Junho | 2011
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80 Ano ii
Renato
Henrichs CIC aguarda Dilma na festa dos 110 anos
Moda
só para quem tem bom humor Roberto
Hunoff Cidade recebe 1,2 mil novos veículos por mês
Os perigos da
ideologia na visão do presidente do Simecs
As indicações poéticas de Marco de Menezes
SEM MEDO DE SE Usuários de maconha começam a abandonar o anonimato, mobilizam-se pela liberação da droga e inquietam autoridades e grupos de tratamento em Caxias
André T. Susin/O Caxiense
QUEIMAR
Desafios
que esperam a nova gestão da UAB
R$ 2,50
Índice Fotos: André T. Susin/O Caxiense
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A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site Roberto Hunoff | 4 O avanço da frota de carros de Caxias O Caxiense entrevista | 5 Presidente do Simecs critica as ideologias, mas elogia Assis Melo Maconha | 8 Usuários mostram a cara para defender a liberação da droga e acendem o temor de especialistas e autoridades
Muito interessante a proposta de jornalismo de O Caxiense. Parabéns à equipe por dar enfoque ao que é feito na cidade. Vanessa Susin
@PauloKowaleski @ocaxiense isso já é uma piada. Na conferência da saúde este governo sem compromisso com o povo vai ter que explicar para nós, delegados. #grevedosmédicos
Boa Gente | 12 Uma ecologista de outro mundo, um jardim de tinta e os cinco melhores livros de poesia para Marco de Menezes Artes | 13 Paixão que aprisiona e arte que liberta
@patiifagundes Adorei o banner do @ocaxiense no site para divulgar as últimas novidades. Coisa que só quem sempre chega na frente consegue fazer :D #android
UAB | 14 Nova cúpula da entidade assume com o desafio de ampliar interesse pelo movimento comunitário
@Angelo_Boff Dos 10 bairros que saíram na edição do @ocaxiense como mapa do crime, tem 4 perto do meu! #mapadocrime
Todo Dia um Look | 16 O blog de moda out e humor in que virou grife na internet
Anexação de localidades | Eu conheço Cazuza, minha bisavó e avó eram de lá, sabemos que a localidade está precisando de estrutura, assim como muitas outras comunidades da própria São Chico. Mas daqui a pouco isso vira regra: está mal atendido, vem pra Caxias. Pra mim isso é caso de o Ministério Público intervir e investigar a prefeitura de São Chico para criarem vergonha na pressão!!! Gustavo Pozzer da Silva
Guia de Cultura | 18 Drama canadense, comédia brasileira e cinema caxiense em cartaz Dupla CA-JU | 21 O que a vistoria da Copa viu no Jaconi e no Centenário
Sou favorável à anexação. Tenho uma área de terra em Cazuza e tenho certeza que seremos melhor atendidos se nossa localidade pertencer a Caxias. Claudiana Cristina Marques
Guia de Esportes | 22 Atividade nos gramados, do golfe ao rugby
Greve dos médicos | O prefeito tá embretado, qualquer valor que der para a máfia dos de branco tem que dar pro funcionalismo público, tem que demitir imediatamente e fazer um concurso emergencial... Everton Padilha
Renato Henrichs | 23 Pepe Vargas seria melhor ministro do que Ideli Salvatti
Expediente
Redação: André Tiago Susin, Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), Jaisson Valim (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor), Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita Comercial: Pita Loss Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo
É só o que faltava, mesmo! O Movimento Vivo em defesa da saúde pública voltará a se manifestar... a irresponsabilidade dos dois lados não pode mais ficar impune Ad eternum... isso é CRIME!!! Luis Fernando Possamai
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Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120
Jornal O Caxiense Ltda. Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471 Fone 3027-5538 | E-mail ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br
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O Caxiense
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Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
A Semana
Fotos: André T. Susin/O Caxiense
editada por Felipe Boff | felipe.boff@ocaxiense.com.br
Iniciativa da Escola Pública de Trânsito apresentou aos caxienses o que deverá ser a inspeção veicular obrigatória defendida pelo Estado
SEGUNDA | 6.jun Novo presidente da UAB cobra ampliação de creches
na, empresa contratada pela Fifa para analisar candidatas a ser um Centro de Treinamento de Seleções na Copa do Mundo de 2014, focou naquilo que Caxias do Sul tem de melhor: infraestrutura. A própria extensão da visita demonstrou isso. A comitiva esteve no Centenário, no Jaconi, no centro de formação de atletas do Ju, no Sesi, no Recreio da Juventude e no Instituto de Medicina Esportiva da UCS. “Caxias do Sul é uma cidade forte e tem projetos bem encaminhados”, resumiu o coordenador-geral do comitê executivo da Secretaria Estadual Extraordinária da Copa (Secopa), o ex-árbitro Carlos Simon.
Saúde, transporte coletivo e segurança serão as prioridades do novo presidente da União das Associações de Bairros (UAB), Valdir Fernandes Walter. Eleito com 67,7% dos votos no domingo (5), o candidato da situação acrescenta à pauta um outro tema, que vem se mostrando espinhoso para a prefeitura: a reivindicação de mais creches públicas. “Hoje a grande dificuldade das pessoas mais carentes que conseguem emprego é onde deixar os filhos. Queremos que o Executivo olhe com mais carinho para essa demanda”, disse Walter, que toma posse neste sábado. O reconhe- QUARTA | 8.jun cido déficit de vagas começou a ser amenizado na sexta-feira (10), Indústria plástica pede com o início da construção de auxílio para se expandir Benefícios fiscais e atração de uma escola infantil em Forqueta. investimentos – especialmente em segmentos que ainda não produTERÇA | 7.jun zem no Rio Grande do Sul – foram os pedidos encaminhados Vistoria para a Copa enfoca pela indústria plástica, reunida em Caxias do Sul com a Agência a infraestrutura de Caxias A vistoria de técnicos da Are- Gaúcha de Desenvolvimento, para
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a expansão do setor no Rio Grande do Sul. Orlando Marin, presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Nordeste Gaúcho (Simplás), explicou por que só os incentivos não bastam: “Precisamos de programas que sensibilizem organizações de fora a se instalar aqui, mas que também favoreçam as locais”. Entre as carências do Estado – que são oportunidades de negócio –, estão fabricantes de tubos, de produtos descartáveis e de produtos para a construção civil, segmentos de grande consumo.
QUINTA | 9.jun Gol cancela voos por causa da nuvem de cinzas
Desta vez, a culpa não foi da tradicional neblina caxiense. A exemplo do que fez em Porto Alegre e em outras cidades do Sul, a Gol cancelou voos no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani por causa da aproximação da nuvem de cinzas do vulcão chileno Puyehue. Na quinta, o último voo partiu antes da decisão da companhia, única a oferecer uma linha comercial por
aqui. Na sexta, deixaram de decolar e pousar quatro voos, todos entre Caxias e São Paulo, até que no início da tarde a Gol resolveu retomar a operação em todas as cidades. Quanto à nuvem, dizem que passou por Caxias – embora ninguém a tenha visto nem sentido seus efeitos.
SEXTA | 10.jun Motoristas testam a inspeção veicular
A inspeção veicular obrigatória proposta pelo governo do Estado – com taxa de R$ 54,83 –, que vem causando polêmica na Assembleia Legislativa, pôde ser experimentada pelos caxienses. Uma ação da Escola Pública de Trânsito, da secretaria municipal, ofereceu aos motoristas, sem custo, uma inspeção semelhante na Praça Dante, medindo os poluentes de veículos movidos a gasolina, etanol e GNV. Com uma mangueira ligada ao escapamento, o condutor acelera por 30 segundos e um computador faz a análise. Quem participou saiu sabendo como anda a regulagem do seu carro.
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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
A inadimplência do consumidor registrou alta de 8,21% em maio na comparação com o quinto mês de 2010. Os dados revelados esta semana pelo Serviço de Proteção ao Crédito Brasil começam a evidenciar dificuldades de os consumidores honrarem suas dívidas, pois é a quarta elevação seguida da taxa no ano frente aos resultados de 2010. Para o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, Roque Pelizzaro Junior, esta tendência reforça a cautela do varejo para os próximos movimentos da inadimplência. Isto inclui não conceder mais crédito além da capacidade do consumidor em cumprir seus compromissos. No ano o aumento da inadimplência é de 3,61%, isto que em janeiro houve recuo dos valores devidos em 10,09%.
Melhoria hoteleira
O InterCity Premium Caxias do Sul qualificou a estrutura do Vita Club, academia de ginástica aberta aos hóspedes e ao público em geral. Além de novos equipamentos, o lobby foi redecorado com móveis da Saccaro. Também há mudanças nos apartamentos: todos agora contam com serviço de internet sem fio.
Troféu Ítalo Bersani
Dos quase 4,9 milhões de veículos licenciados no Estado, em torno de 5% são propriedade de moradores de Caxias. Até abril passado o número de veículos emplacados na cidade era de 241.686 unidades, dentre todas as categorias. Em 2010 a média mensal de compras foi de 1.229 unidades. Neste ano é apenas
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1% mais baixa: 1.216. No acumulado já são mais de 4,8 mil veículos emplacados em 2011. Da frota total, 65% são automóveis de passeio. Para recordar: a Prefeitura estima arrecadar, em 2011, mais de R$ 50 milhões do IPVA, valor que corresponde a 58% total gerado na cidade – o restante fica com o Estado.
Curtas
A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul recebe na segunda-feira (13) a coordenadora da Câmara Temática de Resíduos Sólidos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Jussara Pires falará na reunião-almoço sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul programou para segunda-feira (13), a partir das 20h, em sua sede, palestra com Vanius Corte, gerente regional do Trabalho e Emprego. Ele irá esclarecer questões trabalhistas e desmistificar assuntos ligados à fiscalização e à legislação.
A partir de segunda-feira (13) os caxienses terão estrutura para descartar lâmpadas fluorescentes de forma adequada, condição hoje inexistente. A iniciativa é da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac), que firmou parceria com a Apliquim Brasil Recicle, empresa que fará a reciclagem e a descontaminação dos produtos fora de uso. Caxias do Sul será a primeira cidade do Brasil a implantar esse tipo de coleta
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A CDL de Caxias do Sul apresenta na segunda-feira (13), em encontro na CIC, a partir das 18h, um programa de qualidade para o varejo. Para o lançamento estará na cidade o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas e presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/RS, Vitor Augusto Koch. Na segunda-feira (13), a partir das 19h, no Bergson Executive Flat, ocorre mais uma edição do projeto Fim de Tarde, iniciativa da CDL Jovem de Caxias do Sul. A arquiteta e mestre em design Vania Maria Damin falará sobre design estratégico.
Reciclagem de lâmpadas
Luiz Chaves, Divulgação/O Caxiense
As empresas associadas à CIC de Caxias do Sul e os sindicatos patronais têm até segunda-feira (13) para entregar o formulário com as indicações ao Troféu Ítalo Victor Bersani, conferido anualmente pela entidade. A premiação das três empresas que se destacarem nos segmentos de indústria, comércio e serviços ocorrerá na reunião-almoço de 4 de julho, data em que serão comemorados os 110 anos da entidade.
Frota consistente
e destinação. A entrega poderá ser feita em qualquer loja de material de construção associada à Acomac. Poderá haver, em alguns casos, a cobrança de R$ 0,80 por unidade descartada. As lojas também recolherão resíduos de plásticos, de madeiras e vasilhames de produtos da construção civil, como latas de tintas. O lançamento do programa será às 11h no auditório da CIC de Caxias do Sul.
Centro médico
Um dos mais conceituados médicos de Caxias do Sul, Francisco Karkow apresenta na segunda-feira (13) seu mais recente empreendimento. O centro Família Karkow, resultado de parceria com os filhos Adriane e Antonio e com a esposa Elisabeth, visa a oferecer diversos serviços nas
áreas da saúde, arquitetura, beleza e negócios. São 2,5 mil m² de área construída, onde haverá loja de suplementos alimentares, piscina de hidroterapia, academia de ginástica, bistrô, clínica médica, centro estético e dermatológico, salão de beleza, escritório de arquitetura e auditório e centro de eventos.
Namorados
Com expectativa de vender, neste ano, 10% mais do que no Dia dos Namorados de 2010, o comércio caxiense utiliza diferentes estratégias para atrair o consumidor. O Prataviera Shopping distribuirá até terça-feira (14) um par de canecas alusivas à data para os que fizerem compras acima de R$ 100, comprovadas por notas e cupons fiscais de suas lojas. Para formar o par, as canecas de cerâmica exclusivas foram feitas com design diferenciado. A administração trabalha com projeção de vender 12% mais. Mari Costella, Div./O Caxiense
Dívidas crescentes
Premiação
O San Pelegrino Shopping Mall conquistou o Premium Shopping da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping. O evento premia ações desenvolvidas pelos centros de compras em diferentes áreas de atuação, mostrando os melhores da indústria nacional do setor. O shopping foi agraciado na categoria marketing & comunicação pelo case Preços Derretidos Online, realizado em parceria com o Groupon, site de compras coletivas, algo inédito no mundo no segmento de shopping.
Não à guerra fiscal
O assunto passou meio despercebido, embora tenha tido referência especial por parte do empresário Carlos Zignani, diretor da Marcopolo, em recente encontro para apresentação dos números de desempenho da economia local. O Supremo Tribunal Federal derrubou, em decisão no início do mês, leis de incentivos fiscais de seis estados e do Distrito Federal que provocavam a guerra fiscal por meio da isenção ou redução do ICMS, visando a atrair investimentos de empresas de vários setores econômicos. Por unanimidade, foram consideradas inconstitucionais leis existentes no Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Pará e Distrito Federal. Para Zignani, esta decisão pode beneficiar o Rio Grande do Sul na atração de novos investimentos, que, segundo ele, são necessários para a recuperação do espaço perdido pelo Estado nos últimos anos na economia nacional.
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
André T. Susin/O Caxiense
O Caxiense Entrevista
Empresário percebe chance de Caxias receber investimento da Coreia do Sul, mas diz que é preciso haver mobilização da prefeitura e da UCS
“assis melo cada ano fica
uma pessoa melhor”
Em meio a negociações do dissídio, o presidente do Simecs, Getulio Fonseca, elogia representante dos metalúrgicos, mas diz que o reajuste de 14% ameaçaria indústrias
I
por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br
blemas se desmentiu. No primeiro semestre, tivemos resultados muito bons. Já o segundo está nebuloso. Um fator é o chamado Euro 5, resultado de um acordo mundial para a redução da emissão de enxofre. Ele trabalha com um motor novo, quase 20% mais caro que os atuais, e utiliza um diesel especial que ainda nem é produzido no Brasil. As empresas de ônibus aproveitaram para comprar os veículos com o motor antigo. Outros fatores são o aumento das taxas de juros, a redução e o controle dos financiamentos, a redução do consumo que gera inflação e as indefinições do governo.
ntegrante de uma comitiva que visitou por uma semana a Coreia do Sul em busca de investimentos para o Estado, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), Getulio Fonseca, faz um alerta. Ele diz que se a prefeitura e a Universidade de Caxias do Sul (UCS) não iniciarem uma forte mobilização a cidade poderá deixar de atrair empresas vindas do país oriental. De volta ao Brasil, Fonseca — que carrega quase nove anos de experiência dentro do sindicato patronal e administra a empresa Perfilline — iniciou Quais os resultados disso? uma nova missão: contentar inNosso crescimento em Caxias dustriais e metalúrgicos na cam- no ano passado foi de 32%. Fepanha do dissídio salarial. chamos este primeiro trimestre em torno de 1,3% negativo em reQual a avaliação do primeiro se- lação ao mesmo período de 2010. mestre para o setor metalmecâ- No ano passado, vimos uma curnico em Caxias? va ascendente de quase 45 graus A previsão de que teríamos pro- (de ângulo) em contratações. Nes-
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te ano, a curva se reduziu e se es- para Feliz porque lá o salário é tabilizou até janeiro, quando teve mais baixo. Temos de cuidar para uma pequena evolução. Esses in- não matar a galinha dos ovos de dicadores mostram ouro. Se aumentarque as empresas esmos a produtivi“Já temos tão freando o setor. dade, aumenta-se empresas indo o número de emQual a estimativa para Feliz porque pregos e por conde crescimento do o salário é mais sequência a renda. setor para este ano? Agora, se aumentarbaixo. Temos de Se continuar nesmos o salário e não te nível, devemos cuidar para tivermos maior profechar entre 4,5% a não matar dutividade, o custo 5%. De 2009 para a galinha dos de produção fica 2010, tivemos um ovos de ouro” maior. Hoje, 62% crescimento de 32%, das empresas estão mas esse número se no limite do endiviremete a uma quebra de 9%. En- damento. Não adianta fazer uma tão o crescimento real sobre 2008 bela fábrica e não vender. (ano de crise internacional) foi de 16%. Se compararmos 2011 com Caxias já atingiu o limite de mão 2008, os índices ficam empatados. de obra capacitada? Eu tenho minhas dúvidas. Os funcionários do setor ga- Quantas pessoas estão paradas na nham bem? rua com seguro-desemprego? O salário médio está em R$ 1.950. É mais alto do que em Mas é fato que as empresas estão São Paulo e Rio de Janeiro, e isso buscando gente de fora para traé ruim. Já temos empresas indo balhar. 11 a 17 de junho de 2011
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Eles assinaram um termo de compromisso de construir fábricas no Rio Grande do Sul? Sim. Tem empresas de elevadores, tratores, componentes, de cabos e fios da alta tensão e automação, de plásticos. O que se tem de realidade é a instalação de uma fábrica de microchips no parque Até que ponto Caxias corre o tecnológico da Unisinos, em São risco da desindustrialização? Leopoldo. Eles só vão se instalar Já tem indústrias saindo. Exis- onde houver universidade forte. tem alguns fatores que contribuem para isso. Caxias está locali- E Caxias está na briga? zada numa serra. No ano passado, Sim. Só não se pode brincar. caiu uma barreira na BR-116, ou- Tinha cinco prefeitos lá, cada um tra perto de Bento Gonçalves, e com seu reitor. Aqui, acho que eles ficamos isolados. Como é que se (prefeitura e universidade) nem vai sair com um vagão de trem so- sabiam disso. Só que a viagem bre uma carreta? Isso custa caro. foi anunciada há um bom tempo. Tem pedágios. Demora duas ho- A Unisinos já estava lá. A PUC ras e meia para percorrer 120 qui- (Pontifícia Universidade Católica) lômetros. já está lá formando doutores. A UFRGS (Universidade Federal do Alguma coisa está sendo feita Rio Grande do Sul) foi atrás. A Fepara reverter esse processo? evale e a Furg (Universidade FedeSim, mas não se pode tirar di- ral de Rio Grande) estavam juntas. nheiro do governo de um dia para Eles estão procurando desenvolnoite porque ele quebra. Isso que ver suas universidades. Acho que aqui a indústria não depende de temos de conversar com o reitor políticas governamentais. Ela (Isidoro Zorzi, da UCS) sobre isso. anda sozinha, é uma característi- Vamos ter esses grupos aqui. ca nossa. Esse primeiro contato com a Qual foi o resultado da viagem à UCS foi feito? Coreia do Sul para Caxias? Não, mas vai ser. Os coreanos Eu acho difícil montadoras se estão vindo em 60 dias. Nós teinstalarem aqui. Elas são muito mos de correr. Caxias é uma ilha bairristas. Mas podem vir outras de excelência, mas se tens um fiindústrias. lho doente e outro bom, tu te preSim. Outro dia saiu uma reportagem que ninguém quer mais trabalhar por R$ 850 em Caxias. Tu vais buscar uma pessoa em Vacaria e ela custa menos do que aqui. Vai na BR-116 às 4h para ver a fila de ônibus indo buscar gente em Feliz e Nova Petrópolis.
ocupas com o doente e o bom fica doente e acabas perdendo os dois. Essa é a preocupação do governador Tarso Genro. Quer que Caxias continue evoluindo porque gera renda para o Estado.
é que eu quero, é o que posso.
O senhor acredita que esse percentual de 14% já foi estabelecido para negociar? Sim, os sindicatos do Brasil estão pedindo isso. O percentual Como deverão ser as negocia- sai da soma do Índice Nacional ções com o Sindicade Preços ao Conto dos Metalúrgicos sumidor (INPC) e sobre os 14% de re- “Como deputado, o PIB regional. Mas (Assis Melo) tem negociar é outra ajuste exigidos? Tenho dois cami- maior vivência. coisa. Os dois lados nhos: ou arrumo 60 Ele briga, mas têm de ganhar. Caso e poucos mil inimicontrário se vai gos, que são os fun- se não fosse por para o confronto. O cionários, e mante- ele, Caxias não Sindicato dos Menho 2,8 mil amigos, seria o que é. talúrgicos não está que são as empre- Só tem que preocupado com sas, ou vice-versa. saber os limites” a cidade como um Manter o equilíbrio todo. Assis agora se é o difícil. É precipreocupa porque so pensar na satisfação do fun- tem aspirações políticas. O Lula cionário, na saúde da empresa e é o padrão dele. Mas vamos mosna comunidade local. São as três trar que não comportamos um vertentes que a gente leva para a aumento maior que o INPC. mesa de negociação. O Sindicato dos Metalúrgicos só leva uma. O que acha da proposta dos meMas isso vem mudando. O Assis talúrgicos de incluir uma cláuMelo (presidente do Sindicato dos sula de valor mínimo de PPR Metalúrgicos) cada ano fica uma para todas as empresas? pessoa melhor. Como deputado, Quem manda no dinheiro é o tem maior vivência. Ele briga, proprietário. Eles não podem famas se não fosse por ele, Caxias zer isso. Se eu quero instalar um não seria o que é. Só que tem de PPR compete somente a mim. saber os limites, e esses limites Eles vieram fazendo paralisações. compete a nós estabelecermos. Sentamos para negociar e mosTemos um bom relacionamento tramos a realidade. Ideologia não de longo tempo. A diferença é que move empresas, ela acaba com as ele quer 14% e quero dar 1%. Não empresas. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
Edital de INTIMAÇÃO DE LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO 1ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul Prazo de: dias. Natureza: Levantamento de Interdição Processo: 010/1.10.0032991-7 (CNJ:.0329911- 46.2010.8.21.0010). Requerente: Nilva Toss Frizzo e Neda Frizzo Objeto: INTIMAÇÃO, a quem interessar possa, que foi proferida sentença procedente determinando o levantamento da interdição das requerentes. Caxias do Sul, 03 de junho de 2011. SERVIDOR: GEOVANA ZAMPERETTI NICOLETTO. JUIZ: Maria Olivier.
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discussão reacesa
A NOVA PONTA
DA POLÊMICA No embalo do debate nacional, usuários saem do anonimato, defendem a liberação da maconha e até cogitam uma marcha pela causa na cidade, preocupando críticos
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por VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br
conha – dessa forma, acabando com o problema do tráfico. “Se pudesse eu teria três pezinhos na minha casa. Meu maior interesse é plantar. Mas, se me denunciam, vou preso e acaba a minha vida”, diz Marcelo. “O que não pode é marginalizar uma pessoa de bem, intitular da mesma forma quem fuma maconha e quem usa crack ou um bêbado caído na rua”, afirma.
dever e obrigação do cidadão desrespeitar uma lei se ela for injusta”, dizia um pedaço de papel que o empresário do setor plástico Marcelo Klassmann, 29 anos, recebeu em uma lancheria em Caxias do Sul há quatro anos com o número do seu pedido. Marcelo nunca mais esqueceu a frase. E a utiliza para explicar por que não tem medo de admitir que fuma maO empresário experimentou conha. “Antes mesmo de eu dar o a maconha aos 17 anos. Estava em primeiro ‘pega’, só porque eu es- Torres com um grupo de amigos cutava Planet Hemp, me chama- que costumavam andar de roller. vam de maconheiro”, conta. Certa vez, perguntou se eles já tiA banda Planet Hemp, que pre- nham provado a droga. Um deles gava o Legalize Já, assim como respondeu que sim. Era um meniGabriel O Pensador, com Ca- no mais novo, cujos pais – o pai, chimbo da Paz, outra referência um policial, segundo Marcelo – cultural do empresário, falava costumavam fumar em casa. “Eu não apenas da maconha, mas sim já tinha estudado um pouco, sabia de todo um sistema falho, como que não era uma coisa que ia enele explica, citando trar e não ia consea frase que está no guir sair”, relembra. material de divulga- “O que não pode Marcelo quis saber ção do recém-lan- é marginalizar onde eles conseçado documentário guiriam a droga e o a pessoa de bem, Quebrando o Tabu, amigo disse que poconduzido pelo ex- intitular da deria pegar na casa presidente da Re- mesma forma dele, desde que os pública Fernando quem fuma pais não soubessem. Henrique Cardoso maconha e um O amigo colocou e responsável por a maconha dentro bêbado caído na intensificar a polêde uma caixinha de mica no país sobre rua”, diz Marcelo fósforo e jogou para a liberação do enMarcelo pela janela torpecente: “Se não do seu apartamento. conseguimos acabar com as dro- Depois, os dois saíram para fugas dentro de uma prisão de se- mar. Marcelo olhou para a caixigurança máxima, como podemos nha e sentiu o cheiro da maconha acabar com elas em uma socieda- pela primeira vez. Tentaram fede livre?”. char o cigarro, mas não conseguiFernando Henrique, que admi- ram. O amigo teve de voltar para tiu ter falhado durante seu gover- casa e pegar um cachimbo do pai. no ao manter a política repressiva Tempos mais tarde, de volta a de combate às drogas, prega ago- Caxias, Marcelo começou a perra a regulamentação da maconha, ceber que vários de seus conheideia que Marcelo compartilha. cidos fumavam – em festas ou “Dizem que se liberar uma vão andando de skate no Parque dos liberar todas as outras. Mas todo Macaquinhos. “Eu via que quano assunto é distorcido por falta de do fumavam eles ficavam bem informações. A maconha não tem tranquilos, de boa, não ficavam classe social. Toda família tem fazendo algazarra, como aqueles alguém que fuma. Imagina jogar que bebiam”, relata. toda essa gente na cadeia?”, diz o O empresário diz não consumir empresário, um naturalista, vege- álcool nem qualquer outra droga, tariano, que não toma Coca-Cola, mas admite uma breve experiênnem frequenta o Mc Donald’s e cia com a cocaína. Aos 19 anos, defende que cada um deveria ter usou o entorpecente durante três direito a plantar sua própria ma- meses, depois de terem lhe dito
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Marcelo defende o direito de plantar a droga para reduzir a força do tráfico
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que a droga dava poder. A mãe percebeu que o filho não estava bem e o levou para fazer um teste de drogas: “Foi uma das maiores tragédias da minha vida. Lembro da minha família inteira chorando. Isso me chocou muito”. Com o resultado positivo no teste e a crise que se instaurou na casa, Marcelo prometeu aos pais que nunca mais cheiraria cocaína – mas não se comprometeu em deixar a maconha, por acreditar que a erva tem efeitos menos nocivos. Marcelo fuma algumas vezes por semana, quando está cansado, e diz que consegue levar uma vida normal – no trabalho e em sua residência. Seu filho tem só seis meses, mas, quando crescer, terá espaço para conversar sobre o tema. “Não vou esconder dele que eu fumo. Vou dizer que fumo, só que não posso fazer isso lá fora, porque as pessoas não gostam.” O desenhista e estudante de História e Jornalismo Alexandre Pereira, 24 anos, não teve da família igual receptividade que o empresário pretende oferecer ao filho. A mãe do universitário soube há seis meses que ele usa o entorpecente. Ficou contrariada. “Eu achava ruim que fosse escondido, vai que ela achasse no meu carro ou no quarto. De-
cidi falar de uma vez”, afirma Alexandre. Para tentar mudar a reação familiar, ele argumentou, indicou documentários, mas a mãe não se convenceu. Os dois passaram a não tocar mais no assunto. “Por enquanto está tudo bem. Mas também não fumo andando pela casa, é no meu quarto, sem atrapalhar ninguém”, diz ele, que usa maconha quando precisa escrever. Alexandre prefere comprar diretamente com quem planta, em outros Estados. “Daí não tem ligação com o crime organizado”, justifica. Ele afirma que se a maconha fosse legalizada não haveria mais dinheiro sustentando o tráfico. “Ir na boca de fumo te aproxima de outras drogas. Se a maconha fosse liberada, melhoraria a segurança do usuário, que não precisaria se expor tanto, e a qualidade do produto, porque a maconha comprada na boca é horrível”, explica. O primeiro passo de quem quer a legalização, segundo ele, é se assumir um usuário. Mas poucos fazem isso, na opinião dele, não só por medo da repressão policial, mas pelo preconceito de décadas. “A maconha começou a ser proibida no início do século XX, porque era usada por imigrantes mexicanos ilegais nos Estados Unidos. No Brasil era usada pelos
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escravos para relaxar. Existe essa veriam que a maioria dos malefíligação dessa droga com o mar- cios que são atribuídos ao consuginal, não se procura entender mo de maconha são lendas”, diz o se existem benefícios. Se eu falar jovem. que fumo sou considerado margiUma dos mitos a que ele se renal. Isso por causa da ilegalidade, fere é que a maconha mata neuporque quem usa rônios. Pesquisador sustenta o tráfico”, da Universidade Fe“Legalizar a reconhece. deral do Rio Grande O desenhista de- maconha vai dar do Sul (UFRGS) e fende a liberação da aos usuários e mestre em Neurodroga, mas cobra traficantes carta ciências, Lucas de melhorias na saúde Oliveira Alves, enbranca para pública. Ele acredita dossa o argumento que a medida am- transformar tudo de Eduardo. “Não pliaria o uso, mas em um parque, tem nenhuma funcriaria um proble- um Woodstock”, damentação cientíma para o Estado, diz ex-dependente fica. Isso foi criado que teria dificuldano começo do sédes para lidar com culo passado, quano aumento dos dependentes. “O do estavam procurando motivos Brasil não está pronto para a lega- para tornar as coisas ilegais, para lização”, admite. prender pessoas que não queriam. Inventaram essa historinha, que O analista de exportação não tem sentido neurológico. Foi Eduardo Bertin, 27 anos, concor- algo que alguém falou e passou de da que a implantação da medida boca a boca”, explica o pesquisaseria complicada no Brasil. “Já viu dor, afirmando que os efeitos da algo dar certo nesse país? Ainda maconha na saúde e na sociedade mais uma polêmica quanto essa. devem ser colocados numa baSe o cara é filmado recebendo di- lança. “Tem que analisar os efeinheiro e não vai preso, como lega- tos devido à proibição desse uso, lizar algo que mexeria com mui- já que tem mercado muito grande tas estruturas?”, comenta. e sempre vai ter gente. Gera um Apesar de ver os obstáculos, ele mercado negro e poder paralelo, reforça o movimento dos defen- onde não se tem controle. O assores da liberação da droga. “Se as sunto deveria ser mais discutido, pessoas procurassem se informar e não demonizado”, diz Alves.
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Embora diga que não seja mais um “usuário hardcore”, como caracteriza quem fuma mais de uma vez por dia, Eduardo já sentiu os efeitos do cerco ao entorpecente. Em 2009, ele e dois amigos estavam acampados em Curumim. Uma madrugada, quando estavam na rua por volta das 5h, pensaram em ir até a beira do mar para fumar maconha antes de voltar para o acampamento e dormir. Enquanto fumavam Eduardo avistou dois policiais se aproximando a cavalo e avisou os amigos para que apagassem os cigarros. Os três ficaram lá, conversando e torcendo para que os policiais não chegassem perto deles. Mas não tiveram essa sorte. Os dois policiais chegaram e, troteando com os cavalos, os rodearam. “Rolou terror psicológico. Nos xingaram, chamaram de tudo. Minha preocupação era alguém apanhar de graça”, conta. Com gritos de “Onde está?”, referindose à maconha, os policiais ficaram ao redor deles – sem descer dos cavalos – por alguns minutos. “Quando eles viram que ninguém ali era marginal e todo mundo falou onde trabalhava, eles desencanaram.” Apesar do susto, Eduardo se manteve adepto da erva. “Não pretendo parar. A maconha causa efeitos distintos. Conheço mais gente que não gosta do que gente que gosta. Para alguns dá euforia, para outros dá sono. Eu gosto da tranquilidade que me passa. Mas não prego que todo o mundo deva experimentar.”
mico de 36 anos, que pediu para não ser identificado, tem posição diferente. Para ele, ninguém deveria se aproximar da maconha. Ao contrário de outros usuários, crê que ela é, sim, a porta de entrada para o mundo das drogas. Ele próprio se apresenta como exemplo. Conta que o seu processo de dependência química começou com o uso de álcool e maconha por diversão, aos 15 anos, como a maioria das pessoas que conhece. Depois disso, em pouco tempo, experimentou lança-perfume, cola e cocaína. “A maconha e o álcool alteram muito o comportamento e são tão prejudiciais como as outras drogas. Além dos danos na memória, tive menos capacidade de concentração, depressão e falta de apetite sexual. Bati carros, atropelei pessoas, espanquei minha ex-mulher, me envolvi em brigas e sofri um acidente de trabalho”, relata. Depois de enfrentar tantas dificuldades, o ex-usuário virou um crítico da liberação da droga. “Legalizar a maconha vai dar aos usuários e traficantes carta branca para transformarem as ruas, as escolas, universidades, tudo em um parque de diversões, um Woodstock (festival de música realizado em 1969 nos Estados Unidos)”, diz ele, que não usa entorpecentes há seis anos.
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O toxicologista da Universidade de Caxias do Sul (UCS) Marco Aurélio Dorneles tem temor semelhante. Pesquisador das consequências dos componentes da maconha no organismo, DorParticipantes de um grupo neles destaca os efeitos da droga. de apoio, um ex-dependente quí- “No início tem a parte de bem-es-
tar, que não se pode negar. Depois a droga está sujeito a penas mais o usuário desenvolve vontade de graves, como reclusão de cinco a rir ou sente-se angustiado, trêmu- 15 anos e multa. lo. Os olhos ficam avermelhados Segundo o delegado do 3° Dise a boca fica seca, os batimentos trito Policial, Marcelo Grolli, a cardíacos aumentam, perde-se a Polícia Civil caxiense contabiliza noção de espaço e tempo, a pes- cerca de 200 prisões de supossoa tem a sensação que se passa- tos traficantes de maconha e de ram horas, quando foram só al- outras drogas. Em suas ações de guns minutos”, diz, alertando que combate, a Brigada Militar aprecom o aumento do uso, as altera- endeu 8,6 quilos de maconha ções intensificam-se, chegando a entre janeiro e maio. Caso essa alucinações, como média permaneça, ataques de pânico e os policiais militamania persecutória, “Fumar quatro res tirarão das ruas além de perda de cigarros de 20,6 quilos duranmotivação. te todo o ano. Será maconha é o Ele discorda que a mesmo que fumar bem menos do que maconha faz menos os 94 quilos recomal do que o tabaco. 20 cigarros, lhidos em 2009 — a Segundo o toxico- porque a tragada corporação não tem logista, a fumaça de é maior”, afirma os dados de 2010. um baseado é muito o toxicologista O ritmo em quemais irritante. “Pode Dorneles da das apreensões dar bronquite crôcontrasta com o aunica. O receptor do mento no interesse THC (substância pela discussão sobre da maconha) causa dependência a droga. Defensores da liberação bastante significativa. Fumar qua- do entorpecente chegaram a platro cigarros de maconha é o mes- nejar uma Marcha da Maconha, mo que fumar 20 cigarros, porque nos moldes do movimento em a tragada é maior, assim como o Porto Alegre e São Paulo. O ator teor de monóxido de carbono no Felipe Stradiotto, 24 anos, consangue”, diz Dorneles. ta que foram organizadas cinco Para evitar que a droga e seus reuniões. Na primeira delas havia efeitos nocivos se alastrem pela 40 pessoas – jovens, na sua maiocidade, as autoridades policiais ria. Nos encontros, discutia-se, garantem que mantêm o cerco conforme ele, a possibilidade de fechado contra o tráfico. A le- poder fumar – dentro de casa – gislação prevê diferenças para as maconha cultivada pela própria punições entre usuários e trafi- pessoa. “Depois ficaram quatro, cantes. Quem adquirir, guardar cinco nas reuniões”, conta Felipe, ou transportar para consumo explicando que a baixa adesão pessoal recebe advertência, pres- apenas adiou a iniciativa. “Acreta serviços à comunidade e pode dito que virá um momento que ter que comparecer a programas a ideia voltará e se fortificará”. O educativos. Quem produz e vende debate, porém, já está aceso.
Participante de grupo de apoio, ex-usuário diz que ingressou no mundo das drogas com consumo de maconha e álcool ainda na adolescência
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Marcelo
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Hübner O artista plástico Marcelo Hübner mora no Morro da Lagoa, em Florianópolis. Da janela, enxerga a zona urbana da cidade atrás do abundante verde que rodeia a casa. O cenário era parecido quando ele vivia em Porto Alegre, onde nasceu. No condomínio rural que escolheu para morar, havia espaço para cultivar um jardim, seu hobby e fonte de inspiração. Quando se mudou para Florianópolis, em 2008, foi buscar a tranquilidade, as “boas vibrações” e o colorido que a cidade oferece. Cultivou lá outro jardim, com diversas espécies, cores que mudam a cada estação e sempre combinam com o novo lar. “As minhas obras têm uma mensagem de alegria”, resume o artista. Atuamente, 50 telas suas, da série Mercado de Flores, animam a Galeria Arte Quadros. As cores também mudam na obra de Hübner, que trabalha por encomenda. Combinam com o gosto e a casa dos clientes. "Gosto de trabalhar para um público", conta o artista que pinta mulheres e florais para mulheres e homens. A essência alegre permanece e se renova a cada estação.
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por Paula Sperb e Marcelo Aramis
O autor de Fim das Coisas Velhas – Livro do Ano 2010, primeira obra de poesia a ganhar o Prêmio Açorianos – lista os preferidos da sua prateleira, "um recorte transitório, porque a poesia tem essa capacidade de refulgir e fugir, que é mistério e revelação a um só tempo".
Alguma Poesia, de Carlos Drummond de Andrade | Seminal,
o primeiro Drummond, matriz inexaurível.
Poesia, de T. S. Eliot | Onde o mundo e a lin-
guagem são fragmentos em amplidão dilacerante.
Mensagem, de Fernando Pessoa | Entre o oceano e o
Karine
mito, "ninguém conhece que alma tem".
Signori
Existe um vilarejo, não se sabe onde, chamado Reciclópolis, onde todos vivem em perfeita harmonia com a natureza. Pensando em levar esses hábitos para o nosso mundo, o cientista Recicleinstein criou um portal para mandar uma reciclopolitana para a Terra. Recicleide, a personagem da caxiense Karina Signori, ganhou asas e há 11 anos dá lições por aqui. Formada em Artes pela UFRGS, a ambientalista mantém a missão de Recicleide – defender a vida no planeta – mesmo sem a roupa de material reciclado que a personagem usa em palestras e intervenções artísticas. Em casa, em Florianópolis, capta a água da chuva e adota compostagem, banheiro seco, horta orgânica e painéis que utilizam a energia solar para produzir energia elétrica e aquecer a água. “No final das palestras sempre pergunto se posso contar com todos. E ouço que sim”, conta Karine, que, apesar do colorido do figurino, considera a conscientização dos adultos um desafio maior do que ensinar às crianças. A tecnologia usada no portal de Recicleinstein não permitiu que outros reciclopolitanos viessem à terra. Sobrecarregada, Recicleide se esforça para “fazer a sua parte” e conquistar adeptos que compartilhem a tarefa.
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Poesia | Livros
por MARCO DE MENEZES
Os Cantos de Maldoror, de Lautréamont |
Em prosa, prefigurando o surrealismo, "astro negro" de desmesura e revelação.
Poemas Escolhidos, de Sophia de Mello Breyner Andresen |
Com uma obra ainda pouco lida no Brasil, das grandes vozes portuguesas do século XX, admirada por João Cabral e Murilo Mendes.
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Troca de comando
Filiado ao PT, o novo presidente, Valdir Walter, acredita que o grupo conseguirá separar os interesses da instituição dos anseios de partidos
DESAFIO DA UAB É
UNIR MAIS GENTE
Para ampliar sua força em Caxias do Sul, entidade tem a missão de superar o desinteresse dos moradores pelo movimento comunitário, medido pela ausência de 82% dos eleitores
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por Robin Siteneski robin.siteneski@ocaxiense.com.br
auditório José Carlos de Anflor, na sede da União das Associações de Bairro (UAB), deve ficar lotado na tarde deste sábado (11). Só que, desta vez, o palco não estará ocupado pelas 230 urnas emprestadas por seis municípios para a votação da entidade como até o começo da semana que passou. Eleita no dia 5, a nova diretoria, encabeçada pelo ex-motorista Valdir Walter, subirá nele para assumir o comando da instituição pelos próximos dois anos. Sua missão é tão grande como a organização. Com 230 Associações de Moradores de Bairro (Amobs) filiadas, a segunda maior entidade do gênero no Estado, só atrás de Porto Alegre, tem o desafio de ampliar o envolvimento dos caxienses com suas causas. “Fortaleceria as reivindicações da comunidade”, aponta Valdir. O tamanho do desinteresse ficou evidente na eleição. Dos 85
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mil associados, apenas 15,9 mil (18,4%) fizeram seu voto — ou seja, mais de 69 mil eleitores ignoraram a escolha. Em 2005, a participação havia atingido 21,7% do total de inscritos. Para o novo presidente, a razão é a falta de obras da prefeitura nos bairros. Sem melhorias, os moradores não considerariam que as Amobs fazem um trabalho eficiente e, por isso, não se tornam sócios, o que dá direito aa voto. Em tese, pelo menos os 310.472 eleitores da cidade poderiam integrar a escolha. Para votar basta ser associado a uma das Amobs e ter mais de 16 anos. Quem faz o cadastro dos eleitores são as próprias associações, que exigem comprovação de residência no bairro e, em parte dos casos, taxa de adesão. Integrantes da nova diretoria apontam uma das estratégias para alavancar o envolvimento comunitário. Edi Maria Bolson, do bairro Vila do Rosário I, diz que a UAB deveria auxiliar mais as Amobs. “A união tem que es-
tar mais presente nos bairros, não A UAB já tenta fazer isso. Partisó fazer com que os presidentes cipa de 20 dos 26 conselhos munide bairro venham à UAB”, avalia cipais. Em um deles, Valdir quer a primeira secretária da Assem- aprovar o pedido de construção bleia, uma espécie de um novo Posto de de cúpula da instiAtendimento 24h, tuição. no bairro Esplana“As pessoas se da. Inicialmente, o interessam Para Natalia complexo utilizaria Pietra Méndez, pro- quando percebem as instalações da que podem fessora de História UBS do bairro. “O da Universidade de intervir na posto já fica aberto Caxias do Sul, uma realidade”, até as 21h. É uma das medidas pode- defende a região que cresceu ria ser a ocupação muito, já tem cerca maior dos espaços professora de 100 mil habitanem que se definem Natalia tes, e fica longe do os rumos de prefeiPostão 24h”, ressalta turas, governos eso novo presidente. taduais e administração federal, Natalia avalia de forma positiva como orçamentos participativos quando o movimento comunitáe conselhos. “As pessoas se inte- rio faz o diagnóstico de probleressam quando percebem que po- mas da cidade, porque contribui dem intervir na realidade. Tam- para dar uma resposta mais satisbém é algo que os movimentos fatória aos moradores. “Quando sociais como um todo precisam não há tensão entre a sociedade perceber: seu papel não é apenas civil organizada e o poder públifiscalizar, precisam apontar cami- co, algumas mudanças não ocornhos”, diz. rem ou acontecem desconectadas
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da realidade”, afirma a professora.
Entre os gastos, pouco vai para salários. Apenas a secretária e a equipe do jornal recebem remuneração. Os outros são voluntários — além da Assembleia Geral, a UAB tem 28 diretorias com, pelo menos, três membros cada. O dinheiro arrecadado é gasto com a manutenção do prédio da entidade (cedido pelo Município), combustível, xerox e nos eventos esportivos, segundo o novo presidente. Nem todos na UAB concordam com o vínculo formal com a prefeitura e com a Visate. Presidente da Amob do Sagrada Família II, Pedro Ribeiro de Abreu, 84 anos, que participou da fundação da união, acredita que a ligação atrapalha as reivindicações. “A luta seria diferente se tivéssemos outra forma de nos manter, as pessoas trabalhariam de cabeça erguida. Como fazer um movimento na frente da prefeitura se ontem saiu dali com um monte de dinheiro?”, argumenta. Para ele, o ideal seria buscar parcerias com entidades com as quais não seria necessário se comprometer tanto, como a Igreja, como faz na Amob. Pedro avalia também que a UAB não deve gastar energia em assuntos que não são reivindicações da comunidade, como manter uma candidata a rainha da Festa da Uva. “Para ser sincero, a UAB ainda não achou o caminho dela, não conseguiu esclarecer qual o seu papel.” Mesmo com esse dilema e a participação de menos de 20% nas eleições, Caxias tem um movimento comunitário forte, avalia
o professor de Ciência Política base do governo Sartori, dois da João Ignacio Pires Lucas, da Uni- oposição e um não tem filiação versidade de Caxias do Sul (UCS). partidária. É um grupo não tão A cidade é tradicional na área, novo assim: apenas Valdir, vicesegundo o professor, por duas ra- presidente da gestão de Daltro, e zões. O primeiro motivo são os o terceiro secretário não mantivemovimentos migratórios de pes- ram os cargos. soas vindas dos Campos de Cima Ligado ao PSB, o antecessor da Serra e de outras de Valdir cogita a regiões, que se mupossibilidade de ser daram para locais “A união tem candidato a verecom infraestrutura que estar mais ador no próximo deficiente, exigin- presente nos ano. Daltro da Rosa do mobilização em bairros, não só Maciel assegura que busca de melhorias. sempre evitou a inCursos de formação fazer com que os fluência partidária de líderes comunitá- presidentes de enquanto foi presirios, oferecidos pela bairro venham dente da entidade, Igreja católica espe- a UAB”, diz Edi apesar de admitir cialmente durante Maria Bolson que as siglas tentam a ditadura militar, “se infiltrar e usar o completam o quadro movimento comude justificativas. “O movimento nitário para questões partidárias comunitário tem um protagonis- momentâneas”. “A UAB, pelo seu mo significativo em Caxias, que poder, desperta esse interesse, o geralmente se encontra somente que gera a preocupação de como em grandes cidades ou em capi- manter a autonomia e reivindicatais”, avalia o especialista. ções espontâneas”, aponta o professor João Ignacio. Essa visibilidade chama O novo presidente, filiado ao a atenção de partidos e possíveis PT, não demonstra receio de incandidatos. “É natural que as pes- terferência partidária. Valter afirsoas utilizem o movimento como ma que os integrantes da UAB trampolim político”, diz. Os líde- sabem separar a militância comures comunitários ganham desta- nitária da política. Ele se diz mais que especialmente nos bairros em mobilizado em resolver demanque acontecem melhorias de in- das que o levaram à eleição – sua fraestrutura, segundo João Igna- chapa fez 67,7% dos votos contra cio. “É comum que o poder públi- 26,8% da oposição. co municipal tenha o movimento A preocupação tem fundamencomunitário ao seu lado, e não to. Caso consiga convencer a precontra. Para isso, usa mecanismos feitura a desafogar o Postão 24 hode cooptação. Se tem presiden- ras, a construir novas creches que tes de bairro forte, por exemplo, as mães do Mariani tanto pedem tenta criar canais de negociação e a inaugurar o ponto de cultura fortes com ele. O que segue, na ao lado da sede da UAB, talvez se realidade, um padrão histórico livre daqui a dois anos – quando no país, de lideranças que tentam assinar uma nova ata de posse, negociar individualmente.” passando o cargo ou assumindo A nova gestão terá integran- um segundo mandato – de um tes de partidos que vão do PP ao de seus maiores desafios: superar PC do B. Só na Assembleia Ge- o interesse tímido dos caxienses ral, dois são filiados a siglas da pelo movimento comunitário. André T. Susin/O Caxiense
A União das Associações de Bairro conhece a tensão que a especialista menciona. O caso mais emblemático talvez seja a relação com a Viação Santa Teresa (Visate), alvo de intensa cobrança em Caxias. A empresa oferece passagens de ônibus para presidentes de associações de bairros, anuncia no Jornal dos Bairros, publicação mensal mantida pela instituição, mantém parceria nos campeonatos de futebol e tem até candidata conjunta para rainha da Festa da Uva. Apesar dessa estreita relação, a UAB busca se mostrar independente. A entidade foi a única a apresentar contraproposta na votação do último aumento da tarifa de ônibus no Conselho Municipal de Trânsito. A Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade sugeriu os atuais R$ 2,50, mas os líderes comunitários reivindicaram R$ 2,40. Outro palco para as negociações é o Fórum dos Usuários — encontros trimestrais em que leva as demandas da população diretamente para a Visate —, numa das maiores conquistas do movimento comunitário, na opinião de Daltro da Rosa Maciel, que entrega o cargo de presidente neste sábado. A maior parceira da UAB, no entanto, não é a Visate. A prefeitura repassa cerca de R$ 100 mil anuais, além dos cerca de R$ 70 mil provenientes dos projetos de campeonatos de futebol de salão aprovados no Fundo Municipal de Desenvolvimento de Esporte e Lazer (Fundel). É mais da metade do orçamento anual. Daltro evita confirmar o valor exato antes da prestação de contas neste sábado, mas afirma que gira em torno de R$ 300 mil anuais. Essa quantia se completa com os recursos de parceiros nos eventos que a entidade
promove, a receita dos anúncios do Jornal dos Bairros (cerca de R$ 85 mil) e as mensalidades das Amobs (entre R$ 30 e R$ 100, dependendo do tamanho da associação).
Dona de um orçamento que atinge, em média, R$ 300 mil por ano, a UAB mantém um centro de informática em parceria com a prefeitura
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NÃO
LIBERTARÁS por JÔNATAS LUIZ MARIA
Se de teus olhos de lágrimas por ventura, Escorrer alguma falta, lembra sem medidas Que sou água passageira em tua retina, E sou veneno na sobra dos copos notívagos. Se o mundo inteiro ruir, e ruirá, graças a deus, Lembra que sou a pedra que desencadeia apocalipses. Aplauso ao fim de um espetáculo sem plateia. Lembra-te de mim, feito quem sorri quando aniquilado. Não tendes piedade de ti, chora mesmo, que desequilibro A face que escolho em teu rosto, por melhor esvair-me. E se tenciona ajoelhar-te, para bem beijar os confins Creia, eu tristeza infinita, trespasso chão que te consterna. Eu sou a própria culpa. Sem segredo liberto o fátuo grito. Sou aquilo que reténs em cada dia e que engoles a seco. Sou os teus reféns, e que por paixão tu não libertarás, Quem quando rebenta, derrama noites em que me recusaste.
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O Caminho | Coletiva |
Pintar as próprias angústias foi a maneira que os dependentes químicos, autores desse painel, encontraram para se libertar das próprias prisões. E não foi fácil. Durante uma oficina de arte ministrada pelo artista plástico caxiense Homero Ribeiro, usuários do centro de reabilitação Celeiro de Cristo, do bairro Reolon, usaram papel craft e tinta guache para desenhar a própria realidade. Em um roteiro em três etapas, a facilidade de entrar no mundo das drogas, o êxtase e a queda. “Um caminho com três finais possíveis: a cadeia, o cemitério e a recuperação. Este último sem asfalto, mais tortuoso”, define Homero. Esta e outras obras, de adultos que pintam aflições e crianças carentes que desenham seus sonhos, pode ser visto na Galeria Municipal até este sábado (11). A qualidade estética não interessa ao resultado final da exposição. Mas a essência libertadora da arte está ali.
Participe | Envie para artes@ocaxiense.com.br o seu conto ou crônica (no máximo 4 mil caracteres), poesia (máximo 50 linhas) ou obra de artes plásticas (arquivo em JPG ou TIF, em alta resolução). Os melhores trabalhos serão publicados aqui.
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Humor com estilo
O muçuense Vinícius, o caxiense Matias e o carazinhense Gabriel indicam o melhor visual para todas as piores situações
PARA FAZER BUTIÁS CAÍREM.
NA VOGUE E
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por CAROL DE BARBA caroldebarba@ocaxiense.com.br
les não são lindos, ricos ou famosos. Ou melhor, agora são famosos. Não são modelos, stylists ou profissionais da moda. Falam de Balenciaga, GAP, loft e planeta Hoth do Star Wars quase tudo na mesma frase, têm um senso de humor apuradíssimo e um estilo (?) fora dos padrões. Gabriel Von Doscht, 28 anos, trabalha com planejamento de marketing em Carazinho. O caxiense Ma-
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tias de Lucena, 27 anos, é publicitário e trabalha com ilustração e quadrinhos. E Vinícius Perez, 20 anos, faz pesquisa online e desenha quadrinhos em Porto Alegre. Quatro vezes por semana, eles se transformam nos autores-personagens do site Todo Dia Um Look (TDUL), o avesso da moda. Há três meses no ar, eles conquistaram a média de 115 mil acessos mensais e viraram pauta de diversos veículos importantes, como o Agora que sou Rica, da jornalista Jana Rosa, a revista Vice, o Cor-
Os autores do blog Todo Dia Um Look revelam seus planos para dominar as passarelas com ponchos, calças de TacTel e camisetas de bandas satânicas
reio Braziliense, o site Petiscos, da produtora Julia Petit, o Tem pra Homem, da revista Criativa, e, na última semana, desfilaram no portal de notícias G1. O trio, que diz não entender nada do mundo fashion, agradou os bem e malvestidos e virou tendência entre sites de humor e estilo. Gabriel, Matias e Vinícius alimentam o TDUL da mesma forma que muitas blogueiras costumam fazer: utilizam a ferramenta como um diário do seu visual. As combinações é que são diferentes,
ou, digamos assim, “alternativas”. “O Matias e eu fofocamos muito. Numa dessas doses homoafetivas de shalalá diário ele me mandou o link do Um Ano Sem Zara (blog em que Joanna de Moura narra a missão de passar 365 dias sem comprar roupa) e meio que foi a piada pronta: ‘bah, vamos fazer a mesma coisa’”, conta Vinícius, que achou “bizarro” o fato da garota estar todo dia muito perfeitinha e arrumada ao sair para o trabalho. “Ela nunca ficou até mais tarde vendo Telecine Action, acordou de
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que o elemento realidade seria a assédio das fãs. Uma menina viu chave para criar looks bizarros e a foto de Vinícius no site Petiscos, torná-los interessantes nesse uni- sequer leu a matéria, e foi direto verso saturado de informação. pedir para ele procurá-la no Fa“Para mim sempre tem a ver com cebook, achando que se tratava de algum acontecimenum modelo profisto real... Aí eu pego sional. Simples asa história e levo pro “Tem a ver com sim, ele conta. next-level. Aumen- um acontecimento Quase involuntato ela e faço as fotos real. Depois, uso riamente, os guris na temática. Depois, uns termos em acabaram, também, uso uns termos em dando uma bela alinglês para as leito- inglês para as finetada (Ronaldo leitoras pensarem ras pensarem que eu Ésper, me perdoe) entendo de moda. que eu entendo nas blogueiras irresTá pronto”, ensina de moda”, ponsáveis de moda Gabriel. “Tipo, meu conta Gabriel – mais preocupadas último look é em gif em ganhar ingresanimado. Porque sos para desfiles do tem aquele suposto artista (a fotó- que escrever com qualidade – que grafa de moda Jamie Beck) que faz também fazem o contador de viobras de arte sutis em gifs e a V sitas do TDUL girar. “Nós não Magazine fez um editorial assim temos absolutamente nada contra também. Sempre é algum mo- elas, gostamos de mulheres que mento de vida ruim com algo que se vestem bem, até porque granrealmente está vigente no mundo de parte das nossas leitoras são da moda. Fazer sentido é a maior blogueiras de moda. Acho que piada pra mim”, resume Vinícius. a grande graça disso tudo é poA receita deu tão certo que os der fazer as piadas dentro de um guris já estão enfrentando certos contexto, agradando tanto a elas problemas com a fama, que, ob- quanto a quem, assim como nós, viamente, podem ser resolvidos não possui o mínimo senso esténo meio da entrevista. Vinícius, tico”, diz Matias. que já foi reconhecido cinco vezes na rua, quer saber se pode cortar No final das contas, Todo o cabelo. “Vai ser tipo ir para a Dia Um Look é um estilo de vida aula do Ensino Fundamental no que talvez ensine a não levar a outro dia. Só que com milhares moda tão a sério ou, pelo menos, de acessos”, diz aos colegas, per- tomar mais cuidado com a moda guntando: “Posso cortar o cabelo? que se leva a sério. “Acho bonito o Sem comprometer nosso blog/ camarada que nos vê como refeinvestimento?”. Gabriel fica inde- rência para ir bagaceiro comprar ciso: “Melhor falar com o nosso pão. Até porque com o blog proagente. Vai entrar aquele editorial vamos que quem se veste mal não da Hugo (cabeleireiro porto-ale- é porque não manja de moda, é só grense)... Acho que te querem ca- porque não curte uma calça justa beludo.” Matias soluciona, à moda a ponto de te tornar estéril”, arTDUL: “Faz uma peruca com o gumenta Vinícius. Sobre o futuro que tu for cortar, apenas para usar do blog, ele é tão taxativo quanto nas fotos”. Outra questão, não ne- Mãe Dináh. “Queremos fazer bucessariamente um problema, é o tiá sair na Vogue”.. Fotos: TDUL, Divulgação/O Caxiense
ressaca e quis ir de calça de abrigo que “namoram e saem com garoe blusão?”, inconforma-se. “A gen- tas que se vestem bem e gostam te está há uns 25 anos sem Zara”, de moda (ainda bem)”, esse vocacompara Gabriel. As imagens e a bulário já faz parte do dia a dia, escolha das peças são só parte do “mesmo que involuntariamente”. appeal do TDUL. A grande sacada “Esse lance de estrangeirismos dos amigos é o texto, cheio de pia- nos permite deixar o texto engradas inteligentes, referências nerds çado. Tipo inserir fist fuck em um e brincadeiras com estrangeiris- parágrafo e no meio de tanta pamos e clichês de moda. Um tipo lavra em inglês/francês as pessoas de fala que faz parte da persona- sequer se dão conta.” lidade deles e ficou evidente na entrevista para essa matéria, feita Depois de analisar tão num bate-papo virtual coletivo. profundamente a fórmula da conConforme Gabriel, boa parte das corrência, fica difícil eles negarem mulheres, que representam 80% que se interessam por moda além do público do blog e têm atenção do blog. O primeiro a tentar é Viespecial na criação dos textos, nícius. “Eu não me interesso, não. acha que o TDUL é de moda para Mas é algo que não dá para fugir. homem. “A gente se veste mal Não é nada que eu repudio tampara as meninas comentarem. bém. Eu adoro a ideia do universo Mas acho que as fotos são só me- fashion, tipo em Zoolander (filme tade do mojo... A história do texto estrelado por Ben Stiller).” Matias conquista mais o público”, analisa faz a curva clássica dos machos. Gabriel. O TDUL investe na mes- “Eu me interesso pelas modelos. ma lógica de contextualização das Não gosto muito de moda, mas roupas dos blogs de looks diários, antes ser desleixado do que ter mas “indicam” as melhores com- mau gosto, tipo usar Crocs (aquebinações para ocasiões ignora- la sandália que parece a máscara das pelos diários, por exemplo, do Jason). Afinal, prezo pela mi“quando tu quer descer o lixo às nha vida sexual (uma possível 3h da manhã, tá gripado e não sai vida sexual, no caso).” Gabriel se da cama o dia inteientrega. “Eu estou ro”, sugere Vinícius. há uns sete meses Para ele, o texto “Não é como uma tentando comprar também é o carro- tese de doutorado, uma jaqueta da Zara chefe. “É onde entra em duas semanas made in China no a execução da ideia. você pega o jeito”, Mercado Livre, acho Tirar fotinhos malque isso é o mais vestido é uma piada diz Matias, sobre perto da moda que fácil que qualquer o rico vocabulário eu já cheguei. Ah, um pode ter. E nós de clichês do uma prima minha, não nos vestimos mundo da moda de Caxias, é modetão mal assim.” O usado nos textos lo. Me dá várias di“vocabulário fashiocas. Por isso que eu nista” do blog é rico, faço várias caras de o que não parece ser um desafio modelo nas fotos.” Brincadeiras para os autores. “Não é como uma à parte, seria preciso pelo menos tese de doutorado, em duas sema- um entendimento intermediário nas você pega o jeito”, simplifica sobre o conteúdo de moda disseMatias, explicando que, para eles, minado na internet para concluir
“Preppy e urbano” esperando a CEEE religar a luz; Dia dos Namorados “vibe grunge e sertanejo”; e “atmosfera homewear com traços de office”
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Guia de Cultura
Buena Vista International, Divulgação/O Caxiense
por Carol De Barba | guiadecultura@ocaxiense.com.br
Cléo Pires é uma cobaia do amor em Qualquer Gato Vira-lata
CINEMA l Qualquer gato vira-lata | Comédia. 14h45, 17h, 19h40 e 21h40 | Iguatemi O filme é baseado na peça Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais sadia do que a nossa, de Juca de Oliveira, que levou 1 milhão de pessoas ao teatro entre 1998 e 2002. Tati (Cléo Pires) é uma jovem estudante de Direito que, cansada de ser ignorada pelo namorado mimado, Marcelo (Dudu Azevedo), oferece-se como cobaia para as pesquisas sobre a harmonia entre as conquistas amorosas dos humanos e as leis da biologia do professor Conrado (Malvino Salvador). Dirigido por Tomas Portella. 12 anos. 98min. Recomenda l Incêndios | Drama. Sábado (11) e domingo (12), 20h, e quinta (16) e sexta (17), 19h30 | Ordovás O longa foi indicado ao Oscar na categoria Melhor Filme Estrangeiro. Jeanne e Simon são irmãos gêmeos que vivem no Canadá e acabaram de perder a mãe, Nawal Marwan. Nas burocracias do testamento, recebem uma carta que desperta muitas dúvidas e é o início de uma jornada em busca do passado da mãe, até a Palestina. Com Mélissa DésormeauxPoulin, Marwan Maxim e Lubna Azabal. Dirigido por Denis Villeneuve.
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l 5 Centímetros por Segundo | Animação. Sábado (11), 15h | Ordovás O filme faz parte da Matinê Sessão Banzai. O enredo gira em torno de dois amigos de infância: Akari e Takaki, que eram inseparáveis até que Akari se muda por causa do emprego dos pais. É uma história sobre a distância, tanto física quanto do coração. Dirigido por Makoto Shinkai. Também ocorrerá sorteio de brindes e exibição de clipes de bandas japonesas com a temática de romance.
Recomenda l Mostra Cinema Daqui | Sábado e domingo, 18h | Ordovás Oito filmes, dentre curtas, médias e longas-metragens, serão apresentados com entrada franca. Adelar Bertussi – O Tropeiro da Música Gaúcha, de Lissandro Stallivieri. Sábado (11), 18h. O filme resgata a história e mostra quem é hoje Adelar Bertussi, 78 anos, integrante da dupla tradicionalista Os Irmãos Bertussi. 90 minutos. | Caxias do Sul – Tradição & Inovação de um Povo, de Airton Soares. Domingo (12), 18h. Em 80 minutos, o filme apresenta uma cidade em franca expansão e crescimento industrial, construída com muito trabalho, contando parte de sua história. l Kung Fu Panda 2 | Animação. 14h30, 16h30, 18h30 e 20h45 (dub.), 14h, 16h, 18h e 20h (dub. 3D) e 22h (leg. 3D) | Iguatemi
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Imovision/micro_scope, Div./O Caxiense
Em Incêndios, uma intrigante carta é a faísca que leva dois irmãos a investigar o passado da mãe Na cópia legendada, Jack Black dá voz (e muitos trejeitos) ao panda samurai Po, que mais uma vez vai salvar o Oriente. Segundo a crítica internacional, nessa sequência são as imagens, e não as piadas, que conquistam. Ainda na versão original, as vozes são de Angelina Jolie, Dustin Hoffman, Gary Oldman, Jackie Chan, Seth Rogen e Lucy Liu. Dirigido por Jennifer Yuh. Livre. 90min..
l X-Men: Primeira Classe | Ação. 13h45, 16h45, 19h20 e 21h50 (leg.) | Iguatemi A história de como os garotos Charles Xavier e Erik Lensherr tornaram-se Professor X e Magneto parece ter agradado o público. Em seu primeiro final de semana de exibição mundial, o longa arrecadou US$ 64 milhões de dólares, desbancando Piratas do Caribe 4 do topo. Com James McAvoy, Laurence Belcher, Michael Fassbender, Bill Milner e Kevin Bacon. Dirigido por Matthew Vaughn. 12 anos. 132min.. AINDA EM CARTAZ: Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas. Aventura. 15h15, 18h15 e 21h15 (leg.). Iguatemi | Rio. Animação. 16h (dub.). UCS | Se beber, não case! Parte 2. Comédia. 13h30, 15h40, 17h50, 20h10, 22h10 (leg.). Iguatemi | Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio. Ação. 18h e 20h20 (leg.), sem sessão na terça(14), UCS INGRESSOS - Iguatemi: Segunda, quarta e quinta (exceto feriados): R$ 14 (inteira), R$
11 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 16 (inteira), R$ 13 (Movie Club Preferencial) e R$ 8 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316.
MÚSICA l Ritmos Hermanos - Tango, Milonga e Bolero | Domingo(12), 20h | O concerto da Orquestra Municipal de Sopros pretende aproximar musical e culturalmente três ritmos que encontraram na emotividade latina a mais perfeita expressão: a milonga, o bolero e o tango. O repertório contempla clássicos de Carlos Gardel e Astor Piazzola, entre outros, e tem como convidado o Grupo Tango’s Show, meio porto-alegrense, meio uruguaio. Os ingressos antecipados podem ser retirados na Racon Consórcios, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. No dia do concerto, sugere-se a doação de um quilo de alimento não perecível. Sede Social do Recreio da Juventude
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Entrada franca | Pinheiro Macha- Club. 3419-0990 | Velho Hipdo, 1762 | 3901-1316 pie Acústico. Rock Alternativo. 22h. Aristos. 3221-2679 | Beba Recomenda do Samba e DJ Marcelo Heck. l Projeto Contramão | Se- Samba. 0h. Boteco 13. 3221-4513 gunda (13), 22h | | Domingo: Franciele DuarNoite especial com show dos te e Banda. Rock clássico. 22h. trabalhos autorais das bandas ca- Mississippi. 3028-6149 | Pagode xienses Animales, Corrente San- Júnior e DJ Eddy. Pagode. 21h. guínea, Vagabundos Iluminados Portal Bowling. 3220-5758 | Tere Skulls. O Vagão também segue ça (14): Tríplice. Pop rock. 22h. com sua campanha do agasalho: Bier Haus. 3221-6769 | Maurício quem levar uma peça de roupa Santos. Pop rock. 21h30. Boteco para doação tem entrada liberada. 13. 3221-4513 | Quarta (15): Vagão Bar Disco Acústico. Rock nacional R$ 5 (sem nome na lista ou após a e internacional. 22h. Bier Haus. meia-noite) | Coronel Flores, 789 | 3221-6769| The Blugs. Rock. 22h. 3223-0007 Mississippi. 3028-6149 | Vanderson Lima e Magon. Pop rock. TAMBÉM TOCANDO – Sá- 22h. Aristos. 3221-2679 | Maubado: Acústicos & Valvulados rício e Daniel. Tradicionalista. e Guff. Rock. 23h. Vagão Clas- 22h. Paiol. 3213-1774 | Maurísic. 3223-0616 | Arraiá da Move. cio Santos e Banda. Pop rock. Eletrônica, pagode e sertanejo 21h30. Boteco 13. 3221-4513 | universitário. 23h. Move. 3214- Quinta (16): Alma Country e 1805 | Blues de Bolso. 21h30. DJ Eddy. Sertanejo universitário. Zarabatana. 3228-9046 | Dina- 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | mite Joe e DJ Eddy. Rock. 21h. HardRockers. Rock clássico. 22h. Portal Bowling. 3220-5758 | DJs Mississippi. 3028-6149 | Legião Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 2. Legião Urbana cover. Rock. 3221-6364 | DJ Gui Oliveira. Ele- 22h. Aristos. 3221-2679 | Projeto trônica. 18h. The King. 3021-7973 Rock e Cultura. Vagão Classic. | Foda-se o amor, Mister Cherry 3223-0616 | Robledo e Domenie DJ Jorgeeeeenho. Rock. 23h. co Acústico e Banda Volux. Pop Vagão Bar. 3223-0007 | Fran Bor- rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 tolossi & Caio Busetti, Junior C, | Grupo Macuco. TradicionalisPaula Pedroza e Milk Silva. Ele- ta. 22h. Paiol. 3213-1774 | Gui trônica. 23h. Havana. 3224-6619 Oliveira DJ. Eletrônica. 18h. The | Grupo Barbaquá. Tradiciona- King. 3021-7973 | Sexta (17): lista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Izzi Blackbirds. Tributo Pink Floyd. Louise. Rock nacional e interna- Rock clássico. 22h. Mississippi. cional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 3028-6149 | DJs Audiotronic. | Klanaã e Splash. Rock. 23H30. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Bukus Anexo. 3285-3987 | Noite Fighter e F.I.N.E. Rock. 23h. Vados Namorados. DJ Dutra Vila e gão Bar. 3223-0007 | Foo Fighters exposição fotográfica de Andrei Cover. Rock. Vagão Classic. Cardoso. Eletrônica. 23h. Pepsi 3223-0616 | Grupo Barbaquá.
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Fotos: Divulgação/O Caxiense
Exposição de Yara Baungarten, inspirada nos alquimistas, abre terça (14), com palestra da artista Tradicionalista. 22h. Paiol. 32131774 | House Concept. Eletrônica. 18h. The King. 3021-7973 | Klanaã e DJ Eddy. Pop rock. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Pietro Ferretti e Bico Fino. Samba rock e som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Natural Dread, Fliperamas e Chico Paz. Reggae e outros. Aristos. 3221-2679
TEATRO l A Morte é uma Piada | Quinta-feira (16), 20h30 | A peça é uma reflexão bem-humorada sobre a morte, baseada na doutrina espírita. Apresenta também vídeos com Chico Xavier e Divaldo Franco, além de músicas inesquecíveis de Roberto Carlos, Milton Nascimento, Fernando Brant, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Paulo César Feital e Noel Rosa. Ingressos na livraria Mercado de Ideias e na bilheteria do teatro. Teatro São Carlos R$ 40 e R$ 20 (antecipado, estudante e sênior) | Feijó Júnior, 778 | 3221-6381
Grupo Só Rindo, de Canela, reúnem personagens e esquetes que representam cenas e personagens das culturas ítalo-gaúcha e afrobrasileira, da mitologia grega, das brincadeiras infantis e da espiritualidade. Teatro do Ordovás R$ 15, R$ 7,50 (estudante e sênior) e R$ 10 (antecipado) | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316
EXPOSIÇÕES
Recomenda l Quadrado do Espírito | Abertura terça-feira (14), 19h30. Visitação de segunda a sexta, das 8h às 22h | A exposição da artista visual e jornalista Yara Baungarten reúne gravuras, serigrafias, vídeos e instalação com inspiração em obras de alquimistas. Com curadoria de Ana Zavadil e co-curadoria de Flávio Drum de Almeida, Raquel Longhi, Simone Aguiar Dal Bosco e Suzana Pezzi (alunos da Disciplina Curadoria, ministrada pela professora Mara Galvani). Após a abertura da exposição haverá uma palestra com a artista, l O Incrível Ladrão de Cal- na sala Marelli. cinhas | Domingo, 20h | Hall Superior Campus 8 Na peça da Trip Teatro de Ani- Entrada franca | RS-122, Km 69 | mação de Santa Catarina, o Dete- 3289-9000 tive Bill Flecha é procurado pela Srta. Velda, uma mulher-fatal que l Brotações | Abertura quarta tem sua peça íntima roubada e (15), às 20h. Visitação de segunda pagará qualquer quantia para tê- a sexta, das 8h30min às 18h, e sála de volta. É inspirado na vida e bado, das 10h às 16h | obra de Dashiell Hammett, consiA artista porto alegrense Adma derado o pai da literatura policial Corá exibe obras em cerâmica moderna. e papel machê. Adma trabalha Teatro do Ordovás com a experimentação contínua R$ 15, R$ 7,50 (estudante e sênior) e acredita em sua arte como um e R$10 (antecipado) | Luiz Antu- eterno desafio. nes, 312 | 3901-1316 Galeria Municipal Entrada franca | Dr. Montaury, l Performances | Sexta (17), 1333 | 3221-3697 20h | A Cia Nazareno Bonecos e o l O Observador | Abertura
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quinta (16), 19h30. Diariamente, das 8h às 20h | Marcos Clasen e Giovana Mazzochi expõem pinturas a óleo e fotografias que retratam o olhar dos dois artistas sobre um mesmo conceito: o ritmo frenético humano e a busca pela sensibilidade. Jardim de Inverno do Sesc Entrada franca | Moreira César, 2462 | 3221-5233 | l Arquitetura Uruguaia Contemporânea | De segunda a sexta, das 9h às 22h | A exposição apresenta 50 obras de arquitetura produzidas no Uruguai e no Exterior por arquitetos formados na Faculdade de Arquitetura de Montevidéu. A produção apresentada concentrase na organização das plantas, no tratamento das superfícies e na articulação do objeto no entorno. Com organização do Museu da Casa Brasileira, Consulado da República Oriental do Uruguai e Escola da Cidade e curadoria de Ruben Otero, Luis Zino e Ignacio Errandonea. A mostra integra o calendário de eventos comemorativos aos 15 anos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UCS e do Campus 8. Hall Inferior Campus 8 Entrada franca | RS-122, Km 69 | 3289-9000 l O veneno que nos cerca plantas tóxicas | De segunda a sábado, das 10h às 22h, aos domingo, das 14h às 20h | A exposição é resultado de estudos realizados por alunos de Farmácia da UCS, da disciplina Toxicologia I, ministrada pelo professor Marco Aurélio Neto Dorneles. É uma mostra fotográfica didático-científica que conta com 17 quadros de fotos de plantas consideradas tóxicas, como comigo-niguém-pode, urtiga, pessegueiros, entre outras.
San Pelegrino Shopping Entrada franca | Av. Rio Branco, 425 | 3022-6700 l Folc – Industrial | De segunda a sexta, das 9h às 19h; sábado e domingo, das 15h às 19h | A artista porto-riquenha Beatriz Santiago Muñoz está em Caxias do Sul desde o dia 9 de maio para produzir um trabalho para a 8ª Bienal do Mercosul. Ela trabalhou com pessoas da comunidade, coletando objetos vinculados a noções políticas. Dentro do projeto Cadernos de Viagem, nove artistas de diferentes nacionalidades percorrem regiões do Rio Grande do Sul e, a partir dessa experiência, produzem uma obra. Galeria do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316 AINDA EM EXPOSIÇÃO – A porta aberta. Alessandra Baldissarelli. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, e sábado, das 8h30 às 12h30. Espaço Cultural da Farmácia do Ipam. 3901-1316 | A vida tem a cor que você pinta. Miriam Cardoso. Faculdade Anglo-Americano. De segunda a sexta, das 8h às 22h. 3536-4404 | 10 Anos do Museu dos Capuchinhos. De segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h. Museu dos Capuchinhos. 3220-9400 | Dos pequenos aos grandes... Até terça (14), das 8h30min às 18h. Galeria Municipal. 3221-3697 | Las Calles de Havana. Edson Pereira. Segunda a sábado, das 9h às 22h, e domingo, das 14h às 21h. Iguatemi. 3289-9292 | No Ar - o Rádio e a Televisão em Caxias do Sul. Terça a sábado, das 9h às 17h. Museu Municipal | V Clic Ambiental. De segunda a sexta, das 9h às 19h, sábado e domingo, das 15h às 19h. Sala de Exposições do Centro de Cultura Ordovás. 3901-1316.
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Dupla por FABIANO PROVIN | fabiano.provin@ocaxiense.com.br André T. Susin/O Caxiense
Projetos
Na visita a Caxias do Sul, o representante da Fifa Airton Giachinni, da empresa Arena, que presta serviços de monitoramento de estádios e campos ao Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, conheceu detalhes dos projetos de modernização do Estádio Centenário e de conclusão do CFAC do Juventude.
Afirmação
Rodrigo Fatturi, Div./O Caxiense
O Caxias também goleou no seu primeiro jogo-treino, realizado no dia 4, no campo principal do Centro de Treinamento (CT) Baixada Rubra, junto ao Estádio Centenário. O time do treinador Guilherme Macuglia aplicou 11 x 2 no Sindicato dos Atletas Profissionais do Rio Grande do Sul. Conferi o trabalho naquela tarde de sol. Chamou a atenção o meia Thomaz (foto). Dificilmente erra um passe e dribla com facilidade. Está certo que o adversário não era forte, mas foi um bom teste para Macuglia observar erros de posicionamento. Em um deles o goleiro Walter levou um gol. Lima confirmou sua presença de área e anotou três, mesmo número do centroavante da base Wangler. Elivélton e Paulo Rangel marcaram dois gols cada e Pedro Henrique fez um. Aliás, Pedro Henrique, nos treinamentos, é insistentemente cobrado pelo técnico. No jogo-treino não foi diferente. O pequeno grupo de torcedores que compareceu ao CT lamentou as oportunidades perdidas pelo atacante de 20 anos. “Quando tem que passar, ele chuta. E quando está na cara do gol, ele passa. Não dá para entender”, brincou um torcedor. O Caxias atuou no primeiro tempo com Walter; Alisson, Fábio Santos, Édson Rocha e Victor; Márcio Hahn, Itaqui, Thomaz e Pedro Henrique; Paulo Rangel e Lima. Na segunda etapa, jogaram Sidivan; Diego Piva, Vanderlei, Vinícius e Anderson; Saulo, Felipe, Augustin e Wangler; Elivélton e Paulo Rangel (Pedro Henrique).
MUITA POMPA E
POUCA CONVERSA O título acima resume um pouco o que foi a inspeção do representante da Fifa a Caxias do Sul, uma das cidades do Estado que poderá abrigar um Centro de Treinamento de Seleções (CTS) na Copa do Mundo de 2014. O Estádio Francisco Stédile (Centenário) foi vistoriado por Airton Giachinni, da empresa Arena, que presta serviços de monitoramento de estádios e campos ao Comitê Organizador da Copa. Como Giachinni não falou com a imprensa nem teceu comentários sobre o que viu, sobrou para o coordenador-geral do comitê executivo da Secretaria Estadual Extraordinária da Copa (Secopa), o ex-árbitro Carlos Simon, e o secretário estadual de Esporte e Lazer, Kalil Sehbe. Quem viu entrevistas anteriores dessa dupla percebeu que a única mudança foi o nome da cidade. Aliás, teve gente que disse que a Fifa ficou encantada. Mas ninguém da Fifa falou... Cadê o encanto? O Centenário é candidato a receber uma seleção. Porém, o que foi principalmente avaliado foi a infraestrutura de Caxias do Sul. Acredito que a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul é perfeitamente apta a ser escolhida, pois tem o Instituto de Medicina Esportiva (IME) na UCS, inúmeros ginásios cobertos e com grama sintética, o Centro Poliesportivo do Sesi e o Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC) do Juventude. A agenda
oficial da comitiva que esteve no município no dia 7 de junho contemplou todos esses pontos citados. Chamou atenção a visita ao Estádio Alfredo Jaconi, considerada de cortesia. O único problema foi a chuva, que não parou durante toda a terça-feira (14). Assim, guardachuvas foram os principais companheiros de Giachinni na inspeção de áreas externas e no campo do Centenário e no CFAC do Ju. Em meio à correria de fotógrafos e cinegrafistas, chamou a atenção o comentário de um representante do poder público municipal: “É muita pirotecnia”. Um ponto positivo do Centenário é que está localizado na rota de saída para Porto Alegre, que é uma das sedes da Copa (Estádio Beira-Rio), e próximo a hotéis – que também foram visitados pelo grupo avaliador. Acho difícil a casa grená e Caxias do Sul não serem escolhidos. Enfim, agora, resta esperar pelos relatórios de avaliação. A definição dos Centros de Treinamento será feita por representantes das seleções que disputarão a competição somente após dezembro de 2013, quando acontecerá o sorteio final dos grupos. Torcemos para que Giachinni não tenha transitado pela Rua Sinimbu no final da tarde, ainda mais em dia de chuva. Senão...
Agenda de testes
O Caxias fará neste sábado (dia 11) um jogo-treino contra o Serrano, em Canela. No dia 15, a atividade será contra o Grêmio,
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na Capital. O Cruzeiro-PoA será adversário em dois amistosos, nos dias 2 e 7 de julho (o segundo confronto será no Centenário).
Preocupação?
Na vitória por 6 x 0 sobre o Serrano, em Canela, chama a atenção a autoria dos gols do Ju. O meia Cristiano fez três, e o volante Jardel, o lateral direito Celsinho e o meia Christian, um cada. Nenhum atacante balançou a rede. O Ju iniciou com Rafael Aidar e Zulú na frente. Júlio Madureira foi poupado. Nada que possa preocupar Picoli, acredito, pois foi o primeiro jogo-treino em preparação à disputa da Série D. O time que iniciou o teste no dia 4: Carlão; Celsinho, Rafael Pereira, Fred e Alex Telles; Deoclécio, Jardel, Jander e Cristiano; Rafael Aidar e Zulú.
Campeões
O preparador físico caxiense Rodrigo Poletto sagrou-se campeão da Copa do Brasil com o Vasco, onde está desde que foi liberado pelo Juventude, em setembro de 2010. Poletto, 38 anos, atuou no alviverde de 1996 até 2005 (até 1999 nas categorias de base), é formado em Educação Física pela UCS, fez especialização em Treinamento Esportivo em Londrina (PR) e mestrado em Cuba. Além do Ju, trabalhou no Dínamo (Rússia, em 2006), Seleção do Panamá (2007) e Paysandu (2009). Outro campeão vascaíno é o diretor-executivo de futebol Rodrigo Caetano, 41 anos. Ele começou a carreira no mundo da bola como jogador, no Grêmio, e teve o seu melhor momento no Juventude, em 1996.
E contando...
O Caxias estreará na Série C no dia 17 de julho, no Centenário, contra a Chapecoense-SC. O Ju, no mesmo dia, receberá o Brusque-SC pela Série D. Faltam 36 dias para que a bola volte a rolar profissionalmente na cidade...
Pior da semana
A despedida do Ronaldo fat boy ou a entrega de medalhas e da taça da Copa do Brasil para jogadores e dirigentes do Coritiba e do Vasco. O que foi pior organizado pela CBF? Pareceu que o ex-atacante estava cumprindo um protocolo. Em Curitiba, baderna total em campo. Era tanta gente no gramado do Estádio Couto Pereira que se algum estranho entrasse na fila também ganharia uma medalha. Fato preocupante este último, principalmente neste período pré-Copa do Mundo.
11 a 17 de junho de 2011
O Caxiense
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Guia de Esportes Cristiane Capeletti, Divulgação/O Caxiense
André T. Susin/O Caxiense
por José Eduardo Coutelle | guiadeesportes@ocaxiense.com.br
No sábado, meninas mostram força e agilidade no rugby; no fim de semana todo, 50 golfistas precisam de tranquilidade e concentração
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RUGBY
GOLFE
Recomenda l 2ª Etapa do Campeonato Estadual Feminino de Seven | Sábado, a partir das 10h | As meninas do Serra Rugby representam a cidade na disputa contra cinco equipes: Farrapos, San Diego, Charrua, Atlântico Sul e Universitário de Santa Maria. Os times estarão divididos em duas chaves e os melhores avançam para as finais. Às 10h, será realizada a cerimônia de abertura. Em seguida, às 10h20, ocorre a primeira partida, com duração de 20 minutos. Ao todo, serão 13 jogos. Quem quiser torcer pelas meninas caxienses, que ainda não somaram pontos, poderá assistir gratuitamente às partidas e aproveitar para almoçar no local, que contará com bar e uma loja de produtos de rugby para os aficionados. Campo do Serrano Entrada gratuita | Trav. Leopoldina esq. Anacleto Vidor
l Torneio Comissão de Golfe | Sábado e domingo, a partir das 9h | Esta é uma das quatro principais competições internas promovidas pelo Caxias Golf Club. Deverão participar cerca de 50 golfistas associados, em duas diferentes categorias: handicap até 15 e handicap de 16 a 36. Os jogos iniciam às 9h no sábado e no domingo. Os dois primeiros colocados de cada categoria recebem premiação. A entrada para visitação é gratuita e o espaço conta com restaurante para almoço. Caxias Golf Club Entrada gratuita | Estrada do Golfe, 1.111, Fazenda Souza
O Caxiense
11 a 17 de junho de 2011
FUTEBOL
vaga nas quartas de final do Estadual, classificando-se em 2º lugar da chave 6. Os gols alviverdes foram anotados por Somália, Luiz Felipe, Diego e Mateus. Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC) Entrada gratuita | Atílio Andreazza, Parque Oásis
pontos no estadual, buscam reabilitação, enquanto os alviverdes querem confirmar a boa fase – vêm de uma goleada sobre o São José. Estádio Municipal Entrada gratuita | Av. Circular Padre Mocelin, Cinquentenário
l Caxias x Porto Alegre (juniores) | Domingo, às 15h | Assim como o rival, o Caxias está nas quartas de final do Campeonato Gaúcho da categoria, e, apesar de ter o mando de campo, sai jogando em Bento. A partida de volta será quarta-feira (15), na Capital. Estádio Montanha dos Vinhedos Entrada gratuita | Av. Julieta Sassi Dreher, 303 - Bento Gonçalves
BASQUETE
Recomenda l Juventude x Igrejinha (Ju- l Caxias x Juventude (juveniores) | Sábado, 15h | nil) | Segunda (13), 15h | Com a goleada de 4 a 0 sobre Na versão sub-17 do maior cláso Gaúcho, o Ju conquistou uma sico da cidade, os grenás, com 3
l UCS x União | Sexta (17), às 19h | Os rapazes da UCS venceram as duas partidas que disputarama até aqui no Campeonato Gaúcho Sub-17. Na primeira, fizeram 69 a 59 no Corinthians AC. No segundo jogo, derrotaram o Corinthians SC por 80 a 73. Agora o desafio é conquistar uma nova vitória sobre a forte equipe o Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, que fará sua estreia na competição. Clube Juvenil Entrada gratuita | Marquês do Herval, 197
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br
O cerimonial do Palácio do Planalto ainda não deu o sinal verde ao convite feito, mas a diretoria da CIC confia na presença da presidente Dilma Rousseff nas comemorações dos 110 anos de fundação da entidade empresarial. O ponto alto do aniversário será no próximo dia 4 de julho, com a realização de reunião-almoço comemorativa.
Sucessão municipal
Lideranças do PMDB gaúcho baixam em Caxias, neste sábado (11), para dar um aviso aos peemedebistas locais: o partido não pode sequer pensar em não ter candidatura própria na eleição municipal do ano que vem. Argumentos a serem utilizados pelas lideranças estaduais: a importância da cidade e o tamanho do partido aqui. Sem contar o fato de que a atual administração encontrase nas mãos de um peemedebista. O encontro será realizado no plenário da Câmara de Vereadores.
Para setembro
Ainda que, por precaução, o vereador Mauro Pereira já tenha providenciado a inscrição de sua pré-candidatura a prefeito, o PMDB caxiense só começará a falar oficialmente na campanha eleitoral do ano que vem a partir do dia 24 de setembro. Naquela data, o partido realizará eleição para o diretório municipal, com a provável recondução à presidência da vereadora Geni Peteffi. Pelo prefeito, o tema entraria em pauta depois da Festa da Uva.
Nova candidatura
Esteve na cidade na última quinta-feira (9) o deputado estadual Paulo Borges. Na próxima semana, será a vez de Onyx Lorenzoni. A presença aqui das duas lideranças do DEM gaúcho tem ligação direta com a eleição para prefeito no ano que vem.
Vocação esquecida
Edição de junho da revista Viagem e Turismo mostra como o potencial turístico de Caxias do Sul é ignorado pelas publicações especializadas. Com um miniguia que elenca hotéis, restaurantes e atrações da Serra Gaúcha, a revista inclui apenas Gramado, Canela e Bento Gonçalves.
Cinzas de vulcão
Um consolo aos caxienses diante da suspensão temporária, na sexta-feira (10), de pousos e decolagens dos aviões da Gol no Hugo Cantergiani – tema incluído no noticiário nacional. Desta vez, os problemas não foram provocados pelas deficiências técnicas do aeroporto, mas por causa da nuvem de cinzas do vulcão chileno. A exemplo de milhares de turistas, o chefe de Gabinete da prefeitura, Edson Nespolo (foto), também foi surpreendido sexta-feira pelos transtornos provocados pela suspensão de voos no ConeSul. Teve de voltar de Buenos Aires por via rodoviária.
André T. Susin/O Caxiense
Leonardo Prado, Divulgação/O Caxiense
Presença nos 110 anos
Reforma política
Ministro Pepe O deputado federal Gilberto Pepe Vargas (PT) encarou como uma tentativa de fritura a lembrança do nome dele para o Ministério das Relações Institucionais, em substituição ao queimadíssimo Luiz Sérgio Nóbrega. “Estão querendo me queimar”, chegou a dizer o parlamentar caxiense, sem entrar em detalhes a respeito das maquinações existentes na cúpula petista do Congresso. Alguns blogs de jornais do centro do país subestimaram a capacidade de articulação do parlamentar caxiense. Na Folha de S.Paulo, Vera Magalhães colocou Pepe como o nome mais fraco entre os citados
para substituir Luiz Sérgio no Ministério das Relações Institucionais, “pelo simples fato de que é um ilustre desconhecido”. Para a blogueira, Pepe Vargas não tem tradição de negociação política nem na Câmara. “No Senado, talvez pudesse circular tranquilamente pelo Salão Azul sem ser reconhecido”, ela escreveu. Tudo bem, a jornalista da Folha pode ter seus motivos para tais afirmações (também nascidas por desconhecimento), mas uma coisa é certa: Pepe se sairia muito melhor na função do que a escolhida pela presidente Dilma, a ex-senadora Ideli Salvatti (PT-SC), anunciada sexta-feira (10).
Quem trabalha para a população merece valorização Texto publicitário da campanha salarial empreendida pelo Sindicato dos Servidores Municipais, SindiServ
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O conselheiro Victor Faccioni já decidiu o que vai fazer depois da aposentadoria compulsória do Tribunal de Contas do Estado. Não retornará à atividade político-partidária, mas, baseado no conhecimento adquirido em quase 50 anos de vida pública, o ex-deputado empunhará, como cidadão, a bandeira de uma ampla reforma política no país.
Paritária
Greve dos médicos da rede municipal de saúde completa neste sábado (11) dois meses. É claro que não há motivos para comemorações – muito pelo contrário, apenas para lamentar a intransigência, a insensibilidade, a falta de diálogo. Se não houver qualquer desistência de última hora, está marcada para a próxima terça-feira (14) reunião da comissão paritária instituída para resolver (?) o problema.
Anel federal
Ao apresentar o projeto do Terceiro Anel Perimetral Rodoviário na Comissão de Desenvolvimento Urbano, Transporte e Habitação da Câmara, o secretário municipal do Planejamento Paulo Dahmer deixou claro que a obra – também fundamental para o futuro de Caxias – só poderá ser executada com recursos federais. Os 27,7 quilômetros de pista dupla do anel possibilitarão a descentralização do tráfego e a melhoria de acessos à cidade.
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O Caxiense
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