Para o Desenvolvimento Estratégico da Região de Leiria
INQUÉRITO À ATIVIDADE EMPRESARIAL
Junho de 2014
Para o Desenvolvimento Estratégico da Região de Leiria
NOTA INTRODUTÓRIA
O Observatório para o desenvolvimento Estratégico da Região de Leiria, criado recentemente tem por objetivo o acompanhamento de forma sistemática e permanente a atividade económica da Região. Consideramos que é uma vertente fundamental da futura atividade do Observatório, a realização periódica de inquéritos às empresas, de forma a obter indicadores avançados sobre a conjuntura económica e as suas tendências de evolução num horizonte temporal próximo.
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I – SUMÁRIO 1. O Inquérito à Atividade Empresarial (IAE) é dirigido aos associados da NERLEI e a um conjunto de empresas da Região de Leiria. Este relatório apresenta e analisa os resultados das respostas de 136 empresas. 2. Em termos de representatividade setorial das empresas que responderam ao Inquérito do Observatório para o Desenvolvimento Estratégico da Região de Leiria (ODERL), 47% são do setor secundário, 51% do setor terciário e apenas 2 % do sector primário. 3. Quanto à dimensão, 30% são micro empresas, 43% são pequenas, 23% são médias e 4% das inquiridas são grandes empresas. 4. O Volume de negócios de 24% das empresas não ultrapassa o meio milhão de euros. 43% das empresas prevê um incremento no volume de negócios em 2014. Em cerca de 27% das empresas que responderam ao Inquérito à Atividade Empresarial (IAE) o peso das exportações no volume de negócios é superior a 75%. 5. Para 2014 cerca de 32% prevê um aumento no volume de emprego. As tabelas salariais foram atualizadas até 2% em 24% das empresas e em 8% a atualização foi superior a 2%. 6. O investimento para 2014 prevê-se superior relativamente a 2013 em 46% das respostas, sendo as áreas prioritárias para investimento o “equipamento”, as “tecnologias de informação” e a “internacionalização” com 36%, 21% e 16% respetivamente. Para financiar estes investimentos, 39% das empresas contam com Capitais próprios. 7. O recurso ao crédito é considerado “muito importante” por 52% das empresas. 8. Quase metade das empresas (46%) consideram que nos próximos seis meses a conjuntura económica tende a “melhorar” e cerca de 37% admitem que deverá “manter-se”.
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II – MERCADO DA PROCURA
No conjunto das empresas que exportam (78), cerca de 76% são Pequenas e Médias empresas,19% micro empresas e 5% grandes empresas.
Classificação das empresas exportadoras quanto à dimensão
5% 30%
46%
Grande Media Micro 19%
Pequenas
Quanto à intensidade exportadora, em cerca 49% das empresas as exportações representam menos de 20% no volume de negócios. O peso das exportações no volume de negócios é superior a 50% em 37% das empresas e em cerca de 27% das empresas, as exportações representam um peso superior a 75% no volume de negócios. Cerca de 43% das empresas inquiridas espera um crescimento no volume de negócios em 2014.
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III – EMPREGO Para 2014, cerca de 60% das empresas estimam a “manutenção” do seu volume de emprego e 32% um “aumento”. Evolução e expectativas de volume de emprego
2014 Manutenção Aumento
1º. Trim 14
Redução 2013
0%
20%
40%
60%
80%
100%
68% das empresas inquiridas irão manter as tabelas salariais em 2014, 24% atualizaram as tabelas até 2% e apenas 8% esperam um aumento superior a 2%. Evolução da tabela salarial para 2014
8%
Sem alteração
24%
Atualização até 2% Atualização mais de 2% 68%
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IV – INVESTIMENTO De acordo com as respostas obtidas ao Inquérito, 27% das empresas preveem para o corrente ano um investimento superior a 2013, 46% preveem uma “manutenção” no investimento e 26% referem “inferior” ou muito inferior” relativamente ao ano transato. No que confere às prioridades de investimento, temos em primeiro lugar “equipamentos” (36%), em segundo “tecnologias de informação” (21%), seguido pela “internacionalização” (16%). Perspectivas de investimento por áreas prioritarias
Equipamentos
21% 36%
Logística Marketing
5%
Internacionalização Ambiente/Energia
16% 8%
Tecnologias de informação
14%
De acordo com as respostas obtidas referindo as fontes de financiamento do investimento, 39% recorre a “capitais próprios/autofinanciamento”, 27% a “financiamento bancário” e 15% a “linhas de crédito protocoladas”. Fontes de financiamento do investimento Outro Não aplicável Apoios públicos Linhas de crédito protocoladas Financiamento bancário Capitais próprios/autofinanciamento 0%
5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
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V – FINANCIAMENTO Das empresas que responderam ao IAE, cerca de 52% das empresas consideram “muito importante o recurso ao “crédito bancário” (incluindo leasing, factoring, etc.) e 14% consideram pouco ou nada importante o recurso ao “crédito bancário”. Relativamente ao preço e condições do crédito bancário 39% das empresas consideram que não constituem atualmente um forte obstáculo à sustentabilidade e desenvolvimento da sua empresa, no entanto, 24% das empresas referem “sim, muitas dificuldades”. O acesso a financiamento e o seu preço e condições constituem actualmente um forte obstáculo à sustentabilidade e desenvolvimento da sua empresa Não 37%
39%
Sim, muitas dificuldades Colocam algumas dificuldades, mas ultrapassáveis
24%
Contudo 26% das empresas refere que as condições melhoraram, em 2014 relativamente a 2013 e 65% responderam que se manteve. A situação perante o Fisco e Segurança Social é considerada “normal” por 96% das empresas que responderam ao IAE, e 3% referem uma situação “em divida”, com plano prestacional regularizado. Situação das empresas perante o Fisco e a Segurança Social 1% 3%
Normal Em dívida, com plano prestacional regularizado
96%
Em atraso
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VI – CONJUNTURA
Quase metades das empresas (46%) consideram que nos próximos seis meses a conjuntura económica tende a “melhorar”, enquanto cerca de 37% responderam a “manter-se”. A procura externa, interna e financiamento são variáveis referidas por uma parte significativa dos inquiridos (50%, 45% e 38%, respetivamente) como sendo variáveis com influência favorável; já o custo das matérias primas e da mão de obra são identificadas como variáveis com influência desfavorável por parte de 35% e 25% das empresas inquiridas.”
Variáveis que influenciam as expectativas nos próximos 6 meses
Custo da Mão e Obra Custo das Matérias primas Financiamento Procura Interna Procura Externa 0%
20%
Favorável
40% Desfavorável
60%
80%
100%
Neutra
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VII – CONTEXTO
Relativamente aos fatores que exercem atualmente uma influência no desenvolvimento da empresa, 42% das empresas que responderam ao IEA consideram que a “legislação laboral” tem uma influência “negativa” e apenas 1% a considera como “muito negativa”. Quanto à “Justiça” apenas 4% consideram ser uma influência “positiva” no desenvolvimento da empresa. Segue a mesma tendência o fator “burocracia” e “fiscalidade”, apenas 3% e 6%, respetivamente, considera ser uma influência “positiva”. Fatores que exercem influencia no desenvolvimentos da empresa
Fiscalidade
Burocracia
Justiça
Legislação Laboral
0 muito positiva
5
10 positiva
15
20
25
pouco negativa
30 negativa
35
40
45
50
muito negativa
A “qualificação dos recursos humanos” é considerada por 54% das empresas como “positiva”, e por 10% como “muito positiva”. No que concerne ao fator de “desenvolvimento de tecnologia” 68% considera que é um fator que influencia o desenvolvimento da empresa de forma “positiva” e 13% responderam “muito positiva”.
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Outras variáveis O apoio ao investimento é considerado por 49% das empresas como tendo uma influência “positiva”, 7% consideram “muito positiva” e 26% consideram ser “pouco negativa” no desenvolvimento da empresa. Quanto ao fator Internacionalização, 40% consideram ser “positivo”, 18% das empresas referem ser “muito positivo”, 32% “pouco negativo” e 10% considera que este fator influencia negativamente o desenvolvimento da empresa. Finalmente, no que respeita ao fator energia, 23% das empresas considera que exerce uma influência no desenvolvimento da empresa “muito negativa”, enquanto 27% responderam “negativa”.
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