Caracterização cultura e desporto região de leiria

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Caraterização da Região de Leiria – Cultura e Desporto António Jorge Ferreira


Introdução O presente estudo tem por objetivo caraterizar a Região de Leiria – aqui considerada como sendo a agregação da NUT III Pinhal Litoral (composta por 5 municípios: Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós) – no que respeita à Cultura e ao Desporto. Para isso, foram considerados os seguintes indicadores: despesas correntes dos municípios com: património cultural, publicações e literatura, música, artes cénicas e jogos e desportos; espetadores de cinema por mil habitantes; espetadores de espetáculos ao vivo por mil habitantes; visitantes de museus, jardins zoológicos, botânicos e aquários por mil habitantes; circulação por habitante de jornais e outras publicações periódicas. A análise será efetuada numa perspetiva evolutiva – de 2001 para 2012 (sempre que existam dados disponíveis); numa perspetiva comparativa – em relação a outras sub-regiões como as NUT III do Baixo Mondego, Baixo Vouga, Cávado, Grande Porto e Grande Lisboa, bem como, em relação à Região Centro e ao País. Adicionalmente, e com o objetivo de averiguar a heterogeneidade do território que constitui a Região de Leiria, serão analisados os diversos indicadores para os diferentes municípios da Região.

Despesas correntes dos municípios Por forma a caracterizar a Região de Leiria no que diz respeito à Cultura e ao Desporto, vamos começar por analisar os gastos correntes dos municípios (em milhares de euros) nos diversos domínios culturais, nomeadamente: património cultural, publicações e literatura, música, artes cénicas e jogos e desportos. Note-se que relativamente aos dados nacionais, não foi possível obter os valores para 2001 em nenhum dos indicadores seguintes. Por outro lado, também não foram encontrados dados para o período entre 2001 e 2009, para todos os indicadores e dimensões territoriais.

Património cultural As despesas com a manutenção e conservação do património cultural dos municípios do Pinhal Litoral sofreram a seguinte evolução entre 2001 e 2012:

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Gráfico 1 – Evolução das despesa correntes em património cultural dos municípios do Pinhal Litoral 900,0 800,0 700,0 Leiria

600,0

Batalha

500,0

Marinha Grande 400,0

Pombal

300,0

Porto de Mós Pinhal Litoral

200,0 100,0 0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Verifica-se que Leiria é o município que que acompanha com maior aproximação a evolução da Região. Do outro lado temos Marinha Grande e Pombal, numa espécie de contraciclo no triénio 2010-2012, quando comparados com Leiria e a Região. Os restantes municípios têm se mantido estáveis em termos de despesas neste domínio. Em termos de valores, verifica-se que Pombal e sobretudo Marinha Grande, pese a sua menor dimensão, apresentam registos em muitos anos superiores aos da capital de distrito. De facto, em 2012, tanto estes dois municípios como também Porto de Mós, registaram valores superiores a Leiria. Vejamos agora o que sucede quando efetuamos a comparação com outras regiões e com o país no seu todo:

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Gráfico 2 – Evolução regional e nacional das despesas correntes em património cultural 90 000,0 80 000,0 70 000,0

Pinhal Litoral

60 000,0

Baixo Mondego Baixo Vouga

50 000,0

Centro

40 000,0

Cávado

30 000,0

Grande Porto Grande Lisboa

20 000,0

Portugal 10 000,0 0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

A região da Grande Lisboa acompanha e reflete a evolução nacional, na qual o ano de 2009 aparece como ano de viragem, com uma redução muito grande das despesas nos anos subsequentes, em resultado da entrada do país no programa de assistência financeira da UE/FMI. Por outro lado, verifica-se que o Pinhal Litoral acompanha a tendência, a este nível, de estabilidade, do Baixo Mondego e do Baixo Vouga e, por sua vez, da Região Centro. Também o Cávado e o Grande Porto mostram estabilidade, contudo no caso do Grande Porto existe uma inflexão visível em 2011. Olhando para os valores, o Pinhal Litoral apresenta valores de despesas mais próximos do Cávado do que de outras sub-regiões do Centro, como o Baixo Mondego e Baixo Vouga - a título de exemplo, em 2012 os valores para Pinhal Litoral, Baixo Mondego, Baixo Vouga e Cávado foram, respetivamente ( valores arredondados, em milhares de euros): 587, 2.258, 1.523 e 743.

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Publicações e literatura Gráfico 3 – Evolução das despesa correntes em publicações e literatura dos municípios do Pinhal Litoral 900,0 800,0 700,0 Leiria

600,0

Batalha

500,0

Marinha Grande 400,0

Pombal

300,0

Porto de Mós Pinhal Litoral

200,0 100,0 0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

No que diz respeito ao domínio publicações e literatura, refira-se em primeiro lugar que não foi possível obter o valor de 2012 para Leiria. Ainda sobre este município, é visível que as respectivas despesas correntes neste domínio têm a estado a um nível consideravelmente inferior ao dos restantes municípios, com exceção da Batalha. De facto, sobretudo Pombal e Porto de Mós apresentam valores bastante mais elevados, e no caso do segundo, com uma tendência de crescimento que é dissonante do que se vê ao nível da região. Já a nível nacional e regional, o panorama é semelhante ao verificado no domínio do património cultural:

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Gráfico 4 – Evolução regional e nacional das despesas correntes em publicações e literatura 90 000,0 80 000,0 70 000,0

Pinhal Litoral Baixo Mondego

60 000,0

Baixo Vouga

50 000,0

Centro 40 000,0

Cávado

30 000,0

Grande Porto Grande Lisboa

20 000,0

Portugal

10 000,0 0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Novamente, é visível a Grande Lisboa a replicar a tendência nacional, enquanto que as restantes regiões apresentam tendências estáveis quando analisadas a este nível, com exceção da quebra em 2011 verificada no Grande Porto. Ao nível dos valores, o Pinhal Litoral apresenta números distantes dos do Baixo Mondego e Baixo Vouga, e inferiores aos do Cávado: 698, 1.971, 2.240 e 959 em 2012, respetivamente (valores arredondados, em milhares de euros).

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Música Gráfico 5 – Evolução das despesa correntes em música dos municípios do Pinhal Litoral 600,0

500,0

Leiria

400,0

Batalha Marinha Grande

300,0

Pombal Porto de Mós

200,0

Pinhal Litoral 100,0

0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Relativamente a este indicador, apenas foi possível obter o valor de 2001 do município de Leiria, enquanto que no caso de Porto de Mós não foi possível obter valores de 2011 e 2012. Nestas condições, destacam-se Pombal e Batalha, com valores bastante superiores aos dos restantes municípios, embora com evoluções opostas a partir de 2011, o primeiro no sentido ascendente, o segundo no sentido descendente, acompanhando a tendência da Região. Vejamos agora a perspetiva nacional e regional:

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Gráfico 6 – Evolução regional e nacional das despesas correntes em música 60 000,0

50 000,0 Pinhal Litoral Baixo Mondego

40 000,0

Baixo Vouga Centro

30 000,0

Cávado Grande Porto

20 000,0

Grande Lisboa Portugal

10 000,0

0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Ao contrário dos dois indicadores anteriores, desta feita não existe uma “colagem” tão pronunciada da evolução da Grande Lisboa face à nacional. Ainda assim, é visível nesta região, tal como no Grande Porto e na Região Centro, que existe uma inflexão novamente a partir de 2009. Saliente-se também que, outra vez em dissonância com os indicadores anteriores, o nível de despesas na Região Centro é consideravelmente superior quer ao do Grande Porto quer ao da Grande Lisboa. Quantos às sub-regiões, também neste indicador existem variações menos pronunciadas que ao nível regional e nacional, mas ainda assim com a tendência de descida das despesas correntes. Uma vez mais, o Pinhal Litoral está mais próximo do Cávado, do que do Baixo Mondego e do Baixo Vouga, que (sobretudo o segundo) apresentam valores de despesas correntes consideravelmente superiores, como podemos verificar pelos dados para 2012 (valores arredondados, em milhares de euros): 345 (Pinhal Litoral), 785 (Baixo Mondego), 6.835 (Baixo Vouga) e 292 (Cávado).

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Artes cénicas Gráfico 7 – Evolução das despesa correntes em artes cénicas dos municípios do Pinhal Litoral

200,0 180,0 160,0 140,0

Leiria

120,0

Batalha

100,0

Marinha Grande Pombal

80,0

Porto de Mós 60,0

Pinhal Litoral

40,0 20,0 0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Relativamente às despesas correntes com artes cénicas, a análise do gráfico revela algumas particularidades: Batalha e Leiria tiveram picos de despesa corrente em, respetivamente, 2009 e 2010, seguidos de quedas abruptas para valores muito inferiores nos anos subsequentes, comportamento que emula o do Pinhal Litoral; a Batalha apresenta evolução constante, com exceção do ano de 2011, em que existe um aumento significativo, que desaparece logo em 2012; Porto de Mós e Marinha Grande apresentam valores mais reduzidos e evolução com variações menos significativas.

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Gráfico 8 – Evolução regional e nacional das despesas correntes em artes cénicas 25 000,0

20 000,0 Pinhal Litoral Baixo Mondego 15 000,0

Baixo Vouga Centro Cávado

10 000,0

Grande Porto Grande Lisboa 5 000,0

Portugal

0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Observando o gráfico da evolução das despesas correntes deste indicador a nível nacional e regional, diremos que pouco há a acrescentar relativamente aos indicadores anteriores em termos de grandes tendências, i.e., a descida clara a partir de 2009, mais evidente a nível nacional e nas regiões da Grande Lisboa, Centro e Grande Porto, por um lado, e a semelhança entre a evolução e valores da despesa corrente entre o Pinhal Litoral e o Cávado, por um lado, e entre o Baixo Mondego e o Baixo Vouga, por outro. Ainda a respeito da segunda tendência, indicam-se os valores registados em 2012 (valores arredondados, em milhares de euros): 41 (Pinhal Litoral), 306 (Baixo Mondego), 430 (Baixo Vouga) e 99,1 (Cávado).

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Jogos e teatro Gráfico 9 – Evolução das despesa correntes em jogos e desportos dos municípios do Pinhal Litoral 3 000,0

2 500,0

2 000,0

Batalha Marinha Grande

1 500,0

Pombal Porto de Mós

1 000,0

Pinhal Litoral

500,0

0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Refira-se que a análise deste indicador é prejudicada pela inexistência de dados relativamente ao município de Leiria. Deixando de lado essa circunstância, é visível uma grande diferença face a aos outros domínios analisados: o ano de 2012 assinala uma retoma do valor da despesa para níveis próximos ou mesmo superiores aos de 2009, situação que é mais evidente ao nível da região no seu todo, e ainda nos municípios com maiores níveis de despesa: Porto de Mós e Pombal. A situação também é visível, mas em menor grau, na Marinha-Grande, ao passo que a Batalha apresenta os valores de despesa mais baixos da região, e uma evolução sem variação assinalável. Vejamos agora se a diferença verificada ao nível municipal se mantém ao nível nacional e nas outras regiões:

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Gráfico 10 – Evolução regional e nacional das despesas correntes em jogos e desporto 250 000,0

200 000,0 Pinhal Litoral Baixo Mondego 150 000,0

Baixo Vouga Centro Cávado

100 000,0

Grande Porto Grande Lisboa 50 000,0

Portugal

0,0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

O gráfico mostra que, a nível nacional, não existe uma evolução semelhante à do Pinhal Litoral. Contudo, embora exista novamente uma tendência descendente, esta ocorre de forma mais suave comparativamente com os outros indicadores. Mais, tal como no caso da música, também neste caso a Região Centro apresenta valores superiores aos da Grande Lisboa e Grande Porto, e a tendência de descida da despesa é também muito suave (no caso da Grande Lisboa e Grande Porto esta tendência é mais visível). Ao nível das sub-regiões, o Pinhal Litoral ocupa o último lugar em termos de nível de despesa, ficando desta feita afastado do Cávado, que neste indicador chega a ultrapassar os valores do Baixo Vouga e Baixo Mondego – vejamos os valores registados em 2012 (valores arredondados, em milhares de euros): 2.360 (Pinhal Litoral), 6.342 (Baixo Mondego), 7.158 (Baixo Vouga) e 10.166 (Cávado). Finalmente, existe outra diferença significativa face aos outros indicadores: os valores registados de despesas correntes são significativamente mais elevados, existindo assim uma clara diferença entre os jogos/desporto e os domínios de índole puramente cultural.

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Espetadores de cinema por mil habitantes Deixando de lado as despesas dos municípios, que como já vimos apresentam uma trajetória descendente, vamos analisar de que forma os habitantes se relacionam com as espetáculos culturais, começando pelo cinema. Gráfico 11 – Espetadores de cinema por mil habitantes nos municípios do Pinhal Litoral 3 000,0

2 500,0

Leiria

2 000,0

Batalha Marinha Grande

1 500,0

Pombal Porto de Mós

1 000,0

Pinhal Litoral 500,0

0,0 2004

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

A análise do gráfico mostra uma cara diferença entre Leiria e os restantes municípios, sendo significativo que os valores deste município sejam bastante superiores aos da região no seu todo (em 2012, 2191 em Leiria vs 1066 no Pinhal Litoral). Assinala-se também a tendência de crescimento do indicador desde 2004, existindo contudo uma quebra em 2012. Obviamente, não é de estranhar que a situação evidenciada pelos restantes municípios seja bastante diferente, como se pode ver pelos valores apresentados pela Batalha (único excepto Leiria para o qual foi possível obter valores para pelo menos quatro anos), que são significativamente baixos e com tendência decrescente. Obviamente, esta situação é indissociável do facto de no município de Leiria existirem a esmagadora maioria das salas de cinema da região. Gráfico 10 – Espetadores de cinema por mil habitantes a nível regional e municipal

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4 000,0 3 500,0 Pinhal Litoral

3 000,0

Baixo Mondego 2 500,0

Baixo Vouga

2 000,0

Centro Cávado

1 500,0

Grande Porto

1 000,0

Grande Lisboa Portugal

500,0 0,0 2004

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Comparando o Pinhal Litoral com outra sub-regiões, verificamos que apresenta valores significativamente superiores ao Baixo Vouga, mas inferiores ao Cávado e sobretudo ao Baixo Mondego. Já a Região Centro apresenta valores e evolução semelhantes ao Baixo Vouga. Por outro lado, é visível que o Pinhal Litoral, tal como o Cávado e o Baixo Vouga, se encontram abaixo da média nacional, em oposição ao Baixo Mondego e sobretudo ao Grande Porto e Grande Lisboa, que apresentam os valores mais elevados neste domínio. Em termos de tendência global, ela é visivelmente decrescente, a partir de 2010. Tal como nos indicadores de despesas correntes, o efeito da crise que atingiu o país é pois bastante claro. Espetadores de espetáculos ao vivo por mil habitantes Vejamos agora o que acontece no que diz respeito aos espetáculos ao vivo.

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Gráfico 13 – Espetadores de espetáculos ao vivo por mil habitantes nos municípios do Pinhal Litoral 1000 900 800 700 600

Leiria

500

Pombal

400

Porto de Mós

300

Pinhal Litoral

200 100 0 2001

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Não tendo sido possível obter dados sobre os municípios da Batalha e Marinha Grande, o que o gráfico revela é uma situação distinta da verificada com os espetadores de cinema. Por um lado, estamos perante um realidade que atrai muito menos os habitantes dos municípios – o valor máximo registado é de 910 vs 2191 no indicador anterior. Por outro, o facto de que neste domínio é Pombal que lidera, tendo estado sempre acima da média regional, menos no último ano analisado (2012). Assinale-se também uma tendência de crescimento deste indicador. Gráfico 14 – Espetadores de espetáculos ao vivo por mil habitantes a nível regional e nacional 2 000,0 1 800,0 1 600,0 Pinhal Litoral 1 400,0

Baixo Mondego

1 200,0

Baixo Vouga

1 000,0

Centro Cávado

800,0

Grande Porto 600,0

Grande Lisboa

400,0

Portugal

200,0 0,0 2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

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Analisando o indicador a nível regional e nacional, constatamos que a tendência de crescimento constante revelada pelo Pinhal Litoral é caso único, embora tanto o Cávado como a Grande Lisboa apresentem recuperações em 2012, com este último caso a ter possivelmente influência no facto de que a média nacional também mostre crescimento em 2012. Todas as outras regiões apresentam tendências decrescentes, a exemplo do que sucedeu no indicador anterior. Por outro lado, o crescimento verificado no Pinhal Litoral teve como efeito adicional que o mesmo passasse do último lugar de entre as regiões analisadas, e abaixo da média nacional, para obter um valor (910) apenas inferior ao da Grande Lisboa (1309) e do Grande Porto (914), em 2012, ficando também bem acima da média da Região Centro (578 em 2012). Visitantes de museus, jardins zoológicos, botânicos e aquários por mil habitantes Deixando de lado os espetáculos, vamos analisar as visitas a museus e outros espaços de exposição cultural. Refira-se que neste caso só foi possível obter dados de 2009, 2010 e 2011. Gráfico 15 – Visitantes de museus, jardins zoológicos, botânicos e aquários por mil habitantes nos municípios do Pinhal Litoral

900 800 700 600

Leiria

500

Pombal

400

Pinhal Litoral 300 200 100 0 2009

2010

2011

Fonte: Pordata

Só foi possível obter valores de Leiria, Pinhal Litoral e Pombal (apenas 2009). Em primeiro lugar refira-se que os valores registados são semelhantes aos dos espetáculos ao vivo. Por outro lado, é de salientar o facto de que o município de Leiria apresenta uma tendência de 15


crescimento acentuado, que o levou a ultrapassar a média da região. Considerando também o valor registado por Pombal em 2009, percebe-se que a situação dos restantes municípios será também neste caso completamente distinta da de Leiria.

Gráfico 16 – Visitantes de museus, jardins zoológicos, botânicos e aquários por mil habitantes a nível regional e nacional 3500 3000 Pinhal Litoral

2500

Baixo Mondego Baixo Vouga

2000

Centro Cávado

1500

Grande Porto 1000

Grande Lisboa Portugal

500 0 2009

2010

2011

Fonte: Pordata

Alargando a esfera de análise, verificamos que Grande Lisboa e Grande Porto estão numa realidade distinta das restantes regiões, com valores bem acima da média nacional, sobretudo no primeiro caso. Em termos de tendência, ela é claramente crescente no caso da Grande Lisboa, ao passo que no Grande Porto ela é neutra. Olhando para as outras regiões, verificamos novamente tendências neutrais ou de crescimento, assim se explicando o leve crescimento da média nacional. Focando-nos no Pinhal Litoral, verificamos que esta região apresenta valores inferiores ou semelhantes (481 em 2011) aos da média da Região Centro (508 em 2011), enquanto que Baixo Vouga (614 em 2011) e sobretudo Baixo Mondego (814) se encontram acima da mesma. Já o Cávado, apresenta valores (506 em 2012) semelhantes aos do Pinhal Litoral e Região Centro.

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Circulação por habitante de jornais e outras publicações periódicas O último indicador reflete a circulação de jornais e outras publicações semelhantes (dados de 2009 a 2012).

Gráfico 17 – Circulação de jornais e outras publicações periódicas por habitante nos municípios do Pinhal Litoral 25,0

20,0

15,0 Leiria Pombal 10,0

Pinhal Litoral

5,0

0,0 2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Também no que diz respeito a este indicador encontramos uma situação em que Leiria apresenta valores muito superiores ao dos restantes municípios (neste caso Pombal, o único relativamente ao qual foi possível obter dados), e consequentemente superiores à média da região. A tendência de forte descida deste indicador reflete o problema que enfrenta a Imprensa em todo mundo, devido ao crescimento explosivo dos meios de comunicação electrónicos.

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Gráfico 16 – Circulação de jornais e outras publicações periódicas por habitante a nível regional e nacional 300,0

250,0 Pinhal Litoral Baixo Mondego

200,0

Baixo Vouga Centro

150,0

Cávado Grande Porto

100,0

Grande Lisboa Portugal

50,0

0,0

2009

2010

2011

2012

Fonte: Pordata

Atendendo à reflexão efetuada no parágrafo anterior, não é de estranhar que também na região que lidera, de forma esmagadora, este indicador a nível nacional se verifique uma tendência de diminuição acentuada, também visível na média nacional e nas outras regiões, embora no Grande Porto, a situação seja menos evidente. Quanto ao Pinhal Litoral, apresenta uma posição (valor de 4 em 2012) próxima da do Baixo Vouga (5,4 em 2012), e inferior à média da Região Centro (8,4 em 2012). Já o Baixo Mondego está bem acima (23 em 2012) da média da região, apresentando o Cávado valores semelhantes (22 em 2012).

Bibliografia  

Pordata - http://www.pordata.pt/ Instituto Nacional de Estatística - www.ine.pt

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