CIDADE SOBRE RODAS
1.753 lojas de autopeças, 524 revendas e 15 concessionárias formam a Caxias automotiva |S11 |D12 |S13 |T14 |Q15 |Q16 |S17
DA SAÚDE
PÚBLICA
André T. Susin/O Caxiense
Com uma proposta de reajuste e gratificações já considerada inviável pela prefeitura, médicos do Município mantêm uma greve que parece incurável
As melhores ofertas de imóveis, veículos e empregos estão encartadas nesta edição.
Problema coletivo: ônibus menores da Visate acumulam queixas na catraca | O Caxiense
A DOENÇA
entrevista: Pedro Ruas diz que a dívida do Estado já está paga | Guia: aproveite o 12º Caxias em Cena
Caxias do Sul, setembro de 2010 | Ano I, Edição 41 | R$ 2,50
Índice Fotos: André T. Susin/O Caxiense
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A Semana | 3
As notícias que foram destaque no site
Roberto Hunoff | 4
Após três meses de queda, a cesta básica volta a subir em Caxias
Aperto no transporte | 5
Novos ônibus pequenos da Visate geram grandes reclamações dos usuários
Em tempos onde jornalismo = lobby, parabéns a O Caxiense por trazer a essência original da profissão para a cidade Rafael Rodrigues
Vendas aceleradas | 6
O comércio de veículos acompanha a velocidade do aumento da frota e do número de motoristas caxienses @otavio_ruivo Valeu pela cobertura de vocês pela internet no jogo do Juventude. Vocês falam a nossa língua caxiense. #juventudeaovivoemvídeo
Prejuízo na saúde | 9
Médicos em greve deixaram de atender cerca de 130 pessoas por dia no Postão
Prejuízo nos serviços | 10
@NatBianchi Resenha do Marcelo Aramis (@m_ aramis) sobre meu trabalho na última edição d’@ocaxiense está linda. Jornalismo com sensibilidade! #edição40
Servidores paralisaram parcialmente 20 escolas, 10 UBSs e secretarias municipais
O Caxiense entrevista | 11
Candidato do PSOL, Pedro Ruas quer combater a dívida e a corrupção
@joaodorlan @ocaxiense Parabéns pela excelente matéria da greve dos médicos. Médico também é servidor público municipal, mesmo que alguns não queiram ser. #edição40
Milhões eleitorais | 14
Segunda prestação parcial de contas mostra um salto na arrecadação dos candidatos
@thetramps Parabéns ao jornal @ocaxiense pelo espaço para críticas de cinema. E parabéns também à @adelecorners pelos ótimos textos. #edição40
Guia de Cultura | 16
Fidelidade ao real nas pinturas de Vasco Machado e o quase verossímil no longa de Woody Allen
@Kely_Melo A edição n° 40 de @ocaxiense está muito boa! Não perca! #edição40
Artes | 19
Beijos românticos no solstício da vida
Pressentimento grená | 20
@felipestoker @ocaxiense Muito boa a matéria sobre o Intercom, pena o evento não ter sido bem programado... teria de ser aberto ao público livre. Um erro. #edição40
Mais do que querer, vencer a Chapecoense é uma necessidade do Caxias
Volta por cima | 21
Fred superou as vaias e o mau momento. Agora, falta o Ju fazer o mesmo
@fabidelu Café da manhã com @ocaxiense, o filhão em volta e tempo chuvoso lá fora... quer coisa melhor para um sábado? #edição40
Guia de Esportes | 22
Jogos Abertos de Atletismo são atração de fôlego no fim de semana
@jaquefiamenghi @ocaxiense Parabéns pela cobertura do jogo do JU. Bem melhor do que acompanhar pelo rádio! #juventudeaovivoemvideo
Renato Henrichs | 23
Laurentino Gomes, Tony Bellotto e Guilherme Fiúza devem vir à Feira do Livro
Expediente
Redação: André Tiago Susin, Camila Cardoso Boff, Cíntia Hecher, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor assistente), Marcelo Mugnol, Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita Comercial: Leandro Trintinaglia e Cláudia Pahl Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo
Assine
Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120 Jornal O Caxiense Ltda. Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471 Fone 3027-5538 | E-mail ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br
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O Caxiense
11 a 17 de setembro de 2010
Podcast da dupla CA-JU | Muito bom o podcast. Falaram a real: as chances de o Juventude cair são enormes, mas se o Caxias não se cuida, quem vai é ele. Dandi Augusto
No Site
Sindiserv | Mas que piada este sindicato. Não existe mobilização, é tudo um jogo de cena, e no fim acabam aceitando migalhas de reajuste que a prefeitura oferece: 2,8% de aumento real em 2 anos é um verdadeiro absurdo. A mobilização deve continuar. Paulo Cesar Lopes Erramos | A foto publicada na página 23 da última edição não era de um médico, mas de outro servidor municipal da área da saúde, e relativa à campanha salarial do Sindiserv, e não à greve dos médicos (Aposentadoria integral) | O 12º Caxias em Cena começou no dia 10, e não no dia 11 (Diversidade no palco), como publicamos na edição 40 – ainda bem, assim temos mais um dia de teatro de qualidade.
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
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paula.sperb@ocaxiense.com.br
Maicon Damasceno/O Caxiense
André T. Susin/O Caxiense
editado por Paula Sperb
A Semana
Patriotismo na Sinimbu; blues na Estação Férrea, em novembro; obras no Amarp serão guardadas de modo apropriado
SEGUNDA | 6 de setembro Comunicação
Intercom 2010 chega ao fim na UCS
Coletes e bolsas verdes povoaram a UCS entre os dias 2 e 6, no Intercom. Cerca de 3.163 congressistas movimentaram a Universidade para debater “Comunicação, Cultura e Juventude”. Durante o período, os hotéis de Caxias ficaram lotados. As casas noturnas também ganharam novos frequentadores, já que parte da programação era composta por festas oficiais. A próxima edição do Intercom será no Recife com o tema Quem tem medo de pesquisa empírica?.
TERÇA | 7 de setembro Independência
Tradicionalistas e evangélicos na Sinimbu Cinco mil pessoas de 42 entidades passaram pela Rua Sinimbu na manhã de terça-feira (7) no desfile cívico e militar alusivo à Independência do Brasil. Escolas, associações e clubes esportivos apresentaram motivos para encantar e despertar orgulho no público formado por 16 mil pessoas. Além dos tradicionalistas, a presença de grupos evangélicos chamou a atenção.
Eleições
Cartórios emitem segunda via do título eleitoral Um mutirão para emitir segunda via do título eleitoral atenderá neste sábado e domingo no Cartório Eleitoral. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) Luiz Felipe Difini lembrou, em passagem por Caxias do Sul neste terça (7), que pessoas que moram em Caxias mas têm domicílio eleitoral em outras cidades poderão pedir a segunda via nos cartórios
caxienses. “Para votar será necessário documento com foto e o título. O prazo para mudança de domicílio eleitoral já acabou, mas a impressão da segunda via pode ser feita em qualquer cartório”, explica Difini. Nestas eleições, menores infratores detidos nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE) e presos provisórios, que aguardam julgamento nas cadeias, poderão votar.
QUARTA | 8 de setembro Cultura
Moinho Blues Festival será de 25 a 27 de novembro
O Moinho Blues Festival deste ano, em sua terceira edição, será realizado entre 25 e 27 de novembro, e virá com novidades. Agora, serão cinco palcos onde os artistas apresentarão o blues e suas vertentes. Além do palco principal, haverá locais para shows dentro do Mississippi Delta Blues Bar, do Boteco 13 e no deck da Pizzaria Vesúvio. O palco do Boteco será chamado Confraria do Blues e o da pizzaria, Serrano Amps & Perpétua. O palco intitulado Highway 61 é o diferencial e, de acordo com um dos coordenadores do Festival, Toyo Bagoso, uma surpresa. À medida que o festival cresce, também aumenta o número de atrações de peso. Neste ano, serão cinco bluseiros americanos tocando por aqui, e logo de cara, na primeira noite, o show é de Peter Madcat. Segundo o coordenador, o nome mais conhecido é o de Kenny Neal, filho de Raful Neal, considerado um dos melhores guitarristas da atualidade. Outra surpresa é, antes dos shows de Kenny Neal e de Dave Riley, americanos que fecharão o festival, um revival a cargo de músicos caxienses. A Lucille Band fará show com sua formação original, com Fher Costa – vindo direto de Londres – Fran Duarte, Nicole Mottin e Rafa Schüller. Como no ano passado, as atrações musicais dividirão espaço com workshops, uma mostra de fotos – ainda sendo organizada – e áre-
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as de divulgação e alimentação. Online | Veja a programação completa em primeira mão em www.ocaxiense. com.br.
Visate
Usuários respondem pesquisa de satisfação
Cerca de 400 usuários da Viação Santa Tereza (Visate) puderam opinar sobre o serviço de transporte em 35 questões da pesquisa de satisfação da empresa, aplicada pela empresa Allcon, de Porto Alegre. As perguntas são segmentadas por perfil e satisfação do usuário e imagem da empresa. Neste ano, o estudo foi qualitativo. Por isso, foi estipulado o número de 400 usuários que representam uma estimativa do número total de passageiros transportados/ dia. A Visate alterna a cada ano pesquisas qualitativas e quantitativas. O questionário foi aplicado na Estação Catedral, Estação Ópera, Estação Bento Gonçalves e na Parada da Praça Dante Marcucci (Camelôs).
Inclusão social
Jovens saídos do Case terão aulas profissionalizantes
O Programa RS Socioeducativo vai atender 20 jovens recém saídos do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Caxias, com 800 horas de cursos profissionalizantes e atendimento psicossocial extensivo à família. O programa é um convênio entre Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social (SJDS) com o Instituto Leonardo Murialdo. Além das aulas, os adolescentes receberão apoio financeiro de até meio salário mínimo regional por um ano.
QUINTA | 9 de setembro Artes Plásticas
Obras do Amarp serão arquivadas adequadamente
O polêmico Acervo Municipal de Artes Plásticas de Caxias do Sul
(Amarp) promete finalmente sair do papel. Depois de ficar mais de dois anos encaixotadas e em más condições de conservação, as 600 obras do acervo passaram recentemente por um processo de restauração. Até o final deste ano a coleção receberá um local mais apropriado, em uma sala climatizada no Ordovás. A longo prazo, as obras finalmente estarão disponíveis ao público. Mas o acesso será virtual, no Ordovás e pela internet. Fisicamente, as obras continuarão encaixotadas. A construção de um espaço para o acervo faz parte de uma série de reformas que acontecem no Ordovás. Entre elas está a construção de uma galeria onde obras do acervo circularão eventualmente.
Tradição
Semana Farroupilha ocupa os Pavilhões da Festa da Uva
Provas campeiras e atrações musicais típicas são o que fazem a Semana Farroupilha tão tradicional para os participantes. As festividades começaram com a gravação de um DVD especial pelos 100 anos de Caxias do Sul e seguem até o dia 20. No dia 19 haverá o desfile Farroupilha. Para participar basta doar um quilo de alimento não perecível e pagar o estacionamento de R$ 5 nos Pavilhões. Online | Veja a programação completa em www.ocaxiense.com.br.
SEXTA | 10 de setembro Teatro
Entra em cartaz o 12º Caxias em Cena
Enfim, Caxias tem uma longa e variada temporada de teatro. Até o dia 26, 31 apresentações levarão diferentes experiências de percepção da arte para os caxienses durante o 12º Caxias em Cena. Participam grupos de diversos países e diferentes partes do Brasil. A maior parte dos ingressos custa R$ 10. Veja a programação completa no Guia da página 16.
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O Caxiense
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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
Agora é público
Susto no bolso
Depois de três sucessivos indicadores negativos, o que fez bem ao bolso do caxiense, o custo da cesta de produtos básicos aumentou 1,26% em agosto em relação a julho, representando R$ 6,02 em valores absolutos. Para adquirir os 47 itens que compõem a cesta foi preciso desembolsar R$ 481,95. O levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul aponta a alimentação como vilã do mês, com elevação de 1,46%, respondendo por 79% do custo total da cesta. Já os gastos com produtos não alimentares apresentaram elevação de 0,54%. Uma das causas para o aumento é o
25 Anos
A Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas de Caxias do Sul comemora seus 25 anos de atividades neste sábado (11). A programação se iniciará às 18h30 com missa de ação de graças no Seminário Nossa Senhora Aparecida, seguida por jantar comemorativo no restaurante da CIC. A presidente Fátima de Carvalho assinala que haverá homenagens a integrantes da ADCE e personalidades da comunidade que se destacaram pelo seu envolvimento com a entidade.
30 Anos
Avanços
A Fras-le, empresa controlada do grupo Randon, recebeu a certificação pela norma OHSAS 18001, que fixa as diretrizes do Sistema de Gestão em Segurança e Saúde Ocupacional. A norma atesta o compromisso da empresa com a integridade física de seus funcionários, prestadores de serviços e visitantes. Para consolidar os princípios da norma a empresa implementou um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional de forma a integrar todas as práticas já existentes.
reajuste no preço do trigo importado da Argentina, que se refletiu na farinha, com alta de 13,38% e, em cadeia, atingiu o pão em 7,7%. A coxa de frango apresentou variação de 18,79%; o açúcar em 14,78%; e o queijo fatiado em 14,34%, isto que o preço do leite vem sofrendo sucessivas quedas. O aumento da oferta de hortifrutigranjeiros se refletiu em diminuição de preços: cebola, com incríveis 46%; alface, 17%; e maçã, 15%. Também houve sensível redução nos preços do refrigerante em 6,78% e na carne bovina em 4,76%. No acumulado do ano a cesta básica apresenta redução de 2% e, em 12 meses, de 3,36%.
Reconhecimento
A Experimento, que tem unidade em Caxias do Sul, foi considerada a melhor agência de intercâmbio da América Latina pela Language Travel Magazine, uma das mais conceituadas publicações especializadas no segmento. A votação é realizada pelas organizações educacionais e de intercâmbio de maior prestígio internacional e leva em conta principalmente a qualidade de prestação de serviços das agências indicadas.
Energia em baixa
Os últimos dias foram marcados por queixas de consumidores de Caxias por cobranças abusivas nas contas de energia elétrica pela RGE, fato reconhecido pela empresa que garantiu o ressarcimento aos prejudicados. Os problemas, no entanto, já vem de muito mais tempo e por razões diversas. Assim é que nesta sexta-feira (10), em Porto Alegre, a RGE, AES Sul e CEEE, concessioná-
rias de energia no Estado, assinaram carta de intenções com o Ministério Público Estadual para adotar medidas que amenizem problemas no fornecimento de luz e transtornos causados aos consumidores. Entre as principais queixas estão oscilação da corrente, constantes quedas de energia, demora no restabelecimento dos serviços e ressarcimento a consumidores lesados. André T. Susin/O Caxiense
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O assunto é tratado com absoluta discrição por todos os diretamente envolvidos. Mas toda a classe empresarial gaúcha do ramo industrial sabe da movimentação para a escolha do novo presidente da Federação das Indústrias do Estado em maio de 2011. Pois o tema virou público na reunião-almoço extraordinária de quintafeiram (9) da CIC de Caxias do Sul. O candidato ao Senado Germano Rigotto ao cumprimentar as autoridades destacou a presença do diretor da Randon, Astor Schmitt. Lembrou da sua atual condição de vice-presidente da Fiergs, mas aproveitou para o projetar como forte candidato à sucessão de Paulo Tigre. Schmitt, como é da sua característica, evita expor esta situação publicamente antes que haja definição. Mas seu nome ganha força para o cargo a cada novo dia.
Especializada em decoração de interiores, a Zevir Revestimentos completa 30 anos de atividades na cidade. Para marcar a data, a diretora Cláudia Vieira organiza para quartafeira (15) encontro com clientes e fornecedores para apresentar o novo layout da loja, inspirado na Feira de Design de Milão. A grande novidade é a criação de vários cenários de forma que os clientes sintam-se como se estivessem em suas residências quando da escolha dos produtos.
Freada estratégica
Mesmo confiante de que o final de ano reservará bons resultados, o comércio de Caxias do Sul está cauteloso na efetivação de pedidos junto à indústria. É o que revelam os presidentes do Sindicato do Comércio Varejista, Ivanir Gasparin, e de Gêneros Alimentícios, Jorge Salvador. A formalização dos pedidos de forma mais consistente deve se dar somente depois das eleições. Eles também adiantam que os comerciantes, especialmente os de pequeno porte que não conseguem devolver mercadorias não vendidas à indústria, uma exclusividade das grandes redes, estão procurando evitar sobras de mercadorias. “É preferível que falte um ou outro produto, que possa ser substituído, do que ter de administrar estoques indesejáveis”, acrescentam.
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O Caxiense
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Multas e processos
De acordo com a Agência de Regulação dos Serviços Delegados do Rio Grande do Sul, em cinco anos foram aplicados mais de R$ 64 milhões em multas às concessionárias de energia. Desde 2009, 13 processos foram abertos na Agência para averiguar problemas somente
a partir de ações formuladas pelo Ministério Público, que desenvolve o projeto Não ao Apagão para fazer com que as prestadoras do serviço hajam de forma preventiva para evitar os problemas. Nota-se que falta avançar muito para que o consumidor não seja sempre o prejudicado.
Jornada varejista
A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul programou para este domingo (12) a realização da 1ª Jornada do Varejo para debater assuntos de interesse do comércio e da competitividade do setor. Para falar a cerca de 850 lojistas a organização convidou os presidentes da Câmara Nacional de Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro Júnior, e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, Vitor Augusto Koch. O evento, que ocorrerá no Teatro da Universidade de Caxias do Sul, é alusivo ao Dia do Cliente comemorado em 15 de setembro e integra as comemorações dos 45 anos da CDL Caxias.
Câmbio
O Prataviera Shopping assinou contrato com a Consultur Câmbio, de Porto Alegre, para a instalação de uma casa de câmbio. A nova operação será montada no 1º andar, com início de atividades ainda em setembro.
Curtas
As obrigações legais dos empresários, contadores e empresas de informática centralizam os debates de um fórum, terça-feira (14), na CIC de Caxias. O objetivo é informar sobre o papel de cada um perante os órgãos fiscalizadores. A iniciativa, com início às 13h30, terá representantes da Receita Federal, Fazenda Estadual, Receita Municipal. Inscrições pelo site www.sesconserragaucha.com.br. A Microempa promove quarta-feira (15), às 19h30, na CIC de Caxias, a terceira etapa do ciclo de palestras do projeto Prazer em Conhecer. O palestrante será Ricardo Sondermann, vice-presidente da Federasul e professor de Relações Internacionais da ESPM de Porto Alegre. A Associação Serrana de Recursos Humanos antecipou para segunda-feira (13) o anúncio das empresas agraciadas com o prêmio Destaques do Ano em Recursos Humanos. A oficialização será às 11h em encontro na CIC de Caxias e a entrega dos troféus no dia 28 de outubro. O presidente do Secovi/RS-Agademi, Moacyr Schukster, palestra na quarta-feira (15) em reunião-almoço promovida pelo Núcleo de Jovens Empresários da CIC de Farroupilha e Associação Farroupilhense dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos. Abordará o tema A situação do mercado imobiliário no Brasil. O evento será no Restaurante Parque dos Pinheiros. O Ministro da Educação Fernando Haddad palestra na reunião-almoço de segunda-feira da CIC de Caxias. Abordará o tema Educação de qualidade: balanço e perspectivas. Em pouco mais de um mês ele será o terceiro representante do primeiro escalão do governo federal a vir para encontro na entidade empresarial.
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Reclamações na catraca
Na linha Cristo Redentor, com 39 mil usuários mês, presidente da Associação de Moradores do Bairro apela aos passageiros para protestarem contra a mudança
PEQUENOS E
POLÊMICOS D
por VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br
ez ônibus novinhos em folha circulam por Caxias desde o final do mês de agosto. Eles são menores, mais rápidos, equipados com GPS, elevador para cadeirantes, andam mais com menos combustível e, de quebra, oferecem menor custo de manutenção. Os modelos da frota Sênior Midi, chamados de Caxias Urbano, são o orgulho da Viação Santa Tereza (Visate), que encontrou nos novos veículos uma forma de otimizar custos – não somente com combustível, mas também com funcionários, já que eles operam sem cobradores. Mas basta dar uma volta em um Sênior Midi para perceber que os passageiros não estão tão animados com a troca quanto a Visate. Em alguns horários, os 27 lugares dos novos ônibus (10 a menos do que um ônibus tradicional) lotam rapidamente, e muitos passageiros precisam equilibrar-se para fazer o trajeto de pé. O zelador Ilvo Witt, 56 anos, resume em uma frase a sensação de trafegar no novo ônibus: “Me sinto como uma minhoca enlatada”. Witt conta que não é preciso nem se escorar em outros passageiros ou se segurar nas barras para não cair. “De pé já é suficiente, de tão apertado”, diz o zelador. “Ficou pequeno esse aqui. E atrasa. Eu começo a trabalhar às 13h20 e estou chegando todos os dias às 13h35 por causa do ônibus”, completa o passageiro da linha Panazzolo. Os atrasos são o maior problema para a assistente financeira Roselaine Zanela, 33 anos, da mesma linha. “Eu não gostei. Preciso pegar o ônibus das 7h, das 13h e das 18h, os horários mais cheios. Tenho que explicar no meu trabalho o que está acontecendo. E o pior
é que estamos pagando a mesma coisa. A gente não está ganhando com isso”, afirma Roselaine. Os ônibus menores já estão operando em seis linhas, escolhidas por ter o menor número mensal de passageiros: Medianeira/Libertá (12 mil usuários), Cristo Redentor (39 mil), Panazzolo (30 mil), Tijuca/Nossa Senhora da Paz (15 mil), Glória/Caravaggio (19,5 mil) e Gauchinha/Tisatto (13,5 mil). Além de o Caxias Urbano ser menor do que o ônibus tradicional, a mudança atinge principalmente o motorista, que desenvolve todas as funções antes feitas pelo cobrador. Um dos motoristas conta que os primeiros dias foram os mais tumultuados, com reclamações constantes. “No final de semana está ok, eles acertaram. Mas durante a semana tem horários que dá mais gente. E esse ônibus trouxe mais responsabilidade, a gente faz duas funções”, ressalta. As queixas, ao que tudo indica, não surtirão muito efeito. A Visate pretende manter as seis linhas com os novos ônibus e só vê vantagens na mudança. Para o gerente operacional da concessionária, Sérgio Beneton, nenhuma das linhas opera com a capacidade máxima, e por isso elas foram escolhidas. Não há, portanto, perspectiva de que essas linhas voltem a utilizar os ônibus convencionais. Antes da implantação dos Sênior Midi, Beneton diz que havia muito desperdício de energia. “Esse ônibus é mais ágil, tem nove em vez de 12 metros de comprimento, polui muito menos, faz mais quilômetros por litro do que o veículo tradicional. E a tendência é que ele consiga fazer mais voltas”, avalia.
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Enquanto a Visate contabiliza vantagens com a implantação de 10 ônibus menores, os passageiros se queixam de lotação e atraso nas linhas
Beneton afirma que exceto nas voltas mais movimentadas, que registraram 52 pessoas no Panazzolo e 55 no Cristo Redentor, não ocorre superlotação. “Antes se olhava para o corredor e ele estava todo em branco. Agora corredor tem oito ou 10 pessoas e mais todos os bancos lotados. Mas vamos voltar atrás? Por que todo mundo reclama do corredor? Não adianta ficar dizendo que está lotado. Vamos pagar pela dor e pelo amor. Já está aí. Imagina colocar 10 ônibus grandes novamente no corredor de ônibus. Significa que vai ficar uma quadra a mais para trás”, explica o gerente operacional. Ele adianta que o aumento do valor da passagem não deve ocorrer este ano e que a implantação do Caxias Urbano está ligada a isso: “Estamos fazendo uma força enorme para não aumentar o preço, não dá para botar energia fora em algumas coisas. Trabalhando desse jeito, tirando de onde sobra e colocando onde falta, talvez o reajuste seja muito menor. Não estou dizendo que tem que andar apertado. Foi feito um estudo desde dezembro para estes ônibus, foram feitos cálculos”, defende Beneton.
É sexta-feira (3), final da tarde. O ônibus Sênior Midi do Cristo Redentor está atrasado. Ao chegar na parada da Catedral, uma fila de passageiros se forma na porta. “Não vai caber”, dizem alguns. Passados alguns minutos, todos entram. Mas o novo ônibus está tão cheio que depois daquela parada é fisicamente impossível alguém mais embarcar. Passageiros enraivecidos, que esperavam pelo ônibus nas paradas seguintes, são deixados. “Palhaçada”, “absurdo”, ouvia-se. “A gente era feliz com nosso ônibus grande e não sabia”, lamenta uma senhora.
Usuária da mesma linha, a costureira Leda Helena BassoVarela, 74 anos, reclama que o novo modelo tem pouco espaço e sacode muito. “Está horrível. Como uma pessoa de 80 anos vai se segurar com braços levantados e pernas frouxas? É uma região de muita gente de idade que vai para o Centro. Não querem mais que ninguém viaje de graça”, conta a costureira, referindo-se ao uso do passe livre pelos idosos. A aposentada Gema Grosselli, 63 anos, diz que, além do problema da falta de bancos, há o da falta de educação, pois os mais jovens não se levantam para ceder o assento aos mais velhos. Cenas de idosos equilibrando-se de pé nos Sênior Midi são comuns. “Como pagam a passagem, se acham no direito de sentar. E os idosos têm que ficar de pé. Mas isso não é seguro”, diz Gema. “Piorou mil vezes”, acrescenta o aposentado Ademor Barbieri, 77 anos. Para ele, a única explicação para a mudança é que as pessoas que decidiram trocar a frota não costumam andar de ônibus. “Disseram que estavam nos contemplando, mas na verdade estão nos sacrificando”, afirma o aposentado. O presidente da Associação de Moradores (Amob) do Boa Vista/Cristo Redentor, Rafael Bueno, organizou uma mobilização contra a Visate e a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade. “Decidi que a primeira coisa era incomodálos até eles se cansarem. Então, estou distribuindo panfletos com o telefone da secretaria”, explica. “Se não resolver com essa primeira ação, já temos outras. Queremos paralisar o ônibus da Visate no bairro, não vamos deixar o ônibus passar, e uma outra empresa faria o trecho. Vamos cobrar R$ 1, R$ 1,50, e a Visate vai ver o quanto a gente faz falta”, ameaça Bueno.
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Paixão sobre rodas
Carros para dar e vender
A frota caxiense cresce e o mercado automotivo acompanha, com 1.753 lojas de autopeças, 278 chapeações, 760 mecânicas, 524 revendas, 15 concessionárias e, claro, 84 postos de gasolina
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Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
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Sociedade Caxiense de Automóveis Antigos (SCAA) se reúne todas segundas-feiras para cultuar seus colecionáveis
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por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br ngerindo gasolina – como principal combustível – e expelindo dióxido de carbono, as máquinas automotoras conquistam cada vez mais espaço dentro de Caxias do Sul. Elas imperam sozinhas sobre os 1.383 quilômetros das ruas da cidade, várias congestionadas. As vias asfaltadas dia a dia se tornam mais importantes do que as calçadas de basalto. A cultura automotiva da região leva ao contínuo crescimento da frota veicular da cidade. Nos últimos dois anos e oito meses, 35.803 novos veículos se somaram aos 189.654 já existentes. Neste número estão incluídos os 321 ônibus da Visate (Viação Santa Tereza), 22 táxis-lotação, 227 táxis e 1.455 ônibus de transporte escolar e fretamento. A franca expansão no setor automotivo pode ser observada levando em consideração a quantidade de comércios ligados a ele. Conforme o secretário da Receita Municipal, Ozório Alcides Rocha, estão instaladas em Caxias 1.753 lojas de vendas de autopeças e acessórios em geral, 278 oficinas de chapeação, 760 oficinas mecânicas e 524 revendas de automóveis. Além disso, a cidade mantém 15 conces-
sionárias de automóveis de diferentes marcas. O consumidor pode escolher entre os carros americanos da Ford e General Motors; os europeus da Peugeot, Renault, Citröen, Volkswagen, Mercedes e Fiat, além dos asiáticos da Kia Motors, Honda, Toyota, Hyundai, Mitsubishi, Nissan e Mahindra. Além destes, Caxias ainda conta com o utilitário Marruá fabricado pela Agrale, o único montado na cidade. Para abastecer os motores destes sedentos de petróleo ou álcool, 84 postos de combustíveis estão espalhados pelo município. Aliada à diversidade, a oferta de financiamento é um dos principais fatores da demanda crescente. Quem diz isso é o gerente comercial da Sul Peças, Edílson Rosa. “As taxas estão bem atrativas. Nota-se que a classe C tem comprado bastante. Com o RG e CPF em mãos se pode sair com um carro novo de uma concessionária”, conta. E foi exatamente isto que centenas de pessoas fizeram nos primeiros oito meses deste ano. Ao todo, foram emplacados 7.137 novos veículos entre automóveis de passeio e comerciais leves, conforme os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Isto representa uma média de 892 carros por
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mês e um aumento de 6,67% sobre o mesmo período no ano passado. Estes novos carros ingressaram na frota de 150.156 automóveis que circulam pelas ruas atualmente em Caxias, conforme os números divulgados pelo Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran). Para o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Rio Grande do Sul (Sincodiv), Hugo Pinto Ribeiro, Caxias é uma referência no setor e, segundo ele, o crescimento deve continuar. “Acredito que Caxias tem um duplo significado no mercado. A cidade é disparada o segundo lugar em vendas no Estado, perdendo somente para a Capital. Na área de caminhões rivaliza com Porto Alegre. A cidade é um grande polo consumidor e também um produtor metal-mecânico. Isso provém da sua pujança econômica. Estamos prevendo um crescimento de 5 a 10 % para o Estado em 2010. Acredito que Caxias acompanhe esse número, e possivelmente chegue até a 15%.” Conforme o presidente, Caxias superou Pelotas em diversidade de marcas e quantidade de veículos há pelo menos sete anos. Ele informa que o principal fator para isso é a economia de Caxias baseada na indústria, setor
que mais cresceu no Brasil durante o último ano. O número de motoristas acompanha o aumento da frota. Segundo dados do Detran, até agosto deste ano, Caxias do Sul mantinha 190.903 condutores habilitados. Destes, 153.615 obtêm carteira para dirigir automóvel, praticamente o mesmo número de carros da cidade. Já a permissão para guiar uma motocicleta está bem inferior ao veículo de passeio. Ao todo, esse número chega a 48.420. Considerando que a cidade mantém 23.498 motos registradas, isso quer dizer que existem pouco mais de dois condutores para cada moto. E por falar nos veículos de duas rodas, o ramo das motocicletas obteve no mês de agosto um percentual levemente superior ao do mesmo período do ano passado em emplacamentos. Conforme os dados da Federação Nacional da Fenabrave, o aumento foi de 4,82%. Para o diretor executivo da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), Moacyr Alberto Paes, a expectativa comercial do setor neste ano deve se aproximar da casa de R$ 1,8 milhão em vendas. “Saindo de Porto Alegre, Caxias é uma cidade com grande po-
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zero baixou 7% imediatamente. Com isso houve uma grande depreciação no usado”, lembra. Com o fim do período de recessão, a expectativa para os próximos meses é de aquecimento no setor.
Essas variações econômicas, O setor dos carros usados não que levam em consideração a crise teve o mesmo crescimento que as mo- mundial de 2007 e a redução de impostos e seus irmãos zero quilômetro neste tos para a aquisição de automóveis noúltimo ano. Entretanto, o presidente da vos, passam bem distante de um seleto Associação dos Revendedores Auto- grupo composto por aproximadamenmotivos da Serra Gaúcha, Mário Cezar te 90 pessoas apaixonadas por seus carMüller Röfler, acredita que as vendas ros. Na primeira segunda-feira de cada do chamado semi-novo devem aque- mês, os membros da Sociedade Cacer nos próximos meses. “A tendência xiense de Automóveis Antigos (SCAA) é o mercado começar a se mexer. Até se reúnem em sua sede e conversam o presente momento estava estagna- sobre o que mais gostam: carros antido. Só se vendia carro zero. Agora os gos. Ivan Dalla Costa, 70 anos, é um bancos estão abrindo linhas de crédito destes. Colecionador, entre suas obras para os usados. Temos um aumento mais preciosas se encontram o Ford de vendas de 40% em relação ao mês 29, o Ford 37 e uma Mercedes SLC 79 passado. O carro novo começou a ficar que costumam permanecer guardadas distante pois foi retirado o desconto do na garagem. Estas relíquias com valor IPI.” Conforme Röfler, outro motivo inestimável recebem atenção especial. que alavanca as vendas de veículos de Não são veículos para transporte endois a cinco anos de uso é a desvalori- tre dois pontos, mas objetos a serem zação do zero quilômetro. “Quando se cultuados. Para ir no supermercado e tira o carro da loja já se perde 25 % do inclusive nas reuniões da SCAA, seu seu valor.” Com isso, a expectativa do Ivan usa o seu automóvel de andar, um presidente é a de que o mercado do se- Corola. “Meus carros antigos ficam tor dos usados decole e as 18 revendas mais na garagem mesmo. Costumo associadas recuperem-se de um perío- tirá-los somente para dar uma volta do de estagnação. na quadra e fazê-los rodar um pouco. Quem confirma este discurso é Ra- Assim não exigem muita manutenção”, fael Adriano Marchett, explica. Ivan lembra 40 anos. Ele é sócioque em um encontro gerente da Marchett “Estamos de carros antigos no Automóveis, uma das prevendo ano de 1985 em Flores revendas mais antigas crescimento de da Cunha, um admida cidade. Fundada em rador insistiu para que 1960 por seu pai Eva- 5% a 10 % para o ele lhe vendesse o seu risto Adriano Marchett Estado em 2010. Ford 29. “Eu disse que – hoje aposentado, com Acredito que não queria vender. En82 anos – em parceria Caxias chegue tão ele me ofereceu um com seu irmão Reolon, Santana do ano pelo a loja nestes 50 anos até a 15%”, meu carro. Não aceitei sempre esteve com as diz Hugo Ribeiro é claro, e ele responportas abertas, precisadeu: ‘Tens razão. Eu mente na Rua Matheo tinha um Galax e um Gianella. Rafael, que comanda o es- Ford 29, hoje não tenho nenhum detabelecimento com mais dois irmãos, les’”, recorda. lembra que a revenda foi uma das quaOutro membro do grupo é Márcio tro primeiras da cidade. “A época mais Stedile, 60 anos. Seu primeiro veículo rentável foi sob o comando do meu pai antigo foi um Ford Modelo A 29, que nos anos 70 e 80. No início havia ape- adquirira em 1986 em estado bem nas três ou quatro lojas. Hoje existem desgastado. “Levei cinco anos para aproximadamente 600, nem todas re- restaurar todo o carro. Era difícil de gulares, mas que atingem o mercado.” se ter acesso a essas peças importadas E com toda essa concorrência, quem na época”, relata. Atualmente, o grupo ganha é o comprador. Rafael acredita marca viagens para o Exterior, princique existam pelo menos 25 mil ofertas palmente EUA, ou adquirem elas pela de carros usados na cidade. “Com essa internet. Sua obra mais preciosa foi a abrangência não posso pedir R$ 500 restauração completa, que levou seis a mais em um carro porque vou ficar anos, de um Chevrolet 57, modelo fora do mercado”, conta. Coupe, com oito válvulas. “Este era o A experiência de 20 anos no ramo carro que eu queria. Sou o seu terceiro de vendas fez com que Rafael com- dono”, revela. A história é um episódio preendesse a atual situação da frota importante para quem aprecia carros caxiense que, segundo ele, tende a se antigos. Conforme Márcio, o carro fitornar mais jovem. “Não vale mais a cou 20 anos parado com a viúva do seu pena vender carros mais velhos pois segundo dono até ele o comprar. a garantia que temos de dar para ele Independente se eles são novos, usaé a mesma do que para um carro com dos ou antigos. Ou ainda se são destidois anos de uso”, conta. Concorrendo nados para o transporte ou para a condiretamente com mais nove lojas na templação. O fato é que o automóvel rua, o sócio-gerente da Marchett Auto- adquiriu um espaço importante dentro móveis revela que no período em que da vida dos habitantes de Caxias. Se o IPI (Imposto sobre Produtos Indus- confirmar-se a estimativa da projeção trializados) foi reduzido, a loja passou de 450 mil habitantes para o censo de por um momento difícil. “Esta foi uma 2010, a média da frota caxiense será de época de correção de preços. O carro um carro para cada três pessoas.
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pulação e um distrito industrial forte. A motocicleta se torna um veículo importante para o transporte de casa para o trabalho e vice-versa por um preço acessível. O potencial econômico da cidade facilita a aquisição inclusive das motos mais caras”, informa.
A tendência é que com o fim do desconto do IPI as vendas de carros usados aumentem
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
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Saúde afetada
Presidente do Sindicato Médico, Marlonei Silveira dos Santos (à esq.), desafia a secretária municipal da Saúde, Maria do Rosário Antoniazzi (à dir.)
UMA GREVE
DOENTIA C
por CAMILA BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br
om a pretensão de encerrar o duelo entre prefeitura de Caxias do Sul e médicos do Sistema Único de Saúde, o sindicato da categoria sacou uma nova proposta. Pelo teor das exigências, no entanto, é provável que só tenha deixado ainda pior o clima de animosidade. O Sindicato Médico refez os cálculos de reajuste. Agora seu desafio é conseguir um salário básico de R$ 8,5 mil, ou seja, 292,5% de ganho sobre o atual, de R$ 2,1 mil. Antes, porém, oferece uma trégua. Para suspender a paralisação, exige a formação de uma comissão que discuta e implante um plano de carreira da categoria. Mas ela não sairia de graça. Até que essa comissão conclua seus trabalhos – e chegue a um novo piso definitivo, portanto –, a prefeitura deveria pagar uma gratificação emergencial de R$ 1,2 mil para cada um dos 209 médicos do município por cerca de um ano. Para a população, a greve, que funciona em sistema de rodízio entre os médicos e conta com adesão de 100% da categoria (conforme o sindicato), resulta em prejuízo no número de consultas e no tempo de espera. A proposta foi apresentada quartafeira (8), em uma reunião que quase não aconteceu. Fora agendada para ocorrer na Secretaria da Saúde, mas uma ligação da titular da pasta, Maria do Rosário Antoniazzi, na noite anterior, cancelando o encontro, fez o sindicato anunciar que iria protocolar a proposta diretamente na prefeitura. Na manhã de quarta a secretária voltou atrás. “O fato de eu estar recebendo a proposta não quer dizer que ela está sendo aceita pela prefeitura”, ressaltou Maria do Rosário logo no início da reunião.
Mais tarde, ela justificou: “O diálogo nunca foi proibido pelo prefeito. O que ele está querendo dizer é que confia na equipe de secretários que tem. Eu só havia considerado que esse assunto devesse ser tratado pela procuradoria, que está acompanhando. Mas vou cumprir minha função e levar a questão para ser analisada pelo governo”. Para começar a apresentação da proposta, o presidente do sindicato, Marlonei Silveira dos Santos, citou o Código de Ética Médica e a Constituição, dizendo que a categoria precisa de remuneração justa e exerce uma profissão diferenciada devido ao grau de responsabilidade e complexidade. A proposição do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos teve origem em estudo da FGV e é semelhante à que está em discussão em Porto Alegre. Em letras maiúsculas, a proposta do sindicato afirma: “Queremos salário, não queremos gratificações”. Conforme a apresentação evoluiu, entretanto, inúmeros abonos foram surgindo no pedido de remuneração dos médicos: além do vencimento básico, gratificações por difícil provimento e acesso, para atividade de ensino – quando os profissionais auxiliam estudantes de medicina – e para detentores de títulos de mestrado ou doutorado. Há ainda os adicionais por insalubridade, trabalho noturno, horas extras e atuação em sábados, domingos e feriados, calculados sobre o vencimento total. Para finalizar, vantagens especiais por cargos diretivos e gratificações por tempo de serviço. Cada adicional seria calculado não sobre o piso inicial – aquele de R$ 8,5 mil –, mas sobre o salário final. Conforme o tempo de atuação do servidor e a qualidade – indicador que passaria por assiduidade e pontualidade, hoje francamente descumpridas
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Paralisação dos médicos, que pedem inviáveis 292,5% de reajuste, deixa cerca de 130 pessoas sem atendimento por dia somente no Postão –, os médicos evoluiriam dentro dos níveis, o que implicaria em benefícios adicionais. “O tão badalado cumprimento da carga horária só vai acontecer quando tivermos o nosso plano”, avisou Marlonei. Na reunião, o sindicato propôs que os itens do plano de carreira fossem discutidos e formalizados por uma comissão de quatro ou cinco membros do secretariado e quatro ou cinco membros indicados pela categoria. O grupo de trabalho teria um prazo improrrogável de 180 dias para encaminhar o plano à Câmara de Vereadores. Enquanto isso, os médicos embolsariam, mês a mês, a gratificação emergencial de R$ 1,2 mil – aliás, com pagamento retroativo a abril deste ano. Conforme Marlonei, o adicional seria pago desde abril porque foi quando a negociação iniciou, tendo sido suspensa por ordem judicial obtida pela prefeitura. O secretário municipal de Recursos Humanos e Logística, Edson Mano, desacredita a viabilidade do pedido. “Não vai ser fácil resolver isso. É uma proposta ainda mais complexa e distante da realidade do que a anterior.” Logo após a exitosa reunião de negociação com o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) – que também representa (ou deveria representar) os médicos –, anunciou em tom de desabafo: “Vamos responder só na semana que vem, se é que vamos responder”. Enquanto o Sindicato Médico faz exigências tão surrealistas que a prefeitura não consegue nem mesmo analisar, quem depende do SUS em Caxias precisa de doses ainda maiores de paciência. Para a população, o impacto do embate é sentido na falta de médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e na demora que faz o nome do Pronto Atendimento 24h perder sentido. No
Postão, como é conhecida a unidade destinada a urgências e emergências, somente metade do corpo médico está trabalhando, em função da greve. E casos que seriam tratados nas UBSs lotam as salas de espera. Com dores na coluna e dificuldade para caminhar, Adelmo Nunes, 67 anos, precisou da ajuda da nora Rosmari Nunes, 44 anos, para vir do Fátima Alto até o Centro em busca de atendimento. Na UBS do bairro, tinha uma consulta que foi desmarcada por conta da paralisação. Alheio aos motivos da espera e do deslocamento, Adelmo lamentava: “No postinho é tão bom, não sei por que eu tive que vir até aqui”. Na ala pediátrica, as histórias se repetem. Pacientes acostumados a terem tratamento no próprio bairro, com acompanhamento do mesmo profissional, se veem obrigados a aguardar. Jussara Kich, 36 anos, veio de Santa Lúcia do Piaí, a 30 quilômetros do Centro, trazendo a filha Karine, oito anos, que sofre com crises alérgicas. “Ela costuma a se tratar no postinho. É bom porque o médico de lá conhece o caso. Mas não tem como, faz dias que ele não aparece lá”, reclama. Adelmo e Rosmari, Jussara e Karine, e várias pessoas tentaram ser pacientes, esperando por uma, duas, três horas. Mas há aqueles que não aguardam tanto tempo. De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde, de 30 de agosto a 8 de setembro do ano passado, 120 pessoas deixaram de ser atendidas no Postão – passaram pela triagem, receberam uma senha, mas foram embora antes de serem chamadas. Este ano, no mesmo período, essa estatística passou para 1.283, o que significa um número nove meses maior de pessoas que voltaram para casa sem atendimento médico.
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Perdas & danos
Panfletos distribuídos nas mobilizações – como a que parou o Cras por duas horas – “usaram de má fé”, na opinião do secretário de Recursos Humanos e Logística
DIÁLOGO COM o
FORMIGUEIRO
U
por VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br
ma formiguinha vermelha carregando um megafone e fazendo cara de enfurecida traz atrás de si um exército de formigas. Era assim o desenho do panfleto distribuído pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) durante o período de negociação salarial. “Governo Sartori pisou em formigueiro”, dizia o folheto. O formigueiro de 6,2 mil funcionários pedia ganho real de 8,93%, mas, no dia 18 de agosto, a prefeitura apresentou proposta de 2,4%, parcelados em três anos. Foi o suficiente para despertar a ira dos servidores, que iniciaram paralisações em diversos setores. Ato que, se de longe passou por uma tímida e silenciosa manifestação, analisado mais a fundo trouxe perdas para a população. As paralisações duraram oito dias, e a ameaça de João Dorlan, presidente do sindicato, era de intensificá-las se não houvesse acerto. Não se descartava, inclusive, a ideia de uma greve geral por tempo indeterminado. Os ânimos só se acalmaram na quintafeira (9), quando, em uma nova rodada de negociações com a prefeitura, o presidente do Sindiserv aceitou a proposta de ganho real de 1,5% em novembro e de 1,3% em abril de 2011 – o que compõe 2,8% de aumento em dois anos. São 8h de quarta-feira (8), e o aglomerado de pessoas que esperava desde o início da manhã para ser atendido no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Norte, no bairro Santa Fé, é dispensado. Os funcionários do Cras e o presidente do Sindiserv, João Dorlan, explicam que estão em negociação de salários. Depois que as pessoas voltam para suas casas, com um folheto do Sindi-
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serv em mãos, Dorlan e sete funcionárias do Cras ficam das 8h às 10h sentados numa sala de reuniões, tomando chimarrão e discutindo o reajuste. Todas as funcionárias haviam batido os seus pontos normalmente naquele dia. Lá dentro, Dorlan explica o que já devia ter explicado incontáveis vezes nas últimas semanas. Enquanto ele fala, as funcionárias vão assentindo com a cabeça. O quadro branco numa das paredes anunciava o que estava planejado há dias: “Paralisação com presença do Sindiserv, das 8h às 10h, dia 8, quartafeira”. No meio da reunião, uma secretária interrompe para dizer que chegou uma mulher com horário marcado. “Diz que já vou atendê-la para explicar por que ela não será atendida”, responde Márcia Camargo, assistente social. O Cras disponibiliza cestas básicas, vale transporte, consultas psicológicas e acompanhamento familiar, entre outros serviços. Normalmente, em uma manhã são atendidas cerca de 20 pessoas, com hora marcada. Por causa da paralisação, as 17 que tinham horário naquela quarta foram reagendadas. A dona de casa Andréia da Rosa Pereira, 39 anos, tinha horário às 8h30 com a assistente social do Cras. “Dão passagem de ônibus, acompanham minha família”, explica Andréia. Em função da paralisação, teria que voltar na sexta-feira (10). “Mas não tem problema”, conformava-se. “Não sabia dessa reunião. Vou ter que vir de tarde”, diz a diarista Maria Jesus Cardoso, 46 anos, que tem atendimento de três em três meses no Cras. A paralisação, para a assistente social Márcia, funcionou muito bem. “A gente estava em dúvida se parava assim. Mas agora vemos que as paralisações estão repercutindo na comunidade. Achei eles até solidários”, conta ela. Do dia 30 de agosto até quinta-feira,
A prefeitura conseguiu encaminhar um índice de reajuste com o Sindiserv, mas as paralisações feitas afetaram escolas, UBSs e secretarias
descontando-se os finais de semana e o feriadão de 7 de setembro, o Sindiserv paralisou em torno de 20 escolas, 10 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Secretaria da Saúde, Obras, Agricultura e Habitação. As interrupções do serviço duravam cerca de duas horas, como aconteceu no Cras Norte, e eram bem mais sutis do que uma greve convencional. Resumiam-se a reuniões fechadas com o sindicato ou sem a presença dele, como em algumas escolas e UBSs. As 20 escolas paralisaram parcialmente em dois turnos. Os alunos eram mandados embora mais cedo, com um bilhete explicando o porquê da paralisação. As UBSs ficavam sem atender ninguém naqueles períodos. “Na UBS Esplanada eu acompanhei. Começamos às 7h, ficamos em reunião até as 9h30, quando voltaram a ser atendidos os pacientes”, conta Dorlan. Para o secretário de Recursos Humanos e Logística, Edson Mano, as paralisações não foram sentidas. “Prejuízo para a população não existiu, porque foi pouco tempo. O problema maior foi com os médicos”, afirma. O bilhete entregue pelo Sindiserv, principalmente nas escolas, foi o que mais tirou a paciência de Mano. “Eles largaram panfleto comunicando aos pais dos alunos de uma maneira... não contando a verdade. Diziam que os servidores estavam insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial oferecido pela administração Sartori. Esqueceram de dizer que de janeiro a junho eles receberam 3,96% de aumento dos servidores, da trimestralidade. Eles usaram de má fé. Eu entendo assim”, explica Mano. A trimestralidade, paga aos servidores municipais, não é suficiente, segundo Dorlan. “A trimestralidade amortecia o movimento, mas chegamos à conclusão de que só esse repasse faz com que a gente perca poder aquisiti-
vo. Não é suficiente porque não temos plano de carreira, que é o sonho de todo o servidor. O que dá equilíbrio no orçamento é triênio, a cada três anos temos 5% de aumento no salário base, mas não é plano de carreira”, afirma. “Não sei se existem outros municípios com trimestralidade, mas dos principais que se pesquisou, sabe-se que eles têm reajustes anuais. E Caxias é o único que dá aumento aos servidores municipais de três em três meses”, explica o secretário. A decisão da reunião de quintafeira (9) ficou bem abaixo dos 8,93% que o Sindiserv pedia, índice que Dorlan afirma ter calculado com base no incremento da receita do Município. “A gente merece parcela desse crescimento, pois Caxias só cresceu porque houve trabalho. A última greve no Município foi em 1994. A categoria estava cansada”, diz o presidente do Sindiserv. Antes da reunião, o secretário Mano estava preparado para uma longa negociação, em virtude da ameaça do Sindiserv de aumentar a paralisação. Além do índice de ganho real, o sindicato e a prefeitura conseguiram se acertar sobre as faltas justificadas dos servidores, cinco ao ano, que não serão mais descontadas no valor do auxílio alimentação. “Não é o ideal, o que defendíamos, mas foi o possível de se construir”, avaliou Dorlan. As paralisações que estavam marcadas para esta semana foram suspensas. Os 2,8% de ganho real em dois anos beneficiam todos os servidores, com exceção do prefeito, do vice e dos secretários. Estão dentro, inclusive, os médicos. Tudo parece estar se encaminhando. Uma assembleia do funcionalismo, no dia 27, às 19h, na Câmara de Vereadores, discutirá a proposta. Basta saber se o formigueiro vai aceitá-la.
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
O Caxiense entrevista
“A DÍVIDA
JÁ ESTÁ PAGA” Pedro Ruas propõe auditar débitos com a União – suspendendo os pagamentos – e cortar 50% dos CCs do Estado
Livia Stumpf, Divulgação/O Caxiense
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Pedro Ruas: “Esse dinheiro já está aqui. Só vamos evitar que ele saia”
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por ROBERTO HUNOFF e FELIPE BOFF m seu acanhado gabinete na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, onde cumpre o quarto mandato, o advogado trabalhista Pedro Ruas recebeu a reportagem d’O Caxiense na tarde de 24 de agosto. Brizolista convicto – desiludido com o PDT, partido que chegou a presidir no Estado –, o candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) dá continuidade à série de conversas com os concorrentes ao Piratini. Os pedidos de entrevista feitos a José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB) ainda não foram atendidos. Por que o senhor propõe uma auditoria na dívida do Estado com a União? Nosso programa de governo tem dois eixos. O número um é o combate à corrupção. O número dois é o questionamento da dívida do Estado com a União. Fizemos um programa muito sério e muito factível, dizendo de onde vêm os recursos para cada coisa. Em 1990, a dívida do Estado era de R$ 4,8 bilhões. Em 1998, foi feito o pacto que ainda está em vigor, pelo governador da época, Antônio Britto, segundo o qual o Estado passa a pagar 18% da sua receita líquida a cada ano, que é um valor estratosférico. Em 2008, que é o último dado oficial que nós temos, esses 18% corresponderam a R$ 2,146 bilhões. Então, isso dá em média R$ 2,2 bilhões em cada ano. E aí começam umas coisas muito estranhas. Uma dívida que era de R$ 4,8 bilhões, em 1990, em 1998 é de R$ 13,4 bilhões – e vinha sendo paga –, e em 2009 essa dívida fecha em R$ 39 bilhões. Isso é inacreditável, do ponto de vista da matemática já é um absurdo. Não estamos falando de um inadimplente, mas de um Estado que paga rigorosamente em dia a dívida, mesmo porque isso é como aquele débito consignado, o desconto é automático. E uma dívida passa, em 19 anos, de R$ 4,8 bilhões para R$ 39 bilhões. Um problema sério da dívida é que ninguém conhece o seu conteúdo. Nem a atual governadora nem os demais candidatos ao governo, incluindo o do PSOL, porque não é divulgado isso. Fizemos um pedido de informações para o Banco Central e responderam que eram títulos da dívida pública de propriedade de pessoas que tinham direito ao sigilo. Portanto, não iam informar o que era. O que sabemos é que o juro é do IGP-DI, isso é juro de agiota, é usura da União em relação ao Rio Grande do Sul.
Mas o senhor pretende fazer uma auditoria e, paralelamente, suspender esses pagamentos? Exatamente. No meu entendimento pessoal, que não é ainda o do partido, a dívida já está paga. A posição do partido é a do programa: suspensão dos pagamentos e auditoria. É que eu já estudei tanto isso que já me convenci que ela está paga. Há muito tempo. E acho até que ainda dá para cobrar uma diferença. Mas, como PSOL, queremos a suspensão e uma auditoria. Eu tenho certeza do resultado: já está paga. Não há matemática possível de não estar. Para se ter uma ideia, esse valor de R$ 2,2 bilhões ao ano daria para fazer 42 hospitais iguais ao da Restinga (hospital de média complexidade a ser construído em Porto Alegre por um grupo privado, orçado em R$ 50 milhões). Daria para fazer 400 escolas de turno integral por ano. Não tem aquela história de “nós vamos atrair investimentos de fora”, não. Esse dinheiro já está aqui. Só vamos evitar que ele saia. Por que o senhor acha que nenhum governante agiu dessa forma em relação à dívida? Medo. Para isso aí tem que ter vontade política, que inclui algum grau de coragem. Medo do que exatamente? As pessoas falam muito na retaliação da União. Eu não acredito e não aceito. Isso aqui não é uma guerra de gangue. A União não pode retaliar em nada, a não ser cobrar uma dívida. Bom, se ela prova que é devida, ela ganha. A União vai retaliar no quê? Vai deixar de fazer os repasses que são devidos? Não pode. É crime. A questão da dívida é estruturante, e a questão do combate à corrupção também. Organismos internacionais fizeram estudos apontando que nos governos onde há corrupção as nações, estados ou municípios perdem de 20% a 30% do seu orçamento. Porque compram o que não é necessário, em função da propina; porque o que é necessário compram com preço maior; e porque não fiscalizam. Então, com mais essa dívida, se eu ataco esses dois problemas começo a ter recursos para tudo. Claro que aí tem que atacar de verdade, resolver. Tem que ter uma corregedoria no governo do Estado, por exemplo. São importantes os órgãos externos, Tribunal de Contas, Ministério Público, mas tem que ter um órgão interno com status de primeiro escalão que possa efetivamente fiscalizar.
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O senhor acha que só a corregedoria beneficiado, tem que ser preterido. Em resolve o problema da corrupção? nosso governo será preterida a grande Só a corregedoria não. Bom, como propriedade. Produtiva e improdutiva, vai ocorrer a corrupção de 2011, 2012, esta nem se fala, será desapropriada 2013 eu já vou te dizer agora. É exata- imediatamente. mente o que nós não vamos fazer: essas alianças aí que estão O senhor deixaria de sendo feitas. Os partidar incentivos ou exdos aliados dão tempo “Não tem como propriaria a grande de TV, de rádio e apoio – e esse é um propriedade? empresarial. O partido problema do PT – As duas coisas, deque recebe esses apoios pendendo do ramo. depois dá cargos e ór- beneficiar ambos. Um exemplo de exprogãos do governo para O grande sempre priação: aquele tipo de os partidos adminis- engole o pequepropriedade de monotrarem. A corrupção no. Alguém tem cultura com danos amvirá, como sempre bientais. Caso típico: vem, dos partidos alia- que deixar de ser eucalipto e pinus. dos, de qualquer go- beneficiado” verno. Sempre os parO senhor ampliaria tidos aliados. Estamos para o Estado o seu propondo também um corte de 50% projeto apresentado em Porto Alenos CCs (cargos em comissão). Porque gre, proibindo o plantio de pinus e o CC, em primeiro lugar, é desnecessá- eucalipto? rio neste grau todo aí. No governo do Sim. O projeto proíbe o plantio com Estado, com 50% funciona a máquina fins comerciais, não é o plantio puro e perfeitamente. O resto é para atender simples. Um pé de eucalipto, tem esinteresses políticos. O CC de órgão lo- tudos oficiais, do governo estadual inteado nem responde ao governo, tem clusive, consome 15 litros de água por até problema hierárquico, responde ao dia durante a fase de crescimento. Um seu partido. Isso é notório e histórico. pé. Se nós formos falar em milhares ou até milhões, estamos preparando a É possível administrar o Estado sem desertificação, como tem em Alegrete. nenhuma aliança? Para esse tipo de propriedade o arguNão precisa ter aliança nenhuma. O mento de ser produtivo não vale. É Brizola não fez nenhuma aliança e mo- um desastre. Pode gerar um emprego bilizou todo o povo do Rio Grande na de curto prazo que nós não queremos. Legalidade, o maior evento cívico da Queremos diversidade na agricultura. História do Brasil. Então, tem que ter A questão da monocultura, dependené projetos de interesse da população. O do do tipo, podemos trabalhar com a que a gente vê é o seguinte: em projetos ideia de desapropriar ou não. Essa sem impopulares, nem essas chamadas ba- dano ao meio ambiente, por exemplo, ses aliadas votam. a soja, pode não ser o caso, aí é só o fim do incentivo. Mas um projeto popular não necessariamente é um bom projeto. O senhor criaria um problema para Não falei populista, falei popular. o setor moveleiro. Como resolveria Por exemplo, o de aumentar impostos essa questão? sobre as grandes fortunas, que é um Não existe nenhuma ação forte que projeto da Luciana Genro. É extre- não tenha, no curto prazo, alguma mamente importante, eu apresentaria consequência que seja problema. Tu com o maior orgulho. Outra coisa: nós tens que ter uma linha, anunciar com temos aqui que mudar a prioridade no antecedência. Tu não tens o direito de campo. Em vez de beneficiar a grande pegar as pessoas de surpresa. Teremos propriedade, o agrobusiness, benefi- problemas, sim, e teremos uma etapa ciar a pequena, a agricultura familiar. de substituição daquilo onde é utilizado. Tem outras áreas, além do setor O governo Olívio fez isso. O senhor moveleiro, que têm inclusive emprego acha que deu certo? direto. A celulose, por exemplo. É tudo Não. Porque não tem como – e esse exportação, tem divisas, tem PIB, tem é um problema do PT – beneficiar muita coisa envolvida. Só que estamos ambos. O grande sempre engole o pe- alertando: é isso que nós queremos faqueno. Alguém tem que deixar de ser zer.
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Bom Jesus e Jaquirana, por exemplo, são fortes no plantio de pinus e eucalipto em pequenas propriedades. Isso não causa um conflito no seu ponto de vista? Pode haver, na pequena propriedade, uma adaptação. Uma coisa são dois, três pés de eucalipto. Outra são 100, 1 mil, 1 milhão. Tem regiões onde a água é muito mais abundante. Bom, essas podem ter uma capacidade maior e ter na pequena propriedade o eucalipto. Tudo isso nós temos que levar em conta. Agora, tem que apresentar a regra. O latifúndio, mesmo produtivo, será desapropriado. Em relação à indústria, o senhor fala em aumentar impostos para as grandes companhias. Sim. Aquele aumento do projeto da Luciana Genro, que a gente adotaria, pega, além da empresa, a pessoa física com patrimônio acima de R$ 1 milhão. Isso não faria as indústrias se transferirem daqui para outro Estado? Não necessariamente. No governo do PSOL, a GM teria esse tipo de incentivo que teve? Não. Tem um estudo comprovado da UFRGS que mostra que com aqueles recursos investidos na agricultura de pequena propriedade o que nós teríamos de retorno seria extraordinário. Em termos de emprego, de geração de renda, de tributos, em tudo. Muito, muito superior, até porque foi tudo isento ali.
Na agricultura familiar, o senhor pretende incentivar a produção dos orgânicos, que hoje são mais caros? Mas é que compensa. Por exemplo, o transgênico tem que ser questionado. A produção transgênica pode ter no curto prazo um custo menor, porém, pode ter consequências tão danosas que não compensam. O custo menor faz coisas terríveis, como, por exemplo, incentivar a indústria do fumo. Claro, os impostos gerados são extraordinários. Nada paga mais imposto que o tabaco. Mas isso justifica? E a saúde? O senhor tomaria alguma medida contra a indústria do fumo? Claro que sim. A geração de tributos não compensa o gasto em saúde a médio prazo. Estou falando em economia, não em saúde. Se for falar em saúde, o tabaco é um desastre completo. Então nós temos que ver como nós podemos desestimular, bastante, do ponto de vista de tributação mais pesada, terminar com alguns incentivos, proibir algumas transações. Em relação à economia, a indústria do fumo não tem muito a acrescentar, e portanto deve ser combatida. Mas o senhor fuma. Isso é um problema individual. Mas incentiva a indústria do fumo. Por vício, que já tentei várias vezes parar. E fumo publicamente. Não fico me escondendo para fumar. E faço o mesmo discurso. Eu sou a prova da dependência.
Como o senhor diria aos metalúr- O senhor achar que Leonel Brizola, gicos de Gravataí que se fosse vivo, assinapreferia investir na ria embaixo do proagricultura do que em “A indústria grama do PSOL? um trabalho próximo automobilística é Acho que sim. O deles? Brizola encampou a uma indústria do Bond and Share e a Com antecedência. Nós estamos dizen- passado. Hoje, a ITT, criando a CRT e do agora que a indús- agricultura a CEEE. Transformou tria automobilística, familiar é uma em empresas públicas do ponto de vista do e indenizou os nortealternativa desenvolvimento, do americanos com um crescimento de um Es- melhor que quase dólar cada – depositou tado, é uma indústria tudo que existe” em juízo. Claro que do passado. Os nossos sim, a maior parte (do companheiros metalúrprograma do PSOL) ele gicos já podem ouvir agora isso. É uma assinaria embaixo. indústria do passado, era o desenvolvimento dos anos 50, 60. Hoje, até por O senhor faria o mesmo com as emuma questão econômica, a agricultura presas de telefonia e energia? familiar é uma alternativa melhor do É mais sofisticado, juridicamente, faque quase tudo que existe. zer hoje isso. Mas acho possível.
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Caixa eleitoral
ENTRANDO NA CASA
DOS MILHÕES 1.400.000 1.000.000 600.000 200.000 0
Daniel Borghetti (PSDB) Contas zeradas C R$ 8.900 Ivani de Lima (PCdoB) Contas zeradas C R$ 8.005 José Gollo (PSOL) Contas zeradas C R$ 33 Marcos Daneluz (PT) Contas zeradas C R$ 43.000 Waldemar de Lima (PTB) Contas zeradas C R$ 3.824,49
Claudenir Biglia (PSOL) Contas zeradas
Maria Helena Sartori (PMDB) R$ 28.142,52 C R$ 128.642,52 Guiomar Vidor (PCdoB) R$ 17.000 C R$ 60.614,50 Alceu Barbosa Velho (PDT) R$ 10.000 C R$ 54.500 Marisa Formolo (PT) R$ 10.000 C R$ 60.750 José Antonio Adamoli (PSB) R$ 6.000 C R$ 15.000 Vinicius Ribeiro (PDT) R$ 2.000 C R$ 63.500 Aurora Jesus Oliveira (PSOL) Contas zeradas
João Carlos Schneider (PTdoB) Não entregou primeira parcial C R$ 3.947,13 Lucas de Souza (PSOL) Não entregou primeira parcial C Contas zeradas
Ayrton Corrêa (DEM) Contas zeradas
Pepe Vargas (PT) R$ 91.000 C R$ 252.227,72 Assis Melo (PCdoB) R$ 43.500 C R$ 114.000 Ruy Pauletti (PSDB) R$ 15.000 C R$ 131.966,47 Kalil Sehbe (PDT) R$ 5.000 C R$ 145.500 Maria Ferranti (PSB) R$ 4.000 C R$ 4.700 Mauro Pereira (PMDB) R$ 142,52 C R$ 6.042,52 Almir Guedes (PTB) Contas zeradas C R$ 3.424,49 Arino Maciel (PSOL) Contas zeradas
Paulo Paim (PT) R$ 69.100 C R$ 345.009,99 Abgail Pereira (PCdoB) R$ 5.000 C R$ 39.005
Germano Rigotto (PMDB)
R$ 100.139 C R$ 1.470.056,73
Somados, os candidatos de Caxias ao Congresso e à Assembleia aumentaram arrecadação em 631,46% em 30 dias
Senadores
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Deputados Federais por ROBIN SITENESKI robin.siteneski@ocaxiense.com.br
s jingles de campanha já estão na cabeça de todos, os carros de som não respeitam o sono ou a paciência dos eleitores e o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV traz personagens cômicos – ou trágicos, dependendo do ponto de vista. As eleições, definitivamente, estão próximas. Prova disso também são os números da segunda declaração de contas parcial divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no último dia 6. Entre este e o primeiro levantamento, apresentado no dia 6 de agosto, os candidatos caxienses arrecadaram R$ 2.557.620,52. O salto foi de R$ 405.029,04 para R$ 2.962.649,56, um aumento de 631,46%. Germano Rigotto (PMDB), que disputa uma vaga no Senado, puxou o crescimento dos números. Sua campanha captou R$ 1.470.056,73 – na prestação anterior, havia declarado doações no valor de R$ 100.139,00. O peemedebista continua liderando a arrecadação entre os candidatos caxienses – é responsável por 49,62% do
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valor angariado por políticos da cidade – e também entre os gaúchos que concorrem ao Senado – seguido por Ana Amélia Lemos (PP), que angariou R$ 490.998,32. “Seria ruim se a arrecadação não tivesse subido, porque comecei do zero”, diz Rigotto. O candidato alega que não pretende passar do orçamento determinado por seu partido. “A minha prestação está dentro do limite de praticamente todos os candidatos das grandes coligações, que é em torno de quatro milhões. Eu não pretendo gastar o limite, quero gastar menos.” O ex-governador afirma que boa parte das doações de pessoas jurídicas (R$ 1.041.428,34) vem de empresas de fora de Caxias. “As doações são pulverizadas, tem empresas de todo o Estado, e até de fora do Estado”, explica. O restante da arrecadação de Rigotto foi de repasses de outros candidatos ou comitês (R$ 50.189,39) e do PMDB (R$ 378.439,00). “Em todos os partidos vai aparecer isso. O partido tem arrecadação de recursos que canaliza para os candidatos a governador e senador e para cobrir candidaturas a deputado estadual e federal. Como can-
didato a governador e a senador são as gramas é muito cara, mas não são os duas candidaturas que puxam (votos), meus, que estou cuidando para que é natural que o partido dê mais para sejam os menores possíveis, são os de todos. Alguns provavelmente não teesses candidatos.” nham declarado ainRigotto declarou da, mas quando dejá ter gasto boa parclararem a prestação te do que arrecadou: “Seria ruim se de contas vai crescer R$ 1.089.223,15. “Es- não tivesse muito”, acredita Rigottou procurando fazer subido, porque to. Em situação bem com que eu chegue ao diferente, há políticos final com tudo resol- comecei do zero”, que simplesmente não vido, com tudo pago. afirma Rigotto, declararam qualquer É normal ficar dívida que captou valor ainda. para pagar depois, eu 49% do total não quero isso.” Duas A menos de 30 despesas sobressaem: da receita dos dias das eleições, quao candidato desem- candidatos locais bolsou R$ 579.094,80 tro dos 27 candidatos de Caxias afirmaram na produção de programas de TV e rádio e R$ 51 mil na ao TSE não terem recebido doações. produção de jingles e vinhetas – mais Segundo o chefe do cartório da 16ª do que Ana Amélia Lemos, que gas- Zona Eleitoral, Marcelo Reginatto, tou, respectivamente, R$ 448 mil e R$ apesar da falta das declarações parciais 76.100. Paulo Paim (PT) não declarou não resultar em punição, elas serão gastos com produção de programas de consideradas quando o tribunal for TV e rádio; em jingles, investiu R$ 45 analisar as contas dos candidatos para aprovação ou não. Um deles, Lucas de mil. “O rádio e a televisão têm gastos Souza, que concorre à Câmara Federal muito pesados. A produção dos pro- pelo Partido Socialismo e Liberdade
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Concorrendo à reeleição na Câmara, Pepe Vargas (PT) aumentou em 177,17% sua arrecadação no último mês. O petista passou de R$ 91 mil para R$ 252.227,72 – recebeu R$ 47.550 somente de seu partido. Pepe gastou boa parte de seus recursos com materiais impressos: R$ 120.224,24. Na segunda prestação de contas parcial dele, ainda não constam gastos com a produção de jingles ou de programas de TV ou rádio. “Tudo que eu posso empurrar para pagar depois, estou empurrando, porque falta dinheiro para a campanha, para o dia a dia. Então, tudo que não é de rua, vou empurrando”, diz o responsável pela contabilidade de Pepe, Ansélio Brustolin. O petista declarou gastos de R$ 864 com a produção de uma página na internet. Valor diferente foi desembolsado por Mauro Pereira (PMDB), também candidato a deputado federal, que apresentou R$ 33 em gastos com a construção de seu site. O peemedebista arrecadou R$ 6.042,52, e a maior parte disso, R$ 5.100, são, de acordo com os dados entregues ao TSE, recursos próprios. “A minha campanha começou na última sexta (3). No dia do evento com o Fogaça (que esteve em Caxias no dia 27 de agosto), para você ter uma ideia, tinha apenas 100 adesivos. Agora é que vou buscar doações”, justifica Mauro, que disse ao tribunal ter gasto R$ 221,19 com materiais impressos. O candidato não acredita que a falta de doações tenha alguma relação com a impugnação de sua candidatura, ainda pendente de decisão judicial. “Não era nem justo buscar dinheiro sem ter campanha na rua. A impugnação é algo com o que eu nem estou preocupado. Meu caso é meramente administrativo, um erro corrigido que nem entra na Lei da Ficha Limpa.” O vereador pensa que, se a impugnação for mantida pelo TSE, caso em que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (TSE), o processo levará cerca de três anos para ser julgado. Entre os concorrentes à Assembleia, a colega de partido de Mauro, Maria Helena Sartori, foi a que mais arrecadou. Angariou R$ 128.642,52 – na primeira prestação de contas, declarou
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), Luiz Felipe Diffini, diz que esta e outras movimentações dos candidatos estão sendo acompanhadas pelo órgão de fiscalização. “Cruzamos as informações que vêm das prestações com os dados das contas bancárias. Além disso, estamos fazendo circularização, mandamos ofícios a todas as empresas prestadoras de serviço cadastradas pelo TRE no Estado, milhares no total, pedindo que informem ao tribunal eventuais gastos com campanha”, conta Diffini, acrescentando que não há fiscalização das campanhas além do cruzamento de dados. “Não temos fiscalização na rua, não temos um exército de fiscais. Nosso controle é feito em cima das prestações de conta, é documental. Em determinados casos, há o auxílio do Tribunal de Contas do Estado. Mas isso a posteriori.” Segundo Diffini, o acompanhamento dos gastos dos candidatos precisa ser melhorado. “O controle das prestações de contas é algo muito recente que tem se procurado ampliar.” Em Caxias, nove declararam contas zeradas e dois simplesmente não entregaram a documentação. Na segunda verificação, cinco apresentaram formulários sem movimentação. Mas candidaturas com esse tipo de problema, infelizmente, estão longe de ser uma exclusividade da cidade. “Sessenta por cento dos candidatos no Brasil não prestaram contas no dia 6 de agosto. Isso pode levar à desaprovação da contabilidade”, alerta Diffini. Qualquer pessoa pode consultar as movimentações financeiras dos candidatos no site do TSE. Neste momento, no entanto, uma informação ainda não está disponível: o nome dos doadores, tanto de pessoas físicas como de jurídicas. Os doadores só são revelados um mês após a eleição. “O ideal seria que soubéssemos quem financia as campanhas antes das eleições”, reconhece o presidente do TRE-RS, que completa com uma crítica: “Este era um dos pontos da reforma política, mas a discussão no Senado parece estar mais voltada para saber quem vai ter mais poder do que para aperfeiçoar a legislação.”
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(PSOL), afirma que não pediu doações ter recebido R$ 28.142,52, o que indica nem recebeu recursos do partido. “Na um aumento de 347,11%. A candidata verdade é uma candidatura meio fraca teve doações no valor de R$ 33 mil de mesmo. Agora é que vou mandar fazer pessoas físicas e R$ 82 mil de pessoas material”, diz Lucas. jurídicas. Uma receita não encontrada José Gollo, candidato à Assembleia nas declarações de outros candidatos é pelo mesmo partido, declarou ter a que aparece sob a descrição de dodepositado R$ 33 de ações relativas à corecursos próprios na mercialização, na qual conta de campanha e “É uma Maria Helena informa ter gasto o mesmo va- candidatura meio ter recebido R$ 13.500. lor em publicidade por fraca mesmo. “Isso é da venda de inmateriais impressos. gressos para um jantar Agora é que vou “Gastei o dinheiro em de arrecadação (realiadesivos. Vou colo- mandar fazer zado na quinta-feira, car mais um pouco na material”, dia 9). A orientação do campanha, mas não explica Lucas partido era para entrevai ser muito fora disessa prestação de Souza, com as garmos so.” Gollo afirma que de contas até 28 de as despesas e a arreca- contas zeradas agosto, e até aquele dia dação estão dentro do tínhamos vendido esse normal. “Está dentro valor em ingressos”, do previsto. Recebi material da candi- esclarece a responsável pela contabilidata a deputada federal que tem o meu dade da candidatura de Maria Helena, nome no verso e fiz os adesivos.” Adriana Furlanetto.
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
Edital de Intimação
5 Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul
Prazo de: VINTE (20) dias. Natureza: Cobrança - Fase de cumprimento de sentença Processo: 010/1.05.0036212-5 (CNJ:.0362121-29.2005.8.21.0010). Autor: Condominio Residencial Campos Verdes. Réus: Isabel Consuelo Ravizzoni Ravanello e Darci Luiz Ravanello. Objeto: intimação do réu Darci Luiz Ravanello, da penhora e avaliação efetuada sobre o imóvel a seguir descrito, para, querendo, oferecer impugnação no prazo de QUINZE (15) dias: “APARTAMENTO nº 201, localizado no terceiro pavimento ou primeiro andar do Condomínio Edifício Campos Verdes, situado na rua La Salle, 646, nesta cidade, com área privativa real de 160,26m², imóvel registrado sob a matrícula nº 111.353, Livro nº 2 - RG, fls.01, do Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona - Caxias do Sul/RS, avaliado em R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais).” Caxias do Sul, 18 de agosto de 2010. SERVIDOR: Rosane Zattera Freitas. JUIZ: Silvio Viezzer.
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Guia de Cultura
por Cíntia Hecher | editado por Paula Sperb
guiadecultura@ocaxiense.com.br
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Exposição | Caminhos do Interior
Como de costume por MARCELO ARAMIS “Vasco Machado é herdeiro natural de Federico Reilly. E, se tivesse tempo para se dedicar à pintura de painéis, seria herdeiro de Aldo Locatelli.” As comparações são da pesquisadora Vera Zattera, admiradora da obra de Vasco e personagem importante na carreira do artista. Quando fala em herança, Vera se refere ao talento artístico e ao traço apurado de Vasco para a pintura costumbrista – retrato de costumes. Para ela, nesta categoria artística em que se destacam os uruguaios Juan Manuel Blanes, no século XIX e seu discípulo Federico Reilly, no século XX, além das pinturas de Locatelli que retratam o gaúcho, a obra de Vasco é a que tem mérito suficiente para ser considerada um marco do século XXI. Caminhos do Interior não é uma surpresa e a qualidade da exposição protege Vera de qualquer hipótese de exagero. Vasco percorreu o interior do Rio Grande do Sul registrando paisagens e o cotidiano do gaúcho campeiro e do povo ítalo-gaúcho. As imagens têm fidelidade fotográfica. “Vasco tem o cuidado de não errar. Não erra nas vestimentas, não erra nos arreios. Poucos têm essa memória”, elogiou Vera. É com a cultura gauchesca que Vasco tem mais afinidade. O artista, que percorre a galeria dando nome e época para cada tipo de bombacha, chapéu e chiripá que aparece em seus quadros, não se considera um grande pesquisador. Diz apenas que pinta o que vê. A memória fotográfica do artista foi o que o aproximou de Vera. Em 1989, ele ilustrou Traje Típico Gaúcho, o primeiro livro da pesquisadora. Com 16 ilustrações de Vasco, realizadas a partir de amostras de tecido e de trajes de época, o livro é referência para pesquisas sobre a história da cultura gaúcha. Foi neste trabalho que Vasco apaixonou-se pelos costumes gaúchos e decidiu viver de pintura. Em festas de galpão ou em quintais vizinhos em Santa Corona, ele captura cenas espontâneas e reveladoras de tradições. Depois, adapta cenários; transforma a lida de campo em uma cena da Revolução Farroupilha; leva uma nona italiana de volta ao início da colonização. No entanto, na maioria dos óleos sobre tela é difícil precisar a época. Em um dos quadros, inspirado na letra de Milonga de pai para filho, do caxiense Xiruzinho, o tempo congela enquanto um piá ouve conselhos. Para Vasco, Caminhos do Interior é uma coleção de cenas contemporâneas. Tamancos italianos e botas de lida campeira são hábitos ainda fortes na cultura local, alegres fandangos que resistem ao tempo. Por receio que eles se percam, Vasco os registra com maestria. Se depender do talento do artista, ao menos permanecerão na história como poesias de tinta, versos apaixonados de milonga gaúcha. l Caminhos do Interior | De segunda a sexta-feira, das 8h30min às 18h, e aos sábados, das 10h às 16h. Até 30 de setembro Galeria Municipal Entrada Franca | Dr. Montaury, 1.333 | 32213697
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A garota colorida e conservadora e o velho mal-humorado e transgressor protagonizam Tudo pode dar certo, de Woody Allen
CINEMA l A Ressaca | Comédia. 14h, 16h10, 18h50 e 21h10 | Iguatemi Quatro amigos enchem a cara e acordam em uma banheira de hidromassagem num resort de esqui. Tudo certo, até eles perceberem que foram parar em 1986. Dirigido por Steve Pink. Com John Cusack e Rob Cordry. 16 anos, 100 min., leg.. l Batalha por T.E.R.A. - 3D | Animação. 13h30 e 21h20 | Iguatemi Habitantes do planeta Terra, agora em falta de recursos naturais, bandeiam-se para outro planeta. Uma das moradoras de lá rapta um piloto terráqueo acidentado mas eles acabam se tornando amigos e planejando algo que salve os dois planetas. Dirigido por Aristomenis Tsirbars. Livre, 85 min., dub.. l Matinê Anime Caxias | Sábado, 15h | Ordovás Entrada franca para quem quiser assistir à três filmes japoneses. O primeiro é Abenobashi Mahou Shouten Gai, que dois jovens se perdem em um mundo paralelo ao se mudarem para outra cidade. Depois, tem Gunslinger Girl, onde organização italiana transforma garotas órfãs em armas do governo. Para finalizar, é a vez de Kidou Senshi Gundam 00, filme daqueles com robôs gigantes, em que o assunto é um mundo onde a luz solar é a única fonte de energia. l Par Perfeito | Ação. 14h20,
16h30, 19h30 e 21h30 | Iguatemi Uma espécie de Sr. e Sra. Smith, mas sem espiões. Casal feliz é composto por marido matador de aluguel e esposa que nada sabe. Até que ele se torna alvo de golpe, onde as confusões e tiroteios começam. Dirigido por Robert Luketic. Com Ashton Kutcher e Katherine Heigl. 14 anos, 90 min., leg.. l Tudo pode dar certo | Comédia. Quinta (16) a domingo (26), 20h | Ordovás O novo filme de Woody Allen volta para Nova York, onde se passa a história de velho rabugento que se vê envolvido com uma jovem interessada nele. Espere aqueles diálogos clássicos de Allen, de humor provocativo e ágil. Dirigido por Woody Allen. Com Larry David. 12 anos, 92 min., leg.. AINDA EM CARTAZ – A Origem. Ação. 13h50 e 19h10. Iguatemi | Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore – 3D. Comédia. 15h40, 17h40 e 19h40. Iguatemi | Karatê Kid. Aventura. 13h40, 16h20 e 19h (dub.) e 21h40 (leg.). Iguatemi | Netto Perde sua Alma. Matinê às 3. Quinta (16), 15h. Ordovás | Nosso Lar. Drama. 14h10, 16h40, 19h20 e 21h50. Iguatemi | Os Mercenários. Ação. 16h50 e 22h. Iguatemi | Salt. Aventura. Segunda a sexta, 20h. Sábado e domingo, 19h. UCS | Shrek Para Sempre. Animação. Segunda a sábado, 16h40. Domingo, 14h e 16h. UCS. INGRESSOS - Iguatemi: Segunda e quarta-feira (exceto feriados): R$ 12
(inteira), R$ 10 (Movie Club Preferencial) e R$ 6 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira), R$ 12 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sêniors com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Sessão de Cinema AD tem entrada franca. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 39011316 | Sesc: Entrada franca. Moreira César, 2.462. 3221-5233.
teatro l Cursos de Teatro | De segunda (13) a 17 de dezembro | O centro cultural Sala de Ensaio oferece quatro cursos de teatro até o final do ano. Os professores são os atores Davi de Souza, Odelta Simonetti, Aline Tanaã Tavares (integrantes do grupo Médicos do Sorriso), Candice Valduga e Tefa Polidoro. Serão aceitos até 20 participantes por turma. Confi-
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ra as modalidades: Adulto Iniciante. De 13 de setembro a 13 de dezembro. Segundas-feiras, das 19h30 às 21h30 | Adolescente. De 14 de setembro a 14 de dezembro. Terças-feiras, das 15h às 17h | Adolescente Avançado. De 17 de setembro a 17 de dezembro. Sextas-feiras, das 15h às 17h | Infantil. De 15 de setembro a 15 de dezembro. Quartas-feiras, das 9h às 10h30. Sala de Ensaio R$ 110/mês (desconto de R$ 10 para pagamentos efetuados até dia 10 de cada mês) | Júlio de Castilhos, 1.526, sala 2 | 3221.0261 ou 3028.0261 l Homens de Perto 2 | Sábado, 20h30 | Os três mesmo de sempre – Oscar Simch, Rogério Beretta, Zé Victor Castiel – com piadinhas diferentes. Desta vez eles deixam à mostra seu lado feminino, com o usual deboche. Teatro São Carlos R$ 50 (na hora), R$ 35 (antecipado) e R$ 25 (estudante e sênior) | Feijó Júnior, 778, 2º andar | 3221.6387 l Show de Improvisos | Sábado, 20h | Atração constante, vá lá e veja o que a gurizada pode fazer com assuntos improvisados do Grupo InPeça. Casa de Teatro R$ 20 (público em geral) e R$ 10 (antecipado, estudante e sênior) | Olavo Bilac, 300 (esquina Regente Feijó) | 32213130 e 3027-3102
OFICINA
EXPOSIÇÕES AINDA EM EXPOSIÇÃO – | Amor à Primeira Vista. De segunda a sexta, das 8h às 22h. Hall Inferior – Campus 8. 3289-9000 | Blues Jazz Dance. De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 19h. Domingos, das 9h às 15h. Galeria Arte Quadros. 3028-7896 | Mostra Mutirão 30 Anos – Te Encontro Lá. Das 10h às 22h. Praça de Eventos – Iguatemi. 3289-9292 | O Beijo. De segunda a domingo, das 8h às 20h. Jardim de Inverno – Sesc. 32215233 | Trajetórias de uma percepção. Segunda a sábado, das 10h às 19h30, e domingos, das 16h às 19h. Catna Café. 3212-7348 e 3021-7348.
LITERATURA l Livro-Livre | Das 15h30 às 20h30 | Troca de livros tem ênfase na literatura regionalista, comemorando o Dia do Gaúcho – e aniversário da Revolução Farroupilha –, em 20 de setembro. Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316
TRADICIONALISMO l Semana Farroupilha | Até Segunda (20) | Sábado (11): Mano Lima. 21h30 | Volmir Martins e Grupo Bem Gaúcho. 23h | Domingo (12): Classi-
ficatória para o 3º Festival César Passarinho, 15h | Lisandro Amaral, 19h | Segunda (13): Lúcio Yanel, 21h | Terça (14): Maiquinho do Acordeon, 20h | Walther Morais, 21h | Quarta (15): Shana Müller, 22h | Quinta (16): Os Campeiros, 20h | Luiz Marenco, 22h | Sexta (17): Robson Boeira, 20h | Luciano Maia e Quarteto Rio-grandense,22h30 | Grupo Reação Fandangueira, 23h Pavilhões da Festa da Uva Entrada 1 kg de alimento não perecível, estacionamento R$ 5 | Ludovico Cavinatto, 1431, Nossa Senhora da Saúde
MÚSICA l Anaxes | Sábado, 23h | A banda de progmetal apresenta seu primeiro CD de um jeito mais informal, já que foi lançado recentemente em show na Casa da Cultura. Participação especial no álbum, a cantora Patrícia Vianna também estará dividindo o palco com a banda. A abertura é da Metallica Cover. Vagão Bar R$ 15 (na hora) e R$ 12 (com nome na lista e até meia-noite) | Coronel Flores, 789 | 3223-0007 l Por onde andará Júlia Matos? | Sábado, 23h | Festa capitaneada por Marian Martins e Raulino Prezzi, este último também responsável pelo som, juntamento com DJ Jorgeeeeenho e seu pai, DJ Jorge Rocha Neto. Balada restrita para 200 pessoas, a festa é temática: anos 80 e época de ouro da discoteca. Curinga Bar R$ 20 (antecipado) e R$ 25 (na hora) | Os 18 do Forte, 2.177 | 3214.3421 l Gravaêh! | Inscrições até 13 de setembro | Um ônibus que percorre o Estado
levando a possibilidade de gravar um CD de músicas próprias é o que faz o projeto Gravaêh! da Ong Cirandar, de Porto Alegre. Até 13 de setembro é possível se inscrever no projeto. As bandas ou músicos selecionados poderão gravar no ônibus equipado quando o automóvel/estúdio estacionar em Caxias do Sul, no final do mês. Inscrições www.cirandar.org.br/gravaeh/ TAMBÉM TOCANDO - Sábado: Adriano Pasqual. Pop. 23h. La Boom Snooker. 3221-6364 | Dicesar – Dimmy Kieer. Eletrônico. 23h. Studio 54 Mix. 9104-3160 | Dinamite Joe. Pop rock. 23h. Portal Bowling. 32205758 | Festa Latina. Eletrônico/latino. Pepsi Club. 3419-0900 | Fabiano Mittidierri. Blues. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Libertá. Nativista. 22h30. Libertá Danceteria. 3222-2002 | Luana Pacheco. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Magnitude. Pagode. 23h. Move. 3214-1805 | Projeto CCOMA e DJ Fran Bortolossi. Eletrônico. 23h. Havana. 3224-6619 | Seresteiros do Luar. Choro e bossa nova. 21h30. Zarabatana Café. 3228-9046 | Velho Hippie e Pindorália. Rock. Santo Graal. 3221-1873 | Domingo: DJ Cédrik Damábiah. Eletrônico. 21h30. Zarabatana Café. 3228-9046 | Terça (14): Prego Torto. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Quarta (15): Rafa Gubert e Tita Sachet. Blues 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Quinta (16): Rodrigo Pehl e Rafael. Sertanejo universitário. 23h. Portal Bowling. 32205758 | The Headcutters. Blues. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Ton e Trio. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Sexta (17): Fullgas. Pop rock. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Gustavo Reis. Pop rock. 22h. Bier Haus. 32216769 | The Headcutters. Blues. 22h30. Mississippi. 3028-6149 | Velho Hippie. Rock. 21h30. Zarabatana Café. 3228-9046. Maicon Damasceno, Divulgação/O Caxiense
l Batendo Lata | Inscrições até sexta (17) | O objetivo é proporcionar que crianças e adolescentes entrem em contato com o ritmo da percussão, por meio da sonoridade das latas. Os encontros
devem começar em outubro, em data a ser definida. A duração será de três meses. Inscrições gratuitas no Departamento de Arte e Cultura Popular, com Emanuela ou Adriana. Secretaria Municipal de Cultura Augusto Pestana, 50 | 3901-1388 e 3901-1386, nos ramais 221 ou 216
No sábado, a banda Anáxes (foto) lança seu CD no Vagão, com abertura de Metallica Cover
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Guia do Caxias em Cena
por Cíntia Hecher | editado por Paula Sperb
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Com palmas, sons de boca e sapateado, os paulistas do grupo Barbatuques fazem percussão no espetáculo cênico-musical O Corpo do Som
MÚSICA l Daniel Drexler | Sábado, 20h30 | O cantor uruguaio, irmão do celebrado Jorge Drexler, realiza show de pop latino com influências regionalistas e folclóricas, como da milonga. O show terá 18 músicas, com destaque aos CDs mais recentes do músico, Vacío e Micromundo, este último intitulando também a apresentação. O baterista e percussionista Javier Cardelino Mendez o acompanha. Teatro Municipal R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697 l Orquestra Municipal de Sopros de Caxias do Sul | Domingo, 20h | Concerto especial chamado Ritmos Hermanos, onde as estrelas são canções de tango, bolero e milonga. Tudo para aproximar o caxiense de sua latinidad. Com regência do Maestro Gilberto Salvagni, o espetáculo tem roteiro de Nivaldo Pereira. Participação especial da Tango's Show, com Carlittos Magallanes na voz e no bandonéom, Patricia Magallanes na voz, Dúnia Elias no piano, Guaracy Guimarães no contrabaixo acústico e com os bailarinos Roxane Camargo e Rafael Bittencourt. Teatro São Carlos Entrada franca | Feijó Júnior, 778, 2º andar | 3221.6387 l Barbatuques | Quinta (16), 21h15 | Palmas, sapateados e estalos na boca fazem percussão no espetáculo paulista O Corpo do Som. As improvisações interagem com a plateia e com o imaginário musical. Teatro Municipal
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R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697
TEATRO l Rubros: Vestido – Bandeira – Batom | Domingo, 21h15 | O grupo mineiro Companhia Bárbara apresenta um encontro entre duas amigas, que se repete ao longo dos anos. O universo feminino buscando identificação com a plateia é a chave desta peça, que ganhou o prêmio Usiminas-Sinparc 2008 de melhor atriz coadjuvante e melhor texto. A classificação é 14 anos. Teatro Municipal R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697 l Hamelin | Segunda (13), 20h30 | Espetáculo carioca escrito pelo dramaturgo espanhol Juan Mayorga tem como chamariz a presença do global Vladimir Brichta. Ele representa um juiz que se perde entre o bem e o mal na hora de provar que um membro importante da sociedade abusou sexualmente de uma criança. Os atores também questionam e comentam as cenas com o público. A referência do título é o conto dos irmãos Grimm, O Flautista de Hamelin, onde o personagem-título encantava os ratos que infestavam uma cidade com o som de sua flauta e os fez afogarem-se em um rio. Classificação 16 anos. Teatro Municipal R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697 l O Cantil | Terça (14), 20h | Os cearenses do Teatro Máquina prometem inovar com sua apresentação do tradicional teatro de bonecos japonês, chamado bunraku. A singu-
laridade fica no detalhe: atores, cobertos por panos e vendas, é que são manipulados. A origem do texto é de A exceção e a regra, escrito por Bertold Brecht, que lida com a dicotomia explorador/explorado. Sesc R$ 10 | Moreira César, 2.462 | 3221-5233
tema da traição sempre recorrente em sua obra. Sesc R$ 10 | Moreira César, 2.462 | 32215233
l Cancionero Rojo | Terça (14), 21h15 | Portenhos mostram a história da humanidade, apresentada não por filósofos ou historiadores, mas por dois palhaços. Utilizando a técnica clown, eles realizam essa viagem no palco em busca de explicações sobre a atualidade. Teatro Municipal R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697
A dupla passa longe da comédia nesta peça existencialista com texto de Paul Auster e prêmio Açorianos 2008 de melhor ator para Heinz Limaverde. Eles têm uma função estipulada e são vigiados o tempo todo enquanto constroem um muro com 18 pedras. Só para maiores de 14 anos. Sesc R$ 10 | Moreira César, 2.462 | 3221-5233
l Gaiola de Moscas | Quarta (15), 20h | Comédia do Grupo Peleja, com gente de Recife (PE) e Campinas (SP), conta história de Zuzé Bisgate, vendedor de cuspes e moscas para funerais e sua mulher, Armantinha, que se encanta por um forasteiro. Músicas ao vivo marcam o espetáculo, baseado na brincadeira do Cavalo Marinho, popular na Zona da Mata Norte de Pernambuco, e no conto Gaiola de Moscas, de Mia Couto. Teatro Municipal R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697 l A Mulher Sem Pecado | Quarta (15), 21h15 | Os caxienses do Espaço Multicultural trazem um drama adulto onde um homem ciumento, preso por sua paralisia, desconfia que sua esposa o trai. Ele, então, tenta controlar sua esposa, com a ajuda de outras pessoas que partilham dessa desconfiança. O texto é de Nelson Rodrigues, com o
l O Gordo e O Magro Vão Para o Céu | Quinta (16), 20h |
l Cidade dos Outros | Sexta (17), 20h | A Cia Pessoal de Teatro, de Cuiabá, apresenta espetáculo com inspiração no teatro de Beckett. A espera é a ação da peça, onde duas pessoas sonham em ganhar um prêmio milionário e imaginam o que fazer com o dinheiro caso ganhem. Classificação: 14 anos. Teatro Municipal R$ 10 | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697 l Isadora Duncan – A Revolução da Dança | Sexta (17), 21h15 | Quem tem mais de 12 anos pode apreciar a peça, baseada na autobiografia da bailarina Isadora Duncan. É contada em primeira pessoa a história da artista, com quem passou por sua vida e o que marcou sua trajetória de revolução e tragédia. Quem apresenta é a Cia Internacional de Teatro de Repertório Arte Livre, da Galícia, na Espanha. Teatro São Carlos R$ 10 | Feijó Júnior, 778, 2º andar | 3221.6387
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BATENDO À PORTA por Nadilce Beatriz
Não sei se o mundo sempre foi assim, apressado, organizado e extasiado. Para mim, que cheguei sem pressa, vi tudo em controvérsia... Ainda duvido que cheguei. Estou carregando a bagagem que ainda não me foi entregue, e pode ser bobagem, mas é o destino quem me segue. Minha pátria pode ser o abrigo de um guarda-chuva, e mesmo que eu perca a ajuda, ainda acudirei ao que pede. Há um solstício em meu derradeiro encontro com a vida, Onde só vejo uma saída, Ou vão-me os indícios, Ou finca-me a eternidade sem despedida. Vou bater à porta onde sonhei ouvir uma cantiga de ninar, apesar desta idéia morta, creio ler meu nome escrito em algum verso ainda não dito. Se houverem janelas, todas elas serão exílios, conterão grandes segredos em seus caixilhos. Queridos ser-me-ão todos os corações indeferidos e, não sendo definidos seus propósitos, lacrarei em orações este portão desmedido. Parece-me uma retorta indômita este usufruir de códigos ingratos, Onde só encontro hiatos. Toda vez que bato à porta, repercutem-me as parábolas dos guardiões abstratos.
Mascos Clasen
| Beijo 11 e Beijo 4 | Participe | Envie para artes@ocaxiense.com.br o seu conto ou crônica (no máximo 4 mil caracteres), poesia (máximo 50 linhas) ou obra de artes plásticas (arquivo em JPG ou TIF, em alta resolução). Os melhores trabalhos serão publicados aqui.
Na exposição O Beijo, Marcos Clasen divide o espaço do Jardim de Inverno do Sesc com Giovana Mazzochi (Veja Guia de Cultura, página 16). Giovana exibe uma vídeoarte sobre o beijo romântico. Nas telas, Clasen mostra o beijo do instinto. Em O Beijo, vídeo e óleo sobre tela se complementam como o romance e o desejo. Feitos um para o outro.
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A fé e a bola
Confundir de leve português e espanhol não impede que Palacios queira mais do que tudo fazer um bom jogo no Estádio Índio Condá
Palacios,
o profeta O
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por Marcelo Mugnol marcelo.mugnol@ocaxiense.com.br
silêncio. No final da tarde de quintafeira, o sol alaranjado acomodava-se nas costas do estádio Centenário. A quietude imperava. No gramado do Centro de Treinamento da Baixada Rubra, os jogadores do Caxias não atendiam às orientações de Julinho Camargo. O treino físico, seguido de algumas cobranças de falta, parecia devolver a eles a tranquilidade. Talvez aparente, é bem verdade, porque no domingo é dia de mais uma decisão. Mais uma guerra contra um outro alviverde. Mais um no meio do caminho grená. Esse clube, apelidado de Verdão, tem surpreendido e já chegou mais longe do que muita gente imaginava. E eles ainda querem mais. Lá em Chapecó, andam propagando um desafio. A diretoria quer o estádio Índio Condá lotado. A Chapecoense é vice-líder da Chave D da Série C. Só que a partida contra o Caxias é a última que o clube disputa. Os demais clubes (Juventude, Brasil de Pelotas, Criciúma e Caxias) ainda terão mais uma rodada para lutar por classificação ou não cair pra a Série D. Aliás, de todas as incertezas que rondam essa Chave só há uma certeza: um time gaúcho vai cair para a Série D. E pode ser qualquer um dos três (Juventude, Brasil de Pelotas ou Caxias). Como o alviverde da Serra folga nesta rodada precisa secar grenás e xavantes. Pelo menos um deles precisa perder seu jogo. Aí sim, o Juventude terá ainda uma última chance de se manter vivo. E essa sobrevida para o Juventude pode ser disputar a Série C em 2011. Depois de tantas rodadas da primeira fase da Série C é praticamente impossível (e quem sabe até inviável) surpreender alguma equipe. A menos que saia de cartola de algum dos treinado-
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res um coelho ricochete. No Centenário tem gente que sente calafrios só de lembrar de uma certa partida em que um certo treinador resolveu inventar uma arapuca. De tão bem armada, o time grená caiu na própria armadilha. Passado revisto, e nunca desprezado, sempre nos ensina alguma coisa. Desde que se tenha humildade em reconhecer os erros, refletir e mudar. O Juventude mudou no meio do caminho. E melou a boa fase grená. Se não se salvou ainda, o alviverde pode, quem sabe, sair no lucro este ano por ter derrubado o trenzinho do Caxias. Mesmo assim, o time grená ainda depende só dele. De mais ninguém. E esse parece ser o trunfo grená e a salvaguarda do torcedor. Mas é bom lembrar que o Caxias seguirá independente nesta primeira fase, desde que não perca em Chapecó. Um empate vai deixar o Caxias na obrigação ao cubo de vencer em casa, na última rodada, no jogo contra o Brasil de Pelotas. Mas empatar em Chapecó não será o fim dos tempos. Na tarde da mesma quinta-feira do sol alaranjado, da mesma (estranha) quietude que parece disfarçar uma tensão no ar, o centroavante colombiano Palacios, revelou-se um profeta. Há quem duvide, mas alguns, como o capitão Marcelo Costa, acreditam em Deus. Palacios treinava normalmente na manhã de quinta-feira quando sentiu uma fisgada na panturrilha esquerda. Acometido de muita dor, caiu. E com a dor, o medo. Palacios revelaria, na tarde da mesma quinta-feira, que temia ficar de fora da partida contra a Chapecoense. “Disse pro Itaqui que era a primeira vez na minha vida que senti uma coisa forte dentro de mim dizendo que eu não queria ficar fora desse jogo.” Palacios é um homem calado. E
O centroavante colombiano tem um pressentimento e avisa que a partida de domingo vai ser especial
mesmo quando provocado a falar diz o essencial. À vezes para e pensa antes de responder, mas seu olhar nunca é fugidio. Demora um pouco ainda para processar a tradução simultânea do português para o espanhol ou vice versa. Havia quem duvidasse desse esguio centroavante que aparenta ser desligado e contemplativo. Fosse desligado e contemplativo não teria infernizado a defesa do Juventude. Seja no primeiro CA-JU, no Alfredo Jaconi, quando nos últimos segundos de partida cabeceou sozinho e já partia pra galera quando viu o zagueiro alviverde operar um milagre. Ou ainda no histórico CA-JU, no Centenário, quando Palacios incendiou o torcedor grená fuzilando duas vezes contra a meta esmeraldina. Esse mesmo homem silencioso, com pinta e fala de profeta, diz que na sua modesta visão, o Caxias jogou as duas melhores partidas desta Série C fora de casa. A primeira, contra o Brasil de Pelotas, a segunda, em Criciúma. Infelizmente, nos dois jogos o Caxias ia beliscando um empate, mas acabou perdendo no finalzinho. Só que em Chapecó, se depender de um estranho pressentimento de Palacios, as coisas podem ser bem diferentes. “Eu não sei explicar...”, divaga o centroavante, sem perder o foco. “Eu nunca senti algo assim, de não querer ficar de fora de uma partida. Acho que fiquei mais assustado do que precisava com a dor que senti pela manhã, com medo que fosse uma lesão grave. Poucas horas depois já não sinto mais aquela dor, praticamente não sinto mais nada”, revelara Palacios, na tarde da mesma quinta-feira em que havia sentido a tal fisgada na panturrilha. Depois de alguns exames, nada foi detectado. Descartada uma lesão mais grave, Palacios fica disponível para Julinho Camargo. “Sinto que vai ser um
jogo especial...”, diz o centroavante, com uma postura de profeta e um sorriso largo. Quem sabe não venha dos pés de Marcelo Costa o passe para Palacios estufar as redes do Verdão que late mais do que morde. Mas é só um palpite. Até por que do outro lado terá uma equipe fardada de verde lutando por uma vida mais digna em 2011, assim como o Caxias. Ivan Soares, auxiliar de Julinho Camargo, é o homem que filtra todas as informações do adversário e entrega para o treinador. “A Chapecoense joga muito parecido com o time do Criciúma. Mas é um time menos técnico, de mais força. O ataque deles é muito veloz. Nossa maior preocupação é o atacante Valdson”, explica. Domingo, as peças (e apostas) estarão à mesa. O torcedor grená que não puder ir a Chapecó vai grudar o ouvido no rádio. Um aviso aos cardíacos: espere o final da partida para ler o resultado no site d’O Caxiense. Porque esse jogo promete. Mas o profeta Palacios revela um outro ingrediente que pode ajudar ainda mais o Caxias lá em Chapecó: “A gente sabe que vai ser o jogo do ano para eles, mas além da pressão da torcida, vai ter a pressão do nosso time em cima deles...”. Esse é o centroavante que, assim como os demais jogadores do Caxias, respeita o adversário, mas nem por isso guarda só pra si a confiança que colheu não apenas no CA-JU. Como ele mesmo diz: “O que ajuda um jogador a mostrar o seu futebol, a crescer e evoluir, é a sequencia de jogos”. Palacios pode ser um homem silencioso, mas quando gosta do assunto, não para mais. A torcida espera que seja assim também com a bola nos pés. Palacios já fez dois gols e poderia muito bem perder a timidez de seguir estufando as redes. Que assim seja.
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André T. Susin/O Caxiense
Esperança contra o rebaixamento
Zagueiro e volante, Fred foi o primeiro contratado pela direção do Juventude para a temporada 2010. Contra a Chapecoense, marcou o primeiro gol da vitória por 2 a 1
FRED JÁ SE REDIMIU.
AGORA, FALTA O JU Vaiado no Gauchão, zagueiro deu a volta por cima e espera que os resultados paralelos ajudem o Juventude a chegar na última rodada ainda com chances de ficar na Série C
E
por FABIANO PROVIN fabiano.provin@ocaxiense.com.br le foi o primeiro jogador a ser contratado pela direção do Juventude para integrar o time que disputou o Gauchão no início deste ano. O zagueiro Fred, que desde criança gosta de futebol – afinal, tinha inspiração em casa, pois o pai era goleiro –, foi alvo de constantes vaias e críticas no primeiro semestre. A papada não perdoou. E Fred não baixou a cabeça. Continuou trabalhando. Resultado: amadureceu, cresceu profissionalmente. Na vitória contra a Chapecoense por 2 a 1, saiu aplaudido de campo – marcou o primeiro gol, de falta. Fred ficou contente, mas a expressão de preocupação não sai do rosto. Ele sabe que a situação do Juventude é crítica. O time depende de resultados paralelos neste final de semana para continuar com chances de, vencendo na última rodada, permanecer na Série C em 2011. Fred acompanhará atento as partidas deste domingo: Brasil x Criciúma, em Pelotas, e Chapecoense x Caxias, em Chapecó, ambas às 16h. E torcerá por tropeços de Caxias e Brasil, ambos com 8 pontos. Os catarinenses lideram o Grupo D, com 10 pontos cada. O Verdão continua em último, com 7 pontos. O zagueiro – e toda a nação esmeraldina – fará as contas a cada mudança no placar. Como está de folga, o Juventude, que finaliza sua participação no dia 19, contra o Criciúma, em Santa Catarina, precisa que a Chapecoense vença ou empate com o Caxias, e
que o Criciúma ganhe do Brasil. Caso Caxias e Brasil vençam seus jogos, o alviverde estará rebaixado para a Série D e apenas cumprirá tabela na última rodada. Se tudo der certo – o Tigre seria o primeiro do grupo e estaria classificado, descompromissado –, o alviverde só precisaria vencer em Criciúma e, dessa forma, passaria os outros gaúchos, independentemente do resultado da partida entre grenás e xavantes no Estádio Centenário na última rodada. Fred admite que é muito difícil depender de resultados paralelos. Mas as dificuldades, pelo menos dentro do Estádio Alfredo Jaconi, sempre o acompanharam. No dia 30 de dezembro de 2009, Frederico Burgel Xavier foi o primeiro do ciclo de contratações para a montagem do time que ficou em 13º lugar entre 16 participantes do Gauchão. “As vaias me fizeram amadurecer bastante. Convivi com elas. Fiquei chateado, claro. Entendo que o torcedor sempre quer o melhor para o seu time”, conta Fred, 24 anos. Nascido em Novo Hamburgo, ele foi morar com a família em Lajeado, no Vale do Taquari, aos oito anos. E foi no Novo Hamburgo que começou a jogar bola, na categoria juvenil (sub-17), em 2003. No mesmo ano passou pelos juniores do Fluminense e, depois, foi para o Inter (2004/2006). Do Colorado foi vendido para o Standard Liège, da Bélgica, onde ficou dois anos. No ano passado atuou no Dender, outra equipe da primeira divisão belga. Para superar a má fase, além do trei-
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namento sério e das conversas com integrantes da comissão técnica e direção, Fred buscou o apoio da família. Como Lajeado fica a apenas 110 quilômetros de Caxias, sempre que pode ele desce a Serra para ver os pais e os irmãos. “Além disso, minha namorada, que mora comigo em Caxias, é de Lajeado. Sempre sonhei ser jogador de futebol, e minha família me apoiou muito nesse sentido. Meu pai me disse que o Fred do Gauchão não era aquele que ele conhecia. Estava certo”, pondera o jogador. Julio Cesar Xavier, pai de Fred, hoje tem uma revenda de automóveis, mas já foi goleiro, treinador e preparador de goleiros. “Converso muito com ele”, diz o zagueiro, que também joga como volante e – imaginem – tentou começar a carreira na profissão do pai. Nos rachões realizados no Jaconi, Fred sempre pega as luvas de Jonatas, Carlão ou Follmann e vai para o gol. A volta por cima de Fred também contou com a confiança da direção. Ao término do Estadual, 13 jogadores não tiveram seus contratos renovados. Fred esteve entre os 18 que se reapresentaram em 26 de abril, data em que os trabalhos visando à disputa da Série C se iniciaram. Depois da partida contra a Chapecoense, no dia 5, o vice de futebol, Juarez Ártico, aliviado com a primeira vitória na competição, disse que Fred é “um bom jogador, e por isso foi contratado”. Naquela partida o zagueiro foi substituído por ter torcido o tornozelo no segundo tempo. “Tranquei o pé no chão e pensei que
tinha sido pior. Ainda bem que não foi nada grave”, disse Fred após o treino da manhã do feriado de 7 de setembro. O presidente do Ju, Milton Scola, também apostou no jogador. Consciente de que o alviverde corre o risco de ser rebaixado neste final de semana, mesmo sem jogar, o dirigente conta que o astral melhorou muito após a vitória, “como era de se esperar”. “Isso (a falta de vitórias) não só dificultou o trabalho do Osmar Loss como nos tirou qualquer possibilidade de classificação. A derrota diante do Brasil, em casa, mesmo com a troca de treinador, ocorreu diante de uma grande pressão”, constata o presidente. Para ele, o grupo tem qualidade. “Isso é evidente: bons goleiros, bons zagueiros, bons laterais, bons volantes, meias de qualidade; e, se os atacantes ainda não confirmaram, em outras equipes mostraram muita qualidade, e vão mostrar aqui no futuro, não tenho dúvida.” Scola não acredita que Brasil e Caxias vençam seus jogos – o que rebaixaria o Ju. Mas está preparado. “Caso o pior aconteça, vamos continuar um trabalho que começamos visando a construir um time para o futuro e que, a curto prazo, não alcançou o resultado esperado. A competição é de tiro curto, e não permite erros como os que cometemos”, analisa. Para Scola, a sorte poderia ter ajudado em algumas partidas. “Talvez o Loss estivesse classificado. Mas é o Beto Almeida quem treina o time e é com ele que nós vamos vencer em Criciúma”, acredita. Com Beto e com Fred, presidente.
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Guia de Esportes
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por José Eduardo Coutelle
Caxias precisa de dedicação em dobro para desempenho na Série C e na Copa Enio Costamilan; gurias do handebol da UCS precisam de mais pontos para ir para final da Liga
FUTEBOL l Chapecoense x Caxias | Domingo, 16h | A derrota nos minutos finais para o Criciúma na última rodada esfriou as expectativas da classificação antecipada para a fase seguinte e embolou o grupo mais equilibrado da série C. Com isso, a vitória sobre a Chapecoense se torna mais imprescindível do que nunca para o Caxias galgar posições e afastar-se do temível rebaixamento. Com as suspensões de Alisson e Marcos Rogério, o técnico Julinho Camargo tem um novo desafio: manter o esquema 4-4-2 ou jogar com três zagueiros. Se a segunda hipótese se confirmar, o técnico grená deve entrar em campo com: Fernando Wellington; Neto, Anderson Bill e Cláudio Luiz; Edu Silva, Renan, Itaqui, Edenilson e Marcelo Costa no meio campo; Aloísio e Palacios no ataque. Caso o treinador mantenha as duas linhas de quatro, a opção seria improvisar Marcelo Oliveira na lateral esquerda e o zagueiro Neto permaneceria no banco de reservas. Estádio Índio Condá Ingressos: R$ 30 e R$ 15 para estudantes e pessoas acima de 60 anos | Cleve-
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O Caxiense
11 a 17 de setembro de 2010
lândia, Centro, Chapecó (SC) l Futebol Sete Série B | Sábado, a partir das 11h45 | As equipes Sulbras e Romamar, já classificadas com seis pontos cada uma, se enfrentam em um jogo que deve definir apenas quem será o primeiro colocado da chave 11. No grupo 12 esta rodada é decisiva para três das quatro equipes. A líder Eaton joga contra a Caster Tech, que perdeu as duas primeiras rodadas, e inclusive levou uma goleada de 7 a 2 para a AP Demore. Esta, enfrenta a equipe Dambroz, que com um ponto a menos que a adversária deve realizar o jogo da sua vida. Centro Esportivo do Sesi Entrada gratuita | Cyro de Lavra Pinto, s/nº, Nossa Senhora de Fátima l Caxias x Lajeadense | Quarta, 15h | A equipe grená segue líder isolada da chave 2 na Copa Enio Costamilan com oito pontos. O próximo adversário é o Lajeadense que ocupa atualmente a terceira posição no grupo. Com 1 vitória e 3 empates, a equipe de Lajeado não conseguiu abrir o placar em seu último jogo contro o Novo Hamburgo, e o escore não saiu do 0 a 0.
Estádio Francisco Stedile Entrada gratuita | Thomas Beltrão de Queiroz, 898, Marechal Floriano
FUTSAL l 8ª Copa Ipam de Futsal Feminino | Sábado, 19h, 20h, 21h e domingo, 9h, 10h e 11h | ACBF já classificada com 100% de aproveitamento enfrenta o União Flores da Cunha, que já deu adeus ao campeonato. A Escola Santa Catarina, líder da chave E, entra em quadra contra as meninas do Real Madames que precisam vencer para garantir a vaga. Enxutão Entrada gratuita | Luiz Covolan, 1.560, Santa Catarina
HANDEBOL l Liga Nacional 2010 | Sábado, 19h | Neste final de semana as meninas da Luna/UCS retornam às quadras em casa em busca de uma vitória. Dessa vez, a missão é vencer a equipe Metodista/São Bernardo, a atual campeã da Liga. No último jogo, na quinta-feira passada, as meninas do Luna ganharam fácil da equipe do Santo André
por 27 x 19, e subiram uma posição na tabela. Com o resultado positivo, o time caxiense ocupa a quinta posição. Vale lembrar que a equipe treinada por Gabriel Citton precisa somar novos pontos para ficar entre as quatro primeiras equipes que se classificam para a fase final. Ginásio Poliesportivo da UCS Entrada gratuita | Francisco Getúlio Vargas, s/n
ATLETISMO l Jogos Abertos de Atletismo | Sábado, das 8h às 9h30 | Já no período da Grécia Antiga, o atletismo foi o primeiro esporte de competição que distinguia os vencedores dos demais, considerados heróis e agraciados com coroas de louro. Neste sábado, cerca de 200 competidores irão reviver este espírito de disputa e irão conhecer os seus limites. Nas categorias de base – meninos e meninas de 12 a 17 anos – e adulta – acima de 18 anos – os atletas irão correr, saltar e arremessar pesos em busca da glória, troféus e medalhas. Centro Esportivo do Sesi Entrada gratuita | Cyro de Lavra Pinto, s/nº, Nossa Senhora de Fátima
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br
Há quem duvide da possibilidade do San Pelegrino Shopping Mall ser inaugurado em 30 de setembro. A três semanas da anunciada abertura, o empreendimento ainda não possui Habitese da Secretaria de Urbanismo. E as mais de 250 lojas não têm alvará de funcionamento. É preciso concluir a obra para solicitar o documento.
A nova defesa
É como vender o carro para pagar o almoço Candidato do PMDB ao Palácio Piratini, José Fogaça, ao condenar a utilização, pelo governo do Estado, do fundo previdenciário e de recursos do Banco Mundial para realizar obras Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense
Sem alvará
Apoio oficial
Autores na praça
A Feira do Livro deste ano terá muitas celebridades das letras nacionais. O contista titã Tony Belotto confirmou presença (mas sem a companhia de Malu Mader). O jornalista e historiador Laurentino Gomes vem lançar na Praça Dante o best-seller instantâneo 1822 – Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar certo, que desembarcou nas livrarias esta semana. Outro nome confirmado: Guilherme Fiúza. O autor de Meu nome não é Johnny, colunista da revista Época, falará sobre a biografia Bussunda, a vida do casseta.
Desembargador
Há muito as chamadas forças vivas da cidade não se mobilizavam com tamanha determinação junto ao governo do Estado. Mas essa mobilização foi suficiente para que a governadora Yeda Crusius nomeasse, enfim, o advogado caxiense Roberto Sbravati desembargador do Tribunal de Justiça do RS. Ele foi escolhido a partir da lista tríplice entregue pelo tribunal, composta, por sua vez, com base na lista sêxtupla eleita pela OAB. É um caso de pessoa certa no lugar certo.
Em tempo
De José Fogaça, retomando uma linha que defende mudanças responsáveis e agregadoras no governo do Estado: “Democracia não é uma questão de lado, é uma questão de modo como se conduz as coisas”.
Extensão da base
Vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT) estava em campanha à reeleição em Caxias do Sul esta semana. Sempre acompanhado do ex-vereador petista Guiovane Maria.
Tudo pelo Marrecas
O Samae anunciou esta semana o início das detonações para a construção da barragem do Sistema Marrecas. É mais uma etapa para a realização da obra que promete ser um marco da administração Sartori. Antes disso, em três frentes distintas (instalação das adutoras, da estação de tratamento e da barragem propriamente dita), houve a apresentação do projeto, a abertura da licitação, o resultado dela, a assinatura do contrato, a cerimônia de início das obras, a apresentação dos canos na Praça Dante Alighieri, a assinatura do financiamen-
to e, enfim, a primeira detonação. Tudo devidamente registrado, anunciado e protocolado. E depois tem gente achando que a prefeitura não faz marketing. A prefeitura pode não fazer; o Samae faz. A primeira detonação na área onde será construída a barragem do Sistema Marrecas foi acompanhada pelo prefeito José Ivo Sartori, pelo diretor-presidente do Samae, Marcus Vinicius Caberlon, e pelo diretor da divisão de recursos hídricos, Gerson Panarotto, responsável pela obra.
Mais um
A atual diretoria da CIC vai se notabilizar por trazer a Caxias o maior número de ministros de Estado para as reuniões-almoço da entidade empresarial. Depois dos titulares das pastas de Esportes, Transportes e Cultura (além do
presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e da ex-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff), será a vez do ministro da Educação, Fernando Haddad. Educação de qualidade: balanço e perspectivas será o tema dele no encontro desta segunda-feira (13).
Questionários
A Visate fez uma pesquisa esta semana sobre o grau de satisfação do usuário do transporte coletivo da cidade. Não é a primeira vez que a concessionária realiza esse trabalho, que pretende sinalizar ações para melhoria do serviço. O questionário teve 35 perguntas
– sobre atendimento de motoristas e cobradores até reivindicações de passageiros. O resultado será divulgado ainda este mês. Por sinal, a UCS concluiu o trabalho de consultas sobre o trem regional. Os dados vão ser enviados agora para a UFSC, contratada para tabulá-los.
Faça-se a luz
O dado é do Procon caxiense: aumentou 600% (!) o número de reclamações contra a Rio Grande Energia (RGE) – por conta de medições de contadores, digamos, malfeitas. Ainda assim a empresa nega-se a fazer a luz – ou prestar informações a respeito dos erros. Promete pronunciar-se “em ocasião oportuna”: na audiência pública que deverá ser realizada pela Câmara de Vereadores na próxima quinta-feira (16).
Padrão 14
Um médico que prestou concurso para trabalhar no Município não pertence a uma categoria isolada. É um funcionário público regido pelo Estatuto do Servidor. Essa é a maior dificuldade encontrada pelo governo para tentar atender às reivindicações dos médicos da rede municipal de saúde. Como afirma o secretário Edson Mano, dos Recursos Humanos e Logística, para mudar a faixa salarial é necessário reinventar as faixas do próprio estatuto. Caso contrário, qualquer funcionário padrão 14 (como os médicos do Sistema Único de Saúde) teria direito a receber um salário mensal de R$ 8 mil. Isso se a reivindicação do sindicato da categoria fosse atendida, é claro.
Enfim, acordo
Parece que agora vai. Depois de muito desgaste, de ambas as partes, chegaram a bom termo as negociações entre governo municipal e Sindicato dos Servidores. Mas a assembleia da categoria, marcada para o dia 27, é que terá o poder de decidir se os 2,8% propostos pela prefeitura serão aprovados. De acordo com a proposta, a correção trimestral da inflação, privilégio do funcionalismo caxiense, permanecerá. Julio Soares, Divulgação/O Caxiense
Sete emendas foram apresentadas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. Três são de autoria da vereadora petista Denise Pessoa e duas de Ana Corso, também do PT. Outra é da Mesa Diretora da Câmara. O desconhecido Instituto Fonte de Apoio encaminhou a sétima emenda. Com o argumento de realizar um trabalho de assistência a detentos, excluídos ou pessoas em situação de risco, o instituto quer da prefeitura um repasse mensal de R$ 18 mil.
Na qualidade de chefe do novo Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, o general José Carlos De Nardi – “caxiense” nascido em Farroupilha – tem sob seu comando direto 453 pessoas, incluindo aí almirantes, brigadeiros do ar e outros generais. Esse contingente cuidará das fronteiras, ações rápidas e decisões estratégicas da Defesa brasileira.
Pelo centro
Ponderado, firme, coerente. Esses foram alguns dos adjetivos utilizados por empresários ao avaliarem a participação do candidato José Fogaça (PMDB), quinta-feira (9), na CIC. Talvez por influência das declarações do presidente estadual peemedebista, Pedro Simon, favorável à candidata Dilma Rousseff, Fogaça foi muito mais enfático nas críticas ao atual governo do Estado do que à União (e, por consequência, ao can-
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didato petista Tarso Genro). Exceto quando questionou: “O que nós queremos? Governadores amarrados, submetidos a uma condição política, ou alguém que possa falar com independência? Um governo submisso e subserviente ou confrontacionista?” É claro que o candidato peemedebista pregou “uma nova harmonia, com independência, em defesa dos interesses do Rio Grande do Sul”.
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