Edição 69

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Março | 2011

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A BATINA

69 Ano ii

Victor Hugo,

um artista entre mulheres e melancias

CONTRA O CASAMENTO

Caxienses que deixaram de ser padres para constituir família continuam próximos à Igreja, mas gostariam que ela mudasse e lhes permitisse voltar a exercer o sacerdócio. O bispo da cidade defende o contrário: os seminaristas devem ser cada vez mais preparados para o celibato

Dupla

CA-JU O Juventude, para variar, tenta se reorganizar

Ana Corso

quer investigar a habitação

Roberto

Hunoff O troca-troca das empresas nos cargos de gestão

Os casais da

André T. Susin/O Caxiense

Festa da Uva

R$ 2,50


Índice O Caxiense entrevista | 5 Ana Corso (PT) fala do confronto com Francisco Rech (PP) e de suas suspeitas na área da habitação

68 Ano ii

Francisco Rech e os dois lados do balcão

Roberto

HUNOFF Duas perdas históricas no comércio caxiense

Raulino, a história de um monólogo Renato

HENRICHS Novo aeroporto gera conflito entre situação e oposição

O TRAUMA DA INFÂNCIA

SEM CRECHE Embora afirme ter construído 11 escolas infantis desde 2004, chegando hoje a 36, a prefeitura admite que ainda faltam 22 para dar conta da demanda. A insuficiência da rede municipal gera protestos nos bairros, onde as mães recorrem a creches improvisadas, e joga no colo das empresas a tarefa de remediar o problema

Muito boa a matéria de capa da edição 68 sobre a falta de creches em Caxias. No bairro Vila Lobos também precisa! Clarissa Silveira

Astor Schmitt e a briga pelo poder na Fiergs

André T. Susin/O Caxiense

Roberto Hunoff | 4 Escassez de mão de obra qualificada em Caxias já atinge cargos de gestão

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Fotos: André T. Susin/O Caxiense

A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site

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Igreja | 8 A vida de casado depois da batina Pontos de Cultura | 11 Chance para comunidade produzir sua própria arte Artes | 12 A bandeira, a revolta e o povo brasileiro Guia de Cultura | 13 Almodóvar, Nelson Rodriques, o casal Pierre et Gilles e David Lachapelle inspiram peça O Matador de Santas, com Ângela Vieira Boa Gente | 16 Tendências em design, sustentabilidade e mercado da fotografia. As cinco melhores costureiras de Caxias Perfil | 17 Victor Hugo Porto revela o que as suas musas escondem Dupla CA-JU | 21 A nova crise do Ju e o embalo do Caxias Guia de Esportes | 22 Vôlei para valer no Parque dos Macaquinhos Renato Henrichs | 23 Uma festa feita por casais, sem se preocupar com críticas solitárias

@danieldalsoto Mais uma vez, uma criativa capa do jornal @ocaxiense no final de semana, e grande reportagem. Parabéns! #edição68 @eloisafrancisco Adorei a matéria de @ocaxiense com o Raulino Prezzi. Sensível, emocionante, mais uma acertada do jornal! #edição68 @VgnrBrrt Perfeita a reportagem da @caroldebarba sobre o Raulino. Parabéns para ela. #edição68 @tricke Nada melhor do que começar o dia com o @ocaxiense impresso e com capas sempre muito críticas e criativas. #edição68 @leooportella Já li todas as reportagens do @ocaxiense dessa semana! #edição68

@rsluan Bah, eu acho muito tri as capas do jornal @ocaxiense. #edição68

@KathiBrusa Assinei @ocaxiense e ganhei dois ingressos pra peça Sobre Saltos de Scarpins no domingo. Valeu!! #assinaturas

NO SITE

Expediente

Redação: André Tiago Susin, Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor assistente), Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita Comercial: Pita Loss Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo

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Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120

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O Caxiense

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Creche e Orçamento Comunitário | Agora virou moda a prefeitura justificar suas incompetências com erro de digitação. Conta outra, vai. Enquanto isso o povo vai ralando… João Dorlan Zagueiro do Ju na Seleção Sub-18 | Ao menos uma noticia boa do Ju. Parabéns e sucesso ao Bressan. Lisandro André O Caxiense produziu um vídeo no estilo Canal 100, que passava nos cinemas e depois na TV (alguém lembra?), com imagens do emocionante Caxias 4 x 3 Canoas. iPad e iPhone | Toda a coleção de edições do jornal O Caxiense está disponível para download gratuito no iPad. No aplicativo para iPhone, fique informado diariamente com as notícias do site. O Caxiense é o 1º jornal do Sul do Brasil no iPad e o único no iPhone.

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A Semana

André T. Susin/O Caxiense

editada por Felipe Boff | felipe.boff@ocaxiense.com.br

Na CIC, governador Tarso Genro (ao lado do prefeito José Ivo Sartori) prometeu definição sobre o aeroporto dentro de 60 dias

SEGUNDA | 21.mar Concurso da rainha abre inscrições no dia 4

Aos mulheres que sonham em representar o maior evento de Caxias do Sul terão 48 dias para se inscrever no concurso da rainha e das princesas da próxima Festa da Uva. A partir de 4 de abril, a festa começa a conhecer a candidatas que disputarão a coroa na grande noite da escolha, marcada para 3 de setembro. A eleição da corte assinala o início da divulgação da festa, que em 2012 ocorrerá de 16 de fevereiro a 4 de março.

Tarso diz que anunciará aeroporto em 60 dias

Em reunião-almoço na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), o governador Tarso Genro (PT) assumiu um compromisso em relação ao novo aeroporto regional. Prometeu apresentar em 60 dias uma definição sobre a localização ideal. Mais do que isso, reconheceu que, até aqui, Vila Oliva é o lugar favorito, como indicam os levantamentos técnicos concluídos no governo anterior. Tarso afirmou que sustentará a escolha em um estudo mais completo, mas, diante da inviabilidade de Monte Bérico, que disputava o aeroporto, as chances de haver uma surpresa são mínimas. Um aspecto importantíssimo do discurso do governador, que para alguns passou despercebido: a promessa inclui apontar de onde virão os recursos para a obra. Uma prova de que o Estado não só quer resolver a questão da localização, mas efetivamente dar início à construção do aeroporto.

TERÇA | 22.mar Ponto dos servidores deve ser controlado por digitais

para se tornar muito mais eficaz. Conforme o secretário de Recursos Humanos e Logística, Edson Mano, assim que receber algumas informações que faltam o Município lançará edital para a compra de relógios biométricos, que vão registrar o horário de entrada e saída dos funcionários a partir da leitura de suas digitais. Mano calcula que, em uma primeira etapa – que não incluiria os professores, por exemplo –, seriam necessários entre 50 e 80 aparelhos para atender a cerca de 3 mil servidores. O investimento pode alcançar R$ 240 mil. Uma das maiores expectativas, porém, é saber se o novo sistema será usado pelos médicos – parte da categoria, assumidamente, não cumpre seu horário. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), João Dorlan, aprova a ideia, mas desde que ela valha para todos, inclusive os médicos.

Representantes de Caxias no Plano Plurianual

Aumentar o investimento produtivo e tecnológico, fomentar a cooperação e integração internacional, expandir a infraestrutura social e recuperar as instituições públicas são as intenções do Plano Plurianual Participativo (PPA), apresentado pelo governador Tarso Genro em Caxias – primeira cidade do interior a receber um seminário do programa, na noite de segunda. Além do espaço para representantes da sociedade, o encontro serviu para eleger membros do Conselho Estadual do PPA. Por Caxias, o reitor da UCS, Isidoro Zorzi, o assessor técnico do Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (Corede) Miguel Brezolin e a líder comunitária Tânia Menezes.

QUARTA | 23.mar

A se confirmar o plano da pre- Medicamento para feitura, o controle de ponto dos mães está em falta servidores municipais tem tudo A escassez nacional da Imuno-

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glubolina Anti-Rh já afeta Caxias. O medicamento, fundamental para mães de Rh negativo que tenham gerado filhos com fator sanguíneo diferente, desapareceu dos hospitais da cidade – Pompéia, Geral, Círculo e Saúde estão sem. Aplicada em forma de injeção, a Imunoglobulina previne que a mãe desenvolva anticorpos anti-Rh, que afetariam uma próxima gravidez, caso o filho também seja Rh positivo. A falta do remédio deve-se ao fato de ele ser fabricado por apenas dois laboratórios, e um deles está envolvido em uma processo de transferência da patente. Além de entrar em contato com os laboratórios – sem obter resposta –, a Secretaria Municipal da Saúde comunicou o Estado e pediu que o Ministério da Saúde também fosse informado da situação.

QUINTA | 24.mar Clientes denunciam venda casada em financiamento

A habitação em Caxias continua gerando denúncias, e parte delas se referem, mais uma vez, à Itaperu Negócios Imobiliários, empresa da qual é sócio Francisco Rech, que deixou o cargo de diretor da Secretaria de Obras. Moradores do Residencial Alto Paraíso acusam a empresa de ter forçado a venda casada de outros produtos da Caixa Econômica Federal no momento de encaminhar o financiamento dos apartamentos pelo programa Minha Casa Minha Vida. A Itaperu é credenciada como Correspondente da Caixa. Conforme o síndico do residencial, Fernando Oliveira, todos os 60 condôminos foram pressionados a adquirir um cartão de crédito, um seguro de vida ou um título de capitalização do banco na hora de assinar o contrato do financiamento na imobiliária. Oliveira diz ter ouvido de uma funcionária que, se não contratasse um outro produto, isso iria “influenciar na aprovação do financiamento”, e que “a Caixa não

seria obrigada a vender o imóvel”. Somente um dos proprietários se recusou a comprar um produto do banco. Francisco Rech, da Itaperu, não quis comentar. A Caixa, que já havia recebido queixa, esclarece que a venda casada é proibida. Aguarda-se que o banco apure as responsabilidades como fez em relação à cobrança de valores por fora do Minha Casa Minha Vida, revelada pelo jornal O Caxiense.

SEXTA | 25.mar Rech questiona conjuntos habitacionais irregulares

De outro lado, o sócio da Itaperu, Francisco Rech, que também foi secretário da Habitação no primeiro mandato de Sartori, também aponta problemas na área envolvendo o poder público. Em entrevista publicada na edição passada de O Caxiense, Rech disse que na administração anterior à de Sartori foram feitos conjuntos habitacionais de forma irregular. Ele se referia à Cooperativa Habitacional Marianinha de Queiroz e aos condomínios Canyon e São Vicente, que somam 124 apartamentos e 72 sobrados, custeados pelo Fundo da Casa Popular (Funcap), com recursos do Município. Rech afirmou que as construções não teriam as aprovações necessárias na prefeitura nem registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). O atual secretário da Habitação, Flávio Cassina (PTB), rebate: “As obras foram aprovadas pela equipe técnica da Habitação. Foram realizadas de forma legal, com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)”. No entanto, por falta de acerto entre Município e moradores, os imóveis ainda não estão regularizados. Falta individualizá-los, e até agora os condôminos ainda não pagaram por eles. Um dos moradores do Marianinha, por exemplo, mora há 10 anos e não pagou qualquer parcela do financiamento nem um centavo de IPTU.

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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br

Lançada em agosto de 2009, a Geração 7 de ônibus da Marcopolo já atingiu volume de 4 mil unidades comercializadas, número que corresponde a um ano de produção das montadoras europeias. Na semana que passou a empresa completou a linha com os modelos top: double decker e low driver, que exigiram investimento próximo a R$ 10 milhões. A expectativa de vendas destes ônibus é de 1,1 mil unidades neste ano, crescimento de 20% sobre 2010, com mais de 85% seguindo para o Exterior. O presidente do Conselho de Administração, Paulo Bellini, lembrou no lançamento que a empresa pode montar carroçarias sobre 16 marcas diferentes de chassis, que colocam à disposição do mercado quase 160 modelos. A Marcopolo movimenta diariamente na sua produção mais de 1,5 milhão de itens.

Chances na Copa

A CIC e a prefeitura de Caxias do Sul promovem o fórum Caxias Campo Base Copa 2014 para discutir as oportunidades locais e regionais com o Mundial de Futebol. Na avaliação dos organizadores, será o momento de conscientizar a região a respeito dos negócios e benefícios que um evento dessas proporções trará aos mais diversos setores da economia. A programação transcorre na terça-feira (29), a partir das 14h, no auditório da CIC.

Ganhos reais

Estudo do Dieese apontou que 87% das negociações coletivas de salários resultaram em ganhos reais no Rio Grande do Sul. Em torno de 60% tiveram reajustes de dois a três por cento acima do INPC. Em outros 10% houve apenas a reposição da inflação e 2,9% dos casos ficaram abaixo. Os maiores ganhos foram registrados nas indústrias de calçados e metalmecânica e as perdas se concentraram no setor de serviços. No comércio, todos os acordos foram fechados acima da inflação.

Waner Biazus/Marcos Andras, Div./O Caxiense

Geração sucesso

DISPUTA POR

GESTORES A falta de pessoal qualificado para a área de produção é considerada como grande desafio para a continuidade do crescimento das companhias. Essa situação tem gerado forte disputa, com a consequente elevação dos salários. Mas a briga se estende também aos cargos de gestão. Tem sido comum a troca de empregos, principalmente de

Investimento

A Vinícola Perini, com produção em Caxias e Farroupilha, investirá R$ 9 milhões na modernização da estrutura de vinificação e elevará a capacidade de engarrafamento. A intenção da companhia é transferir para Farroupilha a estrutura

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existente em Garibaldi. A empresa fechou o ano passado com venda de 8 milhões de litros, dos quais 3 milhões em sucos. Neste segmento a meta é crescer mais de 30%, para 4 milhões, com média geral de 20% com os demais produtos.

Consumo

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio aponta que a Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas chegou a 135,5 pontos em março, elevação de 5,5 pontos na comparação com feverei-

ro. Em relação ao mesmo período de 2010 a evolução é de 7,7 pontos. Para o presidente do Sindilojas, Ivanir Gasparin, o resultado devese principalmente ao bom desempenho do mercado de trabalho.

Movimento

Em sua campanha por melhores propostas nos programas de participação nos resultados, o Sindicato dos Metalúrgicos mobilizou, na semana que passou, os funcionários da Mundial. Depois de duas horas de negociações, com produção pa-

Crédito cooperativado A Unicred Nordeste, cooperativa de crédito sediada em Caxias do Sul, prepara a abertura de sua corretora de seguros. Embora focada no seu quadro de cooperados, a Unicred estenderá a prestação do serviço para o público em geral.

gerentes, que assumem como diretores. Quando o profissional não é encontrado na cidade, o que é muito comum, a saída é prospectar em outros mercados, inclusive do centro do país. E não são apenas grandes empresas tirando funcionários da médias e pequenas. Estas também estão firmes na disputa por gestores qualificados.

Crescimento

O Shopping Iguatemi Caxias registrou incremento de 17% nas vendas no primeiro bimestre do ano na comparação com igual período de 2010. Seu superintendente, João Lopes de Almeida, projeta excelen-

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rada, houve acordo para o pagamento de R$ 600 em duas parcelas, sendo a primeira no dia 30 abril. A empresa também concordou com a licença-maternidade de 180 dias. A ideia inicial da companhia era de não pagar nada.

tes resultados para o exercício. Novidade no shopping é o Iguatemi Office, planejado para receber escritórios comerciais. São dois prédios, com espaços para locação de 287 a 552 metros quadrados.

Informática

Para disseminar suas vendas nos bairros de Caxias do Sul e cidades menores, a diretoria da BitcomNet desenvolveu a estratégia denominada Agentes Credenciados. Os proprietários de pequenos estabelecimentos passarão a ofertar planos de acesso à internet da BitcomNet. Em menos de dois meses foram fechadas 13 parcerias, sendo seis em Caxias do Sul, resultando na concretização média de 40 acessos novos por mês. A meta para o semestre é somar 15 lojas em Caxias do Sul e chegar a outros cinco municípios.

Otimismo

O empresário Nido Costa, diretor da Geconsul - Gerenciadora, Engenharia e Consultoria, de Caxias do Sul, estabeleceu meta de crescimento de 15% para este ano. O otimismo deve-se ao encaminhamento de contratos para a gestão de novos empreendimentos e aceleração de obras em andamento e em fase de conclusão. No planejamento deste ano uma das prioridades da empresa é fortalecer sua atuação no setor comercial. No momento a empresa trabalha na finalização da ampliação da unidade industrial da Sul Corte, em Caxias do Sul; na construção do Shopping Pátio Chapecó, em Santa Catarina; na nova área comercial da Sul Peças Veículos, localizada no Villagio Iguatemi; e aguarda a liberação ambiental para início das obras da chilena BBosch Sul em Farroupilha.

Curtas

Estratégias de gestão para figurar no Great Place to Work será o tema da palestra da gerente de Operações da Cultura Inglesa, Fátima Lima, na reunião-almoço de segundafeira (28) na CIC de Caxias do Sul. O evento será alusivo aos cinco anos da escola de idiomas na cidade. O Centro de Ensino Empresarial está com as inscrições abertas para cursos de curta duração. Em sua maioria são opções de 20 horasaula, ministrados por professores da Fundação Getúlio Vargas. O Centro Empresarial de Flores da Cunha, em parceria com a Fábrica de Móveis Florense, promove jantar-palestra com o exministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega. Ele falará sobre as Perspectivas da Economia Brasileira na quarta-feira (30), a partir das 19h30, no Clube Independente.

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André T. Susin/O Caxiense

O Caxiense entrevista

Vereadora petista prega a necessidade de se investigar o caso: “O ideal seria uma CPI, óbvio. Mas não tem voto, eles jamais iriam aprovar”

“É IMORAL, NÃO É ÉTICO” Ana Corso (PT) reforça críticas a Francisco Rech (PP), ex-CC e empresário do setor imobiliário, e levanta mais suspeitas

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por ROBIN SITENESKI robin.siteneski@ocaxiense.com.br

utora da acusação que derrubou o diretor geral da Secretaria de Obras, Francisco Rech (PP), a vereadora Ana Corso (PT) tem mais suspeitas sobre a área habitacional em Caxias. Ana revelou que Rech, ex-secretário da Habitação durante todo o primeiro mandato de José Ivo Sartori (PMDB), é sócio da Itaperu Negócios Imobiliários. A condição dupla de empresário do setor e cargo de confiança do poder público de Rech veio à tona quando se descobriu que a Itaperu era uma das responsáveis pela comercialização do Residencial Puerto Vallarta, obra vizinha ao Aeroporto Hugo Cantergiani que foi embargada a pedido do Departamento Aeroportuário do Estado (DAP). A interdição deve-se ao temor de que a conclusão do prédio, previsto para ter 10 andares, possa afetar o tráfego aéreo. Ana levou essa e outras questões à Câmara, apresentando três pedidos de informação ao Executivo: um somente sobre o Puerto Vallarta – a prefeitura tem até o dia 9 de abril para responder –,

outro mais amplo, sobre os programas de financiamento habitacional que têm participação da prefeitura, e um terceiro que não foi aprovado pelos colegas, a respeito do Residencial Sul, no bairro Santa Corona – que, segundo a vereadora, também poderia atrapalhar o funcionamento do aeroporto. A petista prepara um dossiê desses casos para entregar ao Ministério Público Federal. Por que a senhora acha que a construção do Puerto Vallarta foi liberada? (risos) Eu tenho as minhas dúvidas. Os técnicos da prefeitura, que são funcionários de carreira, na minha avaliação, sabem das restrições de construção naquela região. Então, é inexplicável, no meu ponto de vista, que se tenha cometido essa irregularidade. Não sei o que aconteceu, tanto é que fizemos o pedido de informação para ter todo o processo e ver quem é o responsável técnico que assinou. Fala-se em legislação. Como já existe o Código Brasileiro de Aeronáutica e estão gravados no Plano Diretor os planos de aproximação, de fato chama a

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atenção terem liberado a constru- ma edição de O Caxiense, Rech ção de um prédio daquele tama- disse que suas denúncias sobre nho. É uma coisa que passa por o suposto envolvimento dele na nove secretarias e todas dão o seu aprovação do empreendimento aval. Quando aprovamos o Caxias eram de cunho pessoal. Minha Casa, falava-se em agilizar Isso não é verdade. Se fosse o os processos. Agora, Francisco Rech ou deve-se agilizar os o Joãozinho, não processos naquilo “Quando ele interessa. O que esque determina a lei, (Rech) veio para tou questionando é fora disso é compli- o poder público, uma relação errada, cado. que não pode haver. tinha que se O que acho mais A senhora suspeita afastar da surpreendente na empresa por que foi erro de um entrevista é que ele técnico ou pressão uma questão não considera que de alguém em um de moralidade isso seja um propatamar mais alto? blema. Quando ele e probidade” Não gostaria de veio para o poder afirmar que foi isso público, tinha que (por pressão). Mas primeiro se afastemos dúvidas de que possa ter tar da empresa por uma questão sido passado pelo secretário (de ética, de moralidade e probidade. Urbanismo, Francisco Spiando- Não quero dizer que ele tenha inrello), o que também não posso fluenciado. Independente de faafirmar. Agora, temos que ver zer pressão ou não – que é o que como ficam esses proprietários a gente supôs e por isso pedi uma (dos apartamentos). Sabemos de sindicância –, já é uma relação casos em que já deram R$ 30 mil complicada, porque ele pode se de entrada e vão pagar o restante beneficiar de toda a liberação de em 20 anos. projeto que sai. E ele é, particularmente, o detentor maior da venda Na entrevista publicada na últi- desse empreendimento. 26 de março a 1º de abril de 2011

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A senhora acha que ele pode ter Agora ficou claro para todo munse beneficiado por ter ocupado o do. cargo? Se nós não fôssemos oposição e A senhora acha que ele pressioisso tivesse ocorrido no nosso go- nava pela liberação das obras? verno, não tenha dúvida que haSó o fato de ele ser sócio de uma veria uma CPI insempresa privada talada na Câmara. que comercializa É de ir buscar tudo “Quando ele unidades habitao que aconteceu. (Rech) veio para cionais de projetos Tudo que foi terre- o poder público, liberados pela preno comprado, áreas feitura, mesmo não tinha que se adquiridas. Tenho tendo feito nada afastar da recebido denúncias para isso, já é compedindo que averi- empresa por plicado. Estar dos guemos áreas que uma questão dois lados do balcão foram adquiridas de moralidade é inadmissível. Tannesse período em to que ficou insuse probidade” que ele foi secretátentável sua permario e mesmo agora, nência no governo. empreendimentos que tiveram recursos da prefei- Rech foi secretário da Habitação tura. O Residencial do Leste (co- por quatro anos. Por que não se mercializado pela imobiliária de denunciou antes que ele mantiRech) é uma parceria entre Caixa nha um negócio relacionado ao e prefeitura para, pelo que enten- cargo? di, pessoas de baixa renda. Teve Eu não sabia de nada disso. aportes de recursos da prefeitura Nem imaginava. Por isso tomei e deveria ser de zero a três salá- toda a cautela. Quando o pessorios mínimos. E para que ter uma al falou “investiga que é o Rech imobiliária se tem uma Secretaria que está no meio”, pensei: “Será de Habitação? Então fecha as por- que ele vendeu o terreno?”. Nem tas da Habitação. Quem diz quais sabia ainda que ele continuava as famílias que devem morar em CC (Cargo em Comissão). Não qualquer empreendimento do acreditava que ele pudesse estar qual a prefeitura é parceira sem- desenvolvendo as duas atividapre foi a Secretaria. Tanto o Resi- des concomitantemente. Isso é dencial Boa Ventura Rosas como errado, não tem mais público e o do Leste tiveram parcerias da privado, você mistura tudo. Isso prefeitura, um é crédito associati- é imoral, não é ético. A prefeitura vo, o outro é habitação de interes- perdeu a noção do que pode e do se social. que não pode no aparelhamento Meu pedido de informações foi da estrutura da administração. muito amplo para que passasse. Se fosse específico, não ia passar. E a vinda dele à Câmara, na sesO que queremos saber é por que são do dia 15? ele teve que vender empreendiSe ele tentou me intimidar ou mentos dos quais a prefeitura é me pôr medo, não conseguiu. Isso parceira. Ele estava lá (em uma só me fortalece. O que eu deixei cerimônia de entrega dos imóveis, claro na tribuna é que podia ser em que Rech aparece nas fotos) re- ele ou qualquer outro. O que espresentando o prefeito. Perdeu a tou questionando é essa relação noção. E não que a prefeitura não que não pode acontecer. O ideal soubesse disso. Ela deu placa para seria uma CPI, óbvio. Mas não a Itaperu (pelos 30 anos da empre- tem voto, eles (da situação) jamais sa) no gabinete do Salão Nobre. A iriam aprovar. O que estamos faprefeitura não sabia que ele tem zendo é um trabalho paralelo innegócio próprio? Claro que sabia. vestigativo de tudo que nos chega,

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e o que eu posso, enquanto parlamentar, que é fazer pedido de informações, alguns não passando (sendo aprovados). Foi esse o caso do Santa Corona. Parece que o prédio está acima do permitido porque tem uma lombada e isso poderia trazer problemas. Por que houve resistência ao seu nome para a presidência da Câmara? Obviamente, sou uma figura da oposição à qual eles (da situação) têm restrições. Não me acho polêmica. Sou casada com uma figura que foi prefeito. Então, como adversária política, eu não poderia (ser presidente), porque tem todo um símbolo que eu carrego de uma oposição sempre muito ferrenha. E só podia ser o Marcos (Daneluz, atual presidente). Não podia ser nem o (Rodrigo) Beltrão, nem a Denise (Pessôa), nem eu.

zer uma oposição inconsequente. Seria a mesma coisa que o Marcos está fazendo. Mas eu não iria colocar toda a minha trajetória política e, por exemplo, votar naquele projeto da taxa (para o Fundo Municipal de Recursos Hídricos, aprovada no dia 14 dezembro de 2010). Mesmo respeitando e entendendo a posição do Marcos (que votou a favor). Essa cadeira não vale tanto para comprar, no meu caso, os meus princípios. Se a cadeira (de presidente) dependia de eu votar junto com o governo na taxa de recursos hídricos, então que a cadeira vá para longe. O PT vai concorrer em uma chapa com o PC do B nas eleições para prefeito? Estamos começando uma discussão. Queremos, de fato, configurar o mesmo leque de alianças que elegeu o Tarso. Com o PC do B e o PSB. Teríamos mais chance. Para nós foi muito ruim na eleição passada ter apenas duas candidaturas (de Pepe e Sartori). Se tiver mais uma, quem for para o segundo turno consegue mais facilmente esses apoios. Vamos discutir os nomes, mas vamos fazer tudo para fazer uma chapa junto com o PC do B, o PSB e com o leque de parte do PDT.

A situação chegou a explicitar isso? Quando eles souberam que a maioria da bancada (do PT) estaria comigo, a Geni (Peteffi, líder do governo na Câmara) disse que tinha resistências ao meu nome. Como o nome que era aceito era o do Marcos, disse: “Marcos, vai e tenta ver se contigo dá jogo”. O voto deles poderia ir para o Rena- Pepe Vargas será candidato? to (de Oliveira, PC do B). Foi um É uma possibilidade. Não se jogo de ver as cartas descarta nenhum todas. nome, temos que “Estar dos fazer esse debate inEssa conversa com dois lados terno. Mas os dois a Geni foi logo no do balcão é deputados (Pepe, começo das discus- inadmissível. federal, e Marisa sões? Formolo, estadual) Não, foi bem no Tanto que ficou são nomes que desfinal. Já que tinha o insustentável pontam prioritariaPC do B querendo sua (de Rech) mente. Também tetambém, para nós permanência mos outros nomes, o que importava era no governo” o próprio Marcos vingar o nome do Daneluz já se lanPT. Eu tive que reçou pré-candidato. cuar, até para não me expor. Se É o partido que vai definir. Semfosse ver pelo tempo e trajetória pre funcionou assim. Para nós, política, era um espaço que na- recuperar essa prefeitura é uma turalmente poderia ser ocupado prioridade em 2012. Quem vai por mim. Ninguém iria querer fa- ser, não discutimos ainda.

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Disciplina questionada

O QUE DEUS UNE, A IGREJA APARTA Padres que largaram a batina pregam uma mudança da Igreja em relação ao celibato

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Meneguzzo, que casou e virou vendedor, temia envelhecer sozinho

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mensagens personalizadas de boas-vindas, contendo um chá com “as melhores 15 ervas que a nutrias vestimentas, no jeito de falar e ção encontrou para o equilíbrio do na crença, eles conservam as ca- corpo”. racterísticas do estereótipo de um Durante sete anos, ele pregou sua padre. De acordo com o Movi- fé para frequentadores da Igreja mento Nacional das Famílias dos Católica. Hoje, a mesma vocação Padres Casados, há cerca de 5 mil para motivar terceiros a partir de homens que pediram licença do sua crença é utilizada para um fim sacerdócio no Brasil. Mantendo bastante diferente. Meneguzzo se a fé na Igreja Católica, a ponto de tornou um “consultor de bem-esseguir colaborando de perto com tar”. Em outras palavras: vendedor a instituição, são privados de atuar de Herbalife. “Eu sou mais padre do como sacerdote por conta de uma que antes. Antes cuidava da parte norma que só passou a existir no espiritual. Hoje levo uma nutrição século XVI. “O celibato não é uma saudável para o corpo. Continuo lei de Deus. É uma disciplina ecle- na minha missão do sacerdócio”, siástica, um costume argumenta, servindo adotado pela Igreja com devoção a uma Católica Ocidental. “Tinha medo da doutrina que tem lá Na Igreja Católica suas restrições, mas Oriental padres têm reação dos meus não veta a possibilia opção de manter ou pais, mas eles dade de ter uma fanão a castidade”, ex- aceitaram com mília. plica o professor Aldo serenidade, só Meneguzzo sempre Migot, que também já queriam saber se nutriu a vontade de foi padre. A justificaser padre, atribuintiva da Igreja para o eu continuaria do esse desejo à felicelibato é a abdicação tendo fé”, conta cidade que sentia ao de uma vida própria Meneguzzo ir na missa, desde os para se dedicar excluquatro anos. Ciente siva e integralmente à do compromisso que evangelização. Quando a vontade tinha assumido em 1984, quande conviver em família ou ter uma do foi ordenado, ele rezava para profissão é mais forte que a obe- não desistir do sacerdócio. Mas a diência à disciplina, os padres são perspectiva de envelhecer sozinho proibidos de seguir como respon- o preocupava. “Olhava para meus sáveis por uma paróquia, presidir colegas mais velhos e não via isso uma missa, atender à confissão e com serenidade. Na realidade, me prestar aconselhamentos. apavorava”, admite. “Tinha medo da reação dos meus pais, mas eles No espaço batizado de Vida aceitaram com serenidade, só queSaudável, em uma sala comercial, riam saber se eu continuaria tenÉlio Meneguzzo, 54 anos, propa- do fé”, relata acrescentando que a gandeia os benefícios de produtos mantém espontaneamente. Não vai nutricionais. O lugar se tornou à missa todo domingo, mas com também sinônimo de acolhida certa regularidade – isso porque para pessoas que buscam, além acha que as pessoas se preocupam das orientações nutricionais, con- muito com o culto e esquecem do vivência e conselhos com Mene- compromisso de bondade com o guzzo, que cultiva a serenidade e a semelhante. “Acredito que os valofala ponderada dos tempos de sa- res da fé católica são interessantes cerdócio. As paredes são forradas para passar para a minha família. de cartazes, que variam entre ima- Mas, se minha filha decidir que gens de Jesus Cristo, um pôster do quer seguir outra religião, ela tem fundador do negócio, frases mo- essa opção. Apesar de alguma defitivacionais e fotos de viagens dos ciência, o eixo da fé da Igreja dá um “consultores” em cruzeiros e praias norte para a família”, ressalta. paradisíacas. Sobre a mesa do esQuando deixou o seminário onde critório repousa a Bíblia, ao lado trabalhava como coordenador de de agendas e documentos. Tam- Comunicação, Meneguzzo pôde bém há várias fotos da filha Ma- espantar o assombro da velhice ria Eduarda, oito anos, espalhadas solitária formando a própria famíem porta-retratos. Após recepcio- lia. Há 17 anos vive com Jussiane, nar os visitantes, Meneguzzo volta “uma católica daquelas de rezar um trazendo copos descartáveis com terço por dia”, com tem teve a filha por CAMILA CARDOSO BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br

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André T. Susin/O Caxiense

Dom Paulo descarta a possibilidade de mudança quanto à disciplina do celibato

Maria Eduarda. No mercado de e é secretário do Conselho Diotrabalho, atuou como assessor de cesano. Também não abandona sindicatos antes de ser executivo práticas como a oração diária e de vendas em uma empresa. Até o compromisso semanal com a que, há cinco anos, passou a tra- missa. Mas desejava ter uma carbalhar para a Herbalife. “Vou ser reira, e optou por ser professor grato para o resto da vida por ter na universidade. Hoje, equipara a passado por essa experiência, mas atividade na sala de aula à missão meu sacerdócio conque tinha como patinua de outra forma. dre. “São funções Foi uma preparação “Tem que saber bem parecidas, que para hoje ajudar mais dizer não a si se comprometem pessoas. Eu eliminei com a promoção mesmo. Como 10 quilos e me curei humana”, avalia. da gordura que tinha é a educação de Após esperar por no fígado. Eu estava uma criança. 11 anos a licença morrendo”, testemu- Hoje, parece que do Vaticano, Adanha, enquanto toma é proibido dizer matti casou, mas uma das três doses não teve filhos. não”, analisa o diárias dos compos“Eu ainda acombispo dom Paulo tos. panho uma equipe de casais, e dizem O professor Ivo que eu sou mais Adamatti, 69 anos, coordenador útil agora”, conta. “Assim como a do vestibular da UCS, deixou a criança precisa da família, o velho batina por não se conformar com também”, acrescenta, revelando a a falta de independência a que es- mesma preocupação que afligia tava condicionado no sacerdócio. Meneguzzo. “Valeu a pena en“Não teria dificuldade de conti- trar e valeu a pena sair. Se um dia nuar se não fosse a atual discipli- abrir essa possibilidade (de ser pana, se pudesse conciliar duas ou dre mesmo casado), podem contar três coisas, como a minha famí- comigo”, resume. lia e o meu trabalho”. Resignado, Nascido em uma família católicontinuou servindo à Igreja após ca, Aldo Migot, 75 anos, tornouencerrar seus 14 anos de sacerdó- se padre por vontade própria, sem cio. Desde então produz o infor- pressão de pais ou professores. mativo diocesano, dá palestras, Ao longo de uma década como faz comentários em celebrações sacerdote, garante ter trabalha-

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PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Execução 5ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 30 (Trinta) dias. Natureza: Execução de Titulo Extrajudicial Processo: 010/1.08.0032431-8 (CNJ:.032431115.2008.8.21.0010). Exequente: JK Pneus Ltda. Executado: De Zorzi Forest Trading Comercial Internacional Ltda. Objeto: CITAÇÃO de De Zorzi Forest Trading Comercial Internacional Ltda., para que no prazo legal de TRÊS dias, efetue o pagamento do débito no valor de R$ 1.862,98 em data de 10.10.2008, que deverá ser devidamente atualizado, e demais cominações legais. Poderá oferecer embargos à execução, querendo, no prazo legal de QUINZE DIAS, independentemente de seguro o Juízo pela penhora. Fica, ainda, ciente de que no prazo de embargos, reconhecendo o citando o crédito do exequente e comprovando o deposito de, no mínimo, 30% do valor exequendo, inclusive as custas judiciais e a verba honorária estipulada, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o saldo restante em ate SEIS parcelas mensais, acrescidas de juros de mora de 1% ao mês, sob pena, em não o fazendo, serem-lhes penhorados tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Caxias do Sul, 27 de janeiro de 2011. SERVIDOR: Rosane Zattera Freitas - Escriva. JUIZ: Zenaide Pozenato Menegat.

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Edital de Citação - Cível

1ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul.

Prazo: 30 (trinta) dias. Natureza: Ordinária - Outros. Processo: 010/1.08.0022462-3 (CNJ:.0224621-13.2008.8.21.0010). Autor: Luiz Cezar Rech. Réu: Paulo Alves da Silva. Objeto: citação de Paulo Alves da Silva, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no prazo de quinze (15) dias, a contar do término do prazo do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, a presente ação, ciente de que, em não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial. Caxias do Sul, 22 de fevereiro de 2011. SERVIDOR: Miriam Buchebuan Lima, Ajudante Substituta. JUIZ: Darlan Élis de Borba e Rocha.

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Edital de intimação

1ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: TRINTA (30) dias . Natureza: Homologação de Acordo Processo: 010/1.11.0002811-0 Autor: RICARDO BIASUZ e LISSANDRA GUERRA RODRIGUES BIASUZ. Objeto: Intimação a quem interessar possa, visando resguardar interesses de terceiros, que as partes ingressaram com pedido de modificação do regime de bens de casamento, alterando de regime de comunhão parcial de bens para o regime de separação total. Caxias do Sul, 28 de fevereiro de 2011. SERVIDOR: Alzira Pedroso de Morais. JUIZ: Sérgio Fusquine Gonçalves.

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de uma criança. Hoje, parece que é proibido dizer não.” Ainda integrando o clero da diocese, o padre emérito Mariano Callegari tem posicionamento oposto. “Fica padre quem tem vocação, não quem é celibatário. Em Caxias tem tantos homens exemplares como pais e avós, não entendo como não podem ser padres”, afirma. Dono de opiniões polêmicas e crítico da Igreja, padre Mariano foi preso político, enquadrado no Ato Institucional nº 5 sob a acusação de ser comunista. Aos 78 anos, 53 dedicados ao sacerdócio, hoje repousa na Casa do Padre, mantida pela diocese, devido a um quadro agravado de estresse.“Esse dualismo entre corpo e alma é coisa do tempo do Ari Pistola. O que vale é a pessoa. Deus não castiga. O que ele ganha castigando filhos e filhas? A Igreja não tem abertura para tratar de certos assuntos: por exemplo, o que um bispo faria com um padre que é pedófilo, que tem mais por aí do que a gente imagina? Não se sabe”, provoca. “É preciso desligar os sacramentos do dinheiro. As razões para não permitir a ordenação de mulheres ou homens casados é econômica. A Igreja não quer dividir a riqueza ou sustentar uma família”, interpreta Mariano, para concluir: “Milhares de padres não se retiraram da Igreja, se retiraram da regra porque se sentiram rejeitados. Isso é vantajoso para os que exploram o celibato”.

André T. Susin, /O Caxiense

ta, mas por respeitar a condição a instituição procura avaliar se imposta, a esperança é que haja o seminarista tem condições de transformações na Igreja Católi- respeitar essa condição. “A Igreja ca. “Se a Igreja tem a preocupação propõe que o sacerdócio seja asde divulgar a palavra de Cristo, sumido de forma definitiva e por precisa questionar isso busca motivar se é justo atribuir esse compromisso. essa missão somen- “As razões para Antes da ordenate a quem se dispõe ção, diante de Deus, a ficar solteiro. Se o não permitir a tem que declarar casamento é um sa- ordenação de que conhecia o cramento de Cristo, mulheres ou compromisso que não é algo pecami- homens casados estava assumindo”, noso. Eu não perce- é econômica. A explica. “Sempre bo nenhum tipo de que alguém deixou distanciamento ou Igreja não quer o ministério, nunincompatibilidade dividir a riqueza”, ca foi de uma hora entre as duas coisas”, critica Mariano para outra, sempre opina o professor tiveram que refletir Migot. “A justificamuito, até demais. tiva do celibato é muito bonita e Se eu pudesse, compararia ao fim se torna ainda mais bonita se for de um casamento”, avalia, em tom uma opção, não uma obrigação”, de profundo lamento. emenda, apontando incoerências: Conforme dom Paulo, a Igreja “Há quem faça isso sem ser padre. tem investido na formação eduE há celibatários que se dedicam cacional e afetiva dos seminarisnão a uma família, mas a outras tas para que não haja separação coisas, como negócios e política”. da sociedade e dos pais e irmãos, Meneguzzo é partidário da mes- como forma de garantir que a solima opinião. “Quando algo é fei- dão não motive um desligamento. to com o coração, o ser humano “Também temos que incentivar aceita. Hoje as pessoas estão mais a importância de tomar decivoltadas para o interior. Se en- sões definitivas, tanto na religião contrar uma igreja, mesmo uma como no casamento”, defende. O tradicional, que preencha isso e bispo diz que, com os pedidos o acolha, ele vai seguir”, diz, acre- de dispensa, a Igreja foi advertiditando que a Igreja Católica de- da de que não estava preparando veria aproximar as pessoas para suficientemente para o celibato. conquistar mais credibilidade. “Tem que ter vocação, para que O bispo da Diocese de Caxias não tenha gente que fique padre Entre Meneguzzo, Ada- do Sul, dom Paulo Moretto, des- sem liberdade, convicção e prepamatti, Migot e tantos outros que carta a possibilidade de mudança ração. E tem que saber dizer não deixaram o sacerdócio sem revol- quanto ao celibato. Ele afirma que a si mesmo. Como é a educação

Adamatti gostaria de poder conciliar sacerdócio, família e trabalho; Mariano opina: “Fica padre quem tem vocação, não quem é celibatário”

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Fotos: André T. Susin/O Caxiense

do da melhor forma possível, até chegar na fase de questionamentos. Acostumado a viver em uma família de 15 irmãos e depois de passar seis anos no seminário estudando com tantos rapazes iguais a ele, não soube lidar com a condição de isolamento social, intrínseca ao sacerdócio. “Não via uma solução a não ser pedir desligamento. Não poderia ser um bom padre se estava psicologicamente desestruturado. O padre tem uma missão belíssima, na qual trabalha a vida inteira, mas não tem com quem conviver”, analisa. “Eu nunca pedi para deixar de ser padre, eu pedi autorização para casar. Nessa época já havia integrantes do Vaticano que faziam um apelo pela possibilidade de um padre não ser celibatário, então não era algo escandaloso”, justifica-se. No ano seguinte à licença, casou-se, e hoje tem dois filhos. “Se tivesse que aconselhar casais eu teria uma experiência, que não deve ser supervalorizada, mas é importante”, considera. Ainda muito ligado à igreja, onde desempenha a função de ministro da eucaristia na Catedral, Migot admite a dificuldade de separar as duas condições. “Gosto da minha vida agora, mas gostaria muito mais se pudesse continuar padre”, afirma, 38 anos depois de deixar a batina.


André T. Susin/O Caxiense

Protagonismo artístico

Três construções serão reformadas e abrigarão espaços como a Casa das Etnias, da Representação Central da Comunidade Brasileiro-polonesa

Bases da

cultura E

por Carol De Barba caroldebarba@ocaxiense.com.br

los entre a sociedade e o Estado, que possibilitam o desenvolvimento de ações culturais baseadas nos princípios da autonomia, protagonismo e empoderamento social. Assim serão os Pontos de Cultura, frutos de um convênio entre prefeitura e governo federal, que teve o resultado final dos projetos inscritos para a última seleção divulgados no dia 15. Na prática, o que se deseja é que os Pontos sejam centros de democratização onde serão realizadas oficinas gratuitas e atividades que aproximem o cidadão comum da arte. Para isso, cada um dos 10 Pontos vai receber recursos de R$ 180 mil em três parcelas anuais de R$ 60 mil, sendo 2/3 do Ministério da Cultura e 1/3 do orçamento do Município. Os Pontos de Cultura terão uma vocação específica e prestarão contas mensalmente não só quanto ao uso do dinheiro, mas também em relação ao cumprimento de suas atividades. O Ponto Comunitário Zona Sul, proposto pela Associação Cultural e Beneficente dos Amigos e Moradores do Bairro Bom Pastor II, deve desenvolver trabalhos nas áreas de artesanato, dança, teatro, capoeira e oficinas de carnaval. O Teia Cultural, da Associação de Moradores do Bairro Kayser, será responsável por algo que João Tonus, diretor da Secretaria da Cultura, considera fundamental, a formação de agentes de cultura. “O agente é o cara que vai ter o ingresso a R$ 2 para vender no bair-

ro, que vai divulgar a cultura ali. Pessoas sem remuneração que fazem isso por que gostam, mas teremos que treiná-las e apaixonálas para isso”, explica. A Casa das Etnias, da Representação Central da Comunidade Brasileiro-polonesa no Brasil (Braspol) cujas futuras instalações no antigo albergue devem ser beneficiadas com a sobra de verba do Financiarte em 2010, atuará na preservação e cultivo das culturas das etnias formadoras da sociedade caxiense, com oficinas de musicalização, técnica vocal, e gastronomia típicas. Costurando Sonhos, do Grupo de Filó Felice Personne, de Forqueta, será ligado ao Roteiro Turístico Vale Trentino, dirigido ao artesanato, à formação de guias de turismo da comunidade e preservação da cultura da região. O UAB Cultural, da União das Associações de Bairro de Caxias do Sul, cuja sede também foi reformada graças à sobra do dinheiro da Cultura, terá oficinas de dança, circo e teatro. O Vila Seca em Cultura, da Associação dos moradores do Distrito de Vila Seca (Amovise), atuará no resgate das raízes culturais, preservação das águas, turismo, e apoio ao desfile temático da Festa do Pinhão. O Ponto História nas Mãos, da Associação dos moradores e amigos da Terceira Légua (Amate), abordará sustentabilidade, educação ambiental e ecoturismo, terá teatro em dialeto Vêneto, coral italiano, aulas de gaita, violão e órgão. O Música para Todos, da Associação dos músicos Caxienses (Amuca), terá estúdio de gravação semi-profissional, oficinas de produção de

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Povo e arte estarão mais perto um do outro no segundo semestre com os Pontos de Cultura áudio e de técnica musical. A As- gestão de objetivos e metas, Gesociação Moinho da Estação terá rência financeira e prestação de cursos de formação em fotografia, conta, e Informática, multimídia vídeo e internet para atender tam- e comunicação – que serão forbém aos outros Pontos de Cultu- mados por um representante da ra, além de mostras de produtos prefeitura e um de cada ponto (no audiovisuais em âmbito nacional. mínimo 11 pessoas, portanto). “É E, finalmente, o Capoeira Cultura para ajudar. A ação da Secretaria que Une, do Grupo de Capoeira da Cultura é garantir que eles posConquistador da Liberdade, que sam trabalhar bem, livres, demoterá oficinas também de capoeira, cráticos”, diz o diretor. O cronomaculelê e contação de histórias grama para o início ainda não foi afro-brasileiras. aprovado pelo secretário Antonio Todos Pontos terão exibições Feldmann, mas prevê lançamento de filmes, apresentações cênicas oficial em junho e o trabalho práe palestras, além de, conforme tico a partir de julho. os planos federais “É uma semente de inclusão digital, nova de um procestreinamentos para “No mínimo so, de uma filosofia, R$ 24 mil devem produzir vídeos e que acho corretísaulas de informáti- ser investidos em sima. Mas também ca. “Pelas regras de equipamentos e não é a invenção Brasília, no mínimo da roda. Vai dar R$ 24 mil devem ser treinamento. certo se tiver trabainvestidos em equi- E tudo com lho”, opina, realista, pamentos e treina- softwares livres, João Tonus sobre mento de pessoal. E como o Linux”, o projeto que o extudo com softwares detalha Tonus ministro da Cullivres, como o Litura Juca Ferreira nux”, detalha Tonus. chegou a dizer que Como o convênio dura apenas “nenhuma ousadia institucional três anos, o diretor ressalta tam- foi tão longe”. A explicação para bém que o Ponto deve encontrar o realismo de Tonus é simples: os maneiras de se sustentar. “Tem Pontos de Cultura não são como que criar movimentos, articula- teatros, com uma agenda fechada ções... Não necessariamente dar com antecedência e funcionários de graça o ingresso para uma treinados. Cada um descobrirá peça, por exemplo, mas vender seu próprio jeito de funcionar e nem que seja por R$ 2, para valo- conquistará sua autonomia, para rizar. Ou o músico, que utilizou o gerar mais cultura, aos poucos e estudo, deve se dispor a dar aulas a longo prazo. “Não são grandes do seu instrumento para a comu- eventos. Isso aqui é cultura de nidade do Ponto”, exemplifica. base. É mais gente conseguindo Para ajudá-los na administra- colocar suas pequenas ideias em ção, a Secretaria criou três grupos prática, se sentindo inserida nos de trabalho – Planejamento e processos.” 26 de março a 1º de abril de 2011

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Artes artes@ocaxiense.com.br

Maurício Gollin | Sem título |

A foto venceu o Desafio do Clube do Fotógrafo deste mês. As bandeira do Brasil, de Maurício Golin, distorcida através da superfície da água, encantou os colegas do clube. A técnica splash, que congela o movimento da água no exato momento da queda de um objeto, destaca as incríveis formas da escultura transparente e reproduz diversas cópias do mesmo reflexo.

Com a palavra,

o povo brasileiro... por ALINE LUZ

Há que se criar uma nova era Sem H, era de glória, não de erva - daninha. Há que se pender uma nova esperança, Olhar de criança, visando o futuro. Há que se escrever um novo capítulo, Sem tantos títulos, escalpos, melindres. Há que varrer por debaixo dos planos, Jogando para fora do tapete, toda a sujeira dos panos. Há que se prover uma nova medida Expedida, escarrada, expelida pela revolta. Há que se criar uma nova verdade Libertada da vaidade, livre e plena, sem escolta. Há que se manter as cabeças erguidas Sem promessas não cumpridas, sem “jeitinho brasileiro” Há que se buscar um “momento” novo Mais do povo, rosto exposto, de um país mais inteiro. Participe | Envie para artes@ocaxiense.com.br o seu conto ou crônica (no máximo 4 mil caracteres), poesia (máximo 50 linhas) ou obra de artes plásticas (arquivo em JPG ou TIF, em alta resolução). Os melhores trabalhos serão publicados aqui.

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Guia de Cultura Divulgação/O Caxiense

por Carol De Barba | guiadecultura@ocaxiense.com.br

CINEMA l Sucker Punch – Mundo Surreal | Ação. 14h30, 17h, 19h30 e 21h50 (leg.) | Iguatemi Dirigido por Zack Snyder (300 e Watchmen), o filme tem uma pegada bem mangá/anime, uma espécie de Sakura Card Captor versão dark, que deve agradar aos fãs do gênero. Uma garota linda, de cabelos platinados e vida sofrida, pode tornar-se heroína numa realidade paralela. Com Emily Browning, Vanessa Hudgens e Abbie Cornish. 12 anos. 110min.. Recomenda l VIPs | Drama. 14h45, 17h15, 19h40 e 22h | Iguatemi O longa nacional é inspirado na vida de Marcelo Nascimento da Rocha, que aplicou uma série de golpes usando identidades falsas no Brasil (chegou a se passar pelo filho do dono da Gol durante o Recifolia de 2001, o Carnaval fora de época do Recife, enganando o apresentador Amaury Jr.). O filme foca no lado psicológico da questão, tanto que Wagner Moura (Marcelo) disse ter aplicado uma abordagem bem stanislavskiana de construção de personagem. Dirigido por Toniko Melo. 12 anos. 96 min.. l U2 3D | Musical. Sexta (25), sábado (26) e domingo (27), às 21h30 (leg.) | Iguatemi Para dar vontade em quem não conseguiu comprar ingresso para os shows no Brasil graças ao caos do Tickets4Fun, o GNC exibe o longa, gravado durante a passagem da banda irlandesa pela América Latina, em 2006, com a turnê Vertigo. Dirigido por Jon Chu. Livre. 86 min..

Ângela Vieira é Jorgina, a protagonista de O Matador de Santas

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l Bruna Surfistinha | Drama. 13h50 e 21h40. | Iguatemi A história da ex-garota de programa bateu, na última quarta (23), a marca dos 2 milhões de espectadores (está quase alcançando De Pernas pro Ar, que chegou

aos 3,5 milhões) e continua entre os mais assistidos no Brasil. Dirigido por Marcus Baldini. Com Deborah Secco, Cristina Lago. 16 anos. 109 min.. l Esposa de Mentirinha | Comédia romântica. 18h50 e 21h20 (leg.) | Iguatemi A eterna Rachel do seriado Friends, Jennifer Aniston, é a fiel assistente de um médico, Adam Sandler, e topa fingir ser sua quase ex-mulher para ajudá-lo a conquistar uma gostosa. Até o dia 15, a comédia liderava as bilheterias brasileiras. Dirigido por Dennis Dugan. Com (uma pontinha de) Nicole Kidman. 12 anos. 110min.. Recomenda l 7º Festival de Verão do RS de Cinema Internacional | Ordovás Caxias do Sul receberá filmes inéditos durante o festival realizado pela Panda Filmes através da Lei de Incentivo à Cultura estadual. Os ingressos têm valor único de R$ 5. Programação: Amor?. Drama. Brasileiro. De João Jardim. Sábado (26), às 18h, e domingo (27), às 20h. | O sequestro de um herói. Suspense. França. De Lucas Belvaux. Sábado (26), às 20h, Domingo (27), às 18h. | Como arrasar um coração. Comédia romântica. França. De Pascal Chaumeil. Segunda (28), às 20h. | Malu de Bicicleta. Comédia romântica. Brasil. De Flávio Tambellini. Terça (29), às 20h. | Filhos de João, admirável mundo novo baiano. Documentário. Brasil. De Henrique Dantas. Quarta (30), às 20h. | Incêndios. Drama. Canadá. De Denis Villeneuve. Quinta (31), às 20h. | AINDA EM CARTAZ: Animais unidos jamais serão vencidos. Animação. 13h30 e 19h20 (dub.). Iguatemi | Invasão do Mundo: A Batalha de Los Angeles. Ação. 13h40, 16h15 e 19h10 (leg.). Iguatemi | Caça às Bruxas. Suspense. 18h e 20h, sem a segunda sessão na terça (29), (leg.). Iguatemi | Esposa de Mentirinha. Comédia romântica. 18h50 e 21h20 (leg.). Iguatemi | Gnomeu e Julieta. Animação. 15h40 e 17h30, de

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sexta (25) a domingo(27), 15h40, 17h30 e 21h30, de segunda (28) a quinta (31), (dub. 3D). Iguatemi | Rango. Animação. 14h10, 16h30 (dub.). Iguatemi. | Sexo sem compromisso. Comédia romântica. 16h40, 19h e 21h10 (leg.). Iguatemi | Zé Colmeia – o filme. Animação. De segunda (28) a quinta (31), 16h. Sábado (26) e domingo (27), 14h e 16h (dub.). Iguatemi INGRESSOS: Iguatemi: Segunda e quartafeira (exceto feriados): R$ 12 (inteira), R$ 10 (Movie Club Preferencial) e R$ 6 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 14 (inteira), R$ 12 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 32095910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316.

MÚSICA Recomenda l Festa do Reencontro | Sábado(26), 18h (abertura dos portões) As atrações principais são Charlie Brown Jr., Chimarruts, Fat Duo e DJ Rodrigo Salvador. Ingressos no Mariani Surf Skate, Bella Gula, San Pelegrino, Prata de Bali, College Yes Cultural, Brisa Esportes e Cia Básica. Pavilhões da Festa da Uva R$ 20 (pista 2º lote), R$ 30 (ala vip 1º lote) e R$ 40 (camarote) | 3028.2200 |

TAMBÉM TOCANDO: Sábado (26): Agente Ed + Splash. Pop rock. 23h30. Bukus Anexo. 3285-3987 | Contra Verso Acústico + A4 + DJ Eddy. Pop rock. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Disco. Rock nacional e internacional. 22h. Bier Haus. 32216769 | Discorama. Eletrônica. 23h. Pepsi Club. 3419-0990 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Eles são reis, elas são rainhas. Eletrônica. 22h. The King Pub. 3021-7973 | Emerson Caruso. Rock clássico. Mississippi. 3028-6149 | Fer Aver Jazz Trio. 21h30. Zarabatana. 32289046 | Festa Latina. DJ Cristian Caje e convidados. Vagão Bar. 3223-0007 | Juntou deu Samba. 00h. Boteco 13. 3221-4513 | Move Brasil. Eletrônica, pagode e sertanejo universitário. Move. 32141805 | Overcast Duo. Eletrônica. 23h. Havana. 3224-6619 | Pátria e Querência. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Zueira + Uque Ki Mudou. Pagode. 23h. Fifty Music. | Domingo(27): Domingueira Zarabatana. Set com Djs. 17h. Zarabatana. 3228-9046 | Happy Hour DJ Gui Oliveira. 18h. The King. 3021-7973 | Tri Legal + DJ Eddy. Pagode. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Terça(29): Blues de Bolso Acústico. Blues. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | DJ Gui Oliveira. 18h. The King. 3021-7973 | Projeto Rock e Cultura. Palestra com Dodi Salles (produtor da Vera Loca) sobre produção musical e show business. 21h30. Vagão Classic. 32230616 | Quarta(30): Classic Gamer. Vagão Classic. 3223-0616 | Franciele Duarte & Banda. Rock clássico. Mississippi. 3028-6149 |

DJ Gui Oliveira. 18h. The King. 3021-7973 | Juliano Moreira e Trio. Som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Maurício e Daniel. Tradicionalista. 22h. Paiol. 32131774 | Quinta(31): Branco no Preto. Samba rock e Som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Electric Blues Explosion. Rock clássico. Mississippi. 3028-6149 | Grupo Macuco. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | DJ Gui Oliveira. 18h. The King. 30217973 | Quinta-feira do Beijo. Vagão Classic. 3223-0616 | Só Batidão + DJ Eddy. Sertanejo universitário. 23h. Portal Bowling. 3220-5758 | Ton Acústico. Rock. 21h30. 00h. Boteco 13. 3221-4513 | Sexta (01): Aquece. Vagão Classic. 3223-0616 | Dan Ferreti Trio. Samba rock e Som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | DJ Gui Oliveira. 18h. The King. 3021-7973 | The Headcutters. Rock clássico. Mississippi. 3028-6149

TEATRO l Sobre saltos de Scarpin | Sábado (26), às 20h | Num futuro distante e incerto, as mulheres dominam o planeta pelo poder do sexo e os homens são manipulados conforme seus desejos. Os que não atendem aos padrões impostos por elas são aprisionados, torturados e banidos da sociedade. A peça é baseada nas obras Mulheres! e Jogo de Damas, de David Coimbra. O espetáculo ganhou o Açorianos 2010 de melhor iluminação. Teatro Municipal R$ 10 e R$ 5 (comerciários, estudantes e sênior) | Dr. Montaury, 1333 | 3901-1316

nacional do Teatro, artistas farão intervenções de teatro na Praça Dante Alighieri, durante 25 minutos. Na plateia, os transeuntes, que estão convocados a participar. Caso chova, o espetáculo será transferido para o dia 3 de abril. Praça Dante Alighieri Entrada franca Recomenda l O Matador de Santas | Quarta (30), 20h O texto inédito de Jô Bilac é um melodrama tragicômico, que estabelece um paralelo com alguns filmes de Pedro Almodóvar, peças de Nelson Rodrigues e a estética de Pierre et Gilles, David Lachapelle e Philippe Starck. É história de Jorgina, interpretada por Angela Vieira, uma mulher de meia idade, ácida, extravagante, que suspeita que seu vizinho seja um assassino. Teatro do Sesc R$ 5 (comerciários), R$ 15 (estudantes, sêniors, titulares do cartão O Nacional, classe artística), R$ 20 (empresários) e R$ 30 (geral) | Moreira César, 2461 | 3221-5233 | l Radicci Acústico | Quinta(31), 20h30 | A Jaquirana Air, patrocinadora oficial do gringo, informa: as palhaçadas de Radicci já foram vistas por mais de 76 pessoas em Faxinal dos Pelúcios, Juá, Alziro Ramos, Silveira, Lajeado Grande e Cazuza Ferreira. Teatro São Carlos R$ 20 (antecipado) e R$ 25 (na hora)| Feijó Júnior, 778 | 3221-6387

DANÇA

l sobreVIVENTES | Terça (29), quarta (30) e quinta (31), às 20h30 | Concebido e coordenado por l A Gangorra Teatral | Do- Daggi Dornelles, o trabalho é frumingo (27), sessões às 16h, 17h e to de intercâmbios entre perfor18h | mance e imagem. A composição Para comemorar o Dia Inter- coreográfica é de Daggi e dos baiDivulgação/O Caxiense

l Baú do Rock | Sàbado (26), 22h A festa é no Sábado Underground do Vagão Classic, mas a bem da verdade é que estes são clássicos que agradam a quase

todo mundo e ninguém cansa de ouvir. Para começar, DJ Jaime Rocha, depois show da Creedence Clearwater Revival Tribute. Vagão Classic R$ 12 (feminino) e R$ 15 (masculino) | Júlio, 1343 | 3223-0616 |

Charlie Brown Jr. faz show nos Pavilhões, com Chimarruts, Fat Duo e Dj. Rodrigo Vieira, durante a Festa do Reencontro, que marca a volta às aulas

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Regina Peduzzi Protskof, Divulgação/O Caxiense

Açorianos 2010 de Melhor Iluminação, Sobre Saltos de Scarpin é atração no Teatro Municipal larinos da Cia., e os figurinos foram feitos pelo elenco, sob orientação de Cristina Lisot, a partir de material coletado no lixo. Casa da Cultura Entrada franca | Dr. Montaury, 1333 | 3221-3967 l Corpo Humano, Máquina Mutante | De segunda a quinta (31), das 8h às 18h | A mostra da artista Juliana Darol retrata as mudanças sofridas pelo corpo humano, por meio de doenças degenerativas ou por vontade do indivíduo, como em cirurgias estéticas. Juliana utiliza técnica mista, e elementos como barro, arame e sucata de aço. Câmara de Vereadores Entrada franca | Alfredo Chaves, 1323 | 3213-1600 l Sculptura | De terça a sexta, das 9h às 19h, sábados e domingos, das 15h às 19h | A exposição marca a estreia do tatuador Alessandro Amorin como escultor, modesto como aprendiz e talentoso como os mestres. São rostos, caveiras e membros corroídos pela morte e esculpidos engenhosamente em cerâmica. Galeria do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316 l Arte pela Arte | De segunda (21) a sexta, das 8h30 às 18h e no sábado, das 10h às 16h | A mostra apresenta a produção de artistas e alunos convidados pelos professores dos Cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais da UCS e pelo escritório Carmen Reis & Vera Lannes. Todas as obras foram doadas pelos autores e estão sendo vendidas a preço único de R$ 100. Galeria Municipal Entrada franca | Dr. Montaury, 1333 | 3221-3697 l Acervo de gravuras do impressor Amaro Albuquerque | De segunda a sexta,

das 8h às 22h30 | Seu Amaro é funcionário do Campus 8 e trabalha há 30 anos “fazendo a parte técnica” das gravuras, como diz. Escolheu 50 litografias, dentre o que de melhor já imprimiu, para a mostra. Trabalhos de artistas que fazem parte história da gravura em Caxias, na cópia do impressor, entre as melhores de cada série de gravuras. Hall do Campus 8 Entrada franca | RS 122, Km 69 | 3289-9000 l KIT de Sobrevivência | De segunda a sexta, das 9h às 19h, sábado e domingo, das 15h às 19h | A mostra traz registros fotográficos, por Frank Jeske, e experimentações visuais, por Jorge Soledar, do projeto de dança contemporânea sobreVIVENTES. Após a abertura, às 20h30, na Sala de Teatro do Centro de Cultura, será apresentado a versão cênica do projeto, na Sala de Teatro. Galeria do Ordovás Entrada Franca | Luiz Antunes,312 | 3901-1316 AINDA EM EXPOSIÇÃO: A arte está em esconder a arte. Karem Sartor dos Santos. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, sábados das 8h30 às 12h30. Farmácia do Ipam. 32229270 | Aromas, texturas e cores. Leonor de Alencastro Guimarães Aguzzoli. De segunda a sábado, das 10h às 19h30, domingo, das 16h às 19h. Catna Café. 3212-7348 | Cultura Tibetana nas Peregrinações Budistas. Ilka Beatriz Filippini. De segunda à sexta, das 9h às 21h. Faculdade dos Imigrantes. 3028-7007 | História do Trabalho da Mulher (1820-1940). Museografia de Denise Spiadorello e fotos de Márcia Dall Ago. De terças a sábados, das 9h às 17h. Museu Municipal. 3221-2423 | O Caxiense 1 ano. Melhores capas do jornal. Até 31 de março. Espaço Cultural da Ftec (Gustavo Ramos Sehbe, Cinquentenário).

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POR QUE SOMOS COMO SOMOS Contando com a presença de autoridades, convidados especiais e imprensa, o SIMECS realizou o lançamento oficial da obra “Por que Somos Como Somos” um estudo sobre as ideologias centrais da cultura empresarial do setor metalmecânico da Serra Gaúcha. O evento teve como anfitrião o casal presidente do SIMECS, Getulio e Lyres Fonseca. O livro, uma obra dos pesquisadores Tânia e Charles Tonet contou com o depoimento de 49 industriais da região. No seu discurso, o presidente Getulio Fonseca salientou que o SIMECS, ao lançar esta obra, resgatou a história do empreendedorismo do setor metalmecânico de Caxias do Sul e região. Portanto, a entidade presta a sua contribuição para a comunidade regional lançando a primeira radiografia da filosofia de gestão das empresas metalúrgicas da serra gaúcha e como ela se formou ao longo do tempo. Em seu pronunciamento, o prefeito José Ivo Sartori enalteceu os grandes gestores de Caxias do Sul e reconheceu a iniciativa pioneira do SIMECS em editar a obra. Outro ponto alto do lançamento da obra foi a apresentação do grupo Jazz 6, do escritor gaúcho Luis Fernando Veríssimo. LIVRO / COMERCIALIZAÇÃO As empresas filiadas ao SIMECS e a comunidade em geral interessadas em adquirir a obra Porque Somos Como Somos deverão providenciar a compra junto às principais livrarias de Caxias do Sul. A Editora Belas Letras responsável pela comercialização informa que outra forma de aquisição do produto é via eletrônica. Basta acessar o site da editora: www.belasletras.com. br/produtos_detalhes.php?id=2047. Clicando neste link aparece a opção direta para a compra, através de cartões de crédito, boleto bancário ou transferência bancária. A Obra Por Que Somos Como Somos está sendo comercializa ao preço de R$ 60,00. Mais informações pelos fones (54) 3228.1855 e 3228-8572. APL / REIVINDICAÇÕES Durante visita a Caxias do Sul nesta semana o Governador do Estado Tarso Genro recebeu do Presidente do SIMECS Getulio Fonseca, documento contendo importantes reivindicações do Arranjo Produtivo Local Metalmecânico e Automotivo da Serra Gaúcha – APL MMA. As principais propostas são: Criação de uma política pública Estadual de apoio aos APLs; Agilidade na liberação de financiamentos (Finame); Renovação e operacionalização do convenio Garantiserra com Banrisul; Criar programas de incentivo a produção – Bônus ICMS; Melhorar a infra-estrutura de acesso aos Portos – rodovias, ferrovias; Construção do Aeroporto regional; Fomentar linhas de Crédito à Produção; Duplicar e sinalizar as rodovias que interligam centros produtivos, aeroportos, portos, etc, - (BR 116, RS 122, RST 453/ 486); Apoio financeiro e operacional para organização, operação e desenvolvimento do APL (missões e feiras de tecnologia e mercado, treinamentos, cursos, pesquisa e inovação); Ampliar o acesso ao Gás Natural; Alavancar o setor de Petróleo e Gás; Recursos para desenvolvimento de Centro de pesquisa, homologação, testes e Inovação para produtos e processos; Revitalização da Escola Técnica Estadual de Metalurgia; Ampliar vagas para cursos profissionalizantes; Agilidade na liberação de licenciamento ambiental; Modernizar os Pavilhões da Festa da Uva. Com atuação nos 17 municípios da região de abrangência do SIMECS, o APL MMA apresenta um faturamento da ordem de R$ 20,5 bilhões, com mais de 2,7 mil empresas e aproximadamente 68.000 postos de trabalho. ATUALIZAÇÃO CADASTRAL / PRAZO No dia 30 de abril encerra o prazo para que as empresas do segmento metalmecânico enviem ao SIMECS as informações referentes à atualização cadastral. Através da emissão do formulário que deverá ser preenchido, o SIMECS solicita a conferência e atualização dos dados, com o retorno do mesmo o mais breve possível. Com a entrega deste material através das indústrias metalmecânicas, o SIMECS dará continuidade ao trabalho de reformulação do seu Banco de Dados, o qual permitirá um melhor conhecimento dos produtos fabricados, serviços prestados e o nome da empresa, o que certamente será mais uma importante ferramenta de negócio para as indústrias do setor. Além disso, a atualização cadastral das empresas contribuirá para a nova edição do Guia de Produtos e Serviços elaborado pelo SIMECS. As informações deverão ser encaminhadas para o SIMECS pelo e-mail: marina@simecs.com.br AUTOMEC 2011 O SIMECS está fechando o grupo que irá participar da Feira Automec 2011. As empresas interessadas deverão providenciar a inscrição o mais breve possível e garantir sua vaga. O programa de visitação acontecerá no período de 14 a 16 de abril. A 10ª edição da Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços deverá reunir mais de 900 empresas expositoras, de aproximadamente 20 países, e receber mais de 70 mil compradores internacionais. A feira é um dos mais importantes eventos do país nos segmentos automotivo e de autopeças, equipamentos e serviços da América Latina. Inscrições pelo fone: (54) 3228.1855. FEIRA ELÉTRICA No período de 30 de março a 1º de abril o SIMECS levará a São Paulo um grupo representado pelas empresas do seu segmento para visitar a FIEE Elétrica e electronicAmericas - 6ª Feira Internacional da Indústria de Componentes, Subconjuntos, Equipamentos para a produção de Componentes, Tecnologia Laser e Optoeletrônica. A FIEE Elétrica e electronicAmericas tem como objetivo promover produtos e serviços para um importante polo gerador de negócios do segmento eletroeletrônico. MÉRITO INDUSTRIAL Até o dia 31 de março o Sistema FIERGS receberá as inscrições para mais uma edição do Mérito Industrial. A premiação é concedida pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, distinguindo industriais com marcante atuação na comunidade e no meio empresarial. A cerimônia de premiação deverá acontecer em maio. Os agraciados são escolhidos por comissão especial do Sistema FIERGS. Os candidatos devem ser encaminhados à FIERGS através dos sindicatos filiados, por entidades de classe da indústria e por integrantes da diretoria da FIERGS/CIERGS. Oportunamente o SIMECS estará recebendo as indicações dos interessados para encaminhar à FIERGS. As indicações deverão ser feitas junto à FIERGS através do fone (51) 33478702 ou pelo e-mail: eventospresidencia@fiergs.org.br TAXA DO IBAMA A renovação do Cadastro Técnico Federal do Ibama e o envio do Relatório Anual de Atividades vencem no dia 31 de março. O alerta é da Comissão de Meio Ambiente do SIMECS. A finalidade do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Naturais, é o controle e monitoramento das atividades potencialmente poluidoras ou a extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora. As empresas devem ficar atentas a esta necessidade para que se mantenham legalizadas, prevenindo-se de multas e autuações. ENCONTRO SOBRE ERGONOMIA A Importância da Ergonomia para as Empresas. Este foi o tema do encontro que o SIMECS, através de sua Comissão de Saúde e Segurança Ocupacional promoveu em março com o palestrante Paulo Antonio Barros de Oliveira, médico da Superitendência do Ministério do Trabalho e Emprego – RS. Barros além de professor da UFRGS é membro da Associação Brasileira de Ergonomia. Um expressivo público de profissionais das empresas metalúrgicas compareceu ao evento. Antonio Barros enfocou as diretrizes legais de uma forma prática, demonstrando a importância de unir os registros das análises ergonômicas e a implantação efetiva de ações que favoreçam a adequação dos postos de trabalho às pessoas que nele desempenham suas tarefas. SIMECS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul Rio Grande do Sul. www.simecs.com.br – simecs@simecs.com.br

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Milesi Fotógrafo há cinco anos, Alex Milesi é formado em Fotografia pela Universidade de Caxias do Sul. Apaixonou-se pela profissão quando atuou como Diretor de Arte na NewAGE Rs Propaganda. Hoje com estúdio próprio, Alex não abandonou a fotografia publicitária, investe na fotografia artística e fotografa casamentos. Na profissão, mantém o olhar de artista. "Nenhum casamento é igual. Apesar de ter um roteiro, sempre tem algum momento inusitado, uma foto que valeria uma capa", conta Alex. Há dois meses, o fotógrafo abriu o Visão Photo e Cine Clube. O grupo, que já tem 12 integrantes, se encontra semanalmente para debater temas que envolvem a prática da profissão. A fotografia artística não está fora da pauta do clube, do qual Alex é diretor-presidente. No entanto, assuntos como gestão, técnicas e marketing devem dominar o debate de quem ensina e aprende mais sobre a profissão ao compartilhar as questões da rotina.

Julissa

Nedeff Pissetti

Até o produto final que você tem em mãos ou na sua casa, um longo caminho é percorrido não só pela matéria-prima que se transforma, mas pelos profissionais que o desenvolvem. E o primeiro passo dessa jornada começa com uma pesquisa de tendências. É nesse ramo que entra o portal trd3.com, criado em julho de 2010 pela publicitária Julissa Nedeff Pissetti. Através de conteúdo por assinatura com textos e fotos de feiras do mundo todo, o site auxilia mais de 150 clientes nos segmentos de arquitetura, decoração e design. O Senai é um dos clientes, que repassa o conteúdo para 12 estados brasileiros. São cerca de 40 colaboradores espalhados por 20 países caçando tendências. Em Caxias, 6 funcionários gerenciam o conteúdo e administram o trd3.

Otávio

André Susin/O Caxiense

Alex

Leandro Araujo, Foto Itália/O Caxiense

Alex Milesi, Divulgação/O Caxiense

por Paula Sperb e Marcelo Aramis Colaborou Carol De Barba

Valente Ruivo Um trabalho de formiguinha. É assim que Otávio Ruivo define a ação do Instituto Orbis de Proteção e Conservação da Natureza, que neste sábado (26) convida todos caxienses a apagarem as luzes durante a Hora do Planeta, um protesto contra o aquecimento global promovido pela WWF. Das 20h30 às 21h30, as “formiguinhas” do mundo inteiro vão se unir pela causa. Em Caxias, um grupo irá acender velas na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes embalado pelo Coro da UCS. Otávio Ruivo aprecia a natureza desde criança, quando brincava em árvores e com bichos. Na Biologia, encontrou sua verdadeira formação e vocação – ele também trabalha na Justiça do Trabalho de Caxias – para levar o conhecimento sobre o ambiente de forma fácil para a comunidade. Além de abordar ciência de forma prática, o Instituto Orbis, fundado por Otávio e amigos, quer mostrar que Caxias do Sul também pode ser protagonista em ações sustentáveis.

Celi Tolotti | Celi tem um pequeno ateliê pró- Lola Salles | Dona Lola é uma das costureiModa | Costureiras

Marli Velho Menegol | Marli é uma mãezona para todas as alunas do curso de Tecnologia em Design de Moda da UCS. É ela quem cuida de tudo que diz respeito ao ateliê de costura. Além de ser uma ótima profissional (é ela quem faz as demonstrações de costura durante as aulas), faz a manutenção de todas as máquinas, conhece segredinhos e dá dicas fundamentais – não só sobre costura, mas sobre a vida também.

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ximo às piscinas do Juvenil, na casa onde mora com a irmã. Não tem fama, mas lhe sobra competência. A costureira, ex-funcionária da antiga Kalil Sehbe, domina a alfaiataria. Faz também vestidos de festa, roupas casuais, reformas e até lingerie. As mãos habilidosas lhe garantem uma cartela de clientes com algumas das mulheres mais elegantes da sociedade caxiense.

ras mais queridas e atenciosas de Caxias. Ao lado da filha Tini, responsável pelos bordados, confecciona peças luxuosas, de valor inestimável. Com muita honra, fez vestidos para a Festa da Uva, e, apesar de se dar bem na tradição, adora realizar as loucuras das alunas de Moda ou criar peças ousadas para as clientes mais estilosas.

Corina Wainstein | Figura histórica da cida- Maria Ilse Adami | São dela os mais recende, Dona Corina é autodidata. Aos 87 anos, ainda costura o mais difícil – noivas, festa, recortes e tomas – e aos poucos. Ah, sim, não pense que é você quem leva o modelo: é Dona Corina quem concebe o vestido, como um filho, conforme a mulher e a ocasião.

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tes trajes oficiais de gala das soberanas da Festa da Uva. Dona Ilse também é especialista em vestidos de debutantes, noivas, aqueles longos deslumbrantes dos bailes chiques... Detalhista, é daquelas costureiras cujo olhar e a mão já não se fazem mais.

Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.


IRRETOCÁVEL

NUDEZ

André T. Susin/O Caxiense

Perfil

Victor Hugo Porto, um dos mais bem sucedidos artistas locais, fala da paixão pela arte, pelas mulheres e pela vida. E não faz nenhuma reclamação

Pintor, escultor e gravurista reconhecido, Victor Hugo Porto quer continuar em Caxias enquanto viaja o mundo

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por MARCELO ARAMIS marcelo.aramis@ocaxiense.com.br

ahia. Verão de 2006. Sol forte castigando a pele e envelhecendo mais cedo a fisionomia de quem trabalha sem teto. Em uma pacata vila na cidade de Camamu, mulheres lavam roupa na margem do rio. Descontraídas, fazem o tempo se arrastar, como deve ser na Bahia. Algumas usam shorts, que se acomodam amontoados nas curvas das virilhas, e a parte de cima do biquíni. Outras vestem calções dobrados até as coxas, bombachinhas, largas quando estavam secas. E a água do rio molha as surradas blusas de alcinhas. O tecido, agora transparente e colado ao corpo, revela os seios sem sutiã. A roupa pesa e aumenta os decotes. Discretamente, um homem as observa. Não vê nas maltratadas mulheres essa beleza que atrairia qualquer homem. Vê mais beleza. “Eu me considero um voyeur.” Victor Hugo Porto, 56 anos, é voyeur desde os 12. E artista desde essa época. Autodidata, nunca se matriculou em um curso superior, mas frequentou como ouvinte as aulas da antiga Faculdade de Belas Artes, em Caxias, aos 12 anos. “Os professores não davam a aula pra mim. Mas

eu ficava lá ouvindo, prestando atenção, rabiscando com carvão... Só não me deixavam entrar nas aulas de nu artístico, quando desenhavam modelos-vivos”, lembra Victor. O aluno, que na escola só se dava bem em Educação Artística, passou a imaginar aquilo que não podia ver. E desenhava. Aos 14 anos, começou a estudar à noite. No Colégio Presidente Vargas, ilustrava gibis pornográficos, chamados de Catecismo, a lápis ou nanquim, com canetas feitas de taquara. “Eram três ou quatro folhas dobradas ao meio. Não tinha muito texto, a história era o que menos importava nesses gibis.” Sem recursos para fazer cópias, Victor vendia os originais por alguns trocados ou um ingresso para o cinema. “Também por isso eu ia mal. Na aula ficava o tempo todo desenhando. Vendia os gibis e gazeava aula pra ir ao cinema.” Para estudar à noite, Victor precisou ser emancipado. Para trabalhar, não foi necessário. Um ano antes, ouviu no rádio um anúncio que procurava menores de idade para atuar como auxiliar de vitrines no Magazine Fedrizzi. “Eu fui selecionado entre vários candidatos. A vaga era para trabalhar por meio salário mínimo. Era pouco, mas eu só queria trabalhar, ter dinheiro para comprar material

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(de pintura).” Victor conta que as visual. Depois de 10 anos, decidiu vitrines da época eram mais ela- que queria viver de arte. “Ninboradas do que as atuais. Nesse guém me conhecia como artista emprego, ele passou de ajudante plástico. Conheciam o vitrinisa chefe do departamento de vitri- ta, o pintor de letreiros.” Depois nes. Ficou lá por 13 anos. “Atrás dos 30 anos, teve que começar do da vitrine, a gente desenhava zero. painéis que remetessem ao tema Na “escola” das vitrines do Feda estação. Lá eu tinha incentivo drizzi, Victor recortava figuras para desenhar, que era o que eu sobre uma lâmina de plástico e gostava, e ainda recebia. Foi a mi- utilizava a matriz para reprodunha escola.” A mãe zi-las nas paredes. também incentivava Descobriu mais a sonhada carreira “Só não me tarde que essa era de desenhista. Caso deixavam entrar a técnica do pocontrário, o garoto nas aulas de nu choir, desenvolvida poderia partir para artístico”, conta na França, durante o segundo sonho. a Segunda Guerra, “Ou era desenhista, Victor, que, aos 12 para produzir cartaou piloto de avião. anos, participava zes políticos em esA mãe disse: ‘conti- como ouvinte cala. Usou o mesmo nua aí desenhando’. do curso de recurso, hoje mais Ela tinha medo de Belas Artes conhecido como o avião cair, isso que stencil, para pintar as mães pensam”, reas primeiras obras, lembra Victor, que hoje acha que naturezas-mortas sobre papel. poderia ter sido as duas coisas. “Fui em várias galerias oferecer o meu trabalho. As pessoas não Depois que saiu do Fedrizzi, queriam nem olhar”, lembra o arVictor passou pela Eberle, onde tista. Foi uma pequena galeria, a decorava as vitrines e desenhava Realce, improvisada em uma gaos famosos carros alegóricos da ragem em Porto Alegre, que reempresa na Festa da Uva. Traba- conheceu o talento de Victor. “Tu lhava meio turno. Paralelamen- gosta de arte?”, perguntou a moça te montou a Victor Decorações, que atendia na galeria enquanuma agência de publicidade que to ele admirava as obras. “Gosto. prestava serviço de montagem de E pinto, mas ninguém conhece”, vitrines, letreiros e propaganda respondeu o artista no primeiro 26 de março a 1º de abril de 2011

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grande dia da sua carreira. Victor voltou para o carro, pegou as gravuras e conseguiu a sua primeira exposição. Uma das imagens da exposição saiu em uma nota no jornal Zero Hora. “Daí as galerias que tinham me dado chá de banco e nem quiseram ver as minhas obras vieram me procurar”, diz Victor. As frutas, especialmente as melancias, em fatias de um vermelho vivo, renderam séries de obras do artista. As gravuras em giz pastel lhe renderam reconhecimento e uma alergia nos olhos. Quando abandonou os pastéis e começou a pintar acrílicos sobre tela, manteve o estilo cubista, que permanece na obra, mas resolveu mu-

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dar de tema. “Comecei a pintar as mulheres, mas o pessoal queria as melancias. Quando eu levava as melancias, as galerias já compravam tudo. Com as mulheres, tive que insistir, deixar em consignação.” Então as famosas melancias de Victor começaram a reaparecer nos quadros, em generosas fatias, junto com as mulheres. A estratégia deu certo, abrandando a resistência das galerias em apostar no novo. E as mulheres viraram a nova marca. Eram magras e sem rosto definido essas primeiras mulheres de Victor, que comiam melancia. Nessa época, morando com a primeira esposa, Victor fazia

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retratos da sua vida amorosa. Os traços que marcavam as silhuetas das figuras nuas se adelgavam nas extremidades, deixavam detalhes subentendidos. As faces apenas sugeriam os volumes, como se o rosto estivesse coberto por uma renda, os olhos por uma venda. “Eu endeusava aquela mulher. Mas era uma relação doentia, sem diálogo. Nós não conversávamos. Foram 13 anos de lua de mel. Mas tudo em silêncio”, conta o artista. “As mulheres eram esqueléticas. Eu pintava o meu relacionamento, que era cego, surdo e mudo. Na verdade, acho que eu é que era cego, surdo e mudo”, analisa. Depois da separação, Vitor conheceu uma nova musa, que tra-

balhava no posto de gasolina da família, em Vacaria. O relacionamento durou pouco mais de um ano e meio. A essência da inspiração dura até hoje. “Era uma pessoa alegre, batalhadora, forte e comunicativa. Viva”, descreve. Foi quando Vitor aprendeu a pintar a abundância. “As mulheres ficaram maiores, com os olhos grandes e sempre de lado, no ‘olhar da eterna procura’. As bocas bem desenhadas, saindo do rosto de tanto que falam”, compara o artista. “Gordinhas” foi o apelido que o público de Victor deu às mulheres que já apareceram em mais de 5 mil telas. “Grandes” é o adjetivo que ele prefere. Hoje Victor se inspira na atual mulher, dona da

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Bocas vermelhas, quadris largos, coxas grossas, seios fartos e pouca roupa. São sensuais as gordinhas de Victor. “Quando vejo uma mulher caminhando, tento olhar pelo lado sensual, erótico. Com visão de raio-x. Eu procuro as dobras, a marca do biquíni, da calcinha... Tento ver o que está por baixo da roupa, como se houvesse uma transparência”, revela o voyeur. Em janeiro deste ano, Victor passou alguns dias no seu ateliê em Florianópolis, onde costuma ir no inverno. Trouxe um bloco cheio de desenhos de Marias, que ele fez na beira da

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Victor Hugo Porto, Divulgação/O Caxiernse

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praia, inspirado pelas “sempre caixote de maçã. Batalhadora: isso gordas e feias” argentinas de Ca- é uma mulher grande. Quando eu nasvieiras. “Não é a mulher bo- pintar, vou fazer ela grande.” nita que me inspira. É a mulher Nem sempre Victor precisa da sexy”, diz Victor, que vê sensuali- sua visão de raio-x para pesquisar dade em vários tipos de mulher. formas femininas. “Eu vou nes“Às vezes são os seios, ses bares de sacagrandes. Às vezes é nagem, onde tem a altura. Às vezes é “Não é a mulher striptease. Entro, a bunda”, enumera, bonita que me peço uma cerveafastando as mãos inspira. É a ja, que custa R$ para mostrar que mulher sexy”, 30, finjo que bebo, também são grandes porque eu não as bundas inspirado- diz o pintor das bebo, e converso. ras. Em Florianópolis gordinhas, figuras Ouço sempre as também, no Mer- inspiradas nos mesmas histórias, cado Público,Victor mais diversos de que fugiram de costuma encontrar tipos de beleza casa porque o pai beleza onde parece batia e acabaram não haver. “Lá só tem caindo nessa vida. marginal, drogado e ‘Mas quando tu fiprostituta. Só tem gente feia. Mas car velha e não servir mais?’. ‘Daí o lugar respira arte. Lá, um poe- eu viro cafetina’, é o que elas dita faria uma grande poesia, um zem”, narra o artista sobre seu lamúsico faria uma bela composi- boratório criativo. A Rua da Praia, ção. Para mim, como pintor, é um em Porto Alegre, também é ponto prato cheio”, admira-se o artista. inspirador. Para a série Mulheres “Tem as putas, que estão traba- de Neon, sobre as prostitutas, Viclhando. Tem a mulher que vende tor convidou um amigo para ir de passes de ônibus em cima de um carro à Rua da Praia. “Ele dirigia 2.

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e eu fotografava.” Passaram duas vezes seguidas. Voltaram para casa com algumas fotos, um tijolo e cacos de vidro no banco de trás. “Agora eu deixo o carro do outro lado, ou perto da rodoviária. Dou uma passada, aquela olhada, e deu. Porque o lugar é perigoso”, acautela-se. Pornografia na internet facilitaria o trabalho. Victor tem três recortes de mulheres seminuas penduradas no ateliê, mas nem se comparam com o “ao vivo”. “As fotos são algo que alguém fez e colocou ali para outros olharem. É a tua visão sobre o olhar de outro. Não gosto. Prefiro a minha visão”, explica. “Cara, Santa Cruz do Sul só tem gata”, revela Victor, falando da cidade onde não encontrou ou não conseguiu prestar atenção em nenhuma mulher feia. “Que pessoal festeiro! Os bares abrem todos os dias. E lá pegou esse sertanejo universitário, que aqui parece que não pegou, né?”, compara o artista. Mas o som não é o que lhe agrada nesses bailes. Fotos: Victor Hugo Porto, Reprodução/O Caxiernse

legítima alegria e força feminina e sempre “à procura de algo mais”. Essas características que admira nela ampliam as curvas de outras mulheres. “Uma vez pediam por que eu não dava um nome para as mulheres que pinto. Se eu fosse dar nome, teria que dar vários. Nenhuma é igual, não são as mesmas”, explica Victor. O artista chamou-as de Marias, que é quase um sinônimo de mulheres.

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1. e 2. As melancias, primeiro ícone da obra de Victor Hugo, ajudaram a vender as mulheres, que as galerias relutavam aceitar; 3. e 4. Uma das lavadeiras que encantou o artista na cidade baiana de Camamu virou Maria no acrílico sobre tela; 5. Maiores, com olhos e bocas saltando do rosto, as reconhecíveis Marias já apareceram em mais de 5 mil telas telas

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André T. Susin/O Caxiernse

Victor Hugo Porto, Reprodução/O Caxiernse

Depois de uma separação, Victor deixou indefinidas “esqueléticas”, retrato de um relacionamento sem diálogo, para pintar o “olhar da eterna procura” “Gosto do jeito que as mulheres se vestem para ir. Chapéu, calça justa, botas de vaqueiro...”, desenha. Em uma dessas festas, Victor encontrou uma mulher para transformar em Maria, “não tão grande, mas parecida com a Mulher Melancia”. “Só que muito mais bonita que a Mulher Melancia”, estala os dedos. Geralmente, Victor recorre a modelos-vivos para estudos de anatomia, não para a obra final. “Eu desenho tudo torto, mas gosto de saber o certo.” Para pesquisa e inspiração, qualquer lugar serve. “Agora vai ter o Entrai (Encontro das Tradições Italianas) em Farroupilha. Tem as nonas fazendo pão, polenta... Vestidos fechados até o pescoço. Um prato cheio para a pesquisa. Não tem nada de erótico. Mas eu colocarei erotismo ali”, promete Victor. Naide Maria Gasperin, a mulher da vida de Victor, com quem ele vive há 18 anos, aprendeu a driblar o ciúme. “Se eu te disser que não tenho, estou mentindo. No início foi difícil, mas eu fui aprendendo a confiar. O Victor é um ser totalmente livre, mas não livre na promiscuidade”, diz Naide. Professora em uma escola em Farroupilha, onde mora o casal, Naide vive em um mundo distante daquele do artista. “Sou bem diferente dele: sou muito pé no chão, ele é muito sonhador. A gente se equilibra. Não foi fácil, mas hoje eu não aceitaria um Victor diferente.” Quando os dois estão juntos e uma mulher interessante passa na rua, ambos comentam sobre. “Ele precisa desse relacionamento maduro para poder criar”, supera Naide. “De origem italiana, 1,70m de altura, nem magra nem gorda, boca bem formada, olhos pretos, morena, cabelos longos até os ombros”, como descreve Victor, Naide não tem a pretensão de ser musa do marido. “Ele pinta as mulheres. Eu digo: ‘Se tu tiver que se inspirar em mim, te inspira no nosso

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relacionamento’.” E Victor segue o bairro Desvio Rizzo. Não foi por conselho. falta de convites, nem por falta de coragem, que Victor não ar“As pessoas reconhecem a riscou multiplicar o sucesso em obra dele. Ele coloca muita verda- outro país. Recusou 30 mil euros de”, diz a jornalista Arminda Ber- por mês, salário inicial, para pintuzzi, ao explicar o sucesso do ar- tar porcelanas na Alemanha. “Fui tista. Arminda, que lá ver o lugar. Nem já tem o rascunho de janela a minha sala um livro sobre a car- “Ele precisa desse tinha. Talvez conreira de Victor, um relacionamento seguisse trabalhar projeto em fase de maduro para lá por uma semana. captação de recur- poder criar”, Depois, não consesos, conhece-o de guiria mais”, argulonga data. “Caxias conta Naide, a menta. tem uma dificulda- mulher de Victor, Na frente do atede grande em reco- sobre como liê, com uma grannhecer o seu artista”, aprendeu a lidar de janela para a afirma, fazendo coro com o ciúme Lagoa do Rizzo, o à reclamação da corpo colorido de classe, um discurso uma mulher nua, que Victor não usa. Arminda se um experimento do artista, receprefere à demora do público local ciona os convidados. “Não repare para respeitar o trabalho de um a bagunça”, diz Victor sempre que pintor, escultor, gravurista. “Na abre a porta para alguém. No caos Itália, ele também é muito reco- de tintas e telas espalhadas pelo nhecido pela escultura. Hoje ele pequeno chalé, a mala de pintura é reconhecido aqui, mas trabalha está sempre pronta para viagem. há 30 anos”, observa. “Victor não “Se eu estou aqui pintando uma reclama de nada”, completa a jor- tela, nem que seja para entregar nalista. Ela tem razão. amanhã, se me dá vontade de sair, “Já me perguntaram: ‘com esse eu saio”, afirma o artista. Para as teu talento, por que tu não vai viagens que faz, seja à Europa ou embora daqui?’. Se eu for para a Santa Cruz do Sul, não carrefora, vou deixar esse povo aqui. ga muito mais do que a mala de Vou fazer público em outro lu- pintura. “Para me acompanhar, o gar e vou querer voltar. Lá fora, cara tem que ter muita grana”, diz vou perder o público que eu fiz Victor, que viaja muito, mas não e, quando volto, não encontro precisa do dinheiro para se senmais o que deixei aqui”, respon- tir seguro. Em geral, aventura-se de Victor. Atualmente, ele dá pa- só com o valor da passagem. Na lestras em escolas. Picasso e Van Europa, onde tem muitos conheGogh cedem espaço para que as cidos, liga para alguém e pede turmas estudem o artista daqui. um lugar para ficar por dois ou “Tem que trabalhar essa guriza- três dias, tempo suficiente para da, que é quem vai comprar obras “se enturmar”. “Depois vou para de arte no futuro”, investe Victor. um hotel, pinto as telas e vendo “Quando eu ficar velho, se um na rua. Em três dias já sou amigo dia eu chegar a ficar velho, quero do pessoal do hotel. Se eu quiser que as pessoas saibam que eu es- pagar a estadia com uma tela, o tou aqui.” Seu ateliê, um moder- cara já fica faceiro.” No ateliê, Vicno chalé que mandou construir tor pinta cerca de duas telas por a partir de uma maquete que ele semana. A bagagem mais impormesmo fez com palitos de picolé tante, da qual se serve para pintar e espetinhos de madeira, fica no até duas telas por dia, paga qual-

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quer viagem. “Nos hotéis, estico a tela e colo na parede com durex. Coloco a tinta nisso aqui (mostra uma palheta improvisada e descartável) e está pronto o ateliê”, simplifica o artista. Victor tem quatro carros, a casa em Farroupilha, os ateliês em Caxias e Florianópolis, obras espalhadas por galerias no Brasil e na Europa e um celular que não funciona bem. “Eu não sou ambicioso. Tudo que eu quero eu já tenho”, constata um dos mais bem sucedidos artistas caxienses. “Eu viajo muito e quando quero. Não compro coisas. Se eu tivesse mais grana, eu ia torrar tudo.” Há algum tempo, Victor ligou para um amigo no meio da semana. “Vamos lá pra Gramado, ficar sentados na praça, tomar um sorvete, ver as mulheres passarem?” O amigo recusou, escolheu trabalhar, sugeriu transferir o programa para um domingo. “Não, tem que ser hoje. No fim de semana tem muita gente, o sorvete é mais caro e não tem nem lugar pra sentar”, insistiu, sem sucesso. “Há poucos dias o cara estava tomando café. Deu um negócio, caiu duro”, conta Victor, que sabe fazer o trabalho render uma vida melhor. “Tenho problema de coração, angina. O médico disse que eu sou uma bomba-relógio. Mas se eu morrer de repente, vou ter aproveitado bem”, ensina. As obras de Victor Hugo Porto, que não precisam mais da assinatura para serem reconhecidas, certamente rendem o livro que está sendo produzido. A vida do artista vale outro. “O Victor é um menino. Ele tem o colorido das obras que pinta. É de uma pureza, uma ingenuidade... A essência é de menino”, diz a jornalista e amiga Arminda, sobre o homem que amadureceu, branqueou os cabelos, mas ainda é aquele mesmo garoto banido das melhores aulas do curso de Belas Artes.

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Dupla por FABIANO PROVIN Raimundo Demore frisou, na coletiva no dia 24, que “hoje Picoli é o treinador do Esporte Clube Juventude para o Gauchão e para a Série D”. O “hoje” pode significar muita coisa, principalmente se o Ju não vencer neste domingo o lanterna e quase rebaixado InterSM, que não tem pontos no segundo turno. Para esta partida, Picoli não terá três jogadores: Borjão, Tiago Silva e Pico. Chances para Bressan (se o 3-5-2 for mantido), Alex Telles e Celsinho, os reservas imediatos para as posições. O zagueiro Bruno Salvador se recupera de lesão. Moisés, Deoclécio e Fabrício, do grupo sub-20, também terão mais oportunidades. Picoli disse, após a partida contra o Cruzeiro (não se pode tirar os méritos do time porto-alegrense), que não acredita em falta de vontade, “mas sim de atitude” de alguns jogadores. “Trabalhar no Juventude é algo muito intenso. Me sinto desafiado, e por consequência motivado, a cada dia. Motivação não se coloca nas pessoas: ou tem ou não tem”, opinou.

Diogo mais 10

Parte da torcida grená ficou com mais de uma pulga atrás da orelha quando soube da escalação do meia Diogo para enfrentar o Canoas, no dia 20. Afinal, desde que fora contratado pelo Caxias, em janeiro de 2010, foi a primeira vez que Diogo começou uma partida como titular. Uma série de lesões atrapalharam um pouco a carreira do meia formado na base do Inter com o irmão gêmeo, Diego (atualmente no futebol português). A justificativa do técnico Luiz Carlos Ferreira foi simples: “Não conheço todos os jogadores. O garoto mostrou personalidade nos treinos, passou, chutou”. E não é que Diogo teve participação em três gols da vitória por 4 a 3? Em dois deles os passes foram precisos para o atacante Lima. Diogo saiu cansado, mas aprovado pela torcida. Logo após a partida, Ferreira fez questão de antecipar a escalação do jovem de 25 anos contra o São José, neste sábado (dia 26), às 18h30, no Estádio Passo D’Areia. Para essa partida, o treinador não poderá contar com o volante Marcos Rogério, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo. Bruno ou Dê devem ocupar a vaga. A delegação do Caxias viajou para Porto Alegre na sexta (25) para treinar no gramado sintético do Passo D’Areia.

Fabiano Provin/O Caxiense

Picoli fica

Assédio

Osvaldo Voges reforça que não pretende emprestar nenhum jogador. A única negociação é a venda. “A única consulta formal que recebemos foi relacionada ao goleiro Matheus, por parte de um clube do Nordeste. O atleta preferiu ficar. Precisaremos vender um ou dois jogadores. Empréstimo, somente de alguns garotos da base, após o Gauchão”, ressalta. Em Porto Alegre, a imprensa não cansa de veicular sobre o interesse do Grêmio em Éverton. O Caxias tem um terço do valor do jogador. Outro visado por clubes europeus com 80% do passe pertencente ao clube grená é Edenilson. Na quinta (24), foi definida a renovação do lateral Gerley, barrado do time por Voges por não haver acerto com o empresário. O jovem fica no Centenário até junho de 2013.

Na seleção

Juventude e a sua

longa reordenação As palavras mais utilizadas no Estádio Alfredo Jaconi nos últimos anos foram, não necessariamente nessa ordem, mobilização, reorganização, superação, dedicação... No final da tarde de 24 de março, o vice-presidente de futebol, Raimundo Demore, acrescentou um novo verbete à lista: reordenação. A expressão surgiu um dia após o mais novo capítulo na triste história recente do Esporte Clube Juventude. Depois de ser derrotado pelo Cruzeiro, em Porto Alegre, por 3 a 1, o técnico Picoli colocou o cargo à disposição. Enquanto conversava com dirigentes na beira do gramado do Estádio Estrelão o vestiário virou um ringue. Durante uma discussão, o zagueiro Édson Borges e o volante Tiago Silva teriam trocado agressões físicas. Demore não confirmou oficialmente. O mesmo Tiago Silva, três dias antes da estreia no Gauchão, no dia 13 de janeiro, discutiu feio com o zagueiro Fred durante o treino no Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC). Naquela ocasião, o então treinador Beto Almeida tirou os dois do trabalho e os mandou “esfriar a cabeça”. Agora, Tiago, ao que parece, não teve a mesma sorte. A derrota – a sétima partida consecutiva sem vitória – e as “trocas de elogios” tiveram como resultado

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a rescisão dos contratos de Édson Borges e Tiago Silva (este formado na base do Ju em 1998). Borjão teve o agravante de ter dado declarações à rádio Caxias, após a derrota, questionando a qualidade do grupo. Demore alegou também economia, pois os atletas tinham salários mais polpudos. Além deles, o lateral Anderson Pico foi afastado por problemas disciplinares. Depois da partida contra o Cruzeiro ele teria seguido para a casa de familiares, em Porto Alegre, e não retornou à Caxias do Sul com a comitiva alviverde. É dessa forma que o Juventude inicia uma sequência de três partidas em casa – Inter-SM neste domingo (dia 27, 18h30), Grêmio (dia 30, quarta, 20h - pode ser transferido para 21h50) e Porto Alegre (dia 3 de abril, 18h30). A equipe esmeraldina, se almeja algo nesse segundo turno do Campeonato Estadual, precisa reagir. Tem apenas 2 pontos em três jogos disputados. Disputará 12 pontos, os três últimos fora, contra o Veranópolis (10/04). Se não avançar às quartas de final do Gauchão, o Ju terá 98 dias de preparação para a Série D, programada para iniciar em 17 de julho. Depois de três rebaixamentos nacionais em quatro anos, até o papo mais verde deve estar receoso. Explicação? Na atual fase, nenhuma.

Dois representantes da dupla CA-JU irão integrar a Seleção Brasileira Sub-18 que disputará a 11ª Copa Internacional do Mediterrâneo, na Espanha, entre os dias 14 e 24 de abril. O zagueiro do Juventude Bressan foi convocado por Ney Franco, técnico sub-20 e coordenador das seleções de base do Brasil. O atleta, que integra o grupo profissional alviverde, destacou-se em 2010 na Taça SP de Futebol Júnior e foi campeão gaúcho sub-20. Pelo Caxias, o representante será o preparador de goleiros Rogério Maia, campeão Sul-Americano Sub-20 no Peru. “O mais importante é dar sequência na metodologia de trabalho”, ressalta Maia. A dupla se apresenta no Rio de Janeiro para iniciar os treinamentos no dia 5 de abril.

Juniores

Começa neste final de semana o Campeonato Estadual de Juniores. O Juventude, atual campeão, estreia sábado (26), às 15h30, contra o Atlético Osoriense, no Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC). O Caxias, vicecampeão, inicia a disputa fora de casa, contra o Sapiranga, às 15h30 de domingo (27), no Estádio das Rosas, em Sapiranga. O alviverde é treinado pelo ex-atacante Fernando Rech e, o time grená, por Felipe Endres. O Ju está no grupo 1 com Novo Hamburgo, Igrejinha, Porto Alegre e Atlético Osoriense. O Caxias está na chave 2 com Guarani de Venâncio Aires, Guaíba, Gaúcho de Passo Fundo e Sapiranga.

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Guia de Esportes

Fotos: Roberto de Freitas, Divulgação/O Caxiense

por José Eduardo Coutelle | guiadeesportes@ocaxiense.com.br

Vinte quatro duplas masculinas e 24 femininas são aguardadas no Parque dos Macaquinhos no final de semana

VÔLEI Recomenda l Torneio Aberto de Vôlei de Duplas 2011 | Sábado e domingo, a partir das 9h | Deverão vir a Caxias algumas das principais duplas de vôlei do Estado. O evento é organizado pela Liga Caxiense de Vôlei. Os jogos iniciam às 9h para as meninas e às 13h para os rapazes, tanto no sábado quanto no domingo. O sistema da competição é eliminatória. É esperada a participação de até 24 duplas masculinas e 24 femininas. Os jogos ocorrerão paralelamente nas duas quadras do Parque dos Macaquinhos, independentemente do clima. Parque dos Macaquinhos Entrada gratuita | Dom José Barea, s/n°, Exposição

FUTEBOL l Municipal | Sábado, 13h15, 13h45, 15h15, domingo, 13h15, 14h, 15h15 | A primeira rodada do Campeonato Municipal contou com muitos gols. Somente na partida que terminou empatada entre Kayser

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e Fonte Nova, pela Série Ouro, foram oito. Outras três partidas terminaram empatadas. As únicas vitórias vieram das equipes Águia Negra e Az de Ouro, que derrotaram seus respectivos adversário pelo placar de 2 a 1. Enxutão, Municipal 1 e 2, Sagrada Família, Zona Norte e Fátima Entrada gratuita l Copa União | Sábado, 13h30 e 15h30 | As equipes do São Virgílio e Pedancino da categoria Sênior fizeram bonito nas duas primeiras rodadas da competição. Elas seguem invictas e disputam a primeira posição no saldo de gols. Já na outra ponta da tabela, o Diamantino e o São Cristóvão ocupam a lanterna, com nenhum ponto obtido. Campo do time mandante Entrada gratuita Recomenda l São José x Caxias | Sábado, 18h30 | Com uma partida a menos, o Caxias poderá encostar nos líderes caso vença o São José neste sábado. O Zequinha não promete grande resistência. Nas quatro

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partidas disputadas, obteve apenas dois empates e duas derrotas, e amarga a lanterna do grupo. Já o Caxias vem de vitória, após superar pelo placar de 4 a 3 a equipe do Canoas no Centenário. O treinador Luiz Carlos Ferreira deve entrar em campo com: Matheus; Patrício, Edson Rocha, Marcelo Ramos e Edu Silva; Bruno (Dê), Itaqui, Edenilson e Diogo; Everton e Lima. Passo D’areia R$ 20 arquibancada e R$ 30 cadeira | Padre Hildebrando, 1.100, Porto Alegre

rá colocar os reservas imediatos: Bressan e Alex Telles. O lateral Anderson Pico também vem treinando separado do grupo e não deve disputar a partida. Celsinho deverá ocupar a posição. Alfredo Jaconi R$ 20 entrada. Idosos e estudantes portando documentação, R$ 10 | Hércules Galló, 1.547, Centro

l Novo Hamburgo x Caxias | Quarta, 19h30 | As duas equipes mantêm a mesma posição na tabela. O Caxias só permanece à frente devido somente ao número de gols marcaRecomenda dos: sete nos três primeiros jogos. l Juventude x Inter-SM | Do- Estádio do Vale mingo, 18h30 | R$ 15 entrada | Santa Teresa, 420, A equipe alviverde vem de dois Liberdade - Novo Hamburgo jogos sem sucesso. Primeiro conseguiu apenas um empate de 1 a l Juventude x Grêmio | Quar1 contra o Santa Cruz, e na sequ- ta, 20h - pode ser transferido para ência foi derrotado pelo Cruzeiro 21h50| por 3 a 1. Com a série negativa de Em clima de crise, o Juventude resultados, somente uma vitória busca a reabilitação. O Grêmio pode alavancar o Juventude da aplicou a maior goleada da última 6ª posição da chave 2, com ape- rodada: 6 a 0 sobre o Internacionas dois pontos conquistados. Os nal de Santa Maria. maus resultados tiveram como Alfredo Jaconi consequência as dispensas dos R$ 20 entrada. Idosos e estudantes jogadores Edson Borges e Tiago portando documentação, R$ 10 | Silva. Como opção, Picoli pode- Hércules Galló, 1.547, Centro

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Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br

por FELIPE BOFF (interino)

De um corretor de móveis, mostrando a clientes uma modesta e antiga casa, para justificar seu alto preço: “Depois do novo teto do Minha Casa Minha Vida, nenhum imóvel custa menos do que R$ 130 mil em Caxias”. Traduzindo: o programa federal virou desculpa para cobrar mais caro, mesmo nos imóveis usados. Uma boa iniciativa para beneficiar muitos corre o risco de ser seriamente prejudicada pela ganância de alguns.

Eleições 2012

O PT local já admite a possibilidade de não conseguir se entender com o vitaminado PC do B para compor chapa à prefeitura em 2012. Ainda assim, avalia que sairia beneficiado. Na última eleição, com apenas duas candidaturas – de Pepe e Sartori –, tudo teve que se resolver no primeiro turno. Com três chapas ou mais (não são poucas as apostas de que PDT e PMDB sairão separados), o PT teria, pelo menos em tese, um aliado com votos para atrair em um segundo turno.

Falta de diálogo

A deputada estadual Maria Helena Sartori (PMDB) está vigilante na oposição ao governo Tarso Genro. Ao registrar a saída do empresário Anton Karl Biederman do recémempossado Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social gaúcho – por discordar de “ideias atrasadas” e do suposto condicionamento dos conselheiros à visão do governo –, a assessoria da deputada também não deixou passar um trecho do discurso do reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Isidoro Zorzi (por sinal, seu colega de partido), no dia em que passou a integrar outro conselho estadual, o do Plano Plurianual Participativo. Zorzi fez o seguinte alerta: “Só há diálogo onde uns têm algo a dizer, outros se dispõem a escutar e vice-versa. O diálogo só é possível entre diferentes. Os iguais apenas monologam, pois não têm o que trocar. Quando não respeitamos as diferenças, a pluralidade, nós monologamos, e este monólogo é o diálogo dos surdos, onde todos falam e ninguém escuta”. Para Maria Helena, parafraseando Zorzi, a saída precoce do conselheiro Biederman “é a prova de que neste governo, que prega o diálogo, pratica-se o monólogo”.

Cristofer Giacomet, Divulgação/O Caxiense

Inflacionou

COMISSÃO DE

CASAIS, SIM.

E POR QUE NÃO?

Em um clima familiar, a Comissão Comunitária da Festa da Uva 2012 apresentou a Comissão Social do evento, que terá como primeira tarefa organizar a escolha das soberanas, no dia 3 de setembro. São 12 casais e duas mulheres (foto acima). Apesar da animação do ambiente, os integrantes da comissão não deixaram de reagir, com sutileza, a quem critica a composição do grupo com casais, como foi feito este ano com a própria Comissão Comunitária. E argumentos não faltaram. “Todas as mulheres estão trabalhando”, ressaltou Milton Corlatti, que compartilha a diretoria social com a esposa, Zuleika, lembrando que em algumas áreas – da gastronomia aos costumes típicos – os homens ficariam completamente perdidos sem elas. O secretário e diretor de Cultura da Festa, Antonio Feldmann, fez longo discurso enfatizando a importância feminina no maior evento de Caxias. A começar pelo trio de soberanas, maiores divulgadoras da Festa da Uva.

casal presidente da Festa da Uva” – como lembrou Feldmann –, Gelson e Gládis Palavro, foi só oficializar o que na prática sempre aconteceu. A comissão de casais concede, finalmente, o devido crédito a elas, que não só apoiavam os maridos envolvidos na organização mas muitas vezes trabalhavam igual ou mais. A Comissão Social, aliás, já era formada por casais. E quem participou ou simplesmente aproveitou a última festa vai lembrar facilmente do apaixonado envolvimento de Gládis, para ficar em apenas um exemplo.

É preciso lembrar que boa parte dos críticos sequer pisa nos Pavilhões durante a festa – e muito menos no trabalhoso período que a antecede –, a não ser para cumprir tarefas profissionais, e visivelmente contrariados. Ironicamente, aqueles que questionam a composição familiar da Comissão Comunitária são os mesmos que acusam a Festa da Uva de ter se tornado “só uma feira comercial”. Felizmente, a festa, como qualquer boa família, não se abala com Na prática, o que fez o “agora intrigas de gente de fora.

Simbolicamente, os casais representam as famílias, e são as famílias que organizam a Festa da Uva Secretário e diretor de Cultura da Festa da Uva, Antonio Feldmann, ressaltando um aspecto fundamental esquecido pelos críticos do modo como foi composta a Comissão Comunitária da Festa de 2012

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Para refletir

Frases de Francisco Rech – o empresário do ramo imobiliário e ex-secretário da Habitação que agora se obrigou (ou foi obrigado) a deixar o CC de diretor da Secretaria de Obras –, publicadas na entrevista ao jornal O Caxiense na edição passada, sugerem que ainda há muito a ser esclarecido na área habitacional do poder público:

“A minha função na Itaperu é meramente ser sócio. É mais o uso do meu nome e aval na hora de, por exemplo, alugar uma sala.” (Com quem e para quê mesmo a empresa vinha usando o nome de um alto integrante da administração municipal?) “Não temos uma série de engenheiros e arquitetos que têm escritórios próprios e trabalham na prefeitura? De manhã, estão de um lado do balcão, e de tarde, do outro.” (A lei permite essa prática? E a ética?) “Não há um desespero de quem comprou, de chegar ao ponto de pegar o dinheiro de volta. Na maioria, eles não botaram dinheiro.” (O empresário fala dos compradores de unidades do agora embargado Residencial Puerto Vallarta. Se o apartamento foi vendido pelo Minha Casa Minha Vida, no qual o proprietário só começa a pagar – para a Caixa – depois de receber as chaves do imóvel, como alguém poderia pegar algum dinheiro de volta?)

Rombo

O segundo dia do congresso do Sindicato dos Servidores Municipais, neste sábado (25), promete ser quente. Um dos temas em pauta é a situação financeira do Instituto de Previdência e Assistência Municipal, que já vinha sendo denunciada pelo presidente do Sindiserv, João Dorlan. Depois de alguns estudos, os sindicalistas descobriram que o rombo no instituto é maior do que se pensava.

Nome aos montes

Colunista de um jornal local contou a piada, mas errou o autor. Foi o espirituoso Milton Corlatti quem disse, na reunião-almoço de segunda-feira (21), que o governador Tarso Genro já estava se referindo ao “Aeroporto de Monte Oliva” para tentar conciliar defensores de Vila Oliva e Monte Bérico. Tarso riu, mas sem se desviar da seriedade do assunto.

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