Revista do
A Revista do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo • Agosto • Ano 2 • Nº 8
Indústria 4.0
Agenda nacional aponta caminhos para manter sua empresa competitiva no novo mundo
Gestão
Enquanto a reforma tributária não sai, foco na governança deve ser ainda maior
Economia
CNI e Findes apontam demandas e expectativas da indústria
As muitas novidades em máquinas e processos
Editorial
Uma feira de sucesso
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hegar à 11ª edição demonstra a inquestionável importância da Mec Show, maior evento do setor metalmecânico do Espírito Santo, que este ano traz como foco a inovação. Mais de 150 expositores, rodada de negócios, ciclo de palestras, visitas monitoradas e uma programação especial direcionada ao setor de automação, além da ilha da Inovação, estão à espera do públicoalvo. Em paralelo à feira, haverá a 7ª Conferência de Petróleo e Gás, trazendo as novas exigências ao profissional do futuro, com foco na indústria 4.0, em máquinas e em equipamentos. Confira as novidades e todos os outros detalhes do encontro! O cenário econômico até esboçou uma melhoria, mas continua exigindo do empresariado muito esforço e tomadas de decisões cada vez mais acertadas. A indefinição sobre quem assumirá o comando da nação no próximo ano se reflete nos ânimos do mercado. As pesquisas eleitorais fazem a bolsa de valores e a cotação do dólar oscilarem. Nesta edição, trouxemos uma análise da Findes e da CNI sobre as demandas da indústria e as expectativas para os próximos dois anos. Apesar de ainda não ser possível uma análise mais profunda sobre os reais impactos da nova lei trabalhista, após sete meses de sua entrada em vigor já dá para perceber, ainda que momentaneamente, uma diminuição no número de processos contra empregadores. E os debates nas convenções coletivas passaram também a incluir as demandas patronais. Se em relação às leis empregatícias é possível apontar melhorias, no campo tributário a novela da reforma se arrasta, e os prejuízos gerados ao empresariado pelo alto custo de impostos continuam entre os principais desafios da gestão de um negócio. Em ano eleitoral, é de se esperar que essa promessa, feita há pelo menos 23 anos, continue no papel. Daí a importância fundamental de estarmos muito atentos à governança tributária. E em meio a toda essa revolução mundial a que temos assistido, entender o conceito e as implicações da indústria 4.0 é estar à frente no fator competitividade. Confira os caminhos que precisam ser trilhados por sua empresa para se adaptar ao novo mundo. É uma questão de sobrevivência. Boa leitura!
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REVISTA SINDIFER - ES
Foto: Daiana Souza
Lúcio Dalla Bernardina Presidente do Sindifer
Notícias Expediente
PRESIDENTE
Manoel de Souza Pimenta Neto
Lúcio Dalla Bernardina
Matheus Pêsso da Silveira Paulo José Garayp
DIRETORIA
Paulo Caetano
Antônio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida
Rusdelon Rodrigues de Paula
Antonio Prando
Vicente Bezerra
Cristiana Scelza Daives Carlo de Souza Alvarenga
EQUIPE
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Breno Carneiro de Rezende Brotto
Eliane Gomes Etore Selvatici Cavallieri
(27) 3225-8457 | breno@sindiferes.com.br
Fausto Frizzera Borges
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Dr. Odair Nossa Sant’Ana
Lúcio Dalla Bernardina Luis Soares Cordeiro
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Mario Rodrigues de Moura
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SEDE Rua Dr. Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, 180 Ed. Cesar Daher Carneiro, Santa Luíza – Vitória/ES Cep: 29045-410 – Telefones: 27 3225-8457 | 27 3225-8821 E-mail: sindiferes@sindiferes.com.br
LINHARES Av. Filogônio Peixoto, nº 396, Aviso, Linhares/ES Cep: 29901-290 – Telefone: 27 3264-0734 E-mail: sindifernorte@sindiferes.com.br
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM Av. Domingos Alcino Dadalto, s/n, Monte Cristo, Cachoeiro de Itapemirim/ES Cep: 29312-200 – Telefone: 28 3521-4035 E-mail: sindifersul@sindiferes.com.br
Contato: Diretor: Mário Fernando Souza
Apoio: Bruna Schnerock , Mara Cimero
Coordenadora de Conteúdo: Luciene Araújo
Fotografia: Jackson Gonçalves, fotos cedidas, arquivos Next Editorial
Textos: Aline Pagotot, Ana Lucia Ayub, Fernanda Neves, Luciene Araújo, Mike Figueiredo, Priscilla Cerqueira, Rodrigo Martins Editoração: Fábio Barbosa, Hobberson Miranda, Michel Sabarense
Colaboraram nesta edição: André Caulit, João Gabriel Mattos Magalhães, Malcom Forest
Av. Paulino Müller, 795, Jucutuquara Vitória/ES CEP 29040-715 Telefax: (27) 2123-6500 redacao@nxte.com.br www.nexteditorial.com.br
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Inovação é o foco da Mec Show
Chegando à 11ª edição, o maior evento do setor metalmecânico do Espírito Santo traz como tema principal a inovação. A feira reúne 150 expositores e uma programação que inclui visitas técnicas, rodada de negócios, ciclo de palestras e a 7ª Conferência de Petróleo e Gás.
Eleições impactam setor industrial Ano de eleição com tamanha instabilidade política traz incertezas à economia, que ainda se recupera com dificuldade. Nessa matéria, você confere uma análise realizada pela CNI e pela Findes sobre as demandas da indústria e as expectativas para os próximos dois anos
TECNOLOGIA | 58
ECONOMIA | 16
Especial
SUMÁRIO
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André Caulit
Garantir condições de competitividade a empresa é uma questão de sobrevivência. E para vencer esse desafio, é preciso estar consciente das mudanças necessárias em processos e em produtos. Confira a agenda nacional que foi estrutura apontando os caminhos que levam a essas melhorias.
Semana Estadual de Conciliação TRT/ES – Findes
As florestas precisam ser prioridade de todos
O papel da liderança nas organizações 14
A Indústria 4.0 como parte da revolução
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Malcolm Forest
Os impactos da nova lei trabalhista
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João Gabriel Mattos Magalhães
Oito meses se passaram desde que a reforma trabalhista entrou em vigor. Mas, será que as expectativas empresarias se concretizaram? Especialistas traçam um balanço sobre os números já levantados e apontam a incerteza jurídica como um dos obstáculos para aumento da empregabilidade.
Especial Por Mike Figueiredo
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Mec Show 2018: programação da maior feira metalmecânica do ES A O evento reunirá 150 expositores, além de contar com rodadas de negócio, palestras, cursos e visitas técnicas
11ª edição da Mec Show, um dos maiores eventos do setor metalmecânico do Espírito Santo, será realizada entre os dias 7 e 9 de agosto, no Carapina Centro de Eventos (Serra), o conhecido Pavilhão de Carapina. Organizada pela Milanez & Milaneze, empresa do grupo italiano VeronaFiere, a feira este ano traz como destaque a inovação. O objetivo é apresentar ao público o potencial da metalmecânica capixaba, mostrando que o setor trabalha com tecnologia de ponta. O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer) promove a feira em parceria com o Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (CDMEC). O evento além de estimular negócios, tem também o foco de promover relacionamentos e fortalecer a imagem institucional. Os números este ano já demostram uma retomada no otimismo do setor, destaca o presidente do Sindifer, Lúcio Dalla Bernardina. “A quantidade de expositores cresceu 15% em relação a 2017, sendo que no último ano tivemos 140 e agora serão mais de 150 no total”, revela. Além de conferir o espaço com expositores, a programação aos visitantes inclui rodadas de negócios, encontros tecnológicos, conferências, seminários, cursos e apresentações de trabalhos técnicos.
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Especial
Mec Show 2018: planta da feira
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Especial A Mec Show 2018 é um momento de oportunidades de negócio e relacionamento com grandes empresas. Segundo Dalla Bernardina, ao mostrar o potencial da indústria metalmecânica, o evento atrai não apenas o público do Espírito Santo, mas de fora do Estado também. “Na última edição, tivemos inclusive expositores internacionais. E este ano teremos novamente a participação de empresas estrangeiras”, destaca. A feira reúne empresários e investidores em busca do que há de mais moderno em novidades, networking e negócios com fornecedores e indústrias. E proporciona aos expositores um local para firmar contatos, realizar parcerias e abrir o horizonte para novos negócios. Em 2018, a Mec Show tem uma grande novidade, que é a realização em conjunto com a Expo Construção. “As duas feiras terão entradas independentes, mas os espaços vão se encontrar, e os visitantes de uma feira também poderão conferir os expositores do outro evento”, explica o presidente do Sindicato. INOVAÇÃO Todos os dias, uma programação paralela à mostra de expositores estará disponível aos visitantes. E uma das palavras-chave das atividades é inovação. A importância da feira para apresentar e debater tantas mudanças foi destaque na fala do diretor de Operações da Milanez & Milaneze, Alberto Piz, durante o lançamento da Mec Show 2018, em 15 de junho.
“A feira está amplamente consolidada no cenário nacional, sendo o espaço ideal para mostrar o grande potencial das empresas do setor metalmecânico e suas novas tecnologias. A convivência com detentores de tecnologias e grandes contratantes”
Antônio Falcão de Almeida, diretor do Sindifer 12
REVISTA SINDIFER - ES
PROGRAMAÇÃO PARALELA DA MEC SHOW 2018 A Feira da Metalmecânica contará com espaços onde os visitantes poderão participar de uma ampla programação de atualização profissional, oportunidades para geração de negócios e networking. Serão realizados rodadas de negócios, encontro tecnológico, conferências, seminários, cursos, apresentações de trabalhos técnicos e homenagens setoriais. EXPOSIÇÃO E CONFERÊNCIA DE PETRÓLEO, GÁS E INDÚSTRIA NAVAL DO ESPÍRITO SANTO De 7 a 9 de agosto, os principais players do segmento de óleo e gás e empresários do setor metalmecânico estarão reunidos na Espírito Santo Oil & Gas – Exposição e Conferência de Petróleo, Gás e Indústria Naval do Estado. O evento ocorre durante a Mec Show 2018. A programação técnica conta com apresentação de palestras, debates e painéis referentes ao setor de petróleo e gás. Trata-se de um espaço para gerar informações, dados e oportunidades de negócios entre investidores e fornecedores, locais, nacionais e internacionais. ILHA DA INOVAÇÃO A Mec Show 2018 tem espaço garantido para a indústria 4.0 e as tecnologias que estão construindo essa nova forma de produzir. Em sua terceira edição, a Ilha da Inovação trará casos e exemplos dos modelos de trabalho
que estão transformando a indústria em todo o mundo. Também haverá exposição de protótipos e simuladores interativos, além de startups do setor que contam com projetos ligados à pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras para o segmento metalmecânico. No espaço, haverá, ainda, palestras, workshops e conteúdo dedicado e exclusivo. ISA SHOW ES Uma programação especial direcionada para o setor de automação no Espírito Santo. O 17º Seminário e Exposição de Instrumentação, Sistemas, Elétrica e Automação – ISA Show ES tem o intuito de fortalecer ainda mais o segmento. Durante os três dias da feira, o evento traz minicursos, exposição de empresas e apresentação de trabalhos técnicos voltados para profissionais. O seminário já é consagrado no setor de automação e integrante da programação da Mec Show desde 2015. ROAD SHOW A Feira da Metalmecânica do Espírito Santo é realizada em uma região em que se concentram grandes indústrias brasileiras. Por isso, a programação 2018 conta com visitas técnicas a várias empresas. As saídas para as visitas serão realizadas sempre às 8h30, em grupos de até 42 pessoas. Confira a agenda:
Visita
Data
Ponto de encontro
Estaleiro Jurong
7 de agosto
Sindifer
Edivit – Petrobras
7 de agosto
Edivit/Petrobras
ArcelorMittal
8 de agosto
Sindifer
LabPetro – Ufes
8 de agosto
LabPetro/Ufes
IST – Instituto Senai de Tecnologia
9 de agosto
IST/Senai
Vale
9 de agosto
Sindifer
RODADA DE NEGÓCIOS Uma dinâmica de reuniões de 15 minutos em que as empresas compradoras, grandes, e fornecedoras, pequenas e micro, são colocadas frente a frente. Essas são as Rodadas de Negócio da Mec Show 2018. Os horários são agendados de acordo com suas necessidades e perfil de atuação. O objetivo é criar oportunidades de negócios, trocas de informações e conhecimento de mercados potenciais. É um momento para maximizar as
possibilidades para estas identificarem clientes e apresentarem seus produtos e serviços às grandes compradoras. CICLO DE PALESTRAS ABM No último dia da Mec Show 2018, a Regional Espírito Santo da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) promoverá um ciclo de palestras técnicas aberto ao público. O tema principal dos debates será “Siderurgia, mineração, metalmecânica e celulose: desafios e tendências”.
ESTATÍSTICAS DA MEC SHOW 2018
“A própria existência da Mec Show é um belo exemplo da força do setor metalmecânico do Estado. A feira é uma ótima oportunidade para a troca de experiências e de melhores práticas, além de colocar grandes empresas, como a Vale, em contato direto com o que há de mais inovador na área”
Giovanni Eustáquio, gerente de Suprimentos da Vale “Esse tipo de evento também deve ser 4.0, conceito que nasceu em uma feira realizada em 2011, na Alemanha”, pontuou, na ocasião. “Chegamos à 11ª edição da Mec Show, porque o evento tem conteúdo e, a cada ano, mostramos a inovação do setor.” A programação paralela trará a 7ª Conferência de Petróleo e Gás, que irá apresentar as novas exigências para o profissional do futuro e dar um enfoque especial na indústria 4.0, além de apontar as novidades em máquinas e equipamentos. “Queremos nos aproximar do setor de petróleo e gás. Por isso, este ano teremos duas mostras envolvendo o assunto”, afirma Lúcio Dalla. Ele cita a demonstração do cavalo mecânico de exploração de petróleo e a Escola Móvel de Robótica Subaquática concebida pelo Senai do Estado de São Paulo.
“Os números do evento deste ano já mostram o otimismo do setor. A quantidade de expositores cresceu cerca de 15% em relação a 2017, sendo que no último ano tivemos 140, e agora serão mais de 150 no total” - Lúcio Dalla, presidente do Sindifer
• 150 expositores • Mais de 200 marcas expostas vindas de diversos estados • 8 estados expositores (ES, GO, MG, PR, RJ, RS, SC e SP) • 10 mil metros quadrados de área expositiva • 14 mil visitantes são esperados para a edição 2018 Em 2017:
• 12 mil visitantes de diversos lugares do Brasil e do mundo • 11 países presentes: Alemanha, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Índia, Itália, Peru e Polônia
MEC SHOW 2018: 11ª FEIRA DA METALMECÂNICA + INOVAÇÃO INDUSTRIAL Data: 7 a 9 de agosto de 2018 Local: Carapina Centro de Eventos, Serra, Espírito Santo Horário: 15 às 21 horas (acesso até as 20 horas) Obs.: Acesso exclusivo para profissionais do setor, mediante convite.
“Nossa empresa contribui para o desenvolvimento de vários provedores de serviço nesse segmento. Muitos começaram como prestadores de serviço e conquistaram amplo mercado”
Marcelo de Oliveira, gerente-geral da Unidade Aracruz da Fibria A FORÇA DO SETOR METALMECÂNICO O setor metalomecânico movimenta mais de R$ 8 bilhões por ano, cerca de 20% do PIB do Espírito Santo, segundo o diretor do Sindifer Antônio Falcão de Almeida. “A indústria metalmecânica gera aproximadamente 25 mil empregos diretos e 90 mil indiretos com cerca de 1.500 empresas”. Ele aponta que essas empresas transformam metais em produtos acabados, intermediários e executam montagens de estruturas e tanques. O setor se desenvolveu muito nos últimos anos e atende às áreas de mineração, metalurgia, siderurgia, mármore e granito, papel e celulose e petróleo e gás. Para Lúcio Dalla, a grandeza do setor é explicada pelos grandes complexos industriais que demandam muita força de trabalho. “A atividade é de grande capilaridade, além de ser bem horizontal e estar presente em vários segmentos. Quando o setor cresce, traz consigo o crescimento de vários outros setores da economia”, destaca o presidente do Sindicato.
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Artigo
André Caulit é engenheiro mecânico, com MBA em Gestão de Pessoas e Liderança e Desenvolvimento Humano e atua como gerente de Operações do Grupo MGP
O papel da liderança nas organizações
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om o passar das décadas, percebemos que para cada época um modelo de gestão se apresentou para o desenvolvimento das organizações. Passamos o período em que as máquinas eram fundamentais, depois entramos na fase da busca pela qualidade total, participamos também na era da tecnologia da informação, na qual acesso e quantidade eram fundamentais. Atualmente vivemos um momento em que as empresas estão equalizadas tecnologicamente, cenário globalizado ofertando clientes e fornecedores mais acessíveis, acesso a informação facilitado, novos players surgindo e buscando espaço no mercado e estruturas organizacionais com modelos de gestão semelhantes. Esses fatores fornecem elevados níveis de competitividade. Com isso, manter uma organização saudável no mercado torna-se um desafio diário nas rotinas das instituições. E a atenção aos detalhes se apresenta cada vez mais necessária, por muitas vezes garantindo até mesmo a sobrevivência de uma empresa. Dessa forma, o sucesso das organizações atuais está mais dependente, quase que exclusivamente, de um “detalhe” chamado LIDERANÇA, pois é na ausência ou deficiência do líder que a continuidade da conduta, os resultados e a performance podem ser afetados. Tal fator pode até destruir todo um cenário de gestão consolidado, tornando o líder o ser humano mais exigido pela comunidade, por meios de comunicação e por subordinados. Quando olhamos um líder e enxergamos
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suas conquistas e resultados, queremos importar aquilo para dentro de nós. Ao mesmo tempo, quando objetivos não são alcançados, responsabilizamos a liderança. Líderes modernos que alcançam os objetivos predefinidos precisam obrigatoriamente respeitar alguns pilares básicos para o desenvolvimento de suas atividades, bem como para o exercício diário do cumprimento de sua rotina. São eles: 1) Gestão de pessoas; 2) Gestão de processos; 3) Garantia da segurança do colaborador direto e indireto; 4) Sustentabilidade; 5) Envolvimento e entendimento das demandas da comunidade; e 6) Gestão de custos. Assim, bons líderes são aqueles que conduzem as organizações a resultados esperados, com equipes motivadas, sustentabilidade em suas rotinas e vida pessoal saudável e equilibrada. Trabalhar e se capacitar individualmente para execução correta dos pilares mencionados faz com que a liderança conduza a organização moderna ao sucesso. A performance e a solidez desejadas são provenientes da excelência dos seus líderes e potenciais sucessores. Você e sua organização estão preparados para esta nova era?
Economia Especial Por Luciene Araújo
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Os impactos da nova lei trabalhista Diminuição no número de queixas trabalhistas já é realidade
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m um cenário marcado por relações trabalhistas em grave desarmonia com a nova realidade do mercado de trabalho global, a Lei 13.467/2017 entrou em vigor no dia 11 de novembro de 2017. Depois de 70 anos de vigência da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a nova Lei trouxe uma expectativa de modernização à legislação trabalhista e a meta de aumentar o número de empregos. Oito meses após sua entrada em vigor, a reforma trabalhista vem aos poucos modificando a relação entre empregador e empregado. E, apesar de ainda encontrar bastante resistência por parte de sindicatos e não ter uma situação jurídica totalmente definida nos tribunais, fato é que alguns impactos positivos já são realidade. Duas das grandes novidades da nova lei, as vagas de trabalho intermitente e as demissões por acordo mútuo realmente emplacaram. Além disso, as reclamações trabalhistas e os pedidos de danos morais caíram significativamente nos tribunais. Já o fim da contribuição sindical obrigatória continua sendo bastante questionado na Justiça do Trabalho, e muito provavelmente a principal causa seja a queda de 80% na arrecadação dos sindicatos. INCERTEZAS Na avaliação da advogada trabalhista Patrícia Soneghete, a insegurança jurídica é consequência do fato do texto permitir várias leituras. “Ainda se mostra dúbia a interpretação correta de determinados pontos, por
“O Marco Zero ainda é uma utopia, mas há muita coisa a ser modificada nas convenções, seja uma melhora na redação ou mesmo mudá-la completamente, em consequência da mudança da lei. Logo, têm pleitos laborais, mas também patronais que precisam ser efetivamente discutidos” - Camilla Toledo, consultora Sindimaq.
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Economia
isso a nova lei se mantém ainda muito questionada”, aponta. Ela destaca que a medida provisória que corrigia muitos dos pontos polêmicos não foi votada e, por isso, deixou de valer. “Isso representou retrocesso em algumas mudanças, inclusive inviabilizando a previsão do governo de que a reforma geraria empregos”, explica a advogada. Entre os principais efeitos da nova lei trabalhista, podemos apontar as demissões por acordo, que legalmente nem existiam. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que no primeiro semestre em vigor, a nova lei garantiu que 41 mil trabalhadores sacassem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em comum acordo com o empregador para serem demitidos. O total sacado nestes meses foi de R$ 242 milhões, com um valor médio de R$ 5.891 por trabalhador. A antiga lei não previa que o trabalhador pudesse ser responsabilizado pelos honorários do advogado da parte vencedora, caso perdesse a ação e também não havia multa nas ocorrências de possível má-fé, nem custas por ausência nas audiências. Hoje, diante da possibilidade do juiz entender que o autor da ação agiu de má-fé, há multa e pagamento de indenização. Uma medida que reduziu em 45% o número de novas reclamações abertas nas varas do trabalho já no primeiro trimestre desse ano, de acordo com levantamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST). As alterações reduziram em 45% o número de novas reclamações abertas nas varas do trabalho já no primeiro trimestre deste ano, de acordo com levantamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Entre janeiro e março, foram ajuizadas 355 mil ações, contra 643 em igual período de 2017, o que representa uma queda de 44,79%. Da mesma forma caíram de forma significativa os pedidos por danos morais, desde o início da nova legislação. Em novembro, mês de aprovação da reforma, a Justiça registrou 81.507 casos. Já, em dezembro, esse número despencou para 15.596. “A reforma trouxe um limite que não existia e que agora é de no máximo 50 vezes o último salário do trabalhador. Além disso, se o juiz entender que há má-fé, o autor da ação pode ser multado em 10% do valor da causa”, enfatiza a advogada Patrícia Soneghete. Uma das principais expectativas da nova legislação está no aumento da empregabilidade. O diretor executivo de Assuntos Tributários, Relações Trabalhistas e Financiamentos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Hiroyuki Sato, ressalta que a tendência da nova legislação é realmente ampliar o número de vagas de emprego, mas existem outros fatores. “A reforma trabalhista é o primeiro passo à modernização da lei, mas é preciso avançar em muitas questões ainda para que o empresário tenha mais segurança ao contratar trabalhadores para suas empresas. Hoje há grande insegurança ainda em relação à própria legislação, que é complexa, e a atuação do Judiciário. O processo deve continuar para que a empregabilidade seja realmente uma realidade no Brasil”, afirma Sato.
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“A reforma trabalhista é o primeiro passo à modernização da lei, mas é preciso avançar em muitas questões ainda para que o empresário tenha mais segurança ao contratar trabalhadores para suas empresas” - Hiroyuki Sato, diretor Executivo de Assuntos Tributários da Abimaq
TRABALHO INTERMITENTE Havia também alta expectativa quanto às contratações em regime de trabalho intermitente – aquele por período, sem regularidade – que também não existia na legislação anterior. Após a reforma, passou a ser permitido ao empregador remunerar o empregado por hora, somente quando há serviço. Mas as contratações ficaram bem abaixo do que o governo esperava. A estimativa era de 55 mil novos empregos por mês nesse sistema, o que totalizaria dois milhões em três anos. Mas nos cinco primeiros meses da reforma, essa geração de vagas não passou de 15 mil. CONVENÇÕES COLETIVAS Uma das maiores novidades da reforma está na possibilidade dos acordos e convenções coletivos prevalecerem sobre o que determina a lei em alguns pontos. Uma nova realidade que ainda gera resistência por parte de sindicatos laborais, pois entendem que nada poder ser retirado, somente acrescentado, mas que fortaleceu a importância das negociações, avalia a advogada e consultora Jurídica Trabalhista e Previdenciária do Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas (Sindimaq), Camilla de Moura Machado Toledo. “Agora o patronal também tem a sua pauta de negociação. Tem muita coisa na convenção que prescreveu. A própria CLT que mudou com a reforma. Então realmente as duas partes terão de sentar e rever determinadas cláusulas. O Marco Zero ainda é uma utopia, mas há muita coisa a ser modificada nas convenções, seja uma melhora na redação ou mesmo mudá-la completamente, em consequência da mudança da lei. Logo, têm pleitos laborais, mas também patronais que precisam ser efetivamente discutidos”, enumera. Quanto à queda no montante de processos, a consultora alerta que, considerando o prazo de dois anos garantido pela legislação para que o trabalhador possa requerer algum direito, não se pode falar sobre percentual de desistência. “Não podemos descartar a possibilidade de que nesse primeiro momento, os próprios advogados estejam orientando os trabalhadores para aguardar um tempo maior, até que se firme uma postura nos tribunais, porque ainda há diferentes decisões. Mesmo diante do entendimento de vários tribunais condenando os trabalhadores no que consideram ações trabalhista de má-fé, talvez essa queda esteja na insegurança de como a Justiça irá se comportar e poderá diminuir”.
Registro
União da equipe Sindifer garante conquistas
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ais que um representante legal junto às esferas Federal, Estadual e Municipal de governos, o sindicato é um parceiro estratégico na busca por melhorias do setor que representa. Afinal, ao participarem de um sindicato bem estruturado, as empresas têm a oportunidade de trocar experiências e boas práticas. Desta forma, se fortalecem e se tornam capazes, não apenas de sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, mas de ir além, expandir mercados, produtos e faturamento. Atender à demanda das indústrias associadas com qualidade e confiança é o constante desafio do Sindifer. Para isso, o sindicato - que tem os empresários Lúcio Dalla Bernardina e Daives Carlo de Souza Alvarenga nas funções de presidente e vice-presidente, respectivamente, e mais 29 membros em sua diretoria - conta com uma equipe especializada, profissionais que atuam diariamente na busca por alternativas, parcerias, projetos e planejamentos capazes de resultarem em benefícios. Um staff de sete integrantes, cada um com funções específicas, mas complementares. Todos partes importantes no trabalho em equipe e representando uma parcela do resultado final desempenhado nesses 47 anos de atuação do Sindifer. Conheça essa equipe que atua em defesa da sua empresa: Rita de Cássia Dillem - Gerente Executiva - Responde pela gestão do sindicato assumindo a coordenação executiva da equipe e trabalhos desenvolvidos pelo sindicato. Atua na assessoria de parcerias estratégicas e na ampliação da imagem,
coordenação e liderança de trabalhos, eventos e projetos. Breno C. de R. Brotto - Gerente Administrativo e Financeiro - Responsável pela gestão de compras, finanças (pagamentos e relatórios), manutenção ativa e assessor no processo de planejamento e construção orçamentária. Jonathan Aguiar - Analista Administrativo - Responsável pelo processo jurídico de assessoria e demandas bem como membro representante no comitê de negociação coletiva. Atua nas atividades de comunicação com as empresas, relatórios e processos administrativos. Mario Rodrigues – Responsável pelo associativismo e atendimento aos associados. Gerlane Delpupo – Assistente Regional Sul – Atua na regional de Cachoeiro de Itapemirim, nos processos da área administrativa e atendendo às demandas dos associados fomentando a participação do Sindifer na região. Mariana Pin – Assistente Regional Norte – Atua na regional de Linhares nos processos da área administrativa e atendendo às demandas dos associados fomentando a participação do Sindifer na região. Carmelinda Rodrigues e Fátima Gomes – Auxiliares de Serviços Gerais – Responsáveis por zelar pelas dependências do Sindicato e ajudar no controle do fluxo de pessoas no Sindifer. Odair Nossa Sant’Ana e Jenefer Laporti Palmeira – Advogados do Sindifer - realizam atendimento aos associados, esclarecimentos, orientações, defesas, elaboração de pedidos, negociações, convenção coletivas e acordos.
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Registro
Imetame é premiada entre as melhores fornecedoras da Petrobras
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ais uma vez a qualidade capixaba é reconhecida em âmbito nacional. A empresa Imetame Metalmecânica recebeu o prêmio “Melhores Fornecedores Petrobras” no segmento “Manutenção Offshore”. De aproximadamente 5.500 fornecedores da Petrobras, ficou entre os 17 que receberam o prêmio em variadas categorias. A solenidade de entrega foi realizada no dia 27 de junho, no Rio de janeiro. Para o presidente do Conselho Administrativo das empresas do Grupo Imetame, Etore Selvatici Cavallieri, esse reconhecimento é mérito de todos os colaboradores que atuam direta e indiretamente no contrato com a Petrobras, prestando serviço em plataformas da Bacia de Campos desde 2010. “São oito anos de compromisso e determinação para construir esta história de sucesso. Atualmente, a Imetame realiza atividades de manutenção em 16 plataformas da Petrobras “Atualmente, a Imetame realiza atividades de manutenção em 16 plataformas da Petrobras” Etore Selvatici Cavallieri, presidente do Conselho Administrativo das empresas do Grupo Imetame
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REVISTA SINDIFER - ES
e conta com 1.100 colaboradores atuando diretamente nas atividades offshore”, explica Cavallieri. O diretor executivo Gilson Pereira revela que estar entre as empresas contempladas é uma satisfação ímpar. “Estar entre as 17 empresas contempladas de um total de 5.500 fornecedores é motivo de muita alegria, gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas e gratidão ao cliente pela confiança e oportunidades. Esse reconhecimento fica ainda mais especial, sabendo que faz parte de uma premiação dentro de um novo ciclo da Petrobras. Dedicamos o prêmio aos nossos colaboradores e suas famílias que tanto nos apoiam para continuarmos no caminho de constante evolução”, comemora Pereira. HISTÓRIA Fundada em 1980, a empresa iniciou as atividades em um pequeno galpão de 50 m², uma iniciativa empreendedora do jovem torneiro mecânico Etore Selvatici Cavallieri, em parceria com um amigo. Trabalhando na antiga Aracruz Florestal, identificou uma oportunidade de negócio nos serviços excedentes de usinagem e soldagem (caldeiraria). Ainda no início, a sociedade foi desfeita por questões de saúde do sócio, e Etore prosseguiu, focado no sonho de ter o próprio negócio. A primeira grande oportunidade foi oferecida pela antiga Aracruz Celulose, na obra de expansão da “Fábrica C”, em 2001. Esse importante projeto abriu portas e apresentou a Imetame para muitos parceiros que viriam a seguir. Montagens de grande porte fazem parte da história da Imetame, que também atua na manutenção de fábricas e plataformas marítimas e fabrica, ainda, spool’s de tubulação, vasos de pressão, tanques, silos, estruturas metálicas e equipamentos para diversos segmentos, inclusive para produção de petróleo em águas profundas. Hoje, a empresa está situada numa área de 244 mil m² e atende em todo o país.
Economia Especial Por Rodrigo Martins
Um modelo de gestĂŁo capaz de amenizar o peso dos tributos 22
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Entenda como a governança tributária é capaz de tornar seguro o planejamento da sua empresa
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ão é de hoje que se ouve falar em reforma tributária. Os fracassos ao se tentar criar um sistema tributário mais simples, mais igualitário e mais eficiente, com impostos que não onerem investimentos e exportações, são um problema que afeta o Brasil há muitos anos. A simplificação de tributos é uma reiterada promessa de governo, desde Fernando Henrique Cardoso. Mas as tentativas de mudança esbarraram na disputa pela divisão de recursos. E, apesar de alardearem grande reformulaçao que simplificasse o sistema de pagamento de tributos no país, nenhum governo esteve próximo de aprovar a reforma tributária no Congresso, somente minirreformas. O Brasil cobra, atualmente, mais de 90 tributos diferentes, equivalentes a aproximadamente 35% do PIB – Produto Interno Bruto. Há quem defenda que se forem contabilizadas todas as obrigações fiscais, esse número sobe a quase 50%. PROPOSTAS Várias são as especulações sobre o tema, com ênfase à transferência da maior incidência de impostos do consumo para a renda. Isso reduziria a carga tributária sobre bens e serviços, que gira em torno de 16% do PIB, bem mais alta do que nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que em média alcançam 11% do PIB. Essa alteração elevaria a cobrança de tributos sobre a renda, dividendos e ganhos de capital, que representa aproximadamente 6% do PIB, total bem abaixo dos países do OCDE, cuja média é de 12% do PIB. Segundo Alexandre Fioroti, advogado tributarista e diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), essa unificação agilizaria e muito a apuração dos tributos no país, que, de acordo com estudo do Banco Mundial, é o que mais despende tempo entre 190 economias pesquisadas. “Entre aquelas onde mais se gasta tempo para apurar os tributos, o Brasil ocupa a última posição. Estima-se algo próximo de duas mil horas por ano para que as empresas possam apurar a carga tributária que será recolhida, enquanto o penúltimo lugar gasta um pouco mais de mil horas”, ressalta. José Emílio Brandão, diretor do Sindifer, defende que o Brasil precisa antes passar por uma reforma constitucional. “Qualquer reforma tributária, hoje, é extremamente difícil de ser aprovada, a menos que haja um pacto federativo que reveja esse relacionamento e essa interdependência que estados e municípios têm da União. Mais do que uma reforma tributária, a gente precisa de uma reforma constitucional”, argumenta. Ainda segundo o diretor, “enquanto a gente não atacar o cerne da questão, que é o pacto federativo, qualquer reforma tributária não passa. Um país com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, 200 milhões de habitantes, querer funcionar de forma centralizada, é impossível, impraticável”. Além disso, uma série de problemas econômicos, incluindo inflações altíssimas, levou diferentes governos a criar um conjunto de tributos estratégicos a fim de conter e/ou compensar as perdas.
“O Estado brasileiro, como um todo, pesa demais, temos quase 35% de carga tributária, a qual não volta para a sociedade” José Emilio Brandão, diretor do Sindifer
REGRESSIVIDADE A alta carga tributária e a significativa regressividade do sistema geram oposições na sociedade quanto à alteração da legislação. O temor é que uma mudança mais extensa piore a tributação, tornando-a ainda mais regressiva, penalizando os menos favorecidos. Segundo dados do IBPT, até julho de 2018, o montante de impostos arrecadado este ano ultrapassou a marca de R$ 1,2 trilhão. Somente o Espírito Santo já recolheu mais de R$ 190 bilhões. A sociedade brasileira deveria ter serviços públicos eficientes e de qualidade. Entretanto, isso está muito longe da nossa realidade. “O Estado brasileiro pesa demais, temos quase 35% de carga tributária, a qual não volta à sociedade. É um paquiderme, pesado, e pratica a autofagia. Estamos convivendo com um déficit da ordem de R$150 bilhões, e o Estado continua gastando. Brasília neste momento faz uma festa de final de semestre, criando penduricalhos de mais de R$ 100 bilhões em obrigações”, completa Emilio Brandão. Diante desse quadro, o Sindifer defende a redução da carga tributária mas, acima de tudo, a eficiência do Estado brasileiro. “Se o Estado brasileiro for mais eficiente naquilo que arrecada, todo esse imposto voltará com obras que sejam iniciadas e concluídas, com qualidade de serviço e com eficiência dos serviços públicos de saúde, segurança etc. Nós pecamos não por falta de recursos, mas por falta de eficiência na aplicação desses recursos”, analisa. ATUALIDADE Políticos do governo Michel Temer já manifestaram, em outras oportunidades, a intenção de reformar o sistema tributário, e o próprio presidente, em encontros com deputados da base, anunciou a mesma disposição. O termo
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Economia
“Entre aqueles onde mais se gasta tempo para apurar os tributos, o Brasil ocupa a última posição. Estima-se algo próximo de duas mil horas por ano” Alexandre Fioroti advogado tributarista e diretor regional do IBPT
mais usado no momento é “simplificação”, e a possibilidade maior é que o governo faça uma reforma em etapas. A primeira fase seria uma mudança na cobrança do PIS/ Cofins, tributo federal que incide sobre o faturamento de empresas e que foi usado pelo governo para aumentar impostos sobre combustíveis recentemente. Para o advogado Alexandre Fioroti, “esta parece ser a microrreforma mais provável de acontecer no médio prazo, pois dificilmente deverá entrar em votação neste ano, devido às eleições e à intervenção militar no estado do Rio de Janeiro, que impede qualquer alteração na Constituição”. REFORMA A reforma conduzida pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly, por meio da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 31/2007, trata da extinção de tributos (PIS, Cofins, Pasep, IPI, ICMS, ISS) e da criação de um imposto sobre valor agregado, de competência estadual, o Imposto sobre
Operações com Bens e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo, de competência federal, que incidiria sobre bens e serviços específicos, como petróleos e derivados; combustíveis e lubrificantes; cigarros; energia elétrica e serviços de telecomunicações. Na avaliação do diretor do IBPT, Alexandre Fioroti, a reforma tributária é extremamente necessária ao país, mas muito difícil de acontecer de uma hora para outra, pois demanda muita negociação, uma vez que o imposto sobre valor agregado será arrecadado por um órgão fiscalizador composto de Receita Federal do Brasil e receitas estaduais e municipais. “Se a dificuldade de alinhar interesses de 27 estados já é difícil, imagine de milhares de municípios, detentores de suas próprias leis. O mais provável de acontecer é a microrreforma do PIS/Confins, que viraria uma Contribuição para Seguridade Social (CSS)”, analisa. O que faltou nessa proposta, segundo Fioroti, foi se “voltar um pouco para aquilo que já existe nos países desenvolvidos. O Brasil é um país que tributa muito fortemente os bens de consumo. Nos países de primeiro mundo, a tributação é mais voltada para a renda”, pondera. Ele destaca que, sempre que o Congresso se reuniu em torno do tema, “alterou alguns pontos específicos da legislação, na intenção divulgada de simplificar a vida do contribuinte e trazer mais segurança jurídica. Só que toda vez que isso aconteceu, tivemos a Receita Federal arrecadando mais”. Alexandre afirma que “redução da carga tributária não vai haver. O governo federal tem despesas e precisa fazer receita para suportá-las. Seria utopia pensar que uma reforma tributária traria redução de tributo”. GOVERNANÇA Em meio ao debate político e a toda essa burocracia, quem sai perdendo são os empreendedores e as empresas. “Faz algum tempo, profissionais do Direito, contadores e administradores tentam criar mecanismos para reduzir
IRBES - ÍNDICE DE RETORNO AO BEM-ESTAR DA SOCIEDADE RANKING
ANO 2016
ANO 2015
ÍNDICE OBTIDO
RESULTADO
RESULTADO
PAÍSES DE MAIOR TRIBUTAÇÃO
C.T SOBRE O PIB
IDH
IRBES
RANKING
RANKING ANTERIORES
IRLANDA
23,00%
0,923
167,01
1o
5o
ESTADOS UNIDOS
26,00%
0,920
163,30
2o
3o
SUÍÇA
27,80%
0,939
162,85
3o
1o
AUSTRÁLIA
28,20%
0,939
162,39
o
4
2o
COREIA DO SUL
26,30%
0,901
161,34
o
5
4o
CANADÁ
31,70%
0,920
156,75
6o
7o
JAPÃO
30,70%
0,903
156,45
7o
6o
NOVA ZELÂNDIA
32,10%
0,915
155,86
8o
9o
ISRAEL
31,20%
0,899
155,54
9
10o
URUGUAI
24,16%
0,795
154,79
10o
8o
BRASIL
34,13%
0,754
139,84
30o
30o
Fonte: IBPT
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REVISTA SINDIFER - ES
o
Vista aérea da ArcelorMittal Tubarão
INCIDÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO INCIDÊNCIA
% PIB
BENS/SERVIÇOS
16,59%
SALÁRIOS
9,39%
SUBTOTAL
25,98% (75,82% do total)
CAPITAL E OUTRAS RENDAS
5,62%
PATRIMÔNIO
1,29%
COMÉRCIO EXTERIOR
0,73%
DEMAIS
0,63%
TOTAL
34,25%
Fonte: IBPT
casos de corrupção nas empresas. Fatos de grande repercussão demonstram a necessidade de construir meios de controle mais eficazes e que detectem logo no início problemas desse tipo”, defende João Eloi Olenike, presidente executivo do IBPT. “O sistema tributário e fiscal é extremamente complexo. Para uma pequena e média empresa, é muito custoso manter o controle, a boa performance e o cumprimento de todas as obrigações acessórias. O Estado funciona de forma repressora, não faz política fiscal na linha do compartilhamento, faz na linha da repressão. O Estado brasileiro não se preocupa com a fonte da arrecadação, não se preocupa com o status quo”, define o diretor do Sindifer José Emilio Brandão. Diante desses obstáculos, viram-se na governança tributária mecanismos internos que têm como papel principal a transparência da gestão fiscal, por meio de coordenação, controle e revisão. Para que ela seja colocada em prática, é preciso que cada organização tenha um comitê, atribuindo funções
e sendo responsável pela aplicação dos controles e boas práticas, uma vez que elas tenham sido codificadas e inseridas nos processos gerenciais da companhia. “É inevitável a implantação da governança tributária e do comitê, pois as empresas estão cada vez mais complexas e, sem os controles e normas que tornam os processos tributários mais transparentes e eficazes, infelizmente, a tendência é que haja casos de corrupção”, diz a advogada tributarista e diretora do IBPT Educação, Letícia do Amaral. COMPLIANCE Esse modelo de gestão fiscal nasceu baseado na governança corporativa, que já buscava direcionar as empresas para uma administração mais ética e transparente nas suas relações negociais. Isso porque ela está alicerçada em quatro princípios fundamentais: a transparência (disclosure); a equidade (fairness); a prestação de contas (accountability) e o respeito ao cumprimento das leis (compliance). Nesse ambiente surge a governança, que representa um conjunto de procedimentos e ferramentas aplicado por profissionais da área jurídica, visando a soluções aos desafios corporativos diários enfrentados na atividade empresarial, de forma a orientar a empresa nas áreas societária, tributária, ambiental, trabalhista, propriedade industrial e regulatória. “Quando se fala em governança corporativa, sempre nos vêm à mente as grandes empresas, principalmente aquelas que têm as suas ações negociadas em bolsa de valores. No entanto, cabe ressaltar que a governança corporativa e jurídica é essencial nas empresas de médio porte, que geralmente não dispõem de um departamento jurídico próprio”, ressalta Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior e coordenador de Estudos do IBPT.
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Economia MODELO DINÂMICO DA GESTÃO TRIBUTÁRIA CORPORATIVA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Apoio Externo
Assembleia de Acionistas Microaspectos
Macroaspectos Auditoria Externa Apoio Externo Conselho Fiscal Apoio Externo
Conselho de Administração
Auditoria Externa
Diretor Presidente Membros Permanentes ad hoc
Diretor Financeiro
Apoio Externo
Comitê de Gestão Financeira Unidades de Negócio Departamentos Internos das Unidades de Negócio
1. A SSEMBLEIA DE ACIONISTAS: responsável pela eleição do Conselho Fiscal. 2. C ONSELHO FISCAL: responsável pela fiscalização dos atos dos administradores da empresa relativos à definição das politicas de governança tributária. 3. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: responsável pela instituição das politicas de governança tributária. 4. DIRETOR-PRESIDENTE: suas responsabilidades se inserem tanto no âmbito da “macro” quanto no da “micro” tributação. 5. COMITÊ DE GESTÃO TRIBUTÁRIA: responsável exclusivamente pela implementação na empresa do princípio da boa governança tributária. 6. U NIDADES DE NEGÓCIOS: responsáveis pelo gerenciamento e supervisão dos seus respectivos departamentos internos. 7. D EPARTAMENTOS INTERNOS: responsáveis pela execução das tarefas delegadas. Fonte: IBPT
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“Cabe ressaltar que não só nas grandes empresas é importante a governança corporativa e jurídica, mas, igual e principalmente, nas empresas de médio porte, que geralmente não dispõem de um departamento jurídico próprio” Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior e coordenador de Estudos do IBPT
PRINCÍPIOS A boa governança tributária deve ser praticada com obediência aos princípios gerais aplicáveis à governança corporativa, bem como aos princípios que lhe são específicos, tais como: moralidade e ética, legalidade, compliance, preservação a reputação da empresa e de seus administradores e lucratividade (ou commerciality). “O profissional que for o ator da implantação da governança tributária precisa estar disposto a aceitar que fazer a diferença nessa área é importante, não somente para ele, mas também para a imagem da empresa e para toda a população, pois estamos tratando de arrecadação de tributos. O responsável precisa conhecer a legislação tributária e de anticorrupção, práticas de compliance e administração, para assim poder instituir o comitê na empresa em que trabalha. É um comprometimento que tem com seu trabalho e com a sociedade”, conclui Letícia do Amaral. Além disso, a execução prática dessas políticas pode se dar por meio de um modelo de governança baseado na dinâmica tributária, ou seja, no monitoramento e no gerenciamento das mudanças que exerçam influência sobre a tributação da sociedade, estabelecendo a divisão de competências e a interconectividade entre os órgãos societários. Para tanto, levam-se em conta os “macros” e os “micros” aspectos da tributação. QUALIFICAÇÃO Inúmeros casos de sonegação, problemas quando se trata de pagamento de tributos, crédito fiscal e assim por diante, envolvendo até mesmo multinacionais, aparecem com muita frequência nos noticiários. Muitos desses são resultados de um planejamento tributário realizado por profissionais pouco qualificados e que estão provocando graves problemas a muitos empresários. Decisões tomadas de forma correta auxiliam as estratégias da empresa, pois a governança tributária, integrada à inteligência de negócios, “fornece aos gerentes jurídico-tributários e contábeis a capacidade de trabalhar o negócio, integradamente com todos os setores, focando não somente questões fiscais e pontuais, mas o resultado maior da companhia, que é seu crescimento”, destaca Letícia. Segundo Alexandre Fioroti, “a governança tributária envolve entender melhor o seu negócio e aliar todo esse conhecimento em torno de tributação. O comitê identifica riscos e também oportunidades que a empresa está deixando de aproveitar”.
Gestão Por Aline Pagotto Os comitês foram criados para atuar no direcionamento das empresas ligadas aos setores metalomecânico e elétrico
Comitês fortalecem segmentos metalmecânico e elétrico R
Os sete grupos de trabalho têm otimizado soluções de desenvolvimento, manutenção, competitividade e atuação das empresas 28
REVISTA SINDIFER - ES
epresentantes de empresas do setor metalomecânico e elétrico estão engajados em criar soluções e caminhos para o aumento da produtividade. Para isso, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas de Material Elétrico do Espírito Santo (SindiferES) criou sete comitês, responsáveis por dar esse suporte. Vice-presidente do Sindicato, Daives Alvarenga destaca a extrema importância desses grupos. “Entendemos que precisávamos buscar, em conjunto, soluções para questões essenciais ao desenvolvimento, à manutenção, à competitividade e à atuação das empresas”, disse. Frequentemente, os grupos de trabalho se reúnem e realizam ações e eventos de grande relevância para o setor, como a Mec Show. “Existe um comitê responsável por
discutir tudo o que envolve a feira, desde as palestras até quem irá expor durante a Mec Show, que será realizada em agosto”, destacou Daives Alvarenga. Além do grupo da Mec Show, há também os comitês: Prevenir, responsável por despertar, conectar e mobilizar a sociedade para a geração do valor à vida; Corrosão, que atua como um fórum de discussão de soluções para desenvolver técnicas para o combate à corrosão; e Manutenção, que favorece o desenvolvimento da função de acordo com as demandas das empresas. Já o Promoção de Negócios promove a cultura da internacionalização e ampliação de negócios entre empresas; enquanto o Sustentabilidade é responsável por incentivar projetos que reconheçam os bons resultados das empresas capixabas; e o Negociação tem foco nas relações do trabalho, que visa a analisar as mudanças na legislação trabalhista e discutir sobre as negociações coletivas. Os comitês também atuam no direcionamento às empresas ligadas ao setor metalomecânico e elétrico. “Os grupos servem como norteadores para que, unidos, estejam sempre melhorando o setor. As demandas estão muito complexas, por isso os comitês surgiram, a fim de ajudar as empresas a alcançarem as metas”, pontuou o vice-presidente do Sindifer-ES. Daives Alvarenga reforçou que os integrantes dos comitês são voluntários e que a criação dos grupos vai garantir a multifuncionalidade das empresas parceiras. “Percebemos que as empresas estão empenhadas em crescer e desenvolver a cultura da responsabilidade social. Os empresários estão levando essa cultura tanto aos colaboradores quanto às comunidades. Isso é uma conquista muito grande”, frisou. CONHEÇA OS COMITÊS E SUAS ATUAÇÕES: COMITÊ PREVENIR Criado em 2012 com o objetivo de despertar e mobilizar a sociedade para a valorização da vida, o Comitê Prevenir passou a realizar eventos anuais, com uma semana inteira de ações voltadas a prevenção, saúde e segurança: a Semana Prevenir. Entre os dias 25 de novembro e 2 de dezembro, será realizada a terceira edição do evento, com atividades distribuídas em diferentes cidades do Espírito Santo, com o intuito de disseminar a política da prevenção aos acidentes de trabalho nas empresas, além de realizar ações com o mesmo propósito nas escolas. Coordenado pelo empresário e diretor do Sindifer Mathêus Pesso da Silveira, o comitê também já realizou dois importantes seminários sobre saúde e segurança do trabalho (SST) para o setor metalomecânico; além de duas Feiras de Saúde e Segurança do Trabalho. Integram o grupo de trabalho representantes de Vale, Arcelor,
Fibria, Sistema Findes, Sebrae-ES, Samarco, Jurong, Águia Branca, Volare, Engelmig, EDP, Sindirochas, Sinduscon, Corpo de Bombeiros, Sedu, Sindiplastes e Sesa. COMITÊ CORROSÃO Fundado em 2016 e coordenado pelo empresário Antonio Prando, o Comitê Corrosão já realizou dois eventos com palestras técnicas e expositores, que juntos já atingiram um público de 300 pessoas em 2016 e 2017. O objetivo do comitê é atuar como um fórum de discussões a fim de compartilhar problemas e soluções comuns e realizar, anualmente, um evento técnico que permita a apresentação das diversas formas de corrosão encontradas nas plantas industriais. Também promove discussões, debates e troca de conhecimento, com o objetivo de melhorar estudos, técnicas, aplicações, tecnologias e custos para o combate aos desgastes graduais, vistos como processo de corrosão. Participam deste comitê empresas como Petrobras, Samarco, Fibria, Senai, BR Distribuidora, VLI Logística, FP&G, Vale, ArcelorMittal. Samarco, Fibria, Senai e Ifes. COMITÊ MANUTENÇÃO Favorecer o desenvolvimento da manutenção, buscando a atualização tecnológica, com aumento da qualidade e produtividade, contribuindo para a redução de custos e ganhos de competitividade, é a função do Comitê Manutenção, que atua desde 2013 e tem como coordenador o vice-presidente do Sindifer-ES, Daives Alvarenga. O grupo realiza constantes reuniões com o objetivo de melhorar a atuação das empresas nas áreas mecânica, elétrica e de automação. Além disso, neste ano o grupo estuda a possibilidade de colocar em prática o 1º Seminário de Manutenção, que apresentará as boas práticas por meio de palestras e cases de sucesso. Participam do comitê Vale, ArcelorMittal, PAJ, UCL, Ifes, Vallourec, Reframax, Tereme, USM, Fibria, CDMEC, UVV, Cetest, Ufes e Senai.
As reuniões dos comitês são realizadas uma vez por mês para trocar experiências e promover debates
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Gestão
COMITÊ PROMOÇÃO DE NEGÓCIOS O Comitê Promoção de Negócios, fundado no ano passado e coordenado também pelo vice-presidente do Sindifer-ES, Daives Alvarenga, atua na realização de encontros entre empresários, com objetivo de internacionalizar os negócios. O comitê firmou parceria com o Centro Internacional de Negócios da Findes (CIN-ES), a fim de desenvolver formas de oportunizar exportações do setor metalomecânico. Também visa a melhorar os processos, produtos e relacionamentos, tendo como consequência o aumento de competitividade e de novas tecnologias. Participam do comitê representantes de: Brumetal, CIN/Findes, Sedes, Sideral, Itamil, Incomil, Samarco, Outotec, Cria Engenharia, GMP Industrial, Gerir, Eutetic, Jafeng, Brazil In, Apex/Sindimec e Bandes.
Uma das missões dos comitês é organizar ações e eventos de relevância para o setor
COMITÊ SUSTENTABILIDADE Com o objetivo de desenvolver o projeto de premiação às empresas capixabas como forma de resgatar e reconhecer iniciativas transformadoras, o Comitê Sustentabilidade, coordenado pela diretora de Inovação do Sindifer, Eliane Gomes, funciona desde 2016. Por meio dele, os envolvidos discutem estratégias que impactem positivamente a arquitetura física e social, melhorando a vida de pessoas e comunidades. E neste ano surge o Prêmio Sustentabilidade – Farol do Bem, que premiará empresas e pessoas físicas que desenvolvem ou participam de projetos de responsabilidade social. Participam da equipe representantes das empresas Vale, Sesi, Samarco, Senai, Aires Serviços Ambientais, Cofervil e Seisa.
Os membros dos comitês são voluntários e representam as empresas vinculadas ao Sindifer-ES
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COMITÊ NEGOCIAÇÃO RELAÇÕES DO TRABALHO O Comitê de Negociação – Relações do Trabalho é um dos mais atuantes e antigos do Sindifer-ES, pois cuida permanentemente das relações e negociações coletivas dos setores elétrico, naval e metalomecânico do Estado do Espírito Santo. O comitê analisa as mudanças na legislação trabalhista, discute assuntos pertinentes ao tema, promove a interação e o diálogo com os sindicatos relacionados ao trabalho e discute temas de interesse dos colaboradores. Para lidar com todos esses assuntos, possui quatro coordenadores: Matheus Pêsso da Silveira (setor elétrico); Lúcio Dalla Bernardina (setor naval); Haroldo Massa e Leonardo Cereza (setor metalomecânico). COMITÊ MEC SHOW A Mec Show, conhecida como a maior feira da metalomecânica e inovação industrial, que será realizada entre os dias 7 e 9 de agosto de 2018, ganhou um comitê somente para tratar sobre assuntos que promovam o evento. Coordenado pelo empresário Luiz Alberto de Souza, o comitê é responsável por apresentar novas tecnologias e aproximar fornecedores e clientes, além de atualizar os empresários e promover eventos de interesse de seu público-alvo. As empresas participantes são: Findes, Cdmec, DVF, Milanez & Milaneze, Ifes, Sedes, Startify, Secti, FP&G e Sebrae-ES.
Economia Especial Por Ana Lúcia Ayub
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Economia no ritmo da eleição Principal indefinição é sobre qual será a cara da economia depois da eleição presidencial; recuperação dá sinais de perda de fôlego no primeiro semestre
A
retomada econômica do país convive com um ambiente de instabilidade por conta do contexto político da nação, principalmente em uma situação em que os planos de governo apresentados pelos candidatos se mostram simetricamente opostos. A indefinição a respeito dos participantes da corrida presidencial é mais um elemento que acaba se refletindo nos ânimos do mercado. É por esse motivo que, não raro, vemos as ações na bolsa de valores despencarem ou dispararem de acordo com o índice de aprovação de determinados candidatos, da mesma forma na cotação do dólar. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as incertezas que rondam o cenário político, em especial as eleições, e o ajuste das contas públicas já se refletem no desempenho da economia doméstica, que mantém as previsões em 2018 para um desempenho moderado ao longo do ano. A estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá apenas 2,6% e que o PIB industrial terá expansão de 3% neste ano, de acordo com o Informe Conjuntural do primeiro trimestre. Os dados do primeiro semestre ainda não foram divulgados, mas os analistas de mercado já vêm reduzindo essa estimativa nas últimas semanas, como o Boletim Focus, que já projeta um crescimento de apenas1,5%. No Espírito Santo, o primeiro vice da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli, contou que a expectativa inicial da indústria capixaba era que o PIB crescesse uma média de 3% este ano, mas isso não deve se concretizar. “A projeção em abril era de alta de 2,3%. Agora é de 1,8%. A produção industrial brasileira, por exemplo, recuou 10,9% em maio na comparação com abril”, explicou. Para o presidente da CNI, Robson Andrade, o próximo governo deve priorizar as reformas tributária e previdenciária e a agenda de segurança jurídica. Na opinião dos industriais, o Brasil não pode mais esperar uma agenda consistente de re-
formas estruturantes que o conduza para um futuro de crescimento econômico sustentado. Em discurso no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília (Enai 2018), em julho, o dirigente da CNI falou sobre os desafios a serem enfrentados pelos governantes que serão eleitos em outubro para a consolidação de um ambiente de negócios que contribua para aproximar o Brasil do grupo de países desenvolvidos. SETOR PRECISA DE ESTABILIDADE “As eleições serão um momento decisivo. Se fizermos as escolhas corretas, poderemos colocar o Brasil na rota do crescimento e do bem-estar. Se repetirmos erros do passado, o país continuará na rota da incerteza e do baixo crescimento. Não podemos ser complacentes com o nosso destino. Se a economia brasileira mantiver a taxa de expansão dos últimos 10 anos, de apenas 1,6% anual, levará meio século para alcançar a atual renda per capita de países desenvolvidos”, disse Andrade. “O setor produtivo necessita de sinais claros e firmes de que a política econômica a se movimentara na direção de maior estabilidade, de melhoras institucionais e de criação de condições para que o Brasil fortaleça, de fato, a sua indústria”, cobrou. A opinião é compartilhada por Zanotelli. “Penso que a eleição vai propiciar um debate que faça com que a sociedade entenda qual é o melhor caminho para gerar oportunidades para todos. Não acredito no extremismo da direita nem no da esquerda. Acho que a gente vai caminhar para um debate em que vai ficar claro que o país precisa de uma agenda de reformas, a da Previdência, a tributária, a política, a microeconômica. A indústria necessita de uma política econômica forte, precisa e mais estável. É fundamental termos soluções para os entraves à competitividade do país e para a consolidação de uma indústria inovadora, global e sustentável. A reforma da Previdência é um ponto de partida para equilibrar as contas públicas, e a Findes apoia essa mobilização, assim como a reforma tributária”, disse.
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Economia Ele faz avaliação também do cenário local. “No Espírito Santo, a gestão está mais equilibrada, e temos presenciado superávits. A indústria capixaba tem ainda uma capacidade ociosa muito grande, e dependemos também da dinâmica do crescimento do país e da diretriz do próximo governante do Estado. Até agora, o desempenho da indústria capixaba continua aquém do esperado”, explicou. AJUSTE FISCAL Sem ajuste fiscal, o Brasil dificilmente retomará um ciclo positivo de crescimento econômico. A afirmação, abraçada por boa parte dos economistas do país, é também defendida pelo diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) Luiz Guilherme Schymura, e pelo diretor executivo do Banco Mundial, Otaviano Canuto, que ministraram palestra no Enai 2018. Para eles, a recuperação econômica e a atração de investimentos para o Brasil dependem significativamente do ajuste nas contas públicas. Eles avaliam, inclusive, que essa deve ser a prioridade do próximo governo. Atualmente, o rombo nas contas públicas é de R$ 300 bilhões. Segundo Schymura, a situação fiscal brasileira se agravou devido à distribuição de renda desigual e a um patrimonialismo arraigado nos “detentores do poder”. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram a concentração de renda existente no país em 2017, o grupo do 1% mais rico da população brasileira tinha um rendimento médio (de todos os trabalhos) de R$ 28.040 mensais no ano passado, 36,1 vezes acima da que recebia a metade mais pobre da população no período (R$ 754). “O ajuste fiscal fará com que o futuro presidente tenha de encarar pautas explosivas, como novas regras para reajuste do salário mínimo e dos salários dos servidores públicos e para estabelecimento do teto de gastos públicos”, disse. “Mesmo com uma alta taxa de desemprego, também terá de entrar na batalha da reforma da Previdência”, complementou Schymura.
“O próximo governo deve priorizar as reformas tributária e previdenciária e a agenda de segurança jurídica” Robson Andrade, presidente da CNI
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Na opinião dele, esse processo exigirá do novo governo elevada capacidade de coordenação e de negociação, sobretudo com os grupos que não teriam seus interesses atendidos. Schymura disse ainda que o setor privado terá papel central como locomotiva para o crescimento do Brasil. “Com redução do financiamento público, a iniciativa privada deverá assumir uma responsabilidade muito maior, que nunca teve antes”, declarou ele. Para Otaviano Canuto, a situação fiscal é agravada ainda pelo baixo nível de produtividade do país, uma vez que se criam diversos programas em que se gastam muitos recursos, além da concessão de isenções tributárias para diversos setores da economia, que não trazem resultados efetivos. “O ambiente de negócios no Brasil é péssimo, pois pagamos por ativos que não adicionam valor algum às empresas e à sociedade”, afirmou o representante do Banco Mundial. MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA Durante o Enai 2018, a CNI apresentou aos candidatos à Presidência da República 43 propostas para estimular o crescimento do país nos próximos quatro anos. As recomendações foram discutidas em encontro em Brasília com seis presidenciáveis, no dia 4 de julho: Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Álvaro Dias (Podemos). Os 43 documentos foram elaborados com base no Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022. Os estudos traçam diagnósticos e sugerem ações em áreas como eficiência do Estado, segurança jurídica, infraestrutura, tributação, educação, meio ambiente, inovação, financiamento e segurança pública. Entre os antigos problemas a serem enfrentados, o Mapa trata do sistema tributário complexo e ineficiente, da infraestrutura precária, da educação de baixa qualidade, do financiamento caro e de relações profissionais que, até a modernização da lei trabalhista, eram regidas por regras rígidas e obsoletas. Na ocasião, o presidente da CNI aproveitou para reafirmar o apoio da indústria à inadiável reforma da Previdência Social, sem a qual o Brasil arrisca entrar em perigoso processo de insustentabilidade das contas públicas. “Mais do que no passado, teremos de investir na mobilização empresarial para apoiar as reformas”, afirmou. Segundo ele, a reforma do sistema tributário também deve ser outra agenda prioritária do próximo governo. “De todas as disfunções do nosso ambiente de negócios, essa talvez seja a que mais reduza o nosso potencial de crescimento. Se o nosso sistema tributário seguisse o padrão mundial, poderíamos ter uma política industrial mais focada em questões relevantes, conectadas com a produtividade, e a transformação produtiva”, explicou Robson Andrade. Ele também falou de problemas decorrentes da falta de governança no poder público, que leva a graves ineficiências na execução de políticas públicas e à má alocação e desperdícios nos gastos orçamentários em todos os níveis de governo. Deu especial destaque, contudo, ao tema da insegurança jurídica, um dos fatores-chave para a competitividade nacional e item tratado no Mapa Estratégico.
“É muito preocupante quando vemos empresas deixando de produzir no Brasil, deixando de gerar empregos, por conta de problemas decorrentes da insegurança jurídica. A insegurança já nasce no processo de formação de leis e é fruto, ainda, das crescentes tensões entre os Poderes da República e de disputas políticas, com enormes custos para a sociedade. Isso gera uma incerteza sobre o presente, o passado e o futuro. É paralisante e, pela sua dimensão, equivale a uma crise de governança”, criticou Andrade. A preocupante deterioração da segurança pública e seus efeitos sobre a cidadania e a atividade produtiva também passaram a figurar entre as prioridades da indústria este ano. Em 2017, segundo dados levantados pela CNI, a falta de segurança custou R$ 365 bilhões para o Brasil. O montante equivale a 5,5% do PIB, ou um imposto anual de R$ 1,8 mil recolhido de cada brasileiro. A cifra dá a medida do peso da violência na vida do cidadão e de suas consequências sociais e econômicas para o país. Há uma relação direta entre os índices de violência e a competitividade do setor público brasileiro. O aumento nos casos de roubos de cargas, por exemplo, tem impacto direto no bolso do consumidor, uma vez que as perdas das empresas com mercadorias são repassadas para o preço final de bens e serviços. Além disso, tem havido gastos crescentes com segurança privada e com seguros. Outro fator é que
consome recursos das empresas que poderiam ser destinados a investimentos. Para contribuir com o debate, a CNI elaborou o estudo “Segurança Pública: A importância da governança”, um dos 43 documentos que foram entregues aos pré-candidatos à Presidência da República e que já traz sugestões para regulamentar e aprimorar o recém-criado Sistema Único de Segurança Pública (Susp). No Espírito Santo, a indústria também vem se articulando para modificar esse cenário político e econômico negativo, promovendo debates e propondo uma agenda da indústria ao Executivo e Legislativo e, principalmente, pautando temas relevantes para a integração dos interesses da indústria com os da sociedade, segundo o 1º vice-presidente da Findes, José Carlos Zanotelli. “Tanto o país como o Espírito Santo precisam de uma agenda que inclua as soluções de infraestrutura, com concessões e privatizações; que melhore o ambiente de negócios, destravando a burocracia, incentivando a produção e incrementando a produtividade, por meio da inovação e qualidade dos produtos. Uma de nossas estratégias também tem sido fortalecer o associativismo. Os sindicatos precisam ser vistos como instrumento de desenvolvimento, que aumenta a competitividade da indústria, melhora o ambiente de negócios, induz boas práticas e cria um cenário que oportunize desenvolvimento econômico para todos”, conclui.
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A partir de 2013, novas tecnologias irão garantir 1,3 tonelada a menos de pó preto na Grande Vitória
ArcelorMittal investe mais de meio bilhão em meio ambiente
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ArcelorMittal Tubarão anunciou, no mês de julho, a ampliação de investimentos em melhorias no controle ambiental de suas operações. Entre as ações divulgadas, serão implantados novos equipamentos e tecnologias, no valor de R$ 574 milhões, em duas unidades produtivas da usina até 2023. No curtíssimo prazo, ainda este ano, novas práticas já reduzirão a emissão de pó preto no ar na ordem de 900 quilos. A unidade da coqueria receberá o maior impacto das melhorias, local em que o carvão mineral é submetido a altas temperaturas na ausência de oxigênio e que produz o coque. Será instalado um equipamento chamado de “quarta bateria” que substituirá a “primeira bateria” utilizado desde 1983. O conjunto da coqueria reúne três unidades de bateria, cada um com 49 fornos, totalizando 147. A medida garante a melhoria sem que a produtividade seja afetada. A empresa optou por instalar um novo equipamento com maior eficiência na contenção da poeira. Em coletiva à imprensa, o diretor de Operações, João Luiz Ribeiro, explicou que, por meio da melhoria tecnológica dos refratários, que garantem a temperatura necessária à combustão, a emissão de material particulado na chaminé dois será reduzida pela metade.
“Essa decisão significa um gasto maior de R$ 160 milhões. Mas é a que defendemos que fosse aprovada pela empresa. A nova tecnologia, além de garantir 50 anos de vida útil, representará 50% a menos nas emissões fugitivas; enquanto a reforma na bateria um significaria mais 15 anos de vida útil ao equipamento e 30% de redução”, explicou o diretor. LIBERAÇÃO DA OBRA A partir de 2023, essas melhorias deverão representar 1,3 tonelada a menos de pó preto no ar da Grande Vitória, todos os dias. Em dezembro do ano passado, o registro foi de 5,8 toneladas diárias. Porém, maior parte dessa redução, cerca de 900 quilos, deverá ocorrer ainda este ano por conta do investimento em torno de até R$ 30 milhões na manutenção dos fornos das baterias dois e três. Ainda em relação à coqueria, o diretor de Operações explicou que, no local onde hoje funciona a bateria um, a partir de 2028 ou 2029 terá início a construção de um conjunto 100% novo. “Aprendemos essa técnica de fazer a substituição de toda a estrutura, sem afetar em nada a produção, lá na Espanha”, contou. SEGUNDO PROJETO A Arcelor também fará melhorias no pátio de beneficiamento de coprodutos da empresa. Irá instalar um novo sistema de despoeiramento (filtro de mangas) que ataca a emissão fugitiva em duas situações. A primeira delas, nas emissões rotineiras, durante o processo de redução de enxofre do aço, que utiliza tecnologia japonesa e ocorre 16 vezes por dia. A segunda situação é a chamada emergencial, quando algum problema na produção exige que o ferro-gusa seja lançado nas oito baias abertas.
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O prêmio “Sesi de Boas Práticas em SST” reconhece e valoriza as iniciativas de melhoria na prevenção de acidentes e promoção de saúde no trabalho
Inscrições abertas para o prêmio Sesi de Boas Práticas em SST
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umento de produtividade, diminuição das ausências de trabalhadores e dos gastos com cuidados médicos, melhor conhecimento dos riscos e das áreas críticas da empresa são apenas alguns dos benefícios que os investimentos em saúde e segurança do trabalho (SST) podem trazer para as indústrias. Com o aparecimento de novas doenças e fatores de risco ao trabalhador, é importante estimular soluções inovadoras e eficientes para minimizar o problema. Justamente por isso, o Serviço Social da Indústria no Espírito Santo (Sesi-ES) promove o prêmio “Sesi de Boas Práticas em SST”. Uma competição para pequenas, médias e grandes indústrias, além de prestadores de serviço, que reconhece e valoriza as iniciativas de melhoria na prevenção de acidentes e promoção de saúde no trabalho. Neste ano, o período de inscrição está aberto até o dia 22 de setembro. O diretor de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-ES, Júlio Zorzal, explica que o objetivo do prêmio é estimular e disseminar o desenvolvimento de projetos que promovam um ambiente de trabalho saudável e seguro. “Os investimentos em prevenção de acidentes e redução dos riscos ambientais, além de todos os benefícios sociais, melhoram os indicadores da empresa e reduzem o absenteísmo”, declara. O prêmio Sesi Boas Práticas foi elaborado pelo comitê técnico da Prevenir, em parceria com o Sesi. As três empresas com as melhores práticas em cada modalidade serão conhecidas e premiadas durante a Semana Prevenir, com solenidade de abertura marcada para o dia 26 de novembro. O 1º lugar de cada modalidade receberá troféu e placa de reconhecimento para a equipe autora do trabalho. O 2º e o 3º lugar receberão placa de reconhecimento.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO A comissão julgadora avaliará os trabalhos inscritos com pontuação que variam de 0 a 10, considerando os critérios de resultados e benefícios obtidos com a implantação da prática claramente apresentados e discutidos (resultados econômicos, redução de acidentes e doenças, absenteísmo, rotatividade, entre outros); envolvimento e compromisso comprovado da alta direção e gestores; melhoria e continuidade da prática; trabalho claro, focado e apropriado ao tema proposto; envolvimento de outros setores da indústria na prática aplicada; e envolvimento dos empregados nas ações aplicadas. Vale ressaltar que a participação é condicionada a empresas com Cnae industrial e prestadores de serviços para a indústria. A confirmação da inscrição para enquadramento na categoria de participação será realizada por meio da análise da atividade econômica da empresa inscrita. Além disso, deve haver ausência de acidente de trabalho com morte ou incapacidade total permanente na unidade inscrita (CNPJ) nos 12 meses anteriores à data da inscrição. COMO PARTICIPAR As inscrições podem ser feitas via e-mail, enviando a ficha de inscrição e uma descrição das práticas de SST concorrentes. Os interessados devem baixar toda a documentação do site do Sistema Findes. Informações adicionais em https://sistemafindes.org. br/news/inscricoes-abertas-para-o-premio-sesi-prevenir-de-boas-praticas/
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Seminário é um intercâmbio de informações e conhecimentos sobre corrosão e suas formas de prevenção
3º Seminário EspíritoSantense de Corrosão
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letrodomésticos, máquinas indústrias, equipamentos, pontes, edifícios, carros, navios e monumentos artísticos. Todos esses objetos e estruturas podem ser afetados pela destruição gradativa dos metais. É a chamada corrosão, processo que ocorre espontaneamente e, anualmente, causa significativos prejuízos econômicos à sociedade. O maior desafio é: como combater a corrosão? Esse será o tema central debatido por estudiosos de institutos de pesquisa, universidades, empresas e profissionais da área, durante o 3º Seminário Espírito-santense de Corrosão, que será realizado em novembro, no Centro de Convenções de Vitória, em Santa Lucia. O evento – desenvolvido pelo Sindifer em parceria com o Sistema Findes, ArcelorMittal, Fibria, Petrobras, Senai, Vale VLI Logística, BR Distribuidora, Ifes e WS Equipamentos, com a participação de expositores locais e de outros estados – caracteriza-se como um intercâmbio de informações e divulgação de conhecimentos em estudos sobre corrosão e suas formas de controle e prevenção. Na ocasião, serão apresentados casos de ocorrência do problema em plantas industriais, os malefícios que a corrosão proporciona na sociedade e as soluções. A troca de conhecimento de maneira continuada objetiva melhorias na qualidade e, principalmente, nos resultados de estudos, técnicas, aplicações, tecnologias e custos no combate à corrosão no ambiente industrial. Além da exposição de produtos e serviços voltados ao segmento, a programação do seminário inclui diversas palestras sobre o tema. Nesta terceira edição do evento, um dos diferenciais será a participação da Associação Brasileira de Corrosão (Abraco), que atua na promoção de intercâmbio com entidades nacionais e internacionais, por meio de cursos, seminários e congressos dedicados ao assunto.
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Diretor do Sindifer, Antônio Prando avalia que o seminário desperta no profissional da indústria a vontade de conhecer as mais recentes alternativas ao combate e a prevenção deste grave problema. E a expectativa é que mais empresas de vários portes participem dos debates, já que o assunto merece atenção. “Queremos ter um fórum permanente de discussões para ajudar as empresas a entenderem e encontrarem soluções de combate à corrosão. Nosso interesse é também incentivar a participação acadêmica na pesquisa e desenvolvimento para soluções de proteção dos ativos das indústrias, que poderão contribuir para a manutenção do patrimônio industrial”, enfatizou. Apesar da gravidade, o tema ainda é pouco explorado entre os profissionais da indústria de metalurgia no Espírito Santo. E a informação correta é a única forma de adotar as medidas preventivas necessárias. “O Estado apresenta um nível crítico de corrosão, por isso é tão importante investir na capacitação e conhecimento. As pessoas ainda não entendem a corrosão como algo muito importante para o nosso dia a dia. As estruturas se corroem rápido, e ela vem no concreto, no aço e no inox. Mas, da mesma forma que temos proteção para a construção civil, há processos eficazes de proteção na indústria”, explicou Prando.
Serviço 3º SEMINÁRIO ESPÍRITO-SANTENSE DE CORROSÃO Dia: 06/11 Local: Centro de Convenções de Vitória R. Constante Sodré, 157 - Santa Lucia Inscrições pela internet: www.sindiferes.com.br
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Prêmio Mec Inova 2018 apresenta vencedores
s projetos selecionados para o Painel de Inovações – Prêmio MEC Inova 2018 serão conhecidos e premiados no dia 7 de agosto, das 18h às 20h, no auditório da Ilha de Inovação, como uma das atividades da feira Mec Show. O reconhecimento visa a estimular a cultura da inovação nas empresas, por meio da apresentação de práticas, processos e produtos, novos ou aprimorados, que envolvam mudanças significativas nas potencialidades de produtos, serviços e/ ou processos, gerando ganhos aos negócios. Participaram do prêmio micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões; médias empresas com faturamento anual de R$ 4,8 milhões até R$ 90 milhões; e grandes empresas com faturamento anual acima de R$ 90 milhões. A comissão julgadora realizou a pré-seleção e fará o julgamento final dos projetos com base na relevância técnica, método de desenvolvimento, valoração e fonte dos recursos. A ação é uma iniciativa do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito
O incentivo à cultura de inovação nas empresas é um dos objetivos da premiação
Santo (Sindifer) e do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (Cdmec), em parceria com o Fórum Capixaba de Petróleo e Gás (FCP&G), com a Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (Fest), com a Federação das Indústrias do Estado de Espírito Santo (Findes) e com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES).
Painel de Inovações Prêmio Mec Inova 2018 Data: 7 de agosto de 2018 Horário: das 18h às 20h Local: auditório da Ilha de Inovação
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Especial Por Aline Pagotto
Farol do Bem premiarรก cidadรฃos e empresas que desenvolvam atitudes sustentรกveis 42
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Na categoria Talento Capixaba, “dons artísticos” ainda desconhecidos do público poderão ser premiados
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mpresas e cidadãos que desenvolvem projetos ou iniciativas que beneficiem a sociedade ou que participem dessas ações têm muito valor para o Sindifer, que criou o Projeto Sustentabilidade – Farol do Bem. A ideia é dar visibilidade e reconhecimento às práticas e atividades, de caráter sustentável, que atendam às comunidades. De acordo com a diretora de Inovação do Sindifer-ES, Eliane Gomes, o prêmio visa a difundir ainda mais as experiências e casos de sustentabilidade. Dessa forma, os interessados em participar do projeto poderão mostrar os trabalhos que desenvolvem ou participam e, se for o caso, buscar parceiros para manutenção e mesmo expansão das boas ideias. “Um dos motivos para o Sindifer-ES ter criado essa premiação é justamente ajudar as empresas e cidadãos a buscarem incentivos, assim como agregar outras pessoas que possam ajudá-los a impulsionar os projetos que desenvolvem com e para a comunidade. Queremos, de fato, que esses projetos sejam cada vez mais bem-sucedidos”, disse Eliane. A diretora destacou que não apenas as empresas serão premiadas, mas também os cidadãos envolvidos. “As pessoas que contribuem de forma voluntária receberão um prêmio, porque sem elas o projeto não existiria. É importante valorizá-las também”, explicou.
Eliane reforçou que a aproximação das empresas com a sociedade também é importante, visto que elas precisam colocar em prática a responsabilidade social. “A Vale, por exemplo, está construindo um parque para atender a uma demanda que ficou acordada a partir de diálogos promovidos entre a mineradora e a comunidade. Essa é uma das ações que podem ser premiadas”, frisou. As empresas interessadas deverão se inscrever, gratuitamente, no site do Sindifer-ES, e uma banca avaliadora fará a análise dos melhores projetos nas categorias: Saúde, Educação, Meio Ambiente, Ação Social e Inovação. As iniciativas individuais, vindas de pessoas físicas, concorrerão nas categorias Talento Capixaba e Voluntariado. Segundo Eliane, a categoria Talento Capixaba permitirá que artistas de diversas vertentes, desconhecidos do público, sejam premiados por criar e desenvolver alguma atividade que amplie e fortaleça a cultura capixaba e/ou brasileira. “Pessoas com dons artísticos que ainda não tiveram seus trabalhos divulgados terão a oportunidade de, dependendo do seu potencial, talento e trabalho, ser reconhecidas e premiadas”, pontuou. As regras do prêmio estão disponíveis no site www.sindiferes.com.br. As inscrições,
Projetos de reciclagem podem concorrer na categoria meio ambiente
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Especial
que começaram no final de julho, vão até o fim de outubro. A cerimônia de entrega do prêmio ocorrerá em novembro. TECNOLOGIA Por meio de um aplicativo, desenvolvido pelo Sindifer-ES, as empresas e as pessoas físicas podem se inscrever para marcar presença no Projeto Sustentabilidade – Farol do Bem. Os cidadãos também poderão conferir no app o cronograma dos eventos registrados pelas participantes. “No aplicativo, o cidadão poderá selecionar qual evento participará. Ele receberá um passaporte virtual que dará direito a um ou mais selos de participação. O voluntário que conquistar mais selos por participação dos eventos também poderá receber a premiação. Além disso, esse procedimento permite que o voluntário aumente o networking e busque vagas de emprego, entre outros benefícios”, contou. RESPONSABILIDADE SOCIAL Empresas capixabas já desenvolvem diversos projetos com a comunidade como forma de promover a responsabilidade social no Estado. E esse é o caso da ArcelorMittal Tubarão, que há mais de 30 anos executa projetos que buscam beneficiar comunidades no entorno da siderúrgica. A empresa, fundada em 1983, é mantenedora do Projeto Inter Ação, que destina investimentos a instituições locais legais, selecionadas a cada dois anos por meio de editais. O objetivo é potencializar a busca de soluções em conjunto, para que a população seja beneficiada, construindo, assim, um diálogo e um relacionamento sólido com a comunidade. São parceiros da companhia a Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Acacci), o Centro Salesiano do Aprendiz (Cesam-ES), e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), entre outras entidades. A EDP também é uma das empresas que mais investem em projetos sociais. Por meio do Instituto EDP, a companhia de energia no Espírito Santo apoia ações nas escolas, o esporte e outros programas
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COMO PARTICIPAR DO PRÊMIO FAROL DO BEM? •Q ualquer empresa e pessoa física que desenvolva um projeto social pode se inscrever. •S erão cinco categorias para pessoa jurídica: Saúde, Educação, Meio Ambiente, Ação Social e Inovação. Pessoas físicas concorrem nas categorias: Talento Capixaba e Voluntariado; •O interessado deverá inscrever o projeto no site www.sindiferes.com.br; • A comissão julgadora avaliará o projeto, que deverá atender ao edital disponível no portal do sindicato. Fonte: Sindifer-ES
que gerem renda às comunidades. Desenvolvido na Grande Vitória, o Vôlei Vida é um projeto esportivo que oferece a modalidade gratuitamente a 150 crianças e adolescentes, entre 9 e 18 anos, que vivem em região de risco como Guaranhuns e Grande Terra Vermelha. Os participantes ainda têm acesso a oficinas em Barramares e Ulisses Guimarães. Além de ser eficaz ferramenta de transformação social, o projeto também é um celeiro de talentos. O mais famoso deles é o jogador André Stein, campeão mundial em 2017 e que recentemente passou a fazer dupla com o também capixaba Alison Cerutti. “Quando a empresa apoia projetos sociais, ela investe em vidas. Acredito que este é o maior patrimônio. Resgatar, transformar, agregar valores através do esporte é ter a certeza de um mundo melhor. Não seria possível atender a tantas crianças se não fosse através dos patrocinadores. Uma empresa com foco social é uma empresa solidificada”, destaca a educadora física Nazaré Simões Rodrigues, que há 11 anos coordena o Vôlei Vida. O projeto foi fundado há cinco anos e não tem fins lucrativos. Visa a oferecer o conhecimento e aperfeiçoamento do voleibol, além de resgatar valores como o respeito, o amor, a coletividade, a integração e a socialização de crianças e adolescentes, desenvolvendo nesses alunos o real conceito de cidadania. Em busca de melhoria ao meio ambiente, a EDP também possui uma parceria com a Sociedade dos Amigos do Vale do Castelo (Savac), que, por meio do projeto Recuperação de Nascentes: Destinação e Tratamento de Efluentes Domiciliares, faz melhorias em nascentes nos municípios de Castelo, Conceição do Castelo e Muniz Freire, com o objetivo de proteger as águas e capacitar os produtores rurais.
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Foto: Cátia Fraga Kigar
Artigo
Malcom Forest é escritor, tradutor e palestrante. Foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2018 por seu ativismo ambiental
As florestas precisam ser prioridade de todos
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Brasil é realmente um país que tem tudo para ser líder mundial, por excelência. Gigantesco território, abundante em recursos hídricos, sol, clima ameno o ano todo, perfeito para a agricultura e pecuária. Mais de 8 mil quilômetros de costa atlântica, tranquilamente navegáveis. Sem neve, furacões, terremotos ou vulcões. Riqueza mineral faraônica, biodiversidade fantástica, recursos extraordinários à medicina farmacológica, com princípios ativos ainda por se descobrir. Temos ainda um povo de alma boa e sensacionais recursos para turismo. O Brasil realmente tem tudo para ser o paraíso terreal. No tocante ao efeito estufa e ao aquecimento global, a contribuição negativa do Brasil se faz pelas emissões de dióxido de carbono, não tanto pelos veículos a combustão, mas principalmente pelas queimadas de campos e florestas. Comparadas com as dificuldades realmente graves nas grandes cidades, as queimadas são o problema de menos difícil solução. PROJETO FLORESTAS BRASILEIRAS Elaborado com o apoio da Associação dos Moradores e Amigos da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (Amar), que fundei com um grupo de ativistas na década de 1990, o projeto tem a missão de conscientizar governos, empresas, instituições e público em geral sobre a necessidade de preservação proativa de florestas, além de alertar sobre a fundamental necessidade de prevenção e combate a incêndios nesses locais e sugerir políticas de desenvolvimento florestal, conservação e silvicultura sustentável. O Florestas Brasileiras resgata os objetivos de uma proposta mais antiga, o Projeto Floram que visava ao reflorestamento com espécies nativas de até 2% do território brasileiro. Sugerido pelo cientista Wilfried Bach em 1988 no congresso Climate and Development, como meio eficaz para combater o efeito estufa, o Floram contou com a participação de alguns dos maiores
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cientistas brasileiros à época. Por razões políticas, não teve implantação. Foi um grande desafio retomá-lo, o que fiz há mais de 18 anos, por entender seus benefícios ao Brasil, ao planeta. Sim, é possível uma recuperação em larga escala das florestas dentro do conceito de desenvolvimento sustentável e em perfeita harmonia com o agrobusiness. Sim, é preciso promover tecnologias de energia limpa – hidrelétrica, eólica, solar e de gás natural. Deve-se considerar que, muitas vezes, usinas e obras pequenas têm menor impacto ambiental e maior eficiência. Além de outros grandes benefícios e serviços ambientais, o plantio de florestas e de árvores é extremamente importante para a regulação climática. Ao “sequestrar” poluentes e resgatar oxigênio para a nossa respiração, o “metabolismo” florestal se faz, tal como um enorme biodigestor vivo, limpa o ar. As florestas e todo o verde contribuem significativamente para o resfriamento global, para a umidificação do ar que respiramos e para a autoestima das pessoas. Uma única árvore de cinco metros de copa pode liberar até 300 litros de água na atmosfera diariamente. E esse combate à baixa umidade relativa do ar evita graves prejuízos causados a idosos, crianças e adultos debilitados por problemas respiratórios. A Grande São Paulo, megalópole da América do Sul que reúne 39 municípios e mais de 20 milhões de habitantes, registra uma diferença de até 20 graus Celsius entre o centro aquecido da capital e alguns bairros (as chamadas ilhas de calor) e o alto da Serra da Cantareira, que contém uma das maiores florestas urbanas do mundo. Há ainda tantas outras mais fontes de benefícios. A proteção de cursos d’água, de mananciais, de aquíferos. O chamado cordon sannitaire, o cinturão verde que uma cidade cria com seus microrganismos para a melhora da imunidade e saúde das pessoas, é mais um fator de benefício ao ser humano e às demais formas de vida.
Economia Especial Por Fernanda Neves
Ensino reformulado para atender aos novos tempos
Educação voltada ao mundo do trabalho é ferramenta para dar saltos de produtividade
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reforma da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em tramitação no Congresso Nacional, está sendo ótima oportunidade para remodelar as estratégias da área da educação. O Espírito Santo tomou a dianteira em algumas ações que estão virando modelo para o resto do país. Uma delas é o projeto piloto “Ensino Médio com itinerário de formação técnica e profissional”, protagonizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os alunos recebem formação técnica em Eletrotécnica, em conjunto com a grade curricular básica do ensino médio. Ao final, terão uma formação profissional consistente e competências para empregabilidade, incluindo fundamentos técnicos e científicos referentes à qualidade, ao meio ambiente, à segurança e à saúde ocupacional. A integração curricular orienta a formação geral para o desenvolvimento das competências e habilidades requeridas pelo mundo do trabalho, ao mesmo tempo em que a formação profissional favorece o fortalecimento daquelas que são indispensáveis ao aprimoramento do estudante como pessoa humana e à sua inserção no mundo do século 21. A metodologia foi desenvolvida pelos departamentos nacionais das instituições e implantadas prioritariamente, além do Espírito Santo, nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará e Goiás. O curso está organizado em 3 mil horas, divididas em três anos. A integração, realizada de forma cooperativa entre os profissionais do Sesi e do Senai, foi garantida pela organização curricular e pelas estratégias de gestão compartilhada e de planejamento das atividades docentes Diretor-superintendente do Sesi e também diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi explica que a proposta curricular
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foi estruturada com o objetivo de estimular os estudantes a darem significado aos saberes e às atividades escolares. “A ideia é apresentar à sociedade uma proposta curricular inovadora, factível, replicável e alinhada com as diretrizes da nova Lei do Ensino Médio, podendo ser implementada futuramente, sobretudo, na rede pública de ensino”, destaca Lucchesi. O sistema de educação industrial também protagonizou outros avanços para o mundo do trabalho já no ensino fundamental, com disciplinas extras como Empreendedorismo, Robótica e Educação Tecnológia. Instituição que vem passando por uma grande reformulação e dando exemplo é o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). Por ser a entidade especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e modalidades de ensino, da formação inicial e continuada a pós-graduação, a nova BNCC só alavanca as ações adotadas para a constante atualização dos currículos, principalmente nos cursos diretamente envolvidos com as carreiras na área industrial. Reitor do Ifes, Jadir Jose Pela destaca que há décadas a instituição trabalha com a integralidade da formação dos alunos por meio dos currículos básico e profissional em harmonia. “Temos gerações de alunos formados, em cursos como o de Mecânica e Eletrotécnica, que já completaram mais de 50 anos, sempre mantendo uma forte relação com o setor produtivo. Mas isso não representa acomodação. Estamos em sintonia com os arranjos produtivos locais, para que ensino, pesquisa, extensão e inovação contribuam com o desenvolvimento econômico e social. A questão metodológica, quando aproximamos a teoria e a prática, o laboratório e a sala de aula, é fundamental. Também fazem parte da formação integral as
“Estamos em sintonia com os arranjos produtivos locais, para que ensino, pesquisa, extensão e inovação contribuam com o desenvolvimento econômico e social”
Jadir Jose Pela, reitor do Ifes atividades extracurriculares, que proporcionam ao estudante uma construção do conhecimento mais completa para o trabalho e para a vida, quando, por exemplo, ele participa de olímpiadas científicas, visitas técnicas, envolvimento em atividades esportivas, artísticas e culturais”, detalhou Pela. A oferta de cursos nos campi do Instituto se dá de acordo com a vocação da região e com o arranjo produtivo local. Os cursos técnicos são ofertados nas modalidades presencial e à distância em três formas: articulada integrada, articulada concomitante e subsequente ao ensino médio. Na forma articulada integrada, o estudante faz o ensino médio com a formação técnica no próprio Instituto. Nas formas articulada concomitante e subsequente, faz somente o ensino técnico – a diferença é que no concomitante ainda pode estar matriculado em determinada série/ano do ensino
médio, enquanto no subsequente a conclusão do ensino médio é obrigatória. Os cursos atendem estudantes em idade própria e aos do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos – Proeja. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS TAMBÉM ARTICULADAS PARA AUMENTAR O EMPREENDEDORISMO Assim como as escolas se organizam para impulsionar a atitude inovadora e empreendedora, o próprio empresariado se organiza para que as futuras gerações venham mais ativas. É o caso da Junior Achievement (Ja), uma associação educativa sem fins lucrativos, mantida pela iniciativa privada que tem como objetivo despertar o feeling empresarial nos jovens, ainda na escola. Ela foi criada nos Estados Unidos em 1919 e atualmente está presente em mais de 120 países. No Espírito Santo, a JA está representado desde 2001 e, nesse período, sua atuação já impactou mais de 250 mil jovens de escolas públicas e privadas. As atividades da JA são desenvolvidas através de programas educativos criteriosamente formulados, aplicados com os jovens através de parcerias com escolas e voluntários dispostos a compartilhar suas experiências e conhecimentos com estudantes de diferentes faixas etárias. Em 2018, a previsão é atender 17 mil jovens, em 80 escolas, e envolver cerca de 530 voluntários nos programas.
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I Seminário de Manutenção no ES
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m um cenário mais competitivo a cada ano e que, consequentemente, demanda gestões cada vez mais estratégicas, a tomada de decisões está diretamente ligada ao acompanhamento de custos produtivos frente à rentabilidade, à performance da produção, à utilização e à otimização de recursos tecnológicos e gestão de pessoas. Nesse desafio diário, a atenção ao funcionamento regular de máquinas, equipamentos, ferramentas e instalações é determinante para o bom andamento das atividades dentro de uma fábrica. Restauração, conservação, prevenção e substituição de peças ou equipamentos são técnicas essenciais que constituem a linha de produção de diferentes segmentos. Por isso, a manutenção industrial de máquinas e equipamentos será amplamente debatida em setembro, no I Seminário de Manutenção, realizado pelo Sindifer. No Espírito Santo, existem empresas que prestam serviço de manutenção em diferentes regiões do Brasil e até em outros países. Um desses exemplos é a Imetame Metalmecânica, localizada em Aracruz, especializada em serviços de fabricação, montagem e manutenção e mecânica industrial. Mas, com a chegada da indústria 4.0, ou revolução industrial, as empresas precisão se adequar. Esse novo conceito foi proposto recentemente e engloba as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia da informação, aplicadas aos processos de manufatura. As empresas inteligentes utilizam conjuntos de tecnologias que, integrados, se beneficiam da redução de barreiras ou limites entre os mundos virtual e físico, o que permite que máquinas e pessoas trabalhem colaborativamente. Essas instituições utilizam sistema de produção cyber-físico que une o mundo real e o virtual. “Estamos saindo da era industrial para a era da indústria 4.0, uma tendência mundial que já molda o futuro de muitos empreendedores. Com as fábricas inteligentes, várias mudanças irão ocorrer na forma em que os produtos serão
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REVISTA SINDIFER - ES
manufaturados, causando impactos em diversos setores do mercado”, explicou Daives Alvarenga, vice-presidente do Sindifer. A programação do evento inclui palestras voltadas para diferentes tópicos e também exposição de empresas de manutenção nos ramos de elétrica, mecânica e automação. Todos os profissionais das áreas de segurança, produção, manutenção, planejamento, assistência técnica e engenharia podem participar do seminário. Daives destaca a importância de o Sindifer preparar suas empresas associadas para atender à demanda da indústria 4.0. “O seminário será excelente oportunidade de aperfeiçoar conhecimentos e se qualificar para entrar na área de operação de equipamentos com tecnologias avançadas. Queremos que o Espírito Santo saia na frente, com bons resultados de forma inovadora. Por isso precisamos preparar a mão de obra para atender esse novo mercado. Daqui a alguns anos isso será natural, assim como a tecnologia de hoje”, observou. Diante do desafio de fazer com que as organizações entendam o novo conceito da indústria 4.0 e saibam como agir nesse novo cenário, o diretor do Sindicato acrescentou a importância do debate contínuo. “Por isso é tão necessário termos um comitê, no qual as empresas troquem informações e, dessa forma, possam progredir e melhorar o serviço prestado.”
SERVIÇO I SEMINÁRIO DE MANUTENÇÃO NO ES Dia: 26 de setembro Hora: 8h30 às 17h Local: Sindifer. Rua Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, 180, Santa Luiza, Vitória (ES) Informações: (27) 3225-8457
Registro
Inscrições abertas para o segundo ciclo do Edital de Inovação
I
novar é fundamental. Afinal, quanto mais inovadora uma empresa, mais competitiva ela se torna. E o Edital de Inovação para a Indústria está recebendo projetos para o segundo ciclo de 2018. A estratégia visa a valorizar prática, financiando o desenvolvimento de produtos, processos e serviços criativos. Podem participar negócios de qualquer porte, desde que sejam enquadrados em uma das cinco categorias previstas no edital. No total, serão disponibilizados R$ 55 milhões em aportes por meio da parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi). CATEGORIAS Os projetos e as premiações do edital estão separados por cinco categorias: Inovação Tecnológica para Grandes e Médias Empresas, Inovação Tecnológica para Micro e Pequenas Empresas, MEI e Startups de Base Tecnológica, Empreendedorismo Industrial, Inovação em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e Promoção da Saúde (PS); e Inovação Setorial em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e Promoção da Saúde (PS). E os financiamentos variam de R$ 350 mil a R$ 600 mil.
MAR/ABRIL • 01
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Artigo
João Gabriel Mattos Magalhães é presidente do Consurt – Conselho Temático de Relações do Trabalho / Findes
Semana Estadual de Conciliação TRT/ES – Findes
O
Estado do Espírito Santo vem participando ativamente das últimas Semanas de Conciliação promovidas simultaneamente pelos Tribunais Regionais do Trabalho em todo o país. A Semana Nacional da Conciliação Trabalhista teve sua primeira edição em 2015 e foi criada pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho com o propósito de implementar medidas para solucionar os processos trabalhistas com maior agilidade e aprimorar os meios consensuais de resolução de conflito. Por iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), foi realizada uma reunião com a participação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (TRT/ES), desembargador Mário Ribeiro Cantarino Neto, e do procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região MPT/ES), Valério Soares Heringer, ocasião em que ficou acordado que seria agendada uma Semana Estadual de Conciliação envolvendo processos indicados pela Findes, estando essa iniciativa alinhada com os objetivos comuns das entidades envolvidas. A lista de processos que irão ser indicados para inclusão na Semana de Conciliação, cuja elaboração a cargo do Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt), órgão consultivo da Findes, deverá ser concluída e encaminhada ao Tribunal no início de agosto, permitindo assim que as entidades envolvidas definam a melhor data para agendamento das audiências de conciliação.
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REVISTA SINDIFER - ES
Como presidente do Consurt, destaquei a importância desse tipo de iniciativa, já que na maioria das vezes ela permite que todos os envolvidos nas questões judiciais ligadas ao trabalho encontrem uma forma consensual de resolver tais conflitos. Uma alternativa que evita ainda que esses processos perdurem por longos períodos de tempo sem ter uma solução. Em 2007, a Justiça do Trabalho bateu mais uma vez recordes durante a terceira edição da Semana Nacional da Conciliação Trabalhista. Em cinco dias, a união dos esforços do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e dos 24 Tribunais Regionais do Trabalho fez com que 71.940 audiências fossem realizadas em todo o país, resultando em 26.527 acordos entre patrões e empregados que colocaram um fim em processos judiciais. No total, mais de R$ 749,2 milhões foram arrecadados e beneficiaram diretamente 198.470 pessoas Assim que a programação da Semana de Conciliação for definida, todas as partes interessadas serão devidamente convocadas, e haverá divulgação nos canais de comunicação vinculados às questões de natureza judicial. A expectativa é que se tenha um elevado percentual de acordos sendo realizados, permitindo assim que o trabalho desenvolvido pelo grupo que conduzirá a Semana de Conciliação seja um sucesso. A conciliação é o caminho mais eficiente, célere e viável para a solução de conflitos.
Especial Por Rodrigo Martins
Semana Prevenir será realizada cinco municípios diferentes Idealizada pelo Sindifer e com a participação das industriais do Espírito Santo, a terceira edição da Semana Prevenir promete despertar, conectar e mobilizar a sociedade para a geração de valor à vida 54
REVISTA SINDIFER - ES
M
anter e fomentar as iniciativas de saúde e segurança nas empresas e promover a popularização desse tema na sociedade. Esse é o objetivo da Semana Prevenir 2018, que entre os dias 25 de novembro e 2 de dezembro irá realizar várias atividades distribuídas em diferentes cidades do Espírito Santo – Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Fundão. A iniciativa é do Sindifer (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo), com o apoio do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo) e do Sindirochas (Sindicato da
Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo). A organização está a cargo da Dupla Produções e Eventos. Neste ano, durante oito dias, o evento trará o tema “saúde e segurança” debatido em diversos formatos, a fim de alcançar tanto o trabalhador da indústria quanto a população em geral. O projeto será desenvolvido com o apoio de um comitê técnico composto por Sebrae, Sesi, Senai, Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Universidade Vila Velha (UVV) e pelas empresas ArcelorMittal, Vale, Perfil Alumínios, Outotec, Engelmig, Crea e Volari.
“No ano passado, um dos objetivos era popularizar o tema na sociedade. Verificamos significativos avanços, especialmente pelo maior envolvimento do Sistema Findes e entidades parceiras (Sinduscon, Sindiplastes, Sindirochas, Corpo de Bombeiros), além das grandes empresas do Estado”, explica Matheus Pêsso, diretor de Projetos e Eventos do Sindifer. PREVENÇÃO Inovações tecnológicas e o uso de diversas máquinas alteram o modus operandi das indústrias e, assim, a forma como o trabalhador realiza suas atividades. Essa nova relação estabelecida entre o homem e a tecnologia ocasionou novos riscos para a saúde do trabalhador, tanto no aspecto físico quanto no mental e no social. Processos que exigem maior qualificação, o que consequentemente torna o profissional mais suscetível a acidentes de trabalho. Pêsso, que também atua como executivo de uma das empresas que fazem parte do comitê técnico, destaca que desde o início a Prevenir aborda os temas saúde e segurança com equilíbrio. “Até porque são questões complementares. As ações prevencionistas da segurança são mais fundamentadas nas experiências dos membros do comitê técnico. As questões de saúde têm foco nas ações que geram mais qualidade de vida e promoção do bem-estar da população, com preocupação adicional na classe trabalhadora.” A inclusão da cultura de prevenção nem sempre é rápida, necessita de bastante persistência e habilidade para ter sucesso. Mas é justamente a falta desta, de forma involuntária ou não, que provoca, ainda hoje, um número alto de acidentes dentro das empresas. A maneira como os gestores tratam a saúde e a segurança do seu colaborador impacta diretamente a forma como esse profissional enxerga a importância de se ter hábitos saudáveis e seguros. PRÊMIO SESI Um dos pontos altos do evento é a entrega do Prêmio Sesi Prevenir de Boas Práticas em SST, que ocorrerá durante a abertura solene, no dia 26 de novembro, no auditório da Findes, em Vitória. O objetivo desse prêmio é valorizar as iniciativas em melhorias na prevenção, estimulando
Semana Previnir debaterá temos sobre segurança e saúde no trabalho
a construção de uma cultura de saúde e segurança do trabalho no ambiente empresarial, por meio da apresentação de práticas, processos e produtos, novos ou aprimorados, desenvolvidos pelas empresas. As participantes serão subdivididas em grupos, de acordo com a sua classificação como pequena, média ou de grande porte, e a seleção dos trabalhos será feita por uma comissão julgadora composta por profissionais das empresas que constituem o comitê técnico. “A parceria com o Sistema Findes é fundamental. Nesse sentido, o Sesi é o principal parceiro e contribui com sua experiência e grande envolvimento em toda a Prevenir. Creio que, realmente, é um modelo de como as instituições podem somar esforços e trazer mais retorno para os investimentos das indústrias. Os ganhos são para todos os envolvidos, especialmente para os trabalhadores”, ressalta Matheus. ESCOLA SEGURA Durante o evento será realizada também a entrega do Prêmio Escola Segura. O objetivo é despertar a importância de temas transversais do comportamento na prevenção de acidentes na escola, em casa, no lazer e no trabalho. Um grupo de especialistas de empresas privadas e órgãos públicos desenvolveu o “Checklist da Autogestão Escola Segura”. Haverá visitas às escolas públicas municipais para aplicação do checklist, e a avaliação será feita por representantes de Sindifer, Bombeiros e empresas privadas. “Durante os dois meses anteriores à Semana Prevenir, um comitê irá avaliar várias escolas que tenham boas práticas em saúde e segurança. O objetivo desse prêmio, além de incentivar as escolas a difundirem tais práticas, é levar à criança e ao adolescente em idade
escolar a cultura da saúde e prevenção de acidentes”, comenta Lucio Dalla, presidente do Sindifer. AÇÕES A Semana Prevenir 2018 promete muito mais. No dia 25 de novembro, a Prevenir na Praia, primeira etapa da programação, que será realizada na Praia Grande (Fundão), contará com a participação do Corpo de Bombeiros, do Senai e de empresas parceiras do evento. A sensibilização será feita por diferentes ações: Corrida Semana Prevenir, recreação infantil, banda do Exército, exposição de veículos do Corpo de Bombeiros e do Exército Brasileiro, além das demonstrações do Senai de segurança para o trabalho em espaço confinado, trabalho em altura e simulação com o equipamento Convencedor. O Corpo de Bombeiros promoverá a formatura dos guarda-vidas e fará o lançamento da Operação Verão. “Haverá simulação de resgate na água com apoio
NÚMERO DE COMUNICAÇÕES DE ACIDENTE DE TRABALHO (CAT’S) NO ES 11.602
11.952
4.617
2012
13.175
4.448
2013
Total
12.018
5.028
2014
10.770 10.422*
4.325
2015
3.626 2016
2017
Indústria
* Não foi possível desagregar o dado de 2017 para informar o quantitativo referente à Indústria Fonte: Ideies/Sistema Findes
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Especial aéreo e terrestre, visando a demonstrar a necessidade de segurança a toda a população”, completa Lucio Dalla. A Rodada de Negócios, que tem como foco exclusivo produtos e serviços voltados para a saúde e segurança do trabalhador, ocorrerá no dia 27 de novembro, durante a terceira etapa do evento. Promovida pelo Sebrae, busca criar um ambiente para que as empresas negociem e estabeleçam novas parcerias. As reuniões, no Hotel Golden Tulip Porto Vitória, deverão durar entre 20 e 30 minmutos. SEMINÁRIO Em 28 de novembro, quarto dia do evento, haverá o Seminário de Saúde e Segurança, no auditório da Rede Gazeta, em Vitória. A ideia é contribuir para a atualização e capacitação do trabalhador, a fim de criar uma rede de informações útil a todos. “Será um dia inteiro de debates sobre saúde e segurança do trabalho. São cases de empresas que adotam excelentes práticas para evitar acidentes e que visam a não interferir na saúde do trabalhador”, complementa Lucio Dalla. PREVENIR Novidade no evento este ano, o Prevenir no Centro será no dia 29 de novembro. Serão feitas ações no Centro Histórico de Vitória, com o Corpo de Bombeiros. Haverá atividades como simulação de exercício de abandono e salvamento em edificação; além de palestras e visitas instrutivas dos Bombeiros a algumas lojas. Tudo para incorporar a comunidade do Centro e os lojistas ao tema da prevenção. Fechando o evento, no dia 2 de dezembro, ocorrerá o Prevenir no Parque. Uma manhã de diversão em um dos parques municipais da cidade da Serra, aliada à conscientização para as crianças. Serão momentos de lazer com atividades de aventura, como tirolesa e escalada em caixas, feitas no treinamento dos Bombeiros, que foram adaptadas para o público infantojuvenil. Nesse dia haverá, também, a exposição de carros e equipamentos do Corpo de Bombeiros. SESI Entre os dias 27 e 29 de novembro, o Espaço Sesi estará presente na Rodoviária de Vitória e nos terminais urbanos em Laranjeiras, Campo Grande e Itaparica. Um grande mutirão de
“Não é só o custo (dos acidentes de trabalho) que tem para as empresas e para o Estado, mas, principalmente, o desconforto que ocorre tanto ao trabalhador como para a família do trabalhador” Lucio Dalla, presidente do Sindifer
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REVISTA SINDIFER - ES
NÚMERO DE ACIDENTES DE TRABALHO, POR TIPO ESPÍRITO SANTO (2012-2017) TIPO DE ACIDENTE
QUANTIDADE
%
Doença
856
1,2
Típico
54.277
77,6
Trajeto
14.667
21,0
Ignorado
139
0,2
Total
69.939
100,0
ACIDENTE TÍPICO: é o ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa. ACIDENTE DE TRAJETO: é o ocorrido no percurso da residência para o local de trabalho, ou vice-versa. DOENÇA: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. Fonte: Ideies/Sistema Findes
atendimentos gratuitos – aferição de pressão, diagnóstico resumido de estilo de vida saudável e massoterapia, entre outros serviços – realizado por voluntários das áreas de saúde e segurança do trabalho. “Esta é mais uma parceira entre o Sindifer e o Sesi, que faz nos terminais de ônibus essas ações visando a incutir nas pessoas a necessidade de cuidar da saúde. Isso é valorização da vida”, conclui o presidente do Sindifer. Neste ano, em parceria com o Cerest (Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador), o Espaço Sesi contará ainda com a Van da Saúde do Homem, para testes rápidos de hepatite B e C, sífilis e HIV. META Os idealizadores do evento pretendem educar os participantes e tornar perceptível que, quando se tem prevenção no trabalho, os resultados se refletem não apenas na empresa, mas também no indivíduo, na família e na sociedade. “Como nosso segmento é de alto risco, grau 4, segundo o Ministério do Trabalho, nosso objetivo é reduzir drasticamente, se possível a algo bem próximo de zero. Nossa meta é reduzir o volume de acidentes, em média, 10% ao ano, para daqui a 10 anos termos um número bem baixo”, ponderou Lucio Dalla. A aposta é que esses esforços tornarão evidente que investimentos na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais são estratégicos para os negócios. Assim, aprimorar o conhecimento nas empresas para que possam melhorar continuamente os sistemas e processos de saúde e segurança no trabalho. Além disso, visam a educar os jovens para não precisar corrigi-los quando adultos. “A meta do comitê é fazer o melhor e ser referência até internacional. A Findes tem reiterado apoio nas ações que promovem a saúde e a segurança das pessoas, sendo esta a base para a redução nas ocorrências que prejudicam o trabalhador, as empresas e também toda a sociedade”, concluiu Matheus Pêsso.
Indústria Por Fernanda Neves
Indústria 4.0: ES atento à nova cena mundial 58
REVISTA SINDIFER - ES
Iniciativas e incentivos já estão sendo vistos por atores locais
C
ustomização em massa, flexibilidade fabril, linha de produção industrial individual... Há alguns anos, essas expressões não fariam sentido. No contexto industrial, seriam tachadas de contraditórias ou paradoxais. Mas, em menos de duas décadas, tornaram-se as metas que muitos empreendedores visionários têm em mente. Isso só foi possível porque estamos totalmente imersos em uma revolução bastante impactante: o da indústria 4.0. Assim como no resto do mundo, o movimento empresarial capixaba está atento ao cenário atual. Governo, entidades de classe e empresários já se movimentam para entender o que está acontecendo, e os primeiros resultados já podem ser vistos. “O bom de períodos revolucionários é que a ordem anteriormente adotada é desconstruída. Em termos de segurança, isso é horrível, porém pode colocar alguns visionários à frente nos novos modelos que serão adotados. Olhando assim, em perspectiva, países como Brasil, China, África do Sul ou Estados Unidos têm os mesmos potenciais. O diferencial é o que cada nação fará”, expôs o doutor em Engenharia de Produção e especialista em Gestão de Organizações Inovadoras pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, Luciano Raizer Moura. O pesquisador está desenvolvendo o pós-doutorado sobre o tema no Instituto Fraunhofer de Produção de SisBANDES INDÚSTRIA 4.0 temas e Tecnologias de Design (IPK), em Berlim (Alemanha).
DIFERENCIAIS: •A nálise de crédito com foco totalmente nas bases conceituais da metodologia da indústria 4.0. • I senção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). •F inanciamento até 100% do valor do investimento. • Taxa de juros: Selic + 3,15% ao ano (considerando o bônus de pontualidade mensal). •C arência de 12 meses. •P razo total de até 60 meses. QUEM PODE CONTRATAR: •P essoas jurídicas com sede no Espírito Santo.
O QUE PODE SER FINANCIADO: • I nvestimento em infraestrutura. •A quisição de máquinas, equipamentos e componentes eletrônicos importados (com despesas de importação). • Transferência, licenciamento e absorção de tecnologias (com mão de obra e treinamento). •A valiação/certificação, treinamento, consultoria e serviços especializados. •C apital de giro associado, limitado a 30% do valor do investimento total. •C apital de giro exclusivo para a produção pioneira. •D espesas de propriedade intelectual e relacionadas a patentes no Brasil e no exterior. • I mplementação de pesquisa, desenvolvimento e inovação ou programas de investimentos. Informações sobre consultores e linhas de financiamento – Bandes Atende: 0800 283 4202
CONCEITUALIZANDO Não há como entender o que é a Indústria 4.0 e como ela está impactando a sociedade sem que dois conceitos estejam bem definidos aos interessados: o de inovação tecnológica e o de transformação digital. O primeiro é inerente ao ser humano. Estamos em constante busca por melhorar e aprimorar o mundo para nossa conveniência. Essa “inquietação” é traduzida em todas as áreas de negócio e colocada em prática por meio de frequentes pesquisas e experimentações. Quando uma nova metodologia de trabalho, um produto ou um serviço são criados, a isso damos o nome de inovação tecnológica. Já o segundo ficou mais evidente no advento do século 21. Houve um boom de tecnologias facilitadoras do nosso cotidiano, que mudou o jeito de a sociedade viver em menos de uma geração. Com o mundo fortemente interligado, aliado à escala exponencial de alterações permitida pelo desenvolvimento digital, as pessoas ficaram com dificuldade de acompanhar a transformação ocasionada por dispositivo digital. Por isso, costumam associar esses fatos aos de
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Indústria uma revolução. Há, sim, uma revolução em curso, mas não é exatamente essa. A INDÚSTRIA 4.0 COMO PARTE DA REVOLUÇÃO “A transformação digital por si só não produz uma revolução. Porém, é o uso dela para criação de aspectos da vida humana que dá a dimensão da revolução. Caso contrário, esse cenário poderia ser facilmente confundido com o de inovação ou de melhoria tecnológica”, revela Raizer. “Aplicada à cidade, a transformação digital forma a ‘cidade inteligente’. Aplicada às construções, a transformação digital cria as ‘construções inteligentes’. Consequentemente, a transformação digital aplicada às fábricas gera as ‘fábricas inteligentes’. No caso específico do modelo fabril, a Alemanha tomou a dianteira mundial e criou o termo ‘indústria 4.0’ para estudar este momento histórico que estamos passando”, complementa. Por isso, é importante compreender novos conceitos, como o de biologia sintética (SynBio) – a convergência de novos desenvolvimentos tecnológicos nas áreas de química, biologia, ciência da computação e engenharia, que permite construir novas partes biológicas, tais como enzimas, células e circuitos genéticos, e redesenhar sistemas biológicos existentes. Já a inteligência artificial (IA) é o segmento da computação que busca simular a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões, resolver problemas, dotando softwares e robôs de uma capacidade de automatizarem vários processos.
IMPACTO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO NO PIB BRASILEIRO Apesar da característica agrária da economia brasileira, o Produto Interno Bruto (PIB) de nosso país já foi composto, na casa dos 20%, pelos ganhos da indústria de transformação. Isso ocorreu em meados da década de 1980, quando o poder público executava uma forte política industrial protecionista. Com as alterações promovidas nos anos posteriores, o Brasil passou por um processo de redução do impacto industrial na cadeia produtiva. Os novos conceitos advindos da revolução da indústria 4.0 pode promover retomada dessa porcentagem em médio e longo prazos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). 1985
21,6%
1990
17,6%
1995
16,4%
2000
16,5%
2005
17,4%
2010
14,9%
2016
11,9%
Fonte: Confederação Brasileira da Indústria (CNI), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
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REVISTA SINDIFER - ES
BRASIL E O DESAFIO DE DESENVOLVER TECNOLOGIA DE PONTA, EM NÚMEROS Em julho de 2018, com base no ano anterior, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o ranking global dos países mais inovadores. O “Índice Global de Inovação” (IGI) está na 11ª edição e usa critérios variados como investimento em educação, patentes registradas, aumento de produtividade, exportação de bens com alto valor tecnológico agregado e investimento em pesquisa e desenvolvimento para pontuar 126 países que participam da pesquisa com notas que variam de zero a 100.
Posição
Índice Global de Inovação 2018 Nação Pontuação
1º
Suíça
68,40
2º
Países Baixos
63,30
3º
Suécia
63,10
4º
Reino Unido
60,10
5º
Cingapura
59,80
6º
Estados Unidos
59,80
7º
Finlândia
59,60
8º
Dinamarca
58,40
9º
Alemanha
58,00
10º
Irlanda
57,20
64º
Brasil
33,40
Continuando nos alicerces da 4.0 está a internet das coisas (IoT), que representa a possibilidade de os objetos físicos estarem conectados à internet, podendo assim executar de forma coordenada uma determinada ação. Um exemplo seriam carros autônomos que se comunicam entre si e definem o melhor momento (velocidade e trajeto, por exemplo) de fazer um cruzamento em vias urbanas. Já a manufatura aditiva (3D), conhecida popularmente como impressão 3D, é a adição de material para fabricar objetos, formados por várias peças, constituindo uma montagem. Para finalizar, temos os sistemas ciber-físicos (CPS), que sintetizam a fusão entre os mundos físicos e digital. Dentro
“A transformação digital por si só não produz uma revolução. Porém, é o uso dela para criação de aspectos da vida humana que dá a dimensão da revolução”
Luciano Raizer Moura, doutor em Engenharia de Produção
JORNADA DA INDÚSTRIA PARA O 4.0 10 MEDIDAS 1ª – DIFUSÃO DO CONTEÚDO - Campanha permanente de comunicação com ações em mídia espontânea, redes sociais e internet. Estratégias como seminários e workshops para disseminação dos conceitos e aplicações-piloto. Meta: R$ 25 milhões em investimento em divulgação. 2ª – AUTOAVALIAÇÃO - Disponibilização de uma plataforma de autoavaliação do grau de maturidade da indústria em relação à jornada para a indústria 4.0. Meta: 3 mil empresas atendidas até 2019. 3ª – “HUB” 4.0 - Integrada à plataforma de autoavaliação, a ferramenta permite a conexão com os provedores de tecnologia como uma das etapas essenciais da modernização do parque industrial. Metas: 3 mil empresas atendidas até 2019 e R$ 35 milhões em volume de investimentos públicos e privados. 4ª – BRASIL MAIS PRODUTIVO 4.0 - Ampliação do número de empresas atendidas, principalmente as de pequeno porte, para migração do primeiro passo da digitalização industrial. Meta: 1,5 mil empresas apoiadas até 2019. 5ª – FÁBRICAS DO FUTURO E TEST BEDS - Financiamento de projetos de testbeds (fábricas testes) e formatação de “fábricas do futuro”. Metas: 20 fábricas do futuro apoiadas e R$ 30 milhões em volume de investimentos públicos e privados até 2019. 6ª – CONEXÃO STARTUP-INDÚSTRIA 4.0 - Criar e fomentar um ambiente de conexão entre startups e indústrias a fim de promover o desenvolvimento tecnológico de soluções a partir de demandas industriais, fomentar novas formas de gestão de desenvolvimento tecnológico baseadas em métodos e ferramentas ágeis. Metas: 50 indústrias apoiadas, 100 startups apoiadas e R$ 30 milhões em volume de investimentos públicos e privados. 7ª –MERCADO DE TRABALHO E EDUCAÇÃO 4.0 - Será necessário estruturar uma forte agenda presente e futura de mapeamento de competências, entendimento das demandas de mercado, requalificação de trabalhadores e preparação das novas gerações para o mundo 4.0. 8ª –REGRAS DO JOGO - Reformas legais e infralegais que promovam a aceleração da jornada da indústria brasileira em direção ao 4.0. 9ª – FINANCIABILIDADE PARA UMA INDÚSTRIA 4.0 - Parcerias com instituições financeiras para obtenção de condições acessíveis e personalizadas. 10ª – CONEXÃO GLOBAL - Aumentar a participação do Brasil no comércio internacional. Meta: redução de impostos, produção de novos acordos bilaterais e termos de cooperação e projetos multilaterais para o desenvolvimento de aspectos da indústria 4.0 na ordem de R$ 1,24 bilhão (válidos até o fim do ano 2020).
“O empresariado poderá investir em modernização de seu parque industrial com foco na inovação e nas boas práticas de produção, gestão e pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços” Aroldo Natal, diretor-presidente do Bandes
desse modelo, todo o objeto físico (seja uma máquina, seja uma linha de produção) e os processos físicos que ocorrem, em função desse objeto, são digitalizados. Ou seja, todos os objetos e processos na fábrica têm um irmão gêmeo digital. PODEMOS CHEGAR LÁ Mesmo o Brasil não figurando entre os países com maior destaque em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia, o governo federal instituiu, em junho de 2017, o Grupo de Trabalho para a Indústria 4.0 (GTI 4.0), a fim de elaborar uma proposta de agenda nacional para o tema. Com 50 instituições representativas (governo, empresas, academia, sociedade civil organizada), foi elaborada a jornada da indústria para chegar ao modelo 4.0. Resultado disso é um cronograma de ações bem definido, com 10 medidas prioritárias destacadas para que um salto de produção e de modernização do pátio fabril brasileiro seja alcançado. No Espírito Santo já se têm os primeiros resultados, como a recém-lançada linha de financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes), criada em articulação com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Com ela, o empresário terá acesso ao crédito para investimento em inovação, por meio de tecnologias emergentes na área da informação e automação industrial. A meta é facilitar a formação de “fábricas inteligentes”, utilizando critérios de análise de crédito totalmente personalizada para esse fim. O diretor-presidente do banco, Aroldo Natal, explica que essa novidade beneficiará toda uma cadeia produtiva, tanto pelo ineditismo dos tipos de sistemas financiados quanto pelas boas condições operacionais. “Traduzimos em taxas de juros e prazos que possibilitam às empresas manter seu perfil de competitividade nesse mercado. O empresariado poderá investir em modernização de seu parque industrial com foco na inovação e nas boas práticas de produção, gestão e pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços”, detalha. Apesar de ser uma linha bastante específica e com dinâmica própria, o interesse já é grande.
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Indústria O Bandes espera liberar R$ 50 milhões até o fim do ano para projetos voltados à área industrial. No primeiro semestre, o acumulado de liberações estava na casa dos R$ 10 milhões. Em outras frentes, o Sistema Findes oferece aporte à inserção do parque fabril à indústria 4.0 por meio da disponibilização dos laboratórios do Serviço Nacional de Aprendizagem industrial (Senai-ES), aliado a uma série de consultorias a capacitações e cursos técnicos que visam preparar o empresário e sua empresa para esse ambiente. Esse conjunto de estratégias específicas vem sendo adotado desde 2017, com o lançamento do Programa de Inovação da Indústria Capixaba (Inovic). Balizado em ações para aproximar o ecossistema de tecnologia inédita local e ferramentas e instrumentos para estimular mais produtos nessa segmentação nas empresas, a Federação reorganizou-se e, por meio do Senai-ES, montou uma Diretoria de Inovação, Tecnologia e Produtividade e estruturou o Instituto Senai de Tecnologia. Neste último, já estão em funcionamento dois Laboratórios Abertos, que são ambientes para prototipação de ideias e capacitação de empreendedores. O Inovic também disponibiliza uma linha de fomento por meio de um edital, parceria do Sesi/Senai/Sebrae. Os recursos giram em torno de R$ 400 mil para desenvolvimento de produtos e processos inovadores. Organização e verba para ação de um lado, atuação empresarial do outro. Já há empresas com o foco totalmente alinhado à metodologia 4.0, como a Aratu Equipamentos de Pesquisa. Sediada na incubadora tecnológica TecVitória, na capital, a empresa desenvolve soluções inteligentes para que indústrias possam desenvolver ao máximo sua produtividade, qualidade e flexibilidade neste novo momento mundial. Para que possa chegar a esse objetivo, o diretor executivo Nelio Augusto Secchin revela que conta com a parceria fundamental de Findes, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Participam também entes governamentais estratégicos: Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes). “Nossos processos de pesquisa e desenvolvi-
“Temos que ter sempre em mente que nossa competição é global. Que uma tecnologia que desenvolvemos aqui poderá ser comercializada para empresas asiáticas e europeias. Em qualquer lugar”
Nelio Augusto Secchin, diretor da Aratu Equipamentos de Pesquisa 62
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INDÚSTRIA 4.0 1ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – MECÂNICA (1780) Abandonando o modelo artesanal, caracteriza-se pela criação dos motores a vapor e pelo uso da energia mecânica.
2ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – ELÉTRICA (1870) Entram em cena a eletrificação da fábrica e a inserção de metodologia científica para criar a produção em massa.
3ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – AUTOMAÇÃO (1969) A tecnologia da informação proporcionou o início. A informatização passou a automatizar tarefas mecânicas e repetitivas.
4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, ROBÓTICA, BIG DATA E MAIS (2000+) Novidade em todas as esferas fabris, permite a fusão dos mundos físico, digital e biológico.
mento também contaram com a colaboração de instituições de ensino como o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Necessária essa reunião de forças para alcançar soluções inéditas. Temos que ter sempre em mente que nossa competição é global. Uma tecnologia que desenvolvemos aqui poderá ser comercializada para empresas asiáticas e europeias. Em qualquer lugar”, destacou Secchin. O empresário analisa, ainda, que o Estado é um solo fértil para a expansão inovadora. “Nossas últimas expansões econômicas foram em grandes projetos ligados às commodities e agronegócios. Por isso, tradicionalmente temos pouca experiência e cultura em empreendimentos com raiz na inovação. Só que a palavra ‘tradicional’ não deve fazer mais parte do novo vocabulário empresarial. Temos todas as ambiências e peças necessárias para chegarmos a uma economia baseada na diversidade de negócios e setores de atuação. Não depende só dos entes públicos ou do setor produtivo. Deve-se criar um ambiente propositivo entre todos os atores envolvidos, e isso está sendo feito”, reforça o empreendedor.
Agenda 12 a 15 de setembro
12ª FESQUA A Feira Internacional de Esquadrias, Ferragens e Componentes (Fesqua) chega à sua 12ª edição e se consolida como o maior e mais importante evento para o mercado de esquadrias da América Latina. Simultaneamente à Fesqua, a ser realizada no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, haverá outras duas feiras: a 11ª Feitintas - Feira da Indústria de Tintas, Vernizes e Produtos Correlatos, promovida pelo Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo (Sitivesp) – e o 16º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície (Ebrats), um evento trienal organizado e executado pela Cipa Fiera Milano em parceria com a Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície (ABTS).
18 a 21 de setembro
10ª Metalurgia A Feira e Congresso Internacional de Tecnologia para Fundição, Forjaria, Alumínio e Serviços é a maior do segmento no Brasil. Ao longo de 10 edições, registrou presença de visitantes nacionais e internacionais, que concretizaram grande volume de negócios com os expositores. O evento é ainda o local onde técnicos e administradores buscam fornecedores, fabricantes e parceiro, quando precisam investir em seus parques fabris e incrementar a produção. A feira será realizada nos Pavilhões da Expoville, em Joinville (SC), segundo maior polo metalúrgico do país.
23 a 26 de outubro
Fimmepe Mecânica Nordeste A programação da Fimmepe Mecânica Nordeste para este ano mantém a tradição de incluir eventos de conteúdo e inovações voltados à maior produtividade industrial. Uma garantia que atrai a atenção dos profissionais que buscam soluções para aumentar a eficácia de suas indústrias. A feira reunirá 150 marcas nacionais e internacionais, em uma área de exposição de 13 mil m², no Centro de Convenções de Pernambuco. A expectativa é que 15 mil visitantes circulem pela Fimmepe durante os três dias de evento, oportunidade perfeita à prospecção de clientes, à realização de negócios e fortalecimento da networking.
De 1º a 5 de outubro 2018
IMT Feira Internacional Desde 1998, a Feira Internacional de MáquinasFerramenta - IMT - tem funcionado em paralelo com a MSV - Feira Internacional da Engenharia - realizada na República Tcheca – em anos pares. O maior evento do gênero na Europa Central e Oriental é organizado com o apoio do Comitê Europeu para a Cooperação na Indústria de Usinagem e Formação da Cecimo, em Brno, segunda maior cidade do país. A última feira IMT, em 2014, contou com 467 empresas expositoras de 19 países, das quais mais de 55% eram do exterior. O maior número de expositores está no campo das máquinas de usinagem, seguido por ferramentas precisas e máquinas de moldagem. Já a MSV reúne mais de 1.500 expositores e atrai 80 mil visitantes, de 59 países. Todas as nove áreas-chaves da engenharia estão representadas na feira. Local: Centro de Exposição de Brno.
22 e 23 de novembro
16º Moldes ABM O Encontro da Cadeia de Ferramentas, Moldes e Matrizes tem por objetivo disseminar conhecimento técnico-científico em processos, gestão e estratégias, entre outros assuntos relevantes nas atividades relacionadas à produção do segmento. Durante o evento, em Joinville/SC, serão abordados temas atuais e relevantes para o desenvolvimento da ferramentaria nacional. Por meio de palestras, minicursos e visitas técnicas, o Encontro promove a disseminação de conhecimento e a capacitação profissional.
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16 a 21 de setembro de 2019
EMO Hannover “O mundo da metalurgia”
3 e 4 de outubro – São Paulo | 7 e 8 de novembro – Rio de Janeiro
IX Cinase Com o lema “Uma viagem pelas instalações elétricas”, a nona edição do Circuito Nacional do Setor Elétrico tem viajado pelo país levando informações técnicas de qualidade. O Cinase, que este ano já passou por Fortaleza/CE (maio) e Canoas/ RS (agosto), seguirá ainda para São Paulo e depois Rio de Janeiro. Criado em 2010 pela Atitude Editorial, o evento técnico itinerante composto por congresso e área de exposição, debate as principais técnicas e tecnologias do setor elétrico, desde a geração até a instalação elétrica final de baixa e média tensão. Ao fim de cada bloco de palestras é realizado um debate de perguntas e respostas para que o participante possa sanar suas dúvidas.
Faça sua mala e prepare-se para participar desse evento business to business (B2B). O EMO Hannover exibe uma nova gama enorme de produtos: tornos, furadeiras, broqueadoras, fresadoras, além de células de fabricação flexíveis e sistemas. Também máquinas de transferência, esmerilar, planejamento, moldagem, entalho, brocagem, corte, acabamento de engrenagens, serrar, cortar e aparafusar. Com a troca de know-how industrial e eventos de networking especializados como os destaques do show, toda a comunidade de negócios se beneficia disso.
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Perfil Indústria
Geraldo Casasco Uma história de sucesso no setor de alumínio
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eriedade, trabalho e vontade. Essas são as premissas no dia a dia profissional do empresário Geraldo Casasco, fundador da Perfil Alumínios, empresa com 23 anos de história no mercado capixaba, hoje uma das maiores do país na fabricação de destilados de alumínio. Natural de São Paulo, Geraldo, de 77anos, iniciou a trajetória de empreendedor na cidade de Santos. Aos 19, montou uma empresa de material de limpeza. O negócio deu tão certo que ele resolveu ir além e, em 1984, instalou uma empresa de sucata em terras capixabas e, mais tarde, uma de alumínios. “Vislumbramos o negócio aproveitando o bom momento do Estado na economia. Com alguns investimentos, conseguimos expandir a empresa e melhorar a prestação de serviço”, explicou. A empresa, com duas unidades – uma em Vila Velha e outra em Viana (ES), onde funciona o complexo industrial com três unidades de produção – hoje atua com contratos contínuos em todos os estados do Brasil. A força da Perfil está na família, base sólida do empresário, declaradamente um apaixonado pelo Espírito Santo. Casado há 49 anos com Elisa Perez Casasco, é pai de Alexandre (46), Carlos Eduardo (44) e Denise (39), que foram fundamentais para o crescimento da empresa. “Todos os meus filhos estão diretamente envolvidos no dia a dia da empresa e cumprem o trabalho com seriedade”, destaca. Seriedade é a palavra-chave. A começar pelo acolhimento com o funcionário: cordialidade e satisfação fazem parte de um negócio de sucesso. “Faço questão de recepcionar cada pessoa que chega para trabalhar. É uma forma de mostrar nosso cuidado com a vida do funcionário, que vai se refletir nos resultados da produção”, pontuou.
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São 350 funcionários e, em breve, a nova unidade industrial irá gerar mais 30 empregos. Nos últimos anos, mesmo com a crise financeira, a empresa tem conseguido crescer. “Encaramos esse processo com naturalidade, inclusive os funcionários não tiveram medo de encarar a realidade. Também fomos vender para fora do Estado e continuamos competitivos”, ressaltou. Geraldo não se acomoda. “Enquanto tiver condições, vou continuar gerindo o negócio com os meus filhos. Com responsabilidade e planejamento, queremos continuar crescendo. A meta é aumentar a produção de 620 para 1.200 toneladas de alumínio por mês.” CONSOLIDAÇÃO A notoriedade da Perfil é crescente, recebendo homenagens e mais de 30 prêmios. Em 2016, foram três prêmios de grande destaque no setor nacional de metais. No ano seguinte, a empresa ficou entre as 200 maiores do Espírito Santo. E agora, em 2018, foi eleita a melhor do Estado. Além de contribuir com a economia, o investimento em ações sociais tem sido um diferencial. “Sinto-me orgulhoso por desenvolver meus negócios aqui. Vendemos para todas as construtoras, expandimos nossa marca, arrecadamos, cumprimos com nossos deveres e com o Estado. Além disso, ainda contribuímos com o trabalho de ONGs e pessoas que precisam de ajuda”, declarou. Pergunte ao senhor Geraldo qual o segredo do sucesso, e ele não hesitará em dizer: carinho. “Não tenho religião, mas sempre que posso ajudo com carinho, respeito e amor. Sigo o ditado ‘trate bem as pessoas quando estiver subindo, porque poderá encontrá-las quando estiver descendo”, concluiu.