Edição 82

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Junho | 2011

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As reclamações de trânsito do diretor da

Visate Roberto

Hunoff Recuo na geração de empregos divide opiniões

MODA Inverno 2011 Caderno especial encartado nesta edição

De Ros,

o mestre aprendiz da guitarra Caxias já tem 418 estacionamentos particulares, e não é o suficiente. Nas ruas, a falta de lugar para deixar o carro já leva a prefeitura a pensar em um futuro com rodízio de placas e até cobrança de pedágio nas regiões mais congestionadas

Renato

Maurício Concatto/O Caxiense

Henrichs Prefeitura recusa não só a proposta, mas o porta-voz dos médicos

R$ 2,50


Índice Roberto Hunoff | 4 A geração de emprego desacelera O Caxiense entrevista | 5 Fernando Ribeiro, da Visate, diz que os ônibus andam mais devagar do que deveriam e queixa-se das gratuidades

Maurício Concatto/O Caxiense

A Semana | 3 As notícias que foram destaque no site

www.OCAXIENSE.com.br A matéria do @ocaxiense sobre a vida e obras da amiga e companheira Geci Prates foi linda, de apertar meu coração! Denise Pessôa

Minha Casa Minha Vida | 11 Programa chega à segunda fase sem ter elucidado irregularidades da primeira Guia de Cultura | 12 Um frade e um publicitário comentam uma jornada burlesca pela França Perfil | 15 Marcos de Ros, o paranaense que se apaixonou pelo rock em São Paulo e lapidou seu talento em Caxias Boa Gente | 18 Samba proibido, moda vaidosa e lanche honesto Artes | 19 Dois quintais O Caxiense entrevista | 20 Para Ronaldo Fraga, a moda está cada vez mais democrática Dupla CA-JU | 21 A Oi está dando tchau e o Banrisul não quer mais bancar Caxias e Juventude Guia de Esportes | 22 Estrelas do futebol de botão se reúnem em Caxias e feras do skate vão a São Marcos Renato Henrichs | 23 O verbo agressivo de Marlonei reduz a chance de diálogo na greve dos médicos

Expediente

André T. Susin/O Caxiense

Estacionamento | 7 Com uma frota que cresceu 54% em 7 anos, caxienses não acham vagas para seus carros @PaquitoMasia os caras enlouqueceram, quando fizeram o concurso não sabiam do horário nem do salário??? étaaaaaaa #grevedosmédicos

Greve dos Médicos | A incapacidade do Poder Público de resolver a situação é digna de nota. Enquanto isso se arrasta, a população sofre. Os milhares de atendimentos que deixaram de ser realizados já não dariam autoridade à Secretaria da Saúde para tomar uma atitude? Suzana Daudt Sabe quando a saúde terá vez e voz no Brasil? Quando forem extintos os planos de saúde privados. Ricos e pobres usariam o mesmo sistema gratuito, veríamos que a crítica pública de algumas pessoas pesaria muito mais que enormes e ruidosas passeatas grevistas. Marino José Dos Santos Câmara aprova o Dia Sem Carro em Caxias | Tomara que ajude o povo a aderir ao movimento, juntamente com o mundo todo, aqui em Caxias. Apesar de nosso povo ser meio adepto demais ao automóvel... Otávio Valente Ruivo Preso foge do Fórum depois de julgamento | Este é o Judiciário, infelizmente. Agora, se a moda pega, heim... Maria Amelia É a clara demonstração da fragilidade do nosso sistema!!! Eliane Dall Agnol

Redação: Camila Cardoso Boff, Carol De Barba, Fabiano Provin, Felipe Boff (editor), Jaisson Valim (editor), José Eduardo Coutelle, Luciana Lain, Marcelo Aramis (editor), Maurício Concatto, Paula Sperb (editora), Renato Henrichs, Roberto Hunoff, Robin Siteneski e Valquíria Vita Comercial: Pita Loss e Calebe De Boni Circulação/Assinaturas: Tatyany Rodrigues de Oliveira Administrativo: Luiz Antônio Boff Impressão: Correio do Povo

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A Semana Reprodução/O Caxiense

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editada por Jaisson Valim | jaisson.valim@ocaxiense.com.br

Projeto do designer Marcelo Aramis venceu o mais disputado dos sete concursos da história para definir a coroa da rainha da Festa da Uva

SEGUNDA | 20.jun Fuga expõe deficiências na segurança do Fórum

desta vez, ele próprio era a notícia: acabara de vencer o concurso para a confecção da coroa da rainha da Festa da Uva. Foi o mais disputado entre as sete edições do prêmio, com 90 projetos. O adereço faz referência à primeira transmissão a cores de TV no Brasil, realizada no desfile de 1972. O losango central representa a bandeira brasileira, lembrando que o episódio marcou o ingresso definitivo da Festa da Uva na cultura nacional.

Recém-condenado por tentativa de homicídio, um réu de 27 anos aproveitou o intervalo de almoço do policial que o vigiava, quebrou o cadeado da cela e fugiu do Fórum. Cinco horas depois, a Brigada Militar recolocou-o atrás das grades. A liberdade provisória dele durou pouco. Já a sensação de fragilidade no prédio da Justiça ainda corre solta. Foi o segundo episódio nos últi- Prefeitura recusa proposta mos meses que expôs as deficiên- “irrecusável” dos médicos Por semanas, o presidente do cias no Fórum. Em julho do ano passado, uma quadrilha invadiu o Sindicato dos Médicos, Marlonei local e roubou centenas de armas. Silveira dos Santos, fez suspense com sua proposta salarial “irrecusável” para pôr fim à greve. Mas TERÇA | 21.jun só queria apresentá-la à prefeitura. O Município não deu ouvidos, Júri da Festa da Uva 2012 a Justiça aplicou uma multa de coroa trabalho de designer R$ 220 mil aos grevistas e o sindiO designer e editor do jornal calista cedeu. À Comissão de SaúO Caxiense Marcelo Aramis se de da Câmara, ele entregou a proconcentrava na atualização do site posta: gratificação de 55%. Sempre diplomática, a secretária naquele fim de tarde quando o telefone tocou. Como já é comum, de Saúde, Maria do Rosário Antoo jornalista recebia mais uma in- niazzi, perdeu a paciência e transformação em primeira mão. Mas, formou a discussão em bate-boca

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não apenas religiosa à celebração de Corpus Christi deste ano. Procurou transformá-la também em uma reflexão ambiental, estimulada pela Campanha da Fraternidade, que trata do tema. QUARTA | 22.jun Responsáveis por lotar a Catedral e as escadarias externas da Município tem nova igreja, os fiéis ouviram os sermões, derrota nos tribunais mas não puderam assistir ao moA prefeitura não tem levado sor- mento mais tradicional da cerimôte nos tribunais. Depois da derrota nia. A chuva impediu a procissão no caso da Zona Azul, que a obri- sobre os tapetes na Rua Sinimbu. gará a lançar licitação para o serviço, o Município agora se mobiliza SEXTA | 23.jun para reverter outra decisão. Uma liminar considerou que a Secretaria da Fazenda não poderia Vestibular da UCS atrai usar 100% da base venal dos imó- alunos de outras regiões veis para calcular o IPTU, mesmo Um balanço divulgado pela Unique o imposto não tenha subido versidade de Caxias do Sul (UCS) para a maior parte dos contribuin- mostra que a instituição atrai um tes em razão de uma manobra nas contingente considerável de estualíquotas. Resultado: está suspensa dantes fora do Nordeste gaúcho, a cobrança das parcelas que come- onde atua. Entre os 4.066 candiçaram a vencer esta semana. datos que participam do vestibular deste domingo (26), 19% residem em outros municípios. QUINTA | 23.jun A radiografia ainda revela que, entre os concorrentes, predomiCorpus Christi estimula nam os jovens com menos de 20 a reflexão ambiental anos (70%) e as mulheres (55,65%). A Diocese de Caxias do Sul ade- O concurso oferece 3.050 vagas riu à onda verde e deu uma cara em 52 opções de ingresso. interplanetário: “Eu não sei em que planeta ele vive, mas não é o planeta Terra.” O impasse já foi longe demais.

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Roberto Hunoff roberto.hunoff@ocaxiense.com.br

Os jornalistas que visitaram as novas instalações da Keko Acessórios, em Flores da Cunha, ficaram impressionados com o que viram e, principalmente, com as metas ousadas da companhia que deixa Caxias do Sul por não ter encontrado área, tampouco apoio efetivo do poder público. A empresa simplesmente vai dobrar sua receita em cinco anos, saindo de R$ 111 milhões em 2011 para R$ 225 milhões em 2015, além de ampliar em 30% o quadro atual de 420 colaboradores. Além disso, a unidade é exemplo em sustentabilidade, com adoção de medidas claras de preocupação ambiental e social. Lastimável para Caxias do Sul a perda da empresa. Competência teve a prefeitura de Flores da Cunha.

Feira estudantil

De 28 de junho a 3 de julho ocorre mais uma edição da feira de produtos desenvolvidos pelos alunos participantes do Programa Miniempresa, realização do Departamento de Jovens Empresários da CIC de Caxias do Sul. Dentre as opções para compra a preços populares haverá murais, chaveiros, acessórios para o uso de notebooks, artigos de decoração, sachês perfumados, nécessaires e porta-trecos. A feira, programada para o Iguatemi Caxias, reúne 161 alunos de sete escolas públicas e particulares da cidade.

Fúria arrecadatória

Na segunda-feira (27), por volta das 14h, o brasileiro terá desembolsado R$ 700 bilhões em tributos arrecadados aos cofres públicos, na esfera federal, estadual e municipal. O valor será obtido 25 dias antes do que no ano passado. É o que revela o Impostômetro, ferramenta criada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e mantida pela Associação Comercial de São Paulo. Nos anos de 2008 e 2009, a marca foi atingida somente no mês de setembro. Assim, a estimativa para arrecadação de tributos em 2011 é de R$ 1,4 trilhão. É dinheiro demais e, o pior, muito mal empregado. No ranking de 30 países pesquisados, o Brasil é o último no retorno à comunidade dos valores arrecadados com tributos em proporção aos serviços públicos prestados.

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Divulgação/O Caxiense

Perda lamentável

Sinal amarelo Em maio a geração de novos empregos em Caxias do Sul, acompanhando a situação nacional, foi a segunda menor dos últimos 12 meses. As 299 novas vagas ficaram apenas abaixo de dezembro, mês típico de baixas no mercado, o qual fechou com saldo negativo de 2.199 postos de trabalho. Na comparação com abril passado o recuo foi de 82% e, comparado a maio de 2010, 80%.

Principal geradora de empregos, a indústria da transformação fechou 163 postos em maio – abaixo apenas da agropecuária que apresentou saldo negativo de 225 vagas. Crescimento apenas no setor de serviços, mais 390, e comércio, com 213. Ainda assim, 30% abaixo dos empregos gerados em abril. No ano, a economia caxiense tem saldo positivo de 6,9 mil vagas e, em 12 meses, de 10,6 mil.

Apostas

O presidente do Simecs, Getúlio Fonseca, alertou que a geração de novas vagas permanecerá estagnada, embora algumas empresas estejam contratando funcionários. Já o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, principal

categoria de trabalhadores da cidade, Leandro Velho, sustenta que, após a definição do dissídio, as indústrias voltarão à carga nas contratações. Vamos ver nos próximos meses quem é que está com a razão.

Dissídio

Industriais e trabalhadores metalúrgicos parecem longe do acordo para o dissídio coletivo deste ano. Os empresários saíram da proposta inicial de 6,3% para 8%, representando ganho real de pouco mais de 1,5%. Os metalúrgicos não recuam na sua proposta de 14%, considerando que os industriais ainda têm mais para oferecer. Sustentam que o crescimento de 32% no faturamento de 2010 é justificativa suficiente

Cada um com seu problema

Para o vice-presidente dos metalúrgicos, Leandro Velho, Caxias do Sul é uma exceção no Brasil e, por isso, os trabalhadores locais não podem ser comparados aos demais, os quais têm fechado dissídio com ganhos reais não superiores a 2%. A maioria, no entanto, tem obtido apenas o repasse da inflação. O sindicalista bate na tecla: o setor ele-

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para que o pedido seja atendido. Os patrões afirmam que mais de 95% dos lucros do ano passado foi reinvestido e a perda de competitividade do setor é cada vez maior. No início do mês, empresários do setor já alertavam para a dificuldade do acerto e trabalhavam com a possibilidade de paralisação. Assim é que, no próximo dia 1º de julho, os metalúrgicos têm em pauta a votação da greve caso as negociações não avancem.

vou seu faturamento em 32% e, por isso, pode pagar mais. No entanto, esta estratégia pode gerar problemas futuros: perda de competitividade dos fabricantes locais para os de outras cidades pode comprometer empregos. O Simecs aponta que os salários pagos em Caxias são 15% superiores à média do Estado e 6,5% à nacional.

Troféu

A Neobus, Samburá e Samae foram as organizações indicadas para receber o Troféu Ítalo Victor Bersani, que chega à sua quarta edição. A escolha se deu a partir de indicações das empresas associadas à Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul e sindicatos patronais. O troféu será entregue durante a reunião-almoço programada para o dia 4 de julho, quando a entidade comemora 110 nos de fundação.

Reforço

A Gollden Food Alimentos, empresa de refeições coletivas, reforçou sua área comercial, com a contratação de mais um executivo, que atuará focado na área de novos negócios. A meta da empresa é crescer 30% neste ano, acompanhando a demanda por refeições coletivas. Atualmente, a organização serve mais de cinco mil refeições diárias.

Curtas

A Tecnitubo, de Caxias do Sul, apresenta sua nova linha de móveis para instalações comerciais e corporativos. Será na Fenin Verão 2012, marcada para o período de 28 de junho e 1º de julho, em Gramado. O presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Valente Pimentel, palestra na reunião-almoço de segunda-feira, 27, da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Com o tema O momento atual e as perspectivas para a indústria têxtil e de confecção do Brasil, ela marcará o início do IV Simpósio Nacional de Moda e Tecnologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A CIC de Caxias do Sul realiza na segunda-feira (27) curso sobre Assédio moral no ambiente de trabalho. A apresentação terá início às 19h pelo advogado Marcelo Rugeri Grazziotin. Na segunda-feira (27), ocorre o lançamento na 9ª edição do Tá na Mesa com a ADCE, evento gastronômico beneficente que leva empresários e autoridades da região para a cozinha. Nesse dia, serão divulgadas as entidades beneficiadas e conhecidos os nomes dos chefes que criarão os pratos a serem degustados. O encontro está programado para 13 de agosto.

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Marina Granzotto, Objetiva, Divulgação/O Caxiense

O Caxiense entrevista

Na CIC, Ribeiro repetiu uma de suas preocupações, com as gratuidades: “Atualmente, 25% dos usuários andam de graça. É um absurdo”

“O PROBLEMA É QUE A GENTE NÃO CONSEGUE ANDAR” Diretor da Visate, Fernando Ribeiro revela que a velocidade dos ônibus chega a ser menos do que 30% da ideal em algumas ruas da cidade

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por ROBERTO HUNOFF roberto.hunoff@ocaxiense.com.br

Visate assumiu o transporte coletivo de Caxias em junho de 1986, substituindo o Expresso Caxiense. Começou com 104 ônibus antigos, parte adquirida da empresa anterior, e 450 funcionários. Atendia 28 linhas, percorria anualmente 7 milhões de quilômetros e transportava 16,8 milhões de passageiros. As queixas na época eram atrasos e superlotação, porque havia falta de ônibus. Um quarto de século depois, a companhia tem 332 veículos e 1,7 mil funcionários. Mantém 81 linhas e percorreu, em 2010, mais de 22 milhões de quilômetros, transportando perto de 43 milhões de passageiros. As queixas atuais: atrasos. O motivo, segundo a Visate: trânsito caótico. Para mudar esse quadro e atrair mais usuários, o diretor-superintendente da Visate, Fernando Ribeiro, cobra medidas urgentes para dar agilidade aos ônibus. E o fez na presença do secretário dos Transportes, Jorge Dutra, em reunião-almoço da CIC nesta semana.

A Visate completa 25 anos, e os atrasos, como no passado, continuam sendo a principal queixa dos usuários. Por quê? Os gargalos nos centros das cidades de médio e grande porte, como Caxias, só tendem a piorar. Os engarrafamentos continuarão e, por consequência, os atrasos. Precisamos urgentemente de medidas para desafogar o trânsito. Há 25 anos os atrasos tinham como causa a superlotação dos ônibus, e a empresa não atendia a demanda. Hoje os motivos estão no trânsito, porque a Visate tem veículos e estrutura suficientes. O problema é que a gente não consegue andar. Qual é a velocidade média de um ônibus pelas principais ruas da cidade e qual a ideal? A ideal é de 35 a 40 km/h. Nos corredores das ruas Sinimbu e Pinheiro Machado, por exemplo, é inferior a 10 km/h. Temos problemas com as conversões à esquerda, com acessos às garagens e concorrência dos veículos leves e ônibus de fretamento nos corredores. Há dois anos fomos

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provocados de que faltava ônibus. te coletivo são praticamente os Agregamos 70 à frota neste perío- mesmos do passado. Mas quando do e os atrasos continuam. Os ve- se pega os atuais, como a gratuiículos estão trancados no trânsito dade, as dificuldades de encamie as pessoas esperando nas para- nhamento são ainda piores. Na das nos horários de pico. A so- Câmara tramita um projeto de lução não é colocar mais ônibus, revisão das gratuidades. A promas garantir agilidade nas linhas posta está sendo analisada com onde eles circulam. atenção pelos vereaSó assim haverá dores para ver quem fluidez no trânsito e “A solução realmente necessita, redução de queixas. não é evitando os abusos Além disso, a meta colocar que existem. Esses de trazer mais púabusos são os que blico para o trans- mais ônibus, realmente nos preoporte coletivo, para mas garantir cupam. Pessoas que que se reduza o uso agilidade jamais poderiam do veículo, passa nas linhas receber esse benefípor um sistema ágil, onde eles cio, porque têm boa rápido, de qualidacondição financeira, de, eficiente e con- circulam” fazem uso dele só fortável. Sem isso, porque tem mais de nada vai mudar no 60 anos. Isso é, no curto prazo. mínimo, um contrassenso. Atualmente, 25% dos usuários andam Há 15 meses, na CIC, sua expo- de graça. É um absurdo. Quanto sição foi praticamente a mesma: aos atrasos, a situação tende a ser atrasos e interferência da gratui- resolvida com a troncalização do dade no custo da tarifa urbana. sistema. O próprio secretário dos Por que esses assuntos são re- Transportes, Jorge Dutra, já antecorrentes e não avançam? cipou que as obras de estações de Os problemas do transpor- transbordo devem se iniciar em 25 de junho a 1º de julho de 2011

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breve e ser concluídas até o final do ano. Mas projeto somente para o final de 2012 a efetiva operacionalização do sistema. Essas propostas resolvem questões de hoje, emergenciais. O que fazer para evitar a volta dessa situação daqui uma década? O Sistema Integrado de Transporte, o SIT, desenvolvido pela prefeitura, é um programa muito bom, imprescindível para a cidade, mas precisa ser complementado. Já precisamos pensar em avanços para dois, três anos adiante, para atender as necessidades que virão. O meu grande receio é que ele entre em pleno funcionamento já defasado. Uma cidade como Caxias precisa e deve pensar um pouco mais à frente, porque as soluções precisam atender as necessidades de sua época, mas também as do futuro. A Visate, no final de 2009, bancou a introdução do midibus em várias linhas e foi muito criticada, sob argumentos de que haveria mais superlotação e desemprego, já que esse modelo não usa cobradores. Mas o sistema vingou. Ele será estendido? Os ônibus pequenos, os midibus, que circulam na cidade sem cobrador, são uma prática comum em todo o Brasil. A exemplo do

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táxi-lotação, ele circula de forma A partir de janeiro passam a mais ágil, e de 80% a 90% dos que vigorar as normas Euro 5, que o utilizam fazem o pagamento determinarão mudanças na mocom cartão eletrônico, reduzindo torização dos ônibus. Como a o envolvimento do empresa está se premotorista com a coparando? brança. Sua circu- “A função Quanto aos velação está restrita a do cobrador ículos novos não linhas de baixíssima tende a haverá problemas. demanda. Mas te- desaparecer. O que preocupa é a mos pedido de amsituação dos veícupliação para outros Mas hoje, em los em uso, que prebairros, porque as Caxias, nós cisarão de adaptação precisamos pessoas simpatizam para a redução das com esse modelo desse operador emissões. Mais imde veículo. Estamos no sistema” portante para que avaliando esses pede fato isso ocorra é didos com a Secreque a Petrobras distaria dos Transportes. ponibilize às empresas que atuam em cidades do porte de Caxias o Pode-se imaginar que a função combustível com menos enxofre, do cobrador será gradativamen- como o S50, que será usado nas te reduzida, ou até extinta? capitais. Isso sim vai reduzir as Tenho cuidado de responder emissões de poluentes. isso, porque quando pinçada num contexto maior a resposta Mas os ônibus terão preços até pode criar um grande barulho e 15% superiores. Isso terá reflexo desconforto na categoria e no sin- futuro nas tarifas... dicato. Em todo o mundo, com Sem dúvida haverá reflexos na exceção do Brasil, não se usa mais tarifa, porque na sua composição a catraca. A função do cobrador, entra o custo do ônibus. Terá imcom o avanço da bilhetagem ele- pacto. Mas com medidas como a trônica e de outras práticas, ten- redução das gratuidades poderede sim a desaparecer. Mas hoje, mos manter a tarifa equilibrada. em Caxias, nós precisamos desse operador no sistema. A tendência Qual tem sido a média de ocué o desaparecimento, mas a reali- pação da frota da Visate? dade local ainda é outra. A empresa transporta de 140 mil

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a 150 mil pessoas/dia, com grande concentração nos horários de pico. Nesses horários, a ocupação média nos veículos convencionais chega a ser de 78 a 80 pessoas. Com as mudanças no trânsito, esperamos reduzir os atrasos e essa grande concentração. Qual tem sido a margem de lucro final da companhia em seus balanços? O lucro da Visate, como na maioria das empresas, gira de 3% a 4%. Com práticas mais eficientes de gestão procuramos melhorar esse desempenho para não só atender as necessidades dos sócios, mas também dos demais agentes envolvidos, como a sociedade, com ônibus novos e políticas que tragam benefícios a todos. Falando em meio ambiente, a Visate está testando o modelo Hybridus, desenvolvido pela Agrale, que faz uso de energia elétrica e diesel? Estamos conversando com a Agrale e, em breve, estaremos circulando com eles na cidade para ver se o modelo pode ser usado em escala maior. Estamos comprando midibus da Agrale para incentivar a indústria local e provar que os produtos daqui têm a mesma qualidade e eficiência dos fabricados em outras regiões.

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Muito carro para pouco espaço

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Só sobrou

vaga para o

Aumento de 54% na frota em Caxias desde 2004 mingua os espaços em estacionamentos, estimula o boom de garagens particulares e leva prefeitura a cogitar rodízio para o futuro

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suplício

por ROBIN SITENESKI robin.siteneski@ocaxiense.com.br

a quarta-feira (22), véspera chuvosa do feriado de Corpus Christi, o trânsito estava intenso na Rua Alfredo Chaves, no centro de Caxias do Sul, próximo das 13h30. Mesmo assim, não deveria ser difícil para a empresária Sabrina Keller encontrar uma vaga na região entre a Rua Sinimbu e a Avenida Júlio de Castilhos. Primeiro, porque há uma Zona Azul, que limita a ocupação de cada espaço em duas horas para estimular a rotatividade dos carros. Depois, porque a área é bem servida de estacionamentos pagos. Mas a tarefa aparentemente fácil se transformou em suplício: Sabrina demorou 15 minutos para achar um local. É o retrato de uma cidade que assistiu ao número de veículos crescer 54% desde 2004 sem que os investimentos em infraestrutura acompanhassem esse ritmo. Resultado: os motoristas já começam a disputar vaga nos horários de pico até mesmo em estacionamentos rotativos particulares. A razão de tamanha dificuldade não é a falta de interesse de donos de imóveis em transformá-los em um negócio do gênero. Segundo a Secretaria de Urbanismo, responsável pela concessão dos alvarás, já existem 418 estacionamentos na cidade – um para cada 570 veículos. São oportunidades alimentadas por uma procura que, segundo estimativa de empresários do setor, aumentou 60% nos últimos anos. É um número que persegue o crescimento da frota, que atingiu 238,2 mil carros em maio, conforme dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), contra 154,7 mil unidades sete anos atrás. Com as ruas caxienses tão abarrotadas, Remídio Behling, que tinha uma loja de roupas, percebeu a potencialidade de abrir uma garagem. Há um ano e meio, montou um estacionamento ao lado do Hospital Del Mese. O negócio prosperou, e hoje sua empresa funciona em frente ao Magazine Luiza, na Rua Sinimbu, com 58 espaços. Outro que se beneficia do inchaço da frota caxiense é Roni Borges dos Santos, um dos donos do Catedral Estacionamento. “Várias vezes tenho de colocar a placa de lotado ali na frente”, conta. Localizada ao lado da igreja que lhe dá o nome, a garagem de 63 vagas costuma encher no horário de funcionamento dos bancos (entre 10h e 16h). Mesmo à noite, recebe um movimento satisfatório. As instituições de ensino das redondezas garantem a clientela. Próximo dali fica um dos estacionamentos mais conhecidos da cidade, a garagem do Eberle.

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Caxias do Sul tem 418 estacionamentos cadastrados na Secretaria do Urbanismo, uma média de um estabelecimento para cada 570 carros Para organizar o aproveitamento do espaço e evitar a lotação, a administração colocou funcionários com rádios para orientar os clientes. O ponto, que mantém convênio com 25 empresas, pode receber até 280 automóveis. Em outra área do Centro, a garagem do Ópera – no privilegiado lugar onde funcionava o cinema – recebeu, nos últimos anos, vizinhos que procuram fazer o mesmo negócio. A gerente do estacionamento administrado pela Safe Park, Gisele Fogaça, contabiliza pelo menos quatro. Ela afirma que a concorrência não chega a afetar o movimento. Das 300 vagas, 200 são para mensalistas – 50 delas alugadas por moradores de prédios dos arredores. O número poderia ser ainda maior, mas Gisele e outros administradores de garagens limitam as vagas fixas por considerar o estacionamento rotativo mais lucrativo. O retorno financeiro explica o fenômeno que tem transformado prédios do patrimônio histórico, como o Eberle, em garagens. O corretor de imóveis Nelson D’Arrigo, proprietário da imobiliária que leva seu sobrenome, afirma que, especialmente depois de 2006, a transformação de espaços na região central em áreas para carros virou tendência. “Todos os terrenos baldios no Centro estão virando estacionamento. As pessoas preferem isso em vez de vender ou permutar, porque os terrenos estão muito caros (o que dificulta a venda), e os estacionamentos são lucrativos”, atesta Nelson. Apesar de o Centro concentrar a procura, os bairros também passaram a abrigar estacionamentos pagos, estimulados pelo aumento do fluxo atraído por determinados estabelecimentos,

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como instituições de saúde. Nelson lembra do caso do bairro Madureira. “Depois que o Hospital Medianeira começou a ter estacionamento pago, três garagens surgiram em terrenos baldios em frente.” Para driblar o pagamento das garagens e da Zona Azul, alguns motoristas encontraram uma saída: parar o carro em áreas de empresas que oferecem vagas grátis, como supermercados. Só que esse jeitinho já está sendo combatido. Com a intenção de evitar que os próprios clientes tenham dificuldades para achar uma vaga para estacionar, o Zaffari da Sinimbu e da Borges de Medeiro tem planos para, a partir dos próximos meses, cobrar dos motoristas que não fizerem compras. No Híper Zaffari, o estacionamento no subterrâneo já é tarifado. O gerente-geral da loja, Jacob Luiz Schnatz, pretende colocar cancelas também na área externa e no terceiro piso. “A nossa previsão é que esteja instalado em dois ou três meses. Temos relatos de clientes que não conseguem vaga”, preocupa-se. O campus principal da Universidade de Caxias do Sul já não dá conta da demanda, o que transformou as ruas do entorno em estacionamento, apesar de os meios-fios continuarem amarelos (sinalização para área proibida). Segundo o gerente-geral de infraestrutura e logística da Cidade Universitária, José Carlos Monteiro, a liberação ocorreu a partir de 2005. Nas noites mais movimentadas, a instituição recebe cerca de 3,5 mil automóveis – 1 mil a mais do que as vagas dos estacionamentos oficiais. A administração da universidade, revela Monteiro, retomou os estudos de construir um prédiogaragem ou cobrar estacionamen-

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to na UCS – os planos haviam trabalhadores das lojas do entorsido suspensos até a avaliação do no ocupem as vagas e dificultem a impacto das aberturas dos novos chegada de clientes. Proprietário acessos. “Cobrar estacionamento da videolocadora San Remo, Nery é complicado porque o campus Atayde, diz ter perdido até 30% é aberto, temos várias formas de dos fregueses depois da troca de acesso”, diz Monteiro. endereço, que levou o estabeleciO gerente conta que empresas mento a uma área sem Zona Azul. interessadas em construir um “Por mais que tenhamos convêedifício-garagem já procuraram o nio com estacionamentos, muitos universidade. “Pensamos na pos- clientes dizem que vêm menos sibilidade de que um dos andares por não encontrar vaga”, relata. A tivesse um espaço maior para um San Remo saiu da Rua Borges de Centro de Eventos. O problema é Medeiros para a Rua Garibaldi. A a infraestrutura de circulação ex- preocupação foi tamanha que o terna”, afirma, referindo-se à dis- comerciante e empresários vizitância entre os blocos. nhos fizeram um abaixo-assinado Uma das soluções para enfren- pedindo a implantação do estatar a escassez de espaços na UCS, cionamento pago na região. Agoassim como em toda ra, querem reforçar a cidade, não dea reivindicação, inpende apenas de de- “Várias vezes cluindo o apelo de cisões administrati- tenho de colocar consumidores. vas e investimentos, a placa de lotado mas também do uso ali na frente”, A ampliação do racional do veículo. serviço em Caxias, conta Roni dos Monteiro relata cano entanto, não sos de que até três Santos, dono deve acontecer tão pessoas da mesma de uma garagem cedo. Em uma defamília vão para a ao lado da cisão que se tornou universidade no Catedral pública neste mês, mesmo turno, cada a 22ª Câmara Cível uma com um carro do Tribunal de Jusdiferente. tiça considerou ilegal o contrato Ele acredita que a discussão que prorrogou a exploração do com a comunidade acadêmica so- estacionamento pago pela Rek bre a cobrança ou construção de Parking, que administra a Zona um prédio-garagem comece até Azul. Em 2008, com o vencimen2012. “Cobrar estacionamento é to da concessão, a prefeitura elaum assunto muito sensível por- borou uma projeto, aprovado pela que os alunos já pagam mensali- Câmara, que permitiu um condade. Isso não será algo imposto”, trato sem licitação. O Ministério garante Monteiro. Público contestou. “Na origem, tínhamos um contrato ilegal. A A cobrança – seja em áreas licitação não previa prorrogação”, particulares ou públicas – tende a explica Alexandre Porto França, gerar reclamações de motoristas, promotor responsável pelo caso. mas comerciantes nem sempre A Rek Parking administra cerca ficam insatisfeitos. No caso da de 2 mil vagas na cidade. A conZona Azul, eles se beneficiam por trapartida para o Município é um ela tornar obrigatória a rotativida- repasse de parte do lucro bruto da de dos carros, impedindo que os empresa. Em Caxias do Sul, o cál-

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culo é feito sobre um percentual de Caxias seja “desesperadora”, de ocupação e varia entre 36,5% e mas a considera “complicada”. “É 37,5%, equivalentes a uma média uma frota grande para o tamanho de R$ 100 mil mensais. Por lei, o da cidade. Em alguns locais, não valor é repassado diretamente à temos muito o que fazer, a não ser Fundação de Assistência Social que eu saia destruindo prédios (FAS). O diretor da Rek Parking, para alargar ruas”, afirma. Flávio Lenz de Macedo, afirma Para tentar driblar o problema, que esse percentual é o mais alto ele pretende tomar ações que deno Estado – a empresa adminis- sestimulem o uso indiscriminado tra as 11 Zonas Azuis do interior do carro e melhorem o transporgaúcho. Na região, Bento Gon- te coletivo – inclusive retirançalves recebe 21%. A taxa é ainda do vagas de estacionamento de menor em cidades como Santa avenidas como Rio Branco e São Maria (16%) e São Lourenço do Leopoldo. Dutra acredita na posSul (12%). sibilidade de os motoristas trocaNa avaliação de Macedo, a ne- rem os carros pelos táxis-lotação, cessidade de ampliar o serviço e desde que se ampliem as linhas. de trocar os parquímetros – os “São usuários que não abrem equipamentos em Caxias têm em mão do conforto. Os azuizinhos média 12 anos – ameaça reduzir o têm ar-condicionado e as pessorepasse à prefeitura as viajam sentadas”, caxiense na próxima afirma. Até o final licitação, além de “Hoje, com o do ano, o secretário significar um pro- cenário que temos, pretende abrir a livável aumento na não podemos citação que aumentarifa, sem reajuste descartar tará de quatro para desde 2006. “Se a seis o número de nova licitação abrir nenhuma linhas e de 21 para alternativa”, com as condições 44 a quantidade de atuais, não sei se vai diz Dutra, em micro-ônibus em ter alguma empresa referência ao Caxias. Mas ele adno Brasil que vai se rodízio de placas mite que só isso não interessar”, avalia o basta, já que a frota diretor, que confirde automóveis proma o interesse em participar do mete manter a tendência de cresprocesso e confia na mudança das cimento. normas. A médio prazo, Dutra reconhece que o município deverá discuA administração munici- tir não apenas medidas tão conpal reconhece que precisa alterar sensuais, como a ampliação das as regras com a nova concorrên- linhas do transporte coletivo, mas cia. Por isso, insiste na defesa da soluções controversas, como o rorenovação de 2008, que manteve dízio de carros (adotado em São os benefícios nas condições an- Paulo, por exemplo) ou o pedágio teriores. “A comunidade não teve para uso em determinadas vias prejuízo nenhum com a prorro- (como já fizeram cidades na Eugação”, garante o secretário de ropa). “Hoje, infelizmente, com o Trânsito, Transportes e Mobilida- cenário que temos, não podemos de, Jorge Dutra. descartar nenhuma alternativa”, Segundo ele, o valor de repasse explica. Diante dessa perspectiva, com a nova licitação tende a girar Sabrina, a empresária que reclama em torno dos 20%. O secretário de gastar 15 minutos procurando ainda reconhece que é preciso es- vaga no Centro, talvez tenha motender o serviço a outras áreas da tivos maiores para se queixar nos cidade. Dutra nega que a situação próximos anos.

Nas noites mais movimentadas, faltam 1 mil vagas no campus da UCS

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Minha Casa Minha Vida

Elevação do valor máximo para R$ 130 mil, em março, teria acabado com a cobrança “por fora”, segundo delegada do Creci

CHEGOU A MUDANÇA,

MAS FALTA A REFORMA Caxias entra na segunda fase do programa de financiamento e subsídio de moradias sem apurar os problemas da primeira etapa

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por CAMILA CARDOSO BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br

nvolvendo cifras ainda maiores e buscando atingir uma faixa mais numerosa da população, o governo federal lançou no dia 16 uma nova fase do programa Minha Casa Minha Vida. Com a meta de financiar 2 milhões de moradias, sendo 60% delas para famílias de renda mais baixa, até R$ 1,6 mil, o programa nacional promete mais controle dos financiamentos. A Caixa e a Polícia Federal assinaram um protocolo para integrar dados das duas instituições, com o objetivo de garantir a correta destinação dos recursos. Em Caxias, porém, a nova fase deverá ser inaugurada sem que as investigações sobre irregularidades na primeira etapa tenham sido concluídas. Em janeiro, O Caxiense mostrou uma prática ilegal comum entre imobiliárias credenciadas pela Caixa para operar o financiamento. Por meio de contatos telefônicos, a reportagem apurou que corretores ofereciam imóveis acima do valor máximo permitido pelo programa na cidade, R$ 100 mil à época. Assim, vendiam uma casa ou apartamento contando com subsídio do governo cobrando uma quantia extra “por fora”, paga diretamente ao construtor do empreendimen-

to. A transcrição dessas ligações consta num inquérito instaurado pelo Ministério Público Federal, somada a informações solicitadas à Caixa Econômica Federal. Por ora, o inquérito trata-se de uma análise extrajudicial cível. O relatório ficou pronto na última semana e deverá ser analisado pelo procurador Fabiano de Moraes nos próximos dias. Só então o órgão deverá pedir esclarecimentos às imobiliárias. A Polícia Federal também instaurou um inquérito, mas até agora ninguém foi responsabilizado criminalmente. À Caixa coube enviar correspondências alertando sobre a ilegalidade da prática. Na semana que passou, também por telefone, O Caxiense verificou que a rotina de enquadrar imóveis com valor acima do permitido no programa não é mais escancarada pelas imobiliárias que desenvolviam a fraude. Entre os 15 corretores contatados, apenas um mencionou a possibilidade de burlar as regras do Minha Casa Minha Vida.“Tem um apartamento muito bom que vai ser lançado ali no Panazzolo, só que é R$ 142 mil. Eu não sei se ele se enquadra direito no Minha Casa Minha Vida... O construtor tá pedindo R$ 35 mil de entrada e depois financia o resto”, explicou o vendedor. As ofertas ilegais que

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eram feitas abertamente no come- essa prática”, afirma, assinalando ço do ano parecem ter diminuído, que Caxias “é um mercado mais mas o que pode ter aumentado é caro”. Segundo ela, ainda assim apenas a cautela. A maioria das existem empreendimentos mais imobiliárias não quis dar detalhes acessíveis. “Apesar de ter atraípor telefone, convidando o possí- do um público bem diverso, no vel cliente a comparecer pessoal- Feirão da Caixa (em maio) tinha mente na empresa. imóveis de R$ 85 mil a R$ 99 mil.” Em março, o governo federal alO número de contratos assinaterou de R$ 100 mil para R$ 130 dos pela Caixa para o Minha Casa mil o teto das moradias finan- Minha Vida também reflete o imciadas pelo Minha Casa Minha pacto da alteração no valor máVida em municípios com mais ximo das moradias. Em 2009, a de 250 mil habitanCaixa financiou R$ tes, como é o caso 54,7 milhões para de Caxias. É nessa O Caxiense refez 979 contratos do faixa de preço que a consulta por programa. Somente está a maior parte telefone a 15 até 17 de junho de dos imóveis ofere- imobiliárias que 2011, a soma dos cidos à reportagem. financiamentos ulviolavam o teto Apartamentos com trapassa o utilizado cerca de 50 m², in- do programa. naquele ano – foram variavelmente com A oferta ilegal R$ 55,3 milhões. dois quartos e com diminuiu e a Porém, o número de poucas diferenças – cautela aumentou contratos assinados, estacionamento ou que representam garagem coberta, quantos imóveis sepiso laminado ou com lajotas – rão construídos, é de apenas 772. custam cerca de R$ 110 mil. So- Em 2010, foram R$ 118 milhões brados de dois andares sobrem para 1.994 contratos. No total, a para R$ 120 mil. Para Cristina primeira fase financiou em CaD’Arrigo, delegada do Conselho xias 3.745 moradias com R$ 229 Regional de Corretores de Imó- milhões. Conforme o superintenveis (Creci) na cidade, a amplia- dente regional da Caixa, Renato ção do teto e o alerta da Caixa Scalabrin, o banco não se proàs imobiliárias acabaram com a nunciaria sobre metas locais para violação de regras do programa. a nova etapa antes da divulgação “Como foi esticado o valor, não da portaria pelo governo, que era tem por que continuar exercendo prevista para a sexta-feira (24). 25 de junho a 1º de julho de 2011

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Guia de Cultura

Imovision, Divulgação/O Caxiense

por Carol De Barba | guiadecultura@ocaxiense.com.br

Em Turnê, drama que ganhou prêmios como a Palma de Ouro por melhor direção, um grupo de dança burlesca excursiona pela França

CINEMA l Carros 2 | Animação. 14h15, 16h40, 19h20 e 21h50 (dub.), 13h, 15h20, 17h40 e 20h (3D dub.) e 22h10 (3D leg.). | Iguatemi O superastro das pistas Relâmpago McQueen e seu inseparável amigo Reboque Mate voltam à ação para reunir os melhores e mais velozes do planeta no segundo capítulo da saga. Eles viajam pela Ásia e pela Europa para a Corrida dos Campeões, que se passa em cinco países e envolve corredores de modalidades distintas. A animação é dirigida por Brad Lewis, ganhador do Oscar pela produção de Ratatouille. Livre. 106min. l Turnê| Drama. Sábado e domingo, às 20h. Quinta (30) e sexta (1), 19h30. (leg.) | Ordovás Joachim é um ex-produtor de televisão francês que largou tudo para recomeçar a vida nos Esta-

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dos Unidos. Por lá, formou um grupo de showgirls que fazem números de dança conhecidos como New Burlesque, repletos de sensualidade e estilo. Com o sucesso chegando, Joachim volta à França para uma grande turnê. A produção foi indicada a vários prêmios, incluindo 7 Césars, e venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes na categoria Melhor Diretor. Dirigido e protagonizado por Mathieu Amalric. No domingo (26), o publicitário João Alfredo Ramos Jr. e o frei João Carlos Romanini fazem uma sessão comentada, entrada franca.

cholas Klein, e uma produção da Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos. A entrada custa R$ 3.

dantes, crianças menores de 12 anos e sênior com mais de 60 anos) e R$ 19 (Movie Club Preferencial). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. RSC-453, 2.780, Distrito Industrial. 3209-5910 | UCS: R$ 10 e R$ 5 (para estudantes em geral, sênior, professores e funcionários da UCS). Horários das sessões de sábado a quinta – mudanças na programação ocorrem sexta. Francisco Getúlio Vargas, 1.130, Galeria Universitária. 3218-2255 | Ordovás: R$ 5, meia entrada R$ 2. Luiz Antunes, 312, Panazzolo. 3901-1316.

AINDA EM CARTAZ: Kung Fu Panda 2. Animação. 13h20, 15h10, 17h e 19h (dub.). Iguatemi | Piratas do Caribe 4 : Navegando em Águas Misteriosas. Aventura. 13h30, 18h40 e 21h30 (leg.). Iguatemi. 16h e 18h20 (leg.). UCS. | Qualquer gato vira-lata. Comédia. 14h45, 16h50, 19h40 e 21h40. Iguatemi | Se beber, não case! Parte 2. Comédia. 13h40, 15h40, 17h50, 19h50 e 22h (leg.). Iguatemi | Velozes e Furiosos MÚSICA 5 – Operação Rio. Ação. 20h30 Recomenda (leg.). Sem sessão na terça (28). Recomenda l O hotel de um milhão de UCS | X-Men: Primeira Classe. l Ladrões de Diamante e dólares | Suspense. Terça (28), Ação. 16h20 e 21h (leg.). Iguate- Canastra Suja | Sexta (1), 23h | 20h | UCS mi | Cido (vocal e guitarra), Klaiton O longa encerra o ciclo de fil(bateria) e Panchêre fazem um mes em homenagem ao cineasta INGRESSOS - Iguatemi: Segunda, quarta e rock alternativo, com a proposta (exceto feriados): R$ 14 (inteira), R$ de inovar e experimentar novos Wim Wenders. No enredo, um quinta 11 (Movie Club Preferencial) e R$ 7 (meia enagente federal investiga o apa- trada, crianças menores de 12 anos e sênior arranjos com uma pegada mais rente suicídio mas possível assas- com mais de 60 anos). Terça-feira: R$ 6,50 dançante e base forte nas trasinato do filho de um bilionário (promocional). Sexta-feira, sábado, domingo mas de guitarras. As letras falam feriados: R$ 16 (inteira), R$ 13 (Movie Club num hotel decadente. O roteiro ePreferencial) da complexidade dos relacionae R$ 8 (meia entrada, crianças da obra é uma parceria do cantor menores de 12 anos e sênior com mais de 60 mentos humanos, problemas de Bono, do U2, com o roteirista Ni- anos). Sala 3D: R$ 22 (inteira), R$ 11 (estu- adaptação à sociedade, timidez e

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Elenize Dezgeniski, Divulgação/O Caxiense

Cacá Bernardes, Divulgação/O Caxiense

As peças Concerto de Ispinho e Fulô e Tio Vânia (Aos que Vierem Depois de Nós) são encenadas por companhias de outros Estrados do dia a dia urbano da juventude contemporânea. Além dos guris, também toca a Canastra Suja e seu blues rock, de Pelotas. Leeds R$10 | Os 18 do Forte, 314 | 32386068 TAMBÉM TOCANDO – Sábado: Alec Araújo DJ. Eletrônica. 18h. The King. 3021-7973 | Rosa Tattooada. Rock. 23h. Vagão Classic. 3223-0616 | Hip Hop Chic. DJ Spin Easy. Hip hop, eletrônica, pagode e sertanejo universitário. 23h. Move. 3214-1805 | Moog e DJ Eddy. Rock. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Integração das Candidatas a Rainha da Festa da Uva. Eletrônica. 23h. Havana. 32246616 | Leviaethan e Sangria. Rock. 23h. Vagão Bar. 3223-0007 | Quarteto Paiol. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Andy and the Rockets. Blues. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Marcelo Duani e Adriano Trindade e Trio. Samba rock e pop nacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Jack Brown e Moby Dick. Rock. 23H30. Bukus Anexo. 3285-3987 | Discorama. Show com as ex-paquitas Miuxa e Catuxita. Eletrônica. 23h. Pepsi Club. 3419-0990 |Ton Rock e Banda Base. Rock. 22h. Aristos. 3221-2679 | João VillaVerde e Filhos de Ye e DJ Marcelo Heck. Samba rock. 22h. Boteco 13. 3221-4513 | Domingo: Rock Parque. Lennon Z. and The Sickboys Trio, Vagabundos Iluminados e Os Vulkänianos. 14h. Parque dos Macaquinhos | Pagode Júnior e DJ Eddy. Pagode. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Terça (28): Adriano Trindade Duo. Samba rock e pop nacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Quarta (29): Tríplice. Rock nacional

e internacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Os Blugs. Rock. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Ana Jardim. MPB. 22h. Aristos. 32212679 | Maurício e Daniel. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Quinta (30): Ton e os Karas e DJ Marcelo Heck. Rock. 22h. Boteco 13. 3221-4513 | Bora Balança e DJ Eddy. Pagode. 21h. Portal Bowling. 3220-5758 | Tony Nights e Ulisses Vieira. MPB. 22h. Aristos. 3221-2679 | Rafa Gubert e Tita Sachet. Rock clássico. 22h. Mississippi. 3028-6149 | Fabrício Beck Acústico e Disco. Rock nacional e internacional. 22h. Bier Haus. 3221-6769 | Grupo Macuco. Tradicionalista. 22h. Paiol. 3213-1774 | Sexta (1): DJs Audiotronic. Pop. 23h. La Boom. 3221-6364 | Dan Ferretti. Samba rock e som Brasil. 22h. Bier Haus. 3221-6769 |

DANÇA l 1º Festival Beduíno-Tribal | Sexta (2), às 20h, e sábado (3), às 17h | A escola de danças Rakaça realiza o espetáculo baseado nas danças tribais árabes e nos movimentos e tradições dos beduínos da região de Marsamatrouah (cidade próxima a Alexandria). A dança é alegre e cheia de significado, exaltando o deserto, as mulheres e sua beleza e os trajes coloridos. Os ingressos podem ser adquiridos na escola. Mais informações sobre o festival podem ser obtidas pelo 3021-3538. Teatro São Carlos R$ 25 | Rua Feijó Júnior, 778 | 3221-6387

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l No ritmo do Universo dançando pelo Haiti | Sábado e domingo, às 20h | Inspirado nas danças típicas do Haiti, o espetáculo é beneficente em prol das crianças necessitadas do país, e integra o projeto de Adriana Bortoloto (Studio de Danças CATIVA) em parceria com os Freis Capuchinhos de Caxias do Sul e frades em missão no Haiti. Toda a renda será revertida e a Adriana irá pessoalmente ao país fazer a doação. Ingressos nas livrarias Rossi ou pelo telefone (54) 9977-3812. Teatro São Carlos R$ 16 | Rua Feijó Júnior, 778 | 3221-6387

rado na obra de Federico Fellini) e trilha sonora de Gutto Basso (inspirada em Nino Rotta). Livre. 55min. | Domingo (26): In Osteria. No ambiente alegre e festivo de uma osteria (bodega), entremeadas por trechos do quase clássico diálogo entre bodegueiro e cliente “bebum”, o Grupo Teatral Miseri Coloni apresenta canções aprendidas com nossos antepassados imigrantes italianos, cantadas e coreografadas. Direção de Camilo de Lélis. Com Afonso Vebber, Auri Paraboni, Ciana Moraes, Clerí Pelizza, Cristiano Blanco, Elaine Braghirolli, Fábio Cuelli, Felipe Valenti, Guilherme Vanzin, Gutto Basso, Leonardo Benincá, Leoni Soares, Luciano Benincá, Magali Quadros, Marco Antonio Silva, Rosa Veronese e Vilson Toscan. Adulto. 50min. Teatro do Ordovás Entrada franca (ingressos devem ser retirados com antecedência na TEATRO Unidade de Teatro) | Luiz AntuRecomenda nes, 312 | 3901-1316 l Teatro Daqui | De sábado e domingo, 20h | l Concerto de Ispinho e A mostra reúne espetáculos de Fulô | Sábado, 20h | grupos caxienses financiados pela No enredo da peça da Cia. do Lei Municipal de Incentivo à Cul- Tijolo, de São Paulo, a Rádio tura, pelo Financiarte e pelo Prê- Conexão SP/Assaré anuncia que mio Anual de Incentivo à Monta- uma Cia. de Teatro de São Paulo gem Teatral. chega para entrevistar o Poeta PaProgramação: Sábado tativa. O que seria uma entrevista (25): Felinícias – Histórias de costumeira se transforma num diAmores e Clowns. A peça do álogo entre o popular e o erudito, Grupo UEBA Produtos Notá- o urbano e o rural e culmina com veis conta a história de um casal a denúncia de um dos primeiros que se conhece na infância, mas ataques aéreos contra civis em se desencontra ao longo da vida, território brasileiro que não está descobrindo nessa trajetória a nos livros de história. Direção impossibilidade de permanecer de Rogério Tarifa. Com Dinho juntos. Essa condição promove Lima Flor, Fabiana Vasconcelos uma série de situações cômicas, Barbosa, Lílian de Lima, Rodrigo inusitadas e, em determinados Mercadante, Karen Menatti, Thamomentos, patéticas. Com Aline ís Pimpão e Rogério Tarifa. Os Zilli e Jonas Piccoli. Direção de músicos são Jonathan Silva, AloJessé Oliveira (livremente inspi- ísio Oliver, Maurício Damasceno, 25 de junho a 1º de julho de 2011

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com direção musical de William Guedes. 14 anos. 120 minutos. Teatro do Sesc Entrada franca | Rua Moreira César, 2462 | 3221-5233 Recomenda l Tio Vânia (aos que vierem depois de nós) | Terça (28), às 20h30 | Às vésperas de completar 30 anos de existência, o Grupo Galpão, de Minas Gerais, retorna a Caxias do Sul com a peça de Anton Tchékhov. Escrita em 1897, Tio Vânia tem como tema central a perda inevitável das ilusões e a consequente necessidade do homem de se reinventar e de enfrentar o futuro. Ambientada em uma decadente propriedade rural russa, aborda, de maneira profunda e delicada, o amor, o desejo, a passagem do tempo, o declínio físico, a aridez da existência, o desalento e a aniquilação dos sonhos. Direção de Yara de Novaes. Com Antonio Edson, Arildo de Barros, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Paulo André, Teuda Bara e a atriz convidada Mariana Lima Muniz. Ingressos na bilheteria do teatro ou na Sala de Ensaio Centro Cultural (Av. Júlio de Castilhos, 1526, 2° Andar). Teatro São Carlos R$ 25 (antecipado) e R$ 30 (no local), meia para estudantes e idosos | Rua Feijó Júnior, 778 | 3221-6387

EXPOSIÇÕES l Dispor | Abertura sábado, às 17h. Visitação de segunda a sexta, das 9h às 19h, e sábados, das 15h às 19h | Mara De Carli, Marcos Sari e Tiago Giora exploram noções de limites gráficos, sobreposições, alinhamentos e inserções cromáticas na arquitetura através de gravuras, intervenções e instalações. Os trabalhos procuram incluir a estrutura e as superfícies da galeria discutindo questões da pintura, do desenho e da gravura e suas possibilidades de expansão no espaço expositivo. Os artistas também estão integrados à 8ª Bienal do Mercosul: Mara na coordenação local do Projeto Continentes, Marcos no projeto Caderno de Viagens e Tiago expondo na Casa M. Galeria do Ordovás Entrada franca | Luiz Antunes, 312 | 3901-1316 l Relicário de Delicadezas | Até quarta (29). Visitação de segunda a sábado, das 9h às 22h, e domingo, das 14h às 21h | O fotógrafo gaúcho Carlos Panitz expõe pela primeira vez em Caxias. A mostra reúne 15 imagens capturadas em situações do dia a dia, em lugares comuns como parques, bares e ruas, mas com um outro olhar, que provoca

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o imaginário do espectador. Shopping Iguatemi Entrada franca | RSC-453, 2.780 | 3289-9292 l Quadrado do Espírito | De segunda a sexta, das 8h às 22h | A exposição da artista e jornalista Yara Baungarten reúne gravuras, serigrafias, vídeos e instalação com inspiração em obras de alquimistas. Com curadoria de Ana Zavadil e cocuradoria de Flávio Drum de Almeida, Raquel Longhi, Simone Aguiar Dal Bosco e Suzana Pezzi (alunos da Disciplina Curadoria, ministrada pela professora Mara Galvani). Hall Superior Campus 8 Entrada franca | RS-122, Km 69 | 3289-9000 l Brotações | De segunda a sexta, das 8h30min às 18h, e sábado, das 10h às 16h | A artista porto-alegrense Adma Corá exibe obras em cerâmica e papel machê. Adma trabalha com a experimentação contínua e acredita em sua arte como um eterno desafio. Galeria Municipal Entrada franca | Dr. Montaury, 1.333 | 3221-3697 l Arquitetura Uruguaia Contemporânea | De segunda a sexta, das 9h às 22h | A exposição apresenta 50 obras de arquitetura produzidas no Uruguai e no Exterior por arquitetos formados na Faculdade de Arquitetura de Montevidéu. A produção se concentra na organização das plantas, no tratamento das superfícies e na articulação do objeto no entorno. Com promoção do Museu da Casa Brasileira, Consulado da República Oriental do Uruguai e Escola da Cidade e curadoria de Ruben Otero, Luis Zino e Ignacio Errandonea. A mostra integra o calendário de eventos para festejar os 15 anos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UCS e do Campus 8. Hall Inferior Campus 8 Entrada franca | RS-122, Km 69 | 3289-9000 AINDA EM EXPOSIÇÃO – A porta aberta. Alessandra Baldissarelli. De segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, e sábado, das 8h30 às 12h30. Espaço Cultural da Farmácia do Ipam. 3901-1316 | 10 Anos do Museu dos Capuchinhos. De segunda a sexta, das 8h às 11h e das 14h às 17h. Museu dos Capuchinhos. 3220-9400 | No Ar - o Rádio e a Televisão em Caxias do Sul. Terça a sábado, das 9h às 17h. Museu Municipal | O Observador. Diariamente, das 8h às 20h. Jardim de Inverno do Sesc. 3221-5233 | V Clic Ambiental. De segunda a sexta, das 9h às 19h, sábado e domingo, das 15h às 19h. Sala de Exposições do Ordovás. 3901-1316 |

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CONVENÇÃO COLETIVA / ANTECIPAÇÃO Após diversas reuniões com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, o SIMECS informa às empresas do seu segmento que até o momento não houve acordo para a Convenção Coletiva de 2011. A Comissão de Negociação do SIMECS manteve todos os esforços para que prevalecesse o índice de 8% com o objetivo de reajustar os salários na data-base de 1º de junho de 2011. Como a proposta patronal foi rejeitada pela assembleia dos trabalhadores no dia 18 de junho, o SIMECS sugere e orienta as empresas representadas para que antecipem o reajuste correspondente a 8% a incidir sobre o salário vigente na data-base anterior, ou seja, 1º de junho de 2010. Para efeito desta antecipação, é importante observar o disposto na letra “C” da Cláusula 5ª Convenção Coletiva de Trabalho 2010. O reajuste sugerido deverá ser feito, exclusivamente, de forma retroativa a 1º de junho de 2011, para permitir a compensação dessa antecipação com eventuais valores que venham a ser eventualmente definidos por sentença normativa. O SIMECS recomenda ainda às empresas que ao procederem aos registros do referido reajuste em recibos de pagamento ou em fichas de registros, o façam a título de “Antecipação Salarial Compensável – Dissídio Coletivo ou Convenção Coletiva de Trabalho 2011”. Para os empregados que percebiam até R$ 4.342,40 em 31 de Maio de 2011 a antecipação será integral; para os que percebiam acima de R$ 4.342,40 a antecipação será limitada ao valor de R$ 348,19 somado ao salário-base. Mais informações, fone: (54) 32281855. DESEMPENHO ECONÔMICO A perda de competitividade das empresas metalúrgicas e a ameaça de desindustrialização estão preocupando o segmento representando pelo SIMECS. O presidente da entidade, Getulio Fonseca reuniu a imprensa nesta semana para informar que as empresas dos segmentos automotivo, eletroeletrônico e metalmecânico de Caxias do Sul apresentaram crescimento negativo de 1,49% de janeiro a maio deste ano em comparação a igual período do ano passado. Conforme Fonseca, nos cinco primeiros meses de 2011 as empresas do setor metalmecânico registraram uma queda de 2% (dois por cento) nas exportações e de 14,81% nas vendas dentro do estado. O baixo desempenho das vendas de produtos, o dólar baixo, os juros elevados e excessiva carga tributária, são fatores que têm contribuído para a perda de rentabilidade industrial. Além disso, existe um processo de endividamento das empresas. Para se ter uma ideia, os investimentos das empresas metalúrgicas em 2011 absorveram mais de 95% dos lucros do ano anterior, aumentando o endividamento. Existem empresas do segmento automotivo, por exemplo, que registraram uma queda de 50% nas vendas, tendo em vista o custo mais caro da mão de obra. EMPREGOS / RETRAÇÃO Durante a entrevista coletiva promovida pelo SIMECS com a imprensa, o diretor executivo Odacir Conte informou que nos cinco primeiros meses de 2011 em comparação com igual período de 2010, houve uma diminuição do número de empregos nas empresas metalúrgicas. O que mais vem preocupando as indústrias metalmecânicas é que em alguns setores já está havendo demissões. Para se ter uma ideia, informações do Caged apontam que em maio deste ano a indústria de transformação de Caxias do Sul fechou 163 postos de trabalho. O número total de postos de trabalho no setor metalmecânico de Caxias atualmente é de 54.658. Por sua vez, a evolução da massa salarial e o número de pessoas empregadas no segmento metalmecânico indicam um diferencial da região de Caxias em relação a outros centros. O salário médio pago na região SIMECS é de R$ 1.589,00 ou 15,6% superior do que a média do Estado e 6,5% maior que a média brasileira. Tais resultados permitem inferir que a região SIMECS está perdendo competitividade setorial e regional. MISSÃO SIMECS À ALEMANHA O SIMECS está definindo o grupo que irá participar da 21ª Missão Técnico-Comercial ao exterior, que acontecerá em setembro de 2011. Foram selecionadas as feiras: IAA em Frankfurt, de 15 a 25 de setembro e a EMO, de 19 a 24 de setembro, em Hannover, ambas na Alemanha. A IAA é a maior feira do mundo no setor e irá apresentar completo panorama do ramo de negócios de automóveis em âmbito internacional. Mais de 2.084 expositores de equipamentos e indústria de fornecimento de peças irão expor seus produtos para mais de 300.000 visitantes de 110 países. O evento tem como atrativo a exposição de carros de passeio, reboques, moto home, acessórios automotivos e motos. Já, a Emo, apresentará novidades em máquinas-ferramenta, sistemas de acabamentos, ferramentas de precisão, fluxo automatizado de material, tecnologia computacional, eletrônica, industrial e acessórios. O evento apresentará toda a gama da tecnologia para tratamento de metal a um público composto por especialistas internacionais, altamente qualificados. Na última edição da Emo Hannover,166.500 visitantes estiveram presentes, com 2.120 expositores de 42 países. Mais informações junto ao SIMECS, fone: (54) 228.1855. VISITA EMPRESARIAL BRITÂNICA O estreitamento comercial entre o Reino Unido e as empresas metalúrgicas de Caxias do Sul e região já é uma realidade. Este foi o primeiro resultado do encontro técnico-comercial entre a missão de 06 empresas britânicas e as indústrias representadas pelo SIMECS, ocorrido em junho, na sede da entidade. As empresas britânicas, ligadas ao setor de petróleo, gás e energia estiveram no SIMECS, fruto de uma missão empresarial gaúcha ao Reino Unido ano passado, e da assinatura consequente do Memorando de Entendimento entre FIERGS e a organização NOF Energy. Conforme o presidente do SIMECS, Getulio Fonseca, este contato só reforça a iniciativa do sindicato em aproximar as empresas do segmento metalmecânico da região com o mercado internacional, abrindo a perspectiva de realizar importantes parcerias e negócios. BALANÇO SOCIAL / PRAZO FINAL As empresas representadas pelo SIMECS e que ainda não enviaram o formulário contendo as informações sobre os investimentos sociais concedidos aos seus funcionários no ano de 2010 devem providenciar de forma urgente. Estes dados serão utilizados pela entidade para editar o Balanço Social 2011. O Balanço Social do SIMECS que chega à sua 12ª edição tem por objetivo informar os investimentos feitos na área social pelas mais de 2.700 indústrias representadas pela entidade, beneficiando seus mais de 68 mil funcionários e dependentes. Entre os benefícios concedidos, destacam-se: salários, programas de saúde, educação, transporte, alimentação, participação nos lucros e resultados. A entrega dos dados deverá ser feita da seguinte forma: Fax: (54) 3228.1855; E-mail: viviane@simecs.com.br; Web site: www.simecs. com.br; Correio: Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Jardim América – CEP: 95050-520 – Caxias do Sul –RS. MOTIVE-SE PARA CRESCER Continua repercutindo positivamente a ação institucional lançada pelo SIMECS “Motive-se para crescer”. O comercial com duração de um minuto está sendo veiculado na mídia mostrando que quando o assunto é o melhor para o trabalho, os esforços devem convergir para a mesma direção, envolvendo trabalhadores e empresários. Uma ideia motivacional criada a partir de uma dinâmica feita com um barco de papel, que após sofrer algumas adaptações acaba virando uma camiseta de papel. A camisa da motivação, a camisa que todos devem vestir para alcançar melhores resultados, para prosperar na vida profissional e pessoal, para crescer! Para isso, a ação sugere que, diante das incertezas dos nossos tempos, é preciso dar valor ao emprego que cada um tem e motivar-se pra valer nas tarefas diárias nas empresas. SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA Um público de 160 pessoas, composto por empresários e profissionais das empresas do SIMECS participou durante o mês de junho do Seminário Ambiental: “Sustentabilidade na Indústria.” A organização do evento foi do SIMECS, através da sua Comissão de Meio Ambiente. O seminário, alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente, iniciou com o tema: Sustentabilidade na Indústria, tendo como palestrante, Cláudio Broechat, especialista em engenharia econômica e pesquisador do Núcleo Petrobrás de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral. Na sequência, foi abordado o tema: Emissões de Gases do Efeito Estufa e Oportunidades em uma Economia de Baixo Carbono. A apresentação do assunto esteve a cargo de Eduardo Baltar de Souza Leão, mestre em administração com ênfase em Gestão da Tecnologia e Produção pela UFRGS.

SIMECS - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul. Rua Ítalo Victor Bersani, 1134 – Caixa Postal 1334 – Fone/Fax: (54) 3228.1855 – Bairro Jardim América. CEP 95050-520 – Caxias do Sul Rio Grande do Sul. Web Site: www.simecs.com.br - E - Mail: simecs@simecs.com.br

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Lendas do rock

um humilde

Considerado um dos melhores guitarristas do país, o modesto Marcos De Ros refuta o título e segue se dedicando ao estudo da música

E

por CAMILA CARDOSO BOFF camila.boff@ocaxiense.com.br

lenir Emília De Ros chegou em casa e perguntou aos filhos André e Marcos onde estavam o pão e o leite que havia mandado buscar. “Tá tocando na vitrola!”, responderam os irmãos. Era High Voltage, do AC/DC. André, o mais velho, vinha guardando havia tempo o troco da encomenda diária para conseguir o LP. Naquele dia, desviou o dinheiro das compras para completar suas economias e trazer para casa os solos do mestre da guitarra Angus Young. Começou assim a paixão de Marcos De Ros pelo rock e por seu instrumento primordial. E foi também na infância, quando morava com a família em Campinas (SP), que De Ros começou a poupar dinheiro para comprar sua própria guitarra. Mesmo não sendo um exímio desenhista, ganhou o prêmio de um concurso de ilustrações promovido por uma loja de calçados da cidade. A figura criada por De Ros era um macaco carregando um saco cheio de sapatos, com a logomarca da loja e o bordão “O macaco tá certo!”, sucesso do programa humorístico Planeta dos Homens. Um outro desenho dele mostrava um cartaz fixado no lombo de um burro: “Eu não compro nas lojas DIC”. O

prêmio foi o Autorama mais moderno da época. Depois de brincar com os carrinhos “até pegar nojo”, o menino decidiu vendê-lo e, aconselhado pelo pai, Ivan, pôs o dinheiro em uma poupança. Nascido em Arapongas (PR), Marcos veio do interior paulista para Caxias aos nove anos, quando começou a tocar violão. Aos 11, decidiu tirar as economias da poupança para comprar uma guitarra. O pai foi contra. Disse que ele deveria, primeiro, dominar o violão. “Eu ganhei o dinheiro, eu decido o que vou fazer com ele”, rebateu o guri. De Ros fez aulas de violão – mas sempre pensando em aplicar as lições na guitarra – por apenas seis meses, mas teve um dos melhores professores de Caxias, Merônio Sachet, da escola Prelúdio. Com Merônio, De Ros aprendeu todos os princípios teóricos da música, e, principalmente, a ler partituras, conhecimento fundamental para o futuro do artista. Com Eliana Braunstein, na mesma escola, também teve lições de violino. Aos 14, já integrava o grupo de músicos da Orquestra Sinfônica de Caxias do Sul (Osca). “Estudei super pouco tempo porque a jornada quem faz é o aluno”, justifica, apontando a pilha de folhas amareladas com as partituras dos 24 caprichos de Paganini. “Tenho material para es-

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GUITAR HERO tudar por algumas encarnações”, acrescenta, contando que toca guitarra todos os dias há quase 30 anos. O estudo de partituras que não foram compostas especificamente para o instrumento símbolo do rock resultou nos CDs instrumentais Masterpieces, de 1999, e Masterpieces II, de 2004, com a releitura de músicas eruditas de compositores como Mozart, Bach e Villa-Lobos.

com música, também não me importo”, releva. Na época em que os garotos da sua idade pensavam em prestar vestibular, De Ros já ganhava dinheiro suficiente para ter tranquilidade em optar pelo caminho da música. Mas precisou provar para a mãe que tinha capacidade e que encararia a carreira com seriedade – “o que qualquer pai ou mãe faria no lugar dela, com toda razão”, enfatiza De Ros. Elenir se Apesar do talento precoce, rendeu ao perceber que, com apeDe Ros garante que nas 15 anos, o filho não descuidava da já tinha 20 alunos escola, informação em aulas particuque a mãe confirma. “Ele virou, acima lares. Um deles era A única coisa que de tudo, meu o hoje renomado mentor. Aprendi Elenir não sabia era guitarrista caxiense que o filho virava muito não Rodrigo Campagmadrugadas acorda- somente sobre nolo. Incentivado do, estudando músipela mãe a aprenca. “No dia seguinte, guitarra, mas der guitarra, Cameu ia dormindo para sobre a carreira pagnolo procurou a aula, mas nada de músico”, De Ros por indimuito diferente dos diz Campagnolo cação de Merônio. meus outros cole“Daí em diante ele gas”, lembra. De Ros virou meu profese Elenir moram juntos em um sor e, acima de tudo, meu menapartamento em São Pelegrino, tor. Fiz dois anos de aula com ele, onde ele se dedica à guitarra. Or- aprendi muito não somente sogulhosa do filho artista, a vende- bre guitarra, mas sobre a carreira dora de 72 anos não incomodar de músico, porque ele é um cara com o som que vem do quarto ao muito centrado e esperto em relado. “Faz barulho, mas eu gosto. lação a isso”, elogia Campagnolo, Se não quiser, me fecho no es- que hoje mora na Inglaterra, onde critório e pronto. Se vou dormir faz shows com a banda Livewire. 25 de junho a 1º de julho de 2011

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O jovem De Ros também tinha convites para tocar na Ego Mecanóide, uma banda de baile que fazia muito sucesso na região. Anos depois, De Ros concluiu que fez a escolha certa ao recusar a oferta, por mais tentadora financeiramente que ela fosse. “Eu iria viajar de quinta a domingo. Na segunda, chegaria louco para dormir na minha cama. Na terça, ia fazer alguma outra coisa. Quando eu pensasse em tocar, já ia estar na hora de viajar de novo. Aquilo seria o meu auge, aos 15 anos. Eu não teria tempo de estudar e não iria evoluir”, constata.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível

1ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul. Prazo: 30 (trinta) dias. Natureza: Ação Monitória. Processo: 010/1.09.0023385-3 (CNJ:.0233851-45.2009.8.21.0010). Autor: Express Buffets Empresariais Ltda. Réu: Rubber Sul Importacao e Exportacao Ltda. Objeto: citação de Rubber Sul Importacao e Exportacao Ltda., atualmente em lugar incerto e não sabido, acerca da presente ação, para pagamento da soma em dinheiro, entrega da coisa móvel fungível ou do bem(ns) determinado(s), além das cominações legais, no prazo de quinze (15) dias, ou, querendo, no mesmo prazo oferecer embargos, sem prévia segurança do Juizo. Será computado o prazo a partir do término do prazo do presente edital. A parte destinatária efetuando o cumprimento do objeto da ação ficará isento de custas e honorários advocatícios. Oferecidos embargos suspenderse-ão a eficácia da presente carta. Caso não opostos embargos constituir-se-ão em título executivo judicial, convertendo-se o mandado em executivo, com prosseguimento na forma do processo de execução (entrega de coisa ou quantia certa contra devedor solvente), e, presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos articulados na inicial. Caxias do Sul, 11 de maio de 2011. SERVIDOR: Miriam Buchebuan Lima, Ajudante Substituta. JUIZ: Evandro Ubiratan Paiva da Silveira.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de INTIMAÇÃO DE LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO 1ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul Prazo de: dias. Natureza: Levantamento de Interdição Processo: 010/1.10.0032991-7 (CNJ:.0329911- 46.2010.8.21.0010). Requerente: Nilva Toss Frizzo e Neda Toss Objeto: INTIMAÇÃO, a quem interessar possa, que foi proferida sentença procedente determinando o levantamento da interdição das requerentes. Caxias do Sul, 03 de junho de 2011. SERVIDOR: GEOVANA ZAMPERETTI NICOLETTO. JUIZ: Maria Olivier.

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se escalou para ir junto e, no mês seguinte, toda a banda se encontrava no aeroporto de Madrid para uma turnê de 40 shows, com músicas próprias, pelo circuito underground de Portugal, Espanha, França, Suíça, Bélgica e Holanda. No retorno para o Brasil, a Akashic ensaiou mais, gravou discos e decidiu fazer sua última incursão pela Europa, em 2008, com uma viagem para a Alemanha. No país considerado a Meca do metal, procuraram pelo menos 30 gravadoras. A aceitação da banda, com discos gravados, brasileira, e com todos os integrantes No fim da década de 90, com no país, acabava ao pronunciarem Sandro Stecanela na bateria e o estilo tocado: progmetal (ou Fábio Alves no baixo, De Ros metal progressivo). “Era uma fase formou o power trio de música de coisas extremas, vocal gutural. instrumental batizado com seu Nós éramos muito limpinhos pra sobrenome, que lançou em vinil o isso, com o vocal bem cantado do disco Ad Dei Glorian. Éder Ber- Rafa”, classifica De Ros. “Se não gozza, até então músico de baile, íamos acontecer na Alemanha, foi chamado para fazer algumas não ia rolar em lugar nenhum”, participações em um CD da ban- conforma-se. da, o Universe. Até então eram Assim como De Ros, Rafa não o baixista e o guitarrista que to- nega a falta de glamour da turnê cavam teclado. “Quando eu digo europeia, com a banda batendo que a gente tocava, de porta em porta era a gente mesmo: nas casas de show, eu apertava numas “Achei que não sem saber ao certo teclas de um lado e o onde iam parar no Fábio nas do outro”, valia a pena dia seguinte. “Tidiz De Ros. No dia estudar tantos vemos alguns moanos para ficar seguinte à apresenmentos críticos, de tação do tecladista, conhecido como estresse, pouca graa nova formação da ‘o cara que na, saudade de casa. De Ros estava em Mas eu e o De Ros coloca fogo estúdio. éramos o jardim de O guitarrista em guitarras’”, infância da banda. mantinha a tática explica De Ros Em meio a chuvas e de enviar as músitrovoadas, ele nunca cas para gravadoras perdeu aquela coisa de todo o mundo. Um selo da de fazer piada da desgraça”, diz. Europa que recebeu o material No intervalo entre as duas viademonstrou interesse em lançar gens da Akashic De Ros encarou o disco. A gravadora havia gosta- outra aventura em nome do rock do do som, mas não queria uma & roll. Em 2004 fez uma extenbanda instrumental, considerada sa turnê por Argentina, Bolívia de pouco apelo comercial. Suge- e Paraguai ao lado do guitarrisriram um vocalista do casting do ta argentino Pablo Soler, com o próprio selo, mas o grupo optou show South American Guitar por procurar alguém em terras Masters. Sempre com abertura de brasileiras, para facilitar a agenda uma banda do lugar, cada guitarde shows por aqui. De Ros, desa- rista tocava sozinho, com um CD costumado a tocar com vocalista, com trilhas gravadas como base. espalhou cartazes em lojas de mú- “Não era em qualquer buraco que sicas e começou a fazer audições, a gente se enfiava, como na Eurosem saber ao certo o que esperar. pa. Era pior”, brinca De Ros. Até que Rafa Gubert, que cantava Com Soler ele aprendeu a coem bailes e era fã da banda, surgiu locar fogo na guitarra fazendo com voz marcante e afinadíssima um truque com benzina, que não para deixar os músicos, nas pala- chega a queimar o instrumento. vras de De Ros, embasbacados. Mas De Ros logo abandonou a “Ali eu descobri o que era um performance pirotécnica. “Achei vocalista. Ou era o Rafa, ou não que não valia a pena estudar tanera mais ninguém”, acredita. Com tos anos para ficar conhecido vocal e novos integrantes, De Ros como ‘o cara que coloca fogo em optou por rebatizar a banda. Nas- guitarras’”, explica. Com um show cia a Akashic. que dependia da performance Durante a procura pelo vocalis- solo do guitarrista, De Ros tamta, a gravadora europeia fechou, e bém se aventurava a cantar, mais a Akashic iniciou um período de para que fosse uma surpresa da dois anos de ensaios e shows es- apresentação do que por vocação porádicos. Em abril de 2000, De ou vontade. Ros recebeu uma proposta para dar workshops em Portugal. Rafa De Ros mantém um canal

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Alex Milesi, Divulgação/O Caxiense Pablo Soler, Divulgação/O Caxiense Arqiovo Pessoal/O Caxiense

de vídeos no YouTube (www. de apreciada – e dominada – por youtube.com/user/marcosderos) ele. Cauteloso, achou que seria com demonstrações de guitarra audácia demais compor, logo de que somam milhares de visuali- cara, uma música nesse gênero. zações. A internet lhe trouxe coi- Por isso, Corrida de Calango, prisas positivas, mas também levou meira composição do projeto, é embora outras. Em um grosso um baião. Há o projeto de transpolígrafo encadernado, ele guar- formar as partituras em livro de da textos publicados em revistas estudo para a guitarra. especializadas ao redor do munO nome, Peças de Bravura, é do, em inglês, holandês, francês, tradução do francês pièce de résisrusso, japonês, italiano. “Aqui só tance. “Demonstra toda a capacitem o que eu consegui descobrir. dade e dedicação que o estudo da Mas, com a intermúsica sempre vai net, muitas dessas exigir”, filosofa. De revistas deixaram “Quando se é Ros compôs as pede existir”, lamenta. um excelente ças para a guitarra, Uma amostra desse músico, como é o mas sabia que predeclínio é que seu caso dele, se sabe cisaria de uma esprimeiro disco foi trutura enxuta que enviado para 500 que, se embarcar permitisse a logístinos elogios, se veículos de imprenca dos shows, com sa. O mais recen- acomoda e para um instrumento cate foi mandado só de evoluir”, diz paz de fazer a base para para 150. para as músicas, um o amigo Éder O envio das múpiano ou um violão. sicas para as graConvidou o ex-tevadoras é fruto da cladista Éder Bergoveia marqueteira do guitarrista, zza, e “ele fez a besteira de dizer que bolou um jeito próprio de que sim”, diz. As composições de se promover. Não por gosto, mas um ousado guitarrista não deram por necessidade, De Ros organi- exatamente certo para o piano. za a clipagem das publicações e a “Não queria saber se o Éder tinha utiliza como portfólio para con- oito dedos numa mão e meio na seguir patrocínios e workshops. outra, eu queria que a música fos“Um dia, eu pensei: dá pra ganhar se aquela.” O pianista fez os arranguitarra só sendo organizado? Eu jos e, a exemplo do que acontecia quero!”, recorda. Ele acredita que na banda De Ros, deu contribuisua trajetória, mesmo com toda ções que o guitarrista considera a dedicação e talento, não teria essenciais. A receptividade do Pesido a mesma sem planejamento ças de Bravura surpreendeu. De e criatividade. “Sabe o que eu gos- Ros pensou que haveria inserção to de fazer? Tocar, estudar músi- num tipo de público diferente do ca. Mas se eu não fizer esse lado, que estava acostumado, mas deuvou ter que arranjar outro empre- se o contrário. Apesar de alguns go. Então prefiro ser organizado”, elogios da crítica especializada afirma. Como não são muitas as em música brasileira, foi o povo pessoas que adotam a música ins- roqueiro que adorou ver um de trumental como profissão, não seus expoentes tocando choriteve onde se inspirar. “Ao invés nhos e baião na guitarra. de viver de música, eu vivia para a música. Chegou uma hora que Aos 40 anos, Marcos De Ros precisei arranjar um jeito de tor- é patrocinado por marcas famonar isso rentável”, justifica. sas como Washburn (guitarras), Dean Markley (cordas) e V-Picks A aproximação dele com a (palhetas), para ficar em apenas música popular, que apareceu no três exemplos. Foi o primeiro projeto Peças de Bravura, lançado guitarrista brasileiro a lançar um em 2010 pelo Financiarte, come- CD didático nos Estados Unidos çou na primeira turnê da Akashic e, além de fazer turnês pela Europela Europa. “Quando se fica oito pa e pela América Latina, teve seu meses longe do Brasil, tu sen- método de tocar publicado em te saudade de coisas que tu nem livro em 2009. Por trás do visual imagina que conhece, ao ponto típico de guitar hero, com cabede um dia eu me pegar cantaro- los longos e rebeldes, cavanhalando na rua nada menos que que adornado por um pingente, ‘Nesse bumba eu não ando mais, porém, De Ros mostra-se um acharam um bagulho no banco mestre generoso em elogios aos de trás’ (verso da sofrível Bagulho colegas de bandas e extremamenno Bumba, da felizmente extinta te modesto. Refuta o título de um banda Os Virgulóides), algo que dos maiores guitarristas do país. eu nem gostava, evidentemente.” Convivendo há mais de uma déDe Ros achou que devia melho- cada com ele, Éder Bergozza tem rar o nível musical do que sentia uma explicação para a simplicisaudade e passou a pesquisar so- dade do amigo: “Quando se é um bre música brasileira da Europa. excelente músico, como é o caso Descobriu então que chorinho dele, se sabe que tem tanta coisa não era um ritmo de duas músi- para aprender que, se embarcar cas só, Brasileirinho e Tico-tico no nos elogios, se acomoda e para de Fubá. Era algo com a complexida- evoluir”.

Acima, tocando em Caxias, onde mora desde os nove anos; ao centro e abaixo, excursionando pela América Latina como virtuose da guitarra 25 de junho a 1º de julho de 2011

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Sérgio

Juares Maciel Rodrigues Homenageado na última semana como Mestre da Cultura Popular, Sérgio, o Perdigão, nasceu em Antônio Prado e veio para Caxias aos três anos. Passou a infância engraxando sapatos na Praça Dante, catando vidro e osso para vender e frequentando roda de samba, "coisa de vagabundo", escondido do pai. Sérgio se apaixonou pela música no ferro-velho onde vendia o material que recolhia. "O velho que era dono do lugar tinha uma galena, um ímã com um arame que pegava as rádios da Argentina. Eu vendia as coisas lá para poder ficar ouvir o rádio." Pelo rádio, decorou Historia de Un Amor, a música que marcou a sua primeira participação em um programa de calouros, na Rádio Caxias. O sucesso do garoto, era assunto proibido em casa. "Não podia levar nem um troféu para casa. Uma vez, num concurso, ganhei um bandoneon novinho. Tive que dar para um amigo. O pai não podia ficar sabendo. Mas a mãe eu dobrava." Com os vizinhos expedicionários de guerra, que trouxeram o samba do Rio, Sérgio subia o morro para cantar. "Numa dessas, um cara estourou o couro do pandeiro e jogou fora. Eu peguei. Com ajuda de um amigo, prendi uma camurça com tachinhas e levei pra casa." Pandeirista profissional, Sérgio integrou o famoso Verde Amarelo, um grupo de samba de raiz que "era o papel carbono do Demônios da Garoa". Hoje integra o incopiável Seresteiros do Luar e vive de amor e samba com Selvina. "Ela que botou o nome do Seresteiros do Luar. É a minha baixinha, minha cara-metade", declara-se o mestre.

Adriana

Job Ferreira Conte Há 15 anos, Adriana era modelo e formava-se em Letras. Como gostava mais da moda do que da licenciatura, por sugestão do pai, abriu uma pequena malharia e apaixonou-se de vez pela indústria que transforma fios em sonhos. Hoje, depois de muito estudo e de abdicar da malharia para dedicar-se plenamente aos alunos, Adriana coordena o curso de Tecnologia em Design de Moda da UCS, um dos mais antigos porém mais atualizados e reconhecidos do país. “Resultado de muita dedicação e de um corpo de professores qualificado e unido em prol da constante melhoria”, orgulha-se. Entre os dias 27 e 29 de junho, o Campus 8 sediará o IV Simpósio Nacional de Moda, evento mais do que especial para a coordenadora. “Além de trocar conhecimento com profissionais nacionais e internacionais, é a oportunidade de mostrarmos para os outros o que temos feito aqui."

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Maurício Concatto/O Caxiense

Maurício Concatto/O Caxiense

por Marcelo Aramis | Colaborou: Carol De Barba

Lanches | Xis da Casa por ADRIANO DE NALE

No blog Xis da Casa, Adriano comenta sobre o atendimento, a estrutura e a qualidade do xis caxiense. O negócio é sério, tem até planilha de avaliação. "Comedor de xis" profissional, Adriano lista os seus lanches preferidos no item principal de cada cardápio. Hamburgueria Moreira | Fundada em 1973, uma tradição de pai para filho, a casa merece todo respeito. Ótimo atendimento dos proprietários, a lendária maionese verde (reza a lenda que era preparada com abacate) e um lanche sempre honesto. Lanches da Gringa | Descobri o Xis da Casa da Gringa ainda na adolescência e continuo frequentando até hoje. A primeira lembrança vem com o meu espanto quando descobri que o lanche ainda vinha acompanhado de milho, ervilha, pepino e batata palha. Na época, uma exclusividade da Gringa. Passados 20 anos, o lanche mantém a qualidade. Tuni-Kão Lanches | A casa tem 20 anos de tradição. Frequento há pelo menos 15 e recomendo sempre. Local simples com ótimo atendimento, lanche saboroso e honesto. Belvedere Lanches| Frequento a casa desde que mudei para o bairro Exposição, há uns 8 anos. Fica fácil ligar, pedir e depois passar para pegar o delicioso Xis da Casa. Foi barbada entrar na minha lista de lanches honestos. Hamburgueria Jaime Rocha | A casa de lanches mais rock and roll da cidade. Com 10 anos de estrada, é a caçula da minha lista e mesmo assim não fica devendo pra ninguém no quesito Xis da Casa. Lugar movimentado com uma legião de funcionários atenciosos.

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TRÊS

NOTURNOS por MARCO DE MENEZES

1 no quintal de casa o pássaro cala e a noite em suas asas esvoaça 2 silêncio na sombra da terra de um vaso 3 noite parada pendurada em varal Do livro Fim Das coisas Velhas, Modelo de Nuvem | 2009

Mercado de Flores | Marcelo Hübner |

“São mulheres que bailam entre as flores”, diz o artista plástico porto-alegrense, sobre a série Mercado de Flores, com mais de 50 telas, em cartaz na galeria Arte Quadros até o dia 10 de julho. Nos acrílicos, as floristas dançam em traços sutis, como as próprias flores em vasos e baldes inacabados. A técnica impressionista de Hübner valoriza uma vibrante paleta de cores. Periodicamente, como hobby e fonte de pesquisa, Hübner renova o jardim de sua casa em Florianópolis. A cada estação o artista descobre novas formas, recarrega energias e mantém a riqueza cromática de sua arte. Privilégios de quem cultiva um Monet no quintal.

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Arquivo pessoal, Divulgação/O Caxiense

O Caxiense entrevista

“A moda é para todos. E ela nunca foi tão democrática”, afirma o estilista mineiro

MODA QUE É

CRÔNICA E POESIA

U

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trás e ver o que de autobiográfico está registrado. Acredito na importância de a moda ser como a m dos mais importantes criado- obra de Noel Rosa, uma mistura res de moda do Brasil vem divi- de crônica e poesia. dir seus conhecimentos com os caxienses esta semana. Ronaldo A moda conta histórias? Fraga palestra nesta terça-feira A moda é um vetor de comu(28), às 18h30, no IV Simpósio nicação. É fácil entender toda a Nacional de Moda, no Campus história do homem pela roupa. E 8. Dono de um trabalho extrema- hoje isso é mais pungente, porque mente autoral, o estilista mineiro a gente se apropria dela como um faz mais do que peças de roupa vetor de comunicação mais imeúnicas. Ele conta histórias na pas- diato e importante. sarela. Depois de inspirar-se no Rio São Francisco, Zuzu Angel, Qual a diferença entre a moda Nara Leão e Athos Bulcão, entre que está na passarela e nas ruas? tantos outros elementos da cultuTudo que eu faço vai para a ra nacional, na última São Paulo loja. É claro, a coleção é três veFashion Week ele apresentou a zes maior do que a apresentada coleção O poeta da vila, baseada no desfile. Mas o que eu te digo em Noel Rosa. Ronaldo falou com é que tem pessoa para usar tudo. O Caxiense, por telefone, sobre o Tudo que desfila é vendido. E isso tema de sua palestra, a carreira e é muito legal. suas opiniões sobre a moda atual. A moda é independente do esO que você falará aos estudantes tilo de vida, ideologia ou classe e profissionais de moda daqui? social? Muito me solicitam para falar A moda é para todos. E ela em torno do processo criativo. nunca foi tão democrática. Claro Mas, muito mais que isso, acre- que, por mais liberdade que vedito que é preciso fazer com que nha a oferecer, muitas vezes ela as pessoas entendam que muito até constrange, porque lidar com do seu ofício tem que trazer a sua liberdade não é fácil. visão de mundo. Vou compartilhar análises sobre algumas das Você desenvolve diversos prominhas coleções, ver o que isso jetos de geração de emprego e tem da minha personalidade e da renda com reafirmação cultural pessoa que eu sou. Agora, depois em cooperativas e comunidades de 32 coleções, consigo olhar para ligadas à indústria de confecção.

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por CAROL DE BARBA caroldebarba@ocaxiense.com.br

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Célebre por levar histórias às passarelas, Ronaldo Fraga estará na terça-feira em Caxias para falar a acadêmicos e profissionais da área

Qual a importância dessa moda um mercado em que você não tem social? muito contato com outros profisÉ uma via de mão dupla. Eu saio sionais, então há coisas que você totalmente oxigenado dos pro- só conhece na academia. Tamjetos. E os participantes ganham bém é o momento do experimeno acompanhamento do olhar do to, porque no mercado não há designer, que tenta espaço para o erro. provocar mais, conO problema é que segue puxá-los para “A moda é somos o país que desenvolver produ- um vetor de mais tem escolas tos que reafirmam comunicação. de moda mas nosso a cultura do lugar. E É fácil entender ensino ainda não o mais importante é tem uma identidatoda a história o ganho na autoestide. De 10 anos para ma da comunidade. do homem pela cá evoluímos muito, roupa. E hoje mas ainda temos O que você acha da isso é mais um longo caminho coexistência do fast pungente” a trilhar. Precisamos fashion (roupas de de um curso técnico alta rotatividade de qualidade, invese menor qualidade) e da moda tir na prática, não só na teoria, no sustentável (marcada pelo con- pensamento acadêmico. sumo consciente)? Esse é o caráter democrático O Brasil já descobriu sua identida moda. Tem espaço para tudo, dade na moda? desde uma produção melhor até o Começamos a usar essa palafast fashion. Por outro lado, a for- vra com um certo atraso, quando ma de se entender tendência e de hoje o mundo nem discute mais realizar pesquisas mudou. Tinha a identidade do grupo, do país, sempre aquela figura que copiava. mas a identidade individual de Só que o tempo que uma mar- cada estilista. É fundamental disca leva para viajar para Londres, cutir isso. Nos falta apropriação, por exemplo, fotografar vitrines exercício do conhecimento e, na e peças, voltar, produzir e lançar área do experimento, encontrar é muito longo. Portanto, há de se um caminho pessoal nosso. Hoje, investir em autoralidade sim. a identidade, a marca do Brasil, a trancos e barrancos, já vem sendo Qual a importância da forma- construída. Nós devemos ter uns ção na área da moda? 10 nomes (de estilistas) que têm A moda também é teoria. E é um caminho de independência.

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Dupla

Caxias e Juventude terão, por enquanto, seis testes cada antes de entrar na disputa das séries C e D, respectivamente. O time grená disputou três partidas (duas vitórias e um empate). O alviverde, duas (uma vitória e um empate). Depois de encaminhar os ajustes finais, os técnicos Picoli e Guilherme Macuglia pretendem acelerar a preparação. Confira abaixo os calendários de jogostreino e amistosos até as estreias nas competições nacionais.

Programação grená

04/06 | Caxias 11 x 2 Sindicato dos Atletas Profissionais, jogo-treino no CT Baixada Rubra. 11/06 | Serrano 1 x 5 Caxias, jogotreino no Estádio Pedro Sander. 15/06 | Grêmio 0 x 0 Caxias, jogotreino no campo suplementar do Estádio Olímpico. 29/06 | Grêmio x Caxias, à tarde, em Porto Alegre. 02/07 | Cruzeiro-PoA x Caxias, amistoso em Porto Alegre (provavelmente no Estrelão). 09/07 | Caxias x Cruzeiro-PoA, amistoso no Estádio Centenário. 17/07 | Caxias x Chapecoense-SC, estreia na Série C, 15h, no Centenário.

Programação alviverde 04/06 | Ju 6 x 0 Serrano, jogotreino no Estádio Pedro Sander. 22/06 | Grêmio 0 x 0 Juventude, jogo-treino no Estádio Olímpico. 28/06 | Juventude x Brasil-Pe, amistoso às 20h, no Estádio Alfredo Jaconi. 02/07 | Juventude x ChapecoenseSC, amistoso às 15h, no Jaconi. 05/07 | Brasil-Pe x Ju, amistoso às 20h, no Estádio Bento Freitas. 09/07 | Chapecoense-SC x Juventude, amistoso às 15h, no Estádio Índio Condá. 17/07 | Ju x Brusque-SC, estreia na Série D, às 17h, no Jaconi.

Terceiro mandato

O empresário Francisco Novelletto Neto foi eleito presidente da FGF pela terceira vez. Ficará no cargo até 2015 – assumiu o lugar de Emídio Perondi em 2003. Sua meta é construir a nova sede da entidade, em Porto Alegre. Novelletto, dono da rede Multisom, disse no discurso de posse, no dia 17 de junho, que este será seu último mandato. “Não quero me transformar em um Kadhafi”, brincou.

A DIFÍCIL BUSCA

POR PATROCÍNIOS Os dirigentes da dupla CA-JU bem que tentaram, mas a renovação com Oi e Banrisul para o segundo semestre ficou na intenção. O Caxias assinou em março uma parceria com a Maestro Marketing – empresa de Wesley Cardia, ex-dirigente de marketing da falida International Sport Leisure (ISL, os gremistas devem lembrar dessa sigla...) – para negociar patrocínios para o clube. Os atuais contratos que estampam as camisas grenás se encerram em 30 de junho. Uma das ações recentes que pode render algum dinheiro para os cofres do Caxias é a vinda do atacante colombiano Rentería, ex-Inter, somente para treinar no Estádio Centenário. A limitação financeira do clube inclusive impediu a contratação de mais atletas que estavam na lista do técnico Guilherme Macuglia. A última contratação (11ª) foi o lateral direito Totonho. E deve parar por aí, a não ser que alguém saia,

reforça o vice-presidente de futebol Zoilo Simionato. No Juventude a situação contratual é idêntica: Oi e Banrisul saem de cena em julho. Uma tentativa de melhorar a situação foi desencadeada em outubro de 2010, quando a direção apresentou a Brunoro Sport Business, empresa de gestão e marketing esportivo. Liderada por José Carlos Brunoro, gestor da parceria com a Parmalat na década de 1990, a contratada elaborou um diagnóstico do clube. O documento foi entregue aos dirigentes do Ju. E nada mais foi divulgado sobre o assunto. A Brunoro Sport tem três clientes: Pão de Açúcar (time da segunda divisão paulista), Sendas (clube da segunda divisão carioca) e Confederação Brasileira de Basquete. Também participou do projeto de reestruturação do Brasil de Farroupilha. Até agora, nada está definido no Caxias e no Juventude.

Fardamentos

A veranense Dal Ponte assumiu em janeiro o fornecimento do material esportivo do Juventude, em substituição à paulista Penalty. Internamente, a troca chegou a ser comemorada pelo fato de, em tese, a empresa localizada em Veranópolis entregar mais rapidamente camisas, meias, calções, abrigos e jaquetas, entre outros itens. O descontentamento com a Penalty era crescente pela demora

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na entrega dos “ternos”. Passados quase seis meses da troca, a situação não mudou muito no Estádio Alfredo Jaconi. Quem acompanha a rotina de treinos do grupo profissional pode até dizer que a Penalty ainda é fornecedora... Os garotos das categorias de base ainda não estrearam os fardamentos da Dal Ponte. Quem sabe até o início da Série D a situação seja revertida.

Vacas magras

Em tempo de escassez de notícias – e sem desmerecer a conquista –, no Centenário foram lembrados os 11 anos do título do Gauchão, em 21 de junho de 2000. Depois dos 3 x 0 no Centenário e do empate sem gols no Olímpico com o Grêmio, o time do técnico Tite trouxe para a cidade, num voo fretado da TAM, a taça inédita. Lembro como se fosse hoje dos ecos de “É campeão!” pelos corredores do Aeroporto Salgado Filho (antes de ser reformado). Já em solo caxiense, um caminhão de bombeiros conduziu o grupo de jogadores na fria madrugada até o Centenário. No bolso eu carregava mais de 10 rolos de filme, com imagens da partida, da festa no vestiário, enfim, da maior conquista grená. Daquele grupo, retornou ao Caxias o volante Márcio Hahn. O gerente de futebol, Vanderlei Bersaghi, o Pé, sempre educado, continua no clube. Também lembro do dia 7 de junho de 1998, quando o Ju empatou com o Inter e conquistou de forma invicta o Gauchão. E hoje falamos da terceira e quarta divisão. Rodrigo Fatturi, Div./O Caxiense

Marina Gonzatto, Objetiva, Div./O Caxiense

Sequência de testes

Gilmar Gomes, Div./O Caxiense

por FABIANO PROVIN | fabiano.provin@ocaxiense.com.br

Agora dá

O chefe gosta de fazer surpresas. Osvaldo Voges, durante a apresentação da candidata do clube a rainha da Festa da Uva 2012, Paula Souza dos Santos, sem avisar ninguém, anunciou que a instituição recebeu da Receita Federal a certidão negativa de impostos após 39 anos. Desde 1972 o Caxias, simplificando, estava com o “nome sujo na praça”. Com esse documento a Sociedade Esportiva e Recreativa Caxias poderá conquistar recursos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Fundo de Desenvolvimento do Esporte e Lazer (Fundel) para investir na formação de atletas. E não menos importante, tirar do papel o projeto de modernização do Estádio Centenário.

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Guia de Esportes

Fotos: Daniel Souza, Divulgação/O Caxiense

por José Eduardo Coutelle | guiadeesportes@ocaxiense.com.br

Skatistas de Caxias e de São Marcos se reúnem na pista municipal de lá para o Desafio na Pista, neste domingo

FUTEBOL DE MESA Recomenda l Centro Sul Brasileiro | Sábado, 9h | Mário Vargas, Luciano Carraro, Daniel Maciel e Daniel Pizzamiglio são as principais esperanças da AFM Caxias para conquistar medalhas na competição iniciada na manhã de sexta (24). Duas modalidades estão sendo disputadas: botões lisos e cavados. Do total de 100 jogadores vindos de cinco estados, o Rio Grande do Sul tem maior 77 – destes, 18 representam Caxias do Sul. As partidas são jogadas simultaneamente nas 20 mesas dispostas na sala Caxias do Sul do Personal Royel Hotel. Neste sábado, a partir das 9h, começam os jogos eliminatórios da competição. As finais das cinco categorias disputadas estão programadas para a tarde. Personal Royel Hotel Entrada gratuita | Garibaldi, 153, Pio X

Marramarco busca a reabilitação no Campeonato Estadual Sub-19. Na estreia, os rapazes do Juvenil foram derrotados pela Sogipa por 60 a 56. “O time jogou de forma indisciplinada. Cada jogador queria definir a jogada”, analisou o técnico. Contra a equipe de Santa Cruz, Marramarco espera um jogo ainda mais equilibrado, como nova atitude. Clube Juvenil Entrada gratuita | Marquês do Herval, 197 l Jogos Escolares de Basquete | Terça (28) e quinta (30), a partir das 8h30 | Atletas da categoria infantil de 16 escolas participam da competição, disputando um total de 71 partidas. As meninas estreiam na terça e os rapazes entram em quadra na quinta. Recreio da Juventude Entrada gratuita | Atílio Andreazza, 3.525

BASQUETE

VÔLEI

Recomenda Recomenda l UCS x AVF | Sábado (25), às l Clube Juvenil x Corin- 18h | thians | Sábado, às 17h | As meninas da categoria adulto A equipe treinada por Giuliano da UCS jogam a terceira rodada

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do Estadual, fazendo sua estreia | Av. Venâncio Aires, esquina com em casa. O adversário é o time de Luiz Cioatto, São Marcos Santa Maria. UCS Entrada gratuita | Francisco GetúFUTEBOL lio Vargas, 1.130 l Caxias x Grêmio (juvenil) | Segunda (27), às 15h | Os meninos da equipe greSKATE ná conquistaram a classificação l Desafio na Pista | Domin- para as oitavas de final do Estago, às 8h30 | dual com a terceira colocação do As lojas RIP, de Caxias do Sul, e grupo. Agora, é preciso o tricolor Exult, de São Marcos, promovem para avançar à fase seguinte. o campeonato na pista municipal Estádio Municipal de skate de São Marcos. O desa- Entrada gratuita | Av. Circular Pefio, que começa cedo, prossegue dro Mocelin, Cinquentenário ao longo do dia. Uma pista secundária, com obstáculos, ficará livre l Juventude x Novo Hampara quem quiser treinar algumas burgo (juvenil) | quarta (29), manobras. A prova será disputa- às 15h | da na modalidade street. ConforA equipe sub-17 do Juventude me o regulamento, cada skatista encerrou a segunda fase do Esterá cinco minutos para se apre- tadual goleando o Riograndense sentar, sob a avaliação de dois de Montenegro por 3 a 0. Com juízes e com narração ao vivo. A 16 pontos em seis jogos, o Ju se organização espera pelo menos classificou ao mata-mata com a 50 participantes, entre as catego- terceira melhor campanha. Neste rias mirim, iniciante e amador. O sábado (25), o desafio é resistir ou evento contará também com as vencer em Novo Hamburgo, para apresentações dos DJs da Hang definir a classificação no jogo de Over e da banda P36 durante a volta, quarta-feira (29), no CFAC. tarde. As inscrições serão feitas Centro de Formação de Atletas e na hora, a R$ 10. Cidadãos (CFAC) Pista de São Marcos Entrada gratuita | Atílio AndreaEntrada gratuita. Inscrições: R$ 10 zza, Parque Oásis

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Renato Henrichs renato.henrichs@ocaxiense.com.br

Maurício Concatto/O Caxiense

Representação

Fora da cena local desde que deixou a presidência da Fiergs, o empresário caxiense Dagoberto Lima Godoy foi reeleito para o Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT), com sede em Genebra, Suíça. O novo mandato de membro titular do Conselho da entidade, representando empresários brasileiros, é de três anos.

Dobradinha

Milton Corlatti para prefeito, Adiló Didomenico para vice. Essa é a dobradinha que os adeptos da candidatura do atual presidente da CIC defendem para a campanha eleitoral do ano que vem. Filiado hoje ao PMDB, Corlatti está sendo assediado pelo Democratas. Junto com Adiló, formaria uma dissidência à coligação Caxias Para Todos na disputa pela prefeitura.

Politicamente correta O Departamento de Arte e Cultura da Secretaria Municipal da Cultura mostra que a luta contra a intolerância aqui vem de muito tempo. Vai homenagear os 10 anos da parada gay de Caxias do Sul – denominada Parada Livre – nesta terça-feira (28), com a entrega de placa alusiva aos organizadores.

Batalhas perdidas

Integrantes do primeiro escalão do governo municipal perguntamse: o que está acontecendo com a Procuradoria Geral do Município? Nas últimas semanas, a prefeitura tem perdido importantes batalhas judiciais – da confirmação da legalidade da greve dos médicos à suspensão da cobrança do IPTU, determinada em caráter liminar pelo Tribunal de Justiça do Estado, além da ilegalidade da prorrogação do contrato com a Rek Parking na exploração do Zona Azul.

Rumos para o Brasil

O ex-governador Germano Rigotto (PMDB) escolheu a Livraria Cultura, de Porto Alegre, para o lançamento de seu livro Para além do berço esplêndido – reflexões sobre os rumos para um Brasil potência. O livro é publicado pelo Instituto Reformar de Estudos Políticos e Tributários, por meio do qual Rigotto tem dado palestras pelo país sobre, entre outros, seu tema preferido: reforma tributária.

Motivo de orgulho

Na cerimônia de lançamento da rede de 10 pontos de cultura, a chefe da representação Sul do Ministério da Cultura, Margarete Moraes, passou por cima das naturais restrições petistas para elogiar o destaque que a cidade vem obtendo na área da cultura: “Não foi à toa que Caxias do Sul conquistou o primeiro lugar no Índice de Gestão em Cultura, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, IBGE e Ministério da Cultura, e também o título de Capital Brasileira da Cultura em 2008. Esta cidade é motivo de orgulho para os gaúchos e hoje dá mais um importante passo nesse sentido”.

Parece que agora vai

PORTA-VOZ

DESGASTADO A proposta do Sindicato dos Médicos, apresentada à Comissão de Saúde da Câmara, não era, afinal, tão irrecusável. A reivindicação da entidade sindical inclui gratificação emergencial ou complementar de 55% sobre o salário básico e ativação da comissão paritária para discussão do plano de cargos e de carreira para a categoria. Sem contar que a exigência de piso salarial de R$ 9.188,22, para 20 horas semanais, voltaria a ser discutida daqui a um ano. Todas essas pretensões esbarram na necessidade de, caso atendidas, a prefeitura ser obrigada a ampliá-las a todos os servidores, o que é impossível de ser feito. Além disso, os médicos da rede pública ainda não entenderam que enquanto Marlonei dos Santos for

o porta-voz da categoria não há a menor chance de diálogo. O prefeito sentiu-se pessoalmente ofendido diante da incontinência verbal do presidente do Sindicato dos Médicos. Nos últimos dias, Marlonei até que tentou. Baixou o tom das críticas ao afirmar que, se a prefeitura atendesse a nova reivindicação do sindicato, a greve se encerraria – sem vencidos nem vencedores. Mas junto ao governo a sensação é outra: prevalece a ideia de que a entidade sindical tenta pautar o Município, além de desrespeitar a população. Enquanto isso, a prefeitura teve aprovada na Câmara a contratação de novos profissionais para a área. Daqui a alguns meses o problema poderá estar resolvido. Até lá...

O prefeito tem que se manifestar tomando medida efetiva, com responsabilidade Líder da bancada do PT na Câmara, Rodrigo Beltrão, ao criticar a tática de deixar o assunto para a esfera judicial, adotada pelo governo municipal diante da greve dos médicos

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Determinação para a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, não por coincidência após a fala do diretor-superintendente da Visate, Fernando Ribeiro, na CIC: acelerar o início das obras das estações de transbordo Imigrante e Floresta. As estações podem não ser a solução, mas deverão representar uma alternativa aos problemas de imobilidade urbana, no que significam para a troncalização do transporte coletivo e descentralização do trânsito.

Respeito às bases

A postura do prefeito (reeleito) de Caxias do Sul, José Ivo Sartori, está levando o seu partido, o PMDB, à beira de um ataque de nervos, escreve o colunista Flávio Pereira, do jornal porto-alegrense O Sul. Sartori afirmou a Pereira que deve respeitar a base de partidos aliados e ponderou: “definimos que em primeiro lugar precisamos decidir se continuaremos aliados. Só depois dessa decisão é que entendo que devemos partir para a escolha de um candidato ouvindo os aliados. Esse candidato pode até não sair do PMDB”.

Pelas beiradas

Muitos dos partidos que dão sustentação a Sartori já entenderam que não devem continuar aliados. Não fosse assim, como explicar a movimentação de pequenas siglas no sentido de buscar um candidato fora da dobradinha PMDB-PDT? Nem todos parecem dispostos a acatar as candidaturas já postas, ainda que oficiosamente, do peemedebista Mauro Pereira e do pedetista Alceu Barbosa Velho.

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