02 “A auto confiança, faz tudo ser possivel”.
Segurança
Corremos tanto... Por quê? Há explicação para o comportamento de pessoas desdenhar o bom senso? Por que elas se transformam no comando de um veículo?
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xistem casos de acidentes, principalmente os de trânsito, que poderiam ser perfeitamente evitados: os famosos pegas, causados por embriaguês, pelos não habilitados, pelos portadores de irresponsabilidade sem fim...
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No Nordeste, praticamente em todas as cidades o uso do capacete para dirigir motocicleta é coisa rara. Ninguém respeita sinalização e nunca se anda devagar. Crianças pilotando motos naquelas regiões parece tão natural... 1- No Piauí, o autor da foto, Rafael Rodrigues, descreveu no blog tvmirante.blogspot.com uma cena chocante: um homem de moto carregava a esposa e a filhinha em sua moto. O que tem de errado na foto? Comece reparando que ele segura o guidão da moto com apenas uma das mãos. A outra ele usa para segurar alguma coisa parecida com um boné ou chapéu de pano. A criança parece estar dormindo e está apenas escorada em seu braço; além do capacete que o piloto está usando (com a viseira levantada),
nenhum outro equipamento de segurança é usado por qualquer um dos quatro; a mulher da garupa traz outra criança entre ela e o piloto. A foto foi tirada quando a moto estava a 90km/h...
2 - O motociclista ouviu dois breves apitos e parou. Algumas irregularidades para o prezado leitor localizar nessa instigante foto onde a mulher aparece com algo nos braços... E o guarda, certamente deve ter pensado: “O que faço com esse cabra da peste?” 3 - Peraltices diárias por esse Brasil afora... 4 - Jovens... 5 - Rápido! Me tirem daqui! 6 - Barberagens e estragos sempre existiram... 7 - Ferrari é sempre chic. Acidentada, causa furor... 8 - Nesse dia, honra ao mérito para o anjinho da guarda...
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Cotidiano
“Não há problema nenhum em errar, o problema é não aprender com o erro”.
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rtigo de uma conceituada revista mineira que dizia: “O caminho para encontrar a paz interior é terminar todas as coisas que você começou”. Refleti bem e... Então, neste último sábado, olhei ao meu redor para ver todas as coisas que eu tinha começado e não havia acabado. Instigado pelo interessante artigo, terminei... n com duas caixas de Skol; n o final de uma garrafa de Black Label; n uma garrafa aberta de Smirnoff; n e uns ¾ de um garrafão de 5 litros de uma cachacinha de alambique mineira. Tudo isso acompanhado de algumas azeitonas chilenas, salaminho e gorgonzola... Você não tem ideia da paz interior que me deu... até flutuava....
rês mulheres morrem juntas num acidente de carro e vão para o céu. Chegando lá São Pedro diz:- Aqui no céu só tem uma regra, NÃO PISE NOS PATOS. Elas acharam a regra esquisita, mas quando finalmente atravessaram as portas elas perceberam que era quase impossível andar sem pisar em um pato. O paraíso estava forrado de patos. Ainda meio confusa uma das mulheres pisou num pato. Minutos depois São Pedro apareceu com uma corrente, um cadeado e o homem mais feio que ela já tinha visto e disse: você não cumpriu a regra, seu castigo e viver a eternidade acorrentada a este homem. Dias depois a segunda mulher cometeu o mesmo erro, pisou num pato. E como antes, São Pedro acorrentou-a com o homem mais feio que ela já tinha visto e disse: seu castigo e viver a eternidade com este homem. A terceira mulher então passou a ser super cuidadosa. Meses se passaram e um dia São Pedro aparece com um homem perfeito: lindo, moreno, olhos verdes, forte, alto... e acorrentou-a a ele. Sem entender nada ficou quieta. Quando São Pedro afastou-se, ela disse ao maravilhoso homem: Que será que eu fiz para receber este prêmio? E ele respondeu: - Você eu não sei, mas eu pisei num pato.
Alta performance
Os limites a que chegaram Schumacher e Hamilton - Não seria esse tipo de aditivo que Bernie Ecclestone e a FIA buscavam para acabar com o marasmo das provas?
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último GP de Mônaco é uma boa oportunidade para tocarmos num assunto polêmico: a fronteira entre arrojo e irresponsabilidade. Schumacher foi ousado ao fazer a ultrapassagem na curva mais lenta do circuito, a Loews, onde praticamente não cabem dois carros lado a lado. E Hamilton? Ao envolver-se em alguns incidentes durante a prova, mostrou-se arrojado ou irresponsável? O que é inerente ao esporte e o que deve ser desestimulado? Não seria esse tipo de aditivo que Bernie Ecclestone e a FIA buscavam para acabar com o marasmo das provas? Num campeonato sem surpresas em relação ao vencedor, esse tipo de emoção salva o espetáculo ou coloca a segurança em xeque? Na visão do piloto, essa última questão varia de acordo com sua posição. Se estiver atacando para conseguir uma ultrapassa-
gem, julgará as manobras mais arrojadas, bem-sucedidas ou não, como pertinentes e até fundamentais. Afinal, trata-se de uma competição, uma atividade que não faria sentido sem disputa e emoção. Já o mesmo cenário visto da posição do piloto que está sob ataque, ou pior, perdeu a posição ou foi abalroa do de alguma maneira, o enfoque provavelmente será diferente: a tese de que a segurança deve estar em primeiro lugar será invocada. Já a torcida enxerga de maneira romântica, mas ao mesmo tempo um pouco cruel. O torcedor é passional e vibra com manobras arrojadas e até mesmo com acidentes sem maior gravidade. Não é à toa que Gilles Villeneuve, Mansell, Alesi, entre outros de estilo semelhante, foram idolatrados. No entanto, da mesma forma que o arrojo é venerado em caso de sucesso, se o mesmo
Por Luciano Burti
piloto falhar no mesmo tipo de manobra, não faltarão vozes para criticar o “barbeiro atrás do volante”. “Esse cara não tá com nada, até eu faria melhor…” Lembrando momentos históricos, podemos ter uma boa visão dessas questões. Como a disputa entre Gilles Villeneuve e René Arnoux durante o GP da França de 1979, no circuito de Dijon-Prenois, para muitos um dos altos momentos da F-1. Durante as últimas voltas a Ferrari do canadense e a Renault do francês trocaram de posições diversas vezes, tocando, esbarrando e empurrando um ao outro. No fim Villeneuve levou a melhor, mas conquistou apenas o segundo lugar. O vencedor, Jean Pierre Jabouille, companheiro de Arnoux na Renault, teve sua vitória ofuscada pela briga entre os companheiros do pódio. Para nós, brasileiros, é inesquecível a disputa entre Piquet e Senna, no GP da Hungria de 1986. Nelson passou Ayrton por fora na primeira curva. A cena da Williams de Piquet totalmente de lado durante a manobra, é de tirar o chapéu. E quem não se lembra da primeira volta que Ayrton fez com seu McLaren no GP da Inglaterra de 1993, disputado em Donington Park? Na chuva e após a largada, Senna era o quinto na primeira curva, mas passou por Schumacher, Wendlinger, Hill e Prost, assumindo a ponta da corrida antes mesmo de completar a primeira volta. Incrível! Entendo que competição é sinônimo de adrenalina, disputa e emoção, mas o que vale é o resultado. Encontrar o equilíbrio entre arrojo e responsabilidade é o xis da questão. Se fizer de menos não é bom o suficiente, mas se passar do ponto é afobado demais. Maturidade e experiência fazem a diferença entre cada piloto. Assim como o vinho, geralmente, quanto mais velho, melhor.
04 “Você nasceu para o sucesso, não aceite menos”.
Desenvolvimento
Bandidos no Denit
Milhões desviados no Dnit fazem falta na BR-222 e em várias partes do País - Bandidos! Criminosos! Até quando?
No Km 183, na BR-222, um caminhão com placa de Salvador (BA) derrapou na areia e pedra miúda. Quase vira na ribanceira da rodovia que não tem mais asfalto - Foto de Deivyson Teixeira
O
s R$ 27,8 milhões desviados, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), das verbas do Dnit-Ceará para os bolsos de engenheiros, amantes, servidores e outros acusados fazem falta nas rodovias federais. No caminho de Fortaleza a Sobral, quem decide pegar a estrada arrisca a própria vida e a dos outros. E a história não deveria ser contada assim, pois ao longo da rodovia pelo menos quatro grandes placas informam sobre os milhões investidos pelo Governo Federal para “melhoramentos, restauração e reabilitação” da BR que se alonga pela região Norte do Ceará. Em apenas um dos trechos, entre Croatá e Umirim, há homens trabalhando na pista para minimizar os transtornos. A maior parte da BR-222 poderia compor o cenário de um filme de suspense ou catástrofe. Como as obras foram interrompidas depois que Polícia Federal e CGU descobriram a roubalheira, a sensação ao longo da rodovia é de abandono.
Após a Operação Mão Dupla, em agosto do ano passado, restaram canteiros de obras “mortos”, máquinas paradas, placas indicando trabalhadores que não existem, desvios que não foram feitos, acostamentos destruídos e alertas de tráfego perigoso sem que haja trânsito. É que os motoristas, prejudicados pelo estado lastimável da pista e temendo acidentes, desviaram caminhões, ônibus, carros de passeio, paus-de-arara e motos para um itinerário que atravessa o município de Itapipoca. Uma rota que aumentou em mais ou menos 80 quilômetros o percurso de quem vai para Sobral. Os desavisados ou os que se arriscam enfrentar a BR-222 se arrependem no caminho. O que parece ruim piora ainda mais a cada quilômetro percorrido. Após encarar um zigue-zague cansativo em toda a extensão que corta Itapajé, o motorista não imagina o que o aguarda na vizinha Irauçuba. Foi o que aconteceu com um caminho-
O início da Via Anhanguera na Capital e o contraste de conservação da mesma via depois que entra em Minas Gerais, aí, sob administração federal, a estrada remete o usuário ao quinto dos protestos... neiro que, por sorte, não morreu e foi obrigado a abandonar seu truncado no km 183. O enorme modelo Tractor da Volkswagen, placa JSM-9562 de Salvador (BA), derrapou e não virou por um triz na beira de uma baixada após o acostamento. Nesse trecho, e em mais 54 quilômetros da BR-222, entre Irauçuba e Forquilha, há um mar de areia e pedra miúda em vez do asfalto. O POVO trafegou pelo km 183 no último dia 22, uma segunda-feira do mês passado. Segundo o menino Marcos Antônio, 13 anos, morador das redondezas de onde aconteceu o acidente, o caminhão deslizou na “piçarra” no início da noite do dia anterior , 21. Por não ter iluminação pública no local e sinal de celular para acionar a Polícia Rodoviária Federal, o caminhoneiro improvisou duas lamparinas e colocou-as próximas à
traseira do caminhão. Um sinal de fogo para outros motoristas atordoados com a cortina de poeira da rodovia. Pela manhã, foi atrás de socorro e largou a carga de cervejas na ribanceira da estrada. O poeiral da 222 também atrapalha a rotina das 45 crianças da escola João Loreto de Sousa, situada em uma das margens da BR, perto do lugar onde o caminhão quase virou. De acordo com Maria Alves Duarte, coordenadora pedagógica, as alergias passaram a ser constante nos estudantes de três a nove anos. Próximo dali, uma placa da construtora Delta informa que acertou com o Governo Federal o valor de R$ 70.299.722,50 para restaurar e reabilitar, em 360 dias (a partir de 2008), o trecho onde hoje não existe mais asfalto e não se sabe o que foi feito do dinheiro.
O texto acima posto sob análise sintática do sujeito - em nossa curiosa lusitana língua - Filho da puta é adjunto adnominal, quando a frase for: “Conheci um político filho da puta”. - Se a frase for: “O político é um filho da puta”, daí, é predicativo. - Agora, se a frase for: “Esse filho da puta é um político!”, é sujeito. - Porém, se o cara aponta uma arma para a testa do político e diz: “Agora nega o roubo, filho da puta!” - daí, é vocativo. - Finalmente, se a frase for: “O ex-ministro, Alfredo Nascimento, aquele filho da puta, desviou o dinheiro das estradas.” nesse caso, é aposto. Que língua a nossa, não? Agora vem o mais importante para o aprendizado: Se estiver escrito: “Saiu da presidência em janeiro e ainda se acha presidente.” O filho da puta é sujeito oculto...
05 “Argumentos não vendem, quem vende é você”.
Coleção
Cara de poucos amigos Marcelo Nova, do Camisa de Vênus, fez uma música para o Simca Chambord. Deve-nos uma sobre o Charger... Algumas bombadas e a carroceria balançou. Alavanca na posição D (Drive), freio de mão liberado, cinto de segurança abdominal afivelado e seguimos em frente. Botão do controle de tração? Que nada. Eles nem sabiam o que era isso na época. Rodando pude sentir que a massa de aço se movimenta com leveza. O torque brutal empurra tudo com facilidade. A direção hidráulica é tão leve que pode ser girada – literalmente – com a ponta do dedo. Uma pisada no acelerador mostra a força do motor e toda a maldade é transmitida ao asfalto. Nas saídas, basta um pouco mais de animação para que as rodas traseiras comecem a girar em falso. É brutal! O mais diabólico dos Dodges. Quem não se lembra do Simca Chabord? O Charger chegou como o irmão mais novo, impetuoso, bravo, bravíssimo...
À
primeira vista ele tem cara de poucos amigos. A grade que fecha a dianteira confere ao modelo um ar de mistério e inspira temor. O desenho é, talvez, um dos mais belos de toda sua época e marcou várias gerações. Ele é o muscle car definitivo. O Charger foi lançado em 1966. O estilo trazia a grade fechada mas era menos amedrontador. Dois anos se passaram e o pessoal da Chrysler decidiu que era hora de pensar em algo novo. A versão Charger R/T, de Road and Track, chegou às lojas e caiu no gosto popular. Nesse mesmo ano o filme Bullitt deu uma mãozinha para o marketing da empresa e alicerçou de vez a fama de mau do carro. As cenas de perseguição na cidade de São Francisco entraram para a história do cinema e o
imaginário dos espectadores (revi as tomadas três vezes me preparando psicologicamente para essa reportagem). Cheguei ao terceiro piso e vi a máquina diabólica me esperando, ainda debaixo da capa. Levamos o carro até o local das filmagens, com nuvens pesadas sobre nós. Ainda bem que São Pedro gosta de carros e segurou a água. A vantagem é que o ronco ficou ainda mais grave e foi abrindo passagem no trânsito. É incrível como ele é reconhecido. Hora de guiar. Girei a chave. Silêncio absoluto na rua. Até os tradicionais pássaros se calaram por alguns segundos. Seria medo? Provavelmente, sim. O barulho do motor big block, com 440 pol³, 7,2 litros e 390 cv ganhou vida através das saídas duplas de escapamento.
E assim voltamos à garagem. O trânsito estava um pouco pesado, mas nenhum carro se atreveu a não dar passagem ao Dodge. Mais do que um clássico, ele entrou na galeria dos mitos automotivos. Uma verdadeira lenda urbana. Por Renato Bellote
Tinha perfil de carro americano
E
merson Fittipaldi, em 1971, na época o primeiro piloto da Lotus, não foi econômico nos elogios ao Dodge Charger RT, quando comentou o esportivo durante um teste comparativo a convite de QUATRO RODAS: “Ótima estabilidade, obediente, gostoso de dirigir e direção excelente”. O Charger RT era o puro-sangue da linha Dodge nacional, lançado em 1970 pela Chrysler, recém-chegada ao Brasil. Ele tinha cara e potência de carro americano. Mas custava caro: para tirar um modelo 1975 - igual ao da foto - da loja, era necessário fazer um cheque de 74200 cruzeiros, aproximadamente 50000 reais em valores atuais.
Com 215 cavalos, ultrapassava facilmente os 180 km/h e acelerava de 0 a 100 em 11 segundos. Essa marca era obtida graças à elevada taxa de compressão do motor, que obrigava o Charger a consumir gasolina azul em altas doses - fazia 4 km/l na cidade e 6 km/l na estrada. Gasolina azul era a designação do combustível de maior octanagem, opção para gasolina comum (amarela) e, é claro, de preço bem mais alto. O RT sobreviveu por um bom tempo ao preço alto da gasolina - conseqüência da crise do petróleo que teve início com a guerra no Oriente Médio, em 1973. A linha Dodge foi fabricada até 1981,
06 Seara masculina
“Os clientes gostam de comprar de pessoas, alegres, sorridentes e motivadas”.
A motorista de ônibus Brasileira comanda que quer ser caminhoneira fábrica da GM Argentina
Q
uando Maria Célia Mallioco nasceu, há 45 anos, sua primeira casinha de bonecas foi a boleia do caminhão que seu pai dirigia. Filha, mãe e ex-esposa de caminhoneiro, Célia dirige um ônibus da Viação Urubupungá em Osasco, na Grande São Paulo. Criada ora acompanhando o pai em viagens, ora brincando no caminhão, desde cedo ela nutria o sonho de ser caminhoneira. Mas o casamento precoce, aos 19 anos, a fez adiar os planos. Após o fim da união, Célia concorreu a uma vaga de motorista de ônibus, mas, embora soubesse guiar, não tinha carteira de habilitação, pré-requisito básico para o emprego. Admitida para a área de manutenção de uma empresa de entregas de pequenas cargas, ela voltou a se dedicar ao velho sonho e tratou de tirar a CNH. O primeiro veículo que guiou profissionalmente foi uma picape S10, depois uma F-1000. Mais tarde fez treinamento em uma empresa de ônibus e cinco meses depois, ingressou na carreira que dura seis anos. “Foi meu grito de independência”, diz.
Apesar dos horários complicados – ela trabalha das 5h15 às 9h10 e das 15h50 às 20h30, Célia não reclama. “Minha vida é isso aqui”, afirma, apontando para o ônibus. Justamente pela falta de tempo livre, ela chegou a comemorar um aniversário com os passageiros. “Alguns acabaram virando amigos. Levei uns 200 pedaços de bolo e dei de presente para todos que entravam”, conta. Mas a rotina dura não fez Célia descuidar da aparência. Toda sexta-feira ela vai ao salão de beleza. “É meu dia de princesa”, brinca. Essa preocupação fez surgir um apelido entre os colegas de profissão: bandida. Ela vai logo se explicando. “Um senhor começou a me mandar flores e todos ficaram sabendo. Como não me interessei, brincam que roubei o coração dele”, conta.
Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado” Roberto Shinyashiki
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ela primeira vez, uma mulher está à frente da filial argentina da General Motors. A brasileira Ana Cristina Avelino, de 38 anos, assumiu no dia 28 de agosto a diretoria de produção da fábrica em Rosário. Formada em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), ela tem mestrado em Engenharia Automotiva pela Universidade de São Paulo (USP). Ana Cristina iniciou sua carreira na Chevrolet em 1998 como engenheira de Controle de Qualidade de Peças na planta de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Três anos depois ela ingressou no setor de engenheira de carroceria. Mais tarde, assumiu a posição de supervisora e, em 2003, tornou-se gerente da área. Após dois anos a brasileira fez um treinamento em Gravataí (RS) e, em 2007, passou à gerência de setor em São Caetano do Sul. Ana Cristina regressou à São José dos Campos em 2009 como diretora de produção da picape S10. Agora, ela encara sua primeira função fora do Brasil.
De acordo com a engenheira, seu principal desafio é aumentar a produção no país vizinho, onde são feitos o sedã compacto Classic e o hatch Agile. Os dois modelos são vendidos no mercado brasileiro. No novo cargo, a engenheira se reporta diretamente ao brasileiro Sergio Rocha, presidente e diretor-geral da companhia na Argentina. Ele sucede o engenheiro argentino Camilo Ballesty que desde março ocupa o cargo de diretor de produção da fábrica de Gravataí (RS), onde será responsável pela renovação da gama de modelos do Mercosul previsto para 2012. Ele está à frente do Projeto Ônix, que dará origem aos substitutos de Celta e Prisma no mercado nacional.
O diretor reuniu todos os presos no pátio da
prisão e anunciou: -Atenção rapazes, hoje eu tenho uma surpresa! Vamos receber com uma salva de palmas o nosso amado prefeito. Lá do fundo um preso bêbado grita: -Aleluia! Até que enfim prenderam esse ladrão...
07 “Procure alcançar a meta de cada dia”.
Acidentes de Trânsito
Jovens são as maiores vítimas Motociclistas e pedestres lideram as vítimas graves de acidentes automobilísticos internadas nos hospitais públicos de vítimas de acidentes nessas unidades cresceu 28,8% nos últimos três anos e o gasto do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar esses pacientes chegou a R$ 56,7 milhões em 2010. Esse valor, segundo a secretaria, seria suficiente para construir uma unidade hospitalar com 200 leitos. No ano de 2008, foram registradas 31,3 mil internações de vítimas de acidentes. Esse número chegou a 40,3 mil em todo o ano passado. Nos três anos, o valor total gasto nas internações pelo SUS foi de R$ 140,5 milhões. Balanço parcial com base no primeiro semestre deste ano aponta ainda uma ten-
Homem jovem, com idade entre 18
e 35 anos, que dirige com frequência na cidade e viaja aos fins de semana. Esse é o perfil predominante das vítimas de acidente de trânsito de São Paulo, diz a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). Segundo o presidente da entidade, Mauro Augusto Ribeiro, isso se explica porque os homens usam mais o carro para suas atividades, trabalham fora, viajam mais e acabam se envolvendo em mais acidentes. “Mulher usa mais o veículo em locais mais próximos de casa. O homem jovem tem o perfil de sair no fim de semana, ir a bares, beber. É um
perfil muito claro de quem é a vítima de acidente de trânsito”, diz. Na semana passada, o estudante Patrick Firks Brukirer Fajer, de 20 anos, morreu na hora após perder o controle de seu Mercedes na zona sul da capital. Segundo a perícia, o rapaz não usava cinto de segurança. Já a namorada dele, de 20 anos, que estava no banco do passageiro, estava com cinto e teve ferimentos leves. A quantidade de acidentes também faz lotar os corredores de hospitais públicos paulistas. Estudo da Secretaria Estadual da Saúde mostra que o número de internações
dência de aumento nas internações por acidentes graves de carro. De janeiro a junho houve 21,3 mil internações, com gasto de R$ 30,1 milhões para o atendimento desses pacientes. Motociclistas e pedestres lideram as vítimas graves de acidentes automobilísticos internadas nos hospitais públicos. Entre 2008 e 2010 houve 47,2 mil internações de motociclistas e 27,8 mil de pedestres. Os ocupantes de automóveis aparecem em terceiro lugar na ranking, com 10,9 mil internações no período por acidentes graves, seguidos pelos ciclistas, com 9,6 mil. O nome dos hospitais mais procurados não foram informados pela secretaria.
Acidente não ocorre por acaso, por obra do destino ou por azar T
odo acidente tem uma ou mais causas. No caso dos acidentes de trânsito, podemos afirmar que a via, o homem, o veículo, associados ou não, são os fatores determinantes para a sua ocorrência. Acidentes podem ser evitados, desde que determinadas atitudes sejam colocadas em prática diante das situações. Na maioria das vezes, a imperícia, a negligência e a imprudência do motorista
atuam como desencadeadores dos fatos que vêm a ocorrer com ele. Estudos mostram que os motoristas podem dirigir de modo muito mais seguro do que habitualmente o fazem. Para isso, é necessário dirigir de modo inteligente, analisando as situações e verificando tudo que possa afetá-lo, e assim tomar ações com antecedência, ou seja, dirigindo de forma preventiva.
08
Rachão da pesada
A famosa e maluca corrida A Pikes Peak International Hill Climb é uma das provas mais desafiadoras e Enquanto outros tipos de corrida têm superfícies cuidadosamente mantidas, tráfego extremamente controlado e rígidas normas sobre a construção dos veículos, a classe Unlimited da Pikes Peak não tem nada disso. Você corre com o que levar.
A subida de Pikes Peak tem sempre
grandes vitórias e acidentes espetaculares. Os tempos podem ser acompanhados no site oficial do evento, que tem também transmissão ao vivo em vídeo. Particularmente difícil e impressionante, as curvas da pista e os ventos característicos desta famosa montanha dos Estados Unidos representam uma grande ameaça para os pilotos e seus carros:
Quase 20 quilômetros de esforço; Uma chegada a mais de 4.000 metros de altura onde o oxigênio é escasso; n Uma mescla de pisos, alternando pela n n
uma vez mais, a clássica ascensão a Pikes Peak,conseguin-do este ano não só a sexta vitória da carreira na clássica prova do Colorado, como pela primeira vez um piloto conseguiu quebrar a barreira dos 10 minutos nos quase 20 quilômetros da subida. Ao volante de um Suzuki SX4 Hill Climb Special, “Monster” Tajima tornou-se no primeiro piloto a conseguir subir ao topo de Pikes Peak, um dos pontos mais altos das Montanhas Rochosas no Colorado nos Estados Unidos, em menos de 10 minutos. Com o percurso dividido entre terra e asfalto, que termina acima dos 4.000 metros e onde o oxigênio começa a escassear, o protótipo do piloto japonês esteve irrepreensível, permi-
Pelo rastro de fumaça, pode-se deduzir o esforço de Rhys Millen exigido da cavalaria do Hyundai PM580 última vez na história piso de pedregulhos e asfalto (os 20 km serão asfaltados em 2012); n Apenas uma sessão cronometrada, sem chance de erro. O trajeto de Pikes Peak inicia-se na parte mais baixa e tem quase 20 quilômetros para escalar 1439 metros. São 156 curvas em um misto de asfalto e cascalho e certamente não haverá guard-rails, portanto não é um evento para aqueles de coração fraco. Os melhores tempos na classificação permite escolher a ordem de saída entre os concorrentes. Nobuhiro “Monster” Tajima venceu,
tindo-lhe alcançar a sexta vitória em Pikes Peak. Com uma lista de inscritos com quase 200 pilotos que tripulam o mais variado tipo de máquinas, entre automóveis e motos, a edição deste ano voltou a ser um sucesso e o ponto mais alto foi mesmo o novo recorde estabelecido por Nobuhiro Tajima com o tempo de 09m51,278s. Na sexta vitória da carreira na lendária corrida americana, o japonês esteve irrepreensível e deixou a concorrência a uns distantes 18 segundos, o que representou o ganho de quase um segundo por quilômetro. Este resultado demonstra bem as qua-
O fascínio de andar no fio da navalha! Apesar do visual de tirar o fôlego, não há tempo para espairecer. São 12 milhas desafiando pilotos a devorá-las abaixo de 10 minutos em circuito que mescla asfalto e terra.
Onde tem desafios e uma boa briga, tem Porshe! lidades do Suzuki SX4 Hill Climb Special para a subida a Pikes Peak. “Isto era aquilo que eu queria e o que me motivou a voltar. Ficaria muito desapontado se não tivesse vencido. Levei o SX4 ao limite e ele respondeu bem a tudo o que lhe pedi”, comentou no final o piloto japonês, em vésperas de perfazer 61 anos (completou-os dia 28), destacando esta versão muito especial do Suzuki SX4. Uma prova em que os competidores têm de percorrer 19 quilômetros a alta velocidade numa subida até a uma altura de 4.267 metros. O Objetivo? Baixar dos 10 minutos e chegar ao sonho máximo (por
Desde 1916, loucos se aventuram à montanha... agora) do Pikes Peak, subir a montanha em 9 minutos. A prova unlimited é a mais espectacular de todas, carros sem limites de cilindrada nem de apêndices, é o expoente máximo da (loucura) velocidade. Carros como o 405 T16 com quem Ari Vatanen concretizou a Climb Dance em 1988, ou o Suzuki XL7 com mais de 1000cv. Mas as categorias de Camiões, motas e Vintage trazem uma aliciante extra, e claro, a Open Wheel que já viu nomes como Mário Andretti, Al Unser, Bobby Unser e Robby Unser vencer a categoria. A corrida é realizada em 11 categorias
09 “Procure alcançar a meta de cada dia”.
contra o relógio montanha acima perigosas do automobilismo e muitos consideram o mais difícil teste de pilotagem.
Desde 1916, loucos se aventuram à montanha... e aproximadamente 200 competidores, indo de motos, quadris, caminhões e automóveis. Porém são os veículos 4x4 e super preparados que dão a grande emoção nesta corrida, uma vez que o recorde mundial é de 10m01.408s, estabelecido em 2007 em um Suzuki SX4 Hillclimb Special (mais de 1000cv biturbo e 102kgfm), sendo 5s mais rápido que o famoso Toyota (1000cv) de Rod Millien que em 1994 marcou o recorde da estrada, que é parte asfaltada e parte piçarro e promove incríveis derrapagens e exige dos pilotos grande controle de drifing. Não é uma corrida para qualquer com-
petidor, além das exigências de histórico como competidor, ou seja, experiência comprovada em rallys internacionais e outros, o valor da taxa de inscrição é de U$S 2.950,00 (Caminhões), U$S 1700,00 (Carros) e U$S 850,00 (motos e quadri), + U$S 300,00 por pessoa extra no veículo, já que existe categoria onde se pode levar um navegador. O custo para poder usar a pista nos 4 dias anteriores para testar o veículo e condicionar o piloto é de U$S 22.500,00 pelos 4 dias e U$S 7.000,00 por dia, casa não queira os 4 dias. A prova pode ser cancelada por problemas meteorológicos e os competidores devem aguardar a liberação da estrada para fazer a corrida. Participar da Pikes Peak é acima de tudo poder correr a mais famosa e como dizem os competidores a mais “raçuda” corrida do mundo. Ali, os competidores estão dispostos a gastar centenas de milhares de dólares, meses de preparação e arriscar suas vidas em busca de se tornar o Rei da Montanha! Claro que para os grandes corredores não basta vencer em suas categorias mais acima de tudo bater o recorde de tempo, este sim é o maior desafio para os competidores extremos. Extremos em braço e em patrocínios para bancar esta grandiosa vitória. A Pikes Peak é acima de tudo um grande palco de desenvolvimento para algumas empresas, como a Audi, que colocou em teste o seu famoso veículo Audi Quattro, vencedor em 1984 e 1985, quebrando recordes na época e mostrando a grande capacidade do seu sistema de tração torsen. Além da Audi, várias utilizaram e utilizam o rally para desenvolver seus veículos, como a Volkswagen, Ford, Subaru e outras grande empresas automobilísticas. Pikes Peak é um dos lugares mais traiçoeiros do automobilismo – e talvez de todos os esportes. Todo ano dezenas de equipes e pilotos tentam cumprir a aparentemente impossível tarefa de subir esta montanha de 4.302 metros e ser coroado o homem mais rápido a chegar ao topo. Dois dias antes de completar 61 anos, Nobuhiro “Monster” Tajima fez isso e quebrou um recorde que parecia impossível: chegar ao topo de Pikes Peak em menos de dez minutos. Depois de bater meu carro e abandonar a competição, eu precisava saber como ele conseguiu fazer isso. Qualquer um pensaria que, com tantas equipes e doidos com máquinas feitas em suas garagens, esse recorde já deveria ter sido quebrado. Mais interessante é que o próprio Tajima estabeleceu o recorde em 2007, com um tempo de 10:01,4.
Como este senhor de 60 anos se tornou o homem mais rápido em subir a montanha Muita gente acha que a barreira dos 10 minutos foi quebrada devido ao asfaltamento adicional no playground do demônio. Mas acho que eles estão errados, acho que foi a dieta especial de Tajima na semana da corrida. Salada, salada e mais salada? Não. Cada noite foi uma aventura em busca do melhor restaurante em Colorado Springs. Cada uma das idas ao topo durante o reconhecimento foi uma orgia de cachorrosquentes e donuts. Para qualquer pessoa normal isso parece loucura, mas eu entendo. Há algo especial em encher a cara de donuts a 4.000 metros quando você mal pode respirar. Para Tajima isso era um ritual. Ele estava no seu momento. Ele sabia que este seria o seu ano. O único momento em que não o vi sorrindo foi quando ele estava se alongando, prestes
Monster – Pouco antes de eu entrar na Cog Cut perdi a direção hidráulica e a bomba de água. Tive que segurar o carro nas curvas finais. Quando cruzei a linha de chegada a temperatura da água era de 150 graus! – O motor falhou com a temperatura? Monster – Não, mas se eu tivesse perdido a bomba de água na curva anterior, eu não teria conseguido. Tive muita sorte. Sim, Tajima. A montanha gosta de você. Obviamente eu queria saber o que havia mudado no carro além da pintura em relação ao ano anterior. “Fizemos uma nova preparação e novos turbos, além dos novos pneus e rodas”, disse Tajima. Tajima projetou e construiu todo o carro com sua equipe, todos com experiência no WRC. Ele acredita em engenharia mecânica, e
Nobuhiro “Monster” Tajima – em sua 20ª participação no evento – repetiu a dose com seu Suzuki SX4 a entrar no carro para atingir a glória. Ele estava muito sério, concentrado, em transe. Perguntei a ele em que estava pensando naquela manhã quando entrou no carro. Pergunta: Este foi “o” ano? Monster – Sim. Era minha sensação, que foi muito boa depois da classificação. – No “Bottomless Pit” havia óleo por todo o lado e muitos carros reduziram. Eles estavam avisando os carros na largada. Você ficou preocupado? Monster – Havia óleo na parte de fora, por isso usei a parte de dentro. Foi mais lento que o traçado ideal, mas era um traçado limpo. – Você não conseguiu descer com o carro. O que aconteceu?
não em computadores bonitinhos. Seu diferencial central? Velha guarda – totalmente mecânico. Seu chefe de equipe foi um dos chefes da antiga equipe da Suzuki no WRC. Tajima sente que a força necessária para quebrar o recorde veio da esperança e otimismo típicos de seu país natal, o Japão. Tajima me disse que eles ainda estão sofrendo, mas as coisas estão melhorando. Ele quis quebrar o recorde para mostrar que mesmo em tempos difíceis, a maioria dos obstáculos ainda pode ser transposta. Era imporante para Tajima voltar lá e usar a energia de sua vitória para levantar a moral de seu país. As pessoas chamam Tajima de “Monster”, mas eu o vejo mais como um monstro de desenho animado. Aquele que é legal e no final faz tudo dar certo.n
10 Trânsito
“Quem consegue aprender com as outras pessoas é considerado sábio”.
Distância mínima... Você respeita? Não estamos acostumados, mas reconheçamos que há novos veículos circulando e dividindo a mesma via... respeito mútuo entre motoristas, ciclistas e pedestres e com certeza esse quadro de violência seria completamente diferente. A Bicicleta, além de ser um meio de transporte não poluente, também é lazer e esporte. No entanto, nossas cidades ainda não estão preparadas com vias exclusivas e apropriadas para essa prática. Por isso, vamos ter bom senso e compartilhar as vias públicas respeitando a distância prevista em lei de um metro e meio ao passar por um ou mais ciclistas. Com bom senso e respeito, todos saem ganhando! Fonte: Rafael Farnezi, Diário de um Triatleta / Correio de Uberlandia
Para conhecimento
Novos tempos para valorizarmos o veículo bicicleta - mas dependerá muito da cidadania para haver essa interação - e a cidadania começa em casa.
Há pouco, quem assistiu ao Fantás-
tico e acompanhou a matéria sobre o grande número de acidentes envolvendo ciclistas viu muito bem o quanto é grave essa situação de falta de educação e desrespeito de boa parte dos motoristas que trafegam pelas vias, não só das cidades, mas também estradas. Infelizmente muitas pessoas ao entrarem
num carro ou subirem numa moto repetem exatamente o que fez o personagem da Disney, o Pateta, em um dos episódios mais conhecidos da série quando parodiaram um indivíduo extremamente calmo no dia a dia, mas que ao entrar em seu veículo se transformava completamente achando ser o dono do mundo só pelo fato de ter o controle de
um veículo, podendo assim, fazer o que bem entendesse. Mas, não é bem assim! Como em todas as situações de nossas vidas, cada um tem o seu espaço, seu tempo, e o mínimo que devemos fazer é respeitar esse espaço ocupado por cada pessoa. No trânsito essa regra de educação e etiqueta não é nada diferente, bastaria ter um
Art.201 do Código de Trânsito Brasileiro – Lei 9503/97. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e meio e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar uma bicicleta: n Infração – Media; n Penalidade – multa. Vamos abrir os olhos e cuidarmos uns dos outros! Se tiver que esperar alguns segundos para atravessar uma rua ou avenida não se arrisque! Afinal, não serão alguns poucos segundos que irão mudar sua vida, mas com certeza alguns poucos segundos podem tirar a vida de outra pessoa e trazer muitos problemas para a sua!
O país das bicicletas
A Holanda é conhecida como o país dos moinhos de vento, das tulipas, dos sapatinhos de madeira. É também o país das bicicletas e para se ter uma idéia, em Amsterdam o estacionamento de bicicletas da Estação Central comporta 8 mil delas! As mulheres andam de saias e salto alto e alguns homens andam até de terno. Eles têm uma prática incrível, mesmo com sacolas de compras os holandeses conseguem se equilibrar bem no veículo.
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Entrevista
“Todas as pessoas que trabalham na empresa são vendedores”.
Trinca no pára-brisa Danos podem ser reparado e evitar ainda mais prejuízo Imagine a seguinte situação: você está na estrada e encontra um indesejado caminhão pela frente soltando pedrinhas para todos os lados. De repente, lá vem o prejuízo: parabrisas trincado. Mas, o que os motoristas talvez não saibam é que as causas desse tipo de avaria podem ser muitas. Porém, na maioria dos casos, o pára-brisa pode ser reparado, dependendo do lugar e da gravidade do acidente. Ao surgir alguma trinca no pára-brisa, em primeiro lugar, o motorista deve proteger o local colando qualquer tipo de adesivo em toda área da trinca, do lado de fora do párabrisa. “As seguradoras costumam fornecer esse tipo de adesivo como brinde, mas se o motorista não tiver, qualquer coisa do tipo serve. Fita crepe, isolante, durex. O importante é que o local fique limpo e sem umidade, evitando que a trinca ou rachadura aumente de tamanho”. Contaminação na área danificada compromete o serviço de reparação do vidro. Após colar o adesivo preventivamente na trinca, o ideal é que o motorista leve o carro o quanto antes para efetuar reparação do parabrisas. Quanto mais rápido for o reparo, maiores serão as chances de o vidro voltar ao seu estado original. A recuperação só é possível quando a trinca acontece na parte externa do parabrisas, que tem o vidro laminado. Trincas nos vidros laterais ou traseiros não podem ser retiradas porque os vidros são temperados. O vidro laminado é mais seguro e trinca em caso de quebra em vez de se esti-
lhaçar como acontece com os vidros temperados, que se transforma em monte de quadradinhos ao sofrer uma fratura mais forte. Trincas que criam pequenas linhas no vidro como se formasse uma estrela são as mais graves e devem ser consertadas com urgência por haver maior risco de extensão da rachadura. Trocar as palhetas do limpador do parabrisas pelo menos uma vez no ano também é importante, pois o ressecamento natural da borracha aumenta os ricos de dano ao vidro. Desde 2006, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê regras para que seja feita a reparação de parabrisas. Pela atual norma, trincas ou rachaduras não podem ser recuperadas se estiverem no campo de visão do motorista, pois gera distorção óptica, e não deve ultrapassar 10 cm de diâmetro. Pela legislação, trafegar com pára-brisa trincado nessa área é considerada infração grave, sujeito a multa de R$ 127,69, além de cinco pontos na carteira e retenção do veículo até regularizar o problema.
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Entrevista: Lorenzo Fer titta
“Organize-se; nunca saia de manhã sem saber para onde ir”.
A pancadaria lucrativa do UFC Febre nos Estados Unidos, as lutas promovidas pelo UFC têm no Brasil seu terceiro mercado
O
americano Lorenzo Fertitta, sócio da UFC, empresa que organiza os maiores campeonatos de artes marciais do planeta, domou um esporte violento. Membro de um clã que comanda uma rede de cassinos em Las Vegas, Lorenzo Fertitta cresceu assistindo aos grandes combates de boxe realizados na cidade. Lá, ele se tornou fã do esporte ao ver de perto lendas como Mohammed Ali e Mike Tyson nocautearem os adversários. Curiosamente, hoje, Fertitta representa uma das maiores ameaças ao esporte que idolatrou. Sócio desde 2001, ao lado do irmão Frank, da franquia Ultimate Fighting Championship, de campeonatos de lutas de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês), Fertitta trabalha para deixar para trás o boxe - modalidade à qual se refere hoje como praticamente moribunda - na preferência dos aficionados de pancadaria. Em entrevista pouco antes da edição brasileira do UFC, realizada no final de agosto no Rio de Janeiro, Fertitta falou de seus planos. Em meio a informações pouco plausíveis - como a de que as lutas do UFC atingem mais de 500 milhões de lares por edição mesmo sendo transmitidas apenas por TV pay-per-view -, ele disse que, com boa organização e investimentos em marketing, vai transformar o MMA no esporte mais popular do mundo nos próximos dez anos. Pergunta — O que despertou seu interesse pe-
los campeonatos da UFC? Lorenzo Fertitta — Desde criança eu tenho paixão por esportes de combate. Nasci e cresci em Las Vegas, e meu pai me levava para assistir a todas as grandes lutas na cidade. Vi Mohammed Ali, Mike Tyson e outros ídolos. Quando eu tinha 27 anos, fui trabalhar na comissão esportiva de Nevada. Cuidava da parte regulatória das lutas de boxe. — O senhor trabalhou com promoção de lutas
minha experiência na parte regulatória de lutas, eu sabia o que precisava ser mudado. Do ponto de vista do marketing, tivemos de mostrar que tanto a modalidade quanto os atletas estavam envolvidos em um negócio sério e bem organizado. Tivemos de abandonar o conceito implantado pelos fundadores (a família Gracie, do Rio de Janeiro), que era basicamente ter dois adversários lutando em uma gaiola, sem regra nenhuma.
— Qual foi o investimento inicial? Lorenzo — Compramos os direitos da franquia UFC por 2 milhões de dólares. Depois criamos um reality show chamado Ultimate Fighter, no qual investimos 10 milhões de dólares, para levar o tema de forma divertida aos lares americanos. Isso tudo foi investimento próprio, dinheiro que ganhamos com nossa empresa de cassinos. Tivemos de financiar prejuízos durante cinco anos.
O Jiu Jitsu foi popularizado nos EUA pelos brasileiros da família Gracie, e aí, o olhar clínico de investidores com vistas à mídia mundial. Eike Batista, a maior fortuna do Brasil, segundo a revista VEJA, a IMX, empresa que ele criou em sociedade com a americana IMG para atuar no setor de shows e entretenimento, vai comprar a Brasil 1, que trouxe o UFC para o Rio de Janeiro no mês passado.
Lorenzo Fertitta, sócio da UFC, fatura US$ 400 milhões com uma pancadaria mais organizada, domou um esporte violento e agora quer tornálo o mais popular do mundo. Nesta entrevista à revista Exame, ele expõe seus argumentos:
que acreditávamos, e está se tornando realidade, é que as diferentes modalidades de esporte não se traduzem de forma completa entre culturas e países distintos. No Brasil, o futebol é o esporte número 1. Nos Estados Unidos, o futebol não tem relevância. Lá há milhões de fãs da NFL (liga de futebol americano), mas ao redor do mundo as pessoas nem sabem as regras desse esporte. E há muitos outros exemplos no mundo, como o críquete na Índia, o rúgbi na Austrália. As lutas são universais. No Rio de Janeiro, teremos dois dos melhores lutadores do mundo se enfrentando, usando as artes marciais que quiserem. Isso é entendido em qualquer lugar do mundo. Como seres humanos, a luta faz parte de nosso sangue. É por isso que hoje somos televisionados em 145 países e chegamos a mais de meio bilhão de lares. Vamos entrar na Índia e na China, o que fará com que alcancemos mais de 1 bilhão de lares.
de boxe? Lorenzo — Não. Quando passei a conhecer melhor o boxe, percebi que esse esporte jamais seria muito bem-sucedido como negócio. Havia muita corrupção, organização ruim, muita divisão e briga por poder. Foi então que eu fui apresentado ao MMA e ao UFC, e comecei a treinar jiu-jítsu. Conheci muitos dos lutadores e foi muito marcante para mim o altíssimo nível de educação deles. O MMA e o jiu-jítsu requerem muita atividade cerebral, você precisa de fato pensar para poder usar seu corpo da melhor maneira possível. — O MMA antes se chamava vale-tudo e tinha uma imagem ruim, que beirava a marginalidade. Como isso foi revertido? Lorenzo — Sentimos que, se comprássemos os direitos do UFC, teríamos de reavaliar as regras do jogo e dar atenção a todas as questões relacionadas à segurança e à saúde dos atletas. Com
— Mas esse contexto selvagem não tinha um apelo especial? Lorenzo — Sim, mas apenas para uma pequena parcela do público. Quando nós começamos, o MMA era legalizado em apenas um dos 51 estados americanos. Não podíamos aparecer na TV, nem aberta, nem a cabo, e nem no pay-per-view. Por isso, tivemos de ir a campo e educar a mídia, convencer os congressistas, principalmente os estaduais, e todos os profissionais envolvidos na regulação do esporte. Sabíamos que aquele apelo selvagem não bastaria para que pudéssemos ter um negócio mais amplo. Hoje somos legalizados em 45 estados. — O senhor pensava em popularizar o esporte desde o início? Lorenzo — Acreditávamos - e, quando dissemos isso pela primeira vez, todos riram - que esse esporte poderia ser o maior do mundo. O
— Como sua experiência em cassinos influencia a gestão da UFC? Lorenzo — Meu pai já trabalhava com cassinos e me ensinou que é necessário conhecer os desejos do cliente, fazer com que ele se sinta valorizado e sempre surpreendê-lo com um espetáculo mais impressionante do que o esperado. É isso o que tentamos fazer. No boxe, o espectador paga muito caro e apenas a luta principal vale a pena. As preliminares são muito fracas. No UFC, nós cobramos caro pelo ingresso, mas fazemos com que as pessoas saiam da arena com a sensação de ter passado as melhores 4 ou 5 horas de entretenimento que já tiveram. Todas as lutas são boas, com atletas de ponta. A sensação de quem vai a um evento nosso é ter recebido mais do que pagou. — Qual a importância do mercado brasileiro no negócio? Lorenzo — O Brasil representa a terceira maior audiência no pay-per-view, atrás de Estados Unidos e Canadá. Mas tem potencial para crescer. Por isso estamos divulgando a marca no país, realizamos o evento no Rio de Janeiro e queremos aproveitar transmissões em TV aberta para popularizar ainda mais as lutas de MMA. — O senhor diz que o MMA se transformará no esporte mais popular do mundo. Quando isso vai acontecer? Lorenzo — Daqui a dez anos. O negócio será fechado por meio da IMX, empresa que o bilionário criou para atuar no setor de eventos. Fred Prouser / Reuters
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Boas e péssimas da Lei Seca A Lei Seca é uma daquelas leis que está no limbo: não pegou mas tem seus resultados positivos A falta de fiscalização intensiva faz com que a lei seca não seja respeitada por muitos motoristas. Em abril deste 2011 o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve a carteira de habilitação apreendida por estar com o documento vencido e por se recusar a fazer o teste do bafômetro numa Operação Lei Seca na Avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A chamada Lei Seca deu bons motivos a comemorar. Fora a redução no número de vítimas de acidentes de trânsito a Lei Seca gerou outra ótima notícia: várias seguradoras sinalizaram que os preços das apólices de veículos poderiam baixar. Modificação do Código Nacional de Trânsito Em 19 de junho de 2008 foi aprovada a Lei 11.705, modificando o Código de Trânsito Brasileiro. Apelidada de "lei seca", proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue) por condutores de veículos, ficando o condutor transgressor sujeito a pena de multa, a suspensão da carteira de habilitação por 12 meses e até a pena de detenção, dependendo da concentração de álcool por litro de sangue. Apesar de não ser permitida nenhuma concentração de álcool, existem valores fixos, prevendo casos excepcionais, tais como
medicamentos à base de álcool e erro do aparelho que faz o teste. A concentração permitida no Brasil é de 0,2 g de álcool por litro de sangue, ou, 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro. A lei seca se aplicou em vários países em épocas distintas. Lei seca nos Estados Unidos - Agentes do governo no ato de confiscar e descartar bebidas clandestinas (Chicago, 1921). Na história dos Estados Unidos, a Lei Seca, também conhecida como The Noble Experiment, caracteriza o período de 1920 a 1933, durante o qual a venda, fabricação e transporte de bebidas alcoólicas para consumo foram banidas nacionalmente como estipulou a 18°. Aditamento da Constituição dos EUA Em um primeiro momento houve um grande apoio à medida, mas depois o comércio e consumo ilegal de bebidas se tornaram corriqueiros, com o governo fazendo vistas grossas. Traficantes e comerciantes ilegais, como Al Capone, em Chicago, montaram grandes esquemas que lucravam com o consumo ilegal. A medida só seria revogada no governo de Franklin Roosevelt. Essa definição tornou-se famosa após sua edição nos Estados Unidos em 16 de janeiro de 1919, ratificada pela 18ª Emenda à Constituição do país, entrando em vigor um ano depois, em 16 de janeiro de 1920, promulgada durante o segundo mandato de Woodrow
Wilson (28º Presidente dos EUA). Seu cumprimento foi amplamente burlado pelo contrabando e fabricação clandestina. A lei seca foi abolida em 5 de dezembro de 1933, pela 21ª Emenda à Constituição,durante o primeiro mandato de Franklin Delano Roosevelt (32º presidente dos EUA). Permaneceu ativa por 13 anos, 11 meses e 24 dias. Com o agravar da crise económica, que teve o seu auge com o "crash" da Bolsa de 1929, a proibição de fabrico, distribuição e
venda de bebidas alcoólicas, veio contribuir para o aumento das fortunas de vários gangs de mafiosos, dos quais o mais conhecido é, sem dúvida, Al Capone. A sua revogação veio ajudar a débil e algo conturbada recuperação econômica, mas essencialmente contribuiu para o final do período de ouro da Máfia Norte-Americana. A partir de 1935, um novo período de combate às associações criminosas começa com um outro nome famoso, J. Edgar Hoover. Fonte: AE, Wikipédia
Agentes do governo no ato de confiscar e descartar bebidas clandestinas (Chicago, 1921).
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Tecnologia
“Valorize seu tempo e do cliente, cheque na hora combinada... ”.
A casa da Ford
E
Conheça o campo de provas em Tatuí, onde está nascendo o novo Ecosport
m uma estrada secundária na cidade de Tatuí, distante 131 quilômetros de São Paulo, há uma discreta portaria vigiada noite e dia por seguranças. O local fica afastado dos olhares curiosos e não chama atenção nem de quem passa pelos arredores diariamente. Tanta discrição tem motivo de ser: lá ficam alguns dos segredos mais bem guardados da indústria automobilística para os próximos anos. O Campo de Provas da Ford ganhou importância mundial há alguns anos. É lá que está sendo desenvolvido o novo EcoSport, um projeto global que será lançado aqui em 2012. A responsabilidade foi dada aos brasileiros após o grande sucesso do jipinho, que chamou atenção dos norte-americanos. O sucessor do EcoSport será vendido em vários continentes, mas está sendo gerado em solo verde-e-amarelo. Esta foi a primeira vez que a Ford abriu as portas de seu Campo de Provas à imprensa. A visita, chamada de Ford Open House, revelou
O Campo de Prova Ford, em Tatuí, passa a ser a base para testes do futuro EcoSport
péssimas condições de conservação das ruas e estradas do nosso país. Desde um pavimento repleto de remendos - pista chamada apropriadamente de ‘biscoito’, dada a grande quantidade de desníveis no asfalto - até um tanque cheio d’água para reproduzir trechos alagados, são 50 quilômetros de pistas em Tatuí. Existem rampas de até 35º de inclinação e trilhas com piso de terra batida, pedregulhos e areia fofa, que testam a capacidade da tração 4x4. Algumas pistas têm nomes curiosos, como o “Enrola Camisa”, pista repleta de ondulações, ou costelas de vaca. Mas nenhuma pista é tão empolgante quanto a “Hopi Hari”. O nome curioso começa a fazer sentido assim que se entra nela: cheia de subidas e curvas “cegas”, motorista e passageiros se sentem em uma montanha russa de parque de diversões. Dá vontade de ficar o dia todo andando naquele lugar...
Four Poster, simulador de rodagem que reproduz as (más) condições de vários tipos de pisos.
No laboratório de qualidade sonora, a menina dos olhos é o Noise Detection, com 31 microfones
alguns dos departamentos (e tecnologias) mais interessantes do local. A primeira parada foi no Four Poster (algo como “quatro pilares”, em português), simulador de rodagem que reproduz as (más) condições de vários tipos de pisos. Quatro atuadores hidráulicos - parecidos
Já no laboratório de qualidade sonora, a menina dos olhos é o Noise Detection. Tratase de uma tecnologia criada pela própria Ford, constituída de uma esfera com 31 microfones e 12 câmeras, que identifica qualquer som proveniente da cabine de um carro, por exemplo. Assim, é possível descobrir a fonte daquele ruído desagradável aparentemente impossível de ser identificado. Um pouco mais adiante, o laboratório de emissões, onde são feitos os testes que determinam o nível de emissões de poluentes para veículos vendidos em várias partes do mundo. Segundo a Ford, foram investidos 4 milhões de dólares em equipamentos, que permitem uma análise detalhada de motores a gasolina, flex ou diesel. Há também um moderno dinamômetro, aparelho com esteiras que simulam a aceleração de um veículo sem que ele saia do lugar. A cereja do bolo foi deixada para o fim. As pistas de testes reproduzem com fidelidade as
com enormes pistões - fazem o carro balançar para cima e para baixo, como forma de verificar o trabalho da suspensão e identificar barulhos indesejados. Olhando de fora, é interessante ver o trabalho dos amortecedores absorvendo os impactos.
O Campo de Provas da Ford é um dos dois mantidos por montadoras no país - a Chevrolet possui um em Indaiatuba, também no interior de São Paulo. No entanto, a marca do oval azul se diferencia por ter uma estrutura completa para desenvolver e testar caminhões. A montadora diz que Tatuí é o único laboratório da Ford na América do Sul certificado de acordo com a norma internacional de qualidade ISO 17025, que permite a exportação de veículos sem a necessidade de acompanhamento dos testes por órgãos governamentais estrangeiros. Mas... e o novo EcoSport? Os profissionais da Ford citaram o modelo várias vezes durante o evento, mas se calaram quando questionados a respeito do futuro lançamento. Quem sabe em uma próxima visita não descobrimos tudo aquilo que a Ford faz questão de esconder... Fonte: Vítor Matsubara, 4 Rodas
15 “Quando estiver conversando com o cliente, olhe nos olhos”.
Tecnologia
Amortecedor inteligente Amortecedor do futuro transforma tranco de buraco em eletricidade
Um equipamento promete mudar o mercado de carros elétricos. Pesquisadores desenvolveram um amortecedor "coletor de energia" que, quando instalado no sistema de suspensão de um veículo, pode absorver a energia dos obstáculos do solo e transformála em eletricidade. Desenhado por Leo Zuo, professor de engenharia mecânica da Universidade Estadual de Nova York, em parceria com os estudantes de pós-graduação Xiudong Tang e Zachary Brindak, o novo amortecedor ganhou o cobiçado R & D 100 Award, conhecido como o "Oscar da invenção". Zuo e sua equipe desenvolveram e patentearam dois tipos de amortecedores: linear e rotacional. O linear é composto por um pequeno tubo com intensidade magnética de alto fluxo que desliza no interior de um tubo de bobina maior. O amortecedor de rotação usa um mecanismo de movimento compacto, que amplia e energia coletada. Os solavancos e vibrações normais de condução fazem os tubos produzirem uma tensão elétrica. Os amortecedores podem gerar de 100 a 400 watts de energia em condi-
A
ções normais de condução quando instalado em um automóvel de passageiros de médio porte viajando a 100 km/h. Em estradas particularmente difíceis, podem ser gerados até 1.600 watts. Para veículos maiores, como caminhões, vagões ferroviários e carros "off-road", a energia gerada pode chegar de 1 a 10 quilowatts, dependendo das condições da estrada. De acordo com os pesquisadores, a eletricidade obtida pode ser usada para carregar a bateria de um veículo elétrico veículo ou mesmo a de um carro aaconvencional, reduzindo a carga do alternador. Nos carros convencionais, há uma redução no consumo de combustível com um aumento de 4% na eficiência do veículo. Em veículos híbridos, o desempenho melhora em 8%. Os novos amortecedores também oferecem um passeio suave devido ao amortecimento da suspensão ajustável e o controle de vibrações. Segundo Zuo, o equipamento ainda não está disponível para venda no mercado. Para acelerar a comercialização, a equipe recebeu uma doação do " SUNY Technology Accelerator Fund".
“ morte veio me buscar. Acontece que ela foi lá em casa me procurar. Bateu na porta, mas eu ainda estava no hospital. Sabe o que aconteceu? Pra não perder a viagem, tocou a campainha do vizinho e o homem atendeu.. “
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outor, sou a esposa do Zé, que sofreu um acidente; como ele está? - Bem, da cintura para baixo ele não teve nem um arranhão. - Puxa, que alegria. E da cintura para cima? - Não sei, ainda não trouxeram essa parte.
Entrevista: Claudio Meskan
Demolicar - orgulho de Sumaré! O evento extrapolou os limites do município fundindo o nome à cidade tal qual a Festa do Peão para com Americana Claudio Meskan, diretor e organizador do Demolicar, o maior evento do gênero no país, que é realizado anualmente em Sumaré. O Campeão — Sr. Meskan, qual o período do evento? Meskan — acontecerá no período de 30 de setembro a 2 de outubro 2011. — Qual o valor investido para a realização do evento?
Meskan — Claro! Sempre, gostamos de Sumaré e não vamos abandonar nossas raízes.
Rebouças. Foi o Sr. que sugeriu? Meskan — Sim.
— Como iniciou o Demolicar? Meskan — Estávamos assistindo à TV quando vimos no estacionamento de um shopping, nos Estados Unidos, duas moças brigando por uma vaga; uma batia o carro no carro da outra, até uma delas sair vitoriosa, perdeu o carro mais venceu. Ao aprofundar no assunto vimos que nos Estados Unidos há
— Qual é o tempo de preparação de um carro para corrida? Meskan — Ele começa a ser preparado 6 meses antes, com a compra do carro, e então, começa a desmontagem do mesmo, inicia-se a funilaria, a preparação, a parte elétrica, a mecânica, e há trabalho até o dia do evento.
— E cesta básica? Meskan — Também, muita cesta básica. — Qual a previsão de arrecadação? A meta da diretoria esse ano é no mínimo 20 toneladas de alimento e R$ 10.000,00 em brinquedos para o dia das crianças. — Como é o critério de distribuição dos produtos arrecadados?
Claudio Meskan lidera um grupo de amigos que há 23 anos são o grande show de Sumaré e trás aficcionados do Brasil inteiro. Animadores de arena e pilotos são as estrelas. É preciso estar presente para vibrar com a pancadaria organizada torcendo pelo carro favorito que de forma alguma, com certeza, jamais chegará ao final inteiro... Meskan — Envolve no total, mais de quinhentos mil reais.
competições do gênero, e então, resolvemos fazer algo parecido no Brasil.
— Quantos pilotos participam da festa? Meskan — Mais de 100 pilotos de diversas partes do Brasil.
— O Sr. tem quantos filhos? Meskan — Um casal.
— Qual o público esperado para os três dias de evento? Meskan —Em torno de 50.000 pessoas. — É preciso envolver muita gente nessa organização. Há voluntários? Meskan — Quando você faz uma coisa que agrada e dá resultado, só tem a ganhar. Há colaboradores que estão conosco há mais de 20 anos. São pessoas envolvidas com a praça de alimentação, rádio, e os meios de comunicação sempre estão conosco. — A Festa sempre dá lucro? Meskan — Não. Teve ano, ao acabar a festa e contabilizarmos grande prejuízo, de ficar sentado no quarto pensando por onde iríamos a começar andar... Chegou dia de pegarmos no chão um “punhado” de areia e jogar para o alto e falar: “para onde o vento levar também iremos, pois não tínhamos para onde ir. — Mas inistiu em permanecer aqui?
— Sua família participa com o Sr. na organização da festa? Meskan — Sem dúvida, toda a família: meu filho, que corre desde os 14 anos, organiza os pilotos, minha filha coordena a área administrativa e minha esposa fica nas vendas de camisetas, ingressos e camarotes. — Qual a diferença em organizar o Demolicar e a Festa do Peão? Meskan — A festa do peão é muito mais cara por causa dos shows. O Demolicar é mais barato porque não há grandes shows e os artistas são locais. — O Sr. conversa sempre com os pilotos participantes? Meskan — Com todos. Procuramos explicar como fazer o carro, pintura, deixando-o bonito para fotos que se levará aos patrocinadores, para divulgar esse esporte e seus benefícios para a cidade. — Há carros em pontos estratégicos da cidade divulgando o evento, como algumas gaiolas na
— Eles vão se profissionalizando na área? Sem dúvida! Hoje 80% dos pilotos são mecânicos, funileiros, soldadores, pintores, e tudo saiu do Demolicar. Eles começam uma carreira e na hora de folga podem se dedicar a isso ou fazer o seu próprio comércio no ramo automobilístico.
Meskan — Esse ano os mantimentos serão entregues no dia do show dos evangélicos, ao presidente do conselho dos pastores. Ele vai receber e distribuir para as igrejas associadas, no sábado será levada uma parte ao Fundo Social, no domingo aos Vicentinos.
— Como é feito a troca de alimento pelos ingressos? — Meskan — Por exemplo: se uma pessoa doar R$ 10,00 em produto alimentício, leva dois ingressos, e se ele doar uma cesta básica leva 7 ingressos, mas há diversas opções de troca.
— E os brinquedos? Meskan — Esse ano já tem um pessoal cadastrado para pegar os brinquedos no dia 12 de outubro, quando faremos uma grande festa para comemorar o dia das crianças: haverá parque, cachorro quente, pipoca, brinquedos... ....ou seja, tudo que for para criança.
— Qual o benefício da troca antecipada de ingresso? Meskan — Na hora, devido ao grande número de pessoas, alguns alimentos são entregues em embalagens abertas ou violadas, em conseqüência disso, não podemos doá-los. No ano passado deixamos de doar 5 toneladas de alimentos por essa razão. Foi um desperdício muito grande, por isso resolvemos arrecadar antes. — Quais são os alimentos mais oferecidos? Meskan — Pipoca, milho, fubá, arroz, feijão, café, leite, e aceitamos outras coisas também, mas o que está vindo hoje é isso.
— Como é formado o grupo que participa? Meskan — Esse grupo é constituído por três entidades sem fins lucrativos que são: Demolicar, Automóvel Clube de Sumaré e a maior entidade que nós temos, chamada Mão Amiga. — Como será a programação da festa? Meskan — Dia 30 de setembro a abertura será com um show Gospel; no dia 01 de outubro, começa o Demolicar com um Show sertanejo, com previsão de término à meia noite; dia 02 de outubro, nova sessão de Demolicar com início às 10h00 da manhã, e término previsto para às 20 horas n