O Campeao

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Mulher bonita?

Rio São Francisco

Google e a banda larga

A resposta a essa pergunta tem variado através dos séculos.

Transposição: tema polêmico que divide opiniões, mas devemos nos questionar. Quem vai ser ajudado?

Internet pretende desbancar o mercado de serviços de acesso.

Saúde Página 16

Cidades Página 3

Tecnologia Página 15

O Campeão Distribuição gratuita. Venda Proibida. Edição nº 113 - Ano 10

Giovana Menuzo,

O Cisne Giovana Manuzo, filha de Sumaré, bailarina e professora, com títulos pela Royal Academy of Dance de Londres, é uma das filhas ilustres da cidade - Página 12

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Stephen Kanitz recomenda otimismo com cautela Negócios Página 6

Nesta edição, os melhores serviços profissionais da nossa região Profissionais de Ouro Página 18

Versão diferenciada: Ford lança nova Ranger Sport Autos Página 24


02 O Campeão

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Opinião

Livro do governo Uma polêmica que eletrifica os subterrâneos do governo Lula acaba de ser perenizada em livro: “Teoria da Democracia e Justiça de Transição”, é o título, de Tarso Genro, ministro da Justiça. Tarso joga gasolina na fogueira em que crepita um debate insepulto. Envolve a Lei da Anistia e seus desdobramentos. Defensor do direito dos brasileiros à memória do ciclo ditatorial e à punição dos torturadores, faz duríssimos ataques ao colega Nelson Jobim, ministro da defesa.

COTIDIANO

CALDEIRÃO

Vontade política Há pouco ficamos incrédulos à cena de uma viatura militar estacionar, o guarda encaminhar-se ao camelô e negociar um CD pirata. Comentando tal heresia com um lojista, ele observou que em Indaiatuba a Prefeitura não permite tal liberdade e todo comerciante, de quaisquer produtos, deve possuir licença para a atividade - tem de ser legalizado. Essa colocação é posta pois há alguns anos vimos com satisfação crescer o número de videolocadoras na cidade resultando com isso bons investimentos tanto em ampliação quanto na geração de empregos e propaganda. Hoje, por absoluta falta de atitude da Prefeitura local as videolocadoras estão fechando as portas num sangrento efeito dominó. Acreditaram na cidade, investiram suas economias, e, o poder público em inexplicável atitude nos simboliza a figura dos famosos macaquinhos: “Não vi, não houvi, não falo...”.

Legalmente, nessa situação, os prejudicados poderiam se unir e processar o poder público por não fazer sua obrigação fiscalizadora que os levaram à falência. Legalmente, o munícipe não pode pagar pelos erros da Prefeitura. Se o administrador deixou de acionar o funcionário fiscal, se a Prefeitura viesse a ser condenada por tais danos, a pessoa como prefeito de plantão que fechou os olhos, deveria ser responsabilizada e não a Prefeitura - o dinheiro da Prefeitura é dos contribuintes que fazem suas obrigações pagando tributos. Não seria nenhum absurdo tal quadro se tornar realidade e a Prefeitura ser condenada a indenizar tais lojistas. O Brasil está mudando e muita gente continua com a boca torta por teimar em fumar em cachimbo antigo. Simbolicamente, o Sr. Arruda, governador do Distrito Federal continuará preso. O Brasil está mudando e muita gente não percebeu.

Vontade política II No Rio de Janeiro, subsecretário estadual de Governo Rodrigo Bethlem orientou seus funcionários a prender em flagrante não só os camelôs que oferecem produtos

piratas, “mas também quem estiver comprando”. “Receptar produtos ilegais é tão criminoso quanto vendê-los”, diz Bethlem. (Coluna Gente Boa - O Globo)

Homos complexus • Para o transporte escolar, no ano anterior, o preço diário estava a R$ 13.885,40. Com a nova licitação, o preço ficou melhor: R$ 6.258,30, economia de 50% ao cofre municípal. Entretanto, perdeu-se (estranho...) a licitação inicial e foi feita uma emergencial (esse Brasil...) contratando-se o mesmo serviço a R$ 19.463,00 por dia! Motivo da instauração da Comissão Especial de Inquérito para apurar possível irregularidade no contrato emergencial feito pela Prefeitura de Nova Odessa. O prefeito se diz tranquilo. • Em Sumaré, PPS, PSDB e DEM formalizaram aliança para elegerem um deputado estadual por Sumaré. Será que agora, vai? • Exportador de votos. Em entrevista a este jornal, o presidente da ACIAS, Valter Roberto Matteuzzi: “Na última eleição a candidata Cristina fez uma aliança com

o deputado de Americana, Vanderlei Macris: o deputado teve 7.276 votos em Sumaré e ela conseguiu míseros 300 votos em Americana. Lá existe amor pela cidade, existe comprometimento com o futuro da cidade. E em Sumaré? • No ano passado algumas mães escreveram a O Campeão sobre a pobreza da merenda escolar e a Prefeitura respondeu de maneira não muito convincente. 2010, segundo Jornal de Nova Odessa, “...o vereador Réstio não poupou a Prefeitura: ‘É um governo de 40 anos. É que os filhos e netos do (do funcionalismo) de 1.º escalão estão todos em escolas particulares’, disparou. Já Vagner Barilon (PSDB), questionou os procedimentos de licitação e compra no setor: ‘Parece que o aluno é um empecilho para a Coordenadoria de Educação’, criticou o tucano”.

Uma novela chamada água Os sumareenses foram surpreendidos com um luxuoso jornal do DAE ilustrando aquela autarquia. Era muito jornal para tão pouca água... Aliás, também sobre agua, a população teve até o dia 1º de março para sugerir mudanças ou contestar o Plano de Saneamento Básico de Água e Esgoto do Município de Sumaré. O documento, elaborado por técnicos da Administração, deve ser utilizado como base para o desenvolvimento de ações no sentido de garantir abastecimento, coleta e tratamento de esgoto nos próximos cinco anos. “A Prefeitura resolveu dar uma oportunidade aos moradores para que eles opinem ou sugiram alterações”, é a informação oficial da Prefeitura. Já o vereador Décio Marmirolli, do PSDB, protocolou pela segunda vez em menos de dois anos uma denúncia no MPMinistério Público de Sumaré pedindo a interferência do órgão na tentativa de solucionar a precariedade do abastecimento de água e a má qualidade do produto no município. O fornecimento é irregular, falta qualidade à água que chega à população, além do recente aumento da tarifa em 4,6% aplicado pelo DAE - Departamento de Água e Esgoto.

EXPEDIENTE

O Campeão Editado por ZD REPRESENTAÇÕES S/S LTDA. Rua Joaquim Leite da Cunha, 808 Jd. Sta. Luiza | CEP 13460-000 Nova Odessa-SP F.: 3466.4328 | e-mail: a.ocampeao@yahoo.com.br Diretor e Editor: Euripedes Freitas

Diagramação e Projeto Gráfico: Marcos Venicio Lopes Consultoria Administrativa e Marketing: RF Propaganda Missão: “Sermos um veículo de comunicação que busca, através da informação de qualidade, agregar conhecimento e valor, para famílias e anunciantes”

Os textos publicados neste veículo são de responsabilidade de seus autores. A publicação dos mesmos visa estimular o debate, a crítica e a construção do conhecimento em nossa sociedade. Distribuição gratuita 15.000 exemplares

Cesar Cielo Na entrevista corajosa que deu ao jornal O Estado de S. Paulo, Cesar, bastante irritado, falou da falta de apoio da CBDA, (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). César disse com todas as letras - Não tive ajuda da confederação e muito menos do governo. Minha vitória, devo a ajuda de meu pai e de patrocinadores. Para tanto estava treinando nos Estados Unidos. O presidente da confederação (CBDA) queria que ele voltasse para o Brasil, e fosse ao palácio do planalto para fazer o cartaz do presidente. Coisas que ele rejeitou. Daí para frente foi ameaçado de ficar sem o pouco de facilidades que a confederação lhe dava. - Minha vitória tem muito pouco a ver com eles, disse o nadador quando participou do troféu José Finkel, nas piscinas do Corinthians. - Querendo eles ou não, sou campeão olímpico, e isso eles terão que engolir. Desde que me tornei profissional, em março, paguei tudo: alimentação, hospedagem, e até meu técnico (o australiano Brett Hawke). Cielo ficou assustado, quando lhe perguntaram se a CBDA havia ajudado em alguma despesa. Sua resposta foi essa: - Sério que vocês estão me perguntando isso? Pensei que vocês estivessem brincando. César Cielo contou que além de não receber auxílio da CBDA, teve problemas com o presidente Lula. - Entre outras ameaças, ele ameaçou suspender os pagamentos que eu vinha recebendo dos correios, quando disse a ele que não viria para uma cerimônia no palácio do Planalto. Ele vivia telefonando para meus pais, e não os deixava trabalhar sossegados. Fiquei nervoso e treinei mal por uns dias. Pelo que se vê, o dedo do governo está em tudo. Atletas têm que ir a Brasília para pedir a benção do ‘padrinho’ e para fazer propaganda do presidente. O atleta, no início, superando todas as dificuldades que o meio lhe impõe, consegue superar a tudo e a todos, e o político de plantão, de prefeito a presidente, sempre quer segurar o troféu ganho pelo atleta.


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Brasil

Projeto prevê Receita com poder de polícia e de juiz A Câmara dos Deputados começará a discutir nas próximas semanas um pacote enviado pelo governo que, entre as mudanças, propõe que os fiscais da Receita Federal ganhem poderes de polícia, sem necessidade de autorização judicial. Pelo projeto, os fiscais poderiam quebrar sigilos, penhorar bens e arrombar portas de empresas e casas sem autorização prévia da Justiça. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

DESAFIOS

Contradições do grande País O país do pré-sal, da Copa do Mundo e da Olimpíada ainda é, em muitos aspectos, o país da desigualdade

As obras de transposição do Rio São Francisco em Custódia (PE)

O

Brasil que vislumbra dar um grande salto nos próximos anos tem pela frente o desafio de fazer a nona economia do mundo engrenar de vez e distribuir riqueza a quase 200 milhões de habitantes. É criar condições para o aproveitamento das oportunidades e finalmente beneficiar quem menos ganhou até hoje: o brasileiro comum. O país do pré-sal, da Copa do Mundo e da Olimpíada ainda é, em muitos aspectos, o país da desigualdade, da violência e da falta de infraestrutura. Alguns desafios já foram superados. Tanto que o Brasil acaba de sair quase ileso de uma grave crise global e com boas perspectivas. Contudo, é essencial que haja condições que propiciem o desenvolvimento, desatando os nós e os gargalos da economia. Sem isso, o crescimento vai ficar só no discurso. “Os investimentos de que o Brasil precisa são em infraestrutura energética, logística e ambiência metropolitana”, resume o economista e ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Carlos Lessa. “Principalmente, precisa de uma reestruturação radical da matriz logística, que repousa sobre a modalidade rodoviária. É uma estupidez estrutu-

O Campeão 03

ral não utilizar a navegação de cabotagem são 7.500 quilômetros de costa e três bacias hidrográficas navegáveis. A rede ferroviária tem se atrofiado e, até hoje, não houve a integração ferroviária macrorregional brasileira. O Brasil tem uma péssima matriz logística, que onera o consumidor, deprimindo seu poder de compra”. Professor de Economia do Ibmec Rio Gilberto Braga ressalta a má conservação e a baixa produtividade das estradas brasileiras. Na avaliação de Lessa, o Brasil precisa acelerar o aproveitamento dos recursos hídricos para que não haja o crescimento da termoeletricidade, que usa combustíveis não-renováveis e é altamente poluidora. “A euforia com o pré-sal pode, perversamente, reforçar a tendência a degradar a atual matriz energética. Mediante o endividamento familiar, se sustenta a demanda automobilística crescente e, no momento, já estão em construção 66 termoelétricas”, aponta o ex-presidente do BNDES, citando ainda algumas contradições: “Curiosamente, o ambientalismo é totalmente hostil à hidroeletricidade, mas não se manifesta com o mesmo vigor contra o motor à explosão e a termoeletricidade”.

São Francisco vira canteiro de obras A revista Anuário Exame, de dezembro de 2009, traz reportagem sobre o impacto das obras de Projeto de Transposição do Rio São Francisco nos municípios entorno da construção dos canais que vão levar a água do rio São Francisco para os estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco. É a maior obra do governo Federal já realizada no nordeste brasileiro. Em termos de investimento representa mais de R$ 5 bilhões e conta com cerca de 8.500 homens trabalhando em três turnos. Empolgado com o andamento da “obra gigantesca” da transposição do Rio São Francisco, o secretário executivo do Ministério da Integração Regional, João Santana, gosta de destacar que 9 mil pessoas - 80% delas nativas - estão trabalhando na construção. “São 4,8 mil máquinas trabalhando”, diz. Da previsão inicial de investimentos - R$ 7 bilhões, sendo R$ 4,6 bilhões da parte de engenharia e R$ 2,4 bilhões relativos às “compensações ambientais” -, foi gasto aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A expectativa, se tudo correr bem e “não tiver muita chuva, é de inauguração do Eixo Leste em dezembro de 2010. Esse eixo compreende 200 quilômetros e vai levar água do São Francisco a Pernambuco e à Paraíba. “Nesse eixo, 180 quilômetros estão em andamento”, garante

Santana. Além de levar água aos sertões de Pernambuco e da Paraíba, o Eixo Norte, que terá 400 quilômetros, vai ligar o São Francisco aos Rios Apodi, no Rio Grande do Norte, e Jaguaribe, no Ceará. Deve ser inaugurado no início de 2012. A maior demora nesse trecho, de acordo com o secretário, são dois grandes túneis - de 15 e de 6 quilômetros - a serem construídos. Segundo ele, 240 quilômetros do Eixo Norte também “estão em andamento”. Também presidente da Companhia de Saneamento Estadual (Compesa), ele exemplifica com cidades como Caruaru, no agreste, onde a escassez de água obrigava à implantação de um sistema de rodízio - um dia com água e dois dias sem. Desde que ficou livre do rodízio, em 2007, em razão da adutora de Jucazinho, Caruaru é a cidade que mais cresce no agreste. Embora animados com a obra, empresários e agricultores alertam que são necessárias obras de infraestrutura, além da própria transposição. “A transposição não vai resolver todos os nossos problemas. São necessários projetos, como o Plano Agroindustrial de Logística, para processamento de exportação. Precisamos desenvolver outros potenciais do Estado, como a energia eólica”, comenta o ex-presidente da Federação da Indústria do Rio Grande do Norte e empresário do setor de caprinocultura. (AE/Exame)


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Cidades

Av. 7 de Setembro, centro de Sumaré Há 4 anos, ali havia no máximo 25% de filiais de empresas de fora. Hoje, inverteu-se o quadro e conta-se 20% de empresas de Sumaré que ainda resistem. Sumaré é analisada por números. E não é em qualquer lugar que se acha uma cidade com 240.000 habitantes com espaço para se instalar comércio ante fraca concorrência: CVC, Lojas Americanas, e outras, enxergaram isso e já chegaram. A rede de Supermercados São Vicente, de Americana, está chegando. Aqui se dará interessante guerra de gôndolas...

SUMARÉ

É complicado estacionar no centro de Sumaré H

á alguns anos, O Campeão entrevistou Valter Roberto Matteuzzi, então secretário-geral da ACIAS, que naquela época estava às voltas com a demora da Prefeitura de Sumaré em realizar licitação para se organizar o serviço da Zona Azul no centro da cidade. O tempo passou, hoje Valter é presidente da entidade, mas o problema para estacionar na área central de Sumaré persiste.

O CAMPEÃO - Sr. Valter, resuma para nossos leitores os novos procedimentos para reeleição na entidade representativa do comércio, indústria, serviços e agronegócios de Sumaré. VALTER- Nos anos que participei como diretor da ACIAS notei que os presidentes da entidade sempre quiseram se reeleger, onde alguns preocupados com o empresariado local, outros com finalidade política ou por outros interesses. Notamos que o primeiro mandato é bom, porém o segundo sempre deixa a desejar! Partindo deste princípio tomamos por decisão em Assembléia Extraordinária, determinar o fim da reeleição na entidade. Se observarmos, a ACIAS não é de um dono, e sim de todos os associados. Se o dirigente da entidade está pensando em fazer uso do cargo de presidente para buscar viabilidade política, com o novo estatuto ele está impedido. O CAMPEÃO - O cargo de presidente de tal entidade deslumbra? VALTER - Não necessariamente. Se nosso titular entra com o sonho de buscar um cargo político, precisa analisar que há dois caminhos – o da situação e da oposição. No caso de ser oposição não se trata de simples oposição, e sim de cobrar e exigir quando necessário. Ou seja, uma entidade do porte da ACIAS exige cobrança constante para melhoria geral em todos os segmentos – comercial, industrial, serviços e agropecuário. O CAMPEÃO - O prefeito imobiliza cobranças indesejáveis durante o mandato? VALTER - Isso não ocorre somente em Sumaré, e sim em todo o país e é uma praxe por conta de acordos políticos. Em Sumaré temos realizado algumas parcerias que deram resultado com o poder público. Outras, por ineficiência de algum Secretário ou Diretor, acabam por demorar demais. De certa forma, o secretário ocupa um cargo de ação política, e o que a ACIAS cobra é que cada uma das secretarias (na Prefeitura) sejam ocupadas por técnicos. Vejamos o problema da Zona Azul: o consumidor quer comodidade, segurança e facilidade para suas compras. Como aqui não se consolida o contexto da zona azul, cada vez mais o consumidor se afasta, pois outras opções atraentes de centros de consumo vão surgindo e o nosso sistema viário, incluindo aqui a zona azul, não passa por uma remodelação de mais de vinte anos. Na contrapartida a frota que chega próximo aos 90 mil veículos, mais que dobrou.

O CAMPEÃO - Qual sua sugestão a respeito? VALTER - A ACIAS representa a base produtiva do município e atrás dela há o cidadão empreendedor que tem na Associação sua voz de ressonância. Temos o dever, enquanto órgão representante dessas classes, de cobrar, doa a quem doer. E se temos que cobrar alguma providência de um secretário, certamente o faremos, porque ele está ocupando um cargo indicado. Em suma, a administração municipal coloca políticos em áreas que deveriam ser ocupadas por técnicos. O CAMPEÃO - Qual a visão do munícipe a respeito? VALTER - Posso responder enquanto empresário e presidente de um órgão importantíssimo para o setor econômico da cidade. Entendo que para dirigir um setor como o de segurança, por exemplo, deve ser contratado um profissional que conheça os problemas de segurança da cidade e tenha alguma experiência policial. Nesse aspecto, acreditamos que foi acertada a indicação do atual secretário, pois através da GM e da secretaria de segurança, várias parcerias já foram realizadas e o apoio da GM tem sido importante no combate a criminalidade. Acredito que a opinião de boa parte dos munícipes é a mesma. O CAMPEÃO - Essa falta de vivência profissional então atrapalha a cidade administrativamente? VALTER - Para uma cidade funcionar de fato tudo precisa estar alinhado, a começar pelo poder público que tem essa obrigação. Cada secretaria tem sua missão, e a verba para investimentos. Como disse anteriormente, o primeiro passo para uma boa administração é saber administrar, e infelizmente, é impossível isto acontecer quando a pessoa não é da área. Lamentavelmente, é o que tem acontecido em Sumaré nos últimos anos. O CAMPEÃO - Isso é grave, levando-se em conta o tamanho da população... VALTER - Sumaré é a segunda maior cidade da RMC. Está numa localização privilegiada e parece estagnada no tempo. Temos tudo para fazer de Sumaré uma cidade desenvolvida, mas falta muito porque o poder público não consegue gerir essa falta de técnicos. E aqui quero fazer um parêntese: Não faltam técnicos em nossa rede de servidores municipais. O que falta é o aproveitamento deles e a valorização da cidade perante esses servidores. O senso de cidadania deve ser trabalhado diariamente em nossa cidade, pois poucos são daqui. O CAMPEÃO - Politicamente, qual o peso da cidade? VALTER - Quase zero. A Senadora Marina Silva visitou Americana, Hortolândia, mas não veio a Sumaré. Alguns deputados que foram muito bem votados na cidade, sequer fizeram uma visita oficial ao município. Esse é outro aspecto duro para a cidade. As faltas de representatividade nos legislativos, estadual e federal, custam muito caro. Sumaré está esquecida, não tem representatividade. Lula já

veio inúmeras vezes à região e não vem aqui. Daí eu pergunto: cadê o dinamismo de Sumaré? Se ela é tão dinâmica, porque grandes indústrias têm optado por outras cidades?

O CAMPEÃO - Falemos sobre o caso dos viadutos. VALTER - Hortolândia recebeu verbas para construir três viadutos, sendo que um deles será erguido no Remanso Campineiro. E cadê a verba para Sumaré? Ou melhor – cadê os recursos para construir um novo viaduto, pois a cidade só tem uma entrada e saída e o trânsito no início e no final da tarde é um caos. Enquanto não tivermos representatividade nas outras esferas políticas, essas melhorias não chegarão aqui. E aí encontramos um grande problema. A classe política não se une para beneficiar a cidade. Ela está preocupada com o partido no nível estadual e federal. O que vale não é a necessidade local e sim a necessidade dos partidos nos estados e em Brasília. O CAMPEÃO -Resumindo... VALTER - Se pegarmos um exemplo do que foi a última eleição podemos entender bem o que digo. Na última eleição a candidata Cristina fez uma aliança com o deputado de Americana, Vanderlei Macris. O deputado teve 7.276 votos em Sumaré enquanto ela conseguiu míseros 300 votos em Americana. Agora, lá existe união do povo, existe amor pela cidade, existe comprometimento com o futuro da cidade. E em Sumaré? Por que aqui tudo é diferente? Cadê a união do povo? Não sou contra Americana, nem Hortolândia terem seus representantes, só não me conformo em ver uma cidade deste tamanho não conseguir eleger seus representantes. O CAMPEÃO - Qual a posição da ACIAS em relação à zona azul? VALTER - Tudo que você pede à prefeitura em termos de benefícios alegam que não ter dinheiro! Então a ACIAS vai propor algo funcional para beneficiar a cidade sem ser preciso que a prefeitura tenha que mexer no caixa. As empresas que operam o serviço de zona azul se comprometem a fazer melhorias, assumir as responsabilidades de organização e sinalização do trânsito e ainda contribuem com um percentual ao poder público. O CAMPEÃO - Noticiou-se que a ACIAS foi a Rio Claro estudar o sistema de parquímetro... VALTER - Sim, a ACIAS mandou representantes àquela cidade para conhecer o sistema de parquímetro. Nosso sistema de zona azul não tem funcionado a contento. Há algum tempo temos conversado com a melhor empresa do Brasil em gerenciamento de zona azul. A empresa atual também apresentou uma proposta de inovação na área que ela opera hoje, oferecendo tecnologia de ponta e todos os investimentos por conta dela, sendo necessária apenas a adequação da área. O CAMPEÃO - Estacionar na área central da cidade está ficando complicado... VALTER - Tenho falado para o prefeito que é impossível ao empresário e o munícipe chega-

Entrevista: Valter Roberto Matteuzzi, Presidente da Assoc. Comercial, Industrial e Agropecuária de Sumaré – ACIAS rem próximos à prefeitura de carro. Há tempo venho pedindo: façam uma zona azul em torno da Prefeitura, do Fórum... É uma vergonha ir ao Fórum e não ter onde estacionar. Quem estaciona lá chega de manhã e deixa o carro o dia inteiro. Aquele espaço precisa ser compartilhado em benefício de todos. O CAMPEÃO - Como funciona o parquímetro? VALTER - Convidamos a empresa para fazer demonstração. Você compra algo semelhante a um cartão telefônico, carrega-o de créditos e usa de acordo com o tempo utilizado. Se ficar 5 minutos se paga apenas os 5 minutos. O CAMPEÃO - Então, é possível fracionar? VALTER - Sim. A funcionária fiscaliza sua utilização. Se você não estiver habilitado haverá uma notificação que podemos chamar de pré-multa. Se o notificado não tomar as devidas providências aí, sim ele será comunicado da multa. O custo da pré-multa tem caráter educativo e não penalizador. O CAMPEÃO - Eduardo Gigo, então diretor na ACIAS no início dessa administração, em entrevista a O Campeão falou com entusiasmo da parceria ACIAS e Prefeitura, chegando a mencionar que iria a algumas cidades estudar modelos de gestões para o setor de saúde local. O tempo passou e a saúde continua a desejar. Qual sua posição em relação ao então projeto de uma grande parceria com a Prefeitura? VALTER - Em termos de realização está a desejar. Nossa decepção foi para com a força do poder público. Esse poder, pulverizado entre as várias secretarias, foi uma grande decepção para nossa entidade que gostaria de fazer uma grande parceria para melhorar não só o comércio, mas outras áreas de interesse da população. Esse povo merece mais atenção. E, é a esse povo que peço uma reflexão: Que cidade queremos para nossos filhos? É essencial que votemos na próxima eleição em candidatos com reais chances de se eleger. Candidatos viáveis, que são candidatos porque querem ocupar os cargos que pleiteiam e não aventureiros que no final das contas inviabilizam a eleição de um representante para nossa tão necessitada cidade.


Cidades

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EM SUMARÉ

Ford oficializa concessionária

P

restes a completar 11 anos de atividade, O Campeão acompanha com interesse a implantação do crescente número de novos empreendimentos na cidade. Acompanhamos a construção do prédio e agora, pronto, fomos matar a curiosidade de muita gente a respeito. Afinal, quando a Ford oficializa a nova loja? O o gerente, Sr. José Braga, nos recebeu. - Sr. Braga: os inspetores da montadora já estiveram aqui em Sumaré? - Sim. Gostaram do que viram e nos informaram que entre 40 a 50 dias estaria concluída a tramitação da homologação. - As concessionárias Ford têm níveis diferenciados de atendimento ou é padrão? - Padrão. A oficina da loja Ford de Sumaré estará completa, de acordo com as especificações da Ford, para que possa ser aprovada. - Qual a expectativa desse gerente? - O grande aferidor de nosso trabalho será o cliente. Esse o nosso grande desafio. - Então serão dois aferidores... -Sim. A aceitação pelo público e o acompanhamento da Ford pelos questionários respondidos pelo consumidor onde se tabula qualidade de atendimento, tempo consumido, qualidade do serviço, são quesitos que são grandes desafios. - A cidade passa a ter o conforto de

uma concessionária local contando com oficina credenciada. Isso ajudará as vendas? - Sem dúvida. Quando os auditores vieram para a inspeção das instalações, nos asseguram que a expectativa é de que disponibilizando toda estrutura da marca, o movimento de vendas tenderá a crescer. - Há quanto tempo o Sr. Braga está envolvido com autos? - Desde 1975, quando comecei em oficina. Nessa vivência, hoje como gerente, ouso prever que em 6 meses teremos um crescimentoaproximado de 20% nas vendas. - Qual a sua expectativa quanto a Sumaré? - Estamos muito felizes por apresentar a Sumaré tal investimento. É acreditar na cidade. Temos uma loja de fácil acesso, uma marca forte e excelentes produtos.

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Negócios

Procon-SP: juro do cheque especial pode variar de 6% a 12% Um levantamento divulgado pelo Procon-SP mostrou que a taxa de juro cobrada no cheque especial pode variar de 6,75% a 12,30% por mês. A taxa média cobrada pelos dez bancos incluídos na pesquisa foi de 8,79% em março pelo quinto mês consecutivo. Já para o empréstimo pessoal a taxa média foi de 5,17% ao mês. A única alteração nesta modalidade foi realizada pelo Bradesco, que elevou a taxa de 5,34% para 5,37% - um acréscimo de 0,56% em relação à taxa de fevereiro.

ECONOMIA

Kanitz recomenda otimismo com cautela Depois de pregar fim da crise, há um ano, mestre em administração agora não vê expansão “tão grande”

O

pessimismo vai sendo substituído por excesso de otimismo, acredita Kanitz. À espreita do clássico pessimismo de Nouriel Roubini e das previsões de catástrofe para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009, como os 4,5% negativos endossados pelo banco americano Morgan Stanley, Stephen Kanitz pregou o fim da crise no Brasil há exatamente um ano. A recuperação da economia brasileira no decorrer do segundo semestre do ano passado e a valorização anual de 83% do Ibovespa ilustram o acerto do mestre em administração de empresas pela Harvard University e ex-professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Em conversa com o Brasil Econômico abordando as perspectivas para 2010, Kanitz parece novamente mais distante do consenso. Com o Brasil assumindo a cartilha de bola da vez, ele não espera um crescimento “tão grande como se imagina”. Para Kanitz, contaminado pelas projeções nebulosas, o empresariado travou investimentos, aniquilando a expansão da oferta e, consequentemente, gerando inflação. Restará elevar os juros. E mais: uma pesquisa de sua autoria mostra que 40% dos brasileiros temem perder o emprego. “É o dado que mais me preocupa”. BRASIL ECONÔMICO - No ano passado, o senhor remou contra a maré pessimista e decretou que a crise tinha acabado no Brasil. Agora a moda é otimismo com o país. Continua nessa direção? STEPHEN KANITZ - Quem estava supernegativo, talvez até por consciência de culpa, acabou percebendo que estava errado e agora vai para o outro lado com excesso de otimismo. Mas já em outubro eu alertei: tome cuidado com esse exagero. O crescimento não será tão grande como se imagina, exatamente por conta de gargalos de falta de investimentos do ano passado

para este ano, em parte pelo catastrofismo gerador de incerteza ao empresário. Por definição, isso vai nos prejudicar em 2010 e, infelizmente, teremos que aumentar a taxa de juros. Há algo que me preocupa muito. Uma pesquisa feita com os departamentos de Recursos Humanos das empresas mostrou que 40% dos funcionários temem perder o emprego nos próximos 12 meses. Esse dado já foi de 45% em maio, caiu para 35% em novembro e, surpreendentemente, em dezembro, começou a aumentar novamente. É um erro estimar um crescimento elevado do consumo em 2010, diante desse medo psicológico. Ninguém está atento que esse medo latente continua. Não adianta dar um incentivo fiscal para a compra de automóveis, se você tem esse cenário de 40% dos brasileiros em pânico. Ele não vai comprar a prazo, temendo ser demitido. A ironia é que, destes 40% que estão com medo, no pior dos casos somente 2% vão perder o emprego. O rol de 38% está com medo à toa. Nos EUA, são 100% com medo. BE - O senhor tem sugestões para combater esse problema? SK - No ano passado, eu entreguei essa pesquisa ao deputado Antônio Palocci (PT-SP), que é um acesso que tenho ao governo, e apresentei algumas propostas. Primeiramente, sugeri um incentivo fiscal às empresas que se comprometessem a não despedir funcionários nos 12 meses seguintes. O empresário poderia substituir, mas não poderia eliminar postos de trabalho. E aí ele teria direito de não ter que pagar o FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço). Mas as empresas queriam o direito de demitir ao menos cerca de 1%, 2% de sua força de trabalho, coerente com um plano de melhoria e eficiência. O governo resistiu. Contudo, a ideia de dar algum benefício [crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico Social)] às companhias que não demitissem por um ano acabou sendo reproduzida em planos para alguns setores. Outra medida era de isentar do Imposto de Renda a empresa que reinvestisse o lucro. Mas não prosperou. BE - Olhando mais à frente, concorda com a hipótese de Brasil e China protagonizando o novo ciclo de crescimento global? SK - Sim. E por uma razão muito simples. Compare o Brasil de hoje com o da crise de 1998. O Brasil de antes não tinha reservas acumuladas, ao contrário do atual. Os administradores, como o Henrique Meirelles (presidente do Banco Central), sabem não ser possível prever o futuro. Assim, a única saída é ter reservas suficientes para sobreviver a uma crise. Em 1998, tivemos que nos endividar com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e, quando tudo melhorou, ficamos atrasados pagando a dívida. É o que vai ocorrer com os Estados Unidos agora. A crise vai passar, mas eles não vão desfrutar da bonança porque vão ficar cinco, seis anos pagando essa dívida. O Brasil sai na frente porque não precisará fazer isso. Nossas reservas, inclusive, vão nos permitir comprar empresas dos Estados Unidos. Então não é só escapar de crises, a história de reservas mostra que poderemos sair na frente, graças ao Meirelles. É assim que se ganha competitividade e mercado em outros países. BE - Esse argumento não ignora a enorme capacidade de inovação nos Estados Unidos? Veja o tablet (ou prancheta) iPad, lançado pela Apple... SK - Na China. A Apple está produzindo na China. Bom, 20% da população americana é formada em administração. Aqui no Brasil somos inovadores sim, mas

Para Stephen Kanitz, contaminado pelas projeções nebulosas, o empresariado travou investimentos não conseguimos implantar as brilhantes ideias que produzimos. Creio que isso vai mudar. Teremos 2 milhões de administradores formados ao final deste ano. Essa cultura de que precisamos de administradores para implantar nossas grandes ideias é uma coisa recente. Eu não seria pessimista. É algo que o chinês tem na figura do engenheiro de produção, a pessoa que implanta a ideia boa. BE - Como o cenário eleitoral brasileiro está inserido nesse contexto? SK - Vejo o José Serra ou a Dilma Rousseff como bons candidatos a fazer o que o Brasil precisa: tornar o Estado mais eficiente. O setor privado já está com uma eficiência bem melhor do que 20 anos atrás. O que atrasa o Brasil é o Estado. Falam que Dilma e Serra são broncos, mas eu acho isso uma qualidade. Eles não têm medo de fazer inimigos. O governo Lula foi um belo governo, mas foi muito preocupado em fazer amigos. Precisamos de alguém que fale ‘não’ de vez em quando. Enfim, não vejo muita diferença entre os dois candidatos. Ambos serão muito bons pelo momento histórico que vivemos. (www.brasileconomico.com.br)

FALSO TESTEMUNHO Bill e Sam, dois amigos da terceira idade, encontravam-se no parque todos os dias para alimentar os pássaros, observar os esquilos e discutir os problemas mundiais. Um dia Bill não apareceu, e Sam pensou que ele poderia estar resfriado ou coisa semelhante, entretanto, Bill não apareceu nos próximos dias e semanas, e Sam ficou preocupado. Como eles se conheciam somente do parque, Sam não tinha a menor idéia onde Bill morava e ele ficou impossibilitado de saber o que de fato ocorreu com ele. Passado um mês, Sam estava chateado pois ficou na sua mente a última vez que viu Bill. Indo ao parque, como de costume, lá estava Bill sentado, Sam ficou felicíssimo e se aproximou de Bill. - Por Deus, Bill, o que aconteceu com você?” - Eu estava na cadeia. - Cadeia? Se espantou Sam. Por quê motivo? - Você conhece a Vanessa, aquela garçonete loira e deliciosa da padaria que eu vou de vez em quando?” - Claro que me lembro. E daí? - Bem, um dia ela foi à Policia e me denunciou por estupro, e eu, com meus 89 anos de idade, fui todo feliz para a Corte e me considerei culpado… Aí o raio do Juiz me sentenciou a 30 dias por falso testemunho!!!


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Opinião

Bibliotecas terão maratonas de histórias em São Paulo O 4º Festival A Arte de Contar Histórias teve início neste mês e vai até o dia 26 de outubro, reunindo cerca de 50 companhias e contadores individuais de histórias em 30 bibliotecas e bosques da leitura de São Paulo. Os destaques do evento são a Numa Cia. de Artes, com “Espantalhando Causos”, e o Grupo Parampará, que narra “Navegando pelo Fantástico com Gabriel García Márquez” para adolescentes e adultos. Integram também a programação companhias como A Hora da História, Prosa dos Ventos e a especializada em teatro de sombras, Quase Cinema.

Arnaldo Jabor

A

cabo de voltar do carnaval na praia, onde fiz uma triste constatação: tá dominado, tá tudo dominado!!! Só dá funk! O “neo forró” tenta uma reação, mas suas letras não são cafajestes e não trazem a “alegria compulsória” que o brasileiro tanto gosta. Aí não dá, né, pô?! Como é que o cara quer fazer sucesso sem tratar mulher como lixo?! Esses forrozeiros, vou te contar... A indústria do CD pirata vai tratar de enfraquecer esse negócio, mas o jabá e a televisão devem insistir na onda por um bom tempo. Xuxa, Luciano Huck, Raul Gil, Gugu, enfim, toda essa gente boa vai se virar pra ganhar em cima. A Bandeirantes até já vai lançar um programa semanal com duas horas de duração dedicado ao funk. Isso, claro, até o “Tigrão”, a mente por trás do “movimento”, ser domesticado, o que, em termos mercadológicos, significa botar um terninho e gravar uma babinha pra novela das oito da Globo. O “Tigrão”, aliás, deu uma elucidativa entrevista pra revista VIP de março. Eu digo elucidativa, pois ele dissipa a névoa de ignorância (por parte do público) que encobria alguns aspectos do “movimento”. Vejamos: em determinado trecho da entrevista, “Tigrão” diz: “...As pessoas gostam desse erotismo. Mas, se você analisar, as letras nem são tão pesadas... Elas têm duplo sentido, até porque o público infantil ouve funk”. Muitas coisas interessantes nessas sentenças! Então vamos por partes: “...se você analisar, as letras nem são tão pesadas”. Eu analisei e ele está certo. Quem, em sã consciência, poderia achar pesada a letra do funk “Máquina de Sexo”, que diz: “Máquina de sexo, eu transo igual a um animal. A Chatuba de Mesquita do bonde do sexo anal /Chatuba come cu e depois come xereca Ranca cabaço, é o bonde dos careca”? Nota-se a leveza de termos como “sexo anal”, “cu”, “xereca” (!) e “cabaço”. “Elas têm duplo sentido...”. Procurei demais e não achei o duplo sentido no funk “Barraco III”: “Me chama de cachorra, que eu faço au-au / Me chama de gatinha, que eu faço miau / Goza na cara, goza na boca / Goza onde quiser”. Ah, agora entendi! “Goza na cara” é porque o cara ficava tirando sarro da menina pelas costas. Aí ela diz “Goza na cara!”. Que coisa... “...até porque o público infantil ouve funk”. Eis uma verdade e a preocupação do “Tigrão” se justifica. Foi pensando nas crianças que o garoto

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Jonathan, de 7 anos (ele mal tem coordenação motora para reproduzir a coreografia) foi incentivado a gravar o funk “Jonathan II”, de edificante letra: “De segunda a sexta, esporro na escola / Sábado e domingo, eu solto pipa e jogo bola / Mas eu já estou crescendo com muita emoção/ E eu já vou pegar um filé com popozão”. 7 anos!!! 7 anos!!! Pô, foi mal... A culpa é minha, gente grande, feia e besta, que não entendo. Então, vamos lá, repetir o discurso de dez em cada dez apresentadores de programas femininos e de auditório: todo mundo junto, um, dois, três e já: “A malícia está na cabeça do adulto, a criança só quer se divertir. Onde já se viu, se preocupar com uma coisa dessas. Das crianças que passam fome na rua ninguém fala nada...”. Aplausos entusiasmados e urros de apoio, por parte do auditório. É bom que se diga que as crianças que passam fome nas ruas são um sério problema social, cuja resolução deve ser uma das prioridades máximas de qualquer governo (detalhe sem importância: os funks da moda não passam nem perto dessa questão.. Mas, beleza, vamos lá...). Só que é um problema do governo, a gente não tem nada com isso, não é mesmo? Ao invés disso, vamos dar risada e incentivar o moleque de 7 anos (7 anos!!!) a “pegar um filé com popozão”. Afinal, nunca é cedo demais pra mostrar pro papai que se é um garanhão, que não deixa passar nenhuma cachorra. Isso é que é uma infância saudável! E pensar que eu perdi tanto tempo assistindo “Bambalalão”, “Sítio do Pica-Pau Amarelo” e ouvindo aqueles discos da “Turma do Balão Mágico”. Ao invés disso podia estar por aí, transando umas cachorras... Enquanto a gente dá risada, a molecada vai crescendo com a certeza de que mulher não passa de uma bunda e um par de peitos siliconados, que gosta de ser chamada de cachorra e que acha que só um tapinha não dói. Se “só um tapinha não dói”, o primeiro deveria ser dado no popozão dos tigrinhos e cachorrinhas que curtem essas coisas. Depois a gente não entende o motivo do aumento dos índices de violência contra a mulher e porque ela é tão desrespeitada na sociedade. Será que não é óbvio? Você, cadela... quero dizer, mulher que está lendo isso, levante-se e lute! Não seja uma cachorra! Um tapinha dói, sim! Exija respeito antes que nós, homens, acreditemos que é isso mesmo que vocês querem. Deponham as Xuxas, Carlas Perez, Feiticeiras, Tiazinhas, Enfermeiras, Internéticas, Vampiras, Fernandas Abreu e Vanessinhas Pikachu de seus reinados de miséria intelectual! Conto com vocês!!! E lembrem-se sempre da cada vez mais pertinente frase de Oscar Wilde: “Todo crime é vulgar, assim como toda vulgaridade é criminosa.” É isso aí.

Ar(tis)t...esanato Sumaré está bem servida em termos de lojas para artistas de todas as áreas. A Center Panos, por exemplo, praticamente dobrou sua área além de brindar sua clientela com um confortável serviço de ar-condicionado. A loja está em franca expansão e acaba de inaugurar sua terceira unidade, desta vez no centro de Campinas. A seguir a chamada desta loja ao público de Sumaré: “Chegou nossa vez Sumaré! Após gravação de seu programa nas Center Panos de Hortolândia e Campinas, agora é a vez de Sumaré mostrar o trabalho e a criatividade de tanta gente talentosa. Dia 17/03 o nosso querido apresentador do Ateliê na TV, o DOTAN, estará gravando o seu programa na Center Panos de Sumaré. É isso mesmo!!! Para você que é fã de seu trabalho e gosta de artesanato, venha conferir as novidades. Será realizado o sorteio de uma máquina Janone, além de Workshops o dia todo. NÃO PERCAM!”. Outra boa loja do seguimento em Sumaré, a Borboletá, entre a profusão de peças para artesanato, descobrimos interessante coleção de DVD’s que são verdadeiros professores particulares

para aquelas pessoas que não têm tempo para frequentar cursos presenciais ou que têm dificuldade em acompanhar o grupo. Apenas como exemplo, alguns cursos que tanto podem ser reproduzidos no aparelho de TV, encontrados na Borboletá: Bordados Diversos, Biscuit, Ponto Reto, Pedraria, Tear, Vagonite, Ponto Cruz, Pintura em Tecido e vários outros títulos. O DVD “Bordados da Vovó”, está repleto de técnicas de bordados à mão, da época da vovó, por isso o nome “Bordados da Vovó”. Centro de mesa com tulipas, suplá com cerejas, camiseta com flores e toalha de lavabo com cesto de flores em passamanaria são as peças ensinadas, passo a passo, pela artesã Jacira Thé, especialista no assunto há mais de 50 anos. Jacira conta, ainda, os segredos dos pontos: corrente, fantasia, haste, palestrina, rococó, entre outros... Tempo de execução do DVD: 1h53 SERVIÇO: BORBOLETÁ Rua José Maria Miranda, 552 Centro, Sumaré Tel. 3306-7199


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Educação

MEC: 80 mil escolas devem participar da Olimpíada de Português Nove milhões de estudantes da educação básica pública devem participar da Olimpíada de Língua Portuguesa de 2010. O concurso foi lançado na terça-feira, 2 de março, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Adesões de secretarias de educação e inscrições de professores poderão ser feitas, on-line, na página eletrônica do Cenpec, até 14 de maio.

PRÊMIO

Professor nota 10

O

Karla Emanuella Veloso Pinto, professora de Geografia em Lavras, MG, ganhou R$ 15.000,00 como prêmio pela dedicação à escola

Amarildo Reino de Lima, Gestor Nota 10, de Samambaia, DF, criou o projeto “A hora é essa”

Prêmio Victor Civita – Educador Nota 10 é uma iniciativa da Fundação Victor Civitaque visa identificar, valorizar e divulgar experiências educativas de qualidade, planejadas e executadas por professores, diretores e coordenadores pedagógicos em escolas de ensino regular. Acompanhar o progresso dos alunos e com isso planejar as próximas intervenções é um trabalho fundamental do processo de ensino. Para cumpri-lo, a professora de Geografia Karla Emanuella Veloso Pinto, do Centro Educacional NDE UFLA, em Lavras, a 240 quilômetros de Belo Horizonte, adotou uma estratégia moderna e eficiente: usar a internet. No começo do ano, a Universidade Federal de Lavras ofereceu para a escola um ambiente virtual de aprendizagem, espécie de rede de relacionamentos online a serviço da Educação. De olho nas possibilidades da ferramenta, Karla notou que poderia acompanhar a distância as lições de casa e, assim, fazer um diagnóstico específico das aprendizagens de cada aluno. As tarefas que ela passou a publicar na página do sistema estavam sempre relacionadas aos conteúdos trabalhados em aula e eram bem diversas: pesquisar, debater ideias em fóruns de discussão, expor as opiniões em chats, ler textos de referência e conhecer sites de pesquisa confiáveis. Os alunos tinham prazo para postar as lições na rede e podiam contar com a ajuda da professora a qualquer sinal de dúvida – afinal, ela estava logo ali, a um clique de distância. Entre os conteúdos trabalhados presencialmente, que tiveram uma extensão

na rede, estavam assuntos que propiciam o debate, como os maiores conflitos no mundo atual, os países do norte e o subdesenvolvimento. Karla estimulou a capacidade argumentativa da turma ao incentivar a postagem de ideias próprias, desde que embasadas em textos-base disponíveis no ambiente virtual. A internet garantiu a Karla o registro das aprendizagens e a observação do que os alunos aprenderam (saiba quais são os dez encaminhamentos didáticos que ajudam todo projeto a dar certo). Com isso, a professora soube quais conteúdos precisavam ser retomados em aula. Por fim, lição de casa tomou outra dimensão para os alunos, que passaram a encará-la com parte importante da aprendizagem. O projeto vencedor foi realizado com o 8º e 9º anos da escola, mas Karla também leciona para as outras turmas do Ensino Fundamental II. Dos 3.795 projetos inscritos no Prêmio Victor Civita em 2009, mais de 2.600 tiveram como autor um professor do Ensino Fundamental. GESTOR NOTA 10

Amarildo Reino de Lima foi escolhido Gestor Nota 10 no Prêmio Victor Civita deste ano por ter enfrentado uma questão que ao longo da história da Educação brasileira atingiu metade dos estudantes de Ensino Fundamental e cerca de 60% dos alunos de Ensino Médio: a defasagem idade-série. No Brasil, milhares de alunos repetem ano a ano e, muitas vezes, abandonam as carteiras. Passam pela escola sem aprender e saem dela sem futuro. Quando assumiu a direção do Centro de Ensino Fundamental 427 de Samambaia, no Distrito Federal, em janeiro de 2008, Amarildo se deparou com essa realidade. Quarenta por cento dos cerca de 1.000 alunos da unidade estavam defasados. Ao invés de fechar os olhos para o problema ou adotar uma política de aprovação automática, que garantisse bons números para a escola, Amarildo encarou o problema e criou o projeto “A hora é essa”, de turmas de aceleração. Com a proposta, ele deixou para trás 644 trabalhos inscritos em 2009 e se tornou o primeiro Gestor Nota 10 do Distrito Federal. “Ter ganho o prêmio é realização completa do desafio que me propus como gestor, que era corrigir a distorção idade-série garantindo a aprendizagem das crianças”, comemora. Mas para chegar lá Amarildo precisou garantir a união da equipe gestora e convencer professores, pais e os próprios alunos de que sua meta era possível. Com gestão participativa, focada em resultados, flexibilização do currículo e da avaliação e um intenso acompanhamento de cada caso, ele pôde comemorar o prêmio e a média recorde dos alunos na avaliação externa do Distrito Federal, na qual a escola foi a primeira colocada na cidade. Veja todo o conteúdo em: http://revistaescola.abril.com.br/premiovc/2009


Educação

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BOM DESEMPENHO

A melhor escola pública do Enem No mês de abril será divulgado a relação das melhores escolas no Enem em 2009

N

a melhor escola pública do Enem 2008, os portões ficam destrancados e não há inspetor. A escola pública que obteve o melhor desempenho no Enem 2008 não tem portão trancado nem inspetor. Segundo a diretora do Coluni (Colegio de Aplicacao da Universidade Federal de Viçosa), em Minas Gerais, Eunice Bitencourt Bohnenberger, isso é possível porque a escola não tem problemas de indisciplina e o índice de reprovação é muito baixo. Em 2008, dos 160 alunos que estavam para se formar no terceiro ano do ensino médio, apenas quatro não passaram. “Nossa escola é bem diferente: aqui, o aluno é livre, mas tambem é responsável; por isso, eles não ficam matando aula”, conta a diretora. O bom desempenho não é novidade no colégio, que já esteve no primeiro e no segundo lugar entre as públicas em 2006 e 2007, respectivamente. “O resultado já era esperado porque já sabíamos que eles tinham ido bem no Enem. O segredo é o trabalho e a dedicação de todos”, afirma Eunice.

Veja ranking com as 20 melhores escolas do país

Outros fatores fazem a diferença no Coluni: ele está situado no campus de uma universidade; cerca de 80% dos alunos ingressantes vêm de outras cidades e têm que morar em repúblicas ou pensionatos; e a escola tem laboratórios e faz regularmente aulas em campo. Os professores do colégio trabalham em regime de dedicação exclusiva e estão sempre fazendo treinamentos. “Dos 27 professores que temos, 5 estão pedindo licença para fazer doutorado, 1 mestrado e 1 pós-doutorado. Essas condições fazem a diferença; só do professor ter essa tranquilidade já é um diferencial”, afirma Eunice.

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

Rio de Janeiro (RJ)............ Colégio de São Bento.............................. Particular .............. 80,58 Belo Horizonte (MG)......... Colégio Bernoulli..................................... Particular .............. 77,38 Viçosa (MG) ..................... Colégio de Aplicação da UFV - Coluni...... Federal .................. 76,66 Belo Horizonte (MG)......... Colégio Santo Antônio ............................ Particular .............. 76,43 Feira de Santana (BA) ...... Colégio Helyos ........................................ Particular .............. 76,34 Goiânia (GO) .................... Colégio WR.............................................. Particular .............. 76,26 Rio de Janeiro (RJ)............ Colégio Santo Inácio ............................... Particular .............. 76,09 S. J. dos Campos (SP) ...... Col. Eng. Juarez de S. Britto Wanderley ... Particular .............. 76,02 Rio de Janeiro (RJ)............ Colégio Santo Agostinho......................... Particular .............. 75,97 São Paulo (SP) ................. Colégio Vértice - Unidade II ..................... Particular .............. 75,97 Rio de Janeiro (RJ)............ Colégio Santo Inácio ............................... Particular .............. 75,92 São Paulo (SP) ................. Colégio Bandeirantes.............................. Particular .............. 75,86 Belo Horizonte (MG)......... Coleguium............................................... Particular .............. 75,71 Recife (PE) ....................... Colégio de Aplicação da UFPE ................ Federal .................. 75,68 Teresina (PI) ..................... Instituto Dom Barreto.............................. Particular .............. 75,5 Barbacena (MG) .............. Escola Preparatória de Cadetes do Ar ..... Federal .................. 75,3 Rio de Janeiro (RJ)............ Colégio de Aplicação da UFRJ ................. Federal .................. 75,25 Valinhos (SP).................... Colégio Etapa.......................................... Particular .............. 75,23 Rio de Janeiro (RJ)............ Inst. de Apli. F. R. da Silveira (CAP/Uerj) . Estadual................ 75,11 Rio de Janeiro (RJ)............ Colégio Santo Agostinho - NL.................. Particular .............. 74,71


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Goethe “Para aquele que não quer colocar na cabeça que espírito e matéria, alma e corpo, pensamento e percepção, vontade e movimento, foram, são e serão os duplos ingredientes do Universo, cada qual reclamando direitos iguais ao outro; e que esses pares devem ser considerados, sem dúvida, como representantes de Deus; aquele que não pode se elevar a essa idéia, deveria, há muito tempo, ter renunciado ao pensar”.

SAUDADE

Vovó - doces lembranças D

e todas as minhas lembranças da infância a melhor foi vovó. O sorriso dela era terno, sempre aprovando minhas atitudes mesmo quando eu aprontava porque a doçura dela era tão intensa que não a permitia me enxergar com olhos de correção. O seu abraço era aconchegante, o mais quente e acalentador que já senti e ele tinha o poder de fazer com que qualquer dor fosse esquecida. O beijo dela era o mais sincero, me fazia sentir que seu amor por mim era incondicional e eu não precisava fazer nada ela simplesmente me amava e me achava o máximo. A sua voz era serena, soava como musica em meus ouvidos, me acalmava e eu adorava ouvi-la contar as histórias de sua juventude. A sua comida era especial, não sabia que tempero ela usava mais o gosto de tudo preparado por ela era único e sempre mais gostoso. O seu cheiro era relaxante, não importava que perfume ela usasse o chei-

ro dela era sempre o mesmo, cheirinho de vovó, acho que era o cheiro do carinho. Nunca esquecerei as noites felizes vividas ao lado da minha vovó, entre duendes, fadas, princesas, sem dúvida ela foi o personagem mais encantado que existiu no meu mundo. Assim como os personagens encantados deixam de fazer parte de nosso mundo quando crescemos infelizmente à maioria de nós também se esquece da vovó, ela passa a ser apenas a doce lembrança do passado. É quando seu sorriso terno de aprovação se transforma em criticas ao nosso jeito desprendido de conduzir as relações pessoais, o seu abraço aconchegante que solucionava tudo se transforma em conselhos que julgamos ultrapassados, o seu beijo e seu amor incondicional já não existe tamanha a decepção em ver o quanto somos diferentes dela, a sua voz agora fraca já nem tem força para longas conversas e das suas historias ela nem se lembra mais detalhes para nos contar, ela já não pode mais cozinhar para

nós e nem para ela mesma e o seu cheiro já não é tão afável como antes. Quando isso acontece os papeis se invertem é nossa hora de sorrir para ela e não recriminá-la quando ela comete alguma gafe, é hora de abraçá-la e confortá-la quando ela repete incansavelmente as mesmas queixas, é hora de beijá-la e amá-la incondicionalmente, agora que sua voz é fraca e sua memória falha é nossa hora de contar a ela os nossos planos do futuro, agora sem mais poder cozinhar é nossa hora de prover seu alimento, o cheiro dela já não exerce tanto conforto mais se tivermos serenidade para apreciá-lo veremos que nos remeterá a toda doçura vivida no passado. Se você possui a chance de ter sua vovó perto de você aproveite, “perca” um pouco do seu tempo e ganhe a oportunidade de estar ao lado de alguém que possui uma sabedoria que não pode ser encontrada em livros ou professores, a sabedoria de viver. Respeitem todos os idosos, não por pena ou por obrigação mais sim por amor. Nanda Volpe

APRESENTAÇÃO

Nanda Volpe, nova colaboradora de O Campeão se apresentando pelo blog que se possui: “Não tenho pretensão alguma com o blog, http: meusolnaotempeneira.blogspot. com/ escrevo aqui tudo que vem a minha cabeça, acho que no fundo é apenas uma prática para espantar a solidão e na falta de ter com quem conversar jogo meus assuntos aqui, pouco me importa quantos estão lendo, se concordam, se discordam isso é o interessante estou livre das algemas da preocupação com a opinião dos outros sobre minhas escritas. Se tivesse que ter uma pretensão seria simplesmente conquistar o mundo!


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GIOVANA MENUZZO

A filosofia do ballet clássico é a disciplina O

governo militar proibindo à Rede Globo de veicular o espetáculo “O Lago dos Cisnes”, do compositor russo Tchaikovsky, liberando-o apenas 5 anos depois, com a redemocratização do País, despertou curiosidade do grande público não iniciado nessa arte. Giovana Menuzzo, nascida em Sumaré, filha de Alaerte e Rosa Menuzzo, em 1997 teve o privilégio de ser selecionada para ser a solista do “Lago dos Cisnes”, na montagem da Orquestra Sinfônica de Campinas. Novamente, em 2006 Giovana Menuzzo foi selecionada como solista em “Giselle, de Adolphe Adam. Chegar a tal evidência é fácil? Para saber como Giovana Menuzzo saboreou essa glória fomos entrevistá-la. Com uma academia bem estruturada na Rua José Maria Miranda, 567, no centro de Sumaré, tornou-se uma professora de ballet, professora que foi bailarina formada pela Royal Academy of Dance de Londres. Sua história inclui passagem pelo grupo Íris Ativa Dança em Campinas onde dançou profissionalmente, participando dos principais festivais de dança do país, entre eles o Festival de Dança de Joinville, Passo de Arte e Encontro Nacional de Dança, tendo conquistado vários prêmios e, não se contentando, seguiu para se aperfeiçoar na “Steps Academy”, em Nova Iorque. O CAMPEÃO PERGUNTOU A GIOVANA: por quê dançar? - Dancei porque disse não ao piano. Meu pai sempre gostou de música e queria que eu aprendesse a tocar piano, mas eu era como hoje ainda o sou, muito elétrica e não tinha paciência para o piano. Meu pai então sugeriu que eu fizesse o ballet. - E sua mãe, como ela via isso? - Ela sempre me apoiou. Meus pais tinham a seguinte percepção: “Prefiro pagar isso que pagar um hospital, uma clínica psi-

quiátrica...” Essa visão deles é pertinente pois não só bailarinos mas também atletas, músicos, da arte em geral, que, a partir de quando você se envolve com a atividade fim, queira ou não, você passa a ter uma cabeça saudável e então você deixa de experimentar muitas coisas ruins. - É a fase crítica, a adolescente... - Sim, aquele período da adolescente rebelde, e no meu caso, eu esqueci de ser, porque meu foco era sempre estar dançando, querendo me aprimorar, querendo crescer. - E os prazeres dos jovens? - Para chegar onde cheguei, a gente deixa de fazer muita coisa como ir a bailes, comprar coisas para mim, porque é uma renúncia. Renunciar por um lado e por outro, ganhar. - Você imaginava chegar ao estágio em que você chegou? - Quando era mais nova queria fazer veterinária. Nunca imaginei que iria viver da dança. Mas aí, aos poucos as coisas foram acontecendo, os professores passando a te ver com outros olhos e você se percebe melhorando, se superando, se surpreendendo... Nossa! Consegui isso, aquilo! Então, quando estava no 3.º Colegial decidi seguir pois estava em um patamar muito bom. Era ir em frente, experimentar... E aqui estou! - Como foi sua caminhada para o exterior? - Comecei aos 7 anos em Sumaré e fiz ballet sem compromisso até aos 12 anos. Como você sabe, aqui em Sumaré tudo o que suas amigas fazem, você também faz. Aí, um professor viu meu potencial e passou a me incentivar: “Você deve continuar...” Ele me preparou por 3 anos para que eu fosse para Campinas. Até hoje ele sempre me lembra: “Você foi minha aluna!”. - Que cumplicidade, o professor se realizando na aluna... E, em Campinas? - De Campinas em diante, me preparei profissionalmente e até então eu não tinha ambição para ir estudar fora do País. Era caro, queria terminar minha faculdade. Hoje se paga em ene vezes... Estava feliz aqui em Sumaré e em Campinas, dançava pelo País afora. - E de Campinas, você foi tendo melhor visão de mundo. - Sim, até que chegou um momento em minha vida em que passei a ganhar melhor, não só dançando mas também dando aulas de educação física, então

fui fazer um curso em Nova Iorque. - O quê você viu de diferente? - Pude perceber que lá as coisas não são tão diferentes quanto a espaço físico quanto aos profissionais. Os professores de lá são muito bons. O que acontece é que lá a arte e a cultura têm maior valor. Essa a questão que diferencia. Você educa. Deve dar oportunidade para que as pessoas assistam por exemplo, não precisa ser um espetáculo de ballet, pode ser uma orquestra, uma peça de teatro. Acho que isso falta na escola. Você tem que dar isso, mesmo que seja uma coisa mínima, mas dando isso as crianças vão crescendo com outro olhar. - Infelizmente a cidade não oferece nenhum espaço para esse tipo de atividade. A Giovana Menuzzo, pelo visto, mantém um espaço na raça... - Com certeza. É na raça! E digo a você que não dependo disso aqui para viver. Trabalho também em Campinas. Estou aqui porque Sumaré faz parte de minhas raízes. Muitas pessoas prestigiam nosso trabalho aqui, mas ao mesmo tempo nossos governantes, poucos dão valor. Outros, não estão nem aí... Para você ter noção de nossa dificuldade, do desinteresse dos governantes, quando tenho de fazer um espetáculo com minhas alunas tenho que fazê-lo em Americana ou em Santa Bárbara D’Oeste. - E em outras atividades, o que aprecia? - Queira ou não, você vive experiências em relação à arte e à cultura. Sou da dança mas aprecio a Sinfônica de Campinas, gosto de peças de teatro, ópera, adoro musicais, então, tenho um pouco de noção. - Voê tem referenciais... - Então, você diz: “E não temos nada disso em Sumaré! Quando um dia chegaremos a esse ponto?” - Você foi a Londres? - A metodologia que sigo é inglesa e até gostaria de ter ido. Todos os meus exames tiveram examinadora inglesa tanto como bailarina quanto de professora, pois sou professora formada pela Royal Acadmy, que é de Londres. Então fiz todos os exames para dançarina e fiz também exames para professora, que duraram 4 anos. - Quando vieram essas graduações? - Comecei em 93. A dança não te deixa

envelhecer. A maioria das bailarinas acabam tendo costumes de boa alimentação, de qualidade de vida, faz bem para a gente. - Em sua expectativa em relação a Sumaré? - De Sumaré procuro não esperar mais... Já esperei tanto! Mas é o prazer que quero proporcionar às alunas, que elas se sintam felizes, não só as alunas mas suas mães também. A filosofia do ballet clássico é a disciplina. Elas poder ser disciplinadas felizes. E a disciplina que elas aprendem se elas levarem para a vida independentemente de seguirem a carreira ou não, para mim é o que mais importa. - Você tem tido retorno disso? - Uma aluna há pouco terminou a faculdade e foi morar fora e agora em fevereiro, lá do exterior fez um depoimento pelo Orkut dizendo que hoje ela lembrava das coisas que eu falava, das preleções que eu fazia, estavam valendo para a vida dela lá fora! Para mim isso é muito gratificante. É um processo. Se elas decidirem seguir uma carreira será uma conquista das meninas. Tudo o que acontece para mim é um processo de degrau por degrau, delas aprenderem fisicamente, tecnicamente, compreenderem as dificuldades e aprenderem a superar tais dificuldades porque na dança tem tudo isso pois ballet não é uma atividade fácil, é difícil, são movimentos anti-anatômicos embora graciosos. E ninguém nasceu com os pés para fora; então, são coisas gradativas que as meninas foram conquistando. Se elas perceberem que conseguiram conquistar, levarão tais experiências pela vida. - Experiências próprias que a professora vivenciou. - Certamente! Foi assim comigo e hoje repasso tais valores. Há alunas que hoje têm 20, 26 anos e me chamam ainda de tia Giovana! É muito carinho - as mães também continuam: tia Giovana! - Mexe com você? - É muito bom. É reflexo de um carinho que elas levaram, alguma coisa boa... Ponto para o professor é isso: você não morre. Professor é eterno pois essas experiências que você passa para os alunos e eles vão aplicando à vida e quem sabe, passarão adiante... - Você falou como professora. E como bailarina? - Como bailarina, não tenho dançado como antigamente. - A academia vem exigindo mais de seu tempo? - A gente vai ficando mais “velha” (aspas do editor) e é preciso trabalhar. Se continuar dançando como antes, com aula todo dia, ótimo! Estou fazendo a coisa que adoro? Ótimo, adoro dançar. Mas chega o momento em que você pesa: ou compra seu carro ou você dança... Você paga suas contas ou você dança...


Artigos

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O Campeão 13

GIOVANA MENUZZO - E suas perspectivas? - Perspectivas como bailarina... Agora sou uma excelente professora! Faço Pilates, está bom, estou gostando, tentando substituir... Estou transferindo minhas perspectivas para minhas alunas que estão vindo. - Sem contar os sacrifícios, é linda sua carreira... - Um só retorno é uma vitória do professor! Tenho uma aluna que está em Nova Iorque, dançando lá. Mas sou muito pé no chão. E ensino isso às alunas para não haver deslumbra-

mento. Se percebo que a menina tem potencial, a família segura... É sabido que a dança é difícil como futuro. - Giovana Menuzzo, você tem uma linda história de vida. Sua mensagem final para os leitores de O Campeão. - “E que seja perdido o único dia em que não se dançou...”, de Friedrich Nietzsche. - Não sabíamos que aquela privilegiada cabeça alemã era tão ligada à música! - Cultura, não?

Beleza se põe à mesa? Ser aceito e bem sucedido é praticamente o objetivo de qualquer pessoa, seja em qualquer área que ela esteja incluída. E para isso, homens e mulheres recorrem a diversos recursos, sejam de aperfeiçoamento moral ou quem sabe pelo mais popular, o aperfeiçoamento físico. Mais que isso: muitos se contentam somente com esse fator, com o exterior, o que só os olhos vêem e o que é mais fácil de ser reconhecido. Porém - infelizmente - a beleza não só gera aceitação ou bons olhos; segundo pesquisas, pessoas que se encaixam nos padrões estéticos estabelecidos pela sociedade tendem a evocar confiança e até conquistar bons cargos já que muitas empresas, principalmente as da área do comércio, procuram pessoas que tenham além de qualificações - possuam rostos e corpos bonitos. Mas, no fim das contas, de onde vem toda essa pressão para que sejamos esteticamente perfeitos? Com certeza a mídia é a campeã de influência nos padrões de beleza, pois ela tem o poder de distinguir o que é certo ou errado e convencer a sociedade sobre isso. Mulheres magérrimas, rostos bem definidos e cabelos lisos são expostos a todo o momento, onde até sem querer não percebemos a existência contínua do fato e sequer vemos que estamos sendo arrastados por isso, tendendo a criar cópias desses padrões em nós mesmas. O problema é que a opinião alheia tem forte valor em nossas atitudes e comportamentos, nisso, fazer o que é bem vindo aos olhos dos outros é praticamente obrigatório. E é daí que se espalha e se adere todos os padrões de beleza. Podemos exemplificar como realmente ser bela é influente notando as (cada vez mais famosas) cirurgias plásticas, os produtos de beleza, as dietas e os artigos de moda, setores que se espalham e crescem muito financeiramente. É como se os “feios” não fossem bem vindos ou, exageradamente, fossem excluídos. É na adolescência que a beleza é estupidamente levada em conta, associada a roupas e outras coisas de consumo. Por incrível que pareça, é comum encontrar grupos onde para ser aceito não necessariamente é preciso ter boas ideias ou capacidade de surpreender, já basta ser bem vestido e possuir artigos caros e “da moda”. É lamentável. E é claro que toda essa questão estética influente tem seus lados ruins. Pra dizer a verdade, se limitar em possuir beleza e

obsessivamente recorrer a recursos para atribuí-la não é nada saudável. Padrões de beleza, ao contrário do que as pessoas pensam, não autenticam um ser - hipnotizam, formando, digamos, uma fila onde sempre se segue quem está a frente, tornando todos iguais. Claro, pois é fácil deveras se igualar a alguém fisicamente, porém, difícil é investir internamente, para algumas pessoas, podendo ser até cansativo. Mas facilmente diferencia-se quando é mostrada a inteligência, a boa moral. É como se diz: “Não nos importa a embalagem se bom é o conteúdo”. Infelizmente as pessoas acabam ficando cegas e esquecem que muito se oferece e se agrada quando é mostrada a “real beleza, natural e interior”. A beleza cansa, enjoa e facilmente somos trocados com ela se a mesma não for associada a perspicácia. Talvez essa tal busca venha para preencher um vazio que existe nas pessoas, onde elas pouco agradam e o modo mais prático seria este, sendo belas exteriormente. Pois é, ser autêntico não é fácil. Outro lado ruim e mais sério são as doenças que foram desenvolvidas sob o crescimento dos padrões estéticos, como os distúrbios alimentares: a bulimia, a anorexia, entre outros. Isso se encaixa perfeitamente a tal fila que foi dita anteriormente, onde tentar se igualar a uma “modelo de passarela” talvez custe a vida. Enfim, beleza e sociedade sempre foram temas polêmicos, controversos e discutíveis. Mas a atitude que realmente devemos tomar é de impor a valorização das ideias, das opiniões, pois é o que realmente importa - e mais que isso - é algo totalmente incalculável. Devemos acreditar que não há nada que substitua a beleza natural e que muito, além disso, nada substitui a vida, dom Divino, único e incalculável. É a real importância...

Karine Barbosa, 14 anos, é colaboradora de O Campeão


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Mundo

Para palestinos, negociação indireta é última chance de paz Negociações indiretas mediadas pelos EUA entre Israel e os palestinos são a última chance de se manter vivo o processo de paz no Oriente Médio, disse o principal negociador palestino. “O relacionamento se deteriorou a esse estágio em que os EUA estão tentando salvar o processo de paz com essa última tentativa — por sinal, marquem minhas palavras — essa será a última tentativa para se ver se essa pode ser uma ferramenta de decisões entre palestinos e israelenses”, disse Saeb Erekat à rádio militar de Israel.

PROJETO

Alimentação ali no futuro Grupo de cientistas britânicos quer usar áreas desérticas para produzir alimentos, água limpa e energia renovável

A

idéia é utilizar a água do mar para irrigar e resfriar as estufas. Segundo os responsáveis, a técnica é 100% eficiente. Parece controverso, mas o deserto do Saara pode se tornar um dos celeiros do mundo em pouco tempo. Esta, pelo menos, é a idéia do cientista britânico Charlie Paton, que estuda há anos formas alternativas para a produção de alimentos em zonas extremamente secas. Depois de muitos experimentos, Paton e sua equipe finalmente apresentaram o Sahara Forest Project, uma técnica que permite utilizar a água do mar para irrigar e resfriar as estufas no meio do deserto. Segundo eles, a técnica é simples de ser adotada e 100% eficiente. O projeto consiste na construção de grandes estufas equipadas com evaporadores, que convertem a água do mar em vapor. Este vapor resfria a estufa em até 15 graus, favorecendo o crescimento das plantas. Do outro lado da estufa, o vapor é condensado, transformando- se em água limpa, que pode ser usado tanto para a irrigação quanto para mover as turbinas acopladas aos painéis que captam a energia solar, gerando também uma quantidade razoável de energia elétrica. “Felizmente, o mundo ainda tem muita água. Ela só está longe e é muito salgada. A possibilidade de transformar a água do mar em água potável pode tornar regiões áridas em potências da agricultura”, continua o cientista. Para provar sua teoria, Paton e sua equipe já mantêm “estufas inteligentes” em testes em Omã e nos Emirados Árabes. “A idéia é que os alimentos e energia produzidos abasteçam os moradores locais, mas o excedente pode ser enviado para a Europa”, diz ele, lembrando que a água gerada no processo também pode ser utilizada para a plantação do pinhão manso, que serve de base para a produção do biodiesel e se adapta bem às regiões áridas. Atualmente existem mais de 200 mil hectares de estufas convencionais na região do Mediterrâneo. A maioria delas, no entanto, usa água proveniente de poços artesianos, o que encarece a operação. Com a utilização da nova técnica, este custo seria eliminado, reduzindo drasticamente o preço final dos alimentos.

O desafio de tornar verde o deserto do Saara usando água do mar está sendo vencido

Bandejas: são movimentadas automaticamente e recebem diariamente a dose necessária de água, nutrientes e podem ser cultivados todos os tipos de vegetais e frutas de pequeno porte. O sistema de cultivo por meio da hidroponia gera até 95% de economia de água

Já pensou na possibilidade de adquirir uma fazenda vertical? O que parece algo inusitado é a ideia central do Valcent Verti Crop, projeto criado pela empresa Valcent Products Inc., especializada em soluções ecológicas. Com escritórios nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, a empresa teve autorização para desenvolver o projeto a partir de janeiro de 2009, e em novembro, a revista Times elegeu a tecnologia entre as “50 melhores invenções do ano”. À frente da empresa está Chris Bradford, um executivo que entre outras atividades foi assessor de desenvolvimento de negócios do governo britânico. A produção da fazenda vertical é feita dentro de estufas, longe da terra, no sistema de hidroponia e com condições climáticas controladas. As plantas são cultivadas em pequenas bandejas monitoradas por um mecanismo automático que as movimenta até o local onde recebem água e nutrientes. O investimento para o produtor é relativamente baixo, US $ 500 para cada 100 metros quadrados, incluindo preparação do terreno e custo de construção. “Com esse sistema é possível obter um volume de colheita até 20 vezes maior, quando comparado ao método de agricultura tradicional”, disse Bradford. Além disso, o sistema pode ser adaptado às necessidades de cada tipo de produto, não utiliza pesticidas e pode reduzir o consumo de água e energia para 5% em relação à horta convencional, diminuindo os custos e aumentando a receita. O diretor ainda comenta que a VertiCrop

pode ser instalada em ambientes próximos às cidades, barateando o transporte e reduzindo a emissão de poluentes. Engana-se quem pensa que a fazenda vertical só pode produzir alimentos para seres humanos. Aliás, a primeira VertiCrop foi comercializada instalada, em junho ano passadozoológico do Reino Unido. Em setembro de 2009, o parque lançou seu projeto de cultivo vertical a partir da parceria com a Valcent e a produção está em fase de testes. Os números ainda não foram divulgados, mas Frediani Kevin, responsável pelo cultivo de plantas do zoológico, está satisfeito com as perspectivas. “Com o VertiCrop, poderemos produzir mais em um espaço menor. Assim, reduziremos os custos com alimentação dos animais, que girava em torno de US$ 330 mil por ano.” Bradford explica que entre os motivos que levaram ao desenvolvimento dessa tecnologia estão as previsões de que no futuro, com o crescimento da população, faltará espaço para o cultivo de alimentos. Um estudo feito pelo Programa de Segurança Alimentar da Universidade de Stanford reforça a tese. A pesquisa alerta que, até 2100, metade da população mundial poderá ficar sem alimentos por falta de áreas cultiváveis e variações climáticas. Ao que parece, soluções como a fazenda vertical serão a tônica de um futuro próximo. Bradford que o diga. Na primeira semana de dezembro, ele anunciou ao mercado: “Estamos a finalizar as encomendas para seis VertiCrop, que incluirão ordens de cultivadores comerciais no Reino Unido e na América do Norte.” (IstoÉ Dinheiro Rural)


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Tecnologia

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Diretor do FBI alerta contra ameaça digital Militantes, governos estrangeiros e quadrilhas de criminosos representam uma crescente ameaça aos EUA, ao atacarem redes privadas e governamentais, disse o diretor do FBI, Robert Mueller. Durante uma conferência sobre segurança na internet, Mueller disse que grupos como a Al Qaeda usaram primariamente a internet para recrutar membros e planejar atentados, mas podem transformar a própria rede em um alvo.

NO GOVERNO

Mais rápido que o flash O Google anuncia a construção de uma rede de banda larga ultrarrápida, 500 vezes mais veloz que a conexão usada no Brasil. Com a investida, a empresa tenta assumir a liderança na corrida pela internet do futuro

C

omeça a ficar repetitivo. De novo, o Google anunciou, outra vez, o lançamento de mais um produto que promete transformar a indústria de tecnologia: uma conexão de internet ultrarrápida. A proposta é oferecer uma rede de banda larga cuja velocidade de transmissão de dados seja de 1 gigabit por segundo (Gbps) – 100 vezes a velocidade das conexões por fibra óptica existentes hoje nos Estados Unidos e 500 vezes a velocidade com que os brasileiros navegam na internet. A princípio, a novidade será experimental e beneficiará um pequeno número de cidades. “Planejamos disponibilizar o serviço a um preço competitivo a até 500.000 pessoas e empresas”, afirmou James Kelly, coordenador do projeto no Google. Desde 2005, o Google já investia em fibras ópticas para interligar seus servidores, tornando as buscas mais rápidas e diminuindo os custos de transmissão de seus vídeos do YouTube. Nos últimos anos, porém, o volume de aquisições desse tipo de cabo pela empresa foi tão grande que provocou

uma série de especulações sobre suas reais intenções. Com o anúncio, ficou claro que o plano era sair das próprias instalações para fazer o circuito completo de transferência de dados, alcançando a chamada “última milha”, ou seja, a casa das pessoas. A banda larga que o Google pretende criar – e que poderá lhe custar até 1,6 bilhão de dólares em investimentos – poderá transformar em realidade algo que agora parece reservado aos filmes de ficção científica. Será possível, por exemplo, a um arquiteto alemão transmitir pela internet, em tempo real, imagens de uma maquete em três dimensões ao seu cliente no Japão. Outra vantagem será baixar em instantes arquivos que hoje requerem horas para ser abertos, mesmo em países que lideram o ranking de banda larga. É o caso do download de um filme de longa-metragem em alta definição. Na Coreia do Sul, que atualmente tem a internet mais rápida do mundo, isso se faz em cerca de quatro horas. No Brasil, são necessárias 49 horas (ou mais de dois dias) para completar essa tarefa. O investimento é uma tentativa de solucionar um problema real: o risco de um congestionamento na rede mundial de computadores. Um estudo recente da consultoria americana Nemertes Research mostra que até 2014 a infraestrutura de acesso à internet que as empresas planejam criar não atenderá mais à demanda. Não só a escassez de grandes investimentos das empresas de telecomunicações estimulou o Google a focar nessa nova área. Pesou ainda o fato de o governo americano ter

anunciado um plano extremamente tímido para expandir as redes de banda larga. Enquanto o presidente Barack Obama prometeu gastar 7,2 bilhões de dólares na área, a estimativa da agência reguladora do setor (a Comissão Federal de Comunicações) é que seria necessário um aporte de até 350 bilhões de dólares. Outros países também investem para liderar nessa área. O governo neozelandês anunciou no ano passado um projeto que prevê a instalação de fibras ópticas que levarão internet ultrarrápida a 75% da população até 2020. Existem projetos semelhantes no Japão e na Inglaterra. Portanto, se o Google tem a intenção de ser referência em tecnologia, ele não pode correr o risco de que os Estados Unidos – sua sede e seu principal mercado – fiquem para trás na corrida da banda larga, que constitui a base para o avanço dos serviços de internet. “É só uma questão de tempo para que todos invistam com força nessa tecnolo-

gia”, afirma Eduardo Tude, da consultoria Teleco. “A internet do futuro exigirá conexões mais velozes.” As experiências bem-sucedidas da Apple e da Amazon indicam que, para atrair usuários e fazer com que fiquem mais tempo na web, as companhias precisam atuar em várias frentes, de venda de aplicativos a aparelhos matadores, como um iPhone ou Kindle. Com a novidade, o Google mostra estar no mesmo caminho de inovação e atuação diversificada de suas rivais. Tudo o que o gigante não quer é seguir a trajetória trilhada pela Microsoft até agora. Por mais que tente, a empresa de Bill Gates não conseguiu criar produtos que atingissem a mesma popularidade do Windows e do pacote Office – ambos lançados na década de 80. Considerando os últimos passos do Google, mais rápidos que os do super-herói Flash dos quadrinhos, a probabilidade de ele comer poeira é pequena. (Exame/VEJA/Ag. Envolverde)


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Saúde

Caia na água para perder peso e modelar o corpo Esqueça aquelas aulas monótonas de natação e hidroginástica. Para quem quer exibir curvas perfeitas e, de quebra, espantar o calor, as opções de esportes na água são inúmeras e bem variadas. Várias academias espalhadas por todo o Brasil oferecem aulas aquáticas para modalidades em geral praticadas fora das piscinas, como corrida, kick boxe, body jump, spinning, entre outras.

ESTÉTICA

O que é uma mulher bonita? O corpo musculoso das mulheres que malham parece representar uma nova estética feminina, que desafia os homens em seu próprio terreno. Mas essas mulheres saradas são realmente bonitas?

O

que é uma mulher bonita? A resposta a essa pergunta tem variado através dos séculos, das culturas e da geografia. Nossos ancestrais, que habitavam as cavernas da Europa há 50 mil anos, esculpiram deusas da fertilidade com seios, coxas e barrigas proeminentes. Podemos admitir que era esse seu ideal de beleza. Para o povo pagund, do norte da Tailândia, seios caídos e longos pescoços deformados pela colocação de anéis de metal são o que há de mais bonito. Nos parece estranho, mas assim é entre eles. No Brasil do século XXI, celeiro mundial de modelos claras e delgadas, existe uma acentuada predileção popular por mulheres carnudas e morenas, com curvas bem demarcadas. Portanto, o que é uma mulher bonita? A empresária carioca Marcella Techeh tem sua própria resposta para essa questão. Ela tem 33 anos, dois filhos e um corpo esculpido em pedra por sessões diárias de musculação. Marcella é uma mulher forte, sarada, malhada mesmo, embora não tenha uma aparência pesada. Seus músculos sobressaem no abdome, nos braços e nas coxas. Sua preocupação principal é evitar a flacidez. Um de seus grandes prazeres é olhar-se no espelho. Mas essa satisfação consigo mesma, totalmente narcisista e corriqueira, embute uma rebeldia. Embora atraente, Marcella não se enquadra no padrão de beleza que domina a estética ocidental desde o início do século XX e que provocou, em seu nascimento, um comentário azedo do escritor francês Émile Zola: “A ideia da beleza varia. Ela agora reside na esterilidade das mulheres alongadas, donas de flancos pequenos”. Marcella, assim como milhares de outras que se exercitam

com intensidade e que se orgulham de seus músculos, não é uma mulher “alongada de flancos pequenos”. Ela é robusta, vigorosa, rija. Nada tem em comum com a criatura frágil descrita pelos médicos do século XVIII, segundo os quais a mulher teria “ossos pequenos, com carnes moles e esponjosas, e seria animada por um caráter débil”. As mulheres fortes como Marcella explodiram essa definição. Elas representam a materialização de uma nova estética que vai emergindo das academias e das pistas esportivas – e que representa, a seu modo, uma tremenda mudança de valores. É como se as mulheres, cansadas da imagem passiva de fragilidade corporal que lhes foi imputada desde a Antiguidade, resolvessem, por conta própria, invadir a última arena simbólica exclusivamente masculina, a da força física. Braços e ombros poderosos parecem ser a resposta das mulheres aos rapazes de peitos e braços inflados que desfilam pelas ruas das cidades brasileiras. Seria o começo de uma disputa? “Não creio que isso represente uma forma de competição”, afirma o sociólogo Celso Sabino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “É mais a definição de uma nova identidade, em uma nova era. Essas mulheres fogem do que significou ser mulher nos últimos séculos no Ocidente.” Os homens parecem não gostar dessa nova vertente da beleza feminina. “Eu gosto de mulher feliz. Vejo muito mais sensualidade numa mulher feliz do que numa sarada emburrada”, diz o apresentador Marcelo Tas. O vocalista da banda Raimundos, Tico Santa Cruz, é ainda mais severo. “Eu acho tosquíssimo. Gosto de mulheres naturais. Mulheres que parecem de borracha não me atraem. Tenho medo delas”, diz ele. No fim do século XIX, quando as mulheres da elite europeia começaram a pedalar e jogar tênis, falou-se em imoralidade, degeneração e até mesmo pecado. “Era como se as mulheres estivessem se apropriando de exercícios musculares próprios à atividade masculina”, escreve a historiadora Mary Del Priore no livro Corpo a corpo com a mulher: pequena história das transformações do corpo feminino no Brasil. Isabelle Colmenero pratica exercícios obsessivamente desde os 15 anos. Corre, le-

vanta pesos, faz ginástica. Hoje, aos 35, casada, exibe um corpo de gladiadora pequeno e sarado, que não deixa de ser vigorosamente feminino. Ela diz que não tem medo de ficar com aparência de homem. “Nosso corpo não é como o deles”, afirma. “Para ficar forte mesmo, masculinizada, você tem de tomar anabolizante.” Isabelle limita-se a comer de tudo. E, como gasta muita energia, não se preocupa em fazer dietas. Parece residir aí um avanço do ponto de vista da saúde em relação à estética anoréxica que as adolescentes do mundo inteiro importaram das passarelas. Mulheres que malham, comem. A jornalista Danuza Leão, ex-modelo e observadora perspicaz da sociedade brasileira, não tem simpatia pelas mulheres que malham em excesso. Defende, “para homens e mulheres”, uma aparência “durinha e enxuta, mas sem músculos”. Dito isso, ela reconhece que sempre houve uma acentuada divisão no mundo estético brasileiro. Nos anos 1950 e 1960, quando as modelos de sucesso já eram magras e elegantes, como a americana Suzy Parker, as preferidas dos homens brasileiros se apresentavam no teatro de revista com amplos quadris e coxas grossas. Eram as coristas, equivalentes das moças de pernas roliças que dançam ainda hoje diante das câmeras dos programas de auditório. “Sempre houve essa divisão de gosto no Brasil”, diz Danuza. “As mulheres com mais corpo sempre fizeram sucesso nas ruas e na praia.” Às índias, logo viriam se juntar as escravas africanas de magistral musculatura. Dessa mistura emergiu uma estética brasileira, de bumbum arrebitado e seios pequenos, que o sociólogo Gilberto Freyre definiu como “morenidade”. Um inglês que aqui esteve em 1893 deixou registrado que o maior elogio que se podia fazer a uma dama era observar que ela “estava a cada dia mais gorda”. As coisas mudaram. É possível, portanto, que a estética das mulheres fortes seja apenas uma evolução histórica do gosto nacional por mulheres curvilíneas, que predomina há 500 anos. A nova estética pode ser compreendida como exagero, como o ponto em que uma tendên-

A empresária carioca Marcella Techeh, 33 anos, dois filhos e um corpo esculpido em pedra por sessões diárias de musculação cia começa a converter-se em caricatura.No início do século XXI, a estética das mulheres com músculos pode ser tanto um sinal de transformação duradoura quanto mais uma manifestação efêmera de decadência. Como o maneirismo. (www.educacaofisica.com.br)


Saúde

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LUTA CONTRA A BALANÇA

O teste das fraldas

Efeito sanfona

Todos nós, pelo menos uma vez na vida, já iniciamos ou iniciaremos, algum tipo de regime

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eja por motivos de saúde ou estéticos, são raros os regimes que trazem resultados permanentes. Para alguns, a luta contra a balança se inicia geralmente ao final da adolescência e permanece por anos, naquele infernal emagrece-engorda-emagrece-engorda o chamado efeito sanfona. Diante deste quadro é comum encontrarmos situações onde as pessoas seguram a fome até não aguentarem mais e, rendidas, devoravam doces e bebem copos e mais copos de refrigerantes. Quando conseguem perder de 5 a 6 quilos em um determinado período, em pouco tempo engordam novamente. Existem ainda os casos mais agudos, pessoas que utilizam medicações ou até mesmo passam por cirurgias e, após algum tempo, voltam a ganhar peso. O primeiro conselho dos especialistas em emagrecimento é de certa forma simples porém difícil de se colocar em prática: Mude seus hábitos alimentares. Uma importante ajuda neste momento são os Programas de Reeducação Alimentar. Sempre com o auxílio de profissionais capacitados como nutricionistas e psicólogos, estes programas ensinam que comer bem e de maneira saudável é a forma ideal de se emagrecer. Com tabelas de substituição, ou mesmo compensação, o segredo está na redução da quantidade total de calorias ingeridas, neste caso, gastamos mais do que consumimos. O corpo necessita equilibrar este equação de gasto X consumo, sendo assim utiliza as calorias “reservas” para

isto. O efeito imediato é a perda de medidas e em seguida a perda de peso. Ao contrário de regimes que utilizam o jejum como forma de perder peso a reeducação alimentar ensina a fazer mais refeições durante o dia porém, de maneira equilibrada. O segundo conselho dos especialistas é: Pratique alguma atividade física. Pelo menos uma hora por dia, todos os dias, a pessoa que deseja manter o peso deve fazer algum tipo de exercício. Caminhar ao ar livre, na esteira, no simulador de corrida, andar de bicicleta no parque, na academia, nadar, ou seja, colocar o corpo para funcionar e evitar o máximo possível o sedentarismo. O terceiro conselho é fundamental para o sucesso da luta contra a balança: Disciplina. Sem disciplina você não conseguirá organizar uma rotina adequada de alimentação e exercícios, sem disciplina o final de semana se torna um “escape” para um pequeno exagero, sem disciplina acordar cedo para fazer exercício ou comparecer na reunião do grupo de reeducação ficará em segundo plano. Sem disciplina o almoço no restaurante, com diversas “opções” de cardápio, será mais atrativo que o almoço em casa ou na empresa. Para finalizar, não existe uma fórmula ou receita mágica para se perder peso e manter-se magro, existem objetivos e metas que deverão ser cumpridas e observadas diariamente. A Revista Veja Ed. 2152 de 17/02/10 abordou o tema com muita responsabilidade e vale a pena conferir a matéria completa.

Visa de Nova Odessa tira chás ‘naturais’ do comércio A Vigilância Sanitária da Prefeitura de Nova Odessa veio a público dia 24 de fevereiro, orientar todos os comerciantes da cidade que possuem os chás naturais “Chá 30 Ervas”, “Chá Vermelho”, “Chá Branco” e “Chá Misto 37 Ervas” em estoque a retirarem das gôndolas, não colocarem à venda e a devolverem os produtos aos fornecedores. O motivo, segundo o Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado

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da Saúde de São Paulo, é que os produtos apresentam na rotulagem alegações não permitidas em alimentos. Sendo assim, os produtos, segundo a própria Gerência Geral de Alimentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), estão sendo comercializados sem a devida autorização dos órgãos competentes e contrariando as legislações sanitárias pertinentes. - Ass. Com. N.Odessa

Você já parou para fazer as contas de quantas fraldas seu filho utilizará até o momento em que as deixar? Um estudo mostra que até completar 2 anos e meio, uma criança terá usado cerca de 5.000 fraldas descartáveis. No bolso dos papais, isso significa um gasto entre 1.450 e 4.400 reais. Tal “investimento” deve ser bem analisado pelos pais pois, como diz o ditado, “o barato pode sair caro” e isto se aplica também quanto a escolha das fraldas. Em geral, é preciso testar vários modelos e marcas até chegar à fralda que melhor se adapte à anatomia do seu filho. Há diferenças significativas entre as fraldas descartáveis. Um recente estudo técnico comparativo demonstrou que alguns modelos são mais indicados para meninos e outros para meninas - por questão de anatomia. Já quando o assunto é ventilação, quase todas receberam notas baixas. A fralda

deve permitir que a pele “respire”. Quando isso não acontece, o calor e a umidade favorecem a ação de fungos e bactérias que causam problemas dermatológicos. Com relação a absorção uma fralda eficaz deve absorver 250 mililitros sem vazar. Durante o dia, quando as trocas são mais frequentes, a capacidade de 200 mililitros é suficiente. Mas, à noite, o ideal é que a absorção seja um pouco maior, para não atrapalhar o sono do bebê nem molhar o colchão do berço. Outros importantes fatores são: espessura, leveza e sistema de fechamento. A maioria das fraldas tem em torno de 25 gramas, mas algumas chegam a pesar 32 gramas, este fator associado ao modelo do sistema de fechamento, pode em alguns casos atrapalhar e incomodar o bebê ao engatinhar, sentar ou caminhar. Para saber mais sobre o teste acesse o site da Revista Veja – Edição 2154.

O que o teste apontou 1) A quantidade de fraldas nas embalagens varia de uma marca para outra, o que pode induzir os pais ao erro. O que conta mesmo é o preço de cada unidade, que se obtém dividindo o preço pelo número de fraldas; 2) É preciso ter sempre em mente o peso da criança e verificar, na embalagem de cada produto, qual o tamanho adequado a ela. O tamanho médio de uma marca pode ser equivalente ao

pequeno de outra. Fraldas de tamanho menor são em geral mais baratas; 3) Como a eficácia das fraldas varia para meninos e meninas, é importante fazer testes. Uma vez encontrado o melhor modelo, a economia pode ser de até 700 reais em um ano; 4) É importante pesquisar preços. Algumas marcas, por exemplo, são mais baratas nos hipermercados. Outras custam menos nas drogarias.


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Profissionais de Ouro Nome de fantasia é o nome mais conhecido! Nem sempre profissionais conceituados têm seus telefones divulgados pelas listas telefônicas pois estão registrados pela razão social. Abaixo, nomes que podem lhe salvar de bela dor-de-cabeça: ALIMENTAÇÃO MARANATHA PIZZAS 3466-2364 Rua XV de Novembro, 591 - Nova Odessa PÁTIO LANCHES 3405-6526 Rua Cabo Owaldo de Moraes, 387 - N. Odessa Americana - Americana PANIFICADORA ALVORADA 3466-4410 Rua dos Mognos, 55 - Jd. Alvorada - N. Odessa PANIFICADORA SÃO JORGE 3476-6807 Rua Rio de Janeiro, 430 - Jd. S. Jorge - N. O. SKALLA RESTAURANTE Disk Marmitex 3476-2464 TUTTI PIZZA II 3476-3300 Av. Carlos Botelho, 1333 - Nova Odessa SHOPPING FRUTAS SUMARÉ - 3783-1466 R. Catarina Maranza, 07, c/ Av. Rebouças -Sumaré RESTAURANTES e CASAS DE ESPETÁCULOS KUAZI KAIPIRA - 3476-3719 - Rua Olivio Bellinate, 684 - Klavin - Nova Odessa ONÓRIO CHURRASCARIA 3476-5998 Rua Antonio Zanaga, 16 - B. Vista, Nova Odessa AUTOMÓVEIS E PEÇAS AMERICANA CAPOTAS 3462-8557 Rua José Bonifácio, 439 - Americana AUTO SOCORRO RUBINHO 3461-3309 9773-2916 Av. Abdo Najar x Cabo Oswaldo de Moraes - Americana BETO PNEUS 3466-4450 Rua Washington Luiz, 133 - Centro - N. Odessa BRAGA VIDROS 3828-2159 Rua Dom Barreto, 1927 - Sumaré CASA DAS BATERIAS 3873-6000 3873-2494 Av. João Argenton, 1777 - Sumaré DJ AUTO CENTER 3466-7636 Av. Dr. Ernesto Sprógis, 703 - Sta. Rosa - N.O. FREIOS AUTO STOP 3873-6079 R. Filomena Braga Coral, 255 - J. Alvorada, Sumaré GIL RODAS - 3407-5959 Rua Cabo Oswaldo de Moraes, 965 - Americana i-9 AUTOCENTER 3873-0723 3873-0852 Av. Joaquim Ferreira Gomes, 11 - Sumaré ISMATEC DIREÇÃO HIDRÁULICA 3873-1126 Rua Ferdinando Cia, 37 - B. Vista - Sumaré JURA SOM SOUND SYSTEM 3461-5524

Rua José Bonifácio, 155 - Colina - Americana JR PNEUS 34798-1029 Av. Carlos Botelho, 1061 - Sta. Rosa - Nova Odessa LAVA RÁPIDO BOX 21 3466-3871 Av. Ernesto Sprógis, 643 - Sta. Rosa - N. O. MARQUES AUTO CENTER - 3873-3634 Rua Leonor M. Biancalana, 234 - Jardim BelaVista, Sumaré MIRO ACESSÓRIOS 3466-7665 Av. Carlos Botelho, 1774 - Sta. Rosa, N. Odessa MEGA AUTO PEÇAS 3873-3436 Av. Principal, 15 - Jd. Picerno - Sumaré NOVA ODESSA VEÍCULOS - 2466-1761 Av. Carlos Botelho, 1839 - Nova Odessa PARADÃO AUTO SOM - 3873-6439 Av. Rebouças, 2242 - Jd. Alvorada, Sumaré RETÍFICA PADILHA 3476-5382 9652-8362 Rua XV de Novembro, 149 - Centro - N. Odessa TROCA DE ÓLEO DO DANIEL 3883-1712 Av. José Mancini, 443 - Centro - Sumaré VIDROVAN 3408-1862 3408-3414 R. Dom Pedro II, 1078 - Americana ACESSÓRIOS PARA SUA CASA CORTINAS PRINCESA 3461-2448 Rua Itacolomi, 81 - Jd. Ipiranga - Americana COLCHÕES AMERICANA 3461-6303 Rua Carioba, 177 - Centro - Americana TUBARÃO PISCINAS 3883-4420 9748-5745 Av. Rebouças x Av. Ivo Trevisan - Sumaré BORDADOS STAMP & BORD 3873-3611 Av. Júlia Vasconcelos Bufarah, 539 - Sumaré LIMA MÁQUINAS DE COSTURA 3828-3473 Rua Antonio Jorge Chebab, 1236 - Sumaré EQUIPAMENTOS P/ PADARIAS E COZINHAS AMERIMAC 3406-9868 Av. Campos Sales, 736 - V. Jones - Americana ASTEMAQ 3405-2777 Rua D. Pedro II, 252 e 336 - Centro - Americana ESCOLAS AUTO-ESCOLA OBJETIVA 3466-6465 Av. João Pessoa, 117 - Centro - Nova Odessa COLÉGIO OBJETIVO NOVA ODESSA 3466-6393 R. Francisco Carrion, 45 - V. Azenha - N. Odessa

Ganhador da Cesta básica Edson Luiz de Paulo, é o felizardo ganhador da cesta básica pela edição de março de 2010, que este jornal sorteia mensalmente entre os porteiros dos prédios de apartamentos e condomínios fechados de Sumaré e Nova Odessa.Nascido em Santo André, SP, Edson está em Nova Odessa desde 1985. Muito solícito, presta seus serviços aos 40 apartamentos do condomínio Edifício Duque de Caxias, no centro de Nova Odessa, há três anos.

FESTAS & CIA DO-RE-MI FESTAS 3873-3842 Rua Antonio do Vale Mello, 442 - Sumaré LAZER MOTEL RELAX 3873-5213 Saída 114 Via Anhanguera p/ Sumaré + 2km IMÓVEIS AVM IMÓVEIS 3873-1000 RUA Dom Barreto, 1350 - Centro - Sumaré MATERIAL DE CONSTRUÇÃO BLOCOS & LAJES BAHIA ( 3465-2054 Via Anhanguera, km 123, N.º 3326 - Americana MARMORARIA IMPERIAL 3498-1684 Av. Edy de Freitas Criciúma, 1650 - N. Odessa LAJES MUNDIAL 3466-5688 3466-4388 Estrada Velha da Fazenda, 1630 - Nova Odessa FERRAGENS COFAN FERRAGENS 3466-2424 R. Pe Epifânio Estevam, 647, Centro, Americana FLORES FLORICULTURA 4 ESTAÇÕES 3462-1548 Av. Carlos Botelho, 390 - Centro - Nova Odessa LIMPEZA DE TAPETES E COLCHÕES LIMPADORA CARPETEX 3461-1515 Av. Abdo Najar, 978 - Vila Biasei - Americana LOCAÇÃO Camas e Mat. Hospitalares 3832-6022 9315-2916 8156-3923 R. R. Grande do Sul, 120 s/ 3 - Centro -Nova Veneza - Sumaré MODA JEANS MANIA 3476-5261 Av. Ampélio Gazzetta, defronte à Coden N.Odessa TRIBO SPORT WEAR 3476-3566 Corredor à entrada do Sup. Pague Menos, N.O. MÁQUINAS & FERRAMENTAS LUITEX

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O poder do sorriso Reparta com as pessoas um pouco de sua simpatia! As pessoas sentem-se felizes quando reconhecidas. Se seu fornecedor é anunciante em O Campeão deixe-o feliz ao informá-lo que vira o núncio dele neste jornal...

...E O Campeão será cada vez mais interessante para sua leitura - é o ciclo auspicioso... O Campeão concentra sua distribuição apenas em Nova Odessa e Sumaré chegando aos semáforos, apartamentos e condomí-

nios fechados. Os moradores da área nobre de sumaré também passaram a receber a toda primeira semana do mês, O Campeão que chega em embalagem selada, porta-aporta aos bairros abaixo.

O Campeão • Residencial

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• Parque Casarão

• Vila Miranda

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• Jardim Macarenko

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Profissionais de Ouro ORÇAMENTO PRÉVIO Empresas prestadoras de serviços são obrigadas, pelo Código de Defesa do Consumidor, a fornecerem orçamentos prévios discriminados. Esses orçamentos deverão ser emitidos antes da contratação, contendo o valor da mão-de-obra, materiais e equipamentos empregados, condições de pagamento e as datas de início e término dos trabalhos. O orçamento também deverá

conter o preço total e todas as informações sobre a forma como o serviço será prestado. A empresa prestadora de serviço pode estipular o prazo de validade do orçamento emitido, caso contrário, sua validade será de dez dias. Uma vez emitido o orçamento, a empresa fica obrigada a respeitar todos os seus termos, admitindo-se alterações somente com a concordância do consumidor.

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RECEITA

Lasanha de frango com presunto INGREDIENTES

1 kg de peito de frango 1/2 cebola pequena 1 pedaço pequeno de pimentão 1/2 xícara (chá) de leite 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo 2 colheres (sopa) de maionese 2 colheres (sopa) de catchup 1 tablete de caldo de frango 1 pouco de cheiro verde (coentro) 1 lata de milho e ervilha juntos 1 caixa de creme de leite 1/2 garrafa da pequena de leite de coco 300g de presunto e queijo mussarela MASSA PARA LASANHA MODO DE PREPARO

Cozinhe primeiro o peito de frango do seu jeito e com o tablete de caldo de frango e deixar um pouco do caldo ao

final do cozimento. Depois de cozido, desfie o frango. No liquidificador juntar o leite, a cebola, o pimentão, a maionese, o catchup, a farinha de trigo, o cheiro verde (coentro) e o caldo que sobrou do cozido. Bata até ficar um creme grosso. Despeje esse creme em uma panela e deixe ferver, depois coloque o frango já desfiado, a meia garrafa de leite de coco, e depois o milho e a ervilha e logo após o creme de leite, deixe ferver por uns dez minutos e pronto já esta feito o recheio. Cozinhe um pouco da metade do pacote de massa. Para montar a lasanha coloque primeiro a massa no fundo de um refratário grande e quadrado, depois coloque o recheio de frango. Logo após outra camada de massa, depois uma camada de presunto, depois outra camada de massa e por fim uma camada de queijo. Coloque no forno e deixe até derreter o queijo.

Gastronomia


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Reflexão

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Helena Petrovna Blavatsky “Nenhuma forma pode vir à existência objetiva da mais elevada à mais inferior antes de vir à tona o ideal abstrato desta forma ou, como a chamaria Aristóteles, a privação desta forma. Antes de um artista delinear um quadro, cada traço característico desse quadro já existe em sua imaginação. Para podermos ver um relógio, é preciso que ele tenha existido em sua forma abstrata na mente do relojoeiro. O mesmo se diga quanto à forma do homem”. Ísis Sem Véu I

Por quê sofrem as pessoas? — Vó, por que as pessoas sofrem? — Como é, minha neta? — Por que as pessoas grandes vivem bravas, irritadas, sempre preocupadas com alguma coisa? — Bem, minha filha, muitas vezes porque elas foram ensinadas a viver assim. — Vó... — Oi... — Como é que as pessoas podem ser ensinadas a viver mal? Não consigo entender. Na minha escola a professora só me ensina coisas boas. — É que elas não percebem que foram convencidas a ser infelizes, e não conseguem mudar o que as torna assim. Você não está entendendo, não é, meu amor? — Não, Vovó. — Você lembra da estorinha do Patinho Feio? — Lembro. — Então... o Patinho se considerava feio porque era diferente. Isso o deixava muito infeliz e perturbado. Tão infeliz, que um dia resolveu ir embora e viver sozinho. Só que o lago que ele procurou para nadar havia congelado e estava muito frio. Quando ele olhou para o seu reflexo no lago, percebeu que ele era, na verdade, um maravilhoso cisne. E, assim, se juntou aos seus iguais e viveu feliz para sempre. — O que isso tem a ver com a tristeza das pessoas? — Bem, quando nascemos, somos separados de nossa Natureza-cisne. Ficamos, como patinhos, tentando aceitar o que os outros dizem que está certo. Então, passamos muito tempo tentando virar patos. — É por isso que as pessoas grandes estão sempre irritadas? — É por isso! Viu como você é esperta? — Então, é só a gente perceber que é cisne que tudo dará certo? — Na verdade, minha filha, encontrar o nosso verdadeiro espelho não é tão fácil assim. Você lembra o que o cisnezinho precisava fazer para poder se enxergar? —O que? — Ele primeiro precisou parar de tentar ser um pato. Isso significa parar de tentar ser quem a gente não é. Depois, ele aceitou ficar um tempo sozinho para se encontrar. — Por isso ele passou muito frio, não é, vovó? — Passou frio, fome e ficou sozinho no inverno. — É por isso que o papai anda tão sozinho e bravo? — Não entendi, minha filha? — Meu pai está sempre bravo, sempre quieto com a música e a televisão dele. Outro dia ele estava chorando no banheiro... — Vó, o papai é um cisne que pensa que é um pato? — Todos nós somos, querida. Em parte. — Ele vai descobrir quem ele é de verdade? — Vai, minha filha, vai. Mas, quando estamos no inverno, não podemos desistir, nem esperar que o espelho venha até nós. Temos que exercer a humildade e procurar ajuda até encontrarmos. — E aí viramos cisnes? — Nós já somos cisnes. Apenas temos que deixar que o cisne venha para fora e tenha espaço para viver e para se manifestar. — Aonde você vai? — Vou contar para o papai o cisne bonito que ele é! A boa vovó apenas sorriu!


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Esportes

Arquitetos brasileiros vão à África conhecer estádios da Copa O grupo de arquitetos que será responsável pela construção e reforma dos 12 estádios que serão utilizados na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, viajou à África do Sul para conhecer as Arenas do Mundial. O objetivo é tomar contato com o padrão Fifa exigido para a utilização das praças esportivas.

DR. SÓCRATES

Futebol é complexo e interessante Na estrutura que rege o ambiente futebolístico, um posto em particular merece toda a atenção: o técnico

O

meio do futebol é extremamente complexo e interessante. Agrega indivíduos de diferentes formações e origens, pessoas com sonhos e realidades distintos sempre em busca de suas realizações pessoais. Contrapõe-se a esses sentimentos individuais intensos um compromisso coletivo de concretização dos objetivos. Essa dicotomia é o agente gerador, catalisador e muitas vezes destruidor de todo o processo.

Ter em mente a importância de respeitar os diversos fatores que interferem na boa convivência entre os vizinhos é questão primordial para alcançar o sucesso. Na estrutura que rege o ambiente futebolístico, um posto em particular merece toda a atenção: o técnico. Em razão de sua posição e do poder de escolher esse ou aquele jogador para vestir a camisa titular da equipe, ele é o responsável por propiciar ou restringir a possibilidade de ascensão de cada integrante do elenco e por isso mesmo é visto sob a ótica da desconfiança, do medo ou da admiração, dependendo de como trata cada um dos seus atletas. Saber lidar com as diferentes reações não é algo simples e geralmente produz sequelas nem sempre sanáveis. Há técnicos boicotados pelos jogadores principalmente quando querem se impor pela opressão, resultado de uma postura no mínimo contestável. O treinador deveria atuar em linhas de comportamento mais maleáveis, mais democráticas. Quando ele se coloca como deus, dono do conceito absoluto da verdade, o técnico entra em absurda contradição. Nessas ocasiões ele

assume um poder muito maior do que tem, o que cria conflitos. Acaba tentando determinar um tipo de conduta exigindo que todos acompanhem seu pensamento. Na verdade, o técnico deveria servir como catalisador de expectativas, emoções e sentimentos para que possa gerar um objetivo comum. O futebol, apesar de ser um esporte coletivo, apresenta uma concorrência intrínseca, e a presença de alguns dos nossos piores sentimentos, como a inveja e o ciúme. Se você entra em contato com um grupo disforme, marcado por conflitos anteriores ou que se desequilibra com a chegada de um novo integrante, há de se criar linhas opcionais para agregar os componentes. De nada adianta administrar o passado. Iniciar um processo em que regularmente se promovam discussões sobre assuntos diversos e de interesse da maioria cria uma proximidade interessante. A partir daí, surgirá uma relação diferente entre as pessoas do grupo, com maior intercâmbio de informações e mais interesse para com os companheiros. Um resultado excepcional, nas-

cedouro de um vínculo muito grande entre todos os que estão integrados ao processo. Dentro de campo tudo ocorre de forma semelhante. Quando um treinador tenta de todas as maneiras impor uma forma de jogar, fatalmente estará confrontando características de vários de seus jogadores e, consequentemente, limitando seus desempenhos. Esse é o primeiro passo para a derrota coletiva, não só por culpa da parca utilização do potencial do time como também pelo sentimento nascente envolvendo o descrédito em sua capacidade de comando e entendimento sobre o jogo em si. Nada pior para quem se mete a técnico de futebol do que ter em mãos um time que não acredita nele. Questões como essas são, talvez, mais relevantes do que a peregrinação de um profissional por inúmeras equipes, como se cigano fosse, algo tão presente aqui debaixo do Equador. Por outro lado, ainda que de forma empírica, quando um novo treinador chega a uma equipe, parece que uma transformação se instala e geralmente os resultados imediatos começam a acontecer. Logicamente, não por causa da capacitação do recém-chegado, e sim pelo fato de que a mudança de comando gera ansiedade, mas também uma injeção de ânimo novo no coração daquela sociedade. Uns lutam para preservar os postos conquistados anteriormente e todos os demais por acreditarem em uma nova oportunidade para desbancar os titulares. Como podemos ver, nada nesse meio é simples nem coerente. Trata-se, isto sim, de uma gigantesca guerra psicológica entre muros de qualquer instituição onde qualquer detalhe pode provocar o sucesso ou a derrocada.


Esportes

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NO GOVERNO

Ouro para N. Odessa em Campinas Quem acompanha a evolução da meninada acolhida pelo casal de técnicos Roger e Raquel Prado não se surpreenderá ali no futuro, com atletas de projeção formados nessa maravilhosa incubadora de talentos

A

s equipes de handebol de areia femininas e masculinas da CEL (Coordenadoria de Esportes e Lazer) da Prefeitura de Nova Odessa, das categorias cadete e infantil, conquistaram quatro medalhas de ouro na 7ª Handbeach, organizado pela Companhia Athletica e sediada na unidade do Galleria Shopping, em Campinas. Representada por duas equipes femininas duas masculinas nas categorias college (cadete) e teens (infantil), Nova Odessa conquistou as quatro medalhas de ouro em disputa e outras duas medalhas de bronze. Na categoria college (cadete) feminina, Nova Odessa conquistou o ouro e o bronze. Resultado que foi repetido com as meninas da categoria teens (infantil). Os meninos conquistaram o ouro nas duas categorias disputadas. “Superamos nosso resultado do ano passado, e ainda, conquistamos dois terceiros lugares. Os jogos foram ótimos e nossos atletas se dedicaram até o último minuto de cada partida. Os resultados foram, realmente, resultados de esforço”, disse o técnico das equipes femininas

CEL/Objetivo, Roger Prado. Em 2009, as equipes de handebol de areia da CEL voltaram com duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze do 6º Hand Beach da Companhia Athlética. Para a técnica das equipes masculinas, Raquel Prado, o evento foi bem organizado e serviu como complemento na preparação para os atletas. “Acabamos de sair de um campeonato aqui na cidade, no qual fomos campeões, e agora, conquistamos outros lugares no pódio em outra cidade, é muito bom ver os resultados positivos e dar continuidade de forma séria aos treinos”, disse Raquel. CAMPEONATO PAULISTA DE HANDEBOL DE AREIA EM NOVA ODESSA

O técnico das equipes de handebol feminino da Coordenadoria de Esportes e Lazer de Nova Odessa, Roger Prado, participou dia 19 de fevereiro, de sua segunda reunião junto à mesa diretora da Federação Paulista de Handebol de Areia. Foram discutidas as diretrizes do Campeonato Paulista de Handebol de Areia 2010. Na reunião, que aconteceu

Equipes de Nova Odessa, douradas na 7ª Handbeach, organizado pela Companhia Athletica, unidade do Galleria Shopping, em Campinas na sede da Federação, em São Paulo, foi decidido que Nova Odessa vai sediar a 1.ª Etapa do Campeonato Paulista de Handebol de Areia 2010, previsto para o dia 28 de março. Convidado a se tornar um dos diretores da Federação em dezembro de 2009,

Prado agradeceu o convite para que a cidade sediasse a etapa, feito pelos demais membros da mesa diretora – os técnicos Jaqueline Alves, de Campinas, e Paulo Martins, de Santos, e também o presidente da Federação, Fabio Lazzari. (Nayara de Oliveira, Ass. Imprensa PMNO)


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Autos

Citroën C3 Picasso chegará em setembro O modelo já está em fase final de testes e será produzido na unidade da Citroën em Porto Real, no Rio de Janeiro. Com 4,08 m de comprimento e 2,54 m de espaço entre-eixos, o será C3 Picasso será equipado com o mesmo motor 1.6 16V flex do C3, que rende 113 cv de potência a 5.600 rpm e 15,8 kgfm de torque a 4.000 rpm com álcool.

VERSÃO DIFERENCIADA

Ford lança nova picape Ranger Sport Versão diferenciada com cabine simples tem preço fixado em R$ 53.885

Ford Ranger Sport 2010

A

Ford do Brasil anunciou o lançamento da nova Ranger Sport, versão diferenciada até então ausente no catálogo da linha 2010 da picape, reestilizada no ano passado. Oferecida somente na opção com cabine simples e motor 2.3 Duratec a gasolina de 150 cv, o modelo tem preço fixo sugerido de R$ 53.885. Baseada na versão XLS, o modelo Sport tem visual destacado por caixas de roda mais avantajadas e molduras plásticas na lateral. O restante da diferenciação do carro em relação ao modelo base está no adesivo da série, colado nas laterais da caçamba, e as rodas de liga leve aro

16” calçadas em pneus de uso misto na medida 245/70 R16. A lista de equipamentos da versão Sport inclui rádio CD/MP3 Player My Connection, com quatro alto-falantes, Bluetooth para celular e portas UBS e para iPod, além de faróis de neblina, alarme perimétrico e volante com regulagem de altura. A Ranger Sport também passa a vir equipada com barra estabilizadora na suspensão traseira, item antes oferecido somente nas versões diesel da picape média da Ford. Nas concessionárias, o lançamento é oferecido nas cores: preto Gales, prata Geada, vermelho Paris, branco Ártico e cinza Ubatuba.


Autos

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NOVIDADES

Direto de Genebra: o que virá ao Brasil Confira algumas novidades com estreia prevista para o país em breve FOTOS: DIVULGAÇÃO

KIA O gerente-geral de comunicação

da Kia, Michael J. Choo, revelou que a nova geração do Sportage desembarcará no Brasil entre os meses de junho e julho. A produção do modelo começará em maio na Coreia do Sul e também na Eslováquia. O renovado Sportage compartilha a plataforma do Hyundai ix35, utilitário também com destino certo para o Brasil. Choo também informou que o sedã grande Cadenza será oferecido no Brasil a partir do segundo semestre, provavelmente a partir de agosto. Contudo, uma notícia do executivo que não agradou é a de que o monovolume Venga, carro de porte semelhante ao Honda Fit, está descartado para o nosso mercado. VOLVO A ousada nova geração do sedã

médio-grande da Volvo, o S60, será recebida em breve pelas concessionárias brasileiras da fabricante sueca. Durante o Salão de São Paulo, que ocorrerá entre o fim de outubro e começo de novembro, o carro será exposto pela marca e as vendas deverão começar logo em seguida. HYUNDAI O diretor global de relações públicas da Hyundai, Oles Roman Gadacz,

confirmou ao Carro Online que o novo compacto que a marca produzirá no Brasil será lançado mundialmente no Salão de São Paulo. A fábrica em questão será a nova unidade da marca em Piracicaba, no interior de São Paulo. Gadacz antecipou somente que ele “será um modelo intermediário entre o i20 e o i30, com teto alto como o primeiro”. Já o novo Tucson, agora chamado de ix35, tem desembarque certo para o segundo semestre. AUDI A principal estrela do Salão de Genebra no estande da Audi é o compacto A1, modelo que concorrerá em porte com o MINI Cooper e o Fiat 500. Ele debutará no Brasil entre o fim deste ano e o começo de 2011. TATA A Tata, conglomerado indiano cujo braço automotivo ganhou notoriedade mundial ao produzir o Nano, carro mais barato do mundo, lançou em Genebra a versão elétrica do seu modelo compacto. Na ocasião, o novo CEO da companhia para o setor, Carl-Peter Forster, informou que a empresa firmará neste ano seu plano de atuação na América Latina. De acordo com Forster, os candidatos para servirem de base industrial são o Brasil e a Argentina. (Carro Online)

AUDI A1

VOLVO S60 2011


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Autos

LANÇAMENTO

Peugeot anuncia picape Hoggar para maio Utilitário baseado no 207 nacional pode transportar 742 kg na caçamba

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segmento de picapes compactas terá mais uma opção a partir do dia 15 de maio, quando a Peugeot Hoggar estrear. Anunciado neste mês pela fabricante, o modelo baseado no 207 nacional chegará às lojas da marca nas opções com motor 1.4 e 1.6, ambos Flex. A produção do carro ficará a cargo da linha de montagem da empresa em Porto Real (RJ), onde é produzido o 207 nas versões hatch, Passion (sedã), SW e SW Escapade. De acordo com a marca francesa, o Hoggar tem caçamba com capacidade volumétrica de 1.151 litros e pode carregar até 742 kg de peso. Já o nome do lançamento foi herdado do conceito off-road homônimo, apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, em 2003. Previsões da empresa dão conta que o modelo poderá deter uma fatia de 10% do nicho, onde brigam picapes como Fiat Strada e VW Saveiro. Até o momento, o Hoggar apresentado pela fabricante nas imagens ostenta a personalização aventureira Escapade, a exemplo do 207 SW no mesmo estilo. Nessa configuração, o carro conta com caixas de rodas e para-choques mais avantajados, pneus de uso misto e logotipos da série. Além da customização esportiva, o veículo também será vendido em outras duas versões de acabamento mais simplificadas. (CarroOnline)

FOTOS: DIVULGAÇÃO


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A4 2.0 TFSI

Audi prepara A4 com motor 2.0 flex Modelo bicombustível chega ao mercado no primeiro trimestre de 2011

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Audi está prestes a entrar no mundo dos motores flex, segundo declarações de Axel Strotbek, membro do conselho administrativo da fabricante. Nos últimos meses a marca vem trabalhando no desenvolvimento do A4 2.0 TFSI bicombustível, conforme afirmou Paulo Sergio Kakinoff, CEO da montadora no país. Segundo Strotbek, o carro tem previsão de estréia no Brasil no primeiro trimestre de 2011. De acordo com Kakinoff, o carro só será lançado quando os engenheiros da marca alcançarem um bom nível de consumo com álcool. Além disso, o A4 flex vem sendo testado para funcionar sem percalços tanto no Brasil, a temperaturas acima dos 40º, como também na Suécia, outro país adepto do combustível vegetal onde o termômetro

chega a marcar -40º no inverno. Kakinoff também revelou que uma unidade do A4 bicombustível já roda no Brasil em testes. A versão a gasolina do A4, a qual já é oferecida no Brasil, entrega 2.0 TFSI gera até 214 cv e 35,6 kgfm de torque. Já a opção bicombustível apresentada na última edição do Salão de Frankfurt, em setembro de 2009, rodava com E85 (mistura de 15% de gasolina com 85% de etanol) e entrega 180 cv e 32,6 kgfm e torque. Informações sobre alterações na performance do modelo ainda não foram divulgadas. Quando lançado, o A4 flex será o primeiro veículo do gênero com sistema de injeção direta, equipamento que ajuda a aproveitaa ao máximo o potencial energético do combustível. (CarroOnline)


O Campeão Nova Odessa | Sumaré | Março/2010


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