Revista TI-ES 13

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//Especial: VII Encati: lições em marketing e gestão para lucrar Novo VR proteme ser mais imersivo

A Revista da Tecnologia da Informação do Espírito Santo / Publicação Oficial do Sindinfo – ES

BLOCKCHAIN

Tecnologia que revoluciona o mercado

// Arnaldo Aimola ENTREVISTA

“O Gartner acompanha movimentos do mercado e os transforma em aconselhamento estratégico”

// Mercado Apps sob medida para o seu negócio

ANO 5 // Nº 13




8 // Criptomoedas Conheça o blockchain, uma cadeia inovadora que mudará atividades de vários setores, da saúde ao mercado financeiro.

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//Gadgets: Pen drive armazena 1 TB de conteúdos e é compatível com entradas USB 3.1

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//Lançamentos

Xbox One X chegou ao Brasil por R$ 4 mil e já está à venda. O videogame desembarca inicialmente em uma edição especial limitada

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// Especial Confira os destaques do VII Encati, que reuniu em Vitória palestrantes de renome nacional.

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14 // Entrevista: Arnaldo Aimola

//Mercado Atividade que movimentou US$ 139 bi em 2016 no mundo, o mercado de aplicativos oferece opções sob medida para as empresas.

Vice-presidente do Gartner Brasil aponta os três mandamentos para o sucesso: foco no cliente, diferenciação e credibilidade.

12 Artigo // José Bof Buffon C,T&I: 2017 em perspectiva

40 Artigo // Leonardo Carrareto A liderança necessária para a Transformação Digital

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//Sindinfos

Estande das empresas de TI movimenta a Mec Show 2017

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//Gestão O edital Tecnova entra na reta final. Resultados serão divulgados em abril.

18 – Gadgets 24 – Lançamentos 42 – App 46 – Associados

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// EDITORIAL

Reação em cadeia

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consumidor sem grandes conhecimentos tecnológicos e o investidor mais conservador ainda assistem com um certo espanto à recente e vertiginosa expansão das moedas virtuais no mercado financeiro. Mal sabem eles que bitcoins e similares são apenas um elo de lastro de uma cadeia inovadora chamada blockchain, que começa a revolucionar os ambientes do mundo real e o modo de lidar com situações concretas e corriqueiras, como o seu atendimento na área da saúde, a contratação de seu seguro e a concessão de empréstimos bancários. Nesse sistema, a própria tecnologia é a responsável por checar a veracidade das informações e confirmar as transações, eliminando a figura de atores intermediários, como cartórios. Fique por dentro de tudo sobre essa tendência das “cadeias de blocos” na nossa matéria de capa. Realidade mais consolidada no dia a dia do cidadão comum, o mercado de aplicativos ganhou força com a popularização do smartphone e vem conquistando terreno no meio corporativo com ferramentas sob medida para cada demanda empresarial – por exemplo, monitoramento de frota, otimização de rotas ou impulso de vendas. Os números impressionam: o relatório App Annie Forecast mostrou que o país atingiu o recorde de 149,3 bilhões de downloads para a plataforma mobile em 2016. Até o fim de 2017, seriam 197 bilhões de transferências, com estimativa de chegar à marca de 352,9 bilhões, em 2021. E as desenvolvedoras capixabas? O que têm feito para fincar seus softwares nesse espaço tão promissor? Leia também nesta edição. TI-ES traz, ainda, uma entrevista com Arnaldo Aimola, vice-presidente de Tecnologia e Telecom do Gartner Brasil. O executivo aponta três mandamentos a serem seguidos pelo empreendedor na hora de apresentar seu produto: foco no cliente, diferenciação e credibilidade. E ressalta: não há mais barreiras geográficas para quem está nesse jogo, pois a competição é de igual para igual com negócios de outros estados. Veja também como está o processo de execução do Tecnova, que entra em fase final no Espírito Santo. E mais: confira como foi a sétima edição do Encati, em Vitória, fique por dentro dos lançamentos em gadgets e apps e informe-se sobre todas as ações que movimentaram o Sindinfo nos últimos meses. Boa leitura e um ótimo 2018.

A Revista da Tecnologia da Informação do Espírito Santo

Presidente: Luciano Raizer Moura Vice-presidente: Benízio Lázaro Diretor secretário-geral: Franco Machado Diretor 1º Tesoureiro: Emílio Augusto Barbosa Diretor 2º Tesoureiro: Domingos Sávio de Almeida Pinto Suplentes: Franco de Barbi Cazelli, Rafael Marques Cavassani Roubledo Demiam Gasoni Conselho Fiscal - Efetivos: Carlos Augusto Ferreira de Almeida José Fernando Etienne Dessaune Marco Antônio Malini Lamêgo Suplentes: Daniel Caramuru Arrais Evandro Polese Alves Saulo Veronez Bittencourt Delegados Representantes Junto à Findes: Efetivos: Luciano Raizer Moura e Benízio Lázaro Suplente: Franco Machado e Emílio Augusto Barbosa Diretor Regional de Colatina: Rafael Marques Cavassani Diretor Regional de Cachoeiro de Itapemirim: Roubledo Demiam Gasoni Diretor Regional de Linhares: Franco de Barbi Cazelli Executiva: Ilma Aurora Moreira Contato: Rua Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, Nº 65, Ed. Proeng Offices, 4º andar - Sala 404 – Santa Lúcia Vitória (ES) - CEP: 29056-295 Tel.: (27) 3026-0866 | 99841-9371 secretaria@sindinfo.com.br www.sindinfo.com.br Produção Editorial

Diretor: Mário Fernando Souza Gerente de Produção: Elisângela Egert

Luciano Raizer Presidente do Sindicato das Empresas de Informática no Espírito Santo

Editoração e apoio: Hobberson Miranda, Michel Sabarense, Bruna Schnerock e Mara Cimero Fotografia: Jackson Gonçalves, Renato Cabrine e arquivos Next Editorial Colaboraram nesta edição: Andreia Pegoreti, Thiago Lourenço, Gustavo Costa, Lui Lima, Mike Figueiredo, Rafael Moura, Roberto Teixeira e Weber Caldas Revisão: Roberto Rodrigues Contato: Av. Paulino Müller, 795, Jucutuquara – Vitória/ES - CEP 29040-715

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Telefax: (27) 2123-6500 redacao@lineapublicacoes.com.br www.lineapublicacoes.com.br


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//GESTÃO

Tecnologia blockchain abre oportunidades para novos negócios Criada inicialmente para viabilizar e validar as transações realizadas com moedas virtuais, a tecnologia blockchain vem demonstrando alta capacidade para o desenvolvimento de novas soluções

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inguém duvida que a internet e o e-mail revolucionaram a maneira como as pessoas se comunicam. Pois há uma outra revolução em andamento, dessa vez mais silenciosa, que vai afetar diretamente o modo como as pessoas realizam diversas transações entre si. É a tecnologia blockchain, inicialmente criada para a realização de transações com Bitcoins, cujo leque de aplicações vai muito além das criptomoedas e deve gerar uma série de soluções nos próximos anos. Blockchain, em tradução livre “cadeia de blocos”, é um sistema de banco de dados que permite o registro de transações, financeiras ou não. Essa troca de dados acontece de forma descentralizada, entre vários participantes, sem que haja necessidade de uma entidade central para garantir a confiança da informação. É a própria tecnologia a responsável por checar a veracidade das informações e confirmar as transações. Na visão do presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura, o blockchain é um sistema de validação de transações, viabilizado por milhares de máquinas ao mesmo tempo. “Quando você vai no cartório, é porque precisa de alguém atestando que tem confiança

“Pense em qualquer cadeia de fornecimento longa. Uma plataforma blockchain é a forma mais confiável e segura de rastrear todos os elos dessa cadeia, garantindo o cumprimento de prazos e mais compliance” - Fabrício Matos, mestre em Ciências da Computação e especialista em Blockchain

naquela assinatura. Com o blockchain, você passa a ter milhares de pessoas dizendo isso, no mundo todo. Por que vamos precisar de cartório para confirmar essa informação? Essa tecnologia de emparelhamento peer to peer serve para tirar todo intermediário da jogada”, pondera. Contratos inteligentes, registros de propriedade intelectual, empréstimos, enfim, há uma grande oportunidade no mercado de tecnologia para o desenvolvimento de soluções baseadas em blockchain. “Assim como no início da internet foram criadas

// O que é blockchain? Blockchain é um tipo de sistema de banco de dados que permite o registro de transações, financeiras ou não. Em tradução livre, blockchain significa “cadeia de blocos”. E essa é uma representação que faz bastante jus ao sistema, porque se trata de um bloco de dados que fica diretamente ligado a outros blocos de dados, que por sua vez contém informações anteriores ou sucessoras. Essas transações ficam registradas através de uma função matemática chamada “hash”, que gera um código com letras e números, representando os dados inseridos. O hash transforma uma grande quantidade de dados em uma pequena quantidade de informações. Funciona como a impressão digital de um bloco, dentro desse sistema de encadeamento. Sempre que há uma alteração, o hash muda, criando um novo bloco, que também contém o hash do anterior. Dessa forma, é possível rastrear se algum bloco for alterado. A troca de informações é peer to peer, ou seja, de ponto a ponto, de pessoa para pessoa. De forma descentralizada, entre vários participantes, a tecnologia blockchain substitui a necessidade de haver uma entidade central garantindo a confiança da informação. É como se fosse um grande livro de registro público, compartilhado e universal.

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//GESTÃO

empresas que depois se tornaram enormes, como o Google, vejo um potencial muito grande para o surgimento de novas empresas desse porte, por causa do blockchain”, reflete Fabrício Matos, mestre em ciências da computação e especialista em blockchain.

Aplicações para Blockchain Uma pesquisa realizada pela consultoria Accenture identificou que a tecnologia blockchain poderia reduzir custos de infraestrutura em oito dos 10 maiores bancos de investimentos do mundo. Em média, possibilitaria uma economia anual entre US$ 8 bilhões e US$ 12 bilhões. Já a Toyota começou a pesquisar de que forma o blockchain pode aumentar a confiabilidade dos dados de uso dos carros autônomos. A Microsoft é outra grande companhia que tem explorado a tecnologia blockchain. No caso da gigante americana, foi lançada em novembro uma plataforma de serviços blockchain com uma lista de 45 fornecedores para dar suporte aos clientes. Esses são apenas alguns exemplos das mais diversas aplicações para blockchain que estão em desenvolvimento no mundo. Aqui no Brasil, suas vantagens foram tema de pesquisa do Laboratório de Inovação, grupo inserido no contexto do Departamento de

// Blockchain no Vinho com TI Estar antenado com as novidades é fundamental para o sucesso em qualquer atividade econômica. No setor de tecnologia do Espírito Santo, o Sindinfo realiza diversas ações com esse objetivo. Uma delas é o Vinho com TI, cuja edição realizada em setembro de 2017 abriu espaço para o blockchain. Na ocasião, Fabrício Matos ministrou a palestra “Blockchain, criptomoedas e o futuro das soluções de TI”. Participaram 45 pessoas, representando 34 empresas capixabas. Sobre o Vinho com TI, Matos destacou a importância de abordar assuntos relevantes para o segmento, num clima de descontração. “Sendo associado ao Sindinfo há muitos anos, sempre busco participar desses eventos. Acredito que vivemos o equivalente ao início da internet, quando as oportunidades eram únicas. Ideias que se tornarão empresas multibilionárias estão surgindo agora, pois assim como a internet revolucionou as comunicações, o blockchain está revolucionando as transações on-line de bens, direitos e informações sensíveis”, ressaltou.

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“Fatalmente, utilizar o blockchain para auditar as contas públicas vai de encontro a diversos interesses. Essa é uma tecnologia que afronta o mainstream” - Hugo Delleon, coach de negócios com foco em criptocurrencys e empreendedorismo digital

Tecnologia da Informação (Deinf) do Banco Central do Brasil (BCB). Um dos estudos culminou no artigo “Distributed ledger technical research in Central Bank of Brazil”, que investigou a aplicabilidade do blockchain no Banco Central. Entre as potencialidades de uso da tecnologia, se destacaram a emissão de moedas soberanas eletrônicas, a criação de um sistema de gerenciamento de identidades e de um sistema alternativo de liquidação de transações – esse último, escolhido para teste de aplicabilidade. Embora o estudo tenha concluído que a tecnologia blockchain “não está madura o suficiente”, ele também afirmou que há potencial. “Esbarramos em questões de privacidade entre instituições financeiras, que infringem os requisitos atualmente exigidos pelo Banco Central. Mas, se fosse possível alterar esses requisitos, daria para manter o sistema financeiro operando em regime de contingência, no caso de uma queda completa do BC. O Blockchain poderia nos dar algo que não conseguimos com as tecnologias atuais”, afirmou o chefe adjunto no Deinf, Aristides Andrade Cavalcante Neto. Uma utilização que vem ficando cada vez mais comum para a tecnologia blockchain está na área dos chamados “smart contracts”, ou contratos inteligentes. Nesse modelo, os termos do contrato e seus ativos são codificados e inseridos no bloco de um blockchain, que por sua vez é replicado nos vários nós da plataforma. O contrato passa a ser executado de acordo com os termos que contém, sendo automaticamente verificada a sua implementação. Existe ainda uma série de outros usos, cujos aprimoramentos estão em desenvolvimento. Por exemplo, para acompanhamento de fluxos comerciais e dados de transporte, na área de registros públicos como imóveis, terrenos e licenças comerciais, para a coleta de intangíveis, como patentes, marcas, reservas e nomes de domínio, ou na área financeira, como empréstimos, investimentos e crowdfunding. “Pense em qualquer cadeia de fornecimento longa. Uma plataforma blockchain é a forma mais confiável e segura de rastrear todos os elos dessa cadeia, garantindo o cumprimento de prazos e


“Esbarramos em questões de privacidade entre instituições financeiras, que infringem os requisitos atualmente exigidos pelo Banco Central. O Blockchain poderia nos dar algo que não conseguimos com as tecnologias atuais” - Aristides Andrade Cavalcante Neto, chefe adjunto no Deinf mais compliance. É possível se certificar de que as transações serão registradas de forma segura, pública e validada, evitando perdas e desvios”, pondera Matos, acrescentando que há também oportunidades para o blockchain na área da saúde. “Há anos é discutida a questão do prontuário eletrônico, por exemplo. Embora a legislação preveja que a informação é de responsabilidade do paciente, como ela navega de um hospital para outro, de um plano para outro? Esse é mais um cenário interessante para blockchain”. Como empreendedor, Fabrício Matos é sócio da Mutual.Life, uma empresa que vem desenvolvendo a tecnologia blockchain com foco no mercado de seguros. A intenção da startup é ser uma alternativa aos seguros tradicionais, utilizando-se do princípio de mutualismo, para que as pessoas se reúnam e formem grupos para

// P esquisa: o blockchain ainda engatinha no Brasil No Brasil, o uso da tecnologia blockchain ainda está engatinhando. Foi o que constatou uma pesquisa realizada pela TI Inside, com o objetivo de mensurar o nível de adesão das empresas em relação à tecnologia e ao uso nos diferentes segmentos de negócios. Entre os entrevistados, apenas 8% afirmaram conhecer profundamente, contra 48% que afirmaram conhecer superficialmente, 42% que disseram conhecer parcialmente e 2% que afirmaram desconhecer totalmente. O uso mais conhecido de blockchain foi para controle da moeda virtual Bitcoin, apontado por 82% dos entrevistados. Na sequência, apareceram serviços financeiros como a aplicação mais conhecida, por 64%. Na lista das aplicações, surgiram ainda a segurança e gestão de identidades (48%), o gerenciamento de contratos (46%), o registro de documentos e ativos (42%), entre outros. Os fornecedores mais conhecidos são IBM, com 70% das menções, seguidas de Microsoft com 42%; Oracle, 22% e SAP, com 17%. Do total de participantes, 40% afirmaram que pretendem desenvolver projetos com uso de tecnologia blockchain. Neste universo, 20,8% entre 3 e 6 meses; 26,4% entre 6 e 12 meses; 22,2% entre 12 e 18 meses; e 30,6% entre 18 e 24 meses.

// O que blockchain tem a ver com moedas virtuais? Ethereum, Litecoin, Monero, enfim, o mercado de criptomoedas está em plena expansão e tem chamado cada vez mais a atenção das pessoas. O aperfeiçoamento do blockchain tem tudo a ver com o desenvolvimento do Bitcoin, moeda digital mais conhecida. É porque se trata justamente da tecnologia que permite o processamento e a proteção das transações realizadas com diversas moedas virtuais. Por ter alcance global e não serem controladas por governos ou instituições tradicionais, o surgimento das criptomoedas criou a demanda por um sistema distribuído e autorregulado. Assim, o blockchain surgiu para suprir a necessidade de reunir todas as informações necessárias para o processamento e a proteção de transações on-line.

diluir o risco entre elas, sem intermediação. “Estamos fazendo pesquisas, estudando a regulamentação, para conhecer melhor o mercado. Inicialmente, começaremos com bens de menor valor, mas há potencial para desenvolver diversos tipos de autoproteção”, reflete.

Mudanças na sociedade À medida que os prognósticos forem se confirmando, a tecnologia blockchain deverá ficar cada vez mais próxima das pessoas. Assim como atualmente é possível enviar um e-mail para qualquer pessoa do planeta, que acessa o conteúdo da sua mensagem mediante login e senha, o mesmo deverá acontecer com diversos tipos de transações. “Quando as pessoas entenderem melhor a tecnologia blockchain, elas irão perceber que não precisam mais de bancos para intermediar suas relações financeiras, por exemplo. Hoje, se quero comprar um tênis pela internet, preciso, além da loja que oferece o serviço, da mediação de uma instituição financeira para pagamento por boleto bancário ou cartão de crédito. Em breve, não precisaremos mais de bancos”, estima o coach de negócios com foco em criptocurrencys e empreendedorismo digital, Hugo Delleon. Também na área da gestão pública, há grande possibilidade de mudanças e aprimoramentos no modo como licitações, obras e fiscalizações são feitas. Embora ainda timidamente, o Congresso Nacional já pautou o assunto. Em agosto, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle discutiu, em audiência proposta pelo deputado Wilson Filho, o uso de tecnologia blockchain para controlar as contas públicas. “Fatalmente, utilizar o blockchain para auditar as contas públicas vai de encontro a diversos interesses. Essa é uma tecnologia que afronta o mainstream. Sem dúvida nenhuma, ela só será defendida por aqueles políticos que entenderem a necessidade das contas públicas serem devidamente auditadas, de forma transparente e apresentadas em um ambiente que não permita alterações”, finaliza Delleon. SINDINFO ES

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// ARTIGO

C,T&I: 2017 em perspectiva

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José Antônio Bof Buffon

é economista, professor do Departamento de Economia da Ufes e diretor-presidente da Fapes 12

ob diversos pontos de vista, o Espírito Santo é muito bem ranqueado no contexto nacional. No entanto, no quesito “competitividade”, estamos atrasados e somos ainda um ponto fora da curva. O fato é que nós nos atrasamos notadamente no lapso compreendido entre 1990 e 2002. Mas é fato também que, a partir de 2003, na criação da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec), iniciamos uma caminhada consistente no campo do apoio à Ciência e Tecnologia. Desde 2015, a condução da nossa política setorial primou por buscar uma maior articulação estratégica com as Instituições, com o segmento empresarial e com o próprio Governo do Estado, que tornou o ano de 2017 proveitoso. Implementamos o Sinapse da Inovação, que animou sobremaneira todo o nosso “ecossistema”. Retomamos parcerias com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Editais de bolsas e de pesquisa foram lançados no segundo semestre, totalizando R$ 15,5 milhões de reais, sendo metade aportado pelas agências federais, e metade pela Fapes. Aceleramos as parcerias internacionais, com o apoio do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e do CNPq. Destaque para dois Programas de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (Peld), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), CNPq e o Fundo Newton. Ainda na área ambiental, contratamos três grandes projetos de pesquisa sobre o Rio Doce, no valor de R$ 2 milhões, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Minas Gerais (Fapemig), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Agência Nacional de Águas (Ana) e o CNPq. Fechamos, agora em dezembro, um acordo com a Renova, também em parceria com a Fapemig, mediante o qual R$ 6 milhões serão alocados para pesquisas em temas relacionados ao Rio Doce.

“Desde 2015, a condução da nossa política setorial primou por buscar uma maior articulação estratégica com as Instituições, com o segmento empresarial e com o próprio Governo do Estado, que tornou o ano de 2017 proveitoso” A eclosão da febre amarela foi enfrentada com a implementação, em tempo recorde, de uma parceria entre a Seama e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para a pesquisa sobre a mortalidade de primatas no Espírito Santo. A Fapes teve papel destacado na articulação institucional para a ativação do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA). Inclusive, já aportou R$ 740 mil, oriundos da Seama, para um projeto de pesquisa. Por fim, a inédita ação voltada para a implantação de um Centro de Estudos Avançados em Climatologia no Estado do Espírito Santo, em parceria entre Fapes, Vale e Ufes, à frente do qual estará o mundialmente renomado cientista brasileiro Carlos Nobre. Participamos, também, do Edital entre o CNPq e o ICMBio, no âmbito do qual devemos contratar, no início de 2017, pelo menos um projeto de pesquisa relacionado ao Parque Nacional do Caparaó. Concluímos procedimentos para iniciarmos 2018 com o lançamento de diversos editais: Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS); Empresas Jr; Núcleos de Inovações Tecnológicas e Incubadoras. Sem contar o Programa Nossa Bolsa, que retomou, de forma ampliada, com mais opções de bolsas. Neste novo ano, teremos mais investimentos, mais parcerias estratégicas e, com certeza, muitas boas novidades.


//SINDINFO Empresários e profissionais de recursos humanos das empresas de informática puderam esclarecer dúvidas sobre a nova legislação

Café com TI discute mudanças da Lei Trabalhista

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mudança nas Leis Trabalhistas foi o tema do Café com TI, realizado no dia 6 de outubro pelo Sindicato das Empresas em Informática do Espírito Santo (Sindinfo), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), no Salão da Indústria do edifício Findes. Durante o evento, a advogada trabalhista da Findes, dra. Ana Luiza Borges de Castro, esclareceu dúvidas a respeito do tema, para um público formado por 54 presentes, dentre eles, empresários, profissionais dos setores de recursos humanos e departamento de pessoal das empresas de Tecnologia da Informação do Estado do Espírito Santo.

Dra. Ana Luiza Borges de Castro é advogada militante desde 2006 nas áreas cível e trabalhista. É pós-graduada em processo civil pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV) e em Direito Público pela faculdade Leonardo da Vinci (SP). Participaram representantes de 36 empresas, como Aequus Consultoria; Allware Software; Databelli Automação Comercial; E&L Produções de Software; Inflor Consultoria e Sistemas; MD Sistemas de Computação; Nexa Tecnologia e Outsourcing; SPG Negócios de Informática e Telec; Vixteam Consultoria & Sistemas AS, dentre outras. O evento, que teve o apoio da Findes, foi coordenado pelo diretor do Sindinfo, Daniel Arrais. O Café com TI ocorre duas vezes ao ano, com assuntos de interesse do setor de Tecnologia da Informação.

Ferramentas para captar recursos em inovação Os empresários tiveram a oportunidade de conhecer as diversas fontes disponíveis para captar recursos para a inovação, em Vitória. Dentre as ferramentas está a chamada Lei do Bem, que trata basicamente de incentivos fiscais às pessoas jurídicas de qualquer segmento que realizem pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. O workshop “Recursos para inovação” foi realizado no dia 6 de junho de 2017, promovido pela Findes, com apoio do Sindinfo. Dentre os benefícios, até 50% de desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de equipamentos destinados à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos de inovação. Também foram abordados os projetos que podem ser financiados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapi). Durante o evento, o Sebrae anunciou que pode apoiar as pequenas empresas e microempresas capixabas.

Além disso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), criou o MEI Tools, em que uma espécie de guia informa ao empreendedor o que há disponível em recursos para inovação. O presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo), Luciano Raizer, ressaltou a necessidade de alinhar as fontes de recursos aos empreendedores, numa estratégia em comum, visando projetos melhor elaborados e uma maior captação de recursos. Os Fundos de Investimento em Participações (FIPs) também são outra oportunidade de fonte de recursos para se ampliar e modernizar. Trata-se de uma modalidade de apoio distinta do crédito tradicional, onde uma empresa gestora do Fundo identifica o potencial de crescimento de um negócio e adquire um percentual de suas ações. SINDINFO ES

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// ENTREVISTA

Arnaldo Aimola

Vice-presidente de Tecnologia e Telecom do Gartner Brasil fala sobre os eixos estratégicos da TI e o sucesso da multinacional

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oco no cliente, diferenciação e credibilidade. Esses são os três mandamentos para o empresário de Tecnologia da Informação (TI) na hora de apresentar seu produto ao mercado. A orientação parte de Arnaldo Aimola, vice-presidente de Tecnologia e Telecom do Gartner Brasil, empresa multinacional que é líder mundial em pesquisa e aconselhamento na área tecnológica. Nesta entrevista à Revista TI, Arnaldo destaca que, para ser um bom vendedor, o empreendedor dessa área precisa, antes de tudo, estar disposto a ouvir o seu cliente. Só assim compreenderá a necessidade desse comprador e oferecerá a solução ideal para ele, aumentando as chances de fechar um bom negócio. Além disso, o gestor do Gartner deixa claro que não existem mais barreiras na hora de vender um produto: uma empresa do Espírito Santo é capaz de competir de igual para igual com centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Conte-nos um pouco da história do Gartner no Brasil. O Gartner Inc. é líder mundial em pesquisa e aconselhamento. Auxilia líderes de negócios de empresas de todos os tamanhos e setores com insights que os ajudam a tomar decisões

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corretas. O abrangente portfólio de serviços do Gartner inclui aconselhamento estratégico e melhores práticas comprovadas, para ajudar seus clientes a obterem sucesso em suas prioridades de missão crítica. O Gartner está sediado em Stamford, que fica em Connecticut, nos Estados Unidos, e possui mais de 15 mil associados para atender clientes em mais de 11 mil empresas e 100 países, incluindo o Brasil. O Gartner está no Brasil há cerca de 20 anos. Iniciamos nossa operação aqui por meio de um grande banco. Na ocasião, um executivo desse banco esteve em um de nossos eventos e viu a necessidade de ter a consultoria do Gartner no Brasil (“Advisor”). Hoje, são mais de 120 funcionários no país. Qual tem sido o papel do Gartner no mercado de tecnologia no país? O Gartner é a principal empresa de pesquisa e aconselhamento de TI do Brasil. Atuamos em dois principais mercados. Temos como clientesfinaisasempresasdeconsumodetecnologia,comobancos, indústrias e bens de consumo. O outro setor no qual o Gartner atua é o de Tecnologia e Telecom, com empresas fornecedoras de produtos e serviços de tecnologia e telecomunicações. O papel


do Gartner tem sido acompanhar as tendências e movimentos do mercado de tecnologia e transformar essa informação em aconselhamento estratégico para ajudar na execução imediata. Tanto para empresas que procuram uma melhor escolha em sua estratégia de investimentos em tecnologia, como para os fornecedores que procuram se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. O aconselhamento do Gartner procura não só falar das tendências, mas principalmente contribuir nas decisões estratégicas, táticas e até operacionais das empresas, algo prático e exequível, trazendo valor às agendas estratégicas das empresas com as quais trabalha. Qual é a avaliação que o senhor faz a respeito do mercado de TI no Brasil? O mercado teve uma grande movimentação nos últimos dois anos, acompanhando o Brasil. Agora, já sentimos uma melhora no setor. A classe empresarial conseguiu desvincular a agenda de negócios da agenda política. Com isso, os projetos voltaram a surgir e os investimentos devem crescer para 2018. O setor manteve o crescimento, mesmo no período de crise no país? O crescimento em 2017 foi tímido; porém, para 2018, alguns setores, como Cloud, indicam um crescimento de cerca de 30% ao ano. A crise econômica levou muitas empresas a investir em tecnologia como forma de melhorar a gestão? O investimento em tecnologia por si só não garante uma melhor gestão. As empresas no Brasil começam a entender que não basta ter um super software ou servidor se os processos não forem minimamente revisitados ou mesmo redesenhados, assim como ocorre com o fenômeno do “Digital”. Não basta digitalizar algum processo que já existia e esperar grandes mudanças. É preciso repensar o processo como um todo, de forma disruptiva e criativa. O que a crise trouxe para as empresas foi mais cuidado e critério em seus investimentos, inclusive em tecnologia. Que segmentos da área de TI estarão em evidência e terão maior potencial de crescimento em 2018? O segmento de Cloud, com certeza, impulsiona a fila. Os serviços agregados a cloud (sistema de serviços na nuvem) devem ter um crescimento significativo em 2018. Mas, em geral, o crescimento ocorrerá por toda a cadeia. Seguem números apresentados em nossos relatórios de “Forecast Update Q3-17”. Vão se destacar os setores de Enterprise Application SW (crescimento de 11,6%), IT Business Services (15,6%), IaaS (35,6%), Business Consulting (7,5%) e Technology Consulting (6,7%).

Como se destacar e ser competitivo nesse mercado? Há alguns anos, alguns de nossos analistas estão estudando as dinâmicas do mercado de TI no ponto de vista do fornecedor, provedor da tecnologia em geral. É notório que as tecnologias mudaram nos últimos dez anos. As empresas mudaram nessa década, assim como os próprios compradores. Porém, insistimos em vender do mesmo jeito que vendíamos há 10 anos. O provedor precisa entender que não basta um discurso de venda consultiva. É fundamental conhecer o seu cliente, entender as dores de sua operação e, assim, alinhar sua solução ou serviços à necessidade desse cliente. Ouvir se tornou muito mais importante.

“Os clientes finais, consumidores de tecnologia, gastam somente 35% do tempo de seu processo de compra falando com fornecedores” SINDINFO ES

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// ENTREVISTA

Quem está conseguindo ganhar dinheiro no mercado de tecnologia? As empresas que têm incorporado essa forma de atuar, ouvindo e entendendo o cliente. Aquelas que não estão preocupadas em apenas mostrar seu software ou mesmo serviço, sem nem mesmo entender o motivo que aquele cliente teria para buscar aquela solução. Os clientes finais, consumidores de tecnologia, gastam somente 35% do tempo de seu processo de compra falando com fornecedores. O restante está falando com empresas como Gartner, conversando com pares de mercado e fazendo seus próprios estudos sobre os fornecedores. Quem consegue aproveitar melhor esses 35% do tempo dos clientes, sem dúvida, tem uma vantagem competitiva. Existe uma fórmula para conseguir vender o seu produto? Como deve ser a relação com o cliente? Não existe fórmula mágica. Mas entender e ouvir os clientes ajuda, e muito. Os clientes, em geral, já estão cansados das relações dependentes com alguns fornecedores. Eles buscam parceiros de negócios que entendam seu momento e se alinhem a isso.

“Não basta digitalizar algum processo que já existia na empresa e esperar grandes mudanças. É preciso repensar o processo como um todo” Em sua palestra no VII Encati (Encontro Capixaba da Indústria de Tecnologia da Informação, ocorrido em dezembro), o senhor citou uma espécie de três mandamentos a serem seguidos pelos empresários de TI em contato com o cliente. Daria para explicar cada um deles? Em resumo, o processo de venda exige três atributos: foco no cliente, diferenciação e credibilidade. No foco no cliente, é preciso estar atento para o tipo de organização à qual o empresário está interessado em vender o seu produto. Pois quem vai comprar tem um pensamento em mente: “Isso é relevante para mim?” Portanto, é essencial tratá-lo como um herói. O comprador é a figura mais importante, e não o produto que está à venda. Já a diferenciação é importante para mostrar ao comprador que aquele produto pode atendê-lo. De que forma? Apresentando os resultados já alcançados por aquela inovação, seus benefícios e funcionalidades, bem como os casos de sucesso. Isso dará mais segurança ao cliente. Em relação à credibilidade, não dá mais para aceitar aqueles empreendedores que têm o discurso de “la garantia soy yo”. O empresário tem de passar credibilidade como líder. O mesmo vale para os seus produtos e serviços. Nada de querer enaltecer o seu produto com superlativos e autoelogios, como “o único”, “o melhor”, “o número um”. Não dá para subestimar a inteligência do cliente. Ele pode desistir do negócio por causa desse marketing confuso e pouco confiável. E o pior: corre o risco de propagar uma imagem negativa dessa empresa. Por isso, é necessário construir uma rede com influenciadores externos, que demonstrem a credibilidade da empresa e do empreendedor em questão. É mais difícil para uma empresa fora dos grandes centros, como o Espírito Santo, conseguir se inserir no cenário nacional e até mundial? As barreiras geográficas estão cada vez menores. Muitos clientes finais com quem converso já não demostram preconceitos com empresas que estejam fora dos grandes centros. Se esta empresa tem referências de bons trabalhos e demostra entusiasmo em entender a dificuldade daquele cliente, a questão geográfica fica bem minimizada. Afinal, muitos dos serviços hoje são feitos remotamente.

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TI ES // NOVEMBRO 2015


//INFONEWS

Empresários e diretores comerciais se reuniram para assistir à palestra do consultor de negócios Eduardo Rodrigues

Workshop trata de processos complexos de vendas de TI

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Sindinfo trouxe para o Espírito Santo um workshop sobre técnicas e práticas de como alavancar resultados comerciais em empresas com foco em vendas complexas para o mercado corporativo. O evento aconteceu no fim de junho de 2017 e teve Eduardo Rodrigues, da empresa Exact Sales, como palestrante. O “Acerte em Cheio” é itinerante e ocorre em todo o Brasil para apresentar soluções precisas e acabar com os gargalos do fluxo do funil de vendas nas fases de atração, segmentação, nutrição, tração e retenção dos clientes. O evento foi voltado a diretores comerciais e empresários de pequeno e grande porte que têm processos de vendas complexos e que atuam no mercado B2B.

Os participantes puderam tirar dúvidas sobre procedimentos de vendas e conhecer técnicas novas. O workshop abordou temas como retenção de clientes, Inbound e Outbound marketing, Field e Inside Sales, segmentações profundas e rasas, e como identificar as melhores estratégias. O palestrante Eduardo Rodrigues é consultor de negócios e mentor da aceleradora ACE, do programa Inovativa e da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). A edição do workshop realizada em Vitória foi fruto de uma parceria entre o Sindinfo, o Sebrae e a empresa Exact Sales. A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo também participou da organização, dando apoio e oferecendo o local para a promoção do evento.

Senai e instituto Fraunhofer promovem workshop sobre indústria 4.0 O prédio da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) recebeu, em 22 de novembro, o workshop com o tema “Indústria 4.0: em cooperação com o Instituto Fraunhofer”. O evento foi promovido pela Federação, por meio do Senai-ES, em parceria com o Sebrae-ES. O instituto alemão é a maior instituição científica da Europa. Os participantes acompanharam as palestras de Hoger Kohl, professor doutor na área de Desenvolvimento Corporativo Sustentável na Universidade Técnica de Berlim, e de David Carlos Domingos, engenheiro e pesquisador doutor na divisão de Sistemas de Produção do Fraunhofer IPK. Os dois visitantes compartilharam cases de inovação e tecnologia nas indústrias europeias e brasileiras.

Eles também falaram da importância desses investimentos para o setor industrial brasileiro se adequar cada vez mais à quarta revolução industrial, que já é uma realidade na Europa. Segundo informações do Instituto Fraunhofer, a manufatura avançada, ou indústria 4.0, está relacionada à 4ª revolução industrial. Esse momento se caracteriza pela integração e controle remotos da produção por meio de equipamentos e sensores conectados em rede. Essa nova transformação tem alterado a competição industrial global através dos sistemas avançados de produção. E um dos desafios nacionais é a adaptação a essa nova era. Aqui no Brasil, o Senai seria a instituição mais próxima dessa realidade. O país conta com 25 Institutos Senai de Inovação para fazer uma pesquisa científica voltada diretamente às necessidades das indústrias.

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// Gadgets

Pen drive de 1 TB A Kingston conta com a linha de pen drive DataTraveler Ultimate Generation Terabyte (GT), que consegue armazenar 1 TB de conteúdos. O dispositivo é compatível com entradas USB 3.1. Pequeno, o pen drive com essa capacidade consegue armazenar, por exemplo, 35 horas de vídeos em qualidade 4K, 384 mil fotografias com qualidade de 8 MP, 265.672 músicas no formato MP3 e pelo menos 48 jogos destinados para computadores. O acessório une alta qualidade com design premium e é protegido por uma estrutura de zinco muito resistente a impactos. O pen drive Ultimate GT conta com cinco anos de garantia e suporte técnico local gratuito. Está disponível no mercado local pelo valor sugerido de R$ 6.220,50.

Promessa de bateria com longa duração O Positivo Motion é um dos novos notebooks da marca Positivo, que tem a promessa de contar com bateria de longa duração. Ele já vem com uma novidade exclusiva para os produtos da marca: o Positivo Nuvem, plataforma de arquivamento em nuvem. O produto chega às lojas por preços a partir de R$ 1.079,00 e foi pensado para um público que, cada vez mais, procura ser prático e rápido. O computador pesa 1,4kg e sua espessura é de apenas 18mm. O aparelho ainda possui tela narrow frame de 14 polegadas, touchpad de 5 polegadas, capacidade interna de armazenamento de 32 GB, armazenamento na nuvem de 64GB, podendo ampliar via cartão SD de até 64GB. A bateria do notebook é de 10.000mAh, o que possibilita, segundo a fabricante, o uso ininterrupto por seis horas.

TV com resolução 4K Com a promessa de imagens nítidas e fidelidade de cores, a linha de TVs MU6100, da fabricante sul-coreana Samsung, é a sugestão para quem quer entrar no mundo 4K. O aparelho possui painel RGB, sem sub-pixel branco, que diminui a qualidade da imagem. Assim, o consumidor tem a genuína experiência 4K, com máxima definição e detalhe. Disponível em modelos de 40 até 75 polegadas, a TV conta com o poder do HDR Premium, que entrega um novo patamar de brilho e contraste, permitindo que o usuário visualize claramente todos os detalhes em cenas claras e escuras. Com o design mais fino da categoria de entrada e acabamento preciso, esse modelo ainda possui navegação rápida e intuitiva, permitindo que o usuário volte a assistir seu conteúdo favorito em apenas três cliques. Disponível a partir de R$ 2.499,00, no modelo de 40 polegadas.

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Caixa de som portátil A Sony conta com uma linha de caixas de som potentes e portáteis. Um dos seus destaques é o modelo SRS-XB30, que tem até 24 horas de autonomia de bateria. Sua iluminação multicolorida é um show à parte, principalmente em ambientes com iluminação baixa – na qual a caixa de som portátil pode se destacar ainda mais. Isso é possível graças à função “strobo”, que permite o controle da iluminação rítmica e suas cores direto do smartphone com o aplicativo Music Center. O aplicativo também permite a visualização da porcentagem da bateria diretamente na tela do smartphone. Sua conexão Bluetooth com NFC facilita a reprodução de músicas, e auxilia no momento de atender chamadas em viva-voz, graças ao seu microfone embutido. Com potência de 30 watts, o aparelho tem preço sugerido de R$ 899,00.

Projeções de até 80 polegadas A LG renovou a sua família de projetores Minibeam com o modelo PH450U, o Minibeam TV, que tem resolução HD e pode fazer projeções de até 80 polegadas com curta distância, sendo necessários apenas 33cm da parede ou telão. O novo modelo Minibeam TV tem sintonizador de TV integrado, que permite assistir a qualquer programa da TV, com conexão de cabo ou antena digital. Sua bateria tem duração de até 2h30. O produto conta ainda com lâmpada LED, que oferece maior brilho e mais nitidez às imagens, quando comparada à lâmpada comum, possui maior economia de energia e vida útil de 30 mil horas. Isso quer dizer que, fazendo o uso do aparelho por 8 horas diárias, a lâmpada só precisará ser trocada depois de 10 anos. Seu preço sugerido é de R$ 3 mil.

Câmera de 180 graus A D-Link possui a câmera Wide Eye (DCS-960L). Uma de suas vantagens é a sua lente com ângulo de 180 graus, que permite monitorar espaços de forma mais ampla, sendo ideal para manter a segurança de casa, por exemplo. Outro destaque está na tecnologia de visão noturna, interessante em ambientes mais escuros. Para ajudar na portabilidade, ela vem com conectividade sem fio, via Wi-Fi (11AC), com banda de 5 GHz, que promete melhor qualidade na transmissão das gravações em HD (720p). O preço no mercado nacional é de R$ 999,00 e já está disponível no varejo. O produto ainda possui detector de movimentos, que faz alertas para o usuário. As imagens podem ser acompanhadas em tempo real, por meio de um aplicativo no celular, que é compatível com os sistemas iOS, da Apple, e Android, do Google.

Realidade virtual O Lenovo Explorer é o dispositivo de realidade virtual da fabricante Lenovo. Com o sistema Windows Mixed Reality, ele dá ao notebook ou ao PC uma experiência muito mais imersiva. É possível aproveitar o acesso a aplicativos da Microsoft Store, incluindo os mais recentes jogos, além de filmes e músicas. E se o usuário precisar trabalhar, basta criar seu próprio espaço de trabalho virtual no Microsoft Office Suite. Segundo a Lenovo, o aparelho consegue fazer com que o usuário faça viagens a lugares diferentes pelo mundo, mas sem sair de onde está. E também ter a experiência de assistir a shows e ter a sensação de ter sido colocado no meio da plateia. O aparelho é compatível com aplicativos de streaming, como a Netflix, e programas de videochamadas, como o Skype. Conta ainda com aplicação especial para se conectar ao Xbox. O produto sai por R$ 2.499,00.

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//MERCADO

A era dos apps voltados para o mundo corporativo U

m aplicativo voltado para a logística que permite monitorar a frota, otimizar rotas de coleta e de entrega. Outro que promete potencializar as vendas da empresa, colocando na mão do vendedor uma solução de consulta de informações como preços, promoções e características técnicas. Esses são apenas alguns exemplos de aplicativos usados no mundo corporativo para solucionar problemas práticos das empresas. Com o apelo da mobilidade e da praticidade dos smartphones, o mercado de desenvolvimento dos “Apps” tem se tornado cada vez mais próspero no país. O relatório App Annie Forecast mostrou que o Brasil não só havia alcançado o recorde de 149,3 bilhões de downloads de aplicativos feitos para a plataforma mobile em 2016, como superaria esse mesmo recorde ainda este ano.

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Popularização dos aplicativos de smartphones faz crescer a demanda dessa ferramenta no dia a dia das empresas


Até o fim deste ano, seriam 197 bilhões de transferências, com projeção de chegar à marca de 352,9 bilhões de downloads em 2021. Enquanto os dados que confirmem o resultado de 2017 não saem, uma coisa parece certa: o constante crescimento de desenvolvimento de aplicativos é um caminho sem volta para a indústria de TI. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo-ES), Luciano Raizer, hoje existem três milhões de aplicativos disponíveis para download nas plataformas digitais brasileiras. “Essa é uma característica da nossa era digital, tomada pelos smartphones, e que tem mudado a realidade de boa parte da indústria do setor por causa dessa nova demanda”, aponta Raizer. Ele faz referência ao fato da crescente penetração dos smartphones no cotidiano da população brasileira. Segundo a projeção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nos próximos dois anos a tendência é a de que o número de aparelhos em uso chegue a 236 milhões.

Mercado promissor Os números envolvendo o segmento mostram que o desenvolvimento de aplicativos é um mercado de demanda crescente e, mais que isso, possui cifras expressivas. De acordo com o relatório da própria App Annie Forecast, em 2016 o mercado de aplicativos movimentou US$ 139 bi, com projeção de ter aumento de até 85% nesse montante até 2021.

// Valor movimentado US$ 75 BILHÕES DE DÓLARES Esse é o montante que o Ministério da Inovação, Tecnologia e Informação espera que seja movimentado na área de vendas e desenvolvimentos de aplicativos no Brasil em 2017. 197 BILHÕES DE DOWNLOADS... ... De aplicativos foram feitos no Brasil este ano. A previsão é chegar em 352,9 bilhões de transferências até 2021. Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia

“Eu vejo que o empresariado ainda está muito inseguro para fazer investimentos. Para 2018, as perspectivas são melhores e os investimentos devem começar a aparecer novamente” Domingos Sávio, presidente da Polaris

Nesse quesito, o Brasil é um dos mercados mais importantes do planeta. O último levantamento feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, realizado em 2013, já mostrava a potencialidade do mercado brasileiro no segmento, ao apontar uma movimentação de R$ 25 bilhões, movimentados na área naquele ano. Hoje, o Brasil é o quarto maior mercado de aplicativos do mundo e o faturamento do mercado de apps do país perde apenas para China, Estados Unidos e Índia. Ainda de acordo com dados do MCTI, a expectativa é que em 2017 esse montante tenha alcançado a cifra de R$ 75 bi, ou seja, três vezes mais. Entram na conta a venda de serviços pelo aplicativo, downloads pagos e venda de publicidade dentro dos apps. “Os aplicativos oferecem a facilidade de conectar as pessoas às corporações, sem necessariamente precisarem estar presentes dentro delas. Eu posso, por exemplo, conferir a movimentação financeira da minha empresa, do meu smartphone, e há aplicativos que possibilitam acompanhar e atualizar processos e demandas da mesma forma”, afirma Raizer.

Casos de sucesso Exemplos bem-sucedidos de empresas capixabas criadoras de apps não faltam. Este ano o Sinapse da Inovação, programa de incentivo ao empreendedorismo, identificou 1.275 ideias de inovação, das quais 40 poderiam ser investidas. Ou seja, há muito potencial a ser descoberto em busca de investimento. Raizer aponta a Picpay, feita para ser uma “rede social de pagamentos”, que teve sua gênese no Espírito Santo antes de ser comprada por uma rede de bancos. Para Domingos Sávio, dono da empresa Polaris e especialista quando o assunto é desenvolvimento de softwares por demanda e aplicativos para empresas, o mercado de TI sempre teve como peculiaridade a busca constante de inovação e a rápida evolução dos serviços e tecnologias, o que torna o crescimento do mercado dos apps um caminho natural dentro do segmento. Há 30 anos atuando na área de tecnologia da informação, ele viu todo o nascimento e popularização da internet no Brasil, suas SINDINFO ES

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//MERCADO

novas demandas e mudanças de comportamento por parte dos consumidores comuns e em forma de corporações. “Sabemos que o maior volume de acesso à internet é oriundo dos smartphones e tablets, mais que pelos notebooks e computadores. Isso já é uma realidade do mercado e que nós, enquanto indústria, precisamos acompanhar essa evolução e desenvolver produtos para aproveitar as oportunidades que estão sendo criadas”, afirma Sávio. Sávio ressalta que a demanda por parte das empresas e corporações faz o cenário de desenvolvimento de aplicativos ser ainda mais promissor. Uma empresa atenta tem a chance de conseguir ir além, suprindo algumas necessidades que os clientes sequer sabem que possuem. Essa oportunidade já está sendo enxergada pelas indústrias brasileiras e também do Espírito Santo. É o caso de Daladyer Morandi, dono da empresa Arco Informática. O empresário, formado em Sistemas de Informação, largou o emprego estável de 10 anos para investir em outra área. “No começo éramos voltados à criação e manutenção de websites. Apostamos em uma plataforma própria e passamos a comercializar. Com o tempo, mapeamos os usuários de um dos nossos clientes e percebemos que 60% do tráfego do site eram feitos pelo celular. Daí surgiu a ideia de criar um aplicativo voltado para o e-commerce, para que o cliente tenha mais facilidade ainda de fazer”, conta Morandi. Hoje, a equipe de dez funcionários já atendeu mais de 2.000 clientes espalhados por cinco países diferentes, e ele comemora a decisão. “Esse é um dos mercados mais promissores que existem atualmente”, afirma Morandi. Segundo ele, além de estar em expansão, o desenvolvimento de aplicativos representa um tipo de serviço que se permite que as empresas especializadas no ramo atendam clientes de qualquer parte do planeta, e não demanda muitos investimentos. “Tudo que você precisa é um computador e uma conexão com a internet”, diz Morandi, que salienta o argumento dando o exemplo da própria empresa, situada em Cachoeiro de Itapemirim. Como presidente do Sindinfo, Raizer observa um aumento cada vez maior no número de empresas voltadas para a criação de produtos como softwares e aplicativos no Espírito Santo. Ele lembra que, não muito tempo atrás, o setor capixaba, composto por 750 empresas e 13 mil pessoas empregadas, tinha uma predominância nos serviços de Tecnologia da Informação.

“Acredito que, com a mudança de mercado, as empresas de tecnologia perceberam que é importante ter um produto delas, ganhando na venda ou na ‘locação’ da licença desse produto” Luciano Raizer, presidente do Sindinfo 22

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“Esse é um dos mercados mais promissores que existem atualmente. Tudo que você precisa é de um computador e uma conexão com a internet” - Daladyer Morandi, dono da Arco Informática

Hoje ele diz que há um equilíbrio. Um terço das empresas são voltadas ao desenvolvimento de softwares sob demanda, um terço para desenvolvimentos de produtos como sites e aplicativos e um terço para os serviços de TI. “Acredito que, com a mudança de mercado, as empresas de tecnologia perceberam que é importante ter um produto delas, ganhando na venda ou na ‘locação’ da licença desse produto. Isso dá uma renda recorrente que garante a saúde da empresa”, diz Raizer.

Dificuldades encontradas pelo segmento Entretanto, não quer dizer que não haja dificuldades para as empresas especializadas pela criação de aplicativos e softwares. Há alguns entraves significativos para o crescimento da atividade, comuns em todo o setor de informática. Para o presidente do Sindinfo, Luciano Raizer, a grande dificuldade do setor é assegurar o desenvolvimento do mesmo. No Brasil, ele ressalta, o investimento, principalmente por parte do capital privado, é quase nulo. O que, segundo ele, estreita as possibilidades de captar recursos para projetos envolvendo inovação. Prova disso, diz Raizer, é que 99% dos investimentos vêm de programas de inovação do Governo Federal, com a intenção de fomentar a geração de empregos e impostos. “É preciso ser maluco de procurar um capital de risco do sistema bancário brasileiro pagando 2% de juros ao mês”, provoca o presidente. Como resultado, apesar de ser um promissor mercado consumidor, as empresas brasileiras raramente conseguem exportar a tecnologia desenvolvida em solo brasileiro. “Um detalhe é que 75% dos softwares existentes no Brasil são importados, incluindo os apps. Em compensação, apenas 2% do que produzimos no país nós conseguimos exportar”, aponta Raizer. Segundo ele, isso acontece exatamente por causa da necessidade de investimento no desenvolvimento em tecnologia, que no Brasil ele entende ser “muito pequeno”.


//SINDINFOS

Sindinfo fecha 2017 com recorde de empresas associadas

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Sindicato das Empresas de Informática no Estado do Espírito Santo (Sindinfo) terminou o ano de 2017 com o maior número de associados da história da instituição. Até o dia 31 de dezembro, o Sindinfo contava com 152 empresas no quadro das associadas. Entre janeiro e dezembro do ano passado, 31 novas empresas aderiram à instituição e agora podem ter acesso a uma série de benefícios do Sindinfo. Segundo o vice-presidente do Sindicato, Benízio Lázaro, o diferencial para os associados se encontra na forma de vantagens. Entre elas estão, por exemplo, os descontos em cursos ofertados pelo Serviço Nacional da

Indústria (Senai) e os serviços prestados pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), como os atendimentos de saúde e segurança do trabalho. As associadas também contam com assessoria jurídica, principalmente na parte de Recursos Humanos. Além disso, o Sindinfo mantém uma série de convênios com outras instituições, entre elas faculdades e planos de saúde. “Todos os anos, ampliamos as ofertas de serviços para as empresas vinculadas ao Sindinfo. No início de cada ano, realizamos pesquisas entre os associados, para eles responderem quais as necessidades das empresas”, explicou Benízio Lázaro. Dessa forma, o Sindicato pode acompanhar as demandas do setor, a situação dos negócios da área e buscar soluções coletivas para resolver os gargalos do setor de Informática no Estado.

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// Lançamentos

Fotos: Divulgação

Celular com tela infinita A nova família de celulares Galaxy A8, que chega em janeiro de 2018, vai vir com tela infinita e displays que têm tamanho entre 5,6 polegadas e 6 polegadas. Os preços dos novos smartphones, que já se aproximam dos tops de linha da Samsung, ainda não foram divulgados. Além da tela infinita - que tem a tecnologia do tipo Super Amoled -, os celulares Galaxy A8 e A8+ vão ter câmeras frontal dupla de 16MP e 8MP, uma traseira de 16 MP, e armazenamento interno entre 32 GB e 64 GB, que podem ser expandidos via cartão microSD. Ambos, em comum, têm conector USB-C - que já é o padrão atual dos dispositivos da Apple -, resistência à água e poeira, além de leitor de impressão digital, localizado na parte traseira, logo abaixo da câmera.

Novo Kindle A Amazon lançou o seu novo aparelho Kindle, o Oasis, que é o primeiro eReader à prova d’água. Assim, é possível que o usuário faça uso do dispositivo em locais antes tidos de risco, como piscinas e praias. Seu preço de venda no Brasil é de R$ 1.150,00. Sua memória agora tem o dobro da capacidade das versões anteriores, ficando com 8 GB de espaço. Há ainda o serviço de nuvens, que a Amazon disponibiliza aos clientes. Com tela de 7 polegadas, o Kindle Oasis, de acordo com a empresa, consegue simular adequadamente as condições do papel, não havendo reflexo, mesmo sob a luz do sol. A bateria dura semanas e não horas, como em outros aparelhos, segundo a Amazon. O objeto é leve, fino, e com botões dedicados, que permitem virar a página sem nenhum esforço.

Fones de ouvido sem fio O Gear Icon X é a nova linha de fones de ouvido da Samsung. O produto é destinado para o público que gosta de se exercitar. Ele pode reproduzir músicas de duas formas. A primeira é a partir da sincronização dos fones com um smartphone, por exemplo, via conexão Bluetooth. A outra forma é adicionar os conteúdos na própria memória do aparelho, que é de 4 GB, tornando-se, assim, um MP3 player portátil. Um dos atrativos do acessório é a possibilidade de controlá-lo a partir de comandos de voz. Com a reprodução por sincronização Bluetooth, a bateria suporta cinco horas. Já como MP3 player, sua duração é de sete. O mais recente modelo do Gear Icon X chega ao Brasil disponível na cor preta e com preço sugerido de R$ 1.500,00.

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Xbox novo no Brasil O console Xbox One X chegou ao Brasil por R$ 4 mil e já está à venda. O videogame desembarca inicialmente em uma edição especial limitada, chamada de Project Scorpio Edition, que traz um design diferenciado em relação ao modelo padrão do produto. Anunciado originalmente em junho, durante a feira de games E3, nos EUA, o Xbox One X conta com suporte para 4K e traz configurações poderosas, incluindo 40 núcleos Radeon, acelerando em 1.172 MHz e 12 GB de GDDR5. O novo console da Microsoft também conta com retrocompatibilidade com os jogos dos seus antecessores Xbox 360 e Xbox original, ou seja, podendo rodar games antigos.

Câmera de segurança turbinada A empresa D-Link lançou a primeira câmera de segurança IP totalmente compatível com a plataforma HomeKit da Apple, a Omna 180 HD. Com isso, o usuário pode monitorar tudo o que acontece dentro de casa, por meio de um iPhone ou iPad. A câmera da D-Link captura imagens em resolução Full HD (1080p) e também se destaca por trazer uma lente objetiva grande angular de 180 graus que, em tese, reforça o monitoramento do ambiente em que foi instalada. O aparelho suporta cartãoSD microSDXC de até 128 GB e tem garantia de um ano. Seu preço sugerido é R$ 1.199,00 e o aparelho está disponível na Apple Store e nas principais lojas físicas da marca.

Nova rival da GoPro Uma rival à altura das máquinas da GoPro. Essa é a proposta da GZE-1, uma câmera de ação com estrutura reforçada, voltada para praticantes de esportes radicais. O produto foi lançado pela fabricante Casio e tem preço sugerido nos Estados Unidos de 400 dólares. As especificações são semelhantes quanto a GoPro. Tem tecnologia de absorção de choques dos relógios da Casio, o que é um de seus destaques. A empresa diz que a câmera é capaz de resistir a quedas de até 4 metros, sem sofrer danos. Sua estrutura à prova d’água permite mergulhar para tirar fotos submersas em 50 metros de profundidade, por até 30 minutos. Por ora, o produto só pode ser adquirido fora do Brasil.

Máscara contra o ronco Uma máscara contra roncos foi criada nos Estados Unidos. Chamada de Snore Circle, ela é capaz de reduzir aqueles barulhos indesejáveis e monitorar o comportamento das pessoas durante as horas de sono. O procedimento para evitar os roncos é realizado a partir da tecnologia de indução. Essa máscara emite pequenos tremores, que visam acalmar o repouso, com o objetivo de evitar a emissão de ruídos noturnos. O produto está à venda pelo preço de US$ 49,00 atualmente, mais frete de R$ 33,00 para o Brasil. De acordo com os criadores, as entregas devem começar já em janeiro de 2018.

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// ESPECIAL

O Encati discutiu temas ligados ao dia a dia dos empresários da área de Tecnologia da Informação

Lições para lucrar ao inovar Durante o VII Encati, palestrantes de renome nacional dão dicas de marketing e gestão de vendas a empresários do setor de TI capixaba, para aproveitar as oportunidades no mercado

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onhecer a realidade econômica do Espírito Santo. Entender a melhor forma de vender um produto inovador. Aprender como se aproximar, estabelecer parcerias com grandes empresas e aproveitar as oportunidades por elas geradas. Todas essas lições essenciais para o desenvolvimento do setor de inovação no Espírito Santo foram passadas durante o VII Encati (Encontro Capixaba da Indústria de Tecnologia da Informação), realizado no dia 7 de dezembro, no Hotel Ilha do Boi, em Vitória. Organizado pelo Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo), com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do Sistema Findes (Federação das

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“O Brasil precisa de uma despolarização. Há muito conhecimento e competência tecnológica fora do eixo Rio-São Paulo” - Arnaldo Aimola, Vice-Presidente de Tecnologia e Telecomunicações do Gartner Brasil


“Na agenda econômica, o principal assunto é produtividade.E para aumentar a produtividade, o caminho é inovar” - Marcelo Saintive, diretor executivo do Ideies

Indústrias do Espírito Santo), o evento contou com a participação de empresários e empreendedores do setor de TI e de outras áreas da economia capixaba, além de representantes de instituições de ensino. “O Encati é um evento que não discute só tecnologia, mas todos os temas que interessam ao empresário do setor de Tecnologia da Informação”, deixou claro o presidente do Sindinfo, Luciano Raizer, na abertura do encontro. “Para isso acontecer, são importantes as parcerias com o Sebrae e o Sistema Findes”. Diretor técnico do Sebrae, Benildo Denadai reforçou os laços de longa data do órgão com as empresas de TI: “O Sebrae tem uma parceria consistente com o Sindinfo, com participação junto a 152 empresas de TI. Temos percebido claramente a evolução desse setor, que já está buscando mercados fora do Estado e do país. Há todo um

processo de capacitação e criação de um ambiente propício de negócios para que essas empresas possam se desenvolver”. Esse desenvolvimento ficou evidente na palestra Panorama Econômico do Espírito Santo e o Setor de TI, feita por Marcelo Saintive, diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), que integra o Sistema Findes. Em meio a um cenário de recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e do Brasil, Saintive apresentou um diagnóstico do setor de TI capixaba, com base em uma pesquisa, desenvolvida pelo Sebrae e pelo Instituto Futura, realizada com 119 entrevistados. A pesquisa apontou que 52,1% dos entrevistados pertenciam a microempresas, sendo 47,9% deles proprietários

“Quando a indústria precisa inovar, certamente necessita investir em tecnologia. Isso gera um monte de oportunidades para as empresas ligadas ao Sindinfo” Luciano Raizer, Presidente do Sindinfo

do negócio. A área de atuação de 75% das empresas era da linha de softwares (desenvolvimento, consultoria e licença). O faturamento médio das empresas do setor foi de R$ 992,6 mil em 2016, com expectativa de subir para R$ 1,045 milhão, em 2017. Dos 48,7% que disseram ter parcerias com grandes empresas de TI, 36% estão ligados à Microsoft. Os principais problemas apontados para o crescimento do setor foram a carga tributária (35,3%), a falta de capital para investir (20,1%) e a carência de mão de obra qualificada (16,8%). A área que mais necessita de investimento, na opinião de 62,2% dos entrevistados, é a de marketing, necessária para a divulgação dos produtos desenvolvidos. O segundo convidado do VII Encati atendeu justamente a esse objetivo. Arnaldo Aimola, vice-presidente da área de Tecnologia e Telecomunicações no Gartner Brasil, deu dicas fundamentais aos participantes, na palestra “Go to Market – como vender tecnologia em tempos de mudanças”. Como forma de “provocar” os empresários presentes e fazê-los refletir sobre o que está acontecendo com os seus negócios, Aimola lançou algumas perguntas no ar. “Quantos de vocês tiveram seus projetos adiados nos últimos 18 meses? Quantos tiveram que adaptar um projeto? Quantos precisaram reduzir um projeto? A culpa foi só da crise ou do que vocês estão fazendo com esse negócio?”, questionou o palestrante. SINDINFO ES

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// ESPECIAL

Diante da reação pensativa dos participantes do encontro, Aimola apontou três técnicas fundamentais para o empresário ter sucesso ao buscar vender um produto inovador, como um software: colocar o foco no cliente, e não em si mesmo; explicar melhor o diferencial de sua inovação; e ter credibilidade. “Quando você vai vender um produto, a sua audiência pensa: isso é relevante para mim? É preciso fazer com que esse cliente se sinta um herói. Ele é o mais importante. Crie um conteúdo que lhe ajude a gerar resultado”, ensinou o gestor do Gartner Brasil. Tão importante quanto o foco no cliente é o diferencial do produto. Por isso, no momento da negociação, é essencial mostrar os resultados já alcançados por aquela inovação, exibindo os casos de sucesso obtidos, assim como os benefícios e as funcionalidades que a criação pode oferecer. “Até uma commodity, como um Help Desk, pode se diferenciar. Basta ter foco, especializando-se em um nicho de mercado, além de flexibilidade comercial e qualidade do serviço”, aponta Aimola. Outro ponto fundamental é a credibilidade. O palestrante alertou os empresários a não supervalorizarem o próprio produto, tratando-o como “o melhor”, “o único”, “o líder”. “Isso pode ser desmascarado pelo seu cliente”, avisou Aimola. “A melhor forma de construir credibilidade é criando referências com influenciadores externos. Não se dê ao luxo de passar mensagens erradas: o comprador pode desistir do negócio por causa do marketing confuso e contraditório”. Gestor de uma empresa que é líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia, Aimola ainda reforçou o papel do Gartner no Brasil. “Estamos abertos a ajudar empresas de tecnologia. Ninguém quer inventar a roda. Mas podemos ajudar nas decisões de mercado, para que nossos parceiros possam crescer de forma mais rápida”, garante. A possibilidade de estabelecimento de parcerias com os empresários de TI também foi discutida no painel “Inovação aberta nas grandes empresas”, que contou com a presença de Maurício Reis, gerente 28

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O painel “Inovação aberta nas grandes empresas”, que tratou de parcerias com empresário de TI, contou com a participação dos especialistas Mauricio Reis, do Centro de Inovação da Cisco, Franco Machado, do Sindinfo, Kioshi Kaneko, da ArcelorMittal Tubarão, Mateus Simões de Freitas, diretor de Inovação e Tecnologia do Senai-ES

do Centro de Inovação da Cisco para a América Latina; Kioshi Kaneko, especialista de Pesquisa e Desenvolvimento da ArcelorMittal Tubarão; e Matheus Simões de Freitas, diretor de Inovação e Tecnologia do Senai-ES. Maurício Reis destacou os investimentos feitos pela Cisco, líder mundial em TI e redes, no Brasil, como o Centro de Inovação, no Rio de Janeiro, inaugurado em 2012, ligado a outros nove centros ao redor do mundo, cuja base está situada no Vale do Silício, na Califórnia, nos Estados Unidos. “A Cisco está sempre investindo e fomentando a inovação. Tanto que, desde 1993, já adquiriu 200 empresas, como forma de entrar em novos mercados.

Também são realizadas parcerias estratégicas, investimentos em Venture Capital (Capital de Risco) e em codesenvolvimento de produtos”, ressalta Maurício, abrindo as portas da Cisco para as empresas de TI que quiserem apresentar as suas inovações. Da mesma forma, a ArcelorMittal Tubarão está aberta para as empresas que queiram ajudar a siderúrgica a encontrar soluções para seus problemas internos. Exemplo disso foi a realização do 2º Workshop Desafios e Demandas, junto ao CDMEC (Centro de Desenvolvimento Metalmecânico), com a participação de 87 empresários. “Listamos os principais problemas que temos para que os empreendedores locais

// DIAGNÓSTICO DO SEGMENTO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Clientes, segundo a localização (em%)

Fornecedores, segundo a localização (em %)

Nacionais – 29,4

Nacionais – 34,5

Estaduais – 24,4

Municipais – 16,8

Municipais – 24,4

Internacionais – 16

Regionais – 21

Estaduais – 15,1 Regionais – 8,4

Por que atuar com fornecedores de fora do ES (em %) Não existem fornecedores do tipo requisitado – 51,7 Melhor preço – 36,7 Qualidade dos serviços/produtos – 25 Produto/serviço exclusivo - 5 Menor carga tributária/vantagem fiscal – 3,3 Segurança – 1,7


// D IAGNÓSTICO DO SEGMENTO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ESPÍRITO SANTO Mercado de atuação (em %) Software (desenvolvimento) - 42 Software (consultoria) – 16,8 Software (licença) – 16,8 Hardware (reparação e manutenção) – 12,6 Internet (provedores e desenvolvedores) – 11,8 Hardware (comércio varejista) – 10,9

Município da empresa (em %) Vitória – 32,8 Vila Velha – 22,7 Serra – 9,2 Colatina – 8,4 Linhares – 5,9 Cariacica – 5 Cachoeiro de Itapemirim – 2,5 São Gabriel da Palha – 2,5

Principal produto ou serviço (em %) Desenvolvimento de softwares – 32,77 Licenciamento de software próprio – 15,97 Consultoria – 12,61 Reparação e manutenção – 11,76 Venda de equipamentos – 5,04 Faturamento médio em 2016 – R$ 992.655,00 Faturamento médio em 2017 (expectativa) - R$ 1.045.867,00

Meios de comunicação para divulgar produtos (em %)

Redes sociais – 64,7

Google – 7,6

Site da empresa – 42

Rádio – 5,9

Boca a boca – 25,2

Nenhum – 3,4

Panfletos – 12,6

Jornais – 2,5

Eventos – 9,2

Outdoor – 2,5

Telemarketing – 8,4

Revistas especializadas – 2,5

E-mail – 7,6 *Pesquisa feita com 119 entrevistados - Fonte: Ideies

apresentassem soluções. Foi um sucesso tão grande que já estamos programando o próximo evento”, garante Kioshi Kaneko. “Estamos abertos a conversar, a ouvir a indústria capixaba e a ter soluções caseiras”. Kioshi Kaneko lembra que o Grupo Arcelor tem os seus centros de pesquisa, de desenvolvimento de tecnologia, espalhados pelo mundo inteiro. Assim como uma inovação feita lá fora é trazida para cá, o caminho inverso também pode ocorrer. “O que surgir aqui pode ser compartilhado com o resto do mundo”, afirma. Quem também está investindo em inovação é o Senai. Além da vocação de formar novos profissionais para o mercado, a instituição lançou, em 2017, ao lado do Sesi e do Sebrae, o edital Inovação para a Indústria. O valor total do incentivo chegou a R$ 53,6 milhões, sendo destinados de R$ 75 mil a R$ 400 mil para cada projeto. “A missão do Senai é apoiar o aumento da competitividade da indústria. Isso, no passado, significou exclusivamente educação. Hoje, é preciso investir também em tecnologia e inovação. Recursos e suportes que são fundamentais para o setor poder crescer”, disse Mateus Simões, do Senai. Durante o evento, foram recertificados na ISO 29.110 as seguintes empresas: Ebase Sistemas; Etaure Desenvolvimento de Sistemas Ltda.; Integro Consultores Associados Ltda.; Mitis Tecnologia; Totale Tecnologia da Informação; White Serviços de Informática e Acabamentos em Geral Ltda.; e XPD Soluções Web Ltda. Diante do sucesso de mais uma edição do Encati, o presidente do Sindinfo terminou o evento já traçando planos para o desenvolvimento do setor em 2018. “Fechamos com chave de ouro o nosso ciclo de ações em 2017. E já estamos desenhando como será 2018. Pensamos em realizar alguns eventos distribuídos por setores empresariais do Estado para tratar de tecnologia e inovação. Além de despertar esses setores, queremos criar um encontro de negócios dos nossos associados para atender às demandas dos setores industriais. Estamos negociando com sindicatos patronais e a Findes para termos esse trabalho no ano que vem”, anunciou Luciano Raizer. SINDINFO ES

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//SINDINFO

Recursos para inovação foram apresentados durante evento apoiado pelo Sindinfo

Inovic: programa acelera setor de inovação

I

novação Aberta, Workshops, Plataforma de Desenvolvimento e Aceleradora de Projetos de Inovação, Espaço Maker. Esses são alguns dos projetos – alguns já em desenvolvimento – que fazem parte do Inovic, um dos programas desenvolvidos pela nova diretoria da Findes, visando gerar benefícios e oportunidades para as empresas de tecnologia da informação, bem como para toda a sociedade capixaba, apoiando a inovação como um todo. O projeto de Inovação Aberta, quando uma grande organização estimula e contribui em seu ambiente para a inovação de seus negócios, é um dos destaques do Inovic. “A Fibria é um exemplo de grande empresa que já desenvolve um programa nesses moldes. Queremos que outras empresas sigam o mesmo caminho. Temos conversado, além da Fibria, com a Arcelor, a Vale e a EDP”, comenta Raizer Moura. E o primeiro projeto já está definido: é com a Renova, de recuperação do Rio Doce. Serão investidos R$ 1,1 milhão em quatro projetos de inovação, linkados com o tema da Renova. Para o presidente do Sindinfo e vice-presidente da Findes, Luciano Raizer Moura, uma série de workshops programados visa estimular os pilares tradicionais a pensar em inovação e tecnologia, desenvolvendo projetos de interesse setorial, como nos setores de rochas, construção civil, metalmecânico, móveis e confecções, por exemplo. Com a Plataforma de Desenvolvimento de Projetos de Inovação, equipes preparadas irão atender ao empresário,

compreender o seu problema, formular uma solução, buscar os parceiros e fontes de recursos, gerir o projeto, até o momento final de entregar a inovação. “O empresário pode procurar a Findes e dizer: tenho um projeto de inovação e preciso de ajuda”, comenta. Por isso é necessária a Aceleradora de Projetos de Inovação com foco industrial quando as empresas tradicionais irão criar as spin-offs, quando uma empresa já existente, cria uma nova, para cuidar e investir especificamente na inovação, para que possam se reinventar e renovar. “Não será neste caso as start-ups, apesar de serem inovadoras e disruptivas”, esclarece. Outro projeto é o espaço maker, um laboratório aberto com equipamentos que permitirão, aos projetos, o desenvolvimento de protótipos, ideias e seus produtos iniciais, o mockup. Segundo o presidente do Conselho de Inovação e Políticas Industriais da nova diretoria da Findes, Franco Machado, o objetivo do programa estruturante é mudar a forma como a indústria trabalha atualmente, valorizando o investimento em inovação e tecnologia nas tradicionais indústrias existentes e estimulando setores como a automação e a Tecnologia da Informação. “Precisamos inovar mais em setores como aço, celulose, minério e blocos de granito, para que tenhamos produtos com melhor valor agregado como um todo”, comenta o diretor.

Mito Games vence prêmio nacional em inovação

Os capixabas fizeram sucesso na InovAtiva Brasil, o maior programa de aceleração para negócios inovadores do país. Com o Enem Games, um jogo que torna mais leve e divertida a missão de se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio, a startup capixaba Mito Games levou para casa o título de campeã na categoria Educação e Acessibilidade no Brasil, de forma inédita para o Estado do Espírito Santo. Além de contar com investimentos nos próximos meses, a Mito Games, associada ao Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Espírito Santo (Sindinfo) e que faz sucesso mesclando diversão e aprendizado, recebeu um aporte de US$ 80 mil como prêmio. Estavam na disputa, com a Mito 30

TI ES

Games, uma empresa incubada da TecVitória, 800 empresas concorrendo em 14 categorias. Quem disponibilizará como crédito para o trabalho de divulgação da iniciativa será nada menos do que o site de rede social digital, o gigante Facebook, parceiro da InovAtiva. Para o diretor de Produtos da Mito Games, Rafael “Lontra” Rubim, por razões estratégicas em termos de negócios, foi feita a escolha pela área de Educação para desenvolver a tecnologia. “São nove milhões de inscritos todo ano no Enem. Temos um segmento de clientes que gera interesse em anunciantes, possibilitando o modelo de negócio free para o jogador e pago para os anunciantes”, comenta.


// CASE

Chief Technology Officer (CTO) da Mutual.Life, Fabrício Matos, afirma que a maior parte da população não possui nenhum tipo de seguro contratado

Parece seguradora,

mas é proteção compartilhada

Mutual.Life aposta em acessibilidade e personalização para revolucionar o mercado de autoproteção, de forma conjunta e segura

N

em a crise econômica fez o mercado de seguros encolher. Em 2015, segundo a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o crescimento foi de 10,1%. A conta exclui a área da Saúde, sob tutela da Agência Nacional de Saúde (ANS). No ano seguinte, o crescimento foi um pouco menor – 9,2%. Para 2017, estimativa divulgada no começo do mês fala em expansão de 7%. É para surfar na crista dessa onda que surgiu a Mutual.Life, empresa que afirma ser “a evolução dos seguros”. Embora pareça um seguro, a Mutual.Life não comercializa apólices e é uma forma de proteção compartilhada. Através da tecnologia da plataforma, usuários se associam e formam grupos de ajuda mútua, visando se protegerem mutuamente de riscos comuns e pré-acordados por seus membros. Segundo Fabrício Matos, Chief Technology Officer (CTO) da Mutual.Life, mais de 70% da população brasileira não possui nenhum tipo de seguro contratado. Isso aumenta a vulnerabilidade dessa parcela a diversos acidentes ou outras formas de prejuízo. E existem dois motivos principais: produtos de seguro financeiramente inviáveis ou opções inadequadas às necessidades específicas dessas pessoas. “Uma startup atuante nesse segmento pode contribuir para aumentar sua acessibilidade. Estamos trazendo o conceito de economia compartilhada para o mercado de seguros. Atingir essa meta passa não só por tornar o produto mais barato, mas também personalizá-lo. Por exemplo, talvez pode ficar caro para um motoboy cobrir o roubo de sua motocicleta, mas pode ser viável fazer uma proteção que cobra equipamentos como jogo de embreagem, troca de pneus ou outras coisas que o impeçam

de trabalhar e, consequentemente, o façam perder dinheiro”, aposta Matos.

Como funciona A plataforma da Mutual.Life utiliza a tecnologia blockchain para oferecer autoproteção compartilhada. Ao invés de, usando ou não, pagar anualmente por uma apólice de seguros, a startup aposta que um grupo de pessoas conhecidas e com necessidades parecidas, podem se unir para criar um “caixa compartilhado”, que será usado pelo grupo para reembolsar eventuais prejuízos de seus membros. “Para uma seguradora criar produtos é bastante burocrático, por uma série de questões regulatórias. Por isso, elas acabam recorrendo a produtos de prateleira. Além de ser mais eficiente, nossa visão é ser mais flexível em relação a formatos, dependendo apenas do interesse do grupo de pessoas”, pondera Fabrício Matos. A Mutual.Life surgiu em 2016 e passou o último ano desenvolvendo sua tecnologia. Ao mesmo tempo, foi atuando junto ao mercado para conseguir entender quais os caminhos para a comercialização, inclusive do ponto de vista regulatório. Parcerias estão sendo desenhadas, além de uma estruturação jurídica, para que as operações abertas tenham início. Com certa projeção nacional, a empresa participou dos principais eventos ligados à inovação em seguros e a blockchain, ao lado de grandes bancos, instituições financeiras e grupos de seguro. “Como a maioria das startups, começamos com recursos próprios e agora temos negociações em andamento com fundos de investimentos para captar recursos”, conclui Matos. SINDINFO ES

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//GESTĂƒO

Empresas apresentam resultados de projetos viabilizados pelo Tecnova Os diversos produtos desenvolvidos entram agora em fase de comercialização

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U

m dos maiores programas de subvenção econômica lançados no Espírito Santo está prestes a ser concluído. Trata-se do Tecnova, cujo edital foi lançado em 2014 e apoiou projetos de inovação tecnológica com a disponibilização de recursos da ordem de R$ 13 milhões. Dos 40 projetos aprovados à época, 38 assinaram contrato e agora 36 estão finalizando. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) está avaliando a prestação de contas técnicofinanceiras dos participantes e prevê para abril a realização de um evento onde serão divulgados os resultados.. Nacionalmente, o programa foi conduzido pela Finep, contando com parceria de instituições estaduais – veja box para mais informações. Os recursos recebidos pelas empresas puderam ser utilizados para despesas de custeio e capital, mediante o aporte de contrapartida financeira de 5% do valor recebido como subvenção econômica. Para as empresas, o investimento em inovação deve ser visto como estratégico, embora envolva riscos, entende o presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura. “Nos Estados Unidos, a taxa de insucesso é de 80%. Oito em cada dez projetos falham, mas o aprendizado é constante, inclusive com as falhas. Aportar recursos em inovação está associado a risco, mas esse é um investimento que continua sendo taxado no Brasil”, pondera. Raizer se refere ao fato dos investimentos realizados pelas empresas para aumento de produção, absorção de tecnologia ou gastos com pessoal e equipamentos terem alta carga tributária. “Nós tributamos o investimento e, na maior parte do mundo, isso não acontece como algo que vai gerar receita para o governo. Como é muito caro e taxado, investimos pouco. No Brasil, o investimento em inovação representa cerca de 0,6% do PIB, enquanto na maioria dos países desenvolvidos fica na faixa de 4%”, acrescenta.

Projetos capixabas Um dos projetos desenvolvidos com apoio do Tecnova foi o “Sistema Olho do Dono – Sistema Integrado de Gestão, Monitoramento, Rastreamento e Pesagem Agropecuária”, da Projeta Sistemas. A solução busca tornar a pesagem do boi mais rápida, com baixo custo e sem causar estresse aos animais. Isso é realizado por meio de câmeras 3D, que possibilita estimar o peso do gado, baseando-se em medições corpóreas identificadas nas fotografias.

“É difícil imaginar que haverá uma segunda turma do programa (...) com um déficit federal aprovado para 2018 na faixa de R$ 150 bilhões. Ainda assim, estamos torcendo para que aconteça” Luciano Raizer Moura, presidente do Sindinfo

// Sobre o Tecnova Voltado para empresas de micro e pequeno porte, o Tecnova foi realizado nacionalmente pela Finep, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Teve como objetivo criar condições financeiras favoráveis e apoiar a inovação, por meio de recursos de subvenção econômica, com foco no apoio à inovação tecnológica e suporte aos parceiros estaduais, selecionados pela Finep por meio de chamada pública de âmbito nacional. “A primeira conquista foi justamente essa, aprovar a participação do Espírito Santo. Alcançar essa meta requereu uma sinergia muito grande, com apoio do Governo do Estado, do Sistema Findes, do Sindinfo e da Petrobras, por exemplo”, conta o presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura. No Espírito Santo, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) foi a instituição parceira selecionada, que entrou com recursos de R$ 4,5 milhões. Somados ao montante disponibilizado pela Finep, de R$ 9 milhões, totalizando um investimento de R$ 13,5 milhões. Foram apoiados projetos de inovação dos setores de tecnologia da informação e comunicação, energias alternativas, petróleo e gás, agroindústria, metalmecânico, logística, biotecnologia e meio ambiente. O edital do Tecnova previa o percentual que determinados segmentos econômicos deveriam receber, mas deixava em aberto a realocação do recurso, caso não surgissem projetos acima da nota de corte em determinadas áreas. Os projetos foram julgados por uma comissão formada pela Fapes, que avaliou quanto à sua qualidade e viabilidade. Em 2014, dos 64 inscritos, 40 projetos foram aprovados. Desses, 30 foram projetos que tinham a tecnologia da informação como área meio, que acabaram respondendo por 75% dos valores alocados. Em média, os recursos disponibilizados para cada empresa foram da ordem de R$ 400 mil. As selecionadas tiveram que aportar contrapartida financeira, equivalente a 5% do valor recebido como subvenção econômica. “Divulgamos maciçamente para as empresas associadas ao Sindinfo aquela oportunidade que estava surgindo. Inclusive, demos apoio para que elas pudessem elaborar seus projetos, através de parceria com a TecVitória. Desse modo, o alto êxito nas aprovações e a elevada participação do segmento de TI no recebimento de recursos acabou sendo fruto desse trabalho”, conclui Luciano.

“Nosso sistema simplificou um processo que podia até parecer simples, mas era estressante para os animais e acabava contribuindo diretamente para sua perda de peso. Com o Olho do Dono, a pesagem é realizada em poucos minutos, sem que seja necessário utilizar a força ou deslocá-lo. O apoio do Tecnova foi fundamental para viabilizarmos essa solução”, garante o diretor-executivo da Projeta Sistemas, Pedro Henrique Mannato Coutinho. “O Tecnova teve como diferencial o fato dos projetos receberem apoio governamental logo em seu princípio, como acontece nos Estados Unidos”, avalia o diretor da Mogai, Franco Machado. A participação da empresa no programa foi aprovada com o projeto “Topovant: ferramenta autônoma para levantamento

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//GESTÃO

// Empresas de TI participantes do TecNova • Atitudes Soluções Empresariais

• HR Solutions

• Bitável Tecnologia

• MD Tecnologia da Informação

• Bitcast Engenharia e Sistemas Embarcados • Bruno Rabbi Informática • Cardeal Soluções e Desenvolvimento • Conexo Projetos e Sistemas

• Mantis Tecnologia • Mogai Tecnologia da Informação • Openport Sistemas • Peixe Piloto Investimentos • Polaris Informática

• EasyMe-Tecnologia e Inovação • Projeta Sistema de Informação • Easystem Tecnologia

• Raizer Moura Tecnologia

• E-brand Estratégica Online

• Soluções Inovadoras em •E ducartic Tecnologia, Gestão e Logística e Mobilidade Urbana Inovação para a Educação • Tecsoluti Comércio e Soluções • Elonline Serviços • Único Comunicação Virtual de de Internet Eireli Conteúdo Eletrônico • Etaure Desenvolvimento • Uplevel Informática de Sistemas • Vitória Software • FRJ Informática • Global B2C Serviços de Intermediação

• Wage Informática • Zaruc Tecnologia

topográfico”. O equipamento desenvolvido pela empresa faz o levantamento e o processo de imagens atopográficas com o auxílio de um drone. Pode ser utilizado para medir o volume de pilhas de materiais granulados, como minérios, cereais, brita, entulho, lixo ou qualquer outro que esteja empilhado. “Avançamos bastante em nosso produto e finalizamos o Tecnova com um protótipo que já vem sendo utilizado no mercado. Além disso, com base na tecnologia desenvolvida, assinamos contrato com a Petrobras para resolver outro problema, nas regiões que passam dutos de petróleo. Costumam falar que as empresas de TI do Espírito

“Nós fomos até os produtores, conversamos com muita gente para validar a ideia. Depois veio o processo de desenvolvimento efetivamente. Enfim, tudo isso tem um custo e não conseguiríamos validar e implementar a nossa ideia sem os recursos do Tecnova” - Saulo Bittencourt, CEO da Etaure 34

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“O Tecnova teve como diferencial o fato dos projetos receberem apoio governamental logo em seu princípio, como acontece nos Estados Unidos” - Franco Machado, diretor da Mogai

Santo são muito bem estruturadas, mas a realidade é que nos preparamos muito para participar do Tecnova. Com certeza, o apoio do Sindinfo e da TecVitória, na época dos projetos, contribuiu bastante para o sucesso do setor de tecnologia do Estado no programa”, analisa Machado. A atuação do Sindinfo e da TecVitória também foi destacada pelo CEO da Etaure, Saulo Bittencourt. “Ao longo do projeto, ocorreram situações em que foi necessário o envolvimento do Sindicato para defender os interesses das empresas participantes. Com o atraso no repasse de recursos, situação que precisamos lidar no decorrer do projeto, havia a intenção de que o edital fosse encerrado no prazo previsto no início do contrato. Com a força do Sindicato, sob liderança do Luciano Raizer, houve todo um engajamento no sentido de manter a coerência da execução do projeto por parte das empresas”, destaca. O projeto realizado pela empresa é o Autocamp, na área de automação de fertirrigação. Essa é uma técnica já utilizada amplamente pela agricultura, mas a Etaure criou um mecanismo de pesagem e mistura do fertilizante de forma automática, que gera relatórios gerenciais e executa a fertilização com a exatidão determinada pelos profissionais da agronomia. “Para uma empresa do nosso porte, seria impossível fazer esse investimento. Nós fomos até os produtores, conversamos com muita gente para validar a ideia. Depois veio o processo de desenvolvimento efetivamente. Enfim, tudo isso tem custo e não conseguiríamos validar e implementar nossa ideia sem os recursos do Tecnova”, afirma Bittencourt. Diversos outros produtos foram desenvolvidos, e a partir de agora entrarão em fase de comercialização, dependendo da maturidade que tiverem alcançado. “O retorno e a geração de valor do Tecnova serão mais percebidos de agora por diante. É difícil imaginar que haverá uma segunda turma do programa, principalmente nesse momento financeiro complicado para o setor público, com um déficit federal aprovado para 2018 na faixa de R$ 150 bilhões. Ainda assim, estamos torcendo para que aconteça”, pondera Luciano Raizer Moura.


//SINDINFOS

Mais de 100 pessoas compareceram ao local para curtir um momento de descontração ao som da Banda Dona Fran

Fim de ano no Sindinfo é marcado por confraternização dos associados A festa contou com a presença dos representantes de empresas filiadas e convidados que prestigiaram o evento no MS Buffet, em Vitória

O

ano em que o Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo bateu o recorde de associados, com 152 empresas associados, fechou com chave de ouro! A festa de confraternização do Sindinfo aconteceu no MS Buffet, em Vitória, na noite do dia 15 de dezembro de 2017. O evento contou com as presenças dos diretores das empresas associadas, além de convidados. Para animar o momento de descontração, quem compareceu à festa pôde curtir o som da banda Dona Fran, que contagiou os apaixonados pelos clássicos do rock and roll internacional, incluindo em seu repertório grandes sucessos de Janis Joplin, Led Zeppelin, Deep Purple, AC/DC, Beatles, Aerosmith, Kiss e outros. A confraternização de fim de ano do Sindinfo contou com a participação de mais de 100 pessoas. Quem fez questão de ir à festa foi o diretor da A. R. Gonçalves EPP, Adilson Rodrigues Gonçalves. Ele considera que o evento foi uma ótima oportunidade de fazer contato com outros profissionais do setor. “A festa foi muito envolvente e pudemos encontrar com todo o pessoal que sempre vemos em reuniões de negócios. O diferente é que, desta vez, pudemos nos reunir em uma confraternização, em um momento em que conversamos sobre

assuntos mais tranquilos e leves, sendo uma ótima oportunidade para relaxar junto com os parceiros do setor”, declarou Adilson. Para ele, o associativismo praticado pelo Sindinfo é importante, por resolver os problemas e encontrar as soluções para as questões da área de informática. O trabalho do Sindicato vai ao encontro das demandas e, por isso, a instituição está sempre procurando atualizar os empresários associados, com informações sobre áreas específicas. É o que afirma o vice-presidente do Sindinfo, Benízio Lázaro, que destaca as vantagens que os associados têm. Segundo Lázaro, uma série de vantagens foi conquistada e envolve, inclusive, uma linha específica de financiamento pelo Bandes para a área de Tecnologia da Informação. Agora, a direção está correndo atrás de outra rede de banco, para facilitar mais uma linha de crédito semelhante para o setor. “São várias ações que promovemos para beneficiar o associado. Vamos construindo a cartela de benefícios de acordo com pesquisas anuais sobre as necessidades dos associados”, explicou. O Sindinfo realiza a revisão do Planejamento Estratégico no dia 24 de janeiro e a diretoria leva em conta as demandas das empresas reveladas pela pesquisa. “Em um ano, as necessidades podem ser diferentes das outras, e os resultados são sempre muito vantajosos”, concluiu Lázaro.

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//INFONEWS

Uma boa notícia e uma interrogação no futuro do Parque Tecnológico Enquanto o Centro Tecnológico ganha previsão de ficar pronto, possíveis alterações no PDU podem inviabilizar a construção do Parque em Vitória

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á 23 anos, os setores de tecnologia e informação esperam a confirmação daquilo que poderia mudar de vez a característica econômica da cidade de Vitória: a construção do Parque Tecnológico, um local de 300 mil m², com a estrutura capaz de atrair empresas de software, incubadoras, laboratórios de certificação de produtos, entre outros negócios. Em 2017, parecia ser o ano que finalmente os projetos sairiam do papel. Entretanto, 2018 começa com uma boa notícia e um enorme ponto de interrogação para o segmento, envolvendo a finalização do tão sonhado Parque Tecnológico. A boa notícia é que o Centro Tecnológico, considerado parte importante e pontapé inicial do polo de tecnologia que se pretende criar na capital capixaba e que teve investimento federal de R$ 5,4 milhões, está muito próximo de ficar pronto. Segundo o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória, Leonardo Krohling, a previsão é que as obras, feitas em uma área de 2 mil m², divididos em três pavimentos, sejam finalizadas no primeiro semestre de 2019. “O dinheiro proveniente do Ministério da Ciência e Tecnologia já foi liberado e recebido. Então é certeza que a obra irá sair, sem dúvidas”, garantiu o presidente do CDV.

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O problema é que, por mais importante que o Centro Tecnológico seja, ele é apenas uma parte de um projeto que corre sérios riscos de sequer acontecer. Pelo menos é o que diz o presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo-ES), Luciano Raizer. O receio de Raizer reside na possível mudança do Plano Diretor Urbano de Vitória, que havia decidido, em agosto, que a área destinada ao Parque Tecnológico seria exclusiva para empresas de tecnologia e serviços, destinados a atender quem trabalhará no local. Entretanto, a versão final do PDU ainda pode sofrer modificações e atualmente voltaram a ser apresentadas propostas para que a área se torne um local de construção mista (voltado para residências e empresas) ou, até mesmo, que parte da área de 300 mil m² seja destinada apenas às construções residenciais. A possibilidade vem de pressões do setor imobiliário, que vê com bons olhos a transformação de um pedaço da área em um condomínio de apartamentos, uma vez que o local é um dos poucos livres da capital e possui uma localização estratégica. Além da Ufes, a área fica próxima a uma faculdade privada, localizada em Goiabeiras.


//Parque Tecnológico Com o espaço voltado para o fomento de ideias e inovações, a cidade de Vitória deverá ganhar, em oito anos, até 4,5 mil empregos. A estimativa é de que, em 20 anos, esse número alcance 16 mil empregos gerados. Com área total de 332 mil m², o Parque Tecnológico poderá gerar aproximadamente R$ 213 milhões em tributos, representando uma importante fonte de recursos para mais serviços públicos de qualidade para os habitantes da capital do Estado. Fonte: Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV)

“Há um capital humano gigantesco que pode ser utilizado. Possuímos bons centros de pesquisa e qualidade no ensino. O cenário é ideal para que o Parque Tecnológico se torne, inclusive, a principal fonte de receita do município, ao longo dos anos” Leonardo Krolling – Presidente CDV “A proposta de haver um uso misto do espaço já é uma mudança significativa no que havia sendo debatido nos últimos meses. É preocupante, porque se de fato acontecer, inviabilizaria completamente o Parque Tecnológico”, avisa Raizer. Ele lembra que os 300 mil m² são considerados pequenos, perto de parques tecnológicos de outros estados, e qualquer mudança poderia reduzir drasticamente a atratividade. Apesar das reticências do presidente do Sindinfo, Leonardo Krolling já vê o caso com um pouco mais de otimismo. Apesar da votação final ocorrer ainda em abril, ele acredita que haverá um entendimento por parte dos vereadores sobre a importância da construção do parque para as pretensões econômicas da cidade de Vitória. “Essa é uma oportunidade muito grande de criar empregos, gerar renda e transformar Vitória em uma referência de tecnologia e inovação. Tenho certeza que os representantes da sociedade civil não serão irresponsáveis de não permitir que o projeto avance”, afirma Krolling.

Por isso, a estratégia para garantir que o PDU não sofra mudanças no projeto que já havia sido aprovado na votação de abril é insistir no trabalho de conscientização sobre a importância da construção do parque. Para os especialistas, o parque tecnológico é uma oportunidade de revitalizar a economia de Vitória, que até hoje sofre as consequências do fim do Fundap e da redução dos royalties de petróleo. Sem espaço geográfico para crescer, sem condições de abrigar novas indústrias e um turismo considerado fraco, a capital tem como principal fonte de renda o Imposto Sobre Serviço das empresas que já estão na cidade. “Vitória está caminhando fortemente para se tornar uma cidade dormitório. É preciso começar a pensar fora da caixa, impulsionar novos setores que possam gerar riqueza e emprego. Temos potencial para virarmos um modelo para o país, mas para isso precisamos investir nos instrumentos que atraiam empresas que se estabeleçam na cidade”, afirma Raizer. Krolling apela para o potencial da cidade para lembrar os motivos pelos quais a finalização do parque deve ser uma prioridade para Vitória. Para ele, a construção do local pode revolucionar a economia do município. Com um dos melhores IDH’s do Brasil e considerada uma das cidades mais competitivas do país, o presidente da CDV tem plena confiança no potencial de Vitória. “Há um capital humano gigantesco que pode ser utilizado. Possuímos bons centros de pesquisa e qualidade no ensino. O cenário é ideal para que o Parque Tecnológico se torne, inclusive, a principal fonte de receita do município, ao longo dos anos”, avalia Krolling. Com o futuro do Parque Tecnológico ainda em aberto, tanto Krolling quanto Raizer preferem a cautela para dizer quais serão os próximos passos, qual será o perfil de empresas e em quais áreas de pesquisas o ambiente fomentará. A tendência é que se aproveite a vocação do Espírito Santo para as pesquisas nas áreas de petróleo e gás e em logística, além, é claro, de incubadoras e startups diversas. SINDINFO ES

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//SINDINFOS

Infoshow é destaque em feira metalmecânica

Estande das empresas de TI movimentou a MecShow 2017

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om foco na inovação industrial, aconteceu, entre 18 e 20 de julho, no Carapina Centro de Eventos, a 10ª edição da MecShow, feira do setor metalmecânico do Espírito Santo e que movimentou cerca de 12 mil pessoas. O público pôde conferir as novidades de 150 marcas e empresas. Mais de R$ 50 milhões de negócios estão previstos para os próximos 12 meses, a partir de conversas iniciadas na feira. E a inovação marcou mais uma vez o evento por meio da Infoshow, uma tradicional parceira da feira, e que reúne sempre várias empresas do setor de TI. Promovida pelo Sindinfo e pelo Sebrae-ES, além de contar com o apoio do Sistema Findes, a Infoshow recebeu nove empresas e apresentou as grandes novidades em produtos e serviços. “Hoje, a tecnologia é fundamental para empresas de todos os setores, e quando se fala nas indústrias do segmento metalmecânico, a demanda é muito grande por inovação e soluções que reduzam custos e otimizem processos. Já somos antigos parceiros da MecShow e o balanço, mais uma vez, é muito positivo. Contamos mais uma vez com o maior estande da feira. Isso mostra o quanto acreditamos nessa parceria”, frisou o presidente do Sindinfo, Luciano Raizer Moura. As associadas que participaram da Infoshow foram a BL Tecnologia em Informática, Databelli Automação Comercial, DBM Sistema, Elpis Informática, Market & Share – E-commerce

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e Marketing Digital; Raizer Moura Tecnologia, SPG Inovação em Tecnologia da Informação, Softvix e Telemasters. Para os representantes das empresas, os contatos com o setor metalmecânico acabam criando novas e proveitosas relações, que resultam em bons negócios no futuro. É o que pensa, por exemplo, o diretor da SPG, Antônio Poyares. “Para nós, como foi a primeira vez nesse tipo de evento, a nossa expectativa era divulgar a nova marca da empresa. Não tínhamos grandes expectativas. A feira foi proveitosa, fizemos muitos contatos, ampliamos relacionamentos com clientes que já vínhamos conversando antes do evento. É uma oportunidade de estarmos em uma feira de uma atividade que não necessariamente é a nossa - já que não temos produtos especialmente voltados para o setor metalmecânico - mas o simples fato de estar presente em um evento como esse e se mostrar ao público já traz resultados muito bons. E creio que, nos próximos anos, podemos trabalhar para que os frutos para as empresas de TI sejam ainda melhores”, frisou. A SPG apresentou no estande da Infoshow os seus sistemas de cobrança e gerenciamento de autônomos. “São produtos oferecidos em nuvem e com nossa tecnologia, totalmente produzidos pela SPG. O gestor de cobrança é uma plataforma web voltada para gerenciamento de cobranças em geral. Já o de autônomo foi


// Associadas ao Sindinfo que participaram da Infoshow 2017 • BL Tecnologia em Informática; • Databelli Automação Comercial; • DBM Sistema; • Elpis Informática; • Market & Share – E-commerce e Marketing Digital;

Promovida pelo Sindinfo e pelo Sebrae-ES, a Infoshow apresentou as novidades em produtos e serviços

• Raizer Moura Tecnologia; • SPG Inovação em Tecnologia da Informação; • Softvix; • Telemasters.

desenvolvido para o Sistema Findes e gerencia todos os contratos de autônomos que prestam serviços para a federação das Indústrias. Já está sendo utilizado pela Findes há 1 ano e meio, e tem o histórico da prestação de serviços realizados por pessoas físicas. Do encanador a um instrutor de algum curso, todos têm informações que podem ser acessadas pelo cliente quando esse precisa. Da contratação ao tipo de serviço, tempo de execução, aprovação de pagamentos e muito mais. Enfim, traz todos os processos dos contratos que são pagos por RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). Implantado com sucesso na Findes, queremos levar para outras federações no Brasil”, destacou Poyares. Para o diretor da BL Tecnologia, Benízio Lázaro, a Infoshow vem melhorando a cada ano, trazendo mais oportunidades e integração entre as representantes dos dois setores. “Os negócios prospectados durante a feira geram bons resultados futuros. TI junto com a área metalmecânica pode parecer a princípio que “não tem liga”, mas a questão é que a tecnologia é algo transversal. Mesmo empresas do setor metalmecânico têm dependência direta de

“Hoje, a tecnologia é fundamental para empresas de todos os setores, e quando se fala nas indústrias do segmento metalmecânico, a demanda é muito grande por inovação” - Luciano Raizer Moura, presidente do Sindinfo

soluções de TI. Inovações são fundamentais para a gestão de qualquer tipo em empresas de qualquer segmento. Além disso, falamos de equipamentos automatizados, que também passam pela TI. E como a MecShow tem um público qualificado, sempre interessado em novidades tecnológicas e com poder de decisão, a Infoshow ganha espaço e pode suprir a demanda”, enfatizou. Além de oferecer sistema integrado na área de gestão, a BL Tecnologia focou na prospecção de novos produtos. “Apresentamos na feira o Sistema de ERP (Enterprise Resource Planning), um sistema integrado e utilizado para fazer o planejamento de recursos de empresas de diferentes segmentos. Mas o destaque foi mesmo o de prospecção, que poderemos falar mais detalhadamente no momento que tivermos o registro da patente. Nos próximos meses, deveremos ter mais novidades a esse respeito. De qualquer forma, gerou negócios durante a feira e foi algo bem positivo”, disse.

Ilha de Inovação Um outro espaço que chamou a atenção do público durante a MecShow foi a Ilha da Inovação, que trouxe atividades como as apresentações de casos de sucesso ligados à Indústria 4.0. Em sua segunda edição, o espaço tecnológico trouxe para o público um ambiente inédito para a exposição de protótipos e simuladores interativos. A Ilha teve sua área ampliada, aproximou os visitantes e permitiu que conhecessem, na prática, a funcionalidade de uma indústria cada vez mais pautada por novas soluções tecnológicas. Daniel Freitas, da Insfor, falou das soluções criadas no campo da robótica; já Yago Barbosa, capitão da equipe Warrior, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), contou como funciona a construção de robôs de combate e como essa tecnologia pode beneficiar a indústria. “Essa atividade trabalha com a evolução da robótica. O nosso robô General já foi campeão em uma competição internacional, vencendo equipes de diversas universidades. Isso mostra que temos muitos talentos, mas boa parte deles precisa sair do país pela falta de incentivo e pelos altos impostos, que dificultam até o acesso de peças. É preciso que o país desperte para a importância de incentivar competições na área da robótica e a produção tecnológica. Isso cria profissionais melhores e desenvolve a indústria. Hoje, a nossa equipe tem um desafio lúdico, mas isso é muito importante para os engenheiros, que após saírem da faculdade precisarão resolver problemas no seu dia a dia e apresentar soluções”, afirmou. SINDINFO ES

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// ARTIGO

A liderança necessária para a Transformação Digital E

Leonardo Carraretto é empresário, palestrante e associado ao Sindinfo-ES, especialista em inovação e futurismo. Estudou Tecnologias e Inovação Exponencial na Singularity University. É diretor executivo da WIS Educação. 40

m 2017 ouvimos e repetimos muito sobre a Transformação Digital dos negócios. Aquilo que nós, da área de Tecnologia, já apregoávamos há muito tempo começou a fazer sentido para todos. Fomos nós os pioneiros a falar sobre isso, para clientes, para fornecedores e para os nossos colaboradores. Essa realidade chegou exatamente na hora em que todos viveremos uma nova fase, onde negócios não sobreviverão se não entenderem o que nós falamos. E estima-se que 40% das empresas da Fortune500 simplesmente não existirão nos próximos 10 anos. A conversa é séria! O fato é que a transformação digital não é fim, é meio. Estamos saindo de um mundo que crescia de forma local e linear para um mundo que cresce exponencialmente, de forma global. A tecnologia que desenvolvemos, comercializamos e vivemos nos aproxima de tudo isso. Este é o primeiro e fundamental passo que precisamos destacar. O que faremos agora que todos estão buscando a mudança que a gente sempre provocou no mundo? Nós, profissionais e empresários da área, passaremos a liderar uma nova geração nos negócios. Não apenas de produtividade, de otimização e de performance de recursos com base nas ferramentas da tecnologia, mas de concepção de novas formas de negócios. Um novo mundo pede novos líderes. Mas que tipo de líderes devemos ser para acelerar e colaborar com esse processo em nossos clientes, no mundo e até em nós mesmos? Segundo a Singularity University, a joint-venture do Google e da NASA para estudar o futuro, onde tive a oportunidade de estudar no mês passado, o mundo exponencial precisa de quatro formas de liderar. A primeira delas é a dos Futuristas,

Um novo mundo pede novos líderes. Mas que tipo de líderes nós devemos ser para acelerar e colaborar com esse processo em nossos clientes, no mundo e até em nós mesmos? aqueles que conseguem visualizar e analisar o futuro e imaginar as novas possibilidades. Não devemos somente abraçar o futuro, mas perseguí-lo. Precisamos também dos Inovadores, que usam a empatia para criar, testar e validar novas ideias e modelos de negócios. Outra ponta fundamental são os Humanitários, os que pensam a tecnologia de forma mais inclusiva para gerar oportunidades para impactar comunidades em todo o planeta. Precisaremos cada vez mais deles, pois a tecnologia visa gerar essa abundância. E os tecnólogos, que vão acelerar e antecipar as curvas da tecnologia exponencial, aumentando a adesão da tecnologia, não só em número, como em velocidade. Talvez o modelo mais simples e que nós até nos reconhecemos neles. A pergunta é: que tipo de líder você é? Ou que tipo de líder você quer ser? Não cabe a nós apenas criar tecnologia, códigos e hardwares. Agora precisamos de líderes preparados para o novo momento pós-digital. O desafio não é mais sobre o novo tipo de hardware, ou a Lei de Moore e sua multiplicação da capacidade. A principal transformação que deve ocorrer não é a digitalização. Somos nós!


//SINDINFOS

Diretoria empossada é responsável pela gestão do Sistema Findes para o período 2017 a 2020

Foco em inovação é prioridade da nova diretoria da Findes

I

novação, produtividade e desenvolvimento do mercado, que abrange com vigor o setor da Tecnologia da Informação do Estado, é o foco da gestão da nova diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), de acordo com o presidente empossado, o industrial Leonardo de Castro. A cerimônia de posse foi realizada no dia 3 de agosto, com a participação do presidente da Petrobras, Pedro Parente, do presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, e do governador Paulo Hartung. “Contribuir para a construção de um ecossistema de inovação no Espírito Santo será a luta mais intensa desta Federação. Um novo ciclo de desenvolvimento surgirá, decorrente do alinhamento de todas as iniciativas em prol da inovação no Estado. Nossa crença está na indústria de base tecnológica, originada a partir do diversificado parque industrial já em operação no Estado”, afirmou Leonardo de Castro, mestre em Administração pela Universidade de Brasília. Para 2018, é esperado o crescimento da economia capixaba em 3,7%, motivado pelas expectativas favoráveis do setor externo, de acordo com dados da LCA Consultoria, divulgados no Boletim Econômico Capixaba, uma publicação mensal do Instituto de Desenvolvimento Industrial e Educacional do Espírito Santo (Ideies), entidade do Sistema Findes. Para Leonardo de Castro, que é diretor da Fibrasa, da Estapar e do Serralog, é preciso inserir as atuais mudanças tecnológicas ocorridas, para que possamos usufruir das oportunidades que irão surgir com o crescimento: “O mundo entrou na chamada Quarta Revolução Industrial, na qual novas tecnologias fundem

robótica, nano e biotecnologia, impressões 3D, internet e inteligência artificial, gerando grandes rupturas e, ao mesmo tempo, enormes oportunidades. A indústria 4.0, inserida nesse contexto, é disruptiva, molda estilos de vida, desbrava, abre mercados e cria novos negócios”. A diretoria empossada é responsável pela gestão do Sistema Findes para o período de 2017 a 2020. É composta por 45 nomes, dentre eles, além do presidente, vice-presidentes, diretores, conselheiros e representantes junto à Confederação Nacional da Indústria. Para chegar à vitória na eleição, a nova Diretoria contou com o apoio de todos os sindicatos associados à Findes, habilitados a voto.

// INSCRIÇÕES Estão abertas as inscrições para o Edital Sesi e Senai de Inovação na Categoria C, que apresenta desafios industriais para startups, pequenas e médias empresas, além de microempreendedores individuais (MEI). As empresas devem cadastrar as suas ideias na plataforma do edital, anexando a ficha de inscrição preenchida, um BM Canvas e um link de vídeo de até 2 minutos sobre a solução no modelo Elevator Pich. Os proponentes podem inscrever projetos com custo de financiamento de até R$ 400 mil. Serão selecionados dois de R$ 150 mil e dois de R$ 400 mil. O link para inscrição é: plataforma.editaldeinovacao.com.br

SINDINFO ES

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// Apps Fotos: Divulgação

Plataforma: Android - Idioma: Português

Free

Datally O Datally é o novo aplicativo do Google para quem deseja controlar o consumo dos dados da franquia. A empresa se propõe a auxiliar o usuário em três aspectos: entender, controlar e economizar os dados móveis. O aplicativo tem funções de alerta para avisar quando a franquia de dados, como as de 3G e de 4G, estiver no final e dará dicas de redes Wi-Fi públicas por perto, para evitar consumo excessivo do pacote do cliente. Uma função de economia de dados ajudará o usuário a não ver sua franquia indo embora com o consumo por programas em segundo plano. Será possível definir um limite de consumo, por exemplo. O programa é destinado somente para smartphones com Android. É preciso ter ao menos a versão 5.0 (Lollipop) desse sistema operacional do Google.

GoPharma O GoPharma funciona como um serviço que agrega farmácias, sendo um facilitador para quem procura diferentes medicamentos. O app mostra em quais estabelecimentos um determinado remédio, por exemplo, é vendido. Se o interesse é menos específico, também é possível encontrar as farmácias mais próximas do local onde o usuário mora. De acordo com a base de dados do serviço, há mais de 40 mil farmácias catalogadas, que estão reunidas em 3 mil cidades brasileiras. Elas são diferenciadas como farmácias 24 horas, drogarias e farmácias populares. O aplicativo explica ainda se o determinado estabelecimento possui estacionamento. Também há indicação se aceitam cartões e convênios, e fazem entrega em domicílio. Usuários também podem sugerir a adição de empresas para o aplicativo.

Free

Plataforma: Android e iOS - Idioma: Português

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TI ES

Kwai O Kwai é uma rede social de vídeos. É um espaço para internautas, especialmente os jovens, publicarem vídeos nas mais diferentes situações. O aplicativo estimula que os usuários se transformem em youtubers, profissão que está em alta. Ao gravar um vídeo de poucos segundos, o usuário tem a opção de editá-lo em poucos instantes. É possível colocar efeitos visuais como no Instagram, inserir uma trilha sonora ou colocar figurinhas sobre o vídeo. O próprio aplicativo se autodenomina como simples e tem opções de vídeos para todo o Brasil. As produções audiovisuais presentes nessa rede social têm a partir de sete segundos, de acordo com o fabricante.

Free

Free

Plataforma: Android e iOS Idioma: Português


Free

Free SpeedBit Video Downloader O SpeedBit Video Downloader é um aplicativo que permite baixar vídeos diretamente do YouTube e do Facebook. Por meio de uma barra instalada no navegador, é possível fazer essa transferência rapidamente. O programa roda junto com o navegador, como o Chrome ou o Mozilla, instalando apenas uma barra na parte de cima da tela. Ele apresenta um campo de busca para localizar, dentro da rede, o vídeo desejado no link para lojas virtuais e tradutor on-line e o botão para fazer download do vídeo da página em que você está. Seu processo é muito simples: basta estar na página com o vídeo aberto ou colar sua URL no campo de busca, clicar em Download Video e salvar o arquivo em seu computador. O aplicativo é gratuito, vem em inglês e é compatível com Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox e Windows XP, Vista e 7.

Disk Drill O Disk Drill é um aplicativo gratuito, que serve para recuperar os arquivos apagados do computador. Seu funcionamento ocorre de forma simples, sendo necessários poucos cliques para ter de volta fotos, vídeos, documentos e demais itens deletados por engano. É compatível com Windows e Mac OS. O software é prático para usar e oferece ferramentas de buscas completas. Dependendo do tamanho do disco interno do computador (HD), a análise pode demorar vários minutos ou horas. O software é compatível com Windows desde a versão Vista até o 10. Há uma versão para Mac OS X, para quem tem um computador da Apple. Plataforma: Windows/Mac - Idioma: Inglês

Plataforma: Windows - Idioma: Inglês

DroidCam PC Client Transformar o smartphone numa webcam para computador. Essa é a função do DroidCam PC Client. Inicialmente, é preciso baixar o aplicativo DroidCam Wireless Webcam no celular com sistema operacional Android. Depois, é preciso fazer o download do aplicativo DroidCam PC Client para o computador, que tenha sistema operacional Windows ou Linux. Assim, em poucos minutos, o dispositivo, que não tinha microfone ou câmera, passa a contar com essas funcionalidades. Há duas opções de conexão: wireless (sem fio) ou por meio de uma porta USB. Escolha a mais eficiente e configure as opções de acordo com a sua internet. Plataforma: Android, iOS - Idioma: Inglês

Free

Super Antivirus Accelerator & Limpador - MAX O MAX é um otimizador de telefone celular que é rápido e gratuito. O programa auxilia a liberar espaço de armazenamento, fecha outras aplicações que acabam com a vida útil do aparelho e que descarregam rapidamente a bateria. Destaca-se ainda por bloquear programas que impedem a tentativa de invasões. Segundo a fabricante, o potencializador pode acelerar o celular em até 50%, ao libertar memória e ao fechar tarefas em segundo plano. Para isso, basta tocar num atalho na tela inicial e aguardar, no máximo, cinco segundos para isso. A limpeza de lixo ainda consegue tirar em poucos instantes, de acordo com o programa, 1 GB de lixo escondido no sistema Android. 100% automático, empréstimos com juros baixos e radar de CPF.

Free

Plataforma: Android - Idioma: Português

SINDINFO ES

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//INFONEWS

A primeira edição do programa Sinapse-ES teve 1.272 ideias inscritas. As 50 melhores foram premiadas

Sinapse-ES: boas ideias que viraram realidade

O

ano de 2017 foi especial para as mentes inovadoras do Espírito Santo, com a sétima edição do Programa Sinapse de Inovação. Ao todo, foram inscritas mais 1.272 ideias de produtos e serviços, com soluções inovadoras para variados segmentos dos setores produtivos capixabas. Todos em busca dos R$ 50 mil em premiações destinadas aos melhores projetos. A lista final, divulgada no dia 10 de janeiro, trouxe 50 projetos aprovados pela banca analisadora do Sinapse-ES, com outros 127 ficando em suplentes. Ao todo, o projeto distribuiu R$ 2 milhões em premiação. Desenvolvido pela Fapes (Fundação de Amparo à Pesquisa no Espírito Santo), autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e também pela Fundação Certi, o Sinapse da Inovação já há alguns anos funciona em outros estados brasileiros. Criado em 2008, em Santa Catarina, estado que se tornou referência no setor de inovação tecnológica no Brasil, o Programa já abriu caminho para centenas de pessoas fazerem de suas boas ideias uma realidade. Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), Vandinho Leite, o grande objetivo de trazer o Sinapse Inovação para o Espírito Santo era o de atender amplamente às tecnologias capixabas. “O Sinapse da Inovação promove a cultura empreendedora em todos os níveis, o que é fundamental para o desenvolvimento econômico e inovador de uma região. E no Espírito Santo não é diferente”, destaca. Segundo dados divulgados pelo Programa, cerca de 5 mil empreendedores participaram dos eventos realizados nas três fases do Sinapse. Além de concorrerem ao prêmio final dado às melhores ideias, os participantes também tiveram a oportunidade de ter contato com especialistas de diversas áreas da inovação e participaram de workshops e cursos rápidos de capacitação. A ideia das atividades é de capacitar os empreendedores capixabas, uma vez que a maioria dos participantes não tem conhecimento sobre o processo, que vai desde a idealização de

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// Projetos aprovados 1 ASTAN BIKE 2 LUDO Thinking - Soluções inovadoras para a educação 3 Quantificação do Volume de Madeira Empilhada 4 Aquicultura Ornamental Marinha: Produção de cavalos-marinhos 5 SOMARTECH GRC Gerenciamento de Riscos e Incertezas na Construção

6B ioinformática como solução para análises ambientais 7 Plataforma web para destinação de resíduos com sustentabilidade 8 Sensor Óptico aplicado à Bioengenharia de Órgãos 9 AvançaAgro 10 Laboratório de reprodução de orquídeas in vitro

Veja a lista completa em: es.sinapsedainovacao.com.br Fonte: Relatório da Annie Forecas

um produto até a viabilização comercial do mesmo. Mas é também uma forma de fomentar novas ideias e apontar caminhos para que essas sejam colocadas em prática. É o caso de Rita de Cássia Perini Dillen, idealizadora da Titibum, uma roupa de banho com boias integradas, que possibilita mais mobilidade, conforto e segurança às crianças. Dentro da lista dos 50 empreendedores que tiveram seus projetos aprovados pelo Sinapse-ES, ela conta que a ideia do produto estava pronta desde 2015, mas que ainda não havia perspectivas de torná-la comercialmente viável. “Participar do Sinapse permitiu que eu e meu marido, que é meu sócio, abríssemos as nossas mentes para as possibilidades de criar realmente uma empresa. Graças ao olhar atento e aos conselhos dos idealizadores, conseguimos vislumbrar melhor o potencial do nosso produto. Até então, nós não tínhamos essa noção”, conta Dillen. De acordo com Buffon, o evento foi essencial para que os empreendedores pudessem rever seus negócios. “É preciso se colocar no lugar de seus clientes e modelar soluções a partir disso. Eles aprendem a fazer isso de modo a obter um maior potencial de sucesso no mercado”, ressalta.


//POR QUE ME ASSOCIEI?

COMO SE ASSOCIAR Os interessados devem preencher o cadastro no site do Sindinfo. Caso queiram mais informações, os empresários devem buscá-las por telefone e por e-mail, canais nos quais são fornecidos todos os detalhes para a associação.

Eu acredito que, ao se associar, você fortalece o segmento que está inserido. E isso é muito importante, porque, ao fazer isso, nós fomentamos novas discussões sobre necessidades e inovações envolvendo o setor, como o Parque Tecnológico. É também onde conseguimos informações de mercado, treinamentos e network. É preciso fortalecer esse vínculo, para que possamos juntar forças e brigarmos pelo nosso setor e pelo bem comum das empresas nele inseridas. Afinal de contas, no mundo globalizado no qual vivemos, os nossos concorrentes não são os nossos “vizinhos”. Concorremos com empresas do Brasil inteiro e até do mundo.

Foi através do Sindinfo que a nossa empresa pôde conhecer a ISO 29110, juntamente com o Sebrae local, melhorando em muito a qualidade de nosso produto final. No meu ponto de vista, independentemente do tamanho da empresa, seja pequena ou grande, se associar é sempre um benefício. Se associar significa poder ter contato com outras empresas que, às vezes, estão passando por situações idênticas às da sua empresa. E por que não conversar com pessoas que têm a mesma necessidade que você? Empresas de tecnologias geralmente precisam de treinamentos, consultorias no mesmo ramo de atividade e, neste momento de crise, nada melhor que se juntar para chegar ao mesmo objetivo.

Rubens Carlos Cortes Zaruc Tecnologia

Eduardo F. Casotti Exata Consultoria e Projetos Ltda. - EPP

O envolvimento com o sindicato veio com o tempo. Já havíamos participado de um projeto de internacionalização do Sindinfo, que juntou algumas empresas para trabalhar em um objetivo em comum. Pude fazer parte desse grupo e ficou muito claro para mim o quanto seria benéfico para todas as empresas associar-se ao sindicato. Foi quando percebi que dialogar com um concorrente seu pode ser extremamente positivo para o crescimento de ambos. Um concorrente, à primeira vista, pode ser um parceiro em outro momento e essa aproximação e cooperação é uma das grandes vantagens do associativismo. Acho que de uma certa forma, todas as empresas ganham com o fortalecimento corporativo e institucional do Sindinfo. João Alberto da Silva Tempro Software Ltda.

// Sindicato das Empresas de Informática do Espírito Santo (Sindinfo) Endereço: R . Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, Nº 65, Ed. Proeng Offices - 4º andar - Sala 404 - Santa Lúcia - Vitória (ES) - CEP: 29056-295 Telefones: (27) 3026-0866/ 99841-9371 // secretaria@sindinfo.com.br // www.sindinfo.com.br

SINDINFO ES

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// ASSOCIADOS

Associadas

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TI ES

Produtos / Serviços

Contato

Adena Plataforma de E-commerce

Sistema de loja virtual profissional e customizável.

27 3019-2035

Aequus Consultoria S/S Ltda

Consultoria em gestão empresarial

27 3235.7546

AEVO TI

Gestão de processos, business intelligence, portais, gestão de portfólio de projetos, GED e colaboração

27 3337.0137

Allware Software Ltda

Software integrado de gestão empresarial

27 2123.0020

Alta Rail Technology

Soluções para gerenciamento e operações ferroviárias

27 3204-7569

AOB Software Informática Ltda - ME

Software comercial NF-e, PAF-ECF, serviços customizados

27 3063.1055

AR2ti

Soluções em Tecnologia

27 3215-5529

ARCO Informática

Desenvolvimento de websites, sistemas web e mobile apps

28 3511.2855

AS Auditoria Sistemas e Representações Ltda EPP

Software de Automação Comercial, Gestão Financeira, Fiscal, Gerencial, Serviços e Produção

27 3298.3366

AT3 Tecnologia Ltda

Suporte técnico, manutenção e outros serviços em Tecnologia da Informação

27 3258.4661

Athenas 3000

Athenas3000, uma nova forma de agir, pensar e fazer.

27 2104.6525

Atual Sistemas

Soluções atualizadas e suporte sempre presente, fazem toda a diferença

0800 888 2777

Atual Sistemas

Desenvolvedora de software e prestação de serviços

27 3727.8800

BL Tecnologia em Informática Ltda - ME

Desenvolvimento web e soluções corporativas em software

27 3343.0650

Brajan Sistemas

Soluções em Tecnologia de Sistemas

27 3383-7100

C3S Sistemas

Sindifácil – Sistema de Gestão de Sindicato

27 3225.7764

CLS Soluções em TI

Soluções definitivas em tecnologia da informação

27 3061-1200

Conectiva Sistemas

Soluções inteligentes para sua empresa

27 3726.1139

Conesoft

Sistemas de automação comercial

27 3752.1271

Conexos

Consultora em Tecnologia da Informática

27 3211-1162


// ASSOCIADOS

Associadas

Produtos / Serviços

Contato

Conexos Consultoria e Sistemas Ltda

Soluções Empresarias com Automação e Tecnologia

27 3211.1162

Consuldata Sistemas

Sistemas de Automação Comercial

27 3325.4451

Container Solution

Para cada problema uma solução!

27 3324-8835

Cristalsolution

Soluções Customizadas de Gestão para Adm. Pública

27 3534-2103

CSI - Centro de Soluções em Informática

Soluções em Tecnologia da Informação

27 3204.5111

Databelli Automação Comercial Ltda

Sistema de automação comercial

27 3026.1112

Databelli Desenvolvimento de Sistemas Ltda - ME

Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador e treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial

27 3026.1112

Dataci – Companhia de Tecnologia da Informação

Qualidade em TI na gestão pública

28 3521.2001

DBM Sistemas Ltda

Tecnologia inteligente na gestão de empresas

27 2127.4900

Devena Tecnologia e Inovação Ltda

Mobilidade e tecnologia comercial

27 3100.0857

E&L Produções de Software Ltda

Softwares integrados de modernização da gestão pública

27 3268.3123

Ebase Sistemas

Sistemas sob medida para as necessidades da sua empresa

27 3727.0569

EBR Informática Ltda - ME

Rede metropolitana, interconexão, data center, backup as a service

27 2122.2122

EBR Internet Ltda

Serviço de internet e telefonia

27 2122.2122

EBR Telecomunicação Ltda - ME

Serviço de internet e telefonia

27 2122.2122

E-brand Estratégias On Line Ltda

Marketing e comunicação com inovação

27 2104.0822

EcoSoft Consultoria e Softwares Ambientais Ltda

Desenvolvimento e fornecimento de soluções ambientais

27 3325.8516

EquipeNet Sistemas

Petr@ERP Uma solução completa para sua empresa

28 3515.3550

Etaure Desenvolvimento de Sistemas Ltda - ME

Softwares sob medida para empresas

27 3062.2875

Evológica Tecnologia e Pesquisa Ltda

Soluções Empresarias com Automação e Tecnologia

27 3211.1162

Exata

A melhor opção em automação comercial para seu negócio

27 3721.0955

SINDINFO ES­

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// ASSOCIADOS

Associadas

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TI ES

Produtos / Serviços

Contato

Exodus Tecnologia

Software de gestão financeira, fiscal e gerencial

27 3204.8404

Fatto Consultoria e Sistemas

Consultoria: medição, estimativa e requisito de software

27 3026.6304

Flexa IT

Fornecer tranquilidade em soluções de tecnologia da informação

27 3045.5851

Flexpoint Sistemas Flexiveis

Especializados na criação de presença digital e soluções web

27 4042-2406

Formalis Informática Ltda

Soluções inovadoras em Tecnologia da Informação

27 3062.8087

FRJ Informática Ltda (Qualidata)

Qualidata - Soluções em informática

27 3434.4400

Gekom – Gestão de Combustível

Somos os olhos dos gestores sobre os abastecimentos

27 4042.2314

Geocontrol Ltda

Desenvolvimento de soluções em tecnologia para as áreas de mobilidade urbana, segurança pública e defesa nacional

27 3041.3333

Gestor Matriz

Empresa especializada em softwares para Indústria de Confecções

27 3120.3891

Global Solutions

Conhecimento e Competências Aplicados no seu Negócio

27 3334 0300

Globalsys Soluções

Soluções em TI

27 3062-2230

Idera Tecnologia e Conectividade

Soluções para Conectividade e Desenvolvimento de Softwares

27 3211.1388

Inflor Consultoria e Sistemas Ltda

Desenvolvimento de tecnologias para o agronegócio, geoprocessamento (GIS) e implantação dos módulos SAP

27 2122.0888

Infosis Consultoria em Sistemas Ltda

Desenvolvimento e implantação de sistemas corporativos e soluções integradas

27 3211.1445

Infotec Sistemas

Sistema de automação comercial

28 3515.2300

InNet Soluções Ltda

Soluções para RH, financeiro, fiscal e produção de roupas

27 3371.7485

Inove Automação Comercial

Software para gestão varejista

27 3373.7100

Integrainfo

Consultoria, Auditoria e Gestão em Telecom – Redução nos Custos

27 3198.7271

Integrasys Soluções em Tecnologia

Comércio Atacadista de equipamentos de informática

27 3325-4442

Integro Consultores Associados

Soluções de social bussines, cloud computing e desenvolvimento de sistemas em plataformas Microsoft e IBM

27 3325.4040

ISH Tecnologia

Segurança da informação e infraestrutura de TI

27 3334.8934

ITMaster

Tecnologia Estratégica

27 3062-2277

J COM Software

Desenvolvimento de APP´s para força de vendas

28 3553-4993


// ASSOCIADOS

Associadas

Produtos / Serviços

Contato

Jnnet Telecomunicações Ltda

Acesso à internet

27 3258.4661

Linhares On Line

Internet banda larga, interligação e soluções empresariais

27 2103.8100

Link Tecnologia

Software com Simplicidade

27 3371.8373

Lynx Engenharia Sistemas de Controle ME

"Controle para Gestão da Manutenção de Ativos"

27 99782-9352

Made Informática

Conheça o Plano de Saúde digital. Sua empresa agradece

27 3225.5540

Mantis Tecnologia Ltda

Tecnologia Wi-Fi

27 3019.1166

Markar Web Business

Agência Digital

27 2103.8115

Master Doc.

Sistema para controle de obrigações e documentos contábeis

27 4007-2281

MD Sistemas de Computadores Ltda

Soluções de gestão empresarial (ERP)

27 2122.6300

Megawork Consultoria e Sistemas Ltda

Consultoria de Soluções de Negócios SAP para médias e grandes empresas.

27 3315.2370

Mindworks Informática Ltda

Infraestrutura e segurança em Tecnologia da Informação

27 3015.1812

Mito Games

Mito Games, uma empresa de Jogos Sérios.

27 3025.1504

Mogai Tecnologia da Informação Ltda

Software inteligente em logística e produção industrial

27 3337.1818

MR Consultoria e Sistemas Ltda

ERP - Dolphins - Soluções em sistema de informação para a gestão de processos empresariais

28 3526.7160

Multiconecta

Service Desk - Soluções e consultoria comercial para aquisição de infraestrutura

27 3205.3740

Neski Soluções Ltda

Software de automação comercial para: Comércio Varejista e Atacadista, Indústrias e Transportadoras

27 3264.5500

Net Kids Informática Ltda

Infra, Cloud Computing, Terceirização, Quarteirização

28 3511.2293

Netshopping Gestao Empresarial Ltda ME

Sistema de Gestão para Shopping Atacadista

27 98122-8436

Nexa Tecnologia & Outsourcing Ltda

Soluções corporativas de TI e contact center

27 2104.8000

Objetiva Soluções

Software para gestão varejista

27 3373.7100

SINDINFO ES­

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Pentago Consult Brasil Tecnologia e Negócios Ltda - EPP

Modelagem, desenho e automação de processos (BPMS), fábrica, NET/Java, BI e Serviços de gerenciamento de aplicações baseado em disponibilidade (ITIL Based)

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A evolução na medida certa

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Soluções para Posto de Combustível e Loja de Conveniência

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Sistema de gestão da qualidade e sistema para gerenciamento operacional, administrativo e financeiro

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Representação gráfica em três dimensões (3D) de proj. arquitetônicos, industriais, engenharia, criação de animações e projetos

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Redsis Automação e Sistemas

O melhor para sua empresa

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RG System Informática Ltda

Soluções em software de gestão em saúde e educação

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Simplesti Consultoria e Desenvolvimento de Software Ltda ME

Simples como tudo deve ser. Software sob medida para sua empresa

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Totvs ES

Venda, treinamento e implantação de software de gestão

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