Junho | 2011
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81 Ano ii
Como vestir uma candidata a rainha
A saúde
pede carona
Renato
Henrichs Consenso político em meio à situação conturbada da saúde pública
Ao destinar mais de 30% dos gastos ambulatoriais e hospitalares para o atendimento de pacientes de outros municípios, Caxias do Sul se firma como uma das principais rotas da ambulancioterapia no Estado
A trajetória de
Geci Prates,
uma das mães do PT
Roberto
Hunoff Indústria local cresceu pouco no primeiro trimestre
Quem vem de longe para ver
Ivete
Maurício Concatto/O Caxiense
A copa do Mundo de Jaison
Barbosa R$ 2,50
Índice Roberto Hunoff | 4 Crescimento da indústria foi de 0,7% no primeiro trimestre O Caxiense entrevista | 5 Com poucos números, secretário de Turismo garante que Caxias está preparada para a Copa
Maurício Concatto/O Caxiense
A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site
www.OCAXIENSE.com.br
Ambulancioterapia | 8 O peso de 47 municípios vizinhos sobre a saúde de Caxias Festa da Uva | 11 Os vestidos que contam – e reinventam – a História na passarela da escolha da rainha Perfil | 14 A despedida de Geci Prates, que rodou o Estado de Fusca com Olívio e Lula
@eloisafrancisco eu vi primeiro no @ocaxiense! RT @Folhateen Gaúchos fazem sucesso com versão desleixada dos blogs de moda #tododiaumlook @clarifioreze Morri de rir lendo a matéria sobre o blog Todo Dia Um Look no @ocaxiense Muito bom! #tododiaumlook @Camila_Bertoldo Muito boa a matéria do @ocaxiense sobre o Passaporte da Leitura. :) #feiradolivro
Guia de Cultura | 16 Quatro dias para aplaudir de graça a produção do teatro local
@LisiFotos Belíssima! Parabéns à fotógrafa de Farroupilha que trabalha no Rio e foi premiada em Cannes com foto de Cuba #anarovati
Artes | 19 Modigliani e Tim Burton trocam ideias e falam de amor em uma sala quase vazia. E deixam a porta aberta
@jornalisi Super amei o Top 5 dessa edição! Poesia: bem no clima do #DiadosNamorados S2 #top5pormarcodemenezes
Ivete Sangalo | 20 O ídolo e o show na versão de uma das milhares de fãs número 1 Dupla CA-JU | 21 As conclusões de Picoli e Macuglia sobre os amistosos Guia de Esportes | 22 O basquete é a estrela do fim de semana Renato Henrichs | 23 Acordo entre situação e oposição dá fôlego à rede municipal de saúde
Expediente
Redação: Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), Jaisson Valim (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor), Maurício Concatto, Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita Comercial: Pita Loss e Calebe De Boni Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo
Assine
Para assinar, acesse www.ocaxiense.com.br/assinaturas, ligue 3027-5538 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 18h) ou mande um e-mail para assine@ocaxiense.com.br. Trimestral: R$ 30 | Semestral: R$ 60 | Anual: 2x de R$ 60 ou 1x de R$ 120
Jornal O Caxiense Ltda. Rua Os 18 do Forte, 422, sala 1 | Lourdes | Caxias do Sul | 95020-471 Fone 3027-5538 | E-mail ocaxiense@ocaxiense.com.br www.ocaxiense.com.br
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Reprodução/O Caxiense
Boa Gente | 7 Arte indecifrável na sala de aula e o campeão do xadez nos Jogos Escolares. Top 5 #CaxiasFacts por FYCS
Não é só porque eu sou um puxassaco por natureza, mas a matéria sobre maconha do @ocaxiense está linda. Do tipo pra guardar para o futuro. Pedro Felipe F. Rech
O Caxiense
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No Site Soama é notícia no britânico Daily Mail | Isto nada mais é que uma vergonha para nós caxienses. Esses animais não sofrem maus tratos por parte de tratadores e veterinários, mas acreditem, eles rezam para que a comunidade se concientize em adoção e doação de alimentos e medicamentos. Algo deve ser feito e, desculpe aos “amantes dos animais”, mas esta favela tem que acabar. Animais não adotados em determinado período deveriam ser exterminados. A verba da prefeitura deveria ir para orfanatos, creches, hospitais, asilos… Espero que esta notícia internacional pressione os órgãos responsáveis e os faça agir. Marcos Que pobreza de espírito, Marcos! Animais sentem assim como nós. Que tal matar crianças que não são adotadas? Afinal, elas dão despesa para o Estado! Me diga o que tu faz pelas crianças, pelos idosos, pelos sem-teto? E em Caxias existem protetores suficientes para defender que parte do dinheiro de seus impostos seja repassada para os animais abandonados. Me revoltaria se a prefeitura não fizesse o que é de sua obrigação, repassando esse valor extremamente pequeno comparado ao valor destinado para qualquer outro fim, como para os salários de prefeito, vereadores… Luciara Agradecemos | Ao Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, pelas fotografias que ilustram as páginas 7, 8 e 9. O jornal fica à disposição para creditar as fotos cujo autor não foi identificado.
Semanalmente nas bancas, diariamente na internet.
A Semana
André T. Susin/O Caxiense
Cristofer Giacomet, Divulgação/O Caxiense
editada por Jaisson Valim | jaisson.valim@ocaxiense.com.br
Durante a semana, prefeitura iniciou o programa para instalar 1,5 mil novas luminárias no município e anunciou licitação para o Zona Azul
SEGUNDA | 13.jun O dia em que a Soama se transformou em Só Ama
Caxias do Sul voltou a virar notícia internacional. Mas, mais uma vez, não há motivo de orgulho. A chácara para 1,6 mil cachorros abandonados da Sociedade Amigos dos Animais (Soama) chamou a atenção do jornal britânico Daily Mail, que publicou reportagem em seu site. O texto estava repleto de brincadeiras. Em uma delas, fez um trocadilho com slum (favela, em inglês), dog (cachorro) e o termo slumdog (azarão). Mas a mais divertida foi a forma como o diário traduziu Soama para o inglês: Just Love (Só Ama, em português).
TERÇA | 14.jun Uma luz para a segurança
A prefeitura promete combater a insegurança noturna com uma arma óbvia, mas eficaz, segundo especialistas: melhorar a iluminação das ruas. Por Ana Rech, a Secretaria Municipal de Obras
e Serviços Públicos começou a instalar 1,5 mil novas luminárias dentro do programa Caxias Mais Segura e Iluminada. O projeto prevê que 46 quilômetros de vias sejam beneficiados em distritos como Galópolis e Vila Cristina e bairros como Petrópolis, Belo Horizonte, Vila Ipê e Centro. A segunda etapa está orçada em R$ 1,6 milhão.
QUARTA | 15.jun Impasse estaciona na Zona Azul
Está cada vez mais difícil estacionar no Centro, mas parece que haverá uma vaga para quem lucra com a situação. Por determinação do Tribunal de Justiça, a prefeitura precisou rescindir o contrato com a Rek Parking, que administra o estacionamento pago. Os desembargadores consideraram irregular a prorrogação da concessão em 2008 sem licitação. Para evitar a paralisação da cobrança de forma abrupta, o Município assinou um contrato emergencial com a empresa até novembro, com possibilidade de
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renová-lo por seis meses. Até o fim uma solução até o dia 30, o Mudo ano, a prefeitura pretende lan- nicípio corre o risco de perder R$ çar o edital de um novo concurso. 300 mil do governo federal.
QUINTA | 16.jun
SEXTA | 17.jun
Novela da passarela repleta de suspense
Em 5 dias, 546 pacientes sem atendimento no Postão
A passarela da BR-116, em São Ciro, tem todas as qualidades de uma novela – e não só porque se arrasta por meses. Nas últimas semanas, teve capítulo frustrante (quando nenhuma empresa se candidatou para construí-la), um esperançoso (quando a RPP Empreendimentos Imobiliários apresentou proposta) e agora vive um período de apreensão. A empresa, que pedia R$ 600 mil pela obra – R$ 200 mil a mais do que o orçado –, ouviu uma contraproposta da prefeitura e ganhou prazo até segunda-feira (20) para decidir se aceita. Sem revelar valores, o secretário municipal de Gestão e Finanças, Carlos Búrigo, diz que o orçamento subiu, mas ainda está numa cifra bem distante daquela sugerida pela construtora. A prefeitura tem pressa para evitar o final infeliz. Se não encontrar
A greve dos médicos já ultrapassou dois meses sem esperança de definição, mas foi só esta semana que os caxienses tiveram a primeira radiografia – ainda que parcial – dos prejuízos da paralisação. Por cinco dias, entre 27 e 31 de maio, 546 pacientes ficaram sem consultas no Pronto Atendimento 24h (Postão), segundo exame de uma força-tarefa montada pela prefeitura. Na interpretação da Justiça, esse levantamento comprova o descumprimento de uma decisão anterior por parte dos médicos. O Judiciário só permitiu a mobilização com o compromisso de que 100% da demanda fosse atendida com pelo menos metade do efetivo. O resultado ameaça pesar no bolso do Sindicato dos Médicos, multado em R$ 220 mil. A entidade avisou que irá recorrer.
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O Caxiense
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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br
Nessa semana Caxias do Sul manteve sua característica de pioneirismo em vários aspectos ambientais. A cidade é a primeira no país a ter um sistema de coleta e destinação adequada das lâmpadas fluorescentes, compactas e bulbos, estes usados na iluminação pública. Mas para que o sistema funcione o consumidor terá de se conscientizar em levar a lâmpada fora de uso para uma das 22 lojas já credenciadas. Além dos benefícios ambientais, a iniciativa torna-se ainda mais importante diante da proibição, a partir de 2016, da fabricação e importação de lâmpadas incandescentes, o que tornará regra o uso das fluorescentes ou, então, do sistema LED, ainda mais durável e com menor consumo de energia. As fluorescentes têm mercúrio na sua composição, enquanto o LED traz chumbo. Em ambos os casos, mais do que necessária a destinação adequada.
Reconhecimento
Marcopolo e Randon, as duas maiores companhias de Caxias do Sul, estão dentre as 23 empresas gaúchas distinguidas no 39º Prêmio Exportação do Rio Grande do Sul, uma iniciativa da regional gaúcha da Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil. A entrega ocorrerá na segunda-feira (20), a partir das 19h30, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. A Marcopolo receberá seu prêmio na Trajetória Exportadora Master por posicionar-se dentre as maiores exportadoras do Estado por três anos e com taxa de crescimento significativa. A Randon será reconhecida pelo trabalho de diversificação de mercados. Com matriz em Porto Alegre e filial em Caxias do Sul, a Constat aparece na relação de destaque no segmento de serviço de tecnologia de informação. A principal autoridade presente ao encontro será o presidente do Banco Central, o gaúcho Alexandre Tombini.
Ineditismo
A Criare Móveis, de Bento Gonçalves, é a primeira indústria moveleira nacional a ter seu aplicativo nos produtos Apple. Os clientes podem conferir o catálogo de ambientes com imagens em 3D e informações técnicas sobre os projetos. O app foi desenvolvido para iPads, iPods e iPhones. A empresa integra o grupo Carraro e tem mais de 200 lojas no Brasil, incluindo Caxias.
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O Caxiense
TÍMIDO CRESCIMENTO
NO TRIMESTRE O faturamento das indústrias ligadas ao Simecs aumentou apenas 0,7% no primeiro trimestre do ano na comparação com 2010, somando pouco mais de R$ 4,030 bilhões. É o que consta no site na entidade. A atividade eletroeletrônica apresentou variação positiva de 4%, totalizando receita de R$ 387,3 milhões. Já a metalmecânica fechou em queda no mesmo percentual, reduzindo suas vendas para R$ 530
milhões. O segmento automotivo, principal gerador de trabalho e renda do setor, movimentou R$ 3,1 bilhões, apenas 1% de alta sobre os três primeiros meses de 2010. No ano passado, o setor como um todo faturou R$ 17,2 bilhões, crescimento de 32%. A análise dos resultados e das negociações do dissídio coletivo será feita na segunda-feira (20), às 10h, pela diretoria da entidade durante coletiva à imprensa.
Mercado financeiro
Com unidades em Porto Alegre, Caxias e Rio Grande, a Capse Investimentos prepara a ampliação de suas estruturas para atender a crescente demanda por investimentos financeiros. Dentre seus produtos estão ações, operações estruturadas, tesouro direto, clubes de investimentos, fundos exclusivos e Bolsa de Valores, Mercadorias
e Futuro de São Paulo. De acordo com seu diretor, Pedro De Cesaro, o mercado tem se mostrado bastante aquecido, com investidores buscando diferentes aplicações. Dentre os diferenciais da empresa está o atendimento personalizado, com acompanhamento do cliente desde o cadastro até a efetivação do negócio.
Dóris Sbravati, Divulgação/O Caxiense
Custos da evolução
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Moda infantil
De 19 a 22 de junho a Pinoti Baby, grife de moda bebê de Caxias do Sul, participará da 37ª Feira Internacional do Setor Infanto Juvenil/ Teen/Bebê. Dedicada nos últimos 20 anos somente ao nicho de roupas para bebês, a empresa produz 12 mil peças por mês e as comercializa para mais de 2 mil lojas.
Por que minha namorada merece um super presente de Dia dos Namorados? “Porque datas como essa não são para serem lembradas, mas sim para serem vividas. Melhor que dar um presente, é receber um sorriso. Melhor que ganhar um sorriso, é fazer memórias. Melhor que fazer memórias, é ser feliz hoje ao lado de quem se gosta.” Com essas inspiradas frases, Ericki Funes Gutierrez, 22 anos, venceu a promoção do jornal O Caxiense e homenageou Silvia Sbravati, 21 anos, com presentes especiais na data dos apaixonados. A promoção teve o apoio do Salão de Beleza Iza Cabeleireira, Scapularium (San Pelegrino Shopping), Botticale Farmácia de Manipulação e Restaurante Don Claudino, com organização da Divina Informação.
to oficial da feira, com palestra de Marcus Coester, diretor-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento. Ele discorrerá sobre a situação atual do polo naval e as perspectivas de sua implantação para o setor metalmecânico da Serra.
Patente industrial
A Universidade de Caxias do Sul organiza para terça (21), no Salão de Atos do Bloco A, o 4º Seminário de Sensibilização – Propriedade Industrial como Instrumento Estratégico de Fomento à Inovação. A iniciativa tem a parceria da Rede
Com o lançamento do Q-Comércio, a CDL de Caxias do Sul amplia as oportunidades para a qualificação do varejo local. Seu foco é a gestão do negócio com um todo, visando maior competitividade por meio de melhorias em métodos e procedimentos. O programa foi, inicialmente, incorporado de forma pioneira no Estado pela CDL caxiense e agora é colocado à disposição dos comerciantes. Ele integra um projeto mais amplo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, que é o de instrumentalizar lojistas gaúchos para posicionar o Rio Grande do Sul como referência do varejo mundial até 2017.
Namorados premiados
Febramec
Com foco na indústria naval, a 18ª edição da Feira Brasileira da Mecânica e Automação Industrial está confirmada para o período de 2 a 5 de agosto, no Centro de Eventos da Festa da Uva. Na segunda (20), a partir das 19h30, no Restaurante Don Claudino, haverá o lançamen-
Gestão qualificada
Gaúcha de Propriedade Intelectual e trará para a cidade, dentre outros especialistas, o analista de patentes do Instituto Nacional de Propriedade Industrial Alex Todorov. Destaque também para a apresentação do case da Grendene.
Curtas O presidente da Viação Santa Tereza, Fernando Ribeiro, é o convidado da reunião-almoço de segunda-feira (20) da CIC de Caxias do Sul. Apresentará o tema O futuro do transporte coletivo. O encontro marca os 25 anos da concessionária do transporte coletivo na cidade. A Pink Lou, marca voltada para o público feminino teen, prepara a inauguração de sua primeira loja no Estado, em Caxias do Sul. Com 10 lojas espalhadas pelo Brasil, a franquia ocupará espaço no térreo do San Pelegrino Shopping.
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Maurício Concatto/O Caxiense
O Caxiense entrevista
Segundo secretário, as obras para o Som & Luz só não ficam prontas antes da Festa da Uva “se der um tufão” ou por impedimento ambiental
“Caxias tem capacidade
de receber a Copa”
Mesmo com deficiências no aeroporto e hotéis já alcançando 67% de ocupação, secretário do Turismo, Jaison Barbosa, defende condições da cidade para abrigar seleções em 2014
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por JOSÉ EDUARDO COUTELLE jeduardo.coutelle@ocaxiense.com.br
esde 2009 no comando da Secretaria Municipal de Turismo, Jaison Barbosa, 40 anos, busca alternativas para alavancar o crescimento do setor, divulgando a cidade por meio de viagens pelo Brasil e pelo mundo. Agora, seus próximos desafios são a Festa da Uva de 2012 e a preparação para a Copa de 2014 – Caxias do Sul quer se tornar um Centro de Treinamento de Seleções. Mas nada tira o sono do secretário. Para ele, o município tem condições de receber um dos maiores eventos esportivos do planeta. O senhor realizou quatro grandes viagens internacionais desde que assumiu o cargo de secretário de Turismo. Quais os resultados para Caxias? Realizei uma visitação técnica em Madri. Fui em duas reuniões durante dois dias. A Organiza-
ção Mundial de Turismo disse que a primeira entidade a ser filiada no Rio Grande do Sul seria a Tur Caxias, uma nova entidade criada para trabalhar com os roteiros turísticos. No Paraguai, falei sobre a cidade para um grupo de ministros do mundo todo. Na Argentina, fizemos um trabalho de divulgação da Serra Gaúcha. Dirigentes da Fifa vinham me perguntar: “Caxias está na busca para ser centro de treinamento?”. Em Portugal, fomos na Bolsa de Turismo de Lisboa. Minha primeira atitude foi ter uma reunião com o presidente da TAP (Transportes Aéreos Portugueses). Isso porque havia uma solicitação do nosso trade turístico de que essa viagem (voo Porto Alegre - Lisboa) é importante. Mas chegou a ter algum retorno direto? Claro. Consegui a garantia de que, durante o Salão de Turismo de Gramado, teremos a inte-
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gração do voo da Europa com o Rio Grande do Sul. O presidente da TAP vai vir com um grupo de empreendedores europeus e prometeu trazê-los a Caxias do Sul.
a Caxias dos negócios e, dentro deles, estão os eventos. Então, os turistas que vêm para os eventos seguem, por tabela, para os roteiros? Na maioria dos casos, sim.
Caxias hoje desponta no turismo de passeio na Ser- “Nosso potencial é o turismo ra? É crescente a proTivemos a cons- doméstico. cura dos turistas trução de dois pro- Quando se pelos roteiros? Em cessos importantes reportagem de no aspecto turístico tem essa O Caxiense em nos últimos 15 anos: capacidade 2010, os próprios a criação dos rotei- não é necessário comerciantes diros e a criação da tanto o turismo ziam que a procura secretaria. Caxias é internacional” estava baixa. uma cidade que reQuem comerciacebe turistas. Numa liza sempre quer Caxias da aventura, Criúva é um mais, e é bom que seja assim. Isso roteiro importante. Descobrimos instiga a melhoria e a qualificaque nossos rodeios e torneios de ção. laço recebem muita gente de fora. Percebemos em um evento que E eles dão um retorno sobre o mais de 45% das pessoas vieram número de visitantes? do entorno de Caxias. O nosso Nos roteiros, temos 11 pouprincipal agente receptivo hoje é sadas cadastradas e entregamos 18 a 24 de junho de 2011
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uma folheteria. O turista pode escolher onde quer ir. Conhecer o La Cittá, com a Igreja de São Pelegrino. Quando aproveitamos um evento regional, como o Chocofest, e a rede hoteleira lota, é dito que só servimos para pouso. Mas o pouso representa mais de 30% dos gastos do turista. É claro que ampliar esse roteiro é um fator que fomentamos. Os representantes dos roteiros relataram crescimento no número de turistas? Temos um trabalho dentro da UCS chamado Observatur. Com ele, trabalhamos a coleta de dados de todos os municípios. Existe uma série de dificuldades nos levantamentos. Não se tem uma equação. Em todos seminários que vou é discutido que faltam dados e pesquisas. O Ministério do Turismo diz que o viajante internacional ampliou. Aqui em Caxias? No país, no Estado e acaba ocorrendo naturalmente em Caxias. Nosso potencial é o turismo doméstico, onde está o maior número de visitantes. Quando se tem essa capacidade não precisa tanto do turismo internacional. Porém, pode existir a crise interna. Caxias se fortalece por ter dinamismo econômico. Entendo que neste ano o turismo vai muito bem e só tende a crescer até as Olimpíadas. E os dados da pesquisa da UCS? Vejo que existe uma certa dificuldade na questão desses questionários e também nos preços destas pesquisas. Nós fizemos algumas pesquisas internas. Temos um questionário que é feito nos Centros de Informações. Chegaram a perceber um crescimento? Em junho, julho e agosto temos os maiores fluxos. Com a gripe (Gripe A, em 2009), caiu drasti-
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camente. Foi um impacto de nível que tenho de não ter perdido o lo. Então, devemos usar a Copa global, o que mostrou a impor- recurso (conquistado por emenda como legado de motivação para tância de termos inúmeros focos. parlamentar). Isso demonstra o olharmos e percebermos tudo o trabalho do meu departamento que temos de bom e o que podeÉ possível quantificar o cresci- financeiro. Essa obra passou por mos usar para buscar infraestrumento do turismo? inúmeras licitações, mas não pas- tura para o município. Tenho cerSim. Existem pesquisas realiza- sou por nenhuma negociação. E teza que Caxias tem capacidade das pelo Sindicato de Hotéis. Elas se não deram certo foi porque as de receber a Copa. dizem que o fluxo turístico na ci- empresas não foram competentes. dade é de 67%. Isso não é pouco Então, foi melhor a obra não ser Tem capacidade atualmente? dentro do número oficial de 3.280 iniciada para não ficar inacabaMas claro. Porque tem um povo leitos. Em um mês, são 105 mil da. A seriedade com capaz. leitos. Na agenda de 2010, ocor- que a Viezzer está reram quase 2 mil eventos em Ca- construindo nos dá “Devemos usar Mesmo com a atual a Copa como xias. Mas podem dizer: “o tango tranquilidade. condição do aeronão gerou nada”. Gerou, sim. Os porto? legado para casais que vieram dançar ficaram Chega a ter uma percebermos Se fosse assim, a hospedados onde? Pergunta às possibilidade de África não recebepessoas se foi fácil conseguir hotel a obra não ficar o que temos de ria a Copa. Quantas em Caxias. pronta até a Festa bom e o que regiões brasileiras podemos usar da Uva 2012? têm a infraestrutuSobre a gestão Sartori, que avaliSó se der um tufão para buscar ra que a Serra Gaúzação o senhor faz? ou barrarem a obra infraestrutura” cha tem? Nenhuma No turismo, temos uma grande por questão amdessas cidades tem felicidade. O primeiro secretário biental. Não acredia capacidade de redo PT ficou apenas um ano. Foi to de forma alguma. ceber a massa de turistas que vêm um tempo de verificação de recom a Copa. Mas isso é durante cursos e de tentativa de ter um O espetáculo vai ser diferente os 22 dias. Caxias tem a capacidaorganograma funcional. Com o também? de de sustentabilidade ambiental início da nossa gestão, trabalhaClaro. Totalmente diferente, para este período. Porque Caxias mos com o Conselho Municipal mas não vou contar. do Sul se programa e faz a Barde Turismo a criação do site, folragem das Marrecas, faz a coleta ders e uma série de coisas que não Como a cidade se prepara para de lixo automatizada. Onde na existiam. receber os turistas durante a África tem coleta de lixo automaFesta da Uva? tizada? E a África fez fiasco? Não, Quais os próximos projetos do Isso tudo está sendo pensado, pelo contrário. Temos condição senhor na secretaria? estudado, analisado, inclusive nas de estar entre os melhores muniTenho um grande desafio que próprias viagens que tenho feito. cípios. é a Festa da Uva. Eu, que sou de São José dos Ausentes, chego aqui E para a Copa, a cidade se encon- A capacidade hoteleira, sempre e vejo uma estrutura toda ina- tra preparada estruturalmente? atuando com margem alta de dequada (em relação ao Som & Não acredito que Caxias precise lotação, está apta para receber a Luz). Minha primeira atitude foi da Copa do Mundo para se quali- Copa? tirar aquilo lá. Temos um projeto ficar, para ter dois grandes clubes A rede hoteleira trabalha de do novo Som & Luz, que, na mi- de futebol, para ter a UCS, para forma integrada. Antigamente, nha visão, é muito bom. A estru- ter a estrutura do Recreio da Ju- quando tínhamos uma Festa da tura vai começar a ser montada. ventude, para ter 21 hotéis e oito Uva, as pessoas precisavam ser Já chegaram os pré-moldados. A pousadas, para ter quase 4 mil hospedadas em casas. A partir do arquibancada deve ficar pronta leitos, para ter a Festa da Uva e o momento em que unimos a Serra, no máximo para o fim de agosto. pavilhão que se movimenta todo as pessoas ficam nas cidades da Vou fazer diversos testes de ilu- ano. região. Nessa rede se tem aprominação e sonorização. ximadamente 30 mil leitos. Se O aeroporto comporta receber o pegar os dados do Ministério do Por que houve seguidas prorro- fluxo da Copa? Turismo, isso corresponde entre gações para o início da obra? O aeroporto não existe por cau- 5% a 10% da capacidade de leitos Quero dizer que é um orgulho sa da Copa. Podemos melhorá- do país.
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Robinson
Cabral Formado em Licenciatura em Artes, Robinson Cabral lecionou durante dois anos. Foi tempo suficiente para perceber que a escola não prepara o jovem para fazer leitura de arte e que esse modelo de aula em que o professor ensina e os alunos ouvem está longe do ideal. "O professor não tem que ensinar nada, ele está ali para instigar, provocar e encher o aluno de referências", defende Robinson. Na última semana, ele apresentou no Ordovás o seu documentário Lendo Arte. No vídeo, 25 alunos de três escolas de Caxias interpretam diferentes obras de arte. "Isso é arte?", indagaram alguns sobre o banco de carne em um ponto de ônibus, de Nana Corte. Já o Cristo de Bruno Segalla foi melhor aceito, mas por uma questão religiosa, não por mérito artístico. Para Robinson, entender a relação entre os jovens e a arte é o primeiro passo para estabelecer um novo tipo de diálogo entre alunos e professores. "Ler arte é ter um olhar mais sensível, mais perceptivo. Quem tem essa sensibilidade também percebe melhor o mundo ao seu redor, porque a arte está a serviço da vida."
Vilmar Casanatto Ribeiro
Há dois anos, Vilmar, 14 anos, jogou a sua primeira partida de xadrez. Foi durante as aulas de educação física na Escola Municipal Nova Esperança, na Vila Amélia, bairro Desvio Rizzo. Na última semana, o garoto, que é bom em matemática e “mais ou menos” nas outras disciplinas, ficou em primeiro lugar na categoria infantil do xadrez nos Jogos Escolares. Pelo regulamento da competição, cada partida tinha duração de 15 minutos, bem menos do que em uma partida normal, que pode durar horas e até dias. Vilmar disputou sete e achou os 15 minutos mais do que suficientes para o xeque-mate. “Eu acabava sempre antes do tempo.” Vilmar tem experiência em acabar logo com uma partida de xadrez. Quando aprendeu a jogar, ensinou a irmã Graciela, 10 anos. Nos treinos em casa, elimina rápido a oponente. Com os colegas da sua idade, aprendeu o segredo dos melhores enxadristas. “Antes eu ficava nervoso. Mas na competição eu tive calma. E o importante no xadrez é ficar calmo.”
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Maurício Concatto/O Caxiense
Maurício Concatto/O Caxiense
por Marcelo Aramis
#CaxiasFacts
por FUCK YEAH COLUNA SOCIAL
Celebridade no Twitter e persona non grata entre os habitués mais badalados de Caxias, o misterioso FYCS dá rasante pela coluna para listar os cinco fatos "que levaram o nome de nossa pequena Sicilia além fronteiras". Coisa fina.
Celebridades da Internet |
Nos primórdios, Caxias já se destacava no meio, criando os primeiros virais, utilizando os e-mails como ferramenta de divulgação, promovendo então o contorcionismo dentro de carros importados e a paisagem local nua e crua.
Troca-troca | Nossa festa local foi abalada por um troca-troca fora do comum. A soberana da época, num golpe de mestre, matou dois coelhos com uma cajadada; realizou o sonho da irmã e com isso tirou tempo para encontrar com o baixinho do futebol. O eterno ex-BBB | Somente Ca-
xias do Sul teve a capacidade de dar a um sujeito insuportável o status de eterna celebridade por sua participação sofrível no famoso reality show da Globo. E você aí trabalhando por nada...
Choque do Lasier | Uma geração toda teve como principal lembrança o emblemático acidente envolvendo o jornalista Lasier Martins, quando este sofreu um choque ao vivo no Jornal do Almoço. "Voltamos já já com o comentário de Paulo Roberto Falcão." FYCS | Quem é? São? Não se sabe. O que se sabe é que Caxias foi desmascarada tal como o retrato de Dorian Gray e agora as coisas não serão mais como antigamente.
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Ambulancioterapia
Feliz é um dos municípios que enviam pacientes para instituições caxienses, responsáveis por atender uma população de 1,1 milhão de habitantes
Drama da saúd e
pega a estrada
Pacientes de 47 cidades recorrem a Caxias para atendimentos de média complexidade e representam cerca de um terço dos gastos ambulatoriais e hospitalares do município
À
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por VALQUÍRIA VITA valquiria.vita@ocaxiense.com.br
s 8h40 de terça-feira (14), a dona de casa Sirlei Ribeiro, 38 anos, estava na entrada do Centro Especializado em Saúde (CES) e tentava ligar para o celular do motorista da van que levaria ela e a filha Suelen, 11 anos, de volta a São Marcos. As viagens a Caxias do Sul se tornaram uma rotina desde que a menina começou a sentir fortes dores no estômago. A família até tentou atendimento no município, mas não teve jeito: só há acompanhamento pela rede pública com um gastroenterologista em instituições caxienses. “Tem médico lá, mas só atendimento particular, e a gente não tem condições”, explicou Sirlei. A busca por saúde exigiu esforço. Mãe e filha precisaram acordar às 5h. Meia hora depois, a van passou na frente da casa delas, já repleta de sonolentos passageiros que também recorreriam a Caxias atrás de um médico. Suelen se submeteu a uma rápida consulta, mas ouviu uma recomendação.
O Caxiense
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Precisará voltar ao centro caxiense em seis meses para reavaliação e renovação das receitas para os remédios de uso contínuo. Sirlei resignou-se. “Seria pior se o SUS (Sistema Único de Saúde) não nos ajudasse. Claro, é difícil levantar de manhã, no frio, mas é melhor do que não ter atendimento”, explicou a mãe, antes de embarcar na van onde esperaria até que os outros passageiros terminassem suas consultas pela manhã. No setor de endocrinologia do CES, três andares acima de onde Sirlei telefonava para o motorista da van, a auxiliar de cozinha Maria Adelina Rabello, 33 anos, recebia atendimento. A vinda de São Francisco de Paula demorou duas horas e meia, mas a consulta que Maria esperou durante meses levou apenas 10 minutos. Já que não tinha como pegar um ônibus que chegasse tão cedo em Caxias, ela estava hospedada com a filha na casa de uma tia desde a noite anterior. Maria sofre de diabetes desde os 10 anos e precisa de acompanhamento
médico regular. A frequência polo regional. Esses municípios ao CES depende da condição recebem verba para, além de sude saúde.“Venho quando estou prir a demanda local, atender a ruim”, diz, explicando que isso moradores de cidades vizinhas costuma acontecer, em média, (ou nem tão vizinhas assim), que, duas vezes por mês. pelo seu tamanho, Em razão da esnão têm infraestrutrutura enxuta por “Pela saúde, a tura adequada para ter uma população gente tem que tratamentos mais de 20 mil habitan- se sujeitar a complexos. Por tes, o SUS de São tudo”, resigna-se obrigar que os paFrancisco de Paula cientes embarquem Maria, que saiu a encaminhou para em ambulâncias Caxias. “Era aqui ou de São Francisco (ou vans, ônibus e Porto Alegre”, disse de Paula para outros veículos das Maria, que preferi- ser atendida prefeituras) e peria não ter de optar em Caxias guem a estrada, o por uma das duas programa se tornou cidades, mas realimais popular por zar o acompanhamento em São outro nome: ambulancioterapia. Francisco. “Mas pela nossa saúde Segundo Marcos Antônio Loa gente tem que se sujeitar a tudo.” bato, diretor do Departamento de Assistência Hospitalar e AmSirlei e Maria fazem parte bulatorial da Secretaria Estadual dos milhares de gaúchos que anu- da Saúde, Caxias aparece entre almente vêm a Caxias para fazer as cinco maiores cidades polo do tratamento de saúde. É a política Estado – ao lado de Porto Alegre, chamada de regionalização da Canoas, Pelotas e Passo Fundo. Os saúde. Ela prevê que as principais números da Secretaria Municipal cidades do Estado, escolhidas por da Saúde dão uma dimensão do seu porte, transformem-se em quadro. Em 2010, os gastos am-
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bulatoriais em Caxias passaram dos R$ 36 milhões. Desse total, 34,52% foram investidos para receber moradores da região. Com os gastos hospitalares, a situação se assemelha. Dos R$ 35 milhões, 30,17% tiveram como destino pacientes de fora. A ambulancioterapia se baseia em uma premissa simples. “Não podemos ofertar todos os serviços que a população precisa em todos os municípios”, afirma Lobato. Segundo ele, é necessário ter volume mínimo de atendimentos para que valha a pena. “Não daria para botar um cirurgião cardíaco em um município de 5 mil habitantes. Ele vai fazer atendimentos gerais e vai perder a prática, porque a chance de ter um caso é raríssima. Por isso, tem que regionalizar para garantir qualidade”, ressalta. Mas não é só quem necessita do SUS que precisa se deslocar para ser atendido. A operadora de máquinas Cátia Müller Munchen, 36 anos, tem plano de saúde, mas precisaria pagar uma consulta particular se quisesse receber atendimento de um cardiologista em Feliz. Acabou no Círculo Operário na manhã de terça-feira. “É ruim lá embaixo (em Feliz). Lá é pequeninho, tem sempre esse transtorno de vir
para cá porque não tem médicos que atendem por esse plano”, disse. Às 9h30, já estava liberada de sua consulta, mas a espera ainda levaria tempo. Ela aguardava os outros passageiros dentro da van que estava estacionada no Hospital Pompéia. Enfrentaria uma hora de viagem. “Seria ótimo se lá tivesse esses atendimentos. Vou perder a manhã toda aqui”, disse Cátia, que só pode viajar a Caxias por atendimento médico porque trabalha apenas à tarde e à noite. Na mesma van de Feliz, estavam a agricultora Beatriz Pezzi, 34 anos, e o pai dela, o aposentado Rafael Seidel, 63 anos, que usava um boné com o nome da cidade. Ela conta que o pai, que sofre de câncer, recém havia saído de uma consulta com o urologista, especialidade médica sem oferta em Feliz. Ele passou por uma cirurgia recente – “tudo encaminhado pelo SUS de Feliz”, segundo a filha –, e os dois precisaram ficar 11 dias em Caxias. “Fazer o quê? Tem que ir onde consegue”, conformou-se Beatriz, contando que eles voltariam no dia seguinte e na segunda-feira da outra semana para novos exames no Pompéia. Assim que o veículo de Feliz partiu do estacionamento, a dona de casa Ivete Prezzi, 52 anos, de
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Bento Gonçalves, desceu as esca- os dados de emergências, avaliadas da entrada do Pompéia para ções e exames, que é um volume fumar um cigarro. Ela acompa- bem maior”, pondera. nhava a irmã mais velha, LourOutra referência para cidades des, internada depois de uma vizinhas, o Hospital do Círculo cirurgia de próteaté recebe pessoas se de quadril. Elas de municípios que procuraram ajuda “Não daria para teriam estrutura caxiense porque na botar um para atendê-las – cidade de origem cirurgião como o caso de Granão existe suporte cardíaco em um mado, que tem UTI para uma operação –, segundo a addessa complexidade. município de ministradora Paula 5 mil habitantes. Lourdes se operou Cristina de Oliveiem março. Foi enca- Ele vai perder ra. É segurança que minhada para casa, a prática”, diz eles buscam na insmas, depois de uma Marco Lobato tituição caxiense. infecção, precisou Um exemplo são as voltar a Caxias. A gestantes de risco, irmã acompanhou todo o proces- que vêm para Caxias porque a ciso. Além do desconforto de dor- dade tem os únicos hospitais com mir fora de sua cidade, em uma plantão 24 horas de ginecologia. poltrona de hospital, tem de arcar “Nós brincamos que nosso pátio com os gastos de alimentação e é estacionamento de ambulância viagens – ela e outras duas irmãs de outras cidades”, conta Paula. se revezam nos cuidados a Lourdes. “Não é fácil. É terrível. BenA situação não é exclusiva to precisaria de um ortopedista. do Círculo. Descendo até o HosTem, mas não atende pelo SUS.” pital Saúde, é possível ver muitas O Pompeia é referência regional placas de outras cidades: Cotiem três especialidades: traumato- porã, Fagundes Varela, Protásio ortopedia, neurocirurgia e cirur- Alves, Nova Bassano, Jaquirana, gia cardíaca. Segundo a super- Guabiju, São Jorge... Mesmo de visora de recepção do hospital, forma involuntária, as frases nos Daeli Beatriz Prombatti, 115 pa- veículos ironizam a situação. O cientes por mês, em média, vêm carro da prefeitura de Veranóde outros municípios para inter- polis tem o desenho um coração nação. “Neste número não estão com os braços abertos, que segura
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Em busca de consulta com um gastroenterologista, Sirlei (E) traz a filha Suelen de São Marcos, mesma cidade de Ivori (D), que faz hemodiálise uma faixa com os dizeres: “Saúde com qualidade mudando a cidade”. A ambulância de Farroupilha destaca que a prefeitura está “cuidando da nossa gente”. Naquele quarteirão, motoristas dormiam dentro das vans naquela manhã de terça-feira. Outros se reuniam em um restaurante de comida campeira em frente ao hospital. Lá passam horas, conversando e olhando pela janela para ver se as pessoas que precisam levar de volta às suas cidades já terminaram seus tratamentos. Os pacientes também têm de esperar na calçada até que a lotação de suas ambulâncias ou vans se complete. Pegando um sol para afastar o frio estava o casal de agricultores Adair, 36 anos, e Evandra Migon, 31 anos. “Vai ser o dia inteiro esperando aqui”, previa Evandra, que, com o marido, veio de Fagundes Varela para fazer uma consulta com um reumatologista no horário da tarde em um consultório particular. A consulta seria paga pelo casal, com ajuda da prefeitura. “Lá tem médicos, mas eles não são especializados”, diz Adair. Até que o horário marcado com o médico de Caxias chegasse, o casal do município de pouco mais de 2,5 mil habitantes não sairia dali: “Não dá para caminhar muito porque a gente se perde”, disse Adair. Outro que não pretendia andar muito para não se arriscar pelas ruas de Caxias – uma cidade grande aos olhos de quem é acostumado ao movimento reduzido dos municípios pequenos – era Valdemar de Souza, 42 anos, de Nova Prata. Ele faz acompanhamento médico no Hospital Saúde, depois de uma operação no quadril no ano passado, que o afastou do trabalho. “É uma cirurgia bem complicada. Achei vantajoso fazer em Caxias. Eu pesquisei antes e vi que aqui era o melhor lugar, com
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mais equipamentos”, contou Valdemar, sozinho na frente do restaurante, de olho no ônibus ainda vazio que embarcaria mais tarde de volta à cidade onde mora. Os dados da Secretaria Municipal da Saúde revelam que, no SUS, Nova Prata não está entre os cinco municípios que mais enviam pacientes a Caxias. Farroupilha é a campeã, seguida por Vacaria, Bento Gonçalves, Nova Petrópolis e São Marcos. “Somos referência para 1,1 milhão de habitantes. São cerca de 420 mil habitantes daqui e 700 mil de fora que atendemos, vindos de 47 municípios do entorno”, contabiliza a secretária Maria do Rosário, citando os tratamentos principais: cardiologia, oncologia, traumatoortopedia, neurologia, fonoaudiologia e otorrinolaringologia. Tamanha procura não chega a ser um problema, garante a secretária. Conforme ela, o atendimento a outras cidades não costuma tirar as vagas dos caxienses, porque o município recebe verba para realizá-lo. “Em alguns momentos, há disputa de oferta, porque há poucos especialistas em algumas áreas. Mas, para que o município possa ofertar serviços de alta complexidade para a sua população, ele é obrigado a ofertar para os da região, senão ele não recebe os recursos para ser referência”, explica Maria do Rosário. Por ter esses serviços de referência por conta de seu tamanho, Caxias deve encarar a condição de município polo como uma vantagem, e não o contrário, conforme Lobato, da Secretaria Estadual da Saúde. Mas ele admite: a saúde pública carece de mais investimento estadual e federal. “O que deve acontecer é um aumento no número de leitos em Caxias e em toda a região”, avalia.
Dados do Sindicato Médico do queira. “O atendimento que é feiRio Grande do Sul (Simers) mos- to na região é regulado pela Centram que a quantidade de leitos tral de Regulação de Leitos. É lá de internação em todo o Estado que é feito esse equilíbrio, decidediminuiu. Em Caxias do Sul, de se para que hospital vai, para que 2005 a 2010, o número passou de as pessoas de fora não usem mais 1.741 para 1.542, uma diminuição do que as pessoas daqui”, afirma. de 11,4%. O problema se agrava, O HG não contabiliza qual parsegundo Maria Rita de Assis Bra- cela das 1,2 mil internações, 600 sil, vice-presidente do sindicato, cirurgias e 33 mil exames menporque prefeituras sais diz respeito a encaminham papacientes de outras cientes aos grandes “Tem de ver cidades. Junqueira centros para atendi- como a rede das destaca, porém, que mentos que podeos serviços de alta riam ser realizados cidades comporta complexidade do em suas cidades. isso. Às vezes, hospital – oncológi“São procedimentos essa rede mal cos, cardíacos e das de pequena e mé- dá conta”, diz UTIs – são referêndia complexidade. Maria Rita de cias para a região. Nem todas as ambu“Para os tratamenlâncias andam pelo Assis Brasil, tos de alta compleEstado a fora por do Simers xidade, existe quase necessidade”, explica um equilíbrio entre Maria Rita, dizendo demandas da região que a prática sobrecarrega os mé- e de Caxias”, analisa. dicos. “Ela (a regionalização da No Hospital Geral, as mesmas saúde) é necessária e importan- vans vistas em outras instituições te, mas não pode burlar o acesso. da cidade estacionavam ali no fim Lembro-me de um acidente na da manhã da terça. O veículo de estrada com pessoas de Santa Vi- São Marcos, onde viajaram Sirlei tória que estavam indo para Rio e a filha Suelen – citadas no coGrande fazer hemodiálise. Essa meço desta reportagem –, era um regionalização não está correta”, exemplo. As duas aguardavam salientou. dentro da van uma paciente que A melhora deve ocorrer a partir fez hemodiálise. Pouco antes do de um estudo das necessidades da meio-dia, Ivori da Silva da Rosa, região, conforme a vice-presiden- 68 anos, caminhava a passos lente. “Para desobstruir os grandes tos em direção ao veículo, ampacentros é bom que venham pa- rada por uma das pessoas da van cientes tratar-se em Santa Maria, após o tratamento. Ela faz sessões Passo Fundo e Caxias, mas tem de há nove meses, três vezes por sever como a rede das cidades com- mana. “Em São Marcos tem dois porta isso. Às vezes, essa rede mal hospitais, mas não tem hemodiádá conta. Tem de ser bem nego- lise”, justificou Ivori. ciado com essa prefeitura.” A pior parte, segundo ela, e enfrentar o frio de manhã cedo para Para tentar evitar o colap- a jornada. Ela reflete sobre as diso na sistema de saúde, não são os ficuldades de ter que vir a Caxias pacientes de fora que decidem em já que sua cidade não oferece o que instituição de Caxias serão tratamento de saúde que necessitratados, como explica o diretor ta: “É ruim, mas, se a gente quer do Hospital Geral Sandro Jun- viver, tem de enfrentar”.
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FEITOS PARA
VESTIR
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SONHOS
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Trajes reais
Em meio a tecidos, pesquisas e histórias, nascem os vestidos que devem encantar as candidatas e o público do concurso de rainha da Festa da Uva
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mãe e filha expõem no ateliê fotos de vestidos criados para a festa. Em quadros pendurados na parelém das atividades do concurso, de estão os trios de soberanas de as candidatas ao trio de soberanas 1994 até 2006, com trajes oficiais 3. da Festa da Uva enfrentam uma costurados por elas. Em álbuns e bateria de avaliações da cidade porta-retratos ficam as imagens que irão representar. Os caxien- das criações para os concursos. ses julgam pela aparência e por Uma foto de Vanessa Susin, prinbreves aparições públicas quem cesa em 2008, durante uma proé merecedora dos títulos de rai- va do vestido demonstra a reação nha e princesas. Para o dia 3 de esperada das meninas ao vestir o setembro, resta então apenas um traje: um espontâneo olhar de enelemento surpresa a ser avalia- cantamento com a imagem refledo: o traje. Carregados de osten- tida no espelho. tação e significados, os vestidos Acostumadas a costurar para produzidos especialmente para o noivas e debutantes, uma cliendesfile, que custam tela naturalmente em média R$ 6 mil, ansiosa, Lola e Tine consomem a aten- “A roupa não é vivem os dias de tração de candidatas, de quem faz a balho mais intenso costureiras e pesa cada dois anos, concepção ou quisadores ao longo quando atendem as da costureira. de quatro meses. candidatas. Porém, Neste ano, os tra- É da menina a busca por mate5. jes serão uma ho- que veste e da riais diferenciados 4. menagem às 25 rai- comunidade é permanente.“Usar nhas que a Festa da pérola para os caque a elege”, Uva já teve. Cada chos de uva é o mais candidata recebeu destaca Tânia fácil, mas fica lindo uma foto antiga e com botões, que dão uma ficha com a brilho e formato de descrição das roupas e materiais um jeito diferente”, exemplifica utilizados. Aquelas que recebe- Tine. Para tecidos, ela afirma que ram como modelo rainhas que a luminosidade é característica usaram vestidos curtos, comuns obrigatória. na década de 60, foram orientadas a fazer versões longas, para se Mãe e filha comparam a encaixar no padrão das demais. ansiedade das candidatas à expecConforme Zuleika Corlatti, vice- tativa das noivas por ver o vestipresidente da Comissão Comuni- do pronto, mas uma diferença tária ao lado do marido, Milton, grandiosa interfere no entusiasa festa também aconselha que as mo. “Ao invés de no máximo 600 meninas levem em consideração pessoas admirarem aquela roupa, o peso do vestido. “A festa não uma comunidade inteira o fará”, exige o mais caro e vestido não afirmam. A quantidade de fatoconta ponto. Há os que são bem res que influenciam a produção simples mas levam muita beleza também é considerável: candidapara a passarela”, comenta. ta, mãe, entidade, pesquisadora, tema da festa, cores, bordado de As rainhas que cada candidata vai homenagear no vestido: Os trajes de pelo menos uvas. Assim, ao longo de dois me1. Adélia Eberle, 1933 | Lisiane Viezzer Bordin; 2. Odila Zatti, 1934 | quatro candidatas sairão das ses, com pelo menos três provas, Gabriela Tomanchievicz Kern; 3. Zila Turra, 1958 (E) | Marília Segalla; mãos habilidosas de Lola, 81 a dupla trabalha em cada vestido anos, e Tine Sales, 47 anos. Com “até que fique perfeito”. Para Tine, 4. Maria Elisa Eberle, 1954 | Paula Souza dos Santos; 5. Olivia Teresinha Morganti, 1950 | Muriel da Rocha Pistorello. a paixão em comum pela costura, luxo e brilho são indispensáveis. por CAMILA BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br
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Júlio Soares, Arquivo Histórico, Div./O Caxiense
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Acervo de Armando G. Santos, Div./O Caxiense
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“É uma passarela, as pessoas que- 6. rem ver um espetáculo”, justifica. “O vestido dá segurança, por isso se coloca o melhor que se tem.” Isso normalmente resulta em trajes de até 8 quilos, armados por saias com babados de tule, o que não parece preocupar as meninas que poderão usar a roupa ao longo de toda festa, como embaixatrizes, caso não sejam escolhidas para o trio de soberanas.“O efeito na passarela é fundamental, nem que tenha que sofrer depois”, explica Tine. Com 60 anos dedicados à costura, Lola custou a acreditar que seria a responsável por produzir os vestidos oficiais do trio de soberanas da festa de 1994. “Apesar de ter que fazer um histórico da 8. minha vida e distribuir em folhetos para mostrar que eu era capaz, foi muito gratificante”, diz ela, que antes produzia os trajes de gala usados no concurso – somente o trio de soberanas usava os trajes típicos. A manga ampla que baila com o abanar das meninas foi criada por Tine para as soberanas de 2000, pensando no efeito que causaria nos corsos alegóricos. A característica reinou absoluta nos pedidos das candidatas dali em dian- 11. te. Elementos que evidenciam a feminilidade também são imprescindíveis, como cinturas marcadas e decotes discretos. Apesar das determinações originadas na pesquisa de referências, as criações das costureiras levam em consideração o tipo físico e o jeito de ser da menina. Lola mostra como um vestido sem detalhes, marcando a cintura ou a barra da saia, feito em tecido salmão claro, dá a ilusão de ótica de que a miúda embaixatriz tem o porte altivo de uma rainha. 13. A pesquisadora Vera Stédile Zattera explica as diferentes fases da cultura que norteava a confecção dos trajes. Até 1991, a proposta era homenagear os colonizadores, que implantaram o cultivo da uva. Assim, os trajes se assemelhavam à roupa usada pela mulher colona, ou seja, saia e blusa ou camisa, avental e lenço atravessado no peito. Para ela, quando uma ou duas dessas peças não são usadas, perde-se a carac14. terística do traje. Adornos, como bordados e rendas, não descaracterizam a roupa, desde que aplicados no corte correto.“O pesquisador tem que ter uma certa habilidade para perceber onde está a característica e não cair para a moda”, indica, afirmando não se tratar de uma crítica aos estilistas. “A partir do momento que vai para a moda, torna-se mundial, enquanto trata-se de um traje regional. É por isso que tem mais de 50 festas comunitárias no Estado sendo que não se sabe mais de quais cidades
6. Helena Luiza Robinson, 1961 | Daiane Rizzi; 7. Silvia Ana Celli, 1965 | Karine Capeletti; 8. Elizabeth Menetrier, 1969 | Kelin Zanette; 9. Margareth Trevisan, 1972 | Amanda Adami Santi; 10. Marisa Dotti, 1984 | Shania Rodrigues Pandolfo 11. Roxane Torelly, 1975 | Michelle de Mateo; 12. Marília Conte, 1981 (C) | Roberta Toscan; 13. Annemarie Brugger, 1978 | Angélica Dosciatti; 14. Patrícia Roth dos Santos, 1998 | Adriane Muneretto.
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Telmo Motta, Arquivo Histórico, Div./O Caxiense
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15. Patrícia Horn Pezzi, 1996 | Catrine Pereira Stronge; 16. Catiana Rossatto, 1991 | Aline Casagrande; 17. Cristina Briani, 1994 | Lídia Flores; 18. Fabiana Bressanelli Koch (2000) | Fabiane Velho; 19. Sílvia Slomp, 1986 | Flávia Zanotto Colognese; 20. Deliz De Zorzi, 1989 | Carla Brandalise; 21. Juliana Marzotto, 2002 | Bruna Perusato Giechelin; 22. Julia Brugger De Carli, 2006 | Jéssica Thomé; 23. Priscila Tomazzoni, 2004 | Francine Guerra; 24. Andressa Grillo Lovato, 2008 | Aline Dallegrave; 25. Tatiane Frizzo, 2010 | Amanda Nichele. 25.
Luiz Chaves, Arquivo Histórico, Div./O Caxiense
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Júlio Soares, Arquivo Histórico, Div./O Caxiense
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Schiavo Estúdio Fotográfico, Arq. Hist., Div./O Caxiense
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são”, explica. Para ela, o vestido precisa contentar a candidata, ter impacto na passarela e respeitar as referências históricas. “A composição do traje tem que fazer com que ela se sinta maravilhosa e feliz. Senão, ela não vai se sentir bem na passarela. E se eu não estiver feliz com o resultado, ela não sai do ateliê.” Na festa de 1994, a partir do estudo Elementos do Vestir Regional, implantou-se a ideia de fazer releituras das roupas de mulheres que moraram na região, e não mais das que vieram da Itália. A pesquisadora Tânia Tonet, autora do trabalho, utilizou fontes primárias, como fotos, peças originais e relatos. Ao prestar consultoria às candidatas na concepção do vestido, Tânia leva em consideração o tipo físico, a personalidade, a história da menina e de seus antepassados e, sobretudo, a identidade regional. “Como diz Eça de Queiroz, toda cultura transmutada é uma nova cultura. Nossa cultura é de descendente de italianos, mas somos um povo brasileiro e gaúcho”, destaca Tânia. A partir do estudo surgem bordados e pedrarias imitando uvas. Conforme Tânia, os colonos tinham o hábito de pendurar os cachos da fruta nas roupas em época de colheita. “Eu vi isso em fotos, existiu, não foi inventado pelo pesquisador. O uso da uva só se fixou porque foi algo espontâneo”, explica. Neste ano, a proposta de homenagem mescla as duas fases anteriores, ao relembrar as 25 rainhas da Festa. Para Vera, os vestidos deverão se inspirar em elementos como cor, tipo de saia ou corselê, mangas, decotes e bordados, mas não reproduzir o vestido antigo. “É preciso analisar aquela figura, com aquela roupa, e perceber qual a característica. A riqueza que vem em cima disso não importa. Mas cuidado: não é cópia”, alerta, lembrando que o figurinista deve criar o traje baseado em estudos e pesquisas. Para Tânia, por ser um vestido com características regionais, as criações deste ano, apesar de aludir a tempos passados, serão atemporais. “A moda fala de uma época, mas o traje fala de uma região”, enfatiza. Responsável pela introdução dos vestidos mais luxuosos nos concursos, Tânia refuta a possível ideia de se implantar um uniforme para as candidatas. “Os vestidos são um espetáculo à parte. A expectativa no dia do concurso é para ver os trajes, além do estado anímico delas. Para se sentirem seguras, precisam estar se sentindo lindas”, conclui. “A roupa não é de quem faz a concepção ou da costureira. É da menina que veste e da comunidade que a elege.”
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Luto na política
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O PT ficou
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Considerada mãe do partido por ajudar a fundá-lo, Geci Prates, 48 anos, lutou por seis anos contra um câncer com a mesma determinação com que conduziu sua militância política
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PT sem avisar. As duas passaram a dividir uma casa quando a mãe de Rosita faose, não adianta, nós temos que leceu. Ela e a irmã, Meri, de mefazer as leis. Temos que criar um nos de dois anos, foram morar partido”, repetia a sindicalista com Geci e a mãe, Cecília. Geci, Geci Lautert Prates à amiga Rosi- nascida em Carazinho, já vivia ta Bado, naqueles difíceis anos 70. em Caxias havia cerca de 10 anos. Era ditadura militar. A abertu- Quando Cecília morreu, anos ra democrática ainda não tinha depois, ela e Rosita foram para o rompido a barreira das promes- Pensionato São José. A irmã de sas, mas a jovem já mostrava um Rosita foi encaminhada para um traço que a caracterizaria por toda orfanato. Geci e amiga continuaa vida: o idealismo. Naquela épo- ram na indústria gráfica, em emca, Geci defendia os direitos dos presas diferentes, e a aproximação trabalhadores da indústria gráfica com a política se consolidou com e se participava da formação do a participação de movimentos da que viria se tornar a Central Úni- Igreja durante a ditadura militar. ca dos Trabalhadores. Mas não foi Elas integraram a Juventude o bastante. Com fama de durona, Operária Católica (JOC). Foi Geci e sua vontade de fazer leis onde Geci passou a perceber seu ajudaram a formar um dos maio- interesse pelos movimentos pores siglas de centro-esquerda das pulares, o que culminou com a Américas. entrada para o sindicalismo. Foi O Partido dos Trabalhadores uma pioneira: tornou-se a primeifoi seu mais importante “filho”. ra presidente mulher do Sindicato Pelo PT, Geci esquecia de comer, dos Trabalhadores das Indústrias dormia em portas de igreja e ven- Gráficas de Caxias do Sul, em dia sanduíches no Cio da Terra 1975. “Era uma guerreira. Imagi– uma espécie de na, naquela época, Woodstock caxienem uma cidade mase, realizado nos Pa- “Não é porque chista como Caxias, vilhões da Festa da era minha presidente do sindiUva em 1982 – en- comadre que cato dos gráficos?”, quanto o restante da deixava de me impressiona-se o arjuventude de Caxias tista José de Oliveira se divertia. Ela co- dizer o que Luiz, o Zé do Rio, pensava. Ela mandou o diretório colega de partido de municipal da sigla, sabia conduzir Geci por anos. representou o Esta- as coisas”, afirma A amiga e comdo na composição Neiva Alves panheira de sigla dos dois primeiros Neiva Alves lembra diretórios naciode algo que pode nais, coordenou campanhas e ter feito Geci ganhar a confiança foi candidata a vice-governadora de tantos homens: a sinceridade. quando ninguém mais o queria. “Não é porque era minha comaA sindicalista viu o “filho” ca- dre que deixava de me dizer o que minhar a passos largos antes de pensava. No sindicato, ela tinha não poder mais dar sua opinião ideias claras e sabia conduzir as sobre os rumos do PT. Às 8h40 coisas.” de quarta-feira (15), aos 68 anos, ela morreu de falência múltipla Foi no sindicalismo que codos órgãos e metástase do sistema nheceu o ex-presidente Luiz Inánervoso central. A petista lutava cio Lula da Silva, então também contra o câncer havia seis anos. líder sindical. Mais especificaA doença primeiro atingiu as ma- mente, nos encontros para tentar mas, depois, os ossos, o fígado e, tornar a Central Única dos Trano dia 6, chegou ao cérebro. Nos balhadores (CUT) representação últimos dias, não falava muito. Li- exclusiva dos trabalhadores no mitava-se a respostas como “sim” país, no final da década de 70. As e “não” às perguntas feitas por reuniões também fazem parte das quem a visitava. Mas, até os dias raízes do Partido dos Trabalhadofinais, jamais respondeu afirmati- res. Geci representou o Rio Granvamente se sentia dor. de do Sul nas duas edições iniciais Rosita, com quem Geci morou da Comissão Executiva Nacional por 42 anos, acompanhou a últi- e ajudou a consolidar o partido ma batalha da amiga de perto. As nas primeiras eleições. duas se conheceram na indústria Somente partidos com cangráfica caxiense. Trabalharam didaturas em pelo menos cinco ao mesmo tempo na Lito Caxias estados poderiam participar das quando Rosita tinha 15 anos e eleições de 1982, e Geci concorGeci, 26. Os amigos em comum reu a vice-governadora na chapa costumam dizer que Rosita era de Olívio Dutra. “Ninguém mais a mais racional da dupla, e Geci tinha coragem para ser candidato agia com a emoção. Enquanto naquela época”, lembra Rosita, reGeci perdia conta do tempo nas ferindo-se ao medo de represália reuniões do partido, era Rosita durante o começo da reabertura quem providenciava comida e democrática. A própria Rosita foi lugar onde dormir quando Geci candidata a vereadora em Caxias trazia para casa companheiros do – faltava um nome para fechar a por ROBIN SITENESKI robin.siteneski@ocaxiense.com.br
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Fotos: Reprodução/O Caxiense
lista –, mas nem ela diz ter votado Geci participou da campanha ca tentou impor nada para nós no próprio nome. em 1998 e foi chefe de gabinete durante a campanha.” do ex-deputado estadual Roque A preocupação com a juvenAinda longe de contar Grazziotin. Eles se conheceram tude era encontrar quem levasse com a estrutura de segundo nos movimentos juvenis da igre- adiante as ideias do partido, que, maior partido do país, posição ja, ainda nos anos apesar de muito diconquistada anos mais tarde, 70, quando, lembra ferente do que ajuGeci e Olívio rodavam o Estado o padre, a Juventude “Imagina, naquela dara a fundar, não em um Fusca para fazer campa- Operária teve que época, em uma admitia que fosse nha. Naquela primeira peregri- passar a se chamar cidade machista criticado. Geci fazia nação, foram acompanhados pelo Pastoral da Juven- como Caxias, parte da Unidade na candidato do partido ao governo tude para escapar Luta, mas transitava de São Paulo na época, Lula. Os da perseguição dos (uma mulher) por todas as correnpresidente do dois homens grandes e barbados militares. A petista tes do Partido dos e a mulher alta tinham dificulda- se orgulhava, inclu- sindicato Trabalhadores. “Ela des para achar abrigo nos rincões sive, de não ter apa- dos gráficos”, se preocupava com do Estado. Geci, então, tentava nhado na ditadura. destaca Zé do Rio o PT, mas também buscar a compaixão dos padres Contava que fazia tinha que morar, – afinal, fazia parte da Juventude discursos em frente comer...”, lembra a Operária Católica. Mas nem sem- às empresas gráficas, sabia que os amiga Rosita. Toda essa dedicapre os sacerdotes deixavam os três militares a estavam esperando e ção fez com que conhecesse os dormir nas paróquias. Em muitas fugia com ajuda de outros sindi- preceitos do partido como pounoites, sem opção, eles se amon- calistas. “Ela era uma incentiva- cos, assegura Denise. Com tanto toaram em frente a igrejas. dora, idealista, uma sonhadora. envolvimento com o “filho” que O ex-governador Olívio Dutra Parecia durona, mas era muito nunca deixou de vigiar, nunca calembra que ela também buscou afável”, descreve o religioso. sou, não por falta de pretendenas primeiras doações para motes – segundo amigos, teve muitos biliar as sedes do partido. Ainda A petista também trabalhou namorados. antes do votação de 1982, Geci nas campanhas de Marisa Formoe Rosita foram morar em Porto lo para prefeita e deputada estaGeci enfrentou o câncer Alegre. Olívio foi eleito prefeito dual. Chegou a assessorar Marisa com a mesma firmeza com que se anos mais tarde, e Geci assumiu a na Assembleia, onde conheceu envolveu com os destinos petisarticulação da administração mu- Denise Pessôa, 28 anos, uma das tas. No fim de 2010, quando a donicipal junto aos sindicatos. novas promessas do PT em Ca- ença atingiu o fígado, começou a A petista trabalhou durante 10 xias. “Estamos velhas, temos que fazer transfusões de sangue. Mas anos com o ex-governador. Nes- apostar em gente nova”, dizia Geci nem se queixava quando avisate tempo, ainda foi candidata a a Rosita nos últimos anos. va Denise que faltaria ao serviço vereadora e deputada estadual, “Lembro do último final de se- para cumprir o procedimento. além de ocupar cargos de lideran- mana de campanha, todos está- Meses antes, encontrou-se com o ça dentro do PT no município e vamos cansados e a Geci chegou ainda presidente Lula. Foi no cono Estado. “Ela deixa exemplo de e disse: ‘Vamos fazer uma carre- mício de Dilma em Caxias, no dia perseverança, firmeza nos propó- ata’. E fizemos”, recorda Denise. 21 de outubro. sitos, franqueza, preocupação de A energia da ex-sindicalista era Já debilitada, pediu que a veque o partido estabelecesse rela- acompanhada, descreve a verea- readora a ajudasse a caminhar ções com os movimentos sociais, dora, de senso de organização e durante o encontro. Segundo Dee o da capacidade de reconhecer respeito. “Se alguém tivesse um nise, o presidente pediu que ela o interesse público e de lutar para pouco de vontade, ela sempre fosse visitá-lo em Brasília uma úlque ele se sobressaia aos partidá- incentivava. Mesmo com muito tima vez antes dele “descer a ramrios e particulares”, afirma Olívio. mais idade e experiência, ela nun- pa”. O câncer não deixou.
Na primeira eleição para o Piratini depois da reabertura democrática, Geni concorreu ao lado de Olívio Dutra. Em 1988, nas eleições municipais, tentou uma vaga na Câmara de Vereadores
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
Edital de INTIMAÇÃO DE LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO 1ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul Prazo de: dias. Natureza: Levantamento de Interdição Processo: 010/1.10.0032991-7 (CNJ:.0329911- 46.2010.8.21.0010). Requerente: Nilva Toss Frizzo e Neda Toss Objeto: INTIMAÇÃO, a quem interessar possa, que foi proferida sentença procedente determinando o levantamento da interdição das requerentes. Caxias do Sul, 03 de junho de 2011. SERVIDOR: GEOVANA ZAMPERETTI NICOLETTO. JUIZ: Maria Olivier.
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Guia de Cultura
Pandora Filmes, Divulgação/O Caxiense
por Carol De Barba | guiadecultura@ocaxiense.com.br
O drama franco-australiano A Árvore, com sessões na quinta e na sexta, no Ordovás, fala sobre a superação do luto
CINEMA Recomenda l Morro do Céu | Documentário. Domingo, 17h | Ordovás A sessão conta com a presença especial do cineasta Gustavo Spolidoro, que apresenta seu mais recente filme para celebrar o Dia do Cinema Brasileiro. Morro do Céu é uma pequena comunidade de descendentes de italianos na Serra. Lá, o jovem Bruno Storti e seus amigos preenchem os dias de verão entre túneis de trem, a colheita da uva e a descoberta do primeiro amor. A entrada é franca. 71 min.. Recomenda l O Céu de Lisboa | Drama. Terça (21), 20h | UCS O Projeto Cinéfilus dá continuidade ao ciclo de exibição da obra do cineasta alemão Wim Wenders com o longa de 1994. Uma parceria Alemanha/Portugal, a produção conta a história de um engenheiro de som que vai a Lis-
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boa ajudar um amigo a concluir seu filme. Porém, o desaparecimento do amigo faz com que o engenheiro percorra toda a capital portuguesa à procura dele. A entrada custa R$ 3. Recomenda l A Árvore | Drama. Quinta (23) e sexta (24), 19h30 (leg.) | Ordovás Indicado ao César e exibido na programação oficial de Cannes, o filme da diretora Julie Bertuccelli conta a história de uma família cuja vida é abalada pela morte do pai. Enquanto a filha de 8 anos se afeiçoa a uma figueira do jardim, onde diz sentir a presença do pai, a mãe tenta retomar sua vida normal. Uma produção França/Austrália. Com Charlotte Gainsbourg e Morgana Davies. AINDA EM CARTAZ: Água para Elefantes. Drama. 20h20 (leg.), sem sessão na terça (21), UCS | Incêndios. Drama. Sábado e domingo, 20h. Ordovás | Kung Fu Panda 2. Animação. 14h30, 16h30, 18h30 e 20h45 (dub.), 14h, 16h, 18h e 20h (dub. 3D) e 22h (leg. 3D). Iguatemi | Piratas do
Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas. Aventura. 15h15, 18h15 e 21h15 (leg.). Iguatemi | Qualquer gato vira-lata. Comédia. 14h45, 17h, 19h40 e 21h40. Iguatemi | Rio. Animação. 16h (dub.). UCS | Se beber, não case! Parte 2. Comédia. 13h30, 15h40, 17h50, 20h10 e 22h10 (leg.). Iguatemi | Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio. Ação. 18h (leg.) UCS | X-Men: Primeira Classe. Ação. 13h45, 16h45, 19h20 e 21h50 (leg.). Iguatemi | INGRESSOS - Iguatemi: Segunda, quarta e quinta (exceto feriados): R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo e feriados: R$ 16 (inteira), R$ 13 (Movie Club Preferencial) e R$ 8 (meia entrada, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estudantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316.
MÚSICA l Cucastortas | Sábado (18), 20h | Esta banda de música autoral, que surgiu no período aquariano de 2006, faz um som degenerado e tenta mexer com as energias do espectador está lançando seu primeiro CD, Varal de Ideias, pelo Financiarte. O grupo mistura estilos latinos, brasileiros e gaúchos com o experimentalismo dos anos 60 e 70 para formar o que chamam de “rock gauchileiro experimental”. Na formação, César Augusto Paim (guitarra e voz), Alexandre Betete (voz e guitarra), Bob Valente (baixo), Nano Zanandrea (bateria e voz) e Marcelinho Silva (percussão). Teatro do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316 Recomenda l Fernando Aver Jazz Trio | Domingo, 19h30 | O mais clássico do jazz. É esse
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Douglas Trancoso, Divulgação/O Caxiense
Fernando Aver (E) comanda o jazz trio que lança seu primeiro CD neste domingo, no Teatro do Ordovás o conceito que o Fernando Aver Jazz Trio busca em seu primeiro álbum, que leva o nome da banda e foi custeado pelo Financiarte. A formação atual conta com Fernando Aver na guitarra, Marcos Petta no baixo e Fernando Zorzi na bateria (substituindo Rodrigo Zorzi, que gravou o CD). Ingressos antecipados podem ser adquiridos na Escola Acordes Jazz Atelier Musical e na loja Rei da Música. Teatro do Ordovás R$ 10 | Luiz Antunes, 312 | 39011316 TAMBÉM TOCANDO – Sábado: Festa Latina. Rock. 23h. Vagão Classic. 3223-0616 | Top Hits. Eletrônica, pagode e sertanejo universitário. 23h. Move. 3214-1805 | DJ Zonatão e Liquid Souza Band. Eletrônica e rock. 21h30. Zarabatana. 3228-9046 | Radiofonia e DJ Eddy. Rock. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Bailinho do Paulinho. Eletrônica. 18h. The King. 3021-7973 | Astafix e Torvo. Rock. 23h. Vagão Bar. 32230007 | Adelar Bertussi e Grupo Barbaquá. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Os Blugs. Rock. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Ópera Liz. Rock nacional e internacional. 22h. Bier Haus. 32216769 | Caixa Acústica e A4. Rock. 23h30. Bukus Anexo. 3285-3987 | Preview Vestibular de Inverno 2011 Anglo Americano. Analú Giacomolli DJ convidada. Eletrônica. 23h. Pepsi Club. 3419-0990 | Festival Covernation. Rock. 22h. Aristos. 3221-2679 | Sambeabá. 0h. Boteco 13. 3221-4513 | Domingo: Franciele Duarte e Banda. Rock clássico. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Camisa 10 e
DJ Eddy. Pagode. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Terça (21): Robledo Rock e Domênico Anzolim. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Fabiano Godoy e Pity Almeida. Pop rock. 21h30. Boteco 13. 3221-4513 | Quarta (22): Arraiá do Vagão. Ton e os Karas. Rock. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Disco. Rock nacional e internacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Franciele Duarte e Banda. Rock. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Rodrigo Marenna e Sasha Zavistanovicz. Pop rock. 22h. Aristos. 3221-2679 | Maurício e Daniel. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Festa Anos 70 e 80 com a Banda Sunny Music. Pop e Rock. 23h30. Boteco 13. 3221-4513 | Quinta (23): Flávio Ozelame e Trio. Rock clássico. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Projeto Rock e Cultura. Vagão Classic. 3223-0616 | Fabrício Beck Trio. Pop rock. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Grupo Macuco. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Gui Oliveira DJ. Eletrônica. 18h. The King. 3021-7973 | Sexta (24): Toolbox. Pop rock. 22h. Aristos. 3221-2679 | El Baile. Festa à fantasia. Eletrônica. 23h. Havana. 3224-6619 | Andy and The Rockets. Blues. 22h. Mississippi. 3028-6149 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Franciele Duarte e Banda. Rock. Vagão Classic. 3223-0616 | Quarteto Paiol. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Gui Oliveira DJ. Eletrônica. 18h. The King. 3021-7973 | H5N1 e DJ Eddy. Pop rock. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Rock Rocket. Rock. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Volux e DJ Mono. Samba rock e som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Seleção do Samba. Pop rock. 21h30. Boteco 13. 3221-4513 |
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TEATRO Recomenda l Teatro Daqui | De terça (21) a sexta (24) | A mostra reúne espetáculos de grupos caxienses financiados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, pelo Financiarte e pelo Prêmio Anual de Incentivo à Montagem Teatral. Programação: Terça (21): Memórias de uma Solteirona. 20h. Zica Stockmans interpreta uma quarentona independente, vendedora de mão cheia, que tem um entrave na sua vida: as pendências espirituais com Tia Gérdebra, uma freira que a mantém eternamente virgem. Direção de Sandro Martins. 12 anos. 60min.. | Quarta (22): Romeu e Julieta – Jamais Vós Vereis Algo Semelhante. 20h. A comédia, que comemora os 10 anos do grupo Atores Reunidos, conta a história de amor mais famosa de todos os tempos sob a ótica de dois freis, acusados de serem os responsáveis pela tragédia. Com Raulino Prezzi e Ana Fuchs. 12 anos. 80 min.. | Quinta (23): Ali-se... aqui ou acolá. 16h. A peça da Cia 2 apresenta uma visão diferente da obra de Lewis Carroll. fazendo referência a situações e personagens da cultura nacional, provocando reflexões sobre identidade, transformação e união. Direção de Márcio Ramos e Tefa Polidoro. Com Beta Padilha, Camila Cardoso, Elvis Barbieri, Gabriel Leonardelli, Gabriel Zeni, Jéssica Pistorello, Rachel Zílio e Vinícius Padilha. Livre. 60Min.. | Sexta (24): O Vale dos Sonhos. 20h. Com músicas de Samuel Sodré e direção de Tânia de Castro, os bonequeiros do grupo Quiquiprocó contam a viagem de Rodrigo para
o Vale dos Sonhos, onde terá que salvar a luz do arco-íris das garras do malvado Noturno. O texto e a confecção dos bonecos são de Andréa Peres. No elenco, Andréa Peres, Tháfila Rodrigues, Pricila Toni, Milena Molardi e Jasmine Pereira. Livre. 40min.. Teatro do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316 l Sobre tomates, tamancos e tesouras | Quarta (22), 20h | A peça da Cia. Teatro da Mafalda, de São Paulo, conta a história de Mafalda Mafalda, uma artista de cabaré banida pelo seu público após uma apresentação malsucedida. O espectador logo acaba por saber que algo grave se passou na fatídica performance. Algo que envolve o uso de uma tesoura, de tomates e de um pesadíssimo tamanco do Dr. Scholl. Com Andrea Macera. Direção de Rhena de Faria. 14 anos. 70 min. Teatro do Sesc R$ 5 (comerciários), R$ 7,50 (estudantes e sênior) e R$ 15 | Rua Moreira César, 2462 | 3221-5233 l O Mágico de Oz | Terça (21) e quarta (22), 20h, e quinta (23), 15h | O musical tem direção de Billy Bond e conta a encantadora história de Dorothy, uma garotinha que mora em uma fazenda no Kansas, interior dos EUA, e é levada junto com seu cachorrinho Totó para uma terra mágica e distante, além do arco-íris: a Terra de Oz. Ingressos na By Ange, Brisa Calçados e San Pelegrino Shopping Mall. UCS Teatro R$ 80 e R$ 40 (crianças até 12 anos) | Cidade Universitária | 3218-2309
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Carlos Panitz, Divulgação/O Caxiense
Na exposição Relicário de Delicadezas, no Iguatemi, o fotógrafo Carlos Panitz descobre o colorido de cenas cotidianas
EXPOSIÇÕES l Relicário de Delicadezas | A partir de quarta (15). Visitação de segunda a sábado, das 9h às 22h, e domingo, das 14h às 21h | O fotógrafo gaúcho Carlos Panitz expõe pela primeira vez em Caxias. A mostra reúne 15 imagens capturadas em situações do dia a dia, em lugares comuns como parques, bares e ruas, mas com um olhar que provoca o imaginário do espectador. Shopping Iguatemi Entrada franca | RSC 453, 2780 | 3289-9292
Bosco e Suzana Pezzi (alunos da Disciplina Curadoria, ministrada pela professora Mara Galvani). Hall Superior Campus 8 Entrada franca | RS-122, Km 69 | 3289-9000
l Brotações | De segunda a sexta, das 8h30min às 18h, e sábado, das 10h às 16h | A artista porto-alegrense Adma Corá exibe obras em cerâmica e papel machê. Adma trabalha com a experimentação contínua e acredita em sua arte como um eterno desafio. Galeria Municipal Entrada franca | Dr. Montaury, l Quadrado do Espírito | De 1.333 | 3221-3697 segunda a sexta, das 8h às 22h | A exposição da artista visual e l Arquitetura Uruguaia jornalista Yara Baungarten reúne Contemporânea | De segunda gravuras, serigrafias, vídeos e ins- a sexta, das 9h às 22h | talação com inspiração em obras A exposição apresenta 50 obras de alquimistas. Com curadoria de arquitetura produzidas no de Ana Zavadil e cocuradoria de Uruguai e no Exterior por arquiFlávio Drum de Almeida, Ra- tetos formados na Faculdade de quel Longhi, Simone Aguiar Dal Arquitetura de Montevidéu. A
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produção apresentada concentrase na organização das plantas, no tratamento das superfícies e na articulação do objeto no entorno. Com organização do Museu da Casa Brasileira, Consulado da República Oriental do Uruguai e Escola da Cidade e curadoria de Ruben Otero, Luis Zino e Ignacio Errandonea. A mostra integra o calendário de eventos comemorativos aos 15 anos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UCS e do Campus 8. Hall Inferior Campus 8 Entrada franca | RS-122, Km 69 | 3289-9000 l Folc – Industrial | De segunda a sexta, das 9h às 19h; sábado e domingo, das 15h às 19h | A artista porto-riquenha Beatriz Santiago Muñoz está em Caxias do Sul desde o dia 9 de maio para produzir um trabalho para a 8ª Bienal do Mercosul. Ela trabalhou com pessoas da comunidade, coletando objetos vinculados a noções políticas. Dentro do projeto Cadernos de Viagem, nove artistas de diferentes nacionalidades percorrem regiões do Rio
Grande do Sul e, a partir dessa experiência, produzem uma obra. Galeria do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316 AINDA EM EXPOSIÇÃO – A porta aberta. Alessandra Baldissarelli. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, e sábado, das 8h30 às 12h30. Espaço Cultural da Farmácia do Ipam. 3901-1316 | 10 Anos do Museu dos Capuchinhos. De segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h. Museu dos Capuchinhos. 3220-9400 | No Ar - o Rádio e a Televisão em Caxias do Sul. Terça a sábado, das 9h às 17h. Museu Municipal | O Observador. Marcos Clasen e Giovana Mazzochi. Diariamente, das 8h às 20h. Jardim de Inverno do Sesc. 3221-5233 | O veneno que nos cerca - plantas tóxicas. De segunda a sábado, das 10h às 22h, aos domingo, das 14h às 20h. San Pelegrino Shopping. 30226700 | V Clic Ambiental. Coletiva. De segunda a sexta, das 9h às 19h, sábado e domingo, das 15h às 19h. Sala de Exposições do Ordovás. 3901-1316.
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Artes artes@ocaxiense.com.br
Exposição | A Porta Aberta
TODOS OS
AmoRES DE ALESSANDRA O
por MARCELO ARAMIS marcelo.aramis@ocaxiense.com.br
Espaço Cultural Farmácia do Ipam, que recebe pequenas exposições – em geral, de novos artistas – é uma sala com cerca de 9 m² na entrada da filial da farmácia na Dom José Barea, atrás da prefeitura. É uma galeria modesta, de pouca visibilidade e frequentada por quem precisa mais de remédio do que de arte. O livro de visitas tem a média de 15 assinaturas por exposição. E cada uma costuma ficar em cartaz por um mês. Certamente as obras são vistas por mais gente do que o livro consegue registrar (até mesmo nas galerias convencionais, onde as pessoas vão com a única finalidade de admirar as obras, assinar o livro não é hábito da maioria). Enfim, o lugar, que é muito útil aos artistas e espectadores estreantes, é pouco conhecido. Parece ser pouco procurado também. Quem recepciona os clientes na popular matriz da farmácia, na Pinheiro Machado, nunca ouviu falar nesse tal de espaço cultural. É nessa galeria que Alessandra Baldissarelli, de quem Caxias ainda vai ouvir falar muito, realiza a sua primeira exposição individual. A porta aberta, em cartaz até 1° de julho, é um lugar para encontros sem compromisso. Alessandra, 24 anos, formou-se em Artes há menos de dois meses. A sua exposição de estreia é uma seleção de 10 trabalhos realizados durante a faculdade, a maioria em 2008. Há xilogravuras, colagem, desenho, grafite, carvão e pintura. Uma amostra de cada experiência que a artista teve durante o curso. A exposição marca uma indecisão comum aos recém-formados. Por enquanto, Alessandra só decidiu que ainda não é hora de optar por um único rumo. “Para a exposição, selecionei os meus melhores trabalhos. É o que eu percorri nas diversas linguagens da arte. Não sou muito dessa ideia de trabalhar com uma linguagem só. Pretendo continuar essa experimen-
tação”, explica a artista que abraça o todo porque não está preparada para despedidas ou ainda não se apaixonou por uma técnica a ponto de enciumar as outras, esfriar a relação. No último semestre do curso, em 2010, Alessandra conquistou o 2° lugar no 4° Salão Campus 8 pela instalação re des cobrir. Uma árvore de cerâmica, com galhos de papel machê, sobre uma colina de livros pintados de branco, recebia uma projeção de vídeo. O ciclo da vida e dos dias como metáfora para o aprendizado, a germinação de ideias, o florescer da arte. Quando iniciou o curso, de Licenciatura em Artes, Alessandra estava convicta de que queria lecionar. Ensinar ainda está nos planos profissionais da artista, mas agora divide espaço com a meta de continuar aprendendo através da produção autoral. As referências da exposição reforçam o entusiasmo de Alessandra em frente a uma porta aberta para a diversidade do mundo da arte. Ela consegue misturar – e organizar – arabescos emprestados de Beatriz Milhazes, traços de Modigliani e viagens estéticas de Tim Burton. Além de conviverem civilizadamente nas obras, eles ainda recebem bem as influências pessoais de Alessandra. A principal delas é a música, a primeira arte com a qual ela flertou. Na infância tocava violão, passou a adolescência abraçada à guitarra e agora quer voltar para o violino, que abandonou por causa da faculdade. O piano, o primeiro amor, foi o responsável por mostrar a Alessandra que as artes percorrem caminhos diferentes mas podem andar juntas. Quando criança, desenhou um teclado em uma folha de papel e conseguia acompanhar a música de um artista que tocava na TV. Na última terça-feira (14), fui à exposição de Alessandra e ocupei a oitava linha do livro de visitas. Quando você for visitá-la, assine também. Jovens artistas sofrem com admiradores secretos.
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Arquivo pessoal de Daniela Castro, Divulgação/O Caxiense
Paixão pelo axé
Estudante de Direito de 20 anos coleciona fotos e autógrafos da musa, a quem já presenteou com uma camisa de “supermãe”
DE MINAS PARA CAXIAS,
ATRÁS DA BAIANA
A fanática Daniela Castro sai de Ipatinga para mais um show de Ivete Sangalo. Desta vez, a megaprodução Madison in Brazil, que já decorou de tanto assistir no DVD
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por CAROL DE BARBA caroldebarba@ocaxiense.com.br
la levanta poeira e cifras, muitas cifras. Um dos maiores nomes da música brasileira da atualidade, a cantora Ivete Sangalo está em Caxias neste sábado (18) para mais um megaespetáculo, que deve atrair 20 mil pessoas. Na caçamba do seu carro nada velho, uma estrutura impressionante que transformará a cancha de rodeio – oficialmente, Espaço Multicultural – do Parque da Festa da Uva em palco de mais uma apresentação da turnê Madison in Brazil, fruto do show que lotou o Madison Square Garden, em Nova York, em setembro de 2010. O evento será às 21h30 (os portões abrem às 17h), e até sexta-feira (17) ainda havia ingressos. O show faz parte de uma miniturnê pelo Sul e contará com as mesmas trocas de figurino, repertório e projeções nos telões usados na versão americana. Entre músicos, bailarinos e equipe de apoio, Ivete viaja com 43 funcionários – que utilizam 22 quartos de hotel, quatro vans e três camarins –, e precisará de mais 200 seguranças e 300 pessoas envolvidas diretamente na produção, além de muito sushi, água de coco e, é claro, um belo frango assado para carregar as energias e fazer o público caxiense tirar o pé do chão. Todos esses recursos fazem dela não só um dos maiores cachês do meio musical – sua imagem e marca são produtos de mídia milionários, com alto valor no mercado publicitário – mas, principalmente, a artista com a
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legião de fãs mais fanáticos do Brasil. Só no Twitter ela tem aproximadamente 2 milhões de seguidores – o número exato é difícil precisar, porque aumenta a cada dia – muitos deles dispostos a verdadeiras loucuras para tirar uma foto, pegar um autógrafo, entregar uma lembrança ou simplesmente chegar perto da cantora, como a mineira Daniela Castro. A jovem de 20 anos faz faculdade de Direito, mora em Ipatinga, interior de Minas Gerais, e percorrerá quase 2 mil quilômetros até Caxias para assistir ao show que só não viu em Nova York porque não conseguiu tirar o visto. “Ingresso não era difícil comprar. A própria Ivete fez promoção nas mídias sociais. Mas muita gente não conseguiu ir por causa do visto”, lamenta. Dani começou a gostar da cantora quando ela ainda fazia parte da Banda Eva. Porém, foi a partir do DVD MTV Ao Vivo, com Ivete já em carreira solo, gravado no estádio da Fonte Nova, em Salvador, que ela se apaixonou “loucamente”. “Ela é linda, carismática, simpática, se desdobra para atender todos os fãs... E também pelo axé, que é o estilo de música que eu gosto”, explica. Daniela acompanha todos os passos da cantora. Compra CDs, DVDs, revistas, perfumes, sandálias, todo tipo de produto em que Ivete aparece ou que esteja comercialmente ligado à imagem da artista. “Com a internet a gente consegue baixar muita coisa. Antes, até CD dos outros com participação especial dela eu comprava, para ter um registro”, conta. A vice-presidente do fã-clube
Nação Ivete também já perdeu a e aumenta consideravelmente o conta dos shows em que compa- apoio para aventuras. Em agosto receu. “Aqui em Minas: Belo Ho- do ano passado, por exemplo, ela rizonte, Lavras, Governador Va- foi para Vitória com mais duas ladares... Para Vitória (ES) já fui amigas. Enfrentou nove horas de três vezes”, orgulha-se. Daniela viagem de trem e mais dois ônidiz que já viu tantos espetáculos bus para chegar na casa do tio e assistiu tantas vezes ao DVD do de uma delas. No último lotação, Madison que até decorou as fa- levou um tombo que lhe rendeu las de Ivete. Mesmo uma lesão no ombro assim, está bastante e dois meses de fi“Faria tudo curiosa e ansiosa sioterapia, mas não pela oportunida- novamente por desistiu do show. de de vê-la de novo ela, que é minha Nessa mesma viaao vivo em Caxias. razão de gem, a fã também “Pessoalmente é ouvivenciou um dos tra emoção”, reforça. sonhar”, diz a momentos mais esOs shows de Ivete vice-presidente peciais de sua resempre são marca- do fã clube lação com o ídolo. dos pela interação Nação Ivete, que Daniela descobriu e pela sintonia com vem de Minas uma estratégia de o público. “Ela coIvete para desviar a meça cantando três atenção das multiou quatro músicas direto. Depois, dões que costumam esperá-la nos já conversa com o público. Se vê aeroportos e conseguiu recepcioalguém com uma blusa diferente, ná-la ao lado de apenas quatro ela comenta. Se dá briga, ela pede fãs, todas suas amigas. O grupo que parem”, relata. De acordo conversou com a cantora com com Daniela, Ivete também pes- tranquilidade, tirou fotos e entrequisa sobre a cidade onde está se gou dois presentes, uma camiseta apresentando, fala dos times, do das “superfãs” para a “supermãe” clima, da comida típica, chega e outra em tamanho minúsculo até a convidar artistas locais para para Marcelo, o filho da cantora, pequenas participações e, no bis, que completa dois anos em outuatende aos pedidos de cada pla- bro. Depois de mais de 12 horas teia. “Quando termina, ela canta no aeroporto, sem dormir e sem outras de sucesso que não estão comer, as amigas ainda seguiram no repertório, conforme o que a para a apresentação de Ivete com galera pede. Ela também toca ba- todo o pique. “Durante o show ela teria e piano nesse show”, revela. olhou para a gente, lembrou do Segundo Daniela, todos os ado- presente e agradeceu. São loucuradores da baiana também são ras de fã, mas que sem sombra de muito unidos. Por isso, em cada dúvidas valem muito a pena”, diz cantinho do país a universitária Daniela, emocionada. “Faria tudo tem um lugar para ficar, o que di- novamente por ela, que é minha minui bastante o custo da viagem razão de sonhar”.
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Dupla
Papos ou grenás sabem na ponta da língua a atual escalação dos seus times do coração? Para solucionar as dúvidas, a última formação do Caxias, no empate sem gols contra o Grêmio: Walter (Pablo); Felipe Gonçalves, Fábio Santos (Vanderlei), Vinícius (Édson Rocha) e Gerley (Victor); Márcio Hahn (Saulo), Itaqui, Thomaz (Marcelinho) e Marinho (Agostin); Pedro Henrique (Nenê) e Lima (Paulo Rangel). O último trabalho mais forte do Ju, um coletivo na manhã do dia 11, teve Follmann; Celsinho, Rafael Pereira, Fred e Alex Telles; Léo Maringá, Jardel, Jander e Cristiano; Rafael Aidar (López) e Zulú (Martínez).
Tudo igual
Nos dias 14 e 16 de junho a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou as tabelas novamente revisadas das séries D e C, respectivamente. As partidas de Juventude e Caxias não foram alteradas. Entretanto, as estreias da dupla CA-JU permanecem agendadas para o mesmo dia: 17 de julho. O Caxias receberá a Chapecoense-SC às 15h e o Ju enfrentará o Brusque-SC às 17h. Ambos os jogos estão programados para Caxias do Sul. É pouco provável que essa versão seja mantida pelo fato de a Brigada Militar (BM) não ter efetivo para acompanhar duas partidas em horários muitos próximos.
Juniores
Atuais campeões gaúchos, os juniores do Juventude foram eliminados do Estadual da categoria nas quartas de final, após serem derrotados pelo Igrejinha (1 x 0 em Caxias do Sul e 2 x 0 na casa do adversário). O Caxias, vice-campeão em 2010, passou pelo Porto Alegre (3 x 2 em casa e 2 x 2 fora) e agora enfrentará o Igrejinha. A outra semifinal será entre Grêmio x Inter.
No Inter
O lateral direito Alisson, 22 anos, que estava no Caxias desde 2009, assinou por quatro temporadas com o Inter. Formado nas categorias de base do Juventude em 2007, chegou a jogar o Brasileirão. O Colorado adquiriu 50% dos direitos federativos do atleta, garantindo um reforço no caixa grená.
Rodrigo Fatturi, Divulgação/O Caxiense
Escalações
Edgar Vaz, Divulgação/O Caxiense
por FABIANO PROVIN | fabiano.provin@ocaxiense.com.br
TÉCNICOS APOSTAM NOS
AJUSTES FINAIS Picoli, no Juventude, e Guilherme Macuglia, do Caxias, sabem que um mês passa rápido. Na verdade, menos de um mês. A estreia nas séries C e D ocorrerão em pouco mais de três semanas. Até o dia 17 de julho, os treinadores da dupla CA-JU passarão a trabalhar os chamados ajustes finais nas suas equipes. Talvez o comandante grená tenha um pouco mais de dificuldade pelo fato de ter um time em formação, diferentemente de Picoli, que manteve a base que sagrou-se campeã do Interior no Gauchão. O técnico alviverde frisa que, passada a etapa da preparação física e tática, chegou a hora de criar ritmo de jogo com os amistosos. “Algumas situações só acontecem dentro de campo, no 11 contra 11, e de preferência entre atletas que não se conhecem. Agora, entramos na reta final”, considera Picoli. Ele acredita que com os testes poderá definir melhor quem e como seu time irá jogar. “É importante saber usar as peças que tenho”, complementa. Entretanto, Picoli lamenta a dificuldade em encontrar adversários, possibilidade que foi cogitada antes do início dos trabalhos, em maio. “A partir de agora teremos de dar um jeito de jogar”, pondera o ex-zagueiro papo, que fez apenas um jogo-treino, contra o Serrano (vencido por 6 x 0). No Caxias, Macuglia testou sua equipe três vezes: contra o Sindicato dos Atletas Profissionais (11 x 2), Serrano (5 x 1) e
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Grêmio (0 x 0). Contra o Serrano, o volante Felipe Gonçalves foi improvisado na lateral direita e o atacante Lima, poupado. O zagueiro Édson Rocha também não atuou. Gerley, recuperado de lesão, entrou na lateral esquerda na segunda etapa. Marinho e Marcelinho começaram jogando. Nenê entrou depois. O treinador repetiu o que disse após o primeiro jogo-treino, que “algumas coisas estão se confirmando, mas outras devem melhorar”. O técnico grená destaca que as jogadas precisam ter mais velocidade e as finalizações, maior qualidade.
Contra o time misto do Grêmio, no meio da semana (dia 15), o Caxias não saiu do empate. Porém, a atuação foi mais elogiada por Macuglia, que chegou a ficar nervoso após alguns lances contra o Serrano, em Canela. “Tivemos boa movimentação e nos posicionamos bem taticamente. Acredito que estamos no caminho certo. Sem a bola, os jogadores cumpriram suas funções”, avaliou o treinador em entrevista à Rádio Caxias. Os próximos compromissos grenás estão marcados para 2 e 9 de julho, contra o Cruzeiro de Porto Alegre. O Juventude deve enfrentar a Chapecoense-SC, adversária grená na Série C, nas mesmas datas. Neste final de semana havia a possibilidade de um jogo-treino com o União Frederiquense (de Frederico Westphalen), entretanto, a movimentação esperada por Picoli não foi confirmada.
Libertadores
Nem todos os jogadores do Ju estão torcendo para o Santos na decisão da Copa Libertadores da América. O primeiro jogo contra o Peñarol, no dia 15, terminou com o placar zerado, no Estádio Centenário, em Montevidéu (Uruguai). “Será uma final muito difícil. Fazia tempo que o Peñarol não participava de uma decisão tão importante como essa”, opina o meia Christian Yeladian, uruguaio de 27 anos que está no Juventude desde abril de 2010.
Bochas
Enquanto o futebol não é atração no Estádio Alfredo Jaconi, fora dele a equipe de bocha pontobol do clube se classificou para as oitavas de final do Campeonato Citadino 2011. A próxima etapa começa sábado (18), contra o São Luiz, na 6ª Légua. O confronto de volta será no dia 2 de julho, no Recreio Guarany. O Ju busca o tetracampeonato da competição. Na primeira etapa o alviverde enfrentou São Luiz da 9ª Légua, São Severino, Pedancino, Estrela da Saúde e Pio X.
Jogo sujo
A Rede Record veiculou na última semana a série de reportagens intitulada Cartolas: Jogo Sujo, que atingiu diretamente o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e dirigentes do Corinthians, especificamente seu atual presidente, Andrés Sanchez. Contra Teixeira foram apresentadas denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. Além disso, a rede britânica de TV BBC denunciou que o mandatário da CBF e seu sogro, João Havelange (ex-presidente da Fifa), teriam recebido propina de R$ 15,1 milhões de empresas de marketing esportivo. O jornalista Luiz Carlos Azenha, da Record, que está prestes a completar 40 anos na área investigativa, responde com outra pergunta o questionamento sobre por que a Record está fazendo essas matérias: “por que a TV Globo não faz? As denúncias são públicas, estão aí para serem investigadas...”. Em www.r7.com é possível conferir as reportagens na íntegra.
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Guia de Esportes
4ª Copa QI promete reunir 50 enxadristas, que concorrem uma viagem para disputar o mundial; outra atração da semana é o futebol de mesa
BASQUETE Recomenda l Estadual Sub-17 | Sábado, 9h, 10h30, 15h e 16h30, e domingo, às 9h | Os meninos da UCS e do Juvenil têm um fim de semana de disputa em Caxias do Sul. O time do Juvenil venceu as duas primeiras partidas por quase 20 pontos de diferença e agora terá a oportunidade de disparar na tabela. O primeiro adversário é o Grêmio Náutico União (GMU). Em seguida, a equipe enfrenta a Sogipa e o Sinodal. O treinador da equipe, Giuliano Marramarco, conta que os bons resultados do Juvenil se devem, em parte, à atuação de dois jogadores que integram a seleção gaúcha da categoria. O pivô Matheus Fagundes e o armador Maurício Ferronato disputaram inclusive partidas pela equipe profissional no último Estadual. O técnico acredita que o jogo mais difícil do Juvenil seja contra o GMU. “Pela lógica, nós seríamos as duas finalistas da competição”, conta ele. Conforme o formato da competição, as quatro melhores equipes classificam-se para os play-offs finais. Sábado, 9h: Juvenil x União (Juvenil) | 10h30: UCS x Sogipa (Juvenil) | 15h: Juvenil x Sogipa (UCS) | 16h30: UCS x Sinodal (UCS) | Domingo, 9h: Juvenil x Sinodal (Juvenil) UCS e Clube Juvenil Entrada gratuita | UCS: Francisco Getúlio Vargas. Juvenil: 1.130
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bado contra o Riograndense de RÚSTICA Montenegro. l Jogos Abertos de Basque- Centro de Formação de Atletas e l Rústica da Cidade de Cate | Sábado, a partir das 14h | Cidadãos (CFAC) xias do Sul | Domingo, às 9h30 As finais da competição pro- Entrada gratuita | Atílio Andreaz- e 10h15 | metem paridade. O Clube Juvenil za, Parque Oásis Atletas devem movimentar as enfrenta Os Aranhas e, na sequruas da cidade neste domingo. A ência, o Recreio da Juventude rústica principal será disputada joga com o Abacs. Para as equipes por 17 diferentes categorias entre TÊNIS DE MESA perdedoras, resta definir o 3º e 4º os naipes masculino e feminino. lugares. A decisão de quem leva l Jogos Abertos de Tênis de Com o percurso de 7 mil metros, o troféu de campeão encerra o Mesa | Sábado, 10h | a prova terá largada na Estação evento. Cerca de 40 mesatenistas dispu- Férrea às 10h15. Para os cadeiranEnxutão tam a competição neste final de tes e deficientes visuais, a compeEntrada gratuita | Luiz Covolan, semana. As oito mesas do Enxu- tição terá uma distância reduzida, 1.560, Marechal Floriano tão dividirão espaço entre as ca- adaptada para cada tipo de necestegorias sub-12, sub-17 e adulta sidade. A largada ocorre às 9h30. disputadas nos naipes masculino Largo da Estação Férrea e feminino. No final da tarde se- Augusto Pestana, São Pelegrino FUTEBOL rão disputados os jogos finais. l Caxias x São José (juvenil) | Enxutão Sábado, às 15h | Entrada gratuita | Luiz Covolan, FUTEBOL DE MESA A equipe grená venceu o Rio- 1.560, Marechal Floriano grandense por 1 a 0 na última l Centro Sul Brasileiro | rodada do Campeonato Gaúcho Sexta (24), às 8h | e garantiu vaga antecipada para A competição irá reunir 100 XADREZ as oitavas de final da competição. dos principais desportistas do Rio Neste sábado, o Caxias enfrenta o l 4ª Copa QI | Domingo, às 9h | de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, São José pelo último jogo da fase A tradicional competição or- Santa Catarina e Rio Grande do de grupos. ganizada pela escola QI deverá Sul. As partidas ocorrerão na sala CT Baixada Rubra reunir cerca de 60 enxadristas das Caxias do Sul do Hotel Royal, loEntrada gratuita | Thomas Beltrão categorias sub-12, 14, 16 e 18. cal onde estarão instaladas as 12 de Queiroz, 898 Segundo os organizadores da mesas da modalidade liso e seis disputa, as partidas ocorrem si- da cavado. A AFM Caxias estará l Juventude x Riogranden- multaneamente e não haverá li- representada por 15 jogadores. se (juvenil) | Sábado, às 15h | mitador de tempo por jogada. Os A competição será disputada em Após vencer o São José por 2 a 0, vencedores ganharão uma via- chaves, e os melhores competidoos meninos do Ju conquistaram gem para disputar o Mundial de res avançam para as fases elimimatematicamente a vaga para as Xadrez da Juventude, em Caldas natórias. Os jogos finais ocorrem oitavas de final no Estadual da Novas, Goiás. no sábado (25). categoria. O time alviverde soma Escola QI Personal Hotel Royal 13 pontos e lidera a Chave 11. O Entrada gratuita | Marechal Flo- Entrada gratuita | Garibaldi, 153, próximo desafio ocorre neste sá- riano, 970 Pio X Marquês do Herval, 197
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André T. Susin/O Caxiense
Maicon Damasceno/O Caxiense
por José Eduardo Coutelle | guiadeesportes@ocaxiense.com.br
Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br
Maicon Damasceno/O Caxiense
Aliás
Luiz Chaves, Div./O Caxiense
Esses mesmos peemedebistas relativizam as afirmações do presidente estadual do partido, Ibsen Pinheiro, na semana passada. Acham que, ao destacar apenas a figura de Sartori como o nome mais importante do PMDB gaúcho no momento, Ibsen quis apenas cutucar Rigotto. Ecos da campanha eleitoral passada.
Reinvestida
Quinze meses depois de palestrar na reunião-almoço da CIC, o diretor-superintendente da Visate, Fernando Ribeiro, voltará à entidade nesta segunda-feira (20). A nova palestra comemorará os 25 anos de fundação da empresa. Mas Ribeiro deverá abordar também problemas enfrentados por usuários e pela concessionária do serviço de transporte coletivo. Problemas, aliás, que permanecem os mesmos de 15 meses atrás. E não por culpa dela.
Candidatíssimo David Ribeiro, Div./O Caxiense
Não passou em vão a presença assídua do deputado federal Gilberto Pepe Vargas (PT) em diversas solenidades oficiais realizadas esta semana na cidade. Uma movimentação típica de quem pretende disputar a eleição à prefeitura no ano que vem.
CONSENSUAL
nhadas pela líder do governo Geni Peteffi ao prefeito José Ivo Sartori. Entre elas, prova seletiva para a contratação de profissionais.
O entendimento entre governo e oposição no Legislativo caxiense tem ao menos uma explicação: ninguém quer ser responsabilizado por alimentar a situação conturbada que vive hoje a saúde pública do município em função da greve dos médicos. A contratação temporária de 246 médicos pode não impedir a continuidade da paralisação, mas reduz A única emenda aprovada o problema de atendimento na rede altera a duração dos contratos des- municipal de saúde. ses futuros médicos do Município. Em vez de durarem um ano, sendo Se houvesse fiscalização prorrogáveis por mais um, fixou-se rígida no cumprimento do horáo prazo de vigência de seis meses, rio de atendimento dos médicos da com prorrogação máxima de até rede pública municipal de saúde, o dois anos. segmento poderia atuar sem proAs outras reivindicações de Ro- blemas com apenas 40% do atual drigo Beltrão e também de Ana quadro de pessoal. É o que dizem Corso (PT) deverão ser encami- especialistas na área.
Se alguém quer ganhar mais, tem que cumprir a carga horária e participar de um novo concurso, a ser criado, para fazer jus a esse salário Vereador Marcos Daneluz (PT), presidente da Câmara, ao propor a realização de um novo concurso público para a contratação de médicos na prefeitura. Proposta, por sinal, já avaliada como inviável pelo procurador Lauri Romário da Silva.
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Sensibilizado com a importância do tema de Queimada dos campos – o homem e o campo – a natureza, o fogo e a lei, organizado por Alindo Butzke e Mardioli Dalla Rosa, o deputado Alceu Barbosa Velho (PDT) quer lançar o livro da Educs na Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. A partir de pesquisa feita pela UCS nos municípios de Bom Jesus, Jaquirana, São José dos Ausentes e São Francisco de Paula, Queimada dos campos discute a prática agrícola do uso do fogo na zona rural.
De olho
DECISÃO Foi a demonstração maior de que a política ainda tem jeito. Tem sido vista assim a aprovação consensual, na Câmara de Vereadores, do projeto de contratação temporária de 246 profissionais para a área da saúde do município. O projeto teve acolhimento unânime depois de um entendimento entre as lideranças do governo (Geni Peteffi, do PMDB) e da oposição (Rodrigo Beltrão, do PT). Para facilitar e agilizar a votação, Rodrigo abriu mão de emendas propostas ao texto.
Queimadas
Lembrado por diversos partidos políticos para concorrer a prefeito no ano que vem, o presidente da CIC, Milton Corlatti, prefere não pensar no assunto – ao menos por enquanto. E atribui a lembrança de seu nome ao bom trabalho desenvolvido à frente da entidade empresarial. Que, por sinal, o credita a uma candidatura, sim. O mandato de Corlatti na CIC termina no fim do ano. David Ribeiro, Agência Câmara, Divulgação/O Caxiense
A julgar pelas informações a respeito, os russos ainda não foram avisados de que o ex-governador Germano Rigotto (PMDB) não pretende candidatar-se a prefeito de Caxias do Sul na eleição de 2012. Mais que isso: ele pretende acompanhar “de longe” o processo eleitoral na cidade. Nesse caso específico, peemedebistas locais discordam: querem chamá-lo a a participar dos debates para definição do nome que disputará a sucessão de José Ivo Sartori.
Fotos: Diego Netto, Divulgação/O Caxiense
“De longe”
Mediador
Assim como o deputado Assis Melo (PC do B), que levou o tema para a tribuna da Câmara Federal, o presidente da CTB/RS, Guiomar Vidor, também está preocupado com a situação da saúde pública em Caxias do Sul – no que a greve dos médicos prejudica a população mais pobre da cidade. Pretende discutir a situação ainda neste sábado, após a assembleia dos trabalhadores metalúrgicos. Vidor se propõe a mediar uma saída para o impasse entre Sindicato dos Médicos e a prefeitura.
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