Barris de petróleo
Os maiores anunciantes
Volks revela Gol Vintage
País poderá ter cerca de 1 milhão de barris de petróleo excedentes em 2016
As 30 empresas anunciantes que mais compraram mídia no Brasil em 2009, com os valores de investimentos (em R$)
Modelo único foi criado exclusivamente para o evento Gol Fest
Brasil Página 04
Economia Página 09
Autos Página 24
O Campeão Distribuição gratuita. Venda Proibida. Edição nº 114 - Ano 10
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
Campanha de Medula Óssea N
o dia 27 de março o Rotary Club de Sumaré-Villa Flora, em parceria com a Associação dos Moradores do Villa Flora (AMVF) e o Hemocentro da Unicamp, realizaram no Centro Comercial Villa Flora, a Campanha de Cadastramento de Doadores de Medula Óssea. A campanha ganhou o nome “D©ação: um gesto de amor pela vida”, e teve o objetivo de cadastrar pessoas no Banco Nacional de Doadores de Medula. Cidades Página 5
O impacto da tecnologia na nossa sociedade Tecnologia Página 12
Decorar é uma arte de planejar e arranjar espaço Decoração Página 18
02 O Campeão
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
Opinião
Campanha nas ruas Eis que a eleição para prefeito em Nova Odessa ganha as ruas: um adesivo de pára-brisa... “N.O. não pode parar!” Um gaiato apontando o dito cujo, emendou: “Mas, chegou a andar?”
COTIDIANO
CALDEIRÃO
Estão retalhando Sumaré. Ficará do tamanho de Nova Odessa?
P
ela segunda vez Sumaré está vivenciando constrangedor momento político de capital importância econômica. Pouco mais de 15 anos depois de sofrer corte em seu território perdendo o distrito de Hortolândia, novamente eclode outro movimento, o “EMANCIPAÇÃO JÁ”, dos bairros Matão, Nova Veneza e “Área Cura”, que sediam a maioria do parque industrial do município, o discurso de suas lideranças é “Somos pobres com receita rica e ‘eles’, ricos com receita pobre!”. Dia 15 deste abril, José Nunes Filho, proprietário de uma loja de automóveis naquela região, voltou de Porto Alegre onde participara de um seminário sobre a lei que brecava a farra de emancipações que assolara o País há algum tempo. Entretanto, essa lei se extinguiria em 1909 e estamos em 2010, segundo ele. ••• O argumento desse grupo de pessoas que resolvera pelo seu indepência ou morte, já até sugere aos moradores escolherem o nome da nova cidade. ••• “Cidadãos dessas três regiões: queremos apenas esclarecer algumas dúvidas que vocês podem ter sobre o “Movimento EMANCIPAÇÃO JÁ”. ••• Vocês sabem o que é Emancipação? É quando uma região ou um distrito que não está contente com os seus governantes deseja tornar-se um município independente. ••• Por quê isto acontece? Pelo motivo de que uma região ou distrito, que está longe do centro da cidade, não está com seus direitos básicos atendidos, como: saúde, educação e segurança e outras necessidades que tem por direito. Nós estamos a mais de 17 km do centro de Sumaré. ••• Você sabia que o orçamento da prefeitura de Sumaré é estimado em R$ 390 milhões em 2009? E que 60% deste valor são arrecadados em nossa região, a que compõe os três distritos? Para onde foi ou está indo nosso dinheiro? ••• Analise: esse dinheiro dá o direito de termos, hospital, pronto-socorro, EMEIS, EMEFS e segurança; hoje abandonados pelo poder público. Os comerciantes vivem sendo assaltados todos os dias. A população vive com medo e não há transporte decente; ••• Para ser um município, os cidadãos dos três distritos têm que lutar, juntos, na defesa de seus direitos; •••
Somos aproximadamente 140 mil habitantes. Seremos uma cidade compacta, com uma receita aproximadamente de R$ 210 milhões. Uma cidade sem dívidas, com todos os direitos básicos garantidos por lei. ••• Todos vão ganhar! Para isso deixar de ser um sonho e virar realidade é preciso que toda população participe. A lei determina que é preciso colher no mínimo 10 mil assinaturas para, depois disso, se realizar o plebiscito. ••• Faça parte do abaixo-assinado. Você só precisa provar que mora em uma dessas regiões. Venha e participe das reuniões. Tire suas dúvidas sobre o Movimento EMANCIPAÇÃO JÁ. ••• Hortolândia tem um orçamento de aproximadamente R$ 410 milhões. Orçamento que já é maior que o de Sumaré. Desde que Hortolândia se emancipou, até hoje, só ganhou com a emancipação. ••• Em contato com O Campeão, José Nunes Filho, um dos líderes do grupo, falou da falta de vontade política para com aquelas regiões por parte dos prefeitos que governaram Sumaré. Por exemplo, na gestão do prefeito José Denadai houve aplicação de asfalto nas ruas sem a respectiva rede de esgoto existir! Nós, como todo sumareense ficamos frustados na gestão do prefeito Paulino, quando assistimos impotentes Hortolândia se desligar do município anexando boa quantidade de indústrias a seu novo território. ••• Os prefeitos que governaram Sumaré: 1963/1966 José Miranda; 1967/1969 João Smânio Franceschini; 1970/1972 Aristides Moranza; 1973/1976; Prefeito João Smânio Franceschini; 1977/1982 Paulo Célio Moranza. 1983/1988 José Denadai 1989/1992 Paulino José Carrara 1993/1996 José Denadai 1997/2000 Antonio Dirceu Dalben 2001/2004 Antonio Dirceu Dalben 2005... José Antonio Bacchim ••• Hoje, com a história de desmenbramento prestes a se repetir pode-se cobrar moralmente dos ex-prefeitos o preço que a cidade paga hoje? O novo morador tem um sentimento de frustação pois enxerga nas distantes manchas urbanas do município o dedo imobiliário especulativo com a caneta política. Se a moda pega, e as regiões do Picerno e Nova Veneza se engraçarem?
Uma raposa chamada de Magalhães Pinto
Senador Magalhães Pinto, uma das “raposas” de Minas, sai de um encontro com o presidente Geisel pela porta da frente do Alvorada (1975).
EXPEDIENTE
O Campeão Editado por ZD REPRESENTAÇÕES S/S LTDA. Rua Joaquim Leite da Cunha, 808 Jd. Sta. Luiza | CEP 13460-000 Nova Odessa-SP | www.ocampeao.com e-mail: contato@ocampeao.com Diretor e Editor: Euripedes Freitas F.: 3466.4328 | 8101-9044
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Os textos publicados neste veículo são de responsabilidade de seus autores. A publicação dos mesmos visa estimular o debate, a crítica e a construção do conhecimento em nossa sociedade. Distribuição gratuita 15.000 exemplares
Como foi - Ao contrário da fama de indeciso, o governador Magalhães Pinto tinha posições definidas quando os assuntos eram do seu interesse. É só observar alguns exemplos. Udenista histórico, deu total apoio aos militares no golpe que derrubou o presidente João Goulart. Manifestou seu desejo de participar do primeiro escalão do governo do marechal Costa e Silva e acabou ministro das Relações Exteriores. Sem falar de seu sucesso como banqueiro. Eleito senador, quis ser presidente do Congresso. E foi. Mas antes foi ao Alvorada garantir o consentimento de Ernesto Geisel. Ao sair do Palácio com “sim” do general foi procurado pelos jornalistas. Indagado se tinha mesmo resolvido concorrer, respondeu, mantendo sua conhecida desfaçatez: - Uai, ainda não tive tempo de me perguntar! Orlando Brito.
Opinião
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
O Campeão 03
OSWALDO JOSÉ OTTAVIANO
Patriotismo de futebol
O
provérbio diz que a ocasião faz o ladrão mas Machado de Assis dizia que a ocasião faz o furto, pois o ladrão já está feito. Quem está com a razão ? Depende do ponto de vista, pois se entendermos que a oportunidade transforma uma pessoa normal em ladrão, pelo fato dela ter praticado o furto, ponto para o provérbio, mas o Escritor (esse merece maiúscula ) leva vantagem quando entendemos que o ser humano já adulto já está feito. É só furtar que se transforma em ladrão.... Filosofia à parte é incrível o poder que um pouco de ar dentro de uma esfera formando uma bola tem de transformar milhares de brasileiros medianos, sem patriotismo algum, em defensores extremados de seu país. Na verdade onze pessoas (e às vezes mais um juiz) tentando fazer a bola passar por um retângulo formado pelo chão e
três pedaços de pau e, de outro lado, outros onze tentando impedir que a esfera (ou a gorduchinha como a chamava Osmar Santos) passe pelo mesmo lugar. Por sua vez ambos os grupos de onze tentam atravessar a meta do opositor. Isso mais uma regrinhas inventadas pelos ingleses tem o poder de se transformar num dos maiores espetáculos da terra quando muitas nações amiga sou rivais se encontram num lugar pré determinado para ver quem consegue mais pontos. O incrível é notar como a maioria dos brasileiros viram patriotas de carteirinha capazes de morrer pelo Brasil como diz a letra do Hino de Independência. Nada contra o fato pois um gosta do olho outro da ramela mas é uma pena (e põe e pena nisso!) que os brasileiros não sintam o mesmo amor pelo País em outros momentos: na hora de estudar, de trabalhar, de
1.º de abril Venho trazer a tona um assunto tão obscuro quanto o governo do nosso país. Me veio a mente devido a alguns fatos recentes, nos quais eu possuía a informação verdadeira e vi qual a imprensa nos passou. É algo totalmente absurdo onde não se deve deixar por baixo dos panos. Meus caros, a mídia, a imprensa são juntos, o tema que abordarei nesse mês. Todos sabem que todo primeiro dia de abril é dia da mentira, certo? Com a mídia o esquema é mais ou menos assim. Basicamente todas as informações em si não são tudo - o todo (infelizmente) não é verdade. Simplesmente, queridos leitores, uma parcela das informações a santa audiência exige uma modificação. Depois de se relatar um fato, o mesmo é passado pelo jornalista à visão do leitor, telespectador. Nesse processo há omissões e exclusões. Mas claro nesse contexto não se envolve somente mentiras, omissões e audiência. É bem mais complexo do que se imagina. Por exemplo, a questão de seus mandantes, no caso da TV, meio mais popular. Certamente imaginamos que as emissoras são autônomas. Engana-se. Seus mandantes são nossos queridos governantes. Funciona basicamente como as empresar de transporte público: há o contratador. Mas não estiquemos mais o caso. Simplesmente o que acerca esse “envolvimento” são os interesses econômicos das emissoras. Pulemos essa parte mais burocrática. A televisão é o meio que mais engana e justamente o que é mais visto. É o que torna as pessoas mais cegas, o que mais impressiona o que mais envolve e pouco acrescenta. Para se ter noção, os televisores estão presentes em 95% dos lares brasileiros enquanto isso, menos de 10% da população lê jornais. É impressionante como nós brasileiros temos facilidade em decair. Em si a mídia sempre deixa em auge
o acontecimento atual. O julgamento, o terremoto, a morte, o movimento que mais impressionou. E é só aparecer outro fato, mais impressionante, que se deixa o anterior de lado e põe em foco o atual. É um processo repetitivo, cansativo, no qual pouco percebemos. Em geral, a intenção da imprensa é impressionar, causar comoção, conseguir foco e principalmente atenção. É o que conta, pois é disso que provém o ganho dos nossos jornalistas, que por sua vez, fazem qualquer coisa para distorcer a notícia, esticá-la, reduzi-la e mostrar o que você quer ver, afinal, os fatos crus não tem graça. Hipocrisia é negar tudo isso. Mas não tem erro. O que eles querem é formar opiniões. Pra dizer a verdade, a mídia deseja muito de seus telespectadores. Querem escravizá-los. E temos nossa parcela de culpa por sempre escolher os mesmos informantes, os mesmo manipuladores. Enfim, somos enganados, sabemos disso e pouco fazemos. Podemos tomar alguma atitude ou simplesmente empurrar com a barriga. Para concluir e definir, a mídia é a caixa preta que contém todas as informações, mas, só ela tem acesso. Nós, por nossa vez, onde não há outra forma de nos informarmos, ficamos com o que nos resta. Lamentável. Enfim, com os meus atuais sonhos voltados ao jornalismo, espero que entre nesse mundo, mas não na enganação. Espero!
Karine Barbosa, 14 anos, é colaboradora de O Campeão
cumprir as leis, de servir aos semelhantes e à própria Pátria ou à família, pois Rui Barbosa dizia que a Pátria é a família amplificada. Multiplicai as células e tereis o organismo, multiplicai a família e tereis a Pátria. Fenômeno semelhante ocorre como o Carnaval cuja data não é feriado. Mas vá afirmar isso no Rio de Janeiro e V. será morto na primeira esquina! Mas não é mesmo. Só se for no Rio, se lá houver uma lei estadual ou municipal que diga isso mas aqui não é, pois lei federal nesse sentido não há. Quem tiver uma lei que diga isso que má aponte. Utopia é uma palavra criada por S. Tomás Morus que significa alguma coisa que seria muito bom se assim fosse, ou que acontecesse, mas não ocorre. Assim por mera utopia imaginemos como seria bom este País se todo o patriotismo existente quando a equipe do Brasil entra em campo (até dizem que o Brasil entra em campo!) ocorresse no
dia-a-dia! Que explosão de honestidade, de trabalho, de cordialidade, de eficiência, de valores, de serviços..... É bom sonhar, ainda que por um momento, pensemos nisso! Oswaldo José Ottaviano - advogado e corretor de imóveis em Sumaré.
04 O Campeão
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
Cidades
Nova Odessa já vive epidemia de dengue Através do Programa “Olho Vivo na Dengue” a Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Nova Odessa vem desenvolvendo trabalhos de treinamento, conscientização e eliminação de criadouros dos mosquitos transmissores da dengue. A secretaria procura formar “multiplicadores” que estarão capacitados a fornecer informações para a população em áreas consideradas de maiores riscos e que possuam número significativo de circulação como as escolas.
SUMARÉ
Campanha de Medula Óssea A finalidade foi conscientizar a população da importância da doação de medula para centenas de pessoas
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o dia 27 de março o Rotary Club de Sumaré-Villa Flora, em parceria com a Associação dos Moradores do Villa Flora (AMVF) e o Hemocentro da Unicamp, realizaram no Centro Comercial Villa Flora, a Campanha de Cadastramento de Doadores de Medula Óssea. A campanha ganhou o nome “D©ação: um gesto de amor pela vida”, e teve o objetivo de cadastrar pessoas no Banco Nacional de Doadores de Medula. A finalidade foi mobilizar e conscientizar a população da importância da doação de medula para centenas de pessoas que aguardam por um gesto de solidariedade. O resultado foi um sucesso, 175 cadastramento no período das 8 às 12 horas. O apoio do 2º Batalhão Logístico Leve de Campinas foi fundamental com a montagem de duas barracas, uma para o cadastramento e outra para a coleta dos
exames de compatibilidade. As palestras explicativas sobre o procedimento da doação e esclarecimento das dúvidas das pessoas foram realizadas na Sala Cultural do Villa Flora. COLABORAÇÃO
Sabemos que muito do sucesso alcançado nessa Campanha, deu-se à inestimável colaboração dos apoiadores que acreditaram na idéia lançada de realizarmos tal feito, e principalmente da participação da população sumareense. Importante salientar que campanhas como esta aumentam a chance de encontrar doadores compatíveis para pessoas com leucemia e outras doenças do sangue, onde o transplante de medula óssea é a única chance de vida. Agradecemos a participação de todos, comunicou a diretoria daquele club de serviços.
GILBERTO BUFARAH
Sumaré tem novo secretário do Trabalho Com a presença de várias autoridades do município assumiu dia 16 de abril, o novo secretário do Trabalho, Emprego, Geração de Renda e Desenvolvimento Econômico Gilberto Bufarah. Ele é engenheiro agrônomo, administrador de empresas, delegado do meio ambiente do Instituto Latino Americano de Proteção Ambiental, Inspetor do CREA/SP - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo, diretor Administrativo do Clube Recreativo Sumaré, autor do livro Plantas Forrageiras-Gramíneas e Leguminosas, foi diretor do IZ (Instituto de Zootecnia) em Nova Odessa e coordenador da Coordenadoria da Pesquisa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, diretor da Guarda Municipal de Sumaré e um dos quatro organizadores do livro histórico da cidade de Nova Odessa. O prefeito Bacchim disse que a posse de Bufarah é singela, mas o potencial desse secretário reúne condições satisfatórias para levar essa secretaria com êxito e sucesso e continuar com o bom desempenho que o vice-prefeito vinha realizando no período de sua atuação. O vice-prefeito Vilson Alves se desligou
dia 31/03 da secretaria para ser pré-candidato a deputado federal pelo Partido Verde (PV). Graças ao empenho do prefeito Bacchim (PT) junto ao governo estadual a secretaria funciona em prédio tombado pelo patrimônio histórico do Estado, onde em 2008 foi totalmente restaurado numa parceria entre a prefeitura e a Sotreq. Vilson Alves agradeceu a todos os funcionários públicos da secretaria e ressaltou a confiança que o prefeito depositou todo esse tempo em sua pessoa. O novo secretário, Gilberto Bufarah, ficou surpreso com a presença de expressivo número pessoas em sua posse e ratificou sobre a importância de Sumaré na RMC – Região Metropolitana de Campinas, alegando que “a cidade ocupa a 23ª posição em arrecadação no Estado de São Paulo e está classificada como o segundo maior mercado consumidor dessa região, com aproximadamente 250 mil habitantes e ainda possui 5,4 mil estabelecimentos comerciais. Sendo assim, quero continuar empregando o dinamismo que essa secretaria possui e trabalhar para que a nossa cidade se destaque cada vez mais no cenário econômico do país”, finalizou. (Silvestre Gonçalezta)
Cidades
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
O Campeão 05
SUMARÉ
Declaração de amor ao Villa Flora “Cidades da nossa região são maiores às existentes próximas à cidade de Santos, principalmente no aspecto cultural”
N
ey Maurício Chaves Farias, Educador Físico, Psicomotricista. Natural de São Vicente, morando na Villa Flora há três anos e meio, coordenador de curso superior em 2 universidades, abandonou a carreira para por em prática o sonho de empreender oferecendo assessoria a público específico nesse bairro de Sumaré.
O CAMPEÃO - O quê o trouxe a Sumaré? NEY - Mudei para o Villa Flora devido a proposta de qualidade de vida oferecida aqui. O CAMPEÃO - Você é professor universitário. Isso lhe facilitaria essa mudança? NEY - Sem dúvida. Primeiro, vendi a ideia a meus filhos pois acredito que a região metropolitana de Campinas é mais próspera do que a Baixada Santista. O CAMPEÃO - Qual a diferença que você enxergou aqui? NEY - A quantidade de cidades bem estruturadas entorno de Campinas é bem superior às cidades existentes próximas à cidade de Santos, principalmente no aspecto cultural. A educação aqui é melhor, o sistema de saúde também me pareceu. O CAMPEÃO - Como você descobriu o Villa Flora? NEY - Vínhamos sempre a aqui, pois uma das irmãs de minha esposa trabalhou no Hospital Estadual de Sumaré. O Villa Flora foi amor à primeira vista e enxergamos aqui o lugar ideal para as crianças crescerem com mais liberdade. O CAMPEÃO - O feliz projeto desse bairro encantou não apenas você... NEY - Adoramos o Villa Flora! Desde nossa primeira visita, para nós pareceu um bairro que encontraríamos Chapezinho Vermelho a qualquer hora passeando... Parecia um mundo mágico!
O CAMPEÃO - Fale-nos de suas experiências profissionais. NEY – Fui professor titular mestre e atuei por 14 anos em universidades de Santos. Paralelamente, sempre atuei com treinamentos personalizados. Fui preparador da Seleção Brasileira de Taekwondo e estive na Olimpíada de Sidney, no ano 2.000, quando preparei a primeira atleta brasileira olímpica da modalidade, Carmem Carolina. Como preparador físico, no Rio de Janeiro, fui campeão brasileiro pelo Vasco da Gama no ano 2000. O CAMPEÃO - Então, você se acostumou com boas infra-estruturas... NEY - Correto. A partir de 1998 treinei vários campeões brasileiros. E no ano 2000 ganhamos em quase todas as categorias. Entre 2000 e 2002, fui contratado pela equipe olímpica permanente da Confederação Brasileira de Taekwondo, quando fomos campeões sul-americanos. E individualmente, fiz medalhistas e campeões em pan-americanos, como Belmiro Giordani e Carlos Costa; e em copas do mundo, como Karina Couzemenco e Douglas Marcelino. O CAMPEÃO - Tais resultados certamente lhe deram notoriedade no meio... NEY – É verdade... alguma projeção... O CAMPEÃO - Fez o mesmo na Villa Flora? NEY – Viemos para cá no final de 2006, vislumbrando um público interessante e diferenciado, mas apenas dois anos depois que consegui fazer a transição da vida acadêmica para montar um studio personalizado. O bairro respondeu muito bem à minha proposta de qualidade, pois fui recebido com muito carinho. E agora, estamos com a Academia Fit Flora. O CAMPEÃO - Agora, você é empregador... NEY - É... Conhecedor do mercado de trabalho não poderia nesse momento, apenas porque saí do lado de lá, do
Ele trocou São Vicente por Sumaré: “Antes eu morava no Villa Flora, não em Sumaré!” meio acadêmico e crítico, contundente como sempre fui com o que as academias praticavam, no lado de cá, não poderia inverter meu discurso... Portanto, não trabalho com estagiários e apenas com profissionais habilitados, com equipe multidisciplinar contando com fisioterapeuta e nutricionista. O CAMPEÃO - Você tem gabarito para apontar: qual o grande concorrente de uma academia? NEY - Com certeza esse concorrente é o controle remoto! É uma coisa ruim para nós. Nessa área, somos parceiros. Há espaço para todo mundo. Queremos que as academias que existem façam um trabalho de qualidade. O CAMPEÃO - O que diria sobre o comércio de Sumaré; costuma frequentá-lo? NEY - Frequento. Inicialmente, eu dizia que havia mudado para o Villa Flora, não para Sumaré. Tinha interesse na Unicamp e esta cidade é estratégica, pois existe a possibilidade de prosseguir a carreira acadêmica, visto que do Villa Flora é mais fácil ir à Unicamp do que ir de Santos para a USP. Mas hoje gosto do centro de Sumaré. O CAMPEÃO - Se integrou? NEY - Me integrei. Gosto. O senão, o ponto ruim da cidade são os buracos! O asfalto é ruim e a gente escuta essa reclamação no geral. É um ponto que
precisaria ser melhorado. O CAMPEÃO - Como você enxerga Sumaré? NEY - Com o pouco tempo morando aqui, percebi que ela tem zonas distantes e aos poucos estão se juntando. Sumaré é muito espalhada, se o planejamento atuasse, apresentando a cidade aos moradores para que pudessem conhecê-la principalmente seus pontos atrativos e como acessar a esses espaços. O CAMPEÃO - As pessoas ficam perdidas? NEY - Não há informações disponíveis suficientes para o morador conhecer a própria cidade! Esse é um dos pontos que estranhei, por ter dificuldade em identificar as próprias vias para se acessar a um bairro distante. O CAMPEÃO - Você se integrou realmente e está atento... NEY – Procuro estar. Parece que os empreendedores que estão se estabelecendo na cidade são pessoas de bem e com interesse lícito. Mas, proporcionalmente, encontro poucos sumareenses na cidade. O CAMPEÃO - Uma pontinha de ciúme? NEY - Não sei se é essa a palavra, mas, de qualquer forma, acho que tem boas pessoas chegando na cidade com essa visão, querendo crescer junto nesse momento pelo qual Sumaré vem passando, de crescimento, de prosperidade. Essa cidade vai acontecer!
06 O Campeão
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
Brasil
Miguel Jorge negocia acordos que serão fechados por Lula na visita ao Irã Um dia e meio no Irã foi suficiente para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e os 86 empresários brasileiros que o acompanham na viagem fecharem uma série de negociações. Por parte do governo brasileiro, o ministro acertou que serão firmados vários acordos na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, no dia 15 de maio.
PRODUÇÃO
País poderá ter cerca de 1 milhão de barris de petróleo excedentes em 2016 A matriz energética brasileira vem se diversificando nos últimos anos, com o crescimento da biomassa
C
om a descoberta das reservas gigantes do pré-sal, o Brasil poderá chegar a 2016 com um excedente diário de cerca de um milhão de barris de petróleo. A informação é do assessor da Diretoria-Geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Leonardo Caldas. Ao participar do Congresso da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, Caldas abordou o tema Energias para o Futuro. O painel procurou demonstrar que a matriz energética brasileira vem se diversificando nos últimos anos, com o crescimento da biomassa, que hoje responde por 31,6% de todo o parque nacional energético. “Isto coloca o Brasil em uma posição favorável em relação aos ou-
tros países do mundo, uma vez que a média mundial da utilização da biomassa é de apenas 9,8%”, ressaltou Caldas. Segundo ele, o petróleo responde por 36,67%, enquanto a energia hidráulica (proveniente das hidroelétricas) responde por 14,8% da energia gerada no país. Mesmo admitindo que, com uma produção de cerca de 2 milhões de barris por dia, o Brasil é hoje um país auto-suficiente na produção de petróleo, o assessor da diretoria geral da ANP ressaltou que a produção atual do país é apenas suficiente “apenas para o consumo interno e, portanto, não há excedente para a exportação, o que deverá acontecer em 2016, quando as descobertas do pré-sal deverão gerar excedente de 1 milhão de barris de petróleo por dia”.
Ao comemorar o advento do carro flex no país, que em 2009 respondeu por 88,2% das vendas de veículos novos no país, Caldas ressaltou a expansão significativa da demanda por etanol, que hoje chega mesmo a superar
o uso da gasolina como combustível veicular. “Hoje, o brasileiro pode escolher três tipos de combustíveis: etanol, gasolina e gás natutal, o que o coloca em uma situação única diante do mundo”, observou. (Agência Brasil)
BRASÍLIA
Gilmar Mendes diz que Justiça Criminal precisa de “profunda” reforma administrativa O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que a Justiça Criminal no país é desestruturada e precisa passar por uma profunda reforma administrativa para que não haja mais casos como o do ex-presidiário, Adimar de Jesus, que matou seis jovens em Luziânia uma semana depois de ter sido beneficiado com a progressão de regime. Ele defendeu ainda que, em casos de crimes sexuais, haja o monitoramento eletrônico do preso e o acompanhamento psicológico por uma equipe multidisciplinar. “Essas pessoas precisam de acompanhamento”, disse ao participar,
no Senado, de audiência na Comissão de Constituição e Justiça. Gilmar Mendes afirmou que é preciso que a Justiça assuma a responsabilidade que tem nesse crime e comece a discutir, de fato, formas de evitar que casos semelhantes aconteçam. Mas, disse que o fim da progressão do regime não é previsto em lei. “Acho que é difícil uma modificação em relação à progressão de regime. A lei pode tornar mais rígida, mas não impedir”, comentou. E lembrou que, mesmo o exame criminológico não sendo mais obrigatório, ainda cabe ao juiz determiná-lo em caso de necessidade. “A decisão do legislador foi
suprimir, mas, o exame continua uma faculdade do juiz. É o juiz que tem contato com o réu que está buscando o benefício”, disse evitando comentar se o juiz que concedeu a progressão de regime a Adimar merecia alguma punição. Adimar de Jesus foi condenado a 14 anos de prisão por violência sexual contra crianças e adolescentes. Depois de cumprir quatro anos de pena, foi colocado em liberdade em dezembro. Ao ser solto, não recebeu acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Uma semana depois, cometeu o primeiro de uma série de assassinatos de jovens entre 13 e 19 anos em Luziânia.
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08 O Campeão
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
Política
Haddad diz que Brasil deve erradicar analfabetismo até o fim da década O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil deve erradicar o analfabetismo até o fim desta década, ao participar de entrevista a emissoras de rádio no programa Bom Dia, Ministro. Atualmente, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008 (Pnad/IBGE), a taxa de analfabetismo no país é de 10% entre a população com mais de 15 anos.
ELEIÇÕES
A importância da alternância no poder para a democracia
D
esde a realização das eleições diretas para presidente da República em 1989, quase 30 anos sem que o cidadão brasileiro pudesse participar diretamente da escolha do Chefe do Poder Executivo da União, o país vive hoje a consolidação da democracia. São 20 anos de exercício pleno da cidadania, com os eleitores podendo decidir, não somente os vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, deputados federais e senadores que irão representá-los, mas também a quem deve ser destinada a missão presidencialista de governar o país. Com base na tradição política brasileira e nas leis vigentes, cabe mais ao presidente da República do que a qualquer outro membro de poder dar os rumos políticos e econômicos, editar e sancionar as medidas que visam ao desenvolvimento do Brasil. O Congresso Nacional, conforme a
divisão tripartite de poder estabelecida pela Constituição Federal, tem o dever de supervisionar as ações do Poder Executivo Federal – o que, aliás, vem sendo feito precariamente. O Poder Judiciário tem a missão constitucional de garantir o cumprimento das leis e punir os desmandos advindos do Poder Executivo. Mas a precariedade no cumprimento do seu dever deixa a desejar tanto quanto a verificada no Legislativo. É de vital importância para a democracia no país o pleno funcionamento dos Poderes Legislativo e Judiciário, o que, inclusive, exige uma urgente revisão de posicionamento dos seus representantes, para que a fragilidade de suas ações fiscalizadoras e punitivas, sobretudo no que diz respeito às irregularidades e abusos provenientes do Executivo, não comprometa o indispensável equilíbrio que precisa haver entre os Três Poderes. Porém, é inegável que, com a histórica concentração de poder no cargo de presidente da República do Brasil, as eleições para a escolha do respectivo ocupante ganha maior importância, atenção midiática e interesse público do que os sufrágios para os demais cargos políticos eletivos. Por isso, por conta do grande poder atribuído ao presidente do Brasil, o princípio da alternância na ocupação do cargo é extremamente saudável para a manutenção da nossa conquistada democracia, ao evitar a perpetuação de grupos e partidos no poder e garantir, por meio
da renovação permanente, que novos ares e ideias transformem e depurem as más práticas políticas que ainda se fazem presentes em nosso país. Após 30 anos sem exercer o direito de escolher diretamente o presidente da República, o povo brasileiro elegeu, democraticamente, em 1989, Fernando Collor de Mello, cujo curto governo foi marcado pela abertura do mercado às incorporações tecnológicas internacionais – medida considerada, quase unanimemente, uma retirada do país da condição de atraso em seu desenvolvimento. Posteriormente, o povo, com base nas denúncias contra o Chefe do Poder Executivo Federal apuradas pelo Congresso Nacional, exigiu nas ruas, democraticamente, a retirada de Collor do cargo – o que viria a ocorrer em 1992 com o processo de impeachment – e acolheu serenamente a sua substituição pelo vice-presidente Itamar Franco. Em 1994, mais uma vez, a população elegeu o presidente Fernando Henrique Cardoso, e o reelegeu em 1998, em reconhecimento aos avanços proporcionados pelo seu governo ao país, com destaque para o controle da inflação e a consolidação de uma moeda forte para o Brasil. Em 2002, o povo decidiu que o país deveria ser governado pelo ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e fundador do Partido Trabalhista (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, que perdera, democraticamente, as três eleições anteriores.
Lula, que hoje é presidente do país que vive 20 anos interruptos de democracia, foi reconduzido pelos eleitores ao cargo, em 2006. Ele apresenta os mais elevados índices de popularidade já registrados e tem o seu governo marcado pela continuidade da política econômica adotada pela gestão anterior e pelos avanços nas áreas sociais, que, reconheça-se, também já haviam crescido significativamente na gestão de FHC. Ou seja, o que temos é um quadro de alternância de poder ocorrido nos últimos 20 anos que tem sido decisivo para a renovação da política brasileira e para os rumos de desenvolvimento para o país. Ao recusar a tentativa antidemocrática de perpetuação no poder – que está em curso alguns dos nossos países vizinhos da América do Sul –, o Brasil deu uma mostra definitiva de que o espírito democrático por aqui reinante nas duas últimas décadas não é transitório. Nós demonstramos – nós, nesse caso, a população, a imprensa, as instituições democráticas e os poderes políticos constituídos que se manifestaram contrariamente à proposta de teor ditatorial e revestida de falsos ares democráticos – que não estamos alinhados com equivocadas ideologias vigentes nos governos de algumas nações vizinhas e repudiamos toda e qualquer forma de atentado contra a nossa democracia. Por isso, 2010, após 8 anos de governo petista, a bem da democracia, será mais um importante momento para o país promover novamente a alternância no poder.
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Economia
Pão de Açúcar passa a ser maior supermercado do País O Grupo Pão de Açúcar passou a ocupar em 2009 a primeira posição em faturamento entre as redes supermercadistas do País, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). De acordo com o ranking elaborado pela entidade, no ano passado, o Pão de Açúcar registrou faturamento de R$ 26,2 bilhões, seguido pelo Carrefour, que em 2008 liderava a lista, com receita de R$ 25,6 bilhões.
RANKING
Os maiores anunciantes em 2009 H
yndai Caoa (em 5º), Hypermarcas (em 8º) e TIM (em 9º) são as novidades no seleto grupo dos dez maiores anunciantes brasileiros, em ranking que mantém as lideranças de Casas Bahia (1º) e Unilever (2º). Os números do fechamento de 2009 foram divulgados pelo Ibope Monitor, e levam em conta o investimento em compra de mídia em oito meios: TV aberta (37 mercados), revista, jornal, rádio, outdoor, TV por assinatura, cinema e internet. O ranking não considera os descontos normalmente negociados entre as partes, computando os valores expressos nas tabelas dos veículos de comunicação. Não são consideradas as campanhas de anunciantes inseridas em veículos do próprio grupo empresarial - o que é considerado mídia interna. Também são desconsiderados anunciantes governamentais cujas verbas são destinadas a campanhas públicas. Na comparação com 2008, as empresas que mais aumentaram sua presença na mídia foram Procter & Gamble (152%), Danone (139%), TIM (95%), Hyndai Caoa (65%), Cervejaria Petrópolis (59%), Hypermarcas (43%), Ambev (34%), Caixa Econômica Federal (32%) e Coca-Cola (32%).
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As 30 empresas anunciantes que mais compraram mídia no Brasil em 2009, com os valores de investimentos (em R$) reportados pelo ranking do Ibope Monitor:
1º Casas Bahia - 3.059.239.000
16º Reckitt Benckiser - 460.429.000
2º Unilever - 1.941.632.000
17º Vivo - 456.328.000
3º Ambev - 914.580.000
18º Claro - 452.736.000
4º C. Econômica Federal - 847.500.000
19º Colgate Palmolive - 431.011.000
5º Hyundai Caoa - 744.504.000
20º Grupo Pão de Açúcar - 421.425.000
6º Fiat - 737.947.000
21º Itaú - 415.494.000
7º Bradesco - 735.412.000
22º Cervejaria Petrópolis - 397.799.000
8º Hypermarcas - 682.147.000
23º Ponto Frio - 392.181.000
9º TIM - 577.903.000
24º Procter & Gamble - 372.654.000
10º Ford - 557.021.000
25º Peugeot Citroën - 368.288.000
11º Petrobras - 546.736.000
26º Insinuante - 361.277.000
12º GM - 508.018.000
27º Banco do Brasil - 333.711.000
13º Coca-Cola - 492.906.000
28º Avon - 301.548.000
14º Volkswagen - 485.956.000
29º Ricardo Eletro - 300.236.000
15º Danone - 464.430.000
30º Sup. Guanabara - 289.206.000
Universidade do Balcão É normal em um atendimento o comprador se abrir, percebendo-se ali o cérebro da empresa e iniciar-se diálogo a respeito da loja, do comércio: “Cumprimentos pelo atendimento! Também sou comerciante e fico encantado quando posso assimilar algum detalhe para agregar à minha filosofia de atendimento. Há quanto tempo estão estabelecidos?(...)” Nasce ali uma camaradagem, coisa natural entre os iguais. Imaginemos o empreendedor quando se torna consumidor e o atendimento lhe é displicente... Voltar ali? Nunca mais! Quem atende bem, sabe o quanto custa estender tapete vermelho para seus clientes, tratá-los com a maior cortesia... Então, quando você entra como consumidor, dois tapetes ainda é pouco... Ou não? Quem não se torna “rei” quando se apresenta com o cobiçado cartão à mão? O Campeão tem aprendido muito com esses personagens. É privilégio chegar às mãos da maioria desses consumidores que são na verdade, grandes professores, que ensinam quando solicitados algo que faculdade nenhuma ensina - o que se vive na Universidade do Balcão!
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Educação
Leonardo está entre os 25 bolsistas, que superaram 27 mil concorrentes O estudante Leonardo Pereira Stedile, de 18 anos, terá uma difícil escolha nos próximos dias. Ele foi o primeiro brasileiro a garantir uma bolsa integral por mérito na Duke University, na Carolina do Norte, EUA, mas também foi aprovado nas americanas Princeton, Columbia e Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia).
EXEMPLO
Do albergue a Harvard O exemplo da jovem, que acertou quase 99,99% das questões e foi aceita em uma das melhores universidades
U
ma jovem afrodescendente chamada Khadijah tem sido paparicada pela mídia norte-americana. Ela foi moradora de rua, dormia em abrigos improvisados – nos Estados Unidos, quem não vai para albergue morre congelado! Lá não dá para ficar nos bancos das praças ou nos desvãos das lojas – e hoje estuda em Harvard. Como foi que ela conseguiu? Ela tributa à mãe essa força que a motivou a vencer a predestinação. Enquanto viva, a mãe ensinou-a a crer nela mesma e a não desistir. Quando estava no terceiro ano da escola pública, tinha dificuldades em memorizar tabuada. A professora a advertiu que se não decorasse, não passaria de ano. Passou noites em claro, insistiu e aprendeu a hoje esquecida tabuada. Na avaliação nacional não só teve bom desempenho em matemática, mas acertou quase 99,99% das questões formuladas. Ao concorrer a uma vaga em Harvard, uma das melhores Universidades do mundo, foi-lhe perguntado: – “Além do que aprendeu na Escola,
como é que você se considera preparada a vencer desafios?”. Ela respondeu mais ou menos o que segue: “Sei procurar por alimento quando sinto fome. Sei me agasalhar quando sinto frio. Soube fugir do recrutamento para me prostituir. Enfrentei os exploradores do comércio sexual que me diziam que sendo negra e pobre, nada alcançaria na América. Recusei a minha cooptação para o tráfico e soube dizer “não” às drogas. Sempre consegui voltar para o meu abrigo, a qualquer hora da noite, sem medo de caminhar pelas ruas. Nunca perdi a esperança de conseguir algo melhor”. Foi admitida, obteve bolsa integral e hoje é apontada como modelo para muitos jovens americanos em situação idêntica. Os Estados Unidos evidenciam a tétrica situação econômica dos dois últimos anos. Ali não foi “marolinha”, mas verdadeiro tsunami nas estruturas de um Estado que já se considerou “dono do mundo” e que ainda é paradigma do “bem-estar de
todos”. Mas a trajetória e a força de vontade da Khadijah devem estimular moços de outros países. Mesmo daqueles em que parece prevalecer a regra do “não faça esforço, porque o Estado cuidará de suprir suas necessidades”. Conquistar com luta o próprio espaço vale sempre a pena.
JOSÉ RENATO NALINI Desembargador da Câmara Especial do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo e autor de “Ética Ambiental”, editora Millennium. E-mail: jrenatonalini@uol.com.br.
Professor - Uma espécie em extinção Este texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo. Desabafo de uma profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisará trabalhar (por mais que ame muito o que faz). Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante seja: O quê será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país?
Constantemente, ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais proclamarem a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos, evidentemente. Questionamentos: Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho... Leia este interessante texto na íntegra acessando a página 31 ampliada de O Campeão em www.ocampeao.com
Brasil precisa de mais engenheiros Meta demanda que o País dobre o número de formados na área Para 2014, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) definiu como meta formar 100 mil engenheiros, o que significa mais do que dobrar o número de formandos de 2008. Afinal, técnicos ou tecnólogos não entram nessa conta e o Censo da Educação Superior do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) indica que, no ano de referência, formaram-se nas diversas especialidades da engenharia 47.098 profissionais. Parte da responsabilidade pela meta está nas mãos da comissão for-
mada pela Capes com o objetivo de propor ações indutoras e estimular o desenvolvimento da pesquisa, da pósgraduação, da produção científica e da inovação tecnológica nesta área do conhecimento. Para Sandoval Carneiro Júnior, presidente da comissão e diretor de relações internacionais da Capes, a taxa de formação de engenheiros no Brasil é inferior à de outras nações. “Dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que menos forma engenheiros. Leia este texto na íntegra acessando a página 31 ampliada de O Campeão em www.ocampeao.com
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Tecnologia
Twitter já tem 105 milhões de usuários O site de microblogs Twitter já conta com 105 milhões de usuários e espera conseguir mais centenas de milhares nos próximos anos ao tornar o serviço mais fácil e acessível em aparelhos móveis como celulares.
VIDA ON LINE
O impacto da tecnologia na nossa sociedade A tecnologia hoje tem impacto profundo na sociedade da informação, afeta o meio público e os processos sociais
N
o nosso dia a dia, já nos habituamos a inserir e depois a substituir as diversas novidades tecnológicas que surgem por outras mais novas ainda. Só que o processo não é tão fácil assim não: você mal entendeu o que é o Facebook e o colega de trabalho já está fazendo comentários sobre um tal de Google Chrome. A última edição da revista especializada já traz fotos de um tal de “smartbook”, quando, na verdade, você nem ainda conseguiu se convencer de que a praticidade de um netbook serve mesmo para o seu cotidiano. O uso de celulares passou de algo elitizado na década de 90 para um acessório comum e indispensável nos dias atuais. Enraizado em todas as camadas sociais da sociedade da informação os que não possuem um aparelho, do modelo mais simples que seja, são rotulados a uma categoria anti-social. “É importante observamos como as novas tecnologias de comunicação e mobilidade alteram nossos valores e julgamentos, tanto a respeito das formas como nos comunicamos no mundo contemporâneo, como nos relacionamos com as pessoas.” alerta o sociólogo Marcelo Monteiro. A sociologia começa a entender as mudanças sociais através desses movimentos sociais emblemáticos que a tecnologia vem apresentando. iPhone, Netbooks, Wirelles, 3G, as formas de comunicação estão mudando tão ferozmente, que a sociedade muitas vezes não consegue acompanhá-las. “Num comparativo com 53 países, o Brasil fica somente acima do Peru e das Filipinas, com uma média de uso
de 80 minutos por mês, e com mais de cem milhões de celulares em funcionamento; este tempo é apenas um décimo dos americanos (832 minutos por mês).” comenta Marcelo (Evidente, que o tempo de uso do celular pelo brasileiro poderia ser muito maior se não fosse os dois leões que atacam o bolso do usuário: a liberdade das operadoras e alta carga de imposto por parte do Estado) - nota do editor). As novas tecnologias formam aldeias globais de comunicação e relacionamentos, com linguagem próprias e que excluem aqueles que não se enquadram nesta nova realidade. Tecnologia digital, biotecnologia e nanotecnologia logo serão conceitos comuns nestas sociedades, seus papéis e valores culturais serão determinantes em seus comportamentos. “Ir ao cinema, fazer compras, viajar, namorar, estudar, todos estas atividades poderão ser feitas com maior facilidade pela tela do celular ou do notebook em qualquer lugar ou tempo e isto muda a forma como as pessoas se relacionam e enxergam o mundo. A pessoa pode ter 1.000 contatos nas redes sociais mais pessoalmente não possui mais que 10 amigos.” analisa Marcelo. A tecnologia também se apresenta como uma mão de duas vias, tanto para o bem, quanto para o mal, “Os celulares são amplamente utilizados por presidiários para encomendar crimes e organizar quadrilhas e facções. No passado o preso somente tinha contato com sua família em dia de visita, hoje consegue conversar com outros detentos em outros presídios e, mesmo preso, organizar diversas atividades” observa Marcelo.
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Artigos
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Bibliotecas terão maratonas de histórias em São Paulo O 4º Festival A Arte de Contar Histórias teve início neste mês e vai até o dia 26 de outubro, reunindo cerca de 50 companhias e contadores individuais de histórias em 30 bibliotecas e bosques da leitura de São Paulo. Os destaques do evento são a Numa Cia. de Artes, com “Espantalhando Causos”, e o Grupo Parampará, que narra “Navegando pelo Fantástico com Gabriel García Márquez” para adolescentes e adultos.
NOVA ERA
A Justiça é cega, mas já usa internet Em busca da credibilidade perdida, tribunais entram na era digital
B
urocracia, lentidão, ineficiência. Qualquer debate sobre o funcionamento da Justiça brasileira está invariavelmente recheado de reclamações dessa natureza. Há um bom tempo esses fantasmas a assombram no dia-a-dia e mancham sua imagem perante cidadãos de todos os cantos do país. Entretanto, para agilizar o ritmo de trabalho e recuperar a credibilidade, a mais recente aposta de administradores e profissionais de fóruns e tribunais espalhados pelo território nacional é uma marca registrada deste novo século: o uso intensivo de tecnologias digitais. É bem verdade que as autoridades brasileiras têm certa experiência em adotar soluções da informática com o intuito de driblar dificuldades. Para dar mais transparência e velocidade ao sistema eleitoral, por exemplo, surgiu o voto eletrônico. E, com o objetivo de aperfeiçoar o recolhimento de impostos, veio a declaração do imposto de renda pela internet. Agora, definitivamente, é a vez de a Justiça lançar mão das mais modernas ferramentas da computação para desafogar seus gargalos.
Essa nova era tem como marco a lei 11.419, promulgada em dezembro de 2006, mas que só entrou em vigor de fato no mês de março do ano passado. Ela trata principalmente da tramitação em formato eletrônico dos processos judiciais. Isso quer dizer que saem de cena os pesados calhamaços de papel analisados pelos magistrados. Nesse novo modus operandi do Poder Judiciário, o advogado faz a petição do seu próprio escritório, acessando sites de fóruns e tribunais que já adotaram essa ferramenta. Os documentos a ser analisados pelo juiz chegam até ele não mais pelas mãos de seus assistentes, e sim pela tela do computador. As vantagens são realmente incontestáveis: além de tornar o trâmite bem mais rápido, a via digital dá mais segurança à manutenção e à circulação dos processos, e de quebra poupa o trabalho puramente me-
cânico de carimbar e numerar folhas feito pelos funcionários, que podem ser alocados em funções mais importantes. Sem falar na economia de toneladas de papel. Entre outras possibilidades, a legislação que instituiu o chamado “processo eletrônico” permite que os tribunais publiquem suas decisões em diários de Justiça na internet. Para se ter noção de como a idéia foi bem aceita, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aposentou recentemente a divulgação impressa e passou a utilizar somente a versão disponível na web. A principal corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), também já torna públicas suas sentenças pela internet desde o primeiro semestre de 2007. Um ano e meio após a lei 11.419/06 entrar em vigor, pode-se dizer que há bons motivos para comemorar. As novidades das tecno-
logias da informação podem ser conferidas em 22 estados brasileiros. Em cada um deles existe no mínimo uma vara – a primeira instância da Justiça, seja ela estadual, federal ou trabalhista – com sistema montado para receber petições em formato eletrônico. De acordo com cálculos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao menos 80 mil processos já correm de forma virtual em todo o país. Cifra acanhada se levarmos em consideração os 70 milhões que tramitam no total. Contudo, as previsões dão conta de que esse número só tende a crescer, mesmo a curto prazo. A própria ministra Ellen Gracie, que até abril ocupava a presidência do STF, chegou a afirmar que em cinco anos espera ver todos os novos processos remetidos ao Poder Judiciário protocolados de maneira digital. (Carlos Juliano Barros - Conteúdo da Revista Problemas Brasileiros, editada pelo Serviço Social do Comércio/SP) Leia na íntegra essa matéria, acessando a página 31 ampliada de O Campeão em www.ocampeao.com
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Negócios
Refrigerante ‘Coca Colla’ começa a ser vendido na Bolívia Uma empresa privada ligada a cultivadores da folha de coca começou nesta quintafeira na Bolívia a distribuir a bebida “Coca Colla”, fabricada com base na planta milenar, informou o ministro boliviano de Desenvolvimento Rural, Víctor Hugo Vásquez. A iniciativa privada conta com o apoio do governo do presidente Evo Morales, que desenvolveu sua liderança como líder dos cultivadores de coca na zona do Chapare, no centro do país.
PROJETO
Empreendedores de sucesso Nossa região só tem a ganhar com o crescimento dos profissionais de diversos segmentos
O
s proprietários da fazenda onde funcionava o antigo Anhanguera Rural Center, às margens da rodovia Anhanguera, confirmaram em reunião realizada nesta quarta-feira, 7 de abril, com representantes da Prefeitura de Nova Odessa e do Pólo Tec Tex, o interesse em viabilizar a instalação de um centro comercial regional de modas no local. Ao lado do local, que pode receber até 90 lojas do ramo, já funciona atualmente o pavilhão da ExpoAmérica (onde ainda poderiam ser realizadas grandes feiras do Setor Têxtil). “É um projeto interessante. Estamos dispostos a
estudar a viabilidade do negócio, que tem um grande potencial. Criaríamos um núcleo comercial deste setor desvinculado da Grande São Paulo, o que traria uma grande vantagem logística devido ao acesso mais direto das lojas aos consumidores do Interior do Estado, que não precisariam mais entrar na Capital, cujo trânsito é um caos para quem não conhece”, afirmou um dos proprietários da fazenda de 2,5 milhões de metros quadrados, cuja entrada se dá pelo trevo de acesso do quilômetro 118,5 da Anhanguera, entrada para Nova Odessa. (Ref. Ass. Imp. NO)
Depois da bem-sucedida instalação em Nova Odessa, o casal rei do jeans começa a fase de inaugurações de novas filiais. Nesta foto, Lélis e Bruna, na recepção aos amigos na nova loja Jeans Mania, inaugurada em Limeira no último dia 24 de abril.
Academia que é um luxo! Todos aparelhos de esteira contam com TV Sky individuais. Na Rebouças, ao lado da Tomazin Veículos, Fabio Prado trouxe o que há de mais avançado no mundo Fitness. A Juari, in memorian
Há vários empreendimentos semelhantes pelo País mas a infra-estrutura e a localização oferecida em Nova Odessa animam aos envolvidos
É impossível a quem desce a Rebouças em direção a Nova Odessa deixar de observar suntuosa loja de móveis que Sumaré ganhou: Vip Decorações, irmã mais nova na Rede Paraíso dos Colchões. O negócio serviu para unir a família que tem crescido. Na foto, Rosalina e Osvaldo Miguel da Silva, representam esse atuante grupo.
Renan Ricardo é de Piracicaba e Daniel do Nascimento é de Sumaré. Os dois amigos investiram na Piraternos, uma loja de roupas que não fica nada a dever às boas lojas da região. Oferecem muito conforto, inclusive estacionamento no subsolo. Na Rua Dom Barreto, quase defronte à Prefeitura, os advogados da região já descobriram a loja. Gilberto Amaro Ribeiro há 39 anos se estabeleceu em Sumaré. Os filhos, Júnior e Luciana que há muito participam da administração, assumiram a diversificação natural da empresa que é muito mais que uma grande loja de bicicletas. A cidade se acostumará também com a nova loja em seguimento distinto: Motopeças Brasil.
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Saúde
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Dieta sem glúten, emagrece? O glúten é uma proteína presente no trigo, cevada, centeio. Portanto, presente em vários alimentos muito consumidos pelo brasileiro como: pães, biscoitos, pizzas, cerveja, bolos, etc. Se você não tem doença celíaca e o seu objetivo é somente eliminar peso, não há motivo para excluir o glúten da sua alimentação. Basta se alimentar de forma saudável, balanceada, fracionada, variada e praticar atividade física regularmente.
SAÚDE E SEXUALIDADE
Dr. Flávio Gikovate “Privilegiar o jogo erótico de conquistas conduz ao elogio da juventude e da beleza, do luxo e da luta pelo sucesso. Nada é mais conservador!”
D
esde 1966, quando se formou médico psiquiatra pela USP e foi assistente clínico do Institute of Pschiatry na London University, em Londres, em 1970, Flávio Gikovate teve uma certeza sobre sua carreira: nunca se filiaria a escolas ou aceitaria doutrinas acadêmicas. Isso não quer dizer, claro, que não sofreria influências de vários pensadores. Sua grande fonte de inspiração como escritor, no entanto, em 43 anos de carreira, tem sido os seus próprios pacientes. Cerca de 8 mil já passaram pelo seu consultório. Assim como Erich Fromm, Carl Rogers e Erik Erickson, psicoterapeutas e escritores contemporâneos, dos anos 50 e 60, Gikovate tem tido sucesso em escrever textos sérios em linguagem coloquial. Seus livros, 29 publicados, já venderam quase 1 milhão de exemplares. Schopenhauer e o filósofo grego Epíteto, que escreveram sobre a arte de ser feliz, são alguns dos pensadores que exerceram alguma influência em suas obras. Mas foi Jose Ortega y Gasset (filósofo espanhol, que morreu no início dos anos 1950) quem mais o encantou pela forma simples e clara de se expressar. Desde o início da carreira, Gikovate dedica-se essencialmente ao trabalho de psicoterapeuta. Escrever foi uma forma de transferir conhecimento e ajudar pessoas a entrar num ciclo de evolução. Ele é conhecido por abordar de forma original, sem subtrair a importância teórica do seu trabalho, as questões e problemas que afligem os relacionamentos pessoais e interpessoais. E faz isso com muito prazer. Em 1977, foi convidado pela revista Capricho para escrever sobre sexo e amor. Seu primeiro artigo, no auge do lema sexo, drogas e rock’n’roll, ele já separava sexo de amor. Em 1979, ele deu uma entrevista de 11 páginas para a revista Playboy, ao então jornalista Ruy Castro. A reportagem estarreceu muita gente. De 1980 a 1984, assinou uma coluna semanal sobre comportamento no jornal Folha de S.Paulo, e de 1987 a 1999, uma página mensal na revista Claudia.
As questões sobre sexualidade e amor sempre atraíram Gikovate. Por isso, foi um dos pioneiros no Brasil a publicar trabalhos nessas áreas. Seu primeiro livro, lançado em 1975, é um clássico. E nesses mais de 31 anos de vida como escritor, a sua maior preocupação é manter a coerência de pensamento e de argumentação. Seu site na internet (www.flaviogikovate.com.br) recebe cerca de 6 mil entradas por mês. São dúvidas e questionamentos de pacientes, leitores, admiradores e críticos. Atualmente, apresenta o programa “No divã do Gikovate”, todos os domingos, às 21h, pela CBN. Desde a estréia, no dia 5 de agosto de 2007, uma vez por mês, ele grava no teatro Eva Herz da Livraria Cultura Conjunto Nacional com a participação do público. A audiência do programa já bateu na casa dos 100 mil ouvintes aos domingos. Nunca deixou de fazer aquilo em que acreditava. Entre 1982 a 1984, aceitou um convite que gerou grande polêmica na época. Em plena era da democracia corinthiana, ele encarou o desafio de comandar o time psicologicamente. Entre as obras de sua autoria, estão: Dá pra ser feliz... Apesar do medo, O mal, o bem e mais além – Egoístas, generosos e justos, A libertação Sexual, Ensaios de amor e solidão, Homem: o sexo frágil?, A liberdade possível, Uma nova visão do amor e Cigarro: um adeus possível todas publicadas pela MG Editores. Pela Saraiva, lançou Super dicas para viver bem e ser mais feliz, que foi publicado em 2008 em quatro línguas: italiano, espanhol, árabe e francês. Também possui livros publicados pela Moderna. Em 2009, lançou a versão em espanhol de Uma história do amor... Com final feliz, pela editora colombiana Panamericana Editorial. O livro também ganhou versão em inglês, ao lado de O Mal, o bem e mais além – Egoístas, generosos e justos. No fim de 2009, lançou pela Editora Globo o livro No divã do Gikovate. Aos domingos à noite na CBN ou na Internet (http://tc.batepapo.uol.com.br/ convidados/arquivo/livros/ult1750u417.
Dr. Flávio Gikovate jhtm), a audiência é enorme: “Mulher Entro muito nessas salas de bate papo... principalmente nas salas dos mais de 50 anos. Reclamam de carência, solidão... Separam-se para ficarem livres, de uma certa forma... Depois procuram o amor... Romantismo a qualquer custo... O que me diz disso?” Flávio Gikovate - mulher, não, as pessoas se separam porque estão infelizes. A liberdade individual é buscada com a separação quando as pessoas não têm liberdade dentro das relações afetivas. Então a relação afetiva que cerceia a liberdade não interessa para ninguém. Depois que a pessoa está livre evidentemente ela sente falta do aconchego sentimental, mas isto não quer dizer que temos que viver em uma gangorra ou amarrados no amor ou livre e carente sentimentalmente. O que proponho neste livro é um passo adiante, um amor respeitoso, próximo da amizade, onde os indivíduos tem seus compromissos, seus vínculos e sua individualidade, mas que cada um faz as suas vidas e se sente livre. Ou seja, conciliar amor e liberdade. Hoje entre amor e liberdade as pessoas optarão pela liberdade. Se tiver que abrir mão da liberdade pelo amor, ninguém vai mais optar pelo amor. A individualidade vale mais que o amor hoje. E está certo. Mas só ficam sozinhos aqueles que queiram ficar, o que se faz é criar um outro padrão de relacionamento respeitador a individualidade. (www.sonhosbr.com.br, UOL)
Palestras e entrevistas A separação amorosa continua sendo uma das mais dolorosas que existe. Ela pode ter aumentado com a crise mundial, mas – independentemente disso – conhecê-la mais de perto ajuda a lidar melhor com as rupturas (conjugais, profissionais, mundiais) que estamos vivendo. Como aprendo a me levantar de uma traição, de um abandono, de uma separação? Palestra de Flávio Gikovate no programa Café Filosófico CPFL, da TV Cultura, pode ser assistida na íntegra em http://www.cpflcultura.com.br/video/integra-amorque-sevai-flavio-gikovate O tempo do vídeo é de 40 minutos. Há inúmeras palestras no endereço acima, dignas de serem vistas e resvistas pois são temas de nosso quotidiano e exigem reflexão. ENTREVISTA
Outra sugestão, acompanhe a entrevista de Flávio Gikovate no programa Pode Entrar!, da TV Glamurama, que foi ao ar no dia 30 de março de 2010, pela internet. No bate-papo com Joyce Pascowitch, Gikovate falou, principalmente, sobre as mudanças nas relações afetivas. Segundo ele, um relacionamento compatível com os tempos modernos deve considerar a individualidade, o respeito, a alegria e o prazer de estar junto: http://glamurama.uol. com.br/TV_pode-entrar-30-mar2010-44620.aspx
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Gastronomia BAR PAULISTA Esse prédio se localiza bem no centro de Sumaré, na esquina da Rua Sete de Setembro com a Rua Antonio Jorge Chebabi. É o mais antigo prédio da região central da cidade, pois foi construído em 1904. Tem mais de 100 anos! Dizem que no terreno onde ele se ergue havia um grande formigueiro. Seu
dono, Antonio do Valle Mello, não conseguia de maneira alguma acabar com as formigas. Então teria dito ao amigo Atílio Foffano que, se ele acabasse com o formigueiro, lhe daria o terreno para construir ali um prédio. Atílio aceitou o desafio, acabou com as formigas e construíu o sobrado. que está de pé até hoje. Custou 14 contos de réis. Uma fortuna na época! Veja mais histórias da cidade em: ASSOCIAÇÃO PRÓ – MEMÓRIA DE SUMARÉ http://www.sumare.sp.gov.br/promem.htm
Gastronomia
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RECEITA
Receita de Rigatoni à carbonara INGREDIENTES
• 200 g de bacon picado em cubos pequenos • 5 colheres (sopa) de óleo • 5 gemas médias • 10 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado • 1 xícara (chá) de creme de leite fresco • 3 colheres (sopa) de manteiga • Sal e pimenta do reino à gosto • 1/2 kg de rigatoni MODO DE PREPARO
• Coloque o bacon numa frigideira com óleo quente. • Frite, mexendo de vez em quando, até dourar. • Retire do fogo e espalhe o bacon sobre papel toalha. • Reserve. • Numa frigideira refratária, coloque as gemas, o parmesão, o creme de leite, o sal e a pimenta do reino. • Bata com um batedor manual por 4 minutos e leve ao fogo, em banho-maria. • Cozinhe sem parar de bater, até aquecer, mas sem deixar ferver. • Retire do fogo e continue a bater por mais 3 minutos.
• Reserve. • Cozinhe a massa numa panela com 5 litros de água fervente e 3 colheres (sopa) de sal até ficar al dente. • Retire do fogo e escorra a água. • Sirva o rigatoni com o molho. • Polvilhe o bacon frito reservado e decore com manjericão. Rendimento: 5 porções.
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Decoração
Vitra lança cadeira que não é cadeira No centro do estande da marca suíça Vitra, uma caixa de laminado atraiu olhares curiosos. A palavra Chairless (algo como “sem cadeira”) parecia anunciar um produto pouco comercial. Em vez de uma cadeira, a ausência dela. A Vitra abraçou a criação do arquiteto e designer chileno Alejandro Aravena.
CRIATIVIDADE
Planejando com harmonia D
ecorar é uma arte de planejar e arranjar espaço, escolhendo ou combinando os elementos de um ambiente estabelecendo relações estéticas e funcionais. Designer de interiores projeta ambiente, utilizando e combinando cores, materiais, texturas e dispondo moveis e acessórios. Eles estudam em detalhes desde a área a ser criada ou reformulada, monta orçamento, e o cronograma da obra, desenha mobiliário e elementos que vão compor esse espaço, como a disposição dos moveis, escolhem os adornos e revestimento do piso, paredes e teto, sempre atento ao desejo do cliente, a estética e a funcionalidade do local.Em uma casa devemos escolher as cores de acordo com o seu bom gosto, mais sempre temos duvidas a este respeito.
Sofá descolado com base de concreto
CRIAÇÃO
As cortinas têm que estar ser de acordo com a cor e os moveis. Unir a beleza e a criatividade, e a funcionabilidade e tecnologia e a palavra que devemos usar na hora de trabalhar na iluminação de uma casa é através dela que criamos cenários, destacamos moveis, quadros, e detalhes que mais gostamos. ILUMINAÇÃO
Existem pessoas que são sensíveis a claridade, outras que não toleram luzes diretas, outras tem pavor ao escuro.A iluminação em um ambiente faz milagre deixa seu ambiente alegre e descontraído, com ela é possível destruir ou valorizar um ambiente. Luzes podem deixar um ambiente alegre, triste, romântico, ou em clima de festa.
Não tenha medo dos móveis de alvenaria, pois eles podem ser muito confortáveis. A prova disso é o sofá da casa do arquiteto e designer Guilherme Torres. Bastou um colchão bem forrado e almofadas coloridas para que a placa de concreto virasse um bonito sofá. O móvel, desenhado por ele, também faz as vezes de mesinha de canto.
Decoração
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O Campeão 19
Para almoço, festa ao ar livre, área externa, decoração de festa, luzes. Para tudo!
Essa vem do blog Copy & Paste, da Susi (http://sooqueeugosto.blogspot. com). Vidros para conservas com pedrinhas no fundo e velas coloridas, viram luminárias charmosíssimas!! Aqui ela destaca a combinação das cores azul e branco. No lugar das pedras, você pode usar areia, conchas, botões coloridos, sal grosso, lentilha… Uma infinidade de coisas! Como ela diz “Elementos simples transformados em ideias originais”.
Lindo! O que é essa decoração de festa? Eu simplesmente AMEI! Esses cachos de luz caindo das árvores é um luxo! A locação também ajudou muito, o lugar é mesmo especial. Agora voltando para a terra… essa ideia pode ser aproveitada em menor escala, pode ser em uma árvore no jardim, ou saindo de um lustre… quem sabe?
20 O Campeão
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Profissionais de Ouro Nome de fantasia é o nome mais conhecido! Nem sempre profissionais conceituados têm seus telefones divulgados pelas listas telefônicas pois estão registrados pela razão social. Abaixo, nomes que podem lhe salvar de bela dor-de-cabeça: ALIMENTAÇÃO PÁTIO LANCHES 3405-6526 Rua Cabo Owaldo de Moraes, 387 - N. Odessa Americana - Americana PANIFICADORA ALVORADA 34 3466-4410 Rua dos Mognos, 55 - Jd. Alvorada - N. Odessa PANIFICADORA SÃO JORGE 3476-6807 Rua Rio de Janeiro, 430 - Jd. S. Jorge - N. O. SKALLA RESTAURANTE Disk Marmitex 3476-2464 TUTTI PIZZA II 3476-3300 Av. Carlos Botelho, 1333 - Nova Odessa SHOPPING FRUTAS SUMARÉ - 3783-1466 R. Catarina Maranza, 07, c/ Av. Rebouças -Sumaré RESTAURANTES e CASAS DE ESPETÁCULOS 3 MINEIRAS 3476-2422 Bellinate, 483 - Klavin - Nova Odessa Kuazi KaipirA - 3476-3719 - Rua Olivio Bellinate, 684 - Klavin - Nova Odessa ONÓRIO CHURRASCARIA 3476-5998 Rua Antonio Zanaga, 16 - B. Vista, Nova Odessa AUTOMÓVEIS E PEÇAS AMERICANA CAPOTAS 3462-8557 Rua José Bonifácio, 439 - Americana AUTO MECÂNICA FOX 3466-4705 AUTO SOCORRO RUBINHO 3461-3309 9773-2916 Av. Abdo Najar x Cabo Oswaldo de Moraes - Americana BETO PNEUS 3466-4450 Rua Washington Luiz, 133 - Centro - N. Odessa BRAGA VIDROS 3828-2159 Rua Dom Barreto, 1927 - Sumaré DJ AUTO CENTER 3466-7636 Av. Dr. Ernesto Sprógis, 703 - Sta. Rosa - N.O. FREIOS AUTO STOP 3873-6079 R. Filomena Braga Coral, 255 - J. Alvorada, Sumaré ISMATEC DIREÇÃO HIDRÁULICA 3873-1126 Rua Ferdinando Cia, 37 - B. Vista - Sumaré JURA SOM SOUND SYSTEM 3461-5524 Rua José Bonifácio, 155 - Colina - Americana JR PNEUS 34798-1029 Av. Carlos Botelho, 1061 - Sta. Rosa Nova Odessa LAVA RÁPIDO BOX 21 3466-3871 Av. Ernesto Sprógis, 643 - Sta. Rosa - N. O. MIRO ACESSÓRIOS 3466-7665 Av. Carlos Botelho, 1774 - Sta. Rosa, N. Odessa MEGA AUTO PEÇAS 3873-3436 Av. Principal, 15 - Jd. Picerno - Sumaré RETÍFICA PADILHA 3476-5382 9652-8362 Rua XV de Novembro, 149 - Centro - N. Odessa TROCA DE ÓLEO DO DANIEL 3883-1712 Av. José Mancini, 443 - Centro - Sumaré
TROCA DE ÓLEO DO MANÉ Nextel: 7812 0123 ID : 99*17747 3883-5441 Av. da Amizade, 3732 Nova Veneza - Sumaré 3883-6610 Rebouças, 2192 - Centro Sumaré VIDROVAN 3408-1862 3408-3414 R. Dom Pedro II, 1078 - Americana MINEIRO MOTOS & CARROS 3873-3016 55*139*1694 55*139*2323 Av. Rebouças, 1739 - Centro - Sumaré ACESSÓRIOS PARA SUA CASA CORTINAS PRINCESA 3461-2448 Rua Itacolomi, 81 - Jd. Ipiranga - Americana COLCHÕES AMERICANA 3461-6303 Rua Carioba, 177 - Centro - Americana BORDADOS STAMP & BORD 3873-3611 Av. Júlia Vasconcelos Bufarah, 539 - Sumaré CHAVEIRO MARCOS CHAVEIRO 34 CORRETORA DE SEGUROS SEGURANÇA 3873-5793 8155-5936 Rua José Maria Miranda, 1075 - Centro - Sumaré DECORAÇÃO ESPAZIO NOVA ODESSA 3466-4633 Av. João Pessoa, 348 - Centro - Nova Odessa
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Ganhadora da Cesta básica Xirlei Teixeira da Silva, é a feliz ganhadora da cesta básica em abril. Nascida em Brumado, Bahia, está em Sumaré há 8 anos e mora no Portal Bordon. Trabalhando no Edifício Monte Carlo, no centro de Sumaré se espantou quando foi comunicada que fora sorteada entre o pessoal que ajuda distribuir O Campeão nos edifícios e condomínios fechados.
Via Anhanguera, km 123, N.º 3326 - Americana MARMORARIA IMPERIAL 3498-1684 Av. Edy de Freitas Criciúma, 1650 - N. Odessa LAJES MUNDIAL 3466-5688 3466-4388 Estrada Velha da Fazenda, 1630 - Nova Odessa PISO TINTAS 3873-7288 Fax 3883-3856 Rua Dom Barreto, 1468 - Centro - Sumaré SOBASICO SUMARÉ 873-5741 3873-7286 Av. Júlia Vasconcelos Bufarah, 1296 - Sumaré
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Profissionais de Ouro
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O Campeão 21
COMO CONTRATAR PRESTADORES DE SERVIÇOS? Antes de contratar algum prestador de serviços, o interessado deveria buscar referências sobre sua idoneidade e capacidade técnica. Há pouco, nos demos mal ao contratar um picareta para um serviço banal, instalação de uma antena. O dito profissional morava perto de casa, se dizia antenista e andava em sua Belina surrada sempre carregando uma escada. Procuramos o dito cujo alguns dias depois insatisfeitos, e tivemos senão, de registrar nos-
so protesto no Procon. Se você tem pressa do serviço, seguramente seu risco de insatisfação depois, será proporcional à sua falta de cuidado em contratar tal profissional. Normalmente, os bons profissionais estão com suas agendas sempre lotadas, são indicados por usuários satisfeitos obrigando os interessados a ficarem na fila por bom tempo para terem suas obras feitas sem risco de engolir concretos sapos...
A maneira mais sensata na contratação de um prestador de serviços é acercar-se de um ritual de procedimentos que, no final, lhe darão segurança e satisfação de um serviço tal qual se imaginava. Este editor, em seus áureos tempos verdes em experiência, ao iniciar a construção de uma casa, contratou um pedreiro na forma de que à empreitada se pagaria na medida em que a obra fosse levantada. “Tenho um problema de saúde do servente;
preciso de um adiantamento extra...; por favor, faça uma exceção...” enfim, quando as paredes mal tinham sido levantadas, a importância total combinada já havia sido adiantada e o tal profissional simplesmente sumiu do mapa! Laçá-lo foi um problema resolvido na polícia e no final, um acordo, o dito cujo fez um mutirão com os amigos e a obra finalmente ficou pronta... ...longe daquilo que sonhávamos. Não era um profissional de Ouro. Era um meia tijela! Bandido!
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Esportes
São Paulo desconhece veto ao Morumbi para Copa de 2014 O possível veto da Fifa ao projeto do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014 não causou reações negativas nos bastidores do São Paulo. Por meio da assessoria de imprensa, o time paulista disse que “está adequando seu projeto a cada crítica recebida”.
100 METROS LIVRE
Cesar Cielo, ouro em Columbus Nadador fez um balanço positivo de sua participação no GP, marcada por duas medalhas de ouro
C
esar Cielo voltou a vencer no GP de Columbus, no sábado (27/03) à noite, numa prova dominada pelos nadadores de Auburn. O campeão olímpico e mundial cravou 49s00 nos 100 metros livre, à frente de George Bovell, prata, (50s59). O bronze ficou com o brasileiro Nicholas Santos (51s13). Pela manhã, Cielo havia se classificado com o segundo melhor tempo (50s72), atrás do norteamericano Cullen Jones (50s45) - Nicholas, o quarto, fez 51s30. Antes da prova, o técnico Brett Hawke orientou Cielo a passar um segundo mais rápido na virada dos 50 m e forçar bastante, para aprender a lidar com a dor - na disputa dos 50m livre, na sexta-feira, o nadador sentiu o desgaste no final da prova. “Queria fazer 21s e 48s aqui em Columbus. Bati na trave duas vezes. A prova dos 100 m livre foi mais sólida nos detalhes. Acertei melhor a saída, a virada, só no fim pesou um pouco. Nos 50 livre fiquei um pouco decepcionado com detalhes, mas vou trabalhar para corrigir isso”, analisou Cielo.
COLUMBUS
Cielo fez um balanço positivo de sua participação no GP de Columbus, marcada por duas medalhas de ouro. Nos 50 m livre, sexta-feira (2/4), o nadador venceu com 22s14, superando o recordista norte-americano da prova, Cullen Jones (22s50), e George Bovell (22s55). O brasileiro Nicholas Santos foi o quarto, com 22s99. “O treinamento está dando certo, agora é manter o foco. Acho que vem por aí surpresa boa se eu continuar assim”, disse, aproveitando para comentar os bronzes de Nicholas e Henrique Barbosa (na sexta-feira, Henrique foi terceiro nos 200 m peito, com 2min16s92 - o ouro foi para o recordista norte-americano Eric Shanteau). “Estamos bem na temporada em relação a tempo.”
Em 2009, o mundo de Cesar Cielo foi mais ou menos assim: Imprensa italiana se rende a César Cielo, o ‘filho de Deus’. Jornais rasgam elogios ao nadador brasileiro...
FLAMENGO
A próxima competição de Cielo é o Maria Lenk, em maio, em Santos. Será a primeira que disputará pelo Flamengo, o novo clube. “Quem sabe dou um pulinho no Flamengo para conhecer meu novo time, a torcida. Estou com saudade, não vejo a
hora de ir para o Brasil. Vou tentar o melhor resultado possível para o Flamengo, ao lado do Nicholas e do Henrique”, disse. Cesar Cielo é campeão olímpico dos 50m livre e medalhista de bronze nos 100m livre, conquistas obtidas nos Jogos
de Pequim/2008; campeão mundial dos 50m e 100m livre, com recorde mundial (46s91), em Roma/2009; recordista mundial dos 50m, com 20s91, marca obtida no Open de Natação, em São Paulo, em dezembro de 2009.
Ele está de volta Flavio Briatore está em um mundo acima do que imagina os inocentes fãs da F-1 Armação no GP de Cingapura de 2008: o carro de Nelsinho Piquet foi destruído para facilitar a vitória do companheiro de equipe, Fernando Alonso
E não é que Flavio Briatore teve sua exclusão do automobilismo revogada pelo Tribunal de Grandes Apelações de Paris? Segundo a Justiça francesa, o caso do dirigente teria sido julgado pelo Conselho Mundial de Esporte a Motor da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) de forma irregular, corroborando o argumento do ex-dirigente, que tinha considerado a punição injusta. Ele disse que a mesma teria sido resultado de uma vingança de Max Mosley, então presidente da FIA. Além da revogação da pena, o
ex-chefe da Renault queria uma indenização superior a 1 milhão, mas só saiu com 15 mil. Para quem não lembra, Briatore foi excluído do automobilismo por ter sido considerado o principal responsável pela armação do GP de Cingapura de 2008. Na ocasião, o dirigente mandou Nelsinho Piquet, seu segundo piloto na época, jogar seu carro no muro em um ponto do circuito que forçasse a entrada do safety car. A ordem foi cumprida à risca. Tudo isso beneficiou Fernando Alonso, companheiro do brasileiro, que venceu a prova. Nelsinho recebeu imunidade da FIA por ter colaborado. O espanhol foi inocentado por supostamente não saber da ordem. Já Pat Symonds, então diretor de engenharia, foi suspenso do automobilismo por cinco anos. A Renault foi suspensa por dois anos, mas só cumprirá a pena em caso de reincidência. O fato é que a história, que todos já julgavam estar encerrada, voltou à tona. E isso tudo é muito ruim para a Fórmula 1, que precisa de uma fase de calmaria política para recuperar seu
prestígio perante ao público. Briatore não poderia ter sua pena revogada, já que sua participação no escândalo foi comprovadamente decisiva. Por isso, realmente não se entende a decisão da Justiça francesa. Ou melhor, da injustiça. O fato é que a FIA deverá recorrer do veredicto e tentará devolver o exdirigente italiano à sua aposentadoria forçada. Se a entidade não conseguir sucesso em seu apelo, só teremos a lamentar. A F-1 sairá derrotada. Para piorar, Briatore já fala em retornar à Fórmula 1, mas diz não ter pressa. Não vai demorar muito e toda essa turma voltará a andar pelos paddocks mundo afora. Uma pena. Tudo o que a categoria não precisava era de mais uma pizza depois dos últimos problemas. Tudo bem que essa foi involuntária, sem a participação da FIA, feita por um juiz francês. É uma vergonha para o esporte termos que presenciar mais este vexame. A decisão de Paris teve um gosto muito amargo para os fãs da F-1. (GloboEsport/Voandobaixo, encontracarros.com)
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Autos
O Campeão 23
Elétricos: SP e Renault-Nissan fecham acordo O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-SP), e o presidente da aliança RenaultNissan, Carlos Ghosn, assinaram o protocolo de intenção de estudos para viabilidade do uso de carros elétricos na cidade. A parceria entre a fabricante e o município é a primeira selada na América do Sul, segundo a prefeitura. Atualmente, o grupo automotivo realiza pesquisas semelhantes nos Estados Unidos, Japão, França e Israel.
POR R$ 28.690
Renault lança novo Logan Modelo passa a contar com visual semelhante ao irmão europeu da Dacia
A
Renault apresentou o novo Logan, que passa a contar com para-choques, grade frontal, faróis, lanternas traseiras e tampa do porta-malas remodelados seguindo o visual do irmão europeu, vendido sob bandeira Dacia, marca pertencente ao grupo francês. O interior também foi aprimorado, com plásticos e tecidos de padrão superior. Os botões para acionamento dos vidros elétricos também passam a ser instalados nas portas, segundo a marca, “uma sugestão dos clientes”. A gama de versões e motorização do sedã segue estruturada da seguinte forma: Authentique 1.0 16V (R$ 28.690), Expression 1.0 16V (R$ 30.190) e Expression 1.6 16V (R$ 32.690). Os propulsores continuam os mesmos e, no caso do D4D 1.0 Hi-Flex, com 77 cv a 5.850 rpm e 10,1 kgfm a 4.350 rpm quando abastecido com etanol. O K7M Hi-Torque 1.6 8V gera 95 cv a 5.250 rpm e 14,1 kgfm a 2.850 rpm também com o combustível vegetal. A versão Privilège, que ocupava o posto de top de linha com o bloco 1.6 16V, foi extinta e “passou” seu padrão de acabamento para a Expression. A marca aposta em um mix de 25% para o Authentique 1.0 16V, 35% para o Expression 1.0 16V e 40% para o Expression 1.6 8V. De série, a opção mais barata e com menor participação
em vendas é enxuta e traz como principais itens de série o aviso de faróis ligados, console central com acabamento na cor cinza, conta-giros, friso cromado na grade dianteira, pré-disposição para som e vidros verdes. A Expression agrega frisos e maçanetas pintadas na cor do carro, ar quente, desembaçador traseiro, calotas integrais, antena e manopla do câmbio com acabamento de alumínio. Os puxadores de porta passam a ser os mesmos usados no Sandero e o painel de instrumentos recebeu novos grafismos, mas manteve a iluminação âmbar. Opcionalmente, a Renault oferece os freios ABS com airbag duplo e terceiro encosto de cabeça traseiro por R$ 2.100. Quem busca mais conforto pode adquirir o “Pack Conf 1” para a versão Expression, que traz ar-condicionado, direção hidráulica, volante regulável em altura, travas e vidros elétricos, travamento automático, faróis de neblina e computador de bordo por mais R$ 4.700 (ou R$ 5.000 no caso do Expression 1.6). Para o modelo ficar completo, o “Pack Conf 2” agrega MP3 player com comando no volante, vidros traseiros e retrovisores elétricos e alarme ao custo de R$ 1.000. O sedã chega ao mercado disponível nas cores Branco Glacier, Prata Etoile, Bege Angora, Preto Nacré, Azul Crepúsculo, Cinza Acier e Vermelho Vivo. (CarroOnline)
FOTOS: DIVULGAÇÃO
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Autos
30 ANOS
Volkswagen revela Gol Vintage Modelo único foi criado exclusivamente para o evento Gol Fest
A
pós divulgar o evento comemorativo de 30 anos do Gol no mercado brasileiro, chamado Gol Fest, a Volkswagen mostrou uma versão do modelo criada especialmente para o festa, a Vintage. De acordo com a empresa, o veículo em questão une música e design uma vez que foi construído em parceria com a Tagima, maior produtora de instrumentos musicais do país. Conforme a VW revelou, o Gol Vintage recebeu interior revestido em couro tingido nas cores preto e branco, além de apliques na cor branca nos puxadores das portas e
FOTOS: DIVULGAÇÃO
manopla do câmbio. O exterior do modelo seguiu a mesma linha com pintura de dois tons. A maior diferença do veículo a ser exposto no evento em relação a um modelo original, entretanto, está no sistema de amplificador instalado no porta-malas, no qual pode ser plugado uma guitarra. Aqueles que sempre sonharam em tocar guitarra no porta-malas de seu Gol, entretanto, não devem se animar: a Volkswagen informou que o Vintage foi criado especificamente para o evento e que a série não entrará em produção. Confira as fotos ao lado. (CarroOnline)
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REVISÃO
O Campeão 25
AUMENTO NAS VENDAS
Citroën faz recall de Toyota cresce 20% no C4 Hatch e C4 Pallas primeiro trimestre Modelos podem apresentar problemas no módulo do sistema de direção
O
grupo PSA Peugeot-Citroën anunciou o chamado de recall para os modelos Citroën C4 Hatch e C4 Pallas. Segundo a montadora francesa, a convocação compreende os veículos ano/modelo 2009 e 2010, que podem apresentar um eventual problema no sistema de direção assistida. Conforme divulgado pela marca, os modelos podem apresentar endurecimento da direção em manobras rápidas, o que, em casos extremos, segundo alerta da fabricante, pode causar acidentes.
Para sanar o problema, a montadora efetuará a atualização do software no módulo de controle da direção. Proprietários dos veículos envolvidos devem agendar o serviço de revisão em uma concessionária Citroën. Os chassis envolvidos no recall estão no intervalo de 9G533889 a AG518279. No entanto, a empresa informa que há veículos dentro do período de numeração de carroceria que não estão incluídos no chamado. Para mais informações, a marca disponibiliza o telefone 0800 011 8088. (CarroOnline)
A Toyota comemora um aumento de 20% nas vendas no primeiro trimestre de 2010 quando comparado ao mesmo período de 2009. Com sua gama de produtos no Brasil composta pelos modelos Corolla, Hilux, Camry, Land Crusier Prado e RAV4, a marca informou que comercializou 22.408 unidades no período. Segundo a empresa, seu veículo de maior destaque no período foi o utilitário esportivo SW4, cujas 1.588 unidades vendidas apontam alta de 30% quando comparadas ao primeiro trimestre de 2009. Ainda em comparação com o ano
anterior, as vendas da picape Hilux registraram aumento de 26%, totalizando 4.728 veículos, enquanto o Corolla teve procura 18% superior, resultando em 12.739 modelos vendidos. IPI REDUZIDO SERÁ MANTIDO
Embora a alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) tenha retornado para o patamar de 11% no dia 1º de abril para automóveis de 1.0 a 2.0 l bicombustíveis ou movidos a etanol, a Toyota informou que manterá o imposto em 7,5% para a nova linha Corolla 2011 no mês de abril. (CarroOnline)
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ETANOL E INVESTIMENTO
CRESCIMENTO FOTOS: DIVULGAÇÃO
Combustível pode ser importado sem imposto Decisão foi anunciada pela Câmara de Comércio Exterior
A
Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, anunciou que a alíquota para importação do etanol deixará de ser cobrada. Antes da medida, o tributo que incidia sobre a operação era de 20%. Segundo declaração da secretária executiva da Camex para a Agência Brasil, a decisão foi tomada “no sentido de eliminar as barreiras tarifárias e não tarifárias impostas ao produto, o que é coerente com as reivindicações brasileiras em relação aos demais mercados”. Dessa forma, o preço do combustível ficará menos suscetível a problemas de fornecimento, como o observado na queda da produção nacional em decorrência das fortes chuvas na última safra. RETALIAÇÃO
A Camex também suspendeu temporariamente a entrada em vigor da retaliação do Brasil aos produtos provenientes dos EUA. Dessa forma, os países podem trabalhar em “enten-
Alan Mulally, presidente e CEO da Ford
Carros flex já representam 86% das vendas no 1º trimestre dimentos preliminares e provisórios” até o próximo dia 21. Os norte-americanos prometem negociar o programa de crédito à exportação brasileira e criar um fundo de US$ 147,3 milhões por ano para a lavoura de algodão no Brasil, que será controlado por empresas privadas. (CarroOnline)
Ford investirá R$ 445 milhões na Argentina O presidente da Ford, Alan Mulally, anunciou um investimento de US$ 250 milhões (R$ 445 milhões) na realização de melhorias na qualidade de sua fábrica localizada em Pacheco, na Argentina. Na cerimônia, que contou com a presidente do país, Cristina Kirchner,
Mulally acrescentou que a verba também será utilizada para desenvolver um novo veículo para os mercados da fabricante na América Latina. Segundo comunicado da Ford, o investimento será distribuído a partir deste ano até 2012. O anúncio faz parte da estratégia “One Ford” (Uma Ford), que aspira desenvolver e comercializar veículos globais nos países onde atua, o que conduzirá a uma diminuição do custo dos mesmos. Segundo a marca, a Argentina é um ponto estratégico para expandir sua atuação entre os membros do Mercosul.”O investimento anunciado hoje, trazendo um novo veículo global para nossas operações aqui, significa afirmar o papel importante da subsidiária argentina neste plano”, declarou Mulally. (CarroOnline)
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A4 2.0 TFSI
Março contabiliza recorde de vendas Mês registrou alta de 59,6% em relação a fevereiro deste ano
N
unca se vendeu tantos carros durante um mês de março. Neste ano, o período somou 337.381 automóveis de passeio e veículos comerciais leves vendidos, número 59,6% superior ao total vendido em fevereiro, quando 211.375 unidades foram emplacadas. No acumulado, o montante do primeiro trimestre já chega a 750.500 emplacamentos, volume 16,8% maior do que o registrado nos primeiros três meses de 2009. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). O volume recorde anotado em março tem uma justificativa. O mês em questão foi o último com a taxa do IPI reduzida, a qual passou de 3% para 5% no caso de automóveis com motorização até 1.0 flex e de 7,5% para 11% nos carros com motores entre 1.0 e 2.0 bicombustíveis ou movidos somente a etanol. A medida, aplicada em dezembro de 2008, teve como objetivo combater os efeitos da crise econômica global no setor. No entanto, a Fenabrave projeta que as marcas devem manter promoções a fim de continuar com as vendas
elevadas até o final do ano. No ranking das montadoras, a liderança segue com a Fiat. Em março, a marca baseada em Betim (MG) vendeu 73.618 unidades entre carros de passeio e veículos comerciais leves, detendo 21,8% no setor. Na segunda colocação, mais uma mudança de posição. A GM, que liderou em janeiro, voltou a superar a VW com 20,5% de participação (70.031 emplacamentos) contra 20,5% (69.471 unidades) da marca alemã. A Ford, por outro lado, continua na quarta posição, com uma fatia de 10,7% (36.313) do mercado. Apesar da liderança da Fiat no acumulado, o modelo mais vendido em março foi novamente o Volkswagen Gol, com 29.343 emplacamentos. Na segunda posição, porém, uma surpresa. O Chevrolet Celta pulou na quinta posição, ficando a frente dos Fiat Palio e Mille no ranking com 19.944 unidades, ante as 18.365 e 16.013 exemplares, respectivamente, dos modelos da marca italiana. O quinto posto ficou com o Fox/CrossFox, que somou 15.075 licenciamentos no período. (CarroOnline)
DIVULGAÇÃO
Celta assume a segunda posição no mercado
28 O Campeão
Nova Odessa | Sumaré | Abril/2010
Diga-me com quem andas... e direi quem és;
O Campeão Sempre entre as melhores companhias!
Filhos e netos: qual a diferença?
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. Crescem com uma estridência alegre, e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente. Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil... E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça! Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, esbranquiçados.
com
os
cabelos
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam. Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos
suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes". Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam. Aprendemos a ser filhos depois que somos pais... “Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...” _________(Anônimo)
Professor - Uma espécie em extinção Este texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo. Desabafo de uma profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisará trabalhar (por mais que ame muito o que faz). Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante seja: O quê será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país? Constantemente, ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais proclamarem a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos, evidentemente. Questionamentos: Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho se ele precisa ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos, socorrer seu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar váriasaulas para se trabalhar os bons hábitos, na tentativa vã de se formar cidadãos mais conscientes e de melhor caráter? Nos cursos de formação nos é passado constantemente a recusa de um programa tradicional e conteudista, mas nossas avaliações de desempenho das escolas, nossos vestibulares e concursos públicos ainda são tradicionais e nos cobram o conteúdo de cada disciplina. Como pode num país... num estado... num município haver regras tão diferentes entre a rede particular e pública? Na rede particular as escolas continuam conteudistas, há a seriação com reprovação, a escola pode suspender ou até mesmo expulsar um aluno que não esteja respeitando as regras daquela instituição. A rede pública vive mudando o enfoque pedagógico (de acordo com o partido que ganhou as eleições), é cobrado cada vez menos do aluno, não se pode fazer absolutamente nada com um aluno indisciplinado que até mesmo coloca em risco a segurança de outros alunos e
funcionários daquela instituição. Dia a dia... minuto a minuto... os professores são alvos de agressões verbais e até mesmo físicas pelos alunos. A cada dia somos submetidos a níveis de stress insuportáveis para um ser humano. Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado + sermos responsáveis pela segurança física de nossos alunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos + assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai... E, quando ameaçados de morte, se recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos: “Isto não vai adiantar nada!” Meus bons alunos presenciam o mau aluno fazendo tudo o que não pode ser feito e não acontecendo nada com ele. É o exemplo da impunidade desde a infância. Meus bons alunos presenciam que o aluno que não fez absolutamente nada durante o ano, passou de ano como ele, que se esforçou e foi responsável. Houve um ano que eu tinha um aluno que era muito bom. E ele começou a faltar muito e ir mal na escola. Os colegas diziam que ele ficava empinando pipa ao invés de ir pra escola. Um dia, tive uma conversa com ele, e perguntei, o que estava acontecendo? E ele me disse: “Prá que eu vou vir prá escola se eu vou passar de ano mesmo assim?” Então eu procurei aconselhar (como faço com meus alunos até hoje) que ele devia frequentar a escola, não para tirar notas boas nas provas ou passar de ano. Ele deveria vir à escola para aumentar seu conhecimento que é o único bem que ninguém poderá roubar.Que a escola iria ajudá-lo a aprender e trocar conhecimentos com os outros e ajudá-lo a dar uma melhor formação na vida.. Depois dessa conversa ele não faltou mais tanto... mas nunca mais voltou a ser o excelente aluno que era. Qual a motivação de ser bom aluno hoje em dia? Seus ídolos são jogadores de futebol que não falam o português corretamente e que não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros.
Ensinando que não é necessário haver respeito às autoridades e aos outros. Ou são dançarinas que mostram seu corpo rebolando na televisão e pousando nuas para ganhar dinheiro. Para quê eu me matar de estudar se há tantas profissões que não são valorizados e nem respeitadas? Conheci (e ainda conheço e convivo) ao longo de minha carreira na escola pública, inúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais. Que possuem um conhecimento e formação excelentes, mas que estão desgastados e quase arrasados diante da atual situação educacional. Li há poucos dias, num artigo que os cursos de filosofia, matemática, química, biologia e outros todos ligados à área de magistério não estão tendo procura nas universidades. Lógico! Quem é que quer ser professor? Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total desvalorização e respeito, mas também pela falta de segurança que estamos enfrentando nas escolas? Fiquei indignada com uma reportagem na TV (que, aliás, adora fazer reportagens sensacionalistas colocando o professor sempre como vilão da história) em que relatava que numa escola um aluno ameaçava os outros com um revólver e, num determinado momento, o repórter perguntou: “Onde estava o professor que não viu isso??!!” E agora eu pergunto: “O que se espera de um professor (ou de qualquer ser humano), que se faça com uma arma apontada pra você ou pra outro ser humano??? Ah...já sei...o professor deveria enfrentar as balas do revólver!!!! Claro!!! As universidades e os cursos de aperfeiçoamento de professores não estão nos ensinando isso... Vocês têm conhecimento de como os professores de nosso país estão adoecendo? Vocês sabem o que é enfrentar o stress que a violência moral e física tem nos
submetido dia a dia? Você sabe o que é ouvir de um pai frases assim: “Meu filho mentiu, mas ele é apenas uma criança!” “Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!” “Você está passando muita lição para meu filho, e ele é apenas uma criança!” “Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou.” “Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!” Classes super lotadas, falta de material pedagógico, espaço físico destruído, violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que eles recebem e, muitas vezes, não valorizam (afinal eles não precisam fazer absolutamente nada para merecê-los), brigas por causa do “Leve-leite” (o aluno não pode faltar muito, não por que isso prejudica sua aprendizagem, mas porque senão ele não leva o leite.) Regras educacionais dissonantes de acordo com a classe social dos alunos. Impunidade. Mas a educação não vai bem, por causa do professor... Encerro esse desabafo com essa pergunta que li há poucos dias: Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável. "Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?" O BOM NESTE PAÍS É SER POLÍTICO. APOSENTA-SE COM 8 ANOS DE "TRABALHO (?) ", E QUE SALÁRIO!!! (sem contar que não precisa grande formação acadêmica pra isto, infelizmente. ..) Texto enviado a O Campeão por Patrícia Nunes - Escola Alternativa, Sumaré
Círculo vicioso Há nas nossas escolas um problema crónico: o da falta de disciplina. É frequente que os alunos não se sintam bem dentro das salas de aula. Que não tenham o comportamento adequado a esses locais. Que, inquietos ou turbulentos, não permitam o ambiente de sossego necessário à aprendizagem dos colegas. Existe uma causa que pode justificar o mau ambiente dentro das salas de aula. É que elas não são, nem podem ser, um oásis no meio do ambiente mais vasto que as rodeia: o pátio da escola, as famílias, a localidade, o país, o mundo. O mundo está cheio de guerras e crimes, as famílias estão desunidas ou quebradas, as televisões transmitem constantemente violência e pornografia. Existe ainda outra causa, essa mais
natural e compreensível: os jovens não foram feitos para estarem sentados em sossego durante largos minutos, escutando discursos muitas vezes aborrecidos. Sentem-se melhor correndo, brincando, convivendo. E lá vão tentando que as aulas se transformem em lugar de convivência, de brincadeira ou... de corrida. Um professor pouco pode fazer para modificar isto. Mas deve lembrar-se de que se o ambiente exterior influencia o ambiente da aula, também é certo que o ambiente da aula pode influenciar - e de facto influencia - o ambiente exterior. As aulas não correm bem porque as coisas no mundo correm mal, mas as coisas no mundo correm mal também porque as aulas não correm bem.
O professor tem nas mãos, de algum modo, as chaves que podem contribuir para quebrar este círculo vicioso. São os homens os agentes de quase tudo o que no mundo corre mal, mas a educação desses homens passa, em parte, pela escola. Reside nos professores uma das grandes esperanças da humanidade. Pede-se ao professor que seja educador, que não se limite a transmitir - melhor ou pior - os conteúdos da sua disciplina. Que actue positivamente nos seus alunos, nas famílias, no mundo. Pede-se ao professor que, primeiro, seja exigente consigo mesmo. Que se esforce por ser uma pessoa melhor, que dê melhor as suas aulas. São do Diário de Sebastião da Gama as palavras seguintes: «Lembro agora a primeira vez que, em Setúbal, a meio do ano, me julguei forçado a pôr fora da aula um aluno: fiquei tão
doente que parti o giz que tinha nas mãos e já não fui capaz de continuar a aula. Esse desgosto era sobretudo um desgosto de coração. O de hoje é diferente: o Fosco saiu, porque fez barulho - e fez barulho, porque a aula lhe não interessou - e não lhe interessou “talvez”, porque ela não tinha interesse nenhum - e quem devia ir para a rua era eu». Desta exigência do professor consigo mesmo, da sua intenção educativa, do nível de seriedade profissional que dá às suas aulas nasce inevitavelmente qualquer coisa que é semelhante a... um oásis. Um aqui, outro além... até que inundem o mundo. Paulo Jorge Geraldo
h t t p : / / p r o f e s s o r. a a l d e i a . n e t / circulovicioso.htm
A Justiça é cega, mas já usa internet
Em busca da credibilidade perdida, tribunais entram na era digital
CONTINUAÇÃO DA PÁG. 13, EDIÇÃO IMPRESSA
Na opinião de Alexandre Atheniense, presidente da Comissão Especial de Tecnologia da Informação da OAB, o momento que a Justiça brasileira atravessa pode ser comparado a uma espécie de revolução. “Temos de admitir que as mudanças implantadas não terão volta. Precisamos nos preparar e conscientizar as pessoas de que isso vai ser para o bem”, afirma. Pioneirismo Em um bairro típico de classe média da zona norte da capital paulista, fica localizado aquele que talvez possa ser considerado o modelo ideal do casamento das tecnologias digitais com o Poder Judiciário: o Fórum Nossa Senhora do Ó. A idéia de construir essa unidade estava nos planos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) desde 1985, mas a inauguração só aconteceu em junho do ano passado. Toda essa demora, no entanto, teve pelo menos um lado positivo. Trata-se simplesmente do primeiro fórum totalmente eletrônico da América Latina. Isso não quer dizer, contudo, que o papel tenha sido extinto por completo. Quando algum advogado decide iniciar um processo sem acessar o site do TJSP, ele leva os documentos até o fórum, que abriga duas varas de família e três cíveis, onde serão digitalizados por meio de um scanner. “A partir daí, toda a movimentação do processo vai ser feita com o mouse. É algo revolucionário em termos de celeridade e segurança”, explica Paulo Eduardo Sorci, juiz diretor da unidade. Alguns números ajudam a entender as vantagens proporcionadas pelo uso da
tecnologia. Em uma vara de família comum, que funciona no sistema tradicional, são necessários pelo menos 15 funcionários para dar conta do volume de processos a ser analisados. Com a plataforma digital, é preciso apenas um terço desse número. Sorci, por exemplo, trabalha com menos auxiliares ainda na vara sob sua responsabilidade – apenas dois. E, apesar do déficit de recursos humanos, consegue manter uma produtividade que ele qualifica de “estratosférica”. “Em nove meses de existência, foram cerca de 3 mil feitos. Desse total, quase metade está arquivada, já decidida. Ninguém conseguiria fazer algo assim no sistema antigo e com apenas dois funcionários. Ainda estaria terminando de autuar as petições”, afirma. Contudo, o juiz vislumbra alguns empecilhos a ser superados para garantir o bom funcionamento do Fórum Nossa Senhora do Ó. O índice de petições que chegam diretamente através do sistema virtual do TJSP ainda é pouco expressivo – apenas 1%. E a capacidade de escanear os documentos está chegando ao limite. “Todo mundo traz para digitalizar aqui. Mas nossa estrutura não agüenta. É muita coisa: 70 petições por dia”, diz Sorci. Na avaliação das fontes ouvidas por Problemas Brasileiros, para que o processo eletrônico seja efetivamente implementado no dia-a-dia do Poder Judiciário, vai ser necessária uma completa reviravolta cultural no modo de fazer e ensinar direito no país. “Tudo o que se aprende nas faculdades brasileiras em relação à prática de processo, por exemplo, está defasado, já que ainda está relacionado a papel e ato presencial. E agora vai ser tudo digital e à distância”, comenta Alexandre Atheniense. Quem largou na frente e vem liderando a corrida pela adoção de novas tecnologias foram, juntamente com as cortes superiores (STF e STJ) e a Justiça do Trabalho, os tribunais estaduais da região norte do país. O juiz Roberto Taketomi, do TJ do Amazonas, acompanhou de perto a construção do sistema que recebe as petições digitais na maior unidade da federação brasileira. O investimento, conta ele, foi fruto da necessidade de vencer, entre outros obstáculos, a distância geográfica entre as cidades do Amazonas – o que atravanca e muito o andamento dos processos. O TJAM, inclusive, antecipou-se à lei 11.419, ao criar sua plataforma um ano antes da aprovação da nova legislação pelo Congresso. Os resultados também são para lá de satisfatórios. “Houve redução do tempo médio de tramitação dos processos de
mil para 70 dias nas varas de família”, afirma Taketomi. Outro exemplo significativo de como a digitalização contribui para acelerar o julgamento de uma ação pôde ser visto no caso do “mensalão”. Quando já contabilizavam impressionantes 40 mil páginas, os autos do processo foram todos escaneados, o que facilitou bastante o trabalho de acusação do Ministério Público. “O procurador da República tinha declarado que iria demorar dois anos só para fazer a denúncia. Mas, em nove meses, entregou-a ao Supremo”, afirma Paulo Roberto Pinto, secretário de tecnologia da informação do STF. “O tribunal, por sua vez, disse que precisaria de quatro anos para analisar o caso. Mas o julgamento aconteceu dois anos depois da chegada da denúncia”, acrescenta. Desafios Apesar de promissoras, as transformações trazidas pelo processo eletrônico ainda despertam algumas preocupações. Em primeiro lugar, para que ele sirva de fato como vetor de aproximação entre cidadão e Poder Judiciário, é preciso garantir acesso à internet de alta velocidade em todo o território nacional, além de não segregar os que ainda estão pouco habituados às tecnologias digitais.
recursos para conectar o interior nos deixaria de mãos atadas para realizar outras tarefas importantes”, explica Taketomi. Contudo, a dor de cabeça que mais incomoda os entusiastas da digitalização da Justiça é a diversidade de sistemas utilizados em fóruns e tribunais para receber e distribuir processos eletrônicos. Isso porque a lei não exige que todos adotem a mesma plataforma. Na realidade, cada um pode desenvolver a sua própria – o que inviabiliza troca de informações entre magistrados de estados e cortes diferentes, e atrapalha o andamento das ações. O CNJ até criou um programa, originalmente batizado de Projudi, que é distribuído gratuitamente aos órgãos que ainda não desenvolveram seus sistemas. Talvez esteja aí o embrião de uma única plataforma que interligue toda a Justiça. Essa uniformização, no entanto, vai esbarrar na liberdade que a própria Constituição garante às administrações dos tribunais para aperfeiçoar sua gestão interna. O juiz Roberto Taketomi, por exemplo, acha que as soluções em tecnologia da informação desenvolvidas pelo TJAM estão muito à frente das formuladas pelo CNJ, e diz que adotar o Projudi seria um retrocesso.
Problemas dessa ordem já motivaram polêmicas. No final do ano passado, o conselho federal da OAB contestou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª Região do Pará por baixar uma resolução que tornava obrigatório o peticionamento eletrônico. Segundo a OAB, a medida restringiria o exercício da advocacia no estado, já que muitos profissionais do direito não teriam como atender às exigências do TRT. O caso foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem competência para colocar um ponto final na discussão.
Na opinião de Paulo Roberto Pinto, do STF, no atual momento é mais fácil e produtivo fazer com que os diferentes sistemas já em funcionamento troquem informações e conversem entre si – o que, diga-se de passagem, ainda não virou realidade – do que criar um único para o país todo. “Não sou contra o sistema único, é claro que existem vantagens. Só que os tribunais já implantaram suas próprias iniciativas. Mesmo assim, defendo o trabalho em conjunto”, pondera.
Os obstáculos para navegar na rede mundial de computadores também estão tirando o sono das próprias administrações dos tribunais. O TJAM, por exemplo, firmou uma parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), órgão subordinado à presidência da República, para garantir acesso à internet a 20 comarcas do interior do estado. Sem essa mãozinha do governo, o tribunal teria de pagar a uma empresa privada de telefonia cerca de R$ 7 milhões ao ano por esse serviço via satélite, já que não existe rede de fibra ótica que leve internet de banda larga a todo o Amazonas. “A arrecadação do TJ para infra-estrutura não chega a isso. E esgotar nossos
O processo eletrônico também pode ajudar a resolver um dos itens mais preocupantes da atual agenda do poder público: a superlotação de penitenciárias. O juiz Cláudio do Prado Amaral, titular da 1ª Vara das Execuções Criminais e corregedor dos presídios de São Paulo, produziu um estudo sobre o impacto que a informatização do processo de execução penal – que trata da concessão de benefícios a detentos – traria para desafogar o sistema carcerário brasileiro.
Segurança pública
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A Justiça é cega, mas já usa internet Jereissati (PSDB-CE), que calcula em R$ 1,4 bilhão por ano o montante gasto com a escolta de detentos até o local de audiência. O outro leva a assinatura do deputado Carlos Humberto Mannato (“Manato”, do PDT-ES). “A idéia surgiu a partir do momento em que foi criado um aparato muito grande para transportar o traficante Fernandinho Beira-Mar. Toda vez que se desloca um preso perigoso há risco de fuga, além de isso gerar um custo altíssimo para o Estado brasileiro”, justifica o deputado.
A conclusão é impressionante: a simples adoção de tecnologias digitais poderia liberar até 20% das vagas, gerando uma economia de R$ 864 milhões por ano aos cofres públicos. “O sistema possibilita que um pedido de benefício seja analisado mais brevemente. Então, a espera de meses cai para poucos dias. Assim, o preso fica menos tempo no cárcere, aliviando a pressão sobre o sistema prisional”, afirma Amaral. “E não é uma questão só de liberação de vagas, mas também de economia, porque o Estado deixa de arcar com os custos de manutenção do cárcere. Isso representa uma economia anual que paga a implementação de um grande sistema”, completa. A adoção de novas tecnologias pela Justiça na esfera criminal também rende controvérsias, como o debate sobre a utilização de videoconferências para o interrogatório de presos. Atualmente, existem dois projetos de lei (PL) no Congresso que versam sobre o assunto. Um é de autoria do senador Tasso
Por outro lado, os críticos da videoconferência argumentam que essa prática fere alguns preceitos essenciais da Constituição, principalmente o chamado “direito de ampla defesa”. De acordo com Kenarik Felippe, juíza da 16ª Vara Criminal de São Paulo e expresidente da Associação Juízes para a Democracia (AJD), mesmo que um dos projetos vire lei de fato, ele vai dar origem a uma legislação inconstitucional. “Faz parte do conceito de ampla defesa a participação nos autos processuais”, explica. Ela também argumenta que é possível contar nos dedos de uma só mão os casos de fuga ocorridos durante o trajeto até o local de audiência. E ainda diz que o Poder Executivo tem uma boa dose de responsabilidade nesse problema, ao “usar a transferência de presos como instrumento de controle. Alguém que comete um crime em Osasco vai parar em São José do Rio Preto. Isso significa ficar distante da família, não receber visita”, acrescenta. Na verdade, a adoção da
videoconferência pode funcionar como um tiro pela culatra, já que a condenação de um acusado poderá até ser desconsiderada, se instâncias superiores da Justiça entenderem que foi utilizado um meio ilegítimo de obtenção de provas contra o réu. “Eventualmente, uma pessoa que deveria estar presa pode até ser solta por causa desse vício no processo”, afirma Kenarik. Isso porque o próprio STF já se manifestou contrário à videoconferência, no ano passado. O deputado Manato, porém, acredita que a tecnologia garante, sim, o direito de ampla defesa, e espera que a suprema corte brasileira revise sua posição. Sem dúvida, o universo das tecnologias da informação oferece uma infinidade de possibilidades para melhorar o funcionamento da Justiça. Infelizmente, durante décadas o país ainda sofrerá com a herança dos milhões de processos em papel que correm atualmente nas diversas instâncias. A mudança para a plataforma digital, mais do que uma boa alternativa, beira o imprescindível. E o tempo – como bem sabem os brasileiros que aguardam a resolução de seus casos pelo Poder Judiciário – urge. Diagnóstico on-line As tecnologias digitais também vêm emprestando suas ferramentas para trazer à tona informações valiosas sobre a própria estrutura e organização da Justiça nacional. Por incrível que pareça, até o primeiro semestre deste ano não existia um banco de dados confiável que revelasse, por exemplo, o número de juízes existentes no Brasil ou
de ações atualmente em curso. Para reverter essa situação de autodesconhecimento, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que tem a missão de fiscalizar e orientar o funcionamento do Poder Judiciário, lançou em fevereiro deste ano um programa batizado de Justiça Aberta. Basicamente, trata-se de um amplo cadastro informatizado que registra o que se passa no dia-a-dia das instâncias estaduais, federal e trabalhista. Fóruns e tribunais de todo o país mandam por via eletrônica informações sobre localização, número de funcionários, juízes responsáveis, quantidade de processos analisados, entre outros conteúdos relevantes. O levantamento, que ainda não foi finalizado, também vai revelar dados sobre arrecadação e serviços prestados pelas chamadas “serventias extrajudiciais” – popularmente conhecidas como cartórios. “Esse trabalho tem uma múltipla finalidade: conhecer, diagnosticar e corrigir. E também está no seu contexto o monitoramento da produtividade de cada magistrado brasileiro. Vamos poder saber, entre outras coisas, por que uma vara produz mais que outra”, resume Murilo Kieling, juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, órgão subordinado ao CNJ. “É um marco divisor da Justiça brasileira. É o conhecimento total da nossa realidade, o que é fundamental para a administração judiciária”, define. Fonte: Portal SESC
Brasil precisa de mais engenheiros Meta demanda que o País dobre o número de formados na área Para 2014, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) definiu como meta formar 100 mil engenheiros, o que significa mais do que dobrar o número de formandos de 2008. Afinal, técnicos ou tecnólogos não entram nessa conta e o Censo da Educação Superior do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) indica que, no ano de referência, formaram-se nas diversas especialidades da engenharia 47.098 profissionais. Parte da responsabilidade pela meta está nas mãos da comissão formada pela Capes com o objetivo de propor ações indutoras e estimular o desenvolvimento da pesquisa, da pós-graduação, da produção científica e da inovação tecnológica nesta área do conhecimento. Para Sandoval Carneiro Júnior, presidente da comissão e diretor de relações internacionais da Capes, a taxa de formação de engenheiros no Brasil é inferior à de outras nações. “Dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o que menos forma engenheiros.
Este interessante texto está na íntegra. Até neste ponto fora publicado na edição impressa do jornal. A Rússia forma 190 mil por ano, a Índia 220 mil e a China 650 mil”, diz ele com base em dados de documento elaborado pela comissão e entregue ao ministro da Educação, Fernando Haddad. Para a indústria, a escassez de engenheiros é um fato preocupante desde 2008. “Mesmo com a recessão em 2009, setores como a construção tiveram demanda além do esperado. Não só não houve desemprego de engenheiros como os salários, em média, aumentaram 20%”, afirma Marcos Maciel Formiga, representante da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e membro da comissão da Capes. Para ele, se a taxa de crescimento econômico continuar acima de 5%, haverá necessidade de duplicar o número de engenheiros formados anualmente. Segundo Carneiro Júnior, um dos riscos imediatos da falta de mão de obra qualificada é o de encarecimento do setor produtivo. Ele acredita que as empresas passarão a buscar profissionais estrangeiros, a custos elevados e com a
exigência de adaptação do conhecimento técnico à realidade local. Além disso, intensifica-se a dependência brasileira de inovação tecnológica. “O Brasil entra numa fase de crescimento e precisamos sair do modelo econômico baseado na exportação de materiais primários e commodities, cujo valor agregado é pequeno”, alerta Carneiro Júnior. De acordo com ele, para mudar esse quadro, é necessário contar com profissionais capazes de desenvolver inovação tecnológica. No entanto, para Divonzir Arthur Gusso, pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), não há motivo para voltar os olhos apenas para a engenharia. “Se a economia começar a crescer muito, pode faltar mão de obra de modo geral”, acredita. Ele, que é um dos autores do artigo “Escassez de engenheiros: realmente um risco?”, publicado na edição nº 6 da publicação Radar, do IPEA, afirma não ser o caso de investir na criação de novos cursos, mas de corrigir os rumos da formação. Combate à evasão Carneiro Júnior é contundente ao afirmar que o principal desvio é a evasão
universitária, tendo sido o que motivou a Capes a criar a comissão. Segundo dados por ele apresentados, a evasão, mesmo em IES (instituições de Ensino Superior) públicas chega a 60% e atinge 75% em entidades particulares. “Vagas temos de sobra. Em 2007, 450 mil alunos se inscreveram para 198 mil vagas de engenharia, mas dessas, apenas 115 mil foram preenchidas. Sobraram 80 mil ociosas”, diz. A mesma opinião tem o professor Alexandre Pacheco, coordenador da comissão de graduação da escola de engenharia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) onde, afirma, apenas no curso de Engenharia Civil, todos os anos são oferecidas 175 vagas, com ingresso de cerca de 150 alunos. Segundo ele, apenas em torno de 80 chegam a se formar. “O pessoal tem muita dificuldade nos primeiros dois anos, quando a evasão é pronunciada”, declara Pacheco. Um dos motivos para a evasão seria o perfil estritamente acadêmico do ciclo básico a maior responsabilidade. “Depois que entra na parte profissionalizante, o pessoal costuma engrenar, faz estágios e iniciação científica”, acrescenta ele. >>>
Engenheiros: precisam-se
A suposta responsabilidade pelas falhas que levam à evasão divide-se entre o Ensino Médio e as faculdades. O primeiro respondia pelas deficiências na área de exatas. Tanto que na UFRGS foi criado um programa para detectar alunos com dificuldades nas áreas de física e matemática. Eles são encaminhados para curso preparatório de recuperação. “Modificamos os critérios de recusa de matrícula devido à má performance, o que culminava com a saída do aluno do curso”, revela o coordenador. A própria CNI, por meio do programa Inova Engenharia, atua junto ao Ensino Médio para estimular estudantes a optarem pela engenharia. “Apenas um aluno dentre 700 optará pela engenharia. Não temos como conviver com essa realidade. Então essa mobilização vai tentar sensibilizar a sociedade para a importância desse profissional”, conta Formiga, superintendente da CNI. Já às universidades caberia a responsabilidade por modernizar currículos e torná-los mais atraentes aos alunos a partir do estímulo à aplicação prática dos conceitos nos primeiros anos sem comprometer a base científica. Essa é a opinião de Carneiro Júnior, para quem a questão é amenizar a aridez da teoria por meio da iniciação cientifica, com engajamento em projetos práticos de laboratório. Dentro da sala de aula, ainda na opinião dele, a metodologia precisa ser modernizada com mudança do foco do professor para o problema. “Em vez de apenas estudar teoria, desafiar os alunos a propor soluções”, exemplifica ele. A fim de complementar a estratégia de atração e retenção de alunos nos cursos de engenharia, Formiga acredita ser necessário pensar na questão financeira, tanto com relação às mensalidades quanto sob o aspecto dos salários. “Os cursos são difíceis e as faculdades particulares caras. Os alunos vão para as áreas de humanas e sociais, que também abrem chance de prestar concurso”, analisa ele. Um dos caminhos sugeridos por Carneiro Júnior para atenuar o problema seria desenvolver um programa de ajuda de custo, não reembolsável, para IES comunitárias com bom desempenho no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). “Durante muito tempo, os salários da engenharia foram baixos o que, aliado à necessidade de investir durante cinco anos em muito estudo, afastou os alunos”, argumenta o coordenador. Omissão tecnológica O viés cientificista da educação no Brasil é apontado por Formiga como um dos fatores responsáveis pelo achatamento dos salários de engenheiros. Isso porque os investimentos por parte da indústria em tecnologia seriam escassos. “Estamos mais preocupados com ciência
do que com tecnologia. E engenheiros são mais tecnologistas. No, o registro de patentes chega a 400 ou 500 por ano. No mesmo período de análise, a Coréia registrou dez vezes mais patentes do que nós”, compara ele. Para essas afirmações, Formiga tomou como base o documento desenvolvido pelo programa Inova Engenharia, que aponta que apenas um terço dos engenheiros permanece no trabalho em sua área de formação. De acordo com o Sumário analítico Mercado de Trabalho para o Engenheiro e Tecnólogo no Brasil, desenvolvido pela CNI, “do total de engenheiros empregados (...) quase metade está concentrada em cinco ramos de atividade, sendo que dois deles estão em áreas não diretamente relacionadas à produção. Um é o ramo de serviços prestados principalmente às empresas (...).O outro é a administração pública, defesa e seguridade social, ou seja órgãos do governo”.
Dentre os fatores que fazem com que engenheiros migrem para outros setores, Formiga aponta os melhores salários. “Nada melhor que o setor financeiro para engenheiros, onde exercem suas capacidades e recebem melhor”, resume. Para ele, embora esse fenômeno mostre o aspecto positivo referente à polivalência desses profissionais, também revela um aspecto preocupante. “Queremos que o setor empregue mais engenheiros em atividades de engenharia. Com competitividade acirrada, não se sobrevive sem inovação e engenharia é fundamental”, diz ele. O aumento dos salários nas áreas diretamente ligadas à engenharia voltaria a atrair profissionais já formados e alocados em outras áreas e atenuariam o risco de escassez. A possibilidade é apontada no artigo “Escassez de engenheiros: realmente um risco?”. “Temos 750 mil engenheiros formados e usamos como engenheiros apenas 211 mil. Se houver demanda efetiva, os salários sobem e o pessoal para de ir para o outro lado”, atesta Gusso. Assim, a valorização do engenheiro na indústria passa pela mudança de suas funções principais. Para Carneiro Júnior, muitos profissionais utilizam apenas
nível técnico de conhecimento, envolvidos com adaptação de projetos às condições locais. “A indústria tem de participar com recursos e definição de prioridades e aumentar a quantidade de estágios de qualidade, que contribuam para a formação”, afirma o diretor de relações internacionais da Capes. Condição atestada também pelo Sumário analítico da CNI, que indica que “quando se trata do elemento cada vez mais crítico da inovação, os engenheiros são considerados adequados apenas na adaptação da inovação, ficando um pouco abaixo no conhecimento e na implantação e significativamente abaixo na geração de inovação”. As possibilidades da indústria para contribuir com a formação profissional envolvem o aproveitamento da polivalência do profissional de engenharia citada por Formiga, o que é explorado com a criação de universidades corporativas. “O profissional bem formado é exigido e, por meio da universidade corporativa, forma-se a especificidade. O profissional, quando bem formado se adapta às novas situações”, ressalta o representante da CNI. Fonte: www.universia.com.br
Preguiçosos Menos de 15% dos brasileiros praticam atividade física com regularidade
OMS recomenda 30 minutos diários de exercícios, cinco vezes por semana
Estudo também aponta índice de 16,4% de sedentários, que não fazem nenhum exercício físico.
Apenas 14,7% dos brasileiros praticam atividades físicas com a regularidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), durante 30 minutos diários, cinco vezes por semana, indica pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 7, pelo Ministério da Saúde. O estudo também mostra que chega a 16,4% o índice de sedentarismo no país -
porcentual de pessoas que não fazem nenhuma física, nem mesmo durante o deslocamento para o trabalho ou na limpeza da casa.
“É um lazer sedentário”, avaliou a coordenadora-geral de Doenças a Agravos Não Transmissíveis do ministério, Deborah Malta.
Nos períodos de descanso, os dados indicam que é a televisão o que mais distrai o brasileiro - 25,8% dos adultos passam pelo menos três horas em frente à TV durante cinco dias da semana ou mais.
Para ela, os níveis representam um alerta, sobretudo se for considerado o baixo consumo de frutas e hortaliças e a elevada ingestão de carnes gordurosas e refrigerantes. Fonte: Agência Brasil
Os nativos digitais e sua inclusão no mercado de trabalho Quando falamos sobre inovação, existe a tendência de ficarmos focados nos avanços tecnológicos ou, quando muito, na melhoria da produtividade que a mesma pode nos oferecer. No entanto, a inovação traz conseqüências sociais, educacionais e até mesmo trabalhistas. Encontramos uma amostra dessa tendência nos nativos digitais e nas mudanças que eles estão provocando no ambiente corporativo. Nativos digitais são pessoas que conhecem profundamente o uso das novas tecnologias. Geralmente, nasceram nos anos 90 e cresceram rodeados por computadores, internet, celulares, etc., porém, o termo engloba qualquer indivíduo que interage de forma natural com a tecnologia, independentemente da idade. Como denominação complementar, chama-se de imigrante digital às pessoas não educadas no ambiente tecnológico, mas que foram se adaptando a essas inovações, enquanto que aquelas que não têm nenhuma intimidade com as novas tecnologias são conhecidas como analfabetas digitais. Atualmente, como a grande maioria dos nativos digitais ainda está na faculdade ou no colégio, existe um grande debate sobre os métodos e a forma de educação para esses estudantes, já que muitos dominam as novas ferramentas tecnológicas melhor que seus próprios professores (um exemplo da chamada brecha digital). Mas se dermos um passo além, o que acontecerá nos próximos anos quando esses estudantes entrarem no mercado de trabalho de forma massiva? As empresas estão preparadas para aproveitar o potencial desse novo tipo de profissional? Ou, ainda, estão dispostas a realizar uma série de mudanças para se tornarem atraentes para esse novo funcionário? Nas empresas em que os nativos digitais já estão atuando, podem-se notar características diferentes: a percepção da privacidade mudou, pois em muitos casos a identidade pessoal está ligada à informação digital (uso de redes sociais); a forma como realizam seu aprendizado ou a sua formação é mais ágil e normalmente on-line, por isso não entendem o ambiente de trabalho sem ferramentas colaborativas (chat, p2p, blogs, fóruns, wikis, etc.); buscam e precisam de mais autonomia; e, por último, possuem um sistema diferente de valores trabalhistas, com mais ênfase na colaboração e na inovação, mas, também, visando uma maior capacidade de mobilidade.
ambiente que devem se mostrar atraentes aos olhos dos novos trabalhadores. Devese adotar um modelo de “empresa 2.0”, criando um diálogo entre a direção, os trabalhadores e os clientes. O objetivo é criar uma comunidade, na qual a empresa se apresenta a seus futuros funcionários, assim como a seus possíveis novos clientes. Considerando as mudanças educacionais e trabalhistas que os nativos digitais estão causando, as empresas têm que se atualizar e lutar para diminuir a defasagem que existe entre o uso das últimas tecnologias por parte dessa nova geração e o modo de trabalho mais tradicional, uma diferença que repercute na eficiência de todos os trabalhadores. Muitas empresas ainda estão criando sua identidade corporativa na rede ou, no caso das mais avançadas, adaptando-se à chamada web 2.0. No entanto, não podem ficar limitadas a isso, já que devem enfrentar as mudanças (motivadas pelas tecnologias de última geração e pelos novos colaboradores), tanto em nível organizacional como no técnico para não ficarem ancoradas no passado e perderem a competitividade. No que se refere às mudanças no aspecto puramente tecnológico, as empresas devem se perguntar: considerando as ferramentas à disposição dos funcionários, faz sentido manter determinados serviços corporativos? Por exemplo, oferecer uma conta de e-mail corporativo quando todos os colaboradores já possuem contas pessoais e estão totalmente identificados com elas. Se os empregados estão cada vez mais acostumados ao uso dos ambientes virtuais e das ferramentas colaborativas, por que não usá-los de forma efetiva, permitindo reduzir custos em reuniões e em cursos de formação? Se há trabalhadores já habituados ao uso de novos dispositivos móveis, não haveria a possibilidade de implantar soluções de mobilidade e de trabalho remoto? Se pensarmos no terreno organizacional, há que se adaptar a mentalidade e a filosofia corporativa: as empresas devem se posicionar mais como redes e menos como hierarquias para poder aproveitar as melhores características desse novo trabalhador. Um exemplo pode ser encontrado nos processos de contratação de novos colaboradores. As
redes sociais passam a ter um papel fundamental na seleção de talentos e é nesse
Tabatha Dutra é gerente responsável por Recursos Humanos da everis Brasil.
O Olhar da criança Editora fiquei sabendo do evento e do livro. É uma obra de ruptura pois as autoras utilizam o recurso da colaboração, dando espaço para que as crianças contribuam com a obra. E ao mesmo tempo recorrem a um instrumento digital para nas mãos das crianças captar como vêem o ambiente hospitalar. Voce pode solicitar essa obra diretamente na Editora, aqui. É possível em algumas livrarias e nas Lojas Americanas.
Um excelente trabalho foi consolidado em livro e lançado no Instituto da Criança, ligado ao Hospital das Clínicas em São Paulo. Trata-se de O Hospital pelo Olhar da Criança de Aide Mitie Kudo e Priscila Bagio Maria, pela Yendis. Como estou realizando um serviço para a
A felicidade dessa obra está nas diversas fotos que a ilustram, com os comentários e historinhas que recheiam de vida para relatar ao leitor e aos desatentos da realidade de uma criança debaixo do cuidado médico-hospitalar. Isso é um exemplo claro (e aqui um esclarecimento conheci o livro pronto), de que as iniciativas para diminuir o abismo não só entre gerações, mas também para atuar na digital divide (marginalização digital) e assim atuar em prol de um mundo melhor para todos.
Os novos jatos Embraer
O EMBRAER 195 é o maior e mais novo dos quatro integrantes da família EMBRAER 170/190 de E-Jets e entrou em serviço em setembro de 2006. Em 30 de junho de 2009, a família de E-Jets já tinha 882 pedidos firmes e 794 opções. A brasileira Embraer admitiu sua intenção de desenvolver dois novos modelos de jatos comerciais e de apresentá-los nos próximos 12 a 18 meses. Um desses aviões, inclusive, seria um aparelho um pouco maior que o EMB 195, atualmente o maior já fabricado pela companhia. A informação sobre os planos da empresa foi repassada por seu vice-presidente para o Mercado Comercial, Mauro Kern. O novo avião marcaria a entrada da Embraer em um segmento até agora inexplorado pela brasileira, hoje a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo. Um modelo com mais de 150 lugares praticamente ultrapassaria a fronteira entre o segmento de jatos regionais, dominado amplamente pela Embraer, para cair num outro, povoado por aviões das gigantes e líderes do mercado Boeing e Airbus. Kern disse, ainda, que 2010 será um ano melhor para a Embraer do que foi 2009. A recuperação, porém, não será completa e o ritmo recorde de 2008 só deve ser retomado à partir de 2011. No fim de 2008, a Embraer vendeu mais de 100 jatos comerciais. No ano passado, foram cerca de 30. “Levará talvez dois ou três anos para retornarmos ao nível pré crise, isso se chegarmos a recuperar esse patamar”, disse, cauteloso.
Embraer 170 N827MD after completing not only her first revenue flight, IND-LGA, but the first US Express 170 revenue flight operated by Republic. (Photo by Ron Peel)
Lufthansa recebe E 195 A Embraer entregou primeira aeronave Embraer 195 à empresa alemã Lufthansa. O jato será operado por sua subsidiária Lufthansa CityLine. O acordo firmado em 2007 confirmava a venda de 30 jatos Embraer 190, incluindo opções para receber qualquer modelo da família de E-Jets. Atualmente, 600 E-Jets da Embraer operam em 34 países. O Embraer 195 da Lufthansa acomoda 116 passageiros e fará parte de sua frota regional na Europa, além de compor a malha de destinos de longa distância. “Temos a satisfação de receber nosso primeiro E-Jet de última geração. Acredito que será a aeronave ideal para renovar nossa antiga frota e criar novas rotas, como parte do atual processo de aprimoramento dos serviços prestados aos nossos valiosos clientes”, afirmou Klaus Froese, diretor-geral da Lufthansa CityLine.
A guerra de tarifas entre as companhias aéreas atrai passageiro de ônibus A guerra de tarifas entre as companhias aéreas derrubou os preços das passagens e fez crescer em quase 20% a procura por voos domésticos no ano passado. A expectativa do setor é de que o número de passageiros dobre nos próximos cinco anos – e, para a Azul, parte desse crescimento deve vir da conquista dos brasileiros que hoje viajam de ônibus.
que a das duas grandes: TAM e Gol concentram, juntas, 83,83% da aviação doméstica.
“São 100 milhões de viagens de ônibus por ano [no país]. Então nosso objetivo é capturar uma parte dessas pessoas para os nossos aviões”, afirmou em entrevista ao G1 o presidente da empresa, Pedro Janot. Para ganhar passageiros do ônibus, a empresa também aposta em preços semelhantes: “A ideia é manter [o preço] próximo ao ônibus”, disse o executivo.
Parte importante desse desafio será adequar a deficitária infraestrura aeroportuária brasileira a um número bem maior de passageiros. Há hoje planos de obras para sete grandes aeroportos brasileiros – mas o cronograma de obras prevê que parte dos projetos será encerrada apenas em 2014.
Quase uma “estreante” no mercado nacional, a Azul – que começou a operar em 2008 – encerrou janeiro como a quarta maior companhia aérea do país, ultrapassando a concorrentes Ocean Air em participação de mercado. Ainda assim, sua fatia 4,99% do mercado é bem menor
Nos próximos anos, dois eventos devem movimentar esse mercado e trazer grandes desafios para o setor: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Janot diz acreditar, no entanto, que o país terá capacidade de resposta e não terá do que se envergonhar diante dos milhares de turistas esperados por aqui: “[O setor aéreo] tem gargalos realmente sérios, seja de infraestrutura aeroportuária, seja de navegação aérea, seja de regulamentação. [Mas], no curto prazo, se a Infraero fosse
capaz de responder às demandas, com baixo investimento e mais decisão você pode aliviar essa estrutura em uns 20%.” ‘Guerra’ de tarifas – O que aconteceu foi que a aviação terminou um ciclo: quando a Gol comprou a Varig em 2007, de cinco companhias virou duas [TAM e Gol], mas já tinha na outra mão o nascimento de novas companhias, a Azul e a WebJet e a expansão da Trip, e todo esse movimento de mercado trouxe uma redução de tarifas. A forma mais rápida de colocar pessoas a bordo [quando a Azul começou] era fazer uma promoção agressiva para gerar experimentação, porque nós nascemos num aeroporto secundário, como Viracopos [em Campinas, no interior de São Paulo], que há 25 anos estava no limbo. Você estimula o mercado através de preço. No reflexo da Azul, as duas companhias [TAM e Gol] baixaram o
preço mais ainda. E em agosto setembro teve uma guerra tarifária entre TAM e Gol no Brasil inteiro, numa busca por market share [participação de mercado], aí os preços foram predatórios até meados de novembro, quando eles voltaram a buscar uma nova acomodação. Estratégia de preços – A idéia é manter [o preço das passagens] próximo ao ônibus, porque o Brasil tem ainda uma grande população que se desloca de ônibus. No mercado de trabalho poucas pessoas conseguem tirar 30 dias de férias e viajar durante três dias para Recife. Com a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho com mais renda, essas pessoas estão precisando de um serviço que as leve para lá com velocidade e preço. Então isso é uma estratégia nossa, já está acontecendo. São 100 milhões de viagens de ônibus por ano. Então nosso objetivo é capturar uma parte dessas pessoas para os nossos aviões. >>>
– A idéia é manter [o preço das passagens] próximo ao ônibus, porque o Brasil tem ainda uma grande população que se desloca de ônibus, afirma diretor da Azul Linhas Aéreas
Passagem a R$ 59 [preço a que a companhia vendeu passagens nos dias de carnaval] não é sustentável, mas eu prefiro ter novos entrantes do que voar com uma ocupação baixíssima. Mas isso não é uma estratégia consistente. O que é consistente são as passagens a 30 dias, que fica em torno do preço de ônibus. Quanto mais longe elas [as pessoas] compram do dia do embarque, mais barato elas pagam. Eu vendo com antecedência, recebo com antecedência, meus bancos vão ficar todos lotados com pessoas novas. Ampliação da malha aérea – Nosso projeto até agora está completamente focado no mercado nacional, tem muito o que oferecer nesse mercado. O modelo vigente hoje na aviação brasileira usa quatro aeroportos:
Galeão, Brasília, Congonhas e Guarulhos. É um processo de baldeação: quem vem do sul e quer ir para o norte, para em um desses aeroportos e faz uma baldeação. Nós não vamos usar esses grandes “hubs”, vamos usar hubs [centros] secundários. Antes de buscar cidades ainda que ricas e poderosas do interior, a Azul tem outro desafio, que é ligar as cidades entre si em voos diretos sem escala. Em 2014, as nossas conexões entre cidades vai estar muito mais amplificadas do que hoje. Ao longo deste ano, a gente vai começar a ligar mais cidades entre si, melhorando a conectividade e fatalmente melhorando esse serviço para a Copa do Mundo.
cinco anos. Então quando você bota essa perspectiva, você vê que tem gargalos realmente sérios, seja de infraestrutura aeroportuária, seja de navegação aérea, seja de regulamentação. No curto prazo, se a Infraero fosse capaz de responder às demandas, com baixo investimento e mais decisão você pode aliviar essa estrutura em uns 20%.
falar de market share [participação de mercado]. O que nós queremos ser é importantes nas rotas que nós fazemos. Então, se isso nos der 15% do mercado, 14%, é irrelevante. O que nós queremos é nas rotas que nós fazemos ser os maiores e os melhores.
[Mas] não é uma coisa da Infraero só. Já saiu o plano de obras de sete aeroportos importantes, todos vão acontecer até 2014. A Azul nessa época vai estar beirando 70 aviões. Aí tem um novo desafio, fazer com que os cronogramas sejam cumpridos, deveremos ter uma boa infraestrutura. Acho que o Brasil vai ter uma boa capacidade de resposta.
– Hoje, Congonhas está artificialmente restrita a 30 movimentos por hora, quase que metade da capacidade. Eu acredito que um dia vai voltar a operar como já operou, com 48, 50 por hora. Acho que brevemente, entre seis meses e dois anos, Congonhas deve continuar o processo gradual de abertura de novos slots
Gargalos na infraestrutura
Participação de mercado
– A aviação do Brasil deve dobrar em
– Nós não temos nenhum objetivo de
Operação em Congonhas
Quando isso acontecer, nós vamos entrar em Congonhas, mas sem desmontar Viracopos, porque o sucesso da Azul em Viracopos é inquestionável e irreversível.
Lula inaugura gasoduto que liga regiões sudeste e nordeste do Brasil Assim caminha o Brasil: lentre tapas e beijos, cada um vai fazendo sua parte e o País vai, que vai! O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou em Itabuna, na Bahia (nordeste), o Gasene, gasoduto que liga o Estado do Rio de Janeiro ao da Bahia. Segundo o presidente Lula, a obra, que permite o transporte de gás para o Nordeste, “significa mais um degrau na conquista da independência do Nordeste brasileiro”, já que dá à região a “oportunidade (de desenvolvimento) que o Sul e o Sudeste do país já tiveram”. Antes do início do evento, enquanto Lula posava com os trabalhadores do gasoduto para fotos, agricultores e índios realizavam manifestações com cartazes e faixas na entrada do parque de exposições onde ocorreu a inauguração. A cerimônia contou também com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma RoussefF, pré-candidata do governo à sucessão de Lula na Presidência do Brasil,
e do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, além de dirigentes da empresa chinesa Sinopec, que participou da construção do novo gasoduto. Lula inaugurou o último dos três trechos do Gasene, de 954 km, que liga os terminais de Cacimbas e Catu. Os trechos Cabiúnas-Vitória (303 km) e Vitória-Cacimbas (130 km), em funcionamento desde 2008, completam a estrutura. O gasoduto faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e pode transportar até 20 milhões de metros cúbicos de gás por dia, triplicando a quantidade que chega ao Nordeste, que hoje utiliza 9,8 milhões de metros cúbicos diários. O aumento da oferta de gás tem como objetivo atrair empresas, que buscam locais para crescer com segurança energética, dinamizar as matrizes de energia e diminuir a dependência da região. Para se ter uma ideia do crescimento esperado, o gasoduto já começa com três
contratos de fornecimento de gás assinados por meio da distribuidora local Bahiagás, entre eles um com a companhia suíça alimentícia Nestlé. O Gasene será abastecido com o combustível proveniente da Bacia de Santos, da Bacia de Campos, do Estado do Espírito Santo e da Bolívia. O presidente Lula afirmou que a escolha da chinesa Sinopec como parceira da Petrobras na construção do gasoduto é “importante para o país estreitar os laços com a China através de sociedades estratégicas”. E acrescentou que já havia, inclusive, estudos e um trabalho avançado com um banco japonês para financiar a obra, mas que, em 2004, através de uma votação entre os ministros “a China ganhou do Japão por 4 a 2”. O Gasene tem 1347 km de extensão e sua construção foi orçada em 8,8 bilhões de reais, gerando 47 mil empregos diretos e indiretos. É o maior gasoduto já construído
no país desde a inauguração do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que possui 3.150 km, 2.593 deles em terras brasileiras, segundo dados da Petrobras. De 2003 até hoje, os gasodutos do país quase dobraram de tamanho. Em 2003 eram 5.451 quilômetros e, até o fim de 2010, o número chega aos 9.219. O valor de todo esse investimento é de 29,6 bilhões, e ainda serão lançados este ano o Gasbel II, que amplia o fornecimento do combustível ao estado de Minas Gerais, e o Pilar-Ipojuca, que se estende do estado de Alagoas até um terminal próximo ao estado do Recife, entre outros investimentos. Atualmente, o Brasil produz, de acordo com a demanda, entre 29 e 30 milhões de metros cúbicos por dia. E utiliza, sem contar o consumo termelétrico e o gás de que se serve a Petrobras, 35,6 milhões de metros cúbidos diariamente, de acordo com uma média do mês de fevereiro de 2010. Ref.: G-1