Janeiro | 2011
|S29 |D30 |S31 |T1º |Q2 |Q3 |S4
61 Ano ii
Roberto
Hunoff Prefeitura prevê crescimento de 29% da receita em 2011
Um gênio maldito do
cinema italiano Dupla
CA-JU A vitória que valeu o cargo a Picoli
EXCLUSIVO:
MINHA CASA
SEU NEGÓCIO, NOSSO LUCRO
O Caxiense apurou que a cobrança ilegal de uma quantia extra – “por fora” – sobre imóveis financiados pelo Minha Casa Minha Vida virou prática “normal” de imobiliárias da cidade. Alguns proprietários também cometem irregularidades: estão alugando ou revendendo a moradia que mal começaram a pagar
A nova
safra da uva reanima o interior
Renato
Henrichs As indelicadezas, formalidades e oportunidades do novo comandante
R$ 2,50
Índice Roberto Hunoff | 4 Município aumentou receita em 12% e reduziu gastos com pessoal Rodeio | 5 As histórias de quem se diverte enquanto peleia para manter as tradições
André T. Susin/O Caxiense
A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site
www.ocAXienSe.com.br Além da capa dessa edição, os textos estão muito bons! Bem escritos. Maria fernanda nunes
exclusivo | 11 imobiliárias e proprietários estão lucrando ilegalmente com imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida cinema | 14 Diretor italiano prepara filmagem na Serra com produtora caxiense Boa Gente | 16 Seja solidário, faça da vida o que você mais gosta, adote um animal e compre uma camiseta legal de madrugada Artes | 17 O círculo das formigas suicidas e o mundo das criaturas monstruosas Guia de cultura | 18 Estreia caxiense no cinema do Ordovás e encerramento do rodeio nos Pavilhões Dupla cA-Ju | 21 A vitória dupla do técnico Picoli no clássico Guia de esportes | 22 Os desafios de Juventude e Caxias depois do CA-JU Renato Henrichs | 23 Depois de faltar à própria posse, comandante do CRPO faz roteiro de visitas a autoridades
Janete Kriger, Divulgação/O Caxiense
Vindima | 7 Colheita da uva começa com expectativas melhores do que em 2010 @felipeBavaresco Como acompanhar o Juventude aqui em Curitiba? Ver a cobertura completa do @ocaxiense #futebolaovivo @Kely_Melo hoje li a edição da semana passada do @ocaxiense. tô atrasada, mas preciso elogiar a matéria da @camilaboff e da @caroldebarba sobre o BBB. #BBB @mc_jao81 Parabéns para o jornal @ocaxiense, provando ser o melhor da cidade disparado.. que cobertura boa.. Continuem assim! #futebolaovivo @todolho @ocaxiense Fazendo coro a muitos: excelente a última edição. Renovados cumprimentos e a certeza de brilhante futuro. Parabéns. #edição60 @Luu_Lacerda A cada dia me impressiono mais com o @ocaxiense. Jornalismo sério, textos ótimos e reportagens importantes. Parabéns. #edição60 @danieldalsoto Passei numa banca e comprei @ocaxiense. Mais uma vez uma bela capa. Pessoal do jornal sempre muito criativo. Parabéns! #edição60
novo sistema do Sine | Gostei dessa medida, agora vai acabar com a farra do Seguro-Desemprego... Everton José Oliveira Padilha
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Redação: André Tiago Susin, Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor assistente), Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita comercial: Pita Loss circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff impressão: Correio do Povo Distribuição: Dinâmica Assessoria de Distribuição
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O Caxiense
29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2011
Azul adia ônibus caxias/PoA | Como em qualquer negócio, primeiro precisamos gerar demanda para depois ter a oferta, apesar de não ser a forma correta de pensar. As empresas aéreas precisam ter dados e informações que demonstrem que Caxias pode ter mais voos. Para uma cia. aérea colocar voos aqui precisa saber que terá demanda o suficiente para dar resultados para ela melhor que outros mercados que ainda não têm voos também. Hoje Caxias tem se mostrado um mercado que não comporta mais de uma empresa aérea, pois a maioria de nós aceita viajar 2 horas até Porto Alegre se a diferença da tarifa for superior a R$ 60. Rodrigo Collaro chimarrão em vídeo | O diretor da Escola do Chimarrão, que acompanha o 23º Rodeio Crioulo de Caxias do Sul, ensina a preparar um mate em 11 segundos.
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
A Semana
Linei Zago, palácio piratini, Div./O Caxiense
editada por Felipe Boff | felipe.boff@ocaxiense.com.br
Desde 25 de novembro, os 26 pardais da Estrada do Mar estão desativados. Mas a polícia rodoviária está fiscalizando com radares móveis
SEGUNDA | 24.jan Secretário promete integrar as polícias
Palestrante da primeira reunião-almoço da CIC deste ano, o secretário estadual de Segurança Pública, Airton Michels, prometeu integrar a Polícia Civil e a Brigada Militar. Uma iniciativa surgida no governo Olívio, que, por resistência de ambas as partes, nunca chegou a funcionar plenamente. É uma promessa e tanto. Na ocasião, Michels também ouviu uma velha cobrança, que tem como argumento principal a relevância econômica de Caxias: “Por tudo que somos e fazemos, nos sentimos desprezados pelos governos”, reclamou o presidente da CIC, Milton Corlatti, referindose à área da segurança.
Testes de capina devem começar em 20 de fevereiro
famigerado glifosato – proibido por lei municipal, pela Anvisa e pela Fepam –, ou seja, capina química. Resta saber se as autoridades federais e estaduais irão permitir o teste.
TERÇA | 25.jan Sine encaminha para vaga antes de pagar seguro
Dispensados das empresas que procuram o Sine com a ideia fixa de apenas retirar o Seguro-Desemprego e o FGTS estão tendo uma surpresa. Com a mudança do sistema que controla benefícios e vagas disponíveis, a primeira opção é outra: encaminhá-los a uma entrevista de emprego no mesmo ramo. “Se for aceito na ocupação, o trabalhador não receberá o seguro”, explica Antônio Pescador, coordenador do Sine Caxias. A alteração foi feita porque muita gente queria só receber o auxílio do governo, sem voltar ao mercado de trabalho formal. Boa parte até arrumava outro emprego, mas ganhava “por fora” nos primeiros meses – uma malandragem para continuar recebendo o Seguro-Desemprego.
A prefeitura continua decidida a gastar R$ 200 mil na pesquisa de um substituto para a capina com roçadeira nas vias públicas. Além do método tradicional, outros sete serão testados pela UCS, contratada para o serviço, em parceria com a Codeca. O início dos trabalhos está previsto para o QUARTA | 26.jan dia 20 de fevereiro. Entre as formas de capina planejadas para o ProUni oferece 972 vagas estudo se mantém a aplicação do O Programa Universidade para
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Todos (ProUni), que compra vagas nas universidades e faculdades privadas, vai oferecer 972 bolsas (somando as integrais e as que cobrem metade das mensalidades) em 12 instituições caxienses. A lista dos selecionados foi divulgada na sexta-feira (28). Agora, os candidatos têm até o dia 4 para comprovar, com documentos, que se encaixam nos critérios do programa. Para a bolsa integral, devem ter renda familiar média de até um salário mínimo e meio. Para a meia-bolsa, a renda máxima é de três salários.
QUINTA | 27.jan Azul adia linha de ônibus para Porto Alegre
Menos de uma semana depois de anunciar que colocaria à disposição de seus passageiros ônibus diários de Caxias para o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre – com quatro viagens de ida e quatro de volta –, a Azul Linhas Aéreas puxou o freio de mão. Em nota oficial, comunicou o adiamento do início do serviço, por prazo indefinido, alegando “questões operacionais”. A linha começaria a funcionar nesta segunda-feira (31). Algo estranho aconteceu. Há tempos a Azul insinua interesse em operar voos no aeroporto caxiense. Terá desistido da cidade?
Estrada do Mar sem pardais, mas com radares
Os 26 pardais continuam instalados ao longo da Estrada do Mar (RS-389), mas deram uma folga aos motoristas neste veraneio. Não estão multando, assim como outros 44 existentes em rodovias estaduais, desde 25 de novembro, por força de recurso judicial de duas empresas derrotadas na última licitação (os aparelhos são alugados ao Estado). Mas os motoristas mais apressados que não se animem. Para compensar, o Comando Rodoviário da BM está fiscalizando a Estrada do Mar com radares móveis.
SEXTA | 28.jan Prefeitura quer construir parque no Cidade Nova
O Município enviou projeto para conseguir, junto ao governo federal, R$ 3,3 milhões em recursos para a construção de um novo parque, que deverá ficar no bairro Cidade Nova. Pelo projeto, a área terá quadras poliesportivas e um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Embora as dimensões do parque sejam pequenas – 1,5 hectare, assemelhando-se mais a uma praça –, trata-se de uma iniciativa importante, especialmente por se localizar em uma zona de forte expansão urbana.
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O Caxiense
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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
A Universidade de Caxias do Sul contratará 50 novos professores neste início de ano para completar seu quadro, pois no final de 2010 houve o desligamento de 60 docentes. Ao longo do exercício serão admitidos mais 15. Para a efetivação a instituição realizou concurso que teve 269 inscritos, mas apenas 97 foram aprovados. Para algumas áreas, como Administração, será necessário novo concurso, pois não houve inscritos. A UCS terá, neste ano, em torno de 34 mil alunos na Graduação, incremento de 3% sobre o ano passado.
Compras virtuais
Na carona do que ocorre nos grandes centros do País, Caxias do Sul também ingressa no mercado de compras coletivas pela internet. O Q`Garimpo, idealizado pela empresária Katiússia Ferreira, tem como diferencial das grandes redes de sites o fato de ser iniciativa local, permitindo às empresas investidoras uma negociação mais direta.
Qualificação
A Rasip, empresa com sede em Vacaria presidida pelo empresário Raul Randon, investiu na compra de um pulverizador de origem francesa para operação nas videiras. A principal vantagem do equipamento é a pulverização de três filas em uma única vez. Além disso, é o que melhor se adapta aos sistemas de condução em espaldeiras, que possibilitam maior qualidade às uvas viníferas. Além de uvas, a Rasip cultiva maçãs e elabora queijo tipo grana.
Tributos
em alta
A prefeitura de Caxias do Sul encerrou o exercício de 2010 com receita total de quase R$ 816,4 milhões, em alta de 16% sobre o ano anterior e de 12% sobre as estimativas iniciais de R$ 730 milhões. De acordo com o secretário municipal da Receita, Ozório Rocha, o ICMS é o principal gerador de receita para a cidade, superando R$ 250 milhões, seguido pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), com R$ 95 milhões. Outro valor considerável, de quase R$ 90 milhões, tem origem no Fundo de Participação dos Municípios. Para 2011 a expectativa de crescimento é de 29%, superando R$ 1 bilhão.
O Sindicato dos Servidores Municipais não viu com bons olhos a redução dos gastos da Prefeitura com pessoal. O índice caiu de 43,08%, consolidado em 2009, para 42,19%. Na avaliação do presidente João Dorlan, o correto seria que o aumento salarial, de 9,5% no ano passado, ficasse mais próximo do desempenho do orçamento. Ele observa que, embora o índice obtido depois de dura negociação seja um dos mais elevados da cidade, a categoria ainda não é suficientemente valorizada pela administração. Cobra melhorias nas condições de trabalho e mais contratações por meio de concurso, alegando haver áreas carentes de funcionários.
Ameaça
Depois custar mais caro do que no Exterior, o aço produzido no Brasil fechou o ano passado com preços competitivos, tornando-se um dos mais baratos do mundo. De acordo com o empresário caxiense José Antônio Fernandes Martins, presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul, a queda foi motivada, principalmente, pelo aumento das importações, que chegaram a representar quase 30% do aço
consumido no Estado. Mas esta situação deve mudar em breve. Por conta da escassez de coque, matéria-prima básica na produção de aço, causada pelas enchentes na Austrália, o preço do produto aumentou 35% no mercado mundial. Segundo Martins, as usinas brasileiras ainda não mudaram suas tabelas, mas o reajuste deve vir muito em breve. Caxias do Sul responde por mais de 50% do aço consumido no Rio Grande do Sul.
Expansão
A Vinícola Salton, de Bento Gonçalves, faturou R$ 238 milhões no ano passado e projeta crescimento de 15% em 2011. Para atender a demanda investirá em novas linhas de produção, que elevarão a capacidade em mais de 80%. Também mudará o mix de produtos, como novas embalagens e incrementos nos segmentos atuais. Dentre as novidades, uma nova categoria de vinhos finos que chegará ao mercado no inverno. Em 2010 a Salton comercializou 16,3 milhões de litros dentre vinhos, espumantes e suco de uva, registrando alta de 6,7% sobre o ano anterior. Para 2011 a expectativa é 18 milhões de litros, elaborados a partir do processamento de 24 milhões de quilos de uvas.
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O Caxiense
Abertura
Liquidações
Até o dia 12 de fevereiro em torno de 1,3 mil estabelecimentos comerciais de Caxias participam da campanha Liquida Tchê, promovida pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul em todo o Estado. Na cidade a coordenação é da Câmara dos Dirigentes Lojistas, que projeta crescimento de 15% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Para atrair os
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Marina Granzotto, Fotobjetiva/Div./O Caxiense
Empregos
clientes cada loja terá sua estratégia específica, com descontos variando de 20% a 60% e facilidades nos pagamentos. Todo o consumidor que fizer R$ 50 em compras em uma das lojas participantes receberá um cupom que o incluirá em sorteios de motos e carros zero quilômetro, eletrodomésticos e certificado de R$ 80 mil em barras de ouro. Toda a loja participante tem decoração especial sobre a campanha.
O Caxias Plaza Shopping, mais novo centro comercial da cidade – localizado no prédio onde funcionavam as Casas Bahia –, ganha nova loja a partir de segundafeira. A rede de Óticas Diniz abre seu segundo ponto na cidade – o primeiro funciona na Rua Moreira César. A inauguração será marcada pela distribuição de armações e venda de lentes monofocais, bifocais e multifocais a preços especiais. A rede pretende, na sequência, abrir franquias em Farroupilha e Bento Gonçalves. No Brasil são 470 unidades e a expectativa é de chegar perto de 900 em cinco anos.
Prova
Assim como outras categorias profissionais, como a dos advogados, os bacharéis em Ciências Contábeis e Técnicos em Contabilidade deverão realizar exame de suficiência para obter o registro profissional conferido pelo Conselho Federal da profissão. As inscrições para o exame, marcado para 27 de março, devem ser feitas até 11 de fevereiro junto aos órgãos reguladores da profissão: Conselho Federal, Conselho Regional e Fundação Brasileira de Contabilidade. A prova integra a Lei de Regência da Contabilidade Nacional, aprovada em julho de 2010. Mais informações podem ser obtidas junto ao Sincontec de Caxias do Sul.
Salários
O primeiro embate sobre reajustes salariais de 2011 está desencadeado. Os professores ligados às escolas particulares reivindicarão 9% de aumento, índice que repõe a inflação do período março de 2010 a fevereiro de 2011 e garante ganho real. A negociação da categoria será conduzida pelo Sinpro/ Caxias junto ao Sinepe/RS, entidade que representa as escolas particulares gaúchas. A data-base para o dissídio coletivo é 1º de março.
Curtas O Senac recebe inscrições para cursos de capacitação nas áreas de gestão, informática, comunicação e gastronomia. São propostas de curta duração que objetivam, principalmente, o aperfeiçoamento dos alunos. Mais informações pelo telefone 3225-1666.
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André T. Susin/O Caxiense
Laço à tradição
Lucas Picinini Dutra, 17 anos, participa de provas campeiras desde criança. Até agora não ganhou nenhum troféu, mas não pensa em fazer outra coisa
a praia dos
gaudérios
G
por CAMILA CARDOSO BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br
abriela Lemos da Silva Conceição, seis anos, mora no bairro São José, próximo ao Parque de Eventos da Festa da Uva. Volta e meia, a menina implicava com a movimentação de cavalos e homens vestidos de gaúcho em torno dos Pavilhões, de onde vinha uma voz apressada que a deixava ainda mais curiosa. Quarta-feira passada a menina finalmente descobriu que tudo isso parte de uma festa chamada rodeio. Assim que chegou nos pavilhões, Gabriela não gostou muito do que encontrou: achou o lugar fedido e continuou sem entender nada que a voz do narrador queria dizer. Mas concordou em acomodar-se na arquibancada para saber o que era uma prova de tiro de laço. Se a estreante Gabriela se surpreendeu com a impressão malcheirosa e barulhenta da sua descoberta particular, o que chama atenção daqueles que já se acostumaram com os elementos intrínsecos a eventos desse tipo é a estrutura do 23° Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul, que ocorre até este domingo (30). A começar pela cancha coberta, única do tipo que se tem notícia, onde as provas campeiras são re-
alizadas, tudo na festa remete a um detalhamento que não se vê nos demais rodeios que ocorrem semanalmente em diversos recantos do Estado. A cancha de 150 metros de comprimento por 70 metros de largura conta com uma exclusiva cobertura de telhas translúcidas, resultado de um investimento de R$ 1,3 milhão. Como nunca chove no território de laçadores e ginetes, um caminhão-pipa operado por funcionários da Codeca molha a areia industrial que cobre o chão do lugar. Outra equipe da autarquia cuida da limpeza do parque, incluindo o recolhimento do famigerado esterco. Uma regalia extra para a festa que busca reproduzir as práticas do campo nos cenários urbanos, tendo na prova de laço a principal atração. O movimento de vacas e cavalos na cancha de areia prende a atenção da plateia tal qual uma partida do mais popular dos esportes: arquibancadas com direito a vendedor de batata frita, olhos atentos da torcida, narração e finalizações bem-sucedidas ou frustradas – a armada que laçar as aspas da rês equivale ao gol do futebol, mas a que acertar o pescoço iguala-se a uma bola na trave. E a torcida acompanha. Uhhh! A competitividade também é
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Acampados nos pavilhões, à perdida moda campeira, tradicionalistas lotam o 23º Rodeio Crioulo Nacional de Caxias para mostrar o tamanho da paixão que perpetua a cultura gaúcha
inerente às atividades artísticas no palco do festival e disputarem do rodeio. Os concursos culturais os primeiros prêmios, além de inpromovem disputas entre grupos tegrarem CD e DVD gravados ao de dança, cantores e declamado- vivo. res. Enquanto o primeiro fim de semana do evento foi reservado O rodeio que leva o nome para as apresentações de 52 inver- de Caxias teve 19 edições até ser nadas que reproduziram coregra- interrompido por 10 anos. A retofias de músicas do folclore gaú- mada ocorreu em 2008 como uma cho, neste sábado e domingo (29 realização das 101 entidades da e 30) os concursos são pautados 25ª Região Tradicionalista, sediapelo ineditismo de canções e po- da na cidade. Com 17 mil sócios, emas. O 4º Festival Querência da a organização encontrou na prePoesia Gaúcha leva ao palco dez feitura a parceria que faltava para poemas selecionaapostar na evolução dos por uma comisdo evento. Neste são julgadora, que Neste ano, 150 mil ano, a expectativa é avaliou os versos pessoas devem que 150 mil pessoas das 322 inscrições. passar pelo rodeio passem pelos paviComposições musi- nos pavilhões – 10 lhões ao longo dos cais têm espaço na 10 dias de atrações 3ª edição do Festival mil participam – 10 mil delas para César Passarinho. de provas e disputarem as proA homenagem ao concursos que vão vas e concursos que intérprete nativista distribuir R$ 125 distribuem R$ 125 que viveu em Caxias mil em prêmios mil em prêmios. A segue os moldes da expressividade dos Califórnia da Cannúmeros só não é ção Nativa, a mais maior que a devoantiga e tradicional maneira de ção dos participantes às manifesdivulgar a música regional do Es- tações culturais que os levam até tado, mantendo a terminologia, o o evento. uso e os costumes característicos Não há temporada na praia ou do homem do campo nas letras outra viagem que atraia mais o das canções. Das trezentas com- pintor automotivo Marco André posições inscritas, 12 foram sele- Bueno, 41, e o estudante Tiago cionadas para serem apresentadas Gabriel Bueno, sete, do que ro29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2011
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Fotos: André T. Susin/O Caxiense
Apaixonado pela música nativista, Espedito toca guitarra no conjunto do pai; Pedro Schwengber largou os negócios para ensinar a fazer chimarrão deio. Em cavalos amadrinhados, que estão juntos desde a doma, pai e filho inauguram o período de férias galopando de um lado para outro da cancha. Durante cinco dias, a família deixa a casa no Bairro Pio X e se junta ao acampamento de 4 mil pessoas na área arborizada do parque de eventos. Marco, Tiago e João Vitor, o irmão de oito anos, concorrem em cinco provas de laço. A atividade é a maneira do pai, natural de Vacaria, manter contato com os costumes do campo e transmiti-los aos filhos. “Em 2009, não teve um fim de semana que eu não tenha participado de rodeio. Mas tive que parar um pouco porque vai muito dinheiro”, conta. Tiago já aprendeu a gostar do que chama de nervosismo que sente ao bolear um laço de cima de um cavalo, e compartilha com o pai, assim como a maioria dos outros laçadores, o sentimento que nutre pelo animal, indispensável para as atividades ligadas à vida campeira. Lucas Picinini Dutra, 17 anos, justifica a persistência nos concursos de laço que participa quase semanalmente desde que era criança. “Eu nunca ganhei nada, não tenho nem um troféu, mas é que eu tenho paixão por cavalo”, diz, rindo do próprio desempenho. O jovem tímido, que não gosta de festas, dessas frequentadas por gente da idade dele, nem de baile gaúcho, diz que se sente satisfeito ouvindo música nativista e com a sensação do vento que bate no rosto quando o cavalo persegue uma rês. “Deve ser coisa
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O Caxiense
que eu herdei da minha família, porque a gente tem chácara lá em Parada Cristal, mas não é igual a campo, né?!”, comenta, tentando entender suas próprias preferências.
de Lagoa Vermelha, as irmãs Cacilda e Cenira concordam que o ambiente lembra os costumes da terra natal. “Aqui em Caxias, vizinho só serve pra dizer ‘bom dia’, ‘boa tarde’, ‘boa noite’. Num rodeio é todo mundo mais amigo, Não que elas deixem de mais próximo um do outro pelo ocupar os outros espaços do ro- gosto que têm em comum pela deio, mas as mulheres são figuras tradição”, acredita Cacilda. quase indissociáveis das barracas A Escola do Chimarrão de do acampamento. Zelando pela Venâncio Aires já esteve em 13 organização da moradia impro- estados do Brasil e em cinco pavisada, um grupo íses diferentes. No de amigas conRio Grande do Sul, ta que aprendeu a “Num rodeio apresenta as palesgostar das esperas é todo mundo tras sobre a bebida impostas pela par- mais amigo, na beira da praia, ticipação dos ma- mais próximo no estacionamento ridos nas provas de supermercado e um do outro pelo campeiras. Durante em festas comunitáuma semana elas gosto que têm rias. Só em Caxias é se viram como po- em comum pela que o instituto para dem em um espaço tradição”, diz seu ônibus-escola sem divisórias, que Cacilda na porta de um romistura colchões, deio. “O que tem de fogareiro, um espegente que não sabe lho de moldura laranja, geladeira, fazer chimarrão... E as pessoas televisão e até aparelho de DVD. deixam de tomar por causa disso”, “Eu sou casada há 22 anos e faz 22 preocupa-se o diretor-executivo anos que eu acompanho meu ma- da ONG, Pedro José Schwengber. rido em rodeio”, contabiliza a au- Quando descobriu-se adorador xiliar de padaria Rejane Macha- da bebida, Pedro largou os nedo, 47. “Se a gente não vem, tem gócios ligados ao cultivo de soja, quem venha, não é?”, completa, administrados em 16 escritórios Cacilda Alves Borba, 33, rindo da espalhados pelo país. “Eu era rico preocupação em manter a rédea mas só tinha dinheiro. Só enconcurta. “Não tem coisa melhor que trei o que me fazia feliz aos 50 dormir numa barraca, embaixo anos de idade através do chimardas árvores, na companhia dos rão”, conta o diretor, que chega a mosquitos e com barulho a noite passar quase dois meses fora de inteira”, afirma Cenira Alves Bor- casa para trabalhar pela divulgaba, 43, com uma gargalhada que ção da bebida. Em média, 300 mil deixa clara a ironia. Moradoras pessoas por ano ouvem as palade Caxias do Sul mas oriundas vras convictas dos colaboradores
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do projeto sobre os benefícios do chimarrão, conhecendo os 36 jeitos diferentes de servir o mate, inclusive um que leva só 11 segundos para ficar pronto. “O Brasil e o mundo não tomam chimarrão porque o gaúcho não conhece o mate nosso de cada dia, toma por hábito e tradição”, acredita Pedro, sonhando conquistar adeptos. Espedito Abrahão, 45 anos, também quer ver mais gente apreciando um costume gaúcho. À frente do grupo caxiense Os Campeiros, o músico acredita que os ritmos nativos mereçam ser admirados além das fronteiras do Rio Grande do Sul, mas com a condição de não perder o caráter original. “A gente pode fazer uma música alegre que não fuja da tradição. A nossa vaneira é um dos ritmos mais contagiantes que existe, desse jeito gaúcho mesmo, falando das coisas daqui”, acredita. A invasão do confuso gênero tchê music, semelhante ao forró e ao sertanejo, ainda causa polêmica no meio tradicionalista, mas garante que conjuntos como o de Espedito, que se mantiveram fiéis ao estilo original, tenham mercado garantido em bailes e eventos. Outra vontade do músico é que as próximas gerações não deixem de lado a tradição, desejo que, pelo menos na própria família, já conseguiu realizar. O conjunto existe há vinte anos, mesma idade de Espedito Abrahão Junior, que se tornou guitarrista do grupo aos 15 anos. “Eu literalmente nasci ouvindo essa música que a gente faz, nem sei se saberia gostar de outra coisa”, revela o rapaz.
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Desafios vitivinícolas
Com o favorecimento do clima e o controle de fungos, a produção caxiense deve superar 600 mil toneladas
A VINDIMA DA RECUPERAÇÃO
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por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br
algumas centenas de metros do pedágio de Vila Cristina, sob a cobertura de um antigo posto de gasolina desativado, agricultores guiando pequenos reboques, carretinhas e caminhonetes estacionam os veículos lado a lado na sombra do estabelecimento. Sentados em cadeiras plásticas de um bar, aguardam a chegada do caminhão que levará parte da suas colheitas de uva para a Central de Abastecimento (Ceasa) de Curitiba. O repasse é garantido e rentável. Para cada quilo da fruta, alocada em caixotes de madeira, é pago R$ 1. Carlos Dallegrave é o responsável por conduzir a negociação. Ele também aguarda, impaciente, o caminhão que estava atrasado na manhã da última terça-feira (25). Esse encontro entre produtores não é uma particularidade deste ano. O local já tem história no escoamento da uva da região. Desde 1984 Carlos utiliza o posto para reunir viticultores pelo menos seis vezes por semana no período da vindima. O distrito de Vila Cristina é sempre o primeiro a colher a uva em Caxias do Sul. Isso por causa da temperatura, que nas margens do Rio Caí pode atingir até cinco graus a mais do que nas regiões
mais altas da Serra. Milton Rodrigues Leite, 45 anos, estaciona o Jeep azul ano 65 ao lado do posto. Sobre o veículo estão 72 caixas, contendo oito quilos de uva cada, colhidas no dia anterior. Renderão R$ 576 ao agricultor, depositados diretamente na conta bancária. A experiência de Milton com a produção de uvas é recente e aos poucos vem se solidificando. Há quatro anos ele cultiva parreirais de niágaras rosadas e brancas em três hectares da terra do sogro, localizada em Caravaggio da 3ª Légua. Com a mulher e o filho, espera colher pelo menos 50 mil quilos neste ano. Do total, 30 mil devem ser embalados e vendidos como uva de mesa. O restante será destinado às cantinas para a fabricação de suco, vinho, espumantes e demais derivados da uva. A preferência pelo mercado da uva in natura se explica pelo preço. Negociando com Carlos, o agricultor consegue R$ 1 por quilo. Com as cantinas, esse valor diminui para 57 centavos. A diferença financeira tem uma explicação bem simples: a qualidade do produto. O cacho da uva de mesa precisa estar perfeito, com grãos parelhos e lustrosos, enquanto para as vinícolas não existe essa necessidade. O processo de colheita também é distinto. O agricultor Alcides Nacah
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Depois de uma safra ruim no ano passado, produtores começam a nova colheita animados com a qualidade e a quantidade das uvas
explica que para a uva de mesa posa Genoveva Zeni, 68 anos, se é preciso segurar o cacho com a encarrega dos afazeres doméstiponta dos dedos para não deixar cos, principalmente do almoço. marcas e cortar o talo com uma Apesar da idade, Alcides se movitesoura especial. Em seguida, as menta com facilidade pelas terras uvas são colocadas lado a lado em íngremes e cheias de pedras de um pequena caixa e encaminha- todos os tamanhos da encosta do das para a venda. O morro onde fica o trabalho leva tempo parreiral. e exige grande mão Na venda para Para este ano, o de obra. Cachos o consumo agricultor abre um com uvas disformes, in natura, breve sorriso ao escom marcas, verdes agricultores pecular o retorno ou qualquer defeito financeiro que terá não são aceitos neste recebem até R$ 1 com a produção de mercado. A colheita pelo quilo da uva. uva. Alcides espedestinada às canti- Na as cantinas, o ra colher pelo menas é mais prática e preço cai para 57 nos 70 mil quilos, rápida. O agricultor centavos quantidade ainda usa uma cesta presa distante do seu reaos ombros e retira corde, de 115 mil, os cachos só com a mão. mas bem superior ao trágico ano de 2010, em que obteve apenas Na última terça-feira (25), 30 mil quilos. Conforme ele, o Alcides colhia as uvas niágara ro- maior problema da última colheisada do parreiral de 3,75 hectares ta foi a proliferação da chamada próximo ao posto desativado. Su- podridão amarga, provocada por bindo por sinuosas ruelas de ter- um fungo que contamina todo o ra, ao lado da BR-116, encontra- parreiral e se propaga com a umise a propriedade do agricultor. dade. Desta vez Alcides se precaAos 68 anos, Alcides delega o tra- veu. Investiu aproximadamente balho da colheita aos filhos Char- R$ 4 mil na compra de defensivos les, 34 anos, e Leonardo, 32 anos, que foram aplicados três vezes na e a três vizinhos contratados. “Te- plantação. nho problemas no nervo ciático. No ano passado tirei 11 caixas de Alguns produtores em Cauva e fiquei sem poder fazer mais xias já colocam em prática uma alnada”, revela. Enquanto isso, a es- ternativa eficiente para o controle 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2011
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uma corrida, muitas pessoas im- colherá a partir de 15 de fevereiro. plantaram o sistema sem saber ao certo como trabalhar com ele. De volta ao posto desativado Isso causou o aumento de produ- em Vila Cristina, Sérgio Luiz Reção da uva protegida e também a zzadori, 44 anos, se soma aos deperda de qualidade. Com isso, o mais produtores que aguardam a preço está baixando e tornando chegada do caminhão que levará inviável.” as uvas para Curitiba. Desde 22 de Para o tratamento correto com novembro Sérgio vem colhendo a uva protegida, Valderês salienta frutas dos parreirais. Essa antecique é preciso ter um cuidado es- pação ocorre porque Sérgio cultipecial com as parreiras. Todos os va a uva do tipo vênus, que tem cachos, individualmente, preci- a maturação anterior às demais. sam ser limpos e padronizados. O O produto do agricultor é enviaresultado é uma uva de qualidade do para o Mato Grosso e também e com preço elevavendido para a Cedo. Foi exatamente asa de Caxias. O isso que conseguiu “No primeiro fruto tem coloração Gilmar Luiz Comer- ano se recebe preta e é destinado latto. Há cinco anos, muito pouco. ao consumo in nao agricultor iniciou Depois começa tura. O agricultor o cultivo das uvas conta que começou protegidas na região a dar retorno”, a produzir a varieda 3ª Légua. “Passa- conta Gilmar dade há 12 anos, foi mos 50% a menos Comerlatto, um dos pioneiros de defensivos e a sobre o cultivo no município. Mesuva aguenta até 20 protegido mo no ano passado, dias madura no pé”, em que as baixas forevela. O agricultor ram grandes na viconseguiu obter uma média de ticultura, Sérgio conseguiu de R$ R$ 3,50 por quilo na safra passada 2 a R$ 2,50 pelo quilo. Além da pelas variedades itália e rubi. Mas vênus, que ocupa dois hectares de a custo de muito esforço. “Esta é suas terras, o agricultor produz uma uva de enfeite. Precisa ser niágara e isabel – as que seguirão trabalhada”, destaca. Gilmar uti- para o Paraná – em nove hectares. lizou um pequeno pente para retirar todas as uvas disformes dos O aumento de produção cachos colhidos. apresentado pelos agricultores A implantação do sistema nos nesta safra deve amenizar os núparreirais de Gilmar foi realiza- meros dos últimos anos. Para da totalmente de forma empírica. 2011 é esperada a colheita de pelo O agricultor lembra que viu pela menos 600 mil toneladas, cresciprimeira vez a uva protegida em mento de 60 mil com relação ao uma propriedade de São Luiz da ano anterior. Além da evolução 6ª légua. “Vi que tinha mercado e na quantidade, o presidente da resolvi tentar fazer igual”, recor- Rede de Vinícolas de Caxias do da. Para cobrir os cinco hectares Sul (Revinsul), Ivan Tisatto, já se de produção, investiu cerca de R$ mostra satisfeito com a qualida250 mil. “No primeiro ano se re- de. “As primeiras uvas estão excebe muito pouco. Depois come- celentes. A manutenção do clima ça a dar um retorno”, conta. Na favorável é importante para se ter safra atual, Gilmar espera obter o uma uva assim até o fim da comesmo valor sobre a sua uva, que lheita”, explica.
Com uma quantidade menor de vinho estocado com relação à safra de 2010, as cantinas caxienses devem aproveitar a recuperação dos parreirais para adquirir grandes volumes. Ivan conta que a maioria de vinícolas acerta o preço do quilo da uva no momento da compra com base na qualidade dos frutos. Ela é medida pela graduação de açúcar e tem como referencial para o valor mínimo os 15 graus. Em 2010, a média da safra chegou apenas em 13,5 graus. Para este ano, Ivan espera que o índice suba para 15,5. Além de interferir na qualidade final do vinho, a graduação da uva afeta diretamente o bolso do produtor. A variação de cada grau altera em 5% o preço mínimo do quilo, para cima ou para baixo. Neste ano, o valor base, estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi de R$ 0,52 para a uva isabel, R$ 0,57 para a niágara e R$ 0,62 para a bordô. Esse reajuste vem após quatro anos de congelamento dos preços, e ainda se mostra insatisfatório para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caxias do Sul, Raimundo Bampi. Segundo ele, somente o custo de produção por quilo da isabel para o agricultor gira em torno de R$ 0,59. Atualmente, apenas 11 das 131 cantinas registradas em Caxias fazem parte da Revinsul, rede que tem três anos. A meta do grupo é revitalizar o setor na cidade, que está estagnado há pelo menos uma década e perde em quantidade de litros produzidos para muitos municípios vizinhos. Como alternativa para o crescimento, o suco de uva, o moscatel e o espumante vêm despontando nos últimos anos. Apesar de 72% da produção dos 301 milhões de litros de derivados de uva em 2010 serem vinho de mesa, o suco tenAndré T. Susin/O Caxiense
das pragas e do uso de agrotóxicos. Valderês Antônio Formigheri é o presidente da Associação dos Produtores de Uva Protegida (Apup), fundada há quatro anos. Nesta forma de cultivo, os parreirais são cobertos por um plástico que os protege de tempestades e chuvas de granizo. Com a diminuição da umidade, é necessário aplicar uma quantia bem menor de defensivos para proteger a produção dos fungos. “No ano passado apareceu somente um produto químico na análise da minha uva, e com quantia 12 vezes menor ao permitido”, revela satisfeito. Com a questão da umidade controlada, Valderês conta que desenvolveu técnicas para proteger o parreiral das pragas e dos bichos. “Usamos armadilhas para monitorar a população da mosca da fruta. Colocamos iscas tóxicas no lado de fora do parreiral. A mosca é atraída pelo melaço da cana com veneno e morre”, explica. Mas, apesar do grande aproveitamento da fruta, o custo inicial de produção é um fator que atravanca a disseminação da técnica. Valderês revela que são necessários R$ 100 mil para a construção de um hectare de parreiral. Somente o plástico está avaliado em R$ 13,50 o metro quadrado. Para a maioria dos agricultores, o investimento se torna inviável. O presidente conta que o retorno financeiro só começa a valer a pena após o quinto ano de implantação do sistema. Essa barreira fica evidenciada pelo número de participantes da associação. Valderês diz que os agricultores vêm desistindo da prática com o passar do tempo. Lembra que o projeto nasceu com 25 participantes, diminuiu para 17 e hoje conta com apenas 12 associados. Como explicação, alega falta de conhecimento dos produtores. “No início houve
A uva protegida é cultivada por Comerlatto há cinco anos. Demanda menos defensivos e perdura até 20 dias na parreira após amadurecer
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creiros têm aumentado em número. Eles compram as terras dos produtores e estão tomando conta da região”, revela, preocupado. Esse fato também causa apreensão na coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidenA demanda crescente do te do Sindicato Rural de Flores suco pode revitalizar o setor que da Cunha e Nova Pádua, Olir sofreu com as perdas nos últimos Schiavenin. Ele conta que a área anos e com a estagnação da ven- total de parreirais vem crescenda do vinho. Atualdo aos poucos na mente existem 1.742 Serra, mas não são “Os jovens não produtores registraregistrados novos dos na prefeitura, estão tendo agricultores. “Os que ocupam 3.746 muito estímulo jovens não estão hectares. A realida- para ficar na tendo muito estíde de Vila Cristina mulo para ficar na é preocupante num colônia”, diz Olir colônia. Estamos futuro próximo caso Schiavenin sobre preocupados com a a vitivinicultura não a redução dos sucessão. Quem vai apresente melhoras. agricultores na cuidar dos parreiCom aproximada- região rais?”, pergunta ele. mente 40 mil habiEssa é uma questão tantes, a indústria que só o tempo e vem tomando anualmente o es- medidas públicas de incentivo à paço da agricultura. “Somente a permanência do homem no camPettenati conta com 1,5 mil fun- po poderão resolver. Por enquancionários. Ônibus da Marcopolo to, pelo menos, os colonos que e da Randon buscam e trazem aguardavam a chegada do camitodos os dias empregados daqui nhão em Vila Cristina se sentem para as fábricas”, conta o subpre- aliviados. Com condições climáfeito Sadi Pirovano. Outra cons- ticas mais favoráveis que a dos últatação que embasa a teoria do timos três anos e a maior demanadministrador é o aumento do da das cantinas, eles comemoram número de chácaras no distrito. a safra atual da uva, fruto que a “O incentivo é pequeno para a maior parte deles aprendeu a coagricultura. A cada ano os cha- lher com os pais.
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de a tomar mercado. Ivan conta que essa produção teve aumento de 152% no último ano com relação a 2005. Somente em 2010, 36,7 milhões de litros foram produzidos.
Milton Leite comercializa sua produção em um posto desativado
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O LUCRO
DA CASA PRÓPRIA
Imóveis do Minha Casa Minha Vida são vendidos acima do valor em Caxias, com pagamento por fora às imobiliárias, e alguns beneficiários já revendem ou alugam ilegalmente suas moradias
André T. Susin/O Caxiense
Exclusivo
Um dos sobrados recém adquiridos com financiamento federal, em Ana Rech, está para alugar por R$ 550 – quase o valor da prestação, que é de R$ 600
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por ROBIN SITENESKI robin.siteneski@ocaxiense.com.br e VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br
s números do Minha Casa Minha Vida impressionam. Os R$ 52,82 bilhões investidos fizeram com que a meta de contratar 1 milhão de moradias entre o lançamento do programa, em março de 2009, e o final da primeira fase, em dezembro de 2010, fosse ultrapassada em 3.214 residências. Somente em Caxias do Sul, 3.451 moradias foram financiadas. O fomento ao setor foi tanto que o valor dos terrenos na cidade aumentou aproximadamente 50% nos últimos 18 meses, segundo a Associação das Imobiliárias de Caxias do Sul (Assimob), e transformou a crise econômica mundial em uma “marolinha”, como diria o ex-presidente Lula, para a construção civil. O que tem acontecido com o Minha Casa Minha Vida em Caxias, no entanto, não é algo que valha o chavão presidencial do “nunca antes na história deste país”. Seria melhor classificado como o também clichê “jeitinho brasileiro”. Imobiliárias caxienses oferecem apartamentos e sobrados acima do limite imposto pelo programa na cidade, R$ 100 mil, e pedem que os clientes paguem a diferença “por fora”, diretamente à imobiliária ou construtora. A reportagem ligou para 20 imobiliárias e, entre as 17 que comercializam imóveis que se enquadram no programa, apenas quatro ofertaram apartamentos e sobrados dentro da regra do Minha Casa
Minha Vida. Ou seja: 76,47% das que utilizam o programa burlam suas regras. Algumas ainda sugerem – e até incentivam – que os imóveis sejam alugados ou vendidos durante o financiamento, o que também não é permitido. Nas conversas, os repórteres de O Caxiense se identificaram apenas pelo nome, sem informar que estavam a serviço do jornal. Corretora: O que passa de R$ 100 mil é um valor que não pode aparecer e tu tem que dar direto para o construtor. Repórter: Por fora? Corretora: Por fora. Uma entrada e depois faz o financiamento em cima dos R$ 100 mil. Isso é muito comum acontecer. Tem vários construtores que fazem isso e conseguem aprovar com a Caixa em R$ 100 mil. Só que o imóvel não vale só isso, vale um pouco mais. Repórter: Como é que eles conseguem aprovar com a Caixa? Corretora: Eles entregam uma série de documentações. Tem que ser uma coisa muito séria. Dependendo do imóvel, passa, porque a diferença é muito pouca. Eu já tive até sobrados de R$ 125 mil, que tinha que dar os R$ 25 mil por fora e também estava aprovado no programa. Isso vai da avaliação do engenheiro. A “coisa” é tão séria que a Caixa chegou a entrar em contato com as imobiliárias caxienses – que, segundo a Assimob, são cerca de 80 – alertando sobre a ilegalidade da prática no início de 2010. O banco, que é o gestor nacional do programa, fez seminários com as
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empresas para explicar a regra. O porém, fazem manobras retóricas gerente regional para construção para não explicitar que parte do civil da Caixa, Valdir José An- valor das construções não pode gst, diz que a venda de imóveis ser declarado à Caixa Econômica que ultrapassem o máximo do Federal. financiamento é proibida. “Nós Corretor: (O financiamento) deseguimos o valor de avaliação. O pende do imóvel que você escolher. contrato de compra e venda que é Vamos dar um número: R$ 120 apresentado para a Caixa é de, no mil. Aí, você tem que dar 20% de máximo, R$ 100 mil. Se alguém entrada porque o agente financeiro está vendendo por um outro con- não financia 100%. Os 20% você trato por fora, é ilegal e, se a Caixa tem que acertar diretamente com for notificada sobre o vendedor. isso, vamos denunRepórter: Isso ciar as empresas.” “O nosso para qualquer valor? Conforme apurou sobrado custou Corretor: Sim, em O Caxiense, mes- R$ 105 mil. Os princípio, para qualmo com seminários R$ 5 mil demos quer valor. e alertas da Caixa, a No caso acima, o prática irregular na por fora, para se único imóvel que, comercialização dos encaixar nesse segundo o corretor, imóveis tornou-se programa”, diz poderia se adequar comum na cidade. ao programa ofereuma moradora “O nosso sobrado do Desvio Rizzo cido pela imobiliácustou R$ 105 mil. ria vale R$ 120 mil. Os R$ 5 mil demos Outra corretora por fora do contrato, porque para pede a diferença dos R$ 100 mil se encaixar nesse programa só como “entrada” para compra de pode até R$ 100 mil”, diz uma jo- um imóvel na planta e afirma que vem moradora do bairro Desvio uma mensalidade deve ser paga Rizzo, mostrando estar por den- durante a construção, apesar de o tro do que é permitido e do que Minha Casa Minha Vida somené proibido no Minha Casa Minha te começar a ser pago quando os Vida. A jovem, que mudou-se beneficiários se mudam para a com os pais para o sobrado no moradia. final do ano passado, conta que Outro ‘jeitinho’ que imobiliáa escolha pelo programa ocorreu rias caxienses dão para enquadrar porque os três trabalham infor- imóveis que ultrapassam o limimalmente. “Com o programa foi te do programa é negociar parte mais acessível adquirir um imó- deles separadamente. Corretores vel”, diz. oferecem apartamentos de R$ 98 mil e R$ 99 mil e pedem para A maioria dos corretores que a garagem, por exemplo, seja explica a “adequação” ao progra- negociada à parte, o que também ma com naturalidade. Alguns, não é permitido. 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2011
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Doze sobrados de cor bege alidade você está fazendo duas integram um condomínio em Ana operações. Cada caso tem que ser Rech. O de nº 3, mesmo sem estar analisado. O que não pode é buridentificado com placa, está para lar o sistema. Legalmente, a Caialugar. “O aluguel é R$ 550. Está xa aceitando essa condição, não prontinho. Eu comprei por esse vejo problema nenhum.” Alertaprograma (Minha Casa Minha do sobre o fato de que o banco Vida). Esse que está para alugar não aceita a venda dessa forma, o é meu, eu já fiz na Caixa o negó- presidente do Sinduscon emenda cio”, conta o proprietário. Ques- que, se a Caixa avaliou o imóvel tionado se é permitido alugar um dentro do limite, continua não imóvel que faz parte do programa havendo problema. “Se a avaliado governo, ele responde que não ção está em R$ 100 mil, você não sabe. Um vizinho, que também está burlando nada do sistema, adquiriu sua casa pelo programa porque está avaliado nesse valor. federal, relata que já presenciou a É um assunto que pode dar muivisita de muitos interessados em tas distorções”, afirma. Para Trenalugar o sobrado nº 3, que tem tin, o valor máximo dos imóveis dois quartos pequenos, sala e co- que podem participar do prograzinha conjugadas, banheiro e área ma em Caxias do Sul, R$ 100 mil, de serviço – não tem garagem. é muito baixo para a cidade. “O “Vem gente toda hora olhar”, diz. ideal seria que esse valor fosse um O morador de um sobrado pró- pouco mais alto, que chegasse a ximo, que também faz parte do R$ 130 mil.” Minha Casa Minha Vida, espanAo contrário do representante ta-se com a quantia da Sinduscon, o preque o vizinho quer sidente da Assimob, cobrar de aluguel. “Se você não Nelson D’Arrigo, vê É quase o valor da quiser morar ali, problemas no esqueprestação, de R$ é bom até para ma. “Isso é ilegal. A 600. associação não realugar. Os caras O aluguel e a vencomenda ou aprova. da de imóveis ad- que compraram O programa é para quiridos através do estão alugando aqueles que preciMinha Casa Minha por 550, 600 sam, que tem uma Vida também são pila por mês”, subabitação. Mas o proibidos, confor- diz um corretor que estão querendo me a cláusula 11 fazer é botar a classe dos contratos asmédia dentro dele. sinados com a Caixa. A punição Classe média não precisa do proprevista é a rescisão do contrato grama, eles têm renda que pode de parcelamento e “cobrança in- pagar um pouco mais e fazer uma tegral e à vista do valor de venda, operação sem as vantagens do abatidos os pagamentos já reali- Minha Casa Minha Vida.” Segunzados”. O dono do sobrado n° 3 do D’Arrigo, as 14 imobiliárias pode não ter tido sozinho a ideia ligadas à Assimob “dificilmente” de alugar a moradia que comprou praticam a irregularidade. com ajuda do benefício federal. O presidente da associação Corretores de imóveis indicam o também discorda que o preço caminho do lucro. “Se você não máximo dos imóveis seja baixo quiser morar ali, é bom até para para Caxias. “É completamente alugar. Os caras que compraram compatível com a nossa realidaestão alugando por 550, 600 pila de. É um valor muito bom para por mês”, sugere um corretor ao um apartamento de 50 m². O proapresentar um sobrado que, se- blema é que, infelizmente, os progundo ele, se enquadra no Minha prietários de algumas imobiliáCasa Minha Vida mesmo custan- rias acabam majorando os preços do R$ 110 mil. dos imóveis para chegar ao valor de R$ 100 mil. Não tem por que As entidades que represen- trabalhar com valores diferentes. tam a construção civil e as imo- Infelizmente, às vezes o olho cresbiliárias na cidade têm visões di- ce.” ferentes sobre a venda de imóveis acima do máximo permitido pelo Em Caxias, o Minha Casa financiamento. O presidente do Minha Vida ganhou também uma Sindicato das Indústrias da Cons- versão municipal, batizada pela trução Civil de Caxias do Sul prefeitura de Caxias Minha Casa. (Sinduscon), Valdemor Trentin, O programa local, que utiliza o ficonsidera a prática “normal”. “Se nanciamento da Caixa, foi criado tu tem condições de pagar a di- em julho de 2009 para facilitar o ferença e se enquadrar dentro do acesso de famílias de baixa renfinanciamento, encaramos isso da ao Minha Casa Minha Vida, como uma situação normal. É a reduzindo o valor dos imóveis e adequação do mercado aos pla- das prestações com abatimentos nos de financiamento que se tem.” de impostos (para moradores e Trentin não vê problemas em construtoras) e doação de terrenegociar separadamente com nos do Município para os empreuma empresa e com o banco o endimentos voltados à faixa mais mesmo imóvel. “É um negócio pobre. dele com a construtora. Na rePara o grupo de menor ren-
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
Edital de Intimação de Cumprimento de Sentença (LEI 11.232/2005) 4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul
PRAZO de: VINTE (20) DIAS. Natureza: Execução de Sentença Processo: 010/1.06.0017923-3 (CNJ:.0179231-88.2006.8.21.0010). Exequente: Luizinha Clecir Scortegagna. Executado: Sonia Teresa de Jesus Bueno e outros. Objeto: INTIMAÇÃO de ROSIBEL COSTA DO CANTO, atualmente em lugar incerto e não sabido, para que o(a) (s) devedor(a) (es) pague(m), por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), no PRAZO de QUINZE DIAS, o débito indicado abaixo, mais correção monetária e juros de mora incidentes no período, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. VALOR DO DÉBITO: R$ 4.987,76 + R$ 151,63 (custas cumprimento de sentença) Caxias do Sul, 31 de agosto de 2010. SERVIDOR: Claudiomiro Agustini da Silva. JUÍZA DE DIREITO: Cláudia Rosa Brugger.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA UNIENFER COOPERATIVA DE ENFERMAGEM LTDA NIRE 43.4.00093664 CNPJ 08.216.477/0001-10 A Diretoria da Unienfer Cooperativa de Enfermagem Ltda, no uso das atribuições que lhe confere o Estatuto Social, CONVOCA todos os associados para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária e em sequência, em Assembleia Geral Extraordinária que se realizará no dia 17 de Fevereiro de 2011, tendo como local sua sede sita à Rua Os Dezoito do Forte - 422, Sala 606 – Caxias do Sul RS, em primeira convocação às 13:00 horas com a presença mínima 2/3 dos associados em condições de votar; em segunda convocação às 14:00 horas com a presença mínima da metade mais um dos associados em condições de votar e em terceira e última convocação às 15:00 horas com a presença mínima de 10 (dez) associados em condições de votar, para tratarem do seguinte: ORDEM DO DIA: a) ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA: 2- Prestação de contas dos Órgãos de Administração, referente ao exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2010, acompanhada de Parecer do Conselho Fiscal, compreendendo: a) Relatório de Gestão; b) Balanço Patrimonial; c) Demonstração das Sobras Apuradas ou das Perdas Decorrentes da Insuficiência das Contribuições para Cobertura das Despesas da Sociedade. 3- Destinação das Sobras Apuradas ou Rateio das Perdas Decorrentes da Insuficiência das Contribuições para Cobertura das Despesas da Sociedade, Deduzindo-se, no Primeiro Caso as Parcelas para os Fundos Obrigatórios. 4- Eleição e Posse do Conselho Fiscal; 5- Fixação do Valor dos Honorários Conselho de Administração e Fiscal; 6- Plano de Atividades para a Cooperativa Exercício 2011; 7- Outros Assuntos de Interesse Social. b) ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA: 1- Deliberação e Fixação de Valores Associado Técnico e Auxiliar de Enfermagem, Folguistas (Artigo 45 Estatuto Social, e Artigo 12, II e II Regimento Interno); 2- Deliberação Sobre a Viabilidade de Continuação da Sociedade; 3- Outros Assuntos de Interesse Social. Para efeitos de Quorum o Número de associados é 35. Caxias do Sul RS, 21 de Janeiro de 2011. Vice Presidenta: Enfª. Santina Trajano dos Santos Presidenta: Enfª. Rosalina Cappellaro Andreazza
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André T. Susin/O Caxiense
No loteamento Morada dos Alpes, um apartamento padrão, comprado por R$ 75 mil pelo programa habitacional, teria sido revendido por R$ 97 mil da familiar (até R$ 1.395), é a dos sobre a boca, fazendo um siprefeitura que faz a seleção dos nal para a moradora se calar. beneficiados. Diante da grande Depois que a corretora foi emprocura, foi necessário promover bora, porém, a mulher contou que um sorteio entre os candidatos ainda não está morando no aparàs primeiras 240 unidades dessa tamento porque procura um mais faixa, que serão entregues em ju- próximo de seu local de trabalho, lho de 2011. Ainda neste ano está motivo para querer alugar o imóprogramada a construção de mais vel do Caxias Minha Vida. Ela diz 240 moradias. Seter sido informada gundo o secretário na construtora onde municipal da Habi- “Se tu tem fez a compra de que condições de tação, Flávio Cassio aluguel é permitina, o plano é entre- pagar a diferença do. “E no contrato gar 2 mil unidades e se enquadrar no não diz nada sobre desse tipo até o final compra e venda. Já financiamento, do governo Sartoaté cansei de ler”, ri. “Nós já temos encaramos isso garante, acrescenem torno de 11 mil como normal”, tando que, pelo que inscritos nessa fai- defende Trentin, soube, se alugasse xa. Isso que fecha- do Sinduscon ou vendesse apenas mos as inscrições não poderia mais há cerca de um ano ingressar no proe meio. Se tivesse deixado correr grama do governo para adquirir estaria com mais de 20 mil”, afir- uma casa própria. Na dúvida, ma Cassina. entretanto, a moradora resolveu Até agora, a prefeitura entregou afirmar que estava desistindo de imóveis do Caxias Minha Casa vender ou alugar: “Vai que dá apenas para a faixa seguinte, com problema, perco o apartamento renda até R$ 2.790 – que con- e não tenho onde morar”. Após a ta somente com abatimento de conversa com a reportagem, ela tributos. Um desses empreendi- retirou uma placa de “Aluga-se” – mentos fica no loteamento Mora- também indicava o nome da imoda dos Alpes, no bairro Nossa Se- biliária encarregada da locação – nhora do Rosário. Na manhã de de uma das janelas. quinta-feira (27), duas mulheres Na saída do residencial, ouconversavam na entrada daquele tra placa chama atenção, em um prédio. A repórter disse a elas que apartamento do primeiro andar: estava à procura de apartamentos “Vende-se”. A mulher conta que a para locação. Uma das mulheres vizinha, assim como ela, adquiriu prontificou-se: “O meu está para o apartamento por R$ 75 mil pelo alugar”. Ao serem questionadas programa Caxias Minha Casa. se o aluguel e a venda daqueles “Ela está pedindo R$ 98 mil”, imóveis eram permitidos, a outra afirma. Mais tarde, a reportagem mulher entrou na conversa: “Mas entrou em contato com a dona do onde está o direito à proprieda- apartamento, que informou que o de? Se eu já moro em uma casa negócio já havia sido fechado um de aluguel e compro uma pelo dia antes, na quarta-feira (26). programa, claro que posso alu- Segundo a proprietária, o apartagar ou vender”, disse a mulher, mento foi vendido por R$ 97 mil. que depois foi identificada como a corretora do apartamento que As malandragens para estava para ser alugado. Quando burlar o Minha Casa Minha Vida a reportagem de O Caxiense se não são exclusividade caxiense. afastou, a corretora passou os de- No dia 21 de janeiro, o jornal O
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Estado de S. Paulo denunciou eventuais recursos próprios pagos que algumas unidades foram antecipadamente. “Ao assinar o vendidas no primeiro empreendi- contrato de financiamento, como mento do programa no país, em vendedor, a empresa dá ampla e Feira de Santana (BA), voltado a irrevogável quitação, não podenfamílias que ganham até R$ 1.395 do exigir a cobrança de nenhum – mesma faixa dos 240 aparta- outro valor além daquele já pago mentos que serão entregues em pelo adquirente até a data da assiCaxias do Sul na metade deste natura do contrato, acrescida do ano. Um dos programas eleito- valor do financiamento. Portanto, rais da campanha da presidente eventual prática de cobrar valores Dilma Rousseff (PT) foi gravado à parte, além daqueles constantes nesse residencial. do contrato de financiamento, é Procurado por O Caxiense ilegal e passível de punição ao inpara comentar as irregularida- frator”, afirma a Caixa. des encontradas no programa em Obviamente, a função do MiCaxias do Sul, o Ministério das nha Casa Minha Vida não é traCidades encaminhou a nota à im- zer lucro para seus participantes prensa enviada ao jornal paulista- através de aluguéis ou venda, no, que também é assinada pela muito menos gerar um lucro “por Caixa Econômica Federal e pelo fora” para imobiliárias ou consMinistério do Planejamento, Or- trutoras. “O programa tem dois çamento e Gestão. Nela, os órgãos grandes objetivos: uma política afirmam que “situações seme- anticíclica para criação de emprelhantes às apontadas pela maté- go e renda e a redução do déficit ria foram verificadas no processo habitacional no Brasil”, explica o de monitoramento do Programa gerente da Caixa, Valdir Angst. Minha Casa Minha Vida, no 4º Em Caxias, o déficit é conhetrimestre de 2010, razão pela qual cido. Segundo o Plano Local de foram discutidas e adotadas me- Habitação de Interesse Social didas para enfrentá(PLHIS) – feito pela las”. Secretaria de HabiA nota ainda in- “Algumas tação em parceria forma que os apar- imobiliárias com a Universidatamentos vendidos acabam de de Caxias do Sul irregularmente em majorando os e encaminhado ao Feira de Santana Ministério das Ciserão “retomados, preços. Não tem dades –, faltam cercomo prevê o con- por que trabalhar ca de 8.109 unidatrato”. No dia 22, o com valores des habitacionais no Estado de S. Pau- diferentes”, município e outras lo informou que a critica D’Arrigo 34.038 precisam Controladoria Geral de reformas, como da União (CGU) esadequações para tetudará a necessidade de mudan- rem condições mínimas de saneças das regras do programa para amento básico. Esses números se impedir o repasse indevido de referem a famílias que poderiam imóveis. ser ajudadas pelo Minha Casa MiEm resposta às irregularidades nha Vida. O programa concede apuradas por O Caxiense, a as- até R$ 17 mil de subsídio, além de sessoria de imprensa da Caixa redução de taxas de juros e seguEconômica Federal informou que ros, para incentivar a compra de é imprescindível que o valor total imóveis novos – valor semelhante da compra seja informado no con- à média do que as imobiliárias estrato de financiamento, inclusive tão comprando ilegalmente. 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2011
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Cinema em casa
Gian Vittorio Baldi, com a assistente Marija (E) e os produtores Lissandro e Janete, da Spaghetti Filmes, quer gravar ainda em 2011
SPAGHETTI COM
UM TOQUE DE MESTRE
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“
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por CAROL DE BARBA caroldebarba@ocaxiense.com.br
esejo fazer meu primeiro filme aqui”, brinca o senhor de 80 anos, cabelos branquíssimos, físico de avô querido e sorriso de menino levado, ironizando os números de uma carreira que o coloca entre os melhores diretores europeus de todos os tempos. Gian Vittorio Baldi carrega com uma vitalidade incrível o peso dos 200 curtas e 28 longas-metragens nos quais participou, como diretor, roteirista e/ou produtor, dos dois Leões do Festival de Veneza, da indicação ao Oscar, das colaborações com nomes consagrados no cinema mundial, como Robert Bresson, Jean-Luc Godard e Pier Paolo Pasolini, e do reconhecimento pelo pioneirismo em soluções revolucionárias na realização e na produção cinematográfica – foi o primeiro a quem se atribui o uso da captação de áudio direto (junto com a imagem) na Itália. Remanescente de uma época de ouro do cinema italiano, Baldi viu a região serrana do Rio Grande do Sul, terra onde rodará sua próxima obra, pela primeira vez no dia 22. Escolheu a Serra Gaúcha como cenário para O céu sobre mim (Il Cielo Sopra di Me) sem sequer conhecê-la, mas encantado com o trabalho de dois caxienses, os produtores do longa: Lissandro Stallivieri e Janete Kriger, da Spaghetti Filmes. No enredo, a região é o lar do cientista Gregorio, que vive numa casa comprada de um velho colono, no meio do nada e ao mesmo tempo conectada com o mundo pela tecnologia. Ele relembra seus
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últimos 20 anos, seus amores e experiências, ao mesmo tempo em que trabalha na construção do telescópio mais potente do planeta, no deserto do Atacama. O primeiro contato que Lissandro teve com Baldi foi na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2009. O italiano era um dos homenageados do evento e veio ao Brasil acompanhado pelo jornalista Paolo Meneghini, parceiro da Spaghetti na Itália. “O Paolo nos apresentou, convivemos por um dia e eu me ofereci. Disse que, de qualquer forma, gostaríamos muito de trabalhar com ele”, conta Lissandro. O convite não demorou a chegar. “Sou um curioso. Estou aqui, primeiro, porque é um país maravilhoso. Depois, porque conheci uma pessoa simpática, que casualmente está aqui do meu lado, começamos a nos corresponder, trocar ideias, e encontramos uma empatia”, resume Baldi, deixando o tradutor e fã Lissandro sem jeito. Além da simpatia, o italiano aprovou a competência da dupla. Depois de conhecê-los, mudou até o roteiro do filme, transferindo as gravações que seriam feitas na Itália para a Serra. “Quando falei que vinha estudando e me preparando, que gostaria de ser um produtor, ele me pediu para falar sobre o assunto. Ficou impressionado com a capacidade da Spaghetti, com os trabalhos que já fizemos e nossos planos para o futuro”, orgulha-se Lissandro. Baldi desembarcou no Estado com seus assistentes, Marija Krunic e Manuel Moruzzi, e fica até este domingo (30) para a pré-produção. Lissandro e Janete já esti-
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Produtora caxiense traz à Serra um dos melhores diretores europeus de todos os tempos, com quem trabalha em seu próximo filme
veram na Itália no ano passado ida ao Chile”, diz Ângela. para acertar alguns detalhes com “É uma experiência maraviBaldi, mas essa primeira vinda do lhosa, pelo pique de trabalho e diretor é fundamental para definir porque é uma realidade que ainaspectos práticos e operacionais da não tínhamos vivido. Ele vê do longa. “Já fizemos um gran- o cinema de uma forma muito de trabalho de bastidores envol- peculiar, é contra os preceitos de vendo pesquisas, pré-seleção de Hollywood, não utiliza luz artilocações e casting de elenco, até ficial e usa apenas o som direto, contratos internacionais. Baldi irá sem nenhum tipo de dublagem ou referendar as decisões, fazer suas reforço de pós-produção. Ele é ráescolhas e as adaptações finais pido, grava em pouco tempo, faz no roteiro”, explica Lissandro. A tudo geralmente em ordem croSpaghetti está levando o diretor nológica, tem um modo de trabapara o interior de lhar muito próprio”, cidades como Benrelata Janete, entuto Gonçalves e São “Ele vê o cinema siasmada por trabaMarcos e também de uma forma lhar com o diretor. para distritos de Ca- muito peculiar, é Depois de muitos xias, como Criúva, contra preceitos anos sobrevivendo em busca da locadas produções de ção principal, a casa de Hollywood, cunho comercial, do protagonista. tem um modo tocando os filmes Quanto ao elenco, de trabalhar mais artísticos quaem torno de 35 ato- muito próprio”, se como trabalhos res estão envolvidos relata Janete paralelos, os sócios nos testes, a maioria da Spaghetti consedo Estado, já que o guiram finalmente filme provavelmente será todo em realizar o sonho que deu origem português. De acordo com Ânge- à produtora. “Pela primeira vez la Martins, a produtora executi- estamos trabalhando com cineva, o orçamento e o projeto para ma dessa forma, nesse nível. Com a realização do audiovisual, que certeza, é o maior trabalho que já buscará verba através das Leis de fizemos”, comemora Janete, que Incentivo à Cultura estadual e fe- espera que a vinda do mestre abra deral, só será determinado quan- as portas – e os olhos – da cidade do as tarefas dessa visita forem para a importância da sétima arte. cumpridas, mas a ideia é gravar tudo ainda em 2011. “Na verdade, Gian Vittorio Baldi coBaldi trabalha neste roteiro desde meçou no cinema como crítico 2006, e já fez uma extensa pesqui- e espectador. Ajudava a escrever sa com os cientistas do telescópio, sobre os lançamentos que o irque realmente existe, apoiado por mão mais velho, crítico profissioinvestimentos italianos. Esse pe- nal, não dava conta de analisar. ríodo no Brasil é importante para “Eu era um péssimo crítico, não começarmos o projeto das grava- entendia nada de cinema. Se eu ções, que também envolverá uma gostasse, bastava. E me divertia
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cinematográfica, mas ficou marcado por um karma: as críticas ao sistema e, principalmente, à Igreja. Em sua estreia na direção, ele fez Luciano (1960) – estimulado por Federico Fellini –, um filme sobre um ladrãozinho que, a certa altura da história, menciona ter sido violentado por um padre quando criança. A briga com instituição deu a seus filmes a alcunha de “obras de arte malditas”. Mais do que um cineasta, Baldi é um pensador da sétima arte, ou “um pesquisador que se ocupa do específico da percepção visual”. Leciona na Universidade de Bologna e em mestrados na China e em Nova York. “Escrevi teorias transgressivas do cinema, mas sempre digo aos meus alunos que não acreditem em mim. A partir daquele momento quero que comecem as discussões entre nós, porque a base da minha pesquisa é a dúvida. Por isso digo que é meu primeiro filme”, explica. Baldi é um radical defensor do cinema de autor. A terceirização absurda dos filmes hollywoodianos (um faz uma história, outro adapta o roteiro, outro dirige, um quarto cria o cenário através de efeitos especiais), fruto da industrialização da cultura, para ele é abominável. “Pense no início da escrita, quando se esculpiam as palavras na pedra. Imagina escrever um romance assim – é impossível. Esse é o cinema do passado. Quando comecei, a câmera era uma caixa enorme, precisava de um operador, assistente, diretor de fotografia. A minha teoria sugere fazer um filme com caneta e papel. Não é que eu seja contra toda tecnologia, sou a favor de uma tecnologia que ajude na simplificação do processo. Como as câmeras atuais, menores e mais práticas”, compara. E o cinema está tão cheio desses espécimes que quase afastou o diretor do outro lado das telas – a plateia.
“Não vejo mais, apenas os faço. diferentes. Nos anos 2000, para Como conheço muito a técnica, Baldi, os problemas são essencialsó consigo ver filmes bons. Com mente três: a pobreza, o consutoda a minha experiência, consi- mismo e a ignorância do homem go enxergar todos os defeitos de que não consegue viver em paz. um filme. Então é horrível, é um “Os conflitos provocados pelo sofrimento para mim ver qual- homem estão rumando para um quer coisa que não seja uma obra- nível atômico, mas ele não perprima”, revela. Dentre a sua seleta cebe que o mundo pode sofrer lista de realmente bons, ele desta- uma grande destruição de uma ca dois realizadores hora para outra, initalianos. Um vetedependentemente rano, Marco Belloc- “Por que matar da vontade do ser uns ao outros chio, e um jovem, humano, por exemPaolo Sorrentino. quando filhos plo, vinda do céu. “São autores únicos”, e netos podem Por que matar uns elogia. ao outros quando desaparecer teus filhos e netos A fórmula má- repentinamente, podem desaparegica de Baldi tam- como os cer repentinamenbém se aplica em dinossauros?”, te, como aconteceu O céu sobre sobre questiona Baldi com os dinossaumim. A descoberros? E assim eu te ta científica de excontei toda a histótraordinária importância para a ria do filme”, ele ri, apesar da sehumanidade que está no roteiro riedade do assunto. é baseada em fatos reais. Para Aliás, é com sorrisos e alegria descrevê-la, além da ajuda da que Baldi move as máquinas e as equipe que trabalha no telescó- pessoas que trabalham para copio European Extremely Large locar assuntos tão densos na tela. Telescope (E-ELT), no deserto do Impressionado com a paisagem Atacama, Baldi teve a consultoria da Serra, em suas andanças atrás da renomada astrofísica italiana de locação Baldi foi parar na casa Margherita Hack. “Ela me falou do escultor Bez Batti, e pôde se sobre o universo, sobre o que está surpreender, também, com a beleacontecendo na órbita da Terra, za do povo daqui. “Somos iguais, na galáxia, e fiquei com muita porque somos duas crianças. Due vontade de fazer um filme sobre bambini in una carcaça de vecchi”, o assunto”, conta. A outra parte, o brinca. Janete e Lissandro conhomem que reflete sobre sua vida, tam que houve uma identificação vem das avaliações que ele faz do muito grande entre os dois, que que acredita serem os problemas ficaram amigos e passaram horas do mundo no momento, as me- conversando. Para Baldi, um motáforas tão precisas e marcantes mento de grande prazer e, para em seus trabalhos – em Fuoco!, a equipe, renovação de energias. de 1968, o homem que luta con- “Estamos aqui também para isso: tra o sistema, a religião e a família se divertir. Uma obra não vem e quer recomeçar tudo do zero é bem feita se a gente não se diverte a alegoria da revolução de Maio fazendo”, sentencia o diretor. Ende 1968; em Il temporale (1999), tão, repensando a afirmação de Sarajevo, antes dos conflitos, é a que este é seu primeiro filme, ele capital da Europa, onde convi- volta atrás. “Na verdade, cada vez vem em perfeita harmonia cinco é um Baldi diferente, que faz semetnias e religiões completamente pre o mesmo filme”. André T. Susin/O Caxiense
muito assistindo aos filmes”, relembra. Depois, gostando cada vez mais da área, trabalhou como operador de câmera, montador, buscou uma especialização e só então dirigiu seus primeiros curtas. “Comecei a entender de cinema apenas depois que comecei a estudá-lo seriamente.” Mas Baldi também teve sorte. Ele pertence à linhagem que ocupou o “país da bota” na virada dos anos 60 para os 70, dona de um pensamento único, que fez do cinema italiano, na época, o melhor do mundo para muitos estudiosos. Naquele tempo, em toda a Europa, grandes nomes de muitas gerações, incluindo os pioneiros do Neorrealismo, estavam trabalhando ao mesmo tempo e até juntos. A produção era muito rica, tanto em gêneros populares, como os Spaghetti Westerns e as comédias, quanto nas experimentações. Baldi conseguiu criar um estilo próprio, combinando a tradição do documentário, as inovações vanguardistas e o poder da ficção. Colaborou em filmes de Bresson (Quatro Noites de um Sonhador), Godard (O Vento do Leste), Jean-Marie Straub e Danièle Huillet (As crônicas de Anna Magdalena Bach) e Pasolini (Porcile e Apontamentos para uma Oréstia Africana), construindo uma espécie de ponte entre o Neorrealismo italiano original (anterior ao Modernismo de Rossellini) e a Nova Onda francesa (Nouvelle Vague) dos anos 60. Utilizando conceitos aos quais é fiel até hoje – como não ao enquadramento, aos atores profissionais e à trilha musical, e sim à luz natural e ao som direto –, foi o precursor da cartilha que, mais tarde, se configurou no Dogma 95, manifesto dinamarquês encabeçado por Lars Von Trier. Assim, Baldi chegou à fórmula perfeita que mistura a consistente abordagem documental à poesia
“A minha teoria sugere fazer um filme com caneta e papel”, prega Baldi, defensor da simplificação do processo cinematográfico
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Giovana Mazzochi, Divulgação/O Caxiense
Dioerci Fernando
Trindade
As enchentes que devastaram Santa Catarina em 2008 despertaram em Trindade, 41, a vontade de ajudar. Foi por isso que Trindade se inscreveu no curso de Agente Voluntário da Defesa Civil, onde aprendeu sobre prevenção de acidentes e o que fazer para ajudar. Com as trágicas chuvas no Rio de Janeiro, Trindade viu a chance de concretizar o desejo de contribuir. Participou como voluntário do programa SOS Rio, da prefeitura, e, durante quase 12 horas por dia, durante duas semanas, dedicou-se a organizar os donativos entregues pela comunidade caxiense às vítimas. “Nem foi preciso ir ao Rio de Janeiro, pude fazer minha parte daqui.” Tempo para isso? Trindade, varredor da Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca) estava de férias do trabalho formal.
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André T. Susin/O Caxiense
por Paula Sperb e Marcelo Aramis
Flávio
Dias Poucas pessoas têm uma relação tão próxima com os animais quanto Flávio Dias. Há quase uma década ele dedica o seu tempo aos animais abandonados. Cães e gatos perdidos pela cidade encontram um lar na chácara de Flávio, localizada no Parque Oásis, atualmente com cerca de 450 animais aguardando por adoção. Casado e pai de quatro filhos, atualmente Flávio trabalha como pintor automotivo para poder manter o sonho de cuidar dos animais. Além disso, ele conta com doações para poder comprar os 160 quilos de ração, alimentação diária dos seus melhores amigos. O próximo passo de Flávio, já em execução, é a criação de uma organização não governamental (ONG) para ampliar o projeto.
Márcio
Ramos Ator, diretor, roteirista de teatro – e, com a estreia do curta Do Sétimo Andar (foto), de cinema também – Márcio Ramos é um tímido que se transforma em cena. O primeiro curso de teatro foi aos 10 anos, culpa de uma tia impressionada com a capacidade do menino viciado em novelas de contar o que acontecia em cada capítulo. A mãe apoiou e, se não fossem as dicas e empurrões dela, nada teria acontecido. Depois de passar por aulas na antiga Cooperativa Viva com Arte e pelo grupo Atores Reunidos, ele alça seus próprios voos na Cia 2. Dos primeiros personagens, quatro namorados da protagonista da peça Quase Amores (2003), até o próximo, em O Fauno (2011), foram oito anos de muito trabalho nos bastidores, alegrias no palco, momentos de pensar em largar a arte e até novas descobertas apaixonantes, como as aulas para crianças em escolas municipais. Márcio tem orgulho de dizer que vive do teatro, e completa: “Não é só minha profissão, é o que eu faço da vida”.
Hering | A melhor qualidade do bási- Polvo Store | Aquela imagem que você gostou no papel Moda | Camisetas
Blues Fashion | As melhores marcas da cate-
goria “camiseta legal”, podem ser compradas entre uma cerveja e outra, de madrugada e ao som do blues. A loja, ao lado do Mississipi, abre às tardes (13h na segunda à sexta, às 15h no sábado e 17h no domingo) e fecha com o bar: de segunda a quinta à meia-noite, sexta e sábado às 2h e domingo às 23h. King55, Complexo B, Converse e Is são bons motivos para um intervalo no show.
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co tem quatro endereços em Caxias, nos shoppings Prataviera, San Pelegrino e Iguatemi e na Cia Básica (São Pelegrino). Todas as cores para quem não quer estampa ou prefere fazer a sua. Um clássico.
Regentag | A loja ao lado da La Ven-
dela vende camisetas cool, novas com cara de surradas, ítens de colecionador, com estampas divertidas e conceituais; peças vintage e retrôs. Regentag é dessas marcas que os descolados, as it girls e os hipsters amam, e está sempre nas páginas das revistas nacionais mais bacanas.
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mas acha que seria perfeita se pudesse estampar a sua camiseta, agora pode ficar melhor do que você imagina, em bordado. O valor das peças varia conforme a complexidade do desenho. E a Polvo não tem limites para a complexidade. A loja atende pelo site www.polvostore.com.br, onde você pode enviar a imagem para pedir um orçamento daquela peça que só você terá.
T-Shirts’ Store | Os engraçadinhos se divertem na vitri-
ne da T-Shirts’. A loja de camisetas do Shopping Prataviera tem o maior estoque de peças divertidas. Grandes sacadas de cinema e música, frases famosas, algumas piadas de senso comum e referências à cultura pop, como a The Gaga Law, uma estampa com a seguinte expressão: (Rah)² (Ah)³ + Ro (ma+mama) + (Ga)² + OOh (la)² = Bad Romance.
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Artes
Participe | Envie para artes@ocaxiense.com.br o seu conto ou crônica (no máximo 4 mil caracteres), poesia (máximo 50 linhas) ou obra de artes plásticas (arquivo em JPG ou TIF, em alta resolução). Os melhores trabalhos serão publicados aqui.
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Frank Tartari Fialho | Gênio do Mal |
Criaturas bizarras saem da personalidade marcante dos desenhos de Frank. O ilustrador chama suas figuras de “feiosos”. E é nas cenas e personagens sinistros que Frank encontra a beleza da arte. “Na feiura, no meio do caos, eu encontro harmonia.” O artista, que domina diversas técnicas da ilustração, tem 26 anos. Ele desenha, bem, desde criança, mas a inspiração não vem de berço. “Ninguém na família desenha. Eu é que sou a aberração”, diz o ilustrador dos traços complexos e de monstruoso talento.
FORMIGAS
L
por LEOPOLDO MATEUS BOLZAN CALGARO i algo sobre formigas. E as formigas não me deixaram dormir. Algumas espécies de formigas ao redor do mundo ocasionalmente realizam um suicídio em massa em uma apresentação um tanto incomum. Este fenômeno é chamado de “O círculo da morte”, ou “O espiral das formigas”, ou qualquer outra derivação similar. Tudo acontece quando uma formiga subitamente fica trancada em um círculo, literalmente, andando em círculos. Um tanto incrível! Um tanto absurdo! Logo, mais formigas juntam-se ao loop. Centenas, milhares de formigas dançando, andando a caminho de lugar nenhum. O espetáculo não
tem pressa de terminar, estendese por horas e até dias, quando as formigas começam a morrer por exaustão. A maioria morre, e algumas se dispersam quando percebem que não tem mais nenhuma companheira formiga a seguir. Grande coisa. Nada como uma curiosidade irrelevante sobre o mundo animal para eu prosseguir meu dia indiferente, com mais um conhecimento inútil para ser propagado a esmo, quando as conversas tornam-se monótonas. Né? Errado. Meus pensamentos não foram capazes de esquecer as formigas. Então... PAH! PUH! SCALATCHIBUM! Tão subitamente como Buda,
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de príncipe a asceta. Como uma vaca, de animal a fast-food... Tudo ficou claro. John Lennon said: “Don’t you think the joker laughs at you?” Somos a piada. Sacou? Não? Ok, eu explico. Tudo não passa de uma piada cósmica. Uma grande piada cósmica que seria desaprovada pelos cosmonautas com qualquer resquício de moralidade. Talvez Deus, a Mãe Natureza, Alá, ou até mesmo os alienígenas que regem o universo de acordo com os cientologistas. Não importa quem seja o humorista, faz sentido e é sarcasticamente brilhante!
O círculo da morte das formigas nada mais é do que uma peça teatral tragicômica, que representa a humanidade que, em sua soberba, ignorante e imbecil racionalidade, desperdiça a sua existência em círculos, indo a lugar nenhum, e quando finalmente consomem toda a chama da vida em uma busca incessante por algo que não têm certeza do que é, morrem por exaustão, mas nunca pelo simples fato de terem terminado de viver. E no final, nenhuma risada é tão boa quanto as que damos de nós mesmos. Contemplei minha ignorância fumando um cigarro, mas mesmo assim não consegui dormir. As formigas não me deixaram em paz.
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Guia de Cultura
Fotos: Giovana Mazzochi, Divulgação/O Caxiense
por Carol De Barba | guiadecultura@ocaxiense.com.br
Os caxienses Vinícius Padilha, Márcio Ramos, Gabriel Zeni, Douglas Trancoso e Gabriel Leonardelli atuam no curta Do Sétimo Andar
CINEMA l Amor e outras drogas | Romance. 14h10, 16h35, 19h, 21h30 (leg.) | Iguatemi Maggie, uma mulher que valoriza sua liberdade, e Jamie, um vendedor de viagra cujo jeitão sedutor costuma ser infalível, se envolvem de uma maneira que pensaram nunca fosse acontecer com eles, e até evitaram: estão apaixonados, ou melhor, amando. Como em todo romance, porém, há um grave empecilho. Desta vez, na vida da mocinha. Dirigido por Edward Zwick. Com Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Oliver Platt e Hank Azaria. 16 anos. 114 min.. l Você vai conhecer o homem dos seus sonhos | Comédia. A partir de quarta (3). 20h | Ordovás Alfie e Helena estão casados há 40 anos, até que um dia ele resolve que precisa recuperar a juventude perdida e pede o divórcio. Além de apoiar a mãe, a filha do casal, Sally, precisa lidar com o desejo crescente por seu novo chefe, Greg, e com a crise em seu casamento com Roy, um escritor fracassado que a cada dia se encanta mais pela vizinha que se veste de vermelho. Dirigido por Woody Allen. Com Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Gemma Jones, Freida Pinto e Naomi Watts. 12 anos. 98 min..
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l Brasil Animado | Animação. 13h40 e 17h30 (dub.) (3D) | Iguatemi Uma busca pelo Jequitibá rosa, a árvore mais antiga do Brasil, é o que motiva as aventuras do ambicioso empresário Stress e do diretor de cinema Relax, a primeira produção nacional em 3D. Dirigido por Mariana Caltabiano. Com Eduardo Jardim, Mariana Caltabiano, Fernando Meirelles, Fabiano Perez. Livre. 78 min.. Recomenda l As Viagens de Gulliver | Comédia. 19h20 (dub.)(3D) e 21h20h (leg.)(3D) | Iguatemi Jack Black interpreta um Lemuel Gulliver rockeiro, nerd, egoísta, e aspirante a repórter, que vai em busca do Triângulo das Bermudas e acaba em Liliput, terra dos liliputianos, pessoínhas minúsculas. Lá, o Gulliver moderno aproveita a imponência de gigante. Dirigido por Rob Letterman. Com Jason Segel, Emily Blunt, Amanda Peet e Billy Conolly. Livre. 91 min.. l Dois Irmãos | Comédia. 20h | Ordovás No filme argentino dirigido por Daniel Burman, Marcos, um homem tranquilo, solteiro aos 64 anos, sem grandes realizações profissionais e que passou a vida cuidando da mãe tem uma rixa com a irmã, Suzana, uma agente imobiliária egoísta que não consegue vê-lo feliz. Com Graciela Borges e Antonio Gasalla. 105 min..
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Recomenda l Do Sétimo Andar | Segunda (02), 20h | Ordovás O curta-metragem caxiense foi realizado com o apoio do Financiarte, tem roteiro de Márcio Ramos e equipe formada por colaboradores e integrantes do grupo de teatro Cia 2. O enredo conta a história de quatro irmãos, reunidos após o suicídio do caçula da família, que se atira do sétimo andar. A tragédia provoca uma tentativa de reaproximação entre eles, batalhando pela verdade que talvez nunca conhecerão e pelas memórias de uma família que há tempos não existe. Dirigido por Eduardo Garcia. Com Gabriel Leonardelli, Gabriel Zeni, Vinícius Padilha, Douglas Trancoso e Márcio Ramos. l Os Gremlins | Comédia. Quarta (2), 15h (dub.) | Ordovás Rand Peltzer é um “inventor” que presenteia seu filho com um Mogwai, um ser aparentemente gracioso. As regras essenciais para ter um Mogwai: nunca colocá-lo diante de uma luz forte, muito menos do sol, que pode matá-lo; nunca molhá-lo e nunca alimentá-lo após a meia-noite, mesmo que ele chore ou implore. O filme, de 1984, faz parte do projeto Cinekids. Dirigido por Joe Dante. AINDA EM CARTAZ – De pernas pro ar. 14h45, 17h10, 19h10, 22h10. Comédia. Iguatemi | Enrolados. Animação. 13h30, 15h40, 17h50, 21h40 (dub.) 15h20 (dub. 3D). Iguatemi | Entrando numa fria maior ainda com a família.
Comédia. 19h50, 22h (leg.). Iguatemi | O Turista. Ação. 14h30, 16h50, 19h40 e 21h50 (leg.). Iguatemi | Zé Colmeia – o filme. Animação. 14h, 15h50, 17h40 e 19h30 (dub.). Iguatemi. INGRESSOS - Iguatemi: Segunda e quarta-feira (exceto feriados): R$ 12 (inteira), R$ 10 (Movie Club Preferencial) e R$ 6 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira), R$ 12 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910. | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316. O UCS Cinema permanecerá fechado até 31 de janeiro.
MÚSICA
l Sepultura Cover + Spartans | Sábado (29), 23h É a estreia da banda, formada por Thiago Caurio (bateria), Tiaraju (vocal), Bruno P. Machado (guitarra) e Javier Chancho (baixo), que homenageia um dos grupos brasileiros de maior repercussão no exterior, formado em 1984 pelos irmãos Max e Igor Cavalera. O show de abertura fica por conta da Spartans. Vagão Bar R$ 12 (com nome na lista até a meia-noite) e R$ 15 | Coronel Flores, 789 | 3223-0007
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
l Som Brasil | domingo (30), às 21h30 O projeto será fixo, aos domingos. A estreia é com Juliano Moreira Trio. No repertório, desde samba de raiz até samba rock. As mulheres não pagam. Após, show com DJ Eddy. Portal Bowling R$ 10 (masculino) | RS 453, KM 2, 4.140 | 3220-5758 l Roots Rock Surf | Quarta (2), às 21h30 Shows da banda australiana SPY vs SPY e dos jamaicanos da Inner Circle (daquela música A la la la la long). Os ingressos estão à venda na Optcom (revenda Claro), Mariani Surf Skate, Hot Music Instrumentos Musicais e Ietec Serviços Eletrônicos. All Need Master Hall R$ 30 (3º lote) e R$ 50 (camarote e mezanino) | Castelnovo, 13.351 | 3028-2200 TAMBÉM TOCANDO – Sábado (29): Electric Blues Explosion.Rock e blues. 20h. Mississippi. 3028-6149 | Festa Latina. DJs + banda Los Infernales. Eletrônica e latina. 23h. Pepsi Club. 3409-1900 | Saturday Havana. Eletrônica. 23h. Havana. 32246619 | Summer Flash. DJs e exposição fotográfia. Eletrônica. Move. 3214-1805 | Pietro Ferreti e Bico Fino + Dj Mono. Samba rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Taxi Free. Blues. 22h Vagão Classic. 3223-0616 | Sambeabá. Samba de raiz. 23h. Boteco 13. 3221-4513 | Grupo Barbaquá. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Domingo (30): Flávio Ozelame Trio. Rock e blues. 20h. Mississippi. 3028-6149 | João Villaverde Acústico. MPB. 23h. Boteco 13. 3221-4513 | Segunda(31): Happy Our Dj Aristocrata. Pop rock. 19h. Aristos London. 32212679 | Terça (1): Dj Aristocrata. Pop rock. 19h. Aristos London. 3221-2679 | Fabrício Beck Trio. Rock clássico. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Trio Ternura.
Pop rock nacional e internacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Quarta (2): Dj Aristocrata. Pop rock. 19h. Aristos London. 3221-2679 | Processo IV. Rock clássico. 22h. Mississippi. 30286149 | Os Fliperamas. Surf music. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Maurício e Daniel. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Quinta (3): HardRockers. Rock clássico. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Ana Jardim e Mayron de Carvalho. MPB. 22h. Aristos London. 3221-2679 | Fabricio Beck e Hernan Gonzales. Rock nacional e internacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Macuco. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Só Batidão + DJ Eddy. Sertanejo universitário. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Sexta (4): Uncle Cleeds. Blues. 23h. Aristos London. 3221-2679 | Preto no Branco. Samba rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Mersey Trio. Rock e blues. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Radiofonia + DJ Eddy. Pop rock. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Subbottons. Blues. 22h. Mississippi. 3028-4961 Barbaquá.Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364
EXPOSIÇÕES Recomenda l Frames da Dança | De segunda a sábado das 10h às 19h30, domingos das 16h às 19h A exposição contou com a parceria dos fotógrafos: Carolina Campos, Claudio Etges, Frank Jeske, Gil Grossi, Guilherme Jordani com fotografias de Joel Jordani, Gustavo L. Pozza, Lauro Grivot, Maicon Damasceno, Mário André Coelho de Souza e Maurício Concatto, e curadoria de Mona Carvalho. É realizada pela Unidade de Dança da Secretaria da Cultura em comemoração aos 12 anos da Cia. Municipal de Dança de Caxias do Sul. Catna Café Entrada franca | Júlio de Castilhos, 2.854 | 3212-7348
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AINDA EM EXPOSIÇÃO – Aos Mestres. Giovana Mazzochi e Marcos Clasen. De terça a sábado, a partir das 17h. Galeria em Transição – Moinho da Estação. 3221-4513 | Diversidade Cultural nos Trilhos da História de Caxias do Sul. Antônio Carlos Lorenzett. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, sábados das 8h30 às 12h30. Espaço Cultural da Farmácia do Ipam. 3222-9270 | Grafite Caxias 100 Anos. Coletiva. Visitação livre. Largo da Estação Férrea | Pincéis e Poesias. Ângela Garahy. De terça a sexta, das 9h às 19h; sábados e domingos, das 15h às 19h. Galeria do Ordovás. 3901-1316 | Releituras – Exposição de Roupas dos Anos 80. Coletiva. De segunda a sexta, das 8h às 18h30. Galeria Smed. 3901-2323 | Soulart. Lauro Grivot. De segunda a sábado, a partir das 11h. Aristos London House. 3221-2679 | Vidro: Arte e Transparência. Coletiva. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h, sábados das 10h às 16h. Galeria Municipal. 3221-3697
TEATRO
Recomenda
l AÇÃO (Corpo e Voz) | Segunda, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h O curso irá trabalhar a dramaturgia do ator a partir de jogos de improvisação, conscientização do corpo e técnica vocal. Para alunos com mais de 15 anos, com ou sem experiência no teatro. Os professores são Franciele Duarte, Márcio Ramos e Tefa Polidoro. As aulas iniciam segunda (31) e seguem até sexta (04), das 19h às 21h30. Sala de Ensaio R$ 160 | Júlio de Castilhos, 1.526 | 3028-0261 l Inscrições 13º Caxias em Cena | De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h Os grupos e companhias que desejam participar com espetáculos ou atividades paralelas (oficinas, palestras, debates, etc.) de-
vem encaminhar suas propostas até 31 de março. O regulamento e as fichas de inscrição estão disponíveis no site da prefeitura (www. caxias.rs.gov.br). A 13ª edição do festival será realizada de 13 a 25 de setembro. Unidade de Teatro Gratuito | Centro de Cultura Ordovás | 3901-1316 l Teatro para Crianças | De segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18h | As inscrições devem ser feitas pessoalmente, na Unidade de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura. A oficina, ministrada pela atriz Carla Vanez, conta com o apoio do Sesc de Caxias do Sul e é voltada para o público de oito a 13 anos. A primeira turma já iniciou as aulas, e a segunda será de 31/01 a 11/02, com aulas de segunda a sexta-feira. Unidade de Teatro R$ 10 e R$ 5 (conveniados Sesc) | Centro de Cultura Ordovás | 39011316 l Experimentando o teatro | De segunda a sexta, das 8h30 às 12h, e das 13h30 às 18h30 A oficina será ministrada por Miguel Beltrami e abordará consciência corporal, introdução aos códigos da arte teatral; movimento – velocidade, peso e fluência, composição do personagem, jogos teatrais – improvisação, representação, construção de cenas. A oficina é voltada para profissionais liberais, professores, vendedores, pessoas que trabalham com público, além de futuros atores e atrizes. Aulas de 7 a 11 de fevereiro, das 19h às 21h. Casa de Teatro R$ 140 | Olavo Bilac, 300 | 32213130 l Oficina de Sapateado Americano | De segunda a sexta, das 8h30 às 12h, e das 13h30 às 18h30 Marcelo Donini ensina “a arte de dançar e fazer música com os pés” no espaço da escola Tem Gente Teatrando. A oficina tem
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Foto Joel Jordani, Divulgação/O Caxiense
SEMINÁRIO TÉCNICO-COMERCIAL Em parceria com o Instituto Italiano para o Comércio Exterior e a UCIMU – Associação dos Fabricantes Italianos de Máquinas Operatrizes, Robôs e Sistemas Industriais, o SIMECS realizará no dia 15 fevereiro o Seminário de Intercâmbio Técnico-Comercial Internacional. Estarão presentes industriais de importantes empresas do segmento metalmecânico da Itália. O evento tem como objetivo incentivar o intercâmbio comercial e institucional ítalo-brasileiro, através de rodadas de negócios entre empresários italianos e da região polarizada por Caxias do Sul, representada pelo SIMECS. No dia 15 de fevereiro as empresas italianas farão uma apresentação de seus produtos durante o seminário no SIMECS. A comitiva de empresários italianos também irá cumprir programa de visitas a empresas da região, potenciais fabricantes de implementos rodoviários, montadoras e de autopeças. A vinda dos industriais italianos a Caxias do Sul é resultado do convite feito pelo SIMECS durante a realização de sua Missão Técnico-Comercial à Itália em 2010. MISSÕES / FEIRAS 2011 As empresas metalúrgicas interessadas em participar das missões técnico-comerciais do SIMECS em 2011, já poderão manifestar seu interesse junto à entidade. Neste ano serão realizadas quatro missões, sendo três nacionais e uma internacional. Em nível nacional estão programadas importantes visitas a feiras técnicas. No mês de março será visitada a Feira Eletronic Américas (cujas inscrições já estão abertas junto ao SIMECS). No mês de abril será a vez da Automec e, em maio, a Feimafe. As feiras nacionais serão realizadas no Anhembi em São Paulo. No exterior foram selecionadas a IAA em Frankfurt e a EMO em Hannover, ambas na Alemanha, no mês de setembro. Mais informações a respeito das missões 2011 do SIMECS através do fone: (54) 228.1855.
Frames da Dança comemora 12 anos da Cia Municipal no Catna Café apenas 10 vagas e será de 14 a 18 de fevereiro, das 19h às 21h. Casa de Teatro R$ 190 | Olavo Bilac, 300 | 32213130
RODEIO l 23º Rodeio Crioulo Nacional de Caxias do Sul O evento ocorre no Parque da Festa da Uva e é realizado pela Prefeitura de Caxias do Sul e pela 25ª Região Tradicionalista. Veja a programação. Sábado(29): Final do Festival de Poesia Gaúcha. 17h. Palco 1. | Festival César Passarinho. 20h. Palco 1. | Espetáculo com Joca Martins. 21h30. Palco 1. | Baile com os Tiranos. 23h. Salão. | Domingo(30): Festival César Passarinho. 17h. Palco 1. | Espetáculo com Mano Lima. 19h30. Palco 1. | Programação permanente: Museus do Lixo e da Água. Visitação das 14h às 18h. | Estância da Leitura. Das 9h às 21h. Casa de Vidro.
PARQUE l Parque de diversões | Diariamente, das 10h às 22h O parque tem o conceito de family enterteinment, em que pais entram na brincadeira com os filhos. Magic Torre, Auto Pista e Kid Ride são alguns dos brinquedos disponíveis. Praça de Eventos do Iguatemi R$ 3 a R$ 5 | Shopping Iguatemi
PRAIAS l Arroio do Sal: Sábado (29): Rock de Galpão. Banda
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Estado das Coisas, Neto Fagundes e Paulinho Cardoso. Rock e nativista. 21h. Praça | Banda Filhos de Gaia. Reggae. 23h. Sede | Projeto Ambiental – Ceclimar. Show Balanço de Vaneira. Nativista. 22h. Figueirinha | Quarta (2): A casa faz a festa. 21h Sarau. Calçadão Rua Boa Vista | Quinta (3): Cinema infantil. 15h. Cinema adulto. 21h. Centro Ágora do Arroio | Mania de Você. Sexta (4). 21h. Bairro Atlântico | Biblioteca e Tele Centro. De segunda a sexta, das 14h às 20h l 5ª na Praça | Quinta (03), a partir das 19h Show de música nativista com o cantor Ricardo Pinho e o grupo Legado Gaúcho. Praça XV de Novembro Entrada Franca | Centro, próx. Camelôs | Torres AINDA EM TORRES: Sábado(29): Um casal de dois. Teatro de Rua. 19h30. Casa de Verão Band/Sesc | Sexo, Mentiras e Gargalhadas. Teatro. 21h. Centro Municipal de Cultura | Espaço Nick de Verão. Infantil. Das 10h às 18h. Praia Grande | Domingo(30): Espaço Nick de Verão. Infantil. Das 10h às 18h. Praia Grande | Rock de Galpão. Banda Estado das Coisas, Neto Fagundes e Paulinho Cardoso. Rock e nativista. 21h. Praia Grande | Terça(01): Festa em homenagem a Iemanjá. Cristina de Oyá e Mãe Neusa Cury. 21h e 22h. Prainha | Quarta(02): Festa de Nossa Senhora dos Navegantes. 11h. Rio Mampituba | Sexta(04): Como Agarrar Marido antes dos 40. Teatro. 21h. Centro Municipal de Cultura
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RESOLUÇÃO CONSEMA / PRAZO Através de sua Comissão de Meio Ambiente, o SIMECS solicitou a prorrogação do prazo estabelecido no Art.9º, da Resolução Consema – Conselho Estadual do Meio Ambiente que versa sobre a toxicidade dos efluentes, devido a complexidade das ações técnicas a serem tomadas e dificuldade de atendimento, por parte das organizações, aos limites estabelecidos pela resolução. A intervenção do SIMECS foi exitosa, tendo sido prorrogado o prazo de atendimento aos padrões de toxicidade por dois anos. A formalização da prorrogação se deu pela Resolução Consema Nº 251/2010. A comissão de Meio Ambiente do SIMECS recomenda que as empresas promovam análises regulares de toxicidade em seus efluentes, a fim de elaborar um histórico de resultados e buscar o atendimento aos padrões da Resolução Consema 129/2006 ao tempo em que sua observância será exigida. FERIADOS / COMPENSAÇÃO 2011 será um ano marcado por diversos feriados, muitos dos quais cairão em dias úteis. Diante disso, o SIMECS informa às indústrias do seu segmento que a Convenção Coletiva de Trabalho do segmento metalúrgico trata da compensação de horário em caso de a empresa realizar feriadões próximos a repousos semanais remunerados. A adoção de feriadões deverá ser aprovada por um mínimo de 50% mais um dos empregados em efetiva atividade. Havendo o interesse em realizar feriadões sem a devida compensação, a empresa deixará de pagar o dia correspondente, sem a perda do repouso semanal. Essa opção também dependerá de votação, esta com aprovação mínima de 60% dos empregados em efetiva atividade. COMITÊ PETRÓLEO E GÁS / COORDENAÇÃO O Diretor do SIMECS Oscar de Azevedo é o novo Coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo e Gás do Sistema FIERGS. Azevedo substituiu o industrial Marcus Coester que assumiu a Presidência da AGDI - Agência Gaúcha de Desenvolvimento Industrial do Governo do Estado do RS. O Escritório de Petróleo e Gás da FIERGS tem como missão desenvolver a indústria de Petróleo e Gás, Naval e Offshore e a cadeia de fornecedores no Estado do Rio Grande do Sul promovendo a integração entre as empresas, o governo e a sociedade. Os projetos prioritários para 2011: Apoio para cadastro no Sistema Petrobras (Local e CRCC); Análise das Competências em Processos Industriais de Empresas do Rio Grande do Sul para fornecimento na Cadeia de Petróleo e Gás; Integração e atuação estratégica no Núcleo de Configuração da Política Nacional de Desenvolvimento Produtivo para o setor de Petróleo e Gás; Desenvolvimento e implantação do Programa de Desenvolvimento e Gestão de Fornecedores do RS para o Setor de Óleo e Gás com apoio do PGQP, FIERGS e outras instituições. DIRETORES / CONSELHO Os diretores do SIMECS Osvaldo Voges e José Antônio Fernandes Martins irão integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul. Os empresários caxienses foram nomeados pelo governador Tarso Genro que assinou recentemente o ato que designa os integrantes do CDES-RS. O Conselho terá representações dos trabalhadores, empresários, produtores rurais, agricultores familiares, movimentos sociais, universidades, sindicatos entre outras lideranças setoriais. A instalação do Conselho será em março e as reuniões ocorrem a cada dois meses. É um órgão de consulta e assessoramento do governador, integrando o Sistema Estadual de Participação. O CDES é formado pelo Plenário, Presidência, Secretaria Executiva, Comitê Gestor e Câmaras Temáticas e tem a finalidade propor políticas e acordos de procedimento sobre diferentes temas. Entre os primeiros assuntos em debate está o Piso Salarial Regional, Previdência Pública, Pedágios e diferentes iniciativas para estimular o desenvolvimento regional PROGRAMA SIMECS ENERGIA Com o objetivo de orientar e acompanhar as empresas metalúrgicas quanto à redução do consumo de energia elétrica, terá continuidade em 2011 o Programa SIMECS Energia. Tendo a coordenação técnica do engenheiro Frederico Ostermayer, o programa está trabalhando junto às empresas participantes, caracterizando os potenciais existentes, com medições e definição de pontos a melhorar e ganhos possíveis; constituição e treinamento das equipes internas multifuncionais para dar seguimento às ações de melhoria. Em 2011 o Programa SIMECS Energia também realizará diversos seminários técnicos de orientação. ASSESSORIAS TÉCNICAS O SIMECS informa que em 2011 continuará disponibilizando às empresas do seu segmento, o importante atendimento de suas assessorias técnicas. Para tanto, é necessário que as empresas do segmento metalmecânico estejam em dia com suas obrigações junto ao SIMECS. As Assessorias são compostas por experientes profissionais que estarão orientando e esclarecendo as dúvidas das indústrias metalúrgicas em diversos campos. Mais informações e agendamento, através do fone (54) 3228.1855. SIMECS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul Rio Grande do Sul. www.simecs.com.br – simecs@simecs.com.br
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Dupla por FABIANO PROVIN
O clássico
André T. Susin/O Caxiense
Até os 12 minutos iniciais, antes de faltar energia no Jaconi, o Caxias tomou todas as iniciativas do jogo. Depois da paralisação de 19 minutos o Ju voltou organizado. O mesmo não ocorreu com o Caxias. Os dois gols papos começaram com jogadas pelo lado esquerdo da defesa grená. Segundo o técnico Lisca, o time sentiu muito o primeiro gol e, a partir daí, se desestruturou. “Ficamos desorganizados”, resumiu. O Ju construiu o placar no primeiro tempo e, depois, segurou o pouco ímpeto do Caxias, que conseguiu descontar faltando sete minutos para o final da partida. Neste domingo, dia 30, o Caxias enfrentará o Veranópolis às 19h30, fora de casa. Em seguida, receberá o Inter-SM, no dia 2 (quarta-feira).
Pergunta
O time do Ju que iniciou o CA-JU foi o mesmo que começou a partida contra o Canoas. Naquele dia, Beto Almeida era o técnico – voltou para Caxias do Sul com uma derrota por 2 a 1 e a corda no pescoço. O que aconteceu desde então no vestiário do Jaconi? “O grupo fechou com o Picoli”, sintetizou o vice de futebol Raimundo Demore, com um leve sorriso no rosto.
Públicos
Contratado após
vitória no CA-JU
Na beira do gramado, ele vibrou como um torcedor. E essa vibração foi transmitida para os jogadores. Resultado: como interino, o exzagueiro Edemar Antonio Picoli (ele não gosta de usar o primeiro nome) venceu duas partidas por 2 a 1 – a última delas o clássico CA-JU – e foi efetivado pela direção do Juventude como treinador do grupo profissional. Até o dia 20 de janeiro Picoli era auxiliar de Beto Almeida, dispensado no dia 21. O novo auxiliar de Picoli é Carlos Eduardo de Moraes, que treinava o time júnior (sub-20). Aparentando estar nervoso, Picoli entrou atônito na sala de imprensa do Estádio Alfredo Jaconi na noite do dia 27. Ele recém havia ganho o clássico contra o Caxias e colocado o Ju na liderança da Chave 2 do Gauchão. Concedeu entrevista a uma emissora de televisão e foi rapidamente chamado no vestiário. Voltou com os olhos marejados. Antes dele, vieram para a sala de imprensa o presidente Milton Scola e o vice-presidente de futebol, Raimundo Demore, pouco depois das 22h.
treinador deveria ser extremamente motivador. “Ele jogou aqui por muito tempo e conhece o clube. Pensamos no Picoli como interino e começamos a observar sua condução do grupo. A partir de hoje ele passa a ser um treinador, que está sujeito a todos os riscos. No vestiário, foi muito emocionante”, resumiu o vice de futebol. Demore anunciou Picoli diante da comissão técnica, jogadores e dirigentes.
Religioso, Picoli, 38 anos, ao ser entrevistado, não largou da mão um pequeno terço com uma medalha de Santa Rita de Cássia. No pescoço, tinha um cordão com outra medalha: Nossa Senhora de Caravaggio. O terço ele recebeu antes do CA-JU de Elaine Sironi, funcionária do clube que atua no marketing, que por sua vez ganhou de um torcedor. “Se hoje estou aqui é porque o Casemiro Mior me liberou. Eu tinha um compromisso com ele quando comecei como auxiliar. O seu Juarez Ártico, o Marcos Cunha Lima e o Scola me trouxeram. O Beto Almeida iniciou um trabalho aqui. Eu mudei algumas coisas e o grupo fechou comigo. Agora, preNa demissão de Beto Almei- cisamos manter o foco”, discursou da, Demore havia dito que o novo Picoli.
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Gostei do público que compareceu ao Jaconi para conferir o clássico CA-JU. As 8.479 pessoas geraram uma renda de R$ 105,5 mil. No primeiro jogo do Ju pelo Gauchão, contra o São Luiz, foram 4.478 torcedores (R$ 44,9 mil de renda), sendo 2.921 sócios. No lado grená, apesar de ao término de cada partida o clube não divulgar os dados, segundo consta no borderô oficial entregue à FGF, contra o Pelotas foram 2.725 pessoas (1.685 sócios) para uma renda de R$ 31,4 mil. Contra o Cruzeiro, 3.013 grenás foram ao Centenário (R$ 35 mil) – 2.093 associados.
Reforço
O ex-centroavante Washington, formado na base do Caxias, participou, no dia 25, do encontro futebolístico realizado semanalmente às terças-feiras entre funcionários da Voges Motores, Caxias e conselheiros grenás. O jogo foi disputado na sede campestre da Voges. Conhecido por Co1ração Valente, Washington chegou a formar dupla de ataque com o presidente do clube e da empresa, Osvaldo Voges. O ex-atleta confirmou ao dirigente que viajará com a delegação grená para Brasília, sua terra natal, na estreia do Caxias pela Copa do Brasil (o adversário será o Ceilândia). No final do encontro, Washington presenteou Voges com uma camisa do Fluminense, seu último clube como atleta.
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Rodrigo Fatturi, S.E.R. Caxias, Div./O Caxiense
Picoli saiu do vestiário com os olhos marejados. Aplaudido por torcedores e funcionários, salientou que a primeira coisa a fazer seria uma reunião com a comissão técnica para definir a programação, avaliar atletas. Neste domingo, o Ju recebe o Ypiranga. E na quinta-feira irá a Porto Alegre enfrentar o Inter. “Minha maior alegria é ver o torcedor papo alegre. Vou trabalhar para isso. Hoje percebi que sou um abençoado”, disse Picoli. Ao falar da família – a esposa Roberta e os filhos Matheus e Maria Eduarda, ficou sem voz e encheu os olhos de lágrimas. “Eles são... tudo”, resumiu. Picoli é natural de Caibi (SC), entrou nas categorias de base do Ju após um peneirão em 1989. Foi campeão do Gauchão de 1998 e da Copa do Brasil, em 1999. Na comissão técnica alviverde ele ingressou em janeiro de 2010. Antes, iniciou na atividade no Ypiranga, de Erechim, com o técnico Casemiro Mior. Como jogador, além do Ju, atuou no XV de Novembro (Campo Bom), Guarani (Venâncio Aires), América-RN, Coritiba, Fortaleza-CE, Pelotas e Guangdong Xiongying, Keijan e South China (China). O ex-zagueiro abandonou os gramados em 2009, quando defendeu o Eastern (Hong Kong).
André T. Susin/O Caxiense
Choro
O Caxiense
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Guia de Esportes
Fotos: André T. Susin/O Caxiense
Sesc, Divulgação/O Caxiense
por José Eduardo Coutelle | guiadeesportes@ocaxiense.com.br
Sesc realiza Passeio sobre Rodas em Torres
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O Caxiense
FUTEBOL Recomenda l Juventude x Ypiranga | Domingo, 17h A equipe do Ypiranga terá uma missão dura pela frente: tentar derrotar o Juventude em pleno Jaconi neste domingo. O time de Erechim, treinado por Agenor Piccinini, conseguiu apenas um empate sem gols na última rodada contra o Santa Cruz. Apesar do resultado, a equipe luta pelas primeiras colocações da chave 1 e conta com o fato de ainda não ter sido derrotada na competição. O Ju segue sob o comando do treinador Antonio Picoli e espera que os atacantes Zulu e Julio Madureira mantenham a pontaria afiada. Alfredo Jaconi R$ 20 entrada. Idosos e estudantes portando documentação R$ 10 | Hércules Galló, 1.547, Centro
l Internacional x Juventude | Quarta (2), 17h Depois do clássico CA-JU – seguido pelo jogo com o Ypiranga –, o Ju disputa outro clássico, contra o Internacional. O colorado se reergueu após o tropeço inicial contra o Cruzeiro. As três partidas seguintes renderam três vitórias, sendo a última uma goleada de 4 a 1 sobre o xará de Santa Maria. Beira Rio R$ 20 entrada. Idosos e estudantes portando documentação R$ 10 | Av. Padre Cacique, 891, Praia de Belas - Porto Alegre
l Caxias x Inter-SM | Quarta (02), 20h30 O Caxias volta a jogar diante da sua torcida. O adversário é o Inter-SM, que não obteve bons resultados nas primeiras rodadas e amargura a lanterna da chave 2. Até o jogo contra o Novo Hamburgo, marcado para este sábado, às 20h30, o Inter-SM mantinha a pior defesa, somando 14 gols sofridos. Centenário R$ 20 entrada. Idosos e estudantes Recomenda R$ 10 | Thomas Beltrão de Queil Veranópolis x Caxias | Do- roz, 898 mingo, 19h30 Com o apoio da torcida, o VeraLITORAL nópolis se mantém invencível em casa. Duas partidas foram dispu- l Campeonato Praiano | Sátadas no estádio Antônio David bado, 18h e 19h, Domingo, das Farina e renderam um empate 14h15 às 19h15 | Torres, Praia e uma vitória, quatro pontos ao Grande todo. O técnico Lisca deverá se Doze dos 15 times que dispupreocupar com o poder ofensi- tam a competição na categoria vo adversário. O atacante Eber já Adulto retornam à beira da praia marcou três gols nas quatro roda- para a 3ª rodada do campeonato. das disputadas e pode dar traba- A equipe dos Bebedores FC lidera lho ao goleiro Matheus. a chave C. A última vez em que Antônio David Farina pisaram na areia, no final de seR$ 15 entrada. Idosos e estudantes mana passado, venceram fácil a portando documentação R$ 7,50 | equipe de Passargada por 3 a 0. Dr. José Montauri, 1.409, Paluga- Para este domingo, eles folgam do na – Veranópolis futebol e ficam somente na cerve-
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ja torcendo para que o São Luiz, adversário direto, perca e não passe à frente na tabela. No sábado, segue a 2ª rodada da categoria Coroa. Recomenda l Passeio sobre Rodas | Sábado, 16h | Torres O passeio, para qualquer idade, pode ser feito de bicicleta, patins, skate ou qualquer outro veículo de rodas não motorizado. A largada ocorre em frente a Casa Sesc e segue até a Sociedade dos Amigos da Praia de Torres, num percurso de 3,2km. No final da atividade será sorteada uma bicicleta entre os participantes. Casa Sesc Estação de Verão Inscrição: 2kg de alimentos não perecíveis l 1ª Etapa Municipal de Vôlei de Praia | Sábado, 9h | Arroio do Sal A orla da praia de Arroio do Sal receberá alguns dos melhores jogadores da região. São esperadas pelo menos 15 duplas, entre os naipes masculino e feminino. Pelo fato da etapa credenciar os vencedores para as finais dos Jogos do Sesc, em Torres, espera-se longos e disputados jogos. O campeonato será realizado na arena montada em frente aos guarda-sóis do plano de saúde do Círculo. l Campeonato Municipal de Bocha | Sábado, 9h | Areias Brancas Apesar de ser um evento municipal de Arroio do Sal, quase todos os participantes são caxienses. A competição deve reunir nomes importantes que disputam o Circuito Nacional de Bocha. A prova ocorre no Quiosque do Zezinho, na beira da praia de Areias Brancas.
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Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br
Fábio Rausch, Divulgação/O Caxiense
Rumo ao pluralismo
O ex-governador Germano Rigotto acredita que o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), formado por Tarso Genro, cria um ambiente de cooperação e diálogo no Estado. “Ele expressa o sintoma de uma importante evolução rumo ao pluralismo e à interlocução permanente com a população”, diz o ex-governador, que se apresenta como presidente do Instituto Germano Rigotto de Estudos Políticos e Tributários.
Filme visto
Prefeito de Porto Alegre José Fortunati rompeu com os representantes dos médicos da rede pública da capital. O problema, segundo ele, é a forma como o Simers, sindicato dos médicos do RS, tem se posicionado sobre a criação de uma fundação para gerir o atendimento à saúde. Para Fortunati, a maioria dos profissionais cumpre o horário, “mas há uma minoria que tem de entrar nos eixos e cumprir o horário. Eles se aproveitam da estabilidade para não trabalhar.”
Para queimar
As especulações sobre a possibilidade do secretário de Segurança e Proteção Social, Roberto Louzada, assumir o gabinete da deputada Maria Helena Sartori (PMDB) nasceram nos corredores da prefeitura. E podem ser identificadas como “fogo amigo”. O prefeito José Ivo Sartori anda atrás é de um diretor para a Secretaria (depois da exoneração de Álvaro Moreira), a fim de auxiliar o trabalho de Louzada. Além do coronel Barden, esta semana outro nome passou a ser lembrado para o cargo: o coronel da Brigada Militar, agora na reserva, Telmo Machado de Souza.
As coisas mudarão em fevereiro. Com o retorno de Clauri Flores (PT) à Câmara de Vereadores, ocupando a vaga deixada por Assis Melo (PC do B), e a ascensão de Rodrigo Beltrão à liderança do PT, a bancada oposicionista mostra-se disposta a fazer... oposição. Com responsabilidade e permanente vigilância diante do governo Sartori.
Ausência sentida
Novo tempo
A reforma a que foi submetido, esta semana, o desvio de pedágio de Vila Cristina deve ter sido a última realizada (pela prefeitura) durante o governo Tarso Genro. A partir de agora, espera-se o cumprimento das promessas de campanha do governador, no sentido de mudar o modelo de concessão de rodovias no Rio Grande do Sul e, entre essas modificações, extinguir o pedágio de Farroupilha. Isso até 2013, quando vencerem os atuais contratos com as concessionárias de rodovias gaúchas.
Com todo gás
FORMALIDADES E
FRASES DE EFEITO Ao visitarem o novo comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo da Serra, seis vereadores, de diferentes partidos, fizeram ver ao coronel Nicomedes Barros (foto) que a comunidade caxiense não se deixou levar pela indelicadeza cometida na cerimônia de sua própria posse, à qual ele não esteve presente. Os parlamentares reforçaram na ocasião o sentimento de eficiência que os caxienses têm em relação ao trabalho desenvolvido pela Brigada Militar no combate ao crime. Avesso a formalidades, o coronel Barros passou por cima da liturgia do cargo e da oportunidade que uma cerimônia assim proporciona para se conhecer e se aproximar das pessoas que estarão ao seu lado, ainda que indiretamente, na busca por melhores condições de segurança na região.
no cargo que não precisa de amigos para garantir a segurança. Para isso, bastaria, segundo ele, o efetivo policial. Como esse efetivo é bem menor que a necessidade das ruas e a carência de material é uma realidade, deficiências que sempre foram combatidas de uma forma ou outra pela comunidade (principalmente empresarial), talvez o coronel Barros tenha se precipitado nas afirmações. O mal-estar criado será superado a partir de agora na série de visitas que o oficial da BM pretende fazer nos próximos dias.
Indisposto com a região do Vale dos Sinos, onde atuava, o coronel Barros chegou a ser convidado para a Corregedoria da BM. Não aceitou a indicação porque odeia burocracia. Prefere se posicionar nas ruas, no combate à violência – que é, por sinal, o papel da Brigada Apreciador de frases de Militar. Nesse sentido, a comunidaefeito, o novo comandante do CR- de regional tem muito a contar com PO-Serra disse ao ser anunciado a atuação do novo comandante.
Chama atenção a ausência do ex-vereador Vitor Hugo Gomes – o homem de Tarso em Caxias – no Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social. Mesmo que Vitor tenha feito questão de não ocupar qualquer cargo de confiança no governo, imaginava-se que, pelo menos, faria companhia a integrantes caxienses do Conselhão, como José Antônio Fernandes Martins, Osvaldo Voges e Guiomar Vidor.
Terra e ar
O adiamento da entrada em operação de uma linha gratuita de ônibus da Azul, entre Caxias do Sul e Porto Alegre, pode ter o dedo rival. A Gol, que detém o controle acionário do Expresso Caxiense, não quer saber de concorrência no ar e muito menos em terra. A Azul pretende com isso acelerar as negociações para explorar a ligação aérea entre Caxias do Sul e Campinas, base da empresa.
Disputa interna
Edson Néspolo, Vinicius Ribeiro e Kalil Sehbe de um lado; Alceu Barbosa Velho de outro. Esse será o embate entre lideranças pedetistas da cidade na formação do novo diretório do partido. A definição acontecerá somente no fim do ano (nem tem data marcada ainda), mas será fundamental para garantir maioria e, em consequência, indicar o candidato do PDT à prefeitura em 2012.
Fome de poder Não vou tolerar comandantes que não estiverem integrados. Se eu souber que a integração não está ocorrendo, vou mexer no comando da Civil e da Brigada Militar Secretário estadual de Segurança, Airton Michels, na reunião-almoço da CIC, ao falar sobre o combate à violência na cidade
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Partidos aliados estão indignados com os nomes que passaram a ocupar cargos de 2º e 3º escalão do governo Tarso, como o das coordenadoras regionais Solange Sonda (Saúde) e Márcia Fernandes (Educação). O PT – ou uma ala dele – não aceitou qualquer tipo de discussão para essas indicações. A falta de diálogo terá reflexos nas definições de candidaturas (e apoios) locais no ano que vem.
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O Caxiense
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