tendências sociais e ambientais globais de longo prazo. Quais as principais mudanças que a nova abordagem traz no relacionamento com os stakeholders? Penso que, com os stakeholders com os quais já temos um relacionamento, provavelmente a maior mudança seja um maior foco não apenas no engajamento com eles, mas em 54

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repassar as informações que queremos compartilhar, e também sermos muito mais sensíveis com relação ao que esperam de nós, e, após assegurarmos que essas expectativas são razoáveis, nós as atendermos. A outra mudança será provavelmente nosso foco em sermos mais colaborativos nos assuntos relacionados a grupos ambientais, particularmente grupos ambientais globais. Acho que no passado nós de certa forma nos defendíamos desses grupos. Espero que essa nova abordagem torne possível trabalharmos juntos de forma mais colaborativa para encontrar soluções convenientes para os dois lados. O que o Grupo entende hoje como desenvolvimento sustentável (DS) e responsabilidade corporativa (RC)? Por responsabilidade corporativa, queremos dizer que compreendemos o que nossos stakeholders esperam de nós e gerenciamos essas expectativas; e por desenvolvimento sustentável, queremos dizer que compreendemos as tendências ambientais e sociais de longo prazo em nível nacional e mundial e que procuramos, como negócio, garantir que estejamos preparados para elas. Há alguma mudança conceitual de DS e RC com a nova abordagem? Penso que o maior desafio será expandir o que atualmente fazemos com as comunidades para pensar de fato nos produtos que faremos no futuro e como nossos produtos de fato contribuem para criar uma sociedade mais sustentável para todos. Então, é mudarmos daquilo que somente damos para a comunidade para qual será a diferença positiva que nossos produtos farão no futuro.


Alan Knight com jovens engenheiros e pesquisadores

De que forma as “10 premissas” estão integradas à estratégia de negócios do Grupo? Neste estágio, as 10 premissas representam uma nova abordagem que ainda estamos desenvolvendo. Mas a intenção é que as informações que coletarmos das 10 premissas – onde identificamos quais são os grandes riscos, quais são as grandes oportunidades – influenciem diretamente nossa estratégia de negócio. Então, elas estão definidas para influenciar diretamente nossa estratégia localmente. É possível constatar que algumas premissas estão integradas aos objetivos da ONU para o desenvolvimento sustentável. Qual a posição do Grupo ArcelorMittal sobre eles? Eu acho que será fácil para nós, como um Grupo, apoiarmos os objetivos de desenvolvimento sustentável global das Nações Unidas, e nossas tendências estão escritas para nós como uma empresa de aço. O que fizemos foi observar os objetivos e todos os outros desafios importantes que o mundo enfrenta e escrever um conjunto de nossos próprios objetivos como uma produtora de aço. Então, embora nosso linguajar seja um pouco diferente, nós concordamos plenamente com eles. E o que temos feito é torná-los mais personalizados, customizados para nós, como produtores de aço. Portanto, não há conflito algum.

A nova estrutura de RC e DS traz a perspectiva de mudar o foco do engajamento para a gestão das expectativas dos stakeholders, incluindo tendências, riscos e oportunidades. Nesse cenário (a partir de uma visão sistêmica do Grupo), quais seriam as principais oportunidades e os maiores desafios que se apresentam para a ArcelorMittal? Eu penso que o maior desafio para nós, como Grupo, provavelmente, é o carbono e a mudança de clima. A atual produção física de aço tem uma pegada de carbono muito alta. E assim, sempre será difícil, porque mudanças na maneira como produzimos aço são limitadas e também onerosas. Esse é nosso maior desafio. Eu penso que a maior contribuição, ou a maior oportunidade, é, ironicamente, também a mudança climática, em como os produtos que fazemos podem realmente ajudar nossos clientes a reduzir sua pegada de carbono. E onde isso está absolutamente óbvio e claro é como as classes mais leves do aço para produzir carros reduzem sua pegada de carbono. Então aqui há um desafio e uma oportunidade. O que o senhor entende por sustentabilidade? Por sustentabilidade, a definição que usamos é como nós faremos para que 9 bilhões de pessoas em 2050 vivam uma vida sem pobreza, enquanto usamos os recursos naturais de apenas um planeta, sem causar consequências não intencionais, tais como obesidade infantil e mudança climática. ES Brasil • Maio 2015

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Há uma crescente pressão internacional sobre as questões ambientais, com leis mais rigorosas, órgãos atuantes e ferramentas cada vez mais sofisticadas para monitoramento. A isso se junta uma cobrança intensa por parte da sociedade em termos de controle ambiental em tempo de uma crise econômica que afeta todos os mercados. Como o senhor acredita que as empresas podem manter a reputação e suas licenças de operação e expansão em um cenário como este? Creio que a resposta seja simples. Você deve abraçar as mudanças, planejar-se para elas e estar preparado para elas. Porque o oposto à sua pergunta também é verdadeiro, os negócios que não fizerem isso são os que enfrentarão multas e irão perceber que seus clientes estão escolhendo a concorrência. Então, essa é uma tendência dos negócios, e a boa liderança dos negócios está respondendo a tendências. Pois é, o que diríamos em inglês é “Go ahead!” (vá em frente!). Observa-se no mundo uma contínua aproximação da sustentabilidade com as questões de governança e compliance, o que inclui combate à corrupção, questões trabalhistas e fiscais, ética nas relações governamentais, entre outras. Todas as siderúrgicas do Brasil, à exceção da ArcelorMittal, estão envolvidas em escândalos neste momento. Que mecanismos o senhor vê como eficazes para que a ArcelorMittal se mantenha com a solidez de credibilidade que a caracteriza? Bem, é muito difícil para mim comentar sobre algo que tem muito a ver com o Brasil, e eu não sou o Brasil, mas diria que a resposta está no questionamento que o que quer que estejamos fazendo, deve estar dando certo. E isso é crédito da gestão atual 56

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do negócio no Brasil por ter essa posição. Portanto, sigam fazendo o que vêm fazendo atualmente e saberão as áreas que podem ser desenvolvidas. Então, repito, eles estão claramente acertando, então continuem fazendo o que vêm fazendo. O senhor tem uma vasta experiência na esfera de negócios voltados ao varejo. Que motivação o inspirou a entrar na indústria, especialmente em um negócio que inclui siderurgia e mineração? Eu não vejo problema em produção de aço e mineração, apesar de eles terem, obviamente, muitos desafios ambientais e sociais, porque eu não entendo como qualquer mundo possa operar sem aço ou mineração. A transição da indústria de varejo para indústria de manufatura é para mim a coisa mais empolgante que posso fazer, porque as grandes soluções do mundo agora não serão encontradas pelos varejistas. Elas serão, na verdade, encontradas pelas grandes indústrias de manufaturados. Eu penso que o varejo, principalmente na Europa, agiu certo ao dar o pontapé inicial ao debate, com varejistas fazendo aos fornecedores perguntas difíceis, como condições de trabalho nas fábricas, de onde vem a madeira, criando um apetite para responsabilidade corporativa no mundo. Mas os grandes ganhos serão na indústria, particularmente na indústria pesada. Então, eu estou claramente no lugar certo. O capitalismo está em uma fase desafiadora desde 2008, com mercados instáveis, dificuldade de margens de preço a contento e grandes desafios para a área comercial. Em que grau a sustentabilidade pode ajudar as vendas? Bem, a melhor resposta para isso é como a insustentabilidade ajuda as vendas. Estamos enfrentando um mundo onde a mudança


Alan Knight visita vários laboratórios de pesquisa em inovação e engenharia de uma das universidades parceiras da ArcelorMittal

climática é real, um mundo que está usando mais e mais recursos, onde a Amazônia está sob ameaça. Como poderemos prosseguir com vendas, quando a Amazônia se for, quando os materiais do mundo acabarem, e as pessoas estiverem sofrendo? Então, uma das coisas que faço é mostrar às pessoas que a sustentabilidade não é somente uma boa ideia – ela é praticamente inevitável, e para mim, essa é a razão pela qual trabalho em negócios, minha ansiedade é garantir que a empresa para a qual eu trabalho seja a que sobrevive a isso e brilhe na jornada para a sustentabilidade. Uma resposta mais próxima à pergunta é – olhe que empresas automotivas são bem-sucedidas no momento e então olhe como são boas em sustentabilidade em seu setor e você verá a relação direta – os negócios de maior sucesso no momento são os que usam a tecnologia sustentável correta. Então, esse é um bom exemplo, particularmente para uma empresa de aço. Como avalia sua passagem pelo Brasil? Eu realmente gostei muito. Eu vi alguns projetos de investimento em comunidades; passei várias horas conversando com a alta direção, uma conversa aberta e franca sobre para onde essas tendências estão indo e porque elas importam, e, tenho que reconhecer, que com todos os desafios no Brasil, eu não poderia ter tido uma reação mais positiva deles. Como um louco de Londres, com umas ideias loucas em como o Brasil deveria pensar sobre essas questões, eu não poderia ter ficado mais satisfeito com a recepção que tive e a visita que fiz. E no Espírito Santo? O que mais chamou sua atenção? Eu creio que o espírito das pessoas é ótimo, eu realmente gostei disso, e exemplos, particularmente do tipo de projetos pequenos, projetos de investimento na comunidade que vi, que quando você coloca em andamento o modelo de negócio correto, e dá às pessoas os incentivos corretos, o crime e as dificuldades sociais evaporam. Eu digo isto, dê às pessoas uma boa renda, dê às pessoas um bom emprego, faça esse emprego sustentável, faça seu produto sustentável, crie uma melhor sociedade para o presente. Para mim, é um bom exemplo, pessoas que falam sobre a sustentabilidade estão de fato preocupadas com o futuro, e os projetos que vejo aqui hoje são sobre o presente e as pessoas estão em melhor situação hoje e, assim, esse é o ponto alto de qualquer viagem. ES Brasil • Maio 2015

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AONDE IR

Foto: Divulgação

GASTRONOMIA O restaurante Castanheira foi fundado em dezembro de 1991 por Antônio Hildo Modenese, conhecido como seu Antônio, patriarca da família Modenese, que trouxe consigo e com sua esposa a vontade de trabalhar e a boa comida Italiana. A casa cresceu, aperfeiçoou o cardápio e hoje oferece aos seus clientes a culinária tipicamente capixaba, com moquecas e pratos à base de frutos do mar, além carnes, risotos e um dos ícones da culinária espanhola, a paella. Há também uma requintada carta de vinhos.

O

litoral norte do Espírito Santo abriga paraísos naturais que merecem ser visitados. Dando uma escapada rápida da capital, siga pela rodovia ES-010, e em menos de uma hora estará em Santa Cruz, distrito do município de Aracruz. Além de curtir lindas praias, para todos os gostos, você pode aproveitar para fazer um passeio de escuna pelo rio Piraquê-Açu e almoçar em bons restaurantes. Há muitas opções de praias, e uma das mais movimentadas é a Formosa. Emoldurada por piscinas naturais, areias finas, muitos coqueirais em cinco quilômetros de extensão, ela faz jus ao nome. Ali também está instalado o Centro Turístico de Praia Formosa – Sesc, com o Parque Aquático Águas Malucas e as praças temáticas. Já a Barra do Sahy é ponto de encontro de jovens, especialmente no verão, com seus bares, quiosques, calçadão e ciclovia, além do Xangão, famoso pico de surfe que atrai surfistas o ano todo. No início deste ano, a falta de chuvas diminuiu a quantidade de partículas em suspensão que caem do rio no mar e resultou numa água tão cristalina que rendeu até comparações com as praias do Caribe. Para quem não abre mão de um bom roteiro gastronômico, a indicação é a 58

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Praia do Padres, ideal ainda para crianças e idosos se divertirem em trechos de águas calmas e mornas, no conforto das sombras gentilmente cedidas por seus coqueiros e castanheiras. A tranquilidade pode ser traduzida na Praia do Sauê. Com rico cenário natural, de mata preservada, rio e lagoa margeada por vegetação de aroeiras, é um convite à boa reflexão, indicada para banho e pescaria, em seus 800 metros de extensão. E há boas acomodações para quem pretende passar a noite no local. A Praia de Comboios abriga uma base do Projeto Tamar, passeio favorito de crianças e admiradores das tartarugas marinhas. A Praia Virgem, localizada em Barra do Riacho, ao norte da foz do rio Riacho, possui águas claras e areia grossa e amarela. Importante ponto de pesca (baiacu, cação, dourado e camarão-sete-barbas) e faz parte da Reserva Indígena de Comboios. Em meio à Reserva do Manguezal Piraquê-Açu, um dos maiores da América Latina, o passeio de escuna garante cenários inesquecíveis durante duas horas, com direito a uma parada para banho em bar flutuante. No verão, as saídas são diárias, mas na baixa temporada é preciso agendar pelos telefones (27) 3250-1941 e 99985-1964.

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PRAIAS DE SANTA CRUZ

POUSADA E RESTAURANTE CASTANHEIRA Telefone: (27) 3250-2709 Site: www.castanheiras.com

COMO CHEGAR Santa Cruz é distrito do município de Aracruz. Saindo de Vitória, siga pela rodovia ES-010, sentido norte, passando por Jacaraípe, Nova Almeida e Praia Grande. Em menos de uma hora, a 80 km de distância, você estará lá!

Aracruz Fundão Serra

010

Vitória-ES Vila Velha

Veja mais fotos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br



PATRONO DA ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL BRASILEIRA É NOME DE AVENIDA EM VITÓRIA Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.

A

José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae

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Avenida Saturnino de Brito, na Praia do Canto, homenageia um dos mais importantes nomes da engenharia sanitária e ambientalista brasileira, Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Seu lema – “Será preciso tratar da casa como se trata do homem”– é tão atual neste século XXI quanto foi há cerca de 100 anos, quando de sua enunciação. Sua visão do futuro, quase premonitória, se valia de suas observações sobre o comportamento humano no campo de atividade por ele dominada desde quando se tornou engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Como muitos dos homens de projeção na vida brasileira, Saturnino de Brito nasceu numa propriedade rural, a Fazenda Velha, freguesia de São Gonçalo, na localidade rural de Campos de Goytacazes, Rio de Janeiro, em 14 de julho de 1864. Certamente foi seu contato direto com a terra, com as matas, com a água pura em suas nascentes, que incutiu em sua mente o espírito conservacionista por ele defendido ao longo de sua vida. @esbrasil •

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Sua démarrage profissional teve início em 1887, como engenheiro, na antiga Estrada de Ferro Leopoldina, em Minas Gerais. Nesse mesmo campo, atuou nos Estados do Ceará, da Bahia, de Sergipe, de Pernambuco e do Rio Grande do Sul. Sua visão crítica do sistema de urbanização das cidades brasileiras levou-o a ser contratado para projetar a planta de Piracicaba, em São Paulo, trabalho interrompido quando foi incentivado, por seu sentimento de nacionalismo, a participar do movimento político em defesa do regime republicano. Essa inspiração o levou a colocar de lado sua vitoriosa carreira profissional, alistando-se no Batalhão Benjamin Constant, movimento cívico que se expandia por todo o território brasileiro. Mais tarde, com seu nome como técnico e idealista consolidado, recebeu convites para participar de várias comissões técnicas encarregadas de obras de vulto em vários pontos do país, tendo marcado presença na comissão encarregada da construção da cidade-modelo de Belo Horizonte, no antigo Curral del Rei.


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Iate Clube do Espírito Santo

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Navegue pelo Street View

Participe da coluna enviando sugestões para enderecodahistoria@revistaesbrasil.com.br

A Avenida Saturnino de Brito, na Praia do Canto, é uma das principais vias da capital

Foto: Divulgação

Especializando-se em engenharia sanitária, procurou dar soluções práticas para questões de saneamento até então ignoradas e que representavam problemas à saúde da população. Foi diretor, organizador e executor de grandes projetos de saneamento em Santos, Recife, Petrópolis, Aracaju, Pelotas, Araguaia e na nossa cidade de Vitória. Incluem-se em seu amplo currículo de realizações projetos realizados em Petrópolis (1898), Paraíba do Sul (1889), Itaocara (1900) e Campos (1901). Seus trabalhos e suas teses levaram-no a ser escolhido, pelo Francisco Saturnino Congresso da Associação Brasileira Rodrigues de Brito

de Engenharia Sanitária e Ambiental, patrono da Engenharia Sanitária Brasileira. Após a Proclamação da República, participou da Comissão de Saneamento do Estado de São Paulo, organizando projetos de saneamento de Campinas, Ribeirão Preto, Limeira, Sorocaba e Amparo. Ainda em São Paulo, exerceu a direção da Repartição de Saneamento do Estado em Santos. Foi fundador do Escritório Saturnino de Brito, dirigido depois de sua morte por seu filho até o ano de 1978. O engenheiro Saturnino de Brito foi autor de importantes compêndios técnicos, adotados também na França, no Inglaterra e nos Estados Unidos. Morreu na frente de trabalho, quando vistoriava obras de saneamento que ele projetara para a cidade de Pelotas (RS). Aos 65 anos de idade, no dia 1º de março de 1929. O corpo de Francisco Saturnino Rodrigues de Brito foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. Sua memória permanece viva entre nós com a homenagem que lhe foi prestada nominando uma das nossas principais vias públicas de Vitória. (Copidesque: Rubens Pontes). Mais fotos e vídeos na galeria do site: http://www.revistaesbrasil.com.br/index.php/ artigos-e-colunas/o-endereco-da-historia

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GASTRONOMIA

LOS PALETEROS LANÇA NOVOS

Foto: Divulgação

A Los Paleteros lançou no mês de abril dois novos sabores de paletas que chegaram às franquias da marca, localizadas no Shopping Vitória e no Shopping Vila Velha. A primeira novidade é o iogurte de frutas vermelhas, inspirado na bala Fruittella Grego. “A parceria firmada com a Perfetti Van Melle também contará com uma promoção nas 83 unidades da rede. Na compra de uma paleta de iogurte com frutas vermelhas, o consumidor ganha a bala Fruittella Grego”, explica um dos sócios-fundador da Los Paleteros, Gilberto Verona. O outro lançamento fica por conta do crunchy cream, que traz uma base de nata com baunilha que proporciona uma combinação perfeita com pedaços crocantes de biscoito de chocolate.

FESTIVAL GASTRONÔMICO AGITA SANTA TERESA

DICA DO CHEF CIRLEI BENINCÁ

chef do restaurante Don Benin Com receitas saborosas e um vasto cardápio de bebidas artesanais, o restaurante Don Benin é considerado parada obrigatória no município de Nova Venécia. Quem deseja experimentar um petisco de qualidade não pode deixar de conhecer o Camarão das Caieiras. “É um petisco diferente, trabalhado com batata palha e ervas finas, ao molho de alcaparras e limão, o que dá um sabor bem exótico e peculiar ao prato. Para quem preferir, ele pode ser servido com molho shoyu, que também fica muito saboroso. Com certeza, é uma opção para quem gosta de experimentar novos sabores. É grande e pode servir até duas pessoas”.

Foto: Divulgação

Foi realizada entre os dias 17 e 21 de abril a primeira edição do Santa Teresa Gourmet, evento voltado para a alta gastronomia com preços populares. O festival, que atendeu a todos os públicos, contou com aulas show com chefs nacionais e capixabas, com o 1º Encontro de Food Trucks, além de concurso de receitas de família, apresentações culturais e atividade especial para as crianças, o Cozinha Kids. Diversos restaurantes participaram, como o Piaceri Alla Tavola, o Dona Alice Botequim e Restaurante, o Café Zanoni, o Sabor da Roça, o Bar Elite e o Restaurante Café Haus. Uma maravilha nas montanhas!

CULINÁRIA MEXICANA COM UM TOQUE BRASILEIRO Fundir a culinária brasileira com a tradicional gastronomia mexicana. Esse é o objetivo do restaurante Jalapeño, inaugurado no início do mês de maio em Jardim da Penha, Vitória. Sob o comando do trio Júnior Cardoso, Ricardo Cabelo e Alex Gadiol, a casa traz até o público 11 versões de entradas, uma variedade de tacos, burritos e quesadilhas, e ainda pratos principais, saladas e sobremesas, incluindo o churros de queijo com goiabada. Os preços variam de R$ 7,50 a R$ 85. A carta de drinques também surpreende pela sua diversidade, com os tradicionais margarita, mojito, tequila sunrise e bloody mary, além de opções de bebida sem álcool.

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Foto: Divulgação

VANDERLEI MARTINS

FESTIVAL GASTRONÔMICO NO HOTEL FAZENDA CHINA PARK O Hotel Fazenda China Park, em Pedra Azul, está realizando o seu primeiro festival gastronômico. Com a coordenação do chef Ari Cardoso, o evento conta com a participação de especialistas convidados que realizam aulas show durante as quatro etapas da programação, divididas nos temas “Moqueca capixaba e os diversos sabores das moquecas do Brasil”, “Cozinhas regionais brasileiras”, “Cozinhas internacionais (Américas e Europa)” e “Cozinha mediterrânea x dieta mediterrânea”. As duas últimas serão promovidas nos dias 13 de junho e 4 de julho. Juntamente com essas atividades serão disponibilizados bufê, sorteios e degustação de drinques, coquetéis e chopes, além de uma caneca e de um avental personalizado para cada participante. Informações sobre preços e período de inscrições podem ser obtidas pelos telefones (27) 3288-4141 e 99983-6336.

MENU ES BRASIL JOSÉ ELCIO LORENZON Presidente da Lorenge

Localizado em Jardim da Penha, o Porto do Bacalhau possui uma decoração diferenciada que lembra muito as cantinas europeias, além dos pratos deliciosos que já conquistaram os capixabas, como o Gadus Morhua. “Esse legítimo bacalhau norueguês é preparado à moda portuguesa e não tem defeito. Dá pra dois comerem bem e ainda possui um preço justo. Conheço o lusitano Telmo Merlo e sua filha Viviane há mais de 20 anos, reinando na tradição. É comum encontrar turistas, executivos e pessoas que apreciam o bom atendimento”.

VINHO CHILENO TINTO ERASMO GARRAFA 750 ML Este é um vinho superlativo e elegante, elaborado a partir das castas Cabernet Sauvignon/Merlot/Cabernet Franc pelo italiano Francesco Morone Cinzano, um grande produtor da Toscana que deu a este rótulo um caráter clássico. A bebida possui boa acidez e notas de frutas vermelhas vivas sem perder a harmonia.

VINHO FRANCÊS TINTO CHATEAU BERNADOTTE 750 ML De origem francesa da região de Bordeaux, este vinho tem como base a uva merlot (com 51%), a cabernet sauvignon (46%) e a petit verdot (3%). Isso se traduz num vinho de boa maciez com notas de amoras e geleia de morangos, um bom exemplar dessa prestigiosa região do HautMedóc. Excelente companhia para as refeições à base de carnes vermelhas, como a bovina e a de cordeiro.

VINHO PORTUGUÊS TINTO MANOELLA 750 ML Proveniente da região do Douro, em Portugal, este vinho contém muitas castas autoctones, como tinta amarela, tinta roriz, tinto cão, touriga franca e touriga nacional. Todas elas, reunidas, se traduzem em um vinho sedutor de boa estrutura, com delicadeza e finesse na boca, notas de flores, frutas vermelhas e um toque sutil de madeira bem integrada ao conjunto.

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ESTILO

Foto: Caca Lima

Foto: Gustavo Louzada

GALERIA MATIAS BROTAS ABRE CALENDÁRIO DE EXPOSIÇÕES

A Galeria Matias Brotas Arte Contemporânea deu início à sua temporada 2015 com a abertura do calendário de exposições no dia 29 de abril. A coletiva reuniu obras do acervo do espaço sobre o olhar do professor de Filosofia da Ufes e curador da mostra, Fernando Pessoa. A exposição conta com a participação de diversos artistas como Amilcar de Castro, Manfredo de Souzanetto, Paulo Vivacqua, Shirley Paes Leme, Lara Felipe, Julio Tigre, Renata Egreja, José Bechara, Raphael Bianco, Vilar, entre outros. “Decidi fazer um diálogo entre as obras, privilegiando exatamente a diferença entre elas. Concebendo a própria exposição como uma obra de arte”, explica Fernando Pessoa. A mostra segue até 30 de maio.

22º FESTIVAL DE VITÓRIA ABRE INSCRIÇÕES O Festival de Vitória - 22º Vitória Cine Vídeo (VCV) já abriu suas inscrições para filmes de todo o Brasil nos formatos de curta e longa-metragem. O evento, que acontece entre os dias 11 e 16 de setembro, em Vitória, contará com mostras competitivas, lançamentos, debates, oficinas e homenagens. Considerado o maior festival de audiovisual do Espírito Santo, o VCV apresentará Mostras Competitivas Nacionais de Curtas e de Longas-Metragens, a Mostra Foco Capixaba, a Mostra Corsária, a Mostra de Animações, a Mostra Quatro Estações e a Mostra de Filmes Lei Rubem Braga. A programação conta ainda com o Festivalzinho de Cinema e os Concursos de Roteiro Capixaba e de Web Séries, bem como o lançamento de longas-metragens nacionais e as aguardadas homenagens. As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de junho pelo site www.festivaldevitoria.com.br.

HISTÓRIA DA JUSTIÇA CAPIXABA É CONTADA EM LIVROS

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FLÁVIO VENTURINI, 14 BIS E SÁ & GUARABYRA SE REÚNEM NO PALCO Sete grandes artistas que marcaram a história da música brasileira se reuniram em um encontro exclusivo na capital capixaba. Flávio Venturini, integrantes do 14 Bis e a dupla Sá & Guarabyra fizeram um show inédito na Arena Vitória, no dia 16, como parte da turnê nacional “Encontro Marcado”, iniciada em março e que planeja rodar todo o país. O encontro, que faz parte das comemorações dos 40 anos de amizade dos músicos, traz músicas que alcançaram muito sucesso ao longo dos anos, como “Caçador de Mim”, “Espanhola”, “Sobradinho”, “Todo Azul do Mar”, “Noites com Sol”, “Linda Juventude” e “Nascente”. @esbrasil •

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Foto: Divulgação

Foto: Cristiano Quintino

A história da Justiça capixaba foi escolhida como tema de dois livros lançados no dia 7 de maio, no Salão Nobre do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Os volumes falam de dois períodos distintos: “Do Tribunal da Inquisição ao Tribunal de Justiça” e “Da República Velha à Era da Cidadania”. A produção das obras, que contou com a colaboração de diversos envolvidos, recebeu o apoio do TJES, do Instituto Sincades e do Governo do Estado. Quem quiser exemplares do livro pode entrar em contato com a editora PróTexto, responsável pelo lançamento, pelo telefone (27) 3225-9400.

ESPETÁCULO DE BALÉ INSPIRADO NA BOSSA NOVA

O município de Muqui recebeu no dia 25 de abril o espetáculo de dança contemporânea “Bossa Nova, Nossa Gente”, da Cia Jovem Pequenos Talentos, grupo que reúne bailarinos do projeto da Ação Comunitária do Espírito Santo (Aces). A apresentação contou com músicas como “Samba do Avião”, “Só Danço Samba”, “Corcovado”, “Modinha”, “Carta ao Tom”, “Chega de Saudade” e “Garota de Ipanema”, coreografadas por Alice Arja, diretora da Cia de Ballet do Rio de Janeiro e relações internacionais do Miami City Ballet School para a América Latina. O projeto, que possui 17 anos de existência, é desenvolvido em seis comunidades da Grande Vitória, atendendo cerca de 400 crianças e adolescentes.



TEST DRIVE

Imponência e tecnologia de ponta

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Fotos: Divulgação

LEXUS NX 200T

Lexus, divisão de luxo da Toyota que desembarcou em LEXUS NX 200T solo capixaba no mês de abril, lançou nacionalmente a linha NX 200t. O primeiro SUV compacto da marca que Motorização: chega ao mercado em sua versão regular (por R$ 216.300) e no • Modelo 2.0 turboalimentado pacote F-Sport (R$ 236.900) simboliza a nova geração de modelos, com 238 cv de potência voltada para os consumidores que buscam equipamentos de alta tecnologia, desempenho superior e acabamento refinado. Câmbio: Projetado para proporcionar agilidade e emoção ao motorista, • Transmissão automática de seis velocidades com inteligência artificial o NX vem equipado com o inédito motor 2.0L turbo alimentado com injeção direta, que acelera de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos, Direção: rende 238 cv de potência e apresenta baixo consumo de • O modelo possui três modos de combustível. Com uma saída dupla em acabamento cromado, direção: Eco, Normal e Sport o escapamento reforça a esportividade de um motor turbo, Pneus e rodas: aliando refinamento ao comportamento agressivo. • Versão 200t: 17 polegadas A parte interna apresenta acabamentos confeccionados em • Versão F-Sport: 18 polegadas materiais requintados com detalhes em padrão couro no volante, Dimensões: na manopla de transmissão, nos bancos, no painel e no console • Comprimento (m): 4,63 central. Outro destaque do automóvel é o revestimento em • Largura (m): 1,84 padrão madeira no painel central e nas portas. O exterior do SUV • Altura (m): 1,64 também não deixa a desejar, com linhas que remetem a uma • Peso (kg): 2,66 carroceria multidimensional, esculpida em forma de diamante, Capacidade: a partir de uma peça de metal única. “O modelo apresenta um • Porta-mala: 580 litros design bastante inovador. Recém-lançado nos Estados Unidos, o NX foi o segundo carro mais vendido no mercado americano no primeiro trimestre”, revela Cláudio Kroeff, diretor comercial da Kurumá. Os aficionados por tecnologia ficarão encantados com o sistema multimídia, que possui uma tela de sete polegadas para reproduzir informações do computador de bordo, além de dados do sistema de navegação, DVD player e TV digital. Há ainda uma tela sensível ao toque, localizada ao lado da manopla do câmbio, que otimiza o controle das funções. A inovação foi batizada de Lexus Remote Interface TouchpadTM. Complementam a funcionalidade os comandos no volante para operar o computador de bordo, o áudio e o telefone celular; borboletas para troca de marchas; ar-condicionado dual zone digital; seletor de modos de direção eco, normal e sport; aquecimento e resfriamento dos bancos; acionamento elétrico do teto solar e botão de assistência em rampas. Toda a modernidade do veículo também pode ser conferida nos itens de segurança. O modelo é equipado com 10 air bags; freios ABS dianteiros e traseiros, com distribuição eletrônica de frenagem e assistência; controle eletrônico de tração e estabilidade; luz de frenagem emergencial; câmera de ré; sensor de chuva; sistema de ancoragem Isofix para cadeirinhas de criança; dentre outros elementos.

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RANKING AUTOMOTIVO A cada mês, a coluna Test Drive publica o número de emplacamentos feitos no Espírito Santo, considerando apenas automóveis e comerciais leves com valor de mercado superior a R$ 50 mil. Para chegar ao número total de cada veículo, somaram-se todas as versões disponíveis. Confira a lista referente ao mês de abril.

TESTANDO... Jules White, médico

“O NX 200t é um carro com design moderno e altamente tecnológico. Estou bastante satisfeito com o veículo, principalmente pelos itens de segurança e os quatro anos de garantia, um diferencial da marca. Além disso, a Lexus é mundialmente conhecida e respeitada devido à qualidade de seus produtos, o que já é marca registrada da Toyota”.

Pos.

Fabricante/ Veículo

Emplacamentos

A partir de (R$)

Toyota Corolla

175

66.570

Toyota Hilux

145

100.290

Honda Fit

78

54.500

Honda Civic

62

68.400

Honda City

39

53.900

GM Cruze

39

71.860

Ford Ecosport

38

65.900

GM S10

37

83.130

Renault Duster

32

59.600

10º

Ford Ranger

22

78.900

Fonte: Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives)

NÚMERO DO MÊS

13,5%

Foi o percentual de participação da cidade de Vitória nos emplacamentos de veículos comerciais leves no mês de abril, de acordo com dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives). Em seguida aparecem Serra (10,1%) e Vila Velha (8,3%). A capital capixaba também lidera na categoria auto com 23,4%.

EMPLACAMENTOS DE CAMINHÕES CAEM EM ABRIL

PALIO É O CARRO MAIS ANUNCIADO NA INTERNET Líder de vendas no mercado nacional em 2014, o Palio também é o carro que mais se destaca em anúncios de classificados on-line no Brasil. A informação foi divulgada através de um estudo realizado pela aplicação BigWeb, da BigData Corp, que correlacionou dados de mais de 100 bilhões de páginas (30 petabytes de informações). O hatch da Fiat contabilizou 134 mil anúncios, ficando à frente da soma de ofertas de quatro modelos da Volkswagen - Gol, Parati, Saveiro e Voyage (total de 130 mil anúncios) -, seguido por Chevrolet Celta (95 mil) e Fiat Uno (85 mil). A Fiat também liderou em relação às marcas, com quase 890 mil anúncios, superando VW (665 mil), Chevrolet (522 mil) e Ford (481 mil).

Um levantamento feito pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontou que o número de emplacamentos de caminhões novos no país apresentou uma queda de 46,7% em abril, se comparado com o mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, esse recuo pode ser justificado pelo pouco volume de carga que vem sendo transportado atualmente. “Com exceção do agronegócio, que está em alta, não há outro setor que sustente o segmento de caminhões. Sem PIB, não há vendas nesse segmento”, disse.

ES Brasil • Março 2015

A


essas MULHERES

ANDREA MONTEIRO

essasmulheres@revistaesbrasil.com.br

E

sta é uma coluna dedicada às mulheres. Essas que são filhas, mães, esposas e ainda dão conta de suas tarefas profissionais com charme, competência e uma sensibilidade que só elas têm!

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES Mesmo com toda a emancipação feminina e com a modernidade das relações, o casamento ainda é uma instituição muito valorizada, principalmente pelas mulheres. Maio é ainda o tradicional Mês das Noivas. Eu tive acesso a vários vídeos e votos de casamento, mas um me chamou muito a atenção, porque mostra, de forma romântica e madura, que a relação deve ser forte o suficiente para superar cada estação por que passa. Vou deixar a dica do vídeo aqui, vale muito a pena vê-lo. E, percebam, é um voto de amor romântico, vindo do noivo, que arranca suspiros de muitas, muitas mulheres e homens! (Youtube - Votos-Casamento (Bruno e Daiana) http://migre.me/q3ePO.

#FAÇABONITO Desde o ano 2000, 18 de maio foi oficializado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O objetivo dessa iniciativa é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais da população mais jovem. A data foi instituída pela Lei 9.970 e, desde então, entidades ligadas à defesa dos direitos desse público promovem atividades em todo o país para conscientizar e mobilizar a sociedade e as autoridades sobre a gravidade da violência sexual. Todos os anos, o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual realiza a campanha “Faça Bonito. Proteja nossas Crianças e Adolescentes” (blog: http://facabonitocampanha.blogspot.com.br). É um assunto muito delicado, que está presente em todas as camadas sociais, e é uma dor silenciosa, já que, na maioria das vezes, a vítima omite que está sofrendo o abuso, por medo, vergonha, ou por se considerar nas mãos do agressor. Então, a campanha de conscientização se faz cada vez mais importante. O abuso sexual envolve contato sexual entre uma criança ou um adolescente e um adulto ou uma pessoa significativamente mais velha e poderosa. As crianças, pelo seu estágio de desenvolvimento, não são capazes de entender esse contato ou resistir a ele, e podem ser psicológica ou socialmente dependentes do ofensor. Abuso sexual é crime, pode estar mais perto do que você imagina, e deve ser denunciado. 68

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PRA GENTE SEMPRE SE LEMBRAR



IVO NOGUEIRA DIAS

VOCÊ QUER UM MILAGRE? “Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto É como se abrisse o mesmo livro Numa página nova... ” Mário Quintana

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uitas vezes queremos que Deus faça tudo pra nós, e não nos damos conta de que temos o poder. As pessoas não percebem que elas têm o poder, ou seja, você já nasce com ele, basta saber usá-lo. Nascemos com o livre arbítrio, que é o poder de decidir, escolher o que é melhor pra nós. E essa escolha tem a ver com o tempo. Dizem que a mais lamentável de todas as perdas é a perda do tempo, e eu concordo com isso. A vida é tão curta, tão curta, e o tempo passa tão rápido, não é mesmo? Mário Quintana escreveu este poema sobre “O Tempo”. “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.” E aí? Aí fica tarde, o sol se põe. Nas costas ficaram os dias, os meses, os anos, filhos, a vida, qual o legado deixado? @esbrasil •

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Não deu tempo! Dizem que: “Quem mata o tempo não é assassino, mas um suicida”. Mata a si mesmo e aos sonhos de muitos que estão ao seu lado e de muitos que virão. A maturidade nos ensina algumas coisas: A primeira delas é construir todas as suas estradas no Hoje porque o futuro vencedor dependerá dessa sua decisão. Muitos dos que estão a ler este texto têm a liberdade de usar seu tempo da forma que lhes convêm, por isso são autodisciplinados. E assim sendo, procuram fazer escolhas certas, dentro dos limites das regras, não é mesmo? Porque gerenciar a vida é uma questão de escolhas. Não se pode perder tempo escolhendo reclamar e amaldiçoar sua sorte em vez de encarar o sol da manhã no rosto e ver as oportunidades que aparecem. Os que assim fazem têm sorte na vida, e são reconhecidos pelo aproveitamento do tempo, são os que deixam marcas, legados, histórias. Esses homens e essas mulheres autônomos escolhem o sol que vemos pela frente para vencer, porque o sol da tarde queima. Autonomia é sinônimo de autoconsciência, de autodeterminação em favor não somente do próprio crescimento, mas do crescimento da sua companhia, da sua consciência, da sua família. Preparem-se! Encham-se de sabedoria! Façam um pacto com o tempo e usem-no a seu favor. Vocês só estão aqui hoje porque merecem. Então, vão em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deixe sua marca. Você quer um milagre?

Seja um milagre!



LUIZ FERNANDO LEITÃO tiragosto@revistaesbrasil.com.br

PRATOS DO DIA As Sete Vidas de Nelson Motta Nelson Motta Nudge: O Empurrão Para a Escolha Certa Richard H. Thaler

A Ilusão da Alma Eduardo Giannetti

MOQUEQUINHAS

Em tempos de crise, qualquer empreendimento deve ser festejado, principalmente se for da rede Eataly, que inaugura sua primeira loja em São Paulo em maio. A unidade seguirá o mesmo modelo de outras cidades do mundo, integrando alimentação e um empório com produtos de alta qualidade, como massas, queijos, peixes, frutas e vegetais. São 4.500 metros quadrados, com três andares, mezanino e um terraço, além de dois subsolos de estacionamento. A expectativa é de receber 5.000 pessoas por dia. Parabéns e sucesso!!!

• Sting e Eric Clapton? A conferir... • O Festival de Alegre mudou muito. • O songbook do professor Maurício de Oliveira é uma bela homenagem. • Impressiona o número de lojas para alugar nos shoppings. • O chef Dinho tá de volta. • Frio é tempo de subir as montanhas.

Foto: Divulgação

LUZ NO FIM DO TÚNEL

ESPECIAIS Acontece em BH, em setembro, o Mixbeer, Festival de Cervejas Especiais. Em sua quinta edição, o evento inclui o II Congresso de Empreendedores de Cerveja e o Cozinha Show Beer, que desafia chefs a criar pratos harmonizados com os mais diferentes tipos de cerveja. As seções de degustação continuam sendo o grande momento da feira. São centenas de marcas nacionais e importadas para deleite dos amantes da bebida. Informações: www.mixbeer.com.br

CARDÁPIO DE ASSUNTOS • O Brasileirão • A máfia dos guinchos • O desemprego • A Lava Jato • Brancão x Tiva • Ferraço x Feu Rosa

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DICA DO CHEF

A SAIDEIRA!

“Churrasco com os amigos no Sítio do sogro”. Antonio Carlos Calmon, empresário

Se os dólares estavam no bolso e não na calcinha, tá perdoada!!!

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CONFIRA AS MARCAS MAIS LEMBRADAS PELAS CLASSES AB NA GRANDE VITÓRIA Realizada desde 2009, a Pesquisa Top Marcas identifica as marcas mais lembradas pelos públicos A e B da Grande Vitória, com renda familiar entre 10 e 20 salários mínimos. O levantamento, que abrange grande quantidade de segmentos de produtos e serviços, serve de referência às empresas atuantes no Espírito Santo, para que possam aperfeiçoar suas campanhas de mídia e o posicionamento de sua imagem em um mercado cada vez mais competitivo.

ES Brasil • Maio 2015

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78

Top Marcas: o radar de consumo da classe AB do Espírito Santo

80 Perfil de Consumo Foto: Wladimir Cazé

Estabilidade financeira e viagens para o exterior são apenas alguns dos sonhos da elite econômica da Grande Vitória. Veja o que pensam e qual o perfil de consumo dos entrevistados da pesquisa.

84 Mercado Financeiro Você estaria disposto a mudar os seus hábitos de consumo para evitar que o fantasma da hiperinflação volte a assombrar os brasileiros? Confira a opinião das classes A e B e saiba qual é o comportamento da população no plano econômico.

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86

Produto/Refrigerante

88

Serviço/Empresa Pública Local

90

Marca Capixaba/Chocolate

92

Café/Padaria e Confeitaria

94

Leite/Derivados de Leite

95

Farinha de Trigo

96

Supermercado/Água Mineral

98

Shopping Center/ Cerimonial Adulto

100

Loja de Moda Masculina/ Loja de Roupa Infantil

102

Ótica/Livraria

104

Lojas de Tintas/Loja de Móveis

106

Loja de Material de Construção/ Loja de Artigos de Cozinha/ Financeira

107

Corretor de Imóveis

108

Construtora de Imóveis

110

Modelo de Carro Nacional/ Modelo de Carro Importado

111

Loja de Calçados

112

Hotel/Ponto Turístico Montanha

114

Ponto Turístico Praia/ Beleza Natural

116

Ponto Turístico Cultural/Ponto Turístico Monumento Histórico

118

Ensino Fundamental e Médio Particular/MBA

120

Ensino Superior/Pós-Graduação

122

Hospital Particular/Plano de Saúde

124

Laboratório de Análises Clínicas/Farmácia

126

Seguradora/Grande Empresa

128

Empresa de Logística/ Transporte de Passageiros

130

Operadora de Telefone Celular/ Operadora com Melhor Qualidade de Serviço Prestado



TOP MARCAS: O RADAR DE CONSUMO DA CLASSE AB DO ESPÍRITO SANTO

13,3%

12,0%

FAIXA ETÁRIA

11,3%

18,5% 30,1%

16 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos mais de 59 anos

N

o ano de 2009, era realizada pela primeira vez a Top Marcas. A Next Editorial, empresa que produz a revista ES Brasil, lança a proposta deste levantamento, que é o primeiro do Estado a focar as classes A e B, o mesmo público-alvo deste veículo de comunicação especializado em economia. Desde seu início, o estudo conta com os serviços de pesquisa da Merccato Inteligência Competitiva. Ao longo dos anos, a Top Marcas se tornou referência para as empresas capixabas acompanharem a força de sua marca junto à parcela de alto poder aquisitivo, além de servir de bússola

9,4% 19,0%

RENDA FAMILIAR

71,6% Entre R$ 7.880,00 e R$ 15.760,00 Entre R$ 15.761,00 e R$ 23.640,00 Acima de R$ 23.641,00 *SM R$ 788,00 (%)

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14,8%

para profissionais da comunicação e para os leitores em geral, que querem conhecer as campeãs de cada ano. O diretor-executivo da Next Editorial, Mário Fernando Souza, ressalta que a Região Metropolitana da Grande Vitória é um dos polos de maior riqueza do país, concentrando um dos mais altos PIBs per capita. “Então, nada mais elementar que uma revista voltada para o segmento empresarial como a ES Brasil fazer uma mensuração desse público e realizar uma pesquisa de preferência de marcas específica para a classe AB”, diz. Claro que esse mercado considerado é da maior importância em termos econômicos. “Estamos falando da camada superior de consumo, com renda acima de 10 salários mínimos e que faz toda a diferença; tanto que em algumas categorias os resultados são totalmente desiguais às pesquisas feitas com todas as camadas da população, porque os mais abastados, que estão nas classes A e B, têm outra percepção de consumo”, ressalta Mário Fernando Souza. Por isso, a Top Marcas se tornou uma ferramenta importante para que decisores empresariais afinem seu discurso e seu processo de relacionamento com essa classe tão importante e tão criteriosa nas suas escolhas. Anselmo Hudson, diretor da Merccato Inteligência Competitiva, lembra que, para as empresas, a conquista de uma marca forte é um grande atalho no momento da venda. “Enquanto uma marca desconhecida irá encontrar muitas barreiras e desconfianças na mente de quem consome, uma marca lembrada é sinônimo, muitas vezes, de qualidade e credibilidade”, afirma.


Para Flávia Tristão, gerente de Produto da ES Brasil, o estudo é base fundamental para permitir melhor posicionamento no mercado. “Para formar vantagem competitiva e obter sucesso com uma estratégia de diferenciação, a empresa precisa estudar as necessidades e o comportamento do comprador cuidadosamente para compreender sobre o que lhe é importante, constituir valor, e quanto eles estão dispostos a pagar. Aí entra a utilidade da Top Marcas, pois ela identifica essa vantagem competitiva”, explica.

CRITÉRIOS E NOVIDADES EM 2015 Para 2015, a pesquisa demonstra ainda mais crescimento, com acréscimo de segmentos e de informações. Se em 2014 foram 41 categorias levantadas, este ano são 80, praticamente o dobro. “Apesar de nem todas entrarem na versão impressa, todas serão disponibilizadas nas outras plataformas de entrega de ES Brasil. Essa também será a primeira edição de Top Marcas disponibilizada na versão web interativa”, comenta Flávia Tristão. Nesta edição, foram entrevistadas 406 pessoas: homens e mulheres com idade superior a 16 anos, residentes nos municípios da Grande Vitória. Entre os consultados, 71,6% possuem renda familiar na faixa de 10 a 20 salários mínimos (de R$ 7.880 a R$ 15.760). Outra fatia, equivalente a 19%, ganha entre 20 e 30 salários mínimos (R$ 23.640), enquanto os 9,4% restantes recebem acima desse valor. Em relação ao sexo, 51,7% são homens e 48,3%, mulheres. A maioria (53,9%) está solteira. Os casados representam 37,4%, os separados 5,5%; e os viúvos 3,1% . Sobre a escolaridade, 42,9% têm nível de graduação; 29,3% fizeram até ensino médio completo; e os outros 27,9% somados concluíram pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado e phD. ALÉM DAS MARCAS Mário Fernando lembra que a pesquisa não se restringe apenas às marcas, possuindo um olhar ampliado ao medir também outros fatores, como tendências de consumo, de movimentação econômica

SEXO

48,3%

são mulheres

51,7% são homens

Pessoas ouvidas pela Top Marcas 2015

“Enquanto uma marca desconhecida irá encontrar muitas barreiras e desconfianças na mente de quem consome, uma marca lembrada é sinônimo, muitas vezes, de qualidade e credibilidade” Anselmo Hudson, diretor da Merccato Inteligência Competitiva

e ligadas a políticas, o que a torna ainda mais importante para que as empresas se posicionem estrategicamente sob a ótica da classe AB. Esse acompanhamento se faz ainda mais importante diante de um cenário de mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas aceleradas, que deixa a sociedade cada vez mais orientada ao consumo, como ressalta Anselmo Hudson. “Nesse contexto, compreender as preferências e as necessidades do consumidor passou a ser uma necessidade vital não apenas para as empresas, mas para toda organização orientada para o mercado.” A pesquisa também avalia as expectativas de consumo das classes A e B. Nesse sentido, os entrevistados informaram que têm total possibilidade de cumprir as seguintes ações: realizar uma viagem nacional de lazer (53,1%), uma viagem internacional de lazer (31,4%), uma viagem nacional a negócios (19,8%), e uma viagem internacional a negócios (4%). Porém, no consumo de bens duráveis a situação é diferente: 44,7% avaliam que não têm nenhuma chance de trocar de carro. O mesmo é considerado acerca da compra de imóvel residencial, para 65,6%, e para imóvel comercial, para 78,4%. As viagens de turismo lideram como os sonhos de consumo já cumpridos pela maioria do público consultado: 67,8% já concretizaram o sonho de viagem turística nacional, e 38,4%, para viagens turísticas internacionais. Para realizar esses e outros desejos de consumo, 60,5% dizem não se preparar, buscando comprar por meio de cartão de crédito ou por algum tipo de financiamento. Um total de 16,2% alterna uma parte de pagamento à vista e financia o restante, enquanto 15,4% costumam poupar e comprar tudo à vista, e 7,8% fazem um planejamento analisando seu orçamento pessoal e só efetivam a transação quando esta não compromete suas finanças. Todo esse panorama reflete expectativas e lembranças do público de classe AB na Grande Vitória, que poderão ser destrinchadas nas páginas seguintes por você, leitor da ES Brasil. ES Brasil • Maio 2015

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Foto: Filipe Frazao/Shutterstock

SONHO SÃO ESTABILIDADE, VIAGEM AO EXTERIOR E CASA COM CARRO

52,1% dos entrevistados na pesquisa desejam conhecer outros países antes mesmo de adquirir bens materiais como carros de luxo ou motos

PESQUISA TOP MARCAS 2015 REVELA QUE MAIORIA NAS CLASSES A E B AINDA BUSCA ESTABILIDADE FINANCEIRA PARA REALIZAR SONHOS DE CONSUMO

E

m um ano marcado pela instabilidade econômica no Brasil e por cortes de gastos nas administrações federal, estaduais e municipais, os moradores de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica das classes A e B parecem acompanhar as tendências desse quadro. A Pesquisa Top Marcas 2015, da revista ES Brasil, apontou que, quando o assunto são os alvos de consumo, esse segmento da população coloca em primeiro lugar o desejo de estabilizar a vida financeira. Esse foi o sonho a realizar revelado por 56,5% dos entrevistados, todos com renda 80

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familiar entre 10 e 20 salários mínimos. Por outro lado, 37,2% disseram que já têm as contas nos eixos. Mas a necessidade de estabilidade não impede que se tenham outros desejos. E, nesse caso, destaca-se um que só pode ser concretizado longe do Espírito Santo. De preferência, no exterior. É porque, para 52,1%, viagens internacionais a lazer são itens de consumo a realizar, enquanto 38,4% já tiveram esse objetivo alcançado. Coincidência ou não, os dois casos têm índices parecidos com os da estabilidade financeira.

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Mas como quem viaja quase sempre volta, é em solo capixaba que deve se consolidar o plano seguinte, na preferência das classes A e B da Região Metropolitana da Grande Vitória: comprar, reformar ou construir imóvel residencial. São 51,8% que alimentam esse projeto. Ter estabilidade financeira, poder ir ao exterior a lazer e, quando voltar, aproveitar a tranquilidade e o conforto de uma casa própria nova ou reformada. Mas, e quando tiver que andar na rua? Com certeza, tem de ser longe dos coletivos lotados do Transcol. Para 40,2%, carro, moto


SONHO DE CONSUMO %

Opções

Sonho realizado

A realizar

Não deseja realizar

Viagens turísticas (nacional)

67,8

26,4

5,7

Viagens turísticas (internacional)

38,4

52,1

9,5

Estabilizar vida financeira

37,2

56,5

6,3

Carro/Moto/demais automóveis de luxo

30,2

40,2

29,7

Comprar/Reformar/Construir imóvel residêncial

25,0

51,8

23,3

Tratamentos estéticos (SPA)

21,9

19,3

58,8

Ter a própria empresa

20,1

35,8

44,0

Comprar/ Reformar/Construir casa de praia

17,0

30,4

52,7

Cirurgia plástica

10,1

17,6

72,3

Comprar/Reformar/Construir casa de campo

9,6

29,2

61,2

Comprar/Reformar/Construir imóvel comercial

7,8

27,4

64,8

Comprar equipamento náutico (lancha, jet ski)

3,2

23,3

73,5

Comprar aeronave (helicóptero, avião particular)

0,5

15,7

83,8

ou outro automóvel de luxo são itens de aquisição almejados. A Top Marcas 2015 identifica, ainda, outros pontos interessantes. Por exemplo, 35,8% querem ter a própria empresa, o que poderia indicar um perfil empreendedor. Por outro lado, um número ainda maior vai na direção oposta – 44% revelam que não perseguem essa meta. Nessa mesma linha, apenas 27,4% buscam comprar, reformar ou construir um imóvel comercial, enquanto 64,8% não incluem isso entre seus sonhos. Há dados curiosos, também, já que alguns interesses de consumo que poderiam ser qualificados como típicos das classes A e B não figuram bem no levantamento. Por exemplo, 72,3% dos consultados não desejam realizar uma cirurgia plástica,

e 58,8% não parecem interessados em tratamentos estéticos (SPA). Além disso, artigos luxuosos como helicóptero ou avião particular estão fora da lista de 83,8%. E, mesmo em uma região com abundância de água, 73,5% não se animam coma compra de equipamentos náuticos como lanchas e jet skis. Ah, mas então uma casa de campo pode ser um bom lugar para descansar? Não para 61,2% dos representantes das classes A e B. Tampouco uma residência de praia, já que a maioria (52,7%) não deseja

“Devido aos altos níveis de renda, é natural que a maioria já possua imóveis e veículos”

Doria Porto, diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies)

um imóvel desse tipo – o que até pode-se explicar pelo fato de já morar em uma região litorânea.

VIAGEM A LAZER NO HORIZONTE O negócio mesmo, para quem tem dinheiro, é viajar, nem que seja no Brasil. Um outro tópico da pesquisa indica que uma viagem a lazer pelo país está no horizonte de quase 80% dos entrevistados – e para 53,1% as possibilidades são “totais”. Já cerca de 60% dizem que têm chances totais, quase totais ou relativas de viajar a lazer para o exterior. Nesse quesito, poucos consideram a possibilidade de comprar carro (“nenhuma chance” para 44,7%) e imóvel residencial (“nenhuma chance” para 65,6%). Mas há uma justificativa para isso. “Devido aos altos níveis de renda, é natural que a maioria já possua imóveis e veículos”, lembra o diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), Doria Porto. ES Brasil • Maio 2015

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SEM PLANEJAMENTO Outro dado apontado parece contrariar qualquer cartilha de educação financeira. “Não me preparo. Se eu gostar, compro através de algum tipo de financiamento ou cartão de crédito, e deixo para olhar meu orçamento depois.” Essa foi a resposta de 60,5% dos entrevistados a respeito de como se planejam para alcançar seus sonhos de consumo. Menos de um terço disse que guarda determinada quantidade para pagar uma parte à vista e financiar o restante (16,2%), ou que, mesmo sem ter um controle rígido das finanças, geralmente poupa até conseguir todo o dinheiro necessário para pagar tudo à vista (15,4%). E apenas 7,8% afirmaram fazer um planejamento, analisando o orçamento pessoal, para só efetuar a compra quando não houver comprometimento das finanças. SHOPPING É O LUGAR PREFERIDO Uma pesquisa do SPC Brasil, realizada no final de 2014, mostrou que os shoppings centers são local preferido para as compras, para 62% dos brasileiros. E o estudo Top Marcas 2015 revela que os capixabas das classes A e B da Grande Vitória não diferem da média nacional quanto a isso, mas estão mais abertos a outras opções. Aqui, são 43,9% os que dizem preferir os shopping centers para comprar. No entanto, 31% gostam mais das lojas de rua, enquanto praticamente um quinto (24,9%) citam a internet. E se os shoppings ou as lojas de rua estão entre os principais pontos de compra, outro dado da Top Marcas confirma um certo bairrismo das classes A e B. A maioria prefere comprar aqui mesmo, no Espírito Santo, itens como roupas, acessórios e eletrônicos. Quando se trata de roupas e acessórios, são 73%. Já 13,2% admitem fechar negócios em outros lugares, mas pela internet. Apenas 6,6% afirmam comprar roupas e acessórios em outros estados brasileiros, e um índice um pouco mais alto (7,3%), manifesta preferência por compras no exterior. ONDE VOCÊ PREFERE FAZER COMPRAS?

43,9%

SHOPPING

LOJA DE RUA

INTERNET

82

31,0%

24,9%

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“A maioria prefere comprar em lojas físicas e não virtuais – via internet, pois o alto poder aquisitivo leva esses consumidores a buscar produtos exclusivos e de marca, confiando nas lojas de seus estados, onde fazem suas compras, prioritariamente, em intervalos de um a seis meses.” Doria Porto, diretor-executivo do Ideies

Além disso, a julgar por outro ponto abordado, os shoppings e as lojas de rua podem contar com as classes A e B para garantir o movimento. Quase metade desses consumidores adquire roupas e acessórios todos os meses. Para 33,2% deles, a frequência de aquisição desses itens é de, pelo menos, uma vez ao mês, enquanto 15,2% dizem que responderam no mínimo duas vezes no mesmo intervalo. Já 3% contam que a fazem até três por semana. Outro grupo, de 17%, admite comprar por impulso. Por outro lado, 31,5% dos consumidores com renda de 10 a 20 salários mínimos disseram que essa periodicidade é de apenas uma vez a cada seis meses. Para Doria Porto, esses números podem ser explicados pelo elevado padrão dos entrevistados. “A maioria prefere comprar em lojas físicas e não virtuais – via internet, pois o alto poder aquisitivo leva esses consumidores a buscar produtos exclusivos e de marca, confiando nas lojas de seus estados, onde fazem suas compras, prioritariamente, em intervalos de um a seis meses”, observa. Já quando se fala de eletrônicos, os números sofrem algumas alterações. A maioria ainda prefere comprar no próprio Estado, mas esse índice (61,0%) já é menor no caso de roupas e acessórios. Por outro lado, cresce as transações via internet, que chegam a 28,2%. O percentual de compras de eletrônicos no exterior é quase o mesmo (7,9%) na comparação com roupas, mas apenas 2% disseram preferir equipamentos oferecidos em outros estados. A diferença gritante entre os números de eletrônicos e confecções ocorre na frequência, pois 85,9% disseram adquirir opções tecnológicas apenas quando há necessidade. Apenas 2,5% compram por impulso, pouco mais de 4% afirmam “arrematar” esses itens uma ou duas vezes por mês e menos de 7%, a cada seis meses. “Esses consumidores explicitam, além de suas preferências em comprar eletroeletrônicos no próprio Estado, que são muito conscientes, pois a grande maioria compra apenas quando há necessidade”, avalia Doria Porto.



Nas classes A e B, 70,7% dos entrevistados – com renda de 10 até 20 salários mínimos – disseram não ter problemas para manter as contas pagas

HIPERINFLAÇÃO NA MEMÓRIA MAIORIA NAS CLASSES A E B LEMBRA OU JÁ OUVIU FALAR DO DRAGÃO QUE ASSOLOU A ECONOMIA BRASILEIRA NOS ANOS 80 E 90 E ESTÁ DISPOSTA A MUDAR DE HÁBITOS PARA QUE ELE NÃO VOLTE

O

s tempos difíceis que a economia brasileira vem atravessando têm motivado alertas sobre o risco de que um velho problema volte a surgir no país: a hiperinflação – uma situação em que a alta dos preços se situa acima dos níveis adequados e em total descontrole. Em geral, esse quadro desfavorável é representado por uma figura mítica, o dragão da inflação. Tudo em referência ao que se viu entre as décadas de 1980 e 1990, quando os gastos com produtos e serviços subiram de forma descontrolada. Foi um período em que muita gente consumia o salário muito rapidamente, com hábitos que perduram até hoje, como o de fazer as compras do mês – ou até do ano! – para conseguir levar o que fosse preciso antes que os preços aumentassem muito. No Brasil, foi marcante o período de março de 1989, mês em que a taxa de inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 81%, trazendo total insegurança à população. E esse “dragão” andou à solta até 1994, quando o Plano Real deu estabilidade à moeda brasileira. Lá se vão mais de duas décadas, mas parece que esse fantasma continua assombrando a memória coletiva. A Pesquisa Top Marcas 2015 mostra que 85,7% dos entrevistados das classes A e B, em Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, lembram ou já ouviram falar 84

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PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE EM PAGAR AS SUAS CONTAS EM DIA?

Opções

2015

Não

70,7

Sim

29,3

POR QUÊ?

Opções

2015

A inflação desestrutura as finanças

5,2

Juros altos

4,5

Instabilidade econômica

2,5

Falta de planejamento

2,0

Descontrole geral

1,5

Aumento das tarifas

1,5

Impostos

1,2

Variação da receita

1,2

Falta dinheiro

1,2

Atraso de pagamento

1,0

Salário baixo

1,0

Preços altos

1,0

Outros

3,2

NS/NR

72,0


da hiperinflação que desestabilizava a economia nacional. Apenas 14,3% disseram não ter conhecimento disso. E praticamente o mesmo número admitiu a possibilidade de mudar seus hábitos para evitar o retorno da hiperinflação (85,6%), enquanto uma minoria não os alteraria (14,4%). O economista Clóvis Vieira considera significativo o fato de cerca de 85% dos consultados informarem ter recordação desse quadro “e dos custos a este atrelados, inclusive de seu rebatimento sobre o planejamento e investimento”. Ele ressalta que, atualmente, o índice de inflação continua elevado e sem sinais concretos de sensibilidade ao desaquecimento econômico. Grande parte dessa alta no início de ano se deu devido à correção das tarifas administradas de energia elétrica, combustíveis e água, mas a categoria de preços livres, que tende a se correlacionar com o nível de atividade, segue em ascensão (6,7%). “Tal fato, associado à rigidez na formação de preços no Brasil, especialmente devido à indexação, que é uma herança dos tempos da hiperinflação, faz com que o patamar de inflação continue elevado. Como resultante, a população se depara com uma situação ruim, vendo o seu poder de compra diminuir e com os preços subindo na margem nos próximos meses”, observa. Vieira diz que os significativos reajustes no primeiro semestre deverão ser carregados ao longo de todo o ano, fazendo com que o IPCA acumulado em 12 meses se situe bem acima do teto da meta de 4,5% para este ano. “Quando se pergunta se a pessoa estaria disposta a mudar seus hábitos para evitar o retorno da hiperinflação, cerca de 85% afirmaram que sim, provavelmente devido a uma relação custo/benefício favorável. Mas, do ponto de vista individual, não há mais o que se possa fazer. Não creio, por exemplo, que o contribuinte estaria disposto a pagar mais impostos para facilitar o equilíbrio fiscal do Governo, que seria uma forma possível de reduzir a pressão inflacionária”, comenta. Para o diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), Doria Porto, de um modo geral, apenas os maiores de 30 anos de idade – que tinham cerca de 10 na época em que a hiperinflação acabou – lembram ou conviveram com esse “drama”. “Os que têm idades menores devem ter ouvido falar. Por isso, devem ser os mais velhos que apontam mudança de hábito para evitar a volta da hiperinflação”, observa.

SEM FINANCIAMENTO Ao levantar dados sobre o comportamento da população que têm renda entre 10 e 20 salários mínimos, a Top Marcas 2015 constatou que a expressiva maioria não paga financiamento de imóvel (86,4%) nem de veículo, seja carro ou moto (85,3%).

“A maioria que começa a enfrentar alguma dificuldade aponta o atual cenário recessivo da economia nacional como principal reflexo de seus problemas” Doria Porto, diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies)

“Quando se pergunta se a pessoa estaria disposta a mudar seus hábitos para evitar o retorno da hiperinflação, cerca de 85% afirmaram que sim, provavelmente devido a uma relação custo/benefício favorável” Clóvis Vieira, economista da Vieira & Rosenberg Associados

Apenas 13,6% têm seus ganhos comprometidos com algum tipo de crédito para casa própria e 14,7%, com prestações de automóvel. A pesquisa mostra ainda que, se o dinheiro não traz felicidade, como se diz por aí, pelo menos ajuda a deixar as contas em dia, pois 70,7% dos entrevistados disseram não ter problemas para honrar as dívidas. Menos de um terço (29,3%) admitiu que passa por alguma dificuldade nesse sentido.

SEM PROBLEMAS Por isso, obviamente, 72% não apontaram problemas que causassem algum empecilho na quitação dos compromissos. Já entre os outros, o principal problema mencionado é que a inflação desestrutura as finanças (5,2%). Aliado a isso, um pequeno percentual avalia os preços altos (1,0%) ou o aumento das tarifas (1,5%) como os grandes entraves. Como se vê, se ainda não é um dragão, pelo menos a carestia já causa estragos. E com ela vem, entre os problemas que dificultam a vida das classes A e B, justamente o remédio adotado pelo Governo Federal para contê-la: os juros altos. Para 4,5%, são eles que complicam o orçamento doméstico. E, em menor patamar, aparece a instabilidade econômica, citada por apenas 2,5%. Outro grupo pequeno admitiu falta de planejamento (2,0%) ou descontrole geral (1,5%). Alguns jogam a responsabilidade nos impostos (1,2%) ou na variação da receita (1,2%). E há quem simplifique, dizendo que tem dificuldade para pagar as contas porque “falta dinheiro” (1,2%). Os motivos para isso talvez estejam nas respostas de outros dois grupos menores. Atraso de pagamento (1,0%) e, apesar da renda de 10 a 20 salários mínimos, até salário baixo (1,0%) aparecem como justificativas para o desajuste nas contas. Para Clóvis Vieira, é natural que, por serem mais abastadas, essas classes recorram menos a financiamentos, bem como percebam menos contratempos em saldar os débitos. “Por isso, a maioria das respostas, nesses casos, foi não”, pontua. ES Brasil • Maio 2015

85


Foto: Deymos HR

COCA-COLA VENCE EM DUAS CATEGORIAS

P

elo segundo ano, a Top Marcas pesquisa a categoria “Produto”. “Quando eu falo em produto, qual a primeira marca que lhe vem à cabeça?”. Disputar essa resposta, entre tantos mercados de um mundo global, não é fácil. E na mente do consumidor capixaba, pela segunda vez, venceu uma das marcas mais conhecidas do mundo: a Coca-Cola. De 11,7% no ano passado, ela cresceu ainda mais e chegou a 13,6% das lembranças num grupo com citações a inúmeras opções. Sandra Medeiros, gerente de Marketing da Rio de Janeiro Refrescos, distribuidora dos produtos Coca-Cola no Estado, destaca as campanhas de comunicação e a presença da bebida no cotidiano das pessoas como importantes para essa influência constante. “A Coca-Cola está sempre atenta às necessidades e aos desejos dos consumidores. Temos ainda feito grandes investimentos na área produtiva, de distribuição, logística e, é claro, no mercado, para manter nosso produto próximo e disponível ao público, e nas condições certas para seu consumo”, afirmou. “E mais, nossa comunicação sempre traz um ponto de vista de absoluta transparência, honestidade e alegria, do jeito Coca-Cola. O amor de marca que temos de nossos consumidores é a retribuição do grande respeito e da dedicação que nossa empresa tem por eles”.

Class.

Quando eu falo em produto, qual a primeira marca que lhe vem à cabeça?

2015

1

Coca-Cola

13,6

2

Apple

8,2

3

Nike

4,9

4

Brastemp

3,5

4

Sony

2,7

6

Adidas

2,0

6

Garoto

2,0

6

Omo

2,0

6

Samsung

2,0

6

Chevrolet

1,7

6

Sadia

1,5

6

Petrobras

1,2

6

Ambev

1,0

6

Fiat

1,0

6

Ford

1,0

6

Nestlé

1,0

6 Volkswagen 1,0 REFRIGERANTE A Coca-Cola também não poderia ficar fora da liderança em sua categoria específica, “Refrigerante”. A marca manteve sua histórica posição de líder com mais de 60% da preferência. “A conquista reforça nossa responsabilidade de seguir investindo para nos mantermos presentes no dia a dia de nossos consumidores, fazendo parte de momentos de alegria, descontração e celebração. E o público capixaba sempre demonstra grande receptividade às campanhas e ações que desenvolvemos no Estado”, comemorou Sandra Medeiros. O segundo lugar em “Produtos” ficou com Apple, citada por 8,2% dos entrevistados. A marca criada por Steve Jobs subiu de 1,1% no ano passado para 8,2% na Top Marcas 2015. No terceiro lugar, a Nike, obteve 4,9%. Já na categoria “Refrigerante”, o Guaraná Antarctica figura na segunda colocação, com 12,8%, e a Coroa, marca capixaba, manteve seu honroso terceiro, com 6,8% da preferência dos consultados. 86

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Foto: Sagrilo

CESAN SE DESTACA Quando eu falo em serviço, qual a primeira marca que lhe vem à cabeça?

P

Class. 2015 resente no dia a dia e importante para a qualidade de vida dos capixabas, a Cesan conquistou o título de “Top Marca” na categoria “Serviços” em 2015. Invertendo as posições em relação 1 Cesan 10,5 ao ano passado, a empresa de saneamento foi a mais lembrada pelos 2 Vivo 6,9 entrevistados e deixou a Vivo, líder em 2014, na segunda posição, 2 Banco do Brasil 6,9 empatada com o Banco do Brasil. A Cesan havia sido citada espon2 EDP/Escelsa 6,5 taneamente por 6,7% dos consultados no ano passado e, na Pesquisa 5 Net 4,5 Top Marcas 2015, atingiu 10,5%. 6 Petrobras 3,2 A presidente da companhia, Denise Cadete, classificou o resultado como uma honra e um grande desafio com os capixabas. “É muito bom 7 GVT 2,8 sermos bem lembrados pelas pessoas que são a nossa razão de existir 7 Unimed 2,4 e pelas quais trabalhamos”, comemorou. “Essa manifestação de nossos 7 Correios 2,0 clientes nos mostra pontos bem positivos: o primeiro deles é que estamos 10 Itaú 1,6 no caminho certo, reconhecendo o nosso trabalho, que tem foco na 10 Garoto 1,2 qualidade na prestação dos serviços de forma crescente, estando presente 10 Governo 1,2 na vida das pessoas 24 horas por dia, com o fornecimento de água tratada, 10 Médico 1,2 que é essencial para todos”. 10 TAM 1,2 Ela atribuiu o resultado também ao fato de a empresa ter investido nos 10 Águia branca 1,2 últimos anos na universalização do abastecimento de água e no acesso a coleta e tratamento de esgoto para um número maior de capixabas. A Vivo e o Banco do Brasil aparecem em segundo lugar, com 6,9%, enquanto a EDP Escelsa crava 6,5%. O banco público teve o crescimento mais significativo na lembrança do segmento entrevistado, já que na edição anterior havia alcançado o patamar de 1,5%.

EMPRESA PÚBLICA Na categoria “Empresa Pública”, a crise nas reservas aquíferas do Espírito Santo não afetou a percepção dos capixabas com relação ao trabalho realizado pela Cesan. A companhia também ficou na liderança e foi apontada por 23,8% como a melhor do Estado. Em segundo, empatados, ficaram o Banestes e a Escelsa, com 6% cada. A Cesan possui mais de dois milhões de clientes, em 52 municípios capixabas. Dispõe de uma grande carteira de investimentos, graças ao resgate da sua capacidade de aplicações com recursos próprios e obtenções de empréstimos internacionais, o que ocorreu a partir de 2003. “A Cesan foca o seu Planejamento Estratégico e seu Plano Diretor de Água e Esgoto, este com ações de médio e longo prazo, e acompanha permanentemente as demandas tanto do setor residencial, como do industrial e do comercial. Isso faz com que a companhia siga para onde as cidades estão crescendo”, explicou Denise Cadete. 88

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A DOCE LIDERANÇA DA GAROTO

C

om quase 86 anos de história sempre conectada com o Espírito Santo, a Garoto foi eleita a Top Marca Capixaba, atingindo 31,4% da lembrança espontânea neste quesito. “Desde a criação do seu nome, originado a partir dos meninos que vendiam balas nos sinais, até hoje, a empresa mantém um estreito relacionamento com quem mora e visita o Estado e tem feito parte do dia a dia de milhares de pessoas há várias gerações”, lembra Leandro Cervi, gerente de Negócios da Chocolates Garoto. O executivo destaca a fabricação produtos que se tornaram “queridos do público” e a inovação constante no portfólio para atender às expectativas do consumidor como fatores importantes para gerar essa identificação com a empresa com seu mercado consumidor, além do forte trabalho feito com as redes sociais, que possibilitam que a empresa tenha hoje a maior fanpage de alimentos do Brasil, com mais de 13 milhões de fãs no Facebook. Outras ações importantes como a visita à fábrica e as Dez Milhas Garoto, corrida de rua anual, contribuem para fortalecer a marca junto aos capixabas e às pessoas de outros lugares. Na categoria “Marca”, em segundo lugar ficou a Vale, lembrada por 21,4% dos entrevistados. E com percentual bem mais modestos, aparecem Águia Branca (3,5%), Banestes (3,1%) e Buaiz Alimentos (2,1%).

Class.

Qual a marca que melhor representa o Espírito Santo?

2015

1

Chocolates Garoto

31,4

2

Vale

21,4

3

Águia Branca

3,5

3

Banestes

3,1

3

Buaiz Alimentos

2,5

6

Petrobras

2,2

6

A Gazeta

1,9

6

Cesan

1,9

6

CST

1,6

6

Selita

1,6

6

Aracruz Celulose

1,3

6

ArcelorMittal

1,3

6

Coroa

1,3

6

Fortlev

1,3

CHOCOLATE Que atire o primeiro bombom quem não guarda, na memória, ao menos um momento da infância do qual o chocolate Garotofez parte. Uma tradição que se reflete reflexo na pesquisa. Além de ser eleita a Top Marca Capixaba, 57,4% dos capixabas de classe AB preferiram Garoto, na categoria “Chocolate”. A empresa mantém distância de mais de 40 pontos percentuais frente ao segundo colocado, a Nestlé, que, apesar de fazer parte do mesmo grupo empresarial, ainda está longe de alcançar mesma a popularidade em terras capixabas. No entanto, o público local também se mostra aberto para novidades. Marcas que em 2014 receberam menos de 0,5% dos votos, como Toddy, Lindt e Kopenhagen, este ano alcançaram posições mais elevadas, fazendo com que o primeiro lugar perdesse 14 pontos percentuais. 90

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CAFÉ NOSSO DE CADA DIA

M

Foto: Divulgação

aior indústria de café do Brasil, a mineira 3 Corações manteve, pelo terceiro ano consecutivo, a liderança lugar na Pesquisa Top Marcas, com 28,2% da preferência. A gerente da marca, Marcela Issa (foto), comemora: “O Grupo 3 Corações zela pela qualidade de seus produtos e trabalha para se fazer presente nos momentos especiais da vida das pessoas, para assim, criar laços com nossos consumidores. Ocupar o primeiro lugar nos mostra que estamos conseguindo atingir este objetivo”. Mas a tradição capixaba não fica para trás. O Café Número Um foi a escolha de 20,3% dos entrevistados, conquistando o segundo lugar. O diretor-geral da Buaiz Alimentos, Elcio Alves, atribui o sucesso ao cuidado com a satisfação de todos os envolvidos no processo, com o “trabalho forte da equipe, voltada para os clientes e consumidores, além do alto padrão de qualidade dos produtos, que são feitos em equipamentos da mais alta tecnologia existente no mercado”.

CAFÉ

Class.

Opções

2015

1

3 Corações

28,2

2

Número Um

20,3

3

Cafuso

14,2

4

Pilão

7,9

5

Meridiano

5,3

6

Nescafé

3,2

6

Melitta

2,6

7

Glória

1,8

7

Meridional

1,6

7

Carnielli

1,3

7

Melissa

1,1

MONTE LÍBANO MANTÉM LIDERANÇA ABSOLUTA ENTRE AS PADARIAS Pela sétima vez consecutiva, a Monte Líbano foi a mais lembrada pelo consumidor capixaba quando se fala em “Padaria e Confeitaria”. Na liderança desde 2009, quando a pesquisa teve início, a empresa Class. Opções 2015 aumentou ainda mais a sua força no mercado. Seu reconhecimento 1 Monte Líbano 44,0 subiu dos 33% de share em 2014 para 44% na Top Marcas de 2015, 2 Tutti Pane 13,5 resultado que supera seu melhor desempenho até então, que havia 3 Panzone 10,6 sido os 38,4% alcançados em 2014. “Estamos sempre em busca de inovar, trazendo ao Espírito Santo o que há de 4 Pão e Cia 5,7 mais moderno em panificação no Brasil e no mundo”, afirma Flávio de Castro 5 Monza 3,9 Mendes (foto), sócio-proprietário da Monte Líbano. Ele destaca que, apesar da 5 Espressa 3,1 dificuldade de mão de obra no mercado, a empresa investe em treinamentos aos funcionários, tanto para atendimento como para produção, além de buscar 7 Jodima 2,3 ingredientes, equipamentos e tecnologias que permitam desenvolver produtos de primeira linha e melhorar o estilo e o desenho das lojas para fazê-las mais atrativas e confortáveis. “Os resultados mostram que estamos no caminho certo, crescendo e oferecendo bons produtos e serviços. Porém, não estamos acomodados, sabemos que podemos melhorar ainda mais”, ressaltou o empreendedor. A Tutti Pane aparece a vice-liderança, o que também tem sido constante nos últimos sete anos, sempre com uma distância razoável em relação à líder na lembrança dos capixabas nesse segmento. Já o terceiro lugar na pesquisa foi ocupado pela Panzone, que subiu de 3,4% para 10,6% de lembrança entre os consumidores da classe AB da Grande Vitória. PADARIA E CONFEITARIA

92

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SELITA LIDERA NAS CATEGORIAS “LEITE” E “DERIVADOS DE LEITE”

N

LEITE

Class.

Opções

2015

1

Selita

43,2

2

Capel

9,7

3

Parmalat

7,6

3

Itambé

7,3

a hora de pensar em leite e em seus derivados, alimentos que fazem parte 5 Ibituruna 5,8 do dia a dia de muitas famílias capixabas, a liderança na Top Marcas é da 6 Ninho 3,9 Selita, cooperativa que reúne mais de 2 mil membros e que produz uma média diária de 400 mil litros de leite. 6 Longa Vida 2,9 Na categoria “Leite”, a Selita somou 43,2% da lembrança entre os entrevistados, 6 Nestlé 2,9 um pequeno crescimento em relação ao ano passado, quando também ficou na ponta, com 42,1%. A segunda colocada foi a Capel (9,7%), seguida de Parmalat (7,6%) e Itambé (7,3%). A empresa, fundada em Cachoeiro de Itapemirim, também comanda com folga quando se fala em “Derivados”, como manteiga e queijo, sendo citada por 37,7% dos entrevistados, enquanto a Capel teve 7,9% e a Qualy, 6,3%. “Para nós, o reconhecimento é importante, reforça que estamos no caminho certo. Fazemos tudo isso para o nosso consumidor, que é, sem dúvida, o maior beneficiado”, comemora Rubens Moreira, presidente da Selita. Ele considera que a receita para o sucesso inclui a integração de todos os setores da fabricante, a valorização dos cooperados e os aportes constantes em tecnologia, que vão desde a propriedade rural até a indústria. A organização também acredita na importância de investir para crescer de forma sustentável e comprometida com o meio ambiente, como é o caso da construção da moderna Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (Etei) e da aquisição de caldeiras movidas por gás natural para o uso na operação, utilizando energia mais limpa. “São essas ações que nos permitem estar sempre junto ao nosso consumidor, trabalhando com qualidade e responsabilidade”, diz Moreira. DERIVADOS DE LEITE: MANTEIGA, QUEIJO A Selita aposta no trabalho contínuo. “Com mais de 100 produtos comercializados em diversos estados, trabalhamos diariamente na Class. Opções 2015 melhoria da qualidade da produção primária, com vários técnicos atuando 1 Selita 37,7 na coleta e na assessoria ao homem do campo. Realizamos ações para 2 Capel 7,9 aumentar a qualidade de nossos produtos, como o rastreamento de todo 3 Qualy 6,3 o processo de refrigeração, elegendo pontos que merecem cuidados especiais para se obter alimentos de qualidade, que sempre foi nossa 4 Veneza 4,9 grande diferença”, afirma o presidente. 5 Fiore 4,9 Uma das políticas recentes da empresa tem sido fortalecer o Serviço de 5 Porto Alegre 3,8 Atendimento ao Consumidor (SAC), para receber críticas e sugestões que possam melhorar a produção. “Fazemos também pesquisas com os nossos 7 Danone 2,7 clientes para medir seu grau de satisfação e descobrir novas sugestões de 7 Nestlé 2,2 produtos para atender as suas necessidades de consumo. Confiamos no nosso 7 Itambé 2,2 trabalho, que começa no campo, onde mais de 2.000 associados, pequenos produtores em sua maioria, coletam leite com higiene e segurança para oferecer 7 Minas 1,9 aos seus consumidores alimentos saudáveis, saborosos e confiáveis”, conclui. 94

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FARINHA DE TRIGO: DESTAQUE PARA PRODUTOS DA BUAIZ ALIMENTOS

FARINHA DE TRIGO

Class.

Opções

2015

1

Regina

43,1

2

Dona Benta

7,1

2

Número Um

6,4

4

Boa Sorte

1,4

4

Renata

1,4

4

Juparanã

1,0

4

Moinho Sul Mineiro

1,0

P

elo segundo ano, a Top Marcas incluiu a categoria “Farinha de Trigo” na pesquisa de recall das marcas mais lembradas pelos capixabas. E como no ano passado, novamente a Regina, da Buaiz Alimentos, provou que é a mais forte nesse setor. Em 2015, a empresa atingiu 43,1% das menções, contra 7,1% da marca Dona Benta e 6,4% da Número Um, que também pertence à Buaiz. O diretor-geral da Buaiz Alimentos, Elcio Alves, ressalta que fazer parte dessa indústria é um dos fatores importantes que dão credibilidade para as marcas Regina e Número Um junto ao consumidor capixaba. “A partir de investimentos em tecnologia e observando as tendências do setor para que sua fábrica evolua a cada dia, a Buaiz Alimentos ganhou credibilidade e se consolidou no mercado com produtos de alto nível”. Ele ressalta que o Grupo trabalha com campanhas publicitárias na TV e nas redes sociais, com participações em eventos diversos e com intensa atuação em promoção de vendas em todo o Estado.

ES Brasil • Março 2015

A


CARONE SEGUE IMBATÍVEL ENTRE SUPERMERCADOS

A

prova de uma marca forte são sua presença na memória do consumidor e a consistência desta ao longo do tempo. O caso do Carone é exemplar, pois desde a primeira Top Marcas, em 2009, a empresa lidera a categoria “Supermercado”, sempre acima de 40% das lembranças. Em 2015, o Carone atingiu seu melhor resultado: 53,2% do total. Para ser lembrado por mais da metade do público de classe AB da Grande Vitória, o diretor da rede, Junior Carone (foto), considera que conjunto do ações em várias frentes faz a diferença. “A linha de trabalho diferenciado que vem sendo executada pela empresa, não só com relação ao mix de produtos, como também a preocupação com a qualidade do atendimento e com a estrutura das lojas, faz com que a empresa trilhe esse caminho”. O Perim é outra marca que tem seu lugar consolidado, ocupando sempre a segunda posição e, assim como o Carone, alcançando seu melhor resultado em 2015: 23%. Em seguida aparecem ExtraPlus, Epa, Extrabom, Ok e São José.

SUPERMERCADO

Class.

Opções

2015

1

Carone

53,2

2

Perim

23,0

3

ExtraPlus

6,2

4

Epa

3,5

4

Extrabom

3,2

4

Ok

3,0

4

São José

2,5

ÁGUA PEDRA AZUL APOSTA NA QUALIDADE

ÁGUA MINERAL

96

Class.

Opções

2015

1

Pedra Azul

37,7

2

Campinho

26,0

3

Ingá

20,3

4

São Lourenço

3,8

5

Uai

1,4

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No mercado há 27 anos, a água Pedra Azul alcança, pela primeira vez, o primeiro lugar em seu segmento na Top Marcas: 37,7% dos entrevistados apontaram-na como sua preferida na categoria “Água Mineral”. A diretora-executiva Luciana Rambalducci (foto) explica que o reconhecimento do público é reflexo de uma constante preocupação com a qualidade: “Nosso objetivo sempre foram qualidade e diferenciação do produto. O público se tornou fiel por perceber esse processo contínuo de aprimoramento e de inovação, seja no desenho de novas embalagens, de novos produtos ou de uma preocupação maior do consumidor com a qualidade da água que é oferecida à sua família”. Atualmente, a água Pedra Azul é a única do Estado a possuir a certificação internacional NSF (National Sanitation Foudation), entidade norte-americana especializada no desenvolvimento de padrões, testes e certificação de qualidade nas áreas de saúde pública, segurança alimentar e proteção ao meio ambiente. Em segundo lugar, ficou a água Campinho, indicada como a predileta de 26%. A marca, que chegou a alcançar o primeiro lugar em 2014, também é capixaba. “Ser lembrado pelo público, principalmente um público tão exigente, é gratificante. Isto demonstra que estamos no caminho certo, oferecendo um produto de qualidade e com a sofisticação que o consumidor espera”, afirmou a gerente de Marketing e Vendas do Grupo Coroa, Cibele Marques. revistaesbrasil



SHOPPING VITÓRIA MANTÉM A TRADIÇÃO DE LIDERANÇA

M

aior centro de consumo da capital, o Shopping Vitória segue sendo referência para os capixabas em sua categoria. Com 21 anos de mercado, o centro comercial continua com a liderança absoluta, com mais da metade das lembranças, 51,7%. Porém, ao longo dos anos, outros estabelecimentos apresentam crescimento significativo. O Shopping Praia da Costa ocupou o segundo lugar, com 28,2%, quase 5% mais do que no ano anterior. Porém, o maior avanço foi do Shopping Vila Velha, que de 0,8% em 2014, alcançou 10,4% na Top Marcas 2015. O Shopping Boulevard manteve seus 3% de menções e ficou com a quarta colocação. “O Shopping Vitória está na memória afetiva dos capixabas. É único na oferta de serviços sofisticados e exclusivos, com mix de lojas nacionais e internacionais. Destacam-se, ainda, a sua localização privilegiada e a vocação para o turismo”, declarou Raphael Brotto (foto), superintendente do Shopping Vitória.

SHOPPING CENTER

Class.

Opções

2015

1

Shopping Vitória

51,7

2

Shopping Praia da Costa

28,2

3

Shopping Vila Velha

10,4

4

Shopping Boulevard

3,0

5

Shopping Mestre Álvaro

1,0

5

Shopping Moxuara

1,0

LE BUFFET FAZ A FESTA CERIMONIAL ADULTO

Opções

2015

1

Le Buffet

29,6

2

Itamaraty

8,5

3

Casa Di Lucca

6,7

4

Le Rosé

4,0

4

Steffen

3,7

4

Lago de Garda

3,5

7

Le Chandon

1,7

7

Casa de Pedra

1,5

7

Centro de Convenções de Vila Velha

1,5

7

MS Buffet

1,2

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98

Foto: Divulgação

Class.

Não há o que se discutir. Se o assunto é festa, o nome é Le Buffet. O cerimonial, instalado em Vitória, ostenta o topo da lista desde 2009, quando a Top Marcas foi lançada, sempre deixando para trás – e muito – a concorrência. Este ano, a casa ficou com 29,6% dos votos, uma preferência atribuída à qualidade do espaço e aos serviços diferenciados que oferece. O Le Buffet ocupa uma área de 10 mil metros quadrados, com capacidade para receber até mil pessoas, com a possibilidade de mudanças no layout, de acordo com o planejamento da festa. Quem opta pelos serviços do cerimonial, mas prefere fazer sua festa em outro lugar, também é atendido. A equipe do Le Buffet atua no espaço próprio ou fora dele, em todo o território nacional. Na lista da Top Marcas, o cerimonial Itamaraty, que funciona em Vitória, obteve a segunda posição, com 8,5% dos votos. Em terceiro está a Casa Di Lucca, de Vila Velha, com 6,7%.

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MASCHIO É A PREFERIDA

C

om sete unidades espalhadas pela Grande Vitória, a Maschio se consolida como a preferida pelo público AB na categoria “Loja de Moda Masculina” e ocupa, pelo quinto ano consecutivo, o primeiro lugar na Top Marcas. Nesta edição,19,5% dos entrevistados a apontaram como a melhor opção na hora de comprar roupas masculinas. O proprietário da marca, Carlos Eduardo Assad, comemorou o reconhecimento dos clientes: “É com muita alegria e satisfação que recebo o resultado da pesquisa. O sucesso,eu dedico à minha equipe, que está à frente para atender com carinho e dedicação”. O empresário atribui a satisfação dos consumidores à qualidade dos produtos que comercializa. A Maschio trabalha com 10 diferentes marcas, entre roupas e acessórios. “A nossa preocupação sempre foi atender nossos clientes com produtos de qualidade e preço competitivo, buscando as novidades e tendências com rapidez”, finalizou.

LOJA DE MODA MASCULINA

Class.

Opções

2015

1

Maschio

19,5

2

C&A

3,7

2

Marca Registrada

3,7

2

Mister

3,3

2

Zara

2,9

2

Libanesa Homem

2,9

7

Cristal Graffiti

2,6

7

Konyk

2,6

BALÃOZINHO SEGUE LÍDER EM ROUPAS INFANTIS

ROUPA INFANTIL

Class.

Opções

2015

1

Balãozinho

18,0

2

Lilica Ripilica

2,6

2

Alphabeto

2,2

2

Pink Blue

1,8

2

Tirol

1,6

6

Pimpolho

1,2

6

Boom

1,2

100

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Há 35 anos no mercado capixaba, a Balãozinho foi a marca mais lembrada pela sétima vez consecutiva na categoria “Loja de Roupa Infantil”. “É um orgulho saber que nosso produto já fez parte da infância de tantas crianças. A Top Marcas nos mostra que todo cuidado e carinho que temos com nossos produtos está sendo percebido pelos nossos clientes”, declarou Samir Melhem, diretor-executivo da Balãozinho. A empresa foi mencionada por 18% dos entrevistados, obtendo ampla distância frente aos 2,6% da segunda mais votada, Lilica Ripilica. A preocupação com a qualidade do produto é considerada um ponto-chave para o reconhecimento do público. “Para nós, o mais importante é entregar ao nosso consumidor um produto de qualidade e confortável. Além disso, nossas peças são inspecionadas uma a uma antes de serem enviadas ao mercado”, completou Melhem. O lançamento de novas coleções e a ampliação do leque de produtos também são importantes para manter a marca presente junto ao público. No Espírito Santo, a rede tem 22 lojas, além de estar presente em mais de duas mil unidades multimarcas Brasil afora. revistaesbrasil



PARIS MANTÉM LIDERANÇA ENTRE AS ÓTICAS

E

m sete anos de Pesquisa Top Marcas, sete vitórias das Óticas Paris. Assim como a capital francesa que lhe dá nome é sempre lembrada quando se fala em turismo e elegância, a empresa domina a lembrança do público capixaba de classe AB quando o assunto é ótica: 39,8% do total. “Sempre nos pautamos pelo profundo respeito ao usuário de óculos, seja no tocante aos produtos que vendemos - primando por qualidade, preço justo, marcas de renome internacional - seja no corpo de pessoal altamente treinado do ponto de vista técnico”, diz Getulio Gomes de Azevedo (foto), diretor-geral das Óticas Paris. No mercado há 35 anos e com 12 lojas na Grande Vitória, a rede busca estar sempre atualizada de tendências e novidades do setor. “Procuramos sempre estar antenados com o que está acontecendo não só no mundo da moda, mas também sob o ponto de vista de saúde, o que tem a ver com a lente, porque as óticas, além de venderem moda, também complementam serviço de saúde feito pelo oftalmologista”, complementa. Na pesquisa, seguem nas posições seguintes a Diniz (14,1%), as Óticas do Povo (13,5%) e a Sonótica (9,5%).

ÓTICA

Class.

Opções

2015

1

Paris

39,8

2

Diniz

14,1

2

Do Povo

13,5

4

Sonótica

9,5

5

Londres

3,7

6

Carol

2,1

6

Visão

1,9

6

Cachoeiro

1,9

SARAIVA É PREFERIDA ENTRE AS LIVRARIAS

102

Class.

Opções

2015

1

Saraiva

66,1

2

Logos

19,4

3

Leitura

4,6

4

Siciliano

2,2

5

Cultura

1,1

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Foto: Divulgação

LIVRARIA

Com uma história que se iniciou 100 anos atrás, a livraria Saraiva combina experiência e vitalidade para se manter em destaque no mercado. Este ano, a marca conquista o tetracampeonato na Top Marcas, sagrando-se como a preferida do público capixaba e aumentando a distância frente ao segundo colocado. Em 2015, 66,1% dos pesquisados afirmaram que a Saraiva é a melhor opção entre as livrarias atuantes no Espírito Santo. A liderança na categoria foi alcançada em 2012, quando a rede nacional ultrapassou a concorrente capixaba Logos, que agora ocupa a vice liderança, com 19,4% das respostas. A Saraiva foi fundada em 1914, como um pequeno estabelecimento destinado ao comércio de livros usados. Hoje, conta com 115 lojas em todo o Brasil, que recebem mais de 60 milhões de visitantes todos os anos.

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POLITINTAS IMBATÍVEL NA CATEGORIA “LOJA DE TINTAS”

U

ma empresa que está na memória do capixaba LOJA DE TINTAS em seu ramo é a Politintas, que desde o início da Class. Opções 2015 Top Marcas, em 2009, lidera com folga as citações 1 Politintas 42,5 quando se fala em “Loja de Tintas”. Este ano, o empreeendimento alcançou um share de 42,5% do total, contra 8,2% do segundo colocada, a Eletrotintas. “Trazemos para 2 Eletrotintas 8,2 o Estado as últimas novidades do segmento e inovamos em nosso modelo de 3 D&D 4,8 atendimento e de loja para que o consumidor tenha uma excelente experiência de 4 Suvinil 3,2 compra. É essa experiência positiva que faz o cliente se lembrar da Politintas e voltar 5 Tinbol 2,0 sempre”, diz o diretor-executivo da Politintas, Vinicius Ventorim (foto). Com 40 anos de atuação, a empresa familiar surgiu em Cariacica, a partir 5 Dadalto 1,9 da observação de uma deficiência de mercado, comercializando inicialmente 5 Barão das Tintas 1,0 apenas tintas automotivas para depois ampliar para tintas imobiliárias e outros itens. Com o passar do tempo e a consolidação de seus produtos e sua marca, a rede também se atualizou e segue acompanhando as novas tecnologias para ampliar sua relação com consumidores e parceiros. “Para atrair novos clientes e interagir cada vez mais com o nosso público, temos intensificado a presença da Politintas nas mídias on-line. Produzimos conteúdos informativos e criativos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no YouTube, onde são divulgadas informações sobre produtos e ideias inovadoras para decorar o lar. Outro destaque é o site da Politintas, que apresenta dicas de pintura, novidades do mercado, além de um catálogo de produtos indicados para todos os ambientes da casa”, destaca o diretor.

LOJA DE MÓVEIS: DANÚBIO NA FRENTE LOJA DE MÓVEIS

Class.

104

Opções

2015

1

Danúbio

23,0

2

Conquista

15,8

3

Tok&Stok

4,5

3

Casas Bahia

4,3

3

Leader

4,0

3

Sipolatti

4,0

7

Rimo

2,0

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O mercado de venda de móveis se mostra cada vez mais competitivo, com crescimento de diversas empresas na lembrança do consumidor. Porém, a liderança na memória do capixaba de classe AB ainda é folgada para a Danúbio, que venceu toda a série histórica da Top Marcas desde sua primeira edição, em 2009. Na última pesquisa, a empresa alcançou 23% de share, enquanto a Conquista também manteve sua histórica segunda posição, com 15,8%. Outras empresas, como Tok&Stok, que inaugurou nova loja em Vitória em outubro do ano passado, Casas Bahia, Leader e Sipolatti, ficaram todas na casa dos quatro pontos percentuais. Com exceção da última, as outras três cresceram no levantamento. A Rimo, terceira colocada no ano passado, caiu para apenas 2%, ficando com o sétimo lugar no ranking do setor. A Danúbio, há mais de 20 anos no mercado, possui lojas em Jardim Camburi e Santa Lúcia, em Vitória, em Laranjeiras, na Serra, e no Centro de Vila Velha. revistaesbrasil



GRUPO DADALTO GARANTE AMPLA VANTAGEM EM TRÊS CATEGORIAS

A

LOJA DE ARTIGOS DE COZINHA

Class.

Opções

2015

1

Dadalto

11,1

2

Gourmet Shop

7,4

3

D&D

3,4

3

Multicoisas

3,2

Dacasa, uma das empresas do Grupo Dadalto, mantém a dianteira 3 Americanas 2,5 isolada da Top Marcas entra as mencionadas pelo público da classe 6 M. Gerais 2,5 AB na categoria “Financeira”. Pese a redução do share de 56,6% no ano passado para 44,6% na pesquisa de 2015, a liderança ainda é bem folgada. 6 Cozinha e Cia 2,2 A segunda colocada desta edição é a BV, que aparece bem atrás, com 4,2%. 6 Tok &Stok 2,2 Vice-líder em 2014, a Losango sofreu queda de 12,8% para 4%, ficando assim 6 Camicado 2,0 com o terceiro lugar nesse segmento. A Crefisa está na quarta posição com 3,7% das menções. Outras empresas, como Banco do Brasil, BMG, Caixa Econômica Federal, Itaú e a própria Dadalto, também surgem no ranking com percentuais entre 1% e 3%. A Dacasa possui mais de 3 milhões de clientes – lojistas credenciados e pessoas LOJA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO físicas – de empréstimo pessoal, além de um sistema de cartão de crédito com bandeira própria e uma área de captação, chamada Dacasa Investimentos. Class. Opções 2015 Conta ainda com 45 lojas, distribuídas entre Espírito Santo, Bahia, 1 D&D 25,9 Rio de Janeiro e Minas Gerais. 2 Dadalto 7,6 O Grupo Dadalto também lidera a categoria “Loja de Artigos de Cozinha”, garantindo a vitória entre as mais lembradas, com 11,1%. Em segundo ficou 3 Emidio Pais 6,2 a Gourmet Shop (7,4%), e na terceira colocação, outra empresa do grupo 4 Galera 3,5 Dadalto, a D&D, com 3,4%. 4 C&C 2,7 Repetindo o sucesso 6 Composé 1,7 alcançado nos últimos sete anos, o Grupo 6 Dalla Bernardina 1,7 FINANCEIRA também venceu na cate6 Portuguesa 1,7 goria “Loja de Material Class. Opções 2015 6 Alvomac 1,5 de Construção”. Mais de 1 Dacasa 44,6 6 AS 1,5 um quarto dos capixabas de classes A e B cita a 2 BV 4,2 6 Constrular 1,5 D&D quando pensa em 2 Losango 4,0 construir ou reformar. 2 Crefisa 3,7 Aliás, tradição parece ser a palavra de ordem desse segmento. Desde a primeira 5 Banco do Brasil 3,0 edição da pesquisa, em 2009, os segundo e terceiro lugares também apresentam os mesmos nomes: a irmã mais velha da D&D, Dadalto, e a concor5 BMG 2,5 rente Emidio Pais. 5 Caixa Econômica Federal 2,5 Este ano, a D&D foi a escolha de 25,9% dos entrevistados. A Dadalto alcançou 5 Dadalto 2,5 7,6% dos votos, e a Emidio Pais ficou com 6,2%. O braço para construções do Grupo Dadalto surgiu em 2005, quando a primeira D&D foi inaugurada em 5 Itaú 2,2 Vitória. Logo, a marca se tornou referência no setor, ampliando a rede e ultrapas10 Banestes 1,0 sando as divisas capixabas. Hoje são 12 lojas, sendo 10 no Espírito Santo e duas no 10 Bradesco 1,0 sul da Bahia, nas cidades de Ilhéus e Itabuna. Fundado em 1937, o Grupo reúne hoje 93 lojas, sendo 36 da Dadalto, 10 Fininvest 1,0 12 da D&D e 45 da Dacasa. 106

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FRANCISCO ROCHA RETOMA PRIMEIRO LUGAR

G

CORRETOR DE IMÓVEIS

Class.

Opções

2015

1

Francisco Rocha

8,0

2

Lopes

6,7

3

Canal

5,4

4

Betha Espaço

3,5

107

5

Lorenge

0,8

5

Adimovel

0,5

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arantir excelência na oferta de imóveis. Essa foi a missão assumida por Francisco Rocha em 1974, quando decidiu abrir sua imobiliária. Passados 41 anos, a Francisco Rocha Imóveis já sabe que seu trabalho é mais que isso, é garantir que sonhos se realizem. E é por fazer bem essa tarefa que, mais uma vez, a imobiliária é a preferida dos entrevistados da Top Marcas. A empresa retoma o primeiro lugar, ocupado pela primeira vez em 2013, com 8% dos votos. Em segundo vem a Lopes, com 6,7%, e em terceiro a Imobiliária Canal, com 5,4% das indicações. Além dos serviços de corretagem, a Francisco Rocha oferece ainda assessoria jurídica, cartorial e empresarial. Todos os consultores imobiliários também passam por treinamento antes de iniciarem suas atividades. Com carga horária total de 80 horas, as aulas aprimoram seus conhecimentos em técnicas de vendas, negociação, abordagem ao cliente, motivação empresarial e, ainda, marketing pessoal.

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ES Brasil • Março 2015

A


GALWAN É PRIMEIRA COMO CONSTRUTORA

N

CONSTRUTORA DE IMÓVEIS

Class.

Opções

2015

1

Galwan

21,9

1

Lorenge

21,7

3 Canal 16,2 uma disputa tradicionalmente acirrada, Galwan e Lorenge ficaram tec4 Proeng 2,8 nicamente empatadas. À frente da Top Marcas 2015 por apenas 0,2%, a Galwan conquistou 21,9% das lembranças; enquanto a Lorenge 4 Francisco Rocha 2,8 garantiu 21,7% da preferência. No grupo “Construtora de Imóveis” a Galwan 4 Morar 2,8 havia liderado a categoria em 2010 e comemorou novamente. “Recebemos 4 Argo 2,6 esse resultado com muita satisfação e alegria, pois é o reconhecimento do nosso trabalho. É muito bom que nossa marca ocupe posição de destaque 9 Lopes 2,0 em um prêmio que está associado à qualidade”, declarou o diretor-presidente 9 Decottignies 1,7 da construtora, José Luís Galvêas Loureiro. 9 MRV 1,7 Para ele, o maior valor da Galwan está na credibilidade, na solidez e no comprometimento em atender às expectativas dos condôminos quanto a 9 Sá Cavalcante 1,7 produto, custo e qualidade. “É para isso que trabalhamos e ficamos felizes em 9 Littig 1,4 verificar como os produtos e ações da empresa estão sendo percebidos. A Galwan 9 Grand 1,4 está sempre atenta em agregar valor aos empreendimentos, e é uma satisfação sermos reconhecidos dessa forma”, declarou. 9 Metron 1,4 Expedito Ximenes Viana, diretor administrativo da companhia lembrou que há empreendimentos justamente focados para o perfil de público alcançado pela pesquisa. “Os produtos construídos pela Galwan são planejados para essa classe, e o estreito relacionamento que temos, além do cuidado de manter o cliente satisfeito, faz com que esse público, que é muito exigente, confie em nós, o que fortalece a marca”. A Lorenge, ganhadora do ano passado, teve 21,7% do total dos votos. Já a Canal apresentou um crescimento significativo, subindo dos 4% do ano passado para 16,2% na Top Marcas de 2015, desbancando a Morar, que há dois anos figurava no terceiro lugar. Em quarto, um triplo empate: Proeng, Francisco Rocha e Morar foram citados por 2,8% dos consultados. 108

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GOL É O CARRO NACIONAL MAIS LEMBRADO

L

íder histórico em sua categoria na Top Marcas, o Volkswagen Gol lidera a lembrança do público entrevistado mais uma vez, chegando a 20,4% de menções na pesquisa no segmento “Modelo de Carro Nacional”. Em seguida aparecem o Fiat Palio (6,7%), o Ford Fiesta (5%) e a grande novidade, o Hyundai HB20, que subiu de 0,8% em 2014 para 4,1% no levantamento deste ano. Leandro Ramiro (foto), gerente-executivo de Marketing da Volkswagen do Brasil, explica a razão da liderança. “O capixaba é um consumidor que está sempre atrás de novidades e também preza pela durabilidade. O Gol é um modelo emblemático, que traduz esses conceitos, e ocupou por 27 anos consecutivos o posto de modelo preferido dos brasileiros, numa história repleta de grandes feitos: ele é o veículo mais produzido, vendido e exportado do país. Sua trajetória de sucesso é incomparável a qualquer outro modelo no Brasil”. O executivo lembra que o carro é líder em inovações: foi o primeiro a trazer injeção eletrônica, a utilizar motor brasileiro 1.0 e a usar motor biocombustível nacional.

MODELO DE CARRO NACIONAL

Class.

Opções

2015

1

Gol

20,4

2

Palio

6,7

3

Fiesta

5,0

4

HB20

4,1

4

Corolla

3,2

4

Cruze

3,2

7

Uno

2,9

7

Corsa

2,9

7

Fox

2,9

COROLLA SEMPRE LÍDER COMO MODELO DE CARRO IMPORTADO MODELO DE CARRO IMPORTADO

110

Class.

Opções

2015

1

Corolla

9,9

2

Civic

4,6

2

Ferrari

4,3

2

Camaro

4,0

2

I30

3,6

6

HB20

2,6

6

Audi A3

2,0

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Mantendo a tradição de vitórias na Top Marcas na categoria “Modelo de Carro Importado”, o Toyota Corolla venceu pela sétima vez consecutiva, com 9,9% das lembranças espontâneas do consumidos de classe AB da Grande Vitória. O Honda Civic subiu para a segunda posição, conquistando seu melhor share, 4,6%, deixando Ferrari, Camaro e I30 para trás. Claúdio Mário Chieppe Kroeff (foto), diretor comercial da Kurumá, concessionária da Toyota no Estado, atribui o resultado consecutivo à confiabilidade do capixaba nas marcas da montadora, na concessionária e no automóvel. “No Espírito Santo, defendemos uma participação de mercado muito superior à média nacional. O Corolla é fabricado no Brasil desde 1998 e mesmo assim fomos eleitos como ‘Marca Internacional’, a que atribuo a qualidade percebida pelos proprietários e pelo mercado como um todo. Isso é um reconhecimento pelo trabalho que realizamos e consequência dos mais modernos processos de atendimento e serviço que adotamos e que têm como foco oferecer a melhor experiência de compra e de posse a todos os clientes”, afirma. revistaesbrasil


ITAPUÃ É PREFERIDA

LOJA DE CALÇADOS

Opções

2015

1

Itapuã

25,1

2

Arezzo

14,8

3

Elmo

7,9

3

Doramila

7,4

5

Centauro

3,8

5

Bargain

3,0

5

Los Neto

3,0

5

Nike

3,0

9

Santa Lolla

2,7

9

Sonho dos Pés

2,7

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Q

Foto: Divulgação

111

Class.

uando, mesmo concorrendo com redes nacionais, um negócio local se destaca no mercado, é porque existe algo a mais. Assim acontece com a Itapuã, vencedora da Top Marcas 2015 na categoria “Loja de Calçados”: 25,1% dos capixabas de classes A e B optam pela empresa fundada há quase 60 anos, em Cachoeiro do Itapemirim. Hoje, a rede, de cerca de 100 lojas, se espalha por três estados – Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – e emprega mais de 1.500 funcionários. Além de comercializar grandes marcas, a Itapuã ainda conta com sua própria fábrica, sediada em Cachoeiro, de onde saem três marcas próprias, distribuídas para venda no Brasil e no exterior. Para o diretor-superintendente da empresa, Roberto Cerutti (foto), o reconhecimento é resultado de muito esforço: “Nos preocupamos em atender bem. Treinamos regularmente nosso pessoal para isso. E nos comunicamos. Seja por meio da propaganda convencional, seja através dos vários canais interativos.

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ES Brasil • Março 2015

A


IBIS, BRISTOL E QUALITY LIDERAM ENTRE HOTÉIS

O

Foto: Divulgação

Ibis foi o mais lembrado na categoria “Hotel”, alcançando sua melhor marca na história da Top Marcas: 27%. Num mercado que costuma ser equilibrado, o segundo lugar ficou empatado entre Bristol e Quality, com 18,4% cada, seguidos de Senac Ilha do Boi e Sheraton, ambos na casa 5%. No Brasil desde 1990, o Ibis possui uma marca padronizada em decoração e oferta de serviços. “É uma marca fácil de HOTEL encontrar com unidades em todo o Brasil, 85 delas no Sudeste. Class. Opções 2015 Fatores como qualidade de seus serviços e preços bastante atrativos também fazem com que seja muito lembrada pelos capixabas”, 1 Ibis 27,0 diz Franck Pruvost, diretor de Operações da rede na América do Sul. No Espírito 2 Bristol 18,4 Santo, há três Ibis em Vitória (Praia do Canto, Aeroporto e Praia de Camburi) 2 Quality 18,4 e um em Colatina. 4 Senac Ilha do Boi 5,6 O empreendimento foi reformulado há dois anos, com a revitalização do 4 Sheraton 5,1 conceito do lobby, que ganhou um toque moderno e descontraído, implantação da cama exclusiva Sweet Bed by Ibis e um novo conceito culinário, o Ibis kitchen. 6 Hostess 3,5 A parceria com a Gympass permite aos hóspedes fazer atividades físicas em 6 Pasargada 2,9 academias com desconto, e a abertura aos pets possibilita que cães de pequeno porte acompanhem seus donos. Além da prestação de serviços de qualidade, Luiz Fantin, diretor de Marketing da Allia Hotels, à qual pertence a rede Bristol, atribui o bom resultado da empresa a grande quantidade de hotéis da marca na capital, padronização da comunicação visual, participação ativa da rede na comunidade por meio de patrocínios, eventos, apoios, além de divulgação dos hotéis na mídia. “Ações como o engajamento de executivos na liderança de órgãos do trade turístico, a participação como mantenedora de ONGs sociais e a disponibilidade em apoiar eventos culturais ajudam a fortalecer nossa marca”, considera.

PEDRA AZUL É CAMPEÃ DE LEMBRANÇA

Foto: Divulgação

Pedra Azul é a referência dos capixabas ao pensarem em “Turismo na Montanha”, com 48,4% das menções na Top Marcas 2015. Levando em conta que o local está em Domingos Martins, o segundo lugar, com 25,8%, conclui-se que esse município é lembrado por praticamente três em cada quatro capixabas de classe AB. “O primeiro ponto que contribui para esse grande resultado são os PONTO TURÍSTICO/MONTANHA atrativos naturais, com a preservação de nossas matas. Tem havido Class. Opções 2015 uma melhoria na hotelaria, em hospedagem e gastronomia, o que vem gerando muita mídia, o que faz com que sejamos lembrados”, 1 Pedra Azul 48,4 diz Valdeir Nunes, diretor-presidente do China Park. 2 Domingos Martins 25,8 Andrea Rosa, secretária-executiva do Montanhas Capixabas Convention & Visitors 3 Morro do Moreno 5,6 Bureau, destaca o trabalho que vem sendo realizado de cooperação entre entidades públicas e privadas na região, fortalecendo o turismo em Domingos Martins, atraindo 4 Venda Nova 2,7 inclusive cada vez mais visitantes de outros estados e países. 4 Pico da Bandeira 2,1 O secretário municipal de Cultura e Turismo, Wellington Bleidorn, cita quatro grandes eventos importantes para concentrar grande público, valorizar a cultura local e gerar mídia espontânea: o tradicional Festival de Inverno de Domingos Martins, a Sommerfest, durante o verão, o Brilho de Natal, no fim do ano, e a Festa do Morango, produto típico dessa zona. 112

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Foto: Mosaico Imagem

BELEZA NATURAL

AS PRAIAS SÃO A PRINCIPAL BELEZA NATURAL DO ESTADO

S

Class.

Opções

2015

1

Praia

28,0

2

Pedra Azul

10,9

3

Morro do Moreno

5,9

4

Convento da Penha

3,7

4

Praia da Costa

3,1

4

Guarapari

3,1

ão mais de 400 quilômetros de puro encanto. Pelo menos é o que 4 Montanhas 3,1 pensam os entrevistados pela Top Marcas 2015, que apontaram as praias 4 Cachoeiras 2,8 capixabas como a principal beleza natural do Espírito Santo. Nesta edição da pesquisa, elas foram a opção de 28% dos questionados, mas o número 9 Domingos Martins 2,6 pode até ser maior. Somando-se respostas específicas como Praia da Costa, 9 Fernando de Noronha 2,2 Guarapari, Itaúnas e Camburi, os atrativos litorâneos conquistam quase 35% 9 Penedo 1,9 dos questionados. A riqueza e a variedade podem explicar a escolha. Desde as badaladas 9 Itaúnas 1,9 praias de Guarapari, passando pela orla urbana da região metropolitana, 9 O Frade e a Freira 1,9 até chegar às regiões desertas como Riacho Doce, na divisa com a Bahia, 9 Baía de Vitória 1,6 a faixa marítimas se estende de norte a sul do Estado, oferecendo aos visitantes opções para todos os gostos. No último verão, o Governo do Estado estima que o 15 Santa Teresa 1,2 Espírito Santo tenha sido o destino de um milhão de turistas que desembarcaram 15 Pedra da Cebola 1,2 em busca de um lugar ao sol. 15 Mestre Álvaro 1,2 Mas nem só areia e mar enchem os olhos. Em segundo 15 Camburi 1,2 lugar ficou a Pedra Azul, tida PONTO TURÍSTICO/PRAIA por 10,9% como a beleza natural de maior destaque no Espírito Santo. Não é à toa que o granito de mais Class. Opções 2015 de 1.800 metros de altura está a um passo de se tornar patrimônio natural da 1 Praia da Costa 30,6 humanidade. Os preparativos começaram em 2012 e, no fim do ano passado, a 2 Guarapari 16,8 candidatura foi apresentada à Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (Unesco). 3 Praia de Camburi 9,2 Na categoria “Ponto Turístico”, novamente uma praia em destaque. Um ícone 4 Ilha do Boi 6,3 do litoral capixaba, a Praia da Costa, em Vila Velha, voltou a liderar a pesquisa. 5 Manguinhos 3,9 Dobrando o percentual de menções em relação ao ano passado, alcançou 30,6% do total, melhor resultado já obtido no segmento. Guarapari ficou em 5 Curva da Jurema 3,7 segundo lugar, seguida de duas praias da capital, Camburi e Ilha do Boi, e de uma 5 Bacutia 3,1 da Serra, Manguinhos. 8 Praia do Canto 1,6 O secretário Desenvolvimento Sustentável de Vila Velha, Jader Mutzig, destacou 8 Meaípe 1,3 as múltiplas atividades que podem ser realizadas em diversos horários na Praia da Costa. “Um grande atrativo para o turista é a diversidade de uso da faixa litorânea, 8 Coqueiral de Itaparica 1,0 durante o dia e a noite, não só para um banho de mar, mas também para prática 8 Farol 1,0 esportiva, diversão e contemplação, já que a praia é toda iluminada”. Ele cita 8 Peracanga 1,0 infraestrutura, facilidade de acesso, limpeza, balneabilidade, calçadão, ciclovia, 8 Ponta da Fruta 1,0 restaurantes e lanchonetes como alguns dos indicativos que explicam o interesse dos visitantes pelo município e por sua praia mais famosa. 114

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MONUMENTO HISTÓRICO

CONVENTO DA PENHA É CENTRO DO TURISMO HISTÓRICO E CULTURAL

C

Class.

Opções

2014

1

Convento da Penha

63,9

2

Palácio Anchieta

9,6

3

Catedral

3,6

4

Igreja do Rosário

2,4

4

Museu Vale

2,1

4

Theatro Carlos Gomes

1,8

om sua bela arquitetura no alto do morro em Vila Velha, o Convento da 4 Centro de Vitória 1,5 Penha é o principal cartão-postal do Espírito Santo, sempre lembrado quando se fala em turismo. O local venceu com folga duas categorias: “Ponto Turístico Cultural” e “Monumento Histórico”, no qual foi citado por dois em cada três entrevistados. PONTO TURÍSTICO CULTURAL “O Convento da Penha tem a capacidade de agregar o aspecto histórico, Class. Opções 2015 cultural e religioso. Além de atrair visitantes por seus valores religiosos e sua dimensão sagrada, possui uma visibilidade de praticamente 360º da 1 Convento da Penha 34,9 Grande Vitória, e a Mata Atlântica que o circunda também proporciona 2 Museu da Vale / Ferroviário 10,3 paz e tranquilidade numa sociedade extremamente barulhenta. Sintetiza e 2 Teatro Carlos Gomes 9,6 simboliza o Espírito Santo, de modo que, para quem vem ao Estado e não vem ao Convento, é como se faltasse uma parte importante da visita”, considera Frei 4 Centro de Vitória 4,2 Valdecir Schwambach, guardião do Convento. 5 Palácio Anchieta 2,6 A história do Convento tem início em 1558 com a chegada de Frei Pedro 5 Teatro Ufes 2,6 Palácios, que subiu a grande montanha com uma imagem de Nossa Senhora. 5 Domingos Martins 2,2 Anos depois, foi construída uma capela no cume do penhasco, que foi sendo ampliada até que se 5 Pedra Azul 2,2 erguesse o convento em 5 Pedra da Cebola 1,6 anexo. Hoje o Santuário da Penha possui uma área de mais de 600.000 m². “O acesso é fácil, conta com infraestrutura e está localizado no sítio histórico, onde o visitante pode conhecer a Igreja do Rosário e a Casa da Memória. Além disso, há também o bondinho recentemente restaurado”, diz Jader Mutzig, secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável de Vila Velha, lembrando a importância histórica também do entorno do Convento. Na categoria “Ponto Turístico Cultural”, o imponente santuário localizado a 154 metros acima do nível do mar venceu com 34,9% dos votos. Em seguida aparecem o Museu Vale, em Vila Velha, com 10,3%, e o Theatro Carlos Gomes, reduto histórico da cultura capixaba na capital, mencionado por 9,6% dos entrevistados. Na categoria “Ponto Turístico Monumento Histórico”, o Convento atingiu 63,9%, seguido do Palácio Anchieta, com 9,6%. 116

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DARWIN É PENTA!

J

á são cinco anos consecutivos ocupando o pódio na Top Marcas. Para manter a liderança na pesquisa, o Centro Educacional Charles Darwin busca oferecer algo além das salas de aula. O diretor da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, professor Fabrício Silva, destaca, entre os últimos investimentos, as novas turmas em tempo integral para essas duas etapas escolares na unidade Vitória, que foi completamente remodelada, além da ampliação do uso de tablets em sala de aula para alunos do ensino fundamental II. Segundo o diretor geral pedagógico do Darwin, professor Ricardo de Assis (foto), os investimentos em tecnologia são responsáveis por criar laços consistentes. “O Darwin a cada dia se aproxima mais do seu objetivo de ser uma escola 24 horas. A dinâmica atual não permite mais que o estudante esteja na escola apenas num período do dia e o resto do tempo fique alheio ao processo de aprendizagem. É necessário que a escola esteja junto com seus alunos todo o tempo”.

ENSINO FUNDAMENTAL/ MÉDIO PARTICULAR

Class.

Opções

2015

1

Darwin

24,7

2

Marista

13,5

3

Up

9,4

4

Leonardo da Vinci

7,5

5

São Domingos

6,5

6

Sagrado Coração de Maria

5,5

7

Primeiro Mundo

3,9

7

COC

3,6

7

Salesiano

3,6

10

Americano Batista

2,1

FGV/M.MURAD É A REFERÊNCIA EM MBA NO ESPÍRITO SANTO Pela terceira vez consecutiva, e sexta em sete anos, a FGV/M.Murad venceu a categoria “MBA” da Pesquisa Top Marcas. Com 21,4% das lembranças dos entrevistados, a instituição superou UVV (10,2%), Fucape (8,7%), Ufes (6%) MBA e FDV (4%). O maior crescimento foi da UVV, que triplicou seu resultado e saltou da quarta posição para a vice-liderança. Class. Opções 2015 O diretor comercial da M.Murad, Eduardo Ferraz, lembra que desde o início 1 FGV/M. Murad 21,4 de operação da entidade, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 2 UVV 10,2 em 1999, foi criada uma cultura de “credibilidade e excelência em pós-graduação”. 3 Fucape 8,7 “Nós da M.Murad trabalhamos na estrutura, no atendimento ao aluno e na condução 4 Ufes 6,0 dos cursos, enquanto a FGV oferece sua estrutura acadêmica, corpo docente e 5 FDV 4,0 certificação”, explicou. Para ele, essa qualidade se destaca no mercado capixaba. “Temos o reconhecimento dos nossos alunos e das empresas em função dos 6 Multivix 1,0 resultados que os cursos oferecem e da evolução profissional daqueles que entram 6 Novo Milênio 1,0 para a nossa pós-graduação”. Ferraz ressalta que um dos principais objetivos da instituição é contribuir para que os profissionais sejam mais competitivos no mercado. “Buscamos oferecer não só cursos de qualidade, mas tudo que estiver ao nosso alcance para ajudar os nossos alunos a crescerem. Realizamos palestras, divulgamos oportunidades profissionais e realizamos visitas técnicas às empresas de sucesso do nosso estado. Estamos também sempre envolvidos com eventos que promovem o conhecimento para os nossos alunos e profissionais de mercado”, complementa o diretor. 118

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UVV É REFERÊNCIA EM ENSINO SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO

Ú

ENSINO SUPERIOR PARTICULAR

Class.

Opções

2015

1

UVV

38,1

2

Faesa

10,2

3

FDV

9,0

4

Multivix

6,4

nica universidade privada do Espírito Santo, a UVV aparece no topo da categoria “Ensino Superior Particular”. Embora nos últimos seis anos a instituição 4 Emescam 6,1 tenha enfrentado uma disputa apertada com a Faesa na memória dos capixabas, 6 Estácio de Sá 3,3 em 2015 a Pesquisa Top Marcas mostrou uma liderança significativa da vila-velhense, 6 Darwin 3,1 que foi lembrada espontaneamente por 38,1% dos entrevistados, enquanto a concor6 Univix 3,1 rente teve 10,2% do total. 6 Novo Milênio 2,6 Para José Luiz Dantas, administrador e presidente da Sociedade Mantenedora da 10 Salesiano 2,0 Universidade Vila Velha (Sedes-UVV), além de ser motivo de orgulho e satisfação, o resultado demonstra que os objetivos sociais da entidade são reconhecidos, sendo consi10 UCL 1,3 derada uma instituição de ensino superior de primeira linha. “Há 40 anos, nos dedicamos, 10 Fucape 1,0 exclusivamente, à oferta de ensino superior de excelência, integrado a pesquisas aplicadas 10 Univila 1,0 e aos programas de extensão comunitária e de responsabilidade social”, destaca. Orgulhoso da missão da instituição, José Luiz Dantas considera que “há um pedaço de UVV em cada lugar do Espírito Santo”, referindo-se aos mais de 40 mil profissionais formados em sua estrutura e que atuam no mercado produtivo em diferentes áreas do território capixaba e também em outros estados e países. Outras três instituições tiveram pontuação acima dos 5% na lembrança do público. Na terceira posição da pesquisa aparece a FDV, com 9%, seguida por Multivix (6,4%) e Emescam (6,1%). Ao ouvir falar em “Pós-Graduação”, o público de classe AB analisa várias opções no competitivo mercado do setor, em plena ascensão. Na Top Marcas 2015, a UVV continuou sendo a mais lembrada, a exemplo do ano anterior, liderando as menções PÓS-GRADUAÇÃO com 20%, seguida de FGV/M.Murad (14,6%) e Ufes (12,1%). Class. Opções 2015 José Luiz Dantas lembra o tripé ensino, pesquisa e extensão como uma das chaves 1 UVV 20,0 do sucesso, além da qualificação do corpo docente. “Nossos universitários, nas mais 2 FGV/M.Murad 15,3 distintas profissões e em todas as áreas do conhecimento, desfrutam de infraestrutura moderna, embasada em inovações tecnológicas, laboratórios de última geração, mas, 3 Ufes 12,1 essencialmente, em uma equipe de colaboradores integrados por mestres, doutores, 4 FDV 6,7 pesquisadores e pós-doutores experientes e renomados, com vasta publicação cientí5 Faesa 4,9 fica, todos eles bem inseridos no mercado internacional”, pontua. 6 Fucape 3,7 Dantas garante que a universidade está em pleno desenvolvimento de novos projetos 7 Emescam 2,2 para fortalecer ainda mais sua qualidade, como a construção do pavilhão Ecotec, 7 Multivix 2,0 com 12 novos laboratórios tecnológico, e do novo Núcleo de Odontologia. Para 2016, serão incluídos dois novos mestrados e um programa de doutorado. “A universi7 Estácio de Sá 1,2 dade quer consolidar sua vocação acadêmica, cultural e científica para, em um futuro 10 Novo Milênio 1,0 próximo, ser referência internacional em inovação tecnológica, crescimento econômico 10 UCL 1,0 sustentado e práticas para o desenvolvimento ecologicamente correto”. 120

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PLANO DE SAÚDE MAIS LEMBRADO É UNIMED

P

erguntados sobre plano de saúde, dois em cada três capixabas da classe AB pensam na Unimed. Em relação ao ano passado, a marca da cooperativa médica cresceu ainda mais na memória do público entrevistado, chegando a 66,8%. De acordo com Márcio de Oliveira Almeida, diretorpresidente da Unimed Vitória, os 35 anos de atuação com investimentos em inovação, gestão, e principalmente em projetos de promoção da saúde, são os motivos de tornar a marca admirada pela população. “Acredito que os serviços diferenciados oferecidos pela Unimed Vitória fazem da marca o plano de saúde mais lembrado entre os capixabas. Para nós, o resultado da Top Marcas representa o reconhecimento do empenho da Unimed Vitória e a dedicação dos cooperados em oferecer serviços de qualidade e contribuir para o bem-estar dos capixabas”. Outras empresas do segmento também foram citadas, embora com percentual bastante inferior ao líder da pesquisa. Em segundo lugar estão o plano da Bradesco (6,3%), seguido de São Bernardo, Pasa/Vale e Samp.

PLANO DE SAÚDE

Class.

Opções

2015

1

Unimed

66,8

2

Bradesco

6,3

2

São Bernardo

5,3

4

Pasa/Vale

4,3

4

Samp

3,5

6

Saúde Caixa

2,3

6

AMS/Petrobras

1,5

6

Geap

1,5

6

Cassi

1,3

UNIMED ASSUME A LIDERANÇA ENTRE HOSPITAIS PARTICULARES HOSPITAL PARTICULAR

Class.

Opções

2015

1

Cias (Unimed)

23,6

2

Vitória Apart

19,8

3

Praia da Costa

13,9

4

Hospital Vila Velha

11,8

5

Santa Rita

8,8

5

Meridional

8,0

7

Metropolitano

3,8

7

Santa Mônica

2,9

9

Santa Úrsula

1,3

122

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Pela primeira vez, o Cias-Unimed apareceu no topo da categoria “Hospital Particular” da Top Marcas. Com 23,6% das menções, a instituição ultrapassou o Vitória Apart, vencedor dos seis anos anteriores, que em 2015 alcançou 19,8% do total. O Cias, Centro Integrado de Atenção à Saúde, vai além do hospital, pois engloba todos os recursos próprios que a Unimed possui, incluindo o Hospital Unimed, o Hospital Dia-Maternidade Unimed, a Oncologia, os Centros de Especialidades, o Personal, a Unimed Diagnóstico, o Viver Unimed, etc. O diretor de Recursos Próprios da empresa, Mário Tironi Junior, comemorou a liderança: “Temos uma equipe de profissionais médicos referência em suas áreas. Ser o mais lembrado entre a população representa o reconhecimento do nosso trabalho, que tem comprometimento com a saúde do capixaba”. Na sequência de classificação, ficaram o Praia da Costa, com 13,9%; o Hospital Vila Velha, com 11,8%; o Santa Rita, com 8,8%; e o Meridional, com 8%. revistaesbrasil



LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS: DISPUTA ENTRE TOMMASI E PRETTI

O

Laboratório Tommasi manteve a dianteira na Pesquisa Top Marcas na categoria “Laboratório de Análises Clínicas”, com 26,4% da lembrança dos entrevistados. A diferença para o segundo colocado da pesquisa, o Laboratório Pretti teve uma ligeira queda, e este chegou a alcançar 21,6% das menções espontâneas. Em 2013, a empresa chegou a dividir a liderança da categoria empatada com o Tommasi, que venceu todas as outras Top Marcas de maneira isolada. Fundado em setembro de 1962 pelo farmacêutico químico Henrique Tommasi Netto, o Laboratório Tommasi possui mais de 200 colaboradores diretos em diversas áreas de conhecimento, além de realizar investimentos constantes em tecnologia, capacitação e relação com clientes, parceiros e fornecedores para oferecer um serviço de qualidade nas análises clínicas das populações atendidas. Em uma ascensão de 3,6% para 8%, o Bioclínico subiu para a terceira posição no ranking, deixando para trás o Marcos Daniel, com 6,3%, e o São Marcos, com 5,3%. Terceiro colocado em 2014, o Labortel caiu de 8% para 1,8%, ficando empatado com a Bioquímica em sexto lugar.

LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Class.

Opções

2015

1

Tommasi

26,4

2

Pretti

21,6

3

Bioclínico

8,0

4

Marcos Daniel

6,3

4

São Marcos

5,3

6

Bioquímica

1,8

6

Labortel

1,8

6

Quintão

1,0

DROGASIL VIRA O JOGO E ALCANÇA PRIMEIRO LUGAR FARMÁCIA

Class.

124

Opções

2015

1

Drogasil

32,8

2

Santa Lúcia

28,8

3

Pacheco

17,3

4

Pague Menos

6,5

5

Avenida

2,8

5

Mônica

2,8

5

Rede Farmes

1,8

8

Onofre

1,0

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A Pesquisa Top Marcas deste ano revelou uma discreta mudança na preferência do público com relação à farmácia mais procurada. Pela primeira vez na série histórica, a Drogasil ocupa o primeiro lugar, com 32,8% das respostas. A rede nacional inverteu os papéis com a capixaba Santa Lúcia, que sempre esteve na liderança mas, este ano, obteve 28,8% de participação, caindo para a segunda posição. A Drogasil tem 80 anos de história e mais de 500 lojas, espalhadas em 14 estados. A empresa estendeu seus braços para o mercado do Espírito Santo em 2009, quando adquiriu pontos comerciais de outra rede local e iniciou suas atividades de forma enérgica, abrindo de uma só vez 13 lojas. Ainda pouco conhecido, o nome só passou a ser citado na Top Marcas dois anos depois, quando surgiu em segundo lugar na pesquisa. Hoje, com mais de 20 unidades espalhadas pelo Estado, a marca se consolida entre os capixabas. revistaesbrasil



PORTO SEGURO LIDERA COM FOLGA ENTRE AS SEGURADORAS

P

elo quarto ano consecutivo deu Porto Seguro à frente entre as seguradoras. Nada menos que 34% dos entrevistados do público AB da Grande Vitória lembraram da marca neste segmento. Na sequência, vieram Banestes Seguros (7,9%), Banco do Brasil Seguros (6,4%) e Bradesco Seguros (3,7%), seguidos da SulAmérica Seguros, com 2,7%. A Porto Seguro atua desde 1945 e hoje é uma das maiores do ramo no Brasil. A empresa oferece seguros de automóvel, patrimonial, empresarial, de vida e previdência, entre outros. Gerente da Sucursal Vitória, Marcos Silva (foto) ressalta a importância do reconhecimento brindado pelo consumidor e reconhecido em Top Marcas: “Para nós, é gratificante estarmos posicionados como a empresa mais lembrada na categoria de “Seguros” e ver os frutos deste trabalho sendo reconhecidos”. Ele destacou ainda que a preocupação com atendimento e a adequação às necessidades específicas dos clientes são uma marca da Porto Seguro.

GRANDE EMPRESA

Opções

2015

1

Vale

24,6

2

ArcelorMittal

12,7

2

Petrobras

12,4

4

Garoto

10,8

5

Águia Branca

3,9

5

Morar

3,0

7

Grupo Buaiz

1,7

7

Samarco

1,7

7

Cesan

1,4

7

Coca-Cola

1,4

7

Dadalto

1,4

7

Sá Cavalcante

1,1

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Class.

Opções

2015

1

Porto Seguro

34,0

2

Banestes Seguros

7,9

3

Banco do Brasil Seguros

6,4

4

Bradesco Seguros

3,7

4

SulAmérica

2,7

6

Itaú Seguros

2,5

6

Allianz

2,2

6

HDI Seguros

2,2

6

Tokio Marine

1,7

VALE LIDERA DESDE 2009 Na categoria “Grande Empresa”, o destaque ficou com a Vale, lembrada por 24,6% dos entrevistados. A mineradora, que atua há 75 anos nos Espírito Santo, comemora o sexto pódio na Top Marcas. Para o diretor de Pelotização, Maurício Max, a identificação dos capixabas com a companhia se deve não só às atividades econômicas, mas também ao comprometimento sócio-ambiental. “Acredito que figurar como a mais lembrada na categoria ‘Grande Empresa’ reflete o compromisso e as ações da Vale voltadas a promover, de forma sustentável, o desenvolvimento social e econômico do Espírito Santo. A história da Vale se confunde com a história dos capixabas. Afinal, iniciamos as atividades portuárias no Estado na década de 1940, com participação decisiva no processo de industrialização e modernização do Estado. Por isso, o reconhecimento da nossa marca nos deixa bastante orgulhosos”, enfatizou Foto: Divulgação

126

Class.

SEGURADORA

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ÁGUIA BRANCA VENCE CATEGORIA “TRANSPORTE DE PASSAGEIROS”

E

Foto: Divulgação

mpresa capixaba, a Águia Branca mostrou a força de sua marca conquistando pelo segundo ano consecutivo a liderança na categoria “Transporte de Passageiros”. Na Top Marcas 2015, a companhia teve menção de 28,7% dos entrevistados. Para Paula Barcellos Tommasi Corrêa (foto), diretora Comercial e de Marketing da Viação Águia Branca S/A, o trabalho sério focado no transporte de milhões de passageiros por ano é o que proporciona que a organização seja lembrada. “O resultado desse trabalho é a confiança da sociedade na marca Águia Branca. Para nós, é uma grande alegria sermos capixabas e estarmos na memória dos capixabas. É por meio de resultados expressivos como este que temos certeza do caminho seguido. São 68 anos de estrada, atendendo a mais de 700 destinos, sempre comprometidos com a segurança, o conforto e a satisfação de nossos clientes”, afirma. Em segundo lugar na pesquisa aparece a Ceturb/Transcol, sistema de transporte metropolitano da Grande Vitória, com 12,9%, seguida da Viação Itapemirim, com 11%.

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Class.

Opções

2015

1

Águia Branca

28,7

2

Ceturb/Transcol

12,9

3

Itapemirim

11,0

3

Ônibus

11,0

5

Avião

8,3

6

Grande Vitória

3,8

7

Sanremo

2,7

7

TAM

2,1

9

Azul

1,6

9

Gol

1,6

VIX PELA TERCEIRA VEZ EM PRIMEIRO LUGAR

Class.

Opções

2015

1

Vix Transportes / Águia Branca

6,4

2

Colatinense

2,9

2

Braspress

2,1

4

Transilva

1,6

4

Continental

1,3

4

Log-In Logística Intermodal

1,1

128 www.esbrasil.com.br www.esbrasil.com.br• • @esbrasil @esbrasil • • esbrasil esbrasil • •revistaesbrasil revistaesbrasil

Foto: Divulgação

EMPRESA DE LOGÍSTICA

Escolhida por 6,4% do total de entrevistados, a Vix Logística, pertencente ao Grupo Águia Branca, ocupa, pela terceira vez consecutiva, o primeiro lugar na categoria “Empresa de Logística”. A Vix é uma marca genuinamente capixaba, com operações que vão de Norte a Sul do Brasil e também no Mercosul. Sua história começou em 1971 e, hoje, a companhia é considerada uma das maiores do país. Em 2014, fechou o ano com mais de 9 mil colaboradores, faturamento superior a R$ 1,2 bilhão e uma frota de aproximadamente 6 mil veículos e equipamentos. “Ser a empresa de logística mais lembrada pelo público capixaba é uma grande honra. O resultado indica que estamos no caminho certo ao operacionalizar nossos negócios com respeito ao meio ambiente e cuidado com as comunidades onde estamos inseridos. Também estamos focados em oferecer as melhores soluções logísticas para os nossos clientes, com qualidade nos serviços, inovação e excelência no atendimento”, comemorou o diretorgeral da Vix Logística, Kaumer Chieppe (foto).



VIVO É A MAIS LEMBRADA EM DUAS CATEGORIAS

A

OPERADORA COM MELHOR QUALIDADE DE SERVIÇO PRESTADO

Class.

Opções

2015

1

Vivo

56,7

2

GVT

9,1

3 Claro 7,9 Vivo é duplamente vencedora na Top Marcas 2015. Com 3,3 milhões de clientes capixabas, a empresa foi eleita a preferida nas categorias “Operadora 3 Telemar 7,9 de Telefonia Celular” e “Operadora com Melhor Serviço Prestado”. 5 Tim 6,4 Na primeira, a concorrência era apenas entre companhias de telefonia móvel, 6 Net 4,9 e a Vivo obteve 76,4% dos votos, assumindo a liderança absoluta, com mais de 67 pontos à frente da vice-campeã. Já na segunda categoria, os entrevistados 6 Oi Fixo 4,9 deveriam indicar sua opção de acordo com a qualidade do serviço prestado, incluindo as representantes da telefonia fixa. Mais uma vez, a Vivo se destacou: 56,7% dos entrevistados afirmam que o serviço prestado pela operadora é o de melhor qualidade na Grande Vitória. A gerente da Telefônica Vivo para o Espírito Santo, Erica Napoles, comemorou: “O resultado da pesquisa aponta na direção certeira da nossa aposta em novos serviços e soluções digitais, para atender aos desejos e as necessidades do cliente cada vez mais conectado. A empresa investe de forma OPERADORA DE crescente e constante para garantir qualidade do serviço e contínua evolução TELEFONIA CELULAR da tecnologia no Espírito Santo”. Class. Opções 2015 Hoje, a Vivo é líder no mercado capixaba, com 76,2% do market share e oferecendo tecnologia 3G a 100% dos municípios capixabas. Além disso, 1 Vivo 76,4 antecipou a obrigação na implantação da conexão 4G em quatro cidades: Serra, 2 Tim 9,3 Cariacica, Vila Velha e Domingos Martins. Em parceria com o Governo do 3 Claro 7,0 Estado, também investiu, nos últimos dois anos, R$ 26,6 milhões para levar a 4 Oi 5,8 modalidade 3G a 81 distritos em áreas rurais. “Queremos estar cada vez mais próximos dos nossos clientes no 6 Embratel 0,5 Espírito Santo. Por isso, nosso foco tem sido investir na qualidade das redes 6 GVT 0,5 e na oferta de serviços inovadores, o que nos diferencia frente ao forte 6 Net 0,5 crescimento do tráfego de dados e nos aproxima ainda mais do objetivo de sermos uma telco digital”, finalizou a gerente. 130

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SABOR E AGILIDADE: RECEITA CAMPEÃ

RESTAURANTE DE MASSAS

Opções

2015

1

Spoleto

28,2

2

Oriundi

11,0

3

Spaghetti & Cia

9,6

4

Delira

3,8

4

Don Camaleone

3,4

4

Bacco

3,1

7

Etori

2,7

7

Domus Itálica

2,1

7

La Bella

2,1

Foto: Divulgação

Class.

U

m espaguete pronto em minutos. Uma mistura de ingredientes que nunca se repete. A opção de ter atendimento rápido e tempero personalizado em um mesmo lugar. É com esse perfil que o restaurante Spoleto conquistou o público AB da Grande Vitória, alcançando, mais uma vez, o pódio da Top Marcas. Este ano, 28,2% dos entrevistados afirmaram que preferem o estabelecimento na hora de apreciar uma massa. A empresa ocupa a posição desde 2009, apostando no fast-food italiano, atendendo a um público que gosta de boa comida, mas não tem tempo para longas esperas. Em poucos minutos, o cliente escolhe o tipo de massa, o molho e oito ingredientes que vão compor o prato totalmente montado por ele. A rede, que está há 16 anos no mercado, funciona em sistema de franquias e conta hoje com 360 pontos, incluindo unidades no México e em Costa Rica.

O MELHOR CARANGUEJO É O DO ASSIS É apostando na dobradinha inovação + qualidade que o Caranguejo do Assis alcança, pela quarta vez, o primeiro lugar na categoria “Restaurante de Frutos do Mar”. O estabelecimento cresce ano a ano na pesquisa e, em 2015, atingiu a marca de 14% de preferência. Um nível elevado de aceitação, quando levamos em conta que, ao todo, 56 restaurantes foram citados pelos entrevistados. Segundo o administrador da casa, Dyonatan Giovanelli, com 14 anos de mercado não é difícil entender o que atrai o cliente. “Sempre procuramos inovar, oferecendo novas opções no cardápio, de forma a atender todos os gostos. Também investimos muito em treinamento para nossa equipe, fazendo com que nossos garçons e nossas cozinheiras adquiram mais experiência e permaneçam por mais tempo na casa. Nesse ramo, a mão de obra é escassa e rotativa. Manter a equipe é manter o padrão de atendimento. Hoje, o Caranguejo do Assis é uma marca consolidada”, afirmou.

RESTAURANTES DE FRUTOS DO MAR

Class.

Opções

2015

1

Caranguejo do Assis

14,0

2

Atlântica

11,8

3

Partido Alto

9,1

4

Pirão

6,0

4

Geraldinho

5,2

6

Papaguth

3,6

ESESBrasil Brasil• •Março Maio 2015

131


GRAMADO ALCANÇA MAIOR DESTAQUE DA HISTÓRIA

M

Foto: Divulgação

anter-se em primeiro lugar na categoria por cinco anos consecutivos não é das tarefas mais fáceis. Mas a Churrascaria Gramado fez ainda mais: não só reafirmou sua liderança como, em 2015, ampliou sua percepção entre o público A e B. Este ano, a empresa obteve 28,7% dos votos de preferência dos entrevistados, maior índice desde o início da série histórica da Top Marcas. O restaurante também aumentou a distância para o segundo colocado, 12 pontos à frente da Minuano, que alcançou 16,5%. Há mais de 30 anos no mercado, a Gramado trabalha com serviços de rodízio de carnes e também à la carte. Na primeira modalidade, cortes especiais e iguarias como carne de carneiro fazem sucesso. Localizada aos pés do Morro do Moreno, na Praia da Costa, a casa conta com um espaço amplo, com capacidade para cerca de 400 pessoas e aberto todos os dias da semana, para almoço e jantar.

CHURRASCARIA

Class.

Opções

2015

1

Gramado

28,7

2

Minuano

16,5

3

Espeto de Prata

13,0

4

Porcão

9,3

5

Victoria Grill

7,0

6

Coronel Picanha

5,5

7

Porteira

3,2

7

Recanto Gaúcho

2,3

7

Sarandi

2,3

WINE CRESCE E SE TORNA LÍDER EM LOJA DE VINHOS

Class.

Opções

2015

1

Wine

16,1

2

Casa do Porto

11,5

3

Adega Carone

5,3

4

GrandCru

2,8

4

ExtraPlus

1,8

4

Perim

1,8

7

Porto do Bacalhau

1,3

7

Supermercado

1,3

7

Adega

1,0

7

Ville du Vin

1,0

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132

esbrasil •

Foto: Divulgação

LOJA DE VINHOS

A internet tem sido palco de iniciativas inovadoras e muito rentáveis.Um caso de sucesso próximo da realidade capixaba é a Wine, que por meio de vendas on-line entrega mais de 300 mil garrafas por mês, sendo considerada a maior loja de vinho da América Latina. Lançada em 2008 e possuindo um moderno centro de distribuição no município da Serra, a companhia só veio pontuar na Top Marcas em 2013, atingindo modesto 0,7% do total da lembrança do público, de classe AB. Ano passado, cresceu no estudo e chegou a 3,7%. Em 2015, supera tradicionais lojas com estrutura física no território capixaba, sendo citada por 16,1% dos entrevistados, conquistando o primeiro lugar, à frente da Casa do Porto (11,5%) e da Adega Carone (5,3%). Rogerio Salume (foto), CEO da Wine, explica que o trabalho vai muito além da relação comercial. “Prestamos não apenas o serviço de venda de vinhos, mas fornecemos também conhecimento e consultoria. Isso também criou confiança, as pessoas sabem que podem contar conosco, o que faz com que se lembrem de nós e nos procurem com frequência”. Dessa maneira, o DNA do negócio já carrega um novo conceito e uma proposta diferenciada. “Nós nascemos com o propósito de democratizar o mundo do vinho. Usamos sempre uma linguagem mais clara, que desmistifica o consumo da bebida. Isso nos aproxima das pessoas”, pontua Salume, que também destaca que o relacionamento próximo com o cliente pelo site e pelas redes sociais fortalecem a confiança e a lembrança da marca na memória coletiva. revistaesbrasil


SAL GLOBO, O PREFERIDO

Q

Class.

Opções

2015

1

Globo

58,4

2

Cisne

15,8

3

Lebre

1,0

3

Marinho

0,7

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SAL

uase 60% de aprovação. O feito, alcançado pelo Sal Globo na Pesquisa Top Marcas 2015, é motivo de comemoração para o diretor comercial da Brasisal Alimentos, Nelson Antonio Ferlin Junior: “Esta vitória significa que o trabalho ao longo desses 48 anos de constante aprimoramento na qualidade dos nossos produtos, a excelência no atendimento, as campanhas publicitárias direcionadas e o bom posicionamento nos pontos de venda contribuíram para a construção de um bom relacionamento com nossos clientes, resultando no sucesso da marca sal Globo”. Segundo o executivo, a liderança se deve a diversos fatores. “Constante inovação de produtos e serviços, revitalização da logomarca e desenvolvimento de embalagens práticas e funcionais que atendam às necessidades e aos anseios do nosso consumidor, investimentos nos pontos de venda e campanhas publicitárias auxiliam na manutenção da marca”. O segundo colocado, o Sal Cisne, manteve o percentual alcançado no ano passado, em torno de 15%, e o terceiro, o Sal Lebre, ficou com 1% de participação.

OI RETOMA LIDERANÇA

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A categoria “Telefonia Fixa” registrou uma reviravolta na Pesquisa Top Marcas 2015. A Oi, que liderou o ranking de 2009 a 2013, teve um desempenho muito abaixo do esperado em 2014, alcançando apenas a quinta posição, com 0,6% de participação nos votos. Mas o trabalho desenvolvido ao longo do ano mudou a opinião do público de classes A e B e, em 2015, a empresa volta ao lugar mais alto do pódio: 30,1% dos entrevistados apontaram a Oi como a melhor companhia de telefonia fixa em operação na Grande Vitória. A GVT ocupa a vice-liderança, com 21,3% das indicações. Já a Vivo, que no ano passado ficou em primeiro lugar, despencou três posições, figurando em quarto, com 13,4%. Com planos a partir de R$ 49,90 mensais, a Oi possui 22 milhões telefones fixos instalados em todo o Brasil, exceto no estado de São Paulo. No Espírito Santo, sua abrangência é de 100% do território.

OPERADORA DE TELEFONIA FIXA

Class.

Opções

2015

1

Oi

30,1

2

GVT

21,3

2

Net

20,3

4

Vivo

13,4

5

Embratel

6,2

6

Claro

4,6

7

Outros

1,3

7

TIM

1,0

ESESBrasil Brasil• •Março Maio 2015

133


VIVARA: REDE NACIONAL CONQUISTA CAPIXABAS

Q

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uando se pensa em um presente que dure a vida toda, logo pensamos em uma joia. E para os capixabas de classes A e B, qualidade nessa categoria é sinônimo de Vivara, apontada pelos entrevistados da Top Marcas como a melhor opção em joalheria na Grande Vitória: 17,1% escolhem a loja na hora de comprar um presente especial. A empresa nasceu em 1962, com uma missão: transformar sonhos em joias. No início, eram um negócio familiar no centro de São Paulo e o compromisso de oferecer peças criadas com o mesmo cuidado com que os antigos ourives faziam produtos exclusivos e eternos. Hoje, são mais de 160 unidades em todo o território nacional, abastecidas com a produção de 250 profissionais especializados, que trabalham em uma fábrica de 3.600 m². Cada anel, brinco, colar, pulseira ou pingente trazem uma marca especial, o V de Vivara, garantia de procedência do “tesouro”.

JOALHERIA

Class.

Opções

2015

1

Vivara

17,1

2

Oswaldo Moscon

14,4

3

Primo

10,8

4

Jaklayne Joias

9,2

5

Emar Batalha

3,1

5

Ricardo Vieira

2,1

6

H.Stern

1,8

6

Carolina Neves

1,0

LIDERANÇA ISOLADA EM PERFUMARIA PERFUMARIA

Class.

2015

1

O Boticário

62,5

2

Magia do Perfume

5,1

2

Kátia Perfumaria

4,8

2

Perfumagia

4,2

5

Natura

3,3

6

L'acqua di Fiori

1,5

6

Chanel

1,2

6

Sell shop

1,2

6

Avon

0,9

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134

Opções

Quando se fala em perfumes, é difícil pensar em outra marca além de O Boticário. Pelo menos para os entrevistados da Top Marcas. Desde 2009, a empresa lidera isoladamente as pesquisas na categoria “Perfumaria” e, este ano, 62,5% dos consultados a mencionaram quando questionados sobre sua preferência em perfumes. O percentual é 12 vezes maior que o do segundo colocado, Magia do Perfume, que ficou com 5,1% dos votos. Com o slogan “Beleza é o que a gente faz”, O Boticário consolida uma história iniciada na década de 1970, quando uma pequena farmácia de manipulação deu origem a uma das principais marcas de cosméticos do Brasil. Com um portfólio de mais de 1.100 produtos, a empresa oferece soluções completas em cosméticos, maquiagem e perfumaria. Trata-se de uma das maiores redes de franquias do país e a maior do mundo em perfumaria e cosméticos, com cerca de 3.750 lojas no Brasil e presente em outros oito países. revistaesbrasil


ELETROCITY MANTÉM LIDERANÇA

O

LOJA DE ELETROELETRÔNICOS

Class.

Opções

2015

1

Eletrocity

49,5

2

Ricardo Eletro

22,5

3

Casas Bahia

5,5

3

Sipolatti

5,0

5

Ponto Frio

3,9

6

Digital Tiger

2,4

7

Apple

1,8

7

Dadalto

1,8

7

Hi Tech

1,0

público de classes A e B na Grande Vitória opta pelo que é de casa na hora de comprar eletroeletrônicos. É possível fazer essa afirmação analisando a linha histórica da categoria “Loja de Eletroeletrônicos” da Pesquisa Top Marcas. Desde 2009, a preferida é a capixaba Eletrocity, e este ano não foi diferente. 49,5% dos entrevistados escolhem a rede para comprar eletrodomésticos, eletrônicos e itens de informática. A primeira loja foi fundada em 1985, em Cariacica. Hoje, a Eletrocity tem 19 unidades, sendo 12 na Grande Vitória, seis no interior do Espírito Santo e mais uma no sul da Bahia. Além dos estabelecimentos físicos, os clientes contam com a loja virtual e com o Televendas Eletrocity. O ponto forte da empresa é a velocidade da entrega. Com um centro de distribuição estrategicamente localizado na cidade da Serra e uma logística informatizada, a varejista realiza entregas com menos de 24 horas de prazo para dentro do Estado e em até 10 dias para as demais localidades.

CENTAURO ALCANÇA PÓDIO Foto: Divulgação

Uma guinada no ranking. Assim podemos descrever o desempenho da Centauro na categoria “Loja de Material Esportivo” da Pesquisa Top Marcas. A empresa pulou do terceiro lugar, em 2014, para primeiro em 2015, deixando concorrentes locais e nacionais para trás. Este ano, 39,7% dos entrevistados afirmaram que preferem comprar seus artigos esportivos em uma das unidades Centauro espalhadas pelos shoppings da Grande Vitória. A rede, a maior em termos de varejo de itens esportivos da América Latina, possui três estabelecimentos no Espírito Santo, em Vila Velha, Serra e Vitória. A primeira loja foi inaugurada em 1981, já trazendo o conceito megastore, que reúne, dentro de um único ambiente, várias categorias de esportes, entretenimento e experimentação de produtos. Hoje são 188 unidades em todo o Brasil, além do comércio on-line, por meio do site da loja, onde é possível encontrar vestuários, calçados, acessórios e equipamentos.

LOJA DE MATERIAL ESPORTIVO

Class.

Opções

2015

1

Centauro

39,7

2

Ranking Esportes

27,5

3

Decathlon

9,7

4

Nike

5,6

5

Spózer

3,8

5

Adidas

3,1

7

Ademar Cunha

1,6

7

Netshoes

1,6

7

A Esportiva

1,3

ESES Brasil Brasil • Maio • Maio 2015 2015 135 A


DE MULHER PRA MULHER

O

slogan é conhecido em qualquer lugar. E as roupas são as preferidas pela maioria. A rede Marisa estreia o primeiro lugar da categoria “Loja de Moda Feminina”, incluída este ano na Top Marcas. Questionados, 7% dos entrevistados afirmaram que a Marisa é sua opção predileta para comprar artigos femininos como roupas, calçados e assessórios. A Zara ficou em segundo lugar na pesquisa, com 6,5% dos votos. Com mais de 65 anos de experiência, a Marisa conta hoje mais de 400 lojas em ruas e shoppings, com diversos formatos e conceitos de lojas: Marisa Ampliada, Marisa Feminina e Marisa Lingerie. Oito delas estão no Espírito Santo, em cinco diferentes municípios. Trata-se da maior rede de moda feminina e moda íntima feminina do Brasil. Há 15 anos, foi ativada a sua loja virtual – www.marisa.com.br – e, em 2012, a rede inovou ao se tornar a primeira varejista brasileira de moda a atuar no mercado de venda direta. A marca está presente há mais de 30 anos em todas as regiões do Brasil, sendo conhecida e reconhecida por seu slogan “De Mulher para Mulher”. Foto: Divulgação

LOJA DE MODA FEMININA

Class.

Opções

2015

1

Marisa

7,0

1

Zara

6,5

3

C&A

4,0

4

Missbella

3,8

5

Animale

2,8

5

Latoya

2,5

5

Renner

2,5

5

Farm

2,0

5

Afago

2,0

5

Surreal

1,8

HD KIDS CONTINUA NA FRENTE

Class.

136

Opções

2015

1

HD Kids

26,7

2

Ri Happy

19,9

3

Casa dos Brinquedos

5,0

4

Lojas Americanas

1,7

4

Marina Presentes

1,5

4

PBKids

1,2

4

BB Brinquedos

1,0

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Foto: Divulgação

LOJA DE BRINQUEDOS

Um lugar onde a fantasia se torne realidade, e todo mundo volta a ser criança. Seria essa uma terra encantada? Nem tanto. Esse lugar é real, espalha-se pela Grande Vitória e se chama HD Kids, a loja preferida pelo público A e B na hora de transformar os sonhos infantis em realidade. Na Top Marcas deste ano, 26,7% dos entrevistados afirmaram que escolhem a varejista para comprar presentes para as crianças – e, às vezes, para os adultos também! Mas o caminho que leva ao tesouro não é um segredo revelado nesta edição da pesquisa. No ano passado, quando a categoria “Loja de Brinquedos” foi incluída no questionário, a HD Kids também figurou na liderança. A primeira loja HD Kids foi inaugurada em julho de 2008, na Praia do Canto, e em pouco tempo outras quatro ampliaram a rede. Atualmente, há unidades em Vila Velha, Vitória, Cariacica e Serra. revistaesbrasil


HOSPITAL SÃO LUCAS É REFERÊNCIA

HOSPITAL PÚBLICO

Class.

Opções

2015

1

São Lucas

27,4

2

Santa Casa

10,6

2

Jaime dos Santos Neves

10,0

4

Santa Rita

9,1

5

Hospital Infantil

5,3

5

Antônio Bezerra de Faria

5,0

5

Evangélico

4,7

5

Hospital das Clínicas

4,7

9

Dório Silva

3,5

9

Maternidade de Vila Velha

2,7

R

eferência em traumatologia no Espírito Santo, o São Lucas é o mais lembrado pelos capixabas das classes A e B quando o assunto é “Hospital Público”. Este ano, a instituição estadual obteve 27,4% de participação, repetindo os resultados dos anos anteriores. Para a diretora-geral, Luciana Ceolin, o reconhecimento é importante, principalmente tratando-se da opinião do público de alto poder aquisitivo: “Ficamos muito felizes com o reconhecimento do nosso trabalho, porque o público AB é formador de opinião, que dispõe de plano de saúde e buscaria um hospital privado, mas entende que o São Lucas é referência no atendimento de traumas”. Desde o ano passado, o programa “SOS Emergência”, desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio Libanês, tem reduzido o tempo de permanência dos pacientes. Na enfermaria, o período de internação caiu de 12 para oito dias, em média, e no pronto-socorro, passou de três para um dia.

CCAA E WIZARD REPETEM DOBRADINHA Foto: Divulgação

A história da Top Marcas na categoria “Escola de Idiomas” não guarda muitas surpresas. Ano após ano, CCAA e Wizard ocupam a ponta da lista, sempre entre os três primeiros lugares, e por duas vezes empatadas na liderança. Em 2010, as duas instituições tiveram, exatamente, o mesmo percentual de votos e, cinco anos depois, elas voltam a compartilhar topo do ranking. O CCAA foi lembrado por 18,1% dos entrevistados e a Wizard, por 17,3% – menos de um ponto de diferença configura empate técnico. O diretor do CCAA Vitória, Wesley Oliveira (foto), afirma que o diferencial da escola frente a outras instituições está no foco pelos resultados obtidos pelos alunos. “Este é o fator que nos diferencia no nosso mercado. Nosso primeiro e principal objetivo é fazer com que nossos alunos realmente entendam, escrevam e leiam com perfeição e falem inglês fluentemente. Não prometemos milagres visando ao lucro, oferecemos resultado”, explicou. 137

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ESCOLA DE IDIOMAS

Class.

Opções

2015

1

CCAA

18,1

1

Wizard

17,3

3

Yázigi

13,1

4

Fisk

10,4

5

Cultura Inglesa

7,5

6

Ibeuv

6,1

6

CNA

5,9

8

Number One

3,5

ESES Brasil Brasil • Maio • Maio 2015 2015 137 A


VOAR É PELA TAM

A

Foto: Divulgação

companhia aérea preferida dos capixabas das classes A e B é a TAM, mas isso não é uma novidade. Desde 2009, quando foi realizada a primeira edição da Top Marcas, a empresa ocupa o primeiro lugar em sua categoria. Na pesquisa deste ano, 47,4% dos entrevistados escolheram a companhia, que, hoje, é líder do segmento na América Latina. Os segundo e terceiro lugares também não trouxe surpresa. Historicamente, a Gol tem ocupado a vice-liderança, alcançando, este ano, 36,2% das escolhas. Em terceiro, a Azul acumula 13,6% das preferências. Atualmente, a TAM opera cerca de 800 voos diários, sendo 695 no mercado doméstico e mais de 100 no internacional. Em 2012, a associação à Lan Airlines deu origem ao maior grupo de companhias da América Latina em malha aérea. O Latam Airlines Group S/A tem mais de 53 mil funcionários, dos quais 28 mil pertencem à TAM, e oferece serviços de transporte de passageiros para 135 destinos em 22 países.

COMPANHIA AÉREA

Class.

Opções

2015

1

TAM

47,4

2

Gol/Varig

36,2

3

Azul

13,6

NET SAI NA FRENTE ENTRE PROVEDORES DE INTERNET

138

Class.

Opções

2015

1

Net

41,6

2

GVT

38,5

3

Oi/Velox

9,0

4

Uol

2,4

5

Terra

1,3

5

Vivo

1,3

5

Sky

1,1

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Foto: Divulgação

PROVEDOR DE INTERNET

A disputa é sempre apertada, e neste ano o resultado se inverteu: a Net superou a GVT na categoria “Provedor de Internet” e ficou com a primeira posição. Foram 41,6% dos votos contra 38,5% da segunda colocada. O terceiro lugar foi mantido pela Oi/Velox (9%). “Estamos satisfeitos pelo reconhecimento da internet banda larga da Net no Estado. A operadora trabalha consistentemente para garantir as melhores ofertas e soluções em telecomunicações para todos os capixabas. E esse empenho gera muitas conquistas importantes e positivas”, declarou o gerente de Operações da companhia, Maurício Vignolle. O executivo ressaltou o índice de 100% de conformidade na entrega de velocidade da empresa no Espírito Santo, medida pela Anatel. “Além do trabalho permanente pela excelência na prestação de serviços, procuramos divulgar nossa marca também por meio de mídias e inciativas voltadas para o desenvolvimento da comunidade da região”, lembrou Vignolle, sem deixar de mencionar também o fortalecimento da relação com parceiros como bares, restaurantes e academias.

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PROGRAMA DE TV LOCAL: “ES TV” EM PRIMEIRO LUGAR

O

Foto: Divulgação

noticiário “ES TV”, transmitido pela TV Gazeta, é a referência de “Programa de TV Local” para mais da metade dos entrevistados pela Pesquisa Top Marcas. Obteve 54,5% do total, uma ampla diferença para outras atrações mencionadas, como o “Balanço Geral”, da TV Vitória, que ficou na segunda posição, com 8,4%, e o “Em Movimento”, também da TV Gazeta, que com 8,1% das PROGRAMA DE TV LOCAL lembranças ocupou o terceiro lugar. Class. Opções 2015 O diretor-executivo da TV Gazeta, Celso Guerra (foto), ressaltou o esforço constante para que o telejornal tenha uma cobertura ampla. “O programa tem presença muito 1 ESTV 54,5 viva na mente das pessoas. Outro aspecto de qualidade, além de estar próximo 2 Balanço Geral 8,4 delas, é saber utilizar a linguagem correta, clara, objetiva e apoiada em infográficos”. 2 Em Movimento 8,1 Para ele, a credibilidade de ser o principal noticiário da Rede Gazeta, que conta com 4 Bom Dia Brasil 3,6 mais de 80 anos de história como empresa capixaba de notícias e 39 anos de televisão, é um fator de suma importância, pois reforça o compromisso com o público capixaba. 5 Esporte Espetacular 1,4 “Estamos muito contentes com o resultado, temos um produto bem posicionado 5 Cidade Alerta 1,1 e cumprindo a função de informar bem as pessoas em seu dia a dia”. Ele avalia a importância do reconhecimento da Top Marcas, focada na classe AB, que “tem uma capacidade analítica maior”. “Esse público não é mais nem menos importante que outras classes, mas é realmente muito atento à credibilidade e à qualidade das análises e do produto em geral. É um orgulho saber que esse perfil de público reconhece em nosso produto esses elementos que fazem parte de sua escolha”, afirmou Celso Guerra.

JORNAL A GAZETA MANTÉM LIDERANÇA

140

Class.

Opções

2015

1

A Gazeta

49,4

2

A Tribuna

41,4

3

Metro

3,9

4

O Globo

1,8

4

Folha de S. Paulo

1,3

4

Notícia Agora

1,0

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Foto: Bebeto Vivacqua

JORNAL IMPRESSO

Líder há três anos consecutivos, o jornal impresso preferido das classes A e B do Espírito Santo é A Gazeta. Em 2015, 49,4% dos entrevistados escolheram o periódico como o melhor da categoria na Grande Vitória. Em segundo lugar, vem A Tribuna, com 41,4% das escolhas. Em terceiro ficou o recém-chegado Metro, com 3,9% de participação. O jornal A Gazeta faz parte da vida dos capixabas há 87 anos. Sua fundação, em 1928, foi o primeiro passo para o surgimento da Rede Gazeta, que hoje possui 20 negócios na área de comunicação. Com circulação média de 24 mil exemplares por dia (de acordo com levantamento do Instituto Verificador de Comunicação – IVC), a publicação é diária e, aos domingos, traz cadernos especiais, com diversidade de assuntos para toda a família. Além da versão impressa, também oferece seu conteúdo em formato on-line, ampliando seu público. revistaesbrasil


ACADEMIA DE GINÁSTICA

Class.

Opções

2015

1

Ponto 1

21,9

2

Vitória Sports

17,9

3

Wellness

12,8

4

Bodytech

6,1

5

Top Fitness

5,5

6

Hangar

4,3

7

Moviment

2,7

7

Ponto Fitness

2,7

7

R7

2,4

7

Atlanta

1,8

11

Ativa Sport Center

1,2

11

Contours Academia para Mulheres

1,2

PONTO 1 É ELEITA MELHOR ACADEMIA

J

á são 26 anos no mercado, oito sob o comando do empresário fitness Otaviano Duarte, e o reconhecimento aparece nas pesquisas: a Ponto 1 foi eleita a melhor academia da Grande Vitória por 21,9% dos entrevistados da Top Marcas. Mas Otaviano não guarda para si os louros da colocação: “Esse resultado é fruto de um trabalho em conjunto. Sozinho, não sou ninguém. A Ponto 1 é o que é por causa dos profissionais que trabalham aqui e, também, por causa dos nossos alunos”. Antes de se tornar profissional da área, ele conta que já era aluno do estabelecimento, e encontrou lá um diferencial, que procurou manter depois que se tornou dono: “A gente tem um clima de família e recebo um retorno positivo dos alunos por isso”. A empresa, hoje, atende mais de 1.300 alunos, com duas unidades em funcionamento, na Praia do Canto e em Fradinhos, e uma em fase de transição, na Praia de Camburi. Até o fim do ano, a quarta academia será inaugurada, na Mata da Praia.

VISA É A PRIMEIRA OPÇÃO EM CARTÃO DE CRÉDITO Foto: Divulgação

O cartão, há muito tempo, passou a ser o queridinho na escolha de linhas de crédito para o consumo de bens e serviços. De acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em 2014, mais da metade das aquisições feitas a prazo no Brasil foram pagas por meio CARTÃO DE CRÉDITO dessa modalidade. Ao todo, as compras realizadas com o “dinheiro de plástico” somaram quase R$ 1 trilhão no país. Para efetuar Class. Opções 2015 operações financeiras sem maiores preocupações, é importante aderir a uma 1 Visa 64,6 boa bandeira. Na Top Marcas 2015, mais da metade dos entrevistados afirmaram que a Visa é sua primeira opção. 2 MasterCard 22,0 O cartão norte-americano, que tem suas raízes na década de 1950, 3 Itaucard 3,3 foi introduzido no Brasil cerca de 20 anos mais tarde e hoje é aceito 4 American Express 2,0 em mais de 200 países. Na pesquisa, a bandeira alcançou um total de 64,6% de preferência, reafirmando a hegemonia no mercado capixaba 4 Banescard 1,5 que já vem sendo notada desde a primeira edição da Top Marcas, 4 Ourocard 1,0 em 2009, e com um detalhe a mais: em 2015 a Visa registrou o mais elevado percentual de sua série histórica. Em segundo lugar, o MasterCard obteve 22% da preferência dos votos. Este ano, os cartões Avista e Sicoob Card apareceram pela primeira vez entre as respostas, com um percentual de 0,3% cada. ES ESBrasil Brasil••Maio Março 2015 2015 141 A


BANCO DO BRASIL É O PREFERIDO

A

vitória do Banco do Brasil em sua categoria na Top Marcas não é uma surpresa. Desde que a pesquisa foi lançada, em 2009, a instituição se mantém firme na liderança, com dezenas de pontos à frente dos concorrentes. Este ano, o BB foi apontado como o melhor por 58,3% dos entrevistados, seguido pelo Itaú, que alcançou 11,3%. Em terceiro lugar figura o Santander, com 8,5%. A entidade financeira mais antiga em território nacional foi criada pela Coroa Portuguesa, no início do século XIX, e hoje possui mais de 15 mil postos de atendimento, incluindo 5.400 agências bancárias, que alcançam 70% dos municípios brasileiros, além de 21 países. No Espírito Santo, o BB está presente em todas as cidades. Com a campanha #AGenteQuer, abriu 2015 lembrando a tradição brasileira de iniciar o ano fazendo uma lista de desejos. Um reforço para o slogan já conhecido do banco, “Bom para todos”.

BANCO

Class.

Opções

2015

1

Banco do Brasil

58,3

2

Itaú

11,3

3

Santander

8,5

3

Caixa Econômica Federal

8,3

5

Banestes

6,0

5

Bradesco

5,5

7

HSBC

1,3

MAIS SEGURANÇA PARA INVESTIR Manter a tradição é a opção da maioria dos capixabas das classes AB na hora de escolher quem vai administrar seus recursos. Desde 2013, o Banco do Brasil também ocupa o primeiro lugar na Top Marcas na categoria “Empresa de Investimento no Mercado Financeiro”, e em 2015 não foi diferente: 7,7% dos consultados preferem deixar que o BB administre seus investimentos. Por meio da BB Investimentos, há uma das mais completas EMPRESA DE INVESTIMENTO NO do mercado, com modalidades entre fundos, CDB e poupanças, MERCADO FINANCEIRO que podem ser movimentados pelo site bb.com.br, por terminais de Class. Opções 2015 autoatendimento BB, celular e central de atendimento ou em qualquer agência da instituição 1 Banco do Brasil 7,7 Na análise histórica, o Banco do Brasil desenha uma curva ascendente 2 Itaú 3,5 nessa pesquisa, mantendo a dianteira mesmo em um mercado que, hoje, 3 Banestes 2,2 encontra-se mais pulverizado. A categoria foi inserida na Top Marcas 3 Bradesco 1,7 em 2013, quando a entidade líder já estreou com destaque. Naquele ano, foram citados nove nomes, e o BB se sagrou preferido entre o público. 3 Caixa Econômica Federal 1,5 Em 2015, os pesquisados apontaram 17 empresas desse setor e, ainda 3 Uniletras Corretora de Valores 1,2 assim, nenhuma alcança a marca do Banco do Brasil. O segundo lugar, 7 Santander 1,0 ocupado pelo Itaú, obteve menos da metade dos pontos do primeiro colocado. A terceira posição é do Banestes, com 2,2%. 142

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COLATINENSE É CAMPEÃ PELO QUARTO ANO

TRANSPORTADORA DE CARGAS

Class.

Opções

2015

1

Colatinense

14,3

2

Braspress

4,3

2

Continental

3,8

4

Jolivan

2,0

4

Transilva

2,0

4

Águia Branca

1,8

4

Correios

1,5

4

Sedex

1,5

4

Granero

1,3

4

Itapemirim

1,3

4

Fiorot

1,0

C

om o slogan “Este é o caminho. Pode confiar”, a Colatinense tem, realmente, alcançado a credibilidade entre os capixabas de classes A e B. Pelo quarto ano, a empresa ocupa o primeiro lugar na Top Marcas, registrando, em 2015, 14,3% dos votos. Fundada em Colatina, em 1948, a companhia tem investido na área de tecnologia da informação e na renovação da frota, além de aprimorar seu departamento de marketing e propaganda no último ano, unindo a tradição no mercado capixaba com a inovação tecnológica. Para a vice-presidente da Colatinense, Flávia Dávila, esse é o segredo do sucesso. “Temos muito orgulho em concentrar nossas forças no Espírito Santo, onde há 65 anos tudo começou. Apesar de termos filiais na região Centro-Oeste, além de abranger todo o Sudeste, nosso maior investimento sempre foi no Espírito Santo, e o reconhecimento que temos pelo nosso Estado se reflete nas pesquisas de preferência”, finalizou.

PROSEGUR É DESTAQUE EM “SEGURANÇA PRIVADA” A Prosegur retoma o pódio na categoria “Empresa de Segurança Privada” da Top Marcas. Nesta edição, 9,7% dos entrevistados a apontaram como a primeira opção. A vice-liderança ficou com a Garra (7,4%) e o terceiro lugar, com a VSG (4,1%). O diretor-geral de Soluções Integradas de Segurança da Prosegur, José Luis Rodrigues (foto), afirma que a receptividade em terras capixabas se deve, principalmente, a dois fatores: a capilaridade dos negócios e a oferta de soluções integradas para nossos clientes. “Além disso, em cada um dos locais onde estamos presentes, a companhia mantém de forma homogênea a sua qualidade nas operações, a excelência no controle de gestão de negócio, o compromisso com a inovação e a adaptação às necessidades específicas de cada cliente”. A empresa está no mercado há mais de 35 anos e atua em quatro continentes. No Espírito Santo, conta com quatro filiais.

EMPRESA DE SEGURANÇA PRIVADA

Class.

Opções

2015

1

Prosegur

9,7

2

Garra

7,4

3

VSG

4,1

3

Brink's

3,2

5

DN Automação

2,5

6

Seg Segurança

1,4

6

VigServ

1,4

6

Visel

1,4

6

Praia Fort Segurança

1,4

ESESBrasil Brasil• •Março Maio 2015

143


COM MAIS DE 50%, LOCALIZA É CAMPEÃ ISOLADA

M

Foto: Divulgação

ais da metade dos capixabas de classes A e B escolhem a Localiza na hora de alugar um carro. A diferença para o segundo colocado é de mais de 40 pontos, e a explicação para o sucesso está na qualidade do atendimento ao cliente, segundo o diretor de Marketing da Localiza, Herbert Viana Andrade (foto): “Estamos há 42 anos no mercado e hoje somos a maior companhia do segmento na América Latina, mas não perdemos nossa essência, que são o excepcional atendimento e o foco no cliente. Nosso call center, por exemplo, funciona 365 dias por ano. O cliente sempre fala com uma atendente e recebe atendimento personalizado”. Vitória tem uma participação especial nos negócios da locadora, por ser o primeiro lugar a receber uma filial fora da sua cidade natal, Belo Horizonte (MG), na década de 1970. Atualmente, a rede atua em cerca de 370 municípios brasileiros e mais oito países da América do Sul. No Espírito Santo, são oito unidades.

ALUGUEL DE CARROS

Class.

Opções

2015

1

Localiza

51,4

2

Rent Car

7,7

3

King

1,7

3

Heltz

1,5

3

Unidas

1,5

DISPUTA ACIRRADA E REVIRAVOLTA NA CATEGORIA “POSTOS” REDE DE POSTO DE GASOLINA

Class.

Opções

2015

1

BR/Petrobras

29,3

1

Ipiranga

28,5

3

Marcela

20,5

4

Shell

11,9

5

Arara Azul

1,8

5

Esso

1,6

5

Posto Champagnat

1,6

5

Texaco

1,3

144

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O desempenho da BR na Pesquisa Top Marcas 2015 foi surpreendente. A rede de postos deixou a quarta posição ocupada em 2014 e subiu diretamente para a primeira este ano, empatando com a Ipiranga, que liderou isolada na edição anterior. Em números, a BR ficou com 29,3% dos votos, contra 28,5% da Ipiranga. A diferença, de menos de um ponto percentual, configura empate técnico. Mas a disputa das duas gigantes nacionais é acompanhada, de perto, por uma empresa local ainda jovem. A rede de postos Marcela, criada em 1981, já alcança o terceiro lugar, 20,5% dos votos. Para o diretor Thiago Perim, o segredo está no bom atendimento: “Além de termos uma bandeira própria, possuímos contrato [de fornecimento] em todos os nossos postos. Quando criamos a Rede Marcela, a ideia era que o cliente pudesse ter, além dos benefícios da bandeira do posto, um excelente atendimento e que isso nos caracterizasse”. revistaesbrasil



POUSADA DOS PINHOS É A MELHOR DAS MONTANHAS

C

Foto: Divulgação

om o conceito hotel de lazer, a Pousada dos Pinhos se destaca nas montanhas capixabas como a preferida das classes A e B. Na pesquisa deste ano, 12% dos entrevistados escolheram esta como a melhor opção para curtir o frio da região serrana. A Pousada dos Pinhos foi o primeiro empreendimento de hospedagem construído em Pedra Azul, em 1982, dando início ao processo de desenvolvimento do turismo da região. Hoje, conta com 85 apartamentos e ampla estrutura de lazer, com horta própria para visitação, minifazendinha, piscinas, academia, trilhas para caminhadas, entre outros intens, além de completa estrutura para a realização de eventos pessoais, profissionais ou corporativos. Situadas em uma área rural, as instalações foram projetadas para conviver em harmonia com a Mata Atlântica e com os espaços reflorestados com pinus, cedro e eucalipto, além de animais e pássaros silvestres.

POUSADA/MONTANHA

Class.

Opções

2015

1

Pousada dos Pinhos

12,0

2

Eco da Floresta

8,2

2

Pedra Azul

7,5

4

Aroso

5,5

5

Pousada Rabo do Lagarto

3,5

5

Parque do China

3,2

5

Pousada Peterle

3,0

8

Vista Linda

1,5

8

Monte Verde

1,2

POUSADA DO FAROL É DESTAQUE Incrustada nas encostas do Morro do Moreno, a Pousada do Farol é um recanto em meio à agitação da cidade e fica bem ali, na Praia POUSADA/PRAIA da Costa, em Vila Velha. A proximidade, a beleza e a qualidade do lugar a colocaram em primeiro lugar na preferência Class. Opções 2015 das classes A e B no momento de escolher uma opção de hospedagem em 1 Pousada do Farol 3,4 região de praia. Na Pesquisa Top Marcas 2015, a Pousada do Farol foi citada 2 Pousada Memeia 1,3 por 3,4% dos entrevistados. O estabelecimento funciona há 15 anos no mesmo endereço. Conta com 2 Pousada da Léia 1,1 26 suítes, bar e restaurante com três ambientes, área de lazer com piscina e jardim. A região é, na verdade, área de preservação ambiental, com vista para o mar de Vila Velha e a Baía de Vitória, proporcionando contato direto com a natureza em pleno centro urbano, além de ser ideal para pescarias, esportes radicais ou, simplesmente, para relaxar curtindo uma bela vista.

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