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Viver ĂŠ a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe - Oscar Wilde

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Opinião

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação - Mário Quintana

Foi justa a vaia que o prefeito de Nova Odessa sofreu quando inaugurava a iluminação no campo de futebol?

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Na solenidade da entrega das obras de melhoria no Estádio Municipal Natal Gazzetta, de Nova Odessa na noite de 7 de dezembro, sob o comando do prefeito Manoel Samartin, as luzes do novo sistema de iluminação foram acesas para dar início ao jogo entre a Seleção de Masters de Nova Odessa contra o Masters do Corinthians. O prefeito destacou a qualidade de vida da população: “As crianças têm creches e escolas; a Estação de Tratamento de Esgoto está quase pronta; não falta água e estamos aqui para fazer mais uma entrega”, afirmou. Ele ainda anunciou a obra de cobertura das arquibancadas do estádio. “A população tem tudo nessa cidade. O progresso – disse em alusão ao nome do campo, é isso”. O Estádio do Progresso sofreu reforma longa ao longo de um mandato político. Demorou muito para sua iluminação ser reinaugurada, e curiosa-

mente, como toda obra de maior visibilidade da Prefeitura, é acometida de vandalismo e isso exige mais verbas e mais tempo para sua conclusão... Enfim, a obra finalmente foi inaugurada e de acordo com a rádio peão o custo final ficou mais caro que a construção das casas para o pessoal de melhor idade que depois de tanta protelação finalmente passou a acupá-las. Nessa inauguração da iluminação do estádio ficou registrado constrangedor momento em que o anfitrião da festa, o prefeito, que enquanto falava era vaiado pelos presentes e, segundo a mesma rádio, dois vereadores presentes entraram em cena procurando amenizar a impaciência que quase impediu o discurso oficial. No jornal O Liberal o caso foi comentado com a legenda “Sucupira - A inauguração das reformas no estádio municipal Natal Gazetta, em Nova Odessa, teve uma cena digna da po-

lítica antiga bem representada na dramaturgia pelo personagem Odorico Paraguaçu, da novela O Bem Amado, escrita pelo impagável Dias Gomes. Talvez, para não ficar na mesma altura que o povo, as ‘autoridades’, entre elas o prefeito Manoel Samartin (PDT), subiram em uma autêntica ‘pinguela’ com cerca de 30 centímetros de altura, colocada no gramado para servir de palco, para fazer seus discursos enaltecendo a obra que estava sendo entregue. O momento foi devidamente registrado pelos assessores, que não se atentaram à comicidade da imagem, e enviado a toda a imprensa.” “Sucupira” não deixa de ser um referencial para se comparar certos modos administrativos de hoje. O riquíssimo conteúdo da linguagem mostrados naquela trama é tão atual ainda nos dias de hoje que ganhou até seção fixa na programação da rádio CBN. Avaia sofrida pelo prefeito de

Durante o discurso do prefeito houve um princípio de vaias e os vereadores Belizário e Réstio (à direita da foto) constrangidos, tentaram conter os apupos. Nova Odessa reflete uma mudança puxou uma inimaginável vaia para um dos tempos. Afinal, no tempo de Odo- prefeito que se gaba de estar cumprinrico Paraguaçu não havia celulares e do seu quarto mandato. tampouco redes sociais. Para desagraQuem assistiu ao vídeo sentiu-se do do prefeito de Nova Odessa, havia constrangido. Quem não assistiu, pode uma platéia contestadora, alguém matar a curiosidade indo ao Google, que compreendeu aquele momento no You Tube, e digitar “Prefeito vaiagravando o evento e teve coragem do em nova odessa” e compreenderá o de postar no You Tube o discurso que por que do constrangimento geral.


Cidades

Se a juventude é um defeito, é um defeito do qual nos curamos muito rápido - James Russell Lowell

Fatos em fotos Implanta-se 150 metros de nova rede diariamente

Estado dos tubos por onde passava água...

Nova rede - Com recursos de 80% a fundo perdido, oriundos da Cobrança Pelo Uso da Água dos Comitês PCJ (Comitês das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), Nova Odessa troca sua antiga rede de água que perdia quase tudo em vazamentos. Abertura das valas

para introdução da máquina hidrabursting, que rompe a rede antiga, fragmentando os tubos de ferro e abrindo túneis para a passagem dos novos tubos de PEAD. A Renova (empresa vencedora da licitação), consegue trocar 150 metros de tubos diariamente.

“Tatuzinho” desentope antiga rede e aplica o novo tubo.

O tubo de PEAD tem garantia para 100 anos.

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Na saída de Hortolândia para Sumaré, em acabamento, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, que abre qualificação profissional de alto nível aos jovens. O quê há em Hortolândia e não em Sumaré? Hortolândia deveria ter o mesmo D.N.A. que Sumaré, mas na prática não é isso que se observa por todo o município que conseguiu se desvencilhar do antigo berço, separando-se de Sumaré, consegue verbas federais, consegue financiamentos externos e tornou-se um dos mais vibrantes municípios brasileiros. Qual a diferença do PT de Hortolândia e o PT de Sumaré?

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Hortolândia está canalizando o córrego que era seu patinho feio.


Cidades

Que zona é essa: É azul? Há poucos dias, entre lojistas que tomavam cafezinho no centro da Sumaré, o sentimento exposto na conversa, exprimia de fato, que a Zona Azul ‘emergencial’ é realmente uma zona: “Eles não dependem do comércio, têm salário de marajá e quando precisam comprar alguma coisa vão para fora da cidade, são insensíveis e parecem que vivem em outro município que não Sumaré. Ahh! Como essa cidade sofre nas mãos dessa gente!”

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“É piada isso que estão fazendo. Estão tirando sarro da cara do cidadão. Primeiro, divulgaram que a Zona Azul começaria a funcionar dia 5, em sistema emergencial. Só que os talões chegaram dois dias depois. Falta pessoal, e ainda temos que ouvir dos próprios fiscais que o consumidor não precisa colocar o bilhete, porque não tem como multar. É lamentável tamanha palhaçada”. A crítica é do presidente da ACIAS, Gustavo Caron, à secretaria de Mobilidade Urbana e Rural (SEMMUR). A decisão de funcionar o sistema de Zona Azul foi tomada como medida emergencial depois das reclamações e cobranças da diretoria da ACIAS, por conta da grande movimentação de fim de ano, e porque desde o início do ano a entidade vem cobrando uma posição, tendo em vista que já era de ciência de todos o vencimento do contrato com a empresa AcPark – responsável pelo serviço nos últimos anos. Mesmo com diversas solicitações, o processo de licitação que contratará a nova empresa foi publicado com muito atraso. Por isso, a Prefeitura se prontificou a operar o sistema por um período de sessenta dias, enquanto o certame não estiver definido. “Já começaram errado. Estipularam uma data e não cumpriram. Estão usando poucos servidores, e despreparados. Alegaram que em cada esquina haveria um ponto de venda dos cartões, só que os clientes não encontram as vendedoras. Pra resumir, só estão cobrando e só arrecadando o dinheiro, porque sem talão de notificação, o serviço não funciona”, explicou Caron. Segundo Caron, pra se ter uma ideia da ineficiência do serviço, na manhã de hoje (por volta das 9h30) clientes entraram em sua loja para comprar o bilhete, porque não encontraram nenhum representante na rua. “Só temos a lamentar essa falta de respeito para conosco, os empresários, e os consumidores, que estão sendo lesados. Porque se estão cobrando e não há como notificar, estão arrecadando o dinheiro e lesando a população. Infelizmente, é isso que temos visto em Sumaré: um descaso total”, finalizou o presidente da ACIAS. A Zona Azul, quando opera eficazmente, organiza o trânsito e administra melhor as va-

gas, a fim de facilitar o dia-a-dia do consumidor. Atualmente Sumaré conta com 550 vagas sinalizadas, entre a Avenida Sete de Setembro e as transversais Antonio Jorge Chebab, Antonio do Vale Melo, Dom Barreto, José Maria Miranda, Pedro Consulin, Ângelo Ôngaro e Justino França, sendo 5% delas destinadas a idosos, e 2% a portadores de necessidades especiais. Entenda o vai e vem da Zona Azul Começo do ano, representantes da ACIAS visitaram algumas cidades ao lado do secretário de Mobilidade Urbana, João Maioral, para conhecer modelos de Zona Azul; n Em reuniões, foi discutido qual modelo deveria ser implantado na cidade; n Em junho, venceu o contrato com a AcPark – empresa responsável pelo serviço; n Mesmo sem o serviço desde junho, o edital licitatório foi publicado pelo poder público somente no dia 12 de agosto, e a entrega das propostas devia ter sido feita no dia 27 de setembro, no Departamento de Licitações e Compras, o que não aconteceu; n A publicação foi prorrogada para outubro; n A abertura dos envelopes aconteceu dia 3 de novembro, mas foi paralisada, segundo o setor de licitação, por falta de documentação; n Final de novembro, a Prefeitura anuncia que operaria o serviço de maneira emergencial a partir de 5/12; n A falta de talonário de bilhetes impediu o início do serviço dia 5/12; n

n Dia 7/12, poucos atendentes, muita bagunça por falta de experiência (já que foram pegos de vários setores, inclusive frente de trabalho); n Dia 8/12 – Presidente da ACIAS, Gustavo Caron, e o gerente executivo da entidade, Fernando Monteacutti, visitam os prováveis pontos de vendas de bilhetes juntamente com representantes do poder público; n Dia 13/ 12 – Serviço continua ineficaz, por falta de talão de notificação, e os consumidores estão sendo informados pelos próprios fiscais de trânsito que não precisam colocar bilhete, porque não serão multados.

Diretorias da Acias ao longo dos anos, entraram e saíram, se prontificaram e visitaram outras cidades onde se disciplinou a rotatividade de automóveis, trazendo várias sugestões de sucesso mas os prefeitos de Sumaré não deram atenção à cooperação.


Educação

Se você cair sete vezes, levante-se oito - Provérbio

O Bullying não acontece por acaso Bullying: a situação é grave, mas há solução à vista

Você faz perguntas a seu filho sobre a convivência do mesmo no ambiente externo da sala de aula?

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sim, certo? “É desde pequeno que se aprende ser possível vencer, ao lado do outro, os obstáculos que a vida impõe’, lembra Gisela Sartori Franco, psicóloga e especialista em Convivência Cooperativa. “A gentileza, o consenso e o diálogo, infelizmente, não são hoje ‘treinados’ em sala de aula daí a necessidade dos pais estarem atentos à rotina escolar e exigirem, nas reuniões com professores, mudanças no currículo escolar.” Eis uma sugestão de como os pais devem se comportar para ajudar seus filhos a so-

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res, supervisores e mesmo diretores. “Mas é preciso que a comunidade escolar se envolva como um todo para combater essa violência de modo a reduzir efetivamente o número e a gravidade dos casos”, adianta. Ou ainda: a situação é grave, mas há solução à vista. Faz parte dela a adoção de atitudes no ambiente escolar, caso do respeito e da generosidade, entre outras. “São palavras aparentemente vagas, mas bastante sérias... a criança hoje fica brava por muito pouco!”, aponta Nivea. E isso não pode continuar as-

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nos iis em relação a um tema tão atual e afeito a provocar dúvidas. Em sua opinião, são nas escolas maiores, onde as relações ocorrem de modo impessoal e a capacidade de controle é menor em face do número de alunos, que as possibilidades de acontecer Bullying crescem e causam apreensão. “Nessas escolas, existem hoje três grupos de alunos, os nerds, os populares e os bobos - já ouvi muita criança dizer que não pode ser nerd ou “CDF”, caso contrário, não será querida da classe", Nivea descreve. “Os bobos? Não se misturam com o resto dos alunos”. Começa, então, a funcionar uma divisão social dentro de uma grande escola típica do universo paulistano, por exemplo. O Bullying? Ele acontece, quando um desses grupos implica com um determinado aluno, a ‘crítica’ se propaga ferozmente pelas redes sociais e o caos se instala. Em especial, em casa. Porque os pais pouco ou nada conseguem fazer para ajudar os filhos, sejam eles os agredidos ou agressores, a sobreviverem ao contato com o Bullying - na opinião de Eric Debarbieux, diretor do Observatório Internacional das Violências nas Escolas, “uma das violências mais graves que o ser humano pode sofrer.” Apesar da gravidade do problema, Birgit Möbus, psicopedagoga da Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, faz questão de alertar que o Bullying é muito sensível à intervenção das autoridades - no caso da escola, dos professo-

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Fonte: educarparacrescer ala-se muito hoje em Bullying. A palavra, originária da língua inglesa, é empregada boa parte das vezes de modo errado, espécie de caldeirão onde se joga tudo de ruim que pode acontecer em sala de aula. Há crianças que sofrem, no dia a dia escolar, situações que lhes causam mal, mas que não podem ser chamadas de Bullying. Há quem veja apenas como ‘brincadeira’ o que é percebido, no outro, como agressão e razão de infortúnio. Há crianças, vítimas de Bullying, que também são entendidas como as responsáveis por esse tipo de situação - nem sempre o agressor é quem dá início a esse tipo de violência, algo que os pais não conseguem admitir, particularmente, os da criança ‘agredida’. Nove fora, a falta de informação sobre o tema é enorme, tornando o Bullying uma violência que atinge a todos, os pais incluídos. “O Bullying acontece, quando existe um movimento real contra uma determinada criança”, esclarece a psicóloga e psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo. “É uma campanha, uma perseguição contra um alvo muito bem definido.” Com mais de 38 anos de experiência no trato com alunos das mais variadas personalidades e histórias familiares, Nivea já viu de tudo um pouco. Tem, portanto, expertise de sobra para colocar os pingos


Educação

Se alguém me ofender, procurarei elevar tão alto a minha alma para que a ofensa não me chegue - Charles Dickens

Ajude seu filho a lidar com o Bullying Pretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa o tempo inteiro - e não ajudar o filho em um momento tão difícil da vida dele! Continua em nossa página eletrônica: www.ocampeao.com Leia também na página eletrônica: Como você vê seu filho em relação ao Bullying? Será que

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Com ou sem Bullying, os pais precisam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos breviverem - com saúde! - ao contato com o Bullying. Com a ajuda das especialistas Nivea Maria de Carvalho Fabrício, Birgit Möbus e Gisela Sartori Franco, destacamos outras de igual importância a seguir. n O envolvimento dos pais no dia a dia escolar é importante - eles precisam mais do que nunca entender a necessidade da educação e, em consequência, jamais se afastar da rotina dos filhos em sala de aula; n Pais precisam ser ajudados a serem pais. Porque a sociedade anda permissiva demais e eles se sentem perdidos ante essa realidade; n Não tire seu filho de imediato da escola onde sofreu Bullying: primeiro, é importante trabalhar com os professores e a direção dessa escola de modo a resolver o problema. Porque será muito importante para ele vencer o Bullying no ambiente onde foi vítima; n Se não der certo - e é preciso atenção para a evolução do problema, não deixar passar o tempo em demasia... -, recomenda-se a transferência, se possível, para uma escola preparada para dar suporte a essa criança; n Vale a pena insistir aqui no ponto ‘nevrálgico’: nem sempre o agressor é quem deu início ao Bullying, mas sim quem se faz de vítima. Ou ainda: tudo pode se resumir a uma forma (desesperada) de chamar a atenção de quem se sente excluído, marginalizado, pelos colegas de classe; n Porque a violência existe e assusta, mas o Bullying não acontece por acaso. Aliás, por ser um assunto de sala de aula, ele precisa ser tratado com ela por inteiro. Em outras palavras: os pais não devem se preocupar em proteger apenas o próprio filho, seja ele o agredido ou o agressor ou apenas testemunha desse tipo de violência; n Na reunião de pais e professores, esse

assunto deve ser tratado de modo a que todos participem - e não isoladamente, atingindo apenas os envolvidos com o caso de Bullying; n Pais devem exigir imediatamente da escola uma estratégia de trabalho que envolva o agressor, o agredido e o grupo por inteiro; n Em casa, pai e mãe precisam conversar diariamente com o filho sobre as aulas, mesmo que ele tenha uma reação negativa, do tipo “ah! que conversa chata!” etc. Claro, existe a medida adequada e ela varia de criança para criança. Mas o importante, neste caso, é criar o hábito da conversa entre pais e filhos; n Essa conversa pode se tornar um ritual a ser integrado na refeição do domingo, por exemplo. Um momento de aproveitar a reunião familiar para que cada um fale de si mesmo; n Porque não dá para usar o pretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa o tempo inteiro - e assim não ajudar o filho em um momento tão difícil da vida dele! n Às vezes, basta dizer para o seu filho, “você gostaria que alguém falasse dessa forma com você? Pois, eu não gosto, fico triste...” É importante se colocar no lugar do outro, sentir na pele que a ‘brincadeira’ feita não tem a menor graça... Brincadeira só vale quando todos se divertem - e nunca quando acontece à custa de outro. Isso é fundamental e os pais devem trabalhar essa questão, conversando com seus filhos desde a infância; n Sem essa troca de informações entre pais e filhos, uma situação de Bullying pode já estar ameaçando o cotidiano escolar - e nenhum adulto se deu conta dos sintomas dessa violência no comportamento da criança e/ou do jovem. Que se mostra mais irritadiço e angustiado, inventando desculpas para não ir à escola etc.

seu filho já foi vítima de Bullying? Será que ele já foi o agressor? Ou será que é daqueles que fica em cima do muro, achando tudo normal? Junto, um teste laborado pela psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo.


Educação - I

O Bullying não acontece só na escola Pais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas n É na conversa com o filho que os pais vão perceber o porquê da agressividade e da insatisfação, orientando a buscar outras formas de se expressar. Se os pais não souberem fazê-lo, não há razão de constrangimento ao contrário, devem pedir ajuda a quem foi treinado para isso, na escola; n Se os pais perceberem que o filho está de fato sofrendo algum tipo de ‘pressão psicológica’ no ambiente escolar, precisam informar professores e direção da escola para que a questão seja tratada de modo cuidadoso o quanto antes!

n n Atenção: o Bullying pode acontecer não apenas no ambiente escolar, mas também no bairro. É quando o seu filho pode não ser aceito pela turma por se recusar a beber ou fumar. Seja qual for a situação lembrem-se: uma das estratégias fundamentais na luta contra essa forma de violência é a aliança entre pais e escola.

n Muitas vezes a escola não sabe que está ocorrendo uma situação de Bullying até porque ela acontece fora da sala de aula e, portanto, longe do olhar do professor. Mesmo sem provas, é importante intervir. Atenção: a escola é a autoridade na relação entre alunos - e não os pais!

O respeito às diferenças precisa ser exercitado diariamente no ambiente escolar. Os pais devem exigir que os professores de seus filhos trabalhem nessa direção em n

n Pais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas. Quem pensa só em defender, se esquece que ninguém é santo, muito menos o próprio filho;

n Cabe aos pais darem o maior número de instrumentos necessários para os filhos terem sucesso. Entretanto, como eles vão usá-los, bem, isso já não é mais responsabilidade paterna. E o problema está aí: os pais se sentem culpados de verem os filhos fazerem tudo errado e, com a pressão da culpa, não conseguem mais ajudar.

Será que seu filho já foi vítima de Bullying? Será que ele já foi o agressor? Ou será que é daqueles que fica em cima do muro, achando tudo normal? Descubra neste teste elaborado pela psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo 08 08

Ao se compilar os resultados do teste desenvolvida pela psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, nota-se que o mesmo é complexo, sofisticadamente simples. Assim, para se tirar o melhor proveito do mesmo, visto que o tema envolve todo o universo familiar, sugerimos acesssar o conteúdo no original para não se perder vírgula: http://educarparacrescer.abril.com. br/comportamento/testes/como-voceve-seu-filho-em-relacao-ao-bullying. shtml?perg=13

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Pais não são amigos dos filhos, mas sim pais. E, nesse papel, precisam orientar. Não podem confundir o papel, até porque a criança precisa ter no pai e na mãe uma figura de autoridade, pessoas que inspiram confiança e representam um porto firme para ela; n

n Os pais se consideram responsáveis pelas vidas dos seus filhos, quando são, na verdade, responsáveis até a página 50 - daí pra frente ou mesmo antes disso, os filhos vão fazer o que lhes dão na veneta... O sucesso não depende mais dos pais, mas sim deles próprios;

Como você vê seu filho em relação ao Bullying?

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n Com ou sem Bullying, os pais precisam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos, eles não podem ter liberdade total no exercício dessa atividade - os pais devem ter acesso às redes sociais do filho como espectadores, jamais devem participar!

n Quando os pais percebem que seus filhos são autores de Bullying ou mesmo testemunhas desse problema no ambiente escolar, devem conversar abertamente com eles a respeito e, ao mesmo tempo, pedir ajudar à escola. Porque quem é autor ou testemunha desse tipo de violência também está sofrendo e precisa ser cuidado!

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n Pais e professores precisam se unir para ensinar às crianças e aos jovens a serem assertivos - ou seja, saberem se expressar de modo positivo quando algo os incomoda, fazendo o outro entender que há limites que não podem ser ultrapassados;

n É recomendado que se faça uma dinâmica de grupo com os alunos da classe onde ocorreu um caso de Bullying, conversar individualmente sobre o problema, verificar em que estágio a campanha de Bullying se encontra disseminada na rede social e, se necessário, coibir o uso da rede por um tempo determinado;

n Tentar despertar coragem no filho com a frase “não leve desaforo para casa!”, impondo respeito na base da agressão, é o pior que se pode fazer a uma criança indefesa. Não é com esse ‘troco’ que se constrói um ambiente de solidariedade entre os colegas;

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n O Bullying é resultado de uma relação interpessoal em desequilíbrio. Há, portanto, de se cuidar dos dois lados envolvidos - existe um problema de autoestima a ser trabalhado, tanto em relação ao agressor quanto ao agredido; n Cada escola tem a sua maneira de agir, mas o que se espera é que ela seja parceira dos pais do aluno que é vítima de Bullying - e também daquele que é entendido como agressor. O ideal: aproximar as duas famílias de modo a envolvê-las na solução do problema. Porque todas elas são perdedoras em uma situação de Bullying;

sala de aula de modo a que uma situação de Bullying não volte a acontecer entre os alunos. Que não precisam ser amigos, mas sim precisam se respeitar um ao outro;

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n O Bullying é muito sensível à intervenção das ‘autoridades’, ou seja, dos professores, supervisores e até mesmo diretores. Em especial, quando desperta o envolvimento da comunidade escolar como um todo no combate a essa violência;

COMPORTAMENTO


Almanaque

As coisas que queremos e parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica - Mahatma Gandhi

O cerrado e o futuro desse bioma O Cerrado é caracterizado por vegetação com árvores baixas, de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de ár-

vores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país. Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios. Originalmente ele recobria 200 milhões de hectares, um quarto do território nacional. O cerrado é fundamental para a preservação das nascentes dos rios, pois ele recobre as cabeceiras, retendo a água. Quando há desmatamento nessas áreas, a água se infiltra nos solos mais rapidamente. Com a destruição do cerrado pode também ocorrer um desequilíbrio ecológico prejudicial à própria agricultura, com o aumento do número pássaros predatórios, tais como as pombas avoantes, infestação de insetos pois, com a destruição do cerrado desaparecem também seus habitantes naturais. O lobo guará, por exemplo, come ovos e filhotes das pombas e certos pássaros se alimentam dos insetos, garantindo o equilíbrio. Fontes: http://www.clubedasemente.org.br/sabia.html

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http://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm

Estima-se que 10 mil espécies de vegetais vivam no Cerrado. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas - esse o grande problema do cerrado brasileiro.


Comportamento

Seja leal para consigo mesmo. Não altere o seu comportamento apenas para contentar os outros - Yogaswami

“Conheci meu pai no dia do meu casamento” ‘Ele chegou, e eu estava começando a me arrumar para o casamento. Mas não quis saber. Parei tudo e fui ao encontro dele. Quando a gente se viu, caímos no choro’

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turma que não tinha pai. Foi aí que comecei a pressionar mais minha mãe, porque não tinha para quem dar presente no Dia dos Pais e fazer as coisas que os colegas faziam. Nessa data, ficava muito triste e me sentia excluída. Minha mãe me dizia para levar o presente para ela. E, sempre que eu perguntava sobre ele e pedia para a gente tentar procurá-lo, ela falava que só sabia o nome dele, Divino Aparecido da Silveira, e a profissão, engenheiro civil. Acho que tentava me proteger ao máximo, com medo de que eu o procurasse e acabasse me magoando ainda mais. Com o tempo, deixei essa história de lado. Quando completei 15 anos, porém, comecei a sentir muita falta de ter um pai e surgiu uma fixação por conhecê-lo. Certa vez, eu e uma amiga passamos um dia inteiro olhando listas telefônicas do Brasil todo. Não conseguimos nada. Mas era assim: eu mexia no assunto e, depois, esquecia por um período. Quando tocava no assunto com minha mãe, ela me de-

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arie Claire em

Carta publicada na M março de 2009

sanimava dizendo que ele nem acreditaria naquela história e eu acabaria me machucando. No entanto, a vontade de conhecer meu pai só cresceu com o passar dos anos. Quando fiz 19 anos, um dos meus tios morreu e isso mexeu muito comigo, porque ele nunca tinha se casado e nem tido filhos, então morreu sozinho. Quando pensava que isso podia acontecer com meu pai, porque ele poderia não ter se casado e não sabia da minha existência, ficava desesperada. Trabalhava em uma empresa de telecomunicações quando minha amiga Patrícia, colega de trabalho, me chamou no computador para ajudá-la a achar uma pessoa que ela estava procurando. Achei impossível. 'Como você vai achar alguém de quem só sabe o nome?' A resposta foi a tal frase que mudou minha vida. Naquele momento, algo acendeu dentro de mim e resolvi contar minha história para ela. Como eu estava saindo de férias, ela me prometeu que encontraria o meu pai e, quando eu voltasse, me daria o telefone dele. Quando retornei, um mês depois, encontrei debaixo do meu teclado um papel com as anotações do que ela tinha descoberto: endereços e telefones da casa e do escritório dele. Fiquei paralisada, não sabia o que fazer. Decidi ligar para minha tia e contar que havia encontrado meu pai. Imediatamente, ela disse que ligaria para ele para contar tudo. E foi o que fez. Mas, antes, telefonou para minha mãe para pegar mais informações sobre meu pai. Ela ficou morrendo de medo do contato com ele, porque sempre pensou que ele iria me rejeitar, mas não nos impediu de telefonar. Logo no início da conversa com meu pai, minha tia confirmou os dados que já sabíamos. Perguntou o nome e a profissão dele e se tinha morado em Uberlândia em 1979. Sim, tudo batia. Confirmadas essas informações básicas, ela não fez rodeios: contou que, do relacionamento que teve na época com minha mãe, havia nascido uma filha. >>> Surpreendentemente, ele nem chegou a duvidar da história. Já quis logo saber mais sobre mim e até deixou escapar que sempre quis

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firmou a gravidez, minha mãe entrou em desespero. Não sabia quase nada sobre ele, nem de onde era. Ela só lembrava do nome dele e da empresa em que ele trabalhava. Minha mãe contou tudo à família dela, inclusive que não tinha feito sexo de verdade. Mas ninguém acreditou. Imagina só! Grávida e virgem? Para eles, era impossível. Sempre que alguém perguntava sobre o pai, ela contava a história verdadeira. Ninguém acreditava. Mesmo depois de ter passado por um ginecologista, que constatou que ela ainda era mesmo virgem e explicou que era possível engravidar daquela maneira. Conforme fui crescendo, comecei a perguntar pelo meu pai. Embora ficasse numa situação difícil, minha mãe nunca mentiu pra mim ou inventou nada. Sempre fez questão de explicar exatamente o que tinha acontecido: 'Olha, filha, a mamãe e o papai tiveram um namoro muito rápido e, um dia, nós estávamos namorando no carro, aconteceu uma coisa e eu fiquei grávida. Depois, ele foi embora e eu nunca quis procurá-lo'. Ela tinha uma maneira lúdica de me contar aquela história. Dizia que eu tinha sorte, porque era a única criança que tinha uma 'mamãe 2 em 1' (pai e mãe ao mesmo tempo). Eu adorava ouvi-la falar daquilo, porque era um momento em que ela se abria para mim, falava como era meu pai e o quanto meus olhos pareciam com os dele. Quando entrei na escola, era a única da

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os 25 anos, a publicitária Meyriele Figueiredo nunca tinha visto o rosto paterno, nem em foto. Pior: como viveu um namoro rápido com a mãe dela e nunca foi avisado da gravidez, ele sequer sabia da existência da filha. ‘Meyriele, eu consigo achar todo mundo na internet.’ Essa frase foi dita pela minha amiga Patrícia, que ajudou a realizar o maior sonho da minha vida: encontrar meu pai biológico. Era início de 2004. Márcia, minha mãe, e Divino, meu pai, se conheceram em 1979, em Uberlândia, interior de Minas Gerais. Ela tinha quase 20 anos e era uma moça 'de família'. Ele estava com 29 e era engenheiro civil recém-formado. Estava na cidade a trabalho. Os dois se conheceram em um barzinho. Se encontraram mais algumas vezes e começaram a namorar, mas nada sério, muito por ciúme do meu avô. Mas, escondidos, eles 'ficaram' durante oito meses. Os dois sabiam que, quando a obra em que meu pai trabalhava terminasse, aquele romance também acabaria. Quando ele foi embora, até pediu que ela fosse com ele. Por medo ou porque não teve vontade, ela não quis. Um mês e meio mais tarde, minha mãe descobriu que estava grávida de três meses. Como tinha uma menstruação muito desregulada, nem desconfiou da gravidez enquanto Divino ainda estava na cidade. Curiosamente, meus pais nunca tiveram uma relação sexual completa, apenas 'brincadeiras'. Quando con-


Comportamento

Lamentar o passado é correr atrás do vento - Provérbio

“Conheci meu pai só no dia do meu casamento” (continuação) ‘Saí de férias e uma amiga, que sabia de tudo, achou meu pai na internet. Quando voltei e encontrei o telefone dele, tive medo de ligar. Uma tia fez o primeiro contato’

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ter mais uma filha. Meu pai morava em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, estava casado e tinha quatro filhos, só uma menina. Tinha combinado com minha tia, antes de ela ligar, que, caso ele se interessasse em me conhecer, deveria me ligar. Com medo de sofrer frustrações e decepções, pensava que se ele não quisesse me ligar, aquela história acabaria ali e simplesmente tiraria tudo da cabeça. Demorou uns 15 dias para ele me ligar. Fiquei bastante angustiada com a demora. Pensava que ele podia não ter interesse em me conhecer ou tivesse dúvida se eu era mesmo filha dele. Também não tinha certeza. Um dia, estava a caminho da faculdade e meu celular tocou. Pelo código de área do telefone que apareceu no visor, soube que era ele. 'Atendo ou não atendo?', pensei. Depois de alguma hesitação, atendi. Ele logo se apresentou e perguntou se eu sabia quem ele era. Fiquei encantada. Ele parecia realmente se importar comigo! Com aquela atitude, ele me fez ver que era um homem diferente e meu medo de ser renegada não fazia sentido. Depois daquele contato, começamos a nos falar muito por telefone. Ele sempre me ligava e parecíamos querer tirar todo o atraso das conversas que não aconteceram por anos e anos. Contávamos tudo um para o outro. Mas, ao mesmo tempo que ele dizia o quanto queria me conhecer, falava que, por enquanto, nossa história deveria ser mantida em segredo porque não sabia como a esposa dele iria reagir. Ele queria preparar a família dele primeiro.

Tanto que, quando o convidei para ir à minha formatura da faculdade de publicidade, ele disse que achava que a família dele não reagiria bem e recusou o convite. Fiquei chateada, mas entendi o lado dele. No período em que nos falávamos por telefone, meu pai me contou que, na mesma época em que ele namorou minha mãe, teve outro filho em Uberlândia, uma informação que havia sido confirmada por meio de um teste de DNA. Não me importei nem um pouco com o fato de ele ter tido outra simultaneamente à minha mãe. Isso é problema deles! Meu pai me deu o número do meu irmão e nós começamos a conversar. Adorei saber da existência dele! Como ele é só seis meses mais velho do que eu, nos demos bem de cara. Até hoje ele vem em casa e a gente se fala muito. A relação dele com meu pai também é ótima. Na época em que soube disso, como já vinha falando com meu pai havia um tempo e ainda não possuíamos nenhuma prova concreta que eu era mesmo filha dele, tive a ideia de ligar no laboratório que fez o exame de DNA desse filho para saber se meu pai precisaria comparecer de novo para coletar material caso eu quisesse fazer um teste também. Eles disseram que não, que eu só precisaria de uma procuração dele. Fiz o teste no fim daquele mesmo ano de 2004 e a paternidade foi confirmada com 99,99% de certeza. Desde os 16 anos, namorava o Luis Cláudio, dez anos mais velho. Àquela altura, já tínhamos marcado a data do nosso casamento:

26 de fevereiro de 2005. Decidi convidar meu pai. Antes de começarmos os contatos telefônicos, sempre pensava nesse dia com um pouco de tristeza, porque não teria ninguém para entrar na igreja comigo. Meu pai aceitou o convite de cara e disse que viria mesmo que a família dele não viesse. No dia do meu casamento, estava ansiosa demais: não sabia se ele viria mesmo ou não. Todo mundo que sabia da história me perguntava isso e eu não tinha o que responder. Avisei a todos que se ele não viesse, entraria sozinha e com ele no coração. Faltavam cinco horas para a cerimônia e estava indo para o salão de beleza me arrumar quando ele me ligou dizendo que estava em Uberlândia. Fiquei tão feliz que saí correndo para o hotel. Naquele momento, não passava nada pela minha cabeça, eu só queria conhecê-lo. Cheguei ao hotel com o coração batendo muito forte, saindo pela boca. Estava explodindo de ansiedade. Foi o momento mais emocionante da minha vida. Subi no elevador sem saber o que aconteceria nos segundos seguintes. Só tinha certeza de que seria ótimo. Afinal, durante os dois anos em que nos falamos por telefone, ele sempre tinha sido muito carinhoso. Quando o elevador parou no andar certo e a porta se abriu, dei de cara com ele. Nós dois nos abraçamos forte e choramos. Como já estava chegando a hora do meu casamento e eu nem estava pronta ainda, tive que correr para me arrumar. Nem deu tempo

de ensaiar a entrada com ele. Depois da cerimônia, conversamos bastante. Ele voltou para o Mato Grosso do Sul na mesma noite. Passei uma semana em lua de mel e, quando voltei, a mulher do meu pai tinha me convidado para passar um tempo na casa deles. No dia seguinte, arrumei as malas e fui. Lá, eu conheci toda a família e os amigos dele. Era como se tivesse nascido um bebê, porque todo mundo queria ir a casa dele conhecer a filha que tinha chegado. Para que minha relação com meu pai desse certo, contou o fato de o amor e a paciência sempre terem falado mais alto. Ele e eu nunca impusemos condições para que nossa história desse certo. Com o tempo, fomos percebendo que há muitas semelhanças entre nós. Além dos olhos, que minha mãe sempre dizia, tem a testa, a nuca e o temperamento 'bonzinho', sensato e analítico que nós dois temos. Até o gosto pelas mesmas comidas, acredita? Eu gosto de quiabo, que nem todo mundo gosta, e ele também. Conhecer meu pai foi um dos dois maiores presentes da minha vida. O outro eu ganhei no ano passado: chama Pedro e é meu filho.'n Você também tem uma experiência para contar? Escreva para Marie Claire, 'Eu, leitora', av. Jaguaré, 1.485/1.487, Jaguaré, São Paulo, SP, CEP 05346-902, ou para o e-mail: euleitora@ edglobo.com.br. Mande endereço e telefone. Só publicamos histórias VERÍDICAS. Se for necessário, omitiremos seu nome.


Mercado

Se fores paciente em um momento de raiva, escaparás de cem dias de tristeza - Provérbio

Lojas Muts e o bom 2011 O Campeão - Quem começou e quando foi fundada a Muts? Eduardo - A Muts foi fundada por meu pai, Helmut Arthur Nimtz, em 1988. - Quantos funcionários a Muts possui? A Muts tem 2 lojas - Sumaré e Nova Odessa, com um total de 27 colaboradores. Em dezembro chega a 40 pessoas. - Há quanto tempo a Muts está no mercado? Eduardo - A Muts está em Sumaré há 23 anos e Nova Odessa a 2 anos. - Novembro é mês de aniversário da Muts, o que o cliente encontrou de especial na comemoração dessa data? Eduardo - Em todos aniversários das lojas há presentes para os clientes - este ano: na compra de 2 pares o 2.º par teve 50% de desconto. - Como foi 2011, e qual a expectativa de vendas para esse final de ano? Eduardo - O ano de 2011 foi um bom ano para a Muts, que vem crescendo e sempre ganhando novos clientes pelo bom

atendimento. Procuramos sempre fazer tudo para que o nosso cliente saia satisfeito. E com um “descontão” no final do ano pretendemos dar ainda mais satisfação a nossos clientes. - Quais são os projetos para 2012? Eduardo - A Muts é uma empresa familiar que foi passada de pai para filho, focando sempre os melhores produtos com o melhor preço da cidade e sobretudo bom atendimento. Sabemos que não há espaço no jornal para agradecer nossos funcionários que são nossa grande motivação junto aos consumidores, e também citamos Luiz, gerente da loja em Nova Odessa e Patricia, responsável pela unidade de Sumaré sempre estão pelas lojas para completar nosso esmerado atendimento. - Sua mensagem final. Eduardo - A Muts deseja a todos os clientes um Natal cheio de paz e alegria com suas famílias. Um Ano Novo com esperança renovadas e muitas conquistas, enfim um novo ano, uma nova chance para acertarmos! Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Entrevistado: Eduardo Nimtz, executivo das lojas Muts

Bebida e Utopia

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dicas e religiosas antigas e modernas, este livro apresenta um debate a respeito do significado da bebida, seus efeitos, sua relação com o divino ou com a história de uma sociedade. O professor de história moderna da USP Henrique Carneiro discute também a tensa questão da abstinência, do excesso e da temperança, que resultaram na procura de um ponto de equilíbrio e moderação por meio de normas, regras, leis, pedagogias e etiquetas sobre como beber adequadamente.

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Por que os padres jesuítas, que eram contra o consumo de bebidas alcoólicas, se eles controlavam a destilação? De que modo a sociedade islâmica se posicionava frente à questão do consumo de haxixe? Esses e outros temas foram abordados por Henrique Carneiro no livro Bebida, Abstinência e Temperança, publicado pela Editora SENAC São Paulo. O autor é professor no Departamento de História da USP. A partir de comparações entre diversas fontes filosóficas, mé-


Empreendedorismo

Do sublime ao ridículo não há mais que um passo - Napoleón

Para quê carta de referência? Acostume-se a pedir vos referência para seus no funcionários

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“Meu funcionário foi filmado surrupiando mercadorias. Que decepção! Era pessoa de confiança...” “Ciclano era uma maçã podre no ambiente e chegou a ponto que ele próprio se queimara junto à equipe e, desconfortável, pediu ao patrão para mandá-lo embora. Um ano depois, eis que o patrão recebe intimação de ação trabalhista reclamada por esse mesmo ciclano. Algum tempo depois desse constrangimento na Justiça, eis que esse ciclano, sem usar óleo de peroba na cara, liga para o expatrão que ele levara à Justiça, pedindo ao mesmo uma carta de referência...” As poucas linhas acima foram comentadas por um próspero empresário de Nova Odessa sugerindo, como é hábito na capital, para evitar dores de cabeça mais tarde, que os empreendedores da região adotem o simples hábito de pedir informa-

ção (sigilosa, sem constrangimento) que bem poderá evitar possíveis dores de cabeça no futuro. Que bom vendedor não conhece sua região com suas virtudes e suas mazelas? O Campeão ouviu de um prestador de serviços na Av. Rebouças, em Sumaré, o seguinte depoimento: “Sempre tive dificuldade para conseguir mão-de-obra técnica. Há pouco, um novo funcionário que atendeu a todos os requisitos estava a instalar um equipamento quando meu tradicional fornecedor passou pela oficina e viu esse novo contratado a trabalhar. 'O quê esse moço está fazendo aqui?', perguntou ele. 'É meu novo funcionário, respondi'. 'Deus do céu! Vá à Polícia e peça a ficha corrida dele, é melhor para você. Atualmente a ficha dele deve dar uns dois metros de comprimento só de ocorrências...', afirmou o vendedor.”


Uma vez na vida você precisa passar

Esse prédio abriga a administração, restaurante, centro de eventos, salão de festas, centro cultural, editora, e alguns departamentos anexos

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Martius e sua obra-prima Flora Brasiliensis’, relembra Takeo. Hoje, Lorenzi mantém uma equipe - composta por um assistente e dois botânicos - para as expedições pelo Brasil. Juntos, percorrem até oito mil quilômetros a cada viagem de pesquisa, cruzando o país. Ao longo dos anos, além do árduo trabalho de pesquisa, a equipe se orgulha de suas descobertas. Uma das mais importantes foi o encontro de um exemplar da raríssima pau-santo, na Serra da Bodoquena, no Pantanal, após quinze anos de buscas. A árvore surge frondosa e solitária em uma fotografia presente na última página do segundo volume. O agrônomo acredita que o país tenha centenas de espécies nativas a desvendar. Grande parte delas, pelo risco de extinção, certamente não será vista em seus livros. ‘O Cerrado é a região mais ameaçada pelas queimadas e cultivos agrícola e pecuário e, nas cidades, 80% das árvores ainda são exóticas’, ressal-

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mente as diferenças entre o abacateiro-roxo e o abacateiro-do-mato, por exemplo. O conteúdo de todas as publicações é extraído dos 60 mil quilômetros que o autor percorre por ano, da Amazônia ao Pantanal, dos Pampas ao Nordeste – muitas vezes voltando aos mesmos lugares várias vezes para monitorar uma espécie. Outro ponto que engrandece a obra é o cuidado na identificação das árvores. Segundo Lorenzi, algumas pesquisas tomaram até 15 anos valendo-se de consultas a herbários na Europa. ‘A maioria de nossas plantas foi descrita por europeus nos séculos 18 e 19, nas expedições naturalistas’, conta o agrônomo, formado pela Universidade Federal do Paraná e com pós-graduação pela Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos. ‘A primeira geração da escola botânica brasileira surge apenas na década de 70. Até então uma das poucas referências era o estudo do pesquisador alemão Carl Friedrich Philipp von

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Mais do que referência no estudo e na preservação da biodiversidade, a coleção foi a primeira a aproximar o leigo do conhecimento da flora arbórea do nosso país. Em vez de uma linguagem academicista e hermética, própria dos trabalhos científicos, Lorenzi produziu livros fáceis de ler e de consultar. Assim, o leitor tem à sua disposição informações e imagens que auxiliam na identificação da espécie, sempre com seis fotografias coloridas: planta adulta, flor, fruto, semente, madeira natural e tratada. Acompanhando as imagens estão textos objetivos sobre o habitat da árvore, sua utilidade, quando floresce, quando os frutos amadurecem, além de como colher as sementes e fazer as mudas. Abaixo da nomenclatura científica, ficam os nomes populares pelos quais a planta é conhecida. E também dá para saber como ela é chamada conforme a região do país. Os três livros contemplam muitas espécies da mesma família, o que permite que o leitor compare rapida-

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revelação de que Nova Odessa sedia uma unidade científica de renome é surpresa para a maioira de seus moradores. Há pouco, cidadão novaodessense se surpreendeu com representação do Jardim Botânico Plantarum sw Nova Odessa, na megafesta do verde promovida anualmente em Holambra. Essa entidade foi criada sem alarde e apenas 13 anos depois a mídia veio a descobri-la. Digase, mídia local pois há muito seu idealizador, Henry Lorenze já é tema de importantes veículos de comunicação tais como National Geographic ou Planeta Sustentável, que publicou em outubro de 2010 o seguinte: “Quando trabalhava na Copersucar, a Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, nos anos 80, o engenheiro agrônomo Harri Lorenzi era responsável por recompor , com mudas nativas, as matas ciliares geralmente destruídas pelas queimadas da cana nas bordas dos canaviais. Recorria a viveiros para obter as mudas, mas a busca era difícil: só encontrava espécies exóticas. Passou, então, a coletar sementes na natureza para produzir e estudar o comportamento das mudas nos terrenos das usinas. Não ficou apenas nisso. Assim, Lorenzi começou a identificar cientificamente e a fotografar cada pé de árvore, além da flor e do fruto que ela produzia. Percebendo a ausência de publicações compreensíveis sobre o assunto, decidiu organizar seu material em forma de livro. Após dez anos de pesquisa, surgiu o primeiro volume da coleção Árvores Brasileiras, um divisor de águas da literatura botânica nacional. Hoje, com três volumes – o último lançado no fim de 2009 – de quase 400 páginas cada, reúne 1056 espécies. ‘Fiz porque era uma paixão. Hoje, tenho prazer ao ver que a obra contribuiu para o conhecimento e a preservação das árvores brasileiras’, afirma o catarinense de 61 anos, dono do Instituto Plantarum, que mantém, entre outras coisas, um jardim botânico em Nova Odessa (SP). ‘Até então, os livros da área traziam apenas desenhos em nanquim, com os aspectos morfológicos da planta, o que é interessante para um botânico, mas, para o leigo, muito difícil de entender’, completa o professor e pesquisador do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo (IBUSP), Paulo Takeo Sano.

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“Um pedaço do Paraíso na Terra”, escreve um extasiado visitante


pelo Jardim Botânico Plantarum Plantas Arbóreas Nativas do Brasil pode ser adquirido por R$ 110, mais frete de entrega, pelo site do Instituto Plantarum, ou nas grandes livrarias do país por cerca de R$ 140.”

Jardim Botânico Plantarum é aberto ao público Pessoas interessadas no universo botânico podem desfrutar de um centro de referência em flora brasileira, situado em Nova Odessa O Jardim Botânico Plantarum foi aberto ao público no dia 12 de novembro e oferece uma área visitável de 80 mil m2, equipada com estacionamento interno arborizado, restaurante, lanchonete, empório e centro de eventos. Na área de visitação não há degraus, o que torna agradável a visita de pessoas com mobilidade reduzida ou com carrinhos de bebê. Além dos mais de 4,6 km de acessos pavimentados e também é permitido andar no gramado!

No acervo botânico vivo do Jardim Botânico Plantarum se encontram exemplares de mais de 3600 espécies de plantas.

Só de arvores nativas do Brasil, são mais de 800 espécies. Pode-se apreciar a vitória-régia (Victoria amazonica), emergindo no Lago da Ninfa. Dali a poucos metros encontra-se a raríssima Butia leptospatha, considerada uma das menores palmeiras do mundo. Entre jardins temáticos, lagos, canteiros floridos e bosques, vários caminhos sinuosos levam os visitantes a descobrir as muitas curiosidades do reino vegetal.

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ta. Mas as pesquisas não param. Enquanto o leitor lê esta resenha, provavelmente Lorenzi e sua equipe estão em busca de mais uma espécie desconhecida, juntando a paisagem ancestral que se espalha pelo país em pedaços cada vez mais esparsos. Árvores Brasileiras - Manual de Identificação e Cultivo de

O circuito de visitação também é repleto de tecnologias de impacto ambiental positivo, tais como: captação e uso de água de chuva para regar as plantas, aproveitamento de resíduos de construção para cultivo de plantas rupícolas, compostagem e cobertura de canteiros com matéria orgânica vegetal triturada, edificações sustentáveis com arejamento e iluminação natural e uso de materiais de demolição e madeira certificada. O projeto foi idealizado a partir de 1990, por iniciativa do engenheiro agrônomo e botânico brasileiro Harri Lorenzi. O pesquisador percorreu por mais de 30 anos, a maior parte dos

ecossistemas da América do Sul, em expedições científicas destinadas ao conhecimento e à conservação das plantas ameaçadas de extinção. Como resultado de seu trabalho, Lorenzi diz: “Realizo expedições de prospecção botânica no Brasil desde 1970. Após todos esses anos vivenciando a destruição dos biomas, me senti motivado a apresentar ao público o acervo botânico vivo, fruto de minha pesquisa. Espero que o conhecimento e o trabalho desenvolvido por nossa equipe colaborem para reduzir a degradação ambiental e a perda irreparável das espécies vegetais”. Em 2007, com um grupo inicial de 16 associados foi fundado o Jardim Botanico Plantarum, que é uma associação sem fins lucrativos dedicada à educação, pesquisa e conservação da flora brasileira. Hoje, com mais de 60 associados, a instiuição é responsável pela conservação de dezenas de espécies de plantas ameaçadas, identificação de novas espécies vegetais, intercâmbio de material propagativo com outros jardins botânicos, publicações científicas e apoio técnico em projetos conservacionistas. A partir de sua abertura ao público, a instiuição inaugura também o Programa de Educação Ambiental, com o objetivo de sensibilizar as pessoas para a importância da conservação das plantas e o uso parcimonioso dos recursos ambientais. Nesse sentido foi elaborada uma exposição de plantas raras floríferas e insetívoras, aberta aos visitantes no Centro Cultural. “Nosso projeto político pedagógico contempla a realização de várias oficinas e eventos durante o ano. Já iniciamos o agendamento para visitas escolares e trilhas interpretativas guiadas, destinadas aos grupos de interesse específico sobre os projetos desenvolvidos”, explica José André Verneck Monteiro, integrante do Grupo de Educação Ambiental JBP. O Jardim Botânico Plantarum foi inaugurado no dia 11 de novembro. Na cerimônia, além da equipe e dos associados, compareceram o Deputado Estadual Cauê Macris, o Prefeito de Nova Odessa Manoel Samartin, Vereadores e convidados. Serviço: Jardim Botanico Plantarum Avenida Brasil, 2000 – Nova Odessa Visitação: quinta-feira a domingo e feriados, de 9 às 17 horas. Ingressos: R$ 20,00 (meia entrada para estudantes, professores e maiores de 60 anos).Telefone: 19 3466 5587 Informações: www.plantarum.org.br


As ideias não são responsáveis por aquilo que os homens fazem delas - Werner Karl Heisenberg

Memória

Carlos Botelho e Nova Odessa

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Nessa época a maior imigração era de italianos. Para exemplificar a importância que tinha o movimento de imigrantes, citamos o fato do governo da Itália começar a dificultar a emigração para o Brasil, canalizando-a para as suas possessões na África. Carlos Botelho convidou o cônsul da Espanha para visitar os núcleos coloniais e as terras disponíveis, com vistas a atrair imigrantes espanhóis, o que logo conseguiu em larga escala. Isso criou tal ambiente

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lho assumiu a Secretaria da Agricultura, era política vigente a criação de núcleos coloniais para imigrantes de mesma origem étnica. O governo tinha por norma comprar terras de particulares e, dividindo-as em lotes, revendê-las aos imigrantes, a prazo de cinco anos. Num despacho de Carlos Botelho, de 1º de julho de 1905, lê-se: “interessa ao governo, somente as propriedades à vista das estradas de ferro e de grande extensão.”

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No Brás, começo do século XX, o albergue que acolhia os emigrantes que posteriormente eram encaminhados para as colônias no interior do Estado.

trato com a companhia de navegação Royal Steam Packet Company, para esse efeito. E em maio já chegavam a Santos e a Nova Odessa (Pombal) os primeiros onze russos. (Relatório da Hospedaria dos Emigrantes do mês de maio de 1905 – Arquivo do Estado-São Paulo. Ordem 4680). Paralelamente, no Brasil Carlos Botelho, em fevereiro de 1905 providencia a compra da primeira fazenda do novo núcleo, a Fazenda Pombal, cuja escritura foi lavrada em 11 de março. Em seguida foram estabelecidas as bases para a instalação do novo núcleo, demarcados os lotes e, a 23 de maio de 1905, criado oficialmente o NÚCLEO COLONIAL NOVA ODESSA, pelo decreto nº 1286. A primeira referência a “camaradas russos” trabalhando no Núcleo é o dia 29 de maio, e encontra-se no “diário” mantido pelo administrador, Cândido de Albuquerque. (Arquivo do Estado-São Paulo, ordem 4681). Também na prestação de contas do Núcleo, do mês de maio, encontramos o pagamento feito a seis trabalhadores, cujos nomes são obviamente russos e de origem judaica. (Arquivo do Estado-São Paulo, ordem 7196.

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Durante três séculos o Brasil viveu quase que exclusivamente da mão-de-obra escrava, de origem africana. No início do século passado, ativou-se um movimento mundial de repúdio à escravidão, que viria modificar toda a estrutura de trabalho no mundo ocidente. O Brasil, em 1870, era o único país que ainda não abolira a escravatura. Dentro desse contexto, o governo brasileiro logo começou a incentivar a vinda de imigrantes estrangeiros, não só para substituir o “braço escravo”, mas também como forma de apressar o desenvolvimento da agricultura no seu imenso e pouco explorado território. Sempre algum fator político, econômico ou social afetava outros países ou regiões, originando um movimento emigratório, o Brasil procurava atrair esse fluxo para as suas terras. Assim vieram os suíços – alemães, os alemães, os norteamericanos, os italianos, poloneses, russos, húngaros, letos e outros. Em 1904, quando Carlos Bote-

na Itália que obrigou o governo Italiano a reconsiderar sua decisão e a levantar as restrições impostas. No caso de Nova Odessa, deu-se o fato de estar havendo um grande movimento migratório na Rússia, em razão de graves conturbações políticas e sociais. Como resultado dos reveses militares da guerra russojaponesa (1904/1905), agrava-se a situação interna da Rússia. Em janeiro de 1905, a fuzilaria do “domingo vermelho” destruiu a confiança do povo no Czar. Greves, motins, revoltas e atentados se sucedem. Milhares de famílias russas abandonam o país e espalham-se por toda a Europa. Muitos emigram para os Estados Unidos. Carlos Botelho logo instruiu o seu auxiliar e amigo Augusto Ferreira Ramos (que estava em Nova York em missão do governo), para estudar a possibilidade de canalizar parte desse movimento para o Brasil. Em princípios de março de 1905, Augusto Ramos assistia em Nova York o desembarque de imigrantes russos, que lhe causaram ótima impressão. Ainda em março, em Londres, informava-se sobre a melhor forma de trazer esses colonos. Em 13 de abril, assinava con-

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Os bastidores políticos que antecederam a fundação de Nova Odessa


Em algum lugar do passado

As perguntas não são nunca indiscretas. As respostas, as vezes sim - Oscar Wilde

A sesmaria onde nasceu Sumaré - III

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Em duas edições passadas trouxemos a esta coluna, dados sobre a origem de Sumaré: Em meados do século XVIII, surge nesta região a Vila de São Carlos das Campinas. Ao seu redor vão surgindo as sesmarias, grandes porções de terras incultas e devolutas que o governo imperial concedia a pessoas que gozavam de prestígio pelo império português no Brasil. Sumaré tem a sua origem vinculada às sesmarias. As mais antigas referências à região do Quilombo, há mais de 200 anos, são encontrados em documentos de doação das sesmarias. Com o desmembramento das sesmarias, a região passa a ser formada por fazendas. Em suas culturas, destaque para o café. Com fazendas e povoado formados, no dia 26 de julho de 1868 foi construída uma capela dedicada à Nossa Senhora de Sant’Ana, marco da fundação de Sumaré. Em 1875, com a inauguração da estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, o povoado progrediu rapidamente. A Estação recebeu o nome de um dos maiores engenheiros brasileiros, Antonio Pereira Rebouças Filho. Em 1920, em franco desenvolvimento, o povoado já contava com energia elétrica, posto policial, iluminação pública, cartório, escola, serviço telefônico, igreja matriz, subprefeitura e pronto socorro. O serviço de abastecimento de água foi inaugurado em 1934. Sumaré, em seus primórdios era conhecida como Quilombo. Com a passagem da estrada de ferro, Quilombo passou a ser chama-

do Rebouças. A denominação Sumaré, nome de uma orquídea originária desta região, se deu em 1945, por meio de um plesbicito. O nome da orquídea Sumaré foi escolhida dez anos antes da emancipação politico administrativa do município, que conquistaria a sua independência de Campinas no 1° de janeiro de 1953. Sumaré é elevado à condição de Comarca no ano de 1964. A partir da década de 60, a população sumareense passou a registrar um crescimento vertiginoso. Na década de 70, o crescimento demográfico chegou a quase 400% e Sumaré passou a ser visto como uma terra de oportunidades, atraindo migrantes de todas as regiões do Brasil. A história de Sumaré se divide nitidamente em duas partes: até 1950 sua população era basicamente formada por imigrantes italianos e portugueses; depois de 1950, pela presença de migrantes de todos os estados do Brasil. Os imigrantes vieram quando o café chegou a Campinas na segunda metade do século XIX. A produção cafeeira avançava para o oeste paulista deixando para trás as terras cansadas e as antigas fazendas retalhadas em pequenos sítios, agora ocupadas pelos imigrantes. Eles compravam terras, praticavam a agricultura nas imediações de Sumaré ou abriram comércio na zona urbana. O vilarejo crescia ao redor da Estação de Rebouças, impulsionado pelo comércio, pela incipiente indústria de sabão, de tijolos, de bebidas e pela atividade extrativa da madeira. Em 1907

A inauguração da estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro se deu em 1875 o povoado tinha perto de 300 habitantes, em 1912 pouco mais de 400, em 1940 o distrito tinha perto de 5.000 e em 1950 chegava a 6.000. Coincidido com a industrialização do Sudeste, as indústrias alcançaram Sumaré nos anos 50 e a partir de então o município vivenciou um crescimento vertiginoso a cada década. Em 1943 veio a 3M do Brasil e, de lá para cá, dezenas de outras indústrias seguiram o mesmo caminho, impulsionando o desenvolvimento do município. Em 1991, o

distrito de Hortolândia conquistou a emancipação político-administrativa de Sumaré. Na agricultura, atualmente, o seu forte é a produção de tomate, que exporta para os países do Mercosul, e a cana-de-açúcar, sendo esta cultura, a que concentra a maior área de cultivo.

Fonte: Associação Pró-Memória de Sumaré, entidade sem fins lucrativos que tem como focos principais a preservação, conservação e divulgação da história da cidade de Sumaré.


Decoração

Fuja do elogio, mas tente mereçê-lo - François Fénelon

Todos os natais de nossas vidas O comércio se apropriou da data e entretanto, o mais sagaz dos comerciantes se rende à família reunida no Natal!

O êxodo de paulistanos que trocaram a desvairada paulicéia por novo projeto de vida no interior, para esses, é inegável que o cordão umbilical fica nervoso ao vislumbrarem imagens paulistanas como a do Shopping Light... têntico dado pelo mundo real! Por ocasião do Natal nossa sensibilidade se aflora e um dos elementos que muito nos toca é a

decoração. Aí, os duendes, os mágicos, os artistas se apresentam e nos deslumbram. Tão real que o lado comercial oportunamente se

apresenta oferecendo decoração de ambientes e extrapolam o imaginário e sempre somos tocados pela criatividade amparada pela

capacidade do acabamento artesanal. Quando se fala em Natal, deduz-se artesanato. Afinal, mesmo sob encomenda o resultado é único, longe das tradicionais linhas de montagem. Mas o profissionalismo há muito já chegou nesse seguimento pois o comércio há décadas possui seus prestadores de serviços especializados em decoração de vitrines e o que apenas muda é o tema que foge aos tradicionais verão, inverno e primavera, para focar o Natal. Nas andanças pela grande teia, descobrimos um grupo de artistas que atende maté shopings centers, a Arttotal, empresa especializada em decoração de natal que há mais de 10 anos idealiza e executa projetos adequados para empresas de diversos segmentos. Desenvolve decorações externas e internas com árvores de natal, guirlandas, festões, bolas, entre outros, utilizando somente materiais de qualidade e trabalhando com preços compatíveis à realidade de mercado. >>>

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Todo Natal é o mesmo ritual de todos os anos e vem aquela determinação de não nos envolvermos com a festança controlando o orçamento a ferro e fogo. Mas à medida que se aproxima a grande data, quem resiste? Nosso lado lúdico todo amarrotado lá no fundo do tal coração se aflora, pois a magia do Natal eletriza nosso espírito com o clima, com o ritmo, as pessoas mais alegres, as musiquinhas que nos remetem à infância tão distante... Defeituosamente lindo, o ser humano passa anualmente por uma prova de fogo terrível quando das passagem das festas natalinas. Cada um a seu modo, solitário ou com a família, o balanço anual às vezes é dramático, mas a roda da vida inexoravelmente gira, nos dando oportunidade de nos apresentarmos conforme nosso papel. Afinal, nessa novela da vida, somos os atores. Dramáticos, sensíveis, alegres, tristes, nessa novela real nos exige o melhor figurino e o melhor desempenho – sempre! Afinal, o aplauso é au-


Decoração

Na vida não há prêmios nem castigos. Somente consequências - Robert Green Ingersoll

A magia das luzes do Natal Todos os natais prometemos ser durões não abrindo mão na gastança. Mas isso dura apenas até pelo dia 20... >>> Evidente que para permanecer como profissional nesse mercado é imprescindível apresentar projetos sustentados em apelos que encan- tam à primeira vista, ofere- çam segu- rança e

detalhes que remetem o orçamento a níveis de bastidores. Como tudo de material tem preço, as decorações natalinas não deixam de abrir o baú da magia de luzes acesas acesas por

Por mais cara que seja uma decoração, por trás da mesma há um motivo, desejo não confessado de se viajar à Terra do Nunca, deslumbrar o espírito daquela criança que vive eternamente trancada dentro de nós...

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Árvode Natal em Barueri

anônimos artistas que nos remetem a níveis que não há tranca que impeça o caldeirão de emoções que cada ser humano tem na caixinha de bom

parecer, carregada de energia que inegavelmente mexe conosco, intimamente nos sacodem, mesmo que por alguns momentos, estejamos em Su-

maré, Nova Odessa ou na China, nos remetem - mesmo que por frações de segundos - a uma fantástica viagem pela Terra do Nunca – Nunca mais!


Deveríamos usar o passado como trampolim e não como sofá - Harold MacMillan

Sabores

Almoço especial em família Um prato principal: receita deliciosa de rondelli com carne, rápida de fazer e muito nutritiva Rondelli Ingredientes 800 gramas de massa pré-cozida n 1/2 kg de carne-moida n 1/2 maço de brócolis n 100 gramas de presunto n 100 gramas de queijo n 1 pimentão amarelo n 3 dentes de alho n 1 cebola picada n 2 copos de molho de tomates n 2 copos de molho branco n 1 colher de sopa de manjericão, 1 colher de sopa de cebolinha, 2 colheres de sopa de azeite

n 1 colher de sopa de manteiga, sal, pimenta e parmesão a gosto.

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Modo de preparo

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n Frite a carne com o alho, a cebola, o pimentão picado, o brócoli lavado, limpo e cortado em buquês, o sal e a pimenta. n Recheie a massa com queijo fatiado ou ralado, a carne refogada, o presunto e enrole o rondelli. n Coloque o molho branco no fundo da assadeira, o rondelli e cubra com o molho vermelho e parmesão. n Leve ao forno para derreter o queijo.


Saúde

Quando falares, cuide para que suas palavras sejam melhores que o silêncio - Provérbio Indiano

O câncer em Lula

Centenas de e-mails pediam que Lula não se tratasse num hospital de elite, mas no SUS...

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“As notícias sobre a doença do expresidente Lula desencadearam intensa polêmica nas redes sociais. Centenas de pessoas passaram a exigir que Lula fizesse o tratamento contra o câncer no SUS - Sistema Único de Saúde. Assim, de acordo com o raciocínio desses internautas o ex-presidente iria sentir as mazelas da saúde pública no País. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez questão de condená-los publicamente. Também não faltaram depoimentos de vítimas do câncer em hospitais públicos que só têm elogios para atendimentos médicos. Gilberto Dimenstein desabafou: “Senti um misto de vergonha e enjoo ao receber centenas de comentários de leitores para a minha coluna sobre o câncer de Lula. Fossem apenas algumas dezenas, não me daria o trabalho de comentar. O fato é que foi uma enxurrada de ataques desrespeitosos, desumanos, raivosos, mostrando prazer com a tragédia de um ser humano. Pode sinalizar algo mais profundo. Centenas de e-mails pediam que Lula não se tratasse num hospital de elite, mas no SUS para supostamente mostrar solidariedade para com os pobres”. Mônica Waldvogel: “Todos sabem que o tratamento contra no câncer, o tem-

po é fator importantíssimo. E críticos do SUS apontaram uma demora de 76 dias em média para o início de uma quimioterapia e 113 para começar a radioterapia. É tempo demais! Quando os brasileiros que dependem da saúde pública poderão repetir sem medo a frase do jornalista inglês de que ‘Câncer é uma palavra, não uma sentença’ - John Diamond?” Médico do presidente Lula e também diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o diretor do Hospital Albert Einstein foram convidados ao programa “Abre Aspas”, comandado por Mônica Waldvogel na Globo News. Linguagem estritamente técnica, porém didática, a dupla de médicos entrevistados lançou muita luz sobre esse tema um tanto quanto nebuloso vivenciado apenas pelos acometidos pela doença e familiares, pois anualmente 480.000 novos casos são diagnosticados e cerca de 100.000 pessoas não conseguem acesso ao tratamento. Estima-se que faltam mais de 200 máquinas e suas custuosas estruturas difíceis de operar... Entrevistando aos médicos, Mônica Waldvogel às vezes se exasperava: “É terrível imaginar que alguns vão sobreviver e outros não, simplesmente porque não conseguiram chegar às portas do tratamento...”

De Nova Odessa, Sumaré ou de qualquer lugar, quem assistiu ao programa certamente fora dormir no mínimo, abalado com a dura realidade que existe além de seu jardim. Pode parecer utopia, mas resta a esperança de que um dia serão eleitos candidatos que levantaram a bandeira de que suas famílias utilizarão tanto os serviços de saúde quanto o da educação pública.

Só assim teremos alguma esperança de se mudar o quadro atual. Cobrar de Lula que vá para o SUS nesse momento é passado. A entrevista, na íntegra, pode ser assistida pela Internet acessando: http://g1.globo. com/videos/globo-news/entre-aspas/t/ todos-os-videos/v/tratamento-contra-ocancer-na-rede-publica-pode-ser-de-qualidade/1684577/


Não ensinar ao filho a trabalhar é como ensinar-lhe a roubar - Provérbio Italiano

Opções de escolha

Mão na roda

Faturador

Novidade a piscinas

O termo azulejo designa uma peça de cerâmica de pouca espessura, em que uma das faces é vidrada, resultado do cozimento de um revestimento geralmente denominado como esmalte, que se torna impermeável e brilhante. Esta face pode ser monocromática ou policromática, lisa ou em relevo. - (Wikipédia). O uso de pisos e azulejos ou revestimento popularizou-se por seu valor decorativo e também por suas características impermeabilizantes, sendo muito utilizado em cozinhas, banheiros e demais áreas hidráulicas. O Campeão se encantou com a variedade de pisos oferecidos pela nova loja ConstruVip Cidade Nova, no Bairro Maria Antônia, cuja duplicação da área de venda a mais de 1.100 m2 impressona pela diversidade produtos. Serviço: ConstruVip Cidade Nova Sumaré - (19) 3854-8400

Aspersor - Uma loja muito conceituada, a Everest Distribuidora, sempre está surpreendendo seus clientes com novidades. Dessa vez, O Campeão se maravilhou com pequena peça no canto da loja, o aspersor, que significava luxo na produção de Irrigação sempre foi o sonho da maioria dos chacareiros para ter suas plantações a salvo das escassas e imprevisíveis chuvas. Na Everest, encontra-se um simples aspersor que hoje pode ser usado no jardim ou na horta utilizando a simples mangueira doméstica. Quem cuida com carinho de seu jardim certamente terá nesse acessório a peça ideal para manter o verde sempre verde. Serviço: Everest Distribuidora - Americana (19) 3406-9800

Gerador de receita - Em Sumaré, jovem empreendedor está apresentando ao mercado uma central de serviços que pode alterar a cultura de se buscar obrigatoriamente vários serviços no centro da cidade. Trata-se de um toten com computador e monitor touch screen, serve a pessoas que precisam imprimir arquivos fotográficos (fotos digitais, convites de aniversários, casamentos, etc.), impressão de arquivos, trabalhos escolares, segunda via de boletos e o que o cliente vir a criar... Com investimento quase simbólico, padarias, farmácias, empórios, papelarias, enfim, onde haja relativo fluxo de consumidores podese adicionar esse equipamento que pagará em poucos meses e o restante é alegria contínua. Serviço: Max - Soluções em Impressão ink jet Sumaré - (19) 3803-3018 9419-6980

Solo - A ciência facilita de novo sua vida. Um novo e incrível conceito de tratamento de piscinas que irá manter a água limpa e cristalina por muito mais tempo com um baixíssimo custo mensal, pois a reposição do SOLO se fará necessária em média a cada 30 dias. Para manutenção das piscinas compactas 1 Litro do SOLO dura aproximadamente 5 meses. Ideal para quem procura qualidade aliada a praticidade! Você despeja pequena medida sobre a água e pronto! Permite o uso imediato da piscina; Mantém sua pele e cabelos perfeitamente hidratados, sem causar irritação aos olhos; Combate e previne contra ataque de bactérias, fungos ou algas, não disseminando assim micoses e conjuntivite; É biodegradável e ecologicamente correto, tornando a água reaproveitável. Serviço: iGUi Piscinas - Americana - Tel. 3473-5310

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Na Internete, a apresentação da Hiperbril, empresa especializada em produtos para limpeza e conservação de automóveis há a apresentação “Apaixonados por carro como todo brasileiro”, “Seu carro novo de novo"; "O carro é a extensão do homem"; "Ele gosta mais do carro que...” A Revista 4 Rodas publicou há algum tempo interessante artigo denominado “Os eleitos - os carros que mais aceleram o coração de seus dono” No artigo a revista cita os melhores produtos para se aplicar na limpeza e conservação do carro e, interessante que todos os produtos citados pela revista estão disponíveis na Hiperbril, loja especializada na conservação de autos, localizada na Rua D. Pedro II, em Americana.

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Profissionais Achados na Praça


Autos

A língua resiste porque é mole; os dentes cedem porque são duros - Provérbio Chinês

Novidade no mercado: Protvel Associação oferece proteção veicular 24 horas diárias aos associados

Entrevistado: Wanderlei Papile

Sr. Wanderlei, qual a sua função na empresa? Wanderlei Papile - Sou consultor regional.

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Descreva para nós o que vem a ser a Protvel. Protvel – Associação Brasileira dos Amigos Condutores de Veículos, é uma Associação civil, pessoa jurídica de direito privado e sem fins lucrativos, de âmbito nacional. Sua duração é por tempo indeterminado e o número de associados ilimitado. A Protvel é uma associação que agrega pessoas idôneas e comprometidas umas com as outras e busca oferecer a cada associado o suporte necessário para que ele seja assistido com rapidez e eficiência quanto aos danos causados em seu veículo por acidente, colisão, incêndio, roubo ou furto.

Há quanto a Protvel está no mercado? Estamos no mercado há quatro anos. Quantos associados a Protvel tem hoje, aproximadamente? Em torno de 45.000 associados em todo Brasil Onde fica a matriz da Protvel? A sede está localizada em Belo Horizonte, MG, mas há regionais em vários Estados do Brasil com infra-estrutura adequada para atender aos seus associados com a agilidade devida. Há quanto tempo a Protvel está operando em Sumaré? Estamos operando desde 10 de janeiro de 2011 Quantos funcionários possui a Empresa para atender a região? Hoje estamos com 10 funcionários no total. Vocês administram somente essa regional de Sumaré? Não, temos a regional na Rua Adolfo Berto de Oliveira, número 31, no Jd. Santana em Sumaré e inauguramos outra há um mês em Americana, na Rua Iguaçu, 410, sala 06, Jd. Ipiranga. Por que optaram por montar uma regional da Protvel em Sumaré?

Acreditamos no potencial de Sumaré e por isso resolvemos investir aqui. Qual a proposta da Protvel aos associados? Nossa proposta é atender a todos com eficiência, agilidade e menor custo-benefício. Como funciona a proteção oferecida pela entidade? A Protvel disponibiliza aos seus associados, serviços assistenciais 24 horas, 07 dias por semana em todo Brasil. Qual o diferencial da Protvel para com outras seguradoras? Na proteção, a Protvel não exige perfil e qualquer pessoa habilitada pode guiar o veículo protegido, não tem importância a idade, se usa o veículo para trabalho ou para faculdade ou para outros lugares, e quanto ao local onde o veículo fica, não nos preocupamos com isso, porque a proteção é contra roubo, furto, colisão, fenômenos da natureza (como chuva de granizo, enxurrada e queda de árvores), em todas as situações a assistência será de 24 horas por dia, em todo o Brasil, inclusive carro reserva em caso de colisão e mais, nossa renovação é automática. Em quais categorias se pode associar a Protvel? Há três categorias: automóveis, motos e

caminhões. Cada uma delas possui benefícios diferenciados, que informamos no ato da contratação. Quais as vantagens disponibilizadas aos Associados? Associar-se a Protvel é garantir-se de conforto e tranquilidade. No segmento de proteção para veículos de passeio, motos ou caminhões, a Protvel vem se destacando por atuar mediante o sistema de rateio entre os seus associados. Isso resulta em baixos custos aos serviços prestados, mas com qualidade, eficiência e transparência garantidas. Como é esse rateio? Cada associado participa do rateio por meio de quotas tendo como referência a categoria do veículo protegido. O rateio visa oferecer equilíbrio e sustentabilidade ao grupo. Há algum benefício paralelo a esse rateio? Além da proteção veicular oferecida, a Protvel dispõe de um pacote assistencial ao veículo, ao associado oferecendo convênios e parcerias com empresas relacionadas ao seguimento automobilístico. Em relação à cobertura veicular, o associado Protvel conta também com benefícios como carro reserva e cobertura contra fenômenos da natureza.


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A beleza pode abrir portas, mas somente a virtude entra - Provérbio Inglês

Algumas novidades para 2012 Competividade em alta com novas montadoras, consumidor passa a ter novas opções a melhor custo Chevrolet lança sucessores para Vectra e Astra

Fiat apresenta novo Palio e traz primeiro SUV O Palio já chegou a ser, o carro mais vendido do Brasil. Desde que o Uno foi completamente remodelado, entretanto, o Palio vinha perdendo espaço nas concessionárias da montadora italiana. Em sua segunda geração, o carro ganhou traços do Punto e cresceu em com-

primento, altura e largura. O hatch é vendido em seis versões de acabamento e chegou por a partir de 30.990 reais. Na versão de entrada, o carro oferece computador de bordo, direção hidráulica, abertura interna de porta-malas e desembaçador traseiro. Outra novidade importante da Fiat neste ano foi o lançamen-

to do Freemont, o primeiro SUV da montadora no Brasil. Clone do crossover Dodge Journey, o carro chegou para ocupar uma lacuna no portfólio de produtos da Fiat, líder de mercado no país. Ainda em 2011, a montadora italiana conseguiu ressuscitar o 500 no Brasil. Até a metade do ano, o carro não vendia nem 100 unidades por mês.

A reação passou pela decisão de deixar de importar o modelo da Polônia e passar a trazê-lo do México, o que garantiu isenção no Imposto de Importação. Com o melhor planejamento tributário, os preços desabaram. A versão de entrada caiu de 59.000 para 39.990 reais. As vendas reagiram imediatamente e já superam mil unidades ao mês.

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A General Motors fez um “facelift” no próprio portfólio em 2011. Para voltar a ser competitiva no segmento de sedãs médios, a Chevrolet aposentou o Vectra e lançou o Cruze. O veículo global da montadora chegou em setembro ao Brasil com preços a partir de 67.900 reais e acessórios como faróis de neblina, direção elétrica, arcondicionado digital, freios ABS, airbags frontais e laterais, piloto automático e controle de estabilidade. Já para o segmento de sedãs pequenos a GM decidiu apostar no Cobalt. O carro desembarcou no mês passado com preços a partir de 39.980 reais – a mesma faixa do Astra. À primeira vista, o modelo parece um Agile sedã. Quem dirige o Cobalt, no entanto, percebe que se trata de um carro superior. Ainda é cedo para avaliar se os dois novos carros serão tão bem-sucedidos quanto os antecessores, mas as vendas iniciais podem ser consideradas auspiciosas.


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Novidades A1 vira veículo mais vendido da Audi Desde que chegou ao Brasil em maio, o A1 desbancou o A4 como veículo da Audi mais vendido no país. O modelo de entrada da montadora de luxo alemã custa atualmente cerca de 94.000 reais e representa a forma mais barata de ter um Audi por aqui. Apesar de pequena dimensão (o carro tem 3,95 metros), o A1 oferece equipamentos em linhas com os dos demais modelos da marca. Traz ar-condicionado digital, direção eletrohidráulica, volante esportivo multifuncional com borboletas para a troca de marchas, airbags, computador de bordo,

rodas de 16 polegadas, sensores de chuva, controle de estabilidade e freios ABS. O motor 1.4 com turbocompressor permite acelerar de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos. Comparado ao rival MINI e às metas de vendas estipuladas pela própria Audi, no entanto, o A1 não conseguiu ser tão bem-sucedido quanto se imaginava.

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o preço. O carro desembarcou no Brasil custando a partir de 50.900 reais – menos que a já desatualizada EcoSport. O Duster foi desenvolvido pela romena Dacia, uma das marcas do grupo Renault. O carro compartilha componentes e usa a mesma plataforma do Logan e do Sandero – outros dois sucessos da empresa francesa no Brasil. Na mais simples de suas cinco versões, o Duster oferece motor 1.6 16V flex de 115 cavalos, câmbio manual, direção hidráulica, ar-condicionado e volante com regulagem de altura.

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O Renault Duster fez muito menos barulho que diversos concorrentes ao desembarcar no Brasil em outubro, mas as vendas foram uma surpresa positiva. Segundo os dados da Fenabrave, 3.875 unidades foram comercializadas em novembro, o que foi suficiente para tornar o Duster o SUV mais vendido do Brasil no mês passado. Considerando apenas os carros que custam mais de 50.000 reais, o lançamento da Renault só perderia para o Toyota Corolla. Mas qual é o segredo do sucesso do Duster? Basicamente,

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Renault Duster é o SUV mais vendido de novembro


Autos

Da felicidade ao sofrimento é somente um passo; do sofrimento para a felicidade parece demorar uma eternidade - Provérbio Italiano

JAC a preços ‘muito competitivos’ O Brasil deve passar de 10 marcas fabricantes no país para mais de 20 até 2014 “Serão modelos feitos especialmente para o mercado brasileiro”, afirmou, ressaltando que, em uma segunda etapa, os modelos serão exportados para Argentina e México. A JAC aposta no crescimento das vendas de veículos no Nordeste para aumentar sua participação no mercado brasileiro. Presente ao evento, o governador da Bahia, Jaques Wagner, elogiou a “coragem e rapidez” da JAC Motors em instalar uma fábrica no País, depois da decisão do governo de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados. Na avaliação dele, embora não haja nenhuma confirmação de que a montadora terá um desconto no IPI e um prazo maior para se adequar ao índice de nacionalização de

65%, a negociação com o governo federal deve ser mais fácil. “A expectativa é que esse processo negocial aconteça, mas isso não foi impeditivo para a tomada de decisão da empresa. Sempre fica melhor, para o ambiente negocial, não ficar parado esperando alguma coisa. Em cima de ambientes concretos, fica mais fácil de negociar”, afirmou, ressaltando, porém, que a decisão cabe à presidente Dilma Rousseff. Wagner disse que a Bahia ofereceu as mesmas condições que outros Estados para atrair a fábrica, tais como incentivos, infraestrutura e rapidez nas respostas. Segundo ele, são as mesmas condições oferecidas à Ford, que também está instalada no Polo de Camaçari. O governador negou que tenha

Fábrica da JAC Motors - Hefei, China. Sem horas extras, 13.º, greves... imposto cláusulas ao investimento, mas admitiu que a intenção é “baianizar” o máximo possível da produção. “Queremos que a ampla maioria dos funcionários sejam baianos. Se falta qualificação,

vamos qualificar”, afirmou. Ele também citou como exemplo os uniformes dos trabalhadores que, preferencialmente, devem ser feitos na Bahia, em sua opinião. Fonte: Estadão

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O presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, em 16 de novembro, disse que os novos modelos que a montadora vai produzir no País terão um preço “muito competitivo”. Ele não adiantou se serão mais baratos que os atualmente comercializados no País, importados da China. “Já temos um preço muito competitivo, e os carros com produção nacional também serão lançados com preço muito competitivo”, disse, durante cerimônia, no Espaço Unique, em Salvador, de anúncio da instalação da unidade da fábrica, com a presença do governador do Estado, Jaques Wagner. “Garanto que será uma relação custo-benefício excelente.” Segundo Habib, os modelos a serem produzidos no País serão totalmente diferentes dos atuais.


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Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida - Provérbio Tibetano


Aquarela do Brasil Ary Barroso (1939)

Brasil Meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos Ô Brasil, samba que dá Bamboleio, que faz gingá Ô Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim...

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Ô, abre a cortina do passado Tira a Mãe Preta do serrado Bota o Rei Congo no congado Brasil! Brasil! Deixa cantar de novo o trovador

À merencória luz da lua Toda canção do meu amor Quero ver a “Sá Dona” caminhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim... Brasil terra boa e gostosa Da morena sestrosa De olhar indiscreto Ô Brasil, verde que dá Para o mundo se admirá Ô Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim...

Ô, esse coqueiro que dá côco Oi, onde amarro a minha rêde Nas noites claras de luar Brasil! Brasil! Ah, ouve essas fontes murmurantes Aonde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincá Ah, este Brasil lindo e trigueiro É o meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro Brasil! Brasil! Prá mim... prá mim...


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